protejam dos cÃes o que É sagrado e nÃo atirem suas pÉrolas aos porcos!
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PROTEJAM DOS CÃES O QUE É SAGRADO E NÃO ATIREM SUAS PÉROLAS AOS PORCOS!TRANSCRIPT
PROTEJAM DOS CÃES O QUE É SAGRADO E NÃO ATIREM SUAS PÉROLAS AOS PORCOS!
"Não dêem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e,
aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão". (Mateus 7:6 - NVI)
Ir. Paulo Afonso R. Costa
Este é um dos versículos mais “intrigantes” que já vi na Bíblia. Jesus pronunciou o versículo acima,
em pleno Sermão do Monte – o discurso mais lindo registrado na história da humanidade. Vejamos, então,
em qual contexto bíblico e digamos momento fático na nossa vida prática, o nosso Mestre pronunciou as
palavras na Sua fala.
Jesus foi por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino e curando
todas as enfermidades e doenças entre o povo. Notícias sobre ele se espalharam por toda a Síria, e o povo
lhe trouxe todos os que estavam padecendo vários males e tormentos: endemoninhados, epiléticos e
paralíticos; e ele os curou. Grandes multidões o seguiam, vindas da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia
e da região do outro lado do Jordão. (Mateus 4:23-25). Vendo as multidões, Jesus subiu ao monte e se
assentou. Seus discípulos aproximaram-se dele, e ele começou a ensiná-los, dizendo: "Bem-aventurados
os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus. (Mateus 5:1-3). Neste ponto Ele iniciou o Sermão
do Monte, pelas famosas “Bem-aventuranças”, que vão do v.1 ao v. 11, de Mateus 5.
Para se acompanhar todo o Sermão do Monte é preciso lermos as Sagradas Escrituras de Mateus 5:1
a Mateus 7:29. Mas para a melhor compreensão desta mensagem, voltemos a Mateus 7:1 “Não julgueis,
para que não sejais julgados.”. Leiam os versículos seguintes 2, 3 e 4. Agora vejamos o que Ele diz nos
versículos 7:5 e 7:7 que circundam o surpreendente v. 6, versículo básico desta mensagem: v.5:
“Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu
irmão” e v.7: "Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta”. Leiam
também os vv. 8 a 12 que dão continuidade ao v.7.
Contexto bíblico colocado, vamos para o momento fático da repentina advertência do Mestre Jesus:
"Não dêem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as
pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão". Observem que falava Jesus sobre
julgamentos precipitados, suas respectivas consequências, e, posteriormente, passou a falar sobre o tão
perigoso hábito em que muitos precipitados pecam em reparar no cisco que está no olho do seu irmão, e
não se dá conta da viga que está em seu próprio olho. E pergunta: Como você pode dizer ao seu irmão:
‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? A seguir sentencia: Hipócrita, tire
primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão. (Mateus
7:3-5). Vamos dar uma pausa para comentar a maestria utilizada por Jesus para fazer, com expressiva e persuasiva sabedoria, uma rigorosa advertência, certamente capaz de causar um silêncio oportuno à sua plateia mais eloquente ainda do que o Seu próprio manso e costumeiro discurso.
Vamos, então, aproveitar esse “silêncio” para analisarmos situações similares, em que se fizer necessário advertirmos ou sermos advertidos. Vai aqui uma sugestão para evitarmos um conflito: Quantos e quantos constrangimentos poderíamos poupar, a nós mesmos e/ou ao nosso próprio, se não tivermos a mente e sabedoria de Cristo, em nalgumas ocasiões do nosso cotidiano. Vale, outrossim, salientar que está “cão” ou “porco” não significa que somos “cães” ou “poucos”, mas que tanto poderemos estarmos momentânea e ou transitoriamente irados, consequentemente, “cães” ou “porcos”, tanto como receptor como transmissor de uma advertência ao nosso próximo. Não obstante, estamos suscetíveis de dilacerarmos ou sermos dilacerados; despedaçarmos ou sermos despedaçados, na relação emissor/receptor/emissor, mesmo que a advertência e/ou admoestação seja tão necessária e valiosa como a comparação feita pelo Mestre com o “sagrado” e com as “pérolas”:
1 – Uma pessoa nos faz um julgamento precipitado (talvez provisoriamente irado) e nós, sem pensar, temos uma resposta pronta tão seca como não sábia, quiçá até mais raivosa ao nosso próximo? Sabe o que pode acontecer: no mínimo um constrangimento de proporções imensuráveis e no máximo um grande conflito de consequências imprevisíveis. “Um abismo chama outro abismo” (Sl 42:7a).
2 – Digamos que tenhamos uma rixa antiga com o nosso próximo e não esperamos o tempo necessário para elaborarmos uma abordagem sábia e o momento oportuno para nos
dirigirmos ao nosso desafeto. Como você acha ele reagiria. Com certeza outro abismo “ao
ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.” (Sl 42.7b).
3 – Eu ou você, estamos cheios de hábitos, defeitos, erros e ou pecados não confessados, sem
arrependimento e sem correção, obviamente tão impuro quanto o emissor/receptou da sua advertência
ou resposta não sábia. Que tal, optarmos pelo silêncio ou o adiamento do questionamento até que
estejamos preparados para agir segundo a mente de Cristo?
4 – Digamos que o inquisidor não seja um cristão batizado segundo os padrões bíblicos, como pode
inquirir o seu próximo, se não autoridade espiritual para tal mister?
5 – Existem inúmeras outras situações similares que vão ficar para a sua reflexão.
Vamos, então, para as demais alternativas apresentadas por Jesus, nos versículos 7 a 11 de Mateus
capítulo 7, após o surpreendente versículo 6, objeto desta mensagem, e que Ele conclui no versículo 12,
com a seguinte ordenança: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes
façam; pois esta é a Lei e os Profetas".
Vou concluir, deixando para reflexão as recomendações sugeridas por nosso Mestre Jesus, no
contexto da presente mensagem: "Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta
lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será
aberta. "Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma
cobra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai
de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!” (Mateus 7:7-11). Vamos trazer
essas recomendações para uma linguagem mais simples:
V.7: Pedir, bater, buscar... a quem? Jesus é claro. E como? Pela oração evidentemente.
V.8: Recebe, encontra, a porta será aberta. Como e por quem? Por Deus, tendo o Senhor Jesus como
nosso único intercessor.
Vv. 9, 10 e 11: Comparem o que os nossos pais terrestres dariam aos seus filhos com o que o nosso
Pai Celestial nos daria se o pedíssemos alguma coisa com fé inabalável.
Esta é a mensagem que tenho hoje para vocês. Desculpem os erros gramaticais ou a possibilidade de
incorreta interpretação dos versículos utilizados. Afinal, não sou pregador, nem profeta, nem pastor. Sou
apenas um voluntário cheio de vontade de ver o povo de Deus tendo um melhor relacionamento com o
seu próximo, e ajudando-se mutuamente. Graça e Paz!
Ir. Paulo Afonso.