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QUALIDADE DE VIDA E SUSTENTABILIDADE UM ESTUDO EXPLORATÓRIO NO CENTRO DE INFORMAÇÃO E APOIO AO CONSUMIDOR ‐AVEIRO AUTOR: Alírio José Andias Vilela Camposana ORIENTADORA: Prof. Doutora Carla Marisa Rebelo de Magalhães ESCOLA SUPERIOR DE AVEIRO, JULHO DE 2013

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Page 1: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

QUALIDADEDEVIDAESUSTENTABILIDADE

UMESTUDOEXPLORATÓRIONOCENTRODEINFORMAÇÃOE

APOIOAOCONSUMIDOR‐AVEIRO

AUTOR:AlírioJoséAndiasVilelaCamposana

ORIENTADORA:Prof.DoutoraCarlaMarisaRebelodeMagalhães

ESCOLASUPERIORDEAVEIRO,JULHODE2013

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DEDICATÓRIA

AomeupaiAlírioeàminhamãeMariaTeresa

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AGRADECIMENTOS

Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório,

importantepassonaminhavidapessoaleprofissionalsófoipossívelcomaabertura

aomundodoconhecimentoquemefoipossibilitadonagrandecasaegrandefamília

queéoIPAM.

Uma palavra de agradecimento à ProfessoraDoutora CarlaMagalhães pela

sualiberdadedeespírito,pelasuatolerânciaeconhecimentosacadémicos,epelasua

amizadequesefoisedimentandoaolongodestesanos.

Uma palavra de reconhecimento à minha mãe, Maria Teresa, que nunca

desistiu de me incutir o espírito de luta e de nunca desistir, sempre, ao longo da

minhavida.

Comonãopoderiadeixardeserpoisaspalavrasnemsemprechegampara

expressar o que sentimos, apenas e só, um forte e sentido abraço à Dr.ª Teresa

Aragonezquenuncadesistiudemim,estandosemprepresentenosbonsenosmenos

bonsmomentos.

À Dr.ª Carla Gabriel, também, um forte abraço pela ajuda que sempre se

disponibilizouemdarcomasuaexperiênciaeinteligência.

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RESUMO

Opresentetrabalhoperspetivaumaalteraçãoestratégicacomunicacionalno

Centro de Informação e Apoio ao Consumidor da Câmara Municipal de Aveiro,

objetivandoumamelhoriadaqualidadedevidadoscidadãosdomunicípio,através

dainclusãonessaestratégiacomunicacionaldepressupostossustentáveis.

Visa, em última análise, e como atitude legitimadora, constituir uma

ferramentadecontributonaalteraçãodoparadigmadegestãodaCâmaraMunicipal

de Aveiro mediante a adoção do modelo de relatório de sustentabilidade Global

ReportingInitiative.

A investigação quantitativa concluiu que os aveirenses percecionam,

genericamente, a sua vida com qualidade. Os indicadores mais fortes são a

proximidade de equipamentos de saúde, a família, a profissão, a estabilidade

financeira,oambienteeasatividadesdesportivas.Ênfasenavalorizaçãodavidaem

comunidadeevaloresespirituais.

Devehaversustentabilidadenosprojetosmunicipaiseemissãoderelatórios

respetivos. Conclui‐se que as edilidades não são percebidas como manifestando

preocupaçõescomasquestõesdasustentabilidade.

O Serviço de Informação e Apoio ao Consumidor da Câmara de Aveiro é

fortementepercebidocomoparceironocontributocomunicacionalparaaqualidade

devida.

Palavras‐chave:consumo,comunicação,qualidadedevida,sustentabilidade,

reporte.

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ABSTRACT

Thisworkaimstocontributetothechangeofthecommunicationstrategyof

the Consumer Support Service in the city of Aveiro aiming, also, to provide a

contributionintheimprovementofthecitizen’squalityof lifethroughtheinclusion

inthecommunicationstrategyofsustainableassumptions.

It pretends to be a tool of change in the paradigm of management of the

municipalityofAveiro,bytheadoptionofGlobalReportingInitiativeguidelines.

A quantitative investigation concluded that citizens feel, generically, the

quality of life as good. The strongest indicators are the proximity of health care

services, family support, financial and professional stability, and environment and

sportactivities.Thevalorizationofcommunitylifeandspiritualityarealsoimportant.

Theremustbesustainabilityinmunicipalprojectsandrespectivereporting.

Weconcludethatthemunicipalitiesarenotperceivedasexpressingconcernsabout

thesustainabilityissues.

The Consumer Support Service is strongly perceived as partner in

communicationcontributiontothequalityoflife.

Keywords:consumers,communication,qualityoflife,sustainability,report.

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ÍNDICEGERAL

Dedicatória ...................................................................................................... 2 

Agradecimentos .............................................................................................. 3 

Resumo ............................................................................................................ 4 

Abstract ........................................................................................................... 5 

Índicegeral ...................................................................................................... 6 

Índicedefiguras .............................................................................................. 9 

Índicedegráficos .......................................................................................... 10 

Índicedetabelas ........................................................................................... 12 

ÍndicedeSiglas .............................................................................................. 13 

1.  Capítulo I – Introdução ........................................................................... 14 

1.1.  Domínio e Foco do Estudo ............................................................................ 16 

1.2.  Problemas e Questões de Pesquisa .............................................................. 19 

1.3.  Objetivo da Investigação .............................................................................. 21 

1.4.  Campo de aplicação ..................................................................................... 21 

1.5.  Justificação do Tema .................................................................................... 22 

1.6.  Estrutura do Trabalho .................................................................................. 24 

1.7.  Metodologia ................................................................................................ 25 

1.7.1.  Inquérito por Questionário ...................................................................................... 26 

2.  Capítulo II – Revisão de Literatura .......................................................... 27 

2.1.  Gestão e Responsabilidade Social ................................................................ 29 

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2.1.1.  Mudança de paradigma do CIAC .............................................................................. 32 

2.1.2.  Certificação de Qualidade ........................................................................................ 33 

2.2.  Sustentabilidade .......................................................................................... 35 

2.2.1.  Reporte de Práticas Sustentáveis ............................................................................. 37 

2.2.2.  GRI ‐ Global Reporting Iniciative .............................................................................. 39 

2.3.  Comportamento Sustentável ....................................................................... 42 

2.4.  Qualidade de Vida ........................................................................................ 45 

2.5.  Comunicação ............................................................................................... 47 

3.  Capítulo III ‐ Metodologia ....................................................................... 51 

3.1.  Paradigmas e Teorias de Estudo ................................................................... 51 

3.2.  Objetivos e Questões de Investigação .......................................................... 53 

3.2.1.  Questões de Investigação (Hipóteses) ..................................................................... 54 

3.3.  Pesquisa Exploratória ................................................................................... 56 

3.3.1.  Metodologia e Tipo de Pesquisa .............................................................................. 56 

3.4.  Amostra e Procedimento Amostral .............................................................. 57 

3.5.  Técnica de Análise de Dados ........................................................................ 58 

4.  Capítulo IV ‐ Trabalho de Campo ............................................................ 59 

4.1.  Elaboração do Questionário ......................................................................... 59 

4.1.1.  Teste Prévio do Questionário .................................................................................. 60 

4.2.  Questionário Final e Recolha de Dados ........................................................ 61 

5.  Capítulo V ‐ Análise e Discussão de Resultados ....................................... 62 

5.1.  Perfil da Amostra ......................................................................................... 62 

5.2.  Análise de dados relativos a Qualidade de Vida ........................................... 65 

5.3.  Análise de Dados Relativos a Sustentabilidade ............................................. 73 

5.4.  Validação das Questões de Investigação (Hipóteses) .................................... 78 

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6.  Capítulo VI ‐Proposta Prática ................................................................. 86 

6.1.  Modelo Conceptual de Comunicação ........................................................... 86 

6.2.  Implementação GRI...................................................................................... 90 

6.3.  Cruzamento GRI – ISO 9001:2008 ............................................................... 103 

7.  CapítuloVII‐Conclusões ................................................................... 105 

7.1.  Principais Conclusões ................................................................................. 105 

7.2.  Limitações da Investigação ......................................................................... 106 

7.3.  Considerações Futuras ............................................................................... 107 

Bibliografia ................................................................................................. 108 

Anexos .......................................................................................................... 114 

Anexo(1)InquéritoporQuestionário ........................................................ 115 

Anexo(2)OutputsEstatísticos .................................................................... 118 

Anexo(3)CruzamentoVariáveis ................................................................ 126 

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ÍNDICEDEFIGURAS

Figura 1 – Domínio e Foco ................................................................................................................. 16 

Figura 2 – Modelo Racional de Tomada de Decisão ...................................................................... 42 

Figura 3 – Mudança de Atitudes e Comportamentos ..................................................................... 44 

Figura 4 – Modelo Comunicacional ................................................................................................... 49 

Figura 5 – Estruturação da Abordagem ............................................................................................ 52 

Figura 6 – Aspeto Gráfico do Survey .................................................................................................. 60 

Figura 7 - Modelo Conceptual Comunicacional .............................................................................. 87 

Figura 8 - Stakeholders Diretamente Afetados ................................................................................... 92 

Figura 9 - Fatores Diferenciadores .................................................................................................... 92 

Figura 10 - O que Perguntar aos Stakeholders? .................................................................................. 94 

Figura 11 - Esquematização de Sequência ........................................................................................ 95 

Figura 12 - Matriz Materialidade Vodafone ...................................................................................... 97 

Figura 13 - Sequência com Contexto Sustentabilidade e Abrangência ......................................... 98 

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ÍNDICEDEGRÁFICOS

Gráfico 1 - Género do Entrevistado ................................................................................................. 62 

Gráfico 2 - Idade .................................................................................................................................. 62 

Gráfico 3 – Freguesia de Residência .................................................................................................. 63 

Gráfico 4 – Tempo de Residência ...................................................................................................... 63 

Gráfico 5 – Freguesia de Atividade ................................................................................................... 64 

Gráfico 6 – Habilitações Literárias .................................................................................................... 64 

Gráfico 7 – Tenho uma boa Qualidade de Vida .............................................................................. 65 

Gráfico 8 - Indicadores de Qualidade de Vida: Valor e Valor Teórico ........................................ 66 

Gráfico 9 - Indicador Proximidade de Equipamentos de Saúde ................................................... 68 

Gráfico 10 - Indicador de Importância Núcleo Familiar ................................................................ 69 

Gráfico 11 - Indicador Importância Crescente Trabalho/Profissão ............................................ 69 

Gráfico 12 - Indicador de Perceção de Estabilidade Crescente Financeira ................................. 70 

Gráfico 13 - Indicador Influência do Ambiente .............................................................................. 70 

Gráfico 14 - Indicador de Valorização Atividades Ar Livre e Desporto ..................................... 71 

Gráfico 15 - Indicadores de Sustentabilidade: Valor e Valor Teórico .......................................... 73 

Gráfico 16 - Medição de Perceção de Exemplo Por Parte do Estado em Geral ........................ 74 

Gráfico 17 - Indicador Sustentabilidade Projetos Municipais ....................................................... 74 

Gráfico 18 - Indicador de Importância de Relatórios de Sustentabilidade .................................. 75 

Gráfico 19 - Indicador Perceção Alargamento Competências CIAC ........................................... 75 

Gráfico 20 - Indicador Custos Emissão Relatórios ......................................................................... 76 

Gráfico 21 - Indicador Sustentabilidade Empresas ......................................................................... 76 

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Gráfico 22 - Indicador de Perceção de Sustentabilidade na Administração Local ..................... 81 

Gráfico 23 - Indicador de Perceção Responsabilidade do Estado na Sustentabilidade ............. 81 

Gráfico 24 - Indicador de Perceção Exemplo da Administração .................................................. 82 

Gráfico 25 - Indicador Perceção Importância Emissão e Disponibilização Relatórios ............. 82 

Gráfico 26 - Indicador Perceção da Importância do CIAC como Parceiro ................................ 83 

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ÍNDICEDETABELAS

Tabela 1 - Respostas por Freguesia à questão “Tenho uma boa Qualidade de Vida” ............... 78 

Tabela 2 - Resposta Freguesia à questão “Os Projetos Municipais Devem ser Sustentáveis” .. 79 

Tabela 3 – Síntese Validação Hipóteses das Questões Investigação ............................................ 84 

Tabela 4 - Grelhas Atitudes e Comportamentos versus Sustentabilidade ................................... 88 

Tabela 5 - Exemplo de Priorização de Stakeholders ....................................................................... 93 

Tabela 6 - Formas de Comunicação do Relatório ......................................................................... 100 

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ÍNDICEDESIGLAS

A21L - Agenda21Local

APCER‐AssociaçãoPortuguesadeCertificação

CERES‐MobilizingBusinessLeadershipforaSustainableWorld

CIAC‐CentrodeInformaçãoeApoioaoConsumidor

CMA‐CâmaraMunicipaldeAveiro

DGAL–DireçãoGeraldasAutarquiasLocais

EU‐UniãoEuropeia

GRI‐GlobalReportingInitiative

GSCM‐GreenSupplyChainManagement

ISO‐InternationalOrganizationforStandardization

ONU‐OrganizaçãodasNaçõesUnidas

PME–PequenaseMédiasEmpresas

RSE‐ResponsabilidadeSocialdasEmpresas

SGQ‐SistemadeGestãodeQualidade

UNEP–UnitedNationsEnvironmentProgram

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1. CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

O termo “sustentabilidade” representa um conceito mais procurado nas

últimas décadas embora o mesmo se possa ligar ao passado mais remoto da

existênciadahumanidade.Defacto,sustentável,foisempreosentidodaperpetuação

danossaespécieassentenumaformadecontinuidadeeestabilidade.Estesentidode

prevalência marca muito daquilo que é uma das características fundamentais da

dimensãohumanaedasoutrasespéciesquecoabitamesteplaneta,anecessidadede

continuar,deprevalecer.

Anoçãomaisatualdanecessidadedesustentabilidadeincluiaconsciênciade

desenvolvimentosustentável,ligadodealgummodoànoçãodefinitudedosrecursos

naturais.Tornou‐seclaroquesemumusoadequadodessesmesmosrecursospoderá

estar em causa a referida continuidade da espécie humana. Por outro lado, nunca

tantoseouviufalarempráticassustentáveislevantando‐seaquestãodavulgarização

do conceito e havendo a necessidade de saber até que ponto as doutrinas

correspondem às práticas, seja por ausência de critérios bem construídos,

nomeadamente, pela necessidade de focar as atuações, quer de governos, quer de

empresas,nãosónazonadeinterceçãoestratégicadetrêsgrandedomínios,osocial,

oeconómicoeoambientalmas,também,pelaintroduçãodanoçãodegovernança–a

capacidadede tomadadedecisõespertinentes,gerandoconsensosepromovendoa

adesãodasociedadeaessasmesmasdecisões.

Outro aspeto prende‐se com a negatividade das atuações onde a

sustentabilidade é usada como mera forma de propaganda, ou estratégia de

comunicação desprovida de verdadeiro conteúdo. Como referiu Barbosa (2010),

relativamente ao desenvolvimento sustentado, este nasceu de crescentes

preocupações com a forma como os recursos existentes no planeta estavam a ser

utilizados,tendo‐sejuntadoaesteaspetoosfatores,socialeeconómico,deumponto

devistadeterminanteecientificamentedenominadocomo“evoluçãosociocultural”.

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A definição de desenvolvimento sustentável do Relatório de Brundtland,

1987, diz‐nos que o “desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da

geraçãoatual, semcomprometeracapacidadedasgerações futurasdesatisfazerem

assuasprópriasnecessidades,significapossibilitarqueaspessoas,agoraenofuturo,

atinjamumnívelsatisfatóriodedesenvolvimentosocialeeconómicoederealização

humanaecultural,fazendo,aomesmotempo,umusorazoáveldosrecursosdaTerra

epreservandoasespécieseoshabitatsnaturais”,Barbosa(2010,p.88).

NaUniãoEuropeia,oseumercadointernode500milhõesdeconsumidores

representaumpesofortíssimonaeconomiatalcomosepodeapreciarnorelatóriodo

Eurostat Consumers in Europe (2009) sendo oportuna, do nosso ponto de vista, a

reflexãodosimpactos,positivosecertamentenegativos,detalexpressãodeconsumo

naEuropa,porventurasendoessesimpactosumamatériaporexcelênciaemtermos

de trabalho, particularmentedopontode vista da construçãode um framework de

atuaçãojuntodosconsumidores,nasuadevidaescalaemtermosdepúblico‐alvo,não

perdendodevistaasustentabilidade.

Procederemosàanáliseteóricadostemasqueentendemosmaispertinentes,

comosejamoscomportamentoseofenómenopercetivo,osvaloreseacultura,assim

como casos de estudo marcadamente de aplicação prática concreta em termos de

exemplos.Pretende‐semedirquaisasperceçõesdequalidadedevidadopúblico‐alvo

edequemodoasmesmaspodemsercruzadascomfatoressustentáveisdemodoà

construçãodeumframeworkcomunicacional.

Neste estudo exploratório abordamos a implementação dos relatórios de

sustentabilidade numa autarquia como legitimação ética quando se pretende

contribuir, de um ponto de vista comunicacional, para a qualidade de vida dos

munícipes, porque se acredita haver um lapso entre o politicamente correto e as

práticas do dia‐a‐dia passíveis de comprovação. Como os benefícios da

sustentabilidade não são sentidos no imediato pelos consumidores, poderá haver

poucapredisposiçãoparaeventuaismudançascomportamentaispodendo‐seinverter

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asituaçãodesdequeosbenefíciospossamserpercebidosnoimediatoe,aqui,arazão

deserdosfatoresdequalidadedevidacruzadoscomospilaresdasustentabilidade.

1.1. Domínio e Foco do Estudo

Figura 1 – Domínio e Foco

Fonte: Elaboração própria

Odomíniodesteestudocentra‐senodesenvolvimentosustentável focando‐

senamelhoriadostandarddegestãodeumserviçopúblico.Essaalteraçãopretende

influenciar positivamente os atos de consumo de quem procura o Centro de

InformaçãoeApoioaoConsumidor(CIAC)daCâmaraMunicipaldeAveiro(CMA).

Oconsumosejaporrazõeseconómicas,sejapelasrazõesmaisóbviasquese

prendem com a satisfação das necessidades quaisquer que elas sejam, como por

exemplo as primárias mais ligadas à sobrevivência, encerra em si fatores mais

subjetivos,pelomenosnassociedadesconotadascomodesenvolvimento.

SenosdebruçarmosemLipovetsky(2007,p.38) “ (…)estánanaturezado

homemsentir‐seinsatisfeitoeserimpossíveldecontentar,eporqueexistetodoum

Desenvolvimento Sustentável

Domínio da Investigação

Gestão

Foco da Investigação

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conjuntodebensdeconsumoqueserevelaincapazdenosproporcionarogénerode

satisfaçõesqueesperamosdele, asexperiênciasdeconsumoencontram‐sena fonte

de numerosas deceções” ficamos com uma noção de que, porventura, essas

experiênciasde consumodececionantes, oupelomenosnãoduradouras (felicidade

oubem‐estar),apenasconduzemamaisatosdeconsumodemodoaopreenchimento

dessalacunadevalores,daquiloquedeveriaserentendidopelafelicidadedo“ser”em

vezdo“ter”.

AtentemosnaspalavrasdeCortezeOrtigoza(2007,p.97)ondeselêque“no

que diz respeito ao meio ambiente, a grande maioria dos objetos consumidos é

dispensável, comprada semmotivo real; sãobensdealta rotatividade,mercadorias

fabricadas para durar pouco e serem substituídas imediatamente por outras mais

novas,maisperfeitastecnologicamente;emmuitoscasos,sãooneway,apresentadas

emembalagenstambémdesnecessáriasevultuosas,aindaquecativantesesedutoras,

quelogosetransformarãoemlixo(…)”.

No que diz respeito ao foco do estudo, tal como referido, centra‐se na

contribuição para uma alteração do formato de gestão, em última instância,

constituindo um contributo para alterações comportamentais partindo de

pressupostos locaiseculturaisexistentesnapopulaçãoconsumidoraqueprocurao

CIAC, mediante a construção de um framework comunicacional de critérios para a

sustentabilidadequesejamexequíveise tendoemcontaperceçõesdequalidadede

vida.

EntendemosqueexisteumalacunaestratégicanaCMAouseja,apenasocorre

uma atuação estrita dentro das suas competências legais e um trabalho incipiente

comunicacional virado ao exterior tendo em conta os objetivos citados,

particularmente os que se prendem com a sustentabilidade. Esses critérios estarão

ocultos e essa é, de algum modo, a essência do nosso trabalho, ou seja, critérios

inseridosemperceçõesmaisimediatasdequalidadedevida.

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Na investigação realizada porAlvina, Yousafzai, Yani‐De‐Soriano e Pallister

(2011) relativa à eventualidade de existência de elementos de cinismo (frieza ou

distanciamentodosofrimentoalheio)nosconsumidorescomofenómenoemergente

do comércio fair trade, verificou‐se um desligamento entre as expectativas dos

consumidores e as ações das organizações fair trade resultando um lapso na

atitude/comportamento,os consumidoresapresentam‐sepositivamentedisponíveis

perante um “consumo ético”, mas havia um fator de cinismo que impedia o

crescimentodofairtrade.

Em conclusão, o consumidor padecia de falta de confiança, de suspeição, e

havia uma forte discrepância entre as ações do agente de marketing e a sua

performance. Por outro lado, sabemos que quando os atributos positivos de

determinadobemouserviçonãosãopercebidosdeummodorelativamenterápido,

essasituaçãopodegerardiscrepânciasentreo“politicamentecorreto”,porexemplo

numasondagemeosatosconcretosnodia‐a‐dia,Alvinaetal.(2011).

Conforme se pode ler em Filho (2004, p. 21) e no que concerne a uma

pergunta comum a colocar aos consumidores, “estaria disposto a sacrificar o

crescimento económico para proteger o meio ambiente? A grande maioria dos

entrevistados poderá responder que sim. Mas, se o governo tentar sacrificar o

crescimento económico para proteger o ambiente, enfrentará, provavelmente, uma

acirradaoposição.Porqueémaisfácilrespondersimaumaperguntadoquefazer,de

facto,umsacrifício”.Comistopretendemosmostrarqueháfatoresdesubjetividade,

particularmente naquilo que acreditamos serem comportamentos de consumo não

desejáveis. Aqui, pelo que referimos do ponto de vista das ações do agente de

marketing,tambémnosquestionamosacercadofactodeumaorganizaçãocomunicar

estilosdevidasustentáveisenãoospraticarinternamente.

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1.2. Problemas e Questões de Pesquisa

A questão inicial prende‐se com a construção de um modelo de atuação

comunicacional exequível por parte de um serviço público. Essa construção vai

assentarnarespostaàquelaqueéaperguntadepartida:

a) De que modo pode um serviço público de informação ao

consumidor comunicar e contribuir para o desenvolvimento

sustentável?

Interligada à questão de partida, desmultiplica‐se uma perspetiva de

contributonomodelardeeventuaishábitosdeconsumonapopulaçãoalvo,mediante

associaçõespositivaspelaperceçãoacurtoprazodamelhoriadaqualidadedevida.

Tal como referido anteriormente, poder haver um risco de distanciamento

dos benefícios imediatos dos comportamentos sustentáveis diários pela

eventualidade de não serem de imediato percebidos,mas sim num futuro distante

surgindo,então,aideiaabrangentedeosinterligaraconceitosdequalidadedevida

maisimediatosquepudessemrefletir,defacto,mudançasconcretas.

Sendo certo que a sustentabilidade deve ser considerada e apenas decorre

verdadeiramentenazonadeinterceçãodosseustrêsgrandespilares,oambiental,o

socialeoeconómico,nãosignificaquenãohajaposicionamentosmaissustentáveis

contudosemessainterceçãodesejável.Esteserá,então,umproblemalevantadoaum

trabalho com estas características. O framework que daqui resulte, não quererá

realizaro irrealizável,nempretenderásubstituir‐sea todaumaevoluçãosocialque

deveráforçosamenteocorrer.Pretendeserumaindicaçãodeumcaminhoaseguir.

Um dos caminhos que nos parece viável será a referência a uma forte

componente comunicacional como linha mestra do framework tal como podemos

concluirdeBarry eKalver (2009)quandonos afirmamacercadasestratégiaspara

negóciossustentáveisqueacomunicação,muitomaisdoqueatecnologia,éachave

paraconstruirumfuturosustentável.

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AlírioCamposana

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Os mesmos autores, porém, referem também que é necessário que as

organizaçõesquesepretendemposicionarcomosustentáveis,contemhistóriassobre

osprodutosouserviçosqueestãoadesenvolver,particularmenteaformadegerira

cadeiadevalore, agorapensamosnós, todoo relacionamentocomos stakeholders.

Esta questão que se coloca, basicamente como um problema, é a possibilidade da

organizaçãonãoserpercebidacomosustentávele,noentanto,pretendercomunicar

ouagirnacomunidadeapartirdesseposicionamento.

Este é o problema do trabalho. Apesar domesmo não incidir em primeira

linhanamudançainternadeparadigmaorganizacionaltendoemcontaaadoçãode

um standard de gestão orientado para a sustentabilidade, de modo a que esse

posicionamento, devidamente verificável e passível de certificação, fosse percebido

querdoexteriorpelopúblico‐alvo,querpelopúblico internocolaboradorese todos

osoutrosstakeholders,nãodeixarádehaverumareferência técnicaàpossibilidade

demudançae,concretamente,deixandoummodelosucintoeumrumoaseguirpara

futuros investigadores ou gestores/líderes políticos, o standard de relatório de

sustentabilidadeGRI–GlobalReportingIniciative.

A problemática, segundo Quivy e Campenhould (2005, p. 104), “ (…) é a

abordagem ou perspetiva teórica que se decide adotar para tratar o problema

colocado pela pergunta de partida”. Ora, podemos então colocar a questão do

seguintemodo:comofazeraabordagemadeterminadofenómeno?Aperguntaseria,

então,etalcomoreferimosanteriormente:dequemodopoderiaumserviçopúblico

comunicar e contribuir para o desenvolvimento sustentável, ajudando a modelar

eventuaishábitosdeconsumonapopulaçãoalvo,medianteassociaçõespositivaspela

perceçãoacurtoprazodamelhoriadaqualidadedevida?Estaperguntadepartida,

aparentementelonga,assentanospressupostosdefinidosporQuivyeCampenhould

(2005, p. 37) quando referem que “ao formular uma pergunta de partida, um

investigadordeveassegurar‐sedequeosseusconhecimentos,mastambémosseus

recursos em tempo, dinheiro emeios logísticos, lhe permitirão obter elementos de

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resposta”. O conhecimento académico apreendido, particularmente no domínio de

conceitos como Ambiente, Sustentabilidade, Qualidade de Vida e Responsabilidade

SocialdasOrganizações,entreoutros,bemcomonaconstruçãopráticademodelosde

aferição de perceções junto da população‐alvo em questão, junto com os meios

logísticos comunicacionais da organização e a atividade profissional no CIAC de

Aveiro e toda a experiência adquirida, possibilita uma colocação privilegiada para

elaborarumestudoexploratório.

1.3. Objetivo da Investigação

O objetivo do presente trabalho é o de dotar o CIAC de Aveiro de um

framework comunicacional capazde contribuirparaumamelhorqualidadede vida

dopúblico‐alvo,estando‐lhesubjacentesparâmetrossustentáveis,porumladoe,por

outro, o de prever a emissão por parte da CMA de relatórios de sustentabilidade,

emissão essa com base no standardGlobalReporting Initiative (GRI). Esta emissão

visa legitimar posicionamentos comunicacionais. A pertinência de tal temática

prende‐secomasituaçãoqueseviveatualmente,deumpontodevistadadegradação

doambienteglobaledeumaclaranecessidadedeadoçãodepráticassustentáveis.

1.4. Campo de aplicação

Embora o CIAC seja procurado por concelhos periféricos que nãopossuem

serviço de informação ao consumidor, opta‐se por focar o trabalho no concelho de

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Aveiro, constituído pelas suas 14 freguesias1. Também seria esse, de um ponto de

vistamaisformal,aformadeatuarcorretajáqueoentendimentodaáreadeatuação

destesserviçoséterritorialediretamenteligadaàadministraçãoautárquica.

Dopontodevistadaformalidadeacadémicadeinvestigaçãopois,conforme

se aprecia também emQuivy e Campenhould (2005, p. 157), “não basta saber que

tiposdedadosdeverãoserrecolhidos.Étambémprecisocircunscreverocampodas

análisesempíricasnoespaço,geográficoesocial,enotempo”.

EntãotemosadelimitaçãoconcelhodeAveiroqueemtermospopulacionais

possui78450habitantes(homens37123emulheres41327),INE(2011).Aquando

da fase de construção da Amostra da nossa População para a obtenção de dados

quantitativos serão tidos em conta outros fatores, eventualmente, a definição de

janeladeidadespertinente.Das14freguesiasimportasublinharquealgumassãode

carátermarcadamenteruraleoutrasdecarátermaisurbano.

Este ponto será importante já que, eventualmente, na conceptualização do

modelocomunicacionalversuscanaisdecomunicaçãoasrealidadessocioeconómicas

deverãosertidasemlinhadeconta.Ascincofreguesiasmaispopulosassão:Esgueira,

com13431habitantes,VeraCruz,com9657habitantes,Aradas,com9157,Glória,

com9099eSantaJoanacom8094habitantes,INE(2011).

1.5. Justificação do Tema

EmtermosprofissionaisaatividadeédesenvolvidanoCIACdeAveirorazão

pela qual nos pareceu pertinente a temática, por um lado, já que se trata de um

1 O trabalho foi elaborado tendo em consideração a composição do concelho de Aveiro com as 14 freguesias, que veio a ser alterada pela Lei n.º 22/2012 de 30 de maio que aprova o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica.

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serviçocomumaaproximaçãoprivilegiadaaoconsumidore,poroutro,porserclara

estalacunadanecessidadedeumpapelmaisinterventivonoqueconcerneàeventual

influênciaemcomportamentosdeconsumomaissustentáveisedeummodogeralem

estilosdevidaconotadoscommelhorqualidadedevida.

Também não é muito comum que os serviços com estas características

atuem,de facto,num standard comunicacionalououtro, estruturadoem termosde

critérios construídos propositadamente rumo à sustentabilidade, tendo em conta a

respetiva construção com metodologias investigatórias devidamente validadas em

ambiente académico, mas sem perder de vista as realidades e valores locais. Para

além de dicas de poupança associadas, por exemplo, a determinadas marcas em

detrimentodeoutras,associadasàaquisiçãodebensinseridosemclassesenergéticas

favoráveis ao ambiente, ou mesmo a aspetos ligados à necessidade de reciclagem,

entreoutros,tãocomunsemrevistasenosmediaemgeral,importaaconstruçãodo

referidoframeworkquecontempleumaatuaçãosistematizadaeintegradatendoem

contaprocessosdetomadadedecisãoerealidadeslocais,sejaaoníveldetransportes,

sejaaoníveldaexistênciadeoutrosequipamentossociais,emsuma,umaabordagem

culturalintencional.

Asustentabilidadejánãoésóumaquestãodecolocaremordemumsistema

compatívelderelaçõesentreosfatoressocial,ecológicoeeconómicoé,também,uma

matériadeculturaegovernança.Comocriarrelacionamentoscomcadaumdenós,

quehábitoequecomportamentosseestabelecem,bemcomodequeformasepensaa

centralidadedastomadasdedecisãoparaasustentabilidade,Gibson,Hassan,Holtz,

TanseyeWhitelaw(2005).

Tal como referimos inicialmente neste capítulo, a atividade profissional

desenvolvidacoloca‐nosnumaposiçãoprivilegiada,nãosódopontodevistadeum

contacto próximo com o consumidor mas também e, particularmente, porque a

presença em diversas conferências tem ocorrido com frequência sem, no entanto,

haver uma construção estratégica com um rumo definido ao encontro desta

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importante noção, em suma, que pudesse semmargem de dúvida representar um

contributomaisforteparaodesenvolvimentosustentado.

1.6. Estrutura do Trabalho

CapítuloI–Nesteprimeirocapítuloéelaboradoacontextualizaçãodotema

emestudobemcomoodomínioeo focorespetivos.Seguidamenteéapresentadaa

pergunta de partida, bem como as questões de pesquisa. São igualmente

apresentados os objetivos da investigação, o campo de aplicação a justificação do

temaemestudoeametodologiaadotada.

CapítuloII‐Osegundocapítuloapresentaatemáticadeinvestigação,naqual

são apresentadas as teorias de pesquisa que fundamentam o estudo e que, no

presente, se prendem na sua generalidade com o desenvolvimento sustentável e a

gestão.

Capítulo III – O capítulo da metodologia apresenta, numa primeira fase o

objetivogeraleespecíficodainvestigaçãobemcomoashipóteseseotipodeestudo.

É ainda feita uma abordagem à área e população do estudo, das variáveis,

dependenteseindependenteseatécnicaderecolhadedados.Nestecapítuloéainda

feitaareferênciaàamostragem,aoquestionárioerespetivotesteprévio.

Capítulo IV ‐ Trabalho de campo. Neste capítulo aborda‐se o método

quantitativo utilizado, a elaboração do respetivo inquérito por questionário, a sua

construçãofinaleosprocedimentospararecolhadedados.

Capítulo V – Análise e discussão de resultados. No quinto capítulo deste

trabalhoérealizadaaanáliseestatísticadosdadosqueserecolheramcaracterizando‐

seaamostra.Háumaapreciaçãodosprincipaisresultadosevalidaçãodashipóteses

departida.

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Capítulo VI – Proposta prática. Neste sexto capítulo, cruzam‐se as teorias

estudadascomaanáliseestatísticapropondo‐seumplanodecomunicaçãoajustado

àsrealidadesobservadas,assimcomoaimplementaçãodostandardGRI.

Capítulo VII – Conclusões. Serão retiradas as principais conclusões da

investigação. Serão, de igual modo, estabelecidos os respetivos limites e

consideraçõesfuturas.Deixar‐se‐ãoconclusõesfinais.

1.7. Metodologia

Neste estudo torna‐se necessário adotar procedimentos de investigação

assentes em critérios científicos demodo a que se possa caminhar ao encontro da

nossaproblemática.SegundoBell(2004,p.21)“asquestõesdeumapesquisasurgem

deumaanálisedosproblemasdequemapraticaemdeterminadasituação,tornando‐

seentãooseuobjetivoimediatoacompreensãodessesproblemas”.Conformerefere

Malhotra (2004), a pesquisa quantitativa tem comoobjetivo quantificar os dados e

generalizarosresultadosdaamostraparaapopulação‐alvo.Aamostraéconstituída

porumgrandenúmerode casos representativos, a recolhaé estruturada, a análise

dosdadoséestatísticaeosresultadosrecomendamumalinhadeaçãofinal.

Pretendemos, então, recorrer a uma análise quantitativa das perceções de

Qualidade de Vida da Amostra residente no concelho de Aveiro, de modo à

preparação da estrutura comunicacional que possa contribuir para a melhoria,

eventual,dessemesmopadrãopercebidodeQualidadedeVida,medianteainserção

de parâmetros comportamentais sustentáveis comunicados. Mais à frente

descodificaremosoprocesso.

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1.7.1. Inquérito por Questionário

Vamos recorrer a um inquérito por questionário online, alojado em

servidorgratuito,porestaserumaferramentadefácilaplicaçãologísticae,desdeque

bemtrabalhada,bastantefiável.SegundoafirmaMalhotra(2004,p.196)a“Interneté,

delonge,ométodomaisrápidodeobterdadosdeumamplonúmerodeentrevistados

(…) devido à velocidade com que se pode criar um questionário, distribuí‐lo aos

entrevistadoseteroretornodosdados”.Temosnoçãodequedevehaverumcuidado

especialnaformulaçãodasperguntas,poisnãoháapresençadoentrevistadorpara

eventuaisesclarecimentosdedúvidas.Tambémsãogarantidasàpartidaasnormais

regras de confidencialidade, anonimato e validação de modo a evitar e impedir

resposta duplicadas. Sucintamente a construção do survey passará, conformeHill e

O’Sullivan(2004,p.136)pelasseguintesfases:

1–Definiçãodosobjetivosdosurveyeasnecessidadesdeinformação(nesta

faseháumapesquisaexploratóriasimultânea);

2–Decisãoeconstruçãodaamostra;

3–Decisãodecomoimplementarosurvey;

4–Desenhodoquestionário;

5–Recolhadainformação;

6–Processamentodainformação;

7–Interpretaçãoerelatóriodoquesedescobriu.

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2. CAPÍTULO II – REVISÃO DE LITERATURA

Este trabalho, tal como referido anteriormente, visa uma abordagem ao

desenvolvimento sustentável de um ponto de vista contributivo por parte de uma

organização do Estado, concretamente um serviço inserido na administração local.

Talcomojátínhamosreferido,oconsumo,deumpontodevistadeatitudesencerra

emsimúltiplasfacetas,desdeasatisfaçãodasnecessidadesmaisprimáriaspassando

portodaumescalanemsemprefácildeanalisar.Háfenómenossubjetivosemúltiplas

dimensões, comportamentais, de desenvolvimento social, de ponto de vista de

diversasteorias,enfim,esteéumcamporelativamenteaoqualesperamosnãoperder

anossaobjetividade.

Estamos claramente a entrar em dois planos diferentes mas que se

interligam. Por um lado, o plano da vida humana naquilo que concerne ao seu

desenvolvimento e, por outro, a forte influência nos decisores políticos a quem

competeaimplementaçãodaspolíticas,ououtrasmedidascomimpactosdiretosna

vida dos cidadãos. Em Kail e Cavanaugh (2007) podemos ler que estudos, por

exemplo nos Estados Unidos, relacionados com os impactos negativos na saúde

decorrentes da utilização de chumbo nas tintas conduziram à sua proibição, ou a

polémicageradaacercadoestudodecélulasestaminaiseasuautilização,polémica,

essa,queenvolvedecisorespolíticos, cientistas, especialistasdeéticaeos cidadãos

em geral, conduzirá a soluções novas. Pretendemos com esta referência expor que

acreditamos que também poderão ser os trabalhos realizados dentro das

organizações com recurso a ferramentas académicas, envolvendo a comunidade, a

influenciarosdecisorespolíticos,oumesmooslegisladores,deumpontodevistados

enquadramentoslegaisdeatuaçãodosserviços.

Relativamenteàsnossasteoriasdeestudo,poiselassãobalizadorasnoque

respeita ao nosso entendimento das diversas temáticas a enquadrar. Ao nível da

gestão,pensamosqueaestruturaçãodeumserviçopúblicoverdadeiramenteatuante,

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só pode ser concebida tendo em conta um standard estratégico de gestão onde

poderíamos, afinal, enquadrar todo o conjunto de práticas quer internas, quer

externasdaorganização,raciocinandodeumpontodevistadestakeholdersvisando,

afinal,asboaspráticastendoemcontaoutrosdomíniosimplícitoscomosejamaÉtica

e a noção de Responsabilidade Social, no fundo, objetivando o desenvolvimento

sustentável.

Com efeito, a organização deve fazer referência emostrar as suas práticas

internas, de um modo transparente e permitindo a sua aferição legitimando e

credibilizando, deste modo, ações comunicacionais que venha a desenvolver na

comunidade. Implícita à noção de responsabilidade social está tríade de objetivos

económicos,sociaiseambientais,quesubjazemàbasedareflexãoemanadadoLivro

Verde da Comissão Europeia que pretendeu lançar um debate acerca da temática,

contribuindo para o desenvolvimento de um quadro europeu para a promoção do

conceito da Responsabilidade Social das Empresas (RSE), EU (2002). O livro

consagrava e legitimava um enquadramento político para as ações de diversas

empresaseuropeiasaoníveldaresponsabilidadesocialdasempresas,comobjetivos

definidosemtrêsgrandespilares,talcomoreferimos,oseconómicos,ossociaiseos

ambientais.

A perspetiva abordada encarava a decisão por parte das organizações

empresariais em, voluntariamente, contribuírem para uma sociedade mais justa e

para um ambiente mais limpo, manifestando‐se essa responsabilidade em duas

grandes dimensões. A interna, ao nível dos trabalhadores e que se prendia com

questõescomooinvestimentonocapitalhumano,nasaúde,nasegurançaenagestão

da mudança, enquanto as práticas ambientalmente responsáveis se relacionavam

essencialmente com a gestão dos recursos naturais explorados no processo

produtivo.Aoníveldadimensãoexterna,estariamtodoumconjuntodeoutrosatores

interessados como seriam os parceiros comerciais e fornecedores, clientes e

autoridadespúblicas,entreoutras.

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Podemos referir que uma organização socialmente responsável não deve

estarlimitada,somente,aocumprimentodasobrigaçõeslegais.Significa,deummodo

genérico,ummaiorinvestimentonocapitalhumano,porexemplo,comacriaçãode

redes sociais nas comunidades onde se inserem. De algum modo o que já é

implementadopelasautarquias.

Atualmente, perante uma perceção crescente generalizada de uma certa

desconstruçãodoqueeraentendidocomopilarestruturantedonossoestadosocial,

situaçãoqueocorreumpoucoportodaaEuropa,bemcomopelopressentimentoque

todos nós vamos tendo, relativamente umamudança estrutural à vista, faz todo o

sentido equacionar umamaior responsabilidade das empresas ao nível social. “Ao

mesmo tempo que o nosso mundo se torna mais complexo e interconectado, os

governosdemuitospaíses–sobospontosdevistaprático, filosóficoepolítico–se

eximemdealgumasdassuasresponsabilidadessociaisetradicionais”,SavitzeWeber

(2007).Apesardestaafirmaçãodosautoressedirecionaraumavisãoempresarial,

entendemosoportunaa referência jáqueelanão seextinguenaspossibilidadesde

atuação de um serviço público, dado que o mesmo funciona num formato de

proximidade às populações e com uma margem de liberdade de atuação bastante

grandedopontodevistadasorientaçõescentralizadorasdoEstadocentral.Deque

formapodemasorganizações tambémpúblicas (senãovisamo lucrovisamobem

comum)caminharaoencontrodemelhorespráticasemtermosderesponsabilidade

socialempresarial(RSE)?

2.1. Gestão e Responsabilidade Social

Oqueéaresponsabilidadesociale,afinal,paraqueserve?Asatividadesde

responsabilidadesocial, conforme Jonese Jonas (2011), sãodescritascomoaquelas

iniciativas das empresas que, estando para aléns dos seus próprios interesses,

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normaseregulaçõesobrigatórias,visamgerarecontribuirparaobemsocialcomum

sendo que, deste ponto de vista, constituem‐se como práticas que respondem às

expectativas dos stakeholders. As atuações das organizações devem minimizar os

impactosquepossamternacomunidade,porexemplo,ambientais,enquantocriam

efeitos positivos nos próprios colaboradores, clientes e fornecedores. Um ponto

essencialéarelaçãoentreresponsabilidadesocialesustentabilidade.

O reporte das atividades de RSE emerge nos anos 60, cujo momento

preponderante ocorre em 1987 materializado em relatório das Nações Unidas

intitulado“OurCommonFuture”equeficouconhecidocomooRelatórioBrundtland.

O sentido do relatório prendia‐se com o encorajamento do conceito

“desenvolvimentosustentável”,equilibrandoosassuntosambientaiseeconómicosde

modo socialmente benéfico. A filosofia sustentável contrapunha os benefícios

económicos imediatos com os efeitos a longo prazo nas futuras gerações, Jones e

Jonas(2011).

Sem surpresas e ainda segundo Jones e Jonas (2011) que fazem alusão ao

estudo, as atividades de responsabilidade social têm sido implementadas pelas

grandes corporações multinacionais e sendo devidamente reportadas por uma

grande maioria num total de 22 países. De salientar que o conceito é igualmente

válidoparaaspequenasemédiasempresas (PME)que,podendonãoreportar,não

deixam de praticar a RSE ao produzirem excelentes bens e serviços, sendo bons

empregadores (saúde e segurança no local de trabalho) e possuindo um bom

relacionamento com todos os outros stakeholders. Podem, também, tentar operar

numstandardsustentávelminimizandoousoderecursosnaturais.

Poder‐se‐áentão,verdadeiramente,colocaraquestãodoporquêdoreporte

do relatório. O relatório implica custos e, desse ponto de vista, importa perceber

quais as motivações que subjazem a essa preocupação, por parte de algumas

organizações,emreportar.

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A pesquisa académica, segundo os autores anteriores citados, aponta

diversas explicações: a alegação plausível nas vantagens para os negócios “fazendo

bem”, demonstrando o desejo de cumprir com todos os normativos que vão ao

encontrodasexpectativasdacomunidade.Arespostaàfocagemmediática.Agestão

dos relacionamentos com determinados grupos de stakeholders. A atração de

investimentoséticos.

Grande parte da pesquisa sobre RSE em termos de métricas interliga as

práticas à performance financeira, mas os resultados não são consistentes. Uma

revisão da pesquisa atual da temática demonstra que uma razão chave na falta de

exatidão na medição que capture, de facto, as atividades de RSE é, então, a

inconsistência. Importa balizar princípios comummente aceites em termos de

reporte,JoneseJonas(2011).

Aoníveldasatribuiçõesgerais,poisasautarquiaseacompetênciadosseus

órgãos estão associadas à satisfação das necessidades das comunidades locais

respeitando,nomeadamente,odesenvolvimentosocioeconómico,oordenamentodo

território, o abastecimento público, o saneamento básico, a saúde, a educação, a

cultura,oambienteeodesporto,DireçãoGeraldasAutarquiasLocais(DGAL)(s.d).

Amissãoformaldomunicípioaveirenserelevaparaofactode,emPortugal,

asautarquiaslocaisterem,desde1976,dignidadeconstitucionalnamedidaemquea

Constituição da República prevê, precisamente, que “ (…) são pessoas coletivas

territoriaisdotadasdeórgãosrepresentativos,quevisamaprossecuçãodeinteresses

próprios das populações respetivas”, Parlamento Português (s.d.). Feita a

caracterizaçãosucintadaCMA, importacontextualizaraexistênciasdosserviçosde

informaçãoautárquicosaoconsumidor.

SendoreferidonoArtigo1º,alínea1daLeinº24/96queincumbe,também,

àsautarquiasaproteçãodoconsumidorestaé,sucintamente,aprerrogativalegalque

justifica a existência destes serviços sendo que, basicamente, prestam uma

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informaçãorelacionadacomasmatériasestritasdosconflitosdeconsumo(relações

entre um consumidor enquanto utilizador particular de bens e ou serviços e um

vendedorprofissional)e,também,amediaçãonãoformalextrajudicialdoconflitode

consumo.

Resumindo, o CIAC está integrado estruturalmente e hierarquicamente na

Câmara Municipal de Aveiro, acolhendo os consumidores que o procuram

espontaneamenteouporindicaçãodediversasentidadescomosejamaDireçãoGeral

doConsumidor, ou as entidades reguladoras como sejamaAutoridadeNacional de

Comunicações, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, entre outras,

visando a resolução extrajudicial dos conflitos de consumo, ou a informação

especializadaemmatériadosseusinteressescomoconsumidores.

2.1.1. Mudança de paradigma do CIAC

Paralelamenteaofactode,naCMA,sensivelmentedesdeoanode2005,estar

adecorrerumaestratégiade implementação faseadadegestãodaqualidadecoma

certificaçãodosseusserviçosdeacordocomanormaISO9001:2008,nãodeixamos

de pensar que poderão ser levantadas algumas questões de pertinência ou

oportunidade temporal já que segundoRego, Cunha, Da Costa, Gonçalves e Cabral‐

Cardoso(2006),aqualidadefoiumimperativodenegóciosduranteosanos1980,em

grandemedidadevidoàsexigênciasdo consumidorporumamelhorqualidade, em

parte, pelo facto dos japoneses já possuírem elevados padrões ISO (International

Organization forStandardization).Nãoqueremoscomesteraciocíniodesvalorizaro

entendimentonormalizadodequalidademassim,afirmar,queomesmopodeestar

desatualizadodepersi,quandooutrasdinâmicasseoperamnasociedade, tal como

referimos, mediante contextos facilmente percetíveis. Quais os desafios e pressões

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quehojesãocolocadosàsempresasouàsorganizaçõesadministrativasdeterritório?

Oquesãoatuaçõessocialmenteresponsáveis?

“Ascertificaçõespermitemavaliaremquegrauasorganizaçõesfazemoque

dizemfazer”,Waddock(2004comocitadoemRego,etal.,2006).

Tendosidoesseoentendimentodoexecutivomunicipal,ouseja,odelevara

bomportoacertificação,oCIACdeAveiroadotouprocedimentosnormalizadosem

termos de gestão de qualidade. Atende, presta informação e medeia conflitos de

consumosegundoinstruçõesdetrabalhoestandardizadas.

2.1.2. Certificação de Qualidade

O standard ISO 9000 (International Organization for Standardization) tem

como core principal um ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act). Essas etapas são as

necessárias para estabelecer uma política de qualidade e objetivos de qualidade,

identificandoedocumentandoprocessose tarefas,determinandoresponsabilidades

de gestão na sua execução, analisando resultados e tomando ações para eliminar

deficiências e aplicarmelhoramentos, Rusjan eAlic (2010). Pode‐se afirmar, então,

queaISO9000contempladefiniçõeseterminologiaqueclarificam,posteriormente,a

ISO9001quecontémemsiaslinhascondutorasqueresultamnosrequerimentosde

certificação.Osbenefíciosparaumaorganizaçãocomfins lucrativosdecorrentesda

certificação em qualidade, de um ponto de vista dos clientes, representammelhor

satisfação (melhor qualidade de produtos e serviços), melhor posicionamento

competitivoeboasquotasdemercado,RusjaneAlic(2010).Numaorganizaçãosem

fins lucrativos, os pressupostos que implícitos à implementação da certificação em

qualidadevisam,essencialmente,asatisfaçãodosserviçosprestadosmediantealgum

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grau de certeza no controle interno dos standards de trabalho, versus objetivos a

atingirassentesnumafilosofiademelhoriacontínua.

Portanto,anormaISO9001/2008,reconheceosesforçodaorganizaçãoem

causa no sentido de assegurar a conformidade dos seus produtos e/ou serviços, a

satisfação dos clientes e, tal como referido, a melhoria contínua. A certificação do

sistema de gestão de qualidade possibilita, conforme se retira da Associação

PortuguesadeCertificação(APCER)(s.d.):

1) Satisfazer as expectativas dos clientes, assegurando não só a sua

fidelização mas também a competitividade e o desenvolvimento

sustentável;

2) Assegurar de um modo inequívoco e transparente que potencie uma

dinâmicademelhoriacontínua;

3) Proporcionarumamaiornotoriedadeeimagemperanteomercado;

4) Evidenciaraadoçãodasmaisatuaisferramentasdegestão;

5) Oacessoamercadoseclientescadavezmaisexigentes;

6) Confiança acrescida nos processos de conceção, planeamento, produção

doprodutoe/oufornecimentodoserviço.

Pese embora toda a evidência da preocupação com a qualidade do serviço

prestado,julgamos,importaperceberseaimplementaçãodaISO9001acrescentapor

sisóValorsuficienteemtermosdofuncionamentodosserviços,deumpontodevista

datomadadedecisãoestratégicaorganizacional,tendoemcontaosimpactossociais

desejáveisaoníveldodesenvolvimentosustentável.Subsistem,também,dúvidasna

eficáciadoprocessocomunicacionaldirecionadoaoexterior(clientes)dosresultados

obtidos. Resultados obtidos dos inquéritos de satisfação dos munícipes perante o

atendimentodosserviços,bemcomodoalcançardasmetasestabelecidasemtermos

demelhoriacontínua.Dequalquermodo,nãonosparecedifícildeespecularatéque

ponto o processo poderá constitui‐se como insuficiente perante os desafios que se

colocamàssociedadesatédeumpontodevistadetodososstakeholders.

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2.2. Sustentabilidade

A sustentabilidade, nas palavras de Golobovante (2010), interliga‐se numa

urgênciadeumnovoparadigmadaculturadasgrandesorganizações,sobumponto

devistacomunicacional.Masretrocedendoumpoucoimportairaosignificadoemsi.

O surgimento, a difusão emassificação do termo sustentabilidade junto da opinião

públicaedasempresasrepresentaumprocessorelativamenterecente.Realmenteas

discussões sobre desenvolvimento sustentável têmorigem em1987naAssembleia

Geral da Organização das Nações Unidas pela primeira ministra da Noruega e

presidente da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Gro

HarlemBrundtland. Incutiunaquelaalturaanoçãodedesenvolvimentosustentável,

como aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a

possibilidade das futuras gerações atenderem as suas próprias necessidades. A

sustentabilidade evocaria nas empresas uma espécie de ética de perpetuação da

humanidadeedavidaorepresentaria,semmargemparadúvida,umautilizaçãomais

responsáveldosrecursosambientais.

Durante o Fórum Económico Mundial que teve lugar no ano de 1999 o

secretário‐geraldaONU,KofiAnnan,desafiouoslíderesdasempresasaenquadrarem

odesenvolvimentosustentáveladotandoodesignadoPactoGlobal,subsistindoassim

as raízes da ideia de que as empresas eram protagonistas essenciais no

desenvolvimento social das nações e deveriam agir com responsabilidade nos

territóriosondeatuavam.

Substituir omodelo tradicional de gestão emarketingmix que remonta ao

ano de 1950 dos 4P’s (product, price, place e promotion) por um modelo mais

conveniente, o dos 3P’s (people, planet, profit), deve ser a filosofia de gestão dos

gestores de topo, embora sem por em causa a perspetiva demercado do primeiro

modelo,Golobovante(2010).

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Portanto, de um ponto de vista contemporâneo, a definição de

sustentabilidade como fator de importância para as organizações, prende‐se como

resultado das suas atividades, voluntárias ou reguladas por legislação, que

demonstremaviabilidadedenegócios(incluindoarespetivaviabilidadefinanceira)

sem impactar negativamente os sistemas sociais ou ecológicos, Smith e Scharicz

(2011,p.73‐4,comocitadoemSmith,2012).

Focando melhor a razão das práticas sustentáveis de um ponto de vista

comunicacional do CIAC importaria justificar eventuais razões éticas e estratégicas

relativamenteàpersecuçãodobemcomum.DimitroveDavey(2001comocitadoem

Smith,2012)apontamqueadriveprincipaldasorganizaçõesrelativamenteàadoção

depráticas sustentáveisprende‐seessencialmente com fatoresnão financeiros, tais

como a imagem, em detrimento de ganhos económicos. Sintetizando, o

desenvolvimento sustentável, tal como refere Munck e Souza (2011), constitui a

direçãofuturadoprogressohumano,medianteprocessosocorrentesaoníveldetrês

dimensõesprincipais,aeconómica,aecológicaeasocial.Quandoaeconomiasealiaà

ecologia,odesenvolvimentosustentáveléaceitecomoumobjetivoedefinido,talcom

referido,rumoaoprogressohumanopormeiodeumaabordagemintegrativa.

Por outro lado, quando as perspetivas ecológicas se somam às sociais, o

desenvolvimentosustentávelpassaaserassumidocomoumfenómenoprocessuale

entendidocomoumdiscursointegradordeconhecimentosfilosóficoseferramentas

demedição altamente eficazes, Lélé (1991 Fergus eRowney 2005 como citado em

MunckeSouza,2011).

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2.2.1. Reporte de Práticas Sustentáveis

ConformeTurner,VourvachiseWoodward(2006),ostermos“sustentável”e

“sustentabilidade”sãodoisexemplosdealgoque foibastanteclarorelativamenteà

performancedasempresasmas,alargadodetalmodo,quequaseperdeusignificado.

Originalmente utilizados na Rio Earth Summit de 1992 de modo à interligação ao

estadodasaúdedoPlaneta.

Atualmente estes termos são também utilizados ao nível individual

organizacional.Asimplicaçõesaestenívelsignificamqueautilizaçãodestestermos

representamumatentativadecompreensãoparaseperceberseaorganizaçãoainda

existirá num futuro próximo e se ainda conseguirá criar Valor para os respetivos

stakeholders. Emboradeste ponto de vista individual da organizaçãonão se exclua,

obviamente,aperformance,Turneretal.(2006).

Noquedizrespeitoaosgovernos,àsorganizaçõesgovernamentais,Horrigan

(2010, p. 131), refere que a relação entre RSC e governos deve ser desenhada,

praticadaeestudadaamúltiplosníveis.NoséculoXXIasevidênciasrelativamenteà

significânciaderelacionamentosglobaispodemserconstatadasnascimeirasdosG82

eG203deumpontodevistadeempenhodestetipodeorganizações.

Ao nível do envolvimento globalmulti‐stakeholder emmatéria deRSC, por

exemplo,ogovernoaustralianonoanode2008,implementouumaanáliseinternada

sustentabilidade das operações governamentais sendo que a grande drive desta

atuação foiadedemonstrar liderançanestaárea.Sendocertasascorrelaçõesentre

governançacorporativaquernosetorpúblico,quernosetorprivado,averificaçãoem

termos de accountatbility (prestação de contas a instâncias controladoras) das

2 Fórum de oito das onze economias mais poderosas mundiais 3 Grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia

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atividades reportadas em relatórios públicos, podem conduzir a que as entidades

governamentaissetornemmodelosaestenível,Horrigan(2010,p.164).

Focando agora na administração local, Potts (2004, p. 3, como citado em

Bellringer,BalleCraig,2011)referiaqueexaminandoosporquêsdosgovernoslocais

adotaremoreportedassuaspráticassustentáveiscomunicando‐aspublicamente,as

razõesprendiam‐secomaproximidadeàscomunidades locaisenoseupapelcomo

agentesnocaminhodasustentabilidade.

TambémBalleGrubnic(2007comocitadoemBellringer,BalleCraig,2011)

sublinham o papel chave das organizações do setor público (especialmente os

governos locais) no desenvolvimento sustentável. Destacam que o setor público

representa 40%da atividade económica internacional e que essamesma atividade

significa um conjunto de impactos ao nível ambiental, social e económico. Os

governos locais, especialmente, pela sua capacidade de relação de proximidade

relativamenteaodistanciamentodasgrandescorporações.

Concluindo, a importância do relatório de sustentabilidade, finaliza‐se este

item dando como exemplo o caso de estudo dos governos locais daNova Zelândia

onde, Bellringer, Ball e Craig (2011), examinam a riqueza de exemplo ao nível da

investigaçãopela abrangênciadecorrentedeobrigaçãodoLocalGovernmentAct de

2002,direcionadoàsadministrações locais,demodoaqueestasadotemprincípios

de desenvolvimento sustentável nas comunidades respetivas. As implicações de tal

atuaçãocontêmumprincípiofundamental,odecolocaruma“obrigação”naedilidade

local no entendimento de boas práticas. Ao nível do reporte, a Secção 14 doLocal

GovernmentActpressupõeeprevêaexistênciaperiódicaepúblicaderelatóriosdas

atuações.JáPotts(2004,p.3,comocitadoemBellringer,BalleCraig,2011)considera

queoreportepúblicodosprogressosemtermosdesustentabilidadedevemservistos

comodeessencialimportânciasocial.

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2.2.2. GRI - Global Reporting Iniciative

GRInasceuem1997quandoaredeCERES ‐MobilizingBusinessLeadership

foraSustainableWorld (investidores, companhias e grupos de interesse público) e

UNEP (ProgramaAmbiental dasNaçõesUnidas) encetaramumdiálogo ao nível de

diversasorganizaçõesinteressadasnodesenvolvimentodeumframeworkdereporte

globalmenteaplicávelaoníveldodesenvolvimentosustentável.

Assegurandoaparticipaçãoconsensualdomundoempresarial,dasociedade

civil,dosinvestidores,dotrabalho,dasuniversidades,dasentidadesverificadoras,o

GuiãoGRI,gozadeumacredibilidadeúnica,Schaltegger,BennetteBurritt(2006,p.

325).Tendosofridodiversasetapasevolutivasaoencontrodosprocessosdoreporte

sustentávelpode‐sesintetizarque,atualmente,GRIé“(…)umaorganizaçãosemfins

lucrativossedeadanaHolandaquetemprocuradodisponibilizarlinhasorientadoras

ematrizes de indicadores que permitem, a todas as organizações, estruturar o seu

relatosustentável,queremtermosdeconteúdo,queremtermosdeabrangência(…)

tem uma solução de relato que pode ser utilizada por qualquer organização,

independentemente da sua dimensão, estrutura, setor de atividade e localização”,

CarreiraePalma(2012).

Afigura‐senão essencial abordarohistórico evolutivo em termosde linhas

orientadorasGRIdeixando‐se,porémesegundoosautorescitadosanteriormente,a

referência à última atualização à data de 2011, do designado G3 em termos de

guidelines.ConformeseaprecianowebsiteoficialGRI,existemnestadata(junhode

2013)asguidelinesmaisatuaisdesignadasporG4disponibilizadasemlínguainglesa.

Para todos os efeitos práticos trabalha‐se uma proposta de implementação das

guidelinesG3porumaquestãodefacilitaçãodeutilizaçãodoguiãodisponibilizadoe,

obviamente, salvaguardando‐se a possibilidade em termos de sugestão para

trabalhosfuturos,dautilizaçãodasguidelinesG4.

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Dvorakova (2009 como citado em Carreira e Palma, 2012) defende que “a

visão que temos das empresas está a mudar de acordo com a adoção e

desenvolvimento da sustentabilidade. Uma empresa começa a ser entendida como

umaunidaderevestidadecarátereconómico,socialeambientaleconsequentemente

adivulgaçãodeinformaçõesaessestrêsníveiscomeçaaserimpreterível”.

Sherman (2012) expressa que as organizações lutam para contar as suas

histórias,paracomunicarobom–eporvezesomau–dassuasatuaçõesnomercado,

na comunidade, na sua relação com o ambiente e com a sociedade. Então, na sua

terceiraedição(G3)omodeloGRIcontém79 indicadoresdeperformance,entreos

quais50,consideradoscomonucleares.

Um dos aspetos mais importantes destes indicadores é o facto de alguns

seremquantitativos,comosejaopesototaldeemissõesdiretaseindiretasdegases

comefeitodeestufa,enquantooutrossãomaisqualitativosourelacionadoscomas

políticas,comosejamasimplicaçõesfinanceiraseoutrosriscoseoportunidadespara

a organização derivados das alterações climáticas. Também as iniciativas de

mitigaçãodosimpactosambientaisdosprodutosouserviços. Inclui‐se,também,um

reporte alargado dos direitos humanos e impactos na comunidade local, Sherman

(2012).

Relativamente ao uso generalizado de práticas de relatório, por exemplo

ambiental, ao nível das entidades locais (municipalidades) portuguesas era baixo,

Ribeiro e Aibar‐Guzman (2010), se bemque as atividades desenvolvidas não eram

consideradas na mesma data e pelos mesmos autores do estudo particularmente

poluentes. O estudo debruçou‐se empiricamente na influência de três variáveis, a

dimensão organizacional, a regulação do reporte e o grau de desenvolvimento das

práticas de gestão ambiental. Uma possível explicação para este baixo nível de

desenvolvimentodepráticasdereportedasentidadespúblicaslocais,residenofacto

dessas mesmas entidades ainda não terem enfrentado uma verdadeira pressão

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externa no sentido da melhoria da sua performance ambiental e respetiva

disponibilizaçãodedados.

SendoaAgenda21Local(A21L),umimportanteplanodeaçãoouprograma

localparaatingirasustentabilidade,teveasuagénesenaConferênciadoRioquefez

20 anos em 2012. Sendo a Europa uma das regiões do mundo onde a A21L está

melhor implementada,Portugal,emtermosdebalançoda implementaçãorealizado

em2009,indicava118municípiose21freguesiasquedeclaravamterumaA21Lem

curso.Dos resultadosposterioresverificou‐sequeapenasmetadedosprocessosde

âmbito municipal estão devidamente enquadrados com os princípios balizadores

técnicos (documentos orientadores da sustentabilidade). Muitos municípios

portugueses estão em incumprimento com os documentos que subscreveram e

algumasdezenasnãoencetaramqualquerprocesso.

Aoperíodode grande entusiasmo seguiu‐se, apreciandoos dados recentes,

umestancardafinalizaçãodosprocessosrespetivos.Desalientarqueomunicípiode

AveironãoconstacomoumdossubscritoresdaAgenda21L,pelomenosnaformade

informaçãodisponibilizadapelaInternet,Macedo,Pinto,MacedoeSilva(2012).Como

conclusões finas deste item salienta‐se que o termo “sustentabilidade” é muito

utilizadonacomunicaçãodomunicípioaveirensesendoamesmaterminologiausada

como pilar estruturante da recuperação de parte da cidade que bastante polémica

públicatemgerado,precisamente,pelaclaraineficiênciacomosechegaram,ounão,a

pontosdeconvergênciadesejáveiscomalgunsdosstakeholderslocais,aspopulações.

Por outro lado seria expectável que, perante a crise que vivemos atualmente e, ao

nível da iniciativa privada, houvesse um desinvestimento da RSC mas, esse

investimento, pode ajudar as empresas a diferenciarem os seus bens ou serviços

restabelecendoumarelaçãodeconfiançacomosseusstakeholders,Tomé(2009como

citadoemGiannarakiseTheotokas,2011).

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2.3. Comportamento Sustentável

Certoéquetodostomamosdecisõesnodia‐a‐dia peranteosproblemasque

se colocam às nossas vidas de modo a ultrapassá‐los. Utilizamos as nossas

experiências,osnossosvaloresecrenças,omaioroumenorconhecimentotécnico,a

nossahabilidade,aprópriafilosofia,apolítica.Algunsdenóssãomaisconservadores,

outrosmaisempreendedores.Tomamosdecisõeseessaquestãoéfundamental.Com

as nossas decisões impactamos o mundo que nos rodeia e essa correlação é

incontornável.

De um ponto de vista crítico já que, outra coisa não faria o nosso amigo

Daniel (personagemfictício),excetoseguirospassoshierarquizadosedevidamente

estipulados no modelo racional de tomada de decisão proposto por Solomon,

Bamossy,Askegaard,HoggeMargaretK.(2006),conformeseaprecianafigura2.

Figura 2 – Modelo Racional de Tomada de Decisão

Fonte: Adaptado de Solomon et al (2006)

Reconhecimento do Problema ‐ Daniel tem uma TV a preto e branco

Procura de Informação ‐ Daniel fala com os amigos

Avaliação de Alternativas ‐ na loja, Daniel, compara modelos e características

Escolha do produto ‐ Daniel escolheu a TV com as características certas

Resultados ‐ Daniel leva a TV e aprecia‐a

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Se em alguns casos os consumidores podem dar os passos referidos em

termosdetomadadedecisão,talprocessonãorepresentaumretratofieldemuitas

das nossas decisões de compra. Os consumidores, simplesmente, não obedecem

àqueleelaboradoprocessodetomadadedecisão.Seofizessem,todaasuavidaseria

ocupadanoreferidoprocessoerestandomuitopoucotempo,afinal,parausufruirdas

coisas.Averdadeéquemuitosdosnossocomportamentonãoparecemracionaisde

todo,aparentementenãoservindo lógicaalguma.Outroscomportamentossão tidos

semplaneamentonenhum.Osinvestigadoresnaatualidadeestãoaconcluirque,por

exemplo,oconsumidoravaliaoesforçonecessárioparatomardeterminadaopçãoem

particularagindoseguidamenteatravésdeumaestratégiademenoresforço,Solomon

etal.(2006).

Por outro lado, as pessoas não veem, por exemplo, o consumo direto de

energia, mas sim o consumo de serviços como comer, iluminar, tomar banho,

cozinhar, ver televisão, interação com o computador, etc. São estas interações que

fazem a necessidade de consumo de gás, eletricidade e água. Assim, em vez de se

tentar perceber porque é que as pessoas escolhem mais ou menos tecnologia

eficiente, deve‐se tentar perceber as transformações coletivas e convencionais que

criam a dinâmica da procura, ou seja, como é que as pessoas vivem as suas vidas,

Shove(s.d.comocitadoemJackson,2006).

Claramente, como refere Jackson (2006, p. 109), o comportamento do

consumidoréachavedoimpactoqueasociedadetemnoambiente.Asaçõesqueas

pessoastêmeasescolhasquefazem–oconsumodecertosprodutoseserviços,ouo

viverdedeterminadomodoemvezdeoutro–tudoimpactadiretaeindiretamenteo

ambiente, as vidas das outras pessoas, bem como o nosso próprio bem‐estar e o

coletivo.Destepontodevista,levanta‐seaquestãodesaberatéquepontoépossível

ou até desejável a intervenção dos governos nos estilos de vida, já que poderia

parecer sacrilégio do ponto de vista do desiderato da moderna sociedade liberal

assentenanoçãodo individualismoeda liberdadepessoal.Assim,a intervençãono

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complexo mix das preferências pessoais, das expectativas sociais, das normas

culturaisque,juntas,constituema“escolha”doconsumidoré,precisamente,oquea

novaagendaambientalesocialparao“consumosustentável”aparentaexigirdenós.

Parece‐nos que o que foi referido vai ao encontro do objetivo do presente

trabalho, a preparação comunicacional estratégica no sentido da melhoria da

qualidadedevidainfluenciandohábitosoucomportamentosdosconsumidores.Mas

vaimaislongedoqueoimportanteplanoambiental.Pretendeseguirumconjuntode

indicadoresmaisàfrenterevelados,particularmenteetambém,aoníveleconómicoe

social.Conformerefere,também,Jackson(2006,p.122),asevidênciassugeremque

as políticas jogam um papel importante e vital na modelação de contextos sociais

dentrodosquais vivemose agimos.Na figura3podemosapreciarumaabordagem

queenvolveumamudançagradualnasatitudesenoscomportamentos.

Figura 3 – Mudança de Atitudes e Comportamentos

Fonte: Adaptado de Defra (2005, p.26, como citado em Jackson, 2006)

Sistema de taxas

Despesas ‐ garantia

Esquemas de recompensa

Reconhecimento social

Pressões

Penalizações

Ações na comunidade

Foruns deliberativos

Campanhas nos media/fazedores de opinião

Uso redes

Remoção de barreiras

Prestação de informação

Facilitação

Promoção de alternativas viáveis

Educação e treino/competências

Liderança pelo exemplo

Consistência de políticas

Catalizador ‐ conjunto de fatores que possam quebrar hábitos e 

promover a mudança

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Relativamente ao modelo de mudança de atitudes e comportamentos, os

fatores de sistemas de taxas, despesas, esquemas de garantias e de recompensa,

reconhecimento social, pressões e penalizações, designam‐se como os de

encorajamento.Asaçõesnacomunidade,osfórunsdeliberativos,ascampanhasnos

media e o uso de redes, como sejam a Internet, denominam‐se os de encaixe. A

remoção de barreiras, a prestação de informação, a facilitação, a promoção de

alternativas viáveis, a educação e treino, constituem os fatores de permissão

(permitir). Emquarto lugar, a liderançapelo exemplo e a consistência de políticas,

designam‐se como fatores de exemplificação, Defra (2005, p.26, como citado em

Jackson,2006).

Estes fatores, alguns dos quais serão adaptados ao nosso processo

comunicacionalcatalisador/indutordealteraçõescomportamentaisnopúblico‐alvo,

dependerãodaanálisedosoutputsestatísticosquevisaramaaferiçãodasperceções

de qualidade de vida versus sustentabilidade abordados mais à frente no estudo

exploratório.

2.4. Qualidade de Vida

Importa iniciar comumabreve introdução relativamente aumadefinição

deQualidadedeVidajáqueoconceitoestá,regrageral,associadoaopontodevista

de análise. A Qualidade de Vida pressupõe perceções que resultam em conceitos

subjetivosmas que, de ummodo geral, têm a ver com um entendimento geral de

alegriaemviver.Paraosinvestigadores,oprocessodemediçãodeQualidadedeVida

passa por um sistema mais complexo. Poderíamos seguir pelo Índex de

Desenvolvimento Humano (medida comparativa entre países) mas, tal abordagem

afigura‐sedemasiadogenéricaepoucoprecisadadaasespecificidadeslocais.

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Defacto,peseemboraapopularidadedeutilização,oconceito,édemasiado

abrangenteebastanteinexato.DeacordocomPhillips(2006comocitadoemDimian

eBarbu,2012),“qualidadedevida”pressupõequeasnecessidadesbásicasesociais

estejamsatisfeitasequeaspopulaçõestenhamaautonomiaparaescolhereusufruir

da vida, alimentando e participando fortemente em termos de cidadania numa

sociedade integradorae articuladora.Tambéma conectividade social, a confiançae

outrasnormasincluindoajustiçaeaequidade,aspetosquefuncionemdeumponto

devistaglobalenumambientesustentável.

Talcomoreferido,oÍndexdeDesenvolvimentoHumano,OÍndicedeMelhor

vida (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), o Índice de

QualidadedeVidadaconsultoraMercereoÍndicedeFelicidade,sãobomexemploda

multitude de ferramentas que proliferam relativamente à medição de diversos

aspetosdaqualidadedevida,DimianeBarbu(2012).

Comoficoudescrito,oconceitoéabrangenteimportandoconsideraraspetos

objetivos e subjetivos na construção de indicadores. A este ponto chegaremos,

também,maisàfrenteatravésdaadaptaçãodeindicadoresdemediçãodacidadede

Auckland,NovaZelândia,adaptadosàcidadedeAveiro.

De um ponto de vista dos impactos de um serviço público como fator de

reforço da Qualidade de Vida já que, objetivamente, é disto que trata, também, o

presente trabalho, pois os mesmos contêm aspetos multidimensionais, a começar

pelaperceçãodeque sãoos serviçospúblicosqueabsorvema tributação respetiva

aos cidadãos e, como tal, obviamente, devem terumpapel importantena temática.

RelativamenteaoestudodesenvolvidoporDimianeBarbu(2012)umadasprincipais

conclusõesareter,éadequeaperceçãodefelicidadedaspessoasestáproximamente

relacionadacomaqualidadedealgunsserviçospúblicos,comosejamosdesaúdeeos

cuidadosparaosmaisidosose,esteaspeto,representaumareflexãoeumcaminhoa

seguirparaofuturodasmodernassociedades.

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Outra conclusão, assenta na necessidade de fortalecimento do

profissionalismonosserviçospúblicosemgeralenoreconhecimentodaimportância

dagestãoderecursoshumanos(comoumprocessointegrado)ecomoinputcríticoao

nível da qualidade dos serviços públicos. Este último ponto é significativamente

impactantenaqualidadedevidadiáriadoscidadãos.

Embora,especificamente,oestudomencionadonãofaçaalusãoaserviçosde

índoleinformativaemediadoraemmatériadeconflitosdeconsumo,comoéocaso

doCIAC,entendemoshaverlegitimidadelógicadeextrapolação.

2.5. Comunicação

SegundoMcQuail’s(2005comocitadoemWindahl,SignitzereOlson,2009)

há vários tipos de teorias do ponto de vista comunicacional, sendo que o

entendimentoparticularnestecasode “teoria” signifiqueumaclarificaçãoemcinco

grandescategorias:acategoriacientíficosocial,acultural,anormativa,aoperacional

eadesensocomum.

A teoria científico social é a mais usada no planeamento

comunicacional mais sofisticado e deriva diretamente do trabalho

desenvolvidoatravésdométodocientífico.

A teoria cultural provémde um contexto disciplinar em termos da

estética, da ética e da crítica social. É usada ao nível dos artefactos

culturais, como sejam o cinema, os programas de televisão e as

novelas.

A teoria normativa diz‐nos, baseada em valores e posições

ideológicas, de que forma a comunicação deve ser construída em

função de determinados casos. Por exemplo, dentro de uma

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organização, quem promova a comunicação, deve ter em conta o

estímuloparticipativodosdestinatários.

A teoria operacional é prática e normativa. Ela deve instruir o

planeamento comunicacional no sentido de alcançar determinado

objetivo. Por exemplo ao nível das redes de comunicações nas

organizações, cuja base pode assentar na observação prática dos

padrões diários e canais informais. Na mesma linha, uma teoria de

segmentaçãoacercadeestilosdevidaoriginadanapesquisaoriginada

pelasciênciassociais,podealertaroresponsávelpelacomunicaçãoa

ter em conta certas tendências dos leitores, de quem escuta, ou dos

espetadoresdemodoacriarmensagens.

Ateoriadosensocomumorigina‐senanossaprópriaexperiênciado

dia‐a‐dia,guiando‐nos,incluindonacomponenteprofissionaldavida.

Os responsáveis pela comunicação, mesmo aqueles que têm

necessidadedecomunicaroutputsderivadosdométodocientífico,não

escapamdesteplanonão‐formal.

Desviando‐nos de outras considerações em termos do que significam os

destinatários da mensagem, os grupos de destinatários, os grupos‐alvo, e as

populações‐alvo, preferimos por razões de simplificação abordar já, o que releva

pertinência.Aabordagemaoconceitodepopulação‐alvo.

Conforme referem Windahl, Signitzer e Olson (2009, p. 19), o início do

planeamento estratégico comunicacional raramente é o mais adequado. As

populações‐alvosãonormalmenteheterogéneassendodifícilpercebereatingirtoda

apopulação.Ocomunicador(aquinosentidoinstitucional)podeestarlimitadopela

legislação,porexemploaoníveldoquetodososcidadãosdevamescutaremtermos

deumaqualqueralteraçãopolítica.

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Outroaspetofundamentaléanoçãodeque“gruposdedestinatários”sejam

vistos como parte da população‐alvo. Aqui está a pertinência do que parece ser a

necessidadedaestratégiacomunicacionalquevaiserconstruídaequepretendeirao

encontro da qualidade de vida dos aveirenses incutindo nela as bases de

comportamentos sustentáveis. Como exemplo do que se afirma, a comunicação do

CIAC pode ser destinada a representantes de grupos que, posteriormente, a

comunicam aos restantesmembros. Se o CIAC se dirige teoricamente à Associação

ComercialdeAveiroquemmelhordoqueesta,parafazerchegaraosseusassociadas,

aslojas,oquesepretendeinformar.Deigualmodo,senosdirigimosaumaJuntade

Freguesia que, pela sua proximidade e experiência às populações seniores rurais,

quem melhor do que essa entidade para gerar eficácia em termos de “grupo de

destinatário”pertencenteàpopulação‐alvo.

Nafigura4visualiza‐segraficamenteomodelocomunicacional.

Figura 4 – Modelo Comunicacional

Fonte: Adaptado de McQuail’s (2005 como citado em Windahl et al., 2009)

Oplaneamentocomunicacional,então,serábaseadonaTeoriaOperacionaljá

que se vai pretender atingir determinado objetivo e sendo assente em dados de

pesquisadasCiênciasSociais,McQuail’s(2005comocitadoemWindahletal.,2009).

Teoria Operacional

Grupo Recetor

População ‐Alvo

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Favoravelmenteserádirigidoagruposrecetoresdemodoaqueosimpactospositivos

sefaçamsentirnaspopulações‐alvo.

Aindarelativamenteaoobjetivoquenorteiaopresenteestudo,retirava‐sejá

deRosen(1979comocitadoemGianniaseSfakianaki,2013)queodesenvolvimento

deumíndexdequalidadedevidaurbanabaseadanumaperceçãode“algoagradável”

variavadelocalurbanoparalocalurbano.Poroutrolado,jáotratadodeMaastricht

(1992) e o de Amesterdão (1997) colocavam como meta uma maior atenção em

termosdepolíticacentraleuropeia,nomeadamente,noaspetoambiental,tornandoo

desenvolvimento sustentável com um dos pilares primeiros dessa mesma política,

GianniaseSfakianaki(2013).

Pelo que foi descrito no estudo referido, afigura‐se definitivamente

sustentadaanoçãodeque só sepoderá contribuir comunicacionalmenteparauma

melhor qualidade de vida em determinado concelho, se se perceberem quais os

parâmetros que mais são valorizados pela respetiva população‐alvo, através da

construção e medição de um índex localizado, não perdendo de vista o objetivo

primeiro do contributo para o desenvolvimento sustentável, sendo que implícito a

esse contributo para o desenvolvimento deverão estar contidos os pilares da

sustentabilidade,oeconómicooambientaleosocial.

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3. CAPÍTULO III - METODOLOGIA

3.1. Paradigmas e Teorias de Estudo

Inicia‐se esta fase do trabalho direcionando a atenção para a noção de

paradigma que, tal como é referido por Kuhn (1987 como citado em Serva e

Alperstedt,2010),apontaparaaconceçãodeumapremissafundamentalpartilhada

pelosinvestigadoressendo,então,umadeterminadavisãodomundoqueasseguraas

suasabordagensdeinvestigaçãocientífica.

TambémMorin(1982,p.78,comocitadoemServae Alperstedt,2010)refere

que “o conhecimento deve tentar negociar com a incerteza (...) o trabalho com a

incertezaperturbamuitosespíritos,masexaltaoutros(...)otrabalhocomaincerteza

incitaopensamentocomplexo(...)”.

Importa referirqueaabordagemque faremosvisaoestadomaisatualdas

teoriasquenospropomosabordarmascomalgumgraudeincerteza.Essaincerteza

conduz o pensamentomais complexomediante a utilização da experiência pessoal

conduzindo ao foco do trabalho, a construção de um modelo comunicacional

percebidopelorecetorcomo“qualidadedevida”assenteeconstruídonospilaresda

sustentabilidade, visando em última instância, a modificação de atitudes e

comportamentos.

Torna‐se importante refletir na noção de conhecimento como o núcleo de

conjuntosdecrençasverdadeirasejustificadasàluzdosconhecimentosatuaisquese

separam das outras crenças, as marcadamente subjetivas. Entendemos e porque

importa,então, clarificaroparadigmade investigaçãoequesecaracterizaporuma

abordagemepistemológica.

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Epistemologia, tal como é definida por Moraes, Rosito, Harres, Galiazzi,

Ramos e Borges (2008, p. 16), como “teoria da ciência, ou seja, é a busca de um

conhecimentosobreoconhecimentocientífico,comoeleacontece,qualoseuvalore

quaisosseusfundamentoslógicos”.Segundoosmesmosautores,importadistinguir

duas vertentes epistemológicas, a primeira, como reveladora do processo do

conhecimento centrada no sujeito que conhece e no objeto que é conhecido e a

segunda,comoformadecríticainternadeumaciênciacomvistaaoseuprogressoe

evolução.

Opresenteestudoenquadra‐senesteprimeiroposicionamento,designemo‐

lo assim, ou seja, centramo‐nos em nós próprios e no objeto que pretendemos

conhecer,maisparticularmentequepretendemosconstruir.Paraoconstruirrevela‐

seessencialconhecer.Nafigura5estárepresentadaaestruturaçãodeabordagem.

Figura 5 – Estruturação da Abordagem

Fonte: Elaboração própria

• EpistemológicoParadigma

• Desenvolvimento sustentávelDomínio

•Gestão e Responsabilidade Social

•Sustentabilidade

•Comportamento Sustentável

•Qualidade de Vida

•Comunicação

Teorias

• GestãoFoco

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3.2. Objetivos e Questões de Investigação

Foi referido que poderíamos considerar como a pergunta de partida, a

tentativa de resposta ao modo como poderia um serviço público comunicar e

contribuirparaodesenvolvimentosustentável,ajudandoamodelareventuaishábitos

deconsumonapopulaçãoalvo,medianteassociaçõespositivaspelaperceçãoacurto

prazodamelhoriadaqualidadedevida.

Háaconsciênciadeque,porexemplo,paraVermaeBeard(1981comocitado

emBell,2004)muitosprojetosdepesquisacomeçamcomoestabelecimentodeuma

hipótese de partida, sendo esta uma preposição hipotética que será sujeita a uma

verificaçãoaolongodainvestigaçãosubsequente.Emvezdehipóteses,passaremosa

apelidá‐las de questões de investigação, dada a natureza do presente trabalho. Em

muitos casos, para os mesmos autores, as hipóteses são palpites do investigador

acerca da existência de relações entre variáveis. Neste momento a pergunta de

partidaafigura‐semuitomais comoograndeobjetivoassentenopalpitedequehá

alguma forma de perceção nos aveirenses relativamente à sua qualidade de vida e

queessamesmaperceção/perceçõesseligamaosconceitosgeraisdodia‐a‐dia,outal

comosereferiuanteriormente,aumanoçãogeneralizadadefelicidade.

Paraarespostaàsnossasquestões, foielaboradoquestionárioadaptadode

QualityofLifeSurveyAuckland,bigcities.govt.nz.(2010).

A qualidade de vida é muitas vezes medida, então, utilizando indicadores

subjetivoseobjetivos.Ossubjetivosresultamdaanálisedesurveysàsperceçõesdos

residentesdedeterminadazona,comoobjetivodeanalisarasatisfaçãodasuavida

urbana. Os indicadores subjetivos são muitas vezes preferíveis para aspetos de

políticaeplaneamento,Lee(2008comocitadoemTesfazghi,MartinezeVerplanke,

2010). Os indicadores objetivos estão relacionados com factos observáveis em

informação secundária, como sejam a densidade populacional, a taxa de

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criminalidade, o nível educacional, as características dos agregados familiares,

Apparicio, Seguin e Daniel (2008 como citado em Tesfazghi et al., 2010). Porém,

conforme referido por Foo (2000 como citado em Tesfazghi et al., 2010), os

indicadores objetivos, de per si, nem sempre expressam a verdadeira qualidade de

vidajáqueessesindicadorespossuemumaformademediçãomuitoexata,masbaixa

validaçãonaligaçãoaobem‐estarhumano.Umfactomuitoimportanteéanoçãode

que a “qualidade” dificilmente pode ser medida por condições objetivas, sendo

essencial tercomcontacondiçõessubjetivas.Estaconstataçãoseráessencialparaa

construçãodosurveyeposteriortratamentoestatístico.

3.2.1. Questões de Investigação (Hipóteses)

Serãoestasasquestõesavalidareapartirdasquais,também,seelaboraráa

propostapráticadopresentetrabalho:

Q1:Osaveirensespossuembonsíndicesqualidadedevida?

H01:Osaveirensesafirmampossuirbonsíndicesdequalidadedevida.

H02:Osaveirensesafirmamnãopossuirbonsíndicesdequalidadedevida.

Q2:Hápreocupaçãocomasustentabilidade?

H01:Osaveirensespreocupam‐secomasustentabilidade.

H02:Osaveirensesnãosepreocupamcomasustentabilidade.

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Q3:Osaveirensesvisualizamopoderlocalcomotransparentenassuas

práticasdesustentabilidade?

H01: Os aveirenses visualizam o poder local como transparente nas suas

práticasdesustentabilidade.

H02:Osaveirensesnãovisualizamopoderlocalcomotransparentenassuas

práticasdesustentabilidade.

Q4: Os aveirenses validam a ideia de emissão de Relatórios de

SustentabilidadeporpartedaAutarquia?

H01: Os aveirenses validam a ideia de emissão de Relatórios de

SustentabilidadeporpartedaAutarquia.

H02: Os aveirenses não validam a ideia de emissão de Relatórios de

SustentabilidadeporpartedaAutarquia.

Q5:OCIACéentendidocomoumparceirodeeventualcontributoparaa

qualidadedevida?

H01:Os aveirenses entendemqueoCIACpode serumparceiropara a sua

qualidadedevida.

H02:OsaveirensesnãoentendemqueoCIACpossaserumparceiroparaa

suaqualidadedevida.

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3.3. Pesquisa Exploratória

Peseemboraofactodoentendimentodepesquisaexploratória,talcomose

depreendedeHair Jr.,Babin,MoneyeSamouel (2003,p.84), seja “particularmente

útilquandooresponsávelpelasdecisõesdispõedemuitopoucasinformações”eesta

afirmaçãodeumpontodevistadadescobertaeinovaçãotécnicas,tambémnãoserá

menoscertodeque“quandobemconduzida,apesquisaexploratóriaabreumajanela

paraasperceções,comportamentosenecessidadesdoconsumidor”.

Sendocertoquenoatualtrabalhonosposicionamosnumainvestigaçãocom

algum grau de previsão em termos de pertinência e experiência de terreno da

temáticaabordadaesobrepomosessegraudecertezaaoquereferem,também,Hair

Jr.etal.(2003,p.212),ondeo“pesquisadordeveterclarezaquantoaoqueestásendo

estudadoeoqueseesperadoestudo.Issosignificaqueoproblemadapesquisadeve

ser claramente definido, os objetivos do trabalho devem ser esclarecidos e as

questõesdepesquisadevemserdeconsenso”.

Relativamente ao inquérito por questionário, deve este ser executado,

quando reunidas as condições referidas. Foi combaseemmetodologiaquantitativa

quefoiestruturadootrabalhodecampo.

3.3.1. Metodologia e Tipo de Pesquisa

Tal comoreferido teve‐se comoopçãouma investigaçãoquantitativae,por

facilitaçãologística,tambémseoptouporcolocarumsurveynaInternet.EmMalhotra

(2004,p.196)pode‐seconcluirquea“Interneté,delonge,ométodomaisrápidode

obterdadosdeumamplonúmerodeentrevistados(…)devidoàvelocidadecomque

se pode criar um questionário, distribuí‐lo aos entrevistados e ter o retorno dos

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dados”.Salvaguarda‐seanoçãodequedevehaverumcuidadoespecialnaformulação

das perguntas, pois não há a presença do entrevistador para eventuais

esclarecimentosdedúvidas.Tambémforamgarantidas,àpartida,asnormaisregras

de confidencialidade, anonimato e validação de modo a evitar e impedir resposta

duplicadas.

3.4. Amostra e Procedimento Amostral

Dopontodevistadaformalidadeacadémicadeinvestigaçãopois,conforme

se aprecia emQuivy e Campenhould (2005, p. 157), “não basta saber que tipos de

dadosdeverãoserrecolhidos.Étambémprecisocircunscreverocampodasanálises

empíricasnoespaço,geográficoesocial,enotempo”.APopulaçãodoestudojunta‐se

ànoçãode “CampodeAplicação”e, tal comoreferidoanteriormentedelimita‐seno

concelhodeAveiro,àdata,constituídoaindapelas14freguesiasrespetivas.

Relativamenteàescolhadatécnicadeamostragem,segundoMalhotra(2004,

p.325),“astécnicasdeamostragempodemsergenericamenteclassificadascomonão

probabilísticas e probabilísticas. A amostragem não probabilística confia no

julgamento pessoal do pesquisador. O pesquisador pode, arbitrária ou

conscientemente, decidir os elementos a serem incluídos na amostra (…) na

amostragem probabilística, as unidades amostrais são escolhidas por acaso. É

possível pré especificar cada amostra potencial de determinado tamanhoquepode

serextraídadapopulação,assimcomoaprobabilidadedeselecionarcadaamostra”.O

presente trabalho aprecia uma amostra não probabilística e não aleatória.

TambémsegundoBacelar(1999),aocontráriodastécnicasaleatóriasastécnicasnão

aleatórias, não têm "garantia estatística" de que a amostra selecionada seja

representativa,maspoderáhaveruma forteprobabilidadedequeo seja.Poroutro

lado,aamostraédeconveniência jáqueconsistenumgrupodeindivíduosquese

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encontram disponíveis no momento da investigação. Estas amostras não são

representativas da população. Apesar da vulnerabilidade científica, este tipo de

amostragempodeserusadacomêxitoemsituaçõesnasquaiscaptarideiasgeraise

identificaraspetoscríticospodesermaisimportantedoqueaobjetividadecientífica,

Vicente,ReiseFerrão(1996).

3.5. Técnica de Análise de Dados

Apósarecolhadosdadosdosurvey,poisestesporsisónãotêmsignificado,

terãoque seralvode tratamento.Tal comosedepreendedeQuivyeCampenhould

(2005), então, os dados só serão úteis após tratamento quantitativo que permita

comparar as respostas globais de diferentes categorias sociais e analisar as

correlaçõesentrevariáveis.Tambémnosmesmosautoresseapreciaqueaestatística

descritivaeaexpressãográficadosdadossãomuitomaisdoquesimplesmétodosde

exposição de resultados e que esta apresentação não pode substituir a reflexão

teórica.Aestatística,portanto,auxiliar‐nos‐áaverificarafrequênciadosfenómenose

da suadistribuição.As pesquisas quantitativas também têm comoprincipalmeta a

descrição das características de determinada população ou de um fenómeno, ou

mesmooestabelecimentoderelaçõesentrevariáveisedadosprimários.

Assim,relativamenteaosdadosquesevãorecolhernosurveyonlineatravés

de folha Excel, os mesmos serão tratados estatisticamente no SPHINX (Survey and

StatisticsSoftware).

Relativamenteàsvariáveis,pretende‐severificarparâmetroscomoamédia

(centrodeumconjuntodedados,pontodeequilíbrio)edesviopadrão(medidade

variaçãodeumgrupodedados).Saliente‐setodaaanálisecruzadadevariáveistida

comoconveniente.

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4. CAPÍTULO IV - TRABALHO DE CAMPO

4.1. Elaboração do Questionário

Indoaoencontrodoquesehaviajáreferidoanteriormente,aelaboraçãodo

inquérito por questionário obedeceu aos passos estipulados em Hill e O’Sullivan

(2004,p.136):

1–Definiram‐seosobjetivosconstruindo‐seuminquéritoporquestionário

(anexo1),quepermitisseavaliaraproveniênciasociodemográficadosrespondentes

circunscritos ao concelho de Aveiro, bem como a aferição de perceções relativas a

QualidadedeVidaeSustentabilidade.

2–AdecisãoAmostralrevelou‐sedeconveniênciapelanoçãoclaradequeas

respostasdependiamprecisamentedaspessoasdisponíveispararespondernajanela

temporalqueécomumnestetipodeformatoonline.Constitui,também,umaamostra

nãoprobabilísticaenãoaleatória.

3 – A decisão de implementação do inquérito por questionário (survey)

resultou na utilização da ferramenta gratuita disponibilizada em qualtrics.com,

propagação emmassa através de bases de dados de correio eletrónico pessoais e,

também,compedidosdeparticipaçãonasredessociais,particularmentenoFacebook.

Adecisão relativa aqualtrics.com,prendeu‐se coma limpezaeprofissionalismodo

layout,bemcomoadisponibilizaçãovariadadeexportaçãodeoutputs.

4–Odesenhodoquestionárioteveemcontaumaadaptaçãodosindicadores

dacidadedeAuckland,NovaZelândia,compostopor68grandesindicadores‐chavee

186 medições individuais, ao longo de 11 áreas predominantes. Sucintamente,

medem perceções de saúde e bem‐estar, sobre a comunidade, crime e segurança,

educação e trabalho, ambiente, cultura e questões étnicas. A elaboração do

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questionário partiu da comparação e adaptação pertinente adaptada à nossa

realidade,constituindotalatuação,umafacilitaçãotécnica.Oquejáestáfeito,ebem

feito,deveserusadopeloinvestigador.

As fases posteriores, a sexta (processamento da informação) ainda foi

precedidadeum testeprévio abordadono item4.1.1.A sétima fase (Interpretação

dosdados)decorreapartirdocapítuloV,naanáliseediscussãodosdados.

4.1.1. Teste Prévio do Questionário

Em5e6defevereirode2012decorreuotestepréviocomacolocaçãoonline

dosurveytendo‐seobtido6respostasqueoriginaramalteraçõesaomododeefetuar

algumasperguntas.Asalteraçõesforamentãotestadascomsucessoa6defevereiro

de2012 tendo‐severificado5 respostasvalidadas.Na figura6)aprecia‐separtedo

aspetográficodosurveytalcomovisualizadopelosrespondentes.

Figura 6 – Aspeto Gráfico do Survey

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4.2. Questionário Final e Recolha de Dados

O questionário final (anexo 1) realizado resultou, tal como referido, das

alterações do teste prévio e foi preparado previamente no Sphinx Léxica ‐ V5 de

modoa tornarcoerenteaposterior importaçãodedadosdoMicrosoftExcel.Esteve

onlinenosmesesdefevereiro,marçoeabrilde2012.

Ficou divido em três partes distintas coincidentes com páginas, também

distintas,dosurveyonline.Osdadossociodemográficos,osdequalidadedevidaeos

dados de sustentabilidade. Usaram‐se predominantemente escalas de Likert na

construçãodasrespostas.

O tratamento estatístico foi preparado, então, no Sphinx Léxica ‐ V5 e a

análise e discussão de dados é abordada no capítulo seguinte. Verificaram‐se 360

entradasderespostas.

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5. CAPÍTULO V - ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

5.1. Perfil da Amostra

Gráfico 1 - Género do Entrevistado

Verificou‐se, relativamente ao género, uma predominância de respostas do

género feminino representando 56,7% dos respondentes. O género masculino

representou43,3%derespostas.

Gráfico 2 - Idade

Ogrupoetárioentreos30eos40anosdeidadepredominoucom44,4%de

respostasseguindo‐seogrupoentreos41eos55anos,com37,8%dasrespostas.A

faixaetáriaentreos19eos29anosobteve10,6%dasrespostas.

Género do entrevistado

Masculino 156 43,3%

Feminino 204 56,7%

Total 360 100,0%

43,3%

56,7%

Idade? (selecione na caixa a opção correta)

Menos de 18 anos de idade 0 0,0%

De 19 a 29 anos de idade 38 10,6%

De 30 a 40 anos de idade 160 44,4%

De 41 a 55 anos de idade 136 37,8%

De 56 a 70 anos de idade 24 6,7%

Mais de 70 anos de idade 2 0,6%

Total 360 100,0%

0,0%

10,6%

44,4%

37,8%

6,7%

0,6%

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Gráfico 3 – Freguesia de Residência

As freguesias urbanas são as que obtêm mais respostas com Vera Cruz a

obter23,3%dosresultados,Esgueiracom19,4%eGlóriacom18,3%.

Gráfico 4 – Tempo de Residência

Amaioriadosrespondentes(90%)residehámaisde10anosemAveiro.

Freguesia de residência? (selecione na caixa a opçãocorreta)

Aradas 40 11,1%

Cacia 16 4,4%

Eirol 2 0,6%

Eixo 8 2,2%

Esgueira 70 19,4%

Glória 66 18,3%

Nariz 0 0,0%

Nossa Senhora de Fátima 10 2,8%

Oliveirinha 6 1,7%

Requeixo 2 0,6%

São Bernardo 26 7,2%

São Jacinto 6 1,7%

Santa Joana 24 6,7%

Vera Cruz 84 23,3%

Total 360 100,0%

11,1%

4,4%

0,6%

2,2%

19,4%

18,3%

0,0%

2,8%

1,7%

0,6%

7,2%

1,7%

6,7%

23,3%

Há quanto tempo reside em Aveiro? (selecione na caixa aopção correta)

Média = 4,82 'Mais de 10 anos' Desvio-padrão = 0,62

Menos de 1 ano 4 1,1%

De 1 a 2 anos 2 0,6%

De 2 a 5 anos 12 3,3%

De 5 a 10 anos 18 5,0%

Mais de 10 anos 324 90,0%

Total 360 100,0%

1,1%

0,6%

3,3%

5,0%

90,0%

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Gráfico 5 – Freguesia de Atividade

Relativamente à freguesia de atividade, 38,9% dos respondentes

desenvolvemassuasatividadesnaGlória,26,7%naVeraCruze14,4%emEsgueira.

Gráfico 6 – Habilitações Literárias

Noquetocaàshabilitaçõesliterárias,64,4%daamostrasitua‐seaonívelda

formaçãosuperior.Aformaçãoaoníveldosecundáriorepresenta33,9%.

Em que freguesia trabalha, estuda, ou tem outra atividade? (selecione nacaixa a opção correta)

Aradas 4 1,1%

Cacia 10 2,8%

Eirol 0 0,0%

Eixo 2 0,6%

Esgueira 52 14,4%

Glória 140 38,9%

Nariz 2 0,6%

Nossa Senhora de Fátima 2 0,6%

Oliveirinha 0 0,0%

Requeixo 0 0,0%

São Bernardo 6 1,7%

São Jacinto 0 0,0%

Santa Joana 6 1,7%

Vera Cruz 96 26,7%

Fora do Concelho de Aveiro 40 11,1%

Total 360 100,0%

1,1%

2,8%

0,0%

0,6%

14,4%

38,9%

0,6%

0,6%

0,0%

0,0%

1,7%

0,0%

1,7%

26,7%

11,1%

Habilitações literárias?

Básico 6 1,7%

Secundário 122 33,9%

Ensino Superior 232 64,4%

Total 360 100,0%

1,7%

33,9%

64,4%

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5.2. Análise de dados relativos a Qualidade de Vida

Gráfico 7 – Tenho uma boa Qualidade de Vida

Da amostra, 66% percecionam claramente a sua vida com qualidade.

Somados os neutros, os que discordam e os que discordam absolutamente, há

indicaçãodeque34%daamostrapercecionaasuavidacompoucaqualidade.Esta

pergunta é inicial e subjetiva. O valor médio (3,64) é superior ao teórico (3,35),

conformesepoderáapreciarnográfico8.

Tenho uma boa Qualidade de Vida

Média = 3,64 Desvio-padrão = 0,81

Discordar totalmente 6 1,7%

Discordar 26 7,2%

Nem concordar nem discordar 92 25,6%

Concordar 204 56,7%

Concordar totalmente 32 8,9%

Total 360 100,0%

1,7%

7,2%

25,6%

56,7%

8,9%

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Seguidamente(gráfico8)analisam‐seosindicadoresindividualmentedeum

pontodevistadevalormédioevalorteórico(3,35).Osvaloresemazuleemrosasão

aquelesemqueovalorésuperioreinferioraovalorteórico,respetivamente.

Gráfico 8 - Indicadores de Qualidade de Vida: Valor e Valor Teórico

ParamediçãodotemaQualidadedeVidacriaram‐seindicadoresdemedição.

Aperceçãodeseterumaboaqualidadedevida(emgeral).Aimportânciadonúcleo

familiar (família tradicional ou não). A estabilidade financeira. A existência de

equipamentos de saúde de proximidade. A importância crescente do trabalho

(profissão)comoessencialàqualidadedevida.Oambienteemgeraleodacidadeem

particular como fator fortemente influenciador da qualidade de vida. O grande

númerodeamigos comoelementodemelhoriadaqualidadedevida.As atividades

Qualidade de Vida

Média Desvio-padrão

Tenho uma boa Qualidade de Vida 3,64 0,81

O meu núcleo familiar 4,38 0,90

A estabilidade financeira 4,34 0,78

Ter equipamentos de saúde de proximidad 4,46 0,64

O trabalho/profissão é cada vez mais es 4,36 0,77

O Ambiente em geral e o da minha cidade 4,29 0,67

Ter muitos amigos melhora a minha Quali 3,48 1,04

Valorizo as atividades desportivas e de 3,92 0,79

Ter um hobby não é essencial para uma b 2,48 1,02

Possuir habitação própria é ter Qualida 3,24 1,10

Andar sempre bem informado das novidade 2,86 1,06

As pessoas com baixos índices académico 1,99 1,04

A minha Qualidade de Vida aumenta se vi 3,33 0,98

O Voluntariado e as Hortas Comunitárias 2,72 1,08

Normalmente sinto-me bem com a vida 3,82 0,65

A Qualidade de Vida dos cidadãos também 2,16 1,04

A espiritualidade é algo pouco relevant 2,56 1,00

A alimentação já foi mais importante do 2,23 1,12

Total 3,35 1,25

3,64

4,38

4,34

4,46

4,36

4,29

3,48

3,92

2,48

3,24

2,86

1,99

3,33

2,72

3,82

2,16

2,56

2,23

3,35

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67

desportivasedearlivrecomoessenciaisdaqualidadedevida.Oterumhobbycomo

essencial para uma boa qualidade de vida. O possuir de habitação própria como

sinónimodequalidadedevida.Oandarbem informadodasnovidades tecnológicas

como contributo para a qualidade de vida. Uma noção de que baixos índices

académicosseriamsinónimodemaiorfelicidadepelamenorperceçãodarealidade.A

visualizaçãodeautoridadespoliciaisnas ruascomosinónimodequalidadedevida.

Também o voluntariado e as hortas comunitárias como pouco benéficas para a

economiadofuturo.Umaperguntagenéricarelacionadacomumsentimentopositivo

para com a vida. Uma associação à posse de bons automóveis como medição da

qualidadedevida.Umaeventualreduzidarelevânciadaespiritualidade.Umamenor

importânciadaalimentação,nosdiasquecorrem,relativamentea fenómenoscomo

sejam a necessidade de se ter Internet, foram os indicadores demedição do tema

QualidadedeVida.

Opta‐se por dar destaque aos valores que mais se evidenciam do valor

teóricojáquesãoessesosquerepresentamamaiorvalorizaçãodequalidadedevida

porpartedos respondentes.Salvaguarda‐sequealgunsmarcadosa rosadevemser

apreciados inversamentepoisapergunta foicolocadananegativa.Osquadrosmais

pertinentes, pergunta a pergunta, também se disponibilizam e todos os outputs

podemserencontradosnoAnexo2.

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Gráfico 9 - Indicador Proximidade de Equipamentos de Saúde

Aproximidadedeequipamentosdesaúdeéoindicadormaisvalorizadocom

92,7%devalidações.Ofuturodocontextosocialemquevivemos,necessariamente

comareduçãodeequipamentosdeproximidade,oureconversãoestratégicadarede

desaúdenacional,representaumacrescentenão‐proximidadeesimanecessidadede

uma atitude mais preventiva de modo a eliminar esta necessidade de segurança

percebida pela proximidade. Por outro lado, sabendo nós que o fenómeno

demográfico aponta para um crescendo de população envelhecida, esta perceção

afigura‐semuitopertinente.

Algoateremcontaaonaconstruçãodaestratégiadecomunicação.

Ter equipamentos de saúde de proximidade é cada vez maisimportante

Média = 4,46 Desvio-padrão = 0,64

Discordar totalmente 0 0,0%

Discordar 2 0,6%

Nem concordar nem discordar 24 6,7%

Concordar 142 39,4%

Concordar totalmente 192 53,3%

Total 360 100,0%

0,0%

0,6%

6,7%

39,4%

53,3%

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69

Gráfico 10 - Indicador de Importância Núcleo Familiar

Datotalidadederespondentes,83,9%valorizaaimportânciadafamília,seja

qual seja o tipo de família. Este resultado valida as tradições do país ao nível no

suportenafamíliacomoperceçãodequalidadedevida.

Gráfico 11 - Indicador Importância Crescente Trabalho/Profissão

Da amostra, 87,8% indicam o trabalho/profissão como cada vez mais

essencial. Perante esta perceção, não será fácil incutir uma noção de crescente

precariedade e polivalência nas tendências atuais. Comunicar este ponto do pilar

socialapresentandoalternativaséumdesafiodopontodevistadaeventualevidência

de não‐crescimento económico e prevalência nas atividades de cariz comunitário,

pressupondoumcontributono“menosserpeloter”.

O meu núcleo familiar (tipo de família tradicional ou não) éimportante

Média = 4,38 Desvio-padrão = 0,90

Discordar totalmente 0 0,0%

Discordar 22 6,1%

Nem concordar nem discordar 36 10,0%

Concordar 84 23,3%

Concordar totalmente 218 60,6%

Total 360 100,0%

0,0%

6,1%

10,0%

23,3%

60,6%

O trabalho/profissão é cada vez mais essencial à minhaQualidade de Vida

Média = 4,36 Desvio-padrão = 0,77

Discordar totalmente 0 0,0%

Discordar 10 2,8%

Nem concordar nem discordar 34 9,4%

Concordar 132 36,7%

Concordar totalmente 184 51,1%

Total 360 100,0%

0,0%

2,8%

9,4%

36,7%

51,1%

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70

Gráfico 12 - Indicador de Perceção de Estabilidade Crescente Financeira

Também aqui, 87,8% da amostra valoriza uma crescente estabilidade

financeiracomosinónimodequalidadedevida.Estacontradiçãorefletea incerteza

dotempoquevivemosetambémdeumpontodevistadequeasociedadeportuguesa

sempre teve, tradicionalmente, uma cultura de aversão ao risco. Mais um ponto

pertinentenacomunicaçãoaconstruir,porventura,indicandocaminhosesoluçõesde

atividadesempreendedoraseprofissõessustentáveis.

Gráfico 13 - Indicador Influência do Ambiente

Da totalidade da amostra, 88,3% valorizam o ambiente como fator

determinante da qualidade de vida. Importa incutir fortemente soluções de como

melhoraroambientecomsimplesgestosdodia‐a‐dia.

A estabilidade financeira é cada vez mais importante

Média = 4,34 Desvio-padrão = 0,78

Discordar totalmente 0 0,0%

Discordar 12 3,3%

Nem concordar nem discordar 32 8,9%

Concordar 136 37,8%

Concordar totalmente 180 50,0%

Total 360 100,0%

0,0%

3,3%

8,9%

37,8%

50,0%

O Ambiente em geral e o da minha cidade em particular, emmuito influenciam a minha Qualidade de Vida

Média = 4,29 Desvio-padrão = 0,67

Discordar totalmente 0 0,0%

Discordar 0 0,0%

Nem concordar nem discordar 42 11,7%

Concordar 170 47,2%

Concordar totalmente 148 41,1%

Total 360 100,0%

0,0%

0,0%

11,7%

47,2%

41,1%

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71

Gráfico 14 - Indicador de Valorização Atividades Ar Livre e Desporto

Dosrespondentes,73,9%percecionamasatividadesdearlivreedesportivas

como essenciais. Importa aqui, também, e já que não se perguntou se, de facto, os

respondentespraticamatividadesfísicas,apontarsoluçõeseconómicasealternativas

para colocar a população‐alvo a mexer. Não perder de vista que Portugal é tido,

comummente,comoumpaíssedentário.

Analisaram‐se graficamente seis indicadores com maior evidência

relativamente ao valor teórico. Seguidamente em texto, apreciam‐se outros que

poderãoapresentaralgumapertinência.

Apossedebonsautomóveisnãoévalorizadamas,poroutro lado,sabemos

existiremdemasiadoscarrosemAveiro(cidade)oquepodeindiciarumanecessidade

deapontar soluções jáqueAveironãopossui, àdata, umaboa redede transportes

públicos nem oferece soluções seguras demobilidade, nem intermodal, nem suave

devidamentearticulada.Poroutrolado,tendoemcontaque,grossomodo,aamostra

resideetrabalhanasfreguesiasmaispopulosas,talvezaquestãonãoselevantecom

grandeimportância,emtermosdemovimentospendulares,jáqueapercentagemque

trabalhaou tematividade foradoconcelhoédiminuta(11,1%).Dequalquermodo,

tentar‐se‐ácomunicarasvantagensdamobilidadesuave.

Tendo em conta a maioria da faixa etária (entre os 30 e os 55 anos) dos

respondentes e as habilitações literárias (forte prevalência de educação superior),

Valorizo as atividades desportivas e de ar livre como pontoessencial da minha Qualidade de Vida

Média = 3,92 Desvio-padrão = 0,79

Discordar totalmente 2 0,6%

Discordar 12 3,3%

Nem concordar nem discordar 80 22,2%

Concordar 184 51,1%

Concordar totalmente 82 22,8%

Total 360 100,0%

0,6%

3,3%

22,2%

51,1%

22,8%

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72

apenas 28,9% da amostra valoriza o estar devidamente informado das novidades

tecnológicas como sinónimo de qualidade de vida. Talvez neste ponto se verifique

umasaturaçãodasatividadesprofissionaistantasvezesassentesnastecnologias,ou

atéseverifiqueatendênciaquesabemoscrescentedeumanecessidadedeumcerto

regressoaointerior,aformasdevidamaisnaturais.

De outro ponto de vista, quando se lança a dúvida, por exemplo, se a

alimentação já foi mais importante do que é tendo em conta que há famílias que

preferem cortar na alimentação a deixar de ter Internet, 65% da amostra recusa

liminarmente esta ideia. Ou a alimentação continua a ser tradicionalmente

importante para os respondentes, ou há uma falha na perceção de alteração dos

estilosdevidaatuais.Seráumpontoaexplorarnacomunicação.

Relativamente à vida em comunidade, por exemplo, mediante o recurso e

exploração de Hortas Comunitárias (fatores integradores do coletivo) e ao

Voluntariado apenas 25% da amostra indica, claramente, não comungar da ideia

dessaimportânciaperanteaeconomiadofuturo.

Aespiritualidadeéoutroindicadorbempercecionado,apenascom16,6%de

respondentesanãovalorizarclaramenteesteindicador.

Possuir umhobbynãoépercecionado comoessencialpara a “qualidadede

vida”para16,6%daamostra.

A segurança (percecionada pela presença policial) apenas é valorizada por

menosdemetadedaamostra,oquedemonstraaideiadeAveiro,comocidadesegura.

Deixando uma pequena síntese genérica, parece haver ênfase numa

importância de vida comunitária, para além dos indicadores mais valorizados de

saúde,família,trabalho,estabilidadefinanceira,ambienteeatividadefísica.

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73

5.3. Análise de Dados Relativos a Sustentabilidade

Gráfico 15 - Indicadores de Sustentabilidade: Valor e Valor Teórico

Osvaloresmédiosemazulsãoosquesãosuperioresaovalorteórico(3,55),

osdecorrosaosquesãoinferiores.ParamediçãodotemaSustentabilidadecriaram‐

seindicadoresdemedição.SeoEstadoeopoderlocaltempoucasresponsabilidades

nasustentabilidade.Seasmelhoresempresassepreocupamcomasustentabilidade.

Se as Câmaras Municipais manifestam preocupações com a sustentabilidade na

administração territorial.Osrelatóriosdesustentabilidadedasempresassãopouco

verdadeiros. Se asCâmaras terãomelhores formasdeaplicar odinheirodoquena

comunicaçãoaoscidadãos.Seosprojetosmunicipaisdeverãosersustentáveis.Sea

emissãoderelatóriosdesustentabilidadeseriaumaboaformadeempregodealguns

fundospúblicos. SeoEstadoeasAutarquiasdeveriadaroexemploemmatériade

sustentabilidade (poupança energética, impactos nas populações, no ambiente, na

economia local). Se seria importante a emissão de relatórios autárquicos de

sustentabilidade e respetiva disponibilização. O alargamento das competências dos

CIACnosentidodamelhoriadaqualidadedevida.

Sustentabilidade

Média Desvio-padrão

O Estado, como organização, tem poucas 2,16 1,28

As melhores empresas preocupam-se com a 3,69 1,10

As Câmaras Municipais manifestam preocu 2,84 1,06

Os relatórios de sustentabilidade das e 3,46 0,77

As Câmaras Municipais têm mais onde gas 2,53 1,05

Os projetos municipais devem ser susten 4,42 0,65

A emissão, por parte das Câmaras Munici 3,75 0,90

O Estado em geral e as Autarquias em pa 4,54 0,71

Seria importante a emissão de Relatório 4,08 0,79

Informação Autárquicos ao Consumidor, d 4,06 0,82

Total 3,55 1,20

2,16

3,69

2,84

3,46

2,53

4,42

3,75

4,54

4,08

4,06

3,55

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74

Gráfico 16 - Medição de Perceção de Exemplo Por Parte do Estado em Geral

Amaioria(93,9%)daamostrapercebeoEstadocentraleasautarquiascomo

entidades quedevemdar o exemplo emmatéria de sustentabilidade. Claramente o

valormédio(4,54)ésuperioraoteórico(3,55).

Gráfico 17 - Indicador Sustentabilidade Projetos Municipais

Também na perceção de necessidade de sustentabilidade nos projetos

municipaisamaioriadosrespondentesconcordacomaideia(93,3%).Ovalormédio

(4,42)ésuperioraoteórico(3,55).

O Estado em geral e as Autarquias em particular deverão daro exemplo em matérias de sustentabilidade (poupança

energética, de impactos nas populações, no Ambiente, naeconomia local, etc.)

Média = 4,54 Desvio-padrão = 0,71

Discordar totalmente 4 1,1%

Discordar 2 0,6%

Nem concordar nem discordar 16 4,4%

Concordar 110 30,6%

Concordar totalmente 228 63,3%

Total 360 100,0%

1,1%

0,6%

4,4%

30,6%

63,3%

Os projetos municipais devem ser sustentáveis

Média = 4,42 Desvio-padrão = 0,65

Discordar totalmente 0 0,0%

Discordar 4 1,1%

Nem concordar nem discordar 20 5,6%

Concordar 158 43,9%

Concordar totalmente 178 49,4%

Total 360 100,0%

0,0%

1,1%

5,6%

43,9%

49,4%

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75

Gráfico 18 - Indicador de Importância de Relatórios de Sustentabilidade

Relativamenteàemissãoedisponibilizaçãoderelatóriosdesustentabilidade

autárquicosumagrandepartedaamostra(77,8%)concorda.

Gráfico 19 - Indicador Perceção Alargamento Competências CIAC

AideiadealargamentodecompetênciasdosCIACaoníveldocontributopara

a qualidade de vida é valorizada por 75,6% da amostra. O valor médio (4,06) é

superioraoteórico(3,55).

Seria importante a emissão de Relatórios de Sustentabilidade,por parte da Autarquia e sua disponibilização de modo fácil

aos cidadãos

Média = 4,08 Desvio-padrão = 0,79

Discordar totalmente 2 0,6%

Discordar 4 1,1%

Nem concordar nem discordar 74 20,6%

Concordar 162 45,0%

Concordar totalmente 118 32,8%

Total 360 100,0%

0,6%

1,1%

20,6%

45,0%

32,8%

As competências dos Centros deInformação Autárquicos ao Consumidor, deveriam ser

alargadas para um melhor contributo para a Qualidade de Vidados cidadãos

Média = 4,06 Desvio-padrão = 0,82

Discordar totalmente 4 1,1%

Discordar 2 0,6%

Nem concordar nem discordar 82 22,8%

Concordar 154 42,8%

Concordar totalmente 118 32,8%

Total 360 100,0%

1,1%

0,6%

22,8%

42,8%

32,8%

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Gráfico 20 - Indicador Custos Emissão Relatórios

Naperceçãodeboautilizaçãodefundospúblicoslocaisperanteaemissãode

relatóriosdesustentabilidadeháumavalorizaçãodaideiaem63,9%daamostra.

Gráfico 21 - Indicador Sustentabilidade Empresas

Na perceção de que as melhores empresas se preocupam com a

sustentabilidadeovalormédio(3,69)estáacimadovalorteórico(3,55)oquevalida

positivamenteasrespostas.Daamostra,63,4%dãorespostapositiva.

Relativamente à sustentabilidade há boa recetividade nos respondentes

peranteocontextogeralda ideiaemtermosdeprojetosmunicipaise tambémuma

ideiageneralizadadequeaoníveldasempresas,asmelhores,operamnumqualquer

standard sustentável. Quando é afirmado que as câmaras municipais manifestam

preocupações com a sustentabilidade ao administrarem o seu território, apenas

A emissão, por parte das Câmaras Municipais de Relatóriosde Sustentabilidade, seria uma boa forma de empregar

alguns fundos públicos

Média = 3,75 Desvio-padrão = 0,90

Discordar totalmente 8 2,2%

Discordar 16 4,4%

Nem concordar nem discordar 106 29,4%

Concordar 158 43,9%

Concordar totalmente 72 20,0%

Total 360 100,0%

2,2%

4,4%

29,4%

43,9%

20,0%

As melhores empresas preocupam-se com aSustentabilidade

Média = 3,69 Desvio-padrão = 1,10

Discordar totalmente 18 5,0%

Discordar 34 9,4%

Nem concordar nem discordar 80 22,2%

Concordar 136 37,8%

Concordar totalmente 92 25,6%

Total 360 100,0%

5,0%

9,4%

22,2%

37,8%

25,6%

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77

28,9%dosrespondentesconfirmamaideia.Estepontoéimportantepoisdemonstra

umanoçãogeneralizadade faltadeatuação,ouatuaçãodesestruturadaaestenível

noção,essa,jádemonstradanafundamentaçãoteórica.

PodemostomarcomoexemploomunicípiodeAveiroquetemusadobastas

vezeso termo“sustentabilidade”massóemtermosdareestruturaçãodeumazona

específicadacidade,nãosepercebendoemmomentoalgumumaatuaçãoarticulada

ouconsistente.

Um último aspeto relativo à veracidade dos relatórios de sustentabilidade

das empresas é o de que47,2%da amostra temesta perceção.Noque respeita ao

indicador veracidade, 45% dos respondentes nem concordam nem discordam,

poderá ser legítimo admitir que há desconhecimento nesta matéria. Este ponto

tambémpareceimportante,atransparênciadosrelatórios.

Concluídoesteitem,avança‐sedeimediatoparaavalidaçãodasquestõesda

investigação.

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78

5.4. Validação das Questões de Investigação (Hipóteses)

Q1:Osaveirensespossuembonsíndicesqualidadedevida?

A esta validação verifica‐se a confirmação à hipóteseH01:Os aveirenses

afirmampossuirbonsíndicesdequalidadedevida.

Apreciou‐se o cruzamento de variáveis “freguesia de residência” x “tenho

umaboaqualidadedevida”.Demodoàvalidaçãodaquestão1,apenasseanalisoua

perceção genérica de qualidade de vida, salvaguardando‐se a análise completa em

anexo3,casosevenhaarevelarpertinenteperanteumaeventualimplementaçãodo

presenteestudoexploratório,oucomoconsultaesugestãoparatrabalhosfuturos.

Da totalidade da amostra, 66% percecionavam claramente a sua vida com

qualidadeaindaquenumsentidogenérico.Por freguesiaepornúmeroderesposta

podemapreciar‐senatabela1osdados:

Tabela 1 - Respostas por Freguesia à questão “Tenho uma boa Qualidade de Vida”

Freguesia Totalderespostas Concordância(nº

respostas)

VeraCruz 84 62

Esgueira 70 48

Glória 66 46

Aradas 40 22

S.Bernardo 26 12

S.Joana 24 16

Cacia 16 6

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79

NªSr.ªFátima 10 10

Eixo 8 2

Oliveirinha 6 4

S.Jacinto 6 4

Eirol 2 2

Requeixo 2 2

Nariz 0 0

Q2:Hápreocupaçãocomasustentabilidade?

Validou‐se a hipótese H01 os aveirenses preocupam‐se com a

sustentabilidade.

Optou‐sepelaanálisedocruzamentodasvariáveis“freguesiaderesidência”x

“os projetos municipais devem ser sustentáveis”. De modo à validação da questão

número2.Daamostratotalde360respondentes,93,3%validaramaideiadequeos

projetos municipais deveriam ser sustentáveis. Por freguesia e por número de

respostapodemapreciar‐senatabela2)osdados:

Tabela 2 - Resposta Freguesia à questão “Os Projetos Municipais Devem ser Sustentáveis”

Freguesia Totalderespostas Concordância(nº

respostas)

VeraCruz 84 78

Esgueira 70 66

Glória 66 62

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80

Aradas 40 38

S.Bernardo 26 22

S.Joana 24 24

Cacia 16 12

NªSr.ªFátima 10 10

Eixo 8 8

Oliveirinha 6 6

S.Jacinto 6 6

Eirol 2 2

Requeixo 2 2

Nariz 0 0

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81

Q3:Osaveirensesvisualizamopoderlocalcomotransparentenassuas

práticasdesustentabilidade?

Gráfico 22 - Indicador de Perceção de Sustentabilidade na Administração Local

Ovalormédio(2,84)estáabaixodovalorteórico(3,55).Apenas28,9%dos

respondentesafirmamconcordarcoma ideiadequeasautarquiasadministramde

formasustentávelosrespetivosterritórios.

Gráfico 23 - Indicador de Perceção Responsabilidade do Estado na Sustentabilidade

Nesta análise há uma clara noção de que deve haver responsabilidade por

parte das administrações públicas já que 68,9% da amostra não concorda com a

questão.

As Câmaras Municipais manifestam preocupações com a sustentabilidadeao administrarem o seu território

Média = 2,84 Desvio-padrão = 1,06

Discordar totalmente 38 10,6%

Discordar 102 28,3%

Nem concordar nem discordar 116 32,2%

Concordar 86 23,9%

Concordar totalmente 18 5,0%

Total 360 100,0%

10,6%

28,3%

32,2%

23,9%

5,0%

O Estado, como organização, tem poucas responsabilidades naSustentabilidade

Média = 2,16 Desvio-padrão = 1,28

Discordar totalmente 150 41,7%

Discordar 98 27,2%

Nem concordar nem discordar 38 10,6%

Concordar 52 14,4%

Concordar totalmente 22 6,1%

Total 360 100,0%

41,7%

27,2%

10,6%

14,4%

6,1%

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82

Gráfico 24 - Indicador de Perceção Exemplo da Administração

Nesta apreciação, basta a visualização gráfica para vermos que a

concordância é geral, ou seja, o Estado e as Autarquias emparticular devemdar o

exemploemmatériadesustentabilidade.

Gráfico 25 - Indicador Perceção Importância Emissão e Disponibilização Relatórios

Nesta análise fica claro que 77,8% da amostra indica a importância da

emissão de relatórios de sustentabilidade. Sabendo, publicamente, que a autarquia

não os emite, pelomenos de um ponto de vista estruturado por nenhum standard

normalizado, parece haver feedback negativo à pergunta se há transparência no

poder local do ponto de vista da sustentabilidade.Verifica‐seahipóteseH02:os

O Estado em geral e as Autarquias em particular deverão dar o exemplo emmatérias de sustentabilidade (poupança energética, de impactos nas

populações, no Ambiente, na economia local, etc.)

Média = 4,54 Desvio-padrão = 0,71

Discordar totalmente 4 1,1%

Discordar 2 0,6%

Nem concordar nem discordar 16 4,4%

Concordar 110 30,6%

Concordar totalmente 228 63,3%

Total 360 100,0%

1,1%

0,6%

4,4%

30,6%

63,3%

Seria importante a emissão de Relatórios de Sustentabilidade, por parte daAutarquia e sua disponibilização de modo fácil aos cidadãos

Média = 4,08 Desvio-padrão = 0,79

Discordar totalmente 2 0,6%

Discordar 4 1,1%

Nem concordar nem discordar 74 20,6%

Concordar 162 45,0%

Concordar totalmente 118 32,8%

Total 360 100,0%

0,6%

1,1%

20,6%

45,0%

32,8%

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aveirensesnãovisualizamopoder localcomo transparentenassuaspráticas

desustentabilidade.

Q4: Os aveirenses validam a ideia de emissão de Relatórios de

Sustentabilidade por parte daAutarquia? A validação é apreciada, também, no

gráfico 25. H01: os aveirenses validam a ideia de emissão de Relatórios de

SustentabilidadeporpartedaAutarquia.

Q5:OCIACéentendidocomoumparceirodeeventualcontributoparaa

qualidadedevida?

Gráfico 26 - Indicador Perceção da Importância do CIAC como Parceiro

Valida‐seahipóteseH01:OsaveirensesentendemqueoCIACpodeser

umparceiroparaasuaqualidadedevida,pois75,6%daamostraéfavorávelaum

alargamento das respetivas competências do CIAC no sentido de um contributo do

contributorespetivo.

As competências dos Centros deInformação Autárquicos ao Consumidor, deveriam ser alargadas para um

melhor contributo para a Qualidade de Vida dos cidadãos

Média = 4,06 Desvio-padrão = 0,82

Discordar totalmente 4 1,1%

Discordar 2 0,6%

Nem concordar nem discordar 82 22,8%

Concordar 154 42,8%

Concordar totalmente 118 32,8%

Total 360 100,0%

1,1%

0,6%

22,8%

42,8%

32,8%

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Tabela 3 – Síntese Validação Hipóteses das Questões Investigação

Questões Validação

HipóteseH01

Validação

HipóteseH02

Q1 Osaveirenses

possuembonsíndices

qualidadedevida?

V X

Q2 Hápreocupaçãocoma

sustentabilidade?

V X

Q3 Osaveirenses

visualizamopoder

localcomo

transparentenassuas

práticasde

sustentabilidade?

X V

Q4 Osaveirensesvalidam

aideiadeemissãode

Relatóriosde

Sustentabilidadepor

partedaAutarquia?

V X

Q5 OCIACéentendido

comoumparceirode

eventualcontributo

paraaqualidadede

vida?

V X

Em jeito de pequeno resumodoponto “sustentabilidade”, confirma‐se que a

autarquiadeverefletirpreocupaçõescomasustentabilidadenaadministraçãodoseu

território.Deverefletir, trabalharereportaremstandardaceitegenericamenteede

modotransparenteoquevaiclaramenteaoencontrodocitadoporWaddock(2004

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comocitadoemRego,etal.,2006)ondeficavapatenteaideiadequeascertificações

poderiam avaliar em que grau as organizações implementavam o que referiam

implementar.OGRIincluiníveisdecertificação.

O CIAC deve ser encarado como um serviço mais colaborativo na

comunicaçãoaoscidadãosdopontodevistadoalargamentodassuascompetências

nosentidodamelhoriadaqualidadedevida,incutindopressupostossustentáveisem

processoscomunicacionais.TambémestaconclusãoseenquadranavisãodeJonese

Jonas(2011),jáqueoalargamentodaaçãodeumserviçocomooCIACparaalémdas

normas e regulamentos obrigatórios, visa gerar e contribuir para um verdadeiro

sentidodebemsocialcomum.Deoutropontodevistaesegundoosmesmosautores,

essaspráticasrespondemàsexpectativasdostakeholders.

OCIAC,estandoinseridonumaestruturadepoderlocal,aCâmaraMunicipal

de Aveiro, não visa o lucro, embora se pudessem levantar questões cada vezmais

pertinentesdefinanciamento,masnãoéessaafocagemdestetrabalho.Desseponto

de vista, ou seja, de se tratar de uma entidade não lucrativa, a Autarquia deve ter

comodriveprimeiraaadoçãodepráticassustentáveisporrazõeséticaseestratégicas

na persecução do bem‐comum, tal como se depreende de Dimitrov e Davey (2001

comocitadoemSmith,2012)evalidadoclaramentepelaopiniãodos respondentes

notrabalhodecampo.

Também em Golobovante (2010), a sustentabilidade interligava‐se numa

urgênciadeumnovoparadigmadaculturadasgrandesorganizações,sobumponto

devistacomunicacional,oqueconsolidafortementeanecessidadedereportar.

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6. CAPÍTULO VI -PROPOSTA PRÁTICA

Nesta fase do trabalho procurar‐se‐á colocar em prática as conclusões da

pesquisa teórica, cruzando‐as com os dados do estudo de campo, de modo a que

resultem propostas de trabalho a implementar na organização mãe, a Câmara

Municipal de Aveiro e, em particular, no CIAC – Centro de Informação e Apoio ao

Consumidor.

6.1. Modelo Conceptual de Comunicação

Tendo‐se verificado por parte do CIAC, pontualmente e ao longo dos anos

mais recentes comunicações pontuais, desarticuladas estrategicamente, em locais

como por exemplo associações de bairro, uma escola profissional, um centro de

formação profissional, uma casamunicipal da juventude e duas rádios locais, para

alémdasaçõesdesenvolvidasdentrodas instalaçõesmunicipais,subisteanoçãode

queamatériacomunicacionalfoipertinentemasnãopensadacomoumtodo.

Assim, na figura 7 da página seguinte propõe‐se o modelo conceptual

também modelado pela experiência, construído no pressuposto teórico da Teoria

Operacional – atingir determinados objetivos – preferencialmente impactantes em

grupos recetores que, por seu lado, possam endereçar as mensagens aos seus

destinatáriosfinais.Aqui,salvaguarda‐sealgumaflexibilidadeemtermosdesepoder

viraexercercomunicaçãodiretasobrepúblicos‐alvo.Tambémsedeixaumanotada

eventual articulação em rede com outros serviços e ou parceiros municipais sem

perderdevistaascompetênciasformaisdoCIAC.

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87

Figura 7 - Modelo Conceptual Comunicacional

Fonte: Adaptado de Defra (2005, p.26, como citado em Jackson, 2006)

A temática a preparar em suportes tidos como convenientes, por exemplo

apresentações Power Point, respeitará uma adaptação baseada no conceito Plain

Language (linguagem clara, sucinta, desenhada de modo específico a cada tipo de

público‐alvo).Asinstituiçõesinterlocutorasserão:

‐Juntasdefreguesia;

‐Estabelecimentosdeensinoformaleprofissionalizante;

‐CasaMunicipaldeJuventude;

‐AssociaçãoComercialdeAveiro;

‐InstalaçõesCIAC(auditóriosCMA).

Fatores (A) Encorajamento

Eu faço bem e sou reconhecido 

Se não fizer bem penalizo o ambiente

Se fizer bem sou recompensado

Fatores Encaixe (B)

Desenvolver ações integradoras na comunidade

Fóruns de debate

Campanhas nos media

Uso de redes

Fatores Permissão (C)

Remover barreiras

Informação técnica

Alternativas viáveis

Educação e treino

Fatores Exemplificação 

(D)

Liderança pelo exemplo

Consistência de políticas

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88

Na tabela 4 apresenta‐se uma grelha de mensagens a incutir baseada nos

fatoresdemudançadeatitudesecomportamentos(figura7)cruzadacomospilares

dasustentabilidadeecujointuitoéumcontributoparaaqualidadedevida.

Tabela 4 - Grelhas Atitudes e Comportamentos versus Sustentabilidade

PilarSocial PilarEconómico PilarAmbiental

A–Façobeme

soureconhecido

Ética

Autoestima

Retornoemocional

Lucro

Diferenciação

CicloVidaProdutos

GSCM

A–Senãofizer

bempenalizoo

ambiente

Futurogerações

Colapso

Gastosacrescidos

Eficiência

Aquecimento

global

Colapso

A–Sefizerbem

sou

recompensado

Comunidadefeliz Prosperidade Planeta

B‐Ações

integradorasna

comunidade

Eventosdearlivre

jardins

Entidades

envolvidas

Baixaemissãode

gasesefeitode

estufa

B–Fórunsde

debate

Estilosdevida

Consumo

sustentável

Entidades

envolvidas

Públicos‐alvo

Baixaemissãode

gasesefeitode

estufa

B–Campanhas

nosmedia

Prevençãosaúde

Desporto

Eficiência

Integração

Diminuição

medicamentos

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Atividadefísicaar

livre

Comunidade Diminuiçãovisita

hospitais

B–Usoderedes Modernidade

Oportunidade

Pertinência

Eficiência Nãoutilizaçãode

papel

C–Remoçãode

barreiras

Iremgrupo

Facilitação

Integração

Mobilidadesuave

Construção

infraestruturas

intermodais

Menosemissões

poluentes

C–Informação

técnica

Sensibilização

pontosde

informação

Quiosques Vantagem

ambiente

C–Alternativas

viáveis

Humanização

Retornoemocional

Sapateiros

Poetas

Agricultores

Escritores

Artesãos

Músicos

Jardineiros

Comércio

tradicional

Mercadoslocais

Menosentropia

recursosnaturais

Biodiversidade

Sistemasque

suportamavida

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C–Educaçãoe

treino

Integração

comunidade

Atividade

interlocutores

Vantagem

ambiental

D–Liderança

peloexemplo

Integração

comunidade

Serviçopúblico

GRI

Stakeholders

Gestãodosfundos

públicos

Promoção

prosperidade

Planeta

D–Consistência

políticas

Ética

Bemcomum

Menoscrescimento

maisprosperidade

Futuro

6.2. Implementação GRI

O reporte GRI deve assentar numa perspetiva genérica e basilar de

compromissosassumidos,pontosdeequilíbrio,entreosstakeholders.

Procede‐se neste capítulo à sugestão de reporte a um nível simplificado.

Deixa‐seasugestãoparatrabalhosfuturosemtermosdeafinaçãodeimplementação.

Emcasodeimplementaçãofuturadopresenteestudoexploratóriopelaorganização,

deixa‐se em aberto a possibilidade de uma análise técnica mais profunda com a

criaçãodeumaequipadetrabalhoespecializada.Tambémédestemodo,ouseja,com

acriaçãodeumapequenaequipacoordenadoraqueseiniciaoprocesso,envolvendo

as pessoas de modo diferente e com responsabilidades internas diferenciadas. Os

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91

pontosdetrabalhoseguintesemtermosdepassosadartêmcomobaseasguidelines

G3GRI(2006)eforamadaptadasdeCoutinho(2012).

Passo1)

Entender metas da organização, identificando impactos socio

ambientaispositivosenegativos;

Discussãodeaçõesquepossamcontribuirparacontrabalançaresses

impactos, identificando aspetos sobre os quais os líderes da

organizaçãoqueiramagir;

Acordaroprocessodeelaboraçãodorelatório,quemestáenvolvido,

ocronogramaeoorçamento.

Passo2)

Identificaçãodestakeholders;

Estabelecimentodeprioridadedestakeholders;

Diálogocomosstakeholders.Visaaobtençãodediferentesperspetivas

ajudando a clarificar os pontos fortes e fracos da organização. Pode

antever problemas não identificados. Pode contribuir para uma

imagem externa positiva da organização, demonstrando que esta se

preocupa com as opiniões do público externo. Ainda ao nível dos

stakeholders convém ter a perceção dos dois grandes grupos em

termosdeimpactos,conformeseaprecianafigura,sendoosinternos

(1)eosexternos(2)conformeseaprecianafigura8.

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92

Figura 8 - Stakeholders Diretamente Afetados

Fonte: Adaptado de Coutinho (2012)

Será ao nível dos impactos nos stakeholders internos quemais adiante no

trabalho se deixará o caminho aberto para um cruzamento entre GRI e ISO

9001:2008.

Deverão ser tidos em conta fatores diferenciadores de relacionamento

conformeseaprecianafigura9.

Figura 9 - Fatores Diferenciadores

Fonte: Adaptado de Coutinho (2012)

1 ‐Internos

2 ‐ Externos

•Vinculados por meio de regulamentos, políticas, contratos legais, financeiros ou operacionais.Responsabilidade

•Influência informal nos objetivos da organização tanto interna como externamente.Infuência

•Aqueles de quem a organização depende nas suas operações. O que moram perto das unidades operacionais.Proximidade

•Os que mais dependem da organização. Clientes ou fornecedores.Dependência

•Os que representam instituições‐chave. Líderes sindicais, comunitários, políticos, locais, etc.Representatividade

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Ao nível do estabelecimento de priorização nos stakeholders: O respetivo

grupoinfluenciafortementeodesempenhodaorganização?É influenciado?Seráno

futuro fortemente influenciado ou influenciará fortemente? Bem estabelecidas as

respostas e os cálculos o processo deve funcionar pela elaboração da grelha

idealizadanatabela5.

Tabela 5 - Exemplo de Priorização de Stakeholders

Stakeholders Influenciafortemente? É

fortemente

influenciado

Futuro? Total

Económico Social Ambiental E S A

Funcionários 1 1 0 1 1 1 1 6

Fornecedores 1 1 1 1 0 0 1 5

Comunidade

local

0 1 0 1 1 1 1 5

Clientes 1 1 1 0 0 0 1 4

Bancos 1 0 0 0 0 0 1 2

Investidores 1 1 1 1 1 1 1 7

Fonte: Adaptado de Coutinho (2012)

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94

Aoníveldodiálogoaprecia‐seaesquematizaçãonafigura10.

Figura 10 - O que Perguntar aos Stakeholders?

Fonte: Adaptado de Coutinho (2012)

Estabelecidososparâmetrosacercadoqueperguntar,dopontodevistados

pilaresdasustentabilidadedeveserequacionadoométododerecolhadeinformação.

Poderá ser usada a carta, a entrevista por telefone, o correio eletrónico, a reunião

presencial, o inquérito e as designadas Hotlines (direcionamento automático para

destinopré‐selecionado).

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Passo3)

Selecionaros temasdemodoaquesejamdetetadososprincipais impactos

socio ambientais e sejam assumidos compromissos com a sustentabilidade. Devem

ser tidos em conta os aspetos identificados pelos stakeholders e outros aspetos

identificados pelo coordenador da organização. Devem ser tidas em conta as

diretrizesGRIeossuplementossetoriais(eventuaiseespecíficosparadeterminados

ramosdeatividade),bemcomoconvençõesounormaisinternacionaisqueexistam.

Seguidamente, na figura 11 aprecia‐se uma esquematização da sequência

incutindo‐se já a noção de “materialidade” que será necessária na construção de

indicadoresrelevantes.

Figura 11 - Esquematização de Sequência

Fonte: Adaptado de Coutinho (2012)

Otestedematerialidadeprende‐secomarelevânciadostemasjáescolhidos,

ouseja,estãorelacionadoscomlegislação,sãoreguladosporacordosouconvenções,

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96

indicamrelevânciaestratégicaparaaorganizaçãooustakeholders,representamrisco

para as partes, são reconhecidos pelos especialistas como arriscados para a

sustentabilidade, a organização tem competências especializadas para contributos

nessa área, constituem um desafio futuro para o setor, contribuem para uma

implementação estratégica de sucesso, reforça os valores da organização? Estas

perguntasdevemserconsideradase testadasdemodoàconstruçãode indicadores

demediçãodedesempenhoereporte.

AmatrizdematerialidadeecomoporexemploadaempresaVodafonepode

serapreciadanafigura12dapáginaseguinte.

Quantomaisaltaaimportânciaparaosstakeholdersemaisaltaaimportância

no sucesso dos negóciosmais altos os resultados em termos dematerialidade dos

itensrespetivos.Ocompromissoeoreportedevemocorreraonívelmaisalto.

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Figura 12 - Matriz Materialidade Vodafone

Fonte: Adaptado de Coutinho (2012)

Ao nível de indicadores de desempenho, os mesmos dividem‐se em dois

grupos,osessenciais(identificadosnasdiretrizesGRIcomodeinteressedamaioria

dos stakeholders e relevantes com os princípios do relatório GRI) e os adicionais

(identificadosnasdiretrizesGRIcomopráticasemergentes,outratandodetemasque

podemserimportantesparaalgumasorganizaçõesmasnãoosãoparaamaioria).

Os indicadores são de desempenho económico (9= 7 essenciais + 2

adicionais),dedesempenhoambiental(30=17essenciais+13adicionais)eosde

desempenhosocial–práticaslaboraisetrabalhocondigno(14=9+5adicionais)–

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sociedade(10=8+2adicionais)–direitoshumanos(11=8+3adicionais)–produto

(9= 4+5 adicionais). Opta‐se nesta fase por não aprofundar nem a construção de

indicadores, nem a sua monitorização pela complexidade técnica desse processo,

sendoqueessapossibilidade ficaemabertocomosugestãode trabalhos futurosou

respetivaimplementaçãonaorganização.

Seguidamente, na figura 13 surgem os passos seguintes, ou seja, já estão

incluídos os itens de verificação do contexto de sustentabilidade e verificação de

abrangência.

Figura 13 - Sequência com Contexto Sustentabilidade e Abrangência

Fonte: Adaptado de Coutinho (2012)

O contexto da sustentabilidade deve apresentar entendimentos do

desempenhosustentáveldaorganização,condiçõesemetas,apresentaodesempenho

do ponto de vista da organização da comunicação em termos de magnitude dos

impactos em escala geográfica respetiva e descreve estratégias, riscos e

oportunidadesdelongoprazo.

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Aabrangênciadevebalizarasprioridadesde todaacadeia,deverefletiro

desempenhodetodasasentidadesqueestãosobcontrolodaorganizaçãoouexercem

influência sobre ela, deve incutir todas as ações ou eventos que ocorreram em

período abrangido pelo relatório, com previsão de futuro, e não deve omitir

informaçõesrelevantesparaaseventuaisavaliaçõesoudecisõesdosstakeholders.

Passo4)

Odesenvolvimentodo relatórioverificaprocessos, garante aqualidadedas

informações,verificadenovo,senecessárioalteraprocedimentosinternosavaliando

metas.Fazoacompanhamento.

O relatório deve ter qualidade e, amesma, obedece a seis princípios. O de

equilíbrio(incluem‐seresultadosdesfavoráveis?Identificam‐setendênciasnegativas

epositivas?Oênfasedadoéproporcionalámaterialidadedotema?).Oprincípioda

comparabilidade(hábenchmarking?Podecomparar‐sedeumanoparaoutro?Foi

utilizado um suplemento setorial?). O princípio daconfiabilidade (a fonte original

dosdadoséidentificada?Ashipótesesecálculoscomplexossãoexplicados?Emcaso

de verificação externa explica‐se o “âmbito” e a “abrangência”?). O princípio da

exatidão (técnicas e cálculos são descritos adequadamente? Indicam‐se os dados

estimadosedequemodooforam?Ainformaçãoqualitativaéverificável?Amargem

de erro quantitativa é baixa?). O princípio da periodicidade (as informações

divulgadassãorecentes?Operíodode temporelativoà informaçãoequandoserão

implementadasalteraçõeséexplícito?Por fim,oprincípiodaclareza (o relatórioé

detalhado, adequado e não excessivo? A informação é facilmente acessível? A

linguageménão‐técnica?Existeglossário?).

O reporte de sustentabilidade implica mudanças e melhorias. Não é um

simplesmeiodecomunicaçãoéumaferramentademudança.

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Passo5)

O último passo deve ser o de comunicar escolhendo a melhor forma de o

fazer.Ocorrearedaçãodorelatório,afinalizaçãodorelatório,apublicaçãodomesmo

e,emúltimaanálise,apreparaçãodenovociclodereporte.

Relativamente às formas de comunicação elas podem ser as seguintes,

conformesevisualizanatabela6.

Tabela 6 - Formas de Comunicação do Relatório

Método Pontospositivos Pontosnegativos

Muraldeavisos Baixocusto Alcanceapenas

interno

Encontros;Boca‐a‐boca Altainteratividade

Asinformações

podemser

especificadaspara

opúblico

Diálogodireto

Alcancelimitado

Necessidadede

tempoextrapara

especificações

Feiras;Apresentações Auxíliona

diferenciaçãode

negóciosouatração

denovos

investimentosou

clientes

Asinformações

podemser

especificadaspara

Preparaçãoe

montagemde

standspodemser

onerosas

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101

opúblico

Diálogodireto

Newsletters; Folhetos;

CorreioEletrónico

Pode‐setirar

proveitodelistas

dedistribuição

Pode‐seincluir

outrasinformações

Maisbaratodoque

publicaçãodeum

relatórioimpresso

Canaisde

comunicaçãode

umasóvia

Podemretratara

sustentabilidade

comosendouma

baixaprioridade

Podemser

facilmente

ignoradosoumal

compreendidos

PressRelease Baixocusto

Amploalcance

Necessitadeser

apresentadocomo

notícia

Precisade

contactos

Nãohácontrolo

sobreoqueserá

publicado

RelatórioImpresso Transmite

profissionalismo

Abrangência

Acessívele

transparente

Altocustode

impressãoedesign

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AlírioCamposana

102

Website Barato

Disponibilidade

gratuita

Economiadepapel

Impressãoem

formatomenos

atraentepara

leitura

Necessidadede

acessoàInternet

Fonte: Adaptado de Coutinho (2012)

Finalizandoeste item,sublinha‐sea importânciaemtermosdeperceçãoda

amostra relativamente à importância dos projetos municipais deverem ser

sustentáveis, bem como a perceção da necessidade do exemplo que deve ser

transmitidopelasentidadespúblicas.

Oreportetambéméfortementevalorizado.

Certamente que a política de “sustentabilidade” é aquilo que a liderança

política entenda que seja mas, tecnicamente, eticamente e, de modo a que seja

incutida credulidade e aceitação global, o diálogo de compromisso com os

stakeholdersdeveseguirosparâmetrosGRI.Ostandarddegestão,também,paraum

futuroquesequersustentável.Relativamenteàgestãoaborda‐seseguidamenteaISO

9001:2008eeventualcruzamentocomGRI.

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AlírioCamposana

103

6.3. Cruzamento GRI – ISO 9001:2008

Está em curso na organização um Sistema de Gestão de Qualidade,

certificado, baseadonanorma ISO9001:2008quepressupõeumanormalizaçãode

procedimentosdetrabalhoedeterminadosindicadoresdemediçãodeobjetivos.

Relativamente ao CIAC, os objetivos são incipientes e baseados em

indicadoresquenãoespelhamorealimpactodesteserviçonavidadosconsumidores.

Apesardeseperceberqualosucessodoscasosquese tratampelonúmerodedias

quedemoramaresolveresãoessesosdoisgrandeindicadores,nãoháumamedição

real dos impactos na vida de quem procura este serviço. Seria esta, porventura, a

grandealteraçãoaefetuar,porexemplo,atravésdaadoçãodeumfuncionamentode

umscorecarddeValormas,emúltimaanálise,nãoéesseoobjetivoconcretodeste

estudoexploratório.

Assim, relativamente a um eventual cruzamento GRI e ISO 9001: 2008

apenas se poderia sugerir uma interpenetração dos Indicadores de Desempenho

SocialGRI relacionados,porexemplo, comaspráticas laboraise trabalhocondigno,

daformaçãoeeducaçãodostrabalhadores,dasrelaçõesentrefuncionáriosechefias,

desegurançaesaúdeno trabalho,dadiversidadee igualdadedeoportunidades.De

umpontodevistadealgunsstakeholdersexternos,porexemplo,asmatériasaonível

dos contratos com fornecedores que foram submetidos a avaliação emmatéria de

direitoshumanosemedidastomadasrespetivas.TambémaoníveldosIndicadoresde

Desempenho referentes à Responsabilidade pelo Produto, se poderiam visionar

pontosdecruzamento,particularmenteemfatoresdesaúdeesegurançaparacomo

cliente(serviçosmunicipaisqueprestamtrabalhospúblicos),ouatravésdaanálisede

incumprimentos à Lei e a regulamentos relativos ao fornecimento e utilização de

produtos ou serviços sendo que, estes últimos são facilmente percetíveis nos

relatóriosSGQ.

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104

De umponto de vista de compromisso prévio com todos os stakeholderso

modelo é o de promessa política em sede de campanha eleitoral, para além das

formalidadesquedecorreremdalegalidadeaoníveldasadministraçõeslocais.Seria

esta,eventualmente,agrandealteraçãodeparadigmadasadministrações,ouseja,o

alcançar de compromissos e a construção de indicadores em fatores‐chave para a

vida em comunidade, baseados no guião GRI como forma excelente de gestão e de

contributo,verificável,paraodesenvolvimentosustentável.

Nestepontoaparenta,então,nãohaverrazão,nemsentidológicooutécnico

para uma coexistência ou qualquer articulação entre um Sistema de Gestão de

qualidadebaseadonaISO9001:2008eoG3GRI.Seriaumdesperdícioderecursos.

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105

7. CAPÍTULOVII‐CONCLUSÕES

Otemaéalgoambiciosomasbastanteatualepertinente.Aconstruçãodeum

modelo comunicacional direcionado à qualidade de vida contendo os pilares da

sustentabilidadedemodoimplícitojustificando,também,umaabordagemestratégica

degestãonaorganização,pelanecessidadedecomunicarpreocupaçõessustentáveis

ederesponsabilidadesocialdemodoestandardizado.

Houveumapreocupaçãoemalinharafundamentaçãoteóricapeloestadoda

arteemmatériasdesustentabilidadeemediçãodeindicadoresdequalidadedevida

perante os desafios que se colocam a todos nós os da prosperidade e

desenvolvimentosustentável.

7.1. Principais Conclusões

Da amostra, 66% percecionam a sua vida com qualidade sendo esta uma

perceçãogenérica.Namediçãoporindicadoreséaproximidadedeequipamentosde

saúde,aimportânciadonúcleofamiliar,independentementedequetipodefamíliase

considere, uma valorização crescente do aspeto profissional e a estabilidade

financeira,oambienteeasatividadesdesportivasedearlivre,quemaiscontribuem

paraumaperceçãodeboaqualidadedevida.

Outrasconclusõesindeléveisseretiramcomoanão‐relevânciaemtermosde

importância na posse de bons automóveis, o estar devidamente atualizado em

matériadetecnologiascomonãorelevantesparaumanoçãodequalidadedevida.

Há uma clara associação entre qualidade de vida e fatores integradores na

comunidadecomosejamasHortasComunitáriaseoVoluntariado.

Aespiritualidadeéumindicadorbemsinalizado.

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Asegurançanãoémuitovalorizadaoquepoderá serum indicadordeque

Aveiroéconotadacomocidadesegura.

Da amostra, 93,6% percebe o Estado central e as Autarquias locais como

entidades que devem dar o exemplo emmatéria de sustentabilidade, refletindo‐se

estaideiananecessidadedesustentabilidadenosprojetosmunicipais.

Há uma valorização da necessidade de emissão e disponibilização de

relatóriosdesustentabilidadeporpartedaAutarquia.

Tambémse conclui que a amostra entendeque as câmarasmunicipaisnão

manifestampreocupações coma sustentabilidade.Há faltade atuação real, atuação

desestruturada,ouaindafaltadecomunicaçãoestandardizadaeaferida.

OCIAC–CentrodeInformaçãoeApoioaoConsumidordaCâmaraMunicipal

de Aveiro é fortemente aceite como parceiro no contributo comunicacional para a

qualidadedevidadosaveirenses.

Relativamente a eventuais verbas a alocar para a emissão de relatórios de

sustentabilidade, esse aspeto, é valorizado positivamente. Ainda relativamente à

sustentabilidade, há a noção genérica de que as melhores empresas atuam em

standardssustentáveis.

7.2. Limitações da Investigação

Opresentetrabalhoélimitadonasuacomponentedemetodologiaderecolha

de dados já que pode implicar uma lacuna na representatividade da amostra. De

qualquermodo,semdúvida,queosresultadosapontamumcaminhoaseguir.

Também a implementação GRI revela complexidade técnica em termos de

aplicaçãopráticadevendoserequacionadaporequipamultidisciplinar.Aliásesseé

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um dos próprios pressupostos das guidelines. Este ponto é uma limitação da

investigação.

7.3. Considerações Futuras

Otrabalhopodecontermatériaútilparaseguireimplementarumamudança

de rumo estratégico interno e externo de um CIAC e, em última análise, numa

estruturadegestãodeumaentidadedeAdministraçãoLocal.

Para considerações futuras, sugere‐se a análise e implementação das

guidelinesG4GRIbemcomoumaanálisemaisdetalhada,seforesseoentendimento,

decruzamentosdemaisvariáveistidoscomoconvenientesemaisoportunos.Abase

dedadosestádisponívele,atodootempo,podeserfacultada.

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ANEXOS

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ANEXO(1)

InquéritoporQuestionário

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ANEXO(2)

OutputsEstatísticos

QualidadedeVida

Tenho uma boa Qualidade de Vida

Média = 3,64 Desvio-padrão = 0,81

Discordar totalmente 6 1,7%

Discordar 26 7,2%

Nem concordar nem discordar 92 25,6%

Concordar 204 56,7%

Concordar totalmente 32 8,9%

Total 360 100,0%

1,7%

7,2%

25,6%

56,7%

8,9%

O meu núcleo familiar (tipo de família tradicional ou não) éimportante

Média = 4,38 Desvio-padrão = 0,90

Discordar totalmente 0 0,0%

Discordar 22 6,1%

Nem concordar nem discordar 36 10,0%

Concordar 84 23,3%

Concordar totalmente 218 60,6%

Total 360 100,0%

0,0%

6,1%

10,0%

23,3%

60,6%

A estabilidade financeira é cada vez mais importante

Média = 4,34 Desvio-padrão = 0,78

Discordar totalmente 0 0,0%

Discordar 12 3,3%

Nem concordar nem discordar 32 8,9%

Concordar 136 37,8%

Concordar totalmente 180 50,0%

Total 360 100,0%

0,0%

3,3%

8,9%

37,8%

50,0%

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Ter equipamentos de saúde de proximidade é cada vez maisimportante

Média = 4,46 Desvio-padrão = 0,64

Discordar totalmente 0 0,0%

Discordar 2 0,6%

Nem concordar nem discordar 24 6,7%

Concordar 142 39,4%

Concordar totalmente 192 53,3%

Total 360 100,0%

0,0%

0,6%

6,7%

39,4%

53,3%

O trabalho/profissão é cada vez mais essencial à minhaQualidade de Vida

Média = 4,36 Desvio-padrão = 0,77

Discordar totalmente 0 0,0%

Discordar 10 2,8%

Nem concordar nem discordar 34 9,4%

Concordar 132 36,7%

Concordar totalmente 184 51,1%

Total 360 100,0%

0,0%

2,8%

9,4%

36,7%

51,1%

O Ambiente em geral e o da minha cidade em particular, emmuito influenciam a minha Qualidade de Vida

Média = 4,29 Desvio-padrão = 0,67

Discordar totalmente 0 0,0%

Discordar 0 0,0%

Nem concordar nem discordar 42 11,7%

Concordar 170 47,2%

Concordar totalmente 148 41,1%

Total 360 100,0%

0,0%

0,0%

11,7%

47,2%

41,1%

Ter muitos amigos melhora a minha Qualidade de Vida

Média = 3,48 Desvio-padrão = 1,04

Discordar totalmente 8 2,2%

Discordar 62 17,2%

Nem concordar nem discordar 102 28,3%

Concordar 124 34,4%

Concordar totalmente 64 17,8%

Total 360 100,0%

2,2%

17,2%

28,3%

34,4%

17,8%

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Valorizo as atividades desportivas e de ar livre como pontoessencial da minha Qualidade de Vida

Média = 3,92 Desvio-padrão = 0,79

Discordar totalmente 2 0,6%

Discordar 12 3,3%

Nem concordar nem discordar 80 22,2%

Concordar 184 51,1%

Concordar totalmente 82 22,8%

Total 360 100,0%

0,6%

3,3%

22,2%

51,1%

22,8%

Ter um hobby não é essencial para uma boa Qualidade deVida

Média = 2,48 Desvio-padrão = 1,02

Discordar totalmente 64 17,8%

Discordar 126 35,0%

Nem concordar nem discordar 110 30,6%

Concordar 52 14,4%

Concordar totalmente 8 2,2%

Total 360 100,0%

17,8%

35,0%

30,6%

14,4%

2,2%

Possuir habitação própria é ter Qualidade de Vida

Média = 3,24 Desvio-padrão = 1,10

Discordar totalmente 20 5,6%

Discordar 74 20,6%

Nem concordar nem discordar 112 31,1%

Concordar 106 29,4%

Concordar totalmente 48 13,3%

Total 360 100,0%

5,6%

20,6%

31,1%

29,4%

13,3%

Andar sempre bem informado das novidades do mercado(telemóveis, computadores portáteis, etc) contribui para a

Qualidade de Vida

Média = 2,86 Desvio-padrão = 1,06

Discordar totalmente 32 8,9%

Discordar 112 31,1%

Nem concordar nem discordar 112 31,1%

Concordar 82 22,8%

Concordar totalmente 22 6,1%

Total 360 100,0%

8,9%

31,1%

31,1%

22,8%

6,1%

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As pessoas com baixos índices académicos são mais felizesporque percebem menos a realidade

Média = 1,99 Desvio-padrão = 1,04

Discordar totalmente 148 41,1%

Discordar 110 30,6%

Nem concordar nem discordar 66 18,3%

Concordar 30 8,3%

Concordar totalmente 6 1,7%

Total 360 100,0%

41,1%

30,6%

18,3%

8,3%

1,7%

A minha Qualidade de Vida aumenta se vir as autoridadespoliciais nas ruas

Média = 3,33 Desvio-padrão = 0,98

Discordar totalmente 20 5,6%

Discordar 42 11,7%

Nem concordar nem discordar 128 35,6%

Concordar 140 38,9%

Concordar totalmente 30 8,3%

Total 360 100,0%

5,6%

11,7%

35,6%

38,9%

8,3%

Normalmente sinto-me bem com a vida

Média = 3,82 Desvio-padrão = 0,65

Discordar totalmente 4 1,1%

Discordar 8 2,2%

Nem concordar nem discordar 68 18,9%

Concordar 250 69,4%

Concordar totalmente 30 8,3%

Total 360 100,0%

1,1%

2,2%

18,9%

69,4%

8,3%

O Voluntariado e as Hortas Comunitárias beneficiam muitopouco a economia que se quer para o futuro

Média = 2,72 Desvio-padrão = 1,08

Discordar totalmente 42 11,7%

Discordar 128 35,6%

Nem concordar nem discordar 100 27,8%

Concordar 70 19,4%

Concordar totalmente 20 5,6%

Total 360 100,0%

11,7%

35,6%

27,8%

19,4%

5,6%

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A Qualidade de Vida dos cidadãos também se mede pelosbons automóveis que possuem

Média = 2,16 Desvio-padrão = 1,04

Discordar totalmente 112 31,1%

Discordar 128 35,6%

Nem concordar nem discordar 82 22,8%

Concordar 28 7,8%

Concordar totalmente 10 2,8%

Total 360 100,0%

31,1%

35,6%

22,8%

7,8%

2,8%

A espiritualidade é algo pouco relevante para a Qualidade deVida da maioria das pessoas

Média = 2,56 Desvio-padrão = 1,00

Discordar totalmente 60 16,7%

Discordar 108 30,0%

Nem concordar nem discordar 132 36,7%

Concordar 52 14,4%

Concordar totalmente 8 2,2%

Total 360 100,0%

16,7%

30,0%

36,7%

14,4%

2,2%

A alimentação já foi mais importante do que é agora, já queaté há famílias que preferem ter Internet

Média = 2,23 Desvio-padrão = 1,12

Discordar totalmente 114 31,7%

Discordar 120 33,3%

Nem concordar nem discordar 62 17,2%

Concordar 56 15,6%

Concordar totalmente 8 2,2%

Total 360 100,0%

31,7%

33,3%

17,2%

15,6%

2,2%

Page 123: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

AlírioCamposana

123

Sustentabilidade

O Estado, como organização, tem poucas responsabilidadesna Sustentabilidade

Média = 2,16 Desvio-padrão = 1,28

Discordar totalmente 150 41,7%

Discordar 98 27,2%

Nem concordar nem discordar 38 10,6%

Concordar 52 14,4%

Concordar totalmente 22 6,1%

Total 360 100,0%

41,7%

27,2%

10,6%

14,4%

6,1%

As melhores empresas preocupam-se com aSustentabilidade

Média = 3,69 Desvio-padrão = 1,10

Discordar totalmente 18 5,0%

Discordar 34 9,4%

Nem concordar nem discordar 80 22,2%

Concordar 136 37,8%

Concordar totalmente 92 25,6%

Total 360 100,0%

5,0%

9,4%

22,2%

37,8%

25,6%

As Câmaras Municipais manifestam preocupações com asustentabilidade ao administrarem o seu território

Média = 2,84 Desvio-padrão = 1,06

Discordar totalmente 38 10,6%

Discordar 102 28,3%

Nem concordar nem discordar 116 32,2%

Concordar 86 23,9%

Concordar totalmente 18 5,0%

Total 360 100,0%

10,6%

28,3%

32,2%

23,9%

5,0%

Page 124: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

AlírioCamposana

124

Os relatórios de sustentabilidade das empresas são poucoverdadeiros

Média = 3,46 Desvio-padrão = 0,77

Discordar totalmente 4 1,1%

Discordar 24 6,7%

Nem concordar nem discordar 162 45,0%

Concordar 144 40,0%

Concordar totalmente 26 7,2%

Total 360 100,0%

1,1%

6,7%

45,0%

40,0%

7,2%

As Câmaras Municipais têm mais onde gastar o dinheiro doque na Comunicação aos cidadãos

Média = 2,53 Desvio-padrão = 1,05

Discordar totalmente 54 15,0%

Discordar 146 40,6%

Nem concordar nem discordar 88 24,4%

Concordar 58 16,1%

Concordar totalmente 14 3,9%

Total 360 100,0%

15,0%

40,6%

24,4%

16,1%

3,9%

Os projetos municipais devem ser sustentáveis

Média = 4,42 Desvio-padrão = 0,65

Discordar totalmente 0 0,0%

Discordar 4 1,1%

Nem concordar nem discordar 20 5,6%

Concordar 158 43,9%

Concordar totalmente 178 49,4%

Total 360 100,0%

0,0%

1,1%

5,6%

43,9%

49,4%

A emissão, por parte das Câmaras Municipais de Relatóriosde Sustentabilidade, seria uma boa forma de empregar

alguns fundos públicos

Média = 3,75 Desvio-padrão = 0,90

Discordar totalmente 8 2,2%

Discordar 16 4,4%

Nem concordar nem discordar 106 29,4%

Concordar 158 43,9%

Concordar totalmente 72 20,0%

Total 360 100,0%

2,2%

4,4%

29,4%

43,9%

20,0%

Page 125: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

AlírioCamposana

125

O Estado em geral e as Autarquias em particular deverão daro exemplo em matérias de sustentabilidade (poupança

energética, de impactos nas populações, no Ambiente, naeconomia local, etc.)

Média = 4,54 Desvio-padrão = 0,71

Discordar totalmente 4 1,1%

Discordar 2 0,6%

Nem concordar nem discordar 16 4,4%

Concordar 110 30,6%

Concordar totalmente 228 63,3%

Total 360 100,0%

1,1%

0,6%

4,4%

30,6%

63,3%

Seria importante a emissão de Relatórios de Sustentabilidade,por parte da Autarquia e sua disponibilização de modo fácil

aos cidadãos

Média = 4,08 Desvio-padrão = 0,79

Discordar totalmente 2 0,6%

Discordar 4 1,1%

Nem concordar nem discordar 74 20,6%

Concordar 162 45,0%

Concordar totalmente 118 32,8%

Total 360 100,0%

0,6%

1,1%

20,6%

45,0%

32,8%

As competências dos Centros deInformação Autárquicos ao Consumidor, deveriam ser

alargadas para um melhor contributo para a Qualidade de Vidados cidadãos

Média = 4,06 Desvio-padrão = 0,82

Discordar totalmente 4 1,1%

Discordar 2 0,6%

Nem concordar nem discordar 82 22,8%

Concordar 154 42,8%

Concordar totalmente 118 32,8%

Total 360 100,0%

1,1%

0,6%

22,8%

42,8%

32,8%

Page 126: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

AlírioCamposana

126

ANEXO(3)

CruzamentodeVariáveis

QualidadedeVidaxFreguesiasdeResidência

Page 127: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

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23,3%

360

Pergunta7–Tenhoumaboaqualidadedevidaxfreguesiasderesidência

Page 128: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

AlírioCam

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128

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1,7%

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%84

23,3%

360

Pergunta8–Omeunúcleofamiliar(tipodefamíliatradicionalounão)éim

portantexfreguesiasderesidência

   

Page 129: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

AlírioCam

posana

129

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246,7

%84

23,3%

360

Pergunta9–Aestabilidadefinanceiraécadavezmaisimportantexfreguesiasderesidência

Page 130: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

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246,7

%84

23,3%

360

Pergunta10–Terequipam

entosdesaúdedeproximidadexfreguesiasresidência

Page 131: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

AlírioCam

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360

Pergunta11–Otrabalho/profissãoécadavezmaisessencialàminhaqualidadedevidaxfreguesiasderesidência

 

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Pergunta12–OAmbienteemgeraleodaminhacidadeem

particularem

muitoinfluenciam

aminhaqualidadedevidax

freguesiasderesidência

     

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Pergunta13–Termuitosam

igosmelhoraaminhaqualidadedevidaxfreguesiasderesidência

 

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Pergunta14–Valorizoasatividadesdesportivasedearlivrecom

opontoessencialdaminhaqualidadedevidaxfreguesiasde

residência

 

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Pergunta15–Terumhobbynãoéessencialparaum

aboaqualidadedevidaxfreguesiasderesidência

   

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246,7

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23,3%

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Pergunta16–Possuirhabitaçãoprópriaéterqualidadedevidaxfreguesiasderesidência

   

Page 137: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

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360

Pergunta17–Andarsem

prebeminform

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360

Pergunta18‐Aspessoascombaixosíndicesacadém

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menosarealidadexfreguesiasde

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Pergunta19–Aminhaqualidadedevidaaumentasevirasautoridadespoliciaisnasruasxfreguesiasderesidência

   

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Pergunta20–Ovoluntariadoeashortascomunitáriasbeneficiammuitopoucoaeconomiaquesequerparaofuturox

freguesiasderesidência

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360

Pergunta21–Normalmentesinto‐mebemcom

avidaxfreguesiasderesidência

           

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%84

23,3%

360

Pergunta22–Aqualidadedevidadoscidadãostambémsemedepelosbonsautom

óveisquepossuemxfreguesiasde

residência

         

Page 143: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

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Page 144: Projeto Profissional Mestrado Alirio Camposana Profissional... · Alírio Camposana 3 AGRADECIMENTOS Este capítulo que agora se encerra, este trabalho de estudo exploratório, importante

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