proposta pedagÓgica -...

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Direitos de Publicação reservados à:União Sul Brasileira da IASDRua João Carlos de Souza Castro, 562CEP.: 81520-290 – Curitiba, PRTel.: (41) 3217-7700www.usb.org.br

1ª Edição4.000 exemplares

Organizador: Douglas MenslinCapa e Diagramação: Marcos CastroRevisão: Caroline Menezes de Oliveira

Catalogação na fonte – Raquel Pinto Correia – CRB-9 1064

I248 Igreja Adventista do Sétimo Dia. União Sul Brasileira. Departamento de Educação

Proposta pedagógica da Educação Adventista: Ensino Fundamental Anos Finais e En-

sino Médio / Igreja Adventista do Sétimo Dia. União Sul Brasileira. Departamento de Educação; organizador Douglas J. Menslin. - Curitiba : USB; Gráfica, 2013.

318 p. ;1,7 cm.

1. Educação Adventista – Proposta pedagógica. 2. Ensino fundamental . 3. Ensino Mé-dio.4. Educação Adventista – Região Sul (Brasil) I. Menslin, Douglas. II. Título.

CDD – 372.19372.21

Todos os direitos reservados pela União Sul Brasileira. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrôni-cos, seja via cópia xerográfica, sem autorização prévia da entidade mantene-

dora.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA

ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS ENSINO MÉDIO

REDE EDUCACIONAl ADvENTISTAUnião Sul Brasileira

Curitiba2013

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União SUl BraSileira da igreja adventiSta do Sétimo dia

Presidente:Pr. Marlinton lopes

Secretário:Pr. valdilho Quadrado

tesoureiro:Pr. Davi Contri

departamento de educação: Pr. Douglas Menslin

ConSelho editorial de edUCação

editor responsável: Pr. Douglas Menslin

Conselheiros: luís Homero Bubna (ACP)Neide Macedo Wutzow (ASP) Gislaine Fortes Araújo (ANP)Ireny Ricken (ANC)Anilce littke (AC)Thompson Reis (ACSR)Anderson voos (ASR), Gelson Torman (MOSR) Jeferson Souza (MOPr) Gilberto Damasceno (IAP)

grUPo de eStUdoS PedagógiCoS da edUCação adventiSta (gePea)

Coordenador do Projeto: Margarida Souza (IACS)

membros: Alice Busmann (ACSR)Roseli Agueiro (ASR)Tagiane Torman (MOSR)Dirce Huf Ferraz (ASP)Elisa Castilho (ACP)Erica lima Miranda (ANC)Elisabeth de Paula (ANP)Marta Balbé Pires (IAP)Anilce littke (AC).

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AGRADECIMENTOS

O Departamento de Educação da União Sul Brasileira agradece o apoio e a de-dicação de todos envolvidos nesse projeto. Em especial as instituições e equi-pes que apoiaram todas as etapas deste trabalho:

À Administração da União Sul Brasileira pelo apoio incondicional aos proje-tos pedagógicos desenvolvidos pelo Departamento de Educação.

Às Administrações dos Campos (AC, ACP, ACSR, ANC, ANP, ASP, ASR, MOSR, MOPr e IAP) pelo investimento nas pessoas que estavam ligadas nes-se projeto.

Aos membros Conselheiros da Educação Adventista da USB, que envolvidos nas atividades administrativas educacionais, não mediram esforços para que o projeto se concretizasse e chegasse às mãos dos professores e educadores da rede.

Aos membros do GEPEA que dedicaram horas especiais de suas vidas para a realização desse projeto, que deixa de ser uma simples construção pedagógica e passa a ser um pedaço da experiência de vida de cada um.

À Prof. Margarida Souza que liderou esse projeto com tanta dedicação e pai-xão, demonstrada em cada texto e em cada linha construída no período tra-balhado.

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aPreSentação

Representando o Grupo de Estudos Pedagógicos da Educação Adven-tista (GEPEA) tenho a grata satisfação de apresentar a Proposta Pedagógica para a Educação Adventista.

O produto final que é colocado nas mãos de cada educador da Educação Adventista que exerce seu magistério no território da União Sul brasileira é fruto de uma longa jornada, construído a várias mãos e alimentado por vários sonhos.

Começou a ser sonhado e rabiscado nos encontros bimestrais de estu-dos que coordenadores pedagógicos de campo e departamentais de educação realizam com o propósito de atualização e crescimento profissional do grupo e consequentemente de todos os professores e educadores da rede.

Inicialmente, buscou-se o aprofundamento de estudos sobre a identida-de filosófica da rede e como torna-la presente no ambiente escolar, mas isso não foi o bastante. O GEPEA sentiu o desejo de avançar mais, aprofundar mais, não só na identidade da rede, mas na prática pedagógica que ela realiza no cotidiano escolar.

vários foram os encontros, e muitas foram as discussões direcionadas para o que seria imprescindível para se compor uma Proposta Pedagógica que representasse a Rede Educacional Adventista no território da União Sul Bra-sileira, sem deixar de contribuir com as demais realidades educacionais do Brasil.

Depois de horas compartilhadas em conjunto com a equipe e também horas trabalhadas no silêncio das madrugadas, o GEPEA conclui esse traba-lho com o senso de missão cumprida.

A Proposta Pedagógica da Educação Adventista foi preparada em dois volumes, para atender de forma particular cada segmento da educação básica. O primeiro volume é destinado aos professores e educadores que atuam na Educação Infantil e também no Ensino Fundamental Inicial (1o ao 5o anos), onde é apresentado uma proposta direcionada para àqueles que colocam o alicerce do conhecimento na mente e no coração dos alunos.

Já o segundo volume, destinado aos professores e educadores do Ensino Fundamental nos anos finais (6o ao 9o anos) e também para o Ensino Médio, buscou consolidar as ações construídas pelos professores de base, através de uma prática pedagógica voltada para o aluno e suas necessidades de cresci-

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mento holístico, ou seja, atendendo a todas as áreas do desenvolvimento hu-mano.

Neste trabalho, contamos com um auxílio que transcende nosso enten-dimento e conhecimento, e humildemente, em nome do GEPEA queremos agradecer ao nosso Deus, que iluminou a mente de todos para que fosse pos-sível superar as limitações humanas.

Por último, quero deixar com cada professor e educador da Rede Educa-cional Adventista o desafio de ajudar na construção uma educação mais volta-da para a redenção e salvação dos alunos que estão sob nossa responsabilida-de, através de um comprometimento pessoal com a missão de Educar e Salvar.

Pr. Douglas MenslinDiretor Departamento Educação – USBOrganizador do Projeto Proposta Pedagógica da USB

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SUmÁrio

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 9MANTENEDORA ..........................................................................................................................11MARCO SITUACIONAl ...............................................................................................................12MARCO DOUTRINAl ..................................................................................................................16vISÃO ...............................................................................................................................................19FINAlIDADE...................................................................................................................................19OBJETIvOS .....................................................................................................................................19OBJETIvOS DA UNIDADE ESCOlAR .....................................................................................20FUNDAMENTOS BÁSICOS .........................................................................................................20PERFIl DO EDUCANDO .............................................................................................................21PERFIl DO EDUCADOR .............................................................................................................21MARCO OPERACIONAl .............................................................................................................22CURRÍCUlO ..................................................................................................................................22OBJETIvOS DA EDUCAÇÃO ADvENTISTA..........................................................................23OBJETIvOS DA EDUCAÇÃO INFANTIl .................................................................................24OBJETIvOS DO ENSINO FUNDAMENTAl ...........................................................................25METODOlOGIA ............................................................................................................................25PRINCÍPIOS METODOlÓGICOS ..............................................................................................26TRANSvERSAlIDADE .................................................................................................................33RElAÇÃO PROFESSOR – AlUNO ............................................................................................35DISCIPlINA.....................................................................................................................................36A ESCOlA E SUAS INTER-RElAÇÕES ....................................................................................37AvAlIAÇÃO DA APRENDIZAGEM .........................................................................................38ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS.............................................................................41ENSINO MÉDIO ...........................................................................................................................160lPROJETOS SOCIAIS ..................................................................................................................297EDUCAÇÃO INClUSIvA ...........................................................................................................301FORMAÇÃO CONTINUADA ...................................................................................................304AvAlIAÇÃO INSTITUCIONAl ................................................................................................306BIBlIOGRAFIA CONSUlTADA E REFERÊNCIAS ..............................................................308

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9ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

aPreSentação

Nossas ideias acerca da educação têm sido demasiadamente acanhadas. Há a necessidade de um objetivo mais amplo e mais elevado. A verda-deira educação significa mais do que avançar em certo curso de estudos. É muito mais do que a preparação para a vida presente. visa o ser todo, e todo o período da existência possível ao homem. É o desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espirituais. Prepara o estudante para a satisfação do serviço neste mundo, e para aquela ale-gria mais elevada por um mais dilatado serviço no mundo vindouro. (WHITE, 2008c, p. 05).

A rede escolar de Educação Adventista é uma instituição confessional, e isso faz toda a diferença na maneira como considera o processo educativo. Uma instituição confessional é aquela que adota uma confissão religiosa tendo suas bases firmadas no conjunto dos princípios filosóficos que norteiam a pró-pria religião incidindo de forma decisiva no desempenho de suas atividades, no posicionamento das pessoas envolvidas no processo pedagógico-escolar, no sentido de assumir tais princípios como norteadores e defende sua prática quer seja no âmbito estritamente curricular, quer seja no da formação hu-mana em seu sentido mais amplo. Neste sentido, a rigor, é possível dizer que toda a instituição educacional pública ou privada, filantrópica ou lucrativa, religiosa ou leiga, “é confessional”; no sentido de que defende princípios os quais orientam a prática desenvolvida pelos envolvidos no processo educati-vo partindo de pressupostos específicos construídos em suas bases filosóficas, caracterizando assim uma “confessionalidade”.

Os objetivos da Educação Adventista vão além da acumulação de conhe-cimento cognitivo, preparação para o mundo de trabalho, autoconhecimen-to e competição de modo efetivo com o ambiente, mas enxerga o educando como um todo, capaz de agir e decidir por si aquilo que considera importante para sua vida num contexto de coletividade ou comunidade, como esclarece Knight (2001) ao dizer que a Educação Adventista visa

encorajar os alunos a pensar e agir reflexivamente por si mesmos, em vez de apenas responder à palavra ou vontade de qualquer figura de autoridade. Isto é necessário em termos de desenvolvimento mental e ético. O autocontrole, em vez de controle externamente imposto, é im-portante para a educação e disciplinas cristãs. Os indivíduos devem ser conduzidos à condição de poderem tomar suas próprias decisões e ser responsáveis por elas sem ser persuadidos, dirigidos, e/ou forçado a isto.

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Quando este objetivo é atingido e o poder para pensar e agir sobre este pensamento está internalizado, então se pode dizer que os indivíduos alcançaram à maturidade moral. Eles não estão sob o controle de outros, mas estão tomando suas próprias decisões sobre Deus e seus semelhan-tes. (KNIGHT, 2010, p. 206).

Contudo, como levar a geração atual a conquistar esse equilíbrio ético-moral para que possa tomar suas decisões de forma acertada?

A sociedade atual está cada vez mais interessada pela temática holística, ou seja, tem buscado com mais intensidade o desenvolvimento integral do ser humano, de maneira que temas como Deus, cristianismo, religião, reli-giosidade e espiritualidade, estão se tornando bastante populares, inclusive no âmbito acadêmico (SUÁREZ, 2011). Compreender o ser humano através do desenvolvimento de todo o ser – incluindo a espiritualidade – não é mais exclusividade daqueles que estão envolvidos com uma religião, mas também faz parte daqueles que buscam uma educação diferenciada para seus filhos. É nesse ponto que a Educação Adventista pode participar do processo forma-tivo e informativo da sociedade imprimindo-lhe o diferencial da perenidade dos eternos ensinamentos e princípios buscados na Bíblia a Palavra de Deus.

No sentido de dar à comunidade escolar a oportunidade de conhecer e refletir a cerca das bases teóricas do trabalho desenvolvido pela Educação Adventista é que apresentamos esta Proposta Pedagógica. A mesma visa jus-tamente clarificar para aqueles que não conhecem ou fortalecer para aqueles que já estão participando do processo educativo proposto pela Rede Educa-cional Adventista, os eixos norteadores fundamentadores da prática educacio-nal dessa rede.

A presente Proposta Pedagógica vem fortalecer o conhecimento da di-nâmica educacional, valorizando as ações didático-pedagógicas sem, contudo deixar em segundo plano a filosofia que a Educação Adventista entende ser necessária para completar a formação de seus educandos e familiares. Nes-se sentido a missão da Rede Educacional Adventista é contribuir com uma sociedade que busca algo melhor para deixar para aqueles que ainda estão em formação e que precisam receber um conhecimento mais completo, mais amplo e mais justo. Assim, Importa que se busque, concretamente no interior e na cotidianidade de cada escola, uma educação efetivamente comprometida com o futuro de seus educandos no que tange aos fins últimos esboçados na abertura da presente apresentação.

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mantenedora

A Rede Educacional Adventista está vinculada diretamente à Igreja Ad-ventista do Sétimo Dia, mantenedora de todo o sistema educacional desde a abertura de cada unidade escolar até a administração geral dessas instituições.

Os motivos pelos quais a Igreja Adventista do Sétimo Dia mantém um sistema integrado de educação se fundem com a própria existência e missão da instituição religiosa, cujos fundamentos filosóficos residem na revelação da Imagem de Deus como um Ser Criador, Mantenedor e Salvador, objetivan-do elevar o ser humano à imagem de seu Criador, através da pessoa de Jesus Cristo.

Com o intuito de transmissão de valores e princípios bíblico cristãos de maneira que sejam interiorizados na vida de crianças e jovens a denominação optou por estabelecer escolas e centros de formação para crianças e adoles-centes, visando alcançar os ideais propostos. Foi assim que surgiu a primeira Escola Adventista no ano de 1872, na cidade de Batlle Creek, MI, nos Estados Unidos da América, local de origem da organização da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

A escola de Battle Creek teve um início pequeno, com apenas 12 es-tudantes e seu primeiro professor foi Goodle Harper Bell, um professor de escola pública. A preocupação inicial da igreja não era direcionada para a educação de crianças em idade escolar, mas para estudantes mais avançados, cujo preparo acadêmico, os habilitaria para a difusão da mensagem adventista como missionários ou servidores da crescente igreja.

A missão evangélica deu sentido ao estabelecimento de um sistema edu-cacional que se consolidou ao longo do tempo como um sistema mundial.

No Brasil, a Igreja Adventista aportou no final do século XIX, mais pre-cisamente no ano de 1893, quando, dois missionários americanos de origem alemã cujos nomes eram l.C. Chadwick e Albert B. Stauffer chegaram ao por-to do Rio de Janeiro. Esses homens deram os primeiros passos para a consoli-dação da mensagem adventista em solo brasileiro, porém nos anos seguintes, outros missionários também aqui chegaram.

A Educação Adventista já fazia parte dos planos dos primeiros missio-nários, pois entendiam que para existir crescimento consistente no número de membros da igreja era necessário que os recém-conversos pudessem frequen-tar escolas e também enviar seus filhos à essas escolas com o intuito de apren-derem os mesmos princípios ensinados pela igreja. E foi assim que no ano de

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1896, na cidade de Curitiba, PR, foi estabelecida a primeira escola, cujo nome era Colégio Internacional. Seu primeiro professor foi Guilherme Stein Jr, um recém converso da denominação adventista que morava na cidade de Indaia-tuba, SP, e que se dispôs a mudar-se para iniciar esse projeto educacional no Paraná. O professor Stein é considerado o patrono da Educação Adventista no Brasil, não simplesmente por ser seu primeiro professor, mas um idealiza-dor da expansão da educação adventista em outros estados brasileiros como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Hoje, pas-sados 117 anos desse pequeno começo, a Educação Adventista está consolida-da como uma rede escolar de ensino respeitada por seus valores norteadores e por sua qualidade de ensino, formando crianças e jovens para uma vida útil e de serviço a Deus, bem como de inserção no mercado de trabalho, sem ter que perder a base de uma educação pautada em valores bíblicos cristãos, bandeira sempre ainda defendida pela educação adventista. Esses princípios são valorizados, não só pela comunidade adventista como também por pais e educandos de outros credos religiosos, que veem na educação adventista algo que procuram para a educação de seus filhos.

marCo SitUaCional

A EDuCAçãO ADvEnTISTA nO CEnáRIO MunDIAl

Os pioneiros que oficialmente lançaram as bases que fundamentam a Educação Adventista em 1872 ficariam surpresos se pudessem ver o alcan-ce internacional daquela iniciativa há aproximadamente 138 anos. De uma escola que se reunia em um sótão da casa de seu primeiro professor Goodle Harper Bell, na cidade de Battle Creek, Michigan, nos Estados Unidos para um empreendimento global.

Presentemente, em um dia regular de aulas, cerca de 1.670.000 alunos saem de suas casas e adentram em uma unidade escolar da Rede Educacional Adventista, que oferece uma educação de qualidade desde a Educação Infantil até a Universidade, com programas de pós-graduação em todos os níveis e em todas as áreas do conhecimento. Diariamente cerca de 86.000 educadores iniciam suas aulas nas mais de 8.200 unidades escolares espalhadas ao redor do mundo, mais precisamente em 156 países.

Pela providência divina, a Igreja Adventista do Sétimo Dia opera o mais

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amplo sistema educacional confessional do mundo: o mais unificado (com estrutura de supervisão que vai da unidade local à sede mundial) e melhor coordenado (através de juntas diretivas interligadas mundialmente).

O crescente reconhecimento por parte de autoridades governamentais e famílias de outras crenças (mais da metade dos alunos matriculados vêm de famílias que não frequentam a igreja Adventista) quanto ao valor da educação adventista, tem estimulado a organização a expandir ainda mais a rede em pa-íses e localidades em que ainda não se fazia presente. A Educação Adventista no mundo possui atualmente 5.900 escolas oferecendo o Ensino Fundamen-tal, 1.800 unidades ofertando o Ensino Médio e cerca de 110 Universidades.

A EDuCAçãO ADvEnTISTA nO BRASIlNo Brasil, a Educação Adventista se faz presente desde o ano de 1896, e

nesses 117 anos se consolidou como uma rede de ensino respeitada e valori-zada pelos órgãos governamentais e sociais, além de atender a todas as faixas etárias que buscam na Educação Adventista um diferencial, voltada para o ensino de valores e princípios bíblicos cristãos.

Marcando presença em todos os estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, são mais de 350 escolas e colégios, além de 07 Instituições de Ensino Superior, distribuídas por todo o Brasil. Diariamente, cerca de 180.000 alunos frequentam nossas escolas e colégios, sendo acompanhados por mais de 9.500 educadores que atuam na rede.

A estruturação de uma rede de tal porte é possível porque em sua orga-nização existe um programa unificado de ações pedagógicas, desde a forma-ção inicial de seus educadores, passando pela formação continuada, até a ela-boração e construção de seu próprio material pedagógico, através do material didático que o aluno usa.

Além da construção didático/pedagógica que a rede mantém no Brasil, a gestão organizacional é distribuída em mantenedoras regionais, que atendem de forma personalizada a realidade de cada região do nosso imenso Brasil.

A EDuCAçãO ADvEnTISTA nO Sul DO BRASIl

Para a região sul do Brasil é um motivo de orgulho ser a pioneira na construção histórica da Educação Adventista em nosso país, pois foi nos esta-dos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul que a Educação Adventista deu seus primeiros passos. Passados mais de um século, podemos dizer que a região Sul do Brasil continua sendo um expoente da rede no Brasil. Estão

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em funcionamento 75 unidades escolares, divididas na seguinte proporção: 31 unidades no estado do Paraná, 15 unidades no estado de Santa Catarina e 29 unidades no estado do Rio Grande do Sul.

Essas 75 unidades escolares atendem diariamente mais de 35.000 alu-nos, que estudam desde a Educação Infantil até o Ensino Superior. Além disto, a Educação Adventista no sul do país oferece em três de suas unidades (uma em cada estado da região sul) o sistema de internato, onde o aluno reside na própria instituição, recebendo assim uma educação integral durante as 24 ho-ras do dia.

Para atender esse número de alunos, a rede no sul do país conta com cerca de 3.600 servidores, dos quais 2.000 são educadores formados nas mais diversas áreas do conhecimento.

A gestão educacional para o sul do Brasil está dividida em 09 regionais que se responsabilizam pelas seguintes unidades:

RIO GRAnDE DO Sulassociação Sul riograndense, com sede na cidade de Porto Alegre é res-ponsável pelas unidades de: Colégio Adventista (CA) de Porto Alegre, CA Partenon, CA Gravataí, CA viamão – Centro, Escola Adventista (EA) viamão – Santa Cecília, EA viamão – Santa Isabel, EA Rolante, EA Santo Antônio da Patrulha, EA Ivo Souza, EA Osório, EA Pelotas, EA Rio Grande e o Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), que é uma instituição de internato e exter-nato, com duas unidades na cidade de Taquara.

associação Central Sul riograndense, com sede na cidade de Porto Alegre é responsável pelas unidades de: CA Marechal Rondon - Porto Alegre, EA Sa-randi – Porto Alegre, EA Cachoeirinha, EA Cachoeira do Sul, CA Esteio, CA Novo Hamburgo, EA Canudos – Novo Hamburgo, EA Alvorada e EA Caxias.

missão ocidental Sul riograndense, com sede na cidade de Ijuí é responsá-vel pelas unidades de: CA Santa Maria, CA São Borja, EA Santo Ângelo, EA Ijuí, EA Erechim e EA Alegrete.

SAnTA CATARInAassociação Catarinense, com sede na cidade de Florianópolis, é responsável pelas unidades de: CA Florianópolis – Centro, CA Florianópolis – Estreito, CA Itajaí, EA Imbituba, EA Tubarão, EA Bom Retiro.

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associação norte Catarinense, com sede na cidade de Joinville, é responsá-vel pelas unidades de: CA Joinville – Saguaçu, CA Joinville – Bom Retiro, CA Joinville – Costa e Silva, CA Joinville – Centro, CA São Francisco do Sul, CA Indaial, EA Chapecó, EA Rio do Sul, EA Blumenau e o Instituto Adventista de Ensino de Santa Catarina (IAESC) que é uma instituição de ensino de inter-nato, na cidade de Araquari.

PARAnáassociação Central Paranaense, com sede na cidade de Curitiba, é respon-sável pelas unidades de: CA Portão - Curitiba, CA Boqueirão - Curitiba, CA Boa vista – Curitiba, EA vista Alegre – Curitiba, EA Santa Efigênia – Curi-tiba, EA Ponta Grossa, EA Araucária, EA Castro, CA Telêmaco Borba e CA Guarapuava.

associação Sul Paranaense, com sede na cidade de Curitiba, é responsável pelas unidade de: CA Centenário – Curitiba, CA Bom Retiro – Curitiba, CA Alto Boqueirão – Curitiba, CA São José dos Pinhais, EA Paranaguá, EA Gua-raqueçaba e EA União da vitória.

associação norte Paranaense, com sede na cidade de Maringá, é responsável pelas unidades de: CA Maringá, EA Maringá, CA londrina, EA Apucarana e EA de Cianorte. Também fica em sua região geográfica o Instituto Adventista Paranaense, é uma instituição de regime de internato oferecendo Educação Básica e Ensino Superior, localiza-se na cidade de Ivatuba.

missão ocidental Paranaense, com sede na cidade de Cascavel, é responsável pelas unidades de: CA Cascavel, CA Foz do Iguaçu, EA Guaíra, EA Umuara-ma, CA Campo Mourão, EA Goioerê e EA Mamborê.

Para unificar o processo pedagógico e administrativo de todas as re-gionais, a Rede Educacional Adventista mantém sua sede administrativa na cidade de Curitiba, de onde coordena todo o processo educacional da rede na região sul, fazendo o elo com as outras mantenedoras da rede no Brasil.

Ao considerar todo esse quadro de crescimento, é possível dizer que a Educação Adventista não realiza apenas um processo educativo, mas possui experiência, consistência e respeito diante da sociedade, por tudo aquilo que construiu e continua a construir no que diz respeito à educação de crianças e jovens no Brasil e no mundo.

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16 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

marCo doUtrinal

FIlOSOFIA DA EDuCAçãO ADvEnTISTA

“No princípio criou Deus todas as coisas...” (GÊNESIS 1,1) “Ao sair o homem das mãos do criador era de nobre estatura e perfeita simetria (...)” (WHITE, 1981, p. 21). Fora dotado com a capacidade de criar, pensar e agir com liberdade de escolhas. No uso de suas faculdades o homem escolheu de-sobedecer a Deus criando uma dicotomia no relacionamento. No entanto, Cristo veio restabelecer a integração do homem com Deus.

A Filosofia Adventista de Educação fundamenta-se na crença em um Deus Criador, Mantenedor e Redentor. Centrada em Jesus Cristo, tem como objetivo restaurar nos seres humanos as características do Criador, consi-derando Seu caráter e Seus ensinos, bem como a revelação de Sua natureza, tendo como fonte a Bíblia e os ensinos de Ellen White. “As instituições de ensino poderão produzir homens fortes para pensar e agir, homens que sejam senhores e não escravos das circunstâncias, homens que possuam amplidão de espírito, clareza de pensamento e coragem nas suas convicções.” (WHITE, 2008c, p. 8).

O cerne da Filosofia Adventista de Educação está nos princípios bíblicos da criação do Universo e do homem. Aponta para o plano da salvação através do sacrifício redentor de Jesus Cristo pela humanidade. Três aspectos impor-tantes apoiam estas crenças:

• origem – o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. “En-tão, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhes soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”. (GÊNESIS, 2:7).

• natureza - pecaminosa, uma vez que os primeiros seres humanos criados pecaram e perderam a natureza divina, que lhes fora atribuída pela criação “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”. (RO-MANOS, 3:23).

• destino - em virtude de Seu infinito amor, Deus providenciou a res-tauração do homem por intermédio do sangue de Jesus Cristo, possi-bilitando-lhe assim a vida eterna. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (JOÃO, 3:16).

Nota-se que, a filosofia que inspira a Rede Educacional Adventista, pos-sui entre os seus claros objetivos a promoção de um desenvolvimento har-

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17ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

monioso do ser humano em todas as suas faculdades. Não obstante, atua de modo a reforçar as crenças fundamentais apregoadas pelos Adventistas do Sétimo Dia, como um norteador axiológico e conceitual, com ênfase no poder substancialmente criador da divindade. Tais crenças se sintetizam através dos seguintes princípios:

1. Deus, o Criador, é a realidade última do universo. Por isso, conhecer a Ele e compreender Sua vontade é de crucial importância desde cedo na vida;

2. O homem, criado perfeito por Deus, é o resultado de uma sutil e judi-ciosa combinação do material com o espiritual; um ser racional des-tinado a ser completo e feliz na medida em que, harmoniosamente, se relacionar com Seu Criador e bem conviver com seus semelhantes;

3. Separado de Deus, o homem está sujeito à degradação. Por isso, estabe-lecer ligação com Deus na forma e, no tempo devido, deve ser o grande objetivo da vida;

4. Criado o homem, com potenciais a desenvolver, chama-se Educação Cristã a obra que permite seu harmonioso desenvolvimento em comu-nhão com o Criador. Em outras palavras, é apenas “poder ter sido”. Por isso, em se tratando de educação, excelência é o mínimo desejável;

5. Na vida humana, as ações e atividades dos primeiros anos são de cru-cial importância para o posterior desenvolvimento. Assim, é sobre a boa educação e a felicidade do educando que se constrói o futuro bem - estar e o destino do homem;

6. Deus, o Criador, é também a fonte de todo o conhecimento e se revela ao homem mediante a Bíblia Sagrada, Jesus Cristo, a natureza, que é seu segundo livro, e através do trato com pessoas e povos de todas as épocas.

A EDuCAçãO ADvEnTISTA

A Educação Adventista tem como meta a promoção do desenvolvi-mento equilibrado do indivíduo - espiritual, intelectual, física e socialmente. Procurando estruturar caracteres semelhantes ao do Criador, estimulando o desenvolvimento de pensadores independentes e críticos ao invés de meros refletores do pensamento de outros; promove atitude de servir ao próximo motivado pelo amor substituindo a ambição egoísta; assegura o máximo de-senvolvimento do potencial de cada indivíduo; abraça tudo o que é verdadei-ro, bom e belo.

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No mais alto sentido, as obras da educação e da redenção são uma; pois, na educação, como na redenção, “ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”. (I CORÍNTIOS, 3:11). [...] Os gran-des princípios da educação são imutáveis. “Permanecem firmes para sempre” (SAlMOS, 111:8), visto que são os princípios do caráter de Deus. Deve ser o primeiro esforço do educador e seu constante objetivo de auxiliar o educando a compreender estes princípios e entrar com Cristo naquela relação especial que fará daqueles princípios uma força diretriz na vida. O professor que acei-ta este objetivo é em verdade um cooperador de Cristo, um obreiro de Deus (WHITE, 2008c, p. 17).

Cremos que o conhecimento verdadeiro tem sua origem na fonte de toda sabedoria - Deus - e na revelação que Ele faz de Si mesmo através de Jesus Cristo, das Sagradas Escrituras e da natureza.

O professor é um cooperador desse processo, e é só através do Espírito Santo que ele alcança um relacionamento íntimo com Deus e transmite co-nhecimento eterno e verdadeiro.

O verdadeiro conhecimento abrange um conjunto de saberes cogniti-vos, espirituais, emocionais, experimentais e intuitivos que torna o homem apto para servir ao próprio homem, à comunidade e a Deus. Sem esse conjun-to de qualificações, o caráter estará em desarmonia, porém o Espírito Santo será a ponte guiadora das ações humanas, para priorizar princípios sólidos e íntegros, buscando o aprimoramento do caráter, sem desprezar os conheci-mentos científicos e literários.

EDUCANDO

CONHECIMENTOSECULAR

CONHECIMENTODIVINO

CONHECIMENTOPRÓPRIO(CARÁTER)

INTERAÇÕES

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19ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

MISSãO Promover, através da Educação Cristã, o desenvolvimento integral do

educando, formando cidadãos autônomos, comprometidos com o bem-estar da comunidade, da Pátria e com Deus.

vISãO

Ser um sistema educacional reconhecido pela excelência da formação humana, fundamentado em princípios bíblico-cristãos.

FInAlIDADE

Restaurar o homem ao seu estado original de perfeição, preparando crianças e jovens para uma existência significativa nesta terra e para a vida eterna.

OBJETIvOS

visto que o ser humano necessita ser restaurado ao seu estado original de perfeição, a Educação Adventista se propõe a alcançar, através do currículo integral-restaurador os seguintes objetivos:

1. Promover o reconhecimento de Deus como fonte de toda sabedoria;2. Reconhecer e aplicar a Bíblia como referencial de conduta;3. Estimular o estudo, a proteção e a conservação da natureza criada por

Deus;4. Incentivar a utilização das faculdades mentais na aquisição da cons-

trução do conhecimento em favor do bem comum, tendo como ferra-mentas as diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos;

5. Promover a aquisição de hábitos saudáveis através do conhecimento do corpo e das leis que o regem;

6. Oportunizar  o desenvolvimento do senso crítico, da criatividade, da pesquisa e do pensamento reflexivo;

7. Incentivar o desenvolvimento dos deveres práticos da vida diária, a sábia escolha profissional e a formação familiar, o serviço a Deus e à comunidade;

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8. Promover a autonomia e a autenticidade ancoradas nos valores bíbli-co-cristãos;

9. Favorecer o desenvolvimento da autoestima positiva, do sentimento de aceitação e de segurança;

10. Resgatar a prática da regra áurea nos relacionamentos interpessoais, que é amar ao próximo como a si mesmo.

OBJETIvOS DA unIDADE ESCOlAR

1. Concorrer para a construção do caráter baseado nos princípios bíbli-co-cristãos;

2. Direcionar a educação de modo que o educando se conscientize de que ele é um agente transformador;

3. Oferecer oportunidade para que o educando desenvolva o respeito para com o ser humano, o estado e a família e os diferentes grupos sociais, étnicos;

4. Concorrer para que o educando desenvolva as relações inter e intra-pessoais, coerentes com os princípios filosóficos da unidade escolar;

5. Promover atividades pedagógicas integradas, contínuas, progressivas e harmônicas que atendam o desenvolvimento integral do educando;

6. Contribuir para que o educando se integre à sociedade como um cida-dão competente e solidário;

7. Promover a interação com os recursos científicos e tecnológicos que lhe permitam o exercício da cidadania;

8. valorizar, respeitar, expandir e apropriar-se do patrimônio cultural da humanidade;

9. Criar condições para que o educando se habilite a buscar soluções para as constantes mudanças da sociedade contemporânea.

FunDAMEnTOS BáSICOS

É fundamental articular os marcos legais que regem a educação brasi-leira com as características das entidades escolares, da mesma forma como o fazer pedagógico que ocorre no cotidiano da escola e com os mecanismos utilizados para promover a interação entre a família, escola e comunidade.

Dessa forma, os objetivos são coerentes com os fins da Educação Nacio-nal expressos no seguinte conjunto de legislação:

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21ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Constituição da República Federativa do Brasil - 5 de outubro de 1988;• Estatuto da Criança e do Adolescente, lei Nº 8069, de 13 de julho de

1990;• lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394 de 20 de de-

zembro de 1996;• Plano Nacional de Educação (PNE), lei N° 10.172 de 09 de janeiro de

2001.

PERFIl DO EDuCAnDO

Todo ser humano, por ter sido criado à imagem e semelhança de Deus, é um ser único, digno e capaz.

Tendo em vista a ação redentora, a Educação Adventista vê cada ser hu-mano para além do que ele é, ou seja, vê nele alguém por quem Cristo morreu. Isto reveste todo ser humano de dignidade, de importância e de valor.

A Educação Adventista tem por princípio formar integralmente o edu-cando, desenvolvendo harmoniosamente os aspectos físicos, mentais, sócio afetivos e espirituais. Esse saber é essencial para formá-lo com as seguintes características:

1. Aceitação de Deus como seu Criador e Redentor;2. Caráter íntegro;3. Equilíbrio emocional;4. Capacidade de fazer escolhas e tomar decisões;5. Pensamento crítico e reflexivo;6. Atitudes criativas e autônomas;7. Conhecimento, experiência e valorização das leis da saúde;8. Relacionamentos saudáveis;9. Comprometimento e responsabilidade;10. Desprendimento de si mesmo e solidariedade.

PERFIl DO EDuCADOR

Educar crianças e jovens não é tarefa simples; exige esforço conjunto

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de educadores, administradores, coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, funcionários, docentes e pais. Na perspectiva cristã, o educador é representante de Deus como divulgador das verdades eternas, fazendo-se necessário refletir sobre sua influência no ministério de reconciliação do ser humano com Deus. Para alcançar os propósitos da Educação Adventista, o educador deve manifestar e buscar continuamente as seguintes características:

1. Ser um imitador de Cristo;2. Ter o senso da presença divina;3. Conhecer e estar sintonizado com a filosofia e a proposta da Educação

Adventista;4. Manter profissionalismo e aperfeiçoamento constante;5. Ter visão do alcance do seu trabalho e da sua relação com o todo;6. Agir com profissionalismo;7. Perceber o educando de forma integral, conhecendo seus limites e pos-

sibilidades;8. Relacionamento interpessoal positivo;9. Uso de linguagem adequada;10. Cuidado com a saúde física e mental;11. Equilíbrio emocional.

marCo oPeraCional

CuRRÍCulO

O currículo da Educação Adventista fundamenta-se nos aspectos da Fi-losofia Adventista, partindo do princípio de que toda a verdade é a verdade de Deus, pois Ele é o Criador de tudo, e a verdade em todas as áreas do conheci-mento vem dEle. Ao se ter em mente que Deus é o Autor da ciência e da ma-temática, bem como da história e da ética, o currículo configura-se não como um conjunto de elementos fragmentados, mas como um todo unificado. Por esta razão, a Rede Educacional Adventista está integrada a uma perspectiva bíblica, sendo que sua cosmovisão provê um fundamento e um contexto para todo o conhecimento humano, como base permeável de todas as ações peda-gógicas e educacionais.

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Tal compreensão contribui para o entendimento amplo de que todas as ações, atividades, projetos e práticas cotidianas na escola estarão embasa-dos nos princípios bíblico-cristãos. Os objetivos de cada disciplina quanto aos conteúdos, os pressupostos para a atuação e os procedimentos do grupo do-cente e discente, bem como as práticas pedagógicas, crenças, conhecimentos, valores devem promover uma educação integral.

É objetivo da Educação Adventista que os educandos alcancem seu po-tencial máximo no desenvolvimento espiritual, mental, físico, social e voca-cional e o currículo quer formal ou informalmente direciona para o conhe-cimento das capacidades que incluem elementos cognitivos, experimentais, emocionais, relacionais, intuitivos e espirituais. Enfim, o verdadeiro conhe-cimento leva a uma compreensão integral, que se manifesta em decisões e escolhas sábias de conduta e de vida.

OBJETIvOS DA EDuCAçãO ADvEnTISTA

visto que o ser humano necessita ser restaurado a seu estado original de perfeição, a Educação Adventista se propõe alcançar os seguintes objetivos através do currículo integral-restaurador:

• Promover o reconhecimento de Deus como fonte de toda sabedoria, tendo em vista que “todo saber e desenvolvimento real têm sua fonte no conhecimento de Deus” (WHITE, 2008c, p. 6).

• Oportunizar o reconhecimento e aceitação da Bíblia como referencial de conduta, visto que “o ensino da Bíblia deve ter os nossos mais es-pontâneos pensamentos, nossos melhores métodos, e o nosso mais fer-voroso esforço” (WHITE, 2008c, p. 113).

• Estimular o estudo, a proteção e a conservação da natureza criada por Deus, pois os “Céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anun-cia a obra de Suas mãos.” (SAlMOS, 19:1).

• Oportunizar o fortalecimento e o desenvolvimento da mente em favor do bem comum, tendo como ferramenta diferentes fontes de comuni-cação, informação e recursos tecnológicos.

• Promover a aquisição de hábitos saudáveis através do conhecimento do corpo e das leis que o regem, pois, “somos santuário de Deus e habita-ção do Espírito Santo” (I CRÔNICAS, 3:16).

• Oportunizar o desenvolvimento do senso crítico, da criatividade, da

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investigação e do pensamento reflexivo, pois “Cristo pode ser glori-ficado melhor por aqueles que O servem com inteligência” (WHITE, 2008a, p. 212).

• Incentivar o serviço desinteressado nos deveres práticos da vida diária, na sábia escolha profissional, na formação familiar, no serviço a Deus e à sociedade.

• Promover a autonomia e a autenticidade fundamentadas nos valores bíblico-cristãos, visto que “ao sacrificar o estudante o raciocínio e o julgamento por si mesmo, torna-se incapaz de discernir entre a verda-de e o erro, e cai fácil presa do engano.” (WHITE, 2008c, p. 140).

• Favorecer o desenvolvimento da autoestima positiva, do sentimento de aceitação e de segurança. Assim, “tanto quanto possível, deve cada crian-ça ser ensinada a ter confiança em si mesma... para que possa formar um caráter bem equilibrado e harmonioso”. (WHITE, 2008d, p. 34).

• Estimular o resgate da prática da regra áurea nos relacionamentos in-terpessoais, que é amar ao próximo como a si mesmo. Para que isso aconteça, “a cooperação deve ser o espírito da sala de aulas”. (WHITE, 2008a, p. 176).

OBJETIvOS DA EDuCAçãO InFAnTIl

Indica-se como objetivos da Educação Infantil que os educandos sejam capazes de:

• Conhecer a Deus como Criador, Sustentador e Salvador, e demonstrá-lo em pequenas ações da vida cotidiana.

• Expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e interesses, desenvol-vendo sua capacidade expressiva e construindo significados.

• Utilizar diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, matemática, oral e escrita) em diferentes situações de comunicação.

• Estabelecer e construir sólidos vínculos com Deus, sua família, seus pares e com os membros de sua comunidade.

• Conhecer seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, de-senvolvendo hábitos saudáveis.

• Expressar emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades nas diferentes vivências culturais como forma de aprender e aplicar os

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conhecimentos de maneira significativa e prazerosa.• Apreciar a participação em diferentes formatos de jogos: simbólico ou

dramático, tradicional, próprios do lugar, de construção, matemáticos, de linguagem e outros.

• vivenciar a cultura geral e a infantil através de brinquedos e brinca-deiras.

OBJETIvOS DO EnSInO FunDAMEnTAl

Indica-se como objetivos do Ensino Fundamental que os educandos se-jam capazes de:

• Confiar suas vidas a Deus mediante o desejo sincero de fazer a Sua vontade em cada aspecto da sua vida.

• Demonstrar competência na comunicação, nas operações quantitati-vas e em outras áreas acadêmicas que constituem o fundamento neces-sário para a prossecução dos estudos.

• Dar evidência do desenvolvimento emocional apropriado nas relações interpessoais com seus colegas, sua família e os membros da comuni-dade.

• Conhecer e praticar princípios de saúde e de um viver equilibrado.• Aprender a apreciar a dignidade do trabalho e conhecer as possibilida-

des que existem nas diversas carreiras relacionadas com seus interesses e os talentos que Deus lhes confiou.

METODOlOGIA

Compreende-se que a sala de aula e a metodologia nela aplicada, bem como todo o ambiente escolar, devem proporcionar as condições necessárias para que os traços semelhantes aos da natureza amorosa de Deus se desen-volvam no educando durante todo o processo educacional ou tempo sob sua influência.

Isso implica que todos os agentes educacionais estejam capacitados para esta obra e conscientes de que seu exemplo assume um papel da maior rele-vância, colocando-os diante da necessidade de viverem o que creem e aquilo pelo qual lutam, a saber, a prática de uma pedagogia redentora e restauradora.

Entende-se, também, que a prática educativa é sempre construída sobre

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uma visão de homem e de mundo. A metodologia é, portanto, um elemento fundamental, uma vez pressupondo a integração dos objetivos e processos que sinalizam a direção e o caminho que se precisa seguir para que o plano de trabalho institucional venha a se tornar realidade.

Dessa maneira, as instituições não adotam um único método de ensino, mas se utilizam de metodologias diversificadas (trajetórias), considerando a necessidade de sistematização de ações e procedimentos orientados a partir de objetivos gerais. A seleção e aplicação estão ligadas a uma concepção me-todológica mais ampla do processo educativo e utilização de diferentes meios.

A metodologia de ensino e aprendizagem na Educação Adventista pau-ta-se pelas concepções filosóficas e pelos objetivos a que se propõe. Isso não significa que o educador não terá um modelo de ensino, pois cada um possui habilidades próprias e para cada realidade educacional existem práticas diver-sas, costumes e ideias produzidos socialmente. Entretanto, existe uma base metodológica comum que sustenta e promove a unicidade e identidade da instituição educacional.

PRInCÍPIOS METODOlÓGICOS

Os seguintes princípios metodológicos servem como base teórica co-mum para as práticas metodológicas do currículo na Educação Adventista. Ao eleger tais princípios, não se estabelece uma relação categoricamente fe-chada ou hierarquicamente organizada. Esta relação pode ser ampliada por novas ideias que atendam às necessidades da natureza e especificidade dos cursos oferecidos, da faixa etária dos educandos e do respeito às diferenças individuais, sem perder de vista os referenciais teóricos.

1) Centralidade da Bíblia - todas as atividades educativas partem de uma perspectiva bíblico-cristã. O objetivo é que os educandos internalizem volun-tariamente uma visão da vida orientada para o serviço, motivada pelo amor e voltada para o reino eterno de Deus.

2) integração fé/ensino - dentre os princípios metodológicos apresentados, talvez o que demande maior necessidade de reflexão seja a integração fé/ensi-no. Tal concepção é um chamamento para que todo o espaço escolar seja per-meado pela atmosfera do Céu, compreendendo que na Educação Adventista não há espaço para tratar apenas das coisas terrenas e que mesmo ao tratá-las o fundamento será a visão bíblica. Isso porque quando se elege a Deus como

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27ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

fonte do verdadeiro conhecimento, Ciência e Religião não são antagônicas. Todo esforço humano no rumo das descobertas científicas é visto como atre-lado ao poder criador de Deus, do qual o homem conserva a característica da individualidade. Por mais que este alcance degraus destacados no campo do conhecimento, sua diligência e capacidade intelectual carecem da ajuda da sabedoria infinita, tendo em vista que a mente humana é finita. Além disso, para além do que o homem é capaz de penetrar e descobrir existe o Deus do infinito.

As descobertas científicas são mutáveis, não são verdades absolutas, porque além de se pautarem pelo intelecto humano, regido pela finitude, es-tão em constante expansão. Só em Deus está a verdade absoluta. Só Ele pode servir de referencial às descobertas do intelecto humano. Ele não pode ser mensurado como as descobertas científicas, porque está acima do natural.

Sejam os estudantes encaminhados às fontes da verdade, aos vastos campos abertos à pesquisa na Natureza e na Revelação. Que contem-plem os grandes fatos do dever e do destino, e a mente expandir-se-á. Em vez de fracos escolarizados, as instituições de ensino poderão pro-duzir homens fortes para pensar e agir, homens que sejam senhores e não escravos das circunstâncias, homens que possuam amplidão de es-pírito, clareza de pensamento, e coragem nas suas convicções. (WHITE, 2008c, p. 8).

A ciência está sempre a descobrir novas maravilhas; mas nada traz de suas pesquisas que, corretamente compreendido, esteja em conflito com a revelação divina. O livro da Natureza e a palavra escrita lançam luz um sobre o outro. Familiarizam-nos com Deus, ensinando-nos algo das leis por cujo meio Ele opera. (WHITE, 2008c, p. 77).

Ao integrar fé e ensino, educador e educandos são levados a refle-tir sobre todos os aspectos da realidade, numa perspectiva Cristocêntri-ca. A integração fé e ensino não pode ser fruto do acaso; ao contrário, deve ser um processo intencional e sistemático. O objetivo é levar os edu-candos a internalizar voluntariamente uma visão da vida orientada para o serviço, motivada pelo amor e voltada para o reino eterno de Deus. A constante pergunta do educador tem sido: como fazer a integração fé/ensi-no de uma maneira legítima? Em primeiro lugar é preciso compreender que integração fé/ensino é a explicitação prática do que significa ser cristão e isso é visto através do testemunho pessoal através da linguagem, dos hábitos, do vestuário, da alimentação, das opções de lazer, etc. Em segundo lugar, integrar fé/ensino é resultado da cosmovisão bíblica pessoal do educador a respeito

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da origem, queda e restauração do homem. Se um educador não crê na Bíblia como auto-revelação de Deus para o ser humano com a finalidade da salvação em Cristo Jesus, possivelmente não terá condições de integrar fé/ensino.

Muito mais do que registrar num plano de curso ou disciplina exemplos, histórias, versos bíblicos, a integração fé/ensino se constitui em uma declara-ção viva da fé que é professada pelos agentes educativos na Escola Adventista. Algumas proposições podem orientar coordenadores pedagógicos e educado-res na reflexão sobre a integração fé/ensino. Eis algumas:

• Como minha área de conhecimento pode contribuir para encaminhar os educandos a Jesus?

• O que significa ensinar sobre o caráter de Cristo?• Como um evento, fato, notícia, texto, ilustra a condição humana em

relação ao plano de Deus para a vida do ser humano?• Os educandos e pais veem na escola e em mim o reflexo do caráter

de Deus?• O clima da sala de aula permite visualizar a graça e a presença de Deus?• O cotidiano da sala de aula permite ainda a prática de algumas ativi-

dades de cunho espiritual em que o educando seja envolvido no clima da integração fé/ensino, tais como:

• Realizar oração intercessora por educandos, familiares, educadores e funcionários.

• Planejar e executar semanas especiais com temas espirituais.• Compartilhar textos bíblicos com as famílias e pessoas da comunidade

que estejam necessitando de auxílio especial.• Dar estudos bíblicos e distribuir folhetos com mensagens bíblicas de

saúde que promovam a qualidade de vida.• Promover campanhas de cunho social e espiritual.• Fazer uma maratona de leitura da Bíblia com a turma.• Estimular a criação de uma agenda pessoal e coletiva de oração.

O que não se deve perder de vista é o plano de Deus para todos os que fazem parte da Educação Adventista.

3) Progressão na abordagem e aprofundamento do conteúdo - partir do sim-ples para o complexo - a mente humana apropria-se de conhecimento de forma

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progressiva ou das noções gerais para os detalhes ou juntando as partes para compreensão do todo. O ensino deve contemplar a necessidade de fornecer pri-meiramente o “leite” até que os educandos possam digerir alimento mais sólido, especialmente quando se trata das verdades do evangelho. Jesus ensinou aos discípulos, mas declarou que muitas coisas eles ainda não estavam preparados para suportar. Por isso que, simbolicamente, o crescimento cristão no conheci-mento e amadurecimento é comparado com uma escada e como a luz da aurora (II PEDRO 1:1-8; PROvÉRBIOS 4:15).

Na educação, o trabalho de progredir deve iniciar-se no degrau mais baixo da escada. As matérias comuns devem ser ensinadas de manei-ra completa e com oração. Muitos que acham ter concluído sua educa-ção são deficientes na ortografia e escrita, e tampouco leem ou falam corretamente. Não poucos que estudam os clássicos ou outros ramos mais elevados do saber, e que alcançam determinadas normas, fracas-sam finalmente porque negligenciaram fazer trabalho cabal nos ramos comuns. Nunca obtiveram bom conhecimento da língua materna. Ne-cessitam voltar e começar a subir desde o primeiro degrau da escada. (WHITE, 2008a, p. 123).

4) Clareza e objetividade no processo de ensino - o educador precisa saber claramente aonde quer chegar e fazê-lo sem perder o rumo. Além disso, o educando precisa entender o caminho que está seguindo e o conteúdo que está sendo ensinado.

Todo professor deve cuidar para que seu trabalho seja orientado a re-sultados definidos. Antes de tentar ensinar uma matéria, deve ter em sua mente um plano, e saber precisamente o que deseja conseguir. Não deve ficar satisfeito com a apresentação de qualquer assunto antes que o estudante compreenda os princípios nele envolvidos, perceba a sua ver-dade e esteja apto a referir claramente o que aprendeu. (WHITE, 2008c, p. 143)

5) relação teoria-prática - teoria e prática não são, na concepção adventista de educação, duas fases, mas elementos de um círculo harmonioso. Aprende-se fazendo, faz-se aprendendo. O professor tem em mente a importância da aplicabilidade dos temas estudados em sala de aula. O conhecimento teórico sem o conhecimento prático pouco contribui para o êxito do educando. O trabalho prático desperta observação minuciosa e pensamento independente. Não é produtivo se deter no ensino de conceitos quando estes não estão liga-dos às questões cotidianas, como comunicar-se com fluência, ler e escrever com clareza e coesão, saber preparar alimentos saudáveis, fazer com precisão

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as contas de seus próprios gastos. Nesse sentido, é oportuno utilizar esquemas de ensino que incluam a aplicação dos conhecimentos, permitindo vivências e experiências dentro e fora da sala de aula.

6) Coerência entre objetivos, conteúdos, procedimentos e avaliação - tudo o que se ensina deve levar à realização do objetivo proposto pela disciplina. Por isso, os procedimentos precisam ser coerentes e adequados aos conteú-dos e objetivos. Assim fazia Jesus: utilizava o conteúdo (temática, episódio) e os procedimentos (parábola, diálogo, discurso) de acordo com Seus objetivos (informar, confortar, motivar).

7) Consideração pelos conhecimentos adquiridos e as experiências vividas - assim como Jesus ensinava as pessoas a partir de elementos conhecidos e questionava-os sobre o que conheciam, o professor deve considerar o conhe-cimento do educando antes de iniciar um novo tema e então construí-lo a partir dele.

8) Conhecimento do educando e de sua realidade - é imprescindível que o educador conheça a realidade do educando no seu contexto sociocultu-ral e como se processa o seu desenvolvimento físico, espiritual, emocional e intelectual. Ao introduzir qualquer tema ou assunto, ele precisa obter in-formações relevantes ao contexto do educando, propondo situações, pro-blemas e desafios que permitam a elaboração de hipóteses, a realização de experimentos e a construção de analogias, relacionando as partes ao todo. Tal postura contribuirá para o ânimo do educando em sua trajetó-ria estudantil e para a elaboração e compreensão de questões mais amplas.

Jesus procurava um caminho para cada coração, usando ilustrações vá-rias, não só expunha a verdade em seus diversos aspectos, mas apelava também para os diferentes ouvintes. Despertava-lhes o interesse pelos quadros tirados do ambiente de sua vida diária (WHITE, 2008e, p. 21).

9) estímulo ao espírito de investigação, reflexão e criativida-de - o educando possui naturalmente um espírito inquiridor a respei-to da vida e do funcionamento do mundo. Cabe ao educador estimu-lá-lo e orientá-lo a procurar respostas para suas indagações, através de instrumentos como a pesquisa, e despertar o espírito investigativo através de reflexões a respeito das diversas situações da vida humana. A palavra “pesquisa” aqui deve ser entendida como um instrumento que pro-picia a construção do conhecimento e não como uma mera consulta de dados

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prontos e acabados. Existem etapas claras a serem seguidas quando o assunto é a pesquisa. Deseja-se ressaltar aqui o sentido de ter claro o objetivo e as con-dições que o educando terá ao realizá-la, assim como um roteiro prévio, temas e procedimentos diversificados.

Os professores devem induzir os estudantes a pensar, e a entender cla-ramente a verdade por si mesmos. Não basta ao professor explicar, ou ao estudante crer; cumpre despertar o espírito de investigação, e o es-tudante será atraído a enunciar a verdade em sua própria linguagem, tornando assim evidente que lhe vê a força e faz a aplicação (WHITE, 2008b, p. 111).

O educador deve primar por uma postura de investigação que estimu-le o raciocínio, a reflexão e a criatividade. Assim, não colocará a mente do educando sob seu controle, mas contribuirá para o desenvolvimento da auto-nomia intelectual. Nesse aspecto podem-se utilizar, também, os projetos e a resolução de problemas como procedimentos metodológicos, realizando in-vestigações conjuntas com os educandos, como: feiras de ciências, exposição de trabalhos, estudos de caso, pesquisa de campo e outros, etc.

10) Consolidação dos conhecimentos, tornando-os permanentes - isso se dá através do desenvolvimento de hábitos e habilidades. O educador precisa prover atividades que possibilitem uma aprendizagem com sentido e signi-ficado para o educando. Isso implica em retomar os pontos importantes do conteúdo trabalhado, relacionar os conteúdos entre si e para além da sala de aula, realizar atividades práticas juntamente com os ensinos teóricos para que as habilidades sejam desenvolvidas e hábitos saudáveis sejam formados pelo educando.

11) respeito às diferenças individuais - Em Seu relacionamento com os dis-cípulos e com a população em geral, Jesus respeitava a individualidade e valo-rizava as pessoas. O respeito à individualidade não deve negar a importância do grupo. É responsabilidade de o educador conhecer as características singu-lares do educando, tais como seu estilo de aprendizagem, seus talentos, dons ou habilidades, trabalhando para promover seu desenvolvimento.

Em todo verdadeiro ensino o elemento pessoal é essencial. Cristo, em Seu ensino, tratava com os homens individualmente. Foi pelo trato e convívio pessoal que Ele preparou os doze [discípulos]. Era em parti-

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cular, e muitas vezes a um único ouvinte, que dava Suas preciosas ins-truções. [...] O mesmo interesse pessoal, a mesma atenção para com o desenvolvimento individual são necessários na obra educativa hoje. Muitos jovens que aparentemente nada prometem, são ricamente dota-dos de talentos que não aplicam a uso algum. [...] O verdadeiro educa-dor, conservando em vista aquilo que seus discípulos podem tornar-se, reconhecerá o valor do material com que trabalha. Terá um interesse pessoal em cada um de seus estudantes, e procurará desenvolver todas as suas faculdades. Por mais imperfeitos que sejam eles, acoroçoará [ou incentivará] todo o esforço por conformar-se com os princípios retos (WHITE, 2008c, p. 142).

12) Consideração aos valores bíblico-cristãos - a axiologia permeia o currí-culo escolar e influencia seus agentes a um viver coerente com os princípios básicos da ética cristã e da valorização do educando como indivíduo e como membro de uma sociedade, com responsabilidades e direitos em relação ao meio ambiente, à vida e à família.

A verdadeira educação não desconhece o valor dos conhecimentos científicos ou aquisições literárias, mas acima da instrução aprecia a capacidade, acima da capacidade a bondade, e acima das aquisições in-telectuais o caráter. O mundo não necessita tanto de homens de grande intelecto, como de nobre caráter. Necessita de homens cuja habilidade seja dirigida por princípios firmes (WHITE, 2008c, p. 138).

Sabe-se que dos princípios, derivam-se os valores, dos valores as atitudes e das atitudes a conduta. Assim, ao trabalhar com princípios bíblico-cristãos os educadores poderão utilizar procedimentos metodológicos que auxiliem o educando a identificar, apreciar e valorar tais princípios.

13) espírito cooperativo - a Bíblia reforça a importância da convivência so-cial. Portanto, o espaço escolar deve proporcionar relações de cooperação como excelente oportunidade para o desenvolvimento contínuo do conheci-mento e da formação do caráter. Trabalhos em grupo, envolvimento em pro-jetos de auxílio à comunidade e participação ativa dos educandos no apoio aos seus pares são algumas das alternativas aplicáveis a este princípio.

A cooperação deve ser o espírito da sala de aulas, a lei de sua vida. O professor que adquire a cooperação de seus discípulos consegue um auxí-lio inapreciável [ou imprescindível] na manutenção da ordem [..] Que os

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mais velhos ajudem aos mais novos, os fortes ao fracos; e, quanto possível, seja cada um chamado a fazer algo em que se distinga. Isso fomentará o respeito próprio e o desejo de ser útil. (WHITE, 2008c, p. 176).

Quando um estudante auxilia o outro ele está ajudando ao próprio pro-fessor e frequentemente uma mente que é aparentemente sólida irá cap-tar ideias mais rapidamente de um amigo do que do professor. Esta é a cooperação que Cristo recomenda. (WHITE, 2008b, p. 172).

14) interdisciplinaridade - a inter-relação entre os conteúdos nas diferentes disciplinas constitui-se o foco da interdisciplinaridade. A Educação Adventis-ta não concebe um modelo educativo que fragmente a relação que a própria vida faz de seus conteúdos no dia a dia, oferecendo uma relação epistemoló-gica entre as disciplinas para que os diversos saberes se construam de maneira harmônica.

As verdades que irão perfazer o grande todo devem ser pesquisadas e reunidas. “Um pouco aqui, um pouco ali” (ISAÍAS 28:10) [...] pesqui-sando as várias partes e estudando as relações entre elas existentes, são chamadas a uma intensa atividade as mais altas faculdades da mente humana. Ninguém poderá empenhar-se em tal estudo, sem desenvolver poder mental. (WHITE, 2008b, p. 123-124).

Tais princípios contribuem para que os educadores da Rede Educacio-nal Adventista elejam os melhores caminhos metodológicos para que seu tra-balho seja eficiente e contribua com o permanente desenvolvimento do edu-cando.

TRAnSvERSAlIDADE

A transversalidade é o modo de se trabalhar o conhecimento buscan-do uma reintegração de aspectos que ficaram isolados uns dos outros pelo tratamento disciplinar. Com isso, busca-se conseguir uma visão mais ampla e adequada da realidade, que tantas vezes aparece fragmentada pelos meios de que se dispõe para conhecê-la e não porque o seja em si mesma. É a pos-sibilidade de se instituir, na prática educativa, uma analogia entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da realidade). Necessário se torna uma visão mais adequada e abrangente da realidade, que muitas vezes se apresenta de maneira fragmentada.

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A referência aos temas transversais os coloca como um eixo unificador da ação educativa, em torno do qual se organizam as disciplinas. Sua aborda-gem deve se orientar pelos processos de vivência da sociedade, pelas comuni-dades, educandos e educadores em seu dia-a-dia.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, os objetivos e conteúdos dos temas transversais têm como eixo educativo a proposta de uma educação comprometida com a cidadania e devem estar inseridos nos dife-rentes cenários de cada uma das disciplinas. Considera-se a transversalidade como o modo apropriado para a ação pedagógica destes temas que envolvem um aprender sobre a realidade, na realidade e da realidade, destinando-se também a intervir na realidade para transformá-la, abrindo espaço para sa-beres extraescolares. Na verdade, os temas transversais prestam-se de modo muito especial para levar à prática a concepção de formação integral da pes-soa, pois sempre estão presentes quer de forma explícita ou implícita.

Por não se constituírem uma disciplina, seus objetivos e conteúdos de-vem estar inseridos em diferentes momentos de cada uma das disciplinas. São trabalhados em uma e em outra, de diferentes modos.

Na prática pedagógica, interdisciplinaridade e transversalidade ali-mentam-se mutuamente, pois o tratamento das questões trazidas pelos Te-mas Transversais expõe as inter-relações entre os objetos de conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho pautado na transversalidade tomando-se uma perspectiva disciplinar rígida.

Um modo eficiente de se elaborar os programas de ensino é fazer dos temas transversais um eixo unificador, em torno do qual se organizam as dis-ciplinas. Todas se voltam para eles como para um centro, estruturando os seus próprios conteúdos sob o prisma dos temas transversais.

O trabalho com a proposta da transversalidade se define em torno de quatro pontos:

• Os temas não constituem novas áreas, pressupondo um tratamento in-tegrado nas diferentes áreas.

• A proposta de transversalidade traz a necessidade de a escola refletir e atuar conscientemente na educação de valores e atitudes em todas as áreas, garantindo que a perspectiva político-social se expresse no direcionamento do trabalho pedagógico; influencia a definição de ob-jetivos educacionais e orienta eticamente as questões epistemológicas mais gerais das áreas, seus conteúdos e, mesmo, as orientações didá-ticas.

• A perspectiva transversal aponta uma transformação da prática peda-

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gógica, pois rompe a limitação da atuação dos educadores às ativida-des formais e amplia a sua responsabilidade com a sua formação dos educandos. Os Temas Transversais permeiam necessariamente toda a prática educativa que abarca relações entre os educandos, entre educa-dores e educandos e entre diferentes membros da comunidade escolar.

• A inclusão dos temas implica a necessidade de um trabalho sistemá-tico e contínuo no decorrer de toda a escolaridade, o que possibilitará um tratamento cada vez mais aprofundado das questões eleitas. Por exemplo, se é desejável que os educandos desenvolvam uma postura de respeito às diferenças, é fundamental que isso seja tratado desde o início da escolaridade e continue sendo tratado cada vez com maiores possibilidades de reflexão, compreensão e autonomia.

Os Temas Transversais, portanto, dão sentido social a procedimentos e conceitos próprios das áreas convencionais, superando assim o aprender ape-nas pela necessidade escolar.

Na Educação Adventista a transversalidade

não desconhece o valor dos conhecimentos científicos ou aquisições li-terárias; mas acima da instrução aprecia a capacidade, acima da capaci-dade a bondade, e acima das aquisições intelectuais o caráter. O mundo não necessita tanto de homens de grande intelecto, como de nobre ca-ráter. Precisa de homens cuja habilidade seja dirigida por princípios fir-mes. “A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria” (PRO-vÉRBIOS 4:7). “A língua dos sábios adorna a sabedoria” (PROvÉRBIOS 15:2). A verdadeira educação comunica esta sabedoria. Ensina o melhor uso não somente de uma, mas o de todas as nossas habilidades e aquisi-ções. Assim abrange todo o ciclo das obrigações: para com nós mesmos, para com o mundo, e para com Deus. (WHITE, 2008c, p. 138).

RElAçãO PROFESSOR – AlunO

A relação professor-aluno não deve ser uma relação de imposição, mas sim, de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser conside-rado como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção de conhecimento, assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como um indivíduo mais experiente. Por essa razão cabe ao professor consi-derar também, o que o aluno já possui na bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem.

O educador e os colegas formam um conjunto de mediadores da cultura que possibilita progressos no desenvolvimento da criança. Nessa perspectiva, não cabe analisar somente a relação professor-aluno, mas também a relação

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aluno-aluno. A construção do conhecimento se dará coletivamente, portanto, sem ignorar a ação intrapsíquica do sujeito.

O educador deve estimular seu aluno a fazer escolhas e assumir o seu papel, sendo ele um mediador da aprendizagem. Projetos de apoio aos edu-candos e suas famílias, planejados pelo professor, podem torná-lo parceiro na educação, entendida em seu sentido mais amplo, para além da educação es-colar. Cada aluno apreciará o reconhecimento do seu crescimento por menor que seja, comparando suas produções anteriores com as atuais, o que pode torná-lo motivado a aprender.

O educador tornará acessíveis os conteúdos a todos os educandos, res-peitando seus estilos de aprendizagem, buscando os recursos necessários, que-brando as barreiras e sabendo ouvir o aluno, observando-o de perto, conhe-cendo-o, tendo um olhar afetivo e conquistando-lhe a confiança. Essa relação tem que ser baseada no diálogo mais fecundo, onde os “erros” dos educandos passam a ser vistos como integrantes do processo de aprendizagem. Isso se dá porque à medida que o aluno “erra” o professor consegue ver o que já se está sabendo e o que ainda deve ser ensinado porque o aprender não se reduz à memorização, mas sim ao raciocínio lógico, compreensão e reflexão.

É, portanto, no conhecer cada aluno que reside o poder de superação de barreiras invisíveis que impedem o bom relacionamento entre professor e aluno.

DISCIPlInA

A disciplina na Educação Adventista objetiva capacitar a criança à au-todisciplina. Ou seja, as crianças precisam sim aderir às regras (que implicam valores e formas de conduta) e estas podem vir, em grande medida, dos res-ponsáveis pelo seu processo educativo. Os limites implicados por estas regras não devem ser apenas interpretados no seu sentido negativo: o que não pode ser feito ou ultrapassado. Devem também ser entendidos no seu sentido posi-tivo: o limite situa, dá consciência de posição ocupada dentro de algum espa-ço social – a família, a escola, a sociedade como um todo.

“Ensinai às crianças e jovens o respeito a si mesmos, a lealdade a Deus e fidelidade ao princípio; ensinem-nos a respeitar e obedecer à lei de Deus. Então esses princípios lhes controlarão a vida e serão postos em prática em sua asso-ciação com outros!” (WHITE, 1987, p. 305).

É importante que a criança, desde cedo, aprenda a autogovernar-se sendo

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capaz de autocontrolar-se. Os educandos aprendem muito mais com as conse-quências de suas atitudes do que com as constantes pressões e cobranças, sendo capazes de julgar por si mesmos o que é certo ou errado.

“levai os jovens a sentir que eles merecem confiança e poucos haverá que não procurarão mostrarem-se dignos dessa confiança. Sob este mesmo princí-pio é melhor pedir do que ordenar; aquele a quem nos dirigimos tem oportuni-dade de se mostrar leal aos princípios retos” (WHITE, 2008c, p. 180).

A disciplina tem a ver com hábitos internalizados que facilitam a cada pessoa o cumprimento de suas obrigações; implica autodomínio e a capaci-dade de utilizar a liberdade pessoal, isto é, a possibilidade de atuar livremente superando os condicionamentos internos e externos que se apresentam na vida cotidiana.

A ESCOlA E SuAS InTER-RElAçÕES

Na Educação Adventista a escola é um espaço de desenvolvimento pes-soal e social, não só para os alunos, como também, para os profissionais que a constituem através do tipo de inter-relações humanas, sociais, profissionais e pedagógicas promovidas, das formas de liderança exercidas, do clima e da cultura geradas.

No desenvolvimento de suas relações sociais, a escola interage com ou-tras instituições básicas – família, igreja e comunidade – para potencializar sua função educativa.

Estas inter-relações se tornam construtivas e concorrem para a harmo-nia entre as partes, mediante princípios que viabilizem relacionamentos sau-dáveis. São estes os princípios:

1) amor a deus – quando todas as atividades são embasadas neste princípio, a unidade, a fraternidade, o respeito, a tolerância, a solidariedade serão uma constante no cotidiano da escola.

2) amor ao Próximo – para a formação da cidadania, o amor desinteressado deverá ser cultivado e praticado desde a mais tenra idade.

3) regra Áurea – para estimular a unidade apesar da diversidade, as relações interpessoais serão reguladas por este princípio: “façam aos outros, o que querem que eles façam a vocês” (MATEUS 7:12).

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A efetivação do desenvolvimento das inter-relações entre as instituições escola/família, escola/comunidade, escola/igreja, escola/rede educacional oportuniza o sucesso ou o fracasso das ações do educando frente a sua auto-nomia moral, cognitiva, afetiva, espiritual e social.

AvAlIAçãO DA APREnDIZAGEM

A avaliação é compreendida como um processo essencial para a forma-ção do ser humano e vai além da mensuração por meio de provas ou exames escolares. A avaliação da aprendizagem envolve todas as dimensões do ser – física, mental, social e espiritual – numa perspectiva dialógica entre processo-resultado, permitindo-se uma abordagem qualitativa e quantitativa tendo em vista sua interdependência.

O processo avaliativo é visto sob a ótica em que professor e aluno, numa relação dialética, constroem a aprendizagem, sendo ambos sujeitos desse pro-cesso de construção.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deve privilegiar o conhecer, entendido como apreciação/discernimento num processo dialé-tico, sendo fundamental a utilização de diferentes códigos, como verbal, oral, escrito, gráfico, numérico e pictórico, considerando as diferentes aptidões dos alunos.

A avaliação é sempre um processo continuo e cumulativo, com preva-lência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, realizada por meios de observação sistemática de diversas produções dos alunos.

A intenção educativa da avaliação da aprendizagem é procurar alcançar sempre o melhor processo e o melhor resultado possível. Por isso, ocorre a todo o tempo, em todos os espaços, com o propósito de oportunizar ao edu-cando e ao educador um momento de reflexão e crescimento, fundamentados nos valores bíblico-cristãos. A avaliação deixa de entender-se, então, como um fim do processo de ensino-aprendizagem para se transformar em uma busca da compreensão do conhecimento e também em uma oportunidade para adquirir novas compreensões.

No contexto curricular, a avaliação compõe um conjunto de propostas metodológicas dentro do processo educativo que reflete, em todos os aspec-tos, a busca do alcance dos objetivos propostos. Dentro dessa perspectiva, a avaliação sistemática da aprendizagem potencializa o aumento das capacida-des e habilidades, da motivação, da autoconfiança do educador e do educando e das responsabilidades pela própria aprendizagem.

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É essencial que seja contínua, integrada, abrangente, versátil, de caráter compreensivo e de forma a incentivar o compromisso do educando e do edu-cador com o seu próprio crescimento. O foco da avaliação está centrado na aplicação dos conhecimentos e na capacidade de transferir a aprendizagem a outras situações e contextos. A fim de ser coerente e eficaz, considera as dife-renças individuais e a pluralidade de formas de aprendizagem, utilizando uma variedade de procedimentos e instrumentos.

Na Educação Adventista o professor e o aluno são considerados os res-ponsáveis diretos e ativos do processo de avaliação da aprendizagem com res-ponsabilidades muito explícitas.

O professor é o principal responsável para operacionalizar o processo avaliativo. É alguém que compreende a proposta da Educação Adventista e planeja a avaliação de forma que os registros correspondam à sua prática. Isso requer a verificação do que foi aprendido pelo educando, de como este expres-sa seu pensamento e de como e quais relações estabelece entre eles. Também identifica “o quê” e “como” está ensinando e quais intervenções e/ou mudan-ças necessárias.

Todo professor deve cuidar para que seu trabalho seja orientado a re-sultados definidos. Antes de tentar ensinar uma matéria, deve ter em sua mente um plano, e saber precisamente o que deseja conseguir. Não deve ficar satisfeito com a apresentação de qualquer assunto antes que o estudante compreenda os princípios nele envolvidos, perceba a sua verdade, e esteja apto a referir claramente o que aprendeu. (WHITE, 2008c, p. 143).

Dentre seus compromissos com o ato de avaliar a aprendizagem dos educandos, cabe ao educador, em conjunto com a instituição escolar, definir e comunicar com clareza os critérios de avaliação, atentando para as seguintes variáveis: validade, confiabilidade, praticidade, viabilidade, interpretação dos resultados e utilidade.

Para o educando a avaliação é um meio de conhecer seu progresso em relação aos objetivos propostos para a aprendizagem, identificar suas dificul-dades com o objetivo de superá-las e perceber a amplitude das suas possi-bilidades. É uma oportunidade de crescimento, amadurecimento e preparo para sua vida. Nesse processo, é preciso agir com ética e honestidade a fim de construir uma base profissional e acadêmica sólida e respeitada. O educan-do é um agente ativo no processo avaliativo, do qual se espera a consciência

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de suas responsabilidades e tarefas, assumindo cumplicidade pelos resultados obtidos.

Devido à natureza caída do ser humano, é evidente que nunca have-rá avaliações nem educadores ou educandos perfeitos. Cada ser é singular e aprende de forma diferente. Portanto, o sistema educacional deve oferecer di-versas propostas de avaliação de tal modo a verificar o cumprimento da mis-são de desenvolver indivíduos capazes de raciocinar de acordo com os princí-pios bíblicos e aprender para a vida.

identifica “o quê” e “como” está ensinando e quais intervenções e/ou mudanças necessárias.

Todo professor deve cuidar para que seu trabalho seja orientado a re-sultados definidos. Antes de tentar ensinar uma matéria, deve ter em sua mente um plano, e saber precisamente o que deseja conseguir. Não deve ficar satisfeito com a apresentação de qualquer assunto antes que o estudante compreenda os princípios nele envolvidos, perceba a sua verdade, e esteja apto a referir claramente o que aprendeu. (WHITE, 2008c, p. 143).

Dentre seus compromissos com o ato de avaliar a aprendizagem dos educandos, cabe ao educador, em conjunto com a instituição escolar, definir e comunicar com clareza os critérios de avaliação, atentando para as seguintes variáveis: validade, confiabilidade, praticidade, viabilidade, interpretação dos resultados e utilidade.

Para o educando a avaliação é um meio de conhecer seu progresso em relação aos objetivos propostos para a aprendizagem, identificar suas dificul-dades com o objetivo de superá-las e perceber a amplitude das suas possi-bilidades. É uma oportunidade de crescimento, amadurecimento e preparo para sua vida. Nesse processo, é preciso agir com ética e honestidade a fim de construir uma base profissional e acadêmica sólida e respeitada. O educan-do é um agente ativo no processo avaliativo, do qual se espera a consciência de suas responsabilidades e tarefas, assumindo cumplicidade pelos resultados obtidos.

Devido à natureza caída do ser humano, é evidente que nunca have-rá avaliações nem educadores ou educandos perfeitos. Cada ser é singular e aprende de forma diferente. Portanto, o sistema educacional deve oferecer di-versas propostas de avaliação de tal modo a verificar o cumprimento da mis-são de desenvolver indivíduos capazes de raciocinar de acordo com os princí-pios bíblicos e aprender para a vida.

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EnSInO FunDAMEnTAl - Anos Finais O Ensino Fundamental compõe, juntamente com a Educação Infantil e

o Ensino Médio, o que a lei Federal nº 9.394, de 1996 – nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -, nomeia como Educação Básica. Esta tem por finalidade “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.

De acordo com a lDB, o Ensino Fundamental no Brasil tem por objeti-vos a formação básica do cidadão mediante:

I Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injus-tiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito.

II Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas dife-rentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas.

III Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões so-ciais, materiais e culturais como meio para construir progressivamen-te a nação de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinên-cia ao país.

Iv Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural bra-sileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferen-ças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais.

v Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambien-te, identificando seus elementos e as intenções entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente.

vI Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseveran-ça na busca de conhecimento e no exercício da cidadania.

vII Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando há-

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bitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva.

vIII Utilizar diferentes linguagens verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contex-tos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação.

IX Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos.

X Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resol-vê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a in-tuição, a capacidade d análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

lInGuAGEnS, CÓDIGOS E SuAS TECnOlOGIAS

LÍNGUA PORTUGUESA

Em todos os ramos da educação há objetivos a serem adquiridos, mais importantes do que os que se conseguem por mero conhecimento téc-nico. Na língua, por exemplo, mais importante do que a aquisição de línguas estrangeiras, vivas ou mortas, é a habilidade de escrever e falar a língua materna com facilidade e precisão; mas nenhuma habilitação adquirida por meio do conhecimento das regras gramaticais pode com-parar-se em importância com o estudo da língua de um ponto de vista mais elevado. Em grande parte se acha ligado a esse estudo o sucesso ou insucesso na vida.

O principal requisito da linguagem é que seja pura, benévola e verdadei-ra - a expressão exterior de uma graça interna. Diz Deus: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, se há algum louvor, nisso pensai.” Filip. 4:8. E se tais forem os pensamen-tos, tal será a expressão. (WHITE, 2008c. p. 235).

Educar para a sociedade impõe um trabalho que não pode ficar restrito à transmissão de conhecimentos, por mais relevantes e atualizados que se-jam. É papel fundamental da escola, fornecer ao educando os instrumentos

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necessários para que ele consiga compreender, selecionar e organizar as in-formações que circulam no mundo contemporâneo, para que possa construir autonomia na aquisição de saberes e na sua formação.

Em língua Portuguesa é necessário desenvolver um trabalho que con-sidere as formas como a fala, a leitura e a escrita existem na sociedade, para que os educandos possam aprender a utilizar a linguagem, em diferentes si-tuações e com diferentes finalidades. Portanto é preciso ensinar a ouvir, falar, ler e escrever dentro de um contexto em que tenha sentido e que faça parte da vida do educando.

O ensino da língua Portuguesa deve proporcionar o desenvolvimento de competência leitora, isso é, a formação de leitores críticos capazes de per-ceber relações entre os textos lidos, capazes de relacionar textos, contextos e experiências vividas, capazes de identificar ideias e valores, posicionar-se sobre eles, agir e tomar decisões em um mundo em permanente mudança. Por isso, objetiva desenvolver uma proposta que auxilia na formação de ci-dadãos participantes na sociedade em que estão inseridos e que seja capaz de transformar conteúdo em conhecimento, ferramenta para uma opção ética e consciente do mundo.

O TRABAlHO POR COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Referenciais importantes como competências avaliadas pelo Enem, Pisa e Saeb foram consideradas na construção desta proposta.

Os itens abaixo são utilizados como parâmetro de habilidades a serem desenvolvidas estabelecidas pelo Saeb – Sistema Nacional da Educação Básica

nÍvEl BáSICO

Ações que possibilitam a apreensão das características e propriedades dos objetos e propiciam a formação de conceitos: ler, observar, identificar, reconhecer, localizar, nomear, descrever, caracterizar, discriminar, distinguir, memorizar e representar.

nÍvEl OPERACIOnAl

Em geral, atingem o nível da compreensão e da explicação; mais que o saber fazer, supõe alguma tomada de consciência dos instrumentos e proce-

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dimentos utilizados, possibilitando sua aplicação a outros contextos: ordenar, classificar, seriar, sequenciar, compor, decompor, selecionar, comparar, fazer antecipações, imaginar, sintetizar, justificar, associar, compartilhar e cooperar.

nÍvEl GlOBAl

Ações e operações complexas, que envolvem a aplicação dos conheci-mentos a situações diferentes e a resolução de problemas inéditos: relacionar causa e efeito ,levantar suposições (hipóteses), fazer prognósticos, fazer ge-neralizações (indutivas),fazer generalizações (construtivas),aplicar, transferir, deduzir, inferir, apresentar conclusões, analisar, criticar, avaliar, julgar, decidir e criar.

A COMPETÊnCIA lEITORA

É o objeto principal do trabalho com a linguagem, tanto na leitura quan-to na produção de textos de gêneros diversos ou na reflexão sobre a língua.

Os conteúdos relacionados à leitura e à produção oral e escrita devem ser tratados com diferentes graus de aprofundamento ao longo do processo de escolaridade.

Na leitura fazer uso de textos significativos da literatura brasileira, clás-sica e textos atuais dos diversos gêneros e autores, privilegiando a leitura silen-ciosa, a expressiva, a comparativa e a leitura crítica.

Na produção de texto é preciso promover, através dos gêneros estuda-dos, condições de produção, às vezes reais, outras, hipotéticas que se inscre-vem em diferentes esferas da vida social, o que define claramente as finalida-des de comunicação e os leitores possíveis ou prováveis.

As condições de avaliação e reescrita de texto devem promover a auto-nomia, a consciência sobre o que o educando sabe, o que precisa aprender e o que precisa fazer melhor.

Na análise linguística importa explorar os conteúdos gramaticais de modo contextualizado, por meio de gêneros diversos estabelecendo relações de sentido a partir dos objetivos pretendidos pelo falante, num determinado contexto social. Por essa razão é necessária uma sistematização de aspectos semânticos, sintáticos e morfológicos bem como uma reflexão metalinguís-tica, pois ambas contribuirão para a constatação do modo como os recursos linguísticos podem ser escolhidos e combinados na construção dos textos.

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45ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Na oralidade é preciso trabalhar as variedades linguísticas, marcas da oralidade no texto escrito e os diferentes gêneros orais. É necessário estimular o educando a observar analiticamente o aspecto em foco da língua falada e a produzir ou registrar textos orais levando em conta esta análise.

RESOluçãO DE PROBlEMAS

É fundamental desenvolver a capacidade de compreender problemas situados em contextos inéditos, de identificar informações pertinentes, de ela-borar estratégias de solução de problemas e de comunicar a solução deles.

Para tanto, os educandos precisam saber como aprender, como com-preender os fatos e fenômenos, como estabelecer relações interpessoais, como analisar, refletir, tomar decisões e agir na sociedade.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

• Produzir, compreender e relatar diferentes tipos de textos com coe-rência de acordo com a sua tipologia, apropriada para o contexto de interlocução.

• Perceber os elementos intencionais usados na interação, como: humor, tom catastrofista, inflexão na voz que sugere “garantia de qualidade”, preconceito, etc.

• Identificar elementos não verbais e seu valor na interação: gestos, ex-pressões faciais, mudanças no tom de voz, etc.

• Identificar os elementos que concorrem para a leitura dos textos não verbais, fazer uso dos mesmos para a compreensão desses textos e para falar sobre eles.

• Empregar a linguagem com maior nível de formalidade de acordo com a situação.

• Manter o ponto de vista coerente ao longo de um debate ou apresen-tação.

• Recontar textos lidos e/ou ouvidos, mantendo a coerência.• Narrar fatos com linguagem apropriada ao contexto de interlocução.• Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens

como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão comunicação e informação.

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46 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Relacionar parte e todo para a leitura global de uma história.• Identificar a ideia central de um texto curto.• Identificar o conflito gerador de um enredo e os elementos que cons-

troem uma narrativa.• Estabelecer relações entre imagem e texto.• Reconhecer o contexto como fato relevante para a interpretação da

narrativa, transferindo o aprendizado para novas situações.• Perceber as relações entre elementos nominais para a formação de ca-

deias referenciais em um texto, isto é, interpretar as relações entre no-mes, expressões nominais e pronomes que têm o mesmo referente em um texto.

• Produzir textos curtos, da tipologia descritiva.• Produzir resenhas: textos voltados à apresentação de uma obra a um

leitor previsto.• Construir a partir da leitura e da revisão do próprio texto, conheci-

mento sobre a função dos nomes e pronomes para dar coesão a um texto.

• Relacionar uma informação do texto com outras informações de con-texto ou oferecidas por outro texto.

• Identificar a finalidade em diferentes gêneros textuais que tratam da mesma temática.

• Estabelecer relações entre o léxico do cotidiano e o léxico de textos oriundos de áreas científicas e tecnológicas.

• Identificar e apropriar-se, na produção oral própria, das características da exposição oral pública.

• valer-se, na própria produção oral, do léxico apropriado.• Diferenciar o real do fictício, reconhecendo a possibilidade do texto

literário recriar o real num plano imaginário.• Identificar, na linguagem literária, a conotação e plurissignificação.

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47ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

6º ano

lEITuRA E PRODuçãO TEXTuAl

Recriação de fala Paráfrase Resumo Fanzine

Júri simulado Prosa narrativa Diálogos Discurso direto e in-direto na narrativa

Anúncio publicitário Foco narrativo Argumentação Descrição

Narrativa Script para dramati-zação

Descrição Argumentos

Cartum Autobiografia Cartão postal Reprodução oral

Página de agenda Trajeto e síntese

Cartaz

Crônica em forma de regimento

ORAlIDADE

Adequação ao gênero:• conteúdo temático• elementos composicionais• marcas linguísticas

variedades linguísticasIntencionalidade do textoPapel do locutor e do interlocutor:

• participação e cooperaçãoParticularidades de pronúncia de algumas palavrasElementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

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48 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

AnálISE lInGuÍSTICA E TEXTuAl

Perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

Coesão e coerência do texto lido ou pro-duzido pelo aluno

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Pronomes pos-sessivos, relativos, demonstrativos, tratamento, pessoais e indefinidos.

Recursos gráficos: aspas, travessão, ne-grito, hífen, itálico, acentuação gráfica

Processo de forma-ção de palavras

Tipos de frases

verbos regulares e concordância verbal

Frase nominal e verbal

Formas nominais

Particularidades da grafia de algumas palavras (r-s-rr-ss)

Advérbios e locuções adverbiais

Acentuação gráficaTonicidade das palavras

Particularidades da grafia de algumas palavrasUso dos porquês

PreposiçãoConjunção e locução conjuntiva

Interjeição e locução interjetiva

Conjugação verbal e concordância verbal

Particularidades da grafia de algumas palavras (i-g-ch-x- diferentes sons do X)

7º ano

lEITuRA E PRODuçãO TEXTuAl

PoemaBiografiaDiárioCrônicaFábula modernaDescrição de fato

ResenhaManualDebateEntrevistaRepenteAdaptação de obrasOrientaçãoTranscrição de falas

Releitura de poema em prosaMarketing pessoalDepoimentoRelatoFicha técnicaPainelCauso

Reivindicação oralConvite oralEsquemaJustificativaRoteiro de encena-çãoSíntese e e-mail para mídiaCartaz/folhetoHomenagem

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49ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

ORAlIDADE

Adequação ao gênero:• conteúdo temático• elementos composicionais•marcas linguísticasProcedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação, repetições, pausas...)variedades linguísticasIntencionalidade do texto•Papel do locutor e do interlocutor:

participação e cooperaçãoParticularidades de pronúncia de algumas palavras

AnálISE lInGuÍSTICA E TEXTuAl

Perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

Grau do substantivo (revisão)Grau do adjetivo (revisão)Sujeito e predicadoTipos de sujeitoFrase, oração e período.PronomesAdvérbios e

locuções adverbiaisMorfemaNeologismoverbo transitivo e intransitivoObjeto direto e indiretoverbo de ligaçãoPredicativo do sujeitoNumerais

Acentuação gráficaSinais de pontuaçãoFunção da vírgulaParticularidades das palavras escritas com z-s/ estrangei-rismosverbo transitivo e intransitivoObjeto direto e indiretoverbo de ligaçãoPredicativo do sujeitoNumerais

Acentuação gráficaSinais de pontuaçãoFunção da vírgulaParticularidades das palavras escritas com z-s/ estrangei-rismosApostovocativoCraseRevisão sintáticaPalavras homógra-fas

Além das Competências e Habilidades citadas nos anos anteriores, para 8º e 9º ano, acrescenta-se:

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50 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos da linguagem, relacionando o texto com seus contextos, mediante a natureza, função, organização das manifestações de acordo com as condições de produ-ção e recepção.

• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.

• Respeitar e preservar as diferentes manifestações da linguagem utiliza-das por diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização; usu-fruir do patrimônio nacional e internacional com diferentes visões de mundo; e construir categorias de diferenciação, apreciação e criação.

• Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e co-municação em situações intersubjetivas, que exijam graus de distan-ciamento e reflexão sobre os contextos e estatutos de interlocutores e saber colocar-se como protagonista no processo de produção/recepção.

• Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, ge-radora de significação e integradora da organização de mundo e da própria identidade.

• Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informa-ção, associá-las aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte e aos problemas que se propõe a solucionar.

• Entender o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida, os processos de produção, no desenvolvimento do conhe-cimento e na vida social.

• Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para a sua vida.

• ler textos poéticos e relacionar seus sentidos a elementos da vida coti-diana e do entorno sociocultural.

• Realizar inferências a partir de pistas linguísticas presentes em um texto.

• Delimitar um problema levantado durante a leitura e levantar as fontes de informação (dicionário, enciclopédia, site de internet, pessoas mais experientes ou especializadas) pertinentes para resolvê-lo.

• Realizar seleções para obter informações relevantes na leitura de textos informativos.

• Desenvolver atitudes de investigação, privilegiando a contextualização do assunto de modo a acrescentar outras informações às do senso co-mum.

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51ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Produzir textos de relato, no gênero autobiográfico.• Dar coerência e unidade ao relato de experiência a partir de um ponto

de vista e de um eixo temático reconhecível.• Realizar análises de textos de diferentes gêneros, relacionados temati-

camente, estabelecendo conexões relevantes.• Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma deter-

minada palavra ou expressão e da exploração de recursos linguísticos específicos;

• Realizar escolhas lexicais na própria produção como consequência desse reconhecimento.

• Reconhecer os efeitos do emprego da pontuação e da segmentação de um texto em frases e períodos para a constituição do sentido.

• Empregar ao escrever, o ponto final para separar frases independen-tes, de acordo com as convenções da norma padrão e com os sentidos pretendidos.

• Empregar, ao escrever, as vírgulas e as conjunções coordenativas mais frequentes para estruturar períodos complexos, de acordo com as con-venções da norma padrão e com sentidos pretendidos.

• lançar mão das figuras de linguagem de modo eficaz na própria pro-dução.

• Utilizar, na própria produção, recursos para dar concretude á argu-mentação.

• Construir segmentos nominais com eficácia, lançando mão de estru-turas variadas e da norma padrão.

8º ano

lEITuRA E PRODuçãO TEXTuAl

Anúncio publicitárioMapa turísticoDepoimentoMensagem enigmá-ticaConvite/cartãoTirinhaIntrodução de livro

ReceitaExposição oralAtualização de anúncioletra de músicaIlustraçãoExposição de objetos

Artigo de opiniãoBiografiaContoNotícia ParáfraseCampanhaCarta aberta

EntrevistaEnqueteCarta ao leitorEpisódio de novelaMini ReportagemReportagem e notícia

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52 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

ORAlIDADE

Adequação ao gênero.Conteúdo temático.Elementos composicionais.Marcas linguísticas.Coerência global do discurso oral.variedades linguísticas.Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação.Turnos de fala.Particularidades dos textos orais.Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...Finalidade do texto oral.

AnálISE lInGuÍSTICA E TEXTuAl

Perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

Revisão morfossin-táticavozes verbais Sujeito agente e pacienteModo imperativoPontuação e

Adequação voca-bularOrtografia (emprego dos verbos ter, haver e existir).Tempos verbais compostos

Complemento verbalverbos irregularesColocação prono-minalverbos regulares e irregularesAcentuação gráficaUso dos sinais de pontuação

Níveis da fala verbos anômalos, abundantes e defec-tivos. Figuras de lingua-gem: metáfora, com-paração, catacrese e prosopopeia.

9º ano

lEITuRA E PRODuçãO TEXTuAl

Carta opinativaArtigo de opiniãoDrama Conto

ReportagemComo introduzir um textoTipos de argumentosFaláciasTexto informativo

CrônicaPoesiaNotíciaDivulgação

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53ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

ORAlIDADE

Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas linguísticasvariedades linguísticasIntencionalidade do texto oralArgumentaçãoPapel do locutor e do interlocutor:- turnos de falaElementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos....

AnálISE lInGuÍSTICA E TEXTuAl

Perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

Análise sintáticaPeríodo simples e compostoSentido próprio e sentido figuradoOrações coordena-dasOrações subordina-das substantivas

Palavras parônimas e homônimasOrações subordina-das adverbiaisEmprego da vírgulaOrações subordina-das adjetivas

Concordância verbalConcordância no-minalPalavras simples e abstrataslinguagem formal e informalModismos/pleonas-mosUsos dos porquês

Regência verbalRegência nominalFunções do “que”GerúndioCraseProcesso de forma-ção de palavras.

orientaçÕeS didÁtiCaS

Para nortear o trabalho do professor sugere-se:

• Conversar com os educandos sobre os conhecimentos que eles têm so-bre os gêneros textuais estudados.

• Relembrar filmes, livros e outros textos pertencentes ao gênero que está em estudo.

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54 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Trabalhar a leitura da imagem que está relacionada ao texto que não é mera ilustração.

• Interpretar o espaço e as sensações que a cena prova e as relações que ela estabelece com o conteúdo principal do texto.

• Sempre que iniciar um novo gênero textual, utilizar os já estudados relembrando as características que estabelecem o gênero para compa-ração com a estrutura do novo tipo a ser estudado, apontando as dife-renças e semelhanças.

• Auxiliar o educando a perceber quais são as marcas linguísticas que possibilitam construir inferências.

• Atentar ao assumir o papel de mediador entre o texto e o leitor.• lembrar que o trabalho com o texto deve propiciar a compreensão do

educando, que constrói sentidos com ele, e não uma simples decodifi-cação do material escrito.

• Antes de iniciar uma leitura, fazer o despertamento buscando elemen-tos do cotidiano para dar contexto ao texto.

• Incentivar a observação do léxico do texto, que constituído de uma rede de significados, contribui para a construção de sentidos.

• Atentar para o conteúdo histórico e cultural quando trabalhar com obras clássicas e contemporâneas.

• Estabelecer relações dos textos com outras áreas do conhecimento.• verificar como os textos de diferentes gêneros dialogam com as mani-

festações artísticas.• Promover releituras e recriação de textos.• Permitir que as produções textuais sejam compartilhadas entre os

educandos e dê espaço para discussões que envolvem a temática pro-posta, organização gráfica do texto, compreensão da transitoriedade dos textos, estrutura e expressão do texto, análise linguística e conte-údo do texto.

• Construir um guia de auto avaliação para escrita e reescrita textual usando ícones ou objetivos a serem alcançados.

• Promover a verificação das regularidades e irregularidades da língua e se existe algum tipo de organização na forma como a língua está sendo usada na análise textual e que o educando se valha desta prática nas suas produções.

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55ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Instigar o uso do dicionário para leitura, produção e reescrita de texto.• Propor leitura de paradidáticos, pelo menos dois por bimestre.• Orientar, na leitura em voz alta, a fazê-la com expressividade e entona-

ção apropriada para o contexto.• Na leitura em classe, orientar os educandos a fazer a leitura de fruição

e depois a analítica.• Na produção de texto, orientar que os educandos levem em conta as

três etapas da escrita: planejamento, elaboração e revisão.• É importante que o professor tenha no material de consulta, não so-

mente gramática pedagógica, mas também outras que possam ser um auxílio teórico às aulas.

Atentar para o fato de, após a entrada do novo acordo ortográfico em 2009, algumas palavras sofreram alterações.

avaliação

Conforme Bozza (1999), propor a leitura e a produção de textos orais e escritos, e através dos conteúdos trabalhados, verificar, gradativamente o nível de apropriação de cada um dos temas abordados. A partir de critérios específicos, estabelecidos em sala de aula, relacionar o conteúdo e forma a fim de proporcionar um diagnóstico de apropriação da língua, não apenas men-surada ou detectada, mas situações que impulsionem, dinamizem e favoreçam o crescimento, enfatizando sempre o ato de aprender. Três ações implicam, no caso, a articulação do diagnóstico:

1. verificar o nível de aquisição de determinado conhecimento através da produção oral e escrita.

2. Detectar as causas de determinadas deficiências ou inseguranças, o que não ocasionou a apropriação: falta de base referencial de conteúdo, a forma como foi abordado e a maneira como foi avaliado.

3. Planejar ações pedagógicas que deem conta da apropriação do concei-to em questão para seu respectivo aprofundamento (reelaboração da abordagem do conteúdo e da forma de avaliar, através de diferentes atividades que envolvam mais reflexões)

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56 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

No processo ensino-aprendizagem, a palavra avaliação, inserida na fi-losofia da Educação Adventista, tem uma conotação especial, pois se refere à formação de pessoas e entende-se que todos os seres são dotados de inteligên-cia para o desenvolvimento pleno.

Ao traçar um plano de avaliação, é necessário ter a consciência das dife-rentes formas de apreensão do conhecimento, por isso importa levar em conta itens como:

• variedade de atividades e instrumentos que favoreçam uma avaliação mais adequada.

• Respeito ao limite de cada indivíduo.• Conteúdo coeso e coerente com os objetivos propostos pela disciplina,

visando a construção do conhecimento.• Avaliação que estimule a criatividade, reflexão e raciocínio.• Temas pertinentes à faixa etária que promova aprendizagem.• Utilização da avaliação como meio do processo de aprendizagem e não

como um fim em si próprio.• Promover auto avaliação.• Promover o desenvolvimento da competência leitora e a capacidade de

resolução de problemas.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) – INGLÊS

No ensino de língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa dis-ciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os educadores compreendam o que se pretende com o ensino da língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender um idioma é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.

As aulas de língua Estrangeira se configuram como espaços de intera-ções entre educadores e educandos e pelas representações e visões de mundo

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57ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

que se revelam no dia-a-dia. Objetiva-se que os educandos analisem as ques-tões sociais, políticas e econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.

Embora a aprendizagem de língua Estrangeira Moderna também sirva como meio para progressão no trabalho e estudos posteriores, este compo-nente curricular, obrigatório a partir dos anos finais do Ensino Fundamental, deve também contribuir para formar educandos críticos e transformadores. Devem também através do estudo de textos que permitir as práticas da leitura, da escrita e da oralidade, além de incentivar a pesquisa e a reflexão.

Nestas Diretrizes, o ensino de língua Estrangeira Moderna, na Educa-ção Básica, propõe superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino desta disciplina.

Desta forma, espera-se que o educando:

• Use a língua em situações de comunicação oral e escrita; • vivencie na aula de língua Estrangeira, formas de participação que

lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; • Compreenda que os significados são sociais e historicamente construí-

dos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; • Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; • Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem

como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país. •

Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contem-plar as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apon-tar um norte comum na seleção de conteúdos específicos.

Entende-se que o ensino de língua Estrangeira deve considerar as rela-ções que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na socie-dade e o reconhecimento da diversidade cultural.

As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado; re-lacionam-se, atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e buscam entender-se mutuamente. Possibilitar aos educandos que usem uma língua estrangeira em situações de comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não-verbais – é também inseri-los na sociedade como par-

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58 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

ticipantes ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.

Um dos objetivos da disciplina de língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprenden-do em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercí-cio de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e com-plexa através do comprometimento mútuo.

O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma cons-ciência sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana. Ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangei-ra e às suas implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e cognitiva. Ressalta-se, como requisito, a atenção para o modo como as possibilidades linguísticas definem os significados cons-truídos nas interações sociais. Ainda, deve-se considerar que o aluno traz para a escola determinadas leituras de mundo que constituem sua cultura e, como tal, devem ser respeitadas.

Além disso, ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma língua estrangeira, permita aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como atribuir significa-dos para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social.

ComPetÊnCiaS e haBilidadeS geraiS

representação e Comunicação

• Escolher o registro adequado à situação na qual se processa a comuni-cação e o vocábulo que melhor reflita a ideia que pretende comunicar.

• Utilizar os mecanismos de coerências e coesão na produção oral e/ou escrita.

• Utilizar as estratégias verbais e não verbais para compensar as falhas,

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59ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

favorecer a efetiva comunicação e alcançar o efeito pretendido em situ-ações de produção e leitura.

• Conhecer e usar as línguas estrangeiras modernas como instrumento de acesso a informações a outras culturas e grupos sociais.

investigação e Compreensão

• Compreender de que forma determinada expressão pode ser interpre-tada em razão de aspectos sociais e/ou culturais.

• Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/contextos mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e propagação de ideias e escolhas, tecnologias disponíveis).

Contextualização sociocultural

• Saber distinguir as variantes linguísticas.• Compreender em que medida os enunciados refletem a forma de ser,

pensar, agir e sentir de quem os produz.

6º ano

A partir dessa etapa passamos a listar os conteúdos referentes ao conhe-cimento sistêmico sem, contudo, esquecer de que devem estar a serviço da escolha temática e dos tipos de texto a fim de que não seja prejudicada a ênfase maior: compreensão geral e o envolvimento na negociação do significado. Em outras palavras, os itens a seguir somente terão validade se atrelados ao fim a que se destinam: uso da linguagem em situações reais de comunicação efetiva e cotidiana.

É fundamental lembrar de que apesar de nossa ênfase ser leitura, com-preensão e produção escrita não podemos deixar de oportunizar atividades que valorizem os demais eixos, qual sejam: Ouvir e Falar (listening and Spe-aking)

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60 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

• Apresentar-se, apresentar o outro, e perguntar sobre a vida dele, a fim de conhecer-se e também conhecer o outro, estreitando o relaciona-mento humano.

• Descrever pessoas e objetos.• Falar sobre posições de objetos.• Perguntar e responder sobre horas.• Expressar opiniões e preferências, garantindo o respeito ao próximo.• Identificar profissões.

COnTEÚDOS

• Simple presentHabilidades específicas verb to be – affirmative / interrogative / negative form

• Personal pronouns• Demonstrative pronouns

Habilidades específicas• Interrogative pronouns• Indefinite articles• Position of adjectives• Plural• Prepositions of location

Habilidades específicas• There is / there are forms• Can / can’t

Habilidades específicas

7º ano

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

• Falar sobre sua rotina, conduzindo-o a uma reflexão sobre suas priori-dades e uso que faz do seu tempo.

• Expressar preferências.

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61ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Dar instruções.• Expressar-se sobre habilidades, valorizando a riqueza das diferenças,

ou seja, o quanto podemos nos enriquecer ao nos agregarmos ao outro que possui habilidades diferentes da nossa.

• Elaborar questões sobre direções, datas e preferências.• Falar sobre posses, enfatizando o compartilhar.• Relatar o que está acontecendo no momento.• Descrever pessoas e lugares.• Falar sobre experiências passadas, destacando a importância da me-

mória de cada aluno, seja com relação à família, cidade e país.

COnTEÚDOS

• Simple present• Interrogative, personal pronouns• Frequency adverbs • Prepositions of location and time• Definite and indefinite article• Can / can’t

Habilidades específicas• Ordinal numbers• Present continuous

Habilidades específicas• Plural of nouns• Imperative• Genitive ‘s

Habilidades específicas• Simple past

Habilidades específicas• Going to + verb

Habilidades específicas

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62 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

8º ano

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

• Falar sobre experiências passadas, destacando a importância da me-mória de cada aluno, seja com relação à família, cidade, país...

• Estabelecer comparações entre pessoas e/ou objetos• Relatar ações passadas concomitantes e ações interrompidas• Fazer planos futuros, destacando a ideia de que devemos planejar,

sonhar, projetar, valorizando o tempo presente como uma dádiva de Deus.

• Expressar noções de quantidade e valor.

COnTEÚDOS

• Simple pastHabilidades Específicas

• Possessive pronouns• Possessive adjectives• Relative pronouns• Comparative • Superlative • Countable/uncountable nouns• Prepositions with transportation• There was / there were form• Past continuous • Going to – future

9º ano

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

• Expressar planos futuros.• Oferecer, aceitar e recusar convites.

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63ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Pedir desculpas, valorizando a importância de cultivar bons relaciona-mentos e dar-se conta do poder eficaz do bom uso da palavra.

• Falar sobre experiências vividas.• Falar sobre algo que começou no passado e que ainda continua no pre-

sente.• Pedir e dar conselhos.• Falar sobre possibilidades.• Estabelecer comparações entre pessoas e/ou objetos

COnTEÚDOS

• Will-future • Would • Will x going to• Modal verbs• Present perfect• Tag question• Comparative / superlative

orientaçÕeS didÁtiCaS O ensino da lEM deve levar em conta o conhecimento de mundo do

educando nesta faixa etária e os gêneros textuais com os quais entra em con-tato para facilitar o seu engajamento discursivo.

Os conteúdos referentes ao conhecimento sistêmico, aqueles que se re-ferem ao vocabulário e às estruturas gramaticais, precisam ser incluídos na escolha dos temas adequados e gêneros propostos.

O educador promoverá atividades e situações que envolvam os eixos da língua: ouvir, falar, escrever e ler em lEM para gradativamente desenvolver um acervo vocabular importante, fazer uso da lEM como recurso comuni-cacional.

Para desenvolver Habilidades e Competências em lEM, recomenda-se:

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64 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

na leitura:

• Promover o acesso a textos de diferentes gêneros.• Instigar a discussão e levantar hipóteses sobre as ideias do texto.• Permitir que o educando defenda seu entendimento debatendo ques-

tões relacionadas ao texto.• Analisar e comparar o emprego de uma mesma palavra em contextos

diferentes.• Interpretar informações como gráficos, tabelas, desenhos, fotos, rela-

cionadas ao assunto do texto.• Promover produção textual fazendo uso dos elementos componentes

da língua.

na oralidade:

• Recriar e contar histórias lidas e ouvidas, filmes, letras de músicas e outros gêneros.

• Comentar fatos do cotidiano.• Transmitir recados para as pessoas que fazem parte do seu entorno.• Fazer uso da lEM para comunicação em diversos contextos sociais.

na escrita:

• Produzir textos dos gêneros proposto para o ano.• Preparar roteiros, cartazes, esquemas ou outras formas para apoiar a

fala em uma situação de exposição.• Dar continuidade de um texto iniciado pelo educador ou pela classe.• Participar do texto coletivo, avaliando os vocábulos e expressões mais

adequadas para a situação de comunicação.

avaliação

Conforme Bozza (1999), propor a leitura e a produção de textos orais e escritos, e através dos conteúdos trabalhados, verificar, gradativamente o nível de apropriação de cada um dos temas abordado. A partir de critérios

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65ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

específicos, estabelecidos em sala de aula, relacionar o conteúdo e forma a fim de proporcionar um diagnóstico de apropriação da língua, não apenas men-surada ou detectada, mas situações que impulsionem, dinamizem e favoreçam o crescimento, enfatizando sempre o ato de aprender. Três ações implicam na articulação do diagnóstico:

1. verificar o nível de aquisição de determinado conhecimento através da produção oral e escrita.

2. Detectar as causas de determinadas deficiências ou inseguranças, o que não ocasionou a apropriação: falta de base referencial de conteúdo, a forma como foi abordado e a maneira como foi avaliado.

3. Planejar ações pedagógicas que deem conta da apropriação do concei-to em questão para seu respectivo aprofundamento (reelaboração da abordagem do conteúdo e da forma de avaliar, através de diferentes atividades que envolvam mais reflexões)

No processo ensino-aprendizagem, a palavra avaliação, inserida na fi-losofia da educação Adventista, tem uma conotação especial, pois se refere à formação de pessoas e entende-se que todos os seres são dotados de inteligên-cia para o desenvolvimento pleno.

Ao traçar um plano de avaliação, é necessário ter a consciência das dife-rentes formas de apreensão do conhecimento e, por isso, levar em conta itens como:

• variedade de atividades e instrumentos que favoreçam uma avaliação mais adequada.

• Respeito ao limite de cada indivíduo.• Conteúdo coeso e coerente com os objetivos propostos pela disciplina,

visando a construção do conhecimento.• Avaliação que estimule a criatividade, reflexão e raciocínio.• Temas pertinentes à faixa etária que promova aprendizagem.• Utilização da avaliação como meio do processo de aprendizagem e não

como um fim em si próprio.• Promover auto avaliação.

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66 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

EDUCAÇÃO FÍSICA

O que quer que promova a saúde física, promoverá o desenvolvimento de um espírito robusto e um caráter bem equilibrado. Sem saúde ninguém pode compreender distintamente suas obrigações, ou completamente cumpri-las para consigo mesmo, seus semelhantes e seu Criador. Portan-to, a saúde deve ser tão fielmente conservada como o caráter (WHITE, 1997, p. 195)

O trabalho na área da Educação Física tem seus fundamentos nas con-cepções de corpo e movimento. Ou, dito de outro modo, a natureza do tra-balho desenvolvido nessa área tem íntima relação com a compreensão que se tem desses dois conceitos.

Mas a abrangência da Educação Física vai muito além desta visão que se tem hoje. Busca-se uma Educação Física que faça parte da vida das pessoas, para que elas aprendam a sua importância e façam da realização de atividades físicas uma parte importante de sua vida, de forma permanente e contínua, como uma companhia agradável e que sempre deve ser buscada quando em momentos de lazer, e como uma companhia inseparável para todos os mo-mentos.

Para que isto aconteça, esta Educação Física deve ser ensinada e incor-porada à vida das pessoas desde os primeiros anos de vida. Quando o educan-do tem a oportunidade de poder realizar atividades físicas que lhe tragam pra-zer, estas atividades vão começar a fazer parte da sua vida. Quando pequenas ainda, realizam brincadeiras, jogos infantis, brincadeiras de rua, como se isso fosse o natural para as crianças. E realmente o é. A criança necessita de ativi-dade para poder se desenvolver, criar, conhecer o seu corpo e participar de al-guma forma, com este corpo, da sociedade na qual ela está inserida. Podendo a criança participar de variadas e alegres atividades, ela terá a oportunidade de aproveitar ao máximo todas as capacidades que seu corpo oferece, podendo conhecer e desenvolver tudo aquilo que o corpo pode oferecer e realizar.

A presença desta disciplina na escola justifica-se pelo seu valor em re-lação à saúde física, mental e espiritual. Ela é parte fundamental da Educação Integral, pois o vigor físico e a boa saúde são fatores essenciais para a qualida-de de vida e para o êxito na aprendizagem.

As habilidades adquiridas nas aulas de Educação Física, portanto, aju-dam o indivíduo a enfrentar a vida e estão relacionadas com a maioria de suas experiências. O esporte e as atividades recreativas desenvolvem autoestima e confiança, além da alegria de participar. Através dos componentes recreati-vos, os educandos interagem com o professor, com o meio e com os colegas, num momento de relaxamento das tensões do dia a dia e de congraçamento;

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67ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

tornando-se cooperativos, solidários e conscientes da importância de preser-varem a qualidade de vida.

O trabalho desenvolvido na Educação Física colabora no desenvolvi-mento de atitudes positivas, valores morais, domínio próprio e confiança em Deus, tendo em vista que os educadores, ao ganharem a simpatia dos educan-dos, podem causar impressões saudáveis ao seu caráter. Além disso, as ativida-des físicas estão relacionadas com o equilíbrio, a coordenação, a força, veloci-dade, resistência, agilidade e flexibilidade: requisitos importantes para a vida.

“Desde que o espírito e a alma encontram expressão mediante o corpo, tanto o vigor mental como o espiritual dependem em grande parte da força e atividades físicas. O que quer que promova a saúde física, pro-moverá o desenvolvimento de um espírito robusto e um caráter bem equilibrado. Sem saúde ninguém pode compreender distintamente suas obrigações, ou completamente cumpri-las para consigo mesmo, seus se-melhantes ou seu criador. Portanto, a saúde deve ser tão fielmente con-servada como o caráter. Um conhecimento de fisiologia e higiene deve ser a base de todo esforço educativo.” (WHITE, 1997, p. 195)

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

• Conhecer, apreciar e desfrutar da pluralidade das práticas corporais sistematizadas, compreendendo suas características e a diversidade de significados vinculados à origem e à inserção em diferentes épocas e contextos socioculturais.

• Analisar as experiências propiciadas pelo envolvimento com práticas corporais sistematizadas, privilegiando aspectos relativos ao uso, à na-tureza, às funções, à organização e à estrutura destas manifestações, além de se envolver no processo de experimentação, criação e amplia-ção do acervo cultural neste campo.

• Conhecer e usar algumas práticas corporais sistematizadas, de forma autônoma, para potencializar o envolvimento em atividades recreati-vas no contexto do lazer e a ampliação das redes de sociabilidade.

• Utilizar a linguagem corporal para produzir e expressar ideias, atri-buindo significados às diferentes intenções e situações de comunica-ção, e para interpretar e usufruir as produções culturais com base no movimento expressivo.

• Compreender a relação entre a prática de atividades físicas e a comple-xidade de fatores coletivos e individuais que afetam o processo saúde/

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68 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

doença, reconhecendo os vínculos entre as condições de vida social-mente produzidas e as possibilidades/impossibilidades do cuidado de si e dos outros.

Princípios gerais de desenvolvimento

• Participar das práticas corporais de movimento, estabelecendo rela-ções equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e res-peitando o nível de conhecimento, as habilidades físicas e os limites de desempenho de si mesmo e dos outros;

• Evitar qualquer tipo de discriminação quanto à condição socioeconô-mica, à deficiência física, aos gêneros, à idade, nacionalidade/regiona-lidade, raça/cor/etnia, ao tipo de corpo, etc.

• Repudiar qualquer espécie de violência, adaptando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade nas práticas corporais de movimen-to.

• Argumentar de maneira civilizada perante colegas, funcionários, edu-cadores, equipe diretiva, pais, especialmente quando se deparar com situações de conflito geradas por divergências de ideias.

• Contribuir de maneira solidária no desenvolvimento de tarefas cole-tivas (práticas e teóricas) previstas para serem realizadas pela turma.

• Reconhecer e valorizar a aplicação dos procedimentos voltados à prá-tica segura em diferentes situações de aprendizagem nas aulas de Edu-cação Física.

• Saber lidar com as críticas construtivas e percebê-las como oportuni-dades de aprimoramento pessoal e do convívio em comunidade.

6º ano

Corpo e movimento

• Diferenciar esporte de outras manifestações da cultura corporal de movimento.

ritmo e expressividade

• Conhecer malabares elementares.

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69ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Entender e observar os cuidados básicos vinculados à alimentação e à hidratação antes, durante e depois da realização de práticas corporais.

• Realizar o aquecimento de forma adequada antes do início das práticas sistematizadas.

• Conhecer modalidades esportivas divulgadas na mídia e pouco prati-cadas no lugar onde se vive.

esportes e atividades solidárias

• Classificar diferentes modalidades de acordo com o tipo de esporte.• Propor alternativas para desenvolver práticas esportivas no tempo li-

vre que favoreça a participação de todos, independentemente do de-sempenho esportivo individual.

• Usar de forma correta elementos básicos do esporte de invasão esco-lhido.

• Estudar as regras básicas e técnicas dos esportes estudados em aula.• Estudar a história dos desportos realizados.

7º ano

Corpo e movimento

• Diferenciar esporte de outras manifestações da cultura corporal de movimento.

ritmo e expressividade

• Entender e observar os cuidados básicos vinculados à alimentação e à hidratação antes, durante e depois da realização de práticas corporais.

• Conhecer modalidades esportivas divulgadas na mídia e pouco prati-cadas no lugar onde se vive.

esportes e atividades solidárias

• Conhecer esportes de marca, técnicos combinatórios, de campo e taco,

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70 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

esportes com rede divisória ou parede de rebote.• Usar de forma proficiente elementos básicos técnico-básicos do esporte

de invasão escolhido.

8º ano

Corpo e movimento

• Diferenciar esporte de outras manifestações da cultura corporal de movimento.

ritmo e expressividade

• Entender e observar os cuidados básicos vinculados à alimentação e à hidratação antes, durante e depois da realização de práticas corporais.

• Conhecer e praticar acrobacias elementares grupais.• Refletir sobre os aspectos socioculturais que propiciam o surgimento

de novas modalidades.• Conhecer modalidades esportivas divulgadas na mídia e pouco prati-

cadas no lugar onde se vive.

esportes e atividades solidárias

• Descrever a lógica de funcionamento tático e estratégico dos diferentes tipos de esportes com interação.

9º ano

Corpo e movimento

• Diferenciar esporte de outras manifestações da cultura corporal de movimento;

• Conhecer e identificar indicadores básicos da composição corporal.

ritmo e expressividade

• Problematizar a prática excessiva de exercícios físicos e o uso de medi-

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71ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

camentos para a ampliação do rendimento ou potencialização do de-senvolvimento corporal.

• Entender e observar os cuidados básicos vinculados à alimentação e à hidratação antes, durante e depois da realização de práticas corporais.

• Conhecer e praticar acrobacias elementares grupais.

esportes e atividades solidárias

• Arbitrar e auxiliar na arbitragem de forma adequada em atividades recreativas dos esportes.

• Descrever a lógica de funcionamento tático e estratégico dos diferentes tipos de esportes coletivos estudados em aula.

orientaçÕeS didÁtiCaS

Essa área cuida da saúde e do corpo, através da prática de exercícios e de atividades corporais. O profissional avalia a capacidade física de seu edu-cando. Orienta, executa e supervisiona programas de atividades físicas para pessoas. Prepara atletas, adultos e crianças para as modalidades de esportes. Ainda pode trabalhar com o auxílio a pessoas portadoras de deficiência, ensi-nando-as a cuidarem do corpo e da mente com exercícios especiais Essa área cuida da saúde e do corpo, através da prática de exercícios e de atividades cor-porais. O profissional avalia a capacidade física de seu aluno. Orienta, executa e supervisiona programas de atividades físicas para pessoas. Prepara atletas, adultos e crianças para as modalidades de esportes. Ainda pode trabalhar com o auxílio a pessoas portadoras de deficiência, ensinando-as a cuidarem do corpo e da mente com exercícios especiais.

avaliação

A avaliação deve abranger as dimensões cognitiva (competências e co-nhecimentos), motora (capacidades físicas) e atitudinal (valores), verificando a capacidade do educando expressar sua sistematização dos conhecimentos relativos à cultura corporal em diferentes linguagens – corporal, escrita e fala-

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72 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

da. Embora essas três dimensões apareçam integradas no processo de apren-dizagem, nos momentos de formalização a avaliação pode enfatizar uma ou outra delas. Esse é outro motivo para a diversificação dos instrumentos, de acordo com as situações e objetivos do ensino.

O problema não está na escolha dos instrumentos e sim na concepção que sustenta a utilização destes. Podem-se utilizar trabalhos, seminários e vídeos para avaliar habilidades e atitudes, observações sistemáticas, fichas e, inclusive, testes de capacidades físicas. O problema não reside no modo de co-letar as informações e sim no sentido da avaliação, que deve exercer-se como um contínuo diagnóstico das situações de ensino e de aprendizagem, útil para todos os envolvidos no processo pedagógico.

É preciso cuidado, entretanto, para não incorrer em alguns enganos na tentativa de acertar, e porque ouviram falar na diversificação de instrumen-tos, há educadores utilizando provas de conhecimento sobre história, regras e contexto de algumas modalidades. Nesses casos, em vez de um ensino siste-matizado, voltado à integração do aluno na esfera da cultura corporal, assiste-se a uma preparação rápida para a realização da prova, em uma aula teórica que a precede. Mais uma vez, observa-se aí a confusão entre os processos de ensinar e de avaliar. (BRASIl, 1999)

Se, por meio de observações, o professor avalia o aluno em processo, não é preciso conhecer o resultado de uma avaliação formal para efetivar mu-danças em suas aulas. A observação avaliadora pode ser feita em todas as au-las e situações, e a avaliação do professor deve ser comunicada aos alunos, informando-lhes sobre as suas dificuldades bem como sobre os avanços al-cançados. Este é o verdadeiro sentido da avaliação processual.

Em projetos disciplinares ou interdisciplinares, além do processo de observação contínuo das etapas, que possibilita uma correção do percurso, também é possível avaliar o produto final; seja pela realização de um vídeo, um jornal ou uma página de internet, pela organização de um campeonato ou evento, pelo desempenho de táticas ou jogadas.

Características da avaliação

• Reflete a unidade de objetivos, conteúdos e métodos. • Possibilita a revisão do plano de ensino. • Ajuda a desenvolver competências e habilidades. • Deve voltar-se para atividade dos educandos.• Deve ser objetiva.

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73ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Ajuda na auto percepção do professor. • Reflete valores e expectativas do professor em relação aos educandos.

ARTE

Devem procurar, tanto na natureza como na Escritura Sagrada, todos os objetos que representem a Cristo, e também os que Ele empregou para ilustrar a verdade. Dessa maneira, poderão vê-lo na árvore e na videira, no lírio e na rosa, no Sol e na estrela. Poderão aprender a ouvir a Sua voz no canto das aves, no sussurro das árvores, no retumbante trovão, na música do mar. E todos os objetos da natureza repetirão as preciosas lições divinas. (WHITE, 1997, p. 120).

Partindo da premissa de que Deus existe, é o Criador e Mantenedor do universo, e que nós, seus filhos, fomos criados à Sua imagem, devemos ter em mente que ao estudar Arte iremos analisá-la na perspectiva bíblico-cristã.

Presente na história da humanidade, a arte é uma linguagem que pos-sibilita ao ser humano a expressão de seus sentimentos e ações de forma sig-nificativa e original, sendo possível conhecer o desenvolvimento histórico de uma civilização e perceber, em detalhes, os usos, os costumes e as rotinas do cotidiano. É na verdade a marca do homem na história.

A Arte é um campo de conhecimento que promove a educação estética ao ouvir, apreciar, fazer e refletir sobre conteúdos artísticos e culturais. vive-mos num mundo cercado de sons, movimentos, formas e cores. Arte é emo-ção, pois envolve ansiedade, dúvida, ousadia, saudade, alegria e paixão pelo que se faz. Por meio dela, podemos desenvolver e ampliar a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. É um produto da criatividade humana, que, utilizando-se de técnicas e conhecimentos, transmite uma experiência de vida, buscando a liberdade de expressão e a identidade cultural.

O fazer artístico é mais do que um conjunto de informações e técnicas e a interação com a Arte deve oportunizar a sensibilidade e o desenvolvimen-to do olhar, da escuta, tornando o sujeito mais plural, mais atento ao outro. Portanto, neste documento, delineia-se uma proposta que tenha um lugar sig-nificativo no currículo e que desenvolva senso crítico embasado em valores bíblico-cristãos frente às diferentes manifestações artísticas.

A Arte tem uma função preponderante na formação do homem. A ca-pacidade de analisar, simbolizar, avaliar e fazer julgamentos, no sentido de representar e interpretar a realidade torna-se compromisso inadiável num

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74 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

mundo globalizado. “O motivo mais importante para a inclusão das artes no currículo da educação básica é que as artes são parte do patrimônio cultural da humanidade, e uma das principais funções da escola é preservar este patri-mônio e dá-lo a conhecer”. (AlMEIDA, 2001, p. 15).

No Brasil, as influências da Arte dos diversos povos que o compõe, imigrantes, negros e índios, estão presentes no cotidiano de todas as regiões com uma riqueza de variedades e estilos mundialmente conhecidos. Na es-cola, porém, o seu ensino tem sido acompanhado de ideias preconcebidas, restringindo-se a comemorações de datas cívicas, ao artesanato e ao enfeitar do cotidiano escolar.

Os educadores apresentam dificuldades pela fragilidade da formação e pela falta de acesso ao material teórico. Entretanto, como salienta Barbosa, (2002, p. 14) “somente a ação inteligente e empática do professor pode tornar a Arte ingrediente essencial para favorecer o crescimento individual e o com-portamento de cidadão como fruidor de cultura e conhecedor de sua própria nação”.

As constantes transformações e a influência da globalização trouxeram discussões, reflexões e uma consciência do significado de Arte às escolas, ge-rando concepções e metodologias diferentes para o seu processo educativo.

Para a compreensão significativa dos conteúdos, é necessário usar a vi-são, audição e os demais sentidos, promovendo o envolvimento total dos alu-nos. Os aspectos cognitivos, afetivos e perceptivos devem ser trabalhados para a formação integral do indivíduo, para que o educando possa aprender, sentir, fazer e expressar melhor suas ideias e emoções ampliando a sensibilidade es-tética em relação ao meio, a cultura e a compreensão de Deus.

Nesse sentido, esta proposta oferece ao educando a experiência de re-alizar, compreender e analisar manifestações artísticas e posicionar-se na di-versidade histórico-cultural do homem com as formas de expressão através da Música, Artes visuais e Plasticidade de Movimentos, como instrumento para a formação dos valores humanos e de apreensão do saber universal, con-tribuindo assim para a formação da identidade e caráter pluricultural da so-ciedade

É necessário subsidiar o fazer em sala de aula com conceitos e princípios que estão inseridos num contexto histórico da Arte, que permitindo aos edu-candos internalizem valores que promovam cidadania responsável e crítica, todas elas aliados à sensibilidade. Nesta perspectiva, os educandos não serão ensinados a serem artistas, mas que possam se expressar, por meio de signos

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75ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

verbais e não verbais, usando a imaginação e exercitando a criatividade. Os conteúdos devem abranger os eixos de produção, fruição e reflexão nos mais variados momentos.

Ao elaborar os objetivos da educação em Arte, o professor deve levar em conta a experiência artística dos seus educandos, bem como suas necessidades e aspirações. Progressivamente eles devem adquirir competências de sensibi-lidade e de conhecimento em Arte. Consequentemente o educando desen-volverá autoestima, autonomia, diversas maneiras de expressão, capacidade de simbolizar, senso estético, e diversas formas de conhecer e interpretar o mundo.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES GERAIS

Compreender a Arte como linguagem, despertar a ação criadora, desen-volver aspectos da expressão, exploração, percepção estética, das formas e téc-nicas artísticas, visando mudanças de comportamento, transformações, cres-cimento sócio-político-emocional e formação cultural, de atitudes e valores.

Entender e aplicar mídia, técnicas e processos artísticos.Conhecer, entender, comparar e refletir as artes em relação à história e

às culturas.Fazer conexões entre a Arte e as demais disciplinas.Fazer, apreciar e refletir sobre os seus trabalhos e o dos outros, respei-

tando e preservando as diversas manifestações da Arte.Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos, experimentan-

do-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais e coleti-vos.

6º ano

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

• Oferecer visão crítica da Arte Brasileira, através da observação do co-tidiano.

• Reconhecer e interpretar os estilos artísticos brasileiros.• Expressar-se de forma criativa, fazendo uma relação com os artistas

brasileiros.

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76 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Perceber os elementos que compõe a Arte, as manifestações artísticas e culturais e a relação com o meio ambiente, identificando suas trans-formações no indivíduo.

• Aprofundar os conhecimentos prático-teóricos em Arte, elaborando textos verbais, musicais e visuais.

Conteúdos de artes visuais

• Identificação da presença da Arte no cotidiano – (móveis, arquitetura, vestuário, etc.)

• leitura, releitura e produção de imagens e obras de arte no Brasil em diferentes épocas (arquitetura, monumentos, pinturas, arte indígena, arte afro-brasileira, artesanato, etc.)

• Elementos da linguagem visual: ponto, linha, proporção, superfície, textura, formas, cores, luz, sombra, volume, espaço, perspectiva e com-posição.

• Folclore Brasileiro - Diversidade de estilos • Manifestações das artes visuais: pintura, escultura, desenho, gravura,

fotografia, arte cênica, filme, imagens de computador, etc.

Conteúdos de música

• A música africana e indígena (instrumentos e estilos)• Estilos musicais brasileiros• Apreciação musical dos diferentes estilos• Elementos da música • Notação musical• Repertório brasileiro • Improvisação e composição • Compreensão da linguagem musical • Produção musical (Paródia, etc.)• Interpretação musical • Poluição sonora

7º ano

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

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77ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Reconhecer e representar a Arte Brasileira.• Conhecer e identificar canções ou fragmentos de audição pelos seus

elementos.• Interpretar e criar pequenas composições musicais.• Reconhecer os elementos musicais e visuais.

Conteúdos artes visuais:

• Características da Arte brasileira e seus artistas.• Estruturação da linguagem visual: linha, textura, cor, luminosidade e

espaço, superfície e volume.• Comunicação visual.• Interesse por experimentar e saber.• Apreciação das várias manifestações artísticas do povo brasileiro.

Conteúdos de música:

• Grafia dos sons e silêncios.• Sinais de expressão, de caráter e de dinâmica.• Audição atenta e consciente de autores brasileiros.• Noções de combinação de instrumentos.• ler canções com partituras e cantar música brasileira.• Improvisação e composição musical.

8º ano

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

• Conhecer e interagir comas diversas manifestações culturais do globo (artes visuais e música) proporcionando ao aluno uma reflexão crítica.

• Interpretar estilos musicais e obras artísticas como processo de relei-tura.

• Distinguir e comparar os elementos da arte global, em diferentes luga-res e épocas.

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78 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Reconhecer, analisar e observar obras de arte.

Conteúdos de artes visuais

• A história das civilizações através da Arte• leitura, releitura e produção de obras de arte no mundo em diferentes

épocas (arquitetura, monumentos, pinturas, artesanato, etc.)• Elementos que compõe a arte: ponto, linha, proporção, superfície, tex-

tura, formas, cores, luz, sombra, volume, espaço, perspectiva e com-posição.

• Manifestações das artes visuais no mundo: pintura, escultura, dese-nho, gravura, fotografia, cinema, filme, imagens de computador, etc.

• Elementos da linguagem gráfica (logotipo, foto, cartaz, logomarca, anúncios publicitários, outdoors, etc.)

• Representação da figura humana através do tempo.• A imagem de Cristo nas diferentes épocas.

Conteúdos de música

• A música primitiva (instrumentos e estilos)• Apreciação musical dos diferentes estilos e obras musicais• Estilos e obras musicais de diferentes culturas e épocas• Elementos da música • Notação musical• Repertório internacional (canções) • Improvisação e composição • Compreensão da linguagem musical • Produção musical: jingles, trilha sonora, etc. • Interpretação musical• Poluição sonora• Funções do músico: cantor, regente, instrumentista, compositor, etc.

9º ano

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

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79ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Conhecer a linguagem plástica e musical.• Estimular a memória visual.• Descobrir e Identificar as várias manifestações culturais, artísticas e

populares.• Reconhecer e caracterizar diferentes estilos artístico-musicais.• Interpretar e criar composições musicais em diferentes estilos.• Apreciar e identificar variados estilos musicais

Conteúdos de artes visuais

• Representação das várias formas artísticas.• Interesse pela manifestação da cultura nacional e internacional.• Motivação para analisar e observar a arte.• Características da Arte e artistas internacionais.• Noções de estética e história da Arte.

Conteúdos de música

• Audição de obras musicais de diversos estilos e épocas.• A música eletroacústica (instrumentos e características).• -Notação musical.• -Produção Musical.• Influência da Música no comportamento.

orientaçÕeS didÁtiCaS

Ao formar uma consciência estética, com capacidade de observação e admiração, o homem interioriza a beleza da criação e a expressa em suas obras. Ao fazer isto se comunica com seus semelhantes, consigo mesmo e com Deus, a fonte da criação artística. Através dela podemos descobrir nossa iden-tidade, nosso valor e nosso potencial criativo.

Arte é para todos. Ela deve ser parte importante do currículo e receber atenção necessária. Através dela os educandos tem a oportunidade de perce-berem nas imagens e composições os mais variados elementos, de se tornarem

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pesquisadores que exploram, investigam e buscam constantemente novas ex-periências. Ensinando Arte aos nossos educandos estamos preparando jovens pensantes e atuantes na vida moderna.

Rhonda Root, (1989 p. 32) em seu artigo para o Jornal da Educação Adventista, esclarece que o estudo das artes tem os seguintes benefícios: En-coraja expressão pessoal, desenvolve o pensamento criativo, objetiva o auto-descobrimento, desenvolve a percepção visual e auditiva e desenvolve a pessoa integralmente (física, mental, social e religiosa).

Para Platão alguns observam a natureza e não a entendem, outros a ob-servam, entendem e não sabem o que fazer dela, mas somente através da arte há possibilidade de observar, entender e utilizá-la nas criações do dia-a-dia.

As linguagens artísticas são meios que podem e devem ser apropriados por educandos de todas os anos sem distinção. Prover esta integração nada mais é do que oportunizar ao aluno, a encontrar um meio em que possa se expressar livre e criticamente.

Durante muito tempo a didática do ensino de Arte manifestou-se como fazer aleatório, sem planejamento, ou pela reprodução de modelos voltados para um domínio técnico mais centrado na figura do professor, reduzindo-se apenas ao ensino de técnicas, que tem a sua importância, mas não bastam por si só. Algumas atividades de dramatização e música eram ensaiadas com o único objetivo de apresentação em datas e programas especiais.

Como educadores, devemos assumir posturas que não reduzam a Arte a uma simples atividade. A Arte permite ao educando encontrar-se com Deus, como criatura de Suas mãos, pois interioriza a beleza da criação e expressa em suas obras, comunicando com seus semelhantes, consigo mesmo e com Deus.

O caminho proposto para a educação em Arte, é o da convivência com o fazer artístico, por isso é necessário conhecer os elementos da linguagem visual, acompanhar a História da Arte, observar obras e produções artísti-cas, fazer, apreciar e contextualizar a Arte pela Arte. É preciso uma determi-nada intenção de procurá-las, de percebê-las de forma ampla e variada. Este exercício do olhar auxiliará na relação da Arte produzida nas várias épocas e culturas, consolidando um caminho para o trabalho de contextualização das obras de Arte trazendo consciência a historicidade dos materiais e suporte nas produções plásticas dos educandos.

Segundo Rosa lavelberg,

cabe ao professor de arte, ao ensinar conceitos e princípios, criar múl-tiplas oportunidades de interação dos estudantes com os conteúdos,

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variando as formas de apresentá-los, utilizando meios discursivos, nar-rativas, imagens, meios elétricos e eletrônicos, textos; enfim, o professor pode recorrer a todos os meios para informar sobre conceitos e princí-pios que deseja ensinar.(lAvERBERG, 2003, p. 27).

É necessário que o professor conheça diversos procedimentos em arte para poder ensiná-los aos alunos, pois é seu papel garantir oportunidades constantes e apoiar os educandos em seus afazeres, levando-os à autonomia progressiva na execução das tarefas. Os valores e as atitudes são aprendidos pela interação com os outros. Bons modelos favorecem a incorporação de condutas e sentimentos de respeito mútuo, valorização da diversidade e reco-nhecimento das especificidades das culturas.

Camillis (2002) resume os conteúdos das artes plásticas para o Ensino Fundamental e Médio da seguinte forma:

estrutura visual – cor, ponto, linha, forma, massa, volume, espaço, rit-mo, luz, textura, movimento, claro-escuro; composição – contraste, figura-fundo, proximidade, fechamento, tensão, direção, localização...; meios expressivos – pintura, escultura, impressão, fotografia, desenho, colagem, montagem, modelagem, móbiles; materiais – naturais, arte-sanais, industriais; registro – vídeo, gravação, esboços, anotações, diá-rios...; acervo – contexto cultural, história da arte, teoria e crítica da arte. (CAMIllIS, 2002, p. 109).

Cada visualidade é vista e utilizada de modo singular nas mais diversas possibilidades descobertas pelo ser humano. O professor deverá estar atento aos novos materiais, técnicas e artistas que aparecem continuamente e que fazem parte da vida das pessoas, encontrando o momento adequado para es-timular a compreensão e interferir para que ocorra uma aprendizagem signi-ficativa.

O ensino de Arte não se restringe ao uso e domínio de técnicas, ou como um meio para desenvolver habilidades psicomotoras, conhecimentos espaciais, mas é importante compreender que a Arte se liga ao lúdico, uma espécie de jogo estético, algo capaz de provocar o prazer do expectador.

No ensino da música, o professor deverá estar atento para desenvolver o gosto musical do educando e mostrar-lhe a influência que ela exerce sobre o comportamento das pessoas. Devemos ter cuidado na escolha do repertório e no uso de músicas para a recreação e a expressão corporal. Nos anos iniciais não deve haver ênfase na notação musical, mas o estudante será gradativa-

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mente exposto à linguagem musical, sendo capaz de criar uma consciência musical, analisá-la e interpretá-la.

As aulas de educação musical deverão conter elementos rítmicos e melódicos, apreciação, movimento, canto, instrumentos musicais e impro-visação, explorando os elementos sonoros de altura, intensidade, dinâmica, timbre e espacialização. Este ensino musical deve oferecer aos educandos oportunidades de experimentar e vivenciar várias manifestações sonoras. A Banda rítmica, o estudo da flauta podem ser importantes neste processo, mas é necessário cuidado para não ser feito um trabalho meramente repetitivo e para apresentações.

O canto coral deve estar presente na Escola Adventista, proporcionando ao educando uma experiência educacional estruturada. Na medida do pos-sível, deve ser dividido por níveis e será importante que todos participem. O repertório precisa ser variado e apropriado para a faixa etária determinada, estando em conformidade com a Filosofia Adventista.

As visitas aos museus, galerias de arte, apresentações musicais, assim como, as excursões para observação de como são construídos os prédios, como são organizados os jardins, as vitrines, permitem a ampliação da visão artística e dão novas ideias para criações individuais e coletivas e para a per-cepção das produções mundiais que fundamentam a nossa cultura.

Na sala de aula, a atitude do educador é muito importante para criar clima de atenção, concentração, prazer e inter-relacionamento entre a escola e a comunidade. Cabe ao educador a observação das manifestações espontâne-as do educando, para identificar gostos, preferências, conhecimento em Arte, níveis expressivos, possibilidades individuais e coletivas. Tais observações tor-nar-se-ão importante referencial para que o professor incentive, proporcione e estimule situações de aprendizagem.

A área de Arte, pela natureza de seu objeto de conhecimento, é um cam-po privilegiado para se trabalhar temas transversais propostos nos PCN, pois como produto que é de uma cultura, reflete vivências, sentimentos, valores e crenças de uma sociedade.

Na Bibliografia, o professor poderá encontrar a referência de obras que o ajudarão no aprofundamento das orientações didáticas.

avaliação

“Ensina-se à criança e ao jovem que todo erro, toda falta, toda dificul-

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dade vencidos, se tornam um degrau ao acesso a coisas melhores e mais eleva-das. É mediante tais experiências que todos os que tornam a vida digna de ser vivida, alcançaram êxito”. (White, 1997, p. 296).

Cada educando é um cidadão criado a semelhança de Deus dotado com capacidades individuais, sendo por isso responsável por desenvolver as suas potencialidades. Nesse sentido, cabe ao professor ser sensível durante o pro-cesso de análise do fazer produtivo do educando.

A avaliação é um processo amplo que exige apreciação pessoal, gosto estético e análise de esforços empreendidos, por comparação baseada em refe-rências estabelecidas entre objetivo, participação, interesse e realização. Desta forma, não pode ser realizada apenas no final do bimestre ou apenas contem-plar um único trabalho como sendo o de maior destaque.

O educando deve interagir no processo de avaliação do contexto pro-dutivo do grupo e de si mesmo, desenvolvendo assim a reflexão contínua na construção do conhecimento, o que nos revela que tão importante quanto avaliar é tomar decisões diante dos resultados obtidos.

O desenvolvimento do educando depende muito do modo com o edu-cador direciona seu trabalho na sala de aula. Ao observar como os educan-dos chegaram na escola e como eles estão crescendo pedagogicamente em diferentes aspectos, como as metodologias usadas estão sendo aproveitadas e como as técnicas têm sido significativas ou não, o educador poderá perceber se houve progresso. É preciso refletir aqui que o excelente trabalho educativo ou a inadequação de um processo avaliativo pode trazer prejuízo ao desenvol-vimento da criatividade do educando.

As anotações são instrumentos importantíssimos de avaliação, conside-rando a facilidade de buscar informações rápidas para perceber como o edu-cando está em diferentes momentos. Há alguns que demonstram segurança em pouco tempo, outros, precisam do incentivo contínuo do educador para superar seus próprios limites. Dessa forma, as estratégias não servirão apenas para avaliar o produto final, mas, o processo pelo qual o educando passou.

Ao observar, o professor irá perceber se o educando se ateve apenas às orientações dadas ou procurou completar com algo diferente, fazendo combi-nações daquilo que sabia com as novidades que apareceram e se novos mate-riais foram inseridos.

Além disso, o educador deverá estar sempre conversando com os edu-candos, apontando seu crescimento e dando sugestões. Desta forma aumen-tam a segurança do educando e possibilitam a busca do aperfeiçoamento. Como o professor elaborou objetivos a serem alcançados, perceberá cada item

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trabalhado na apresentação do educando. Caso ele não tenha conseguido to-dos os elementos, a explicação do modo como o fez poderá clarear e ambos poderão chegar a um consenso.

A auto avaliação e a avaliação mútua permitem uma visão do todo, pois cada um tem um ponto de vista diferente que vale a pena considerar. Na auto avaliação o professor deve elaborar perguntas ou itens sobre os quais o edu-cando deve refletir, e ter critérios bem desde o início. Durante esse processo, os educandos deverão ser incentivados a valorizarem o seu trabalho artístico e o trabalho do outro não apenas pela beleza, mas, pela criatividade e pelo tempo dispensado. Após a avaliação, todos os trabalhos deverão ser expostos e não somente aqueles considerados “bonitos” ou “melhores”.

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

“No estudo dos números deve o trabalho ser prático. Que se ensine cada jovem e criança não simplesmente a resolver problemas imaginários, mas fazer com precisão as contas de seus próprios ganhos e gastos.” (WHITE, 1997, p. 239).

No desenvolvimento da história do homem, a Matemática inicialmente definida como o estudo dos números, passa a ser o estudo dos números e das formas e incorpora o estudo do movimento, da mudança e do espaço, incluin-do, no século XIX, as ferramentas matemáticas usadas nestes estudos.

A Matemática é muito mais do que a Ciência dos números, das abstra-ções ou do espaço, ela é constituída de um amplo espectro de Matemáticas que se intercomunicam numa lógica de relações fundamental para as aprendiza-gens do ser humano. Atualmente a Matemática está ligada às mais diversas áreas da atividade humana. Compõe-se de ideias, métodos e procedimentos que são utilizados para analisar e resolver situações-problema e raciocinar, bem como para representar e comunicar. Procurar regularidades, fazer e tes-tar conjeturas, localizar-se no tempo e no espaço, raciocinar logicamente, bus-car a razoabilidade de resultados, abstrair, generalizar, demonstrar, configurar seus diferentes modos de pensar.

Como disciplina escolar, deve estar em estreita articulação com as de-mais áreas do currículo, podendo, assim, contribuir para o desenvolvimento das competências gerais definidas para a educação básica.

Ao definir o quê, o como, o porquê ensinar, a educação em Matemática

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valoriza o trabalho coletivo, as discussões e as trocas entre iguais, a promoção da autoconfiança para que o educando levante hipóteses, argumente e defenda oralmente e por escrito suas ideias, bem como respeite as dos outros. Propõe que, a partir dos conceitos e modos de pensar da Matemática, o educando desenvolva a predisposição para analisar criticamente informações e opiniões veiculadas na mídia ou o mundo ao seu redor, sendo capaz de construir e transformar a realidade.

Desenvolver o pensamento lógico-matemático é comparar, classificar, ordenar, corresponder, é estabelecer todo o tipo de relações entre objetos, ações e fatos, entre conjuntos, entre elementos de conjuntos. Assim, na essên-cia da própria Matemática está o conceito de relação que a estrutura e que se expressa na fala, na escrita e em diferentes representações.

A Matemática é um instrumento importante para diferentes áreas do conhecimento, por ser utilizada em estudos ligados às ciências naturais, às ci-ências sociais, a composição musical, a arte e ao esporte. Ela faz parte da vida de todas as pessoas desde as experiências mais simples, como contar, compa-rar e operar sobre quantidades, até as mais complexas.

Dada a importância da Matemática na estruturação do pensamento e no desenvolvimento do raciocínio lógico, reconhecemos a necessidade de preparar nossos educandos para serem inseridos na sociedade e nela interagir de forma consciente, buscando alcançar o próprio sucesso e contribuir para o desenvolvimento de sua coletividade.

A compreensão da Matemática é essencial para o cidadão agir como consumidor prudente ou tomar decisões em sua vida pessoal e profissional.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES:

representação e comunicação

• ler e interpretar textos matemáticos.• ler e interpretar representações matemáticas (tabelas, gráficos, expressões)• Transcrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para a lin-

guagem simbólica utilizando representações matemáticas (equações, gráficos, diagramas, fórmulas, tabelas, etc.) e vice versa.

• Exprimir-se com correção e clareza, tanto na língua materna, como na linguagem matemática, usando a terminologia correta.

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86 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Produzir textos matemáticos de acordo com as orientações recebidas.• Utilizar adequadamente os recursos tecnológicos como instrumentos

de medição e de desenho.

investigação e compreensão

• Identificar o problema (compreender enunciados, formular questões, etc.)• Distinguir e utilizar raciocínios dedutivos e indutivos.• Fazer e validar conjecturas, experimentando, recorrendo a modelos,

esboços, fatos conhecidos, relações e propriedades.• Discutir ideias e produzir argumentos convincentes.

Contextualização sociocultural

• Desenvolver a capacidade de utilizar a matemática na interpretação e intervenção no real.

• Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais, em especial e em outras áreas do conhecimento.

• Relacionar etapas da história da Matemática com a evolução da huma-nidade.

• Utilizar adequadamente calculadoras e computador, reconhecendo suas limitações e potencialidades.

COnTEÚDOS - COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

6º ano

números e álgebra

• Sistemas de numeração• Números Naturais• Múltiplos e divisores• Potenciação e radiciação• Números fracionários

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87ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Números decimais• Expressões numéricas» Conhecer os diferentes sistemas de numeração.» Identificar o conjunto dos naturais, comparando e reconhecendo seus

elementos.» Realizar operações com números naturais.» Expressar-se matematicamente, oral ou por escrito, situações-proble-

ma que envolvam operações com números naturais.» Estabelecer relação de igualdade e transformação entre: fração e nú-

mero decimal; fração e número misto.» Reconhecer o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais.» Reconhecer as potências como multiplicação de fator e a radiciação

como sua operação inversa.» Relacionar as potências e as raízes quadradas com padrões numéricos

e geométricos.

medidas e grandeza

• Medidas de comprimento• Medidas de massa• Medidas de área• Medida de Capacidade• Medidas de tempo• Medidas de ângulo• Sistema monetário» Identificar o metro como unidade-padrão de medida de comprimento.» Reconhecer e compreender os diversos sistemas de medidas.» Operar com múltiplos e submúltiplos do quilograma. » Calcular o perímetro usando unidades de medida padronizadas. » Compreender e utilizar o litro como padrão de unidade de medida de

capacidade.» Realizar transformações de unidades de medida de tempo envolvendo

seus múltiplos e submúltiplos.

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88 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

» Reconhecer e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos). » Relacionar a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais

sistemas mundiais.» Calcular a área de uma superfície usando unidades de medida de su-

perfície padronizada.

geometrias

• Geometria plana• Geometria espacial» Reconhecer e representar ponto, reta, plano, semirreta e segmento de

reta. » Conceituar e classificar polígonos.» Identificar corpos redondos. » Identificar e relacionar os elementos geométricos que envolvem o cál-

culo de área e perímetro de diferentes figuras planas.» Diferenciar círculo e circunferência, identificando seus elementos. » Reconhecer os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus

elementos.

tratamento da informação

• Dados, tabelas e gráficos.• Porcentagem» Interpretar e identificar os diferentes tipos de gráficos e compilação

de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam.

» Resolver situações-problema que envolvam porcentagem e relacionar com os números na forma decimal e fracionária.

7º ano

números e álgebra

• Números Inteiros

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89ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Equação do 1º grau• Razão e proporção• Regra de três simples• Funções» Reconhecer números inteiros em diferentes contextos. » Realizar operações com números inteiros.» Reconhecer números racionais em diferentes contextos.» Realizar operações com números racionais.» Compreender o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade.» Compreender o conceito de incógnita.» Utilizar e interpretar a linguagem algébrica para expressar valores nu-

méricos através de incógnitas. » Compreender a razão como uma comparação entre duas grandezas

numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões.

» Reconhecer sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais.» Resolver situações-problema aplicando regra de três simples. » Utilizar funções para gerar pontos no plano cartesiano.

medidas e grandeza

• Medidas de temperatura• Medidas de ângulo• Medidas de volume• Paralelas e Perpendiculares» Compreender as medidas de temperatura em diferentes contextos.» Compreender o conceito de ângulo.» Classificar ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los.» Compreender e utilizar o metro cúbico como unidade de medida de

volume.» Explorar e construir retas e paralelas, perpendiculares e oblíquas.

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90 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

geometrias

• Geometria plana• Geometria espacial• Geometria não euclidiana» Classificar e construir, a partir de figuras planas, sólidos geométricos. » Compreender noções topológicas através do conceito de interior, ex-

terior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

» Compreender o sistema de Coordenadas Cartesianas, marcar pontos, identificar os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analisar seus ele-mentos sob diversos contextos.

tratamento da informação

• Pesquisa Estatística• Média aritmética• Moda e mediana• Porcentagem• Gráficos.» Analisar e interpretar informações de pesquisas estatísticas.» ler, interpretar, construir e analisar gráficos.» Calcular a média aritmética e a moda de dados estatísticos.» Resolver problemas envolvendo cálculo de juros simples porcentagem.» Analisar e representar informações por meio de gráficos.

8º ano

números e álgebra

• Números Racionais e Irracionais• Sistema de Equações do 1º grau• Potências• Monômios e Polinômios• Produtos Notáveis

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91ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

» Extrair a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais. » Reconhecer números irracionais em diferentes contextos. » Realizar operações com números irracionais. » Compreender, identificar e reconhecer o número π (pi) como um nú-

mero irracional especial.» Compreender o objetivo da notação científica e sua aplicação.» Operar com sistema de equações do 1º grau. » Identificar monômios e polinômios e efetue suas operações. » Utilizar as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que

envolvam expressões algébricas.

medidas e grandeza

• Medidas de comprimento• Medidas de área• Medidas de volume• Medidas de ângulo» Calcular o comprimento da circunferência.» Calcular o comprimento e área de polígonos e círculo. » Identificar ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por

transversal. » Realizar cálculo de área e volume de poliedros.

geometrias

• Geometria Plana• Geometria Espacial• Geometria Analítica• Geometrias não euclidianas• Teorema de Pitágoras» Reconhecer triângulos semelhantes. » Identificar e somar os ângulos internos de um triângulo e de polígonos

regulares.

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92 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

» Desenvolver a noção de paralelismo, traçar e reconhecer retas parale-las num plano.

» Compreender o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marcar pontos, identificar os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analisar seus ele-mentos sob diversos contextos.

» Planificar e decompor sólidos geométricos para obter sua área de su-perfície.

» Obter geometricamente o Teorema de Pitágoras e utilizá-lo no triân-gulo retângulo.

tratamento da informação

• Gráfico e Informação• População e amostra• Juro simples e composto• Probabilidade» Interpretar e representar dados em diferentes gráficos. » Utilizar o conceito de amostra para levantamento de dados.» Aplicar o conhecimento de porcentagem no cálculo de juro simples e

composto.» Usar a probabilidade para fazer estimativa e contagem de possibilidade.

9º ano

números reais e radicais

• Frações e Decimais• Números Irracionais e Reais• Raiz enésima de um Número Real• Potência com Expoente Racional• Propriedades dos Radicais• Simplificação de Radicais

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93ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Adição, Multiplicação e Divisão de Radicais.• Racionalização de Denominadores.» Representar dízimas periódicas como frações e vice-versa.» Identificar números irracionais, diferenciando-os dos racionais, explo-

rando a representação decimal.» Representar os irracionais na reta numérica, ordenando-os.» Identificar e organizar os conjuntos numéricos: N, Z, Q e R.» Identificar e operar com raízes n-ésimas, relacionando-as com potências. » n-ésimas.» Utilizar simplificações para efetuar cálculos com radicais.» Observar e discutir, através de exemplos com radicais, a existência de

números que não são reais.

Álgebra e Funções

• Equação e Função do 1º Grau• Gráficos e Sistemas de Equações do 1º Grau• Função Quadrática• Equações do 2º Grau Completas e Incompletas• A Fórmula de Bhaskara.» Traduzir problemas em linguagem algébrica, resolvendo-os algébrica

e graficamente.» Explorar problemas que permitem traduzir situações reais em sistemas

de duas equações e duas incógnitas.» Utilizar o esboço do gráfico de uma função para obter informações a

respeito de seu comportamento.» Resolver graficamente sistemas de duas equações e duas incógnitas,

identificando quando existem uma única, infinitas ou nenhuma solução.» Identificar equações do 2º grau.» Identificar os coeficientes de uma equação do 2º grau.» Resolver equações incompletas do 2º grau.» Resolver equações completas do 2º grau, utilizando a fórmula de

Bhaskara.

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94 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Congruência e Semelhança

• Congruência de Figuras Planas• Congruência em Triângulos• Semelhança entre Figuras Planas• Medidas Indiretas• O Teorema de Tales• Relações Métricas no Triângulo Retângulo» Identificar segmentos, ângulos e polígonos congruentes, explorando a

ideia de correspondência.» verificar congruências em triângulos utilizando as propriedades lll

e lAl.» Identificar figuras planas semelhantes e utilizar a propriedade AA para

verificar a semelhança de triângulos. » Utilizar a semelhança de triângulos para efetuar medidas indiretas.» Utilizar o Teorema de Tales para efetuar medidas indiretas em seg-

mentos proporcionais.» Estabelecer, por meio de semelhanças, as relações métricas no triângu-

lo retângulo utilizando-as na solução de problemas.

trigonometria

• As Relações Trigonométricas no Triângulo Retângulo• Tabela de Razões Trigonométricas• Medidas Indiretas utilizando Trigonometria» Identificar o seno, cosseno e a tangente como invariantes no triângulo

retângulo.» Determinar o seno, o cosseno e a tangente dos ângulos agudos de um

triângulo retângulo.» Explorar a construção da tabela de razões trigonométricas e verificar

sua utilidade no cálculo de medidas da hipotenusa ou dos catetos de triângulos.

» Interpretar a tabela de razões trigonométricas.» Utilizar razões trigonométricas para o cálculo de medidas indiretas, se

possível com calculadoras.

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95ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Polígonos regulares

• Polígonos Regulares• Comprimento de uma Circunferência• Polígonos Regulares Inscritos e Circunscritos• Elementos de um Polígono Regular Inscrito» Identificar os elementos de um polígono regular.» Calcular a medida dos lados, apótema, ângulos internos e ângulos in-

teriores de polígonos regulares.» Identificar polígonos inscritos e circunscritos, estabelecendo relações

entre seus elementos (lados, apótema, ângulos, área) e os do círculo (raio e área).

Áreas, volumes e medidas

• Áreas de Figuras Planas• Áreas de Superfície• Aproximação e volumes• Área e volume de Esferas» Calcular áreas de figuras planas utilizando, inclusive, a decomposição

de polígonos em triângulos.» Calcular a área de superfície de blocos, cilindros, pirâmides e cones.» Calcular o volume de blocos, cilindros, pirâmides e cones, observando

as relações entre os volumes de: pirâmide e bloco retangular; cilindro e cone.

» Utilizar o Princípio de Cavalieri para o cálculo de volumes.» Calcular o volume e a área de superfície de esferas e de alguns sólidos

esféricos.

tratamento da informação

• Estimativa através de Amostras• Probabilidade» Identificar amostras aleatórias e analisar experimentos e conclusões

feitas com base em amostras.

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96 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

» Calcular probabilidades de maneira teórica e experimental, identifi-cando quando se trata de uma ou de outra.

» Fazer uma pesquisa estatística envolvendo o conceito de amostragem e expressando os resultados através de gráficos.

orientaçÕeS didÁtiCaS

A Matemática é um campo de estudo de relevância na construção do conhecimento ao longo dos séculos pela humanidade. Ensinar Matemática hoje é, portanto, uma honra e uma grande responsabilidade.

Uma das tarefas básicas do educador de Matemática é suscitar no edu-cando um apreço pelas áreas de estudo da Matemática. Não basta ensinar fór-mula ou algoritmos, é preciso fazê-lo sentir a importância do pensamento matemático na compreensão de fenômenos naturais, do comportamento hu-mano e dos avanços tecnológicos.

O senso de desafio tem sido a mola propulsora do pensamento matemá-tico ao longo dos séculos e não pode ser diferente em nossos dias. É preciso que o educador faça do desafio uma constante em sua aula, lembrando que só é desafiador aquilo que desperta o interesse dos educandos. Aquilo que provoca uma euforia em alguns grupos não o faz em outros, as pessoas são diferentes. Por isso, eis o grande desafio para o profissional de Matemática: desafiar seus educandos de forma inovadora e em níveis variados, valorizando o potencial de cada um.

Não há dúvida de que o conhecimento matemático apresentado nas au-las precisa ser útil destacando situações reais. Entretanto, é importante en-fatizar o momento em que as aplicações são colocadas. Muitos preferem a exposição teórica precedendo a apresentação de situações práticas com o re-ceio de perder o rigor da exposição matemática, mas quando os exemplos são apresentados ao término da exposição teórica, o interesse do educando não foi despertado e perde-se boa parte do trabalho didático. Sempre que possível, o educador deve partir de situações práticas e conduzir seus educandos a um aprofundamento adequado no pensamento matemático.

Outro aspecto que é importante ressaltar é quanto ao formato das apli-cações práticas. Deve-se evitar usar situações-problema restritas onde é pos-sível direcionar a resposta para resultados previsíveis. Esse tipo de abordagem é útil, mas limita a criatividade dos educandos tornando-os meros receptácu-los. É importante propiciar ao educando novas oportunidades de investigação como meio de incentivar a busca pelo conhecimento.

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O ensino de Matemática não precisa ser realizado de forma enigmática com o uso de uma linguagem incomum à vida das pessoas. Encantar e desafiar os educandos com um conhecimento matemático prático e reflexivo numa linguagem acessível permite ao educador de Matemática vislumbrar resulta-dos surpreendentes.

Nos anos finais do Ensino Fundamental, o conteúdo está dividido em quatro blocos de conteúdos sendo essencial que o educador saiba como traba-lhar cada um destes blocos sem perder de vista o todo.

números e Álgebra

Apesar de este bloco ser de grande relevância prática, uma das maiores dificuldades que o educando encontra é na associação de situações-problema com a operação que permite obter a resposta. Esta dificuldade aumenta à me-dida que é introduzida uma visão algébrica mais abstrata com o uso de sím-bolos (letras). Desta forma, algumas sugestões:

• Iniciar um novo tópico de estudo com situações práticas de interesse do estudante permitindo a exploração livre deste.

• Permitir a construção do significado de cada operação a partir de situ-ações concretas.

• Fazer uso da história da matemática mostrando origem dos conceitos a serem usados.

• Utilizar jogos como forma de estimular a aquisição de habilidades al-gébricas.

• lançar mão de problemas práticos que permitam a reflexão, não con-sistindo na aplicação direta de uma única operação.

• Fazer uso de recursos tecnológicos como calculadora ou computador na avaliação de resultados e correção de erros, sendo um instrumento útil na auto avaliação do estudante.

medidas e grandezas

As Grandezas e Medidas caracterizam-se por sua forte relevância social, com evidente caráter prático e utilitário. Além disto, desempenha uma função importante na integralização dos dois blocos anteriores. São úteis as seguintes sugestões:

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• Comparar grandezas de mesma natureza permite ao estudante desen-volver a ideia de medida de forma bem natural.

• Usar diferentes instrumentos de medida tais como balança, fita métri-ca, metro, prumo, relógio, etc. conferem a este conteúdo um acentuado caráter prático.

• Abordar aspectos históricos da construção do conhecimento, uma vez que, desde a Antiguidade, praticamente em todas as civilizações, a ati-vidade importante da matemática tem sido a comparação de grande-zas.

• Estimular cálculos mentais e estimativas na resolução de problemas práticos.

• Ampliar o conceito de número através de situações que envolvam me-didas.

• Desta forma podem ser trabalhados os números fracionários, racio-nais, irracionais e relativos.

geometrias

Os conceitos geométricos constituem parte importante no currículo de Matemática, porque através deles o aluno desenvolve um tipo especial de pensamento que lhe permite compreender, descrever e representar, de forma organizada o mundo em que vive. As seguintes técnicas são pertinentes a este bloco:

• Usar objetos e situações concretas onde seja possível identificar as di-versas formas planas e espaciais.

• Relacionar figuras e formas geométricas com a arte é uma forma muito rica e instrutiva para se trabalhar.

• Construir objetos com o uso de dobraduras ou materiais recicláveis onde seja possível identificar figuras e propriedades geométricas.

• Programas de geometria dinâmica constituem um importante instru-mento de aprendizagem nesta área. Existem programas livres fáceis de serem usados tanto pelo educador como pelo educando.

• Explorar as formas geométricas encontradas na natureza é uma ma-neira de se perceber as “Digitais do Criador” nesta.

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tratamento da informação

A ênfase neste bloco se dá devido a demanda social crescente que existe quanto ao tratamento e a análise das informações. Este bloco deve ser traba-lhado de forma conjunta com os demais temas de Matemática onde são úteis as seguintes sugestões:

• Construir tabelas e gráficos sobre determinado fato ou fenômeno du-rante um período e fazer um acompanhamento através dos meios de comunicação permite a possibilidade de se fazer algumas previsões.

• Observar a frequência de ocorrência de fato em um número razoável de experiências possibilita o desenvolvimento de noções de probabili-dade.

• No tratamento desses temas, a mídia, as calculadoras e os computa-dores adquirem importância natural como recursos que permitem a abordagem de problemas com dados reais que requerem habilidades de seleção e análise de informações.

avaliação da aPrendiZagem

Muito poderia ser dito quanto à concepção de avaliação. Entretanto, o que, provavelmente, mais angustia a um educador de matemática é saber como aplicar tais conceitos a sua experiência pedagógica.

A pergunta que fica é: como fazer da avaliação um processo continuo nas diferentes etapas da vida escolar?

A prova ainda é um recurso útil, o problema é a maneira como esta é usada. A prova deve ser usada para orientar o educador e o educando no pro-cesso de construção do conhecimento. Desta forma, uma única prova no final da unidade não alcança o objetivo a que se propõe. Uma boa prova pode ser feita de diversas maneiras, por exemplo:

• Uma prova com consulta a seu material de estudo pode estimular o educando a desenvolver registros significativos nas aulas.

• Pequenos testes com uma ou duas questões podem permitir ao educa-dor e ao educando um retorno rápido do nível de conhecimento até en-tão. Uma prova longa não oferece uma informação melhor do que uma prova pequena, além de serem muito mais trabalhosa na sua correção.

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• Provas em dupla ou grupos são muito úteis não só como instrumento de medida, como também como ferramenta de aprendizagem para os educandos envolvidos.

Ainda há que se considerar que o educador deve levar em conta na sua correção não apenas o resultado oferecido, mas o processo de resolução. O caminho escolhido pelo educando oferece ao educador mais informações quanto à aprendizagem do que a resposta simplesmente. É preciso valorizar a criatividade e a maneira de pensar de cada um.

A prova não é o único instrumento à disposição do educador de mate-mática. A pesquisa, a experimentação e a análise devem ser uma constante nas propostas de trabalho. O educador deve estimular o educando na construção de conceitos e desenvolvimento de habilidades que serão aplicados no seu dia-a-dia.

Nesta perspectiva o educador pode lançar mão de relatórios de pesquisa de diversas maneiras. Aliado ao trabalho escrito pode ser usado procedimen-tos de avaliação oral de forma individual ou coletiva. Os relatórios podem ser individuais, o que aumenta em muito o trabalho de correção, entretanto o educador que tem muitos educandos pode fazer uma avaliação por amostra-gem conforme acerto prévio com os mesmos. Já o relatório por equipe dimi-nui o número de trabalhos a serem avaliados e pode ser uma boa maneira de estimular a atividade em equipe.

A pesquisa pode ser estimulada também de forma individual. O edu-cador pode propor temas de pesquisa opcionais e avaliar os educandos inte-ressados, substituindo por alguma outra avaliação regular. A vantagem desta abordagem é que ela propicia ao educando pesquisar um tema que lhe seja interessante. Por exemplo, considere que haja um educando que goste muito de música e não tenha grande interesse por matemática. O educador pode propor a este educando que pesquise a relação entre a música e a matemá-tica. Existem relações muito interessantes entre estes dois campos de estudo aparentemente tão distintos. Uma atividade desta natureza pode propiciar re-sultados surpreendentes para o educador, para o educando envolvido, bem como, para a classe como um todo.

Outro recurso muito útil na avaliação são atividades lúdicas que envol-vam jogos. O educador pode lançar mão deste recurso como forma de moti-var a classe obtendo bons resultados. O educador não precisa necessariamente atribuir nota a esta atividade, mas o importante é a visão que esta propicia do avanço do processo ensino-aprendizagem.

Independente da forma utilizada para a avaliação, o educador deve ter mente que o erro constitui parte importante no processo de ensino-aprendi-zagem e deve ser usado como forma de crescimento do educando e não como elemento de punição. Na medida do possível o educador pode oferecer novas

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oportunidades ao educando, não apenas com o intuito de melhorar a nota e sim de verificar o crescimento do educando.

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

“Ao semearmos a semente e cultivarmos a planta, devemos lembrar-nos de que Deus criou a semente e a destinou a terra. Por seu divino poder ele cuida desta semente. É por determinação Sua que a semente ao mor-rer dá sua vida à erva e à espiga que contém em si outras sementes que serão armazenadas e de novo lançadas `a terra para dar a sua messe. Podemos também estudar como a cooperação do homem desempenha uma parte. O instrumento humano tem sua parte a desempenhar, sua obra a fazer. Esta é uma das lições que a natureza ensina, e nela temos de ver uma obra bela e solene. (WHITE, 1977, p. 172).

Através do estudo das Ciências da Natureza o educando percebe rela-ções de ordem, desígnio, harmonia e beleza, atributos do Criador. Este estudo desperta a curiosidade, característica implantada por Deus na mente em de-senvolvimento.

O ser humano sempre teve curiosidade para entender os fenômenos na-turais. Através dos tempos muitas foram as maneiras que ele desenvolveu para estudá-los. Durante muito tempo foram utilizados os mesmos mecanismos para “ensinar” a educando, como se fossem uma “tábua rasa” em que simples-mente é falado, e eles gravam tudo. Com o passar do tempo percebeu-se que isso não ocorre, o educando chega até a escola com suas próprias concepções e o trabalho do educador é como menciona Stenhouse (1996): [...] em liberar os estudantes do isolamento de suas próprias mentes, em impedir que se aco-modem em confortáveis ramos do pensamento do seu professor [...].

Atualmente o ensino das Ciências Naturais prioriza o crescimento e de-senvolvimento da autonomia consciente do educando, consequentemente de-verá estar voltado para o cotidiano analisando as relações da ciência, tecnolo-gia e sociedade de maneira crítica e consciente. Sua organização deve enfatizar a aprendizagem da estrutura das ciências, princípios, teorias. Deverá envolver questões sociais sob uma abordagem interdisciplinar.

O educando deverá ampliar seus conceitos do senso comum introdu-zindo conceitos científicos, mas percebendo as limitações dos mesmos, e reco-

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nhecendo que há muitas coisas no Universo que ainda precisam ser descober-tas. Requer-se, então, do educador de ciências uma postura problematizadora, que instigue seus educando a se posicionarem sobre os conhecimentos adqui-ridos, levando-os a tornarem-se cidadãos conscientes, responsáveis e críticos.

Mas, num mundo onde a curiosidade é atraída para várias direções, in-felizmente o conhecimento da Ciência, muitas vezes, fica em segundo plano, isto acaba tornando-se um grande desafio para o educador, já que precisa an-tes de tudo atrair o educando para o estudo da mesma. Em geral o ser humano tem a tendência de parar para refletir sobre determinado assunto, quando este se torna um problema ou ajuda na resolução, é nesse momento que ele propõe soluções. Devemos então aproveitar essa tendência para provocar neles a ne-cessidade e encantá-los com as maravilhas que a Ciência lhes apresenta.

Se o educando interessa-se pela aprendizagem, quando esta o auxilia a resolver algum problema que está enfrentando, a problematização pode ser a chave inicial para o seu aprendizado já que através dela podemos propor si-tuações hipotéticas ou reais, podendo desenvolver a capacidade de prevenção de situações, antecipando problemáticas com possibilidades de acontecer, ou levar a uma reflexão sobre situações atuais, permitindo novas propostas de so-luções. Dessa maneira situações-problema poderão permitir um aprendizado significativo e contextualizado (POZO, 1998).

O estudo das ciências deve estar centrado no levantamento de proble-mas, elaboração de hipóteses, experimentação, análise dos resultados e suas possíveis aplicações. A atividade científica deve ser principalmente questiona-dora, usando como referenciais valores permanentes, suscitando a curiosidade no educando e auxiliando de forma consciente as modificações do ambiente em que ele está inserido; podendo então despertar a admiração e interesse do educando pelos fenômenos que atuam ao seu redor influindo na vida humana e nos ecossistemas.

A pesquisa em sala de aula possui um importante papel no ensino de ciências, podendo ser teórico-prática, nos livros, no laboratório, no campo, no pátio da escola ou mesmo na cozinha, enfim a pesquisa pode ocorrer em qualquer lugar, incluindo as necessidades do próprio educando. Durante a pesquisa o educando irá desenvolver mentalmente seus próprios conceitos sobre o assunto. O educador deverá guiar o educando na organização desses conceitos, analisando se estes estão de acordo com os conhecimentos atuais. Para Moraes (2002),

a educação pela pesquisa, superando as limitações da aula tradicional, cópia da cópia, pretende a transformação dos alunos de objetos em su-

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jeitos da relação pedagógica, envolvendo-os individualmente e em gru-pos em reconstruções e produções, atingindo uma nova compreensão do aprender tanto para os alunos como para os professores. (MORAES, 2002, p. 136).

Esse processo deverá capacitar o educando a expressar esses novos sa-beres através da escrita formal, não-formal a fim desenvolvendo novas apti-dões e atitudes. Há necessidade que o educando organize suas ideias através da escrita já que como Moraes (2002) menciona, “perceber os limites de uma verdade não produz automaticamente outra”. A produção de argumentos para defender uma determinada ideia através da escrita implica em torná-los mais rigorosos. Sendo este ponto de fundamental importância para as ciências.

Sob esse enfoque o estudo da Natureza possibilitará que o educando perceba a ordem intrínseca da mesma, despertando nele a admiração e respei-to pelas normas e leis naturais. Essa reflexão permitira ao educando relacioná-la com a lei moral que deve reger os seres humanos gerando nele a necessidade de amar, cuidar e respeitar a natureza criada por Deus, bem como a saúde física e mental, percebendo-os como bens preciosos confiados por Deus a nós. Como menciona Maturana (2001): “Toda reflexão faz surgir um mundo”.

O estudo das ciências ajudará a fortalecer nele o compromisso e respon-sabilidade pelo ambiente onde vive. Esta aprendizagem é de grande impor-tância para o educando e o educador, e apresentará resultados significativos dentro de um contexto que os aproxime de seu Criador.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES:

rePreSentação e ComUniCação

• Dominar procedimentos de pesquisa e de produção de texto, apren-dendo a observar e colher informações de diferentes registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais.

investigação e Compreensão

• Reconhecer a Deus como doador e mantenedor da vida e do Universo.• Identificar os seres vivos dentro das cadeias alimentares, posicionan-

do-se crítica e responsavelmente perante a intervenção humana no equilíbrio ecológico.

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• Conhecer o funcionamento do próprio corpo e preservá-lo através de princípios de uma vida saudável.

Contextualização sociocultural

• Compreender a função social e histórica das fontes de energia para o exercício da cidadania responsável.

• Exercer a cidadania e ter atitudes responsáveis para com Deus, o seme-lhante e a natureza, tendo como base o conhecimento da matéria e dos diferentes produtos químicos.

COnTEÚDOS - COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

6º ano

A Ciência e sua Estrutura

• Como se faz ciência» Compreender a ciência como atividade humana, histórica, associada a

aspectos de ordem social, econômica, política e cultural.» Saber quais são as etapas do método científico e a definição de hipótese

e teoria.» Analisar um texto, diferenciando fato de hipótese.

terra e Universo

• Origem da vida na Terra• Condições para a existência da vida na Terra: solo, água e ar.• O estudo do Universo: galáxias, estrelas e satélites.» Considerar que o modelo criacionista reúne grande número de evidên-

cias coerente» Compreender o Sistema Solar, enfatizando a Terra em sua constituição

geológica e planetária própria, situando o ser humano no espaço e no tempo em relação ao Universo.

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105ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

vida e meio ambiente

• De que são feitas todas as coisas• Modificações na natureza• Os diferentes ambientes da Terra» Compreender a natureza como um sistema dinâmico e o ser humano

em sociedade, como um de seus agentes de transformação.» Reconhecer a célula como unidade estrutural básica dos seres vivos e

seu papel básico na manutenção da vida.

Ser humano e saúde

» Criação do Homem» Os seres vivos e a energia necessária a vida» A tecnologia e a natureza• Conhecer a origem do homem na perspectiva bíblica. • Identificar os principais sistemas fisiológicos humanos, conhecer no-

ções de seu funcionamento relacionando-o à preservação da saúde dos mesmos.

• Analisar as principais fases do desenvolvimento humano e suas carac-terísticas.

• Associar os tipos de alimentos, sua higiene e equilíbrio na alimentação à fatores de melhoria da qualidade de vida.

• Detectar novas tecnologias no combate a doenças, e novos mecanis-mos de prevenção das mesmas.

• Identificar fatores que já estão desequilibrados nos ecossistemas que provocam doenças nos seres humanos (camada de ozônio, aquecimen-to global e outros)

tecnologia e sociedade

• O estudo do ar atmosférico• O estudo da água• O estudo do solo» Aplicar conhecimentos de ciência e tecnologia e procedimentos de

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investigação científica em diferentes contextos, buscando alternativas satisfatórias.

» Detectar novas tecnologias no combate a doenças, e novos mecanis-mos de prevenção das mesmas.

» Relacionar a influencia do ser humano no ambiente devido às tecnolo-gias desenvolvidas pelo próprio homem.

7º ano

A Ciência e sua Estrutura

• Ciência, seus métodos e objetivos.• Diferença entre especulação e fato. • História das Ciências.• Os instrumentos da Ciência. • Noção de metodologia científica.

terra e Universo

• O ser humano e o ambiente• A vida como atributo raro no universo• A disposição da vida na Terra• Os grandes ecossistemas » Respeitar a vida do próprio sujeito e demais seres vivos do planeta» Desenvolver a reflexão crítica e a flexibilidade para encarar o conheci-

mento como provisório e não pronto e acabado.

vida e meio ambiente

• Características dos seres vivos• A convivência dos seres vivos no planeta• A conservação ambiental• O estudo dos grupos vertebrados e invertebrados

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» Identificar as relações entre os seres vivos e a importância da conserva-ção das espécies em seus ecossistemas.

» Analisar as relações entre os seres vivos e as formas como eles se asso-ciam.

» Relacionar a função da cadeia alimentar com a transferência de ener-gia e matéria.

» Associar a adaptação dos seres como fator essencial para a sobrevivência.» Explicar os mecanismos dos principais instrumentos para análise e

classificação taxonômica.» Reconhecer características dos principais grupos de vegetais e animais.» Pesquisar estruturas anatômicas e fisiológicas dos animais.» Descrever a ação e a função dos fungos no meio ambiente.» Analisar fatores que influenciam o combate dos protozoários.» Descrever a ação e a função dos protistas no meio ambiente.» Descrever a ação e a função das moneras no meio ambiente.

Ser humano e saúde

• Criação do Homem• Os seres vivos e a energia necessária a vida• A tecnologia e a natureza• O estudo dos fungos, protistas, moneras e vírus.» Compreender a natureza como um sistema dinâmico e o ser humano,

em sociedade, como um de seus agentes de transformação.» Detectar posturas de preservação da saúde em relação aos microrga-

nismos. » Reconhecer a interferência do homem nos ecossistemas terrestres.» Explicar o mecanismo de ação das vacinas no organismo.

tecnologia e sociedade

• Organizando a diversidade • Regularidades da natureza e sua influência nos seres vivos

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108 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Energia para a vida» Compreender que os conhecimentos científicos e tecnológicos estão a

serviço da humanidade, identificando riscos e benefícios neles envol-vidos.

» Perceber que as ações do homem na natureza interferem no equilíbrio dos ecossistemas terrestre.

8º ano

vida e Meio Ambiente

• A saúde e o ambiente » Compreender a saúde como bem pessoal e ambiental que deve ser pro-

movido por meio de diferentes agentes, de forma individual e coletiva.

Ser humano e saúde

• Sistema Digestório• Sistema Cardiovascular• Sistema Respiratório• Sistema Nervoso• Sistema Muscular e Esquelético• Sistema Endócrino• Genética - A chave da vida• Reprodução, desenvolvimento e comportamento• Desenvolvimento e maturidade • Manutenção da saúde• Prevenção de acidentes• Doenças sexualmente transmissíveis • Gravidez precoce e métodos contraceptivos• O estudo dos tecidos e das células• O estudo dos sistemas que mantêm a vida» Compreender o próprio corpo e a sexualidade como elementos de re-

alização humana, valorizando e desenvolvendo a formação de hábitos de autocuidado, de autoestima e de respeito ao outro.

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109ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

» Compreender a saúde como bem pessoal e ambiental que deve ser pro-movido por meio de diferentes agentes, de forma individual e coletiva.

» Relatar aspectos da fisiologia humana, adotando uma postura cons-ciente em relação a si mesmo, ao outro e ao ambiente.

» Identificar o papel estrutural e o fisiológico da célula no organismo.» Reconhecer o metabolismo celular diferenciando particularidades de

cada tecido.» Identificar os principais órgãos do sistema cardiovascular e os meca-

nismos da circulação sanguínea.» Mencionar mecanismos de defesa e consequências da falta de cada um

deles no organismo.» Relacionar a ação dos órgãos de respiração na manutenção da vida.» Analisar o mecanismo da digestão reconhecendo a importância de

uma alimentação equilibrada.» Associar a água a sua importância para o sistema urinário.» Relacionar transformações causadas pelos hormônios nos seres vivos.» Explicar os mecanismos da hereditariedade e as interferências.» Caracterizar os diferentes processos reprodutivos.» Associar a importância dos exercícios físicos na manutenção da saúde.» Saber como agir em caso de acidentes» Relacionar a ação do cérebro sobre o organismo, identificando a ação

das substâncias tóxicas no organismo.

tecnologia e sociedade

• As tecnologias que mantêm a vida funcionando • A tecnologia do diagnóstico• Movimento e tecnologia» Reconhecer novas tecnologias utilizadas nos tratamentos médicos.

9º ano

vida e ambiente

• Fenômenos da natureza: físicos e químicos

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110 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Estrutura e propriedades da matéria• A constituição química do planeta• Substâncias, misturas e soluções.• Funções e reações químicas• Gravidade• Força e movimento» Compreender a Ciência com atividade humana, histórica, associada a

aspectos de ordem social, econômica, política e cultural.

» Utilizar a linguagem e códigos para descrever substâncias e reações químicas.

» Caracterizar e diferenciar transformações físicas e químicas.» Identificar as diferentes fases de agregação e caracterização da matéria.» Identificar as transformações da matéria no meio ambiente.» Classificar e identificar as substâncias e misturas através de suas pro-

priedades físicas.» Identificar reações químicas por meio de evidências aparentes.» Reconhecer elementos químicos e aplicá-los para representar fórmulas

de substâncias comuns simples e compostas.» Relacionar as ideias de espaço e tempo e as unidades de medidas para

compreensão dos conceitos de velocidade e aceleração.» Resolver problemas, utilizando os conceitos de velocidade e aceleração.» Identificar as propriedades químicas dos elementos e as relações que

existem entre si.» Avaliar a disponibilidade e os processos para obtenção e utilização de

recursos materiais e energéticos (sustentabilidade ambiental).» Pesquisar o processo de geração de energia elétrica, detectando suas

implicações ambientais.

Ser humano e saúde

• Alimentos e sua composição• Nutrição, práticas desportivas e saúde.• Ação dos produtos químicos e físicos nos seres humanos

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111ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

» Classificar alimentos segundo sua composição: proteínas, carboidra-tos, lipídios, vitaminas, sais minerais, etc.

» Identificar alimentos e seu valor nutricional bem como causas e conse-quências de carências nutricionais.

» Reconhecer atividades físicas e posturais adequadas à promoção da saúde.

tecnologia e sociedade

• Modelo atômico e avanço tecnológico• Fontes, formas e transformação de energia.• Uso adequado e econômico da energia• Tipos de combustíveis: eficiência e consequências para o meio ambiente• História das máquinas e evolução do trabalho• Mudanças tecnológicas e sociais• Células tronco e células precursoras• Descobertas do genoma e criação de remédios inteligentes» Conhecer modelos atômicos, a evolução das teorias e as contribuições

para o avanço tecnológico.» Relacionar as cores do arco-íris com a composição da luz por refração.» Conhecer diferentes equipamentos de uso cotidiano, suas finalidades,

funcionamento, fontes e transformação e consumo de energia.» Reconhecer a eletricidade, magnetismo, som e luz como forma de

energia.» Identificar diferentes combustíveis, sua forma de obtenção e utilização,

considerando fatores de ordem econômica e ambiental.» Reconhecer o uso de máquinas simples para facilitação do trabalho.» Compreender que os conhecimentos científicos e tecnológicos estão a

serviço da humanidade, identificando riscos e benefícios neles envol-vidos.

» Analisar novas tecnologias e sua importância na modificação do pen-samento humano.

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112 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

orientaçÕeS didÁtiCaS

No ensino de Ciências é fundamental que o educando compreenda de forma clara e sucinta a sua função no seu ecossistema, como cidadão cons-ciente, incentivando-o a preservá-lo.

Para a concretização dos objetivos propõe-se, a ampliação de conheci-mento e visão de mundo do educando através da utilização de bibliografias atuais (jornais, revistas, livros), elaboração de mapas conceituais, selecionan-do conteúdos científicos, confecção de painéis, projetos, maquetes, trabalhos em equipe com debates, seminários, como também a utilização da Informáti-ca e outros, complementando os recursos didáticos.

Apesar de ter sido muito questionada, a aula expositiva continua sendo o principal método utilizado na educação, propomos que esta seja renovada através de constantes debates, sob uma postura instigadora e questionadora do educador. Sob esta ótica acreditamos que a sala de aula possa tornar-se um ambiente agradável, onde todos podem compartilhar saberes.

A Ciência deve trabalhar de forma a não centralizar o modelo evolu-cionista e nem o modelo criacionista, mas deverá dar condições para que o educando tenha a capacidade de discernir entre os dois modelos, já que em geral é apresentado de forma unilateral o modelo evolucionista. Propomos o estudo também, além do modelo evolucionista, o modelo criacionista (inter-vencionismo) tornando claros seus conceitos científicos, básicos e fundamen-tais, permitindo que o educando tenha, se assim o quiser, uma visão interven-cionista nas suas crenças pessoais sobre as origens.

Sob uma visão intervencionista abordamos conhecimentos interdis-ciplinares de várias áreas do conhecimento relacionando-as com o conheci-mento tecnológico e social para melhoria da qualidade de vida. O educador de ciências deve possuir uma atitude interdisciplinar, isso se refere que a inter-disciplinaridade não ocorrerá somente em um período ou uma aula. Segundo Ferreira (2005): “Interdisciplinaridade é uma atitude, isto é, uma externaliza-ção de uma visão de mundo [...]”.

Como nossa educação nos ensinou a separar, compartimentar, isolar e, não, a unir os conhecimentos, o conjunto deles constitui um quebra-ca-beça ininteligível. As interações, as retroações, os contextos e as comple-xidades que se encontram na man´s land entre as disciplinas se tornam invisíveis. Os grandes problemas humanos desaparecem em benefício dos problemas técnicos particulares. A incapacidade de organizar o sa-

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ber disperso e compartimentado conduz à atrofia da disposição mental natural de contextualizar e de globalizar. [...] (p. 42 e 43)

Entre as muitas atividades interdisciplinares as atividades experimentais são especialmente oportunas, desde que bem utilizadas, pois permitem que o educando desenvolva habilidades na manipulação de análise de fatos expe-rimentais. Mas estas devem privilegiar o debate e a tomada de conclusões, já que a experimentação por si só dificilmente permite que o aprendiz chegue “sozinho“ a conceitos cientificamente corretos. O papel do educador neste tipo de atividade é profundamente necessário, como ampliador do conceito. O tempo utilizado na experimentação não deve ultrapassar um terço do total do período destinado à atividade experimental, os outros momentos devem ser deixados à pesquisa, discussão e análise dos dados obtidos para a chega-da de conclusões cientificamente corretas. Destacamos aqui a necessidade da fundamentação teórica numa atividade experimental.

A aula experimental e demonstrativa deve permitir que o educando através dela consiga refletir e consequentemente, propor outras situações onde possa argumentar e questionar seus próprios resultados. Mas devemos desta-car a necessidade que existe de aulas experimentais organizadas também pelo próprio educando. Boas atividades experimentais baseiam-se na formulação de problemas, partindo da realidade dos educandos e que despertem neles conflitos cognitivos, questionando seus conceitos trazidos do senso comum e uma consequente necessidade de conceitos científicos.

As pesquisas de campo contribuem para expandir o universo de apren-dizagem do educando através da contextualização do assunto que esta sendo apresentado. A realização de exercícios, trabalhos e relatórios também podem ser utilizados no sentido de proporcionar uma melhor organização de ideias. O material didático é empregado como mais um recurso, pois é a fonte pri-meira de consulta para o educando, mas não podemos deixar que o educando pense que o livro é uma verdade inquestionável, a comparação com outros autores é sem dúvida extremamente rica.

Nos anos finais Ensino Fundamental a escrita deve continuar sendo o principal método de produção de conhecimento pelo educando. Entendemos as dificuldades de tempo do educador na avaliação de pesquisas, já que nor-malmente os educando as retiram de sites da internet sem sequer ter o tra-balho de lê-las. Para evitar esse tipo de problemas sugerimos a elaboração de artigos, curtos e concisos, nos quais o educando possa debater as ideias posicionando-se de maneira crítica e coerente.

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114 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Atividades desenvolvidas em grupo na preparação de seminários, expo-sições, feiras pedagógicas, maquetes, contribuem para uma maior interação social e o desenvolvimento de atitudes positivas.

A multiplicidade de metodologias é uma das melhores maneiras de atingir a grande maioria dos educandos, independente do tipo de metodo-logia, a postura questionadora do educador provocará no educando a neces-sidade de pesquisar, expandido assim seu universo. A integração da teoria com atividades práticas permitirá a visão das ciências como uma atividade complexa, construída socialmente, demonstrando que não existe um único caminho para resolução de problemas, mas uma constante interação entre o pensamento e a ação.

avaliação da aPrendiZagem

Provavelmente nunca teremos certeza de quanto, como ou o que o edu-cando reteve durante o processo de aprendizagem e ninguém garante aquilo que ele não aprendeu hoje, amanhã não poderá entendê-lo, em uma situação que nada tem haver com aquele conteúdo. Muitas vezes nos damos conta que entendemos algo muito tempo depois que o estudamos. Consequentemente fica muito difícil avaliar esse processo.

Devido a essas dificuldades, a avaliação deve ser contínua e intermitente, considerar o desenvolvimento das competências e habilidades dos educandos com relação à aprendizagem de conceitos, de procedimentos e de atividades.

É necessário que o educador tenha bem definido seus objetivos e que utilize várias estratégias de avaliação; tais como: seminários, atividades em grupo, debates, murais, testes e pesquisas. O educando deve demonstrar o conhecimento adquirido de várias formas, pressupondo a diversidade de ha-bilidades entre eles.

A elaboração de mapas conceituais permitirá visualizar se o educando consegue organizar, hierarquizar e ampliar conceitos importantes, represen-tando-os através de diagramas facilmente avaliados.

A prova deve ocorrer de uma maneira simples, mas que desafie o edu-cando a discutir, posicionar-se, analisar, descrever situações, mas, não pode ser a única forma de avaliação. valorizar a participação em debates, onde po-derá haver desenvolvimento de habilidades de expressão oral. As atividades em grupo são momentos preciosos para que o educando desenvolva atitudes

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sociais. As pesquisas teóricas por sua vez podem auxiliar no desenvolvimento da persistência e responsabilidade. A elaboração de experimentos estimulará a curiosidade e perseverança, podendo ser avaliada a criatividade, pesquisa e expressão oral dos educandos.

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

O estudo de Ciências Humanas abrange as relações e os fenômenos que ocorrem entre os homens.

“Cristo ligou os homens ao Seu coração pelos laços da dedicação e do amor; e pelos mesmos laços ligou-os a seus semelhantes. Para ele o amor era a vida, e a vida era o serviço em prol de outrem.” (WHITE, 1997, p. 80).

O homem foi criado por Deus para que fosse feliz. Essa felicidade só seria possível se o homem se mantivesse puro e sem pecado. longe das influ-ências do mal, o homem manteria relacionamentos saudáveis com seus seme-lhantes, administraria com amor e fidelidade a linda obra criada por Deus e o ambiente em que reinaria seria de paz, numa atmosfera de amor desinteres-sado.

Como o plano inicial de Deus, por escolha do homem, não se concreti-zou, a entrada do pecado no mundo foi inevitável. Nesse cenário e através do estudo das diferentes ciências ligadas ao homem, o educando poderá fazer um contraponto entre o plano inicial de Deus, que nos é revelado através de Sua Palavra, e o desenrolar dos acontecimentos direcionados por escolhas que o homem fez e faz estando longe de seu Criador.

Tal estudo tem por objetivo desenvolver:

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

representação e Comunicação:

• Manifestar disponibilidade e interesse no intercâmbio.• Revelar preocupação com a qualidade de seus registros e na represen-

tação dos trabalhos.• Respeitar as opiniões dos outros e buscar compreender as diferenças.• Fundamentar suas opiniões.

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116 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Desenvolver a capacidade de comunicar-se.• ler e interpretar textos orais, escritos, ideográficos, vídeo gráficos, ci-

nematográficos de caráter sociocultural.• Interpretar e utilizar diferentes representações (tabelas, gráficos, íco-

nes...).• Exprimir-se oralmente usando corretamente terminologia específica

da área.• Produzir testos adequados às pessoas e trabalhos da área, formular dú-

vidas e elaborar conclusões.• Saber usar as tecnologias básicas da informação, como computadores,

vídeos, em Ciências Humanas.

investigação e Compreensão:

• Promover a capacitação cognitiva, através do desenvolvimento da curiosidade e do gosto de aprender, da confiança em si próprio, do questionamento e da investigação.

• Refletir e formular juízos sobre situações socioculturais de interesse científico ou tecnológico com que se defrontar.

• Enfrentar com confiança e disposição situações novas.• Ter iniciativas na busca de informações de que necessite e responsabi-

lizar-se por suas iniciativas.• Manifestar desejo de aprender, gosto pela pesquisa e apreço pelo co-

nhecimento.

Contextualização histórica e Sociocultural:

• Desenvolver a percepção do valor das Ciências Humanas como cons-trução humana e o sentido da coletividade e de cooperação de que são produtos.

• Interessar-se pelas realidades socioculturais de seu lugar, sua região, seu país e do mundo, na perspectiva das Ciências Humanas e da tecno-logia, estabelecendo as inter-relações entre os fenômenos.

• Trabalhar em grupo partilhando saberes e responsabilidades.• Intervir na dinamização de atividades e participar da busca e elabora-

ção de resolução de problemas da comunidade em que se insere.

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117ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Compreender e utilizar as Ciências Humanas como elemento de inter-pretação e intervenção tecnológica e como conhecimento sistemático do sentido prático.

• Utilizar elementos e conhecimentos tecnológicos e científicos das Ci-ências Humanas para diagnosticar e analisar questões ambientais.

• Associar conhecimentos científicos e tecnológicos, em suas relações recíprocas.

• Reconhecer o sentido histórico das tecnologias sociais e das ciências Humanas, identificando o papel das mesmas na sociedade em diferen-tes épocas e sua potencialidade de transformar o meio.

HISTÓRIA

O conhecimento histórico é imprescindível para que os indivíduos to-mem consciência do lugar que ocupam na sociedade, e a reflexão crítica sobre as múltiplas relações entre passado e presente deve orientar a prática didático-pedagógica da disciplina de História. Seu principal objetivo no Ensino Funda-mental e no Ensino Médio é a ampliação da consciência a respeito da realida-de de cada indivíduo, a partir do confronto com outras realidades históricas.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

representação e comunicação:

• Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos em sua produção.

• Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos históri-cos, a partir das categorias e procedimentos próprios do discurso his-toriográfico.

investigação e compreensão:

• Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como constru-ções culturais e históricas.

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118 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Estabelecer relações entre continuidade/permanência e ruptura/trans-formação nos processos históricos.

• Construir a identidade pessoal e a social na dimensão histórica, a par-tir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos mesmos.

• Atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da crítica dos diversos “lugares de memória” socialmente instituídos.

Contextualização sociocultural:

• Situar as diversas produções de cultura – as linguagens, as artes, a fi-losofia, a religião, as ciências, as tecnologias e outras manifestações so-ciais – nos contextos históricos de sua constituição e significação.

• Situar os momentos históricos nos diversos ritmos de produção e nas relações de sucessão e/ou de simultaneidade.

• Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos.• Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de

suas relações com o passado.

COnTEÚDOS BáSICOS

6º ano

Tempo e História

• Introduzir o aluno nas discussões sobre a História, verificando entre outras coisas a relação entre o passado e o presente.

• Trabalhar conceitos como documentos históricos, cultura e outros.• Refletir sobre a importância da História e sobre alguns métodos de

investigação do historiador.

Pré-história (origem e arqueologia)

• Discutir aspectos gerais sobre os estudos que buscam compreender os primeiros grupos humanos.

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119ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Introduzir o aluno no tema de pesquisa arqueológica, da cultura mate-rial e do patrimônio histórico.

• Compreender que o campo da Pré-História está em construção, assim como o estudo de outros períodos.

• Discutir e conhecer as hipóteses acerca da origem da vida.

mesopotâmia antiga

• Compreender que a vida urbana e suas consequências, como leis, co-mércio, divisão social, etc., começaram na região dos rios Tigres e Eu-frates.

• Conhecer parcialmente a trajetória histórica dos povos que habitaram a Mesopotâmia e características gerais.

• Caracterizar conceitos importantes como economia, política, cidades estado, entre outros.

• Comentar arte, religião, ciência e leis mesopotâmicas;• Relacionar e identificar os motivos de disputa pelo território no passa-

do e na atualidade

egito antigo

• Conhecer a trajetória histórica do povo egípcio.• Compreender a relação entre o ambiente e a atividade humana para o

surgimento de uma sociedade.• Identificar alguns conceitos, como teocracia e destacar a localização

do Egito no Nordeste da África.• Tratar da importância das águas do rio amazonas e refletir e discutir

questões sobre o meio-ambiente.• Demonstrar interesse para que busque pesquisar sobre o Egito nos pe-

riódicos.• Compreender e explicar a influência dos aspectos geográficos sobre a

civilização egípcia.• Conhecer e analisar o episódio da reforma religiosa de Amenófis Iv.• Desenvolver uma postura coerente sobre o significado da morte.• Explicar i significado da frase: “O Egito é uma dádiva do Nilo”.

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120 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Identificar os grupos sociais que possuem mais poder na sociedade egípcia e que funções exerciam.

• Compreender por que o domínio da escrita era importante na socie-dade egípcia.

• Conhecer a evolução política do Egito e enumerar os acontecimentos mais importantes de cada período.

• listar evidências na vida após a morte.

história e Cultura afro-Brasileira

• Discutir sobre as visões a respeito da África, e a necessidade de nos aprofundar em aspectos de sua história que foram negligenciadas ao longo do tempo.

• Debater sobre o etnocentrismo e o racismo.• Conhecer a cultura africana e seus desdobramentos no Brasil. • valorizar a cultura afrodescendente a partir de sua participação para a

construção do estado nacional brasileiro. • Apresentar trajetórias de remanescentes de quilombos atuais e de-

monstrar como ainda continuam marginalizados.

hebreus

• Conhecer características gerais da história do povo judeu e sua cultura.• Compreender a influência da história hebraica sobre nossa sociedade,

sobretudo por meio da Bíblia.• Desenvolver a compreensão de novos conceitos como monoteísmo e

sociedade patriarcal.• Comentar e discutir sobre os problemas do Oriente Médio que trazem

consequências para toda a humanidade.

Fenícios e Persas

• Destacar as principais características desses povos e suas contribuições para o mundo antigo e contemporâneo.

• Reconhecer que os persas e fenícios são povos bastante mencionados na Bíblia.

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121ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Desenvolver a compreensão de aspectos da cultura persa atual. • Relacionar a cultura persa partir da origem dos tapetes persas.

grécia antiga

• Conhecer e identificar aspectos gerais da sociedade grega antiga.• Destacar o papel das narrativas mitológicas na explicação de muitas

características das sociedades que as produziram. Identificar o concei-to cidade-estado.

• Caracterizar o período Arcaico da História da Grécia antiga.• Comparar as cidades de Esparta e Atenas.• Reconhecer a importância da discussão política e a necessidade de

participarem dos destinos de sua comunidade.• Conhecer os confrontos existentes entre a civilização grega e persa.• Conhecer os confrontos entre as cidades estado e a posterior domina-

ção macedônica.• Avaliar a influência da cultura grega e helenística na cultura presente;

filosofia, democracia, olimpíadas, teatro.

roma antiga

• Relacionar a história de Roma com o sonho da estátua de Nabucodo-nosor;

• Explicar as Guerras Púnicas.• Identificar os problemas da cidade de Roma e relacionar com os pro-

blemas existentes no Brasil contemporâneo.• Caracterizar o período da república e conhecer o processo de transição

para o império.• Conhecer e discutir a política do Pão e Circo.• Apontar as causas para o declínio de Roma.• Conhecer o legado cultural do mundo romano.• Conhecer como viviam os romanos antigos.• Relacionar as origens do cristianismo e o mundo romano.

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122 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

germânicos

• Avaliar a influência germânica.• Conhecer e caracterizar os guerreiros germânicos.• Relacionar os germânicos e o fim do Império Romano.• Identificar a localização dos francos e influência do cristianismo sobre

o Império Carolíngio.

império Bizantino

• Citar as origens do Império Bizantino.• Caracterizar a sociedade, a economia e a política do Império Bizantino.• verificar a influência da arte Bizantina.

7º ano

Sistema Feudal

• Identificar a divisão de fases da Idade Média junto com suas peculia-ridades.

• Comentar a importância da terra para o funcionamento da sociedade feudal.

• Comparar o cotidiano medieval com o das sociedades atuais.• Indicar os principais acontecimentos que assinalam a passagem do

feudalismo para o capitalismo.

maomé e o islamismo

• Conhecer os principais fatos que deram origem ao islamismo.• Analisar a situação da mulher nas sociedades muçulmanas.• Comentar e compreender a contribuição da cultura islâmica para o

Ocidente Cristão.• Comparar o islamismo com o cristianismo.

a cultura nos tempos medievais

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123ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Situar a produção cultural medieval em seu contexto histórico e con-dicionante psicossociais;

• Analisar a importância do legado cultural da Idade Média;• Comentar a situação da ciência durante a Idade Média e aos problemas

que existiam: epidemias, saneamento básico e revoltas camponesas.• Crise de sistema feudal, Cruzadas e Renascimento comercial e urbano• Identificar as causas que determinam o início das Cruzadas;• Comentar o papel dos turcos no processo histórico da Baixa Idade Média;• Explicar a importância das Cruzadas para a história da Europa Oci-

dental;• Apreciar as várias dimensões de uma peregrinação;• Apresentar como se realiza o monopólio cultural do catolicismo até o

início dos tempos modernos;• Caracterizar o novo sistema de produção, o capitalismo;• Relacionar com o mundo contemporâneo quanto ao tema da fome e da

inflação dos alimentos em escala mundial.

mudanças na Cultura européia

• Analisar a inter-relação entre Renascimento e Reforma Protestante e Revolução Científica do início dos tempos modernos.

• Analisar e refletir a importância do humanismo e de seu trabalho de Retomada da Cultura Clássica.

• Caracterizar o Renascimento.• Conhecer os principais artistas/ cientistas e suas obras.

reforma religiosa

• Compreender a relação existente entre o Renascimento e a Reforma.• Conhecer os principais representantes do movimento protestante.• Refletir sobre a importância da liberdade religiosa e a importância do

respeito.• Explicar a origem da Igreja Católica Apostólica Romana e analisar

suas diferenças perante o protestantismo.

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124 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

monarquia absoluta

• Conceituar o absolutismo aproveitando-se da importância da drama-tização na sala de aula.

• Explicar a importância do mercantilismo no contexto da Idade Mo-derna.

• Conceituar o Estado Moderno.• Analisar a atuação da Burguesia na consolidação do Estado Moderno.

as navegações portuguesas

• Relacionar as causas do pioneirismo português nas Grandes Navegações.• Analisar os interesses e a atuação da burguesia no episódio das Gran-

des Navegações.

expansão marítima e comercial europeia

• Descrever a situação do comércio mundial em meados do século Xv. Explicar as causas da sida dos europeus, crise do século XIv.

Cidades e império na américa indígena

• Discutir e identificar as características gerais dos povos chamados de pré-colombianos.

• Ressaltar a grande diversidade cultural do continente.• Analisar as especificidades dos povos que habitavam a América antes

da chegada dos europeus.• Compreender que as sociedades pré-ameríndias tiveram uma intensa

vida urbana como é o caso dos astecas.

Sociedades indígenas brasileiras

• Perceber a relevância na atualidade de estudar para conhecer os povos indígenas.

• Compreender a variedade de culturas indígenas existentes no Brasil.• Refletir e relativizar os conceitos de “bárbaros” e “civilizados”, pois

cada sociedade deve ser analisada a partir de suas próprias referências culturais.

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125ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Contemplar a realidade atual do índio.• Ambição e tragédia: A colonização da América.• Analisar o processo de conquista europeia na América para entender

os aspectos da sociedade e cultura latino-americana.• Discutir as diferentes visões de mundo do período, para retirar a visão

dicotômica dos “vencedores” e “vencidos”.

Colonização Brasileira e governadores gerais

• Conhecer as primeiras expedições ao Brasil e processo de colonização.• Compreender e explicar a formação das capitanias hereditárias.• visualizar a participação dos Jesuítas no processo de colonização.• Identificar e analisar a atuação dos governadores gerais junto à popu-

lação indígena.

Sociedades e culturas africanas

• Relacionar a cultura brasileira com a sociedade e culturas africanas.• Conhecer parte da cultura de Gana, Mali e outras.• Conhecer as características gerais dos povos africanos estudados.

a colônia brasileira e o doce sabor do açúcar

• Conhecer o processo de organização da colônia brasileira.• Compreender e explicar o modelo agrário e exportador.• Entender e caracterizar o processo de cultivo da cana-de-açúcar na

América Portuguesa e o uso da escravidão africana.• Conhecer e explicar a sociedade que se organizou nos engenhos e co-

nhecer o trabalho realizado.

a escravidão no Brasil

• Conhecer e visualizar a crueldade e os castigos impostos aos trabalha-dores escravos.

• Compreender a amplidão do conceito de escravidão.• Entender o erro que existe por trás de qualquer forma de racismo.

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126 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Conhecer o cotidiano dos escravos percebendo a permanência das suas tradições.

• Conhecer e identificar a permanência do sistema escravista ilegalmen-te no Brasil.

• Relacionar com a situação dos trabalhadores da agricultura canavieira, submetidos a péssimas condições de trabalho em muitas lavouras.

8º ano

um Brasil Holandês

• Compreender e caracterizar a presença holandesa no Brasil comparan-do com a colonização portuguesa.

• Conhecer a importância da indústria açucareira como principio da econômica brasileira.

• Relacionar a vinda dos primeiros protestantes ao Brasil com os eventos históricos do período (perseguição da Igreja Católica).

religião e conquista na américa portuguesa

• Compreender a presença do catolicismo no período colonial e alguns dos fatores que colaboraram para a expansão dos domínios portugue-ses na América do Sul.

• Conhecer a origem das festas populares atuais e também dos feriados religiosos a partir da relação com a chegada do catolicismo ao Brasil.

revolução na inglaterra dos séculos Xvii e Xviii

• Compreender o processo de formação de uma monarquia parlamentar.• Conhecer as grandes mudanças sociais e econômicas que vieram como

consequência do início da produção industrial e o motivo do pionei-rismo inglês.

• Relacionar com a questão ambiental, o trabalho brasileiro.

Ciência e razão nos séculos Xvii e Xviii

• Compreender que o iluminismo não foi um movimento espontâneo,

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127ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

mas resultado de processos desencadeados nos tempos do Renasci-mento.

• Relacionar a adesão da burguesia com a crítica ao Antigo Regime.• Debater a respeito da tolerância a partir do pensamento de filósofos do

iluminismo.• Conhecer algumas trajetórias de cientistas brasileiras e demonstrar

como a ciência chegou ao Brasil, de forma sistemática, a partir da Re-pública.

• Compreender a importância do positivismo gaúcho para a humanidade.

dos estados Unidos à quase desunião dos estados

• Conhecer a história dos Estados Unidos, desde o processo de indepen-dência a “Marcha para Oeste”.

• Compreender o motivo da Guerra Civil americana e as várias razões do conflito.

o maior golpe contra o absolutismo francês

• Conhecer o processo revolucionário francês, compreendendo que a re-volução inaugurou um período de intensas lutas sociais, em busca da ampliação de direitos em diversos movimentos ao redor do mundo.

• Discutir a participação popular no movimento e relacionar a partici-pação popular nos movimentos políticos e sociais brasileiros.

o Brasil do século Xviii

• Identificar as mudanças que a descoberta do ouro trouxe para a socie-dade e estrutura brasileira.

• Saber que Minas Gerais não era a única fonte da extração de minério.• Discutir a participação do trabalho escravo nas áreas de mineração.• Conhecer os processos de independência ocorridos neste período.

da era napoleônica à era das restaurações

• Conhecer os principais movimentos ocorridos nos trinta primeiros anos do século XIX.

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128 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Relacionar o final da Revolução Francesa e as ondas revolucionárias ocorridas na Europa.

• Identificar a participação da burguesia estes movimentos.• Caracterizar os períodos de governo de Napoleão: Consulado e o Im-

pério.• Relacionar a história europeia e a brasileira neste período histórico.• Identificar o objetivo do Congresso de viena e o fracasso do mesmo.

a américa latina do século XiX

• Compreender e relacionar o período napoleônico com o processo de independência da América latina.

• Conhecer o significado de alguns conceitos como chapetones e criollos.• Identificar as principais semelhanças do processo de independência e

as características gerais dos Estados Nacionais que se formaram a par-tir das independências como as permanências ocorridas nas estruturas sociais e políticas.

Família real na colônia

• Conhecer o processo da vinda da família real portuguesa e o processo da independência brasileira.

• Relacionar com o contexto europeu e ao expansionismo francês.• Identificar as mudanças e influências da presença da família real em

nosso estado e região.• Discutir e conhecer os mitos que se construíram ao longo da história

brasileira.• Compreender que a separação de Portugal não era uma decisão aceita

por toda a sociedade, em todas as províncias, naquele momento.

Pensamentos revoluções e unificações

• Conhecer o período europeu que permitiu o desenvolvimento de ideias que se transformaram em bases ideológicas para vários movimentos, como o nacionalismo, liberalismo, e socialismo.

• Conhecer, compreender e relacionar termos como a Primavera dos Po-

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129ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

vos, o processo de unificação alemã e italiana, Comuna de Paris e o Manifesto Comunista.

a consolidação do império Brasileiro

• Caracterizar o período do 1º Reinado e o Período Regencial.• Compreender que as reações nas províncias foram as mais variadas.• Compreender que no Período Regencial faltava uma coesão política o

que motivou muitas revoltas.• Relacionar as motivações para as revoltas que iam desde a insatisfação

das elites locais com a política até as manifestações populares por me-lhores condições de vida.

o novo colonialismo do século XiX

• Compreender que as transformações tecnológicas alteraram o cotidia-no de muitos povos. Criando novos valores e práticas sociais e que estão associadas ao capitalismo monopolista, que se deu no processo de dominação colonial (África e Ásia) conhecido como Imperialismo.

• Discutir a questão racial que adquiriu discursos científicos entre os europeus, para justificar sua superioridade.

• Avaliar as consequências nas relações entre as grandes potências e os países mais fracos no cenário internacional.

o império brasileiro: modernidade e conflitos

• Caracterizar o período do 2º Reinado nos aspectos políticos e econô-micos, dando enfoque ao processo de industrialização, a expansão das ferrovias e a lei de terras.

• Conhecer os motivos, o processo e as consequências da Guerra do Pa-raguai.

• Relacionar a lei de Terras como o problema da distribuição de terras no Brasil atual.

o império do café

• Caracterizar a sociedade e economia ligada a cafeicultura e o seu co-tidiano.

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130 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Conhecer o processo de abolição e o processo de imigração.• Avaliar a condição feminina, o trabalho infantil e dos menores aban-

donados neste contexto.• Destacar as contribuições dos imigrantes para o Brasil, como por

exemplo, a contribuição protestante.

a república bate às portas

• Compreender e conhecer o processo de transição do Império para a República.

• Avaliar a construção de símbolos que se popularizaram com o início da República, como por exemplo, a bandeira brasileira.

• Refletir e conhecer a introdução de ideologias racistas no Brasil duran-te o final do século XIX.

9º ano

Começa o século XX no continente americano

• Conhecer e estabelecer os principais aspectos da história latino-ameri-cana contemporânea.

• Conhecer as principais diferenças e semelhanças entre as nações lati-no-americanas.

• Identificar as intervenções dos EUA sobre a América latina, caracteri-zando o Imperialismo.

• Caracterizar a política do Big Stick promovida pelo presidente Theo-doro Roosevelt.

• Conhecer os principais movimentos de contestação a dominação nor-te-americana, como a revolução Mexicana e outros.

o mundo em guerra pela primeira vez

• Analisar os acontecimentos anteriores à guerra e perceber os elemen-tos que podem ser considerados como suas grandes causas.

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131ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Conhecer algumas das questões que opuseram algumas das grandes potências que entraram em conflito.

• Conhecer as propostas e tratados de paz, identificando seu caráter im-positivo e punitivo as nações derrotadas através de mecanismos que mantiveram o clima de hostilidade entre as potências em guerra.

• valorizar o seu papel como cidadão e agente transformador em sua sociedade.

do czarismo ao Bolchevismo

• Conhecer e analisar os antecedentes revolucionários: longa permanên-cia da dinastia Romanov; as condições econômicas e os antecedentes ideológicos.

• Comparar as diferenças marcantes entre os movimentos de fevereiro e outubro de 1917.

• Conhecer e discutir as propostas das principais lideranças bolchevi-ques.

• Discutir e analisar as diferenças entre a prática do governo “stalista” e a ideologia que ele pretende representar.

• Caracterizar as greves e a criação de sindicatos, além do próprio Parti-do Comunista, como reflexos da Revolução Russa.

a república a favor dos coronéis

• Discutir e caracterizar o coronelismo, a condição política das elites, o crescimento urbano, a imigração, o movimento operário e a economia da borracha.

• Contextualizar com temas de sua própria região e temas mais atuais, como a atuação das elites locais na condução das eleições e troca de favores.

• Conhecer e compreender a influência da Belle Epoque, com a valo-rização de novas tecnologias, a incorporação de hábitos de consumo europeus, as reformas urbanas e sanitaristas.

• Discutir e comentar sobre a imigração no Brasil explorando a realida-de local, por meio de entrevistas ou organização de acervos familiares.

• Caracterizar a economia da borracha e conhecer o fato de que muitos

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132 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

migrantes e povos indígenas foram inseridos nessa economia.• Compreender a importância do voto e o exercício da cidadania.

revoltas e transformação política na Primeira república

• Analisar as revoltas que ocorreram durante a chamada república velha e a crise dos anos 1920.

• Identificar os processos de urbanização ocorridos na sua região.• Compreender a discussão acerca da participação do capital estrangeiro

e a formação de grupos contrários ao governo.• Debater e avaliara importância de se respeitar os direitos humanos.

Crise e totalitarismo nos anos 1920 e 1930

• Caracterizar e conhecer os principais acontecimentos ocorridos no en-tre guerras.

• Caracterizar os regimes totalitários.• Discutir e compreender a questão do antissemitismo.• Analisar a construção dos discursos totalitaristas (nazista e fascista) a

partir das necessidades da Alemanha e Itália em meados do século XX. • Demonstrar como a imagem dos líderes (Hitler e Mussolini) foi cons-

truída e desconstruída ao longo do século XX. • Relacionar situações de neonazismo em minha cidade e como comba-

ter este tipo de problema.

o Brasil nos anos de 1930 e 1940

• Analisar a importância de Getúlio vargas no contexto de nossa história.• Conhecer as tentações e contexto que propiciaram o início da indus-

trialização do Brasil; compreender a participação de vargas no estabe-lecimento das leis trabalhistas e de instituições como o Ministério da Educação.

• Compreender a dualidade existente na pessoa de vargas: Pai dos po-bres x Ditador.

• Apresentar as forças políticas atuantes durante a Era vargas.• Debater a manipulação ideológica no contexto da ditadura de vargas.

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133ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Identificar as características do governo populista permanente nos di-ferentes governos de 1945 a 1964.

• Reconhecer a influência dos EUA na política e na economia brasilei-ra no período populista, bem como na ideologia adotada pelas classes dominantes que a reforçavam e a reproduziam nas formas cotidianas de vida.

o mundo em guerra pela segunda vez

• Relembrar o chamado período entre guerras.• Organizar as informações necessárias para desenvolver a capacidade

de organizar as informações necessárias para construir um quadro (esquema) onde possa reconhecer as causas gerais.

• Caracterizar as duas fases da guerra.• Adquirir a capacidade de perceber, analisar e criticar as causas e os

motivos implícitos e explícitos da entrada dos estadunidenses no con-flito.

• Avaliar as consequências da guerra.

os tempos da guerra Fria

• Identificar os aspectos gerais do período pós-guerra, compreendendo a bipolaridade que existiu e que acabou por afetar as relações políticas e sociais em todo o planeta.

• verificar e identificar as medidas adotadas pelos EUA para ampliação de sua influência no cenário global e as medidas correspondentes da União soviética.

• Caracterizar a corrida armamentista que criou reais condições de des-truição da vida do planeta e a corrida espacial que foi outra expressão da Guerra Fria.

• Discutir a atenção que se deu a ficção científica e aos movimentos de contestação jovem.

o Brasil no contexto da guerra Fria

• Compreender e identificar a influência da Guerra dentro do contexto brasileiro.

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134 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Conhecer a trajetória política do Brasil que é importante para a discus-são sobre cidadania.

• Caracterizar e identificar o populismo.• Conhecer os principais acontecimentos do governo dos presidentes do

período de 1945 a 1964.• Compreender o contexto em que se deu a aplicação da ditadura militar.

rumos da américa latina pelo século XX

• Compreender os principais acontecimentos que moldaram a história da América latina a partir da segunda metade do século XX até os dias atuais.

• Caracterizar e identificar os governos populistas e a fase militarista.

África, Ásia e oriente médio no Século XX

• Compreender as estratégias de dominação utilizadas pelos europeus para o domínio dos continentes africano e asiático.

• Identificar as principais consequências socioculturais, econômicas e políticas sofridas pelos povos africanos e asiáticos após os desdobra-mentos de independência ao longo do século XX .

• Identificar as atuais situações de vida (conflitos: étnico-culturais, polí-ticos, econômicos etc.) vividos pelos povos do “Terceiro Mundo”.

• Conhecer os movimentos de contestação ocorridos na década de 70 em diferentes lugares do planeta.

os militares no poder

• Compreender as causas e metas do governo militar no Brasil ao re-primir as diferentes manifestações em prol da democracia, e quais as consequências atuais destas ações, que refletem na educação política dos brasileiros.

• Classificar os diferentes tipos de manifestação de contracultura exis-tentes no Brasil e no mundo ao longo das décadas de 1960 e 1970 e quais seus motivos objetivos.

• Conhecer os principais presidentes deste período e as políticas econô-micas adotadas.

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135ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Reconhecer o aparato propagandício do governo militar bem como suas estratégias econômicas para garantir o “desenvolvimento” da na-ção – o chamado “milagre econômico”.

• Identificar a importância dos arquivos da ditadura para compreender o governo militar e suas relações com a sociedade.

os anos finais da guerra Fria e seus desdobramentos

• Conhecer o fim do socialismo na União Soviética e no leste europeu e discutir o desenvolvimento do socialismo na China e o cenário re-cente.

• Caracterizar aspectos da ordem mundial após a Guerra Fria.

Contradições no mundo globalizado

• Conceituar Globalização e Neoliberalismo a partir da análise de situ-ações cotidianas da economia mundial vivenciadas na atualidade, e pesquisas.

• Explicar as consequências da Globalização na vida dos cidadãos do mundo. culturais, econômicas, relações sociais etc.

o Brasil após a redemocratização

• Identificar as práticas de diferentes governantes que o Brasil teve no período de 1985 até a atualidade (Sarney e lula), com relação à inser-ção do Brasil na economia Globalizada.

• Explicar a importância do impeachment do presidente Fernando Collor de Melo e suas consequências para a economia brasileira.

• Demonstrar como a população (os caras-pintadas) se manifestaram contra a continuação do mandato do dito presidente.

orientaçÕeS didÁtiCaS

A metodologia do ensino e aprendizagem de História propõe trabalhos temáticos, privilegiando assuntos que permeiam os interesses locais e globais

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136 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

relacionados, permitindo entender o entorno socioeconômico e sociocultural de determinado grupo social próximo ou do próprio grupo. Estudando temas de interesse específico ao mundo próximo vivenciado, estabelecendo relações com os conteúdos históricos, ajudando a construção de competências neces-sárias à ação do indivíduo para o mundo do trabalho e para o convívio harmô-nico social, de cidadania, solidariedade, justiça social e autonomia.

O desenvolvimento de trabalhos temáticos com objetivo de privilegiar a construção do conhecimento histórico significativo deverá ser acompanha-do do pensamento metodológico de como atingir os pressupostos teóricos da proposta curricular, oportunizando o aprendizado a partir de pesquisa, ques-tionamento e problematização de temáticas.

Algumas estruturas na escola devem ser modificadas. Quando se pre-tende basear a construção do saber na pesquisa, se faz necessário ampliar as estratégias de busca de fontes historiográficas. Normalmente se tem o livro didático adotado, e esse passa a ser o único transmissor de informações. Nesse contexto metodológico, devem-se utilizar diversos documentos e fontes his-tóricas. O educando precisa dispor desse material em sala de aula ou em bi-blioteca para então poder estabelecer as discussões entre as versões dos textos lidos. É no confronto de opiniões sobre a história e sobre situações históricas que se pode construir a própria opinião. É no exercício da análise de diversas visões de mundo que o educando aprende aos poucos a desenvolver a noção de que ele é um sujeito histórico, capaz de interagir e transformar os rumos da história de sua própria vida bem como de outras pessoas. Ele passa a entender melhor seu entorno social e a utilizar os conhecimentos apresentados em seu cotidiano.

Constituem situações imprescindíveis na abordagem de temas específi-cos, os seguintes aspectos:

• As diversas fontes de documentação histórica.• Teorias da História – estudo das visões de mundo e ideologias diferen-

ciadas de quem produz textos historiográficos em diversos tempos e espaços.

• As várias concepções de tempo histórico – como as sociedades con-ceberam a medida de tempo, bem como a compreensão das relações de continuidade/permanência e ruptura/transformação nos processos históricos.

• Memória Social (local e nacional) – onde se encontra instituída, como se constrói, qual sua importância de preservação junto aos grupos so-ciais.

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137ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

avaliação da aPrendiZagem

Entende-se por avaliação todo o processo de ensino e de aprendizagem em que se propõe construir conhecimento. A todo o momento a avaliação deverá estar ocorrendo, desde a seleção de problemáticas para pesquisa, pois está se levando em consideração o grupo de educandos, suas concepções pré-vias acerca do que se irá abordar.

No início dos trabalhos, os procedimentos precisam estar bem claros para todos os alunos. Durante as atividades, o educador deve tomar o cuidado de estar alerta para o que acontece diariamente nos grupos de trabalho, deve realizar relatórios sobre o ocorrido a cada aula, para então poder encaminhar novas orientações. Esse processo contínuo possibilita a construção do conhe-cimento, visto que o educando irá aos poucos avaliando o seu próprio “fazer” e também dos colegas, bem como estará ciente do que está aprendendo. Ele poderá, dessa forma, apreender os conceitos em estudo, pois as suas opiniões e construções conceituais estarão evidentes em todo o processo. Não necessi-tará de memorizar dados para respondê-los na verificação, e, sim, dissertará constantemente sobre algo que está descobrindo aos poucos, conforme a pes-quisa for se desenrolando.

As formas de se abordarem tematicamente os conteúdos permitem aos educadores realizar junto aos educandos conclusões conscientes sobre os as-suntos estudados, fruto de uma aprendizagem que ocorreu de forma interes-sante e significativa. As formas de expressão desses conhecimentos podem variar desde a produção de textos escritos, expressões artísticas, além de in-centivar a oralidade dos educandos ao apresentarem ao grande grupo as opi-niões construídas.

GEOGRAFIA

A Geografia é, por natureza, uma ciência social que abrange várias áreas do conhecimento, utilizando conceitos que envolvem a natureza e a sociedade em seus aspectos econômicos, populacionais, políticos e tudo aquilo que per-mita a leitura coerente do espaço geográfico e tenha o compromisso de des-pertar no educando a compreensão de mundo, das relações entre os homens e os espaços.

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138 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

representação e comunicação:

• ler, analisar, interpretar, deduzir, inferir sobre os códigos específicos da Geografia, considerando-os como elementos de representação de fatos espaciais.

• Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfica e geográfica como formas de organizar e conhecer a localização, a distribuição e a conse-quências dos fenômenos naturais e humanos.

investigação e compreensão:

• Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação, identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar, paisagem ou território.

• Selecionar e elaborar esquemas de investigação que desenvolvam a ob-servação dos processos de formação e transformação dos territórios, tendo em vista as relações de trabalho, a incorporação de técnicas e tecnologias e o estabelecimento de redes sociais.

• Analisar e comparar o processo de preservação e de degradação da vida no planeta, tendo em vista o conhecimento da sua dinâmica e a mundialização dos fenômenos culturais, econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza, nas diferentes escalas – local, regional, nacional e global.

Contextualização sociocultural:

• Reconhecer, na aparência das formas visíveis e concretas do espaço ge-ográfico atual, a sua essência, ou seja, os processos históricos, constru-ídos em diferentes tempos, e os processos contemporâneos, conjuntos de práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudan-ças na organização e no conteúdo do espaço.

• Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da Geografia.• Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais,

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139ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

sociais, econômicas, culturais e políticas no seu “lugar-mundo”, com-parando, analisando e sintetizando a densidade das relações e trans-formações que torna a realidade concreta e vívida.

COnTEÚDOS BáSICOS

6º ano

Geografia como ciência

• Conhecer a origem da geografia como ciência, sua função como disci-plina escolar e seu objeto de estudo.

• Reconhecer a importância e as áreas de trabalho do profissional da geografia.

• Conhecer e entender os conceitos chaves desta disciplina para análise espacial.

a origem da terra

• Conhecer as possibilidades apresentadas pela ciência para a origem do planeta Terra através de diferentes teorias.

• Compreender a organização do tempo geológico em tabelas ou escalas cronológicas, diferenciando a interpretação criacionista da evolucionista.

• Reconhecer as consequências do dilúvio na formação das bacias se-dimentares e da estrutura geológica atual dos continentes, através de processos tectônicos e erosivos ao longo do tempo geológico.

o Universo

• Conhecer as duas possibilidades apresentadas para a origem do Uni-verso.

• Conhecer alguns avanços técnicos e tecnológicos que possibilitaram o acesso da humanidade camadas mais distantes da atmosfera terrestre, visualizando melhor os astros mais próximos.

a terra por dentro-geologia

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140 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Conhecer e compreender a estrutura interna da Terra, sua composição, espessura, comportamento e as consequências causadas na superfície terrestre desta dinâmica.

• Compreender os conceitos de grau geotérmico, placas tectônicas e as atividades vulcânicas sísmicas e tectônicas.

• Reconhecer os tipos de rochas e minerais presentes na superfície da Terra, sua relação com as atividades da dinâmica da crosta terrestre e o aproveitamento econômico destes recursos.

• Entender as formas do relevo relacionadas aos processos internos de sua formação.

• Conhecer os diferentes recursos minerais componentes da crosta ter-restre e sua exploração e utilidade na vida cotidiana, associado aos im-pactos ambientais decorrentes desta exploração.

a modelagem do relevo terrestre

• Compreender os agentes e os processos de modelagem do relevo como promotores de intemperismo e erosão, modelando as formas da super-fície terrestre ao longo do tempo.

• Conhecer o processo de formação do solo, sua importância para a vida no planeta e os impactos ambientais resultantes do seu mau uso.

oceanos e mares

• Conhecer a composição dos oceanos, reconhecendo a sua localização, características de relevo, movimento das águas e recursos disponíveis ao homem.

rios e lagos

• Compreender o conceito de hidrografia relacionado aos rios e lagos do planeta.

• Entender o processo de abastecimento dos aquíferos e sua importância para as atividades humanas.

• Conhecer conceitos referentes a redes hidrográficas ciclo hidrológico, regimes de abastecimentos dos rios.

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141ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Analisar a importância dos recursos hídricos e a necessidade de sua utilização racional e consciente, bem como da urgência na conscienti-zação da escassez e necessidade de preservação de fontes e mananciais.

atmosfera

• Compreender o funcionamento da dinâmica atmosférica através da sua composição, compartimentação química e física.

• Reconhecer os fenômenos atmosféricos e suas manifestações através das condições do tempo e do clima de cada lugar.

• Conhecer os fatores e elementos determinantes das condições do tem-po e do clima.

• Reconhecer e analisar os problemas ambientais decorrentes da ação humana na atmosfera.

Paisagens vegetais

• Reconhecer nas formas e na composição as diferentes paisagens vege-tais existentes no mundo.

• Identificar os fatores climáticos e altimétricos e sua influência na for-mação e composição das paisagens vegetais naturais do planeta.

• Conhecer as formas de exploração econômica dos elementos destas paisagens e seu estado de conservação e exploração atual.

Questões ambientais

• Entender conceitos de biosfera e ecossistema e ecologia, aplicando-os a espaços cotidianos.

• Entender conceito de desenvolvimento sustentável e sua aplicação na sociedade.

Cartografia

• Conhecer e utilizar procedimentos de confecção e interpretação de mapas através das normas técnicas da cartografia.

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142 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Conhecer os elementos essenciais dos mapas para a clara representa-ção da informação e correta interpretação do fenômeno.

• Entender as formas de orientação espacial pelas referências astronômi-cas e equipamentos criados para esta finalidade.

Projeções cartográficas e fusos horários

• Conhecer os métodos utilizados para confecção de mapas e represen-tação cartográfica do planeta Terra.

• Conhecer e entender o funcionamento do sistema de coordenadas geo-gráficas e suas aplicabilidades na localização de aviões, navios, veículos em geral e qualquer ponto sobre a superfície da Terra.

• Entender o sistema de projeções utilizado para representar a superfície esférica do planeta em planos cartográficos.

• Conhecer o sistema de fusos horários, sua origem e estruturação, ten-do em vista o movimento de rotação da Terra e os meridianos.

7º ano

Brasil – localização e formação territorial

• Reconhecer a localização do Brasil em relação ao continente da Amé-rica do Sul, países vizinhos e localização astronômica.

• Conhecer a organização política do Brasil em relação aos estados e ca-pitais e pontos extremos.

• Conhecer o histórico da ocupação do território brasileiro regional-mente, segundo as atividades econômicas de exploração do território.

as características naturais do Brasil – relevo, geomorfologia, clima, hi-drografia e biomas.

• Reconhecer as características da estrutura geológica brasileira e as for-mas do relevo.

• Conhecer as bacias hidrográficas nacionais, suas características de

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143ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

quantidade, fluxo e extensão dos rios, bem como o seu aproveitamento econômico.

• Conhecer, compreender e analisar os tipos climáticos no Brasil, reco-nhecendo suas causas de latitude e demais razões naturais e antrópicas.

os domínios morfológicos do Brasil

• Conhecer os domínios morfoclimáticos ou biomas brasileiros decor-rentes dos diferentes climas locais e avaliar seu estado de conservação ou degradação pelas atividades econômicas práticas na região.

Formação do povo brasileiro

• Identificar a composição étnica da população brasileira, reconhecen-do-a no seu grupo social.

• Reconhecer os movimentos migratórios externos e internos que con-tribuíram para a formação da população brasileira.

• Conhecer as causas e consequências das migrações.• Analisar as movimentações internas de grupos populacionais regio-

nalmente, suas causas e consequências regionais e nacionais.

a população brasileira – taxas demográficas, pirâmide etária, crescimen-to populacional, setores da economia.

• Compreender conceitos demográficos relacionados aos dados coleta-dos pelo IBGE em relação à população brasileira em seu crescimento e qualidade de vida.

as cidades brasileiras – definição, organização, problemas ambientais.

• Conhecer a estrutura organizacional das cidades brasileiras e suas ca-racterísticas distintivas da zona rural.

• Compreender a relação entre os avanços tecnológicos e as cidades, ten-do em vista as inovações tecnológicas que propiciam a vida urbana em toda a sua intensidade.

• Conhecer e avaliar os problemas socioeconômicos e ambientais verifi-cados na zona urbana.

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144 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

agropecuária no Brasil – fatores, históricos, tipos de agropecuária, téc-nicas agropecuárias, relações de trabalho no campo e produtos agrícolas brasileiros.

• Reconhecer as características do território brasileiro associadas às ati-vidades agropecuárias, sua produção e tipos de produtos.

• Conhecer a importância da atividade agropecuária para o país, tendo em vista as exportações de produtos e seu rendimento.

• Identificar e compreender como se processam as relações de trabalho no campo brasileiro e suas implicações sociais na saída do campo para a cidade.

o complexo amazônico

• Conhecer o complexo geoeconômico amazônico em suas característi-cas das atividades econômicas relacionadas à agropecuária.

• Conhecer os conflitos pela posse da Terra na região.• Identificar a importância dos transportes hidroviários e do turismo

natural na Floresta Amazônica.• Compreender a importância econômica da Zona Franca de Manaus

para a economia da região.

o complexo nordestino

• Conhecer o complexo nordestino em suas atividades econômicas pri-márias ou industriais.

• Analisar a importância do turismo no nordeste e os problemas rela-cionados a ele.

o complexo centro-sul

• Conhecer o complexo do centro-sul em relação a suas atividades eco-nômicas, redes e fluxo dos transportes e as atividades turísticas dispo-níveis nos estados.

as redes de comunicação no Brasil

• Conhecer o histórico das comunicações no país e sua atuação e abran-gência atual.

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145ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Avaliar a influência dos meios de comunicação sobre a sociedade.

relações comerciais e organizações internacionais – Participação do Bra-sil na onU, na oea, no mercosul e questões relacionadas à dívida exter-na, inflação e bolsa de valores

• Reconhecer a participação do Brasil nas relações internacionais e nas instituições de integração internacionais tendo em vista as questões econômicas envolvidas.

Contrastes socioeconômicos

• Conhecer as contradições sociais e econômicas do Brasil referentes às principais questões: educação, moradia, saúde e ocupação da terra.

8º ano

Apropriação do Poder no Mundo

• Conhecer o histórico da ONU, sua formação e funções; Sua relação com países membros e projetos; A visão do mundo a respeito desta organização.

• Conhecer a origem do G-7, e suas funções; as decisões e suas consequ-ências.

• Conhecer a OEA, sua origem e funções; Sua relação com países mem-bros e objetivos.

Poder paralelo

• Reconhecer as formar de poder além do institucional, considerando como poder paralelo, identificando as formas de atuação, questiona-mentos que fazem sobre o poder instituído e consequências políticas, sociais e econômicas das suas ações, nas formas nacionalista, terroris-ta, narcotráfico e paraísos fiscais.

o Continente africano – aspectos naturais

• Reconhecer o continente africano em sua localização no mundo, li-

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146 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

mites e características naturais (relevo, geologia, clima, vegetação e hidrografia).

a África do norte e África Subsaariana– demografia, atividades econômi-cas, educação e conflitos.

• Conhecer o histórico da ocupação humana no continente, as influên-cias culturais asiáticas e europeias, determinantes das características atuais em cada uma das duas sub-regiões.

• Distinguir a região saariana da África do Centro e Sul, tendo em vista as condições socioeconômicas de cada região. Conflitos e problemas ambientais de saúde, econômicos e políticos decorrentes de décadas de exploração por estrangeiros europeus.

• Conhecer as origens territoriais dos africanos vindos como escravos para o Brasil, atuais relações diplomáticas e comerciais brasileiras com os países do continente africano, geografia das comunidades remanes-centes de quilombos no Brasil atual.

o continente americano – aspectos políticos, físicos e povoamento da américa do norte, Central e do sul

• Reconhecer as características políticas do continente americano sub-dividido em Centro, Norte e Sul.

• Identificar através de mapas a composição de cada região através de seus países continentais e insulares.

• Conhecer características de povoamento e composição étnica do con-tinente e suas implicações culturais e de atividades econômicas desen-volvidas.

estrutura geoeconômica – países desenvolvidos e subdesenvolvidos, es-trutura econômica, urbana e qualidade de vida.

• Reconhecer as características da estrutura econômica dos países ame-ricanos, tendo em vista seu nível de desenvolvimento e modelo econô-mico adotado.

diferenças entre o modelo capitalista dos eUa e o modelo socialista cubano

• Estabelecer paralelo entre o modelo capitalista dos EUA e o modelo socialista cubano.

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147ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

a regionalização comercial da américa

• Conhecer as organizações dos países americanos e seu significado diante do contexto continental.

• Conhecer a regionalização comercial da América.

aspectos gerais da globalização – liberalismo, protecionismo e relações diplomáticas.

• Compreender o conceito de globalização e as teorias relacionadas, bem como as suas formas de aplicabilidade nas relações econômicas e so-cioculturais.

• Analisar as possibilidades e contradições do processo de globalização que não acontece globalmente de forma homogênea.

integração dos lugares no mundo globalizado – comunicação e transpor-tes

• Reconhecer os meios que tornam possível a expansão do processo glo-bal através das tecnologias da informação, dos transportes e dos fluxos comerciais e de capitais.

globalização da sociedade – cidades, trabalho, poder e problemas urbanos.

• Entender a organização do trabalho segundo a DIT e o processo de ur-banização e suas implicações na estruturação da cultura, da economia e do consumo.

globalização do consumo

• Compreender as características de uma sociedade de consumo atual e as necessidades geradas pela produção intensiva decorrente dos avan-ços tecnológicos.

• Avaliar os impactos ambientais decorrentes do excesso de consumo e geração de lixo, analisando documentos e decisões de encontros inter-nacionais em favor do meio ambiente.

9º ano

Recursos minerais e combustíveis fósseis

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148 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Conhecer os conceitos relacionados aos recursos naturais renováveis e não-renováveis, bem como compreender as condições em que se reno-vam ou não na natureza e sua disponibilidade.

• Identificar recursos minerais metálicos e não metálicos, sua disponibi-lidade na natureza e aplicabilidade como um recurso econômico.

• Conhecer aspectos relacionados à produção e consumo de petróleo como fonte fóssil de matéria-prima para centenas de produtos.

• Conhecer o processo de formação do solo, sua importância econômica e as consequências de seu uso irresponsável.

recursos naturais e problemas ambientais

• Conhecer os principais problemas ambientais reconhecendo suas cau-sas e consequências.

Problemas ambientais em debate

• Conhecer os movimentos ambientalistas criados a partir da década de 1960 e os posicionamentos defendidos pelos ecologistas.

• Conhecer o conceito de sustentabilidade entre os interesses ambientais e econômicos em disputa.

aspectos naturais da europa

• Conhecer o continente europeu em seus aspectos de geomorfologia, relevo, biomas e clima.

• Reconhecer a localização e a estruturação política dos países do con-tinente.

• Conhecer a formação étnica do continente através da ocupação do ter-ritório desde a antiguidade.

População e economia da europa

• Avaliar a densidade demográfica europeia, sua estrutura e as implica-ções econômicas decorrentes da alta expectativa de vida e baixa nata-lidade.

• Conhecer as características econômicas europeias regionalmente e se-gundo as atividades desenvolvidas.

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149ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Identificar áreas turísticas e o tipo de atividades praticadas em cada região.

geopolítica da europa

• Conhecer a estrutura geopolítica do continente ao longo do século XX, os conflitos bélicos e suas consequências na formação dos países e as relações que se estabeleceram ao longo da história nos períodos da Guerra Fria e pós.

aspectos naturais da Ásia

• Conhecer o continente asiático em seus aspectos políticos, de localização.• Identificar características da geologia, do relevo, da hidrografia e dos

climas do continente.

População e economia da Ásia

• Reconhecer a diversidade étnica que compõe a população do continen-te e aspectos relacionados ao crescimento populacional e qualidade de vida nos países regionalmente.

• Identificar e conhecer as características de produção econômica da Ásia.

• Analisar a situação dos dois gigantes asiáticos em população e cresci-mento econômico – China e Índia, tendo em vista o grau crescente da sua participação na economia mundial.

aspectos culturais e geopolíticos da Ásia

• Conhecer as razões históricas dos conflitos étnicos, territoriais e reli-giosos no continente e suas implicações sociais e políticas enfrentadas pelos povos.

oceania

• Reconhecer as características de localização e naturais da Oceania.• Conhecer o processo histórico de colonização e exploração do território.• Compreender o processo de formação da população e implicações na

destruição da população nativa.

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150 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Entender as relações políticas que envolvem os países mais importan-tes da Oceania sob o aspecto econômico – Austrália e Nova Zelândia.

antártida

• Conhecer o histórico de ocupação da Antártida desde o século XIX e as expedições de investigação científica no continente.

• Reconhecer aspectos naturais da Antártida e seus recursos naturais minerais e animais.

• Compreender e avaliar os tratados para preservação da Antártida.• Conhecer a participação do Brasil nos estudos realizados no continen-

te.• Avaliar a importância da manutenção da região sem atividade explora-

tória, condição vital para a questão climática mundial.

orientaçÕeS didÁtiCaS

A Geografia no Ensino Fundamental tem como objetivo principal alfa-betizar o educando espacialmente em suas diferentes escalas e configurações, dando-lhe suficiente capacitação para manipular noções de paisagem, espaço, natureza, estado e sociedade.

Tendo por pressuposto tal compreensão no desenvolvimento dos con-teúdos, o educador trabalhará no sentido de constatar que a sociedade, ao ocupar um determinado espaço, de acordo com os seus interesses e necessida-des, vai modificar esse espaço, provocando transformações na natureza. Nesse momento, analisa-se com o educando o estado de conservação e/ou degrada-ção da superfície terrestre. Ao desenvolver essas reflexões, mostrará também quais as transformações que a natureza sofreu e qual o aproveitamento que a sociedade faz dela.

Trabalhando com as experiências de vida do educando, ou seja, com conhecimento não teorizado que ele possui sobre a relação homem-natureza, homem-homem e com os conhecimentos sistematizados apresentados pelo educador numa relação de comparação com fatos de outros lugares; o educan-do construirá cumulativamente os conhecimentos que o levarão à compreen-são do espaço geográfico.

A prática pedagógica do educador de Geografia deve preocupar-se com a interpretação de fenômenos numa abordagem socioambiental, estabelecen-

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151ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

do a devida relação entre a Geografia humana e a física. O espaço deve ser estudado e analisado a partir de problemas nos quais se valoriza o educando como agente na construção desse espaço, favorecendo a compreensão da glo-balidade.

Procedimentos que favoreçam a investigação, a pesquisa, a reflexão e a aprendizagem significativa devem estar presentes no fazer pedagógico do educador de Geografia, bem como as aulas práticas, utilizando a natureza e outros espaços como verdadeiro laboratório de aprendizagem, através dos quais, junto ao ambiente, o educando terá melhor compreensão do poder criador de Deus.

avaliação da aPrendiZagem

A avaliação de Geografia deverá proporcionar ao educando reflexão do conhecimento em construção e contribuição para o exercício da cidadania, considerando que é uma matéria dinâmica e que sofre transformações cons-tantes, devendo ser realizada de maneira contínua e sistemática, priorizando a qualidade do conhecimento construído.

O educador poderá utilizar diversos procedimentos, como: relatórios de aulas práticas, observações de campo, relatórios de vídeos, produção e in-terpretação de mapas, cartas topográficas, fotografias e imagens de satélites, análise de gráficos estatísticos, demográficos, econômicos, climogramas, se-minários e debates, experiências vividas, avaliações escritas, pesquisas orien-tadas, etc.

Diante das ferramentas apresentadas, é importante lembrar, que as mes-mas não devem, entretanto, limitar a capacidade criativa de cada educador.

ENSINO RELIGIOSO

O Ensino Religioso é um processo contínuo de desenvolvimento e aper-feiçoamento do ser à luz da relação estabelecida com Deus em Jesus Cristo. Por isso, o foco central é o restabelecimento das relações entre as criaturas e seu Criador, estendendo-se a todos que o cercam. Quando buscarmos compa-nheirismo e comunicação com Ele, somos capazes de desenvolver um caráter que se expressa finalmente no serviço aos outros.

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152 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

representação e Comunicação:

• Desenvolver o pensamento cristão.• lidar de maneira construtiva com as diferenças, de tal forma a atuar

em equipe, construir, realizar e avaliara ação escolar.• Conhecer a Bíblia, sua origem e versões e, reconhecê-la como fonte de

verdade.

investigação e compreensão:

• Incentivar a observação, a pesquisa e a reflexão sobre as sociedades e os fenômenos religiosos.

• Compreender a religião como uma religação ao Criador.

• Compreender as diferentes manifestações religiosas como expressões de fé.

• Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e a prática religiosa.

Contextualização sociocultural:

• Desenvolver o compromisso cristão exercitando sua cidadania.

• Perceber os direitos (e respectivos deveres) do cidadão como parte de uma construção social.

• Observar nas práticas sociais o respeito/desrespeito, conhecimento/ desconhecimento dos diretos e deveres no exercício da cidadania.

• Identificar os direitos (e respectivos deveres) emergentes cuja necessi-dade de institucionalização é reivindicada socialmente.

• Analisar fenômenos da mídia, servindo-se de conhecimentos socioló-gicos e religiosos.

COnTEÚDOS BáSICOS

6º ano

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153ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

A liberdade da escolha

• Compreender o livre arbítrio.• Entender que o livre arbítrio é um presente de Deus.

escolhas do céu: de deus (criação), dos anjos e de adão e eva.

• Mensurar a responsabilidade de ser livre.• Compreender que desde a criação todos tiveram a oportunidade da

escolha.

as escolhas e sua relação com o destino do homem

• Reconhecer que a liberdade trás consequências boas ou ruins, depen-dendo das escolhas.

• Aceitar que a obediência a Deus faz parte da liberdade de escolha.• Perceber que o Céu é um lugar destinado àqueles que usarem sabia-

mente a liberdade concedida por Deus.

Personagens bíblicos e suas escolhas: Caim, noé, abraão, jacó, josé, moisés, raabe, gideão, Sansão, rute, Samuel, Saul, davi, Salomão, elias, eliseu, ezequias, ester

• Compreender que é necessário ter sonhos e alvos na vida.• Entender que os alvos devem estar de acordo com a vontade de Deus.• Reconhecer que ser fiel a Deus é a melhor decisão.• Perceber que confiar em Deus proporciona coragem para enfrentar os

desafios da vida.• Desenvolver boa autoestima.• Compreender e assumir as limitações diárias.• Compreender que a presença de Deus traz segurança.• Entender que o autocontrole é superior que a força física.• valorizar as pequenas coisas em face das grandes.• Aceitar que Deus fala conosco através da Bíblia.• Entender que a beleza e fama sem a presença de Deus é passageira.• valorizar a generosidade e refletir sobre a recompensa de Deus.

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154 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Aprender respeitar as pessoas com suas diferenças.• Reconhecer a importância de uma vida otimista.• Aprender lições de paciência.• Confiar no poder de Deus.

7º ano

Quem é jesus, nascimento, infância e juventude.

• Saber que Jesus foi o maior presente que o mundo já recebeu e que nós somos seus representantes para o mundo.

• Compreender a importância de ser imitador de Jesus.• Conhecer os métodos que Jesus usava para derrotar o inimigo.• Entender que Jesus usou pessoas simples para anunciar o evangelho e

pode utilizar também os estudantes.• Compreender que Jesus era o Messias esperado, o Filho de Deus.

lições de amor ligadas ao amor de deus.

• Aprender sobre o amor de Deus através do exemplo deixado pelo seu Filho aqui na terra.

• Entender que o julgamento pertence apenas a Deus.• Compreender que errar é humano e que precisamos ser tolerantes, as-

sim como Deus é paciente conosco.• Saber que Deus ama os pecadores e Ele os procura.• Conscientizar-se de que cada um é responsável pelo seu tempo, saúde,

e bens.• valorizar os dons que Deus dá a cada um.• Desenvolver o amar ao próximo como a si mesmo.• Praticar os ensinos de Jesus.

encontros e desencontros com o Pai.

• Compreender que a única maneira de ter uma vida transformada é somente por meio de Jesus.

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155ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Saber que só Jesus pode preencher o vazio existencial.• Entender que quando há arrependimento há mudança.• Conhecer sobre o caráter de Jesus.• Fortalecer a fé e saber que só Jesus pode ajudar diante do problema da

morte.

a grande vitória no Senhor

• Entender que a igreja é um lugar de encontro com Deus.• Compreender o valor do verdadeiro culto a Deus.• Saber que Jesus é a verdadeira páscoa.• Compreender sobre o sacrifício de Jesus como o único meio de poder

obter a salvação.• Entender que através da morte e ressurreição de Jesus temos direito a

vida eterna.• Saber que a volta de Jesus está próxima e o preparo deve ser agora.

8º ano

a origem do conflito cósmico

• Reconhecer que Deus é um Ser poderoso, sábio e amoroso, que criou todo o universo.

• Compreender a natureza da rebelião de lúcifer.

os conflitos do homem e a solução de deus

• Entender que cada um é responsável pelas suas ações.• Compreender que Deus dotou o ser humano com capacidade para fa-

zer escolhas.• Saber que o pecado afastou o ser humano de Deus e trouxe consequ-

ências.• Conhecer sobre o plano de salvação feito antes da fundação do mundo.

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156 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Porta vozes de deus para auxiliar os homens

• Compreender sobre o chamado de Deus a todos os povos.• Entender que o povo israelita rejeitou o Messias e que a igreja tem a

missão de pregar o evangelho.• Conhecer o sistema de sacrifício que apontava para o sacrifício de Jesus.• Saber que assim como Elias, Deus tem filhos corajosos e fiéis em todo

o lugar.• Aprender sobre a vida de Isaías e suas lições deixadas.• Compreender que através das profecias de Daniel, Deus está no co-

mando da história desse mundo.

o papel do filho de deus no conflito entre o bem e o mal

• Saber que a graça de Deus é oferecida a todas as pessoas.

a participação do homem na restauração da verdade

• Compreender que a Bíblia é verdadeira e que os quatro evangelistas comprovam sua veracidade.

• Reconhecer Paulo como um homem inspirado por Deus e que muito contribuiu com os escritos no Novo Testamento.

• Conhecer algumas verdades do Espírito de Profecia.

Como se dará o desfecho do conflito

• Reconhecer que os acontecimentos indicam que Jesus está próximo a voltar.

• Desenvolver uma vida de preparo para a volta de Jesus.• Conhecer sobre o estado do homem com respeito a morte.• Aprender sobre o Milênio.• Saber que após o milênio o universo estará seguro para sempre, porque

o pecado e a rebelião nunca mais se levantarão.

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157ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

9º ano

mudanças internas para ter uma vida semelhante à de jesus.

• Entender que o pecado não é apenas um ato errado, mas uma condição errada, motivos errados.

• Saber que as consequências do pecado incluem a separação do ser hu-mano do seu criador e leva a morte.

• Compreender que a culpa e o remorso são duas coisas distintas.• Aprender sobre o arrependimento que conduz ao perdão.• Saber que o único método que restaura as relações rompidas é o perdão.• Conhecer sobre o novo nascimento e o Reino de Deus.

Uma vida de relacionamento com deus

• Conhecer a Bíblia como um livro singular e que tem poder para mudar vidas

• Desenvolver o hábito da oração e entender o valor desse relacionamen-to com Deus.

• Desenvolver o hábito da meditação e comunhão com Deus.• Compreender sobre o exemplo de comunhão deixado por Cristo quan-

do esteve na terra.• Aprender a contribuir sobre o bem estar da família.

a vida cristã na prática

• Saber que é importante preservar a saúde, para viver mais e se relacio-nar melhor com Deus.

• Entender que a saúde física influencia na vida espiritual.• Compreender sobre o processo da santificação que deve ser duradoura.• Reconhecer em Deus o poder transformador.

a verdadeira missão

• Reconhecer a igreja como lugar de adoração, companheirismo e cura para o pecado.

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158 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Utilizar os dons concedidos por Deus para propalar a sua mensagem.• Desenvolver uma vida de cristianismo autêntico, influenciando outras

pessoas a Cristo.• Aprender que a gratidão é o que motiva a vida do cristão.• Reconhecer o grande amor do Criador por sua criatura.

orientaçÕeS didÁtiCaS

O caráter do homem é o ingrediente básico de todos os problemas hu-manos, cuja solução está condicionada a uma mudança drástica da natureza humana. Contudo, uma mudança de tal ordem só pode ser equacionada pela educação e, assim mesmo, se estabelecida em bases corretas.

O Ensino Religioso se propõe a ensinar o cristianismo prático, pelo qual o educando reflete, questiona, analisa temas relevantes do seu dia a dia à luz da Bíblia para considerar sua tomada de posição como um ser social e sua responsabilidade frente às decisões da vida. É também o ponto de partida para se estabelecer a compreensão de nosso lugar no mundo e onde se define a es-colha do estilo de vida de cada um.

Segundo H. E. Carnack (1968) o Ensino Religioso deve atingir três ob-jetivos básicos, são eles: trazer o aluno a Cristo firmá-lo em Cristo e induzi-lo a trabalhar por Cristo, e tais resultados só são obtidos quando há o casamento entre conhecimento e experiência de vida. O professor de Ensino Religioso deve ter a competência escolar quanto o cristianismo experimental, e a essên-cia desse cristianismo não é um corpo de conhecimento para digerir ou um livro para estudar, mas sim, uma vida para viver.

O que torna o Ensino Religioso valioso, interessante e importante é sua relação com o significado da vida individual de cada estudante aqui e agora. Os temas bíblicos da natureza de Deus, a natureza do homem, a revelação de Deus nas Escrituras e os temas do pecado e redenção são mais que meras fór-mulas para se acreditar – são questões vitais diárias.

A disciplina de Ensino Religioso procura criar situações para que todos os educandos adquiram conhecimentos, habilidades, valores, atitudes e sen-timentos, tendo como referência a Bíblia Sagrada, seus estudos melhoram, a habilidade individual de pensar por si mesmo e fortalecem o próprio caráter. Desenvolvem valores de honestidade, respeito, veracidade, sacrifício próprio, integridade, confiança, amor à família e a Deus.

Segundo o modelo de Cristo, devemos propiciar o desejo de conhecer a Deus e Seu propósito para o homem; despertar o interesse pelas pessoas e a

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159ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

necessidade de conviver bem com os outros.O trabalho de levar aos outros a mensagem de Deus não deve ser feito

no improviso, antes, deve ser muito bem planejado para que possa alcançar o sucesso.

A partir do interesse e da necessidade do educando, podemos atraí-lo para encontrar as respostas e as verdades que estão na Bíblia e ver a aplicação das verdades em sua vida prática.

O estudo da Bíblia deve ser feito através da comparação de um texto com outros textos, respeitando seu contexto, tanto no velho como no Novo Testamento. Podemos enriquecer esse estudo se, além da pesquisa, utilizar-mos diferentes traduções e versões da Bíblia, bem como comentários e livros explicativos sobre o contexto: costumes da época, linguagens utilizadas, etc.

Fazer uso de diferentes estratégias contribuirá para que o educando te-nha oportunidade de refletir e expor suas ideias a respeito do assunto estuda-do. Pesquisa bíblica e histórica, dramatização, solução de problemas, projetos de estudo e comunitários, exposição de material coletado e pesquisado, con-fecção de painéis e cartazes, entrevistas, simulações, pesquisa de campo e mú-sica. A utilização de ilustrações como: mapas, vídeos, fotos, muito contribuirá para uma melhor aprendizagem.

Basicamente, a educação cristã prima por qualidade, e está engajada na busca da excelência e, se genuína, pode contribuir com soluções para os an-gustiantes problemas humanos.

avaliação da aPrendiZagem

O Ensino Religioso possibilita uma relação significativa e pessoal com Deus, favorecendo um processo de identificação, avaliação e aplicação dos valores cristãos.

É necessário desenvolver um projeto de avaliação que situe o educando, não como um receptor de informações bíblicas, mas como um agente a servi-ço da comunidade e que compartilha suas experiências cristãs.

A avaliação deve ser efetivada através da observação e relatos do educa-dor, do educando e dos colegas, diante das diferentes propostas de atividades elaboradas. É importante dar ênfase, ao saber lidar com suas emoções, agir de acordo com os princípios cristãos e responsabilizar-se por seus atos, para um convívio feliz com o outro e a esperança da eternidade.

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160 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

EnSInO MÉDIO

lingUagenS, CódigoS e SUaS teCnologiaS

A linguagem permeia todos os nossos atos cotidianos. Ela nos acompa-nha onde quer que estejamos e serve para articular não apenas as relações que estabelecemos com o mundo, como também a visão que construímos sobre o mundo.

A linguagem nos possibilita pensar nos objetos e a operar com eles na sua ausência. Essa capacidade de abstração, que caracteriza o ser humano, só se tornou possível porque o homem, impelido pela necessidade de se orga-nizar socialmente, construiu a linguagem, um conjunto de signos que são a representação do real.

Nessa perspectiva, a língua é um sistema de signos históricos e sociais que possibilitam ao homem significar o mundo e a realidade. Assim, aprendê-la é aprender não só as palavras, mas também os seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio social entendem e interpretam a realidade e a si mesmas.

O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de ple-na participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Assim, um projeto educativo com-prometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os sujeitos o acesso aos saberes linguísti-cos necessários para o exercício da cidadania, direito de todos.

A análise das outras linguagens – artes, atividades físicas – sugere um encontro cada vez mais profícuo, nos processos comunicativos do sistema de linguagem.

Ao se propor trabalhar por área de conhecimento faz-se necessário ana-lisar e aceitar o caráter transdisciplinar da linguagem e a inter-relação dos sistemas de linguagem; nunca perdendo a especificidade dos conceitos que direcionam as disciplinas e suas metodologias de pesquisa provocando a inte-gração horizontal e vertical dos conhecimentos trabalhados na prática peda-gógica e no dia a dia do educando.

Na Educação Adventista as diferentes linguagens colaboram para o de-senvolvimento integral do educando, “à frente do estudante existe um caminho

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161ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

aberto de contínuo progresso. Ele tem um objetivo a realizar, uma norma a al-cançar, os quais incluem tudo que é bom, puro e reto”. (WHITE, 2008, p. 9).

LÍNGUA PORTUGUESA

O componente curricular de língua Portuguesa contribui para a forma-ção da cidadania quando possibilita a ampliação do domínio da língua e da linguagem. Por meio da língua, as pessoas combinam palavras em expressões complexas, aprendem pragmaticamente seus significados culturais e os mo-dos pelos quais os outros entendem e interpretam a realidade e a si mesmos e, usando a linguagem, comunicam-se, trocam opiniões, têm acesso a infor-mações, manifestam pontos de vista e produzem cultura. Para interagir por meio da língua e da linguagem, o sujeito necessita desenvolver conhecimento discursivos e linguísticos, sabendo adequar suas produções orais e escritas a diferentes situações de interlocução.

Portanto, o ensino e aprendizagem da língua deve organizar-se em tor-no da pluralidade de atividades discursivas, o que prevê variedade de textos e gêneros. Ao professor, cabe a tarefa de perceber as necessidades e possibili-dades de aprendizagem dos sujeitos, para planejar, programar e dirigir ativi-dades didáticas que favoreçam a expansão da capacidade de uso e reflexão da linguagem, em situações significativas.

O espaço da língua Portuguesa na escola é garantir o uso ético e estético da linguagem verbal. Fazer compreender que pela linguagem é possível trans-formar/reiterar o social, a cultura, o pessoal, aceitar a complexidade humana, o respeito pelas falas, como parte das vozes possíveis e necessárias para o de-senvolvimento humano, enfim fazer o educando se comparar a um texto em constante interação com outros textos.

Precisa-se entender a língua Portuguesa em sua especificidade e em seu caráter transdisciplinar, focalizando-se a linguagem verbal. O ensino da língua Portuguesa não deve se pautar no domínio técnico da língua, mas no saber usá-la em situações que exigem reflexões, valorizando o social e o sim-bólico da atividade linguística.

White (2008) menciona que

nenhuma habilitação adquirida por meio do conhecimento das regras gramaticais pode comparar-se em importância com o estudo da língua de um ponto de vista mais elevado. Em grande parte se acha ligado a esse estudo o sucesso ou insucesso na vida. O principal requisito da lin-guagem é que seja pura, benévola e verdadeira - a expressão exterior de

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162 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

uma graça interna. Diz Deus: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, se há algum louvor, nisso pensai.” Filip. 4:8. E se tais forem os pensamentos, tal será a expressão. (WHITE, 2008, p. 144).

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.

• Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.

• Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de co-municação e informação para resolver problemas sociais.

• Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e infor-mação, considerando a função social desses sistemas.

• Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das lingua-gens e dos sistemas de comunicação e informação.

analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, rela-cionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organi-zação, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produ-ção e recepção.

• Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produ-ção, levando em conta o compromisso estético da literatura e o contex-to histórico, social e político.

• Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.

• Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e per-manentes no patrimônio literário nacional.

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163ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.

• Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e ti-pos.

• Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.

• Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preserva-ção da memória e da identidade nacional.

Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.

• Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábito.

• Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.

• Inferir em um texto, quais são os objetivos de seu produtor e qual é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utiliza-dos.

• Reconhecer, no texto, estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como: a intimidação, sedução, como-ção, chantagem, entre outras.

Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, gerado-ra de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

• Identificar em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.

• Relacionar as variedades linguisticas a situações específicas de uso social.

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164 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas dife-rentes situações de comunicação.

entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desen-volvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científi-cos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos pro-cessos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.

• Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.

• Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comuni-cação e informação.

• Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvi-mento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.

Conteúdo eStrUtUrante/ConteúdoS BÁSiCoS

COnTEÚDO ESTRuTuRAnTE

• Discurso como prática social

1º ano

linguagens e interação social

• linguagem verbal e não verbal• Interação• Interlocutores• Texto (noções gerais da linguagem)• Definição de charge• Definição de cartum

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165ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

As funções da linguagem

• Função referencial• Função conativa• Função emotiva• Função fática• Função metalinguística• Função poética• variação linguística

Estudo da língua

• Histórico e evolução da língua• léxico• Estudo da gramática

O significado das palavras

• Denotação e conotação• Cara ou coroa: as duas faces do signo linguístico• Polissemia• Palavras ou expressões sinônimas• Antônimos (paráfrase)• Palavras abrangentes e específicas (hipônimos, hiperônimos)• Palavras homônimas e parônimas• Palavras dêiticas e anáforas• Implícitos: subentendidos e pressuposições

Textualidade e produção de sentidos

• Texto e enunciação• Coesão e coerência

Intertextualidade e compreensão dos sentidos

• Intertextualidade e intertextualidade em outras linguagens• Provérbios

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166 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Paráfrase e paródia – diferença intertextual

Textos, gêneros e esferas

• Formas da comunicação• Tipos, gêneros e esferas

Fonologia: decifrar e interagir

• Fonologia e fonema (classificação dos fonemas)• Tonicidade – a cadência dos fonemas• Por que, porque, por quê, porquê • Regras de acentuação gráfica• Separação de sílabas

Estruturas das palavras

• Unidades significativas• Morfemas ligados ao domínio da realidade• Morfemas ligados ao domínio da língua (vogal, temática, tema, afixos,

desinências verbal e nominal)

Radicais e prefixos gregos e latinos

• Radicais e prefixos gregos• Radicais e prefixos latinos

Processos de formação de palavras

• língua e significado (significado e significante) • Derivação e composição (tipos de derivação e composição)• Neologismo e estrangeirismo

Categorias lexicais

• Substantivo e adjetivo na produção de sentido• Substantivo (localização no discurso, variabilidade e abertura, flexão

de grau, formação de gênero, flexão de número)• Forma e sintaxe do substantivo

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167ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Adjetivos (flexão dos adjetivos)• locução adjetiva• Outros processos linguísticos de adjetivação (comparação, afixo, ento-

ação, orações)• Pronome, numeral e artigo na produção de sentido,• Pronome (pessoais, demonstrativos, indefinidos, possessivos, relati-

vos, de tratamento, emprego dos pronomes)• Funções gerais dos pronomes• Numeral (classificação, flexão de gêneros)• Artigo (a importância dos artigos no discurso)

Diário e blog: gêneros muito pessoais

• Diário pessoal • Diário como testemunha de uma época• Diário de bordo (motivos do diário)• Blogs: com todas as caras, pra todos os gostos.

Gêneros jornalísticos

• Estudo de gêneros da esfera jornalística

Testemunho: gênero de comprovação

• Estudo do gênero testemunho

Textos instrucionais

• Estudo de texto instrucional

verbos

• Estudo dos verbos• Formação e conjugação dos verbos

Palavras invariáveis e relacionais

• Advérbio, interjeição, preposição e conjunção.

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168 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

2º ano

Gêneros jornalísticosCrônica: Experiências do cotidianoRevisão de MorfologiaFrases, orações e pontuação.ContoPredicadores e argumentosEstruturas dos sintagmas dentro da oração/texto científicoler para argumentarvocativoRegência verbal e NominalArgumentação IIConcordância verbal e nominalColocação pronominal/craseParticularidades da língua Portuguesa

3º ano

O Texto argumentativoCoordenação e subordinação: relações sintáticas e semânticasOrações subordinadasArgumentação Ivvariedades linguísticas Polifonia e SinonímiaAmbiguidade, denotação e Conotação.linguagem e Sentido: relações lexicais, recursos estilísticos.Tipologias e gêneros Textuais nos exames IEstrutura e formação de palavrasConvenção da escrita: acentuação, ortografia, crase, pontuação.Tipologia e gêneros Textuais nos exames IIRelações morfossintáticas entre as palavrasInterpretação textual nos examesDêixis, anáfora, pressuposições e implícitos nos exames.Orações complexasConcordância, regência e colocação pronominal nos exames.Produção e reescrita: redações nota 10 comentadas

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169ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

orientaçÕeS didÁtiCaS

A sala de aula deve ser o espaço que oportunize ao educando a oralida-de, a leitura e a escrita, de modo interdisciplinar oportunizando ao aluno o contato com os diversos meios de transmissão do conhecimento e da cultura, pelos quais a comunicação se manifesta (obras literárias, revistas, jornais, re-latórios, televisão, Bíblia, internet, a própria natureza e o mundo ao seu redor) para que ele possa expressar-se com competência e habilidade, tanto oralmen-te quanto por escrito exercendo o livre-arbítrio atribuído ao ser humano pelo Criador. Para White (1989, p. 575) “as palavras são mais que um indício do caráter; têm poder de reagir sobre o caráter. Os homens são influenciados por suas próprias palavras”.

Ao planejar suas aulas, o educador não põe o foco de sua atividade nos conteúdos do programa, mas nas habilidades que deverá desenvolver, em bus-ca do alcance de competências perfeitamente definidas. Para alcançar seus objetivos, seleciona os saberes curriculares e programa atividades didático-pedagógicas a partir dos mesmos.

Do educando se espera um novo envolvimento em busca do aprender a aprender. Utilizando conteúdos específicos propostos, ele irá à busca do de-senvolvimento das habilidades do uso da língua conforme o meio em que está inserido.

A definição dos conteúdos, no que se refere aos tipos de texto verbal, não verbal e sincrético, deverá pautar-se nos tipos com os quais o educando, nesta faixa etária, está mais familiarizado e também com os quais deverá se familiarizar como usuário da língua materna.

O educando deverá:• Demonstrar o domínio da linguagem oral, em situações de interação

social e exercício da cidadania.• Compreender os textos orais presentes em situações de interação so-

cial, respeitando as diferentes manifestações de linguagem.• Compreender e interpretar textos escritos que circulam na sociedade e

perceber as diferentes dimensões da leitura, e inferir informações não explícitas presentes no texto.

• Demonstrar o domínio da linguagem em situações de interação social e no exercício da cidadania.

• Aplicar elementos discursivos, linguísticos e estilísticos na produção

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de textos escritos, de acordo com as exigências do uso público de lin-guagem.

• Analisar os procedimentos e os recursos linguísticos utilizados na prá-tica de escuta e leitura, na produção de textos orais e escritos, amplian-do sua capacidade discursiva no uso público da linguagem.

O docente de língua Portuguesa tem a responsabilidade de conduzir o educando a percepção de que,

a voz e a língua são dons de Deus, e se usados corretamente, são um po-der divino. As palavras significam muitíssimo. Podem expressar amor, dedicação, louvor, melodia a Deus, ou ódio e vingança. Palavras revelam os sentimentos do coração. Podem ser um cheiro de vida para vida ou de morte para morte. A língua é um mundo de bênção ou um mundo de iniquidade. (WHITE, 1998, p. 572).

avaliação

Propor a leitura e a produção de textos orais e escritos e, através dos conteúdos trabalhados verificar o nível de apropriação de cada um dos te-mas abordados. A partir de critérios específicos, estabelecidos em sala de aula, diagnosticar a apropriação da língua; não apenas mensurando ou detectando, mas proporcionando situações que impulsionem, dinamizem e favoreçam o crescimento, enfatizando sempre o ato de aprender.

No processo ensino-aprendizagem, a palavra avaliação – inserida na fi-losofia da Rede Educacional Adventista – tem uma conotação especial, pois ao falarmos de formação de pessoas, entende-se que todos os seres são dotados de inteligência e capacidade específicas.

Ao traçar um plano de avaliação, é necessário ter consciência das dife-renças existentes dentro de cada proposta de trabalho.

Baseando-se nesse pressuposto, é necessário levar em conta itens como:

• variedade de atividades que supram as necessidades de cada indivíduo.• Respeito ao limite que cada indivíduo possui de acordo com sua rea-

lidade.• Conteúdo coeso e coerente com os objetivos propostos pela disciplina,

focando a construção do conhecimento.

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• Avaliação que estimule a criatividade e o raciocínio lógico.• Utilização de temas de que o educando possa fazer uso no seu dia-a-dia.• Avaliação como um momento de aprendizagem.• Utilização da avaliação como um meio do processo de aprendizagem e

não como um fim em si.• Desenvolvimento da capacidade de auto avaliar-se.

Com isso, almeja-se contribuir para a formação de indivíduos críticos, preparados para exercer de modo pleno a cidadania.

A avaliação deve ser um processo contínuo, que desenvolva um caráter completo, ou seja, físico, mental, espiritual e social. Seguir os princípios me-todológicos citados acima proporcionará um ambiente estimulador à apren-dizagem, culminando em um conhecimento amplo e sólido para vivenciar as situações do dia-a-dia.

LITERATURA

A literatura é a arte da palavra. Pode-se dizer que a literatura, assim como a língua que ela utiliza, é um instrumento de comunicação e de intera-ção social, que cumpre o papel de transmitir os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. Portanto o professor de literatura tem o privilégio de tra-balhar diretamente com o mais precioso atributo humano: o dom da palavra.

A literatura é sempre a expressão do homem e das relações por ele esta-belecidas com o meio em que vive e com o seu espaço social. Ela está vincula-da à sociedade em que se origina, assim como todo tipo de arte, pois o artista não consegue ser indiferente à realidade.

Quando se considera a literatura sob o ponto de vista artístico, como a arte da palavra, podendo servir de elemento de inspiração para as demais ar-tes, é possível perceber sua importância no embasamento cultural dos alunos.

Toda obra literária é resultado das relações dinâmicas entre escritor, pú-blico e sociedade. É através de suas obras que o artista transmite os seus sen-timentos e ideias do/ao mundo.Tais obras podem levar o leitor à reflexão e até mesmo à mudança de posição perante a realidade, auxiliando dessa forma no processo de transformação social. O estudo literário desperta a percepção do educando às realidades da vida cotidiana.

O texto literário conduz o leitor a mundos imaginários, causando prazer

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aos sentidos e à sensibilidade do homem. “A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde” (MAUROIS)

A disciplina de literatura tem como objetivo principal o despertamento do gosto pela leitura, pois o hábito da leitura deve estar presente na experi-ência acadêmica. Também objetiva uma visão geral da literatura como arte, o desenvolvimento de uma visão de mundo e o conhecimento do ser humano.

Para Knight (2010), o estudo da literatura na perspectiva cristã deve auxiliar o aluno a entender pelo menos dois aspectos – seleção responsável e interpretação crítica. Os educandos devem ser orientados a respeito da esco-lha de qual a literatura será a melhor agente para o desenvolvimento de ideais e valores cristãos.

Portanto, é a literatura

uma ferramenta poderosa no currículo cristão devido a, pelo menos duas razões. Primeiramente, a literatura séria encara e busca responder às indagações da humanidade. Ela revela os anseios básicos do homem, desejos e frustrações e desenvolve visões quanto a experiência humana. Além da sensibilidade estética, o estudo da literatura leva a ideias intro-dutórias em áreas tais como psicologia, filosofia, sociologia, história, te-ologia. Obras literárias importantes fornecem informações sobre temas como a natureza do homem, o pecado e o significado e propósito da existência humana... o “terreno comum entre cristianismo e literatura é, tão abrangente quanto a própria vida. Ambas preocupam-se com as fontes do caráter humano; ambas tem a ver com a manifestação externa desse caráter na atitude humana”. (KNIGHT, 2010, p. 163).

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.

• Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.

• Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de co-municação e informação para resolver problemas sociais.

• Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e infor-mação, considerando a função social desses sistemas.

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173ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das lingua-gens e dos sistemas de comunicação e informação.

analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, rela-cionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organi-zação, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produ-ção e recepção.

• Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produ-ção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.

• Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.

• Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e per-manentes no patrimônio literário nacional.

Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.

• Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.

• Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.

• Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preserva-ção da memória e da identidade nacional.

Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.

• Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.

• Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.

• Inferir em um texto, quais são os objetivos de seu produtor e qual é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.

• Reconhecer, no texto, estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como: a intimidação, sedução, como-ção, chantagem, entre outras.

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Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, gerado-ra de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

• Identificar em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.

• Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.• Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas dife-

rentes situações de comunicação.

entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desen-volvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científi-cos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos pro-cessos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.

• Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.

• Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comuni-cação e informação.

• Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvi-mento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.

Conteúdo eStrUtUrante/ ConteúdoS BÁSiCoS

COnTEÚDO ESTRuTuRAnTE

• Discurso como prática social

1º ano

A arte em palavras

• Afinal, o que é literatura?

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175ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• literatura de ficção• Texto literário e não literário• Funções da literatura• Prosa e verso

Gêneros literários

• lírico• Épico• Dramático• Narrativo• Eras das literaturas portuguesa e brasileira• As tradições literárias

Panorama das literaturas portuguesa e brasileira

• O Trovadorismo• O Humanismo – literatura palaciana• O Classicismo• O Quinhentismo no Brasil (1500-1601)• O Barroco (1580-1756)• O Arcadismo (1756-1825)• O Romantismo (1825-1865)• O Realismo/Naturalismo (1865-1890)

O Parnasianismo (1865-1890)

• O Simbolismo (1890-1915)• O Pré-Modernismo (1902-1922)• O Modernismo (1915...)• Tendências da poesia brasileira contemporânea• Tendência da prosa brasileira contemporânea

A herança medieval

• Trovadorismo (1189/1198-1418/1434)• Produção literária

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176 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Humanismo

• valorizando o ser humano (1418/1434-1527)• Produção literária• O teatro de Gil vicente

Classicismo

• O Renascimento• A arte clássica (1527-1580)

Quinhentismo

• Primeiras manifestações literárias no Brasil• literatura de Informação• literatura dos Jesuítas

É tempo de angústia

• Tensão• A expressão barroca nas artes• O barroco e a Bíblia• Características do Barroco• Figuras de linguagem• O Barroco em Portugal (1580-1756)• O Barroco no Brasil

O abandono da cidade

• Características do mundo árcade• Principais poetas árcades portugueses• O Arcadismo no Brasil• Principais autores líricos do Arcadismo brasileiro• Principais autores épicos do Arcadismo brasileiro• Principal autor satírico do Arcadismo brasileiro

A liberação dos sentimentos

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177ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• O Romantismo• A origem do Romantismo

O mundo idealizado

• O Romantismo em Portugal• Primeira geração: um toque de classe• Segunda geração: Ultrarromantismo• Terceira geração: um toque mais realista

2º ano

Romantismo no Brasil (poesia)Romantismo no Brasil (teatro)Romance urbanoRomance indianistaRomance histórico e romance regionalistaRealismoRealismo e Naturalismo no BrasilParnasianismo e SimbolismoPré-Modernismo

3º ano

vanguardas europeiasModernismo PortuguêsModernismo no Brasil – a revoluçãoA geração de 22A geração de 30Geração de 45 ou pós-modernistasNossa poesia de cara novaConto contemporâneoRomance contemporâneo

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178 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Texto dramático moderno e contemporâneoConceitos fundamentais de literaturaTrovadorismo e HumanismoQuinhentismo e ClassicismoBarroco e ArcadismoOrigem do RomantismoRomantismo em PortugalO Romantismo no Brasil: versoO Romantismo no Brasil: prosaRealismo e NaturalismoParnasianismo e SimbolismoPré-Modernismo, vanguardas e Modernismo.

orientaçÕeS didÁtiCaS

Os conteúdos de literatura serão trabalhados numa dimensão teóri-co-metodológica que evidencie a língua como propriedade do falante, e não como um receituário por meio do qual se fala e escreve-se bem ou mal, certo ou errado, haja vista a importância e conhecimento dos estudos linguísticos e discursivos; buscando-se desmistificar preconcepções quanto ao estudo da literatura já que:

O preconceito linguístico está ligado, em boa medida, à confusão que foi criada no curso da história, entre língua e gramática normativa. Nossa tarefa mais urgente é desfazer essa confusão. uma receita de bolo não é um bolo, o molde de um vestido não é um vestido, um mapa-múndi não é o mundo... Também a gramática não é língua. (BAGNO, 2004, p. 09).

Nesse sentido, fundamental é despertar no aluno a percepção de que a língua é dinâmica, está em permanente transformação, pois ela reflete a histó-ria do próprio homem. Para tanto, serão utilizados textos de gêneros e épocas diversos que propiciem o reconhecimento e entendimento dos conteúdos es-tudados numa perspectiva histórica e atual.

A concretização deste trabalho será efetivada por meio de aulas exposi-tivas dialogadas, produções coletivas e individuais, aulas-passeio, visitas, en-cenações, projetos.

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179ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

A dinâmica nas aulas de literatura deve priorizar a educação dos edu-candos a pensar ativamente sobre o que vêm, ouvem e sentem. Eles precisam ver abaixo da superfície do enredo que leem e experimentam.

Na educação cristã, o professor de literatura,

deve fornecer aos alunos uma estrutura bíblico-cristã para pensar e avaliar tudo o que encontram. O estudo literário adquire um significa-do mais profundo dentro de tal estrutura. Se os jovens são capazes de internalizar os princípios cristãos de seleção e interpretação do estudo literário porque é parte explícita do currículo, então serão capazes de aplicar as mesmas diretrizes em sua vida diária como música e televisão. As questões confrontadas na aula de literatura são universais e as opor-tunidades para o desenvolvimento cristão através do estudo literário são desafiadores. (KNIGHT, 2010, p. 168).

avaliação

A avaliação será realizada no decorrer do processo ensino-aprendiza-gem em função dos objetivos relacionados no planejamento de ensino. Será observada e registrada levando-se em consideração situações de aprendizagem diversas, tendo-se em perspectiva o respeito às características individuais dos educandos e sua atuação no contexto do processo de ensino-aprendizagem.

É imprescindível que a avaliação de literatura seja um processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do alu-no na oralidade, na leitura e na análise literária.

A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Assim, o professor verificará a par-ticipação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista.

Na leitura serão avaliadas as estratégias que os educandos empregam para compreensão das obras literárias lidas, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto; a identifi-cação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das infor-mações tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, o contexto, o período histórico entre outros. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

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180 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Na escrita é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a par-tir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos. Tal como na oralida-de, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que leu como dos que produziu a partir das leituras.

Na análise literária os elementos linguísticos usados nos diferentes gê-neros precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no interior do texto.

Concluindo, a avaliação em literatura deve ser um processo contínuo, que desenvolva um caráter completo, ou seja, físico, mental, espiritual e social, conscientizando o aluno de que “o desenvolvimento real tem sua fonte no co-nhecimento de Deus”. (WHITE, 2008, p. 06).

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante trans-formação. Assim como princípio social e dinâmico não se limita a uma vi-são sistêmica e estrutural do código, é heterogênea, ideológica e opaca. Nessa perspectiva, a língua repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas, nossas sociedades, organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e estabelece entendimentos possíveis. Daí a língua estrangeira apre-senta-se como um espaço para ampliar o contato com outras formas de co-nhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção de realidade.

língua é cultura e, nesse raciocínio, cultura é concebida como um pro-cesso dinâmico e conflituoso de produção de sentidos possíveis, aceitáveis, legítimos, mantidos e reforçados tanto por coletividades quanto por sujeitos.

Entretanto, nos discursos presentes no intertexto da sociedade contem-porânea, as práticas de linguagem diferem entre si, uma vez que a língua en-volve variantes socioculturais, logo, as formas de língua variam de acordo com os usuários, o contexto em que são usados e a finalidade da interação.

Nesse sentido, a língua se apresenta como espaço de construção discur-sivo, de produção de sentidos indissociáveis dos contextos em que ela adquire sua maturidade, inseparável das comunidades interpretativas que a constro-

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181ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

em e são construídas por ela.Tendo em vista, as exigências do mundo contemporâneo, e o desenvol-

vimento tecnológico quase diário, a língua Inglesa familiariza o aluno não só didaticamente, mas com o uso da língua no dia a dia. Proporcionando a consciência do que seja a língua e suas potencialidades na interação humana. Oportunizando a reflexão sobre a língua como um artefato cultural, como um produto que constrói e é construído por determinada(s) comunidade(s) que regem a determinados acontecimentos com base em histórias e contextos específicos, criando situações que trabalhem as quatro habilidades: ler, ouvir, falar e escrever.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Conhecer e usar a língua inglesa como instrumento de acesso a informa-ções e a outras culturas e grupos sociais.

• Associar vocábulos e expressões de um texto na língua Inglesa ao seu tema.

• Conhecer e usar a língua Inglesa como instrumento de acesso às in-formações a outra cultura e grupo social.

• Relacionar um texto em língua Inglesa, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.

• Reconhecer a importância da produção cultural em língua Inglesa como representação da diversidade cultural e linguística.

aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.

• Utilizar os conhecimentos da língua Inglesa e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tec-nologias e culturas.

COnTEÚDO ESTRuTuRAnTE/COnTEÚDOS BáSICOS

Conteúdo estruturante

• Discurso como prática social

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182 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

1º ano

Travel

• Simple present• Personal pronouns• Who questions

Health

• Present continuous• Much, many, a lot of, little, few

Sporting behavior

• Simple past• Reflexive Pronouns

Privacy

• Past continuous• Possessive adjectives• Possessive pronouns• Objetive pronoun

Future plans

• Simple future• Adjectives• Comparisons

Our fantastic brain

• Going-to future• Relative pronouns

Take a Picture

• Imperative

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183ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Adverbs

Friendship

• Present perfect• Some, any no, none

2° ano

Modal Conditional Sentences, AdjectivesPast Perfect - ArticlesUsed To, ConjunctionsPres. Perfect Continuous , Question TagsGenitive Case, The Ing FormsPresent Perfect X Simple PastPhrasal verbs; Both, Either, So, Nor

3º ano

Passive voiceRelative ClauseReported Speech verbs followed by infinitive and verbs by ing formPresent Continuous Degrees of adjectivesReflexive PronounsPast ContinuosModalsPrepositionsConditional SentenceArticlesPhrasal verbsPresent Perfect ContinuonsQuestion Tag

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184 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Present Perfect X Simple PastAdverbsUsed toPassive voiceGenitive caseCountable and uncountable nounsRelative ClauseDegress of adjectives/PrepositionsArticles and pronouns

orientaçÕeS didÁtiCaS

O processo de aprendizagem favorece o desenvolvimento de competên-cias que permitam o uso da língua em contextos reais do cotidiano. Procedi-mentos que favoreçam a investigação, a pesquisa, a reflexão e a aprendizagem significativa devem estar presentes no fazer pedagógico do educador, assim como as aulas práticas, utilizando textos autênticos, tecnologias e outros espa-ços como verdadeiros laboratórios de aprendizagem.

É fundamental que os educadores de língua Inglesa reconheçam a im-portância da relação entre língua e pedagogia com um propósito maior de educação. As aulas se configuram como espaços de interações entre educado-res e educandos e pelas representações e visões de mundo que se revelam no dia-a-dia.

Ensinar e aprender língua Inglesa é também ensinar e aprender per-cepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comuni-cativos, independentemente do grau de proficiência atingido.

Desta forma, espera-se que o aluno: • Use a língua em situações de comunicação oral e escrita.• vivencie, na aula de língua Inglesa, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas.• Compreenda que os significados são sociais e historicamente construí-

dos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade.

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185ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Ao ensinar ou aprender uma língua estrangeira

[...] eu adquiro procedimentos de construção de significados diferentes daqueles disponíveis na minha língua (e cultura) materna; eu aprendo que há outros dispositivos, além daqueles que me apresenta a língua materna, para construir sentidos, que há outras possibilidades de cons-trução do mundo diferentes daquelas a que o conhecimento de uma única língua me possibilitaria. Nessa perspectiva, quantas mais [...] lín-guas estrangeiras eu souber, potencialmente maiores serão minhas pos-sibilidades de construir sentidos, entender o mundo e transformá-lo.(JORDÃO, 2004, p. 164)

O ensino da língua Inglesa deverá estar articulado com as demais dis-ciplinas do currículo através do trabalho com textos verbais e não verbais. A compreensão de textos literários muitas vezes solicita as relações interdiscipli-nares do estudo da língua estrangeira com a História, Geografia, Sociologia ou outras disciplinas.

No trabalho com textos é necessário levar em consideração os seguintes itens: gênero, aspectos culturais, variedade linguística e análise linguística.

A metodologia para ensino da língua Inglesa terá ênfase na fala e na lei-tura. Essa prática pressupõe que os educandos aprendam por meio de múlti-plas e complexas integrações com os objetos de conhecimento, que construam significados e que sejam sujeitos de seu processo de aprendizagem.

Para a compreensão dos diversos gêneros textuais utiliza-se de diversas estratégias de leitura (cognatos, scanning, skimming, marcadores de discurso, retórica textual...) exercícios orais e escritos, discussões e produção de mate-rial visual.

Além dos textos utilizam-se filmes, livros, revistas, músicas, jogos, dra-matizações, o que poderá possibilitar uma melhor aprendizagem por parte do educando.

As aulas serão desenvolvidas de forma expositiva, trabalhos individuais e coletivos, pesquisas, leitura e interpretação de textos, músicas, fazendo com que o aluno adquira conhecimento gradual de vocabulário e estrutura, culmi-nando pela compreensão da língua inglesa, criando situações que trabalhem as quatro habilidades: ler, ouvir, falar e escrever.

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186 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

avaliação

A avaliação será realizada no decorrer do processo ensino/aprendiza-gem em função dos objetivos relacionados no planejamento de ensino da dis-ciplina. Será observada e registrada levando-se em conta diferentes situações de aprendizagem, respeitando-se assim, as diferenças individuais dos alunos, do grupo no qual estão inseridos e o próprio contexto.

A avaliação em língua Inglesa deve superar a concepção de avaliação como mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos. Ela deve estar subsidiada com discussões acerca das dificuldades e avanços dos educandos a partir de suas produções devendo, portanto ser analisado e discutido pelo professor e aluno todo o trabalho desenvolvido na disciplina. Assim, ambos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então, e identificar dificul-dades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.

ARTE

O ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a fina-lidade da Educação. As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram.

As diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua função social, tais como: da arte poder servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria ou simplesmente pro-porcionar prazer.

O ensino de Arte deve pautar-se num diálogo entre as teorias críticas de arte e de educação e a realidade da sala de aula. Entretanto, diante da com-plexidade da definição e do ensino de Arte surge a necessidade de abordá-la a partir dos campos conceituais que historicamente têm produzido estudos e pesquisa sobre ela, que são: o conhecimento estético e o conhecimento da produção artística.

No campo do conhecimento estético buscam-se contribuições na So-ciologia e na Psicologia para uma melhor compreensão das representações artísticas. Na Filosofia constitui-se num processo de reflexão a respeito do fenômeno artístico e da sensibilidade humana, em consonância com os dife-

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rentes momentos históricos e formações sociais em que se manifestam.O conhecimento da produção artística relaciona-se aos processos de

criação e execução das obras nas diversas áreas, desde seus primórdios até sua conclusão e divulgação.

Na Filosofia Adventista tanto o conhecimento estético quanto o conhe-cimento artístico devem estar inseridos numa perspectiva cristã. Tudo o que existe foi criado por Deus e o ato criativo também é uma característica huma-na dada por Ele. O que torna o ser humano diferente de Deus, quanto à capa-cidade de criar, é que Deus cria a partir do nada, e o ser humano cria a partir dos recursos existentes providos pelo Criador.

Para Knight (2001, p. 192) talvez aquilo que seja mais bonito, na pers-pectiva cristã, seja aquilo que contribui para restabelecer no indivíduo um relacionamento correto com seu Criador, seus semelhantes e consigo mesmo.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significa-ção e integrador da organização do mundo e da própria identidade.

• Reconhecer as diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.

• Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar dife-rentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.

• Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de ele-mentos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.

analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, rela-cionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organi-zação, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produ-ção e recepção.

• Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.

• Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e per-manentes no patrimônio literário nacional.

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Conteúdo eStrUtUrante/ ConteúdoS BÁSiCoS

COnTEÚDO ESTRuTuRAnTE

• Elementos formais• Composição• Movimentos e períodos

OBJETO DE COnHECIMEnTO

1º ano

A Arte testemunhando a história – Suas Funções e o CotidianoArte RupestreEgitoArte na Civilização EgéiaGréciaRomaAs Sete maravilhas do mundo – Antigo, Medieval e ModernoArte BizantinaRomânticoGóticoRenascimento ItáliaRenascimento Países baixosProjeto Gravura

2º ano

Barroco na EuropaSéculo XIX na Europa – As Inovações na ArteNeoclassicismoRomantismoRealismoRodin

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CorSéculo XIX na Europa – ImpressionismoFinal do Século XIX (Europa) Pós-impressionismoArte da primeira metade do século XXArte da segunda metade do século XXExpressões Contemporâneas

3ºano

A Arte no dia a dia das pessoasArte Pré-Cabralina e Pré ColombianaArte indígena no BrasilHolandeses no BrasilBarroco no BrasilInfluência Estrangeira – Missão Artística FrancesaSéculo XIX no Brasil – A Modernização da ArteModernismoSemana da Arte ModernaArte Contemporânea

orientaçÕeS didÁtiCaS

O ensino da Arte é composto por linguagens distintas que colaboram para a formação integral com o objetivo de promover o desenvolvimento cul-tural dos educandos.

As linguagens artísticas apresentadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, para a Educação Básica, são: Artes visuais, Expressão Corporal, Artes Cênicas e Música.

A concepção atual de desenvolvimento e de aprendizagem possibilita a valorização da informação sobre a produção histórica e o desenvolvimento da imaginação, da liberdade de criação individual e coletiva do educando, que realiza as atividades percebendo o sentido que faz para si e a sua necessidade de sentir prazer pelas descobertas.

Para que a crítica-reflexiva possibilite o desenvolvimento do educando, a metodologia integrará o fazer artístico, a apreciação da obra de arte e sua

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190 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

contextualização histórica nas artes plástica, musical, dramática e corporal.é através da contemplação, apreensão e a compreensão das obras ar-

tísticas que o homem construiu nas diversas sociedades ao longo da história a valorização da função social do trabalho artístico para a coletividade. “A vontade é a força dirigente na natureza do homem, a força para a decisão, ou escolha. Todo ser humano dotado de razão tem o poder de escolher o que é reto”. (WHITE, Ed., p. 289).

O professor deve permitir ao aluno a formação continuada através da vivencia no fazer artístico não tendo o aluno como um ser passivo e sim ativo na experiência artística.

As visitas aos museus, galerias de arte, a apreciação da arte de rua com um olhar critico e reflexivo, visitas a parques (contemplação da natureza, pai-sagismo), intervenções artísticas, vitrines permite a ampliação da visão artís-tica e dão novas ideias para criações individuais e coletivas; e para a percepção das produções mundiais que fundamentaram a nossa cultura. Assim, é ne-cessário “suscitar o espírito de investigação, e o aluno ser atraído a enunciar a verdade em sua própria linguagem”. (WHITE, 1985, p 427).

Ao aprender e vivenciar a arte na escola, o aluno poderá integrar os múltiplos sentidos presentes na dimensão do concreto e do virtual, do sonho e da realidade. Tal integração é fundamental na construção da identidade e da consciência, que poderá assim compreender melhor sua inserção na socieda-de, com ética, estética e respeito dentro de cada universo, relacionando com o contexto sócio-político cultural de cada um.

Os conteúdos de Arte poderão ser desenvolvidos também através de trabalhos por projetos em que cada equipe pode eleger referenciais a serem desenvolvidos em caráter multidisciplinar oferecendo uma aprendizagem sig-nificativa.

Além das formas tradicionais: pintura, escultura, desenho, gravura, ar-tefato, desenho industrial e arquitetura, há modalidades resultantes dos avan-ços tecnológicos como artes gráficas, vídeo, computação, fotografia, televisão e performance.

No fazer artístico o educador pode incentivar a elaboração inventiva com materiais recicláveis, técnicas e tecnologias disponíveis, a percepção e elaboração de ideias de representações imaginativas e significativas da reali-dade da natureza e das culturas; expressões-sínteses de emoções e sentimentos colhidos da experiência com o mundo sociocultural e a produção a partir do seu próprio ponto de vista das técnicas utilizadas por artistas diversos.

O verdadeiro ensinador não se satisfaz com trabalho de segunda or-dem. Não se contenta com encaminhar seus estudantes a um padrão

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mais baixo do que o mais elevado que lhes é possível atingir. Não pode contentar-se com lhes comunicar apenas conhecimentos técnicos, fa-zendo deles meramente hábeis contabilistas, destros artistas, prósperos homens de negócio. É sua ambição incutir-lhes os princípios da verda-de, obediência, honra, integridade, pureza - princípios que deles farão uma força positiva para a estabilidade e o  reerguimento da sociedade. Ele quer que eles, acima de tudo mais, aprendam a grande lição da vida sobre o trabalho altruísta.  (WHITE, 2008, p. 29).

A apreciação das obras de arte possibilita o exercício de diversas formas de abordagem na leitura de imagens, constituindo importante instrumento de reflexão sobre as próprias imagens realizadas e sobre as obras de arte existen-tes em diversas culturas.

É imprescindível o contato com diversas produções artísticas de dife-rentes épocas e culturas, incluindo as artesanais e os fazeres populares.

visitas de artistas convidados, visitas aos museus, galerias de arte, apre-sentações musicais, assim como as excursões devem provocar o aluno a pensar e a elaborar suas visões pessoais e ampliar suas ideias para criações individuais e coletivas e para as produções mundiais que fundamentam a nossa cultura.

A seleção de imagem da arte e da cultura visual a serem exploradas com os educandos deve ser criteriosa, no sentido de fornecer oportunidades de ampliação de referenciais e posicionamento crítico frente à banalização e a estereotipação de imagens. Faz-se necessário possibilitar ao aluno um reper-tório amplo e variado, evitando-se levar sempre as mesmas imagens dos mes-mos artistas.

A interdisciplinaridade e as abordagens integradas de ensino com ou-tras áreas de conhecimento também devem ser consideradas.

A história da arte abrange a periodização, os movimentos artísticos e estéticos, o estudo de transformações e de ruptura permitindo a compreensão do artista e do povo da época.

Cabe ao educador à observação das manifestações estéticas dos edu-candos tais como amor pela beleza, amor à natureza, apreço pela variedade, consideração pela proporção, sensibilidade diante da harmonia e, sobretudo o respeito a Deus, como o grande artista do Universo.

avaliação

A avaliação é entendida como verificação do processo educacional,

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numa perspectiva dialógica entre processo – resultado, sendo qualitativa e quantitativa. Esse processo ocorre o tempo todo, em todos os espaços, com o propósito de oportunizar um momento de reflexão e crescimento do educan-do e educador.

A avaliação de Arte se pautará pelo acompanhamento do processo de aprendizagem considerando-se que a arte é uma expressão, tendo como prin-cípio que seja integral, restauradora, significativa, contextualizada, permanen-te, contínua, cumulativa, pragmática e coerente.

A avaliação não é para avaliar a expressão, ou o trabalho do educando, mas no seu trabalho avaliar o domínio que este vai adquirindo nas formas de organização dos conteúdos trabalhados ou elementos formais na composição artística. Isto significa que há várias formas de organizar, de expressar as qua-lidades estéticas dos objetos, sons e da realidade, de forma que a resolução de uma proposta de representação artística tem por base o equilíbrio, a harmo-nia, a dinâmica, de acordo com os critérios pré-estabelecidos.

A avaliação se efetivará através de metas cumpridas e objetivos alcança-dos, para tanto o professor, além da observação sistemática, orientará o aluno na elaboração de instrumentos como: trabalhos a serem desenvolvidos, por-tfólios, pastas, elaboração de registros, exposições, relatórios de visitas, pai-néis, seminários, representações artísticas, percebendo cada educando como um cidadão criado à imagem e semelhança de Deus, dotado com capacidades individuais, sendo por isso, responsável pelo desenvolvimento de suas poten-cialidades.

EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação Física tem seus fundamentos nas concepções de corpo e movimento. Ou, dita de outro modo, a natureza do trabalho desenvolvido nessa disciplina tem íntima relação com a compreensão que se tem desses dois conceitos.

Buscando uma compreensão que melhor contemple a complexidade da questão, propomos a distinção entre organismo - um sistema estritamente fi-siológico - e corpo - que se relaciona dentro de um contexto sociocultural e aborda os conteúdos da Educação Física como expressão de produções cultu-rais, como conhecimentos historicamente acumulados e socialmente trans-mitidos. Entendendo, portanto, ser a Educação Física uma cultura corporal.

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Assim, a disciplina de Educação Física hoje contempla múltiplos co-nhecimentos produzidos e usufruídos pela sociedade a respeito do corpo e do movimento. Entre eles, se consideram fundamentais as atividades culturais de movimento com finalidades de lazer, expressão de sentimentos, afetos e emo-ções, e com possibilidades de promoção, recuperação e manutenção da saúde.

Trata-se, então, de localizar em cada uma dessas manifestações seus be-nefícios fisiológicos e psicológicos e suas possibilidades de utilização como instrumentos de comunicação, expressão, lazer e cultura, partindo daí a pro-posta de Educação Física.

A concepção de cultura corporal amplia a contribuição da Educação Fí-sica escolar para o pleno exercício da cidadania, na medida em que, tomando seus conteúdos e as habilidades que se propõe a desenvolver como produtos socioculturais, afirma como direito de acesso a eles. Além disso, adota uma perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que busca o desenvol-vimento da autonomia, a cooperação, a participação social e a afirmação de valores e princípios democráticos. O trabalho de Educação Física abre espaço para que se aprofundem discussões importantes sobre aspectos étnicos e so-ciais, alguns dos quais merecem destaque.

A Educação Física permite que se vivenciem diferentes práticas corpo-rais advindas das mais diversas manifestações culturais e se enxergue como essa variada combinação de influência está presente na vida cotidiana. Para os alunos, esportes, jogos e ginásticas compõem um vasto patrimônio cultural que deve ser valorizado, conhecido e desfrutado. Além disso, esse conheci-mento contribui para a adoção de uma postura não-preconceituosa e discri-minatória diante das manifestações e expressões dos diferentes grupos étnicos e sociais, e às pessoas que dele fazem parte.

A prática da Educação Física na escola poderá favorecer a autonomia dos educandos para monitorar as próprias atividades, regulando o esforço, traçando metas, conhecendo as potencialidades e limitações e sabendo distin-guir situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais.

A possibilidade de vivência de situações de socialização e de desfrute de atividades lúdicas, sem caráter utilitário, é essencial para a saúde e contribuem para o bem-estar coletivo. Sabe-se, por exemplo, que a mortalidade por do-enças cardiovasculares vem aumentando e entre os principais fatores de risco estão a vida sedentária e o estresse.

lazer e a disponibilidade de espaços para as atividades lúdicas e espor-tivas são necessidades básicas e, por isso, direitos do cidadão. Os educandos

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podem compreender que os esportes e as demais atividades corporais não devem ser privilégio apenas dos esportistas ou das pessoas em condições de pagar por academias e clubes. Dar valor a essas atividades e reivindicar o aces-so a elas para todos é um posicionamento que pode ser adotado a partir dos conhecimentos adquiridos nas aulas de Educação Física.

O exercício físico foi salientado pelo Deus de sabedoria. Diariamente devem algumas horas ser consagradas à educação útil em ramos de tra-balho que ajudem os alunos a aprender os deveres da vida prática, os quais são essenciais a todos os nossos jovens. (WHITE, 2008 a, p. 164).

A presença de Educação Física na escola, justifica-se pelo seu valor em relação à saúde física, mental e espiritual. Ela é parte fundamental da Educa-ção Integral, pois o vigor físico e a boa saúde são fatores essenciais para a qua-lidade de vida e para o êxito na aprendizagem. O trabalho realizado na prática da Educação Física colabora no desenvolvimento de atitudes positivas, valores morais, domínio próprio e confiança em Deus.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade.

• Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originá-rias de necessidades cotidianas de um grupo social.

• Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cenestésicas.

• Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, con-siderando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.

Compreender a origem e a dinâmica de transformação das representações e práticas sociais que constituem a cultura corporal de movimento, seus vínculos com a organização da vida coletiva e individual, e com os agen-tes sociais envolvidos em sua produção.

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• Participar de atividades em grandes e pequenos grupos, compreenden-do as diferenças individuais e procurando colaborar para que o grupo possa atingir os objetivos propostos.

• Reconhecer na convivência e nas práticas pacíficas, maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postu-ra democrática sobre diferentes pontos de vista.

• Interessar-se pelo surgimento das múltiplas variações da atividade físi-ca, enquanto objeto de pesquisa e área de interesse social e de mercado de trabalho promissor.

Conhecer e usar algumas práticas corporais sistematizadas, de forma proficiente e autônoma.

• Utilizar a linguagem corporal para produzir e expressar ideias, atri-buindo significados às diferentes intenções e situações de comunica-ção, e para interpretar e usufruir as produções culturais cm base no movimento expressivo.

Conteúdo eStrUtUrante/ ConteúdoS BÁSiCoS

COnTEÚDOS ESTRuTuRAnTES

• Cultura corporal e saúde• Ritmo e expressividade• Esporte e atividades solidárias

1º ano

Cultura Corporal e Saúde

• Técnicas de respiração, relaxamento, sensibilização e alongamento,• Princípios fundamentais do treinamento das capacidades físicas:

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196 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

adaptação, individualidade, progressão, continuidade, recuperação e frequência,

• Resistências aeróbias: treinamento continuo e intervalado, flexibilida-de, força, dinâmica e estática

• Alterações fisiológicas durante e após atividades físicas, indicadores da intensidade de esforço,

• Técnicas de respiração, relaxamento, sensibilização e alongamento,• Noções básicas de primeiros socorros frente às lesões mais comuns das

práticas corporais (câimbra, lesão muscular, contusões, entorse, crise asmática, etc.),

• Promoção de atividades físicas e diversas práticas de cuidado com a saúde

• Fatores que afetam o processo saúde-doença.

Ritmo e Expressividade

• Ritmos internos e externos.• Possibilidades expressivas do corpo como um todo e de suas diferentes

partes: mãos, pés, cabeça, ombro e costas,• Ritmos e sons corporais• Noções básicas de composição coreográfica

Esporte e Atividades Solidárias

• Intenções táticas individuais avançadas dos esportes de invasão 1 X 1• Marcação individual, de ajuda e sobre marcação,• Elementos técnico-tático individuais avançados,• Combinações táticas elementares,• Sistema de jogos básicos: defensivo em zona, ofensivo posicional,• Noções sobre comportamento estratégico: adequação da forma de jogo

às características da própria equipe,• Jogos em superioridade e inferioridade numérica,• Atletismo• Ginástica local• Ginástica solo

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197ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Esportes individuais• Excursionismo – espaços naturais da região, estado de conservação,

órgãos responsáveis pelo cuidado do meio ambiente, uso dos espaços naturais para a prática de lazer

• Saídas pelo meio ambiente natural – caminhadas, trilhas ecológicas, arvorismo, corridas.

• Indumentárias, instrumentos e regras para as saídas,• Impacto no meio ambiente dos diferentes tipos de práticas esportivas

realizadas junto à natureza• Técnica de ajuda aos outros e de proteção individual e coletiva• lazer como direito e como obrigação do estado: organizações munici-

pal e estadual de esporte e de lazer

2º ano

Cultura Corporal e Saúde

• Técnicas de respiração, relaxamento, sensibilização e alongamento,• Princípios fundamentais do treinamento das capacidades físicas:

adaptação, individualidade, progressão, continuidade, recuperação e frequência,

• Resistências aeróbias: treinamento continuo e intervalado, flexibilida-de, força, dinâmica e estática

• Alterações fisiológicas durante e após atividades físicas, indicadores da intensidade de esforço

• Técnicas de respiração, relaxamento, sensibilização e alongamento,• Noções básicas de primeiros socorros frente às lesões mais comuns das

práticas corporais (câimbra, lesão muscular, contusões, entorse, crise asmática, etc.),

• Promoção de atividades físicas e diversas práticas de cuidado com a saúde Fatores que afetam o processo saúde-doença

• Alterações fisiológicas durante e após atividades físicas, indicadores da intensidade de esforço.

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198 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Ritmo e Expressividade

• Ritmos internos e externos.• Expressão corporal.• Coreografias com combinação de acrobacias individuais e em grupos• Ginástica rítmica desportiva.• Folclore – jogos de grupos étnicos: povos indígenas, africanos, euro-

peus, americanos, asiáticos e da Oceania.

Esporte e Atividades Solidárias

• Combinações táticas básicas e complexas• Procedimentos especiais (jogadas de bola parada)• Esporte como profissão: Papéis vinculados ao esporte institucionaliza-

do: técnico, árbitro, dirigente.• Profissional do futebol e demais esportes, ídolos esportivos e mercado

consumidor.• Organizações clássicas de torneios e campeonato• Sistema de eliminação: simples, dupla, turno e returno, por chaves.• Intenções táticas individuais avançadas dos esportes de invasão 1 X 1• Marcação individual de ajuda e sobre marcação• Elementos técnico-tático individuais avançados.• Combinações táticas elementares• Sistema de jogos básicos: defensivo em zona, ofensivo posicional,• Noções sobre comportamento estratégico: adequação da forma de jogo

às características da própria equipe• Jogos em superioridade e inferioridade numérica

3º ano

Cultura Corporal e Saúde

• Técnicas de respiração, relaxamento, sensibilização e alongamento,

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199ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Princípios fundamentais do treinamento das capacidades físicas: adaptação, individualidade, progressão, continuidade, recuperação e frequência,

• Resistência aeróbia: treinamento continuo e intervalado, flexibilidade, força, dinâmica e estática

• Alterações fisiológicas durante e após atividades físicas, indicadores da intensidade de esforço,

• Práticas esportivas indicadas para grupos em condições especiais de saúde: gestantes, idosos e deficientes

Ritmo e Expressividade

• Ritmos internos e externos.• Expressão corporal.• Coreografias com combinação de acrobacias individuais e em grupos• Ginástica rítmica desportiva.• Folclore – jogos de grupos étnicos: povos indígenas, africanos, euro-

peus, americanos, asiáticos e da Oceania.

Esporte e Atividades Solidárias

• Combinações táticas básicas e complexas• Procedimentos especiais (jogadas de bola parada)• Esporte como profissão: Papéis vinculados ao esporte institucionaliza-

do: técnico, árbitro, dirigente,• Profissional do futebol e demais esportes, ídolos esportivos e mercado

consumidor,• Organizações clássicas de torneios e campeonato• Sistema de eliminação: simples, dupla, turno e returno, por chaves• Intenções táticas individuais avançadas dos esportes de invasão 1 X 1• Marcação individual de ajuda e sobre marcação• Elementos técnico-tático individuais avançados• Combinações táticas elementares• Sistema de jogos básicos: defensivo em zona, ofensivo posicional,• Noções sobre comportamento estratégico: adequação da forma de jogo

às características da própria equipe

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200 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Jogos em superioridade e inferioridade numérica• Orientação

orientaçÕeS didÁtiCaS

A “Educação Física propicia uma experiência de aprendizagem peculiar ao mobilizar os aspectos afetivos, sociais, éticos e de sexualidade de forma in-tensa e explícita, o que faz com que o professor de Educação Física tenha um conhecimento abrangente de seus educandos”. (MEC 1997, PCN vol. 7 - Ed. Física, p. 24). Destarte, é imperativo que os educandos sejam auxiliados no co-nhecimento e desenvolvimento de sua personalidade, sobretudo dos aspectos que não se manifestam na sala de aula.

O educador não deve expor os educandos às fraquezas e dificuldades próprias, provocando muitas vezes, desmotivação às atividades físicas, afas-tando-os de uma vida ativa e saudável. De modo especial, deve considerar na avaliação mais o progresso do que o resultado momentâneo, ou seja, avaliar o educando em relação a ele próprio. Certamente cada um de nós possui carac-terísticas e virtudes positivas, semelhantes as do nosso Criador, que merecem ser valorizadas e enaltecidas. O fato de que muitas pessoas não possuem deter-minadas habilidades motrizes, ou não conseguem momentaneamente realizar algumas tarefas, não pode se constituir em motivo para a estereotipação ou discriminação. O trabalho de Educação Física pode e deve atuar no sentido de promover a autoestima positiva impulsionando e motivando a aprendizagem e nunca à fuga aos desafios. Assim, “tanto quanto possível, deve cada criança ser ensinada a ter confiança em si mesma... para que possa formar um caráter bem equilibrado e harmonioso (WHITE, 2008 c, p. 34).

CulTuRA CORPORAl E SAÚDEEsse conteúdo estruturante permite entender o cuidado com o corpo e a

saúde na promoção da aquisição de hábitos saudáveis através do conhecimen-to do corpo e das leis que o regem, pois, “somos santuário de Deus e habitação do Espírito Santo” (I CORÍNTIOS 3:16).

A saúde é um grande tesouro. É o mais valioso bem que os mortais po-dem possuir. A riqueza, a honra ou o saber são comprados demasiado caro quando adquiridos com prejuízo do vigor da saúde. Nenhuma des-sas realizações pode garantir a felicidade, caso falte a saúde. (WHITE, 2008 a, p. 166).

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201ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

O docente de Educação Física precisa buscar equilíbrio e saúde física em sua própria vida ensinando por preceito e exemplo. Para isso, deve obedecer às leis da saúde que Deus revelou. Diante de tão nobre e desafiadora tarefa, faz-se necessário também ao educador “precaver-se contra o trabalho excessi-vo”. (WHITE, 2008 b, p. 278).

Desde que o espírito e a alma encontram expressão mediante o cor-po, distintamente tanto o vigor mental como o espiritual dependem em grande parte da força e atividades físicas. O que quer que promova a saúde física promoverá o desenvolvimento de um espírito robusto e um caráter bem equilibrado. Sem saúde ninguém pode compreender suas obrigações, ou completamente cumpri-las para consigo mesmo, seus semelhantes ou seu Criador. Portanto, a saúde deve ser tão fielmente conservada como o caráter. (WHITE, 2008 b, p. 195).

Constitui-se de grande importância o conhecimento da fisiologia hu-mana tratando do conhecimento do funcionamento do próprio corpo, não somente na identificação de seus limites na relação entre prática corporal e condicionamento físico, e a proposição da avaliação física e seus protocolos, mas também em relação a cuidados como: higiene do sono, alimentação equi-librada e sexualidade.

Na mesma proporção de importância surge a necessidade de se conhe-cer os aspectos básicos da nutrição referentes à abordagem das necessidades diárias de ingestão de carboidratos, de lipídios, de proteínas, de vitaminas e de aminoácidos, bem como de seu aproveitamento pelo organismo, no processo metabólico diário bem como o que ocorre durante uma determinada prática corporal.

Por se tratar de uma disciplina que lida diretamente com a prática da atividade física é fundamental que os educandos tenham informações sobre as lesões mais frequentes ocorridas nas práticas corporais e como tratá-las a par-tir das noções de primeiros socorros. Torna-se necessário também a discussão das consequências ou sequelas do treinamento de alto nível no corpo dos atle-tas, as influências das condições econômicas, sociais, políticas e históricas no uso de substâncias ilícitas por atletas e não-atletas, numa sociedade pautada na competição exacerbada. Assim como os motivos e os valores determinan-tes no uso de esteroides anabolizantes e seus efeitos.

De acordo com White (2008, p. 167) “o primeiro e constante cuidado dos pais deve ser olhar que os filhos tenham boa constituição, que possam vir a ser homens e mulheres sãos. Impossível é conseguir tal objetivo sem exer-cício físico”. Esse cuidado deve ser também de responsabilidade do educador que se preocupa com o desenvolvimento harmônico do educando.

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RITMO E EXPRESSIvIDADE

Esse elemento articulador ganha relevância ao vivenciar os aspectos rít-micos que emergem nas e das aulas, o aluno torna-se capaz de estabelecer conexões entre os ritmos e sons internos e externos.

Reconhece e valoriza também as possibilidades expressivas do corpo como um todo e de suas diferentes partes: mãos, pés, cabeça, ombro e costas, respeitando as diferenças de cada um.

Dessa maneira, o ritmo e expressividade apresentam-se como uma pos-sibilidade de reflexão e vivência da prática corporal em todo o programa de Educação Física, desde que não esteja limitada a uma perspectiva utilitarista e descontextualizada.

A capacidade comunicativa e expressiva do corpo é natural no homem. Por meio de gestos e movimentos, transmitem-se ideias, pensamentos, sensa-ções e emoções. Considerando que cada cultura possui seus próprios códigos e símbolos linguísticos, pode-se perceber a variedade de signos que o corpo é capaz de produzir, atendendo às necessidades variadas que abrangem desde fins culturais e lúdicos, até fins comerciais e religiosos.

Para Jacob (1990, p. 4) “quando se vê o corpo humano dessa maneira, fi-ca-se maravilhado com a complexidade de sua organização e com o equilíbrio e interdependência das várias partes”. “Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado...” (SAlMOS 139:14).

ESPORTE E ATIvIDADES SOlIDáRIAS

De modo geral, estas atividades não podem, em hipótese alguma, repre-sentar um meio de especialização precoce nas aulas de Educação Física.

Atividades solidárias, por serem mecanismos de movimentos especí-ficos (habilidades motoras), devem ser as mais variadas possíveis, a fim de propiciar uma larga experiência de movimentos aos alunos, fornecendo-lhes rica vivência motora que será utilizada para o restante de sua vida. Para isto, os jogos pré-desportivos se mostram excepcionais para esta consecução, uma vez que se adaptam às necessidades e limitações do educando.

• GincanasAs atividades conhecidas como gincana são excelentes vias para o de-

senvolvimento de projetos sociais que afastam a ideia de competição vazia e

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sem utilidade prática que muitas vezes é atribuída a elas. As atividades em forma de gincana devem promover a cooperação, solidariedade, testemunho, serviço útil e abnegado e integração.

• Competições (Olimpíadas, torneios, etc.)

Combater a violência, promover a integração, favorecer a amizade, oportunizar intercâmbio, valorizar o esforço dos outros competidores e reco-nhecer a importância da participação como meio de fazer o seu melhor, são metas básicas a serem atingidas pelas competições.

• Conscientização - aqui os educadores tratarão de orientar os educan-dos a respeito dos objetivos do evento e da importância de participar do mesmo sob a influência da regra áurea do viver cristão (MATEUS 22:36-40).

• ação - nela ocorre o evento propriamente dito: a olimpíada, o campe-onato, o torneio, etc., com o maior envolvimento possível de pessoas (professores, diretores, administradores e servidores).

• Fechamento - esta fase é imprescindível, como forma de avaliação de todos sobre o evento. Educandos e educadores devem refletir a respeito do que aconteceu em sua vida durante os dias de cooperação e compe-tição e que benefícios puderam ser colhidos dessas experiências. Fica, portanto, uma clara evidência do papel educativo destas atividades, se devidamente executadas.

O desenvolvimento das competências de Educação Física ficaria com-prometido se não fosse oportunizado ao aluno o acesso a todo o conhecimen-to da cultura do movimento corporal necessário para se apropriar de forma crítica desta dimensão da cultura. Neste sentido, o aluno deve ”estudar o que se estuda” na disciplina de Educação Física.

O professor não deve apenas limitar-se à prática esportiva, mas desen-volver estratégias de produção de materiais gráficos ou audiovisuais, seminá-rios, organização de eventos, organização de tabelas comparativas, desenhos esquemáticos, mapas conceituais, pesquisas sobre as práticas esportivas pre-sentes no cotidiano do aluno.

Oferecer ao aluno o acesso às práticas esportivas pouco conhecidas ou

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ao modo como determinadas práticas são organizadas em diferentes lugares, através do uso da tecnologia e da mídia.

A fim de contribuir para a maior compreensão sobre o funcionamento do jogo e a valorização de outras funções esportivas, o aluno, além de jogador, poderá assumir a função de técnico e árbitro; pois fará com que ele valorize as outras funções esportivas, favorecendo a visão de conjunto sobre o desempe-nho dos jogadores em quadra e, consequentemente, a aprendizagem sobre os princípios táticos.

avaliação

Sendo a Educação Física uma disciplina que tem por objetivo o desen-volvimento harmonioso das potencialidades bio-psico-sociais, visando uma vida mais feliz, pura e equilibrada, é necessário levar-se em conta na proposta de avaliação a participação coletiva e individual dos alunos.

É fundamental que as situações de ensino e aprendizado incluam ins-trumentos de registro, reflexão e discussão sobre as experiências corporais, individuais ou grupais, que a prática da cultura corporal oferece ao educando. É necessário que ele conheça a natureza e as características de cada situação de ação corporal, como são socialmente construídas e valorizadas, para que pos-sa organizar e utilizar sua motricidade na expressão de sentimentos e emoções de forma adequada e significativa.

Dentro de uma mesma linguagem corporal, num jogo desportivo, por exemplo, é necessário saber discernir o caráter mais competitivo ou recreativo da situação, conhecer seu histórico, compreender minimamente regras e estra-tégias e saber adaptá-las. Por isso, é fundamental a participação em atividades de caráter recreativo, cooperativo, competitivo, para aprender a diferenciá-las.

Pretende-se avaliar se o educando aceita a limitação imposta pelas situ-ações de jogo, tanto no que se refere às regras quanto no que diz respeito a sua possibilidade de desempenho e interação com os outros. Espera-se que o edu-cando tolere frustrações, seja capaz de colaborar com os colegas, mesmo que estes sejam menos habilidosos, participando das atividades com entusiasmo.

Pretende-se ainda, avaliar se o educando reconhece que os benefícios para a saúde decorrem da realização de atividades físicas regulares, possuindo critérios para avaliar seu próprio avanço decorrente da conscientização, da perseverança e do autodomínio.

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L.E.M - ESPANHOL

O estudo da língua Espanhola deve contemplar as relações com a cultu-ra, o sujeito e a identidade, porque ensinar e aprender línguas é também ensi-nar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes pro-pósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.

O intercâmbio cultural, social e econômico entre o Brasil e os países da língua Espanhola através do MERCOSUl e, por conseguinte, entre seus representantes, sejam sujeitos ou portadores de conhecimento, abre espaço, cada vez maior, na escola, para que o processo de interação dessa disciplina aconteça.

A disciplina de língua Espanhola deve oportunizar ao aluno o reconhe-cimento e a compreensão da diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de signifi-cados em relação ao mundo em que vive.

De acordo com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM), o ensino de língua estrangeira

não pode ter um fim em si mesmo, mas precisa interagir com outras disciplinas, encontrar interdependências, convergências, de modo a que se estabeleçam as ligações de nossa realidade complexa que os olhares simplificadores tentaram desfazer; precisa, enfim, ocupar um papel di-ferenciado na construção coletiva do conhecimento e na formação do cidadão. (OCEM, p. 131)

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Conhecer e usar a língua espanhola como instrumento de acesso a infor-mações e a outras culturas e grupos sociais.

• Associar vocábulos e expressões de um texto na língua Espanhola ao seu tema.

• Conhecer e usar a língua Espanhola como instrumento de acesso às informações a outra cultura e grupo social.

• Relacionar um texto em língua Espanhola, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.

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206 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Reconhecer a importância da produção cultural em língua Espanhola como representação da diversidade cultural e linguística.

aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.

• Utilizar os conhecimentos da língua Espanhola e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tec-nologias e culturas.

Conteúdo eStrUtUrante/ConteúdoS BÁSiCoS

COnTEÚDO ESTRuTuRAnTE

• Discurso como prática social

OBJETO DO COnHECIMEnTO

1º ano

El alfabetoArtículos y contraccionesPronombre personalesModo indicativo: presente verbo ser y estar Substantivos y adjetivos (género, número)AcentuaciónEncuentros vocálicos (diptongos/hiatos/triptongos);HeterotónicosHeterogenéricosHeterosemáticosverbos: presente do indicativoRegulares: 3 conjugaciones (-ar, -er,-ir)Pronombres y verbos reflexivosPresente: verbos irregulares (irregulares en 1ª persona)

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Modo indicativo: presente verbos irregularesCambios vocálicosverbos con doble irregularidadesOtras irregularidadesverbos ir y serFormas no personales (infinito, gerundio, participio).Numerales (cardinales, ordinales, fraccionarios, multiplicativos, colec

tivos)Formar apocopadas de numeralesPosesivos (pronombres y adjetivos)Demostrativos (adjetivos e pronombres)Uso de muy/mucho.Modo indicativo: pretérito indefinido (verbos regulares e irregulares)Pretérito perfectoExpresiones temporalesPronombres relativos, interrogativos y exclamativosPretérito imperfecto (verbos regulares/irregulares)Usos del pretérito imperfecto de indicativoAdverbiosPretérito perfecto

2º ano

Modo indicativo: verbos en el futuro y condicionalConjuncionesComparativosverbos haber y tenerSuperlativosverbos de cambioPreposicionesPerífrasis verbalesModo imperativo: afirmativo y negativoInterjeccionesModo subjuntivo: verbos regulares e irregulares (presente)Modo subjuntivo: pretérito perfecto e imperfecto

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3º ano

Discurso directo e indirectovoces verbalesOraciones condicionalesConectores contrastivosPronombres complemento directo e complemento indirectoleísmolaísmoloísmoHomónimos, parónimos e homófonosRepaso

• Artículo neutro e acentuación• Heterogenéricos, heterotónicos e heterosemánticos• Pronombres posesivos• Modos y tiempos verbales• Apócope• Preposiciones y conjunciones• Muy y mucho

orientaçÕeS didÁtiCaS

O trabalho com a língua espanhola deve ser desenvolvido não apenas como forma de expressão e comunicação, mas como constituinte de signifi-cados, conhecimentos e valores fazendo parte da formação integral do aluno.

O senso de cidadania pode ser desenvolvido na aula de língua ao se re-fletir sobre o papel da língua espanhola e das comunidades que a utilizam na sua complexa relação com o mundo globalizado e com o nosso próprio espaço e a nossa própria língua.

Oportunizar situações de reflexão sobre o fenômeno do portunhol (pro-cesso de aquisição da língua espanhola tendo como base a proximidade com a língua portuguesa), por meio de textos que focalizem os aspectos linguísticos importantes desse fenômeno para que o aluno possa ter uma compreensão mais profunda sobre ele em nosso programa.

De acordo com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio

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(OCEM, p. 133) o aluno deve ser conduzido a se ver e a “constituir-se como sujeito a partir do contato e da exposição ao outro, à diferença, ao reconheci-mento da diversidade”.

O domínio da língua materna tem um papel importantíssimo no pro-cesso de aprendizagem da língua estrangeira, pois os efeitos da proximidade/distância entre a língua espanhola e a portuguesa ou brasileira manifestam-se, muitas vezes, de maneira ambígua nos processos de aprendizagem.

O currículo proposto para o ensino da língua Espanhola propõe infor-mações

geográfico-históricas, linguísticas, culturais e curiosidades dos diver-sos países que falam espanhol. Os textos trabalhados em sala de aula deverão abranger temas relevantes da vida dos educandos, na sociedade, na formação como cidadãos e na sua inclusão em um mundo mutável e veloz, onde as rela-ções humanas estão cada vez mais superficiais e instáveis.

Cabe ao professor aproveitar as experiências e vivências do sujeito e tor-nar o aprendizado de espanhol um espaço de trocas de culturas através de pesquisas, visitas e leituras de textos diversificados.

avaliação

A avaliação precisa ir além das notas e conceitos, precisa ser parte inte-grante do processo educacional. A avaliação tem a função de orientar a apren-dizagem, deve ser contínua e ter base em um conhecimento construído pelo aluno.

A avaliação efetiva, segundo PCNs, deve estar relacionada com oportu-nidades de utilização de conhecimentos prévios e desafios futuros. Elementos de reflexão precisam permear o contexto educacional adequado a cada indi-víduo e grupo.

Tal reflexão poderá ocorrer tão somente se, tanto o professor quanto o educando, conhecerem os acertos e erros, encontros e desencontros ocorridos nessa prática.

Para que os objetivos avaliativos sejam alcançados, faz-se necessário le-var em conta que a aprendizagem se dá a partir do respeito às diferenças indi-viduais e que varia de pessoa para pessoa.

Alguns aprendem apenas ouvindo atentamente; outros precisam ver e ainda há aqueles que precisam do toque, da mão amiga, de um contato mais próximo para avançar no aprendizado.

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210 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Não há uma avaliação uniforme, uma vez que cada indivíduo internali-za a aprendizagem de forma diversificada. Quando se explora a capacidade do aluno direcionando-o para o seu potencial maior de inteligência, os resultados são positivamente surpreendentes e desta forma as inteligências múltiplas são desenvolvidas.

Um sistema educacional comprometido com o desenvolvimento das ca-pacidades dos alunos, que se expressam pela qualidade das relações que estabelecem e pela profundidade dos saberes constituído, encontra, na avaliação, uma referência à análise de seus propósitos, que lhe permite redimensionar investimentos, a fim de que os alunos aprendam cada vez mais e melhor e atinjam os objetivos propostos. (PCNs, 1998, p. 56)

Para tanto, é preciso que o educador utilize diferentes métodos de ava-liação que reflitam e reforcem as concepções sobre o conhecimento linguístico e os resultados atingidos. Os diferentes instrumentos de avaliação refletem e reforçam as concepções sobre o conhecimento da nova língua e apontam para os resultados que serão valorizados e o que é preciso melhorar na prática docente.

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Por que o conhecimento da Matemática é importante como saber esco-lar e como contribui para a formação e transformação do educando? Histori-camente a Matemática faz parte do cotidiano da civilização, quer por necessi-dade, noção ou conhecimento contribuindo para a evolução da humanidade. Para ele, a matemática esta pronta, mas, deve observar que o conhecimento matemático vem sendo construído através dos séculos.

Percebe-se que a Matemática não é uma disciplina isolada, pois a socie-dade como um todo necessita e a utiliza cada vez mais nas diversas situações cotidianas como, por exemplo: na saúde, na política, no comércio. A Matemá-tica é então um saber vivo.

A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possi-bilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habilida-des, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios.

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211ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

A ação do professor é articular o processo pedagógico, a visão de mun-do do aluno, suas opções diante da vida, da história e do cotidiano.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.

• Reconhecer no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.

• Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.

• Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.

• Avaliar a razoabilidade de um resultado na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.

• Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimen-tos numéricos.

Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representa-ção da realidade e agir sobre ela.

• Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no es-paço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.

• Identificar características de figuras planas ou espaciais.• Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos

de espaço e forma.• Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de

argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.

Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão de realida-de e a solução de problemas do cotidiano.

• Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.• Utilizar a noção de escalas na leitura de representações de situações do

cotidiano.• Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.

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212 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.

• Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimen-tos geométricos relacionados a grandezas e medidas.

Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da reali-dade e a solução de problemas do cotidiano.

• Identificar a relação de dependência entre grandezas;• Resolver situação-problema, envolvendo a variação de grandezas, dire-

ta ou inversamente proporcionais;• Analisar informações, envolvendo a variação de grandezas como re-

curso para a construção de argumentação;• Avaliar propostas de intervenção na realidade, envolvendo variação de

grandezas.

modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas.

• Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas;

• Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas;• Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos

algébricos;• Utilizar conhecimentos algébricos/ geométricos como recurso para a

construção de argumentação;• Avaliar propostas de intervenção na realidade, utilizando conheci-

mentos algébricos.

interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitu-ra de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.

• Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer infe-rências;

• Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos;• Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso

para a construção de argumentos.

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213ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, deter-minação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar infor-mações de variáveis apresentadas em uma distribuição estatística.

• Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados (não em classes) ou em gráficos;

• Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade;

• Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação;

• Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimen-tos de estatística e probabilidade.

Conteúdo eStrUtUrante/ ConteúdoS BÁSiCoS

• Números e álgebra• Grandezas e medidas• Funções• Geometrias• Tratamento da informação

COnTEÚDOS BáSICOS

1º ano

Teoria de conjuntos e conjuntos numéricos

• Noção de conjuntos• Conjuntos numéricos• Intervalos

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214 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Funções

• Definindo função• Domínio• Fórmulas e gráficos• Tipos de funções

Função afim

• Pitágoras e seu teorema• Taxa de variação – coeficiente angular• Crescimento e decrescimento da função• Fórmula da função afim• Analisando gráficos de uma função afim• Estudo do sinal de uma função afim• Inequações

Função quadrática

• Definições• Gráfico da função quadrática• Pontos notáveis da parábola• Passos para construção de uma parábola• Estudo do sinal de uma função quadrática• Inequação do 2º grau• Inequações-produto e inequações-quociente

Função modular

• Estudando módulo• Equação modular• Inequação modular• Função modular

Matemática financeira

• Razão

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215ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Proporção• Porcentagem• Juros simples• Aumentos e descontos sucessivos• Sistema de capitalização com juros compostos

Potenciação e função exponencial

• Potenciação• Equação exponencial• Função exponencial• Aplicações de funções exponenciais• Inequação exponencial

Função logarítmica

• Definição de logaritmo• Condição de existência dos logaritmos• Bases especiais dos logaritmos• Aplicação dos logaritmos em algumas situações especiais• Propriedades operacionais dos logaritmos• Mudança de base• Equações logarítmicas• Função logarítmica• Inequações logarítmicas

Geometria plana • Triângulos, ângulos e simetria• Semelhança de triângulos• Congruência• Razões trigonométricas• Razões trigonométricas para ângulos notáveis• Quadriláteros notáveis• Teorema de Tales

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216 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Circunferência• Áreas de regiões planas• Polígonos regulares

Sequência e Progressão aritmética• Sequências numéricas• Progressão aritmética (PA)

Progressão geométrica• Classificação de uma PG• Termo geral de uma PG • Interpolação geométrica• Soma dos n termos de uma PG finita

2º ano

Geometria de posição e poliedros convexosPrismas e pirâmidesCorpos redondosMatrizesDeterminantesSistemas linearesResolução de triângulosSistema trigonométrico e funções circularesRelações e transformações trigonométricasAnálise combinatóriaProbabilidadeEstatística

3º ano

Geometria analítica: pontos no plano cartesianoGeometria analítica: retasGeometria analítica: circunferênciaNúmeros complexos

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217ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

PolinômiosFunção PolinomialFunções modular, composta e inversaFunções exponencial e logarítmicaSequências e progressõesAnálise combinatória e probabilidadeMatrizes, determinantes e sistemas linearesGeometria PlanaTrigonometriaMatemática financeira e estatísticaGeometria espacialGeometria analíticaNúmeros complexos e polinômios

orientaçÕeS didÁtiCaS

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais destacamos:

RESOluçãO DE PROBlEMAS

Um dos desafios do ensino da Matemática é a abordagem de conteúdos para a resolução de problemas. Trata-se de uma metodologia pela qual o es-tudante tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta (DANTE, 2003).

O professor deve fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de problemas, como exposição oral e resolução de exercícios. Isso torna as aulas mais dinâmicas e não restringe o ensino de Matemática a modelos clás-sicos. A resolução de problemas possibilita compreender os argumentos ma-temáticos e ajuda a vê-los como um conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos do processo de ensino e aprendizagem (SCHOENFElD, 1997).

As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; des-tacar informações, dados importantes do problema, para a sua resolução; ela-borar um plano de resolução; executar o plano; conferir resultados; estabele-cer nova estratégia, se necessário, até chegar a uma solução aceitável (POlYA, 2006).

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A prática da resolução de problemas ao enfrentar com confiança novas situações, proporciona um contexto no qual se constroem conceitos e se des-cobrem relações permitindo que o aluno perceba o potencial e a utilidade da matemática.

ETnOMATEMáTICA

A etnomatemática propõe programas educacionais que enfatizam as matemáticas produzidas pelas diferentes culturas. O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o conhe-cimento matemático. leva em conta que não existe um único, mas vários e distintos conhecimentos e todos são importantes. As manifestações matemá-ticas são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais diver-sas áreas que emergem dos ambientes culturais.

Considerando o aspecto cognitivo, releva-se que o educando é capaz de reunir situações novas com experiências anteriores, adaptando essas às novas circunstâncias e ampliando seus fazeres e saberes. “Graças a um elaborado sis-tema de comunicação, as maneiras e modos de lidar com situações vão sendo compartilhadas, transmitidas e difundidas.” (D’AMBROSIO, 2001, p. 32).

O trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com essa questão maior – o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações, valorizando os conhecimentos matemáticos do grupo cultural aos quais os educandos pertencem, aproveitando ao máximo o saber extraescolar.

MODElAGEM MATEMáTICA

A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social procurando levantar problemas que sugerem ques-tionamentos sobre situações de vida.

O modelo matemático buscado deverá ser compatível com o conheci-mento do educando, sem desconsiderar novas oportunidades de aprendiza-gem, para que ele possa sofisticar a matemática conhecida a priori.

O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a in-tervenção do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, contribui para sua formação crítica.

Partindo de uma situação prática e seus questionamentos, o aluno po-derá encontrar modelos matemáticos que respondam essas questões.

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Modelagem matemática é o processo que envolve a obtenção de um mo-delo. Este, sob certa óptica, pode ser considerado um processo artístico, visto que, para se elaborar um modelo, além de conhecimento de Ma-temática, o modelador precisa ter uma dose significativa de intuição e criatividade para interpretar o contexto, saber discernir que conteúdo matemático melhor se adapta e também ter senso lúdico para jogar com as variáveis envolvidas (BIEMBENGUT & HEIN, 2005, p. 12).

MÍDIAS TECnOlÓGICAS

O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensi-nar e aprender, e valoriza o processo de produção de conhecimentos.

A utilização de recursos como o computador, calculadora, Tv, vídeo, rádio e outros pode contribuir para que o processo de ensino e aprendizagem de matemática se torne uma atividade experimental mais rica, sem riscos de impedir o desenvolvimento do pensamento, desde que os educandos sejam encorajados a desenvolver sua capacidade crítica.

O uso de mídias tem suscitado novas questões, sejam elas em relação ao currículo, à experimentação matemática, às possibilidades do surgimento de novos conceitos e de novas teorias matemáticas (BORBA, 1999). Atividades com lápis e papel ou mesmo quadro e giz, para construir gráficos, por exem-plo, se forem feitas com o uso dos computadores, permitem ao estudante am-pliar suas possibilidades de observação e investigação, porque algumas etapas formais do processo construtivo são sintetizadas (D’AMBROSIO & BARROS, 1988).

Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas.

As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvi-mento de ações em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes argumentam e conjecturam sobre as atividades com as quais se envolvem na experimentação (BORBA & PENTEADO, 2001).

A Internet é um recurso que favorece a formação de comunidades vir-tuais que, relacionadas entre si, promovem trocas e ganhos de aprendizagem (TAJRA, 2002). Muitas delas, no campo da Matemática, poderão envolver educadores, educandos e outros interessados na área.

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HISTÓRIA DA MATEMáTICA

É importante entender a história da Matemática no contexto da prática escolar como componente necessário de um dos objetivos primordiais da dis-ciplina, qual seja, que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade.

A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época.

A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significa-tiva, pois propicia ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais (MIGUEl & MIORIM, 2004).

InvESTIGAçÕES MATEMáTICAS

As investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos matemá-ticos) podem ser desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se relacionam com a resolução de problemas.

Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acon-tecem de forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes grupos de alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de investigação diferentes, com certeza obterão resultados também diferentes.

Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um mate-mático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmen-te, porque formula conjecturas a respeito do que está investigando. Assim, “as investigações matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos, procedimen-tos e representações matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura-teste-demonstração”. (PONTE, BROCARDO & OlI-vEIRA, 2006, p. 10).

Como são estabelecidas diferentes conjecturas, os educandos precisam verificar qual é a mais adequada à questão investigada e, para isso, devem rea-

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lizar provas e refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e com o professor. Esse é exatamente o processo de construção da matemática pelos matemáticos e, portanto, o espírito da atividade matemática genuína está pre-sente na sala de aula. Enfim, investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de toda ação pedagógica.

Ensinar e aprender Matemática é um processo complexo, por isso, sem-pre que possível o ideal é promover a articulação entre as abordagens meto-dológicas apresentadas.

Um problema pode ser resolvido com os conhecimentos da história da Matemática, de modo que possibilite ao estudante compreender a evolução do conceito através dos tempos. No processo da resolução, recomenda-se usar uma metodologia que propicie chegar a um modelo matemático. Tendo o mo-delo sistematizado, parte-se para a solução do problema, cujas alternativas podem ser buscadas em resolução de problemas. As mídias, como softwares com planilhas eletrônicas, possibilitam a solução em um tempo menor do que o necessário mediante uso de caderno e lápis. Assim, têm-se condições de realizar as devidas análises, os debates, as conjecturas e a conclusão de ideias, atitudes intrínsecas da investigação matemática.

Uma prática docente investigativa pressupõe a elaboração de problemas que partam da vivência do estudante e, no processo de resolução, transcen-da para o conhecimento aceito e validado cientificamente. A fundamentação para tal prática é encontrada na etnomatemática.

A abordagem dos conteúdos específicos pode, portanto, transitar por todas as tendências da Educação Matemática.

De acordo com a Filosofia Adventista a Matemática não deve ser tratada apenas pela sua importância conceitual, mas sim pelo seu grande significado no serviço da humanidade.

Os educandos precisam ser conduzidos a aprender com seus erros, to-mando consciência de seu potencial. O equilíbrio e a ordem são também carac-terísticas essenciais à aprendizagem da matemática e à vida. A Matemática pro-picia a tomada de decisões de forma racional e justa. Assim, é possível enfatizar princípios de justiça, responsabilidade e dignidade. Há, portanto, muito mais na Matemática do que simplesmente cálculos e fórmulas. “Muitos educandos dedicam seu tempo à Matemática superior, quando são incapazes de zelar pelas próprias contas” (WHITE, 2008, p. 143).

Pode ser que os educandos se esqueçam de Matemática que lhes foi en-sinada, mas as lições de vida apresentadas devem permanecer eternidade.

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avaliação

As pesquisas em Educação Matemática têm permitido a discussão e re-flexão sobre a prática docente e o processo de avaliação. Historicamente, as práticas avaliativas têm sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento da pedagogia do ensino e da aprendizagem (lUCKESI, 2002).

Com o objetivo de superar tal prática, considera-se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem, ancorada em encami-nhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão; que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.

Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensi-no-aprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é pro-porcionar aos educandos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno (ABRANTES, 1994, p. 15).

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da ob-servação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos educandos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestação escrita, oral e de demonstra-ção, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e calculadora.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

• compreende, por meio da leitura, o problema matemático; • elabora um plano que possibilite a solução do problema; • encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático; • realiza o retrospecto da solução de um problema.

O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abor-dados nas aulas de Matemática.

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Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da apren-dizagem.

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

A aprendizagem na Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias in-dica a compreensão e a utilização dos conhecimentos científicos para explicar o funcionamento do mundo, planejar, executar e avaliar as ações de interven-ção na realidade.

Para concretização das competências e habilidades que se pretende ob-jetivar, a área visa envolver, de forma combinada, o desenvolvimento de co-nhecimentos práticos e contextualizados, que respondam às necessidades da vida contemporânea.

Para tanto, é fundamental a superação do tratamento estanque, com-partimentalizado, que caracteriza o conhecimento escolar partindo para uma prática educativa em que a contextualização dos conhecimentos e sua relação com as demais disciplinas seja parte integrante da metodologia usada em sala de aula.

A integração entre os conhecimentos favorece a aprendizagem motiva-dora, na medida em que oferece liberdade aos educadores e sujeitos para a se-leção de conteúdos mais diretamente relacionados aos assuntos ou problemas que dizem respeito à vida da comunidade.

Ao se denominar a área como sendo não de Ciências da Natureza, mas também de suas tecnologias, se sinaliza claramente que, em cada uma de suas disciplinas, se pretende promover competências e habilidades que sirvam para o exercício de intervenções e julgamentos práticos. Isto significa o enten-dimento de equipamentos e de procedimentos técnicos, a obtenção e análise de informações, a avaliação de riscos e benefícios em processos tecnológicos, de um significado amplo para a cidadania e também para a vida profissional.

O estudo das Ciências da Natureza pressupõe a existência de um refe-rencial que permita aos sujeitos identificar e se identificar com as questões propostas, favorecendo a percepção da inter-relação entre os fenômenos e processos biológicos, físicos e químicos. Por isso o planejamento deve ser pensado de forma multi e interdisciplinar, ou seja, os conteúdos devem ser propostos a partir de uma compreensão global, articulando as competências

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que serão desenvolvidas em cada disciplina e no conjunto de disciplinas, em cada área e no conjunto das áreas. Mesmo dentro de cada disciplina, uma perspectiva mais abrangente pode transbordar os limites disciplinares.

De acordo com White (2008, p. 59) para o educando “que aprende a in-terpretar seus ensinos, toda a natureza se ilumina; o mundo é um compêndio, e a vida uma escola”.

BIOLOGIA

No ensino da Biologia é de extrema relevância que o educando conheça as teorias que tentam explicar o surgimento da vida. Este conhecimento será utilizado para fazer comparações e um contraponto entre o Criacionismo e o Evolucionismo.

Deus ao formar o mundo criou todas as espécies, e, dentre elas o ho-mem, obra prima de sua criação, ao qual permitiu que exercesse um cuidado especial sobre essa maravilhosa obra que acabara de ser criada. Designou a Adão como responsável para nomear os seres vivos tornando-se então ele o primeiro biólogo deste planeta. Essa biologia criada por Deus era perfeita sem haver competição entre os seres, pois os ecossistemas eram perfeitos.

O ensino da Biologia deve conscientizar o aluno que as soluções para a melhoria da qualidade de vida não estão na enchente de recursos tecnológicos que nos transportam para um futuro projetado de ficção, de sofisticação tec-nológica; mas que tais recursos precisam ser aplicados na busca de uma vida mais simples no retorno as origens, carinhosamente planejadas por Deus aos seres humanos através dos recursos naturais, tais como: luz solar, água pura, alimentação equilibrada, atividade física, trabalhos manuais, vida no campo, ao invés dos recursos humanos tão artificiais. Devemos valorizar a tecnologia, mas não pode ser ela a mola mestra na vida de cada sujeito na busca do co-nhecimento.

A Biologia deve ampliar a visão de mundo do educando, mostrando as inter-relações e interações em vários níveis de complexidade dos seres vivos. Em consequência disto, deve haver um aumento na percepção dos fenôme-nos da vida, os quais ocorrem de uma maneira dinâmica e na sua totalidade, transcendendo a simples memorização de processos, buscando a resolução de problemas reais presentes em nossa sociedade que possibilitam condições ideais para um viver saudável.

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A contextualização do ensino da Biologia oportunizará ao educando saber lidar com informações, compreendê-las, elaborá-las e selecioná-las, agindo com autonomia e não como um mero repetidor de ideias. Todo esse processo o direcionará a questionar o meio em que vive, reconhecendo o seu papel como cidadão e agente de transformação social, tendo Deus como a fonte de toda a sabedoria e conhecimento.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.

• Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulató-rios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contex-tos.

• Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.

• Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.

• Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qua-lidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.

identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências natu-rais em diferentes contextos.

• Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano. • Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou

utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.• Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a compara-

ção de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do • consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida.

associar intervenções, que resultam em degradação ou conservação ambiental, a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicas.

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• Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.

• Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos.

• Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.

• Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produ-tos biotecnológicos.

• Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades so-ciais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.

Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos cien-tíficos, aspectos culturais e características individuais.

• Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou expli-cando a manifestação de características dos seres vivos.

• Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o am-biente, sexualidade, entre outros.

• Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou pro-cessos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas bio-lógicos.

• Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.

entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.

• Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de lingua-gem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológi-cas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.

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• Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos sis-temas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.

• Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.

apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.

• Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros.

• Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, anali-sando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas ou produtos industriais.

• Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde indivi-dual, coletiva ou do ambiente.

COnTEÚDO ESTRuTuRAnTE/ COnTEÚDOS BáSICOS

• Organização dos seres vivos• Mecanismos biológicos• Biodiversidade• Manipulação genética

1º ano

Introdução a BiologiaOrigem da vidaComposição química dos seres vivosCitologia ICitologia IIMetabolismo energético

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NúcleoDivisão celularEmbriologia animalReproduçãoBiotecnologiaHistologia animal

2º ano

Classificação dos seres vivosDiversidade e história da vidaReproduçãoSeres acelulares: vírus e príonsReino MoneraReino ProtistaReino FungiReino Metaphytavegetais de grande porteEstruturas vegetaisHistologia e Fisiologia vegetalFotossíntese – aspectos bioquímicosPoríferos e cnidáriosPlatelmintos e nematelmintosAnelídeos e artrópodesMoluscos e equinodermosO grande filo ChordataNutrição e digestãoRespiração e circulaçãoSistemas imunológico e excretorSistemas coordenadores: nervoso e endócrinoSistema sensorial e locomotorSistema Genital humano e reprodução

3º ano

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Bases da GenéticaSegunda lei de MendelInteração Gênica, herança quantitativa e linkageDeterminação do sexo e de anomalias cromossômicasGenética de populaçõesTeorias evolucionistasEvolução x CriaçãoEcologiaRelação entre os seres vivosSucessão ecológicaBioquímicaCitologiaO núcleoDivisão celularEmbriologia AnimalHistologiaClassificação biológicaTipos de reprodução no mundo vivoSeres acelulares – vírus e príonsReino MoneraReino ProtistaReino FungiReino MetaphytaReino AnimalFisiologia animalGenéticaEcologia

orientaçÕeS didÁtiCaS

A Biologia, por ser uma área que estuda a vida, deve estar centrada na criação e em Deus. Apesar de o relato bíblico ser claro, a respeito da origem da vida, é importante que o sujeito conheça as teorias que tentam explicar o sur-gimento da vida. Este conhecimento será utilizado para fazer comparações e um contraponto entre a revelação e essas teorias. O perfil do sujeito delineado na Filosofia Adventista de Educação referenda-nos um ser autônomo, capaz

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de discernir entre a verdade e o erro e que se posicione responsavelmente perante suas escolhas. O estudo da origem do conhecimento oferece uma ri-queza de oportunidades para tornar conhecida a criação e o Criador.

A unidade do homem com a natureza e com Deus, o domínio universal da lei, os resultados da transgressão, não podem deixar de impressionar o espírito e moldar o caráter. O grande Mestre Jesus, colocava seus ou-vintes em contato com a natureza, a fim de ouvirem a voz que fala em todas as coisas criadas; e quando o coração deles se sensibilizava e o espírito se achava receptivo, Ele os ajudava a interpretar os ensinos espi-rituais das cenas sobre que pousava seu olhar. As parábolas por meio de que gostava de ensinar lições de verdade mostram quão aberto se achava Seu espírito às influências da natureza, e como Ele se deleitava em tirar ensinos espirituais do ambiente da vida diária. (WHITE, 2008, p. 61).

As aulas terão um enfoque prático, devido à relação entre biologia, o cotidiano dos educandos e aplicação espiritual. Conhecer o mundo à nossa volta e os seres que dele fazem parte é condição para uma participação mais efetiva na sociedade e para o entendimento da própria vida. Por isso, o estudo da morfologia e fisiologia animal na qualidade e preservação da vida pelo fato do homem ter sido criado por Deus, tem a responsabilidade de preservar seu corpo e a natureza.

Tanto os animais como as plantas são seres indivisíveis, criados por Deus. Sendo assim, as atividades deverão ser integradas, de forma que o sujei-to desenvolva a noção de unidade e interdependência. Através do estudo do mundo vegetal, observar as plantas e tirar lições que sirvam para a edificação do caráter e a compreensão de verdades eternas. É importante, ao estudar a natureza e as plantas em especial, destacar o valor da alimentação saudável e como ela contribui para melhorar a qualidade de vida.

O conceito de unidade e interdependência dos seres criados por Deus será vastamente pesquisado nas estruturas e interações. Através deste estudo focado no mundo vegetal, construir conceitos tais como: harmonia, equilíbrio e efemeridade da vida. Desenvolver o conceito de ecossistema, destacando as leis que o regem.

É fundamental que o aluno ao estudar Biologia, perceba a importância de sua aplicabilidade no cotidiano para uma vida saudável. Segundo White, na sala de aula

deve ser ensinado ao estudante que o objetivo de seu estudo não é sim-

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plesmente obter conhecimentos de fatos e princípios. Só isso é de pouco valor. Ele pode compreender a importância da ventilação, seu quarto pode ser arejado, mas a menos que aprenda a forma correta de respi-rar ficará livre das consequências das doenças respiratórias. O grande requisito ao ensinar as ciências biológicas consiste em impressionar os alunos a colocar em prática conscienciosamente. Sejam os alunos im-pressionados com o conceito de que o corpo é templo em que Deus deseja habitar, que deve ser conservado puro com a habitação de pensa-mentos elevados e nobres. (WHITE, 2008, p. 122).

O ensino da Biologia deve estar voltado à apropriação do conhecimento biológico e ao desenvolvimento da responsabilidade social e ética dos educan-dos. É importante lembrar que a simples quantidade de informações, por si só não capacita o educando a compreender o mundo natural.

No desenvolvimento de um aprendizado efetivo e que transcende a ideia de que a Biologia é apenas uma questão de memorização é fundamental que os conteúdos se apresentem como problemas a serem resolvidos envolvendo interações entre os seres vivos, dentre eles o ser humano, e os demais elemen-tos do ambiente.

Para atingir com abrangência os objetivos da disciplina propõem-se além das aulas expositivas, atividades experimentais que podem ser realizadas na sala de aula, laboratório, aula de campo e passeios pedagógicos. Convém ressaltar que em qualquer atividade a ser desenvolvida deve existir períodos pré e pós-atividades, visando facilitar a formação de conceitos.

Portanto sugere-se:

• Relação de todo conteúdo com o cotidiano do aluno, tornando-o útil agora e no futuro. O uso de jornais, revistas, notícias da mídia, depoi-mentos são de grande valor para fazer a relação do conteúdo com a prática.

• Reflexão sobre o estudo em questão e a conduta pessoal levantando questões contemporâneas que sejam pertinentes e capazes de motivar debate em sala de aula e conscientizar sobre a forma correta de cuidar de si mesmo.

• Realização de gincanas, seminários, jogos para realizar a troca de in-formações entre os alunos.

• Atividades extraclasses que envolvam visitas a locais onde se possa visualizar a biologia na prática favorecendo também o conhecimento

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dos profissionais que trabalham na área tendo em vista a escolha pro-fissional e o mercado de trabalho.

• Experiência empírica através da observação e descrição dos seres vivos.• Uso da internet como fonte de pesquisa e troca de informações.• Palestras com profissionais da área sobre assuntos relacionados à saúde

e/ou meio ambiente.• Aulas teóricas relacionando teoria com a prática; aula dialogada, leitu-

ra e escrita para possibilitar a expressão dos pensamentos, percepções e confronto de ideias dos educandos.

• Uso do laboratório para a realização de atividades experimentais.• levantamento de pesquisa bibliográfica, de campo e/ou experimental.• Experimentação prática e/ou demonstrativa utilizando recursos tec-

nológicos a fim de se demonstrar e interpretar e até mesmo solucionar problema em questão.

avaliação

Na disciplina de Biologia, a avaliação tem por objetivo diagnosticar o que é de domínio do aluno, como: seu conhecimento histórico, a percepção dos códigos intrínsecos da disciplina, a utilização adequada das fontes de in-formações acerca dos textos trabalhados, a leitura e entendimento coerentes, a percepção de forma crítica na intervenção do homem no ambiente e na vida dos seres vivos.

A assimilação do conhecimento e o domínio dos conceitos são garanti-dos na interação professor-aluno e aluno-professor em sala de aula, pesquisa de campo, biblioteca, laboratórios bem como em outros espaços.

A aferição da aprendizagem se dará por meio de testes, produção de tex-tos, oralidade, trabalhos de pesquisa e/ou outros instrumentos que ampliam os conhecimentos de sala de aula. Finalizando, ressaltamos que a avaliação de-verá ter um foco interdisciplinar, englobando todas as manifestações do edu-cando no decorrer do período que demonstrem os conhecimentos adquiridos somados aos aspectos tecnológicos vinculados a produção de trabalhos com embasamento científico que envolvam aspectos humanos como ética, moral, relações políticas e econômicas.

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233ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

FÍSICA

Física é a ciência que estuda a natureza no seu sentido mais amplo, en-volvendo tanto a descoberta dos constituintes fundamentais da matéria co-nhecida até a constituição e o comportamento do universo conhecido como um todo.

O estudo da Física torna-se importante porque os conceitos físicos apa-recem em diversas situações da vida. É a ciência que auxilia na compreensão das leis que regem os fenômenos naturais, bem como o desenvolvimento dos processos que se verificam no universo à nossa volta.

Ao estudar Física o educando vai adquirir conhecimentos ligados a pró-pria sobrevivência e ao exercício da cidadania de maneira consciente e res-ponsável.

De modo geral, o objetivo da Física consiste em descobrir as leis gerais da natureza e esclarecer processos concretos com base nelas. À medida que se aproximam desse objetivo, os seres humanos compreendem melhor o pa-norama grandioso e universal da natureza percebendo que o universo não é um conjunto de simples acontecimentos independentes. A concepção de um universo como resultado de desígnio inteligente, manifesto sob estrutu-ras lógicas, governado sob leis físicas e matemáticas, indica a preexistência de uma inteligência transcendente acima e além do material, da mente criadora e mantenedora dessa natureza: Deus.

Entender os fenômenos que cercam a natureza, os efeitos da interven-ção humana, bem como as leis que a regem; vislumbrar, ainda que de forma pálida e imperfeita, a estampa do Criador, Seu perfeito caráter, a expressão do Seu amor e cuidado paterno para com Sua criação, e o reflexo da ordem e confiabilidade em forma de leis precisas e exatas – eis o objetivo da Física na perspectiva cristã.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.

• Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.

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234 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.

• Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.

• Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qua-lidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.

identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências natu-rais em diferentes contextos.

• Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.• Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou

utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.• Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a compara-

ção de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida.

associar intervenções, que resultam em degradação ou conservação ambiental, a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicas.

• Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvi-dos.

• Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos.

• Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.

• Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produ-tos biotecnológicos.

• Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades so-ciais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.

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235ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos cien-tíficos, aspectos culturais e características individuais.

• Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou expli-cando a manifestação de características dos seres vivos.

• Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o am-biente, sexualidade, entre outros.

• Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou pro-cessos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas bio-lógicos.

• Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.

entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.

• Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de lingua-gem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológi-cas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.

• Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se desti-nam.

• Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.

apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.

• Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substân-cias, objetos ou corpos celestes.

• Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos, inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do ele-tromagnetismo.

• Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a

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236 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.

• Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas.

COnTEÚDO ESTRuTuRAnTE/ COnTEÚDOS BáSICOS

• Movimento• Termodinâmica• Eletromagnetismo

1º ano

Física: para que serve isso?

• A física no cotidiano • A estrutura da matéria na visão quântica atual • As quatro forças fundamentais da natureza

Medidas e unidades do SI

• Notação científica• Exprimindo as grandezas: sistemas de unidades

Cinemática escalar em uma dimensão

• As grandezas • Conceitos básicos sobre o movimento

Classificação dos movimentos

• O que são MU e MUv? • Equacionando o MU e o MUv

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237ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Equação horária do MU• Equação horária para o MUv• Ultrapassagem e travessia

Gráficos do movimento e suas aplicações

• Gráficos do tipo espaço x tempo? • Gráficos do tipo velocidade x tempo • Gráficos do tipo aceleração x tempo

Queda livre e lançamento vertical

vetores

• vetores • Álgebra vetorial • Cinemática vetorial• Princípio de simultaneidade

lançamento oblíquo e horizontal

Movimentos circulares

• Deslocamentos escalar e angular• velocidade angular• Aceleração angular• Frequência e período• Movimento circular uniforme e uniformemente variado• Aplicação dos movimentos circulares – transmissão de MCU

Dinâmica newtoniana e suas leis

• Causas e efeitos – o princípio da causalidade• Força • As três leis de Newton

Aplicações das leis de newton

• Estudo de elevadores

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238 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Plano inclinado• Curvas

Impulso e quantidade de movimento

• Teorema do impulso• Quantidade do movimento• Colisões

Trabalho de uma força

• Trabalho

Energia e potência

• Energia • A natureza que tudo transforma • Sistemas conservativos e não conservativos • Relação energia e trabalho

Gravitação e leis de Kepler

• Um pouco de história • As leis de Kepler

Estudo sistemático das órbitas planetárias

• Corpos em órbitas circulares• Satélites geoestacionários• Campo gravitacional• Campo gravitacional e rotação da Terra• Energia no campo gravitacional • velocidade cósmica primeira• velocidade de escape (ou velocidade cósmica segunda)• Força gravitacional e as marés

Estática e torque

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239ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Equilíbrio de forças em um ponto• Estática de corpos sólidos

2º ano

Hidrostática e pressãoPrincípio de PascalPressão atmosféricaPrincípio de ArquimedesCalor e temperaturaCondutividade térmicaCalorimetriaFases e mudanças de fasesGrandezas que definem o estado de um gásAnálises das transformações gasosas - gráficosTrabalho termodinâmicoPrimeira lei da termodinâmicaSegunda lei da termodinâmicaTerceira lei da termodinâmicaConceitos básicos de ópticaEspelhos esféricos - estudo analíticoleis da refração luminosaDioptros, lâminas e prismaslentes esféricasA visão humanaOndas e fenômenos ondulatóriosPrincípio de HuygensAcústicaEfeito DopplerO ouvido humano

3º ano

“Elektron” - onde tudo começoulei de Coulomb

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240 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

O campo elétrico e a dinâmica das cargas imersas no campoPotencial elétricoCondutores e isolantes - equilíbrio estáticoCargas em movimento - corrente elétricaMedidores de grandezas elétricasGeradores e receptores elétricosCircuitos elétricos e lei das malhas Capacitância e capacitores elétricosDescobrindo as propriedades magnéticas da matériaForça magnética e campo magnéticoIndução eletromagnéticaAplicações tecnológicasMedidas / Cinemática escalarMovimento uniforme / Movimento variado uniformementeCinemática vetorial e movimentos circularesProjéteisTemperatura e calorTransmissão de calor / Dilatação térmicaEletrostática: força e campo elétricoPotencial elétrico e Condutores em equilíbrioleis de Newton e Interações mecânicasElevadores / Plano inclinado / Trajetórias curvasTrabalho, energia e potênciaEnergia mecânicaGases e TermodinâmicaÓptica Geométrica – EspelhosCorrente elétrica / leis de OhmGeradores e receptores elétricosImpulso e quantidade de movimentoGravitação universalEstática do corpos rígidosDensidade e pressãoRefração da luz – lâminas e prismaslentes esféricas e instrumentos ópticosMedidas elétricas – lei de KirchhoffCampo magnético e força magnéticaPrincípio de Arquimedes – Hidrodinâmica

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241ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

OndulatóriaIndução e ondas eletromagnéticas

orientaçÕeS didÁtiCaS

A Física, por sistematizar propriedades gerais da matéria, de certa forma como a matemática, que é sua principal linguagem, também fornece instru-mentais e linguagens que são naturalmente incorporados pelas demais ciên-cias. A cosmologia, no sentido amplo de visão de mundo, e inúmeras tecno-logias contemporâneas, são diretamente associadas ao conhecimento físico, de forma que um aprendizado culturalmente significativo e contextualizado da física transcende naturalmente os domínios disciplinares estritos. E é essa Física que há de servir aos educandos para compreenderem a geração de ener-gia nas estrelas ou o princípio de conservação que explica a permanente in-clinação do eixo de rotação da terra relativamente ao seu plano de translação. Também é visão de mundo, além de conhecimento prático essencial a uma educação básica, compreender a operação de um motor elétrico ou de com-bustão interna, ou os princípios que presidem as modernas telecomunicações, os transportes, a iluminação e o uso clínico, diagnóstico ou terapêutico, das radiações.

As necessidades cotidianas fazem com que os educandos desenvolvam uma inteligência essencialmente prática, que permite reconhecer problemas, buscar e selecionar informações, tomar decisões e, portanto, desenvolver uma ampla capacidade para lidar com a Física.

O educando vai perceber que a Física pode ajudá-lo, a saber, como in-terpretar uma conta de luz, economizar para o próximo mês e por que o ar atrás da geladeira é quente. Num sentido mais amplo, ele vai se deparar com todas as dimensões de uma ciência muito além de fórmulas e cálculos.

Quando essa capacidade é potencializada pela escola, a aprendizagem apresenta melhores resultados. Nas aulas de Física o conteúdo será vivencia-do em laboratórios, visita a outras escolas e universidades, museus, fábricas e atividades ao ar livre. Projetos interdisciplinares devem ser propostos com objetivo de trabalhar as áreas de conhecimento de forma integrada, criativa e inseridas em questões sociais.

O educando deverá ter a oportunidade de pesquisar na Internet, na bi-

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242 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

blioteca, realizar pesquisa de campo, participar de palestras, assistir vídeos e apresentar seus trabalhos ao professor e colegas, gerando discussões em gru-po.

Todos esses recursos não eliminam a atuação ativa e indispensável do professor por meio da motivação, de explicações, apresentação do conteúdo e sua avaliação.

avaliação

A avaliação deve ser uma estratégia de ensino, de promoção do apren-dizado, que assuma um caráter formativo que favoreça o progresso pessoal do educando. O ponto de partida é a análise de situações previamente conhecidas por eles (universo vivenciado).

A avaliação como estratégia, deve aproximar a escola do mundo real, através do contato com o mundo natural, social, cultural e produtivo, em visi-tas de campo, entrevistas, visitas à industrias e excursões ambientais.

O professor deve mediar e sistematizar ações educativas com as lingua-gens, tecnologias e relações sócio históricas para haver aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será um momento de reflexão, não somente para o edu-cando, mas também para o educador, que avaliará seu próprio desempenho didático-pedagógico e a aceitação por parte dos educandos. Partindo daí, ele poderá buscar novos caminhos.

Por isso, devem fazer parte do processo de aprendizagem, entre outros, os seguintes instrumentos de avaliação:

• Provas orais, informatizadas, individuais, em dupla ou em grupo.• Pesquisa de campo.• Trabalhos desenvolvidos em sala de aula.• Resoluções de problemas.• Discussões em grupo e entre grupos.• Cooperações diversas para solucionar problemas de Física.• Seminários em sala de aula.• visitas a locais de interesse.• Palestras.

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243ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

QUÍMICA

No processo de criação do Universo por Deus, iniciaram-se os primei-ros processos de reações químicas. As criações, originadas da força divina, resultaram em estrelas e constelações belíssimas, que até hoje emanam o po-der criador de Deus através de reações nucleares em cadeia. Não bastasse isso, Deus iniciou o processo da criação humana e como Criador, revelou-se como um mestre na área de Química. Sua sabedoria foi capaz de escolher os elemen-tos químicos, reuni-los através de ligações iônicas ou covalentes, de forma que as mesmas ficassem estáveis, formando os primeiros compostos orgânicos. Quem dera se pudéssemos descobrir as primeiras substâncias formadas pelo poder divino tão perfeito. Não havia reação de degeneração ou qualquer ou-tro tipo em que pudesse colocar em risco a vida eterna dos primeiros seres criados. Mas, infelizmente, a maldade surgiu no mundo e, aquilo que poderia permanecer como uma reação dinâmica em equilíbrio através da eternidade tornou-se reação prejudicial a toda raça humana.

Quando tentamos entender como pode ser possível uma minúscula molécula que está fazendo parte do nossa estrutura corpórea, possui em sua estrutura átomos e neles ainda elétrons girando de forma tão perfeita; que mantêm nosso corpo firme e ao mesmo tempo permeável, sustentando nossa pele, órgãos ou um pequeno fio de cabelo. Fica difícil não acreditar que algo maior projetou, e hoje coordena estas funções.

A Filosofia Adventista compreende que o ato de conhecer pode, por suas implicações, modificar o ser do homem, e é por isso que a educação e a redenção são processos equivalentes. Isso alcança especial relevância no caso da experiência de conhecer a Cristo, que não é só um fato intelectivo. A Educação Adventista considera como conhecimento verdadeiro, progressiva-mente substanciado na experiência, a crença de que um Deus pessoal é uma realidade necessária e absoluta e que tudo o mais é contingente e relativo a Ele.

A origem do universo é um fato que se encontra além do alcance da investigação humana direta, inclusive dos paradigmas mais atuais da ciência, podendo ser mais bem entendida na medida em que o Criador a revela. Por isso, em caso de conflito, deve-se escolher uma fonte como predominante so-bre as outras, sendo a revelação a que no conceito da Educação Adventista provê o marco de referência básico pelo qual as demais podem ser avaliadas.

A forma como a Química é ensinada deve ter como consequência a boa relação entre seres humanos, o meio ambiente e Deus. De nada adiantará ser

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244 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

um mestre ou doutor em Química, se ao menos não souber informar aos ou-tros que nicotina (substância química) mata, que CFC (Cloro-flúor-carbono) destrói a camada de ozônio, ou que a coca-cola possui ácido fosfórico que provocará ao longo dos anos, principalmente nas mulheres, osteoporose, con-sequência do desequilíbrio entre os cátios e ânions.

A Química tem como primeiro objetivo estudar a constituição das subs-tâncias, suas propriedades e as transformações sofridas por elas. O seu estu-do não deve ser entendido como um conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, mas sim uma construção da mente humana, em contínua mudança.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.

• Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.

• Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.

• Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.

• Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qua-lidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.

identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências natu-rais em diferentes contextos.

• Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano. • Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou

utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.• Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a compara-

ção de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida.

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associar intervenções, que resultam em degradação ou conservação ambiental, a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos.

• Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.

• Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos.

• Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.

• Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produ-tos biotecnológicos.

• Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades so-ciais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.

Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos cien-tíficos, aspectos culturais e características individuais.

• Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou expli-cando a manifestação de características dos seres vivos.

• Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o am-biente, sexualidade, entre outros.

• Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou pro-cessos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas bio-lógicos.

• Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.

entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.

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246 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de lingua-gem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológi-cas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.

• Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se desti-nam.

• Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.

apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico tecnológicas.

• Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar mate-riais, substâncias ou transformações químicas.

• Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendi-mentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção.

• Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos.

• Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhe-cimentos químicos, observando riscos ou benefícios.

COnTEÚDO ESTRuTuRAnTE/COnTEÚDOS BáSICOS

• Matéria e sua natureza• Biogeoquímica• Química sintética

1º ano• Um mundo químico • A química e seu corpo• A química e seu futuro

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247ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• O que é química?• Como surgiu?• A alquimia• A química como ciência• Método científico

Propriedade da matéria

• Massa e peso• Corpo e objeto• As substâncias • Propriedades da matéria• Estados físicos da matéria

Substâncias puras e misturas

• Como diferenciar uma substância de uma mistura?• Misturas heterogêneas e homogêneas

Separação de misturas

• Cuidados no laboratório• Elaboração de um relatório de trabalho• Separação de misturas

A estrutura da matéria: dos gregos até Rutherford

• A constituição da matéria • Os modelos atômicos • Número atômico (Z): a identidade dos átomos • Elemento químico: o coletivo de átomo• Os fenômenos químicos e os átomos• Os elementos e seus símbolos• Número de massa (A)• Átomos isótopos• Átomos isóbaros

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248 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Átomos isótonos ou isoneutrônicos• Espécies isoeletrônicas

A estrutura da matéria: o átomo de Böhr

• Modelo atômico de Böhr• A excitação eletrônica e o cotidiano• Modelo atômico de Sommerfeld• Diagrama de linus Carl Pauling (1925)

Radiatividade

• A descoberta da radiatividade• Principais tipos de radiações • Era de desintegração nuclear ou decaimento radioativo• Transmutação artificial• Tempo de meia-vida (t1/2) • Fissão nuclear• Fusão nuclear• Reatoresnucleares• Os perigos da radiatividade

Classificação periódica dos elementos

• Por que classificar?• Construindo a tabela periódica

Propriedades periódicas e aperiódicas

• Raio atômico• Energia de ionização (EI)• Afinidade eletrônica (AE)• Eletronegatividade• Eletropositividade• Densidade absoluta • volume atômico

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249ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Temperatura de fusão (TF) e temperatura de ebulição (TE)

ligações químicas

• “Tudo” é química• Camada de valência • ligação iônica ou eletrovalente

Polaridade e geometria molecular

• Moléculas polares e apolares• Geometria molecular • Solubilidade e polaridade• Alotropia • Interações moleculares • Forças intermoleculares e os estados físicos da matéria• ligação metálica • Propriedades dos metais

Funções químicas: os grandes grupos de substâncias

• Ácidos, bases, sais e óxidos• Teoria da dissociação iônica de Arrhenius• Ácido: função química • Base ou hidróxido: função química

Sais

• Sal: função química • Sais e os alimentos• Sais e o organismo• Sais e a natureza• Alguns sais e suas aplicações • Formulação dos sais• Propriedades dos sais• Reação de neutralização total

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250 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Nomenclatura dos sais normais• Sais ácidos ou hidrogenossais• Sais básicos ou hidroxissais

Óxidos

• Definindo óxidos• Nomenclatura dos óxidos• Classificação dos óxidos• Óxidos mais comuns

Química e meio ambiente

• Tecnologia e meio ambiente• Efeito estufa• Chuva ácida • Camada de ozônio

Reações inorgânicas

• A palavra reação • Ensaios químicos• Equações químicas • Classificação das reações químicas • Condições para ocorrência de uma reação de dupla-troca

Grandezas químicas

• Como medir a massa de um átomo?• Massa atômica (MA)• Massa molecular (MM)• Constante de Avogadro (NA)• Mol (n)• Massa molar (M)• volume molar (vM)

Determinação de fórmulas químicas

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251ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Fórmula molecular• Fórmula eletrônica ou de lewis• Fórmula estrutural ou de Cooper• Fórmula porcentual ou centesimal• Fórmula mínima, empírica ou estequiométrica• Conversão da fórmula mínima em molecular e da fórmula molecular

em mínima• Conversão de fórmula porcentual em fórmula mínima• Conversão de fórmula porcentual em fórmula molecular

Gases

• Definição de gases• Teoria cinética molecular dos gases• variáveis de estado de um gás• lei de Boyle• Transformações isotérmicas• lei de Charles• Transformações isobáricas• lei de Gay-lussac• Transformações isocóricas• Equação geral dos gases• Equação de Clapeyron ou equação dos gases ideais

2º ano

leis ponderais das reações químicasCálculo estequiométricoSoluçõesPressão de vapor e a volatilidade das substânciasPropriedades coligativasTermoquímicavariação de entalpia e energia de ligação

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252 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

lei de HessCinética químicaFatores que interferem na velocidade das reaçõesRapidez da reação e concentração dos reagentesEquilíbrio químicoDeslocamento de equilíbrio químicoEquilíbrio iônicoProduto iônico da águaHidrólise salinaProduto de solubilidadeOxirreduçãoPilhasEletróliseEstequiometria da Eletrólise

3º ano

Introdução à Química OrgânicaConhecendo os organógenos e as cadeias carbônicasHidrocarbonetos Funções orgânicas oxigenadasFunções orgânicas nitrogenadasOutras funções orgânicasIsomeria Reações de substituiçãoReações de adiçãoReações de oxidaçãoBioquímica - a química da vidaPropriedades da matériaSubstâncias puras e misturasSeparação de misturasA Estrutura da matéria: dos gregos até RutherfordA estrutura da matéria: o átomo de BohrRadioatividadeClassificação periódica dos elementosPropriedades periódicas e aperiódicas

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253ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

ligações químicasPolaridade e geometria molecularFunções químicas: os grandes grupos de substânciasSaisÓxidosQuímica e meio ambienteReações inorgânicasGrandezas químicasDeterminação de fórmulas químicasGasesleis ponderais das reações químicasCálculo estequiométricoSoluçõesPressão de vapor e volatilidade das substânciasPropriedades coligativasTermoquímicavariação de entalpia e energia de ligaçãolei de HessCinética químicaFatores que interferem na rapidez das reações Rapidez das reações e concentração dos reagentesEquilíbrio químicoDeslocamento de equilíbrio químicoEquilíbrio IônicoProduto iônico da águaHidrólise salinaProduto de solubilidadeÓxido-reduçãoCélulas eletroquímicasEletróliseEstequiometria da eletróliseHidrocarbonetos Funções orgânicas oxigenadasFunções orgânicas nitrogenadasOutras Funções orgânicasIsomeria Reações Orgânicas

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254 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

orientaçÕeS didÁtiCaS

Todo estudo das Ciências Naturais, principalmente o estudo da Quími-ca deve estar voltado para engrandecer Deus como Criador.

No estudo do mundo físico e da matéria algumas informações deverão ser memorizadas. Para facilitar esta operação mental é pertinente que os da-dos estejam contextualizados possibilitando ao educando fazer generalizações e previsões.

Todavia, posto que muitos processos naturais possam ser observados, manipulados e analisados, estão sujeitos a uma aprendizagem por descober-ta. Mais ainda, enquanto a natureza exibe um propósito em seu projeto, seu estudo torna-se um caminho para o conhecimento de seu Autor. Os motivos espirituais, além das motivações intelectuais, não podem estar ausentes no trabalho investigativo. A lei natural deve ser considerada não só como uma descrição do modo como surgem as coisas e de sua forma de ser. Deve-se ver na natureza também uma grande manifestação da lei divina e, em certo senti-do, uma indicação do caráter de Deus.

Na pesquisa, o trabalho deve ser realizado de acordo com as leis da evi-dência e através dos meios disponíveis. Os métodos de pesquisa são os usuais, mas os motivos para empreender um determinado estudo, as pressuposições que influenciam na formulação de hipóteses e as teorias pelas quais se in-terpretam os dados podem ser totalmente diferentes e mais amplos em seus fundamentos.

Nas práticas de laboratório trabalhar os valores de exatidão e perfeição, a autonomia no que tange a execução das atividades, a postura e a preservação dos materiais e equipamentos; bem como análise de embalagens de alimentos, rótulos de produtos de limpeza e higiene, bulas de medicamentos e outros, diretamente ligados ao dia-a-dia do educando.

Havendo condições, incentivar a criação de produtos de limpeza, higie-ne e até cosméticos menos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Ao fazer cálculos e atividades que envolvam maior concentração e o em-prego do raciocínio lógico, desenvolver atividades em grupo para promover as relações interpessoais positivas para o exercício real da cidadania.

avaliaçãoO objetivo da avaliação em Química é diagnosticar a compreensão do

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educando na construção de conceitos, hipóteses e conclusões sobre o processo químico.

O aprendizado da Química como ciência diretamente relacionada com o cotidiano do educando, pode ser avaliado por meio de diferentes formas de investigação. Deve-se levar em conta que se busca desenvolver no educando a competência de questionar o outro, o mundo e a si mesmo, visando a forma-ção de um cidadão crítico e atuante.

De acordo com o sistema de avaliação contínua, o educando deverá ser capaz de expressar-se por meio da sua oralidade e escrita, sabendo relacionar química enquanto ciência com fatos por ele vivenciados. Para tanto, o desen-volvimento será avaliado através de provas, trabalhos e pesquisas, seminários, relatórios de práticas e produção de artigos.

Considerando a interação entre os fatos do cotidiano e os fenômenos químicos que podem ser observados, o educando deverá estar apto a rela-cioná-los e entendê-los podendo assim criar uma visão mais dinâmica e real sobre a química.

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Cristo ligou os homens ao Seu coração pelos laços da dedicação e do amor; e pelos mesmos laços ligou-os a seus semelhantes. Para Ele o amor era a vida, e a vida era o serviço em prol de outrem. (WHITE, 1997, p. 80).

O estudo das Ciências Humanas abrange as relações e os fenômenos que ocorrem entre os homens.

Na perspectiva da educação cristã o homem foi criado por Deus para que fosse feliz. Essa felicidade só seria possível se o homem se mantivesse puro e sem pecado. longe das influências do mal, o homem manteria relaciona-mentos saudáveis com seus semelhantes, administraria com amor e fidelidade a linda obra criada por Deus e o ambiente em que reinaria seria de paz, numa atmosfera de amor desinteressado e altruísta.

Como o plano inicial de Deus, por escolha do homem, não se concreti-zou, a entrada do pecado no mundo foi inevitável. Nesse cenário e através do estudo das diferentes ciências ligadas ao homem, o educando poderá fazer um

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contraponto entre o plano inicial de Deus, que nos é revelado através de Sua Palavra, e o desenrolar dos acontecimentos direcionados por escolhas que o homem fez e faz estando longe de seu Criador.

Tal estudo tem por objetivos:• Desenvolver meios para que o educando compreenda sua gênese, sua

missão e sua restauração.• Compreender a natureza humana, dentro da grande diversidade, para

estabelecer relacionamentos saudáveis e produtivos.• Desenvolver um espírito altruísta, sustentado pelo amor a Deus e ao

próximo, a serviço da comunidade.• Conhecer a trajetória humana, desde a criação do mundo, estabelecen-

do relações de causa e efeito.• Reconhecer na natureza, a mão criadora e mantenedora de Deus pre-

servando-a de maneira responsável.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.

• Interpretar historicamente e/ou geograficamente, fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

• Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. • Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos his-

tóricos. • Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre deter-

minado aspecto da cultura. • Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patri-

mônio cultural e artístico em diferentes sociedades.

Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

• Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espa-ços geográficos.

• Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.

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• Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem eco-nômico-social.

• Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políti-cas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.

• Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da rea-lidade histórico-geográfica.

Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

• Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espa-ço.

• Analisar o papel da justiça como instituição na organização das socie-dades.

• Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processo de disputa pelo poder.

• Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfi-ca acerca das instituições sociais, políticas e econômicas;.

• Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.

entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

• Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organi-zação do trabalho e/ou da vida social.

• Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no pro-cesso de territorialização da produção.

• Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio espaciais.

• Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determi-nam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.

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258 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações im-postas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.

Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.

Habilidades:

• Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.

• Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mu-danças nas legislações ou nas políticas públicas.

• Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.

• Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades• Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.

Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.

• Identificar em fontes diversas, o processo de ocupação dos meios físi-cos e as relações da vida humana com a paisagem.

• Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio fí-sico, levando em consideração aspectos históricos e (ou) geográficos.

• Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.

• Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço ge-ográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.

• Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.

HISTÓRIA

A finalidade do ensino da História é expressa no processo de produ-

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259ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

ção do conhecimento humano, formando a consciência histórica dos sujeitos através da busca do diálogo entre o presente e o passado.

A disciplina de História no Ensino Médio é intensamente comprome-tida com o pleno desenvolvimento da cidadania, voltado à formação de uma juventude crítica e que se apercebe como construtora de sua própria história, instrumentalizada para compreender por meio de contínua reflexão, a socie-dade dinâmica em que vive.

“Precisamos estudar a realização do propósito de Deus na história das nações e na revelação de coisas vindouras, para que possamos estimar em seu verdadeiro valor as coisas visíveis e as invisíveis; para que pos-samos entender qual o verdadeiro objetivo da vida; para que encarando as coisas temporais à luz da eternidade, possamos delas fazer o mais verdadeiro e nobre uso. (WHITE, 2008, p. 112).

O objetivo do ensino de História, não é apenas aumentar sua cultura geral e, sim, formar um cidadão com preparação científica e histórico-crítica, que lhe possibilite viver com autonomia neste mundo dinâmico, competiti-vo e em constante transformação. A História tem como objeto de estudos os processos relativos às ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Oferecer uma explicação final da História não deve ser a pre-tensão de nenhum professor. É preciso lidar com a História de forma alterada onde seja possível estabelecer a troca entre o sujeito do presente e os fatos narrados do passado.

Maurice Halbawachs, sociólogo francês propõe uma discussão sobre o conceito de memória. Para o autor, a memória individual remete a um grupo, e é no contexto da sociedade que cada um constrói suas lembranças. É por isso que nos lembramos do passado à medida que fazemos relações com os grupos em que estávamos inseridos, e isso inclui família, escola, comunidades religiosas enfim, a sociedade de maneira geral. A evocação ao passado seria, portanto refazer, reconstruir, repensar com imagens e ideias do presente as experiências do passado. Para isso, é necessário transpor a visão histórica e trazer à discussão outras disciplinas ligadas às ciências humanas, como a ge-ografia, a linguística, a economia, a antropologia, a psicologia, a sociologia e a literatura. Nos aspectos políticos e econômicos fazem-se necessários novos enfoques. O cotidiano e o imaginário adquirem importância fundamental no sentido de ampliar a noção dos documentos históricos.

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Entende-se que uma perspectiva cristã tem uma grande contribuição para a sociedade. Por meio dela valores podem ser trabalhados com os alunos, formando indivíduos que entendem a importância da solidariedade e do res-peito à diversidade e à vida. Em um contexto social em que a ética acaba de se ditar em segundo plano, o ensino da História de forma crítica, orientado por valores cristãos, pode colaborar para reafirmar a necessidade de uma socieda-de mais justa, que recoloque o ser humano como prioridade dos projetos que se discutem para o futuro do planeta.

Em vez de fracos educados, as instituições de ensino poderão produzir homens fortes para pensar e agir, homens que sejam senhores e não escravos das circunstâncias, homens que possuam amplidão de espírito, clareza de pensamento, e coragem nas suas convicções.Uma educação assim provê mais do que disciplina mental; provê mais do que treinamento físico. Fortalece o caráter de modo que a verdade e a retidão não são sacrificadas ao desejo egoísta ou ambição mundana. Fortifica a mente contra o mal. Em vez de qualquer paixão dominante torna-se um poder para a destruição, todo motivo e desejo é posto em harmonia com os grandes princípios do que é reto. Ao meditar-se sobre a perfeição do caráter de Deus a mente se renova, e a alma é restaurada a Sua imagem. (WHITE, 2008, p. 8.).

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.

• Interpretar historicamente, fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

• Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. • Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos his-

tórico. • Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre deter-

minado aspecto da cultura.• Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patri-

mônio cultural e artístico em diferentes sociedades.

Compreender as transformações dos espaços como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

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• Identificar os significados históricos das relações de poder entre as nações.• Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos

fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem eco-nômico-social.

• Comparar o significado histórico das organizações políticas e socioe-conômicas em escala local, regional ou mundial.

• Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da rea-lidade histórica.

entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

• Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organi-zação do trabalho e/ou da vida social.

• Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio espaciais.

• Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações im-postas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.

Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.

• Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.

• Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mu-danças nas legislações ou nas políticas públicas.

• Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.

• Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.• Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.

Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos.

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262 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio fí-sico, levando em consideração aspectos históricos.

• Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.

• Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.

COnTEÚDO ESTRuTuRAnTE/COnTEÚDOS BáSICOS

• Relações de trabalho• Relações de poder• Relações culturais

1º ano

Por que é importante aprender história

• O Ensino da história e sua relação com o presente• Fontes, histórias e a leitura do passado• História, poder e cidadania• O tempo na história• Diferentes calendários e periodizações• Importantes linhas de interpretação da história

Debate sobre a Pré-História

• Controvérsias sobre as origens• O conceito de Pré-História• A Pré-história e o criacionismo• A Pré-história e o evolucionismo• Pré-história da América• O Crescente Fértil e os primórdios da urbanização

Egito e Mesopotâmia

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263ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Aspectos físicos• Aspectos políticos• Aspectos sociais• Aspectos econômicos• Aspectos culturais

Hebreus, Fenícios e Persas

• Hebreus• Fenícios • Persas

Grécia Antiga

• Introdução e periodização• Aspectos físicos da Península Balcânica• Dos “primeiros gregos” à primeira dispersão• Da primeira dispersão às cidades-estado• As grandes cidades-estado• Conflitos gregos• Cultura grega – o berço da civilização ocidental

Roma: Monarquia e República

• Tipos de governo• Origens de Roma• Monarquia romana• República romana• Expansão romana• Crise da República Romana

Roma: Império

• Alto império: da formação ao apogeu• Crise do Império e sua queda

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264 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Cultura romana

Bizâncio e Reinos Bárbaros

• Bizâncio: a nova Roma• Os germanos• Invasões bárbaras no Império Romano• O Reino Franco• O Império Carolíngio

Islamismo

• A relevância do Islã• Maomé e o islamismo• Os cinco pilares do Islã• O Corão• Sunitas e xiitas• Difusão do islamismo• Contribuições culturais

Feudalismo na Europa

• Surgimento progressivo• Influência romana: vilas romanas e colonato • Influência germânica• Economia e sociedade• Política• vassalagem e suserania• Relação entre Igreja e Estado• Organização eclesiástica• Atritos: poderes político e religioso• Transformações culturais da Baixa Idade Média

Mudanças na Europa Medieval

• Perspectivas de transformações

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265ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• As cruzadas• Renascimento comercial• Renascimento urbano

Origens da Europa Moderna

• Transformações significativas• Burguesia: fator de mudanças• Fatores que favoreceram a centralização política• Formação das monarquias nacionais ibéricas • Formação da monarquia nacional francesa• Formação da monarquia nacional inglesa• Outras áreas da Europa • Condições para o expansionismo• Expansão portuguesa• Reavaliando os “descobrimentos”• Navegações espanholas• Expansões inglesa, francesa e holandesa• Consequências gerais da expansão marítima europeia

América indígena: Diversidade cultural

• Definição de “índio”• Antigas culturas pré-colombianas

áfrica: A história por trás dos mitos

• A “África” dos colonizadores• Diferentes formas de organização social e política• Reinos antigos da África

Renascimento e Reforma

• O significado do Renascimento• Principais características e processos• O pioneirismo do Renascimento italiano

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266 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Exemplos do Renascimento europeu• O Renascimento científico• Contexto histórico• Condições da Igreja medieval durante a Idade Média• A Reforma de Martinho lutero• A Reforma proposta por João Calvino• A Reforma de Henrique vIII• A Reação da Igreja Católica

Absolutismo e Mercantilismo

• Política e economia de transição• O absolutismo• O mercantilismo

Brasil colonial

• Sociedades indígenas do Brasil• Os portugueses e o período pré-colonial• O início da colonização• O projeto agrícola português na colônia• A sociedade colonial

Diáspora Africana

• Aspectos sociais dos povos da África Atlântica• Aspectos religiosos• Navios Negreiros• Relações com o Brasil• A escravidão na colônia

Domínio holandês e expansão territorial no Brasil Colônia

• A União Ibérica• Os Países Baixos• O reforço da dominação portuguesa• Expansão da colonização

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267ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

América colonial: espanhola, inglesa, francesa e holandesa

• Características da colonização na América• América colonial espanhola• América colonial inglesa• América colonial francesa e holandesa

2º ano

A Inglaterra revolucionária do século XvIIIluminismo: a evolução do pensamento na Europa modernaRevolução IndustrialFormação e independência dos Estados UnidosRevolução FrancesaA Europa e a expansão do exército de Napoleão BonaparteIndependência da América hispânicaMudanças no Brasil do século XvIIIIndependência do BrasilIdeologias e revoluções na primeira metade do século XIXFormação do Estado Nacional alemão e italianoSegunda Revolução Industrial e neocolonialismoAmérica anglo-saxônica e hispânica durante o século XIX Primeiro ReinadoPeríodo RegencialSegundo ReinadoA crise do Império e os primeiros anos da RepúblicaPrimeira Guerra MundialRevolução RussaA Primeira RepúblicaRevoltas na Primeira RepúblicaO período Entre GuerrasA Revolução de 1930 e o governo vargas

3º ano

Segunda Guerra Mundial

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268 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Estado novo: o governo ditatorial de vargasONU e Guerra Fria Guerra Fria na América latina Descolonização afro-asiáticaDutra e o segundo governo de vargasGovernos JK, Jânio e JangoMilitarismo no BrasilProdução cultural brasileira - dos anos 30 a 70China e o mundo contemporâneoFim da Guerra Fria e GlobalizaçãoBrasil - da redemocratização ao governo lulaSociedades FluviaisPovos do Oriente MédioAntiguidade clássicaEra medievalSociedade e cultura medievalMonarquia, expansão e povos pré-colombianasÁfrica, Renascimento e reformaAntigo regime europeu na AméricaBrasil colonialReações do Antigo RegimeDa manufatura à maquinofatura, das treze colônias aos EUARevolução na França e independência da América EspanholaOuro, conjuras e independência no Brasil, revoltas e ideais na EuropaEuropa e América no século XIXBrasil impérioO início do conturbado século XXOs primeiros 40 anos da República no BrasilO mundo nas décadas de 1920 e 1930O Estado novo e a 2ª guerra mundialA bipolaridade mundial no século XXDo populismo ao regime de exceçãoA criatividade brasileira e os milenares chinesesO Brasil e o mundo nas últimas décadas

orientaçÕeS didÁtiCaS

A mais significativa contribuição do estudo de História é sem dúvida a

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269ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

preparação para a cidadania, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico perante a realidade. Pre-tende-se, nesta proposta, transformar os conteúdos formais que outrora eram vistos como aspectos factuais, em conteúdos significativos, que possibilitem a interação com o presente vivenciado pelo educando.

O educador é responsável por ensinar o educando a reconhecer, respei-tar e valorizar a diversidade de pontos de vista. É importante que o educador auxilie o educando a fazer perguntas sobre o mundo, para que reflita sobre sua condição e papel na sociedade. A sala de aula, neste sentido, é um espaço de interlocução, onde o educador e o educando constroem sentido.

A problematização será o elemento-chave na transição entre a prática e a teoria, isto é, o fazer cotidiano e a cultura elaborada. O processo de busca, de investigação para solucionar as questões em estudo, é o caminho que pre-dispõe o espírito do educando para a aprendizagem significativa, uma vez que são levantadas situações problemas que estimulam o raciocínio. É a vivência do conteúdo pelo educando. O importante é que os educandos se conscien-tizem de que problematizar significa questionar a realidade, pôr em dúvidas certezas, levantar questões acerca das evidências, interrogarem o cotidiano. Para isso é necessário que o educando entenda que a crítica passa pelo co-nhecimento das causas e consequências das mudanças sociais que ocorrem no mundo.

Para White (2008), deve ser ensinado ao jovem que a disciplina do tra-balho sistemático, bem regulado é essencial, não unicamente como proteção contra às dificuldades da vida como também como auxílio para o desenvol-vimento completo. Cada educando deve ser levado a construir o seu próprio ponto de vista, elaborando conceitos e aplicando-os diante de variadas situ-ações e problemas. Isso significa selecionar, relacionar e interpretar dados e informações de maneira a ter maior compreensão da realidade. É necessário buscar uma percepção mais abrangente da condição humana em diferentes culturas e diante de variados problemas.

O professor deverá se utilizar de imagens que representem não apenas ilustrações, mas que remetam a leitura do passado e sua relação com o pre-sente. O uso de mapas é outro aspecto fundamental. É importante que o edu-cando saiba localizar onde se desenrolaram certos acontecimentos históricos para que estabeleça relações entre períodos distintos e compreenda com mais clareza os assuntos abordados.

Quando o conteúdo permitir é necessário abordar a história ligada à história da ciência a fim de valorizar as contribuições de diversos povos e cul-turas, além de desmistificar a ideia de neutralidade científica visto que o de-

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senvolvimento da ciência está associado às mudanças históricas.É importante que o professor entenda que a grande quantidade de in-

formação em si não se constitui em aprendizagem. É necessária a utilização de diversificadas estratégias de ensino para que se atinja o objetivo final. Entre as muitas estratégias reconhecidas eficazmente destacam-se: criação de his-tórias em quadrinhos, representação teatral, confecção de jornais, jogos com informações históricas, debate sobre filmes, visita a museus e bibliotecas, uso da música, entrevista com pessoas da comunidade, consulta a documentos históricos, leitura e produção de textos; utilização de revistas e jornais como também o uso da tecnologia através das pesquisas na internet e a construção de sites e blogs.

Acima de tudo espera-se que o professor reconheça seu papel e veja sen-tido na prática pedagógica como intelectual e formador de opinião que é. “Os estudantes não devem apenas aprender os melhores métodos, mas devem ser inspirados pela ambição a sempre se aperfeiçoarem. Seja o seu alvo fazer o seu trabalho o mais perfeito que o cérebro e as mãos humanas possam conseguir.” (WHITE, 2008, p. 137).

avaliaçãoTorna-se importante, dentro desse contexto metodológico, alertar sobre

o processo de avaliação. Entende-se por avaliação todo o processo de ensino e de aprendizagem em que se propõe construir conhecimento.

Na avaliação do desenvolvimento de competências e habilidades na disciplina de História, o educador deve considerar os conhecimentos prévios do educando para relacioná-los com as mudanças produzidas no processo de aprendizagem. Fundamentalmente, leva-se em conta a ampliação das noções, conceitos, procedimentos, como conquistas dos alunos, comparando o antes, o durante e o depois.

Faz parte do processo de avaliação diagnosticar a capacidade de iniciati-va nas ações significativas para a apreensão de conhecimentos, como a seleção e a coleta de informações, a capacidade interpretativa, reflexão e crítica dos textos e documentos.

As formas de expressão desses conhecimentos podem variar desde a pro-dução de textos escritos, expressões artísticas, além de incentivar a oralidade dos educandos ao apresentarem ao grande grupo as opiniões construídas.

Ao estabelecer como objetivos a busca de competências mediante o de-

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senvolvimento das habilidades espera-se que a natureza relacional do saber histórico contribua efetivamente para a formação de sujeitos questionadores, críticos e participantes efetivos na sociedade.

O educando deverá compreender como se encontram as relações de tra-balho no mundo contemporâneo, como estas se configuram e como o mundo do trabalho se constitui em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes às relações sociais.

Ao propor maior participação dos educandos no processo avaliativo, não se pretende desvalorizar o papel do educador, mas ampliar o significado das práticas avaliativas para todos os envolvidos. No entanto, é necessário des-tacar que cabe ao professor planejar situações diferenciadas de avaliação. No que diz respeito às relações de poder, o educando deve compreender que estas se encontram em todos os espaços sociais e em diferentes períodos, espaços e civilizações. Quanto às relações culturais, o educando deverá reconhecer a si e aos outros como construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade de cada sociedade e as relações entre elas. O educando deverá entender como se constituíram as experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais.

A avaliação do ensino de História tem como objetivo três aspectos im-portantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteú-dos estruturantes e dos conteúdos específicos. Esses três aspectos são enten-didos como complementares e indissociáveis. Para tanto serão usados como recursos que auxiliam o ensino-aprendizagem a diferentes atividades: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos histó-ricos, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistemati-zação de conceitos históricos, apresentação de seminários e avaliação escrita.

Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os educan-dos tenham condições de identificar processos históricos, reconhecer critica-mente as relações de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria história.

GEOGRAFIA

As relações sociais e as relações do homem com a natureza estão proje-tadas no espaço geográfico, construído ao longo da história a partir dos valores

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predominantes em cada grupo, da forma de produção de bens necessários à sobrevivência, da interdependência entre pessoas e lugares, das diferenças sociais e dos avanços tecnológicos; diferenças que caracterizam um grupo so-cial, uma nação.

Importantes transformações políticas, sociais e econômicas têm in-fluenciado direta ou indiretamente os grupos sociais, sujeitando-os às influ-ências culturais e econômicas diversas através dos meios de comunicação e da mundialização do mercado, interferindo na identidade de cada uma delas.

Essa dinâmica do processo de construção do espaço geográfico deve ser descoberta e compreendida pelo educando, indo além de um conhecimento estático ou de uma paisagem pronta; percebendo que a Geografia é um cons-tante ir e vir no qual as pessoas constroem a sociedade e produzem o espaço com suas marcas, carregado de historicidade.

O homem materializa o tempo participando da construção ou da orga-nização desse espaço, criando uma interação com os outros homens. É isso que a Geografia busca entender para superar a sua dualidade (física/huma-na). Nessa perspectiva, o educando se perceberá mordomo da natureza e dos espaços produzidos no convívio social, contribuindo para a preservação dos ambientes, não por modismos ecológicos, mas por respeito e valorização aos recursos deixados pelo Criador.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.

• Interpretar historicamente e/ou geograficamente, fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

• Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. • Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos his-

tóricos; • Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre deter-

minado aspecto da cultura.• Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patri-

mônio cultural e artístico em diferentes sociedades.

Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

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273ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espa-ços geográficos.

• Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.

• Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem eco-nômico-social;

• Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políti-cas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.

• Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da rea-lidade histórico-geográfica.

Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

• Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço. • Analisar o papel da justiça como instituição na organização das socie-

dades. • Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para

mudanças ou rupturas em processo de disputa pelo poder.• Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e

interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfi-ca acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.

• Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.

entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

• Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organi-zação do trabalho e/ou da vida social.

• Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no pro-cesso de territorialização da produção.

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274 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio espaciais.

• Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determi-nam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.

• Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações im-postas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.

Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.

Habilidades:

• Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social;

• Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mu-danças nas legislações ou nas políticas públicas.

• Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.

• Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.• Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.

Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.

• Identificar em fontes diversas, o processo de ocupação dos meios físi-cos e as relações da vida humana com a paisagem.

• Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio fí-sico, levando em consideração aspectos históricos e (ou) geográficos.

• Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.

• Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço ge-ográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.

• Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.

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275ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

COnTEÚDO ESTRuTuRAnTE/ COnTEÚDOS BáSICOS

• Dimensão econômica do espaço geográfico• Dimensão política do espaço geográfico• Dimensão socioambiental do espaço geográfico• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

1º ano

A ciência geográfica

• Objeto de estudo da geografia• Breve análise do pensamento geográfico• Os grandes ramos da geografia e suas aplicações • Princípios da geografia

O universo – criacionismo e evolucionismo

• O criacionismo• O evolucionismo• Astronomia

A Terra e a lua – características gerais

O Planeta AzulA influência da lua na superfície

Representação cartográfica

• Breve histórico• Mapa ou planta?• Elementos de um mapa e convenções cartográficas

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276 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Projeções cartográficas• Fusos horários• Calculando as horas pelas longitudes• Coordenadas geográficas

Estrutura da Terra

• Camadas da Terra• Agentes internos• Placas tectônicas• Rochas e minerais• Solos• Agentes externos• Formas de relevo

Climatologia

• Foco no clima• Atmosfera• Agentes e fatores geográficos do clima• Classificação climática• Efeito estufa e aquecimento global

Biogeografia: os grandes biomas da Terra

• Diversidade de vegetações• Tundra• Taiga• Florestas temperadas• Pradarias• Florestas tropicais e equatoriais• Savanas• Desertos

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277ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Áreas de transição

Hidrografia

• Planeta Água• Conceitos hidrológicos• Rios• lagos• Mares• Oceanos

Demografia

• Estudos populacionais• Teorias demográficas• Crescimento vegetativo ou natural• Pirâmides etárias• Estrutura ocupacional• Migrações

urbanização

• Conceitos de urbanização• A urbanização moderna• Hierarquia urbana• Problemas urbanos – socioambientais

Fontes de energia

• O desenvolvimento da utilização das fontes de energia• Petróleo• Gás natural• Carvão

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278 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Eletricidade• Outras fontes de energia

Agropecuária

• Breve histórico• Sistemas agropecuários• Agricultura tradicional e familiar• Plantation• Jardinagem• Agropecuária empresarial• Modernização rural• Problemas socioambientais rurais

Indústria

• Desenvolvimento e subdesenvolvimento• Histórico da industrialização• Classificação da indústria• O processo industrial no Brasil

Transportes

• Modalidades de transporte• Hidroviário• Ferroviário• Rodoviário• Aeroviário• Dutoviário

2º ano

Globalização e organização do espaço mundial

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279ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Regionalização do mundoBlocos econômicos e comércio internacionalO espaço europeuSocialismoO continente africanoO continente asiáticoÁsia - aspectos culturais e geopolíticosOceaniaAmérica do NorteAmérica Central e AntárticaAmérica do Sul

3º ano

Brasil - aspectos físicosDemografiaIndustrializaçãoAgriculturaEnergiaDivisão regionalRegião NorteRegião NordesteRegião SudesteRegião SulRegião Centro-OesteProblemas ambientais no BrasilA ciência geográficaAstronomiaA Terra – características geraisRepresentação cartográficaEstrutura da TerraAspectos morfoclimáticosHidrografiaConceitos demográficosExtrativismo vegetal e recursos naturaisAgropecuária

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280 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

IndústriaComércio e transportesRegionalização do mundo e a organização do espaço mundialOs continentes

orientaçÕeS didÁtiCaS

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, o papel da Ge-ografia é alfabetizar o educando espacialmente em suas diferentes escalas e configurações, dando-lhe suficiente capacitação para manipular noções de paisagem, espaço, natureza, estado e sociedade. Tendo por pressuposto tal compreensão no desenvolvimento dos conteúdos, o educador trabalhará no sentido de constatar que a sociedade, ao ocupar um determinado espaço, de acordo com os seus interesses e necessidades, vai modificar esse espaço, pro-vocando transformações na natureza.

Tendo por pressuposto a compreensão de espaço enquanto um processo histórico desigual e contraditório, faz-se necessário entender a realidade con-temporânea. Realidade essa, entendida como um complexo de relações que se dá em determinado lugar e em determinado momento, e que é possível de ser captada através da observação orientada pelo professor para que o aluno chegue a um entendimento do lugar onde vive de uma maneira articulada.

Da observação do meio, da sua localização, trabalham-se as noções de representação espacial, com vistas, a levar o aluno a compreender o espaço que rodeia e a buscar caminhos para apropriação do domínio espacial. A co-municação acontecerá de forma coletiva. O diálogo, a pesquisa e a reflexão permearão esse processo contínuo, visando à transformação do conhecimen-to empírico e mais elevado para questionador e reflexivo.

Além de trabalhar os conteúdos específicos de Geografia em sala de aula o professor promoverá aulas de campo, que permitirá perceber a complexi-dade do mundo. É imprescindível o uso de linguagem cartográfica, pois esta resulta de uma construção teórica e prática que vem desde os anos iniciais e consolida-se no Ensino Médio.

Segundo Freire (1987) “não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados”, portanto é importante a valorização das sociedades humanas, dos saberes que os educandos possuem e que foram acumulados ao longo de suas existências. Esses saberes devem ser o ponto de partida para

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construção de outros saberes. Os conteúdos devem ser significativos e as rea-lidades dos educandos devem ser valorizadas, para que através do diálogo se busque explicitar e oportunizar a observação, a análise e a reflexão, categorias essenciais para o desenvolvimento de “um olhar geográfico” da realidade.

Poderão ser organizadas excursões culturais, visitas a museus, seminá-rios, palestras com profissionais da área, workshop, debates, aulas de Geopo-lítica para análise dos assuntos da atualidade.

Nessa perspectiva a problematização surge como metodologia para abordagem dos conteúdos ou temas incluindo e abordando sobre a Cultura e História Afro-brasileira e Indígena como também a educação ambiental. Pro-blematizar significa levantar questões referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos, o que implica em expor as contradições que estão postas, buscar explicações e construir conceitos.

É importante a análise do estado de conservação e/ou degradação da su-perfície terrestre. No desenvolvimento dessas reflexões será possível verificar quais as transformações que a natureza sofreu e continuará sofrendo a partir da criação do mundo.

Procedimentos que favoreçam a investigação, a pesquisa, a reflexão e a aprendizagem significativa devem estar presentes no fazer pedagógico do educador de Geografia, bem como as aulas práticas, utilizando a natureza e outros espaços como verdadeiro laboratório de aprendizagem; por meio dos quais, junto ao ambiente, o educando terá melhor compreensão do poder criador de Deus.

avaliação

Sendo a Geografia uma disciplina dinâmica e que sofre transformações diárias, é necessária uma avaliação que proporcione ao educando reflexão do conhecimento em construção e sua contribuição para o exercício da cidada-nia. Essa deve ser realizada de maneira contínua e sistemática, priorizando a qualidade do conhecimento construído.

A partir dos encaminhamentos metodológicos desenvolvidos o pro-fessor deve acompanhar a realização das atividades desenvolvidas pelos edu-candos sejam elas, relatos, pesquisas, fotos antigas e recentes, interpretação e produção de textos geográficos, leitura e interpretação de diferentes tipos de mapas, aula de campo, apresentação de seminários. Da mesma forma como

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através de relatórios das aulas práticas, observações de campo, relatórios de ví-deos, cartas topográficas, fotografias e imagens de satélites, análise de gráficos estatísticos, demográficos, econômicos, climogramas, seminários e debates, experiências vividas, avaliações escritas, pesquisas orientadas, dentre outras. Também observar o avanço estabelecido pelos educandos entre o conheci-mento obtido na escola e o conhecimento cotidiano; aprendendo como se dá a contextualização na prática, envolvendo a realidade do aluno.

FILOSOFIA

A filosofia é um conjunto de conhecimentos que tem por função, pri-meira e essencial, o ato de refletir, de repensar, de retomar, e de reconsiderar os dados disponíveis numa busca constante de significado. Ela deve possibi-litar ao educando a discussão e a análise da arte, da política, da religião e das ciências numa busca constante através de um  pensar consciente, capaz de avaliar e de verificar.

O estudo filosófico deve levar ao aluno o entendimento dos conceitos da filosofia como subsídio para a compreensão do tempo e da sociedade em que se vive, pois “a verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”. (MERlEAU-PONTY).

Todo ser humano tem uma concepção de mundo, uma linha de condu-ta moral e política e é capaz de examinar sua maneira de agir e pensar para mantê-la ou modificá-la. Em sua vida cotidiana, afirma, nega, deseja, aceita ou recusa coisas, pessoas, situações. Acha óbvio que todos os seres humanos sigam regras e normas de conduta, possuam valores morais, religiosos, políti-cos, artísticos, vivem na companhia de seus semelhantes.

O desejo de descoberta, vontade de verdade, todas as questões acerca da natureza exterior do homem, da natureza interior ao homem requerem crítica, ou seja, esforço de rompimento com o torpor dos hábitos intelectu-ais, fonte de dogmatismo e intolerância. Além disso, verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer fatos, relação entre teoria e prática, correção e acúmulo de saberes: tudo isso são questões filosóficas. O cientista parte delas como questões já respondidas, mas é a Filosofia quem as formula e busca respostas para elas.

A Filosofia reúne ciência e arte, fazendo-nos refletir sobre as ambiva-lências da contemporaneidade: enriquecimento material e crescimento das

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desigualdades; desenvolvimento da tecnologia para fins humanos e destru-tividade, entre outras circunstâncias; avanços do utilitarismo pragmático e exaurimento espiritual da humanidade.

A Filosofia também ajuda a promover a passagem do mundo infantil ao mundo adulto, estimulando a elaboração do pensamento abstrato. Se a con-dição do amadurecimento é a conquista da autonomia no pensar e no agir, a Filosofia ajuda o indivíduo a exercer desde cedo esse olhar crítico sobre si mesmo e sobre o mundo.

A Filosofia exerce um trabalho de pensamento por meio do qual se faz a crítica do estabelecido, introduzindo por excelência o questionamento e a dúvida em todos os setores do saber e do agir humano. Ela supera o saber ingênuo e não-crítico ao desacomodar os indivíduos do já feito e já sabido, ampliando os horizontes para além da mentalidade contificista, tecnocrática, pragmática, imediatista, a fim de recuperar a dimensão humana, quando alie-nada. Além disso, sua abordagem totalizante supera o saber fragmentado dos especialistas e estabelece a interdisciplinaridade.

Dessa forma, a Filosofia busca o fundamento do saber e do agir, faz a crítica da cultura e se pronuncia como discurso contra ideológico. Trata-se de um processo que nega imediatamente o vivido, para que, ao buscarmos sua gênese e seus fundamentos, possamos transformá-lo em experiência compre-endida.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

• Analisar, interpretar e comentar os principais textos filosóficos, com o rigor e a clareza da metodologia da pesquisa filosófica.

• Desenvolver a capacidade de formular problemas filosóficos e de bus-car respostas a eles nas diversas áreas de conhecimento, mantendo aberto o diálogo com as diversas tendências filosóficas atuais.

• Estabelecer o diálogo entre as diversas correntes filosóficas.• Articular questões filosóficas com ciência, arte, política e cultura.• Integrar a reflexão da práxis filosófica com o fomento da cidadania, da

ética e dos direitos humanos.• Reconhecer da importância das questões acerca do sentido da existên-

cia humana e do enraizamento da filosofia no meio social, histórico e cultural.

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COnTEÚDO ESTRuTuRAnTE/ COnTEÚDOS BáSICOS

• Mito e filosofia• Teoria do conhecimento• Ética• Filosofia da ciência• Estética

1º ano

O que é filosofia?Origem da FilosofiaFilosofia grega e medievalO ser e a sociedadeTeoria do ConhecimentoliberdadeO poder da escolhaA filosofia do serO poder do autoconhecimento

2º ano

Filosofia ModernaMoral e éticavirtudeIdeologiaIdeiasPolíticaO votoEstéticaO belo

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3º ano

Filosofia ContemporânealinguagemA comunicaçãoRazão e féA crençaCiênciaA tecnologiaTrabalhoA escolha profissional

orientaçÕeS didÁtiCaS

A metodologia desta disciplina deve favorecer a reflexão, a análise e a investigação de modo a exercitar as habilidades de raciocínio, por meio do diálogo e da pesquisa, suscitando o questionamento, a argumentação de cada opinião e a construção de novos conhecimentos.

Dessa forma, o educador deve estimular os educandos a exporem suas ideias, pois a linguagem bem articulada revela o desenvolvimento do pensa-mento.

A disciplina de Filosofia proporciona a articulação com outras áreas do saber, uma vez que proporciona o desenvolvimento do raciocínio lógico e co-erente, trabalhando não apenas os conteúdos propostos, mas associando-os à realidade, objetivando o desenvolvimento da ética, das relações interpessoais positivas no exercício de sua cidadania.

A prática de instigar o sujeito, provocando-o para a dúvida, a produ-ção de inferências e a articulação de teoria e experiência, é um procedimento pedagógico fundamental – tanto quanto o de gerar as condições de constitui-ção da retórica. A crítica não se estabelece como organização e sistematização imediata da realidade, como se houvesse uma passagem contínua da experi-ência, dos fatos, acontecimentos e ideias ao saber.

A crítica, como processo reflexivo, não é um conhecimento expositi-vo, um saber positivo sobre o mundo e muito menos uma percepção: é uma

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interpretação, que exige perspectiva de análise, sistemas de referência e práti-cas discursivas adequadas, que também podem ser apoiadas em atividades de pesquisa elaboradas especialmente para tal finalidade.

De acordo com a perspectiva cristã, ao “sacrificar o estudante a faculda-de de raciocinar e julgar por si mesmo torna-se incapaz de discernir entre a ver-dade e o erro, e cai fácil presa do engano. É facilmente levado a seguir a tradição e o costume”. (WHITE, 2008, p. 141).

avaliação

Por ser a Filosofia uma disciplina que possibilita a reflexão crítica sobre a realidade, favorecendo a emissão de juízos intuitivos e de valor, faz-se neces-sário desenvolver um projeto de avaliação que contemple as experiências e vi-vências do educando de tal maneira que perceba a Filosofia no seu cotidiano.

Nessa proposta, a avaliação deve privilegiar a oralidade do educando, seu poder de argumentação e retórica de maneira que possa não só entender o pensamento filosófico no processo histórico, mas se posicionar como sujeito ativo desse processo para a construção de uma sociedade melhor.

Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do es-tudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.

O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capa-cidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do educando de traba-lhar e criar conceitos, sob os pressupostos de qual conceito tinha antes e após, e qual o conceito trabalhado.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conheci-mento, por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.

SOCIOLOGIA

A sociologia é o estudo das relações ou interações entre pessoas no tem-

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po e no espaço, logo deve constituir-se de uma análise sistemática das estrutu-ras sociais, como conhecimento de um mundo modernizado que necessita do nosso estranhamento com relação a qualquer forma de distanciamento acerca da realidade. Cabe a sociologia o questionamento e a crítica. Elementos que nos possibilitam o exercício reflexivo sobre a vida, a observação sistematizada sobre o cotidiano, uma compreensão dos significados socialmente construí-dos.

A Sociologia por analisar os fenômenos sociais, tende a colaborar com uma possível intervenção de forma crítica sobre o social, no fundamento de decisões, que promovem possíveis alternativas, para a valorização da cidada-nia.

A disciplina de Sociologia deve oferecer ao educando, a melhor com-preensão possível das estruturas sociais, do papel do indivíduo na sociedade e da dinâmica social, isto é, das possibilidades reais de transformação social, na procura de uma sociedade mais justa e solidária.

Os conceitos de cidadania, trabalho e cultura são categorias fundamen-tais das Ciências Sociais no currículo de Sociologia, permitindo, que alguns paradigmas teóricos e metodológicos da disciplina sejam identificados, ana-lisados, construídos e apropriados pelo educando enquanto cidadão que fre-quenta a escola. O trabalho pedagógico com esses conceitos vai permitir uma razoável compreensão do entorno do educando, podendo gerar ações trans-formadoras do social. Esses conceitos também se articulam de maneira orgâ-nica ou estrutural, aos conjuntos conceituais das outras disciplinas integrantes do currículo do Ensino Médio.

Na Educação Adventista, todos estes conceitos devem ser estudados e analisados a luz da Palavra de Deus, pois é Ele quem mantém o comando. Para Knight (2010), “o desafio na educação cristã é valorizar o ensino por seu verdadeiro potencial como uma forma poderosa e crucial de ministério”.

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.

• Interpretar fontes documentais acerca de aspectos da cultura.• Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. • Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos so-

ciológicos.

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288 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre deter-minado aspecto da cultura.

• Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patri-mônio cultural e artístico em diferentes sociedades.

Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

• Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem social.

• Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da re-alidade.

Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

• Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço. • Analisar o papel da justiça como instituição na organização das socie-

dades. • Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para

mudanças ou rupturas em processo de disputa pelo poder.• Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e

interpretativos, acerca das instituições sociais, políticas e econômicas. • Avaliar criticamente conflitos culturais ao longo da história.

entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

• Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organi-zação do trabalho e/ou da vida social.

• Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações im-postas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.

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Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.

• Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.

• Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mu-danças nas legislações ou nas políticas públicas.

• Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades;

• Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.

Conteúdo eStrUtUrante/ ConteúdoS BÁSiCoS

• Indivíduo e sociedade• Cultura e sociedade• Trabalho e sociedade • Política e sociedade

1º ano

Uma nova ciência, novas possibilidadesDesafios da Sociologia Sociologia pré cientifica (Rousseau e locke)A filosofia social dos séc. XvII e XvIIICientificismo e organicismo (Comte)Positivismo ontem e hojeTeoria de Émile DurkheimDivisão do trabalho social

2º ano

Ciência e política (Max Weber I)Racionalidade (Max Weber II)

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290 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

A origem: histórico do capitalismo (Karl Marx I)Materialismo histórico: economia e ideologia (Karl Marx II)A Sociologia e a expansão do capitalismoA Sociologia no capitalismo do século XXAbordagem sociológica dualista

3º ano

Sociedade brasileira: contexto histórico socialSociologia brasileira: Florestan e Gilberto FreireFormação da nação brasileira: Darcy RibeiroO Brasil atualTeorias da Sociologia contemporânea: funcionalista e de conflitoAbordagens sociológicas contemporâneas.

orientaçÕeS didÁtiCaS

A metodologia desta disciplina deve seguir a da comunidade de investi-gação, que objetiva exercitar as habilidades de raciocínio, ampliando as possi-bilidades de análise e de complexidade dos fenômenos sociais.

Dessa forma, deve construir um campo de análise que amplia o campo de capacidade de compreensão da vida e do mundo, passando pela busca de pensamentos diversos que possam colocar referências para uma investigação dos problemas contemporâneos.

• O diferencial nas aulas de Sociologia deve ser:• Uma análise crítica da realidade para propor possíveis soluções, por

meio de um movimento do pensar questionador.• Estimular o aluno a pensar por si só.• Promover a reflexão nas aulas.• Criticar a realidade em seu aspecto formal e de conteúdo.

Cabe ao docente encaminhar de tal forma as atividades que possibilite as conclusões dos educandos mediante análise de textos. Como o estudo trata do homem e sociedade é necessário que o aluno socialize suas investigações,

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291ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

suas reflexões e conclusões por meio de produção textual ou debates. O traba-lho com o aluno deve ter a possibilidade da neutralidade, permitindo que as conclusões sejam feitas mediante análise dos textos.

O contexto da disciplina poderá ser dado pelo estudo da sociedade bra-sileira. A mesma pode ser privilegiada enquanto objeto de análise e eixo de trabalho, proporcionando uma via de mão dupla: do questionamento de seus problemas ao campo teórico que possibilite sua compreensão e proponha no-vos caminhos de investigação.

As aulas de Sociologia legitimam um trabalho dialógico, que permite ao educando a construção dos próprios conceitos, sendo uma experiência funda-mental do pensamento para equacionar determinado problema.

Dessa forma, o encaminhamento do educador deve ser o de estimular os educandos a falarem sobre o assunto e respeitar a opinião uns dos outros a fim de desenvolver a capacidade e hábito de argumentar de forma adequada e lógica. A experiência do pensamento conceitual deve salientar a importância das associações como pré-requisitos argumentativos e capacitar o educando a ter referências para não argumentar por meio de “achismos”.

Para Tomazi (2007), os conceitos são importantíssimos de se trabalhar. Mas se forem dados somente como conceitos, sem historicidade, sem o con-texto, sem abordagem da realidade mais imediata, transformam-se num glos-sário ou dicionário sendo utilizados pelos educandos apenas para memoriza-rem e reproduzirem na prova.

Para tanto, compete à escola desenvolver a consciência de cidadania no educando e esse desenvolvimento deve-se processar entendendo-o não como receptor de informações, mas também como interlocutor.

Assim, a constituição de um campo de análise que amplia a capacidade de compreensão da vida e do mundo passa necessariamente pela busca de pensamentos diversos que possam referenciar uma investigação dos proble-mas contemporâneos.

A construção de uma concepção de sociedade deve permitir ao educan-do estabelecer relações entre os diferentes elementos que a compõem, com-preendendo seus mecanismos de funcionamento como uma totalidade, mas capaz de expressar o que é diverso e parcial.

É fundamental trabalhar em cada conteúdo proposto os quatro pontos essências para o ensino da Sociologia:

• Sensibilização – é a parte introdutória. Nessa etapa, deve-se trabalhar

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292 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

com imagens sensoriais, como filmes, figuras, quadros, textos, poemas e músicas. E a sedução para o conteúdo que será trabalhado.

• Problematização – é a apresentação do tema na forma de problema. O aluno deverá vivenciar o problema, fazer um questionamento, reali-zando uma ponte do conteúdo com a contemporaneidade. É a oportu-nidade de uma experiência reflexiva.

• Investigação filosófica – envolve a utilização de bibliografia em con-texto conceitual e cotidiano. É pertinente decifrar o texto, aprender a analisar sistematicamente, a argumentar e desenvolver o pensamento crítico referencial.

• Conceituação – é a recriação do conceito, é a transformação e da vivên-cia e da experiência do educando a partir de pressupostos teóricos. É a possibilidade do processo conceitual.

avaliação

Considerando que a disciplina de Sociologia se ocupa dos homens e das relações que estabelece com o meio em que vive, transformando-o e si-multaneamente sendo transformado, compete à mesma manter um projeto de avaliação coerente.

Nesse sentido, é desejável que os educandos desenvolvam competências e habilidades para utilizá-las em diferentes níveis de análise e de avaliação sobre as consequências sociais marcadas pela ordem mundial.

Entende-se que todas as atividades em que o educando se envolve e construa, possam ser avaliadas. Se o aluno argumenta bem ou mal em relação aos demais, como faz a problematização, como trabalha conceitos, se escreve com base em contextos, como desempenha as atividades propostas, são exem-plos de avaliação que podem ser utilizados pelo docente.

A avaliação deve estar em torno de exercícios, de produção de conceitos e do ato de relacionar o pensamento dos autores estudados.

ENSINO RELIGIOSO

O Ensino Religioso na Educação Adventista crê que toda verdade en-contra seu centro e unidade em Deus e que a verdade é comunicada ao ho-

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293ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

mem por meio da natureza e seus atos providenciais, mais especificamente por meio de Jesus Cristo e sua revelação inspirada, a Bíblia. Portanto, o obje-tivo da Educação Adventista é desenvolver no educando a compreensão desta revelação e a fé em Deus e na Bíblia.

No Ensino Religioso, o educador e educando são levados a refletir sobre os aspectos da realidade, numa perspectiva cristocêntrica, num processo in-tencional e sistemático. O objetivo é levar os educandos a internalizar volun-tariamente uma visão da vida orientada para o serviço, motivada pelo amor e voltada para o reino eterno de Deus.

O foco central do ensino da Bíblia é o desenvolvimento das relações. A mais importante dessas relações é a desenvolvida com Deus. Quando se busca companheirismo e comunicação com Ele, é possível o desenvolvimento de um caráter que se expressa finalmente no serviço aos outros.

O professor de Ensino Religioso deve ter em mente a importância da aplicabilidade de sua disciplina em seu viver diário com os educandos, ou seja, a explicitação prática do que significa ser cristão, isso é percebido no tes-temunho pessoal, nos hábitos, no vestuário, na alimentação e nas opções de lazer. Enfim, é o resultado da cosmovisão bíblica pessoal em relação à origem, queda e restauração do homem.

O conhecimento bíblico sem a vivência pouco contribui para o suces-so nas relações. Portanto o currículo de Ensino Religioso deve influenciar os educandos a um viver coerente com os princípios básicos da ética cristã e de sua valorização como indivíduo e como membro de uma sociedade, com res-ponsabilidades e direitos em relação ao ambiente, à vida e à família.

Os professores devem induzir os alunos a pensar, e a entender clara-mente a verdade por si mesmos. Não basta ao professor explicar, ou ao aluno crer cumpre despertar o espírito de conhecimento, e o aluno ser atraído a declarar a verdade em sua própria linguagem, tornando assim evidente que lhe vê a força e faz a aplicação. (WHITE, 2008 a, p. 111).

COMPETÊnCIAS E HABIlIDADES

• Desenvolver o pensamento cristão. • lidar de maneira construtiva com as diferenças, de tal forma a atuar

em equipe, construir, realizar e avaliar projetos de ação escolar.• Conhecer a Bíblia, sua origem e versões e reconhecê-la como fonte de

verdade.

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294 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Utilizar a Bíblia como agente educador relacionando temas como; cul-tura, saúde, ciências, princípios e métodos, poesias, cânticos, história, profecias..., discutindo e conceituando a validade desses elementos para a vida cotidiana.

• Descobrir, através do Ensino Religioso, que existe uma responsabilida-de de encontrar o Deus Criador.

• Trabalhar o conhecimento religioso e incentivar a observação, a pes-quisa e reflexão sobre as sociedades e fenômenos religiosos.

• Contribuir para que o aluno desenvolva sua autonomia intelectual e espiritual, de forma a ser capaz de confrontar diferentes interpretações e construir sua própria versão de mundo, físico e espiritual.

• Compreender a religião (dentre as demais ciências) como uma religa-ção ao Criador.

• Compreender as diferentes manifestações religiosas como expressão de fé.

• Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e a prática religiosa.• Desenvolver princípios de honestidade, companheirismo, integridade,

respeito, amor ao próximo e à pátria;• Refletir sobre a biografia das grandes personagens bíblicas como exem-

plos a serem seguidos para o desenvolvimento de um caráter nobre e puro;

• visualizar o amor de Deus, através das lições da natureza, tomando consciência da responsabilidade e importância da ação humana na preservação do meio em que vive;

• Nutrir uma relação pessoal com Deus, mediante uma vida de devoção, oração e meditação.

COnTEÚDO ESTRuTuRAnTE/ COnTEÚDOS BáSICOS

• A existência de Deus• A criação do homem• A redenção do homem

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295ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

1º ano

História da Ciência ModernaArgumentos para a existência de DeusAvaliação das evidências do modelo criacionistaAvaliação das evidências do modelo evolucionistaO Dilúvio - Evidências de um catastrofismo mundialA natureza da trindade: Deus, Jesus Cristo e Espírito SantoA Bíblia e os anjosA criação da humanidadeA condição pecaminosa da humanidadeA revelação divina (Bíblia, natureza, lei, Jesus)Eventos relacionados com Cristo

2º ano

O relativismo ético da época atualA importância dos limitesA ditadura das leis e costumes impostos pela sociedadeEvidências de planejamento e ordem no mundo físicoA problemática do sofrimento humanoO conceito de Deus e sua influência no comportamentoOito diferentes conceitos de éticaCidadania e a éticaO estilo de vida cristão

3º ano

A ética nas ciências biológicasÉtica ambientalA humanidade e os víciosRevelação divinaA Bíblia e os personagens históricosArqueologia e BíbliaProfecias BíblicasOs grandes impérios da história

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296 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Predições sobre o nascimento do Messias e sua historicidadeSíntese dos últimos acontecimentos da históriaO estilo de vida cristão

orientaçÕeS didÁtiCaS

O Ensino Religioso se propõe a ensinar o cristianismo prático. Preten-de-se que o educando reflita, questione e analise questões relevantes do seu cotidiano, tendo como referência a Bíblia. É necessário considerar o processo de tomada de posição como ser social e sua responsabilidade frente às deci-sões da vida. É também o ponto de partida para se estabelecer a compreensão de nosso lugar no mundo e onde se define a escolha do estilo de vida. O Ensi-no Religioso, com leituras, pesquisa, debate busca respostas para indagações básicas: de onde viemos, quem somos e para onde vamos.

O encaminhamento didático da referida disciplina deve proporcionar situações para que os educandos adquiram conhecimentos, habilidades, valo-res, atitudes, tendo como referência os princípios de vida cristãos. O material didático adotado para cada ano é complementado com o estudo da Bíblia, incentivando o desenvolvimento d valores como honestidade, respeito, obe-diência, civilidade, veracidade, integridade, confiança, amor à família, à pátria e a Deus.

A Bíblia nos proporciona respostas sobre Deus, o propósito de Deus para o homem e suas relações sociais. Fazer uso de diferentes estratégias, como: pesquisa bíblica e histórica, dramatização, solução de problemas, pro-jetos de estudo e comunitários, exposição de material coletado e pesquisado, confecção de painéis e cartazes, entrevistas, simulações, pesquisa de campo e música; contribuirão para que o educando tenha oportunidade de refletir e expor suas ideias a respeito do assunto estudado. A utilização de ilustrações como: mapas, vídeos, fotos e outros recursos muito contribuirão para uma melhor aprendizagem.

Todo professor deve cuidar de que seu trabalho tenda a resultados de-finidos. Antes de tentar ensinar uma matéria, deve ter em seu espírito um plano distinto, e saber o que precisamente deseja conseguir. Não deve ficar satisfeito com a apresentação de qualquer assunto antes que o estudante compreenda os princípios nele envolvidos, perceba a sua verdade, e esteja apto a referir claramente o que aprendeu. (WHITE, 2008 b, p. 143).

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297ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

avaliação

Por ser o Ensino Religioso uma disciplina que possibilita uma relação significativa e pessoal com Deus, favorecendo um processo de identificação, avaliação e aplicação dos valores cristãos, é necessário se desenvolver um pro-jeto de avaliação que situe o educando; não como um receptor de informações bíblicas, mas como um agente a serviço da comunidade e que compartilha suas experiências cristãs.

A avaliação deve-se efetivar da observação e de relatos do educador, do educando e dos colegas das diferentes propostas de atividades vivenciadas, dando ênfase ao saber lidar com suas emoções, agir de acordo com os princí-pios cristãos e responsabilizar-se por seus atos, para um convívio feliz com o outro.

PROJETOS SOCIAIS

A Educação Adventista em sua Missão de “Promover, através da edu-cação cristã, o desenvolvimento harmônico dos educandos, nos aspectos fí-sicos, intelectuais, sociais e espirituais, formando cidadãos pensantes e úteis à comunidade, à pátria e a Deus”, inclui na proposta pedagógica, desenvolver a ética e a solidariedade. O princípio bíblico de “amar o próximo como a si mesmo” induz a olhar para as carências dos necessitados e buscar meios de satisfazê-las.

Os seguidores de Cristo devem trabalhar como Ele o fez. Cumpre-nos alimentar os famintos, vestir os nus e confortar os doentes e aflitos. De-vemos ajudar aos que estão em desespero e inspirar esperança aos de-sanimados. E a nós também se cumprirá a promessa: A tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda. (WHITE, p. 259).

O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental.

Parece certo que, hoje, vivemos um momento de certo mal-estar ético: a despeito de claras conquistas democráticas em quase todo o planeta,

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298 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

há queixas generalizadas sobre violência, desrespeito ao espaço público, vandalismo, individualismo, desonestidade, egoísmo etc. Para uns, a si-tuação seria de verdadeira anomia, entendida como ausência de valores e regras ou como presença de valores e regras contraditórios no seio de uma mesma sociedade. Para outros, a crise de valores não seria tão profunda, mas nem por isso deixaria de se fazer sentir.  (lA TAIllE, 1998, p. 7).

Na Educação Adventista ações de voluntariado têm permitido à escola discutir sobre valores como ética e cidadania, além de estimular a solidarie-dade e a cultura da paz. O trabalho voluntário pode enriquecer o processo ensino-aprendizagem, complementar as atividades em sala de aula e propor-cionar uma compreensão mais aprofundada dos conteúdos abordados pelas disciplinas, uma vez que permite relacionar teoria e prática.

Boas obras, eis os frutos que Cristo requer de nós; palavras bondosas, atos de generosidade, de terno cuidado para com os pobres, os neces-sitados, os doentes. Quando o coração simpatiza com outro coração oprimido de desânimo e desgostos, quando a mão se estende em auxílio do necessitado, os nus são vestidos, o estrangeiro é bem vindo à vossa mesa e ao vosso coração. Os anjos se acham mui vizinhos; essas ações encontram eco no Céu. (WHITE, 1981, p. 187).

A cidadania e solidariedade não são ensinadas diretamente, ou melhor, não se ensina como ser um cidadão solidário. A formação de um cidadão so-lidário se torna possível através do conhecimento significativo em ação. Deste modo, dando significado ao conhecimento, a cidadania e a solidariedade po-derão ser vivenciadas dentro e fora do contexto escolar.

Os projetos sociais desenvolvidos na Rede Educacional Adventista ob-jetivam:

• Resgatar a prática da regra áurea nos relacionamentos interpessoais, que é amar ao próximo como a si mesmo.

• Compreender cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injus-tiças, respeitando o outro e exigindo para si mesmo respeito.

• Posicionar-se de maneira crítica, respeitável e construtiva nas diferen-tes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar con-flitos e de tomar decisões coletivas.

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299ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

• Despertar a sensibilidade dos alunos, dos pais e da comunidade escolar para as necessidades dos semelhantes.

• Desenvolver espírito de solidariedade nos alunos, nos pais e na comu-nidade escolar.

Os projetos sociais desenvolvidos durante o ano letivo envolvem as di-versas áreas do conhecimento que através da transversalidade e da interdisci-plinaridade estabelecem na prática educativa uma relação entre aprender na realidade e da realidade. Dessa forma os conhecimentos teoricamente siste-matizados são sempre considerando a partir das questões da vida real.

O Senhor abençoará com certeza a todos os que procuram beneficiar a outros. A escola deve ser de tal modo dirigida que professores e alunos estejam de contínuo aumentando em poder mediante o fiel uso dos ta-lentos que lhes foram concedidos. Pondo em prática o que aprenderam, aumentarão constantemente em sabedoria e conhecimento. Devemos aprender no livro dos livros os princípios segundo os quais devemos viver e trabalhar. (WHITE, 2008, p. 136)

A prática de envolver o educando em projetos sociais faz com que ele perceba melhor a realidade da sociedade em que está inserido projetando para o seu futuro enquanto profissional e cidadão, uma visão mais cristã e solidária.

Os estudantes que obterão o máximo bem da vida são os que viverem a Palavra de Deus em suas relações e trato com seus semelhantes. Os que recebem para dar experimentarão a maior alegria nesta vida. Aqueles membros da família humana que vivem para si mesmos estão sempre em carência, pois jamais ficam satisfeitos. Não existe cristianismo al-gum em cercar de simpatia nosso próprio coração egoísta. O Senhor indicou os condutos pelos quais deixa fluir Sua bondade, misericórdia e verdade; e devemos ser co-obreiros de Cristo em comunicar a outros a sabedoria prática e benevolência. Devemos levar-lhes à vida alegria e bênção, fazendo deste modo um bom e santo trabalho. (WHITE, 2008, p. 136).

As atividades acadêmicas desenvolvidas procuram incentivar no edu-cando a reflexão sobre a importância da solidariedade, da ética e da preser-vação do meio ambiente, sempre considerando a faixa etária, as experiências vividas e as necessidades sentidas e expressas pelos próprios, a fim de que os conteúdos desenvolvidos ganhem potencialidade de aplicação.

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300 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

No envolvimento com os projetos sociais o educando terá sua percepção voltada para os problemas e situações de conflito que interferem diretamente no âmbito social, tais como:

• o problema ambiental: a progressiva deterioração do meio ambiente natural (físico) e social traz como consequência o desequilíbrio que hoje experimentamos entre o desenvolvimento, o respeito à natureza e a participação ativa dos seres humanos em sua conservação e melhoria.

• o problema do subdesenvolvimento: criador de desigualdades cada vez maiores entre pobres e ricos; uma questão na qual é consolida-da, de forma cada vez mais incômoda, uma situação de capitalismo selvagem nos chamados países do Norte e uma situação de pobreza e dependência radical nos do Sul.

• o problema do consumo e do consumismo: gera despersonalização e manipulação das consciências. Consumismo desenfreado e acrítico. Cultura do individualismo, do prazer imediato e do ter cada vez mais às custas do que for preciso e à margem das necessidades reais. Aqui também entraria o incentivo ao abandono de hábitos que vão contra a vida saudável (como fumo, o álcool, as drogas, etc.) O problema do consumo não é só um problema de saúde, mas também de justiça.

• o problema da violência: a violência manifestada nas guerras, assim como nas injustiças sociais, abusos os mais diversos.

• o problema viário: tanto na perspectiva relacionada ao tráfego e ao risco, devido à velocidade, como no que se refere à questão dos direitos dos pedestres, à falta de comunicação e à deterioração da qualidade de vida urbana.

• Problemas relacionados a desigualdades: são manifestados em pre-conceitos e discriminações baseados em diferenças de raça, de sexo, de religião, de classe social ou de qualquer tipo de características sociais.

• No processo de formação de um cidadão consciente e solidário o edu-cando deve envolver-se em tarefas ou atividades aparentemente sim-ples até as mais complexas, mas que o fortalecerão no desenvolvimento de um caráter que os torne úteis e felizes.

A Educação Adventista considera que todas as práticas educacionais, formais ou não formais desenvolvidas no currículo devem estar ancoradas na premissa de fazer “ao outro o que gostaria que fizessem a mim”.

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301ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

No sistema educacional brasileiro vigora a Política Nacional de Educa-ção Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de acordo com o documen-to entregue ao Ministro da Educação em 07 de janeiro de 2008; que defende o “movimento mundial pela inclusão, constituído numa ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os educandos estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discrimina-ção” (Brasil, 2008).

Outro documento importante na legitimação da Educação Inclusiva no Brasil é o Decreto no 7.611 de 17 de novembro de 2011 (Brasil, 2011), que tra-ta sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE), determinando que esse deva ser ofertado no ensino regular, em salas de recursos multifuncionais com condições de acesso, participação e aprendizagem dos educandos que compõem o público alvo da Educação Especial.

Na Política Nacional de Educação Especial considera-se público alvo os educandos com deficiências (físicas, intelectuais, auditivas, visuais e múl-tiplas), com transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Pode-se concluir, portanto, que os educandos portadores das necessidades educativas especiais são aqueles que apresentam demandas no domínio das aprendizagens curriculares escolares e que são de alguma forma diferentes das dos demais alunos. Isso traz a necessidade de adequação cur-ricular, de recursos pedagógicos específicos e preparo do educador para lidar com a diversidade de características de comportamento e de aprendizagem.

A Educação Especial, como “modalidade de educação escolar, é consi-derada como um conjunto de recursos educacionais e de estratégias de apoio que estejam a disposição de todos os alunos, oferecendo diferentes alternati-vas de atendimento” (BRASIl/SEESP/MEC, 1996). É importante relembrar que antes da lei 9.394/96 não existia esse tipo de atendimento, como previsto nos art. 58 a 60.

A legislação atual assegura ao aluno portador de necessidades especiais o direito a Educação Inclusiva em todos os níveis de ensino, desde a Educação Infantil ao Ensino Superior.

A Declaração de Salamanca, documento elaborado na Conferência Mundial sobre Educação Especial, realizada na cidade de Salamanca, na Es-panha em 1994, recomenda que as escolas devem se ajustar às necessidades de seus alunos, independentemente das condições físicas e sociais destes.

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302 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Na cidade da Guatemala, em julho de 1999, aconteceu a Convenção In-teramericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas com Deficiência, que ficou conhecida como a Convenção de Gua-temala, evento que tinha a finalidade de firmar compromissos para garantir os direitos da pessoa com deficiência. No Brasil a Convenção foi promulgada pelo Decreto no 3.956/2001 e prevê que “as pessoas portadoras de deficiência tem os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que outras pes-soas”.

Para Budel e Meier (2012), somente incluir não basta, é necessário ir além, refletindo sobre a verdadeira integração e aceitação que não são tarefas fáceis. A reflexão sobre esses conceitos e sobre a atitude pessoal em relação a eles é essencial para todo o educador.

A inclusão escolar tem início na Educação Infantil, onde se desenvol-vem as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu desen-volvimento global. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos, emocionais, cogni-tivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança.

Em todas as etapas e modalidades da Educação Básica, o atendimento educacional especializado é organizado para apoiar o desenvolvimento dos alunos, constituindo oferta obrigatória dos sistemas de ensino e deve ser re-alizado no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou centro especializado que realize esse serviço educacional. (BRASIl, 2008)

vygotski (1997, apud BEIER, 2003) afirma que o lugar mais legítimo para todas as crianças, e também as com necessidades especiais, é na escola regular. Na escola especial ela correria o risco de perpetuar a cultura do déficit, em que os significados das identidades – individuais e sociais – encontrar-se-iam ou em um estado de acentuada difusidade, ou velados – por atitudes de superproteção, comiseração, rejeição. Também seria inadequada a imposição de modelos, valores ou referências culturais, que não viabilizassem ao sujeito sua própria síntese cultural.

No pensamento vygotskiano é importante a possibilidade de que a criança conviva com outras crianças em situações diferenciadas no de-senvolvimento e na aprendizagem. vygotski é claramente contrário à constituição homogênea dos grupos de crianças nas escolas especiais, em que estas são alijadas da oportunidade de convivência com outras crianças com níveis diversos de desenvolvimento. É exatamente esta possibilidade que pode servir de elemento compensador para as crian-ças com necessidades especiais. As possíveis mediações decorrentes da

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303ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

convivência de crianças em situações as mais variadas, do ponto de vista intelectual, afetivo, social e da aprendizagem, constituem o fator dife-rencial para o enriquecimento de todas elas. (BEIER, 2003)

Na modalidade da Educação Inclusiva os outros educandos tem a opor-tunidade de conviver com o diferente, processo enriquecedor na ação educa-tiva. Eles são incentivados a cuidarem uns dos outros e conquistarem as atitu-des, habilidades e valores necessários para que a comunidade apoie a inclusão de todos os cidadãos.

Na Educação Adventista, o princípio: “façam aos outros, o que querem que eles façam a vocês” (MATEUS 7:12) estimula a unidade na diversidade e incentiva as relações sociais tendo como ideal o comportamento cooperativo.

Segundo White, (2008, p. 176) “a cooperação deve ser o espírito da sala de aula, a lei de sua vida. O professor que adquire a cooperação de seus discí-pulos consegue um auxílio imprescindível na manutenção da ordem.” O ideal divino é a cooperação e não a competição.

Enquanto é verdade que a vida moderna possui elementos competiti-vos, devemos perceber que isso é uma exceção em vez de uma regra. A maioria de nós passa dias sem competir com uma pessoa, mas coopera-mos com outras o dia todo. Para preparar um jovem para a vida, mesmo numa sociedade “secular”, faríamos melhor em ensinar os elementos e as recompensas da cooperação em vez da competição. (KNIGHT, 2010, p. 222).

Quando o educador aceita um educando com deficiência em sala de aula, pressupõe uma atitude interna de acolhimento e que será imitada pela grande maioria de seus alunos. “O vínculo professor-aluno é fundamental para que a motivação para aprender ocorra e que a disposição em agir de for-ma disciplinada esteja presente” (MEIER, 2012, p. 126).

O professor mediador acredita que seu aluno é capaz de aprender, inde-pendentemente da sua condição. Mas acredita de verdade e demonstra isso ao seu aluno, sinceramente. E o fato de realmente acreditar faz com que ele crie e planeje novas formas de ensinar, objetivando a aprendi-zagem de fato, pois crê que ela vai acontecer. Não se trata de elaborar um planejamento para cada criança, mas sim de pensar em atividades, metodologias e estratégias diferenciadas para atender à necessidade imediata do aluno. (BUDEl e MEIER, 2012, p. 58).

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304 ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

Para que a Educação Inclusiva ocorra de forma adequada é necessário investir na Formação Continuada, pois os cursos de formação de educadores ainda não contemplam integralmente as práticas pedagógicas inclusivas. Os educadores tendem mais para um desenvolvimento harmônico linear, apre-sentado pela maioria dos educandos e estranham as discrepâncias de desem-penho dos educandos com necessidade de inclusão. Durante séculos o siste-ma educacional privilegiou o cognitivo não dando dignidade àqueles que não aprendem da mesma forma e no mesmo tempo que os demais.

Budel e Meier (2012) afirmam que

incluir é fazer com que a pessoa com deficiência, transtorno, distúrbio ou dificuldade acentuada se sinta parte integrante do contexto em que está inserida, é construir um planejamento escolar que seja pensado para cada um e para todos, é agir, na condição de professor, em busca do sucesso do aluno, é adotar a avaliação como instrumento principal para a retomada do trabalho. (BUDEl e MEIER, 2012, p. 59).

Um dos princípios metodológicos da Educação Adventista é o respeito às diferenças individuais. O elemento pessoal é essencial em todo o verdadei-ro ensino e Jesus, nosso modelo de Mestre, valorizava as pessoas e respeitava sua individualidade. “O verdadeiro educador... terá um interesse pessoal em cada um de seus educandos e procurará desenvolver todas as suas faculdades. Por mais imperfeitas que sejam, incentivará todo o esforço.” (WHITE, 2008, p. 142).

FORMAÇÃO CONTINUADA

Os estudos, pesquisas e discussões sobre a formação inicial e continu-ada de educadores fazem parte do cenário educacional da atualidade e tem apresentado resposta a diversas tensões encontradas no cotidiano da escola.

No que tange à formação continuada, a lDB define no inciso III, do art. 63, que as instituições formativas deverão manter “programas de formação continuada para os profissionais de educação dos diversos níveis”. Além de estabelecer no inciso II, art. 67, “que os sistemas de ensino deverão promover aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento perió-dico remunerado para esse fim”.

Segundo Mello (2004), a formação inicial e continuada, do ponto de vista técnico e pedagógico, deve orientar-se por pressupostos filosóficos e te-

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óricos comuns. Contudo, é preciso que se entenda a identidade própria de cada processo; um destinado a educandos que ainda não têm prática docente e outro para quem está trabalhando, inserido em uma carreira e imerso em uma determinada cultura escolar.

Neste sentido, interessa discutir a concepção de formação de educado-res/as em seus fundamentos teóricos atuais, em sua abrangência política, eco-nômica e sociocultural e; nas propostas atuais de realização nas modalidades inicial e continuada e as razões pelas quais os cursos de formação inicial não têm proporcionado aos futuros educadores/as o desenvolvimento de habilida-des e conhecimentos necessários para transpor o conhecimento teórico para as situações do dia-a-dia escolar.

Portanto, acredita-se que o projeto de formação continuada é um dos direitos dos/as educadores/as e uma atividade altamente necessária para o de-sempenho de seu trabalho e, que, os cursos de formação continuada possibi-litam aos/as educadores/as dirigir o olhar docente para questões relevantes da escola, do aluno, do currículo, da avaliação, como um pesquisador que analisa e problematiza situações do cotidiano escolar, levantando hipóteses e aliando teoria e prática.

Segundo White (1994), “nossos educadores precisam aprender constan-temente. Os reformadores necessitam reformar-se por sua vez, não somente em seus métodos de trabalho, mas no próprio coração. Precisam ser trans-formados pela graça de Deus”. Esse ‘aprender constantemente’ significa com-preender que a missão de educar é extremamente importante, mas ao mesmo tempo complexa e desafiadora, portanto para enfrentá-la com competência o educador necessita estar continuamente estudando, pesquisando e sistemati-zando conhecimentos.

De acordo com Maldaner (1999), “a ideia é permitir que todo professor se constitua pesquisador de sua prática e, dessa forma, aprenda, de maneira contínua e continuada, a ser professor segundo as atuais necessidades educa-cionais”.

Nóvoa (1992) enfatiza a formação dos educadores como um contínuo fundamental em suas vidas e na das escolas. Ele sugere que a formação do professor volte-se para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, nesse sentido consequentemente teremos o desenvolvimento organizacional, isto é, o da escola. Além disso, é preciso ter consciência de que o processo de forma-ção não tem um caráter cumulativo, isto é, não se constrói por acumulação de informações; mas sim por meio de reflexão crítica sobre a própria experiência

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e em interação não somente com a comunidade escolar, mas também com outros segmentos da sociedade.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica in-dicam três dimensões básicas de avaliação: avaliação da aprendizagem, avalia-ção institucional interna e externa e a avaliação de redes de Educação.

A avaliação da aprendizagem tem objetivo de promoção, aceleração de estudos e classificação, é desenvolvida pela escola refletindo o caráter edu-cativo, viabilizando ao educando a condição de analisar seu percurso e, ao educador e à escola, identificar dificuldades e potencialidades individuais e coletivas. Encontra-se definida em cada nível de ensino da presente proposta pedagógica.

A avaliação institucional interna e externa é realizada a partir da pro-posta pedagógica assim como do plano de trabalho, que devem ser avaliados sistematicamente, de maneira que a instituição possa analisar seus avanços e localizar aspectos que merecem reorientação. Um dos aspectos que deve estar presente em tais reorientações é o acompanhamento sistêmico do processo de escolarização, viabilizando ajustes e correções de percurso.

Avaliação Institucional Interna e Externa da Rede Adventista terá como propósito assegurar a continuidade das atividades educacionais verificando erros e acertos, resultados positivos e negativos. A partir dessas informações, tomar posições que proporcionem mudanças, que estabeleçam alternativas e elaborem melhorias.

São propósitos da Avaliação:1. Avaliar todos os aspectos e elementos da Instituição.2. Respeitar a identidade da Instituição.3. Respeitar as diferenças e divergências existentes na Instituição.4. Conhecer para melhorar e não para punir.5. Dar retorno efetivo das informações coletadas.

A participação de todos (educadores, educandos e funcionários) é mui-to importante, pois esse é o momento de refletir, avaliar, criticar e propor mu-danças visando sempre à melhoria e a qualidade do trabalho desenvolvido pela Educação Adventista.

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A Avaliação Institucional englobará todos os segmentos da Instituição: equipe administrativa discente, docentes, funcionários, pais ou responsáveis.

Os instrumentos de avaliação serão questionários de metodologia qua-litativa específica para cada um dos níveis de ensino e setores da escola. O objetivo é que cada membro da equipe administrativa, corpo docente e fun-cionários sejam individualmente avaliado. Do mesmo modo, os aspectos de infraestrutura como também o pedagógico serão avaliados.

Para estruturar a avaliação será considerado um conjunto de indicado-res de desempenho, contendo aspectos qualitativos e quantitativos, dinâmico, continuamente reavaliado e adequado para que o processo de avaliação seja efetivamente proveitoso para a Instituição.

Os resultados serão divulgados através de relatórios gerais a todos os membros da instituição

A avaliação de redes de ensino constitui-se responsabilidade do Estado e se dá através do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) que in-forma sobre os resultados de aprendizagem estruturados no campo da língua Portuguesa e da Matemática; ainda através do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que mede a qualidade de cada escola e rede com base no desempenho do educando em avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP). Como também em taxas de apro-vação e ainda através do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) que, gradativamente, assume funções com diferentes especificidades estratégicas para estabelecer procedimentos voltados para a democratização do ensino e ampliação do acesso a níveis crescentes de escolaridade.

A Rede Educacional Adventista, rede privada de ensino tratará a avalia-ção conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais respeitando cada uma das dimensões.

A fim de retratar a realidade do desempenho acadêmico da Rede Edu-cacional Adventista e subsidiar a adoção de medidas que superem as defi-ciências detectadas nas Unidades Escolares, será implementado o Programa Adventista de Avaliação de Educação Básica (PAAEB). O Programa consiste em avaliar educandos do 5º. Ano, 9º. Ano do Ensino Fundamental nas áreas de linguagens e Matemática e 2º. Ano do Ensino Médio nas quatro áreas do conhecimento: linguagens e redação, matemática, ciências humanas e ciências da natureza e suas tecnologias. Será aplicada uma prova escrita uma vez ao ano, fundamentada nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs , Matriz Curricular de Referência para o SAEB e Proposta Pedagógica .

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SUZUKI, Alfredo T. e vASQUES, Rérison A. Física. Tatuí. SP: CPB, 2009.14 v.(Sistema Interativo de Ensino).

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317ENSINO FUNDAMENTAl - ANOS FINAIS | ENSINO MÉDIO

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_________ Conselhos sobre educação. Tatuí, SP: CPB, 2008b.

_________ Conselhos sobre educação. Tatuí, SP: CPB, 2008a.

_________ Conselhos sobre Saúde. Tatuí, SP: CPB, 1971.

_________ educação. Tatuí, SP: CPB, 2008c.

_________ exaltai-o! Tatuí, SP: CPB, 1992.

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_________ Fundamentos da educação Cristã. Tatuí, SP: CPB, 2008b.

_________ história da redenção. Santo André, SP: CPB, 1981.

_________ mente, Caráter e Personalidade. vol. 2. Tatuí, SP: CPB, 1998.

_________ mensagens escolhidas, vol 2. Tatuí, SP: CPB, 1987a.

_________ mensagens escolhidas, vol. 3. Tatuí, SP. CPB, 1987b.

_________ o grande Conflito. Tatuí, SP: CPB, 2007b.

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