propostas curriculares das disciplinas - … · natureza-morta... expressionismo, fausismo, luz...

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ESCOLA ESTADUAL AFRÂNIO PEIXOTO - EF

PROPOSTAS CURRICULARES DAS DISCIPLINAS

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SUMÁRIO

Propostas Curriculares das Disciplinas ................ .................................................................03

1. Proposta de Arte................ ........................... .....................................................................03

2 Proposta de Ciências................ ..........................................................................................03

3 Proposta de Educação Física........... ........................... ......................................................25

4 Proposta de Ensino Religioso........... .......................... .......................................................36

5 Proposta de Geografia............... .........................................................................................42

6 Proposta de História.................... ........................... ............................................................52

7 Proposta de LEM – Inglês........... ........................... ............................................................60

8 Proposta de Língua Portuguesa … ........................... .........................................................67

9 Proposta de Matemática............... .......................... ...........................................................78

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PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE

1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

É impossível desvincular de nossas vidas o ser, o fazer artístico, pois a

história da humanidade se fez basicamente através dos vários meios pelos quais o

homem se expressou e deixou seus primeiros registros nas cavernas.

E importante considerar a arte como fruto da percepção, da necessidade de

expressão e da manifestação da capacidade criadora humana, ela converte-se

numa síntese superior do trabalho dos sujeitos, na medida em que ela é um dos

meios pelo qual o homem supera no seu fazer, os limites da utilidade material

imediata, que ultrapassa os condicionamentos da sobrevivência física e torna-se

parte fundamental do processo de humanização, isto é, de como os seres humanos

se constroem continuamente.

A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é

transformar e nesse processo o sujeito também se recria. Portanto, Arte como

linguagem na construção do conhecimento passa a ser compreendida como eixo de

ligação entre o conteúdo sujeito e a cultura em suas produções e manifestações

artísticas. Ao se apropriar dos elementos formais das mesmas, o sujeito torna-se

capaz de refletir, de interpretar e de posicionar diante do objetivo de estudo.

Assim a disciplina de arte para os alunos do Ensino Fundamental deverá

estabelecer as formas de relação da arte com a sociedade numa dimensão

ampliada, enfatizando a associação desta com a cultura e a linguagem.

Desse modo, a Cultura funcionará como uma lente através da qual o aluno se

vê, se compreende se inclui, se localiza, se insere na diversidade, bem como se

relaciona, participa re- significa, enfim percebe o mundo, provocando-se para a

inauguração de novos códigos e signos, e não somente para a reprodução de

padrões estabelecidos.

Não se pode exigir que todos os alunos ajam uniformemente e respondam da

maneira que desejamos, assim é importante obter sempre varias maneiras de

expressão artística, dando a todos a oportunidade de se descobrir, se encantar e

valorizar sua autoestima, “pois cada qual tem o seu talento”.

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Todo conhecimento a ser ampliado, adquirido e assimilado necessita de

direcionamentos preestabelecidos para que se atinjam os objetivos propostos. Assim

dentro de Arte, considera-se que o aluno da educação básica deve ter acesso ao

conhecimento presente nas diferentes formas de relação da arte com a sociedade,

de acordo com a proximidade das mesmas com o seu universo com maior ou menor

ênfase, considerando a importância da arte no momento histórico vivido. As

expressões artísticas tanto desenho, quanto música e teatro, não apresentam, nada

extraordinário, são contextos que de maneira simples tornam mais natural à

aprendizagem da disciplina.

Assim, deve-se ampliar o repertório cultural do aluno a partir de

conhecimentos estéticos, artísticos contextualizados, aproximando-o do universo

cultural da humanidade, buscando contribuir com o fortalecimento de experiências

sensíveis e criativas para as identidades artísticas, possibilitando aos educandos o

acesso às obras artísticas, música, dança, teatro e artes visuais para que os

mesmos possam familiarizar -se com as diversas formas de produção de arte.

3. CONTEÚDOS

As quatro linguagens artísticas têm um desenvolvimento histórico diferenciado

e ingressam na escola em momentos diferentes, no entanto, possuem a mesma

importância como instrumentos educativos, quando e pretende ampliar as

possibilidades da apropriação dos conteúdos em Arte durante o processo de

escolarização sempre levando em consideração a diversidade existente em sala de

aula. Nesse contexto o ensino de Arte estará também considerando a inserção dos

desafios educacionais contemporâneos como forma de educar para a cidadania.

Portanto, todos os conteúdos estruturantes estão presentes nas linguagens

artísticas, desdobrando-se em conteúdos específicos em cada uma delas e serão

desenvolvidas gradativamente durante o curso.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Altura Ritmo

Arte Greco-Romana, Arte

Melodia Oriental, Arte Africana,

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Arte

Duração Harmonia

Medieval, Renascimento, Rap,

Tonal

Tecno, Barroco, Classicismo,

Timbre Modal

Romantismo, Vanguardas

Contemporânea

Artísticas, Arte Engajada,

MÚSICAS Intensidade Escalas Música Serial, Música Eletrônica,

Sonoplastia

Música Minimalista, Arte Popular,

Densidade Estrutura

Arte Indígena, Arte Brasileira,

Gêneros: erudita, folclórica

Arte Paranaense, Indústria

Técnicas: instrumental, vocal

Cultura, Word Music, Arte

mista,improvisação Latino-Americana

Ponto Figurativa

Arte Pré-histórica, Arte no Antigo

Abstrata

Egito, Arte Greco-Romana,

Linha Figura-Fundo Arte Pré-Colombiana,

Bidimensional

Arte Oriental, Arte Africana,

Superfície Tridimensional

Arte Medieval, Arte Bizantina,

Semelhanças

Arte Romântica, Arte Gótica,

Textura Contrastes Renascimento, Barroco,

ARTES

Ritmo Visual Neoclassicismo, Romantismo,

VISUAIS Volume Gêneros: Realismo,

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Paisagem, retrato, Impressionismo,

natureza-morta...

Expressionismo, Fausismo,

Luz

Técnicas: Pintura, gravura, Cubismo

escultura, arquitetura,

Abstracionismo, Dadaísmo,

Cor fotografia, vídeo

Construtivismo, Surrealismo,

Op-Art, Pop-art, ArteNaif,

Vanguardas artísticas, Arte Popular

Arte Indígena,

Arte Brasileira, Arte Paranaense,

Indústria Cultural, Arte Latino-Americana,

Muralismo...

Personagem (Expressões Representação

Arte Greco-Romana, Arte

corporais, vocais,gestuais Texto Dramático

Oriental, Arte Africana, Arte

e faciais) Dramaturgia

Medieval, Renascimento,

Roteiro

Barroco, Neoclassicismo,

Espaço Cênico, Romantismo, Realismo,

Sonoplastia, Iluminação,

Expressionismo, Vanguardas

Cenografia, Figurino, Adereços,

Artísticas,Teatro Dialético,

Ação

máscara, caracterização

Teatro do Oprimido, Teatro Pobre

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TEATRO

maquiagem Teatro Essencial, Teatro do Absurdo,

Espaço

Gêneros: Tragédia, Comédia Arte Engajada,

Drama, Épico, rua, Etc

Arte Popular, Arte Indígena,

Técnicas: Jogos Teatrais,

Arte Brasileira, Arte Paranaense,

Enredo, Teatro Direto, Teatro

Indústria Cultural, Arte Latino-Americana...

indireto (manipulação, bonecos,

sombras...), improvisação,

monólogo, jogos dramáticos,

direção,

produção...

Movimento Eixo

Arte Pré-Histórica, Arte Greco-Romana,

Corporal Dinâmica

Arte Oriental, Arte Africana,

Aceleração Arte Medieval,

Tempo Ponto de Apoio Renascimento, Barroco,

Salto e queda

Neoclassicismo, Romantismo,

Espaço Rotação

Expressionismo, Vanguardas

ARTE

Formação Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena,

Deslocamento

Arte Brasileira, Arte Paranaense,

Sonoplastia Dança Circular,

Coreografia Indústria Cultural, Dança

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Clássica,

Gêneros:folclóricas, de salão,

Dança Moderna, Dança Contemporânea,

étnica...

Hip Hop, Arte Latino-Americana...

Técnicas: improvisação,

Coreografia...

A partir da lei 10.639/03, referente à História da Cultura Afro-Brasileira e

Africana.

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Artes Artistas Plásticos Influência da arte africana nas obras de

Visuais

artistas contemporâneos.

Máscara, Esculturas (Argila, Madeira,

Textura, Superfície e

Metal), Ornamentos, Tapeçaria, Tecelagem,

Volume. Pintura Corporal e Estamparia.

Músicas Cantores e Compositores

Contribuições Artísticas da Cultura Africana

Negros

na formação da Música Popular Brasileira:-

a origem do batuque, do lundu e do samba,

entre outros.

Dança Rituais das Culturas de Danças de Natureza

Matriz Africana Religiosa: Candomblé

Lúdica: Brincadeira de Roda

Funerária: Axexê

Guerreira: Congada

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Dramática: Maracatu

Profana: jongo

Obs. A abordagem dos conteúdos estruturantes, pelo conhecimento pelas

práticas e a fruição artística estarão presentes em todos os momentos da prática

pedagógica, em todas as séries, considerando o grau crescente de dificuldade.

4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

As aulas de ensino de Arte propiciarão atividades aos estudantes para o

aprender a fazer e analisar produções artísticas e estéticas. Isso de tal maneira que

apresentem progresso em seu saber artístico e estético nas dimensões técnicas,

inventiva, representacional e expressiva do mundo, afim de que os alunos

exercitarem aplicações práticas - teóricas sobre os conteúdos estéticos e artísticos.

Ao serem propostas as atividades práticas e teóricas serão observados uma

constante sintonia com o desenvolvimento das capacidades e habilidades artísticas

e estéticas que estão sendo trabalhadas. Portanto, serão organizadas atividades

que levarão a uma busca de soluções para problemas pensados a partir da

realidade dos alunos, possibilitando estabelecer uma unidade, integrando-se em um

trabalho mais efetivo de formação e desenvolvimento do aluno, pois a arte e suas

múltiplas linguagens representam um contraponto com a grande quantidade de

racionalismo existente no currículo escolar. Sem o estudo e a prática dessa

disciplina, os alunos tendem a ter uma visão restrita de si mesmo e da própria

cultura. O ensino de arte visa torna -los mais sensíveis e mais críticos e respeitando

às diferenças, sendo tolerantes e flexíveis, adaptando -se ao fato de que pessoas,

culturas, são diferentes umas das outras, e que é possível aprender com esse

universo. O conteúdo trabalhado busca o desenvolvimento do gosto artístico entre

os alunos. As aulas serão desenvolvidas considerando o:

Teorizar: que fundamenta e possibilita ao aluno perceber e apropriar da obra

artística, bem como, desenvolver um trabalho artístico para formar conceitos

artísticos.

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Sentir e Perceber: que são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso

à obra de arte.

Trabalho Artístico: que é a prática criativa, o exercício com os elementos

que compõe uma obra de arte.

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos

três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera -se

que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

5. AVALIAÇÃO

Ao se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir -se ao conhecimento

específico das linguagens artísticas, tanto em suas experiências práticas quanto

conceituais (teóricos), pois avaliação consistente e fundamentada, permite ao aluno

posicionar -se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.

A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos

percorridos pelo aluno em seu processo da aprendizagem, acompanhando os

avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, serão utilizados

instrumentos de verificação tais como:

Trabalhos artísticos individuais e em grupo;

Pesquisas bibliográficas e de campo;

Debates em forma de seminários e simpósios;

Provas teóricas e práticas;

Registros em forma de relatórios, gráficos, audiovisual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário

para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,

visando ás seguintes expectativas de aprendizagem:

A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua

relação com a sociedade contemporânea;

A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito escolar em sua

realidade singular e social;

A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas

diversas culturas e mídias.

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Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, para isto

se estabelecem os critérios, para, em seguida escolherem -se os procedimentos,

inclusive aqueles referenciais a seleção dos instrumentos que serão utilizados no

processo de ensino e aprendizagem. Serão considerados como critérios:

participação, pontualidade na entrega das atividades, assiduidade, organização,

criatividade etc. Será, portanto avaliado o processo de construção do cidadão para

convivência social humana.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERTELLO, Augusta Maria. Palavra em Ação: Minimanual de Pesquisa Arte.

Editora: IBEP s/d.

CANTELE, Bruna Renata; LEORDINA, Ângela Cantele. Arte e Linguagem Visual –

5º à 8º. Educação Artística IBEP.

COTRIN, Gilberto. Educação Artística: 1º Grau Expressão Corporal – Musical –

Plástica.

FLEITAS, Juliana; FLEITAS, Orlando. Arte e Comunicação. Volume B. Editora:

F.T.D

GABRYELLE, Thayanne. A Conquista da Arte – 5º a 8º. Educação Artística S/A.

ISAÍAS, Marchesi Jr., Atividades de Educação Artística. Volume 02.

PARANÁ, Secretária de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte:

Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.

_______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais

Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR, 2008.

_______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº

10.639/03. Curitiba: SEED, 2005.

REBERVEL, Olga. Um Caminho do teatro na Escola: Série – Pensamento e ação

no magistério. Editora: Scipione.

VALADARES, Solange; DINIZ, Célia. Arte no Cotidiano Escolar. Volume 01 à 04.

Editora: FAPI.

VASCONCELOS, Thelma; NOGUEIRA, Leonardo. Reviver Nossa Arte. Editora:

Scipione.

XAVIER, Natália; AGNER, Alberto. Viver com Arte. Volume 01 à 04

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PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Ciência é uma atividade humana complexa, histórica e de construção

coletiva. Assim faz-se necessário ensinar Ciências porque durante todo o

desenvolvimento da humanidade, as pessoas sempre buscaram explicar os

fenômenos que observam tentando encontrar as melhores soluções para seus

problemas. Nessa busca, a Ciência tornou-se uma das formas pelas quais as

pessoas formulam explicações, portanto é fruto do conhecimento e da criatividade

humana e está em constante aperfeiçoamento e reformulação.

O conhecimento científico é fundamental para o exercício pleno da cidadania

no mundo atual, permitindo que as ações de preservação ambiental sejam mais

eficientes e comprometidas com o futuro das espécies do planeta e com a melhoria

da qualidade de vida da população.

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico,

que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por

Natureza o conjunto de elementos integradores que constituem o Universo em toda

sua complexidade, devendo os educadores direcionar a aprendizagem no sentido de

interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das

relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento,

força, campo, energia e vida.

De acordo com a DCEs, a disciplina de Ciências, tem em seus conteúdos

estruturantes, os campos de estudo que as identificam como conhecimento histórico.

Dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos básicos a serem

trabalhados por série, compostos tanto pelos assuntos mais estáveis e permanentes

da disciplina quanto pelos que se apresentam em função do movimento histórico e

das atuais relações sociais.

Esses conteúdos são articulados entre si e fundamentados nas respectivas

orientações teórico-metodológica curricular das escolas.

No ensino de Ciências, espera-se que os alunos, como membros de uma

sociedade democrática, estejam informados para de forma esclarecida enfrentar os

inúmeros problemas que afetam nossa vida, como: a poluição, a destruição dos

ecossistemas, perda e alteração na biodiversidade, os danos causados pelas

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drogas, e pela alimentação desequilibrada, etc. Para que essas questões sejam

compreendidas adequadamente, é necessário ter conhecimento básico de Ciências,

que permita não só a compreensão e o acompanhamento das rápidas

transformações tecnológicas utilizadas, mas que desenvolva no aluno o espírito

investigativo e crítico estimulando-o a questionar e combater preconceitos, além de

considerar a diversidade um meio para mudanças na forma de agir. Assim,

compreendendo que a Ciência não é um conjunto de conhecimentos estabelecidos,

mas que se modifica ao longo do tempo, buscando sempre corrigí-los e aprimorá-

los.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, BÁSICOS E ESPECÍFICOS

5ª série – Ensino Fundamental

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Astronomia

Universo

Sistema Solar

Movimentos terrestres

Galáxias, Movimento do Universo

Os Planetas do Sistema solar,

geocentrismo, heliocentrismo

rotação, translação, estações do ano

Matéria Constituição da matéria Conceito, atmosfera terrestre primitiva,

camadas atmosféricas, solos, rochas,

minerais, água.

Sistemas

Biológicos

Níveis de organização Organismo, sistemas, órgãos, tecidos,

células, unicelular, pluricelular,

procarionte, eucarionte,

autótrofo,heterótrofo.

Energia Formas de Energia

Conversão de energia

Energia elétrica, energia eólica.

Fontes de energia renováveis e não -

renováveis.

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Transmissão de energia Mudanças de estado físico

Biodiversidade Organização dos seres

vivos

Sistemática

Ecossistemas

Evolução dos Seres

Vivos

Diversidade das espécies, extinção de

espécies, comunidade, população.

Classificação dos seres vivos, categorias

taxonômicas, filogenia, populações;

Conceito de biodiversidade,

ecossistemas (dinâmica e

características);

Teorias evolutivas

6ª série – Ensino Fundamental

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Conteúdos específicos

Astronomia

Movimentos

Terrestres e

celestes.

Astros

Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases da Lua,

constelações, dias e noites.

Constituição físico-química dos astros.

Matéria

Constituição da

matéria

Composição do planeta Terra primitivo, a

Terra antes do surgimento da vida, atmosfera

terrestre primitiva, manto terrestre, núcleo

terrestre, estrutura química da célula.

Sistemas

Biológicos

Célula

Morfologia e

Fisiologia dos

Seres Vivos.

Teoria celular, tipos celulares, mecanismos

celulares estrutura celular, fotossíntese,

reserva energética.

Características gerais dos seres vivos, órgãos

e sistemas animais e vegetais.

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Energia

Formas de energia

Conversão de

Energia.

Transmissão de

Energia

Energia luminosa, energia térmica.

A interferência da energia luminosa nos seres

vivos, sistemas ectotérmicos, sistemas

endotérmicos, eletromagnetismo, conversão

de energia potencial em cinética.

Irradiação, sistemas de transmissão de

energia.

Biodiversidade Organização dos

Seres Vivos.

Sistemática.

Ecossistemas.

Deriva continental, diversidade das espécies,

extinção de espécies.

Classificação dos seres vivos, categorias

taxonômicas, filogenia, populações.

Eras geológicas

7ª série – Ensino Fundamental

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Conteúdos Específicos

Astronomia

Movimentos

Terrestres e

Celestes.

Origem e evolução

do Universo.

A esfera terrestre e seu sistema de

coordenadas, a esfera celeste e suas

coordenadas.

Teorias sobre a origem do Universo (Teorias

Cosmogônicas), modelos de Universo finito,

modelos de Universo inflacionário, modelos

de universo em expansão, a teoria da

relatividade e a cosmologia moderna.

Matéria

Constituição da

matéria.

Conceito de matéria , átomos, modelos

atômicos, elementos químicos, íons ligações

químicas, substâncias, reações químicas,

funções químicas inorgânicas ácidos,

bases,sais, óxidos, lei da conservação da

massa, compostos orgânicos.

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Sistemas

Biológicos

Célula. Histórico celular, mecanismos celulares,

estrutura celular, respiração celular,

fotossíntese, reserva energética.

Energia Formas de energia. Energia mecânica, energia térmica, energia

luminosa, energia nuclear, energia elétrica,

energia química, energia eólica.

Biodiversidade Evolução dos seres

vivos.

Teorias evolutivas.

8ª série – Ensino Fundamental

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Conteúdos Específicos

Astronomia Astros.

Gravitação

universal.

Estrelas planetas, planetas anões, satélites

naturais, anéis meteoros, meteoritos,

cometas.

Leis de Kepler, leis de Newton.

Matéria Propriedades da

matéria.

Massa, volume, densidade,

compressibilidade, elasticidade,

divisibilidade, indestrubilidade,

impenetrabilidade, maleabilidade,

ductibilidade, flexibilidade, elasticidade,

permeabilidade, condutibilidade, dureza,

tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor.

Sistemas

Biológicos

Morfologia e

fisiologia dos seres

vivos.

Mecanismos de

herança genética.

Sistema sensorial, sistema endócrino,

sistema nervoso.

Noções de hereditariedade, mutação

genética.

Conversão de Sistemas semi-conservativos, ciclos de

matéria, electromagnetismo, movimentos,

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Energia

energia.

Transmissão de

energia.

velocidade, aceleração, colisões, trabalho,

potência.

Irradiação, convecção, condução, sistemas

de transmissão de energia, leis de Newton,

máquinas simples, sistemas mecânicos,

equilíbrio de forças.

Biodiversidade Interações

ecológicas.

Ciclos biogeoquímicos, relações

interespecíficas, relações intraespecíficas.

Os conteúdos relacionados com à Lei Nº 10.639/03 que se refere a História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana, a Lei Nº 11.645/08 referentes à História e Cultura

Afro Brasileira e Indígena serão trabalhados de forma a considerar a construção

histórico- científica desses povos e sua influência em nossa vida, bem como os

conteúdos dispostos pela Lei Ambiental Nº9795/99 referente a preservação do meio

ambiente.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Na metodologia, os professores se embasam na teoria da aprendizagem de

Ausubel que propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados,

para que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas

conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos,

caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz.

A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é

incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para

ele a partir da relação com seu conhecimento prévio.

Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em

primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo

quiser memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será

mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser

potencialmente significativo.

Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso

trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho

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pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola, os

interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida, a análise crítica

dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações atualizadas sobre os

avanços da produção científica.

Na organização do Plano de Trabalho Docente faremos reflexões a respeito

das relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos

disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser utilizadas e das expectativas

de aprendizagem para um bom resultado final.

Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais

tanto para a nossa formação quanto para nossa atividade pedagógica.

Abordaremos, assim três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a

divulgação científica e a atividade experimental.

Entretanto consideraremos outras variáveis que interferem no processo ensino-

aprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das concepções

alternativas, as apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de ciência do

professor e a qualidade de sua prática de ensino.

Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem

de forma bem articulada os seguintes itens:

· recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:

livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos,

música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo,

modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre

outros), microscópio, lupa, jogo, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;

· de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

· de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios,

exposições de ciência, seminários e debates.

As aulas expositivas quando enriquecidas com as estratégias de ensino e os

recursos pedagógicos -tecnológicos e instrucionais são fundamentais na prática

docente. E, estes recursos contribuem de forma significativa para melhorar as

condições de aprendizagem aos estudantes.

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19

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos

metodológicos que serão valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a

problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura

científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos

e o lúdico.

4. AVALIAÇÂO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve

ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno,

então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de

ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula. Assim serão utilizados os

seguintes instrumentos:

Instrumentos

A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada

à concepção de avaliação contínua e formativa. Assim serão utilizados os seguintes

instrumentos:

Atividade de leitura compreensiva de textos;

Pesquisa bibliográfica;

Produção de textos;

Palestra e ou apresentação oral;

Atividades experimentais; relatórios;

Seminários e debates;

Atividades com textos literários;

Atividades a partir de recursos áudio -visuais;

Trabalhos em grupo;

Questões discursivas e objetivas.

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20

Critérios de Avaliação

Neste contexto utilizaremos critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos

dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada instrumento.

Ao avaliar a leitura dos alunos devemos considerar:

houve compreensão das ideias presentes no texto, com o aluno interagindo

com o

texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;

o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza e

sistematizou o conhecimento de forma adequada;

foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de

aula.

Para avaliarmos a pesquisa bibliográfica analisaremos os passos da consulta

bibliográfica se estão atendendo as orientações.

Na produção de textos considerar-se-á se o aluno produziu textos atendendo

às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.), expressar as

ideias com clareza (coerência e coesão), adequou a linguagem às exigências do

contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade,

atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura, elaborar

argumentos consistentes, produziu textos respeitando o tema, estabeleceu relações

entre as partes do texto.

Na apresentação oral serão utilizados critérios como: conhecimento do

conteúdo, argumentos selecionados, adequação da linguagem, sêquencia lógica e

clareza na apresentação, criatividade no uso de recursos; sempre considerando as

dificuldades especiais apresentadas pela inclusão.

Com as atividades experimentais levaremos em consideração: a

compreensão do fenômeno experimentado, o conceito a ser construído ou já

construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre

outras possibilidades.

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21

O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida,

deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou procedimentos

desenvolvidos, que análises foram feitas e a qual os resultados obtidos

considerando os elementos do relatório.

No seminário os critérios de avaliação são: a consistência dos argumentos,

tanto na apresentação quanto nas réplicas, a compreensão do conteúdo abordado

(a leitura compreensiva dos textos utilizados), a adequação da linguagem; a

pertinência das fontes de pesquisa, os relatos trazidos para enriquecer a

apresentação e a adequação e relevância das intervenções dos integrantes do

grupo que assiste a apresentação.

O debate nos possibilita: o uso adequado da língua portuguesa em situações

formais, o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate e a

compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da

disciplina.

A atividade com o texto literário possibilita: a compreensão e interpretação da

linguagem utilizada no texto, a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas

aulas com o texto literário lido e o reconhecimento dos recursos expressivos

específicos do texto literário.

As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilitam

avaliar, entre outros critérios: a compreensão e interpretação da linguagem utilizada,

a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo

apresentado pelo audiovisual e o reconhecimento dos recursos expressivos

específicos daquele recurso;

Nos trabalhos em grupo será considerado se cada aluno: demonstra os

conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção

coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados e compreende a

origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a

contemporaneidade e o seu cotidiano.

Nas questões discursivas e objetivas alguns critérios devem ser

considerados:

1. compreensão do enunciado da questão; verificar se o aluno planejou a

solução, e se

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2. essa tentativa foi adequada.

A questão objetiva possibilita a apropriação de alguns aspectos definidos do

conteúdo; a capacidade de se utilizar de conhecimentos adquiridos.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro,

Avaliação – um processo Intencional e Planejado.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação -

Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – 2008.

_______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais

Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR,2008.

_______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº

10.639/03. Curitiba: SEED, 2005.

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO V 12 N 36 SET/DEZ 2007 - Universidade

de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação e Programa de Pós-

Graduação em Ensino de Ciências; Educação científica na perspectiva de

letramento como prática social: funções, princípios e desafios, Wildson Luiz Pereira

dos Santos.

REV. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002, TEORIA DA

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL, Adriana Pelizzari, Maria

de Lurdes Kriegl, Márcia Pirih Baron, Nelcy Teresinha Lubi Finck, Solange Inês

Dorocinski.

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PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História da educação Física relaciona-se com todas as ciências que estudam

o passado e o presente das atividades humanas e a sua evolução. O homem,

condicionado a situações de ser pensante, desempenhou, em todas as etapas da

vida, um papel importante na história da educação física, a qual se propõe a

investigar a origem e o desenvolvimento progressivo de suas atividades físicas,

através do tempo: sua importância, as causas de seu apogeu e da sua decadência.

A educação física evolui à medida que se processa a evolução cultural dos

povos. Assim a sua orientação no tempo e no espaço está em sintonia com os

sistemas políticos, sociais, econômicos e científicos vigentes nas sociedades

humanas.

Na pré-história havia a preocupação do desenvolvimento da força bruta, sob o

ponto de vista utilitário-guerreiro, sem ideia definida do ponto de vista moral. Já na

Antiguidade, os gregos, entretanto, mais evoluídos, visavam o desenvolvimento

físico e moral do homem. Nesse período, a educação física visava o aspecto

somático, harmonia de formas, musculatura saliente, sem exagero; de onde

surgiram os atletas de porte esbelto. É a fase anatômica da educação física.

Entre os romanos, que herdaram com a conquista da Grécia, as atividades

físicas dos gregos, em plena decadência, orientavam a educação física, objetivando

o desenvolvimento das massas musculares. Pouco se dedicavam à cultura

intelectual e muito menos a da moral.

As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais

recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sob o

amparo dos conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então

denominada ginástica surgiu, a partir da preocupação com o desenvolvimento da

saúde e formação moral dos cidadãos brasileiros. Nesse contexto a educação física

ganha espaço na escola, uma vez que o físico disciplinado era exigência da nova

ordem em formação.

No início do século XX, a partir de 1929, a disciplina de Educação Física torna-

se obrigatória nas instituições de ensino, por um anteprojeto publicado pelo então

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Ministro da Guerra. Esse período foi marcado pela intensificação do forte

componente militar nos métodos de ensino da Educação Física nas escolas

brasileiras.

No final da década de 1930, o esporte se popularizou e, passou a ser um dos

principais conteúdos trabalhados nas aulas de educação física. Já no início da

década de 1940 ocorreu a “desmilitarização” da educação física brasileira que foi

sobreposta por outras formas de conhecimento sobre o corpo. Nesse período houve

difusão do esporte na sociedade e as aulas de Educação Física assumiram códigos

esportivos do rendimento, competição, comparação de recordes, regulamentação

rígida e a racionalização dos meios e das técnicas. Com as reformas educacionais

desta década a Educação Física tornou-se uma prática obrigatória, desta vez com

carga horária estipulada.

Com o golpe militar de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase

nas escolas especialmente nas aulas de Educação Física. Outras reformas

educacionais nesse período consolidaram o esporte e sua hegemonia como objeto

principal nas aulas de educação física. E, nos currículos o enfoque pedagógico

estava centrado na competição e na performance dos alunos, os esportes olímpicos

foram priorizados para formar atletas para representar o país.

Na década de 70, a Lei n.5692/71, manteve o caráter obrigatório da disciplina

de Educação Física nas escolas, com legislação específica, sendo integrada como

atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do

sistema de ensino, porém ficou em alguns casos subordinada a outras disciplinas

escolares, tornando-se um elemento colaborador para o aprendizado de conteúdos

diversos àqueles próprios da disciplina.

A partir dos anos 80, houve um movimento de renovação do pensamento

pedagógico da Educação Física como consequência da abertura de cursos na área

de humanas, principalmente em educação, com novas tendências ou correntes de

ensino da Educação Física, cujos debates e críticas buscavam bases para uma

formação integral, portanto que valorizasse a atividade física não só como

coadjuvante, mas como elemento necessário para que essa formação se

estabelecesse.

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No Paraná, nos anos 90 surgiu o Currículo Básico para a escola pública e

neste a Educação Física, fundamentava-se na pedagogia histórico-crítica, numa

perspectiva progressista e crítica. O reflexo desse contexto para a educação física

configurou-se em levar os educandos à tomada de consciência sobre seus corpos,

não no sentido biológico, mas especialmente em relação ao meio social em que

vivem, embora houvesse rigidez na escolha dos conteúdos. Nessa mesma década

os avanços teóricos da disciplina sofreram retrocesso, após a aprovação da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), pois a introdução dos

temas transversais acarretou um esvaziamento dos conteúdos próprios da disciplina

em detrimento do conhecimento e reflexão sobre as práticas corporais,

historicamente produzidas pela humanidade, conteúdos de Educação Física.

No Paraná, dentro do projeto amplo de educação que considera a escola como

espaço que deve garantir ao aluno acesso aos conhecimentos historicamente

produzidos pela humanidade a Educação Física é parte do projeto geral de

escolarização e, como tal, deve estar articulada ao Projeto Político Pedagógico, pois

tem seu objeto de estudo e ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na

escola. Considerando o exposto, defende-se que as aulas de Educação Física não

são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento

subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala.

A Educação Física tem como objeto de ensino /estudo, a Cultura Corporal,

deve ainda, ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, haverá

enriquecimento dos conteúdos com experiências corporais de diferentes culturas,

priorizando as particularidades de cada comunidade.

Considerando que a Cultura Corporal é a concepção defendida na atualidade

pelas diretrizes, e que, representa as formas culturais do movimentar -se humano

historicamente produzidas pela humanidade, busca -se, possibilitar aos alunos o

acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas

corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social, isto, para ir além da

ideia de que o movimento é predominantemente um comportamento motor, mas

também histórico e social.

Nesse sentido a Educação Física se insere neste projeto com a função social

de contribuir para que o aluno se torne sujeito capaz de reconhecer o próprio corpo,

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adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as

práticas corporais, tornando-se um ser humano crítico e reflexivo, sujeito e agente

histórico, político, social e cultural.

2 CONTEÚDO ESTRUTURANTE / CONTEÚDOS BÁSICOS / CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS:

Os Conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física na Educação

Básica são os seguintes: Esporte; Jogos e Brincadeiras; Ginástica; Lutas e Dança.

Estes serão abordados em complexidade crescente rompendo a visão etapista de

conhecimento, cuja exposição de conteúdos pauta-se em pré-requisitos, isto porque,

em cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências

relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no processo

de ensino/aprendizagem.

Propõe-se uma abordagem que privilegie o reconhecimento e a ampliação da

diversidade nas relações sociais. Por isso, as aulas de Educação Física podem

revelar-se excelentes oportunidades de relacionamento, convívio e respeito entre as

diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização humana, para que o outro

seja considerado, serão desenvolvidas atividades com relação à Lei Nº 10.639/03

que refere a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a Lei Nº 11.645/08

referente à História e Cultura Afro -Brasileira e Indígena, a Lei Ambiental Nº9795/99

referente a preservação do meio ambiente e relativas aos Desafios Educacionais

Contemporâneos.

Assim sendo, os conteúdos básicos e específicos serão desenvolvidos de

quinta a oitava séries, respeitando assim, a amplitude, complexidade e

aprofundamento de cada série; enriquecendo os conteúdos com experiências

corporais das mais diferentes culturas, priorizando os particulares de cada

comunidade.

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDO

BÁSICO

CONTEUDO ESPECÍFICO

ESPORTE Coletivos Futebol; voleibol; basquetebol; handebol;

futsal; futvôlei.

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Individuais Atletismo; natação; tênis de mesa;

Radicais Skate; rappel; rafting; treking; bungee

jumping; surf e outros.

JOGOS E

BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras

populares

amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no

poço; mãe pega; stop; bolinha de gude;

bets; peteca; fito; pipa; rela; corrida de

sacos; pau de sebo; perna de pau; perna

de lata; raminho verde; passa anel;

paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo

dos paus; queimada; polícia e ladrão;

bilboquê

Brincadeiras e

cantigas de roda

gato e rato; adoletá; capelinha de melão;

caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda

cirandinha; escravos de jó; lenço atrás;

dança da cadeira e outros.

Jogos de tabuleiro Dama, trilha, resta um, xadrez, kalah, ta-

te-ti.

Jogos dramáticos Improvisação; imitação; mímica.

Jogos cooperativos futpar; volençol; eco-nome; tato contato;

olhos de águia; cadeira livre; dança das

cadeiras cooperativas; salve-se com um

abraço e outros.

DANÇA Danças folclóricas fandango; quadrilha; dança de fitas;

dança de São Gonçalo; frevo; samba de

roda; batuque; baião; cateretê; dança do

café;ciranda; carimbó;caninha verde;

dança do milho entre outras.

Danças de salão valsa; merengue; forró; vanerão; samba;

soltinho; xote; bolero; salsa; swing;

tango.

Danças de rua break; funk; house; locking, ; raggae

Danças criativas elementos de movimento ( tempo,

espaço, peso e fluência);

qualidades de movimento e

improvisação; atividades de expressão

corporal.

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Danças circulares Contemporâneas; folclóricas; sagradas.

GINÁSTICA Ginástica artística/

olímpica

solo; salto sobre o cavalo; barra fixa;

argolas; paralelas; trave de equilíbrio

Ginástica rítmica Corda, arco, bola, maças; fita.

Ginástica de

Condicionamento

Físico

alongamentos; ginástica aeróbica;

ginástica localizada; step; jump; pular

corda; pilates; hidroginástica e outros.

Ginástica Circense malabares;tecido;trapézio;acrobacias;

trampolim.

Ginástica Geral malabares; tecido; trapézio; acrobacias;

trampolim.

LUTAS Lutas de

aproximação

judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô

Lutas que mantêm

distância

karatê; boxe; muay thai; taekwondo.

Lutas com

instrumento

mediador

Esgrima; kendô

Capoeira Angola; regional

5ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

1. Ginástica 1.1 Ginástica

Condicionamento físico

1.1.1 Alongamentos,

Ginástica, Aeróbica, pular

corda.

2. Jogos 2.1 Jogos e Brincadeiras

Populares

2.2 Jogos Dramáticos

2.3 Jogos de Tabuleiro

2.1.1 Mãe-pega, stop,

peteca, queimada, duro-

mole, e outros;

2.2.1 Imitação e Mímica;

2.3.1 Dama, Trilha.

3. Esporte 3.1 Esportes coletivos

3.1.1 Futsal

3.1.2 Voleibol

3.1.3 Basquetebol

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3.2 Esportes individuais

3.1.4 Handebol

3.2.1 Atletismo

3.2.2 Tênis de Mesa

4. Lutas 4.1 Capoeira

4.2 Lutas com aproximação

4.1.1 Capoeira Regional

4.2.1 Cabo de Guerra, Judô,

Luta olímpica

5. Dança 5.1 Danças criativas

5.2 Danças Folclóricas

5.1.1 Atividades da

expressão Corporal

5.2.1 Quadrilha

6ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

1. Ginástica 1.1 Ginástica

Condicionamento físico

1.1.1

Alongamentos,Ginástica,

Aeróbica, pular corda.

2. Jogos 2.1 Jogos e Brincadeiras

Populares

2.2 Jogos Dramáticos

2.3 Jogos de Tabuleiro

2.1.1 Mãe-pega, stop,

peteca, queimada, duro-

mole, e outros;

2.2.1 Imitação e Mímica;

2.3.1 Dama, Trilha.

3. Esporte 3.1 Esportes coletivos

3.2 Esportes individuais

3.1.1 Futsal

3.1.2 Voleibol

3.1.3 Basquetebol

3.1.4 Handebol

3.2.1 Atletismo

3.2.2 Tênis de Mesa

4. Lutas 4.1 Capoeira

4.2 Lutas com aproximação

4.1.1 Capoeira Regional

4.2.1 Cabo de Guerra, Judô,

Luta olímpica

5. Dança 5.1 Danças criativas

5.2 Danças Folclóricas

5.1.1 Atividades da

expressão Corporal

5.2.1 Quadrilha

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7ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

1. Ginástica 1.1 Ginástica

Condicionamento físico

1.1.1

Alongamentos,Ginástica,

Aeróbica, pular corda.

2. Jogos 2.1 Jogos e Brincadeiras

Populares

2.2 Jogos Dramáticos

2.3 Jogos de Tabuleiro

2.4 Jogos Cooperativos

2.1.1 Mãe-pega, stop,

peteca, queimada, duro-

mole, e outros;

2.2.1 Imitação e Mímica;

2.3.1 Dama, Trilha.

2.4.1 Futpar, volençol, tato

contato, salve-se com um

abraço, dança das cadeiras

cooperativas, e outros

3. Esporte 3.1 Esportes coletivos

3.2 Esportes individuais

3.1.1 Futsal

3.1.2 Voleibo

3.1.3 Basquetebol

3.1.4 Handebol

3.2.1 Atletismo

3.2.2 Tênis de Mesa

4. Lutas 4.1 Capoeira

4.2 Lutas com aproximação

4.1.1 Capoeira Regional

4.2.1 Cabo de Guerra, Judô,

Luta olímpica

5. Dança 5.1 Danças criativas

5.2 Danças Folclóricas

5.1.1 Atividades da

expressão Corporal

5.2.1 Quadrilha

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8ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

1. Ginástica 1.1. Ginástica de

Academia

1.2. Ginástica Circense

1.1.1. Os riscos das

atividades físicas

esporádicas (Primeiros

Socorros);

1.1.2. Ginástica Aeróbica;

1.1.3. Ginástica Localizada

1.1.4. Pilates

1.1.5. Qualidades Físicas

de Base;

1.1.6. Diferenças Física e

biológicas entre os sexos.

2. Jogos 2.1.Jogos Cooperativos

2.2. Jogos Dramáticos

2.3. Jogos de Raciocínio.

2.1.1. Competir ou

cooperar eis a questão.

2.1.2. Futpar, volençol,

handboliche, dança das

cadeiras cooperativa

2.2.1. Imitação e

Improvisação;

2.3.1. Dominó Humano,

Testes de Qi, Desafios,

Dinâmias.

3. Esporte 3.1. Esportes Coletivos

3.2. Esportes Individuais

3.1.1. Futsal;

3.1.2. Voleibol;

3.1.3. Basquetebol;

3.1.4. Handebol;

3.2.1. Atletismo;

3.2.2. Tênis de Mesa;

3.2.3. Xadrez;

3.2.4. Damas.

4. Lutas 4.1. Capoeira 4.1.1Capoeira; jogo, luta

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4.2. Lutas com instrumento

mediador

4.3 Lutas que mantém a

distância

4.4. Lutas com

aproximação

ou dança?

4.2.1. Cabo de guerra,

briga de galo

4.3.1. Esgrima

4.4.1. Boxe, Sumô, Karatê,

Judô

5. Dança 5.1. Danças Circulares

5.2. Danças de Rua

5.3. Danças Folclóricas

5.4. Danças de Salão

5.1.1. Contemporâneas e

folclóricas;

5.2.1. Hip Hop;

5.3.1. Quadrilha, Dança do

pau de fitas.

5.4.1. Valsa, Bolero,Tango,

Vaneirão

Observação: Alguns conteúdos serão trabalhados com adaptações de

materiais e apresentações de imagens, devido ao fato da dificuldade de aparelhos

oficiais e locais adequados e seguros para sua prática, mas nem por isso os alunos

deixarão de ter tal conhecimento, sempre considerando as necessidades

apresentadas pela inclusão.

3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O professor de Educação Física tem a responsabilidade de organizar e

sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a

comunicação e o diálogo com diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso

de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e

ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas

metodologias, nas práticas e nas reflexões. E esse mesmo conhecimento será

transmitido e discutido com o aluno, levando-se em conta o momento político,

histórico, econômico e social em que estava inserido.

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33

Considerando, inicialmente, aquilo que o aluno traz como referência acerca do

assunto proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade. Esse momento

caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a construção do

conhecimento escolar.

Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem do tema, o

professor propõe um desafio remetendo-o ao cotidiano, criando um ambiente de

dúvidas sobre os conhecimentos prévios.

Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o conteúdo

sistematizado, para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo,

desenvolvendo assim as atividades relativas à apreensão do conhecimento através

da prática corporal.

Finalizando a aula ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos

alunos que criem outras formas de atividades, vivenciando -as. Neste momento, é

possível também a efetivação de um diálogo que permite ao aluno avaliar o

processo de ensino-aprendizagem, transformando -se intelectual e qualitativamente

em relação a prática realizada.

Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento sistematizado, como

oportunidade para re-elaborar ideias e atividades que ampliem a compreensão do

aluno sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida.

O professor poderá de acordo com o tema proposto utilizar de recursos

tecnológicos, como a exposição de vídeos na TV Pendrive, oportunizando aos

alunos o contato com novas informações.

Propõe-se uma abordagem que privilegie o reconhecimento e a ampliação da

diversidade nas relações sociais. Por isso, as aulas de Educação Física podem

revelar-se excelentes oportunidades de relacionamento, convívio e respeito entre as

diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização humana, para que o outro

seja considerado, serão desenvolvidas atividades referentes a História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana e à História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, bem como

a diversidade de forma geral.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos (Prevenção ao uso Indevido de

Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e

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34

Enfrentamento à Violência) serão desenvolvidos durante as aulas considerando as

oportunidades e necessidades.

4 AVALIAÇÃO

Os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o

comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:

Comprometimento e Envolvimento: Se os alunos entregam as atividades

propostas pelo professor com zelo e prazo determinado; se houve assimilação dos

conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue

resolver, de forma criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do

outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as

divergências; se os alunos se mostram envolvidos nas atividades, seja através de

participação nas atividades práticas ou realizando relatórios.

Partindo-se destes critérios, a avaliação deve se caracterizar como um

processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor organizará e

reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais como o

esporte, a dança, as lutas, os jogos e brincadeiras e a ginástica.

O professor estará avaliando em todos os momentos da aula e isso pode ser

feito de várias formas, como diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, registros de

atitudes e técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua

capacidade de criação, de socialização, os (pré)conceitos sobre determinados

assuntos, a escrita, o debate, o desenho e a expressão corporal.

Possibilitar aos alunos expressarem- se sobre aquilo que apreenderam, ou

mesmo o que mais lhe chamou a atenção. Ainda, é imprescindível utilizar

instrumentos que permitam aos alunos se autoavaliarem, reconhecendo seus limites

e possibilidades, para que possam ser agentes do seu próprio processo de

aprendizagem.

Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-

se de outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupos, seminários,

debates, júri simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupo e individual,

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pesquisa de campo, inventário do processo pedagógico, entre outros, em que os

alunos possam expressar sua opinião aos demais colegas.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORSARI, José Roberto. Educação Física da Pré- Escola à Universidade: Planejamento, programas e conteúdos. São Paulo: EPU, 1980.

BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal do Esporte. São Paulo: Ícone, 2003. ( Coleção educação Física Escolar: no princípio de totalidade e na concepção histórico -crítico -social, v. 3).

DARIDO, Suraya Cristina, SOUZA JUNIOR, Osmar Moreira. Para Ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. 3 ed. São Paulo: Papirus, 2009.

ESCOLA ESTADUAL AFRÂNIO PEIXOTO. Projeto Político Pedagógico. Abatiá, 2010.

FUGIKAWA, Sueli Litz e outros. Educação Física. Curitiba: SEED, 2006. p. 232. (Vários autores). ?

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física - Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.

_______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR, 2008.

_______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº 10.639/03. Curitiba: SEED, 2005.

TEIXEIRA, Hudson Ventura. Educação Física e Desportos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 1996.

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PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso nas escolas brasileiras sempre esteve pautado no ensino

do catolicismo que expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Com

a República, a nova constituição separou o Estado da Igreja, mas as aulas de

religião continuaram sendo mantidas nos currículos escolares.

A vinculação do currículo de Ensino Religioso ao Cristianismo e as práticas

catequéticas não correspondem mais ao sentido dessa disciplina na escola. Os

debates a respeito de sua permanência como disciplina escolar têm sido intensos na

busca de novos direcionamentos, pois tornou-se necessário um novo enfoque, já

que a liberdade religiosa é garantida pela Constituição conforme artigo 5°, Inciso VI.

Assim, a maneira de apreender o conhecimento passa por profundas

transformações havendo uma reviravolta nas concepções da cultura ocidental.

A globalização dos meios de comunicação atinge todos os domínios da vida

humana, repercutindo também nas manifestações religiosas, nas crenças e na

própria forma de interpretar o sagrado.

Portanto, dentre os grandes desafios para o Ensino Religioso na atualidade,

destaca-se a necessária superação das tradicionais aulas religiosas, e a introdução

de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos

e símbolos sem deixar de lado as relações culturais, sociais, políticas e econômicas

de que são impregnadas.

A partir disso, o Ensino Religioso tem como objetivo abordar os fenômenos

religiosos de forma a contribuir para a formação da cidadania e construção do

conhecimento historicamente produzido pela humanidade, promovendo a reflexão e

a informação, oportunizando aos alunos a possibilidade de interagir uns com os

outros de modo respeitoso no convívio social.

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37

A implantação Ensino Religioso segundo a Lei n° 5.492/71, deu-se em 1.972 a

partir da criação da ASSINTEC (Associação Interconfessional de Curitiba) – porém

somente em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a

Deliberação que o instituiu como Disciplina Curricular facultativa.

Assim, os conteúdos dessa disciplina deverão ser ministrados de maneira a

estimular a compreensão e análise das diferentes manifestações do sagrado, com

vistas à interpretação dos seus múltiplos significados, subsidiando os educandos na

compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade

sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do

sagrado.

Faz-se necessário a abordagem da História e Cultura Afro-brasileira e Africana,

levando-se em consideração a obrigatoriedade em cumprimento da Lei 10639/03

nos currículos da Educação Básica, além do Ensino da História e cultura dos povos

indígenas do Brasil Lei 11645/08 como forma de valorizar devidamente a história

cultural e a religiosidade desses povos, buscando reparar danos que se repetem a

vários séculos , quanto as suas identidades e seus direitos. E ainda é necessário

desenvolver conhecimentos relativos aos desafios educacionais contemporâneos

para que o futuro cidadão tenha capacidade de compreender e enfrentar as

situações de forma a assumir mudanças de atitudes.

2. OBJETIVOS GERAIS

Como todo conhecimento a ser assimilado com vistas a novos comportamentos

e produtivas ações humanas e sociais o Ensino Religioso também estabelece

objetivos a atingir, tais como:

1. Contribuir para o desenvolvimento do sujeito, tendo em vista a aquisição de

conhecimento, habilidades e a formação de atitudes e valores;

2. Abordar os fenômenos religiosos a fim de que contribuam para a formação da

cidadania e construção do conhecimento historicamente produzido pela

humanidade;

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3. Promover ao sujeito a oportunidade de se tornar capaz de entender os

movimentos religiosos específicos de cada cultura, de modo a colaborar com

a formação da pessoa;

4. Possibilitar a reflexão sobre religiosidade na diversidade universal do

conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o sagrado;

5. Explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressa tanto

nas religiões mais sedimentadas, quanto em outras manifestações mais

recentes;

6. Promover aos educandos, oportunidade de se tornarem capazes de entender

os movimentos específicos das diversas culturas, sendo o substantivo

religioso um forte elemento de colaborações na constituição do sujeito;

7. Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito

constitucional de liberdade de crença e expressão;

8. Propiciar a oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento,

de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas

presentes na sociedade;

9. Privilegiar, analisar e compreender o estudo das diferentes manifestações do

sagrado, possibilitando a analise do mesmo como cerne da experiência

religiosa que se expressa no universo cultural de diferentes grupos sociais;

10. Favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas

e sociais, fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de

preconceito e discriminação, reconhecendo a todos, como portadores de

singularidades.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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39

O Ensino Religioso é uma disciplina que contribui para o desenvolvimento

humano, além de possibilitar o respeito e a compreensão de que a nossa sociedade

e formada por diversas manifestações culturais e religiosas.

Assim, o conteúdo abordado, foco de estudos do Sagrado, perpassará todo o

currículo da disciplina de Ensino Religioso, de modo a permitir uma analise mais

complexa de sua presença nas diferentes manifestações religiosas, logo culturais e

sociais.

Para a disciplina de Ensino Religioso, são três os conteúdos estruturantes:

Paisagem Religiosa;

Universo Simbólico Religioso e

Textos Sagrados.

5ª série

Organizações Religiosas.

Lugares Sagrados.

Textos Sagrados orais ou escritos.

Símbolos Religiosos.

6ª série

Temporalidade Sagrada.

Festas Religiosas.

Ritos.

Vida e Morte.

4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

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40

As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da Disciplina de Ensino

Religioso devem primar pelo respeito às diversas manifestações religiosas,

ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos. Portanto, a abordagem dos

conteúdos terá como objeto de estudos o sagrado, e esta será a base a partir da

qual serão tratados os conteúdos.

A apresentação dos conteúdos específicos partirá das manifestações religiosas

ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para

posteriormente inserir os conteúdos mais comuns que já fazem parte do universo

cultural da comunidade.

As tradições e manifestações religiosas mais conhecidas serão objeto de

estudos ao final de cada tema trabalhado, de modo que os novos conteúdos

apreendidos de outras manifestações religiosas sirvam de referências para analisar

a aprofundar os conhecimentos já existentes ou praticados pelos alunos ou na

comunidade.

Os conteúdos das aulas não terão o compromisso de legitimar uma

manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é lugar

de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e

celebrações.

A linguagem a ser utilizada nas aulas será a pedagógica e não a religiosa,

referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo escolar e as

necessidades especiais que se apresentam, tendo sempre cuidado em evitar o uso

de fontes de informações, de pesquisas comprometidas com os interesses de uma

ou outra tradição religiosa.

As atividades também visam articular o estudo com a vida cotidiana do

educando, além de se dirigir aos demais conteúdos da educação, representados nos

temas educacionais contemporâneos, sugeridos pelos Programas postos na Política

Pública Estadual.

As atividades referentes a Cultura Afro brasileira, Africana e Indígena, e aos

temas dos Desafios Educacionais Contemporâneos serão desenvolvidas através de

reflexões sobre Vídeos, filmes, textos, teatrinhos, músicas, etc.

5. AVALIAÇÃO

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Os procedimentos avaliativos a serem adotados na disciplina de Ensino

Religioso não têm a mesma orientação que a maioria das disciplinas, no que se

refere à atribuição de notas ou conceitos e não se constitui como objeto de

reprovação. O Ensino Religioso não terá registro de notas ou conceitos na

documentação escolar, pois sua matrícula é de caráter facultativo, no entanto, a

avaliação é um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina,

portanto, cabe ao professor utilizar-se de práticas avaliativas que permitam

acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno.

Os instrumentos avaliativos devem ser elaborados de forma que auxiliem o

professor a registrar o quanto os alunos se apropriaram dos conhecimentos tratados,

que passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado,

pelos alunos.

A apropriação dos conteúdos será observado em diferentes situações a medida

que o aluno expressa nova relação respeitosa com os colegas de classe e suas

diferentes opções religiosas, aceitando as diferenças e reconhecendo que o

fenômeno religioso é um dado da cultura e da identidade de cada grupo social e usa

conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do sagrado.

Os resultados obtidos com essas informações darão elementos para que o

professor faça as necessárias intervenções no processo de ensino, retomando

aqueles conteúdos que ainda não foram apropriados pelos alunos. E ainda, a partir

do processo avaliativo dos alunos, o professor poderá também fazer sua auto-

avaliação, que servirá de base para a continuidade de seu trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Informativo da assintec – Ensino Religioso. Curitiba 2006. PARANÁ, Secretaria de Estado da educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso. Curitiba: SEED, 2008. _______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR,2008. _______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº 10.639/03. Curitiba: SEED, 2005.

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PROPOSTA CURRICULAR – GEOGRAFIA

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A discussão a respeito do ensino de Geografia tem início pelas reflexões

acerca de seu objeto de estudos. Existem denominações para esse objeto,

entendidas hoje como espaço geográfico e sua composição conceitual – lugar,

paisagem, território, natureza, sociedade, entre outros. A conceituação da expressão

espaço geográfico exige esclarecimentos dependendo das correntes de pensamento

a qual está vinculada.

Assim, a tentativa de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos

básicos e de entender o agir no espaço geográfico fez com que geógrafos de

diferentes correntes de pensamento se especializassem em seus estudos,

evidenciando muitas vezes a dicotomia entre Geografia Física e Humana. Diante

disso, o conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia e o Espaço

Geográfico, ficou entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade,

composto por objetos e ações inter-relacionadas. Assim os objetos geográficos são

inseparáveis das ações humanas, mesmo sendo eles objetos naturais.

Desta forma, a espacialização dos conteúdos de ensino, bem como a

explicação das localizações relacionadas aos eventos, objetos e ações, em estudo,

são próprias do olhar geográfico sobre a realidade.

Os inúmeros educadores que têm se dedicado a definir o significado da

Geografia consideram que o ensino desta disciplina deve subsidiar os alunos a

pensar e agir criticamente, buscando elementos que permitam compreender e

explicar o mundo, cabendo a esta à função de prepará-lo para uma leitura crítica da

produção social do espaço.

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A partir disso, cabe à escola, como um dos lugares onde se analisa, produz e

sistematizam conhecimentos, subsidiar o aluno no enriquecimento dos saberes, para

que seja capaz de interpretar, com olhar crítico, o mundo que o cerca. Para

conseguir esses saberes, é necessário que o professor tenha uma postura

investigativa e faça uso da pesquisa, tendo em vista sua função enquanto agente

transformador do ensino, da escola e da própria sociedade.

A relevância do ensino de Geografia está no fato do que todos os

acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial onde o espaço se materializa

através do tempo histórico. Portanto, há que se empreender um ensino capaz de

fornecer aos alunos os conhecimentos específicos da geografia, com o qual ele

possa ler e interpretar criticamente o espaço, sem deixar de considerar as

adversidades das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem.

É importante ressaltar que o ensino de Geografia deve privilegiar o

reconhecimento da diversidade nas relações sociais, promovendo o convívio entre

as diferenças de desenvolvimento de ideais e de valorização humana. Desta forma,

as temáticas relacionadas a Geografia do Paraná, à cultura afro-brasileira e indígena

(Leis nº. 10.639/03 e nº. 11.645/08) e também a Educação Ambiental (Lei nº.

9795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental) serão abordadas de

forma contextualizadas e relacionadas aos conteúdos de ensino da Geografia.

Esse contexto exige que o professor empreenda uma educação que contemple

a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo atual,

em que a velocidade dos deslocamentos dos indivíduos, instituições, informações e

capitais são uma realidade.

2. CONTEÚDOS

5ª SÉRIE /6º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

DIMENSÃO

ECONÔMICA DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

Formação e

transformação das

paisagens naturais e

culturais.

A geografia e a compreensão

do mundo;

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DIMENSÃO

SOCIOAMBIENTAL

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO CULTURAL

E DEMOGRÁFICA DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO POLÍTICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

Dinâmica da Natureza e

sua alteração pelo

emprego de tecnologias

de exploração e

produção.

A formação,localização,

exploração e utilização

dos recursos naturais.

A distribuição espacial

das atividades produtivas

e a (re) organização do

espaço geográfico.

As relações entre campo

e cidade na sociedade

capitalista.

A evolução demográfica,

a distribuição espacial da

população e os

indicadores estatísticos.

A mobilidade

populacional e as

manifestações

socioespaciais da

diversidade cultural.

As diversas

regionalizações do

espaço geográfico.

O Planeta Terra;

Os continentes, as ilhas e os

Oceanos;

O relevo e a hidrografia;

clima e vegetação;

O campo e a cidade;

Atividades econômicas:

extrativismo e agropecuária;

indústria, comércio e

prestação de serviços.

6ª SÉRIE/ 7º ANO

CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS

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ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO SOCIO-

AMBIENTAL DO

ESPAÇO

DIMENSÃO CULTURAL E

DEMOGRÁFICA DO

ESPAÇO

DIMENSÃO POLÍTICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

1. A formação, mobilidade

das fronteiras e a

configuração do território

brasileiro.

2. A dinâmica da natureza

e sua alteração pelo

emprego de tecnologias

de exploração e

produção.

3. As diversas

regionalizações do

espaço brasileiro.

4. As manifestações sócio

– espaciais da

diversidade cultural.

5. Movimentos migratórios

e suas motivações.

6. O espaço rural e a

modernização da

agricultura.

7. A formação, o

crescimento das

cidades, a dinâmica dos

espaços urbanos e a

urbanização.

8. A distribuição espacial

das atividades

produtivas, a ( re)

organização do espaço

geográfico.

9. A circulação de mão –

de – obra, das

mercadorias e das

informações.

10. O território brasileiro.

11. Brasil: populacional

12. Brasil : campo e cidade

13. Brasil regiões : Norte,

Nordeste, Centro – Oeste,

Sudeste e Sul

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46

7ª SÉRIE/ 8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO

SOCIOAMBIENTAL DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO CULTURAL E

DEMOGRÁFICA DO

ESPAÇO

DIMENSÃO POLÍTICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

. As diversas

regionalizações do espaço

geográfico.

. A formação, mobilidade

das fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios dos continente

americano.

. A nova ordem mundial, os

territórios supra –

nacionais e o papel do

Estado.

. O comércio em suas

implicações sócio –

espaciais.

. A circulação de mão – de

– obra, do capital, das

mercadorias e das

informações.

. A distribuição espacial

das atividades produtivas ,

a ( re) organização do

espaço geográfico .

As relações entre o campo

e a cidade na sociedade

capitalista.

. O espaço rural e a

modernização da

agricultura.

. A evolução demográfica

Geografia e regionalização

do espaço.

A economia global.

O continente americano.

A população e a economia

da América.

A América do Norte, a

América Central, a América

Andina, a América Platina, a

América do Sul e as

Guianas.

O Brasil.

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47

da população, sua

distribuição espacial e os

indicadores estatísticos.

. Os movimentos

migratórios e suas

motivações.

. As manifestações sócio –

espaciais da diversidade

cultural.

A formação, localização,

exploração e utilização dos

recursos naturais.

8ª SÉRIE/ 9º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

DIMENSÃO

ECONÔMICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO

SOCIOAMBIENTAL DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO CULTURAL

E DEMOGRÁFICA DO

ESPAÇO

DIMENSÃO POLÍTICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

As diversas

regionalizações do

espaço geográfico.

A nova ordem mundial,

os territórios

supranacionais e o

papel do Estado.

A revolução técnico –

científico - informacional

e os novos arranjos no

espaço da produção.

O comércio mundial e

as implicações sócio –

espaciais.

A formação, mobilidade

das fronteiras e a

reconfiguração dos

Países e conflitos

mundiais.

Globalização e

organizações

mundiais.

Os continentes:

Europa, África,

Ásia, Oceania e

as regiões

polares.

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48

territórios.

A evolução demográfica

da população, sua

distribuição espacial e

os indicadores

estatísticos.

As manifestações sócio

– espaciais da

diversidade cultural.

Os movimentos

migratórios mundiais e

suas motivações.

A distribuição das

atividades produtivas, a

transformação da

paisagem e a (re)

organização do espaço

geográfico.

A dinâmica da natureza

e sua alteração pelo

emprego de tecnologias

da exploração e

produção.

O espaço em rede:

produção, transporte e

comunicação na atual

configuração territorial.

Os conteúdos referentes a geografia do Paraná estão inclusos nos conteúdos

estruturantes, básicos e específicos considerando o espaço geográfico em estudo.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia para o ensino da Geografia deve permitir aos alunos a

apropriação dos conceitos fundamentais dessa disciplina de modo que estes

compreendam como se dá o processo de produção e transformação do espaço

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geográfico. Sendo assim, os conteúdos específicos serão trabalhados de uma forma

crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade dos alunos, procurando

uma coerência dos fundamentos teóricos propostos nas Diretrizes Curriculares

dessa disciplina.

Ao abordar os conteúdos será considerado o conhecimento prévio dos alunos

de forma que o conhecimento científico supere o senso comum. Os conteúdos serão

trabalhados de forma a instigar e provocar, buscando mobilizar o aluno para o

conhecimento. Essa problematização será realizada de forma a estimular o

raciocínio, a reflexão e a crítica, de maneira que o aluno se torne sujeito do seu

processo de aprendizagem.

A contextualização dos conteúdos levará em consideração a realidade vivida

pelo aluno, buscando situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais e

econômicas, culturais, nas diversas escalas geográficas.

O professor conduzirá o processo ensino-aprendizagem de forma dialogada

procurando, sempre que possível, estabelecer relações interdisciplinares na

abordagem do conteúdo em estudo.

Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia são fundamentais

para a compreensão do espaço geográfico, dos conceitos e das relações

socioespaciais, tais como: aulas de campo (considerando a área de estudo - urbana

ou rural), recursos áudio visuais, cartografia e a literatura. A linguagem cartográfica

será trabalhada ao longo do curso do Ensino Fundamental (séries finais) e utilizada

como instrumento de leitura como se fossem textos, passíveis de interpretação,

problematização análise crítica, proporcionando a compreensão dos fenômenos e a

sua distribuição no espaço geográfico.

O trabalho pedagógico da história e da cultura afro-brasileira e indígena será

realizado por meio de textos, imagens, mapas, abordando a questão histórica da

composição étnica e miscigenação da população brasileira; a questão político-

econômica da distribuição espacial da população afro-descendente e indígena no

Brasil e no mundo; as contribuições das etnias indígenas e africana na construção

cultural da nação brasileira; as motivações das migrações dos povos africanos e

indígenas no tempo e no espaço; o trabalho e distribuição de renda entre essas

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50

populações no Brasil; a configuração socioespacial do continente africano desde o

período escravista até os dias atuais.

A Educação Ambiental é uma prática educativa integrada e permanente no

desenvolvimento dos conteúdos que será abordada de forma contextualizada e a

partir das relações que estabelece com as questões políticas e econômicas. Além da

Educação Ambiental, outros Desafios Educacionais Contemporâneos como

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal e

Enfrentamento à Violência serão desenvolvidos na medida em que forem surgindo e

de forma contextualizada. E ainda haverá trabalhos relativos a Diversidade que

permeia a vida humana dentro do espaço geográfico.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve acompanhar a aprendizagem dos alunos e direcionar o

trabalho do professor. Deve ser, portanto, uma ação contínua e reflexiva sobre o

fazer pedagógico, tendo em vista que os alunos possuem diferentes ritmos de

aprendizagem o que possibilita ao professor intervir pedagogicamente a todo o

tempo.

Sendo assim, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem

possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente

aos diferentes contextos sociais. Ao avaliar deve-se considerar a mudança de

pensamento e de atitude do aluno que demonstram êxito do processo de ensino e

aprendizagem, como: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a

participação dos alunos.

O resultado do processo de avaliação do ensino de Geografia deve contribuir

para a formação de um aluno crítico, que atua no meio natural e cultural e, portanto,

deve ser capaz de aceitar, rejeitar ou até mesmo transformar esse

Para isso, os principais critérios de avaliação em Geografia são: a formação

dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais

para compreensão e intervenção da realidade. É necessário observar se os alunos

assimilaram as relações Espaço Temporais e Sociedade Natureza para

compreender o espaço nas diversas escalas geográficas

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Todos os momentos do processo ensino-aprendizagem devem ser registrados,

tanto os avanços quanto as dificuldades dos alunos. Para isso, o professor deve

diversificar os instrumentos de avaliação, ao invés de avaliar apenas através de

provas. As técnicas e os instrumentos devem possibilitar as várias formas de

expressão do aluno, como:

Interpretação e produção de textos de Geografia;

Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

Relatórios de aula de campo;

Apresentação e discussão de temas em seminários;

Realização de pesquisas bibliográficas;

Construção, representação e análise do espaço através de cartazes,

maquetes, entre outros.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LUCCI, Ellian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro. Geografia – Homem e Espaço.

São Paulo: Saraiva, 2007.

MOREIRA, Igor; AURICCHIO, Elizabeth. Construindo o Espaço Geográfico. São

Paulo: Ática, 2007.

OBRA COLETIVA. Projeto Araribá de Geografia. São Paulo: Editora Moderna,

2007

PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o Ensino de Geografia. Curitiba:

SEED/PR, 2008.

_______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR,2008.

_______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº 10.639/03. Curitiba: SEED, 2005.

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PROPOSTA CURRICULAR – HISTÓRIA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As Diretrizes Curriculares para o Ensino de História propõe que o trabalho

pedagógico desta disciplina deve dialogar com várias vertentes, recusando as

verdades prontas e definitivas e as produções historiográficas que afirmam não

existir objetividade possível em História.

A contribuição mais significativa do ensino de história ao educando é edificação

da capacidade de pensar historicamente, não se trata de educar o aluno para

adaptar-se aos fenômenos históricos simplesmente, mas para sentir-se como sujeito

produtor do conhecimento histórico, como agente transformador do processo

histórico.

A história tem como objeto de estudos, os processos históricos relativos às

ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os

sujeitos deram as mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Essas ações

produzem outras relações construindo novas ações no presente e projetos para o

futuro.

A História tem por finalidade superar os mecanismos da exclusão social e do

desrespeito aos direitos humanos. Já a finalidade do ensino de História é a formação

de um pensamento histórico a partir da produção do conhecimento, tendo por base a

consciência histórica dos sujeitos.

A aprendizagem histórica configura a capacidade dos sujeitos se orientarem na

vida e constituírem uma identidade que se dá na relação com vários sujeitos em

diversos contextos espaciais e temporais através da narrativa histórica.

A disciplina de História no currículo escolar deve oferecer um marco referencial

para que o aluno entenda os problemas sociais, perceba a importância dos

conhecimentos diários, faça uso crítico da informação para viver com plena

consciência cidadã. Esta cidadania será construída no decorrer de sua vivência

escolar pois ele traz consigo experiências de vida e saberes que são do senso

comum que a escola deve transformar em conhecimento científico.

Portanto, o processo de ensino de História deve fazer com que o aluno perceba

que a realidade em que vive não está pronta e acabada, mas que é fruto das opções

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dos homens em sociedade, tanto no passado como no presente, bem como deve

levá-lo a ter uma visão crítica da realidade para posicionar-se diante das diversas

situações contemporâneas.

2. CONTEÚDOS

5ª Série/6º Ano

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

A experiência humana no

tempo

Os sujeitos e suas relações

com o outro no tempo

As culturas locais e a

cultura comum

Produção do conhecimento

histórico;

Articulação da História com

outras áreas do

conhecimento;

Arqueologia no Brasil;

Surgimento,

desenvolvimento da

humanidade e grandes

migrações

Povoamento da América;

As primeiras civilizações

na África, Europa e Ásia.

6ª Série/7º Ano

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Relações de Trabalho

As relações de

propriedade

A constituição

histórica do mundo

campo e do mundo

da cidade

A formação da

Europa Feudal;

O mundo árabe;

As sociedades

tribais da África;

China, o império da

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Relações de Poder

Relações Culturais

As relações entre

campo e a cidade

Conflitos e

resistências e

produção cultural

campo/cidade

prosperidade;

As mudanças na

Europa a partir do

século XI;

A formação das

monarquias

nacionais;

Mudanças na arte e

na religião;

A chegada dos

europeus na

América;

A formação da

sociedade brasileira;

7ª Série/8º Ano

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

História das relações da

humanidade com o

trabalho.

O trabalho e a vida em

sociedade.

O trabalho e as

contradições da

modernidade.

Os trabalhadores e as

conquistas de direito.

O absolutismo inglês;

A época do ouro no Brasil;

A Revolução Industrial;

As revoluções na América

e na Europa;

A Era Napoleônica e

independência da América

Espanhola;

A Emancipação Política da

América Portuguesa;

Brasil: Primeiro e Segunda

Reinado.

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8ª Série/9º Ano

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

A constituição das

instituições sociais.

A formação do Estado.

Sujeitos, guerras e

revoluções.

A era do imperialismo;

A Primeira Guerra Mundial

e a Revolução Russa

A crise do capitalismo e a

Segunda Guerra Mundial;

A Guerra Fria;

A nova ordem mundial;

Os primeiros anos da

República no Brasil;

A Era Vargas;

Democracia e ditadura no

Brasil.

Os conteúdos referentes a História do Paraná serão trabalhados de acordo

com sua inserção no tempo histórico mundial e nacional. Ao desenvolver os

conteúdos da história geral, abrir -se o leque para o conhecimento específico da

construção histórica do nosso estado, cujos reflexos vivemos, e sobre a história do

estado que estamos construindo.

Considerando a determinação das Leis Nº 10.639/03 que refere a História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana, a Lei Nº 11.645 / 08 referente à História e Cultura

Afro-Brasileira e Indígena, a Lei Ambiental Nº9795/99 referente a Educação

Ambiental, os conteúdos e atividades também serão inseridos de acordo com os

reflexos da construção histórica no Brasil.

A dimensão dos Desafios Educacionais Contemporâneos estarão sendo

trabalhados enquanto fatores da história do sujeito que vive e constrói o registro

histórico da humanidade.

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.3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e específicos

tem por finalidade a formação do pensamento histórico dos estudantes. Para que

isso aconteça, professor e alunos, em sala de aula e nas pesquisas escolares,

devem utilizar os métodos da investigação histórica através das narrativas históricas

desses sujeitos. Assim, os alunos poderão perceber que a História é narrada em

diferentes fontes. Por isso, o trabalho do professor deve ser fundamentado em

vários autores e suas respectivas interpretações de modo que o aluno entenda que

não há verdade histórica absoluta, e sim que as verdades são produzidas a partir de

evidências que organizam diferentes problematizações, promovendo uma

contextualização social, política e cultural em cada momento histórico.

Para que o objetivo ligado à aprendizagem histórica seja alcançado, o

professor deve explorar várias metodologias e considerar, na abordagem dos

conteúdos temáticos:

múltiplos recortes temporais;

diferentes conceitos de documento;

múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;

formas de problematização em relação ao passado;

condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar

historicamente; superação da ideia de História como verdade absoluta por

meio da percepção dos tipos de consciência histórica expressas em

narrativas históricas.

Para que o aluno entenda como se dá a construção do conhecimento histórico,

o professor deve realizar a organização do seu trabalho pedagógico por meio:

do trabalho com vestígios e fontes históricas diversas;

da fundamentação na historiografia;

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da problematização dos conteúdos;

essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas

pelos sujeitos.

O uso de vestígios e fontes históricas em sala de aula pode favorecer o

pensamento histórico e auxilia no desenvolvimento da autonomia intelectual do

aluno e lhe permite realizar análises críticas das sociedades através da consciência

histórica.

A proposta metodológica das Diretrizes Curriculares de História estabelecem

uma divisão temporal a partir de histórias locais e nacionais. Essa nova perspectiva

permite estabelecer relações entre a sociedade brasileira e as demais, como a

indígena, a africana e a asiática. Embora a proposta seja partir das Histórias locais e

do Brasil para a História Geral, é preciso cuidar para não impor esta relação quando

as condições históricas não permitem.

O professor deve fazer uso de diferentes imagens, livros, jornais, revistas,

histórias em quadrinhos, pinturas, gravuras, museus, filmes, musicas, etc., são

documentos que podem ser transformados em materiais didáticos que contribuem

para a constituição do conhecimento histórico podendo ser aproveitados de diversas

maneiras em aula.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de História tem como objetivo favorecer a busca da

coerência entre a concepção de História defendida e de práticas avaliativas que

integram o processo de ensino e de aprendizagem. Ela deve estar a serviço da

aprendizagem de todos os alunos, de modo que passe pelo conjunto as ações

pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.

Avaliação e aprendizado devem ser compreendidos como fenômeno

compartilhado, contínuo e diversificado, propiciando uma análise crítica das práticas

que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos. Assim, é

importante retomar a avaliação com os alunos para que estes assumam uma maior

responsabilidade pelo seu próprio aprendizado e identifiquem suas dificuldades

permitindo ao professor planejar e propor outros encaminhamentos para a

superação das dificuldades constatadas.

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Para substituir as práticas avaliativas baseadas na memorização de conteúdos,

o professor poderá propor aos alunos:

Atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas dos estudantes

em relação ao tema abordado;

Atividades que permitem desenvolver a capacidade de síntese e redação de

uma narrativa histórica;

Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de ideias e

conceitos históricos;

Atividade que revelem se o educando se apropriou da capacidade de leitura

de documentos com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia,

histórias em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento.

A avaliação da disciplina de História deve considera três aspectos:

A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;

A compreensão das relações da vida humana ( Conteúdos Estruturantes).

O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.

Tendo em vista que esses aspectos são complementares e indissociáveis, o

professor deve recorrer a diferentes instrumentos e atividades avaliativas como:

leitura, interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas e documentos

históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,

sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outros.

Espera-se que ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham

condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações

de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem,

de modo a se fazerem sujeitos da própria história.

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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COTRIM, Gilberto. Saber e Fazer História. São Paulo: Saraiva, 2007.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o Ensino de História. Curitiba: SEED/PR,

2008.

_______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR,2008.

_______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº 10.639/03. Curitiba: SEED, 2005.

_______, Educando para as relações Étnico-Raciais II. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Cadernos Temáticos dos desafios educacionais contemporâneos. Curitiba: SEED/PR, 2008.

PILETTI, Nelson, PILETTI, Claudino. História e Vida – Integrada. São Paulo: Ática,

2008.

OBRA COLETIVA. Projeto Araribá de História. São Paulo: Moderna, 2007.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo:

Scipione, 2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

MODERNA

1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino de uma Língua Estrangeira sempre foi ofertado no Brasil desde sua

colonização, porém de acordo com a organização social houve muitas mudanças no

currículo escolar, isto devido à ascensão ou declínio do prestígio das línguas

estrangeiras em determinado momento histórico. O ensino das línguas modernas

começou a ser valorizado a partir de 1809, quando D. João VI criou as cadeiras de

Inglês e Francês, cujo objetivo era melhorar a instrução pública e atender às

demandas advindas da abertura dos portos ao comércio. Assim, o modelo de ensino

de línguas adotado desde a educação jesuítica até princípios do século XX foi a

abordagem pedagógica tradicional de raízes europeias.

Com o ideal de modernidade e de construção de uma identidade nacional

houve a reforma de ensino de 1931, intitulada Francisco Campos, que estabeleceu

um diferencial no que diz respeito ao ensino de Língua Estrangeira: o Método Direto.

Esse método contemplava o ensino das habilidades orais.

A dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos acentuou-

se durante e após a 2ª Guerra Mundial, intensificando -se a necessidade de

aprender inglês e com a Lei das Diretrizes e Bases de Educação (LDB) n. 4.024

houve uma maior valorização da língua devido à expansão das demandas de

mercado de trabalho. Por conta do crescente interesse pela aprendizagem de

línguas, surgiram então mudanças significativas quanto às abordagens e métodos

de ensino. Da década de 50 até o momento atual foram inúmeros os métodos

adotados passando pelos Métodos Audiovisual e Áudio-Oral (apoiados no princípio

do behaviorismo), a Gramática Gerativa Transformacional (baseada na psicologia

cognitiva), a Abordagem Cognitiva e Construtivista (segundo as teorias de Piaget), a

Abordagem Comunicativa, além da criação dos Centros de Línguas Estrangeiras

Modernas (CELEM).

O ensino de uma Língua Estrangeira se tornou obrigatório, visando promover a

expansão social e cultural do cidadão, possibilitando a construção de sua identidade

e a compreensão de seu papel no mundo em que vive. Portanto, objetiva-se que os

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alunos analisem as questões sociais, políticas e econômicas da nova ordem

mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do

papel das línguas na sociedade.

Sabendo-se assim, que a língua é construída histórica e culturalmente e está

em constante transformação, tem-se a clareza que é pelo discurso que os

educandos percebem as diferentes ideologias e as condições sociais e culturais,

possibilitando o desenvolvimento de seu pensamento crítico. Assim, percebemos a

importância das aulas de Língua Estrangeira como um espaço de construção de

identidades dos alunos como cidadãos, oportunizando o desenvolvimento de sua

consciência através de sua interação com os outros indivíduos e com os textos

trabalhados, contribuindo para formar alunos críticos e transformadores. E através

de discussões realizadas, das práticas de leitura, escrita e oralidade, levar os alunos

a compreender o papel exercido por essa língua na comunidade local e planetária,

além de incentivá-los à pesquisa e reflexão.

Ainda, possibilita a construção de significados que vão além da mera

aprendizagem da língua, uma vez que ao aprender outra língua, o aluno adquire as

percepções de mundo, pois está inserido num mundo globalizado e encontra-se

exposto às diversas manifestações de uma Língua Estrangeira, assim, ao estudar

essa Língua espera-se que o aluno a use em situações de comunicação oral e

escrita; vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; compreenda

que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis

de transformação na prática social; tenha maior consciência sobre o papel das

línguas na sociedade; reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural,

bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país; além de

aprender a atribuir significados e estabelecer entendimentos possíveis,

contemplando as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito, desenvolvendo,

desta forma, uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.

Dessa maneira, os educandos poderão integrar-se ao mundo em evolução,

compreendendo que a construção de sentidos se faz coletivamente e uma vez que

os significados são sociais e historicamente construídos são, portanto, passíveis de

transformação na prática social.

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2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE - DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL

A Língua Estrangeira propõe ensinar não apenas a língua em si, mas a prática

discursiva que a compõe na sociedade, por isso o conteúdo estruturante trabalhado

define-se como Discurso como prática social, englobando a oralidade, leitura e

escrita, bem como a diversidade de textos, os quais sejam condizentes com a

realidade e perfil dos educandos. Assim, os textos serão significativos, permitindo o

desenvolvimento crítico e facilitando o trabalho das estruturas linguístico-discursivas

de modo contextualizado, usando-se para isto, textos orais, escritos e visuais.

No decorrer da prática de leitura, escrita, fala e compreensão auditiva,

observar-se-á o princípio da continuidade, mantendo-se assim, uma progressão

entre as séries, de modo que o educando se desenvolva gradativamente durante o

curso, adquirindo conhecimentos significativos e interagindo discursivamente

durante as aulas.

Por sua vez, a ênfase no trabalho pedagógico está voltada para a interação

dos alunos com o discurso, levando-se em conta a abordagem crítica de leitura,

materializada com variados gêneros textuais, os quais abordarão diferentes gêneros

discursivos e temáticos, adequados à sua faixa etária, e que se referem ao objeto ou

finalidade discursiva, abordando temas polêmicos, culturais, sociais, étnico -raciais,

econômicos, esportivos, científicos, etc. incluindo os que se referem à diversidade

étnico-racial africana e indígena e sua contribuição histórica e cultural e a educação

ambiental, contemplando os interesses dos alunos, porém visando fins educativos. É

por meio dos textos que os conteúdos serão trabalhados, apresentando os

diferentes graus de complexidade da estrutura linguística presentes em cada texto

estudado, bem como observando a sua progressão através das séries.

Nesta perspectiva, o estudo de Língua Estrangeira realizar-se-á levando em

conta os elementos integradores-conhecimentos discursivos, sócio-pragmáticos,

culturais e linguísticos, os quais estarão presentes em toda a situação de interação

do aluno com a Língua Estrangeira, através da escrita, leitura e oralidade, realizando

a abordagem do discurso em sua totalidade enquanto interagem entre si e

constituem uma prática sócio-cultural.

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2.1 Conteúdos Básicos de Língua Estrangeira Moderna

Como o foco está na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho

pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o discurso, o que dá ao aluno

condições de construir sentidos para os textos. Assim, para o desenvolvimento da

leitura trabalhar -se -á com a identificação do tema abordado, a intertextualidade e

intencionalidade dos textos, vozes sociais presentes nos textos, o léxico, coesão e

coerência, as funções das classes gramaticais nos textos, os elementos semânticos,

discurso direto e indireto, emprego de sentido denotativo e conotativo nos textos,

recursos estilísticos, marcas e variedades linguísticas, acentuação e ortografia.

Por sua vez o trabalho com a escrita estará voltado para o tema do texto, o

interlocutor, a finalidade, intencionalidade e intertextualidade do texto, condições de

produção, informatividade, vozes sociais presentes nos textos, discurso direto e

indireto, emprego de sentido denotativo e conotativo no texto, léxico, coesão e

coerência, função das classes gramaticais no texto, elementos semânticos, recursos

estilísticos, marcas e variedades linguísticas, ortografia e acentuação.

Quanto à oralidade desenvolver -se -á os elementos extralinguísticos como

entonação, pausas, gestos, etc. turnos da fala, vozes sociais presentes nos textos,

adequação do discurso ao gênero, variações e marcas linguísticas, diferenças e

semelhanças entre o discurso oral e o escrito, adequação da fala ao contexto, bem

como a pronúncia.

Considerando as disposições das Leis Nº 10639/03 e Nº 11645/08, os

conteúdos a que estas se referem estão inclusos através de textos, considerando a

abordagem crítica prevista para a disciplina. Os temas referentes aos Desafios

Educacionais Contemporâneos também serão trabalhados através de textos

reflexivos, que dentro da abordagem crítica buscarão gerar mudanças de atitudes

que favoreçam a boa convivência.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O encaminhamento metodológico a ser usado, no decorrer das atividades, leva

em conta o desenvolvimento da criticidade do educando, através do contato com

variados gêneros textuais e as problematizações levantadas por meio deles. Uma vez

que as aulas de Língua Estrangeira propiciam um espaço para que o aluno construa

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significados, crie identidades, emita opiniões e entenda o mundo ao qual está inserido,

cabe ao professor propor debates e discussões acerca dos temas abordados nos textos

e levá-los a interagir com os mesmos através da leitura, analisando a função do gênero

estudado, sua composição, distribuição de informações, o grau de informações

presentes ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência, observando a

linguagem escrita e visual, utilizando materiais diversos como gráficos, fotos, figuras,

quadrinhos, etc. E, ainda localizando informações explícitas e implícitas nos textos,

ampliando o vocabulário, considerando assim, os usos heterogêneos da língua como

prática sócio-cultural, respeitando as diferenças entre culturas, crenças e valores.

No trabalho com textos literários deve-se propor atividades que colaborem para

que os alunos analisem os textos e os perceba como prática social de uma sociedade

num determinado contexto sociocultural, proporcionando ao aluno condições para

assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados

relacionando os vários conhecimentos interdisciplinares.

Para cada texto escolhido verbal e/ou não-verbal o professor trabalhará e

explorará o gênero, aspecto cultural, variedade e análise linguística, propor pesquisas,

discussões e produções de texto. Lembrando que os conteúdos poderão ser retomados

em todas as séries, porém em diferentes graus de profundidade, levando-se em conta o

conhecimento e as dificuldades específicas, para adaptar atividades a fim de que todos

trabalhem.

Para auxiliar os alunos durante a prática pedagógica é essencial que se

disponibilize recursos pedagógicos bem como se utilizem livros didáticos, dicionários,

livros paradidáticos, vídeos, DVDs, fitas de áudio, CDs, CD-ROM, TV pendrive, TV

multimídia, internet, cartazes, figuras, jogos, textos impressos ou fotocopiados, etc.,

oferecendo aos alunos elementos discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e

culturais para que melhorem a produção.

4 AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser contínua, diagnóstica, formativa, reflexiva e somatória

oferecendo uma interpretação qualitativa do conhecimento construído. Nesse

sentido, constitui-se como um instrumento facilitador na busca de orientações e

intervenções pedagógicas, não se prendendo apenas ao conteúdo desenvolvido,

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mas às vivências praticadas ao longo do processo, de modo que os objetivos

apresentados sejam alcançados.

Reconhecendo a avaliação como parte integrante do processo educacional, é

fundamental, que o aluno esteja envolvido neste processo, uma vez que é construtor

do conhecimento, pois seu envolvimento na construção do significado nas práticas

discursivas propiciará a base para o método avaliativo.

Instrumentos e Critérios de avaliação

Instrumentos:

diálogos, discussões e debates;

elaboração de pequenos textos;

pesquisas;

entrevistas;

confecção de cartazes e murais;

participação em jogos;apresentações, encenações e dramatizações;

testes e avaliações escritas.

Os alunos serão avaliados através de sua participação em diálogos,

discussões e debates acerca dos temas abordados, considerando critérios como

engajamento discursivo, apresentação das ideias com clareza e coerência, mesmo

na língua materna, leitura compreensiva de variados gêneros textuais, inferindo,

servindo-se de conhecimentos prévios, identificando a ideia principal e o tema do

texto, percebendo a intencionalidade, localizando informações explícitas e implícitas

nos textos, ampliando assim o seu léxico. Serão avaliados também considerando-se

a elaboração de pequenos textos atendendo às circunstâncias de produção,

expressando suas ideias com clareza e coerência, utilizando adequadamente os

recursos textuais e linguísticos. Nas pesquisas, levar-se-á em consideração

empenho, compreensão do tema pesquisado, organização e elaboração coerente do

texto, nas entrevistas a coerência, a coesão e a clareza de ideias; a confecção de

cartazes e murais, deverá expressar clareza e objetividade em relação ao tema

proposto, utilizando adequadamente os recursos gráficos, textuais e linguísticos. Na

participação em jogos, considerar-se-á a promoção da sociabilização e

engajamento do grupo, o respeito às regras, bem como o desenvolvimento

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habilidades cognitivas. Quando de apresentações, encenações e dramatizações,

será considerado a participação ativa, utilização consciente de expressões faciais,

corporais e gestuais, pausas e entonações entre outros elementos extralinguísticos,

respeitando os turnos da fala, assim como valorizando as apresentações dos demais

grupos, uso de instrumentos como testes e avaliações escritas, utilizando a língua

materna e a Língua Estrangeira estudada a partir de textos, promovendo assim, o

desenvolvimento dos pensamentos e ideias.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PROPOSTA CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA

1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Conforme explicita as Diretrizes Curriculares da Educação Básica,

historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com

a educação jesuítica. Segundo Moll (2006), essa educação era instrumento

fundamental na formação da elite colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a

“alfabetiza” e “catequizar” os indígenas. A concepção de educação e o trabalho de

escolarização dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de trabalho de

que a linguagem reproduzia o modo de pensar.

Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de

práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos

hegemônicos da metrópole e da igreja.

As primeiras prática pedagógicas moldava-se ao ensino do latim, garantindo a

perpetuação de uma ordem patriarcal, estamental e colonial.

Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às

escolas de ler e escrever, mantidas pelos jesuítas.

No período colonial, a língua mais utilizada era o tupi. O português era a

língua das transações comerciais, dos documentos legais. A interação entre

colonizados e colonizadores resultou na constituição da Língua Geral (tupi-guarani).

Contudo, a partir do século XVIII, a situação de bilinguismo passou a não interessar

aos propósitos colonialistas de Portugal, que precisava manter a colônia e, para

isso, a unificação e padronização lingüística constituíram-se fatores de relevância.

Em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa

idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral.

A partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças

estruturais. Com a expulsão dos jesuítas, foi instituída as aulas régias ministradas

por profissionais de várias áreas. Essas aulas atendiam a uma parcela reduzida da

elite colonial que se preparava para estudos posteriores na Europa.

O ensino público (que atendia a alfabetização e catequese dos índios),

anteriormente sob a tutela dos jesuítas, passou a ser financiado pela Metrópole. A

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intenção era modernizar a educação, tornando o ensino laico e colocando-o a

serviço dos interesses da Coroa Portuguesa.

Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua

Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Seguindo os

moldes do ensino de Latim, o ensino de Língua Portuguesa fragmentava-se no

ensino da Gramática, Retórica e Poética.

Ainda no final do século XIX, e com o advento da República, a preocupação

com a nascente industrialização influenciou a estrutura curricular. Houve, então, a

necessidade de rever o acesso ao ensino para atender às necessidades da

industrialização.

Nesse momento em que a escola se abria as camadas cada vez maiores da

população, o ensino de português tratava de prover uma determinada classe de uma

língua que era considerada a “boa língua” (houve uma tentativa de uma

aprendizagem hierarquizada e seletiva). No entanto, a multiplicação das escolas

públicas expulsou dos currículos o curso de Retórica.

O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data

em que foi criado, no Brasil, o cargo de Professor de Português. Nesse período, o

Latim começou a perder prestígio com a valorização da língua nacional. Esse

declínio teve início já no contexto do movimento romântico que defendiam uma

língua brasileira que garantisse a unidade nacional. Esse movimento lutou contra os

moldes tradicionais portugueses e privilegiou o falar brasileiro.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até

meados do século XX, quando se iniciou no Brasil, a partir da década 1960, um

processo de expansão do ensino primário público.

No contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa

não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em contas as novas

necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, dentre elas a

presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então

admitidos na escola.

Nesse contexto, que foi também de consolidação da ditadura militar, um a

concepção tecnicista de educação gerou um ensino baseado em exercícios de

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memorização. A pedagogia da formação de hábitos, memorização e reforço era

adequada ao contexto autoritário, impondo uma formação acrítica e passiva.

Através da lei n. 5692/71 ensino deveria voltar-se à qualificação para o

trabalho. Decorreu, então, a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na

disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio

de comunicação, com um viés mais pragmático e utilitário em detrimento do

aprimoramento das capacidades linguísticas do falante. Contudo, essa visão de

ensino afastava o aluno vindo das classes menos favorecidas, da norma culta da

língua portuguesa.

Na década de 70, questionou-se a autoridade e a eficácia das aulas de

gramática no ensino. A partir desses questionamentos o ensino de Língua

Portuguesa fundamentava-se em exercícios estruturais, técnicas de redação e

treinamento de habilidades de leitura.

Com relação à literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do

trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura

do texto literário, no ensino primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da

língua, com base em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores

religiosos, morais e cívicos. Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao

então segundo grau, com abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto

literário.

Nos anos 80, com o fim do regime militar, foi inserida a pedagogia hitórico-

crítica que vê a educação como mediação da prática social. Na disciplina de Língua

Portuguesa, essa pedagogia se revelou nos estudos linguísticos centrados no

texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. A dimensão tradicional

de ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de

uso, contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise.

Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), do final da década de 1990,

fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção

interacionista, levando a uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.

Contudo, Brait (2000, p.24) faz apontamentos às indicações dos PCNs quanto ao

trabalho com o texto em modelos preestabelecidos. Segundo o autor, o trabalho com

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modelos pré-estabelecidos enfatiza os aspectos formais do texto, deixando de

considerar que todo texto é um elo na cadeia da interação social.

Depois de apresentado o percurso histórico da disciplina de Língua

Portuguesa, tendo em vista as mudanças do ensino da língua materna através dos

tempos, nos diversos contextos sociais e políticos, pretende-se, hoje, uma prática

pedagógica que dá ênfase à língua viva, dialógica, em constante movimentação,

permanentemente reflexiva e produtiva

Visivelmente percebe-se mudanças na forma de educar. O ensino da Língua

Portuguesa que até então era baseado, sobretudo no estudo gramatical, exigindo-

se o conhecimento teórico dos conceitos passa por ensinamentos onde requer uma

prática reflexiva; a linguagem passa a ser vista como um elemento de comunicação

e não de discriminação, não mais valorizada uma única linguagem padrão ou culta

como elemento de produção oral e escrita, o universo linguístico do aluno começa a

ser respeitado. Nessa perspectiva educacional, o papel primordial do ensino de

Língua Portuguesa é formar alunos, que ao final do Ensino Fundamental, sejam

competentes leitores e produtores de textos e não meros conhecedores de uma

nomenclatura gramatical específica com suas regras e exceções.

Hoje, a meta do currículo de Língua Portuguesa na educação básica é

desenvolver nos educandos um conhecimento da língua que lhes permita analisar,

interpretar e relacionar as informações recebidas, levando-os a opinar sobre fatos e

ideias e a assumirem posições críticas. Dentro dessa concepção, o ensino da língua

materna é tido como uma prática que tem a possibilidade de criar condições para

que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos

necessários para construir instrumentos de compreensão da realidade e de

participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais

amplas. Portanto, num projeto educativo comprometido com a democratização social

e cultural, faz- se necessário trabalhar a linguagem em todos os âmbitos, como

critério básico para o exercício da cidadania, pois ela como todo sistema é cultura e

comunicação, base e direcionamento para as outras áreas do saber. E na

construção deste processo, há uma revolução de paradigmas voltados ao

atendimento de educandos com necessidades educacionais, uma vez que a

inclusão representa, na tessitura que se encontra no cotidiano das relações sociais,

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possibilidades de superação, revisão na função social da escola, evidenciando a

necessidade de aprofundar estudos sob um pluralismo de perspectiva de garantia de

direitos, percebendo as possibilidades de superação do aluno e não somente suas

limitações.

Assim, aprender a língua, não significa apenas aprender as palavras e suas

combinações, mas apreender seus significados que são construídos no processo de

interação verbal, determinados pelo contexto. É na prática da linguagem, enquanto

discurso e produção social é que se dá vida à língua posta a serviço da interação

comunicativa.

Nesse sentido, entende-se que produzir linguagem significa produzir

discursos pluriculturais se valendo da existência do plurilinguismo, ou seja, a

experiência linguística do aluno se expande da linguagem usual no seu meio para as

diferentes variedades sociais. Dessa forma, mais do que ensinar aos alunos

imposições de regras clássicas da gramática normativa, faz-se necessário mostrar

os aspectos que precisam ser organizados em função das necessidades

apresentadas no momento da produção oral e escrita.

Assim, o ensino da Língua Portuguesa tem por finalidade fazer com que o

aluno chegue ao domínio aprimorando constantemente a língua falada e escrita em

situações de uso, de forma que saiba empregar adequadamente as regras

linguísticas e discursivas e não apenas capaz de reconhecê-las.

3 . CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS

ESTRUTURANTES

Variedades linguísticas

Gêneros textuais ou discursivos

Elementos gramaticais na construção do texto.

ESPECÍFICOS

Leitura

Oralidade e Escrita

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Tendo em vista as atuais orientações curriculares, o ensino da Língua

Portuguesa deve ser pautado em práticas docentes que permitam que o educando

tenha acesso a diferentes fontes e linguagens relativas aos temas/ assuntos e que

estes se relacionem com o universo amplo ou particular de diferentes sujeitos

sociais situados nos mais variados contextos sociais, espaciais e temporais. Essa

condição constitui-se, portanto, em princípio fundamental que pode contribuir

decisivamente para que os educandos se percebam como sujeitos sociais e

construtores de conhecimentos.

Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas

diferentes instâncias sociais, percebe-se que o objeto de estudo da disciplina é a

Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa é o discurso, concebido

como prática social, desdobrado em três práticas: leitura, escrita e oralidade.

A língua é tomada pelo olhar analítico a partir das experiências, ou seja, a

seleção dos “conteúdos” se fará a partir da experiência e necessidade demandada

pela interação.

O ensino da Língua Portuguesa será norteado por conteúdos que estejam

voltados para a utilização da linguagem na leitura e na interpretação de textos

atendendo a diferentes propósitos comunicativos e expressivos; bem como o

reconhecimento dos diversos gêneros textuais, privilegiando-se o uso público de

linguagem (notícias, entrevistas, reportagens, editoriais, propagandas, charges, tiras,

contos, crônicas, poemas, verbetes etc).

Os conteúdos também contemplarão a identificação e realização de escolhas

de elementos linguísticos em vários níveis: na fonética (diferentes pronúncias), no

léxico (diferentes empregos de palavras), na morfologia (variações e reduções no

sistema flexional e derivacional), na sintaxe (estrutura das sentenças e

concordâncias).

A utilização dos paradigmas construídos para resolver problemas relativos à

ortografia, à acentuação e à pontuação como recurso sintático e estilístico em

função dos efeitos e sentidos, entonação, ritmo, intenção, significado e objetivos do

texto.

Os conteúdos programáticos devem direcionar-se no sentido da prática da

oralidade, da escrita, da leitura e análise linguística, organizando os conteúdos e

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as variedades linguísticas, os gêneros textuais ou discursivos incluindo os elementos

gramaticais na construção do texto elaborando assuntos que englobam a influência

da cultura Afro-brasileira e Africana na nossa sociedade, conforme determinação da

Lei Complementar nº 10.639/03 e da Lei Nº 11645/08 que discorre sobre a História e

Cultura do Povo Indígena, e também temas referentes aos Desafios Educacionais

Contemporâneos e a Diversidade.

Tipos de Textos

De acordo com Geraldi, o texto é o ponto de partida e de chegada no ensino

da língua. Os textos trabalhados visarão atender aos interesses dos adolescentes,

como também à evolução de interesse de cada turma e à faixa etária dos

educandos. A proposta objetiva a apresentação variada de textos de diferentes

gêneros, retirados dos mais diversos portadores: jornais, internet, revistas, folhetos,

cartazes, entre outros que levem os educandos à reflexão e ao debate sobre

questões fundamentais de natureza pessoal ou social.

O uso de textos variados permite uma compreensão maior sobre o uso e as

funções da linguagem. Além disso, permite ao educando conhecer outras maneiras

de viver e de conceber o mundo. O trabalho com a diversidade textual possibilita ao

indivíduo um posicionamento crítico diante das mais variadas situações.

Construção e sistematização da linguagem

A linguagem é o meio pelo qual o ser humano consegue expressar-se,

defender suas ideias, enfim, interagir com o outro. Assim os conteúdos a serem

trabalhados na sistematização e construção da linguagem deverão permear

situações em que o educando a utilize significativamente, garantindo-lhe os

conhecimentos necessários para que possa participar plenamente da sociedade. É

através do uso eficaz da linguagem que o indivíduo exerce sua cidadania.

Dessa maneira, salientamos que o principal objetivo do trabalho com os

conhecimentos linguísticos é melhorar a capacidade de compreensão e expressão

dos alunos, tanto nas situações de comunicação oral quanto nas de comunicação

escrita.

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Os conhecimentos linguísticos devem ser ensinados visando a levar os

alunos a entender o funcionamento da língua como um sistema de estruturas,

expandindo assim sua possibilidade de uso da linguagem e a capacidade de análise

crítica, tendo como ponto de partida seus conhecimentos prévios.

4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O domínio da linguagem é imprescindível para a participação efetiva no meio

social em que vivemos; portanto, simplesmente aprender a falar e a escrever não é

suficiente para que o indivíduo seja capaz de interferir e atuar na comunidade da

qual é integrante. Sabendo ouvir e escolher as palavras certas a serem utilizadas em

cada tipo de discurso e argumentar de maneira clara e segura, as pessoas trocam

informações, emitem e recebem opiniões, exercendo, assim, a cidadania. Dessa

forma, formar alunos com senso crítico aguçado e não meros espectadores do que

ocorre à sua volta, requer uma metodologia ativa e diversificada voltada ao trabalho

individual, ao trabalho coletivo, com práticas de atividades como leituras, produções,

análises e discussões de diversos tipos de textos, buscando então, desenvolver

habilidades intelectuais de reflexão, interpretação, análise, onde o educando

identifique os princípios de organização na exposição do pensamento.

Dessa maneira o encaminhamento da Língua Portuguesa terá como unidade

básica de ensino o texto, em sua grande diversidade de gêneros, levando em conta

que o mesmo coloca o aluno sempre frente a tarefas globais e complexas para

garantir a apropriação efetiva dos múltiplos aspectos envolvidos. Pois é na interação

com os variados textos e pela frequente atividade de ler e escrever que o aluno se

apropriará das especificidades que caracterizam a modalidade escrita de linguagem.

Para a prática da produção de texto serão trabalhados diferentes gêneros

textuais e tipos de texto de ampla circulação social - anúncios publicitários, textos

teatrais, bilhetes, cartas, cartazes, avisos, e-mails, notícias, editoriais, entrevistas,

relatórios, artigos, verbetes de enciclopédia, etc. Sabendo que a leitura e a escrita

são práticas complementares, fortemente relacionadas, elas irão permitir ao aluno

construir seu conhecimento sobre os diferentes gêneros discursivos, sobre os

procedimentos mais adequados para leitura e escrita nas mais diferentes

circunstâncias de uso da linguagem, bem como ser crítico em relação ao seu próprio

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texto, observando sua clareza e coerência, que será feito através de tarefas voltadas

à revisão e de re-escritura do texto. Para a eficácia de tais atividades, o professor

deverá utilizar de métodos em que seu aluno leia, leia, leia; reflita, discuta, formule

hipóteses, acumulando assim várias experiências. Podemos então dizer que ler e

escrever são duas faces de uma mesma moeda, uma não existe sem a outra.

No ensino da Língua Portuguesa não se pode descuidar da oralidade,

obviamente, não precisamos ensinar aquelas práticas que aprendemos

espontaneamente no nosso cotidiano, como as conversas informais e corriqueiras,

mas oferecer aos estudantes a oportunidade de amadurecer o falar com segurança

e fluência em situações formais. Para tanto, precisam ser desenvolvidas em sala de

aula, atividades que ofereçam o desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir,

através de depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno;

oferecer oportunidades para que se faça uso do discurso oral, onde o aluno possa

emitir opiniões, justificar ou defender seu ponto de vista, realizar atividades de

entrevistas, apresentarem resumos, dar recados, entre outras atividades de

transmissão de informações. Outras atividades para o efetivo trabalho da oralidade

podem ser estimuladas através de representações teatrais.

As práticas de oralidade são oportunidades ricas para o amadurecimento do

convívio democrático, onde em diferentes situações de escuta e de fala, o aluno

exercite as regras instituídas para as situações interativas face a face: saber ouvir,

respeitar o posicionamento do outro, mostrar polidez, saber analisar e interferir,

selecionar informações para registrá-las.

Nesse contexto de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa, onde as

práticas de leitura, escrita e desempenho da oralidade tornam-se meios de

amadurecimento, de formação crítica e consciência social, os temas referentes a

cultura afro-brasileira, africana e indígena, bem como os relativos a diversidade e

desafios educacionais contemporâneos serão desenvolvidos sob a mesma

perspectiva, paralelos ou inclusos em situações decorrentes da vivência dos alunos.

5. AVALIAÇÃO: INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS

As atividades avaliativas nunca se esgotam em si mesmas: elas não servem

apenas para cumprir calendário e para atribuição de notas, mensuração. Assim

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como prevê o Projeto Político Pedagógico desta instituição de ensino, elas têm de

ser vistas como uma oportunidade de reflexão sobre o próprio processo de ensino e

seus resultados, subsidiando o professor para eventuais ajustes na programação e

no (re) encaminhamento pedagógico de conteúdos ou sua própria prática em sala de

aula. Também faz parte do processo de avaliação continuada a recuperação

paralela, que objetiva a recuperação da aprendizagem, de forma a garantir a

superação de dificuldades específicas encontradas pelo aluno durante o seu

percurso escolar.

Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa

é imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um

processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho

do aluno ao longo do ano letivo.

A lei n. 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, aponta que a

avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período

sobre os de eventuais provas finais, é vista como mais adequada ao cotidiano

escolar e como grande avanço em relação à avaliação tradicional, que se restringe

tão somente ao somativo ou classificatório.

Para tanto a avaliação não pode ser vista como um processo unilateral, mas

dialógico, de dinamização da aprendizagem. Não devendo ser entendida como uma

forma de julgar o sucesso ou o fracasso do aluno. O grande número de atividades a

ser apresentada ao aluno permitirá uma avaliação permanente da aprendizagem,

feita a todo o momento, onde o professor pode utilizar a observação diária e

instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo

(avaliação formativa).

Ao estabelecer critérios de avaliação no ensino de Língua Portuguesa precisa-

se ter em mente que tal qual o processo de aprendizagem, dinâmico por natureza, a

avaliação também deve ocorrer durante todo esse processo e não da forma como se

dá habitualmente, ou seja, após o fechamento de etapas de conteúdos ministrados,

fragmentando o processo de domínio das práticas sócio-verbais. (avaliação

somativa ou classificatória).

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Para avaliar é preciso identificar, de fato, as aprendizagens realizadas. Para

tanto, é bom não perder de vista que um progresso relacionado a um critério

específico pode manifestar-se de diferentes formas, em diferentes alunos. Uma

mesma ação para um aluno pode indicar avanço em relação a um critério

estabelecido e, para outro, não. Por isso, além de necessitarem de indicadores, os

critérios de avaliação devem ser tomados em seu conjunto, considerados de forma

contextual e, muito mais que isso, analisados à luz dos objetivos que realmente

orientaram o ensino oferecido aos alunos.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada considerando-se a participação

do aluno nos diálogos, relatos e discussões, observando a clareza na exposição das

ideias, bem como a fluência na fala, o desembaraço e argumentação, e de modo

especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores

e situações.

Quanto à leitura, avaliar os processos utilizados pelos alunos para a construção

do sentido do texto de forma colaborativa. Esses processos são: produção de

inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento prévio, leitura de mundo,

intertextualidade, expressão da subjetividade por meio do diálogo e da interação,

bem como a compreensão do texto de maneira global e não fragmentada.

Em relação à escrita é preciso ver os textos de alunos como uma fase do

processo de produção, e não como um produto final. Assim, no ensino/

aprendizagem de diferentes variedades linguísticas, o que se almeja é que o aluno

atenda à natureza da informação ou do conteúdo veiculado; faça a coerência com o

tipo de situação em que o gênero se situa (pública, privada, corriqueira, solene, etc);

tenha clareza na exposição das ideias; saiba fazer uso dos recursos coesivos, pois é

no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos, discursivos, textuais,

ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos utilizados nas produções dos

alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada,

possibilitando aos educandos a compreensão desses elementos no interior do texto.

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PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Matemática é uma ciência que tem ponto de conexão com todas as áreas do

conhecimento humano, sejam elas de natureza física ou social. Os conhecimentos

ao longo da história das ciências mostram que a produção teórica tem suas raízes

nos problemas que surgem na prática do dia a dia. Portanto, a Matemática

produzida por homens e mulheres na busca de soluções para problemas do

cotidiano, profissionais ou científicos, deve ser apreciada e reconhecida como parte

integrante de nossas raízes culturais.

Discussões entre educadores matemáticos do inicio do século XX já apontavam

para a necessidade de se compreender como acontecia o ensino da Matemática, de

forma que se demarcasse, nos currículos escolares, uma postura que possibilitasse

aos estudantes realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos

e formulação de ideias. Nesse contexto, a Educação Matemática configurou-se

como campo de estudos de modo que os professores encontraram fundamentação

teórica e metodológica para direcionar sua prática docente.

Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda se encontre em

processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica

da Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a

aprendizagem e o conhecimento matemático.

Sendo assim, se pode afirmar que os objetivos básicos da Educação

Matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de

conhecimento – natureza científica – e a melhoria da qualidade do ensino e da

aprendizagem da Matemática – natureza pragmática. Esta é a Educação

Matemática proposta pelas Diretrizes Curriculares de Matemática para a educação

básica.

O ensino da Matemática, desta forma, tratará a construção do conhecimento

matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram

apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do

pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias e das

tecnologias.

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Optar pelo ensino da Matemática no contexto da Educação Matemática envolve

falar na busca de transformações que intencionam minimizar problemas de ordem

social, visto que esta educação se dá em uma escola que, por sua vez, está inserida

numa sociedade, cujo modelo de organização precisa ser questionado, ou seja, a

pensar nos aspectos pedagógicos e cognitivos da produção do conhecimento

matemático, mas também nos aspectos sociais envolvidos. Pensar numa prática

docente a partir da Educação Matemática, portanto, implica pensar na sociedade em

que vivemos, constituindo-se, assim, o ato de ensinar numa ação reflexiva e política.

Portanto, é necessário que o processo de ensino aprendizagem em Matemática

contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades

matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever

e interpretar fenômenos ligados à Matemática e as outras áreas do conhecimento. E,

assim a partir do conhecimento matemático, seja possível formar o estudante que

analise questões sociais, políticas, econômicas e históricas, ou seja , a formação de

um individuo com autonomia, fruto da sua capacidade de pensar, raciocinar e

resolver problemas, de um ser que se apropria desse conhecimento e usa-o para ler

o mundo a sua volta e interferir positivamente nesse mundo, produzindo novos

conhecimentos.

Pela construção histórica do objeto matemático é possível identificar e

organizar alguns campos do conhecimento matemático, aqui denominados de

conteúdos estruturantes. Para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual os

conteúdos estruturantes são: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e

Tratamento da Informação.

A Educação Matemática proposta nas Diretrizes Curriculares, os objetivos

visam desenvolvê-la enquanto campo da investigação e de produção de

conhecimento – natureza cientifica – e a melhoria da qualidade do ensino e da

aprendizagem matemática, fazem com que o estudante compreenda e se aproprie

da própria Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,

procedimentos, algoritmos. Assim o estudante constrói, por intermédio do

conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a

formação integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem

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público. Prevendo a formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia

nas relações sociais.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Numa prática de ensino no contexto da Educação Matemática é necessário

que a Álgebra venha a ser compreendida de forma ampla no sentido de analisar e

descrever relações em vários contextos onde se situam as abordagens

matemáticas, partindo do pensamento algébrico e dos significados que este produz.

O campo matemático mapeado pelo conceito da Álgebra é muito abrangente e

permeado pelo uso de convenções algébricas: conceito de variável, conceito de

incógnita, conhecimento de produtos notáveis, manipulação de variáveis e

operações, cálculo literal e coeficientes numéricos. O conhecimento algébrico não

pode ser concebido pelas simples manipulações automáticas desses elementos que

a compõem.

Juntamente com a Álgebra, formando um único conteúdo estruturante estão os

Números. Os Números estão presentes na vida do homem desde tempos “remotos

como os do começo da idade da pedra, o paleolítico” (STRUIK, 1997, p.29). A

passagem do estágio de coleta para o estágio de produção do alimento, por meio da

atividade agrícola, foi uma transformação fundamental e a ação do homem sobre a

natureza passou de passiva à ativa, ocorrendo progressos no conhecimento de

valores numéricos e das noções de relações espaciais. Deve-se compreender que

os números estão inseridos em contextos articulados com os conteúdos específicos

da Matemática.

A Geometria não deve ser trabalhada rigidamente separada da Aritmética e da

Álgebra. Por ser a Geometria rica em elementos que favorecem a percepção

espacial e a visualização, ela constitui um conhecimento relevante, inclusive para

outras disciplinas do conhecimento. Para Lorenzato (1995,p 7).

“a geometria é a mais eficiente conexão didático-pedagógico que

a Matemática possui: ela se interliga com a aritmética e com a

álgebra porque os objetos e relações dela correspondem aos

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das outras; assim sendo, conceitos, propriedades e questões

aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela geometria,

que realiza uma verdadeira tradução para o aprendiz”.

O ensino da Geometria deve permitir que o estudante realize leituras que

exijam a percepção, e linguagem e raciocínio geométricos, fatores estes que

influenciam diretamente na relação que envolve a construção e apropriação de

conceitos abstratos e aqueles que se referem ao objeto geométrico em si.

O conteúdo estruturante Função é o instrumento que permeia as diversas

áreas do conhecimento, modelando matematicamente situações que, a partir de

resolução de problemas possam auxiliar as atividades humanas. Enquanto conteúdo

da disciplina de Matemática, deve ser visto como uma construção histórica e

dinâmica capaz de provocar, por conta da noção de variabilidade e da possibilidade

de leituras analíticas do seu objeto de estudo e atuação em outros conteúdos

específicos da Matemática uma mobilidade às explorações matemáticas. Assim, a

partir das Funções, esta mobilidade alcança patamares ligados a modelos

geométricos e algébricos, propiciando a leitura tanto algébrica como geométrica

inserindo, assim, a noção analítica de leitura do objeto matemático.

O Tratamento da Informação é instituído conteúdo estruturante diante da

necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de

realizar leituras críticas dos fatos que ocorrem em seu entorno, interpretando

informações que se expressam por meio de tabelas, gráficos, dados percentuais,

indicadores e conhecimento das possibilidades e chances de ocorrência de eventos.

Isso se revela necessário, pois vivemos um momento histórico caracterizado pela

facilidade e rapidez no acesso às informações e que exigem o desenvolvimento do

espírito crítico, e a capacidade de analisar e de tomar decisões, diante de diversas

situações da vida em sociedade.

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5º SÉRIE / 6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

AVALIAÇÃO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Sistemas de

numeração;

Números

Naturais;

Múltiplos e

divisores;

Potenciação e

radiciação;

Números

fracionários;

Números

decimais.

Conheça os diferentes sistemas de

numeração;

Identifique o conjunto dos números naturais,

comparando e reconhecendo seus

elementos;

Realize operações com números naturais;

Expresse matematicamente, oral ou por

escrito, situações-problema que envolvam

(as) operações com números naturais;

Estabeleça relação de igualdade e

transformação entre: fração e número

decimal; fração e número misto;

Reconheça o MMC e MDC entre dois ou

mais números naturais;

Reconheça as potências como multiplicação

de mesmo fator e a radiciação como sua

operação inversa;

Relacione as potências e as raízes

quadradas e cúbicas com padrões

numéricos e geométricos.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Medidas de

comprimento

;

Medidas de

massa;

Medidas de

área;

Medidas de

volume;

Medidas de

tempo;

Medidas de

ângulos;

Sistema

monetário.

Identifique o metro como unidade-padrão de

medida de comprimento;

Reconheça e compreenda os diversos

sistemas de medidas;

Opere com múltiplos e submúltiplos do

quilograma;

Calcule o perímetro usando unidades de

medida padronizadas;

Compreenda e utilize o metro cúbico como

padrão de medida de volume;

Realize transformações de unidades de

medida de tempo envolvendo seus múltiplos

e submúltiplos;

Reconheça e classifique ângulos (retos,

agudos e obtusos);

Relacione a evolução do Sistema Monetário

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Brasileiro com os demais sistemas

mundiais;

Calcule a área de uma superfície usando

unidades de medidas de superfície

padronizada.

GEOMETRIA

Geometria

Plana;

Geometria

Espacial

Reconheça e represente ponto, reta, plano,

semi reta e segmento de reta;

Conceitue e classifique polígonos;

Identifique corpos redondos;

Identifique e relacione os elementos

geométricos que envolvem o cálculo de

área e perímetro de diferentes figuras

planas;

Diferencie círculo e circunferência,

identificando seus elementos;

Reconheça os sólidos geométricos em sua

forma planificada e seus elementos.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

Dados, tabelas

e gráficos;

Porcentagem.

Interprete e identifique os diferentes tipos de

gráficos;gráficos e compilação de dados,

sendo capaz de fazer a leitura desses

recursos nas diversas formas em que se

apresentam;

Resolva situações-problema que envolvam

porcentagem e as relacione com os

números na forma decimal e fracionária.

6º SÉRIE/ 7º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

AVALIAÇÃO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Números

Inteiros;

Números

Racionais;

Equação e

Inequação do

1º grau;

Reconheça números inteiros em diferentes

contextos;

Realize operações com números inteiros;

Reconheça números racionais em diferentes

contextos;

Realize operações com números racionais;

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Razão e

proporção;

Regra de três

simples.

Compreenda o princípio de equivalência da

igualdade e desigualdade;

Compreenda o conceito de incógnita;

Utilize e interprete a linguagem algébrica

para expressar valores numéricos através de

incógnitas;

Compreenda a razão como uma

comparação entre duas grandezas numa

ordem determinada e a proporção como

uma igualdade entre duas razões;

Reconheça sucessões de grandezas direta e

inversamente proporcionais;

Resolva situações-problema aplicando regra

de três simples.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Medidas de

temperatura;

Medidas de

ângulos.

Compreenda as medidas de temperatura em

diferentes contextos;

Compreenda o conceito de ângulo;

Classifique ângulos e faça uso do

transferidor e esquadros para medi-los;

GEOMETRIA

Geometria

Plana;

Geometria

Espacial;

Geometrias

não-

euclidianas.

Classifique e construa, a partir de figuras

planas, sólidos geométricos;

Compreenda noções topológicas através do

conceito de interior, exterior, fronteira,

vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos

abertos e fechados.

TRATAMENTO

DA

Pesquisa

Estatística;

Média

Analise e interprete informações de

pesquisas estatísticas;

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INFORMAÇÃO Aritmética;

Moda e

mediana;

Juros simples.

Leia, interprete, construa e analise gráficos;

Calcule a média aritmética e a moda de

dados estatísticos;

Resolva problemas envolvendo cálculo de

juros simples.

7º SÉRIE / 8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

AVALIAÇÃO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Números

Racionais e

Irracionais

Sistemas de

Equações do

1º grau

Potências

Monômios e

Polinômios

Produtos

Notáveis.

Extraia a raiz quadrada exata e aproximada

de números racionais;

Reconheça números irracionais em

diferentes contextos;

Realize operações com números irracionais;

Compreenda, identifique e reconheça o

número π (pi) como um número irracional

especial;

Compreenda o objetivo da notação científica

e sua aplicação;

Opere com sistema de equações do 1º grau;

Identifique monômios e polinômios e efetue

suas operações;

Utilize as regras de Produtos Notáveis para

resolver problemas que envolvam

expressões algébricas.

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GRANDEZAS E

MEDIDAS

Medidas de

comprimento;

Medidas de

área;

Medidas de

volume;

Medidas de

ângulos.

Calcule o comprimento da circunferência;

Calcule o comprimento e área de polígonos

e círculo;

Identifique ângulos formados entre retas

paralelas interceptadas por transversal.

Realize cálculo de área e volume de

poliedros.

GEOMETRIA

Geometria

Plana;

Geometria

Espacial;

Geometria

Analítica;

Geometrias

não

euclidianas.

Reconheça triângulos semelhantes;

Identifique e some os ângulos internos de

um triângulo e de polígonos regulares;

Desenvolva a noção de paralelismo, trace e

reconheça retas paralelas num plano;

Compreenda o Sistema de Coordenadas

Cartesianas, marque pontos, identifique os

pares ordenados (abscissa e ordenada) e

analise seus elementos sob diversos

contextos;

Conheça os fractais através da visualização

e manipulação de materiais e discuta suas

propriedades.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

Gráfico e

Informação;

População e

amostra.

Interprete e represente dados em diferentes

gráficos;

Utilize o conceito de amostra para

levantamento de dados.

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8º SÉRIE/ 9º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

AVALIAÇÃO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Números Reais;

Propriedades dos

radicais;

Equação do 2º

grau;

Teorema de

Pitágoras;

Equações

Irracionais;

Equações

Biquadradas

Regra de Três

Composta.

Opere com expoentes fracionários;

Identifique a potência de expoente

fracionário como um radical e aplique as

propriedades para a sua simplificação;

Extraia uma raiz usando fatoração;

Identifique uma equação do 2º grau na

forma completa e incompleta,

reconhecendo seus elementos;

Determine as raízes de uma equação do

2º grau utilizando diferentes processos;

Interprete problemas em linguagem

gráfica e algébrica;

Identifique e resolva equações irracionais;

Resolva equações biquadradas através

das equações do 2º grau;

Utilize a regra de três composta em

situações problemas.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

-Relações

Métricas no

Triângulo

Retângulo;

- Trigonometria

no

Triângulo

Retângulo.

Conheça e aplique as relações métricas e

trigonométricas no triângulo retângulo;

Utilize o Teorema de Pitágoras na

determinação das medidas dos lados de

um triângulo retângulo;

Realize cálculo da superfície e volume de

poliedros.

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FUNÇÕES

Noção intuitiva de

Função Afim.

Noção intuitiva de

Função

Quadrática.

Expresse a dependência de uma variável

em relação à outra;

Reconheça uma função afim e sua

representação gráfica, inclusive sua

declividade em relação ao sinal da

função;

Relacione gráficos com tabelas que

descrevem uma função;

Reconheça a função quadrática e sua

representação gráfica e associe a

concavidade da parábola em relação ao

sinal da função;

Analise graficamente as funções afins;

Analise graficamente as funções

quadráticas.

GEOMETRIA

Geometria Plana;

Geometria

Espacial;

Geometria

Analítica;

Geometrias não

euclidianas.

Verifique se dois polígonos são

semelhantes, estabelecendo relações

entre eles;

Compreenda e utilize o conceito de

semelhança de triângulos para resolver

situações-problemas;

Conheça e aplique os critérios de

semelhança dos triângulos;

Aplique o Teorema de Tales em situações

problemas;

Noções básicas de geometria projetiva.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

Noções de

Análise

Combinatória

Noções de

Desenvolva o raciocínio combinatório por

meio de situações-problema que

envolvam contagens, aplicando o

princípio multiplicativo;

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Probabilidade

Estatística

Juros Compostos

Descreva o espaço amostral em um

experimento aleatório;

Calcule as chances de ocorrência de um

determinado evento;

Resolva situações-problema que envolvam

cálculos de juros compostos.

Os conteúdos relativos a Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena,

conforme as Leis Nº 10639/03 e Nº 11645/08, estão integrados aos demais

conteúdos, ou seja, serão trabalhados considerando a história da Matemática e

Tratamento da Informação. Assim como os conteúdos referentes aos desafios

Educacionais Contemporâneos e Diversidade.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Educação não pode ter como objetivo a simples transmissão de informações

para o aluno, deve sim, garantir-lhe autonomia de pensamento, capacidade de tomar

iniciativa e de desenvolver o pensamento crítico para viver numa sociedade em

constante e acelerado processo de crescimento e transformação.

É fundamental acreditar que o indivíduo é capaz de construir seu próprio

conhecimento, embora necessite, nos primeiros anos de vida, de orientação de

professores, de sua família e de organização do processo de aprendizagem.

Como ensinar matemática está vinculado às reflexões da prática docente, as

tendências metodológicas elencadas e estudadas no campo da Educação

Matemática devem ser entendidas como meio que fundamentará metodologias para

a prática docente.

Resolução de Problemas: Abordar os conteúdos matemáticos a partir da

resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de

aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na

solução de um problema, o estudante deve ter condições de buscar várias

alternativas que almejam a solução.

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Etno matemática: O papel da etno matemática é reconhecer e registrar

questões de relevância social que produzem conhecimento matemático. Esta

tendência leva em consideração que não existe um único saber, mas vários

saberes distintos e nenhum menos importante que o outro. A etno matemática

busca uma organização da sociedade que permite o exercício da crítica e a

análise da realidade.

Modelagem Matemática: Essa abordagem tem como pressuposto que o

ensino e a aprendizagem da Matemática pode ser potencializado quando se

problematizam situações do cotidiano. A modelagem matemática, ao mesmo

tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura

levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. A

abordagem Matemática, por meio da modelagem matemática, em fenômenos

diários, sejam eles, físicos, biológicos e sociais, contribuem para análises

críticas e compreensões diversas do mundo.

Mídias Tecnológicas: Os ambientes de aprendizagem gerados por

aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam

o processo de ensino e da aprendizagem. O trabalho com as mídias

tecnológicas, insere formas diferenciadas de ensinar e aprender, e valorizar o

processo de produção de conhecimentos.

História da Matemática: Considera-se a História da Matemática como um

elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-

problema, na fonte de busca, na compreensão e como elemento esclarecedor

de conceitos matemáticos. Possibilitam o levantamento e a discussão das

razões para a aceitação de certos fatos, raciocínios e procedimentos por

parte do estudante.

O trabalho referente a Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena, conforme

as Leis Nº 10639/03 e Nº 11645/08, será desenvolvido em todas as séries; da

mesma forma as atividades correspondentes aos Desafios educacionais

Contemporâneos e a Diversidade.

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4. AVALIAÇÃO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser contínua, diagnóstica, formativa e somativa, para que

possa cumprir sua função de auxilio ao processo de ensino aprendizagem. A

avaliação que importa é aquela que é feita no processo, quando o professor

acompanha a construção do conhecimento pelo estudante, verificando os vários

estágios do seu desenvolvimento e não fazendo julgamento apenas num

determinado momento.

Avaliar o processo e não apenas o produto.

Avaliar, segundo a concepção de Educação Matemática, tem um papel de

mediação no processo de ensino e aprendizagem, cabe ao professor considerar no

contexto das práticas de avaliação encaminhamentos diversos como a observação,

a intervenção, a busca de diversos métodos avaliativos.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professore. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004)

Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

Elabora um plano que possibilite a solução do problema;

Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

Realiza o retrospecto da solução de um problema.

Associa a matemática com outras áreas do conhecimento;

Desenvolve a partir de suas experiências um conhecimento organizado que

proporcione a construção de seu aprendizado;

Percebe o poder da matemática na organização do pensamento envolvendo

as possibilidades, identificando estratégias de sínteses, transmissão e

interpretação de dados;

Compreende a importância do uso da tecnologia como forma de aquisição de

conhecimentos matemáticos.

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INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada

à concepção de avaliação contínua, somativa e formativa, portanto serão utilizados

os seguintes instrumentos:

Atividades de leitura compreensiva de textos;

Projeto de pesquisa bibliográfica;

Produção de texto;

Palestra/Apresentação oral;

Atividades experimentais;

Projeto de pesquisa de campo;

Relatório;

Seminário;

Atividades com textos literários;

Atividades a partir de recursos audiovisuais;

Trabalho em grupo;

Questões discursivas;

Questões objetivas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática

para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.

_______, Educando para as Relações Étnico-Raciais II / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – PR, 2008.

ANDRINI, Álvaro, VASCONCELLOS, Maria José. Praticando a Matemática - 5ª a 8ª

série. São Paulo: Ed. do Brasil, 2006

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. São Paulo: Ed. Ática, 2007.

BORDEAUX, Ana Lúcia. Matemática na Vida e na Escola. São Paulo: Editora do

Brasil, 2006.