projetos estruturados de redes - parte 3

24
PROJETOS ESTRUTURADOS DE REDES PARTE 3 ANÁLISE TÉCNICA Prof. José Wagner Bungart

Upload: jose-wagner-bungart

Post on 22-Apr-2015

116 views

Category:

Technology


0 download

DESCRIPTION

Análise Técnica

TRANSCRIPT

Page 1: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

PROJETOS ESTRUTURADOS DE REDES

PARTE 3

ANÁLISE TÉCNICA

Prof. José Wagner Bungart

Page 2: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Agenda

1- Conceitos Gerais

2- Escalabilidade

3- Disponibilidade

4- Desempenho

5- Segurança

6- Gerenciabilidade

7- Usabilidade

8- Adaptabilidade

9- Custo Benefício

Page 3: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Conceitos Gerais

Nessa fase devemos ter o entendimento dos objetivos e restrições técnicas

que caracterizam o projeto, a coleta de informações deve ser feita com reuniões

entre equipe de projeto e cliente e também analisando documentações técnicas

disponibilizadas para o projeto.

As informações técnicas que analisaremos são:

• Escalabilidade;

• Disponibilidade;

• Desempenho;

• Segurança;

• Gerenciabilidade;

• Usabilidade;

• Adaptabilidade;

• Custo Benefício.

Page 4: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Agenda

1- Conceitos Gerais

2- Escalabilidade

3- Disponibilidade

4- Desempenho

5- Segurança

6- Gerenciabilidade

7- Usabilidade

8- Adaptabilidade

9- Custo Benefício

Page 5: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Escalabilidade

Escalabilidade é a capacidade de crescimento que um rede deve suportar, é

uma premissa de quase todo projeto de rede, trata a capacidade que uma rede

tem de adicionar novos usuários, hosts, equipamentos de redes, links e até

mesmo novas localidades.

Em projetos de redes é necessário conhecer o plano de expansão da empresa

a médio e longo prazo para definirmos aspectos de escalabilidade de uma rede,

raramente conseguimos informações precisas sobre o plano de expansão a

longo prazo, mas não precisamos saber detalhes, somente uma estimativa para

podemos definir as famílias de equipamentos e tecnologias utilizadas.

Para facilitar a análise de escalabilidade da rede informe-se sobre:

• A instalação de novas filiais nos próximos anos;

• A quantidade de funcionários nas novas filiais;

• Ampliações previstas nas localidades existentes, matriz e filiais.

Page 6: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Agenda

1- Conceitos Gerais

2- Escalabilidade

3- Disponibilidade

4- Desempenho

5- Segurança

6- Gerenciabilidade

7- Usabilidade

8- Adaptabilidade

9- Custo Benefício

Page 7: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Disponibilidade de rede significa a porcentagem de tempo que a rede deverá

ficar operacional para os usuários durante o horário de trabalho ou durante o

período designado pelo cliente.

Existem duas formas de calcularmos a disponibilidade de uma rede ou

equipamento, a primeira é quando a rede ou equipamento já se encontra em

operação e temos a oportunidade de medir a disponibilidade baseado no tempo

em que a rede não se encontra operacional para o usuário, mas se não temos a

rede ou equipamento em operação podemos calcular (ou estimar) a

disponibilidade em função das métricas de MTBF e MTTR como veremos a seguir.

Disponibilidade

Page 8: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Para exemplificarmos o primeiro caso, vamos calcular a disponibilidade de uma

rede que opera em regime 24x7x365, ou seja, uma rede que não deve parar

nunca, devendo estar operacional 24 horas por dia, 7 dias na semana e 365 dias

no ano. Em apenas um dia do ano essa rede tem uma indisponibilidade de 6

horas, vamos calcular abaixo a disponibilidade da rede naquele dia, semana, mês

e ano:

Disponibilidade Dia:

24 ----- 100%

18 ----- X

X = 24/18 = 75%

Disponibilidade

Page 9: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Disponibilidade Semana:

168 ----- 100%

162 ----- X

X = 162/168 = 96,43%

Disponibilidade Mês (considerando um mês com 30 dias):

720 ----- 100%

714 ----- X

X = 714/720 = 99,17%

Disponibilidade Ano:

8760 ----- 100%

8754 ----- X

X = 8754/8760 = 99,93%

Disponibilidade

Page 10: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

A segunda forma de calcularmos a disponibilidade de uma rede ou equipamento

é utilizando a fórmula abaixo:

Disponibilidade = MTBF/(MTBF+MTTR)

Mean Time Between Failures (MTBF)

Mean Time To Repair (MTTR)

Onde o MTBF é o tempo, estimado pelo fabricante, desde o equipamento ser

ligado até sua primeira falha, quanto maior o MTFB melhor será a disponibilidade,

mas não depende somente disso, pois quando o equipamento falhar ele deve ser

rapidamente substituído ou recuperado para não impactar na disponibilidade, a

esse tempo de reparo se dá o nome de MTTR.

Disponibilidade

Page 11: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Disponibilidade

Exemplo: Para um MTBF de 4000 horas e MTTR de 1 hora, temos uma

disponibilidade de 99,98%.

Um MTTR muito baixo indica que providências especiais deverão ser tomadas,

como peças de reposição e técnico residente ou um contrato de manutenção

muito eficiente e conseqüentemente muito caro.

Page 12: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Agenda

1- Conceitos Gerais

2- Escalabilidade

3- Disponibilidade

4- Desempenho

5- Segurança

6- Gerenciabilidade

7- Usabilidade

8- Adaptabilidade

9- Custo Benefício

Page 13: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Desempenho

Os parâmetro de desempenho da rede, tanto objetivos como restrições, devem

ser estabelecidos já na fase inicial do projeto, os parâmetros de desempenho

nortearão a escolha das tecnologias, protocolos e equipamentos que serão

especificados. Algumas medidas de desempenho usualmente requeridas num

projeto são:

• Atraso e tempo de resposta mínimo;

• Jitter;

• Perda de pacotes suportado;

• Ocupação máxima de links, CPU e memória.

Page 14: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Agenda

1- Conceitos Gerais

2- Escalabilidade

3- Disponibilidade

4- Desempenho

5- Segurança

6- Gerenciabilidade

7- Usabilidade

8- Adaptabilidade

9- Custo Benefício

Page 15: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Segurança

A segurança é um aspecto muito importante do projeto de uma rede,

especialmente com conexões externa à rede, como Internet e redes de outras

empresas, o principal objetivo ao se projeta a segurança de uma rede é manter a

integridade e disponibilidade dos serviços sem perder a usabilidade da rede ou

prejudicar o desempenho dos funcionários.

Nessa fase devemos entender o que se espera do ponto de vista de segurança

com o projeto que estamos desenvolvendo e quais as restrições impostas pela

empresa.

Page 16: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Agenda

1- Conceitos Gerais

2- Escalabilidade

3- Disponibilidade

4- Desempenho

5- Segurança

6- Gerenciabilidade

7- Usabilidade

8- Adaptabilidade

9- Custo Benefício

Page 17: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Gerenciabilidade

É a capacidade de gerenciarmos a rede, A ISO define um modelo de

gerenciamento de rede chamado FCAPS, que é o acrônimo de Fault,

Configuration, Accounting, Performance e Security. Esse modelo define uma

forma de gerência de rede baseado em áreas distintas a serem monitoradas,

nem sempre precisamos de todos esses tipos de gerência em todas as redes, a

escolha do que deverá ser monitorado depende da criticidade, complexidade e

características específicas de cada rede.

• Falha: na gerência de falhas todos os elementos de rede críticos e que de

alguma forma afetem a disponibilidade e performance da rede devem ser

monitorados. Devem ser monitoradas as falhas em CPUs, memórias, interfaces,

sistemas operacionais e softwares;

• Configuração: devemos manter armazenadas todas as configurações dos

equipamentos da rede para facilitar o troubleshooting em caso de falhas e

manter um histórico de alterações de configurações na rede;

Page 18: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Gerenciabilidade

• Accounting: é a gerência de quotas de utilização de um determinado recurso

por usuário ou área, por exemplo, espaço em disco, tempo de CPU e utilização de

links;

• Performance: gerenciar performance é acompanhar o crescimento da

utilização da rede e poder prever as devidas expansões no tempo certo. É

monitorar a utilização dos recursos de rede como: utilização de links, utilização

de CPU e memória, ocupação de interfaces e utilização de licenças de software;

• Segurança: é a gerência que garante autenticação e autorização dos usuários

aos recursos que eles precisam na rede.

Page 19: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Agenda

1- Conceitos Gerais

2- Escalabilidade

3- Disponibilidade

4- Desempenho

5- Segurança

6- Gerenciabilidade

7- Usabilidade

8- Adaptabilidade

9- Custo Benefício

Page 20: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Usabilidade

Usabilidade é a facilidade com a qual usuários acessam os recursos de rede. A

usuabilidade está inversamente relacionada à Segurança, quanto mais

aumentamos a segurança, a rede tende a ter uma menor usabilidade, por

exemplo, se definirmos uma política de senhas de usuários muito complexa, mais

de 12 caracteres incluindo obrigatoriamente letras maiúsculas e minúsculas,

números e caracteres especiais, devendo ser trocada a cada dia e não podendo

repetir as últimas 30 senhas, trará certamente uma senha forte, mas dificultará o

uso da rede, pois os usuários terão dificuldade em criar e memorizar as senhas.

Usabilidade também está relacionada com a facilidade com que a rede pode ser

configurada, como com o uso de DHCP, por exemplo. Está relacionada com

facilidade de acesso remoto e mobilidade, com o uso de VPNs, por exemplo.

Page 21: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Agenda

1- Conceitos Gerais

2- Escalabilidade

3- Disponibilidade

4- Desempenho

5- Segurança

6- Gerenciabilidade

7- Usabilidade

8- Adaptabilidade

9- Custo Benefício

Page 22: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Adapatabilidade

É a facilidade que a rede tem em se adaptar a mudanças. Ela deve ser capaz de

se adaptar, por exemplo, a uma mudança de protocolo de roteamento, enquanto a

rede é pequena com poucas filiais e poucas sub-redes, um protocolo de

roteamento mais simples ou até mesmo roteamento estático pode ser utilizado,

mas quando a rede cresce, necessitando de maior disponibilidade e um menor

tempo de convergência, um protocolo de roteamento mais complexo pode ser

essencial para permitir essa mudança, se os roteadores não suportarem esse novo

protocolo de roteamento a rede não conseguirá se adaptar a essa mudança.

Outros pontos relevantes na adaptabilidade de uma rede são:

• Mudanças de tecnologias;

• Mudanças de formas de negócio;

• Mudanças de legislação.

Page 23: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Agenda

1- Conceitos Gerais

2- Escalabilidade

3- Disponibilidade

4- Desempenho

5- Segurança

6- Gerenciabilidade

7- Usabilidade

8- Adaptabilidade

9- Custo Benefício

Page 24: Projetos Estruturados de Redes - Parte 3

Custo Benefício

Custo Benefício é conseguir oferecer o que o projeto se propõe a fazer

tecnicamente, respeitando todos os parâmetros vistos anteriormente de

escalabilidade, disponibilidade, desempenho, segurança, gerenciabilidade,

usuabilidade e adaptabilidade com um custo aceitável pelo cliente. Nem sempre

conseguimos projetar redes tecnicamente ideais para o cliente por um custo baixo,

equipamento de primeira linha, que geralmente oferecem maiores recursos, são

caros, podendo inviabilizar o projeto.

Devemos nos preocupar com o custo, abrindo mão de alguns fatores técnicos

para conseguirmos alcançar o orçamento disponibilizado para o projeto, mas sem

deixar que isso afete os parâmetros técnicos pré-estabelecidos e acordados com o

cliente. Se isso for necessário, informe o cliente sobre a necessidade de alteração

técnica para diminuir custos, deixe bem claro os prós e contras da mudança e

formalize a alteração, deixando-o ciente que esse desvio no projeto poderá

implicar em algum problema futuro.