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FACULDADE DE COMUNICAÇÃO-FAC Propostas para o Ensino Superior Brasileiro Denise Santos, Gabriel Martins, Mônica Nubiato, Natália Oliveira

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Atividade disciplinar de Introdução ao Planejamento, produzida pelos alunos Natália Oliveira, Gabriel Martins, Mônica Nubiato e Denise Santos - curso de Comunicação Organizacional, UNB.

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FACULDADE DE COMUNICAÇÃO-FAC

Propostas para o Ensino Superior Brasileiro

Denise Santos, Gabriel Martins, Mônica Nubiato, Natália Oliveira

Brasília-DF, 26 de janeiro de 2011

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1. Introdução

O presente estudo disciplinar de Introdução ao Planejamento tem por escopo apresentar

diagnósticos, estrategias, metas e objetivos para a Educação em Nível Superior no Brasil. Através da

análise de cenários e pensando prós e contras do atual sistema educacional, apresenta-se uma visão

baseada no perfil do atual jovem estudante universitário e a diversidade cultural no Brasil. As ideias

propostas buscam entendimento para qual papel a educação deve exercer: transformar a sociedade

e promover a revolução do conhecimento através da democracia e equidade de direitos.

“Quando, porém, falo da ética universal do ser humano estou falando da ética enquanto marca da natureza humana, enquanto algo absolutamente indispensável à convivência humana. (...) Quer dizer, mais do que um ser no mundo, o ser humano se tornou uma Presença no mundo, com o mundo e com os outros. Presença que, reconhecendo a outra presença como um “não-eu” se reconhece como “si-própria”. Presença que se pensa a si mesma, que se sabe presença, que intervém, que transforma, que fala do que faz mas também do que sonha, que constata, compara, avalia, valora, que decide, que rompe.” (FREIRE, 1996, p. 18).

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2. Análise de Cenário

Estão apontados aqui os cenários para a educação nos aspectos sociais, demográficos,

econômicos, políticos, legais, culturais, ecológicos e tecnológicos. Os cenários estão detalhados

através de artigos publicados pelas mídias, estatísticas e avaliações sobre a atual estrutura disponível

no nível superior. A partir daqui, surgem as projeções para elaboração do diagnóstico e das propostas

de melhoria nestes cenários.

2.1 Ambiente Demográfico

- Grande demanda de jovens formados no Ensino Médio sem acesso a Universidade;

- O nível superior recebe anualmente de 1,3 a 1,5 milhões de alunos, portanto a demanda é grande e

constante;

- Longevidade da população com os avanços da medicina (crescimento da população com mais de

50 anos).

- Distinção na formação de doutores e mestres por regiões: A região Norte e Nordeste têm menos

profissionais com diplomas de mestrado e doutorado. Segundo Gustavo Balduíno, secretário

executivo da Andifes( Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino

Superior), “é necessário qualificar desde o topo e diminuir as desigualdades regionais”.

Evolução da transição ensino médio para o ensino superiorAno Concluintes EM Ingressantes ES Variação1980 541.000 356.667 65,931991 659.000 426.558 64,731997 1.266.000 527.959 41,702002 1.855.419 1.036.690 55,87Quadro 1 Fonte: INEP (2005)

Ensino superior tem 5,9 milhões de alunos

De acordo com o Censo da Educação Superior, realizada pelo Ministério da Educação (MEC), as matrículas no ensino superior cresceram pouco mais de 3% entre 2008 e 2009, confirmando a tendência de estabilidade verificada nos últimos anos.Dos 5,95 milhões de alunos das instituições de ensino superior, 4,43 milhões estão na rede privada e 1,52 milhões nas públicas. Os números incluem estudantes de cursos presenciais e a distância.

Os dados mostram que houve uma pequena queda no número de alunos da rede pública, cerca de 30 mil a menos. Em 2008 1,55 milhões estavam matriculados. A redução se deu nas universidades municipais e estaduais, já que na rede federal houve um acréscimo de 141 mil novos estudantes no período de um ano, em cursos presenciais e a distância.

O estudo realizado pelo ministério ressalta ainda que de 2005 a 2010, 748.788 ex-alunos de escolas públicas tiveram acesso a uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni). Do total, 69% dos benefícios eram integrais, que custeiam 100% das mensalidades em

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faculdades privadas. Quase metade (47%) dos bolsistas eram afrodescendentes.

(Fonte: Carta Capital)

2.2 Ambiente Sociocultural

- Predomínio das instituições privadas;

- Denominadas gerações “y” e “z” permeiam as universidades: jovens com perfil inquieto, produtores

de conteúdos digitais e dependentes da expansão tecnológica.

- Valorização excessiva do tempo- "o tempo livre" como luxo;

- Mundo 3.0: O mundo da criatividade da ética e da responsabilidade social, da criatividade e da

inovação;

- Mercado de trabalho cada vez mais exigente e em busca de profissionais com perfis mais

completos;

- O crescimento da nova classe média: Ampliam-se as chances de inclusão social e acesso dela aos

bens de consumos mais caros;

- A sociedade brasileira já incorporou a idéia de que a educação é a única base para a mobilidade

social e desenvolvimento cultural;

- População economicamente ativa- adulta- retorna aos estudos;

- Ampliação da necessidade de constante atualização: Não basta a graduação, um bom profissional

tem de ter uma pós graduação, um mestrado, doutorado entre outras especializações, pois há o

aumento da competição a um nível qualitativo que envolve o diferencial do aluno e a inovação;

- A importância do diploma já não é tão significativo, valoriza-se mais o aprendizado e o mérito na

vida acadêmica.

- Aceitação da população pela educação a distância - EAD;

- Expansão dos cursos livres, universidades abertas, instituições corporativas.

- Taxas altas de evasão nas universidades federais, o que se ressalta com as turmas reduzidas nos

períodos finais dos cursos.

- Perspectiva dos grandes eventos esportivos até 2016, como Copa e Olimpíadas no Brasil, como

atrativo turístico e de geração de novas oportunidades.

- Desenvolvimento das ações afirmativas no sistema de ensino a exemplo das cotas raciais e sociais.

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2.3 Ambiente Político-Legal

- Flexibilização de regras para a abertura de novas instituições de ensino e cursos;

- Gestão das políticas de investimentos educacionais;

- Disponibilidade dos recursos educacionais;

- Aplicação de avaliações as Universidades como o exemplo do Enade;

- Plano Nacional de Educação para o período de 2011 a 2020:

“O PNE de 2011- 2020 mobilizou frentes nas Conferências Municipais de Educação, depois através de conferências Estaduais e a última que acontece no 1º semestre deste ano, a Conferência Nacional de Educação. O documento final, com seis eixos temáticos a serem considerados no Projeto de Lei será analisado pelo Congresso Nacional. Mas a proposta ainda não foi encaminhada pelo Ministério da Educação a Presidente da República para a elaboração da mensagem ao Legislativo. Isso significa um vácuo legislativo sem a exigência de um novo Plano Nacional de Educação. A partir dessa lacuna, a presidente definirá as linhas de ação no âmbito do governo federal e o mesmo ocorrerá com os Estados e Municípios.

O PNE 2011- 2020 tem na formação e especialização dos professores um de seus principais objetivos. Seis das 20 metas do plano estão relacionadas à melhora na qualidade tanto dos educadores do ensino superior como da educação básica. Uma das medidas é ampliar a quantidade de professores do ensino superior com diplomas de mestrado e doutorado. Segundo o documento, no mínimo 75% dos docentes deveriam ter um desses diplomas, sendo no total, 35% como doutores.”

(Fonte com adaptações: R7.com).

- Reavaliação nos modelos de vestibular: Reforma do vestibular único;

- Ampliação de projetos de iniciativa educacional como PROUNI, SISU, e REUNI, que

consequentemente aumentam a oferta de vagas no ensino superior público e privado.

- Privatização de serviços nas universidades federais;

- Reajuste nos salários da categoria de docentes e servidores das universidades federais;

- Reavaliação das formas de financiamento e crédito no ensino superior no país, como o caso do

FIES;

- Tendência do governo ter que assegurar a educação de qualidade nas instituições privadas, que

ofereçam preço acessível e que ao mesmo tempo cubra os custos necessários;

- Plano Plurianual para João Roberto Moreira Alves (presidente do Instituto de Pesquisas Avançadas

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em Educação) e Eduardo Desiderati, (diretor do grupo Brasil Educação sem Fronteiras), “O Brasil

peca por não cumprir os planos plurianuais e transforma educação em projeto de governo e não de

Estado”.

- Questão ideológica ainda perpassa o âmbito educacional:

“Em geral, educadores de esquerda defendiam uma educação direcionada para a vida em sociedade, e professores adeptos ao neoliberalismo defendiam um ensino que preparasse os alunos para ocupar uma posição no mercado de trabalho”. (Mateus Prado, presidente do Instituto Heinfil).

2.4 Ambiente Natural:

- Problemas que dificultam a acessibilidade dos potenciais alunos envolvendo o aspectos geográficos

e naturais em confronto com as dificuldades de transporte. O Brasil por ser um país continental sofre

com esse tipo de problema nas regiões com grande extensão geográfica e pobres de infraestrutura

(locais sem energia elétrica, estradas de terra, ambientes rurais ou caiçaras). A região norte, por

exemplo, depende do transporte fluvial, barcos, canoas. Outro fator são as regiões serranas,

deslizamentos que bloqueiam as estradas, etc.

2.5 Ambiente Econômico:

- Expansão do Ensino Superior privado devido a limitada capacidade do Estado em manter

financiamentos em conformidade com as necessidades educacionais da população;

- Ascensão econômica da nova classe média: Aumento da empregabilidade de pessoas que a

compõem;

- Geração de empregos no setor educacional privado;

- Retomada do Brasil a 7ª posição na lista dos países mais desenvolvidos do mundo:

Estudos do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam que o Brasil, já em 2011, será a 7ª economia do mundo. A sugestão do FMI é que seja mantida essa posição até, pelo menos 2015... Em três décadas o país deve avançar cinco posições na lista das maiores economias. Atualmente, o FMI calcula que será de US$ 2,19 trilhões o tamanho no PIB brasileiro. (Fonte: Site administradores)

- Investimento da iniciativa privada em pesquisa;

- Investimento em Pesquisa para o desenvolvimento humano e Econômico do país, de modo que

receba os talentos brasileiros.

- Questão dos créditos universitários, financiamentos e das bolsas de assistência estudantil nas

universidades federais:

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Instituições de ensino superior terão recursos para assistência estudantil

As instituições públicas estaduais de ensino superior que participam do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) passarão a contar com recursos do Governo Federal para a promoção de ações voltadas à assistência estudantil. Foi instituído nesta quarta-feira (29/12) pelo Ministério da Educação, o Programa Nacional de Assistência Estudantil para as Instituições de Educação Superior Públicas Estaduais (Pnaest).

Os recursos serão destinados exclusivamente às instituições estaduais de educação superior gratuitas – universidades e centros universitários – para o atendimento de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial. Serão atendidos prioritariamente os estudantes que tenham estudado na rede pública de educação básica ou que tenham renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. Os recursos serão repassados de acordo com o número de vagas. Instituições que oferecerem até 200 vagas no Sisu receberão até R$ 150 mil; entre 201 e 1 mil vagas, até R$ 750 mil; acima de 1 mil vagas, até R$ 1,5 milhão.

(Fonte: Assessoria de Comunicação do MEC)

- Capacitação para profissionais do ensino superior:

“Segundo o orçamento levantado pela Andifes (Associação dos Dirigentes das Universidades e Institutos Federais), em 2008, seria necessário investir R$ 4 bilhões para a capacitação de profissionais de ensino superior do Brasil. A verba seria usada em um programa durante cinco anos”. (Fonte: R7.com).

- Ajuste no salário dos docentes das Instituições Federais de Ensino Federal:

Professor Universitário ganha aumento

O Ministério da Educação anunciou a nova estrutura da tabela de remuneração para os docentes das Universidades federais após três meses de negociações entre os Ministérios da Educação, Planejamento e representantes de sindicatos da categoria.

Os professores adjuntos com doutorado, em regime de dedicação exclusiva, poderão progredir para a classe de professor associado e obter aumento substancial. “A remuneração, que hoje é de R$ 5,9 mil, deve chegar a R$7,9 mil, em 2010, um ganho de 32,3%. Para os professores titulares, com dedicação exclusiva e doutorado, que hoje recebem R$ 7,3 mil, atingirão mais de R$ 11,7 mil em 2010”, explicou o presidente do ProIfes, Gil Vicente Reis.

Quanto ao impacto desse aumento, Reis explicou que “no próximo ano a previsão é de que será investido cerca de R$ 1,7 bilhão na folha dos docentes; em 2009, o recurso será de R$ 2,4 bilhões; e, em

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2010, poderá chegar próximo a R$ 3 bilhões”.

Ronaldo Mota, secretário de Educação Superior disse que “esse acordo é uma vitória para todas as partes, pois atende a demandas históricas dos professores, de forma muito especial tornando a carreira muito estimulante aos jovens doutores que pretendem ingressar nas universidades”. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação Superior).

2.6 Ambiente Tecnológico:

- Inserção da educação à distância - EAD.

- Com o aumento das vagas nas instituições federais, onde se concentra a pesquisa, ampliam as oportunidades para o desenvolvimento de tecnologias importantes para o país.

- Surgimento de novos cursos com áreas voltadas a convergência tecnológica, como a expansão dos segmentos da engenharia, química, computação e sistemas de informação.

- Relação dos novos conceitos que explicam os atuais modelos de geração (chamadas Y e Z) apontam para estudantes e futuros profissionais com perfil inquieto, exímios de recursos tecnológicos, com sede de conhecimento e pouca paciência para com modelos convencionais - ainda aplicados na educação brasileira.

- Questão da disponibilidade de acesso a internet nas instituições:

“O acesso à internet para todos e o fim do analfabeto digital é o mínimo que o governo precisa garantir. No Brasil, R$ 9 bilhões do FUST (Fundo de Universalização dos Sistemas de Telecomunicações) estão nos cofres do governo. A origem deste fundo é a cobrança/ desconto mensal, desde 2001, nas contas telefônicas de todos os brasileiros - até hoje sem nenhum uso.” (PASTORES, Osmar)

- Panorama das cidades digitais e centros tecnológicos;

- Necessidade maior de investimento em ciência e tecnologia.

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3. Análise Swot

A análise Swot (Ameaças, Oportunidades, Fraquezas e Fortalezas), modelo originado na Harvard

Business School, facilita a análise de oportunidades e ameaças em consonância com as

potencialidades no sistema educacional.

3.1 Pontos Fortes X Pontos Fracos

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

Programas como PROUNI, FIES, PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), Pnaes (Plano Nacional de Assistência Estudantil) que facilitam o ingresso ao ensino superior;

Crescimento da Educação à distância. Ex: UAB;

Ampliação do Nº de vagas nas IES público e privadas;

Crescimento no número de concessão de bolsas de mestrado e doutorado no país;

Comunicação Institucional*

*campanhas em rádio e tv; Site direcionado ao público alvo (estudantes,

professores);

Desorganização e fraudes na aplicação das provas do ENEM;

Déficit de professores especializados (mestres/ doutores);

Falta de infraestrutura e sucateamento das faculdades federais, estaduais e municipais;

Falta de equipamentos para os centros de pesquisa acadêmica;

Faculdades de baixa qualidade; Ensino básico e médio de baixa

qualidade; Falta de vagas na rede publica de

ensino superior; Valores pagos a bolsistas e

mestrando e doutorandos ainda é baixo;

Deficiência na avaliação e fiscalização das IES;

Déficit salarial dos professores.

Quadro 2 – Pontos FortesXPontos Fracos

3.2 Ameaças X Oportunidades

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OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Aumento da renda da população; Aumento da oferta empregos; Estabilidade econômica; Aumento da expectativa de vida; Reuni - Programa de Apoio a Planos

de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais;

Lei de Incentivo à Pesquisa; LDB -Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional; Programas sociais; Exploração do pré-sal (royalties para

Educação) Acesso a Internet banda larga

gratuita; Aumento da demanda de mão de

obra especializada em áreas como Comercio, Indústrias, Serviços, etc...

Aumento da classe média. Segurança Desenvolvimento cultural.

Distribuição desigual de renda Recessão econômica Desemprego Cidades com pouca ou infraestrutura

precária nas áreas de: Transporte, Urbanização, saneamento básico.

Corrupção Cumprir efetivamente a legislação

referente educação. Pobreza Falta de planejamento familiar Violência

Quadro 3 – Oportunidades X Ameaças

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4. Diagnóstico

Problemas nos sistemas de avaliação do ensino superior (precisam de estratégias para solução) e revisão do Plano Nacional de Educação - primeiro para que não seja esquecido, como o anterior, e segundo, que ele apresente alternativas de inclusão de mais vagas no ensino superior e promova mais investimento e incentivo para melhoria da qualidade.

Investimento insuficiente (5,2% PIB) enquanto países desenvolvidos investem 90% em Educação.

Professores ainda apresentando dificuldades para aplicação de novos recursos tecnológicos e os atuais métodos estão inadequados às novas gerações (chamadas y e z).

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5. Estratégias

Garantir a autonomia universitária; Planejar a expansão do sistema educacional; Criação de comitês gestores para acompanhar a distribuição de verbas para a área; Expansão de vagas no período noturno nas universidades; Ampliar políticas de incentivo; Investir 25% do PIB em Educação, sendo 8,3% para as universidades públicas; Realizar auditoria e ampliar mecanismos de transparência no Ministério da Educação .

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6. Objetivos

Elevar o número de vagas na graduação e pós-graduação; Elevar a qualidade da educação superior; Aumentar o número de mestres e doutores no corpo docente das instituições de ensino

superior; Garantir formação continuada para professores de nível médio e básico; Ampliar o investimento público em educação; Melhorar a infraestrutura das instituições de ensino superior públicas; Estimular pesquisa através de bolsas, incentivos e infraestruturas; Aperfeiçoar os sistemas técnicos e operacionais referentes ao ingresso ao ensino superior.

Exemplo: ENEM, PROUNI, SISU. Igualdade de condições para o ingresso no ensino superior; Ampliação do acesso e maior equidade nas condições do acesso; Formação com qualidade; Diversificação da oferta de cursos e níveis de formação; Qualificação dos profissionais docentes; Garantia de financiamento, especialmente para o setor público; Empregabilidade dos formandos e egressos; Relevância social dos programas oferecidos; Estímulo à pesquisa científica e tecnológica.

7. Metas

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Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.

Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores. 7 estratégias.

Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. 9 estratégias.

Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.

Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

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8. Conclusão

"A melhoria no sistema educacional é o primeiro passo para a transformação do atual cenário de desigualdade vigente em nosso país.  As nossas análises e pesquisas sobre o tema ressaltam a importância de um planejamento estratégico para a área. Não basta aumentar o número de vagas em Instituições de Ensino Superior sem que se priorize, principalmente, a qualidade do ensino e infraestrutura das Instituições."- Gabriel Martins.

“O sistema educacional brasileiro precisar aplicar, de fato, os conceitos éticos, morais, filosóficos e instigar para que a ‘Revolução’ (no contexto de Michel Foucalt) aconteça de forma linear e planejada. O desenvolvimento de novos métodos e tecnologias ainda estão inacessíveis aos educadores – presos aos métodos antigos - mesmo que as instituições divulguem o contrário. As bases governistas, infelizmente, ainda trabalham para defender apenas as ideias de um seleto grupo, desconsiderando que são os embates ideológicos e a abertura para novas ideias que enriquecem e promovem o desenvolvimento cultural e o crescimento de uma nação verdadeiramente democrática.” – Mônica Nubiato.

“O trabalho possibilitou uma maior reflexão do âmbito educacional brasileiro. Embora muitas vezes os noticiários insistem em denunciar o descaso da educação ou ressaltar um tópico relevante do cenário educacional, não nos preocupamos em checar a veracidade desses fatos. Com o aprofundamento nas pesquisas pudemos discernir sobre esse assunto. A educação brasileira já teve índices bem piores anos atrás, hoje percebemos uma evolução gradativa nela. Houve a ampliação do acesso ao nível superior pelas camadas menos favorecidas economicamente, as oportunidades para buscar aperfeiçoamento profissional aumentaram. Isso é bom, porém a demanda é alta devido as exigências do mercado de trabalho. Entretanto, dentro desse cenário aparentemente otimista, muitos estudantes continuam sem realizar o sonho da graduação, muitas vezes por falta de recursos financeiros e pela insuficiência de um sistema educacional falho e tardio que não consegue absorver a demanda educacional.” – Denise Santos

“Por meio dessa análise Compreendemos que para o processo de planejamento a análise de ambiente, ameaças, oportunidades, pontos fortes e fracos é fundamental para entender a situação de uma organização, e a partir daí, sugerir propostas e alternativas para uma melhoria e tomada de decisão. Obtivemos um maior esclarecimento sobre os avanços, problemas e desafios do ensino superior brasileiro, como por exemplo: a qualidade do ensino, infraestrutura das IESP, ofertas de vagas e valorização do profissional de educação. Logo, diante das informações levantadas e tendo a certeza de que a educação é um dos principais pilares para o desenvolvimento da nossa nação, entendemos que o ensino superior assim como a básico e o médio precisam ser devidamente valorizados e priorizados dentro das nossas políticas de governo .Pois o que se vê é uma realidade que ainda está aquém daquela que seria o ideal,mas, possível por meio de investimentos e planejamento de ser revertida.” – Natália Oliveira.

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9. Referências Bibliográficas

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996

BRAGA, Ryon. O Cenário atual do Ensino Superior no Brasil, 2004. Disponível em http://www.linhadireta.com.br/livro/parte4/artigos.php?id_artigo=20, 26 de janeiro de 2011 às 12h45.

GUIMARÃES, André. S; PIRES, Valdemir. Ensino Superior no Brasil: mercado, regulação e estratégias. Ecco S, São Paulo, v.8, n2. p.247, jul - dez.2006.

FRANCO, Alexandre. P. Ensino Superior no Brasil: Cenário, avanços e contradições. Jornal de políticas educacionais. n° 4 | julho – dezembro de 2008 | pp. 53–63.

PASTORES, Osmar. Cotidiano Digital. 24 de novembro de 2010. Disponível em http://www.focoemgerações.com.br, 26 de janeiro de 2010 às 17h05.

COSTA, Gilberto. Agência Brasil. 02 de fevereiro de 2009. Disponível em http://www.jusbrasil.com.br/noticias/729884/numero-de-estudantes-e-de-quase-cinco-milhoes.

Evolução da transição ensino médio para o ensino superior. Disponível em www.inep.gov.br , 26 de janeiro de 2011 às 17h36.

CASADO, Letícia. Novo governo quer turbinar carreira de professor . Publicado em 30 de

dezembro de 2010 às 05h5. Disponível em

http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/novo-governo-quer-turbinar-carreira-de-

professor-20111231.html, 26 de janeiro de 2011 às 17h19.

DANIEL, Paulo. Revista Carta Capital. Publicado em 6 de dezembro de 2010 às 16:59h. Disponível em http://www.cartacapital.com.br/sociedade/ensino-superior-tem-59-milhoes-de-alunos , 26 de janeiro de 2011 às 17h04.

ALVES, João Roberto M.; ALVES, Eduardo Desiderati. Os cenários para a educação brasileira. Publicado em 03 de janeiro de 2011, às 10h41min. Disponível em http://www.administradores.com.br/informe-se/cotidiano/os-cenarios-para-a-educacao-brasileira/41542/, 26 de janeiro de 2011 às 16h59.

Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação Superior. Professor universitário ganha aumento. Disponível em http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=9606 , 26 de janeiro de 2011 às 17h09.

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