projeto tcc rev00

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE - UNINORTE LAURETE INTERNATIONAL UNIVERSITIES LIU ESCOLA DE EXATAS E TECNOLOGIAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL CESAR BRAZ DE OLIVEIRA MOBILIDADE URBANA ESTUDO DE CASO DAS CALÇADAS, DA RUA DO COMERCIO I NO BAIRRO PARQUE 10 DE NOVEMBRO EM MANAUS, NA SUA RELAÇÃO COM O PLANO DIRETOR DA CIDADE. MANAUS 2014

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE - UNINORTE

LAURETE INTERNATIONAL UNIVERSITIES – LIU ESCOLA DE EXATAS E TECNOLOGIAS

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

CESAR BRAZ DE OLIVEIRA

MOBILIDADE URBANA

ESTUDO DE CASO DAS CALÇADAS, DA RUA DO COMERCIO I NO BAIRRO

PARQUE 10 DE NOVEMBRO EM MANAUS, NA SUA RELAÇÃO COM O PLANO

DIRETOR DA CIDADE.

MANAUS

2014

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CESAR BRAZ DE OLIVEIRA

MOBILIDADE URBANA

ESTUDO DE CASO DAS CALÇADAS, DA RUA DO COMERCIO I NO BAIRRO

PARQUE 10 DE NOVEMBRO EM MANAUS, NA SUA RELAÇÃO COM O PLANO

DIRETOR DA CIDADE.

MANAUS 2014

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário do Norte – UNINORTE, para obtenção de

título de graduado em Engenharia Civil.

Orientador: ???????????????

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1. INTRODUÇÃO

O problema da mobilidade urbana deve ser abordado de uma forma sistêmica

e sustentável e não simplesmente com ações paliativas como vem sendo feito.

Esse trabalho de também busca propor soluções e para assegurar o direito

que todo cidadão tem de transitar livremente sobre as calçadas da cidade. Afinal

nem todo pedestre é motorista, mas todo motorista é pedestre

A mobilidade urbana basicamente diz respeito à facilidade de deslocamento

de pessoas e bens dentro das cidades e tem sido alvo de estudos na área do

planejamento urbano e de transportes, entre outros enfoques, para ratificar a

importância do tema sobre acessibilidade ao espaço urbano.

O conceito de mobilidade urbana é amplo e envolve articulações intermodais,

onde os diversos meios de transporte devem ser planejados de forma integrada e

complementar.

Por outro lado, apenas o termo mobilidade (que significa facilidade de mover-se) faz

parte das necessidades mais básicas de qualquer pessoa. Neste contexto o modo a

pé, que é o modo mais básico, assume destaque neste trabalho.

Em diversas situações referentes a deslocamento físico, principalmente no

que diz respeito ao modo a pé, os termos mobilidade e acessibilidade estão

diretamente relacionados por serem complementares, chegando muitas vezes a

serem confundidos. Isto pode ser explicado pelo fato de que quando se aumenta o

nível de acessibilidade a determinado espaço, espera-se aumentar também as

condições de mobilidade oferecidas aos seus usuários.

Assim, tratando-se especificamente do modo a pé, considerou-se neste

trabalho que a acessibilidade nas calçadas da cidade de Manaus estão condições

mínimas de uso, os proprietários de estabelecimentos comerciais ou residenciais

renegam a responsabilidade sobre ela, a transforma em espaço privado, dessa

forma aumentando o uso indiscriminado do automóvel mesmo em curtas distâncias

que poderiam ser vencidas a pé ou de bicicleta se o espaço público fosse adequado

2. TEMA

Mobilidade Urbana

2.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA

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Estudo de caso das calçadas, da Rua do Comercio I no bairro parque 10 de

novembro em Manaus, na sua relação com o Plano Diretor da Cidade.

3. PROBLEMA

As calçadas da Rua do Comercio I, no bairro Parque 10 de Novembro foram

construídas de acordo com plano diretor da Cidade?

JUSTIFICATIVA

Na prática, o que se tem observado é que, os pedestres vem utilizando as

vias urbanas em situações muito desfavoráveis que seriam os calçamentos

irregulares.

A calçada ou passeio público é um dos componentes básicos de uma via e

tem como principal função, garantir condições adequadas de circulação dos

pedestres.

Entretanto, podem-se observar nas calçadas de Manaus principalmente no

bairro onde resido, defeitos superficiais, larguras insuficientes de passagem, rampas

excessivas, obstáculos fixos postes mau posicionados, invasão de ambulantes nas

calçadas, que comprometem a funcionalidade de tais infra-estrutura.

Acredita-se que esses fatores prejudicam a qualidade dos deslocamentos dos

pedestres, podendo inclusive provocar a sub-utilização das calçadas e gerar alguns

acidentes, devido à evasão de pedestres para os bordos da via ou na própria

calçada devidos aos obstáculos.

5. OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Realizar um estudo de caso das calçadas, da Rua do Comercio I no bairro

parque 10 de novembro em Manaus, na sua relação com o Plano Diretor da Cidade.

5.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

I. Comparar a realidade das calçadas do bairro estudado com as normas

vigentes;

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II. Conhecer o que pensam comerciantes e transeuntes das ruas, acerca das

calçadas;

III. Determinar níveis de acessibilidade relativa dos espaços quanto às condições

de mobilidade potencial de pedestres envolvidos;

IV. Propor um projeto de adequação das calças da rua estudada;

6. METODOLOGIA

Realizar uma revisão de literatura SOBRE O tema, para conhecer a realidade

de outros lugares e, também ajustar a metodologia em função do que já foi

produzido.

Conhecer a legislação atual, principalmente, o Plano Diretor da Cidade de

Manaus e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), onde este trata do

objeto de estudo deste trabalho: as calçadas.

Entrevistar comerciantes e transeuntes, com questionários, para conhecer

suas percepções, críticas e queixas, sobre as calçadas.

Desenvolver um projeto de recondução das calçadas que considere as

normas vigentes e as percepções e necessidades de uso da comunidade.

XX HISTORIA DO BAIRRO

Localizado na zona centro-sul da cidade, concentra grande atividade

comercial e é formado em sua grande maioria por conjuntos residenciais de classe

média, que lhe conferem a quarta maior renda per capta da cidade. Atendido por

agências bancárias, restaurantes, bares, lanchonetes, casas lotéricas, centros

comerciais, praças, parques, postos policiais e de saúde, o Parque 10 é um dos

mais desenvolvidos de Manaus. Em 1977, o então prefeito Jorge Teixeira deu início

à construção de um dos símbolos do bairro, o Centro Social Urbano, casa de um dos

mais tradicionais festivais folclóricos do Amazonas, o Festival Folclórico do CSU do

Parque 10, que passou por transformações em 2010. Sob nova administração, o

Festival experimentou uma nova realidade: organização, qualidade, compromisso

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com a comunidade e o mais importante, transparência. O resultado foi um festival

superavitário, com lucro de R$ 30 mil, totalmente revertidos para reforma e melhoria

do CSU. Confesso, essa vitória foi um dos momentos mais marcantes desses meus

dois anos de mandato. Como presente de aniversário, a Prefeitura de Manaus

realizou essa semana, uma grande festa no bairro, com a presença da Orquestra

Sinfônica Municipal, bem como, atendendo a nossos requerimentos e ofícios, um

grande mutirão de limpeza. Para completar a festa, esperamos celebrar o título de

Campeão Brasileiro da Série D, com o América, filho ilustre do senhor Amadeu

Teixeira e do Parque 10. Assim como em toda a cidade, ainda resta muito ser feito

pelo nosso Parque 10, melhorar a segurança, a infraestrutura, a sinalização das

vias, desafogar o trânsito, reorganizar as praças, os parques e o que julgamos uma

grande batalha: revitalizar a rua do Comércio

O Parque 10 foi criado em 1938, quando um ano antes, em 10 de novembro

de 1937, o presidente Getúlio Vargas havia fechado o Congresso Nacional, instalado

o Estado Novo. O endurecimento do regime não impediu que, em Manaus, fosse

criado o balneário do Parque 10, estruturado para receber as famílias amazonenses

em sua piscina natural, abastecida pelas águas límpidas do igarapé do Mindu.

A rua do Comércio, no conjunto Castelo Branco, concentra a maioria das lojas

e serviços do bairro, mas em todo o perímetro do logradouro pode ser encontrado

estabelecimentos comercial. O Parque Dez faz de sua vocação econômica a

principal razão para receber tantos visitantes de outras localidades, que buscam no

bairro os serviços de restaurantes e outras atrações proporcionadas pelas empresas

instaladas na região. O bairro está próximo de grandes shoppings centers e é

servido por variadas linhas de transporte coletivo, que se dirigem para todas as

direções da cidade.

XX. DEFINIÇÃO DE CALÇADA

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X.1 - Calçadas

Parte da via, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de

pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário, sinalização, vegetação e

outros fins. (Código de Trânsito Brasileiro). Normalmente localizada entre o lote do

quarteirão e o meio fio, superfície usualmente situada aproximadamente a 17

centímetros do leito carroçável das vias urbanas.

A calçada pode ser dividida comumente em 3 faixas:

Faixa de serviço – Com largura maior ou igual a 0,50m, nessa faixa devem ser

instalados os mobiliários urbanos como jardineiras, arborização, postes de

iluminação, caixas coletoras dos correios, enfim todo e qualquer obstáculo que

possa atrapalhar a circulação dos pedestres.

Faixa livre – Deve possuir largura mínima de 1,20m, desejável 1,50m para permitir o

giro da cadeira de rodas, é o espaço dedicado a circulação dos pedestres deve ser

contínuo, com piso antiderrapante e desníveis devem ser vencidos por rampas de

inclinação máxima de 8,33%.

Faixa de acesso – É o passeio próximo das fachadas das construções, para que a

faixa livre não seja obstruída pela entrada e saída das pessoas das edificações ou

mobiliário de bares e restaurantes.

Segundo Mumford1 apud Gondim (2001), a circulação de pedestres separada

do tráfego mais pesado surgiu na planificação de Veneza, ainda na idade média,

cujos canais foram projetados para carregar o tráfego mais rápido e os bairros

projetados para a circulação de pedestres, sem que suas rotas fossem interrompidas

pelos canais e nem estes pela circulação de pedestres.

PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada

por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à

circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.

Meio Fio

Sarjeta

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Passeio

XX – Mobilidade Urbana

É a capacidade de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano para

a realização das atividades cotidianas em tempo considerado ideal, de modo

confortável e seguro.

XX – Legislação sobre Calçadas

PLANO DIRETOR URBANO E AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS

CAPÍTULO VI DA MOBILIDADE EM MANAUS

Art. 18. A estratégia de mobilidade em Manaus tem como objetivo geral qualificar a

circulação e a acessibilidade de modo a atender às necessidades da população em

todo território municipal.

Parágrafo único. São objetivos específicos da estratégia de mobilidade em Manaus:

I - otimizar, implementar e ampliar as redes de circulação viária para integrar o

território municipal e facilitar a articulação regional;

II - promover a reestruturação da malha viária e os sistemas de tráfego urbano,

capacitando-os para atender às necessidades de circulação na Cidade. ??

Art. 19. A implementação da estratégia de mobilidade em Manaus dar-se-á por meio das seguintes diretrizes:

II - qualificação das vias urbanas considerando-se os impactos ambientais na cidade, a segurança e o conforto dos pedestres e os princípios de universal acessibilidade;

Art. 20. A estratégia de mobilidade em Manaus complementar-se-á com a

recuperação dos espaços públicos de mobilidade que estejam indevidamente

ocupados por equipamentos de empresas concessionárias de serviços de energia

elétrica, abastecimento de água e tratamento de esgoto, telefonia e particulares que

ocupam indevidamente as áreas públicas.

Art. 21. Constituem programas estratégicos de mobilidade em Manaus:

II - Programa de Melhoria da Circulação e Acessibilidade Urbana, objetivando a

qualificação dos logradouros públicos e o ordenamento dos sistemas operacionais

de tráfego, mediante:

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a) priorização dos pedestres, das pessoas com deficiência e das pessoas com baixa

mobilidade nas vias, ordenando e padronizando os elementos do mobiliário urbano e

a comunicação visual, implantando e ampliando a arborização, implantando,

nivelando e recuperando as calçadas ocupadas com usos impróprios;

d) garantia da acessibilidade universal autônoma e segura aos usuários do espaço

urbano, priorizando as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e os

pedestres.

CAPÍTULO X - DA QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS

Art. 33. As calçadas, praças, áreas de lazer, unidades de conservação que permitam

seu uso, orlas dos rios e demais espaços públicos são bens de uso comum do povo,

destinados à circulação de pessoas, atendendo a todos os parâmetros de

acessibilidade universal e à convivência social, devendo estar de acordo com a

norma específica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), nos quais

somente serão permitidos outros usos na forma da legislação própria.

§ 1º Em relação às calçadas, deverão estar de acordo com a norma específica da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), quanto às larguras

mínimas de circulação, atendendo a todos os parâmetros de acessibilidade

universal e de mobilidade inclusiva para todas as pessoas, atendendo,

também, à obrigatoriedade de arborização, dentre outras condições.