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Este conteúdo pertence ao Descomplica. É vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Tema de Redação Semana 31 – de 08/09 a 14/09 Proposta 31 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE DO SÉCULO XXI, apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Dilma se junta a outras 17 líderes na lista de mulheres no poder Ao assumir a Presidência do Brasil, em janeiro, Dilma Rousseff vai entrar para um restrito clube de líderes globais que tem, atualmente, 17 mulheres. Ainda que cada uma dessas presidentes ou primeiras-ministras tenha chegado ao poder em circunstâncias distintas, especialistas ouvidos pela BBC Brasil traçaram paralelos entre elas. Segundo dados compilados pela entidade americana 50-50 by 2020, que defende a representação igualitária dos gêneros no poder, as 17 mulheres - Dilma ainda não incluída - estão à frente de 16 países do mundo (a Finlândia tem uma presidente e uma primeira-ministra do sexo feminino), de um total de 192 nações representadas na ONU. Dessas 17 citadas, aliás, uma não foi eleita: Roza Otunbayeva assumiu o comando do Quirguistão após um golpe de Estado que depôs o presidente. Outras não são necessariamente as principais mandantes de seu país - caso da Índia, onde Manmohan Singh ocupa o cargo mais importante, o de primeiro-ministro, e a presidente Pratibha Patil tem um posto cerimonial. Segundo Charlotte Bunch, do Center for Women's Global Leadership, da universidade americana Rutgers, "as mulheres ainda vivem o desafio de mostrar que são fortes o suficiente em questões-chave, como o comando militar, em especial em países onde isso é particularmente relevante". Para Bunch, isso é uma possível explicação para o fato de os Estados Unidos ainda não terem tido uma mulher na Presidência. Mas são exceções significativas a Alemanha - comandada pela chanceler (primeira- ministra) Angela Merkel, que mandou tropas para a Guerra do Afeganistão - e o Chile, até poucos meses atrás presidido por Michelle Bachelet, que antes fora ministra da Defesa. - Margaret Thatcher (primeira-ministra britânica entre 1979 e 1990) e Indira Gandhi (primeira-ministra indiana entre 1966 e 1977 e 1980 e 1984) quase tinham que dizer 'sou um homem' (para obter respeito). Hoje, as mulheres começam a serem vistas como portadoras de ideias novas. Na lista de poderosas, Dilma estará acompanhada de líderes de países do G20 - as 20 maiores economias do mundo - como Merkel, a presidente argentina, Cristina Kirchner, e a primeira premiê da história da Austrália, Julia Gillard. Também estão na lista diversas líderes asiáticas, algumas delas, seguindo uma tradição oriental, oriundas de famílias importantes que as alçaram à política. No Ocidente, essa tradição familiar não é tão forte. Mas, enquanto Cristina ascendeu na política na esteira da carreira de seu marido e antecessor, Néstor Kirchner, Dilma se tornou candidata após a bênção de Luiz Inácio Lula da Silva, que esforçou-se para transferir sua popularidade à ex-ministra. Adaptado de http://oglobo.globo.com/brasil/eleicoes-2010/ dilma-se-junta-outras-17-lideres-na-lista-de-mulheres-no-poder-4982527

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Tema de Redação

Semana 31 – de 08/09 a 14/09

Proposta 31 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos

ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE DO SÉCULO XXI, apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Dilma se junta a outras 17 líderes na lista de mulheres no poder

Ao assumir a Presidência do Brasil, em janeiro, Dilma Rousseff vai entrar para um restrito clube de líderes globais que tem, atualmente, 17 mulheres. Ainda que cada uma dessas presidentes ou primeiras-ministras tenha chegado ao poder em circunstâncias distintas, especialistas ouvidos pela BBC Brasil traçaram paralelos entre elas.

Segundo dados compilados pela entidade americana 50-50 by 2020, que defende a representação igualitária dos gêneros no poder, as 17 mulheres - Dilma ainda não incluída - estão à frente de 16 países do mundo (a Finlândia tem uma presidente e uma primeira-ministra do sexo feminino), de um total de 192 nações representadas na ONU.

Dessas 17 citadas, aliás, uma não foi eleita: Roza Otunbayeva assumiu o comando do Quirguistão após um golpe de Estado que depôs o presidente. Outras não são necessariamente as principais mandantes de seu país - caso da Índia, onde Manmohan Singh ocupa o cargo mais importante, o de primeiro-ministro, e a presidente Pratibha Patil tem um posto cerimonial.

Segundo Charlotte Bunch, do Center for Women's Global Leadership, da universidade americana Rutgers, "as mulheres ainda vivem o desafio de mostrar que são fortes o suficiente em questões-chave, como o comando militar, em especial em países onde isso é particularmente relevante". Para Bunch, isso é uma possível explicação para o fato de os Estados Unidos ainda não terem tido uma mulher na Presidência.

Mas são exceções significativas a Alemanha - comandada pela chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, que mandou tropas para a Guerra do Afeganistão - e o Chile, até poucos meses atrás presidido por Michelle Bachelet, que antes fora ministra da Defesa.

- Margaret Thatcher (primeira-ministra britânica entre 1979 e 1990) e Indira Gandhi (primeira-ministra indiana entre 1966 e 1977 e 1980 e 1984) quase tinham que dizer 'sou um homem' (para obter respeito). Hoje, as mulheres começam a serem vistas como portadoras de ideias novas.

Na lista de poderosas, Dilma estará acompanhada de líderes de países do G20 - as 20 maiores economias do mundo - como Merkel, a presidente argentina, Cristina Kirchner, e a primeira premiê da história da Austrália, Julia Gillard. Também estão na lista diversas líderes asiáticas, algumas delas, seguindo uma tradição oriental, oriundas de famílias importantes que as alçaram à política. No Ocidente, essa tradição familiar não é tão forte. Mas, enquanto Cristina ascendeu na política na esteira da carreira de seu marido e antecessor, Néstor Kirchner, Dilma se tornou candidata após a bênção de Luiz Inácio Lula da Silva, que esforçou-se para transferir sua popularidade à ex-ministra.

Adaptado de http://oglobo.globo.com/brasil/eleicoes-2010/ dilma-se-junta-outras-17-lideres-na-lista-de-mulheres-no-poder-4982527

               

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Semana 31 – de 08/09 a 14/09

Elas não apenas se tornam cada vez mais ativas no mercado de trabalho, como também conciliam a carreira com outras atividades, como a maternidade, o casamento e seus interesses pessoais. A maioria das mulheres contemporâneas pode optar entre casar ou não e, com o avanço da Medicina, elas podem escolher o momento de conceber filhos - ou decidir por não tê-los -, podem viver sua sexualidade livremente e criar seus filhos sozinhas, sem sofrer exclusão perante a sociedade.

A professora Denise Cardoso, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH/UFPA), explica que a “maternagem” remete-se aos cuidados com os filhos e pode se dar a partir das expressões de carinho e afeto, cuidados com a saúde, educação e bem-estar da pessoa. Com o mercado de trabalho, as mulheres não deixaram suas atividades de mãe de lado, muito pelo contrário, é nesse momento que elas passam a desenvolver suas atividades políticas, artísticas, lúdicas, entre outras, com mais afinco. “Elas se mantêm como maternais, profissionais e cidadãs conciliando múltiplas tarefas cotidianas”.

Para a jornalista Glauce Monteiro, mãe do Erick, de dois anos, embora muitas mulheres consigam conciliar as tarefas por meio do “jogo-de-cintura” que só elas têm, muitas ainda sofrem com a pressão da sociedade e da família. “Acho que esse malabarismo de papéis sociais e funções está muito relacionado à imagem da mulher neste século XXI e, em uma sociedade que tem o machismo e as estruturas familiares da mães/dona de casa tão recentes, historicamente, a cobrança para que tudo esteja bem o tempo todo acaba sempre sendo mais intensa para as mulheres do que para os homens”, conta.

A psicóloga Milene Veloso, também professora do IFCH, diz que a inserção das mulheres no mercado de trabalho pode desencadear sentimentos que vão da tristeza à culpa quando as mães precisam sair para trabalhar fora. A criança pode apresentar comportamentos diversos neste processo de angústia de separação, como choro intenso, e algumas delas podem até ficar doentes. Como essa relação mãe e filho é muito forte, a separação deve ser estabelecida com delicadeza.

Adaptado de https://proex.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=7581