Projeto Sou leitor e Aprendiz de escritor

Professoras Msc. Débora Cristina de Sampaio Peixe e

Msc. Lisane Anes Romero5º ano

Disciplina: Língua Portuguesa2009

...a vida, Senhor Visconde, é um pisca - pisca.A gente nasce, isto é, começa a piscar.Quem para de piscar, chegou ao fim, morreu.Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso.É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais.A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso.Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia.pisca e mama;pisca e anda;pisca e brinca;pisca e estuda;pisca e ama;pisca e cria filhos;pisca e geme os reumatismos;por fim, pisca pela última vez e morre.- E depois que morre - perguntou o Visconde.- Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?

Monteiro Lobato. Memórias de Emília, 1936.

APRESENTAÇÃO

O projeto Sou leitor e Aprendiz de Escritor chega ao fim! Ele foi pensado e articulado pela equipe de Língua Portuguesa para os alunos do 5º ano do Colégio Catarinense.

Os sujeitos envolvidos são, além das professoras e alunos do 5º ano, a equipe da biblioteca, crianças de outras turmas e as famílias.

O trabalho possibilitou a articulação com diferentes áreas do conhecimento e oportunizou a expressão de múltiplas linguagens, pois a partir das obras lidas, as crianças partilharam suas leituras de diferentes formas: por meio do uso das novas tecnologias, confecção de maquetes, dramatização, uso de fantoches, etc.

As crianças do 5º ano retiraram, ao longo do ano,obras importantes na biblioteca: leram, interpretaram, discutiram, socializaram com seus pares, produziram esquemas e resumos, trabalharam com intertextualidades e prepararam uma apresentação para as crianças de outras turmas e para suas famílias.

As crianças, principais protagonistas do projeto, leram as obras indicadas e produziram peças teatrais adaptadas:• Clássicos Brasileiros: Monteiro Lobato, Ligia Bojunga, Pedro Bandeira, Ana Maria Machado e etc.• Clássicos Estrangeiros: William Shakespeare, Lyman Baum• Peças Teatrais: Maria Clara Machado, Victor Louis

Stutz• Fábulas: Monteiro Lobato, Esopo e La Fontaine.• Crônicas – Pedro Antônio de Oliveira, Fernando

Sabino, Alexandre Azevedo, Fernando Bonassi e outros;• Enigma, Suspense e Mistério – Sir Arthur Conan

Doyle, João Carlos Marinho, Thomas Brezina e outros.

Promover a construção de uma cultura de leitura e escrita, a partir do trabalho com diferentes gêneros literários e da vivência e expressão de múltiplas linguagens (artes visuais, cênicas, cinema, etc.)

OBJETIVO

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Registros em fichário: ficha de inscrição, programação, apresentação do projeto, estratégias de leitura, questionário com dados pessoais do leitor-escritor, dez fichas de leitura contextualizadas e diversificadas, envolvendo gêneros diversos e critérios de avaliação.

• Socialização quinzenal das obras lidas (sala de leitura) com suportes de oralidade.

• Orientações sobre a apresentação da peça teatral adaptada (encenações das obras lidas).

• Entrega de certificados a todos os participantes.

Tivemos muitas oportunidades de apropriação dos saberes sobre o mundo, do saber fazer e do que outros sentiram ao produzirem suas obras literárias. Cada um dos ambientes de aprendizagem que utilizamos permitiu e possibilitou a aquisição de conhecimentos e experiências com uma qualidade peculiar:

a) Observamos e participamos de atividades realizadas em diversos ambientes das quais obtemos muitas experiências pessoais e contatos interpessoais (sala de aula, biblioteca, bosque, auditório, etc.)

b) Visitamos regularmente a biblioteca, que participou da criação de repertórios culturais e da construção de atividades, divulgando um determinado repertório e também contribuindo para a internalização de atitudes e de princípios morais e estéticos nas crianças.

c) Aprendemos com os ambientes que facilitam as novas tecnologias da comunicação e da informação.

A linguagem falada é um meio de comunicar significados, para mostrar conteúdos por meio da narração e elaborá-los pela discussão e pelo diálogo, de exercitá-los por meio da recitação ou da exposição. A qualidade de “falar bem” e em seu “devido tempo”, assim como “saber escutar” e “ser dialogador” foram e continuam sendo traços que comumente denotam a qualidade da educação. (...) O “saber dizer bem” ou o “saber contar bem” continuam sendo capacidades úteis e valorizadas.

As crianças perceberam a importância da Literatura Infantil e dos diferentes gêneros disponíveis para a formação do leitor e do escritor e do papel de cada sujeito na criação de uma cultura em que, como afirma Regina Zilberman (1990, p. 113): “a leitura não se fecha sobre si mesma, a obra destes escritores designa o ato mais significativo que o acesso ao mundo da escrita deflagra: a intervenção no real e o trânsito ao imaginário por intermédio de uma ação eficiente”.

Família e escola são parceiras na missão de despertar nas crianças o

gosto pela leitura!

Obrigada pela participação e pela presença!