prova do 1ºano colégio militar de fortaleza 2006 2007

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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO D E P - D E P A COLÉGIO MILITAR DE FORTALEZA CASA DE EUDORO CORRÊA CONCURSO DE ADMISSÃO 2006/200 7 1 a . SÉRIE DO ENSINO MÉDIO PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA INSTRUÇÕES AOS CANDIDATOS N° DE INSCRIÇÃO __________ NOME: ____________________________________ 1. Esta prova está dividida em duas partes, contendo um total de 12 (doze) folhas, incluindo a capa, 01 (uma) folha de rascunho e 01 (uma) folha de redação. 1 a . parte (folhas 02 a 09 ) – itens objetivos de 01 a 20 (passar para o cartão-resposta). 2 a . parte (folhas 10 a 12) item 21 – produção textual. 2. Verifique se sua prova está completa. 3. Escreva nos locais indicados na capa seu número de inscrição e nome. 4. Além da capa, APENAS A FOLHA 10 (dez) deverá ser identificada no local indicado: número de inscrição, nome completo e assinatura. 5. Assine o cartão-resposta, escreva o seu número de inscrição e marque-o no local indicado. Em caso de erro ou dúvida na identificação do cartão-resposta , consulte o fiscal. 6. Só serão aceitas as respostas contidas no local indicado no cartão-resposta e assinaladas com caneta azul ou preta. 7. Só será aceito o texto redigido com caneta azul ou preta. 8. Leia com atenção todos os itens e, somente então, comece a resolvê-los. 9. Não será permitida a consulta a quaisquer documentos, nem a outro candidato. 10. O tempo máximo para a resolução de toda a prova (1 a . e 2 a . partes) é de 2 (duas) horas. 11. Só será permitida a saída do candidato após 80 (oitenta) minutos do início da prova. 12. Tire suas dúvidas quanto à impressão da prova nos 10 (dez) primeiros minutos. 13. Ao término da prova, entregue tudo ao fiscal: 1 a . parte, 2 a . parte (com folha de rascunho) e cartão-resposta.

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Page 1: Prova do 1ºano colégio militar de fortaleza 2006 2007

MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO

D E P - D E P A COLÉGIO MILITAR DE FORTALEZA

CASA DE EUDORO CORRÊACONCURSO DE ADMISSÃO 2006/200 7

1 a . SÉRIE DO ENSINO MÉDIO PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA

INSTRUÇÕES AOS CANDIDATOS

N° DE INSCRIÇÃO __________ NOME: ____________________________________

1. Esta prova está dividida em duas partes, contendo um total de 12 (doze) folhas, incluindo

a capa, 01 (uma) folha de rascunho e 01 (uma) folha de redação.

1a. parte (folhas 02 a 09 ) – itens objetivos de 01 a 20 (passar para o cartão-resposta).

2a. parte (folhas 10 a 12) – item 21 – produção textual.

2. Verifique se sua prova está completa.

3. Escreva nos locais indicados na capa seu número de inscrição e nome.

4. Além da capa, APENAS A FOLHA 10 (dez) deverá ser identificada no local indicado:

número de inscrição, nome completo e assinatura.

5. Assine o cartão-resposta, escreva o seu número de inscrição e marque-o no local

indicado. Em caso de erro ou dúvida na identificação do cartão-resposta, consulte o

fiscal.

6. Só serão aceitas as respostas contidas no local indicado no cartão-resposta e assinaladas

com caneta azul ou preta.

7. Só será aceito o texto redigido com caneta azul ou preta.

8. Leia com atenção todos os itens e, somente então, comece a resolvê-los.

9. Não será permitida a consulta a quaisquer documentos, nem a outro candidato.

10. O tempo máximo para a resolução de toda a prova (1a. e 2a. partes) é de 2 (duas) horas.

11. Só será permitida a saída do candidato após 80 (oitenta) minutos do início da prova.

12. Tire suas dúvidas quanto à impressão da prova nos 10 (dez) primeiros minutos.

13. Ao término da prova, entregue tudo ao fiscal: 1a. parte, 2a. parte (com folha de

rascunho) e cartão-resposta.

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CONCURSO DE ADMISSÃO - 1ª SÉRIE / ENSINO MÉDIO – LÍNGUA PORTUGUESA – 2006/07 – Fl. 02

PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 1ª PARTE

MARQUE, NO CARTÃO-RESPOSTA ANEXO, A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA CORRESPONDENTE A CADA ITEM.

TEXTO 1 Uma definição de felicidade Stephen Kanitz

Todas as profissões têm sua visão do que é felicidade. Já li um economista defini-la como ganhar 20.000 dólares por ano, nem mais nem menos. Para os monges budistas, a felicidade é a busca do desapego. Autores de livros de auto-ajuda definem felicidade como “estar bem consigo mesmo”, “fazer o que se gosta” ou “ter coragem de sonhar alto”. O conceito de felicidade que uso em meu dia-a-dia é difícil de explicar num artigo curto. Eu o aprendi nos livros de Edward De Bono, Mihaly Csikszentmihalyi e de outros nessa linha. A idéia é mais ou menos esta: todos nós temos desejos, ambições e desafios que podem ser definidos como o mundo que você quer abraçar. Ser rico, ser famoso, acabar com a miséria do mundo, casar-se com um príncipe encantado, jogar futebol, e assim por diante. Até aí, tudo bem. Imagine seus desejos como um balão inflável e que você está dentro dele. Você sempre poderá ser mais ou menos ambicioso inflando ou desinflando esse balão enorme que será seu mundo possível. É o mundo que você ainda não sabe dominar. Agora imagine um outro balão inflável dentro do seu mundo possível, e portanto bem menor, que representa a sua base. É o mundo que você já domina, que maneja de olhos fechados, graças aos seus conhecimentos, seu QI emocional e sua experiência. Felicidade nessa analogia seria a distância entre esses dois balões o balão que você pretende dominar e o que você domina. Se a distância entre os dois for excessiva, você ficará frustrado, ansioso, mal-humorado e estressado. Se a distância for mínima, você ficará tranqüilo, calmo, mas logo entediado e sem espaço para crescer. Ser feliz é achar a distância certa entre o que se tem e o que se quer ter.

O primeiro passo é definir corretamente o tamanho de seu sonho, o tamanho de sua ambição. Essa história de que tudo é possível se você somente almejar alto é pura balela. Todos nós temos limitações e devemos sonhar de acordo com elas. Querer ser presidente da República é um sonho que você pode almejar quando virar governador ou senador, mas não no início de carreira. O segundo passo é saber exatamente seu nível de competências, sem arrogância nem enganos, tão comuns entre os intelectuais. O terceiro é encontrar o ponto de equilíbrio entre esses dois mundos. Saber administrar a distância entre seus desejos e suas competências é o grande segredo da vida. Escolha uma distância nem exagerada demais nem tacanha demais. Se sua ambição não for acompanhada da devida competência, você se frustrará. Esse é o erro de todos os jovens idealistas que querem mudar o mundo com o que aprenderam no primeiro ano de faculdade. Curiosamente, à medida que a distância entre seus sonhos e suas competências diminui pelo seu próprio sucesso, surge frustração, e não felicidade.

Quantos gerentes depois de promovidos sofrem da famosa “fossa do bem-sucedido”, tão conhecida por administradores de recursos humanos? Quantos executivos bem-sucedidos são infelizes justamente porque “chegaram lá”? Pessoas pouco ambiciosas que procuram um emprego garantido logo ficam entediadas, estacionadas, frustradas e não terão a prometida felicidade. Essa definição explica por que a felicidade é tão efêmera. Ela é um processo, e não um lugar onde finalmente se faz nada. Fazer nada no paraíso não traz felicidade, apesar de ser o sonho de tantos brasileiros. Felicidade é uma desconfortável tensão entre suas ambições e competências. Se você estiver estressado, tente primeiro esvaziar seu balão de ambições para algo mais realista. Delegue, abra mão de algumas atribuições, diga não. Ou então encha mais

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01. A alternativa em que o termo sublinhado pode ser substituído, sem alteração de sentido, pelo termo sugerido é:

(a) “Felicidade nessa analogia...” (l. 15) - definição(b) “... é pura balela.” (l. 22) - aspiração(c) “... sem arrogância nem enganos...” (l. 25 - 26) - insolência(d) “... nem tacanha demais...” (l. 29) - complexa(e) “... não é um estado alcançável, um nirvana...” (l. 47) - anseio

02. Em relação à expressão “Até aí, tudo bem.” (l. 09-10), pode-se afirmar que:

(a) ela foi empregada para mostrar que não há problema algum em sonhar.(b) “tudo bem” indica que o autor concorda com todas as definições de felicidade registradas.(c) o advérbio “aí” refere-se à forma como os autores de livros de auto-ajuda definem a felicidade. (d) é preciso que todas as profissões tenham seus próprios conceitos de felicidade.(e) o bem a que todos almejam refere-se a “fazer o que se gosta”.

03. Em relação aos elementos coesivos presentes no texto, assinale a opção correta:

(a) Na linha 01, o pronome possessivo refere-se à visão que todo leitor tem a respeito da felicidade.(b) Na linha 05, o pronome oblíquo “o” refere-se a “artigo curto”.(c) Na linha 07, o pronome relativo “que” refere-se somente ao substantivo “desafios”.(d) A expressão “dois balões”, na linha 16, é retomada em seguida pelo substantivo “balão” e pelo pronome

demonstrativo “o”.(e) O pronome demonstrativo “esse”, na linha 30, está corretamente empregado, visto que se refere à

expressão “segredo da vida”, anteriormente registrada.

04. Em relação às idéias apresentadas por Stephen Kanitz, podemos afirmar que:

(a) os sonhos são as alavancas fundamentais para as realizações; não devendo, pois, haver limitação a eles.

(b) sonhar alto é possível, desde que caminhemos paulatinamente em busca da concretização de tais sonhos.

(c) os intelectuais são verdadeiros modelos a serem seguidos por analisarem suas próprias condições com discernimento.

(d) jamais se deveria perder o entusiasmo tão característico dos jovens universitários. (e) no mundo competitivo, os empregos estáveis são garantia das realizações pessoais e profissionais.

tensão entre suas ambições e competências. Se você estiver estressado, tente primeiro esvaziar seu balão de ambições para algo mais realista. Delegue, abra mão de algumas atribuições, diga não. Ou então encha mais seu balão de competências estudando, observando e aprendendo com os outros, todos os dias. Os velhos acham que é um fracasso abrir mão do espaço conquistado. Por isso, recusam ceder poder ou atribuições e acabam infelizes. Reduzir suas ambições à medida que você envelhece não é nenhuma derrota pessoal. Felicidade não é um estado alcançável, um nirvana, mas uma dinâmica contínua. É chegar lá, e não estar lá como muitos erroneamente pensam. Seja ambicioso dentro dos limites, estude e observe sempre, amplie seus sonhos quando puder, reduza suas ambições quando as circunstâncias exigirem. Mantenha sempre uma meta a alcançar em todas as etapas da vida e você será muito feliz.

(Ponto de vista. Revista VEJA, 22 de junho de 2005)

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05. Em relação às afirmações abaixo sobre o texto, escreva (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas:

( ) Nos primeiros períodos da introdução do texto, o autor se vale dos seguintes recursos: uma declaração inicial e definições de felicidade.( ) Na construção do 2ª parágrafo, o autor retoma a idéia do último período do parágrafo anterior e desenvolve-a por meio de comparações. ( ) No início do 3º parágrafo, as frases interrogativas demonstram as incertezas do autor em relação à busca da felicidade.( ) Embora sendo marca da oralidade, a preferência estilística do autor pelo pronome de tratamento

‘você’ é um recurso persuasivo que aproxima o texto do universo do interlocutor.( ) O modo verbal imperativo, nos dois últimos períodos da conclusão, foi intencionalmente usado para expressar conselho, reforçando a função conativa do texto.

A seqüência correta é:

(a) V – V – F – V – F (b) F – F – V – V – V (c) V – F – V – F – F (d) F – V – V – F – F (e) V – F – F – V - V

06. A imagem dos “balões infláveis” é utilizada pelo autor para mostrar que:

(a) os otimistas têm mais possibilidades de realizar seus desejos e, conseqüentemente, alcançar a felicidade.

(b) o equilíbrio entre os desejos e as condições para realizá-los é elemento indispensável para que o homem conquiste a felicidade.

(c) o sucesso na vida profissional está relacionado não só ao equilíbrio emocional, mas também à estabilidade econômica.

(d) assim como os balões sobem, as pessoas cujos sonhos são altos, certamente, conquistarão a felicidade.

(e) embora cada ser humano tenha livre arbítrio para fazer suas próprias escolhas, o meio em que vive, simbolizado pelo balão, é fator determinante em sua decisão.

07. Segundo o texto, os idosos julgam-se desventurados porque:

(a) as múltiplas competências dos jovens valem mais que a experiência de longos anos de trabalho.(b) não conseguiram mudar a realidade com os conhecimentos adquiridos no ensino superior.(c) apegam-se às suas realizações, não concedendo oportunidades às novas gerações.(d) o mercado de trabalho, determinado pela competitividade, exige qualificações que eles não têm. (e) estão desmotivados e não conseguem mais encher seus balões de desejos e ambições.

08. Os elementos coesivos “como” (l. 10), “e” (l. 39), “como” (l. 48) conferem ao texto, respectivamente, idéias de:

(a) conformidade – adição – comparação (b) comparação – adição – conformidade (c) conformidade – oposição – causa (d) comparação – oposição – conformidade (e) comparação – acrescentamento – causa

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09. Em relação aos trechos:

I – “Se sua ambição não for acompanhada da devida competência, você se frustrará.” (l. 29-30)II – “... e não um lugar onde finalmente se faz nada.” (l. 39)

Os termos destacados são respectivamente:

(a) conjunção subordinativa condicional – partícula integrante do verbo - partícula apassivadora(b) conjunção subordinativa condicional – pronome oblíquo - partícula integrante do verbo (c) conjunção subordinativa integrante – partícula integrante do verbo - índice de indeterminação do

sujeito (d) conjunção subordinativa concessiva – pronome reflexivo - partícula apassivadora (e) pronome oblíquo – palavra expletiva - índice de indeterminação do sujeito

10. Nos períodos:

I – Coloquem seus sonhos em balões infláveis.II – Construamos novas ambições.III – Direi ao jovem o que penso a respeito da felicidade.

Substituindo as palavras destacadas por um pronome oblíquo, temos respectivamente:

(a) Coloquem-os - Construamos-nas - Direi-lhe (b) Coloquem-os - Construamo-las - Direi-lhe(c) Coloquem-los - Construamos-las - Di-lo-ei(d) Coloquem-nos - Construamos-nas - Dir-lhe-ei(e) Coloquem-nos - Construamo-las - Dir-lhe-ei

11. Conjugue os verbos nos tempos indicados entre parênteses.

I. Quando você _________ um jovem sonhador, estimule-o. (verbo ver - futuro do subjuntivo)

II. Os monges budistas _________ a felicidade como a busca do desapego. (verbo ver - presente do indicativo)

III. Na busca da felicidade, sempre _________ muitos empecilhos a serem superados. (verbo haver - pretérito perfeito do indicativo)

IV. Se você _________ o texto com calma, descobriria sua mensagem. (verbo ler - pretérito imperfeito do subjuntivo)

A alternativa cujos verbos preenchem, pela ordem, as lacunas das orações é:

(a) vir - vem - houveram - lesse(b) ver – vêem – houveram – ler (c) vir – vêem – houve – lesse(d) ver – vem – havia – lê(e) vir – vêm – houve – ler

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CONCURSO DE ADMISSÃO - 1ª SÉRIE / ENSINO MÉDIO – LÍNGUA PORTUGUESA – 2006/07 – Fl. 06

12. Tendo em vista as regras de concordância nominal, a alternativa correta é:

(a) Gostaria de que menas pessoas se sentissem frustradas por não realizarem seus sonhos. (b) Atualmente, a juventude anda meia desmotivada para lutar por sua realização profissional.(c) É preciso que crianças, jovens e adultos tenham novos sonho e realizações. (d) É permitido a discussão sobre as diversas definições de felicidade. (e) Os conceitos de felicidade parecem o mais construtivos possível.

13. Considerando a pontuação, está correta a afirmativa:

(a) No período “Se a distância entre os dois for excessiva, você ficará frustrado, ansioso, mal-humorado e estressado.” (l. 17-18), o emprego da primeira vírgula é facultativo por separar a oração adverbial que inicia o período.

(b) No período “Essa história de que tudo é possível se você somente almejar alto é pura balela.” (l. 22) deveria haver vírgulas, separando a oração adverbial condicional intercalada.

(c) A vírgula após a palavra “curiosamente” (l. 31) justifica-se por estar separando um adjunto adnominal.

(d) No período “Ela é um processo, e não um lugar onde finalmente se faz nada.” (l. 38-39), o emprego da vírgula está incorreto porque separa o sujeito do predicado.

(e) No período “Delegue, abra mão de algumas atribuições, diga não.” (l. 42-43), as vírgulas foram corretamente empregadas por separarem orações coordenadas sindéticas.

14. A alternativa em que se apresenta corretamente a função sintática dos termos destacados, respeitando a ordem em que eles ocorrem no período é:

“Pessoas pouco ambiciosas que procuram um emprego garantido logo ficam entediadas, estacionadas, frustradas e não terão a prometida felicidade.” (l. 36-38)

(a) adjunto adnominal – aposto – objeto direto – predicativo do objeto (b) predicativo do sujeito – sujeito – objeto indireto – predicativo do sujeito(c) adjunto adnominal – adjunto adnominal – aposto explicativo – predicativo do sujeito(d) predicativo do sujeito – adjunto adnominal – predicativo do objeto – adjunto adverbial(e) adjunto adnominal – sujeito – objeto direto – predicativo do sujeito

15. Analisando a estrutura dos fragmentos retirados do texto, é correto afirmar que:

(a) A vírgula empregada na linha 02, depois de “Para os monges budistas”, marca o deslocamento de um termo acessório da oração.

(b) O acento indicativo de crase na locução “à medida que” (l. 31) é facultativo.(c) Os termos “porque” (l. 36) e “por que” (l. 38), embora com grafias diferentes, introduzem o mesmo

tipo de orações subordinadas.(d) Na linha 39, em vez do pronome relativo “onde” – inadequadamente empregado – o autor deveria

ter usado em que.(e) Em “É chegar lá, e não estar lá ...” (l. 47 - 48) há orações sem sujeito.

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16. Em relação ao período a seguir, escreva (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas:

“Querer ser presidente da República é um sonho que você pode almejar quando virar governador ou senador, mas não no início de carreira.” (l. 23-25)

( ) Esse período é formado por dois processos: subordinação e coordenação.( ) A terceira oração classifica-se como subordinada adjetiva explicativa.( ) Classifica-se como verbal o predicado da oração subordinada adverbial temporal.( ) A 1ª oração do período classifica-se como oração subordinada substantiva subjetiva.

A seqüência correta é:

(a) V – F – V – V (b) V – F – F – V (c) V – V – V – F (d) F – V – F – V (e) F – V – V – F

17. Os períodos a seguir, retirados do texto “Comprando felicidade”, de Luiz Alberto Marinho, estão fora de ordem.

I. Afinal, de que lado você está? Segundo Eduardo Gianetti, existem as dimensões objetivas e subjetivas do bem-estar.

II. Em outras palavras: satisfeitas as nossas necessidades básicas, passamos a buscar gratificações emocionais.

III. Por outro lado, há aqueles que vivem deprimidos apesar da fartura.IV. Dizem por aí que dinheiro não traz felicidade. Mas há os que garantem justamente o contrário.V. Portanto, felicidade dependeria de dinheiro e também de afeto, realização, desenvolvimento

intelectual.VI. A felicidade estaria na confluência das duas. Sem recursos para suprir as necessidades básicas, o

ser humano não consegue viver.

A opção que indica a ordem correta para que esses períodos formem um parágrafo coerente e coeso é:

(a) I – VI – II – IV – III – V (b) IV – I – VI – III – V- II(c) I – IV – III – VI – V – II(d) I – IV – VI – III – II – V (e) IV – I – III – VI – II – V

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CONCURSO DE ADMISSÃO - 1ª SÉRIE / ENSINO MÉDIO – LÍNGUA PORTUGUESA – 2006/07 – Fl. 08

TEXTO 2 A felicidade Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes

Tristeza não tem fimFelicidade sim

A felicidade é como a gotaDe orvalho numa pétala de florBrilha tranqüilaDepois de leve oscilaE cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre pareceA grande ilusão do carnavalA gente trabalha o ano inteiroPor um momento de sonhoPra fazer a fantasiaDe rei ou de pirata ou de jardineiraPra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fimFelicidade sim

A felicidade é como a plumaQue o vento vai levando pelo arVoa tão leveMas tem a vida brevePrecisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhandoNos olhos da minha namoradaÉ como esta noitePassando, passandoEm busca da madrugadaFalem baixo, por favorPra que ela acorde alegre como o diaOferecendo beijos de amor

Tristeza não tem fimFelicidade sim

18. Relacionando o texto 1 ao texto 2, podemos dizer que:

(a) pela temática desenvolvida , o texto 2 pode ser considerado uma paródia do texto 1.(b) opõem-se os textos 1 e 2 quanto à tipologia textual: aquele é predominantemente narrativo e este é

essencialmente poético. (c) tanto o texto 1 quanto o texto 2 indicam os caminhos a serem percorridos para se alcançar a

felicidade plena.(d) apesar de pertencerem a gêneros diferentes, os dois textos mostram o quanto a felicidade é

transitória.(e) cada texto discute a felicidade sob ângulos diferentes: o primeiro a relaciona ao sucesso

profissional, enquanto o segundo, às alegrias do carnaval.

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CONCURSO DE ADMISSÃO - 1ª SÉRIE / ENSINO MÉDIO – LÍNGUA PORTUGUESA – 2006/07 – Fl. 09

19. Na estrofe:

“A felicidade é como a pluma Que o vento vai levando pelo ar Voa tão leve Mas tem a vida breve Precisa que haja vento sem parar”

A idéia explorada, nesses versos, está também presente no seguinte fragmento do texto 1:

(a) “Felicidade nessa analogia seria a distância entre esses dois balões...” (l. 15-16)(b) “Ser feliz é achar a distância certa entre o que se tem e o que se quer ter.” (l. 19-20)(c) “Querer ser presidente da República é um sonho que você pode almejar quando virar governador ou

senador, mas não no início de carreira.” (l. 23-25)(d) “Felicidade é uma desconfortável tensão entre suas ambições e competências.” (l. 40-41)(e) “Felicidade não é um estado alcançável, um nirvana, mas uma dinâmica contínua.” (l. 47-48)

20. Considerando as seguintes informações:

I. No refrão, há uma antítese, isto é, uma aproximação de contrários.II. Nos versos “A felicidade é como a gota” e “A felicidade é como a pluma”, foi empregada a

metáfora, figura que sugere analogia implícita.III. Na terceira estrofe, a repetição do fonema consonantal /v/ é chamado de assonância.IV. Em “A minha felicidade está sonhando nos olhos da minha namorada”, ocorre prosopopéia.

Estão corretas apenas:

(a) I - II(b) I – III(c) I – IV(d) II – III(e) II – IV

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CONCURSO DE ADMISSÃO - 1ª SÉRIE / ENSINO MÉDIO – LÍNGUA PORTUGUESA – 2006/07 – Fl. 10

PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 2 a PARTE

21. PRODUÇÃO TEXTUAL

Tanto o texto de Stephen Kanitz quanto a composição de Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes discorrem sobre a felicidade.

Reflita sobre as idéias apresentadas e redija um texto dissertativo sobre o tema:

Felicidade: uma conquista de cada um.

OBSERVAÇÕES:

• O texto deve ter no mínimo 20 linhas e no máximo 30.

• Dê um título a seu texto.

• Empregue linguagem impessoal, clara e de acordo com a norma culta.

• Escreva com letra legível.

• Você dispõe de uma Folha de Rascunho para planejar seu texto, porém, para efeito de

avaliação, só será considerado o que você escrever na FOLHA DE REDAÇÃO, com caneta

azul ou preta.

• O rascunho não será considerado.

LEIA ATENTAMENTE A PROPOSTA QUE SEGUE E PRODUZA UM TEXTO, ATENDENDO ÀS ORIENTAÇÕES APRESENTADAS.

IDENTIFICAÇÃO

N° DE INSCRIÇÃO: ______________________

NOME: ___________________________________________________________________

ASSINATURA: _____________________________________________________________

Nº CÓDIGO

(Não escreva neste espaço)

ESCORES

1a. PARTE: __________________

2a. PARTE: __________________

TOTAL: _____________________