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Protozooses Professor Rodrigo Nogueira

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Protozooses

Professor Rodrigo Nogueira

FISIOLOGIA

Equilíbrio osmótico

Protozoários marinhos – isotônicos em relaçãoao meio

Protozoários dulcícolas – hipertônicos em re-lação ao meio, apresentam vacúolo contrátil(eliminação do excesso de água)

Trocas gasosas e excreção

Difusão simples

Alimentação

Fagocitose

Vacúolo digestivo

Vacúolo residual

Clasmocitose

A excreção também pode ser realizada pelovacúolo contrátil

Classificação

De acordo com as estruturas de locomoção

PROTOZOÁRIOS

Designação coletiva para unicelulares eucariontes heterótrofos (Reino Protista) que obtêm seus alimentos por ingestão ou absorção.

DIVISÃO EM GRUPOS

Baseada no tipo de estrutura locomotora (e/ou de captura de alimentos) ou na sua ausência:protozoários amebóides: deslocam-se ou

capturam alimentos por meio de pseudópodes (pseudo = falso; podos = pés). antiga classificação em Filo Sarcodina

DIVISÃO EM GRUPOS

protozoários flagelados: deslocam-se ou obtêm alimento por meio de flagelos.antiga classificação em Filo Mastigophora

(mastix = flagelo; phoros = portador) ou Flagellata

DIVISÃO EM GRUPOS

protozoários ciliados: deslocam-se ou obtêm alimento por meio de cílios.único filo (manutenção da classificação antiga)

Filo Ciliophora.

DIVISÃO EM GRUPOS

protozoários esporozoários: sem estruturas especiais para o deslocamento flexões do corpo ou deslizamento.obtêm alimento principalmente por absorção ou

pinocitose.antiga classificação em Filo Sporozoa

MOVIMENTO AMEBÓIDE

Emissão de pseudópodes: locomoção;captura de alimento por fagocitose.

VACÚOLO PULSÁTIL OU CONTRÁTIL

Presente em protozoários de água doce:expulsa o excesso de água que entra por osmose.

REPRODUÇÃO

Assexuada:divisão binária, bipartição ou cissiparidade.

MUTUALISTAS

Trichonympha: vive no intestino de cupins e de baratas comedoras de

madeira; digere a celulose que esses animais não conseguem digerir

sozinhos.

Filo Protozoa

• Cerca de 6000 espécies conhecidas - ~10000 são parasitas.

• Eucariotos unicelulares

• Apresentam variadas formas, processo de alimentação, reprodução e locomoção

Classificação

De acordo com a estrutura de locomoção

• Sarcodina (Rhizopoda) - presença de pseudópodes

Ex.: Amoeba, Entamoeba.

• Mastigophora (Flagelatta) - presença de flagelosEx.: Trypanosoma, Leishmania

Classificação

• Cilliata (Ciliophora) - presença de cíliosEx.: Paramercium

• Sporozoa - ausência de estrutura para locomoção, todos parasitas

Ex.: Plasmodium, Toxoplasma

Protozooses

• Amebíase• Giardíase• Doença de Chagas • Leishmaniose visceral• Leishmaniose tegumentar• Malária

Amebíase

Amebíase

• Agente etiológico: Entamoeba histolytica.• ~100.000 de mortes/ano.• Forma de transmissão: ingestão de cistos

maduros, juntamente com água e/ou alimentos contaminados.

• Cistos permanecem viáveis por 20 dias.

CicloMonoxênico - apenas um hospedeiro

Ingestão de cistos maduros

Chegada no intestino delgado onde ocorre o desencistamento

Metacisto sofre várias divisões celulares transformando-se em trofozoíto

Migração para o intestino grosso

Produção de cistos e liberação nas fezes

Invasão da mucosa intestinal

Amebíase

Amebíase ou disenteria amebiana

Ciclo de Entamoeba histolytica

Liberação da amebano intestino

Hemáciasingeridas pela

ameba

INTESTINO

Eliminação decistos com as

fezes Parededo cisto

Formasvegetativas

multiplicam-see lesam vasos

sanguíneosIntestinais.

Contaminação dealimentos e água

potável

Ingestãode cistosde ameba

Núcleos

Cisto

Profilaxia

• Educação sanitária• Saneamento básico• Lavar bem os alimentos crus• Combate às moscas• Tratamento dos doentes• Realização de exames em “manipuladores de

alimentos” com freqüência

Giardíase

Giardíase

• Agente etiológico: Giardia lamblia• Causas mais comuns de diarréias em crianças -

freqüentemente encontrado em ambientes coletivos.

• Forma de transmissão: ingestão de cistos maduros

• O cisto resiste até 2 meses no meio exterior

Giardia lamblia

CicloMonoxênico

Ingestão de cistos

Desencistamento no duodeno e liberação de trofozoítos

Colonização do intestino delgado

Várias divisões bináriasInvasão da mucosa

intestinal - diarréia

Produção de cistos e liberação nas fezes

Profilaxia

• Higiene pessoal• Saneamento básico• Proteção dos alimentos - moscas e baratas• Tratamento da água• Tratamento dos doentes

Doença de Chagas

Doença de Chagas (Tripanossomíase)

Carlos Chagas

Trypanossoma Cruzi (flagelado)

Doença de Chagas

Doença de Chagas

• Agente etiológico: Trypanosoma cruzi

• Doença freqüente na América Latina

• Vetor: o barbeiro Triatoma infestans

Barbeiro

• Triatoma infestans• Insetos hematófagos• Hospedeiro

intermediário (vetor)

Doença de Chagas

Morfologia:- epimastigota – presente no trato intestinal

do barbeiro- tripomastigota – presente na parte final do

trato intestinal do barbeiro e no sangue do vertebrado

- amastigota – presente nos músculos do vertebrado

amastigota

tripomastigota

epimastigota

Transmissão

• Via vetor - FEZES• Transfusão sangüínea• Transmissão congênita• Via leite materno • Acidentes de laboratório

Infecção via oral

Chagomas

Ciclo

• Heteroxênico (dois hospedeiros)

• Hospedeiro vertebrado: homem e outros mamíferos (tatu gambá, rato)- multiplicação intracelular

• Hospedeiro invertebrado: barbeiros triatomíneos - multiplicação extracelular

Picada do barbeiro e fezes na pele do hospedeiro vertebrado

Fezes com formas tripomastigotas caem no sangue do vertebrado

Entrada nas fibras musculares

Transformação para amastigotas

Mitoses

Algumas amastigotas saem das céls., caem no sangue e se transformam em tripomastigotas

Liberação de epimastigotas nas fezes

Divisões celulares das epimastigotas

Transformação para epimastigotas no trato digestivo do barbeiro

Picada e defecação

Picada

Homem

Barbeiro

Incidência da Doença de Chagas (Endemismo)

Profilaxia

Os tratamentos são paliativos.Prevenção:

1.Combate ao barbeiro; Construção de casas de alvenaria Uso de inseticidas2.Controle rigoroso de doadores nos bancos de

sangue.3.Cuidados com alimentos consumidos in natura.

LeishmanioseVisceral e Tegumentar

Úlcera de Bauru

Causada pelo flagelado Leishmania brasiliensis

Leishmaniose

• Leishmaniose tegumentar (úlcera de Bauru) – lesões ulcerosas cutâneas.

• Agente etiológico: Leishmania braziliensis, L. amazonensis, L. guyanensis

• Vetor: flebotomíneo Lutzomya longipalpis (mosquito-palha)

Leishmaniose• Leishmaniose visceral (calazar) –

hepatoesplenomegalia, anemia, edema, dentre outros

• Agente etiológico: Leishmania donovani, L. chagasi

• Vetor: flebotomíneo Lutzomya longipalpis (mosquito-palha)

• Transmissão:

- picada do flebotomíneo- Acidentes de laboratório- Transfusão sanguínea- Via congênita

•Reservatórios:

-Cães-Raposas-Preguiças-Gambás-Roedores em geral

Phlebotomus (mosquito-palha ou birigüi)

Formas do parasita

• Amastigota: encontrado no vertebrado, não apresenta flagelo.

•Promastigota: forma infectante, encontrado no flebotomíneo.

Ciclo Biológico

• Heteroxênico

• Hospedeiro vertebrado: homem e outros mamíferos

• Hospedeiro invertebrado: Lutzomya

Inoculação de formas promastigotas na corrente sanguínea do vertebrado

Promastigotas penetram em macrófagos e se transformam em amastigotas

Várias divisões celulares e liberação de amastigotas na corrente sanguínea

Migração de promastigotas para glândula salivar do flebotomíneo

No intestino do flebotomíneo amastigotas se transformam em promastigotas

Várias divisões celulares

Ingestão de macrófagos infectados

Homem

Lutzomya

Picada

Picada

Leishmaniose

Leishmaniose• Leishmaniose tegumentar (úlcera de Bauru ou ferida brava) – lesões ulcerosas

cutâneas.• Agente etiológico: Leishmania braziliensis, L. amazonensis, L. guyanensis• Vetor: flebotomíneo Lutzomya longipalpis (mosquito-palha ou brigui, cangalha)

Obs: Reservatório: animais silvestres

• Leishmaniose visceral (calazar) – anemia, edema, inflamações.• Agente etiológico: Leishmania donovani, L. chagasi.• Vetor: flebotomíneo Lutzomya longipalpis (mosquito-palha ou brigui, cangalha)

Obs.: reservatório: cães

Tratamento: drogas de antimônio Prevenção: evitar contato com o mosquito.

Profilaxia

• Evitar desmatamento• Uso de repelentes, telas nas portas e janelas• Construção de casas a ~500 metros da mata.• Combate a cães vadios (leishmaniose visceral)• Tratar os doentes

Malária (Impaludismo/Maleita)

• Plasmodium vivax;• Esporozoário;

Gênero Anopheles (mosquito prego)

Malária

• Ou paludismo, febre palustre, impaludismo, maleita, sezão.

• Agente etiológico:Plasmodium falciparum – febre terçã malignaPlasmodium vivax – febre terçã benignaPlasmodium malariae – febre quartã benigna

• Vetor: mosquitos do gênero Anopheles (mosquito-prego)

• Transmissão: - Picada do mosquito- Transfusão sanguínea- Acidentes de laboratório- Compartilhamento de seringas

contaminadas- Via congênita

Mais raras

Formas do Parasita• Esporozoítos – forma infectante, encontrada na

glândula salivar do mosquito-prego

• Trofozoítos – encontrado nos hepatócitos

• Merozoítos – encontrado nas hemácias

• Gametócitos – encontrado na corrente sanguínea

• Macro e microgameta – encontrado no tubo digestivo do mosquito

Formas de reprodução do Plasmodium

Esquizogonia (divisão múltipla): um núcleo sofre várias mitoses e após isso o citoplasma de divide em várias células – reprodução assexuada, ocorre no hospedeiro intermediário (homem)

Formas de reprodução do Plasmodium

Fecundação

R!

Esporogonia: fusão do gameta feminino com o masculino formando o zigoto. Após várias meioses são liberados esporozoítos. Reprodução sexuada – hospedeiro definitivo (Anopheles)

Gametas

Destruição das hemáceas

Ciclo Biológico

• Heteroxênico: dois ou mais hospedeiros

- Hospedeiro definitivo – Anopheles- Hospedeiro intermediário – homem e outros

primatas

Inoculação de esporozoítos no sangue do vertebrado

Invasão dos hepatócitos – trofozoítos

Esquizogonia e liberação de merozoítos

Invasão das hemácias – trofozoítos

Esquizogonia, liberação de merozoítos e gametócitos

Ingestão de sangue do vertebrado contendo merozoítos e gametócitos

Formação dos macro e microgametas

Fecundação, esporogonia e liberação de esporozoítos no intestino do mosquito

Migração dos esporozoítos para glândula salivar do mosquito

Homem

Anopheles

Picada

Picada

Ciclo exo-eritrocítico

Ciclo eritrocítico

trofozoítos

gametócito

trofozoítos

merozoítos

Hemácias

zigotoovocisto

Ciclo BiológicoHeteroxênico: dois ou mais hospedeiros

H.D. – Anopheles H.I. – homem e outros primatas

http://highered.mcgraw-hill.com/olc/dl/120090/bio44.swf

Variação da temperatura corporal de um portador de malária

Chinchona (quinino)

Profilaxia

• Uso de repelentes• Uso de telas nas portas e janelas• Evitar o desmatamento• Combate ao vetor (adultos e larvas)• Evitar a formação de “criadouros”• Tratamento dos doentes

Malária(paludismo, febre palustre, impaludismo, maleita, sezão)

• Agente etiológico:Plasmodium falciparum – febre terçã maligna (36 a 48 horas) * incubação de 6 a 10 dias, infecta apenas eritrócitos (20% dos total) principalmente do fígado e do baço.

Plasmodium vivax e P. ovale – febre terçã benigna (48 – 48 horas)* Incubação de 15 dias, infecta o fígado e eritrócitos jovens, formas hipnozóides no fígado (crises recorrentes ao longo dos anos)

Plasmodium malariae – febre quartã benigna (72 – 72 horas)* Incubação de 15 dias, infecta o fígado e eritrócitos envelhecidos, não forma hipnozóides.

Toxoplasmose

• Toxoplasma gondii (esporozoário);• Manifestação benigna no organismo;• Durante a gravidez o protozoário pode atingir

o feto acarretando-lhe má formação, cegueira, deficiência mental ou até mesmo a morte.

Toxoplasmose

hidrocefalia

Deficiência visual

Cegueira no adulto (raro)

Transmissão

Ciclo

Carne mal cozida

O contágio pode ocorrer pelo leite, carnes ou ainda por relações sexuais.

Doença do Sono• Agente etiológico: Trypanosoma gambiense, T. brucei rhodesiensis• Transmissão: picada do mosquito tsé-tsé(Glossina palpalis).• Sintomas: Lesões no SNC que causa fadiga, letargia, paralisia que pode levar

ao coma e à morte

Mais de 10 mil novos casos / ano

Profilaxias:

- Evitar picada da mosca- Medicamento (estágios iniciais)

TricomoníaseDST

• Agente etiológico: Trichomonas vaginalis• Transmissão: uso comum de roupas íntimas e toalhas; Ato sexual

Obs.: o cisto pode permanecer resistente até 6 horas em ambiente úmido

• Sintomas: corrimentos vaginais e ardor ao urinar.• Tratamento: cremes e medicações via oral• Profilaxia: evitar contato íntimo com doentes, uso de camisinha e evitar uso de peças intimas alheias.

TricomoníaseTrichomonas vaginalisRelações sexuais e uso de sanitários ou objetos contaminados.

Corrimentos e infecções vaginais e uretrais

BalantidioseDisenteria

• Agente etiológico: Balantidium coli• Transmissão: água e alimentos

contaminados.• Sintomas: cólicas intensas,

Diarréias sanguinolentas e tenesmos.• Profilaxia: higiene pessoal e

saneamento básico.