proposta (propaganda) de trabalho
DESCRIPTION
Apoio para Alunos do Ensino SecundárioTRANSCRIPT
CIÊNCIA
ESC SEC DR MANUEL GOMES ALMEIDA
AULASTEORIA DE KANT ! S, Q
EXERCÍCIO PRÁTICO ! S
CIÊNCIA E DETERMINISMO ! Q
POPPER E INDETERMINISMO ! S, Q
EXERCÍCIO PRÁTICO ! S
APROFUNDAMENTO ! Q
EXERCÍCIO PRÁTICO ! S
PERSPETIVA DE KUHN ! Q.
PARTICIPE
CIÊNCIA E ESTADO DO MUNDO
Talvez saibamos donde vimos, mas não sabemos para onde vamos...
JORGE BARBOSA
No Ensino Secundário, não se faz qualquer menção aos
grandes debates cie
ntíficos atuais, o
u às grandes
questões que continuam por resolver. Pode, pois, recear-
se que o grande público se sinta excluído de um saber
reservado a uma elite e privad
o de liberdade perante
especialistas. S
ébastien Balibar, 1991
De facto, esta bela teoria do Big Bang não
merece o nome de teoria, pois assenta em
fenómenos, cuja maioria é puramente
imaginária, resultado de extrapolações das
aquisições da Física das partículas
elementares. Contudo, conhece uma moda
considerável, o que demonstra bem que o
cosmos, tal como em todas as épocas, ainda
atualmente comporta uma enorme parte
de sonho. Jacques Labeyrie, 1991
Depois, vem o despertar, o Renascimento. As descobertas começam a aparecer em abundância: Assim, ainda no domínio do cosmos: Nicoalu Copérnico - dezassete séculos depois de Aristarco - redescobre que o Sol está no centro do Universo (heliocentrismo). O alemão Johannes Kepler determina as três leis sobre a revolução dos planetas: Galileu, perto de Florença, observa a Lua pela primeira vez e os maiores satélites de Júpiter através de um telescópio; experimenta igualmente as leis da queda dos corpos. Quanto a Isaac Newton, em Londres, compreende que a luz branca é composta por luzes coloridas, mas também que a massa atrai a massa mesmo à distância, o que é uma ideia extraordinária. Olatis Romer, no Observatório de Paris, descobre que a luz tem uma velocidade e consegue medi-la. O francês Pierre Simon de Laplace imagina que o sistema solar é oriundo de uma nuvem de poeira cósmica. Foram todos estes gigantes do pensamento científico que construíram a nossa concepção atual do cosmos… Jacques Labeyrie, 1991
Há uma certa estética no modelo (científico) que, por vezes, leva o físico a dizer que isto só pode estar correto, dado que é demasiado belo para ser falso. Pasquale Nardone, 1991 “Está a fazer-nos
sonhar!”: é a exclamação tantas vezes
ouvida quando se propõem estes novos horizontes do conhecimento. A realidade
assim descoberta, ou construída pelo saber, coloca-se de tal modo fora dos campos da
sensibilidade e da imaginação comuns que é
imediatamente remetida para o domínio do sonho e, até, do mito. Todavia, esta exclamação nada tem de
surpreendente: as imagens do espaço, as dos planetas tão próximos ou as das galáxias tão distantes são
perturbadoras de novidade assim que se comentam, pois
nelas revelam-se então durações, dimensões, energias absolutamente inconcebíveis por uma intuição constituída pelo
quotidiano da experiência humana.(…) a consciência do Homem deve, doravante, imaginar-se dentro de
um espaço sem balizas, sem fronteiras, curvado pela gravitação e a
presença da matéria, espaço onde a Terra não passa de uma frágil embarcação.
À permanência das coisas que nos rodeiam (…) (“Não há nada de novo debaixo do Sol”), todo o nosso saber (atual) vem opor o contrário: desde a
noite dos tempos que o universo não pára de estar cheio de novidades. (…) O
estado de desequilíbrio, fonte de criatividade, é a lei das coisas por todo o lado.(…) Não surpreende que o cinema se alimente desta queda de perspetiva. Porém,
não se pode deixar apenas ao Quinto Elemento ou outras Guerra das Estrelas a tarefa apaixonante, mas temível, de reconstruir pontos de referência para estas novas escalas.
Pierre Léna, 1991
Alguns vêem coisas no céu; nós, físicos astrais, vemos céu nas coisas. Michel Cassé, 1991