projeto polÍtico pedagÓgico para o ensino mÉdio · 7 histÓrico do estabelecimento o colégio...

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PARA O ENSINO MÉDIO 2012 COLÉGIO ESTADUAL DOUTOR CAMARGO - ENSINO MÉDIO Rua General Carneiro, 1047 - Centro - Doutor Camargo - PR CEP 87155-000 / Fone/Fax (44) 3238-1352

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PARA O

ENSINO MÉDIO

2012

COLÉGIO ESTADUAL DOUTOR CAMARGO - ENSINO MÉDIO Rua General Carneiro, 1047 - Centro - Doutor Camargo - PR

CEP 87155-000 / Fone/Fax (44) 3238-1352

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PARA O ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO

ESTADUAL DOUTOR CAMARGO

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ÍNDICE Introdução............................................................................................................................ Justificativa.......................................................................................................................... Identificação do Estabelecimento........................................................................................ Histórico do Estabelecimento.............................................................................................. Organização da Entidade Escolar......................................................................................... Organização Administrativa................................................................................................. Ofertas de Cursos e Turmas................................................................................................. Calendário Escolar................................................................................................................ Análise da Comunidade Escolar........................................................................................... Reflexões Sobre a Realidade................................................................................................ Considerações Sobre a Inclusão e Diversidade.................................................................... Reflexões Sobre Regras de Convivência Social .................................................................. Papéis dos Integrantes da Escola.......................................................................................... Diretor do Estabelecimento ................................................................................................. Participação das Instâncias Colegiadas na Gestão Democrática do Estabelecimento de Ensino .................................................................................................................................. Relações da Direção com a Comunidade Interna................................................................. Relações com NRE e SEED................................................................................................. Relação com Programas e Projetos do Governo Federal e Estadual.................................... Programas e Parcerias com Outras Instituições ................................................................... Estágios................................................................................................................................. Avaliação do Plano de Ação................................................................................................. Perfil do Professor................................................................................................................ Compete ao Corpo Docente................................................................................................. Compete a Equipe Pedagógica............................................................................................. Funcionamento da Secretaria................................................................................................ Compete ao Secretário.......................................................................................................... Funcionamento da Equipe Auxiliar Operacional................................................................. Compete aos Funcionários que Atuam nas Áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente............................................................................ Compete aos Funcionários que Atuam na Área de Alimentação Escolar............................ Conselho Escolar.................................................................................................................. Associação de Pais, Mestres e Funcionários........................................................................ Grêmio Estudantil................................................................................................................. Avaliação da Aprendizagem................................................................................................. Recuperação de Estudos....................................................................................................... Plano de Ação....................................................................................................................... Conselho de Classe............................................................................................................... Ações para Trabalhar a Indisciplina Escolar........................................................................ Conclusão............................................................................................................................. Referências Bibliográficas................................................................................................... Proposta Pedagógica Curricular...........................................................................................

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INTRODUÇÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional , Lei n° 9394, de 20/12/1996, em

seu artigo 12 determina : “ Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as

do seu sistema de ensino, terão a incumbência de : I – elaborar e executar sua proposta

pedagógica.” Entendemos que para que esta proposta se efetive na prática é importante a

participação de todos os segmentos da comunidade escolar . O artigo 13 estabelece : “ Os

docentes incumbir-se-ão de: I – participar da elaboração da proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino.” Temos ainda a Deliberação n° 14/99, que em seu artigo 2°

determina: “A elaboração da proposta pedagógica envolverá todos os segmentos da

comunidade escolar .”

Para que a escola efetivamente conduza o aluno à aprendizagem, entendemos ser

necessário considerar que esta proposta deva conter um projeto de educação que compreenda

nossas concepções a respeito da educação da pessoa humana que pretendemos formar e dos

valores que norteiam a vida em sociedade. Por sua vez, um projeto supõe projetos de cursos e

planos de ensino. E tudo isto, pressupõe trabalho coletivo.

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JUSTIFICATIVA

O projeto político pedagógico tem por objetivo organizar e explicitar a estrutura e

funcionamento do Ensino Médio do Colégio Estadual Doutor Camargo, bem como a sua

organização curricular, os conteúdos e metodologias de ensino e as formas de avaliação, de

modo a assegurar aos alunos as condições indispensáveis para o exercício da cidadania.

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IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

- COLÉGIO ESTADUAL DR. CAMARGO – ENSINO MÉDIO

- Código: 00017

- Endereço: Rua General Carneiro, 1047

- Telefone: (44) 3238 1352

- Município: Doutor Camargo Código: 0730

- Dependência Administrativa: Estadual

- NRE: Maringá Código: 019

- Entidade Mantenedora: Governo do Paraná

- Ato de autorização de Funcionamento do Colégio:

Resolução n° 2677/80 - D.O.E. 23 / 07 / 1980

- Ato de reconhecimento do Colégio:

Resolução n° 3045 / 81 - D.O.E. 12 / 01 / 1982

- Ato de renovação do reconhecimento do Colégio:

Resolução n° 5191 / 08 - D.O.E. 02 / 02 / 2009

Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: n° 55 de 20 / 01 / 09

- Distância do Colégio do NRE: 40 Km

- e-mail: [email protected] / [email protected]

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HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO O Colégio Estadual Doutor Camargo - Ensino Médio, localizado na cidade de Doutor

Camargo, Bairro Centro, à Rua General Carneiro, nº 1.047, tem por finalidade atendimento à

clientela que pretende dar continuidade aos estudos, ingressando em curso de Ensino Médio

no período diurno ou noturno, bem como garantia de conteúdos básicos universais para

formação necessária para o enfrentamento com vistas a transformação da realidade social,

econômica e política do seu tempo.

O Colégio Estadual Doutor Camargo é de propriedade do Governo do Estado do

Paraná, tendo o mesmo como entidade mantenedora e segue as diretrizes emanadas da

Secretaria de Estado da Educação.

O processo de formação do atual Colégio Estadual Doutor Camargo - Ensino Médio

tem a seguinte ordem:

01 - O Colégio Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau foi regulamentado pelo Decreto

de Criação nº 5.339/78, de 02 de agosto de 1978 e reorganizado pelo Decreto nº 2.677/80, de

21 de julho de 1980. O Parecer de aprovação do Plano de Implantação foi homologado pela

Resolução nº 142/79, publicada no Diário Oficial de 23 de julho de 1980, página 03.

02 - Em 21 de julho de 1980 foi criado e autorizado a funcionar pelo Decreto nº 2.677

o Complexo Escolar Padre José de Anchieta - Ensino de 1º e 2º Graus, no Município de

Doutor Camargo, resultante da reunião do Colégio Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau, do

Grupo Escolar Regente Feijó, com existência regular anterior, e da nova unidade escolar

denominada Escola Regente Feijó. O Colégio Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau e o Grupo

Escolar Regente Feijó, passaram então a constituir um único estabelecimento sob a

denominação de Colégio Doutor Camargo - Ensino de 1º e 2º Graus.

03 - Em 1981, através da Resolução nº 3.045/81, de 16 de dezembro de 1981, o

Colégio Doutor Camargo - Ensino de 1º e 2º Graus é reconhecido para oferecer o Curso de 2º

Grau Regular, com as Habilitações plenas de Contabilidade e Magistério. Pela Resolução nº

1.734/83, de 20 de maio de 1983 é acrescentada a palavra "Estadual" ao Complexo Escolar e

o Colégio Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau passa a denominar-se Colégio Estadual

Doutor Camargo - Ensino de 1º e 2º Graus, oferecendo ensino de 1ª à 4ª séries para o curso de

1º Grau e o curso de 2º Grau.

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04 - Em 24 de dezembro de 1991, a Resolução nº 4.528/91 autoriza, pela primeira vez

o funcionamento da 4ª série da Habilitação Técnico em Contabilidade no Colégio Estadual

Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau, que foi autorizada a funcionar consecutivamente até o

ano de 1999, quando do encerramento da oferta do referido curso.

05 - Em decorrência da suspensão das atividades escolares relativas ao 1º Grau do

Colégio Estadual Doutor Camargo - Ensino de 1º e 2º Graus, a partir de 11 de julho de 1992,

este passa a denominar-se Colégio Estadual Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau, conforme

Resolução Secretarial 1.822/92.

06 - Pela Resolução Nº 2.497/97, de 24 de julho de 1997, é autorizado a funcionar o

curso de Educação Geral, com escolha da Linha Universal - Preparação para o Trabalho e

implantação gradativa a partir do ano de 1997.

07 - A partir de 30 de setembro de 1998, através da Deliberação nº 003/98 - CEE e

Resolução Nº 3.120/98 - SEED, o Colégio passa a adotar nova nomenclatura: de Colégio

Estadual Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau, para Colégio Estadual Doutor Camargo -

Ensino Médio.

08 - O Ensino Médio, reconhecido pela Resolução nº 3856/99, de 04/10/99 e pelo

Parecer nº 241/99 – CEE adquire a renovação de reconhecimento através da Resolução nº

3367/04, de 8 de outubro de 2004 e do Parecer nº 1939/04 – CEF/SEED.

09 – Em 12 de novembro de 2008 o Ensino Médio adquire nova renovação através da

Resolução 5.191/08.

10 – No final de 2009 o CELEM – Curso Básico de Língua Espanhola foi implantado

no Estabelecimento de acordo com o disposto na Lei Federal nº 11.161/05, sendo que em

2010 passou a funcionar com 2 turmas no período da tarde e 1 turma no período da noite.

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ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

O Colégio Estadual Doutor Camargo foi inaugurado no ano de 1974. A primeira parte

do prédio contava com uma ala administrativa e com apenas 8 salas de aula. Atualmente

funciona em dualidade com o Colégio, uma escola municipalizada de Ensino Fundamental, a

Escola Municipal Padre Mateus Elias. O prédio conta com 15 salas de aula, das quais três

foram adaptadas para servirem de Laboratório de Informática para o Ensino Médio, Sala de

Vídeo e Sala de Biblioteca para o Ensino Fundamental. Os ambientes administrativos são

divididos entre as escolas e contam com salas de direção, de supervisão e secretarias em

espaços próprios. A sala de professores e a cozinha são usadas em conjunto, assim como os

pátios, sanitários e quadras-de-esportes. Há uma quadra e um palco cobertos e também uma

quadra menor sem cobertura. Ao lado da sala de entrada do Colégio há uma casa ocupada por

um zelador, onde mora um casal de funcionários da Prefeitura que cuida do prédio escolar nos

finais de semana, feriados e nas férias escolares. O Ensino Médio conta ainda com sala ampla

própria para Laboratório de Biologia, Física e Química e uma outra para a Biblioteca Escolar.

Uma sala utilizada antigamente como Escritório-Modelo, hoje serve como sala de reuniões e

vídeo para ambas as escolas. A área total do terreno onde se localiza o prédio do Colégio é de

6600 m2, sendo de 2363 m2 a área construída, exceto o terreno da quadra coberta que se

encontra ao lado do prédio escolar, em terreno doado ao Estado pela Prefeitura.

Apesar de dispor de um pátio coberto de tamanho razoável e de 4237 m2 de área livre,

a escola não dispõe de local apropriado para refeitório e depósito para merenda. O

Estabelecimento de Ensino oferta o Ensino Médio no período da manhã e no noturno. Neste

ano de 2010 apresentou cinco turmas de Ensino Médio no período matutino e quatro no

noturno, num total de nove turmas, com 289 matriculas. Ofertando também o Curso do

CELEM-Espanhol Básico e o Programa de Complementação Curricular Viva a Escola. Não

há a função para diretor auxiliar devido ao porte da escola não contemplar este cargo. A

função de Pedagogo apresenta uma demanda de 40 horas semanais, ocupada por dois cargos

de 20 horas neste ano de 2010. A secretaria conta com um secretário com disponibilidade de

40 horas semanais e dois auxiliares de 40 horas semanais cada. O setor de serviços gerais

conta com apenas três funcionários de 40 horas semanais cada. O corpo docente é composto

por 21 professores, sendo que alguns deles são temporários, pois estão suprindo professores

em licença.

Aspira-se mais funcionários para que estes possam atender a sala de Informática e

cuidar do pátio e portões. Necessitamos ainda de mais pessoas para os serviços gerais, pois a

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escola tem um número pequeno de turmas, mas o espaço físico para se fazer limpeza é

grande. Portanto, com a colaboração de todos e o Estado fazendo sua parte, poderemos

oferecer a esta comunidade um serviço de melhor qualidade e conseqüentemente um ensino

também melhor.

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Horário Das Aulas

Manhã: 1ª AULA: 7:30 ÀS 8:20

2ª AULA: 8:20 ÀS 9:10 3ª AULA: 9:10 ÀS 10:00 INTERVALO. 10:00 ÀS 10:10 4ª AULA: 10:10 ÀS 11:00 5ª AULA: 11:00 ÀS 11:50

Noite:

1ª AULA: 18:50 ÀS 19:40 2ª AULA: 19:40 ÀS 20:30 3ª AULA: 20:30 ÀS 21:20 INTERVALO: 21:20 ÀS 21:30 4ª AULA: 21:30 ÀS 22:15 5ª AULA: 22:15 ÀS 23:00

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OFERTA DE CURSOS E TURMAS - 2012

O Colégio Estadual Doutor Camargo - Ensino Médio oferta para o ano de 2012 os

seguintes cursos e turmas:

Período da manhã:

2 turmas de 1ª série de Ensino Médio

2 turmas de 2ª série de Ensino Médio

1 turma de 3ª série de Ensino Médio

Período da tarde:

1 turma de 1ª série do curso CELEM-Espanhol Básico

1 turma de 2ª série do curso CELEM-Espanhol Básico

Período noturno:

2 turmas de 1ª série de Ensino Médio

1 turma de 2ª série de Ensino Médio

1 turma de 3ª série de Ensino Médio

1 turma de 1ª série do curso CELEM-Espanhol Básico

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CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar, elaborado anualmente, deverá estar em consonância com as

Legislações Federal e Estadual em vigor.

O Calendário Escolar deve fixar:

a) início e término do ano letivo;

b) período de matrículas;

c) época para planejamento;

d) dias destinados a reuniões do Conselho de Classe e outros Colegiados;

e) dias de comemorações estabelecidos por Lei ou próprios do Colégio;

f) períodos de férias para professores e alunos.

Independentemente da carga horária semanal prevista na matriz curricular, deverá ser

garantido para cada aluno a carga horária anual mínima de oitocentas horas de aula e o

mínimo de duzentos dias letivos.

A proposta do Calendário Escolar anual, após aprovada pelo Conselho Escolar, será

encaminhada ao Núcleo Regional de Educação, em tempo hábil, para homologação e

acompanhamento.

As alterações do Calendário, no decorrer do ano letivo, determinadas por motivos

relevantes, devem ser encaminhadas e protocoladas no Núcleo Regional de Educação, em

tempo hábil, para as providências cabíveis.

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ANÁLISE DA COMUNIDADE ESCOLAR

O Colégio Estadual Doutor Camargo – Ensino Médio é um estabelecimento de ensino

de pequeno porte que oferta apenas o Ensino Médio, atendendo a um público oriundo de

famílias da classe média e classe baixa na maioria, cuja atividade profissional concentra-se no

setor primário e terciário da economia.

Parte dos alunos é filho de pequenos agricultores, uma outra parte filhos de

comerciantes e pequenos empresários e há outros provenientes de famílias carentes que

possuem trabalho temporário, principalmente na época de plantio e colheita. Como a cidade

não conta com um número suficiente de indústrias para suprir a demanda de mão-de-obra,

muitos se deslocam para cidades maiores em busca de emprego, sendo que alguns continuam

residindo nesta cidade, porém uma grande parte deles assim que termina o Ensino Médio

muda-se para centros urbanos maiores com o propósito de melhorar de vida.

Quanto a questão da continuidade dos estudos, é importante destacar que a grande

maioria dos alunos encerram os estudos ao término do Ensino Médio, embora estejamos a

pouca distância de centros urbanos que oferecem diversas possibilidades de cursos superiores

ou de formação profissional, aproximadamente, segundo pesquisa 16% dos ex-alunos está

cursando ensino superior, porque não tem condições de arcar com os custos de uma faculdade

particular ou não insiste em disputar uma vaga nas universidades públicas.

Temos percebido que a falta de perspectivas e o vislumbrar de um futuro pouco

promissor têm sido algumas das principais causas do desinteresse do jovem para com o

estudo. Entretanto, alguns dos nossos alunos têm procurado aprender uma profissão arcando

pela sua formação, destacando-se os cursos de mecânico, eletricista e costureiro.

Diante do exposto, temos a afirmar que o ensino desenvolvido por esta escola não

deve ser centrado na preparação do aluno para o vestibular, porém um ensino que procure

formar um sujeito crítico, íntegro, que saiba requerer seus direitos assim como reconhecer

seus deveres enquanto cidadão. Sabemos que esta é uma tarefa árdua, complexa e cheia de

obstáculos. Por isso, propomo-nos a pôr em prática este projeto. E para que os objetivos e

metas se efetivem, faz-se necessário que as ações se concretizem em fatos reais.

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REFLEXÕES SOBRE A REALIDADE

Propomo-nos a analisar não apenas a realidade local e regional, mas a conjuntura

nacional e toda a problemática que se apresenta nos dias atuais, fruto de desmandos de

décadas e de uma prática política que ao longo dos anos levaram à posição de terceiro mundo.

Não é nosso objetivo, através de uma análise rápida, apontarmos os vários problemas,

entendemos que os mesmos sempre farão parte deste ambiente e a escola enquanto local

privilegiado para a promoção da educação formal, contribuirá sobremaneira para se não

solução, ao menos, minimização dos problemas.

Entendemos que o ato de educar exige constantes revisões e avaliações do processo

educativo que deve ser aplicado à luz das peculiaridades e características do tempo em que

está ocorrendo a ação. Portanto, entendemos que a educação, em sentido amplo, deve cumprir

a dupla função de tratamento da herança cultural da humanidade no sentido da transmissão,

apropriação e socialização dos saberes culturais acumulados, assim como a preparação do ser

humano para enfrentar os obstáculos e desafios da vida, integrando a formação intelectual, a

consciência do valor do trabalho e o desenvolvimento de potencialidades criadoras do

indivíduo. A evolução da humanidade, em todos os campos do conhecimento, caminha

rapidamente e as transformações, pelas quais passa a sociedade, têm sido surpreendentes.

Entretanto, percebemos que, apesar de estudos profundos e do surgimento de teorias

importantes na área educacional, a metodologia que norteia a prática pedagógico-educativa

continua, em sua essência conservadora. Apesar da introdução da tecnologia na educação,

não dispomos de infra-estrutura adequada: prédios com instalações precárias, carência de sala

ambiente, inadequação de espaço para diversas práticas esportivas.

Considerando toda problemática, que enfrentamos e com o objetivo de educar, temos

ainda, que assumir o papel de agentes de transformação, pois trabalhamos visando o

aprimoramento da intelectualidade, e o desenvolvimento do ser humano para a superação dos

problemas que enfrentarão, assim como, conduzi-lo a despertar atitudes necessárias ao

convívio social.

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CONSIDERAÇÕES SOBRE A INCLUSÃO E DIVERSIDADE

Analisando as condições físicas e materiais apresentadas pelo prédio deste

Estabelecimento de Ensino, podemos afirmar que não é, no momento, um ambiente adaptado

para atender a alunos com necessidades especiais. Apesar de o prédio não apresentar muito

desnível entre os ambientes, o acesso às salas de vídeo, laboratório de ciências, quadra e é

dificultado por alguns degraus.

Em se tratando de atender alunos com necessidades especiais que não sejam físicas,

ainda não dispomos de profissional capacitado para esta tarefa. Em nosso ponto de vista,

deveria haver no Ensino Médio abertura de demanda para atender alunos que apresentam

necessidades especiais que possam ser trabalhados por profissionais capacitados, os quais

dariam suporte ao professor de cada disciplina, através de um trabalho integrado e que

promova a inclusão. Importante também seria oferecer atendimento especializado para os

alunos portadores de altas habilidades, através da abertura de demanda como acontece em

algumas escolas.

Para a efetivação de um trabalho que atenda a questão da inclusão, algumas ações se

fazem necessárias. Entendemos que o Estado é o primeiro responsável, seja pela adequação

do ambiente escolar ou pela abertura e suprimento de demanda necessária. Enquanto isso não

ocorre a contento, a escola tem procurado suprir algumas necessidades mais prementes, como

por exemplo, adaptação de certos espaços para atender esta clientela. Para alguns casos temos

procurado auxílio em outros órgãos públicos ou então o professor às vezes tem procurado dar

atendimento especial ao aluno, na medida do possível.

Esperamos, então, que o poder público faça a parte que lhe cabe e que a inclusão tão

propalada seja feita com a devida responsabilidade. Achamos não ser legal a pregação de que

queremos uma escola para todos e na realidade os que mais necessitam de apoio são delas

excluídos

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REFLEXÕES SOBRE REGRAS DE CONVIVÊNCIA SOCIAL

Sabemos que em toda sociedade organizada há regras de convivência que regem o

relacionamento humano, as quais são registradas através da escrita ou oralmente. A escola que

é um espaço onde a convivência e as relações humanas se efetivam, não poderia deixar de ter

estabelecidas suas normas, regras ou códigos de conduta registrados em documentos oficiais

que recebem denominações diversas, tais como: regulamentos, regimentos ou estatutos.

Acreditamos que a aplicação de “leis” torna-se um problema mais sério quando se trata de

lidar com seres humanos em plena formação, que são as crianças e os adolescentes, pois a

fase pela qual atravessam é comprovadamente problemática e complexa. Considerando ainda

a influência da família, da época e do meio em que vivem, as pessoas apresentam uma grande

diversidade de crenças, valores e conceitos que geralmente se chocam uns com os outros.

Considerando ainda que a escola é um espaço com exigências e rigor quanto ao cumprimento

de horários e freqüência quase que obrigatória, é também um espaço de trabalho e de

cobrança não só por parte dos professores, assim como dos setores administrativos e

pedagógico, portanto, o aluno está ali para cumprir uma obrigação imposta pela família ou

por uma estrutura social que quer fazer-lhe acreditar que estudar é importante para o futuro.

Depois destas reflexões, queremos registrar que em nosso ponto de vista a escola deve

preparar alunos ativos e críticos em relação a sociedade posta.

Entretanto, para que a escola cumpra a contento o papel que lhe cabe, enquanto

entidade que influencia grandemente a formação e a transformação de uma comunidade,

sociedade ou nação, partimos do princípio que as regras, as normas, as leis não devem ser

apenas impostas, mas têm que brotar no seio e do anseio da comunidade. Algumas ações que

já desenvolvemos e procuraremos continuar fazendo cada vez melhor é dar direito de vez e

voz a toda comunidade escolar, seja ela interna ou externa, assim estaremos colocando em

prática aquilo que se propaga nos quatro cantos desse imenso País, o exercício pleno da

democracia. Portanto, algumas das ações propostas são:

a. Participação efetiva dos órgãos colegiados, sejam eles, a A.P.M.F., o Conselho

Escolar e o Grêmio Estudantil na administração do Colégio Estadual Doutor

Camargo.

b. Realização de reuniões, debates, seminários, palestras com a comunidade escolar e

com todos os segmentos que tiverem interesse na solução de problemas que

envolvam a educação.

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c. Apoio à formação de atitudes que promovam a valorização da Escola perante toda a

comunidade, proporcionando a participação da família na resolução de problemas

pontuais.

d. Incentivo à formação de lideranças em todas as salas de aula além do Grêmio

Estudantil, as quais possam ser os porta-vozes dos anseios dos educandos frente ao

professorado e equipe administrativo-pedagógica do Colégio.

e. Participação efetiva dos educandos nos eventos promovidos pela escola, sejam eles

de cunho cultural, social ou desportivo, tais como: feiras de ciências, festival de

artes, concursos de poesias, de redação, olímpiadas, projetos, Fera Com Ciência ,

PAS, ENEM, Educação Fiscal , festividades diversas e jogos escolares.

Poderíamos enumerar muitas outras ações para promover a participação de todos e

desenvolver a noção de cidadão consciente de seus direitos e deveres, porém entendemos que

estas questões são suficientes para desenvolvermos um trabalho a contento. E quanto às

questões da aceitação das regras e normas que estão escritas nos documentos oficiais,

obedecê-las ou não é uma questão de consciência e entendimento de que elas farão parte da

formação do indivíduo, preferencialmente para a formação de um cidadão íntegro, crítico e

autônomo. É o que desejamos, pois assim estaremos fazendo a nossa parte para a formação de

uma sociedade mais humana, justa e igualitária.

PAPÉIS DOS INTEGRANTES DA ESCOLA Diretores de escolas, equipe pedagógica , equipe administrativa e docentes são

responsáveis pela condução e organização das instituições de educação públicas e privadas,

tanto dedicadas a políticas educacionais, quanto ao ensino, propriamente dito. Devem

trabalhar em equipe, visando a excelência do processo educativo e do ambiente escolar. São

várias as funções exercidas por esses profissionais dentro das escolas.

DIRETOR DO ESTABELECIMENTO Diretores administram, dirigem e coordenam todas as atividades do estabelecimento.

As atividades do diretor incluem:

– coordenar o planejamento das atividades;

– cuidar do recrutamento e dispensa de pessoal ;

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– montar o horário com o apoio da equipe técnica;

– dar atendimento a professores, alunos e pais;

– coordenar o funcionamento da secretária e responder pelo orçamento anual;

– cuidar para que as leis referentes ao ensino sejam cumpridas;

– integrar a escola à comunidade e a família, organizando reuniões e promovendo

eventos diversos.

Representa a configuração da atividade administrativa, responsável geral pelo

desenvolvimento das atividades escolares e pelo adequado desempenho de um grupo de

profissionais com relação ao alcance de um objeto estabelecido. Em suas atividades ele deve

administrar: os recursos materiais necessários à escola; o pessoal escolar em geral

(aproveitamento, distribuição de funções...); o corpo discente (organização e distribuição de

aulas...) e a estrutura total da escola (incluindo a formal e a informal).

O Regimento Interno da escola atribui a função específica do Diretor, sendo que as

linhas gerais traçadas acima são uma constante na maioria deles.

O comportamento do Diretor abrange três dimensões: como autoridade escolar, como

educador e como administrador. O conjunto de suas funções pode estar agrupado em três

funções: pedagógica, social e burocrática. Para a execução destas funções dele são esperadas

três habilidades: técnica, humana e conceitual.

A LDB 9394/96 estabelece em seu Capítulo I, seção II, artigo 15, § 1° que para ocupar

o cargo de Diretor, é exigido o nível universitário, recomendando-se formação pedagógica.

PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS NA GESTÃO DE MOCRÁTICA

DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO:

SITUAÇÃO ATUAL DO CONSELHO ESCOLAR:

No Colégio Estadual Dr. Camargo-E.M. o Conselho Escolar atual está oficialmente

homologado através do Ato Administrativo nº 287/2008, datado de 03 de outubro de 2008,

sendo seus membros escolhidos de acordo com o que preconiza o Estatuto. A atuação e a

participação de cada um dos seguimentos constituintes tem se efetivado satisfatoriamente

durante todas as gestões frente à direção da escola, portanto podemos afirmar que temos

procurado alcançar os objetivos propostos e colocado em prática as atribuições determinadas

no Estatuto próprio.

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PROPOSTAS DE TRABALHO:

- Continuar proporcionando a participação efetiva do Conselho Escolar na discussão

de assuntos educacionais relevantes e na busca de solução para os problemas que se

apresentarem.

- Cumprir com o que determina o Estatuto do Conselho Escolar em sua íntegra,

dispensando atenção especial ao item que descreve sobre a natureza desta instância

colegiada, ou sejam elas: deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora.

- Propor a realização de debates, palestras e seminários com a comunidade interna e

externa, abordando assuntos contemporâneos os mais diversos que possam contribuir

para a solução de problemas educacionais, sociais, de saúde pública, comportamentais

etc.

SITUAÇÃO ATUAL DA APMF:

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual Dr. Camargo está

legalmente constituída, possui toda documentação em ordem e Estatuto próprio de acordo

com as leis atuais. Assim como o Conselho Escolar, a APMF deste Estabelecimento de

Ensino tem tido participação efetiva, buscando atingir os objetivos traçados e pôr em prática

as atribuições que lhe são inerentes. Portanto, tem sido de grande valia a participação e a

colaboração desta instância na administração escolar a fim de se praticar uma gestão

verdadeiramente democrática.

PROPOSTAS DE TRABALHO:

- Proporcionar a participação efetiva da APMF na discussão e na busca de soluções

das problemáticas que lhe competem, de acordo com o que determina o Estatuto

próprio.

- Realizar reuniões, palestras, debates com a comunidade, sob a coordenação da

APMF, com o propósito de aproximar esta mesma comunidade da escola.

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SITUAÇÃO ATUAL DO GRÊMIO ESTUDANTIL:

O Grêmio Estudantil deste Estabelecimento de Ensino foi criado há muitos anos,

possui Estatuto próprio e atualizado e sua atuação tem sido satisfatória. Temos percebido no

decorrer dos anos frente a direção deste Estabelecimento de Ensino que a existência desta

agremiação está condicionada ao incentivo dispensado principalmente pela pessoa do diretor.

Nestes quinze anos em que já estive frente à direção deste Colégio, tenho dado o maior apoio

e respaldo à formação de Grêmios Estudantis.

PROPOSTAS DE TRABALHO:

- Dar condições e total apoio para a continuidade do Grêmio Estudantil, de acordo

com o que estabelece o Estatuto da referida agremiação.

- Apoiar a realização de atividades culturais, artísticas ou desportivas que possam ser

promovidas pelo Grêmio Estudantil e que venham de encontro com o Projeto Político

Pedagógico desta escola.

- Incentivar a participação do Grêmio Estudantil em eventos promovidos pelos setores

governamentais ou das entidades representativas superiores, tais como: UBES, UPES

ou UNE.

RELAÇÕES DA DIREÇÃO COM A COMUNIDADE INTERNA

SITUAÇÃO ATUAL:

Nosso relacionamento com o corpo docente e equipe pedagógica tem sido pautado

pelo respeito, pela prática de uma gestão participativa e pelo reconhecimento da importância

do trabalho que cada um desenvolve. Procuramos dar o respaldo necessário ao professor para

que ele possa desenvolver um bom trabalho na sala de aula, seja no aspecto pedagógico frente

aos alunos, seja nos momentos de discussão dos planos e projetos que a escola se propõe a

desenvolver. Na medida do possível temos suprido as necessidades de materiais

imprescindíveis para se oferecer um bom ensino e temos feito o possível para que os

equipamentos estejam todos funcionando normalmente. A organização da hora-atividade tem

21

sido organizada dentro da escola no sentido de otimizar o trabalho do professor e respeitar a

solicitação do Núcleo Regional de Educação de acordo com o grupo de disciplinas. Temos

dado o máximo apoio e condições para que o corpo docente e equipe pedagógica possam

participar dos cursos de capacitação e de aperfeiçoamento promovidos pelos órgãos

governamentais ou por instituições que promovem a educação, sejam elas faculdades, outras

escolas, sindicatos etc.

A equipe técnica administrativa e de apoio deste Estabelecimento de Ensino tem sido

competentes no trabalho, cumpridores das atribuições que a cada um compete. Por isso, o

relacionamento, na maioria das vezes, tem sido cordial, respeitoso e pautado pela

responsabilidade inerente a cada função.

Com referência ao relacionamento com os alunos, não temos tido grandes problemas,

por se tratar de uma cidade pequena e geralmente conhecemos o educando desde seu

nascimento. Este fato tem contribuído para solucionar alguns problemas antes que se agrave.

Apesar de tudo, o que mais nos angustia é a falta de interesse pelos estudos da grande maioria

dos alunos. Este é um desafio que temos que vencer.

Quanto ao relacionamento com os pais e/ou responsáveis pelos alunos podemos

afirmar que tem sido satisfatório. Algumas dificuldades encontradas é no sentido de trazer os

pais para participarem de reuniões e palestras promovidas pela escola. Este fato ocorre com

maior intensidade quando o educando adentra o Ensino Médio, pois a maioria se considera

responsável pelos próprios atos, sejam eles bons ou ruins, desprezando a intromissão de

alguém que ficou responsável por ele no ato da matrícula. Um ponto positivo a ressaltar é a

vinda dos pais ou responsáveis quando são chamados individualmente para tratar de

problemas do próprio filho ou filha.

Em relação aos documentos legais desta escola temos a informar que o Regimento

Escolar está sendo reformulado atualmente para se adequar às novas leis maiores de nosso

País. O Projeto Político Pedagógico (PPP) está em contínua revisão e reformulação e dele faz

parte a Proposta Pedagógica Curricular (PPC) que se encontra sendo aplicada de acordo com

as diretrizes emanadas da Secretaria de Estado de Educação. O Plano de Trabalho Docente

(PTD) é de responsabilidade dos professores e está sob a orientação e coordenação da equipe

pedagógica.

PROPOSTAS DE TRABALHO:

- Proporcionar a participação dos professores, dos funcionários, dos alunos e da

22

comunidade na administração da Escola, promovendo uma gestão plenamente

democrática.

- Valorizar o trabalho individual e coletivo dos elementos que compõem a comunidade

escolar, proporcionando a divulgação das ações que se descartarem.

- Suprir as demandas de materiais pedagógicos e equipamentos necessários ao bom

desenvolvimento das atividades escolares e que venham contribuir para a melhoria da

qualidade de ensino desenvolvida por esta instituição de ensino.

- Oferecer condições para o bom desempenho do trabalho desenvolvido pela

Secretaria da Escola, pelas serventes e merendeiras, distribuindo os horários de modo

a otimizar o atendimento ao público.

- Estabelecer amplo diálogo com a comunidade externa no sentido de promover a

maior participação da mesma na discussão dos assuntos educacionais.

RELAÇÕES COM O NRE E SEED

SITUAÇÃO ATUAL:

Em se tratando do relacionamento com o NRE e a SEED podemos afirmar que este

tem se pautado pela cordialidade e pelo respeito mútuo. Temos procurado dar total apoio aos

projetos criados e apresentados pela SEED, os quais têm muito contribuído para a melhoria da

educação. Temos dado total apoio e incentivo, tanto ao corpo docente assim como aos demais

setores para que participem continuamente dos cursos de formação continuada, sejam eles

presenciais ou oferecidos pelos meios de comunicação e internet.

PROPOSTAS DE TRABALHO:

- Criar condições dentro do Calendário Escolar para a participação em cursos,

reuniões, seminários ou grupo de estudos promovidos pela SEED, NRE ou outras

instituições que tratam da educação.

- Ampliar o acervo da Biblioteca do Professor e atualizar o acervo de áudio e vídeo,

proporcionando ao professor diversas fontes de pesquisa que possam contribuir

também para o aperfeiçoamento do mesmo.

- Participar enquanto diretor de todos os cursos de capacitação oferecidos pela

23

Secretaria de Estado de Educação ou pelo Núcleo Regional de Educação, a fim de

melhorar cada vez mais a atuação frente à administração deste Estabelecimento de

Ensino.

- Estabelecer intercâmbio com as escolas da região e manter bom relacionamento com

o Núcleo Regional de Educação e com a Secretaria Estadual de Educação.

RELAÇÃO COM PROGRAMAS E PROJETOS DO GOVERNO FEDERAL E

ESTADUAL

SITUAÇÃO ATUAL:

Dentre os programas e projetos do Governo Federal, destacam-se o Programa Dinheiro

Direto na Escola (PDDE), que se iniciou a partir do ano de 2009 por ser considerado o Ensino

Médio como parte da Educação Básica. Outro projeto é o Projeto Nacional de Informática na

Educação (PROINFO), o qual equipou com mais 16 computadores o laboratório de

informática. Com relação ao Programa Bolsa Família temos a inclusão de alguns poucos

alunos, pois se trata de alunos do Ensino Médio e não tão carentes em sua maioria. Temos

alunos participando do Projeto Pró-Jovem, projeto este que se desenvolve em parceria com o

Governo Municipal e tem contribuído para o aperfeiçoamento do educando em geral. Quanto

aos programas e projetos estaduais podemos contar com o Serviço de Atendimento à Rede de

Escolarização Hospitalar (SAREH); Atividades de Complementação Curricular em

contraturno.

PROGRAMAS E PARCERIAS COM OUTRAS INSTITUIÇÕES

SITUAÇÃO ATUAL:

O Colégio estadual Doutor Camargo funciona em dualidade com uma escola

municipalizada desde o ano de 1992 e este fato tem colocado a Prefeitura Municipal também

como responsável pela conservação e manutenção no prédio escolar. Apesar desta Prefeitura

estar em situação financeira bastante ruim, o prefeito atual, que continuará no próximo

mandato, fez um compromisso de continuar colaborando com o que for possível. Atualmente

o prédio escolar está bastante avariado, principalmente os telhados e a pintura, necessitando

de uma reforma urgente. Também se faz necessário a adequação de alguns ambientes para a

24

melhoria das ações pedagógicas e a construção de dispositivos de segurança de acordo com o

laudo do Corpo de Bombeiros. Necessitamos também da construção de uma residência

apropriada para o caseiro, pois o mesmo ocupa um espaço adaptado dentro de um dos blocos

do setor administrativo, situação esta que causa muitos transtornos devido a falta de espaço

para acomodar as duas escolas.

ESTÁGIOS:

O Colégio Estadual Doutor Camargo Ensino Médio não contempla estágio

obrigatório pois o curso de ensino médio ofertado não é voltado para a formação profissional

do aluno. Entretanto, de acordo nº 11.788 de 25/09/2008 o estágio ofertado é o não

obrigatório, desenvolvido como atividade operacional, devendo ser acrescido a carga horária

regular e obrigatória.

De acordo com o Regimento Escolar o estágio ofertado pelo Colégio Estadual Doutor

Camargo será acompanhado pela equipe pedagógica, com duração não superior a 2 anos, para

alunos maiores de 16 anos, sendo a carga horária não superior a 6 horas diárias, perfazendo

um total de 30 horas semanais de trabalho.

A Instituição de Ensino, a parte empregatícia e o educando deverão celebrar um termo

de compromisso para realização do estágio.

Quanto a realização de estágios obrigatórios não remunerados de cursos de formação

de docentes, este Estabelecimento de Ensino receberá os estagiários, sempre monitorado com

o professor da disciplina e acompanhado pela Equipe Pedagógica.

PROPOSTAS DE TRABALHO:

- Buscar recursos junto aos órgãos competentes para a melhoria do prédio escolar,

bem como reivindicar a construção e ampliação de diversos ambientes na Unidade

Escolar.

- Buscar parcerias junto à Prefeitura Municipal e com as empresas da cidade e região

para promover melhorias no aspecto físico do prédio assim como no desenvolvimento

de atividades pedagógicas.

- Promover a integração do Colégio Estadual Doutor Camargo com as demais escolas

do Município, buscando a melhoria da qualidade da educação oferecida à comunidade

camarguense.

25

AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

Na prática pedagógica entendemos a avaliação como uma das atividades mais

complexas, pois atribuir valores a algo incomensurável depende de atitudes subjetivas.

Analisando o plano a que propomos desenvolver à luz da razão, podemos apontar alguns

mecanismos que servirão como balizamento para a tomada de decisões e a retomada de novos

rumos quando necessário, a fim de se alcançar satisfatoriamente os objetivos propostos.

Passamos então a discorrer sobre alguns mecanismos dos quais nos utilizaremos para

avaliar a execução do Plano de Ação.

AVALIAÇÃO PELOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários, o Conselho Escolar e o Grêmio

Estudantil deverão fazer, como entidades legalmente constituídas na escola e representativos

de todos os segmentos da comunidade escolar, uma avaliação bimestral do Plano de Ação,

através de reuniões próprias para este fim, utilizando-se da análise de todos os objetivos

apresentados, conferindo notas ou conceitos a cada item.

AVALIAÇÃO PELO CORPO DOCENTE, FUNCIONÁRIOS, EQUIPE

ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA

A avaliação deverá ser feita através de uma ampla discussão por parte de cada

segmento, em reuniões convocadas para este fim, analisando minuciosamente o Plano de

Ação a fim de verificar os pontos importantes e as prioridades que requerem maior atenção.

Além da avaliação conjunta, temos intenção de apresentar um formulário com questões para

serem respondidas individualmente, onde poderão ser registradas sugestões e críticas, que irão

contribuir para a revisão e realimentação do plano, a fim de se corrigir as distorções numa

constante retomada das ações para otimizar o trabalho.

AVALIAÇÃO PELO CORPO DISCENTE E PELOS PAIS OU RESPONSÁVEIS

O corpo discente, além de estar representado no Grêmio Estudantil e no Conselho

Escolar, deverá fazer uma avaliação individual e através dos representantes de turma sob a

coordenação da equipe pedagógica e dos professores representantes da turma se houver. Os

26

pais ou responsáveis deverão ser convocados para reuniões para o fim específico de avaliar

não somente o desenvolvimento do plano, mas todos os setores da escola e os serviços

prestados. Para formalizar as avaliações, tanto dos alunos como dos responsáveis pelos

mesmos, deverão ser utilizados questionamentos onde poderão registrar suas intenções através

de menções, notas ou conceitos, além de opiniões, críticas e sugestões, no intuito de melhorar

o trabalho escolar.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E/OU PELO NRE/SEED

Se a avaliação institucional ocorrer será um importante instrumento de coletas de

dados para verificar o desenvolvimento de todo o trabalho escolar e conseqüentemente da

direção. Além dessa avaliação ou se a mesma não ocorrer é importante que o Núcleo

Regional de Educação realize uma avaliação envolvendo cada segmento da comunidade

escolar, com o intuito de aprimorar o plano e sua aplicação.

Portanto, consideramos ser a avaliação requisito de suma importância, principalmente

em se tratando de questões educacionais, as quais envolvem um grau de complexidade

elevado. Por isso, a contribuição de todos torna-se imprescindível, pois poderão também

sentir-se responsáveis pelas ações que irão contribuir para a melhoria da Educação.

PERFIL DO PROFESSOR Os Professores do Ensino Médio são profissionais conscientes de seu papel de

educador desenvolvendo conteúdos científicos dentro do planejamento de suas disciplinas. A

maioria dos professores são especialistas, há um mestre e uma professora PDE. Imbuídos em

renovar e atualizar seus conhecimentos para proporcionar ao educando um ensino dinâmico,

criativo, incentivador que estimule a aprender, raciocinar e criar, adequando os ensinamentos

a cada faixa etária e a cada contexto sócio-econômico. Além dos conteúdos científicos,

professores também procuram formar no educando atitudes de solidariedade,consciência de

cidadania, valores éticos e respeito à diversidade.

Cabe ao professor considerar a relevância social de suas atribuições, mantendo

condutas condizentes com a sua profissão de Educador.

27

COMPETE AO CORPO DOCENTE

- participar da elaboração da proposta pedagógica deste Estabelecimento de Ensino;

- elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica deste

Estabelecimento de Ensino;

- zelar pela aprendizagem dos alunos;

- estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

- ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente

dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento

profissional;

- colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;

- elaborar com a Equipe Pedagógica, o Currículo Pleno deste Estabelecimento de

Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da

Educação;

- escolher, juntamente com a Equipe Pedagógica, livros e materiais didáticos

comprometidos com a política educacional da Secretaria de Estado da Educação;

- desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do

conhecimento pelo aluno;

- proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e crítica do

conhecimento filosófico-científico pelo aluno;

- promover e participar de reuniões de estudo, encontros, cursos, seminários e outros

eventos tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;

- assegurar que não ocorra, no âmbito escolar, tratamento discriminativo de cor, raça,

sexo, religião e classe social;

- estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando sempre o respeito

humano ao aluno;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;

- participar da elaboração dos planos de recuperação a serem proporcionados aos

alunos, que obtiveram resultados de aprendizagem abaixo dos desejados, e executá-

los em sala de aula;

- proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e deste

Estabelecimento com vistas ao melhor rendimento do processo ensino-aprendizagem;

28

- participar de Conselhos de Classe, Reuniões Pedagógicas, Cursos, Encontros,

Grupos de Estudo e outros eventos.

COMPETE A EQUIPE PEDAGÓGICA - subsidiar a direção com critérios para a definição do Calendário Escolar, organização

das classes, do horário semanal e distribuição de aulas;

- elaborar com o corpo docente, o currículo pleno deste Estabelecimento, em

consonância com as Diretrizes Pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação;

- assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos

pedagógicos desenvolvidos neste Estabelecimento de Ensino;

- elaborar o Regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com seu responsável;

- orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia do seu espaço

pedagógico;

- acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no sentido de

analisar os resultados da aprendizagem com vistas a sua melhoria;

- subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações relativas aos

serviços de ensino prestados por este Estabelecimento e ao rendimento do trabalho

escolar;

- promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o

aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;

- acompanhar a execução dos planos de recuperação a serem proporcionados aos

alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;

- analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento de

transferências, de acordo com a legislação vigente;

- propor à Direção a implementação de projetos de enriquecimento curricular a serem

desenvolvidos por este Estabelecimento e coordená-los, se aprovados;

- coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, se adotados por este

Estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela

Secretaria de Estado da Educação;

- instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual deste

Estabelecimento de Ensino, a partir do rendimento escolar, do acompanhamento de

egressos, de consultas e levantamentos junto à comunidade;

29

- participar de cursos, seminários, reuniões, encontros, grupos de estudo e outros

eventos;

- exercer as demais atribuições decorrentes deste Regimento e no que concerne à

especificidade de cada função.

FUNCIONAMENTO DA SECRETARIA

A Secretaria é o setor que tem a seu cargo todo o serviço de escrituração escolar e

correspondência deste Estabelecimento de Ensino.

Os serviços de Secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção, ficando a

ela subordinados.

O cargo de Secretário é exercido por um profissional devidamente qualificado para o

exercício dessa função, indicado pelo Diretor deste Estabelecimento, de acordo com as

normas vigentes.

Parágrafo Único - O Secretário terá tantos auxiliares quantos permitidos pela

Secretaria de Estado da Educação, em ato específico.

COMPETE AO SECRETÁRIO

- cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;

- distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus auxiliares;

- redigir a correspondência que lhe for confiada;

- organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de

serviço, circulares, resoluções e demais documentos;

- rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;

- elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades superiores;

- apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados;

- organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de

assentamento dos alunos, de forma a permitir em qualquer época, a verificação:

a) da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;

b) da autenticidade dos documentos escolares.

- coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência, adaptação e conclusão de curso;

30

- zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à Secretaria;

- comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na Secretaria.

- A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o expediente da

Secretaria conte com a presença de um responsável, independentemente da duração do

ano letivo, em todos os turnos de funcionamento deste Estabelecimento de Ensino.

FUNCIONAMENTO DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL

A equipe auxiliar operacional tem a seu encargo o serviço de manutenção,

preservação, segurança e merenda escolar deste Estabelecimento de Ensino, sendo

coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.

Compõem a equipe auxiliar operacional os funcionários que atuam nas Áreas de

Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação

Escolar e Interação com o Educando.

COMPETE AOS FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NAS ÁREAS DE MA NUTENÇÃO

DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMB IENTE:

- efetuar a limpeza ;

- manter em ordem as instalações escolares;

- solicitar o material e produtos necessários para o desenvolvimento de suas tarefas;

- efetuar tarefas correlatas à sua função;

- participar de encontros, cursos, seminários, reuniões, grupos de estudos e outros

eventos para seu aperfeiçoamento profissional.

COMPETE AOS FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NA ÁREA DE ALIME NTAÇÃO

ESCOLAR:

- preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativamente e

qualitativamente;

- informar o Diretor deste Estabelecimento de Ensino, da necessidade de reposição de

estoque;

- conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho,

procedendo a limpeza e arrumação;

31

- efetuar tarefas correlatas à sua função;

- participar de encontros, cursos, seminários, reuniões, grupos de estudos e outros

eventos para seu aperfeiçoamento profissional.

CONSELHO ESCOLAR

De acordo com o que determina seu estatuto próprio, o Conselho Escolar do Colégio

Estadual Doutor Camargo é um órgão colegiado, de natureza deliberativa, consultiva,

avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e

administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes

educacionais da SEED, observando a Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto Político – Pedagógico e o

Regimento do Estabelecimento de Ensino, para o cumprimento da função social e específica

da escola.

O Conselho Escolar não deve ter finalidade e/ou vínculo político – partidário,

religioso, racial, étnico ou de qualquer natureza e seus membros não recebem qualquer tipo de

remuneração ou benefício por participar do colegiado. É concebido numa perspectiva de

democratização da escola e constitui-se como órgão máximo de direção, sendo composto por

representantes dos profissionais da educação atuantes na escola, alunos regularmente

matriculados e freqüentes, pais e/ou responsáveis pelos alunos assim como representantes de

segmentos organizados da sociedade.

O Conselho Escolar do Colégio Estadual Doutor Camargo em atividade desde outubro

de 2011 tem a seguinte composição:

DIRETOR E PRESIDENTE:

- Sergio Nilto Furini

REPRESENTANTES DA EQUIPE PEDAGÓGICA:

- Edna Botti Montanha

REPRESENTANTES DO CORPO DOCENTE:

- Ileni Maria Passareli

- Cleide Aparecida Dias Marcusso

REPRESENTANTES DA EQUIPE TÉCNICA-ADMINISTRATIVA E

ASSISTÊNCIA DE EXECUÇÃO:

32

- Wanderlei Reino

- Sirlene Aparecida Santi

REPRESENTANTES DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL:

- Dalva da Cruz Salvi

- Cleide Aparecida Soares Fernandes

REPRESENTANTES DO GRÊMIO ESTUDANTIL/ALUNOS:

- Lara Taísa Martins da Silva

- Rafaela Ghiraldi Rocha

REPRESENTANTES DE PAIS DE ALUNOS:

- Adelia Alcântara da Silva Picolli

- Cornélia Martins da Silva

REPRESENTANTES DA APMF:

- Marilda Bueno dos Santos

- José Antonio Garcia

REPRESENTANTES DE MOVIMENTOS SOCIAIS:

- João Avelino José da Silva

- Olímpia de Souza Romero

ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão cooperador e tem por

finalidade a integração da família no processo educacional, visando o aprimoramento da

formação do educando.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários será constituída pelo corpo docente,

pais de alunos matriculados neste Estabelecimento de Ensino e funcionários.

As atividades da Associação de Pais, Mestres e Funcionários serão regidas por

Estatuto próprio, devidamente aprovado em Assembléia Geral e registrado em Cartório de

Registro de Títulos e Documentos, obedecendo o disposto na Lei Estadual nº 7.962/84, de 22

de novembro de 1984 e demais dispositivos legais.

33

Diretoria da APMF – Gestão 2011/2012:

PRESIDENTE:

Alcides Miguel da Silva

VICE-PRESIDENTE:

Marilda Bueno dos Santos

1º TESOUREIRO:

Octávio Ghiraldi

2º TESOUREIRO:

Valmir Palhari Paio

1º SECRETÁRIO:

Wanderlei Reino

2º SECRETÁRIO:

Thaizi Vieira Lucisano

1º DIRETOR SÓCIO CULTURAL E ESPORTIVO:

Edna Botti Montanha

2º DIRETOR SÓCIO CULTURAL E ESPORTIVO:

Eduardo Hluchow

Membros do Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF:

REPRESENTANTES DOS PROFESSORES:

- Aparecida de Fatima Camarotto Azevedo

- Fábio Rodrigo Lucisano

REPRESENTANTES DOS FUNCIONÁRIOS:

- Iracilda Aparecida dos Santos da Silva

- Nair de Lourdes Siquerolo da Silva

REPRESENTANTES DOS PAIS DE ALUNOS:

- José Antonio Garcia

- Sebastião Cardoso

- Zenaide Antonia da Silva Gameleira

- Elio Rodrigues da Silva

34

GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil é um órgão que congrega todos os alunos deste Estabelecimento

de Ensino com a finalidade de promover a colaboração, a participação e desenvolver atitudes

dentro dos padrões democráticos.

A organização e o funcionamento do Grêmio Estudantil deverão estar definidos em

Estatuto próprio, elaborado pela diretoria, aprovado por Assembléia Geral dos alunos e

homologado pela Direção deste Estabelecimento e/ou Conselho Escolar.

Diretoria Do Grêmio Estudantil - 2011

PRESIDENTE:

- Lara Taísa Martins da Silva

VICE-PRESIDENTE:

- Fernanda da Silva Baeta

1° TESOUREIRO:

- Samantha Godoy

2° TESOUREIRO:

- Alan Aparecido Barbosa de Carvalho

1° SECRETÁRIO:

- Bianca da Silva Lopes

2° SECRETARIO:

- Gabriel Renan Pereira Marques da Silva

DIRETOR DE ESPORTES:

- Catyellen Geovanna Victor de Souza

DIRETOR SÓCIO-CULTURAL:

- Eduardo Vieira dos Santos

DIRETOR DE IMPRENSA:

- Rafaela Ghiraldi Rocha

DIRETOR DE SAÚDE E MEIO AMBIENTE:

- Raysa Matsumura

35

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Na prática pedagógica entendemos a avaliação como uma das atividades mais

complexas de se realizar, pois atribui valores a algo que na essência é imensurável e depende

de julgamento subjetivo e aplicação de critérios abstratos.

Segundo a legislação, a avaliação é um dos aspectos de ensino pelo qual o professor

estuda e interpreta os dados de aprendizagem e de seu próprio trabalho com a finalidade de

acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar

resultados e estabelecer-lhes valor. Afirma ainda que na avaliação serão utilizados os

seguintes critérios:

- Observação contínua e permanente do desempenho do aluno nas diversas áreas de

conhecimento, habilidades e participação nas atividades desenvolvidas.

- Respeito à realidade cognitiva do aluno.

- Ênfase aos aspectos qualitativos da aprendizagem.

- Ênfase na atividade crítica de síntese e elaboração pessoal de cada aluno.

- Avaliação oral, testes e trabalhos individuais ou coletivos, pesquisas, entrevistas,

auto-avaliação e outros instrumentos que se fizerem necessários.

Para que a avaliação cumpra seu papel é importante destacar que deverá ser aplicada

não somente em relação à aprendizagem do educando, mas que também sirva de subsídios

para analisar o trabalho docente. Deverá ser contínua, permanente e cumulativa com

preponderância dos aspectos qualitativos da aprendizagem, dando-se maior importância à

atividade crítica, à capacidade de síntese e a elaboração pessoal, sobre a memorização. É

importante destacar que não poderão ser utilizados para a formação da avaliação elementos

subjetivos, tais como: comportamento, assiduidade e pontualidade.

Neste estabelecimento de Ensino os resultados das avaliações serão computados

semestralmente e expressos em notas, por disciplinas, de 0 (zero) a 10,0 (dez), sendo que o

rendimento mínimo será 6,0 (seis).

Para o cálculo da média anual será usada a seguinte fórmula:

M . A=1°Semestre+2°Semestre

2

36

É importante destacar que para a definição da média semestral o aluno será submetido

a várias oportunidades de aferição. Ficou definido em reunião própria com a finalidade de

tratar da questão da avaliação que do máximo de 10,0 (dez) pontos que o aluno poderá

alcançar, até 7,0 (sete) pontos serão determinados pela realização de testes ou provas,

avaliação oral, com ênfase na elaboração pessoal de cada aluno, e até 3,0 (três) pontos através

da realização de trabalhos individuais e / ou coletivos, pesquisas, entrevistas etc. Para que a

avaliação se efetive de maneira satisfatória, faz-se necessário destacar mais uma vez, deverá

ser dado maior importância a atividade crítica, à capacidade de síntese e a elaboração pessoal,

sobre a memorização.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Aos alunos que demonstrarem rendimento insuficiente, este Estabelecimento de

Ensino irá ofertar a recuperação paralela, com o objetivo de proporcionar melhoria de

conteúdo e rendimento e será desenvolvida durante todo o ano letivo. Para a aferição no

semestre o professor deverá considerar a aprendizagem do aluno no decorrer do processo e

entre as notas de avaliação normais e as de recuperação, deverá prevalecer as de maior valor.

Para que a recuperação paralela se efetive na prática, algumas intervenções

pedagógicas serão necessárias. Para alguns alunos faz-se necessário o atendimento

individualizado. É o que faz e continuará fazendo os professores, dando atendimento extra

classe ao aluno com dificuldades, utilizando-se da hora atividade, se necessário. Outra ação

importante a desenvolver é a monitoria, em que alguns alunos darão assistência a outros em

período de contra-turno e / ou feriados, sábados e recessos escolares. Vamos pleitear junto aos

órgãos governamentais a implantação da sala de recursos ou de apoio. Além disso, temos

previsão de termos professores que deverão se dispor a dar reforço escolar utilizando-se as

horas/aulas excedentes.

A comunicação dos resultados e médias semestrais será feita diretamente ao aluno

quando maior de idade e também aos pais quando menor, através de fichas próprias, assim

como divulgada em edital dentro do recinto escolar.

Como considerações finais, queremos destacar que a legislação está posta e a análise

que fazemos dela é que a priori ela determina que todo educando tem direito a entrar em uma

escola, nela permanecer o tempo estabelecido para vencer as etapas da aprendizagem e dela

37

sair tendo o sucesso como parte de sua vida. Depreende-se disso tudo que a reprovação nada

de útil acrescenta ao educando, no sentido de contribuir para a melhoria do ensino e da

aprendizagem.

PLANO DE AÇÃO Em nossa prática cotidiana, às vezes nos perguntamos por que criar tantos planos e

projetos para executarmos nosso trabalho. Porém, ao refletirmos que há em nossos menores

atos a ação de planejar, desde quando acordamos todas as manhãs e iniciamos nossas diversas

atividades. Entendemos, portanto, que esse planejar no dia a dia é desprovido de formalidades

e muito raramente dispomos de um registro de tudo o que pretendemos e precisamos fazer

durante aquele dia ou por um certo período de tempo. Muitas vezes registramos as idéias e

aspirações futuras e até determinamos um cronograma para a concretização daquilo que

queremos que se realize em nossas vidas. Temos claro que o objetivo de tudo isso é a busca

da satisfação , da realização pessoal e da felicidade. Como não poderia ser diferente, os

objetivos, as ações e metas a se atingir no campo educacional, também devem ser

cuidadosamente traçados e elaborados de tal maneira que todos os envolvidos no processo se

sintam co-responsáveis pela realização dos mesmos.

O Colégio Estadual Doutor Camargo, assim como toda e qualquer escola, tem como

função primordial trabalhar o conhecimento, tendo explicitado em seu Projeto Político

Pedagógico a proposta de formar um sujeito crítico, íntegro, que saiba reivindicar seus

direitos mas também que seja ciente de seus deveres. A arte do ensinar e do aprender

demanda uma tarefa além de difícil, complexa e cheia de obstáculos, pois envolve uma gama

de relações e sentimentos inerentes ao ser humano que nem sempre se apresentam em

harmonia.

Considerando a situação em que se encontra a sociedade nos dias atuais e os avanços

científico-tecnológicos que nos causam perplexidade e considerando também a rapidez em

que as mudanças culturais ocorrem em tempos de globalização, faz-se necessário mais do que

nunca que as ações sejam pensadas e planejadas à luz do conhecimento que a humanidade

vem adquirindo. Por isso, a atividade de projetar e planejar faz-se necessária, para que os

objetivos e metas se efetivem de fato e as ações se concretizem na realidade.

38

CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é preventivo, sendo não só um espaço de acertos de conta e sim

de busca de alternativas para a superação dos problemas. É o momento de rever as relações

pedagógicas alternativas e contribuir para alterar a própria organização do trabalho

pedagógico.

Sendo este um espaço de diálogo entre diferentes posturas possibilitando que os

pontos de vista sejam relativizados, diminuindo, assim, os erros de avaliação que tanto tem

prejudicado os alunos especialmente aqueles das camadas populares . E permitindo a

produção de conhecimentos mais próximo do real ( DALBEN, 2006 p.73).

Busca-se romper com a prática de se levar resultados prontos para serem discutidos

formalmente no momento do Conselho de Classe, momento que é de desenvolver a

capacidade crítica, o que implica na capacidade de refletir sobre a própria prática e a de

colocar-se no lugar do outro.

Portanto conselho de classe é uma ação preventiva / participativa e operacional, onde a

função da Equipe Pedagógica é a de direcionar as ações para a transformação focando o

processo ensino / aprendizagem, devendo ser o conselho de classe um caminho e não um

obstáculo.

39

AÇÕES PARA TRABALHAR A INDISCIPLINA ESCOLAR:

- Elaboração de regras de conduta com a participação de toda comunidade escolar

(contrato didático).

- Realização de palestras sobre leis e estatutos que tratam da questão dos direitos e

deveres do cidadão.

- Promoção de atividades esportivas, como campeonatos internos e com outras escolas

da região.

- Realização de atividades extracurriculares, tais como gincanas, feiras de ciências,

cultura e artes, que proporcionem maior interesse por parte do aluno.

- Execução de músicas durante o recreio e quando possível durante as aulas.

- Utilização de metodologias diferenciadas e de técnicas que despertem maior

interesse no aluno para aprender.

- Uso mais freqüente e planejado de atividades que demandam o uso de aparelhos

eletrônicos, tais como: filmes, transparências, internet etc.

- Maior participação do corpo docente nas discussões dos problemas da escola,

delegando responsabilidades aos mesmos.

- Explicitação aos alunos sobre o planejamento de cada disciplina e sobre o sistema de

avaliação registrado no Projeto Político Pedagógico.

- Participação efetiva do Conselho Escolar e do Conselho Tutelar no sentido de

contribuir para o bom andamento da ordem e da disciplina na escola.

40

CONCLUSÃO

O Projeto que nos propomos a desenvolver foi coletivamente construído,

fundamentado por inúmeras discussões e análises sobre os mais diversos assuntos que

envolvem a educação. Por se tratar de um projeto, entende-se que está inconcluso, por isso

estará indefinidamente aberto a propostas que contribuam para seu aperfeiçoamento,

proporcionando espaço para sua realimentação constante.

Cientes que somos, portanto, da problemática que envolve a Educação, no sentido

amplo da palavra, partindo do entendimento da realidade para chegarmos a um ponto

satisfatório no futuro, que seja melhor do que hoje está posto, precisamos contar com a

participação efetiva de todos os envolvidos no processo educacional. As sugestões, opiniões e

críticas construtivas emanadas da comunidade interna e externa poderão contribuir para a

melhoria da prática educativa. O diálogo, a compreensão e a cooperação deverão estar

presentes no cotidiano da escola, pois nos dias atuais não há lugar para discursos demagógicos

nem para planos utópicos. O sucesso deste projeto depende da união e do engajamento de

todos, irmanados no propósito de alcançar os objetivos propostos e atingir as metas traçadas.

É o que desejamos para termos uma educação cada vez melhor, a qual temos certeza, estará

contribuindo para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.

41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GADOTI, M. Pressupostos do Projeto Político-Pedagógico. In: O Projeto Pedagógico da

Escola . Brasília : MEC/SE ; 1994 .

VEIGA, I. Passos A. Projeto Político da Escola : um construção coletiva. Projeto Político

Pedagógico da Escola : uma construção possível / Ilma P. A . Veiga (org.). Campinas,

SP: Papirus, 1995, p.11-35.

._________________ Perspectivas para reflexão em torno do projeto político-pedagógico. In :

VEIGA, I.P.A. e RESENDE, L.M.G. de (orgs). Escola: espaço do projeto político-

pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998, p. 9 – 32 .

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional . Lei n° 9394/96 . Brasília , 1996.

REVISTA CONTEXTO & EDUCAÇÃO. Ijuí , RS : Livraria Unijuí Editora, nº 18, 1990.

ROSSA , Leandro. Projeto Político Pedagógico : uma construção coletiva, inclusiva e

solidária . Revista da AEC . Brasília , v. 28, n° 111 , p. 63 – 72, abr / jun / 1999.

LUCKESI, Cipriano Carlos . Avaliação da Aprendizagem Escolar : estudos e proposições. 14.

ed. – São Paulo : Cortez , 2002.

SEVERINO, Antonio Joaquim . O Projeto Político Pedagógico : a saída para a escola. Revista

da AEC . Brasília , v. 27 , n. 107, p. 81 – 91, abr / jun / 1998.

MELO, Maria Tereza L. Gestão Educacional : os desafios do cotidiano escolar . In : Por uma

nova esfera pública : a experiência do orçamento participativo / Milton B. Fischer e

Jacqueline Moll ( orgs.) Petrópolis , RJ : Vozes, 2000 , p. 243-254.

BOFF, Leonardo. Projetos Políticos e modelos de cidadania . In : BOFF, L . Depois de 500

anos : que Brasil queremos ? Petrópolis , RJ : Vozes , 2000 . p. 57 – 74.

BRASIL. Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio dos estudantes.

42

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

43

DISCIPLINA: ARTE

JUSTIFICATIVA

A arte está presente desde os primórdios da humanidade e pode ser compreendidas

através da história, manifestada nas diferentes culturas e de várias maneiras, como por

exemplo, em objetos usados em rituais, utilitários, artísticos e estéticos. É, portanto um

processo de humanização, onde o ser humano produz novas maneiras de ver e sentir, que se

diferenciam a cada momento histórico e em cada cultura. Por isso é importante que se

compreenda as determinações econômicas e sociais que interferem diretamente a relação entre

os homens, os homens e os objetos, para compreender a relatividade do valor estético e as

funções que a arte tem cumprido historicamente e que se relaciona com o modo de

organização da sociedade.

Pela arte o ser humano se torna consciente de sua existência enquanto ser individual e

social, através de questionamentos que o leve a interpretar o mundo e a si mesmo. A arte

possibilita o desprender da obviedade atribuída aos objetos e às coisas, desafiando,

contradizendo e fomentando emoções e sentidos as suas contradições.

Para dar suporte ao ensino da arte, torna-se fundamental interferir nos sentidos,

expandir a visão de mundo e o seu espírito crítico, situar-se como sujeito de sua história,

legitimada culturalmente no tempo e no espaço. Pois se trata de um ser pensante, que

interpreta e da sentido ao mundo, a sua vida e à sua história.

A educação em arte ganha crescente importância quando se pensa na formação

necessária para uma adequada inserção social, cultural e profissional do jovem

contemporâneo.

A arte conquistou seu espaço no campo educacional como uma importante área de

conhecimento e não apenas como meio de destacar dons. Devemos nos libertar das

concepções de mimeses, representações, expressões e formalismo, uma vez que elas limitam e

condicionam a concepção da arte em apenas uma dimensão; mas sim compreender a arte em

sua complexidade, essência, representação e realidade que esta proporciona ao promover uma

visão de mundo do artista e retratar aspectos ideológicos, políticos e socioculturais. Nesta

nova concepção, a arte pode ser compreendida na estética, na política, religião, ideologia,

como utilitarista ou mágica, transformando-se em mercadoria ou meramente proporcionar

prazer.

44

Seu ensino se justifica por ter uma característica própria e peculiar em sua relação com

as outras disciplinas. Sendo assim seu conhecimento somente se efetivará na inter-relação de

saberes que se concretiza na experimentação estética por meio da percepção, da análise, da

criação/produção e da contextualização histórica. E para essa efetivação, são imprescindíveis

os campos conceituais relativos ao objeto de estudo desta disciplina: o conhecimento estético;

o conhecimento artístico; o conhecimento contextualizado. Devemos ter claro que o ensino de

arte amplia o repertório cultural do aluno a partir destes conhecimentos citados, aproximando-

se do universo cultural da humanidade nas diversas representações. Para tanto, o objetivo que

norteia o ensino de Arte é o desenvolvimento de uma práxis, articulando os aspectos teóricos

e metodológico, para que o próprio aluno possa criar formas singulares de pensamento,

aprender e expandir suas potencialidades criativas. Pretende-se ainda levar o aluno a

apropriação do conhecimento de arte por meio de um processo criador que transforme o real e

produza novas formas de ver e sentir o mundo. Sob tal perspectiva, três interpretações

fundamentais da arte são consideradas: arte e ideologia, arte e seu conhecimento e arte e

trabalho criador.

Nesta perspectiva a educação em arte ganha crescente importância quando se pensa na

formação necessária para uma adequada inserção social, cultural e profissional do educando

contemporâneo, possibilitando-o um novo ouvir, mais crítico, um interpretar da realidade

além das aparências, criando uma nova realidade, uma fruição e expressão artística.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

A pedagogia histórico-crítica elaborada por Saviani propõe oferecer ao educando

acesso aos conhecimentos das culturas para uma prática social transformadora, uma vez que a

escola é um instrumento para a transformação social e, através da disciplina de arte o aluno

estará sendo formado pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho

artístico.

No encaminhamento metodológico, o que norteia o trabalho da Arte é o conhecimento.

Assim o professor deve considerar para quem, como, por que e o que será trabalhado em

termos metodológicos, pautando seu trabalho pela relação que o ser humano tem com a arte.

Desta forma é preciso completar três momentos da organização pedagógica:

- o sentir e perceber que são formas de apreciação e apropriação da obra de arte;

- o trabalho artístico, que é a prática de uma obra;

45

- o conhecimento em arte, que fundamenta a possibilidade ao aluno que sinta e

perceba a obra artística, bem como desenvolva um trabalho que forma conceitos

artísticos.

No sentir e perceber os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro, Dança e

Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de manifestações artísticas

com contribuição da cultura africana. O professor deverá possibilitar este acesso e mediar o

sentir e perceber como conhecimento sobre a arte, para que o aluno possa interpretar as obras,

transcender aparências e aprender pela arte aspectos da realidade humana, em sua dimensão

singular e social. Já o conhecimento em arte, cabe ao professor materializar através dos

trabalhos com os conteúdos estruturantes e como eles se constituem nas Artes Visuais, Dança,

Música e Teatro. O professor deverá considerar a origem cultural do grupo social do aluno e

trabalhar nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade. Além disso, também

deverá discutir como as manifestações artísticas podem produzir significados na vida do

aluno, tanto na criação como na fruição de uma obra. E finalmente a prática artística que é o

exercício da imaginação e da criação. Momento este em que o aluno interioriza e se

familiariza com o processo artístico e humaniza seus sentimentos. Por isso é importante que o

aluno realize trabalhos onde possa sentir e perceber o conhecimento em arte. Assim as aulas

podem ser planejadas com recursos e características específicas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

O currículo para a disciplina de Arte, no Ensino Médio, deve ser organizado de forma

a preservar o direito do aluno em ter acesso ao conhecimento sistematizado em arte. Desta

forma para que o processo pedagógico se efetive, espera-se que o professor tenha como

conhecimento de formação: Artes Visuais, Teatro, Música e Dança; que faça relação com os

saberes de outras áreas de arte, e que proporcione ao aluno uma perspectiva de abrangência de

conhecimento em arte produzida historicamente pela humanidade. Por isso optou-se por uma

proposta de organização curricular a partir de conteúdos estruturantes, os quais constituem

uma identidade para a disciplina e uma prática pedagógica que inclui quatro áreas de arte:

movimento e período; tempo e espaço.

Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são

interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas o trabalho destes conteúdos deve ser

feito de modo simultâneo, pois os elementos formais, organizados por meio da técnica, do

46

estilo e do conhecimento em arte constituirão a composição, que se materializa como obra de

arte nos movimentos e períodos.

Destaca-se que os conteúdos estruturantes apresentados pelo DCE serão trabalhados

na primeira série do ensino médio, uma vez que é nesta série que a disciplina de arte é

contemplada, em nossa instituição, com duas aulas semanais. Durante esta série serão

trabalhada as quatro áreas de Arte: Artes Visuais, Dança, Teatro e Música.

Serão enfocados os acumulados dos alunos, seus elementos formais, que são os

recursos artísticos empregados numa obra, como o timbre em música, a cor em artes visuais,

personagem no teatro ou o corpo na dança; a composição, que nada mais é que o processo de

organização e desdobramento dos elementos formais que constituem uma produção artística,

pois com a organização dos elementos formais de cada área de Arte, formulam-se todas as

obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou dança, na imensa variedade de técnica e estilo;

movimento e período, com destaque pelo contexto histórico, e explicando as relações internas

ou externas de um movimento artístico em suas especificidades, gênero, estilo e correntes

artísticas, este conteúdo deverá estar presente em vários momentos do ensino; e, por último,

tempo e espaço, que é na verdade uma categoria articuladora na Arte, pois está presente em

todas as áreas da disciplina e é conteúdo específico dos elementos formais, da composição e

dos movimentos e períodos. Além disso, é também social porque a arte tem peculiaridade de

poder alterar a noção de tempo e de espaço do ser humano, historicamente, e, em particular,

do sujeito do século XXI, em decorrência do surgimento das novas tecnologias e dos meios de

comunicação presentes no mundo globalizado.

ÁREA: ARTES VISUAIS

Conteúdos Estruturantes:

- Elementos formais;

- Composição

- Movimentos e Períodos

Conteúdo Específico:

- Elementos formais: pontos, linha, superfície, textura, forma, cor, luz e volume;

47

- Composição: bidimensional, tridimensional, figurativo, abstrato, perspectiva,

semelhança, ritmo visual, simetria, deformação, estilização contraste.

- Técnica: pintura, desenho, modelagem, fotografia, gravuras e esculturas, arquitetura,

história em quadrinho...

- Gênero: paisagem, natureza morta,cenas do cotidiano, histórica religiosa e

mitológica...

- Movimento e período:

Arte do Paleolítico Inferior e Superior;

Arte do Neolítico;

Arte no Egito;

Arte da Civilização Egéia;

Arte na Grécia;

Arte em Roma;

Arte Cristã Primitiva;

Arte Bizantina;

Arte da Europa Ocidental no início da Idade Média;

Arte Românica;

Arte Gótica;

Arte Pré-colombiana;

O Renascimento na Itália;

O Renascimento na Alemanha e nos países Baixos;

O Barroco na Itália;

O Barroco na Espanha e nos Países Baixos;

O Barroco no Brasil.

Arte Africana.

Objetivo:

- Conhecer, compreender, valorizar e apreciar a arte em toda a sua universalidade;

- Apropriação prática e teórica de técnica e modos de composição visual.

- Identificar a arte como forma de expressão e comunicação do homem numa

perspectiva histórica.

- Interpretar a função da arte como um dos instrumentos transformadores da história

da humanidade, preservada pelos Patrimônios da Humanidade.

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Metodologia:

- Aprofundamento dos conteúdos do ensino fundamental de acordo com a experiência

cultural e escolar do aluno;

- Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos.

- Teoria das artes visuais;

- Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição,

com enfoque nas diversas culturas;

- Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e

mídias;

- Aulas expositivas, pesquisas diversas, atividades teóricas e práticas no caderno,

leitura de imagens, análise reflexiva.

Recursos didáticos:

- Livros, revistas, lápis grafite 2B e 6 B, cola, tesoura, elementos para

composição(lantejoula, lã, botões...), purpurina, tinta, TV pendrive, DVD ...

ÁREA: ARTE DANÇA

Conteúdos Estruturantes:

- Elementos formais;

- Composição

- Movimentos e Períodos

Conteúdo Específico:

- Elementos formais: movimento corporal, tempo, espaço;

- Composição: ponto de apoio, peso, fluxo,queda, salto, giro, rolamento,

extensão(perto e longe);

- Coreografia e deslocamento

- Gênero: performance e moderna

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- Movimento e período:

Vanguarda;

Dança moderna

Dança contemporânea.

Objetivo:

- Compreender o caráter criativo da arte como ideologia e fator de transformação

social;

- Percepção dos diferentes modos de se fazer dança e sua função social;

- Compreensão das diferentes formas de danças populares, suas origens e práticas;

- Apropriação prática e teórica de técnica e modos de composição da dança.

Metodologia:

- Percepção dos modos de se fazer dança, através de diferentes espaços onde é

elaborada a e executada.

- Teoria da dança;

- Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composições.

- Apreciação, reflexão e identificação de diferentes tipo de dança através de TV

pendrive.

Recursos didáticos:

- Aparelho de som, TV pendrive, DVD, CD, pesquisa na internet, ...

ÁREA: ARTE TEATRO

Conteúdos Estruturantes:

- Elementos formais;

- Composição

- Movimentos e Períodos

Conteúdo Específico:

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- Elementos formais: personagens, (expressões corporais, gestuais, vocais e faciais),

ação, espaço;

- Composição: representação, leitura dramática, cenografia.

• Gêneros: tragédia, comédia, drama e épico, dramaturgia, representação nas

mídias, cenografia, roteiro, sonoplastia figurino e iluminação, direção e

figurino.

• Técnica: jogos teatrais, mímicas, improvisação, ensaio, encenação e leitura

dramática;

- Movimento e período:

Teatro Grego Romano,

Teatro Medieval,

Teatro Brasileiro,

Teatro Paranaense,

Teatro Popular,

Teatro Do Oprimido,

Teatro Renascentista,

Teatro Comédia.

Objetivo:

- Compreensão das diferentes formas de danças populares, suas origens e práticas

contemporâneas.

- Apropriação prática e teórica de técnica e modos de composição da dança.

Metodologia:

- Percepção dos modos de se fazer dança, através de diferentes espaços onde é

elaborada a e executada.

- Teoria da dança;

- Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composições.

Recursos didáticos:

51

- Livros, revistas, lápis grafite 2B e 6 B, cola, tesoura, elementos para composição

(lantejoula, lã, botões, tecido, tinta, roupas, TV pendrive, DVD)

ÁREA: ARTE MÚSICA

Conteúdos Estruturantes:

- Elementos formais;

- Composição

- Movimentos e Períodos

Conteúdo Específico:

- Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade;

- Composição: ritmo, melodia, harmonia;

- Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico e pop...

- Técnica: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, improvisação;

- Movimento e período:

- Musica popular brasileira;

- Técnica (ocidental e oriental),

- Paranaense,

- Africana,

- Vanguarda

- Latino-Americana,

- Renascimento

- Neoclássica.

Objetivo:

- Compreensão das diferentes formas de musicais populares e clássicas, suas origens e

práticas dentro de cada período.

- Apropriação prática e teórica de técnica e modos de composição musical.

Metodologia:

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- Percepção dos modos de se fazer musica, através de diferentes formas musicais

- Teoria da música;

- Produção de trabalhos musicais com características populares.

- Apresentação de diferentes gêneros musicais, período e características;

- Análise reflexiva e comparativa entre obras de artes visuais e a música;

- Análises musicais reflexivas.

AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de arte conforme as Diretrizes Curriculares deverá ser

diagnóstica e processual. No primeiro caso permite que o professor possa planejar sua aula,

pois mesmo que estejam definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e profundidade

de sua abordagem, dependem do conhecimento que o aluno trazem consigo. Sendo

processual ela discute dificuldades e progresso de cada um a partir do processo de produção,

verificando-se o pensamento estético e levando-se em conta a sistematização dos

conhecimentos para leitura da realidade.

Ainda conforme as DCE, a avaliação de arte deverá superar o papel de mero

instrumento de mediação da apreensão do conteúdo, buscando propiciar aprendizagem

socialmente significativa para o aluno. No ensino médio, é importante que o professor tenha

em vista que os alunos já apresentam uma vivência maior e um capital cultural constituídos

em outros espaços sociais além da escola, como a família, grupos sociais, associações,

religião. Eles tem ainda um percurso mais amplo, com conhecimento artístico relativo a

Dança, Teatro, Artes Visuais e Música. Diante disso o professor deve fazer um levantamento

das formas artísticas que os alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar

um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Sendo que este conhecimento

acumulado do estudante deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo, deve

constituir referencia para o professor propor abordagens diferenciadas.

O professor deve ter em mente que sua prática pedagógica, na disciplina de Arte, ele

participa do processo e compartilha da produção do aluno, permitindo que se saia do lugar

comum, dos gostos pessoais, de modo que se desvincule de uma prática pedagógica

pragmatista, caracterizada pela produção de resultados e valorização tão somente do

espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera critérios que dialogam com

os limites do gosto e da afinidade, uma vez que o conhecimento permite objetivar o subjetivo.

53

Para tanto a fim de se obter uma avaliação efetiva e individual do grupo, são

necessários vários instrumentos de verificação, como o diagnóstico inicial e o

acompanhamento da aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de

trabalhos artísticos, pesquisas e provas teóricas e práticas.

54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, F. DE. A cultura brasileira. 5 ed. Ver. E ampl. São Paulo: Melhoramentos:

USP.

BAKITIM, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BARBOSA, A.M.B. Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo, Atica, 1996.

FERRAZ, Maria Heloisa C. T. & FUSARI, Maria F. R. Artena educação escolar. São Paulo:

Cortez, 1992.

FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

KOUDELA, I. D. Jogos teatrais. 4 ed. São Paulo: Perspectiva, 2001

OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. Rio de Janeiro. Campus, 1983.

SEED. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Rede

Pública da Educação Básica do estado do Paraná. Arte e Arte. Curitiba 2006.

55

DISCIPLINA: BIOLOGIA

JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia estuda os fenômenos da vida em sua complexidade de

relações na organização dos seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, no

estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade genética,

hereditariedade e relações ecológicas, e das implicações dos avanços biológicos no fenômeno

vida.

A Biologia ocupa hoje lugar de destaque entre ciências, principalmente graças ao

avanço e a divulgação do conhecimento. Cada vez mais na área das ciências biológica tem

trazido informações que visam melhorar a qualidade do meio ambiente, aumentar a oferta de

alimentos, aprimorar as condições de saúde e desenvolver mecanismos que regem a vida.

Essas informações precisam ser compreendidas por pessoas das mais diversas áreas de

atuação. Diariamente grande quantidade de informações veiculadas pelos meios de

comunicação se refere a fatos, cujo entendimento depende do domínio de conhecimentos

científicos. Nesses últimos anos em especial os conhecimentos biológicos tem estado presente

em nossa vida com uma freqüência incomum, dado avanço dessa ciência em alguns de seus

domínios. A linguagem cientifica tem, crescentemente integrado nosso vocabulário, temos

como DNA, cromossomos, genoma, clonagem, efeito estufa, transgênico não são

completamente desconhecidos dos indivíduos minimamente informados.

Como noticia política, como noticia econômica, como parte de uma discussão ética,

assuntos biológicos cruzam os muros acadêmicos e são discutidos em jornais e revistas de

grande circulação ou em programas de entretenimento veiculados, pela TV. Dominar

conhecimentos biológicos para compreender os debates contemporâneos e deles participar, no

entanto constituem apenas uma das finalidades de estudo dessa ciência no âmbito escolar.

Embora sendo uma ciência complexa, em que fenômenos estudados geralmente são

cercados por variações, os fenômenos biológicos desenvolvem-se segundo determinados

padrões, mas dentro de uma faixa de variação individual que precisa ser considerada e

compreendida. Os seres vivos são organismo que mantém complexas relações entre si e com

todo o ambiente físico, compondo com este um complexo conhecido por ecossistema, cujo

equilíbrio depende da preservação da vida na terá.

A disciplina de Biologia tem por objetivo o estudo dos fenômenos da vida e sua

diversidade de manifestação. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos

56

organizados e integrados a nível de célula, de um individuo ou ainda dos organismos no seu

meio. Assim o aluno deve ser capacitado para julgar as intervenções do homem no ambiente e

o aproveitamento dos recursos naturais.

- Compreender a ciência como atividade humana, histórica associada a aspectos de

ordem social econômica, política e cultural.

- Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e

condição de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica e compreender a

tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, mas sabendo elaborar juízo

sobre riscos e benefícios das práticas tecnológicas.

- Compreender a natureza como uma intricada rede de relações um todo dinâmico, do

qual o ser humano é parte integrante. Como ela interage, dela depende e nela interfere,

reduzindo seu grau de dependência, mas jamais sendo independente, identificar a

condição do ser humano de agente e paciente de transformações intencionais por ele

produzido.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a abordagem dos

conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que , ao

introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a

diversidade biológica, agrupando-os e caracterizando-os, seja possível, também, discutir o

mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento

natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo “classificação

dos seres vivos” não se restringe a um único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem

pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo “organismos geneticamente

modificados”, partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do DNA,

comparando-as com os processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando

à classificação dos seres vivos.

Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro

conteúdos estruturantes. Outro contexto é a abordagem do funcionamento dos sistemas que

constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos

Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos, que permitirá

estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive, a célula, seus

componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba que a célula

57

tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos, quanto um

elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma

forma, a abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da

existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade,

envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio

ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos tem sofrido modificações

naturais e as produzidas pelo homem.

O ensino dos conteúdos de biologia apontam as seguintes estratégias metodológicas de

ensino:

- Levantamento do conhecimento do aluno a respeito de determinados conteúdos

serem trabalhados;

- Problematização: é um momento de detectar e apontar as questões que precisam ser

resolvidas no âmbito da prática social, estabelecendo que conhecimentos são

necessários para a resolução destas questões, e as exigências sociais de aplicação.

- Instrumentalização: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os

alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e

profissional.

- Catarse: é a fase da aproximação entre o que o aluno aprendeu e o problema em

questão passando da ação para a conscientização.

- Retorno à prática social.

- Aula dialogada, leitura de texto e de imagens escrita, experimentação, analogias e

outros que possibilitem a participação dos alunos, favorecendo a expressão de seu

pensamento, suas percepções, significações, interpretações, visto que, para aprender

envolve a produção e criação de novos significados.

- Uso de diferentes imagens como vídeo, fotos e materiais práticos demonstrativos.

- Pesquisas bibliográficas e de campo.

- Visitas orientadas em parques, praças, terrenos baldios, bosques, rios, hortas,

mercados, propriedades rurais, lixões, fábricas etc.

- Elaboração de projetos.

- Debates.

- Confecção de painéis e cartazes, além de outros recursos que poderão ser utilizados

ao longo do processo ensino aprendizagem.

58

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Os conteúdos são os saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam e

organizam os campos de estudo em cada disciplina.

Em Biologia os conteúdos estruturantes são:

- Organização dos seres vivos;

- Mecanismos biológicos;

- Biodiversidade;

- Manipulação Genética

Para o ensino da disciplina de Biologia, constituída como conhecimento, os conteúdos

estruturantes propostos evidenciam e que modo a ciência biológica tem influenciado a

construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações sociais,

políticas econômicas, culturais e ambientais.

Estes conceitos deverão ser trabalhados buscando sua historicidade, para que se

perceba a não neutralidade da construção do pensamento cientifico e o caráter transitório do

conhecimento elaborado.

Portanto, os conteúdos estruturantes devem permear as três séries, buscando relacionar

os diversos conhecimentos específicos entre si. E estão assim organizados por série:

1ª Série

Histórico da Biologia

- A Biologia e as questões da atividade

- As principais subdivisões da Biologia

Fenômenos da Vida

- O sistema vivo sempre é fruto da interação entre os elementos e demais

componentes do meio, sendo que as diferentes formas de vida estão sujeitas as

transformações, que ocorrem no tempo e no espaço, proporcionando transformações

no ambiente.

Teorias Sobre a origem da Vida

- As várias formas de modelos científicos explicativos para o surgimento da vida.

- As hipóteses prováveis de interação entre os elementos e fenômenos físicos e

químicos do planeta, a formação de sistemas químicos nos mares aquecidos da terra

59

primitiva. A capacidade de trocar substâncias com o meio, obter energia e se

reproduzir.

Os níveis de Organização dos Seres Vivos

- Como célula, tecido, órgão, aparelho, organismo, população, comunidade,

ecossistema, biosfera resultantes das interações entre tais sistemas e entre eles e o

meio em que vive.

Citologia

- A dinâmica celular e os processos que ocorrem a nível celular estão relacionados,

permitindo a construção do conceito sistematizado da célula. As organelas e suas

funções formando um sistema que troca substâncias com o meio, obtém energia e se

reproduz.

Composição Química Celular

- Nesse conteúdo serão abordados as implicações dos avanços biológicos no

fenômeno vida; organização dos seres vivos; mecanismos biológicos quando se

trabalha os componentes celulares.

- Água, sais minerais, carboidratos, proteínas, lipídeos, ácidos nucléicos.

- Organização celular.

- Transporte de substâncias através da membrana.

As organelas e suas funções formando um sistema que troca substancias com o meio,

onde a célula obtém energia e se reproduz.

Citoplasma, características, funções e composição

Metabolismo energético das células

Processos de produção de energia e mecanismos biológicos e químicos envolvidos.

- Núcleo e síntese protéica

- Divisão celular: mitose e meiose

Histologia Animal

60

- Tecido conjuntivo, epitelial, muscular e nervoso.

2ª Série

Organização dos Seres Vivos

- A classificação dos seres vivos é uma tentativa de compreender toda uma

diversidade biológica agrupando e categorizando as espécies.

O estudo dos organismos: vírus, bactérias, protozoários, fungos, vegetais e animais,

possibilita a compreensão da vida como manifestação de sistemas organizados e integrados

em constante interação com o ambiente físico-químico.

- Lei 11734/97 – prevenção AIDS

- A classificação dos seres permite uma análise da diversidade biológica existente e

das características e fatores que determinaram o aparecimento e/ ou extinção de

algumas espécies ao longo da história.

- A biodiversidade, a organização dos seres vivos, seus mecanismos biológicos,

modificações e adaptações são conteúdos explorados no estudo dos diferentes seres

vivos.

Caracterização, anatomia e fisiologia dos grandes grupos de vegetais

- Classificação das plantas quanto a morfologia e ciclos reprodutivos.

- Histologia e fisiologia vegetal.

- Adaptações sofridas pelos vegetais ao longo tempo da evolução

- Produção vegetal para consumo em industrias e medicina.

Anatomia e Fisiologia Comparada

- o estudo das funções vitais, realizadas por diferentes estruturas, órgãos e sistemas,

com características das relações de origem entre diferentes grupos de seres vivos e o

ambiente.

3ª Série

Com as implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida, apresenta uma

proposta voltada para as implicações da engenharia genética sobre a vida, considerando-se

que, com os avanços da biologia molecular, existe a possibilidade de manipular o material

genético dos seres vivos.

61

Neste contexto poderão ser estudados os avanços da genética molecular, as

biotecnologias aplicadas, e aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos, clonagem, células

tronco, terapia gênica, transgênicos e entre outros.

Genética

- A descrição do material genético, sua estrutura e composição, síntese protéica,

reprodução celular e estrutura do DNA.

As leis e herança mendeliana.

Herança ligada ao sexo e determinação do sexo.

Herança dos grupos sanguíneos – sistema ABO e fator Rh.

Anomalias cromossômicas

- Em razão dos resultados das pesquisas efetuadas, as informações genéticas

representam um ponto notável no desenvolvimento do saber, promovendo avanços

tecnológico na ciência reabrindo debates às implicações sociais, éticas e legais que

existem e que ainda deverão surgir em conseqüência dessas pesquisas.

Tecnologias empregadas na engenharia genética ligadas a manipulação do DNA.

- Projeto Genoma.

- Aspectos éticos, morais, políticos e econômicos envolvidos na produção cientifica e

tecnológica.

- Lei 11645/08 – história e cultura afro-brasileira e indígenas;

A dinâmica dos Ecossistemas

- As interações alimentares representadas pelas cadeias e teias alimentares.

- A transferência de matéria e energia, transitando de formas diferentes.

- As modificações intencionais, a construção de novos ambientes devido a ocupação

humana.

- A degradação ambiental, os agravos a saúde humana.

- O desenvolvimento auto-sustentável.

- A possibilidade da natureza absorver os impactos e se recompor.

62

- Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental.

CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é um dos aspectos do processo ensino-aprendizagem que mais se faz

necessária uma mudança didática, favorecendo a uma reflexão crítica de idéias e

comportamentos docentes muito persistentes. Não se pode considerar que a aprendizagem só

acontece quando os erros estão totalmente ausentes. Ao contrário, são erros que norteiam as

alterações de rumo e as constantes intervenções pedagógicas e tornam o processo de

aprendizagem efetivo. No processo de avaliação incluirá diversos instrumentos e critérios

previamente estabelecidos e explicitados aos alunos numa relação dialógica, pois os

educandos tem o direito de saber quais são as regras do processo. A avaliação ocorrerá de

modo contínuo, permitindo uma verificação passo a passo do processo do aluno informado

sobre o conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos, sua capacidade para

aplicar conhecimentos na resolução de problemas do cotidiano, utilizando a linguagem das

ciências das tecnologias, para comunicar suas idéias.

Para garantir o êxito no processo de avaliação, várias técnicas e instrumentos serão

utilizados:

- Participação efetiva nas aulas com questionamentos demonstrando interesse pelos

assuntos abordados.

- Resolução de exercícios propostos.

- Provas objetivas e subjetivas, sendo que a prova precisa ser discriminatória e

produzir uma distribuição de notas em escala ascendente.

- Pesquisas bibliográficas e de campo.

- Elaboração de trabalhos a partir de pesquisas e levantamento de dados como: jornal,

painéis e mural.

- Experiências, levando em consideração o interesse do aluno em aulas práticas e sua

responsabilidade e seriedade com o manuseio de materiais e reagentes químicos.

- Relatórios, observação e análise de resultados obtidos em experiências.

- Organização e apresentação de trabalhos em grupo e individual.

- Com relação às atitudes a melhor maneira que permite verificar se o aluno adquiriu

determinada atitude, a observação do seu comportamento em situações variadas como

a postura perante os colegas nos trabalhos em grupos, as posições definidas em debates

e no dia-a-dia na sala de aula.

63

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SEED – Diretrizes de Biologia para o Ensino Médio – Versão Preliminar – Julho 2006.

AMABIS, José Mariano, Gilberto Rodrigues Martho – Biologia Volume 1, 2ª edição; São

Paulo: Moderna 2004.

LOPES, Sonia, Sergio Rosso, Biologia – Volume Único, 1ª edição, São Paulo: Saraiva, 2005.

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Parâmetros Curriculares

Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação. 1999.

64

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Surgida na Europa no final do século XVIII e início do século XIX a Educação Física

no âmbito escolar trabalhava exercícios físicos na forma cultural de jogos, ginástica, dança e

equitação. A partir daí surge uma nova sociedade capitalista, onde o corpo forte, pronto para

o trabalho eram os anseios da classe hegemônica. A força física era vendida como

mercadoria, fonte de lucro para muitos cidadãos. Deste modo a Educação Física vem sofrendo

muitas mudanças desde de 1882, quando foi implantada como disciplina obrigatória. Já nas

nas décadas de 70 e 80, após passar por muitas transformações, principalmente no papel do

aluno e professor, passa por movimentos renovadores, entre eles podemos destacar a

psicomotricidade. Segundo Barbanti “a Educação Física sofreu mudanças desde a década de

80, ultrapassando seus domínios tradicionais para locais não-escolares (academias, clubes) e

estendem seus programas para pessoas de todas as idades, uma nova definição de Educação

Física fez-se necessária.

Hoje em dia, Educação Física é definida como um processo educacional que usa o

movimento como um meio de ajudar as pessoas a adquirir habilidades,

condicionamento, conhecimento e atitudes que contribuem para seu ótimo desenvolvimento e

bem estar”. Após tais mudanças a Educação Física pode ser caracterizada como uma

disciplina que aborda o aluno em todas as dimensões, que através de um trabalho de reflexão

e crítica da prática, sustenta a idéia de formação do aluno capaz de entender a construção do

próprio conhecimento, onde os conteúdos (esporte, dança, jogos, ginástica e corpo) são

desenvolvidos de maneira que o aluno possa alem da prática refletir sobre as influências

capitalistas que tanto norteiam a prática.

Assim a Ed. Física que antes visava o corpo forte, robusto, pronto pro trabalho e para

defesa, hoje assume características de formação de alunos conscientes, críticos, capazes de

entender sua função social buscando a interação dos alunos, onde o gesto perfeito sai de cena

e entra a participação de todos, visando sempre uma aula não excludente, valorizando a

criatividade, a interação e novas práticas. A Educação Física procura desenvolver o bem

estar geral de cada pessoa pelo uso de movimentos, onde através das experiências

motoras busca a qualidade de vida; à saúde, satisfação, prazer e auto‐conhecimento.

65

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

As aulas de Educação Física são fundamentadas de acordo com a Proposta Pedagógica

do Colégio pautado nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica da disciplina de

Educação Física, buscando atender as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na

superação de contradições e na valorização da educação. Considerando as experiências de

nossos alunos e da comunidade a disciplina de Educação Física deve ser trabalhada em

interlocução com outras disciplinas que permitam entender a Cultura Corporal em sua

complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas dimensões da vida humana, tratadas tanto

pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza.

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar

articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprios, e

trata de conhecimentos relevantes na escola. Considerando o exposto, defende-se que as aulas

de Educação Física não são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um

momento subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala, DCE-2008.

Também fica explícito nas Diretrizes curriculares que a atuação do professor efetiva-

se na quadra, outros lugares do ambiente escolar e ainda em diferentes tempos pedagógicos,

seu compromisso, tal como o de todos os professores, é com o projeto de escolarização ali

instituído, sempre em favor da formação humana. Esses pressupostos se expressam no trato

com os conteúdos específicos, tendo como objetivo formar a atitude crítica perante a Cultura

Corporal, exigindo domínio do conhecimento e a possibilidade de sua construção a partir da

escola.

É partindo dessa posição que estas Diretrizes apontam a Cultura Corporal como objeto

de estudo e ensino da Educação Física, as aulas são desenvolvidas de maneira prática e teórica

onde a reflexão o debate resgatam conceitos relacionados a cultura corporal. O gesto perfeito

sai de cena e a criatividade, a participação e o lúdico passam a fundamentar os conteúdos

estruturantes. Para que as aulas sejam melhor compreendidas e mais ricas em conteúdos, o

laboratório de informática vem favorecer na aquisição do conhecimento através de pesquisas.

Em relação a Lei 10639/03, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,

para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e

Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências; o planejamento contempla em muitos

momentos, discussões, debates e momentos de reflexão, onde a História e Cultura Afro-

Brasileira é abordada em diferentes aspectos em vários conteúdos, como por exemplo no

66

momento em que trabalhamos a questão das diversidades, deficiências, as caracterísiticas

físicas do afro-brasileiro pode ser questionada;

Quanto a Lei 13381/01, Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede

Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do Paraná; abordamos os

aspectos esportivos do estado, projetos, campeonatos, atletas incentivando assim o

acompanhamento e participação social de cada aluno.

Já a Lei 9795/99, Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de

Educação Ambiental e dá outras providências, são conceitos que trabalhamos diariamnete em

todas as aulas, a preservação ambiental, passado e futuro, o que pode ocorrer com futuras

gerações e ainda podemos destacar como exemplo de atividade as caminhada ecológicas,

como registrada no site de nosso colégio.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os Conteúdos Estruturantes foram definidos como os conhecimentos de grande

amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma

disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender seu objeto de estudo/ensino.

Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais.

Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica devem ser

abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de ensino os

alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que

devem ser consideradas no processo de ensino/aprendizagem.

A Educação Física e seu objeto de ensino/estudo, a Cultura Corporal, deve, ainda,

ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, pode-se enriquecer os conteúdos com

experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando as particularidades de cada

comunidade.

67

Primeiro Ano

Conteúdo

Estruturante

Conteúdos Básicos

Esporte Coletivos e Individuais:

Propiciar os alunos acesso a prática esportiva e adaptar o esporte

à realidade escolar. Sugestões de modalidades: futsal, handebol,

voleibol, basquetebol, tênis de mesa e atletismo.

Análise de diferentes esportes no contexto social e econômico;

Vivenciar as deficiências (física, visual, auditiva e intelectual)

dificuldades na prática esportiva e vivências do dia a dia, regras

oficiais e alguns sistemas táticos.

Jogos e Brincadeiras Jogos de Tabuleiro, dramáticos e cooperativos:

Trabalhar o aspecto lúdico, discutindo regras e organização de

menos complexos para mais complexos. Sugestões: jogos de

salão, jogos cooperativos, jogos dramáticos e interpretação,

jogos de raquete e peteca, brincadeira de rua, jogos pré-

desportivos e construção de brinquedos alternativos. Enfatizar a

concentração, a tática, a articulação através do xadrez, dominó,

dama e trilha.

Dança Dança de Salão:

Reflexão de aspectos físicos (saúde) e culturais (erotização),

incentivando a criação de novos gestos e coreografias.

Sugestões: dança de salão, trabalhada em forma de apresentações

para própria turma e demais alunos do colégio.

Ginástica Ginástica Geral:

Possibilidades e limitações do corpo, diferentes tipos de ginástica

(academia, rítmica, artística, acrobática, relaxamento,

condicionamento e geral), improvisação de materiais e criação de

coreografia.

68

Desvios posturais; correções posturais, drogas (definições),

sedentarismo e qualidade de vida.

Lutas Capoeira:

Identificar valores culturais e suas transformações; Sugestões

conforme espaço físico e material didático.

Segundo Ano

Conteúdo

Estruturante

Conteúdos Básicos

Esporte Coletivos e Individuais:

Propiciar os alunos acesso a prática esportiva e adaptar o esporte

à realidade escolar. Sugestões de modalidades: futsal, handebol,

voleibol, basquetebol, tênis de mesa e atletismo.

Relacionar esporte e lazer; esporte e mídia; Sistemas táticos,

Organização de torneios;

Jogos e Brincadeiras Jogos de Tabuleiro:

Trabalhar o aspecto competição, a concentração, a tática, a

articulação através do xadrez, dominó, dama e trilha.

Dança Dança de Rua:

Reflexão de aspectos culturais, incentivando a criação de novos

gestos e coreografias. Sugestões: dança de rua, trabalhada em

forma de apresentações para própria turma e demais alunos do

colégio.

Ginástica Ginástica Geral:

Composição Corporal (medidas ergométricas), frequência

cardíaca, grupos musculares e fontes de energia.

69

Lutas Lutas com aproximação:

Especificamente o Judô, identificando questões ligadas a luta,

histórico, golpes e demonstrar a prática através de vídeos.

Terceiro Ano

Conteúdo

Estruturante

Conteúdos Básicos

Esporte Coletivos e Individuais:

Propiciar os alunos acesso a prática esportiva e adaptar o esporte

à realidade escolar. Sugestões de modalidades: futsal, handebol,

voleibol, basquetebol, tênis de mesa e atletismo.

Relacionar esporte com ideologias do povo, doping e recursos

ergogênicos, esporte como lazer ou competição e relacionar o

esporte com a qualidade de vida.

Jogos e Brincadeiras Jogos de Tabuleiro:

Trabalhar o aspecto competição, a concentração, a tática, a

articulação através do xadrez, dominó, dama e trilha.

Dança Dança Geral:

Reflexão de aspectos culturais, incentivando a criação de novos

gestos e coreografias dentro de cada estilo escolhido. Sugestões:

dança de rua, forró sertanejo, axé, dança de salão e samba.

Trabalhada em forma de apresentações para própria turma e

demais alunos do colégio.

Ginástica Ginástica Geral:

Qualidade de Vida (mostra de profissões e perfil do formando),

definição de lazer, mundo atual e as tendências ao sedentarismo,

testes físicos de concursos e análise das doenças que mais

70

atingem a sociedade.

Lutas Lutas com aproximação:

Analisar a banalização da vida, e a função social da luta; Análise

da luta Vale Tudo;

A partir dos conteúdos estruturantes de Educação Física - ginástica, lutas, esportes,

jogos e danças, apontam-se alguns elementos articuladores que integram e interligam as

práticas corporais, para um maior aprofundamento e diálogo entre elas.

Elementos Articuladores Conteúdos

O corpo Modelos, construção da beleza, valorização ou não do

corpo, constituição do sujeito: físico, mental, social e

cultural.

A saúde Nutrição, aspectos anatomo-fisiológico da prática corporal,

lesões e primeiros socorros e doping,.

A desportivização Discutir espírito competitivo, recreativo e comercial,

influências e transformações históricas, violências nas

torcidas.

A tática e a técnica Verificar o contexto e o propósito, conforme interesse que

tanto podem ser particulares como condicionantes,

contemplando o universo técnico e tático dos esportes,

danças, lutas e ginástica permitindo o aluno criar e recriar

técnicas e regras de acordo com a necessidade.

O lazer Discussão de diferentes formas de lazer em distintos

grupos, em suas vidas, nas famílias, das comunidades e de

que maneira cada um deseja e consegue ocupar se tempo

livre.

A diversidade ético-racial, de

gênero e de pessoas com

Ampliar o reconhecimento da diversidade em suas relações

sociais, revisar conceitos, valorização do outro,

71

necessidades educacionais

especiais.

desenvolvendo idéias, de respeito às diferenças.

A mídia Análise crítica das práticas corporais transformadas em

espetáculo e como objetivo de consumo diariamente

exibido nos meios de comunicação, para promover e

divulgar esportes e produtos esportivos. Sugestões de

análise: malhação, grandes nomes do esporte, interesse da

televisão em certos esportes, propaganda de culto ao corpo

perfeito.

AVALIAÇÃO

Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo

contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor organizará e reorganizará o seu

trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e

brincadeiras, a dança e a luta.

A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,

constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o

processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o

trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o

objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda

superem as dificuldades constatadas.

No primeiro momento da aula, o professor promove um diálogo com a turma relatando

as atividades a serem desenvolvidas durante a aula, resgatando experiências para uma melhor

organização da aula e conteúdos.

No segundo momento da aula, o professor propõe atividades correspondentes ao

conteúdo planejado. A avaliação deve valer-se de um apanhado de indicadores que

evidenciem, através de registros de atitudes e técnicas de observação, o que os alunos

expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização, os (pré)conceitos sobre

determinadas temáticas, a capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos

objetivos inicialmente traçados pelo professor.

72

Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus alunos, uma

reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado, através de debate e resgate dos conteúdos

pelos alunos, permitindo que o aluno se autoavalie reconhecendo suas possibilidades. Outras

formas de avaliação podem ser utilizadas neste momento, como registro, debates e outros.

Outras atividades que serão proposta durante o ano é a organização de festivais e jogos

escolares, cuja finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se

aplicam numa situação real de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e

autonomia dos alunos.

As provas e os trabalhos escritos serão utilizados para avaliação das aulas de reflexão

e debates, buscando resgatar a prática pedagógica e os conceitos assimilados pelos alunos.

A avaliação conforme Projeto Político Pedagógico será diagnóstica e contínua, através

de trabalhos organizados individual ou em grupos, avaliações teóricas e avaliações práticas,

onde não será analisada a performance do aluno, mas o envolvimento do mesmo na atividade

e sua criatividade. Deste modo a avaliação conduzirá o aluno a um posicionamento crítico da

construção do próprio conhecimento.

73

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares de Ed. Física para o Ensino Médio, SEED 2008.

Introdução as Diretrizes Curriculares Dr. Yvelise Freitas de Souza Arco- Verde SEED – PR.

Projeto Político Pedagógico – Col. Est. Doutor Camargo.

Planejamento Anual de Ed. Física 2011.

Barbanti, Valdir; Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto – USP WEB.

Bracht, Valter. Ed. Física: a busca de autonomia pedagógica. Revista de Ed. Física, Maringá

vol1 1989.

74

DISCIPLINA: FILOSOFIA

JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA

Os seres humanos, seres pensantes, buscam explicações para o mundo e para suas

vivências, explicações que se formam a partir da elaboração de pensamentos tanto de base

mítica, figurativa, quanto de base racional, conceitual. Partindo dessas elaborações, os

homens constroem ideias, sistemas, conceitos, leis, práticas, enfim, constroem sua vida social.

A compreensão desse movimento, bem como a das condições de produção de um e de

outro tipo de pensamento, tanto na antiguidade grega quanto nos dias atuais, é fundamental

para o exercício da reflexão, da compreensão das condições materiais de produção da vida

humana e, consequentemente, da re-significação de conceitos no Ensino Médio.

O ensino e aprendizagem da Filosofia, enquanto disciplina curricular no Ensino Médio

objetiva-se a:

- Aprimorar o aluno em suas capacidades, de modo que ele possa, sob o viés

filosófico, propor soluções a problemas nos diversos campos do conhecimento;

- Capacitar de desenvolver uma consciência crítica sobre o conhecimento, razão e

realidade sócio-histórico-política;

- Capacitar para análise, interpretação e comentário de textos teóricos, mostrando suas

co-relações com a contemporaneidade;

- Compreensão da importância das questões acerca do sentido e da significação da

própria existência e das produções culturais;

- Percepção da integração necessária entre Filosofia e a produção científica, artística,

bem como com o agir pessoal e político;

- Capacidade de relacionar o exercício da crítica filosófica coma promoção integral da

cidadania e com o respeito ao indivíduo, dentro da tradição de defesa dos diretos

humanos.

FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS E RECURSOS

Como o curso é eminentemente teórico, o que o norteia é a leitura de textos – textos

filosóficos clássicos legados por uma tradição milenar. Nesse sentido, aquilo que se apresenta

75

como “prática” em Filosofia, diz respeito, ainda, a textos – no caso, à discussão e produção de

textos. A atividade de leitura é, portanto, o elemento essencial na formação do estudante.

O objetivo é por em prática um projeto em que se valorize o processo de ensino e

aprendizagem tendo em vista a contextualização e uma estrutura de ensino que possibilite ao

educando adquirir habilidades necessárias para o desenvolvimento da procura constante pelo

saber e a sua aplicação no cotidiano.

O encaminhamento das atividades se fundamentará em:

- Diagnose do saber inicial do aluno acerca do que seja Filosofia, suas características e

finalidades; (oralidade: ponto de partida);

- Aulas expositivas e dialogadas, explanando o tema em questão e realizando relações

interdisciplinares;

- Leitura e análise dos textos filosóficos;

- Debates;

- Seminários;

- Pesquisa bibliográfica;

- Matérias complementares, como vídeos, documentários e trechos de filmes.

- Reflexão e discussão sobre a importância do pensamento e sobre suas finalidades;

- Explanação, a partir de uma linha do tempo, dos períodos da história da filosofia,

considerando o desenvolvimento de principais temas e problemas;

- Estabelecer relações interdisciplinares com as disciplinas de História e Sociologia

(relações de poder/contexto sócio-cultural da Grécia antiga quando do surgimento da

filosofia e nos dias atuais) e de Física (teorias sobre a origem do universo), além de

relações com outros conteúdos estruturantes: Teoria do Conhecimento (mito e

filosofia: duas formas de conhecimento); Ética (transformação das bases morais);

Filosofia Política (relações de poder e formas de conhecimento;); Filosofia da Ciência

(o surgimento da filosofia como 'ciência' inicial, a mitificação da ciência);

- Produção textual (re-significação de conceitos: ponto de chegada).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

� 1ª Série

Mito e Filosofia:

76

- Saber mítico;

- Saber filosófico;

- Relação entre mito e Filosofia;

- Atualidade do mito (o mito da contemporaneidade);

- O que é Filosofia.

Teoria do Conhecimento

- Possibilidades do conhecimento;

- As formas de conhecimento;

- O problema da verdade;

- A questão do método;

- Conhecimento e lógica.

� 2ª Série

Ética

- Ética e moral;

- Ética e violência;

- Razão, desejo e vontade;

- Liberdade: autonomia do desejo e a necessidade de normas.

Filosofia Política

- Relações entre comunidade e poder;

- Liberdade e igualdade política;

- Política e ideologia;

- Esfera pública e privada;

- As individualidades e o respeito à diversidade.

� 3ª Série

Filosofia da Ciência

77

- Concepções de ciência;

- A questão do método científico;

- Contribuições e limites da ciência;

- Ciência e ideologia;

- Ciência e ética;

- O mito da contemporaneidade: a idéia de progresso.

Estética

- Natureza da arte;

- Filosofia e arte;

- Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco etc.;

- Estética e sociedade.

- Estética e Ética.

AVALIAÇÃO

Critérios

Espera-se que o aluno demonstre que:

- Entende a relação entre as transformações culturais e materiais ocorridas nas

sociedades e sua relações com a Filosofia;

- Identifica a Filosofia enquanto forma de conhecimento, entendendo a base entre a

elaboração do pensamento filosófico e racional.

- Entende as características da atitude filosófica, propondo-se a exercitá-las;

- Identifica os principais temas e problemas dos vários períodos da história da

Filosofia.

Instrumentos:

- Produção textual a partir de roteiro de questionamentos, revisando as discussões e

as anotações realizadas em sala de aula;

- Prova (individual) com questões objetivas e questões dissertativas, a partir da

leitura e compreensão de trechos de textos filosóficos.

78

Recuperação de Estudos

- A partir da correção e devolutiva dos textos produzidos, novas considerações

dialogadas sobre o tema proposto, abordando questões de conteúdo e de

argumentação necessárias a uma produção textual;

- A partir da correção e devolutiva da prova escrita, revisão dialogada das questões,

retomando os conteúdos ali abordados e sua relação com os trechos de textos

filosóficos selecionados;

- Avaliação de recuperação: nova prova objetiva e dissertativa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Filosofia enquanto disciplina curricular no Ensino Médio vai ao encontro do

objetivo desenvolver e estimular no educando um senso crítico capaz de dotá-lo de

instrumentos que o tornem um individuo apto e cioso de seus direitos e obrigações enquanto

cidadão, bem como da necessidade de suprir o educando de um senso de ética para a

formação individual e coletiva.

Nesse sentido, salientamos que cabe à escola fortalecer-se enquanto um dos agentes de

mudança social e constituir-se num espaço democrático, garantindo ao educando o direito de

usufruir da construção do seu conhecimento, oferecendo aos professores educação continuada

no sentido de se sentirem comprometidos com a qualidade da educação, viabilizando uma

gestão (direção, coordenação e supervisão) mais democrática e atuante, criando propostas

alternativas para a superação dos problemas escolares. Segundo Gadotti (1977), isso

propiciará um contato permanente entre professores e alunos, levando ao conhecimento

mútuo.

79

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

Filosofia. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Filosofia: Ensino Médio. 2ªed., 2007 (LDP)

ABRÃO, B. S. (org.). História da Filosofia. Col. Os Pensadores. S. Paulo: Ed. Nova

Cultural, 1999.

ARANHA, M. L. A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando. S. Paulo: Ed. Moderna, 1993.

CHAUÍ, M. Convite à filosofia. S. Paulo: Ed. Ática, 2002.

CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia. S. Paulo: Ed. Brasiliense.

CORDI, C. et al. Para Filosofar. S. Paulo: Ed. Scipione, 2003.

COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia. S. Paulo: Ed. Saraiva, 2005.

MARÍAS, J. Introdução à Filosofia. Ed. Livraria Duas Cidades.

NICOLA, U. Antologia Ilustrada de Filosofia: Das origens à idade moderna. S.Paulo:

Globo, 2005;

PLATÃO. A República. S. Paulo, Martin Claret, 2001.

REALE, G., ANTISERI, D. História da Filosofia. Vol. 1. S. Paulo: Paulus, 9ª ed., 2005.

SPINELLI, M.. Filósofos Pré-Socráticos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.

VIDEOS:

Alegoria da Caverna – Maurício de Souza (salvo em arquivo pessoal).

Mito da Caverna, Platão e hoje (salvo em arquivo pessoal).

FILME:

Matrix , de Joel Silver, 1999 (136min.).

80

DISCIPLINA: FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Em princípio o interesse do homem pelos fenômenos naturais teve início na pré-

história, com a necessidade de lutar pela própria sobrevivência, dessa forma, o ser humano

começou a desvendar os segredos da natureza. Ao longo do tempo os seres humanos passaram

a se preocupar em entender e explicar o mundo no qual viviam.

No campo das ciências, a Física pode ser considerada a base de todas as ciências e das

tecnologias desenvolvidas a partir do conhecimento científico construído pelo homem, e que é

transmitido de geração a geração com o passar dos tempos. Através da Física, dentro de uma

perspectiva histórico-crítica, podemos formar sujeitos por meio de conteúdos que os levem a

compreensão do universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele se

apresenta. Assim, espera-se que o aluno através do conhecimento científico tenha uma sólida

educação geral centrada na compreensão crítica da sociedade para enfrentar as mudanças e

atuar sobre elas.

OBJETIVO GERAL

O ensino de Física no Ensino Médio tem como objetivo desenvolver competências,

que permita o educando compreender e atuar como cidadão, capaz de utilizar conhecimentos

de natureza científica e tecnológica. Portanto, compreende-se que, saber utilizar conceitos

científicos básicos e identificar as relações entre conhecimento científico no mundo de hoje e

sua evolução histórica, é fundamental para a evolução humana. Assim, o ensino de Física

deve privilegiar como objetivo desta disciplina, condições para que o aluno possa apropriar-se

de um conhecimento sólido e consistente para seu pleno desenvolvimento intelectual no

campo da ciência.

METODOLOGIA

O estudo da Física constitui-se de três campos que abordam o objeto de estudo desta

ciência no final do século XIX:

81

- A mecânica e a gravitação presentes nos trabalhos de Newton, e desenvolvidas

posteriormente por outros cientistas. Este estudo está centrado nas leis do movimento

dos corpos materiais, sua descrição e suas causas.

- A Termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius,

Kelvin, Helmholtz e outros, é resultante da integração entre os conteúdos de mecânica

e do calor. E constitui a partir deste assunto, o estudo dos fenômenos térmicos. A

primeira lei da termodinâmica expressa o princípio da conservação da energia.

Contudo, não era possível a transformação total de calor em trabalho. O que parecia

então uma evidente violação da primeira lei levou a formulação da segunda lei da

termodinâmica e do conceito de entropia.

- O eletromagnetismo, elaborado por Maxwell a partir dos trabalhos de Ampére e

Faraday, teve inicio a partir do estudo dos fenômenos elétricos e magnéticos. Os

resultados desses estudos permitiram a Maxwell sistematizar as quatro leis do

eletromagnetismo.

Sobre o trabalho pedagógico cada professor ao preparar suas aulas deve fundamentar-

se na História e na Epistemologia da Física, pois dessa forma o professor vai além dos

materiais didáticos e estabelece relações entre essa ciência e outros campos do conhecimento.

O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o conhecimento

trazido pelos estudantes, pois suas concepções alternativas podem influenciar a aprendizagem

de conceitos do ponto de vista científico. A experimentação, no ensino de Física, também é

uma importante metodologia de ensino que contribui para formular e estabelecer relações

entre conceitos, proporcionando melhor interação entre professor e estudantes, e isso propicia

o desenvolvimento cognitivo e social no ambiente escolar. A linguagem matemática não pode

ser considerada um pré-requisito para aprender Física. Daí a ênfase aos aspectos mais

conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Os conteúdos estruturantes fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos

escolares de modo que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina

no Ensino Médio. São conteúdos estruturantes para a disciplina de Física campos de estudo

dessa ciência:

- Movimento;

82

- Termodinâmica;

- Eletromagnetismo.

O Conteúdo Estruturante –Movimento- se desdobra nos conteúdos básicos:

- Momentum e inércia;

- Conservação de quantidade de movimento;

- Variação da quantidade de movimento (Impulso);

- 1ª Lei de Newton;

- 2ª 1ª Lei de Newton;

- 3ª 1ª Lei de Newton;

- Energia e o Princípio da conservação da Energia;

- Gravitação;

O Conteúdo Estruturante –Termodinâmica- se desdobra nos conteúdos básicos:

- Lei zero da Termodinâmica;

- 1ª Lei da Termodinâmica;

- 2ª Lei da Termodinâmica;

O Conteúdo Estruturante – Eletromagnetismo - se desdobra nos conteúdos básicos:

- Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas;

- Força eletromagnética;

- Equações de Maxwell: lei de Gauss para eletrostática, lei de Coulomb, lei de Gauss

magnética, lei de Faraday;

- A natureza da luz e suas propriedades.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados nas Diretrizes

Curriculares, ou seja, a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro

teórico da Física pelos estudantes, deve levar em conta também à compreensão dos aspectos

históricos, filosóficos e culturais, da evolução das ideias em Física e da não-neutralidade da

ciência. Contudo, deve ser utilizado como um instrumento auxiliar do processo pedagógico a

ser usado pelos estabelecimentos de ensino e pelos docentes. Ou seja, trata-se de tomá-la

como instrumento para intervir no processo de aprendizagem do estudante.

83

Em relação aos critérios de avaliação, esta deve verificar a compreensão dos conceitos

físicos, dos conteúdos expressados em textos científicos, e verificar a capacidade do estudante

em elaborar relatórios de assuntos que envolva os conhecimentos de Física. Com relação aos

instrumentos avaliativos serão utilizados: relatório individual com questões abertas que

permitam a exposição de suas ideias, trabalho individual e em grupos, seminários, provas

objetivas e discursivas. Cada instrumento terá o objetivo de verificar a aprendizagem do

estudante, assim, o professor poderá rever sua prática pedagógica e seu planejamento e

interferir quando necessário.

A recuperação de estudos será realizada de forma contínua e paralela a cada avaliação

em que o aluno for submetido, com o objetivo de resgatar para o educando os conceitos e

práticas propostas no decorrer do período letivo.

84

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba: SEED,

2008.

MÁXIMO, A; ALVARENGA, B. Física: De olho no mundo trabalho. Volume único. São

Paulo: Editora Scipione, 2003.

LUCKESI, Cipriano. Avaliação e Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

NEWTON, I.: Principia, Philosophiae naturalis - principia mathematica. São Paulo:

Edusp, 1990.

85

DISCIPLINA: GEOGRAFIA

JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA

A disciplina de Geografia estuda o Espaço Geográfico (socioespaciais) as referências

do conhecimento, a formação e a transformação das paisagens empregando a tecnologia de

exploração e produção, a transformação geográfica e a formação da urbanização.

Hoje a geografia tem influenciado na construção e na apropriação de concepção de

mundo nos âmbitos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambientais; tais influências

precisam ser compreendidas por pessoas das mais diversas áreas de atuação, diariamente

grande quantidade de informações veiculadas pelos meios de comunicação se refere a fatos,

cujo entendimento depende do domínio de conhecimentos geográficos. Nos últimos anos em

especial os conhecimentos geográficos tem estado presente em nossa vida onde a linguagem

geográfica tem crescido integrando nosso vocabulário como (socioambiental, socioespacial,

biomas, ecossistema, biodiversidade, complexos) não são completamente desconhecidos dos

indivíduos minimamente informados.

Como notícia econômica, política, como parte de uma discussão ética, assuntos

geográficos cruzam os muros acadêmicos e são discutidos em jornais, e revistas de grande

circulação ou em programas de entretenimento veiculados, pela T.V.

Dominar conhecimentos geográficos para compreender os debates contemporâneos e

deles participar, no entanto constituem apenas uma das finalidades de estudo dessa ciência no

âmbito escolar.

A disciplina de geografia tem por objetivo o estudo científico da superfície da terra,

descrevendo e analisando a variação espacial de fenômenos físicos, biológicos e humanos que

acontecem na superfície do globo terrestre, mas modernamente a geografia é definida como

estudo das relações entre o espaço e a sociedade.

A geografia é o estudo do nosso próprio planeta enquanto morada da humanidade, pois

ela enfoca a organização da sociedade e nas suas relações com o espaço físico, os diversos

aspectos da natureza e da paisagem.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Geografia, a abordagem dos

conteúdos deve permitir a interação dos quatro conteúdos estruturantes de modo que, ao

86

introduzir a análise entre as relações sociedade natureza e as relações espaço-temporal como

tentativa de conhecer e compreender a diversidade natural e a transformação das diferentes

paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista

caracterizando-os, sendo possível também, discutir o mecanismo de funcionamento, o

processo evolutivo, e o surgimento natural. Deste modo, a abordagem do conteúdo não se

restringe a um único conteúdo estruturante sendo imprescindível perceber a interdependência

entre os quatro conteúdos estruturantes, conceituando o objeto de estudo, de especificar os

conceitos básicos e de entender e agir sobre o espaço geográfico.

Nestas Diretrizes curriculares, o objeto de estudo da geografia é o espaço geográfico,

entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade composto pela ínter-relação

entre sistemas de objetos naturais, culturais, técnicos e sistemas de ações, relações sociais,

culturais, políticas e econômicas.

O trabalho pedagógico com esse conceitual de referência citado é fundamento para

que o ensino da geografia no Ensino Médio contribua com a formação de um aluno capaz de

compreender o espaço geográfico, nas mais diversas escalas, e atuar de maneira crítica na

produção socioespacial do seu lugar, território, região, enfim de seu espaço.

O ensino dos conteúdos de geografia apontam as seguintes estratégias metodológicas

de ensino.

- Levantamento prévio do conhecimento do aluno a respeito de determinados

conteúdos a serem trabalhados.

- Problematização: é um momento de detectar e apontar as questões que precisam ser

resolvidas no âmbito da prática social, estabelecendo que conhecimentos são

necessários para a resolução destas questões, e as exigências sociais de aplicação.

- Instrumentalização: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os

alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e

profissional.

- Catarse: é a fase da aproximação entre o que o aluno aprendeu e o problema em

questão passando a ação para a conscientização.

- Retorno à prática social.

- Aula dialogada, leitura de texto e de imagens escrita e outras que possibilitem a

participação dos alunos favorecendo a expressão de seu pensamento, suas percepções,

significações, interpretações, visto que, para aprender envolve a produção e criação de

novos significados.

- Uso de diferentes imagens com vídeos, fotos e materiais diversos práticos e

87

demonstrativo ( mapa, globo e maquete).

- Pesquisas bibliográficas e de campo.

- Elaboração de projetos, trabalhos, debates, confecções de painéis e cartazes, além de

outros recursos que poderão ser utilizados ao longo do processo ensino aprendizagem.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Os conteúdos são os saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam e

organizam os campos de estudo em cada disciplina. Em geografia os conteúdos estruturantes

são:

- Dimensão econômica do espaço geográfico;

- Dimensão política do espaço geográfico;

- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;

- Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Para o ensino da disciplina de geografia, constituída como conhecimento, os

conteúdos estruturantes propostos evidenciam a que modo a geografia tem influenciado a

construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações sociais,

políticas, econômicas, culturais e ambientais.

Estes conceitos deverão ser trabalhados buscando sua historicidade, para que se

perceba e não neutralidade da construção de pensamento científico e o caráter transitório do

conhecimento elaborado.

Por tanto os conteúdos estruturantes devem permear as três séries, buscando relacionar

os diversos conhecimentos, específicos entre si. E então assim organizados por série:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – 1ª SÉRIE

- História da geografia, as referências do conhecimento geográfico.

- A formação e a transformação das paisagens

- A dimensão econômica da produção do e no espaço, ( no Paraná)

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

- O espaço rural e a modernização da agricultura

- Relações entre o campo e a cidade no Paraná reconfiguração dos territórios. ( no

Brasil e no Paraná).

88

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente no estado (PR).

- A transformação demográfica, movimentos migratórios e as manifestações

socioespaciais da diversidade cultural.

1ª Série

- O homem e a geografia

- Geografia como conceito, objetivo e a importância da geografia no Paraná.

- Coordenadas geográficas

- Posição Astronômica ( Orientação e escala) fenômenos naturais, formas de relevo,

hidrografia, climatologia, vegetação e fauna.

- Fatores da economia ( Paraná e no Brasil)

- Ciclo econômico e comercial, indústria, pecuária e o turismo.

- Economia e desigualdade social no Brasil e no Estado do Paraná.

- Meio ambiente e desenvolvimento ( Natureza e questões ambientais).

- Movimentos sociais ( município, estado e nação) o trabalho e a apropriação da

natureza na construção do território.

- Exôdo Rural paranaense: As mudanças e as relações sociais do trabalho e as

diferentes ( técnicas e costumes) entre o campo e a cidade. ( Identificando, analisando

e avaliando a situação e o resultado do êxodo no Paraná para o Brasil e para o mundo.

- A urbanização e a diversidade de paisagem entre a cidade e o campo, afro-brasileiro

e africana no Paraná.

- As reservas extrativistas e o desenvolvimento sustentável.

- O lixo nas cidades: O consumismo e a poluição.

- Conhecer e respeitar a natureza respeitando suas leis próprias: (usar e recuperar –

Agenda 21 ).

- A organização do estado e municípios: Ciclo econômico, agricultura, pecuária,

indústria, comércio e turismo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – 2ª SÉRIE

A formação e transformação das paisagens

A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço

geográfico.

89

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A revolução técnico-científica informacional e os novos arranjos no espaço de

produção.

A relação entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

Os movimentos migratórios, suas motivações e as diversas regionalizações do espaço

geográfico.

2ª série

- A formação da terra: características e movimentos, evolução e estrutura.

- A deriva continental e a tectônica das placas.

- Os minerais e rochas da crosta terrestre e solos.

- Relevo e seus agentes modificadores, atmosfera, e seus elementos, hidrografia ( rios,

lagos, mares, oceanos e lagos.

- Paisagens naturais e impactos ambientais no Brasil. O meio ambiente e seu

desenvolvimento ( natureza).

- Dimensão econômica na produção e no espaço e a dinâmica cultural demográfica.

- Movimentos sociais: município, estado e nação.

- A localização dos elementos físicos e as influências dos diversos elementos.

- Divisão política, limites e fronteiras, localização e o povoamento e expansão

territorial brasileira e sua ocupação atual.

- História e cultura afro-brasileira ( africana) no Brasil.

- Dinâmica e estrutura populacional, cultura e etnias.

- Dualidade de vida.

- Características da estrutura industrial, concentração e a organização do espaço

geográfico com a industrialização.

- O brasil no contexto internacional e a modernização da sociedade brasileira

(comércio exterior)

- As fontes de energia tradicionais e alternativas ( energia e indústria) e a sua inter -

relação com o modelo político – econômico.

- A urbanização e a metropolização no Brasil com seus problemas sociais e os conflitos

urbanos.

CONTEÚDOS BÁSICOS - 3ª SÉRIE

90

- A relação entre campo e cidade na sociedade capitalista.

- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

- A importância e o objetivo da geografia, conhecimentos e conceitos geográficos.

- O capitalismo e a construção do espaço geográfico.

- O socialismo.

- Capitalismo X Socialismo: A guerra fria.

- O mundo pós guerra fria.

- A indústria e a internacionalização do capital.

- O mundo sem URSS.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

- O novo leste europeu. ( Coréia do Norte, Cuba, Vietnã).

- China: um país e dois sistemas.

- Japão: um país super desenvolvido.

- A internacionalização do capital.

- O subdesenvolvimento da América Latina, Estados Unidos, potência mundial.

- Organização política administrativa e a divisão regional do Brasil.

- Brasil – Agroexportador o país industrializado e subdesenvolvido.

- O comércio exterior brasileiro.

- Blocos econômicos ( América Latina, União européia)

- Estruturação fundiária e os conflitos de terra no Brasil.

- As novas migrações internacionais e a xenofobia.

- Nacionalismo minorias étnicas e separatismo ( Islã entre a paz e o terrorismo).

- Oriente médio ( Reino Unido e a França)

- Australia e Nova Zelândia os países ricos do sul.

- Meio ambiente e desenvolvimento

- natureza e as questões ambientais.

- A formação e a transformação da paisagem Ecossistemas brasileiros e impactos

ambientais.

- História e cultura Afro-Brasileira e Africana no Brasil e no mundo.

CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é um dos aspectos do processo ensino-aprendizagem que mais se faz

necessária uma mudança didática, favorecendo a uma reflexão crítica de idéias e

91

comportamentos docentes muito persistentes. Não se pode considerar que a aprendizagem só

acontece quando os erros estão totalmente ausentes. Ao contrário, são erros que norteiam as

alterações de rumo e as constantes intervenções pedagógicas e tornam o processo de

aprendizagem efetivo. No processo de avaliação incluirá diversos instrumentos e critérios

previamente estabelecidos e explicitados aos alunos numa relação dialógica, pois os

educandos tem o direito do saber quais são as regras do processo.

Recomenda-se que a avaliação em geografia seja mais do que a definição de uma nota

ou um conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem

possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente aos

diferentes contextos sociais.

Por tanto a avaliação ocorrerá de modo contínuo, permitindo uma verificação passo a

passo do processo do aluno informado sobre o conhecimento e a compreensão de conceitos e

procedimentos e a sua capacidade para aplicar conhecimentos na resolução de problemas do

cotidiano avaliando a realidade socioespacial em que vive, sob a perspectiva de transformá-la.

Para isso, destaca-se como os principais critérios de avaliação em geografia a

formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para

compreensão e a intervenção na realidade.

92

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SEED – Diretrizes de geografia para o Ensino Médio

LUCCI, Elian Alabi, Anselmo Lazaro Branco e Claudio Mendonça – Geografia vol. Único 3ª

edição São Paulo: Saraiva 2000

Brasil, Ministério da Educação, Secretaria de Educação parâmetros Curriculares Nacionais

Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação.1999.

Secretaria de Estado da Educação Geografia Ensino Médio ( Folhas) 2ª Edição.

93

DISCIPLINA: HISTÓRIA

JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e às

relações humanas praticadas no tempo, com respectiva significação atribuída pelos sujeitos,

bem como as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como as condições

geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local.

Concebendo o conhecimento histórico como algo produzido, entendeu-se que na

produção do conhecimento existem várias explicações e ou interpretações para um mesmo

fato, dependendo do método de pesquisa que o historiador adotou para problematizar o

passado e os documentos utilizados. Isso pode ser o observado nas diferentes abordagens

curriculares que historicamente marcam o ensino da disciplina de história.

Ao revisitar o ensino de História no Brasil, percebe-se que a narrativa histórica

produzida, desde sua instituição como disciplina escolar em 1.837 com a criação do Colégio

D. Pedro II, é predominantemente tradicional, pautada na valorização da história política e

econômica, linear, factual, personificada em heróis e que excluiu a participação de outros

sujeitos. Limitada a descrição de causas e consequências, não problematiza a construção do

processo histórico, uma vez que a história é tida como verdade a ser transmitida pelo

professor e memorizada pelos alunos. Nessa concepção, a contribuição que o ensino da

História traz é a formação de uma consciência histórica tradicional, a partir da qual o aluno

compreende a dimensão temporal como permanência das experiências relativas aos modelos

de vida e de cultura do passado.

Apesar de algumas restruturações, essa concepção do ensino de história de manteve

quase inalterada até quase o final do século. Em 1.990 a SEED do Estado do Paraná tentou

alterar essa visão tradicional aproximando a produção acadêmica de história ao ensino dessa

disciplina, fundamentada na pedagogia histórico-crítica que valorizava as ações dos sujeitos, o

estudo da produção do conhecimento histórico, das fontes e das temporalidades. Entretanto,

essa tentativa apresentou limitações devido à definição de uma listagem de conteúdos que se

contrapunham, em vários aspectos, à proposta teórico-metodológica apresentada, bem como

pela ausência de uma formação continuada dos professores.

Outra tentativa frustrada foi a efetivada pelo ministério da Educação entre os anos de

1.997 e 1.999, quando foi divulgado os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino

Fundamental e Médio. No Currículo de História os PCN indicavam uma preocupação de

94

formar cidadãos preparados para as exigências científico tecnológicas da sociedade

contemporânea, os conteúdos de história se tornaram meios para a aquisição de competências

e habilidades. A disciplina de História foi apresentada de forma pragmática, com a função de

resolver problemas imediatos, isto é, uma visão presentista da História. Como inovação os

PCN traziam uma historiografia atualizada que procurava aproximar o ensino da pesquisa em

história de modo a superar o ensino tradicional. Novamente a superação não se deu pela falta

de capacitação continuada dos professores e pela não conexão dos conteúdos de referência

cognitivista e psicológica à historiografia proposta.

Buscando definitivamente romper com a concepção tradicional do ensino de história, a

partir de 2.003, a SEED do Estado do Paraná promoveu a elaboração das Diretrizes

Curriculares para o Ensino de História, contando efetivamente com a participação dos

professores da rede, e também, dos pesquisadores acadêmicos, visando uma aproximação

entre a pesquisa acadêmica e o ensino de História. Com objetivo de propiciar aos alunos a

formação da Consciência Histórica, as Diretrizes Curriculares de História optou como

referencial teórico as contribuições das seguintes correntes: Nova História, Nova História

Cultural e Nova Esquerda Inglesa (contribuições estas apresentadas na fundamentação

teórica).

Enfim, se antes a narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação

brasileira, vista como extensão da História da Europa Ocidental, o currículo oficial de História

tinha como objetivo legitimar os valores aristocráticos, no qual o processo histórico

conduzido por líderes excluía a possibilidade das pessoas comuns serem entendidas como

sujeitos históricos. Hoje porém, na contribuição das novas Diretrizes, houve a superação de

tal concepção, pois a narrativa histórica tem por objetivo contribuir para a formação de uma

consciência histórica crítica dos alunos, essa nova concepção do ensino de História, trata o

conhecimento como resultado de investigação e sistematização de análises sobre o passado de

modo a valorizar diferentes sujeitos e suas relações, superando uma visão unilateral dos fatos

históricos. Assim, concebendo a História como um conhecimento construído e em constante

construção, supera-se a ideia de verdade pronta e acabada, incentivando o papel do professor

e do aluno como investigador, fazendo uso dos mais variados tipos de fontes, possibilitando

diferentes interpretações.

95

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA O ensino da disciplina de história permite conhecer e compreender conhecimento

histórico produzido pelo homem, os aspectos políticos culturais, econômicos, sociais e as

relações humanas em diferentes tempos e espaços, tal estudo compreende a pluralidade e

diversidade das experiências individuais e coletivas para que o aluno torna-se atuante na

sociedade e que aprenda a respeitar e valorizar a solidariedade entre os homens, o papel de

todos os indivíduos na sua construção histórica procurando entender a importância da todos

os vestígios do passado e não somente datas, obras e monumentos famosos.

A História tem por finalidade a busca da superação das carências humanas

fundamentado por meio de um conhecimento constituído por interpretações históricas, sendo

estas compostas por teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos históricos

propondo ações no presente e projetos no futuro. Visando possibilitar ao aluno a construção

da Consciência Histórica as Diretrizes Curriculares de História pautou-se em diferentes

correntes teóricas, aliando as diferentes contribuições por elas apresentadas:

Contribuições da Nova História: com essa corrente ocorreu a abertura para novos

problemas, novas perspectiva teóricas e novos objetos desenvolvidos, rompendo com uma

historicidade linear. Essa propostas historiográfica baseia a historicidade em durações (curta,

média e longa), valorizando estruturas que determinam a ação humana (suas relações e

transformações), permitindo a construção de contextos espaços-temporais que delimitam os

objetos de estudos abordados sem ter a obrigação de seguir a linha do tempo sequencial e

universal.

Contribuições da Nova História Cultural: os teóricos dessa corrente preocupam-se

com a valorização das ações e concepções do mundo dos sujeitos, das classes populares em

sue contexto espaço-temporal (micro história). Contribuem também através da introdução de

novas temporalidades, nas formas de constituição do pensamento histórico, a partir do

momento em que novos e múltiplos sujeitos, com seus respectivos pontos de vistas foram

introduzidos nas análises historiográficas. Sua contribuição para a construção do

conhecimento histórico ainda se faz pela diversificação de documentos, como imagens,

canções, objetos arqueológicos, entre outros.

Contribuições da Nova Esquerda Inglesa: Essa teoria supera a racionalidade

histórica linear ligada ao marxismo clássico e nos modos de produção, privilegiando as ações

dos múltiplos sujeitos na construção das formações sócios históricas. Pautam seus estudos na

experiência do historiador, na dimensão social e investigativa, possibilitando novos

96

questionamentos sobre o passado, a partir do momento que forem surgindo novos métodos de

pesquisas históricas. Também defendem uma concepção de história baseada na experiência do

passado de homens e mulheres e sua relação dialética com a produção material, valorizando

as possibilidades de luta e transformação social e a construção de novos projetos de futuro.

Quanto à organização do Currículo, as Diretrizes Curriculares de História tem como

referência os Conteúdos Estruturantes, entendidos como saberes que aproximam e organizam

os campos da História e seus objetos. Os Conteúdos Estruturantes Relações de Trabalho,

Relações de Poder e Relações Culturais se articulam a partir das categorias de análise de

espaço e tempo, possibilitando os mais variados recortes temporais. Considerando ainda, que

o estudo das relações humanas do passado parta de problematizações feitas no presente, a

História, permite que professor e aluno definem as marcas temporais que balizam seu estudo,

superando as periodizações tradicionais quadripartite da História, priorizando o estudo por

temas. A História por temas ainda permite que conteúdos antes excluídos ganhem sua devida

prioridade, conforme estabelece a Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o estudo da

“História e Cultura Africana e Afro-brasileira”, a Lei 11.645/2008, que estabelece a

obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira e Indígena”, bem como supri a

carência de temas da História Local, a História do Paraná e a História da América.

O trabalho pedagógico tem por finalidade a formação do pensamento histórico dos

estudantes. Isso ocorre de acordo com métodos de investigação histórica escolhida pelo

professor como: narrativas históricas, documentos históricos disponíveis, as imagens, livros,

jornais, fotografias, pinturas, gravuras, museus, relatos, filmes, músicas, objetos materiais e os

mais diversos documentos escritos são tomados como vestígios do passado, assim, esses

documentos podem ser transformados em materiais didáticos de grande valor na constituição

do conhecimento histórico.

Para que o aluno compreenda como se dá a construção do conhecimento histórico o

trabalho pedagógico será organizado por meio do trabalho com vestígios e fontes históricas

diversas, pela fundamentação da historiografia anteriormente mencionada, pela

problematização do conteúdo/tema e pela organização das interpretações por meio de

narrativas. A história temática proposta para o Ensino Médio, supera a impossibilidade de

ensinar “toda a história da humanidade” e possibilita a articulação entre os conteúdos

básicos/temas e os Conteúdos Estruturantes, ampliando a percepção do estudante sobre um

determinado contexto histórico, sua ação e relação de distinção entre passado e presente.

A abordagem metodológica do ensino de história no ensino médio propõe-se que os

conteúdos temáticos priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo-se relações e

97

comparações com a história mundial. O encaminhamento metodológico tomará como ponto

de partida o conhecimento prévio do aluno que, fomentado pela problematização, colocará o

mesmo em contato com as diferentes produções e documentos históricos que, ao agir como

pesquisador, formará sua consciência histórica.

A consciência histórica se caracteriza pela percepção das experiências do passado dos

seres humanos e realiza-se por interpretações feitas no presente à luz de uma expectativa de

futuro. Nesse sentido, as noções de tempo e espaço devem compor os procedimentos

metodológicos, pois articulados aos Conteúdos Estruturantes, possibilitam a delimitação e a

contextualização das relações humanas a serem problematizadas.

Finalmente, para possibilitar ao aluno a apropriação do conhecimento histórico e a

forma como os mesmos são construídos se lançará de recursos didáticos e tecnológicos, tais

como: documentos históricos (escritos, visuais, sonoros, orais e de cultura material),

interpretações históricas de diferentes livros didáticos, pesquisas em material retirados da

internet, filmes, documentários, produções locais, legislações, imagem televisiva e outros

meios de comunicação, mapas, gráficos, entre outros.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, BÁSICOS E ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que

identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar. Consideram-se

Conteúdos Estruturantes da disciplina de História: Relações Culturais, Relações de Trabalho,

Relações de Poder, sendo que estes conteúdos apontam para as ações e relações humanas que

constituem o processo histórico. Nas Diretrizes, as Relações Culturais, de Trabalho e as

Relações de Poder são considerados recortes desse processo histórico. A partir dos Conteúdos

Estruturantes se desdobram os Conteúdos Básicos, conhecimentos fundamentais para a

formação conceitual e, quando necessário serão desdobrados em Conteúdos Específicos,

selecionados para o entendimento do tema.

1ª Série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

- Relações de Trabalho

- Relações de Poder

- Relações Culturais

98

O ESTUDO DA HISTÓRIA:

- objeto de estudo da história;

- fontes;

- tempo e espaço (periodizações);

- Calendários;

- recortes temáticos;

- origem do homem (teoria evolucionista e criacionista).

TRABALHO ESCRAVO, SERVIL, ASSALARIADO E LIVRE:

- Conceito trabalho.

- A organização do trabalho nas sociedades primitivas;

- O trabalho escravo no mundo antigo;

- A sociedade feudal e o trabalho servil;

- O mundo do trabalho nas sociedades pré- colombianas.

- As relações de trabalho nas sociedades Incas, Astecas e Maias.

- O trabalho escravo e o trabalho livre no Brasil:

- Escravidão indígena;

- Escravidão africana;

- Relações de trabalho no Paraná.

- A construção do trabalho assalariado:

- Relação trabalho/salário.

- O trabalho artesanal da Idade Média.

- O tarefeiro assalariado na modernidade.

- A manufatura

- O sistema de fábricas

- A organização do tempo do trabalho

- Trabalho infantil

- Trabalho feminino.

CULTURA E RELIGIOSIDADE:

- A origem do povo americano e suas culturas.

- O Império Bizantino e a organização da Igreja Ortodoxa.

99

- Domínio cultural da Igreja Católica na sociedade feudal.

- Renascimento.

- Reforma Protestante.

- Religião e cultura Afro- brasileira.

2ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

- Relações de Trabalho

- Relações de Poder

- Relações Culturais

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO:

- O renascimento urbano da Europa medieval:

- Estruturação do comércio;

- Centralização do poder;

- Monopólio religioso católico e movimentos protestante.

- A organização das cidades europeias no contexto da revolução industrial:

- O deslocamento da população do campo para a cidade;

- A organização da produção nas cidades;

- Moradia e condições de vida nas cidades industriais;

- Organização dos trabalhadores.

- Urbanização e Industrialização no Brasil:

- Urbanização e produção açucareira;

- A urbanização e a mineração;

- Modernização urbana no Império;

- Desenvolvimento industrial e urbanização no século XIX.

- Urbanização e Industrialização no Paraná.

MOVIMENTOS SOCIAIS, POLÍTICOS E CULTURAIS E AS GUERRAS E

REVOLUÇÕES:

- Iluminismo;

100

- Guerras e Revoluções democrático-liberais:

- Revolução Inglesa;

- Revolução francesa;

- Independência norte-americana.

- A América portuguesa e as revoltas pela Independência do Brasil;

- Inconfidência Mineira;

- Conjuração Baiana;

- Revolução Pernambucana.

- O processo de Independência;

- Brasil sede do governo português;

- Organização do governo;

- Constituição de 1824.

- Movimento de resistência no Brasil Imperial.

3ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

- Relações de Trabalho

- Relações de Poder

- Relações Culturais

O ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER

- As disputas de poder no contexto da Revolução Industrial:

- liberalismo econômico

- Neocolonialismo e ou Imperialismo;

- As grandes Guerras e Revoluções no século XX

- Primeira Guerra Mundial;

- Revoluções socialistas;

- Segunda Guerra Mundial;

- O mundo bipolarizado: Guerra Fria.

- A República no Brasil:

- Organização do poder no contexto da cafeicultura e no início da

industrialização;

- Getúlio Vargas no poder;

101

- Governos populistas;

- O golpe de 1964 e a militarização da sociedade;

- Redemocratização e Brasil na atualidade;

OS SUJEITOS E AS REVOLUÇÕES:

- A organização operária e industrialização no Brasil;

- Movimento operário e cultural da década de 20;

- A Constituição de 1934 e os direitos trabalhistas;

- Estado e sociedade no período populista;

- O processo de Independência;

- A resistência contra os militares;

- Movimentos Sociais do final do século XX:

- Luta pela terra em diferentes lugares do mundo.

- Os sem-terra no Brasil .

- O movimento feminista .

- A Revolução Jovem.

- Movimento Hippie.

- O Rap e o Movimento Hip Hop.

- Movimento Negro no mundo.

- Movimentos sociais e agrários no Paraná.

- História e cultura afro-brasileira e africana.

- Remanescente de Quilombo sua cultura material e imaterial.

- O movimento negro no Brasil.

- Movimento das Diretas Já;

- Questão indígena no Paraná.

- Globalização;

- África e Ásia: descolonização e conflitos regionais.

- A urbanização e industrialização do Paraná.

- Patrimônio paranaense.

102

AVALIAÇÃO A avaliação deverá ser diagnóstica e contínua, considerando o conhecimento prévio do

aluno, sendo parte de um processo pedagógico, onde faz-se necessário o diálogo a cerca de

questões relativas aos critérios e a sua função, seja ela de forma individual ou coletiva.

Portanto, aprendizado e avaliação devem ser compreendidos como fenômenos

compartilhados, contínuos, processual e diversificado, propiciando uma análise crítica das

práticas, podendo ser retomada e reorganizadas pelo professor e pelos alunos.

Obedecendo esse caráter diagnóstico, a avaliação não deve mensurar simplesmente

fatos ou conceitos assimilados, mas deve possibilitar o professor avaliar o seu próprio

desempenho, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como atuar

no processo de aprendizagem dos alunos.

Na área de história, em particular, o processo de avaliação deve considerar como

critérios a capacidade do aluno de distinguir diferenças, semelhanças e permanências entre as

diversas culturas, entre as relações de trabalho e de poder nas diferentes sociedades e,

também, a capacidade de organizar os conceitos aprendidos e de expressá-los nas mais

variadas situações do seu cotidiano.

A avaliação do processo ensino/aprendizagem terá como instrumentos de verificação:

- provas objetivas e subjetivas;

- leitura de imagens iconográficas;

- trabalhos científicos;

- produção de textos;

- relatórios;

- seminários;

- análise de documentos;

- dramatização;

- produção de slides;

- fichamentos;

- resenhas;

- leitura e interpretação de mapas;

- confecção de cartazes e painéis, entre outros.

103

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, Gislaine Campos; SERIACOI, Reinaldo. História. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2005. DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA: versões preliminares. Curitiba: SEED – PR, 2005/2006. DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA. Curitiba: SEED – PR, 2008. HISTÓRIA/vários autores. - Curitiba: SEED – PR – p. 376, 2005. MOTA, Myriam Becho. BRAICK, Patrícia Ramos. HISTÒRIA das cavernas ao terceiro milênio. Moderna: São Paulo, 2005.

104

DISCIPLINA: MATEMÁTICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Matemática , contribui para as transformações sociais não apenas através

da socialização do conteúdo matemático, mas também através de uma dimensão política que é

intrínseca a essa socialização. Desta forma, o ensino da matemática tratará a construção do

conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram

apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do

pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias.

É necessário que o processo de ensino e aprendizagem em Matemática contribua para

que o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e

apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à

matemática, possibilitando ao estudante criticar questões sociais, políticas, econômicas e

históricas.

A Matemática , alicerce de quase todas as áreas do conhecimento e dotada de uma

arquitetura que permite desenvolver os níveis cognitivo e criativo, tem sua utilização

defendida, nos mais diversos graus de escolaridade, como meio para fazer emergir essa

habilidade em criar, resolver problemas, modelar, podendo formar no aluno a capacidade de

resolver problemas genuínos, gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e

desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a formação de uma

visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da harmonia, o

desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.

Nesse sentido é preciso que o aluno perceba a Matemática como um sistema de código

e regras que a tornam uma linguagem de comunicação de ideias e permite modelar a realidade

e interpretá-la.

Assim, os números e a álgebra como sistemas de códigos, a geometria na leitura e

interpretação do espaço, a estatística e a probabilidade na compreensão de fenômenos em

universos finitos, são sub-áreas de Matemática especialmente ligadas as aplicações.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

As finalidades do ensino de Matemática no nível médio indicam como objetivo levar o

aluno a :

105

- compreender os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que permitam

a ele desenvolver estudos posteriores e adquirir uma formação científica geral;

- aplicar seus conhecimentos matemáticos a situações diversas, utilizando-o na

interpretação da ciência, na atividade tecnológica e nas atividades cotidianas;

- analisar e valorizar informações provenientes de diferentes fontes, utilizando

ferramentas matemáticas para formar uma opinião própria que lhe permita expressar-

se criticamente sobre problemas de matemática, das outras áreas do conhecimento e da

atualidade e relações Étnicos Raciais;

- desenvolver as capacidades de raciocínio e resolução de problemas, de

comunicação bem como o espírito crítico e a criatividade;

- proporcionar maior capacidade de enfrentar situações e de resolver problemas

novos, possibilitando o acesso a um maior número de instrumentos materiais e

intelectuais;

- Propiciar ao aluno capacidade em utilizar novas tecnologias ( calculadora gráfica e

computadores ).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Números e Álgebras

- Grandezas e Medidas

- Geometrias

- Funções

- Tratamento de Informação

- Análise de pesquisas relacionadas ao negro e indígena

1ª SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conjuntos Numéricos

- Representação dos conjuntos

- Pertinências, igualdade, conjunto vazio, unitário subconjunto

106

- União, Intersecção, Diferença

- Conjunto complementar

- Conjunto dos Números Naturais

- Conjunto dos Números Inteiros

- Conjunto dos Números Racionais

- Conjunto dos Números Irracionais

- Conjunto dos Números Reais

- Reta real

- Intervalos Numéricos

- Aplicação da Teoria dos Conjuntos na Resolução de alguns Problemas

- Produto Cartesiano

- Relação Binária

- Diagrama de Flechas

- Gráfico Cartesiano

FUNÇÕES

Definição

- Domínio, contradomínio e imagem

- Imagem de um elemento

- Raiz ou zero de uma função

- Representação gráfica

FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU

- Tipos de função afim : Características; representação gráfica no plano cartesiano.

- Estudo dos sinais da função do 1º grau

- Inequações

FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU

- Gráfico da função quadrática

- Raízes ou zeros da função

- Vértices da parábola

- Estudos dos sinais da função quadrática

- Inequações

107

FUNÇÃO EXPONENCIAL

- Revisão de tópico básico: potenciação

- Equações exponenciais

- Representação gráfica da função exponencial

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

- Estudo dos logaritmos

- Equações logarítmicas

- Representação gráfica da função logarítmica

PROGRESSÃO ARITMÉTICA ( P.A)

PROGRESSÃO GEOMÉTRICA ( P.G)

GRANDEZAS E MEDIDAS

Triângulos

- Ângulos de um triangulo

- Soma dos ângulos de um triangulo

- Trigonometria no triângulo Retângulo

- Razões trigonométricas no triângulo retângulo

- Teorema de Pitágoras

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Matemática Financeira

- Razões e Proporções

- Divisão Proporcional –Regra de Sociedade

- Regra de Três Simples

- Porcentagem

- Juros Simples

2ª SÈRIE

FUNÇÕES

Funções Trigonométricas

- Revisão sobre trigonometria no triângulo Retângulo

- Trigonometria no circulo

108

- Ciclo trigonométrico

- Relações trigonométricas

- Redução ao 1º quadrante

- Operação com arcos e transformação em produto

- Equações com arcos e transformação em produto

- Equações trigonométricas

NÚMEROS E ALGEBRA

MATRIZES

- Tipos de matrizes

- Matriz transposta

- Igualdade de matrizes

- Operações com matrizes

- Matriz inversa

DETERMINANTES

- Estudo dos determinantes

- Teorema de Laplace

- Regra de Sarrus

SISTEMAS LINEARES

- Equação linear

- Sistema linear

- Regra de Cramer

- Classificação de um sistema linear

- Escalonamento de sistemas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

ANÁLISE COMBINATÓRIA E BINÔMIO DE NEWTON

- Princípio fundamental da contagem

- Fatorial

- Permutação simples

- Arranjos simples

- Combinações simples

109

- Permutação com elementos repetidos

- Números binomiais

- Triângulo de Pascal

- Binômio de Newton

PROBABILIDADE

- Elementos do estudo das probabilidades

- Probabilidade

- União de dois eventos

- Probabilidade condicional

ESTATÍSTICA

- População e amostra

- Frequência absoluta e relativa

- Distribuição e frequência

- Histogramas e polígono de frequência

- Média aritmética

- Mediana

- Média

- Medidas de dispersão

3ª SÈRIE

GEOMETRIA

Geometria Analítica

- Distância entre dois pontos

- Ponto médio de um segmento

- Condições de alinhamento de três pontos

- Equações da reta

- Retas paralelas e retas concorrentes

- Distância entre ponto e reta

- Área de um triângulo

- Equações da circunferência

- Posições do ponto em relação à circunferência

110

-Posições da reta em relação à circunferência

Geometria Plana

- Área e perímetro de figuras planas

Geometria Espacial

- Volume de figuras geométricas

NÚMEROS E ALGEBRA

Estudos dos números complexos

- Conjuntos dos números complexos

- Forma Algébrica

- Potências da unidade imaginária

- Operações com números complexos

- Representação geométrica de um número complexo

POLINÔMIOS

- Grau e valor numérico de um polinômio

- Identidade de polinômios

- Operações com polinômios

- Equações Algébricas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Estatística

- Revisão das Noções de Estatística

- Medidas de Tendências Central

- Medidas de Dispersão

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A concepção de Matemática que está presente na prática pedagógica é a que permite

ao aluno a compreensão de conceitos, dando-lhes significados e condições para estabelecer

relações com experiências vivenciadas no dia-a-dia . Alguns conteúdos possibilitam o uso de

111

observações e o manuseio de objetos, como é o caso da Geometria espacial. O aluno faz

medições, estabelece relações e pode construir seu próprio conceito de áreas e volumes de

diferentes sólidos.

A aquisição de atitudes positivas em relação à matemática deve ser uma das metas do

educador que pretende ir além da simples transmissão de conhecimentos, garantindo aos seus

alunos espaço para o desenvolvimento do auto conceito positivo, autonomia nos seus esforços

e o prazer da resolução do problema. Cabe ao professor propiciar situações motivadoras,

desafiadoras e interessantes de ensino, nas quais o aluno possa interagir com o objeto de

estudo e, acima de tudo, possa construir significativamente o conhecimento, chegando às

abstrações mais complexas.

Os conteúdos propostos nas três séries podem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais

destacam-se: resolução de problemas, modelagem matemática, mídias tecnológicas,

etnomatemática, história da matemática e investigações matemáticas.

O ensino-aprendizagem de Matemática será mais gratificante, uma vez que o aluno

passe a aprender o que lhe desperta interesse, tornando-o então co-responsável pelo seu

aprendizado.

AVALIAÇÃO

Existe hoje um esforço para que as mudanças da prática docente em sala de aula

venham acompanhadas de mudanças também no processo de avaliação.

Cabe ao educador matemático a responsabilidade pela formação educacional e social

do educando, para tanto, a avaliação deixa de ser usada somente como instrumento de

aprovação ou reprovação e assume um caráter formativo, que favoreça o progresso pessoal e

a autonomia do aluno, integrada ao processo de ensino/aprendizagem, permitindo ao aluno

consciência de seu próprio caminhar em relação ao conhecimento se possível inserido em um

contexto sócio-cultural político que estimule a participação e responsabilidade social dos

alunos na realidade em que vivem, fazendo uso das tecnologias, não somente como

instrumento de aprendizagem, mas sim como ferramenta de trabalho e de vida.

De acordo com o que está proposto no Projeto Político-Pedagógico do Colégio, onde

consta que o ato de avaliar é um instrumento de diagnóstico para o professor, para o aluno e

para a escola. Deve a avaliação ser uma fonte de subsídio para o professor proporcionando

112

elementos para uma reflexão contínua sobre a prática docente, sobre a criação de novos

instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou

reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem. Para o aluno a avaliação

deverá ser entendida como um instrumento de tomada de consciência de suas conquistas e

possibilidades para a reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, a

avaliação deve ser entendida como um instrumento de diagnóstico da realidade no sentido de

fornecer dados e informações importantes para a tomada de decisões e de ações conjuntas que

visem a melhoria de aspectos que influenciam direta ou indiretamente no processo ensino-

aprendizagem.

A fim de efetivar a avaliação na disciplina de Matemática, serão utilizados diversos

critérios que deverão apontar para as experiências educativas que são consideradas essenciais

para o desenvolvimento e construção do conhecimento. As práticas avaliativas devem

possibilitar ao professor verificar se o aluno:

- Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;

- Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

- Elabora um plano que possibilite a solução do problema;

- Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

- Realiza o retrospecto da solução de um problema.

A avaliação é uma ferramenta necessária ao ser humano no processo de construção

dos resultados, ela faz parte de seu modo de agir e, por isso, é necessário que seja usada da

melhor forma possível. O professor deve considerar as noções que o estudante traz,

decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados

nas aulas de matemática A avaliação deve ser contínua para que possa cumprir sua função de

auxílio ao processo de ensino e da aprendizagem e para garantir o êxito no processo, alguns

instrumentos avaliativos serão utilizados, tais como: participação efetiva nas aulas com

questionamentos demonstrando interesse pelos assuntos abordados; resolução de exercícios;

resolução e/ou apresentação de trabalhos; provas escritas objetivas e subjetivas; participação

na OBMEP; entre outros.

113

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE MATEMÁTICA. Curitiba: SEED – PR, 2008.

114

DISCIPLINA : LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO

A abordagem na disciplina de Língua Portuguesa é centrada na linguagem em uso,

sentido dialógico diante do texto, de acordo com Bakhtin, tendo em vista o conteúdo

estruturante como o discurso enquanto prática social. O ensino da língua portuguesa reforça a

importância da formação de um sujeito consciente de seu papel como cidadão na sociedade

em que se insere. Pauta-se o trabalho na análise discursiva como prática social, oportunizando

assim o aprimoramento da competência linguística, usando a língua materna em quaisquer

situações cominicativas, quer oral ou escrita, adequando-a ao contexto; assim como ler,

ultrapassando os limites do texto, reconhecendo o diálogo existente entre os diversos textos,

articulando a leitura com o momento presente e o momento histórico da sua produção.

O trabalho favorece a inclusão dos saberes necessários à utilização da língua na norma

padrão e o acesso aos conhecimentos para o multiletramento, constituindo-se como

ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos alunos.

De acordo com as Diretrizes Curriculares: “ O trabalho com a disciplina considerará

os gêneros discursivos que circulam socialmente, com especial atenção àqueles de maior

exigência na sua elaboração formal”.

Diante do exposto, o ensino da Língua Portuguesa visa a participação do aluno em

práticas sociais, utilizando a leitura, a escrita e a oralidade com finalidade de torná-lo

participante de uma sociedade em que tenha vez e voz, com poder decisório nas diferentes

esferas de interação.

OBJETIVOS

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes

práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:

- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano

e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

115

- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas

sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do

contexto de produção;

- Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie

seus conhecimentos linguístico-discursivos;

- Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura

e da escrita;

- Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao

aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,

apropriando-se, também, da norma padrão.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

Levando-se em conta que o trabalho em Língua Portuguesa no Ensino médio tem

como conteúdo estruturante o discurso enquanto prática social e que a apropriação da

linguagem é uma forma de interação com o outro e com a própria linguagem, por isso o

trabalho com a Língua Portuguesa enfatiza a diversidade de textos, tanto para as atividades

de leitura, quanto para as propostas de atividades orais e escritas, objetivando criar condições

para que os aprendizes interajam com diferentes discursos e aprimorem sua competência

linguística.

A prática frequente de leitura dos mais diferentes textos que circulam em nossa

sociedade é condição imprescindível para que o aluno constitua como crítico. Nesse sentido,

procurar-se-á oferecer incentivos e meios para que os aprendizes leiam textos de diferentes

gêneros.

A perspectiva teórica que norteia a proposta a ser desenvolvida coloca ensino de

língua centrado no texto.

Em relação à língua oral pretende-se mostrar ao aluno que esta, em alguns pontos, se

assemelha a escrita, mas em outros pontos, diverge.

As propostas de produção escrita enfatizarão as condições nas quais esses textos são

produzidos: o aluno deve ter o que dizer, para quem e para que, de modo a poder definir como

dizer. Estando essas características claras para o aluno, ele terá o momento de planejar,

escrever, revisar e reescrever seus textos.

116

No momento da reescrita, o professor agirá como mediador ao fazer intervenções

necessárias para que o aluno possa aplicar e refletir sobre o conhecimento linguístico para

resolvê-lo, acrescentando, retirando, deslocando ou substituindo parte do texto.

É necessário ressaltar a importância do trabalho em grupo dentro de um processo

interativo, pois proporciona a troca de conhecimentos através da socialização entre os

aprendizes.

O trabalho com recursos de mídia, entre outros, torna-se necessário para o

desenvolvimento de práticas pedagógicas que visem a circulação de textos diversos, em

diferentes situações de uso da língua, a fim de que o aluno reconheça os textos estudados no

uso efetivo do seu cotidiano, da mesma forma, a presença da Literatura nos meios de

comunicação e convivência diários.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- Discurso enquanto prática social.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

1ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS:

- Poema

- Pintura

- Romance

- Lenda

- Conto

- Autobiografia

- História em quadrinhos

- Texto teatral

- Carta pessoal

- Relato pessoal de experiências

- Publicidade comunitária

- Relatório de experiência científica

- Debate

- Artigo de opinião

117

- Música

- Fábula

- Seminário

- Depoimento.

LEITURA:

Crônica jornalística

- Fábula

- Poema

- Reportagem

- Lenda

- Pintura

- Romance

- Charge

- Texto teatral

- Texto científico

- Propaganda

- Artigo de opinião

- Depoimento

- Entrevista

- História em quadrinho

- Tira

ESCRITA:

- Poema

- Carta pessoal

- Relato pessoal

- Artigo de opinião

- Conto

- Autobiografia

- História em quadrinho

- Texto dramático ( teatral)

118

ORALIDADE:

- Relato pessoal de experiências

- Dramatização de texto teatral

- Debate

- Seminário

- Depoimento

- Exposição de obra literária

- Explicação de trabalho de pesquisa

- Declamação de poema

- Leitura expressiva de poema e prosa

- Análise de filmes, livros literários e telenovelas.

LITERATURA:

- Literatura de informação

- Quinhentismo no Brasil

- Barroco em Portugal e no Brasil

- Arcadismo em Portugal e no Brasil

- Classicismo

- Literatura Africana, Afro-brasileira e Indígena.

- Literatura Afro-brasileira e Africana

- Literatura Indígena

ANÁLISE LINGUÍSTICA :

- Linguagem, comunicação e interação

- Variação linguística

- Figuras de linguagem

- Textualidade: coerência e coesão

- Intertextualidade, interdiscursividade e paródia.

- Semântica: campo semântico, hiponímia e hiperonímia

- Polissemia

- Ambiguidade

- Semântica e interação

- Letra e fonema

- Dígrafo e dífono

119

- Sílaba

- Encontro vocálico e consonantal

- Acentuação: regras de acentuação gráfica

- Morfemas: relacionados com o universo da realidade e da língua

- Vogais e consoantes de ligação

- Formação de Palavras: Derivação, Composição, Hibridismo, Onomatopéia, redução,

Empréstimos e gírias.

2ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS:

- Cartaz

- Mesa Redonda

- Conto

- Romance

- Notícia

- Entrevista

- Reportagem

- Anúncio publicitário

- Crítica

- Editorial

- Biografia

LEITURA :

- Leitura de romances, contos, fábulas, poemas, charges, notícias, novelas, entrevistas,

editoriais, anúncios e texto teatral.

ESCRITA:

- Conto

- Notícia

- Entrevista

- Reportagem

- Anúncio

- Editorial

120

- Cartaz

- Mesa – redonda

- Narrativas ficcionais

- A crítica

- Anúncio

ORALIDADE:

- Dramatização de texto teatral

- Exposição de obra literária

- Análise e exposição de obras literárias, filmes, novelas ;

- Seminário

LITERATURA:

- Romantismo: a linguagem romântica

- Romantismo: as gerações românticas

- Realismo: a linguagem do Realismo

- Naturalismo: a linguagem do Naturalismo

- Parnasianismo: a linguagem do Parnasianismo

- Simbolismo: a linguagem do Simbolismo

- Literatura Afro-brasileira e Africana

- Literatura indígena.

ANÁLISE LINGUÍSTICA :

- Substantivo

- Adjetivo

- Artigo e Numeral

- Pronome

- Verbo

- Advérbio

- Preposição

- Conjunção

- Interjeição

- Frase – Oração – Período

- Sujeito e Predicado

121

- Objeto: Direto e Indireto

- Aposto e Vocativo.

3ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS:

- Crônica de ficção e jornalística

- Carta ao leitor e de reclamação

- Carta de solicitação

- Texto argumentativo

- Resenha descritiva e Crítica

- Resumo

- Texto de opinião

- Paródia

- Poema

- Haicai

LEITURA:

- Crônica

- Romance

- Conto

- Resenha

- Carta

- Poema

ESCRITA:

- Crônica

- Carta de leitor, de reclamação e de solicitação

- Texto argumentativo

- Texto dissertativo – argumentativo

ORALIDADE:

- Debate regrado público: estratégias de contra – argumentação.

- Produção oral de texto argumentativo

122

- Exposição oral de obras literárias

- Seminário

ANÁLISE LINGUÍSTICA:

- Orações subordinadas

- Orações coordenadas

- Pontuação

- Concordância verbal e nominal

- Colocação pronominal

LITERATURA:

- Pré-modernismo

- Vanguardas Européias

- Modernismo: Fases do Modernismo

- A Poesia e o Romance de 30

- A Geração de 45

- O teatro brasileiro século XX

- Literatura Contemporânea

- Literatura Portuguesa

- Literatura Afro-brasileira e Africana e Indígena.

AVALIAÇÃO:

A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura é imprescindível que seja um processo

de aprendizagem contínuo e de prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do

ano letivo.

A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso / texto aos diferentes

interlocutores e situações por meio de apresentação de seminários, debate, troca informal de

idéias, entrevista, relato de história. As exigências de adequação da fala são diferentes e isso

deve ser considerado numa análise de produção oral.

Serão avaliadas na leitura as estratégias que os estudantes empregam para a

compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações

de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos

ideológicos no texto,a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a

123

localização das informações tanto explícitas quanto implícitas , o argumento principal entre

outros.

Portanto, é importante avaliar na leitura se o aluno ativa os conhecimentos prévios; se

compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto, se faz inferências

corretas e se reconhece o gênero e o suporte textual.

Na escrita, é preciso ver o texto do aluno como fase do processo de produção, nunca

como produto final, pois o que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias

de sua produção e o resultado dessa ação.

É importante, no momento da refacção textual, observar se a intenção do texto foi

alcançada, se há relação entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às

repetições e se é necessário substituir parágrafos, idéias ou conectivos.

Análise Linguística : É no texto oral e escrito que a língua se manifesta em todos os

seus aspectos discursivos, textuais e gramáticais. Os elementos linguísticos usados nos

diferentes gêneros precisam ser avaliados sob prática reflexiva e contextualizada que lhes

possibilite compreender esses elementos no interior do texto, podendo ser usadas a línguagem

formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso

de recursos lionguísticos e estilísticos e o uso das relações semânticas entre as partes do texto

(causa, tempo, comparação etc).

Portanto, os alunos são avaliados continuamente, pois utilizam com a linguagem,

refletindo sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o

aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.

124

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SEED – Diretrizes Curriculares de Educação Básica de Língua Portuguesa Ensino Médio

2008.

CEREJA, William Roberto, Thereza Cochar Magalhães – Português Linguagens volume 1,2,3

Ensino Médio, 5ª edição; São Paulo: Atual 2005.

AMARAL, Emília, Mauro Ferreira, Ricardo Leite, Severino Antônio, Novas Palavras volume

1,2,3 Ensino Médio, 2ª Edição Renovada; São Paulo: FTD 2005.

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Parâmetros Curriculares

Nacionais: Ensino Médio, Brasília: Ministério da Educação.1999

125

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A sociologia como saber científico se desenvolveu no final do século XIX, “marcado

pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa, uma

social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o iluminismo,

com sua fé na razão e no progresso da civilização” (Diretrizes de Sociologia, 2008, p. 38).

Essas transformações históricas possibilitaram o domínio da razão, a constituição do Estado-

nação e o desenvolvimento da sociedade capitalista e suas contradições. Tantas mudanças

resultaram em desequilíbrios, agitações, protestos, enfim, questionamento sobre a sociedade, e

a Sociologia, enquanto ciência, surgiu para dar respostas a essa “nova ordem social”.

Portanto, “o objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se

estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as relações

entre os indivíduos e a coletividade” (Diretrizes de Sociologia, 2008, p. 91).

Ao determinar o objeto de estudo da disciplina de Sociologia para o Ensino Médio,

ressalta a contribuição das áreas de conhecimento das Ciências Sociais (Sociologia, Ciência

Política e Antropologia) para o estudo científico de tal objeto. Não existe uma divisão nítida

entre essas áreas, embora cada uma das Ciências Sociais se ocupe preferencialmente de um

aspecto da realidade social, elas são complementares entre si e atuam frequentemente juntas

para explicar os complexos fenômenos da vida em sociedade. Observe o campo de atuação de

cada área:

Sociologia: estuda as relações sociais e formas de associação, considerando as

interações que ocorrem na vida da sociedade. A sociologia abrange, portanto, o estudo dos

grupos sociais; dos fatos sociais; da divisão da sociedade em camadas; da mobilidade social;

dos processos de cooperação, competição e conflito na sociedade; etc.;

Ciência Política: estuda a distribuição de poder na sociedade, bem como a formação e

o desenvolvimento das diversas formas de governo. É a Ciência Política que estuda, por

exemplo, os partidos políticos, os mecanismos eleitorais, etc.

Antropologia: estuda e pesquisa as semelhanças e as diferenças culturais entre os

vários agrupamentos humanos. Além de estudar a cultura dos povos pré-letrados, a

Antropologia ocupa-se com a diversidade cultural existente nas sociedades industriais. São

objetos de estudo da Antropologia os tipos de organização familiar, as religiões, a magia, os

ritos de iniciação dos jovens, o casamento, etc.;

126

A fundamentação teórica-metodológica para o estudo da sociedade está fundamentada

no pensamento clássico, que entre outros destaca-se: Émile Durkheim, sociólogo francês que

deu a Sociologia o status de ciência, dando a ela método e objeto próprios, bem como a

comprovação de que os fenômenos sociais são passíveis de serem investigado

cientificamente. A metodologia funcionalista desse teórico torna-se primordial para explicar o

princípio da integração social; Max Weber, pensador alemão que contribui

consideravelmente para a interpretação da cultura ocidental que se formou a partir da

expansão do capitalismo, também nos fornece a metodologia pautada na pesquisa

contextualizada historicamente, o chamado método compreensivo histórico; e, Karl Marx ,

filósofo alemão que analisou minuciosamente a sociedade capitalista, detectando nela suas

contradições, além de vislumbrar, como modelo alternativo, a organização da sociedade

socialista. A contribuição metodológica de sua teoria se faz pela vertente do materialismo

histórico com a lógica dialética, que toma a contradição social como princípio metodológico.

O embasamento teórico-metodológico apresentado, e a contribuição dos teóricos da

Sociologia Crítica (Charles Wright Mills, Theodor Adorno, Max Hoklheimer, Walter

Benjamin e Jürgen Habermas) possibilitam um distanciamento de uma sociologia positiva,

onde o senso comum e a rotina diária são fontes de informação e medida última da verdade, e

se aproxima da sociologia crítica, que é descrita nas Diretrizes de Sociologia do Estado do

Paraná:

“A sociologia crítica procura colher da sociedade os elementos de não racionalidade presentes nas sociedades capitalistas, sobretudo aquelas do capitalismo avançado em níveis de alto consumismo (...). Ela se desafia exercitando oposições e desenvolvendo o espírito crítico, capaz de observar dialeticamente a realidade em seus movimentos contraditórios e paradoxais. Conhecer é desenvolver o espírito crítico e a crítica científica não acontece sem uma crítica social. (...) O conhecimento exerce um efeito libertador, pois através do olhar sociológico a sociedade pode voltar a si mesma e os agentes sociais podem saber melhor o que são.” (DCE, 2008, p. 67/68).

Enfim, como um dos teóricos da sociologia crítica, Charles Wright Mills defende que

é preciso despertar na sociedade o que denomina de “A imaginação Sociológica”, pois

segundo ele a mesma é “responsável por levar o indivíduo a estabelecer uma relação entre sua

biografia pessoal e o que acontece na sociedade de seu tempo. Levar o indivíduo a perceber

de que modo a organização social influencia suas possibilidades de ação” (DCE, 2008, p. 68).

OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

Pelo histórico do surgimento da Sociologia percebe-se que essa disciplina surgiu pela

necessidade de responder à sociedade sobre as transformações que estavam vivenciando e

127

pela necessidade de oferecer soluções para enfrentar os graves problemas sociais gerados pelo

modo de produção capitalista. Dessa forma a Sociologia tem por objetivo o questionamento

do real, do pensado e da relação entre ambos, o questionamento que vai além do que está dado

como estabelecido e explicado, o questionamento que descortine as desigualdades, as

diversidades e os antagonismos presentes na sociedade atual, concretizando assim, um

conhecimento sociológico crítico.

Assim, como disciplina do Ensino médio, a Sociologia tem como objetivo promover a:

- Desnaturalização das ações que se estabelecem na sociedade;

- Percepção de que a realidade social é histórica e socialmente construída;

- Explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,

desconstruindo pré-noções e pré-conceitos;

- Inserção do educando como sujeito social que compreende a sua realidade imediata,

mas que também percebe o que se estabelece além dela;

- Questionamento quanto à existência de verdades absolutas, sejam elas na

compreensão do cotidiano, ou na constituição da ciência;

- Desenvolvimento da “imaginação sociológica”.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

1ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: - O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas. CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Ciências Sociais:

- Sociologia

- Ciência Política

- Antropologia

- O Surgimento da sociologia

- Objeto da sociologia: o fato social;

- Teorias sociológicas clássicas:

- Comte

- Durkheim

- Weber

128

- Marx

- Sociólogos brasileiros.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Instituição Familiar;

- Instituição Escolar;

- Instituição religiosa;

- Instituições de Reinserção (prisões, educandários, etc.)

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- Trabalho, Produção e classes sociais.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Conceito de trabalho

- Trabalho nas diferentes sociedades: Escravo, Servil e Livre.

- Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais.

- Trabalho na sociedade capitalista e suas contradições;

- Globalização e Neoliberalismo;

- Trabalho no Brasil;

- Relações de trabalho no Brasil.

2ª SÉRIE: CONTEÚDO ESTRUTURANTE: - O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas. CONTEÚDOS BÁSICOS:

Teorias sociológicas clássicas:

- Comte

- Durkheim

- Weber

- Marx

- Sociólogos brasileiros.

129

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- Poder, Política e Ideologia.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Formação e Desenvolvimento do Estado Moderno;

Teorias Sociológicas Clássicas e os diversos:

- Conceito de poder;

- Conceito de ideologia;

- Conceito de dominação e legitimidade;

- Estado no Brasil;

- Desenvolvimento da Sociologia no Brasil (Campo político);

- Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

- As expressões de violência nas sociedades contemporâneas.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Conceitos de cidadania;

- Direitos Civis, políticos e sociais;

- Direitos humanos;

- Movimentos sociais;

- Questões ambientais e movimentos ambientalistas;

- Questões das ONGS.

3ª SÉRIE CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

- O Surgimento da sociologia

- Teorias sociológicas clássicas:

- Comte

- Durkheim

- Weber

130

- Marx

- Sociólogos brasileiros.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- Cultura e Indústria Cultural.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Os conceitos de cultura e as escolas antropológicas;

- Antropologia brasileira;

- Diversidade cultural;

- Relativismo, etnocentrismo e alteridade;

- Culturas indígenas;

- Pesquisa de campo (método);

- Conceitos de identidade, sociabilidade e globalização;

- Identidades e movimentos sociais;

- Dominação, hegemonia e contramovimentos;

- Cultura Afro-brasileira e Africana;

- “Minorias” preconceito, hierarquia e desigualdade;

- Questões de gênero e a constituição social do gênero;

- Indústria cultural e indústria cultural no Brasil;

- Meios de comunicação de massa;

- Sociedade de Consumo.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O conteúdo de sociologia será abordado por temas, articulado a conteúdos, teorias e

conceitos tendo como encaminhamento metodológico prática social inicial-teoria-prática

social final, ou seja, o ponto de partida será conhecimento da prática social do aluno, tendo

em seguida o estudo teórico fomentado pela problematização, finalizando com a prática social

sistematizada e transformadora. Método este descrito pelo professor Joâo Luiz Gasparin,

dentro da perspectiva histórico-crítica.

Como estratégias metodológicas serão utilizadas: aulas expositivas dialogadas, visitas

a instituições, debates e seminários de temas relevantes, pesquisas (de campo e bibliográfica),

leituras de textos (clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos, literários,

131

jornalísticos, entre outros), análise críticas de filmes, documentários, músicas e propagandas

de TV, construção de painéis, análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras,

publicidades), e produção coletiva e individual.

Conforme as Diretrizes, os encaminhamentos metodológicos “devem ser trabalhados

com rigor metodológico para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do

espírito crítico” (2008, p. 95).

AVALIAÇÃO: CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS

A aquisição do conhecimento sociológico será avaliada de forma diagnóstica,

observando a mudança de postura do aluno entre prática social inicial e prática social final,

bem como para que o trabalho docente possa ser reorientado. A avaliação será instrumento

inserido no processo de ensino/aprendizagem, norteando o trabalho do professor e do

estudante.

Pautada em uma concepção formativa e continuada buscar-se-a “uma prática

avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e

propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na

sociedade” (Diretrizes de Sociologia, 2008, p. 98).

A avaliação formativa terá como critérios básicos, conforme Luckesi: “a) a apreensão

dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; b) a capacidade de

argumentação fundamentada teoricamente; c) a clareza e a coerência na exposição das idéias

sociológicas; d) a mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais” (apud

Diretrizes de Sociologia, 2008, p. 98).

Como instrumentos de avaliação podem ser solicitados seminários, produção de texto,

registros de reflexões críticas em debates, participação em pesquisa de campo, análise

interpretativa de filmes e ou textos, provas, entre outros. A recuperação será paralela visando

a recuperação de estudo, com valor 10,0, permanecendo como média semestral a nota maior

alcançada pelo educando, conforme o descrito no PPP.

132

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, Lejeune Mato Grosso de (Org.). SOCIOLOGIA E ENSINO EM DEBATE:

experiências e discussão de sociologia no ensino médio. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.

HUGHEES – WARRINGTON, Marnie. 50 Grandes Pensadores da Histótia.3ª ed. São Paulo:

Contexto, 2005.

SOCIOLOGIA/ Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006 – 280 p.

Textos:

Diretrizes Curriculares de Sociologia para Educação Básica, Curitiba, 2008.

Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio, 2006.

133

DISCIPLINA: LEM - INGLÊS

JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA

O ensino de línguas estrangeiras teve início no Brasil com os jesuítas que tinham a

responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim aos povos que habitavam o território.

A valorização das línguas estrangeiras modernas no Brasil, só acontece no século

XVIII, após a chegada da família real portuguesa.

A partir do início do século XX, devido a um conjunto de fatores que marcaram a

história da Europa, muitos europeus vieram para o Brasil e fundaram colônias de imigrantes

por toda a extensão territorial. Para tentar marcar sua cultura, muitos imigrantes se

organizaram para construir e manter escolas nas quais o ensino era centrado na língua nativa

do grupo. A partir de 1917, o governo federal decidiu fechar as escolas estrangeiras a fim de

que crianças menores de 10 anos aprendessem a língua nacional e só depois aprendessem

outra língua. Em 1931, o método foi oficialmente estabelecido para o ensino de língua

estrangeira , dando-se preferência ao professor nativo ou fluente na língua alvo. A partir de

1942, com a reforma Capanema, solidificou-se os ideais nacionalistas, porém, o prestígio da

língua estrangeira foi mantido.

Após a 2ª Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil em relação

aos Estados Unidos intensificou-se e, com isso, a necessidade de aprender Inglês tornou-se

cada vez maior, substituindo o interesse pelo aprendizado do francês.

Desde a década de 50, o sistema educacional brasileiro viu-se responsável pela

formação de seus alunos para o mundo do trabalho, o que acabou acarretando na diminuição

das aulas de línguas estrangeiras , apesar da valorização da língua Inglesa devido as demandas

do mercado.

Com o advento da lei número 5692/71, ficou desobrigado a inclusão de línguas

estrangeiras no currículo escolar. Uma das formas encontradas para manter a oferta de língua

estrangeira nas escolas públicas foi a criação do centro de Língua Estrangeira no Colégio

Estadual do Paraná em 1982.

Em 1996, a LDB número 9394/96, determinou que a oferta obrigatória de pelo menos

uma língua estrangeira no ensino fundamental, sendo que a escolha foi atribuída à

comunidade escolar, que, a partir da observação e pesquisa das necessidades do público alvo

deste estabelecimento de ensino, escolheu a língua Inglesa, pois, no mundo contemporâneo,

marcado pelo informativo imediato, a reflexão sobre a linguagem e seus sistemas que se

134

mostram articulados por múltiplos códigos e sobre os processos e procedimentos

comunicativos, é mais do que uma necessidade, é uma garantia de participação ativa na vida

social, a cidadania.

Compreender os valores dessa ou daquela cultura, é analisá-la amplamente com a

compreensão crítica dos próprios valores nacionais. Negar ao educando o conhecimento e

interação de outras culturas é negar-lhes, a universalidade desses valores do se próprio

mundo. Através da aquisição de uma segunda língua. O aluno poderá compreender que os

significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação

na prática social. Aí a língua Inglesa apresenta-se como um espaço para ampliar o contato

com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da

realidade, oportunizando ao educando a aprendizagem de conteúdos que ampliem as

possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras de

construir sentidos do e no mundo. Considerando as relações que podem ser estabelecidas

entre a língua estrangeira e a inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das

línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção

das identidades transformadoras, a escola deve oferecer um conhecimento que garanta ao

aluno a sua participação social efetiva e o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.

O ensino da Língua Inglesa, como parte do currículo, deve contribuir para a formação

e desenvolvimento psicológico, social, cultural e afetivo do aluno, dando-lhes conhecimentos

gerais que permitam a abertura para o conhecimento de novas culturas, outras sociedades e

outras realidades, além de, oferecer- lhe as quatro habilidades da língua: ouvir, falar, ler e

escrever.

O Inglês também deve educar para a cidadania, desenvolvendo sujeitos críticos e

capazes de perceberem as diversidades culturais e de respeitar essa cultura. Espera-se que o

aluno use a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivencie, em sala de aula,

ações individuais e coletivas; compreenda que os significados são passíveis de transformação

na prática social e reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA Os conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudos escolares de

Língua Estrangeira são concebidos como Conteúdos Estruturantes, a partir dos quais se

abordam os conteúdos específicos no trabalho pedagógico.

135

O conteúdo estruturante está relacionado com o momento histórico social. Ao tomar a

língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se um conteúdo

que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo Estruturante da

Língua Estrangeira Moderna o discurso como prática social. A língua será tratada de forma

dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o

discurso e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos ( listados nas páginas 83,84,85,86

das Diretrizes Curriculares De Língua Moderna) que são formados pelos gêneros discursivos

e pelos conteúdos pertencentes às práticas da leitura, oralidade, escrita e da análise lingüística.

Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de

circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e

consumo, publicitária, midiática e jurídica.

Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que

deve se compreendido em sua esfera de circulação, Vale ressaltar que, conforme lei número

11.645 relativa a cultura indígena e afro-descendente, torna-se obrigatório o trabalho com este

tema em todas as séries.

Os gêneros precisam ser retomados em diferentes séries, e para selecionar os

conteúdos específicos, é fundamental considerar o objetivo de ensino e o gênero escolhido.

Destaca-se, ainda, que ao escolher um gênero nem sempre todas as práticas serão abordadas.

FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA

Diante da abordagem de ensino Por letramento crítico, tendo como conteúdo

estruturante o discurso como prática social, o trabalho com a língua Inglesa em sala de aula

precisa partir do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros

instrumentos de acesso à informação: a língua inglesa é também possibilidade de conhecer,

expressar e transformar modos de entender o mundo e construir significados.

Os alunos são encorajados a ter uma posição mais crítica frente aos textos orais e

escritos reconhecendo os mesmos como representações da realidade e construções sociais.

Para tanto, é importante trabalhar a partir da abordagem de vários gêneros textuais em

atividades com temas diversificados referentes a questões sociais emergentes, a fim de que os

mesmo s apresentem-se como um espaço para a discussões de temáticas fundamentais para o

desenvolvimento intercultural manifestados por um pensar e agir críticos, por uma prática

cidadã imbuída de respeitos às diferenças culturais, crenças e valores.

136

O texto apresenta-se como um princípio gerador de unidades temáticas e de

desenvolvimento das práticas lingüístico- discursivas. A base do letramento crítico é o

questionamento visando identificar como algo que funciona através de uma atividade

problematizada, a qual se concretiza por meio da língua enquanto prática social. Os alunos

devem analisar as questões sociais, políticas-econômicas da nova ordem mundial, suas

implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na

sociedade por meio de um estudo, partindo de textos quetambém tomem por base a

diversidade sociocultural indígena e afrodescendente( lei 11.645) e seu reconhecimento.

Para tanto, os conteúdos serão trabalhados não só através de livros didáticos, com

também, através de aulas expositivas, textos autênticos que possam ter indisciplinaridade,

vídeos, músicas, atividades lúdicas, atividades orais e escritas, entre outras, fazendo com que

o aluno seja encorajado a adquirir a língua de forma simples e natural.

É necessário considerar que a abordagem teórico-metodológica está inserida na tabela

no final das diretrizes( páginas83,84,85,86) para compreensão da proposta dos conteúdos

básicos de Língua Estrangeira Moderna.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um passo indispensável no processo ensino/aprendizagem enquanto

fator determinante na medida da quantidade e qualidade do material assimilado pelos alunos.

A prática avaliativa objetiva-se nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o

aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.

Em Língua Estrangeira Moderna, busca-se superar a concepção de avaliação como

mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Espera-se que subsidie discussões

acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções.

Na educação básica, a avaliação de determinada produção em Língua Estrangeira

considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, o mesmo deve ser visto como

fundamental para a produção de conhecimento pelo ser humano. O processo avaliativo não se

limita apenas à sala de aula. O projeto curricular, a programação de ensino em sala de aula e

os seus resultados estão envolvidos neste processo.

A avaliação da aprendizagem deve priorizar o caráter educacional ao eventualmente

punitivo e de controle. Por conseguinte, a avaliação se constitui num instrumento facilitador

na busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao conteúdo

137

desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do processo, de forma que os objetivos

sejam alcançados.

Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando que o

engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio da interação verbal a partir de

textos e de diferentes formas, verificando a construção dos significados na interação com

textos e produções textuais dos alunos, tendo em vista que vários significados são possíveis e

válidos, desde que apropriadamente justificados.

É importante considerar na prática pedagógica, avaliações diagnóstica e formativa,

desde que essas se articulem com os objetivos e conteúdos definidos na escola, sempre

respeitando as diferenças individuais.

Diante disso, a avaliação de Língua Inglesa será feita através de trabalhos escritos e

orais, em grupo ou individual. Testes escritos e orais, observações diária em sala de aula.

Faz-se necessário considerar aqui que a avaliação está inserida na tabela da diretriz

(páginas:83,84,85,86) para compreensão da proposta dos conteúdos básicos de Língua

Estrangeira Moderna.

138

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino

Fundamental-2009

139

DISCIPLINA: LEM – ESPANHOL

JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA:

O ensino e aprendizagem de uma Língua Estrangeira Moderna – LEM é gradual. O

aluno aprende por etapas: primeiro, o nível básico; depois, o nível intermediário; e por último,

o nível avançado. À medida que ele sobe os níveis, aumenta o grau de dificuldade,

incorporando-se novos conhecimentos, porém se exige mais dedicação e vontade por parte do

aprendiz na aquisição da compreensão de competências e habilidades na língua meta.

O professor tem por objetivo ensinar a língua espanhola, porém sem a concepção

tradicionalista – ensinar a língua pela língua – ou seja, deve-se ensinar a língua como veículo

de comunicação, através da exposição dos aspectos pragmáticos e sócios cultural, para que

não leve a comportamentos racistas, xenofóbicos o estereotipados.

A grande maioria dos estudantes, pensa que aprender a língua espanhola é fácil, o

motivo é a semelhança entre a língua portuguesa e a língua espanhola, posto que ambas sejam

originadas do latim, ou seja, línguas românicas. Ademais, a semelhança que existe entre o

português e o espanhol, pode, também, dificultar o processo de ensino e aprendizagem. Com

esta concepção equivocada, os alunos fazem com que se resulte em falar “portuñol”.

Segundo o Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná, texto

preliminar, é importante comentar com os alunos como a língua espanhola funciona e que esta

é um instrumento de poder para quem sabe usá-la competentemente. A língua de prestigio

social há pouco tempo era o inglês, mas este cenário está mudando. A hegemonia do inglês já

não tem más sentido, posto que todas as línguas são importantes e estudá-las é um privilégio

por isso a Secretaria de Educação do Estado de Paraná criou os centros de línguas, para o

ensino de várias línguas, sem discriminação social.

Como ocorre nos CELEMs (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas do Estado do

Paraná)1, o aluno pode optar por outra língua que não seja o inglês, que é a língua estrangeira

1 O CELEM foi criado em 1986, no estado de Paraná, com o objetivo de possibilitar, aos alunos do ensino fundamental e médio da rede pública, a oportunidade de um ensino plurilingue. Hoje com a lei nº 11.161 de 5 de agosto de 2005 o ensino de língua espanhola de oferta obrigatória pela escola e de matrícula facultativa para o aluno, será implantado, gradativamente, nos currículos plenos de ensino médio.

140

oferecida na grade curricular. A língua espanhola foi implantada nas escolas através da lei

11.161 de 05 de agosto de 2005, sendo obrigatória nas escolas e facultativa para os alunos,

podendo estar na grade ou no CELEM, ficando assim sua implementação a decidir pela

escola.

No PCN de língua estrangeira, documento que recomenda a inclusão de uma ou mais

Línguas Estrangeiras Modernas nos currículos plenos, com o objetivo de estimular e facilitar

a variedade de opção individual. Assim, sugerem que as escolas e os professores

desenvolvam, nos alunos, um potencial crítico, a sua percepção, das múltiplas possibilidades

de expressão linguística. O professor é a base na formação das crianças do país, é ele quem

deve capacitar e formar cidadãos. Cabe a ele ser um mediador, ensinar aos alunos a dispor da

língua e a usá-la em seu beneficio na interação social. É através da língua que somos capazes

de atuar e sermos críticos e a debater sobre as diversas situações reais e imaginarias.

FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA:

Através de leituras, pesquisas e estudos de textos de diferentes gêneros serão

encaminhadas discussões e atividades, propondo o relacionamento do tema com o contexto

atual. A escala sempre deverá partir do mais simples ao mais elaborado, utilizando os

mecanismos envolvidos no processo de interação, tais quais:

- Domínio do vocabulário e alfabeto;

- Organização correta das palavras e frases;

- Desenvolvimento da entonação e da escrita;

- Desenvolvimento das quatro habilidades: audição; compreensão; fala e escrita;

- Apresentação da cultura hispânica e hispano-americana através de textos, recurso

audiovisual, e outros meios que a professora possa utilizar;

- As formas de pedir algo, saudar, despedir, agradecer;

- O processo de aprendizagem da língua estrangeira e sua inter-relação com a língua

materna;

- As diferenças e semelhanças com a língua materna, os pontos bons e ruins.

141

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA: DI SCURSO

COMO PRÁTICA SOCIAL

Os conteúdos estruturantes se constituem através da história, são legitimados

socialmente e, por isso, são provisórios e processuais. O conteúdo estruturante é o Discurso

como prática social, que tratará de dinâmica, por meio das práticas de LEITURA, de

ORALIDADE e de ESCRITA. Promover-se-a também o conhecimento dos temas sociais

contemporâneos e da cultura afro-brasileira e da cultura hispânica.

Conteúdos Específicos:

Contemplam diversos gêneros discursivos, compreendida na esfera social de

circulação e seus gêneros textuais. Básico: Gêneros discursivos – Poema, histórias em

quadrinhos, diálogos, cartão de felicitação, letra de música, receita culinária, autobiografia,

biografia, exposição oral, mapa, embalagem, fábula, entrevista, sinopse de filme,

propaganda, texto informativo, bilhete, conto, lenda, carta pessoal, convite, entre outros.

Gêneros Discursivos:

Esperas Sociais de Circulação:

- Cotidiana

- Exposição Oral

- Álbum de Família

- Fotos

- Cartão pessoal

- Carta Pessoal

- Cartão Felicitações

- Cartão Postal

- Bilhetes

- Convites

- Músicas / Cantigas (Folclore)

- Quadrinhas

- Provérbios

- Receitas

- Relatos de experiências vividas

142

- Trava-línguas

- Literária / artística: - Autobiografia

- Biografias

- Histórias em quadrinho

- Lendas

- Letras de Músicas

- Narrativas

- Poemas

- Dança

Escolar: - Exposição Oral

- Cartazes

- Diálogo / Discussão

- Mapas

- Resumo

Imprensa:

- Artigo de Opinião

- Caricatura

- Cartum

- Charge

- Classificados

- Entrevista (oral e escrita)

- Fotos

- Horóscopo

- Infográfico

- Manchete

- Reportagens

- Sinopses de Filmes

- Tiras

143

Publicitária: - Anúncios

- Cartazes

- Comercial para TV

- E-mail

- Fôlder

- Fotos

- Slogan

- Músicas

- Outdoor

- Paródia

- Placas

- Publicidade Comercial

Produção e Consumo:

- Bulas

- Regras de jogo

- Placas

- Rótulos / embalagens

Midiática: - Chat

- Desenho Animado

- E-mail

- Entrevista

- Filmes

- Telejornal

- Torpedos

- Vídeo Clip

144

Conteúdos Básicos: Leitura:

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Referência textual;

- Elementos composicionais do gênero;

- Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

- Partículas conectivas básicas do texto.

ESCRITA: - Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Referência Textual;

- Partículas conectivas básicas do texto;

- Vozes do discurso: direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,

145

formação das palavras, figuras de linguagem;

- Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explícitas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal / nominal.

ORALIDADE:

- Tema do texto / conteúdo temático;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticas;

- Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições, etc.);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

Conhecimentos linguísticos:

- Distinção das variantes lingüísticas;

- Escolha do registro adequado à situação na qual se processa a

comunicação;

- Escolha do vocabulário que melhor reflita a ideia que se pretende

transmitir;

- Domínio das estratégias verbais e não verbais que entram em ação

146

para compensar falhas na construção e para favorecer a efetiva

comunicação e alcançar o efeito pretendido;

- Utilização dos aspectos com coerência e coesão na produção de LEM.

Gêneros discursivos:

- Análise dos recursos expressivos da linguagem verbal relacionando

textos com os contextos;

- Trabalho com textos descritivos, informativos, notícias de jornal,

textos poéticos, instrucionais, entrevistas, letra de música, interpretando

aspectos sociais e/ou culturais entendendo a mensagem principal.

Conhecimentos culturais:

- Compreensão de que determina maneira de expressão por ser

literalmente interpretada em razão de aspectos sociais e/ou culturais;

- Conhecimento e uso da língua estrangeira como um instrumento de

acesso a informações e respeito a outras culturas e grupos sociais.

Conhecimentos sócio-pragmáticos:

- Compreensão em que medida os enunciados refletem a forma de ser,

de pensar, de agir e de sentir de quem produz;

- Debates, a partir de temas propostos nos textos, desenvolvendo o

espírito crítico e a formação de opinião própria.

AVALIAÇÃO:

O processo de avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está

articulada aos fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes Curriculares da Educação

Básica e na LDB n. 9394/96, como um amplo processo, ou seja o processo de

ensino/aprendizagem permite ao professor formar cidadãos conscientes, críticos, criativos,

solidários e autônomos, onde o professor é um mero mediador do conteúdo.

O professor deve levar em consideração no processo de avaliação a participação e a

interação verbal dos alunos através de textos de diferentes gêneros, onde o professor é

147

mediador entre o ensino o aluno, seja este, aprender a falar, aprender a escrever, aprender a

compreender e aprender a ouvir uma língua estrangeira.

O processo de avaliação será feita de forma continua e integrada, de acordo com o

ensino/aprendizagem de cada aluno, e sendo assim, o professor irá avaliar como melhor

entender, tendo como modelos: participação do aluno em classe; testes orais e escritos;

trabalho individual, em dupla o grupo; diálogos; dramatização; interesse e colaboração;

desenvolvimento das atividades em classe o tarefas; prova oral, auditiva e escrita.

A avaliação dá-se em todo processo ensino-aprendizagem e tem por finalidade a

verificação do processo de construção do conhecimento.

- Na avaliação de oralidade espera-se que o aluno: Utilize o discurso de acordo com a

situação de produção (formal e/ou informal); Apresente suas idéias com clareza e

coerência; Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos; Organize a seqüência de

sua fala; Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; Exponha seus

argumentos; Compreenda os argumentos no discurso do outro; Participe ativamente

dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna; Utilize

expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre

outros elementos extralingüísticos que fizer necessário.

- Na avaliação de leitura espera-se que o aluno: Realize leitura compreensiva do texto;

Identifique o conteúdo temático, a idéia principal do texto; Analise as intenções do

autor; Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a

referência textual; Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos

gramaticais) e elementos culturais; etc..

- Na avaliação de escrita espera-se que o aluno: Expresse as idéias com clareza;

Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento, atendendo às situações

propostas (gênero, interlocutor, finalidade); Diferencie o contexto de uso da

linguagem formal e informal; Use recursos textuais como: coesão e coerência, etc.;

Utilize recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome,

numeral, sustantivo, adjetivo, etc.; Use apropriadamente elementos discursivos,

textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados etc..

148

DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM, DA RECUPERAÇÃO DE EST UDOS E DA

PROMOÇÃO:

A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento

global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes

curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Abrangendo todas as atividades desenvolvidas em sala de aula, extraclasse, individual ou em

grupo.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem, oportunizando desta forma ao aluno, recuperar seus conhecimentos,

através de retomada de conteúdos.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à

apuração da sua freqüência. Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima

exigida é 6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004.

Nos cursos do CELEM a promoção será ao final de cada ano letivo.

Conteúdo

Léxico da língua espanhola:

- Objetivos da classe; o alfabeto; grau de parentesco e estado civil; a família; o

corpo humano; o vestuário; as partes externas e internas da casa; as cores; os animais; o

vocabulário; jogos; as profissões; os números; os dias da semana; as frutas; os legumes e

verduras; os meses do ano; os dias do ano; as férias; os feriados; os animais; a cidade; os

alimentos; utensílios escolares; as quatro estações do ano; as profissões.

Abordagem comunicativa e estruturas gramaticais:

- Apresentações como as saudações e despedidas; diálogos; textos; entende o

que escuta?

- Pronomes pessoais, verbos ser e estar, artículos, verbo ter; verbos regulares e

irregulares da 1ª conjugação – presente; adjetivos possessivos; adjetivos

qualificativos; verbos regulares e irregulares da 2ª conjugação; numerais

cardinais; horas; uso de muy y mucho; expressão adverbial de tempo; verbos

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regulares e irregulares da 3ª conjugação – presente; pronomes reflexivos; verbo

gostar no presente.

- Gramática: uso correto das letras do alfabeto; deletrear; artículos; contrações;

os sinais de pontuação; os demonstrativos; o acento tônico.

Desenvolvimento das quatro habilidades: audição; compreensão; fala e escrita:

- Fase Auditiva: Desenvolvimento da capacidade auditiva dos alunos, através

da mediação e orientação do professor na pronunciação correta das palavras;

- Fase de Compreensão: Fazer os alunos praticarem os exercícios através da

memorização dos vocábulos e compreensão de seus significados;

- Fase de Conversação: Fazer os alunos pronunciarem as palavras e ler os

textos para que eles percam o medo e a vergonha, através de momentos

oportunos e em condições reais de conversação e dos vocábulos estudados;

- Fase Escrita: Fazer os alunos reconhecerem e entenderem as palavras e

expressões já memorizadas, e que consigam pô-las em prática através da

escrita.

150

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BOHN, H. I.; VANDRESEN, P. “Tópicos em lingüística aplicada: O ensino de línguas

estrangeiras.” In: LEFFA, Vilson J. Metodologia do ensino de línguas. Florianópolis:

Editora da UFSC, 1998. p. 211-236.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica para LEM. Portal dia a dia

educação:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/index.php?PHPSESSID=201004182108

5530

____. Secretaria de Educação Média e tecnologia. Parâmetros Curriculares Nacionais:

Ensino Médio. Brasília: MEC/SEF, 1999.

GODOI, Elena. Reflexões sobre a formação de professores de español/le no novo contexto

político brasileiro. Disponível em: http://www.partes.com.br/ed48/educacao3.asp acessado

em: 24/06/2006.

____. “Se conhecer para se respeitar: O ensino de línguas e culturas.” Anais do II Congresso

Brasileiro de Formação de Professores. julho, 2004. p. 1-10.

MIQUEL LÓPEZ, Lourdes. “La subcompetencia sociocultural.” In: SÁNCHEZ LOBATO,

Jesús; SANTOS GARGALLO, Isabel. Vademécum para la formación de profesores –

enseñar español como segunda lengua (L2)/ lengua extranjera (LE). Madrid: SGEL,

2004. p. 511-531.

Conteúdos Básicos – P1 – CELEM

Instrução Nº 019/2008 – SUED/SEED