protesto em vitÓria 100 mil vão às ruas contra dilma · vam, ainda, que uma carreata com 200...

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R$ 1,50 VITÓRIA-ES | SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015 | ANO LXXVI | Nº 25.201 | FUNDADO EM 22/09/1938 | EDIÇÃO DE 60 PÁGINAS Aventura e romance nos cinemas >AT2 21 apostadores de Santa Teresa ganham prêmio da Mega-Sena >11 ADEMAR GUETLER/QUALITY Vasco goleia e embala para pegar Fla >39 e 40 AGÊNCIA ESTADO Delegado reage a assalto, persegue e mata ladrão na Praia da Costa > 13 100 mil vão às ruas contra Dilma PROTESTO EM VITÓRIA No País, mais de 2 milhões de pessoas participaram das manifestações. O governo reagiu, prometendo medidas contra a corrupção. Novo protesto foi marcado para abril. >2 a 8 e 25 e 26 RODRIGO GAVINI/AT UMA MULTIDÃO saiu de Vila Velha e cruzou a Terceira Ponte em direção à Praça do Papa, onde se reuniu aos demais manifestantes para um dos maiores protestos da história do Estado

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Page 1: PROTESTO EM VITÓRIA 100 mil vão às ruas contra Dilma · vam, ainda, que uma carreata com 200 caminhões entrasse na cidade, como aconteceu em São Paulo. Mas a Associação dos

R$ 1,50

VITÓRIA-ES | SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015 | ANO LXXVI | Nº 25.201 | FUNDADO EM 22/09/1938 | EDIÇÃO DE 60 PÁGINAS

Aventura eromance noscinemas >AT 2

21 apostadoresde Santa Teresaganham prêmioda Mega-Sena >11

ADEMAR GUETLER/QUALITY

Vasco goleiae embalapara pegarFla >39 e 40

AGÊNCIA ESTADO

Delegado reage a assalto, persegue e mata ladrão na Praia da Costa > 13

100 mil vão àsruas contra Dilma

PROTESTO EM VITÓRIA

No País, mais de 2 milhões de pessoas participaram das manifestações. O governo reagiu,prometendo medidas contra a corrupção. Novo protesto foi marcado para abril. >2 a 8 e 25 e 26

RODRIGO GAVINI/AT

UMA MULTIDÃO saiu de Vila Velha e cruzou a Terceira Ponte em direção à Praça do Papa, onde se reuniu aos demais manifestantes para um dos maiores protestos da história do Estado

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Reportagem Especial2 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015

M A N I F ESTA Ç Õ ES

Protesto leva 100 mil às ruasCom roupas nas coresdo Brasil, insatisfeitoscom o governo Dilmafizeram um dosmaiores protestosda história do Estado

KADIDJA FERNANDES/AT

MANIFESTANTES vestidos de verde e amarelo e com cartazes com frases de ordem lotaram a Praça do Papa, em Vitória, pedindo a saída da presidente Dilma e o fim da corrupção

A insatisfação com o governode Dilma Rousseff levoucerca de 100 mil pessoas às

ruas da capital na tarde de ontem.Vestindo camisas amarelas, comrostos pintados e cartazes na mão,os manifestantes pediam o impea-chment da Presidente.

O protesto teve início às 15h30,quando pessoas começaram a seconcentrar na Praça do Papa. Oevento foi organizado pelos movi-mentos Brasil Livre, Fora Dilma eVem pra Rua.

Às 16 horas, uma multidão saiude Vila Velha e tomou a TerceiraPonte para se juntar aos demaism a n i f e st a n t e s.

Lá, trios elétricos ditavam pala-vras de ordem contra o governoDilma. “O povo unido, jamais seráven cido ” e “Quem tem medo delutar não sai na rua” foram algu-mas das frases repetidas.

Grupos de amigos, famílias comcrianças e até cachorros, além deciclistas e motociclistas, tambémparticiparam do evento, que con-tou com músicas de protesto lide-radas por Marcelo Ribeiro. O even-to terminou por volta das 18 horas.

Segundo a Secretaria de Estadoda Segurança Pública (Sesp), 100mil pessoas estiveram nas ruas ao

todo em Vitória ontem. Esse tam-bém foi o número de pessoas queparticiparam dos protestos do dia20 de junho de 2013, que havia si-do o maior da história no Estado.

Apesar do número informadopela Polícia Militar, a organizaçãodo evento da Praça do Papa estimaque mais de 120 mil pessoas esti-veram presentes, sendo que 30 milchegaram pela Terceira Ponte.

“A única coisa que bota medonos políticos é o povo na rua. E opovo capixaba está em massa, empeso, manifestando com sua famí-lia em um ambiente pacífico, depessoas de bem, e as bandeiras nãosão partidárias, são bandeiras doB ra s il ”, disse Armando Fontoura,um dos organizadores.

P E T R O B R ASParalelo ao protesto da Praça do

Papa, outro grupo, organizado pe-lo movimento Revoltados On-line,reuniu-se na frente da sede da Pe-trobras, na Reta da Penha. Segun-do o capitão Dergos, da Polícia Mi-litar, havia mil pessoas no local às16h30. Eles também queriam o im-peachment.

30 milfoi o número estimado pelaorganização na Terceira Ponte

3 horasdurou a manifestação

OS NÚMEROS

C E N AS

RODRIGO GAVINI/AT

UM GRUPO de motociclistas também compareceu ao pro-testo e promoveu um buzinaço. Eles vestiam camisas pe-dindo o impeachment da Presidente.

FRANCINE SPINASSÉ

A ENGENHEIRACIVIL R enataReuter, 27, levoua cadela Zarapara protestar epedir o impeach-ment da presi-dente DilmaRousseff. A ca-dela, da raça sa-moieda, chamoua atenção por tero pelo pintadode verdee amarelo.

KADIDJA FERNANDES/AT

VESTIDOS comas cores da ban-deira, os mani-festantes leva-ram cartazescom mensagensdirecionadas àpresidente DilmaRousseff. No fi-nal, por volta das18 horas, a mul-tidão cantou ohino nacional eaplaudiu a mani-f e s ta ç ã o .

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Reportagem Especial

VITÓRIA, ES, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015 ATRIBUNA 3

C E N ASKADIDJA FERNANDES/AT

UM GRUPO foi para o protesto caminhando pela Terceira Ponte. Mesmo após osmanifestantes terem chegado, pessoas continuaram caminhando por lá.

KADIDJA FERNANDES/AT

A FRENTE DOPALÁCIO do Cafévirou uma gran-de arquibanca-da, onde mani-

festantes aplau-diam quem che-gava de Vila Ve-

lha e gritavampalavras de or-

dem contra apresidente Dil-

ma. Muitas pes-soas seguravam

car tazes.

M A N I F ESTA Ç Õ ES

Terceira Pontefecha por 4h30A Terceira Ponte foi tomada

na tarde de ontem por ma-nifestantes que queriam o

impeachment da presidente Dil-ma Rousseff. Segundo a Rodosol, aTerceira Ponte ficou fechada porquatro horas e meia e só foi libera-da após às 20 horas.

A liberação do trecho ocorreuapós operação da Polícia Militar,que retirou os últimos manifestan-tes que ainda estavam sobre a pon-te por volta das 19h30. O pedágiovoltou a ser cobrado às 20 horas.

Os manifestantes começaram ase reunir por volta das 15h em umposto de gasolina, próximo à subi-da da ponte, em Vila Velha. A in-tenção era atravessar e se juntar aogrupo que se reuniu na Praça doPapa, em Vitória. Por volta das15h35, um grupo começou a tra-vessia. Em pouco tempo, umamultidão tomou os dois lados daponte em uma grande caminhada.

Cerca de uma hora depois do co-meço da manifestação, muitas pes-soas ainda chegavam à TerceiraPonte para participar dos protestosem Vitória. Por volta das 17h, a Po-lícia Militar informou que aproxi-madamente 30 mil pessoas passa-ram pela Terceira Ponte em direçãoa Vitória, mas não há dado oficial.

O portuário Carlos Medeiros, de58 anos, que se juntou aos mani-festantes, acredita que o protesto éválido, desde que sem violência.“Estamos aqui para manifestar

RODRIGO GAVINI/AT

contra esse governo vergonhoso”,afirmou o portuário.

Porém, nem todos tiveram dis-posição para fazer o trajeto a pé. Ocasal João Paulo Máximo, de 33anos, que é empresário, e a fisiote-rapeuta Raquel Máximo, 33, mora-dores de Vila Velha, decidiram vol-tar para casa quando viram que otrajeto estava fechado para carros.Eles estavam com o filho Guilher-me de um ano e dois meses e acha-ram melhor não atravessar a pé.

“Viemos dar o nosso apoio parao pessoal que está fazendo essagrande manifestação, mas comotemos um filho pequeno, optamospor não atravessar a ponte”, disse oe m p re s á r i o.

Muitas pessoas aproveitaram ofato de a Terceira Ponte estar fe-chada por conta da manifestaçãopara fazer do local uma área de la-zer, tirando fotos, pedalando e ar-riscando manobras com skate.

Por volta das 18h, a manifestaçãofoi encerrada e muitos decidiramfazer o caminho de volta a Vila Ve-lha da mesma forma: caminhando.

A TABELIÃ Nelisa Galante e a veteriná-ria Monique Teles levaram os filhos de3 e 5 meses ao ato.

RODRIGO GAVINI/AT

UM MANIFESTANTE se fantasiou de morte e carregou um cartaz na roupaque dizia que tiraria Dilma do governo.

RODRIGO GAVINI/AT

MANIFESTANTES saíram de Vila Velha para se juntar ao movimento de Vitória, ocupando a Terceira Ponte

“Toda manifestaçãoé válida. Estamos

aqui para protestarcontra esse governove r go n h o so”Carlos Medeiros, 58, portuário

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Reportagem Especial

4 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015

FALA, LEITOR!

“A políticae co n ô m i ca

do governoestava todamaquiada e tudoestourou agora.É precisot ra n s p a r ê n c i ano governo”DEBORAH MANERI, 30, advogada

FOTOS: LEONARDO DUARTE/AT

“É muitoclaro que

a corrupçãoestá ligada aogoverno, penaque a lei é umempecilhopara punir oscriminosos ”ALAOR QUEIROZ, 30, advogado

“Q u e re m o smais

combate àcorrupção, e ospolíticos vão serobrigados a nosouvir, somosmuitos e estamosacordados ”KAYO FERREIRA, 23, consultor de seguros

“Ac h e im u i to

bonita a festa. Épara nos encherde orgulho. Obrasileiro estácansado de serenganado, deco r r u p ç ã o”PAULO ROGÉRIO BARBOSA, 44, servidor público

“Esto ud e sco n te n te

com o governoda Dilma, com acorrupção. Achoque tem muitosm i n i st é r i o s ,deveria reduziro número”TEREZA LELLIS, 60, a p o s e n ta d a

M A N I F ESTA Ç Õ ES

Revolta com aumento de preçosCorrupção e altade impostos tambémforam citados pelosparticipantes como osmotivos que os levam adefender saída de Dilma

LEONARDO DUARTE/AT

O ADVOGADO Rainer Breda protestou contra o governo petista em frente à sede da Petrobras com a mulher Jaqueline Carvalho e os três filhos

Aumento dos preços de com-bustíveis, da conta de ener-gia e de impostos foi a prin-

cipal reclamação dos manifestan-tes que foram às ruas ontem emVitória. Alguns defendiam a saídaimediata da presidente DilmaRousseff e até intervenção militarpara endireitar os rumos do País.

Um dos que estavam revoltadoscom os aumentos de preços e im-postos era o advogado Rainer Bre-da, de 70 anos. Ele foi protestar emfrente à sede da Petrobras, na Retada Penha, acompanhado da mu-lher, Jaqueline Carvalho, 46, e dosfilhos Rainer Breda Filho, 17, Cata-rina Breda, 18, e Lara Breda, 21.

“A falta de credibilidade do go-verno está fazendo com que a si-tuação fique cada dia pior. Bastaver o aumento dos preços e impos-tos, que está cada dia mais aumen-tando o custo de vida para as famí-lias. Isso está insustentável.”

Segundo ele, a saída da Presi-dente da República pode ser a so-lução dos problemas do País, coma volta da estabilidade.

Também em frente à Petrobras,teve quem aproveitasse o protestopara garantir uma renda extra. En-tre os vendedores ambulantes, es-tava o pintor Emanuel Corrêa, de25 anos, que fazia um “bi c o ” ven -dendo bandeiras e apitos.

Ele disse que vendeu bem on-tem. “Preciso trabalhar aos fins desemana porque está tudo caro. Asescolas não têm organização e, pa-ra ter profissionalização, é difícil”,afirmou.

Durante o ato em frente à Petro-bras, os manifestantes aguarda-vam, ainda, que uma carreata com200 caminhões entrasse na cidade,como aconteceu em São Paulo.

Mas a Associação dos Caminho-neiros Profissionais Avulsos doEspírito Santo (Acapra) esclare-ceu que não participou do protestoporque para entrar com os cami-nhões em Vitória precisariam deautorização da prefeitura e da Po-lícia Rodoviária Federal (PRF).

De acordo com a Acapra, os pe-didos devem ser protocolados com15 dias de antecedência e, por isso,não deu tempo de conseguir a au-t o r i z a ç ã o.

Crise ecorrupção

“Existem crise emtodos os países, mas acorrupção não deixa o

Brasil sair dela. Nãoqueremos deixar o País

quebrado para ascrianças ”, resumiu o

marítimo Fabrício Cas-teluber, 39, que pro-testou com a família.

LEONARDO DUARTE/AT

Falta deopor tunidades“Protestamos con-

tra a falta de oportu-nidades, divisão de

renda e a corrupção.Queremos uma mu-

dança total, novaseleições ”, disse o

aposentado José Eu-rico Faé, 66 (segundo

à direita).

LEONARDO DUARTE/AT

CONTRA O QUE VOCÊ PROTESTA?

Impostos“Não peço impea-

chment, mas parao Brasil recomeçar.Em dezembro pagueiR$ 3,9 mil de INSS.Em janeiro, R$ 14 mil.Impostos aumenta-ra m , ” disse AdwalterBenevides, empresá-rio (boné vermelho).

RODRIGO GAVINI/AT

C o n g re ss oO servidor públi-

co Walmir Júnior,45, a empresáriaMárcia Mattos, 48,pediam a saída dec o n g r e ss i s ta s .“Hoje, os membrosdo Congresso sótrabalham parao próprio bolso.”

LEONARDO DUARTE/AT

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Reportagem Especial

VITÓRIA, ES, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015 ATRIBUNA 5

M A N I F ESTA Ç Õ ES

Próximo protestomarcado para abrilOs grupos que organizaram

os protestos realizados emvárias capitais do País on-

tem começam hoje a planejar co-mo serão os próximos atos.

Embalado com o sucesso da ma-nifestação, o Movimento Brasil Li-vre anunciou que fará outra mani-festação no dia 12 abril, tambémum domingo.

Na Praça do Papa, em Vitória, nofinal do evento de ontem, manifes-tantes chegaram a falar que se apresidente Dilma Rousseff não re-nunciasse iriam voltar a se mani-festar no próximo domingo.

No entanto, segundo o médicoMarcelo Pimentel, um dos organi-zadores da manifestação na Gran-de Vitória, hoje será realizada umareunião para definir como vai ser opróximo protesto.

“Mas vamos seguir o que for de-finido nacionalmente. Temos de

LEONARDO DUARTE/AT

O PASTOR Cláudio Quintes (com o skate) levou um grupo de 30 pessoas para protestar contra as ações do governo

manter a pressão para que a Dilmasaia. Não vamos parar de fazer apressão. O momento é agora.”

Ele comemorou o sucesso damanifestação realizada na capital.“Foi bonito de se ver. Tivemosmuitas adesões e agora temos maisforça para trabalhar. Mas não achoque devamos fazer manifestaçõesdescoladas do movimento nacio-nal”, ponderou o médico.

Segundo Pimentel, a forma co-mo vai ser realizado o movimentovai ser definida em reunião.

“Podemos fazer um protesto di-ferente do que foi feito hoje (on-tem), que foi parado. Vamos fazercom os grupos partindo de várioslocais para se encontrar em umponto”, cogitou.

A manifestação de ontem con-tou com o acompanhamento daPolícia Militar e da Guarda Muni-cipal de Vitória.

ELES FORAM ÀS RUAS“Tá ruim pra cachorro”

O cartaz nas mãos já mostrava a in-satisfação do gastrônomo Fábio Luz,28, e da policial Julia Luz, 33. Com afrase “Tá ruim pra cachorro”, acompa-nhados do cão Miyage, da raça akita,eles chamaram a atenção de quem es-tava na Praça do Papa. Muitos para-vam para tirar fotos com o trio.

A ideia partiu de Fábio, que explicoua frase: “Se está ruim pra cachorro,imagina para nós.”

Eles citaram corrupção e altos pre-ços entre os motivos para ir às ruas.

RODRIGO GAVINI/AT

Lava a jatoOs irmãos Welinton Batista, 32, e

Willes Batista, 35, usaram a criati-vidade para protestar contra a cor-rupção na Petrobras.

Com uma lavadora de alta pres-são, eles foram até a Praça do Papadizendo que iriam ajudar na Opera-ção Lava a Jato, que investiga assupostas irregularidades na esta-tal. “Já tiramos mais de mil fotos”,disse Weliton.

KADIDJA FERNANDES/AT

Atleta olímpico na broncaO atleta capixaba do vôlei de praia

Fábio Luiz, 36, participou das mani-festações na Praça do Papa.

Medalha de prata nas Olimpíadasde 2008, em Pequim, na China, eledisse que o Brasil mudou nos últimosanos, mas para pior. “Esse não é oPaís que defendi na Olimpíada. É ver-gonhoso o que o governo está fazen-d o”, disse.

EDUARDO ALENCAR

Lucro com protestoOs comerciantes Gessé Rodrigues

Caus e Paulo César aproveitaram amanifestação para faturar na tarde deontem. Com produtos como camisas,cornetas e bandeiras eles consegui-ram vender mais de mil ítens. Ainda noinício, ele já havia vendido mais de 100bandeiras contra Dilma.

“Na Copa do Mundo vendi bem osprodutos. Depois, comprei mais, mas oBrasil perdeu. Acabei ficando commuita coisa encalhada. Hoje (ontem)consegui vender tudo”.

KADIDJA FERNANDES/AT

“Tudo subiu”Os dois palhaços Laurfindo Carnei-

ro, 49, (azul) e Júlio Bremnenkamp(peruca verde), 50 anos, e o taxistaIsaias Ravani, 56 anos, foram caracte-rizados para pedir o impeachment.

“Tudo subiu, não dá nem para andarde carro. A gasolina está um absurdo,o preço da energia elétrica já aumen-tou e não está fácil mais para ninguém.Hoje, o pobre não consegue mais nadado governo.”

LEONARDO DUARTE/AT

Maçonaria presenteDurante a manifestação contra o

governo Dilma, um grupo de maçonsmarcou presença vestindo camisaspretas e nariz de palhaço. Alguns ain-da pintaram os cabelos de verde.

“Protestamos contra a corrupçãona Petrobras e mentiras contadas pe-la Presidente”, afirmou o médico Sér-gio Rebello, 55.

FERNANDO RIBEIRO/AT

“Dilma mentiu”, dizem evangélicosMembros da Igreja Batista da

Praia do Canto foram protestar emfrente a sede da Petrobras, na Retada Penha, na tarde de ontem. Se-gundo o pastor de responsabilida-de social da igreja, Cláudio Quin-tes, o protesto teve muita adesãopor causa da decepção das pessoascom a presidente Dilma Rousseff.

“A Presidente mentiu. Uma boaparte das pessoas que estavam aqui

votou nela e estão decepcionadoscom as promessas não cumpridas.Tudo que ela falou na campanhafoi feito ao contrário.”

O pastor listou uma série de fa-tos: “Prometeram não arrocharmais os impostos, e foi a primeiramedida que foi adotada. Falaramque não iam mexer nos direitosdos trabalhadores e fizeram. To-das as promessas foram abaixo.”

Com o pastor, um grupo de cercade 30 pessoas da Igreja Batista daPraia do Canto carregava faixas,cartazes com frases de ordem, api-tos e vestia camisas nas cores ver-de e amarelo. Alguns pintaram osrostos. O grupo, que pedia a saídada Presidente, afirmava que nãohavia como não ficar revoltadocom o que estava acontecendocom a Petrobras e o País.

FRANCINE SPINASSÉ

POLICIAISm o n i t o ra ra mo protesto emvários pontosde Vitória

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Reportagem Especial

6 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015

Políticos barrados de subirno palanque e discursar

Acostumados aos palanques, ospolíticos capixabas que compare-ceram ontem ao protesto realiza-do na Praça do Papa foram impe-didos pelos organizadores de dis-cursar nos três trios elétricos utili-zados para comandar a multidão.

Um dos organizadores do movi-mento, Armando Fontoura, doVem Pra Rua, disse que o protestoé apartidário e promovido pela so-ciedade civil organizada. “Po l í t i c o sforam impedidos de falar porque amanifestação é da sociedade”.

A reportagem de A Tribuna en -controu os deputados federal LeloCoimbra (PMDB) e estadual Sér-gio Majeski (PSDB) e o vereadorde Vitória Vinícius Simões (PPS).Nenhum deles tentou “cavar ” es -paço para discursar em meio aosp ro t e st o s.

Lelo garantiu que foi bem rece-bido pelos manifestantes e disseque, agora, o governo precisaaprender a dialogar com a popula-ção. “Chegou a hora do governodialogar com a população que estárevoltada com tantos escândalos”,

d i s p a ro u .Majeski afirmou que é preciso

muito mais que se manifestar.“Não adianta protestar hoje e ama-nhã não participar do processo edeixar de cobrar os resultados”.

Já Vinícius ficou surpreso com aquantidade de pessoas e satisfeitocom a manifestação. “Isso prova oquanto o capixaba está indignadocom a corrupção no País”.

RODRIGO GAVINI/AT

LELO COIMBRA: “Chegou a hora”

ANÁLISE

“O recado das ruasestá dado: ao governocabe buscar diálogo”

“Manifestações populares sãosempre legítimas. O mais importan-te a ser observado é que DilmaRousseff foi reconduzida ao poderhá menos de quatro meses.

Interromper o seu mandato, ago-ra, seria nefasto para a jovem de-mocracia brasileira e abriria umprecedente, a meu ver, perigoso.

É preciso resguardar as institui-ções, em especial o mais importan-te dispositivo de uma democraciarepresentativa: o poder do voto.

Por outro lado, o recado das ruasestá dado: ao governo cabe buscar

mais diálogo com amplos setoresda sociedade e melhores ações nocampo econômico. Deve buscartambém uma melhor articulaçãocom o Congresso Nacional no sen-tido da construção de uma coalizãode governo mais qualitativa.

Nesse caso, devem ser buscadasmudanças ministeriais que afinemesse diálogo. E a sociedade, im-prensa e demais segmentos, é pre-ciso muita cautela quando exigi-mos interrupções de mandatos, jáque eleições existem para que hajaa devida alternância.”

Ueber Oliveira,cientista político eprofessor da Ufes

M A N I F ESTA Ç Õ ES

Grupo fecha a BR-262em Domingos MartinsCerca de 250 pessoasbloquearam o trânsitono trevo de acesso àcidade. Também houveprotestos em outrosmunicípios do Estado

Em Domingos Martins, na re-gião serrana do Estado, umgrupo de cerca de 250 pes-

soas, segundo a Polícia Militar,saiu da praça principal na manhãde ontem em direção ao trevo deacesso da cidade, na BR-262, e pa-rou o trânsito na rodovia por cercade 10 minutos.

A Polícia Rodoviária Federal(PRF) controlou o tráfego no tre-cho e garantiu a segurança.

Em Afonso Cláudio, também naregião serrana, um grupo menor seconcentrou, na tarde de ontem, napraça Adherbal Galvão, no centroda cidade. Durante passeata entrea sede da prefeitura e a praça, mo-radores deram apoio ao movimen-to fazendo panelaço das janelasdas casas. O número de partici-pantes não foi informado.

Em Colatina, Noroeste do Esta-do, os manifestantes ocuparamparte da Avenida Getúlio Vargaspela manhã e seguiram em umapasseata acompanhada pelo somde uma fanfarra. O grupo demons-trou revolta com a política pormeio de cartazes contra a corrup-ção e em defesa da Petrobras.

“Sou apartidária. Vim aqui mos-trar minha indignação com o queestá acontecendo no Brasil. Esse

não é o futuro que sonhei para mi-nhas filhas. Vim pelo Brasil”, dissea assessora legislativa Paula Gue-des Fonte, de 45 anos.

Por volta das 10h30 de ontem, apasseata avançou pela ponte Flo-rentino Avidos provocando lenti-dão no trânsito.

Em Cachoeiro de Itapemirim,no Sul do Estado, cerca de 500pessoas participaram da manifes-tação, segundo a PM. Mas a esti-mativa dos organizadores é de quequase 3 mil pessoas estiveram naPraça Jerônimo Monteiro, no cen-tro da cidade. Eles foram anima-dos por um carro de som e levanta-vam bandeiras do Brasil e faixascontrárias à administração petista.

Os manifestantes percorreram ocentro com gritos de ordem. Nãohouve registro de vandalismo.

LEANDRO FIDELIS

CENAS DOS PROTESTOS PELO ESTADONILO TARDIN

A PASSEATA emColatina seguiupela ponte Floren-tino Avidos, o queprovocou lentidãono trânsito empleno domingo.Mas não houveacidentes ou bri-gas entre mani-festantes e moto-r i s ta s .

NILO TARDIN

EM COLATINA,um grupo de ma-

nifestantes foipara a rua na

manhã de ontemlevando um cai-

xão que repre-sentava o gover-

no petista. Elestambém fizeramum apitaço pela

cidade.

D I V U LG AÇ ÃO

EM CACHOEIRO de Itapemirim, a ma-nifestação reuniu cerca de 500 pes-soas, que percorreram as ruas docentro, segundo a Policia Militar.

Pedido de “fora Casteglione”Em Cachoeiro de Itapemirim so-

brou até para o prefeito Carlos Cas-teglione (PT) a manifestação deontem contra o governo federal.Um grupo contrário distribuiu ade-

sivos com a frase “Fora Casteglionee leve Rodrigo Coelho – o deputadoestadual – ju nt o”. Procurados,Casteglione e Rodrigo não atende-ram às ligações da reportagem.

M A N I F ESTA N T ESderam as mãos efecharam rodoviaem protestocontra o governop e t i s ta

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Reportagem Especial

VITÓRIA, ES, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015 ATRIBUNA 7

M A N I F ESTA Ç Õ ES

Mais de 2 milhões vão às ruasRIO

Com menos de três meses deseu segundo governo, DilmaRousseff foi alvo ontem da

maior série de protestos enfrenta-da por um presidente desde aspasseatas pelo impeachment deFernando Collor, em 1992.

As manifestações levaram aomenos dois milhões de pessoas àsruas, de acordo com estimativasoficiais, número que surpreendeuo governo. Na maior delas, em SãoPaulo, um milhão de pessoas to-maram a Avenida Paulista, segun-do a Polícia Militar. Porém, o Insti-

tuto Datafolha diz que o númerode manifestantes era de 210 mil.

Todos os 26 estados, além doDistrito Federal, foram palco deprotestos. Os protestos acontece-ram exatamente 30 anos depois daposse de José Sarney no Palácio doPlanalto, pondo fim a um regimemilitar que durou 21 anos.

Por essa razão, o 15 de março de1985 tornou-se o marco da rede-mocratização. No 15 de março de2015, os atos tiveram como motecentral críticas ao governo Dilma.

Muitos pediram o impeachmentda Presidente, mas não todos. So-braram críticas ao PT e ao ex-pre-

sidente Luiz Inácio Lula da Silva,responsabilizados por alguns par-ticipantes por escândalos de cor-rupção como o revelado pela Ope-ração Lava a Jato, na Petrobras.

Alguns pediram uma interven-ção militar como forma de solu-cionar a crise no País, mas essesgrupos eram pequenos. Em suamaioria, os manifestantes vestiamverde-e-amarelo, em contrastecom os protestos de sexta-feira,em favor do governo, onde a corvermelha, usada nas bandeira dossindicatos, predominou.

Na sexta, o público foi estimadopela PM em 33 mil. A grandemaioria das manifestações de on-tem ocorreu de forma pacífica.

O principal incidente foi registra-do em Jundaí, onde a sede do PT nacidade foi incendiada. Em São Pau-

lo, 20 integrantes do grupo “Care -cas do Subúrbio” foram presos commorteiros e um soco inglês.

Eles foram hostilizados pelos de-mais manifestantes, que os acusa-ram de tentar tumultuar uma ma-nifestação pacífica. Todas as capi-tais nordestinas, onde Dilma ven-ceu a eleição do ano passado comfolga, tiveram protestos. Em Forta-leza, 20 mil pessoas foram às ruas.

Protestos expressivos tambémforam registrados em Porto Alegre(100 mil), Curitiba (80 mil) e Goiâ-nia (70 mil). No Rio, milhares fo-ram para Copacabana, muitos comrostos pintados, lembrando 1992.

AGÊNCIA ESTADO

BRASILEIROS na Avenida Paulista: manifestantes foram às ruas nos 26 estados e no Distrito Federal, para pedir o fim da corrupção e a saída de Dilma, sendo que 1 milhão só em São Paulo

Movimento contra Dilmaganhou força no exteriorRIO

Os atos contra o governo Dilmaecoaram em Nova Iorque, ondecerca de 100 brasileiros se reuni-ram na Union Square no fim damanhã de domingo. Aos gritos de“Fora PT, leva a Dilma com você!”,os manifestantes – a maioria usan-do verde e amarelo – ca rre gava mcartazes com frases em portuguêse inglês.

Os motes eram variados: “Bast ade corrupção”, “Dilma, você estádemitid a”, “Quem cala consente:não seja um cidadão ausente”, “Euaqui nos USA indignado com quemte USA”, “Intervenção militar ago-

ra ”, “Bolsonaro presidente do Bra-sil”. O protesto, que começou às11h, durou menos de duas horas.

Cerca de 70 brasileiros se reuni-ram no Obelisco, no centro da ca-pital da Argentina, para unir-seaos protestos contra o governo.

Em Paris, brasileiros também sereuniram próximos à Torrel Eiffel.Com cartazes, eles protestaramcontra o governo Dilma. Já emPortugal, cerca de 50 pessoas sereuniram na praça Luís de Ca-mões, no Chiado.

Em Sidney, na cidade da Austrá-lia, cerca de 100 pessoas se vesti-ram de verde e amarelo e se con-centraram na Martin Place.

Espaço na imprensainternacional

Os protestos que levaram mi-lhares de pessoas às ruas dasprincipais capitais brasileirasforam destaque na imprensa in-ternacional. A versão on-line dojornal britânico The Guardiandeu destaque ao tom conserva-dor dos protestos e teceu umperfil básico dos manifestantes:predominantemente brancos ede classe média.

A publicação também ressal-tou a quantidade de pedidos deintervenção militar, presentesem boa parte das manifesta-ções. Já o também britânico Fi-nancial Times citou a recessãoda economia e o escândalo decorrupção na Petrobras.

PIADAS NAS REDES SOCIAIS

DILMA foi satirizada em rede social,com seu símbolo fazendo um T.

A IMAGEM do Mussum foi usada comum cartaz sobre aumento de cerveja.

MR. CATRA foi colocado com uma faixapresidencial como futuro presidente.

TRECHO da música Evidência (Chitão-zinho e Xororó) foi usada em cartaz.

33 milapoiaram Dilma na sexta-feira

100 milfizeram protesto em Porto Alegre

OS NÚMEROS

Page 8: PROTESTO EM VITÓRIA 100 mil vão às ruas contra Dilma · vam, ainda, que uma carreata com 200 caminhões entrasse na cidade, como aconteceu em São Paulo. Mas a Associação dos

Reportagem Especial

8 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015

Musa do impeachment mostra os seiosA empresária Juliana Isen, 36 anos, que se autointitulou

“Musa do Impeachment”, cobriu os seios com adesivos e foiprotestar na Paulista.

Agressão a manifestante pró-DilmaNo Rio, o mecânico Rogério Martins, que passava de bici-

cleta pela orla de Copacabana, com uma bandeira vermelhano pescoço, foi hostilizado, agredido e expulso da orla.

CENAS DO PROTESTO NO PAÍS E NO MUNDOSÃO PAULO

Pedido deinter venção

Durante o pro-testo realizado emSão Paulo, diversosmanifestantes eum carro de somexibiam cartazescom o pedido de in-tervenção militar.

Com smoking,gravata borboleta eum capacete com ainsígnia do ExércitoBrasileiro, o ex-de-legado do DopsCarlos Alberto Au-gusto, o CarteiraPreta, braço direitodo delegado SérgioFleury no períododa ditadura, parti-cipa da manifesta-ção na Paulista.

B R AS Í L I A

Rosas brancasna Esplanada

Manifestantes naEsplanada dos Mi-nistérios, em Brasí-lia, jogaram 3 mil ro-sas brancas no es-pelho d´água que fi-ca em frente aoCongresso Nacional.

Segundo um dosorganizadores domovimento, as rosasbrancas simbolizamo caráter pacíficodas manifestações.Alguns PMs, que fa-ziam o cordão deisolamento do Con-gresso, também re-ceberam flores. Ma-nifestantes gritavam“Fora, Dilma”.

SÃO PAULO

“A culpa não é minha. Eu votei no Aécio”Enquanto a maioria dos manifestantes foi de verde e ama-

relo para o protesto, o ex-jogador Ronaldo vestiu uma cami-sa de apoio a Aécio Neves. Ele seguiu num carro de som.

JUNDIAÍ

Sede do PT é pichada e incendiadaA sede do PT em Jundiaí (SP) foi incendiada

com uma bomba, do tipo molotov, jogada no di-retório e o muro foi pichado com “Fora PT”.

R EC I F E

Hinos na orla da praiaOs pernambucanos foram pa-

ra a orla de Boa Viagem, no Re-cife, para protestar contra o go-verno federal. Eles cantaram oHino Nacional e o Hino de Per-nambuco e pediram o fim dacorrupção no País.

Bolsonaro é impedido de discursarO deputado federal Jair Bolsonaro (PP), que

participou do ato no Rio, foi impedido de subirnum carro de som e vaiado por parte do público.

Brasileiros fazemprotesto fora

Brasileiros que esta-vam no exterior, ontem,também participaramdas manifestações. EmNova Iorque (EUA),cerca de 100 pessoasse reuniram na UnionSquare e cantaram oHino Nacional. Tam-bém houve protesto emMiami (EUA), Lisboa(Portugal), Londres(Inglaterra) e BuenosAires (Argentina).

RIO DE JANEIRO SÃO PAULO

RIO DE JANEIRO

NOVA IORQUE

Carecas presos com rojões e soco inglêsA Polícia Militar prendeu, em São Paulo, 20 homens

da gangue “Carecas do Subúrbio”. Eles portavam 37 ro-jões, soco inglês, pistolas de choque e gás de pimenta.

Churrasco de coxinhas no SulCerca de 50 pessoas fizeram um churrasco

de coxa de frango num parque de Porto Alegreem protesto aos pedidos de impeachment.

PORTO ALEGRE

SÃO PAULO

MAIS MANIFESTAÇÕESnas páginas 25 e 26

PARTICIPARAM DESTA REPORTAGEM: Any Cometti, Alessandro de Paula, Daniel Figueiredo, Eduardo Alencar, Francine Spinassé, Keyla Cezini, RafaelLima, Leandro Fidelis e Nilo Tardin