projeto polÍtico pedagÓgico para o ensino mÉdio · 7 histÓrico do estabelecimento o colégio...
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
PARA O
ENSINO MÉDIO
2012
COLÉGIO ESTADUAL DOUTOR CAMARGO - ENSINO MÉDIO Rua General Carneiro, 1047 - Centro - Doutor Camargo - PR
CEP 87155-000 / Fone/Fax (44) 3238-1352
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ÍNDICE Introdução............................................................................................................................ Justificativa.......................................................................................................................... Identificação do Estabelecimento........................................................................................ Histórico do Estabelecimento.............................................................................................. Organização da Entidade Escolar......................................................................................... Organização Administrativa................................................................................................. Ofertas de Cursos e Turmas................................................................................................. Calendário Escolar................................................................................................................ Análise da Comunidade Escolar........................................................................................... Reflexões Sobre a Realidade................................................................................................ Considerações Sobre a Inclusão e Diversidade.................................................................... Reflexões Sobre Regras de Convivência Social .................................................................. Papéis dos Integrantes da Escola.......................................................................................... Diretor do Estabelecimento ................................................................................................. Participação das Instâncias Colegiadas na Gestão Democrática do Estabelecimento de Ensino .................................................................................................................................. Relações da Direção com a Comunidade Interna................................................................. Relações com NRE e SEED................................................................................................. Relação com Programas e Projetos do Governo Federal e Estadual.................................... Programas e Parcerias com Outras Instituições ................................................................... Estágios................................................................................................................................. Avaliação do Plano de Ação................................................................................................. Perfil do Professor................................................................................................................ Compete ao Corpo Docente................................................................................................. Compete a Equipe Pedagógica............................................................................................. Funcionamento da Secretaria................................................................................................ Compete ao Secretário.......................................................................................................... Funcionamento da Equipe Auxiliar Operacional................................................................. Compete aos Funcionários que Atuam nas Áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente............................................................................ Compete aos Funcionários que Atuam na Área de Alimentação Escolar............................ Conselho Escolar.................................................................................................................. Associação de Pais, Mestres e Funcionários........................................................................ Grêmio Estudantil................................................................................................................. Avaliação da Aprendizagem................................................................................................. Recuperação de Estudos....................................................................................................... Plano de Ação....................................................................................................................... Conselho de Classe............................................................................................................... Ações para Trabalhar a Indisciplina Escolar........................................................................ Conclusão............................................................................................................................. Referências Bibliográficas................................................................................................... Proposta Pedagógica Curricular...........................................................................................
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INTRODUÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional , Lei n° 9394, de 20/12/1996, em
seu artigo 12 determina : “ Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as
do seu sistema de ensino, terão a incumbência de : I – elaborar e executar sua proposta
pedagógica.” Entendemos que para que esta proposta se efetive na prática é importante a
participação de todos os segmentos da comunidade escolar . O artigo 13 estabelece : “ Os
docentes incumbir-se-ão de: I – participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino.” Temos ainda a Deliberação n° 14/99, que em seu artigo 2°
determina: “A elaboração da proposta pedagógica envolverá todos os segmentos da
comunidade escolar .”
Para que a escola efetivamente conduza o aluno à aprendizagem, entendemos ser
necessário considerar que esta proposta deva conter um projeto de educação que compreenda
nossas concepções a respeito da educação da pessoa humana que pretendemos formar e dos
valores que norteiam a vida em sociedade. Por sua vez, um projeto supõe projetos de cursos e
planos de ensino. E tudo isto, pressupõe trabalho coletivo.
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JUSTIFICATIVA
O projeto político pedagógico tem por objetivo organizar e explicitar a estrutura e
funcionamento do Ensino Médio do Colégio Estadual Doutor Camargo, bem como a sua
organização curricular, os conteúdos e metodologias de ensino e as formas de avaliação, de
modo a assegurar aos alunos as condições indispensáveis para o exercício da cidadania.
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IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
- COLÉGIO ESTADUAL DR. CAMARGO – ENSINO MÉDIO
- Código: 00017
- Endereço: Rua General Carneiro, 1047
- Telefone: (44) 3238 1352
- Município: Doutor Camargo Código: 0730
- Dependência Administrativa: Estadual
- NRE: Maringá Código: 019
- Entidade Mantenedora: Governo do Paraná
- Ato de autorização de Funcionamento do Colégio:
Resolução n° 2677/80 - D.O.E. 23 / 07 / 1980
- Ato de reconhecimento do Colégio:
Resolução n° 3045 / 81 - D.O.E. 12 / 01 / 1982
- Ato de renovação do reconhecimento do Colégio:
Resolução n° 5191 / 08 - D.O.E. 02 / 02 / 2009
Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: n° 55 de 20 / 01 / 09
- Distância do Colégio do NRE: 40 Km
- e-mail: [email protected] / [email protected]
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HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO O Colégio Estadual Doutor Camargo - Ensino Médio, localizado na cidade de Doutor
Camargo, Bairro Centro, à Rua General Carneiro, nº 1.047, tem por finalidade atendimento à
clientela que pretende dar continuidade aos estudos, ingressando em curso de Ensino Médio
no período diurno ou noturno, bem como garantia de conteúdos básicos universais para
formação necessária para o enfrentamento com vistas a transformação da realidade social,
econômica e política do seu tempo.
O Colégio Estadual Doutor Camargo é de propriedade do Governo do Estado do
Paraná, tendo o mesmo como entidade mantenedora e segue as diretrizes emanadas da
Secretaria de Estado da Educação.
O processo de formação do atual Colégio Estadual Doutor Camargo - Ensino Médio
tem a seguinte ordem:
01 - O Colégio Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau foi regulamentado pelo Decreto
de Criação nº 5.339/78, de 02 de agosto de 1978 e reorganizado pelo Decreto nº 2.677/80, de
21 de julho de 1980. O Parecer de aprovação do Plano de Implantação foi homologado pela
Resolução nº 142/79, publicada no Diário Oficial de 23 de julho de 1980, página 03.
02 - Em 21 de julho de 1980 foi criado e autorizado a funcionar pelo Decreto nº 2.677
o Complexo Escolar Padre José de Anchieta - Ensino de 1º e 2º Graus, no Município de
Doutor Camargo, resultante da reunião do Colégio Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau, do
Grupo Escolar Regente Feijó, com existência regular anterior, e da nova unidade escolar
denominada Escola Regente Feijó. O Colégio Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau e o Grupo
Escolar Regente Feijó, passaram então a constituir um único estabelecimento sob a
denominação de Colégio Doutor Camargo - Ensino de 1º e 2º Graus.
03 - Em 1981, através da Resolução nº 3.045/81, de 16 de dezembro de 1981, o
Colégio Doutor Camargo - Ensino de 1º e 2º Graus é reconhecido para oferecer o Curso de 2º
Grau Regular, com as Habilitações plenas de Contabilidade e Magistério. Pela Resolução nº
1.734/83, de 20 de maio de 1983 é acrescentada a palavra "Estadual" ao Complexo Escolar e
o Colégio Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau passa a denominar-se Colégio Estadual
Doutor Camargo - Ensino de 1º e 2º Graus, oferecendo ensino de 1ª à 4ª séries para o curso de
1º Grau e o curso de 2º Grau.
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04 - Em 24 de dezembro de 1991, a Resolução nº 4.528/91 autoriza, pela primeira vez
o funcionamento da 4ª série da Habilitação Técnico em Contabilidade no Colégio Estadual
Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau, que foi autorizada a funcionar consecutivamente até o
ano de 1999, quando do encerramento da oferta do referido curso.
05 - Em decorrência da suspensão das atividades escolares relativas ao 1º Grau do
Colégio Estadual Doutor Camargo - Ensino de 1º e 2º Graus, a partir de 11 de julho de 1992,
este passa a denominar-se Colégio Estadual Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau, conforme
Resolução Secretarial 1.822/92.
06 - Pela Resolução Nº 2.497/97, de 24 de julho de 1997, é autorizado a funcionar o
curso de Educação Geral, com escolha da Linha Universal - Preparação para o Trabalho e
implantação gradativa a partir do ano de 1997.
07 - A partir de 30 de setembro de 1998, através da Deliberação nº 003/98 - CEE e
Resolução Nº 3.120/98 - SEED, o Colégio passa a adotar nova nomenclatura: de Colégio
Estadual Doutor Camargo - Ensino de 2º Grau, para Colégio Estadual Doutor Camargo -
Ensino Médio.
08 - O Ensino Médio, reconhecido pela Resolução nº 3856/99, de 04/10/99 e pelo
Parecer nº 241/99 – CEE adquire a renovação de reconhecimento através da Resolução nº
3367/04, de 8 de outubro de 2004 e do Parecer nº 1939/04 – CEF/SEED.
09 – Em 12 de novembro de 2008 o Ensino Médio adquire nova renovação através da
Resolução 5.191/08.
10 – No final de 2009 o CELEM – Curso Básico de Língua Espanhola foi implantado
no Estabelecimento de acordo com o disposto na Lei Federal nº 11.161/05, sendo que em
2010 passou a funcionar com 2 turmas no período da tarde e 1 turma no período da noite.
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ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
O Colégio Estadual Doutor Camargo foi inaugurado no ano de 1974. A primeira parte
do prédio contava com uma ala administrativa e com apenas 8 salas de aula. Atualmente
funciona em dualidade com o Colégio, uma escola municipalizada de Ensino Fundamental, a
Escola Municipal Padre Mateus Elias. O prédio conta com 15 salas de aula, das quais três
foram adaptadas para servirem de Laboratório de Informática para o Ensino Médio, Sala de
Vídeo e Sala de Biblioteca para o Ensino Fundamental. Os ambientes administrativos são
divididos entre as escolas e contam com salas de direção, de supervisão e secretarias em
espaços próprios. A sala de professores e a cozinha são usadas em conjunto, assim como os
pátios, sanitários e quadras-de-esportes. Há uma quadra e um palco cobertos e também uma
quadra menor sem cobertura. Ao lado da sala de entrada do Colégio há uma casa ocupada por
um zelador, onde mora um casal de funcionários da Prefeitura que cuida do prédio escolar nos
finais de semana, feriados e nas férias escolares. O Ensino Médio conta ainda com sala ampla
própria para Laboratório de Biologia, Física e Química e uma outra para a Biblioteca Escolar.
Uma sala utilizada antigamente como Escritório-Modelo, hoje serve como sala de reuniões e
vídeo para ambas as escolas. A área total do terreno onde se localiza o prédio do Colégio é de
6600 m2, sendo de 2363 m2 a área construída, exceto o terreno da quadra coberta que se
encontra ao lado do prédio escolar, em terreno doado ao Estado pela Prefeitura.
Apesar de dispor de um pátio coberto de tamanho razoável e de 4237 m2 de área livre,
a escola não dispõe de local apropriado para refeitório e depósito para merenda. O
Estabelecimento de Ensino oferta o Ensino Médio no período da manhã e no noturno. Neste
ano de 2010 apresentou cinco turmas de Ensino Médio no período matutino e quatro no
noturno, num total de nove turmas, com 289 matriculas. Ofertando também o Curso do
CELEM-Espanhol Básico e o Programa de Complementação Curricular Viva a Escola. Não
há a função para diretor auxiliar devido ao porte da escola não contemplar este cargo. A
função de Pedagogo apresenta uma demanda de 40 horas semanais, ocupada por dois cargos
de 20 horas neste ano de 2010. A secretaria conta com um secretário com disponibilidade de
40 horas semanais e dois auxiliares de 40 horas semanais cada. O setor de serviços gerais
conta com apenas três funcionários de 40 horas semanais cada. O corpo docente é composto
por 21 professores, sendo que alguns deles são temporários, pois estão suprindo professores
em licença.
Aspira-se mais funcionários para que estes possam atender a sala de Informática e
cuidar do pátio e portões. Necessitamos ainda de mais pessoas para os serviços gerais, pois a
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escola tem um número pequeno de turmas, mas o espaço físico para se fazer limpeza é
grande. Portanto, com a colaboração de todos e o Estado fazendo sua parte, poderemos
oferecer a esta comunidade um serviço de melhor qualidade e conseqüentemente um ensino
também melhor.
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Horário Das Aulas
Manhã: 1ª AULA: 7:30 ÀS 8:20
2ª AULA: 8:20 ÀS 9:10 3ª AULA: 9:10 ÀS 10:00 INTERVALO. 10:00 ÀS 10:10 4ª AULA: 10:10 ÀS 11:00 5ª AULA: 11:00 ÀS 11:50
Noite:
1ª AULA: 18:50 ÀS 19:40 2ª AULA: 19:40 ÀS 20:30 3ª AULA: 20:30 ÀS 21:20 INTERVALO: 21:20 ÀS 21:30 4ª AULA: 21:30 ÀS 22:15 5ª AULA: 22:15 ÀS 23:00
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OFERTA DE CURSOS E TURMAS - 2012
O Colégio Estadual Doutor Camargo - Ensino Médio oferta para o ano de 2012 os
seguintes cursos e turmas:
Período da manhã:
2 turmas de 1ª série de Ensino Médio
2 turmas de 2ª série de Ensino Médio
1 turma de 3ª série de Ensino Médio
Período da tarde:
1 turma de 1ª série do curso CELEM-Espanhol Básico
1 turma de 2ª série do curso CELEM-Espanhol Básico
Período noturno:
2 turmas de 1ª série de Ensino Médio
1 turma de 2ª série de Ensino Médio
1 turma de 3ª série de Ensino Médio
1 turma de 1ª série do curso CELEM-Espanhol Básico
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CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar, elaborado anualmente, deverá estar em consonância com as
Legislações Federal e Estadual em vigor.
O Calendário Escolar deve fixar:
a) início e término do ano letivo;
b) período de matrículas;
c) época para planejamento;
d) dias destinados a reuniões do Conselho de Classe e outros Colegiados;
e) dias de comemorações estabelecidos por Lei ou próprios do Colégio;
f) períodos de férias para professores e alunos.
Independentemente da carga horária semanal prevista na matriz curricular, deverá ser
garantido para cada aluno a carga horária anual mínima de oitocentas horas de aula e o
mínimo de duzentos dias letivos.
A proposta do Calendário Escolar anual, após aprovada pelo Conselho Escolar, será
encaminhada ao Núcleo Regional de Educação, em tempo hábil, para homologação e
acompanhamento.
As alterações do Calendário, no decorrer do ano letivo, determinadas por motivos
relevantes, devem ser encaminhadas e protocoladas no Núcleo Regional de Educação, em
tempo hábil, para as providências cabíveis.
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ANÁLISE DA COMUNIDADE ESCOLAR
O Colégio Estadual Doutor Camargo – Ensino Médio é um estabelecimento de ensino
de pequeno porte que oferta apenas o Ensino Médio, atendendo a um público oriundo de
famílias da classe média e classe baixa na maioria, cuja atividade profissional concentra-se no
setor primário e terciário da economia.
Parte dos alunos é filho de pequenos agricultores, uma outra parte filhos de
comerciantes e pequenos empresários e há outros provenientes de famílias carentes que
possuem trabalho temporário, principalmente na época de plantio e colheita. Como a cidade
não conta com um número suficiente de indústrias para suprir a demanda de mão-de-obra,
muitos se deslocam para cidades maiores em busca de emprego, sendo que alguns continuam
residindo nesta cidade, porém uma grande parte deles assim que termina o Ensino Médio
muda-se para centros urbanos maiores com o propósito de melhorar de vida.
Quanto a questão da continuidade dos estudos, é importante destacar que a grande
maioria dos alunos encerram os estudos ao término do Ensino Médio, embora estejamos a
pouca distância de centros urbanos que oferecem diversas possibilidades de cursos superiores
ou de formação profissional, aproximadamente, segundo pesquisa 16% dos ex-alunos está
cursando ensino superior, porque não tem condições de arcar com os custos de uma faculdade
particular ou não insiste em disputar uma vaga nas universidades públicas.
Temos percebido que a falta de perspectivas e o vislumbrar de um futuro pouco
promissor têm sido algumas das principais causas do desinteresse do jovem para com o
estudo. Entretanto, alguns dos nossos alunos têm procurado aprender uma profissão arcando
pela sua formação, destacando-se os cursos de mecânico, eletricista e costureiro.
Diante do exposto, temos a afirmar que o ensino desenvolvido por esta escola não
deve ser centrado na preparação do aluno para o vestibular, porém um ensino que procure
formar um sujeito crítico, íntegro, que saiba requerer seus direitos assim como reconhecer
seus deveres enquanto cidadão. Sabemos que esta é uma tarefa árdua, complexa e cheia de
obstáculos. Por isso, propomo-nos a pôr em prática este projeto. E para que os objetivos e
metas se efetivem, faz-se necessário que as ações se concretizem em fatos reais.
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REFLEXÕES SOBRE A REALIDADE
Propomo-nos a analisar não apenas a realidade local e regional, mas a conjuntura
nacional e toda a problemática que se apresenta nos dias atuais, fruto de desmandos de
décadas e de uma prática política que ao longo dos anos levaram à posição de terceiro mundo.
Não é nosso objetivo, através de uma análise rápida, apontarmos os vários problemas,
entendemos que os mesmos sempre farão parte deste ambiente e a escola enquanto local
privilegiado para a promoção da educação formal, contribuirá sobremaneira para se não
solução, ao menos, minimização dos problemas.
Entendemos que o ato de educar exige constantes revisões e avaliações do processo
educativo que deve ser aplicado à luz das peculiaridades e características do tempo em que
está ocorrendo a ação. Portanto, entendemos que a educação, em sentido amplo, deve cumprir
a dupla função de tratamento da herança cultural da humanidade no sentido da transmissão,
apropriação e socialização dos saberes culturais acumulados, assim como a preparação do ser
humano para enfrentar os obstáculos e desafios da vida, integrando a formação intelectual, a
consciência do valor do trabalho e o desenvolvimento de potencialidades criadoras do
indivíduo. A evolução da humanidade, em todos os campos do conhecimento, caminha
rapidamente e as transformações, pelas quais passa a sociedade, têm sido surpreendentes.
Entretanto, percebemos que, apesar de estudos profundos e do surgimento de teorias
importantes na área educacional, a metodologia que norteia a prática pedagógico-educativa
continua, em sua essência conservadora. Apesar da introdução da tecnologia na educação,
não dispomos de infra-estrutura adequada: prédios com instalações precárias, carência de sala
ambiente, inadequação de espaço para diversas práticas esportivas.
Considerando toda problemática, que enfrentamos e com o objetivo de educar, temos
ainda, que assumir o papel de agentes de transformação, pois trabalhamos visando o
aprimoramento da intelectualidade, e o desenvolvimento do ser humano para a superação dos
problemas que enfrentarão, assim como, conduzi-lo a despertar atitudes necessárias ao
convívio social.
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CONSIDERAÇÕES SOBRE A INCLUSÃO E DIVERSIDADE
Analisando as condições físicas e materiais apresentadas pelo prédio deste
Estabelecimento de Ensino, podemos afirmar que não é, no momento, um ambiente adaptado
para atender a alunos com necessidades especiais. Apesar de o prédio não apresentar muito
desnível entre os ambientes, o acesso às salas de vídeo, laboratório de ciências, quadra e é
dificultado por alguns degraus.
Em se tratando de atender alunos com necessidades especiais que não sejam físicas,
ainda não dispomos de profissional capacitado para esta tarefa. Em nosso ponto de vista,
deveria haver no Ensino Médio abertura de demanda para atender alunos que apresentam
necessidades especiais que possam ser trabalhados por profissionais capacitados, os quais
dariam suporte ao professor de cada disciplina, através de um trabalho integrado e que
promova a inclusão. Importante também seria oferecer atendimento especializado para os
alunos portadores de altas habilidades, através da abertura de demanda como acontece em
algumas escolas.
Para a efetivação de um trabalho que atenda a questão da inclusão, algumas ações se
fazem necessárias. Entendemos que o Estado é o primeiro responsável, seja pela adequação
do ambiente escolar ou pela abertura e suprimento de demanda necessária. Enquanto isso não
ocorre a contento, a escola tem procurado suprir algumas necessidades mais prementes, como
por exemplo, adaptação de certos espaços para atender esta clientela. Para alguns casos temos
procurado auxílio em outros órgãos públicos ou então o professor às vezes tem procurado dar
atendimento especial ao aluno, na medida do possível.
Esperamos, então, que o poder público faça a parte que lhe cabe e que a inclusão tão
propalada seja feita com a devida responsabilidade. Achamos não ser legal a pregação de que
queremos uma escola para todos e na realidade os que mais necessitam de apoio são delas
excluídos
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REFLEXÕES SOBRE REGRAS DE CONVIVÊNCIA SOCIAL
Sabemos que em toda sociedade organizada há regras de convivência que regem o
relacionamento humano, as quais são registradas através da escrita ou oralmente. A escola que
é um espaço onde a convivência e as relações humanas se efetivam, não poderia deixar de ter
estabelecidas suas normas, regras ou códigos de conduta registrados em documentos oficiais
que recebem denominações diversas, tais como: regulamentos, regimentos ou estatutos.
Acreditamos que a aplicação de “leis” torna-se um problema mais sério quando se trata de
lidar com seres humanos em plena formação, que são as crianças e os adolescentes, pois a
fase pela qual atravessam é comprovadamente problemática e complexa. Considerando ainda
a influência da família, da época e do meio em que vivem, as pessoas apresentam uma grande
diversidade de crenças, valores e conceitos que geralmente se chocam uns com os outros.
Considerando ainda que a escola é um espaço com exigências e rigor quanto ao cumprimento
de horários e freqüência quase que obrigatória, é também um espaço de trabalho e de
cobrança não só por parte dos professores, assim como dos setores administrativos e
pedagógico, portanto, o aluno está ali para cumprir uma obrigação imposta pela família ou
por uma estrutura social que quer fazer-lhe acreditar que estudar é importante para o futuro.
Depois destas reflexões, queremos registrar que em nosso ponto de vista a escola deve
preparar alunos ativos e críticos em relação a sociedade posta.
Entretanto, para que a escola cumpra a contento o papel que lhe cabe, enquanto
entidade que influencia grandemente a formação e a transformação de uma comunidade,
sociedade ou nação, partimos do princípio que as regras, as normas, as leis não devem ser
apenas impostas, mas têm que brotar no seio e do anseio da comunidade. Algumas ações que
já desenvolvemos e procuraremos continuar fazendo cada vez melhor é dar direito de vez e
voz a toda comunidade escolar, seja ela interna ou externa, assim estaremos colocando em
prática aquilo que se propaga nos quatro cantos desse imenso País, o exercício pleno da
democracia. Portanto, algumas das ações propostas são:
a. Participação efetiva dos órgãos colegiados, sejam eles, a A.P.M.F., o Conselho
Escolar e o Grêmio Estudantil na administração do Colégio Estadual Doutor
Camargo.
b. Realização de reuniões, debates, seminários, palestras com a comunidade escolar e
com todos os segmentos que tiverem interesse na solução de problemas que
envolvam a educação.
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c. Apoio à formação de atitudes que promovam a valorização da Escola perante toda a
comunidade, proporcionando a participação da família na resolução de problemas
pontuais.
d. Incentivo à formação de lideranças em todas as salas de aula além do Grêmio
Estudantil, as quais possam ser os porta-vozes dos anseios dos educandos frente ao
professorado e equipe administrativo-pedagógica do Colégio.
e. Participação efetiva dos educandos nos eventos promovidos pela escola, sejam eles
de cunho cultural, social ou desportivo, tais como: feiras de ciências, festival de
artes, concursos de poesias, de redação, olímpiadas, projetos, Fera Com Ciência ,
PAS, ENEM, Educação Fiscal , festividades diversas e jogos escolares.
Poderíamos enumerar muitas outras ações para promover a participação de todos e
desenvolver a noção de cidadão consciente de seus direitos e deveres, porém entendemos que
estas questões são suficientes para desenvolvermos um trabalho a contento. E quanto às
questões da aceitação das regras e normas que estão escritas nos documentos oficiais,
obedecê-las ou não é uma questão de consciência e entendimento de que elas farão parte da
formação do indivíduo, preferencialmente para a formação de um cidadão íntegro, crítico e
autônomo. É o que desejamos, pois assim estaremos fazendo a nossa parte para a formação de
uma sociedade mais humana, justa e igualitária.
PAPÉIS DOS INTEGRANTES DA ESCOLA Diretores de escolas, equipe pedagógica , equipe administrativa e docentes são
responsáveis pela condução e organização das instituições de educação públicas e privadas,
tanto dedicadas a políticas educacionais, quanto ao ensino, propriamente dito. Devem
trabalhar em equipe, visando a excelência do processo educativo e do ambiente escolar. São
várias as funções exercidas por esses profissionais dentro das escolas.
DIRETOR DO ESTABELECIMENTO Diretores administram, dirigem e coordenam todas as atividades do estabelecimento.
As atividades do diretor incluem:
– coordenar o planejamento das atividades;
– cuidar do recrutamento e dispensa de pessoal ;
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– montar o horário com o apoio da equipe técnica;
– dar atendimento a professores, alunos e pais;
– coordenar o funcionamento da secretária e responder pelo orçamento anual;
– cuidar para que as leis referentes ao ensino sejam cumpridas;
– integrar a escola à comunidade e a família, organizando reuniões e promovendo
eventos diversos.
Representa a configuração da atividade administrativa, responsável geral pelo
desenvolvimento das atividades escolares e pelo adequado desempenho de um grupo de
profissionais com relação ao alcance de um objeto estabelecido. Em suas atividades ele deve
administrar: os recursos materiais necessários à escola; o pessoal escolar em geral
(aproveitamento, distribuição de funções...); o corpo discente (organização e distribuição de
aulas...) e a estrutura total da escola (incluindo a formal e a informal).
O Regimento Interno da escola atribui a função específica do Diretor, sendo que as
linhas gerais traçadas acima são uma constante na maioria deles.
O comportamento do Diretor abrange três dimensões: como autoridade escolar, como
educador e como administrador. O conjunto de suas funções pode estar agrupado em três
funções: pedagógica, social e burocrática. Para a execução destas funções dele são esperadas
três habilidades: técnica, humana e conceitual.
A LDB 9394/96 estabelece em seu Capítulo I, seção II, artigo 15, § 1° que para ocupar
o cargo de Diretor, é exigido o nível universitário, recomendando-se formação pedagógica.
PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS NA GESTÃO DE MOCRÁTICA
DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO:
SITUAÇÃO ATUAL DO CONSELHO ESCOLAR:
No Colégio Estadual Dr. Camargo-E.M. o Conselho Escolar atual está oficialmente
homologado através do Ato Administrativo nº 287/2008, datado de 03 de outubro de 2008,
sendo seus membros escolhidos de acordo com o que preconiza o Estatuto. A atuação e a
participação de cada um dos seguimentos constituintes tem se efetivado satisfatoriamente
durante todas as gestões frente à direção da escola, portanto podemos afirmar que temos
procurado alcançar os objetivos propostos e colocado em prática as atribuições determinadas
no Estatuto próprio.
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PROPOSTAS DE TRABALHO:
- Continuar proporcionando a participação efetiva do Conselho Escolar na discussão
de assuntos educacionais relevantes e na busca de solução para os problemas que se
apresentarem.
- Cumprir com o que determina o Estatuto do Conselho Escolar em sua íntegra,
dispensando atenção especial ao item que descreve sobre a natureza desta instância
colegiada, ou sejam elas: deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora.
- Propor a realização de debates, palestras e seminários com a comunidade interna e
externa, abordando assuntos contemporâneos os mais diversos que possam contribuir
para a solução de problemas educacionais, sociais, de saúde pública, comportamentais
etc.
SITUAÇÃO ATUAL DA APMF:
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual Dr. Camargo está
legalmente constituída, possui toda documentação em ordem e Estatuto próprio de acordo
com as leis atuais. Assim como o Conselho Escolar, a APMF deste Estabelecimento de
Ensino tem tido participação efetiva, buscando atingir os objetivos traçados e pôr em prática
as atribuições que lhe são inerentes. Portanto, tem sido de grande valia a participação e a
colaboração desta instância na administração escolar a fim de se praticar uma gestão
verdadeiramente democrática.
PROPOSTAS DE TRABALHO:
- Proporcionar a participação efetiva da APMF na discussão e na busca de soluções
das problemáticas que lhe competem, de acordo com o que determina o Estatuto
próprio.
- Realizar reuniões, palestras, debates com a comunidade, sob a coordenação da
APMF, com o propósito de aproximar esta mesma comunidade da escola.
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SITUAÇÃO ATUAL DO GRÊMIO ESTUDANTIL:
O Grêmio Estudantil deste Estabelecimento de Ensino foi criado há muitos anos,
possui Estatuto próprio e atualizado e sua atuação tem sido satisfatória. Temos percebido no
decorrer dos anos frente a direção deste Estabelecimento de Ensino que a existência desta
agremiação está condicionada ao incentivo dispensado principalmente pela pessoa do diretor.
Nestes quinze anos em que já estive frente à direção deste Colégio, tenho dado o maior apoio
e respaldo à formação de Grêmios Estudantis.
PROPOSTAS DE TRABALHO:
- Dar condições e total apoio para a continuidade do Grêmio Estudantil, de acordo
com o que estabelece o Estatuto da referida agremiação.
- Apoiar a realização de atividades culturais, artísticas ou desportivas que possam ser
promovidas pelo Grêmio Estudantil e que venham de encontro com o Projeto Político
Pedagógico desta escola.
- Incentivar a participação do Grêmio Estudantil em eventos promovidos pelos setores
governamentais ou das entidades representativas superiores, tais como: UBES, UPES
ou UNE.
RELAÇÕES DA DIREÇÃO COM A COMUNIDADE INTERNA
SITUAÇÃO ATUAL:
Nosso relacionamento com o corpo docente e equipe pedagógica tem sido pautado
pelo respeito, pela prática de uma gestão participativa e pelo reconhecimento da importância
do trabalho que cada um desenvolve. Procuramos dar o respaldo necessário ao professor para
que ele possa desenvolver um bom trabalho na sala de aula, seja no aspecto pedagógico frente
aos alunos, seja nos momentos de discussão dos planos e projetos que a escola se propõe a
desenvolver. Na medida do possível temos suprido as necessidades de materiais
imprescindíveis para se oferecer um bom ensino e temos feito o possível para que os
equipamentos estejam todos funcionando normalmente. A organização da hora-atividade tem
21
sido organizada dentro da escola no sentido de otimizar o trabalho do professor e respeitar a
solicitação do Núcleo Regional de Educação de acordo com o grupo de disciplinas. Temos
dado o máximo apoio e condições para que o corpo docente e equipe pedagógica possam
participar dos cursos de capacitação e de aperfeiçoamento promovidos pelos órgãos
governamentais ou por instituições que promovem a educação, sejam elas faculdades, outras
escolas, sindicatos etc.
A equipe técnica administrativa e de apoio deste Estabelecimento de Ensino tem sido
competentes no trabalho, cumpridores das atribuições que a cada um compete. Por isso, o
relacionamento, na maioria das vezes, tem sido cordial, respeitoso e pautado pela
responsabilidade inerente a cada função.
Com referência ao relacionamento com os alunos, não temos tido grandes problemas,
por se tratar de uma cidade pequena e geralmente conhecemos o educando desde seu
nascimento. Este fato tem contribuído para solucionar alguns problemas antes que se agrave.
Apesar de tudo, o que mais nos angustia é a falta de interesse pelos estudos da grande maioria
dos alunos. Este é um desafio que temos que vencer.
Quanto ao relacionamento com os pais e/ou responsáveis pelos alunos podemos
afirmar que tem sido satisfatório. Algumas dificuldades encontradas é no sentido de trazer os
pais para participarem de reuniões e palestras promovidas pela escola. Este fato ocorre com
maior intensidade quando o educando adentra o Ensino Médio, pois a maioria se considera
responsável pelos próprios atos, sejam eles bons ou ruins, desprezando a intromissão de
alguém que ficou responsável por ele no ato da matrícula. Um ponto positivo a ressaltar é a
vinda dos pais ou responsáveis quando são chamados individualmente para tratar de
problemas do próprio filho ou filha.
Em relação aos documentos legais desta escola temos a informar que o Regimento
Escolar está sendo reformulado atualmente para se adequar às novas leis maiores de nosso
País. O Projeto Político Pedagógico (PPP) está em contínua revisão e reformulação e dele faz
parte a Proposta Pedagógica Curricular (PPC) que se encontra sendo aplicada de acordo com
as diretrizes emanadas da Secretaria de Estado de Educação. O Plano de Trabalho Docente
(PTD) é de responsabilidade dos professores e está sob a orientação e coordenação da equipe
pedagógica.
PROPOSTAS DE TRABALHO:
- Proporcionar a participação dos professores, dos funcionários, dos alunos e da
22
comunidade na administração da Escola, promovendo uma gestão plenamente
democrática.
- Valorizar o trabalho individual e coletivo dos elementos que compõem a comunidade
escolar, proporcionando a divulgação das ações que se descartarem.
- Suprir as demandas de materiais pedagógicos e equipamentos necessários ao bom
desenvolvimento das atividades escolares e que venham contribuir para a melhoria da
qualidade de ensino desenvolvida por esta instituição de ensino.
- Oferecer condições para o bom desempenho do trabalho desenvolvido pela
Secretaria da Escola, pelas serventes e merendeiras, distribuindo os horários de modo
a otimizar o atendimento ao público.
- Estabelecer amplo diálogo com a comunidade externa no sentido de promover a
maior participação da mesma na discussão dos assuntos educacionais.
RELAÇÕES COM O NRE E SEED
SITUAÇÃO ATUAL:
Em se tratando do relacionamento com o NRE e a SEED podemos afirmar que este
tem se pautado pela cordialidade e pelo respeito mútuo. Temos procurado dar total apoio aos
projetos criados e apresentados pela SEED, os quais têm muito contribuído para a melhoria da
educação. Temos dado total apoio e incentivo, tanto ao corpo docente assim como aos demais
setores para que participem continuamente dos cursos de formação continuada, sejam eles
presenciais ou oferecidos pelos meios de comunicação e internet.
PROPOSTAS DE TRABALHO:
- Criar condições dentro do Calendário Escolar para a participação em cursos,
reuniões, seminários ou grupo de estudos promovidos pela SEED, NRE ou outras
instituições que tratam da educação.
- Ampliar o acervo da Biblioteca do Professor e atualizar o acervo de áudio e vídeo,
proporcionando ao professor diversas fontes de pesquisa que possam contribuir
também para o aperfeiçoamento do mesmo.
- Participar enquanto diretor de todos os cursos de capacitação oferecidos pela
23
Secretaria de Estado de Educação ou pelo Núcleo Regional de Educação, a fim de
melhorar cada vez mais a atuação frente à administração deste Estabelecimento de
Ensino.
- Estabelecer intercâmbio com as escolas da região e manter bom relacionamento com
o Núcleo Regional de Educação e com a Secretaria Estadual de Educação.
RELAÇÃO COM PROGRAMAS E PROJETOS DO GOVERNO FEDERAL E
ESTADUAL
SITUAÇÃO ATUAL:
Dentre os programas e projetos do Governo Federal, destacam-se o Programa Dinheiro
Direto na Escola (PDDE), que se iniciou a partir do ano de 2009 por ser considerado o Ensino
Médio como parte da Educação Básica. Outro projeto é o Projeto Nacional de Informática na
Educação (PROINFO), o qual equipou com mais 16 computadores o laboratório de
informática. Com relação ao Programa Bolsa Família temos a inclusão de alguns poucos
alunos, pois se trata de alunos do Ensino Médio e não tão carentes em sua maioria. Temos
alunos participando do Projeto Pró-Jovem, projeto este que se desenvolve em parceria com o
Governo Municipal e tem contribuído para o aperfeiçoamento do educando em geral. Quanto
aos programas e projetos estaduais podemos contar com o Serviço de Atendimento à Rede de
Escolarização Hospitalar (SAREH); Atividades de Complementação Curricular em
contraturno.
PROGRAMAS E PARCERIAS COM OUTRAS INSTITUIÇÕES
SITUAÇÃO ATUAL:
O Colégio estadual Doutor Camargo funciona em dualidade com uma escola
municipalizada desde o ano de 1992 e este fato tem colocado a Prefeitura Municipal também
como responsável pela conservação e manutenção no prédio escolar. Apesar desta Prefeitura
estar em situação financeira bastante ruim, o prefeito atual, que continuará no próximo
mandato, fez um compromisso de continuar colaborando com o que for possível. Atualmente
o prédio escolar está bastante avariado, principalmente os telhados e a pintura, necessitando
de uma reforma urgente. Também se faz necessário a adequação de alguns ambientes para a
24
melhoria das ações pedagógicas e a construção de dispositivos de segurança de acordo com o
laudo do Corpo de Bombeiros. Necessitamos também da construção de uma residência
apropriada para o caseiro, pois o mesmo ocupa um espaço adaptado dentro de um dos blocos
do setor administrativo, situação esta que causa muitos transtornos devido a falta de espaço
para acomodar as duas escolas.
ESTÁGIOS:
O Colégio Estadual Doutor Camargo Ensino Médio não contempla estágio
obrigatório pois o curso de ensino médio ofertado não é voltado para a formação profissional
do aluno. Entretanto, de acordo nº 11.788 de 25/09/2008 o estágio ofertado é o não
obrigatório, desenvolvido como atividade operacional, devendo ser acrescido a carga horária
regular e obrigatória.
De acordo com o Regimento Escolar o estágio ofertado pelo Colégio Estadual Doutor
Camargo será acompanhado pela equipe pedagógica, com duração não superior a 2 anos, para
alunos maiores de 16 anos, sendo a carga horária não superior a 6 horas diárias, perfazendo
um total de 30 horas semanais de trabalho.
A Instituição de Ensino, a parte empregatícia e o educando deverão celebrar um termo
de compromisso para realização do estágio.
Quanto a realização de estágios obrigatórios não remunerados de cursos de formação
de docentes, este Estabelecimento de Ensino receberá os estagiários, sempre monitorado com
o professor da disciplina e acompanhado pela Equipe Pedagógica.
PROPOSTAS DE TRABALHO:
- Buscar recursos junto aos órgãos competentes para a melhoria do prédio escolar,
bem como reivindicar a construção e ampliação de diversos ambientes na Unidade
Escolar.
- Buscar parcerias junto à Prefeitura Municipal e com as empresas da cidade e região
para promover melhorias no aspecto físico do prédio assim como no desenvolvimento
de atividades pedagógicas.
- Promover a integração do Colégio Estadual Doutor Camargo com as demais escolas
do Município, buscando a melhoria da qualidade da educação oferecida à comunidade
camarguense.
25
AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
Na prática pedagógica entendemos a avaliação como uma das atividades mais
complexas, pois atribuir valores a algo incomensurável depende de atitudes subjetivas.
Analisando o plano a que propomos desenvolver à luz da razão, podemos apontar alguns
mecanismos que servirão como balizamento para a tomada de decisões e a retomada de novos
rumos quando necessário, a fim de se alcançar satisfatoriamente os objetivos propostos.
Passamos então a discorrer sobre alguns mecanismos dos quais nos utilizaremos para
avaliar a execução do Plano de Ação.
AVALIAÇÃO PELOS ÓRGÃOS COLEGIADOS
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários, o Conselho Escolar e o Grêmio
Estudantil deverão fazer, como entidades legalmente constituídas na escola e representativos
de todos os segmentos da comunidade escolar, uma avaliação bimestral do Plano de Ação,
através de reuniões próprias para este fim, utilizando-se da análise de todos os objetivos
apresentados, conferindo notas ou conceitos a cada item.
AVALIAÇÃO PELO CORPO DOCENTE, FUNCIONÁRIOS, EQUIPE
ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
A avaliação deverá ser feita através de uma ampla discussão por parte de cada
segmento, em reuniões convocadas para este fim, analisando minuciosamente o Plano de
Ação a fim de verificar os pontos importantes e as prioridades que requerem maior atenção.
Além da avaliação conjunta, temos intenção de apresentar um formulário com questões para
serem respondidas individualmente, onde poderão ser registradas sugestões e críticas, que irão
contribuir para a revisão e realimentação do plano, a fim de se corrigir as distorções numa
constante retomada das ações para otimizar o trabalho.
AVALIAÇÃO PELO CORPO DISCENTE E PELOS PAIS OU RESPONSÁVEIS
O corpo discente, além de estar representado no Grêmio Estudantil e no Conselho
Escolar, deverá fazer uma avaliação individual e através dos representantes de turma sob a
coordenação da equipe pedagógica e dos professores representantes da turma se houver. Os
26
pais ou responsáveis deverão ser convocados para reuniões para o fim específico de avaliar
não somente o desenvolvimento do plano, mas todos os setores da escola e os serviços
prestados. Para formalizar as avaliações, tanto dos alunos como dos responsáveis pelos
mesmos, deverão ser utilizados questionamentos onde poderão registrar suas intenções através
de menções, notas ou conceitos, além de opiniões, críticas e sugestões, no intuito de melhorar
o trabalho escolar.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E/OU PELO NRE/SEED
Se a avaliação institucional ocorrer será um importante instrumento de coletas de
dados para verificar o desenvolvimento de todo o trabalho escolar e conseqüentemente da
direção. Além dessa avaliação ou se a mesma não ocorrer é importante que o Núcleo
Regional de Educação realize uma avaliação envolvendo cada segmento da comunidade
escolar, com o intuito de aprimorar o plano e sua aplicação.
Portanto, consideramos ser a avaliação requisito de suma importância, principalmente
em se tratando de questões educacionais, as quais envolvem um grau de complexidade
elevado. Por isso, a contribuição de todos torna-se imprescindível, pois poderão também
sentir-se responsáveis pelas ações que irão contribuir para a melhoria da Educação.
PERFIL DO PROFESSOR Os Professores do Ensino Médio são profissionais conscientes de seu papel de
educador desenvolvendo conteúdos científicos dentro do planejamento de suas disciplinas. A
maioria dos professores são especialistas, há um mestre e uma professora PDE. Imbuídos em
renovar e atualizar seus conhecimentos para proporcionar ao educando um ensino dinâmico,
criativo, incentivador que estimule a aprender, raciocinar e criar, adequando os ensinamentos
a cada faixa etária e a cada contexto sócio-econômico. Além dos conteúdos científicos,
professores também procuram formar no educando atitudes de solidariedade,consciência de
cidadania, valores éticos e respeito à diversidade.
Cabe ao professor considerar a relevância social de suas atribuições, mantendo
condutas condizentes com a sua profissão de Educador.
27
COMPETE AO CORPO DOCENTE
- participar da elaboração da proposta pedagógica deste Estabelecimento de Ensino;
- elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica deste
Estabelecimento de Ensino;
- zelar pela aprendizagem dos alunos;
- estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
- ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente
dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional;
- colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;
- elaborar com a Equipe Pedagógica, o Currículo Pleno deste Estabelecimento de
Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da
Educação;
- escolher, juntamente com a Equipe Pedagógica, livros e materiais didáticos
comprometidos com a política educacional da Secretaria de Estado da Educação;
- desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do
conhecimento pelo aluno;
- proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e crítica do
conhecimento filosófico-científico pelo aluno;
- promover e participar de reuniões de estudo, encontros, cursos, seminários e outros
eventos tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;
- assegurar que não ocorra, no âmbito escolar, tratamento discriminativo de cor, raça,
sexo, religião e classe social;
- estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando sempre o respeito
humano ao aluno;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;
- participar da elaboração dos planos de recuperação a serem proporcionados aos
alunos, que obtiveram resultados de aprendizagem abaixo dos desejados, e executá-
los em sala de aula;
- proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e deste
Estabelecimento com vistas ao melhor rendimento do processo ensino-aprendizagem;
28
- participar de Conselhos de Classe, Reuniões Pedagógicas, Cursos, Encontros,
Grupos de Estudo e outros eventos.
COMPETE A EQUIPE PEDAGÓGICA - subsidiar a direção com critérios para a definição do Calendário Escolar, organização
das classes, do horário semanal e distribuição de aulas;
- elaborar com o corpo docente, o currículo pleno deste Estabelecimento, em
consonância com as Diretrizes Pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação;
- assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos
pedagógicos desenvolvidos neste Estabelecimento de Ensino;
- elaborar o Regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com seu responsável;
- orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia do seu espaço
pedagógico;
- acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no sentido de
analisar os resultados da aprendizagem com vistas a sua melhoria;
- subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações relativas aos
serviços de ensino prestados por este Estabelecimento e ao rendimento do trabalho
escolar;
- promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o
aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;
- acompanhar a execução dos planos de recuperação a serem proporcionados aos
alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;
- analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento de
transferências, de acordo com a legislação vigente;
- propor à Direção a implementação de projetos de enriquecimento curricular a serem
desenvolvidos por este Estabelecimento e coordená-los, se aprovados;
- coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, se adotados por este
Estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela
Secretaria de Estado da Educação;
- instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual deste
Estabelecimento de Ensino, a partir do rendimento escolar, do acompanhamento de
egressos, de consultas e levantamentos junto à comunidade;
29
- participar de cursos, seminários, reuniões, encontros, grupos de estudo e outros
eventos;
- exercer as demais atribuições decorrentes deste Regimento e no que concerne à
especificidade de cada função.
FUNCIONAMENTO DA SECRETARIA
A Secretaria é o setor que tem a seu cargo todo o serviço de escrituração escolar e
correspondência deste Estabelecimento de Ensino.
Os serviços de Secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção, ficando a
ela subordinados.
O cargo de Secretário é exercido por um profissional devidamente qualificado para o
exercício dessa função, indicado pelo Diretor deste Estabelecimento, de acordo com as
normas vigentes.
Parágrafo Único - O Secretário terá tantos auxiliares quantos permitidos pela
Secretaria de Estado da Educação, em ato específico.
COMPETE AO SECRETÁRIO
- cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;
- distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus auxiliares;
- redigir a correspondência que lhe for confiada;
- organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de
serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
- rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;
- elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades superiores;
- apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
- organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de
assentamento dos alunos, de forma a permitir em qualquer época, a verificação:
a) da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;
b) da autenticidade dos documentos escolares.
- coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência, adaptação e conclusão de curso;
30
- zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à Secretaria;
- comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na Secretaria.
- A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o expediente da
Secretaria conte com a presença de um responsável, independentemente da duração do
ano letivo, em todos os turnos de funcionamento deste Estabelecimento de Ensino.
FUNCIONAMENTO DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL
A equipe auxiliar operacional tem a seu encargo o serviço de manutenção,
preservação, segurança e merenda escolar deste Estabelecimento de Ensino, sendo
coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.
Compõem a equipe auxiliar operacional os funcionários que atuam nas Áreas de
Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação
Escolar e Interação com o Educando.
COMPETE AOS FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NAS ÁREAS DE MA NUTENÇÃO
DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMB IENTE:
- efetuar a limpeza ;
- manter em ordem as instalações escolares;
- solicitar o material e produtos necessários para o desenvolvimento de suas tarefas;
- efetuar tarefas correlatas à sua função;
- participar de encontros, cursos, seminários, reuniões, grupos de estudos e outros
eventos para seu aperfeiçoamento profissional.
COMPETE AOS FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NA ÁREA DE ALIME NTAÇÃO
ESCOLAR:
- preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativamente e
qualitativamente;
- informar o Diretor deste Estabelecimento de Ensino, da necessidade de reposição de
estoque;
- conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho,
procedendo a limpeza e arrumação;
31
- efetuar tarefas correlatas à sua função;
- participar de encontros, cursos, seminários, reuniões, grupos de estudos e outros
eventos para seu aperfeiçoamento profissional.
CONSELHO ESCOLAR
De acordo com o que determina seu estatuto próprio, o Conselho Escolar do Colégio
Estadual Doutor Camargo é um órgão colegiado, de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e
administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes
educacionais da SEED, observando a Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto Político – Pedagógico e o
Regimento do Estabelecimento de Ensino, para o cumprimento da função social e específica
da escola.
O Conselho Escolar não deve ter finalidade e/ou vínculo político – partidário,
religioso, racial, étnico ou de qualquer natureza e seus membros não recebem qualquer tipo de
remuneração ou benefício por participar do colegiado. É concebido numa perspectiva de
democratização da escola e constitui-se como órgão máximo de direção, sendo composto por
representantes dos profissionais da educação atuantes na escola, alunos regularmente
matriculados e freqüentes, pais e/ou responsáveis pelos alunos assim como representantes de
segmentos organizados da sociedade.
O Conselho Escolar do Colégio Estadual Doutor Camargo em atividade desde outubro
de 2011 tem a seguinte composição:
DIRETOR E PRESIDENTE:
- Sergio Nilto Furini
REPRESENTANTES DA EQUIPE PEDAGÓGICA:
- Edna Botti Montanha
REPRESENTANTES DO CORPO DOCENTE:
- Ileni Maria Passareli
- Cleide Aparecida Dias Marcusso
REPRESENTANTES DA EQUIPE TÉCNICA-ADMINISTRATIVA E
ASSISTÊNCIA DE EXECUÇÃO:
32
- Wanderlei Reino
- Sirlene Aparecida Santi
REPRESENTANTES DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL:
- Dalva da Cruz Salvi
- Cleide Aparecida Soares Fernandes
REPRESENTANTES DO GRÊMIO ESTUDANTIL/ALUNOS:
- Lara Taísa Martins da Silva
- Rafaela Ghiraldi Rocha
REPRESENTANTES DE PAIS DE ALUNOS:
- Adelia Alcântara da Silva Picolli
- Cornélia Martins da Silva
REPRESENTANTES DA APMF:
- Marilda Bueno dos Santos
- José Antonio Garcia
REPRESENTANTES DE MOVIMENTOS SOCIAIS:
- João Avelino José da Silva
- Olímpia de Souza Romero
ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão cooperador e tem por
finalidade a integração da família no processo educacional, visando o aprimoramento da
formação do educando.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários será constituída pelo corpo docente,
pais de alunos matriculados neste Estabelecimento de Ensino e funcionários.
As atividades da Associação de Pais, Mestres e Funcionários serão regidas por
Estatuto próprio, devidamente aprovado em Assembléia Geral e registrado em Cartório de
Registro de Títulos e Documentos, obedecendo o disposto na Lei Estadual nº 7.962/84, de 22
de novembro de 1984 e demais dispositivos legais.
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Diretoria da APMF – Gestão 2011/2012:
PRESIDENTE:
Alcides Miguel da Silva
VICE-PRESIDENTE:
Marilda Bueno dos Santos
1º TESOUREIRO:
Octávio Ghiraldi
2º TESOUREIRO:
Valmir Palhari Paio
1º SECRETÁRIO:
Wanderlei Reino
2º SECRETÁRIO:
Thaizi Vieira Lucisano
1º DIRETOR SÓCIO CULTURAL E ESPORTIVO:
Edna Botti Montanha
2º DIRETOR SÓCIO CULTURAL E ESPORTIVO:
Eduardo Hluchow
Membros do Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF:
REPRESENTANTES DOS PROFESSORES:
- Aparecida de Fatima Camarotto Azevedo
- Fábio Rodrigo Lucisano
REPRESENTANTES DOS FUNCIONÁRIOS:
- Iracilda Aparecida dos Santos da Silva
- Nair de Lourdes Siquerolo da Silva
REPRESENTANTES DOS PAIS DE ALUNOS:
- José Antonio Garcia
- Sebastião Cardoso
- Zenaide Antonia da Silva Gameleira
- Elio Rodrigues da Silva
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GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil é um órgão que congrega todos os alunos deste Estabelecimento
de Ensino com a finalidade de promover a colaboração, a participação e desenvolver atitudes
dentro dos padrões democráticos.
A organização e o funcionamento do Grêmio Estudantil deverão estar definidos em
Estatuto próprio, elaborado pela diretoria, aprovado por Assembléia Geral dos alunos e
homologado pela Direção deste Estabelecimento e/ou Conselho Escolar.
Diretoria Do Grêmio Estudantil - 2011
PRESIDENTE:
- Lara Taísa Martins da Silva
VICE-PRESIDENTE:
- Fernanda da Silva Baeta
1° TESOUREIRO:
- Samantha Godoy
2° TESOUREIRO:
- Alan Aparecido Barbosa de Carvalho
1° SECRETÁRIO:
- Bianca da Silva Lopes
2° SECRETARIO:
- Gabriel Renan Pereira Marques da Silva
DIRETOR DE ESPORTES:
- Catyellen Geovanna Victor de Souza
DIRETOR SÓCIO-CULTURAL:
- Eduardo Vieira dos Santos
DIRETOR DE IMPRENSA:
- Rafaela Ghiraldi Rocha
DIRETOR DE SAÚDE E MEIO AMBIENTE:
- Raysa Matsumura
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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Na prática pedagógica entendemos a avaliação como uma das atividades mais
complexas de se realizar, pois atribui valores a algo que na essência é imensurável e depende
de julgamento subjetivo e aplicação de critérios abstratos.
Segundo a legislação, a avaliação é um dos aspectos de ensino pelo qual o professor
estuda e interpreta os dados de aprendizagem e de seu próprio trabalho com a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar
resultados e estabelecer-lhes valor. Afirma ainda que na avaliação serão utilizados os
seguintes critérios:
- Observação contínua e permanente do desempenho do aluno nas diversas áreas de
conhecimento, habilidades e participação nas atividades desenvolvidas.
- Respeito à realidade cognitiva do aluno.
- Ênfase aos aspectos qualitativos da aprendizagem.
- Ênfase na atividade crítica de síntese e elaboração pessoal de cada aluno.
- Avaliação oral, testes e trabalhos individuais ou coletivos, pesquisas, entrevistas,
auto-avaliação e outros instrumentos que se fizerem necessários.
Para que a avaliação cumpra seu papel é importante destacar que deverá ser aplicada
não somente em relação à aprendizagem do educando, mas que também sirva de subsídios
para analisar o trabalho docente. Deverá ser contínua, permanente e cumulativa com
preponderância dos aspectos qualitativos da aprendizagem, dando-se maior importância à
atividade crítica, à capacidade de síntese e a elaboração pessoal, sobre a memorização. É
importante destacar que não poderão ser utilizados para a formação da avaliação elementos
subjetivos, tais como: comportamento, assiduidade e pontualidade.
Neste estabelecimento de Ensino os resultados das avaliações serão computados
semestralmente e expressos em notas, por disciplinas, de 0 (zero) a 10,0 (dez), sendo que o
rendimento mínimo será 6,0 (seis).
Para o cálculo da média anual será usada a seguinte fórmula:
M . A=1°Semestre+2°Semestre
2
36
É importante destacar que para a definição da média semestral o aluno será submetido
a várias oportunidades de aferição. Ficou definido em reunião própria com a finalidade de
tratar da questão da avaliação que do máximo de 10,0 (dez) pontos que o aluno poderá
alcançar, até 7,0 (sete) pontos serão determinados pela realização de testes ou provas,
avaliação oral, com ênfase na elaboração pessoal de cada aluno, e até 3,0 (três) pontos através
da realização de trabalhos individuais e / ou coletivos, pesquisas, entrevistas etc. Para que a
avaliação se efetive de maneira satisfatória, faz-se necessário destacar mais uma vez, deverá
ser dado maior importância a atividade crítica, à capacidade de síntese e a elaboração pessoal,
sobre a memorização.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Aos alunos que demonstrarem rendimento insuficiente, este Estabelecimento de
Ensino irá ofertar a recuperação paralela, com o objetivo de proporcionar melhoria de
conteúdo e rendimento e será desenvolvida durante todo o ano letivo. Para a aferição no
semestre o professor deverá considerar a aprendizagem do aluno no decorrer do processo e
entre as notas de avaliação normais e as de recuperação, deverá prevalecer as de maior valor.
Para que a recuperação paralela se efetive na prática, algumas intervenções
pedagógicas serão necessárias. Para alguns alunos faz-se necessário o atendimento
individualizado. É o que faz e continuará fazendo os professores, dando atendimento extra
classe ao aluno com dificuldades, utilizando-se da hora atividade, se necessário. Outra ação
importante a desenvolver é a monitoria, em que alguns alunos darão assistência a outros em
período de contra-turno e / ou feriados, sábados e recessos escolares. Vamos pleitear junto aos
órgãos governamentais a implantação da sala de recursos ou de apoio. Além disso, temos
previsão de termos professores que deverão se dispor a dar reforço escolar utilizando-se as
horas/aulas excedentes.
A comunicação dos resultados e médias semestrais será feita diretamente ao aluno
quando maior de idade e também aos pais quando menor, através de fichas próprias, assim
como divulgada em edital dentro do recinto escolar.
Como considerações finais, queremos destacar que a legislação está posta e a análise
que fazemos dela é que a priori ela determina que todo educando tem direito a entrar em uma
escola, nela permanecer o tempo estabelecido para vencer as etapas da aprendizagem e dela
37
sair tendo o sucesso como parte de sua vida. Depreende-se disso tudo que a reprovação nada
de útil acrescenta ao educando, no sentido de contribuir para a melhoria do ensino e da
aprendizagem.
PLANO DE AÇÃO Em nossa prática cotidiana, às vezes nos perguntamos por que criar tantos planos e
projetos para executarmos nosso trabalho. Porém, ao refletirmos que há em nossos menores
atos a ação de planejar, desde quando acordamos todas as manhãs e iniciamos nossas diversas
atividades. Entendemos, portanto, que esse planejar no dia a dia é desprovido de formalidades
e muito raramente dispomos de um registro de tudo o que pretendemos e precisamos fazer
durante aquele dia ou por um certo período de tempo. Muitas vezes registramos as idéias e
aspirações futuras e até determinamos um cronograma para a concretização daquilo que
queremos que se realize em nossas vidas. Temos claro que o objetivo de tudo isso é a busca
da satisfação , da realização pessoal e da felicidade. Como não poderia ser diferente, os
objetivos, as ações e metas a se atingir no campo educacional, também devem ser
cuidadosamente traçados e elaborados de tal maneira que todos os envolvidos no processo se
sintam co-responsáveis pela realização dos mesmos.
O Colégio Estadual Doutor Camargo, assim como toda e qualquer escola, tem como
função primordial trabalhar o conhecimento, tendo explicitado em seu Projeto Político
Pedagógico a proposta de formar um sujeito crítico, íntegro, que saiba reivindicar seus
direitos mas também que seja ciente de seus deveres. A arte do ensinar e do aprender
demanda uma tarefa além de difícil, complexa e cheia de obstáculos, pois envolve uma gama
de relações e sentimentos inerentes ao ser humano que nem sempre se apresentam em
harmonia.
Considerando a situação em que se encontra a sociedade nos dias atuais e os avanços
científico-tecnológicos que nos causam perplexidade e considerando também a rapidez em
que as mudanças culturais ocorrem em tempos de globalização, faz-se necessário mais do que
nunca que as ações sejam pensadas e planejadas à luz do conhecimento que a humanidade
vem adquirindo. Por isso, a atividade de projetar e planejar faz-se necessária, para que os
objetivos e metas se efetivem de fato e as ações se concretizem na realidade.
38
CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é preventivo, sendo não só um espaço de acertos de conta e sim
de busca de alternativas para a superação dos problemas. É o momento de rever as relações
pedagógicas alternativas e contribuir para alterar a própria organização do trabalho
pedagógico.
Sendo este um espaço de diálogo entre diferentes posturas possibilitando que os
pontos de vista sejam relativizados, diminuindo, assim, os erros de avaliação que tanto tem
prejudicado os alunos especialmente aqueles das camadas populares . E permitindo a
produção de conhecimentos mais próximo do real ( DALBEN, 2006 p.73).
Busca-se romper com a prática de se levar resultados prontos para serem discutidos
formalmente no momento do Conselho de Classe, momento que é de desenvolver a
capacidade crítica, o que implica na capacidade de refletir sobre a própria prática e a de
colocar-se no lugar do outro.
Portanto conselho de classe é uma ação preventiva / participativa e operacional, onde a
função da Equipe Pedagógica é a de direcionar as ações para a transformação focando o
processo ensino / aprendizagem, devendo ser o conselho de classe um caminho e não um
obstáculo.
39
AÇÕES PARA TRABALHAR A INDISCIPLINA ESCOLAR:
- Elaboração de regras de conduta com a participação de toda comunidade escolar
(contrato didático).
- Realização de palestras sobre leis e estatutos que tratam da questão dos direitos e
deveres do cidadão.
- Promoção de atividades esportivas, como campeonatos internos e com outras escolas
da região.
- Realização de atividades extracurriculares, tais como gincanas, feiras de ciências,
cultura e artes, que proporcionem maior interesse por parte do aluno.
- Execução de músicas durante o recreio e quando possível durante as aulas.
- Utilização de metodologias diferenciadas e de técnicas que despertem maior
interesse no aluno para aprender.
- Uso mais freqüente e planejado de atividades que demandam o uso de aparelhos
eletrônicos, tais como: filmes, transparências, internet etc.
- Maior participação do corpo docente nas discussões dos problemas da escola,
delegando responsabilidades aos mesmos.
- Explicitação aos alunos sobre o planejamento de cada disciplina e sobre o sistema de
avaliação registrado no Projeto Político Pedagógico.
- Participação efetiva do Conselho Escolar e do Conselho Tutelar no sentido de
contribuir para o bom andamento da ordem e da disciplina na escola.
40
CONCLUSÃO
O Projeto que nos propomos a desenvolver foi coletivamente construído,
fundamentado por inúmeras discussões e análises sobre os mais diversos assuntos que
envolvem a educação. Por se tratar de um projeto, entende-se que está inconcluso, por isso
estará indefinidamente aberto a propostas que contribuam para seu aperfeiçoamento,
proporcionando espaço para sua realimentação constante.
Cientes que somos, portanto, da problemática que envolve a Educação, no sentido
amplo da palavra, partindo do entendimento da realidade para chegarmos a um ponto
satisfatório no futuro, que seja melhor do que hoje está posto, precisamos contar com a
participação efetiva de todos os envolvidos no processo educacional. As sugestões, opiniões e
críticas construtivas emanadas da comunidade interna e externa poderão contribuir para a
melhoria da prática educativa. O diálogo, a compreensão e a cooperação deverão estar
presentes no cotidiano da escola, pois nos dias atuais não há lugar para discursos demagógicos
nem para planos utópicos. O sucesso deste projeto depende da união e do engajamento de
todos, irmanados no propósito de alcançar os objetivos propostos e atingir as metas traçadas.
É o que desejamos para termos uma educação cada vez melhor, a qual temos certeza, estará
contribuindo para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GADOTI, M. Pressupostos do Projeto Político-Pedagógico. In: O Projeto Pedagógico da
Escola . Brasília : MEC/SE ; 1994 .
VEIGA, I. Passos A. Projeto Político da Escola : um construção coletiva. Projeto Político
Pedagógico da Escola : uma construção possível / Ilma P. A . Veiga (org.). Campinas,
SP: Papirus, 1995, p.11-35.
._________________ Perspectivas para reflexão em torno do projeto político-pedagógico. In :
VEIGA, I.P.A. e RESENDE, L.M.G. de (orgs). Escola: espaço do projeto político-
pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998, p. 9 – 32 .
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional . Lei n° 9394/96 . Brasília , 1996.
REVISTA CONTEXTO & EDUCAÇÃO. Ijuí , RS : Livraria Unijuí Editora, nº 18, 1990.
ROSSA , Leandro. Projeto Político Pedagógico : uma construção coletiva, inclusiva e
solidária . Revista da AEC . Brasília , v. 28, n° 111 , p. 63 – 72, abr / jun / 1999.
LUCKESI, Cipriano Carlos . Avaliação da Aprendizagem Escolar : estudos e proposições. 14.
ed. – São Paulo : Cortez , 2002.
SEVERINO, Antonio Joaquim . O Projeto Político Pedagógico : a saída para a escola. Revista
da AEC . Brasília , v. 27 , n. 107, p. 81 – 91, abr / jun / 1998.
MELO, Maria Tereza L. Gestão Educacional : os desafios do cotidiano escolar . In : Por uma
nova esfera pública : a experiência do orçamento participativo / Milton B. Fischer e
Jacqueline Moll ( orgs.) Petrópolis , RJ : Vozes, 2000 , p. 243-254.
BOFF, Leonardo. Projetos Políticos e modelos de cidadania . In : BOFF, L . Depois de 500
anos : que Brasil queremos ? Petrópolis , RJ : Vozes , 2000 . p. 57 – 74.
BRASIL. Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio dos estudantes.
43
DISCIPLINA: ARTE
JUSTIFICATIVA
A arte está presente desde os primórdios da humanidade e pode ser compreendidas
através da história, manifestada nas diferentes culturas e de várias maneiras, como por
exemplo, em objetos usados em rituais, utilitários, artísticos e estéticos. É, portanto um
processo de humanização, onde o ser humano produz novas maneiras de ver e sentir, que se
diferenciam a cada momento histórico e em cada cultura. Por isso é importante que se
compreenda as determinações econômicas e sociais que interferem diretamente a relação entre
os homens, os homens e os objetos, para compreender a relatividade do valor estético e as
funções que a arte tem cumprido historicamente e que se relaciona com o modo de
organização da sociedade.
Pela arte o ser humano se torna consciente de sua existência enquanto ser individual e
social, através de questionamentos que o leve a interpretar o mundo e a si mesmo. A arte
possibilita o desprender da obviedade atribuída aos objetos e às coisas, desafiando,
contradizendo e fomentando emoções e sentidos as suas contradições.
Para dar suporte ao ensino da arte, torna-se fundamental interferir nos sentidos,
expandir a visão de mundo e o seu espírito crítico, situar-se como sujeito de sua história,
legitimada culturalmente no tempo e no espaço. Pois se trata de um ser pensante, que
interpreta e da sentido ao mundo, a sua vida e à sua história.
A educação em arte ganha crescente importância quando se pensa na formação
necessária para uma adequada inserção social, cultural e profissional do jovem
contemporâneo.
A arte conquistou seu espaço no campo educacional como uma importante área de
conhecimento e não apenas como meio de destacar dons. Devemos nos libertar das
concepções de mimeses, representações, expressões e formalismo, uma vez que elas limitam e
condicionam a concepção da arte em apenas uma dimensão; mas sim compreender a arte em
sua complexidade, essência, representação e realidade que esta proporciona ao promover uma
visão de mundo do artista e retratar aspectos ideológicos, políticos e socioculturais. Nesta
nova concepção, a arte pode ser compreendida na estética, na política, religião, ideologia,
como utilitarista ou mágica, transformando-se em mercadoria ou meramente proporcionar
prazer.
44
Seu ensino se justifica por ter uma característica própria e peculiar em sua relação com
as outras disciplinas. Sendo assim seu conhecimento somente se efetivará na inter-relação de
saberes que se concretiza na experimentação estética por meio da percepção, da análise, da
criação/produção e da contextualização histórica. E para essa efetivação, são imprescindíveis
os campos conceituais relativos ao objeto de estudo desta disciplina: o conhecimento estético;
o conhecimento artístico; o conhecimento contextualizado. Devemos ter claro que o ensino de
arte amplia o repertório cultural do aluno a partir destes conhecimentos citados, aproximando-
se do universo cultural da humanidade nas diversas representações. Para tanto, o objetivo que
norteia o ensino de Arte é o desenvolvimento de uma práxis, articulando os aspectos teóricos
e metodológico, para que o próprio aluno possa criar formas singulares de pensamento,
aprender e expandir suas potencialidades criativas. Pretende-se ainda levar o aluno a
apropriação do conhecimento de arte por meio de um processo criador que transforme o real e
produza novas formas de ver e sentir o mundo. Sob tal perspectiva, três interpretações
fundamentais da arte são consideradas: arte e ideologia, arte e seu conhecimento e arte e
trabalho criador.
Nesta perspectiva a educação em arte ganha crescente importância quando se pensa na
formação necessária para uma adequada inserção social, cultural e profissional do educando
contemporâneo, possibilitando-o um novo ouvir, mais crítico, um interpretar da realidade
além das aparências, criando uma nova realidade, uma fruição e expressão artística.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A pedagogia histórico-crítica elaborada por Saviani propõe oferecer ao educando
acesso aos conhecimentos das culturas para uma prática social transformadora, uma vez que a
escola é um instrumento para a transformação social e, através da disciplina de arte o aluno
estará sendo formado pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho
artístico.
No encaminhamento metodológico, o que norteia o trabalho da Arte é o conhecimento.
Assim o professor deve considerar para quem, como, por que e o que será trabalhado em
termos metodológicos, pautando seu trabalho pela relação que o ser humano tem com a arte.
Desta forma é preciso completar três momentos da organização pedagógica:
- o sentir e perceber que são formas de apreciação e apropriação da obra de arte;
- o trabalho artístico, que é a prática de uma obra;
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- o conhecimento em arte, que fundamenta a possibilidade ao aluno que sinta e
perceba a obra artística, bem como desenvolva um trabalho que forma conceitos
artísticos.
No sentir e perceber os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro, Dança e
Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de manifestações artísticas
com contribuição da cultura africana. O professor deverá possibilitar este acesso e mediar o
sentir e perceber como conhecimento sobre a arte, para que o aluno possa interpretar as obras,
transcender aparências e aprender pela arte aspectos da realidade humana, em sua dimensão
singular e social. Já o conhecimento em arte, cabe ao professor materializar através dos
trabalhos com os conteúdos estruturantes e como eles se constituem nas Artes Visuais, Dança,
Música e Teatro. O professor deverá considerar a origem cultural do grupo social do aluno e
trabalhar nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade. Além disso, também
deverá discutir como as manifestações artísticas podem produzir significados na vida do
aluno, tanto na criação como na fruição de uma obra. E finalmente a prática artística que é o
exercício da imaginação e da criação. Momento este em que o aluno interioriza e se
familiariza com o processo artístico e humaniza seus sentimentos. Por isso é importante que o
aluno realize trabalhos onde possa sentir e perceber o conhecimento em arte. Assim as aulas
podem ser planejadas com recursos e características específicas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
O currículo para a disciplina de Arte, no Ensino Médio, deve ser organizado de forma
a preservar o direito do aluno em ter acesso ao conhecimento sistematizado em arte. Desta
forma para que o processo pedagógico se efetive, espera-se que o professor tenha como
conhecimento de formação: Artes Visuais, Teatro, Música e Dança; que faça relação com os
saberes de outras áreas de arte, e que proporcione ao aluno uma perspectiva de abrangência de
conhecimento em arte produzida historicamente pela humanidade. Por isso optou-se por uma
proposta de organização curricular a partir de conteúdos estruturantes, os quais constituem
uma identidade para a disciplina e uma prática pedagógica que inclui quatro áreas de arte:
movimento e período; tempo e espaço.
Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são
interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas o trabalho destes conteúdos deve ser
feito de modo simultâneo, pois os elementos formais, organizados por meio da técnica, do
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estilo e do conhecimento em arte constituirão a composição, que se materializa como obra de
arte nos movimentos e períodos.
Destaca-se que os conteúdos estruturantes apresentados pelo DCE serão trabalhados
na primeira série do ensino médio, uma vez que é nesta série que a disciplina de arte é
contemplada, em nossa instituição, com duas aulas semanais. Durante esta série serão
trabalhada as quatro áreas de Arte: Artes Visuais, Dança, Teatro e Música.
Serão enfocados os acumulados dos alunos, seus elementos formais, que são os
recursos artísticos empregados numa obra, como o timbre em música, a cor em artes visuais,
personagem no teatro ou o corpo na dança; a composição, que nada mais é que o processo de
organização e desdobramento dos elementos formais que constituem uma produção artística,
pois com a organização dos elementos formais de cada área de Arte, formulam-se todas as
obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou dança, na imensa variedade de técnica e estilo;
movimento e período, com destaque pelo contexto histórico, e explicando as relações internas
ou externas de um movimento artístico em suas especificidades, gênero, estilo e correntes
artísticas, este conteúdo deverá estar presente em vários momentos do ensino; e, por último,
tempo e espaço, que é na verdade uma categoria articuladora na Arte, pois está presente em
todas as áreas da disciplina e é conteúdo específico dos elementos formais, da composição e
dos movimentos e períodos. Além disso, é também social porque a arte tem peculiaridade de
poder alterar a noção de tempo e de espaço do ser humano, historicamente, e, em particular,
do sujeito do século XXI, em decorrência do surgimento das novas tecnologias e dos meios de
comunicação presentes no mundo globalizado.
ÁREA: ARTES VISUAIS
Conteúdos Estruturantes:
- Elementos formais;
- Composição
- Movimentos e Períodos
Conteúdo Específico:
- Elementos formais: pontos, linha, superfície, textura, forma, cor, luz e volume;
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- Composição: bidimensional, tridimensional, figurativo, abstrato, perspectiva,
semelhança, ritmo visual, simetria, deformação, estilização contraste.
- Técnica: pintura, desenho, modelagem, fotografia, gravuras e esculturas, arquitetura,
história em quadrinho...
- Gênero: paisagem, natureza morta,cenas do cotidiano, histórica religiosa e
mitológica...
- Movimento e período:
Arte do Paleolítico Inferior e Superior;
Arte do Neolítico;
Arte no Egito;
Arte da Civilização Egéia;
Arte na Grécia;
Arte em Roma;
Arte Cristã Primitiva;
Arte Bizantina;
Arte da Europa Ocidental no início da Idade Média;
Arte Românica;
Arte Gótica;
Arte Pré-colombiana;
O Renascimento na Itália;
O Renascimento na Alemanha e nos países Baixos;
O Barroco na Itália;
O Barroco na Espanha e nos Países Baixos;
O Barroco no Brasil.
Arte Africana.
Objetivo:
- Conhecer, compreender, valorizar e apreciar a arte em toda a sua universalidade;
- Apropriação prática e teórica de técnica e modos de composição visual.
- Identificar a arte como forma de expressão e comunicação do homem numa
perspectiva histórica.
- Interpretar a função da arte como um dos instrumentos transformadores da história
da humanidade, preservada pelos Patrimônios da Humanidade.
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Metodologia:
- Aprofundamento dos conteúdos do ensino fundamental de acordo com a experiência
cultural e escolar do aluno;
- Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos.
- Teoria das artes visuais;
- Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição,
com enfoque nas diversas culturas;
- Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e
mídias;
- Aulas expositivas, pesquisas diversas, atividades teóricas e práticas no caderno,
leitura de imagens, análise reflexiva.
Recursos didáticos:
- Livros, revistas, lápis grafite 2B e 6 B, cola, tesoura, elementos para
composição(lantejoula, lã, botões...), purpurina, tinta, TV pendrive, DVD ...
ÁREA: ARTE DANÇA
Conteúdos Estruturantes:
- Elementos formais;
- Composição
- Movimentos e Períodos
Conteúdo Específico:
- Elementos formais: movimento corporal, tempo, espaço;
- Composição: ponto de apoio, peso, fluxo,queda, salto, giro, rolamento,
extensão(perto e longe);
- Coreografia e deslocamento
- Gênero: performance e moderna
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- Movimento e período:
Vanguarda;
Dança moderna
Dança contemporânea.
Objetivo:
- Compreender o caráter criativo da arte como ideologia e fator de transformação
social;
- Percepção dos diferentes modos de se fazer dança e sua função social;
- Compreensão das diferentes formas de danças populares, suas origens e práticas;
- Apropriação prática e teórica de técnica e modos de composição da dança.
Metodologia:
- Percepção dos modos de se fazer dança, através de diferentes espaços onde é
elaborada a e executada.
- Teoria da dança;
- Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composições.
- Apreciação, reflexão e identificação de diferentes tipo de dança através de TV
pendrive.
Recursos didáticos:
- Aparelho de som, TV pendrive, DVD, CD, pesquisa na internet, ...
ÁREA: ARTE TEATRO
Conteúdos Estruturantes:
- Elementos formais;
- Composição
- Movimentos e Períodos
Conteúdo Específico:
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- Elementos formais: personagens, (expressões corporais, gestuais, vocais e faciais),
ação, espaço;
- Composição: representação, leitura dramática, cenografia.
• Gêneros: tragédia, comédia, drama e épico, dramaturgia, representação nas
mídias, cenografia, roteiro, sonoplastia figurino e iluminação, direção e
figurino.
• Técnica: jogos teatrais, mímicas, improvisação, ensaio, encenação e leitura
dramática;
- Movimento e período:
Teatro Grego Romano,
Teatro Medieval,
Teatro Brasileiro,
Teatro Paranaense,
Teatro Popular,
Teatro Do Oprimido,
Teatro Renascentista,
Teatro Comédia.
Objetivo:
- Compreensão das diferentes formas de danças populares, suas origens e práticas
contemporâneas.
- Apropriação prática e teórica de técnica e modos de composição da dança.
Metodologia:
- Percepção dos modos de se fazer dança, através de diferentes espaços onde é
elaborada a e executada.
- Teoria da dança;
- Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composições.
Recursos didáticos:
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- Livros, revistas, lápis grafite 2B e 6 B, cola, tesoura, elementos para composição
(lantejoula, lã, botões, tecido, tinta, roupas, TV pendrive, DVD)
ÁREA: ARTE MÚSICA
Conteúdos Estruturantes:
- Elementos formais;
- Composição
- Movimentos e Períodos
Conteúdo Específico:
- Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade;
- Composição: ritmo, melodia, harmonia;
- Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico e pop...
- Técnica: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, improvisação;
- Movimento e período:
- Musica popular brasileira;
- Técnica (ocidental e oriental),
- Paranaense,
- Africana,
- Vanguarda
- Latino-Americana,
- Renascimento
- Neoclássica.
Objetivo:
- Compreensão das diferentes formas de musicais populares e clássicas, suas origens e
práticas dentro de cada período.
- Apropriação prática e teórica de técnica e modos de composição musical.
Metodologia:
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- Percepção dos modos de se fazer musica, através de diferentes formas musicais
- Teoria da música;
- Produção de trabalhos musicais com características populares.
- Apresentação de diferentes gêneros musicais, período e características;
- Análise reflexiva e comparativa entre obras de artes visuais e a música;
- Análises musicais reflexivas.
AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de arte conforme as Diretrizes Curriculares deverá ser
diagnóstica e processual. No primeiro caso permite que o professor possa planejar sua aula,
pois mesmo que estejam definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e profundidade
de sua abordagem, dependem do conhecimento que o aluno trazem consigo. Sendo
processual ela discute dificuldades e progresso de cada um a partir do processo de produção,
verificando-se o pensamento estético e levando-se em conta a sistematização dos
conhecimentos para leitura da realidade.
Ainda conforme as DCE, a avaliação de arte deverá superar o papel de mero
instrumento de mediação da apreensão do conteúdo, buscando propiciar aprendizagem
socialmente significativa para o aluno. No ensino médio, é importante que o professor tenha
em vista que os alunos já apresentam uma vivência maior e um capital cultural constituídos
em outros espaços sociais além da escola, como a família, grupos sociais, associações,
religião. Eles tem ainda um percurso mais amplo, com conhecimento artístico relativo a
Dança, Teatro, Artes Visuais e Música. Diante disso o professor deve fazer um levantamento
das formas artísticas que os alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar
um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Sendo que este conhecimento
acumulado do estudante deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo, deve
constituir referencia para o professor propor abordagens diferenciadas.
O professor deve ter em mente que sua prática pedagógica, na disciplina de Arte, ele
participa do processo e compartilha da produção do aluno, permitindo que se saia do lugar
comum, dos gostos pessoais, de modo que se desvincule de uma prática pedagógica
pragmatista, caracterizada pela produção de resultados e valorização tão somente do
espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera critérios que dialogam com
os limites do gosto e da afinidade, uma vez que o conhecimento permite objetivar o subjetivo.
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Para tanto a fim de se obter uma avaliação efetiva e individual do grupo, são
necessários vários instrumentos de verificação, como o diagnóstico inicial e o
acompanhamento da aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de
trabalhos artísticos, pesquisas e provas teóricas e práticas.
54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, F. DE. A cultura brasileira. 5 ed. Ver. E ampl. São Paulo: Melhoramentos:
USP.
BAKITIM, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BARBOSA, A.M.B. Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo, Atica, 1996.
FERRAZ, Maria Heloisa C. T. & FUSARI, Maria F. R. Artena educação escolar. São Paulo:
Cortez, 1992.
FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
KOUDELA, I. D. Jogos teatrais. 4 ed. São Paulo: Perspectiva, 2001
OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. Rio de Janeiro. Campus, 1983.
SEED. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública da Educação Básica do estado do Paraná. Arte e Arte. Curitiba 2006.
55
DISCIPLINA: BIOLOGIA
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia estuda os fenômenos da vida em sua complexidade de
relações na organização dos seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, no
estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade genética,
hereditariedade e relações ecológicas, e das implicações dos avanços biológicos no fenômeno
vida.
A Biologia ocupa hoje lugar de destaque entre ciências, principalmente graças ao
avanço e a divulgação do conhecimento. Cada vez mais na área das ciências biológica tem
trazido informações que visam melhorar a qualidade do meio ambiente, aumentar a oferta de
alimentos, aprimorar as condições de saúde e desenvolver mecanismos que regem a vida.
Essas informações precisam ser compreendidas por pessoas das mais diversas áreas de
atuação. Diariamente grande quantidade de informações veiculadas pelos meios de
comunicação se refere a fatos, cujo entendimento depende do domínio de conhecimentos
científicos. Nesses últimos anos em especial os conhecimentos biológicos tem estado presente
em nossa vida com uma freqüência incomum, dado avanço dessa ciência em alguns de seus
domínios. A linguagem cientifica tem, crescentemente integrado nosso vocabulário, temos
como DNA, cromossomos, genoma, clonagem, efeito estufa, transgênico não são
completamente desconhecidos dos indivíduos minimamente informados.
Como noticia política, como noticia econômica, como parte de uma discussão ética,
assuntos biológicos cruzam os muros acadêmicos e são discutidos em jornais e revistas de
grande circulação ou em programas de entretenimento veiculados, pela TV. Dominar
conhecimentos biológicos para compreender os debates contemporâneos e deles participar, no
entanto constituem apenas uma das finalidades de estudo dessa ciência no âmbito escolar.
Embora sendo uma ciência complexa, em que fenômenos estudados geralmente são
cercados por variações, os fenômenos biológicos desenvolvem-se segundo determinados
padrões, mas dentro de uma faixa de variação individual que precisa ser considerada e
compreendida. Os seres vivos são organismo que mantém complexas relações entre si e com
todo o ambiente físico, compondo com este um complexo conhecido por ecossistema, cujo
equilíbrio depende da preservação da vida na terá.
A disciplina de Biologia tem por objetivo o estudo dos fenômenos da vida e sua
diversidade de manifestação. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos
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organizados e integrados a nível de célula, de um individuo ou ainda dos organismos no seu
meio. Assim o aluno deve ser capacitado para julgar as intervenções do homem no ambiente e
o aproveitamento dos recursos naturais.
- Compreender a ciência como atividade humana, histórica associada a aspectos de
ordem social econômica, política e cultural.
- Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e
condição de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica e compreender a
tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, mas sabendo elaborar juízo
sobre riscos e benefícios das práticas tecnológicas.
- Compreender a natureza como uma intricada rede de relações um todo dinâmico, do
qual o ser humano é parte integrante. Como ela interage, dela depende e nela interfere,
reduzindo seu grau de dependência, mas jamais sendo independente, identificar a
condição do ser humano de agente e paciente de transformações intencionais por ele
produzido.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a abordagem dos
conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que , ao
introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a
diversidade biológica, agrupando-os e caracterizando-os, seja possível, também, discutir o
mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento
natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo “classificação
dos seres vivos” não se restringe a um único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem
pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo “organismos geneticamente
modificados”, partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do DNA,
comparando-as com os processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando
à classificação dos seres vivos.
Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro
conteúdos estruturantes. Outro contexto é a abordagem do funcionamento dos sistemas que
constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos
Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos, que permitirá
estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive, a célula, seus
componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba que a célula
57
tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos, quanto um
elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma
forma, a abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da
existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade,
envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio
ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos tem sofrido modificações
naturais e as produzidas pelo homem.
O ensino dos conteúdos de biologia apontam as seguintes estratégias metodológicas de
ensino:
- Levantamento do conhecimento do aluno a respeito de determinados conteúdos
serem trabalhados;
- Problematização: é um momento de detectar e apontar as questões que precisam ser
resolvidas no âmbito da prática social, estabelecendo que conhecimentos são
necessários para a resolução destas questões, e as exigências sociais de aplicação.
- Instrumentalização: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os
alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e
profissional.
- Catarse: é a fase da aproximação entre o que o aluno aprendeu e o problema em
questão passando da ação para a conscientização.
- Retorno à prática social.
- Aula dialogada, leitura de texto e de imagens escrita, experimentação, analogias e
outros que possibilitem a participação dos alunos, favorecendo a expressão de seu
pensamento, suas percepções, significações, interpretações, visto que, para aprender
envolve a produção e criação de novos significados.
- Uso de diferentes imagens como vídeo, fotos e materiais práticos demonstrativos.
- Pesquisas bibliográficas e de campo.
- Visitas orientadas em parques, praças, terrenos baldios, bosques, rios, hortas,
mercados, propriedades rurais, lixões, fábricas etc.
- Elaboração de projetos.
- Debates.
- Confecção de painéis e cartazes, além de outros recursos que poderão ser utilizados
ao longo do processo ensino aprendizagem.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Os conteúdos são os saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam e
organizam os campos de estudo em cada disciplina.
Em Biologia os conteúdos estruturantes são:
- Organização dos seres vivos;
- Mecanismos biológicos;
- Biodiversidade;
- Manipulação Genética
Para o ensino da disciplina de Biologia, constituída como conhecimento, os conteúdos
estruturantes propostos evidenciam e que modo a ciência biológica tem influenciado a
construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações sociais,
políticas econômicas, culturais e ambientais.
Estes conceitos deverão ser trabalhados buscando sua historicidade, para que se
perceba a não neutralidade da construção do pensamento cientifico e o caráter transitório do
conhecimento elaborado.
Portanto, os conteúdos estruturantes devem permear as três séries, buscando relacionar
os diversos conhecimentos específicos entre si. E estão assim organizados por série:
1ª Série
Histórico da Biologia
- A Biologia e as questões da atividade
- As principais subdivisões da Biologia
Fenômenos da Vida
- O sistema vivo sempre é fruto da interação entre os elementos e demais
componentes do meio, sendo que as diferentes formas de vida estão sujeitas as
transformações, que ocorrem no tempo e no espaço, proporcionando transformações
no ambiente.
Teorias Sobre a origem da Vida
- As várias formas de modelos científicos explicativos para o surgimento da vida.
- As hipóteses prováveis de interação entre os elementos e fenômenos físicos e
químicos do planeta, a formação de sistemas químicos nos mares aquecidos da terra
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primitiva. A capacidade de trocar substâncias com o meio, obter energia e se
reproduzir.
Os níveis de Organização dos Seres Vivos
- Como célula, tecido, órgão, aparelho, organismo, população, comunidade,
ecossistema, biosfera resultantes das interações entre tais sistemas e entre eles e o
meio em que vive.
Citologia
- A dinâmica celular e os processos que ocorrem a nível celular estão relacionados,
permitindo a construção do conceito sistematizado da célula. As organelas e suas
funções formando um sistema que troca substâncias com o meio, obtém energia e se
reproduz.
Composição Química Celular
- Nesse conteúdo serão abordados as implicações dos avanços biológicos no
fenômeno vida; organização dos seres vivos; mecanismos biológicos quando se
trabalha os componentes celulares.
- Água, sais minerais, carboidratos, proteínas, lipídeos, ácidos nucléicos.
- Organização celular.
- Transporte de substâncias através da membrana.
As organelas e suas funções formando um sistema que troca substancias com o meio,
onde a célula obtém energia e se reproduz.
Citoplasma, características, funções e composição
Metabolismo energético das células
Processos de produção de energia e mecanismos biológicos e químicos envolvidos.
- Núcleo e síntese protéica
- Divisão celular: mitose e meiose
Histologia Animal
60
- Tecido conjuntivo, epitelial, muscular e nervoso.
2ª Série
Organização dos Seres Vivos
- A classificação dos seres vivos é uma tentativa de compreender toda uma
diversidade biológica agrupando e categorizando as espécies.
O estudo dos organismos: vírus, bactérias, protozoários, fungos, vegetais e animais,
possibilita a compreensão da vida como manifestação de sistemas organizados e integrados
em constante interação com o ambiente físico-químico.
- Lei 11734/97 – prevenção AIDS
- A classificação dos seres permite uma análise da diversidade biológica existente e
das características e fatores que determinaram o aparecimento e/ ou extinção de
algumas espécies ao longo da história.
- A biodiversidade, a organização dos seres vivos, seus mecanismos biológicos,
modificações e adaptações são conteúdos explorados no estudo dos diferentes seres
vivos.
Caracterização, anatomia e fisiologia dos grandes grupos de vegetais
- Classificação das plantas quanto a morfologia e ciclos reprodutivos.
- Histologia e fisiologia vegetal.
- Adaptações sofridas pelos vegetais ao longo tempo da evolução
- Produção vegetal para consumo em industrias e medicina.
Anatomia e Fisiologia Comparada
- o estudo das funções vitais, realizadas por diferentes estruturas, órgãos e sistemas,
com características das relações de origem entre diferentes grupos de seres vivos e o
ambiente.
3ª Série
Com as implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida, apresenta uma
proposta voltada para as implicações da engenharia genética sobre a vida, considerando-se
que, com os avanços da biologia molecular, existe a possibilidade de manipular o material
genético dos seres vivos.
61
Neste contexto poderão ser estudados os avanços da genética molecular, as
biotecnologias aplicadas, e aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos, clonagem, células
tronco, terapia gênica, transgênicos e entre outros.
Genética
- A descrição do material genético, sua estrutura e composição, síntese protéica,
reprodução celular e estrutura do DNA.
As leis e herança mendeliana.
Herança ligada ao sexo e determinação do sexo.
Herança dos grupos sanguíneos – sistema ABO e fator Rh.
Anomalias cromossômicas
- Em razão dos resultados das pesquisas efetuadas, as informações genéticas
representam um ponto notável no desenvolvimento do saber, promovendo avanços
tecnológico na ciência reabrindo debates às implicações sociais, éticas e legais que
existem e que ainda deverão surgir em conseqüência dessas pesquisas.
Tecnologias empregadas na engenharia genética ligadas a manipulação do DNA.
- Projeto Genoma.
- Aspectos éticos, morais, políticos e econômicos envolvidos na produção cientifica e
tecnológica.
- Lei 11645/08 – história e cultura afro-brasileira e indígenas;
A dinâmica dos Ecossistemas
- As interações alimentares representadas pelas cadeias e teias alimentares.
- A transferência de matéria e energia, transitando de formas diferentes.
- As modificações intencionais, a construção de novos ambientes devido a ocupação
humana.
- A degradação ambiental, os agravos a saúde humana.
- O desenvolvimento auto-sustentável.
- A possibilidade da natureza absorver os impactos e se recompor.
62
- Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental.
CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é um dos aspectos do processo ensino-aprendizagem que mais se faz
necessária uma mudança didática, favorecendo a uma reflexão crítica de idéias e
comportamentos docentes muito persistentes. Não se pode considerar que a aprendizagem só
acontece quando os erros estão totalmente ausentes. Ao contrário, são erros que norteiam as
alterações de rumo e as constantes intervenções pedagógicas e tornam o processo de
aprendizagem efetivo. No processo de avaliação incluirá diversos instrumentos e critérios
previamente estabelecidos e explicitados aos alunos numa relação dialógica, pois os
educandos tem o direito de saber quais são as regras do processo. A avaliação ocorrerá de
modo contínuo, permitindo uma verificação passo a passo do processo do aluno informado
sobre o conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos, sua capacidade para
aplicar conhecimentos na resolução de problemas do cotidiano, utilizando a linguagem das
ciências das tecnologias, para comunicar suas idéias.
Para garantir o êxito no processo de avaliação, várias técnicas e instrumentos serão
utilizados:
- Participação efetiva nas aulas com questionamentos demonstrando interesse pelos
assuntos abordados.
- Resolução de exercícios propostos.
- Provas objetivas e subjetivas, sendo que a prova precisa ser discriminatória e
produzir uma distribuição de notas em escala ascendente.
- Pesquisas bibliográficas e de campo.
- Elaboração de trabalhos a partir de pesquisas e levantamento de dados como: jornal,
painéis e mural.
- Experiências, levando em consideração o interesse do aluno em aulas práticas e sua
responsabilidade e seriedade com o manuseio de materiais e reagentes químicos.
- Relatórios, observação e análise de resultados obtidos em experiências.
- Organização e apresentação de trabalhos em grupo e individual.
- Com relação às atitudes a melhor maneira que permite verificar se o aluno adquiriu
determinada atitude, a observação do seu comportamento em situações variadas como
a postura perante os colegas nos trabalhos em grupos, as posições definidas em debates
e no dia-a-dia na sala de aula.
63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEED – Diretrizes de Biologia para o Ensino Médio – Versão Preliminar – Julho 2006.
AMABIS, José Mariano, Gilberto Rodrigues Martho – Biologia Volume 1, 2ª edição; São
Paulo: Moderna 2004.
LOPES, Sonia, Sergio Rosso, Biologia – Volume Único, 1ª edição, São Paulo: Saraiva, 2005.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Parâmetros Curriculares
Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação. 1999.
64
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Surgida na Europa no final do século XVIII e início do século XIX a Educação Física
no âmbito escolar trabalhava exercícios físicos na forma cultural de jogos, ginástica, dança e
equitação. A partir daí surge uma nova sociedade capitalista, onde o corpo forte, pronto para
o trabalho eram os anseios da classe hegemônica. A força física era vendida como
mercadoria, fonte de lucro para muitos cidadãos. Deste modo a Educação Física vem sofrendo
muitas mudanças desde de 1882, quando foi implantada como disciplina obrigatória. Já nas
nas décadas de 70 e 80, após passar por muitas transformações, principalmente no papel do
aluno e professor, passa por movimentos renovadores, entre eles podemos destacar a
psicomotricidade. Segundo Barbanti “a Educação Física sofreu mudanças desde a década de
80, ultrapassando seus domínios tradicionais para locais não-escolares (academias, clubes) e
estendem seus programas para pessoas de todas as idades, uma nova definição de Educação
Física fez-se necessária.
Hoje em dia, Educação Física é definida como um processo educacional que usa o
movimento como um meio de ajudar as pessoas a adquirir habilidades,
condicionamento, conhecimento e atitudes que contribuem para seu ótimo desenvolvimento e
bem estar”. Após tais mudanças a Educação Física pode ser caracterizada como uma
disciplina que aborda o aluno em todas as dimensões, que através de um trabalho de reflexão
e crítica da prática, sustenta a idéia de formação do aluno capaz de entender a construção do
próprio conhecimento, onde os conteúdos (esporte, dança, jogos, ginástica e corpo) são
desenvolvidos de maneira que o aluno possa alem da prática refletir sobre as influências
capitalistas que tanto norteiam a prática.
Assim a Ed. Física que antes visava o corpo forte, robusto, pronto pro trabalho e para
defesa, hoje assume características de formação de alunos conscientes, críticos, capazes de
entender sua função social buscando a interação dos alunos, onde o gesto perfeito sai de cena
e entra a participação de todos, visando sempre uma aula não excludente, valorizando a
criatividade, a interação e novas práticas. A Educação Física procura desenvolver o bem
estar geral de cada pessoa pelo uso de movimentos, onde através das experiências
motoras busca a qualidade de vida; à saúde, satisfação, prazer e auto‐conhecimento.
65
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
As aulas de Educação Física são fundamentadas de acordo com a Proposta Pedagógica
do Colégio pautado nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica da disciplina de
Educação Física, buscando atender as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na
superação de contradições e na valorização da educação. Considerando as experiências de
nossos alunos e da comunidade a disciplina de Educação Física deve ser trabalhada em
interlocução com outras disciplinas que permitam entender a Cultura Corporal em sua
complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas dimensões da vida humana, tratadas tanto
pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza.
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar
articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprios, e
trata de conhecimentos relevantes na escola. Considerando o exposto, defende-se que as aulas
de Educação Física não são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um
momento subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala, DCE-2008.
Também fica explícito nas Diretrizes curriculares que a atuação do professor efetiva-
se na quadra, outros lugares do ambiente escolar e ainda em diferentes tempos pedagógicos,
seu compromisso, tal como o de todos os professores, é com o projeto de escolarização ali
instituído, sempre em favor da formação humana. Esses pressupostos se expressam no trato
com os conteúdos específicos, tendo como objetivo formar a atitude crítica perante a Cultura
Corporal, exigindo domínio do conhecimento e a possibilidade de sua construção a partir da
escola.
É partindo dessa posição que estas Diretrizes apontam a Cultura Corporal como objeto
de estudo e ensino da Educação Física, as aulas são desenvolvidas de maneira prática e teórica
onde a reflexão o debate resgatam conceitos relacionados a cultura corporal. O gesto perfeito
sai de cena e a criatividade, a participação e o lúdico passam a fundamentar os conteúdos
estruturantes. Para que as aulas sejam melhor compreendidas e mais ricas em conteúdos, o
laboratório de informática vem favorecer na aquisição do conhecimento através de pesquisas.
Em relação a Lei 10639/03, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e
Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências; o planejamento contempla em muitos
momentos, discussões, debates e momentos de reflexão, onde a História e Cultura Afro-
Brasileira é abordada em diferentes aspectos em vários conteúdos, como por exemplo no
66
momento em que trabalhamos a questão das diversidades, deficiências, as caracterísiticas
físicas do afro-brasileiro pode ser questionada;
Quanto a Lei 13381/01, Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede
Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do Paraná; abordamos os
aspectos esportivos do estado, projetos, campeonatos, atletas incentivando assim o
acompanhamento e participação social de cada aluno.
Já a Lei 9795/99, Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de
Educação Ambiental e dá outras providências, são conceitos que trabalhamos diariamnete em
todas as aulas, a preservação ambiental, passado e futuro, o que pode ocorrer com futuras
gerações e ainda podemos destacar como exemplo de atividade as caminhada ecológicas,
como registrada no site de nosso colégio.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os Conteúdos Estruturantes foram definidos como os conhecimentos de grande
amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma
disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender seu objeto de estudo/ensino.
Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais.
Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica devem ser
abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de ensino os
alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que
devem ser consideradas no processo de ensino/aprendizagem.
A Educação Física e seu objeto de ensino/estudo, a Cultura Corporal, deve, ainda,
ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, pode-se enriquecer os conteúdos com
experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando as particularidades de cada
comunidade.
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Primeiro Ano
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos Básicos
Esporte Coletivos e Individuais:
Propiciar os alunos acesso a prática esportiva e adaptar o esporte
à realidade escolar. Sugestões de modalidades: futsal, handebol,
voleibol, basquetebol, tênis de mesa e atletismo.
Análise de diferentes esportes no contexto social e econômico;
Vivenciar as deficiências (física, visual, auditiva e intelectual)
dificuldades na prática esportiva e vivências do dia a dia, regras
oficiais e alguns sistemas táticos.
Jogos e Brincadeiras Jogos de Tabuleiro, dramáticos e cooperativos:
Trabalhar o aspecto lúdico, discutindo regras e organização de
menos complexos para mais complexos. Sugestões: jogos de
salão, jogos cooperativos, jogos dramáticos e interpretação,
jogos de raquete e peteca, brincadeira de rua, jogos pré-
desportivos e construção de brinquedos alternativos. Enfatizar a
concentração, a tática, a articulação através do xadrez, dominó,
dama e trilha.
Dança Dança de Salão:
Reflexão de aspectos físicos (saúde) e culturais (erotização),
incentivando a criação de novos gestos e coreografias.
Sugestões: dança de salão, trabalhada em forma de apresentações
para própria turma e demais alunos do colégio.
Ginástica Ginástica Geral:
Possibilidades e limitações do corpo, diferentes tipos de ginástica
(academia, rítmica, artística, acrobática, relaxamento,
condicionamento e geral), improvisação de materiais e criação de
coreografia.
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Desvios posturais; correções posturais, drogas (definições),
sedentarismo e qualidade de vida.
Lutas Capoeira:
Identificar valores culturais e suas transformações; Sugestões
conforme espaço físico e material didático.
Segundo Ano
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos Básicos
Esporte Coletivos e Individuais:
Propiciar os alunos acesso a prática esportiva e adaptar o esporte
à realidade escolar. Sugestões de modalidades: futsal, handebol,
voleibol, basquetebol, tênis de mesa e atletismo.
Relacionar esporte e lazer; esporte e mídia; Sistemas táticos,
Organização de torneios;
Jogos e Brincadeiras Jogos de Tabuleiro:
Trabalhar o aspecto competição, a concentração, a tática, a
articulação através do xadrez, dominó, dama e trilha.
Dança Dança de Rua:
Reflexão de aspectos culturais, incentivando a criação de novos
gestos e coreografias. Sugestões: dança de rua, trabalhada em
forma de apresentações para própria turma e demais alunos do
colégio.
Ginástica Ginástica Geral:
Composição Corporal (medidas ergométricas), frequência
cardíaca, grupos musculares e fontes de energia.
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Lutas Lutas com aproximação:
Especificamente o Judô, identificando questões ligadas a luta,
histórico, golpes e demonstrar a prática através de vídeos.
Terceiro Ano
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos Básicos
Esporte Coletivos e Individuais:
Propiciar os alunos acesso a prática esportiva e adaptar o esporte
à realidade escolar. Sugestões de modalidades: futsal, handebol,
voleibol, basquetebol, tênis de mesa e atletismo.
Relacionar esporte com ideologias do povo, doping e recursos
ergogênicos, esporte como lazer ou competição e relacionar o
esporte com a qualidade de vida.
Jogos e Brincadeiras Jogos de Tabuleiro:
Trabalhar o aspecto competição, a concentração, a tática, a
articulação através do xadrez, dominó, dama e trilha.
Dança Dança Geral:
Reflexão de aspectos culturais, incentivando a criação de novos
gestos e coreografias dentro de cada estilo escolhido. Sugestões:
dança de rua, forró sertanejo, axé, dança de salão e samba.
Trabalhada em forma de apresentações para própria turma e
demais alunos do colégio.
Ginástica Ginástica Geral:
Qualidade de Vida (mostra de profissões e perfil do formando),
definição de lazer, mundo atual e as tendências ao sedentarismo,
testes físicos de concursos e análise das doenças que mais
70
atingem a sociedade.
Lutas Lutas com aproximação:
Analisar a banalização da vida, e a função social da luta; Análise
da luta Vale Tudo;
A partir dos conteúdos estruturantes de Educação Física - ginástica, lutas, esportes,
jogos e danças, apontam-se alguns elementos articuladores que integram e interligam as
práticas corporais, para um maior aprofundamento e diálogo entre elas.
Elementos Articuladores Conteúdos
O corpo Modelos, construção da beleza, valorização ou não do
corpo, constituição do sujeito: físico, mental, social e
cultural.
A saúde Nutrição, aspectos anatomo-fisiológico da prática corporal,
lesões e primeiros socorros e doping,.
A desportivização Discutir espírito competitivo, recreativo e comercial,
influências e transformações históricas, violências nas
torcidas.
A tática e a técnica Verificar o contexto e o propósito, conforme interesse que
tanto podem ser particulares como condicionantes,
contemplando o universo técnico e tático dos esportes,
danças, lutas e ginástica permitindo o aluno criar e recriar
técnicas e regras de acordo com a necessidade.
O lazer Discussão de diferentes formas de lazer em distintos
grupos, em suas vidas, nas famílias, das comunidades e de
que maneira cada um deseja e consegue ocupar se tempo
livre.
A diversidade ético-racial, de
gênero e de pessoas com
Ampliar o reconhecimento da diversidade em suas relações
sociais, revisar conceitos, valorização do outro,
71
necessidades educacionais
especiais.
desenvolvendo idéias, de respeito às diferenças.
A mídia Análise crítica das práticas corporais transformadas em
espetáculo e como objetivo de consumo diariamente
exibido nos meios de comunicação, para promover e
divulgar esportes e produtos esportivos. Sugestões de
análise: malhação, grandes nomes do esporte, interesse da
televisão em certos esportes, propaganda de culto ao corpo
perfeito.
AVALIAÇÃO
Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo
contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor organizará e reorganizará o seu
trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e
brincadeiras, a dança e a luta.
A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,
constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o
processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o
trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o
objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda
superem as dificuldades constatadas.
No primeiro momento da aula, o professor promove um diálogo com a turma relatando
as atividades a serem desenvolvidas durante a aula, resgatando experiências para uma melhor
organização da aula e conteúdos.
No segundo momento da aula, o professor propõe atividades correspondentes ao
conteúdo planejado. A avaliação deve valer-se de um apanhado de indicadores que
evidenciem, através de registros de atitudes e técnicas de observação, o que os alunos
expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização, os (pré)conceitos sobre
determinadas temáticas, a capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos
objetivos inicialmente traçados pelo professor.
72
Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus alunos, uma
reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado, através de debate e resgate dos conteúdos
pelos alunos, permitindo que o aluno se autoavalie reconhecendo suas possibilidades. Outras
formas de avaliação podem ser utilizadas neste momento, como registro, debates e outros.
Outras atividades que serão proposta durante o ano é a organização de festivais e jogos
escolares, cuja finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se
aplicam numa situação real de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e
autonomia dos alunos.
As provas e os trabalhos escritos serão utilizados para avaliação das aulas de reflexão
e debates, buscando resgatar a prática pedagógica e os conceitos assimilados pelos alunos.
A avaliação conforme Projeto Político Pedagógico será diagnóstica e contínua, através
de trabalhos organizados individual ou em grupos, avaliações teóricas e avaliações práticas,
onde não será analisada a performance do aluno, mas o envolvimento do mesmo na atividade
e sua criatividade. Deste modo a avaliação conduzirá o aluno a um posicionamento crítico da
construção do próprio conhecimento.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares de Ed. Física para o Ensino Médio, SEED 2008.
Introdução as Diretrizes Curriculares Dr. Yvelise Freitas de Souza Arco- Verde SEED – PR.
Projeto Político Pedagógico – Col. Est. Doutor Camargo.
Planejamento Anual de Ed. Física 2011.
Barbanti, Valdir; Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto – USP WEB.
Bracht, Valter. Ed. Física: a busca de autonomia pedagógica. Revista de Ed. Física, Maringá
vol1 1989.
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DISCIPLINA: FILOSOFIA
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
Os seres humanos, seres pensantes, buscam explicações para o mundo e para suas
vivências, explicações que se formam a partir da elaboração de pensamentos tanto de base
mítica, figurativa, quanto de base racional, conceitual. Partindo dessas elaborações, os
homens constroem ideias, sistemas, conceitos, leis, práticas, enfim, constroem sua vida social.
A compreensão desse movimento, bem como a das condições de produção de um e de
outro tipo de pensamento, tanto na antiguidade grega quanto nos dias atuais, é fundamental
para o exercício da reflexão, da compreensão das condições materiais de produção da vida
humana e, consequentemente, da re-significação de conceitos no Ensino Médio.
O ensino e aprendizagem da Filosofia, enquanto disciplina curricular no Ensino Médio
objetiva-se a:
- Aprimorar o aluno em suas capacidades, de modo que ele possa, sob o viés
filosófico, propor soluções a problemas nos diversos campos do conhecimento;
- Capacitar de desenvolver uma consciência crítica sobre o conhecimento, razão e
realidade sócio-histórico-política;
- Capacitar para análise, interpretação e comentário de textos teóricos, mostrando suas
co-relações com a contemporaneidade;
- Compreensão da importância das questões acerca do sentido e da significação da
própria existência e das produções culturais;
- Percepção da integração necessária entre Filosofia e a produção científica, artística,
bem como com o agir pessoal e político;
- Capacidade de relacionar o exercício da crítica filosófica coma promoção integral da
cidadania e com o respeito ao indivíduo, dentro da tradição de defesa dos diretos
humanos.
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS E RECURSOS
Como o curso é eminentemente teórico, o que o norteia é a leitura de textos – textos
filosóficos clássicos legados por uma tradição milenar. Nesse sentido, aquilo que se apresenta
75
como “prática” em Filosofia, diz respeito, ainda, a textos – no caso, à discussão e produção de
textos. A atividade de leitura é, portanto, o elemento essencial na formação do estudante.
O objetivo é por em prática um projeto em que se valorize o processo de ensino e
aprendizagem tendo em vista a contextualização e uma estrutura de ensino que possibilite ao
educando adquirir habilidades necessárias para o desenvolvimento da procura constante pelo
saber e a sua aplicação no cotidiano.
O encaminhamento das atividades se fundamentará em:
- Diagnose do saber inicial do aluno acerca do que seja Filosofia, suas características e
finalidades; (oralidade: ponto de partida);
- Aulas expositivas e dialogadas, explanando o tema em questão e realizando relações
interdisciplinares;
- Leitura e análise dos textos filosóficos;
- Debates;
- Seminários;
- Pesquisa bibliográfica;
- Matérias complementares, como vídeos, documentários e trechos de filmes.
- Reflexão e discussão sobre a importância do pensamento e sobre suas finalidades;
- Explanação, a partir de uma linha do tempo, dos períodos da história da filosofia,
considerando o desenvolvimento de principais temas e problemas;
- Estabelecer relações interdisciplinares com as disciplinas de História e Sociologia
(relações de poder/contexto sócio-cultural da Grécia antiga quando do surgimento da
filosofia e nos dias atuais) e de Física (teorias sobre a origem do universo), além de
relações com outros conteúdos estruturantes: Teoria do Conhecimento (mito e
filosofia: duas formas de conhecimento); Ética (transformação das bases morais);
Filosofia Política (relações de poder e formas de conhecimento;); Filosofia da Ciência
(o surgimento da filosofia como 'ciência' inicial, a mitificação da ciência);
- Produção textual (re-significação de conceitos: ponto de chegada).
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
� 1ª Série
Mito e Filosofia:
76
- Saber mítico;
- Saber filosófico;
- Relação entre mito e Filosofia;
- Atualidade do mito (o mito da contemporaneidade);
- O que é Filosofia.
Teoria do Conhecimento
- Possibilidades do conhecimento;
- As formas de conhecimento;
- O problema da verdade;
- A questão do método;
- Conhecimento e lógica.
� 2ª Série
Ética
- Ética e moral;
- Ética e violência;
- Razão, desejo e vontade;
- Liberdade: autonomia do desejo e a necessidade de normas.
Filosofia Política
- Relações entre comunidade e poder;
- Liberdade e igualdade política;
- Política e ideologia;
- Esfera pública e privada;
- As individualidades e o respeito à diversidade.
� 3ª Série
Filosofia da Ciência
77
- Concepções de ciência;
- A questão do método científico;
- Contribuições e limites da ciência;
- Ciência e ideologia;
- Ciência e ética;
- O mito da contemporaneidade: a idéia de progresso.
Estética
- Natureza da arte;
- Filosofia e arte;
- Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco etc.;
- Estética e sociedade.
- Estética e Ética.
AVALIAÇÃO
Critérios
Espera-se que o aluno demonstre que:
- Entende a relação entre as transformações culturais e materiais ocorridas nas
sociedades e sua relações com a Filosofia;
- Identifica a Filosofia enquanto forma de conhecimento, entendendo a base entre a
elaboração do pensamento filosófico e racional.
- Entende as características da atitude filosófica, propondo-se a exercitá-las;
- Identifica os principais temas e problemas dos vários períodos da história da
Filosofia.
Instrumentos:
- Produção textual a partir de roteiro de questionamentos, revisando as discussões e
as anotações realizadas em sala de aula;
- Prova (individual) com questões objetivas e questões dissertativas, a partir da
leitura e compreensão de trechos de textos filosóficos.
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Recuperação de Estudos
- A partir da correção e devolutiva dos textos produzidos, novas considerações
dialogadas sobre o tema proposto, abordando questões de conteúdo e de
argumentação necessárias a uma produção textual;
- A partir da correção e devolutiva da prova escrita, revisão dialogada das questões,
retomando os conteúdos ali abordados e sua relação com os trechos de textos
filosóficos selecionados;
- Avaliação de recuperação: nova prova objetiva e dissertativa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Filosofia enquanto disciplina curricular no Ensino Médio vai ao encontro do
objetivo desenvolver e estimular no educando um senso crítico capaz de dotá-lo de
instrumentos que o tornem um individuo apto e cioso de seus direitos e obrigações enquanto
cidadão, bem como da necessidade de suprir o educando de um senso de ética para a
formação individual e coletiva.
Nesse sentido, salientamos que cabe à escola fortalecer-se enquanto um dos agentes de
mudança social e constituir-se num espaço democrático, garantindo ao educando o direito de
usufruir da construção do seu conhecimento, oferecendo aos professores educação continuada
no sentido de se sentirem comprometidos com a qualidade da educação, viabilizando uma
gestão (direção, coordenação e supervisão) mais democrática e atuante, criando propostas
alternativas para a superação dos problemas escolares. Segundo Gadotti (1977), isso
propiciará um contato permanente entre professores e alunos, levando ao conhecimento
mútuo.
79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:
Filosofia. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Filosofia: Ensino Médio. 2ªed., 2007 (LDP)
ABRÃO, B. S. (org.). História da Filosofia. Col. Os Pensadores. S. Paulo: Ed. Nova
Cultural, 1999.
ARANHA, M. L. A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando. S. Paulo: Ed. Moderna, 1993.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. S. Paulo: Ed. Ática, 2002.
CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia. S. Paulo: Ed. Brasiliense.
CORDI, C. et al. Para Filosofar. S. Paulo: Ed. Scipione, 2003.
COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia. S. Paulo: Ed. Saraiva, 2005.
MARÍAS, J. Introdução à Filosofia. Ed. Livraria Duas Cidades.
NICOLA, U. Antologia Ilustrada de Filosofia: Das origens à idade moderna. S.Paulo:
Globo, 2005;
PLATÃO. A República. S. Paulo, Martin Claret, 2001.
REALE, G., ANTISERI, D. História da Filosofia. Vol. 1. S. Paulo: Paulus, 9ª ed., 2005.
SPINELLI, M.. Filósofos Pré-Socráticos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.
VIDEOS:
Alegoria da Caverna – Maurício de Souza (salvo em arquivo pessoal).
Mito da Caverna, Platão e hoje (salvo em arquivo pessoal).
FILME:
Matrix , de Joel Silver, 1999 (136min.).
80
DISCIPLINA: FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Em princípio o interesse do homem pelos fenômenos naturais teve início na pré-
história, com a necessidade de lutar pela própria sobrevivência, dessa forma, o ser humano
começou a desvendar os segredos da natureza. Ao longo do tempo os seres humanos passaram
a se preocupar em entender e explicar o mundo no qual viviam.
No campo das ciências, a Física pode ser considerada a base de todas as ciências e das
tecnologias desenvolvidas a partir do conhecimento científico construído pelo homem, e que é
transmitido de geração a geração com o passar dos tempos. Através da Física, dentro de uma
perspectiva histórico-crítica, podemos formar sujeitos por meio de conteúdos que os levem a
compreensão do universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele se
apresenta. Assim, espera-se que o aluno através do conhecimento científico tenha uma sólida
educação geral centrada na compreensão crítica da sociedade para enfrentar as mudanças e
atuar sobre elas.
OBJETIVO GERAL
O ensino de Física no Ensino Médio tem como objetivo desenvolver competências,
que permita o educando compreender e atuar como cidadão, capaz de utilizar conhecimentos
de natureza científica e tecnológica. Portanto, compreende-se que, saber utilizar conceitos
científicos básicos e identificar as relações entre conhecimento científico no mundo de hoje e
sua evolução histórica, é fundamental para a evolução humana. Assim, o ensino de Física
deve privilegiar como objetivo desta disciplina, condições para que o aluno possa apropriar-se
de um conhecimento sólido e consistente para seu pleno desenvolvimento intelectual no
campo da ciência.
METODOLOGIA
O estudo da Física constitui-se de três campos que abordam o objeto de estudo desta
ciência no final do século XIX:
81
- A mecânica e a gravitação presentes nos trabalhos de Newton, e desenvolvidas
posteriormente por outros cientistas. Este estudo está centrado nas leis do movimento
dos corpos materiais, sua descrição e suas causas.
- A Termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius,
Kelvin, Helmholtz e outros, é resultante da integração entre os conteúdos de mecânica
e do calor. E constitui a partir deste assunto, o estudo dos fenômenos térmicos. A
primeira lei da termodinâmica expressa o princípio da conservação da energia.
Contudo, não era possível a transformação total de calor em trabalho. O que parecia
então uma evidente violação da primeira lei levou a formulação da segunda lei da
termodinâmica e do conceito de entropia.
- O eletromagnetismo, elaborado por Maxwell a partir dos trabalhos de Ampére e
Faraday, teve inicio a partir do estudo dos fenômenos elétricos e magnéticos. Os
resultados desses estudos permitiram a Maxwell sistematizar as quatro leis do
eletromagnetismo.
Sobre o trabalho pedagógico cada professor ao preparar suas aulas deve fundamentar-
se na História e na Epistemologia da Física, pois dessa forma o professor vai além dos
materiais didáticos e estabelece relações entre essa ciência e outros campos do conhecimento.
O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o conhecimento
trazido pelos estudantes, pois suas concepções alternativas podem influenciar a aprendizagem
de conceitos do ponto de vista científico. A experimentação, no ensino de Física, também é
uma importante metodologia de ensino que contribui para formular e estabelecer relações
entre conceitos, proporcionando melhor interação entre professor e estudantes, e isso propicia
o desenvolvimento cognitivo e social no ambiente escolar. A linguagem matemática não pode
ser considerada um pré-requisito para aprender Física. Daí a ênfase aos aspectos mais
conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos
escolares de modo que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina
no Ensino Médio. São conteúdos estruturantes para a disciplina de Física campos de estudo
dessa ciência:
- Movimento;
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- Termodinâmica;
- Eletromagnetismo.
O Conteúdo Estruturante –Movimento- se desdobra nos conteúdos básicos:
- Momentum e inércia;
- Conservação de quantidade de movimento;
- Variação da quantidade de movimento (Impulso);
- 1ª Lei de Newton;
- 2ª 1ª Lei de Newton;
- 3ª 1ª Lei de Newton;
- Energia e o Princípio da conservação da Energia;
- Gravitação;
O Conteúdo Estruturante –Termodinâmica- se desdobra nos conteúdos básicos:
- Lei zero da Termodinâmica;
- 1ª Lei da Termodinâmica;
- 2ª Lei da Termodinâmica;
O Conteúdo Estruturante – Eletromagnetismo - se desdobra nos conteúdos básicos:
- Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas;
- Força eletromagnética;
- Equações de Maxwell: lei de Gauss para eletrostática, lei de Coulomb, lei de Gauss
magnética, lei de Faraday;
- A natureza da luz e suas propriedades.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados nas Diretrizes
Curriculares, ou seja, a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro
teórico da Física pelos estudantes, deve levar em conta também à compreensão dos aspectos
históricos, filosóficos e culturais, da evolução das ideias em Física e da não-neutralidade da
ciência. Contudo, deve ser utilizado como um instrumento auxiliar do processo pedagógico a
ser usado pelos estabelecimentos de ensino e pelos docentes. Ou seja, trata-se de tomá-la
como instrumento para intervir no processo de aprendizagem do estudante.
83
Em relação aos critérios de avaliação, esta deve verificar a compreensão dos conceitos
físicos, dos conteúdos expressados em textos científicos, e verificar a capacidade do estudante
em elaborar relatórios de assuntos que envolva os conhecimentos de Física. Com relação aos
instrumentos avaliativos serão utilizados: relatório individual com questões abertas que
permitam a exposição de suas ideias, trabalho individual e em grupos, seminários, provas
objetivas e discursivas. Cada instrumento terá o objetivo de verificar a aprendizagem do
estudante, assim, o professor poderá rever sua prática pedagógica e seu planejamento e
interferir quando necessário.
A recuperação de estudos será realizada de forma contínua e paralela a cada avaliação
em que o aluno for submetido, com o objetivo de resgatar para o educando os conceitos e
práticas propostas no decorrer do período letivo.
84
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba: SEED,
2008.
MÁXIMO, A; ALVARENGA, B. Física: De olho no mundo trabalho. Volume único. São
Paulo: Editora Scipione, 2003.
LUCKESI, Cipriano. Avaliação e Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
NEWTON, I.: Principia, Philosophiae naturalis - principia mathematica. São Paulo:
Edusp, 1990.
85
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
A disciplina de Geografia estuda o Espaço Geográfico (socioespaciais) as referências
do conhecimento, a formação e a transformação das paisagens empregando a tecnologia de
exploração e produção, a transformação geográfica e a formação da urbanização.
Hoje a geografia tem influenciado na construção e na apropriação de concepção de
mundo nos âmbitos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambientais; tais influências
precisam ser compreendidas por pessoas das mais diversas áreas de atuação, diariamente
grande quantidade de informações veiculadas pelos meios de comunicação se refere a fatos,
cujo entendimento depende do domínio de conhecimentos geográficos. Nos últimos anos em
especial os conhecimentos geográficos tem estado presente em nossa vida onde a linguagem
geográfica tem crescido integrando nosso vocabulário como (socioambiental, socioespacial,
biomas, ecossistema, biodiversidade, complexos) não são completamente desconhecidos dos
indivíduos minimamente informados.
Como notícia econômica, política, como parte de uma discussão ética, assuntos
geográficos cruzam os muros acadêmicos e são discutidos em jornais, e revistas de grande
circulação ou em programas de entretenimento veiculados, pela T.V.
Dominar conhecimentos geográficos para compreender os debates contemporâneos e
deles participar, no entanto constituem apenas uma das finalidades de estudo dessa ciência no
âmbito escolar.
A disciplina de geografia tem por objetivo o estudo científico da superfície da terra,
descrevendo e analisando a variação espacial de fenômenos físicos, biológicos e humanos que
acontecem na superfície do globo terrestre, mas modernamente a geografia é definida como
estudo das relações entre o espaço e a sociedade.
A geografia é o estudo do nosso próprio planeta enquanto morada da humanidade, pois
ela enfoca a organização da sociedade e nas suas relações com o espaço físico, os diversos
aspectos da natureza e da paisagem.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Geografia, a abordagem dos
conteúdos deve permitir a interação dos quatro conteúdos estruturantes de modo que, ao
86
introduzir a análise entre as relações sociedade natureza e as relações espaço-temporal como
tentativa de conhecer e compreender a diversidade natural e a transformação das diferentes
paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista
caracterizando-os, sendo possível também, discutir o mecanismo de funcionamento, o
processo evolutivo, e o surgimento natural. Deste modo, a abordagem do conteúdo não se
restringe a um único conteúdo estruturante sendo imprescindível perceber a interdependência
entre os quatro conteúdos estruturantes, conceituando o objeto de estudo, de especificar os
conceitos básicos e de entender e agir sobre o espaço geográfico.
Nestas Diretrizes curriculares, o objeto de estudo da geografia é o espaço geográfico,
entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade composto pela ínter-relação
entre sistemas de objetos naturais, culturais, técnicos e sistemas de ações, relações sociais,
culturais, políticas e econômicas.
O trabalho pedagógico com esse conceitual de referência citado é fundamento para
que o ensino da geografia no Ensino Médio contribua com a formação de um aluno capaz de
compreender o espaço geográfico, nas mais diversas escalas, e atuar de maneira crítica na
produção socioespacial do seu lugar, território, região, enfim de seu espaço.
O ensino dos conteúdos de geografia apontam as seguintes estratégias metodológicas
de ensino.
- Levantamento prévio do conhecimento do aluno a respeito de determinados
conteúdos a serem trabalhados.
- Problematização: é um momento de detectar e apontar as questões que precisam ser
resolvidas no âmbito da prática social, estabelecendo que conhecimentos são
necessários para a resolução destas questões, e as exigências sociais de aplicação.
- Instrumentalização: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os
alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e
profissional.
- Catarse: é a fase da aproximação entre o que o aluno aprendeu e o problema em
questão passando a ação para a conscientização.
- Retorno à prática social.
- Aula dialogada, leitura de texto e de imagens escrita e outras que possibilitem a
participação dos alunos favorecendo a expressão de seu pensamento, suas percepções,
significações, interpretações, visto que, para aprender envolve a produção e criação de
novos significados.
- Uso de diferentes imagens com vídeos, fotos e materiais diversos práticos e
87
demonstrativo ( mapa, globo e maquete).
- Pesquisas bibliográficas e de campo.
- Elaboração de projetos, trabalhos, debates, confecções de painéis e cartazes, além de
outros recursos que poderão ser utilizados ao longo do processo ensino aprendizagem.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Os conteúdos são os saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam e
organizam os campos de estudo em cada disciplina. Em geografia os conteúdos estruturantes
são:
- Dimensão econômica do espaço geográfico;
- Dimensão política do espaço geográfico;
- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
- Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
Para o ensino da disciplina de geografia, constituída como conhecimento, os
conteúdos estruturantes propostos evidenciam a que modo a geografia tem influenciado a
construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações sociais,
políticas, econômicas, culturais e ambientais.
Estes conceitos deverão ser trabalhados buscando sua historicidade, para que se
perceba e não neutralidade da construção de pensamento científico e o caráter transitório do
conhecimento elaborado.
Por tanto os conteúdos estruturantes devem permear as três séries, buscando relacionar
os diversos conhecimentos, específicos entre si. E então assim organizados por série:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – 1ª SÉRIE
- História da geografia, as referências do conhecimento geográfico.
- A formação e a transformação das paisagens
- A dimensão econômica da produção do e no espaço, ( no Paraná)
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
- O espaço rural e a modernização da agricultura
- Relações entre o campo e a cidade no Paraná reconfiguração dos territórios. ( no
Brasil e no Paraná).
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- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente no estado (PR).
- A transformação demográfica, movimentos migratórios e as manifestações
socioespaciais da diversidade cultural.
1ª Série
- O homem e a geografia
- Geografia como conceito, objetivo e a importância da geografia no Paraná.
- Coordenadas geográficas
- Posição Astronômica ( Orientação e escala) fenômenos naturais, formas de relevo,
hidrografia, climatologia, vegetação e fauna.
- Fatores da economia ( Paraná e no Brasil)
- Ciclo econômico e comercial, indústria, pecuária e o turismo.
- Economia e desigualdade social no Brasil e no Estado do Paraná.
- Meio ambiente e desenvolvimento ( Natureza e questões ambientais).
- Movimentos sociais ( município, estado e nação) o trabalho e a apropriação da
natureza na construção do território.
- Exôdo Rural paranaense: As mudanças e as relações sociais do trabalho e as
diferentes ( técnicas e costumes) entre o campo e a cidade. ( Identificando, analisando
e avaliando a situação e o resultado do êxodo no Paraná para o Brasil e para o mundo.
- A urbanização e a diversidade de paisagem entre a cidade e o campo, afro-brasileiro
e africana no Paraná.
- As reservas extrativistas e o desenvolvimento sustentável.
- O lixo nas cidades: O consumismo e a poluição.
- Conhecer e respeitar a natureza respeitando suas leis próprias: (usar e recuperar –
Agenda 21 ).
- A organização do estado e municípios: Ciclo econômico, agricultura, pecuária,
indústria, comércio e turismo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – 2ª SÉRIE
A formação e transformação das paisagens
A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço
geográfico.
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A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnico-científica informacional e os novos arranjos no espaço de
produção.
A relação entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
Os movimentos migratórios, suas motivações e as diversas regionalizações do espaço
geográfico.
2ª série
- A formação da terra: características e movimentos, evolução e estrutura.
- A deriva continental e a tectônica das placas.
- Os minerais e rochas da crosta terrestre e solos.
- Relevo e seus agentes modificadores, atmosfera, e seus elementos, hidrografia ( rios,
lagos, mares, oceanos e lagos.
- Paisagens naturais e impactos ambientais no Brasil. O meio ambiente e seu
desenvolvimento ( natureza).
- Dimensão econômica na produção e no espaço e a dinâmica cultural demográfica.
- Movimentos sociais: município, estado e nação.
- A localização dos elementos físicos e as influências dos diversos elementos.
- Divisão política, limites e fronteiras, localização e o povoamento e expansão
territorial brasileira e sua ocupação atual.
- História e cultura afro-brasileira ( africana) no Brasil.
- Dinâmica e estrutura populacional, cultura e etnias.
- Dualidade de vida.
- Características da estrutura industrial, concentração e a organização do espaço
geográfico com a industrialização.
- O brasil no contexto internacional e a modernização da sociedade brasileira
(comércio exterior)
- As fontes de energia tradicionais e alternativas ( energia e indústria) e a sua inter -
relação com o modelo político – econômico.
- A urbanização e a metropolização no Brasil com seus problemas sociais e os conflitos
urbanos.
CONTEÚDOS BÁSICOS - 3ª SÉRIE
90
- A relação entre campo e cidade na sociedade capitalista.
- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
- A importância e o objetivo da geografia, conhecimentos e conceitos geográficos.
- O capitalismo e a construção do espaço geográfico.
- O socialismo.
- Capitalismo X Socialismo: A guerra fria.
- O mundo pós guerra fria.
- A indústria e a internacionalização do capital.
- O mundo sem URSS.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
- O novo leste europeu. ( Coréia do Norte, Cuba, Vietnã).
- China: um país e dois sistemas.
- Japão: um país super desenvolvido.
- A internacionalização do capital.
- O subdesenvolvimento da América Latina, Estados Unidos, potência mundial.
- Organização política administrativa e a divisão regional do Brasil.
- Brasil – Agroexportador o país industrializado e subdesenvolvido.
- O comércio exterior brasileiro.
- Blocos econômicos ( América Latina, União européia)
- Estruturação fundiária e os conflitos de terra no Brasil.
- As novas migrações internacionais e a xenofobia.
- Nacionalismo minorias étnicas e separatismo ( Islã entre a paz e o terrorismo).
- Oriente médio ( Reino Unido e a França)
- Australia e Nova Zelândia os países ricos do sul.
- Meio ambiente e desenvolvimento
- natureza e as questões ambientais.
- A formação e a transformação da paisagem Ecossistemas brasileiros e impactos
ambientais.
- História e cultura Afro-Brasileira e Africana no Brasil e no mundo.
CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é um dos aspectos do processo ensino-aprendizagem que mais se faz
necessária uma mudança didática, favorecendo a uma reflexão crítica de idéias e
91
comportamentos docentes muito persistentes. Não se pode considerar que a aprendizagem só
acontece quando os erros estão totalmente ausentes. Ao contrário, são erros que norteiam as
alterações de rumo e as constantes intervenções pedagógicas e tornam o processo de
aprendizagem efetivo. No processo de avaliação incluirá diversos instrumentos e critérios
previamente estabelecidos e explicitados aos alunos numa relação dialógica, pois os
educandos tem o direito do saber quais são as regras do processo.
Recomenda-se que a avaliação em geografia seja mais do que a definição de uma nota
ou um conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem
possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente aos
diferentes contextos sociais.
Por tanto a avaliação ocorrerá de modo contínuo, permitindo uma verificação passo a
passo do processo do aluno informado sobre o conhecimento e a compreensão de conceitos e
procedimentos e a sua capacidade para aplicar conhecimentos na resolução de problemas do
cotidiano avaliando a realidade socioespacial em que vive, sob a perspectiva de transformá-la.
Para isso, destaca-se como os principais critérios de avaliação em geografia a
formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para
compreensão e a intervenção na realidade.
92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEED – Diretrizes de geografia para o Ensino Médio
LUCCI, Elian Alabi, Anselmo Lazaro Branco e Claudio Mendonça – Geografia vol. Único 3ª
edição São Paulo: Saraiva 2000
Brasil, Ministério da Educação, Secretaria de Educação parâmetros Curriculares Nacionais
Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação.1999.
Secretaria de Estado da Educação Geografia Ensino Médio ( Folhas) 2ª Edição.
93
DISCIPLINA: HISTÓRIA
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e às
relações humanas praticadas no tempo, com respectiva significação atribuída pelos sujeitos,
bem como as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como as condições
geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local.
Concebendo o conhecimento histórico como algo produzido, entendeu-se que na
produção do conhecimento existem várias explicações e ou interpretações para um mesmo
fato, dependendo do método de pesquisa que o historiador adotou para problematizar o
passado e os documentos utilizados. Isso pode ser o observado nas diferentes abordagens
curriculares que historicamente marcam o ensino da disciplina de história.
Ao revisitar o ensino de História no Brasil, percebe-se que a narrativa histórica
produzida, desde sua instituição como disciplina escolar em 1.837 com a criação do Colégio
D. Pedro II, é predominantemente tradicional, pautada na valorização da história política e
econômica, linear, factual, personificada em heróis e que excluiu a participação de outros
sujeitos. Limitada a descrição de causas e consequências, não problematiza a construção do
processo histórico, uma vez que a história é tida como verdade a ser transmitida pelo
professor e memorizada pelos alunos. Nessa concepção, a contribuição que o ensino da
História traz é a formação de uma consciência histórica tradicional, a partir da qual o aluno
compreende a dimensão temporal como permanência das experiências relativas aos modelos
de vida e de cultura do passado.
Apesar de algumas restruturações, essa concepção do ensino de história de manteve
quase inalterada até quase o final do século. Em 1.990 a SEED do Estado do Paraná tentou
alterar essa visão tradicional aproximando a produção acadêmica de história ao ensino dessa
disciplina, fundamentada na pedagogia histórico-crítica que valorizava as ações dos sujeitos, o
estudo da produção do conhecimento histórico, das fontes e das temporalidades. Entretanto,
essa tentativa apresentou limitações devido à definição de uma listagem de conteúdos que se
contrapunham, em vários aspectos, à proposta teórico-metodológica apresentada, bem como
pela ausência de uma formação continuada dos professores.
Outra tentativa frustrada foi a efetivada pelo ministério da Educação entre os anos de
1.997 e 1.999, quando foi divulgado os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental e Médio. No Currículo de História os PCN indicavam uma preocupação de
94
formar cidadãos preparados para as exigências científico tecnológicas da sociedade
contemporânea, os conteúdos de história se tornaram meios para a aquisição de competências
e habilidades. A disciplina de História foi apresentada de forma pragmática, com a função de
resolver problemas imediatos, isto é, uma visão presentista da História. Como inovação os
PCN traziam uma historiografia atualizada que procurava aproximar o ensino da pesquisa em
história de modo a superar o ensino tradicional. Novamente a superação não se deu pela falta
de capacitação continuada dos professores e pela não conexão dos conteúdos de referência
cognitivista e psicológica à historiografia proposta.
Buscando definitivamente romper com a concepção tradicional do ensino de história, a
partir de 2.003, a SEED do Estado do Paraná promoveu a elaboração das Diretrizes
Curriculares para o Ensino de História, contando efetivamente com a participação dos
professores da rede, e também, dos pesquisadores acadêmicos, visando uma aproximação
entre a pesquisa acadêmica e o ensino de História. Com objetivo de propiciar aos alunos a
formação da Consciência Histórica, as Diretrizes Curriculares de História optou como
referencial teórico as contribuições das seguintes correntes: Nova História, Nova História
Cultural e Nova Esquerda Inglesa (contribuições estas apresentadas na fundamentação
teórica).
Enfim, se antes a narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação
brasileira, vista como extensão da História da Europa Ocidental, o currículo oficial de História
tinha como objetivo legitimar os valores aristocráticos, no qual o processo histórico
conduzido por líderes excluía a possibilidade das pessoas comuns serem entendidas como
sujeitos históricos. Hoje porém, na contribuição das novas Diretrizes, houve a superação de
tal concepção, pois a narrativa histórica tem por objetivo contribuir para a formação de uma
consciência histórica crítica dos alunos, essa nova concepção do ensino de História, trata o
conhecimento como resultado de investigação e sistematização de análises sobre o passado de
modo a valorizar diferentes sujeitos e suas relações, superando uma visão unilateral dos fatos
históricos. Assim, concebendo a História como um conhecimento construído e em constante
construção, supera-se a ideia de verdade pronta e acabada, incentivando o papel do professor
e do aluno como investigador, fazendo uso dos mais variados tipos de fontes, possibilitando
diferentes interpretações.
95
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA O ensino da disciplina de história permite conhecer e compreender conhecimento
histórico produzido pelo homem, os aspectos políticos culturais, econômicos, sociais e as
relações humanas em diferentes tempos e espaços, tal estudo compreende a pluralidade e
diversidade das experiências individuais e coletivas para que o aluno torna-se atuante na
sociedade e que aprenda a respeitar e valorizar a solidariedade entre os homens, o papel de
todos os indivíduos na sua construção histórica procurando entender a importância da todos
os vestígios do passado e não somente datas, obras e monumentos famosos.
A História tem por finalidade a busca da superação das carências humanas
fundamentado por meio de um conhecimento constituído por interpretações históricas, sendo
estas compostas por teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos históricos
propondo ações no presente e projetos no futuro. Visando possibilitar ao aluno a construção
da Consciência Histórica as Diretrizes Curriculares de História pautou-se em diferentes
correntes teóricas, aliando as diferentes contribuições por elas apresentadas:
Contribuições da Nova História: com essa corrente ocorreu a abertura para novos
problemas, novas perspectiva teóricas e novos objetos desenvolvidos, rompendo com uma
historicidade linear. Essa propostas historiográfica baseia a historicidade em durações (curta,
média e longa), valorizando estruturas que determinam a ação humana (suas relações e
transformações), permitindo a construção de contextos espaços-temporais que delimitam os
objetos de estudos abordados sem ter a obrigação de seguir a linha do tempo sequencial e
universal.
Contribuições da Nova História Cultural: os teóricos dessa corrente preocupam-se
com a valorização das ações e concepções do mundo dos sujeitos, das classes populares em
sue contexto espaço-temporal (micro história). Contribuem também através da introdução de
novas temporalidades, nas formas de constituição do pensamento histórico, a partir do
momento em que novos e múltiplos sujeitos, com seus respectivos pontos de vistas foram
introduzidos nas análises historiográficas. Sua contribuição para a construção do
conhecimento histórico ainda se faz pela diversificação de documentos, como imagens,
canções, objetos arqueológicos, entre outros.
Contribuições da Nova Esquerda Inglesa: Essa teoria supera a racionalidade
histórica linear ligada ao marxismo clássico e nos modos de produção, privilegiando as ações
dos múltiplos sujeitos na construção das formações sócios históricas. Pautam seus estudos na
experiência do historiador, na dimensão social e investigativa, possibilitando novos
96
questionamentos sobre o passado, a partir do momento que forem surgindo novos métodos de
pesquisas históricas. Também defendem uma concepção de história baseada na experiência do
passado de homens e mulheres e sua relação dialética com a produção material, valorizando
as possibilidades de luta e transformação social e a construção de novos projetos de futuro.
Quanto à organização do Currículo, as Diretrizes Curriculares de História tem como
referência os Conteúdos Estruturantes, entendidos como saberes que aproximam e organizam
os campos da História e seus objetos. Os Conteúdos Estruturantes Relações de Trabalho,
Relações de Poder e Relações Culturais se articulam a partir das categorias de análise de
espaço e tempo, possibilitando os mais variados recortes temporais. Considerando ainda, que
o estudo das relações humanas do passado parta de problematizações feitas no presente, a
História, permite que professor e aluno definem as marcas temporais que balizam seu estudo,
superando as periodizações tradicionais quadripartite da História, priorizando o estudo por
temas. A História por temas ainda permite que conteúdos antes excluídos ganhem sua devida
prioridade, conforme estabelece a Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o estudo da
“História e Cultura Africana e Afro-brasileira”, a Lei 11.645/2008, que estabelece a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira e Indígena”, bem como supri a
carência de temas da História Local, a História do Paraná e a História da América.
O trabalho pedagógico tem por finalidade a formação do pensamento histórico dos
estudantes. Isso ocorre de acordo com métodos de investigação histórica escolhida pelo
professor como: narrativas históricas, documentos históricos disponíveis, as imagens, livros,
jornais, fotografias, pinturas, gravuras, museus, relatos, filmes, músicas, objetos materiais e os
mais diversos documentos escritos são tomados como vestígios do passado, assim, esses
documentos podem ser transformados em materiais didáticos de grande valor na constituição
do conhecimento histórico.
Para que o aluno compreenda como se dá a construção do conhecimento histórico o
trabalho pedagógico será organizado por meio do trabalho com vestígios e fontes históricas
diversas, pela fundamentação da historiografia anteriormente mencionada, pela
problematização do conteúdo/tema e pela organização das interpretações por meio de
narrativas. A história temática proposta para o Ensino Médio, supera a impossibilidade de
ensinar “toda a história da humanidade” e possibilita a articulação entre os conteúdos
básicos/temas e os Conteúdos Estruturantes, ampliando a percepção do estudante sobre um
determinado contexto histórico, sua ação e relação de distinção entre passado e presente.
A abordagem metodológica do ensino de história no ensino médio propõe-se que os
conteúdos temáticos priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo-se relações e
97
comparações com a história mundial. O encaminhamento metodológico tomará como ponto
de partida o conhecimento prévio do aluno que, fomentado pela problematização, colocará o
mesmo em contato com as diferentes produções e documentos históricos que, ao agir como
pesquisador, formará sua consciência histórica.
A consciência histórica se caracteriza pela percepção das experiências do passado dos
seres humanos e realiza-se por interpretações feitas no presente à luz de uma expectativa de
futuro. Nesse sentido, as noções de tempo e espaço devem compor os procedimentos
metodológicos, pois articulados aos Conteúdos Estruturantes, possibilitam a delimitação e a
contextualização das relações humanas a serem problematizadas.
Finalmente, para possibilitar ao aluno a apropriação do conhecimento histórico e a
forma como os mesmos são construídos se lançará de recursos didáticos e tecnológicos, tais
como: documentos históricos (escritos, visuais, sonoros, orais e de cultura material),
interpretações históricas de diferentes livros didáticos, pesquisas em material retirados da
internet, filmes, documentários, produções locais, legislações, imagem televisiva e outros
meios de comunicação, mapas, gráficos, entre outros.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, BÁSICOS E ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que
identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar. Consideram-se
Conteúdos Estruturantes da disciplina de História: Relações Culturais, Relações de Trabalho,
Relações de Poder, sendo que estes conteúdos apontam para as ações e relações humanas que
constituem o processo histórico. Nas Diretrizes, as Relações Culturais, de Trabalho e as
Relações de Poder são considerados recortes desse processo histórico. A partir dos Conteúdos
Estruturantes se desdobram os Conteúdos Básicos, conhecimentos fundamentais para a
formação conceitual e, quando necessário serão desdobrados em Conteúdos Específicos,
selecionados para o entendimento do tema.
1ª Série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
- Relações de Trabalho
- Relações de Poder
- Relações Culturais
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O ESTUDO DA HISTÓRIA:
- objeto de estudo da história;
- fontes;
- tempo e espaço (periodizações);
- Calendários;
- recortes temáticos;
- origem do homem (teoria evolucionista e criacionista).
TRABALHO ESCRAVO, SERVIL, ASSALARIADO E LIVRE:
- Conceito trabalho.
- A organização do trabalho nas sociedades primitivas;
- O trabalho escravo no mundo antigo;
- A sociedade feudal e o trabalho servil;
- O mundo do trabalho nas sociedades pré- colombianas.
- As relações de trabalho nas sociedades Incas, Astecas e Maias.
- O trabalho escravo e o trabalho livre no Brasil:
- Escravidão indígena;
- Escravidão africana;
- Relações de trabalho no Paraná.
- A construção do trabalho assalariado:
- Relação trabalho/salário.
- O trabalho artesanal da Idade Média.
- O tarefeiro assalariado na modernidade.
- A manufatura
- O sistema de fábricas
- A organização do tempo do trabalho
- Trabalho infantil
- Trabalho feminino.
CULTURA E RELIGIOSIDADE:
- A origem do povo americano e suas culturas.
- O Império Bizantino e a organização da Igreja Ortodoxa.
99
- Domínio cultural da Igreja Católica na sociedade feudal.
- Renascimento.
- Reforma Protestante.
- Religião e cultura Afro- brasileira.
2ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
- Relações de Trabalho
- Relações de Poder
- Relações Culturais
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO:
- O renascimento urbano da Europa medieval:
- Estruturação do comércio;
- Centralização do poder;
- Monopólio religioso católico e movimentos protestante.
- A organização das cidades europeias no contexto da revolução industrial:
- O deslocamento da população do campo para a cidade;
- A organização da produção nas cidades;
- Moradia e condições de vida nas cidades industriais;
- Organização dos trabalhadores.
- Urbanização e Industrialização no Brasil:
- Urbanização e produção açucareira;
- A urbanização e a mineração;
- Modernização urbana no Império;
- Desenvolvimento industrial e urbanização no século XIX.
- Urbanização e Industrialização no Paraná.
MOVIMENTOS SOCIAIS, POLÍTICOS E CULTURAIS E AS GUERRAS E
REVOLUÇÕES:
- Iluminismo;
100
- Guerras e Revoluções democrático-liberais:
- Revolução Inglesa;
- Revolução francesa;
- Independência norte-americana.
- A América portuguesa e as revoltas pela Independência do Brasil;
- Inconfidência Mineira;
- Conjuração Baiana;
- Revolução Pernambucana.
- O processo de Independência;
- Brasil sede do governo português;
- Organização do governo;
- Constituição de 1824.
- Movimento de resistência no Brasil Imperial.
3ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
- Relações de Trabalho
- Relações de Poder
- Relações Culturais
O ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER
- As disputas de poder no contexto da Revolução Industrial:
- liberalismo econômico
- Neocolonialismo e ou Imperialismo;
- As grandes Guerras e Revoluções no século XX
- Primeira Guerra Mundial;
- Revoluções socialistas;
- Segunda Guerra Mundial;
- O mundo bipolarizado: Guerra Fria.
- A República no Brasil:
- Organização do poder no contexto da cafeicultura e no início da
industrialização;
- Getúlio Vargas no poder;
101
- Governos populistas;
- O golpe de 1964 e a militarização da sociedade;
- Redemocratização e Brasil na atualidade;
OS SUJEITOS E AS REVOLUÇÕES:
- A organização operária e industrialização no Brasil;
- Movimento operário e cultural da década de 20;
- A Constituição de 1934 e os direitos trabalhistas;
- Estado e sociedade no período populista;
- O processo de Independência;
- A resistência contra os militares;
- Movimentos Sociais do final do século XX:
- Luta pela terra em diferentes lugares do mundo.
- Os sem-terra no Brasil .
- O movimento feminista .
- A Revolução Jovem.
- Movimento Hippie.
- O Rap e o Movimento Hip Hop.
- Movimento Negro no mundo.
- Movimentos sociais e agrários no Paraná.
- História e cultura afro-brasileira e africana.
- Remanescente de Quilombo sua cultura material e imaterial.
- O movimento negro no Brasil.
- Movimento das Diretas Já;
- Questão indígena no Paraná.
- Globalização;
- África e Ásia: descolonização e conflitos regionais.
- A urbanização e industrialização do Paraná.
- Patrimônio paranaense.
102
AVALIAÇÃO A avaliação deverá ser diagnóstica e contínua, considerando o conhecimento prévio do
aluno, sendo parte de um processo pedagógico, onde faz-se necessário o diálogo a cerca de
questões relativas aos critérios e a sua função, seja ela de forma individual ou coletiva.
Portanto, aprendizado e avaliação devem ser compreendidos como fenômenos
compartilhados, contínuos, processual e diversificado, propiciando uma análise crítica das
práticas, podendo ser retomada e reorganizadas pelo professor e pelos alunos.
Obedecendo esse caráter diagnóstico, a avaliação não deve mensurar simplesmente
fatos ou conceitos assimilados, mas deve possibilitar o professor avaliar o seu próprio
desempenho, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como atuar
no processo de aprendizagem dos alunos.
Na área de história, em particular, o processo de avaliação deve considerar como
critérios a capacidade do aluno de distinguir diferenças, semelhanças e permanências entre as
diversas culturas, entre as relações de trabalho e de poder nas diferentes sociedades e,
também, a capacidade de organizar os conceitos aprendidos e de expressá-los nas mais
variadas situações do seu cotidiano.
A avaliação do processo ensino/aprendizagem terá como instrumentos de verificação:
- provas objetivas e subjetivas;
- leitura de imagens iconográficas;
- trabalhos científicos;
- produção de textos;
- relatórios;
- seminários;
- análise de documentos;
- dramatização;
- produção de slides;
- fichamentos;
- resenhas;
- leitura e interpretação de mapas;
- confecção de cartazes e painéis, entre outros.
103
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, Gislaine Campos; SERIACOI, Reinaldo. História. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2005. DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA: versões preliminares. Curitiba: SEED – PR, 2005/2006. DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA. Curitiba: SEED – PR, 2008. HISTÓRIA/vários autores. - Curitiba: SEED – PR – p. 376, 2005. MOTA, Myriam Becho. BRAICK, Patrícia Ramos. HISTÒRIA das cavernas ao terceiro milênio. Moderna: São Paulo, 2005.
104
DISCIPLINA: MATEMÁTICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Matemática , contribui para as transformações sociais não apenas através
da socialização do conteúdo matemático, mas também através de uma dimensão política que é
intrínseca a essa socialização. Desta forma, o ensino da matemática tratará a construção do
conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram
apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do
pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias.
É necessário que o processo de ensino e aprendizagem em Matemática contribua para
que o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e
apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à
matemática, possibilitando ao estudante criticar questões sociais, políticas, econômicas e
históricas.
A Matemática , alicerce de quase todas as áreas do conhecimento e dotada de uma
arquitetura que permite desenvolver os níveis cognitivo e criativo, tem sua utilização
defendida, nos mais diversos graus de escolaridade, como meio para fazer emergir essa
habilidade em criar, resolver problemas, modelar, podendo formar no aluno a capacidade de
resolver problemas genuínos, gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e
desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a formação de uma
visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da harmonia, o
desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.
Nesse sentido é preciso que o aluno perceba a Matemática como um sistema de código
e regras que a tornam uma linguagem de comunicação de ideias e permite modelar a realidade
e interpretá-la.
Assim, os números e a álgebra como sistemas de códigos, a geometria na leitura e
interpretação do espaço, a estatística e a probabilidade na compreensão de fenômenos em
universos finitos, são sub-áreas de Matemática especialmente ligadas as aplicações.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
As finalidades do ensino de Matemática no nível médio indicam como objetivo levar o
aluno a :
105
- compreender os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que permitam
a ele desenvolver estudos posteriores e adquirir uma formação científica geral;
- aplicar seus conhecimentos matemáticos a situações diversas, utilizando-o na
interpretação da ciência, na atividade tecnológica e nas atividades cotidianas;
- analisar e valorizar informações provenientes de diferentes fontes, utilizando
ferramentas matemáticas para formar uma opinião própria que lhe permita expressar-
se criticamente sobre problemas de matemática, das outras áreas do conhecimento e da
atualidade e relações Étnicos Raciais;
- desenvolver as capacidades de raciocínio e resolução de problemas, de
comunicação bem como o espírito crítico e a criatividade;
- proporcionar maior capacidade de enfrentar situações e de resolver problemas
novos, possibilitando o acesso a um maior número de instrumentos materiais e
intelectuais;
- Propiciar ao aluno capacidade em utilizar novas tecnologias ( calculadora gráfica e
computadores ).
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Números e Álgebras
- Grandezas e Medidas
- Geometrias
- Funções
- Tratamento de Informação
- Análise de pesquisas relacionadas ao negro e indígena
1ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Conjuntos Numéricos
- Representação dos conjuntos
- Pertinências, igualdade, conjunto vazio, unitário subconjunto
106
- União, Intersecção, Diferença
- Conjunto complementar
- Conjunto dos Números Naturais
- Conjunto dos Números Inteiros
- Conjunto dos Números Racionais
- Conjunto dos Números Irracionais
- Conjunto dos Números Reais
- Reta real
- Intervalos Numéricos
- Aplicação da Teoria dos Conjuntos na Resolução de alguns Problemas
- Produto Cartesiano
- Relação Binária
- Diagrama de Flechas
- Gráfico Cartesiano
FUNÇÕES
Definição
- Domínio, contradomínio e imagem
- Imagem de um elemento
- Raiz ou zero de uma função
- Representação gráfica
FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU
- Tipos de função afim : Características; representação gráfica no plano cartesiano.
- Estudo dos sinais da função do 1º grau
- Inequações
FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU
- Gráfico da função quadrática
- Raízes ou zeros da função
- Vértices da parábola
- Estudos dos sinais da função quadrática
- Inequações
107
FUNÇÃO EXPONENCIAL
- Revisão de tópico básico: potenciação
- Equações exponenciais
- Representação gráfica da função exponencial
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
- Estudo dos logaritmos
- Equações logarítmicas
- Representação gráfica da função logarítmica
PROGRESSÃO ARITMÉTICA ( P.A)
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA ( P.G)
GRANDEZAS E MEDIDAS
Triângulos
- Ângulos de um triangulo
- Soma dos ângulos de um triangulo
- Trigonometria no triângulo Retângulo
- Razões trigonométricas no triângulo retângulo
- Teorema de Pitágoras
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Matemática Financeira
- Razões e Proporções
- Divisão Proporcional –Regra de Sociedade
- Regra de Três Simples
- Porcentagem
- Juros Simples
2ª SÈRIE
FUNÇÕES
Funções Trigonométricas
- Revisão sobre trigonometria no triângulo Retângulo
- Trigonometria no circulo
108
- Ciclo trigonométrico
- Relações trigonométricas
- Redução ao 1º quadrante
- Operação com arcos e transformação em produto
- Equações com arcos e transformação em produto
- Equações trigonométricas
NÚMEROS E ALGEBRA
MATRIZES
- Tipos de matrizes
- Matriz transposta
- Igualdade de matrizes
- Operações com matrizes
- Matriz inversa
DETERMINANTES
- Estudo dos determinantes
- Teorema de Laplace
- Regra de Sarrus
SISTEMAS LINEARES
- Equação linear
- Sistema linear
- Regra de Cramer
- Classificação de um sistema linear
- Escalonamento de sistemas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
ANÁLISE COMBINATÓRIA E BINÔMIO DE NEWTON
- Princípio fundamental da contagem
- Fatorial
- Permutação simples
- Arranjos simples
- Combinações simples
109
- Permutação com elementos repetidos
- Números binomiais
- Triângulo de Pascal
- Binômio de Newton
PROBABILIDADE
- Elementos do estudo das probabilidades
- Probabilidade
- União de dois eventos
- Probabilidade condicional
ESTATÍSTICA
- População e amostra
- Frequência absoluta e relativa
- Distribuição e frequência
- Histogramas e polígono de frequência
- Média aritmética
- Mediana
- Média
- Medidas de dispersão
3ª SÈRIE
GEOMETRIA
Geometria Analítica
- Distância entre dois pontos
- Ponto médio de um segmento
- Condições de alinhamento de três pontos
- Equações da reta
- Retas paralelas e retas concorrentes
- Distância entre ponto e reta
- Área de um triângulo
- Equações da circunferência
- Posições do ponto em relação à circunferência
110
-Posições da reta em relação à circunferência
Geometria Plana
- Área e perímetro de figuras planas
Geometria Espacial
- Volume de figuras geométricas
NÚMEROS E ALGEBRA
Estudos dos números complexos
- Conjuntos dos números complexos
- Forma Algébrica
- Potências da unidade imaginária
- Operações com números complexos
- Representação geométrica de um número complexo
POLINÔMIOS
- Grau e valor numérico de um polinômio
- Identidade de polinômios
- Operações com polinômios
- Equações Algébricas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Estatística
- Revisão das Noções de Estatística
- Medidas de Tendências Central
- Medidas de Dispersão
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A concepção de Matemática que está presente na prática pedagógica é a que permite
ao aluno a compreensão de conceitos, dando-lhes significados e condições para estabelecer
relações com experiências vivenciadas no dia-a-dia . Alguns conteúdos possibilitam o uso de
111
observações e o manuseio de objetos, como é o caso da Geometria espacial. O aluno faz
medições, estabelece relações e pode construir seu próprio conceito de áreas e volumes de
diferentes sólidos.
A aquisição de atitudes positivas em relação à matemática deve ser uma das metas do
educador que pretende ir além da simples transmissão de conhecimentos, garantindo aos seus
alunos espaço para o desenvolvimento do auto conceito positivo, autonomia nos seus esforços
e o prazer da resolução do problema. Cabe ao professor propiciar situações motivadoras,
desafiadoras e interessantes de ensino, nas quais o aluno possa interagir com o objeto de
estudo e, acima de tudo, possa construir significativamente o conhecimento, chegando às
abstrações mais complexas.
Os conteúdos propostos nas três séries podem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais
destacam-se: resolução de problemas, modelagem matemática, mídias tecnológicas,
etnomatemática, história da matemática e investigações matemáticas.
O ensino-aprendizagem de Matemática será mais gratificante, uma vez que o aluno
passe a aprender o que lhe desperta interesse, tornando-o então co-responsável pelo seu
aprendizado.
AVALIAÇÃO
Existe hoje um esforço para que as mudanças da prática docente em sala de aula
venham acompanhadas de mudanças também no processo de avaliação.
Cabe ao educador matemático a responsabilidade pela formação educacional e social
do educando, para tanto, a avaliação deixa de ser usada somente como instrumento de
aprovação ou reprovação e assume um caráter formativo, que favoreça o progresso pessoal e
a autonomia do aluno, integrada ao processo de ensino/aprendizagem, permitindo ao aluno
consciência de seu próprio caminhar em relação ao conhecimento se possível inserido em um
contexto sócio-cultural político que estimule a participação e responsabilidade social dos
alunos na realidade em que vivem, fazendo uso das tecnologias, não somente como
instrumento de aprendizagem, mas sim como ferramenta de trabalho e de vida.
De acordo com o que está proposto no Projeto Político-Pedagógico do Colégio, onde
consta que o ato de avaliar é um instrumento de diagnóstico para o professor, para o aluno e
para a escola. Deve a avaliação ser uma fonte de subsídio para o professor proporcionando
112
elementos para uma reflexão contínua sobre a prática docente, sobre a criação de novos
instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou
reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem. Para o aluno a avaliação
deverá ser entendida como um instrumento de tomada de consciência de suas conquistas e
possibilidades para a reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, a
avaliação deve ser entendida como um instrumento de diagnóstico da realidade no sentido de
fornecer dados e informações importantes para a tomada de decisões e de ações conjuntas que
visem a melhoria de aspectos que influenciam direta ou indiretamente no processo ensino-
aprendizagem.
A fim de efetivar a avaliação na disciplina de Matemática, serão utilizados diversos
critérios que deverão apontar para as experiências educativas que são consideradas essenciais
para o desenvolvimento e construção do conhecimento. As práticas avaliativas devem
possibilitar ao professor verificar se o aluno:
- Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;
- Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
- Elabora um plano que possibilite a solução do problema;
- Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
- Realiza o retrospecto da solução de um problema.
A avaliação é uma ferramenta necessária ao ser humano no processo de construção
dos resultados, ela faz parte de seu modo de agir e, por isso, é necessário que seja usada da
melhor forma possível. O professor deve considerar as noções que o estudante traz,
decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados
nas aulas de matemática A avaliação deve ser contínua para que possa cumprir sua função de
auxílio ao processo de ensino e da aprendizagem e para garantir o êxito no processo, alguns
instrumentos avaliativos serão utilizados, tais como: participação efetiva nas aulas com
questionamentos demonstrando interesse pelos assuntos abordados; resolução de exercícios;
resolução e/ou apresentação de trabalhos; provas escritas objetivas e subjetivas; participação
na OBMEP; entre outros.
114
DISCIPLINA : LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO
A abordagem na disciplina de Língua Portuguesa é centrada na linguagem em uso,
sentido dialógico diante do texto, de acordo com Bakhtin, tendo em vista o conteúdo
estruturante como o discurso enquanto prática social. O ensino da língua portuguesa reforça a
importância da formação de um sujeito consciente de seu papel como cidadão na sociedade
em que se insere. Pauta-se o trabalho na análise discursiva como prática social, oportunizando
assim o aprimoramento da competência linguística, usando a língua materna em quaisquer
situações cominicativas, quer oral ou escrita, adequando-a ao contexto; assim como ler,
ultrapassando os limites do texto, reconhecendo o diálogo existente entre os diversos textos,
articulando a leitura com o momento presente e o momento histórico da sua produção.
O trabalho favorece a inclusão dos saberes necessários à utilização da língua na norma
padrão e o acesso aos conhecimentos para o multiletramento, constituindo-se como
ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos alunos.
De acordo com as Diretrizes Curriculares: “ O trabalho com a disciplina considerará
os gêneros discursivos que circulam socialmente, com especial atenção àqueles de maior
exigência na sua elaboração formal”.
Diante do exposto, o ensino da Língua Portuguesa visa a participação do aluno em
práticas sociais, utilizando a leitura, a escrita e a oralidade com finalidade de torná-lo
participante de uma sociedade em que tenha vez e voz, com poder decisório nas diferentes
esferas de interação.
OBJETIVOS
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes
práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano
e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
115
- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas
sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do
contexto de produção;
- Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie
seus conhecimentos linguístico-discursivos;
- Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura
e da escrita;
- Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao
aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,
apropriando-se, também, da norma padrão.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Levando-se em conta que o trabalho em Língua Portuguesa no Ensino médio tem
como conteúdo estruturante o discurso enquanto prática social e que a apropriação da
linguagem é uma forma de interação com o outro e com a própria linguagem, por isso o
trabalho com a Língua Portuguesa enfatiza a diversidade de textos, tanto para as atividades
de leitura, quanto para as propostas de atividades orais e escritas, objetivando criar condições
para que os aprendizes interajam com diferentes discursos e aprimorem sua competência
linguística.
A prática frequente de leitura dos mais diferentes textos que circulam em nossa
sociedade é condição imprescindível para que o aluno constitua como crítico. Nesse sentido,
procurar-se-á oferecer incentivos e meios para que os aprendizes leiam textos de diferentes
gêneros.
A perspectiva teórica que norteia a proposta a ser desenvolvida coloca ensino de
língua centrado no texto.
Em relação à língua oral pretende-se mostrar ao aluno que esta, em alguns pontos, se
assemelha a escrita, mas em outros pontos, diverge.
As propostas de produção escrita enfatizarão as condições nas quais esses textos são
produzidos: o aluno deve ter o que dizer, para quem e para que, de modo a poder definir como
dizer. Estando essas características claras para o aluno, ele terá o momento de planejar,
escrever, revisar e reescrever seus textos.
116
No momento da reescrita, o professor agirá como mediador ao fazer intervenções
necessárias para que o aluno possa aplicar e refletir sobre o conhecimento linguístico para
resolvê-lo, acrescentando, retirando, deslocando ou substituindo parte do texto.
É necessário ressaltar a importância do trabalho em grupo dentro de um processo
interativo, pois proporciona a troca de conhecimentos através da socialização entre os
aprendizes.
O trabalho com recursos de mídia, entre outros, torna-se necessário para o
desenvolvimento de práticas pedagógicas que visem a circulação de textos diversos, em
diferentes situações de uso da língua, a fim de que o aluno reconheça os textos estudados no
uso efetivo do seu cotidiano, da mesma forma, a presença da Literatura nos meios de
comunicação e convivência diários.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Discurso enquanto prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1ª SÉRIE
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Poema
- Pintura
- Romance
- Lenda
- Conto
- Autobiografia
- História em quadrinhos
- Texto teatral
- Carta pessoal
- Relato pessoal de experiências
- Publicidade comunitária
- Relatório de experiência científica
- Debate
- Artigo de opinião
117
- Música
- Fábula
- Seminário
- Depoimento.
LEITURA:
Crônica jornalística
- Fábula
- Poema
- Reportagem
- Lenda
- Pintura
- Romance
- Charge
- Texto teatral
- Texto científico
- Propaganda
- Artigo de opinião
- Depoimento
- Entrevista
- História em quadrinho
- Tira
ESCRITA:
- Poema
- Carta pessoal
- Relato pessoal
- Artigo de opinião
- Conto
- Autobiografia
- História em quadrinho
- Texto dramático ( teatral)
118
ORALIDADE:
- Relato pessoal de experiências
- Dramatização de texto teatral
- Debate
- Seminário
- Depoimento
- Exposição de obra literária
- Explicação de trabalho de pesquisa
- Declamação de poema
- Leitura expressiva de poema e prosa
- Análise de filmes, livros literários e telenovelas.
LITERATURA:
- Literatura de informação
- Quinhentismo no Brasil
- Barroco em Portugal e no Brasil
- Arcadismo em Portugal e no Brasil
- Classicismo
- Literatura Africana, Afro-brasileira e Indígena.
- Literatura Afro-brasileira e Africana
- Literatura Indígena
ANÁLISE LINGUÍSTICA :
- Linguagem, comunicação e interação
- Variação linguística
- Figuras de linguagem
- Textualidade: coerência e coesão
- Intertextualidade, interdiscursividade e paródia.
- Semântica: campo semântico, hiponímia e hiperonímia
- Polissemia
- Ambiguidade
- Semântica e interação
- Letra e fonema
- Dígrafo e dífono
119
- Sílaba
- Encontro vocálico e consonantal
- Acentuação: regras de acentuação gráfica
- Morfemas: relacionados com o universo da realidade e da língua
- Vogais e consoantes de ligação
- Formação de Palavras: Derivação, Composição, Hibridismo, Onomatopéia, redução,
Empréstimos e gírias.
2ª SÉRIE
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Cartaz
- Mesa Redonda
- Conto
- Romance
- Notícia
- Entrevista
- Reportagem
- Anúncio publicitário
- Crítica
- Editorial
- Biografia
LEITURA :
- Leitura de romances, contos, fábulas, poemas, charges, notícias, novelas, entrevistas,
editoriais, anúncios e texto teatral.
ESCRITA:
- Conto
- Notícia
- Entrevista
- Reportagem
- Anúncio
- Editorial
120
- Cartaz
- Mesa – redonda
- Narrativas ficcionais
- A crítica
- Anúncio
ORALIDADE:
- Dramatização de texto teatral
- Exposição de obra literária
- Análise e exposição de obras literárias, filmes, novelas ;
- Seminário
LITERATURA:
- Romantismo: a linguagem romântica
- Romantismo: as gerações românticas
- Realismo: a linguagem do Realismo
- Naturalismo: a linguagem do Naturalismo
- Parnasianismo: a linguagem do Parnasianismo
- Simbolismo: a linguagem do Simbolismo
- Literatura Afro-brasileira e Africana
- Literatura indígena.
ANÁLISE LINGUÍSTICA :
- Substantivo
- Adjetivo
- Artigo e Numeral
- Pronome
- Verbo
- Advérbio
- Preposição
- Conjunção
- Interjeição
- Frase – Oração – Período
- Sujeito e Predicado
121
- Objeto: Direto e Indireto
- Aposto e Vocativo.
3ª SÉRIE
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Crônica de ficção e jornalística
- Carta ao leitor e de reclamação
- Carta de solicitação
- Texto argumentativo
- Resenha descritiva e Crítica
- Resumo
- Texto de opinião
- Paródia
- Poema
- Haicai
LEITURA:
- Crônica
- Romance
- Conto
- Resenha
- Carta
- Poema
ESCRITA:
- Crônica
- Carta de leitor, de reclamação e de solicitação
- Texto argumentativo
- Texto dissertativo – argumentativo
ORALIDADE:
- Debate regrado público: estratégias de contra – argumentação.
- Produção oral de texto argumentativo
122
- Exposição oral de obras literárias
- Seminário
ANÁLISE LINGUÍSTICA:
- Orações subordinadas
- Orações coordenadas
- Pontuação
- Concordância verbal e nominal
- Colocação pronominal
LITERATURA:
- Pré-modernismo
- Vanguardas Européias
- Modernismo: Fases do Modernismo
- A Poesia e o Romance de 30
- A Geração de 45
- O teatro brasileiro século XX
- Literatura Contemporânea
- Literatura Portuguesa
- Literatura Afro-brasileira e Africana e Indígena.
AVALIAÇÃO:
A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura é imprescindível que seja um processo
de aprendizagem contínuo e de prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do
ano letivo.
A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso / texto aos diferentes
interlocutores e situações por meio de apresentação de seminários, debate, troca informal de
idéias, entrevista, relato de história. As exigências de adequação da fala são diferentes e isso
deve ser considerado numa análise de produção oral.
Serão avaliadas na leitura as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações
de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos
ideológicos no texto,a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a
123
localização das informações tanto explícitas quanto implícitas , o argumento principal entre
outros.
Portanto, é importante avaliar na leitura se o aluno ativa os conhecimentos prévios; se
compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto, se faz inferências
corretas e se reconhece o gênero e o suporte textual.
Na escrita, é preciso ver o texto do aluno como fase do processo de produção, nunca
como produto final, pois o que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias
de sua produção e o resultado dessa ação.
É importante, no momento da refacção textual, observar se a intenção do texto foi
alcançada, se há relação entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às
repetições e se é necessário substituir parágrafos, idéias ou conectivos.
Análise Linguística : É no texto oral e escrito que a língua se manifesta em todos os
seus aspectos discursivos, textuais e gramáticais. Os elementos linguísticos usados nos
diferentes gêneros precisam ser avaliados sob prática reflexiva e contextualizada que lhes
possibilite compreender esses elementos no interior do texto, podendo ser usadas a línguagem
formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso
de recursos lionguísticos e estilísticos e o uso das relações semânticas entre as partes do texto
(causa, tempo, comparação etc).
Portanto, os alunos são avaliados continuamente, pois utilizam com a linguagem,
refletindo sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o
aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
124
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEED – Diretrizes Curriculares de Educação Básica de Língua Portuguesa Ensino Médio
2008.
CEREJA, William Roberto, Thereza Cochar Magalhães – Português Linguagens volume 1,2,3
Ensino Médio, 5ª edição; São Paulo: Atual 2005.
AMARAL, Emília, Mauro Ferreira, Ricardo Leite, Severino Antônio, Novas Palavras volume
1,2,3 Ensino Médio, 2ª Edição Renovada; São Paulo: FTD 2005.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Parâmetros Curriculares
Nacionais: Ensino Médio, Brasília: Ministério da Educação.1999
125
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A sociologia como saber científico se desenvolveu no final do século XIX, “marcado
pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa, uma
social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o iluminismo,
com sua fé na razão e no progresso da civilização” (Diretrizes de Sociologia, 2008, p. 38).
Essas transformações históricas possibilitaram o domínio da razão, a constituição do Estado-
nação e o desenvolvimento da sociedade capitalista e suas contradições. Tantas mudanças
resultaram em desequilíbrios, agitações, protestos, enfim, questionamento sobre a sociedade, e
a Sociologia, enquanto ciência, surgiu para dar respostas a essa “nova ordem social”.
Portanto, “o objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se
estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as relações
entre os indivíduos e a coletividade” (Diretrizes de Sociologia, 2008, p. 91).
Ao determinar o objeto de estudo da disciplina de Sociologia para o Ensino Médio,
ressalta a contribuição das áreas de conhecimento das Ciências Sociais (Sociologia, Ciência
Política e Antropologia) para o estudo científico de tal objeto. Não existe uma divisão nítida
entre essas áreas, embora cada uma das Ciências Sociais se ocupe preferencialmente de um
aspecto da realidade social, elas são complementares entre si e atuam frequentemente juntas
para explicar os complexos fenômenos da vida em sociedade. Observe o campo de atuação de
cada área:
Sociologia: estuda as relações sociais e formas de associação, considerando as
interações que ocorrem na vida da sociedade. A sociologia abrange, portanto, o estudo dos
grupos sociais; dos fatos sociais; da divisão da sociedade em camadas; da mobilidade social;
dos processos de cooperação, competição e conflito na sociedade; etc.;
Ciência Política: estuda a distribuição de poder na sociedade, bem como a formação e
o desenvolvimento das diversas formas de governo. É a Ciência Política que estuda, por
exemplo, os partidos políticos, os mecanismos eleitorais, etc.
Antropologia: estuda e pesquisa as semelhanças e as diferenças culturais entre os
vários agrupamentos humanos. Além de estudar a cultura dos povos pré-letrados, a
Antropologia ocupa-se com a diversidade cultural existente nas sociedades industriais. São
objetos de estudo da Antropologia os tipos de organização familiar, as religiões, a magia, os
ritos de iniciação dos jovens, o casamento, etc.;
126
A fundamentação teórica-metodológica para o estudo da sociedade está fundamentada
no pensamento clássico, que entre outros destaca-se: Émile Durkheim, sociólogo francês que
deu a Sociologia o status de ciência, dando a ela método e objeto próprios, bem como a
comprovação de que os fenômenos sociais são passíveis de serem investigado
cientificamente. A metodologia funcionalista desse teórico torna-se primordial para explicar o
princípio da integração social; Max Weber, pensador alemão que contribui
consideravelmente para a interpretação da cultura ocidental que se formou a partir da
expansão do capitalismo, também nos fornece a metodologia pautada na pesquisa
contextualizada historicamente, o chamado método compreensivo histórico; e, Karl Marx ,
filósofo alemão que analisou minuciosamente a sociedade capitalista, detectando nela suas
contradições, além de vislumbrar, como modelo alternativo, a organização da sociedade
socialista. A contribuição metodológica de sua teoria se faz pela vertente do materialismo
histórico com a lógica dialética, que toma a contradição social como princípio metodológico.
O embasamento teórico-metodológico apresentado, e a contribuição dos teóricos da
Sociologia Crítica (Charles Wright Mills, Theodor Adorno, Max Hoklheimer, Walter
Benjamin e Jürgen Habermas) possibilitam um distanciamento de uma sociologia positiva,
onde o senso comum e a rotina diária são fontes de informação e medida última da verdade, e
se aproxima da sociologia crítica, que é descrita nas Diretrizes de Sociologia do Estado do
Paraná:
“A sociologia crítica procura colher da sociedade os elementos de não racionalidade presentes nas sociedades capitalistas, sobretudo aquelas do capitalismo avançado em níveis de alto consumismo (...). Ela se desafia exercitando oposições e desenvolvendo o espírito crítico, capaz de observar dialeticamente a realidade em seus movimentos contraditórios e paradoxais. Conhecer é desenvolver o espírito crítico e a crítica científica não acontece sem uma crítica social. (...) O conhecimento exerce um efeito libertador, pois através do olhar sociológico a sociedade pode voltar a si mesma e os agentes sociais podem saber melhor o que são.” (DCE, 2008, p. 67/68).
Enfim, como um dos teóricos da sociologia crítica, Charles Wright Mills defende que
é preciso despertar na sociedade o que denomina de “A imaginação Sociológica”, pois
segundo ele a mesma é “responsável por levar o indivíduo a estabelecer uma relação entre sua
biografia pessoal e o que acontece na sociedade de seu tempo. Levar o indivíduo a perceber
de que modo a organização social influencia suas possibilidades de ação” (DCE, 2008, p. 68).
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Pelo histórico do surgimento da Sociologia percebe-se que essa disciplina surgiu pela
necessidade de responder à sociedade sobre as transformações que estavam vivenciando e
127
pela necessidade de oferecer soluções para enfrentar os graves problemas sociais gerados pelo
modo de produção capitalista. Dessa forma a Sociologia tem por objetivo o questionamento
do real, do pensado e da relação entre ambos, o questionamento que vai além do que está dado
como estabelecido e explicado, o questionamento que descortine as desigualdades, as
diversidades e os antagonismos presentes na sociedade atual, concretizando assim, um
conhecimento sociológico crítico.
Assim, como disciplina do Ensino médio, a Sociologia tem como objetivo promover a:
- Desnaturalização das ações que se estabelecem na sociedade;
- Percepção de que a realidade social é histórica e socialmente construída;
- Explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,
desconstruindo pré-noções e pré-conceitos;
- Inserção do educando como sujeito social que compreende a sua realidade imediata,
mas que também percebe o que se estabelece além dela;
- Questionamento quanto à existência de verdades absolutas, sejam elas na
compreensão do cotidiano, ou na constituição da ciência;
- Desenvolvimento da “imaginação sociológica”.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
1ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: - O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas. CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Ciências Sociais:
- Sociologia
- Ciência Política
- Antropologia
- O Surgimento da sociologia
- Objeto da sociologia: o fato social;
- Teorias sociológicas clássicas:
- Comte
- Durkheim
- Weber
128
- Marx
- Sociólogos brasileiros.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Instituição Familiar;
- Instituição Escolar;
- Instituição religiosa;
- Instituições de Reinserção (prisões, educandários, etc.)
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Trabalho, Produção e classes sociais.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Conceito de trabalho
- Trabalho nas diferentes sociedades: Escravo, Servil e Livre.
- Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais.
- Trabalho na sociedade capitalista e suas contradições;
- Globalização e Neoliberalismo;
- Trabalho no Brasil;
- Relações de trabalho no Brasil.
2ª SÉRIE: CONTEÚDO ESTRUTURANTE: - O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas. CONTEÚDOS BÁSICOS:
Teorias sociológicas clássicas:
- Comte
- Durkheim
- Weber
- Marx
- Sociólogos brasileiros.
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Poder, Política e Ideologia.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Formação e Desenvolvimento do Estado Moderno;
Teorias Sociológicas Clássicas e os diversos:
- Conceito de poder;
- Conceito de ideologia;
- Conceito de dominação e legitimidade;
- Estado no Brasil;
- Desenvolvimento da Sociologia no Brasil (Campo político);
- Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
- As expressões de violência nas sociedades contemporâneas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Conceitos de cidadania;
- Direitos Civis, políticos e sociais;
- Direitos humanos;
- Movimentos sociais;
- Questões ambientais e movimentos ambientalistas;
- Questões das ONGS.
3ª SÉRIE CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- O Surgimento da sociologia
- Teorias sociológicas clássicas:
- Comte
- Durkheim
- Weber
130
- Marx
- Sociólogos brasileiros.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Cultura e Indústria Cultural.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Os conceitos de cultura e as escolas antropológicas;
- Antropologia brasileira;
- Diversidade cultural;
- Relativismo, etnocentrismo e alteridade;
- Culturas indígenas;
- Pesquisa de campo (método);
- Conceitos de identidade, sociabilidade e globalização;
- Identidades e movimentos sociais;
- Dominação, hegemonia e contramovimentos;
- Cultura Afro-brasileira e Africana;
- “Minorias” preconceito, hierarquia e desigualdade;
- Questões de gênero e a constituição social do gênero;
- Indústria cultural e indústria cultural no Brasil;
- Meios de comunicação de massa;
- Sociedade de Consumo.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O conteúdo de sociologia será abordado por temas, articulado a conteúdos, teorias e
conceitos tendo como encaminhamento metodológico prática social inicial-teoria-prática
social final, ou seja, o ponto de partida será conhecimento da prática social do aluno, tendo
em seguida o estudo teórico fomentado pela problematização, finalizando com a prática social
sistematizada e transformadora. Método este descrito pelo professor Joâo Luiz Gasparin,
dentro da perspectiva histórico-crítica.
Como estratégias metodológicas serão utilizadas: aulas expositivas dialogadas, visitas
a instituições, debates e seminários de temas relevantes, pesquisas (de campo e bibliográfica),
leituras de textos (clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos, literários,
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jornalísticos, entre outros), análise críticas de filmes, documentários, músicas e propagandas
de TV, construção de painéis, análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras,
publicidades), e produção coletiva e individual.
Conforme as Diretrizes, os encaminhamentos metodológicos “devem ser trabalhados
com rigor metodológico para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do
espírito crítico” (2008, p. 95).
AVALIAÇÃO: CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS
A aquisição do conhecimento sociológico será avaliada de forma diagnóstica,
observando a mudança de postura do aluno entre prática social inicial e prática social final,
bem como para que o trabalho docente possa ser reorientado. A avaliação será instrumento
inserido no processo de ensino/aprendizagem, norteando o trabalho do professor e do
estudante.
Pautada em uma concepção formativa e continuada buscar-se-a “uma prática
avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e
propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na
sociedade” (Diretrizes de Sociologia, 2008, p. 98).
A avaliação formativa terá como critérios básicos, conforme Luckesi: “a) a apreensão
dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; b) a capacidade de
argumentação fundamentada teoricamente; c) a clareza e a coerência na exposição das idéias
sociológicas; d) a mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais” (apud
Diretrizes de Sociologia, 2008, p. 98).
Como instrumentos de avaliação podem ser solicitados seminários, produção de texto,
registros de reflexões críticas em debates, participação em pesquisa de campo, análise
interpretativa de filmes e ou textos, provas, entre outros. A recuperação será paralela visando
a recuperação de estudo, com valor 10,0, permanecendo como média semestral a nota maior
alcançada pelo educando, conforme o descrito no PPP.
132
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Lejeune Mato Grosso de (Org.). SOCIOLOGIA E ENSINO EM DEBATE:
experiências e discussão de sociologia no ensino médio. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
HUGHEES – WARRINGTON, Marnie. 50 Grandes Pensadores da Histótia.3ª ed. São Paulo:
Contexto, 2005.
SOCIOLOGIA/ Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006 – 280 p.
Textos:
Diretrizes Curriculares de Sociologia para Educação Básica, Curitiba, 2008.
Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio, 2006.
133
DISCIPLINA: LEM - INGLÊS
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
O ensino de línguas estrangeiras teve início no Brasil com os jesuítas que tinham a
responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim aos povos que habitavam o território.
A valorização das línguas estrangeiras modernas no Brasil, só acontece no século
XVIII, após a chegada da família real portuguesa.
A partir do início do século XX, devido a um conjunto de fatores que marcaram a
história da Europa, muitos europeus vieram para o Brasil e fundaram colônias de imigrantes
por toda a extensão territorial. Para tentar marcar sua cultura, muitos imigrantes se
organizaram para construir e manter escolas nas quais o ensino era centrado na língua nativa
do grupo. A partir de 1917, o governo federal decidiu fechar as escolas estrangeiras a fim de
que crianças menores de 10 anos aprendessem a língua nacional e só depois aprendessem
outra língua. Em 1931, o método foi oficialmente estabelecido para o ensino de língua
estrangeira , dando-se preferência ao professor nativo ou fluente na língua alvo. A partir de
1942, com a reforma Capanema, solidificou-se os ideais nacionalistas, porém, o prestígio da
língua estrangeira foi mantido.
Após a 2ª Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil em relação
aos Estados Unidos intensificou-se e, com isso, a necessidade de aprender Inglês tornou-se
cada vez maior, substituindo o interesse pelo aprendizado do francês.
Desde a década de 50, o sistema educacional brasileiro viu-se responsável pela
formação de seus alunos para o mundo do trabalho, o que acabou acarretando na diminuição
das aulas de línguas estrangeiras , apesar da valorização da língua Inglesa devido as demandas
do mercado.
Com o advento da lei número 5692/71, ficou desobrigado a inclusão de línguas
estrangeiras no currículo escolar. Uma das formas encontradas para manter a oferta de língua
estrangeira nas escolas públicas foi a criação do centro de Língua Estrangeira no Colégio
Estadual do Paraná em 1982.
Em 1996, a LDB número 9394/96, determinou que a oferta obrigatória de pelo menos
uma língua estrangeira no ensino fundamental, sendo que a escolha foi atribuída à
comunidade escolar, que, a partir da observação e pesquisa das necessidades do público alvo
deste estabelecimento de ensino, escolheu a língua Inglesa, pois, no mundo contemporâneo,
marcado pelo informativo imediato, a reflexão sobre a linguagem e seus sistemas que se
134
mostram articulados por múltiplos códigos e sobre os processos e procedimentos
comunicativos, é mais do que uma necessidade, é uma garantia de participação ativa na vida
social, a cidadania.
Compreender os valores dessa ou daquela cultura, é analisá-la amplamente com a
compreensão crítica dos próprios valores nacionais. Negar ao educando o conhecimento e
interação de outras culturas é negar-lhes, a universalidade desses valores do se próprio
mundo. Através da aquisição de uma segunda língua. O aluno poderá compreender que os
significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação
na prática social. Aí a língua Inglesa apresenta-se como um espaço para ampliar o contato
com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da
realidade, oportunizando ao educando a aprendizagem de conteúdos que ampliem as
possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras de
construir sentidos do e no mundo. Considerando as relações que podem ser estabelecidas
entre a língua estrangeira e a inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das
línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção
das identidades transformadoras, a escola deve oferecer um conhecimento que garanta ao
aluno a sua participação social efetiva e o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.
O ensino da Língua Inglesa, como parte do currículo, deve contribuir para a formação
e desenvolvimento psicológico, social, cultural e afetivo do aluno, dando-lhes conhecimentos
gerais que permitam a abertura para o conhecimento de novas culturas, outras sociedades e
outras realidades, além de, oferecer- lhe as quatro habilidades da língua: ouvir, falar, ler e
escrever.
O Inglês também deve educar para a cidadania, desenvolvendo sujeitos críticos e
capazes de perceberem as diversidades culturais e de respeitar essa cultura. Espera-se que o
aluno use a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivencie, em sala de aula,
ações individuais e coletivas; compreenda que os significados são passíveis de transformação
na prática social e reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA Os conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudos escolares de
Língua Estrangeira são concebidos como Conteúdos Estruturantes, a partir dos quais se
abordam os conteúdos específicos no trabalho pedagógico.
135
O conteúdo estruturante está relacionado com o momento histórico social. Ao tomar a
língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se um conteúdo
que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo Estruturante da
Língua Estrangeira Moderna o discurso como prática social. A língua será tratada de forma
dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o
discurso e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos ( listados nas páginas 83,84,85,86
das Diretrizes Curriculares De Língua Moderna) que são formados pelos gêneros discursivos
e pelos conteúdos pertencentes às práticas da leitura, oralidade, escrita e da análise lingüística.
Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de
circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e
consumo, publicitária, midiática e jurídica.
Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que
deve se compreendido em sua esfera de circulação, Vale ressaltar que, conforme lei número
11.645 relativa a cultura indígena e afro-descendente, torna-se obrigatório o trabalho com este
tema em todas as séries.
Os gêneros precisam ser retomados em diferentes séries, e para selecionar os
conteúdos específicos, é fundamental considerar o objetivo de ensino e o gênero escolhido.
Destaca-se, ainda, que ao escolher um gênero nem sempre todas as práticas serão abordadas.
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA
Diante da abordagem de ensino Por letramento crítico, tendo como conteúdo
estruturante o discurso como prática social, o trabalho com a língua Inglesa em sala de aula
precisa partir do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros
instrumentos de acesso à informação: a língua inglesa é também possibilidade de conhecer,
expressar e transformar modos de entender o mundo e construir significados.
Os alunos são encorajados a ter uma posição mais crítica frente aos textos orais e
escritos reconhecendo os mesmos como representações da realidade e construções sociais.
Para tanto, é importante trabalhar a partir da abordagem de vários gêneros textuais em
atividades com temas diversificados referentes a questões sociais emergentes, a fim de que os
mesmo s apresentem-se como um espaço para a discussões de temáticas fundamentais para o
desenvolvimento intercultural manifestados por um pensar e agir críticos, por uma prática
cidadã imbuída de respeitos às diferenças culturais, crenças e valores.
136
O texto apresenta-se como um princípio gerador de unidades temáticas e de
desenvolvimento das práticas lingüístico- discursivas. A base do letramento crítico é o
questionamento visando identificar como algo que funciona através de uma atividade
problematizada, a qual se concretiza por meio da língua enquanto prática social. Os alunos
devem analisar as questões sociais, políticas-econômicas da nova ordem mundial, suas
implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na
sociedade por meio de um estudo, partindo de textos quetambém tomem por base a
diversidade sociocultural indígena e afrodescendente( lei 11.645) e seu reconhecimento.
Para tanto, os conteúdos serão trabalhados não só através de livros didáticos, com
também, através de aulas expositivas, textos autênticos que possam ter indisciplinaridade,
vídeos, músicas, atividades lúdicas, atividades orais e escritas, entre outras, fazendo com que
o aluno seja encorajado a adquirir a língua de forma simples e natural.
É necessário considerar que a abordagem teórico-metodológica está inserida na tabela
no final das diretrizes( páginas83,84,85,86) para compreensão da proposta dos conteúdos
básicos de Língua Estrangeira Moderna.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um passo indispensável no processo ensino/aprendizagem enquanto
fator determinante na medida da quantidade e qualidade do material assimilado pelos alunos.
A prática avaliativa objetiva-se nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o
aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.
Em Língua Estrangeira Moderna, busca-se superar a concepção de avaliação como
mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Espera-se que subsidie discussões
acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções.
Na educação básica, a avaliação de determinada produção em Língua Estrangeira
considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, o mesmo deve ser visto como
fundamental para a produção de conhecimento pelo ser humano. O processo avaliativo não se
limita apenas à sala de aula. O projeto curricular, a programação de ensino em sala de aula e
os seus resultados estão envolvidos neste processo.
A avaliação da aprendizagem deve priorizar o caráter educacional ao eventualmente
punitivo e de controle. Por conseguinte, a avaliação se constitui num instrumento facilitador
na busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao conteúdo
137
desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do processo, de forma que os objetivos
sejam alcançados.
Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando que o
engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio da interação verbal a partir de
textos e de diferentes formas, verificando a construção dos significados na interação com
textos e produções textuais dos alunos, tendo em vista que vários significados são possíveis e
válidos, desde que apropriadamente justificados.
É importante considerar na prática pedagógica, avaliações diagnóstica e formativa,
desde que essas se articulem com os objetivos e conteúdos definidos na escola, sempre
respeitando as diferenças individuais.
Diante disso, a avaliação de Língua Inglesa será feita através de trabalhos escritos e
orais, em grupo ou individual. Testes escritos e orais, observações diária em sala de aula.
Faz-se necessário considerar aqui que a avaliação está inserida na tabela da diretriz
(páginas:83,84,85,86) para compreensão da proposta dos conteúdos básicos de Língua
Estrangeira Moderna.
138
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino
Fundamental-2009
139
DISCIPLINA: LEM – ESPANHOL
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA:
O ensino e aprendizagem de uma Língua Estrangeira Moderna – LEM é gradual. O
aluno aprende por etapas: primeiro, o nível básico; depois, o nível intermediário; e por último,
o nível avançado. À medida que ele sobe os níveis, aumenta o grau de dificuldade,
incorporando-se novos conhecimentos, porém se exige mais dedicação e vontade por parte do
aprendiz na aquisição da compreensão de competências e habilidades na língua meta.
O professor tem por objetivo ensinar a língua espanhola, porém sem a concepção
tradicionalista – ensinar a língua pela língua – ou seja, deve-se ensinar a língua como veículo
de comunicação, através da exposição dos aspectos pragmáticos e sócios cultural, para que
não leve a comportamentos racistas, xenofóbicos o estereotipados.
A grande maioria dos estudantes, pensa que aprender a língua espanhola é fácil, o
motivo é a semelhança entre a língua portuguesa e a língua espanhola, posto que ambas sejam
originadas do latim, ou seja, línguas românicas. Ademais, a semelhança que existe entre o
português e o espanhol, pode, também, dificultar o processo de ensino e aprendizagem. Com
esta concepção equivocada, os alunos fazem com que se resulte em falar “portuñol”.
Segundo o Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná, texto
preliminar, é importante comentar com os alunos como a língua espanhola funciona e que esta
é um instrumento de poder para quem sabe usá-la competentemente. A língua de prestigio
social há pouco tempo era o inglês, mas este cenário está mudando. A hegemonia do inglês já
não tem más sentido, posto que todas as línguas são importantes e estudá-las é um privilégio
por isso a Secretaria de Educação do Estado de Paraná criou os centros de línguas, para o
ensino de várias línguas, sem discriminação social.
Como ocorre nos CELEMs (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas do Estado do
Paraná)1, o aluno pode optar por outra língua que não seja o inglês, que é a língua estrangeira
1 O CELEM foi criado em 1986, no estado de Paraná, com o objetivo de possibilitar, aos alunos do ensino fundamental e médio da rede pública, a oportunidade de um ensino plurilingue. Hoje com a lei nº 11.161 de 5 de agosto de 2005 o ensino de língua espanhola de oferta obrigatória pela escola e de matrícula facultativa para o aluno, será implantado, gradativamente, nos currículos plenos de ensino médio.
140
oferecida na grade curricular. A língua espanhola foi implantada nas escolas através da lei
11.161 de 05 de agosto de 2005, sendo obrigatória nas escolas e facultativa para os alunos,
podendo estar na grade ou no CELEM, ficando assim sua implementação a decidir pela
escola.
No PCN de língua estrangeira, documento que recomenda a inclusão de uma ou mais
Línguas Estrangeiras Modernas nos currículos plenos, com o objetivo de estimular e facilitar
a variedade de opção individual. Assim, sugerem que as escolas e os professores
desenvolvam, nos alunos, um potencial crítico, a sua percepção, das múltiplas possibilidades
de expressão linguística. O professor é a base na formação das crianças do país, é ele quem
deve capacitar e formar cidadãos. Cabe a ele ser um mediador, ensinar aos alunos a dispor da
língua e a usá-la em seu beneficio na interação social. É através da língua que somos capazes
de atuar e sermos críticos e a debater sobre as diversas situações reais e imaginarias.
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA:
Através de leituras, pesquisas e estudos de textos de diferentes gêneros serão
encaminhadas discussões e atividades, propondo o relacionamento do tema com o contexto
atual. A escala sempre deverá partir do mais simples ao mais elaborado, utilizando os
mecanismos envolvidos no processo de interação, tais quais:
- Domínio do vocabulário e alfabeto;
- Organização correta das palavras e frases;
- Desenvolvimento da entonação e da escrita;
- Desenvolvimento das quatro habilidades: audição; compreensão; fala e escrita;
- Apresentação da cultura hispânica e hispano-americana através de textos, recurso
audiovisual, e outros meios que a professora possa utilizar;
- As formas de pedir algo, saudar, despedir, agradecer;
- O processo de aprendizagem da língua estrangeira e sua inter-relação com a língua
materna;
- As diferenças e semelhanças com a língua materna, os pontos bons e ruins.
141
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA: DI SCURSO
COMO PRÁTICA SOCIAL
Os conteúdos estruturantes se constituem através da história, são legitimados
socialmente e, por isso, são provisórios e processuais. O conteúdo estruturante é o Discurso
como prática social, que tratará de dinâmica, por meio das práticas de LEITURA, de
ORALIDADE e de ESCRITA. Promover-se-a também o conhecimento dos temas sociais
contemporâneos e da cultura afro-brasileira e da cultura hispânica.
Conteúdos Específicos:
Contemplam diversos gêneros discursivos, compreendida na esfera social de
circulação e seus gêneros textuais. Básico: Gêneros discursivos – Poema, histórias em
quadrinhos, diálogos, cartão de felicitação, letra de música, receita culinária, autobiografia,
biografia, exposição oral, mapa, embalagem, fábula, entrevista, sinopse de filme,
propaganda, texto informativo, bilhete, conto, lenda, carta pessoal, convite, entre outros.
Gêneros Discursivos:
Esperas Sociais de Circulação:
- Cotidiana
- Exposição Oral
- Álbum de Família
- Fotos
- Cartão pessoal
- Carta Pessoal
- Cartão Felicitações
- Cartão Postal
- Bilhetes
- Convites
- Músicas / Cantigas (Folclore)
- Quadrinhas
- Provérbios
- Receitas
- Relatos de experiências vividas
142
- Trava-línguas
- Literária / artística: - Autobiografia
- Biografias
- Histórias em quadrinho
- Lendas
- Letras de Músicas
- Narrativas
- Poemas
- Dança
Escolar: - Exposição Oral
- Cartazes
- Diálogo / Discussão
- Mapas
- Resumo
Imprensa:
- Artigo de Opinião
- Caricatura
- Cartum
- Charge
- Classificados
- Entrevista (oral e escrita)
- Fotos
- Horóscopo
- Infográfico
- Manchete
- Reportagens
- Sinopses de Filmes
- Tiras
143
Publicitária: - Anúncios
- Cartazes
- Comercial para TV
- Fôlder
- Fotos
- Slogan
- Músicas
- Outdoor
- Paródia
- Placas
- Publicidade Comercial
Produção e Consumo:
- Bulas
- Regras de jogo
- Placas
- Rótulos / embalagens
Midiática: - Chat
- Desenho Animado
- Entrevista
- Filmes
- Telejornal
- Torpedos
- Vídeo Clip
144
Conteúdos Básicos: Leitura:
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Temporalidade;
- Referência textual;
- Elementos composicionais do gênero;
- Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
- Partículas conectivas básicas do texto.
ESCRITA: - Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Temporalidade;
- Referência Textual;
- Partículas conectivas básicas do texto;
- Vozes do discurso: direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,
145
formação das palavras, figuras de linguagem;
- Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explícitas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal / nominal.
ORALIDADE:
- Tema do texto / conteúdo temático;
- Finalidade;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticas;
- Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições, etc.);
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Conhecimentos linguísticos:
- Distinção das variantes lingüísticas;
- Escolha do registro adequado à situação na qual se processa a
comunicação;
- Escolha do vocabulário que melhor reflita a ideia que se pretende
transmitir;
- Domínio das estratégias verbais e não verbais que entram em ação
146
para compensar falhas na construção e para favorecer a efetiva
comunicação e alcançar o efeito pretendido;
- Utilização dos aspectos com coerência e coesão na produção de LEM.
Gêneros discursivos:
- Análise dos recursos expressivos da linguagem verbal relacionando
textos com os contextos;
- Trabalho com textos descritivos, informativos, notícias de jornal,
textos poéticos, instrucionais, entrevistas, letra de música, interpretando
aspectos sociais e/ou culturais entendendo a mensagem principal.
Conhecimentos culturais:
- Compreensão de que determina maneira de expressão por ser
literalmente interpretada em razão de aspectos sociais e/ou culturais;
- Conhecimento e uso da língua estrangeira como um instrumento de
acesso a informações e respeito a outras culturas e grupos sociais.
Conhecimentos sócio-pragmáticos:
- Compreensão em que medida os enunciados refletem a forma de ser,
de pensar, de agir e de sentir de quem produz;
- Debates, a partir de temas propostos nos textos, desenvolvendo o
espírito crítico e a formação de opinião própria.
AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está
articulada aos fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes Curriculares da Educação
Básica e na LDB n. 9394/96, como um amplo processo, ou seja o processo de
ensino/aprendizagem permite ao professor formar cidadãos conscientes, críticos, criativos,
solidários e autônomos, onde o professor é um mero mediador do conteúdo.
O professor deve levar em consideração no processo de avaliação a participação e a
interação verbal dos alunos através de textos de diferentes gêneros, onde o professor é
147
mediador entre o ensino o aluno, seja este, aprender a falar, aprender a escrever, aprender a
compreender e aprender a ouvir uma língua estrangeira.
O processo de avaliação será feita de forma continua e integrada, de acordo com o
ensino/aprendizagem de cada aluno, e sendo assim, o professor irá avaliar como melhor
entender, tendo como modelos: participação do aluno em classe; testes orais e escritos;
trabalho individual, em dupla o grupo; diálogos; dramatização; interesse e colaboração;
desenvolvimento das atividades em classe o tarefas; prova oral, auditiva e escrita.
A avaliação dá-se em todo processo ensino-aprendizagem e tem por finalidade a
verificação do processo de construção do conhecimento.
- Na avaliação de oralidade espera-se que o aluno: Utilize o discurso de acordo com a
situação de produção (formal e/ou informal); Apresente suas idéias com clareza e
coerência; Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos; Organize a seqüência de
sua fala; Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; Exponha seus
argumentos; Compreenda os argumentos no discurso do outro; Participe ativamente
dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna; Utilize
expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre
outros elementos extralingüísticos que fizer necessário.
- Na avaliação de leitura espera-se que o aluno: Realize leitura compreensiva do texto;
Identifique o conteúdo temático, a idéia principal do texto; Analise as intenções do
autor; Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a
referência textual; Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos
gramaticais) e elementos culturais; etc..
- Na avaliação de escrita espera-se que o aluno: Expresse as idéias com clareza;
Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento, atendendo às situações
propostas (gênero, interlocutor, finalidade); Diferencie o contexto de uso da
linguagem formal e informal; Use recursos textuais como: coesão e coerência, etc.;
Utilize recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome,
numeral, sustantivo, adjetivo, etc.; Use apropriadamente elementos discursivos,
textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados etc..
148
DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM, DA RECUPERAÇÃO DE EST UDOS E DA
PROMOÇÃO:
A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento
global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes
curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Abrangendo todas as atividades desenvolvidas em sala de aula, extraclasse, individual ou em
grupo.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo
ensino e aprendizagem, oportunizando desta forma ao aluno, recuperar seus conhecimentos,
através de retomada de conteúdos.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à
apuração da sua freqüência. Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima
exigida é 6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004.
Nos cursos do CELEM a promoção será ao final de cada ano letivo.
Conteúdo
Léxico da língua espanhola:
- Objetivos da classe; o alfabeto; grau de parentesco e estado civil; a família; o
corpo humano; o vestuário; as partes externas e internas da casa; as cores; os animais; o
vocabulário; jogos; as profissões; os números; os dias da semana; as frutas; os legumes e
verduras; os meses do ano; os dias do ano; as férias; os feriados; os animais; a cidade; os
alimentos; utensílios escolares; as quatro estações do ano; as profissões.
Abordagem comunicativa e estruturas gramaticais:
- Apresentações como as saudações e despedidas; diálogos; textos; entende o
que escuta?
- Pronomes pessoais, verbos ser e estar, artículos, verbo ter; verbos regulares e
irregulares da 1ª conjugação – presente; adjetivos possessivos; adjetivos
qualificativos; verbos regulares e irregulares da 2ª conjugação; numerais
cardinais; horas; uso de muy y mucho; expressão adverbial de tempo; verbos
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regulares e irregulares da 3ª conjugação – presente; pronomes reflexivos; verbo
gostar no presente.
- Gramática: uso correto das letras do alfabeto; deletrear; artículos; contrações;
os sinais de pontuação; os demonstrativos; o acento tônico.
Desenvolvimento das quatro habilidades: audição; compreensão; fala e escrita:
- Fase Auditiva: Desenvolvimento da capacidade auditiva dos alunos, através
da mediação e orientação do professor na pronunciação correta das palavras;
- Fase de Compreensão: Fazer os alunos praticarem os exercícios através da
memorização dos vocábulos e compreensão de seus significados;
- Fase de Conversação: Fazer os alunos pronunciarem as palavras e ler os
textos para que eles percam o medo e a vergonha, através de momentos
oportunos e em condições reais de conversação e dos vocábulos estudados;
- Fase Escrita: Fazer os alunos reconhecerem e entenderem as palavras e
expressões já memorizadas, e que consigam pô-las em prática através da
escrita.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BOHN, H. I.; VANDRESEN, P. “Tópicos em lingüística aplicada: O ensino de línguas
estrangeiras.” In: LEFFA, Vilson J. Metodologia do ensino de línguas. Florianópolis:
Editora da UFSC, 1998. p. 211-236.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica para LEM. Portal dia a dia
educação:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/index.php?PHPSESSID=201004182108
5530
____. Secretaria de Educação Média e tecnologia. Parâmetros Curriculares Nacionais:
Ensino Médio. Brasília: MEC/SEF, 1999.
GODOI, Elena. Reflexões sobre a formação de professores de español/le no novo contexto
político brasileiro. Disponível em: http://www.partes.com.br/ed48/educacao3.asp acessado
em: 24/06/2006.
____. “Se conhecer para se respeitar: O ensino de línguas e culturas.” Anais do II Congresso
Brasileiro de Formação de Professores. julho, 2004. p. 1-10.
MIQUEL LÓPEZ, Lourdes. “La subcompetencia sociocultural.” In: SÁNCHEZ LOBATO,
Jesús; SANTOS GARGALLO, Isabel. Vademécum para la formación de profesores –
enseñar español como segunda lengua (L2)/ lengua extranjera (LE). Madrid: SGEL,
2004. p. 511-531.
Conteúdos Básicos – P1 – CELEM
Instrução Nº 019/2008 – SUED/SEED