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||||Boletim Formativo Missão Dehoniana Juvenil ........................................ 1 Província Brasil São Paulo | ANO 1 - Maio de 2014 | N° 2 Rogai por nós! ~ Maria Mãe da Missão ~

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Missão Dehoniana Juvenil ........................................ 1

Província Brasil São Paulo | ANO 1 - Maio de 2014 | N° 2

Rogai por nós!

~ Maria Mãe da Missão ~

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MariologiaSanta Maria

Por: Padre Joãozinho, scj

Palavra da CoordenaçãoCriação do Logo Oficial da MDJ

Por: Equipe de Comunicação MDJ

Formação DehonianaQuem tem sede venha a mim e beba e Missionários da Missericórdia. Por: Padre Francisco Shenen, scj

Formação EcumênicaO caminho ecumênico aos 40 anos do Concílio Vaticano II

Por: Padre Marcial Maçaneiro, scj

EspiritualidadeMeu jeito e o jeito deles e O que Maria não diria

Por: Padre Zezinho, scj

Formação Humano AfetivaO que é Sexualidade? PARTE 2

Por: Padre Mário Marcelo, scj

Formação BíblicaMaria: Serva e Discípula de Cristo

Por: Padre Claudio Roberto Buss, scj

Testemunho MissionárioVocação e Missão

Por: Gabriel Matos

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Nesta Edição

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Santa Maria Parece natural chamar Maria de santa. Mas será que entendemos exatamente

o que isso significa? Você sabe o que é ser “santo”? Banalizamos esta expressão com a multiplicação de imagens de “santos”. Acabamos achando que a santidade é o privilégio de algumas pessoas que recebem a honra dos altares. Maria seria a primeira de todas as santas. Ser santo é mais do que isso. Em latim temos a palavra sanctus que vem do particípio passivo do verbo sancire: estar separado, ser distinto. O Templo de Jerusalém tinha o Santo dos Santos, um lugar separado onde se oferecia o incenso a Deus. Santo, neste sentido, é ser maior que o mundo, ultrapassar a história, transcender o tempo e o espaço, ser infinito, eterno, imortal! Deus é Santo. É o Totalmente Outro. Só Deus é santo. Lembre do conselho que Moisés ouviu na sarça ardente: “tira as sandálias dos teus pés, porque este lugar é santo” (Ex 3,5). Mas então como podemos dizer que Maria é santa? Ela não tinha todas estas qualidades de Deus! Esta é a parte bonita da história. Deus partilha conosco a sua santidade. O Espírito de Deus nos santifica. Ele nos configura a Jesus. Faz de nós imagem e semelhança do próprio Deus (Gn 1,26). Somos cristiformizados. Maria foi feita “cheia de graça” porque o Espírito a santificou com sua presença: “O Espírito virá sobre ti e te cobrirá com sua sombra; e por isso aquele que vai nascer será santo e será chamado Filho de Deus” (Lc 1,35). O mesmo acontece com cada um de nós desde o dia do batismo, quando o Espírito nos cobriu com sua sombra. Começou naquele dia a história da nossa santificação. Cada dia podemos dar um passo e responder a esta graça ficando mais parecidos com Jesus. É claro que podemos também ficar parados e simplesmente não responder. Os santos são aqueles que escreveram esta história com sangue, suor e lágrimas. Escreveram a santidade com gestos concretos em favor dos irmãos; com preces e muita penitência. Paulo viveu este mistério maravilhoso. É ele quem diz: bendito seja Deus (…) que nos escolheu antes da fundação do mundo para sermos santos” (Ef 1,4). Pedro foi santo. Ele disse: “Fomos eleitos segundo os desígnios de Deus Pai, pela santificação do seu Espírito” (Pd 1,2). Já no Antigo Testamento ouvimos a exortação: “Sede santos como Deus é santo” (Lv 11,4). Jesus atualizará este pedido dizendo: “Sede perfeitos como vosso Pai do céu é perfeito” (Mt 5,48). Sim! Maria é santa. Ela viveu intensamente esta realidade de ser imagem e semelhança do Amor. Dizem que os filhos se parecem com os pais. Tem um ditado que diz: filho de peixe, peixinho é! Se somos filhos de Deus, devemos ser imagem do Amor. Esta é a nossa identidade mais profunda e caminho de realização plena. O interessante é que Jesus devia ser parecido com Maria no rosto e Maria era a imagem de Jesus no coração. É o único caso na história em que a mãe se parecia com o filho. Isto traduz o mistério de santidade que Paulo traduziu de maneira genial: “Eu vivo, mas já não sou eu quem vivo, Cristo vive em mim” (Gal 2,20).

Por: Padre Joãozinho, scjMariologia

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Escolha do Logo oficial da MDJ Regulamento

1-O Concurso acontecerá em três partes e será exclusivo dos participantes dos grupos missionários da MDJ, que estão presentes nas nossas diversas paróquias.2-Além dos Grupos, os seminaristas e religiosos dehonianos que participam regularmente das missões, também poderão concorrer.3-As etapas aconteceram nos grupos e durante o regional, em Julho, em Terra Boa-PR.1º Etapa4-Os grupos farão um concurso interno, no grupo de MDJ paroquial.5-Este concurso deve ser motivado e o logo deve conter elementos básicos do Carisma, espiritualidade e vivência da vida dehoniana.6-Os grupos devem afixar uma data para entrega e escolha dos logos.7-Após a escolha deve-se enviar os logos para a coordenação, conforme data indicada no número 24.6-Os religiosos e seminaristas deverão fazer e enviar para a coordenação que farão uma pré escolha entre os logos enviados. Um ou dois para religiosos e um ou dois para seminaristas.2º Etapa8-Durante o regional haverá a apresentação, e/ou exposição dos logos para uma nova seleção. 9-A seleção será feita por setoriais e entre religiosos e seminaristas.10-Essa seleção acontecerá durante o sábado até as 18:00 hrs.11-Será escolhido por votação.12-Cada participante do Regional votará num logo de cada setor, religioso e seminarista, como indicado no número 10. Mas não poderá votar, nesta fase, no logo do seu setorial, ou religioso e ou seminaristas.13-Para essa etapa, a comissão colocará nomes diferentes para os autores dos logos, para que seja feita uma escolha pelo conteúdo e não pelas afinidades de grupos ou pessoas. Ex: SM2 1, SMG 2, etc. (Setor Minas Gerais 1...)3º Etapa14-após as 18:00 hrs, do sábado, os responsáveis do setor comunicação da MDJ, farão a apuração dos votos.15-Os mais votados ficarão novamente em exposição durante o momento de convivência de sábado à noite.16-Nesta fase teremos apenas 6 logos para a escolha do logo oficial.17-Nesta fase serão novamente votados e/ou escolhidos por aclamação, conforme decisão da comissão organizadora e dos andamentos do Regional.18-O resultado sairá no fim da Celebração Eucarística de encerramento do Regional da MDJ 2014.Número Geral19-A partir da escolha do logo oficial da MDJ, Província Brasil SP, todos os baners, folders, camisetas, panfletos... Que forem criados nos grupos, seminários, paróquias e que dizem respeito à MDJ, serão obrigados a levar esse logo como sinal da unidade de ambos com a Província Brasil SP.Quanto ao logo:20-Seguir as exigências já expressas no número 5.21-Deve ser criação própria e não cópias de logos já existentes.22-O logo deve ser virtual e não manual.23-Deve conter as seguintes medidas para seguir um padrão. Comprimento: 15cm, altura: 7cm.24-Os logos devem ser enviados para o e-mail da coordenação até o dia 05 de Julho de 2014; nosso e-mail: [email protected]

Por: Equipe de Comunicação MDJPalavra da coordenação

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Quem tem sede venha a mim e beba

São João nos conta no seu Evangelho (Jo 7) que , na Festa dos Tabernáculos, a festa por excelência dos judeus, Jesus gritava. Isto indica uma revelação solene, uma proclamação solene, uma manifestação messiânica. Jesus estava de pé e gritava: “Quem tem sede venha a mim e beba aquele que crê em mim. Como está escrito, do seu seio brotarão rios de água viva”. E o evangelista acrescenta: “Dizia isto, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem nele, pois, ainda não fora dado o Espírito, porque Jesus ainda não fora glorificado”. Do seu seio, do seu lado aberto, brotarão rios de água viva. Da pessoa de Jesus Cristo brotam para nós torrentes de água viva. E brotam do Cristo concreto, da carne imolada e glorificada de Cristo. A ‘água viva’ não significa por si mesma, diretamente, o Espírito Santo. Encontramos textos anteriores em que a água viva costuma significar a ‘palavra da sabedoria’. Cristo quer dizer que devem vir à sua ‘palavra de sabedoria’, que brota de sua pessoa. Isso não exclui o significado posterior das torrentes de água viva que se referem à efusão do Espírito. Temos aqui um primeiro convite a aproximar-nos da água viva, da sua palavra, que já é dom do Espírito. A efusão plena acontecerá depois, com a efusão do Espírito Santo. É, então, que se realiza, plenamente, a palavra de Jesus. Mas, não devemos pensar que ainda não exista nada antes de chegar este momento supremo. Há uma preparação, um começo de comunicação.João vincula a revelação completa e definitiva do Espírito à glorificação de Jesus Cristo: “Não fora ainda dado o Espírito, porque Jesus ainda não fora glorificado”. E aqui se fala explicitamente dos crentes, dos que crêem no Cristo. O Espírito será dado aos que crêem no Cristo, aos que têm fé nele. Esta é a condição para o dom do Espírito. E, tudo isso ligado à glorificação de Cristo. Aqui se realiza plenamente aquilo que Jesus quer dizer, quando grita a todos: “Venham a mim e bebam!”. “Não fora ainda dado o Espírito, porque Jesus ainda não fora glorificado”. É claro que havia Espírito, mas João pensa numa comunicação imperfeita. Existia, naturalmente, a Pessoa do Espírito Santo e se comunicava em certo grau, mas a experiência do Espírito era ainda implícita, rudimentar, cheia de imperfeições. Não era ainda a possessão do Espírito, o dom do Espírito, esta condição nova, fruto pleno da Redenção de Cristo, da reconciliação com o Pai. A plenitude desse conhecimento supõe a glorificação de Jesus. É o que ele mesmo dirá (capítulo 14): “Naquele dia reconhecereis que estou em meu Pai e vós em mim e eu em vós”. Isso acontecerá na ‘hora’ de Jesus. Jesus se referia, aqui, sem dúvida alguma, à sua hora, à hora da glorificação. O dom do Espírito está unido a esta hora. No momento em que o seu Coração é aberto na cruz, ele nos entrega o Espírito e nos convida, de novo, a vir beber desta fonte a água viva que deverá tornar-se, em nós, fonte de vida nova para todos os que encontrarmos em nosso caminho. Então, nos tornaremos realmente devotos, dedicados, consagrados ao Coração de Cristo e, somente assim, Cristo continuará a ser, através de nós, fonte de água viva para todos. Nós aceitamos o convite para beber desta fonte e agora transformamo-nos em fonte para os nossos irmãos e irmãs.

Por: Padre Francisco Shenen, scjFormação Dehoniana

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Missionários da Missericórdia

São João Eudes é um velho conhecido nosso, pela sua preocupação em difundir a devoção ao Coração de Jesus e de Maria. Foi um homem de coração e do Coração. Podemos dizer também que ele foi um incansável missionário da misericórdia de Deus para os seus irmãos e irmãs. Ele sabia realmente arriscar no caminho da misericórdia. Pode-se dizer que a misericórdia o fez missionário e o motivou a entregar sua vida inteira a um empenho que constituiu como que a coluna vertebral de seu ministério. O trato com as pessoas lhe tinha permitido conhecer bem de perto não só os vícios morais, mas também os profundos males que abatiam o povo de Deus. Ele sabia quais eram as misérias dos miseráveis. E João Eudes começa a sentir necessidade de percorrer o caminho de ‘Jerusalém a Jericó’. A vinda de Cristo, a sua participação na vida dos homens lhe parece sempre mais com a história do Bom Samaritano. Mais tarde, João Paulo II retoma esta idéia na sua encíclica ‘Dives in Misericordia’. Ele nos diz que em Cristo, a misericórdia do Pai tornou-se objeto de nossa experiência e que O Filho de Deus encarnado é a própria misericórdia, no meio de nós. Em 1644, quando na Europa se consolida o jansenismo, P. Eudes conclui seus “Conselhos aos Confessores”. Trata-se de um breve escrito que resume aquele delicado sentido de caridade pastoral que o Concílio Vaticano II e, mais recentemente, João Paulo II, retomando a herança patrística, têm apresentado como nota constitutiva do verdadeiro pastor segundo o Coração de Cristo. E, numa de suas raras confidências pessoais, João Eudes escreve: “Conheço muito bem um homem que tem sido escolhido pela divina misericórdia para trabalhar na conversão dos pecadores; encontrando-se perplexo sobre como deveria conduzir-se com eles, se usar de bondade ou de rigor, se misturar os dois, recorreu na oração à Santíssima Virgem, seu habitual refúgio. Antes que tivesse comunicado a alguém suas inquietações, a Mãe das Misericórdias lhe inspirou, através de um mensageiro: quando pregares, usa as armas poderosas da Palavra de Deus para combater, destruir e esmagar o pecado, mas quando te encontrares com o pecador, fala-lhe com bondade, benignidade, paciência e caridade”. Por isso, ele escreve aos confessores, recomendando-lhes que tenham um coração verdadeiramente paternal, que sejam cordiais e usem de benignidade e compaixão. E explica melhor o que quer dizer: “Com entranhas de misericórdia e com o coração cheio de amor a quantos se apresentarem para a confissão, sem fazer acepção de pessoas nem agir com preferências, salvo quando se tratar de enfermos e inválidos, de mulheres grávidas ou que estão criando os seus filhos, daqueles que vêm de muito longe...” Se aparecer alguém temeroso e com alguma desconfiança de obter o perdão de seus pecados, deve levantar-lhe o ânimo e fortalecê-lo, fazendo-lhe ver que Deus tem um grande desejo de perdoá-lo; que se alegra muito com a penitência dos grandes pecadores; que quanto maior a nossa miséria, mais glorificada é em nós a misericórdia de Deus”. E, para João Eudes, três coisas são necessárias para que haja verdadeira misericórdia. A primeira é ter compaixão da miséria do outro, pois misericordioso é quem leva no coração as misérias dos miseráveis. A segunda consiste em ter uma vontade decidida de socorrê-los em suas misérias. A terceira é passar da vontade à ação.

Por: Padre Francisco Shenen, scjFormação Dehoniana

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O Caminho Ecumênico aos 40 anos do Vaticano II Aos quarenta anos do Concílio Vaticano II, não poderíamos pretender um balanço

exaustivo do caminho ecumênico, tão complexo. Para sermos mais precisos, tomamos o decreto Unitates redintegratio como ponto de partida e nos concentramos nas realizações ecumênicas mais significativas no cenário católico internacional. Apresentamos a “teologia da unidade” que floresceu a partir da Concílio Vaticano, coroada pela espiritualidade ecumênica. Apresentamos os resultados mais significativos desde Paulo VI e encerramos o artigo com a recente contribuição de Bento XVI. A teologia da unidade: Desde Unitates redintegratio (1964) até nossos dias, o magistério, a teologia, a pastoral e a reflexão ecumênica tem construído uma luminosa “teologia da unidade”. Em geral, a “teologia da unidade” tem um compasso ternário: a Trindade (principio da comunhão), a Igreja (ícone da Trindade) e a humanidade redimida (chamada em Cristo à unidade salvífica entre as pessoas e destas com Deus Uno e Trino). Com esse triplo compasso teológico executamos a sinfonia da unidade – da qual Unitates redintegratio é como uma partitura. Comecemos, então, com algumas de suas notas. A Koinonia trintaria: Já nas primeiras linhas o Decreto Unitates redintegratio define o ecumenismo como “movimento da unidade”e diz que dele participam os que invocam o Deus Trino e confessam a Jesus como Senhor e Salvador. A “invocação” da Trindade, aqui citada, remonta ao “patrimônio comum” a todas as “comunidades” Cristãs. A fé trinitária é eminentemente bíblica, sugerida nas Escrituras Judaicas e explicitada pelos autores do Novo Testamento. As primeiras gerações cristãs acolheram a revelação de Deus Trino, aplicando-lhe o olhar de contemplação e a inteligência da fé. Dali brotou a doutrina trinitária: Pai, Filho e Espírito; três hipóstases na koinonia de uma só divindade. A trindade que todos nós cristãos professamos segundo as Escrituras é um dos pilares da Igreja Uma. Na comunhão da Pai, Filho e do Espírito Santo, que juntos co-operam para a salvação universal, se encontra a arché (princípio) donde se desenvolve e manifesta o mistério da Igreja: sua natureza e sacramentalidade, seu significado e realização se vincula fontalmente à koinonia trinitária. A Igreja é esboçada no desígnio salvífico do Pai, fundada historicamente pelo messias Jesus e manifestada universalmente pelo Paráclito em Pentecostes. Desta maneira aparece a Igreja toda como o povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo. O “depositum fidei” e a “communio” da Igreja indivisa: A expressão Igreja indivisa engloba o primeiro milênio do cristianismo, antes do cisma entre Ocidente e Oriente, em 1054. Hoje, cheios de esperança, voltamos o olhar a este primeiro milênio cristão. Ali todos nós – católicos, ortodoxos, reformados, anglicanos e evangélicos – nos situamos num terreno comum, que foi semeado pela tradição apostólica, fértil de intuições teológicas, florescente na liturgia e exemplar pela comunhão plural que até tal época soube manter. Pois nas Igrejas do primeiro milênio, ritos e disciplinas diferentes conviviam sem romper a unidade sacramental. Celebram-se sínodos e os episkopoi exerciam fraterna colegialidade. As sedes episcopais de Jerusalém, Antioquia, Alexandria e Constantinopla se reconheciam mutuamente, ao lado de Roma, que as presidia na caridade. O texto de Unitatis redintegratio nos recorda: Durante muito séculos, as Igrejas do Oriente e do Ocidente seguiram por cominhos próprios, porém unidas pela comunhão fraterna e sacramental. Quando entre elas surgiram dissensos em questão de fé e disciplina, a Sé romana as dirimia de comum consenso. Obviamente, acolher os valores do primeiro milênio cristão não significa transplantar de modo anacrônico certos esquemas. Mas o depositum fidei e a communio ecclesiarum daqueles séculos são-nos uma inspiração permanente.

Por: Padre Marcial Maçaneiro, scjEcumenismo

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O que Maria não diria

Não sou ninguém na Igreja e no Reino de Deus para dizer o que Maria deve ou não dizer. Se ela foi enviada pelo filho como mensageira. Se aparições acontecem ela deve saber o que dizer. Mas se não confere com a Bíblia, eu fico com a Bíblia e descarto aquelas aparições. Ou então tenho certeza de que um vidente esta dizendo que Maria disse uma coisa que Maria nunca diria. Tenho em mãos alguns folhetos de piedosos irmãos católicos dizendo:

a- Que o terceiro milênio será de Maria.b- Que Jesus se cansou dos pecados do mundo e vai punirc- Que Maria está segurando o braço dele.d- Que a reza do terço salva garantidamente.e- Que nove dias depois de começar uma série de orações o milagre acontece.f- Que bons padres usam batinas e que Jesus quer isso.g- Que todas as graças do céu passam por ela.h- Que se alguém usar um objeto no peito com a imagem dela, terá o corpo

protegido e fechado.i- Que quem invocar o nome dela será salvo.j- Que se Jesus não atender é só pedir a ela que Ele dá um jeito.k- Que ela nos tirará do purgatório logo se orarmos aquelas orações durante sete

sábados.l- Que ela resolve qualquer problema se o fiel fizer exatamente aqueles rituais de

sete ou nove dias. Sei que nunca serei bispo, mas se fosse, não aprovaria nenhuma dessas mensagens porque negam verdades da fé. Quem lê a Bíblia e estuda o catecismo católico sabe do que estou falando. Algumas dessas mensagens atribuem a Maria um poder maior que o de Jesus. Outros colocam Maria preocupada com detalhes que nada tem a ver com a fé ou com a moral da pessoa; e outras garantem que o número de vezes e o tipo de oração determina o tamanho de uma graça. Maria não diria tolices nem inverdades. E há muitas palavras atribuídas a ela que certamente nasceram da cabeça sem Bíblia nem catecismo. Aliás, a quase maioria dos videntes viu anjos demais e Bíblia e catecismo de menos. Depois atribuem suas frases a Maria e complicam a situação, porque muitos fiéis sem preparo, acabam dizendo que Maria disse coisas que Maria não diria.Há muitas noticias falsas sobre Maria dentro e fora da Igreja, a favor e contra.Depois de Jesus Maria é uma das pessoas mais deturpadas da história! Canção ( Lá onde estás – intercessora)

Por: Padre Zezinho, scjEspiritualidade

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Meu jeito e o jeito deles São um casal querido. Mas nosso catolicismo é quase diametralmente oposto.

Não os acho maus católicos, nem os acho superiores ou inferiores. Também não me coloco nem acima nem abaixo deles. Oram muito e acho isso lindo. Não me proclamo mais culto e mais inteligente, embora tenha uns 20 anos de estudo a mais. Não os julgo pelo que fazem ou pelo modo como praticam seu catolicismo. Mas tenho meu jeito, minhas informações e minhas convicções. Meu catolicismo difere do deles em muitas coisas. Até no fundamental. Atribuímos um valor diferente às praticas e aos objetos da fé. Gosto da Teologia da Libertação e da Teologia Primeira. Eles só acentuam a do louvor e a dos carismas. Eles mandam beijar imagens e eu não. Mas faço uso sereno delas como sinais. Eles acendem velas para pedir graça ou para agradecer e eu não. Para mim vela é só sinal. Eles sobrevalorizam a oração de louvor. De cada 10 canções deles, 9 são de louvor. Eu valorizo os outros 5 ou 6 aspectos da oração; sobretudo a de penitencia e a de intercessão. Eles falam do poder do terço e até o apontam como instrumento de libertação. Eu também o rezo, mas não o vejo dessa forma. Não lhe atribuo poder. É apenas mais uma pedagogia. Não creio em terços milagrosos. Eles falam de novenas infalíveis, orações infalíveis, preces milagrosas. Eu continuo achando que Deus faz com quer, quando quer e se Ele quiser. Eles falam de Maria como se Maria dobrasse Jesus. “Se ele não der peça a ela”, dizem. Não vejo Maria desse jeito, nem Jesus desse jeito. Se Jesus não deu ela não vai insistir. As bodas de Caná foram um momento, não foi sempre assim, e não é assim agora no céu. Eles falam muito de trevas, pecado, demônio, maligno. Eu acentuo muito mais o poder da ternura e o Deus que educa. Eles oram em línguas, eu fico com Paulo que não acentua isso nem valoriza esse Dom. Eles adotam uma linguagem muito parecida com seu grupo, prefiro falar do meu jeito. Minha palavra não esta atrelada aos vocábulos de nenhum grupo. Eles não se envolvem muito com os aspectos políticos da vida e eu sim. Acham que padres que falam de política são menos ungidos e eu acho que Davi, João Batista, Jeremias, São Luís da França, São Gregório, São João Crisóstomo, Jesus, falavam de política abertamente e eram Santos e ungidos. Eles gostam muito de livros de revelados e videntes e eu prefiro a Bíblia, o catecismo católico, os livros de Teologia e Sociologia e os documentos da Igreja. Não dou importância aos livrinhos de visionários. Eles correm curiosos para os lugares onde dizem que Maria está aparecendo a algum vidente e eu não vou lá. Não é que não creia em Maria. Nela eu creio, é dos videntes que eu duvido da maioria. São devocionistas eu sou mais reflexivo e catequista. Eles tem dificuldade de praticar ecumenismo, diálogo, gostam de ler seus escritos, seus autores, suas canções. Nas suas casas só entram livros e CD’s de seu grupo. Eu abro o leque para , inclusive irmãos de outras Igrejas e nem por isso duvido dos dogmas da minha Igreja. Sou mais ecumênico do que eles. Somos amigos, irmãos na fé e católicos. Mas não vemos a vida do mesmo ângulo. Não imponho o meu jeito e não deixo que me imponham o deles. Por isso, quando eles na missa de ontem, quiseram me oferecer uma profecia dizendo –me que Jesus lhes disse para me dizerem algo muito espacial, ouvi de bom grado e lhes disse que Jesus não me havia dito para lhes dizer nada especial; mas mesmo assim eu achava que deviam ler mais o catecismo oficial da Igreja e alguns autores não carismáticos... Ele riu e disse: Jesus te ama apesar de seu intelectualismo. Ri com ele e disse: Jesus também te ama apesar de seu iluminismo.

Por: Padre Zezinho, scjEspiritualidade

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O que é Sexualidade?PARTE 2

A pessoa integrada é uma pessoa serena diante de si mesma e dos outros, sem frustrações e que sabe conviver com seus impulsos e com os demais. Consegue lidar com situações felizes e também com as frustrações. É capaz de não se deixar dominar pelos impulsos, encontrando sempre um ponto de equilíbrio. Somos sexuados em todo nosso ser. O impulso sexual é uma condição básica e presente nas mais diversas manipulações da vida de cada um. É na sexualidade que a pessoa humana experimenta sua indigência existencial, seus limites e sua “pobreza” e, ao mesmo tempo, experimenta seu potencial de abertura aos outros, sua busca pelo outro, que se dá por sua natural necessidade existencial de relacionar-se. A profundidade e abrangência da espiritualidade humana são levadas em consideração e é uma referencia necessária para a Igreja formular o seu ensinamento sobre a temática. A Igreja leva a sério o fato de que a sexualidade caracteriza o homem e a mulher não somente no plano físico, mas também na dimensão psicológica e espiritual. A profundidade e a abrangência da sexualidade, oficialmente admitidas pela Igreja, podem trazer em si condicionamentos próprios que influenciam de modo significativo o comportamento de cada pessoa. As amizades, os namoros, o relacionamento matrimonial, os toques nas pessoas, o carinho e os abraços são manifestações da nossa sexualidade. Veja abaixo, no texto oficial da Igreja, a importância oferecida aos dados da ciência para afirmar a profundidade e abrangência da sexualidade. “A pessoa humana, segundo os dados da pesquisa cientifica contemporânea, é tão profundamente afetada pela sexualidade, que esta deve ser considerada como um dos fatores que conferem à vida de cada um dos indivíduos os traços principais que a distinguem. É do sexo, efetivamente, que a pessoa recebe caracteres que no plano biológico, psicológico e espiritual a fazem homem e mulher, condicionando por isso, em grande escala, o caminho do seu desenvolvimento em ordem a maturidade e a sua inserção na sociedade.” (Congregação para a Doutrina da fé, Declaração sobre algumas questões de ética sexual – Persona humana, Petrópolis:vozes, 1976, n.1) A sexualidade é um impulso de abertura, de comunhão e de criatividade. A dimensão sexual é de máxima importância para o amadurecimento geral da pessoa e para o desenvolvimento geral da capacidade de amar. A pessoa de bem com sua sexualidade é capaz de amar com maior profundidade, de respeitar melhor, de relacionar-se com mais dignidade. Pela sexualidade o sujeito se abre ao relacionamento com o outro e com o grande Outro, Deus. Porém, quando alguém não está bem com a própria sexualidade, corre o risco de fechar-se a si mesmo, de ser egoísta, individualista, frustrado. É preciso percorrer um caminho para atingir uma sexualidade adulta e equilibrada. Trata-se de uma realidade dinâmica, realizada por meio de um processo e, por isto, deve ser vivenciada e avaliada conforme cada etapa evolutiva. O dinamismo da sexualidade é bonito porque nos revela o contínuo progresso de crescimento e amadurecimento do ser humano. É um processo que vai da infância à vida adulta, mostrando em cada período suas características próprias e deixando marcas que iluminam a fase seguinte. Desse modo, não se deve queimar etapas, pois cada fase deve ser trabalhada (vivenciada) com suas características e manifestações próprias.

Por: Padre Mário Marcelo Coelho, scjFormação Humano Afetiva

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Maria: Serva e Discípula de CristoEntramos no mês de maio jubilosos, vivenciando o tempo pascal no caminho com

Maria, discípula de Jesus e mensageira do Evangelho. Gostaria de refletir o texto do anúncio do Anjo Gabriel a Maria (Lc 1,26-38) como porta de entrada deste mês de Maria. Neste texto se entrelaçam os principais títulos de Maria: Filha de Sião, Virgem e Mãe, Cheia de graça, Templo de Deus, Cheia do Espírito Santo e Serva e mulher de fé. No conjunto do texto da anunciação entrelaçam-se dois gêneros literários: o de anunciação e o do vocação. Maria é chamada a entregar toda a sua vida a serviço da missão de seu Filho. Portanto, a vocação não se entende senão em função de uma missão, e esta não é própria, é a missão de Jesus Cristo, o centro e a plenitude da história.Vamos refletir estes títulos marianos acompanhando o texto do Evangelho de Lucas. O texto inicia com a saudação do anjo a Maria, dizendo: “Alegra-te”. Esta mesma saudação aparece por três vezes no Antigo Testamento e é dirigida a Israel como Filha de Sião para convidá-la à alegria messiânica (cf. Jl 2,21-27; Sf 3,14-16; Zc 9,9-10). Alegria transbordante, júbilo pela libertação, exultação messiânica. Com isso, Lucas, o autor do terceiro evangelho nos orienta a descobrir em Maria a personificação da Filha de Sião. Maria como a Filha de Sião é a personificação de Israel, que agora alegra-se com a vinda do Messias, com a presença total e definitiva do Salvador, pela realidade da Encarnação. Na continuidade do texto, Maria é chamada de “virgem”, desposada com José, e mãe. Como virgem e mãe, não se insere somente na linha de outras mulheres do Antigo Testamento, mas as supera pela concepção virginal. Maria permanece virgem, apesar de conceber Jesus. “A concepção virginal quer nos dizer que a encarnação de Jesus é uma nova criação de Deus, uma presente divino à humanidade”. E tudo é ofertado através do terreno “fértil e virgem” da vida de Maria. Interessante perceber que o anjo não anuncia a concepção do Filho de Deus à Maria no Templo, à semelhança do anúncio do nascimento de João Batista ao sacerdote Zacarias. Maria é na verdade o novo templo, o santuário, a morada de Deus, onde o Senhor pode ser encontrado, celebrado e amado. Poderíamos afirmar que na Encarnação, Deus abandona o templo de Jerusalém para habitar na humildade de Maria de Nazaré; o Senhor planta agora sua Tenda no seio de Maria (cf. Jo 1,14). As palavras do anjo à Maria nos dizem que Maria é o Sacrário do Espírito Santo: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o Poder do altíssimo te cobrirá com sua sombra” (Lc 1,35). A missão de Maria só pode ser entendida e vivida no Espírito Santo. É o Espírito quem gera Jesus em Maria. E Maria tem de deixar-se encher do Espírito para gerar, encarnar e viver Jesus dentro de si, como terão também de fazer os discípulos de Jesus para tornar-se testemunhas da ressurreição diante de todo o mundo (At 1,5-8). E por fim, contemplamos a beleza do texto na resposta de Maria: “Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Se damos tantos títulos à Maria, ela mesma atribuiu a si um só, a de “escrava, serva do Senhor”. Se os primeiros títulos que trazemos à luz do texto caracterizam sua missão e escolha no plano divino, o título de Serva que ela dá a si mesma, designa a sua humildade e obediência ao plano divino. Sua vida está toda a serviço do plano maravilho de Deus. Não estão comprometidas somente a palavra de Maria, mas seu ser por inteiro que se torna resposta concreta à iniciativa salvadora de Deus. Neste mês de Maria, aproximemo-nos mais de Deus com Maria através da nossa vida espiritual, mas sobretudo sigamos os passos de Maria, para assemelhar-mo-nos a ela, na vocação-testemunho-serviço a todos os filhos e filhas de Deus.

Por: Padre Cláudio Roberto Buss, scjFormação Bíblica

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Missão e Vocação Sou seminarista propedêuta, do Convívio Vocacional Dehoniano, em São Paulo-SP. Em Janeiro deste ano as minhas expectativas para a primeira etapa da MDJ, em Barretos-SP, eram as melhores possíveis. A última missão, em Lavras-MG, me rendeu um belo chamado vocacional, então a ansiedade não poderia ser menor. A MDJ é a oportunidade do jovem experimentar o carisma dehoniano e, de fato, “Ir ao Povo!” E foi o que mais uma vez fizemos. Foram quinze dias de visitas às casas da paróquia São João Batista. Muitas histórias, emoções e vidas partilhadas. Somos enviados imaginando que iremos evangelizar e eis que Jesus novamente nos surpreende: Nós é que retornamos evangelizados! A cada missão cresce em meu coração a certeza de que é bom demais ser do Coração de Jesus! É bom demais ser um jovem Dehoniano!

Por: Gabriel MatosTestemunho Missionário

Diagramação, arte e criação: Frater José Ronaldo, scjOrganizador e Coordenador: Frater Reginaldo José Sturion, scjInformações: [email protected]: (12) 98129 49 25

Editorial

DEHONIANOSCongregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus

Província Brasil São Paulo