protocolos_exames_laboratoriais

294
PROTOCOLOS CLÍNICOS DOS EXAMES LABORATORIAIS (VERSÃO PRELIMINAR – INSTRUMENTO SOB VALIDAÇÃO) Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais Universidade Federal de Minas Gerais 2009

Upload: debora-campos

Post on 18-Dec-2014

116 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

PROTOCOLOS CLNICOS DOS EXAMES LABORATORIAIS(VERSO PRELIMINAR INSTRUMENTO SOB VALIDAO)

Secretaria de Estado de Sade de Minas Gerais Universidade Federal de Minas Gerais 2009

PROTOCOLOS CLNICOS DOS EXAMES LABORATORIAIS

Secretaria de Estado de Sade de Minas Gerais Subsecretaria de Polticas e Aes de sade Superintendncia de Ateno Sade

Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Medicina Departamento de Propedutica Complementar

AUTORES Letcia Maria Henriques Resende Luciana de Gouva Viana Pedro Guatimosim Vidigal COLABORADORES Myriam de Siqueira Feitosa Silvana Maria Eli Santos

Taciana de Figueiredo Soares SUMRIOSUMRIO...................................................................................................................................... 1 INTRODUO .............................................................................................................................. 6 EXAME DE URINA DE ROTINA ................................................................................................... 9 DOSAGEM DE CREATININA ..................................................................................................... 14 DOSAGEM DE URIA ................................................................................................................ 17 DOSAGEM DE GLICOSE ........................................................................................................... 20 TESTE ORAL DE TOLERNCIA A GLICOSE (TOTG ............................................................... 24 MICROALBUMINRIA ................................................................................................................ 27 HEMOGLOBINA GLICADA......................................................................................................... 29 VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAO ............................................................................ 32 DOSAGEM DE PROTENA C-REATIVA .................................................................................... 35 DOSAGEM DE FERRO .............................................................................................................. 38 DETERMINAO DA CAPACIDADE TOTAL DE LIGAO DO FERRO ................................. 41 DOSAGEM DE FERRITINA ........................................................................................................ 44 DOSAGEM DE FSFORO INORGNICO ................................................................................. 47 DOSAGEM DE CLCIO TOTAL ................................................................................................. 49 DOSAGEM DE CIDO RICO ................................................................................................... 52 DOSAGEM DE MAGNSIO........................................................................................................ 55 DOSAGEM DE ALFA-FETOPROTENA..................................................................................... 57 CONTAGEM DE RETICULCITOS ........................................................................................... 60 DOSAGEM DE ANTGENO PROSTTICO ESPECFICO TOTAL ............................................ 62 DOSAGEM DE HORMNIO ESTIMULANTE DA TIREIDE TSH ......................................... 65 DOSAGEM DE TIROXINA LIVRE T4L .................................................................................... 68 CULTURA DE URINA ................................................................................................................. 71 PESQUISA DE BACILO LCOOL-CIDO RESISTENTE BAAR............................................ 74 CULTURA PARA MICOBACTRIA ............................................................................................ 77 DOSAGEM DE ALANINA AMINOTRANSFERASE .................................................................... 80 DOSAGEM DE ASPARTATO AMINOTRANSFERASE.............................................................. 83 DOSAGEM DE ALBUMINA......................................................................................................... 86 DOSAGEM DE FOSFATASE ALCALINA ................................................................................... 88 DOSAGEM DE AMILASE ........................................................................................................... 91 DOSAGEM DE LPASE .............................................................................................................. 94 DOSAGEM DE BILIRRUBINAS .................................................................................................. 96 DOSAGEM DE PROTENAS TOTAIS ........................................................................................ 99 DOSAGEM DE GAMA GLUTAMIL TRANSFERASE................................................................ 101 DOSAGEM DE COLESTEROL................................................................................................. 103 COLESTEROL FRAES........................................................................................................ 106 DOSAGEM DE TRIGLICRIDES ............................................................................................. 109 DOSAGEM DE CREATINO QUINASE (CK)............................................................................. 112 DOSAGEM DA ISOENZIMA CREATINO QUINASE MB (CKMB ............................................. 114 DOSAGEM DE DESIDROGENASE LTICA............................................................................ 117 DOSAGEM DE LACTATO ........................................................................................................ 120 DOSAGEM DE POTSSIO....................................................................................................... 122 DOSAGEM DE SDIO ............................................................................................................. 125 ANTICORPOS ANTI-HAV IGM ................................................................................................. 127 ANTICORPOS ANTI-HAV IGG ................................................................................................. 129 HBs Ag ...................................................................................................................................... 131 ANTICORPOS ANTI-HBC - IGM............................................................................................... 134 ANTICORPOS TOTAIS ANTI-HBC........................................................................................... 137 ANTICORPOS ANTI-HBS......................................................................................................... 140 HBeAg ....................................................................................................................................... 143 ANTICORPOS ANTI-HBe ......................................................................................................... 146 PROTEINRIA DE 24 HORAS ................................................................................................. 149 DOSAGEM DE CARBAMAZEPINA .......................................................................................... 151 DOSAGEM DE FENITONA...................................................................................................... 153 DOSAGEM DE FENOBARBITAL.............................................................................................. 156

DOSAGEM DE CIDO VALPRICO........................................................................................ 159 DOSAGEM DE LTIO ................................................................................................................ 161 DOSAGEM DE VITAMINA B12................................................................................................. 164 VDRL (VENERAL DISEASE RESEARCH LABORATORY) ..................................................... 167 FTA-abs (FLUORESCENT TREPONEMAL ANTIBODY ABSORPTION) ................................ 170 ANTICORPOS ANTI-Toxoplasma gondii IgM........................................................................ 173 ANTICORPOS ANTI-Toxoplasma gondii IgG ........................................................................ 176 ANTICORPOS ANTI-HCV......................................................................................................... 180 DOSAGEM DE TRIIODOTIRONIA TOTAL T3 ...................................................................... 183 ANTICORPOS ANTI-PEROXIDASE TIREOIDIANA................................................................. 186 ANTICORPOS ANTI-RECEPTORES DE TSH ......................................................................... 188 ANTICORPOS ANTI-TIREOGLOBULINA ................................................................................ 191 PESQUISA DE LEUCCITOS.................................................................................................. 193 PESQUISA DE SANGUE OCULTO.......................................................................................... 195 EXAME PARASITOLGICO..................................................................................................... 198 FAN FATOR ANTINUCLEAR................................................................................................. 201 PESQUISA DE FATOR REUMATIDE.................................................................................... 207 SOROLOGIA PARA HIV ........................................................................................................... 210 TESTE RPIDO PARA HIV ...................................................................................................... 214 CARGA VIRAL PARA HIV ........................................................................................................ 221 ANTICORPOS ANTI-CITOMEGALOVRUS (CMV) IGM....................................................... 226 ANTICORPOS ANTI-RUBOLA IGM .................................................................................... 229 ANTICORPOS ANTI-RUBOLA IGG .................................................................................... 232 TESTE DE COOMBS DIRETO ................................................................................................. 235 TESTE DE COOMBS INDIRETO.............................................................................................. 237 GRUPO SANGUNEO E FATOR RH........................................................................................ 239 PESQUISA DE BETA-HCG ...................................................................................................... 241 DOSAGEM DE CIDO FLICO ............................................................................................... 243 DOSAGEM DE CLORO ............................................................................................................ 246 GASOMETRIA........................................................................................................................... 249 DMERO D................................................................................................................................. 252 TEMPO DE PROTROMBINA (TP)............................................................................................ 254 TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO (TTPa)................................................ 257 LQUOR ROTINA ...................................................................................................................... 260 LQUOR GRAM E CULTURA ................................................................................................... 264 HEMOGRAMA........................................................................................................................... 266 HEMOCULTURA....................................................................................................................... 274 CULTURA DE FEZES ............................................................................................................... 277 CULTURA PARA FUNGOS ...................................................................................................... 280 EXAME MICOLGICO DIRETO............................................................................................... 283 TRIAGEM NEONATAL HIPOTIREOIDISMO CONGNITO, FENILCETONRIA, DOENA FALCIFORME E FIBROSE CSTICA........................................................................................ 286 GRAM DE GOTA DE URINA NO CENTRIFUGADA.............................................................. 289 ANEXO 1 ORIENTAES PARA COLETA DE SANGUE VENOSO ................................... 292 ANEXO 2 ORIENTAES PARA COLETA DE URINA ........................................................ 294

INTRODUO

Os exames laboratoriais esto entre os principais e mais utilizados recursos no apoio diagnstico prtica clnica, o que traz repercusses importantes no cuidado ao paciente e custos ao sistema de sade. A elevao de tais custos nos ltimos 20 anos contribuiu, substancialmente, para a inflao dos custos gerais da assistncia sade. Sob o ponto de vista dos aportes financeiros federais, os repasses relativos Patologia Clnica/Medicina Laboratorial representam o segundo maior gasto vinculado ao elenco de procedimentos do primeiro nvel da mdia complexidade ambulatorial. Tem sido demonstrado que, na ateno primria, os erros mdicos relacionados investigao complementar (exames laboratoriais e de imagem) representam 18% do total, seguindo os erros relacionados a processos administrativos (29%) e os erros relacionados ao tratamento (26%). Estes erros refletem, provavelmente, deficincias na organizao e competncia tcnica da ateno primria como um todo e, no que tange a Medicina Laboratorial, refletem a complexidade inerente ao servio. A organizao destes servios representa uma tarefa complexa, por exigir a combinao de tecnologias diversificadas e sua adaptao s caractersticas locais e restries oramentrias, particularmente em relao sade pblica. No Brasil, a Agncia de Vigilncia Sanitria (ANVISA) definiu os requisitos para o funcionamento dos laboratrios clnicos e postos de coleta laboratorial, pblicos ou privados, que realizam atividades na rea de anlises clnicas, patologia clnica e citologia. Trata-se da RDC n. 302, de 13 de outubro de 2005, cujos princpios e requisitos devem, inclusive, nortear a seleo dos estabelecimentos prestadores de servio na rea. A implantao de estratgias voltadas otimizao e uso apropriado de exames laboratoriais tem sido bem sucedidas em servios mdicos ambulatoriais e hospitalares. Essas incluem programas educativos, desenvolvimento e implantao de protocolos clnicos e propeduticos, auditorias, envolvimento do corpo clnico, incentivos econmicos, tais como a bonificao mediante reduo no nmero de exames solicitados, alm de restries administrativas. A coleo de Protocolos de Patologia Clnica vai ao encontro da estratgia atual da Secretaria de Estado de Sade de Minas Gerais (SES/MG) que visa capacitar o mdico e propiciar ferramentas para que este possa fazer uso racional dos exames

laboratoriais, contribuindo, assim, para a melhoria da qualidade da assistncia prestada ao usurio do sistema de sade e a otimizao dos custos assistenciais. Essa coleo faz parte de uma estratgia mais ampla de educao permanente dos atores da ateno primria a sade. A prtica educativa, porm, deve ser entendida como parte integrante das aes em sade e deve favorecer a mudana, tendo na transformao seu aspecto mais relevante. Para a elaborao dos protocolos foram considerados os exames laboratoriais constantes nas linhas-guia do Programa de Sade em Casa da SES/MG, publicadas anteriormente, que incluem: Ateno ao Pr-natal, Parto e Puerprio, Ateno Sade da Criana, Ateno Hospitalar ao Neonato, Ateno Sade do Adolescente, Ateno Sade do Adulto (Hipertenso e Diabetes, Tuberculose, Hansenase, HIV/AIDS, Ateno Sade do Idoso, Ateno em Sade Mental e Ateno em Sade Bucal. O contedo dos protocolos contempla informaes tcnico-cientficas atualizadas e contextualizadas realidade regional da assistncia em sade. Foram consideradas tambm as diretrizes propostas pelas Boas Prticas de Laboratrio e pelo Programa de Acreditao de Laboratrios Clnicos da Sociedade Brasileira de Patologia Clnica/Medicina Laboratorial. Os protocolos foram estruturados de acordo com o processo da assistncia laboratorial conforme se segue:

FLUXO PROCESSUAL DA ASSISTNCIA LABORATORIALIndicao e solicitao do exame Coleta, armazenamento e transporte Liberao do laudo de exame

Preparo do paciente

Realizao do teste

Anlise do resultado

Fase Pr-analtica

Fase Analtica

Fase Ps-analtica

Assim, cada protocolo destaca os principais aspectos relacionados s indicaes clnicas do exame; preparo do paciente; cuidados com coleta e manuseio da amostra biolgica; principais fatores pr-analticos e interferentes; mtodos mais utilizados para

a realizao dos testes; critrios para interpretao do resultado e os Comentrios do Patologista Clnico. Nessa ltima seo, chama-se a ateno para questes relevantes em relao ao teste e/ou resultado, com o intuito de contribuir para melhor utilizao da propedutica laboratorial; seja na solicitao do exame, seja na interpretao do resultado. Nota Importante: Esta uma edio provisria e poder sofre mudanas. Os Protocolos a seguir esto em processo de validao.

EXAME DE URINA DE ROTINA

1. NOME DO EXAME

Exame de urina de rotina 1.1 Sinonmia Urina do tipo 1; Urina parcial; EAS (elementos anormais e sedimento); Sumrio de urina; EQU (exame qumico de urina); ECU (exame comum de urina); PEAS (pesquisa dos elementos anormais e sedimento).

2. INDICAO CLNICA

Diagnstico e monitoramento de: Doenas renais e do trato urinrio; Doenas sistmicas ou metablicas; Doenas hepticas e biliares; Desordens hemolticas.

3. PREPARO DO PACIENTE Recomenda-se que a coleta seja realizada aps 8 horas de repouso, antes da realizao das atividades fsicas habituais do indivduo e, preferencialmente, em jejum. Alternativamente, a amostra de urina pode ser coletada em qualquer momento do dia, preferencialmente aps 4 horas da ltima mico. O paciente deve ser orientado com relao ao procedimento de coleta de urina de jato mdio (Anexo 2 Procedimento de coleta de exame de urina de jato mdio). Amostra de escolha: Primeira urina da manh, jato mdio, sem preservativos. Alternativa: Amostra de urina aleatria, colhida aps 4 horas da ltima mico. Utilizar frascos descartveis, no reutilizados e estreis. No adicionar agentes conservantes a amostra de urina. Ver Anexo 2 Procedimento para coleta de urina de jato mdio. Manter a amostra ao abrigo da luz. Transportar a amostra para o laboratrio imediatamente. Caso o exame no possa ser realizado em at duas horas aps a coleta, recomendase armazenar a amostra, imediatamente aps a coleta, sob refrigerao entre 4 8 C por at 6 8 horas, em recipiente fechado.

4. AMOSTRA

5. CUIDADOS PARA COLETA

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICO Caracteres gerais - Inspeo visual Pesquisa de elementos anormais (exame qumico) - Tira reagente Exame do sedimento urinrio (sedimentoscopia) Microscopia tica

8. INTERPRETAO8.1 Valores de referncia;

Caracteres Gerais: Cor: amarelo citrino Odor: caracterstico Aspecto: limpido Densidade: 1,005 1,030 pH: 4,5 7,8 Exame Bioqumico: Protenas: negativo Glicose: negativo Cetonas: negativo Sangue: negativo Leuccitos: negativo Nitrito: negativo Bilirrubina: negativo Urobilinognio: at 1 mg/dL 8.2 Valores crticos No aplicvel

Sedimentoscopia: Hemcias: Homens: 0 3/campo 400X Mulheres: 0 5/campo 400X Leuccitos: 0 4/campo 400X Epitlios: 0 1 (pavimentoso)/campo 400X Cilindros: 0 1 (hialino)/campo 100X Flora microbiana: Ausente ou escassa

8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes Principais influncias pr-analticas: CONSTITUINTE DIMINUIO/AUSNCIA AUMENTO/PRESENA BILIRRUBINA Luz solar direta na amostra ---CETONAS Evaporao das cetonas Jejum prolongado, gravidez, esforo fsico DENSIDADE Ingesto acentuada de lquidos, Baixa ingesto de lquidos uso de diurticos GLICOSE Bacteriria P vaginal, intoxicao com chumbo, gravidez, esforo fsico vigoroso, estresse amocional agudo, ingesto excessiva de carboidratos LEUCCITOS Lise Contaminao com secreo vaginal, gravidez, presena de Trichomonas sp NITRITO Baixa ingesto de vegetais, Crescimento bacteriano amostra colhida menos de 4 horas aps a ltima micco, bactrias no produtoras de nitrato redutase, converso de nitrito a nitrognio pH Dieta rica em protena animal, Dieta rica em vegetais e frutas jejum prolongado, diarria grave, Produo de amnia por medicamentos acidificantes da bactrias produtoras de urase, urina medicamentos alcalinizantes da urina PROTENA ---Esforo fsico, postura ortosttica, gravidez, febre SANGUE ---Esforo fsico vigoroso, contaminao com menstruao UROBILINOGNI Luz solar direta, amnia, Acetona, bilirrubina, maior O anestesia peridural excreo tarde HEMCIAS Lise* Esforo fsico vigoroso,

CILINDROS

Dissoluo FALSO NEGATIVO OU DIMINUIO

contaminao com menstruao Esforo fsico vigoroso

DENSIDADE PROTENA SANGUE

NITRITO LEUCCITOS

GLICOSE

CETONAS

BILIRRUBINA UROBILINOGNI O

FALSO POSITIVO OU AUMENTO pH>8 pH9, densidade aumentada, aninicos quinina ou quinona, amnio quaternrio ou clorohexidina Densidade aumentada, protena Peroxidase microbiana (infeco elevada, nitrito >10 mg/dL, cido urinria), hipoclorito, formol, ascrbico 25 mg/dL, cido perxidos, mioglobinria rico, glutationa, cido gentsico, captopril cido ascrbico 25 mg/dL, pH Corantes na urina 3g/dL, densidade Agentes oxidantes (hipoclorito), elevada, albumina >500 mg/dL, formol cido ascrbico 25 mg/dL, cefalexina, cefalotina, tetraciclina, gentamicina pH < 5, densidade elevada, urina Agentes oxidantes (hipoclorito) com temperatura < 15C, cido ascrbico 25 mg/dL, formol, cido gentsico, cido rico Densidade elevada, ftalena, antraquinona , levodopa, cido fenilpirvico, acetaldedo, cistena, metildopa, captopril cido ascrbico 25mg/dL, Urobilinognio elevado, nitrito fenazopiridina, fenotiazina, clorpromazina Nitrito, cido ascrbico, formol Nitrofurantona, riboflavina, fenazopiridina, corantes diazicos, cido paminobenzico, beterraba Interferentes de tiras que utilizam a reao de Ehrlich: porfobilinognio sulfonamida, procana, cido p-aminosaliclico (PAS) e cido hidroxindolactico

8.4 Exames relacionados Gram de gota de urina no centrifugada Urocultura Proteinria de 24 horas Pesquisa de hemcias dismrficas

9. COMENTRIOS DO PATOLOGISTA CLNICO As principais causas de erro e de resultados falsos do exame de urina esto relacionadas fase pr-analtica (preparo do paciente, coleta, transporte e

armazenamento da amostra). Em urinas armazenadas entre 4 e 8C pode haver a precipitao de solutos como uratos e fosfatos que interferem no exame microscpico. Leuccitos e hemcias podem sofrer lise e os cilindros podem se dissolver, com reduo significativa de seu nmero aps 2 a 4 horas. Quanto maior o tempo de armazenamento, maior a decomposio dos elementos, especialmente quando a urina est alcalina (pH >7,0) e a densidade baixa ( 1,010). Proteinria: provavelmente o achado isolado mais sugestivo de doena renal, especialmente se associado a outros achados do exame de urina (cilindrria, lipidria e hematria). Glicosria: pode ocorrer quando a concentrao de glicose no sangue alcana valores entre 160 e 200 mg/dL ou devido a distrbio na reabsoro tubular renal da glicose: desordens tubulares renais, sndrome de Cushing, uso de corticoesterides, infeco grave, hipertireoidismo, feocromocitoma, doenas hepticas e do sistema nervoso central e gravidez. Cetonria: As principais condies associadas so diabetes mellitus e jejum prolongado. Sangue: a hematria resulta de sangramento em qualquer ponto do trato urinrio desde o glomrulo at a uretra, podendo ser devido a doenas renais, infeco, tumor, trauma, clculo, distrbios hemorrgicos ou uso de anticoagulantes. A pesquisa de hemcias dismrficas auxilia na distino das hematrias glomerulares e no glomerulares. A hemoglobinria resulta de hemlise intravascular, no trato urinrio ou na amostra de urina aps a colheita. Os limites de deteco das tiras reagentes so: 5 hemcias por campo de 400X (hematria) ou 0,015 mg de hemoglobina livre por decilitro de urina (hemoglobinria). Leucocitria (ou piria): est associada presena de processo inflamatrio em qualquer ponto do trato urinrio, mais comumente infeco urinria (pielonefrite e cistite), sendo, portanto, acompanhada com freqncia de bacteriria. A tira regente detecta tanto leuccitos ntegros, como lisados, sendo, portanto, o mtodo mais sensvel. Nitrito: sugere o diagnstico da infeco urinria, especialmente quando associado com leucocitria. Indica a presena de 105 ou mais bactrias/mL de urina, capazes de converter nitrato em nitrito, principalmente Escherichia coli. Bilirrubinria: observada quando h aumento da concentrao de bilirrubina conjugada no sangue (> 1 a 2 mg/dL), geralmente secundria a obstruo das vias biliares ou leso de hepatcitos. Urobilinognio aumentado: observado nas condies em que h produo elevada de bilirrubina, como nas anemias hemolticas e desordens associadas a eritropoiese ineficaz, e nas disfunes ou leses hepticas (hepatites, cirrose e insuficincia cardaca congestiva). Cilindros: importantes marcadores de leso renal, podem aparecer em grande nmero e de vrios tipos dependendo da gravidade e do nmero de nfrons acometidos. Cilindros largos, em geral creos ou finamente granulosos, so caractersticos da insuficincia renal crnica. Cilindros leucocitrios podem ocorrer em condies inflamatrias de origem infecciosa ou no-infecciosa, indicando sempre a localizao renal do processo. A presena de cilindro eritrocitrio est associada a hematria glomerular. Clulas epiteliais: as escamosas revestem a poro distal da uretra masculina, toda a uretra feminina e tambm a vagina e so as mais comumente encontradas no exame do sedimento urinrio. A presena de nmero aumentado de clulas epiteliais escamosas indica contaminao da amostra de urina com material proveniente da vagina, perneo ou do meato uretral. Flora bacteriana: A presena de bactrias na urina pode estar relacionada infeco urinria, mas apresenta baixa especificidade para esse diagnstico.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

EUROPEAN CONFEDERATION OF LABORATORY MEDICINE European Urinalysis Group. European Urinalysis Guidelines. Scand J Clin Lab Invest, 2000; 60:1-96. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: hipertenso e diabetes. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 198 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno ao pr-natal, parto e puerprio: protocolo Viva Vida. 2 ed. Belo Horizonte: SAS/SES, 2006. 84 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno em Sade Bucal. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 290 p. NATIONAL COMMITEE FOR CLINICAL LABORATORY STANDARDS. Urinalysis and Collection, Transportation, and Preservation of Urine Specimens; Approved Guideline 2a. Ed. NCCLS document GP16-A2. Wayne, PA, 2001. RINGSRUD KM, Linn J.J. Urinalysis and body fluids: a colortext and atlas.1.ed. St. Louis: Mosby, 1995:249. FULLER CE, Threatte GA, Henry. Basic Examination of Urine. In: Henry JB ed. Clinical and Diagnosis Management by Laboratory Methods. 20a. Ed. Philadelphia: W. B. Saunders, 2001:367-402.

DOSAGEM DE CREATININA

1. NOME DO EXAMEDosagem de creatinina (sangue) 1.1 Sinonmia No aplicvel

2. INDICAO CLNICAAvaliao e monitoramento da funo excretora renal

3. PREPARO DO PACIENTEJejum mnimo de 4 horas desejvel

4. AMOSTRASoro Plasma (EDTA, Fluoreto)

5. CUIDADOS PARA COLETANenhum cuidado especial Ver Anexo 1 Orientaes para Coleta de Sangue Venoso.

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTORecomenda-se separar o soro ou plasma at 3 horas aps a coleta. Caso isso no seja possvel manter a amostra de sangue entre 20 25 C por at 24 horas, em recipiente fechado. Aps a obteno do soro ou plasma, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 7 dias, em recipiente fechado.

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICOColorimtrico baseado na reao de Jaff (picrato alcalino) Enzimtico colorimtrico

8. INTERPRETAO8.1 Valores de referncia Observao: Os valores de referncia variam em funo do mtodo e do reagente utilizado, portanto, estes valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais. A tabela que se segue apresenta os valores de referncia de creatinina por idade e sexo,

utilizando mtodo colorimtrico com picrato alcalino (reao de Jaff): IDADE 1 a 5 anos 5 a 10 anos Adultos Homens Mulheres 8.2 Valores crticos No se aplica 8.3 Principais interferentes e causas de resultados falsos A tabela que se segue apresenta as principais influncias pr-analticas. AUMENTO Ingesto de carne Distrofia e paralisia muscular Dermatomiosite Poliomiosite Terapia prolongada com corticosterides Hipertireoidismo Metildopa Trimetoprim Cimetidina Salicilato DIMINUIO Baixa estatura Reduo da massa muscular Doena heptica avanada Desnutrio mg/dL (Unidades Convencionais) 0,3 a 0,5 0,5 a 0,8 Inferior a 1,2 Inferior a 1,1 mol/L (Unidades Internacionais) 27 a 44 44 a 71 Inferior a 106 Inferior a 97

Glicose, piruvato, cido rico, frutose, hidantona, cido ascrbico, uria, cafalosporinas (cefoxitina), cetonemia, lipemia, hemlise e hiperbilirrubinemia presentes na amostra podem causar resultados falsamente aumentados quando se utiliza a reao com picrato alcalino (reao de Jaff). 8.4 Exames relacionados Depurao de creatinina Dosagem de uria Estimativa da taxa de filtrao glomerular Exame de urina de rotina

9. COMENTRIOS DO PATOLOGISTA CLNICOA dosagem de creatinina um marcador bastante especfico de leso renal, entretanto representa marcador pouco sensvel para estimar a filtrao glomerular, especialmente nas fases iniciais da insuficincia renal. Redues moderadas da taxa de filtrao glomerular podem no se refletir em aumento da concentrao de creatinina no soro ou plasma. Em geral, esta somente se encontra elevada na insuficincia renal crnica quando 50% ou mais dos nefrons esto comprometidos. A frao de creatinina que secretada pelos tbulos

renais aumenta com a reduo da filtrao glomerular em at 40%. O resultado de apenas uma dosagem de creatinina deve ser interpretado com cautela, no devendo ser utilizado como nico parmetro para avaliao da funo renal. Por exemplo, em um indivduo adulto, hgido, com massa muscular relativamente pequena, que tipicamente apresentaria concentrao srica de creatinina de 0,5 mg/dL (44 mol/L), e que se apresenta primeira consulta clnica com um resultado da dosagem de creatinina de 1,0 mg/dL (88 mol/L), considerando os valores de referncia de creatinina, a impresso inicial que este resultado seja compatvel com funo renal normal. Entretanto, para este indivduo, concentrao srica de creatinina igual a 1,0 mg/dL (88 mol/L) pode corresponder a taxa de filtrao glomerular cerca de 50% menor do que o valor de referncia, caracterizando quadro de insuficincia renal. Devido ao aumento da filtrao glomerular na gestao, a concentrao srica de creatinina , em geral, menor em mulheres grvidas. Em indivduos idosos, importante considerar que o processo de envelhecimento leva a perda de massa muscular com reduo da produo diria de creatinina e, por outro lado, ocorre perda de nefrons com reduo da taxa de filtrao glomerular.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICASLAMB E, Newman DJ. Kidney Function Tests. In: Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE eds. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostic. 4a. Ed. St. Louis: Elsevier & Saunders, 2006:797-835. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Assistncia Hospitalar ao Neonato. Belo Horizonte, 2005. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno ao Pr-natal, Parto e Puerprio. Belo Horizonte, 2006. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno Sade do Adolescente. Belo Horizonte, 2006. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno Sade do Adulto: Hipertenso e Diabetes. Belo Horizonte, 2006. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno Sade do Adulto: HIV/AIDS. Belo Horizonte, 2006. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno Sade do Adulto: Tuberculose. Belo Horizonte, 2006. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno Sade do Idoso. Belo Horizonte, 2006. NATIONAL KIDNEY FOUNDATION. K/DOQI Clinical Practice Guidelines for Chronic Kidney Disease: Evaluation, Classification, and Stratification. Am J. Kidney Dis, 2002; 39: (suppl): 1:S1-S266. Disponvel em: . ZHANG DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey, JL. Effect of serum-clot contact time on clinical chemistry laboratory results. Clinical Chemistry 1998, 44(6):13251333.

DOSAGEM DE URIA

1. NOME DO EXAMEDosagem de Uria (sangue) 1.1 Sinonmia No aplicvel

2. INDICAO CLNICAAvaliao e monitoramento da funo excretora renal

3. PREPARO DO PACIENTEJejum mnimo de 4 horas - desejvel

4. AMOSTRASoro

5. CUIDADOS PARA COLETANenhum cuidado especial Ver Anexo 1 Orientaes para Coleta de Sangue Venoso

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTORecomenda-se separar o soro ou plasma at 3 horas aps a coleta. Caso isso no seja possvel manter a amostra de sangue entre 20 25 C por at 24 horas, em recipiente fechado. Aps a obteno do soro ou plasma, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 3 dias, em recipiente fechado.

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICOEnzimtico colorimtrico

8. INTERPRETAO8.1 Valores de referncia Observao: Os valores de referncia variam em funo do mtodo e do reagente utilizado, portanto, estes valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais. A tabela que segue apresenta os valores de referncia para dosagem de uria por faixa

etria. Faixa Etria Neonato Criana Adultos >60 anos 8.2 Valores crticos 200 mg/dL (33,4 mmol/L) 8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes AUMENTO Lipemia Hemlise Hiperbilirrubinemia Ingesto de grande quantidade de protena Desidratao Jejum prolongado Cetoacidose Corticosterides Tetraciclina Diurticos Aumento do catabolismo protico Hemorragia digestiva Reduo da perfuso renal: Insuficincia cardaca congestiva Choque DIMINUIO Desnutrio proteca Insuficincia heptica Sndrome da secreo inapropriada do hormnio anti-diurtico mg/dL (Unidades Convencionais) 8,5 26 11 39 15 39 17 45 mmol/L (Unidades Internacionais) 1,4 4,3 1,8 6,4 2,5 6,4 2,9 7,5

Amostras de plasma colhidas em fluoreto ou citrato de sdio interferem em dosagens com mtodos colrimtricos enzimticos que utilizam urease. 8.4 Exames relacionados Dosagem de creatinina Exame de urina de rotina

9. COMENTRIOS DO PATOLOGISTA CLNICOA elevao da uria no plasma ou soro decorrente de alteraes renais mais precoce do que a creatinina, especialmente na insuficincia renal de origem pre ps-renal. Entretanto, como vrios fatores de origem no-renal podem causar variabilidade da concentrao de uria srica ou plasmtica sua utilidade como marcador de funo renal limitada. Entre indivduos sadios, a variao biolgica intra-individual da concentrao srica de uria de at 12,3%, enquanto que a variao entre indivduos pode

chegar a 18,3%, demonstrando a grande variabilidade biolgica da concentrao srica ou plasmtica da uria decorrente, em grande parte de fatores extrarenais. Assim, a interpretao de resultado de dosagem de uria acima do valor de referncia deve ser sempre realizada com cautela, considerando o quadro clnico apresentado pelo paciente e resultados de outros exames (dosagem de creatinina e exame de urina de rotina, p.ex.).

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICASLAMB E, Newman DJ. Kidney Function Tests. In: Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE eds. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostic. 4a. Ed. St. Louis: Elsevier & Saunders, 2006:797-835. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Assistncia Hospitalar ao Neonato. Belo Horizonte, 2005. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno ao Pr-natal, Parto e Puerprio. Belo Horizonte, 2006. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno Sade do Adolescente. Belo Horizonte, 2006. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno Sade do Adulto: Hipertenso e Diabetes. Belo Horizonte, 2006. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno Sade do Adulto: HIV/AIDS. Belo Horizonte, 2006. NATIONAL KIDNEY FOUNDATION. K/DOQI Clinical Practice Guidelines for Chronic Kidney Disease: Evaluation, Classification, and Stratification. Am J. Kidney Dis, 2002; 39: (suppl): 1:S1-S266. Disponvel em: . ZHANG DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey, JL. Effect of serum-clot contact time on clinical chemistry laboratory results. Clinical Chemistry 1998, 44(6):13251333.

DOSAGEM DE GLICOSE

1. NOME DO EXAME

Dosagem de glicose (sangue)

1.1 Sinonmia Glicemia Glicemia de jejum

2. INDICAO CLNICA

Diagnstico e monitoramento do diabetes mellitus e dos distrbios da homeostase glicmica. Rastreamento do diabetes gestacional. Jejum - obrigatrio: o Adulto: entre 8 e 12 horas o Crianas de 1 a 5 anos: 6 horas o Criana menores que 1 ano: 3 horas Plasma (Fluoreto) A coleta da amostra de sangue deve ser realizada pela manh. Ver anexo 1 Orientao para coleta de sangue venoso Recomenda-se separar o plasma at 3 horas aps a coleta. Aps a obteno do plasma, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 3 dias, em recipiente fechado.

3. PREPARO DO PACIENTE

4. AMOSTRA

5. CUIDADOS PARA COLETA

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICOEnzimticos colorimtricos (glicose oxidase; hexoquinase)

8. INTERPRETAO8.1 Valores de referncia Critrios para o diagnstico do diabetes mellitus e outras categorias de distrbios na homeostase glicmica aplicveis a adultos, crianas e adolescentes, excetuando-se gestantes: mg/dL mmol/L (Unidades Convencionais) (Unidades Internacionais) 102 UFC (coliformes)/mL em mulher sintomtica > 103 UFC/mL em homem sintomtico > 105 UFC/mL em indivduos assintomticos em duas amostras consecutivas > 102 UFC/mL em pacientes cateterizados Qualquer crescimento bacteriano em material obtido por puno suprapbica

8.2 Valores crticos No se aplica

8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes A utilizao de antibiticos interfere no exame, podendo levar a resultados falsonegativos. Infeces em seu estgio inicial podem no apresentar crescimento bacteriano devido ao pequeno nmero de microrganismos presentes na urina. Infeces urinrias que tm como agente etiolgico micobactrias, Clamdia e anaerbios no so diagnosticadas pela urocultura convencional.

8.4 Exames relacionados Exame de urina rotina Gram de gota de urina no centrifugada

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICO Mais de 95% das infeces urinrias so causadas por um nico agente etiolgico. Escherichia coli a causa mais comum de ITU no complicada, sendo o agente etiolgico de 75 a 95% de todas as infeces. Staphylococcus saprophyticus encontra-se em segundo lugar, respondendo por 5 a 20% das infeces. Espcies de Proteus e Klebsiella e o Enterococcus faecalis ocasionalmente causam infeco urinria no complicada. As infeces urinrias complicadas so causadas por uma variedade maior de microrganismos, bactrias e fungos, e a freqncia de infeces polimicrobianas superior quela observada nas infeces no complicadas. Apesar da E. coli ainda constar como o principal patgeno, outras bactrias aparecem com mais freqncia, como Pseudomonas, Proteus, Klebsiella e E. faecalis. Dentre os fungos, destacam-se as espcies de Candida. O ambiente hospitalar um importante determinante da natureza da flora bacteriana na ITU. Espcies de Klebsiella, Proteus, Pseudomonas e Enterobacter, estafilococos e enterococos so os agentes mais frequentemente isolados.

Diante da suspeita clnica de infeco do trato urinrio no complicada, encontramse indicados o Gram de gota de urina no centrifuga e o exame de urina rotina e a urocultura, sendo essa abordagem para a maioria dos casos. O diagnstico definitivo de infeco do trato urinrio firmado pelo isolamento do microrganismo na urocultura. A bacteriria significativa, habitualmente, caracterizase por crescimento superior a 105 UFC/mL. Valores inferiores, porm, devem ser valorizados em circunstncias especficas.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICASJacobs DS, Oxley DK, DeMott WR. Laboratory Test Handbook, Hudson: Lexi-Comp Inc., 2001. Henry JB. Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods, Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1996. Mandell GL, Bennett JE, Dolin R, editors. Principles and Practice of Infectious Diseases. 6 ed. Orlando: Churchill Livingstone; 2006. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: hipertenso e diabetes. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 198 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Sade. Assistncia. Hospitalar ao Neonato. Belo Horizonte, 2005. 296p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno ao pr-natal, parto e puerprio: protocolo Viva Vida. 2 ed. Belo Horizonte: SAS/SES, 2006. 84 p.

PESQUISA DE BACILO LCOOL-CIDO RESISTENTE BAAR

1. NOME DO EXAMEPesquisa de Bacilo lcool-cido Resistente BAAR (escarro) 1.11 Sinonmia

Baciloscopia Pesquisa de Bacilo de Koch BK

2. INDICAO CLNICAExame til no diagnstico e controle do tratamento da tuberculose pulmonar.

3. PREPARO DO PACIENTENo se aplica

4. AMOSTRAEscarro espontneo Escarro Induzido por meio de nebulizao com soluo salina hipertnica a 3 a 5% e nebulizador ultra-snico

5. CUIDADOS PARA COLETAEscarro espontneo: Ao despertar pela manh, lavar a boca, sem escovar os dentes, inspirar profundamente, prender a respirao por um instante e escarrar aps forar a tosse. Repetir essa operao at obter duas eliminaes de escarro. Escarro induzido: Nebulizar a 1 a 2,5 mL/minuto durante 20 minutos. Se o material no for obtido na primeora tenmtativa, aguardar 30 minutos para repetir o procedimento por mais uma nica vez. Observao: Reservado para pacientes com suspeita clnico-radiolgica de tuberculose, sem expectorao espontnea. Procedimento contra-indicado na presena de broncoespasmo, hemoptise, insuficincia cardaca grave, gravidez, doenas consuptivas, reduo do reflexo da tosse e/ou alteraes do sensrio e insuficincia respiratria.

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTOEncaminhar o material imediatamente ao laboratrio. Caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 e 8 C. Durante o transporte, as amostras devem ser protegidas da luz e acondicionadas adequadamente para evitar derramamento.

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICOColorao de Ziehl-Neelsen Colorao de Auramina (fluorescente)

8. INTERPRETAO8.1 Valores de referncia Observao: Os valores de referncia podem variar em funo do mtodo e reagente utilizado, portanto, esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados de exames laboratoriais. Dever ser considerado como tuberculose pulmonar positiva o caso que apresentar: duas baciloscopias diretas positivas; uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva; uma baciloscopia direta positiva e imagem radiolgica sugestiva de TB. 8.2 Valores crticos No se aplica 8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes A amostra clnica deve ser material representativo do verdadeiro local da infeco e deve ser coletada com um mnimo de contaminao. Uma boa amostra de escarro a que provm da arvore brnquica, obtida aps esforo de tosse, e no a que se obtm da faringe ou por aspirao de secrees nasais, nem tampouco a que contm somente saliva. O volume ideal est compreendido entre 5 a 10 mL. 8.4 Exames relacionados Cultura para micobactrias Teste tuberculneo (PPD) Pesquisa de anticorpos anti-HIV

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICOA baciloscopia direta do escarro mtodo fundamental na investigao da tuberculose pulmonar, pois permite descobrir as fontes mais importantes de infeco: os casos bacilferos. Permite detectar 70 a 80% dos casos de tuberculose pulmonar. Recomenda-se, para o diagnstico, a coleta de duas amostras de escarro: uma por ocasio da primeira consulta e a segunda, independente do resultado da primeira, na manh do dia seguinte ao despertar. No controle do tratamento, encontra-se indicada a realizao mensal da baciloscopia,

sendo indispensveis as do 2, 4 e 6 meses de tratamento, no esquema bsico e no 3, 6, 9 e 12 meses, nos casos de esquemas teraputicos. Deve-se realizar a cultura para micobactrias nos casos suspeitos de tuberculose pulmonar com resultado negativo ao exame direto do escarro.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICASBRASIL, Ministrio da Sade/Secretaria de Polticas de Sade/ Departamento de Ateno Bsica. Cadernos de Ateno Bsica: Manual Tcnico para Controle da Tuberculose. Braslia, 2002. MANDELL GL, Bennett JE, Dolin R, editors. Principles and Practice of Infectious Diseases. 6 ed. Orlando: Churchill Livingstone; 2006. MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto, tuberculose. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 144 p.

CULTURA PARA MICOBACTRIA

1. NOME DO EXAMECultura para Micobactria (escarro) 1.12 Sinonmia

Cultura para Bacilo de Koch BK

2. INDICAO CLNICAExame til no diagnstico e controle do tratamento da tuberculose pulmonar.

3. PREPARO DO PACIENTENo se aplica

4. AMOSTRAEscarro espontneo Escarro Induzido por meio de nebulizao com soluo salina hipertnica a 3 a 5% e nebulizador ultra-snico

5. CUIDADOS PARA COLETAEscarro espontneo: Ao despertar pela manh, lavar a boca, sem escovar os dentes, inspirar profundamente, prender a respirao por um instante e escarrar aps forar a tosse. Repetir essa operao at obter duas eliminaes de escarro. Escarro induzido: Nebulizar a 1 a 2,5 mL/minuto durante 20 minutos. Se o material no for obtido na primeora tenmtativa, aguardar 30 minutos para repetir o procedimento por mais uma nica vez. Observao: Reservado para pacientes com suspeita clnico-radiolgica de tuberculose, sem expectorao espontnea. Procedimento contra-indicado na presena de broncoespasmo, hemoptise, insuficincia cardaca grave, gravidez, doenas consuptivas, reduo do reflexo da tosse e/ou alteraes do sensrio e insuficincia respiratria.

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTOEncaminhar o material imediatamente ao laboratrio. Caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 e 8 C. Durante o transporte, as amostras devem ser protegidas da luz e acondicionadas adequadamente para evitar derramamento.

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICOCultura em meio slido de Lwentein-Jensen

8. INTERPRETAO8.1 Valores de referncia Observao: Os valores de referncia podem variar em funo do mtodo e reagente utilizado, portanto, esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados de exames laboratoriais. No se aplica 8.2 Valores crticos No se aplica 8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes A amostra clnica deve ser material representativo do verdadeiro local da infeco e deve ser coletada com um mnimo de contaminao. Uma boa amostra de escarro a que provm da arvore brnquica, obtida aps esforo de tosse, e no a que se obtm da faringe ou por aspirao de secrees nasais, nem tampouco a que contm somente saliva. O volume ideal est compreendido entre 5 a 10 mL. 8.4 Exames relacionados Baciloscopia Teste tuberculneo Pesquisa de anticorpos anti-HIV

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICOA cultura do material clnico o mtodo mais especfico e sensvel para detectar o bacilo da tuberculose. So necessrios 10 a 100 bacilos viveis por milmetro da amostra para um resultado positivo e em relao baciloscopia, so necessrios pelo menos 5.000 bacilos por milmetro da amostra para um resultado positivo. A partir da cultura possvel identificar as espcies micobacterianas e realizar o teste de sensibilidade em pacientes suspeitos de portar cepas resistentes. As indicaes para cultura de Mycobacterium tuberculosis so: suspeitos de tuberculose pulmonar com resultado de baciloscopia direta do escarro negativo; diagnstico das formas extrapulmonares, tais como meningoenceflica, renal, pleural, ssea ou ganglionar;

suspeita de resistncia bacteriana s drogas, ocasio em que deve ser realizado o teste de sensibilidade; suspeita de infeco por micobacterias no-tuberculosas, particularmente em pacientes portadores do HIV.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICASBRASIL, Ministrio da Sade/Secretaria de Polticas de Sade/ Departamento de Ateno Bsica. Cadernos de Ateno Bsica: Manual Tcnico para Controle da Tuberculose. Braslia, 2002. MANDELL GL, Bennett JE, Dolin R, editors. Principles and Practice of Infectious Diseases. 6 ed. Orlando: Churchill Livingstone; 2006. MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto, tuberculose. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 144 p.

DOSAGEM DE ALANINA AMINOTRANSFERASE

1. NOME DO EXAME

Dosagem de alanina aminotransferase (sangue)

1.1 Sinonmia Transaminase pirvica (TGP) ALT ALAT

2. INDICAO CLNICA

Junto com a dosagem da Aspartato aminotansferase (AST) serve para avaliao das leses hepatocelulares.

3. PREPARO DO PACIENTE

Jejum mnimo de 4 horas - recomendvel. Evitar atividades fsicas vigorosas 24 horas antes do teste. Evitar ingesto de lcool 72 horas antes do teste. Manter o uso de drogas que no possam ser interrompidas.

4. AMOSTRASoro

5.CUIDADOS PARA COLETA

Nenhum cuidado especial Ver anexo 1 Orientao para coleta de sangue venoso

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

Recomenda-se separar o soro at 3 horas aps a coleta. Caso isso no seja possvel, manter a amostra de sangue entre 20 25 C por at 24 horas, em recipiente fechado. Aps a obteno do soro, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 7 dias, em recipiente fechado.

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICOColorimtrico enzimtico

8. INTERPRETAO

8.1 Valores de referncia Observao: os valores de referncia podem variar em funo do mtodo e dos reagentes utilizados; portanto esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais. Homens: at 41 U/L Mulheres: at 32 U/L Crianas: de 25 a 95 U/L Recm nascidos: de 40 a 120 U/L 8.2 Valores crticos

No aplicvel 8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes Fatores que aumentam a dosagem: Biolgicos: idade, gravidez, exerccios, uso de lcool, obesidade. Hemlise Ictercia Hipertrigliceridemia Drogas: paracetamol, alfametildopa, carbamazepina, heparina, halotano,isoniazida, nitrofurantona, cido valprico, sulfonamidas, antiinflamatrios (no esterides) Toxinas: clorofrmio, hidrazina, tricloroetileno, tolueno Drogas ilcitas: cocana, ecstasy, esterides anabolizantes. Fatores que diminuem a dosagem: Deficincia de vitamina B6 8.4 Exames relacionados Aspartato aminotransferase (AST)

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICO

ALT por ser de produo quase exclusivamente heptica (origem citoplasmtica), eleva-se mais precocemente e de maneira mais especfica do que AST na presena de leso celular. As principais etiologias de elevao da ALT srica so: Aumento de at 5X o maior valor de Aumento superior a 15X o maior valor de referncia referncia Hepatite crnica B e C Hepatite aguda viral Hepatite aguda por vrus (CMV, EBV) Ao de drogas e toxinas Hepatites autoimunes Hepatite isqumica Tumores hepticos Ligadura da artria heptica Colestase intra e extra-heptica Sndrome de Budd-Chiari Hemocromatose Deficincia de -1 antitripsina Doena de Wilson Exerccio fsico intenso Macro AST O ndice AST/ALT costuma ser de aproximadamente 2:1 nas hepatites alcolicas e tende a se elevar nas hepatites crnicas e na cirrose heptica, medida que piora a capacidade funcional heptica. A reao enzimtica para dosagem das aminotransferases, requer vitamina B6 como cofator. Assim pacientes com deficincia desta vitamina (como os alcolatras) podem apresentar valores normais ou baixos na suas dosagens de AST e de ALT, mesmo na presena de hepatopatia.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics, 4th edition 2006. Henry JB, Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 21th edition, 2007. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: HIV/AIDS. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 68 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno ao pr-natal, parto e puerprio: protocolo Viva Vida. 2 ed. Belo Horizonte: SAS/SES, 2006. 84 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno sade do adolescente: Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 152 p.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Sade. Assistncia. Hospitalar ao Neonato. Belo Horizonte, 2005. 296p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: hipertenso e diabetes. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 198 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno Sade do Adulto: Tuberculose. Belo Horizonte, 2006. 144 p. Zhang, DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey, JL. Effect of serum-clot contact time on clinical chemistry laboratory results. Clinical Chemistry 1998, 44(6):13251333.

DOSAGEM DE ASPARTATO AMINOTRANSFERASE

1. NOME DO EXAME

Dosagem de Aspartato aminotransferase (sangue)

1.1 Sinonmia Transaminase oxalactica (TGO) AST ASAT

2. INDICAO CLNICA

Serve para avaliao das leses hepatocelulares e das doenas musculares.

3. PREPARO DO PACIENTE

Jejum mnimo de 4 horas - recomendvel. Evitar atividades fsicas vigorosas 24 horas antes do teste Evitar ingesto de lcool 72 horas antes do teste Manter o uso de drogas que no possam ser interrompidas

4. AMOSTRASoro

5.CUIDADOS PARA COLETA

Nenhum cuidado especial Ver anexo 01-Orientaes para coleta de sangue venoso.

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

Recomenda-se separar o soro at 3 horas aps a coleta. Caso isso no seja possvel, manter a amostra de sangue entre 20 25 C por at 24 horas, em recipiente fechado. Aps a obteno do soro, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 7 dias, em recipiente fechado. Colorimtrico enzimtico

7 MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICO

8. INTERPRETAO

8.1 Valores de referncia Observao: os valores de referncia podem variar em funo do mtodo e dos reagentes utilizados; portanto esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais. Homens: at 40 U/L Mulheres: at 35 U/L Crianas: 15 a 60 U/L Recm nascidos: 25 a 75 U/L 8.2 Valores crticos No aplicvel

8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes Fatores que aumentam a dosagem: Biolgicos: idade, gravidez, exerccios, uso de lcool. Hemlise Ictercia Hipertrigliceridemia Drogas: paracetamol, alfametildopa, carbamazepina, heparina halotano,isoniazida, nitrofurantona, cido valprico, sulfonamidas, antiinflamatrios (no esterides) Toxinas: clorofrmio, hidrazina, tricloroetileno, tolueno Drogas ilcitas: cocana, ecstasy,esterides anabolizantes. Fatores que diminuem a dosagem: Deficincia de vitamina B6 8.4 Exames relacionados Alanina aminotransferase (ALT)

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICO

AST possui alm de 80% de frao citoplasmtica, 20% de frao mitocondrial nos hepatcitos. Geralmente eleva-se de maneira mais tardia, do que ALT, nos casos de leses hepatocelulares. Tambm encontrada nas clulas musculares esquelticas, cardacas e hemcias. As principais etiologias de elevao da AST srica so: Aumento de at 5 X o maior valor de Aumento superior a 15 X o maior valor de referncia referncia Esteatose heptica Hepatite aguda viral Cirrose Ao de drogas e toxinas Leso heptica pelo uso de lcool Hepatite isqumica Tumores hepticos Ligadura da artria heptica Colestase intra e extra heptica Doenas musculoesquelticas Exerccio fsico intenso Anemias hemolticas Infarto agudo do miocrdio Insuficincia cardaca Macro AST A AST foi a primeira enzima a ser utilizada para o diagnstico do infarto agudo do miocrdio, mas hoje est em desuso, pelo surgimento de outros marcadores mais sensveis e especficos. O ndice AST/ALT costuma ser de aproximadamente 2:1 nas hepatites alcolicas e tende a se elevar nas hepatites crnicas e na cirrose heptica, a medida que piora a capacidade funcional heptica. A reao enzimtica para dosagem das aminotransferases, requer vitamina B6 como cofator. Assim pacientes com deficincia desta vitamina (como os alcolatras) podem apresentar valores normais ou baixos na suas dosagens de AST e de ALT, mesmo na presena de hepatopatias.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics, 4th edition 2006. Henry JB, Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 21th edition, 2007. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: HIV/AIDS. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 68 p.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno ao pr-natal, parto e puerprio: protocolo Viva Vida. 2 ed. Belo Horizonte: SAS/SES, 2006. 84 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno sade do adolescente: Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 152 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Sade. Assistncia. Hospitalar ao Neonato. Belo Horizonte, 2005. 296p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: hipertenso e diabetes. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 198 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno Sade do Adulto: Tuberculose. Belo Horizonte, 2006. 144 p. Zhang, DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey, JL. Effect of serum-clot contact time on clinical chemistry laboratory results. Clinical Chemistry 1998, 44(6):13251333.

DOSAGEM DE ALBUMINA

1. NOME DO EXAME

Dosagem de Albumina (sangue)

1.1 Sinonmia Albuminemia

2. INDICAO CLNICA

Por estar relacionada com o aporte protico e produo exclusiva do fgado, usada como parmetro para avaliao do estado nutricional e como marcador da funo de sntese heptica. Tambm usada na avaliao dos casos de perda protica por via renal ou intestinal

3. PREPARO DO PACIENTE

Jejum mnimo de 4 horas - recomendvel. Evitar atividades fsicas vigorosas 24 horas antes do teste Evitar stress emocional Manter o uso de drogas que no possam ser interrompidas

4. AMOSTRASoro

5.CUIDADOS PARA COLETA

Nenhum cuidado especial Ver anexo 01 - Orientaes para coleta de sangue venoso

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

Recomenda-se separar o soro at 6 horas aps a coleta. Aps a obteno do soro, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 90 dias, em recipiente fechado. Colorimtrico - Verde de bromocresol

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICO 8. INTERPRETAO

8.1 Valores de referncia Observao: os valores de referncia podem variar em funo do mtodo e dos reagentes utilizados; portanto esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais. De 4,0 a 5,5 g/dl 8.2 Valores crticos No aplicvel 8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes Fatores que aumentam a dosagem: Biolgicos: gravidez, dieta, exerccios, uso de lcool.

Doenas: desidratao, insuficincia cardaca. Hemlise Lipemia Ictercia Fatores que diminuem a dosagem: Obesidade Drogas: herona, administrao de lquidos intravenosos (hemodiluio) 8.4 Exames relacionados Protenas totais Eletroforese de protenas

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICO

A albumina possui vrias funes fisiolgica tais como: 1. Reserva estratgica de aminocidos; 2. Transporte de substncias orgnicas e inorgnicas (clcio, magnsio, bilirrubina, tiroxina, cidos graxos, cortisol, estrgeno, penicilina, warfarin, digoxina, barbitricos); 3. Manuteno da presso onctica do plasma. As principais causas de hipoalbuminemia so hepatopatias crnicas; perdas renais (sndrome nefrtica) e intestinais (doena de Cronh e Whipple), subnutrio e queimaduras. A hipoalbuminemia interfere na interpretao dos nveis de clcio e de magnsio, uma vez que esses ons so ligados a ela fazendo com que ocorra uma diminuio srica desses tambm. A dosagem de protenas totais menos a de albumina leva ao resultado das globulinas e a determinao da relao albumina/globulina. A relao inferior 1 ocorre nos casos de hipoalbuminemia e de hipergamaglobulinemia.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics, 4th edition 2006. Henry JB, Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 21th edition, 2007. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Sade. Assistncia. Hospitalar ao Neonato. Belo Horizonte, 2005. 296p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do idoso. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 186 p. Zhang, DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey, JL. Effect of serum-clot contact time on clinical chemistry laboratory results. Clinical Chemistry 1998, 44(6):13251333. Recomenda-se separar o soro ou plasma at 3 horas aps a coleta. Caso isso no seja possvel, manter a amostra de sangue entre 20 25 C por at 24 horas, em recipiente fechado. Aps a obteno do soro ou plasma, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 14 dias, em recipiente fechado.

DOSAGEM DE FOSFATASE ALCALINA

1. NOME DO EXAME

Dosagem de Fosfatase Alcalina (sangue)

1.1 Sinonmia Fosfatase alcalina total

2. INDICAO CLNICA

A fosfatase alcalina possui duas isoenzimas: uma de origem heptica que avalia de maneira significativa os casos de obstruo biliar e outra de origem ssea que avalia as doenas que afetam a atividade osteoblstica.

3. PREPARO DO PACIENTE

Jejum mnimo de 4 horas - recomendvel. Evitar ingesto de lcool 72 horas antes do teste Manter o uso de drogas que no possam ser interrompidas

4. AMOSTRASoro

5.CUIDADOS PARA COLETA

Nenhum cuidado especial Ver anexo 01-Orientaes para coleta de sangue venoso

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

Recomenda-se separar o soro at 3 horas aps a coleta. Caso isso no seja possvel, manter a amostra de sangue entre 20 25 C por at 24 horas, em recipiente fechado. Aps a obteno do soro, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 7 dias, em recipiente fechado. Colorimtrico Enzimtico

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICO 8. INTERPRETAO

8.1 Valores de referncia Observao: os valores de referncia podem variar em funo do mtodo e dos reagentes utilizados; portanto esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais. Faixa etria Recm nascido 6 meses a 9 anos 10 a 11 anos 12 a 13 anos 14 a 15 anos 16 a 18 anos Acima de 18 anos Masculino (U/L) 250 a 730 275 a 875 170 a 970 125 a 720 Feminino (U/L) 250 a 950 200 a 730 170 a 460 75 a 270 Ambos os sexos 150 a 600 250 a 950

50 a 250

8.2 Valores crticos No aplicvel 8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes Fatores que aumentam a dosagem: Biolgicos: idade, gravidez, sexo Drogas: morfina Fatores que diminuem a dosagem: Hemlise Drogas: anticoncepcionaisorais, hipolipemiantes, anticoagulantes, antiepilpiticos Plasma colhido com EDTA, citrato e fluoreto. 8.4 Exames relacionados Fosfatase alcalina ssea especfica Gama-glutamiltransferase

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICO

Situaes em que ocorre elevao da fosfatase alcalina: Aumento da FA heptica Aumento da FA ssea Coledocolitase, Consolidao de fraturas Neoplasia heptica Tumores sseos Atresia das vias biliares Osteomalsia Hepatites virais Raquitismo Acromegalia Hiperparatireoidismo

Existe uma variedade de mtodos usados para determinar a atividade da fosfatase alcalina. Esta variedade dificulta a comparao de resultados entre os diferentes laboratrios e os mencionados pela literatura. O mtodo mais usado o que tem como substrato o -nitrofenil fosfato associado a tampes inorgnicos, tais como zinco ou magnsio, que aceleram a atividade enzimtica. Os valores de referncia tambm sofrem variaes com a idade e o sexo. Na infncia os nveis da enzima aumentam gradualmente, mais nos meninos do que nas meninas, chegando a atingir aos dez anos at quatro vezes mais que o valor em adultos. Aps este perodo os nveis tendem a diminuir e aos 20 anos so similares para homens e mulheres. Durante a gravidez os valores elevam de duas a trs vezes o valor de referncia, principalmente pela produo da frao placentria, mas tambm pelo aumento da isoenzima ssea.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics, 4th edition 2006. Henry JB, Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 21th edition, 2007. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: HIV/AIDS. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 68 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno sade do adolescente: Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 152 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Sade. Assistncia. Hospitalar ao Neonato. Belo Horizonte, 2005. 296p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: hipertenso e diabetes. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 198 p. Zhang, DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey, JL. Effect of serum-clot contact time on clinical

chemistry laboratory results. Clinical Chemistry 1998, 44(6):13251333.

DOSAGEM DE AMILASE

1. NOME DO EXAME

Dosagem de Amilase (sangue)

1.1 Sinonmia Amilasemia

2. INDICAO CLNICA

A determinao da sua dosagem est indicada no diagnstico diferencial do quadro de abdome agudo, especialmente na pancreatite aguda e nos casos de parotidite.

3. PREPARO DO PACIENTE

Jejum mnimo de 4 horas - recomendvel. Evitar ingesto de lcool 72 horas antes do teste Manter o uso de drogas que no possam ser interrompidas

4. AMOSTRA

Soro ou Plasma (heparina) Nenhum cuidado especial Ver anexo 01 - Orientaes para coleta de sangue venoso Recomenda-se separar o soro ou plasma at 3 horas aps a coleta. Caso isso no seja possvel, manter a amostra de sangue entre 20 25 C por at 24 horas, em recipiente fechado. Aps a obteno do soro ou plasma, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 7 dias, em recipiente fechado. Colorimtrico - Cintico PNP

5.CUIDADOS PARA COLETA

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICO 8. INTERPRETAO

8.1 Valores de referncia Observao: os valores de referncia podem variar em funo do mtodo e dos reagentes utilizados; portanto esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais. Adultos: de 25 a 115 U/L Crianas at 2 anos praticamente no apresenta atividade da amilase 8.2 Valores crticos No aplicvel 8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes Fatores que aumentam a dosagem: Biolgicos: idade, contaminao com saliva, macroamilasemia Drogas: morfina, herona, meperidina, codena, diurticos, salicilatos, tetraciclina

Fatores que diminuem a dosagem: Uso de lcool Hipertrigliceridemia Hemlise Ictercia Plasma colhido com EDTA, citrato e fluoreto. 8.4 Exames relacionados Dosagem de Lpase Clearence de amilase

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICO

A atividade total da amilase srica resultante da sua isoenzima de origem pancretica e salivar.

Principais etiologias de elevao da amilase srica: Pancreatite aguda Trauma abdominal Neoplasia do pncreas Cetoacidose diabtica Obstruo biliar Parotidite Processo inflamatrio da glndula salivar Tumores broncognicos e ovarianos Ocluso mesentrica Doena abdominal (peritonite, apendicite, obstruo intestinal, obstruo biliar) Para o diagnstico de pancreatite aguda ocorre elevao acentuada da enzima no soro (> 3 vezes o valor de referncia) com pico nas primeiras 48 horas e normalizao aps 5 a 7 dias.O aumento no proporcional gravidade da doena, mas se prolongado, pode sugerir um pseudocisto ou uma necrose pancretica continuada. A sensibilidade da hiperamilasemia para o diagnstico de pancreatite aguda reduzida nos casos de alcoolismo, de hipertrigliceridemia, e nas dosagens tardias. Nestes casos a dosagem simultnea da lipase pode melhorar a acurcia do diagnstico. A especificidade tambm fica comprometida em pacientes com insuficincia renal crnica, parotidite e inflamao da glndula salivar. Macroamilasemia aparece em 1 a 2% da populao e um termo usado para a condio de elevao da amilase srica sem comprometimento clnico. Aparece devido formao de complexos circulantes entre a amilase e certas imunoglobulinas (IgA e IgG).Esses complexos no conseguem ser filtrados pela membrana glomerular e por isto elevam os valores sricos. O clearence de amilase pode ser usado no diagnstico diferencial das causas de hiperamilasemia, atravs da relao entre as depuraes renais de creatinina e amilase. Esta relao expressa em porcentagem e o intervalo de referncia de 1,4 a 3,8%.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics, 4th edition 2006. Henry JB, Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 21th edition, 2007. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: HIV/AIDS. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 68 p. Zhang, DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey, JL. Effect of serum-clot contact time on clinical

chemistry laboratory results. Clinical Chemistry 1998, 44(6):13251333.

DOSAGEM DE LPASE

1. NOME DO EXAME

Dosagem de Lpase (sangue)

1.1 Sinonmia

2. INDICAO CLNICA

A determinao da sua dosagem est indicada no diagnstico diferencial do quadro de abdome agudo, especialmente a pancreatite aguda.

3. PREPARO DO PACIENTE

Jejum mnimo de 4 horas - recomendvel. Evitar ingesto de lcool 72 horas antes do teste. Manter o uso de drogas que no possam ser interrompidas.

4. AMOSTRASoro ou Plasma (heparina)

5.CUIDADOS PARA COLETA

Nenhum cuidado especial. Ver anexo 01 Orientaes para coleta de sangue venoso.

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

Recomenda-se separar o soro ou plasma at 3 horas aps a coleta. Caso isso no seja possvel, manter a amostra de sangue entre 20 25 C por at 24 horas, em recipiente fechado. Aps a obteno do soro ou plasma, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 7 dias, em recipiente fechado. Colorimtrico - Enzimtico

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICO 8. INTERPRETAO

8.1 Valores de referncia Observao: os valores de referncia podem variar em funo do mtodo e dos reagentes utilizados; portanto esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais. Adultos: at 60 U/L < 1 ano: de 0 a 29 U/L 1 a 12 anos: de 10 a 37 U/L 13 a 18 anos: de 11 a 46 U/L 8.2 Valores crticos No aplicvel 8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes

Fatores que aumentam a dosagem: Biolgicos: idade Procedimentos: pancreatografia retrgrada Drogas: opiceos, morfina Hipertrigliceridemia Hemlise Ictercia. Fatores que diminuem a dosagem; Plasma EDTA, citrato e fluoreto 8.4 Exames relacionados Dosagem de amilase

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICO

O diagnstico de pancreatite aguda confirmada pela sua elevao em pelo menos 3 vezes o maior valor de referncia, juntamente com elevao da amilase; porm no h correlao com a gravidade do caso. Pode haver discreto aumento de lipase nos casos de: lcera perfurada, isquemia mesentrica, insuficincia renal, doena de Crohn e retocolite ulcerativa. A sua dosagem na pancreatite aguda recomendada tanto na fase precoce quanto tardiamente, uma vez que sua meia vida maior que a da amilase. Tambm pode auxiliar no diagnstico de situaes em que amilase est elevada, mas os seus valores permanecem normais, tais como: macroamilasemia, parotidites e carcinomas.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics, 4th edition 2006. Henry JB, Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 21th edition, 2007. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: HIV/AIDS. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. Zhang, DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey, JL. Effect of serum-clot contact time on clinical chemistry laboratory results. Clinical Chemistry 1998, 44(6):13251333.

DOSAGEM DE BILIRRUBINAS 1. NOME DO EXAME

Dosagem de bilirrubinas (sangue)

1.1 Sinonmia Dosagem de Bilirrubina Total Dosagem de Bilirrubina Direta e Indireta Dosagem de Bilirrubina conjugada e no conjugada Bilirrubina Direta e Indireta Bilirrubina conjugada e no conjugada

2. INDICAO CLNICA

Diagnstico e monitoramento de doenas hepticas e biliares (colestase); Diagnstico e monitoramento de doenas hemolticas, incluindo em neonatos.

3. PREPARO DO PACIENTE

Jejum mnimo de 4 horas - recomendvel.

4. AMOSTRASoro

5.CUIDADOS PARA COLETA

Nenhum cuidado especial Ver anexo 01-Orientaes para coleta de sangue venoso

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

Recomenda-se separar o soro at 3 horas aps a coleta. Caso isso no seja possvel, manter a amostra de sangue entre 20 25 C por at 24 horas, em recipiente fechado. Aps a obteno do soro, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 7 dias, em recipiente fechado.

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICOColorimtrico

8. INTERPRETAO

8.1 Valores de referncia Observao: os valores de referncia podem variar em funo do mtodo e dos reagentes utilizados; portanto esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais. Valores de referencia para adultos: Bilirrubina direta - at 0,4 mg/dL Bilirrubina indireta - de 0,6 a 0,9 mg/dL Bilirrubina total at 1,3 mg/dL Valores de referncia para bilirrubina total em crianas: Idade termo (mg/dL) Prematuros (mg/dL)

RN (24 horas) RN (48 horas) 3 a 5 dias Acima de 1 ms

2,0 a 6,0 6,0 a 7,0 4,0 a 6,0 0,2 a 1,0

1,0 a 8,0 6,0 a 12,0 10,0 a 14,0

8.2 Valores crticos Em recm nascidos acima de 17,0 mg/dL 8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes Hemlise Lipemia Luz Hipoalbuminemia Drogas: novobiocina, morfina 8.4 Exames relacionados Dosagem de fosfatase alcalina Dosagem de gama glutamiltransferase Dosagem de aspartato aminotransferase Dosagem de alanino aminotransferase Hemograma

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICO

A bilirrubina o principal produto de quebra da hemoglobina, mioglobina, citocromos e outras hemoprotenas. Seu acmulo definido clinicamente pela ictercia e se torna clinicamente manifesta quando a bilirrubina total maior que 2,5mg/dL. Causas de aumento conforme a bilirrubina predominante: Bilirrubina no-conjugada (indireta) Aumento da produo de Eritropatias (defeitos nas membranas e defeitos bilirrubina metablicos) Hemoglobinopatias Valvulopatias Reduo da conjugao Hiperbilirrubinemia neonatal Sndrome de Gilbert Sndromes de Crigler-Najar I e II Bilirrubina conjugada (direta) Doenas hepticas Litase biliar Sndrome de Dubin-Johnson Sndrome de Rotor Colestase benigna Cirrose biliar primria Hepatites Doenas extra-hepticas Doena pancretica (ex: carcinoma) Tumor da ampola de Vater Infiltraes do hilo heptico, Atresia das vias biliares Ascaridase ductal A dosagem das bilirrubinas direta e indireta pode ser determinada utilizando dois princpios diferentes: a anlise direta dos pigmentos, na sua forma nativa ou aps converso a compostos denominados azoderivados. Os mtodos espectofotomtricos diretos no so adequados para a dosagem da bilirrubina em adultos em virtude da interferncia dos lipocromos, mas podem ser usados em

recm-nascidos. Os valores de referncia da bilirrubina devem ser correlacionados com a idade do paciente e existem discretas variaes nos valores na literatura.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics, 4th edition 2006. Henry JB, Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 21th edition, 2007. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: HIV/AIDS. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 68 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno ao pr-natal, parto e puerprio: protocolo Viva Vida. 2 ed. Belo Horizonte: SAS/SES, 2006. 84 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Sade. Assistncia. Hospitalar ao Neonato. Belo Horizonte, 2005. 296p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Sade. Ateno Sade da Criana. Belo Horizonte, 2004. 224p. Zhang, DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey, JL. Effect of serum-clot contact time on clinical chemistry laboratory results. Clinical Chemistry 1998, 44(6):13251333.

DOSAGEM DE PROTENAS TOTAIS

1. NOME DO EXAME

Dosagem de Protenas totais (sangue)

1.1 Sinonmia Proteinemia

2. INDICAO CLNICA

A dosagem das protenas totais til na avaliao e acompanhamento das patologias que levam a deficincia na sntese protica ou por perda excessiva.

3. PREPARO DO PACIENTE

Jejum mnimo de 4 horas - recomendvel. Evitar atividades fsicas vigorosas 24 horas antes do teste Manter o uso de drogas que no possam ser interrompidas

4. AMOSTRASoro

5.CUIDADOS PARA COLETA

No utilizar anticoagulante do tipo EDTA, citrato e heparina. Ver anexo 01 - Orientaes para coleta de sangue venoso

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

Recomenda-se separar o soro at 6 horas aps a coleta. Aps a obteno do soro, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 28 dias, em recipiente fechado.

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICOColorimtrico Biureto

8. INTERPRETAO

8.1 Valores de referncia Observao: os valores de referncia podem variar em funo do mtodo e dos reagentes utilizados; portanto esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais. 6,4 a 8,1 g/dL 8.2 Valores crticos No aplicvel 8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes Fatores que aumentam a dosagem: Hemlise Lipemia Ictercia

Biolgicas: gravidez, dieta, exerccios, uso de lcool. Doenas: desidratao. Drogas: corticides, digitais, furosemida, anticoncepcionais orais. Fatores que diminuem a dosagem: Drogas: herona, administrao de lquidos intravenosos (hemodiluio), laxativos, carvediol Insuficincia cardaca Obesidade Imobilizao prolongada Doenas crnicas. 8.4 Exames relacionados Albumina Eletroforese de protenas

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICO

A tcnica de colorimetria pelo biureto a mais difundida nos laboratrios e foi facilmente adaptada aos equipamentos automatizados. A introduo de fenol na reao de biureto trouxe melhoria na acurcia do teste. Os interferentes analticos so mnimos para reao de biureto apesar de amnia poder acidificar a reao e a hemoglobina e a bilirrubina estarem na mesma regio de absoro de luz, onde ser feita a leitura espectofometrica. Principais causas de alteraes da dosagem de protenas totais: Hipoproteinemias Hiperproteinemias Hepatopatias crnicas Neoplasias Sndrome nefrtica Mieloma mltiplo Enteropatias perdedoras de protenas Macroglobulinemia de Waldenstron Desnutrio Doenas granulomatosas Queimaduras Hansenase Hipertireoidismo Leishmaniose Colagenoses

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics, 4th edition 2006. Henry JB, Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 21th edition, 2007. Zhang, DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey, JL. Effect of serum-clot contact time on clinical chemistry laboratory results. Clinical Chemistry 1998, 44(6):13251333.

DOSAGEM DE GAMA GLUTAMIL TRANSFERASE

Dosagem de Gama Glutamil Transferase (sangue) 1.1 Sinonmia GGT -glutamil transferase

1. NOME DO EXAME

2. INDICAO CLNICA

A gama-glutamiltransferase (GGT) se origina no fgado principalmente nos ductos biliares e por isto um marcador sensvel das situaes em que ocorre obstruo biliar. A atividade da enzima tambm sensvel ao uso de lcool e de medicamentos, tais como fenitona e fenobarbital que induzem a sua sntese. Uma das aplicaes clnicas para sua determinao o acompanhamento de pacientes alcolatras que esto em programa de recuperao

3. PREPARO DO PACIENTE

Jejum mnimo de 4 horas - recomendvel. Evitar ingesto de lcool 72 horas antes do teste Manter o uso de drogas que no possam ser interrompidas

4. AMOSTRASoro

5.CUIDADOS PARA COLETA

Nenhum cuidado especial Ver anexo 01 - Orientaes para coleta de sangue venoso

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

Recomenda-se separar o soro at 3 horas aps a coleta. Caso isso no seja possvel, manter a amostra de sangue entre 20 25 C por at 24 horas, em recipiente fechado. Aps a obteno do soro, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 7 dias, em recipiente fechado.

7. MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICOColorimtrico cintico

8. INTERPRETAO

8.1 Valores de referncia Observao: os valores de referncia podem variar em funo do mtodo e dos reagentes utilizados; portanto esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais. Homens: 10 a 50 U/L Mulheres: 7 a 32 U/L

8.2 Valores crticos No aplicvel 8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes Fatores que aumentam a dosagem da enzima: Biolgicos: lcool Drogas: fenitona, fenobarbital, carbamazepina, cido valprico, contraceptivos orais Fatores que diminuem a dosagem da enzima: Drogas: azatioprina, clofibrato, estrgenos e metronidazol Hemlise Anticoagulantes: heparina, citrato, fluoreto 8.4 Exames relacionados Dosagem de fosfatase alcalina

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICO

Os mtodos mais usados para determinao da GGT utilizam como substrato principalmente o gama glutamil -nitroanilina. A variao intra-individual esperada de at16,2% entre duas dosagens O consumo constante de bebidas lcoolicas provoca aumento dos nveis sricos de at 3 vezes o maior valor de referncia, que voltam ao normal aps cessar a ingesto de lcool.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics, 4th edition 2006. Henry JB, Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 21th edition, 2007. Zhang, DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey, JL. Effect of serum-clot contact time on clinical chemistry laboratory results. Clinical Chemistry 1998, 44(6):13251333.

DOSAGEM DE COLESTEROL 1. NOME DO EXAME

Dosagem de Colesterol ( sangue) 1.1 Sinonmia Colesterol total

2. INDICAO CLNICA

Apesar da Doena Arterial Coronariana (DAC) ser considerada multifatorial, estudos demonstram que um aumento da concentrao plasmtica de colesterol est associado a um aumento da sua incidncia. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia apresentou as Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias e Preveno da Aterosclerose, que abrange uma avaliao dos riscos de desenvolvimento de aterosclerose, controle dos lpides, o tratamento com drogas, atividades fsicas e reduo do tabagismo.

3. PREPARO DO PACIENTE Jejum de 12 a 14 horas obrigatrio; Realizar a dosagem em indivduos com estado metablico estvel; Manter a dieta e o peso pelo menos duas semanas antes da realizao do teste; Aguardar pelo menos 8 semanas aps cirurgia ou doena em geral ou 3 meses aps o parto para realizar o teste em grvidas; Evitar atividades fsicas vigorosas 24 horas antes do teste; Evitar ingesto de lcool 72 horas antes do teste; Manter o uso de drogas que no possam ser interrompidos. Executar o teste nas primeiras 24 horas aps um evento isqumico (IAM), pois os valores correspondem efetivamente ao perfil lipmico do paciente;

4. AMOSTRASoro

5.CUIDADOS PARA COLETA

Nenhum cuidado especial Ver anexo 01 - Orientaes para coleta de sangue venoso

6. ORIENTAO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

Recomenda-se separar o soro at 3 horas aps a coleta. Caso isso no seja possvel, manter a amostra de sangue entre 20 25 C por at 24 horas, em recipiente fechado. Aps a obteno do soro, caso o exame no possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 8 C por at 7 dias, em recipiente fechado.

7 MTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATRIO CLNICOColorimtrico enzimtico

8. INTERPRETAO

8.1 Valores de referncia Valores recomendados pelas IV Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2007):

Desejvel Limtrofe Elevado 8.2 Valores crticos No aplicvel

Menos de 20 anos(mg/dL) 200

Acima de 20 anos(mg/dL) 240

8.3 Principais influncias pr-analticas e fatores interferentes Biolgicos: idade, gravidez, dieta, exerccios, uso de lcool, obesidade. Doenas: hipotireoidismo, hipopituitarismo, diabetes mellitus, sndrome nefrtica, insuficincia renal crnica, atresia biliar congnita, lupus eritematoso sistmico. Drogas: antihipertensivos (tiazidas, clortalidona, espironolactona, betabloqueadores), Imunossupressores (ciclosporina, predinisona), esterides (estrgenos, progestgenos e anticoncepcionais orais), anticonvulsivantes, amiodarona, AAS, cido ascrbico, alopurinol. Hemlise Ictercia Hipertrigliceridemia 8.4 Exames relacionados Colesterol HDL Colesterol LDL Colesterol VLDL Triglicrides

9. COMENTRIOS DO MDICO PATOLOGISTA CLNICO

Desde que foi definido o envolvimento do colesterol e suas fraes como um fator de risco das doenas cardiovasculares e no diagnstico e tratamento das dislipidemias, passou a ser importante definir e controlar os diferentes mtodos analticos de sua medio. As variaes podem ser analticas, quando esto relacionadas metodologia e procedimentos usados pelos laboratrios e pr-analticos quando relacionados a fatores biolgicos, intrnsecos ao indivduo (estilo de vida, uso de medicaes e doenas associadas). Para reduzir essas variaes, recomendado que na avaliao do perfil lipdico de um indivduo, seja considerada a mdia de duas dosagens de colesterol ,obtidas em intervalos de 1 semana e mximo de 2 meses aps a coleta da primeira amostra. Deve-se estar atento s condies pr-analticas do paciente e a preferncia pela mesma metodologia e laboratrio Entre estas duas dosagens a variao intra-individual aceita inferior 9,1%. Caso a variao entre as duas dosagens seja superior mxima aceitvel deve-se dar ateno s condies do paciente e aos critrios de metodologia e certificao do laboratrio Com estes cuidados uma terceira dosagem pode ser feita.

10. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

Sociedade Brasileira de Cardiologia/Departamento de Aterosclerose. IV Diretrizes Brasileiras para Dislipidemias e Preveno da Aterosclerose Arq. Bras. Cardiol. 2007, vol.88, supl.1; 2-19. Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics, 4th edition 2006. Executive Summary of third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP)

Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III ).JAMA 2001;285:2486-9 MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: HIV/AIDS. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 68 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno sade do adolescente: Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 152 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do adulto: hipertenso e diabetes. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 198 p. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Sade. Ateno a sade do idoso. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 186 p. Zhang, DJ, Elswick RK, Miller WG, Bailey, JL. Effect of serum-clot contact time on clinical chemistry laboratory results. Clinical Chemistry 1998, 44(6):13251333.

COLESTEROL FRAES

1. NOME DO EXAME

Colesterol Fraes (sangue)

1.1 Sinonmia Perfil lipdico Colesterol fracionado

2. INDICAO CLNICA

Evidncias clnicas e epidemiolgicas indicam que h vrios fatores de risco interdependentes que influenciam a evoluo da aterosclerose e consequentemente o aparecimento da Doena Arterial Coronariana (DAC). So eles: os baixos nveis de colesterol-HDL (lipoprotena de alta densidade); elevao dos nveis de colesterol-LDL (lipoprotena de baixa densidade); hipertenso arterial; diabetes mellitus; obesidade; tabagismo; sedentarismo; idade e sexo masculino. A identificao de pacientes assintomticos que esto mais predispostos importante para a preveno. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia desenvolveu as Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias e Preveno da Aterosclerose, que abrange uma avaliao dos riscos de desenvolvimento de aterosclerose,bem como o controle dos lpides, o tratamento com drogas, atividades fsicas e reduo do tabagismo. Jejum de 12 a 14 horas - obrigatrio. Realizar a dosagem em indivduos com estado metablico estvel Manter a dieta e o peso pelo menos duas semanas ant