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7/23/2019 PROVA 20- 2015 http://slidepdf.com/reader/full/prova-20-2015 1/14 PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS Secretaria Municipal de Educação Escola Municipal Dominguinhos Pereira  Av. Queluz s/n Bairro Maracanã  Montes Claros  MG  (0xx38)3229-3394 PIP  Projeto de Intervenção Pedagógica/2015 (20ª Prova) Tópico I. Procedimentos de Leitura D1  –  Localizar informações explícitas em um texto. Leia o texto abaixo: Crianças levantam bandeiras Os problemas das crianças refugiadas, escravas e vítimas de guerras, foram motivo de um encontro entre jovens de 15 países na Suécia esta semana. Lá, estão meninos e meninas de países como Canadá, EUA, Índia e Uganda. O Brasil tem um representante: Wanderson de Oliveira, 15. Eles foram jurados do Prêmio das Crianças do Mundo, da organização não governamental sueca Children´s World (Crianças do Mundo). Uma votação na internet, feita só entre menores de 18 anos, indicou projetos que buscam melhorar a vida das crianças em países pobres. Houve cerca de 20 mil votos. O trabalho de Asfaw Yemiru, 58, para melhorar a educação na Etiópia, foi premiado. Aos 14 anos,  Asfaw já dava aulas a crianças debaixo de uma árvore. "Eu era pobre, mas quis fazer algo para ajudar. O movimento de crianças que lutam pela paz na Colômbia e a criação de escolas noturnas para crianças trabalhadoras na Índia também estavam concorrendo ao prêmio. "É incrível estar aqui e ver como crianças têm ideias para melhorar a vida de outras crianças", diz Wanderson, que deixou as ruas para fazer arte no circo. Leia aqui outras histórias de jovens que querem melhorar o mundo.  As crianças não são diferentes Quando tinha 9 anos, Laura Hannant, 15, visitou a Índia. Lá, ela conheceu a realidade das crianças indianas e encontrou madre Teresa de Calcutá (1910-1997), que sempre trabalhou para ajudar as crianças desse país. "Madre Teresa pediu para eu fazer algo pelas crianças", conta. Desde então, a canadense tornou-se uma ativista política contra a exploração da mão-de-obra infantil. "Somos de diferentes países, mas não somos diferentes, pois somos crianças", diz .  As pombas mensageiras  A indígena Maria Esteban, 14, é sobrevivente de uma guerra de 36 anos na Guatemala. No conflito, tribos indígenas foram exterminadas. Para fugir dos soldados, Maria se escondia na floresta. As pombas eram as mensageiras, pois avisavam quando os militares estavam por perto. Hoje, Maria estuda por meio de um programa de rádio. "Estou contente de estar aqui (na Suécia) porque estou conhecendo outra gente", diz a menina, que mora na comunidade Primavera e nunca visitou a capital de seu país. Soldados não brincam Os conflitos de guerra marcaram a infância de Charles Opiro, 15, e de Lina Akello , 17. Eles tiveram de pegar em armas, ver amigos morrerem e passar fome em seu país, Uganda. Brincar não era coisa para crianças- soldados. Quando voltava da escola, aos 10 anos, Charles foi sequestrado por um grupo de rebeldes do grupo Lord‘s of Resistance Army (Exército de Resistência do Senhor).

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7/23/2019 PROVA 20- 2015

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROSSecretaria Municipal de Educação

Escola Municipal Dominguinhos Pereira Av. Queluz s/n Bairro Maracanã – Montes Claros – MG – (0xx38)3229-3394

PIP – Projeto de Intervenção Pedagógica/2015 (20ª Prova)

Tópico I. Procedimentos de Leitura 

D1  – Localizar informações explícitas em um texto.

Leia o texto abaixo: Crianças levantam bandeiras

Os problemas das crianças refugiadas, escravas e vítimas de guerras, foram motivo de umencontro entre jovens de 15 países na Suécia esta semana. Lá, estão meninos e meninas depaíses como Canadá, EUA, Índia e Uganda. O Brasil tem um representante: Wanderson deOliveira, 15.Eles foram jurados do Prêmio das Crianças do Mundo, da organização não governamental suecaChildren´s World (Crianças do Mundo).Uma votação na internet, feita só entre menores de 18 anos, indicou projetos que buscam melhorara vida das crianças em países pobres. Houve cerca de 20 mil votos.O trabalho de Asfaw Yemiru, 58, para melhorar a educação na Etiópia, foi premiado. Aos 14 anos, Asfaw já dava aulas a crianças debaixo de uma árvore. "Eu era pobre, mas quis fazer algo paraajudar.O movimento de crianças que lutam pela paz na Colômbia e a criação de escolas noturnas paracrianças trabalhadoras na Índia também estavam concorrendo ao prêmio."É incrível estar aqui e ver como crianças têm ideias para melhorar a vida de outras crianças", dizWanderson, que deixou as ruas para fazer arte no circo.

Leia aqui outras histórias de jovens que querem melhorar o mundo.

 As crianças não são diferentes

Quando tinha 9 anos, Laura Hannant, 15, visitou a Índia. Lá, ela conheceu a realidade das criançasindianas e encontrou madre Teresa de Calcutá (1910-1997), que sempre trabalhou para ajudar ascrianças desse país. "Madre Teresa pediu para eu fazer algo pelas crianças", conta.Desde então, a canadense tornou-se uma ativista política contra a exploração da mão-de-obrainfantil. "Somos de diferentes países, mas não somos diferentes, pois somos crianças", diz.

 As pombas mensageiras

 A indígena Maria Esteban, 14, é sobrevivente de uma guerra de 36 anos na Guatemala. Noconflito, tribos indígenas foram exterminadas.Para fugir dos soldados, Maria se escondia na floresta. As pombas eram as mensageiras, poisavisavam quando os militares estavam por perto.Hoje, Maria estuda por meio de um programa de rádio. "Estou contente de estar aqui (na Suécia)porque estou conhecendo outra gente", diz a menina, que mora na comunidade Primavera e nuncavisitou a capital de seu país.

Soldados não brincam

Os conflitos de guerra marcaram a infância de Charles Opiro, 15, e de Lina Akello , 17. Eles

tiveram de pegar em armas, ver amigos morrerem e passar fome em seu país, Uganda. Brincarnão era coisa para crianças- soldados.Quando voltava da escola, aos 10 anos, Charles foi sequestrado por um grupo de rebeldes dogrupo Lord‘s of Resistance Army (Exército de Resistência do Senhor).

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―No treinamento de guerra, tinha de ser rápido e esperto para não apanhar dos guerrilheiros. Eraobrigado a lutar com fome e sede.‖ Charles conseguiu fugir há três meses. 

Um futuro melhor

Hoje, Charles voltou a estudar. Ele mora com uma tia, pois sua mãe vive em um campo derefugiados.Lina, sequestrada aos 12 anos pelo mesmo grupo, foi forçada a casar com um guerrilheiro quando

era muito jovem. Grávida de cinco meses, ela conseguiu fugir. ―Quero que minha filha tenha umahistória diferente. Fonte: Folha de São Paulo, 21 de abril de 2002.

01.  Por meio desse texto foi possível conhecer a história difícil de crianças de alguns lugares domundo. Segundo o que se leu, todas essas crianças têm em comum:

A. Histórias relacionadas a guerras ou visão da miséria nos países onde estavam e que apesardestas tristezas, conseguiram transformar positivamente as suas vidas.B. Relatos de situações difíceis pelas quais passaram e que não tiveram um final satisfatório.C. Comentários sobre guerras em seus países e que foram obrigadas a passar fome, frio e autilizarem armas.D. Histórias de pessoas importantes que conheceram e que as fizeram ser pessoas atuantessocialmente.

D3- Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

Leia o aviso:

02. O significado da palavra ―avariados‖ é 

(A) de largura maior.(B) de tamanho maior.(C) com material pesado.(D) apresentados com danificações.

D4  – Inferir uma informação implícita em um texto.

(Equipe PIP). Leia o texto abaixo.O IMPÉRIO DA VAIDADE 

Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema e os jornais defendem os músculostorneados, as vitaminas milagrosas, as modelos longilíneas e as academias de ginástica? Porquetudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém fala do afeto e do respeito entre duas pessoascomuns, mesmo meio gordas, um pouco feias, que fazem piquenique na praia?Porque isso não dá dinheiro para os negociantes, mas dá prazer para os participantes. O prazer é

físico, independentemente do físico que se tenha: namorar, tomar milk-shake, sentir o sol na pele,carregar o filho no colo, andar descalço, ficar em casa sem fazer nada. Os melhores prazeres sãode graça - a conversa com o amigo, o cheiro do jasmim, a rua vazia de madrugada -, e ahumanidade sempre gostou de conviver com eles. Comer uma feijoada com os amigos, tomar umacaipirinha no sábado também é uma grande pedida. Ter um momento de prazer é compensar

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muitos momentos de desprazer. Relaxar, descansar, despreocupar-se, desligar-se da competição,da áspera luta pela vida - isso é prazer.Mas vivemos num mundo onde relaxar e desligar-se se tornou um problema. O prazer gratuito,espontâneo, está cada vez mais difícil. O que importa, o que vale, é o prazer que se compra e seexibe, o que não deixa de ser um aspecto da competição. Estamos submetidos a uma culturaatroz, que quer fazer-nos infelizes, ansiosos, neuróticos. As filhas precisam ser Xuxas, asnamoradas precisam ser modelos que desfilam em Paris, os homens não podem assumir suaidade.

Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu contrário: um massacre da indústria e do comércio.Querem que sintamos culpa quando nossa silhueta fica um pouco mais gorda, não porque queremque sejamos mais saudáveis - mas porque, se não ficarmos angustiados, não faremos maisregimes, não compraremos mais produtos dietéticos, nem produtos de beleza, nem roupas e maisroupas. Precisam da nossa impotência, da nossa insegurança, da nossa angústia.O único valor coerente que essa cultura apresenta é o narcisismo.

LEITE, Paulo Moreira. O império da vaidade. Veja, 23 ago. 1995. p. 79.

03. O autor pretende influenciar os leitores para que eles:

(A) sejam mais críticos em relação ao incentivo do consumo pela mídia.

(B) excluam de sua vida todas as atividade incentivadas pela mídia.(C) fiquem mais em casa e voltem a fazer os programas de antigamente.(D) evitem todos os prazeres cuja obtenção depende de dinheiro.

D6- Identificar o tema de um texto.

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:Como se produzem frutas fora de época?

Você se lembra do tempo em que era preciso esperar o outono para comer morango e o invernopara chupar laranjas? Se não, é porque faz muito tempo mesmo: hoje em dia, essas frutas estão

no supermercado o ano inteiro. Poda e irrigação se juntaram à genética e à química e permitemque os agricultores acelerem ou retardem o ciclo natural das plantas. Hoje, as frutas são de todasas épocas. A manga, por exemplo, graças a substâncias químicas como paiobutazol e ethefon, tem umaprodução uniforme ao longo do ano. O produtor pode até adequar a colheita ao período maispropício para o mercado interno ou externo. Além do calendário, a agricultura moderna tambémignora a geografia: a maçã, fã do frio, já dá na Bahia. Fruto de cruzamentos genéticos, a variedadeEva suporta trocadilhos e o calor nordestino desde 2004.―Os produtores aprenderam a explorar nossos climas e solos e passaram a produzir a mesma frutaem várias regiões‖, explica Anita Gutierrez, engenheira agrônoma da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, a CEAGESP. O que não significa que não exista sazonalidade:ainda há variação no volume de algumas frutas e verduras por culpa de estiagem excesso dechuvas ou frio fora do comum. Ainda falta podar o clima.

SILVA, Michele. Revista Superinteressante.Ed. 264. Abril: abr. 2009. p. 46.

04. Esse texto trata

 A) da agricultura moderna, que produz frutas o ano inteiro.B) dos morangos, que devem ser cultivados no outono.C) do calendário agrícola, que determina a produção.D) das ações do clima, que interferem na produção.

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D14  – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

Leia o texto para responder a questão abaixo:Mulher é atropelada e põe a culpa

no Google Maps

Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial. O processo movido pelaamericana Lauren Rosenberg, vítima de um atropelamento em uma rodovia no Estado de Utah,

seria mais um caso de reparação por danos, mas ela quer receber US$ 100 mil (cerca de R$ 183,5mil) não só do motorista que a atingiu, Patrick Harwood, mas também da empresa Google.Segundo o jornal inglês The Guardian, Lauren tentou atravessar uma estrada estadual sempasseio para pedestres, à noite, e foi atingida por um carro, em 19 de janeiro de 2009.Ela alega ter seguido as indicações do site Google Maps.O advogado Allen Young entrou com a ação judicial na semana passada. Ele argumenta que o sitefoi "descuidado e negligente" ao indicar a travessia de uma via expressa. "As pessoas confiam nasinstruções (dadas pelo Google Maps). Ela acreditou que era seguro atravessar a pista." Ao indicar uma rota, o serviço do Google dá um alerta: "Essa rota pode não ter calçadas oupasseio para pedestres". Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o caso, queainda vai dar o que falar.

http://www.diariopopular.com.br

05. O trecho do texto que expressa uma opinião é

(A) ―Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial.‖ (B) "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio para pedestres".(C) ―Ele argumenta que o site foi "descuidado e negligente" [...]‖ (D) ―Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o caso‖ 

Tópico II. Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do Enunciador na Compreensão do Texto

D5  – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos,foto, etc.).

Leia o texto para responder a questão abaixo:

aprendaproduzir.blogspot.com/

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 06. No segundo quadrinho, pode-se deduzir pela fala da personagem que

(A) não existem maridos perfeitos.(B) não há segredos para um casamento perfeito.(C) não há mulheres felizes.(D) não há homens infelizes.

D12  – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

07. A finalidade do texto é

(A) criticar o desperdício de brinquedos pelas crianças.(B) anunciar o lançamento de um novo ursinho de pelúcia.(C) convencer as crianças a doarem brinquedos usados.(D) defender o direito de brincar das crianças. 

Tópico III. Relação entre Textos

D20 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos....

Leia os textos para responder a questão abaixo:

Texto IVocê é a favor de clones humanos?

―Sou contra. Engana-se quem pensa que o clone seria uma cópia perfeita de um ser humano. Eleteria a aparência, mas não a mesma personalidade. Já pensou um clone do Bon Jovi quedetestasse música e se tornasse matemático, passando horas e horas falando sobre Hipotenusa,raiz quadrada e subtração? Ou o clone do Brad Pitt se tornando padre? Ou o do Tom Cavalcante

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se tornando um executivo sério e o do Maguila estudando balé? Estranho, não? Mas esses clonesnão seriam eles, e, sim, a sua imagem em forma de outra pessoa. No mundo, ninguém é igual.Prova disso são os gêmeos idênticos, tão parecidos e com gostos tão diferentes.Os clones seriam como as fitas piratas: não teriam o mesmo valor original. Se eu fosse um clone,me sentiria muito mal cada vez que alguém falasse: ‗olha lá o clone da fulana‘. No fundo, no fundo,eu não passaria de uma cópia.‖. 

Alexandra F. Rosa, 16 anos, Francisco Morato,SP.(Revista Atrevida nº 34)

Texto IIVocê é a favor de clones humanos?

―Sou a favor! O mundo tem de aprender a lidar com a realidade e as inovações que acontecem. Ouseja, precisa se sofisticar e encontrar caminhos para seus problemas. Assistimos à televisão,lemos jornais e vemos que existem muitas pessoas que, para sobreviver, precisam de doadores deórgãos. Presenciamos atualmente aqui no Brasil e também em outros países a tristeza que é afalta de doadores. A clonagem seria um meio de resolver esse problema!Já pensou quantas pessoas seriam salvas por esse meio? Não há dúvida de que existem muitasquestões a serem respondidas e muitos riscos a serem corridos, mas o melhor que temos a fazer é

nos prepararmos para tudo o que der e vier, aprendendo a lidar com os avanços científicos queatualmente se realizam. Acredito que não gostaríamos de parar no tempo. Pelo contrário, temos deavançar!‖ 

Fabiana C.F. Aguiar, 16 anos, São Paulo, SP. (Revista Atrevida nº 34)

08. Ao se compararem os textos I e II, pode-se afirmar que

(A) em I, há a negação da existência de pessoas diferentes; em II, afirma-se que a clonagem éuma sofisticação.(B) em I, há a afirmação de que a clonagem se constitui em distanciamento dos seres humanos;

em II, a solução para a aproximação dos seres humanos.(C) em I, há indícios de que a humanidade ficará incomodada com a clonagem; em II, há aafirmação de que é preciso seguir os avanços científicos.(D) em I, discute-se o conceito de que a clonagem produz cópias perfeitas; em II, afirma-se que aclonagem é a solução para muitos dos problemas humanos.

D21  – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fatoou ao mesmo tema.

(Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

Texto 1O açúcar  

O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema não foi produzido por mim nemsurgiu dentro do açucareiro por milagre. Vejo-o puro e afável ao paladar como beijo de moça, águana pele, flor que se dissolve na boca. Mas este açúcar não foi feito por mim.Este açúcar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia. Esteaçúcar veio de uma usina de açúcar em Pernambuco ou no Estado do Rio e tampouco o fez o

dono da usina.Este açúcar era cana e veio dos canaviais extensos que não nascem por acaso no regaço do vale.Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este açúcar.

FERREIRA, Gullart. Toda Poesia. Rio de Janeiro

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O Trabalho e o LavradorO que disse o pão ao padeiro? Antes de pão, eu fui farinha,Farinha que o moinho moíaDebaixo do olhar do moleiro.O que disse a farinha ao moleiro?Um dia fui grão de trigoQue o lavrador ia colhendo

E empilhando no celeiro.O que disse o grão ao lavrador? Antes de trigo, fui semente,Que tuas mãos semearam Até que me fizesse em flor.O que disse o lavrador às suas mãos?Com vocês, lavro essa terra,Semeio o trigo, colho o grão,Moo a farinha e faço o pão.E a isso tudo eu chamo trabalho.

CAPARELLI, Sérgio. Poemas para crianças. Porto Alegre: L&P, 2008. Adaptado Reforma

Ortográfica.

09. Os textos 1 e 2 têm em comum o fato de:

 A) contarem a história de um pão que foi produzido por um lavrador.B) compararem os sentimentos que envolvem os trabalhadores urbanos.C) denunciarem as más condições de trabalho do homem do campo.D) retratarem os processos envolvidos na fabricação de um produto.

Tópico IV. Coerência e Coesão no Processamento do Texto

D2  –  Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ousubstituições que contribuem para a continuidade de um texto.

Leia o texto a seguir: 

(Palavra de Menino)

Você iria a um programa de TV para arrumar uma namorada?Claro que não! Essa é a primeira resposta que vem na cabeça de uma pessoa normal, seja

menino ou menina. [...] A melhor forma de arrumar uma namorada ou um namorado é sair à noite,fazer amigos e, quem sabe, esbarrar numa pessoa que encontrar por aí, e ela  se transformar noamor de sua vida. Se você já tentou de tudo, foi a vários lugares legais, fez promessa pra Santo Antônio e, mesmo assim, o amor de sua vida insiste em não aparecer, aí chegou a hora de apelar.Recomendo que você procure esses programas de televisão que dão uma força para as pessoasarrumarem um namorado (ou namorada). [...] Talvez você encontre a mulher ou o homem de suavida, mas também pode sair dessa com o coração partido. Não fique triste. Eu acredito que existeuma pessoa certa para cada um e que ela está à sua espera, assim como você está à sua procura.

RAMOS, Rafael, músico produtor e apresentador do programa QUIZZ MTV.Revista Atrevida, março de 2011, p. 57. Adaptação.

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10. Observe a frase destacada no texto: 

Nessa frase, o pronome ‘ela‘ refere-se à palavra

 A) namoradaB) pessoaC) formaD) vida

D7  – Identificar a tese de um texto.

Leia o texto abaixo e responda a questão:

O HOMEM DO OLHO TORTO

No sertão nordestino, vivia um velho chamado Alexandre. Meio caçador, meio vaqueiro, era cheiode conversas — falava cuspindo, espumando como um sapo-cururu. O que mais chamava a

atenção era o seu olho torto, que ganhou quando foi caçar a égua pampa, a pedido do pai. Alexandre rodou o sertão, mas não achou a tal égua. Pegou no sono no meio do mato e, quandoacordou, montou num animal que pensou ser a égua. Era uma onça. No corre-corre, machucou-secom galhos de árvores e ficou sem um olho. Alexandre até que tentou colocar seu olho de volta noburaco, mas fez errado. Ficou com um olho torto.

RAMOS, Graciliano. Histórias de Alexandre. Editora Record. In revista Educação, ano 11, p. 14

11. O que deu origem aos fatos narrados nesse texto?

(A) O fato de Alexandre falar muito.

(B) O hábito de Alexandre de falar cuspindo.(C) A caçada de Alexandre à égua pampa.(D) A caçada de Alexandre a uma onça.

D8  – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.

Leia o texto abaixo e responda às questões que se seguem.

A DISCIPLINA DO AMOR  – LYGIA FAGUNDES TELLES

Foi na França, durante a segunda grande guerra; um jovem tinha um cachorro que todos os dias,pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis datarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o comseu passinho saltitante de volta a casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas quepassavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos maisíntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu donoapontava lá longe. Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que ocachorro desistiu de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansiosonaquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do

dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorroaté chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata,voltava ao seu ponto de espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração docachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando iachegando aquela hora ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias. Com o passar

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dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que nãovoltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Osamigos, para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu)continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro estáesperando?... Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.

12. Todas as alternativas a seguir reforçam a ideia trazida no título, exceto:

 A)( )―...todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho.‖ B)( )―...e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.‖ C)( )―O jovem morreu num bombardeio.‖ D( )―Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao seu ponto deespera.‖ 

D9- Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.

Leia o texto abaixo.

―No Antigo Egito, o gato foi honrado e enaltecido, sendo considerado como um animal santo.Nestamesma época, a gata transformou-se na representação da Deusa Bastet, fêmea do deus SolRá. [...] Na Europa, o gato se desenvolveu com as conquistas romanas. Ele foi admirado pela suabeleza e dupla personalidade (ora um selvagem independente, ora um animal doce e afável), eapreciado ainda no século XI quando o rato negro invadiu a Europa. No século XIII desenvolveram-se as superstições e o gato passou de criatura adorada a infernal, associada aos cultos pagãos e àfeitiçaria. A igreja lhe virou as costas. [...] No século XVIII ele voltou majestoso e em perfeito acordocom os poetas, pintores e escritores que prestam homenagem à graça e à beleza de seu corpo.‖ 

Fonte: Revista DC. Diário Catarinense, 25 de abril 1999.

13. (PROVA PARANÁ) A informação principal que se destaca no texto é:

(A) A trajetória do gato ao longo da história.(B) Justificar a importância dos gatos e dos ratos.(C) Descrever a história dos ratos ao longo dos tempos.(D) Citar superstições acerca dos gatos.

D10  – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

Faça a leitura da letra musical abaixo do Adoniran Barbosa.

Apaga o fogo mané

Inez saiu dizendo que ia comprar um pavio pro lampião

Pode me esperar Mané

Que eu já volto já

 Acendi o fogão, botei a água pra esquentar

E fui pro portão

Só pra ver Inez chegar

 Anoiteceu e ela não voltou

Fui pra rua feito louco

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Pra saber o que aconteceu

Procurei na Central

Procurei no Hospital e no xadrez

 Andei a cidade inteira

E não encontrei Inez

Voltei pra casa triste demais

O que Inez me fez não se faz

E no chão bem perto do fogão

Encontrei um papel

Escrito assim:

-Pode apagar o fogo ManéQue eu não volto mais!

14. Das opções abaixo, qual melhor representa o desfecho da narrativa acima?

A. Não foi encontrada nenhuma explicação para o sumiço da Inez.B. A Inez não conseguiu comprar o pavio para o lampião.C. O Mané ficou louco de tanto procurar a Inez.D. A Inez abandonou o Mané.

D11- Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

O que é ser adotado

Os alunos do primeiro ano, da professora Débora,discutiam a fotografia de uma família. Um menino na fototinha os cabelos de cor diferente dos outros membros da

família.

Um aluno sugeriu que ele talvez fosse adotado e umagarotinha disse:

 – Sei tudo de filhos adotados porque sou adotada.

 – O que é ser adotado? – outra criança perguntou.

 – Quer dizer que você cresce no coração da mãe, emvez de crescer na barriga. DOLAN, George. Você

Não Está Só. Ediouro

15.  O aluno sugeriu que a criançada foto tinha sido adotada porque:

 A) os cabelos dela eramdiferentes.

B) estava na foto da família.

C) pertencia a uma família.

D) cresceu na barriga da mãe.

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D15- Estabelecer relações lógico-discursivos presentes no texto marcadas por conjuntos,advérbios, etc.

Leia o seguinte texto para responder às questões 05, 06 e 07.

Encurtando o caminho

Tia Maria, quando era criança, um dia se atrasou na saída da escola, e na hora em que foivoltar para casa já começava a escurecer. Viu uma outra menina passando pelo cemitério eresolveu cortar caminho, fazendo o mesmo trajeto que ela.

Tratou de apressar o passo até alcançá-la e se explicou: – Andar sozinha no cemitério me dá um frio na barriga! Será que você se importa se nós

formos juntas? – Claro que não. Eu entendo você  – respondeu a outra.  – Quando eu estava viva, sentia a

mesma coisa.

 Angela-Lago. Sete histórias para sacudir o esqueleto. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002.p. 15-16.

16.  A expressão ―quando era criança‖ indica a ideia de  A) Modo.B) Tempo.C) Intensidade.D) Proporção.

D16  – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

17. O traço de humor do texto pode ser identificado no fato de

(A) o homem ver um rato roubando um biscoito.(B) o rato conseguir fugir do homem e do gato.(C) o gato pegar o biscoito e não o rato.(D) o gato correr atrás do rato.

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 D17  – Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

18. No terceiro quadrinho, os pontos de exclamação reforçam ideia de

(A) comoção. (B) contentamento. (C) desinteresse. (D) surpresa.

D18  – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ouexpressão.

(SAERS). Leia o texto abaixo e responda.

19. Nesse texto, a palavra ―Previna-se‖ indica 

 A) um elogio.

B) um protesto.

C) uma ordem.

D) uma orientação.

Disponível em: <http://www.portal.saude.gov.br/portal/saude>. Acesso em: 28 mar. 10.

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 D19  – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficose/ou morfossintáticos.

(PAEBES). Leia o texto abaixo.

Porquinho-da-índia

Quando eu tinha seis anos

Ganhei um porquinho-da-índia.

Que dor de cabeça me dava

Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!

Levava ele pra sala

Pra os lugares mais limpinhos

Ele não gostava:

Queria era estar debaixo do fogão.

Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...

 –  O meu porquinho-da-índia foi a minha primeiranamorada.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem &

Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

20. No poema, o uso dos diminutivos―porquinho‖ (v. 2), ―bichinho‖ (v. 4),

―limpinhos‖ (v. 6) e ―ternurinhas‖ (v. 9)indica

 A) afetividade.

B) deboche.

C) desconsideração.

D) insatisfação.

Tópico VI. Variação Linguística

D13- Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

Bom conselho

Composição: Chico Buarque

Ouça um bom conselhoQue eu lhe dou de graçaInútil dormir que a dor não passa

Espere sentadoOu você se cansaEstá provado, quem espera nunca alcançaVenha, meu amigoDeixe esse regaço

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Brinque com meu fogoVenha se queimarFaça como eu digoFaça como eu faço Aja duas vezes antes de pensarCorro atrás do tempoVim de não sei ondeDevagar é que não se vai longe

Eu semeio o ventoNa minha cidadeVou pra rua e bebo a tempestade

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21. O verso que pode ilustrar que o eu poético se dirige a alguém que tem intimidade é

(A) ―Venha, meu amigo‖ (B) ‖ Corro atrás do tempo‖ (C) ― Vim de não sei onde‖ (D) ― Eu semeio o vento‖