prospecto definitvo

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PROSPECTO DEFINITIVO DE OFERTA PÚBLICA DE DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DE AÇÕES ORDINÁRIAS DE EMISSÃO DA GAEC EDUCAÇÃO S.A. Companhia de Capital Autorizado CNPJ/MF nº 09.288.252/0001-32 Avenida das Nações Unidas, n° 12.551, 11° andar, conjunto 1109, Brooklin Novo São Paulo – SP 25.309.090 Ações Valor da Distribuição: R$468.218.165,00 Código ISIN: BRANIMACNOR6 Código de negociação na BM&FBOVESPA: “ANIM3” Preço por Ação: R$18,50 A GAEC Educação S.A. (“Companhia”), o BR Educacional Fundo de Investimento em Participações (“Acionista Vendedor”), em conjunto com o Banco Itaú BBA S.A. (“Itaú BBA” ou “Coordenador Líder”), o Bank of America Merrill Lynch Banco Múltiplo S.A. (“BofA Merrill Lynch” ou “Agente Estabilizador”) e o HSBC Bank Brasil S.A. – Banco Múltiplo (“HSBC” e, em conjunto com o Coordenador Líder e o BofA Merrill Lynch, “Coordenadores da Oferta”) estão realizando uma oferta pública de distribuição primária e secundária de, inicialmente, 21.090.909 ações ordinárias, nominativas, escriturais, sem valor nominal, livres e desembaraçadas de todos e quaisquer ônus ou gravames de emissão da Companhia (“Ações”), no âmbito de uma distribuição primária (“Oferta Primária”). A distribuição secundária (“Oferta Secundária” e, em conjunto com a Oferta Primária, “Oferta”) consiste exclusivamente na colocação das Ações Adicionais (conforme abaixo definido), correspondentes a 4.218.181 ações ordinárias de emissão da Companhia e de titularidade do Acionista Vendedor. A Oferta consistirá na distribuição primária e secundária das Ações, a ser realizada no Brasil, em mercado de balcão não organizado, em conformidade com a Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada (“Instrução CVM 400”) e será coordenada pelos Coordenadores da Oferta e com a participação de instituições consorciadas autorizadas a operar no mercado de capitais brasileiro, credenciadas junto à BM&FBOVESPA, convidadas a participar da Oferta para efetuar, exclusivamente, esforços de colocação das Ações junto a Investidores Não Institucionais (conforme definido abaixo) (“Instituições Consorciadas” e, em conjunto com os Coordenadores da Oferta, “Instituições Participantes da Oferta”). Serão também realizados, simultaneamente, pelo Itau BBA USA Securities, Inc., pelo Merrill Lynch, Pierce, Fenner & Smith Incorporated e pelo HSBC Securities (USA) Inc.(em conjunto, “Agentes de Colocação Internacional”), esforços de colocação das Ações (i) nos Estados Unidos da América, exclusivamente para investidores institucionais qualificados (qualified institutional buyers), conforme definidos na Rule 144A, editada pela U.S. Securities and Exchange Commission (“SEC”), em operações isentas de registro, previstas no U.S. Securities Act de 1933, conforme alterado (“Securities Act”) e nos regulamentos editados ao amparo do Securities Act; e (ii) nos demais países, que não os Estados Unidos da América e o Brasil, para investidores que sejam pessoas consideradas não residentes nos Estados Unidos da América ou não constituídos de acordo com as leis daquele país (Non US Persons) de acordo com a legislação vigente no país de domicílio de cada investidor e com base nos procedimentos previstos na Regulation S no âmbito do Securities Act, editada pela SEC (em conjunto, “Investidores Estrangeiros”), em operações isentas de registro e previstas no Securities Act e nos regulamentos editados ao amparo do Securities Act; e, em ambos os casos, desde que tais Investidores Estrangeiros invistam no Brasil em conformidade com os mecanismos de investimento regulamentados nos termos da Lei nº 4.131, de 03 de setembro de 1962, conforme alterada (“Lei 4.131”) ou da Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 2.689, de 26 de janeiro de 2000, conforme alterada (“Resolução CMN 2.689”) e da Instrução nº 325 da CVM, de 27 de janeiro de 2000, conforme alterada (“Instrução CVM 325”), sem a necessidade da solicitação e obtenção de registro de distribuição e colocação das Ações em agência ou órgão regulador do mercado de capitais de outro país, inclusive perante a SEC. Os esforços de colocação das Ações junto a Investidores Estrangeiros, exclusivamente no exterior, serão realizados em conformidade com o Placement Facilitation Agreement (“Contrato de Colocação Internacional”), celebrado entre a Companhia e os Agentes de Colocação Internacional. Nos termos do artigo 14, parágrafo 2º, da Instrução CVM 400, a quantidade de Ações inicialmente ofertada, sem considerar as Ações Suplementares (conforme definido abaixo), foi, a critério da Companhia e do Acionista Vendedor, em comum acordo com os Coordenadores da Oferta, acrescida em 20% (vinte por cento) do total de Ações inicialmente ofertadas (sem considerar as Ações Suplementares), ou seja, em 4.218.181 (quatro milhões, duzentos e dezoite mil, cento e oitenta e uma) ações ordinárias de emissão da Companhia e de titularidade do Acionista Vendedor, nas mesmas condições e no mesmo preço das Ações inicialmente ofertadas (“Ações Adicionais”). Adicionalmente, sem prejuízo das Ações Adicionais, nos termos do artigo 24 da Instrução CVM 400, a quantidade de Ações inicialmente ofertada poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 3.163.636 ações ordinárias de emissão da Companhia, em percentual equivalente a até 15% (quinze por cento) do total das Ações inicialmente ofertadas, sem considerar as Ações Adicionais (“Ações Suplementares”), conforme opção para distribuição de tais Ações Suplementares outorgada pela Companhia ao Agente Estabilizador no Contrato de Coordenação, Colocação e Garantia Firme de Liquidação de Ações Ordinárias de Emissão da GAEC Educação S.A. (“Contrato de Colocação”), celebrado entre a Companhia, os Coordenadores da Oferta e a BM&FBOVESPA, nas mesmas condições e preço das Ações inicialmente ofertadas, para atender a um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta (“Opção de Ações Suplementares”). O Agente Estabilizador terá o direito exclusivo, durante o período de até 30 (trinta) dias contados da data de início das negociações das ações de emissão da Companhia na BM&FBOVESPA, inclusive, de exercer a Opção de Ações Suplementares, no todo ou em parte, em uma ou mais vezes, após notificação aos demais Coordenadores da Oferta, desde que a decisão de sobrealocação das Ações Suplementares seja tomada em comum acordo entre o Agente Estabilizador e os demais Coordenadores da Oferta no momento da fixação do Preço por Ação. No âmbito da Oferta Primária, a emissão das Ações pela Companhia foi realizada com a exclusão do direito de preferência dos seus atuais acionistas, nos termos do artigo 172, inciso I, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das Sociedades por Ações”), e dentro do limite de capital autorizado previsto em seu Estatuto Social. O Preço por Ação foi fixado após (i) a efetivação dos Pedidos de Reserva no Período de Reserva ou no Período de Reserva para Pessoas Vinculadas; e (ii) a apuração do resultado do procedimento de coleta de intenções de investimento realizado somente com Investidores Institucionais conduzido pelos Coordenadores da Oferta no Brasil e pelos Agentes de Colocação Internacional no exterior, em consonância com o disposto no artigo 170, parágrafo 1º, inciso III, da Lei das Sociedades por Ações, com o disposto no parágrafo 1º do artigo 23 e no artigo 44 da Instrução CVM 400 (“Procedimento de Bookbuilding”). O Preço por Ação foi calculado tendo como parâmetro o preço de mercado verificado para as Ações, considerando as indicações de interesse em função da qualidade e quantidade da demanda (por volume e preço) por Ações coletada junto a Investidores Institucionais. A escolha do critério de determinação do Preço por Ação é justificada, na medida em que o preço de mercado das Ações a serem subscritas/adquiridas foi aferido com a realização do Procedimento de Bookbuilding, o qual reflete o valor pelo qual os Investidores Institucionais apresentarão suas ordens firmes de subscrição/aquisição das Ações no contexto da Oferta e, portanto, não haverá diluição injustificada dos atuais acionistas da Companhia, nos termos do artigo 170, parágrafo 1º, inciso III, da Lei das Sociedades por Ações. Preço (R$) Comissões (R$) (1)(3) Recursos Líquidos (R$) (1)(2)(3) Por Ação......................................................................... 18,50 0,74 17,76 Oferta Primária ............................................................... R$ 390.181.816,50 15.607.272,66 374.574.543,84 Oferta Secundária .......................................................... R$ 78.036.348,50 3.121.453,94 74.914.894,56 Total ............................................................................... 468.218.165,00 18.728.726,60 449.489.438,40 (1) Abrange as comissões a serem pagas aos Coordenadores da Oferta, sem considerar o exercício da Opção de Ações Suplementares. (2) Sem dedução das despesas da Oferta. (3) Para informações sobre as remunerações recebidas pelos Coordenadores da Oferta, veja a seção “Informações Relativas à Oferta _ Custos de Distribuição”, na página 58 deste Prospecto. A realização da Oferta Primária, com exclusão do direito de preferência dos atuais acionistas da Companhia, bem como seus termos e condições, foram aprovados na Assembleia Geral Extraordinária da Companhia realizada em 21 de agosto de 2013, cuja ata foi registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo (“JUCESP”) em 25 de setembro de 2013 e foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no jornal Valor Econômico em 27 de setembro de 2013, bem como rerratificada em Assembleia Geral Extraordinária da Companhia realizada em 23 de setembro de 2013, cuja ata foi registrada na JUCESP em 23 de outubro de 2013 e publicada no DOESP em 22 de outubro de 2013 e no jornal Valor Econômico em 21 de outubro de 2013. O Preço por Ação, a determinação da quantidade de Ações objeto da Oferta Primária e o aumento de capital da Companhia foram aprovados em Reunião do Conselho de Administração da Companhia realizada em 24 de outubro de 2013, cuja ata será devidamente registrada na JUCESP e publicada no jornal Valor Econômico em 25 de outubro de 2013 e no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia subsequente. A realização da Oferta Secundária, bem como seus termos e condições, foi aprovada pelo Acionista Vendedor em reunião do seu comitê de investimentos realizada em 7 de agosto de 2013. O Preço por Ação, no âmbito da Oferta Secundária, foi aprovado pelo gestor do Acionista Vendedor, conforme autorização concedida pelo seu comitê de investimento. Exceto pelos registros na CVM, a Companhia, o Acionista Vendedor e os Coordenadores da Oferta não pretendem realizar nenhum registro da Oferta ou das Ações nos Estados Unidos da América e nem em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer outro país. Foi admitido o recebimento de reservas para a subscrição/aquisição das Ações, desde a data indicada no Aviso ao Mercado (conforme definido neste Prospecto) e neste Prospecto, as quais somente serão confirmadas aos subscritores/adquirentes no início do Período de Colocação. A OFERTA FOI REGISTRADA NA CVM SOB OS N OS CVM/SRE/REM/2013/016 E CVM/SRE/SEC/2013/008, AMBOS CONCEDIDOS EM 25 DE OUTUBRO DE 2013. “Os registros da Oferta não implicam, por parte da CVM, garantia da veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da Companhia emissora, bem como sobre as Ações a serem distribuídas.” Este Prospecto Definitivo não deve, em nenhuma circunstância, ser considerado uma recomendação de subscrição/aquisição e integralização/liquidação das Ações. Ao decidir subscrever/adquirir e integralizar/liquidar as Ações, os potenciais investidores deverão realizar sua própria análise e avaliação da situação financeira da Companhia, das atividades e dos riscos decorrentes do investimento nas Ações. OS INVESTIDORES DEVEM LER AS SEÇÕES “SUMÁRIO DA COMPANHIA PRINCIPAIS FATORES DE RISCO RELATIVOS À COMPANHIA” E “FATORES DE RISCO RELACIONADOS À OFERTA E ÀS NOSSAS AÇÕES”, A PARTIR DAS PÁGINAS 26 e 88, RESPECTIVAMENTE, DESTE PROSPECTO E TAMBÉM OS ITENS “4. FATORES DE RISCO” E “5. RISCOS DE MERCADO” DO FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA DA COMPANHIA ANEXO A ESTE PROSPECTO NA PÁGINA 843, PARA CIÊNCIA DE CERTOS FATORES DE RISCO QUE DEVEM SER CONSIDERADOS EM RELAÇÃO À SUBSCRIÇÃO/AQUISIÇÃO DAS AÇÕES. “A(O) presente oferta pública (programa) foi elaborada(o) de acordo com as normas de Regulação e Melhores Práticas da ANBIMA para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários, atendendo, assim, a(o) presente oferta pública (programa), aos padrões mínimos de informação exigidos pela ANBIMA, não cabendo à ANBIMA qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das Instituições Participantes e dos valores mobiliários objeto da(o) oferta pública (programa). Este selo não implica recomendação de investimento. O registro ou análise prévia da presente distribuição não implica, por parte da ANBIMA, garantia da veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da companhia emissora, bem como sobre os valores mobiliários a serem distribuídos”. COORDENADORES DA OFERTA COORDENADOR LÍDER AGENTE ESTABILIZADOR A data deste Prospecto Definitivo é 24 de outubro de 2013.

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  • PROSPECTO DEFINITIVO DE OFERTA PBLICA DE DISTRIBUIO PRIMRIA E SECUNDRIA DE AES ORDINRIAS DE EMISSO DA

    GAEC EDUCAO S.A.

    Companhia de Capital Autorizado CNPJ/MF n 09.288.252/0001-32

    Avenida das Naes Unidas, n 12.551, 11 andar, conjunto 1109, Brooklin Novo So Paulo SP

    25.309.090 Aes Valor da Distribuio: R$468.218.165,00

    Cdigo ISIN: BRANIMACNOR6 Cdigo de negociao na BM&FBOVESPA: ANIM3

    Preo por Ao: R$18,50

    A GAEC Educao S.A. (Companhia), o BR Educacional Fundo de Investimento em Participaes (Acionista Vendedor), em conjunto com o Banco Ita BBA S.A. (Ita BBA ou Coordenador Lder), o Bank of America Merrill Lynch Banco Mltiplo S.A. (BofA Merrill Lynch ou Agente Estabilizador) e o HSBC Bank Brasil S.A. Banco Mltiplo (HSBC e, em conjunto com o Coordenador Lder e o BofA Merrill Lynch, Coordenadores da Oferta) esto realizando uma oferta pblica de distribuio primria e secundria de, inicialmente, 21.090.909 aes ordinrias, nominativas, escriturais, sem valor nominal, livres e desembaraadas de todos e quaisquer nus ou gravames de emisso da Companhia (Aes), no mbito de uma distribuio primria (Oferta Primria). A distribuio secundria (Oferta Secundria e, em conjunto com a Oferta Primria, Oferta) consiste exclusivamente na colocao das Aes Adicionais (conforme abaixo definido), correspondentes a 4.218.181 aes ordinrias de emisso da Companhia e de titularidade do Acionista Vendedor. A Oferta consistir na distribuio primria e secundria das Aes, a ser realizada no Brasil, em mercado de balco no organizado, em conformidade com a Instruo da Comisso de Valores Mobilirios (CVM) n 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada (Instruo CVM 400) e ser coordenada pelos Coordenadores da Oferta e com a participao de instituies consorciadas autorizadas a operar no mercado de capitais brasileiro, credenciadas junto BM&FBOVESPA, convidadas a participar da Oferta para efetuar, exclusivamente, esforos de colocao das Aes junto a Investidores No Institucionais (conforme definido abaixo) (Instituies Consorciadas e, em conjunto com os Coordenadores da Oferta, Instituies Participantes da Oferta). Sero tambm realizados, simultaneamente, pelo Itau BBA USA Securities, Inc., pelo Merrill Lynch, Pierce, Fenner & Smith Incorporated e pelo HSBC Securities (USA) Inc.(em conjunto, Agentes de Colocao Internacional), esforos de colocao das Aes (i) nos Estados Unidos da Amrica, exclusivamente para investidores institucionais qualificados (qualified institutional buyers), conforme definidos na Rule 144A, editada pela U.S. Securities and Exchange Commission (SEC), em operaes isentas de registro, previstas no U.S. Securities Act de 1933, conforme alterado (Securities Act) e nos regulamentos editados ao amparo do Securities Act; e (ii) nos demais pases, que no os Estados Unidos da Amrica e o Brasil, para investidores que sejam pessoas consideradas no residentes nos Estados Unidos da Amrica ou no constitudos de acordo com as leis daquele pas (Non US Persons) de acordo com a legislao vigente no pas de domiclio de cada investidor e com base nos procedimentos previstos na Regulation S no mbito do Securities Act, editada pela SEC (em conjunto, Investidores Estrangeiros), em operaes isentas de registro e previstas no Securities Act e nos regulamentos editados ao amparo do Securities Act; e, em ambos os casos, desde que tais Investidores Estrangeiros invistam no Brasil em conformidade com os mecanismos de investimento regulamentados nos termos da Lei n 4.131, de 03 de setembro de 1962, conforme alterada (Lei 4.131) ou da Resoluo do Conselho Monetrio Nacional n 2.689, de 26 de janeiro de 2000, conforme alterada (Resoluo CMN 2.689) e da Instruo n 325 da CVM, de 27 de janeiro de 2000, conforme alterada (Instruo CVM 325), sem a necessidade da solicitao e obteno de registro de distribuio e colocao das Aes em agncia ou rgo regulador do mercado de capitais de outro pas, inclusive perante a SEC. Os esforos de colocao das Aes junto a Investidores Estrangeiros, exclusivamente no exterior, sero realizados em conformidade com o Placement Facilitation Agreement (Contrato de Colocao Internacional), celebrado entre a Companhia e os Agentes de Colocao Internacional. Nos termos do artigo 14, pargrafo 2, da Instruo CVM 400, a quantidade de Aes inicialmente ofertada, sem considerar as Aes Suplementares (conforme definido abaixo), foi, a critrio da Companhia e do Acionista Vendedor, em comum acordo com os Coordenadores da Oferta, acrescida em 20% (vinte por cento) do total de Aes inicialmente ofertadas (sem considerar as Aes Suplementares), ou seja, em 4.218.181 (quatro milhes, duzentos e dezoite mil, cento e oitenta e uma) aes ordinrias de emisso da Companhia e de titularidade do Acionista Vendedor, nas mesmas condies e no mesmo preo das Aes inicialmente ofertadas (Aes Adicionais). Adicionalmente, sem prejuzo das Aes Adicionais, nos termos do artigo 24 da Instruo CVM 400, a quantidade de Aes inicialmente ofertada poder ser acrescida de um lote suplementar de at 3.163.636 aes ordinrias de emisso da Companhia, em percentual equivalente a at 15% (quinze por cento) do total das Aes inicialmente ofertadas, sem considerar as Aes Adicionais (Aes Suplementares), conforme opo para distribuio de tais Aes Suplementares outorgada pela Companhia ao Agente Estabilizador no Contrato de Coordenao, Colocao e Garantia Firme de Liquidao de Aes Ordinrias de Emisso da GAEC Educao S.A. (Contrato de Colocao), celebrado entre a Companhia, os Coordenadores da Oferta e a BM&FBOVESPA, nas mesmas condies e preo das Aes inicialmente ofertadas, para atender a um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta (Opo de Aes Suplementares). O Agente Estabilizador ter o direito exclusivo, durante o perodo de at 30 (trinta) dias contados da data de incio das negociaes das aes de emisso da Companhia na BM&FBOVESPA, inclusive, de exercer a Opo de Aes Suplementares, no todo ou em parte, em uma ou mais vezes, aps notificao aos demais Coordenadores da Oferta, desde que a deciso de sobrealocao das Aes Suplementares seja tomada em comum acordo entre o Agente Estabilizador e os demais Coordenadores da Oferta no momento da fixao do Preo por Ao. No mbito da Oferta Primria, a emisso das Aes pela Companhia foi realizada com a excluso do direito de preferncia dos seus atuais acionistas, nos termos do artigo 172, inciso I, da Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (Lei das Sociedades por Aes), e dentro do limite de capital autorizado previsto em seu Estatuto Social. O Preo por Ao foi fixado aps (i) a efetivao dos Pedidos de Reserva no Perodo de Reserva ou no Perodo de Reserva para Pessoas Vinculadas; e (ii) a apurao do resultado do procedimento de coleta de intenes de investimento realizado somente com Investidores Institucionais conduzido pelos Coordenadores da Oferta no Brasil e pelos Agentes de Colocao Internacional no exterior, em consonncia com o disposto no artigo 170, pargrafo 1, inciso III, da Lei das Sociedades por Aes, com o disposto no pargrafo 1 do artigo 23 e no artigo 44 da Instruo CVM 400 (Procedimento de Bookbuilding). O Preo por Ao foi calculado tendo como parmetro o preo de mercado verificado para as Aes, considerando as indicaes de interesse em funo da qualidade e quantidade da demanda (por volume e preo) por Aes coletada junto a Investidores Institucionais. A escolha do critrio de determinao do Preo por Ao justificada, na medida em que o preo de mercado das Aes a serem subscritas/adquiridas foi aferido com a realizao do Procedimento de Bookbuilding, o qual reflete o valor pelo qual os Investidores Institucionais apresentaro suas ordens firmes de subscrio/aquisio das Aes no contexto da Oferta e, portanto, no haver diluio injustificada dos atuais acionistas da Companhia, nos termos do artigo 170, pargrafo 1, inciso III, da Lei das Sociedades por Aes.

    Preo (R$) Comisses (R$)(1)(3) Recursos Lquidos (R$)(1)(2)(3)

    Por Ao......................................................................... 18,50 0,74 17,76 Oferta Primria ............................................................... R$ 390.181.816,50 15.607.272,66 374.574.543,84 Oferta Secundria .......................................................... R$ 78.036.348,50 3.121.453,94 74.914.894,56

    Total ............................................................................... 468.218.165,00 18.728.726,60 449.489.438,40

    (1) Abrange as comisses a serem pagas aos Coordenadores da Oferta, sem considerar o exerccio da Opo de Aes Suplementares. (2) Sem deduo das despesas da Oferta. (3) Para informaes sobre as remuneraes recebidas pelos Coordenadores da Oferta, veja a seo Informaes Relativas Oferta _ Custos de Distribuio, na pgina 58 deste Prospecto.

    A realizao da Oferta Primria, com excluso do direito de preferncia dos atuais acionistas da Companhia, bem como seus termos e condies, foram aprovados na Assembleia Geral Extraordinria da Companhia realizada em 21 de agosto de 2013, cuja ata foi registrada na Junta Comercial do Estado de So Paulo (JUCESP) em 25 de setembro de 2013 e foi publicada no Dirio Oficial do Estado de So Paulo e no jornal Valor Econmico em 27 de setembro de 2013, bem como rerratificada em Assembleia Geral Extraordinria da Companhia realizada em 23 de setembro de 2013, cuja ata foi registrada na JUCESP em 23 de outubro de 2013 e publicada no DOESP em 22 de outubro de 2013 e no jornal Valor Econmico em 21 de outubro de 2013. O Preo por Ao, a determinao da quantidade de Aes objeto da Oferta Primria e o aumento de capital da Companhia foram aprovados em Reunio do Conselho de Administrao da Companhia realizada em 24 de outubro de 2013, cuja ata ser devidamente registrada na JUCESP e publicada no jornal Valor Econmico em 25 de outubro de 2013 e no Dirio Oficial do Estado de So Paulo no dia subsequente. A realizao da Oferta Secundria, bem como seus termos e condies, foi aprovada pelo Acionista Vendedor em reunio do seu comit de investimentos realizada em 7 de agosto de 2013. O Preo por Ao, no mbito da Oferta Secundria, foi aprovado pelo gestor do Acionista Vendedor, conforme autorizao concedida pelo seu comit de investimento. Exceto pelos registros na CVM, a Companhia, o Acionista Vendedor e os Coordenadores da Oferta no pretendem realizar nenhum registro da Oferta ou das Aes nos Estados Unidos da Amrica e nem em qualquer agncia ou rgo regulador do mercado de capitais de qualquer outro pas. Foi admitido o recebimento de reservas para a subscrio/aquisio das Aes, desde a data indicada no Aviso ao Mercado (conforme definido neste Prospecto) e neste Prospecto, as quais somente sero confirmadas aos subscritores/adquirentes no incio do Perodo de Colocao. A OFERTA FOI REGISTRADA NA CVM SOB OS NOS CVM/SRE/REM/2013/016 E CVM/SRE/SEC/2013/008, AMBOS CONCEDIDOS EM 25 DE OUTUBRO DE 2013. Os registros da Oferta no implicam, por parte da CVM, garantia da veracidade das informaes prestadas ou julgamento sobre a qualidade da Companhia emissora, bem como sobre as Aes a serem distribudas. Este Prospecto Definitivo no deve, em nenhuma circunstncia, ser considerado uma recomendao de subscrio/aquisio e integralizao/liquidao das Aes. Ao decidir subscrever/adquirir e integralizar/liquidar as Aes, os potenciais investidores devero realizar sua prpria anlise e avaliao da situao financeira da Companhia, das atividades e dos riscos decorrentes do investimento nas Aes. OS INVESTIDORES DEVEM LER AS SEES SUMRIO DA COMPANHIA PRINCIPAIS FATORES DE RISCO RELATIVOS COMPANHIA E FATORES DE RISCO RELACIONADOS OFERTA E S NOSSAS AES, A PARTIR DAS PGINAS 26 e 88, RESPECTIVAMENTE, DESTE PROSPECTO E TAMBM OS ITENS 4. FATORES DE RISCO E 5. RISCOS DE MERCADO DO FORMULRIO DE REFERNCIA DA COMPANHIA ANEXO A ESTE PROSPECTO NA PGINA 843, PARA CINCIA DE CERTOS FATORES DE RISCO QUE DEVEM SER CONSIDERADOS EM RELAO SUBSCRIO/AQUISIO DAS AES.

    A(O) presente oferta pblica (programa) foi elaborada(o) de acordo com as normas de Regulao e Melhores Prticas da ANBIMA para as Ofertas Pblicas de Distribuio e Aquisio de Valores Mobilirios, atendendo, assim, a(o) presente oferta pblica (programa), aos padres mnimos de informao exigidos pela ANBIMA, no cabendo ANBIMA qualquer responsabilidade pelas referidas informaes, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das Instituies Participantes e dos valores mobilirios objeto da(o) oferta pblica (programa). Este selo no implica recomendao de investimento. O registro ou anlise prvia da presente distribuio no implica, por parte da ANBIMA, garantia da veracidade das informaes prestadas ou julgamento sobre a qualidade da companhia emissora, bem como sobre os valores mobilirios a serem distribudos.

    COORDENADORES DA OFERTA

    COORDENADOR LDER

    AGENTE ESTABILIZADOR

    A data deste Prospecto Definitivo 24 de outubro de 2013.

  • [pgina intencionalmente deixada em branco]

  • NDICE

    DEFINIES ........................................................................................................................................................... 7

    INFORMAES CADASTRAIS DA COMPANHIA ............................................................................................. 14

    CONSIDERAES SOBRE ESTIMATIVAS E PERSPECTIVAS SOBRE O FUTURO ..................................... 15

    SUMRIO DA COMPANHIA ................................................................................................................................ 17

    VISO GERAL ..................................................................................................................................................... 17

    VANTAGENS COMPETITIVAS ................................................................................................................................ 20

    NOSSA ESTRATGIA DE EXPANSO ..................................................................................................................... 22 ESTRUTURA SOCIETRIA ..................................................................................................................................... 25

    PRINCIPAIS FATORES DE RISCO RELATIVOS COMPANHIA ................................................................................... 26

    INFORMAES CORPORATIVAS ............................................................................................................................ 30

    SUMRIO DA OFERTA ........................................................................................................................................ 31

    INFORMAES SOBRE A COMPANHIA, O ACIONISTA VENDEDOR, OS COORDENADORES DA OFERTA, OS CONSULTORES E OS AUDITORES ............................................................................................ 48

    DOCUMENTOS E INFORMAES RELATIVOS COMPANHIA..................................................................... 50

    INFORMAES RELATIVAS OFERTA ........................................................................................................... 51

    COMPOSIO DO CAPITAL SOCIAL ...................................................................................................................... 51 PRINCIPAIS ACIONISTAS ...................................................................................................................................... 52

    ACORDO DE ACIONISTAS ..................................................................................................................................... 53

    MECANISMOS DE DISPERSO DE PARTICIPAO ACIONRIA ................................................................................ 53

    CARACTERSTICAS GERAIS DA OFERTA ............................................................................................................... 54

    DESCRIO DA OFERTA ...................................................................................................................................... 54

    APROVAES SOCIETRIAS ................................................................................................................................ 55

    PREO POR AO .............................................................................................................................................. 56

    RESERVA DE CAPITAL ......................................................................................................................................... 56 QUANTIDADE, MONTANTE E RECURSOS LQUIDOS ................................................................................................ 57

    CUSTOS DE DISTRIBUIO ................................................................................................................................... 58

    INSTITUIES PARTICIPANTES DA OFERTA ........................................................................................................... 59

    PBLICO ALVO ................................................................................................................................................... 59

    CRONOGRAMA ESTIMADO DA OFERTA ................................................................................................................. 60

    PROCEDIMENTO DA OFERTA ................................................................................................................................ 61

    OFERTA DE VAREJO ............................................................................................................................................ 62

    OFERTA INSTITUCIONAL ...................................................................................................................................... 67

    PRAZOS DA OFERTA E DATA DE LIQUIDAO ....................................................................................................... 67 CONTRATO DE COLOCAO E CONTRATO DE COLOCAO INTERNACIONAL ......................................................... 68

    INFORMAES SOBRE A GARANTIA FIRME DE LIQUIDAO DA OFERTA ................................................................. 69

    CONTRATO DE ESTABILIZAO ............................................................................................................................ 70

    3

  • NDICE

    VIOLAES DE NORMA DE CONDUTA ................................................................................................................... 70

    NEGOCIAO NA BM&FBOVESPA .................................................................................................................... 71 DIREITOS, VANTAGENS E RESTRIES DAS AES .............................................................................................. 71

    INSTITUIO FINANCEIRA RESPONSVEL PELA ESCRITURAO DAS AES ......................................................... 72

    RESTRIES NEGOCIAO DAS AES (LOCK-UP) ........................................................................................... 72 ALTERAO DAS CIRCUNSTNCIAS, REVOGAO OU MODIFICAO DA OFERTA .................................................. 73

    SUSPENSO E CANCELAMENTO DA OFERTA ......................................................................................................... 74

    INADEQUAO DA OFERTA .................................................................................................................................. 75 INFORMAES ADICIONAIS .................................................................................................................................. 75

    INSTITUIES CONSORCIADAS ............................................................................................................................. 76

    RELACIONAMENTO ENTRE A COMPANHIA, O ACIONISTA VENDEDOR E AS INSTITUIES PARTICIPANTES DA OFERTA .............................................................................................................................................................. 77

    RELACIONAMENTO ENTRE O ACIONISTA VENDEDOR E AS INSTITUIES PARTICIPANTES DA OFERTA ...................... 81

    OPERAES VINCULADAS OFERTA ............................................................................................................ 83

    APRESENTAO DOS COORDENADORES DA OFERTA ............................................................................... 84

    FATORES DE RISCO RELACIONADOS OFERTA E S NOSSAS AES .................................................. 88

    DESTINAO DOS RECURSOS ......................................................................................................................... 94

    CAPITALIZAO ................................................................................................................................................. 95

    DILUIO ............................................................................................................................................................. 96

    ANEXOS .............................................................................................................................................................. 101 ESTATUTO SOCIAL CONSOLIDADO DA COMPANHIA ................................................................................. 103 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINRIA DA COMPANHIA REALIZADA EM 21 DE AGOSTO DE 2013 APROVANDO A OFERTA E ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINRIA DA COMPANHIA REALIZADA EM 23 DE SETEMBRO DE 2013 ........................................................................... 131 ATA DA REUNIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO DA COMPANHIA APROVANDO O PREO POR AO E O EFETIVO AUMENTO DE CAPITAL DA COMPANHIA RELATIVO OFERTA ................... 143 ATA DE REUNIO DO COMIT DE INVESTIMENTO DO ACIONISTA VENDEDOR REALIZADA EM 07 DE AGOSTO DE 2013 APROVANDO A OFERTA ............................................................................................ 149 DECLARAES DA COMPANHIA, DO ACIONISTA VENDEDOR E DO COORDENADOR LDER PARA FINS DO ARTIGO 56 DA INSTRUO CVM N. 400, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2003, CONFORME ALTERADA ......................................................................................................................................................... 153

    DEMONSTRAES FINANCEIRAS .................................................................................................................. 161 ITR DO TRIMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2013 ................................................................................ 163 DFP DO EXERCCIO SOCIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 ............................................. 279 DEMONSTRAES FINANCEIRAS AUDITADAS DA COMPANHIA RELATIVAS AOS PERODOS DE SEIS MESES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2013 E 2012.............................................................................. 411 DEMONSTRAES FINANCEIRAS AUDITADAS DA COMPANHIA RELATIVAS AOS EXERCCIOS SOCIAIS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012, 2011 E 2010 ...................................................... 497 INFORMAES FINANCEIRAS PRO FORMA NO AUDITADAS DA COMPANHIA REFERENTES AOS RESULTADOS DO EXERCCIO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DO PERODO DE SEIS MESES FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2013 E RELATRIO DE ASSEGURAO DOS AUDITORES INDEPENDENTES .............................................................................................................................................. 609

    4

  • NDICE

    DEMONSTRAES FINANCEIRAS HISTRICAS DA BR EDUCAO EXECUTIVA S.A., RELATIVAS AO EXERCCIO SOCIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 ..................................................... 627 DEMONSTRAES FINANCEIRAS HISTRICAS DA HSM DO BRASIL S.A., RELATIVAS AO EXERCCIO SOCIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 ............................................................ 655 DEMONSTRAES FINANCEIRAS HISTRICAS DA HSM EDUCAO S.A., RELATIVAS AO EXERCCIO SOCIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 ............................................................ 689 DEMONSTRAES FINANCEIRAS HISTRICAS DA HSM MARCAS LTDA., RELATIVAS AO EXERCCIO SOCIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 ............................................................ 727 INFORMAES CONTBEIS INTERMEDIRIAS HISTRICAS DA BR EDUCAO EXECUTIVA S.A., RELATIVAS AO PERODO DE TRS MESES FINDO EM 31 DE MARO DE 2013 ...................................... 745 INFORMAES CONTBEIS INTERMEDIRIAS HISTRICAS DA HSM DO BRASIL S.A., RELATIVAS AO PERODO DE TRS MESES FINDO EM 31 DE MARO DE 2013 ............................................................ 769 INFORMAES CONTBEIS INTERMEDIRIAS HISTRICAS DA HSM EDUCAO S.A., RELATIVAS AO PERODO DE TRS MESES FINDO EM 31 DE MARO DE 2013 ............................................................ 799 INFORMAES CONTBEIS INTERMEDIRIAS HISTRICAS DA HSM MARCAS LTDA., RELATIVAS AO PERODO DE TRS MESES FINDO EM 31 DE MARO DE 2013 ............................................................ 827

    FORMULRIO DE REFERNCIA ...................................................................................................................... 843 FORMULRIO DE REFERNCIA 2013 GAEC EDUCAO S.A. ............................................................. 845

    5

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    6

  • DEFINIES

    Para os fins deste Prospecto, os termos ns e nossos e verbos na primeira pessoa do plural referem-se Companhia, salvo referncia diversa neste Prospecto. Os termos indicados abaixo tero o significado a eles atribudos neste Prospecto e no Formulrio de Referncia, conforme aplicvel, salvo referncia diversa, e devem ser considerados tanto no singular quanto no plural.

    Acionistas Originais Daniel Faccini Castanho, Marcelo Battistella Bueno, Maurcio Nogueira Escobar, tila Simes da Cunha, Flvio Korn, Igncio Dauden Martinez, Rodrigo Rossetto Dias Ramos, Ricardo Canado Gonalves de Souza, Fabrcio Ghinato Mainieri, Gabriel Ralston Corra Ribeiro, Leonardo Barros Haddad, Rivadavia Corra Drummond de Alvarenga Neto, Romulo Faccini Castanho e Ryon Cssio Braga.

    Acionista Vendedor ou BR Educacional FIP

    BR Educacional Fundo de Investimento em Participaes.

    Acordo de Acionistas Acordo de Acionistas celebrado entre os Acionistas Originais e o BR Educacional FIP em 13 de abril de 2012 e arquivado em nossa sede.

    Acordo de Acionistas HSM Acordo de Acionistas da HSM do Brasil e da HSM Educao, celebrado por ns e RBS em 4 de fevereiro de 2013, com prazo de 15 anos, conforme aditado.

    Aes ou Aes Ordinrias 21.090.909 aes ordinrias, nominativas, escriturais, sem valor nominal, emitidas por ns, todas livres e desembaraadas de quaisquer nus ou gravames, objeto da Oferta, sem considerar as Aes Suplementares e Aes Adicionais.

    Administrao Nosso Conselho de Administrao e Diretoria Estatutria.

    Administradores Membros do nosso Conselho de Administrao e da Diretoria.

    Alocao Especial aos Empregados No contexto da Oferta de Varejo, o percentual equivalente a 50% (cinquenta por cento) das Aes da Oferta de Varejo, ser alocado prioritariamente aos Empregados que realizarem seus investimentos no mbito da Oferta.

    ANBIMA ANBIMA Associao Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.

    Banco Central ou BACEN Banco Central do Brasil.

    BM&FBOVESPA BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadoria e Futuros.

    Brasil ou Pas Repblica Federativa do Brasil.

    BR Educao Executiva BR Educao Executiva S.A.

    7

  • DEFINIES

    CADE Conselho Administrativo de Defesa Econmica

    CAGR Compound Annual Growth Rate ou Taxa composta de crescimento anual.

    CDI Certificado de Depsito Interfinanceiro.

    Centros Universitrios Os centros universitrios so instituies de ensino pblicas ou privadas que oferecem vrios cursos de ensino superior, programas de extenso universitria e ps-graduao lato sensu e stricto sensu e devem oferecer oportunidades de ensino e qualificao para seus professores e condies de trabalho para a comunidade acadmica. Pelo menos 1/3 do corpo docente de um centro universitrio deve ser composto por mestres e doutores. Alm disso, pelo menos 1/5 de seu corpo docente deve ser composto de professores que trabalham em perodo integral. Os centros universitrios tm autonomia para criar, organizar e extinguir cursos e programas de ensino superior (exceto para os cursos de medicina, direito, psicologia e odontologia, por restrio legal e regulatria), assim como remanejar ou ampliar vagas nos seus cursos existentes no municpio onde se localiza sua sede, sem autorizao prvia do MEC. Os centros universitrios no podem criar unidades fora do municpio onde se localiza sua sede.

    CMN Conselho Monetrio Nacional.

    Companhia ou Anima GAEC Educao S.A.

    Conselho de Administrao Nosso Conselho de Administrao.

    Conselho Fiscal Nosso Conselho Fiscal.

    Contrato de Participao no Novo Mercado

    Contrato de Participao no Novo Mercado da BM&FBOVESPA, celebrado em 04 de outubro de 2013, entre ns, os acionistas controladores poca e a BM&FBOVESPA.

    Curso de Extenso So cursos de curta durao, cuja carga horria varia de 8 a 180 horas, cuja oferta e realizao prescindem de autorizao prvia por parte do MEC.

    Curso de Ps Graduao Lato Sensu

    So cursos com carga horria igual ou superior a 360 horas na modalidade de ps-graduao, especializao, com perodo mdio de concluso de 12 meses.

    Curso de Ps Graduao Stricto Sensu

    So cursos ofertados em nvel de mestrado e doutorado e que necessitam de autorizao prvia da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior - CAPES para o seu funcionamento. Possuem perodo mdio de concluso de 24 meses.

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  • DEFINIES

    CVM Comisso de Valores Mobilirios.

    Deliberao CVM 476 Deliberao CVM n 476, de 25 de janeiro de 2005.

    EBITDA O EBITDA segundo disposies da Instruo CVM n. 527 expedida em 4 de outubro de 2012, que dispe sobre a forma de divulgao voluntria do EBITDA pelas companhias abertas, pode ser conciliado com as demonstraes financeiras como segue: lucro lquido antes do imposto de renda e contribuio social, do resultado financeiro, das despesas financeiras lquidas, das despesas de depreciao e amortizao. O EBITDA no uma medida de desempenho financeiro segundo as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil ou IFRS, tampouco deve ser considerado isoladamente, ou como uma alternativa ao lucro lquido, como medida operacional, ou alternativa aos fluxos de caixa operacionais, ou como medida de liquidez. Outras empresas podem calcular o EBITDA de maneira diferente de ns. Em razo de no serem consideradas para o seu clculo o resultado financeiro, o imposto de renda, a contribuio social, a depreciao e a amortizao, o EBITDA funciona como um indicador de nosso desempenho econmico geral, que no afetado por flutuaes das taxas de juros, alteraes das alquotas do imposto de renda e da contribuio social ou dos nveis de depreciao e amortizao. Consequentemente, acreditamos que o EBITDA funciona como uma ferramenta significativa para comparar, periodicamente, o nosso desempenho operacional, bem como para embasar determinadas decises de natureza administrativa. Uma vez que o EBITDA no considera certos custos intrnsecos aos nossos negcios, que poderiam, por sua vez, afetar significativamente os nossos lucros, tais como o resultado financeiro, impostos, depreciao, dispndios de capital e outros encargos correspondentes, o EBITDA apresenta limitaes que afetam o seu uso como indicador da nossa rentabilidade.

    EBITDA Ajustado O EBITDA Ajustado uma resultante do EBITDA, somado s receitas financeiras decorrentes de multas e juros sobre mensalidades pagas em atraso, bem como gastos, de natureza no recorrente, com a reestruturao operacional de nossas controladas. De acordo com a Instruo CVM n. 527 expedida em 4 de outubro de 2012, que dispe sobre a forma de divulgao voluntria do EBITDA pelas companhias abertas, a Companhia pode optar por divulgar os valores do EBITDA ajustado por outros itens que contribuam para a informao sobre o potencial de gerao bruta de caixa. O EBITDA Ajustado no uma medida de desempenho financeiro segundo as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil ou IFRS, tampouco deve ser considerado isoladamente, ou como uma alternativa ao lucro lquido, como medida operacional, ou alternativa aos fluxos de caixa operacionais, ou como

    9

  • DEFINIES

    medida de liquidez. Outras empresas podem calcular o EBITDA Ajustado de maneira diferente de ns. Em razo de no serem consideradas para o seu clculo o resultado financeiro, o imposto de renda, a contribuio social, a depreciao e a amortizao, o EBITDA Ajustado funciona como um indicador de nosso desempenho econmico geral, que no afetado por alteraes das alquotas do imposto de renda e da contribuio social ou dos nveis de depreciao e amortizao. Consequentemente, acreditamos que o EBITDA Ajustado funciona como uma ferramenta significativa para comparar, periodicamente, o nosso desempenho operacional, bem como para embasar determinadas decises de natureza administrativa. Uma vez que o EBITDA Ajustado no considera certos custos intrnsecos aos nossos negcios, que poderiam, por sua vez, afetar significativamente os nossos lucros, tais como o resultado financeiro, impostos, depreciao, dispndios de capital e outros encargos correspondentes, o EBITDA Ajustado apresenta limitaes que afetam o seu uso como indicador da nossa rentabilidade.

    Ensino a Distncia Ensino a Distncia uma modalidade de ensino prestada aos estudantes de Ensino Superior por meio de ferramentas de aprendizagem remota, tais como internet, livros impressos e livros eletrnicos.

    Ensino Superior O Ensino Superior compreende os seguintes cursos e nveis: (i) cursos sequenciais, destinados obteno ou atualizao de qualificaes tcnicas, profissionais, acadmicas ou de desenvolvimento intelectual, em campos das cincias, das humanidades e das artes; (ii) cursos tecnlogos, estruturados para atenderem aos diversos setores da economia, ministrando formao profissionalizante, abrangendo reas especializadas e conduzindo ao diploma de tecnlogo; (iii) cursos de graduao, que conferem formao em diversas reas do conhecimento, nas modalidades de ensino presencial, semipresencial ou a distncia; (iv) cursos ou programas de ps-graduao, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduao que atendam s exigncias das instituies de ensino, consistindo em ps-graduao lato sensu (especializao e mestrado profissionalizante) e ps-graduao stricto sensu (mestrado acadmico e doutorado); e (v) cursos de extenso, que consistem num conjunto articulado de aes pedaggicas, de carter terico e/ou prtico, presencial ou a distncia, planejadas e organizadas de maneira sistemtica.

    Estatuto Social Nosso Estatuto Social.

    10

  • DEFINIES

    Faculdades Instituies de educao superior voltadas ao oferecimento de cursos superiores de bacharelado, licenciatura, Graduao Tecnolgica e ps-graduao lato sensu, no sendo aplicadas as prerrogativas das universidades quanto autonomia para abertura de cursos, expedio de diplomas e corpo docente.

    FIES Financiamento ao Estudante de Ensino Superior. De acordo com o MEC, o FIES um programa destinado a financiar a graduao na educao superior de estudantes matriculados em instituies no gratuitas. Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliao positiva nos processos conduzidos pelo Ministrio da Educao. O FIES foi criado em 1999. A partir de 2011, o FIES passa a funcionar em um novo formato, onde o FNDE o novo Agente Operador do Programa e os juros caram para 3,4% ao ano. Alm disso, o financiamento poder ser solicitado em qualquer perodo do ano.

    FINEP Financiadora de Estudos e Projetos do Governo Federal.

    FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao

    Formulrio de Referncia Nosso Formulrio de Referncia anexo a este Prospecto, elaborado nos termos da Instruo CVM 480.

    Governo Federal Governo Federal da Repblica Federativa do Brasil.

    Graduao Tecnolgica

    Curso de graduao superior com durao mdia de dois anos e meio. Formao voltada para uma rea especfica e desenvolvimento de competncias visando insero rpida no mercado de trabalho. Concede diploma de nvel superior e permite a continuidade dos estudos em nvel de ps-graduao.

    Graduao Tradicional

    Curso de graduao superior com durao mdia de quatro anos com objetivo de formao acadmica para o exerccio de uma profisso. Concede o diploma de bacharel ou licenciado e possibilita a continuidade dos estudos em nvel de ps-graduao.

    Graduao Graduao Tecnolgica e Tradicional, quando referidas em conjunto.

    Grupo Anima Compreende as seguintes sociedades: ns, BR Educao Executiva, HSM do Brasil, HSM Editora, HSM Educao, HSM Marcas, Una, UniBH e Unimonte.

    Hoper Hoper Educao Consultoria.

    HSBC HSBC Bank Brasil S.A. Banco Mltiplo.

    HSM do Brasil HSM do Brasil S.A.

    11

  • DEFINIES

    HSM Editora HSM Editora S.A.

    HSM Educao HSM Educao S.A.

    HSM Marcas HSM Marcas Ltda.

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica.

    IFRS Normas contbeis internacionais (International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standards Board.

    INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira.

    Instruo CVM 325 Instruo CVM n 325, de 27 de janeiro de 2000, conforme alterada.

    Instruo CVM 400 Instruo CVM n 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada.

    Instruo CVM 480 Instruo da CVM n 480, de 7 de dezembro de 2009, conforme alterada.

    Lei 4.131 Lei n 4.131, de 3 de setembro de 1962, conforme alterada.

    Lei das Sociedades por Aes Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada.

    Lei de Diretrizes e Bases ou LDB Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e alteraes posteriores, conhecida como a lei de diretrizes e bases da educao no Brasil.

    MEC Ministrio da Educao.

    MGE ou Una Minas Gerais Educao S.A.

    Novo Mercado Segmento especial de negociao de valores mobilirios da BM&FBOVESPA, disciplinado pelo Regulamento do Novo Mercado.

    Polo de Ensino a Distncia Locais autorizados pelo MEC para a realizao de atividades presenciais nos cursos sob a modalidade de Ensino a Distncia.

    PROUNI Programa Universidade para Todos

    RBS RBS Mdia Digital e Participaes S.A. e RBS Participaes S.A., consideradas em conjunto.

    Real, real ou R$ Moeda corrente do Brasil.

    Regra 144A Rule 144A do Securities Act.

    Regulamento S Regulation S do Securities Act.

    Regulamento do Novo Mercado Regulamento de Listagem do Novo Mercado de Governana Corporativa da BM&FBOVESPA.

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  • DEFINIES

    Resoluo CMN 2.689 Resoluo do CMN n 2.689, de 26 de janeiro de 2000, conforme alterada.

    SEC U.S. Securities and Exchange Commission.

    Sociedades Empregadoras As sociedades Minas Gerais Educao S.A. (CNPJ/MF 05.648.257/0001-78), Instituto Mineiro de Educao e Cultura Uni-BH S.A. (CNPJ/MF 08.446.503/0001-05), Instituto de Educao e Cultura Unimonte S.A. (CNPJ/MF 44.952.711/0001-31), HSM do Brasil S.A. (CNPJ/MF 01.619.385/0001-32) e HSM Educao S.A. (CNPJ/MF 11.408.980/0001-82), integrantes do grupo econmico da Companhia.

    Securities Act Securities Act de 1933 dos Estados Unidos, conforme alterado.

    TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo, divulgada pelo CMN.

    UniBH Instituto Mineiro de Educao e Cultura Uni-BH S.A.

    Unidades Estabelecimentos de cada instituio de ensino.

    Unimonte Instituto de Educao e Cultura Unimonte S.A.

    Universidades Instituies multidisciplinares de formao dos quadros profissionais de nvel superior, pesquisa, de extenso e de domnio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por (i) produo intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemtico dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista cientfico e cultural, quanto regional e nacional; (ii) um tero do corpo docente, pelo menos, com titulao acadmica de mestrado ou doutorado; (iii) um tero do corpo docente em regime de tempo integral.

    13

  • INFORMAES CADASTRAIS DA COMPANHIA

    Identificao GAEC Educao S.A., sociedade por aes, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica do Ministrio da Fazenda sob o n 09.288.252/0001-32e com atos constitutivos arquivados na JUCESP sob o NIRE 35.300.350.430.

    Registro na CVM Em 24 de outubro de 2013, a CVM deferiu nosso pedido de registro como companhia aberta na categoria A sob o n 2324-8.

    Sede Localizada na Cidade de So Paulo, Estado de So Paulo, na Avenida das Naes Unidas, n 12.551, 11 andar, conjunto 1109, Bairro Brooklin Novo, CEP 04578-000.

    Diretoria de Relaes com Investidores

    Localizada na Cidade de So Paulo, Estado de So Paulo, na Avenida das Naes Unidas, n 12.551, 11 andar, conjunto 1109, Bairro Brooklin Novo, CEP 04578-000. O Diretor de Relaes com Investidores o Sr. Leonardo Barros Haddad. O telefone do departamento de relaes com investidores (+55 11) 4302-2611, o fax (+55 11) 4302-2680 e o e-mail [email protected].

    Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

    Ttulos e Valores Mobilirios Emitidos Nossas Aes sero listadas na BM&FBOVESPA sob o smbolo ANIM3 no segmento Novo Mercado da BM&FBOVESPA, no dia til seguinte publicao do Anncio de Incio.

    Jornais nos quais divulgamos informaes As publicaes realizadas por ns em decorrncia da Lei das Sociedades por Aes so divulgadas no Dirio Oficial do Estado de So Paulo e no jornal Valor Econmico.

    Site na Internet

    www.animaeducacao.com.br

    As informaes constantes do nosso website no so parte integrante deste Prospecto, nem se encontram incorporadas por referncia a este.

    14

  • CONSIDERAES SOBRE ESTIMATIVAS E PERSPECTIVAS SOBRE O FUTURO

    Este Prospecto contm estimativas e perspectivas para o futuro, principalmente nas sees Sumrio da Companhia, Principais Fatores de Risco relativos Companhia e Fatores de Risco Relacionados s Aes e Oferta nas pginas 26 a 88, respectivamente, e no item 4.1 do Formulrio de Referncia, anexo a este Prospecto na pgina 843.

    As estimativas e perspectivas sobre o futuro tm por embasamento, em grande parte, expectativas atuais e projees concernentes a eventos futuros e tendncias financeiras que afetam ou possam afetar os nossos negcios. Muitos fatores importantes, alm daqueles discutidos neste Prospecto, podem impactar adversamente nossos resultados, tais como previstos nas estimativas e perspectivas sobre o futuro. Tais fatores incluem, entre outros, os seguintes:

    as condies comerciais, econmicas e polticas no Brasil;

    as mudanas na situao financeira de nossos estudantes e nas condies competitivas no setor de educao;

    nosso nvel de capitalizao e endividamento;

    a inflao, a deflao, as flutuaes da taxa de juros e as mudanas no nvel de desemprego;

    alteraes na regulamentao governamental do setor de educao;

    as intervenes do governo no setor de educao que podero resultar em mudanas no ambiente econmico, tributrio, tarifrio ou regulador no Brasil;

    nossa capacidade de obter financiamento para nossos projetos e planos de aquisio;

    nossa capacidade de ser bem sucedidos em nossa estratgia de negcios, incluindo identificar novas localidades para novas unidades e potenciais aquisies;

    nossa capacidade de acompanharmos e nos adaptarmos s mudanas tecnolgicas no setor educacional;

    nossa capacidade de investir no desenvolvimento de material didtico e a aceitao de nossos produtos pelo mercado;

    nossa disponibilidade, os termos, as condies e a oportunidade para obter e manter autorizaes governamentais;

    nossa capacidade de realizar os benefcios esperados resultantes da nossa recente aquisio da HSM e nossa capacidade de integrar novas aquisies em nossas operaes no futuro;

    nossa capacidade de identificar oportunidades eficientes de aquisio no setor e de aproveitar todos os benefcios esperados das aquisies que realizamos;

    nossa capacidade de continuar atraindo novos estudantes e mant-los matriculados;

    nossa capacidade de reter nossos professores e de atrair novos professores e mant-los;

    15

  • CONSIDERAES SOBRE ESTIMATIVAS E PERSPECTIVAS SOBRE O FUTURO

    nossa capacidade de manter a qualidade acadmica de nossos cursos;

    a disponibilidade de funcionrios experientes;

    a reduo no nmero de estudantes matriculados ou no valor das mensalidades; e

    outros fatores de risco discutidos na Seo Fatores de Risco e nos itens 4. Fatores de Risco e 5. Riscos de Mercado do Formulrio de Referncia anexo a este Prospecto na pgina 843.

    Essa lista de fatores de risco no exaustiva e outros riscos e incertezas podem causar resultados que podem vir a ser substancialmente diferentes daqueles contidos nas estimativas e perspectivas sobre o futuro. As palavras acredita, pode, poder, dever, visa, estima, continua, antecipa, pretende, espera e outras similares tm por objetivo identificar estimativas e perspectivas para o futuro. As consideraes sobre estimativas e perspectivas para o futuro incluem informaes pertinentes a resultados e projees, estratgia, planos de financiamentos, posio concorrencial, dinmica setorial, oportunidades de crescimento potenciais, os efeitos de regulamentao futura e os efeitos da concorrncia. Tais estimativas e perspectivas para o futuro referem-se apenas data em que foram expressas, e nem ns e nem os Coordenadores da Oferta assumem a obrigao de atualizar publicamente ou revisar quaisquer dessas estimativas em razo da ocorrncia de nova informao, eventos futuros ou de quaisquer outros fatores. Em vista dos riscos e incertezas aqui descritos, as estimativas e perspectivas para o futuro constantes neste Prospecto podem no vir a se concretizar. Tendo em vista estas limitaes, os investidores no devem tomar suas decises de investimento exclusivamente com base nas estimativas e perspectivas para o futuro contidas neste Prospecto.

    16

  • SUMRIO DA COMPANHIA

    Este Sumrio apenas um resumo de nossas informaes. As informaes completas sobre ns esto neste Prospecto e no Formulrio de Referncia, anexo a este Prospecto; leia-os antes de aceitar a Oferta. As informaes constantes neste Sumrio so consistentes com as informaes de nosso Formulrio de Referncia, nos termos do inciso II, 3, do artigo 40 da Instruo CVM 400.

    Este Sumrio contm um resumo das nossas atividades e das nossas informaes financeiras e operacionais, no pretendendo ser completo nem substituir o restante deste Prospecto e do Formulrio de Referncia. Este Sumrio no contm todas as informaes que o investidor deve considerar antes de investir nas Aes. Antes de tomar sua deciso em investir em nossas Aes, o investidor deve ler cuidadosa e atenciosamente todo este Prospecto e o Formulrio de Referncia, incluindo as informaes contidas nas sees Consideraes Sobre Estimativas e Perspectivas Sobre o Futuro, e Principais Fatores de Risco Relativos Companhia deste Prospecto, bem como nas sees Informaes Financeiras Selecionadas, Fatores de Risco e Comentrios dos Diretores, contidas nos itens 3, 4 e 10, respectivamente, do Formulrio de Referncia, anexo a este Prospecto na pgina 843, alm das nossas demonstraes financeiras e suas respectivas notas explicativas anexas a este Prospecto.

    VISO GERAL

    Somos uma das maiores organizaes educacionais privadas de ensino superior do pas, tanto em termos de receita como em nmero de estudantes matriculados, de acordo com a Hoper Educao1. Em 30 de junho de 2013, contvamos com aproximadamente 48 mil estudantes matriculados em cursos presenciais, em 17 campi localizados nos estados de Minas Gerais, So Paulo e Rio de Janeiro. Acreditamos possuir um posicionamento diferenciado quando comparados outras empresas do setor, inclusive s companhias educacionais de capital aberto2, que se traduz em nossa capacidade de conciliar escala com oferta de ensino de alta qualidade. Temos mais de 10 anos de experincia no setor de ensino superior brasileiro, contando com uma rede de trs Centros Universitrios (Una, UniBH e Unimonte) nos estados de Minas Gerais e de So Paulo, e duas Faculdades, nas cidades de Betim e Contagem (Minas Gerais), detendo marcas que acreditamos ser reconhecidas e tradicionais, com mais de 40 anos de histria. Adicionalmente, nosso portflio inclui tambm a HSM, que acreditamos ser uma das mais renomadas instituies de educao corporativa no Brasil.

    Em 2010 e 2011, duas de nossas instituies (Una e UniBH) figuraram entre os trs melhores Centros Universitrios privados de Minas Gerais, sendo classificados como os dois melhores centros universitrios privados de Belo Horizonte, de acordo com um ranking baseado no IGC divulgado pelo MEC. Oferecemos um amplo portflio de cursos, em todas as reas de ensino, com 81 cursos de Graduao, 87 de Ps-Graduao e 215 Cursos de Extenso e Aperfeioamento Profissional em 30 de junho de 2013. Alm da oferta de cursos presenciais, possumos ainda um projeto estruturado que oferecer uma ampla gama de cursos por meio de Ensino a Distncia, e que obteve nota mxima (cinco)3 no credenciamento institucional pelo MEC em 2013.A implementao de nosso projeto de Ensino a Distncia depende da publicao da autorizao do MEC, a qual esperamos obter em 2014.

    1 Fonte: Hoper Educao: Anlise Setorial do Ensino Superior 2012 / Emec. 2 Kroton Educacional S.A., Estcio Participaes S.A. e Anhanguera Educacional Participaes S.A. 3 Relatrio de avaliao do MEC de 2013.

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    Por meio da nossa participao de 50% na HSM, adquirida em maro de 2013 pelo valor de R$ 55,3 milhes, acreditamos ser lderes em termos de participantes no mercado de organizao de grandes eventos de gesto empresarial, com pblico mdio anual de oito a nove mil participantes, que, em sua maioria, so altos executivos de grandes empresas. Os eventos organizados pela HSM no Brasil tm como objetivo estimular a discusso de temas de vanguarda de gesto global, e contam com a participao de conferencistas mundialmente reconhecidos, como Jim Collins, Ram Charan, Michael Porter e Philip Kotler. A HSM, fundada h mais de 25 anos, tambm se destaca por oferecer Cursos de Ps-Graduao regulados pelo MEC, cursos livres e solues customizadas para empresas, em seus 2 campi, localizados em So Paulo e Rio de Janeiro, e atravs de sua rede credenciada, contando, em 30 de junho de 2013, com 11 instituies de ensino superior conveniadas em diferentes localidades do Brasil. Adicionalmente, a HSM possui uma editora prpria, responsvel pela publicao de ttulos selecionados e pela Revista HSM Management, uma publicao conceituada de gesto e negcios, alm de outras publicaes em meios fsicos e digitais.

    A tabela abaixo apresenta nossos principais indicadores financeiros e operacionais.

    Perodo de seis meses findo em 30 de junho

    de(1) Exerccio social encerrado em 31 de

    dezembro de

    Destaques financeiros e operacionais consolidados histricos (em R$ milhes, exceto se de outra forma indicado)

    2013 2012 2012 2011 2010 Receita lquida 215,3 157,9 323,7 254,2 214,8Lucro bruto 98,1 69,9 133,2 76,8 59,5 Lucro (prejuzo) lquido 30,3 18,1 23,5 (31,9) (19,6)EBITDA 43,6 30,6 44,1 2,7 0,5Margem EBITDA (%) (3) 20,3 19,4 13,6 1,1 0,2EBITDA Ajustado (4) 48,7 35,4 55,6 17,9 13,7Margem EBITDA Ajustado (%) (5) 22,6 22,4 17,2 7,0 6,4Estudantes matriculados (mil) 48,8 40,7 41,4 37,5 35,4Novas matrculas (mil) (2) 15,7 12,7 11,5 9,9 8,6Dvida Lquida 40,6 - (6) 54,1 105,2 82,7(1) Inclui a consolidao da HSM no perodo entre 1 de abril de 2013 e 30 de junho de 2013. (2) Inclui novos estudantes, transferncias de estudantes de outras Faculdades e estudantes que esto retornando em

    razo de (i) destrancamento de matrcula; e/ou (ii) ingresso em novo curso para obteno de novo ttulo de ensino superior.

    (3) Margem EBITDA: EBITDA dividido pela receita operacional lquida. (4) EBITDA ajustado por gastos, de natureza no recorrente, com a reestruturao operacional de nossas controladas. (5) Margem EBITDA Ajustada: EBITDA Ajustado dividido pela receita operacional lquida. (6) Dvida lquida no informada para o perodo em razo da divulgao auditada dessa conta contbil ocorrer na base

    de 31 de dezembro de cada exerccio social.

    Partindo de uma operao inicial em 2003 com dois campi e cerca de 3,8 mil estudantes matriculados, apresentamos um crescimento slido e constante de nossos resultados nos ltimos 10 anos, tanto por crescimento orgnico, quanto por aquisies. O nosso nmero de alunos apresentou um crescimento expressivo desde dezembro de 2010 at junho de 2013. Neste perodo, o nosso nmero de estudantes matriculados cresceu aproximadamente 38%. A nossa receita bruta consolidada passou de R$288,1 milhes no exerccio social encerrado em 31 de dezembro de 2010 para R$407,8 milhes no exerccio social encerrado em

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    31 de dezembro de 2012, representando um crescimento mdio anual de 19%, enquanto o nosso EBITDA ajustado, no mesmo perodo, cresceu 306%, passando de R$13,7 milhes (6,4% de margem EBITDA ajustada) no exerccio social encerrado em 31 de dezembro de 2010 para R$55,6 milhes (17,2% de margem EBITDA ajustada) no exerccio social encerrado em 31 de dezembro de 2012, representando um crescimento mdio anual ponderado de 101%. Este resultado inclui, alm de um consistente crescimento orgnico de nossas unidades, a contnua melhoria de nossa eficincia operacional. Em 30 de junho de 2013, a nossa receita bruta consolidada foi de R$271,2 milhes e o nosso EBITDA ajustado de R$48,7 milhes, o que representa um crescimento de 37,2% e 37,6%, respectivamente, em comparao ao mesmo perodo do ano anterior. Esses nmeros j levam em considerao a aquisio de 50,0% da HSM em 23 de maro de 2013, que apresentou uma receita bruta total de R$52,0 milhes no exerccio social encerrado em 31 de dezembro de 2012.

    Nossa instituio tem como princpio preservar e fomentar a interao entre professores e estudantes, respeitando a autonomia e caractersticas de seus docentes, em equilbrio com os ganhos de escala e de qualidade auferidos com a padronizao de diretrizes curriculares, processos e sistemas. Nosso modelo acadmico, que comeou a ser implantado desde 2008, fundamentado em uma metodologia educacional prpria que contempla forte interdisciplinaridade, com foco no desenvolvimento de competncias, alm de uma organizao curricular modular, na qual so estabelecidas linhas de formao com indicao dos elementos bsicos de progresso do estudante no curso. O modelo de currculo modular proporciona grande flexibilidade na gesto acadmica, e acreditamos resultar em qualidade superior de ensino, evidenciada pelos rankings e resultados de avaliaes divulgados pelo MEC anualmente.

    Nosso modelo acadmico, ao mesmo tempo em que contribui com alto valor agregado para o estudante, tambm se mostra eficiente do ponto de vista econmico. O lucro bruto para nosso segmento de ensino superior, como percentual da receita lquida, correspondeu a 49,2% no perodo de seis meses encerrado em 30 de junho de 2013 e a 41,1% no exerccio encerrado em 31 de dezembro de 2012.

    Desde abril de 2012, passamos a contar com um importante reforo em nossa gesto, o BR Educacional FIP, investidor financeiro com foco especfico no setor de educao. O BR Educacional FIP aportou, alm de capital, uma expertise refletida em boas prticas de governana corporativa e de planejamento estratgico. Nesse sentido, aplicamos em todas as nossas reas de atuao uma gesto fundamentada em indicadores de desempenho e de resultados em linha com nossa cultura oramentria.

    Entendemos que o setor de educao no Brasil apresenta grande potencial de crescimento e consolidao por diversas razes, dentre as quais destacamos: (i) crescimento populacional, bem como do mercado de trabalho; (ii) aumento da renda familiar; (iii) aumento da demanda por mo de obra qualificada; (iv) crescente oferta de crdito educacional e de programas de incentivo educao de qualidade por parte do Governo Federal; (v) aumento da penetrao de cursos de Ensino a Distncia; e (vi) fragmentao do setor, que est em meio a um processo de consolidao.

    Em vista disso, acreditamos estar bem posicionados para aproveitar esse crescimento e o movimento crescente de consolidao do mercado em razo da reputao de nossas marcas e da nossa experincia na aquisio e integrao de outras instituies de ensino.

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    VANTAGENS COMPETITIVAS

    Foco em proporcionar ensino acadmico de alta qualidade. Entendemos que o nosso projeto acadmico valoriza o desenvolvimento da autonomia de nossos estudantes, buscando uma formao ampla do profissional, do indivduo e do cidado, buscando garantir que nossos alunos tenham acesso a um ensino acadmico de qualidade. De acordo com estudos da Hoper, 47,4% dos motivos analisados pelos alunos no processo de escolha da instituio de ensino superior esto relacionados qualidade4 das instituies, enquanto apenas 22% esto relacionados localizao das instituies. Por meio de uma metodologia prpria, nosso currculo traz uma abordagem modular e interdisciplinar, permitindo ao estudante conectar-se com as diferentes disciplinas de cada curso, agregando valor ao seu processo de aprendizado. Isto vai muito alm da padronizao de currculos, calcada na viso anacrnica, adotada por diversas instituies de ensino no Brasil, de simples repasse de contedo. Reconhecendo que, com o advento da tecnologia, o acesso a contedo est praticamente universalizado, nosso foco est no desenvolvimento de competncias perenes que permitam maior autonomia e uma atuao mais abrangente dos estudantes no exerccio de suas profisses. A preparao dos nossos professores refora a nossa capacidade em proporcionar um ensino superior de alta qualidade, 68,57% dos nossos professores possuem titulao em mestrado ou doutorado. A qualidade de nosso ensino acadmico vem sendo comprovada por meio de uma srie de indicadores internos e externos como, por exemplo: (i) resultados consistentes de satisfao de nossos estudantes, uma vez que mais de 65% deles avaliaram nossas instituies, em abril e maio de 2013 como muito boas ou excelentes, em nossas pesquisas internas; (ii) 75% dos cursos avaliados esto entre os trs melhores oferecidos por organizaes educacionais privadas de ensino superior em seus respectivos mercados, conforme nota do Conceito Preliminar de Curso (CPC) do MEC; (iii) todos os nossos cursos que receberam visita in loco do MEC nos ltimos 18 meses foram avaliados com Conceito de Curso (CC) igual ou superior a 3, sendo que 75% dos cursos de nossas instituies de ensino esto avaliados com nota 4 ou 5; (iv) temos conseguido melhorar consistentemente o ndice Geral de Cursos (IGC) do MEC de nossas instituies, que colocam a Una e o UniBH como os dois melhores Centros Universitrios privados da regio metropolitana de Belo Horizonte em 2010 e 2011, de acordo com ltimas divulgaes disponibilizadas pelo MEC. O reconhecimento dos nossos alunos por proporcionarmos ensino superior de qualidade a sustentabilidade do nosso ticket mdio mais alto ao longo dos ltimos anos.

    Modelo de negcios diferenciado que nos permite um posicionamento privilegiado para aproveitar o potencial de crescimento do setor de educao brasileiro. Acreditamos ter um modelo de negcios diferenciado, proporcionando alto padro de qualidade acadmica que, aliado a uma forte cultura empresarial, nos leva a resultados positivos e sustentveis ao longo do tempo. Alm disso, acreditamos que existe uma demanda crescente (pelo MEC, pelo mercado de trabalho e tambm pelos estudantes) por qualidade no setor de educao no Brasil, o que poder nos colocar em uma posio diferenciada se comparados a outros grupos educacionais privados. Essa tendncia vem sendo evidenciada pelo crescimento do volume de estudantes que utilizam financiamento estudantil (mais de um milho em agosto de 2013, em face de 75,9 mil estudantes no ano de 2010), inicialmente por meio de entidades privadas, mas que foi fortemente potencializada pela expanso do programa de financiamento estudantil do Governo Federal (FIES). Esses mecanismos de financiamento permitem que os estudantes passem a escolher a instituio e os cursos em que desejam ingressar, e no simplesmente os que estariam aptos a pagar. Consequentemente, percebida uma tendncia de migrao de estudantes, em todo o pas, para instituies com propostas de excelncia acadmica,

    4 Foram considerados como motivos relacionados qualidade os seguintes itens do estudo da Hoper: qualidade, reconhecimento de mercado, recomendao de amigos, tradio e reconhecimento da marca e resultados no Enade.

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    responsabilidade social e empresarial, com marcas e reputao diferenciadas, que acreditamos ser o nosso caso. Desta forma, acreditamos possuir uma vantagem competitiva em relao aos nossos concorrentes que operam no setor privado por estarmos prontos para acompanhar o crescimento do setor de educao superior, capturando, com isso, mais valor para nossos acionistas.

    Portflio de marcas com grande tradio e reputao. Acreditamos que as marcas de educao no Brasil so essencialmente locais/regionais, salvo excees normalmente restritas s instituies generalistas de massa ou de nicho, com atuao em uma ou poucas reas de ensino. A Una, UniBH e Unimonte so marcas com tradio com mais de 40 anos de histria nas regies em que atuam. Buscamos um posicionamento independente e nico de nossas marcas, respeitando seu posicionamento estratgico e o compromisso com a qualidade de ensino, sem prejuzo de introduzirmos elementos modernos e inovadores, que so nossas caractersticas essenciais. Essa capacidade de criar identidades prprias nos permite, por exemplo, gerenciar duas instituies de ensino na mesma cidade (Una e UniBH), com posicionamentos de preo e portflios de cursos similares, de forma bastante sinrgica, atraindo estudantes com diferentes perfis e ampliando a participao de mercado de ambas as instituies, simultaneamente. Desta forma, a marca Anima funciona como uma importante amlgama, principalmente para o mundo corporativo, fortalecendo o conceito de rede, absorvendo e transferindo credibilidade para as nossas instituies de ensino. No incio de 2013, agregamos ao nosso portflio mais uma marca tradicional, a HSM, com mais de 25 anos de atuao na organizao de eventos de gesto empresarial e forte presena no meio corporativo. Com uma atuao focada na rea de educao em negcios e gesto, vemos na HSM o potencial de tornar-se uma marca referncia nesse nicho de mercado, com alcance nacional. Isso no s potencializa a percepo de qualidade de nosso portflio e de nossas marcas, como tambm nos permite ganhar escala por meio de sinergias entre nossa rede. Acreditamos que nossa reputao e posicionamento no mercado contriburam decisivamente para o sucesso das aquisies que fizemos nos ltimos anos, bem como para a integrao das instituies adquiridas, e que sero fundamentais em nossa estratgia de crescimento futuro. Com o setor de educao ainda bastante pulverizado e com vrias marcas regionais fortes, acreditamos que a estratgia de preservao das marcas adquiridas potencializa os benefcios decorrentes da reputao regional destas marcas e do reconhecimento dos princpios e valores do nosso modelo de negcios, uma vez integradas nossa rede.

    Valorizao de pessoas. Acreditamos que nosso desenvolvimento est diretamente vinculado s pessoas com as quais nos relacionamos, uma vez que o sucesso de uma instituio depende do desenvolvimento de uma cultura organizacional prpria e autntica, baseada em princpios e valores praticados no dia a dia. Dessa forma, incentivamos o desenvolvimento de nossos colaboradores e professores por meio de iniciativas especficas para cada um dos pblicos. Em primeiro lugar, criamos um programa permanente de capacitao chamado Lideres Inspiradores Anima, que rene cerca de 80 pessoas em cargos de liderana, tanto da rea acadmica quanto na rea de gesto. Esse grupo atua como propagador de nossa cultura para cerca de 4.000 colaboradores e professores, e ainda contribui para a formao de um grupo de potenciais gestores para ocupar novas posies dentro do grupo. Para nossos gestores intermedirios e demais colaboradores, criamos programas especficos de treinamento, visando o contnuo aprimoramento, tanto de habilidades tcnicas especficas para o nosso setor quanto de habilidades comportamentais, como liderana, trabalho em equipe e comunicao. Oferecemos, ainda, programas de capacitao para todos os nossos coordenadores de cursos por meio do Programa de Capacitao de Gestores Acadmicos (PDGA), ferramenta essencial para o desenvolvimento de futuros lderes, capazes de conciliar princpios acadmicos com uma dinmica empresarial. Finalmente, valorizamos o nosso corpo docente por meio de aes que ampliam o seu sentimento de integrao na instituio e a percepo de sua relevncia no processo de aprendizado dos estudantes. Estes

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    valores garantem um total alinhamento de nossos professores e estudantes. Nossas prticas de gesto de pessoas vm apresentando resultados satisfatrios, uma vez que a Una, nossa subsidiria, apresenta-se como a nica instituio de ensino superior a figurar entre as 100 melhores empresas para se trabalhar no Brasil por trs anos consecutivos, de acordo com a pesquisa do Great Place to Work Institute.

    Forte perfil de rentabilidade com crescimento significativo. Apresentamos crescimento financeiro constante nos ltimos cinco anos, com um CAGR de nossa receita bruta de 19% nos ltimos trs anos. Adicionalmente, nosso EBITDA ajustado e Margem EBITDA ajustada cresceram, respectivamente, de R$13,7 milhes em 2010 para R$55,6 milhes em 2012 e de 6,4% para 17,2% no mesmo perodo. No perodo de seis meses findo em 30 de junho de 2013, em comparao com o mesmo perodo de 2012, nosso EBITDA ajustado e Margem EBITDA ajustado cresceram respectivamente, de R$35,4 milhes em 2012 para R$48,7 milhes em junho de 2013 e de 22,4% para 22,6% no mesmo perodo. Desse modo, entendemos que nossas operaes possuem grande rentabilidade e relevante retorno sobre o capital investido. Alm disso, ao adquirirmos uma instituio, buscamos maximizar sinergias e eficincia operacionais e, consequentemente, traduzir essas aes em aumento da rentabilidade de suas operaes. Acreditamos que a nossa proposta de valor diferenciada e a slida reputao de nossas marcas nos permitem praticar mensalidades superiores mdia de mercado, que se traduzem em um EBITDA por estudante tambm maior do que as demais companhias abertas do setor de educao, que tm foco no ensino padronizado, nos permitindo continuar com crescimento consistente e realizando investimentos em qualidade.

    Administrao experiente, focada em resultados e apoiada por um parceiro estratgico renomado. Nossa Administrao composta por um time de gesto alinhado, com mais de 10 anos de trabalho em equipe e profundo conhecimento e experincia no setor de educao. A maioria de nossos executivos, incluindo os fundadores de nossa Companhia, faz parte tambm do bloco de controle, reforando o alinhamento de interesses entre os acionistas e o nosso time de gesto. O nosso time de gesto vem construindo um histrico de sucesso e de crescimento, tanto orgnico como por meio de aquisies. Destacamos, ainda, a presena do Dr. Ozires Silva, fundador da Embraer, ex-presidente da Petrobras e ex-ministro da infraestrutura, como presidente de nosso Conselho de Administrao e Reitor da Unimonte. Procuramos garantir o alinhamento dos nossos interesses com os de nossos gestores e administradores por meio de uma estrutura de remunerao varivel atrelada aos resultados alcanados. Ainda, em 2012, o BR Educacional FIP, fundo de private equity com foco no setor de educao no Brasil, adquiriu uma participao de 28,54% no nosso capital social, demonstrando a credibilidade e a confiana depositada em nossa instituio. Como parte de sua atuao, o BR Educacional FIP tem contribudo nas discusses estratgicas e para o aprimoramento das nossas melhores prticas de governana corporativa. O professor Paulo Guedes, membro de nosso Conselho de Administrao, foi fundador e o atual executive chairman da Bozano Investimentos, tendo sido tambm cofundador do Banco Pactual e do IBMEC.

    NOSSA ESTRATGIA DE EXPANSO

    Nossas frentes de expanso e crescimento se dividem em quatro pilares principais:

    Crescimento orgnico. Pretendemos continuar crescendo a nossa base de estudantes e a nossa participao de mercado com base na reputao de nossas marcas e, assim, incrementar os nossos resultados financeiros, por meio de iniciativas que incluem:

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    Gesto do portflio de cursos voltada ampliao e renovao de sua oferta: Avaliamos constantemente as necessidades de profissionais no mercado de trabalho e desenvolvemos cursos com o objetivo de suprir essas demandas. O nosso status de Centro Universitrio nos permite oferecer novos cursos sem prvia autorizao do MEC nos municpios onde nossas instituies de ensino esto instaladas (exceto para os cursos de medicina, direito, psicologia e odontologia, por restrio legal e regulatria). Assim, somos capazes de reagir rapidamente s mudanas de comportamento na demanda por novos cursos e/ou novas vagas em novas unidades. Por exemplo, em resposta aos movimentos do mercado de trabalho, implementamos uma estratgia de ampliao do nosso portflio de vagas em nossos cursos de engenharia, que em 2010 representavam cerca de 10% do total de nossas matriculas, com 3.368 estudantes, distribudos em dez cursos e, em 30 de junho de 2013 representaram aproximadamente 25,0% das matrculas e 11.322 estudantes, respectivamente, nos mesmos dez cursos.

    Expanso multi campi: Nossa experincia indica que o fator convenincia nos grandes centros uma importante varivel no processo decisrio do estudante que, por vezes, pode se ver impedido de cursar sua instituio de preferncia devido a dificuldades de deslocamento. Nesse sentido, pretendemos ampliar a nossa rea de atuao para cobrir novas regies dentro dos municpios onde atuamos, por meio da abertura de novas unidades em uma estratgia multi campi. Nossa equipe de expanso avalia constantemente novas oportunidades para cobrir reas que no so plenamente atendidas ou que tm forte potencial de expanso e desenvolvimento, com base em indicadores demogrficos e socioeconmicos. Como exemplo, em fevereiro de 2012 inauguramos um campus em uma nova regio de Belo Horizonte, a Linha Verde, e que, em 30 de junho de 2013, j representava um dos principais campi da Una em termos de volume de ingressantes. Da mesma forma, tambm na regio da Linha Verde, inauguramos um novo campus do UniBH em agosto de 2013, fazendo bom uso da gesto de nosso portflio de marcas e cursos para atender demanda local.

    Expanso de unidades no interior: Pretendemos promover a abertura de novas unidades em regies localizadas fora das grandes capitais com demanda por ensino superior de qualidade. A partir de nossa experincia na Una, percebemos que, uma vez consolidadas em seu municpio base, nossas marcas tm potencial e alcance para funcionarem como ncoras regionais. Comprovamos essa estratgia com a instalao da unidade (greenfield) da Una em Contagem, em 2008, e mais recentemente, em fevereiro de 2013, por meio da aquisio de uma faculdade de pequeno porte em Betim, convertida para a marca Una. Vale destacar que essa frente de expanso potencializa ainda mais os ganhos de escala e eficincia operao, uma vez que, alm da integrao de nosso Centro de Servios Compartilhados (CSC) e da estrutura de gesto central, as unidades satlite oferecem potenciais ganhos de escala com a ncora regional, em especial na direo geral da unidade e nas estruturas de direo e coordenao acadmica. Sempre que julgarmos vivel buscaremos replicar esta estratgia em outros estados medida que realizarmos novas aquisies de marcas ncoras.

    Criao de um programa diferenciado de Ensino a Distncia. O segmento de Ensino a Distncia apresenta grande potencial de mercado, principalmente em razo dos valores mais atraentes de mensalidade, do maior alcance geogrfico (devido reduo na necessidade de deslocamento do estudante) e da alta taxa de crescimento histrico. De acordo com dados do Censo do Ensino Superior do MEC, o nmero de matrculas no ensino superior distncia privado no Brasil, entre 2002 e 2011, passou de 6,39 mil estudantes em 2002 para 815 mil estudantes em 2011. Estamos em fase final de aprovao e credenciamento junto ao MEC do nosso programa de ensino a distncia, sendo que ao longo do processo obtivemos nota mxima nas trs dimenses avaliadas pelo

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    MEC, quais sejam credenciamento institucional, autorizao do curso e avaliao dos polos. Acreditamos que o Ensino a Distncia poder representar um importante componente da nossa receita nos prximos anos, tendo em vista a tendncia de crescimento do setor e o potencial de ganho decorrente da diluio de nossos custos fixos, que podero nos proporcionar margens de retorno acima da mdia obtida nos cursos presenciais.

    Aproveitamento de oportunidades de consolidao do setor. Parte da nossa estratgia de crescimento fundamentada na aquisio de outras instituies de ensino. Buscamos identificar ativos capazes de agregar valor e competitividade ao nosso grupo e que, ao mesmo tempo, possam fazer uso de nossa tecnologia curricular, de nossos processos centralizados e de nossas estruturas corporativas. Entendemos ser criteriosos e rigorosos na seleo de possveis aquisies. Nossa anlise considera duas grandes vertentes: (i) a atratividade do mercado e ambiente competitivo, avaliada por meio de anlises qualitativas e quantitativas que comparam diversos aspectos sociais, demogrficos e mercadolgicos; e (ii) a atratividade da instituio, avaliada com base em critrios como sua fora institucional, riscos e potencialidades em relao a (a) marca, (b) equipe / capital humano, (c) gesto, (d) sinergia ao nosso posicionamento, valores e princpios e cultura organizacional e (e) performance financeira e operacional. Cada possvel aquisio aprovada somente depois de uma anlise extensiva de tais critrios por nossa equipe de especialistas. Nosso CSC, ferramenta desenvolvida para nos proporcionar uma plataforma administrativa, financeira e acadmica integrada mais eficiente, capaz de catalisar as melhores prticas de cada uma de nossas instituies e o padro de qualidade oferecido em todas as nossas unidades, nos permite fazer com que a integrao de novas instituies e unidades de negcio se torne mais gil e eficaz, possibilitando a reduo de custos incrementais e gerando relevantes ganhos de escala. Acreditamos que esses fatores nos permitem integrar aquisies de maneira rpida, eficiente e rentvel. Um exemplo de sucesso foi o processo de integrao da UniBH, no qual mantivemos o legado acadmico da instituio e implantamos, com rapidez e eficcia, nosso CSC. Fomos capazes de fortalecer a marca UniBH, compartilhar boas prticas, ganhar escala e aportar eficincia operacional com integrao do sistema acadmico existente ao nosso. O aumento de rentabilidade foi expressivo, passando de um resultado negativo de R$2,4 milhes em 2010 para um resultado positivo de R$21,3 milhes em 2012, com aumento da base de estudantes matriculados, reduo nos custos de pessoal (tanto docente como administrativo) e, mais importante, melhoria nos indicadores acadmicos e no grau de satisfao dos estudantes. Acreditamos que a capitalizao decorrente da Oferta aportar liquidez e flexibilidade no processo negocial. Atualmente, avaliamos instituies com sinergia ao nosso posicionamento, localizadas em 42 cidades e distribudas em 20 estados do Brasil.

    Ampliao de nosso mercado de atuao mediante uso das verticais do conhecimento. As verticais do conhecimento so unidades de negcio com marcas reconhecidas nacionalmente por sua expertise em determinadas reas do saber capazes de potencializar as operaes locais por meio de uma chancela s marcas locais (co-branding) e desenvolvimento de novos produtos e servios escalonveis por meio da nossa rede. Mais que uma frente de expanso, acreditamos que as verticais do conhecimento devero representar um importante diferencial competitivo para ns. Essa estratgia j tem sido implementada com relao HSM. Essa nova unidade de negcios, adquirida em maro de 2013, cumpre objetivos estratgicos mltiplos, uma vez que alavanca nossa atuao no segmento de educao corporativa, ao mesmo tempo em que funciona como um vetor de gesto dentro da nossa rede. Acreditamos que a HSM apresenta todas as condies (marca, know-how, contedo e produtos) de potencializar seu negcio e portflio de produtos, ao oferec-los localmente em nossos Centros Universitrios (como programas de Ps-Graduao e cursos livres oferecidos pela nossa rede). Alm disso, nossos Centros Universitrios podero incluir novos elementos de diferenciao em seus cursos, contar com o know-how da HSM na rea de gesto no desenvolvimento e atualizao de seus projetos pedaggicos e agregar a seus cursos de graduao ou ps-graduao contedos educacionais diferenciados

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    (como transmisso de grandes eventos, acesso a contedos HSM, workshops e desenvolvimento de soft skills). As verticais do conhecimento tm potencial para o desenvolvimento de produtos com distribuio nos futuros canais virtuais, em especial em nossos polos de Ensino a Distncia. A HSM nosso primeiro passo nessa direo e vemos potencial de explorao de novas verticais em outras reas do saber. Assim, por meio das verticais do conhecimento buscamos ao mesmo tempo rentabilizar e diferenciar nossos produtos, reforando nosso portflio de marcas em ambos os sentidos, tanto com a marca vertical reforando a marca local, como a marca local ampliando a visibilidade e alcance da marca vertical.

    ESTRUTURA SOCIETRIA

    O organograma a seguir evidencia nossa estrutura societria na data deste Prospecto:

    (1) O BR Educacional Fundo de Investimento em Participaes um fundo de investimentos administrado pela BEM

    Distribuidora de Ttulos e Valores Mobilirios Ltda. e gerido pela BR Educacional Gestora de Recursos Ltda. As decises de investimento e desinvestimento do so tomadas pelo Comit de Investimento composto pela: (a) BR Educacional Gestora de Recursos Ltda.; (b) BNDES Participaes S.A. BNDESPAR; (c) Instituto Infraero de Seguridade Social INFRAPREV; (d) Fundao dos Economirios Federais FUNCEF; (e) Petros Fundao Petrobrs de Seguridade; (f) Caixa de Previdncia dos Funcionrios do Banco do Brasil PREVI; (g) Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telgrafos POSTALIS; (h) Fundo Banespa de Seguridade Social BANESPREV; e (i) Fundao de Previdncia Complementar dos Empregados ou Servidores da FINEP, do IPEA, do CNPq, do INPE e do INPA FIPECq; sendo que estas instituies so representadas pelas seguintes pessoas: (a) o Sr. Paulo Guedes (membro do nosso Conselho de Administrao) e Manoel Cordeiro, alternativamente, pela BR Educacional Gestora de Recursos Ltda.; (b) a Sra. Juliana Machado Ceccato e o Sr. Emerson Tetsuo Miyazaki, alternativamente, pela FUNCEF; (c) os Srs. Edson Ferreira e Jos Carlos Rodrigues Sousa, alternativamente, pela POSTALIS. BNDESPAR, INFRAPREV, PETROS e PREVI nomeiam seus membros representantes para esta finalidade com base em reunies do comit de investimento O BANESPREV e a FIPECq possuem apenas membros observadores.

    (2) Participao adquirida em maro/2013. Os outros 50% so detidos 6,67 % pela RBS Participaes S.A. e 43,33% pela RBS Mdia, Digital e Participaes S.A.

    (3) Participao adquirida em maro/2013. Os outros 50% so detidos pela RBS Participaes S.A.

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  • SUMRIO DA COMPANHIA

    PRINCIPAIS FATORES DE RISCO RELATIVOS COMPANHIA

    Enfrentamos concorrncia significativa em cada curso que oferecemos e em cada mercado geogrfico em que operamos e, se no competirmos com eficincia, poderemos perder participao de mercado e lucratividade.

    Concorremos com faculdades, universidades e centros universitrios pblicos e privados. De acordo com o censo da educao superior realizado pelo INEP, havia 2.365 instituies de graduao privadas e pblicas no Brasil em 31 de dezembro de 2011. Nossos concorrentes, inclusive instituies de ensino superior pblicas, podem oferecer cursos semelhantes ou melhores aos oferecidos por ns, contar com mais recursos, ter mais prestgio na comunidade acadmica, unidades com localizao mais conveniente e com melhor infraestrutura e/ou cobrar mensalidades mais baixas ou at mesmo no cobrar mensalidades. Podemos ser obrigados a aumentar nossas despesas operacionais ou reduzir nossas mensalidades como resposta concorrncia a fim de reter ou atrair estudantes ou buscar novas oportunidades de mercado. Assim, eventuais aumentos de mensalidades causados por fatores macroeconmicos ou especficos a nossos negcios podem impactar nossa capacidade de atrair e reter estudantes. Enfrentaremos, ainda, a concorrncia de cursos de ensino a distncia promovidos por nossos concorrentes, que possuem um histrico e experincia neste seguimento e ainda, se caracterizam por apresentar custos mais baixos e maior flexibilidade ao estudante se comparados aos cursos presenciais. Ademais, podemos enfrentar a concorrncia de grupos estrangeiros que atuem no mesmo setor educacional que atuamos e/ou que pretendemos atuar.

    Adicionalmente, com relao HSM, enfrentamos a concorrncia de outros eventos promovidos por terceiros com o mesmo pblico alvo, inclusive no que tange contratao dos palestrantes. No podemos garantir que seremos capazes de competir com sucesso com nossos concorrentes atuais e futuros, o que poder causar um efeito prejudicial relevante nos nossos negcios e resultados.

    As dificuldades em integrar e gerenciar com eficincia um nmero cada vez maior de unidades ou a expanso de nossos negcios para segmentos educacionais em que ainda no atuamos podem prejudicar nossos negcios e resultados, bem como nossa cultura de negcio.

    Nossa estratgia inclui a expanso orgnica, mediante aumento da oferta de turmas e cursos nas unidades existentes e abertura de novas unidades, bem como por meio da aquisio de instituies de ensino superior e sua integrao nossa rede de ensino. Nosso plano de expanso tem como premissa a implantao e manuteno da nossa cultura de ensino, com foco em qualidade. Nossa cultura corporativa e de ensino so pilares fundamentais do nosso modelo de negcios. Caso no sejamos capazes de manter nossos padres atuais, poderemos perder participao no mercado e ser prejudicados, o que poder causar um efeito prejudicial relevante nos nossos negcios e resultados. Alm disso, estamos constantemente analisando oportunidades de negcio que podem expandir nossas atividades para outros segmentos educacionais, em que atualmente no atuamos e no temos histrico ou experincia, como, por exemplo, a criao de programas de ensino a distncia. Podemos no obter resultados operacionais satisfatrios nesses novos segmentos a curto ou mesmo longo prazo, o que poder nos afetar de forma adversa.

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  • SUMRIO DA COMPANHIA

    Parte da nossa estratgia de crescimento est baseada na aquisio de outras empresas, que tambm podem exigir notificao e podem ser contestadas pelo CADE e as aquisies de direitos de mantena devem ser previamente aprovadas pelo MEC. As aquisies e reorganizaes societrias apresentam riscos que podero afetar adversamente as nossas operaes e receitas

    Nossa estratgia de crescimento envolve, alm de crescimento orgnico, crescimento por meio da aquisio e integrao de instituies de ensino superior nossa rede de ensino e est sujeita a riscos.

    O processo de aquisio de Instituies de Ensino Superior compe nossa estratgia de crescimento. Entretanto, h riscos provenientes desse processo, dentre os quais destacamos os seguintes:

    (i) podemos no ser capazes de identificar instituies que ofeream oportunidades adequadas de aquisio ou condies favorveis no momento que desejarmos realiz-la;

    (ii) o processo de diligncia de negcios pode no conseguir identificar todas as contingncias legais, tcnicas ou regulatrias de responsabilidade da instituio a ser adquirida, da qual passaremos a ser sucessores legais;

    (iii) a aquisio poder no contribuir para a estratgia comercial como esperado, ou poderemos pagar por qualquer unidade adquirida valor que se mostre superior ao valor estimado como justo devido, entre outros fatores, ao atual cenrio competitivo por alvos de aquisies na indstria em que atuamos;

    (iv) nossa estratgia de atuao est pautada no fortalecimento das marcas regionais das instituies que adquirimos, as quais esto sujeitas a riscos institucionais prprios e especficos;

    (v) o processo de aquisio pode ser demorado e os investimentos em aquisies podem no gerar os retornos esperados;

    (vi) a aquisio pode eventualmente no contribuir com a nossa imagem e/ou pode estar sujeita aprovao do CADE, que poder rejeit-la ou aprov-la com restries;

    (vii) a aquisio de direitos de mantena dever ser submetida aprovao do MEC, que poder rejeit-la;

    (viii) o processo de aquisio cria desafios adicionais em termos de manuteno da nossa qualidade e cultura de ensino e no h garantia de que nossa marca no ser prejudicada em decorrncia de qualquer queda, real ou percebida, de nossa qualidade de ensino; e

    (ix) o processo de aquisio pode sofrer contratempos e desviar maior ateno e tempo da nossa Administrao para questes ligadas transio ou integrao em relao ao inicialmente previsto.

    Poderemos tambm enfrentar riscos significativos no processo de integrao das operaes e gesto de quaisquer unidades adquiridas (incluindo aquisies realizadas e as futuras), tais como a administrao de um nmero maior de funcionrios, a disperso geogrfica, a criao e implementao de controles, a adoo de procedimentos e polticas eficientes e uniformes, alm de custos de integrao imprevistos e a gesto e implementao do plano de negcio da companhia adquirida. Por exemplo, em maro de 2013, adquirimos 50% de participao na HSM, e os resultados financeiros negativos da HSM nos ltimos anos poder impactar negativamente os nossos resultados caso no tenhamos sucesso no processo de integrao das operaes e gesto da HSM.

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  • SUMRIO DA COMPANHIA

    Adicionalmente, poderemos assumir passivos ou contingncias das empresas adquiridas e/ou resultante de reorganizaes societrias, relativos a questes civis, regulatrias, tributrias, trabalhistas, previdencirias, ambientais e questes de propriedade intelectual, prticas contbeis, divulgaes de demonstraes financeiras ou controles internos, os quais podem no ser suficientemente cobertos pelas garantias contratuais prestadas pelos vendedores das instituies de ensino, ou podem no ter sido identificados no decorrer do processo de diligncia legal e de negcios realizada na instituio de ensino. Nesse caso, poderemos precisar de recursos adicionais para dar continuidade nossa estratgia de expanso.

    Devem ser submetidas aprovao do CADE, previamente ao fechamento de cada aquisio, todas as operaes de aquisio em que uma das empresas ou grupo de empresas envolvidas tenha registrado faturamento bruto anual no Brasil, no ano anterior operao, de ao menos R$ 750 milhes, no caso em que a outra parte envolvida tenha registrado receita bruta de ao menos R$ 75 milhes no mesmo perodo. Com relao s nossas aquisies, o CADE deve determinar se a operao em questo prejudica as condies competitivas nos mercados em que operamos ou prejudica os consumidores nesses mercados. A aquisio de direito de mantena dever ser submetida aprovao do MEC. A aquisio do controle societrio de mantenedoras de instituies de ensino deve ser comunicada ao MEC posteriormente realizao da aquisio. Caso no realizemos referida comunicao, podemos sofrer uma das seguintes punies: suspenso temporria de abertura de vestibular, cassao de autorizao de funcionamento ou do reconhecimento de cursos, interveno na instituio, suspenso de prerrogativas de autonomia e at descredenciamento, sendo que quaisquer delas poder causar um efeito prejudicial relevante nos nossos negcios e resultados. Ademais, o CADE pode no aprovar nossas futuras aquisies de sociedades e/ou direitos de mantena ou pode impor a ns obrigaes dispendiosas, como condio aprovao dessas aquisies, tais como alienao de parte de nossas operaes ou restries sobre como devemos operar ou comercializar os servios, bem como o MEC pode no aprovar nossas futuras aquisies de direitos de mantena.

    A disponibilidade de recursos em volumes adequados e a custos acessveis essencial para permitir o financiamento dos nossos planos de expanso e sua ausncia pode afetar negativamente nossa estratgia de crescimento. Alm disso, situaes adversas podem afetar nossa capacidade de gerenciar nosso nvel de endividamento oriundo de nossa estratgia de crescimento, resultando em excessiva alavancagem financeira e riscos relativos nossa capacidade de pagamento de nossos passivos financeiros.

    Por fim, caso os riscos enumerados acima, provenientes destas aquisies e reorganizaes societrias, sejam concretizados, seremos prejudicados e essas variveis podero causar um efeito prejudicial relevante n