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Magnetrometria:
Mede a magnitude e a orientação do campo magnético da Terra.
Depende do campo magnético primário gerado no núcleo da Terra e das magnetizações
induzidas e remanentes das rochas que compõem a crosta terrestre.
A propriedade Importante é a susceptibilidade magnética K.
Linhas de força:
Figura 1: Campo magnético de um objeto magnetizado.
Dipolos magnéticos:
Não existe um pólo magnético positivo que não esteja associado a um pólo negativo. Todos os
corpos magnetizados podem ser vistos como dipolos (figura 1).
Simplificando equações, a força magnética entre dois pólos é dada por:
(1)
m1, m2 =medida da unidade magnética em cada pólo;
r = distância entre pólos;
m = constante de permeabilidade magnética do meio.
Unidades do campo magnético:
Considerando circulo de raio r, por onde passa uma corrente i,
equivalente a um átomo com elétrons orbitando. Um campo
magnético H é produzido no centro do círculo, e sua intensidade
é:
H = i/2r
Em ampéres por metro, A/m
Esta corrente circular tem um momento magnético associado, que vale:
m = i x Área
Em amperes metro quadrado, Am2
A intensidade da magnetização, M, é o momento magnético por unidade de volume,
M = m/v
Em ampéres por metro, A/m.
Notemos que H e M tem a mesma unidade, mas não são a mesma coisa.
Podemos definir a susceptibilidade magnética como sendo :
Κ = M/H
O campo magnético medido, na verdade é:
B = µ0(H+M)
Onde µ0 é a permissividade magnética do meio.
Contudo, para o sistema CGS, µ0 é igual a 1, o que faz B, H e M numericamente iguais, mas
cada um tem seu próprio nome de unidade (Gauss, oesrted e emu/cm3).
A equação no CGS fica:
B = H + 4πM
(percebam a confusão!!!!!)
No CGS, H e B são variáveis comutáveis. No SI não são. Por exemplo, o campo magnético da
terra é 0,5 gauss, equivalente a 0,5 Oe. Mas no SI, o campo magnético da Terra é 50 µT
equivalente a 39,8 A/m.
0.5 Gauss = 50 µT [B fields]
0.5 Oersted = 39.8 A/m [H fields].
Magnetic Term Symbol SI unit CGS unit conversion factor
magnetic induction B Tesla (T) Gauss (G) 1 T = 104 G
magnetic field H A/m Oersted (Oe) 1 A/m =4π/103 Oe
magnetization M A/m emu/cm3 1 A/m = 10-3 emu/cm3
mass magnetization σ Am2/kg emu/g 1 Am2/kg = 1 emu/g
magnetic moment m Am2 emu 1 Am2 = 103emu
volume susceptibility κ dimensionless dimensionless 4π (SI) = 1 (cgs)
mass susceptibility χ m3/kg emu/Oe·g 1 m3/kg = 103/4πemu /Oe·g
permeability of free space µ0 H/m dimensionless 4πx10-7 H/m = 1 (cgs)
A= Ampere cm= centimeter emu= electromagnetic unit g= gram kg= kilogram m= meter H= Henry
Para as medidas magnetrométricas, usamos o Oersted e o nanotesla, que também é conhecido por gama.
Susceptibilidade magnética, K
Para campos magnéticos externos fracos a magnetização J do material é proporcional ao
campo magnético externo H:
J = K H
• A constante de proporcionalidade K é a susceptibilidade magnética;
• K é uma medida de quão facilmente um material se magnetiza;
• K é a principal propriedade física das rochas medida em levantamentos
magnetométricos.
Valores típicos de K (SI)
Minerais Rochas
Ar 0 Calcário 0 a 3
Quartzo 0,01 Arenito 0 a 20
Sal 0,01 Folhelho 0,01 a 15
Calcita 0,001 a 0,01 Xisto 0,3 a 3
Esfalerita 0,4 Gnaisse 0,1 a 25
Pirita 0,05 a 5 Ardósia 0 a 35
Hematita 0,5 a 35 Granito 0 a 50
Ilmenita 300 a 3500 Gabro 1 a 90
Magnetita 1200 a 19200
Classificação da reação dos materiais frente ao campo magnético.
• Paramagnetismo;
• Diamagnetismo;
• Ferromagnetismo:
� Ferromagnetismo puro;
� Antiferromagnetismo;
� Ferrimagnetismo
Paramagnetismo
Propriedade de minerais nos quais níveis incompletos de elétrons produzem momentos
magnéticos desbalanceados, como por exemplo, olivina e outros silicatos.
• Na presença de um campo magnético externo, os momentos magnéticos
desses minerais se alinham parcialmente na direção do campo externo,
gerando um campo magnético interno fraco;
• A susceptibilidade magnética K é pequena e positiva (maior que em minerais
diamagnéticos).
Diamagnetismo
Propriedade de minerais onde todos os níveis de elétrons estão completos, não existindo
elétron sem par, como por exemplo, quartzo e halita.
• Na presença de um campo magnético externo, os elétrons orbitam de modo a
gerar um campo magnético interno fraco e na direção oposta ao campo
externo;
• A susceptibilidade magnética K é pequena e negativa .
Ferromagnetismo
Em metais como cobalto, níquel e ferro, elétrons livres tem seus spins alinhados com o campo
magnético externo.
• No ferromagnetismo puro os spins são totalmente alinhados com o campo externo;
• Possuem elétrons livres nos níveis mais externos;
Materiais com susceptibilidade magnética elevada.
Antiferromagnetismo
Domínios adjacentes apresentam sentido oposto de alinhamento de elétrons, com spins de
mesmo tamanho em cada sentido.
• O campo magnético interno é quase nulo e K = 0;
• Exemplo: hematita.
Ferrimagnetismo
Domínios adjacentes apresentam sentido oposto de alinhamento de elétrons, com spins de
diferentes tamanhos em cada sentido.
• O campo magnético interno é fraco;
Exemplo: magnetita, titanomagnetita, ilmenita e pirrotita
Temperatura de Curie
Limite máximo de temperatura no qual o ferromagnetismo desaparece.
• O alinhamento de spins dos elétrons é reduzido e os domínios magnéticos não se
formam;
• Qualquer material acima da sua Temperatura de Curie se comporta como um
paramagnético.
Curva de histerese
A magnetização de um material é descrita pela curva entre os campos magnéticos externo H e
o induzido no material J.
• A saturação de magnetização ocorre quando todos os domínios estão orientados – JS;
• Após serem magnetizados, os materiais ferromagnéticos se mantém magnetizados
mesmo quando H é reduzido a zero;
• Um campo reverso (-HC) é necessário para reduzir a magnetização do material a zero
(coercividade).
Magnetismo termo-remanente
Magnetismo permanente adquirido por grãos de magnetita durante o resfriamento de rochas
ígneas.
• Sob temperaturas abaixo de 580oC os domínios se alinham com o campo magnético
externo;
• As rochas tem “memória” da orientação dos campos magnéticos passados
(paleomagnetismo).
Magnetismo remanente detrital
Adquirido quando grãos magnéticos finos são depositados em leito aquoso durante a
formação de rochas sedimentares.
• As partículas se sedimentam alinhadas com o campo magnético externo da época;
• Muito mais fraco que o magnetismo termo-remanente.
Magnetismo remanente químico
Magnetização produzida pelo crescimento de minerais magnéticos abaixo da temperatura de
Curie.
• Por exemplo, crescimento de cristais de óxido de ferro em arenitos.