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  • Esdeva - Provinha Brasil (Guia de Correo e Interpretao de Resultados).indd 1 29/01/2014 16:07:12

  • ELABORAO:

    Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (Inep)

    Diretoria de Avaliao da Educao Bsica (Daeb)

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  • 3GUIA DE CORREO E INTERPRETAO DE RESULTADOS2014 TESTE 1

    APRESENTAO 4

    A AVALIAO NO CONTEXTO EDUCACIONAL 5

    BREVE HISTRICO DA PROVINHA BRASIL 6

    CONTRIBUIES DA PROVINHA PARA A ALFABETIZAO E O LETRAMENTO 7

    O TESTE 9

    TESTE DE LEITURA 10

    TESTE DE MATEMTICA 16

    QUEM APLICA E CORRIGE O TESTE? 24

    COMO CORRIGIR A PROVINHA BRASIL?25

    COMO INTERPRETAR OS RESULTADOS 26

    INTERPRETAO DOS NVEIS DE DESEMPENHO DA PROVINHA BRASIL-LEITURA 27

    INTERPRETAO DOS NVEIS DE DESEMPEN O DA PROVINHA BRASIL-MATEMTICAH 32

    RECOMENDAES 42

    ANLISE DO DESEMPENHO DOS ALUNOS PELO PROFESSOR 43

    DIVULGAO E UTILIZAO DOS RESULTADOS PELO PROFESSOR 43

    A SOCIALIZAO DOS RESULTADOS PARA AS FAMLIAS/RESPONSVEIS DOS ALUNOS 44

    REFLEXES PARA A PRTICA 44

    ANEXOS50

    SUMRIO

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  • 4APRESENTAO

    Caro(a) Professor(a),

    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (Inep), por meio da Diretoria de Avaliao da Educao Bsica (Daeb) e com o apoio da Secretaria de Educao Bsica (SEB) do Ministrio da Educao (MEC) e de universidades que integram a Rede Nacional de Formao Continuada de Professores da Educao Bsica do MEC, implementou, em 2008, a Avaliao da Alfabetizao Infantil Provinha Brasil.

    A Provinha Brasil, composta pelos testes de Lngua Portuguesa e de Matemtica, permite aos professores e gestores obter mais informaes que auxiliem o monitoramento e a avaliao dos processos de desenvolvimento da alfabetizao e do letramento inicial oferecidos nas escolas pblicas brasileiras, mais especificamente, a aquisio de habilidades de Leitura e de Matemtica.

    A adeso a essa avaliao opcional e a aplicao fica a critrio de cada Secretaria de Educao

    das unidades federadasConforme sinalizado, a Provinha Brasil tem como principal objetivo realizar o diagnstico

    dos nveis de alfabetizao dos alunos aps um ano de estudos no ensino fundamental, de maneira que as informaes resultantes possam apoiar a prtica pedaggica do professor em sala de aula

    Nesse sentido, este documento traz as principais informaes sobre a avaliao: seus objetivos, os pressupostos tericos, a metodologia de aplicao dos testes ou instrumentos, as orientaes para sua correo, bem como as possibilidades de interpretao e o uso de seus resultados

    importante ressaltar que os professores e a equipe escolar devem conhecer todos os documentos que compem o kit da Provinha Brasil:

    Caderno do Aluno caderno de teste de Leitura e de Matemtica com as questes que sero respondidas pelos alunos

    Guia de Aplicao caderno que orienta os procedimentos de aplicaoGuia de Correo e Interpretao dos Resultados caderno contendo as orientaes

    para a correo dos testes, bem como as possibilidades de interpretao e uso de seus resultados

    A metodologia utilizada na Provinha Brasil e as

    competncias exigidas nos testes foram estabelecidas

    considerando o aluno que est cursando o segundo ano

    do ensino fundamental. Por isso, no recomendvel

    que se aplique a Provinha Brasil para alunos de

    outras etapas de ensino, em especial para aqueles

    que esto cursando a educao infantil.

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  • 5 A AVALIAO NO CONTEXTO EDUCACIONAL

    Avaliar , sem dvida, uma das aes que mais realizamos em nossa vida, mesmo sem perceber Avaliamos se melhor comprar laranjas na barraca A ou na barraca B; avaliamos qual o melhor caminho para chegarmos ao trabalho etc Mas, o que avaliar? Para que avaliamos? O que avaliamos? Quais as condies para uma boa avaliao?

    Mais recentemente, a cultura de avaliao deixou de ficar restrita sala de aula. Atualmente,

    as questes relativas avaliao vo alm do nosso trabalho cotidiano (avaliar a aprendizagem dos

    alunos por meio das atividades desenvolvidas em sala de aula, preparar e corrigir provas, escrever relatrios, atribuir notas ou conceitos em dirios de classe ou caderneta etc) Por exemplo, avaliaes em larga escala, como a Prova Brasil, permitem a definio de polticas pblicas de ensino; as

    avaliaes do Programa Nacional do Livro Didtico (PNLD), permitem que nossos alunos tenham acesso a livros escolares de melhor qualidade, entre outros aspectos

    preciso afirmar que a avaliao no se opera no vazio; avaliamos para tomar decises. Avaliar

    pode ser entendido como um conjunto de procedimentos e de processos de coleta, de tratamento e de comunicao de informaes, realizado com o objetivo de tomada de decises Avaliar seria, ento, a organizao (ou estudo) de situaes que permitam recolher informaes que, aps tratamento, sejam capazes de revelar algo de confivel e de substancial sobre o valor de um objeto, de um

    processo ou de um comportamentoOutro ponto que no pode ser negligenciado o valor trazido no bojo da ideia de avaliao

    (pelo menos por sua etimologia). Dessa forma, avaliar assume o significado de atribuir valor a um

    objeto. Esse valor pode se referir conformidade (ou desvio) de um comportamento do aluno em

    relao a certas expectativas da instituio, qualidade de uma produo desse aluno, ao significado

    de um comportamento observadoMas o que importante ressaltar, mais uma vez, que a avaliao prepara e alimenta decises

    Ela no impe essas decises; as decises so exteriores avaliao e so relativas ao que se

    est avaliando Pode-se tratar de uma deciso pontual, como elaborar uma nova sequncia didtica para favorecer a superao das dificuldades dos alunos ou uma deciso ampla, como trocar o livro

    didtico adotado na escolaNo contexto escolar, cada professor se vale

    de diferentes formas para avaliar a aprendizagem dos alunos, verificando se eles conseguiram atingir

    os objetivos e identificando as dificuldades que

    apresentam Quando elabora uma avaliao, o professor deve ter em mente o que ir avaliar Uma vez delimitado o que avaliar, possvel escolher quais os instrumentos mais adequados

    As Matrizes de Referncia da Avaliao da Provinha Brasil

    elencam o que se pretende avaliar com esse instrumento,

    ou seja, os conhecimentos que se espera que os alunos

    tenham adquirido aps o incio do processo de alfabetizao.

    A matriz apenas uma referncia para a construo do

    instrumento de avaliao. , portanto, diferente de uma

    proposta curricular ou de programas de ensino, que so

    mais amplos e complexos.

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  • 6para a avaliao, ou seja, podemos estabelecer o como avaliar No caso da Provinha Brasil, o que avaliado definido com base nas Matrizes de Referncia de Lngua Portuguesa e de Matemtica.

    BREVE HISTRICO DA PROVINHA BRASIL

    Os indicadores produzidos desde 1990, resultantes das aplicaes do Sistema de Avaliao da Educao Bsica (Saeb), vm apontando dficits no ensino oferecido pelas escolas brasileiras. Tais

    indicadores refletem os baixos nveis de desempenho dos alunos, sendo que parcela significativa

    desses alunos chega ao final do ensino fundamental com domnio insuficiente de competncias

    essenciais que lhes possibilite dar prosseguimento aos seus estudosCientes dessa realidade, o Governo Federal e os governos das demais esferas administrativas

    vm atuando em diversas frentes para reverter esse quadro. Uma das iniciativas diz respeito

    ampliao do ensino fundamental de oito para nove anos de estudo, a iniciar-se aos seis anos de idade, por meio da Lei n 11274, de 6 de fevereiro de 2006 Tal ampliao j havia sido sinalizada pela Lei n 9394, de 1996, e tornou-se meta da educao nacional pela Lei n 10172, de 2001, com o intuito de assegurar aos alunos um tempo mais longo de convvio escolar, oportunizando mais possibilidades de aprendizagem1

    Considerando que o Saeb no investiga as habilidades relacionadas ao processo de alfabetizao2, com a perspectiva de melhorar os nveis de letramento em Lngua Portuguesa e em Matemtica, foi instituda, por meio da Portaria Normativa n 10, de 26 de abril de 2007, a Provinha Brasil, com os seguintes objetivos:

    a) avaliar o nvel de alfabetizao dos educandos nos anos iniciais do ensino fundamental;

    b) oferecer s redes e aos professores e gestores de ensino um resultado da qualidade da

    alfabetizao, prevenindo o diagnstico tardio das dificuldades de aprendizagem; e

    c) concorrer para a melhoria da qualidade de ensino e reduo das desigualdades, em consonncia com as metas e polticas estabelecidas pelas diretrizes da educao nacional

    Assim, desde 2008, a Provinha Brasil com foco nas habilidades de Lngua Portuguesa vem sendo disponibilizada em dois perodos: no incio e no trmino do ano letivo Os dados e as informaes que podem ser coletadas permitem s Secretarias de Educao a reviso

    dos planejamentos e o estabelecimento de metas pedaggicas, a escolha dos componentes

    1 Cf BRASIL Ministrio da Educao Secretaria da Educao Bsica (SEB) Ensino fundamental de nove anos: orientaes para incluso da criana de seis anos de idade Brasilia: FNDE, 2006

    2 O Saeb avalia apenas as habilidades esperadas dos alunos que esto incluindo determinados cclos de ensino, a saber: 5 e 9 anos do ensino fundamental e 3 srie do ensino mdio As avaliaes que compem o Saeb so realizadas a cada dois anos, quando so aplicadas provas de Lngua Portuguesa, Matemtica e Cincias, alm de questionrios socioeconmicos, aos alunos participantes e comunidade escolar.

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  • 7curriculares que precisam ser enfatizados, a adequao das estratgias de ensino de acordo com as necessidades dos alunos e, ainda, a adoo de medidas polticas pertinentes s realidades

    de cada escola ou redeCom uma proposta similar, ampliou-se, a partir de 2011, o entendimento de avaliao da

    alfabetizao, incluindo instrumentos para monitoramento das habilidades de Matemtica Nesse sentido, ao implementar o instrumento de Matemtica, o intuito foi garantir que fosse realizado o diagnstico do processo de alfabetizao de uma maneira ampla, e, ao mesmo tempo, que se permitisse o desenvolvimento de atividades e a reorganizao da prtica pedaggica dessa rea de conhecimento Desse modo, compreende-se que a participao nessa avaliao traz benefcios para todos os envolvidos no processo educativo: alunos, professores alfabetizadores e gestores

    A estrutura de operacionalizao da Provinha Brasil mantm-se sob a responsabilidade dos gestores das redes, e o kit, alm de ser disponibilizado na pgina do Inep, impresso e distribudo diretamente pelo Inep aos gestores das redes estaduais e municipais de educao que manifestam o interesse em aplic-la, sem custos para estes

    A aplicao e a correo dos testes, assim como a utilizao dos resultados, so de responsabilidade dos gestores das Secretarias de Educao, podendo ser delegadas s escolas, dependendo da

    estratgia definida para a avaliao.

    CONTRIBUIES DA PROVINHA PARA A ALFABETIZAO E O LETRAMENTO

    Por meio da anlise dos resultados da avaliao, possvel responder, entre outras, a algumas questes sobre o processo de ensino e aprendizagem da lngua escrita pelos alunos, sobretudo no que tange s habilidades de Leitura e de Matemtica:

    Que habilidades de Leitura e de Matemtica os alunos dominam?

    Que dificuldades em Leitura e em Matemtica os alunos apresentam ao final de dois anos no ensino fundamental?

    Que habilidades de Leitura e de Matemtica os alunos necessitam consolidar nos anos iniciais dessa etapa?

    Essas informaes so muito importantes para o professor, pois com base nelas que ele poder desenvolver os principais mecanismos com os quais controlar, com autonomia, seu processo de trabalho Sabendo o que os alunos j sabem, ele ter uma referncia segura para elaborar seu planejamento pedaggico e estabelecer metas a serem atingidas, selecionar e criar atividades pertinentes aos nveis de conhecimento dos alunos e estabelecer formas de trabalho adequadas para turmas heterogneas

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  • 8A participao em uma avaliao como a proposta pela Provinha Brasil traz benefcios para todos os envolvidos no processo educativo:

    Os alunos podero ter suas necessidades melhor atendidas mediante o diagnstico realizado, e, com isso, espera-se que o seu processo de alfabetizao acontea satisfatoriamente

    Os professores alfabetizadores contaro com um instrumental valioso que possibilitar a reorientao do que ensinar e de como ensinar para identificar, de forma sistemtica, as dificuldades dos alunos. Alm disso, as anlises e interpretaes dos resultados e os documentos pedaggicos a eles relacionados podero contribuir para a formao dos professores

    Os gestores podero fazer escolhas bem fundamentadas em sua gesto, reunindo elementos para o planejamento curricular e para subsidiar a formao continuada dos professores alfabetizadores, a fim de melhorar a qualidade do ensino em sua rede.

    Tendo em vista as contribuies que a avaliao pode trazer para a organizao do trabalho docente, vale reafirmar que os professores e gestores, com base nos resultados da avaliao, devem

    refletir sobre a prtica pedaggica desenvolvida na escola. O objetivo dessa reflexo redefinir

    o planejamento de ensino e aprendizagem, modificando-o, especificando-o, aprimorando-o. Isso

    significa considerar que os resultados da Provinha Brasil podem redimensionar objetivos e metas do

    trabalho pedaggico que ser desenvolvido nos anos iniciais do ensino fundamental. Isso significa,

    ainda, que os profissionais das escolas precisam estar comprometidos com a anlise coletiva dos

    resultados da avaliao, procurando investigar e compreender a natureza dos erros e acertos dos alunos. S assim a discusso desses resultados levar tomada de decises quanto ao trabalho a

    ser desenvolvido durante o ano letivoDepois dessa anlise e discusso coletiva, importante que a escola: avalie a distribuio dos contedos e habilidades da alfabetizao e letramento, bem como

    das habilidades matemticas, no ano e ao longo dos anos subsequentes, determinando quais deles ir privilegiar;

    compartilhe as metas da escola com as famlias de seus alunos para acolher sugestes e, por meio desse dilogo, favorecer o interesse da famlia pelo aprendizado de seu filho e oferecer subsdios para o acompanhamento da aprendizagem;

    compartilhe esses objetivos com os prprios alunos para que sempre saibam o que deles esperado e para que possam, assim, monitorar seu processo de aprendizagem; e

    utilize os resultados da avaliao como material para a formao continuada de alfabetizadores

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  • 9 O TESTE

    QUEM AVALIADO PELA PROVINHA BRASIL?

    A Provinha Brasil, avaliao diagnstica, visa identificar o desempenho dos alunos no incio e no

    final do segundo ano de escolaridade do ensino fundamental. A escolha do segundo ano do ensino

    fundamental foi adotada considerando o disposto no Plano de Metas Compromisso Todos pela Educao (2007), que expressa a necessidade de alfabetizar as crianas at, no mximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados por meio de exame peridico especfico (artigo 2, inciso II).

    Sendo assim, essa avaliao destinada a alunos aps um ano de estudos no ensino fundamental dedicado ao processo de alfabetizao

    Desse modo, a definio dos alunos que participam da Provinha Brasil independe da trajetria

    escolar individual

    QUAL O OBJETIVO DA PROVINHA BRASIL?

    O foco da avaliao est na contribuio da educao formal para o processo de alfabetizao em Lngua Portuguesa e Matemtica

    Nesse sentido, o objetivo da Provinha Brasil o de levantar informaes que possam subsidiar a ao de professores, coordenadores pedaggicos e gestores das escolas das redes pblicas de ensino do pas Com isso, pretende-se contribuir para o acompanhamento do desenvolvimento dos alunos na aquisio das habilidades relacionadas ao processo de alfabetizao e letramento em Lngua Portuguesa e em Matemtica esperadas nessa fase de escolarizao e, assim, prevenir o diagnstico tardio das dificuldades acumuladas nesse processo.

    As concepes que embasam a Provinha Brasil consideram que as habilidades relacionadas ao processo de alfabetizao e letramento em Lngua Portuguesa e Matemtica no se desenvolvem apenas nos dois primeiros anos da educao formal, mas continuamente, durante toda a educao bsica. Entende-se que, caso problemas nesse processo sejam identificados ainda no incio da vida

    escolar do aluno, as chances de uma aprendizagem efetiva sero potencializadas

    COMO SO OS TESTES DA PROVINHA BRASIL?

    Na Provinha Brasil, assim como em outros instrumentos que permitem avaliaes padronizadas, produzida uma medida quantitativa que possui um significado qualitativo. O valor numrico

    usado para quantificar ou operacionalizar um conceito abstrato, no caso, os nveis de alfabetizao

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  • 10

    e letramento em Lngua Portuguesa e Matemtica dos alunos que esto iniciando ou terminando o segundo ano de escolarizao

    So destinados avaliao dos alunos dois cadernos: um de Leitura e outro de Matemtica, com

    20 (vinte) questes cada Cada uma dessas questes avalia uma habilidade explcita nas Matrizes de Referncia e possui quatro opes de resposta, com trs tipos de enunciado: totalmente lidas pelo aplicador, parcialmente lidas pelo aplicador e totalmente lidas pelo aluno

    Cada questo que compe os testes da Provinha Brasil foi previamente aplicada a diferentes grupos de alunos de todo o pas Aps essa ao, denominada Pr-teste, as respostas dos alunos foram analisadas conforme critrios estatsticos e pedaggicos, identificando, assim, que habilidades

    as questes medem efetivamente, se so fceis, mdias ou difceis, se esto adequadamente escritas e ilustradas, entre outros aspectos

    O QUE AVALIADO NA PROVINHA BRASIL?

    Na Provinha Brasil, so avaliadas habilidades relativas alfabetizao e ao letramento

    iniciais Nem todas as habilidades a serem desenvolvidas durante o processo de alfabetizao so passveis de verificao por meio dessa avaliao, considerando as caractersticas especficas desse teste e da metodologia utilizada (durao, questes de mltipla escolha, reduzido nmero de questes para no tornar o teste muito extenso, controle da mediao do professor/aplicador, entre outros aspectos) Portanto, necessrio selecionar, para cada edio, um nmero de habilidades da Matriz de Referncia para Avaliao da Alfabetizao e do Letramento Inicial e da Matriz de Referncia para a Avaliao da Alfabetizao Matemtica Inicial para construir o teste

    TESTE DE LEITURA

    As habilidades definidas para avaliar o nvel de leitura dos alunos so aquelas que podem dar

    informaes relevantes em funo dos objetivos propostos e das condies impostas no mbito dessa avaliao

    Na Matriz de Referncia para Avaliao da Alfabetizao e do Letramento Inicial foram organizadas e descritas competncias e habilidades cuja estruturao tomou como base o documento Pr-Letramento Programa de Formao Continuada de Professores dos Anos/Sries Iniciais do Ensino Fundamental e outros documentos que norteiam as avaliaes nacionais desenvolvidas pelo Inep

    As habilidades constantes na Matriz de Referncia para Avaliao da Alfabetizao e do Letramento Inicial esto fundamentadas na concepo de que alfabetizao e letramento so processos a serem desenvolvidos de forma complementar e paralelamente, entendendo a alfabetizao como

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  • 11

    o desenvolvimento da compreenso das regras de funcionamento do sistema de escrita alfabtica, e o letramento como as possibilidades de usos e funes sociais da linguagem escrita, isto , o processo de insero e participao dos sujeitos na cultura escrita

    Foram consideradas como habilidades imprescindveis para o desenvolvimento da alfabetizao e do letramento as que podem ser agrupadas em torno de cinco eixos: apropriao do sistema de escrita; leitura; escrita; compreenso e valorizao da cultura escrita e desenvolvimento da oralidade

    Porm, em funo da natureza de um processo de avaliao como o da Provinha Brasil, a Matriz de Referncia considera apenas as habilidades de trs eixos:

    1. Apropriao do sistema de escrita diz respeito apropriao, pelo aluno, do sistema

    alfabtico de escrita Considera-se a importncia de o alfabetizando compreender, entre outros aspectos, a lgica de funcionamento desse sistema, por exemplo: identificar letras do alfabeto e

    suas diferentes formas de apresentao grfica, reconhecer unidades sonoras como fonemas e

    slabas e suas representaes grficas (dominando correspondncias grafofnicas), reconhecer

    diferentes estruturas silbicas das palavras e conhecer marcas grficas que demarcam o incio

    e o trmino de cada palavra escrita2. Leitura entendida como atividade que depende de processamento individual, mas se insere num contexto social e envolve [...] capacidades relativas decifrao, compreenso

    e produo de sentido. A abordagem dada leitura abrange, portanto, desde capacidades

    necessrias ao processo de alfabetizao at aquelas que habilitam o aluno participao ativa

    nas prticas sociais letradas, ou seja, aquelas que contribuem para o seu letramento (Pr - Letramento/MEC, 2007, p 39) Isso implica que o aluno desenvolva, entre outras habilidades, as de ler palavras e frases, localizar informaes explcitas em frases ou textos, reconhecer assunto de um texto, reconhecer finalidades dos textos, realizar inferncias e estabelecer

    relaes entre partes do texto3. Compreenso e valorizao da cultura escrita refere-se aos aspectos que permeiam o processo de alfabetizao e letramento, permitindo o conhecimento e a valorizao dos modos de produo e circulao da escrita na sociedade, considerando os usos formalizados no ambiente escolar e os de ocorrncia mais espontnea no cotidiano

    Com relao ao terceiro eixo, cabe esclarecer que ele no tratado separadamente na Matriz de Referncia da Provinha Brasil, mas as habilidades que o compem permeiam a concepo do teste, na medida em que subjazem elaborao das questes de leitura.

    Em relao escrita, embora o teste no venha contemplando sua avaliao, por questes

    tcnico-metodolgicas, ressalta-se a necessria vinculao da prtica escrita ao processo de alfabetizao e letramento. Escrita aqui entendida como produo que vai alm da codificao

    e se traduz em atividade social, cujos contedos e forma se relacionam a objetivos especficos, a

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  • 12

    leitores determinados e a um contexto previamente estabelecido Para ser um escritor competente, necessrio desenvolver desde habilidades no nvel da codificao de palavras formadas por slabas

    simples (consoante-vogal) e complexas (consoante-vogal-consoante ou consoante-consoante-vogal, por exemplo) at escrever frases, bilhetes, cartas, histrias, entre outros gneros, utilizando o princpio alfabtico

    Outra considerao relevante que a oralidade no avaliada nesse teste, devido s limitaes

    impostas pela natureza da avaliao No entanto, pertinente ressaltar a importncia desse eixo no trabalho pedaggico O tratamento didtico da oralidade pode abranger desde a ampliao dos usos da fala que os alunos j dominam ao entrarem na escola, favorecendo interaes mais produtivas na sala de aula e fora dela em situaes informais, at o desenvolvimento de habilidades relativas produo e compreenso de gneros usualmente encontrados em situaes mais

    formais, como: debates regrados, entrevistas, exposies orais pblicas realizadas, por exemplo, em seminrios e feiras de conhecimento Nesse eixo de ensino, podem ser considerados, ainda, os objetivos relativos reflexo sobre o fenmeno da variao lingustica e as relaes entre

    fala e escritaDessa forma, embora no haja avaliao de habilidades do eixo de oralidade na Provinha

    Brasil, necessrio contempl-lo no planejamento de ensino e realizar avaliao permanente do desenvolvimento dos alunos

    MATRIZ DE REFERNCIA DA AVALIAO DA ALFABETIZAO E DO LETRAMENTO INICIAL DA PROVINHA BRASIL

    A Matriz de Referncia da Provinha Brasil est, a partir do exposto, organizada em dois grandes eixos Em cada eixo esto descritas as habilidades selecionadas para avali-lo As habilidades descritas so tambm chamadas de descritores, por isso so indicadas pela letra D

    Ressalta-se que o trabalho de desenvolvimento dessas habilidades, durante o processo de ensino e aprendizagem, no acontece de maneira sequencial e linear e que a disposio das habilidades na estrutura da Matriz configura uma referncia para a organizao da avaliao como um todo.

    A seguir, apresentamos a Matriz de Referncia da Avaliao da Alfabetizao e do Letramento Inicial da Provinha Brasil.

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  • 13

    1 EIXO Apropriao do Sistema de Escrita

    D1 - Reconhecer letras

    D1.1 - Diferenciar letras de outros sinais grficos.

    D1.2 - Identificar as letras do alfabeto.

    D1.3 - Identificar diferentes tipos de letras.

    D2 - Reconhecer slabas D2.1 - Identificar nmero de slabas a partir de imagens.

    D3 - Estabelecer relaes entre unidades sonoras e suas representaes grficas

    D3.1 - Identificar vogais nasalizadas.

    D3.2 - Identificar relao entre grafema e fonema (letra/som com correspondncia sonora nica; ex: p, b, t, d, f)

    D3.3 - Identificar relao entre grafema e fonema (letra/som com mais de uma correspondncia sonora; ex: c e g)

    D34 - Reconhecer, a partir de palavra ouvida, o valor sonoro de uma slaba

    D35 - Reconhecer, a partir de imagem, o valor sonoro de uma slaba

    2 EIXO Leitura

    D4 - Ler palavras D4.1 - Estabelecer relao entre significante e significado.

    D5 - Ler frases D51 - Ler frases

    D6 - Localizar informao explcita em textos

    D61 - Localizar informao explcita em textos

    D7 - Reconhecer assunto de um texto

    D7.1 - Reconhecer o assunto do texto com o apoio das caractersticas grficas e do suporte

    D72 - Reconhecer o assunto do texto com base no ttulo

    D73 - Reconhecer o assunto do texto a partir da leitura individual (sem apoio das caractersticas grficas ou do suporte).

    D8 - Identificar a finalidade do texto

    D8.1 - Reconhecer a finalidade do texto com o apoio das caractersticas grficas do suporte ou do gnero

    D8.2 - Reconhecer a finalidade do texto a partir da leitura individual (sem apoio das caractersticas grficas do suporte ou do gnero).

    D9 - Estabelecer relaes entre partes do texto

    D9.1 - Identificar repeties e substituies que contribuem para a coerncia e coeso textual

    D10 - Inferir informao D101 - Inferir informao

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  • 14

    Matriz de Referncia para Avaliao da Alfabetizao e do Letramento Inicial da Provinha Brasil (Comentada)

    1 EIXO Apropriao do sistema de escrita

    D1 - Reconhecer letras

    D1.1 - Diferenciar letras de outros sinais grficos

    Buscar em sequncias com letras, desenhos, nmeros, sinais de pontuao, a que possui apenas letras

    D1.2 - Identificar as letras do alfabeto

    Identificar uma nica letra ditada pelo aplicador. Identificar, dentre vrias sequncias de letras, a sequncia ditada pelo aplicador.

    D1.3 - Identificar diferentes tipos de letras

    Identificar uma mesma palavra que se repete, escrita com letras de diferentes tipos, combinando letras: de imprensa maisculas e minsculas; minsculas de imprensa e cursiva Identificar mais de uma palavra que se repete, escritas com letras de diferentes tipos, combinando letras: de imprensa maisculas e minsculas; minsculas de imprensa e cursiva

    D2 - Reconhecer slabas

    D2.1 - Identificar nmero de slabas a partir de imagens

    Contar slabas cannicas, com base em uma imagem Contar slabas no cannicas, com base em uma imagem Comparar palavras dadas por imagens e relacionar as que possuem o mesmo nmero de slabas

    D3 - Estabelecer relaes entre unidades sonoras e suas representaes grficas

    D3.1 - Identificar vogais nasalizadas.

    Identificar a alternativa que corresponde ao nome de uma figura, apenas pela identificao da slaba nasal inicial

    D3.2 - Identificar relao entre grafema e fonema (letra/som com correspondncia sonora nica; ex: p, b, t, d, f)

    Escolher, dentre as alternativas, aquela que corresponde letra inicial do nome de uma figura dada; Escolher, dentre as alternativas, aquela que corresponde ao nome de uma figura, pelo reconhecimento do valor sonoro de apenas uma letra que varia no incio, no fim ou no meio das palavras listadas.

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  • 15

    D3.3 - Identificar relao entre grafema e fonema (letra/som com mais de uma correspondncia sonora; ex: c e g)

    Escolher, dentre as alternativas, aquela que corresponde letra inicial do nome de uma figura dada; Escolher, dentre as alternativas, o nome de uma figura, pelo reconhecimento do valor sonoro de apenas uma letra que varia no incio, no fim ou no meio das palavras listadas.

    D34 - Reconhecer, a partir de palavra ouvida, o valor sonoro de uma slaba

    Escolher, dentre palavras listadas, aquela que corresponde ao que foi ditado pelo aplicador, a partir do reconhecimento da variao de apenas uma slaba no incio, no fim ou no meio das palavras.

    D35 - Reconhecer, a partir de imagem, o valor sonoro de uma slaba

    Escolher o nome de uma figura, em que, nas alternativas, s varia uma slaba no incio, no meio ou no fim da palavra. Comparar palavras e escolher aquelas que tm a mesma slaba no incio, no meio ou no fim.

    2 EIXO Leitura

    D4 - Ler palavras

    D4.1 - Estabelecer relao entre significante e significado.

    Estabelecer relao entre imagens e a escrita de palavras diversas A complexidade varia de acordo com o grau de dificuldade ortogrfica apresentado pela palavra (formao cannica, no cannica, monosslabas)

    D5 - Ler frases

    D51 - Ler frases

    Escolher, entre alternativas de frases, a que corresponde a uma imagem Escolher, entre alternativas de frases, a que corresponde quela ditada pelo aplicador (com ou sem apoio de imagem)

    D6 - Localizar informao explcita em textos

    D61 - Localizar informao explcita em textos

    Identificar o personagem principal, aes, tempo, espao em narrativas verbais ou no verbais lidas individualmente Localizar informaes explcitas em outros gneros textuais verbais ou no verbais A complexidade varia de acordo com o gnero textual utilizado, o tamanho do texto, a sequncia em que as ideias so apresentadas e a localizao da informao no corpo do texto (incio, meio ou fim).

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    D7 - Reconhecer assunto de um texto

    D71 - Reconhecer o assunto do texto com o apoio das caractersticas grficas e do suporte.

    A complexidade varia de acordo com o gnero textual utilizado, o tamanho do texto, a sequncia em que as ideias so apresentadas e a localizao da informao no corpo do texto (incio, meio ou fim).

    D72 - Reconhecer o assunto do texto com base no ttulo

    D73 - Reconhecer o assunto do texto a partir da leitura individual (sem o apoio das caractersticas grficas ou do suporte).

    D8 - Identificar a finalidade do texto

    D8.1 - Reconhecer a finalidade do texto com o apoio das caractersticas grficas do suporte ou do gnero

    A complexidade varia de acordo com o gnero textual utilizado, o tamanho do texto, a sequncia em que as ideias so apresentadas e a localizao da informao no corpo do texto (incio, meio ou fim).

    D8.2 - Reconhecer a finalidade do texto a partir da leitura individual (sem o apoio das caractersticas grficas do suporte ou do gnero).

    D9 - Estabelecer relaes entre partes do texto.

    D9.1 - Identificar repeties e substituies que contribuem para a coerncia e coeso textual.

    A complexidade varia de acordo com o gnero textual utilizado, o tamanho do texto, a sequncia em que as ideias so apresentadas e a localizao da informao no corpo do texto (incio, meio ou fim).

    D10 - Inferir informao

    D101 - Inferir informao

    Inferir uma informao que decorre de outras informaes presentes no texto A complexidade varia de acordo com o gnero textual utilizado, o tamanho do texto, a sequncia em que as ideias so apresentadas e a localizao da informao no corpo do texto (incio, meio ou fim).

    TESTE DE MATEMTICA

    Um dos aspectos mais importantes da Matemtica o seu papel na compreenso e interpretao dos fenmenos da realidade. Essa compreenso oferece s pessoas as ferramentas necessrias

    para que elas possam agir de forma consciente na sociedade de que fazem parte Dessa forma, a Matemtica aparece como parte essencial da bagagem de todo cidado

    Para isso, cabe escola oferecer as condies necessrias para que o sujeito possa servir-

    se dessas ferramentas em suas prticas sociais Isso no quer dizer que a escola seja a nica responsvel por essas aprendizagens, uma vez que aprendemos tambm em nossas prticas

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    sociais Como exemplo, podemos citar adultos pouco escolarizados que, em seu trabalho, em sua vida, se servem das ferramentas matemticas para resolver os problemas com os quais so confrontados

    Da mesma forma, a criana, antes de chegar escola, tambm desenvolve um conjunto de

    saberes matemticos construdos na interao com seu meio social Se prestarmos ateno em crianas brincando, podemos perceber, por exemplo, que elas so capazes de realizar operaes simples; de estabelecer categorias e equivalncias; de reconhecer e diferenciar figuras geomtricas;

    de estabelecer parmetros pessoais para medir grandezas e de se servir de diversos outros conceitos matemticos

    O processo de alfabetizao em Matemtica caracteriza-se, portanto, como um processo de leitura e de escrita, de organizao das vivncias que o aluno traz de suas atividades extraescolares, de forma a lev-lo a construir um corpo de conhecimentos articulados que potencialize sua atuao na vida cidad Trata-se de um longo processo que dever, mais tarde, permitir ao sujeito utilizar as ideias matemticas para compreender o mundo no qual vive e instrumentaliz-lo para resolver as situaes desafiadoras que vai encontrar em sua vida na sociedade A alfabetizao em Matemtica um processo contnuo que passa do concreto (as crianas atribuem significados s suas prprias experincias ldicas) para o abstrato (generalizando

    as relaes a partir daquelas experincias) Nesse sentido, ser alfabetizado em Matemtica compreender o que se l e se escreve a respeito das primeiras noes de nmero e operaes, espao e forma, grandezas e medidas e tratamento da informao, sabendo expressar-se por meio da linguagem matemtica

    A relao do aluno com o conhecimento matemtico , de incio, marcadamente individualista (meu quadrado, minha conta), como tambm o so as representaes por ele utilizadas Embora sirvam como ponto de partida para a construo dos conceitos, cabe escola levar a criana ao

    desenvolvimento de outras percepesA escola marca a transio de um contexto exclusivamente familiar para um contexto influenciado

    pela cultura, com outros cdigos e possibilidades de relao, e a Matemtica surge como porta de entrada para novas competncias e estratgias prprias do mundo escolar

    Uma das competncias que se espera desenvolver no processo de alfabetizao matemtica o uso da linguagem simblica correspondente s noes elementares da Matemtica. Entretanto,

    os smbolos matemticos devem aparecer no como uma imposio do professor ou como uma caracterstica do conhecimento matemtico, mas como elementos facilitadores da comunicao

    Faz parte do processo de alfabetizao em Matemtica levar o aluno a escrever corretamente os algarismos ou repetir a sequncia numrica at certo limite estabelecido pelo professor Entretanto, esse processo no pode ficar reduzido ao trabalho com a escrita dos nmeros. Da mesma forma, o

    trabalho com as operaes aritmticas no deve ser visto como a memorizao de tcnicas operatrias nicas A etapa de alfabetizao matemtica se caracteriza, principalmente, pela compreenso

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    dos significados das operaes, sendo o desenvolvimento de estratgias pessoais de resoluo

    de problemas o motor desse desenvolvimento Trata-se do momento em que o aluno comea a organizar estratgias mais sistematizadas, embora ainda personalizadas, que vo permitir, em etapas posteriores, a compreenso de outros procedimentos de clculo

    As relaes entre causa e efeito e as inferncias lgicas tambm comeam a aparecer na etapa de alfabetizao matemtica Os alunos comeam a descobrir propriedades e regularidades nos diversos campos da Matemtica

    A alfabetizao matemtica demanda a passagem por situaes que promovam a consolidao progressiva das ideias matemticas Nesse sentido, o professor deve evitar antecipar respostas a problemas e questionamentos vindos do aluno Em outras palavras, o processo de alfabetizao matemtica caracteriza-se por desenvolver no aluno a postura de questionador, o que pode lev-lo a desenvolver o pensamento lgico A sistematizao excessiva e o abuso da linguagem matemtica podem ser prejudiciais para que o aluno desenvolva um pensamento matemtico autnomo

    importante compreender que o processo de alfabetizao matemtica tambm inclui o trabalho com as primeiras noes de espao e suas representaes As ideias iniciais de grandezas, como comprimento e tempo, por exemplo, tambm comeam a ser organizadas pelo aluno na fase de alfabetizao matemtica

    Da mesma forma, a necessidade de organizar e de comunicar informaes de maneira eficiente

    tambm faz parte do processo de alfabetizao matemtica Por exemplo, o contato do aluno com os meios de comunicao pode lev-lo a reconhecer tabelas e grficos simples como elementos

    facilitadores da compreenso de determinadas informaes

    MATRIZ DE REFERNCIA DE AVALIAO EM MATEMTICA DA PROVINHA BRASIL

    A Matriz de Referncia de Avaliao em Matemtica da Provinha Brasil elenca o que se pretende avaliar com esse teste, ou seja, os conhecimentos que so esperados que os alunos tenham adquirido aps o incio do processo de alfabetizao matemtica Essa matriz est organizada em quatro eixos que contemplam os principais blocos de contedos trabalhados na escola So eles: Nmeros e Operaes, Geometria, Grandezas e Medidas e Tratamento da Informao

    Em cada eixo da Matriz de Referncia da Provinha Brasil esto descritas as habilidades selecionadas para avaliao As habilidades descritas so tambm chamadas de descritores, por isso so indicadas pela letra D

    Ressalta-se que o trabalho de desenvolvimento dessas habilidades durante o processo de ensino e aprendizagem no acontece de maneira sequencial e linear e que a disposio das habilidades na estrutura da Matriz configura uma referncia para organizao da avaliao como um todo.

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    A seguir, apresentamos a Matriz de Referncia de Avaliao em Matemtica da Provinha Brasil

    1 Eixo Nmeros e Operaes

    D1-Mob i l i za r ide ias , conceitos e estruturas relacionadas construo do significado dos nmeros e suas representaes

    D1.1 - Associar a contagem de colees de objetos representao numrica das suas respectivas quantidades

    D1.2 - Associar a denominao do nmero sua respectiva representao simblica.

    D1.3 - Comparar ou ordenar quantidades pela contagem para identificar igualdade ou desigualdade numrica

    D14 - Comparar ou ordenar nmeros naturais

    D2-Resolver problemas por meio da adio ou subtrao

    D21 - Resolver problemas que demandam as aes de juntar, separar, acrescentar e retirar quantidades

    D22 - Resolver problemas que demandam as aes de comparar e completar quantidades

    D3-Resolver problemas por meio da aplicao das ideias que preparam para a multiplicao e a diviso

    D31 - Resolver problemas que envolvam as ideias da multiplicao

    D32 - Resolver problemas que envolvam as ideias da diviso

    2 Eixo Geometria

    D 4 - R e c o n h e c e r a s representaes de figuras geomtricas

    D4.1 - Identificar figuras geomtricas planas.

    D4.2 - Reconhecer as representaes de figuras geomtricas espaciais.

    3 Eixo Grandezas e Medidas

    D5-Identificar, comparar, re lacionar e ordenar grandezas

    D51 - Comparar e ordenar comprimentos

    D5.2 - Identificar e relacionar cdulas e moedas.

    D5.3 - Identificar, comparar, relacionar e ordenar tempo em diferentes sistemas de medida

    4 Eixo Tratamento da Informao

    D6 - Ler e interpretar dados em grficos, tabelas e textos

    D6.1 - Identificar informaes apresentadas em tabelas.

    D6.2 - Identificar informaes apresentadas em grficos de colunas.

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    Matriz de Referncia para a Avaliao da Alfabetizao Matemtica Inicial daProvinha Brasil (Comentada)

    1 EIXO Nmeros e Operaes

    D1 - Mobilizar ideias, conceitos e estruturas relacionadas construo do significado dos nmeros e suas representaes

    D1.1 - Associar a contagem de colees de objetos representao numrica das suas respectivas quantidades

    Indicar o numeral que corresponde quantidade de elementos apresentados a partir da contagem, elemento por elemento ou por pequenos grupos (de 2 em 2, de 3 em 3, de 4 em quatro, por exemplo) Os objetos podem ser apresentados de forma organizada ou de forma desorganizada, com no mximo 20 elementos

    D1.2 - Associar a denominao do nmero sua respectiva representao simblica.

    Reconhecer a escrita numrica por meio dos algarismos indo-arbicos Por exemplo, ao ouvir a expresso quarenta e dois, o aluno deve reconhecer que esta representa o numeral 42, que composto pelos algarismos 4 e 2 Para responder corretamente aos itens que avaliam esta habilidade, o aluno precisa entender como funciona o sistema de numerao decimal

    D1.3 - Comparar ou ordenar quantidades pela contagem para identificar igualdade ou desigualdade numrica

    Comparar grupos diversos (apresentados de forma organizada ou de forma desordenada) para identificar os grupos que possuem a mesma quantidade, ou para identificar o grupo que tem mais ou menos elementos

    D14 - Comparar ou ordenar nmeros naturais

    Indicar uma sequncia de nmeros ordenados do menor para o maior, ou o contrrio, do maior para o menor Indicar um numeral que est faltando em uma determinada sequncia de nmeros naturais Podero ser utilizados valores at 20 ou dezenas at 90

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    D2 - Resolver problemas por meio da adio ou subtrao

    D21 - Resolver problemas que demandam as aes de juntar, separar, acrescentar e retirar quantidades

    Resolver problemas com nmeros naturais, envolvendo diferentes significados da adio ou subtrao, que demandam aes de juntar, separar, acrescentar e retirar Veja alguns exemplos que exploram esses significados:Ideia de juntar:Mariana tem 7 livros de Matemtica e 8 de Portugus Quantos livros Mariana tem ao todo?Ideia de acrescentar:Lcia tem 5 bonecas Se ela ganhar mais 3 bonecas novas em seu aniversrio, com quantas bonecas ela ficar?Ideia de tirar:Dos 5 lbuns de figurinhas que Fbio possua, ele deu 3 para o seu irmo. Com quantos lbuns Fbio ficou?Ideia de separar:Paulo tem ao todo 19 bolinhas nas cores verde e azul, sendo que 8 so verdes Quantas so as bolinhas de cor azul? Ressalta-se que no segundo ano do ensino fundamental no so exigidas habilidades para calcular adies e subtraes envolvendo agrupamento e os valores utilizados na avaliao no excedem a 20 Espera-se que os alunos possam resolver situaes-problema, a partir de um contexto concreto, tanto por meio de estratgias pessoais como por meio da tcnica operatria convencional. A fim de verificar diferentes nveis de alfabetizao matemtica, os itens da prova podem estar estruturados com ou sem o apoio de imagens

    D22 - Resolver problemas que demandam as aes de comparar e completar quantidades

    Resolver problemas com nmeros naturais, envolvendo diferentes significados da subtrao, que demandam as aes de comparar e completar quantidades Os problemas so de comparao quando h situaes que remetam ideia de quanto tem a mais ou quanto tem a menos. Os problemas so de completar quando h duas situaes e uma delas sofre alterao para se igualar outra, remetendo ideia de quanto falta. Veja alguns exemplos que exploram esses significados:Ideia de comparar:Ana tem 12 bonecas e Maria tem 7 bonecas Quantas bonecas Ana tem a mais que Maria?Ideia de completar:Ricardo guardou R$ 6,00 Andr guardou R$ 9,00 Quanto falta para Ricardo ter a mesma quantidade que Andr?

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    D3 - Resolver problemas por meio da aplicao das ideias que preparam para a multiplicao e a diviso

    D31 - Resolver problemas que envolvam as ideias da multiplicao

    Resolver problemas com nmeros naturais, envolvendo a operao de multiplicao, relacionada ideia de soma de parcelas iguais, configurao retangular, comparao entre razes (proporcionalidade) e combinatria. Veja alguns exemplos envolvendo essas ideias:Ideia de adio de parcelas iguais:Joo ganhou trs caixas com 4 carrinhos cada uma Quantos carrinhos Joo ganhou ao todo? (A partir desta ideia, a escrita 3x4 aparece como uma forma reduzida da escrita aditiva 4+4+4) Ideia de configurao retangular:Quantos alunos h ao todo em uma sala organizada em 3 fileiras com 6 alunos em cada uma?Ideia de comparao entre razes (proporcionalidade):Um chocolate custa dois reais Quanto gastarei para comprar 4 chocolates?Ideia de combinatria:Carmem tem duas saias, uma preta e outra azul, e tem duas blusas, uma vermelha e outra amarela Quais combinaes ela pode fazer com essas roupas?

    D32 - Resolver problemas que envolvam as ideias da diviso

    Resolver problemas com nmeros naturais, envolvendo a operao de diviso, relacionada ideia de repartio (ou distribuio equitativa) e ideia de medida (quanto cabe). Veja alguns exemplos envolvendo essas ideias:Ideia de repartio:Rodrigo tem 15 bolinhas de gude para guardar igualmente em trs saquinhos Quantas bolinhas sero guardadas em cada saquinho?Ideia de medida:Rodrigo quer guardar suas 15 bolinhas de gude em saquinhos com 5 bolinhas cada um De quantos saquinhos Rodrigo necessitar?

    2 EIXO Geometria

    D4 - Reconhecer as representaes de figuras geomtricas

    D4.1 - Identificar figuras geomtricas planas.

    Identificar figuras geomtricas planas tanto em situaes que solicitem a indicao dos nomes dessas figuras (tringulos, quadrados, retngulos, trapzios, crculos etc.) quanto em situaes que solicitem a identificao de figuras geomtricas planas em representaes planas de objetos tridimensionais.

    D4.2 - Reconhecer as representaes de figuras geomtricas espaciais.

    Reconhecer as representaes de figuras geomtricas espaciais tanto em situaes que solicitem a indicao dos nomes dessas figuras (cubo, paraleleppedo, cilindro, cone, esfera, ngulo, trapzio, crculo etc) quanto em situaes que solicitem associar objetos do mundo fsico a representaes de alguns slidos geomtricos

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    3 EIXO Grandezas e Medidas

    D5 - Identificar, comparar, relacionar e ordenar grandezas

    D51 - Comparar e ordenar comprimentos

    Comparar e ordenar comprimentos a partir de situaes que envolvam desenhos de objetos ou personagens para estabelecer comparativamente: o maior, o menor, igual, o mais alto, o mais baixo, o mais comprido, o mais curto, o mais grosso, o mais fino, o mais estreito, o mais largo.

    D5.2 - Identificar e relacionar cdulas e moedas.

    Identificar a cdula ou a moeda que corresponde a um determinado valor, ou ainda a troca de uma ou mais cdulas por outras cdulas menores, ou a troca de uma moeda por moedas de valores menores, considerando os seus valores

    D5.3 - Identificar, comparar, relacionar e ordenar tempo em diferentes sistemas de medida.

    Identificar diferentes formas de medir o tempo, tais como: horas e minutos; dias, semanas, meses e anos Identificar os diferentes instrumentos de medida de tempo (relgios, calendrios etc.). Identificar a marcao de horas cheias e fraes de 30 minutos em relgios digitais e analgicos. Comparar o tempo a partir dos perodos do dia, da semana, do ms e do ano Relacionar horrios apresentados em relgios digitais e analgicos Ordenar sequncia de eventos cotidianos apresentados por ilustraes

    4 EIXO Tratamento da Informao

    D6 - Ler e interpretar dados em grficos, tabelas e textos

    D6.1 Identificar informaes apresentadas em tabelas.

    Identificar informaes apresentadas em tabelas usando, para isso, situaes-problema contextualizadas Os itens que avaliam essa habilidade podem apresentar tanto tabelas de uma entrada como tabelas de dupla entrada, explorando frequncias que variam at 99, registrando-as por meio de numerais ou por meio de imagens

    D6.2 - Identificar informaes apresentadas em grficos de colunas.

    Ler informaes apresentadas em grficos de colunas, usando, para isso, situaes-problema contextualizadas. Os itens podem solicitar aos alunos a identificao, no grfico, da maior ou da menor frequncia ou, ainda, dada uma frequncia, solicitar aos alunos que identifiquem a informao correspondente no grfico e vice-versa.

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    QUEM APLICA E CORRIGE O TESTE?

    O conjunto de instrumentos de avaliao que compem o kit da Provinha Brasil disponibilizado exclusivamente aos gestores das redes, que ficam responsveis pelas definies sobre as formas

    de aplicao e correo dos testes, assim como pelas anlises dos resultados

    Como o objetivo principal deste instrumento oferecer um diagnstico que permita a reorganizao das prticas

    pedaggicas de forma que se possibilite o desenvolvimento adequado do processo de alfabetizao em Leitura

    e Matemtica, importante que os professores participem ativamente da aplicao dos instrumentos e tenham

    acesso aos resultados do desempenho dos alunos.

    Dependendo do foco que o gestor atribua avaliao, o teste poder ser aplicado, corrigido e

    analisado:

    a) pelo prprio professor da turma, com o objetivo de monitorar e avaliar a aprendizagem de cada aluno ou turma, pelo conjunto dos professores, juntamente com os coordenadores pedaggicos; e

    b) por outras pessoas indicadas e preparadas pela Secretaria de Educao, com a proposta de obter uma viso geral de cada unidade escolar ou de toda a rede de ensino sob a administrao dessa Secretaria

    possvel fazer uma juno desses dois objetivos, solicitando aos professores que realizem a aplicao e encaminhem uma cpia dos resultados para a Secretaria de Educao a que estejam vinculados

    Como essa avaliao tem caractersticas distintas das realizadas no cotidiano escolar, para aplic-la, necessrio

    seguir atentamente as orientaes contidas nos Guias de Aplicao das respectivas reas: Leitura e Matemtica.

    Dessa maneira, ao mesmo tempo em que os professores tero um diagnstico de seus alunos, os gestores da rede de ensino contaro com elementos para subsidiar a elaborao das polticas educacionais

    Em qualquer um dos casos, para implementar a Provinha Brasil, tanto de Lngua Portuguesa quanto de Matemtica, necessrio que as Secretarias de Educao planejem as formas de aplicao e correo dos testes, assim como a interpretao, a utilizao e a divulgao dos resultados, de acordo com os objetivos definidos para a avaliao.

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    COMO CORRIGIR A PROVINHA BRASIL?

    A correo das 20 questes de mltipla escolha de cada uma das reas avaliadas ser feita mediante o registro dos seus acertos ou no Para facilitar o processo de correo, encaminhamos uma ficha anexa (vide pginas 50 e 51). Dessa forma, o primeiro passo a ser adotado para proceder

    correo dos testes dos alunos ter em mos cpias das fichas para marcao das respostas

    dos alunosPara cada turma avaliada, deve ser preenchida uma ficha de correo que permite at 36

    registros Caso o nmero de alunos em uma turma seja maior que 36, ser necessrio utilizar outra ficha para completar os registros dos alunos.

    A ficha composta pelos seguintes campos de preenchimento:

    a) Dados de identificao onde sero registrados o nome da escola e do professor/corretor,

    a turma, o ano ou a srie avaliada e a data de aplicao do teste

    b) Nmero dos alunos no dirio de classe onde ser registrado o nmero de cada aluno, conforme consta no dirio de classe, que participou da avaliao

    c) Questes e gabaritos onde consta o nmero de cada questo e seus respectivos gabaritos

    d) Total de acertos por aluno para registro da quantidade de questes acertadas por aluno (ltima coluna)

    e) Mdia da turma para registro da mdia de acertos da turma (na ltima linha e coluna do campo: Total de acertos por aluno)

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    O campo relativo ao gabarito deve ser preenchido apenas quando o aluno ACERTAR a questo. Caso o aluno

    responda incorretamente ou deixe a questo em branco, NO preencha o campo relativo questo.

    O segundo passo registrar em cada teste o nmero do aluno, conforme identificado no dirio

    de classe Em seguida, coloque os testes em ordem crescente de numerao A correo do teste feita por aluno Sendo assim, voc dever marcar o campo relativo ao gabarito da questo quando o aluno responder corretamente, conforme o exemplo citado

    Depois de preenchidos os campos e registrados os totais de acertos de todos os alunos, realiza-se o clculo da mdia da turma, utilizando, para isso, o campo correspondente ltima coluna e

    ltima linha da ficha.

    A mdia da turma calculada somando o nmero de acertos de todos os alunos e dividindo o resultado pelo

    total de alunos que fizeram o teste.

    O preenchimento da ficha permitir a visualizao do nmero de acertos de cada aluno e a

    mdia da turma Aps corrigir o teste, veja no prximo tpico como os quantitativos de acertos podem ser entendidos

    Lembramos que o modelo de ficha enviado uma sugesto. H autonomia para se criar outro

    modelo, constando essas e/ou outras informaes que melhor se adaptem s necessidades de cada

    realidade

    O material utilizado NO deve ser enviado para o MEC ou para o Inep aps a aplicao. A correo, a interpretao

    e a utilizao dos resultados devem ser realizadas no mbito de cada escola e Secretaria de Educao.

    COMO INTERPRETAR OS RESULTADOS?

    As respostas dos alunos podem ser interpretadas estabelecendo-se uma relao entre o nmero ou a mdia de acertos de um ou mais alunos e sua correspondncia com nveis de desempenho descritos para a Provinha Brasil de Leitura e de Matemtica Dessa forma, quando consegue responder corretamente a um quantitativo de questes do teste, o aluno demonstra ter desenvolvido determinadas habilidades

    Para constituir os nveis, foi feita uma anlise do grau de dificuldade das habilidades medidas no

    instrumento do Pr-teste Em seguida, as habilidades foram distribudas gradativamente e associadas aos processos cognitivos e conhecimentos, desde os mais bsicos at os mais complexos Em funo do nmero de questes de mltipla escolha respondidas corretamente, foram definidos e descritos

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    MorganaHighlight

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    cinco nveis de alfabetizao e letramento inicial em Lngua Portuguesa e tambm cinco nveis de alfabetizao em Matemtica em que os alunos podem estar situados

    Cabe ressaltar, ainda, que a interpretao das respostas dos alunos no pode ser feita a partir do erro ou do acerto de uma questo isolada, pois o acerto ou o erro de uma nica questo definido por uma srie de fatores circunstanciais. Dessa maneira, apenas um conjunto de acertos

    pode garantir uma descrio segura do desempenho do alunoQuando o aluno consegue responder corretamente a um quantitativo de questes de mltipla

    escolha, demonstra j ter desenvolvido determinadas habilidades Assim, as respostas dos alunos ao teste podem ser interpretadas estabelecendo-se uma relao entre o nmero ou a mdia de acertos de um ou mais alunos e sua correspondncia com nveis de desempenho descritos para a Provinha Brasil

    importante esclarecer que cada um desses nveis apresenta novas habilidades e engloba as anteriores, por exemplo: um aluno que alcanou o nvel 3 j desenvolveu as habilidades dos nveis 1 e 2 Os nveis indicam o ponto do processo de aprendizagem em que os alunos se encontram no momento de aplicao da Provinha Brasil e devem ser usados como referncia para o planejamento do ensino e da aprendizagem Os testes da Provinha Brasil procuram abranger todos os descritores para avaliar os nveis de desempenho esperados dos alunos no incio e no final do segundo ano.

    Com base nos detalhamentos dos nveis de desempenho a seguir, voc poder identificar as

    habilidades que seus alunos j dominam e as que eles ainda necessitam adquirir ou consolidar Junto descrio dos nveis, existem consideraes e sugestes de trabalho para que os alunos

    progridam ao longo do processo de aprendizagem

    INTERPRETAO DOS NVEIS DE DESEMPENHO DA PROVINHA BRASIL LEITURA

    Neste Teste 1 da Provinha Brasil de 2014, so adotados os seguintes nmeros de acertos para identificar os nveis de desempenho dos alunos:

    Teste 1 2014

    Nvel 1 at 5 acertosNvel 2 de 6 a 10 acertos Nvel 3 de 11 a 15 acertos Nvel 4 de 16 a 17 acertos Nvel 5 de 18 a 20 acertos

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    Nvel 1

    at 5 acertos

    Neste nvel, os alunos, geralmente, j podem: diferenciar letras de outros sinais grficos; identificar letra ou sequncia de letras do alfabeto lida pelo aplicador.

    Consideraes e sugestes de atividades importante que o professor concentre o seu trabalho em atividades relacionadas s habilidades

    que permitam a apropriao do sistema de escrita, levando seus alunos a reconhecerem, compreenderem e utilizarem o alfabeto em suas diferentes formas de apresentao grfica. Alm da consolidao

    dessas habilidades essenciais, as atividades em sala de aula devem ter como foco o desenvolvimento da compreenso das relaes fonema-grafema (sons/letras), ou seja, do valor funcional das letras, bem como a conscincia fonolgica

    Nesse caso, o trabalho deve ser permeado por uma diversidade textual que permita ao aluno ampliar sua compreenso e valorizao dos diversos usos e funes da linguagem escrita Os alunos identificados neste nvel precisam ouvir muitos textos lidos pelo professor, como histrias, notcias,

    poemas e anedotas, entre outros Alm de participar de atividades que envolvam trava-lnguas, cantigas, parlendas, recontos de histrias e poemas considerando a repetio de slabas, palavras e frases

    O professor poder, ainda, realizar atividades, como: explorao de rimas, acrscimo/subtrao ou substituio de sons para formar novas palavras, identificao e comparao da quantidade de

    letras e slabas, variao da posio das letras na escrita das palavras, colocao de palavras em ordem alfabtica, comparao entre palavras ouvidas e palavras escritas e jogos (de memria, bingo de letras, slabas, palavras e sons)

    Ainda que os alunos no saibam ler, eles podem e devem explorar materiais diversos, como: livros de literatura, revistas em quadrinhos, dicionrios e enciclopdias Devem tambm ser incentivados a frequentar sistematicamente a biblioteca escolar ou o cantinho de leitura da sala de aula Essas atividades, em situaes diversas e contextualizadas, so fundamentais para que os alunos compreendam os usos sociais da leitura, estabeleam relaes e reconheam semelhanas e diferenas entre diversos tipos de textos

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    Nvel 2

    de 6 a 10 acertos

    Os alunos que se encontram neste nvel, alm de j terem consolidado as habilidades do nvel anterior, geralmente j podem: reconhecer palavras de formao silbica cannica escritas de diferentes formas; estabelecer relao entre grafemas e fonemas, identificando, por exemplo, a letra ou a slaba inicial de uma palavra; ler palavras formadas por slabas cannicas e no cannicas

    Consideraes e sugestes de atividadesComo os alunos deste nvel demonstram dominar a natureza alfabtica do sistema de escrita,

    ou seja, reconhecem que as unidades menores da fala so representadas por letras, o professor precisa introduzir orientaes para o domnio progressivo das regularidades e das irregularidades ortogrficas da lngua portuguesa. importante chamar a ateno para as representaes grficas

    que podem trazer dificuldades aos alunos e estimul-los a procurarem a soluo de suas dvidas

    no dicionrio ou na consulta ao professor e aos colegas O professor deve estar consciente de que, mesmo depois que os alunos j leem palavras, preciso continuar ensinando a ler Tambm recomendado que os alunos que se encontram neste nvel tenham a oportunidade de interagir com novos gneros textuais, mesmo que precisem da mediao do professor Isso permitir que eles desenvolvam o conhecimento de diferentes estruturas textuais

    O trabalho com as regularidades e as irregularidades ortogrficas pode ser feito de maneira

    reflexiva e ldica, por meio de jogos ortogrficos, como palavras cruzadas, charadas e caa-palavras.

    preciso incentiv-los no desenvolvimento de estratgias para ler pequenos textos com fluncia,

    sem gaguejar e sem escandir slabas, bem como desafi-los a escreverem textos teis, como:

    bilhetes, convites, cartas, avisos, recados, regras de jogos e suas brincadeiras, alm de histrias, em suas interaes sociais

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    Nvel 3

    de 11 a 15 acertos

    Os alunos que se encontram neste nvel, alm de j terem consolidado as habilidades dos nveis anteriores, geralmente j podem: identificar o nmero de slabas em uma palavra; ler frases de sintaxe simples com o apoio de imagens ou ditadas pelo aplicador; identificar informao explcita de fcil localizao em textos curtos com o apoio da leitura pelo aplicador ou por meio de leitura individual; inferir informaes em textos curtos, de gneros usuais, por meio de leitura individual e apoio em linguagem no verbal; reconhecer o assunto do texto com o apoio do ttulo ou de contedo informacional trivial, com base nas caractersticas grficas do gnero, a partir de leitura individual ou com o auxlio da leitura pelo aplicador; reconhecer a finalidade de textos de gneros usuais (receita, bilhete, curiosidades, cartaz) com base nas caractersticas grficas destes e leitura individual.

    Consideraes e sugestes de atividadesComo os alunos neste nvel j leem textos curtos e simples e dominam algumas estratgias de

    leitura, como a localizao de informao explcita no texto, sugere-se intensificar o trabalho com

    outros gneros, como contos, poemas e histrias em quadrinhos Isso possibilitar a ampliao da compreenso leitora de um texto ou de textos relacionados entre si

    Recomenda-se realizar produes textuais coletivas ou individuais de gneros diversificados.

    Inicialmente, privilegiando o cotidiano do universo infantil, evoluindo para textos menos familiares Deve-se explorar estratgias, como: leitura em voz alta, recitao de poemas ou interpretao cnica de histrias escritas, a fim de permitir ao aluno o desenvolvimento da velocidade e da entonao na

    leitura, para atingir a fluncia e despertar o interesse pela aprendizagem da lngua escrita.

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    Nvel 4

    de 16 a 17 acertos

    Os alunos que se encontram neste nvel, alm de j terem consolidado as habilidades dos nveis anteriores, geralmente j podem: identificar informao explcita no trivial em textos curtos ou mdios, com o apoio da leitura pelo aplicador ou com base em leitura individual; reconhecer a finalidade de um texto a partir de leitura individual, sem o apoio das caractersticas grficas do gnero ou explorando seu contedo informacional; reconhecer o assunto de textos curtos e mdios lidos individualmente sem o apoio das caractersticas grficas do gnero; inferir informaes no triviais em textos curtos por meio de leitura individual e apoio nas caractersticas do gnero; relacionar nome a seu referente anterior em textos curtos e mdios

    Consideraes e sugestes de atividadesOs alunos que se encontram neste nvel demonstram domnio da leitura de textos e da utilizao

    de estratgias diversas para sua compreenso Essas habilidades somente sero possveis mediante o desenvolvimento de um bom processo de alfabetizao

    Com base na compreenso dos conceitos de alfabetizao e letramento adotados no mbito da Provinha Brasil, consideram-se as habilidades descritas neste nvel de desempenho como aquelas que caracterizam a consolidao do processo de alfabetizao, ressalvando-se que o termo consolidao deve ser compreendido como a expresso de uma etapa de culminncia do processo de alfabetizao e no como concluso

    Os alunos que se encontram neste nvel esto alfabetizados, e o trabalho pedaggico dever centrar-se na direo de ampliar as habilidades relativas ao letramento, que envolvem a compreenso e o uso de textos variados, com estrutura mais complexa e temas diversificados e que circulem em

    diferentes esferas sociaisAssim sendo, neste nvel esto descritas as habilidades a serem alcanadas ao trmino do

    segundo ano de escolarizao e aperfeioadas durante os anos escolares seguintes

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    Nvel 5

    de 18 a 20 acertos

    Os alunos que atingiram este nvel j avanaram expressivamente no processo de alfabetizao e letramento inicial Para alm das habilidades dos outros quatro nveis, demonstram tambm: reconhecer o assunto de um texto longo com base no ttulo, a partir de leitura individual; reconhecer o assunto de textos mdios por meio de inferncias com forte base no contedo informacional, a partir de leitura individual; identificar informao explcita no trivial, por vezes secundria, em um texto curto ou mdio, com base em leitura individual; inferir informao no trivial em textos mdios com base em leitura individual ou com o apoio de leitura pelo aplicador; reconhecer a finalidade de um texto de construo complexa lido silenciosamente com o apoio de suporte

    A Provinha Brasil contempla habilidades importantes relacionadas ao processo de alfabetizao e letramento inicial Portanto, os alunos que atingiram o nvel 5 apresentam um excelente desempenho de aprendizagem, mas devem continuar progredindo em seu processo de leitor/escritor competente ao longo da escolaridade dos anos iniciais

    INTERPRETAO DOS NVEIS DE DESEMPENHO DA PROVINHA BRASIL MATEMTICA

    Neste Teste 1 da Provinha Brasil de 2014, so adotados os seguintes nmeros de acertos para identificar os nveis de desempenho dos alunos:

    Teste 1 2014

    Nvel 1 at 5 acertos

    Nvel 2 de 6 a 8 acertos

    Nvel 3 de 9 a 13 acertos

    Nvel 4 de 14 a 17 acertos

    Nvel 5 de 18 a 20 acertos

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  • 33

    Nvel 1

    at 5 acertos

    Neste nvel, os alunos, geralmente, j podem: realizar contagem de at 10 objetos iguais; associar figuras de objetos s formas geomtricas; identificar uma figura geomtrica em uma composio de figura; reconhecer em uma cdula do sistema monetrio o valor lido pelo aplicador; comparar e ordenar dimenses de comprimento e espessuras, identificando o mais baixo, o mais alto, o mais fino e o mais grosso; identificar informaes associadas maior coluna de um grfico, quando solicitado por meio dos termos mais diretos, como maior, mais

    Consideraes e sugestes de atividadesOs alunos que esto no nvel 1 realizam contagens usando agrupamentos de at 20 objetos

    iguais, dispostos de maneira uniforme ou no, e reconhecem a representao numrica relativa

    contagem realizada Para os alunos deste nvel, importante oportunizar atividades de contagem diversificando as situaes: dispor objetos agrupados (de 2 em 2, de 3 em 3, de 5 em 5, por exemplo)

    at 20, no mximo; aos poucos, diversificar os atributos dos objetos a serem contados, tais como

    formas, tamanhos e cores. A fim de ampliar o campo numrico conhecido e a representao no

    sistema decimal de numerao, possvel iniciar atividades de explorao de sequncias numricas at 10, promovendo questes sobre os nmeros que completam uma sequncia numrica sobre representaes de nmeros/quantidades em circunstncias diversas e de comparao de objetos iguais em variadas disposies

    Os alunos que esto neste nvel devem ser estimulados a pensar em problemas que envolvam as operaes de adio e subtrao, explorando as ideias de juntar, acrescentar, retirar e separar, com quantidades de at 10 elementos Jogos, brincadeiras e problemas podem ser utilizados como meios para o aluno desenvolver estratgias de clculo mental

    Tanto os problemas envolvendo contagem e sequncia numrica quanto os que envolvem as ideias de adio e de subtrao devem ser apresentados em situaes contextualizadas no universo culturalmente conhecido pelo aluno

    Os alunos neste nvel associam uma representao plana figura de um objeto, por exemplo,

    o desenho do objeto com a forma retangular (tela de TV) figura do retngulo. Atividades

    que considerem a manipulao dos objetos e representaes desses em desenhos podem oportunizar o reconhecimento de figuras geomtricas pela forma e a observao do objeto e da figura como um todo Na explorao de objetos e figuras, a partir de manipulaes e de desenhos, importante estimular a observao e anlise das formas visando identificao

    de semelhanas e diferenas entre as figuras geomtricas planas A manipulao de formas e

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    apresentao de desenhos devem ser diversificadas Quebra-cabeas com formas geomtricas, tangrans, embalagens, mosaicos, entre outros, podem ser usados como recursos para esse tipo de trabalho

    A habilidade de identificao de cdulas do sistema monetrio brasileiro, seja pela representao

    figural (imagem da cdula), seja pela solicitao oralmente requerida, do tipo qual a cdula que

    representa 5 reais, pode ser desenvolvida por meio de atividades ou brincadeiras usando rplicas de cdulas e moedas. Essas atividades devem incluir uma iniciao s comparaes entre cdulas

    e moedas (maior e menor valor), a fim de auxiliar o desenvolvimento da habilidade de trocas entre

    elas J as noes de tempo e o uso de suas unidades de medidas podem ser estimuladas em atividades de identificao de instrumentos de medio de tempo e de explorao de situaes do

    cotidiano do alunoEstimular a organizao de quantidades pequenas de informaes em tabelas simples (uma nica

    coluna com dados numricos) e a explorao de grficos de colunas pode auxiliar o desenvolvimento

    de habilidades de identificao e comparao de informaes em tabelas e grficos (representao

    da maior frequncia) Tais atividades podem ser realizadas, por exemplo, por meio de registro, em tabelas, de pontuao de jogos, de listagem de preos de objetos, de preferncias por brinquedos ou brincadeiras representados por tabelas e, ainda, por explorao de grficos em colunas com

    informaes de interesse dos alunos (quantidades de alunos com certa idade, preferncia de alimentos entre os colegas, quantidade de pontuao de alguns times/equipes em determinado campeonato, entre outros) Aos poucos, importante aumentar a complexidade das tabelas, que devem apresentar pelo menos mais uma coluna de registro numrico A organizao das tabelas pelos prprios alunos deve ser estimulada e surgir por meio de problemas; assim, essa atividade contribuir para o desenvolvimento da habilidade de identificao de informaes em tabelas com

    mais informaes que as tabelas simples

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    Nvel 2

    de 6 a 8 acertos

    Os alunos que se encontram neste nvel, alm de j terem consolidado as habilidades do nvel anterior, geralmente j podem: realizar contagem de at 10 objetos iguais em disposies variadas; reconhecer nmeros menores que 20 lidos pelo aplicador; completar o nmero que falta em uma sequncia numrica ordenada at 10; resolver problemas de adio que demandam ao de juntar ou acrescentar com total menor que 10; reconhecer figura geomtrica plana em posio padro a partir de seu nome; identificar a maior quantia entre cdulas do sistema monetrio; identificar informaes associadas maior coluna de um grfico, quando solicitado por meio de termos menos diretos, como preferido, campeo; identificar informaes apresentadas em tabelas com duas colunas.

    Consideraes e sugestes de atividadesOs alunos que atingiram o nvel 2 devem continuar a realizar contagens, usando agrupamentos

    de at 20 objetos dispostos de maneira uniforme ou no No entanto, importante oportunizar situaes em que os alunos possam ampliar o conhecimento sobre o sistema de numerao decimal. Os alunos que atingiram este nvel devem ser estimulados, paulatinamente, compreenso

    da representao numrica de quantidades maiores que 20, por meio de atividades que exijam raciocnios sobre a construo do sistema de numerao decimal A compreenso do sistema de numerao decimal deve ser relacionada regra de trocas de representao (10 unidades

    podem ser representadas por 1 dezena), contemplando a ideia de reversibilidade (1 dezena tambm pode ser representada por 10 unidades) Assim, as atividades de manipulao de objetos, jogos, brincadeiras e problemas sistematizados por trocas de representao em diferentes bases (menores que 10 bases 2, 3 e 5, por exemplo) e mantendo a reversibilidade auxiliam na construo dessa compreenso; por exemplo, em um jogo que exija que 3 fichas azuis sejam trocadas por 1 ficha branca e 3 fichas brancas por 1 ficha rosa, ento, 1 ficha rosa tambm poderia ser trocada por 9 azuis E mais, brincadeiras e jogos que exijam a compreenso de variao de valores segundo sua disposio espacial (por exemplo, jogo de boliche com pinos de vrios valores) facilitam a construo da compreenso do sistema de numerao decimal como um sistema posicional (o 5 pode valer 5 unidades ou 5 dezenas, por exemplo, segundo a ordem que ele ocupa no numeral)

    Atividades envolvendo sequncias numricas devem continuar No entanto, devem ser introduzidas atividades envolvendo sequncias numricas com nmeros maiores que 20 a serem completadas ou identificadas por ordem crescente e, mais adiante, decrescente. As atividades de comparao

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    de quantidades de objetos devem conter elementos variados, a fim de provocar o desenvolvimento

    da habilidade de comparao de objetos diferentes dispostos de forma no uniformeOs alunos devem ser estimulados a criar estratgias para realizar operaes de adio e

    subtrao que demandem ideias de juntar e acrescentar com o total maior que 10 e que demandem ideias de separar e retirar envolvendo nmeros at 20 Jogos, brincadeiras e problemas ajudam a desenvolver estratgias de clculo mental importante que a socializao das estratgias criadas pelos alunos seja encaminhada pelo professor, a fim de contribuir com a construo de diversificadas estratgias operatrias de realizao em funo das regras de organizao do sistema decimal de numerao

    As habilidades relativas ao campo da geometria podem ser estimuladas a partir de atividades que favoream o desenvolvimento da percepo espacial (discriminao visual, memria visual, decomposio de campo, conservao de forma e tamanho, coordenao visual-motora e equivalncia por movimento), destacando o reconhecimento das figuras geomtricas a partir da observao de sua presena no contexto de vivncia dos alunos Isso propicia a manipulao desses objetos a fim de que possam identificar e explorar as propriedades que possuem, estabelecendo comparaes e extraindo suas prprias concluses sobre as particularidades e semelhanas que apresentam

    Os alunos devem iniciar atividades de reconhecimento de figuras planas dispostas na composio

    de um desenho ou mosaico. importante que os alunos continuem manuseando objetos diversificados

    que representem as figuras planas, bem como os respectivos desenhos. As atividades devem

    diversificar a apresentao das figuras geomtricas planas (representadas em desenhos ou objetos

    manipulveis) para auxiliar o desenvolvimento da habilidade de reconhecer uma figura em uma

    composio de figuras planas ou reconhec-la em disposies espaciais variadas (por exemplo, a

    base maior do retngulo deve ser apresentada na horizontal, na vertical ou inclinada para a direita ou para a esquerda) Os alunos que atingiram este nvel devem ser estimulados, paulatinamente, ao uso dos respectivos nomes das figuras planas apresentadas isoladamente ou na composio de

    outras O uso de rguas lineares, formas geomtricas feitas em papel-carto, desenhos em mosaicos ou demais desenhos compostos por figuras geomtricas devem ser explorados pelos alunos, entre

    as atividades sugeridas pelo professorAtividades envolvendo o sistema monetrio brasileiro favorece ao aluno desenvolver a noo de

    conveno de valores que so atribudos a certos objetos. Experincias envolvendo a identificao

    de cdulas e a comparao da maior quantidade entre cdulas devem ser estimuladas visando ao desenvolvimento da habilidade de trocas entre cdulas e/ou moedas; as rplicas de cdulas associadas a problemas podem auxiliar na construo dessa habilidade Como exemplo, o aluno deve ser estimulado a compreender que uma nota de dez reais equivale a duas notas de cinco, ou a cinco notas de dois reais, ou ainda a 10 moedas de um real Outras atividades tambm podero ser desenvolvidas, por exemplo, por meio de representaes de supermercado, livraria, sorveteria

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    etc, os alunos podem dramatizar situaes de compras e de vendas Outra estratgia a solicitao de oramentos, considerando uma determinada quantia em dinheiro, distribuda em cdulas com determinados valores Dessa forma, eles devero indicar a quantidade de materiais que podem comprar e quais cdulas eles utilizariam para o pagamento

    importante que a leitura de horas exatas em relgios analgicos e digitais seja iniciada com os alunos que j atingiram este nvel Os instrumentos de medio de tempo e as discusses/problematizaes sobre as unidades de medida devem ser manipuladas/confeccionadas pelos alunos sob a orientao do professor O envolvimento com esse contexto facilita o desenvolvimento da habilidade da leitura de horas e das noes de medidas em dia, semana, ms e ano, construdas paulatinamente ao longo da escolarizao

    Aos alunos que atingiram este nvel possvel oportunizar atividades que explorem a identificao

    da maior ou menor frequncia (valores) em tabelas e em grficos de colunas. Tais atividades podem

    ser realizadas, por exemplo, por meio de problemas que oportunizem a identificao da maior ou

    menor pontuao em um jogo realizado pelos alunos e com os resultados registrados em tabela; maior ou menor preo em uma tabela de produtos alimentcios e, ainda, por explorao de grficos

    em colunas com informaes de interesse dos alunos, menor quantidade de alunos com certa idade ou a maior incidncia entre as preferncias esportivas dos colegas Tambm importante desenvolver atividades de identificao, em grfico de colunas, de uma informao requerida por um problema:

    pedir que o aluno identifique no grfico (nmero de crianas x idade) quantas crianas tm 7 anos

    de idade, por exemplo

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    Nvel 3

    de 9 a 13 acertos

    Os alunos que se encontram neste nvel, alm de j terem consolidado as habilidades dos nveis anteriores, geralmente j podem: reconhecer nmeros maiores do que 20 lidos pelo aplicador; realizar contagem de at 20 objetos iguais ou diferentes; completar o nmero que falta em uma sequncia numrica ordenada, crescente ou decrescente, de nmeros maiores do que 10; resolver problemas de adio que demandam ao de juntar ou acrescentar com total maior do que 10; resolver problemas de subtrao que demandam ao de retirar com nmeros at 20; resolver problemas de subtrao que demandam ao de completar com o apoio de imagem; resolver problemas de multiplicao que envolvam a ideia de adio de parcelas iguais com o apoio de imagem; comparar quantidades de objetos iguais ou diferentes em disposies variadas para identificar maior ou menor quantidade; reconhecer nome de figuras geomtricas planas apresentadas na composio de um desenho; reconhecer o conjunto de figuras geomtricas utilizadas para compor um desenho; comparar e ordenar dimenses de comprimento e espessura, identificando o mais curto, o mais comprido ou aqueles de igual comprimento; compor valores monetrios para obter determinada quantia; identificar medidas de tempo: dias da semana; identificar informao associada ao maior/menor valor em uma tabela simples; identificar informao associada menor coluna de um grfico; identificar em tabelas com mais de duas colunas uma informao lida pelo aplicador.

    Consideraes e sugestes de atividadesOs alunos que atingiram o nvel 3 devem continuar a realizar contagens, usando agrupamentos

    de objetos de 10 em 10, para ampliar o campo numrico conhecido e compreender representaes no sistema de numerao decimal importante que as contagens envolvam objetos de diferentes tamanhos ou formatos e que sejam apresentados em diferentes organizaes (por exemplo: alinhados, organizados em grupos com o mesmo nmero de elementos ou completamente desorganizados)

    Eles tambm devem criar estratgias prprias para adicionar, mentalmente e com facilidade, nmeros de um algarismo e ainda trabalhar com a ideia inversa, realizando as subtraes correspondentes Dessa forma, a subtrao de uma quantidade menor que 10 de outra entre 10 e 20 mais bem compreendida Jogos, brincadeiras e problemas ajudam a desenvolver estratgias de clculo

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    mental Adies previamente trabalhadas (2+2=4; 2+3=5 etc) podem contribuir para a percepo de regularidades do sistema de numerao decimal (por exemplo: na adio de dezenas: 20+20=40; 20+30=50 etc.). Problemas e desafios devem levar os alunos a explorar novas ideias das operaes,

    como a ideia de completar uma quantidade a outra (subtrao) e adies de parcelas iguais, que introduz uma representao da multiplicao

    Os alunos devem compor desenhos a partir de diversas figuras geomtricas, variando suas posies e nomeando-as corretamente Tais atividades contribuem para desenvolver a habilidade de reconhecer uma figura geomtrica plana simples, mesmo quando um de seus lados no estiver na horizontal Explorar desenhos e representaes do espao fsico (por exemplo: a sala de aula) e a localizao de objetos e pessoas neste espao importante para desenvolver relaes geomtricas

    Experincias com o sistema monetrio envolvendo comparao de valores e trocas de cdulas devem ser realizadas Brincadeiras usando rplicas de cdulas e moedas contribuem para esse objetivo de aprendizagem A leitura de horas exatas em relgios analgicos e digitais deve ser uma atividade cotidiana, uma vez que noes de tempo e o uso de suas unidades de medida se constroem lentamente

    Organizar uma pequena quantidade de informaes em tabelas ou em grficos muito importante Tais atividades podem ser realizadas, por exemplo, por meio de jogos com registro de pontos em tabelas e posterior comparao do resultado final em um grfico de colunas. Registros de

    pesquisas feitas com a turma (por exemplo: nmero de irmos, esporte favorito, lanche preferido etc) tambm despertam o interesse de alunos Pode-se, ainda, organizar tabelas com dados dos alunos, incluindo: idade, massa, estatura etc para que as crianas possam acompanhar o prprio desenvolvimento durante o ano letivo Pode tambm trazer para a sala de aula dados publicados em jornais e solicitar a interpretao destes

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    Nvel 4

    de 14 a 17 acertos

    Os alunos que se encontram neste nvel, alm de j terem consolidado as habilidades dos nveis anteriores, geralmente j podem: resolver problemas de subtrao que demandem a ao de completar sem o apoio de imagem; resolver problemas de multiplicao que envolvam a ideia de adio de parcelas iguais sem o apoio de imagem; resolver problemas de diviso que demandem a ao de repartir por dois; determinar a metade de uma quantidade; comparar quantidades de objetos iguais ou diferentes em disposies variadas para identificar valor intermedirio, bem como elementos presentes em mesma quantidade; identificar medidas de tempo: hora, dia, semana, ms e ano; realizar trocas monetrias para representar um mesmo valor; identificar em grfico informao associada a uma frequncia lida pelo aplicador.

    Consideraes e sugestes de atividadesAlunos que atingiram o nvel 4 j apresentam um bom conhecimento do sistema de numerao

    decimal na escrita de nmeros de dois algarismos Mesmo assim, contagens diversas e problemas devem ser propostos para ampliar o campo numrico conhecido Pode-se ainda propor o registro de nmeros maiores em situaes significativas, tais como o nmero de sua residncia, as idades

    de adultos com quem se relacionam etcNo campo das operaes, importante levar os alunos a realizarem adies e subtraes

    mentalmente em problemas, jogos e brincadeiras Os problemas devem incluir a ideia de completar uma quantidade a outra e a de comparar quantidades usando o recurso da correspondncia um a um, se necessrio Novos problemas de adio de parcelas iguais devem ser explorados, sem a preocupao com o registro formal das operaes aconselhvel que os alunos experimentem situaes em que seja necessrio repartir quantidades no apenas em duas metades, mas em mais partes iguais, explorando a ideia de diviso sem qualquer preocupao com o registro formal

    Para desenvolver conceitos geomtricos, aconselha-se trabalhar com composio de desenhos feitos com diversas figuras geomtricas planas, explorando diferentes posies das figuras e

    nomeando-as Atividades envolvendo registro oral ou por