proposta pedagÓgica curricular - efm - notícias · introduÇÃo o colégio estadual industrial...

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL INDUSTRIAL – E.F.M. Av. Júlio Assis Cavalheiro, 2021, Industrial-CEP 85601-000-Fone/Fax (46) 3523-1385 Francisco Beltrão – Paraná [email protected] PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FRANCISCO BELTRÃO, MAIO DE 2012

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Page 1: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL INDUSTRIAL – E.F.M.

Av. Júlio Assis Cavalheiro, 2021, Industrial-CEP 85601-000-Fone/Fax (46) 3523-1385

Francisco Beltrão – Paraná[email protected]

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

FRANCISCO BELTRÃO, MAIO DE 2012

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 3

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE........................................................ 5

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA.............................................. 23

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS............................................... 30

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA............................... 41

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO............................. 56

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA............................................. 63

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA.................................................... 71

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA.......................................... 78

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA.............................................. .91

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA...................... 104

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA...................................... 118

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA.............................................. 134

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA....................................... 144

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA-INGLÊS....... 150

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LÍNGUA

ESTRANGEIRA-ESPANHOL (CELEM)........... …............................................................ 172

ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR – CULTURA E ARTE.............................184

187ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR – ESPORTE E LAZER.................... 186

SALA DE RECURSOS MULTI – FUNCIONAL – SALA DE APOIO...................................188

ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR – FECOMERCIO................................... 194

SALA DE RECURSOS MULTI – FUNCIONAL TIPO I – SALA DE RECURSOS............ 195

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INTRODUÇÃO

O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por

isso privilegia a participação de toda a comunidade na construção e no desenvolvimento

do seu Projeto Político Pedagógico. É uma instituição pública de educação, formada por

alunos, educadores e comunidade escolar. As atividade trabalhadas na escola são

constituídas e desenvolvidas com a participação ativa dessa comunidade, visando, não

apenas o acesso e a permanência dos alunos na escola, mas, sobretudo, a qualidade do

ensino através das diferentes áreas do conhecimento e do saber historicamente

produzido, facilitando ao aluno conhecer as tecnologias e ingressar no mundo das

ciências, com vistas à formação de um sujeito social, participante e atuante no processo

de transformação social.

A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Industrial, atende alunos do

Ensino Fundamental e Médio, distribuído nos três turnos, sendo 10 (dez) turmas de

Ensino Fundamental, nos períodos matutino e vespertino, 8 (oito) turmas do Ensino

Médio, nos períodos matutino e noturno, 02 (duas) turmas do Celem (Curso de L.E.M.-

Espanhol) que funciona uma nas segundas e quartas feiras e outra nas terças e quintas,

com um quadro funcional de 52 (cinquenta e dois) Professores e 11 (onze) Funcionários.

As famílias são de classe média, assalariadas, comerciantes e agricultores, sendo a

maioria dos educandos oriundos do Bairro Industrial e São Cristóvão. Recebe também

alunos da zona rural, das comunidades de Água Branca, Rio Tuna, Linha Macagnan, Alto

Boa Vista e Linha São Paulo.

O Colégio conta com instâncias colegiadas atuantes e participativas que

possibilitam o desenvolvimento do trabalho escolar, sendo:

APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários): desenvolve um trabalho

importante junto a direção com objetivo de levantar fundos para subsidiar diferentes

necessidades da escola, envolvendo toda a comunidade escolar;

O Grêmio estudantil tem como principal função representar os alunos diante da

direção e comunidade escolar, ou seja, ele é a “voz” dos alunos. Representar os alunos é

acima de tudo ouví-los e para isso é necessário que sejam mobilizados tanto os

estudantes do Ensino fundamental, quanto do médio para discutirem as possibilidades de

ação na escola e na comunidade e também é um espaço de aprendizagem, convivência e

luta por

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seus direitos básicos.

Conselho Escolar: é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e

fiscal, que tem como objetivo a organização, o funcionamento e o desenvolvimento do

projeto pedagógico da escola;

Conselho de Classe: tem como objetivo acompanhar o processo avaliativo, através

da análise e interpretação dos aspectos da aprendizagem dos alunos.

Nesse contexto, a participação de todos é entendida como forma de compartilhar

as ações, na qual a comunidade escolar, ao tomar parte delas, o faz em prol da

democracia, por meio de um exercício de construção da cidadania, fazendo com que a

gestão democrática seja uma prática cotidiana, regida por princípios de reflexão e de

compreensão, para a implementação de um processo transformador da realidade e que

envolve, necessariamente, a formulação de um Projeto Político Pedagógico libertador.

Conforme dados obtidos através de pesquisa junto a comunidade escolar, percebe-

se que o bairro apresenta uma realidade multicultural e o Colégio em contato com essa

diversidade tem como compromisso garantir a participação de todos, sem discriminação,

seja ela de cunho cultural ou de alunos portadores de necessidades especiais. Re-

elaborando e sistematizando todos os conhecimentos oriundos desta diversidade, com

vista na formação de uma nova realidade cultural, objetiva-se a formação de sujeitos

cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres e capazes de intervir e exercer seu livre

arbítrio com coerência e criticidade em relação à cultura dominante.

Nesse sentido, os alunos constroem sua cidadania no confronto consciente de

seus direitos e deveres, na sua vivencia diária através do exercício democrático de

participação atingindo sua autorrealização como pessoa humana.

Com as mudanças significativas nos diferentes campos do conhecimento obtidos

pelos avanços das ciências, chega a escola um novo desafio, que é de trabalhar os

conhecimentos através da contextualização social, pela reflexão, análise e síntese

envolvendo todo o coletivo escolar. Portanto, é necessário que educadores educandos

tenham acesso às leituras, espaço de análise, debates e produções, no sentido de

entender as situações postas pelo contexto social, visando desafiar e enfrentar de forma

coerente, ética o momento histórico, para poder atuar como cidadão promovendo as

mudanças em prol de uma sociedade mais justa, humana e solidária.

Portanto, além dos conteúdos e das diferentes áreas do conhecimento, cada

disciplina escolar desenvolve conhecimentos que contemplam os desafios educacionais

contemporâneos, como: Educação Ambiental, Educação Fiscal, Direitos Humanos,

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Enfrentamento a Violência Escolar, a Prevenção ao Uso de Drogas, Educação do Campo,

História da Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena (esse conteúdo tem um maior

aprofundamento nas disciplinas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia), e

Educação Sexual (trabalhada com maior ênfase nas disciplinas de Educação Física,

Artes, Ciências e Biologia). Estas temáticas serão trabalhadas nas diferentes áreas do

conhecimento, articuladas aos conteúdos de cada disciplina.

A Escola é um espaço originário da atuação dos educadores. Porém nesse espaço

nem sempre é mantida uma relação dialética com a sociedade. Esse é o desafio principal

das escolas e dos educadores, precisando criar esse movimento trazendo-o para dentro

das escolas, permeando todos os conteúdos curriculares e todo o fazer pedagógico. Para

isso, entender, analisar e enfrentar essa realidade, fazendo com que no processo

dialético de trabalhar o conhecimento, possa desvelar e explicar as contradições

subjacentes as práticas pedagógicas.

1. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES

1.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Em 1971 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 5.692, o

ensino da arte passa a ser obrigatório no currículo escolar, visando uma orientação

técnica e, como não havia uma escola superior que formasse profissional para ministrar a

disciplina, o Conselho Federal de Educação regulamentou as licenciaturas em Educação

Artística, embora a lei enfatizasse o processo expressivo e criativo dos alunos, a disciplina

tinha cunho puramente tecnicista. Atualmente a formação de professores de arte (cursos

universitários) é específico para cada linguagem artística: Artes Plásticas, Artes Cênicas,

Desenho Geométrico e Música.

Segundo a atual legislação, a Arte passa a vigorar como área do conhecimento

e trabalho, tendo sido incluída como componente obrigatório na educação básica com

2h/a semanais por série, abrangendo as linguagens artísticas: Artes visuais, Música,

Teatro e Dança.

A Proposta Curricular da disciplina de Arte passa a ser elaborada para atender os

alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, do Colégio Estadual

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Industrial, que atende alunos da classe Média, visando a produção do plano de trabalho

da disciplina segundo o Projeto Político Pedagógico da escola, procurando desenvolver

nos alunos a criatividade, a sensibilidade, o conhecimento cientifico, o estético e o

cultural, inserindo também neste contexto os portadores de necessidades especiais

através de diversas atividades e recursos. Estaremos contemplando também a Cultura

Afro, a inclusão social e racial, bem como os aspectos que abrangem a Agenda 21 e a

Educação do Campo.

Isso ocorre através do trabalho realizado em conjunto envolvendo os docentes da

área, com um planejamento participativo estimulando a construção do saber, levando o

aluno a apreciar, contextualizar e produzir.

A Arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é transformar e

nesse processo o sujeito também se recria por meio de suas criações e amplia e

enriquece a realizada já humanizada pelo trabalho. No ensino da arte, há possibilidades

de resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a importância

de criar.

A Arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relações com a

cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais e imateriais. É possível

considerar que toda a produção artística e cultural é um modo pelo qual os sujeitos

entendem e marcam a sua existência no mundo.

O ensino de arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos

estéticos, artísticos e contextualizadas, aproximando-o do universo cultural da

humanidade nas suas diversas representações.

A articulação dos conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados, aliados a

práxis no ensino da arte, possibilitam a apreensão dos conteúdos específicos da disciplina

e das possíveis relações entre seus elementos constitutivos, balizando-se para isso os

conteúdos estruturantes propostos para esta disciplina, conteúdos estes, selecionados a

partir de uma análise histórica, com base num projeto de sociedade que visa a superação

das desigualdades e injustiças vindo a constituir-se em uma abordagem fundamental para

a compreensão da disciplina.

A disciplina de Arte no Ensino Fundamental e no Ensino Médio ainda exige

reflexões que contemplem a arte como área de conhecimento, sendo que ela não

representa ou reflete a realidade, mas também é realidade percebida, idealizada ou

abstraída.

O Ensino da Arte passa a constituir uma possibilidade para os alunos exercitarem

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suas corresponsabilidades de uma vida cultural individual e coletiva mais digna, sem

exclusão de pessoas por preconceitos de qualquer ordem. O objeto de estudo e de

conhecimento de Arte é a própria arte e o aluno tem de se confrontar com a arte nas

situações de aprendizagem frente a uma sociedade construída historicamente e em

constante transformação.

Toda a produção artística e cultural é modo pelo qual os sujeitos entendem e

marcam a existência no mundo, aprofundando as linguagens artísticas, reconhecendo

conceitos e elementos comuns das diversas representações culturais, em todos os

contextos.

A Arte é linguagem por tratar-se de um sistema de representação que utiliza

principalmente signos não verbais (cor, luz, sombra, forma, som, expressão corporal, etc.)

com os quais o artista/aluno, com alguma intenção compõe uma obra, atribuindo

significado a esses elementos. Se arte é linguagem, pressupõe leitura, e é nessa

decodificação, na fruição estética, que o apreciador torna-se quase um coautor, pois

retira/empresta à obra significados tantos quantos forem sua capacidade de leitura e

história de vida. Cresce em conhecimento de si mesmo, de mundo e em humanidade.

O aluno desenvolve sua cultura de arte, fazendo, conhecendo e apreciando

produções artísticas que são ações que integram o perceber, o pensar, o aprender, o

recordar, o imaginar, o sentir, o expressar e o comunicar.

Para compreender a Arte como trabalho criador ou criação

artística parte-se do fato do trabalho configurar toda a ação

histórica e socialmente desenvolvida pelo homem sobre a

natureza (ou sobre o mundo humanizado). Assim, o ser

humano vem produzindo sua existência e se constituindo

como ser histórico e social. (DCE 2008, p. 66)

Na disciplina de Arte, pretende-se levar o aluno à compreender novos conceitos,

aprimorar seus conhecimentos em arte através de um processo criador. Educar os alunos

em arte é possibilitar um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade

além das aparências, com a criação de uma nova realidade, bem como a ampliação das

possibilidades de fruição, sendo que arte é conhecimento, ideologia e trabalho criador.

De acordo com as propostas das Diretrizes,(p. 56, 2009),

Sob tal perspectiva, Vásques (1978) aponta três interpretações fundamentais da arte a

serem consideradas:

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• Arte como forma de conhecimento;

• Arte como ideologia;

• Arte como trabalho criador.

No Ensino Fundamental e Ensino Médio serão abordados os conteúdos

estruturantes que são fundamentais para a compreensão de cada uma das áreas de Arte

envolvendo as artes visuais, teatro, música e dança.

As Artes Visuais, dança, música e teatro serão contemplados no Ensino

Fundamental na disciplina de Arte através dos conteúdos estruturantes que possibilitam à

organização dos conteúdos específicos permitindo uma correspondência entre as

linguagens, levando à compreensão dos aspectos significativos dos objetos de estudo.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Arte para o Ensino Fundamental e

Médio são os elementos formais, a composição e os movimentos e períodos. Os

elementos formais, organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte,

constituirão a composição que se materializa como obra de arte nos diferentes

movimentos e períodos.

O Ensino de Arte para o Ensino Fundamental será efetivado no sentido de:

• Desenvolver propostas que permitam ao aluno compreender os diferentes

processos em arte propondo atividades que possibilitem resgatar as

características próprias do aluno buscando desencadear o processo criativo

e sensitivo de cada um.

• Proporcionar ações educativas que permitam suscitar novas concepções

acerca da arte, respeitando e preservando as diversas manifestações da

arte, utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o

patrimônio nacional e internacional, a qual devemos conhecer e

compreender em sua dimensão sócio-histórica.

• Desenvolver os sentidos humanos (ver, ouvir e sentir) de forma criadora,

despertando no educando a sua sensibilidade (emoção estética) a partir da

familiarização cultural e do trabalho com os saberes artísticos.

• Promover o conhecimento e produções artísticas nas quatro expressões: na

escrita, na plástica, no corporal e no musical, bem como a valorização das

produções artísticas de agentes transformadores que contribuam para a

formação cultural de diversos povos.

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Na disciplina de Arte no Ensino Médio os objetivos propostos são:

• Apreciar produtos de arte, em suas varias linguagens, desenvolvendo tanto

a fruição quanto a analise estética, conhecendo, analisando, refletindo e

compreendendo critérios culturalmente construídos e embasados em

conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico,

antropológico, psicológico, cientifico e tecnológico, dentre outros.

• Levar o aluno a compreender o relacionamento entre as artes visuais e

outras modalidades artísticas adquirindo conhecimento em relação a historia

da arte, desenvolvendo atividades praticas e de pesquisa, compreendendo a

evolução dos seres humanos nas diferentes culturas.

• Propiciar ao aluno o acesso aos conhecimentos presentes nos bens

culturais, por meio de um conjunto de saberes em Arte que lhe permitam

utilizar-se desses conhecimentos e ampliar o seu modo de vê-las.

1.2 CONTEÚDOS

1.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL

6º Ano

1º Trimestre

Áreas Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos

Artes

Visuais

Teatro

Ponto

Linha

Superfície,

Textura - Volume

(Expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais)

Personagem

Ação,

Bidimensional

Figurativa, geométrica

Simetria

Técnicas: pintura, escultura e

arquitetura

Gêneros: cenas da mitologia

Enredo, Roteiro, Espaço

Cênico, Adereços, Jogos

Teatrais

Técnicas: jogos teatrais , teatro

indireto e direto, improvisação,

Greco-Romana

Arte Pré-história

Teatro Oriental

Teatro Medieval

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Espaço manipulação e mascara

Gêneros: tragédia, comédia e

circo

2º TrimestreArtes

Visuais

Música

Dança

Forma

Cor

Luz

Altura/Duração

Intensidade

Timbre

Densidade

Movimento

Corporal, tempo

Ação - Espaço

Figurativo

Cenas de Mitologia

Técnicas: pintura, escultura,

arquitetura

Ritmo Melodia

improvisação

Movimentos Articulares , Fluxo

(livre e interrompido)

,Deslocamento (direto/indireto) ,

Improvisação

Gênero (circular)

Arte Africana

Greco-romana

Oriental

Ocidental

Africana

3º Trimestre

Artes

Visuais

Dança

Ponto - Linha

Superfície,

Textura, Volume

Forma, Cor, Luz

Movimento corporal

tempo e espaço

Bidimensional

Figurativo, Geométrico

Simetria

Kinesfera – Eixo

Ponto de apoio

Movimentos articulares

Fluxo livre e interrompido,

rápido e lento

Formação: níveis (alto, baixo e

médio)

Arte Africana

Arte Oriental

Dança e Teatro no

Renascimento

Dança Clássica

Pré historia

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Teatro

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais.

Ação

Espaço.

Deslocamento – direto e indireto

Dimensões – pequeno e grande

Técnica, improvisação

Gênero – circular

Improvisação

7º Ano

1º Trimestre

Áreas Elementos

Formais

Composição Movimentos e Períodos

Artes

Visuais

Dança

Ponto

Linha

Forma

Cor

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Proporção

Tridimensional

Abstrata

Técnica: pintura,

Figura fundo

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre,interrompido, conduzido)

Lento, rápido e moderado

Níveis (alto, médio e baixo)

Formação e direção

Gênero: Folclórico, popular e étnica

Arte Indígena

Renascimento

Barroco

Dança

Popular/Africana/Indígen

a/Brasileira/Paranaense

Arte Popular.

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2º Trimestre

Artes

Visuais

Teatro

Textura

Luz

Ponto

Volume.

Personagem:

expressão

corporal, vocal,

gestual e facial

Ação

Espaço

Técnica – pintura e escultura,

modelagem

Abstrata

Figurativo

Perspectiva.

Representação

Leitura dramática

Cenografia

Gêneros: rua e arena,

caracterização

Técnicas: jogos teatrais, mimica,

improvisação, formas animadas

Arte Popular

Teatro Popular/

Brasileira/Paranaense

Teatro Africano

Comédia dell’

3º Trimestre

Artes

Visuais

Música

Forma

Cor

Luz

textura

Volume

Superfície

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Gênero: paisagem, retrato e

natureza morta

Técnica – pintura e gravura

Perspectiva

Figura e fundo

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros Folclóricos, indígenas,

popular e étnico

Técnicas: vocal, instrumental, mista

e improvisação

Arte Popular

Arte Brasileira/

Paranaense

Música Popular e

Étnica (Ocidental e

Oriental)

8º Ano

12

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1º Trimestre

Áreas Elementos

Formais

Composição Movimentos e Períodos

Artes

Visuais

Música

Linha

Forma

Textura

Intensidade

Densidade

Altura

Duração

Timbre

Semelhanças

Contrastes

Ritmo visual

Técnica: desenho, fotografia,

audiovisuais e mista.

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnica: vocal, instrumental e mista

Industria Cultural

Arte do Século XX

Industria Cultural

Eletrônica: Rap, Rock,

tecno minimalistica.

2º Trimestre

Artes

Visuais

Dança

Linha

Cor

Luz

Textura

Forma

Volume

Superfície

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Contraste, Semelhança

Desenho , Fotografia

Áudio-visual

Estilização, Deformação

Técnicas: desenho e fotografia

Gêneros: arte no sec. XX

Giro, rolamento, saltos, aceleração

e desaceleração,

Direções: frente, atrás, direita e

esquerda

Improvisação , Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Industria cultural e

Arte do Século XX

Dança Moderna

Expressionismo

Arte contemporânea.

Dança moderna

Hip Hop

Musicais

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espetáculo

3º Trimestre

Artes

Visuais

Teatro

Dança e

música

Forma

Luz

Cor

Volume

Personagem

Expressão

corporal,

vocal, facial e

gestual

Ação e

espaço

Movimento

Corporal

Semelhança

Ritmo Visual

Fotografia

Audiovisual

Representação no cinema e mídias

texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia e Roteiro

Técnicas: Jogos teatrais, sombra e

adaptação cênica

Representação dança, teatro e

musica

Improvisação

Gêneros: arte contemporânea

Técnicas: audiovisual e mista

Expressionismo

Indústria Cultural

Arte Contemporânea

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

9º Ano

1º Trimestre

Artes

Visuais

Ponto

Linha

Forma

Cor

Luz

Superfície

Bidimensional

Tridimensional

Figura fundo

Realismo

Muralismo

Arte Latino-americana

14

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Teatro

Dança

e

Música

Personagem

Ação

Espaço

Expressão

corporal, vocal,

gestual e facial

Representaçõe

s de dança

teatro usando

expressões

corporais.

Técnicas: monólogo, jogos teatrais,

direção, ensaio, teatro -Fórum

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Música

Improvisação

Gêneros: Arte Contemporâneas

Técnicas: audiovisual e mista.

Teatro Engajado

Teatro Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguarda

2º Trimestre

Artes

Visuais

Dança

Superfície

Volume

Forma

cor luz

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Tridimensional

Figura fundo

Gêneros: paisagens urbanas

Técnicas: pintura

Kinesfera

Ponto de apoio

Peso

Fluxo

Queda

Salto, Giro, Rolamento

Extensão (perto e longe)

Coreografia e deslocamento

Gênero: performance e moderna

Vanguarda

Dança Moderna

Dança Contemporânea

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3º Trimestre

Artes Visuais

Música

TexturaLuzLinhaForma Superfície

DuraçãoTímbreIntensidadeDensidade

Ténica – GrafiteGênero: paisagens criativasRitmo Visual

MelodiaHarmoniaGênero: popular, folclórico e étinicoTécnica vocal, instrumental e mistaRitmo Visual

Arte de Vanguarda

Música engajadaMúsica popular BrasileiraMúsica ContemporâneaHip Hop

1.2.2 – ENSINO MÉDIO

1º ANO

1º TRIMESTRE

ÁREAS ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERIODOSArtes

visuais

teatro

Cores

Ponto

Linha

Forma

Textura

Espaço -

Tempo

Personagem:

expressão

corporal,

gestual, facial,

ação e espaço

Bidimensional

Tridimensional

Figura e fundo

Figurativo e Abstrato

Semelhança

Técnica – pintura, desenho

Contraste

Deformação

Técnicas: jogos teatrais, teatro

direto e indireto, mímica, ensaio,

Gêneros: tragédia, comédia,

drama

Expressionismo e

impressionismo

Idade media

Idade contemporânea

Teatro greco-romano

Arte moderna

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2º TRIMESTRE

ÁREA

S

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSArtes

visuais

dança

Movimentos

corporais

Cores

Ponto

Linha

Forma

Textura

Tempo

Espaço

Duração

Gêneros: paisagem, natureza

morta e cenas do cotidiano

Técnicas – instalação , harmonia,

ritmo visual,

Proporção

Técnicas: formação inicial, níveis

altos, médios e baixos, salto e

queda, direção, rotação,

deslocamento, performance,

coreografia, improvisação,

melodia,

Dança clássica

Dança folclórica/popular

Pré-história

Arte brasileira

Arte paranaense

Arte

contemporânea/conceitua

Hip-Hop

3º TRIMESTRE

ÁREAS ELEMENTO

S FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERIODOSArtes

visuais

Música

Cor, Ponto

Linha, Forma

Textura

Superfície

volume

Luz e

sombra

Altura,

duração e

densidade

Timbre e

intensidade.

Técnica: escultura, performance,

perspectiva

Bidimensional e tridimensional

Ritmo, melodia, harmonia,

escalas, modal, tonal e fusão de

ambos

Gêneros: erudito, clássico,

popular, étnico, folclórico.

Renascimento

Arte brasileira e

paranaense

Música clássica

Música popular

Surrealismo

Música oriental, ocidental

e africana

Música popular brasileira

17

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2ª ANO

1º TRIMESTRE

ÁREA

S

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERIODOSArtes

visuais

teatro

Cores

Ponto

Linha

Forma

Textura

Espaço

Tempo

Personagem:

expressão

corporal,

gestual, facial,

ação e

espaço

Bidimensional e Tridimensional

Simetria

Cinema

Fotografia

Historia em quadrinhos

Gêneros: teatro direto, indireto,

mímica, teatro fórum, roteiro,

ensaio, encenação e leitura

dramática

Técnicas: teatro fórum, roteiro,

encenação e leitura, dramática.

Gênero – épico, dramaturgia,

representação nas mídias

caracterização, cenografia,

sonoplastia, figurino e

iluminação, direção e produção

Cubismo

Impressionismo

Arte moderna e

contemporânea

Arte digital/ Op-Art

Industria cultural

Teatro engajado

Teatro dialético

Teatro oprimido

Teatro pobre e de

vanguarda

Teatro renascentista

Teatro latino-americano

Teatro realista

simbolista e de rua

2º TRIMESTRE

ÁREAS ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERIODOSArtes

visuais

dança

Cor, Ponto

Linha, Forma

Textura,

Superfície,vol

ume

Luz e sombra

Movimentos

Técnica de pintura

Gravura

Serigrafia

Kinesfera

Ponto de apoio

Cubismo

Pop-Art

Dança clássica

Dança indígena

Dança africana

Dança de salão

Hip-Hop e Dança

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corporais

Tempo

Espaço

Peso, fluxo, queda, salto, giro,

rolamento, extensão.

contemporânea

Danças modernas

3º TRIMESTRE

AREAS ELEMENTO

S FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERIODOSArtes

visuais

Música

Cores

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Luz

Altura,

intensidade,

timbre,

densidade,

duração,

Escultura/ modelagem

Estilização

Cenas do cotidiano

Técnicas musicais: vocal,

instrumental, eletrônica,

informática e mista e

improvisação

Arte contemporânea

Arte brasileira/ paranaense

Fouvismo

Arte egípcia

Industria eletrônica

Arte moderna

Arte da vanguarda

Industria cultural

Engajada, vanguarda,

Ocidental, Oriental,

Africana e Latino

Americana

1.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Arte é uma área de conhecimento que interage nas diferentes instâncias

intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são construções históricas

que influem e são influenciados pelo pensar, fazer e fruir arte.

Na metodologia da disciplina de Arte, buscar-se-á formas originais e

interdisciplinares de expressão de ideias com o grupo, promovendo observações,

experimentações, discussões e analises em que se possa entrar em contato não só com

a forma e as linguagens técnicas, mas também com as ideias e reflexões propostas pelas

diferentes formas de arte.

As atividades do Ensino Fundamental e Ensino Médio serão realizadas através

da teoria, da explanação oral, da comparação com imagens reais, releitura de obras,

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imagens em transparências, e atividades plásticas.

É através da exploração de materiais e técnicas vinculadas a produção artística

que possibilitam ao aluno a familiarização com as variadas linguagens artísticas.

A área de Arte contribui para ampliar o entendimento e a atuação dos alunos

ante os problemas vitais que estão presentes na sociedade de nossos dias.

A pesquisa cientifica, a prática dos trabalhos, as apresentações individuais e

em grupos, a produção de roteiro de teatro, a exposição através de transparências, os

cartazes e a utilização de sucatas, são fundamentais para o aluno desenvolver suas

potencialidades.

Nas Artes Visuais são explorados o bidimensional, o tridimensional e o virtual,

podendo trabalhar as características especificas contidas na imagem, na estrutura, na cor,

na superfície, nas formas e na disposição desses elementos no espaço.

Os principais elementos a serem estudados na dança são o movimento, o

espaço, as ações, a dinâmica e o ritmo, inter-relacionados.

Na linguagem musical será explorado a história da música e as propriedades

do som, propiciando repertórios pessoais, culturais e composições.

Tanto no teatro quanto na dança poderão ser explorados as possibilidades de

improvisação e composição, levando o aluno a compreensão da realidade ou do

imaginário, transcendendo os limites.

As práticas artísticas e estéticas em música, artes visuais, dança, teatro e artes

audiovisuais, além de possibilitarem articulações com as demais linguagens da área

favorecendo a formação da identidade e de uma nova cidadania do jovem, forma uma

consciência de uma sociedade multicultural, onde o aluno confronta seus valores, crenças

e competências culturais no mundo no qual está inserido.

A cultura será abordada como resultante do trabalho que abrange as práticas

sociais historicamente constituídas pelos sujeitos. Desvelar essas culturas propicia o

autoconhecimento, visto que os sujeitos são formados por e pelas relações culturais.

O fazer arte e pensar sobre o que se realiza, pode garantir ao aluno sempre uma

aprendizagem contextualizada em relação a valores e meios de produção artísticos das

diferentes sociedades, em diferentes épocas. Para isso é importante que o aluno adquira

gradualmente autonomia para aprender a buscar a informação desejada, ser um indivíduo

investigador e que saiba dividir o que aprendeu. É preciso que o aluno esteja em contato

constante com temas e atividades que o ajudem a compreender criticamente o seu

momento pessoal e o seu papel como cidadão numa sociedade.

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Através da apreciação das obras de arte o aluno compreende a estética, pois

criticar esteticamente é ensinar a ver, ouvir, criticar, interpretar a realidade a fim de

ampliar as possibilidades de fruição e expressão artística.

Ao contextualizar a história da arte, este deve ser um processo contínuo que

focaliza, em dado momento histórico o registro do sentimento estético e da visão do

artista diante dos acontecimentos que o envolvem ou envolveram. Conhecendo a história

da arte, o aluno poderá estabelecer relações mais profundas com a produção,

possibilitando intervir e reinventar a sua obra. O aluno deverá relacionar-se com a arte de

diversas épocas e estilos, conhecendo os diferentes elementos que entraram na sua

composição, construindo um conhecimento teórico-prático sobre o assunto.

1.4 AVALIAÇÃO

Avaliar em Arte, refere-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas,

tanto em seus aspectos experimentais (práticos), quanto conceituais (teóricos), pois a

avaliação consistente e fundamentada permite ao aluno posicionar-se em relação aos

trabalhos artísticos estudados e produzidos.

Deve-se considerar o histórico de cada aluno e sua relação com atividades na

escola, observando a qualidade dos trabalhos em seus diversos registros (sonoros,

textuais ou audiovisuais), guiando-se pelos resultados obtidos, pode-se planejar algumas

formas criativas de avaliação como roda de leitura, textos, avaliação de pastas de

trabalho, audição musical, produção de vídeos, dramatizações, etc., tendo por fonte

materiais alternativos que podem favorecer a compreensão dos conteúdos na disciplina.

A avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno

entre os conhecimentos em Arte e a sua realidade, tanto na produção individual, quanto

na coletiva.

É interessante que os alunos participem da avaliação dos seus e dos trabalhos de

seus colegas, manifestando seu ponto de vista, o que contribuirá para ampliar o processo

de aprendizagem de cada um, sendo através de produção individual e coletiva num

processo formativo e permanente onde os alunos também participam se auto-avaliando e

avaliando a produção de seus colegas e as produções coletivas.

A avaliação precisa ser um estimulo ao desenvolvimento artístico cultural dos

alunos. A pesquisa cientifica, a elaboração pratica dos trabalhos, as apresentações

individuais e em grupos, a produção de roteiro de teatro, a exposição de trabalhos, etc,

são atividades avaliadas através do potencial criador de cada um.

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Através da avaliação, podemos detectar as dificuldades e progressos de cada

aluno a partir da sua própria produção, sendo o suporte para a qualidade dos processo de

ensino e aprendizagem, onde o professor pode rever sua prática pedagógica que

possibilite ao aluno se dirigir para a apropriação do conhecimento.

A avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo aluno

em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades percebidas

em suas criações e produções, definindo aonde se quer chegar, e estabelecendo os

critérios para em seguida escolherem os procedimentos que serão utilizados nos

processos de ensino-aprendizagem.

Em suma, a avaliação será individual ou coletiva, de forma diagnóstica, contínua,

permanente, levando em consideração a criatividade, a expressividade, a sensibilidade e

a imaginação, analisando o processo de desenvolvimento no desempenho dos trabalhos.

Através de provas teóricas e práticas, trabalhos individuais e coletivos, seminários,

dentre outros, será diagnosticado o desenvolvimento, para o planejamento e

acompanhamento da aprendizagem. Levando em consideração o desempenho de cada

aluno, tendo em vista os critérios de avaliação dos conteúdos contemplados em cada

série; compreensão da realidade diante do que está sendo estudado. Criatividade na

criação, expressando sua sensibilidade e imaginação através das modalidades artísticas

trabalhadas durante o ano letivo. O ensino de Arte visa as seguintes expectativas de

aprendizagem:

- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a Arte e sua relação

com a sociedade contemporânea;

- A produção de trabalhos de Arte visando à atuação do sujeito em sua realidade

singular e social;

- A apropriação prática e teórica dos modos de composição da Arte nas diversas

culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

A recuperação paralela deverá acontecer imediatamente após diagnosticar a não

apropriação dos conteúdos trabalhados, utilizando novas metodologias e formas

avaliativas (provas, pesquisas, apresentações, etc.), para que ocorra o entendimento dos

mesmos.

1.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, F. A Cultura Brasileira, 5ª ed, São Paulo: Melhoramentos, ed USP, 1971.

BARBOSA, Ana Mae. A Imagem no Ensino da Arte. São Paulo: Perspectiva, S.P. 1996.

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__________, Arte e Educação: Conflitos e Acertos. São Paulo, Copirraite, l985.

FERRAZ, Maria: FUSSARI, Maria. Metodologia do Ensino da Arte. Ed Cortez: S.P.

1993.

PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.

Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná, Curitiba, 1990.

PARANÁ. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,

2008.

OSTROWER. Fayga. Criatividade e Processos de criação. Petrópolis: Vozes. 1987.

PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais de Arte

para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

SEED. Colégio Estadual Industrial. Regimento Escolar. Francisco Beltrão. 2008.

2 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

2.1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objetivo principal desvendar a vida, no planeta

Terra, como ela começou, como ela se modificou durante a evolução histórica e aonde

vamos chegar.

Durante milhares de anos, o homem tem buscado estas respostas, e ainda não

chegamos a elas, na sua totalidade. Na antiguidade pensadora e estudiosa, através de

suas interpretações filosóficas já começaram a questionar sobre a VIDA.

Sabe-se que as considerações sobre a VIDA, como um todo, sempre estiveram

subordinadas aos momentos históricos pelos quais a humanidade tem passado.

A igreja com sua visão teocêntrica, muito influenciou os estudiosos da época na

Idade Média. Já na Revolução Industrial, muitas concepções foram modificadas,

determinando a queda do poder arbitrário da Igreja.

Na Renascença, Leonardo Da Vinci, Carlos Linné, foram expoentes nas áreas

de Ciências.

Dentro dos conhecimentos históricos, ainda no século XVI, Francis Bacon,

contribuiu para uma nova visão da Ciência, propondo o método indutivo, baseado no

controle metódico e sistemático da observação, e não mais na pura explicação da Igreja

Católica, para tudo o que não tinha explicação cientifica. Ainda no século XVII, Francesco

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Redi, lança novo olhar sobre as teorias da origem da vida, contrapondo-se a geração

espontânea, defendida por Aristóteles e outros cientistas.

No fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da vida é

questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Devemos

ressaltar, neste momento, o naturalista Charles Darwin, que com suas pesquisas, produto

de suas viagens, questiona a imutabilidade dos seres vivos, introduzindo a teoria da

evolução das espécies.

Em 1865, Gregor Mendel, apresenta suas pesquisas sobre a transmissão das

características hereditárias, lembrando que naquela época, Mendel não tinha e não

conhecia os mecanismos das estruturas celulares em sua total complexidade.

No século XX, com a descoberta do microscópio eletrônico, as ideias de Mendel

se confirmam e o homem passa a ter uma visão detalhada dos mecanismos

intracelulares.

Surge então, em pleno século XX, o pensamento biológico da manipulação

genética, demarcando a condição do homem em compreender a estrutura físico-química

dos seres vivos e as consequentes alterações biológicas.

No Brasil, a busca da ciência passa por inúmeras fases e transformações,

acompanhando as mudanças globais.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) apontaram como objeto de

estudo da disciplina o fenômeno em toda sua "diversidade de manifestações", porém os

conceitos básicos de Biologia são apresentados de forma reducionista, descaracterizando

os conhecimentos historicamente constituídos.

Hoje o que se vê é a descaracterização do objeto de estudo da disciplina de

Biologia e a necessidade de sua retomada.

É importante perceber que os conhecimentos Biológicos foram construíveis

num processo, dentro de uma caminhada histórica, na qual, em cada período foi

desenvolvido práticas biológicas relacionadas ao seu momento temporal.

Nestes últimos cem anos, a partir da Revolução Industrial, o planeta Terra sofreu

inúmeras

transformações e a ciência também, mas na maioria das vezes despreparada e inerte

para os

problemas que resultaram destas modificações.

A Biologia atual deve absorver as práticas biológicas vivenciadas no passado,

que desencadearam ações positivas e aprender com seus erros a modificar o presente e

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preparar o futuro.

O educando deve construir seus conhecimentos biológicos de forma crítica,

refletiva, sua visão do mundo deve ser analítica, ele não deve acomodar-se com o

conhecimento que chega pronto, deve sempre procurar buscar o equilíbrio de sua

formação, neste momento, ele passa a ter um comportamento bioético, pois as novas

situações (clonagem, células-tronco, transgênicos, transplante de órgãos, etc.) que

passam a vivenciar no seu cotidiano social e escolar vão provocar neles, mudanças de

conceitos devem estar pronto para analisar e formar sua opinião, a partir de suas

vivências.

2.2. OBJETIVOS

A Biologia tem como objetivo levar o aluno a se preocupar com os fenômenos

naturais e a explicação racional da natureza, contribuindo para a formação de sujeitos

críticos, reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos, desde que ao mesmo tempo

proporcionem o entendimento do objeto de estudo, em toda sua complexidade de

relações, ou seja, na organização dos seres vivos; no funcionamento dos mecanismos

biológicos; do estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos da

variabilidade genética, hereditariedade, relações ecológicas; e das implicações dos

avanços biológicos no fenômeno VIDA.

2.3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos do Ensino Médio da disciplina de Biologia seguem as Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná.

Estes conteúdos que formam a estrutura da Biologia são interdependentes, mas

devem ser abordados de forma íntegra. Devem proporcionar que ocorra a

interdisciplinaridade dos diversos conhecimentos nas mais diversas áreas. Mas estar

pronto sobre as possíveis mudanças que com certeza irão ocorrer vindos das mais

diferentes áreas de conhecimento. O conhecimento biológico não deve ser algo

"estanque", isolado, mas sempre parte de um todo maior, de um conhecimento científico

maior.

A cultura afro-brasileira será contemplada juntamente com os conteúdos

estruturantes em todas as séries no decorrer da aprendizagem dos três anos do Ensino

Médio, respeitando as tendências regionais.

2.3.1. OS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES FORAM ASSIM DEFINIDOS:

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Organização dos seres vivos - este conteúdo proporciona conhecer as características

dos seres vivos, suas diferenças e semelhanças. A partir disso, possibilita ao

educando a compreensão da vida, à sua volta, como sistemas organizados, mas

integrados entre si. Desta maneira podem-se entender as características e fatores

que determinam o aparecimento e extinção de algumas espécies durante a trajetória

de vida no planeta Terra.

Mecanismos Biológicos - neste conteúdo estruturante propicia-se o conhecimento dos

mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam.

Obviamente, se faz necessário para o entendimento dos sistemas, o conhecimento

fragmentado, separado de cada órgão componente do sistema.

Biodiversidade - este conteúdo promove o crescimento da variabilidade genética, a

diversidade dos seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a

natureza.

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA - neste conteúdo, trata-se dos

avanços da engenharia genética, da biologia molecular e os aspectos bioéticos. A

Ciência e a Tecnologia, são conhecimentos produzidos pelos seres humanos e

interferem no contexto de vida da humanidade. Não se pode frear a biotecnologia,

mas deve-se entender suas implicações de forma ampla.

2.3.2. CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;

-Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;

- Mecanismos de desenvolvimento embriológico;

- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;

- Teorias Evolutivas;

- Transmissão das características hereditárias;

- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência

com o ambiente;

- Organismos geneticamente modificados.

1º ANO - ENSINO MEDIO

1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTREConceito de ser vivo;

Características dos

Composição química da

célula (orgânica e

Cromossomos nos

eucariontes,

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seres vivos;

Bioética;

Níveis de organização dos

seres vivos;

Teoria da Abiogênese e

Biogênese.

Hipótese autotrófica e

heterotrófica.

inorgânica);

Citologia (estrutura celular,

organelas citoplasmáticas,

núcleo e membrana

plasmática);

Diferenças entre célula

animal, vegetal e

procarionte.

Vacinas (histórico e

produção).

Anticorpos – sistema

imunológico.

Divisão celular (mitose e

meiose);

Reprodução

Doenças sexualmente

transmissíveis

DNA e RNA;

Reprodução

Doenças sexualmente

transmissíveis DTS

Histologia animal e

histologia vegetal.

Biotecnologia, células

tronco, transgênico,

transplantes.

2º ANO - ENSINO MEDIO

1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTREOrganização dos seres

vivos;

Vírus- reprodução e

doenças causadas por

vírus;

DST e AIDS;

Reino monera – doenças

causadas por bactérias;

Reino Protista.

Reino Fungi;

Reino animal

(invertebrados)

Anatomia e fisiologia dos

invertebrados.

Reino animal (platelmintos,

anelídeos, nematelmintos,

artrópodes, moluscos,

peixes, anfíbios, repteis,

aves e mamíferos) fisiologia

animal;

Reino vegetal, anatomia e

fisiologia vegetal;

Sistema (digestão,

respiração, circulação,

endócrino e excreção e

nervoso).

3º ANO - ENSINO MEDIO

1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTREReprodução; 2ª Lei de Mendel; Ecologia;

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Sexualidade e métodos

anticoncepcionais;

Embriologia;

Bioética;

Genética (conceitos,

genealogia), transmissão

das heranças, primeira Lei

de Mendel.

Grupos sanguineos (sistema

ABO e Fator RH);

Herança do sexo;

Interação gênica;

Mapeamento genético,

herança genética.

Ciclos biogeoquímicos;

Teoria da Evolução.

2.4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O Ensino de Biologia nos três anos do Ensino Médio precisa ser organizado de

forma que o aluno, partindo de uma visão, ainda do ensino fundamental, onde os diversos

assuntos trabalhados eram abordados dentro da maturidade restrita da sua idade, deve a

partir de agora, enfocar de maneira aprofundada todos os aspectos biológicos/físicos e

químicos dos diversos assuntos que serão focados durante a duração do curso.

O aluno deve ser levado a:

a) interagir com o meio ambiente;

b) problematizar todas as abordagens biológicas;

c) utilizar suas práticas sociais como forma de desenvolver seu intelecto.

A metodologia utilizada irá se basear no método da Pedagogia Histórico Crítica

(Gasparim, 2005). Iremos partir da prática social e problematização para fazer a

instrumentalização e avaliação voltando para a prática social, articulando a organização

dos seres vivos, mecanismos biológicos, biodiversidade e a manipulação genética.

Sabendo que estes conhecimentos são passíveis de alterações ao longo da história do

homem. Para isso se faz uso de aulas expositivas, produção de textos, experimentos,

desenhos, livros didáticos, leitura complementar, relatos de experiências, debates,

recursos audiovisuais, visitas a indústrias, laboratórios, universidades, jogos didáticos,

feiras, revistas, vídeos, softwares.

Desde o ensino da célula, passando pelos seres vivos, genética, cultura afro-

brasileira e africana, prevenção do uso de drogas, sexualidade e educação ambiental,

todos os assuntos abordados devem promover a interação de todos os alunos e disciplinas

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afins. Isto será possível através de palestras com profissionais da área, seminários,

teatros, entrevistas, pesquisa, trabalhos, etc.

2.5. AVALIAÇÃO:

A avaliação, como método diagnóstico, exerce uma função essencial no

processo de ensino e aprendizagem.

O aluno deve ser avaliado de forma sistemática, para que o aluno possa ser

avaliado de diferentes formas e não apenas de um mesmo enfoque. Deve-se utilizar

provas objetivas e provas subjetivas, em número mínimo de duas, dentro de cada

trimestre. Durante este período deve ser proporcionado ao aluno outras formas de

expressão do conhecimento, como:

-Pesquisas de campo,

- Pesquisas bibliográficas

- Murais

- Trabalhos no Laboratório

- Feira de Ciências

- Debates

A recuperação paralela é essencial e deve ocorrer de forma que os assuntos

diagnosticados como não assimilados de forma adequada pelos alunos sejam retomadas

metodologicamente de forma diferenciada, objetivando a melhor assimilação dos

conteúdos e o sucesso do ensino aprendizagens, lembrando que esta recuperação é

contínua e qualitativa. A verificação da apropriação do conhecimento poderá se adequada,

através de provas, trabalhos objetivando o sucesso da aprendizagem.

2.6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996 - Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. Editora do Brasil S/A.

CHASSOT. A ciência através dos tempos. 2.ed. São Paulo. Moderna, 2004.

LINHARES, Sérgio. Biologia. Volume Único - Ed. Ática, São Paulo, 2005. PARANÁ,

Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica do Estado do Paraná - Biologia. Curitiba-Pr, 2007.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública

do Paraná. 3.ed. Curitiba: SEED, 1997.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia Atual -Volume Único. Ed. Ática, 2006.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, Colégio Estadual Industrial, 2006.

SAVIANE, D. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 5.ed. Campinas:

Autores Associados, 1995. SILVA, Júnior César-Biologia-8 ed. São Paulo Saraiva, 2005.

3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

3.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O estudo de Ciências sem interação direta com os fenômenos naturais ou

tecnológicos deixa enorme lacuna na formação dos estudantes. Diferentes métodos ativos

com a utilização de observações, experimentação, jogos, diferentes fontes textuais para

obter e comparar informações despertam o interesse dos alunos pelos conteúdos e

confere sentido à natureza e à ciência, a tecnologia, a matéria e ao ser humano.

Em Ciências, o desenvolvimento de posturas e valores envolve muitos aspectos da

vida social, da cultura, do sistema produtivo e das relações entre o ser humano, a natureza

e a tecnologia. A valorização da vida em sua diversidade, a responsabilidade em relação à

saúde e ao ambiente, bem como a consideração de variáveis que envolvem um fato, o

respeito às provas obtidas por investigação e a diversidade de opiniões e a interação nos

grupos de trabalho, são elementos que contribuem para o aprendizado de atitudes, para

saber se posicionar crítica e construtivamente diante de diferentes questões. Incentivo às

atitudes de curiosidade, de persistência na busca e na compreensão das informações, de

preservação do ambiente e sua apreciação estética, de apreço e respeito à individualidade

e à coletividade no processo ensino e aprendizagem.

Através do estudo de Ciências,os estudantes estabelecem uma compreensão da

natureza como um todo dinâmico, e do ser humano, como agente de transformações do

mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros

componentes do ambiente. Relação esta que desencadeia o processo de produção de

conhecimento e influencia diretamente nas atitudes humanas associadas a aspectos de

ordem social, econômica, política e cultural.

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza

o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade.

Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza,

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resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria,

movimento, força, campo, energia e vida; identificar relações entre conhecimento

científico, produção de tecnologia e condições de vida no mundo de hoje, em sua evolução

histórica; compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,

sabendo elaborar opiniões sobre riscos e benefícios das práticas científicas – tecnológicas,

bem como sua influência fiscal; compreender a saúde pessoal, social e ambiental como

bens individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes,

também a prevenção ao uso indevido de drogas, a sexualidade humana e o enfrentamento

à violência. Saber utilizar conceitos científicos básicos associados à energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida.

3.2 - CONTEÚDOS

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação, propõem, que o ensino de

Ciências aconteça por integração conceitual e que estabeleça relações entre os

conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes da disciplina

(relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes das outras disciplinas do

Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os conteúdos científicos

escolares e o processo de produção do conhecimento científico (relações contextuais).

(PARANÁ,2008)

Assim são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história

da Ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no

Ensino Fundamental. São eles: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,

Biodiversidade, que são saberes fundamentais capazes de organizar teoricamente os

campos da disciplina essenciais para a compreensão de seu objeto e de áreas afins. Tais

conteúdos estruturantes serão trabalhados de 6º a 9º anos do Ensino Fundamental,

buscando a articulação com os conteúdos específicos. Diante da proposta de inclusão, a

cultura Afro-brasileira e Africana apresenta enfoque em conteúdos afins que estão

apresentados nos conteúdos específicos de cada série.

A disciplina de Ciências, possibilita o acesso aos conhecimentos através de uma

fundamentação sistemática, inserida no currículo escolar, abrangendo os avanços

científicos desenvolvidos socialmente, apresentados de forma a superar a fragmentação e

os equívocos científicos.

A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências deve considerar a relevância dos

mesmos par o enfrentamento do mundo no atual período histórico.

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Na disciplina de ciências os conteúdos estruturantes são construídos a partir da

historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além

de estruturar a disciplina frente ao processo de especialização do seu objeto de estudo e

ensino. Estes conteúdos possibilitam os estudos e as discussões sobre a origem do

Universo, através de conteúdos mínimos necessários para o entendimento de questões

astronômicas e suas relações com a natureza e os objetos de estudo como do método

científico na disciplina de ciências.

Os conteúdos básicos são conhecimentos fundamentais para cada série da etapa

final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a

formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica. O

acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se

encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor.

Nesta Proposta Pedagógica os conteúdos básicos estão apresentados por série e

devem ser tomados como ponto de partida para a organização da proposta pedagógica

curricular das escolas. Por serem conhecimentos fundamentais para a série, não podem

ser suprimidos nem reduzidos, porém, o professor poderá acrescentar outros conteúdos,

de modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina naquilo que a constitui como

conhecimento especializado e sistematizado.

Os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos estruturantes da disciplina,

com o tipo de abordagem teórico-metodológica que devem receber e, finalmente, com as

expectativas de aprendizagem aos quais estão atrelados. Portanto, as Diretrizes

Curriculares fundamentam essa seriação/sequência de conteúdos básicos e sua leitura

atenta e aprofundada é imprescindível para compreensão do quadro.

No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens diversas a

depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante, quando

necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre considerando-se o

aprofundamento a ser observado para a série e nível de ensino, é o lugar da criação

pedagógica do professor, onde os conteúdos receberão abordagens contextualizadas

histórica, social e politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas diversas

realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com sua formação cidadã.

O plano de trabalho docente é, portanto, o currículo em ação. Nele estará a

expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular construída nas

discussões coletivas.

6º ano

32

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1º Trimestre

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Astronomia Universo

Sistema Solar

Movimentos Terrestre

e Celeste

Astros

-Teoria Heliocêntrica e Geocêntrica.

-Características dos corpos celestes.

-Movimentos de Rotação e Translação dos

planetas constituintes do sistema solar.

Matéria Constituição da

matéria

-Matéria: constituição, propriedades e

transformações.

-Terra: crosta, solos, rochas, minerais, manto

e núcleo.

2º TrimestreConteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Matéria Constituição da

matéria

-Água: composição e fundamentos

teóricos( estados físicos: pressão e vasos

comunicantes)

-Água e saúde.

-Atmosfera.

Sistemas

biológicos

Níveis de organização

celular

-Características gerais, orgânicas e

fisiológicas dos seres vivos.

-Teoria celular.

-Níveis de organização celular.

3º TrimestreConteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Energia Formas de energia

Conversão de energia

Transmissão de

energia

-Formas, conversão, transmissão, fontes,

irradiação, convecção e condução.

Biodiversidade Organização dos seres -Diversidade das espécies

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vivos

Ecossistema

Evolução dos seres

vivos

-Níveis de organização dos seres vivos.

-Fenômenos metereológicos e catástrofes

naturais

* Durante o ano envolver as seguintes relações:

RELAÇÕES CONCEITUAIS: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida,

fósseis.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: território brasileiro, lendas indígenas, leituras de

diferentes narrativas, medidas de grandeza, pinturas rupestres, renascença; esportes

aquáticos.

RELAÇÕES CONTEXTUAIS: instrumentos astronômicos, história da astronomia, inovação

tecnológica, fermentação, contaminação da água, desertificação, minerais e a tecnologia

(jóias, relógios e outros), mineração, sismógrafos, poluição do solo, poluição da água,

queimadas e desmatamentos, manejo do solo para a agricultura, compostagem,

contaminação do solo, contaminação dos aquíferos, tratamento da água, lixo tóxico,

aquecimento global, biotecnologia, plástico biodegradável, fibra ótica, elevadores

hidráulicos, lixo e ambiente, coleta seletiva de lixo, tratamento de esgotos, reservas

ambientais, código floresta brasileira, fauna brasileira, ameaça de extinção, ocupação da

mata atlântica, exploração da Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata

das araucárias, tráfico de animais, panela de pressão, ultra-sonografia, máquinas

fotográfica, óculos, telescópios, poluição sonora.

7º ano

1ºTrimestre

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Astronomia Astros

Movimentos

Terrestres e Celestes

-Eclipses, estações do ano,

-Sol: composição e produção de energia.

Matéria Constituição da

matéria

-Formação, constituição e evolução do planeta

terra e sua atmosfera.

Energia Formas de energia

Transmissão de

-Energia luminosa, solar, luz, cores, radiações e

energia térmica.

-Fotossíntese e processo de conversão de

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energia energia na célula

2º TrimestreConteúdo

Estruturante

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Biodiversidade Origem da vida

Organização dos

seres vivos

Sistemática

-Origem da vida: teorias evolutivas e eras

geológicas.

-Biodiversidade e evolução das espécies

animais e vegetais.

-Classificação dos seres vivos em reinos:

taxonomia e filogenia.

3º TrimestreConteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Biodiversidade Organização dos

seres vivos

-Interrelações ecológicas entre seres vivos e o

ambiente.

Sistemas

Biológicos

Célula

Morfologia e

fisiologia dos seres

vivos.

-Organização celular

-Constituição, tipos e evolução celular.

-Mecanismos celulares: funções e relações entre

órgãos e sistemas animais e vegetais.

* Durante o ano envolver as seguintes relações:

RELAÇÕES CONCEITUAIS: efeito estufa, camada de ozônio, ação do vento,

luminosidade, tornados.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: literatura brasileira e os casos de doenças, influência

da altitude na prática de esportes, medidas de grandeza, localização geográfica,

distribuição

dos seres vivos no planeta, crescimento da população humana, doenças e condições

sociais de moradia, representação da natureza em obras de arte.

RELAÇÕES CONTEXTUAIS: ação humana nos ecossistemas, espécies exóticas,

desenvolvimento industrial, impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e

pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do ar, balões e aviões, instrumentos de vôo,

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aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, uso de agrotóxicos na agricultura,

instituições governamentais e ONGS, tecnologia na produção vegetal: estufas, bactérias e

degradação do petróleo, dengue e saúde pública no Brasil, biotecnologia dos fungos,

automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia, interferência

do ser humano na produção de frutos, saneamento básico, vacinas e soros.

8º ano

1º Trimestre

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Astronomia Origem e Evolução do

Universo

-Origem e evolução do Universo

-Fundamentos da classificação cosmológica

(galáxia, estrelas, planetas, asteróides,

meteoros....)

Matéria Constituição da

matéria

-Matéria: constituição e modelo atômico,

átomo, íon, elemento químico e ligações

químicas.

-Lei de conservação das massas.

-Compostos orgânicos e a relação com a

constituição dos organismos vivos

2º Trimestre

Conteúdo

Estruturante

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Sistemas

Biológicos

Célula

Morfologia e fisiologia

dos seres vivos

-Constituição química dos organismos vivos.

-Célula: morfologia e fisiologia das organelas

celulares.

-Estrutura e funcionamento dos tecidos, órgãos

e dos sistemas digestório, cardiovascular,

respiratório, excretor e urinário

3º Trimestre

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

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Energia Formas de energia -Energia química, mecânica e nuclear.

Biodiversidade Evolução dos seres

vivos

-Teorias evolutivas.

* Durante o ano envolver as seguintes relações:

RELAÇÕES CONCEITUAIS: a ação de substâncias químicas no organismo, gases.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: evolução cultural do ser humano, formas de

comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas.

RELAÇÕES CONTEXTUAIS: raças e preconceito, fome e desnutrição, questões de

higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico, obesidade, anorexia e

bulimia, melhoramento genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames sanguíneos,

transfusões e doações, soros e vacinas, medicamentos, terapia gênica, CTN bio, influência

da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização

Mundial da Saúde.

9º ano

1º Trimestre

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Conteúdos Específicos

Astronomia Astros

Gravitação

Universal

- Leis de Kepler e Newton

-Fenômenos terrestres

Matéria Propriedades da

matéria

-Propriedades gerais e específicas da matéria.

2º TrimestreConteúdo

Estruturante

Conteúdos

Básicos

Conteúdos Específicos

Sistemas

Biológicos

Morfologia e

fisiologia dos seres

vivos;

Mecanismos de

-Estrutura e funcionamento dos sistemas

nervoso, sensorial, reprodutor, endócrino e

locomotor

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herança genética. -Herança genética - conceitos/1ª Lei de Mendel

3º TrimestreConteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Conteúdos Específicos

Energia Formas de energia

Conservação de

energia

-Energia: fontes, conversores e conservação.

-Fundamentos da física: movimento,

deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho

e potência.

-Energia elétrica e magnetismo.

Biodiversidade Interações

Ecológicas

- Ciclos biogeoquímicos

- Relações ecológicas

* Durante o ano envolver as seguintes relações:

RELAÇÕES CONCEITUAIS: fontes de energia renováveis e não renováveis, ilhas de

calor, máquinas simples, alavancas, polia, engrenagens.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade,

medidas de grandeza, o contexto da revolução científica, instrumentos musicais, órgãos

sensoriais e a arte.

RELAÇÕES CONTEXTUAIS: instrumentos e medidas, tecnologia em produtos de

eletrônica, dessanilização, panela de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário, biodisel,

corantes e tingimento de tecidos, estações de tratamento de esgotos, biógas, adubos e

fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia,

instrumentos e escalas termométricas, acidentes, forno microondas, lâmpadas, chuveiro

elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola, microfone, para-quedas e asa

delta, tecnologia da comunicação, reprodução humana assistida, Projeto Genoma

Humano, gravidez precose, DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais.

3.3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A disciplina de Ciências deve estudar os fenômenos naturais, o conhecimento dos

seres vivos e do corpo humano, iniciando por conteúdos específicos, porém não podemos

deixar de lado o conhecimento prévio do aluno (urbano ou de campo), o contexto social e

as inter-relações com outras disciplinas. Desta forma, amplia-se e sedimenta-se o

conhecimento da disciplina.

O encaminhamento metodológico não pode ficar restrito a um único método. São

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possibilidades metodológicas: observação e trabalho de campo, jogo de simulação

desempenho de papéis, visitas (fazendas, museus, projetos individuais e em grupo,

redação de cartas para autoridades, palestras, fóruns, debates seminários, conversação

dirigida...). Outras atividades que estimulam o educando ao trabalho coletivo são as que

envolvem música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos, dramatizações,

histórias em quadrinhos, painéis, murais, exposições, feiras, etc.

Podemos usar recursos pedagógicos como slides, fitas VHS, DVDs, CDs, CD –

ROMs educativos e softwares livres,TV pendrive, dentre outros. Também podemos

divulgar a produção dos alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes, a

interação entre os alunos e destes com a produção científico tecnológica, como maquetes,

quadros comparativos, gráficos, tabelas, gincanas, combinando leituras, observações e

registros para coleta de dados, realizando comparações entre explicações, organização,

comunicação e assim, discutindo fatos e informações; sempre contextualizando os

conteúdos estruturantes e específicos da disciplina de Ciências.

Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a

construção coletiva do conhecimento.

Diante da proposta da inclusão e da cultura Afro-brasileira da escola será

necessário uma abordagem específica mediante um diagnóstico referente a metodologia e

conteúdos e avaliação para um melhor rendimento e aproveitamento do conteúdo.

3.4. AVALIAÇÃO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos

científicos escolares e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº. 9394/96, deve ser

contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Uma possibilidade de valorizar aspectos

qualitativos no processo avaliativo seria considerar o que Hoffmann (1991) conceitua como

avaliação mediadora em oposição a um processo classificatório, sentencioso, com base no

modelo “transmitir-verificar-registrar”. Assim, a avaliação como prática pedagógica que

compõe a mediação didática realizada pelo professor é entendida como “ação, movimento,

provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da ação

educativa."Professor e aluno buscando coordenar seus pontos de vista, trocando ideias,

reorganizando-as” (HOFFMANN, 1991, p. 67).

A avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem que deve ser

considerado em direta associação com os demais. Encaminha o professor para a reflexão

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sobre a eficácia de sua prática educativa, orienta o ajuste de sua intervenção pedagógica

para que o aluno aprenda, possibilitando também à equipe escolar definir prioridades em

suas ações educativas.

Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-aprendizagem do

estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares

e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem realmente significativa para

sua vida

A avaliação se inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos

prévios e continua a se evidenciar durante toda a situação escolar, é resultado de um

acompanhamento contínuo e sistemático e de momentos específicos de formalização,

demonstrando as metas de formação de cada etapa alcançada.

Devemos utilizar diferentes instrumentos e situações para poder avaliar diferentes

aprendizagens, sendo feita em clima afetivo e cognitivo com critérios explícitos e claros

para o professor e o aluno. São formas de avaliação possíveis: individuais, coletiva, oral,

escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado observação sistemática das

aulas, sobre perguntas, respostas, registros, debates, entrevistas, pesquisas, filmes,

experimentos, desenhos, e assim façam trabalhos de pesquisa e conclusão, participem em

debates, relatórios de leituras experimentos, provas dissertativas ou de múltipla escolha,

desenhos, cartazes, histórias em quadrinhos...

A recuperação de estudos paralela será contínua em cada trimestre, retomando o

conteúdo, sempre que necessário, com novas metodologias, levando-se em consideração

as dificuldades apresentadas.

Em relação à inclusão precisamos ter critérios e métodos apropriados diante das

dificuldades individuais apresentadas.

A avaliação e a recuperação de estudos estão de acordo com o Projeto Político

Pedagógico e Regimento Escolar do Colégio Estadual Industrial.

3.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, Carlos ( Coleção de 5ª a 8ª) Ciências: O Meio Ambiente, Os Seres Vivos, O

Corpo Humano, Física e Química. São Paulo: Ática, 1998.

CONSTRUINDO CONSCIÊNCIAS. Ação e Pesquisa em Educação em Ciências. São

Paulo: Scipione, 2006.

GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências. (Coleção de 5ª a 8ª) São Paulo: Ática, 2002.

Manual do professor da coleção: Vivendo Ciências– São Paulo. FTD, 1999.

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HOFFMANN, J.M.L. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Educação e

Realidade, Porto Alegre,1991.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública

de Educação Básica do Estado do Paraná - Ciências. Curitiba-Pr, 2008.

PARANÁ, Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,

2008.

4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

4.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Educação é um processo que atua na formação do homem, que está presente em

todas as sociedades humanas e é inerente ao homem como ser social e histórico. Sua

existência está fundamentada na necessidade de formar gerações mais novas,

transmitindo-lhes seus conhecimentos, valores e crenças dando-lhes possibilidades para

novas realizações.

É de fundamental importância que esta evolução ocorra, e esta reformulação do

Currículo Básico é a base principal. Vemos a evolução com bons olhos, já que a mesma

se dá através de uma produção social, ou seja, está sendo construído coletivamente e,

procurando respeitar o contexto histórico, a realidade de cada escola.

A disciplina de educação Física tem grande relevância na situação histórica que ora

vivemos, pois possibilita ao individuo através das mais variadas formas de linguagem e

comunicação, que não necessariamente as formais, a busca de seu espaço na sociedade,

a auto – afirmação, seu resgate como ser humano e cidadão critico e consciente de seus

diretos e deveres, que sabe respeitar mas que também gosta e quer se sentir respeitado,

além de seu auto conhecimento, de conhecer, e respeitar seus próprios limites e

limitações, e suas capacidades.

A Educação Física passou através dos tempos por varias transformações, atingindo

em alguns momentos da maturidade, um senso critico amparado pela comunidade

cientifica e cultural. Hoje se faz necessário um repensar sobre as necessidades atuais de

ensino, buscando a superação de uma visão fragmentada de homem e de sociedade,

onde devemos buscar o sentido da coletividade e do tratamento igualitário, bem como a

formação do cidadão omnisciente, conhecedor de si próprio. De uma forte acepção

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marcada pelas ciências da natureza, a Educação Física permite abordagem biológica,

antropológica, psicológica, filosófica e política das praticas corporais, justamente por seu

constituinte interdisciplinar.

Apesar disso, a Educação Física não pode ser um apêndice das demais disciplinas

e projetos da escola, nem um momento de compensação às atividades em sala de aula,

onde se premia ou pune o aluno conforme o comportamento nas demais disciplinas.

Ela é parte integrante do processo de escolarização e como tal, deve articular – se

ao Projeto Político Pedagógico da escola, Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo

e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física se insere como disciplina ao garantir o

acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas

corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um

ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se

como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.

Considerando os antecedentes históricos da Educação Física, busca-se superar

formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto que a superação é

entendida como ir além, não como negação do que precedeu, mas considerada objeto de

análise, de crítica, de reorientação e/ou transformação daquelas formas. Nesse sentido,

procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade,

relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social.

Desde os primórdios dos tempos que a vida humana em sociedade se desenvolve

pelas relações do homem com a natureza, e com o próprio homem. Nessa relação, o

homem desenvolveu varias habilidades físicas e organizacionais, com o intuito de superar

obstáculos. Outras manifestações corporais eram realizadas em festas, em rituais, nas

celebrações dos frutos dos trabalhos.

Sendo assim, o trabalho é para o homem histórico, que ao longo do tempo vem

assumindo diferentes papéis. No capitalismo tornou – se alienante, desumanizador, criou

estereótipos, disciplinou, o que são características essenciais para atender a produção

capitalista.

Há que se propor, então, discussões teóricas acerca da área de conhecimento da

disciplina de Educação Física, da necessidade de se compreendê-la em um contexto mais

amplo, como parte integrante de uma totalidade que interage social, política, econômica e

culturalmente. Precisamos entender de que forma o capitalismo dita as regras do pensar e

do agir sobre o corpo, e qual a sua influencia em nossa pratica pedagógica, sendo pra

tanto, necessário nosso entendimento de que:

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“(...) o profissional de Educação Física precisa compreender-se como

aquele intelectual responsável pela organização e sistematização

competente e critica das praticas corporais conscientes do homem e suas

determinações pelas relações com o trabalho, a linguagem e o poder,

elementos estruturantes de uma sociedade cindida em classes e,

consequentemente, em interesses antagônicos. O trabalho, no sentido de

transformação da condição natural do homem, produzindo, este, a sua

própria historia. Porém, esta produção da historia (cultura) não se dá sem

um substrato ideológico que determina as formas de linguagem. A

conformação dos signos sociais ( palavras, gestos, etc.) se dá sempre num

contexto de relações sociais e orientações ideológicas ( ... ) . Finalmente,

as relações de poder, também orientadas pelo jogo de forças determinado

ideologicamente pela própria cultura, que cristaliza a condição dos sujeitos

em determinada estrutura social. Pensar a Educação Física no interior da

escola, sem pensar os seus determinantes culturais é, como a sua história

bem tem demonstrado, torná–la acéfala. “ ( OLIVEIRA, 1998, p. 126)

Compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo significa entender

que ela é composta por interações que se estabelecem nas relações sociais, políticas,

econômicas e culturais dos povos.

É partindo dessa posição que as novas Diretrizes apontam a Cultura Corporal como

objeto de estudo e ensino da Educação Física, evidenciando a relação estreita entre a

formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais

decorrentes. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o

acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,

exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e

esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de representação

simbólica de realidades vividas pelo homem (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Portanto, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se

tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade

corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

Para tanto, se utiliza de conteúdos estruturantes, que são definidos como os

conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os

campos de estudos de uma disciplina escolar, e de elementos articuladores que permitem

integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada e,

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portanto, não podem ser entendidos como conteúdos paralelos, nem tampouco

trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada.

4.2 CONTEÚDOS

A seguir, cada um dos Conteúdos Estruturantes será tratado sob uma abordagem

que contempla os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos,

históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade

representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as diferenças, na

formação social crítica e autônoma.

De acordo com as Diretrizes Curriculares os Conteúdos Estruturantes propostos

para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes:

• Esporte;

• Jogos e brincadeiras;

• Ginástica;

• Lutas;

• Dança.

4.2.1 - ESPORTE

Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas esportivas,

além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na rede pública de

ensino.

Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se ao

fazer corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas,

destrezas motoras, táticas de jogo e regras.

Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante esporte, os professores devem considerar os

determinantes histórico-sociais responsáveis pela constituição do esporte ao longo dos

anos, tendo em vista a possibilidade de recriação dessa prática corporal. Portanto, nas

Diretrizes, o esporte é entendido como uma atividade teórico-prática e um fenômeno social

que, em suas várias manifestações e abordagens, pode ser uma ferramenta de

aprendizado para o lazer, para o aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em

suas relações sociais.

A exacerbação e a ênfase na competição, na técnica, no desempenho máximo e

nas comparações absolutas e objetivas fazem do esporte na escola uma prática

pedagógica potencialmente excludente, pois, desta maneira, só os mais fortes, hábeis e

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ágeis com seguem viver o lúdico e sentir prazer na vivência e no aprendizado desse

conteúdo.

Superar isso é um dos grandes desafios da Educação Física, o que exige um

trabalho intenso de redimensionamento do trato com o conteúdo esporte na escola,

repensando os tempos e espaços pedagógicos de forma a permitir aos estudantes as

múltiplas experiências e o desenvolvimento de uma atitude crítica perante esse conteúdo

escolar.

4.2.2 - JOGOS E BRINCADEIRAS

Nas Diretrizes, os jogos e as brincadeiras são pensados de maneira complementar,

mesmo cada um apresentando as suas especificidades. Como

Conteúdo Estruturante, ambos compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a

percepção e a interpretação da realidade.

No caso do jogo, ao respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a se mover

entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além de seu

aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as

possibilidades de flexibilização das regras e da organização coletiva. As aulas de

Educação Física podem contemplar variadas estratégias de jogo, sem a subordinação de

um sujeito a outros. É interessante reconhecer as formas particulares que os jogos e as

brincadeiras tomam em distintos contextos históricos, de modo que cabe à escola valorizar

pedagogicamente as culturas locais e regionais que identificam determinada sociedade.

Assim, as crianças e os jovens devem ter oportunidade de produzirem as suas formas de

jogar e brincar, isto é, ter condições de produzirem suas próprias culturas.

Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de relevância para o

desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de representação do real

através de situações imaginárias, cabendo, por um lado, aos pais e, por outro, à escola

fomentar e criar as condições apropriadas para as brincadeiras e jogos.

Não obstante, para que sejam relevantes, é preciso considerá-los como tal. Tanto

os jogos quanto as brincadeiras são conteúdos que podem ser abordados, conforme a

realidade regional e cultural do grupo, tendo como ponto de partida a valorização das

manifestações corporais próprias desse ambiente cultural.

Os jogos também comportam regras, mas deixam um espaço de autonomia para

que sejam adaptadas, conforme os interesses dos participantes de forma a ampliar as

possibilidades das ações humanas.

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Torna-se importante, então, que os alunos participem na reconstrução das regras,

segundo as necessidades e desafios estabelecidos. Para que os princípios de

sobrepujança sejam relativizados, os próprios alunos decidem como equilibrar a força de

dois times, sem a preocupação central na mensuração do desempenho.

Através do brincar (jogar) o aluno estabelece conexões entre o imaginário e o

simbólico. Almeja-se organizar e estruturar a ação pedagógica da Educação Física, de

maneira que o jogo seja entendido, apreendido, refletido e reconstruído como um

conhecimento que constitui um acervo cultural, o qual os alunos devem ter acesso na

escola (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Nesta perspectiva, não se pode esquecer dos brinquedos que, no seu processo de

criação, envolvem relações sociais, políticas e simbólicas que se fazem presentes desde

sua invenção.

Dessa maneira, como Conteúdo Estruturante da disciplina de Educação Física, os

jogos e brincadeiras compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e

a interpretação da realidade, além de intensificarem a curiosidade, o interesse e a

intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes atividades.

4.2.3 - GINÁSTICA

Nas Diretrizes Curriculares, ( 2008) entende-se que a ginástica deve dar condições

ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu corpo. O objeto de ensino desse

conteúdo deve ser as diferentes formas de representação das ginásticas.

Espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os padrões estéticos, a

busca exacerbada pelo culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os modismos

que atualmente se fazem presentes nas diversas práticas corporais, inclusive na ginástica.

Ampliando o olhar, é importante entender que a ginástica compreende uma gama

de possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, as práticas corporais circenses, a

ginástica geral, até as esportivizadas: artística e rítmica.

Contudo, sem negar o aprendizado técnico, o professor deve possibilitar a vivência

e o aprendizado de outras formas de movimento.

Deve-se, ainda, oportunizar a participação de todos, por meio da criação

espontânea de movimentos e coreografias, bem como a utilização de espaços para suas

práticas, que podem ocorrer em locais livres como pátios, campos, bosques entre outros.

A presença da ginástica no programa se faz legítima na medida em

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que permite ao aluno a interpretação subjetiva das atividades

ginásticas, através de um espaço amplo de liberdade para vivenciar

as próprias ações corporais. No sentido da compreensão das relações

sociais a ginástica promove a prática das ações em grupo onde, nas

exercitações como “balançar juntos” ou “saltar com os companheiros”,

concretiza-se a “coeducação”, entendida como forma de

elaborar/praticar formas de ações comuns [...]. (COLETIVO DE

AUTORES, 1992, p. 77)

Por meio da ginástica, o professor poderá organizar a aula de maneira que os

alunos se movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do próprio

corpo. Com efeito, trata-se de um processo pedagógico que propicia a interação, o

conhecimento, a partilha de experiências e contribui para ampliar as possibilidades de

significação e representação do movimento.

4.2.4 - LUTAS

Da mesma forma que os demais Conteúdos Estruturantes, as lutas devem fazer

parte do contexto escolar, pois se constituem das mais variadas formas de conhecimento

da cultura humana, historicamente produzidas e repletas de simbologias. Ao abordar esse

conteúdo, devem-se valorizar conhecimentos que permitam identificar valores culturais,

conforme o tempo e o lugar onde as lutas foram ou são praticadas.

Ao abordar o conteúdo lutas, torna-se importante esclarecer aos alunos as suas

funções, inclusive apresentando as transformações pelas quais passaram ao longo dos

anos. De fato, as lutas se distanciaram, em grande parte, da sua finalidade inicial ligada às

técnicas de ataque e defesa, com o intuito de autoproteção e combates militares, no

entanto, ainda hoje se caracterizam como uma relevante manifestação da cultura corporal.

O desenvolvimento de tal conteúdo pode propiciar além do trabalho corporal, a

aquisição de valores e princípios essenciais para a formação do ser humano, como, por

exemplo: cooperação, solidariedade, o autocontrole emocional, o entendimento da filosofia

que geralmente acompanha sua prática e, acima de tudo, o respeito pelo outro, pois sem

ele a atividade não se realizará.

As lutas, assim como os demais conteúdos, devem ser abordadas de maneira

reflexiva, direcionada a propósitos mais abrangentes do que somente desenvolver

capacidades e potencialidades físicas. Dessa forma, os alunos precisam perceber e

vivenciar essa manifestação corporal de maneira crítica e consciente, procurando, sempre

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que possível, estabelecer relações com a sociedade em que vive. A partir desse

conhecimento proporcionado na escola, o aluno pode, numa atitude autônoma, decidir pela

sua prática ou não fora do ambiente escolar.

4.2.5 - DANÇA

A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e suas

expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizam em

diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais), danças folclóricas,

danças de rua, danças clássicas entre outras.

Em situações que houver oportunidade de teorizar acerca da dança, o professor

poderá aprofundar com os alunos uma consciência crítica e reflexiva sobre seus

significados, criando situações em que a representação simbólica, peculiar a cada

modalidade de dança, seja contemplada.

A dança pode se constituir numa rica experiência corporal, a qual possibilita

compreender o contexto em que estamos inseridos. É a partir das experiências vividas na

escola que temos a oportunidade de questionar e intervir, podendo superar os modelos

pré-estabelecidos, ampliando a sensibilidade no modo de perceber o mundo (SARAIVA,

2005).

Dessa maneira, é importante que o professor reconheça que a dança se constitui

como elemento significativo da disciplina de Educação Física no espaço escolar, pois

contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal, a

cooperação, entre outros aspectos. Além disso, ela é de fundamental importância para

refletirmos criticamente sobre a realidade que nos cerca, contrapondo-se ao senso

comum.

Os Elementos Articuladores propostos nas DCES são os seguintes:

• Cultura Corporal e Corpo;

• Cultura Corporal e Ludicidade;

• Cultura Corporal e Saúde;

• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

• Cultura Corporal e Desportivismo;

• Cultura Corporal – Técnica e Tática;

• Cultura Corporal e Lazer;

• Cultura Corporal e Diversidade;

• Cultura Corporal e Mídia.

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Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais, indicam

múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem no cotidiano

escolar. São, ao mesmo tempo, fins e meios do processo de ensino/aprendizagem, pois

devem transitar pelos Conteúdos Estruturantes e específicos de modo a articulável o

tempo todo.

Nesta perspectiva, e com base nas especificidades da escola foram definidos os

Conteúdos específicos a serem trabalhados durante o Ensino Básico, subdividindo-os

em Trimestres:

1º Trimestre

6º Ano

1. Desenvolvimento corporal e construção da saúde;

− Diferenças anatômicas entre os gêneros masculino e feminino;

− Divisões anatômicas do corpo humano;

− Crescimento e desenvolvimento (0 a 10anos);

− Maturação biológica (alterações corporais na adolescência);

2. Atividades Lúdicas;

3. Brincadeiras e cantigas de roda, etc.

7º Ano

1. Esporte – voleibol, basquete e tênis de mesa (jogos pré-desportivos);

2. Jogos e brincadeiras – Brincadeiras populares, jogos cooperativos e competitivos;

3. Ginástica Geral – elementos ginásticos (alongamento, aquecimento e relaxamento).

8º Ano

Sistema Locomotor;

− Funções dos ossos e músculos;

− Lesões;

− Fraturas;

− Entorses;

− Lesões musculares;

2. Jogos de Mesa;

3. Xadrez.

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9º Ano

1. Esporte – voleibol e basquetebol;

2. Jogos – dramáticos/ cooperativos;

3. Ginástica – ginástica de academia.

2º Trimestre

6º Ano

1. Jogos Pré- Desportivos;

- Com a criação de regras adaptadas;

2. Futebol e Futsal;

- Origem e História;

- Elementos básicos constitutivos do esporte;

3 - Criação de pequenos jogos.

7º Ano

1. Esporte – Atletismo, basquetebol e futsal (jogos pré-desportivos);

2. Jogos e brincadeiras – jogos de tabuleiro (xadrez, etc...);

3. Dança – folclórica / criativa;

8º Ano

1. Handebol;

- Elementos básicos do esporte;

- Regras;

- História;

- Jogos Educativos;

2. Jogos de Mesa;

3. Danças Folclóricas;

- Tipos de dança;

- Análise dos costumes de cada cultura.

9º Ano

1. Esportes – atletismo, xadrez, tênis de mesa e futsal;

2. Dança – dança criativa e circular;

3. Ginástica – geral;

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3ª Trimestre

6º Ano

1. Danças;

- A dança como manifestação corporal;

- Diferentes tipos de danças;

- Danças tradicionais e folclóricas;

2. Expressão Corporal;

− Mímicas, jogos de ação corporal, etc

− Xadrez.

7º Ano

1. Esportes – futsal, handebol (jogos pré-desportivos);

2. Lutas – Capoeira e Karatê

3. Ginástica - geral / circense

8º Ano

1. Handebol;

- Elementos básicos do esporte;

- Regras;

- História;

- Jogos Educativos;

2. Jogos de Mesa;

3. Danças Folclóricas;

- Tipos de dança;

- Análise dos costumes de cada cultura.

9º Ano

• Esportes – futsal e handebol;

• Lutas – lutas de aproximação (capoeira).

4.6 - Ensino Médio

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1º Trimestre

1. Esportes – voleibol, basquete;

2. Jogos e brincadeiras – jogos dramáticos e jogos de tabuleiro;

3. Ginástica – aeróbica e localizada;

2º Trimestre

1. Esportes – futsal, xadrez e tênis de mesa;

2. Jogos e brincadeiras – jogos cooperativos e jogos de tabuleiro;

3. Dança – dança de salão e criativa;

4. Ginástica – laboral;

3º Trimestre

1. Esportes – futsal e handebol;

2. Jogos – cooperativos e jogos dramáticos;

3. Lutas – com instrumento mediador

Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica devem

ser abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de ensino

os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado,

que devem ser consideradas no processo de ensino/aprendizagem.

4.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O encaminhamento metodológico demonstra o alargamento da compreensão das

praticas corporais na escola, reorientando as formas de conceber o papel da Educação

Física na formação do aluno, identificando as múltiplas possibilidades de intervenção sobre

a corporalidade que surgem no cotidiano de cada escola.

Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nestas

Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos –

esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função

social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio

corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as

práticas corporais.

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Ao professor cabe, compreender – se como intelectual responsável pela

organização e sistematização destas práticas corporais que possibilitam a comunicação e

o dialogo com as diferentes culturas.

Para tanto, a Educação Física deve articular o trabalho com todos os envolvidos no

processo de escolarização com o intuito de repensar e reestruturar rituais, regras, valores,

tempos e espaços que compõe o trabalho pedagógico a abrangem a educação do corpo

na escola. Reorganizar as diversas práticas pedagógicas por intermédio de uma interação

entre os sujeitos.

Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da

Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na

desportivização das práticas corporais.

Os conteúdos deverão ser abordados segundo o princípio da complexidade

crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto no Ensino Fundamental

quanto no Ensino Médio.

Nesta perspectiva, os conteúdos não precisam ser pré –requisitos , mas apresentar

complexidade crescente, onde um mesmo conteúdo pode ser explorado em qualquer série

da Educação Básica, com o professor estabelecendo diferenças de entendimentos e

reflexões dos mesmos e de seus elementos articuladores.

O trabalho docente será balizado por uma intencionalidade que pretenda repensar o

papel do professor e da Educação Física ao longo da escolarização, desmistificando

formas naturalizadas de compreender a função social. Ainda, o professor será o articulador

do conhecimento e não o detentor de uma verdade única.

O professor deverá estar atento às peculiaridades que envolvem a corporalidade,

nem resumir a educação do corpo a pratica de atividades físicas descontextualizadas, mas

sim, entendê-las como uma dimensão complexa e abrangente.

A organização das aulas deve possuir três momentos distintos:

1° momento: Apresentação/proposição do conteúdo a ser aplicado.

Através de discussão do conteúdo preparado e planejado pelo professor com os alunos,

com base no que o aluno traz como referencia acerca do conteúdo proposto, e através de

propostas de desafios, o professor irá adotar a estratégia que se apresentar com maior

probabilidade de aceitação e assimilação por parte dos alunos;

2° momento: Execução do conteúdo proposto;

Para execução dos conteúdos sistematizados, o professor deverá lançar mão de

trabalhos de pesquisas individuais e em grupos, explanações orais, de imagens

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(transparências, livros, etc.), seminários, atividades práticas (dinâmicas, jogos etc.) e

reflexões através de intervenções pedagógicas quando necessário, a fim de atingir os

objetivos estabelecidos.

3° momento: Discussão e reflexão sobre o conteúdo que foi executado;

Após a aplicação dos conteúdos, os alunos e o professor, deverão novamente

reunirem –se, afim de comentar, analisar, destacar pontos positivos e negativos da

aula, além de sugerir alterações, como outras variações de jogos, para que o

conteúdo seja assimilado por todos de forma integral.

O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não refletidas em

relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente produzidas e

acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento

sistematizado, como oportunidade para re-elaborar ideias e atividades que ampliem a

compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas

implicações para a vida.

Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências

objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva,

sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.

4.4 AVALIAÇÃO

A avaliação deve estar em concordância com o Projeto Político Pedagógico do

Colégio, e não deve servir apenas para classificar alunos em aprovados ou reprovados,

mas, também como referencia para redimensionar sua prática pedagógica. Sendo assim,

deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto de ações

pedagógicas e não como elemento externo a este processo.

Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o

comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:

• Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as atividades propostas pelo

professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos

e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações problemas sem

desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo

soluções para as divergências; se o aluno se mostra envolvido nas atividades, seja através

de participação nas atividades práticas ou realizando relatórios.

Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo

contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96, em que o

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professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas

corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.

No primeiro momento da aula, ou do conjunto de aulas, o professor deve buscar

conhecer as experiências individuais e coletivas advindas das diferentes realidades dos

alunos, problematizando-as. É quando surge uma primeira fonte de avaliação, que

possibilita ao professor reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por

parte dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido. Isso pode ser feito de várias

maneiras, como: diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, dentre outras.

No segundo momento da aula, o professor propõe atividades correspondentes à

apreensão do conhecimento. A avaliação deve valer-se de um apanhado de indicadores

que evidenciem, através de registros de atitudes e técnicas de observação, o que os

alunos expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização, os

(pré)conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade de resolução de situações

problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo professor.

Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus alunos,

uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de diferentes

formas, dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a expressão corporal. Nesse

momento, é fundamental desenvolver estratégias que possibilitem aos alunos expressar-se

sobre aquilo que apreendem, ou mesmo o que mais lhes chamou a atenção. Ainda, é

imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se autoavaliarem,

reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes do seu próprio

processo de aprendizagem.

Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-se de

outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates, júri-

simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo pedagógico,

entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas.

Também através da organização e a realização de festivais e jogos escolares, cuja

finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se aplicam numa

situação real de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia dos

alunos.

Portanto, serão instrumentos de avaliação nas aulas de Educação Física: as provas

e os trabalhos escritos e orais, a auto avaliação, a observação continua do crescimento

quanto ao estagio inicial do conhecimento dos conteúdos trabalhados, a capacidade de

resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo

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professor.

A recuperação paralela dar – se – a concomitantemente ao desenrolar das aulas,

permitindo que alunos com dificuldades em determinados conteúdos, possam estar

revendo os mesmos, estudando – os, buscando uma melhor forma de assimilação e

participando novamente do processo para que se faça um novo diagnostico do que foi

apreendido, e se necessário, retomar o ponto novamente, com novas regras, como forma

de fortalecer e consolidar o processo de ensino e aprendizagem.

4.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases – LBD no 939496 de 20/12/1996. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/leis/L9394.htm, acesso em 20 de setembro de 2006.

CAPARROZ, Francisco Eduardo. Educação Física Escolar: Política, Investigação e

Intervenção. Vitória: Proteoria, 2001.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de Ensino de Educação Física. São Paulo:

Cortez. 1992. (Coleção magistério de 2º grau. Série formação do professor).

OLIVEIRA, Betty A; DUARTE, Newton. Socialização do saber escolar. 6. ed. São Paulo:

Cortez, 1992.

PARANÁ, Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,

2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais da

Educação Básica – Educação Física. Curitiba, 2008.

SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física Escolar: Conhecimento e Especificidade.

Revista Paulista de Educação Física, suplemento nº 2. São Paulo.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.) Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 8ª ed.

São Paulo: Cortez, 2005.

5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

5.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso é de matrícula facultativa, parte integrante da formação básica

do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas da Educação

Básica, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedada quaisquer

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formas de proselitismo. (Lei 9475/97 art. 33 da LDBN/96).

A disciplina de Ensino Religioso busca expressar a necessidade de reflexão em

torno dos modelos de ensino e dos processos de escolarização e identificar a

manifestação do transcendente. Diante das demandas sociais contemporâneas que

exigem a compreensão ampla da diversidade cultural posta, como também no âmbito

religioso, fortalecer os vínculos familiares e oportunizar aos educandos o conhecimento

das diversidades culturais e religiosas no interior de diferentes comunidades. Vivemos num

momento em que a sociedade está consciente da unidade do destino do homem em todo

planeta e das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade, e a disciplina de

Ensino Religioso vem auxiliar os alunos a se posicionarem de maneira mais consciente

diante das diferenças culturais.

Fazem parte do foco de trabalho de Ensino Religioso, conteúdos que tratam da

diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, suas paisagens e símbolos, sem

esquecer as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas.

Alguns fatores ajudam a entender o enfoque da disciplina, primeiro atribuído à

pluralidade social, num estado não confessional, laico e que garante pela Constituição, a

liberdade religiosa. Outro diz respeito à própria maneira de apreender o conhecimento,

devido às profundas transformações ocorridas no campo de epistemologia da educação e

da comunicação, além da globalização dos meios de comunicação que atingem todos os

domínios da vida humana, repercutindo também nas manifestações religiosas, nas crenças

e na própria forma de interpretar o Sagrado.

A Religião que tem sua origem na palavra latina “RELIGARE” (RE: outra vez,

novamente e LIGARE: ligar, unir, vincular), se alimenta principalmente através do sagrado,

o qual se apresenta como uma experiência de uma potência, de uma força sobrenatural

que habita algum ser, planta, animal, humano, etc. Este algo sagrado é tanto um poder

que pertence próprio e definitivamente a um determinado ser, quanto algo que ele pode

possuir e perder. O sagrado geralmente possui uma superioridade e poder divino,

misterioso sobre as demais circunstâncias e objetos. Na religião é o sagrado que gera e

estabelece o vínculo entre o mundo profano e o divino, que opera o encantamento do

mundo.

Dentre as atividades de sobrevivência ligadas à espécie humana podemos inserir a

religião como uma das atividades culturais mais antigas que temos registro. A percepção

da realidade exterior como algo independente da ação humana, de uma ordem externa

levou o homem a criar mecanismos, valores, crenças para se apossar desta forma de

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conhecimento para o uso e compreensão de uma realidade que ainda não possuímos

acesso construir os conhecimentos, habilidades e valores para exercer a cidadania

suprindo as deficiências culturais da sociedade contemporânea. A religião proporciona à

busca de meios para nos comunicarmos com esta realidade exterior visando dar

explicações para um universo ainda pouco explorado, ou que ainda foge da compreensão

humana. Desta forma, “quase que” inata surge a crença na(s) divindade(s).

A religião surge como uma das formas avançadas do pensamento humano, que

adquire atualmente uma proporção fantástica de influência em nossa sociedade.

A disciplina de Ensino Religioso almeja entender e explicar os fenômenos religiosos

e suas manifestações culturais em nossos dias. Manifestação esta que por vezes toma a

forma de intolerância religiosa, fanatismo ou até mesmo de ideologia. Na atualidade o

pensamento racionalista e científico acaba criando uma espécie de atrito com a religião até

mesmo na disputa por ocupação de espaço nos meios sociais. A Religião vem ocupar seu

espaço como uma alternativa de solução transcendente para muitos dos problemas que

atingem a humanidade. Manifestando atitudes de respeito, de cuidado e de

responsabilidade por si, pelo outro e pelo ambiente o qual faz parte reconhecendo a

importância da natureza para a continuidade da vida, conhecendo os símbolos das

diferentes tradições religiosas e diversidades culturais representadas em sala de aula,

levando o aluno a conhecer e respeitar as diversidades culturais e manifestações,

necessários para o convívio em sociedade, refletindo e entendendo como os grupos

sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado, sua presença

ao longo da história da humanidade.

5.2 CONTEÚDOS

O Ensino Religioso, assim como as demais áreas do conhecimento que compõem

esta disciplina, contribuem para o desenvolvimento do sujeito. A LDB tem como meio

básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, assim como a compreensão do

ambiente natural e social do sistema político da tecnologia, das artes e dos valores em que

se fundamenta a sociedade, também do desenvolvimento da capacidade de

aprendizagem, tendo em vista a aquisição do conhecimento, habilidades e a formação de

atitudes e valores.

5.2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

PAISAGEM RELIGIOSA: refere-se à maternidade fenomênica do sagrado, a qual é

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apreendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do sagrado e sua concretude,

ou seja, os espaços sagrados.

UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO: apreensão conceitual da razão, onde se concebe

o sagrado pelos seus predicados e se reconhece a sua lógica simbólica. Compreendido

como sistema simbólico e projeção cultural.

TEXTO SAGRADO: é a tradição e a natureza do sagrado enquanto fenômeno. Neste

sentido é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das tradições orais sagradas e

dos mitos, este sentimento do sagrado tem seu carater transcendente, imanente, não

racional. É uma dimensão muito presente na experiência religiosa. É a experiência do

Sagrado em si, trata-se daquilo que qualifica uma sintonia entre o sentimento religioso e o

fenômeno sagrado.

SAGRADO

PAISAGEM UNIVERSO TEXTO

RELIGIOSA SIMBÓLICO SAGRADO

RELIGIO

5.2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS:

6º Ano

1) Organizações Religiosas

2) Lugares Sagrados

3) Textos Sagrados orais ou escritos

4) Símbolos Religiosos

7º Ano

1) Temporalidade Sagrada

2) Festas Religiosas

3) Ritos

4) Vida e Morte

6º ANO

1º TRIMESTRE:

Fundadores e/ou líderes religiosos;

As estruturas hierárquicas nas organizações religiosas;

Lugares sagrados na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc;

Lugares sagrados construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.

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2º TRIMESTRE:

Textos sagrados orais ou escritos:

Cantos, narrativas, poemas, orações, pinturas rupestres, tatuagens, etc;

Histórias da origem de cada povo contadas pelos mais velhos, escritas cuneiformes

hieróglifos egípcios, etc;

Textos como: Vedas, Velho e Novo Testamento, Torá, Al Corão e textos Sagrados das

tradições orais das culturas africanas e indígena.

3º TRIMESTRE:

Símbolos Religiosos dos Ritos;

Símbolos Religiosos dos mitos;

Símbolos Religiosos do cotidiano.

7º ANO

1º TRIMESTRE:

Temporalidade Sagrada;

Temporalidade profana;

Peregrinações;

Festas familiares.

2º TRIMESTRE:

Festas nos templos;

Datas comemorativas sagradas de diferentes religiões;

Ritos de passagem;

Os mortuários.

3º TRIMESTRE:

Os propiciatórios, entre outros;

O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas;

A reencarnação;

A ressurreição – ação de volta à vida;

Além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos antepassados que

se tornam presentes.

5.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

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O processo de ensino aprendizagem defendido pelo Ensino Religioso visa a

construção/produção do conhecimento e que, por consequência; se caracteriza por uma

metodologia de incentivo ao debate da hipótese divergente, da dúvida, do confronto de

ideias, de informações discordantes, da pesquisa e também da exposição de conteúdos

formalizados.

Este processo tem como primícia o educando como sujeito social do conhecimento

científico que interage com os conteúdos, tendo o educador como mediador social desse

conhecimento.

A forma de apresentação dos conteúdos específicos explicita a intenção de partir de

abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado, conhecidas ou pouco

conhecidas dos educandos, que tratam de manifestações religiosas mais comuns e que

fazem parte do universo cultural da comunidade para posteriormente inserir os conteúdos

de universo religioso desconhecido.

Os conteúdos de Ensino Religioso não têm o compromisso de legitimar

manifestações do sagrado em detrimento de outra, uma vez que o colégio não é um

espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e

celebrações, e sim, laico.

Ao adotar uma abordagem pedagógica e não religiosa dos conteúdos o educador

estabelecerá uma relação com os conhecimentos que compõem o universo sagrado das

manifestações religiosas como construção histórico-social, agregando-se ao patrimônio

cultural da humanidade. Não estará, portanto, propondo que se faça juízo desta ou

daquela prática religiosa. Partindo da realidade em sala de aula pretendemos:

*Dialogar e interagir com os alunos.

*Discutir em todos os momentos possíveis o sagrado, tanto em aula expositiva,

pesquisa, utilização de audiovisuais, música, teatro, leitura.

*Elencar questionamentos sobre espaços de doutrinação, evangelização e expressão

de ritos, símbolos, campanhas e celebração que acontecem fora do ambiente

escolar.

*Usar linguagem pedagógica para melhor entender o fenômeno religioso.

*Realizar rodas de conversas com dinâmicas diversas que estimulem o

compartilhamento de anseios, de problemas e de vivências, promovendo reflexões

pessoais.

*Trabalhar com atividades desenvolvidos a partir de aulas expositivas.

*Realizar leituras e pesquisas orientadas.

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*Promover análises, interpretações, discussões e elaborações de textos relacionados a

temas atuais.

*Ilustrar as manifestações do sagrado, dos rituais, através de: fantoches, gravuras,

objetos, fotos, livros, lâminas, painéis, vídeos educativos e data-show.

*Propor diálogos com os pais e envolver estes depoimentos no diálogo em sala de

aula.

*Utilizar diferentes músicas para ouvir, cantar, refletir e criar paródias.

*Fazer brincadeiras; deixar criar, fantasiar e inventar, tocar as pessoas, conversar

sobre possíveis reações durante os jogos e as brincadeiras.

*Fazer releituras das histórias (quem seriam hoje esses personagens?...).

*Realizar atividades ao ar livre, deixando espaço para que o educando (re) crie

situações e desenvolva a sensibilidade para ouvir, cheirar, sentir, enfim, para

vivenciar.

*Estimular para a realização de pequenas pesquisas na comunidade para fazer uma

análise da realidade local e para se ter uma percepção da dimensão e importância

do tema;

*Identificar as diferentes religiões existentes na escola e no município.

*Visitar instituições.

*Montar painéis a partir de temas atuais.

5.4 - AVALIAÇÃO

É necessário destacar os procedimentos avaliadores a serem adotados em Ensino

Religioso, uma vez que este componente curricular não segue as mesmas orientações das

demais disciplinas, no que se refere a atribuição de notas ou conceitos. O Ensino Religioso

não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou

conceitos na documentação escolar. Mesmo assim a avaliação não deixa de ser um dos

elementos integrantes do processo educativo da disciplina.

Cabe ao educador utilizar práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo

de apropriação do conhecimento pelo educando e pela classe, tendo como parâmetro os

conteúdos trabalhados e os seus objetivos.

Serão utilizados instrumentos que auxiliam a registrar o quanto o educando e a

classe se apropriaram dos conteúdos propostos e se atingiram os objetivos como:

trabalhos em grupos, análises e apresentações de textos e relatos, dinâmicas

diversificadas com os educandos apontando indicativos onde possam demonstrar

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interesse pelos diferentes temas abordados.

A recuperação ocorrerá quando o educador perceber que o educando ou classe

encontraram dificuldades de identificar conteúdos referenciais para a compreensão das

manifestações do Sagrado.

5.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,

2008.

CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Ed. Scipione, 1994.

ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano. A Essência das Religiões. São Paulo. Ed.

Paulinas, 1989.

OTTO, R. O Sagrado. Lisboa: Edições 70, 1992.MACEDO, Carmem Cinira. Imagem do

Eterno: Religiões no Brasil. São Paulo: Ed. Moderna Ltda, 1989.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇAO, Diretrizes Curricular Estadual

Da Educação Básica De Ensino Religioso. Curitiba, SEED, 2008.

6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

6.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Filosofia surge na Grécia antiga, dentro de um contexto histórico onde é

reconhecida como o berço do Conhecimento sistematizado, mas sabe-se que anterior a

estes tempos já existiam em povos mais antigos os sábios e conselheiros que eram os

representantes e símbolos do conhecimento.

Na Grécia Antiga surgem os primeiros pensadores, ou seja, sábios e filósofos que

eram pessoas que procuravam compreender a realidade vivida e dar respostas às

experiências e sentimentos das pessoas e do próprio mundo, surgindo a partir daí o

conhecimento sistematizado como nós temos hoje nas mais diversas áreas, conhecimento

este que evoluiu com o passar do tempo, pois sempre temos novas experiências e

questionamentos, ou melhor, novas respostas para as mesmas questões e dúvidas do

homem e da humanidade.

A Filosofia chega ao Brasil por intermédio dos padres jesuítas, que foram os

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fundadores das primeiras escolas neste território, sendo aprimorada com o passar do

tempo pelos estudantes, filhos de nobres que migravam para a Europa para estudar e lá

se defrontavam com uma efervescência intelectual filosófica e idealista, buscando assim

transformar a realidade brasileira que era de exploração e escravismo, lutando pela

democracia, direitos e condições de igualdade para os povos, desenvolvendo dessa

maneira o conhecimento filosófico no país até nossos dias.

Sendo assim, a Filosofia é entendida como aspiração ao conhecimento racional,

lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem e causas das ações

humanas e do próprio pensamento do homem. No artigo 36 da LDB 9394/96 determina

que o aluno ao final do ensino médio deverá dominar os conhecimentos de filosofia e

sociologia necessária ao “exercício da cidadania”. Seus conhecimentos são reconhecidos

como necessários ao exercício da cidadania, mas não é reconhecida como disciplina

escolar com espaço próprio nas diretrizes curriculares e acaba ficando em segundo plano.

A Filosofia possibilita ao estudante desenvolver um estilo próprio de pensamento

que priorize a capacidade de criar conceitos. Muitos citam Kant “não é possível separar a

filosofia do filosofar”, pois para que o aluno se desenvolva plenamente temos de mostrar

caminhos.

A aula de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso

é importante, que na busca de resolução de problemas, se preocupe também com uma

análise atual fazendo uma abordagem contemporânea que remete o aluno à própria

realidade.

Neste sentido, deve-se partir da análise de problemas atuais estudados, da história

da filosofia, do estudo de textos clássicos, de abordagens realizadas por outras ciências e

da forma de abordar dos próprios alunos, para uma compreensão mais ampla e

contemporânea, possibilitando a formulação de concepções enriquecidas e que

proporcionem uma contextualização do indivíduo na e da história, pois esta está ligada à

história e as ciências não conseguem encontrar uma resposta para tais questões

apontadas pela filosofia. Ex.: Deus, Alma, Homem, etc.

A Filosofia, como uma área de conhecimento que visa contemplar a reflexão, o

questionamento e a elaboração de novos conceitos e paradigmas, buscando preparar o

individuo para viver em sociedade, tem por pressupostos incluir em suas reflexões os

temas dos desafios contemporâneos, pois isto reflete na maneira das pessoas verem,

sentirem e pensarem.

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6.2 - São objetivos da disciplina:

- Proporcionar ao aluno o desenvolvimento do pensamento crítico, a criação e

recriação de conceitos;

- Oportunizar aos alunos a possibilidade de compreender a complexidade do mundo

contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações;

- Possibilitar ao estudante o desenvolvimento de um estilo próprio de pensamento,

buscando soluções para os problemas em textos filosóficos por meio de investigações e

questionamentos;

- Viabilizar a intercomunicação com outras áreas do conhecimento, na busca de

uma compreensão do mundo e da linguagem;

- Possibilitar aos estudantes o acesso ao saber filosófico produzido historicamente

como fundamento do pensamento humano;

- Dar respostas às experiências e sentimentos através das vivências das pessoas e

do próprio mundo, seu modo de pensar, sentir e agir.

6.3 - CONTEÚDOS

1ª ANO

1º Trimestre

Mito e Filosofia;

- Saber Mítico;

1. A importância do estudo da filosofia;

2. Utilidade da filosofia;

3. Características, funções e conceitos da filosofia;

- Saber Filosófico;

1. O que é filosofar (Liberdade de Pensamento, Razão);

2. Relação Filosofia X Senso Comum;

- Relação Mito e Filosofia:

1. O Mito da Caverna;

2. Relação de Interdependência;

- Atualidade do Mito;

1. Compromisso do Mito com a Realidade;

2. Mídia como criadora de mitos;

2º Trimestre

Teoria do Conhecimento;

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- O que é Filosofia.

1. Origem e Nascimento da Filosofia;

2. Evolução Histórica da Filosofia;

3. Filosofia no Brasil;

- Probabilidade do Conhecimento;

4. Justificativa teórica do Conhecimento;

5. Conceitos de Conhecimento;

6. Importância do Conhecimento;

- As Formas de Conhecimento;

1. Racionalismo (Platão e Descartes);

2. Empirismo (Aristóteles, Locke e Hume);

3. Relativismo (Protágoras e Nietsche);

3º Trimestre

O Problema da Verdade;

1. O que é Verdade;

2. Dogmatismo e Ceticismo;

- A Questão do Método;

1. A Ironia na Filosofia;

2. Método Cartesiano;

- Conhecimento e Lógica;

1. Aristóteles e o Nascimento da Lógica;

2. Falácias;

2ª ANO

1º Trimestre

Ética

1. Ética e moral;

1. Conceitos de Ética;

2. Conceitos de Moral;

3. Pluralidade ética;

4. Ética e violência;

5. Razão, desejo e vontade;

2º Trimestre

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Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade de normas;

1. Liberdade;

2. Amizade;

3. Valores morais (preconceito, Igualdade e diversidade);

Filosofia PolÍtica

- O que é Politica;

3º Trimestre

Relação entre comunidade e poder;

4. Regimes Políticos;

5. Liberdade e igualdade política;

6. Política e ideologia;

7. Esfera pública e privada;

8. Cidadania formal e/ou participativa;

3º ANO

1º Trimestre

Filosofia da Ciência

-Concepções de ciência;

-A questão do método científico;

-Contribuições e limites da ciência;

-Ciência e ideologia.

2º Trimestre

-Ciência e Ética;

-Bioética;

3º Trimestre

Estética

-Pensar a beleza;

-Natureza da arte;

-Filosofia e arte;

-Estética e sociedade;

-Categorias estéticas:

* Sensibilidade;

* Feio;

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* Belo;

* Sublime;

* Trágico;

* Cômico;

* Grotesco;

* Gosto, etc.

6.4 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos básicos

dar-se-á em quatro momentos:

• a mobilização para o conhecimento;

• a problematização;

• a investigação;

• a criação de conceitos.

O ensino da Filosofia pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme ou de

uma imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música.

São inúmeras as possibilidades de atividades conduzidas pelo professor para instigar e

motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser

desenvolvido. A isso se denomina nestas Diretrizes, mobilização para o conhecimento.

A seguir, inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a

investigação e a criação de conceitos, o que não significa dizer que a mobilização não

possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo filosófico.

O conteúdo em discussão e a problematização ocorre quando professor e

estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É

importante ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização − filme, música, texto

e outros − podem ser retomados a qualquer momento do processo de aprendizagem. A

metodologia adequada é aquela em que o professor e aluno no exercício filosófico poderá

se manifestar em cada aula, na relação educador-educando, através do qual ambos

possam fazer o percurso filosófico.

O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por

isso é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também

com uma análise da atualidade, com uma abordagem que remeta o estudante à sua

própria realidade.

Dessa forma, a partir de problemas atuais estudados da História da Filosofia, do

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estudo dos textos clássicos e de sua abordagem contemporânea, o estudante do Ensino

Médio pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O texto filosófico que

ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o problema em questão será

trazido para o presente com o objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a

partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de nossa sociedade.

Após esse exercício, o estudante poderá perceber o que está e o que não está

implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico,

de modo que ele desenvolva a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de

raciocínios lógicos, num pensar coerente e crítico. A filosofia como disciplina na matriz

curricular no Ensino Médio pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a

compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.

Ao final desse processo, o estudante, via de regra, encontrar-se-á apto a elaborar

um texto, no qual terá condições de discutir, comparar e socializar ideias e conceitos.

A Diretriz Curricular para o ensino de Filosofia indica que não é possível a filosofia

sem o filosofar. O professor deve induzir os alunos a buscar conhecimento, pesquisar,

estudar, discutir sua compreensão de mundo tomando sua experiência cotidiana como

ponto de partida de sua experiência reflexiva e apoiando-se na leitura filosófica.

Não é tarefa da filosofia resolver problemas da existência humana, ela apresenta-se

como ferramenta de reflexão e análise crítica e rigorosa que possibilite ao aluno

desenvolver: uma sensibilização, problematização, investigação, capacidade de elaborar

conceitos, argumentar filosoficamente e reconhecer-se como sujeito do conhecimento e

ético.

É importante reconhecer que há uma linguagem própria da filosofia e que deve ser

articulada com os estudantes a fim de levá-los a uma compreensão de mundo e das

coisas, utilizando-se de recortes de textos clássicos, para viabilizar aos alunos diferentes

formas de compreensão sobre os mais diversos temas, com o decorrer do tempo histórico.

O Ensino de Filosofia pressupõe que o professor tenha bom planejamento, leitura,

debate e produção de texto entre outras estratégias a fim de que a investigação seja de

fato diretriz de ensino.

6.5- AVALIAÇÃO

Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua

função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o

curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância

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individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o

estudante assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas

filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.

Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade que

deve ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia como prática, como

discussão com o outro e como construção de conceitos encontra seu sentido na

experiência de pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse acontecimento

inusitado que o educador pode propiciar e preparar, porém não determinar e, menos ainda,

avaliar ou medir.

Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante,

mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de

argumentar e de identificar os limites dessas posições.

Procedendo de forma sistemática com métodos determinados procurando as raízes

e examinando as diversas dimensões do problema num todo, articulando a totalidade:

Participação, interesse, comportamento (se refere a uma compreensão/mudança na sua

maneira de ler/reler a realidade vivida e vivenciada, em relação a sua forma de pensar e

argumentar sobre o mundo e experiências do dia-a-dia), exposição de trabalhos, produção

de textos, provas escritas e relatórios.

O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de

construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e

discursos.

Visando subsidiar a função de entendimento e valoração por parte do professor, do

desenvolvimento intelectivo do aluno, sua superação de antigos conceitos e elaboração de

novos, a avaliação leva em consideração todo o processo de desenvolvimento do

educando, através dos textos que eles produzem e a forma de expressarem seus

conceitos e conclusões.

A recuperação paralela será realizada a cada conteúdo trabalhado no transcorrer do

trimestre, após ter esgotado todos os recursos tais como: apresentação oral,

argumentação 50% e mais 50% na produção escrita, no final do trimestre, também será

ofertado ao aluno “plano de recuperação”, através de provas escritas.

6.6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,

2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais para o

Ensino de Filosofia. Curitiba- SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público. Filosofia, Vários

autores, Curitiba: SEED-PR, 2006.

KOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In: FAVERO, A,

W.O; RAUBER,J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Ijuí: Ed. da UNUJUÍ,2002

7 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA

7.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e como

realidade material sensível. No período paleolítico, a humanidade observa a natureza, na

tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência, mais tarde é

que surgiram as primeiras sistematizações, com o interesse dos gregos em explicar as

variações cíclicas observadas nos céus, que deram origem à astronomia.

No século XV, com a ampliação da sociedade comercial, Galileu Galilei (1562-1643)

inaugurou a Física que conhecemos hoje, estruturaram- se as bases da ciência moderna

que parte de uma situação particular para fazer generalizações e construir leis universais,

além do valor epistemológico atribuído à experimentação que, ao contrário da

contemplação e da argumentação racional, seria o caminho para a verdade.

No século XVII, Isaac Newton preocupou-se com as leis do movimento e com a

forma como se dá a interação entre os corpos, o que foi sintetizado na Teoria da

Gravitação.

Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, o calor passou a ser entendido

como forma de energia relacionada ao movimento, o que possibilitou o estabelecimento

das leis da termodinâmica.

O início do século XX, Einstein apresentou a teoria da relatividade especial,

alterando os fundamentos da mecânica e apresentando uma nova visão do espaço e do

tempo.

Em 1808, no Brasil, ocorre a inserção do ensino de Física no currículo, visando

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atender anseios da corte para a formação de uma intelectualidade local.

A Física deve, através de seus conteúdos, contribuir para a formação dos sujeitos,

através da compreensão do universo, sua evolução, sua transformação e as suas

interações que nele se apresenta.

A ideia de uma Física como cultura ampla e como cultura prática, assim como a ideia

de uma ciência a serviço da construção de visão de mundo e competências humanas mais

gerais, é motivação e o sentido mais claro das proposições para ensiná-la, com

empolgação, e a beleza que a mesma exige.

Ao transmitirmos esta essência aos nossos alunos, estamos recriando essa história,

transformando a sala de aula em um laboratório de anseios e descobertas, rendendo

tributo a essa grande aventura humana, que é a educação e a democratização. E a

ciência, em sua universalidade, é um poderoso instrumento dessa democratização.

A necessidade nos leva a determinação e nos obriga as transformações que

nos levam as resoluções dos problemas existentes para nossa subsistência.

A Física tem por objetivo a descoberta dos fenômenos que regem o

funcionamento da vida.

Muitos foram os estudos e contribuições, mas a história da Física nos mostra

que até o Renascimento a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à

Geometria Euclidiana, a Astronomia geocêntrica que Ptolomeu e a Física de Aristóteles.

Consideramos que a Física é um campo de conhecimentos específicos, em

construção e socialmente reconhecidos. Por isso não aceitamos generalidade, obstáculo

ao desenvolvimento do conhecimento científico, capaz de levar o espírito científico a se

prender às soluções fáceis, imediatas e aparentes.

Então, a Física deve educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvimento

de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história

e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o

entendimento do universo de fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a não

neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e

culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que

representam esses aspectos.

A aprendizagem somente é possível através da interação com o professor, detentor

do conhecimento físico. Nestas diretrizes, recoloca-se o professor no centro do trabalho

pedagógico como o sujeito indispensável nesse processo.

Ao propor um currículo de física para o Ensino Médio é preciso considerar que a

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educação científica é indispensável à participação política e capacita os estudantes para

uma atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida e do meio que o

cerca. Dessa perspectiva o ensino de física vai além da mera compreensão do

funcionamento dos aparatos tecnológicos.

Assim, esta proposta político-pedagógica implica que o ensino de física aborde os

fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em

construção, porém com uma respeitável consistência teórica. É importante compreender,

também, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações e suas influências na

sociedade, destacando-se a não-neutralidade da produção científica.

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que

hoje compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina

escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos

escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa

disciplina no Ensino Médio.

A partir desse pressuposto, consensuamos que o processo de ensino-aprendizagem

deve partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto de suas

experiências e vida em seu contexto social e que na escola se fazem presentes no

momento em que se inicia o processo.

Contudo, a Física não se separa das outras disciplinas. O que deve ser considerado

no planejamento das atividades é o relacionamento do conteúdo a ser trabalhado com o

contexto social, econômico, cultural e histórico, situando-os no tempo e no espaço.

A Física tem como objeto de estudo o Universo, que se desenvolve em função da

necessidade do homem em conhecer o mundo natural.

Deste modo, os objetivos a serem alcançados para o Ensino de Física podem ser

elencados da seguinte maneira:

• Desenvolver estudos que visem maior compreensão do mundo e dos fenômenos

que nele acontecem.

• Possibilitar intervenções na melhoria da qualidade de vida, através de deduções e

estudos sobre novos conhecimentos relacionados aos avanços tecnológicos.

• Desenvolver a capacidade de abstrair e teorizar por meio de situações concretas e

exemplos práticos que permitem o estudo e interpretação de fatos, fenômenos e

processos naturais.

7.2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

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1º ANO

7.2.1 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

MOVIMENTO

7.2.2 - Conteúdo básico:

1º TRIMESTRE

Momentum e Inércia

Conservação da quantidade de movimento (momentum)

2º TRIMESTRE

Variação da quantidade de movimento = impulso

2ª Lei de Newton

3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio

3º TRIMESTRE

Energia e o Princípio da Conservação de Energia

Gravitação

2º ANO

7.2.3- CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

TERMODINÂMICA

7.2.4 - Conteúdo básico:

1º TRIMESTRE

Leis da Termodinâmica:

Lei Zero da Termodinâmica

2º TRIMESTRE

1ª Lei da Termodinâmica

3º TRIMESTRE

2ª Lei da Termodinâmica

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3° ANO

7.2.5 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

ELETROMAGNETISMO

7.2.6 - Conteúdo básico:

1º TRIMESTRE

Carga, corrente elétrica, campos e ondas eletromagnéticas

2º TRIMESTRE

Força eletromagnética

Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampére,

Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)

3º TRIMESTRE

A natureza da luz e suas propriedades

7.3 - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado,

que requer metodologias específicas no ambiente escolar, lugar onde se lida com esse

conhecimento científico, historicamente produzido.

Os livros didáticos de Física dirigidos ao Ensino Médio, de uma maneira geral,

apresentam a Física como uma ciência que permite compreender uma imensidade de

fenômenos naturais, indispensável para a formação profissional, a preparação para o

vestibular, a compreensão e interpretação do mundo pelos sujeitos.

Os modelos científicos buscam representar o real, sob a forma de conceitos e

definições. Para descrever e explicar os objetos de estudo a comunidade científica

formula leis universais, amparadas em teorias aceitas, mediante rigoroso processo de

validação em que se estabelece “uma verdade” sobre o objeto.

Sabe-se da importância da linguagem matemática na Física, mas os modelos

criados quase sempre são escritos pelos cientistas para seus pares. Já com os estudantes

é preciso levar em conta seu grau cognitivo, dentre outros fatores, permitindo uma

metodologia de ensino para que chegue ao conhecimento científico.

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O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física, mas

entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses

além solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para

obter um valor numérico de grandeza.

A História da Ciência faz parte de um quadro amplo que é a História da

Humanidade e, por isso, é capaz de mostrar a evolução das ideias e conceitos nas

diversas áreas do conhecimento. Em Física, essa evolução traçou um caminho pouco

linear, repleto de erros e acertos, de avanços e retrocessos típicos de um objeto

essencialmente humano, que é a produção científica.

Os resultados de muitas pesquisas em ensino de física são unânime em considerar

a importância das atividades experimentais para uma melhor compreensão acerca dos

fenômenos físicos.

Os pesquisadores em educação, há algum tempo, consideram o uso de textos no

ensino de Física. No entanto, ao trabalhá-los, devem-se tomar alguns cuidados, sobretudo

quanto à escolha, no que diz respeito à linguagem e ao conteúdo, pois o aluno será o

interlocutor nessa proposta de leitura.

O texto não deve ser visto como se todo o conteúdo do processo pedagógico

estivesse presente nele, mas como instrumento de mediação entre aluno-aluno e aluno-

professor, a fim de que surjam novas questões e discussões. De fato, os leitores não são

iguais, carregam em si histórias de vidas diferentes e diversas leituras, ou, eventualmente,

nenhuma a respeito do tema em questão.

A presença de laboratórios de informática com acesso à internet, nas escolas, bem

como a chegada de aparelhos de televisão com porta USB para entrada de dados via

pendrive, abrem muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino.

O processo de ensino-aprendizagem em Física, deve partir do conhecimento prévio

dos estudantes, para que ao longo das aulas estes possam ter acesso ao saber

socialmente construído e sistematizado, orientados pelo professor. Dessa forma, o

professor encaminhará o estudante na busca da aprendizagem que acontece quando as

novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente,

adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o conhecimento já existente.

Para tanto, a metodologia da disciplina de Física contemplará aulas expositivas e

diálogos dirigidos, enfatizando a participação dos alunos, através de hipóteses e

experimentações, no sentido de formular conceitos.

Serão utilizados recursos como experimentos, observação de fenômenos, filmes,

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visitas de estudo, palestras, e ainda, a utilização de recursos tecnológicos, para

possibilitar o desenvolvimento do raciocínio lógico e reflexivo no educando.

A experimentação no ensino de Física é importante se entendida como uma

metodologia de ensino que contribua com a ligação entre a teoria e a prática,

proporcionando uma melhor interação entre professor e aluno ou até mesmo entre grupos

de alunos.

Precisamos permitir aos alunos que se apropriem do conhecimento Físico dando

ênfase aos aspectos conceituais e não utilizando a Matemática como pré-requisito para

ensinar Física, ainda que a linguagem matemática é uma ferramenta importante paro o

ensino da Física.

Com isto, será possível sistematizar os conhecimentos apreendidos e realizar

relatórios, debates, conversações, seminários, trabalhos de pesquisa, entre outros.

Entender a disciplina de Física como Ciência significa compreender que o

conhecimento proporcionado por ela é parte integrante da sociedade. Neste sentido a

utilização de textos complementares referentes aos Desafios Educacionais

Contemporâneos – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Educação Fiscal,

Educação Ambiental, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e a Sexualidade Humana,

possibilitam debates, seminários, problematização e busca de soluções que norteiam seu

cotidiano, contribuindo para a formação global do educando.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e metodológicas

de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a diversidade dos sujeitos

sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se propõe a trabalhar com a

Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade contemporânea.

7.4 - AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, a

avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos qualitativos

estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento global,

considerando as características individuais do educando.

Deve-se levar em conta o progresso do estudante quanto os aspectos históricos,

conceituais e culturais. A avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em

consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de

análise de um texto, seja ele literário ou cientifico, emitindo uma opinião que leve em conta

o conteúdo físico, a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento e também

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considerar a apropriação dos conteúdos.

Os instrumentos a serem utilizados são: avaliações escritas, trabalho individual e

em grupo, relatório de atividades em laboratório, seminários, exposições de trabalhos,

entre outros.

A avaliação só tem sentido quando realizada como instrumento para intervir no

processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.

Neste sentido, quando o educando não obtiver um bom aproveitamento de estudos,

será realizada a recuperação paralela para possibilitar um novo encaminhamento com a

retomada dos conteúdos trabalhados para que ele se aproprie do conhecimento científico.

7 .5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto

Político-Pedagógico. Realeza: 2007.

MENEZES, L. C. A matéria. São Paulo: SBF, 2005.

PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede Pública

De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Física. Curitiba: SEED-PR, 2006.

PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Livro Didático Público de Física. Curitiba:

SEED-PR, 2006.

ROCHA, J. F. (Org) Origens e evolução das idéias da Física. Salvador: Edufra, 2002.

8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

8.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Geografia, nos tempos antigos teve importância fundamental na

expansão marítima europeia. Era utilizada como uma ferramenta para a descrição e a

representação dos lugares, permitindo que as metrópoles expandissem seus territórios

conseguindo novas áreas para exploração.

A partir da década de 1930, a Geografia, no Brasil, obteve o status científico com a

criação do primeiro curso a nível universitário na USP e da Associação de Geógrafos

Brasileiros – AGB, em 1934. A necessidade de dominar, conhecer e expandir os interesses

do capital, leva a criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no final

78

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da década de 1930, com o objetivo de mensurar a construção do espaço brasileiro.

Podemos considerar que até o ano de 1970, os livros didáticos de Geografia,

traziam a matéria como descritiva, fragmentada, sem considerar a realidade, não

apresentando os problemas do mundo aos nossos educandos.

Com o advento da Geografia Crítica, a partir do final do ano de 1970, registrou-se

uma nova corrente de concepção nos estudos geográficos, ocorrendo, principalmente com

inspiração dialética ou marxista, resultante de discussões metodológicas e ideológicas da

Geografia, provocadas pelo texto de Yves Lacoste. “ A Geografia serve, antes de tudo,

para fazer a guerra” e pelo retorno ao Brasil de Milton Santos com seu trabalho “Por uma

Geografia Nova”, publicado em 1978. Para Oliveira (2002) estas obras formaram o material

básico a partir dos quais passou-se a repensar a Geografia e com ela a repensar o Brasil.

A partir da segunda metade dos anos 80, em nível de sala de aula, a Geografia

ganha novos horizontes, vai além da descrição e da análise superficial, para a leitura

crítica dos fatos.

A contemporaneidade obriga a Geografia a buscar uma análise do conjunto de

relações que atuam no processo de construção do Espaço Geográfico.

A geografia é uma ciência que oferece instrumentos essenciais para a compreensão

e intervenção na realidade social. Por meio dela, podemos compreender como diferentes

sociedades interagem com a natureza e na construção do espaço e, assim, adquirir uma

consciência maior dos vínculos afetivos e da identidade que estabelecemos com ele.

Também podemos conhecer as múltiplas relações de um lugar com outros lugares,

distantes no tempo e no espaço e perceber as relações do passado com o presente.

A área da Geografia propõe um trabalho pedagógico que visa a ampliação das

capacidades dos alunos da Educação Básica de observar, conhecer, explicar, comparar e

de representar as características do lugar em que vivem e das diferentes paisagens que

compõem o espaço geográfico. Podemos utilizar a cartografia como instrumento para

orientar e preparar o aluno na interpretação do mundo, desenvolvendo sua linguagem

cartográfica.

O objetivo é estudar as relações entre o processo histórico na formação das

sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do

território, a partir de sua paisagem. Na busca dessa abordagem racional, trabalha com

diferentes noções espaciais e temporais, bem como os fenômenos sociais, culturais e

naturais característicos de cada paisagem, para permitir uma compreensão processual e

dinâmica de sua constituição.

79

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Assim, o espaço na Geografia, deve ser considerado uma totalidade dinâmica, onde

interagem fatores sociais, culturais, dinâmicos e políticos. Por ser dinâmica, ela se

transforma ao longo dos tempos históricos e as pessoas a redefinem na sua forma de viver

e de percebê-la.

O estudo da Geografia possibilita aos alunos a compreensão de sua posição no

conjunto das relações da sociedade com a natureza; como e porque suas ações,

individuais ou coletivas em relação aos valores humanos ou à natureza, têm

consequências (tanto para si como para a sociedade). Permite também que adquiram

conhecimentos para compreender as atuais redefinições do conceito de nação e de mundo

onde vivem e que percebam a relevância de uma atitude de solidariedade e de

comprometimento com o espaço geográfico e o destino das futuras gerações. Além disso,

seu objeto de estudo e métodos possibilitam que se compreendam os avanços na

tecnologia, nas ciências e nas artes como resultantes de trabalho e experiências coletivas

e da humanidade, de erros e de acertos no âmbito da política e da ciência, por vezes

permeados de uma visão utilitarista e imediatista do uso da natureza e dos bens

econômicos, ressaltando os problemas ambientais causados por estas atividades.

Desde as primeiras etapas da escolaridade, o ensino da Geografia pode e deve ter

como objetivo mostrar ao aluno que cidadania é também o sentimento de pertencer à uma

realidade em que as relações entre sociedade e natureza formam um todo integrado

(constantemente em transformação) do qual ele faz parte, e que, portanto, precisa

conhecer e do qual se sinta membro participante, afetivamente ligado, responsável e

comprometido historicamente aos valores humanísticos.

As práticas pedagógicas da Geografia, permitem colocar aos alunos as diferentes

situações de vivencia com os lugares, de modo que possa construir compreender novas e

complexas noções a seu respeito, desenvolvendo a capacidade de identificar e refletir

sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a relação sociedade/natureza.

Essas práticas desenvolvem procedimentos de problematização, observação,

registro, descrição, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais,

culturais, ou naturais que compõem a paisagem e o espaço geográfico, na busca e

formulação de hipóteses e explicações das relações. Nessa perspectiva, procura-se

sempre a valorização da experiência do aluno.

A Geografia abrange um campo extenso de conhecimento, tanto que ela se utiliza

dos conteúdos estruturantes: a dimensão econômica da produção, do/no espaço,

geopolítica, dimensão sócio ambiental, dinâmica cultural e demográfica, que articulam o

80

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que é especifico do conhecimento geográfico escolar.

Para partimos da nossa realidade precisamos lembrar da diversidade cultural de

onde provêm nossos alunos, procurando articular culturas (hábitos costumes, religiões,

raças...) de modo que todos sintam-se valorizados, incluindo aí os portadores de

necessidades educacionais especiais e os afro-descendentes.

Dentro das diversas disciplinas será trabalhada a educação Fiscal, introduzida na

escola a partir do presente ano letivo, cujo objetivo é o conhecimento da origem dos

recursos fiscais arrecadados nos municípios.

A Educação do Campo busca construir um olhar para a relação campo e cidade

vistos dentro do princípio da igualdade social e da diversidade cultural e de sua

interdependência.

8.2 CONTEÚDOS

De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os conteúdos

estruturantes da Geografia para a Educação Básica, considerando que seu objeto de

estudo/ensino é o Espaço Geográfico. Cabe salientar que se entende por Conteúdos

Estruturantes os saberes e o conhecimento de grande amplitude que identificam e

organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados basilares e

fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. A partir deles

derivam-se os conteúdos específicos, a serem trabalhados na relação de ensino e

aprendizagem no cotidiano escolar.

Os Conteúdos Estruturantes podem ultrapassar o campo da pesquisa geográfica,

perpassando outras áreas do conhecimento. Porém, têm seu papel de Conteúdos

Estruturantes da disciplina de Geografia assegurado porque demarcam e articulam o que é

especifico do conhecimento geográfico escolar. Essa especificidade geográfica é

alcançada quando os conteúdos são especializados.

Nestas diretrizes curriculares e para o atual período histórico são eles:

A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO;

DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO;

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO;

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

O esquema a seguir apresenta as relações que devem ser estabelecidas entre o

objeto do estudo da Geografia, seu quadro conceitual de referencia e os Conteúdos

Estruturantes.

81

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8.2.1- OBJETO DE ESTUDO / CONCEITO GEOGRÁFICO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

SOCIEDADE

NATUREZA

TERRITÓRIO

REGIÃO

LUGAR

PAISAGEM

Cabe salientar que os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem em

seus conteúdos específicos, os grandes conceitos geográficos (sociedade, natureza,

território, região, paisagem, lugar, entre outros), que somente inter-relacionados tornam-se

significativos e contribuem para a compreensão do Espaço Geográfico.

A partir dos conteúdos estruturantes, derivamos conteúdos específicos, os quais

devem ser abordados a partir das relações entre poder, espaço-tempo e sociedade-

natureza, pois essas relações estão perpassando os mesmos, garantindo assim, a

totalidade da abordagem.

8.2.2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

6º ano

Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre

- Dimensão

econômica do

espaço geográfico;

- Dimensão Política

- As diversas

regionalizações do

espaço geográfico;

- Formação e

- A formação,

localização,

exploração e

utilização dos

- As relações entre

campo e cidade na

sociedade capitalista;

- A evolução

82

Dimensão Política do

Espaço Geográfico

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

Dimensão SocioambientalEspaço Geográfico

Dimensão Econômicado Espaço Geográfico

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do Espaço

Geográfico;

- Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico;

- Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico.

transformação das

paisagens naturais e

culturais;

Dinâmica da

natureza e sua

alteração pelo

emprego de

tecnologias de

exploração e

produção.

recursos naturais;

- A distribuição

espacial das

atividades produtivas

e a (re)organização

do espaço

geográfico.

demográfica, a

distribuição espacial

da população e os

indicadores

estatísticos;

- A mobilidade

populacional e as

manifestações

socioespaciais da

diversidade culturais.

7º ano

Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre

- Dimensão

enconômica do

espaço geográfico;

- Dimensão Política

do Espaço

Geográfico;

- Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico;

- Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico.

- A formação,

mobilidade das

fronteiras e a

reconfiguração do

território brasileiro;

- As diversas

regionalizações do

espaço geográfico;

- A dinâmica da

natureza e sua

alteração pelo

emprego de

tecnologias de

exploração e

produção.

- As manifestações

socioespaciais da

diversidade culturais;

- A evolução

demográfica da

população, a

distribuição espacial

e os indicadores

estatísticos;

- Movimentos

migratórios e suas

motivações;

- O espaço rural e a

modernização da

agricultura.

- A distribuição

espacial das

atividades produtivas,

a (re)organização do

espaço geográfico;

- A formação, o

crescimento das

cidades, a dinâmica

dos espaços urbanos

e a urbanização;

- A circulação de

mão-de-obra, das

mercadorias e das

informações.

8º ano

Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre

- Dimensão

econômica do

espaço geográfico;

- As diversas

regionalizações do

espaço geográfico;

- A distribuição

espacial das

atividades produtivas,

- O espaço rural e a

modernização da

agricultura;

83

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- Dimensão Política

do Espaço

Geográfico;

- Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico;

- Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico.

- A formação,

mobilidade das

fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios do

continente

americano;

- Formação,

localização,

exploração e

utilização dos

recursos naturais;

- A Nova Ordem

Mundial, os territórios

supranacionais e o

papel do Estado.

a (re)organização do

espaço geográfico;

- O comércio e suas

implicações

socioespaciais;

- A circulação de

mão-de-obra, do

capital, das

mercadorias e das

informações;

- As manifestações

socioespaciais da

diversidade culturais.

-As relações entre

campo e cidade na

sociedade capitalista;

- A evolução

demográfica da

população, sua

distribuição espacial

e os indicadores

estatísticos;

- Os movimentos

migratórios e suas

motivações.

9º ano

Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre

- Dimensão

econômica do

espaço geográfico;

- Dimensão Política

do Espaço

Geográfico;

- Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico;

- Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico.

- As diversas

regionalizações do

espaço geográfico;

- A formação,

mobilidade das

fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios;

- A Nova Ordem

Mundial, os territórios

supranacionais e o

papel do Estado;

- O espaço em rede;

produção, transporte

e comunicações na

atual configuração

- A Revolução

tecnico-cientifica-

informacional e os

novos arranjos no

espaço da produção;

- O comércio mundial

e as implicações

socioespaciais;

- A distribuição das

atividades produtivas,

a transformação da

paisagem e a

(re)organização do

espaço geográfico;

- A dinâmica da

natureza e sua

- A evolução

demográfica da

população, sua

distribuição espacial

e os indicadores

estatísticos;

- Os movimentos

migratórios mundiais

e suas motivações.

84

Page 85: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

territorial. alteração pelo

emprego de

tecnologias de

exploração e

produção.

8.2.3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

1ª Ano

Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre

- Dimensão

econômica do

espaço geográfico;

- Dimensão Política

do Espaço

Geográfico;

- Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico;

- Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico.

- As diversas

regionalizações do

espaço geográfico;

- A formação,

mobilidade das

fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios;

- A Nova Ordem

Mundial, os territórios

supranacionais e o

papel do Estado;

- O espaço em rede;

produção, transporte

e comunicações na

atual configuração

territorial.

- A Revolução

tecnico-cientifica-

informacional e os

novos arranjos no

espaço da produção;

- O comércio mundial

e as implicações

socioespaciais;

- A distribuição das

atividades produtivas,

a transformação da

paisagem e a

(re)organização do

espaço geográfico;

- A dinâmica da

natureza e sua

alteração pelo

emprego de

tecnologias de

exploração e

produção.

- A evolução

demográfica da

população, sua

distribuição espacial

e os indicadores

estatísticos;

- Os movimentos

migratórios mundiais

e suas motivações.

2º Ano

Estruturantes 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre

- Dimensão - Formação - As relações entre o - O espaço em rede:

85

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econômica do

espaço geográfico;

- Dimensão política

do espaço

geográfico;

- Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico;

- Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico.

mobilidade das

fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios;

- As diversas

regionalizações do

espaço;

- Formação,

localização,

exploração e

utilização dos

recursos naturais;

- O comércio e as

implicações

socioespaciais.

campo e a cidade na

sociedade capitalista;

- Os movimentos

migratórios e suas

motivações;

- A formação, o

crescimento das

cidades, espaços

urbanos e a

urbanização recente;

- O rural e a

modernização da

agricultura.

produção, transporte

e comunicações na

atual configuração

territorial;

- A evolução

demográfica, a

distribuição espacial

da população e os

indicadores

estatísticos;

- As implicações do

processo de

mundialização.

3º Ano

Estruturantes 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre

- Dimensão

econômica do

espaço geográfico;

- Dimensão política

do espaço

geográfico;

- Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico;

Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico.

- Formação,

mobilidade das

fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios;

- A Nova Ordem

Mundial, os territórios

supranacionais e o

papel do estado;

- As implicações

socioespaciais do

processo de

mundialização;

- As diversas

regionalizações do

espaço.

- As relações entre o

campo e a cidade na

sociedade capitalista;

- A formação, o

crescimento das

cidades, a dinâmica

dos espaços urbanos

e a urbanização

recente;

- A circulação de

mão-de-obra, do

capital, das

mercadorias e das

informações;

- A distribuição

espacial das

- O comércio e as

implicações

socioespaciais;

- O espaço em rede:

produção, transporte

e comunicações na

atual configuração

territorial;

- A evolução

demográfica, a

distribuição espacial

da população e os

indicadores

estatísticos;

- Os movimentos

migratórios e suas

86

Page 87: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

atividades produtivas

e a (re) organização

do espaço

geográfico;

- A revolução

técnico-científica-

informacional e os

novos arranjos no

espaço da produção.

motivações;

- As manifestações

migratórias e suas

motivações

socioespaciais da

atividade culturais.

8.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A sala de aula é um universo muito complexo. Muitos são os fatores com os quais

estão interagindo em seu interior, desde o campo afetivo entre aluno, escola e professor, o

nível de maturidade e individualidade de cada aluno, assim como o nível de

conhecimentos prévios que cada um carrega consigo, natureza do espaço físico e dos

materiais, recursos didáticos usados na sala de aula até eventuais acontecimentos

inusitados que poderão ocorrer com os alunos e seus familiares, e com seu cotidiano fora

da escola. Tudo isso leva a reflexão sobre determinadas condições que deverão ser

propiciadas no interior da sala de aula.

É importante ter consciência de que exigira do professor uma atitude de mediador

nas interações educativas com seus alunos, outras vezes e dará desafios perante os

conteúdos apresentados que por sua vez poderão estar revelando à realidade do mundo

do aluno e também assumindo a direção da interação no processo educativo, procurando

desenvolver a criatividade e a iniciativa dos alunos.

Qualquer que seja a concepção de aprendizagem e opção de ensino, essas

deverão estar voltadas à formação do educando, e o professor devera ter consciência que

muitos deverão ser os recursos didáticos utilizados no processo de aprendizagem para

contemplar essa diversidade que caracteriza o universo da sala de aula, portanto, cada

aula será sempre um desafio, pois dinâmica desse cotidiano é enriquecedora.

Portanto, desenvolveremos um clima de aceitação e respeito mútuo, em que o erro

seja encarado como o desafio para o aprimoramento do conhecimento e construção de

personalidade e que todos se sintam seguros e confiantes para pedir ajuda.

Estimularemos a ação individualizada do aluno para que este possa desenvolver

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suas potencialidades, mas que, também esteja aberto a compartilhar com o outro suas

experiências vividas na escola e fora dela.

Ofereceremos oportunidades por meio das tarefas organizadas para a aula em que

vários possam ser os pontos de vista, permitindo ao aluno um posicionamento autônomo,

assim como sua autoestima, atribuindo alguns significados ao produto do seu trabalho

intelectual.

Relacionaremos aspectos sociais, culturais, econômicos, políticos, físicos do

espaço natural bom como integraremos o aluno às problemáticas do mundo globalizado e

a necessidade de interar-se com dinamismo e criatividade as causas do meio onde o

mesmo vive, fundamentados do conhecimento e informações das novas tecnologias,

buscando alternativas para superar crises, entendendo as formas de administração como

propostas de melhorias.

Proporcionaremos debates em sala de aula despertando no aluno o compromisso

de defesa de suas ideias, bem como a escrita e a representação de maquetes, uso de

mapas, gráficos, tabelas, vídeos, pesquisas, relatórios e visitas.

Como os alunos já saem mais de casa, tem contato com pessoas fora da família e

acesso aos meios de comunicação, como TV, Rádio, Internet, Revistas e Jornais. Em

classe manifestam-se e expõe seus pontos de vistas, e os debates tornam-se um modo de

defender princípios e opiniões. Deveremos tirar proveito dessa efervescência juvenil,

valorizando as experiências dos alunos, fazendo-os perceber que a Geografia faz parte do

seu cotidiano.

As Diretrizes Curriculares para o Ensino de Geografia propõe que os conteúdos

específicos sejam trabalhados de forma prática e dinâmica, de maneira que a teoria,

prática e realidade estejam interligadas em coerência com os fundamentos teóricos

propostos.

Através da metodologia o professor tem por objetivo oferecer aos alunos uma

visão ampliada da Geografia, que vá além da apresentação de nomes de rios, países e

formas de relevo. Deve ser compreendida através de seus conceitos básicos de

sociedade, natureza, território, região, paisagem e lugar, que constituem o verdadeiro

objeto da Geografia. Queremos colocá-lo em contato com um conhecimento geográfico

que tenha significado para o mesmo.

Para atingir esses objetivos, organizamos os conteúdos, destacando os conceitos

que julgamos importantes na construção dos conhecimentos dessa Ciência.

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Cada tema será tratado a partir do que o aluno já sabe sobre o assunto. A partir

daí novas situações serão propostas para que ele formule novas hipóteses e compreenda

que a Geografia está presente e faz parte de seu cotidiano.

Desta forma, para que se garanta êxito no ensino da Geografia, é necessário a

utilização de diferentes estratégias, tais como:

• Aulas expositivas;

• vídeos (filmes, mini-séries), seminários, palestras, visitas ao bairro, à

empresas, a locais em que identifiquem a natureza como base para o

desenvolvimento tecnológico, e ou simplesmente uma analise natural, viagens,

pesquisas individuais ou em grupo, leitura e interpretação de textos, TV –

assistindo o que ocorre no momento atual (Jornal Nacional, Globo Repórter,

Entrevistas... ).

Trabalhos de pesquisa e apresentação por parte dos alunos;

Trabalhos em grupos e individual, utilizando teoria e prática.

8.4 - AVALIAÇÃO

A disciplina de Geografia propõe um processo de avaliação que seja diagnostica e

continuada, com aplicação de diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura,

interpretação e produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens e

principalmente de diferentes tipos de mapas. Pesquisas de campo, avaliações escritas,

entre outros.

O aluno deverá conhecer as categorias básicas da geografia e ter clareza quanto

ao conceito de espaço, tempo para entender os ritmos e processos culturais e sociais que

influem na construção das paisagens (conceitos de território, região, paisagem, lugar,

sociedade e natureza) para compreensão e intervenção na realidade.

Ao conhecer que as paisagens e os lugares são produtos da ação do homem, o

aluno será capaz de compreender que o mundo é construído pelo trabalho humano.

O aluno deverá compreender que as paisagens geográficas são expressões da

sociedade e da natureza em diferentes épocas e que os fenômenos geográficos definem o

espaço. Trabalhar os conceitos é saber transformá-los em mapas, croquis, gráficos etc.

Ao reconhecer que a sociedade e a natureza são regidas por princípios e leis

89

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próprias, o aluno deverá elaborar relações entre tempo e espaço local e global e vice-

versa.

Compreender a dinâmica das paisagens quando a extensão e fronteiras que essa

dinâmica nem sempre é reconhecida pela imagem que nos transmite.

Saber utilizar a pesquisa geográfica como instrumento de construção de seu

conhecimento.

Construir através da linguagem escrita os conceitos como território, lugar,

singularidade e pluralidade de lugares.

Ler e trabalhar com diferentes cartas geográficas em diferentes escalas.

Fazer a inclusão em seu cotidiano atitudes, tais como: ação e reação diante das

questões sociais, culturais e ambientais. Desenvolvimento de uma postura critica em

relação às diferenças que trazem entre tempo social ou histórico e natural.

Desenvolver atitudes de respeito a natureza e portando, à vida, valorizar o

patrimônio sócio cultural e as diversas manifestações culturais, como direitos individuais e

coletivos de cada região ou nação.

O aluno deverá mostrar ou demonstrar que aprendeu através das atividades

propostas quando o mesmo poderá ser observado, analisado e avaliado (textos,

apresentações, provas, trabalhos...).

Toda produção realizada em sala de aula será considerada como parâmetro

avaliativo, respeitando o processo de crescimento individual, o desempenho na realização

das atividades, oral e escrita e o envolvimento na aquisição dos conhecimentos

geográficos.

A Recuperação paralela acontecerá sempre que o professor perceber que partes

de seus alunos não se apropriaram dos conhecimentos mínimos necessários, retomando

de forma diferente os conteúdos.

8.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, M. C. de Geografia: Ciência da Sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.

CARLOS, A. F. A. (org.) A Geografia na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999.

CASTELAR, Sonia, MAESTRO, VALTER. Geografia. São Paulo: Quinteto Editorial, 2002.

CASTROGIOVANI, Antônio Carlos, CALLAI, Helena Copetti, SCHFFER, Neiva Otero,

KAERCHER, Nestor André. Geografia em Sala de Aula. Porto Alegre:Editora UFRS,

2003.

90

Page 91: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

PEREIRA, R. M. F. do A. Da Geografia que se Ensina à Gênese da Geografia Moderna.

Florianópolis: Ed. UFSC, 1989.

SANTOS. M. Por uma Outra Globalização. Rio de Janeiro: Record. 2000.

VESENTINI, José, W. Geografia, Natureza e Sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.

PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial: Francisco Beltrão-Pr,

2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais de

Geografia para o Ensino Básico. Curitiba - Pr, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Regimento Escolar – Colégio Estadual

Industrial. Francisco Beltrão, Paraná, 2008.

9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

9.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Até a década de 70, o ensino de História era predominantemente tradicional,

valorizando alguns personagens como sujeitos da História, na sua atuação em fatos

políticos, onde os conteúdos eram abordados de forma factual e linear. A prática

pedagógica era marcada por aulas expositivas, onde os alunos memorizavam e repetiam o

que lhes era ensinado como verdade.

A História passou a ser disciplina escolar obrigatória, a partir da criação do Colégio

D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro

(IHGB), que instituiu a História como disciplina acadêmica.

A produção dos manuais eram elaborados com a influência da Escola Metódica e do

Positivismo, que também caracterizavam a História política do país. A História era

ensinada como fontes de verdade e valorizava os heróis, personagens políticos da história,

justificando o modelo de nação brasileira, vista como extensão da História da Europa

Ocidental. Exaltava as raças brancas, índias e negras predominando a ideologia do

branqueamento.

Este modelo foi mantido no início da República (1889) e o Colégio D. Pedro II

continuava sendo referência na organização educacional brasileira.

No governo de Getúlio Vargas a disciplina de História retorna ao Currículo escolar

vinculada ao projeto político nacionalista do Estado Novo, através da Lei Orgânica do

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Ensino secundário, cujo acesso era restrito à elite, com o objetivo de conduzir o povo,

reforçando o caráter moral e cívico dos conteúdos.

Desde o inicio da década de 1930 diversos debates teóricos trataram da Inclusão

dos Estudos Sociais.

Neste sentido o Ensino de História tanto como prioridade ajustar o aluno ao

cumprimento dos seus deveres patrióticos e privilegiava noções e conceitos básicos para

adaptá-los a realidade. Ao aluno cabia deixar-se conduzir rumo ao futuro já traçado.

A partir da segunda metade da década de 1980 e no início de 1990, cresceram os

debates em torno das reformas democráticas, área educacional, onde o ensino de História

passa por reformulações e restruturações, contemplando as liberdades individuais e

coletivas no país. A produção dos materiais didáticos procurou incorporar essa nova visão.

A História é a ciência que tem como objeto de estudo as múltiplas manifestações e

transformações das ações humanas, relacionadas com a natureza e do homem com o

homem, no tempo e no espaço, desde seu aparecimento na terra até a atualidade.

É importante destacar neste PPC que recusamos uma concepção de história pronta

e definitiva, vinculada a uma determinada vertente do pensamento humano, sem diálogo

com as outras vertentes, pois não se pode admitir que o ensino de história seja marcado

pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Recusamos também as produções historiográficas que

afirmam não existir objetividade possível em história, sendo, portanto, todas as afirmativas

igualmente válidas. Destaca-se também que os consensos mínimos construídos no debate

entre as vertentes teóricas não são meras opiniões, mas fundamentos do conhecimento

histórico que serão tidos como referenciais para construção deste Projeto Político

Pedagógico.

A produção do conhecimento histórico tem como conteúdos estruturantes: As

Relações de Poder, Relações de Trabalho e Relações de Cultura. Tendo como referencial

teórico que sustenta a investigação da História Política, sócio-econômica e cultural à luz da

Nova Esquerda Inglesa, da Nova História e da Nova História Cultural. Que insere conceitos

relativos ao desenvolvimento da consciência histórica.

A História é a ciência que tem como um dos objetivos de estudo as múltiplas

manifestações e transformações das ações humanas, relacionadas com a natureza e do

homem com o homem, no tempo e no espaço, desde seu aparecimento na terra até a

atualidade. Pretende reinterpretar o passado, a partir das possibilidades abertas pela ação

humana coletiva, permitindo que o conhecimento adquirido possibilite o desbravar de

fronteiras imaginadas no presente e no futuro.

92

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9.2 CONTEÚDOS

9.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL

6º ano

Conteúdos Estruturantes:

Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura.

Conteúdos Básicos:

Experiência humana no Tempo;

Sujeitos suas relações com outro no Tempo;

As Culturas locais e a Cultura Comum;

Conteúdos Específicos

1º trimestre

1- Produção do conhecimento histórico;

1.1 O historiador e a produção do conhecimento histórico,

1.2 Tempo, temporalidade, fontes, documentos, patrimônio material e imaterial, pesquisas.

2- Articulação da História com outras áreas do conhecimento.

2-1 Arqueologia, antropologia, paleontologia,geografia,geologia,sociologia,etnologia e

outras.

3- Arqueologia no Brasil

3-1 Lagoa Santa Luzia(MG)

3-2 Serra da Capivara(PI)

3-3 Sambaquis(PR)

4- A humanidade e a História

4-1 De onde viemos, quem somos, como sabemos? (fontes,História do aluno, História da

Escola)

5- Surgimento,desenvolvimento as humanidades e grandes migrações

5-1 Teorias do surgimento do homem na América.

5-2 Mitos e lendas da origem do homem

5-3 Desconstrução do conceito de Pré- História.

5-4 Povos ágrafos, memória e história oral.

2º trimestre

1- Povos indígenas no Brasil e no Paraná

1.1 Ameríndios do território brasileiro (Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng)

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a)Organização política, social e trabalho;

b)Religião;

c)Catequização ( Jesuítas);

d)Massacres e doenças;

e)Troncos linguísticos.

2- As Primeiras civilizações na América

2.2Olmecas, Mochicas, Tinawacus, Maias, Incas e Astecas.

2.3.Ameríndios da América do Norte

a)Aspectos gerais da organização social, trabalho e poder.

3.China;

3.1.Índia;

a)Relações de poder, trabalho e Cultura.

4- Situação do índio atual no Paraná atual.

3º trimestre

5-Primeiras Civilizações na África

5.1.Egito;

5.2.Mesopotâmia

a) Aspectos da vida social, política, cultural, religiosa e econômica.

6- Povos da Europa

6.1.Gregos;

6.2.Romanos;

a)Relações de poder, Cultura e Trabalho.

7ª Ano,+

Conteúdos Estruturantes:

Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura.

Conteúdos Básicos:

As relações de propriedades;

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;

As relações entre o campo e a cidade;

Conflitos e resistência/ e produção cultura campo/cidade

Conteúdos Específicos

1º Trimestre

1-Idade Média- Sociedade, Religião, economia e política;

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2-Idade Moderna

2-1 Renascimento

2-2 O Protestantismo e a Reforma católica

2-3-Consolidação dos Estados Nacionais

2º Trimestre

3- Absolutismo (inglês e francês)

4-A formação de Portugal e da Espanha

4-1 A Reconquista4-2 A Revolução de Avis

5-A expansão marítima europeia

6- O Mercantilismo

3º Trimestre

7-África e Ásia

7-1 Reinos africanos

7-2 Os Impérios Asiáticos

8-O Continente americano-(séc.XV_XVI)

8-1 Incas, Maias, Astecas e Tupi-Guarani

8-1 Modo de vida e de Guerra

8º Ano

Conteúdos Estruturantes:

Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura.

Conteúdos Básicos:

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

Conteúdos Específicos

1º Trimestre

1- REVISÃO : Iluminismo.

Revolução Francesa / Inglesa.

2-Revolução Industrial

2.1 -O movimento operário e os socialismos.

2.2 -Imperialismo e neocolonialismo.

2.3- A expansão dos Estados Unidos da América.

3- Brasil

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3.1– Brasil : O Primeiro Reinado (1822-1831)

3.2- Brasil: O governo dos Regentes (1831-1840)

3.3- Brasil: As Revoltas contra o Império (1835-1845).

4- A sociedade brasileira no Segundo Reinado.

5- Processos de independência na América Espanhola

6- O processo de independência política do Brasil

7-PARANÁ.

7.1- Emancipação Política.

2º Trimestre

1-Os conflitos entre os países sul-americanos.

1.1 – Conflitos Platinos.

1.2 - Alianças perigosas.

1.3 - A Guerra da Tríplice Aliança.

1.4 – A Guerra do Pacífico.

2- A Segunda Revolução Industrial.

2.1 – Números da industrialização.

2.2 – Aumento da produtividade.

2.3 – A linha de produção.

2.4 – Cartéis,Trustes, Holdings

3-As Revoluções Liberais

3.1 – 1848- Um ano de revoluções.(França – Alemanha)

4-As Migrações para o Brasil

4.1 – Substituição de mão-de- obra. ( livres e escravos)

4.2 – Parceria e Colonato.

4.3 – Imigração.

5-Brasil : A Abolição da Escravidão .(1845-1888)

5-1 Lei de terras-1850

3º Trimestre

1- A Proclamação da República Brasileira (1870-1889)

1.1 – Os projetos republicanos.

1.1 – A questão religiosa.

1.2 – Os militares querem o poder.

1.3 – A preparação do golpe.

1.4 – Oligarquia, coronelismo, clientelismo.

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2- O primeiro governo militar brasileiro ( 1889-1894).

2.1 – A República da Espada.

2.2 – O encilhamento.

2.3 – Governos de Deodoro e Floriano Peixoto..

2.4 – Revolução federalista.

3-Brasil : O governo dos cafeicultores

3.1 – Coronelismo.

3.2 – O poder do café.

3.3 – A política dos governadores.

3.4 – O voto do cabresto.

3.5 – O cangaço.

4-Messianismo no Brasil

4.1 – Canudos. (relação com a denominação”favela”)

4.2 – O Contestado.

5-Urbanização e higienismo no Brasil.

5-1 – As cidades e as doenças.

5.2 – A Revolta da Vacina.

5.3- Urbanização do Paraná

6-Breve contextualização da Revolução Mexicana

6.1 – Camponeses e latifundiários.

6.2 – Guerra Civil.

6.3 – A Constituição de 1917.

6.4 – O fim da Revolução.

9ºAno

Conteúdos Estruturantes:

●Relações de Poder

●Relações de Trabalho

●Relações de Cultura

Conteúdos Básicos:

●A constituição das instituições sociais

●A formação do estado

●Sujeitos, Guerras e Revoluções

Conteúdos Específicos

1º Trimestre

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1. Revisão:

1.1 Neocolonialismo.

2. A Primeira Guerra Mundial

2.1 conflito (causas), confronto (consequências)

2.2 Estados Unidos entram na guerra.

2.3 O tratado de Versalhes

3. As revoluções Russas

3.1 A Rússia Czarista.

3.2 A Revolução de 1905, Revolução de Fevereiro, Revolução de Outubro.

3.3 Governo socialista, medidas capitalistas.

3.4 Fortalecimento do Estado.

4. A Semana da Arte Moderna

5. A Crise de 29 ( consequências no Brasil)

5.1 A quebra da bolsa de Nova York.

5.2 O New Deal.

5.3 Crise do Café/ Industrialização

6. Brasil 1930: Golpe ou Revolução

6.1 O movimento de 1930.

6.2 As eleições (Getúlio Vargas)

6.3 O poder do voto.

7. O Governo Provisório de Getúlio Vargas (1930-1934)

8. Comunistas e Fascistas no Brasil (1930-1938) e Itália

8.1 Integralistas e comunistas

8.2 AIB E ANL

8.3 Guerra civil Espanhola

9. O Estado Novo (Getúlio Vargas)

9.1 Golpe de Estado

9.2 Controle e propaganda

10. A Segunda Guerra Mundial

10.1 O inicio da Guerra (causas)

10.2 Os campos de concentração

10.3 Frentes de batalha

10.4 Fim da Guerra (consequências)

2º Trimestre

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1.Guerra Fria (Vietnã e Coréia)

2. Descolonização da África e da Ásia

3. A Revolução Chinesa

3.1 De império a República Popular

3.2 A Revolução Camponesa

3.3 Governo Comunista

3.4 Revolução Cultural

4. Os Conflitos no Oriente Médio

4.1 A criação de Israel

4.2 A Guerra Árabe-Israelense

4.3 Os Palestinos

4.4 A Guerra dos Seis dias

4.5 A Guerra Irã-Iraque

3º Trimestre

1. A revolução cubana e a Crise dos Mísseis

1.1 Comunistas na América

1.2 A revolução cubana

2. As Ditaduras na América Latina

3. Brasil

3.1 Golpe de Estado (1961-1964)

3.2 Governo militares (1964-1969)

3.3 Milagre econômico(1969-1979)

3.4 Fim da Ditadura(1974-1989)

3.5 Fim da Guerra Fria (1980-1991)

3.6 Brasil: Collor a Lula (1990-2005)

4. Construção do Paraná Moderno

4.1 Governos: Manoel Ribas, Moisés Lupion, Bento Munhoz da Rocha Netto, Ney Braga

4.2 Revolta dos Colonos

4.3 Década de 50 no Paraná

4.4 O regime Militar no Paraná

5. Populismo Na América Latina (Argentina, Bolívia)

9.2.2 - ENSINO MÉDIO

9.2.2.1 - Conteúdos Estruturantes:

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Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura.

9.2.2.2 - Conteúdos Básicos:

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

1ª ANO

1º Trimestre:

- Introdução aos Estudos histórico – a construção da História.

- As origens e o desenvolvimento inicial da humanidade.

- Das primeiras aldeias aos primeiros Estados.

- A identidade do homem americano.

- A civilização que floresce às margens do Rio Nilo.

- Mesopotâmia, o berço da civilização.

- As civilizações hebraica e fenícia.

2º Trimestre:

- As civilizações clássicas:

* O legado da Grécia para o mundo ocidental.

* O esplendor de Roma.

* A África Antiga.

3º Trimestre:

- Idade Média: A Alta Idade Média

* Nascimento e expansão do islamismo

* A civilização bizantina

- A Baixa Idade Média

* Consolidação das monarquias na Europa Moderna (relações culturais no Brasil).

- O Estado Absolutista.

- Renascimento cultural e científico.

2ª ANO

1º Trimestre:

- As grandes navegações

- O mundo do trabalho em diferentes sociedades (os diferentes povos da América).

- Colonização da América espanhola (os espanhóis em terras paranaense) e inglesa.

- Os portugueses em terras brasileiras:

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* organização política e administrativa

* economia açucareira

* mineração

- Religião e Sociedade

- A colonização do Paraná pelos portugueses.

2º Trimestre:

- O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais

- Movimentos sociais, políticos e religiosos na sociedade moderna (Reforma

Religiosa/Iluminismo).

- Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (séc.XVII e

XIX – Revoluções Industrial e Francesa (império napoleônico, Congresso de Viena )

- O processo de Independência na América:

- América inglesa

- América espanhola

- América portuguesa

3º Trimestre:

- O primeiro Reinado e Período Regencial.

- Urbanização e industrialização no século XIX no Brasil e no Paraná:

* A sociedade e a economia brasileira os períodos imperiais/ Emancipação política do

Paraná.

* A formação dos EUA

* A unificação da Itália e da Alemanha

- O Governo de D. Pedro II (economia, escravidão e abolição, imigração, Guerra do

Paraguai).

- Proclamação da República.

3ª ANO

1º Trimestre:

- O Brasil na República Velha

- Imperialismo

- Primeira Guerra Mundial

- Revolução Russa

- Crise de 1929

- Regimes Totalitários na Europa (Nazismo e Fascismo)

2º Trimestre:

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- Regime Totalitário no Brasil (A Era Vargas; o Paraná na Era Vargas)

- A Segunda Guerra Mundial

- Governos Populistas

- As revoluções na América Latina.

− As lutas Sociais no Brasil nos anos 50 e 60 do século XX

3º Trimestre:

- A Ditadura Militar no Brasil

- O colapso do Socialismo.

- Redemocratização do Brasil até os dias atuais.

- O mundo atual (preconceito/ racismo – ataques terroristas)

- Urbanização e industrialização na sociedade brasileira.

- Urbanização e Industrialização do Paraná na atualidade.

9.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Para que esse encaminhamento metodológico seja possível o professor terá que ir

além dos livros didático, uma vez que a produção historiográfica não se limita apenas à um

livro. Além disso, as imagens, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,

gravuras museus, filmes, músicas, sites etc, são documentos que podem ser utilizados

pelos professores de História como fontes pesquisa de grande valor na construção do

conhecimento histórico.

A biblioteca tem um papel fundamental neste encaminhamento para que o aluno

amplie seus conteúdos. Também os alunos deverão ser instigados na sua capacidade de

questionar e criticar os conteúdos e as abordagens existentes no texto consultado de

modo que gradativamente estes busquem a autonomia na busca do conhecimento.

Considerando o uso de diferentes documentos e fontes históricas em sala de aula para

que os alunos desenvolvam a autonomia intelectual.

Caberá ao professor problematizar a partir do conteúdo a produção do

conhecimento histórico, considerando que a apropriação do mesmo pelos educandos é

processual, e deste modo exigirá que seja constantemente retomado.

A construção do conhecimento histórico se dá a partir da realidade do educando,

analisando diferentes documentos, possibilitando analisar a “história vista de baixo”, e

produzindo narrativas próprias.

9.4 - AVALIAÇÃO

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O processo de avaliação será trimestral, diagnóstico, contínuo, cumulativo e

processual. Praticada sob as formas de atribuição de qualidade ao resultado da

aprendizagem, tendo por base seus aspectos essenciais, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno considerando suas características individuais. Será

oportunizado três avaliações com valor 10,0, com trabalhos e atividades gerais (tarefas em

casa, atividades em sala de aula, seminários, divididos, gerando a média trimestral.

A recuperação será paralela (retomada de conteúdos), organizada com atividades

significativas por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados,

possibilitando a intervenção em tempo hábil no processo de ensino e aprendizagem.

Para avaliar nossos alunos será necessária diferentes atividades:

●Leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos

históricos;

●Produção de narrativas históricas;

● Pesquisas bibliográficas;

●Sistematização de conceitos históricos;

●Apresentação de seminários;

●Provas orais e escritas;

A considerar os conteúdos de História efetivamente tratados em aula, essenciais para

o desenvolvimento da consciência histórica , eis alguns critérios a serem observados na

avaliação dos alunos ao longo do Ensino fundamental e Médio:

●Os conteúdos e os conceitos históricos estão sendo apropriados?

●O conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo de diferentes

dimensões e contexto histórico propostos para o nível de ensino em questão?

●Os conceitos históricos para analisar diferentes contextos estão sendo empregados?

● A história com prática social da qual participaram como sujeitos de seu tempo estão

sendo compreendidos?

●As diferentes conjunturas históricas a partir das Relações de Trabalho, Poder e

Cultural estão sendo analisadas?

● O aluno compreende que o conhecimento histórico é produzido com base no

método da problematização de distintas fontes documentais, a partir das quais o

pesquisador produz a narrativa histórica?

● A partir do conhecimento dos processos históricos, o aluno explicita o respeito à

diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica?

● O aluno compreende que a produção do conhecimento histórico já existente pode

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ser aceito, rejeitado ou completado?

Estas sugestões mostram ao professor as possibilidades de substituir as práticas

avaliativas de memorização e que não se esgotam, podendo o professor valer-se de outras

atividades.

9.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BURKE, Peter. Abertura: A Nova História, seu Passado, seu Futuro. In.:(org). A Escrita

da História: novas perspectivas. São Paulo, UNESP, 1992. Pp. 7-37.

PARANÁ, Secretária de Estado da Educação Superintendência de Educação. Cadernos

Temáticos – História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Departamento de Ensino

Fundamental – Curitiba – PR, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública

de Educação Básica do Estado do Paraná – História. Curitiba – PR, 2008.

PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão -

PR, 2008.

10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

10.1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A linguagem consiste em uma atividade eminentemente social e envolve múltiplos

elementos, pois além da constituição de sujeitos interlocutores e da produção de sentido,

abrange também o próprio processo de construção do conhecimento.

Segundo Geraldi (1991), “a linguagem não é o trabalho de um artesão, mas

trabalho social e histórico seu e dos outros e é para os outros e com os outros que ela se

constitui”.

Assim, a linguagem precisa ser construída na interação, tendo em vista que ela

permeia todos os nossos atos e articula nossas relações com os outros, com os objetos e

com o meio. É pela linguagem que o homem se reconhece humano, interage e troca

experiências, compreende a realidade em que está inserido e assume o seu papel como

integrante da sociedade.

Diante das constantes mudanças ocorridas no meio social a percepção das

inúmeras relações de poder, é preciso um novo posicionamento na prática pedagógica.

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Faz-se necessário que a Língua Portuguesa e a Literatura sejam possibilidade para o

sujeito interagir de forma dinâmica e histórica, promovendo, também, reflexões que levem

à efetiva Inclusão, ao resgate histórico e valorização da Cultura Afro e ao entendimento da

Educação Fiscal como instrumentos de constituição da cidadania.

O ensino de Língua Portuguesa / Literatura deve constituir uma prática social,

ancorada na concepção de língua como discurso, privilegiando o contato real do estudante

com a multiplicidade de gêneros textuais que são produzidos e circulam socialmente.

Esses gêneros devem se constituir em objeto de estudos em sala de aula como

experiências reais de uso efetivo da língua materna. Atividades de leitura, escrita e

oralidade devem, pois ser abordadas como atividades sociais significativas entre sujeitos

históricos e vivenciadas em situações concretas. O domínio da língua oral e escrita é

fundamental para participação social e efetiva, pois é por meio dele que o homem se

comunica, tem acesso a informações, expressa e defende pontos de vista, partilha ou

constrói visões de mundo e produz conhecimento.

O Plano de Trabalho Docente de Língua Portuguesa ressalta a importância do

trabalho com gêneros no ambiente escolar e num processo de interação professor/aluno,

visando a trabalhar com a língua em seus mais diversos usos no cotidiano através dos

gêneros discursivos. Isso permite uma observação maior, tanto na oralidade como na

escrita em seus usos culturais, mas sem forçar a criação de gêneros que circulam apenas

na escola.

Assim, a intervenção do professor sobre gêneros trabalhados em sala de aula, virá

propiciar uma reflexão e análise da prática docente, ao mesmo tempo, que funcionará

como um instrumento que a reforce.

O objeto de estudo de Língua Portuguesa / Literatura é a língua em uso (oralidade,

leitura e escrita), em diferentes situações. Serão suscitadas situações discursivas em

contextos de práticas sociais diferentes e a reflexão sobre a produção, escrita, lida , falada

e/ou ouvida será de modo a caracterizar o gênero, ou seja, serão identificadas no seu

suporte ( onde a produção veicula; no rádio, na revista, no jornal...) tipo (de narrar, de

relatar, de argumentar...gênero (conto, crônica, editorial, entrevista discurso de defesa...).

a literatura será estudada como espaço dialógico para permitir expansão lúdica e crítica,

ou seja, como um aprofundamento do pensamento crítico e da sensibilidade estética.

Dar-se-á, também, enfase ao reconhecimento da norma culta e da gramaticalidade

pertinentes à Língua.

O conteúdo da disciplina perpassará as três práticas (oralidade, leitura e escrita) visto

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que, é permeado pelo uso das mesmas que se dará o aprimoramento do domínio da

língua padrão. Por meio da reflexão sobre a Língua, que abarca a gramática, mas uma

gramática funcional, contextualizada serão estudados os recursos estilísticos, os aspectos

textuais, como coesão e coerência interna do texto, a intencionalidade, a intertextualidade,

a contextualização, a situacionalidade, a referenciação e a análise de recursos expressivos

entre outros. Desta forma, a reflexão e a prática de análise linguística estarão centradas no

TEXTO = produção social – escrito lido falado/ouvido.

Com isso, será garantido o domínio de práticas socioverbais indispensáveis à vida

cidadã: a escrita argumentativa, a escrita informativa, a escrita de apoio cognitivo e a

vivência com a escrita literária.

A língua oral será trabalhada em diferentes situações de uso, levando o aluno a

adequá-la em cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas

no discurso do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos. O uso da língua escrita,

por sua vez será desenvolvido em situações discursivas realizadas pelo meio de práticas

sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os

gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura.

O aluno será levado a refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, bem

como os elementos gramaticais empregados na sua organização. Através da leitura o

aluno irá aprimorar seu contato com os textos literários, com a capacidade de expressar o

pensamento critico bem como sua sensibilidade estética, propiciando através da leitura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as

praticas discursivas.

• Garantir o domínio de práticas sócio verbais indispensáveis à vida cidadã: a

escrita argumentativa, a escrita informativa, a escrita de apoio cognitivo e a

vivência com a escrita literária;

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas no

discurso do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas pelo

meio de praticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos,

o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de

produção/leitura;

• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e

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tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua

organização;

• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

critico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da leitura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho

com as praticas da oralidade, da leitura e da escrita.

10.2 - CONTEÚDOS

ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

PRÁTICA DA

ORALIDADE

PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA

1º TRIMESTRE

Relatos de histórias

ouvidas ou lidas;

Relato de fatos cotidianos;

2º TRIMESTRE

Declamação de poesias;

Transmissão de

informações;

1º TRIMESTRE

Leituras orais, observando

entonação, dicção e

postura, privilegiando os

seguintes gêneros:

narrativos e informativos,

poéticos, piadas, trava-

línguas e histórias em

quadrinhos;

2º TRIMESTRE

Leitura de livros de ficção;

Estabelecimento de

relações interpessoais a

partir da leitura dos

diversos gêneros;

Promoção do espírito

crítico a partir da interação

social pela leitura de

1º TRIMESTRE

Produção e reprodução de

textos narrativos, informativos

e opinativos;

Elaboração de bilhetes, avisos,

poemas e histórias em

quadrinho;

Acentuação e pontuação

dentro dos diversos gêneros

textuais;

2º TRIMESTRE

Morfologia observando a

funcionalidade, dando ênfase

ao substantivo, adjetivo, artigo,

numeral e pronome;

107

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3º TRIMESTRE

Compreensão da relação

entre oralidade e escrita.

infográficos e

propagandas;

3º TRIMESTRE

Construção de novos

significados das relações

feitas entre a leitura de

textos verbais e não

verbais e a situação

sociocultural do aluno;

Exploração do caráter

dialógico dos textos.

3º TRIMESTRE

Compreensão do sistema

fonológico e sua

aplicabilidade: divisão silábica,

dígrafo, encontros vocálicos e

consoantes.

7º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

PRÁTICA DA

ORALIDADE

PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA

1º TRIMESTRE

Relatos de histórias

ouvidas ou lidas;

Relato de fatos

cotidianos;

1º TRIMESTRE

Leitura oral, observando

entonação, dicção e

postura, privilegiando os

seguintes gêneros:

narrativos e informativos,

poéticos, piadas, trava-

línguas e histórias em

quadrinhos;

Leitura de livros de ficção;

1º TRIMESTRE

Produção e reprodução de

textos instrucionais;

Revisão das classes de

palavras, a observando a

funcionalidade, dando ênfase

ao substantivo, adjetivo, artigo

e numeral;

Ortografia, pontuação e

acentuação, observando a

108

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2º TRIMESTRE

Declamação de poesias;

Transmissão de

informações;

3º TRIMESTRE

Compreensão da relação

entre oralidade e escrita.

Estabelecimento de

relações interpessoais a

partir da leitura dos

diversos gêneros;

2º TRIMESTRE

Promoção do espírito crítico

a partir da interação social

pela leitura de infográficos e

propagandas;

3º TRIMESTRE

Construção de novos

significados das relações

feitas entre a leitura de

textos verbais e não verbais

e a situação sociocultural

do aluno;

Exploração do caráter

dialógico dos textos.

funcionalidade;

Elaboração de poemas,

história em quadrinhos,

notícias;

Transposição da linguagem

informal para formal;

2º TRIMESTRE

Análise de provérbios,

anedotas e propagandas;

Morfologia com inclusão de

novas classes gramaticais:

verbos, advérbios,

preposição, interjeições,

conjunções, fazendo reflexões

sobre a língua;

3º TRIMESTRE

Identificação, produção de

textos e re-estruturação de

textos narrativos e descritivos;

8º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

PRÁTICA DA

ORALIDADE

PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA

1º TRIMESTRE

Relatos de histórias

1º TRIMESTRE

Leituras orais, observando

1º TRIMESTRE

Revisão das classes de

109

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ouvidas ou lidas;

Relato de fatos cotidianos;

2º TRIMESTRE

Declamação de poesias;

Transmissão de

informações;

3º TRIMESTRE

Compreensão da relação

entre oralidade e escrita.

entonação, dicção e

postura, privilegiando os

seguintes gêneros:

narrativos e informativos,

poéticos, piadas, trava-

línguas e histórias em

quadrinhos;

Leitura de livros de ficção;

Estabelecimento de

relações interpessoais a

partir da leitura dos diversos

gêneros;

Promoção do espírito crítico

a partir da interação social

pela leitura de infográficos e

propagandas;

2º TRIMESTRE

Construção de novos

significados das relações

feitas entre a leitura de

textos verbais e não verbais

e a situação sociocultural

do aluno;

3º TRIMESTRE

Exploração do caráter

dialógico dos textos.

Reflexão sobre a

intencionalidade do texto

jornalístico.

palavras

Produção e reprodução de

textos jornalísticos,

publicitários, entrevistas e

notícias;

Termos essenciais da oração:

Sujeito e Predicado e sua

classificação;

2º TRIMESTRE

Analise sintática: Verbos

transitivos, intransitivos e suas

classificações;

Poemas observando formas e

conteúdos;

Resumo como forma de

detectar e reproduzir no texto

escrito;

3º TRIMESTRE

Análise sintática: adjuntos

adverbiais e adnominais;

Morfologia enfatizando

110

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conjunções visando

estabelecer coesão e

coerência textual;

9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

PRÁTICA DA

ORALIDADE

PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA

1º TRIMESTRE

Relatos de histórias

ouvidas ou lidas;

Relato de fatos cotidianos;

2º TRIMESTRE

Declamação de poesias;

Transmissão de

informações;

1º TRIMESTRE

Leitura oral, observando

entonação, dicção e

postura, privilegiando os

seguintes gêneros:

narrativos e informativos,

poéticos, piadas, trava-

línguas e histórias em

quadrinhos

Leitura de livros de ficção;

Estabelecimento de

relações interpessoais a

partir da leitura dos

diversos gêneros;

2º TRIMESTRE

Promoção do espírito crítico

a partir da interação social

pela leitura de infográficos e

propagandas;

Construção de novos

1º TRIMESTRE

Revisão de todas as classes

gramaticais como pré-

requisito: período simples;

Compreensão da estrutura do

período simples;

2º TRIMESTRE

Compreensão do uso da

língua de forma construtiva e

denotativa nos textos em

prosa e verso, destacando

alguns recursos estilísticos

111

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3º TRIMESTRE

Compreensão da relação

entre oralidade e escrita.

significados das relações

feitas entre a leitura de

textos verbais e não verbais

e a situação sociocultural

do aluno;

3º TRIMESTRE

Exploração do caráter

dialógico dos textos.

Reflexão sobre a

intencionalidade do texto

jornalístico.

como: metáfora, comparação,

antítese, hipérbole, ironia e

personificação;

Coordenadas e subordinadas;

3º TRIMESTRE

Transposição de discursos;

Produção e análise de artigo

e opinião editorial

Conjunções- conectivas

Período composto por

subordinação.

10.2.1 - ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL.

1ª ANO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

PRÁTICA DA

ORALIDADE

PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA

1º TRIMESTRE

Relatos de histórias

ouvidas ou lidas;

2º TRIMESTRE

Relato de fatos

1º TRIMESTRE

Interpessoais a partir da

leitura dos diversos

gêneros;

2º TRIMESTRE

Promoção do espírito

1º TRIMESTRE

Produção de textos da ordem

do NARRAR, do RELATAR,

do EXPOR e do

DESCREVER, atendendo

as características

sócio-comunicativas em que o

gênero abordado se situa.

2º TRIMESTRE

112

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cotidianos;

Declamação de poesias;

Transmissão de

informações;

3º TRIMESTRE

Compreensão da relação

entre oralidade e escrita.

crítico a partir da interação

social pela leitura de

infográficos e

propagandas;

3º TRIMESTRE

Construção de novos

significados das relações

feitas entre a leitura de

textos verbais e não

verbais e a situação

sociocultural do aluno;

Exploração do caráter

dialógico dos textos..

Refracção dede textos com o

objetivo de refletir sobre

as possibilidades de construção

e adequação dos

elementos composicionais,

formais e estruturais dos

diferentes gêneros.

3º TRIMESTRE

Elaboração de resumos

como instrumento auxiliar

na aprendizagem dos

conteúdos básicos das

diversas disciplinas do

currículo escolar.

Sistematização de

fenômenos linguísticos a

partir da leitura e produção de

113

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textos: noções de

fonética, acentuação,

pontuação, estrutura e formação

de palavras.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL. 2ª ANOCONTEÚDOS ESPECÍFICOS: PRÁTICA DA

ORALIDADE

PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA

1º TRIMESTRE 1º TRIMESTRE 1º TRIMESTREENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL.

3ª ANO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

PRÁTICA DA

ORALIDADE

PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA

1º TRIMESTRE

Relatos de histórias

ouvidas ou lidas;

2º TRIMESTRE

Relato de fatos

cotidianos;

Declamação de poesias;

1º TRIMESTRE

Leitura oral, observando

entonação, dicção e

postura, privilegiando os

seguintes gêneros:

narrativos e informativos,

poéticos, piadas, trava-

línguas e histórias em

quadrinhos;

Leitura de livros de ficção;

2º TRIMESTRE

Estabelecimento de

relações interpessoais a

1º TRIMESTRE

Produção de textos da ordem do

NARRAR, do RELATAR, do

EXPOR e do DESCREVER,

atendendo as características

sócio-comunicativas em que o

gênero abordado se situa.

2º TRIMESTRE

Refacção dede textos com o

objetivo de refletir sobre as

114

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Transmissão de

informações;

3º TRIMESTRE

Compreensão da relação

entre oralidade e escrita.

partir da leitura dos

diversos gêneros;

Promoção do espírito crítico

a partir da interação social

pela leitura de infográficos

e propagandas;

3º TRIMESTRE

Construção de novos

significados das relações

feitas entre a leitura de

textos verbais e não verbais

e a situação sociocultural

do aluno;

Exploração do caráter

dialógico dos textos.

possibilidades de construção e

adequação dos elementos

composicionais, formais e

estruturais dos diferentes

gêneros.

Trabalhos de pesquisa sobre

Inclusão, Cultura Afro e

Educação Fiscal como suporte

para a apresentação de mini-

palestras.

3º TRIMESTRE

Atividades de reflexão e

atualização de ocorrências

gramaticais: concordância

nominal e verbal, regência

nominal e verbal, emprego do

sinal indicativo de crase, termos

da oração e período composto,

elementos de coesão e

coerência na constituição textual.

Trabalhos de pesquisa sobre os

períodos literários e sua relação

com o momento histórico, as

Artes e o cotidian.

10.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A concepção de linguagem que orienta esta proposta é a do sociointeracionismo,

que reconhece a natureza social da linguagem enquanto produto de uma necessidade

histórica do homem de organizar-se socialmente, de trocar experiências com outros

115

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indivíduos e de produzir conhecimentos. Usamos a língua através de enunciados

concretos que ouvimos e reproduzimos na interação com as pessoas que nos rodeiam.

Considerar a natureza social da linguagem implica reconhecer os gêneros textuais como

a materialização da interação os falantes. Por essa razão eles – os gêneros – constituirão

o objeto de estudo das aulas de Língua Portuguesa.

Com o pressuposto de que texto não e exclusividade da palavra, serão

trabalhados não só gêneros textuais literários e jornalísticos, mas também anúncios

publicitários, gráficos, fotos, quadros, cartum, e outros. Esse entrelaçamento de textos, dos

mais variados gêneros, permitirá um trabalho constante de intertextualidade, com vistas a

possibilitar ao aluno articular diferentes linguagens e seus conceitos.

As reflexões sobre a língua envolverão a compreensão não só de sua realidade

estrutural, mas também de sua realidade social e histórica. O convívio constante e amplo

com gêneros textuais em língua padrão oportunizará ao aluno condições para o domínio

dessa variedade socialmente privilegiada e da qual ele precisa apropriar-se para não ser

linguisticamente discriminado.

Tanto nas séries do Ensino Fundamental, quanto nas do Ensino Médio dos turnos

diurno ou noturno busca-se garantir o reconhecimento e o uso dos conteúdos abordados,

oportunizando ao aluno o aprimoramento da capacidade de escrever ou falar de maneira

adequada nas diversas situações de comunicação.

10.4 AVALIAÇÃO

A avaliação terá função formativa e servirá como oportunidade de reflexão sobre o

próprio processo de ensino e seus resultados para verificar o rendimento das práticas

pedagógicas.

Afim de que os alunos estejam cientes de como e por que serão avaliados, os

critérios serão estabelecidos de forma juntamente com eles e de forma clara no inicio de

cada período letivo.

Os critérios de avaliação de texto escrito procurarão aferir a qualidade tendo em

vista as especificidades de cada modalidade, previamente apresentadas, ilustradas e

vivenciadas nas aulas de leitura. De posse desses critérios, os problemas identificados

serão discutidos com os alunos para que busquem conjuntamente as medidas necessárias

para solucioná-los.

Com relação à oralidade, também de posse de critérios previamente

estabelecidos, observa-se–a adequação da escolha da linguagem ao momento e às

116

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condições de expressão. Quando ajustes se fizerem necessários, levar-se-á em conta

sempre o respeito ao falante.

Na prática da leitura, será observado o empenho do aluno no reconhecimento de

elementos fundamentais, principalmente o tema, a confrontação com os outros textos

verbais ou não verbais e o diálogo que cada uma dessas de linguagens estabelece com a

atualidade.

A avaliação será instrumento para acompanhar o desenvolvimento dos educandos,

servirá para o continuo aprimoramento do processo e só terá razão de ser se, por meio

dela, o aluno puder aprender mais e melhor.

A recuperação paralela será realizada sempre que houver necessidade de

apropriação de conteúdos por parte dos alunos, em forma de: atividades de pesquisa,

monitoria, leitura e produção de textos, tarefas extraclasse, trabalhos orais/ escritos e

reavaliações.

10.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo: Parábola

Editorial, 2003.

BAKHTIN, Mikail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1981.

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os Gêneros do Discurso: uma

perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em

Linguística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo, São Paulo, 2001.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais –

Disciplina de Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.

GOODMAN, K. S. O Processo de Leitura: Considerações a Respeito das

Línguas e do Desenvolvimento. In: PALACIOS, M.; FERREIRO, E. Os processos de

leitura e de escrita: novas perspectivas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.

KLEIMAN, Ângela. Oficina de Leitura Teoria e Prática. Campinas: Pontes, 1993.

ORLANDI, Eni P. Discurso & Leitura. São Paulo/Campinas: Cortez/Editora da UNICAMP,

1988.

PARANÁ. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Industrial. Francisco

Beltrão, 2008.

PARANÁ. Regimento Escolar do Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão, 2008.

117

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SMITH, Frank. Compreendendo a Leitura: Uma Análise Psicolinguística da Leitura e

do Aprender a Ler. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura e de Escrita. Porto Alegre: Artmed, 1998.

11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

11.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

, Com o estudo da Matemática e a necessária abstração, tentava-se justificar a

existência de uma ordem universal e imutável, tanto na natureza como na sociedade.

Com a sistematização das matemáticas estáticas, desenvolveu-se a aritmética, a

geometria, a álgebra e a trigonometria (RIBNIKOV, 1987).

Existem várias formas de definir a matemática: o estudo de padrões de quantidade,

estrutura, mudanças e espaço; a ciência do raciocínio lógico; a investigação de estruturas

abstratas. De qualquer forma, um dos seus maiores valores é o fato de constituir uma

verdadeira ferramenta, uma vez que contém em si mesma a capacidade de resolução de

problemas. Com ela podemos organizar, simplificar e interpretar dados bem como efetuar

inúmeros cálculos, além de muitas outras potencialidades que nos podem ajudar no dia –

dia de casa, de escola, do trabalho.

É certo, pois os nossos alunos não podem viver sem ela. A inimizade dos alunos

diante da matemática é de longa data e caracteriza numa luta por nós educadores, pais, e

todos os demais envolvidos na Educação, que não podemos deixar de travar. Procurar

métodos inovadores, metodologias mais eficazes, para que os alunos encontrem na

Matemática uma verdadeira forma de apreciar o conhecimento.

A Matemática, quando trabalhada de maneira adequada, ajuda no desenvolvimento

do raciocínio favorece o modo de pensar independente e contribui para que se aprenda a

tomar decisões. Ela é útil nas profissões e na formação de cidadãos.

A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam ao

aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se

capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o

ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas

ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios.

118

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O ensino da Matemática na educação básica é justificado pela riqueza

proporcionando ao aluno oportunidades de exercitar e desenvolver suas faculdades

intelectuais. A Matemática deve ser ensinada nas escolas porque é parte substancial do

patrimônio cognitivo da Humanidade. O ensino da Matemática se justifica pelos elementos

enriquecedores do pensamento Matemático na formação intelectual do aluno, seja pela

exatidão do pensamento lógico - demonstrativo que ela exibe, seja pelo exercício criativo

da intuição, da imaginação e dos raciocínios por indução e analogia. O ensino da

Matemática é também importante para dotar o aluno do instrumental necessário no estudo

das outras ciências e capacitá-lo no trato das atividades práticas que envolvem aspectos

quantitativos da realidade, tendo como objeto de estudo as formas espaciais e as

quantidades.

Sendo assim pode-se afirmar que os objetivos básicos da Educação Matemática

visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento –

natureza científica – e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da

Matemática a natureza pragmática Para Miguel Miorim (2004, p. 70) “a finalidade da

Educação Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,

procedimentos, algoritmos, etc.” Outra finalidade apontada pelos autores “é fazer com que

o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de

natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do

cidadão, isto é, do homem público”(id. 2004, p. 71).

O ensino da matemática que leva essa formação do estudo será feito com

metodologias que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina matemática, que

podem ser através da resolução de problemas, modelagem matemática, história da

matemática, etnomatemática, uso de mídias tecnológicas e investigações matemáticas .

Elaborar problemas, partindo da História da Matemática, é oportunizar ao aluno conhecer a

Matemática como campo do conhecimento que se encontra em construção e pensar em

um ensino, não apenas em resolver exercícios repetitivos e padronizados, sem nenhuma

relação com os outros campos do conhecimento. É também, uma possibilidade de dividir

com eles as dúvidas e questionamentos que levam à construção da Ciência Matemática.

Demonstrar a Matemática como Ciência em processo de construção de forma a

relacionar ensino, aprendizagem e conhecimento matemático;

Formar um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais,

bem como na prevenção ao uso de drogas, no enfrentamento à violência;

Construir o conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os

119

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conceitos foram apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na

formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das idéias e

das tecnologias;

Contribuir para que o estudante tenha condições de constatar regularidades

matemáticas, generalizações e apropriações de linguagem adequada para descrever e

interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento, e ainda,

que a partir desse conhecimento matemático, seja possível o estudante criticar questões

sociais, políticas, econômicas e históricas;

O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está

centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o

conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), 47 Secretaria de Estado

da Educação do Paraná e envolve o estudo de processos que investigam como o

estudante compreende e se apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto

de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70).

Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,

desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como

cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os

conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na

formação do pensamento do aluno.

Transpor para a prática docente o objeto matemático construído historicamente e

possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto;

Viabilizar ao professor de Matemática balizar sua ação docente, fundamentada

numa ação reflexiva que concebe a Ciência Matemática como uma atividade humana que

se encontra em construção;

Mostrar a Matemática do ponto de vista do seu fazer, do seu pensar e de sua

construção histórica, assim, buscando a sua compreensão.

Fazer um comparativo do conhecimento elaborado da humanidade historicamente

produzido com a prática cotidiano.

Ampliar o conhecimento matemático do ser humano visando contribuir numa ação

reflexiva para o desenvolvimento social, econômico, cultural e ético no contexto que está

inserido;

Proporcionar a todo e qualquer aluno, mesmo apresentando necessidades

especiais, um ambiente em que ele se sinta parte do processo educativo.

120

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11.2 CONTEÚDOS

Os conteúdos do ensino básico estão de acordo com as Diretrizes Curriculares da

Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática - 2008. Os conteúdos estruturantes

são referências que permitem aos professores contemplar a tradição da matemática com

disciplina escolar. Estas orientações têm como objetivo dar certa uniformidade aos

conteúdos específicos da Matemática ofertados aos diferentes níveis e modalidades de

ensino.

Para o ensino fundamental e ensino Médio da Rede Pública Estadual e para nosso

Colégio temos a seguinte distribuição

11.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

Trimestre CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÀSICOS ESPECÍFICOS

Números e Álgebra

Leitura e escrita de números grandes;

Números Naturais;

Números simétricos.

Geometrias

Bloco retangular Cubo e suas propriedades mais

evidentes.

Identificação de prismas e pirâmides, cilindros, cones

e esferas.

Geometria plana;

Geometria espacial.

Grandezas e Medidas

Medidas com régua;

Medidas de comprimento;

Medidas de área;

Medidas de volume com os respectivos sólidos

geométricos( Bloco Retangular e Cubo).

Perpendiculares e Paralelas;

Simetria.

Tratamento da

Informação

Interpretação de tabelas e gráficos de barras.

121

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Geometrias Construções geométricas em papel quadriculado

Números e Álgebra Múltiplos e Divisores;

Sequências;

Números Fracionários;

Números mistos;

Números decimais.

Tratamento da

Informação

Porcentagens;

Tabelas e Gráficos

Grandezas e Medidas

Medidas de comprimento.

Números e Álgebra

Potenciação e Radiciação;

Frações equivalentes.

Grandezas e Medidas

Medidas de Área

Tratamento da

Informação

Média Aritmética;

Estatística

7º ANO

Números e Álgebra

Sistemas de Numeração;

Números fracionários;

Números decimais;

Números Negativos.

Grandezas e medidas

Medidas de ângulos.

Geometrias Circunferências

122

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Simetria.

2º Números e Álgebra

Equações de 1º grau;

Grandezas Diretamente e

Inversamente proporcionais.

Geometrias

Geometria Plana (Poliedros,

Vistas, Mapas, Plantas e

Cortes);

Localização no Plano.

Números e Álgebra

Padrões Numéricos

Grandezas e medidas

Medidas;

Perímetros;

Áreas;

Volumes.

Tratamento da Informação

Porcentagens;

Gráficos.

Geometrias

Geometria plana;

Geometria Espacial

8º Ano

Conteúdos

Estruturante

s

Conteúdos

Básicos

Conteúdos

Específicos

123

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Números

e

Álgebra

- Números Racionais e

Irracionais;

- Sistemas de Equações

do 1º grau;

- Potências;

- Monômios e Polinômios;

- Produtos Notáveis.

- Raiz quadrada exata e

aproximada de números racionais

(extração);

- Reconhecer número irracional

em diferentes contextos;

- Operações com números

irracionais;

- Compreender e Identificar o

número π (pi) como número

irracional especial;

- Notação Científica (compreender

o objetivo e sua aplicação);

- Sistema de equações do 1º grau

(operar com o sistema);

- Operações com Monômios e

Polinômios;

- Produtos Notáveis e expressões

algébricas (em problemas que os

envolvam).

Grandeza

e

Medidas

- Medidas de

Comprimento;

- Medidas de área;

- Medidas de volume;

- Medidas de ângulos.

- Comprimento da circunferência

(calcular);

- Comprimento e área de

polígonos e círculo (calcular);

- Ângulos formados por retas

paralelas interceptadas por uma

transversal (identificação);

- Cálculo de área e volume de

poliedros.

Geometrias

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometria não-

euclidianas

- Triângulos semelhantes

(reconhecer);

- Ângulos internos do triângulo e

de polígonos regulares (identificar

e somar);

124

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- Noção de paralelismo (traçar e

reconhecer retas paralelas num

plano);

- Sistema de coordenadas

cartesianas. Marcar pontos,

identificação os pares ordenados

(abscissa e ordenada) analise de

seus elementos;

- Fractais (visualização e

manipulação de materiais e suas

propriedades).

Tratamento

da

Informação

- Gráfico e Informação;

- População e Amostra.

- Interpretação e representação de

dados em diferentes gráficos

(Barras, Linhas, Setores,

pictogramas);

- Conceito de amostra (utilizar no

levantamento de dados).

9º Ano

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Conteúdos

Específicos

Números

e

Álgebra

- Números Reais;

- Propriedades dos

radicais;

- Operações com expoentes fracionários;

- Identificação de potências com expoentes

fracionários como sendo radical. Aplicação

das propriedades / simplificação.

- Extração de Raiz quadrada usando

fatoração.

Números

e

Álgebra

- Equação do 2º

grau;

- Teorema de

Pitágoras;

- Sistemas de

- Equação do 2º grau completa e

incompleta;

- Raízes de uma equação do 2º grau;

- Determinação das raízes de uma

equação do 2º grau utilizando diferentes

125

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equações do 2º

grau;

processos;

- Interpretação de problemas em

linguagem gráfica e algébrica.

Números

e

Álgebra

- Equações

Irracionais;

- Equações

Biquadradas;

- Regra de três

composta.

- Equações irracionais (identificação e

resolução);

- Equações biquadradas (Resolução por

meio da eq. 2º grau -noção);

- Regra de três composta (em situações-

problema).

Geometrias 2º

- Geometria Plana

(sistema

cartesiano);

- Relação entre polígonos semelhantes

(verificação).

Funções 2º

- Noção intuitiva de

Função Afim;

- Noção intuitiva de

Função

Quadrática.

- Dependência de uma variável em relação

à outra (expressar essa dependência);

- Função afim e sua representação gráfica,

incluindo sua declividade em relação ao

sinal da função (reconhecer e analisar

graficamente);

- Gráficos com tabelas que descrevem

uma função (relacionar);

- Função quadrática e sua representação

gráfica associando a concavidade da

parábola em relação ao sinal da função

(reconhecer e analisar graficamente).

Geometrias 3º

- Geometria Plana;

- Geometria

Espacial;

- Geometria

Analítica;

- Geometrias não-

euclidianas

- Circunferência e circulo, congruência e

semelhança de figuras;

- Semelhança de triângulos / seguimentos

proporcionais (conhecer, compreender e

utilizá-la na resolução de situações-

problema);

- Teorema de Tales (em situações-

problema);

126

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- Noções básicas de geometria projetiva.

Grandezas

e

Medidas

- Teorema de

Tales;

- Semelhança de

triângulos;

- Relações

Métricas no

Triângulo

Retângulo;

- Trigonometria no

Triângulo

Retângulo.

- Relações métricas e trigonométricas no

triângulo retângulo (conhecer e aplicá-la);

- Medidas dos lados de um triângulo

retângulo (utilizando o Teorema de

Pitágoras);

- Cálculo da superfície e volume de

poliedros.

Tratamento

da

Informação

- Noções de

Análise

Combinatória;

-Noções de

Probabilidade;

- Estatística;

- Juros Compostos

- Situações-problemas (envolvendo o

raciocínio combinatório em contagens,

aplicando o princípio multiplicativo);

- Descrição de espaço amostral em um

experimento aleatório;

- Probabilidades (cálculo das chances de

ocorrência de um determinado evento);

- Situações-problemas (envolvendo juros

compostos).

11.2.2 ENSINO MÉDIO

Trimestre 1º Ano 2º Ano 3º Ano

Números e Álgebra

-Números reais e

Intervalos;

-Equações,

Inequações;

Exponenciais,Modulare

s e Logarítmicas.

Funções

-Progressão Aritmética;

-Progressão

Geométrica.

Geometrias

-Geometria Analítica;

-Geometria Espacial;

-Geometria Não-

Euclidiana

Grandezas e Medidas

-Medidas de Volume;

Grandezas e Medidas Números e Álgebra Números e Álgebra

127

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-Medidas de área;

-Trigonometria

Geometrias

-Geometria Plana.

Funções

-Função Afim;

-Função Quadrática;

-Função Polinomial;

-Sistemas Lineares;

-Matrizes e

Determinantes;

-Números Complexos;

-Polinômios.

Funções

-Função Exponencial;

-Função Logarítmica;

-Função Modular;

-Função

Trigonométrica;

-Progressão Aritmética;

-Progressão

Geométrica;

Tratamento da

Informação

-Análise Combinatória;

-Binômio de Newton;

-Estudo das

Probabilidades.

Tratamento da

Informação

-Estatística;

-Matemática Financeira;

11.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A proposta Metodológica da disciplina visa desenvolver os diversos campos de

investigação e de produção do conhecimento de natureza científica, propiciando melhor

qualidade de ensino e de aprendizagem da Matemática, de modo a que o estudante possa

construir através do saber matemático, valores e atitudes de naturezas diversas, visando a

formação integral do ser humano e particularmente da sociedade, do cidadão e do homem

público.

Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes evocam

outros conteúdos estruturantes, conteúdos básicos e específicos, priorizando relações e

interdependências que, consequentemente, enriquecem os processos pelos quais

acontecem aprendizagens em Matemática. O olhar que se volta para os conteúdos

estruturantes não é hermético. A articulação entre os conhecimentos presentes em cada

conteúdo estruturante é realizada na medida em que os conceitos podem ser tratados em

deferentes momentos e, quando situações de aprendizagens possibilitam, por ser

retomados e aprofundados.

128

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Portanto, busca-se direcionar o trabalho docente de forma que o mesmo se paute

em abordagens a partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de

cada conteúdo específico.

Com a perspectiva de um trabalho docente com conteúdos de Matemática,

pensados a partir de uma noção que vise romper com abordagens que apregoam a

fragmentação de tais conteúdos como se eles existissem em patamares distintos e sem

vínculos.

Dessa forma, como proposta das Diretrizes Curriculares Estaduais, seguem-se

considerações sobre as tendências metodológicas elencadas e estudadas pela Educação

Matemática, as quais devem dar ação no processo de ensino-aprendizagem nos

conteúdos estruturantes e seus desdobramentos propostos para a disciplina de

Matemática, Assim:

10.3.1 - Etnomatemática

O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social

que produzem conhecimento matemático. Esta tendência leva em consideração que não

existe um único saber, mas vários saberes distintos e nenhum menos importante que

outro. As manifestações matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e

práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais.

A etnomatemática considera uma organização da sociedade que permite o exercício

da critica e na análise da realidade. Nesse sentido, é um importante campo de

investigação que, por meio da Educação Matemática, prioriza um ensino que valoriza a

história dos estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais e de

raízes culturais de outros grupos.

11.3.2 - Modelagem Matemática

Essa abordagem tem como pressuposto que o ensino e a aprendizagem da

Matemática podem ser potencializados quando se problematizam situações do cotidiano. A

Modelagem Matemática, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no

contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre

situações de vida. A Modelagem Matemática consiste na arte de transformar problemas

reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na

linguagem do mundo real.

Diante das possibilidades de situações diferenciadas de aprendizagens oriundas da

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Modelagem Matemática, esta tendência contribui para a formação do estudante ao

possibilitar maneiras pelas quais os conteúdos de Matemática sejam abordados na prática

docente, cujo resultado será um aprendizado significativo.

11.3.3 - Resolução de Problemas

Uma das razões de ensinar Matemática é abordar os conteúdos matemáticos a

partir da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de

aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de um

problema, o estudante precisa ter condições de buscar várias alternativas que almejam a

solução. É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de problemas

são metodologias diferentes. Enquanto na resolução de exercícios os estudantes dispõem

utilizam mecanismos que os levam, de forma imediata, pois muitas vezes, é preciso

levantar hipóteses e testá-las. Desta forma, uma mesma situação pode ser um exercício

para alguns e um problema para outros, dependendo dos seus conhecimentos prévios.

11.3.4 - Mídias Tecnológicas

No contexto da Educação Matemática, os ambientes de aprendizagem gerados por

aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo

de ensino e da aprendizagem. O uso de mídias tem suscitado novas questões, sejam elas

em relação ao currículo, à experimentação Matemática, às possibilidades do surgimento

de novos conceitos e de novas teorias matemáticas (Borba 1999). Atividades realizadas

com o uso do lápis e do papel, ou mesmo o quadro e o giz como a construção de gráficos,

por exemplo, como o uso dos computadores amplia as possibilidades de observação e

investigação, visto que algumas etapas formais de construção são sintetizadas (D’

Ambrosio, 1989).

Os recursos tecnológicos, sejam eles o software, a televisão, as calculadoras,

osaplicativos da Internet entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas,

potencializando formas de resolução de problemas. A Internet segundo Tajra (2002) é

outro recurso que também pode favorecer a formação de várias comunidades virtuais que,

relacionadas entre si, promovem trocas e ganhos de aprendizagem.

11.3.5 - História da Matemática

É importante entender a História da Matemática no contexto da prática escolar como

componente necessário de um dos objetivos primordiais da Matemática. Sendo assim se

130

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faz necessário que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e a sua

relevância na vida da humanidade. Não se trata com esta tendência histórica de, apenas,

retratar curiosidades ou um conjunto de biografias de matemáticos famosos, mas sim, de

vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias

históricas e às correntes filosóficas que determinavam o pensamento e influenciavam no

avanço científico de cada época.

Considera-se a História da Matemática como um elemento orientador na elaboração

de atividades, na criação das situações-problema, na fonte de busca, na compreensão e

como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Possibilita o levantamento e a

discussão das razões para a aceitação de certos fatos, raciocínios e procedimentos por

parte do estudante. Para Miguel e Miorim (2004) a história permite refletir sobre as

explicações dadas aos porquês da Matemática, bem como, para a promoção de ensino e

da aprendizagem da Matemática escolar baseada na compreensão e na significação. É

pela História da Matemática que se tem possibilidade do estudante entender como o

conhecimento matemático é construído historicamente.

11.3.6 - Investigação Matemática

Investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de forma

diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é

explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através,

por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de

investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação

distintos por diferentes grupos de alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de

investigações diferentes, com certeza obterão resultados também diferentes.

Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um matemático, não

apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula

conjecturas a respeito do que está investigando. Assim, “as investigações e refutações,

discutindo e argumentando com seus colegas e com o professor. Esse é exatamente o

processo de construção da matemática pelos matemáticos e, portanto, o espírito da

atividade matemática genuína está presente na sala de aula. Enfim, investigar significa

procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de toda ação pedagógica.

11.4 - AVALIAÇÃO

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

131

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desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais

deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com

preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

( Regimento escolar, art.102-pág.44)

Mudanças na maneira de conceber a aprendizagem e de abordar os conteúdos

matemáticos implicam mudar o modo de avaliar e seus objetivos. Deve- se olhar a

avaliação como parte integrante do processo educativo. Sendo assim ela não pode ter

apenas caráter de finalização de etapas.

O processo de avaliação é trimestral, contínua e praticada sob forma de atribuição

de qualidade aos resultados da aprendizagem, tendo por base seus aspectos essenciais,

como objetivo final, uma tomada de decisão que direciona o aprendizado e,

consequentemente, o desenvolvimento do aluno. Seu registro é expresso em documento

próprio, considerando a atuação do mesmo, frente ao processo ensino-aprendizagem.

Observa-se que a utilização de formas inovadoras de avaliação traz benefícios ao

processo educativo pois assim ela assume uma nova função: a de auxiliar e orientar os

estudantes sobre o desenvolvimento de suas capacidades e competências, bem como

auxiliar o professor a identificar se os objetivos a que se propôs foram atingidos.

A avaliação também fornece ao professor informações sobre como está ocorrendo a

aprendizagem de seus alunos quanto a conceitos adquiridos, raciocínios desenvolvidos e

domínio de certas regras, possibilitando uma reflexão continua sobre sua prática em sala

de aula.

As diferentes formas de avaliar, sejam elas provas, trabalhos, participação em

atividades desenvolvidas em sala de aula ou fora dela, devem contemplar explicações,

justificativas e argumentações orais, uma vez que estas revelam aspectos do raciocínio

que muitas vezes não ficam evidentes em avaliações escritas.

Ao final de cada unidade de ensino ou blocos de conteúdos os professores

farão no mínimo uma avaliação escrita com peso 10,0, sendo que ao final do

trimestre deverá haver no mínimo três (3) avaliações com peso 10,0 cada

uma, dividido pelo número de avaliações realizadas, formando a média

trimestral.( P.P.P-2010 pág 41).

As estratégias alternativas de avaliação devem possibilitar que o professor verifique

se os alunos sabem utilizar corretamente o pensamento Matemático para questionar,

132

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argumentar, formular hipóteses e apresentar diferentes soluções para situações

desafiadoras. Ao aluno que apresentar dificuldades de aprendizagem e necessidades

especiais, serão oferecidas reorientação e recuperação paralela sempre que houver

necessidade, priorizando a aprendizagem assim a nota será uma consequência.

Como instrumentos de avaliação: Observações diárias; Registro de atividades;

Interação dialógica com o aluno; Trabalhos de pesquisa; Tarefas diárias; Provas e testes;

Participação; Frequência; Aulas práticas; Atividades extraclasses.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

• elabora um plano que possibilite a solução do problema;

• encontra meio diversos para a resolução de um problema matemático;

• realiza o retrospecto da solução de um problema.

Ao aluno que apresentar dificuldades de aprendizagem será ofertada a recuperação

paralela ou seja recuperação de estudos, através de revisão dos conteúdos com exercícios

realizados em sala de aula, trabalhos, pesquisa, jogos, novas avaliações e metodologias

diferenciadas quando necessário, sempre respeitando o Projeto Político Pedagógico e o

Regimento Escolar do Colégio.

11.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ÁVILA, G. Objetivos do Ensino da Matemática. Revista do Professor de Matemática 27.

1995.

GROENWALD, C. L. O. A Matemática e o Desenvolvimento do Raciocínio Lógico.

Educação Matemática em Revista- RS. janeiro de 1999.

IMENES, Luiz Márcio. Matemática para Todos: 8º série, 4° ciclo/ São Paulo: Scipione,

2002.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná –

Matemática. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,

2010.

133

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PARANÁ, Regimento Escolar. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,2008

TOSATTO, Cláudia Miriam. Ideias e Relações: 8° Série- Matemática, 1° edição- Curitiba,

2002.

12. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

12.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Química é a ciência da matéria ,que estuda suas propriedades e

transformações. Esta disciplina apresenta uma particularidade ímpar, pois se apropria e

necessita de todos os saberes das demais disciplinas curriculares, pois é aplicado no seu

aprendizado. Esta ciência evidencia a necessidade de uma leitura mais aprimorada do

mundo em que vivemos.

Desta forma quando estudamos Química precisamos relacionar as propriedades

de uma substância com sua estrutura, descrever, prever, compreender os fenômenos

ocorridos ,interpretar suas diferentes linguagens para melhor compreender a natureza e

sua matéria.

“ Para iniciar as discussões sobre a importância do ensino de Química,

considera-se essencial retomar fatos marcantes da história do conhecimento

químico em suas inter-relações econômica ,política e social. Inicialmente ,o

ser humano obteve a partir do fogo seus benefícios. Desses benefícios, a

extração produção e o tratamento de metais como o cobre, o bronze e o ouro

merecem destaque na história da humanidade ,no que diz respeito aos fatos

políticos, religiosos e sociais que o envolvem”( DCE –SEED Paraná pág

382).

Na Idade Média , os alquimistas que norteavam seus experimentos na busca pelo

Elixir da Longa Vida e da Pedra Filosofal , conseguiram relacionaram vários metais e a

descoberta do oleum de vitriolo .

Na Europa, a alquimia chegou “ [...] através de textos árabes ,os quais por sua vez

,já eram traduções e adaptações de velhos textos helenísticos ou de traduções caldaicas”

(ALFONSO –GOLDFARB ,2001 ,P.29)( DCE –SEED PR , pág. 383)

A partir do século XVII ,os estudiosos já passaram a perceber a natureza sem

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mistérios. A Química teve então seu marco como constituição de Ciência no final do

século XVIII com a publicação do “Traité Elémentaire de Chimie ,escrito por Lavoiser.

O século XIX, com a Revolução Industrial, se tornou o grande marco transformador

“das coisas”. Por exemplo medicamentos começaram a ser produzidos, a indústria de

corantes ascendeu e as primeiras fibras sintéticas passaram a fazer parte do cotidiano das

pessoas, garantindo-lhes uma nova forma de viver.

Neste período, o lugar da ciência, em especial a QUIMICA passa a ser privilegiada

pois segundo CHASSOT:

[...]a ciência deixou de identificar-se com o desencanto do mundo. Neste

período de transição , a ciência hoje expressa nossas interrogações frente a

um mundo mais complexo e mais inesperado do que poderia imaginar a

ciência clássica. A ciência está se libertando dos laços ideológicos do século

XVII europeu e procurando uma linguagem mais universal , mais respeitosa

de outras tradições e de outras problemáticas. Talvez nesta atmosfera

renovada veremos (...)novas forças no encontro entre nossos saberes e

nossos poderes .Mais do que nunca, a ciência aparece como um dos mais

fascinantes diálogos que o homem já travou.(CHASSOT, 1977 ,p. 181)

Esta concepção histórica da disciplina possibilita uma abordagem pedagógica

crítica da Química ,que visa ultrapassar a subserviência da educação ao mercado de

trabalho.( DCE – SEED Paraná)

Neste sentido ressalta-se que ensinar Química é mostrar também que temos o

dever de manter um ambiente saudável, para as futuras gerações. Sempre levando em

consideração a potencialidade de cada ser, identificando valores comerciais dos produtos

comercializados, indicando as possíveis substituições, vejamos aqui o caso dos remédios

genéricos, que chegam a uma diferença exorbitante de até 90% ou mais no preço de outro

de renome no campo da medicina. Ressaltar a importância dos valores humanos, que

estão sendo ignorados por comodidade ou acomodação da sociedade que aceita o que é

imposto como correto sem se dar conta desta ou daquela situação, intenciona-se assim

educar pessoas críticas que possam pensar e agir individualmente, porém pelo bem

coletivo e que sejam efetivos cidadãos construtores e detentores de um mundo melhor.

• Ter noções de Química que instrumentalize o cidadão para as aplicações dos

conteúdos conhecimentos químicos e da tecnologia da sociedade.

• Proteger a vida das gerações futuras proporcionando condições para que todos

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tenham acesso aos benefícios da química.

• Aprender acercados materiais, suas ocorrências, seus processos de obtenção e

suas aplicações, traçando paralelos com o desenvolvimento social e econômico do

homem contemporâneo.

12.2 - CONTEÚDOS

De acordo com as Diretrizes Curriculares de Química, o ensino da disciplina

está fundamentado em três conteúdos estruturantes:

MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTICA;

Com base na proposta de Mortimer e Machado (2000) o centro do objeto de

estudo da Química são as Substâncias e Materiais, sustentado pela tríade Composição,

Propriedades e Transformações. A intenção é ampliar a possibilidade dos conceitos

químicos e não vinculá-los a nomes fórmulas complexas de pouco entendimento para o

aluno.

No conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, realizamos uma abordagem

da História da Química para sua melhor compreensão. O estudo dos modelos atômicos

contribuem para o estudo posterior de conteúdos mais elaborados.

Em Biogeoquímica procura-se entender as complexas relações existentes

entre os seres vivos, a natureza e as substâncias químicas. Através da química sintética

estudamos a síntese de novos produtos e materiais químicos e permite o estudo dos

produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia, fertilizantes e agrotóxicos.

1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

1- MATÉRIA Constituição da matéria;

Estados de agregação;

Natureza elétrica da matéria;

Modelos atômicos

(Rutherford, Thomson,

136

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MATÉRIA E SUA

NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

2- SOLUÇÕES

3- VELOCIDADE DAS

REAÇÕES

4- LIGAÇÕES QUÍMICAS

5- RADIOATIVIDADE

6- FUNÇÕES QUÍMICAS

Dalton, Bohr...); Estudo dos

metais; Tabela periódica.

Substância: simples e

composta; Misturas; Métodos

de separação; Tabela

periódica.

Reações QUÍMICAS; Lei das

reações químicas;

Representações das reações

químicas; Tabela periódica.

Interações Intermoleculares

e as propriedades das

substâncias moleculares.

Modelos atômicos

(Rutherford); Elementos

químicos (radioativos);

Tabela periódica.

Funções Inorgânicas; Tabela

periódica.

2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

Matéria e sua natureza 1- MATÉRIA Constituição da matéria;

Tabela periódica.

137

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Biogeoquímica

Química Sintética

2-SOLUÇÕES

3- VELOCIDADE DE

REAÇÃO

4- EQUILÍBRIO QUÍMICO

Solubilidade; Concentração;

Forças

intermoleculares;Temperatur

a e pressão;Densidade;

Disperção e suspensão;

Tabela periódica.

Reações Químicas;

Condições fundamentais

para ocorrência das reações

químicas (natureza dos

reagentes, contato entre os

reagentes, teoria de colisão);

Fatores que interferem na

velocidade das reações

(superfície de contato,

temperatura, catalisador,

concentração dos reagentes,

inibidores); Lei da velocidade

das reações químicas;

Tabela periódica.

Reações químicas

reversíveis; Concentração;

Relações matemáticas e o

equilíbrio químico (constante

de equilíbrio); Deslocamento

de equilíbrio (princípio de Lê

Chatelier): concentração,

pressão, temperatura e efeito

138

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5- LIGAÇÕES QUÍMICAS

6- REAÇÕES QUÍMICAS

dos catalisadores; Equilíbrio

químico em meio aquoso (ph,

constante de ionização, Ks);

Tabela periódica.

Solubilidade e as ligações

químicas; Interações

intermoleculares e as

propriedades das

substâncias moleculares;

Tabela periódica.

Reações de oxirredução;

Reações exotérmicas e

endotérmicas; Diagramas

das reações exotérmicas e

endotérmicas; Variação de

entalpia; Calorias; Equações

termoquímicas; Princípios da

termodinâmica; Lei de Hess;

Entropia e energia livre;

Calorimetria; Tabela

periódica.

3º ANO

MATÉRIA E SUA

NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

CONTEÚDO BÁSICO

MATÉRIA

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Constituição da matéria; Tabela

periódica.

Modelos atômicos (Rutherford);

Elementos químicos

(radioativos); Tabela periódica;

139

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QUÍMICA SINTÉTICA

RADIOATIVIDADE

SOLUÇÕES (Petróleo)

VELOCIDADE DAS

REAÇÕES

LIGAÇÃO QUÍMICA

FUNÇÕES QUÍMICAS

Reações químicas;Velocidades

das reações; Emissões

radioativas; Leis da

radioatividade; Cinética das

reações químicas; Fenômenos

radioativos (fusão e fissão

nuclear);

Substâncias simples e composta;

Misturas; Métodos de separação;

Forças intermoleculares, Tabela

periódica.

Reações químicas;

Representação das reações

químicas; Tabela periódica.

Tabela periódica; Propriedades

dos materiais; Tipos de ligações

químicas em relação aos

materiais; Ligações de

Hidrogênio; Ligações sigma e pi;

Ligações polares e apolares;

Alotropia.

Funções Orgânicas; Tabela

periódica.

140

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MATÉRIA E SUA

NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTICA

MATÉRIA

RADIOATIVIDADE

SOLUÇÕES (Petróleo)

VELOCIDADE DAS

REAÇÕES

LIGAÇÃO QUÍMICA

Constituição da matéria; Tabela

periódica.

Modelos atômicos (Rutherford);

Elementos químicos

(radioativos); Tabela periódica;

Reações químicas;Velocidades

das reações; Emissões

radioativas; Leis da

radioatividade; Cinética das

reações químicas; Fenômenos

radioativos (fusão e fissão

nuclear);

Substâncias simples e composta;

Misturas; Métodos de separação;

Forças intermoleculares, Tabela

periódica.

Reações químicas;

Representação das reações

químicas; Tabela periódica.

Tabela periódica; Propriedades

dos materiais; Tipos de ligações

químicas em relação aos

materiais; Ligações de

Hidrogênio; Ligações sigma e pi;

Ligações polares e apolares;

Alotropia.

141

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FUNÇÕES QUÍMICAS Funções Orgânicas; Tabela

periódica.

12.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A abordagem teórico-metodológica, embasada nos preceitos da Pedagogia

Histórico Crítica referenciada pela DCE de Química apresenta-se focada para o cotidiano

do aluno, onde através do aprendizado apropriado ele passe a construir o conhecimento

científico partindo do conhecimento empírico.

A orientação metodológica deve, portanto, ser fundamentada a partir do

estabelecimento de relações conceituais abrangentes, ou pelo menos relacionada a elas,

onde o aluno possa articular os conceitos com a mediação do professor, estabelecendo

desafios cognitivos e reformulando conceitos sobre o mundo que os rodeia.

A seleção de conteúdos estruturantes, fundamentada no estudo da História da

Química, iniciada pelos filósofos e fortalecida após o Renascimento, onde o conceito de

Ciência passou efetivamente ser incorporado nos estudos, proporcionando uma

contextualização e facilitando a interdisciplinaridade.

A partir dos conceitos estruturantes: MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA E QUÍMICA SINTÉTICA, a base cartesiana de conceitos deixa de

existir, e os temas passam a ser abordados não mais de forma linear, mas interligados e

retomados sempre que se fizer necessário.

As aulas de laboratório, metodologia fundamental para o entendimento macro e

microscópico do mundo da Química devem ser abordados de forma simples e eficaz, como

um valioso facilitador da aprendizagem.

Esse processo deve ser planejado, organizado e orientado pelo professor, numa

relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos químicos constitua apropriação

de parte do conhecimento científico, o qual, deve contribuir para a formação de sujeitos

que compreendam e questionem a ciência do seu tempo.

12.4 - AVALIAÇÃO

A partir da Lei de lei de Diretrizes e Bases da Educação n° 9394/96 , avaliação

será processual e formativa, fornecendo dados para o professor tanto de suas práticas

pedagógicas como do efetivo aprendizado do aluno.

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.

Trata-se de um processo de construção e reconstrução de significados dos conceitos

142

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científicos. Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar

instrumentos que possibilitem as várias formas de expressão dos alunos tais como: leitura

e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica,

pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários,

entre outras. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e

objetivo de ensino.

Em relação à leitura de mundo, o aluno deve posicionar-se criticamente nos debates

conceituais, articular o conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas,

ou seja, deve tornar-se capaz de construir o conhecimento a partir do ensino, da

aprendizagem e da avaliação.

12.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERNANDES, Maria Luiza Machado. O ensino da Química e o cotidiano. 2010, IBPX.

FRANCISCO BELTRÃO, Colégio Estadual Industrial. Projeto Político Pedagógico.

Francisco Beltrão, 2012

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Química.

Curitiba: SEED, 2008.

SILVEIRA, H.E. A história da ciência na formação de professores de química. O

informativo UNIFIA, ano ll, 25 set 2007, p.4

BERNADELLI,M.S Encantar para ensinar –um procedimento alternativo para o Ensino

da Química.Centro reichiano,2004.Cd-Rom

CHASSOT, A. A Ciência através dos tempos .2° ed.São Paulo: Moderna ,2004

MALDANER,O.A A formação inicial e continuada dos professores de Química:

professor/pesquisador. 2ed.Ijuí :Editora Unijuí ,2003

MORTIMER ,E.F. ,MACHADO,A. H., ROMANELLI, L.I .A proposta curricular de Química

do Estado de Minas gerais: fundamentos e pressupostos. Química Nova[on line] .São

Paulo, v 23,n°2 , ABRA 2000.

RUSSEL, J. B. Química Geral., Editora Mc Graw-Hill do Brasil. São Paulo, 1994.

13 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

13.1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

As interrupções que a disciplina de sociologia teve nas grades curriculares nos

últimos anos, devido a uma falta de tradição e a carência de materiais didáticos

143

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adequados, trouxeram muitas marcas no cenário educacional.

Desde a sua consolidação como ciência da sociedade, ela busca compreender o ser

humano e suas relações sociais, alem de entender, questionar e explicar os mecanismos

de produção, organização, domínio e controle do poder que resultam nas relações sociais

de maior ou menor exploração ou igualdade no mundo capitalista.

Segundo Pérsio Santos, p 28/2004 “O aspecto mais importante da interação social é

que ela modifica o comportamento dos indivíduos envolvidos, como resultado do contato e

da comunicação que se estabelecem entre eles”. Desse não podemos negar a importância

do conhecimento científico para os nossos alunos, pois é ele que contribui para a análise

crítica da sociedade como um todo, auxiliando-os na compreensão das questões que

envolvem o cotidiano, compartilhando experiências e objetivos comuns com seus pares,

pois é nessa troca que se vivencia a mais valiosa das possibilidades educacionais, a

autonomia de pensamento, que dá a base para a formação de um ser humano mais critico,

capaz de exercer sua cidadania plena no sentido de efetuar as mudanças necessárias

para que tenhamos uma sociedade mais justa.

Devemos manter no horizonte da análise, tanto o contexto histórico do aparecimento

da sociologia e a contribuição dos clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais

recentes. Como disciplina, a sociologia deve contrastar tradições diversas de pensamento,

avaliando os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje, também deve

tratar pedagogicamente a contextualização histórica e política das teorias.

É de grande importância, conhecer as diversas concepções sociológicas para uma

melhor construção do pensamento sociológico. Dessa forma, nossos jovens terão a

formação voltada a recriar a solidariedade, a participação, o envolvimento e o

compromisso de mudar a sociedade. Nossos alunos poderão ter acesso a outros saberes

elaborados de forma crítica, podendo alterar com melhor qualidade sua prática social.

É através destes conteúdos críticos, que a sociologia irá esclarecer muitas questões

acerca das desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais da sociedade. A

introdução de conteúdos voltados para a formação humana pode ajudar na formação e

construção de seres humanos mais conscientes. E a disciplina de sociologia, irá contribuir

para que o aluno entenda a realidade e possa lutar por um mundo melhor.

O objeto de estudo da disciplina de Sociologia são as relações que se estabelecem

no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as relações entre os

indivíduos e a coletividade. A Sociologia tem por base a sociedade capitalista, contudo,

não existe uma única forma de interpretar a realidade e esse diferencial deve fazer parte

144

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do trabalho do professor.

Devemos manter no horizonte de analise tanto o contexto histórico do seu

aparecimento e a contribuição dos clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais

recentes. Como disciplina, a Sociologia deve contrastar tradições diversas de pensamento,

avaliando os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje, também deve

tratar pedagogicamente a contextualização histórica e política das teorias.

A abordagem dada aos conteúdos estarão relacionadas à sociologia crítica.

Caracterizada por práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas,

possibilitando uma ação transformadora do real propiciando ao aluno os conhecimentos

sociológicos, de maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em

relação às determinações históricas nas quais se situa e lhes fornecem elementos para

pensar possíveis mudanças sociais. Entendemos que professores e alunos são

pesquisadores e estarão buscando fontes para esclarecer questões acerca de

desigualdades sociais, políticas e culturais, podendo alterar qualitativamente sua prática

social.

Compreender as diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos,

as relações que estabelecem no interior desses grupos e suas diferenças.

Entender as consequências das relações dos indivíduos e da coletividade no

desenvolvimento da sociedade.

Desenvolver o senso crítico para que o aluno possa compreender o meio em que

vive e que seja capaz de intervir nesse meio, buscando sua transformação.

Analisar os valores e princípios que fundamentem as sociedades. E a partir desses

valores, que o aluno possa refletir seus próprios valores e suas ações no seu dia-a-dia.

Reconhecer a importância do conhecimento para a vida humana, entendendo que

não existe um conhecimento único e definitivo.

Reconhecer o valor da sociologia na busca da compreensão da realidade social e

cultural.

Questionar as realidades sociais inseridas através de dogmas, crenças, mitos e

outros. E através deste questionamento encontrar uma explicação para determinada

situação.

− Desnaturalizar as ações que se estabelecem na sociedade.

− Perceber que a realidade social é histórica e socialmente construída.

− Explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,

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desconstruindo pré- noções e pré conceitos.

− Questionar quanto à existência de verdades absolutas, sejam elas na compreensão

do cotidiano ou na constituição da ciência.

− Inserir do aluno como sujeito social que compreende a sua realidade imediata, mas

que também percebe o que se estabelece além dela.

− Desenvolver a “imaginação sociológica”.

− Compreender como as sociedades organizam-se, se estruturam, se legitimam e

mantêm-se, habilitando os indivíduos para uma atuação crítica e transformadora.

13.2 - CONTEÚDOS

1º Ano – Ensino Médio

1º Trimestre

O surgimento da Sociologia e das teorias sociológicas:

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social:

• Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Weber, Engels e Marx:

• O desenvolvimento da sociologia no Brasil.

2º Trimestre

O processo de socialização e as instituições sociais:

- Processo de socialização;

- Instituições sociais: familiares, escolares e religiosas;

- Instituições de reinserção: prisões, manicômios, educandários, asilos e etc;

- Trabalho, produção e classes sociais;

4.O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades.

3º Trimestre

Trabalho, produção e classes sociais:

5.Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;

6.Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

7.Globalização e neoliberalismo;

8.Relação de trabalho;

9.Trabalho no Brasil.

2º Ano – Ensino Médio

1º Trimestre

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Poder, política e ideologia

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno.

Conceitos de poder.

Conceitos de ideologia.

Conceitos de dominação e legitimidade.

Estado no Brasil.

2º Trimestre

Poder, política e ideologia

Democracia, autoritarismo, totalitarismo.

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

Direitos, cidadania e movimentos sociais.

Direitos civis, políticos e sociais.

Direitos humanos.

3º Trimestre

Direitos, cidadania e movimentos sociais

Conceito de cidadania.

Movimentos sociais.

Movimentos sociais no Brasil.

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas.

A questão das ONG's.

3º Ano – Ensino Médio

1º Trimestre

Cultura e indústria cultural

- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das

deferentes sociedades.

- Diversidade cultural.

- Relações de gênero.

2º Trimestre

Cultura e indústria cultural

- Cultura afro-brasileira e africana.

- Culturas indígenas.

- Identidade.

- Indústria cultural.

3º Trimestre

147

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Cultura e indústria cultural

- Meios de comunicação em massa.

- Sociedade de consumo.

- Indústria cultural no Brasil.

13.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O Ensino de Sociologia propõe uma metodologia que coloque o aluno como sujeito

de seu aprendizado, aprendendo a pensar sobre a sociedade em que vive e entendê-la

para poder, nela, intervir.

Como disciplina escolar, a Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas do

pensamento, avaliando os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje. As

abordagens que se dão aos conteúdos e as avaliações devem estar relacionadas à

Sociologia crítica, caracterizadas por práticas que permitam compreender as problemáticas

sociais, possibilitando uma ação transformadora do real. Assim o conhecimento

sociológico crítico é entendido como a autoconsciência científica da sociedade.

O processo de ensino e aprendizagem deve propiciar ao aluno, os conhecimentos

sociológicos necessários para que se tenha uma melhor compreensão das determinações

históricas que ele se situa, podendo assim, pensar em possíveis mudanças sociais.

Professores e alunos devem ser entendidos como pesquisadores, buscando

esclarecer questões acerca de desigualdades sociais, políticas e culturais.

No intuito de firmar a sua cientificidade, sugere-se que a disciplina seja iniciada com

uma contextualização da construção da Sociologia, enfocando a modernidade como

recorte histórico necessário para sua compreensão. Será necessário, sempre voltar à

relação entre o contexto histórico e o conteúdo específico, para uma melhor compreensão

dos fenômenos que fazem parte da prática social do educando.

O professor pode instigar o interesse do aluno, desenvolvendo nele o sentimento de

estar integrado à realidade que o cerca, analisando os problemas e cogitando possíveis

soluções. Podendo dessa maneira, ensinar o aluno a fazer perguntas e buscar as

respostas na realidade social que o cerca.

Para se comprovar ou mesmo para exercitar a prática da sociologia, pode-se

estimular a pesquisa social dos estudantes, no próprio ambiente escolar ou familiar, assim

terão maior contato com a realidade. O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que

coloquem os alunos como sujeitos de seu aprendizado e espera-se que eles

compreendam as construções históricas, como passíveis de sofrerem transformações.

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Através de aulas bem elaboradas, os alunos podem sentir-se atraídos e assim

despertar processos de identificação de problemas sociais. Neste ponto, alguns

encaminhamentos metodológicos são propostos, tais como: aulas dialogadas, debates e

seminários, pesquisa de campo e bibliográfica, análise crítica de filmes, documentários,

músicas, programas de TV e outros. Estas formas de exposição de aulas devem ser

trabalhadas com rigor metodológico, para a construção do pensamento científico e o

desenvolvimento do espírito crítico do aluno.

13.4 - AVALIAÇÃO

A metodologia da disciplina de Sociologia privilegia uma avaliação mais participativa,

valorizando a criatividade dos alunos, seus conhecimentos e experiência, concebendo-a

como mecanismo de transformação social. Propõe-se portanto uma prática avaliativa

voltada à “desnaturalizar” conceitos tomados como irrefutáveis, desenvolvendo o senso

crítico dos educados.

A avaliação desta disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da

percepção da realidade e deve servir como instrumento docente para a reformulação de

práticas.

A avaliação percebida como instrumento dialético da identificação de novos rumos,

não significa menos rigor na prática de avaliar, visto que a aprendizagem dos alunos não

se inicia e muito menos finaliza quando medimos sua aprendizagem através de uma nota.

A avaliação ocorre no decorrer do processo. De acordo com Claudia de Oliveira

Fernandes, p 20 “É possível concebermos uma perspectiva de avaliação cuja vivência seja

marcada pela lógica da inclusão, do diálogo, da construção da autonomia, da mediação,

da participação, da construção da responsabilidade com o coletivo”. Dessa forma,

certamente teremos uma forma de avaliar a disciplina de sociologia de maneira

democrática, inclusiva, considerando as inúmeras possibilidades de realizar o processo de

ensino e aprendizagem preparando indivíduos autônomos, capazes de expressar sua

própria opinião. Várias podem ser as formas de avaliação, desde que se tenha como

perspectiva, a clareza dos objetivos que se pretende atingir. A avaliação, busca servir

como instrumento diagnóstico da situação, tendo por objetivo à definição de

encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem.

O aluno poderá ser avaliado através de vários instrumentos: provas orais ou escritas,

trabalhos, tarefas de casa, atividades, pesquisas, participação e etc.

Ao final do trimestre deverá haver no mínimo três avaliações com peso 10,0 (dez)

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cada uma. A recuperação será feita de forma paralela as avaliações, prevalecendo a maior

nota (recuperação com nota substitutiva), aonde todos os alunos terão o direito de

melhorar suas notas.

13.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo: Moderna,

1997.

FERNANDES, Claudia de Oliveira. Indagações sobre Currículo: currículo e avaliação.

Brasilia: Ministério da educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

MEKSENAS, P. Aprendendo Sociologia: a paixão de conhecer a vida. São Paulo: Ed.

Loyola, 1991.

PARANÀ. SOCIOLOGIA / Vários Autores. - Curitiba: SEED/PR, 2006.

PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais de

Sociologia para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

KILPATRITRICK, Willian Heard, 1871-1965. Educação para uma sociedade em

transformação; Tradução de Renata Gaspar Nascimento. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011-

(Coleção Textos Fundantes da Educação) SANTOS, Pércio. Introdução a sociologia.

14 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE L.E.M - INGLÊS

14.1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Atualmente, considera-se que o ensino de uma Língua Estrangeira é fundamental

para o desenvolvimento do ser humano, com ampliação de conhecimentos.

Analisando esta afirmação, salienta-se a importância da rede pública de ensino

oportunizar aos seus educando o contato com línguas estrangeiras.

O ensino de língua estrangeira deve ser apresentado ao educando não somente

como um meio de comunicação entre pessoas de diferentes nacionalidades. Ela deve ser

entendida como um meio de interação do aluno à sociedade, participantes do mundo,

desenvolvendo sua função social através da análise da língua como discurso com a

oralidade, a leitura e a escrita nesta determinada língua.

Assim, o professor tem papel de mediador no processo pedagógico,

150

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contemplando, dentro da Língua Estrangeira escolhida, a língua como objeto de estudo em

seus aspectos culturais, ideológicos, de sujeito e identidade, como percepções de mundo,

construindo sentidos para formar subjetividades da realidade (DCE’s, 2006).

Considerando a evolução histórica no ensino de línguas estrangeiras no Brasil,

sabe-se que houve muitas mudanças, tanto na estrutura curricular quanto metodológicos.

No início da colonização do Brasil, os jesuítas iniciaram o ensino com o latim aos

habitantes, a mando do Estado português.

Após a expulsão dos jesuítas pelos espanhóis, durante a União Ibérica, em 1759,

Marquês de Pombal, com seu ensino régio, coube ao grego e ao latim (línguas clássicas)

servirem como instrumentos de ensino a outras disciplinas.

Em 1808, a família real portuguesa chega ao Brasil. D. João VI criou cadeiras de

francês e inglês para atender ao comércio e melhorar a educação.

Fundado em 1837, o Colégio Pedro II seguiu os modelos franceses e seu currículo

era composto por sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão, mantido até

1929, onde se incorporou o italiano até 1931.

Ferdinand de Saussure, em 1916, apresentou a língua como ciência, objetiva,

homogênea, com signos ordenados e objeto de estudo, diferenciando langue e parole.

Assim, deixou de existir a concepção de língua como um conjunto de regras e surgiu o

estruturalismo.

Com a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), imigraram povos da Europa para o Brasil.

Eram alemães, italianos, poloneses, japoneses, ucranianos e outros, que, para manter a

cultura e tradição, os colonos construíram e organizaram escolas para seus filhos, com

língua portuguesa como língua estrangeira.

Em 1917, como o nacionalismo, o governo federal resolve fechar estas escolas de

imigrantes, criando escolas primárias com recursos federais.

A reforma educacional de São Paulo reafirmava estes objetivos nacionalistas até

1931, com a reforma Francisco Campos do então Presidente Getúlio Vargas, que

responsabilizava a escola secundária pela formação geral e preparação do educando,

implantando o Método Direto para o ensino de língua estrangeira. Este método está

baseado na psicologia da aprendizagem, tendo a aquisição como atividade mental, sendo

que a língua materna não é mais mediadora.

Já a Reforma Capanema em 1942 solidificou os ideais nacionalistas, com o

ensino de línguas estrangeiras no ginásio, com o francês, inglês, obrigatoriedade do

espanhol ou alemão e latim como língua clássica.

151

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Em 1950, com base em Pavlov e Skinner com o método behaviorista, apontaram

o ensino de línguas com os métodos áudio-oral e audiovisuais surgidos nos EUA na 2ª

Guerra Mundial. Assim, a língua era um conjunto de hábitos e não de regras.

Já Chomsky apresentou, para a aquisição de linguagem, a Gramática Gerativa

Transformacional, que a língua é dinâmica e criativa e todos nascemos com um sistema

lingüístico internalizado – teoria inatista – totalmente oposta à Saussure.

Em 1970, Piaget, ao contrário de Chomsky, apresentou a aquisição da linguagem

como uma interação entre o ambiente e o organismo.

Na mesma época, estudiosos brasileiros apresentam Vygotsky, sendo que a

linguagem é adquirida nas trocas sociais entre os indivíduos.

Antes disso, em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 4.024/61 de 20

de dezembro de 1961 evidenciou o ensino profissionalizando, valorizando a língua inglesa

para o mercado de trabalho.

Já a LDB 5.692/71 tornou a disciplina de língua estrangeira obrigatória no 2º grau,

com recomendação para o 1º grau.

A nova LDB 9.394/96 de 20 de dezembro de 2006 apresenta o ensino de mais de

uma língua estrangeira na Matriz Curricular do Ensino Médio da Educação Básica,

consoante seu artigo 36 da Seção IV, § III ”será incluída uma língua estrangeira moderna,

como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e unas segunda, em

caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição”.

14.2 - CONTEÚDOS

14.2.1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O objeto de estudo de Língua Estrangeira é a língua. Sendo a língua um espaço

para produção de sentido, o conteúdo estruturante para o estudo é o discurso.

O discurso, delimitado como prática social, abordará a língua como dinâmica. Seu

estudo dar-se-á através da oralidade, da leitura, da escrita e da análise linguística.

Visa-se um trabalho com texto de linguagem em determinado contexto de uso

para promover a construção de significados através do discurso.

Sobre a leitura crítica, visa-se a interação ativa entre o sujeito e o discurso.

Os conteúdos específicos devem abordar gêneros discursivos e elementos

linguístico-discursivos, sempre evidenciando a teoria com a práxis.

14.2.2 - CONTEÚDOS BÁSICOS

A seguir serão apresentados os conteúdos básicos, que irão compor esta

152

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Proposta Pedagógica Curricular.

14.2.3 - GÊNEROS DISCURSIVOS

Serão apresentados os gêneros discursivos que subsidiarão o trabalho com as

práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística.

• Adivinhas;

• Anedotas e piadas;

• Artigos;

• Bilhetes;

• Biografias e autobiografias;

• Blogue;

• Bulas;

• Cantigas e canções folclóricas;

• Carta;

• Cartazes;

• Cartões;

• Cartum;

• Chat;

• Classificados;

• Contos;

• Convites;

• Diário;

• E-mail;

• Entrevista;

• Fábulas;

• Filmes;

• Fotoblog;

• Fotos;

• Histórias em quadrinhos;

• Home Page;

• Horóscopo;

• Lendas;

153

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• Letras de música;

• Mapas;

• Narrativas;

• Notícias;

• Pesquisa;

• Pinturas;

• Placas;

• Poemas;

• Provérbios e refrões populares;

• Publicidade comercial;

• Receitas;

• Reportagens;

• Resumo;

• Romances;

• Sinopses;

• Tiras;

• Verbetes;

• Vídeo clipe.

14.2.4 - LEITURA E ORALIDADE

• Conteúdo temático, interlocutor, finalidade, aceitabilidade, informatividade,

situacionalidade, intertextualidade e temporalidade do texto;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Tipos de discurso e adequação ao gênero;

• Locutor e interlocutor;

• Turnos de fala;

• Elementos composicionais do gênero;

• Elementos extralinguísticos, como entonação, expressão corporal, facial e

gestual, pausas, dicção, entre outros;

• Variação linguística;

• Denotação e conotação;

154

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• Polissemia;

• Marcas linguísticas, como: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica,

função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos, entre outros;

• Léxico.

14.2.5 - ESCRITA E ANÁLISE LINGUÍSTICA

• Conteúdo temático, interlocutor, finalidade, aceitabilidade, informatividade,

situacionalidade, intertextualidade e temporalidade do texto;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Tipos de discurso;

• Elementos composicionais do gênero;

• Denotação e conotação;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas, como: coesão, coerência, função das classes

gramaticais, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem, entre outros;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbo-nominal.

14.2 .6 - ENSINO FUNDAMENTAL: 6º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.

Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de

acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente,

adequando o nível de complexidade a cada série.

LEITURA

1º Trimestre

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Léxico;

2º Trimestre

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

155

Page 156: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

3º Trimestre

• Variedade linguística.

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

ESCRITA

1º Trimestre

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto

LEITURA

1º Trimestre

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

2º Trimestre

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

3º Trimestre

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

156

Page 157: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

• Acentuação gráfica.

ORALIDADE

1º Trimestre

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

• Adequação do discurso ao gênero;

2º Trimestre

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

3º Trimestre

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

• Pronúncia.

14.2.7 - ENSINO FUNDAMENTAL: 7º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS

E SEUS ELEMENTOS

COMPOSICIONAIS.

Caberá ao professor a

seleção de gêneros, nas

diferentes esferas sociais de

circulação, de acordo com a

Proposta Pedagógica

Curricular e com o Plano de

Trabalho Docente,

adequando o nível de

complexidade a cada série.

* Vide relação dos gêneros

ao final deste documento.

LEITURA

É importante que o

professor:

• Propicie práticas de leitura

de textos de diferentes

gêneros, ampliando também

o léxico;

• Considere os

conhecimentos prévios dos

alunos;

• Formule questionamentos

que possibilitem inferências

sobre o texto;

• Encaminhe discussões

sobre tema e intenções;

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Realize leitura

compreensiva do texto;

• Localize informações

explícitas;

• Amplie seu horizonte de

expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente em

que circula o gênero;

• Identifique a ideia principal

do texto;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos das

157

Page 158: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

LEITURA

1º Trimestre

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

2º Trimestre

• Funções das classes

gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos

(figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão,

negrito);

3º Trimestre

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

ESCRITA

1º Trimestre

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

2º Trimestre

• Condições de produção;

* Informatividade

• Contextualize a produção:

suporte/fonte, interlocutores,

finalidade, época;

• Utilize textos verbais

diversos que dialoguem com

não-verbais, como: gráficos,

fotos, imagens, mapas e

outros;

• Oportunize a socialização

das ideias dos alunos sobre

o texto.

ESCRITA

É importante que o

professor:

• Planeje a produção textual

a partir: da delimitação do

tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

• Estimule a ampliação de

leituras sobre o tema e os

gêneros propostos;

• Acompanhe a produção do

texto;

• Acompanhe e encaminhe a

reescrita textual: revisão dos

argumentos das ideias, dos

elementos que compõe o

gênero;

• Analise se a produção

textual está coerente e

coesa, se há continuidade

temática, se atende à

palavras e/ou expressões a

partir do contexto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse suas ideias com

clareza;

• Elabore textos atendendo:

- às situações de produção

propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...);

- à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de

uso da linguagem formal e

informal;

• Use recursos textuais

como: coesão e coerência,

informatividade, etc;

• Utilize adequadamente

recursos linguísticos como:

pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo,

etc.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo

com a situação de produção

(formal/ informal);

• Apresente suas ideias com

clareza;

• Compreenda os

argumentos no discurso do

158

Page 159: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

(informações necessárias

para a coerência do texto);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes

gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos

(figuras de linguagem);

3º Trimestre

• Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão,

negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

ORALIDADE

1º Trimestre

• Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos, etc;

• Adequação do discurso ao

gênero;

2º Trimestre

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

3º Trimestre

• Marcas linguísticas:

coesão, coerência, gírias,

finalidade, se a linguagem

está adequada ao contexto;

• Conduza a uma reflexão

dos elementos discursivos,

textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

É importante que o

professor:

• Organize apresentações de

textos produzidos pelos

alunos;

• Proponha reflexões sobre

os argumentos utilizados nas

exposições orais dos alunos;

• Oriente sobre o contexto

social de uso do gênero oral

selecionado;

• Prepare apresentações que

explorem as Marcas

linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal

e informal;

• Selecione discursos de

outros para análise dos

recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos, etc.

outro;

• Organize a sequência de

sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos

apresentados pelos colegas

de classe em suas

apresentações e/ou nos

gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente dos

diálogos, relatos, discussões,

quando necessário em

língua materna.

159

Page 160: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

repetição.

• Pronúncia.

14.2.8 - ENSINO FUNDAMENTAL: 8º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS

E SEUS ELEMENTOS

COMPOSICIONAIS.

Caberá ao professor a

seleção de gêneros, nas

diferentes esferas sociais de

circulação, de acordo com a

Proposta Pedagógica

Curricular e com o Plano de

Trabalho Docente,

adequando o nível de

complexidade a cada série.

* Vide relação dos gêneros

ao final deste documento.

LEITURA

1º Trimestre

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no

texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

2º trimestre

• Funções das classes

gramaticais no texto;

ORALIDADE

É importante que o

professor:

• Organize apresentações de

textos produzidos pelos

alunos levando em

consideração a:

aceitabilidade,

informatividade,

situacionalidade e finalidade

do texto;

• Oriente sobre o contexto

social de uso do gênero oral

selecionado;

• Prepare apresentações que

explorem as marcas

linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal

e informal;

• Estimule contação de

histórias de diferentes

gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos,

como: entonação,

expressões facial, corporal e

gestual, pausas e outros;

• Selecione discursos de

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de

acordo com a situação de

produção (formal/ informal);

• Apresente ideias com

clareza;

• Explore a oralidade, em

adequação ao gênero

proposto;

• Compreenda os

argumentos no discurso do

outro;

• Exponha seus

argumentos;

• Organize a sequência da

fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos

apresentados pelos colegas

em suas apresentações

e/ou nos gêneros orais

trabalhados;

• Participe ativamente de

diálogos, relatos,

discussões, etc., mesmo

que em língua materna;

160

Page 161: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

• Elementos semãnticos;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido

denotativo e conotativo no

texto;

• Recursos estilísticos

( figuras de linguagem);

3º Trimestre

• Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão,

negrito);

• Variedade linguística.

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

ESCRITA

1º Trimestre

• Tema do texto ;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade

(informações necessárias

para a coerência do texto);

2º Trimestre

• Vozes sociais presentes no

texto;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido

outros para análise dos

recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos,

programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem,

entre outros.

• Utilize conscientemente

expressões faciais

corporais e gestuais,

pausas e entonação nas

exposições orais, entre

outros elementos

extralinguísticos;

• Analise recursos da

oralidade em cenas de

desenhos, programas

infanto-juvenis, entrevistas,

reportagem, entre outros.

161

Page 162: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

denotativo e conotativo no

texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes

gramaticais no texto;

• Elementos semãnticos;

3º Trimestre

• Recursos

estilísticos( figuras de

linguagem);

• Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão,

negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

14.2.9 - ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM

TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS

E SEUS ELEMENTOS

COMPOSICIONAIS.

Caberá ao professor a

seleção de gêneros, nas

diferentes esferas sociais de

circulação, de acordo com a

Proposta Pedagógica

Curricular e com o Plano de

Trabalho Docente,

adequando o nível de

LEITURA

É importante que o

professor:

• Propicie práticas de leitura

de textos de diferentes

gêneros;

• Considere os

conhecimentos prévios dos

alunos;

• Formule questionamentos

que possibilitem inferências

LEITURA

Espera-se do aluno:

• Realização de leitura

compreensiva do texto;

• Localização de

informações explícitas e

implícitas no texto;

• Posicionamento

argumentativo;

• Ampliação do horizonte de

expectativas;

162

Page 163: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

complexidade a cada série.

* Vide relação dos gêneros

ao final deste documento.

LEITURA

1º Trimestre

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no

texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

2º trimestre

• Funções das classes

gramaticais no texto;

• Elementos semãnticos;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido

denotativo e conotativo no

texto;

• Recursos estilísticos

( figuras de linguagem);

3º Trimestre

• Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão,

negrito);

• Variedade linguística.

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

sobre o texto;

• Encaminhe discussões e

reflexões sobre: tema,

intenções, intertextualidade,

aceitabilidade,

informatividade,

situacionalidade,

temporalidade, vozes sociais

e ideologia;

• Contextualize a produção:

suporte/fonte, interlocutores,

finalidade, época;

• Utilize textos não-verbais

diversos: gráficos, fotos,

imagens, mapas e outros;

• Relacione o tema com o

contexto atual;

• Oportunize a socialização

das ideias dos alunos sobre

o texto;

• Instigue o

entendimento/reflexão das

diferenças decorridas do uso

de palavras e/ou expressões

no sentido conotativo e

denotativo, bem como de

expressões que denotam

ironia e humor;

• Estimule leituras que

suscitem no reconhecimento

do estilo, próprio de

diferentes gêneros;

• Incentive a percepção dos

• Ampliação do léxico;

• Percepção do ambiente no

qual circula o gênero;

• Identificação da ideia

principal do texto;

• Análise das intenções do

autor;

• Identificação do tema;

• Dedução dos sentidos de

palavras e/ou expressões a

partir do contexto;

• Compreensão das

diferenças decorridas do

uso de palavras e/ou

expressões no sentido

conotativo e denotativo.

ESCRITA

Espera-se do aluno:

• Expressão de ideias com

clareza;

• Elaboração de textos

atendendo:

- às situações de produção

propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...);

- à continuidade temática;

• Diferenciação do contexto

de uso da linguagem formal

e informal;

• Uso de recursos textuais

como: coesão e coerência,

informatividade,

163

Page 164: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

ESCRITA

1º Trimestre

• Tema do texto ;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade

(informações necessárias

para a coerência do texto);

2º Trimestre

• Vozes sociais presentes no

texto;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido

denotativo e conotativo no

texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes

gramaticais no texto;

• Elementos semãnticos;

3º Trimestre

• Recursos

estilísticos( figuras de

linguagem);

• Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão,

negrito);

• Variedade linguística;

recursos utilizados para

determinar causa e

consequência entre as

partes e elementos do texto.

ESCRITA

É importante que o

professor:

• Planeje a produção textual

a partir da delimitação tema,

do interlocutor, intenções,

intertextualidade,

aceitabilidade,

informatividade,

situacionalidade,

temporalidade e ideologia;

• Estimule a ampliação de

leituras sobre o tema e o

gênero propostos;

• Acompanhe a produção do

texto;

• Acompanhe e encaminhe a

reescrita textual: revisão dos

argumentos das ideias, dos

elementos que compõem o

gênero;

• Instigue o uso de palavras

e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo, bem

como de expressões que

denotam ironia e humor.

intertextualidade, etc.;

• Utilização adequada de

recursos linguísticas como:

pontuação, uso e função do

artigo, pronome,

substantivo, etc.

• Emprego de palavras e/ou

expressões no sentido

conotativo e denotativo,

bem como de expressões

que indicam ironia e humor,

em conformidade com o

gênero proposto.

164

Page 165: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

14.3 - ENSINO MÉDIO:

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM

TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

ORALIDADE

1º Trimestre

• Elementos

extralinguísticos: entonação,

pausas, gestos, etc ...;

• Adequação do discurso ao

gênero;

• Turnos de fala;

2º Trimestre

• Vozes sociais presentes

no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas:

coesão, coerência, gírias,

repetição;

3º Trimestre

• Diferenças e semelhanças

entre o discurso oral e o

escrito;

• Adequação da fala ao

contexto;

• Pronúncia.

LEITURA

1º Trimestre

• Identificação do tema;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes

• Instigue o uso de palavras

e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo, bem

como de expressões que

denotam ironia e humor;

• Estimule produções em

diferentes gêneros;

• Conduza a uma reflexão

dos elementos discursivos,

textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

• Organize apresentações de

textos produzidos pelos

alunos levando em

consideração a:

aceitabilidade,

informatividade,

situacionalidade e finalidade

do texto;

• Oriente sobre o contexto

social de uso do gênero oral

selecionado;

• Prepare apresentações que

explorem as marcas

linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal

ORALIDADE

Espera-se do aluno:

• Pertinência do uso dos

elementos discursivos,

textuais, estruturais e

normativos;

• Reconhecimento de

palavras e/ou expressões

que estabelecem a

referência textual;

• Utilização do discurso

de acordo com a

situação de produção

(formal/ informal);

• Apresentação de ideias

com clareza;

• Compreensão de

argumentos no discurso

do outro;

• Exposição objetiva de

argumentos;

• Organização da

sequência da fala;

• Respeito aos turnos de

fala;

• Participação ativa em

diálogos, relatos,

discussões, quando

165

Page 166: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

2º trimestre

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido

denotativo e conotativo no

texto;

• Recursos estilísticos

( figuras de linguagem);

3º Trimestre

• Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos

gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

• Variedade linguística.

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

ESCRITA

1º Trimestre

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade

(informações necessárias

para a coerência do texto);

2º Trimestre

• Vozes sociais presentes

no texto;

• Discurso direto e indireto;

• Coesão e coerência;

e informal;

• Estimule contação de

histórias de diferentes

gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos,

como: entonação,

expressões facial, corporal e

gestual, pausas e outros;

• Selecione discursos de

outros para análise dos

recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos,

programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem entre

outros.

necessário em língua

materna, etc.;

• Utilização consciente de

expressões faciais

corporais e gestuais, de

pausas e entonação nas

exposições orais, entre

outros elementos

extralinguísticos.

166

Page 167: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

• Funções das classes

gramaticais no texto;

3º Trimestre

• Recursos

estilísticos( figuras de

linguagem);

• Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos

gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

• Variedade linguística;

ESFERAS SOCIAIS DE

CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS AVALIAÇÃO

COTIDIANA

Adivinhas

Álbum de Família

Anedotas

Bilhetes

Cantigas de Roda

Carta Pessoal

Cartão

Cartão Postal

Causos

Comunicado

Convites

Curriculum Vitae

Diário

Exposição Oral

Fotos

Músicas

Parlendas

Piadas

Provérbios

Quadrinhas

Receitas

Relatos de Experiências

Vividas

Trava-Línguas

Autobiografia

Biografias

Contos

Contos de Fadas

Contos de Fadas

Contemporâneos

Letras de Músicas

Narrativas de Aventura

Narrativas de Enigma

Narrativas de Ficção

Científica

Narrativas de Humor

167

Page 168: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Crônicas de Ficção

Escultura

Fábulas

Fábulas Contemporâneas

Haicai

Histórias em Quadrinhos

Lendas

Literatura de Cordel

Memórias

Narrativas de Terror

Narrativas Fantásticas

Narrativas Míticas

Paródias

Pinturas

Poemas

Romances

Tankas

Textos Dramáticos

CIENTÍFICA

Artigos

Conferência

Debate

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Resumo

Verbetes

ESCOLAR

Ata

Cartazes

Debate Regrado

Diálogo/Discussão

Argumentativa

Exposição Oral

Júri Simulado

Mapas

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências

Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA

Agenda Cultural

Anúncio de Emprego

Artigo de Opinião

Caricatura

Carta ao Leitor

Carta do Leitor

Cartum

Charge

Classificados

Crônica Jornalística

Fotos

Horóscopo

Infográfico

Manchete

Mapas

Mesa Redonda

Notícia

Reportagens

Resenha Crítica

Sinopses de Filmes

168

Page 169: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

Editorial

Entrevista (oral e escrita)

Tiras

ESFERAS SOCIAIS

DE CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

PUBLICITÁRIA

Anúncio

Caricatura

Cartazes

Comercial para TV

E-mail

Folder

Fotos

Slogan

Músicas

Paródia

Placas

Publicidade Comercial

Publicidade Institucional

Publicidade Oficial

Texto Político

POLÍTICA

Abaixo-Assinado

Assembleia

Carta de Emprego

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

Debate

Debate Regrado

Discurso Político “de Palanque”

Fórum

Manifesto

Mesa Redonda

Panfleto

JURÍDICA

Boletim de Ocorrência

Constituição Brasileira

Contrato

Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

Discurso de Defesa

Estatutos

Leis

Ofício

Procuração

Regimentos

Regulamentos

Requerimentos

PRODUÇÃO E

CONSUMO

Bulas

Manual Técnico

Placas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências

Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

169

Page 170: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias

MIDIÁTICA

Blog

Chat

Desenho Animado

E-mail

Entrevista

Filmes

Fotoblog

Home Page

Reality Show

Talk Show

Telejornal

Telenovelas

Torpedos

Vídeo Clip

Vídeo Conferência

14.4 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

As aulas serão expositivas, com participação constante dos educandos através do

discurso, especialmente a oralidade.

Evidencia-se a leitura em sala de aula, além da produção escrita. A interpretação

e a análise de textos também serão enfatizadas.

Diversos gêneros textuais serão trabalhados, como os citados nos conteúdos

básicos.

Além disso, objetiva-se um trabalho integrando a tecnologia educacional através

de meios audiovisuais, como TV pendrive (com filmes, videoclipes, propagandas,...) e

computadores, com uso de Internet e outros recursos disponíveis.

Também serão organizadas apresentações de textos produzidos pelos alunos,

com orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado.

Serão propostas reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais

dos alunos, com preparação das apresentações que explorem as marcas linguísticas

típicas da oralidade em seu uso formal e informal;

Ainda será estimulada a expressão oral (contação de histórias), comentários,

opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros.

Serão selecionados os discursos de outros para análise dos recursos da

170

Page 171: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem

entre outros.

Além disso, serão evidenciadas práticas de leitura de textos de diferentes gêneros

atrelados à esfera social de circulação e usadas estratégias de leitura que possibilitem a

compreensão textual significativa de acordo com o objetivo proposto no trabalho.

14.5 - AVALIAÇÃO

Evidencia-se uma avaliação de acordo com a construção de significados dos

educandos através das práticas discursivas.

A avaliação será diagnóstica, com predominância dos aspectos qualitativos aos

quantitativos.

Alem disso, objetiva-se considerar os erros cometidos pelo educando como forma

de crescimento e desenvolvimento para aquisição de uma língua estrangeira.

Assim, espera-se que o aluno:

- Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou

informal);

- Apresente suas ideias com clareza, coerência;

- Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;

- Organize a sequencia de sua fala;

- Respeite os turnos de fala;

- Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;

- Exponha seus argumentos;

- Compreenda os argumentos no discurso do outro;

- Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em

língua materna);

- Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.

14.6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. Campinas:

Pontes, 2002.

BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases Nacionais da Educação n.º 9394, de 20 de

dezembro de 1996. Brasília, 23 dez. 1996.

171

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CORACINI, M. J. O Jogo Discursivo na Aula de Leitura: língua materna e língua

estrangeira. Campinas: Pontes, 1995.

FARACO, C. A. (org.) Diálogos com Bakhtin. Curitiba: UFPR, 2001.

PARANÁ. Secretaria de Educado da Educação. Superintendência da Educação. DEF.

Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira para a Educação Básica.

Curitiba, Paraná: SEED, 2008.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,

2008.

15. PROPOSTA DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR L.E.M /ESPANHOL

15.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Língua Estrangeira Moderna – LEM – Espanhol é um espaço e que se pode

ampliar o contato com outras formas de perceber, conhecer e entender a realidade, tendo

em vista que a percepção do mundo está, também, intimamente ligada às línguas que se

conhece. Ela se apresenta também como um espaço de construções discursivas

contextualizadas que refletem as ideologias das comunidades que a produzem. Desta

maneira, o trabalho com LEM-Espanhol, parte do entendimento do papel das línguas nas

sociedade como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as LEM são

também possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo

e construir significados. (SEED, 2005)

Dentro do processo de ensino e aprendizagem das Línguas

Estrangeiras Modernas (LEM), as Diretrizes Curriculares da

Educação Básica (DCE) para Língua Estrangeira Moderna,

definem que: as propostas curriculares e os métodos de ensino

são instigados a atender às expectativas e demandas sociais e

contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos

conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações.

(DCE, 2008, p. 38).

A resolução no. 3904/2008 de 27 de agosto de 2008 reitera,

172

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“A importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) tem

no desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de valores sociais e a

aquisição de conhecimento sobre outras culturas”. (SUED/SEED, 2008).

Segundo Gimenez (2005), a língua se constitui como um espaço de comunicação

intercultural, exercendo “o papel de mediadora das relações entre pessoas de diferentes

línguas maternas”. Tendo em vista que existem, aproximadamente, mais de 300 milhões

de falantes nativos e mais de 1 bilhão de usuários no mundo todo, sendo a língua principal

em livros, jornais, aeroportos, controle de trafego aéreo, negócios internacionais, esportes,

competições, música e propaganda.

15.2 CONTEÚDOS

Para o caso do ensino da língua espanhola, há de se levar em conta as

características regionais em que o ensino é desenvolvido. O conteúdo estruturante

concebe o Discurso como prática social e ao mesmo tempo contempla os gêneros

(textuais, do texto discursivo, do discurso) como conteúdos básicos abordados dentro das

práticas discursivas.

Segundo Bakhtin (1952, p. 279), os gêneros dos discursos são definidos como

“tipos relativamente estáveis e heterogêneos de enunciados dentro de uma esfera de

utilização da língua” e ainda caracterizados por três elementos: o conteúdo temático, o

estilo e a construção composicional.

Para Marcuschi (2006, p. 35), gêneros textuais

“são um tipo de gramática social isto é, uma gramática da

enunciação”. Sendo assim, são definodos como textos

orais ou escritos materializados em situações

comunicativas decorrentes, [portanto] organizam nossa

fala e escrita assim como a gramática organiza as formas

linguísticas. (Marcuschi. 2006, p. 35)

Não cabe mais à escola apenas ensinar o aluno a ler e escrever em e/ou na LEM: é

preciso instruí-lo a relacionar a língua às suas práticas sociais.

Reitera-se a necessidade de explorar as práticas da oralidade, leitura e escrita a

partir da seleção dos gêneros textuais. Conforme Bakhtin (1952), o indivíduo primeiro

define o seus propósitos, para então decidir o gênero textual que utilizará.

173

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Com relação as práticas da oralidade, percebe-se a necessidade trabalhar a língua

falada oportunizando o aluno a perceber sua função social na qual o próprio aluno utilizará

os diferentes gêneros de acordo com seus próprios interesses.

Diante disto, Marcuschi (2001) argumenta que: o trabalho com a oralidade pode,

ainda, ressaltar a contribuição da fala na formação cultural e na preservação de tradições

não escritas que persistem mesmo em culturas em que a escrita já terminou de forma

decisiva(...) Dedicar-se ao estudo da fala é também uma oportunidade singular para

esclarecer aspectos relativos ao preconceito e à discriminação linguística, bem como suas

formas de disseminação (Marcuschi, 2001, p. 83).

O trabalho com a oralidade nas aulas de LEM, “tem como

objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos

diferentes discursos (...) é aprender a expressar idéias em

Língua estrangeira mesmo que com limitações. (...) também

é importante que o aluno se familiarize com sons específicos

da língua que está aprendendo” (DCE, 2008, p. 66)

Pretende-se valorizar a importância que a oralidade tem na sala de aula de LEM,

bem como explorar aqueles gêneros textuais próprios da oralidade como a publicidade da

televisão e da rádio, por exemplo.

No que diz respeito à prática da leitura, observa-se que o papel primordial da

utilização dos gêneros textuais na aprendizagem de LEM, torna a aquisição do

conhecimento mais significativa e mais próxima das práticas sociais das quais o aluno

interage.

De acordo com as DCEs (2008), a respeito da leitura discursiva, na medida em que

os alunos reconheçam que os textos são representações da realidade, são construções

sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação a tais textos. Poderão rejeitá-los

ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o qual lhes atribui coerência pela

construção de significados (DCE, 2008, p. 65).

Koch e Elias (2007, p. 37), apontam para o fato da leitura ser “uma atividade de

construção de sentido que pressupõe a interação auto-texto-leitor, é preciso considerar

que, nessa atividade, além das pistas e sinalizações que o texto oferece, entram em jogo

os conhecimentos do leitor”.

Ainda, o processo de leitura a partir dos gêneros textuais considerando que estes

são constituídos de um determinado modo e com uma certa função dentro de um domínio

174

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discursivo, requer a construção de sentidos dos textos considerando que: “a escrita/fala

baseiam-se em formas padrão e relativamente estáveis de estruturação e é por essa razão

que, cotidianamente, em nossas atividades comunicativas, são incontáveis as vezes em

não somente lemos textos diversos, como também produzimos ou ouvimos enunciados.

(Koch; Elias, 2007, p. 101).

Para Foucambert (2008, p. 25), “não se pode mais esquecer que, ao aprender o

mecanismo da leitura, conquista-se também um instrumento de comunicação”.

No que tange as práticas da escrita, “não se pode esquecer que ela deve ser vista

como uma atividade sociointeracional, ou seja significativa” (DCE, 2008, p. 66).

No ensino de LEM, salienta-se a importância de desvincular-se (pelo menos

parcialmente) das questões de adequações formal no processo da escrita para focar-se

também à adequação comunicativo-discursiva do texto.

Conforme Koch e Elias (2009), a produção escrita recorre a conhecimentos

armazenados na memória. Esse conhecimentos, resultam das inúmeras atividades em que

o produtor se envolveu ao longo da vida, bem como são concebidos pela ativação de

modelos cognitivos sobre as práticas interacionais, histórica e naturalmente constituídas,

portanto, “para a atividade de escrita, o produtor precisa ativar “modelos” que possui sobre

práticas comunicativas configuradas em textos, levando em conta elementos que entram

em suas composições (modelo de organização), além de aspecto de conteúdo, estilo,

função e suporte de veiculação”. (KOCH; Elias, 2009, p. 43).

Para o ensino da escrita e comunicação de LEM, é necessário não só o

conhecimento da norma culta de um idioma presente nos livros e cursos mas também, as

relações culturais que envolve os falantes nativos dessa segunda língua.

15.2.1 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS

BÁSICOS

GÊNEROS

DISCURSIVOS E

SEUS ELEMENTOS

COMPOSICIONAIS

ABORDAGEM TEÓRICO -

METODOLÓGICA

LEITURA

36.Práticas de leitura de tex-

AVALIAÇÃO

LEITURA

Espera-se que o aluno:

175

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LEITURA

4. Finalidade; Objetivos

da aula;

5. Aceitabilidade do

texto: Partes da

casa;

6. Informatividade; Pe-

didos de informação;

7. Situacionalidade;

Coisas que podem

existir em uma cida-

de;

8. Intertextualidade;

Leituras diversas;

9. Elementos composi-

cionais de gêneros;

10.Papel do locutor e in-

terlocutor;

11.Elementos extralin-

guísticos: entonação,

pausas, gestos...;

12.Adequação do dis-

curso ao Gênero;

13.Expressões popula-

res;

14.Variações linguísti-

cas;

15.Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição, re-

cursos semânticos;

16.Diferenças e seme-

lhanças entre o

discurso oral ou

tos de diferentes gêneros

atrelados à esfera social

de circulação;

37.Consideração dos conhe-

cimentos prévios dos alu-

nos;

38.Utilização de estratégias

de leitura que possibilite a

compreensão textual

39.significativa de acordo

com o objetivo proposto no

trabalho com o gênero tex-

tual selecionado;

40.Formação de questiona-

mento que possibilitem in-

ferências sobre o texto;

41.Encaminhamento de dis-

cussões sobre: tema, in-

tenções;

42. Intertextualidade; Leituras

diversas.

43.Utilização de recursos de

multimídia e suporte tec-

nológico para o trabalho

de contextualização;Cds,

Cd Room, TV Multimídia,

Internet;

44.Relacionamento do tema

com o contexto atual;

45.Elementos extralinguísti-

cos: entonação, pausas,

gestos...;

46.Adequação do discurso

ao Gênero;

• Realize leitura Compreensiva

do texto;

• Identifique o tema;

• Identifique a ideia do texto;

• Localize informações

explícitas no texto;

• Deduza os sentidos das

palavras e/ou expressões a

partir do contexto;

• Perceba o ambiente e o

argumento no qual circula o

gênero;

• Compreenda as diferenças

decorridas do uso de

palavras e / ou expressões

no sentido conotativo;

• Analise as intenções do

autor ;

• Identifique e reflita sobre as

vozes sociais presentes no

texto;

• Posicione

argumentativamente;

• Faça o reconhecimento de

palavras e/ ou expressões que

estabelecem a referência

textual;

• Amplie seu horizonte de

expectativas;

• Amplie se léxico;

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

176

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escrito.

ESCRITA

17.Finalidade do texto;

18.Situacionalidade;

19. Intertextualidade;

20.Temporalidades;

21.Produção de texto;

22.Elementos composi-

cionais de gêneros;

23.Emprego de pala-

vras e/ou expres-

sões com mensa-

gens implícitas e ex-

plícitas;

24.Emprego de pala-

vras; peso e medi-

das.

25.Lugares; No aeropor-

to, estação ferroviá-

ria e rodoviária, ro-

dovias, portos e

meios de transpor-

tes.

26.Ortografia;

27.Concordância ; Ver-

bal / nominal.

ORALIDADE

28.Tema do texto;

29.Finalidade;

30.Aceitabilidade do

texto

47.Variações linguísticas;

ESCRITA

48.Finalidade do texto;

49.Situacionalidade;

50. Intertextualidade

51.Temporalidades;

52.Produção de texto;

53.Objetos domésticos e

acessórios;

54.Acentuação gráfica;

55.Ortografia;

56.Concordância; Verbal/no-

minal.

ORALIDADE

57.Tema do texto;

58.Finalidade;

59.Aceitabilidade do texto

60. Informatividade;

61.Marcas linguísticas; Coe-

são, coerência;

62.Adequação da fala ao con-

texto;

5) Expresse as ideias com

clareza;

6) Elabore/ reelabore textos de

acordo com o

encaminhamento:

-As situações de produção

( gênero, interlocutor,

finalidade...);

-A continuidade temática;

2) Diferencie o contexto de uso

da linguagem formal e

informal;

3) Utilize adequadamente

recursos, uso e função do

artigo, pronome, numeral,

substantivos, adjetivo,

advérbio, etc.;

4) Empregue palavras e/ou

expressões no sentido

conotativo e denotativo, em

conformidade com o gênero

proposto;

5) Reconheça palavras e/ou

expressões que estabelecem

a referência textual;

ORALIDADE

Espera-se que o aluno :

10.Utilize o discurso de acordo

com a situação de produção

formal/ informal;

11.Apresente suas ideias com

clareza, mesmo que na

177

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31. Informatividade;

32.Adequação do dis-

curso ao gênero.

33.Marcas linguísticas;

Coesão, coerência.

34.Adequação da fala

ao contexto;

35.Diferença e seme-

lhança entre o dis-

curso oral e escrito.

língua materna;

12.Utilize adequadamente

entonação, pausas, gestos,

etc.;

13.Organize a sequencia de sua

fala;

14.Explore a oralidade, em

adequação ao gênero

proposto;

15.Compreenda os argumentos

no discurso do outro;

16.Participe ativamente dos

diálogos, relatos, discursos,

quando necessário em língua

materna;

17.Utilize expressões faciais

corporais e gestuais, pausas

e entonação oral, entre

outros elementos

extralinguísticos.

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS

DISCURSIVOS E SEUS

ELEMENTOS

COMPOSICIONAIS

LEITURA

63.Finalidade; Objetivos

da aula.

64.Aceitabilidade do tex-

to;

ABORDAGEM

TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

Práticas de leitura de textos de

diferentes gêneros atrelados

à esfera social de circulação;

96.consideração dos conheci-

mentos prévios dos alunos;

97.Utilização de estratégias de

leitura que possibilite a com-

preensão textual significativa

AVALIAÇÃO

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Realize leitura

Compreensiva do texto;

• Identifique o tema;

• Identifique a ideia do

texto;

• Localize informações

explícitas no texto;

178

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65. Informatividade;

66.Situacionalidade; Coi-

sas que podem existir

em uma cidade;

67. Intertextualidade;

68.Elementos composi-

cionais de gêneros.

69.Papel do locutor e in-

terlocutor;

70.Elementos extralin-

guísticos: entonação,

pausas, gestos...;

71.Adequação do discur-

so ao Gênero;

72.Expressões populares;

73.Variações linguísticas;

74.Marcas linguísticas:

coesão, coerência, gí-

rias, repetição, recur-

sos semânticos;

75.Adequação da fala ao

contexto ( uso de

distintivos formais e

informais como conec-

tivos, gírias, expres-

sões, repetições, etc);

76.Diferenças e seme-

lhanças entre o dis-

curso oral ou escrito.

ESCRITA

77.Tema do texto; Tex-

tos discursivos.

78.Finalidade do texto;

de acordo com o objetivo

proposto no trabalho com

gênero textual selecionado;

98. Informatividade; Pedidos de

informação;

99.Situacionalidade; Coisas

que podem existir em uma

cidade;

100. Intertextualidade; Leitu-

ras diversas;

101. Elementos composicio-

nais de gêneros;

102. Papel do locutor e inter-

locutor;

103. Elementos extralinguís-

ticos: entonação, pausas,

gestos...;

104. Adequação do discurso

ao Gênero;

105. Expressões populares;

106. Variações linguísticas;

107. Marcas linguísticas: co-

esão, coerência, gírias, re-

petição, recursos semânti-

cos;

108. Diferenças e semelhan-

ças entre o discurso oral

ou escrito.

ESCRITA

109. Finalidade do texto;

110. Situacionalidade;

111. Intertextualidade;

• Deduza os sentidos

• das palavras e/ou

expressões a partir do

contexto;

• Perceba o ambiente e o

argumento no qual circula

o gênero;

• Compreenda as diferenças

decorridas do uso de

palavras e / ou expressões

no sentido conotativo;

• Analise as intenções do

autor ;

• Identifique e reflita sobre

as vozes sociais presentes

no texto;

• Posicione-se

argumentativamente;

• Faça o reconhecimento

de palavras e/ ou

expressões que

estabelecem a referência

textual;

• Amplie seu horizonte de

expectativas;

• Amplie se léxico;

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

Expresse as ideias com

clareza;

179

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79.Situacionalidade;

80. Intertextualidade

81.Temporalidades;

82.Produção de texto;

83.Elementos composi-

cionais de gêneros;

84.Emprego de palavras

e/ou expressões com

mensagens implícitas

e explícitas;

85.Emprego de palavras;

peso e medidas.

86.Ortografia;

87.Concordância ; Verbal

/ nominal.

ORALIDADE

88.Tema do texto;

89.Finalidade;

90.Aceitabilidade do texto

91. Informatividade;

92.Adequação do discur-

so ao gênero;

93.Marcas linguísticas;

Coesão, coerência;

94.Adequação da fala ao

112. Temporalidades;

113. Produção de texto;

114. Elementos composicio-

nais de gêneros;

115. Emprego de palavras

e/ou expressões com men-

sagens implícitas e explíci-

tas;

116. Emprego de palavras;

peso e medidas.

117. Lugares; No aeroporto,

estação ferroviária e rodovi-

ária, rodovias, portos e

meios de transportes.

118. Ortografia;

119. Concordância ; Verbal /

nominal.

ORALIDADE

120. Tema do texto;

121. Finalidade;

122. Aceitabilidade do texto

123. Informatividade;

124. Adequação do discurso

ao gênero.

125. Marcas linguísticas; Co-

esão, coerência.

126. Adequação da fala ao

Elabore/ reelabore textos.

Diferencie o contexto de uso

da linguagem formal e

informal;

Use recursos textuais como:

coesão e coerência.

Utilize adequadamente

recursos, uso e função do

artigo, pronome, numeral,

substantivos, adjetivo,

advérbio, etc.;

Empregue palavras e/ou

expressões no sentido

conotativo e denotativo,

em conformidade com o

gênero proposto;

Use apropriadamente

elementos discursivos,

textuais, estruturais e

normativos atrelados aos

gêneros trabalhados;

Reconheça palavras e/ou

expressões.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno :

18.Utilize o discurso de

acordo com a situação de

produção formal/ informal;

19.Apresente suas ideias

com clareza, mesmo que

na língua materna;

20.Utilize adequadamente

entonação, pausas, gestos,

180

Page 181: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EFM - Notícias · INTRODUÇÃO O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por isso privilegia a participação

contexto;

95.Diferença e seme-

lhança entre o discur-

so oral e escrito.

contexto;

127. Diferença e semelhan-

ça entre o discurso oral e

escrito.

etc.;

21.Organize a sequencia de

sua fala;

22.Explore a oralidade, em

adequação ao gênero

proposto;

23.Exponha seus

argumentos ;

24.Compreenda os

argumentos no discurso do

outro;

25.Participe ativamente dos

diálogos, relatos, discursos,

em língua materna e

estrangeira;

26.Utilize expressões faciais

corporais e gestuais,

pausas e entonação oral,

entre outros elementos

extralinguísticos.

GÊNEROS TEXTUAIS

GÊNEROS TEXTUAIS 1º ANO BÁSICO 2º ANO BÁSICO

Cotidiana

- Adivinhas

- Anedotas

- Trava-línguas

- Músicas

- Letras de Músicas

- Receitas

- Exposição oral

Literária / Artística

- Autobiografia

- Letras de Músicas

-Narrativas de Humor

- Biografia

- Contos

- História em quadrinhos

- Poemas

Científica - Pesquisa -Artigos

- Pesquisa

181

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Escolar

- Cartazes

- Exposição oral

- Resumo

- Diálogo / discussão

argumentativa

Imprensa

- Charge

- Fotos

- Sinopses de filmes

- Entrevista oral e escrita

- Notícia

- Sinopses de filmes

Publicitária - E-mail - Publicidade Comercial

Política - Carta de Emprego

Jurídica -Leis -Leis

Produção e Consumo - Manual Técnico

Midiática

- Desenho animado

- Filme

-Desenho Animado

-Filme

15.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia referente à disciplina de Língua Estrangeira Moderna, está pautada

na seguinte afirmação de que, “o trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte

do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros

instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de

conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir

significados” (DCE, 2008, p. 63).

Dessa forma, os procedimentos teórico-metodológicos possibilitarão atender as

necessidades do aluno enfatizando em demasia os aspectos e as experiências cotidianas.

Logo, “o ponto de partida da aula de língua Estrangeira Moderna será o texto verbal

e não-verbal, como unidade de linguagem em uso” (DCE, 2008, p. 63), bem como afirma

Marcuschi (2003, p. 22), de que: “é impossível se comunicar verbalmente a não ser por

algum gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum

texto”. Portanto, a principal ferramenta de ensino é justamente a funcionalidade da língua

de estudo na qual o aluno é conduzido a vivenciar situações concretas de fala e escrita e a

desempenhar funções linguísticas a partir do uso de textos.

E ainda, “vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do

gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação

presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de

tudo isso, a gramática em si” (DCE, 2008, p. 61).

182

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Observa-se que os estabelecimentos de ensino sempre utilizaram textos para a

desenvolvimento de atividades de compreensão leitora e produção escrita. No entanto, o

que se abordava a partir do uso desses textos eram os aspectos gramaticais visando os

elementos puramente estruturais da língua, isto é, concebendo-a como código e

desconsiderando-a enquanto discurso. Ao utilizar-se dos diferentes gêneros textuais com

fins educacionais, obtem-se textos didatizados.

15.4 - AVALIAÇÃO

A avaliação será de forma igualitária, ampla e continuada direcionada para captar

possíveis desigualdades no aproveitamento pelo aluno bem como, de promover

oportunidade de aprovação, e de verificar o processo de ensino-aprendizagem.

Proporcionar ao aluno a possibilidade de fazer uma síntese das experiências

educacionais vivenciadas com:

- avaliação de aprendizagem oral: conhecimento da forma culta da língua em estudo,

conhecimento das variantes linguísticas, regionalismos a partir dos conteúdos básicos da

LEM.

- avaliação de aprendizagem escrita: com referência aos conteúdos básicos da

disciplina;

- atividades avaliativas: trabalhos escritos, orais, desenvolvimento individual ou em

grupos como recurso para fixação dos conteúdos básicos da disciplina em estudo;

- atividade extraclasse: trabalhos de pesquisa, exercícios de caráter prático, materiais de

apoio e projetos interculturais resultantes do conteúdo básico da disciplina LEM.

Ao final das atividades de aprendizagem, bem como das atividades avaliativas e das

atividades extraclasse de cada trimestre, será atribuída uma média trimestral e

posteriormente, uma média anual a cada aluno.

“A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos

critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de

instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e

maneiras de expressar seu conhecimento” (DCE, 2008, p. 33).

“A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala

de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). (...) Os alunos do CELEM que

apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e a média anual igual ou

superior a 6,0 (seis vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo”.

(Instrução Normativa no. 019/2008 -6.11, 6.16, p. 5).

183

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Ainda de acordo com as DCEs (2008, p. 32), “os instrumentos de avaliação devem

ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que

oferecem para avaliar os critérios estabelecidos”.

15.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In:____. Estética da Criação Verbal. São Paulo:

Martins Fontes, 1952. p. 279-326.

KOCH, I. V. ; ELIS, V, M. Ler e Escrever: estratégias de produção textual. São Paulo:

Contexto, 2009. 220 p.

MARCUSCHI, L, A. Produção Textual, Análise de Gêneros e Compreensão. São Paulo:

Parábola, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação

Básica- Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução

Normativa no. 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba,

2008.

PARANÁ, Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,

2008.

16. PROPOSTA PEDAGOGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM

CONTRATURNO – 2012 ENSINO FUNDAMENTAL

16.1 TÍTULO DA ATIVIDADE - CULTURA E ARTE

16.1.1 NUCLEO DO CONHECIMENTO

CONTEÚDO: Dança como Elemento de Expressão Corporal Educativa

DANÇA Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Técnicas: formação inicial, níveis

altos, médios e baixos, salto e

queda, direção, rotação,

deslocamento, performance,

coreografia, improvisação, melodia,

Dança moderna

Hip Hop

Musicais

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16.2 - JUSTIFICATIVA

O trabalho com Cultura e Arte, possibilitará o aluno o aprendizado dos conceitos

de liderança, cooperação, solidariedade, trabalho em equipe, respeito as regras,

buscando uma melhor qualidade de vida e o cuidado com a saúde e a expressão

corporal

16.3 - OBJETIVOS DA ATIVIDADE

Possibilitar aos alunos do ensino fundamental atuar na perspectiva e

multiplicidade de propostas e ações que caracterizam o mundo contemporâneo.

Lançar um olhar mais critico sobre a dança na esola; sendo a escola um lugar

privilegiado para que o ensino desta se processe com qualidade e compromisso,

podendo garantir continuidade, aprofundamento e relações com as outras áreas do

currículo.

Trabalhar na teoria e na prática, propostas para o ensino de dança que

integrem apreciação e a contextualização artística.

Demonstrar que a dança engloba conceitos, procedimentos e atitudes e

precisa ser abordada em toda a sua dimensão, possibilitando aos alunos: adquirir

habilidades e preparo corporal básicos para a criação e interpretação em dança;

desenvolver a percepção cinestésica, espacial e temporal; desenvolver a consciência

corporal.

16.4 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Com a proposta de Dança como Elemento de Expressão Corporal Educativa vamos

estudar: Os princípios do movimento: respiração, equilíbrio, apoios, dinâmica postural.;

Utilizar formas básicas de dança;

Recorrer as danças presentes na cultura dos jovens;

Entender os elementos do movimento: o quê, como, onde e com que nos movemos;

Conhecer os processos da dança: improvisação, composição coreográfica, repertórios;

Apreciação de dança ao vivo e em vídeo;

Discussões e problematização sobre o vivido e apreciado;

Leituras e discussão sobre Dança moderna, Hip Hop, Musicais, etc ;

Dinâmicas para compreender as relações entre o ensino de dança nas escolas e a relação

com a sociedade contemporânea.

Estudo de conceitos de tempo, espaço, corpo e novas tecnologias que nos auxiliam no

185

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desenvolvimento dos vários estilos de dança.

16.5 - AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua, durante todo o desenvolvimento do projeto, com

apresentação do grupo, na semana cultural de final de ano e demais projetos ou eventos

de participação da escola.

16.6 - CRÍTERIOS DE PARTICIPAÇÃO

Será permitida a participação de todos os alunos interessados do ensino fundamental

matutino, com a participação de 05(cinco) alunos por turmas das 6º, 7º, 8º E 9º anos do

ensino fundamental vespertino, totalizando 33 participantes, regulamente matriculados.

16.7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MARQUES, I. (1997). A Dança Criativa e o Mito da Criança Feliz. Revista Mineira de

Educação Física, 5(1), 28-39.

MARQUES, I. (1997, junho). Dançando na Escola. Revista Motriz, 3(1), 20-28.

SILVA, T. T. (1993) (Org.). Teoria educacional crítica em tempos pós-modernos. Porto

Alegre: Artes Médicas.

BARBOSA , A. M. (Org.). Arte-educação: Leitura no subsolo. São Paulo, Cortez, 1997.

17 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM

CONTRATURNO

17.1 - TÍTULO DA ATIVIDADE - ESPORTE E LAZER

17.1.1 - NÚCLEO DO CONHECIMENTO

O Esporte como qualidade de Vida / Hora treinamento

17.2 - JUSTIIFCATIVA

O esporte deve ser visto como fator de interação social percebido como instrumento

educacional que tem relação direta com os fins da educação, do desenvolvimento

individual da formação para a cidadania e da orientação para a prática social.

Além de descobrir talentos do esporte, o projeto tem como principal foco

proporcionar às crianças o convívio com o esporte e com uma melhor qualidade de vida,

186

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além de desenvolver, o espírito de equipe, a autoestima e a cidadania.

17.3 - OBJETIVOS DA ATIVIDADE

Possibilitar aos alunos o estabelecimento de conceitos e valores que podem contribuir

para a saúde, cuidado com o corpo, bem como a formação de um cidadão ético e

responsável perante a sociedade.

Trabalhar através do esporte, conceitos como liderança, cooperação, solidariedade,

trabalho em equipe, regras e qualidade de vida integrando alunos, pais e a comunidade

escolar.

17.4 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A atividade complementar será desenvolvida no período vespertino, com a

participação de alunos das turmas do Ensino Médio matutino, com estudos sobre o Futsal

e Voleibol, culminando na organização de times que representem a escola.

17. 5 - AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua, durante todo o desenvolvimento do projeto, com

apresentação de jogos , no inter-série da escola de final de ano e participação nos eventos

esportivos.

17.5.1 - CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

Será dada a oportunidade de participação a todos os alunos(as) interessados(as), a

turma será formada por 7 (sete) alunos das turmas do ensino médio matutino, totalizando

35 participantes. Com estudos sobre o Futsal e Voleibol (regras e normas) culminando na

organização de times que representem a escola. A atividade será desenvolvida no período

da tarde.

17.6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EDUCAÇÃO FÍSICA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR.

MEDINA. João Paulo S. O Brasileiro e seu corpo: Educação e Política do Corpo, 2ed.

Campina: São Paulo; Papirus, 1990.

MATOS. Margarida Gaspar de. Corpo, Movimento e Socialização, Rio de Janeiro: Sprint,

1993.

FERREIRA. Ricardo Lucena. Futsal e a iniciação, 2ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1994.

187

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18 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM

6º e 9º ano

18.1 - JUSTIFICATIVA

O ensino de Língua Portuguesa nas Salas de Apoio à Aprendizagem, conforme

Resoluções 004/11, 007/11, 2772 e 1690, deve se constituir de uma prática social, visando

a superação da defasagem de aprendizagem dos conteúdos dessa disciplina, ou seja, o

domínio da leitura, da oralidade e da escrita, privilegiando o contato real do estudante com

a multiplicidade de gêneros que são produzidos e circulam socialmente.

Nesse processo de interação, faz-se necessário que a Língua Portuguesa seja

possibilidade para o sujeito interagir de forma dinâmica e histórica, visto que a vida

contemporânea exige ampliar a competência linguística dos alunos, propiciando a

interação com os diversos discursos existentes, saberes necessários para o exercício da

cidadania, direito de todos.

18.2. OBJETIVOS POR ÁREA DE APOIO:

18.2.1 - Língua Portuguesa

Para garantir aos alunos o verdadeiro domínio da linguagem, o reconhecimento de

um gênero se constitui como algo essencial, tendo em vista que todas as situações

comunicativas só se efetivam por meio de enunciados concretos materializados nos

gêneros textuais ou discursivos. Nas aulas de Língua Portuguesa é pertinente possibilitar

aos alunos do 6º Ano:

- ler fluentemente, com entonação e ritmo, observando os sinais de pontuação;

- (re)conhecer o suporte, o gênero, o enunciador, o interlocutor, a finalidade, a esfera de

circulação;

- reconhecer as relações entre textos: explícito e implícito, bem como os recursos

expressivos e efeitos de sentido;

- observar as variações linguísticas;

- identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros, interpretando-os com auxílio de

material gráfico diverso;

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- rever posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato;

- perceber os elementos composicionais do gênero;

- identificar a tese de um texto;

- estabelecer relações entre a tese e os argumentos que a sustentam;

- diferenciar as partes principais das secundárias em um texto, bem como os elementos

composicionais;

- identificar repetições ou substituições que contribuem na continuidade de um texto;

- estabelecer relações de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- observar e empregar a variação linguística nos textos, marcadas por conjunções,

advérbios, figuras de linguagem, fonologia, verbos, pronomes, adjetivos...;

- identificar efeitos de ironia e humor em textos variados;

- interpretar linguagem não-verbal.

Para o 9º Ano:

- (re)conhecer o suporte, o gênero, o enunciador, o interlocutor, a finalidade, a esfera de

circulação;

- identificar o efeito de sentido decorrente do uso dos sinais de pontuação;

- reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou

expressão;

- reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou

morfossintáticos e da linguagem figurada;

- identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor;

- recontar o que leu ou ouviu mantendo a sequência na exposição das ideias;

- estabelecer relações intertextuais;

- perceber as razões dos diferentes usos da língua quando em linguagem formal, informal,

técnica, dos adolescentes, das pessoas mais velhas;

- empregar a concordância e a regência verbal e nominal;

- produzir textos com clareza, coerência e coesão, observando as características do

gênero;

- produzir textos com clareza. coesão e coerência atendendo aos propósitos

comunicativos do gênero.

- A partir dos gêneros selecionados, na leitura, oralidade e escrita serão privilegiados.

18.3 - CONTEÚDOS

18.3.1 - Língua portuguesa

189

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6º Ano

• textos narrativos e principais elementos composicionais nos gêneros;

• tema do texto: discurso direto, indireto (narrador em 1ª e 3ª pessoa);

• pontuação nos diversos gêneros textuais: aspas, travessão, divisão do texto

em parágrafos (noções básicas);

• acentuação / ortografia / compreensão do sistema fonológico e sua

aplicabilidade: divisão silábica, dígrafo, encontros vocálicos e consonantais

• uso de maiúsculas e minúsculas

• morfologia observando a funcionalidade do substantivo, do adjetivo, do artigo

e do numeral, pronomes pessoais retos e oblíquos

• conotação e denotação; figuras de linguagem;

• percepção de mudanças na linguagem formal e informal (gênero oral:

exposição oral)

• uso de dicionários

9º Ano

• elementos composicionais nos gêneros trabalhados (marcas linguísticas):

conotação, denotação, coerência, coesão e revisão de todas as classes

gramaticais, aspas, negrito e itálico observando sua funcionalidade;

• ambiguidade;

• compreensão do uso da língua de forma conotativa e denotativa nos textos

em prosa e verso, destacando alguns recursos estilísticos como: metáfora,

comparação, antítese, hipérbole, ironia, personificação;

• função das conjunções (coordenadas) e preposições na conexão das partes

do texto nos gêneros trabalhados;

• verbos nos modos: indicativo, subjuntivo e imperativo;

• concordância nominal e verbal;

• aposto e vocativo;

• identificação e produção de textos nos gêneros que circulam socialmente:

reconhecimento dos estilos, suporte, fonte, interlocutor, locutor, conteúdo

temático, intertextualidade, finalidade, função, tempo, lugar;

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• contextualização da ortografia, acentuação e pontuação.

18.3.4 - Matemática

18.3.5 - Objetivos

- Reconhecer e utiliza características do sistema de numeração decimal, tais como

agrupamento e troca na base 10 e princípio do valor posicional.

- Compreender classificação e seriação numérica.

- Calcular o resultado de uma adição ou subtração de números naturais.

- Calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais.

- Resolver problemas com números naturais, envolvendo diferentes significados da adição

ou subtração.

- Resolver problemas com números naturais, envolvendo diferentes significados da

multiplicação ou divisão.

- Identificar diferentes representações de um mesmo número racional.

- Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes significados.

- Resolver problemas com números racionais expressos na forma decimal envolvendo

diferentes significados da adição ou subtração.

- Resolver problemas utilizando a escrita decimal, a partir de cédulas e moedas do sistema

monetário brasileiro.

- Estimar a medida de grandeza utilizando unidades de medida convencionais ou não.

- Resolver problemas significativos utilizando unidades de medida padronizadas como

km/m/cm/mm, kg/g/mg, l/ml.

- Estabelecer relações entre unidades de medida de tempo (dia e semana, hora e dia, dia

e mês, mês e ano, ano e década, ano e século, década e século, hora e minuto, minuto e

segundo), incluindo leitura de calendário.

- Resolver problemas envolvendo o cálculo do perímetro.

- Resolver problemas envolvendo o cálculo ou estimativa de áreas de figuras planas,

desenhadas em malhas quadriculas.

- Identificar a localização/movimentação de objetos em mapas e outras representação

gráfica.

- Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais pelo número de

lados.

- Identificar propriedades comuns e diferenças entre poliedros e corpos redondos,

relacionando figuras tridimensionais com suas planificações.

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- Ler informações e dados apresentados em tabelas.

- Ler informações e dados apresentados em gráficos (particularmente gráficos de colunas).

- Retirar dados e informações de gráficos, tabelas e textos para resolver problemas.

18.4 - Conteúdos:

- Sistemas de numeração e álgebra;

- Grandezas e medidas;

- Operações com números naturais;

- Situações-problema;

- Figuras geométricas e simetria;

- Análise e interpretação de gráficos e tabelas;

- Tratamento da informação;

- Funções.

18.5 – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Quanto à abordagem pedagógica, pretende-se partir dos conhecimentos que os

alunos já têm a partir de suas leituras de mundo, de seu repertório de referências. Muitas

atividades serão individualmente, porém outras serão coletivas e em grupos, o que

propiciará a análise, discussão e reflexão de várias questões propostas durante as aulas

de Língua Portuguesa e Matemática. Outro aspecto relevante a ser propiciado aos alunos

serão as atividades permanentes de escrita (produção de gêneros variados) e de oralidade

(debates regrados), bem como a de leitura de variados gêneros abordando o mesmo tema

ou que apresentem as mesmas características para posterior análise, apresentação ou

atividades. Em Matemática, serão observados o raciocínio lógico e os cálculos nas

operações básicas.

É importante ressaltar o papel de mediação que o professor exercerá na condução

das atividades, de modo a possibilitar ao aluno melhores condições de aprendizagem.

18.5.1 - Recursos a serem utilizados:

- Laboratório de Informática com Internet para pesquisa;

- Biblioteca: acesso a livros e revistas;

- Sala de aula, quadro, TV pendrive, vídeos, materiais concretos, jogos;

- Cadernos de Atividades de Língua Portuguesa e Matemática, anos finais do EF.

192

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18.6 - AVALIAÇÃO: critérios, instrumentos avaliativos e recuperação de estudos.

Inicialmente o professor regente fará o diagnóstico do aluno e preencherá a ficha de

encaminhamento à S.A.A. A professora da S.A.A. Desenvolverá com o aluno

metodologias para superação das defasagens de aprendizagem dos conteúdos e,

juntamente com o professor regente e equipe pedagógica, farão análise da aprendizagem

podendo ou não dispensá-lo da S.A.A.

Será observado, nos alunos, tanto na oralidade quanto na escrita, bem como o

desenvolvimento do raciocínio lógico:

- Unidade temática;

- Adequação ao gênero solicitado;

- Informatividade;

- Adequação da linguagem ao contexto;

- Adequação dos parágrafos nas sequências narrativas;

- Emprego dos verbos conforme solicita o gênero;

- Uso de operadores argumentativos;

- Uso de recursos estilísticos;

- Pontuação adequada;

Coesão e coerência: reiteração de pronomes, artigos, adjetivos e substantivos, verbos,

figuras de linguagem, retomada de parágrafos, etc.

- Clareza e adequação na produção textual, conforme o gênero proposto;

. Desenvolvimento do uso do pensamento através da elaboração de hipóteses a

descoberta de situações e soluções;

- Incentivo do prazer pela Matemática através do desenvolvimento do raciocínio;

- reconhecimento de operações com números naturais e decimais (adição, subtração,

multiplicação, divisão, potência e raiz);

- identificação e representação do antecessor e do sucessor de um número natural,

decomposição de um número natural nas unidades das diversas ordens para que possam

ler e interpretar diferentes conceitos;

− reconhecimento da divisão como processo inverso da multiplicação e vice-versa,

bem como a determinação de quociente e resto na divisão de números naturais.

18.6.1 - RECUPERAÇÃO PARALELA

Aos alunos com dificuldades para expor seu ponto de vista no grande grupo, a

193

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professora conversará em particular e possibilitará que eles pesquisem mais sobre o

assunto e na aula seguinte, exponham – em particular ou à turma - seu ponto de vista

sobre o tema abordado.

18.7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PPP. Colégio Estadual Industrial– EFM, Francisco Beltrão, 2011.

PARANÁ, SEED. Ensino Fundamental de Nove Anos – Orientações Pedagógicas para

os Anos Iniciais. Curitiba, 2010.

_______Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa e Matemática, 2011.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Língua Portuguesa. Brasília, 1997.

Disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02.pdf

RESOLUÇÕES 004/11, 007/11, 2772 e 1690

19 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM

CONTRATURNO.

19.1 - TÍTULO DA ATIVIDADE - FECOMÉRCIO - SESC / SENAC

19.2 - JUSTIFICATIVA

As atividades fornecem conhecimentos para a formação dos educandos, ocorrem

em turno contrário, três vezes por semana, completando uma carga horária anual de 189

horas pelo Sesc e 112 horas pelo Senac. São desenvolvidas atividades diversificadas e

complementares (em contraturno), com ênfase nas disciplinas de Matemática e Língua

Portuguesa. Também são ministradas aos estudantes aulas de oratória, comunicação,

informação profissional, palestras sobre empregabilidade, empreendedorismo e oficinas

profissionalizantes, e cursos de valorização social para a comunidade.

19.3 - OBJETIVOS DA ATIVIDADE

O programa visa aprimorar o rendimento dos alunos na escola e promover sua

integração no mercado de trabalho, fornecendo os conhecimentos necessários para que

esses jovens conquistem o primeiro emprego.

19.4 - CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

194

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O Programa Fecomércio – SESC/SENAC, é direcionado a alunos(as) que estão

cursando o 1º ano do Ensino Médio da rede pública de ensino, regularmente matriculados.

/home/prof/ines/Compartilhamento Público/adendorecurso.doc

20 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA SALA DE RECURSOS

MULTIFUNCIONAL TIPO I

20.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A sala de recursos multifuncional é um serviço especializado, de natureza

pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do

Ensino Fundamental.

O decreto n° 6571/2008 dispõe sobre o atendimento educacional especializado

definido no 1° do art. 1° como o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e

pedagógico organizados institucionalmente e prestados de forma complementar ou

suplementar à formação dos alunos no ensino regular. No 2° do art 1°, determina que o

AEE integra a proposta pedagógica da escola, envolvendo a participação da família e a

articulação com as demais políticas públicas.

Dentre as ações de apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação prevista

nesse Decreto, destaca, no art. 3°, a implantação de de Recursos Multifuncionais,

definidas como ambientes dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos para

a oferta do atendimento educacional especializado.

Esse atendimento constitui oferta obrigatória pelos sistemas de ensino para apoiar o

desenvolvimento dos alunos público-alvo da educação especial, em todas etapas níveis e

modalidades.

A finalidade da sala de recursos multifuncional é complementar o atendimento

educacional realizado em classes comuns do Ensino Fundamental. O trabalho pedagógico

especializado deve constituir um conjunto de procedimentos específicos, de forma a

desenvolver os processos cognitivos, motor sócio-afetivo e emocional necessários para a

apropriação e produção dos conhecimentos.

Atender crianças da Rede Pública que estejam apresentando dificuldade no

processo de aprendizagem.

Oferecer um atendimento diferenciado ao aluno das classes de Ensino Regular,

pelo enriquecimento de recursos, pela variedade de procedimentos e pela individualização

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do ensino.

Promover o protagonismo do aluno, como agente de sua aprendizagem, pela

valorização de sua identidade e pela consciência do valor do conhecimento para uma vida

mais plena.

Promover a valorização de outras habilidades e potencialidades da criança, bem

como a questão da afetividade e de outros caminhos que tragam felicidade, autonomia e

realização para o aluno.

A escola optou pela sala de recursos multifuncional devido à necessidade de ter um

atendimento especializado para os alunos com necessidades educacionais especiais,

desenvolvendo esses alunos em todas as etapas , níveis e modalidades.

É ofertado aos educandos especiais ambientes dotados de equipamentos,

mobiliários e materiais didáticos de acordo com a necessidade de cada aluno, visando

sempre apoiar o desenvolvimento do aluno em todos os aspectos pedagógicos.

Os resultados são visíveis, a Sala de Recurso multifuncional tem possibilitado ao

aluno melhora no desenvolvimento cognitivo de forma significativa, proporcionando aos

mesma, autoestima, autocontrole, autoconfiança, motivação, respeito, limites, organização,

afetividade, hábitos de cortesia e socialização. Resultando assim numa melhora concreta,

possibilitando um melhor desenvolvimento e consequentemente a aprovação.

O horário de atendimento na sala de recursos multifuncional deverá ser em período

contrário ao que o aluno está matriculado e frequentando a classe comum, funciona no

Colégio Estadual Industrial no período da manhã e da tarde.

O aluno da sala de recursos multifuncional deverá ser trabalhado de forma

individualizada ou em grupos e o tempo de trabalho coletivo não deverá exceder o tempo

do trabalho individual.

Os atendimentos realizados em grupos deverão ser organizados por faixa etária

e/ou conforme as necessidades pedagógicas.

Na sala de recursos multifuncional, o número máximo é de 20 (vinte) alunos com

atendimento por cronograma.

O cronograma para o atendimento do aluno deverá ser elaborado pelo professor da

sala de recursos multifuncional juntamente com o pedagogo da escola e, quando se fizer

necessário, com os professores da classe comum.

O cronograma de atendimento deverá ser organizado quanto ao: Número de

atendimento pedagógico, podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes por semana, não

ultrapassando 2 (duas) horas diária.

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A necessidade da sala de recursos multifuncional de natureza pedagógica é de

complementar o atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino

Fundamental. O trabalho pedagógico especializado deve constituir um conjunto de

procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivos, motor, sócio-

afetivo emocional, necessários para apropriação e produção de conhecimentos.

20.2 - OBJETIVOS DA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL

Proporcionar aos alunos, alternativas metodológicas, a fim de superar as dificuldades

na aprendizagem e estimular o desenvolvimento de suas habilidades e capacidades

cognitivas.

Estimular, nos mesmos, as noções de respeito, limites, organização e

responsabilidade.

Formação social e formação para trabalho.

Promoção para o desenvolvimento humano.

Formação do cidadão.

Propiciar na comunidade escolar, um espaço de diálogo e reflexão frente às necessidades

educacionais especiais de cada aluno e as diferentes estratégias metodológicas

utilizadas para que tais tenham uma educação inclusiva de qualidade;

Proporcionar os conhecimentos básicos necessários para sua aprendizagem.

20.3 - CONTEÚDOS

Conteúdos estruturantes de acordo com as DCES

Área do desenvolvimento

Área do conhecimento

20.3.1 - CONTEÚDOS DA ÁREA DO DESENVOLVIMENTO:

20.3.1.1 - ÁREA SÓCIO-AFETIVA-EMOCIONAL

• Motivação;

• Respeito;

• Limites;

• Autoestima;

• Autocontrole;

• Autoconfiança;

• Afetividade;

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• Hábitos de cortesia;

• Socialização/ interação social.

20.3.1.2 - ÁREA PSICOMOTORA

• Equilíbrio;

• Postura;

• Coordenação motora ampla e fina;

• Coordenação viso-motora;

• Coordenação dinâmica geral;

• Lateralidade;

• Dominância lateral;

• Esquema corporal;

• Controle de sincenesias e paratonias;

• Organização temporal;

• Organização espacial;

• Conhecimento social do tempo;

• Percepção de detalhes auditivos e visuais.

20.3.1.3 - ÁREA COGNITIVA

• Linguagem expressiva e compreensiva;

• Sensações;

• Percepção;

• Atenção;

• Concentração;

• Memória;

• Raciocínio;

• Criatividade;

• Conceituação.

2O.4 - CONTEÚDOS DA ÁREA DO CONHECIMENTO:

20.4.1 - PORTUGUÊS

• Leitura;

• Escrita;

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• Oralidade;

• Produção de textos.

• Interpretação

• Bilhetes

• Cartas

• Poemas

• Discurso direto e indireto

• Normas gramaticais

• Representação teatral

20.4.2 - MATEMÁTICA

• Conhecimento dos numerais;

• Conhecimento das 4 operações;

• Utilização de problemas matemáticos;

• Sistema fracionário;

• Sistema monetário;

• Horas;

• Geometria

• Funções

• Tratamento da informação

• Grandezas e medidas

• Resolução de problemas

• Figuras geométricas

20.4.3 - CONHECIMENTOS GERAIS

• Meio ambiente;

• Espaços geográficos;

• Regiões geográficas;

• Mapas;

• Corpo humano;

• Higiene básica;

20.5 - ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS

As aulas na sala de recursos multifuncional serão realizadas no contra turno do

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horário que o aluno está matriculado no ensino regular. Estes serão atendidos em grupos

ou individualmente, de acordo com as necessidades educacionais especiais de cada um.

Os alunos estarão divididos em pequenas turmas, através de cronograma de

atendimento, agrupando-os de acordo com série, idade, e/ou necessidades educacional

especial, podendo este ser modificado de acordo com a necessidade do aluno e/ou

professor.

As atividades da sala de recursos multifuncional são planejadas de acordo com a

necessidade de cada educando, podendo ser realizada durante uma ou duas vezes por

semana. Estas são compostas por atividades referentes as áreas do desenvolvimento e

áreas do conhecimento, jogos, músicas e brincadeiras contextualizadas.

20.5.1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA- METODOLÓGICA

Desde os séculos passados até os dias atuais, vem ocorrendo grandes movimentos

em relação à educação das pessoas com necessidades educacionais especiais.

De acordo com SASSAKI (2003), no começo da história, os deficientes eram

considerados inválidos, como seres anormais e eram categorizadas e distinguidas em três

populações: primeiro, eram chamadas de idiotas, cretinos e imbecis; segundo como

retardados e; o terceiro como instáveis. Essas pessoas eram vistas como anormais e

relacionadas ao sobrenatural, como sendo forças do mal, sendo passíveis de torturas e

morte para expiação do pecado.

Na idade média, essa crença se fortalece e a deficiência é entendida como

intervenção direta de Deus sobre forma de castigo, o que, ocasionava o aprisionamento

dessas pessoas em suas casas ou até mesmo a morte.

O primeiro indício de educação especializada para tais pessoas surgiu em 1909,

através de uma lei, a qual determina a existência de um sistema de ensino especializado

para anormais contra a perspectiva do hospício, introduzindo assim, essas pessoas, em

classes especiais. No princípio, esse alunado foi considerado incapaz, mas com o passar

do tempo foram apresentando satisfação e revelando melhoras em seu desenvolvimento.

Assim, após essa experiência, iniciaram-se um processo de pesquisas e criação de

uma didática ajustada as necessidades desses alunos, elaborando métodos pedagógicos

que auxiliaria e dirigiria essas pessoas para uma profissão. Porém, essa educação tinha

como finalidade a segregação em instituições para cuidado, proteção, tratamento médico e

pedagógico, que priorizava a “instrução básica” com o ensino das letras e noções da

aritmética, destacando-se o trabalho manual para o treinamento industrial, produzindo

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mão-de-obra barata, desqualificada em troca de um pequeno salário ou um prato de

comida.

O Brasil, seguindo a concepção de institucionalização da Europa, criou primeiro,

instituições para o atendimento das pessoas cegas e surdas. A preocupação com a

educação de pessoas com deficiência mental e física deu-se mais tarde.

Após a Segunda Guerra Mundial, em 1948, aponta-se para a Declaração Universal

dos Direitos Humanos, onde esse documento passa a inspirar as políticas públicas e os

instrumentos jurídicos de quase todos os países. De maneira geral, esta Declaração

assegura as pessoas com deficiência os mesmos direitos à liberdade, a uma vida digna, à

educação fundamental, ao desenvolvimento pessoal e social e a livre participação na vida

da comunidade.

Influenciada pelas mudanças de concepção sinalizada nas leis internacionais, em

1961, surge a primeira menção de serviços educacionais especializados, titulados como

Educação Especial, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n°. 4024/61, de

maneira inovadora incentivando e direcionando esses atendimentos as instituições como a

Pestalozzi e as APAEs.

A partir da década de 70, surgem os movimentos organizados pelos pais de

crianças com deficiências e ganham adeptos no mundo todo, inspirados nos princípios de

individualização, normalização e integração e buscam ampliar as oportunidades de

participação social de pessoas com deficiência, oferecendo-lhes o convívio em ambientes

menos segregados. Nesse período a Educação Especial ganham visibilidade sendo

caracterizada como uma educação voltada ao atendimento de pessoas com deficiência, as

quais necessitam de cuidados clínicos e terapêuticos, ocorrendo uma expansão

quantitativa dessa modalidade. Houve, assim, a organização e proliferação de escolas

especiais, centros de reabilitação, oficinas protegidas de trabalho, clubes sociais especiais,

associações desportivas especiais, entre outros serviços ao grupo de pessoas com

deficiências. Na década de 80, inúmeras leis são aprovadas em torno da igualdade de

direitos e oportunidades para as pessoas com necessidades educacionais especiais,

estabelecendo, também, diretrizes para a compreensão da Educação Especial como uma

modalidade de educação escolar, obrigatória e gratuita, ofertada, também, em

estabelecimentos públicos de ensino.

Já na década de 90, a Educação Especial tem um grande crescimento em

conseqüência de alguns movimentos em pró dessa idéia como: a Declaração de Jomtien,

na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em Jomtien, Tailândia (1990) em que

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os países relembram que “a educação é um direito fundamental de todos, mulheres e

homens, de todas as idades, no mundo inteiro”; depois, pela Declaração de Salamanca

(1994), Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e

Qualidade, realizada pela UNESCO, em Salamanca (Espanha), teve como objeto

específico de discussão, a atenção educacional aos alunos com necessidades

educacionais especiais, onde se reuniram trezentos representantes de noventa e dois

governos e de vinte e cinco organizações internacionais com o objetivo de promover a

Educação para Todos, reconhecendo a necessidade de se ter um ensino ministrado no

sistema comum de educação a todas as pessoas com necessidades educativas especiais.

De acordo com o documento, (1994, p.1): As pessoas com necessidades educativas

especiais devem ter acesso às escolas comuns que deverão integrá-las numa pedagogia

centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades e as escolas comuns,

com essa orientação integradora, representam o meio mais eficaz de combater atitudes

discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras, construir uma sociedade integradora e

dar educação para todos; além disso, proporcionam uma educação efetiva à maioria das

crianças e melhora a eficiência e, certamente, a relação custo-benefício de todo o sistema

educativo.

Esses documentos abriram espaço para uma ampla discussão sobre a necessidade

de os governos contemplarem em suas políticas públicas o reconhecimento da diversidade

dos alunos e o compromisso em atendê-los na escola comum. Dessa forma, educação

começa a rever seu ensino, conceitos e construir uma sociedade que se preocupa com

todos, sem discriminação de raça, crença, situação econômica e de vida. Na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei n° 9.394/96 no capítulo V da Educação

Especial no artigo 58 (1996, p. 44) diz: “entende-se por educação especial, para os efeitos

desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular

de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”.

No estado do Paraná, desde a criação da primeira escola especial, em 1939, o

Instituto Paranaense de Cegos, reproduzem-se concepções e práticas já atestadas nos

movimentos sociais, nacionais e internacionais.

Com a estruturação do departamento de Educação Especial, integrando a

organização político-administrativa da SEED, se intensificam as ações em Educação

Especial, no âmbito da escola pública, com expansão aos diferentes municípios do Estado

e a implantação de classes especiais e salas de recursos voltadas ao atendimento das

deficiências. Destaca-se como relevante, neste ponto, a política de descentralização

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administrativa, com a criação das equipes de Educação Especial nos Núcleos Regionais

de Educação que possibilitou a interiorização dessa modalidade de ensino.

A Educação Especial no Paraná tem mais que 50 anos. Nesse período aconteceram

muitas mudanças relacionadas à sua organização e ao sistema educacional. Em virtude

dessas mudanças ocorreram intensas transformações sociais trazendo consigo avanços

significativos para toda a sociedade.

Assim, no Paraná, a Educação Especial, dever constitucional do Estado e da

família, é oferecida tanto na rede regular de ensino, quanto em instituições especializadas,

com o início da faixa etária de zero a seis anos, prolongando-se durante toda a educação

básica e ensino superior. Na rede regular de ensino há a oferta de serviços educacionais

especializados, tais como: sala de recursos multifuncional; centro de atendimento

especializado; professor de apoio permanente; profissional interprete; instrutor surdo;

classe especial e escola especial. Atualmente, defende-se a idéia de educação inclusiva

responsável e de qualidade, onde as escolas deverão estar preparadas para receber e

garantir a educação de alunos com necessidades educacionais especiais, visando o seu

pleno desenvolvimento.

20.5.2 - INCLUSÃO

Historicamente, a educação de pessoas com deficiência nasceu de forma solidária,

segregada e excludente. Ela surgiu com caráter assistencialista e terapêutico pela

preocupação de religiosos e filantropos na Europa. Mais tarde, nos Estados Unidos e

Canadá, surgiram os primeiros programas para prover atenção e cuidados básicos de

saúde, alimentação, moradia e educação dessa população, até então marginalizada pela

sociedade.

A partir desse novo olhar às pessoas com necessidades educacionais especiais,

surge o conceito de integração, que tem origem no princípio ideológico e filosófico da

normalização, criado na Dinamarca por Bank-Mikel Kelsen (1959). Esse conceito defendia,

para as crianças com deficiência, modos de vida e condições iguais ou parecidas com os

demais membros da sociedade. A idéia de normalização subentendia não tornar o

individuo “normal”, mas torná-lo capaz de participar da vida em sociedade, inclusive da

escola.

Surge, assim, o princípio de oferecer condições e oportunidades iguais do ponto de

vista educacional, e atividades sociais mais amplas, o que, na década de 70, nos EUA e

em outros países, era denominado mainstreaming, que significa integrar as pessoas com

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deficiências à corrente principal da vida.

Nesse conceito, a educação deveria ocorrer em ambiente o menos restrito possível,

e o atendimento às necessidades individuais realizado preferencialmente no ensino

regular. Somente os alunos com deficiências mais graves seriam encaminhados para

escolas especiais.

Embora a proposta de integração plena estivesse voltada para a inserção do aluno

na classe comum e na comunidade, a educação de crianças com deficiências acabou

acontecendo de forma paralela em instituições especializadas ou em classes especiais.

Chega assim, ao nosso meio, o movimento da inclusão com divulgação da

Declaração de Salamanca (Espanha, 1994), sob o patrocínio da UNESCO.

O conceito de inclusão em sua evolução sócio - histórica aponta para a necessidade

de aprofundar o debate sobre a diversidade. Isso implicaria em buscar compreender a

heterogeneidade, as diferenças individuais e coletivas, as especificidades do ser humano e

sobretudo as diferentes situações vividas na realidade social e no cotidiano escolar.

Essa discussão passa necessariamente pela reflexão sobre os conceitos

historicamente construídos acerca dos alunos com deficiências, cristalizados no imaginário

social e expressos na prática pedagógica centrada na limitação, nos obstáculos e nas

dificuldades e acolhimento das necessidades dessas pessoas, tendo como ponto de

partida a escuta dos alunos, pais e comunidade escolar.

Observa-se, nesse conceito, uma mudança de foco, que deixa de ser a deficiência e

passa a concentrar-se no aluno e no êxito do processo ensino aprendizagem, para qual o

meio ambiente deve ser adaptado às necessidades específicas do educando, tanto no

contexto escolar e familiar, como no comunitário.

Sobre a inclusão sugere a imagem de uma escola em movimento, em constante

transformação e construção, de enriquecimento pelas diferenças. Esse movimento implica:

mudanças de atitudes, constante reflexão sobre prática pedagógica, modificação e

adaptação do meio e, em nova organização da estrutura escolar.

Há autores, no entanto, que propõem a inclusão de forma mais radical, discordando

da validade de adaptações e complementações curriculares, enfatizando a necessidade de

se rever à prática pedagógica para que seja especializada para todos os alunos. Essa

dimensão humana e antropológica é ideal e desejável por muitos pais e professores mas

há ainda, um longo caminho a ser percorrido, principalmente com relação à formação de

professores, em direção à educação para a diversidade.

A inclusão é um processo complexo que configura diferentes dimensões: ideológica,

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sóciocultural, política e econômica. Os determinantes relacionais comportam as interações,

os sentimentos, significados, as necessidades e ações práticas; já os determinantes

materiais e econômicos viabilizam a reestruturação da escola.

Nessa linha de pensamento, a educação inclusiva deve ter como ponto de partida o

cotidiano: o coletivo, a escola e a classe comum, onde todos os alunos com necessidades

educacionais especiais ou não, precisam aprender, ter acesso ao conhecimento, à cultura

e progredir no aspecto pessoal e social. Ao entrar num ambiente escolar, nos deparamos

com um universo de diversidades culturais, étnicas, religiosas e humanas, o que ocasiona

múltiplos conflitos entre profissionais da educação e aqueles que estão no processo de

aprendizagem. Esses conflitos ocasionam um desconforto no cotidiano escolar e fazem

com que a educação perca seu verdadeiro sentido que é formar cidadãos plenos e

atuantes na sociedade.

O maior desafio, hoje, é dar um significado à educação, não mais como instrumento

para metas econômicas, políticas e com um ensino mecânico e sem objetivos, mas sim,

como uma educação para toda a vida, em que o aluno seja valorizado com práticas de

formação de identidades, dando igualdade de oportunidades para todos, independentes

das diferenças individuais existentes.

Uma escola de boa qualidade para todos, uma escola inclusiva, deve estar a serviço da

dimensão social e política das relações humanas, na medida em que o processo

educacional ofereça além da apropriação de conhecimentos, a capacidade crítica,

indispensável ao exercício da cidadania plena. (CARVALHO, 2002, P.43) Após a

Declaração de Salamanca em que se propõe uma educação para todos, governantes e

profissionais que formam o ambiente escolar vem estudando formas que possibilitem esta

realidade. Uma das propostas da escola é uma educação inclusiva em que não abrange

apenas pessoas com necessidades especiais, mas todos os alunos, docentes e

funcionários de uma instituição educativa. Segundo MITTLER (2000, p25) diz: No campo

da educação, a inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas

como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a

todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola. A

Inclusão não é apenas para pessoas com necessidades educacionais especiais, mas sim

para todos, principalmente aqueles que não tiveram oportunidade de participar

democraticamente do ambiente escolar. É preciso uma educação individual, em que todos

sejam vistos com diferença, mas que haja igualdade de oportunidades no processo de

ensino-aprendizagem. Valorizar cada aluno, reunir a diversidade, sem nenhum tipo de

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distinção, ainda está longe de abranger os objetivos e a prática de todas as escolas, mas

nunca se falou tanto sobre inclusão como nos dias atuais.

Para chegar a um processo completo de inclusão é preciso ainda, destruir inúmeras

barreiras, principalmente quando se trata de pessoas com deficiências. Essas barreiras

estão em rever mitos, romper com o preconceito, estigmas, inseguranças de professores,

e outros problemas que são enfrentados no ambiente escolar.

Segundo MANTOAN (2003, p.19) diz: “Se o que pretendemos é que a escola seja

inclusiva, é urgente que seus planos se redefinam para uma educação voltada para a

cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças”.

Assim, fazendo com que a educação seja completamente para todos, construindo uma

sociedade mais justa e humana.

O processo de inclusão também compromete uma mudança nas escolas como:

diferentes metodologias e adaptações curriculares de pequeno e grande porte.

É preciso reestruturar uma prática que, por muito tempo, está concretizada e sendo

aplicada. Mas mudar é preciso. E com esta meta, a Educação Especial luta para as

pessoas com necessidades educacionais especiais possam ter o direito a uma educação

de qualidade, que possam ser inseridos numa classe regular e frequentar, como os

demais, uma escola que possibilite aprendizado e uma atuante participação desses na

sociedade em que estão inseridos. Pois, acredita-se que o ambiente seja primordial para o

desenvolvimento dessas pessoas.

Como REGO (2001) Apud VYGOTSKY nos relata, que o desenvolvimento pleno do

ser humano depende do aprendizado que realiza num determinado grupo cultural, a partir

da interação com os outros indivíduos. Que o homem constitui-se como tal através de

interações sociais, portanto, é visto como alguém que transforma e é transformado nas

interações sociais.

Por isso, a importância que alunos com necessidades educacionais especiais

interajam com os considerados “normais”, assim, esses poderão se desenvolver cada vez

mais e melhor.

SERVIÇO ESPECIALIZADO: sala de recursos multifuncional

A filosofia do trabalho apoio pedagógico específico e/ou sala de recursos

multifuncional está calcada no respeito às diferenças individuais, bem como no direito de

cada um em ter oportunidades iguais, mediante atendimento diferenciado.

A sala de recursos multifuncional é uma modalidade de atendimento educativa a ser

desenvolvida no ensino regular, destinada aos alunos com dificuldade de aprendizagem,

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hiperatividade, altas habilidades/superdotação, portadores de deficiências e/ou de

condutas típicas. Tem como finalidade facilitar a aprendizagem dos alunos que

apresentam histórico de fracasso escolar, multirrepetência, dificuldade de aprendizagens.

Os serviços prestados na sala de recursos multifuncional não devem ser

confundidos com reforço escolar (repetição da prática educativa da sala de aula), nem com

às atividades inerentes à orientação educacional, que estão mais voltadas à escola como

um todo. Diferentemente, o professor da sala de recursos multifuncional – habilitado para o

trabalho – irá intervir como mediador, em atendimento grupal ou individual, utilizando-se de

recursos coerentes com as necessidades de cada aprendiz, com vistas a favorecer-lhes o

desenvolvimento global, o que é indispensável ao êxito nas atividades acadêmicas.

Entende-se por mediação, toda intervenção do professor junto às crianças que

apresentam dificuldades de aprendizagem, e que colabore para a melhoria da auto-

imagem do aluno e para sua reinterpretação do mundo como menos hostil e frustrante.

Nessa mediação, o professor é, sem dúvida, o mais importante, pois é dever deste, filtrar e

selecionar estímulos, organizando-os em benefício do aprendiz.

A sala de recursos multifuncional deve ser um ambiente que permita mudanças,

desde o rendimento escolar do aluno até, e principalmente, de seu autoconceito. Assim, a

própria arrumação da sala deve servir como estímulo para ajudar às crianças a superarem

as suas dificuldades e sentirem-se felizes.

A organização de ambientes propícios às mudanças envolve componentes

conceituais e práticos. Os primeiros, calcados em teorias, destacam a importância do meio

em sua dialética incessante com o organismo. Por isso, uma sala arejada, bem iluminada e

atraente, de modo a permitir a “expansão” do aluno, é uma das preocupações mais

significativas nas tarefas de apoio.

Os componentes práticos incluem recursos humanos qualificados e materiais

instrucionais, destacando-se: o facilitador (mediador); os programas de intervenção

específica e; os recursos instrucionais (livros, papéis, lápis, pincéis, tintas, jogos, giz,

quadros de giz, tesouras, colas, barbantes, sucatas, brinquedos, e outros). Esses

componentes servem para incentivar a relação entre as crianças e tudo o que lhes oferece

a sala de recursos multifuncional, como estímulo à aprendizagem bem sucedida.

O encaminhamento para a sala de recursos multifuncional deve decorrer das

observações sistemáticas do professor do ensino regular. Sugere- se que a avaliação do

desenvolvimento global do aluno seja uma constante na atuação docente, seguida de

estudo de caso pela equipe pedagógica da escola. Segundo a instrução N° 013/08 da

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LDB e Secretaria de Estado do Paraná em que estabelece critérios para o funcionamento

da sala de recursos multifuncional para o Ensino Fundamental de 5a a 8a séries, na área

da Deficiência Intelectual e Distúrbio de Aprendizagem, defini a sala de recursos

multifuncional como um serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e

complementa o atendimento educacional dos alunos com necessidades educacionais

especiais.

O aluno que ingressa na sala de recursos multifuncional deverá: Estar matriculado e

freqüentando o Ensino Fundamental ou médio; a avaliação pedagógica de ingresso deverá

ser realizada no contexto do Ensino Regular, pelo professor da Classe comum, professor

especializado e equipe técnico-pedagógica da Escola, com assessoramento de uma

equipe multiprofissional (externa) e equipe NRE e ou SME, quando necessário. A

avaliação pedagógica educacional especializada no contexto escolar, para o ingresso na

sala de recursos multifuncional, estará enfocada mas áreas: cognitiva, sócio-afetiva-

emocional, motora, a qual será registrada em relatório, com indicação dos procedimentos

de intervenção e encaminhamentos.

Quando o aluno da sala de recursos multifuncional freqüentarem a Classe Comum

em outro estabelecimento, o mesmo deverá apresentar relatório de avaliação pedagógica

no contexto, declaração de matrícula e encaminhamentos. A organização na Sala 20(vinte)

alunos, com atendimento por intermédio de cronograma; o horário de atendimento deverá

ser em período contrário ao que o aluno está matriculado e freqüentando a Classe

Comum; o aluno da sala de recursos multifuncional deverá ser atendido individualmente ou

em grupos de até 10 (dez) alunos, com atendimento por meio de cronograma pré-

estabelecido; os grupos de alunos em atendimento serão organizados preferencialmente

por faixa etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas semelhantes dos mesmos; o

cronograma de atendimento deverá ser elaborado pelo professor da sala de recursos

multifuncional junto com a equipe técnico- pedagógica da Escola, e, sempre que possível

ou se fizer necessário, com os professores de Classe Comum, em consonância com os

procedimentos de intervenção pedagógica que constam no relatório da Escola em que o

aluno freqüenta a Classe Comum; o aluno deverá receber atendimentos de acordo com

suas necessidades, podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes por semana, não

ultrapassando 2 (duas) horas diárias. O professor da sala de recursos multifuncional

deverá prever: controle de freqüência dos alunos por intermédio de livro de frequência da

escola; contato periódico com a equipe técnico-pedagógica da escola e, sempre que

possível ou se fizer necessário, com os professores da Classe Comum para o

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acompanhamento do desenvolvimento do aluno e; participação no Conselho de Classe.

O educador especial constrói o seu plano de trabalho visando as características

individuais do seu aluno, e junto com os profissionais de ensino comum, dinamiza

estratégias para que os alunos que estão incluídos na sala regular, superem suas

dificuldades e assim possam acompanhar o processo de ensino-aprendizagem.

O educador é o mediador entre o aluno, família e a comunidade escolar.

20.6 - RECURSO DIDÁTICO- PEDAGÓGICO E TECNOLOGICOS

• Quadro;

• Giz;

• Lápis;

• Caneta;

• Borracha;

• Apontador;

• Lápis de cor;

• Canetas hidrocor ;

• Giz de cera;

• Cola;

• Tesoura;

• Tinta;

• Pincel;

• Pincel atômico;

• Régua;

• Papel / folhas (sulfite, cartolina, bobina, Eva);

• Calendário;

• Revistas;

• Jornais;

• Encartes;

• Livros de histórias;

• Textos diversos;

• Jogos (dominó, memória, matemático, bingo, jogo lógico, blocos lógicos);

• Alfabeto manual;

• Rádio;

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• CDs musicais;

• Televisão

20.6.1 - HUMANOS

• Alunos;

• Professor especializado;

• Professores do ensino regular;

• Funcionário da escola;

• Famílias.

20.7 - AVALIAÇÃO

20.7.1 - CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO DE ACORDO COM LEGISLAÇÃO

EDUCACIONAL: LDBEN 9394/96 DELIBERAÇÃO /99 DO CEE .

Para a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos é

realizada, pela professora especializada, uma avaliação dentro do contexto escolar. Esta

também conta com a participação dos professores do ensino regular, através de suas

observações em sala de aula e com a equipa técnico-pedagógica da instituição.

O processo avaliativo se dá por meio de avaliação diagnóstica, formativa, somativa

e contínua, com o objetivo de avaliar os conhecimentos prévios, as potencialidades e

habilidades dos alunos. Esse processo tanto, ajuda o professor a investigar, identificar e

acompanhar o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, refletindo sobre sua

prática pedagógica e reformulando-a quando necessário, quanto, apontar os tipos de

recursos educacionais necessários para que aconteça um trabalho sério e comprometido

com o desenvolvimento global do aluno.

20.8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAUTISTA, Rafael (org). Necessidades Educacionais Especiais. Portugal/Lisboa:

Dinalivros, 1997.

BRASÍLIA. Lei de Diretrizes e bases da educação Nacional. No 9394/96, 1996.

CARVALHO, Rosita Edler. Temas em educação especial. Rio de Janeiro: WVA, 2000.

COLAÇO, Veriana da Fátima Rodrigues. Abordagem dinâmica da avaliação, um

contraponto à psicometria. Santa Maria: Cadernos de Educação Especial. vol. 10, 1998.

FREIRE, Ida Mara (org.). Um olhar sobre a diferença. Papirus.

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MANTOAN, Maria Tereza Egler. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer?. São

Paulo: Moderna, 2003.

MEC/UNESCO. Linhas Programáticas para o atendimento Especializado na sala de

apoio Pedagógico Específico. Brasília: MEC/ SEESP,1994.

MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2000.

OREAL/ UNESCO. Declaração de Salamanca e Linhas de Ação sobre Necessidades

educacionais Especiais: Brasília: CORDE,1994.

REGO, Tereza Cristina.Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação.

Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

SASSAKI,Romeu Kazumi. Como chamar o que têm deficiência?. São Paulo, 2003.

SEED, Diretrizes Curriculares da Educação Especial para Construção de Currículos

Inclusivos. Paraná, 2006.

211