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ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA DO LIXO PRODUZIDO NA ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR MAICO CIPRIANO DE MELO GOIÂNIA 2014

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Page 1: PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA DO LIXO … · 2017. 2. 22. · do Curso de Formação de Oficiais - CFO, do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos - CAS, do Estágio

ESTADO DE GOIÁS

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS

ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR

CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA DO LIXO PRODUZIDO

NA ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR

MAICO CIPRIANO DE MELO

GOIÂNIA

2014

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MAICO CIPRIANO DE MELO

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA DO LIXO PRODUZIDO

NA ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR

Artigo Monográfico apresentado em cumprimento às exigências para término do Curso de Formação de Oficiais sob a orientação do Cap QOC 02.268 Marcus Vinícius Borges e Silva. GOIÂNIA

2014

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MAICO CIPRIANO DE MELO

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA DO LIXO PRODUZIDO NA ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR

Artigo Monográfico apresentado em cumprimento às exigências para término do Curso de Formação de Oficiais sob a orientação do Cap QOC 02.268 Marcus Vinícius Borges e Silva. Avaliado em:_____/_____/_____

APROVADO POR:

_______________________________________________

Cel QOC 00.028 - Divino Aparecido de Melo

_______________________________________________

Maj QOC 01.308 - Douglas Castilho de Queiroz

_______________________________________________

Maj QOC 01.312 - Pedro Carlos Borges de Lira

GOIÂNIA

2014

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RESUMO

O desenvolvimento deste trabalho tem como objetivo principal a implantação da coleta seletiva na Academia Bombeiro Militar - ABM visando à conscientização ambiental de todos os militares que em algum momento de suas carreiras passam por este centro de formação, adaptação, aperfeiçoamento e especialização, bem como contribuir de forma significativa no que diz respeito à preservação do meio ambiente em prol do desenvolvimento sustentável. Após o levantamento de dados quantitativos e qualitativos através da aplicação de um questionário com 180 alunos do Curso de Formação de Oficiais - CFO, do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos - CAS, do Estágio de Adaptação de Sargentos - EAS e do Estágio de Adaptação de Cabo - EAC ficou constatado que a grande maioria do corpo discente é favorável à implantação da coleta seletiva do lixo produzido diariamente na ABM. PALAVRAS-CHAVES: Coleta Seletiva, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

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ABSTRACT

The development of this work has as main objective the implementation of selective collection in the Military Firefighter Academy - ABM aimed at environmental awareness of all military at some point in their careers undergo this training center, adaptation, improvement and specialization, as well as contributing significantly with regard to preservation of the environment for sustainable development. After the lifting of quantitative and qualitative data through a questionnaire with 180 students of the Training Officer - CFO, the Sergeants Training Course - CAS, Stage Adaptation Sergeants - EAS and Stage Adaptation of Cape - EAC was found that the vast majority of the student body is in favor of implementation of selective collection of garbage produced daily in ABM. KEY- WORDS: Waste Recycling, Environment and Sustainable Development.

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“Ambiente limpo não é o que mais se limpa e

sim o que menos se suja.”

(Francisco Candido Xavier)

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABRELPE - Associação Brasileira de Empresa de Limpeza Pública e Resíduos

Especiais

ABNT - Associação Brasileira de Normas e Técnicas

AMMA - Agência Municipal de Meio Ambiente

CAS - Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos

CBMGO - Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás

CFO - Curso de Formação de Oficiais

CNC - Confederação Nacional do Comércio

COMURG - Companhia de Urbanização de Goiânia

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente

CTE - Centro Técnico de Ensino

DFO - Divisão de Fiscalização e Orientação

EAS - Estágio de Adaptação de Sargentos

EAC - Estágio de Adaptação de Cabos

GEEAM - Gerência de Educação Ambiental

IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

OBM - Organização Bombeiro Militar

PGCS - Programa Goiânia Coleta Seletiva

PEV - Ponto de Entrega Voluntária

PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos

SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

SESC - Serviço Social do Comércio

SME - Secretária Municipal de Educação

SMS - Secretária Municipal de Saúde

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 8

2 - REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 9

2.1 - BREVE HISTÓRICO DO CBMGO E CARACTERIZAÇÃO DA ABM .................. 9

2.1.1 - CORPO DE BOMBEIRO MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS........................... 9

2.1.2 - ABM ................................................................................................................. 9

2.2 - CBMGO E O MEIO AMBIENTE ........................................................................ 10

2.3 - RELAÇÃO ENTRE A PRODUÇÃO DE LIXO E O MEIO AMBIENTE ............... 11

2.3.1 - A PRODUÇÃO DE LIXO E O MEIO AMBIENTE............................................ 11

2.3.2 - CICLOS NATURAIS DE DECOMPOSIÇÃO DE RESÍDUOS.........................15

2.3.3 - COLETA SELETIVA E SUA IMPORTÂCIA PARA PRESERVAÇÃO DO MEIO

AMBIENTE ................................................................................................................ 16

2.4 - COLETA SELETIVA EM GOIÂNIA.................................................................... 18

2.5 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .............. 20

3 - METODOLOGIA................................................................................................... 22

4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.......................................... 23

5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .............................................................. 34

6 – REFERÊNCIAS ................................................................................................... 36

7 - ANEXOS .............................................................................................................. 40

ANEXO A - PROPOSTA DE PROJETO DA COLETA SELETIVA DO LIXO NA ABM

.................................................................................................................................. 40

ANEXO B - QUESTIONÁRIO DA PESQUISA DE CAMPO NA ABM ........................ 45

ANEXO C - FOLDER DO PROGRAMA GOIÂNIA COLETA SELETIVA ................... 47

ANEXO D - GUIA PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA GOIÂNIA COLETA

SELETIVA EM QUALQUER ENTIDADE OU LOCALIDADE ..................................... 48

ANEXO E - ROTA DO PROGRAMA GOIÂNIA COLETA SELETIVA ........................ 54

ANEXO F- FOTOS DO LIXO NA ABM ...................................................................... 55

ANEXO G - OBJETOS ORIUNDOS DA COLETA SELETIVA .................................56

ANEXO H - MAPA ESTRATÉGICO DO CBMGO......................................................57

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1 - INTRODUÇÃO

Desde a sua criação o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás

- CBMGO tem se preocupado em manter um relacionamento harmônico, eficiente e

significativo em relação à comunidade goiana. Sua atuação abrange diversas

atividades, sendo neste trabalho ressaltada a preocupação ambiental, tendo em

vista que uma das missões do CBMGO em relação ao Planejamento Estratégico

2012-2022 é de proteger o meio ambiente - "Missão: Proteger a Vida, o Patrimônio e

o Meio Ambiente para o bem-estar da sociedade.”.

A Academia Bombeiro Militar sendo o berço da formação de todos as

pessoas que ingressam na corporação tem o dever de repassar o conhecimento

referente à educação ambiental a todos que por ela passam, tanto nos cursos de

formação e adaptação, como nos cursos de aperfeiçoamento e especialização, bem

como ser exemplo para toda a sociedade, evidenciando a importância de se discutir

o tema lixo com o objetivo de se demonstrar os benefícios da coleta seletiva e ao

mesmo tempo propor a implantação da mesma dentro da ABM.

A destinação correta do lixo produzido diariamente na ABM, através da

implantação da coleta seletiva embasada nos princípios do desenvolvimento

sustentável, contribuirá significativamente para a preservação do meio ambiente e

na melhoria da qualidade de vida de todos, enaltecendo a relevância socioambiental

do tema em discussão.

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2 - REVISÃO DE LITERATURA

2.1 - BREVE HISTÓRICO DO CBMGO E CARACTERIZAÇÃO DA ABM

2.1.1 - CORPO DE BOMBEIRO MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás começou a ser

formado em meados de 1957 com o deslocamento de militares para Estado de

Minas Gerais, com a finalidade de formação de bombeiros no Estado. Em 17 de

dezembro de 1958 foi editada a Lei n. 2.400, que criava uma Companhia de

Bombeiros. Pela Lei n. 5.442, de 10 de novembro de 1964, a Companhia de

Bombeiros passou a denominar-se Corpo de Bombeiros, com o efetivo de Batalhão.

Pela Constituição Estadual, promulgada em 05 de outubro de 1989, o Corpo de

Bombeiros passou a constituir-se numa Corporação independente e autônoma.

Em 1990 com nomeação do 1º Comandante Geral do Corpo de

Bombeiros Militar de Goiás, Cel QOBM Pedro Francisco da Silva foi criada e

implementada a Companhia Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, com

orçamento próprio, partindo-se a seguir, para a elaboração da legislação, com o

encaminhamento de projetos de leis e decretos, iniciando-se o processo de criação

e implantação das Unidades Operacionais na Capital e Interior do Estado.

O CBMGO conta com Oficiais Superiores, Oficiais Intermediários,

Oficiais Subalternos e Praças dispostos nos Órgãos de Direção, de Apoio e de

Execução, conforme o Quadro de Organização e Distribuição de Efetivo.

2.1.2 - ABM

A Academia Bombeiro Militar situada na Av. Pedro Paulo de Souza Qd

HC 4 – Goiânia 2 – Goiânia-GO, órgão de Apoio do CBMGO, foi criada e ativada em

junho de 1999 com o nome CTE (Centro Técnico de Ensino) com intuito de realizar

formação, aperfeiçoamento e especialização de Oficiais e Praças.

Segundo o Quadro de Organização e Distribuição de Efetivo, Organogramas

e Notas Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar (Referência: Lei n. 16.899, de 26 de

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maio de 2010, alterada pela Lei n. 17.682, de 28 de junho de 2012 - Fixam o efetivo

do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás e dão outras providências, e Lei

n. 17.257, de 25 de janeiro de 2011 - Dispõe sobre a organização administrativa do

Poder Executivo e dá outras providências):

Compete ao Comando da ABM o assessoramento ao Comando Geral nos assuntos relacionados à execução do ensino, instrução e doutrina aplicados nas Escolas de Oficiais e Praças, bem como outras ações definidas em regimento pelo Comando da Corporação.

Ainda segundo o Quadro de Organização e Distribuição de Efetivo,

Organogramas e Notas Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar na ABM é previsto o

efetivo de 305 militares e 290 existentes contando com o serviço administrativo,

operacional, Banda de Música e o corpo discente atual.

2.2 - CBMGO E O MEIO AMBIENTE

As ações do CBMGO com relação à sua missão ambiental ligam-se

intimamente com a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938, de 1981), em

especial conformidade com o art. 4º, item I a seguir descrito:

“Artigo 4° - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:

I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da

qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.”

O Corpo de Bombeiros tem em sua natureza uma missão ambiental,

sendo, por isto, uma instituição diretamente envolvida com a questão do meio

ambiente, através do combate a incêndios florestais, resgate de animais silvestres

em situação de risco, controle de derramamento de produtos tóxicos, entre outras

atividades.

Segundo o Planejamento Estratégico 2012-2022 do CBMGO tem a

missão de "Proteger a Vida, o Patrimônio e o Meio Ambiente para o bem-estar da

sociedade". A relação do Corpo de Bombeiros com a educação ambiental precisa

acontecer de forma constante, efetiva e ampla, através de projetos de

conscientização, palestras, treinamentos, entre outros. Ou seja, o CBMGO precisa

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exercer de fato seu compromisso de defesa e conservação ambiental, ampliando o

escopo de sua atuação nestas questões e assim contribuindo como agente

relevante na construção do processo relacionado ao meio ambiente, face à própria

natureza e missão da instituição, conforme o Planejamento Estratégico 2012-2022.

2.3 - RELAÇÃO ENTRE A PRODUÇÃO DE LIXO E O MEIO AMBIENTE

2.3.1 - A PRODUÇÃO DE LIXO E O MEIO AMBIENTE

A produção de lixo é inevitável. A partir das atividades humanas são

gerados resíduos sólidos de duas maneiras: como parte inerente do processo

produtivo e também quando termina a vida útil dos produtos (CALDERONI, 2003).

Assim, que destino dar ao lixo produzido torna-se um problema cada vez mais sério.

À medida que a produção de lixo aumenta em taxa maior do que a de aumento da

população aumenta também a quantidade e a complexidade de substâncias

sintéticas produzidas e diminui a disponibilidade de grandes espaços vazios para

"afastar o lixo da vista da população" (CORNIER; FRACALANZA, 2010).

Segundo a ABRELPE, em 2012, foram descartados 24 milhões de

toneladas de resíduos em lugares inadequados. Em dez anos, de 2003 a 2012, a

geração de lixo por pessoa aumentou de 955 g por dia para 1,223 kg.

O volume de lixo produzido no país cresceu de 213 mil toneladas por

dia em 2007 para 273 mil toneladas por dia em 2013, afirma CÂMARA DOS

DEPUTADOS FEDERAIS (2013). Segundo NOVAES (2011) Goiás deve gerar em

torno de 6 mil toneladas diárias - 1,0 Kg por habitante, quando a média brasileira é

de 1,21 Kg/dia - e 60 milhões de toneladas anuais, embora uns 20% do lixo sequer

sejam recolhidos e 44,2% sejam colocados em lixões ou aterros que não controlam

o chorume e as emissões de gases. Segundo o IPEA, só 443 dos 5.565 municípios

têm algum programa de reciclagem. Em Goiânia, a produção de lixo entre 2000 e

2010 aumentou 18,1%, para chegar a 439,9 mil toneladas anuais. E 69% dos

municípios goianos só contam com lixões.

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Segundo dados do IBGE (2010) nos últimos dez anos a população do

Brasil aumentou 9,65%, enquanto que, no mesmo período, o volume de lixo cresceu

mais do que o dobro disso, 21%. Um dos motivos para essa elevação discrepante se

deve ao fato de que o aumento do número de habitantes está agregado a uma

ascensão social da classe C, chamada de classe média. Entre 2003 e 2011, a nova

classe média – que tem renda familiar acima de R$ 1.700 – incorporou 40 milhões

de pessoas. Quem consome mais gera mais lixo.

O problema é que a geração de lixo elevada não vem em parceria com

o descarte correto. Segundo a ABRELPE, só em 2012, dos 64 milhões de toneladas

de resíduos produzidos pela população, 24 milhões (37,5%) foram enviados para

destinos inadequados.

A palavra lixo (Latin-english, on line, 2006) é derivada do termo latim

lix, significa "cinza" e recebe a interpretação de sujeira, imundice, coisa inúteis e sem

valor. Segundo o Dicionário Aurélio (on line, 2004), lixo é "Tudo o que não presta e

se joga fora; Coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor; Resíduos que resultam de

atividades domésticas, industriais, comerciais.". Já, de acordo com a Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), lixo é definido como os "restos das

atividades humanas, consideradas pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou

descartáveis." Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é

representado por materiais descartados pelas atividades humanas.

A NBR 10.004/04 define resíduos sólidos como: Resíduos nos estados

sólidos e semi-sólidos, resultantes de atividades de origem industrial, doméstica,

hospitalar, comercial, agrícola, de serviço e de varrição.

Várias são as formas de se classificar os resíduos sólidos, sendo que a

sua origem é o principal elemento para caracterizá-los. Segundo essa proposição e

de acordo com a conceituação de D’Almeida e Vilhena (2000), porém de uma forma

simplificada, temos os diferentes tipos a considerar:

Lixo domiciliar: é aquele originado na vida diária das residências,

constituído por restos de alimentos, produtos deteriorados, jornais e

revistas, garrafas e uma grande diversidade de outros itens;

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Lixo comercial: é aquele originado nos diversos estabelecimentos

comerciais e de serviços, tais como supermercados, estabelecimentos

bancários, lojas, bares, restaurantes, etc. Compreendendo, papel,

plásticos, embalagens diversas e resíduos de asseio dos funcionários,

tais como papel-toalha, papel higiênico, etc.;

Lixo de serviços de saúde e hospitalar: são os resíduos sépticos, ou

seja, aqueles que contêm ou potencialmente podem conter germes

patogênicos, oriundos de locais como hospitais, clínicas, laboratórios,

farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde, etc.;

Lixo de entulho: resíduo da construção civil, composto por materiais de

demolições, restos de obras, solos de escavações diversas, etc.;

Lixo industrial: é aquele originado nas atividades dos diversos ramos

da indústria, tais como metalúrgica, química, petroquímica, papelaria,

alimentícia, etc. É bastante variado, podendo ser representado por

cinzas, lodos, óleos, madeiras, borrachas, metais, escórias, vidros e

cerâmicas, etc.;

Lixo público: é aquele originado dos serviços de limpeza pública

urbana, incluindo-se todos os resíduos de varrição das vias públicas;

limpeza de praias; limpeza de galerias, córregos e terrenos; retos de

podas de árvores; corpos de animais; limpeza de áreas de feiras livres,

constituído por restos vegetais diversos, embalagens, etc.

Para lidar com o lixo o ideal seria não gerá-lo, mas já que sua produção

é inevitável, resta ao homem à estratégia de gerar o mínimo de lixo possível. E

garantir aos resíduos sólidos inevitáveis tratamentos e disposição final adequado

(CORNIER; FRACALANZA, 2010).

É fato que faltam os investimentos necessários para avançar na coleta

e destinação correta dos resíduos sólidos. Além disso, práticas sustentáveis na hora

de consumir ainda são deixadas de lado por grande parte dos brasileiros.

Aprovada em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi

pensada para organizar a forma como o país trata o lixo, incentivando a reciclagem

e a sustentabilidade. Com sua aprovação foi criado o Plano Nacional de Resíduos

Sólidos, que determina para 2014 o fechamento dos lixões a céu aberto, dando lugar

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a construção de aterros controlados ou aterros sanitários. Municípios que não

cumprirem a determinação serão enquadrados por crimes ambientais.

A Lei n. 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS) antecipa a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como

proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de

instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos

sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a

destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser

reciclado ou reutilizado), entre outras responsabilidades.

Para os efeitos do Art. 3o, inciso X da Lei n. 12.305/10, entende-se por

gerenciamento de resíduos sólidos:

Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos.

Segundo Calderoni (1997), o adequado gerenciamento dos resíduos

constitui uma alternativa que contribui para alcançar o desenvolvimento sustentável,

uma vez que permite economizar recursos naturais (matéria-prima, energia, água) e

saneamento ambiental (reduz poluição do ar, água, solo e subsolo).

O descarte inadequado de resíduos sólidos no meio ambiente pode

entre muitas possibilidades, contribuir com a poluição do solo, a poluição do lençol

freático, poluição da água, dos rios e mares e a proliferação de doenças por meio

dos transmissores que são atraídos pela inadequada disposição dos resíduos.

No caso dos resíduos sólidos domésticos ou urbanos as principais

alternativas restringem-se a implementação de programas de coleta seletiva em

áreas ou bairros selecionados das cidades, nos quais podem ser aproveitados

vidros, plásticos, metais e papéis (RIBEIRO & BESEN, 2007). Este trabalho tem

ênfase na coleta seletiva como alternativa ambientalmente correta para o descarte

do lixo.

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2.3.2 – CICLOS NATURAIS DE DECOMPOSIÇÃO DE RESÍDUOS

Os ciclos naturais de decomposição dos resíduos podem variar de dias

a milhares de anos. A tabela de tempo de decomposição de materiais é um

poderoso instrumento de sensibilização que, invariavelmente, faz as pessoas pensar

na sua responsabilidade individual com relação ao lixo. O tempo de decomposição é

uma previsão em média. Portanto, a informação pode variar. Por este motivo,

existem variações entre livros e sites, sobre o tempo de decomposição.

Tabela 1: Relação de materiais x tempo de decomposição

Fonte: Guia de Coleta Seletiva - SESC/SENAC/CNC e Ministério do Meio Ambiente.

FONTE: Guia de Coleta Seletiva-

SESC/SENAC/CNC Ministério do Meio

Ambiente

MATERIAL TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO

Papel e papelão Até 6 meses De 3 a 6 meses

Filtros de cigarros Até 5 anos Mais de 5 anos

Pano de Algodão Até 1 ano De 6 meses a 1 ano

Goma de mascar Até 5 anos 5 anos

Cordas de nylon Mais de 30 anos Mais de 20 anos

Metais (componentes de equipamentos)

Até 100 anos Mais de 100 anos

Plásticos (embalagens, equipamentos)

Até 450 anos Mais de 400 anos

Fraldas Descartáveis

Até 600 anos Até 600 anos

Alumínio Até 500 anos Mais de 200 anos

Latas de alumínio Mais de 1.000 anos Indeterminado

Vidro Indeterminado Mais de 1.000 anos

Embalagens PET Indeterminado Indeterminado

Pneu Indeterminado Indeterminado

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2.3.3 - COLETA SELETIVA E SUA IMPORTÂCIA PARA PRESERVAÇÃO DO

MEIO AMBIENTE

A Lei n. 12.305/10 define coleta seletiva como coleta de resíduos

sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição e trata a

coleta seletiva como instrumento desta lei, que entre outras, tem vistas a reduzir a

quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente

adequada.

Coleta seletiva é o recolhimento de materiais recicláveis (papel,

plástico, metal e vidro) que não devem ser misturados ao lixo comum das

residências ou local de trabalho. Trata-se de um cuidado dado ao resíduo que

começa com a separação dos materiais em orgânicos e inorgânicos, e, em seguida,

com a disposição correta para o reaproveitamento e reciclagem.

A coleta seletiva tem como objetivo sensibilizar as pessoas para

questão do correto tratamento que os resíduos sólidos produzidos no dia-a-dia

devem receber, seja nos ambientes públicos ou privados, a coleta seletiva também

funciona como um processo de educação ambiental, na medida em que conscientiza

as pessoas sobre os problemas do desperdício de recursos naturais e da poluição

causada pelo lixo.

A coleta seletiva torna-se importante, pois é a etapa fundamental do

processo de reciclagem do lixo. Com a coleta seletiva recuperamos materiais que,

de outra forma, descartaríamos automaticamente nas nossas lixeiras e que iriam

parar em aterros sanitários ou lixões, contribuindo para o desgaste ambiental . Outro

ganho para a sociedade acontece quando os materiais recicláveis são

encaminhados para centrais de triagem mantidas por cooperativas de catadores,

que têm ali um trabalho mais digno do que vasculhar recicláveis pelas ruas ou em

lixões.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente os principais benefícios da

implantação da Coleta Seletiva são:

• Ambientais:

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- Aumento da vida útil dos aterros sanitários, a partir da diminuição de

resíduos que deixarão de ir para estes locais;

- Aumento do ciclo de vida das matérias-primas de cada resíduo

coletado e reaproveitado.

• Sociais:

- Geração de trabalho e renda aos catadores de materiais recicláveis;

- Resgate da cidadania dos catadores por meio de sua organização em

cooperativas e associações.

• Educacionais:

- Estímulo à mudança de hábitos e valores no que diz respeito à

proteção ambiental, conservação da vida e desenvolvimento sustentável.

• Culturais:

- Criação de novas práticas de separação dos resíduos, considerando

que os materiais recicláveis permeiam por todas as atividades sociais.

• Econômicos:

- Redução de gastos com aterramento dos resíduos;

- Diminuição de gastos com a limpeza pública;

- Diminuição com gastos em busca de matéria-prima.

Para o descarte adequado dos resíduos foi criada e instituída a

resolução do CONAMA n. 275 de 25 de abril de 2001, que estabelece o código de

cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de

coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta

seletiva.

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Padrão de cores definidos pela CONAMA: AZUL: papel/papelão;

VERMELHO: plástico; VERDE: vidro; AMARELO: metal; PRETO: madeira;

LARANJA: resíduos perigosos; BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de

saúde; ROXO: resíduos radioativos; MARROM: resíduos orgânicos; CINZA: resíduo

geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação.

Simonetto (2006) afirma que após coletados, os resíduos devem ser

transportados para uma unidade de triagem, equipada com lugares para catação,

para que seja feita uma separação mais criteriosa dos materiais visando à

comercialização deles e a reciclagem.

A reciclagem do lixo assume um papel fundamental na preservação do

meio ambiente, pois, além de diminuir a extração de recursos naturais ela também

diminui o acúmulo de resíduos nas áreas urbanas. Desta forma, a reciclagem se

constitui em um conjunto de técnicas que visam ao aproveitamento de detritos,

reutilizando-os no mesmo ciclo de produção de onde se originaram (ABREU, 2001).

Reciclagem é, pois, o produto de diversas atividades, por meio das

quais materiais que poderiam se tornar lixo, ou que fazem parte do lixo são

desviados, coletados, separados e processados com a finalidade de serem usados

como matéria-prima para a fabricação de novos produtos.

2.4 - COLETA SELETIVA EM GOIÂNIA

Goiânia possui uma população estimada em 1.318.148 habitantes

(IBGE, 2010). De acordo com dados da Prefeitura de Goiânia, são coletadas

diariamente na capital 1.200 toneladas de resíduos sólidos, os quais são

encaminhados para o aterro existente (COMURG, 2014). De acordo com a

COMURG (2014), desse total, 360 toneladas são de materiais que podem ser

encaminhados para a reciclagem, gerando renda e trabalho para os catadores, além

de preservar o meio ambiente.

O aterro sanitário de Goiânia é situado no km 3,5 da rodovia GO-060

(saída para Trindade), Chácara São Joaquim. A área funcionava como um depósito

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de lixo a céu aberto desde 1983 e dez anos depois, foi transformado em aterro

sanitário.

O Programa Goiânia Coleta Seletiva (PGCS) foi instituído em Goiânia

pelo Decreto Municipal n. 754, em 2008 como parte integrante do Plano de Gestão

de Resíduos Sólidos, visando organizar todos os segmentos da sociedade em uma

nova forma de reduzir o impacto ambiental e social provocados pelo lixo.

O programa de Coleta Seletiva que vem sendo implantado na cidade

de Goiânia é uma parceria entre o poder público, juntamente com a sociedade civil,

com o objetivo de promover educação ambiental, mudanças de hábitos de consumo

e a valorização do trabalho de autônomos, pessoas que vivem da renda do lixo que

coletam, promovendo a reciclagem dos resíduos sólidos (COMURG, 2014).

O programa de Coleta Seletiva de Goiânia tem como prioridade a

educação ambiental da população goianiense, e tem como principais órgãos

responsáveis:

Companhia de Urbanização de Goiânia - COMURG através da Divisão

de Fiscalização e Orientação (DFO) é a responsável pela educação ambiental nos

bairros e no entorno dos PEV´S, levando informação do programa à comunidade

sobre a importância da coleta seletiva.

Agência Municipal de Meio Ambiente – AMMA – Através da Gerência

de Educação Ambiental (GEEAM), que realiza a educação ambiental nos órgãos

municipais, parques, escolas públicas e eventos ambientais;

Secretária Municipal de Educação - SME – responsável pela educação

ambiental em toda rede municipal de ensino, todos os alunos e suas comunidades

deverão ser envolvidos em atividades curriculares e extracurriculares ligadas a

temática ambiental e a coleta seletiva;

Secretária Municipal de Saúde – SMS – através do departamento de

Zoonoses, orientar a população a realizar a separação dos materiais recicláveis e

seus destinos corretos.

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Segundo a AMMA o programa de coleta seletiva de Goiânia baseia-se

na política dos três R’s que consistem em:

1º R (Reduzir) diminuir a quantidade de lixo, consumir apenas o

necessário, evitando o desperdício;

2º R (Reutilizar) reaproveitar materiais como papéis, embalagens

plásticas e latas de alumínio, dando-lhes novas utilidades.

3º R (Reciclar) transformar os materiais recolhidos na coleta seletiva,

utilizando os como matéria-prima para a fabricação de novos produtos.

2.5 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A preocupação com as gerações futuras, assim como a valorização da

vida, e os cuidados com o meio, como a preservação do meio ambiente, e o

desenvolvimento de novas formas de pensar, são valores que podem e devem ser

desenvolvidos sempre, dentro e fora da escola. Haja vista, que esses valores são

fundamentais e devam estar sempre em evidência, só encontraram espaço após

muitas reinvidicações por um mundo mais justo e equilibrado (PINESSO, 2006 apud

FERREIRA, PERALTA,SARTORI, 2012).

A partir da década de 1970 a degradação ambiental tornou-se mais

evidente conduzindo a realização da 1ª Conferência das Nações Unidas em

Estocolmo em 1972. Cento e treze países estiveram presentes nessa conferência,

com a intenção de chamar a atenção do mundo para os problemas ambientais,

nasce aí a Educação Ambiental, com o propósito de ser então um processo contínuo

e permanente, essencial para solucionar a crise ambiental internacional (PEDRINI et

al, 1997 citado por ROHERS & GRANDI, 2007).

A Educação Ambiental no Brasil começou a receber dimensões

públicas, a partir de 1980. Ela aparece oficialmente na Constituição Federal de 1988,

Capítulo VI, sobre Meio Ambiente, no seu Art. 225, parágrafo 1°, no inciso VI, que

compete ao poder público “promover a Educação Ambiental em todos os níveis de

ensino, tanto formal como não formal e a conscientização pública para a

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21

preservação do meio ambiente” (IBAMA, 1999; citado por ROHERS & GRANDI,

2007).

Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental - Lei n.

9.795/1999, Art. 1º:

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Ambiental, Art. 2°:

A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental.

De acordo com Pedrini et al (1997) citado por Rohers & Grandi (2007)

a questão dos resíduos sólidos é tema privilegiado para a Educação Ambiental.

Pois, antes de se tornar resíduo, ele foi um bem de consumo extraído da natureza

que por sua vez é finita. É preciso buscar formas de sensibilizar as pessoas para

que percebam seu valor na preservação do meio ambiente, atendendo assim as

necessidades presentes sem comprometer as possibilidades de as gerações futuras

atenderem as suas próprias necessidades.

A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o

desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem

comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o

desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na

Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações

Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento

econômico e a conservação ambiental. O desenvolvimento sustentável sugere, de

fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e

produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem (O QUE É

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL).

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A educação ambiental e o desenvolvimento sustentável caminham

juntos em busca da conscientização das pessoas para o melhor cuidado do planeta.

É necessário levar em conta que é de grande importância os aspectos sociais e

ambientais e toda a relação que esses assuntos têm com a economia, e a adoção

de perspectivas globais de desenvolvimento (SILVA JÚNIOR, 2007).

A educação ambiental deve ser uma política pública prioritária na

busca pelo desenvolvimento sustentável, por ser uma das opções mais baratas e

fáceis de ser efetivada, em consonância com um dos mais importantes princípios

ambientais que é o da prevenção (SILVA JÚNIOR, 2007).

A educação ambiental somada à coleta seletiva favorece o

desenvolvimento sustentável, estabelecido em relações honestas e recíprocas entre

humano e meio ambiente.

3 - METODOLOGIA

A pesquisa exposta neste artigo pode ser classificada como

exploratória, pois se objetivou em justificar a importância da coleta seletiva e a

implantação da mesma na ABM.

A etapa inicial dos estudos deu se pela delimitação da área de

pesquisa, a ABM, através da observação de como é realizado o descarte do lixo

pelos militares que frequentam a academia diariamente.

Quanto à metodologia, o presente trabalho foi elaborado através de

pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica fundamentou-

se em conceitos e discussões de domínio público, em revisões bibliográficas, fontes

de dados disponíveis na Internet, consulta a livros didáticos, artigos e legislações

concernentes. Em seguida, foi realizado um levantamento de dados através de um

questionário com nove questões fechadas e uma aberta com uma amostragem de

180 alunos do CFO, do CAS, do EAS e do EAC.

Esta amostragem tem uma representatividade de 84% do corpo

discente da ABM levando em consideração que o número total de alunos é de 215.

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Nesse questionário objetivou-se verificar os conhecimentos a respeito da coleta

seletiva, se na ABM acontece o descarte correto do lixo e ainda analisar se a

população pesquisada apoiaria a implantação da coleta seletiva na ABM. Após a

aplicação do questionário os dados colhidos foram tabulados e tratados visando à

construção dos gráficos para análise e discussão dos mesmos.

Este estudo tem uma abordagem qualitativa e quantitativa. Para a esta

pesquisa foram utilizados os dois tipos de métodos científicos, o dedutivo e o

indutivo. O método dedutivo foi adotado para a pesquisa bibliográfica, estudando os

conceitos de coleta seletiva, resíduos sólidos, impactos ambientais, etc.

Já na pesquisa de campo foi utilizado o método indutivo, que a partir da

análise dos dados colhidos no questionário, foi possível formular a resposta do

problema referente à falta de um programa de coleta seletiva do lixo na ABM.

4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O questionário foi aplicado a 180 alunos da ABM de diferentes cursos,

entre os dias 8 e 16 de maio de 2014, nesse universo pesquisado 164 são do sexo

masculino e 16 do sexo feminino com idade variando entre 17 anos - CFO I e 50

anos CAS. Com o resultado dos dados coletados foi possível fazer análise e

discussão dos dados:

Gráfico 01 - Universo de alunos da ABM

Fonte: Do Autor

180; 84%

35; 16%

RESPONDERAM O QUESTIONÁRIO

NÃO RESPONDERAM O QUESTIONÁRIO

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O corpo discente da ABM é composto por 215 alunos dos quais 180

foram pesquisados compreendendo todas as turmas do CFO III, CFO II, CFO I,

CAS, EAS e EAC. Isto equivale a 84% do total. Os 35 alunos que não responderam,

16%, se deram pela ausência na ABM no momento em que foram aplicados os

questionário ou por não querer colaborar com a pesquisa.

Gráfico 02 - Escolaridade

Fonte: Do Autor

Dos pesquisados percebe-se que 48,60% possui nível superior

completo, isso se deve a uma exigência do CBMGO, pois é um pré-requisito básico

para o ingresso na corporação desde as turmas a partir do ano de 2004. Os 22,91%

representa os alunos dos cursos de Sargentos (CAS e EAS) que ingressaram na

corporação antes de 2004 e ao CFO I pela exigência para o ingresso nas

corporações dos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso de Sul ser nível médio.

Podemos ainda identificar no grupo pesquisado que existem alunos com nível

superior incompleto (8,38%), pós-graduação (18,44%) e mestrado (1,12%).

Observamos que a maioria dos entrevistados possui alto grau de

escolaridade (76,53% - superior incompleto, superior completo, pós-graduação e

mestrado), assim podemos afirmar que o nível de escolaridade da amostra

pesquisada ajudaria na compreensão dos benefícios e da implantação da coleta

seletiva na ABM, pois o nível de escolaridade julga o nível de conhecimento de uma

pessoa.

0,56% 22,91%

8,38%

48,60%

18,44% 1,12%

0,00%

ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO SUPERIOR INCOMPLETO SUPERIOR COMPLETO PÓS GRADUAÇÃO MESTRADO DOUTORADO

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Gráfico n. 03 - Você sabe o que é coleta seletiva?

Fonte: Do Autor

Foi notado que 76,67% sabem o que é coleta seletiva enquanto

21,11% possui dúvidas do que vem a ser coleta seletiva e 2,22 % possuem total

desconhecimento do assunto.

Com base nesses valores, percebemos que a maioria dos pesquisados

entende o que é coleta seletiva, por outro lado identificamos que quase 1/4 do grupo

pesquisado tem dúvidas ou total desconhecimento do que seja a coleta seletiva, o

que demonstra a necessidade de se buscar informações mais apuradas e

detalhadas a respeito do tema, evidenciando os benefícios que a coleta seletiva trás

e como todos podem participar.

Gráfico n. 04 - Você separa o lixo antes de descartá-lo na sua residência?

Fonte: Do Autor

Observando o gráfico n. 04 percebemos que a maioria (63,33%) da

população pesquisada não separa o lixo corretamente obedecendo a uma

76,67%

21,11%

2,22%

SIM

EM PARTES, TENHO DÚVIDAS

NÃO

22,22%

41,11%

20,56%

16,11%

NUNCA

ESPORADICAMENTE

FREQUENTEMENTE

SEMPRE

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constância temporal. 22,22% nunca separa o lixo e 41,11% separa o lixo

esporadicamente. Em contrapartida 36,67% dos pesquisados separam o lixo nas

suas casas de forma consciente. 20,56% separa frequentemente e apenas 16,11%

sempre separa o lixo antes de descartá-lo. São dados preocupantes, pois demonstra

a falta de consciência ambiental.

Pode-se analisar aqui então, que mesmo com o incentivo da Prefeitura

de Goiânia tendo implantado um programa de coleta seletiva no município, a minoria

da população pesquisada faz o descarte correto de lixo em suas residências. O que

demonstra também a falta de compromisso com o nosso meio ambiente quanto à

necessidade de uma destinação correta dos resíduos sólidos, além de conflitar com

a maioria dos que declararam saber o que é coleta seletiva (76,67%) referente ao

gráfico anterior e não colocá-la em prática dentro das suas próprias residências.

Gráfico n. 05 - Você utiliza a mesma lixeira para fazer descarte de papel, vidro,

plástico, metal e material orgânico produzido por você dentro da ABM?

Fonte: Do Autor

A maioria dos pesquisados (62,22%) não pratica a separação do lixo

que produz na ABM, fazendo o descarte do lixo em uma mesma lixeira, mesmo

tendo conhecimento do que é coleta seletiva. 20,56% da população pesquisada

afirmou procurar alternativas para a separação do lixo e 17,22% afirmaram não

utilizar a mesma lixeira para descarte de material tendo destinação desconhecida.

Esse resultado poderia ser justificado pela falta de lixeiras individualizadas para a

62,22% 20,56%

17,22% SIM

PROCURO ALTERNATIVAS PARA A SEPARAÇÃO

NÃO

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coleta e separação dos materiais potencialmente recicláveis como o papel, o vidro, o

plástico e o metal exemplificado nos moldes das figuras n. 01 e n. 02.

Figura n. 01 - Lixeiras de coleta seletiva

Fonte: Foto tirada no Hospital de Urgências de Goiânia - HUGO

Figura n. 02 - Latões para coleta seletiva

FONTE: Foto tirada na cidade de Caldas Novas na concessionária da Volkswagen - Grupo MAUDI

A ABM até o presente momento não se atentou ao descarte correto do

lixo dentro do seu prédio o que mostra uma desatenção no que diz respeito à

educação ambiental. Dentro do quadro de parceiros que a COMURG possui em seu

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site, não se encontra o CBMGO, intuição que possui um grande prestigio com a

comunidade goiana, entretanto tem deixado a desejar no quesito meio ambiente.

A implantação da coleta seletiva acompanhada de uma destinação

correta do lixo potencialmente reciclável dentro do PROGRAMA GOIÂNIA COLETA

SELETIVA, oferecido pela Prefeitura de Goiânia traria um grande avanço na

conscientização ambiental de todos os militares que pela ABM passam em algum

momento de suas carreiras.

Este argumento se fortalece quando observamos que a ABM recebe

bombeiros de todas as OBM's do estado de Goiás e em virtude disso poderão atuar

como multiplicadores para a implantação da coleta seletiva do lixo em todos os

quartéis da corporação. A ABM como local de formação e aperfeiçoamento dos

bombeiros, berço do ingresso militar deve ser exemplo para todas as outras

unidades do CBMGO.

Gráfico n. 06 - Caso sejam disponibilizadas lixeiras para coleta seletiva na ABM, você conseguiria fazer o descarte correto do lixo produzido por você?

Fonte: Do Autor

O gráfico n. 06 expõe um aumento na consciência dos pesquisados em

relação ao descarte do lixo na ABM. A maioria dos pesquisados, cerca de 89%,

disseram que se forem disponibilizadas lixeiras identificadas para coleta seletiva

conseguiriam realizar o descarte correto do lixo produzido por eles. 10% dos

pesquisados necessitariam de orientação para a destinação correta dos resíduos

nas lixeiras e apenas duas pessoas, 1,11% da amostragem, se demonstraram

88,89%

10,00%

1,11%

SIM

NECESSITARIA DE ORIENTAÇÃO

NÃO

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indiferentes ao correto descarte do lixo, sendo uma representatividade insignificante

em relação ao todo. As orientações do descarte correto do lixo podem ser feitas com

a devida implantação da coleta seletiva na ABM.

Gráfico n. 07 - Você entende a relação da coleta seletiva, da preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável?

Fonte: Do Autor

A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o

desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem

comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o

desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na

Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações

Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento

econômico e a conservação ambiental.

É importante que seja transmitido à população a correta relação entre a

coleta seletiva, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. A

maioria dos pesquisados, ou seja, 82,22% compreende esta relação, a qual nos

indica que é necessário a coleta seletiva para a conservação do meio ambiente,

contribuindo assim, para o desenvolvimento sustentável que a nossa realidade

social, política e econômica tanto clama. O alto nível de escolaridade pode vir a

justificar o entendimento dessa relação por parte de mais de 80% dos pesquisados.

82,22%

16,11%

1,67%

SIM

DE MANEIRA SUPERFICIAL

NÃO

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Devemos salientar, entretanto, que a destinação correta do lixo através

da coleta seletiva é apenas uma das medidas necessárias para a preservação do

meio ambiente, pois ações como a economia de energia, a redução de emissão de

poluentes no ar e evitar o desperdício de água também são medidas importantes

para alcançar o desenvolvimento sustentável. Podemos dizer que a atitude da

implantação da coleta seletiva na ABM é como a história do beija-flor que tenta

apagar o incêndio na floresta. Se cada um fizer a sua parte teremos um meio

ambiente mais agradável e duradouro, garantindo a sobrevivência das gerações

futuras.

O gráfico n. 07 ainda demonstra que existem pessoas que ainda não

possuem essa compreensão, apesar da vasta divulgação na mídia sobre essa

relação, por outro lado existem pessoas que agem como se não tivessem

conhecimento das consequências de seus atos, ou seja, mesmo sabendo o mal que

o lixo causa ao meio ambiente nem todas as pessoas agem de maneira contrária a

isso, pois demonstram ignorância para que não sejam responsabilizados. Apenas

1,67% dos pesquisados não entendem a relação da coleta seletiva com a

preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável e 16,11% a

entendem a relação de maneira superficial.

Gráfico n. 08 - Você seria a favor de um programa de coleta seletiva na ABM?

Fonte: Do Autor

82,22%

16,11%

1,67%

SIM

SOMENTE SE TIVER A DESTINAÇÃO CORRETA

NÃO

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Foi identificado que 82,22% dos pesquisados aprovam a implantação

de um programa de coleta seletiva na ABM, um ótimo resultado. 16,11% são a favor

somente se existir a destinação correta do lixo e apenas 1, 67% não são a favor do

programa de coleta seletiva. O resultado pode ser caracterizado pelo entendimento

da relação da coleta seletiva, da preservação do meio ambiente e do

desenvolvimento sustentável observada no gráfico n. 07.

Gráfico n. 09 - Qual a sua opinião (ideia) em relação à implantação da coletiva seletiva do lixo na ABM?

Fonte: Do Autor

Apenas 10,00% da população pesquisada julga ruim a ideia de

implantação da coleta seletiva do lixo na ABM, o que caracteriza novamente a falta

de consciência ambiental. Dos outros 90% pesquisado a respeito da implantação da

coleta seletiva na ABM, 48,33% acham excelente, 17,78% consideram a atitude

ótima, 17,78% avaliam como boa e 6,11% considera razoável a ideia de implantação

da coleta seletiva. Isto demonstra a deficiência que ainda existe na OBM quanto a

destinação do lixo produzido pela mesma.

O apoio no que diz respeito à implantação da coleta seletiva na ABM é

favorável pela maioria dos alunos pesquisados, observado no gráfico n. 09 e

confirmado nos dados do gráfico n. 08. Este resultado favorável no que diz respeito

à implantação da coleta seletiva na ABM responde o problema deste trabalho e

atingi os objetivos traçados.

10,00% 6,11%

17,78%

17,78%

48,33%

RUIM

RAZOÁVEL

BOA

ÓTIMA

EXCELENTE

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Gráfico n. 10 - Qual deve ser o papel da ABM em relação à coleta seletiva do lixo? (assinale quantas alternativas achar conveniente)

Fonte: Do Autor

Dos pesquisados 29,44% afirmaram que o papel da ABM a respeito da

coleta seletiva deve ser conscientizador e 28,33% dos pesquisados acreditam que a

ABM deve desempenhar um papel incentivador.

Pode-se destacar que 31,67% entendem que papel da ABM sobre o

assunto dever ser conscientizador e incentivador. 0,56%, o que representa apenas

um indivíduo respondeu que o papel da ABM deve ser questionador, outros 0,56%

considera conscientizador, incentivador e questionador concomitantemente. E

1,67% afirmaram que ABM deve ter um papel imparcial a respeito da coleta seletiva.

Compreende-se que esta questão traz a forma de como deve ocorrer

implantação da coleta seletiva na ABM, pode se afirmar que o projeto de coleta

seletiva deve ser conscientizador e incentivador de bons hábitos ambientais.

29,44%

1,67%

28,33%

0,56%

7,78%

31,67%

0,56%

CONSCIENTIZADOR

OBSERVADOR

INCENTIVADOR

QUESTIONADOR

IMPARCIAL

CONSCIENTIZADOR E INCENTIVADOR

CONSCIENTIZADOR, INCENTIVADOR E QUESTIONADOR

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Gráfico n. 11/1 - Você sabe quais são os problemas causados pelo descarte incorreto do lixo?

Fonte: Do Autor

139 alunos, 77,22%, relataram saber quais são os problemas causados

pelo descarte incorreto do lixo e 41 alunos, 22,78%, não têm consciência dos

problemas causados pelo descarte inadequado do lixo.

Gráfico n. 11/2 - Problemas causados pelo descarte incorreto do lixo.

Fonte: Do Autor

Dos 139 alunos que responderam ter ciência dos problemas causados

pelo inadequado descarte do lixo 127 disseram a poluição da água, 129

41; 22,78%

139; 77,22% NÃO SIM

0

50

100

150 139

127

84 102

129 103

55

105 120

63

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34

contaminação do solo e 120 proliferação de doenças sendo estes os de maior

expressividade.

5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Concluímos que a implantação da coleta seletiva do lixo na ABM é

viável e altamente necessária. A maioria dos alunos pesquisados se mostraram

favoráveis à destinação correto do lixo produzido por eles dentro da ABM através da

implantação da coleta seletiva. Podemos confirmar esta conclusão no resultado dos

gráficos n. 06, n. 07, n.08 e n.09. O gráfico n. 06 evidenciou que, sendo

disponibilizadas as lixeiras para coleta seletiva, aproximadamente 90% dos alunos

envolvidos na pesquisa saberiam fazer o descarte correto dos resíduos sólidos nas

lixeiras separadoras.

No gráfico n. 07 foi comprovado que 82,22% da amostragem

reconhecem a estreita relação que existe entre a coleta seletiva, a preservação do

meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, conceitos estes que são as

palavras chaves do trabalho em questão.

Já os gráficos n. 08 e n. 09 as confirmações foram que 82,22% do

corpo discente pesquisado são totalmente a favor da implantação da coleta seletiva

na ABM e 83,89% consideram esta ideia boa (17,78%), ótima (17,78%) ou excelente

(48,33%).

A implantação da coleta seletiva é uma ação educativa que busca uma

mudança de mentalidade da população, agindo como fator contribuinte na

transformação da consciência ambiental de modo que incentive outras práticas

ecologicamente corretas que busquem o desenvolvimento sustentável. Assim, a

ABM assume um importante papel na conscientização de todos os militares que

passam pelas suas dependências devido a sua função precípua no que diz respeito

à formação profissional.

Recomenda-se a implantação da coleta seletiva na ABM devido a

grande aceitação dos bombeiros que participaram da pesquisa de campo deste

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trabalho, devido os benefícios socioambientais advindos desta ação, por atender

uma premissa do Planejamento Estratégico do CBMGO de desenvolver ações

preventivas/ambientais, consequentemente promovendo a boa imagem da

instituição com um bom exemplo para toda a sociedade.

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6 – REFERÊNCIAS

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Caixa Econômica Federal, 2001.

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http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2012.pdf. Acesso em: 02/05/2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 10.004:

Resíduos Sólidos: Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: Informação e

documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2012.

BRASIL, LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 Dispõe sobre a educação

ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras

providências. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.

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de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras

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CALDERONI, S. Os bilhões perdidos no lixo. São Paulo: Humanitas Publicações -

FFLCH/USP, 2003.

CÂMARA DOS DEPUTADOS FEDERAIS- Produção de lixo no Brasil aumentou

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PRODUCAO-DE-LIXO-NO-BRASIL-AUMENTOU-EM-60-MIL-TONELADAS-DESDE-

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COMPANHIA DE URBANIZAÇÃO DE GOIÂNIA – COMURG. Coleta seletiva.

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http://www.goiania.go.gov.br/download/coletaseletiva/circuitos_coleta_seletiva.pdf

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CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA, Resolução 275 de 25

de abril de 2001. Estabelece o código de cores para diferentes tipos de

resíduos. Disponível em: www.mma.gov.br/port/conama/res/res01/res27501.html.

Acesso em: 05/05/ 2014.

CORNIERI, Marina G; FRACALANZA, Ana Paula - Desafios do lixo em nossa

sociedade. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS Número 16/ junho

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR – Estrutura. Disponível em:

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR - Quadro de Organização e Distribuição de

Efetivo, Organogramas e Notas Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar

Disponível em http://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2013/09/qoo-

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GALEFFI, Carlo. Quem produz mais lixo no mundo. Disponível em:

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10/05/2014.

FERREIRA, Evelise P. ; PERALTA, Carla B. da Luz; SARTORI, Simone. A

educação ambiental orietanda ao desenvolvimento sustentável: estudo de

caso da coleta seletiva de lixo na cidade de Bagé - MG. 2012. Disponível em :

http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg8/anais/T12_0479_25

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2011. Disponível em : http://www.opopular.com.br/editorias/opiniao/bons-caminhos-

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http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_su

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Programa Goiânia Coleta Seletiva – PGCS – Disponível em:

https://www.goiania.go.gov.br/shtml/coletaseletiva/principal.shtml- Acesso em:

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Regras de formatação ABNT - Disponível em:

http://formatacaoabnt.blogspot.com.br - Acesso em 04/06/2014.

RIBEIRO, H.; BESEN, G.R. 2007. Panorama da Coleta Seletiva no Brasil:

Desafios e Perspectivas a partir de Três Estudos de Casos. INTERFACEHS –

Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente. v.2, n.4,

Artigo 1, Ago. Disponível em: http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/InterfacEHS/wp

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ROHERS, Andreia ; GRANDI, Adriana Maria de. Avaliação da coleta seletiva de

resíduos sólidos recicláveis nas escolas municipais do município de

Cascavel–PR. Disponível em :

http://www.fag.edu.br/tcc/2007/Ciencias_Biologicas_Bacharelado/AVALIA%C3%87A

O%20DA%20COLETA%20SELETIVA%20DE%20RESIDUOS%20SOLIDOS%20RE

CICLAVEIS%20NAS%20ESCOLAS%20MUNICIPAIS%20DO%20MUNICIPIO%20D

E%20CASCAVEL.pdf . Acesso em: 05/05/2014.

SCANAVACA JÚNIOR, Laerte. O Lixo e a necessidade de Reduzir, Reutilizar,

Reciclar e Repensar. 2010. Disponível em:

http://www.cnpma.embrapa.br/down_hp/506.pdf . Acesso em : 20/05/2014.

SILVA JÚNIOR, Ivanaldo Soares da. A Educação Ambiental Como Meio para a

Concretização do Desenvolvimento Sustentável. 2007. Disponível em :

http://jus.com.br/artigos/23750/a-educacao-ambiental-como-meio-para-a-

concretizacao-do-desenvolvimento-sustentavel. Acesso em : 25/05/2014.

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7 - ANEXOS

ANEXO A - PROPOSTA DE PROJETO DA COLETA SELETIVA DO LIXO NA ABM

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA NA ABM

TÍTULO: PROGRAMA ABM COLETA SELETIVA

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, o grande aumento da produção de lixo urbano

criou um novo problema social: o acúmulo de lixo acima da capacidade dos aterros

sanitários. A partir daí, houve a necessidade de encontrar um destino adequado

para estes materiais. Como grande parte do lixo produzido pode ser utilizada como

insumo para a geração de novos produtos surgiu o conceito de reciclagem.

A reciclagem de lixo auxilia na preservação do meio ambiente,

diminuindo a contaminação dos solos e rios e reduzindo o desperdício de recursos

naturais através da economia de energia e matérias-primas. O primeiro passo para

que esse processo ocorra é a realização da coleta seletiva do lixo.

Mas ainda hoje, grande parte reutilizável do lixo é desperdiçada por um

descuido com a coleta seletiva de materiais diferentes. A coleta seletiva é uma

alternativa politicamente correta que desviam dos aterros sanitários os resíduos

sólidos que poderiam ser reaproveitados.

A coleta seletiva de lixo é um processo que consiste na separação e

recolhimento de resíduos descartados. Os materiais que podem ser reciclados

(papéis, metais, plásticos, vidros) são separados do lixo orgânico (biodegradável).

Jogar o lixo no seu devido lugar não polui o ambiente, proporciona a

reciclagem e conscientiza a população de sua responsabilidade social.

JUSTIFICATIVA

A Academia Bombeiro Militar sendo o berço da formação de todos as

pessoas que ingressam na corporação tem o dever de repassar o conhecimento

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referente à educação ambiental a todos que por ela passam, tanto nos cursos de

formação e adaptação, como nos cursos de aperfeiçoamento e especialização, bem

como ser exemplo para toda a sociedade, evidenciando a importância de se discutir

o tema lixo com o objetivo de demonstrar os benefícios da coleta seletiva e ao

mesmo tempo propor a implantação da mesma dentro da ABM.

A destinação correta do lixo produzido diariamente na ABM, através da

implantação da coleta seletiva embasada nos princípios do desenvolvimento

sustentável, contribuirá significativamente para a preservação do meio ambiente e

na melhoria da qualidade de vida de todos, enaltecendo a relevância socioambiental

do tema.

OBJETIVO GERAL

Estimular a mudança prática de atitudes e a formação de novos hábitos

com relação à utilização dos recursos naturais e favorecer a reflexão sobre a

responsabilidade ética do ser humano com o próprio planeta, oferecendo ao militar

um eficiente instrumento para a formação da consciência ambiental, bem como

preservar o ambiente da poluição, mudar os hábitos na disposição e

acondicionamento do lixo a partir da fonte geradora através da implantação da

coleta seletiva na ABM.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1- Divulgar a iniciativa da coleta seletiva de lixo na CBMGO;

2- Conscientizar os militares da ABM, através de palestras,

distribuição de folders e conversas nas paradas matinais e vespertinas,

necessidade e importância da coleta seletiva visando os 3 R's ( REDUZIR,

REUTILIZAR E RECICLAR);

3- Estimular a mudança de atitudes e a formação de novos hábitos

com relação à utilização dos recursos naturais, oferecendo mecanismos para

formação da consciência ambiental, através de programas de divulgação e

educação ambiental;

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4- Refletir sobre o lixo, um problema social, para promover

mudanças de atitudes nos cuidados com meio ambiente;

5- Modificar atitudes e práticas pessoais por meio da utilização do

conhecimento sobre o meio ambiente, adotando posturas na ABM, em casa e em

sua comunidade que os levem a interações construtivas na sociedade;

6- Criar locais de coleta seletiva do lixo com as lixeiras separadoras

através de tambores devidamente pintados e identificados como forma alternativa;

7- Reduzir o volume de lixo transportado e despejado no aterro

sanitário;

8- Destinar ao Programa Coleta Seletiva de Goiânia oferecido pela

Prefeitura do município todo material recolhido.

METODOLOGIA

1 - TRABALHANDO A CONSCIÊNCIA DOS ELEMENTOS GERADORES

Serão desenvolvidas palestras de curta duração, mas com conteúdo

impactante, objetivando atingir a consciência dos participantes para a problemática

da conservação do meio ambiente. Nesses encontros deve-se discutir a importância

da reciclagem de materiais para a preservação do meio ambiente, melhoria no local

de trabalho e da saúde pública, e por fim, exercício de cidadania.

2 - REDUÇÃO NA PRODUÇÃO DE RESÍDUOS

O trabalho de redução na produção dos resíduos dentro da ABM

deverá orientar seus usuários no sentido de analisar se o material que detém em

mãos pode ou não ser reutilizado, como por exemplo, uma folha de sulfite que foi

impressa em um dos lados; o copo plástico que foi utilizado para consumir 100 ml de

água, que se mantido sobre a mesa, poderá ser o “copo do dia”. As folhas poderão

ser reutilizadas na impressão de versões para correção ou impressos que não

gerem implicação legal.

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3- COLETA SELETIVA

A sistemática do programa na ABM para a coleta seletiva funcionará

por meio de coletores instalados em dois pontos estratégicos do quartel, de forma

que os usuários possam visualizá-los e acessá-los facilmente. Todos os coletores,

dispostos em conjuntos, respeitando as cores padronizadas, de maneira que ofereça

ao gerador do resíduo a separação na fonte conforme a figura n.01.

Figura n. 01 - tambores para coleta seletiva

FONTE: Foto tirada na cidade de Caldas Novas na concessionária da Volkswagen - Grupo MAUDI

A viabilidade financeiro deste projeto ocorre devido ao custo ser

praticamente zero, pois a ABM já possui os tambores de 200 litros, devendo gastar

basicamente com a pintura e a instalação das tampas nos mesmos. Os sacos de lixo

serão disponibilizados pelo almoxarifado da ABM e a mão de obra para a pintura e

instalação das tampas ficará por conta da seção de Transportes e Obras da ABM.

Esta opção alternativa do uso dos tambores terá um custo de

aproximadamente R$ 300,00 (Trezentos reais) com a aquisição das tintas e das

tampas. Se fossem instaladas as lixeiras tradicionais de metal resistente às

intempéries do clima, que no caso teriam que ser três jogos para atender toda a

ABM, ficaria a um custo de aproximadamente R$ 3.000,00 (Três mil reais) conforme

orçamento feito na internet. Uma economia de 900% além de estar praticando um

dos princípios dos 3 R's do Programa Goiânia Coleta Seletiva que é a reutilização

dos tambores presentes na ABM.

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4 - DEPÓSITO E RETIRADA DOS RESÍDUOS

A retirada deste material dos coletores acontecerá três vezes por

semana (segundas, quartas e sábados) sempre no período da manhã, para evitar

que os recipientes transbordem. O armazenamento dos resíduos coletados

permanecerá em local coberto e com os sacos devidamente amarrados e

identificados aguardando a passagem do caminhão do Programa Goiânia Coleta

Seletiva que faz rota no Setor Goiânia II todas as quintas- feiras no período diurno.

Vale ressaltar que a ABM deverá aderir a este programa através do preenchimento e

entrega à COMURG da Guia para Implantação do Programa Goiânia Coleta Seletiva

em Qualquer Entidade ou Localidade conforme anexo D.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A questão do lixo dificilmente deixará de ser um problema para o

homem, mas podemos amenizar se assim tivermos boa vontade e nos dispusermos

a encontrar soluções nesse nosso mundo tão conturbado em que muitos chegam a

perder as esperanças devido aos múltiplos problemas que existe em nossa

sociedade contemporânea. A Coleta Seletiva é apenas uma pequena contribuição

para amenizar esse grave problema do mundo consumista, mas que mesmo sendo

pouco, deve ser posto em prática, assumindo novos comportamentos, mudanças de

atitudes, conhecendo mecanismos que ajudem a melhorar a convivência entre o

homem, a produção de lixo e a preservação do meio ambiente, visando sempre o

desenvolvimento sustentável.

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ANEXO B - QUESTIONÁRIO DA PESQUISA DE CAMPO NA ABM

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR

Questionário referente ao Trabalho de Conclusão de Curso - TCC - Proposta de implantação da Coleta Seletiva do lixo produzido na Academia Bombeiro Militar. Cadete QP/Especial 02.478 Maico Cipriano de Melo - CFO III, sob a orientação do Cap QOC 02.268 Marcus Vinícius Borges e Silva.

Todas as questões devem ser respondidas respeitando o enunciado de cada uma. Por favor, não deixe questões em branco. Suas respostas ajudarão no alcance dos

objetivos da pesquisa.

Curso: ( ) EAC ( ) EAS ( ) CAS ( ) CFO I ( ) CFO II ( ) CFO III Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Idade :________ OBM de origem:________ Escolaridade: ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Superior Incompleto ( ) Superior Completo ( ) Pós Graduação ( ) Mestrado ( ) Doutorado

1) Você sabe o que é coleta seletiva? ( ) NÃO ( ) EM PARTES, TENHO DÚVIDAS ( ) SIM

2) Você separa o lixo antes de descartá-lo na sua residência? ( ) NUNCA ( ) ESPORADICAMENTE ( ) FREQUENTEMENTE ( ) SEMPRE

3) Você utiliza a mesma lixeira para fazer descarte de papel, vidro, plástico, metal e material orgânico produzido por você dentro da ABM? ( ) NÃO ( ) PROCURO ALTERNATIVAS PARA A SEPARAÇÃO ( ) SIM

4) Caso sejam disponibilizadas lixeiras para coleta seletiva na ABM, você conseguiria fazer o descarte correto do lixo produzido por você? ( ) NÃO ( ) NECESSITARIA DE ORIENTAÇÃO ( ) SIM

5) Você entende a relação da coleta seletiva, da preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável?

( ) NÃO ( ) DE MANEIRA SUPERFICIAL ( ) SIM

6) Você seria a favor de um programa de coleta seletiva na ABM ?

( ) NÃO ( ) SOMENTE SE TIVER A DESTINAÇÃO CORRETA ( ) SIM

7) Qual a sua opinião (ideia) em relação a implantação da coleta seletiva do lixo na ABM? ( ) RUIM ( ) RAZOÁVEL ( ) BOA ( ) ÓTIMA ( ) EXCELENTE

8) Qual deve ser o papel da ABM em relação à coleta seletiva do lixo? (assinale com “X” quantas alternativas achar conveniente) ( ) CONSCIENTIZADOR ( ) OBSERVADOR ( ) INCENTIVADOR

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( ) QUESTIONADOR ( ) IMPARCIAL

9) Você sabe quais são os problemas causados pelo descarte incorreto do Lixo? ( ) NÃO ( ) SIM Se sim os identifique abaixo: ( ) POLUIÇÃO DA ÁGUA ( ) POLUIÇÃO DO AR ( ) POLUIÇÃO VISUAL ( ) CONTAMINAÇÃO DO SOLO ( ) ALAGAMENTOS ( ) QUEIMADAS ( ) APARECIMENTO DE PRAGAS ( ) PROLIFERAÇÃO DE DOENÇAS ( ) OUTROS

10) Em sua opinião quais os benefícios que a coleta seletiva pode vir a trazer à ABM? _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________

OBRIGADO!!!

Utilize esse espaço para fazer sugestões, críticas e ou observações a respeito do trabalho. (Caso existam.)

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ANEXO C - FOLDER DO PROGRAMA GOIÂNIA COLETA SELETIVA

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ANEXO D - GUIA PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA GOIÂNIA COLETA

SELETIVA EM QUALQUER ENTIDADE OU LOCALIDADE

Guia para Implantação do Programa Goiânia Coleta Seletiva em Qualquer

Entidade ou Localidade

Local (Nome da entidade ou localidade a ser implantado): ___________________________________________________________________ Nome do Sub-Programa (inserir nome do sub-programa e por último o nome da entidade): ___________________________________________________________________ Data do Preenchimento __ / __ / ____ Responsável pelo preenchimento: ______________________________________ Contato: Fone (__) _____ - ____________ Celular (__) _____ - _____________ e-mail:______________________________________________________________

Descrição: fase em que são levantados os dados importantes para a elaboração do

programa de coleta seletiva e a busca de pessoas que serão responsáveis pela

gestão do programa

1.1 DIAGNÓSTICO: 1.1 .1 CARACTERÍSTICAS DO LOCAL: Área Total: _______________ m² Número de pessoas (inserir quantidade de pessoas envolvidas na localidade escolhida como funcionários, habitantes, população,etc): ________________________________________ Número de Divisões do Local (PARA BAIRROS: enumerar o numero de lotes. PARA ENTIDADES E ESCOLAS: enumerar o numero de ambientes ou salas) _______________________ Atividades (PARA ENTIDADES E ESCOLAS: descrever as principais atividades

desenvolvidas no local) _______________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Atividades (PARA BAIRROS: enumerar e listar as atividades e serviços realizados

no bairro juntamente com endereço e telefone em anexo) ( ) Comércio ________________________________________________________ ( ) Indústria _________________________________________________________ ( ) Serviços Públicos (descrever se existe serviço de água e esgoto, energia elétrica, telefone, transporte coletivo, correio, órgãos públicos, delegacia de policia, associações, etc) ( ) Hospitais e clinicas _________________________________________________ ( ) Escolas e creches __________________________________________________ ( ) Igrejas ___________________________________________________________ ( ) Bancos __________________________________________________________ ( ) Praças e áreas públicas como parques e outros __________________________ 1.1.2. INFRA-ESTRUTURA ATUAL

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(PARA ENTIDADES E ESCOLAS): Quantidade de lixeiras

Número de Lixeiras de acordo com o tipo Total

Plástico Metal Papelão

Estado de conservação das lixeiras

Porcentagem do número de lixeiras de acordo com seu estado de conservação

Ótimo Bom Ruim

Capacidade média das lixeiras (em litros) ________________________________ A quantidade de lixeiras são suficientes para o acondicionamento dos resíduos: ( ) sim ( ) não. (PARA BAIRROS): 1.1.3 CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NESTE

LOCAL Tipos de Resíduos:(enumerar de 1 a 6 o tipo de resíduo mais gerado na localidade

em questão) ( )Papel ( )Plástico ( )Metal ( )Vidro ( )Orgânicos ( )Outros __________________ Frequência de coleta: ____ dias/semana ___ dias / mês Quantidade de lixo gerado por dia ou por semana (pode ser medido em peso ou

número de sacos de lixo, contudo precisa-se saber o volume médio em litros dos sacos plásticos) ___________________________________________________________________ Estimativa Mensal de Geração de Resíduos: (basta multiplicar a frequência de

coleta em dias/semana pela quantidade lixo gerado no dia da coleta e depois multiplicar por 4 para descobrir a geração mensal) ________________________________________________________ 1.2 ESTRUTURAÇÃO DA COLETA SELETIVA: 1.2.1 PREVENDO A PARTE OPERACIONAL: a) Segregação: (tanto para bairros quanto para entidade e escolas os resíduos serão separados em em dois grupos: 1-Recicláveis e 2-Orgânico e outros) b) Acondicionamento: (PARA BAIRROS- a população receberá sacos plásticos retornáveis de 100 litros para acondicionamento dos materiais recicláveis. PARA ENTIDADES E ESCOLAS- o publico poderá descartar os recicláveis em coletores específicos de cor verde padronizada pelo programa com adesivo ou impressão na parte frontal do coletor identificando os tipos de materiais recicláveis, podendo o coletor ser de plástico, metal ou papelão de acordo com poder aquisitivo de cada local. Contudo recomenda-se que seja utilizado coletor de plástico devido a maior durabilidade e higiene proporcionada pelo mesmo) b.1) Tipo de Coletor: ( )Plástico ( )Metal ( )Papelão ( )Outro________________ b.3) Volume do Coletor: (recomenda-se que: para coletores internos o volume não

ultrapasse 50 litros, podendo ou não ter tampa; para coletores externos recomenda-

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se volume de 50 a 200 litros obrigatoriamente tendo tampa. Escrever abaixo o volume adotado para cada coletor) Coletor interno ____ litros Coletor externo ____ litros b.2) Quantidade de Coletores: (a quantidade de coletores variará de acordo com o

fato da quantidade de lixeiras atuais forem suficientes ou não para o armazenamento dos resíduos e de acordo com o estado de conservação das mesmas. Dessa forma basta preencher a tabela abaixo para quantificar os coletores)

Quantidade total de resíduos gerados em litros/por mês

Quantidade total de resíduos em litros/por

semana (basta dividir o valor anterior

por 4)

Quantidade média de Coletores (divida o valor

anterior pelo volume adotado para o coletor interno)

c) Coleta e Transporte: (será realizada pelos operários da coleta: catadores

credenciados no programa com uso de carrinhos ou caminhão da coleta seletiva. Anotar no quadro abaixo o horário da coleta no dia específico para a localidade em questão)

SEG TER QUA QUI SEX SAB

d) Destino (o material poderá ser entregue voluntariamente no PEV ou PAC mais

próximo do estabelecimento em questão ou poderá ser entregue ao catador ou caminhão do programa credenciado para aquela localidade) ___________________________________________________________________ 1.2.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL Número de pessoas com formação na área ambiental: _____________________ Número de pessoas que possuem liderança expressiva: ___________________ Número de pessoas que podem ser voluntários no programa: ______________ Materiais utilizados para a educação ambiental ( ) cartaz ( ) vídeo ( ) ímãs para geladeira ou superfície metálica ( ) folder ( ) camiseta ( ) sacolas para automóveis ( ) cartilha ( ) e-mail ( ) adesivos para automóveis ( ) outros ___________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Tipos de mobilização do público em questão:

( ) Propaganda em TV ( ) feiras e exposições ( ) Propaganda em rádio ( ) exposição corpo-a-corpo e porta-a-porta ( ) Propaganda em internet ( ) cursos de artesanato ( ) palestras ( ) ações artístico-culturais: teatro, música, dança ( ) outras ___________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 1.2.3 EQUIPE GESTORA DO PROGRAMA

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Listar nome da equipe gestora do programa: Coordenador (líder influente na região) _______________________________________ Educadores ambientais ________________________________________________ Agentes da limpeza (responsáveis pela coleta interna no caso de entidades e escolas, e catadores e garis no caso de bairros) ___________________________________________________________________

FASE 2 – IMPLANTAÇÃO: fase destinada para as instalações da infra-estrutura

que o programa vai exigir como coletores, materiais educativos, local de

armazenagem, etc, e ainda os eventos de lançamento.

2.1 INSTALAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA DO PROGRAMA

Deve-se: - Instalar os coletores internos e externos de materiais recicláveis e não recicláveis nos ambientes com cobertos ou a céu aberto; - Fixar cartazes informativos e educativos; - Estar disponível os folders, cartilhas, ímãs ou outros materiais a serem repassados para o público, assim como os sacos plásticos retornáveis para o caso da coleta nos bairros ou caso; - Estar firmado parceria com os agentes envolvidos na coleta: multiplicadores da educação ambiental e operários da coleta; - Estar disponível materiais e equipamentos diversos para o dia do lançamento do programa na localidade em questão; - Instalação do PEV - Ponto de Entrega Voluntária.

2.2 LANÇAMENTO DO PROGRAMA

Assim que toda a infra-estrutura estiver instalada deve-se realizar um grande evento de lançamento e divulgação do programa. No evento de lançamento deve acontecer: - Agenda para 1 dia de atividade: - Exposição falada do Programa Goiânia Coleta Seletiva por técnico da Prefeitura juntamente com representante do grupo de catadores da região em questão. - Exposição falada do Sub-programa Goiânia Coleta Seletiva específica para

aquela localidade mostrando as características próprias daquela localidade e as locais de instalação dos coletores e PEV daquele local. - A exposição pode ser feita como palestra, ultizando a fala como principal veículo transmissor do conhecimento, podendo agregar recursos audiovisuais como vídeo, projeção de slides e/ou banners, etc, tendo como dirigente a pessoa responsável pela gestão do programa daquele local acompanhado pelas lideranças influentes da entidade, da escola ou do bairro. - Distribuição de material informativo e educativo a todo o público. - Presença de mídias como TV, rádios e jornais de maior circulação da cidade para noticiar a implantação da coleta seletiva para aquele local. - Convidar autoridades ligadas às causas sócio-ambientes e organizações sociais como o ‘Fórum da Coleta Seletiva dos Materiais Recicláveis e Inclusão Social

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de Goiânia’, ‘Comissão Técnica do Programa Goiania Coleta Seletiva’, dentre outros. - Convidar crianças de escolas da região, porque são elas o futuro da

humanidade e as multiplicadoras mais eficazes do programa. - Realização de uma ação artística para mobilização do publico infantil, por

meio da apresentação de peças teatrais, musicas ou danças que podem ser realizadas pelos parceiros artísticos culturais que o programa elegeu. - Momento de Confraternização acompanhado com lanche: é importante, se for possível servir um coffee-break ou coquetel por parte da entidade ou do parceiro financeiro do programa, porque este momento cria um ambiente de interatividade muito grande com o publico e ainda pode servir como atrativo para a disseminação da coleta seletiva. - Visita à Cooperativa de Catador mais próxima daquela localidade e que

será responsável pela coleta e transporte e tratamento dos materiais recicláveis doados

FASE 3 – MANUTENÇÃO: é a fase de sustentação onde é feita o acompanhamento

da coleta, ações de educação ambiental continuada, avaliação e balanço do trabalho desenvolvido apontando aspectos positivos e negativos que precisam de uma intervenção.

3.1 MONITORAMENTO A equipe gestora deverá realizar o monitoramento da coleta por meio do acompanhamento de cada etapa da coleta e preenchimento periódico de relatório mensal a ser entregue para a Comissão Tecnica do Programa Goiânia Coleta Seletiva, cujo modelo encontra-se posteriormente em anexo. 3.2 CONTINUIDADE Deve-se prever ações continuada de educação ambiental, eventos como palestras, feiras e exposições de produtos reciclados, distribuição de informativos da coleta seletiva contendo os resultados que a mesma já alcançou naquela localidade e as próximas metas a serem atingidas. 3.3 AVALIAÇÃO

A equipe gestora do programa de cada localidade deve avaliar juntamente com a Comissão Técnica da Coleta Seletiva se o programa está sendo aceito e quais os resultados a nível de formação da cultura de separação de resíduos, de combate ao desperdício e da redução da geração de resíduos, e quais os resultados qualitativos que a coleta seletiva está alcançando dentre das metas estipuladas para cada local. 3.4 DIVULGAÇÃO Com os dados colhidos no monitoramento e analisados na etapa de avaliação deve-se divulgar os resultados positivos obtidos com a coleta a fim de que aconteça o efeito multiplicador do programa em outras localidades (entidades, escolas e bairros) do município. Importante se divulgar numa mídia de maior alcance possível.

Para que o programa seja realmente institucionalizado naquela localidade, a entidade, escola ou bairro deve procurar parceiros para sustentar o programa.

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FASE 4 - INSTITUCIONALIZAÇÃO: fase em que é formada uma comissão gestora

para o programa, criação de instrumentos legais ou normativos que assegurem o

acompanhamento e o controle do mesmo, juntamente com a efetivação de ações de

educação, fiscalização e punição, e a fidelização total do programa na cultura, nos

hábitos e costumes da localidade em que o mesmo está sendo inserido.

Parceiros financeiros como bancos e empresas que podem financiar a implantação do programa, parceiros artísticos-culturais e educacionais que podem informar, orientar e educar o público alvo, dentre outros.

Para que a esta fase seja bem implementada é importante que a localidade repasse para a Comissão Técnica do Programa Goiânia Coleta Seletiva os relatórios periódicos elaborados na Fase 3 – Monitoramento.

É importante detalhar todos os itens de cada etapa da coleta seletiva a fim de se dimensionar os investimento necessários para a implementação do programa. Deve-se prever os gastos assim como as formas de aquisição dos materiais, seja com recursos próprios da entidade ou por meio de patrocínios ou doações. Importante é prever o total do investimento a fim de que a coleta não seja comprometida por falta de recursos quando esta estiver acontecendo. A sustentabilidade do programa precisa muito desta importante etapa.

Local:_______________________________________________________________ Nome do Sub-Programa _______________________________________________ ____________________________________________________________________ Data __ / __ / ____ Responsável pelo preenchimento: ______________________________________ Contato: Fone ( __ ) _____ - ____________ Celular ( __ ) _____ - _____________ E-mail:______________________________________________________________

1) RESÍDUOS Quantidade de Resíduos Coletados ____________ litros ou __________ kg

Quais os tipos de resíduos mais freqüente:

( )Papel ( )Plástico ( )Metal ( )Vidro ( )Orgânicos ( )Outros ________________ 2) EDUCAÇÃO AMBIENTAL Qual o nível de envolvimento do público com a coleta seletiva: ( ) Nível I – MUITO BAIXO: não aceitou o programa no seu cotidiano, participa algumas vezes de alguns eventos mas não separa de fato os resíduos. ( ) Nível II – BAIXO : reconhece a importância do programa contudo ainda não esta segregando o material reciclável do orgânico e outros. ( ) Nível III – MÉDIO: O programa é importante, separa os resíduos corretamente e envolve os colegas. ( ) Nível IV – ALTO: O programa é bem aceito, o publico separa os resíduos envolve os colegas e alcança seus resultados estipulados como metas. ( ) Nível V – EXCELENTE: O programa é bem aceito, o público separa os resíduos, envolve os colegas informando e corrigindo os mesmos, envolve a comunidade local e traz materiais recicláveis de outros locais para doação aos

catadores, ou seja, extrapola os resultados esperados.

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ANEXO E - ROTA DO PROGRAMA GOIÂNIA COLETA SELETIVA

Fortaleza, Res. 4ª Noturno

Forteville, Res. 6ª Noturno

Froés, Vl. Sábado Diurno

Funcionários, Set. dos Diário Diurno

Garavelo B, Set. 5ª Noturno

Garavelo, Sit. 2ª Diurno

Gardênia, Res 4ª Noturno

Gentil Meireles, St. 3ª Noturno

Goiá I, IV, Bro. 5ª Noturno

Goiá III, Bro. 6ª Noturno

Goiá, Bro. (Av. Augusto Severo, Jd. Mirabel) 5ª Noturno

Goiá, Bro. (Av. Augusto Severo, Pq. Oeste Industrial) 6ª Noturno

Goiânia II, St. 5ª Diurno

Goiânia II, St. (ETE - Unilever) Sábado Noturno

Goiânia Viva, Res. (Av. Tóqui - Lorena Park) 2ª Diurno

Goiânia Viva, Res. (Av. Tóqui - Parque Oeste Industrial)

6ª Noturno

Goiânia, Pq. Ind. De Sábado Diurno

Goiás, Jd. 4ª Noturno

Goiaz Park, Res. 4ª Diurno

Governador, Cha. do 2ª Noturno

Grajaú, Set. 5ª Diurno

Gramado, Jd. 3ª Noturno

Grande Retiro, Lot. Sábado Noturno

Granja Cruzeiro do Sul 5ª Diurno

Granjas Brasil, Lot. 3ª Noturno

Granville, Res. 5ª Noturno

Green Park, Res. 4ª Noturno

Guanabara, Res. 5ª Diurno

Guarema, Chác. Res. 3ª Noturno

Gudalarara, Conj. 6ª Diurno

Havaí, Res. 6ª Noturno

Helou, Cha. 4ª Noturno

Helou, Lot. 4ª Noturno

Hortências, Jd. das 4ª Noturno

Hugo de Morais, Res. 3ª Noturno

Humaitá, Res. (Av. Goiás Norte, Goiânia II) 3ª Noturno

Humaitá, Res. (Av. Goiás Norte, Jd. Ipê) 5ª Diurno

Imperial, Jd. 2ª Diurno

Industrial de Goiânia, Pq. Sábado Diurno

Industrial João Braz II, Pq. 5ª Noturno

Industrial Mooca, Pq. 6ª Diurno

Industrial Paulista, Pq. 6ª Diurno

Ipanema, Jd. 4ª Noturno

COMPANHIA DE URBANIZAÇÃO DE GOIÂNIA

DIRETORIA DE COLETA

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ANEXO F- FOTOS DO LIXO NA ABM

Lixeira do pátio da ABM

Lixeira do Diretório Acadêmico

Lixeiras do Alojamento do CFO III

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56 ANEXO G - OBJETOS ORIUNDOS DA COLETA SELETIVA

Vassoura feita com garrafa Pet Barco feito com garrafas Pets

Cesto feito com jornais Bloco de papel reciclado

Luminária feito com anéis de latas de alumínio Luminária feita com garrafa de vidro

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57 ANEXO H - MAPA ESTRATÉGICO DO CBMGO