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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COLÉGIO ESTADUAL VICENTE TOMAZINI ENSINO FUNDAMENTAL – MÉDIO E NORMAL FRANCISCO ALVES – PARANÁ 2012 SUMÁRIO

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Page 1: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Tomazini – Ensino de 2º Grau, a professora Maria de Lourdes Ramos, designada pela Ordem de Serviço nº12/77 até a data de 25/05/1979,

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

COLÉGIO ESTADUAL VICENTE TOMAZINI ENSINO

FUNDAMENTAL – MÉDIO E NORMAL

FRANCISCO ALVES – PARANÁ

2012

SUMÁRIO

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1 APRESENTAÇÃO …....................................................................…........................... 3

2 IDENTIFICAÇÃO …...............................................................…................................. 4

• Aspectos Históricos da Instituição …............................................................. 6

• Organização Escolar …..................................................................................... 8

• Ambientes Pedagógicos …............................................................................... 8

• Quadro Geral de Pessoal ….............................................................................. 12

3 OBJETIVOS GERAIS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ….............................. 20

4 MARCO SITUACIONAL ….......................................................................................... 21

• Caracterização da Comunidade....................................................................... 22

• Aprendizagem …................................................................................................ 22

• Avaliação …........................................................................................................ 23

• Formação Inicial e Continuada de Professores e Funcionários …............... 23

• Organização do Tempo e do Espaço Escolar …............................................ 24

• Equipamentos Físicos e Pedagógicos …........................................................ 24

• Relações de Trabalho na Escola …................................................................. 24

• Contradições e Conflitos Presentes na Prática Docente ….......................... 25

• Critérios de Organização e Distribuição de Turmas ….................................. 25

• Organização da Hora / Atividade …................................................................. 25

• Alunos com Necessidades Educacionais Especiais …................................. 26

5 MARCO CONCEITUAL ….......................................................................................... 27

• Concepção de Cidadão …................................................................................. 27

• Concepção de Infância e Adolescência …...................................................... 27

• Concepção de Cuidar e Educar …................................................................... 28

• Concepção de Cidadania …............................................................................. 28

• Concepção de Homem ..................................................................................... 29

• Concepção de Conhecimento …..................................................................... 29

• Concepção de Ensino – Aprendizagem …...................................................... 30

• Concepção de Letramento …........................................................................... 31

• Concepção de Tecnologia …............................................................................ 31

• Concepção de Gestão Democrática …............................................................ 32

• Concepção de Conselho de Classe e Avaliação........................................... 33

• PPCs - Propostas Pedagógicas Curriculares de cada Disciplina …............ 37

6 MARCO OPERACIONAL …........................................................................................ 219

7 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO... 225

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …........................................................................ 226

ANEXOS

1 APRESENTAÇÃO

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Visando a construção de um Projeto Político Pedagógico que tenha como

pressuposto básico um modelo de gestão democrática, cujas preocupações maiores

sejam a melhoria da qualidade de ensino e a democratização do acesso e da

permanência do aluno na escola, este estabelecimento de ensino procurou

assegurar a participação de toda a comunidade escolar, enriquecendo o Projeto

Político Pedagógico com tudo o que foi produzido durante as Reuniões

Pedagógicas, Grupos de Estudos, Semanas Pedagógicas, Palestras, Reuniões com

as Instâncias Colegiadas, Hora Atividade e outros momentos.

Buscando reflexões desta natureza e preservando a dimensão coletiva, este

Projeto Político Pedagógico foi delineado visando instrumentalizar e orientar a

Comunidade Educativa no equacionamento realista dos seus problemas e nas

possibilidades de intervenções em suas práticas.

Tendo clareza da especificidade de sua proposta, este estabelecimento

selecionou sua prática e organizou os conhecimentos de seu Currículo, embasada

na tendência Teoria Histórico Crítica, numa Pedagogia Progressista, respeitando as

Diretrizes Curriculares Estaduais, valorizando a escola como espaço social

responsável pela apropriação do saber universal e socializando o saber elaborado,

entendendo a apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto instrumento

de compreensão da realidade social e atuação crítica e democrática para a

transformação da realidade.

O Projeto Político Pedagógico passou por momentos de discussão coletiva,

envolvendo Equipe Pedagógica, Professores, Agentes Educacionais I e II, Instâncias

Colegiadas, Pais, Alunos e Direção, valorizando a participação de toda comunidade

através de um fazer democrático. Não se trata de um documento pronto e acabado

que delimitam ações, responsabilidades, metas rígidas e medidas inadequadas. A

construção do mesmo acontece a partir das avaliações e do diálogo constante entre

todos os envolvidos na educação durante todo ano letivo.

O Projeto Político Pedagógico vem firmar que a escola pública é espaço de

participação coletiva democrática e socialização do saber, deste modo através de

uma gestão democrática, a escola valoriza a participação de todos os seus

segmentos, entendendo que seu funcionamento exige definição de ações e tomadas

de decisão de forma coletiva, definindo um conjunto de normas e regras que

traduzem o fazer pedagógico.

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Ao pensar a organização didática pedagógica, administrativa, curricular,

disciplinar da escola pública no seu coletivo, entendendo que sua construção define

a escola em sua essência que é a socialização do saber, pode-se afirmar que o

Projeto Político Pedagógico é o documento norteador que engloba e estabelece

todas as partes filosóficas e princípios didático/pedagógicos da instituição e

adequação da escola frente aos objetivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional - LDBEN.

2 IDENTIFICAÇÃO

Nome do Estabelecimento de Ensino:

Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal.

Endereço:

Rua Irmãos Vilas Boas, 1.108

Site do Colégio:

http://www.frvvicentetomazini.seed.pr.gov.br

e-mail: vicentetomazini @yahoo.com.br

Código do estabelecimento: 00272

Telefone(Fax): 0xx( 44 ) 3643 - 1290

Município: Francisco Alves

Código do município: 0840

Localização do Colégio: Zona urbana

Dependência Administrativa:

Secretaria de Estado da Educação

NRE: Umuarama

Código do NRE: 028

Entidade Mantenedora:

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Ato de Autorização:

Resolução nº 1270 de 30/06/1981

Ato de Reconhecimento do Colégio:

Resolução nº 2186 de 13/08/1982

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Ato de Renovação do Reconhecimento do Colégio:

Nº 1622 de 23/05/2003

Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar:

Nº 27 de 20/06/1995

Distância do Colégio ao NRE: 76 quilômetros

Modalidades de Ensino:

Ensino Fundamental - 6º ao 9º ano.

Ensino Médio - Diurno e Noturno.

Educação Profissional - Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos

Iniciais do Ensino Fundamental na Modalidade Normal, em Nível Médio- Integrado.

Educação de Jovens e Adultos (EJA) - Ensino Fundamental Fase II e Médio.

Número de Turmas:

Matutino:

02 turmas de 6º ano

03 turmas de 7º ano

03 turmas de 8º ano

03 turmas de 9º ano

02 turmas de 1º ano (Ensino Médio)

02 turmas de 2º ano (Ensino Médio)

01 turma de 3º ano (Ensino Médio)

01 turma de 4º ano (Formação de Docentes/ Nível Médio Integrado)

Vespertino:

04 Turmas de Sala Apoio

01 Turma de Sala Recurso

02 Turmas do CELEM - Espanhol

03 Turma Segundo Tempo

Noturno:

01 turma de 1º ano (Ensino Médio)

01 turma de 2º ano (Ensino Médio)

01 turma de 3º ano (Ensino Médio)

10 disciplinas na modalidade EJA, sendo 06 (seis) do Ensino Fundamental fase II e

04 (quatro) do Ensino Médio.

Número de Alunos

Matutino: 456 alunos

Noturno: 152 alunos

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Número de Professores: 49

Número de Pedagogas: 03

Número de Funcionários:15

Número de Diretor: 01

Número de Diretor Auxiliar: 01

Número de Salas de Aula: 19

Turno de Funcionamento:

Matutino: Das 07:35min às 12:00min.

Vespertino: Das 13:00min às 17h:10min.

Noturno: Das 18:45min às 23:00min.

Aspectos Históricos da Instituição

O Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal,

iniciou suas atividades no ano de 1968 através do Ato Oficial nº 9.827 de 20/04/68,

com o nome de Grupo Escolar Coronel Alípio Ayres de Carvalho.

Em 30/12/1970, foi criado o Ginásio Estadual de Francisco Alves ( 6º ao 9º

ano) através do Decreto nº 22.115 de 30/12/70, que até então era extensão de Alto

Piquiri, autorizado através do ofício nº 545/75 de 07/03/75 e C.C.E de Cruzeiro do

Oeste, autorizado pelo ofício nº 151/77.

Aprovação do plano de implantação da Lei 5692/71, Ensino de 1º grau do

Ginásio Estadual de Francisco Alves – parecer nº 184/80. de 18/11/1980.

Homologação do Parecer de Aprovação do Plano de Implantação- Ensino de

1º Grau – Res. nº 2.756/80 de 16/12/1980, Diário Oficial de 02/03/1981.

Autorização de funcionamento de reorganização - Res. nº 1.270/81 de

30/06/1981, Diário Oficial de 14/07/1981.

Reconhecimento do 2º Grau – Res. nº 2.186/82 de 13/08/1982.

Reconhecimento do 1º Grau – Res. nº 1.993/84 de 24/04/1984.

Homologação que aprovou a Realimentação do Sistema de Avaliação – Res.

nº 2.343/82 de 26/08/82 – Diário Oficial de 09/09/1982.

A partir de 13/06/1983, passou a denominar-se Colégio Estadual Vicente

Tomazini - Ensino de 1º e 2º graus, através da Res. nº 2.214/83 de 13/06/1983 –

Diário Oficial nº 1.575 de 11/07/1983.

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A partir de 24/07/1984, ficou reconhecido o curso de 1º grau através da Res.

nº 1993/84.

Através da Res. Secretaria nº 3.120/98 de 11/09/1998 passou a denominar-se

Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental e Médio.

Em 1.971 foi designada para responder pela Direção a professora Nair Nimia

dos Santos, através da Portaria nº 357/71.

Em 1972, foi designada para a Direção a professora Maria de Lourdes

Ramos, através da Portaria nº 599/72 de 08/03/1972 – Diário Oficial de 14/03/1972.

De 1973 a 1974 respondeu pela Direção a professora Salwa Saad Lorensini,

designada pela Portaria nº 1.588/73 de 02/08/1973.

De 1975 a 1976, esteve exercendo o cargo de Diretor o professor Osmar

Garcia Montanha, designado pela Portaria nº 284/75 de 22/05/1975.

A partir de 25/01/77 até 04/07/77, exerceu o cargo de Diretor o professor José

Antonio de Martini Lopes Vilar.

De 05/07/77 a 1982 exerceu o cargo de Diretor a professora Elvira Fiorelli

Tomazini, designada pela Res. nº 1.259 de 04/07/1977.

De 1978 a 1982 exerceu o cargo de Diretor do Colégio Estadual Vicente

Tomazini – Ensino de 2º Grau, a professora Maria de Lourdes Ramos, designada

pela Ordem de Serviço nº12/77 até a data de 25/05/1979, através da Res. nº 493/79,

publicada no Diário Oficial nº 551, foi designada diretor do Colégio Estadual Vicente

Tomazini – Ensino de 2º Grau.

A partir de 1983, foi designado, para responder pela Direção, o professor

Ademar Furini, através da Res. nº 2.722 de 27/07/83 e pela Resolução nº 204 de

13/01/1986 até 27/12/87.

A partir de 28/12/1987, foi designado para responder pela Direção, o

professor Osmar Garcia Montanha, através da Res. 04886/97 de 28/12/87 e Res. nº

3.379/89 de 07/12/89.

Em 1º /01/96, assumiu a Direção do Colégio, o professor Jorge Batista Paiva,

através da Res.4691/95, publicado no diário Oficial de 31/01/96 e empossado para

uma segunda Gestão Escolar em 1º/01/1998, através da Res. nº 4.349/97, publicado

no Diário Oficial de 20/01/98.

Em 1º /01/2002, assumiu a Direção do Colégio o professor Nelson Cortez

Torres, através da Res. 3069/01, publicado no Diário Oficial de 31/01/02 e eleito

para uma segunda gestão e empossado em 1º /01/2004, através da Res. 4254/03, e

publicado no Diário Oficial de 23/01/2004.

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Em 1º/01/2006, assumiu a Direção, a professora Jandira Rodrigues Venturini,

através da Res.0058/06 e publicado no Diário oficial de 16/01/2006.

Em 01/01/2009, assumiu a Direção atual, a professora Marcia Domingues da

Costa Fujisawa, através da Resolução 5909/08 – Diário Oficial 24/12/2008.

Em 01/01/2012, assumiu a Direção atual, a professora Márcia Domingues da

Costa Fujisawa, através da Resolução 6012/2011 - Diário Oficial 06/01/2012.

Organização Escolar

A organização escolar no Colégio Estadual Vicente Tomazini ocorre da

seguinte forma:

Período Matutino : Ensino Fundamental, Ensino Médio, Formação de Docentes da

Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental na Modalidade Normal,

em Nível Médio-Integrado - organizados por anos e por disciplinas.

Período Vespertino : Sala de Apoio, Sala de Recursos, Celem - Espanhol e o Projeto

Segundo Tempo.

Período Noturno : Ensino Médio - organizado por séries e por disciplinas, e a EJA

(Educação de Jovens e Adultos) Ensino Fundamental fase II e Ensino Médio –

organizado por disciplinas, nas formas coletiva e individual.

Ambientes Pedagógicos

a) Sala de Apoio à Aprendizagem

A abertura e funcionamento das Salas de Apoio à Aprendizagem neste

estabelecimento de ensino prevê o disposto na LDBEN 9394/96, o Parecer nº 04/98

– CNE/CEB, a Deliberação nº 007/99 – CEE e na Resolução Secretarial nº2772/11

que regulamentam a abertura e organização das turmas para alunos de 6º ao 9º ano

do Ensino Fundamental, garantindo a democratização do ensino com o objetivo de

desenvolver ações pedagógicas para enfrentamento dos problemas relacionados à

defasagem da aprendizagem da Língua Portuguesa e Matemática no que se refere

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aos conteúdos de leitura, escrita e cálculo.

O encaminhamento do aluno para a sala de Apoio à Aprendizagem, bem

como sua saída, deverá ser feito a partir da avaliação diagnóstica e descritiva pelos

professores regentes das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, em

consenso com os demais professores da turma, assessorados pela equipe

pedagógica da escola.

b) Sala de Recursos Multifuncional Tipo I

De acordo com as exigências da Lei que prevê atendimento a todos os

alunos do Ensino Fundamental de forma inclusiva aos que apresentam

necessidades especiais, este estabelecimento, através de um processo de avaliação

envolvendo o contexto escolar, a família e com apoio e acompanhamento de

profissionais da área da saúde, seleciona e avalia os referidos alunos atendendo-os

em contra turno, obedecendo a um cronograma pré-estabelecido pelo

estabelecimento, dispondo de materiais pedagógicos que atenda as necessidades

pedagógicas dos alunos.

Quanto a Sala de Recursos, considerou-se os preceitos legais que regem a

Educação Especial, como: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº

9394/96; as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica –

Parecer CNE. Nº 17/01; a Resolução CNE nº 02/01; a Deliberação nº 02/03 – CEE –

PR ; a Instrução nº 012/08 – SUED/SEED e, a Instrução nº 013/08 – SUED/SEED

que, em conjunto estabelecem critérios para a abertura e funcionamento da Sala de

Recursos para o Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio.

c) CELEM - Espanhol

As aulas de Espanhol estão sendo desenvolvidas no período da tarde e

conta com duas turmas – uma de 1º ano e uma de 2º ano - formadas por alunos,

professores, funcionários e membros da comunidade que são atendidos duas vezes

por semana, cumprindo a carga horária prevista pelo curso.

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d) Projeto Segundo Tempo

O Projeto Segundo Tempo está sendo desenvolvido no período do

vespertino, com objetivo de oportunizar a participação dos alunos de 6º ao 9º ano

em atividades recreativas e de lazer, com o intuito de elevar o nível de

aprendizagem dos educandos no que se refere ao desenvolvimento de suas

habilidades. O programa funciona em contra turno, onde os participantes são

divididos em grupos, obedecendo à faixa etária e modalidades diferenciadas,

trabalhando com Futsal, Voleibol e Ginástica contemplando a dança.

e) Biblioteca/Videoteca

A biblioteca conta com um acervo de aproximadamente 2.300 obras/livros

disponível a pesquisa e leituras diversas, possui também 19 estantes de aço, 01

armário de madeira, 01 cadeira de trabalho, 16 cadeiras de usuários, 01 fichário de

aço, 01 mesa para o responsável e 05 mesas para os usuários.

Devido à falta de espaço físico, a videoteca funciona junto com a biblioteca e

possui um acervo de 198 fita de vídeos, 50 DVDs da TV Escola – Programa Salto

para o Futuro, alguns DVDs que abordam os Desafios Educacionais

Contemporâneos e outros dos mais variados assuntos nas diversas áreas do

conhecimento. O atendimento à comunidade escolar é feito por funcionário cedido

pela Prefeitura Municipal através da Secretaria de Educação, uma vez que não há

demanda para contratação de profissional da área, o que gera problemas

pedagógicos e de funcionamento da mesma.

f) Laboratório de Química, Física e Biologia

O Laboratório de Química, Física e Biologia, encontra-se reformado e com

as adaptações necessárias que permitem o desenvolvimento de aulas práticas.

g) Laboratório de Informática – Paraná Digital

Os 20 computadores do Paraná Digital estão dispostos em uma sala ampla

destinada a esse fim. O objetivo principal do Laboratório é oportunizar aos

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professores e alunos condições de enriquecer seus conhecimentos através da

pesquisa, saciando seus anseios e curiosidades na busca do conhecimento.

h) Laboratório de Informática do Proinfo

O Colégio dispõe de uma sala onde está instalado o Laboratório de

Informática do PROINFO – Programa Nacional de Informática na Educação-,

disponível aos alunos do ensino profissionalizante. A sala é equipada com dez

computadores. As atividades a serem desenvolvidas nesta sala deverão ser

previamente agendadas em formulário próprio, o qual ficará à disposição de todos

na sala dos professores.

i) Pátio e Área Coberta

O Colégio Estadual Vicente Tomazini possui uma grande área livre, sendo

parte da mesma destinada à jardinagem, horta e pátio coberto, computando um total

de 2.114m².

j) Quadra de Esportes

Para atender a demanda das atividades esportivas, o estabelecimento conta

com duas quadras de esportes, sendo uma coberta e uma ao ar livre. Estes espaços

são também utilizados em outras atividades: festa junina, comemorações de datas

especiais, encontros com as famílias, entre outras.

QUADRO GERAL DE PESSOAL

Nº NOME FUNÇÃOVINCULO

NÍVEL DE FORMAÇÃO

GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO

1

Andréia Ribeiro Profª QPM Letras

Metodologia e

Técnicas de Pro-

dução de Texto

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2Andressa de Lima Vil-

vertProfª REPR

Ciências

Biológicas - - - -

3Ângela Maria da Cruz

SilvaProfª REPR Pedagogia

Psicopedagogia

Institucional

4Ângela Maria Vilvert

MartinsProfª QPM Matemática

Metodologia do

Ensino Superior

5Cláudia Maria Radi-

guieri Profª QPM

Educação Fí-

sica

Metodologia do

Treinamento

Desportivo

6

Cristina Rossio

Fretola AraujoProfª REPR Geografia

Educação Especial e

Inclusiva

7

Daniel Venturini Prof. QPM Matemática

Metodologia do

Ensino de Mate-

mática

8

Débora Domingues

da Costa Faxina

Profª REPR Pedagogia Pedagogia Escolar

9

Denize Padovan da

Silva

Profª QPM Matemática Pedagogia Escolar

10

Edilane Caldeira Cor-

tez Profª QPM Letras

Metodologia do

Ensino da Arte

11 Edjane Holanda de

Moraes

Profª QPM Matemática

Metodologia do

Ensino Aprendi-

zagem da Mate-

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mática no Pro-cesso

Educativo

12

Eliane Cristina Rissi Profª REPR Letras ----------

13Ermelinda da

Conceição Moreira

Profª

Pedag

oga

REPR PedagogiaMagistério da

Educação Básica

14

Eva Brizzi Duim

RufatoProfª QPM Letras

Metodologia do

Ensino Superior

15

Fátima Beltramin ProfªREPR Matemática

Ensino de Mate-

mática e Física

16

Flávia Soares da Silva Profª REPR PedagogiaPsicopedagogia

Institucional

17

Franciele Santos

GomesProfª QPM

Ciências

Biológicas

Metodologia do

Ensino de Química e

Biologia

18

Ironi Mani

Profª /

Vice

direto-

ra

QPM Biologia

Magistério da

Educação Básica

19

Isabel Madalena

Muniz

Profª

Peda-

gogaQPM Pedagogia

Orientação Edu-

cacional

20 Izabel Cristina Tino

PoleciProfª

QPM Letras - - -

21 Ivone Aparecida Mar-

rafão Profª QPM

Letras e Pe-

dagogia

Didática e Meto-

dologia de Ensino

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22 Janaina Rodrigues

Santos RaimondiProfª

REPR LetrasLíngua Portuguesa

23 Jandira Rodrigues

Venturini Profª QPM LetrasPedagogia

24

Jorge Batista Paiva Prof. QPM

Esquema II e

Ciências /

Matemática

Pedagogia Esco-lar:

Supervisão,

Orientação e Admi-

nistração

25

Kathia Eiko Fujisawa Profª QPM Letras

Pedagogia Escolar:

Supervisão,

Orientação e

Administração

26

Luciana Moreira Va-

lêncio AlvesProfª QPM Matemática

Metodologia do

Ensino da Mate-

mática no Pro-cesso

Educativo

27Lucinéia Cândido Profª REPR História

- - - -

28

Luiz Donizeti Jeromi-

neProf. QPM Matemática

Metodologia do

Ensino da Mate-

mática no Processo

Educativo

29Marcia Domingues da

Costa FujisawaDireto-

raQPM

Educação

Artística

Didática e Meto-

dologia do Ensino

30

Márcio Renato Trinda-

de da SilvaProf. QPM Matemática

Pedagogia Escolar:

Supervisão,

Orientação e

Administração

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31Maria Aparecida Mo-

reira Gobetti Profª QPM História Didática e Meto-

dologia do Ensino

32Maria Aparecida

Campos Rodrigues Profª REPR Letras

---------

33

Maria Elizabete da Sil-

va

Profª REPR

Pedagogia/

Orientação

Escolar

Língua Portuguesa e

Literatura Brasileira

34Maria Filomena Var-

gas Soares da SilvaProf.ª

QPMEstudos So-

ciais

Pedagogia Escolar:

Supervisão,

Orientação e Ad-

ministração

35 Maria Gomes do Nas-

cimento Filha Profª QPM Letras

Processo de Ensino

Aprendizagem da

Líng. Portuguesa

36

Maria Regina Toma-

zini TerraProfª QPM

Estudos So-

ciais

Educação Especial e

Metodologia do

Ensino – Apren-

dizagem da Geo-

grafia

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37Marinês Caldeira Cor-

tezProfª REPR Letras

Educação Especial

38 Marli Lourenço

Gomes

Profª

Peda-

gogaQPM Pedagogia

Orientação Edu-

cacional

39Nelson Cortez Torres

Prof. QPM

Disciplinas

Profissionali-

zantes do

Ens. do 2º

Grau

Metodologia do En-

sino

40

Níxon Ubirajara TerraProf. QPM

Educação Fí-

sica

Educação Física

Escolar

41Palmira Adelaide Fre-

gadolli MarinProfª QPM

Letras – An-

glo – Portu-

guesaDidática e Meto-

dologia do Ensi-no

Superior

42 Rizalva Barbosa de

Morais Profª QPMEstudos So-

ciais

Didática e Meto-

dologia de Ensino

43 Rosângela de Fátima

Carmona FajardoProfª REPR Letras

Metodologia do

Ensino da Arte

44Rosemeire de Souza

Moreira Profª REPREducação Fí-

sica - - -

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45Rosinei Maria H. Mi-

cheletti Profª QPM Pedagogia Gestão Escolar

46 Sandra Yara Gomes Profª REPR MatemáticaEnsino de Mate-

mática

47 Sandro Renato Mitro-

vini da SilvaProf. QPM

Educação Fí-

sica

Ciências do Mo-

vimento Humano

48 Silvana Calarga Ra-

mos Prof.ª QPMEstudos

Sociais

Metodologia do

Ensino da História no

Processo Educativo

49 Sônia de Fátima de

Souza Sette Profª QPMEstudos So-

ciais

História Contem-

porânea

50Tânia Mara Margatto

Profª REPR Pedagogia - - -

51Tatiane E Silva Bris-

chiliari Profª REPR

Letras: Por-

tuguês/In-

glês

Abordagens Lin-

guísticas e Literárias

52 Valdeci Maria

Trainotti Tomio Profª QPMEducação

Artística

Didática e Meto-

dologia do Ensino

QUADRO DE RECURSOS HUMANOS – AGENTES EDUCACIONAIS I E II

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Nº NOME FUNÇÃO VINCU-LO

NÍVEL DE FORMAÇÃO

GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO

1Alzira dos Santos

Garcia

Agente

Educaci-

onal II

QFEB Ciências Psicopedagogia

2Creusa Bobbo dos

Santos

Agente

Educaci-

onal II

QFEB Pedagogia Psicopedagogia

3Débora Porfírio

Santana

Agente

Educaci-

onal II

QFEB Direito ----

4 Dinorá Petronilho

da Silva

Agente

Educaci-

onal I /

Secretá-

ria

QFEB Pedagogia Psicopedagogia

5Euzébio Alves

Agente

Educaci-

onal I

QFEB Ensino

Fundamen-

tal

-----

6 José Albino Veredi-

ano

Agente

Educaci-

onal I

QFEB Ensino

Médio

-----

7

Levina Aparecida

de Souza Casttelan

Agente

Educaci-

onal I

QFEB Ensino

Médio -----

Loreli José Gomes Agente QFEB Ensino -----

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8 Manduca Educaci-

onal I

Médio

9 Lucia Silvestre

Bueno Bastos

Agente

Educaci-

onal I

QFEB Ensino

Médio

-----

10Maria Ap. Gonçal-

ves de Menezes

Agente

Educaci-

onal I

QFEB Ensino

Médio

------

11 Maria Quitéria H.

de Moraes

Agente

Educa-

cional I

QFEB Ensino

Médio

-----

12

Milton Gonçalves

de Freitas

Agente

Educa-

cional II

QFEB Pedagogia -----

13 Noemia Alves da

Fonseca

Agente

Educa-

cional I

REPR Ensino

Médio

------

14 Sandra Cristina

Moreira Gobetti

Agente

Educa-

cional II

QFEB

Biologia Metodologia para o

Ensino da Arte

15 Valdinei Alves

Martins

Agente

Educa-

cional I

QFEB Ensino

Fundamenta

l

-----

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3 OBJETIVOS GERAIS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

• Compreender a cidadania como participação social e política, assim como

exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia,

atitudes de cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para

si o mesmo respeito;

• Atender igualmente aos sujeitos seja qual for sua condição social e econômica,

seu pertencimento étnico e cultural, de sexo, de religião e às possíveis necessidades

especiais para aprendizagem;

• Propor o ensino dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade,

que contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicos

presentes nas estruturas da sociedade contemporânea, propiciando à compreensão

da produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que

elas se constituem;

• Propiciar a aquisição do conhecimento, respeitando a especificidade da infância e

da adolescência, nos aspectos físicos, psicológicos, intelectual, social e cognitivo;

• Considerar o ensino de nove anos como uma etapa da educação capaz de

assegurar a cada um e a todos o acesso aos conhecimentos e aos elementos da

cultura imprescindíveis para o seu desenvolvimento pessoal e para a vida em

sociedade.

• Incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias,

valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização) e de avaliação

que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade de

uma transformação emancipadora.

4 MARCO SITUACIONAL

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O Estabelecimento Escolar no Atual Contexto da Realidade Brasileira, do

Estado e do Município nas últimas décadas vem se transformando. A revolução

tecnológica atual tem provocado mudanças rápidas e profundas, não só no mundo

do trabalho, como na comunicação, na vida cotidiana e principalmente no

pensamento. Todas essas mudanças têm repercutido na vida, no trabalho e na

educação das pessoas.

No Colégio Estadual Vicente Tomazini não tem sido diferente, mesmo

pertencendo a um município tão pequeno é possível observar tais mudanças.

Francisco Alves está localizado na rota internacional do tráfico, situado em uma área

de fronteira:Paraguai e divisa com Mato Grosso do Sul, o que o torna vulnerável a

ações de violência.

Vivemos, portanto em uma cidade com vários problemas que, apesar de

seu pequeno porte, não podemos considerá-la tranquila.

Os problemas e os desafios já citados repercutem no espaço escolar

contribuindo para o surgimento de situações como: indisciplina, problemas com a

frequência, baixo rendimento escolar, desequilíbrio emocional, burocracia em

excesso e falta de apoio familiar.

Caracterização da Comunidade: No que se refere à comunidade franciscoalvense,

a mesma é formada em sua grande maioria por filhos de trabalhadores, muito deles

não possuem emprego fixo ou têm como alternativa o trabalho como “bóias-frias”.

Outra parte da população é formada de pequenos produtores e

arrendatários, possuindo baixa renda, quase insuficiente para garantir a

sobrevivência das famílias.

Por outro lado, apresentam-se como uma parte dessa comunidade, os filhos

de comerciantes e funcionários públicos.

Assim sendo, a escola, como um espaço onde deve acontecer a

democratização e socialização do conhecimento, onde a diversidade cultural deve

ser respeitada, cabe a ela apropriar-se de sua função histórica e social, no sentido

de ir ao encontro das necessidades dos trabalhadores e dos filhos dos

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trabalhadores, na perspectiva da emancipação humana e social dos que almejam

uma sociedade mais inclusiva.

Aprendizagem: Ao se fazer a análise crítica da aprendizagem, buscou-se

informações nos dados estatísticos do estabelecimento de ensino – relatório final, no

que se refere às taxas de aprovação e reprovação (anexo I), bem como nos

resultados do IDEB- Índice de Desenvolvimento na Educação Básica (anexo II e III)

e da Prova Brasil (anexo IV e V), onde se percebeu que houve uma evolução

bastante significativa no trabalho pedagógico desenvolvido. Porém, nota-se que

ainda é preciso avançar para que a educação alcance níveis satisfatórios, pois os

índices apresentados nos documentos citados apontam para uma taxa de

reprovação que, embora tenha evoluído, ainda está abaixo do almejado. Este fato se

agrava no período noturno com o alto índice de desistência. Dentre os muitos

fatores que contribuem para a não aprendizagem, considera-se a falta de

comprometimento de alguns professores em relação à pontualidade, na preparação

de aulas, domínio de classe, bem como resistência em trabalhar com materiais

didáticos pedagógicos, principalmente com o uso das novas tecnologias.

Destaca-se ainda a rotatividade dos profissionais de educação no que se

refere ao suprimento – principalmente de professores Processo Seletivo Simplificado

- PSS, licenças prêmio e médica, entre outros.

Ao depararmos com a nova realidade – implantação do ensino fundamental

de nove anos, instalou-se uma preocupação com esse alunado constituído, em sua

grande maioria, de crianças e adolescentes que no ano anterior (5º ano) eram

repetentes da quarta série, apresentando incompatibilidade idade/ano, agrupados

em uma única turma.

Diante da problemática apresentada, este estabelecimento de ensino dividiu

este grupo de alunos em dois 6º anos, mesclando com os alunos reprovados na

quinta série.

Avaliação: De acordo com o Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino, a

avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento

global do aluno, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos e registrada bimestralmente. No entanto, ao observar as práticas

avaliativas e os Registros de Classe de alguns professores, evidenciam-se algumas

falhas no que se refere ao uso de ferramentas avaliativas diversificadas, incoerência

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entre critérios avaliativos e conteúdos avaliados. Nota-se também que a

recuperação de conteúdos, em muitos casos, se detém apenas em recuperar notas,

pois não ocorre a retomada paralela de conceitos e conteúdos através de

metodologias diferenciadas que possibilitarão ao educando avançar no processo de

ensino aprendizagem, podendo diminuir ou mesmo sanar as dificuldades

encontradas.

Formação Inicial e Continuada de Professores e Funcionários: Ao observar a

prática do professor e funcionário iniciante é notório que a formação acadêmica dos

mesmos não contribui suficientemente para que realizem o trabalho educativo.

Entretanto, apesar do empenho de muitos e do avanço das experiências já

realizadas, nota-se certa distância entre o conhecimento e a atuação da maioria dos

educadores e as novas concepções do trabalho educacional. Daí a importância da

formação continuada ofertada pela SEED – Secretaria de Estado da Educação, a

todos os seus profissionais. Porém, é visível os vários intervenientes que impede a

efetivação dessa formação de maneira eficaz: a dificuldade de participação de

professores e funcionários com vínculo PSS – Processo Seletivo Simplificado-, aulas

extraordinárias e sem fixação na semana pedagógica do início do ano; a formação

em ação que acontece na hora atividade do professor, que nem sempre coincide

com o dia da semana estabelecido para cada disciplina.

Da implantação do Ensino Fundamental de Nove Anos surge a necessidade

de assegurar aos alunos um percurso contínuo de aprendizagem e a articulação de

todas as etapas da educação, especialmente do Ensino Fundamental das séries

iniciais com as séries finais do Ensino Fundamental e, deste com o Ensino Médio.

Diante da nova realidade, faz-se necessário que todos os profissionais da educação

recebam formação específica, garantindo assim a qualidade na Educação Básica.

Organização do Tempo e do Espaço Escolar:O tempo e espaço escolar neste

estabelecimento de ensino encontram-se organizados em ano, tendo como princípio

orientador o conhecimento.

Há uma preocupação com esta organização pois ela, por si só, não dá conta

do desenvolvimento integral do educando.

Equipamentos Físicos e Pedagógicos: Sabe-se que os meios, por si sós, não são

capazes de trazer contribuições para a área educacional e que eles são ineficientes

se usados como o ingrediente mais importante do processo educativo, ou sem a

reflexão humana. Mesmo aqueles que defendem a tecnologia, proclamando apenas

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seus benefícios, deveriam considerar que a tecnologia educacional deve adequar-se

às necessidades do Projeto Político Pedagógico, colocando-se à serviço de seus

objetivos e nunca os determinando. Sob esta ótica, percebe-se que, como a maioria

dos seres humanos, os profissionais da educação deste estabelecimento, temem a

mudança, resistindo muitas vezes em aceitar que a ousadia do mundo moderno

precisa estar presente no cotidiano da escola.

Relações de Trabalho na Escola: Compreender as relações de trabalho na escola

é necessário para apontar propostas que possibilitam a participação de todos os

atores (alunos, pais, professores, especialistas, diretores e instâncias colegiadas).

A participação é requisito essencial para a democratização das relações no

interior das escolas públicas. É importante assinalar, nesse sentido, a necessidade

de um trabalho coletivo, o que envolve a participação de todos na tomada de

decisões.

Porém, o que se observa, é que em alguns momentos, as relações de

trabalho entre a comunidade escolar está muito marcado por uma concepção de

participação atrelada ao momento da execução. É conveniente dizer que esta

realidade está associada ao fato de que as instâncias colegiadas são constituídas

em sua grande maioria, por pais trabalhadores que, na luta pela sobrevivência,

cumprem jornadas de trabalho que ocupam parte de seu tempo, sobrando pouco

para exercer efetivamente as funções assumidas no âmbito escolar. Fato que não

acontece exclusivamente com os membros das instâncias colegiadas, mas se

estende a maioria dos pais, com influência no processo ensino aprendizagem.

Professores e pedagogos estão abertos às mudanças decorrentes dos

avanços científicos, mas encontram dificuldades para a execução de novas práticas,

dificuldades estas, devido às falhas em sua formação, muito específica, o que

dificulta a compreensão da teoria que embasa a educação, bem como a sua

importância para a efetivação da prática pedagógica.

Em relação aos pedagogos, vale acrescentar que os mesmos vêm

desenvolvendo, em alguns momentos, atividades que fogem às que são próprias de

sua função: atendimento a alunos que demonstram indisciplina em sala de aula,

suprindo a falta do professor, indo para a sala de aula, resultando em certo

comprometimento na efetivação de seu trabalho. Em relação aos funcionários –

Agentes I e II, ainda não se tem claro as especificidades de sua função,

principalmente no que se refere ao seu papel de educador.

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Contradições e Conflitos Presentes na Prática Docente: As práticas educativas

com uso de aulas tradicionais continuam acontecendo. Embora os professores

tenham tido acesso às teorias críticas da educação – em momentos de formação

continuada, sua prática ainda não é condizente com as mesmas.

Critérios de Organização e Distribuição de Turmas: Os critérios seguidos para a

distribuição de turmas no período matutino estão relacionados ao número de salas

disponíveis e idade de alunos. No Ensino Médio noturno, considera-se também a

idade do aluno. É importante salientar que o estabelecimento enfrenta dificuldades

em relação aos alunos com idade inferior a dezesseis anos, que encontram trabalho,

contratados como Menor Aprendiz e que necessitam estudar no período noturno. O

problema apresentado se agrava quando o aluno menor está matriculado no Ensino

Fundamental, que não é ofertado no período noturno por não atender a demanda

necessária para abertura de turmas.

Organização da Hora/atividade: Diante do fato de que a grande maioria dos

professores que ministram aulas neste estabelecimento de ensino também o fazem

em outras escolas, quando não, até mesmo em outros municípios – Iporã, Cafezal,

Palotina, a distribuição da hora/atividade fica comprometida pois não é possível

atender na íntegra o que estabelece a legislação vigente. Outrossim, refere-se a

falta de espaço físico específico para o desenvolvimento desta atividade, o que

dificulta os trabalhos. Portanto, a hora/atividade, nesta instituição, acontece

seguindo, na medida do possível, a legislação sendo:

Segunda-feira: História, Geografia, Sociologia e Filosofia;

Terça-feira: Língua Portuguesa e LEM- Inglês;

Quarta-feira: Matemática e Física;

Quinta-feira: Biologia, Ciências e Química;

Sexta-feira: Arte, Educação Física e Ensino Religioso.

Alunos com Necessidades Educacionais Especiais: No período matutino

frequentam 12 alunos com necessidades educacionais especiais distribuídos de 6º

ao 9º e no ensino médio, que frequentam a Sala de Recursos Multifuncional -

Tipo I, na área da Deficiência Intelectual, Deficiência Física

Neuromotora,Transtornos Globais do Desenvolvimento e Transtornos Funcionais

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Específicos, no período vespertino. Os mesmos apresentam diagnóstico de

Deficiência Intelectual, Transtornos de Deficiências Específicas e Transtornos

Globais do Desenvolvimento.

Convém destacar que estes alunos, no período matutino estão inclusos em

turmas numerosas – o que dificulta o atendimento individual e na aplicação de

atividades de adaptação curricular.

Além dos já avaliados, conta-se com mais 6 alunos em processo de

avaliação.

Conselho de Classe: Obedecendo às normas da SEED, o conselho de classe deve

acontecer em três momentos distintos: pré-conselho, o conselho propriamente dito

e, pós-conselho. O Colégio Vicente Tomazini busca atender as normas

estabelecidas para realização do conselho de classe, tendo encontrado dificuldade

em realizá-lo com a eficácia necessária considerando a sua importância no processo

ensino aprendizagem. Dentre as dificuldades enfrentadas, cita-se: o grande número

de turmas no período matutino que tem levado a estender essa prática para além

do dia previsto no calendário; o pós-conselho, por sua vez, acaba ocorrendo de

forma isolada pois a equipe pedagógica responsável pelo redirecionamento das

ações pedagógicas apontadas, tem parte de seu tempo gasto em atender questões

que deveriam ser resolvidas em sala de aula pelo próprio professor. Na

oportunidade, são convidados os representantes de turmas e das instâncias

colegiadas para participarem do Conselho de Classe. Embora nem sempre os

mesmo comparecem.

5 MARCO CONCEITUAL

Em nossa sociedade, marcada por práticas sociais excludentes e por uma

educação escolar tradicionalmente assentada na dominação e no controle do

indivíduo, qualquer intenção de formação humana voltada para a emancipação deve

tomar como objetivo uma formação cultural que desenvolva a auto-reflexão crítica.

Deve-se pensar, assim, na possibilidade de uma formação que leve em

consideração a capacidade do indivíduo tornar-se um cidadão crítico, participativo,

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responsável e criativo, isto é, que deseja ser capaz de interpretar as condições

histórico- culturais da sociedade em que vive de forma crítica e reflexiva, impondo

autonomia às suas próprias ações e pensamentos, transformando a realidade. Tudo

isso implica no entendimento de como se dá o desenvolvimento humano. Para tanto,

cabe aos profissionais da educação apropriar-se dos conceitos de infância e

adolescência que nortearão o desenvolvimento do trabalho pedagógico na

instituição escolar.

Assim sendo, referencia-se a concepção de infância e adolescência como

uma fase da vida onde os indivíduos encontram-se em pleno desenvolvimento e

que, portanto, necessitam de atendimento e cuidados especiais para se

desenvolverem plenamente. Essas necessidades e cuidados são postos em termos

de direitos, estendendo-se ao conjunto desse segmento, sem discriminação de

qualquer tipo, cabendo ao poder público, à família, à escola e à sociedade,

assegurar com absoluta prioridade a efetivação desses direitos relativos à

sobrevivência e ao seu desenvolvimento. É um ser completo, com suas próprias

características e deve ser entendido dentro de seu estágio de vida. Assim, a escola

não complementa ou molda a criança ou o adolescente, mas sim proporciona

condições para que se desenvolvam plenamente.

Portanto, ao cuidar e educar – funções indissociáveis, a escola promoverá

ações integradas que busquem articular-se pedagogicamente, no interior da própria

escola, e também externamente, com os serviços de apoio aos sistemas

educacionais e com as políticas de outras áreas, para assegurar a aprendizagem, o

bem estar e o desenvolvimento do aluno em todas as suas dimensões.

Para complementar o aqui exposto, cabe observar a concepção de cuidar e

educar expressa nas Orientações Pedagógicas Para o Ensino Fundamental de Nove

Anos:

Educar, portanto, é humanizar. Isso significa afirmar que “a natureza humana não é dada ao homem, mas é por ele produzida sobre a base da natureza biofísica. Conseqüentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 1992, p.21).Destaca-se que o trabalho é elemento central na constituição do homem como ser social. É por meio do Trabalho que o homem supera a condição meramente animal e produz capacidades especificamente humanas. Pode-se afirmar esta passagem do ser natural para o social, porque, o homem, ao trabalhar, além de modificar a natureza, modifica-se a si mesmo, em todos os aspectos que o constituem social e biologicamente ( LUCKÁCS, 1981).

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Portanto, na ânsia de se opor à desumanização, à degradação da vida e a

toda sorte de injustiças sociais produzidas pela sociedade capitalista, almeja-se uma

concepção de sociedade que seja mais justa, mais igualitária e, portanto mais

humana, não devendo partir de idéias, especulações ou fantasias, mas do processo

de desenvolvimento real e concreto em que os homens estão envolvidos, de modo a

compreender tanto a lógica desta forma de sociedade quanto a possibilidade de

superá-la, partindo das suas próprias contradições.

Nesse sentido, a escola exerce uma função social insubstituível e

inestimável. Sua função pedagógica e de educação continua sendo a formação da

consciência e do entendimento de mundo. É considerada uma das mais importantes

instituições da sociedade, e cada indivíduo tem o direito de participar e de ali formar-

se como cidadão consciente, crítico e presente. Ressalta-se então a necessidade de

uma concepção de cidadania que seja de aplicação e domínio públicos, objetivando

evitar que soluções contingentes sejam adotadas sem consideração dos possíveis

reflexos nas vidas de outras pessoas e das gerações futuras. A cidadania, portanto,

não é uma noção abstrata desligada dos fatos concretos, mas expressa maneiras

de, em igualdade de condições e possibilidades, todos participarem na proposição

de soluções e serem capazes de formularem posições que mantenham a coerência

e sistematicidade de procedimentos passados, presentes e futuros.

Assim, a escola se constitui num espaço composto por diversos aspectos,

todos entrelaçados de tal forma que as questões sociais emergentes permeiam o

currículo.

A escola como espaço vivo e democrático privilegiado da ação educativa

deve levar em conta que a prática social é a fonte do conhecimento, e que a teoria

deve estar a serviço de e para uma ação transformadora.

Assim sendo, compreende-se o conhecimento como um processo humano,

histórico, incessante de busca de compreensão, de organização, de transformação

do mundo vivido e sempre provisório, que tem origem na prática do homem e nos

processos de transformação da natureza. É visto também como uma ação humana

atrelada ao desejo de saber. Só o homem por ser pensante, pode ser sujeito,

somente ele pode desejar a mudança, porque só a ele lhe falta a plenitude.

Para melhor explicar as concepções de homem e conhecimento, faz-se

referência aos estudos de Vygotsky:

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Na abordagem vygotskyana, o homem é visto como alguém que transforma e é transformado nas relações que acontecem em uma determinada cultura. O que ocorre não é uma somatória entre fatores inatos e adquiridos e sim uma interação dialética que se dá, desde o nascimento, entre o ser humano e o meio social e cultural em que se insere. Assim, é possível constatar que o ponto de vista de Vygotsky é que o desenvolvimento humano é compreendido não como a decorrência de fatores isolados que amadurecem, nem tampouco de fatores ambientais que agem sobre o organismo controlando seu comportamento, mas sim como produto de trocas recíprocas, que se estabelecem durante toda a vida, entre indivíduo e meio, cada aspecto influindo sobre o outro ( NEVES e DAMIANI, 2006).

Partindo da concepção de que o conhecimento científico é uma produção

social - e, portanto, envolve uma ampla teia de sujeitos e relações e resulta de uma

complexa base de conhecimentos já elaborados ao longo da história – parece

evidente a dificuldade de o aluno, individualmente, como fruto de sua própria

subjetividade, construir conhecimentos. A produção de novos conhecimentos requer,

não só a interação entre sujeitos, como o domínio prévio de uma significativa

bagagem de conhecimentos já disponíveis na sociedade. Assim, quando se diz que

o aluno vai produzir seu próprio conhecimento, deve-se entender que o aluno está,

neste caso, produzindo sua elaboração subjetiva acerca do real, a partir dos

elementos ( experiência empírica, teorias, explicações, etc.) que o professor, como

mediador, disponibiliza para ele. Por outro lado, a prática pedagógica não deve se

configurar como uma inculcação mecânica e acrítica de descrições, classificações,

regras e dados isolados, pois não há aprendizagem sem uma participação ativa,

cognitiva e prática, do aluno. Entende-se assim, que ao isolar um dos elementos do

processo, dando-lhe primazia sobre o outro, ambas as perspectivas são

problemáticas ( PARANÁ, 2008).

A relação ensino aprendizagem deve se expressar como relação entre

sujeitos. Isto é, o projeto pedagógico deve se constituir numa relação entre dois

sujeitos, com características específicas – o professor e o aluno-, e a relação que se

estabelece entre eles é de ensino aprendizagem. Assim, tal como não se pode

negar ao aluno o caráter de sujeito do processo, da mesma forma não se nega igual

caráter ao professor. Ou seja, ambos são sujeitos do mesmo processo, porém, com

participações diferenciadas. Ao professor, enquanto detentor dos fundamentos do

conhecimento científico, cabe o papel de mediador, ou seja, de desenvolver

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procedimentos adequados para viabilizar a apropriação desse conhecimento pelos

alunos.

A estes cabe o esforço teórico-prático dessa apropriação. Para ilustrar a

concepção de ensino aprendizagem, veja:

Quanto ao "professor vygotskyano", Freitas (2000) explica que é aquele que, detendo mais experiência, funciona intervindo e mediando a relação do aluno com o conhecimento. Ele está sempre, em seu esforço pedagógico, procurando criar Zonas de Desenvolvimento Proximal (ZDP's), isto é, atuando como elemento de intervenção, de ajuda. Na ZDP, o professor atua de forma explícita, interferindo no desenvolvimento dos alunos, provocando avanços que não ocorreriam espontaneamente. Vygotsky, dessa forma, resgata a importância da escola e do papel do professor como agentes indispensáveis do processo de ensino-aprendizagem. O professor pode interferir no processo de aprendizagem do aluno e contribuir para a transmissão do conhecimento acumulado historicamente pela Humanidade. É nesse sentido que as idéias de Vygotsky sobre a Educação constituem-se em uma abordagem da transmissão cultural, tanto quanto do desenvolvimento ( NEVES e DAMIANI, 2006).

É importante lembrar também, que o ensino aprendizagem não pressupõe a

inexistência do método- uma vez que exige sistematização-, mas requer uma rica

variedade de estratégias, bem como o conhecimento e domínio do que seja a

alfabetização e o letramento por parte do coletivo da escola.

Assim, um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita é a

aquisição de uma tecnologia – a aprendizagem de um processo de representação:

codificação de sons em letras ou grafemas e decodificação de letras ou grafemas

em sons; a aprendizagem do uso adequado de instrumentos e equipamentos: lápis,

caneta, borracha, régua...; a aprendizagem da manipulação de suportes ou espaços

de escrita: papel sob diferentes formas e tamanhos, caderno, livro, jornal...; a

aprendizagem das convenções para o uso correto do suporte: a direção da escrita

de cima para baixo, da esquerda para a direita.

A essa aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das

técnicas para seu uso é que se conceitua como alfabetização, enquanto a

concepção de letramento é o desenvolvimento de competências para o uso da

tecnologia da escrita, isto é, apropriar-se das habilidades que possibilitam ler e

escrever de forma adequada e eficiente, nas diversas situações em que precisamos

ou queremos ler ou escrever: ler e escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em

diferentes suportes para diferentes objetivos, em interação com diferentes

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interlocutores, para diferentes funções: para informar ou informar-se, para interagir,

para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimento, para seduzir ou

induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à memória, para catarse...

A avaliação escolar deve estar relacionada à concepção de homem, de

sociedade e ao Projeto Pedagógico da instituição. Assim, o ato de avaliar estará

relacionado aos objetivos da educação escolar, pois são eles que nortearão os

critérios de análise do aproveitamento do educando no processo ensino

aprendizagem.

Dessa forma, avaliar implica numa reflexão crítica sobre a prática, no sentido

de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma

tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos, acompanhando o

processo de construção do conhecimento do aluno, estabelecendo um diálogo

educador-educando-contexto de aprendizagem. Avaliar para que o aluno aprenda

mais e melhor ( VASCONCELLOS, 2005).

Para conceber um trabalho produtivo, a escola deve se fundamentar em

princípios de transparência, participação e democracia, de modo a garantir os

direitos fundamentais dos cidadãos. Nesse sentido, a proposta para uma educação

para cidadania deve contribuir para fazer de cada indivíduo um agente de

transformação. Desta forma, a escola em sua prática cotidiana possibilitará a

formação de sujeitos capazes de tomarem decisões e em condições de intervirem e

transformarem a realidade em que vivem.

A necessidade de transformar a sala de aula tem levado a maioria das

escolas públicas e privadas ao uso de novas tecnologias e a repensar o uso de

metodologias na tentativa de construir um currículo que contemple os interesses dos

alunos e as mudanças globais que ocorrem tão rapidamente. Dessa forma, a

pesquisa em sala de aula e o uso da Internet deve ter lugar de destaque no cenário

educativo.

A concepção de tecnologia na educação abrange a informática, mas não se

restringe a ela. Inclui também o uso da televisão, vídeo, rádio e até mesmo cinema

na promoção da educação. Entende-se tecnologia como sendo o resultado da fusão

entre ciência e técnica. O conceito de tecnologia educacional pode ser enunciado

como o conjunto de procedimentos (técnicas) que visam "facilitar" os processos de

ensino e aprendizagem com a utilização de meios (instrumentais, simbólicos ou

organizadores) e suas consequentes transformações culturais.

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O uso de tecnologia em educação não é recente. Um dos grandes desafios

do mundo contemporâneo consiste em adaptar a educação à tecnologia moderna e

aos atuais meios eletrônicos de comunicação.

Quanto a concepção de gestão democrática pode-se dizer que a palavra

gestão significa o ato de gerir, administrar negócio próprio ou alheio, enquanto que

para a administração escolar podemos dizer que é o diretor que gesta a escola por

meio do exercício da função para a qual foi eleito, portanto, deve prestar contas de

suas ações, respeitando o disposto nos documentos que regem o funcionamento da

unidade escolar: o Projeto Político Pedagógico, o Regimento Escolar e o Plano de

Ação.

Essa gestão deve ser democrática, ou seja, o diretor deve buscar a

participação de toda a comunidade escolar para discutir e propor ações que

determinam o bom andamento do processo pedagógico e, por consequência, da

aprendizagem dos alunos.

Dessa forma, o gestor também tem a responsabilidade de prestar contas das

ações realizadas segundo os documentos já citados, pois a uma gestão democrática

implica a participação de todos.

Nesse sentido, é necessário trazer a família e demais membros da

comunidade à escola de forma a favorecer a sua participação no processo educativo

debatendo resultados e necessidades para propor ações compartilhadas entre

Conselhos Escolares, Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Grêmios

Estudantis para acompanhamento e aplicabilidade de recursos que chegam a

escola: Plano de Ações Articuladas, Programa dinheiro Direto na Escola, Programa

de Desenvolvimento Educacional – Escola, dentre outros(CINFOP/UFPR, 2005).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N.o 9394/96, em seu Art.

3º, inciso VIII, contempla o princípio da gestão democrática, e em seu Art.14,

especifica a participação dos profissionais da educação e da comunidade escolar na

elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola. Em cumprimento à LDB

e em consonância com a Deliberação no 014/92 do Conselho Estadual de Educação

do Paraná é que este estabelecimento de ensino busca elaborar seu Projeto

Político Pedagógico – PPP, que deve expressar os fundamentos filosóficos,

pedagógicos e psicológicos da comunidade escolar, estabelecendo assim, um ideal

de homem que se quer formar- formação esta que se realiza por meio de um

currículo.

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Ao expressar e legitimar a intencionalidade da escola, o currículo deve

explicitar: os conteúdos de cada área do conhecimento; a metodologia de ensino e

práticas avaliativas; o direito à apropriação do conhecimento produzido

historicamente; a socialização e apropriação dos conteúdos, enquanto compromisso

com a emancipação dos sujeitos, sendo esta intenção voltada para a formação de

um sujeito histórico-social construído nas determinações das relações de classe

(PARANÁ, 2008).

No trabalho pedagógico proposto no PPP deve estar claro o processo de

ensino aprendizagem, com todas as variáveis que o constitui: a organização dos

conhecimentos, do espaço e do tempo escolar, a relação professor-aluno e a

metodologia de ensino, abrangendo ainda, a revisão de concepção de

aprendizagem, assim como da avaliação e do conselho de classe.

Embasado no PPP e na Proposta Pedagógica Curricular - PPC, o professor

deve elaborar o seu Plano de Trabalho Docente - PTD, no qual antecipará sua ação

docente, organizando seu tempo e norteando suas ações educacionais. No PTD

deve constar o registro do que ele pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que,

e, com quem fazer, pressupondo a reflexão sistemática da prática educativa.

Buscando uma reflexão avaliativa dos conteúdos dados, da qualidade do

trabalho desenvolvido, do aproveitamento dos alunos, do desempenho e da

metodologia utilizada pelos professores, o Conselho de Classe torna-se um

momento privilegiado para redefinir práticas pedagógicas com o objetivo de superar

a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino

que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem. Nesta perspectiva, o

Conselho de Classe rompe, no âmbito escolar, com uma estrutura colegiada

autoritária, burocrática e excludente( PARANÁ, 2010).

Considerando a necessidade de uma revisão constante do processo ensino

aprendizagem, a Formação Continuada vem contribuir para construção e

reorganização de conhecimentos, metodologias e teorias a partir de uma reflexão

crítica dos profissionais da educação, como diz Imbernón:

A formação terá como base uma reflexão dos sujeitos sobre sua prática docente, de modo a permitir que examinem suas teorias implícitas, seus esquemas de funcionamento, suas atitudes etc., realizando um processo constante de auto-avaliação que oriente seu trabalho. A orientação para esse processo de reflexão exige uma proposta crítica da intervenção educativa, uma análise da pratica do ponto de vista dos pressupostos ideológicos e comportamentais subjacentes (2001 p.48-49).

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O exposto se confirma nas Orientações Pedagógicas para o Ensino

Fundamental de Nove Anos:

Entende-se por formação continuada o processo permanente e sistemático de reflexão sobre a práxis pedagógica, que amplia a autonomia do professor sobre o trabalho pedagógico. Nessa perspectiva, a formação continuada deve possibilitar aos professores a ampliação do domínio do saber acumulado no que se refere ao conteúdo escolar e ás formas de ensiná-lo; o domínio da concepção dialética como meio de desenvolver uma ação e reflexão autônomas e crítica e a formação de uma postura ético-política guiada por sentimentos e valores que possibilitem ao professor utilizar esse saber acumulado como meio para o desenvolvimento pleno do aluno e para o seu próprio desenvolvimento como ser humano (2010,p.12).

Em conformidade com a Constituição Federal-CF, os currículos do ensino

fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada,

em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada,

exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da

economia e da clientela. Tanto a Base Nacional Comum quanto a Parte

Diversificada é organizada por disciplinas, que por sua vez estão divididas em

conhecimentos de grande amplitude- Conteúdos Estruturantes, que se desdobram

em Conteúdos Básicos na PPC e em Conteúdos Específicos no PTD. Diante do

exposto, as PPC's aqui apresentadas tem como finalidade alcançar os objetivos,

conteúdos, metodologia e avaliação a que se propõe. Dessa maneira apresenta-se

estruturada e sistematizada de modo a orientar o trabalho, o ato educativo dos

docentes nas disciplinas do currículo do Ensino Fundamental, Médio e Formação de

Docentes, conforme os dispositivos legais:

• Cumprindo a Lei 10.639/03, inseriu-se no currículo a temática História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana, sendo instituído no calendário o dia 20 de

novembro como Dia Nacional da Consciência Negra. A temática deve ser trabalhada

em todas as disciplinas durante todo o ano letivo, através de conhecimentos que

valorizam a identidade, a história e cultura afro-brasileira e indígena, buscando

vencer preconceitos, estereótipos e discriminações, propondo aos alunos uma

educação multicultural. Na realização desse trabalho os professores contam com os

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materiais disponibilizados pela SEED e também os materiais da Equipe

Multidisciplinar da qual muitos fazem parte.

• Em cumprimento à Deliberação 03/02 do Conselho Estadual de Educação do

Paraná e a Instrução Conjunta 001/02 do DEF/SEED que regulamenta e estabelece

normas para a disciplina de Ensino Religioso, o colégio oferta a disciplina

mencionada nas 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental, não deixando de tratar as

diferentes manifestações religiosas com toda comunidade escolar.

• Atendendo à Lei 13.381/01, que estabelece o ensino de História do Paraná

nas escolas públicas, foram incluídos seus conteúdos no planejamento com o intuito

de identificar as dimensões: política, econômica, social e cultural, contextualizando-

os com a História do Brasil e História Geral.

• Observando à Constituição Federal de 1.988, a LDB 9394/96 e o ECA, Lei

8.069/90 que garantem igualdade de condições para acesso e permanência do

educando na escola, este estabelecimento de ensino tem como meta a educação

inclusiva. A prática pedagógica é orientada para que os alunos sejam atendidos em

suas necessidades, havendo para tanto a readequação de currículo, métodos,

técnicas, recursos educativos e organização que atendam as especificidades de

cada um.

Quando os educandos sofrem discriminações, sejam elas relacionadas às

etnias, orientação sexual, religião, etc., devem receber um atendimento diferenciado

na tentativa de eliminar ou sanar o problema. Quanto aos alunos com Necessidades

Educacionais Especiais, os mesmos são avaliados no contexto escolar pela equipe

pedagógica e professores regentes e, em seguida avaliados por profissionais da

área de saúde – psicólogos, neuro pediatra e psiquiatra – para receberem apoio

pedagógico em Sala de Recursos.

• As intervenções pedagógicas na Sala de Recursos acontece de acordo com os

preceitos legais que regem a Educação Especial, como: a Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional nº 9394/96; as Diretrizes Nacionais para a Educação

Especial na Educação Básica – Parecer CNE. Nº 17/01; a Resolução CNE nº 02/01;

a Deliberação nº 02/03 – CEE – PR ; a Instrução nº 012/08 – SUED/SEED e, a

Instrução nº 013/08 – SUED/SEED que, em conjunto estabelecem critérios para a

abertura e funcionamento da Sala de Recursos para o Ensino Fundamental – séries

finais.

• Os alunos com dificuldades na aprendizagem são avaliados e encaminhados

para Salas de Apoio à Aprendizagem em período transitório. As intervenções

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pedagógicas realizadas na Sala de Apoio ocorrem conforme o disposto na LDBEN

9394/96, o Parecer nº 04/98 – CNE/CEB, a Deliberação nº 007/99 – CEE e na

Resolução Secretarial nº2772/11 que regulamentam a abertura e organização das

turmas para alunos de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, garantindo a

democratização do ensino com o objetivo de desenvolver ações pedagógicas para

enfrentamento dos problemas.

• No que se trata das Demandas Socioeducacionais e dos temas relacionados à

Diversidade, os professores são orientados a utilizar os materiais que tratam sobre

os temas ( textos da Equipe Multidisciplinar, livros que trabalham a prevenção ao

uso indevido de drogas, a violência, sexualidade, educação ambiental, entre outros),

para a importância de se manterem atualizados e preparados para enfrentarem com

propriedade situações a serem vivenciadas no âmbito escolar.

▪ A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN n. 9394/96), em seu

artigo 37, prescreve que ‘’a Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles

que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e

Médio na idade própria’’. É característica dessa Modalidade de Ensino a diversidade

do perfil dos educandos, com relação à idade, ao nível de escolarização em que se

encontram, à situação socioeconômica e cultural, às ocupações e a motivação pela

qual procuram a escola.

De acordo com o Artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional

comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento

escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais

da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. Os currículos a que se refere o

caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da

matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e

política, especialmente do Brasil.

• O papel fundamental da construção curricular para a formação dos educandos na

modalidade Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental e Médio é

fornecer subsídios para que se afirmem como sujeitos ativos, críticos, criativos e

democráticos. Tendo em vista esta função, a educação deve voltar-se a uma

formação na qual os educandos possam: aprender permanentemente; refletir de

modo crítico; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e

da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das

mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com

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agilidade e rapidez, a partir do uso metodologicamente adequado de conhecimentos

científicos, tecnológicos e sócio-históricos.

As Propostas Pedagógicas Curriculares a serem aqui apresentadas, estão

fundamentadas nas leis acima mencionadas.

ARTE

1 APRESENTAÇÃO

O ensino de Arte deixa de ser Coadjuvante no sistema educacional e passa

também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade

construída historicamente e em constante transformação.

Na educação, o ensino da Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir

dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o do

Universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.

Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento,

aprender e expandir suas potencialidades criativas por meio de experimentação

estética.

Educar os alunos em arte é possibilitar a eles um novo olhar, um ouvir mais

crítico, um interpretar da realidade, no imaginário, bem como a ampliação das

possibilidades de fruição e Expressão artística.

A disciplina de arte, enquanto disciplina escolar possibilita o estudo da arte

como campo de conhecimento, constituído de saberes específicos, envolvendo as

manifestações culturais, locais, nacionais e globais, o contexto histórico social e o

repertório de conhecimento do aluno.

O ensino da arte desempenha um papel social na medida em que

democratiza um conhecimento específico e interfere na formação do indivíduo

fruidor de cultura e conhecedor da construção de sua formação e a construção do

conhecimento em Arte acontece por meio da inter-relação de saberes, entendem-se

que ao se apropriar de elementos que compõem o conhecimento estético, seja pela

experimentação, seja pela análise estética das diferentes manifestações artísticas.

A Arte sempre esteve ligada á história do homem, tornando possível o

registro estético de costumes e visões de mundo. Desvelar essa história e cultura

nos faz conhecedores de nós mesmos, visto que somos construídos culturalmente.

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Envolvendo assim tudo o que é produzido pelo ser humano o que, portanto produz

sentimentos e significados para o Ensino da Arte.

Com o ensino de arte o aluno deverá ser capaz de experimentar e explorar

as possibilidades de cada linguagem artística, compreender a arte como linguagem

mantendo uma busca pessoal ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a

emoção, a investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções

artísticas.

Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos

diversos em arte identificando-os e interpretando-os.

Identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico

contextualizado nas diversas culturas conhecendo, respeitando, observando as

produções presentes no entorno com as demais do patrimônio cultural e do

universo, identificando as diferenças nos padrões artísticos e estéticos de diferentes

grupos culturais, investigar e organizar informações sobre a arte, reconhecendo e

compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas

presentes na história das diferentes culturas e etnias, pesquisas, informações sobre

a arte em contato com artistas, obra de arte, fontes de comunicação e informação,

frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação.

Identificar a diversidade cultural dos povos africanos que participam do

povoamento do Brasil reconhecendo e valorizando sua manifestação artística bem

como, a dos indígenas.

A dimensão histórica apresenta nessa proposta pedagógica, destaca alguns

marcos do desenvolvimento da Arte âmbito escolar.

Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuítas, a congregação

católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem

portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos registros

revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de catequização

dos indígenas se dava com os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica,

literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Ensinava-se a

arte ibérica da Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se, também as

manifestações artísticas locais (BUDASZ, in NETO, 2004,p.15).

Em 1.808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, uma série

de obras e ações foram iniciadas para atender, em termos materiais e culturais, a

corte Portuguesa, destacando-se a vinda de um grupo de artistas franceses,

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encarregados da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos

aprendem as artes e ofícios artísticos.

Em grupo ficou conhecida como Missão Francesa, cuja concepção de arte

vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto a beleza clássica.

Em termos metodológicos, propunha exercícios de cópias e reproduções de

obras consagradas, o que caracterizou o pensamento pedagógico tradicional de

arte.

Esse contexto foi importante na construção da matriz cultural brasileira e

manifesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música caipira

em sua forma de cantar e tocar a viola(guitarra espanhola); no folclore, com as

Cavalhadas e Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada

da Lapa entre essa várias foram as reforma no Paraná, foi fundado o Liceu de

Curitiba(1846), hoje Colégio Estadual do Paraná, que seguia o currículo do Colégio

Pedro II, e a Escola Normal(1876), atual instituto de Educação, para a formação em

magistério.

Em 1886, foi criada por Antônio Mariano de Lima a Escola de Belas Artes e

Indústrias que desempenhou um papel importante no desenvolvimento das artes

plásticas e da música na cidade; dessa escola, foi criada, em 1917, a Escola

Profissional Feminina, que oferecia, além de desenho e pintura, cursos de corte e

costura, arranjos de flores e bordados, que faziam parte da formação da mulher.

Com a Proclamação da República, 1890, ocorreu a primeira reforma

educacional do Brasil republicano. Tal reforma foi marcada pelos conflitos de idéias

positivas e liberais. Os positivistas defendiam a necessidade de um ensino voltado

para a preparação do trabalhador.

Entretanto, o ensino de Arte nas escolas e os cursos de Arte oferecidos nos

mais diversos espaços sociais são influenciados também por movimentos políticos e

sociais. Nas primeiras décadas da República, por exemplo, ocorreu a Semana da

Arte Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira, associada aos

movimentos nacionalistas da época.

O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que

desde o processo de colonização a arte indígena, a arte medieval e renascentista

européia e a arte africana, cada qual com suas especificidades, constituíram a

matriz da cultura popular brasileira.

O ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na expressividade,

espontaneísmo e criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa

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concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas etárias.

Apoiou-se muito na pedagogia da Escola Nova, fundamentada na livre expressão de

formas, na individualidade, inspiração e sensibilidade, o que rompia com a

transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional.

Esse foi o fundamento pedagógico da Escolinha da Arte, criada em 1948, no

Rio de Janeiro, pelo artista e educador Augusto Rodrigues, organizada em ateliês –

livres de artes plásticas. A forma de organização dessa Escolinha tornou-se

referência para a criação de outras no território nacional, no entanto, manteve o

caráter extracurricular do ensino de arte.

Pela primeira vez uma tendência pedagógica – Escola Nova – centrava sua

ação no aluno e sua cultura, em contraposição ás formas anteriores de ensino

impostas por modelos que não correspondiam ao universo cultural dos alunos, como

por exemplo, a arte medieval e renascentista dos Jesuítas sobre a arte colonial e

Barroca com características brasileiras.

Apesar do regime ditatorial do Governo Getúlio Vargas, o ensino de música

proposto por Vila Lobos foi fundamental para as escolas no método de educação

musical. Da mesma forma suas composições, que expressavam a música erudita e

popular de forma integrada, constituíram parte importante de nossa identidade

musical.

Esse trabalho permaneceu nas escolas com algumas modificações até

meados de 1970, quando o ensino de música foi reduzido ao estudo de leitura

rítmica e execução de hinos em outras canções cívicas.

O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram de acordo

com a classe social á qual se destinavam, como por exemplo, a corporação de

músicos e a corporação de artesãos em Vila Rica, no século XVIII; as aulas

particulares de piano das senhoritas burguesas do século LXX; nos circos com

atores, músicos e malabaristas e de diversos outros grupos sociais.

No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o

ensino de Arte como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e, entre

eles artistas, que vieram com novas ideias e experiências culturais e diversas, como

a aplicação da Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da Arte

para o desenvolvimento da sociedade. As características da nova sociedade em

formação e a necessidade de valorização da realidade local estimularam

movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar.

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Entre os artistas e professores que participaram desse momento histórico

destacaram-se Mariano de Lima, Alfredo Andersen, Guido Viaro, Emma Koch,

Ricardo Koch, Bento Mussurunga e outros considerados precursores do ensino da

Arte no Paraná.

Além de todas as reformas em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de

discussão com os professores da educação Básica do Estado. Núcleos Regionais

de Educação (NRE) e Instituições de ensino Superior (IES) pautado na retomada de

uma prática reflexiva para uma construção coletiva de diretrizes curriculares

estaduais. Tal processo tomou o professor como sujeito epistêmico, que pesquisa

sua disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis.

As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas

dimensões artísticas, filosófica e científica e articula-se com políticas que valorizam

a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná.

Nesse contexto de mudanças e avanços no ensino de arte, ressaltamos

ainda que fosse sancionada pelo Presidente da República a lei que estabelece no

currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura

Afro-Brasileira e Indígena.” Para o ensino desta disciplina significa uma possibilidade

de romper com uma hegemonia da cultura européia, ainda presente em muitas

escolas.

2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude, conceitos

que se constituem em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de

arte. Os conteúdos estruturantes são apresentados separadamente para um melhor

entendimento dos mesmos, no entanto, metodologicamente devem ser trabalhados

de forma articulada e indissociada um do outro.

Considera-se que a disciplina de arte deve propiciar ao aluno acesso ao

conhecimento sistematizado em arte. Propõe-se uma organização curricular a partir

dos conteúdos estruturantes que constituem uma identidade para a disciplina de arte

e possibilitam uma prática pedagógica que articula as quatro áreas de arte. (DCE,

p. 63, 2008)

• Elementos formais;

• Composição;

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• Movimentos e períodos.

3 CONTEÚDOS BÁSICOS:

b) Artes visuais: Luz e corc) Música: Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade.d) Teatro: Espaçoe) Dança: Espaço

Desafios Educacionais Contemporâneos:

Os desafios educacionais contemporâneos – Educação Ambiental,

Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso de

Drogas e Sexualidade, serão abordados na condição de compreensão do currículo

na totalidade, fazendo parte da intencionalidade do recorte do conhecimento da

disciplina de arte, isto é, compreendendo-os como parte da realidade concreta que

explicita as múltiplas determinações que produzem e explicam os fatos sociais.

Para tanto, faz-se necessário a observação das leis que contemplam as

questões aqui citadas: Lei 11.645/08, referente a História e Cultura Afro-brasileira e

Indígena; a Lei 10.639/03, que destaca a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-

brasileira nos currículos da Educação Básica valorizando a história e cultura de seus

povos, como o estudo da herança de genes, cor de pele, tipos sanguíneos, uso de

plantas, culinárias e outros.

4 METODOLOGIA

O trabalho a ser realizado possibilitará ao aluno o acesso a produção e

manifestaçõesartísticas e o professor mediará essa apreciação e apropriação com o

conhecimento sobre a arte. Na escola o objeto de trabalho é o conhecimento. Dessa

forma, contemplaremos, na metodologia do ensino da arte, três momentos da

organização pedagógica: o sentir e o perceber, que são formas de apreciação e

apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa e, o conhecimento, que

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possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trablaho artístico mais sistematizado, de

modo a direcionar o aluno á formação de conceitos artísticos.

Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino

aprendizagem em arte.

Esses três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em

sala de aula, pois apesar de serem interdependentes, as aulas serão planejadas

com recursos e metodologias específicaspara cada um desses momentos.

É imprescindível considerar a origem cultural e o grupo social dos alunos,

tanto na produção como na fruição.

Arte é um campo do conhecimento humano, produto de criação e do

trabalho de indivíduos, histórica e socialmente datados, onde cada conteúdo tem

sua origem e história que devem ser conhecidas para melhor compreensão por parte

do aluno.

Artes Visuais: Para a prática pedagógica o professor abordará, além da produção

pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e

imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades contemporâneas.

A prática pedagógica partirá da análise e produção de trabalhos artísticos

relacionados a conteúdos de composição em Artes visuais, tais como:

• Imagens Bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,

propaganda visual;

• Imagens Tridimensionais: esculturas, instalações, produções arquitetônicas;

Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista percebe o

mundo, reflete sua realidade, sua cultura e sua época, dentre outros aspectos. Esse

conjunto de conhecimentos deve ser o ponto de partida para que a leitura da obra

componha a prática pedagógica, que inclui a experiência do aluno e a aprendizagem

pelos elementos percebidos por ele na obra de arte.

Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica,

reafirma a discussão sobre área como processo intelectual e sensível que permite

um olhar sobre a realidade humano-social, e as possibilidades de transformação

dessa realidade.

Segue um exemplo de trabalho com as artes visuais sob a perspectiva

teórica proposta.

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Inicialmente, o professor poderá pedir que cada aluno desenhe diversas

linhas, de formas e tamanhos diferentes, para juntos observarem e discutirem a

expressividade, o peso, o movimento que cada uma pode ocupar nesse espaço

(teorização).

Depois, os alunos podem desenvolver composições e criar efeitos de

movimento e deorganização do espaço, tendo como referencial o estudo de linhas já

realizado (trabalho artístico).

Em seguida, o professor poderá mostrar obras (sentir e perceber) de artistas

que deram ênfase ao uso de linhas e, também, expor as composições dos alunos

para a apreciação e apropriação dos trabalhos pelos próprios colegas,

Dança: Para o ensino da Dança na escola, é fundamental buscar no

encaminhamento das aulas a relação dos conteúdos próprios da dança com os

elementos culturais que a compõem. É necessário rever as abordagens presentes e

modificar a ideia de que a dança aparece somente como meio ou recurso “para

relaxar”, para soltar as emoções, para expressar-se expontaneamente, para

trabalhar a coordenação motora ou até para acalmar os alunos (MARQUES, 2005,

p. 23).

A dança tem conteúdos próprios, capazes de desnvolver aspectos cognitivos

que, uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor

compreensão estética da Arte.

Os elementos formais da dança proposta são:

movimento corporal: o movimento do corpo ou de parte dele num

determinado tempo e espaço;

• espaço: é onde os movimentos acontecem, com utilização total ou parcial do

espaço;

• tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração).

O elemento central da Dança é o movimento corporal, por isso o trabalho

pedagógico pode basear-se em atividades experimentação do movimento,

improvisação, em composições coreográficas e processos de criação (trabalho

artístico), tornando o conhecimentosignificativo para o aluno, conferindo-lhe sentido

a aprendizagem, por articularem os conteúdos da dança.

Entender a dança como expressão, compreender as realidades próximas e

distantes, perceber o movimento corporal nos aspectossociais, culturais e históricos

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(teorizar), são elementos fundamentais para alcançar os objetivos do ensino da

dança na escola.

Nas aulas de Arte, questões sobre “sentir e perceber” devem ser enfocadas

pelo professor, tais como;

* De que maneira o corpo se movimenta no espaço?

* Que relações há entre movimento e tempo?

* Quais passos se repetem com mais frequencia na coreografia?

* Há ocorrências de giros, saltos e quedas?

Essas questões devem ser observadas em danças realizadas pelos alunos e

por grupos amadores e profissionais.

Além disso, alguns encaminhamentos podem ser realizados, tais como:

* criação de formas de registro gráfico da formação inicial e dos passos

sequenciais;

* uso de diferentes adereços;

* proposta de criações, improvisações e execussões coreográficas

individuais e coletivas;

* identificação do gênero a que pertence a dança e em que época foi

concebida.

Para se efetivar o trabalho com a dança na escola, há que se considerar

algumas questões:

Como a de gênero, as de necessidades especiais motoras e as de religião,

com o caso de algumas religiões que desaprovam a dança, ou por outro lado, do

cuidado necessário com as danças religiosas que podem impor o caráter liturgico

implícito nas mesmas.

Música: Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de

ouvir os sons com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus

elementos formadores, as variações e maneiras como esses sons são distribuidos e

organizados em uma composição musical. Essa atenção vai proporcionar o

reconhecimento de como a música se organiza.

A música é formada, basicamente, por som e rítmo e varia em gênero e

estilo. O som é constituído por vários elementos que apresentam características e

podem ser analisados em uma composição musical ou em sons isolados. Os

elementos formais do som são: intensidade, altura, timbre, densidade e duração.

A intensidade do som é o elemento responsável por determinar se uma

sequência de sons fica mais ou menos intensa, ou seja, se são fortes ou fracos.

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Essa intensidade depende da força com que o objeto sonoro é executado. Em uma

execussão musical essa propriedade é responsável pela dinãmica empregada pelos

instrumentais e/ou vocalistas em determinados trechos musicais.

A altura define que algumas sequencias de sons podem ser agudas e

outras graves. Essas diferenças entre as alturas dos sons acontecem sempre em

relação a outros sons e geram as notas musicais, que são dispostas em uma escala,

distribuídas em uma sequência que se repete infinitamente.

Outro elemento que constitui o som é o timbre: responsável por caracterizar

o som e fazer com que se identifique a fonte sonora que o emitiu. Como por

exemplo: uma sirene, um instrumento musical, a voz de uma pessoa.

Quando um conjunto de sons acontece ao mesmo tempo, dizemos que há

uma grande densidade. Na música, a densidade acontece quando vários

instrumentos ou vozes são executados simultaneamente, como em uma banda,

coral, orquestra e outras formas.

A duração é o elemento responsável por determinar que qualquer som

acontece em um tempo específico relacionado a sua fonte sonora. Alguns sons são

de duração mais longas: outras, mais curtas e em alguns momentos não ouve som

nenhum – são os momentos de silêncio é chamado de pausa. Quando se combina

uma sequência de sons e/ou silêncios, está se criando um rítmo. O rítmo, então, é o

organizado do movimento ordenado dos sons e silêncio em um determinado tempo.

Teatro: Iniciar o trabalho com exercícios de relaxamento, aquecimento e com os

elementos formais do teatro: personagem – expressão vocal, corporal e facial.

Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário para

texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios

cênicos (trabalho artístico).

O encaminhamento enfatiza o trabalho artístico, contudo, o professor não

exclui a abordagem da teorização em arte como, por exemplo, discutir os

movimentos e períodos artísticos importantes da história do Teatro. Durante as

aulas, torna-se interessante solicitar aos alunos uma análise das diferentes formas

de representação na televisão e no cinema, tais como: plano de imagem, formas de

expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia (sentir e perceber).

Para o trabalho de sentir e perceber é essencial que os alunos assistam a

peças teatrais de modo a analisá-las a partir de questões como:

* descrição do contexto: da peça, autor, direção, local, atores, período histórico da

representação;

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* análise da estrutura e organização da peça: tipo de cenário e sonoplastia,

expressões usadas como mais ênfase pelos personagens e outros conteúdos

trabalhados em sala de aula;

* análise da peça sob o ponto de vista do aluno: sua percepção e sensibilidade em

relação á peça assistida.

Os conteúdos estruturantes devem ser tratados de forma orgânica, ou seja,

mantendo as suas relações:

• elementos formais: personagem, ação e espaço cênico;

• composição: representação, cenografia;

• movimentos e períodos: história do teatro e as relações de tempo e espaço

presentes no espaço cênico, atos, cenografia, iluminação e música.

Nessa metodologia de ensino será trabalhado com o aluno o conceito de

teatro como uma forma artística que aprofunde e transforme a sua visão de mundo,

sob a perspectiva de que o ato de dramatizar é uma construção social do homem

em seu processo de desnvolvimento(teorizar).

5 AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Arte proposta será diagnóstica e processual,

diagnóstica por ser a referência do professor para o planejamento das aulas e da

avaliação dos alunos, processual por pertencer a todos os momentos da prática

pedagógica.

O planejamento será constantemente direcionado, utilizando a avaliação do

professor, da classe sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto –

avaliação dos alunos.

O conhecimento que o aluno possui deve ser socializado entre os colegas

de sala e, ao mesmo tempo será a referência para o professor propor abordagens

diferenciadas.

Para possibilitar essa avaliação individual e coletiva, serão utilizados vários

instrumentos de avaliação, como o diagnóstico inicial, durante o percurso e final do

aluno e do grupo, trabalhos artísticos, pesquisas, provas teóricas e práticas entre

outras.

Para tanto os criterios da avaliação será individual e do grupo serão usadas

vários instrumentos de verificação tais como:

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• trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• pesquisas bibliográficas e de campo;

• debates em forma de seminários e simpósios;

• provas teóricas e práticas;

• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio – visual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário

para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,

visando as seguintes expectativas de aprendizagem:

- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação

com a sociedade contemporânea;

- A produção de trabalhos de arte visando á atuação do sujeito em sua realidade

singular e social;

- A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas

culturas e mídias, relacionadas á produção, divulgação e consumo.

6 BIBLIOGRAFIA:

BARBOSA, Ana Maria. A imagem no Ensino da Arte.

SEED – Governo do Paraná – Secretaria de Estado da Educação - Orientações

Curriculares

Secretaria de Educação – Livro Didático Público.

CALÁBRIA, Carla Paula Brondi. MARTINS, Raquel Valle. – história & produção,

F.T.D. Volume 1 e 2.

COLL, César. TEBEROSKY, Ana. – Conteúdos essenciais para o Ensino

Fundamental 1ª Edição 2002 Editora Ática.

CANTELLE, Bruna Renata. LEONARDI, Ângela Cantelle – Linguagem Visual,

Coleções Horizontes – IBEP, volume 1 e 2.

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Arte / vários autores. – Curitiba: SEED – PR, 2006.

GOMBRICH, Ernest H. – A História da Arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

1993.

STRICKLAND, Carol. – Arte Comentada: da Pré-história ao Pós-moderno.13ª Ed.

Tradução: Ângelo Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Arte. Curitiba: 2008.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

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BIOLOGIA

1 APRESENTAÇÃO

A Biologia é um fazer humano e, portanto, histórico sendo fruto da

conjugação de fatores sociais, políticos, econômicos, religiosos e tecnológicos que

tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA.

Segundo as DCE’s, o interesse do ser humano em garantir a sua

sobrevivência levou-o a construir as diferentes concepções de vida, nas quais pode-

se perceber os contextos históricos vividos em cada um desses momentos (DCE’s ,

2008, p. 38).

Acredita-se que a história da disciplina de Biologia coincide com a história da

ciência, pois desde a antiguidade a ciência buscou entender e explicar o fenômeno

VIDA. Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) já buscava compreender a organização dos

seres vivos através de interpretações filosóficas.

A igreja católica, na idade média, usando de todo o seu poder transformou o

conhecimento sobre o Universo em expressão legitima e necessária a sua fé,

considerando Deus como o responsável por tudo que não podia ser explicado ou

reproduzido pela ciência.

Embora influenciadas pela igreja, as primeiras universidades buscavam

organizar e sistematizar o conhecimento acumulado pelo ser humano, que passou a

ter mais valor na explicação dos fenômenos naturais, o que provocou discussões

entre os naturalistas que apresentavam enfoques diferentes na realização de seus

trabalhos (matemática, botânica, zoologia).

Surgiram então novos conhecimentos biológicos, como por exemplo, a

classificação dos seres vivos numa escala hierárquica envolvendo diferentes

categorias e denominações: gênero, família, espécie, ordem (DCE’s, 2008, p. 39).

De acordo com as DCE’s, o pensamento biológico mecanicista se constituiu

tendo como base a visão de mundo do médico Willian Harvey (1578-1657), acolhida

por Descartes (1596-1650). Neste momento, os questionamentos sobre a origem da

vida tornaram-se mais evidentes, discutiam-se as ideias da Geração Espontânea, do

Pré-formismo, Epigênese e Biogênese. Assim, a falta de conhecimentos e definições

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precisas sobre a natureza evolutiva não permitiu a conclusão sobre a origem da

vida.

O período entre o fim do século XVIII até o século XX foi marcado por

eventos de grande significado para a Biologia, entre eles destaca-se: o pensamento

biológico evolutivo - onde se discutiu a imutabilidade da VIDA e se apresentou

estudos sobre a mutação e evolução das espécies, criando-se a base para a teoria

da evolução das espécies, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de

características entre os seres vivos, a proposição da teoria celular contribuindo para

a negação do vitalismo e da idéia de geração espontânea; o pensamento biológico

da manipulação genética - que levou à ampliação e diversificação da área de

atuação da Biologia.

No que se refere ao currículo escolar brasileiro, a construção do pensamento

biológico ocorreu entre momentos de crises, de mudanças de paradigmas, buscando

sempre a explicação para o fenômeno VIDA.

Segundo a DCE, três fatores provocaram alterações no ensino de ciências

no Brasil: o progresso da Biologia, a constatação internacional da importância do

ensino de ciências como fator de desenvolvimento e, a Lei de Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional n° 4.024, de 2 de dezembro de 1961, que transferiu as

decisões curriculares da administração federal para um sistema de cooperação entre

a União, os Estados e os Municípios.

Seguindo a análise da DCE de Biologia, constata-se que o Estado do

Paraná, através da Secretaria de Estado da Educação propõe em meados da

década de 1980, um Programa de Reestruturação do Ensino de Segundo Grau sob

o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica, na qual o conteúdo é visto como

produção histórica e social e devem ser abordados na interação com a realidade

concreta do aluno, estabelecendo temas que envolvam as respectivas ciências de

referencia da Biologia e noções de desenvolvimento científico e tecnológico.

Portanto, assim como as Diretrizes Curriculares, esta proposta pedagógica

curricular fundamenta-se na concepção histórica da ciência articulada aos princípios

da filosofia da ciência, a partir dos quais, se identificam os marcos conceituais da

construção do pensamento biológico.

2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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Os conteúdos estruturantes são entendidos como saberes mais amplos da

disciplina identificando e organizando os campos de estudo de uma disciplina

escolar, tornando-os interdependentes, sem serem seriados nem hierarquizados.

Estabelecer os conteúdos estruturantes para o ensino de Biologia requer

uma análise do momento histórico, social, político e econômico que vivemos, assim

como uma análise da relevância e abrangência dos conhecimentos que se pretende

desenvolver nessa modalidade de ensino. Deve-se considerar também a atuação do

professor em sala de aula, os materiais didáticos pedagógicos disponíveis, e, as

condições de vida dos alunos e seus objetivos.

Os conteúdos estruturantes estabelecidos são:

I. Organização dos Seres Vivos;

II. Mecanismos Biológicos;

III. Biodiversidade;

IV.Manipulação Genética.

3. CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos envolvem os conhecimentos fundamentais e

necessários para a formação escolar, tais como:

• Classificação dos Seres Vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;

• Sistemas Biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;

• Mecanismos de Desenvolvimento Embriológico;

• Mecanismos Celulares: biofísicos e bioquímicos;

• Teorias Evolutivas;

• Transmissão das características Hereditárias;

• Dinâmicas dos Ecossistemas: relação entre os seres vivos e a interdependência

com o meio ambiente;

• Organismos Geneticamente Modificados.

Os desafios educacionais contemporâneos e a diversidade passarão pelo

currículo somente na condição de compreensão do currículo na totalidade, fazendo

parte da intencionalidade do conhecimento da disciplina. Isto significará

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compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitará nas múltiplas

determinações que produzem e explicam fatos sociais, ampliando o estudo quando

se tratar da biodiversidade, da biogeografia, do isolamento das espécies, dos

alimentos, na resistência orgânica dos diferentes organismos envolvendo a História

e a Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Assim sendo, todas atividades e experimentos planejados referentes aos

temas citados deverão estar sempre amparados pelos dispositivos legais vigentes,

tais como:

• Lei n.14.037/03 que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais;

• Lei n.9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental;

• Lei n.10.639/03 que torna obrigatório a presença de conteúdos relacionados à

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

• Lei n.11.645/08 que resguarda o espaço para abordagem da História e Cultura

dos Povos Indígenas.

4 METODOLOGIA

O desenvolvimento dos conteúdos ocorrerá de forma integrada, pretendendo

compreender o processo de construção do pensamento biológico presente na

história da ciência, da Cultura Afro-Brasileira e Africana, e da Cultura dos Povos

Indígenas, reconhecendo assim a ciência como uma construção humana.

De acordo com as novas tendências metodológicas, para que a Biologia

tenha seu ensino voltado para uma aplicação social na realidade do aluno, serão

contempladas práticas educativas que contextualize os conteúdos estudados,

auxiliando os educandos na (re)construção de conceitos .

Dentre os vários procedimentos metodológicos que podem ser utilizados

como ferramentas educacionais, cita-se:

• escrita de resumos, sínteses relacionados aos fenômenos biológicos e relatórios

de experimentos;

• trabalhos desenvolvidos fazendo uso da metodologia científica;

• palestras com conteúdos afins;

• mural com notícias referentes aos assuntos biológicos;

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• uso das tecnologias de informação e comunicação através dos recursos

tecnológicos disponíveis na escola;

• exposição e promoção de eventos científicos como: Feira de Ciências, Oficinas,

Seminários;

• visitas técnicas em indústrias, parques, bosques e eventos ecológicos e, até

mesmo sociais;

• interpretação de fotos, esquemas, desenhos, tabelas e gráficos relacionados a

fatos dos processos biológicos;

• construção de gráficos, tabelas e esquemas a partir de dados obtidos em

experimentos ou pesquisa em livro didático, revistas, entre outros.

5 AVALIAÇÃO /RECUPERAÇÃO

A avaliação é um dos aspectos do processo ensino aprendizagem que mais

se faz necessária uma mudança didática, favorecendo a uma reflexão crítica de

ideias e comportamentos docentes de “senso comum” muito persistentes

(CARVALHO, 2001).

É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste

modo, a avaliação na disciplina de Biologia passa a ser entendida como instrumento,

cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem.

Pressupõe-se uma tomada de decisão, onde o aluno toma conhecimento dos

resultados de sua aprendizagem e organiza-se para o avanço das mudanças

necessárias no processo ensino aprendizagem.

A avaliação como momento do processo ensino aprendizagem, abandona a

ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do

processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas nos alunos constitui

importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo

professor entre o conhecimento e o aluno. A ação docente também estará sujeita a

avaliação e exigirá observação e investigação visando a melhoria da qualidade de

ensino.

Enfim, a avaliação como instrumento de reflexão prevê um conjunto de

ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo.

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Professores e alunos tornam-se observadores dos avanços de dificuldades a fim de

superar os obstáculos.

Segundo as DCE's, ao avaliar, o professor deve procurar atender aos

critérios para a verificação do rendimento escolar previstos na Lei n. 9.394/96 que

considera a avaliação como um processo contínuo e cumulativo, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Portanto, faz-se necessário

oportunizar ao educando a retomada paralela de conceitos através de ferramentas

pedagógicas e metodologias diferenciadas que possibilitarão a recuperação de

conceitos e conteúdos abordados durante o processo ensino aprendizagem,

podendo diminuir ou mesmo sanar as dificuldades de cada educando.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Educação. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: 1996.

CARVALHO, A . M. P. [et al] Formação de Professores de Ciências: tendências e

inovações. São Paulo: Cortez, 2001.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Biologia. Curitiba: 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. LDP-Livro Didático Público.

Biologia – Ensino Médio. Curitiba: 2006.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

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CIÊNCIAS

1 APRESENTAÇÃO

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento

cientifico que resulta da investigação da natureza. A Ciência não revela a verdade,

mas propõe modelos explicativos construídos a partir da aplicabilidade de métodos

científicos, pelas quais, “têm como ponto de partida o fato da ciência não utilizar um

único método para todas as suas especialidades, o que gera, para o ensino de

Ciências, a necessidade de um pluralismo metodológico que considera a diversidade

de abordagem,estratégias e recursos pedagógicos /tecnológicos e a amplitude de

conhecimentos científicos a serem abordados na escola”(DCE,p.40,2008).

O estado pré-científico representa a busca da superação das explicações

místicas com base em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de

fenômeno da natureza, e registro dos conhecimentos científicos. Modelos científicos

valorizam a observação das regularidades dos fenômenos da natureza para

compreendê-los por meio da razão, onde se encontravam disseminado em meio à

crença essenciais da magia e a natureza. Os filósofos naturalistas explicavam a

natureza a partir de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material

porções imutáveis e indivisíveis os átomos.

Os modelos geocêntricos foram substituídos por modelos heliocêntricos. Já

na parte da descrição das partes anatômicas os modelos organicista foram

substituídos por modelos evolutivos; com as novas pesquisas cientificas houve uma

reorganização de toda nomenclatura, a luz dos estudos voltados à nova teorização

dos átomos e a química orgânica.

Estado cientifico, buscou-se a universalidade do método cartesiano de

investigação dos fenômenos da natureza, com maior divulgação do conhecimento

cientifico em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível, modelos

explicativos construídos e utilizados no período pré-científicos foram questionados

pois no estado científicos, o mundo passa a ser como mutável e o universo como

infinito.

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A evolução tecnológica do microscópio com maior capacidade de resolução

possibilitou observações mais detalhadas. O período do estado cientifico foi

marcado, também por publicações de cunho cientifico não literárias, com linguagem

menos apropriada, voltada a uma elite intelectual que as acessava por meio dos

cursos universitários.

O ensino de ciência no Brasil foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção cientifica, pelo papel reservado a

educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesse entre

antigas e recentes profissões. Os Museus de historia natural, e outras instituições

como as universidades e institutos de pesquisa contribuíram para a consolidação e

institucionalização das ciências naturais no país.

2 CONTEÚDOS

Segundo DCEs de ciências, os conteúdos estruturantes são construídos a

partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do

currículo alem de estruturar a disciplina frente ao processo de especialização do seu

objeto de estudo e ensino.

Os desafios educacionais contemporâneos – Educação Ambiental,

Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso de

Drogas e Sexualidade, serão abordados na condição de compreensão do currículo

na totalidade, fazendo parte da intencionalidade do recorte do conhecimento da

disciplina de ciências, isto é, compreendendo como parte da realidade concreta que

explicita as múltiplas determinações que produzem e explicam os fatos sociais.

Para tanto, faz-se necessário à observação das leis que contemplam as

questões aqui citadas: Lei 10.639/03 e a Lei 11.645/08, referente a Historia e Cultura

Afro-brasileira nos currículos da Educação Básica valorizando a historia e cultura de

seus povos, como o estudo da herança de genes, cor de pele, tipos sanguíneos, uso

de plantas, culinárias e outros.

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ENSINO FUNDAMENTAL: 6º ANO

Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoAstronomia

Matéria

Sistemas Biológicos

Energia

Biodiversidade

-O Universo

-Sistema solar

-Movimentos celestes

-Astros

-Constituição da matéria

-Níveis de organização

-Formas de Energia

-Conversão de Energia

-Transmissão de Energia

-Organização dos Seres Vivos

-Ecossistema

-Evolução dos Seres Vivos

ENSINO FUNDAMENTAL: 7º ANO

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

Astronomia

Matéria

Sistemas Biológicos

Energia

Biodiversidade

-O Universo

-Sistema solar

-Movimentos celestes

-Astros

-Constituição da matéria

-Célula

-Morfologia e Fisiologia dos seres vivos

-Formas de Energia

-Transmissão de Energia

-Origem da Vida

-Organização dos Seres Vivos

-Sistemática

ENSINO FUNDAMENTAL: 8º ANO

Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoAstronomia

Matéria

-Origem e evolução do Universo

-Constituição da matéria

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Sistemas Biológicos

Energia

Biodiversidade

-Célula

-Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

-Formas de Energia

-Evolução dos Seres Vivos

ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO

Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoAstronomia

Matéria

Sistemas Biológicos

Energia

Biodiversidade

-Astros e Gravitação Universal

-Propriedade da matéria

-Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

-Mecanismos da Herança Genética

-Formas de energia

-Conservação de energia

-Interação ecológica

3 METODOLOGIA

No ensino de ciências não poderá ser fragmentada, pois não podemos

admitir uma única maneira de investigação, quando temos uma tecnologia avançada

que permite varias oportunidades de investigação. Percorrer na historia da ciência,

fazendo analise do seu desenvolvimento, avanços tecnológicos e valorizar a

realidade atual.

Tendo uma ciência que abrange vários métodos de adquirir conhecimentos,

para concretizar e concluir estudos, observando a realidade social, econômica, ética

e política. O conceito sistematizado tem repercussão na vida cotidiana do aluno,

uma vez que ele, adquirindo a responsabilidade de sua ação na natureza, é capaz

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de solucionar problemas, desempenhar tarefas, elaborar representações mentais e

construir conceitos com a do professor. A mediação com o conhecimento cotidiano e

o cientifico deve ser amparado e enfatizado pela metodologia escolar, valorizando-o,

conceituando-o e ampliando-a, visando o aluno a um ser em construção e fazendo-

se a construção.

O ensino da ciência deve ser compreendido como processo de formação de

conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções alternativas dos

estudantes e ampliando sua cultura cientifica. Fazendo as relações que se

estabelecem entre o que o estudante já conhece e o conhecimento especifica, tendo

uma organização dos conteúdos, das estratégias metodológicas adequadas, da

matéria didática que potencialize o significado e a valorização do conhecimento já

adquirido pelo aluno.

Para unir o desenvolvimento cognitivo com o ensino significativo do

conhecimento cientifica, direcionando suas relações conceituais, interdisciplinares e

contextuais torna-se um processo de interação social e ensino-aprendizagem. E

para que essas interações ocorram com sucesso, serão utilizados os seguintes

recursos:

• Leitura de textos, onde o importante será a discussão de conceitos;

• Experimentação formal, com discussão pré e pós – laboratório e visando a

construção e ampliação de conceitos;

• Demonstrações experimentais, como: eventos, feira cultural e palestras;

• Estudo do meio, através do qual se pode ter idéia interdisciplinar dos campos do

conhecimento (visitas a sistemas produtivos industriais e rurais);

• Aulas dialógicas, na qual será instigado o dialogo sobre o objeto de estudo;

• Áudio – visual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolve períodos

de discussão pré e pós – atividade áudio e o que deve facilitar a construção e

ampliação dos conceitos;

• Informática, como fonte de dados informações;

• TV Multimídia.

OBS: Os conceitos relacionados aos Desafios Educacionais

Contemporâneos serão trabalhados à medida que forem surgindo oportunidades,

podemos ser abordados a qualquer momento quando se fizer necessário. Conforme

a Lei nº 10 639/03 e a Le3i nº 11 645/08.

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4 AVALIAÇÃO

Na perspectiva que se propõe, a atividade de disciplina de Ciências devera

mediar à práxis, sendo coerentes como objetos propostos e com meio de reflexão e

reavaliação da ação pedagógica como um todo.

A avaliação não possui uma facilidade em si mesmo, mas deve subsidiar e

ate mesmo redirecionar o percurso do professor no processo ensino-aprendizagem,

tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional desenvolvido no

coletivo da escola. A avaliação deve ultrapassar os limites quantitativos e incorporar

quatro dimensões: diagnostica processual/continua, cumulativa e formativa.

Ao centralizar o processo de ensino-aprendizagem na dinâmica discursiva

da aula, com atividades diversificadas, o processo avaliativo passa a requerer mais

do que nunca um caráter inclusivo, no sentido de estimular a autoconfiança e a

participação do aluno. Os alunos têm que realmente se sentirem sujeitos do

processo e não apenas executores de tarefas escolares com o objetivo exclusivo de

acumular pontos para a avaliação final.

Serão utilizados diversos instrumentos de avaliação final. Tais como: leitura

e interpretação de textos científicos, produção de textos, pesquisas bibliográficas,

relatórios de aula em laboratório, debates, provas, resoluções de exercícios, testes

apresentações de trabalhos, entre outros.

O professor deve considerar o erro com um instrumento de avaliação, pois

com o “erro” poderá fazer uma investigação do conhecimento contextual,

interdisciplinar ou conceitual do aluno, ou seja, sua realidade perante a disciplina.

Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o conteudismo e

o ato de avaliar como objeto punição e buscar desenvolver no aluno competência de

questionar o outro, o mundo e a si mesmo, o que contribui para a formação de

cidadão critico.

Recuperação

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O objetivo da recuperação é dar oportunidade ao aluno de retomar

conceitos, fatos e procedimentos ensinados no bimestre, possibilitando assim

alterações de resultados e melhor compreensão dos conteúdos propostos.

A recuperação será oferecida de forma paralela a todos os alunos independo

da nota obtida no bimestre.

5 REFERENCIAS

ANDRY, M. A.; MICHELETO, N.; SERIO, T. M. P.[et AL]. Para compreender a

Ciência: uma perspectiva histórica. 14 ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo; São

Paulo: EDUC, 2004.

BACHELARD, G. A Formação do Espírito Cientifico: Contribuição para uma

psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

FUTUYMA, D. J. Biologia Evolutiva. Ribeirão Preto: Funpec/Sociedade Brasileira

de Genética/CNPq, 1993.

COSTA, ALICE: Ciências e Interação.

MARIA, T, F.; Maria, G,G,C. Ciências: Atitude e Conhecimento. Livro Didático

Publico Editora FTD, 1ª Edição. São Paulo, 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Ciências. Curitiba: 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios

Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental. Curitiba: SEED, 2008.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

1 APRESENTAÇÃO

A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil,

optou-se nesta Proposta por retratar os movimentos que a constituíram como

componente curricular.

O modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios

visando o aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como força, destreza,

agilidade e a resistência, além de visar a formação do caráter, da autodisciplina, dos

hábitos de higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico. No

contexto referido acima, a Educação Física ganha espaço na escola, uma vez que o

físico disciplinado era exigência da nova ordem em formação.

A criação do Conselho Superior de Educação Física teve como objetivo

centralizar, coordenar e fiscalizar as atividades referentes ao Desporto e à Educação

Física no país e também a elaboração do Método Nacional de Educação Física. A

institucionalização da disciplina de Educação Física e a influência da ginástica,

contribuíram para alguns marcos históricos, dentre eles: a criação do Regulamento

da Instrução Física Militar (Método Francês), em 1921; a obrigatoriedade da prática

da ginástica nas instituições de ensino, em 1929; a adoção oficial do Método

Francês, em 1931, no ensino secundário; a criação da Escola Nacional de Educação

Física e Desportos da Universidade do Brasil, em 1939.

O método ginástico francês, que contribuiu para construir e legitimar a

Educação Física nas escolas brasileiras estava fortemente ancorado nos

conhecimentos advindos da anatomia e da fisiologia, cunhados de uma visão

positivista da ciência, isto é, um conhecimento científico e técnico considerado

superior a outras formas de conhecimentos, e que deveria ser referencia para

consolidação de um projeto de modernização do país.

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No final da década de 1930, o esporte começou a se popularizar, não por

acaso, passou a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de

Educação Física. Com o intuito de promover políticas nacionalistas, houve um

incentivo às práticas desportivas, como a criação de grandes centros esportivos, a

importação de especialistas que dominavam as técnicas de algumas modalidades

esportivas e a criação do Conselho Nacional de Desportos, em 1914. No final da

década de 1930 e inicio da década seguinte, ocorreu que o Conselho denomina

como processo de desmilitarização da Educação Física brasileira, isto é, a

predominância da instrução física militar começou a ser sobreposta por outras

formas de conhecimento sobro o corpo e, com o fim da II Guerra Mundial, teve inicio

um intenso processo de difusão do esporte na sociedade e, consequentemente, nas

escolas brasileiras. Trata-se não mais do esporte da escola, mas sim do esporte na

escola.

A Lei Orgânica do Ensino Secundário permaneceu em vigor até a aprovação

da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4.024/61, em 1961.

Com golpe militar no Brasil, em 1964, o esporte passou a ser tratado com

maior ênfase nas escolas, especialmente durante as aulas de Educação Física.

Nesse contexto, o esporte consolidou sua hegemonia como objeto principal nas

aulas de Educação Física, em currículos, cujo, enfoque pedagógico estava centrado

na competição e na performance dos alunos.

Ainda, nesse período, aos olhos do regime militar, a Educação Física era um

importante recurso para consolidação do projeto “Brasil Forte” (BRACHT),1992).

Através da pratica de exercícios físicos visando o desenvolvimento da aptidão física

dos alunos, seria possível obter melhores resultados nas competições esportivas e,

consequentemente, consolidar o país como uma potencia olímpica, elevando seu

status político econômico.

Tal concepção de Educação Física escolar de caráter esportivo foi

duramente criticada pela corrente pedagógica da psicomotricidade que surgia no

mesmo período.

A Educação Física ficou também relegada a serviço da aprendizagem das

outras disciplinas escolares. No mesmo período, a comunidade científica na

Educação Física se fortaleceu coma expansão da pós-graduação em Educação

Física no Brasil. Houve um movimento de renovação do pensamento pedagógico.

Que trouxe várias proposições e interrogações acerca da legitimidade dessa

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disciplina como campo do conhecimento escolar. Entre as correntes ou tendências

progressistas destacaram-se as seguintes abordagens:

- Desenvolvimentista: defende a ideia de que o movimento é o principal meio e fim

da Educação Física. Concentram-se nas habilidades motoras e sua base teórica é a

psicologia do desenvolvimento e a aprendizagem.

- Construtivista; defende a formação integral incluindo as dimensões afetivas e

cognitivas ao movimento humano.

- Médico-operadora: baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico-crítica e

estipula como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal, a partir de conteúdos

como: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. O conceito de Cultura

Corporal tem como suporte a ideia de seleção, organização e sistematização do

conhecimento humano para ser transformado em saber escolar. É função da escola

e neste caso também da Educação Física garantir o acesso às variadas formas de

conhecimentos produzidos pela humanidade.

- Crítico-emancipatória: Nesta perspectiva o movimento humano é considerado

significativo, pois, a expressividade corporal é uma forma de linguagem pela qual o

ser humano se relaciona com o meio, tornando-se sujeito pela qual o ser humano se

relaciona com o meio, tornando-se sujeito a partir do reconhecimento de si no outro.

No final da década de 1980 e início de 1990, no Estado do Paraná,

estabelecem as discussões para elaboração do Currículo Básico, sendo o principal

documento oficial relacionado à educação básica no Estado do Paraná.

Essa proposta representou um marco para a disciplina, destacou a

dimensão social da Educação Física e possibilitou a consolidação de um novo

entendimento em relação ao movimento humano, como expressão da identidade

corporal, como pratica social e como uma forma do homem se relacionar com o

mundo. A rigidez na escolha dos conteúdos, a insuficiente oferta de formação

continuada para consolidar a proposta dificultaram a implementação dos

fundamentos teóricos e políticos do Currículo Básico na proposta pedagógica. Por

isso, o ensino da Educação Física na escola se manteve, em muitos aspectos, em

suas dimensões tradicionais, ou seja, com enfoque exclusivamente no

desenvolvimento das aptidões físicas, de aspectos psicomotores e na prática

esportiva.

Os avanços teóricos da Educação Física sofreram retrocesso na década de

noventa quando, após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional ( LDB n nº 9394/96), o Ministério da Educação) apresentou os

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Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a disciplina de Educação Física, cujo

conhecimentos perderam a centralidade e a importância em favor dos temas

transversais e da pedagogia das competências e habilidades, as quais receberam

destaque na proposta.

Dentro de um projeto mais amplo de educação, o Estado do Paraná,

entende a escola como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o

acesso ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade, contribuindo

para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo,

adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as

praticas corporais.

O objetivo da disciplina de Educação Física é a formação humana, a atitude

crítica perante a Cultura Corporal, o domínio do conhecimento e a possibilidade de

sua construção, possibilitando aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico, político,

econômico e social.

É partindo dessa posição que a proposta Curricular de Educação Física

aponta como objeto de estudo a Cultura Corporal, evidenciando a relação estreita

entre a formação histórica do ser humano por meio do trabalho e das práticas as

corporais.

2 CONTEÚDOS

ENSINO FUNDAMENTAL: 6º a 9º ANOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESCONTEÚDOS

BÁSICOS

EsporteIndividuais e Coletivos

Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda

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Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Dança

Danças folclóricas

Dança de salão

Danças de rua

Danças criativas

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Lutas Lutas de aproximação e de

distância

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

ESPORTES Coletivos

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Individuais

Radicais

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e Brincadeiras Populares

Brincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

DANÇAS

Danças folclóricas

Danças de salão

Danças de rua

Danças criativas

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Danças circulares

GINÁTICA

Ginástica artística/olímpica

Ginástica rítmica

Ginástica de Condicionamento Físico

Ginástica circense

Ginástica geral

LUTAS

Lutas de aproximação

Lutas que mantêm a distância

Lutas com instrumento mediador

Capoeira

Os Desafios Educacionais contemporâneos: Educação Ambiental, Educação

física, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas e

sexualidade, passará pelo currículo somente na condição de compreensão do

currículo na totalidade, fazendo parte da intencionalidade do recorte do

conhecimento da disciplina. Isto significará compreendê-los como parte da realidade

concreta e explicitará nas múltiplas determinações que produzem e explicam os

fatos sociais.

3 METODOLOGIA

O professor de Educação Física tem a responsabilidade de organizar e

sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais possibilitando a

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comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o

censo de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física

e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas

metodologias, nas práticas e nas reflexões.

Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio

da Cultura Corporal, onde o conhecimento é transmitido e discutido com o aluno,

levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que está

inserido. O conhecimento de um conteúdo teórico deverá proporcionar ao mesmo

tempo a expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos e,

a reflexão sobre o movimento corporal. Tudo isso segundo o princípio da

complexidade crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto no

Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.

Ao trabalhar o conteúdo estruturante Jogo, o professor do Ensino

Fundamental pode apresentar as diversas modalidades de jogos com suas regras

mais elementares; enquanto no Ensino Médio ao tratar o mesmo conteúdo

estruturante o professor deverá envolver jogos e regras que requeiram maior

capacidade de abstração.

Na Educação Física é preciso levar em consideração, inicialmente aquilo

que o aluno traz como referência a cerca do conteúdo proposto, ou seja, a primeira

leitura da realidade. Após delinear o que o aluno conhecem sobre o conteúdo, o

professor deve propor um desafio criando um ambiente de dúvida.

Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o conteúdo

sistematizado, possibilitando a assimilação e recriação do mesmo. É neste

momento, que o professor realiza as intervenções pedagógicas necessárias.

Finalizando a aula o professor pode solicitar que os alunos criem outras

formas de jogo. Ainda é possível através de um dialogo permitir ao aluno avaliar seu

processo de ensino aprendizagem.

O trabalho com a disciplina de Educação Física, cuja função social é

contribuir para que os alunos ampliem sua consciência corporal e alcance novos

horizontes como sujeitos singulares e coletivos, sem deixar de reconhecer alguns

dos principais problemas da Educação Física atual, que compromete sua

legitimação do currículo escolar. Neste sentido, é preciso superar:

A persistência do dualismo corpo-mente com base cientifico teórico da

Educação Física que mantém a cisão teoria prática e da origem a um aparelho

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conceitual de conteúdo real, dentre eles a-histórico de esporte e da suas

classificações;

- A banalização do conhecimento da cultura corporal, pela repetição mecânica de

técnicas esvaziadas da valorização subjetiva que deu origem a sua criação;

- A restrição do conhecimento oferecido aos alunos, obstáculo para que

modalidades esportivas, especialmente as que mais atraem às crianças e jovens,

possam ser apreendidas na escola, por todos, independente de condições físicas,

de etnia, sexo ou condição social;

- A utilização de testes e medidas padronizadas, não como forma de acesso aos

conhecimentos oriundos do esporte de rendimento, mas com objetivos exclusivos

de aferir o nível das habilidades físicas, ou como instrumentos de avaliação do

desempenho instrucional dos alunos nas aulas de Educação Física;

- A adoção da teoria da pirâmide esportiva como teoria educacional;

- A falta de uma reflexão aprofundada sobre o desenvolvimento da aptidão física e

sua contradição com a reflexão sobre a Cultura Corporal;

Diante do exposto, o papel da Educação Física é desmitificar formas

arraigadas e não refletidas em relação às diversas práticas e manifestações

corporais historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano.

4 AVALIAÇÃO

Diante das discussões desenvolvidas nestas Diretrizes, é necessário

entender que a avaliação em Educação Física deve oferecer maior coerência entre

a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o processo ensino

aprendizagem. Um dos primeiros aspectos que precisam ser garantidos é a não

exclusão, isto é, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os

alunos.

Com efeito, os critérios para avaliação devem ser estabelecidos,

considerando o comprometimento e o envolvimento dos alunos no processo

pedagógico: se os alunos entregam as atividades propostas pelo professor; se

houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio d da recriação de jogos e

regras; se o aluno consegue resolver de forma criativa, situações problemas sem

desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e

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propondo soluções para as divergências; se o aluno mostra-se envolvido nas

atividades, seja através da participação nas atividades práticas ou realizando

relatórios. Com essas observações, o professor poderá identificar os avanços e

dificuldades no processo pedagógico com o objetivo de replanejar e propor

encaminhamentos que superem as dificuldades constatadas.

Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode

utilizar de instrumentos avaliativos como dinâmicas de grupos, seminários, debates,

júri simulado, recriação de jogos, pesquisas em grupo, inventários, etc. Também a

realização de atividades de jogos escolares e festivais têm a finalidade de

demonstrar a apreensão dos conhecimentos em situação de real atividade. A

realização de provas e trabalhos escritos podem ser utilizados para a avaliação em

Educação Física, desde que a nota não sirva para classificar os alunos, mas que

sirva como referencia para redimensionar a sua ação pedagógica.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre:

Magister,1992.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: história que não se conta.

4 ed. Campinas; Papirus, 1994.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São

Paulo: Cortez, 1992.

FALCÃO, JOSÉ LUIZ C. Capoeira. In; kunz, Elenor. Didática da Educação Física

1. 3. ed. Ijuí; Unijuí, 2003, p. 55-94.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da

pré-escola à universidade. 20 ed. Porto Alegre; Mediação, 2003.

Educação Física / vários autores: Curitiba: SEED – PR, 2006 – 232 p.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física. Curitiba: 2008.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves:

ENSINO RELIGIOSO

1 APRESENTAÇÃO

A disciplina de Ensino Religioso apresenta marcos importantes até se

constituir disciplina curricular nas escolas da rede pública estadual no espaço

escolar, o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da religião Católica,

conforme determinava a constituição de 1.824. Em meados da década de 1.960 é

que surgem grandes debates sobre a questão religiosa. Mas somente a partir das

discussões da LDBEN 9394/96, incentivada pela sociedade organizada, o Ensino

Religioso passou a ser compreendido como disciplina escolar, e sua instituição nas

escolas públicas foi regulamentada.

Em 2002, o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a

Deliberação 03/02 , que regulamentou o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do

Sistema de Ensino do Paraná. No final de 2005, a SEED encaminhou os

questionamentos oriundos desse processo de discussão com os Núcleos Regionais

de Educação e com os professores ao Conselho Estadual de Educação (CEE). Em

10 de fevereiro de 2006, o mesmo Conselho aprovou a Deliberação n. 01/06, que

instituiu novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do

Paraná.

Tendo em vista que o conhecimento religioso constitui patrimônio da

humanidade, conforme a Legislação Brasileira que trata do assunto, o currículo de

Ensino Religioso pressupõe: colaborar com a formação da pessoa; e promover a

escolarização para que o educando se aproprie de saberes para entender os

movimentos religiosos específicos de cada cultura.

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O Ensino Religioso, assim como as demais áreas de conhecimento, que são

discutidas ao longo do Ensino Fundamental, contribuem para o desenvolvimento do

sujeito, tendo em vista a aquisição de conhecimentos, habilidades e a formação de

atitudes e valores.

A partir da observância dos aspectos que marcam o sagrado e as relações

que se estabelecem em decorrência dele nas diferentes manifestações religiosas, a

serem tratadas pelo Ensino Religioso, ressalta-se a necessidade de definir como

conteúdos escolares a pluralidade das tradições religiosas.

O objeto de estudo do Ensino Religioso são as diferentes manifestações do

sagrado no coletivo, desse modo deve-se analisar e compreender o sagrado como o

cerne da experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural.

Dessa forma, o Ensino Religioso, ao resgatar o sagrado, busca explicar a

experiência que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais

sedimentadas, como em outras manifestações mais recentes. O conteúdo abordado

pelo Ensino Religioso terá, também, a preocupação com os históricos de

constituição do sagrado, buscando explicitar os caminhos percorridos até a

concretização de simbologias e espaços que se organizam em territórios sagrados,

ou seja, a criação das tradições. Além disso é necessário que os alunos tenham

contato com costumes religiosos diversos de maneira que possam refletir sobre as

mais diversas práticas religiosas no intuito de compreender seus significados. Desse

modo o objetivo da disciplina de Ensino Religioso é promover o entendimento do

aluno sobre as mais diversas religiões, bem como respeitá-las como expressão da

religiosidade de vários povos e culturas diferentes. Não se pode esquecer que a Lei

11.645/01 regulamenta o ensino da temática Indígena nas escolas públicas e

particulares do Brasil e também a Lei 13.381/017 que torna obrigatório o ensino de

História do Paraná nas escolas paranaenses , nesse caso inclui-se também o

Ensino Religioso pois o mesmo trata de religiões indígenas do Brasil e do Paraná e

desse modo suas culturas também são contempladas.

Justifica-se a disciplina de Ensino Religioso devido à necessidade de

demostrar a diversidade religiosa existente no Brasil e no mundo, explorando desse

modo a complexidade cultural que permeia as inúmeras religiões e crenças. Ao

trabalhar com as diferenças deve-se enfatizar o respeito que se deve ter com cada

religião e também demostrar a própria diversidade cultural em que os educandos

vivem atualmente, sendo necessário o conhecimento básico das diferenças para que

exista o respeito ao diverso.

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2 – CONTEÚDOS

6º Ano

Conteúdos Estruturantes

Paisagem Religiosa

–Universo Simbólico Religioso

– Textos Sagrados

Conteúdos Básicos

–Organizações Religiosas

–Lugares Sagrados

–Textos Sagrados Orais e Escritos

– Símbolos Religiosos

7º Ano

Conteúdos Estruturantes

– Paisagem Religiosa

– Universo Simbólico Religioso

– Textos Sagrados

Conteúdos Básicos

– Temporalidade Sagrada

–Textos Religiosos

- Ritos

-Vida e Morte

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3 METODOLOGIA

A forma de apresentação dos conteúdos específicos deverá explicitar a intenção de

partir de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado

desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para posteriormente inserir os

conteúdos que tratam de manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte

do universo cultural da comunidade.

Desse modo, pretende-se evitar a redução dos conteúdos da disciplina às

manifestações religiosas hegemônicas. Todo o conteúdo a ser tratado nas aulas de

Ensino Religioso deve contribuir para a superação: do preconceito à ausência ou à

presença de qualquer crença religiosa; de toda forma de proselitismo, bem como da

discriminação de qualquer expressão do sagrado.

Assim, os conteúdos a serem ministrados nas aulas de Ensino Religioso não

têm o compromisso de legitimar uma manifestação do sagrado em detrimento de

outra, uma vez que a escola não é um espaço de doutrinação, evangelização, de

expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações.

Os conteúdos devem contemplar as diversas manifestações do sagrado,

entendido como integrantes do patrimônio cultural e poderão ser enriquecidas pelo

professor, desde que contribuam para a construção, a reflexão e a socialização do

conhecimento religioso, proporcionando assim conhecimentos que favoreçam a

formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com o diferente.

O professor estabelecerá uma relação pedagógica com os conhecimentos

que compõem o universo sagrado das manifestações religiosas, como construção

histórico-social, agregando-se ao patrimônio cultural da humanidade. Tendo em vista

a diversidade de conteúdos e o necessário processo de pesquisa a ser realizado

pelo professor. Este procedimento evitará o uso de fonte de informações e de

pesquisa comprometidas com os interesses de uma ou de outra tradição religiosa.

Na disciplina de Ensino Religioso a cultura – Afro Brasileira e Indígena serão

inseridas através do estudo sobre as influência das celebrações religiosas na cultura

do Brasil e pesquisas a cerca das religiões presentes no Brasil e Paraná . É

necessário trabalhar com diversas formas de conteúdos de formas variadas , textos ,

imagens, vídeos, trabalhos em grupo, atividades escritas e orais no intuito de

promover uma melhor compreensão do educandos, bem como os Desafios

Educacionais Contemporâneos.

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É muito importante que o professor estabeleça aulas dialogadas que

promovam a expressão do aluno e não simplesmente repassar informações , ele

deve saber também como agir, lidar, usar as expressões que aprende em aula.

4 AVALIAÇÃO

O Ensino Religioso não se constituiu como objeto de reprovação, bem como

não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica

pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina. Cabe ao professor a

implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de

apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os

conteúdos tratados e seus objetivos.

O processo avaliativo deve identificar em que medida os conteúdos passam a

ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.

Nesse sentido, a apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser

observado pelo professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Pode-

se avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa

com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua; aceita as

diferenças e, principalmente, reconhece que o fenômeno religioso é um dado da

cultura e da identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados para

referir-se às diferentes manifestações do sagrado.

Diante da sistematização dos estudos da avaliação, o professor terá

elementos para planejar as intervenções a serem realizadas conforme os alunos

apresentarem dificuldades para a resolução das atividades e a compreensão dos

conteúdos, é por esse motivo que a avaliação é muito importante no processo de

aprendizagem do aluno.

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5 REFERÊNCIAS

OTTO, R. O Sagrado. Lisboa: Edições 70ª 1992;

Wagner, R. O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ensino Religioso. Curitiba: 2008.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

O Sagrado no Ensino Religioso: Caderno Pedagógico de Ensino Religioso –

SEED.

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FILOSOFIA

1 APRESENTAÇÃO

A Filosofia tem sua origem na Grécia Antiga, a mais de 2.600 anos num

embate teórico entre Platão e os sofistas, na Idade Média o pensamento foi marcado

pela inspiração Divina, pelo monoteísmo e a ideia do pecado original.

Na Idade Moderna o pensamento volta- se para o antropocentrismo e a

separação da religião com os filósofos Iluministas, a partir do século XIX ocorre uma

pluralidade de ideias que permitiu ao ser humano mais liberdade em suas

expressões.

No Brasil como disciplina esta nos currículos escolares desde o ensino

jesuítico que ignoravam a cultura e necessidades dos indígenas, nesse sentido a

Filosofia era entendida como formação moral e intelectual da Igreja Católica.

Com a proclamação da República a Filosofia passou a fazer parte dos

currículos escolares como disciplina obrigatória, a LDB n.4.024/61 extinguiu a

obrigatoriedade do ensino de Filosofia e a lei n. 5.692/71 fez desaparecer a

disciplina de Filosofia por não servir aos interesses políticos e ideológicos do

Regime Militar. Nos anos 80 com a abertura política e o movimento pelo retorno da

disciplina a lei n. 5.692/71 marca o retorno da disciplina aos currículos escolares do

Ensino Médio.

A LDB no artigo 36 determina que ao final do ensino médio, o estudante

deverá “dominar os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao

exercício da cidadania.” O caráter transversal dos conteúdos filosóficos que aparece

com bastante clareza na Resolução 03/98 no cumprimento “à exigência da LDB

quanto a necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos, uma vez que joga

a filosofia para transversalidade, entretanto, o domínio de conhecimentos só

acontece, com a necessária profundidade e qualidade, no curso da disciplina.

O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação

do estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por

meio da investigação, no trabalho direcionado à criação de conceitos.

O objeto de estudo da Filosofia é, portanto, a criação de conceitos, o pensar,

o refletir, o indagar para a criação dos próprios conceitos. Assim, o ensino de

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filosofia como a criação de conceitos deve abrir espaço para que o estudante possa

planejar um sobrevoo sobre todo o vivido, a fim de que consiga à sua maneira

também, cortar, recortar a realidade e criar conceitos.

A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto, propiciará

entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta todo o

cuidado com a precisão dos enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias

e buscando a superação do caráter fragmentário do conhecimento.

Considerando que a Filosofia pode viabilizar interfaces com as outras

disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história,

das ciências e da arte, é comum retomar a clássica questão a respeito da cisão

entre Filosofia e filosofar: ensinamos a filosofar ou ensinamos Filosofia? Para Kant

(1985), só é possível ensinar a filosofar, isto é, exercitar a capacidade da razão em

certas tentativas filosóficas já realizadas. É preciso, contudo, reservar à atividade

filosófica em sala de aula o direito de investigar as ideias até suas últimas

consequências, conservando-as ou recusando-as. Em Hegel, o conhecimento do

conteúdo da Filosofia é indispensável a sua prática, ou seja, do filosofar. A Filosofia

constitui seu conteúdo, visto que reflete sobre ele.

A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiências filosóficas,

espaço de criação e provocação do pensamento original, da busca, da

compreensão, da investigação e da criação de conceitos. O que se espera é que o

estudante, ao tomar contato com os problemas e textos filosóficos possa pensar e

argumentar criticamente e que nesse processo crie e recrie para si os conceitos

filosóficos. Articulando o espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o

pensamento e a experiência humana, pois a esse momento espera-se que os

estudantes tenham compreendido a complexidade do mundo contemporâneo, suas

múltiplas particularidades e especializações.

2 CONTEÚDOS

Filosofia Ensino MédioConteúdo

Estruturante

Conteúdo Básico

1º Ano

-Mito e Filosofia -O que é Filosofia

-Saber Filosófico

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-Relação Mito e Filosofia

-Atualidade do Mito

-Teoria do

Conhecimento

-Possibilidade do conhecimento

-As formas de conhecimento

-O problema da verdade

-A questão do método

-Conhecimento e lógica

2º Ano - Ética

-Ética e Moral

-Pluralidade Ética

-Ética e violência

-Razão, desejo e vontade

-Liberdade

-Autonomia do sujeito e a necessidade

das normas

- Filosofia Política

-Relação entre comunidade e poder

-Liberdade e igualdade política

-Política e Ideologia

-Esfera pública e privada

- Cidadania formal e participativa

3º Ano - Filosofia da Ciência

-Concepções de Ciência

-A questão do método científico

-Contribuições e limites da ciência

-Ciência e ideologia

-Ciência e Ética-Estética -Natureza da Arte

-Filosofia e Arte

-Categorias Estéticas-feio,

belo,sublime,trágico,cômico,grotesco,

gosto.

-Estética e sociedade.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental, Educação

fiscal, Enfrentamento a Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas e

sexualidade, passará pelo currículo somente na condição de compreensão do

currículo na totalidade, fazendo parte da intencionalidade do recorte do

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conhecimento da disciplina. Isto significará compreendê-los como parte da realidade

concreta e explicitará nas múltiplas determinações que produzem e explicam os

fatos sociais

3 METODOLOGIA

Os conteúdos estruturantes serão trabalhados na perspectiva dos estudantes,

de fazê-los pensar problemas com significado histórico e social, estudados e

abalizados com textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que possam

pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos, buscando sempre o

encadeamento e a clareza das ideias e a superação do caráter fragmentário do

conhecimento. Portanto, o trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e

seus conteúdos específicos se dará em quatro momentos:

a) Mobilização para o Conhecimento das atividades que serão conduzidas pelo

professor com o objetivo de instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do

estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.

b) Problematização: a partir do conteúdo em discussão, professor e estudantes

levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo.

c) Investigação: Problematizando o professor convida ou leva o estudante a analisar

o problema por meio da investigação, da pesquisa recorrendo à história da Filosofia

e aos clássicos podendo ser os primeiros passos para possibilitar a experiência

filosófica.

d) Criação de Conceitos: Depois de defrontar-se com diferentes maneiras de

enfrentar o problema e com as possíveis soluções já elaboradas referendadas

também com uma análise da atualidade (a sua própria realidade) o texto filosófico a

entender e analisar filosoficamente o problema em questão será remetido para o

presente com o objetivo de fazer entender o que ocorre na atualidade e como a

partir da Filosofia, entender os problemas de nossa sociedade.

Esta metodologia implica uma prática pedagógica permeada por atividades

investigativas que orientem o debate filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e

participativo, com planejamento que inclua leitura, pesquisa, filme, música, imagem,

livro didático, fatos de repercussão na opinião pública, textos filosóficos entre outros

de diferentes categorias que rumarão a inúmeras possibilidades e estratégias,

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alinhavando o conteúdo filosófico ao cotidiano do estudante com o objetivo de

entender o que ocorre hoje e como podemos a partir da Filosofia atuar sobre os

problemas da sociedade. Assim, o estudante terá condições de perceber o que está

e o que não está implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e por

vezes discurso ideológico de modo a argumentarem coerentemente, se posicionado

como cidadão crítico.

4 AVALIAÇÃO

Conforme a LDB nº 9394/96, no seu art. 24, a avaliação deve ser concebida

na sua função diagnóstica e processual. Ao avaliar, o professor deve ter profundo

respeito pelas posições do estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o

que está em questão é a capacidade de argumentar e de identificar os limites

dessas posições.

O que deve ser levado em consideração é a atividade com conceitos, a

capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses

subjacentes aos temas e discursos. Torna-se relevante avaliar a capacidade do

estudante de trabalhar e criar conceitos, sobre os seguintes pressupostos: qual

conceito criou/recriou; qual discurso tinha antes e qual discurso tem após o estudo.

A avaliação será contínua e cumulativa, tendo função somatória subsidiada

pelo crescimento e participação do estudante nas atividades propostas como:

formação de textos individuais e coletivos, respostas escritas sobre questionamentos

referentes ao conteúdo, formação de opinião fundamentada em pressupostos

teóricos, questões objetivas retiradas de vestibular, do ENEM e a auto-avaliação que

é um momento de reflexão do aluno sobre o seu desempenho.

Na recuperação deve-se levar em conta que todos os conteúdos são

importantes para a formação do aluno, portanto deve-se investir em várias formas de

avaliação para que o aluno aprenda, o professor deve esforçar –se para retomar os

conteúdos e modificar sua metodologia para garantir um resultado satisfatório.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática.

LEOPOLDO E SILVA, F. Currículo e formação: o ensino de Filosofia. Belo

Horizonte: Síntese Nova Fase, l v. 20, nº 63, 1993.

LDP: Livro Didático Público– Secretaria de Estado da Educação/Pr.

A Filosofia na formação do jovem e a ressignificação de sua experiência

existencial. São Paulo: 2002.

Filosofia e Ciências Humanas no ensino de 2º Grau uma abordagem

antropológica da formação dos adolescentes. IN Queiroz, JJ. (ORG) Educação

Hoje: educação e polaridade. São Paulo: FECS/USP, 1997. P. 101/109.

Filosofia. São Paulo: Cortez, 1994. Vernant, J.P. As origens do pensamento

grego. São Paulo: Difel, 1984.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Filosofia. Curitiba: 2008.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

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FÍSICA

1 APRESENTAÇÃO

A Física tem como objeto de estudo o Universo e em toda sua complexidade

propõe aos estudantes o estudo da natureza. Entretanto, os conhecimentos de Físi-

ca apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a

própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem a fim de compreender essa

natureza.

Na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistên-

cia, a humanidade começou a observar para compreender a natureza em tempos re-

motos, provavelmente no período paleolítico. Porém, bem mais tarde é que surgiram

as primeiras sistematizações, com o interesse dos gregos em explicar as variações

cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram origem à Astronomia, talvez a

mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos.

Entretanto, apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos

como os árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física

demonstram que até o período do Renascimento a maior parte da ciência conhecida

pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu

e à física de Aristóteles.

As explicações em cada época a respeito do Universo mudam de acordo

com o que se conhece sobre ele. Aristóteles, no século IV a.C., apresentou argu-

mentos bastante convincentes para mostrar a forma arredondada da Terra e desen-

volveu uma física para tentar compreender a nova visão de mundo terrestre.

Dessa forma, quatro elementos formariam o universo: terra, água, fogo e ar.

Por outro lado, como se observava que alguns corpos celestes não se apro-

ximam nem se afastavam do centro do Universo, Aristóteles imaginou que existiria

um quinto elemento, o éter, que a tudo preencheria acima da Lua. Dessa forma o

Universo seria dividido em dois mundos: o sublunar, localizado abaixo da Lua forma-

do pelos quatro elementos (terra, água, fogo e ar), e; o supralunar, localizado a partir

da Lua, formado por éter.

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Nesse novo contexto histórico, Galileu inaugurou a Física que conhecemos

hoje. De suas observações pelo telescópio desfez o sacrário dos lugares naturais,

da dicotomia entre terra e céu, entre mundo sublunar e supralunar e contribuiu para

a afirmação do sistema copernicano. O universo deixou de ser finito e o céu deixou

de ser perfeito. O espaço passou a ser mensurável, descrito em linguagem matemá-

tica.

Ao aceitar o modelo de Copérnico e propor a matematização do Universo,

Galileu causou uma revolução, de modo que se abriu caminho para que Isaac New-

ton fizesse a primeira grande unificação da ciência elevando a Física, no século

XVII, ao status de Ciência. Com sua mecânica e sua gravitação, Newton completou

o que Galileu e Descartes não chegaram a realizar que foi submeter o céu e a Terra

às mesmas leis; a primeira grande unificação da Física.

Os franceses estiveram entre os grandes disseminadores da obra de New-

ton e se preocuparam em eliminar o empirismo e as ideias metafísicas – como o pa-

pel da ação divina na teoria da gravitação, por exemplo –, o que deu origem à Física

Matemática. Mesmo a termodinâmica, de início desenvolvida empiricamente, passa-

ria a ter um tratamento quantificado com os franceses nos moldes do Principia.

A união entre técnicos e cientistas para o entendimento da ciência do calor,

indispensável para melhorar a potência das máquinas térmicas, possibilitou o esta-

belecimento das leis da termodinâmica e outra grande unificação da Física: o calor

passou a ser entendido como uma forma de energia relacionada ao movimento.

Em 1934, no Brasil, foi criado o curso de Sciencias Physicas, na Faculdade

de Philosophia, Sciencias e Letras da Universidade de São Paulo, para formar ba-

charéis e licenciados em Física. Isso permitiu ao país que a Física, como campo de

pesquisa e criação de novos conhecimentos, começasse a se desenvolver efetiva-

mente.

Em 1837, foi adotada uma Física matematizada, quantitativa, ensinada por

meio dos manuais franceses, com ênfase na transmissão e aquisição de conteúdos,

relacionados aos problemas europeus, distantes da realidade brasileira.

A revogação da obrigatoriedade de adoção dos programas oficiais do MEC,

pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB nº 4.024, de 21 de dezembro de

1961, deu liberdade às escolas quanto à escolha dos conteúdos de ensino, desen-

volveu o Projeto Piloto de Ensino de Física, durante o golpe militar de 1964, o que

levou à promulgação da Lei nº 5.692, de Diretrizes e Bases da Educação, em 1971.

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A chamada pedagogia histórica- crítica é exemplo desse momento. Por meio

das ideias de teóricos e educadores como Dermeval Saviani, as discussões e as

ações para implementação dessa perspectiva pedagógica tiveram início, primeira-

mente na prefeitura de Curitiba e, depois, na rede estadual. Desse movimento, nas-

ceram o Currículo Básico e os documentos de Reestruturação do Ensino médio, en-

tre eles o referente à disciplina de Física.

Publicada em 1993 essa proposta de reestruturação do ensino de Física

buscava propiciar ao aluno uma sólida educação geral voltada à compreensão críti-

ca da sociedade para enfrentar as mudanças e atuar sobre elas, condição imprová-

vel sem a aquisição do conhecimento científico. Além disso, o entendimento da rela-

ção ciência-tecnologia, do processo de elaboração da ciência e sua aplicação à tec-

nologia, evitaria a apresentação da ciência como verdade absoluta – à margem da

sociedade – e contribuiria para o desenvolvimento da criticidade dos estudantes.

A necessária reforma educacional para esse fim foi concretizada com a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96.

O uso da tecnologia na educação, especialmente os recursos computacio-

nais, passou a ser exigência do novo padrão de formação e qualificação que bus-

cam construir um ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias capazes

de levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspecti-

va de que esta não é somente fruto da racionalidade científica. É preciso ver o ensi -

no da Física “com mais gente e com menos álgebra, a emoção dos debates, a força

dos princípios e a beleza dos conceitos científicos”.

Entende-se, então, que a Física deve educar para cidadania e contribuir

para o desenvolvimento de um sujeito capaz de admirar a beleza da produção cientí-

fica ao longo da história. Também deve considerar a dimensão crítica do conheci-

mento sobre o universo de fenômenos ao fazer perceber a não-neutralidade de sua

produção, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políti-

cos, econômicos e culturais.

O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes

propostos nas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das idéias e

dos conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro di-

dático como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Físi -

ca à memorização de modelos conceitos e definições, excessivamente matematiza-

dos e tomados como verdades absolutas, como coisas reais o qual afirma que o co-

nhecimento científico é uma construção humana com significado histórico e social.

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O conhecimento da Física é fundamental para a formação de uma cultura

cientifica e efetiva que permita ao individuo interpretar os fatos, fenômenos e pro-

cesso natural, bem como seu pleno desenvolvimento de sua capacidade visando à

vida individual e profissional .

Visto que o ensino de Física rege as leis da natureza, deverá mostra ao

educando a compreensão de tais fenômenos que convive no dia-a-dia,

compreendendo o porquê destes benefícios que trazem o avanço tecnológico.

Adequar conteúdos com a sua realidade e fazê-lo compreender o óbvio

através do conhecimento cientifico, é permitir-lhe a compreensão de que os

conteúdos a serem ensinados estão ligados diretamente aos fenômenos que regem

a natureza, presente em todos os momentos da nossa vida. A Física se apresenta

como um campo estruturado de conhecimentos que permite elaborar modelos de

evolução cósmica, investiga mistério das partículas que compõem a matéria e ao

mesmo tempo , permite desvendar novas fontes de energia.

Possibilita ainda a compreensão dos fenômenos físicos que cercam nosso

mundo microscópio e macroscópico, bem como entendimento do Universo como

objetivo de estudo da Física , sua evolução, suas transformações e as interações

que nele se apresentam.

O Ensino de Física pode construir para que em seu processo, o aluno não

só construa um esquema conceitual, mas também desenvolva uma visão crítica

sobre a aplicação das tecnologias à educação, de forma a usá-las com propriedade,

segundo as finalidades, e/ou o público-alvo de sua ação.

A disciplina de Física tem como objetivo entre outros, desenvolve um

instrumento da formação humana que amplia os horizontes culturais e a autonomia

no exercício da cidadania, se o conhecimento físico for promovido como um dos

meios de interpretar o mundo e intervir na realidade, se for apresentado como

ciência, com seus conceitos, métodos e linguagens próprios, e como construção

histórica, relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida

em sociedade. Utilizar as informações trazidas pelos meios de comunicação de

forma diversificada, apresentando a solucionar, compreender e debater aqueles que

lhes são relevantes, contribuindo na certeza para sua própria cidadania.

2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

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MOVIMENTO, TERMODINÂNICA e ELETROMAGMETISMO.

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos que compõem os

campos de estudo da Física na escola. Esses conteúdos fundamentam a aborda-

gem pedagógica dos conteúdos específicos, de forma que o estudante compreenda

o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.

Nos fundamentos teórico-metodológicos apresentaram-se, com base em re-

cortes históricos, as três grandes sínteses que compunham o quadro conceitual de

referência da Física no final do séc. XIX e início do séc. XX. Essas três sínteses –

Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo são denominados “conteúdos

estruturantes” para a disciplina de Física, pois essas teorias compõem campos de

estudos da Física.

MOVIMENTO

No estudo dos movimentos, é indispensável trabalhar as idéias de conserva-

ção de momentum e energia, pois pressupõe o estudo de simetrias e leis de conser-

vação, em particular, da Lei da Conservação da Energia, desenvolvida nos estudos

da termodinâmica, no século XIX e considerada uma das mais importantes leis da fí-

sica.

Outro importante conceito a ser trabalhado é o de força, definido a partir da

variação temporal da quantidade de movimento, que constitui a segunda lei de New-

ton.

TERMODINÂMICA

No campo da termodinâmica, os estudos podem ser desdobrados a partir

das Leis da termodinâmica.

A Lei Zero da termodinâmica é um bom enfoque para o estudo das noções

preliminares de calor como energia em trânsito, não uma mera medida do grau de

agitação molecular de um sistema.

A primeira lei da termodinâmica, que também porta a idéia de calor como

forma de energia, permite identificar sistemas termodinâmicos postos a realizar tra-

balho.

O estudo da segunda Lei da Termodinâmica é importante para a compreen-

são das máquinas térmicas, mas vai além, pois conduz ao conceito de entropia.

ELETROMAGNETISMO

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Historicamente, um dos resultados mais importantes dos trabalhos de Max-

well é a apresentação da luz como uma onda eletromagnética e o estudo das suas

equações que levam às quatro leis do eletromagnetismo clássico.

O trabalho sobre o eletromagnetismo enseja, ainda, tratar conteúdos relacio-

nados a circuitos elétricos e eletrônicos. Esses temas ainda são objetos de estudo

em muitas pesquisas, sejam relativas à tecnologia incorporada aos sistemas produti-

vos ou aos novos materiais e técnicas. Ao serem abordados na escola é preciso

considerar, também, seu papel nas mudanças econômicas e sociais da sociedade

contemporânea, bem como o fato de não serem acessíveis para todos.

• ENSINO MÉDIO E FORMAÇÃO DE DOCENTE INTEGRADO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento

Movimento e inércia;

Conservação de quantidade de movimento e

impulso

Variação da quantidade de movimento;

2° Lei de Newton;

3° Lei de Newton e Condições de equilíbrio;

Energia e o Princípio da conservação; da energia

Gravitação;

Termodinâmica

Leis da Termodinâmica;

Lei zero da Termodinâmica;

1° Lei da Termodinâmica;

2° Lei da Termodinâmica;

Eletromagnetismo

Carga, corrente elétrica, campo e ondas

eletromagnéticos;

Força eletromagnética;

Equações de Maxwell: Lei de Gauss para

eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampére, Lei

de Gauss magnética, Lei de Faraday.

A natureza da luz e suas propriedades;

As leis que tratam da História e a cultura afro-brasileira e indígena, os

Desafios Educacionais contemporâneos: Educação ambiental, Educação fiscal,

Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas e

sexualidade, passará pelo currículo somente na condição de compreensão do

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currículo na totalidade, fazendo parte da intencionalidade do recorte do

conhecimento da disciplina. Isto significará compreende-los como parte da realidade

concreta e explicitará nas múltiplas determinações que produzem e explicam os

fatos sociais.

3 ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS

Na Escola Estadual Vicente Tomazini é importante que o processo pedagó-

gico, na disciplina de Física, parta do conhecimento prévio dos estudantes, no qual

se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas. O estudante

desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia-a-dia,

na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e as traz para a

escola quando inicia seu processo de aprendizagem (DCEs 2010).

A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com esse conhecimento ci-

entífico, historicamente produzido.

A construção do conceito da Física iniciará ao abordar situações reais que

possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum conhecimento sobre o

assunto, e a partir desse saber é que a escola promoverá a difusão do conhecimen-

to da física já organizada, fazendo a articulação do conhecimento novo e o já elabo-

rado.

No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia esco-

lhida, é importante que o professor considere o que os estudantes conhecem a res-

peito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa.

O professor deve mostrar ao estudante que o seu conhecimento não está

pronto e acabado, mas que deve ser superado. Muitas das ideias dos estudantes já

foram consideradas pelos cientistas, pois também o conhecimento científico não se

constitui em uma verdade absoluta e definitiva.

A Ciência surge na tentativa de decifrar o universo físico e é determinada

pela necessidade humana de resolver problemas e demandas materiais nas diver-

sas épocas, por isso é histórica e contribui para a formação de uma visão de mundo.

O fazer ciência está, em geral, associado a dois tipos de trabalhos: um teóri-

co e um experimental. Em ambos, o objetivo é estabelecer um “modelo” de repre-

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sentação da natureza ou de um fenômeno. No teórico, é feito um conjunto de hipóte-

ses, acompanhadas de um formalismo matemático, cujo conjunto de equações deve

permitir que se façam previsões, podendo, às vezes, receber o apoio de experimen-

tos em que se confrontam os dados coletados com os previstos pela teoria.

Para que o estudante tenha uma visão mais abrangente do Universo, é pre-

ciso indicar-lhe que as fórmulas matemáticas representam modelos, os quais são

elaborações humanas criadas para entender determinado fenômeno ou evento físi-

co. Esses modelos são válidos para alguns contextos, não para todos. Ou seja, eles

abrangem uma região e têm um prazo de validade que termina quando a teoria não

consegue explicar fatos novos que podem surgir. Portanto, não é suficiente propor

questões como: considere, suponha, resolva e calcule.

Sabe-se da importância da linguagem matemática na Física, mas os mode-

los criados quase sempre são escritos pelos cientistas para seus pares. Falar com

estudantes é diferente; é preciso levar em conta seu grau cognitivo, o meio social

onde ele esta inserido dentre outras coisas. Isso permitirá definir um método de

abordagem pedagógica para que o estudante chegue ao conhecimento científico.

O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de Físi-

ca, mas entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante

elabore hipóteses além das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples

substituição de um valor para obter um valor numérico de grandeza.

Ao usar um modelo, é preciso propiciar aos estudantes condições para que

contemplem a beleza e a elegância das teorias físicas, permitindo um envolvimento

maior com essas teorias e, por conseqüência, uma aprendizagem muito mais signifi-

cativa.

Outro fator importante no ensino de Física é a experimentação. Os resulta-

dos são unânimes em considerar a importância dessa prática para melhorar a com-

preensão acerca dos fenômenos físicos.

A atividade experimental privilegia as interações dos sujeitos da aprendiza-

gem entre os estudantes e entre eles e o professor. Ao se relacionarem entre si, as

possibilidades de debates e discussões se intensificam aproximando os sujeitos e

facilitando a criação, a análise, a formulação de conceitos, o desenvolvimento de

ideias, a escolha de diferentes caminhos para o encaminhamento da aula, orienta-

dos pelo professor.

Outro aspecto a considerar é que uma experiência que permite a manipula-

ção de materiais pelos estudantes ou uma demonstração experimental, pelo profes-

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sor, nem sempre está associada a um aparato sofisticado, mas à sua organização,

discussão e reflexão, o que propicia interpretar os fenômenos físicos e trocar infor-

mações durante a aula.

Uma diversidade de aparatos experimentais pode ser construída na própria

escola e, até mesmo pelos estudantes orientados pelo professor. No entanto, é fun-

damental para a prática experimental, a presença constante de materiais e equipa-

mentos que atendam a grupos pequenos para facilitar a interação entre eles e que

as atividades em espaços de laboratório não tenham como meta a apresentação de

uma ciência fechada, que está à espera de alguém que confirme suas verdades,

mas que seja um ambiente de confrontação de hipóteses.

Acredita-se que a experimentação pode ser mais um componente, não o úni-

co, na implementação de uma proposta de ensino centrada no conhecimento.

4 AVALIAÇÃO

A avaliação será de forma consciente e produtiva de acordo com o Projeto Político

Pedagógico do Colégio, onde o educando será avaliado durante o desenvolvimento

das atividades de forma continua e cumulativa, através de relatórios, pesquisas, ava-

liação escrita, discursivas, objetivas, debates, TV pendrive, participação ativa nas

atividades de interesses.

Desta forma, a avaliação terá um caráter diversificado tanto qualitativo quan-

to do ponto de vista instrumental, levando em consideração os aspectos: a compre-

ensão dos conceitos físicos, a capacidade de análise de um texto, seja ele literário

ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico, a capacida-

de de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que en-

volva a Física, como por exemplo, uma visita a um Parque de Ciência, etc...

Não será um mecanismo arbitrário e classificatório, mas sim processual,

com análise e apreciação do trabalho realizado para ver se os objetivos estão sendo

alcançados e julgar o grau de aproximação do ideal pretendido, bem como abrir pos-

sibilidades de se rever, refazer e redirecionar o trabalho quantas vezes forem neces-

sárias, de forma a garantir o alcance dos objetivos desejados. Terá a avaliação cará-

ter humanizador, não sendo encarada como castigo, mas sim como detentor de

aprendizagem.

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O aluno será permanentemente acompanhado pelo professor no processo

ensino/aprendizagem, para que o mesmo possa além dos aspectos científico-peda-

gógicos, ser também avaliado em aspectos importantes em seu comportamento e

atitude: organização, honestidade, criticidade, pontualidade, solidariedade, respon-

sabilidade, entre outros, sendo avaliado como um todo nas diversas situações que

envolvem a aprendizagem. Os resultados obtidos serão usados pelo professor para

que se faça a retomada dos conteúdos ainda não compreendidos pelos alunos.

O resultado de todas as avaliações será apresentado ao final de cada bi-

mestre, onde os pais ou responsáveis tomarão conhecimentos através da entrega

de boletim.

REFERÊNCIAS

ABRANTES, P. C.C. Newton e a Física francesa no século XIX, In: Cad. De His-

tória e Filosofia da Ciência, série 2, 1(1): p. 5-31, jan-jun, 1989

BONJORNO. Regina Azenha. Física Completa. São Paulo: 2ª edição FTD, 2001

CARON. Wilson. Física. São Paulo: Ed. Moderna 2ª edição, 2003

CHAVES, A. Física: Mecânica. Volume I. Rio de Janeiro: Reichmann e Afonso Edi-

tores, 2000

Livro Didático Público - Física – SEED –PR - Vários autores, 2006

NARDI, R. (org). Pesquisas em Ensino de Física. São Paulo: Escrituras, 1998

TOSCANO, Carlos. Física (Ensino Médio).São Paulo: Scipione, 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Física. Curitiba: 2008.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

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Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

GEOGRAFIA

1 APRESENTAÇÃO

A geografia no decorrer dos tempos estava ligada à outras ciências, sendo

apenas utilizada para descrever as paisagens descobertas por navegadores,

passando a ser uma ciência autônoma a partir do século XIX, quando foi

sistematizada como ciência pelo Alemão Frederico Ratzel. A partir dai passa ser

conteúdo nas universidades da Europa.

O estudo da geografia no Brasil, só se consolidou a partir da década de

1930, quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o

ambiente físico nacional com interesses políticos do Estado.

Alguns fatos históricos destacam –se como precursores da Geografia Crítica

no Brasil. O principal deles foi o Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, 1978,

em fortaleza e teve como tema de discussão a Geografia Crítica.

A Geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento

geográfico, deu novas interpretações aos conceitos e ao objeto de estudo, trazendo

as questões econômicas, sociais e políticas com fundamentais para a compreensão

do espaço geográfico.

A discussão acerca do ensino de Geografia inicia-se pelas reflexões

epistemológicas do seu objeto de estudo, hoje entendido como o Espaço

Geográfico, produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos naturais,

culturais e técnicos e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas)

inter-relacionados.

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O objetivo do ensino de Geografia é que o aluno conheça as especialidades

dos lugares e das paisagens geográficas, fazendo comparações e interpretando

cada parte dentro do todo que é o espaço em que vive: o bairro, o município, o

próprio mundo. Assim poderá refletir como cidadão crítico e interagir em sua

realidade. Cabe também á disciplina de geografia proporcionar ao aluno conhecer as

realidades vividas por outros grupos sociais, no Brasil e em outras partes do mundo.

2 CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes

• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

• Dimensão Polít ica do Espaço Geográfico

• Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

Ensino Fundamental

6º Ano

Conteúdos Básicos

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico;

• As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista;

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

• A mobilidade populacional e as manifestações sócio espaciais da diversidade

cultural;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

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Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção;

7º Ano

Conteúdos Básicos

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço

geográfico;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;

• As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização;

• Circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações;

• Transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população;

• Os Movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

8º Ano

Conteúdos Básicos

• O comércio e suas implicações sócio espaciais;

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico;

• As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A formação, mobilidades das fronteiras e a (re) configuração dos territórios do

continente americano;

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• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

• Circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

• Os Movimentos migratórios e suas motivações

• As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural;

A formação, localização, exploração e exploração dos recursos naturais.

9º Ano

Conteúdos Básicos

• A revolução técnico – científico – informacional e os novos arranjos no espaço

da produção;

• O comércio mundial e suas implicações sócio espaciais;

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

• A formação, mobilidades das fronteiras e a (re) configuração dos territórios;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

• As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural;

• Os Movimentos migratórios mundiais e suas motivações;

• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)

organização do espaço geográfico;

• A Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

Ensino Médio

Conteúdos Básicos

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• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico;

• A revolução técnico – científico – informacional e os novos arranjos no espaço

da produção;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

• As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista;

• O comércio e suas implicações sócio espaciais;

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial;

• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• As implicações sócio espaciais do processo de mundialização;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

• Os Movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural;

• A formação e a transformação das paisagens;

• A formação , localização, exploração dos recursos naturais.

3 METODOLOGIA

A metodologia de ensino deve permitir que os alunos se apropriem dos

conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e

transformação do espaço geográfico. Para isso os conceitos da Geografia devem

ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e

distante dos alunos.

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O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do

conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato

docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a

avaliação.

Além de trabalhar os conteúdos específicos de geografia em sala de aula, o

professor quando necessário pode promover aulas de campo seguindo alguns

passos tais como: observação sistemática orientada, descrição, seleção, ordenação,

organização de informações de forma criativa, pois essa ressalva a construção

teórica e prática que vem desde as séries iniciais e que deve seguir até o final da

Educação Básica.

Os recursos audiovisuais como: filmes, trechos de filme, reportagem,

fotografia, Slides, Charge e ilustrações podem ser utilizadas para a problematização

dos conteúdos de geografia, desde que sejam explorados à luz de seus

fundamentos teórico-conceituais.

Quanto ao uso da cartografia nas aulas de geografia, cabem algumas

considerações teóricas e metodologias importantes, podem ser utilizadas para a

leitura e interpretação do espaço geográfico, porém com recurso didático.

Também podem ser viabilizados por instrumentos menos convencionais no

cotidiano escolar que podem enriquecer o processo de ensino e de aprendizagem

como, por exemplo, as obras de artes e literatura.

4 AVALIAÇÃO

Todas as avaliações serão realizadas de forma que esteja articulada aos conteúdos

estruturantes, aos conceitos geográficos, ao objeto de estudo, ás categorias

espaço-tempo, á relação Sociedade X Natureza e ás relações de poder,

contemplando a escala local e global e vice - versa. As avaliações deverão ser

diagnóstica e contínua com caráter formativo, e que contemple diferentes práticas

pedagógicas, tais como:

• Interpretação de fotos, imagens e principalmente diferentes tipos de mapas;

• Pesquisas bibliográficas, aulas de campo entre outras, cuja uma das

finalidades seja a apresentação de seminários, produção de relatórios,

documentários que deverão ser compartilhados para a comunidade escolar;

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• Leitura e interpretação de diferentes tabelas e gráficos;

• Relatórios de experiências e práticas de aulas de campo ou laboratório;

• Construção de maquetes, produção de mapas mentais, entre outros.

As técnicas e instrumentos de avaliações devem estar bem claros para que

os alunos saibam como eles serão avaliados em cada atividade proposta.

O processo de avaliação apresentado anteriormente deverá proporcionar

aos alunos a capacidade de adquirir conceitos geográficos básicos e o entendimento

das relações sócio espaciais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da Rede

Pública de Educação Básica da Estado do Paraná – Geografia. Curitiba 2009.

COSGROVE, D. E. e JAACKSON, P. Novos Rumos da Geografia Cultural. In

CORRÊA E ROSENDAHL.- Introdução á Geografia Cultural. Rio de Janeiro,

Bertrand Brasil, 2003.

Livro Didático Público – Geografia. Homem X Espaço – 2004.

Cadernos Temáticos: Educação para as Relações Étnico - raciais e Educação

do Campo. SEED / 2006.

Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEE/DEPG, 1990.

VESENTINI, José. L. – Geografia, natureza e sociedade. São Paulo. Contexto,

1997.

BARBOSA, J. L. – Geografia e Cinema: Em busca de aproximações e do

inesperado. In: CARLOS, A. F. A. (Org) A Geografia na sala de aula. São Paulo:

Contexto, 1999.

Esta inserido dentro da disciplina de Geografia a Lei 11.645 de 10/03/2008,

referente à História e Cultura Afro – brasileira Indígena.

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PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

HISTÓRIA

1 APRESENTAÇÃO

Na concepção de História atual, as verdades prontas e definidas não têm

lugar porque necessariamente o trabalho pedagógico nessa disciplina deve dialogar

com várias vertentes, tanto quanto deve recusar o ensino de história marcado pelo

dogmatismo e pela ortodoxia.

Do mesmo modo, recusam-se as produções historiográficas que afirmam

não existir objetividade possível em história, e, consideram todas as afirmativas

igualmente validas. Destaca-se que os consensos mínimos construídos no debate

entre as vertentes teóricas não expressão meras opiniões, mas implicam

fundamentos do conhecimento histórico. Diante disso a história tem como objetivo

de estudo os processos históricos relativos as ações e as relações humanas

praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos a

essas realizações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como

estruturas sócio-históricas, ou seja, são formas de agir, de pensar, de raciocinar, de

representar, de imaginar, de instituir, e, portanto, de se relacionar sócio cultural e

politicamente.

Desse modo, pode – se justificar que conhecer a história significa conhecer

a vida das sociedades em seus múltiplos aspectos, tendo em vista que cada

sociedade tem culturas e formas diferentes de pensar, pois o estudo de história leva

o educando a despertar a sua curiosidade para que ele assuma a posição de

questionador e explicador da realidade histórica, o que possibilita ao mesmo

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valorizar a diversidade cultural e refletir sobre temas históricos e questões do

presente, compreendendo a importância da preservação do patrimônio sócio –

cultural e acreditando no debate como forma de conhecimento intelectual.

Assim, os objetivos centrais de história no ensino Fundamental e Médio

prendem-se á formação da consciência de cidadania, de modo a construir no aluno,

através da incorporação de atitudes, valores e comportamentos a capacidade de

inserções claras e conseqüentes em sua realidade, permitindo aos educandos a

compreensão de que os fenômenos históricos não são naturais e irreversíveis, mas

produzidos pelos sujeitos, de forma coletiva e dialética com seus contextos

históricos.

Segundo as DCEs, as relações humanas determinam os limites e as

possibilidades das ações dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem

transformar constantemente as estruturas sócio – históricas. Mesmo condicionadas,

as ações dos sujeitos permitem espaços para escolhas e projetos de futuro.

Portanto, a História tem como objetivo de estudo os processos relativos ás ações e

ás relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação

atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.

A disciplina de História terá como conteúdos estruturantes as relações de

trabalho, as relações de poder e as relações culturais, seguidos por conteúdos

básicos e específicos da disciplina.

Os conteúdos em história tem como objetivo mostrar aos alunos as

diferentes culturas, pensamentos e como estes se relacionam uns com os outros,

mostrando que o desenvolvimento tanto da sociedade como de uma nação, não está

na raça ou na questão apenas econômica ou de poder e sim no fator ideológico, ou

seja, nos objetivos de cada cidadão.

Deve-se também considerar como objeto de estudos as relações dos seres

humanos com os fenômenos naturais.

A disciplina terá como objetivos informar e conscientizar o educando sobre a

importância dos povos africanos, conforme Lei 11645/08 que institui a

obrigatoriedade do ensino de História e cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena,

no desenvolvimento econômico, social e cultural da América, bem como despertar

no educando postura crítica para atuar de forma consciente nas questões

ambientais, além de estabelecer a relação entre o trabalho e a natureza na

sociedade capitalista. Também visa propiciar ao educando a compreensão das

mudanças ocorridas na vida do homem através do tempo e espaço histórico, a fim

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de formar homens conscientes das transformações sociais ocorridas na sociedade,

da qual faz parte, compreendendo a correlação da História com as demais áreas do

conhecimento. Desta forma, será possível também entender as relações de poder,

não só na dimensão política, mas também econômica, social e cultural vivenciadas

pelo homem.

2 CONTEÚDOS

6° Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

A experiência humana no tempo;

Os sujeitos e suas relações com o outro no

tempo;

As culturas locais e a cultura comum;

As relações de propriedade.

7° Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

A constituição histórica do mundo do campo e

do mundo da cidade;

As relações entre o campo e a cidade;

Conflitos e resistências e produção cultural

campo/cidade.

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8° Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

• História das relações da humanidade com

o trabalho;

• O trabalho e a vida em sociedade;

• O trabalho e as contradições da

modernidade;

Os trabalhadores e as conquistas de direitos.9° Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

• A constituição das instituições sociais.

• A formação do Estado.

• Sujeitos, Guerras e Revoluções.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS/TEMAS HISTÓRICOS

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

Tema 1

• Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o

Trabalho Livre.

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

Tema 2

•Urbanização e industrialização.

• Relações de Trabalho;

Tema 3

• O Estado e as relações de poder.

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• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

Tema 4

1. Os sujeitos, as revoltas e as guerras.

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

Tema 5

• Movimentos sociais, políticos e culturais e as

guerras e revoluções.

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

Tema 6

• Cultura e religiosidade.

3 METODOLOGIA

A proposta metodológica do Ensino Fundamental da disciplina de História

será embasada em aulas expositivas, dinâmicas, trabalho de grupo, confecção de

cartazes, painéis, utilização de filmes e documentos, levando o aluno a produção do

conhecimento histórico, através de diferente interpretações de um mesmo

acontecimento. Isso será feito a partir da problematização buscando por meio de

documentos, textos, imagens, respostas às suas indagações, aguçando a

curiosidade do aluno em produzir suas próprias conclusões.

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O professor desempenhará o papel de provocador, levantando questões na

tentativa complementar e enriquecer os conteúdos trabalhados em sala de aula,

através de novas produções historiográficas editados em livros e revistas

especializadas e também em meios eletrônicos, indo além do livro didático, com o

objetivo de levar o aluno a adquirir autonomia na busca de conhecimento.

4 AVALIAÇÃO

A avaliação será colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos

priorizando superar o modelo excludente e classificatório.

A avaliação será diagnosticada a fim de identificar lacunas no processo de

ensino aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos,

fazendo com que o aprendizado e avaliação aconteça de forma simultânea e

compartilhada, permitindo uma analise critica das praticas que podem ser

constantemente retomadas e reorganizadas.

Os momentos e os instrumentos de avaliação e recuperação devem ser

diferenciadas e podem ser feitas através de: leitura, interpretação e análise de textos

historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas históricas,

pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de

seminários e observação constante das atividades de sala de aula.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BURKE, Peter.(org.) A Escrita da História: novas perspectivas. São Paulo:

UNESP, 1992.

CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário da República

no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

DARNTON, Robert. O grande massacre dos gatos. Rio de Janeiro: Graal, 1986.

FIGUEIRA, Divalte Garcia. História. São Paulo: Ática, 2005.

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LE GOFF, Jacques. História: novas abordagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves,

1979.

PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História.

Curitiba: SEED, 2008.

PÁTIO – Revista Pedagógica. Currículo: Que pessoas queremos formar? Número:

37, Ano: X, Fevereiro à Abril de 2006.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL

1 APRESENTAÇÃO

Com as constantes mudanças ao longo da história social, o ensino de

Língua Estrangeira no Brasil sofreu transformações para atender as expectativas e

demandas sociais.

No Estado do Paraná, a partir da década de 1970, tais questões geraram

movimentos de professores insatisfeitos com a reforma de ensino. Em 1986, foi

criado o centro de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná, o qual

passou a ofertar aulas de inglês, espanhol, francês e alemão, aos alunos no contra

turno.

O reconhecimento da importância da diversidade de idiomas ocorreu na

Universidade Federal do Paraná, a partir de 1982, quando foram incluídas no

vestibular as línguas: espanhola, italiana e alemã.

Neste contexto histórico, a Abordagem Comunicativa desenvolvida na

Europa desde os anos 1970, começou a ser discutida no Brasil. Na abordagem

comunicativa, o professor deixa de ser o centro do ensino e passa à condição de

mediador do processo pedagógico. Do aluno, é esperado que ele desempenhe o

papel de sujeito de sua aprendizagem. De acordo com essa concepção, as

atividades pedagógicas devem priorizar a comunicação, por meio de jogos,

dramatizações. O erro integra o processo de ensino e aprendizagem.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9.394,

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna,

cuja escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar, conforme suas

possibilidades de atendimento.

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Para o Ensino Médio, a lei determina ainda que seja incluída uma língua

estrangeira moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade

escolar e uma segunda, em caráter optativo, dentro das possibilidades da

Instituição.

A Proposta Curricular para o ensino de Língua Estrangeira Moderna está

comprometida com o resgate da função social e educacional, de modo a superar os

fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente tem marcado o

ensino desta disciplina. Desta forma espera-se que o aluno seja capaz de: Ampliar o

conhecimento do aluno, compartilhando suas experiências; Valorizar sua cultura e a

cultura do outro; Contribuir para a formação de um sujeito crítico, que seja capaz de

interferir criticamente na sociedade; Proporcionar ao aluno a possibilidade de

interagir com a grande variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais;

Use a língua em situações de comunicação oral e escrita; compreenda que os

significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de

transformação na pratica social; tenha maior consciência sobre o papel das línguas

na sociedade; reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem

como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

De acordo com a Lei 11.645 de 10/03/2008, que estabelece a

obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro - brasileira e Africana, pretende-

se proporcionar ao educando conhecimentos através de textos, filmes, pesquisas,

etc. para que possam compreender todo fenômeno histórico em sua totalidade,

oferecendo uma visão mais ampla e criando uma análise de todos os aspectos

sociais, culturais, religiosos, econômicos e políticos desta temática.

Os Desafios Educacionais contemporâneos: Educação Ambiental, Educação

Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de Drogas

e Sexualidade, passará pelo currículo somente na condição de compreensão do

currículo na totalidade, fazendo parte da intencionalidade do recorte do

conhecimento da disciplina.

Como resultado de um processo que busca destacar o Brasil no Mercosul,

em 05 de agosto de 2005, foi criada a lei nº 11.161, que tornou obrigatória a oferta

de Língua Espanhola nos estabelecimento de Ensino Médio. Com isso, também se

buscou atender os interesses político-econômico para melhorar as relações

comerciais do Brasil com países de Língua Espanhola.

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A oferta dessa disciplina é obrigatória para a escola e de matrícula

facultativa para o aluno. Por sua vez, os estabelecimentos de ensino têm cinco anos,

a partir da data da publicação da lei (2005), para implementá-la.

A fim de valorizar o ensino de Língua Estrangeira Moderna, no ano de 2004,

a SEED abriu concurso público para compor o quadro próprio do magistério, com

vagas para professores de espanhol, para suprir a demanda prevista pela lei.

Também ampliou o número de escolas que ofertam cursos do CELEM, estabeleceu

parcerias para formação e aprimoramento pedagógico dos professores e adquiriu

livros de fundamentação teórica de língua estrangeira para as escolas de todo o

Estado.

Paralelamente, no âmbito Federal, o MEC tem feito parcerias e promovido

discussões sobre o ensino de Espanhol nas escolas brasileiras, além de distribuir

material de suporte para professores da disciplina.

Ao contextualizar o ensino da Língua Estrangeira, pretendeu-se

problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, nos aspectos que o

tem marcado sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais.

2 CONTEÚDOS BÁSICOS DO CELEM – P1

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana

de circulação:

Bilhete

Carta pessoal

Cartão felicitações

Cartão postal

Convite

Letra de música

Receita culinária

Esfera publicitária

de circulação:

Anúncio**

Comercial para

radio*

Folder

Paródia

Placa

Publicidade

Comercial

Slogan

Esfera produção

de circulação:

Bula

Embalagem

Placa

Regra de jogo

Rótulo

Esfera jornalística

de circulação:

Anúncio

classificados

Cartum

Charge

Entrevista**

Horóscopo

Reportagem**

Sinopse de filme

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Esfera artística de

circulação:

Autobiografia

Biografia

Esfera escolar de

circulação:

Cartaz

Diálogo**

Exposição oral*

Mapa

Resumo

Esfera literária de

circulação:

Conto

Crônica

Fábula

História em

quadrinhos

Poema

Esfera midiática

de circulação:

Correio eletrônico

(e-mail)

Mensagem de texto

(SMS)

Telejornal*

Telenovela*

Videoclipe*

** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso

da língua.

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

· Tema do texto;

· Aceitabilidade do texto;

· Finalidade do texto;

· Informatividade do texto;

· Intencionalidade do texto;

· Situacionalidade do texto;

· Papel do locutor e interlocutor;

· Conhecimento de mundo;

· Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

· Adequação do discurso ao gênero;

· Turnos de fala;

· Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto:

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

· Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como

conectivos, gírias, expressões, repetições);

· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

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PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:

· Tema do texto;

· Conteúdo temático do gênero;

· Elementos composicionais do gênero;

· Propriedades estilísticas do gênero;

· Aceitabilidade do texto;

· Finalidade do texto;

· Informatividade do texto;

· Intencionalidade do texto;

· Situacionalidade do texto;

· Papel do locutor e interlocutor;

· Conhecimento de mundo;

· Temporalidade;

· Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

· Intertextualidade;

· Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

· Partículas conectivas básicas do texto.

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:

· Tema do texto;

· Conteúdo temático do texto;

· Elementos composicionais do gênero;

· Propriedades estilísticas do gênero;

· Aceitabilidade do texto;

· Finalidade do texto;

· Informatividade do texto;

· Intencionalidade do texto;

· Situacionalidade do texto;

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· Papel do locutor e interlocutor;

· Conhecimento de mundo

· Temporalidade;

· Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

· Intertextualidade;

· Partículas conectivas básicas do texto;

· Vozes do discurso: direto e indireto;

· Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação

das palavras, figuras de linguagem;

· Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito);

· Acentuação gráfica;

· Ortografia;

· Concordância verbal e nominal.

CONTEÚDOS BÁSICOS – P2

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇAO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana

de circulação:

Comunicado

Curriculum Vitae

Exposição oral*

Ficha de inscrição

Lista de compras

Piada**

Telefonema*

Esfera publicitária

de circulação:

Anúncio**

Comercial para

televisão*

Folder

Inscrições em muro

Propaganda**

Publicidade

Institucional

Esfera produção

de circulação:

Instrução de

montagem

Instrução de uso

Manual técnico

Regulamento

Esfera jornalística

de circulação:

Artigo de opinião

Boletim do tempo**

Carta do leitor

Entrevista**

Notícia**

Obituário

Reportagem**

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SloganEsfera jurídica de

circulação:

Boletim de

ocorrência

Contrato

Lei

Ofício

Procuração

Requerimento

Esfera escolar de

circulação:

Aula em vídeo*

Ata de reunião

Exposição oral

Palestra*

Resenha

Texto de opinião

Esfera literária de

circulação:

Contação de

história*

Conto

Peça de teatro*

Romance

Sarau de poema*

Esfera midiática

de circulação:

Aula virtual

Conversação chat

Correio eletrônico

(e-mail)

Mensagem de texto

(SMS)

Videoclipe*

* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.

** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso

da língua.

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,

gestos;

·Adequação do discurso ao gênero;

·Turnos de fala;

·Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,

repetição, recursos semânticos;

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·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos

formais e informais como conectivos, gírias,

expressões, repetições);

·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou

escrito.

PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Intertextualidade;

·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das

classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de

linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão,

negrito);

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras

italicizadas, negritadas, sublinhadas, números,

substantivos próprios;

·Interpretação da rede de relações semânticas

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existentes entre itens lexicais recorrentes no título,

subtítulo, legendas e textos.

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Intertextualidade;

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Vozes do discurso: direto e indireto;

·Léxico: emprego de repetições, conotação,

denotação, polissemia, formação das palavras,

figuras de linguagem;

·Emprego de palavras e/ou expressões com

mensagens implícitas e explicitas;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das

classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de

linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito);

·Acentuação gráfica;

·Ortografia;

·Concordância verbal e nominal.

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3 METODOLOGIA

A partir do Conteúdo estruturante Discurso como pratica social será

abordadas questões linguísticas, sócio pragmáticas, culturais e discursivas, bem

como as praticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita.

O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto,

verbal e não verbal, como uso de linguagem em uso.

As discussões poderão acontecer em língua materna, pois, nem todos os

alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em língua

estrangeira.

Na abordagem de leitura discursiva, a inferência é um processo relevante

porque possibilita construir novos conhecimentos., a partir daquele existentes na

memória do leitor. Espera-se que o trabalho com leitura vá além daquela superficial,

linear. Uma questão é linear quando busca respostas já visualizando-as no próprio

texto. Será não linear quando o aspecto sobre o qual incide a questão não se

localiza apenas na materialidade do texto.

Na leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de

circulação, considerar os conhecimentos prévios dos alunos, desenvolver atividades

de leitura em três etapas: pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões

referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes

mesmo da leitura), leitura (comprovar ou considerar as hipóteses anteriormente

construídas), pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral

e escrita objetivando a atribuição e construção de sentido com o texto), formular

questionamento que possibilitem inferências sobre o texto, encaminhar as

discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade, contextualizar a produção:

suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época, utilização de textos diversos verbais

que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas,

socializar as idéias dos alunos sobre o texto, estimular leitura que suscitem no

reconhecimento das propriedades próprias de diferente gêneros: temáticas( o que é

dito nesses gêneros); estilísticas ( o registro das marcas enunciativas do produtos e

os recursos lingüísticos); composicionais ( a organização, as características e a

sequência tipológica).

O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando

necessário, de procedimentos para construção de significados usados na língua

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estrangeira. Portanto, o trabalho com análise lingüística torna-se importante na

medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas

apresentadas. As reflexões lingüísticas devem ser decorrentes das necessidades

específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos

textos.

O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita

ao leitor um novo modo de ver a realidade.

Quanto a oralidade organizar apresentações de textos produzidos pelos

alunos; orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado; propor

reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; preparar

apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu uso

formal e informal; estimular a expressão oral ( contação de histórias), comentários,

opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utlizando-se dos recursos

extralingüísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e

outros; selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,

como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas,reportagem entre

outros.

A estratégia específica da oralidade tem como objetivo expor os alunos a

textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem

discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a

expressar idéias em língua estrangeira mesmo com limitações... Também é

importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está

aprendendo.

É importante que o professor organize as apresentações dos alunos levando

em consideração a aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do

texto. Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado. Prepare

apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu uso

formal e informal. Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se

dos recursos extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal,

gestual, pausas, etc..

Com relação à escrita planejar a produção textual a partir da delimitação do

tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; estimular a ampliação de leituras

sobre o tema e o gênero proposto; acompanhar a produção do texto; encaminhar e

acompanhar a re-escrita textual procurando idéias dos elementos que compõem o

gênero; analisar a produção textual quanto a coerência e coesão, continuidade

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temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; conduzir à reflexão dos

elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; oportunizar o uso

adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; conduzir

a utilização adequada das particular conectivas básicas e estimular as produções

nos diferentes gêneros trabalhados procurando não se esquecer que deve ser visto

como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa, pois em situações reais

de uso, escreve-se sempre para alguém, ou para um alguém de quem se constrói

uma representação. É preciso que no contexto escolar esse alguém seja definido

como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir um

diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua

coerência..Nesse sentido, a produção deve ter um objetivo, por exemplo, escrever

um e-mail para uma editora solicitando material, elaborar um entrevista a ser feita a

um estrangeiro etc.

A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados aos alunos no momento

de orientá-lo para a sua produção, assim como a necessidade de adequação ao

gênero, planejamento, articulação das partes, seleção da variedade linguística

adequada-formal ou informal. Ao fazer escolhas, o aluno desenvolve sua identidade

e se constitui como sujeito crítico. Ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que

se disponibilize recursos pedagógicos, junto com a intervenção do próprio professor,

para oferecer ao aluno elementos discursivos, lingüísticos, sociopragmáticos e

culturais para que ele melhore sua produção.

Nos textos de literatura, a reflexão sobre a ideologia e a construção da

realidade faz parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e

dinâmico, dependente do contexto e das relações de poder. Nesta proposta para

cada texto escolhido verbal e/ou não verbal o professor deverá trabalhar levando em

conta os itens abaixo sugeridos:

a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades.

b) Aspecto cultural/interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no texto, o

contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras

poderão ser feitos a partir do texto apresentado;

c) Variedade Lingüística: formal ou informal;

d) Aspectos Lingüísticos: os conteúdos específicos a serem desenvolvidos serão

proporcionados pelo trabalho com texto de acordo com a série;

e) Atividades:

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- Pesquisa: será proposta para o aluno, a cerca do assunto abordado lembrando

aqui que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o assunto, isso

significa que poderá ser realizada não só nos livros ou internet.

- Discussão: conversar em sala de aula a respeito do assunto, valorizando as

pesquisas feitas pelos alunos.

- Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na língua estrangeira, com a ajuda

dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor.

Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém em

diferentes graus de profundidades, levando em conta o conhecimento do aluno.

Recomenda-se que o professor utilize outros materiais disponíveis na

escola: dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV

pendrive, jogos, revistas, recortes de filmes, documentários.

4 AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna está

articulada aos fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes e na LDB n.º

9394/96.

As práticas avaliativas, objetiva favorecer o processo de ensino

aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor bem como propiciar ao

aluno que tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no processo

pedagógico. Para se construir o verdadeiro significado da avaliação é necessário

que avaliação deixe seja utilizada como recurso de autoridade e assuma o papel de

auxiliar no crescimento cognitivo do aluno. Avaliação objetiva subsidiar

discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas

produções. O professor deverá observar a participação dos alunos e considerar que

o engajamento discursivo na sala de aula se faça pela interação verbal, partir

dos textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor, entre os alunos

na turma, na interação com o material didático, nas conversas em língua materna

e língua estrangeira; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo

ao promover o desenvolvimento de ideias. É importante considerar o erro como

efeito da própria prática, ou seja, como resultado do processo de aquisição de uma

nova língua.

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Uma vez que o aluno é o sujeito da aprendizagem, deve ter o seu esforço

reconhecido e por meios de ações que possibilite sua reflexão sobre seu

desempenho e o entendimento do erro como parte integrante da aprendizagem.

Na prática da leitura o professor deverá avaliar se o aluno: realiza a leitura

compreensiva do texto, identifica o conteúdo temático, identifica a idéia principal do

texto; deduzir o sentido das palavras ou expressões a partir do contexto; perceber o

ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual; compreender a diferenças

decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;

analisar as intenções do autor; identificar e refletir sobre as vozes sociais presentes

no texto; fazer o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabeleçam a

referencia textual; ampliar seu texto bem como as estruturas da línguas( aspectos

gramaticais) elementos culturais; perceba o ambiente( suporte) no qual circula o

gênero textual; reconhecer os diversos participantes de um texto( quem escreve, a

quem se destina e outros , inferir relações intertextuais.

Quanto a escrita o professor deve observar : a expressão de idéias com

clareza, a elaboração de textos atendendo as situações propostas, (gênero,

interlocutor e finalidade); a continuidade temática, diferenciar o contexto de uso da

linguagens formal e informal, usar recursos textuais: coesão e coerência, a

informatividade etc.., utilizar recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do

artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.., empregar palavras

e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero

proposto, usar apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos atrelados aos gêneros trabalhados, reconhecer palavras e/ou

expressões que estabelecem a referência textual definir fatores de

contextualização para o texto ( elementos gráficos temporais ).

Na pratica da oralidade a avaliação deve atender a: pertinência do uso de

elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, reconhecer palavras ou

expressões que estabelecem a referencia textual, a utilização do discurso de acordo

com a situação de produção, a apresentação da idéia com clareza, a compreensão

do discurso do outro, , a exposição objetiva de argumentos, a organização da

seqüência de fala,, a participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando

necessário na língua materna, , a utilização consciente de expressões faciais,

corporais, gestuais, de pausa e entonação nas exposições orais, entre outros

elementos extralingüísticos que julgar necessário, respeitar os turno de fala, explorar

a oralidade em adequação ao gênero, proposto.

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De acordo com o Regimento Escolar o sistema de avaliação da

aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 ( zero ) a

10,0 ( dez virgula zero ) . O sistema de avaliação será bimestral composto pela

somatória de notas: 2,0 ( dois virgula zero) pontos referentes as atividades

diversificadas ( pesquisas, seminários, exposições orais e escritas) mais a nota 8,0 (

oito virgula zero) pontos resultantes de no mínimo 0,2 ( duas) provas, utilizando

instrumentos diversificados perfazendo nota final 10,0 ( dez virgula zero), média

aritmética resultante.

5 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDREOTTI, V.; JORDÃO,C.M.; GIMENEZ,T.(org) Perspectivas educacionais e

ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat,2005;

GIMENEZ, T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras

modernas: o caso do Paraná. Revista Signum, v.s, p. 169-183, 1999.

GIMENEZ T. Currículo de língua estrangeira: revisitando fins educacionais. In:

ENCONTRO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS, 11, Londrina,

2003. Anais. Londrina; Midiograf, 2003.

JORDÃO, C. M. O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos.

Curitiba, UFPR, 2004b.

PICANÇO, D. C. L.. A língua estrangeira no país dos espelhos. In: Educar em

Revista, Curitiba, 2002.

______. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira e Moderna para a

Educação Básica. Curitiba,2008.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA/INGLÊS

1 APRESENTAÇÃO

De acordo com as mudanças ocorridas em decorrência da organização

social, política e econômica, as propostas curriculares e os métodos de ensino de

LEM tiveram que atender às necessidades e expectativas das novas gerações.

A partir de 1809, foi assinado por D. João VI o decreto que valorizou o

ensino das línguas modernas Inglês e Francês.

A gramática-tradução adotada desde a educação jesuítica com o ensino dos

idiomas clássicos - Grego e Latim - prevaleceu no ensino das línguas modernas.

Essa metodologia constava de atividades que tratavam das regras gramaticais,

tradução, versão e ditados que eram frutos da avaliação e que permaneceu até o

princípio do século XX.

A reforma de 1931, intitulada Francisco Campos, foi um marco de

centralização das decisões educacionais no Governo Federal atingindo todas as

escolas do país. Foi estabelecido pela primeira vez, um método oficial de ensino de

língua estrangeira: o Método Direto. Esse método tinha fins mais instrumentais,

porém com a Reforma Capanema, em 1942, passou também a ter fins educativos.

O ensino de Inglês teve espaço garantido nos currículos oficiais por ser o

idioma mais usado nas transações comerciais.

Durante e após a 2ª Guerra Mundial valorizou-se inteiramente o ensino de

língua inglesa, porém a partir da década de 1950, com um currículo cada vez mais

técnico, diminuiu-se a carga horária das Línguas Estrangeiras.

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Com o desenvolvimento da ciência linguística e o aumento do interesse no

aprendizado de línguas, surgiram mudanças significativas quanto às abordagens e

métodos de ensino.

O ensino de línguas estrangeiras passou por diversas dificuldades. E, uma

das maneiras encontradas, para se ofertar as línguas estrangeiras nas escolas

públicas, foi a criação dos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM).

Em 1996, a LDB 9.394 determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma

língua estrangeira moderna no Ensino Fundamental a partir da 5ª série. No Ensino

Médio, determinou-se que fosse incluída uma língua estrangeira moderna como

disciplina obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo.

Em 1998, o MEC publicou os PCNs para o Ensino Fundamental de Língua

Estrangeira, cuja concepção de língua como prática social estava pautada em um

trabalho pedagógico enfatizando a prática da leitura. Já, em 1999, publicou os PCNs

de Língua Estrangeira para o Ensino Médio, com ênfase no ensino da comunicação

oral e escrita, visando a formação pessoal, acadêmica e profissional.

O ensino da língua estrangeira deve ser entendido como uma nova

possibilidade de ver, e compreender o mundo e de construir significados, além da

progressão no trabalho e estudos posteriores.

O objeto de estudo da língua estrangeira moderna é a Língua. E toda língua

é uma construção histórica e cultural em constante transformação.

Esse processo exige o confronto das formas discursivas da língua materna

com o que se está aprendendo. Participar desse processo, permitirá que alunos e

professores percebam as possibilidades existentes ao aprender uma língua

estrangeira.

Dessa forma, o ensino de língua estrangeira colabora para a elaboração da

consciência da própria identidade, pois o aluno consegue perceber-se como um

sujeito histórico e socialmente constituído. A língua e a cultura, constituem um dos

pilares da identidade do sujeito como cidadão e da comunidade como formação

social. Essa língua corresponde ao contexto histórico e social de uma comunidade

que está em constante movimento e transformação.

No ensino da Língua Estrangeira da educação básica objetiva-se que os

alunos possam analisar as questões da nova ordem global, suas implicações e,

acima de tudo desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas

na sociedade, e deve oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que

ampliem suas possibilidades de entender o mundo, de avaliar os paradigmas já

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existentes, e novas maneiras de construir sentidos, reconhecer e compreender a

diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento

cultural do país.

2 CONTEÚDOS

Conteúdo Estruturante

Discurso como Prática Social.

Conteúdos Básicos

• Leitura

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso direto e indireto;

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Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto.

Escrita

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso direto e indireto;

Emprego de sentido conotativo e denotativo no texto;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

Oralidade

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Pronúncia;

• Adequação da fala ao contexto;

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• Vozes sociais presentes no texto;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Observação:

No decorrer do período letivo serão trabalhados diferentes gêneros textuais,

contemplando as esferas sociais de circulação. Segue abaixo a relação dos gêneros

de acordo com suas esferas sociais de circulação:

• Cotidiana: adivinhas, álbum de família, anedotas, bilhetes, cantigas de rodas,

carta pessoal, cartão, cartão postal, causos, comunicado, convites, Curriculum

Vitae, diário, exposição oral, fotos, músicas, parlendas, piadas, provérbios,

quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.

• Literária/Artística: autobiografia, biografias, contos, contos de fadas, contos de

fadas contemporâneos, crônicas de ficção, escultura, fábulas, fábulas

contemporâneas, haicai, histórias em quadrinhos, lendas, literatura de cordel,

memórias, letras de músicas, narrativas de: aventura – enigma - ficção científica –

humor – terror – fantásticas - míticas, paródias, pinturas, poemas, romances,

tankas, textos dramáticos.

• Científica: artigos, conferência, debate, palestra, pesquisa, relato histórico,

relatório, resumo, verbetes.

• Escolar: ata, cartazes, debate regrado, diálogo/discussão argumentativa,

exposição oral, júri simulado, mapas, palestra, pesquisas, relato histórico, relatório,

relatos de experiências científicas, resenha, resumo, seminário, texto

argumentativo, texto de opinião, verbetes de enciclopédias.

• Imprensa: agenda cultural, anúncio de emprego, artigo de opinião, caricatura,

carta ao leitor, carta do leitor, cartum, charge, classificados, crônica jornalística,

editorial, entrevista (oral e escrita), fotos, horóscopo, infográfico, manchete, mapas,

mesa redonda, notícia, reportagens, resenha crítica, sinopses de filmes, tiras.

• Publicitária: anúncio, caricatura, cartazes, comercial para TV, e-mail, folder,

fotos, slogan, músicas, paródia, placas, publicidade comercial, publicidade

institucional, publicidade oficial, texto político.

• Política: abaixo-assinado, assembleia, carta de emprego, carta de reclamação,

carta de solicitação, debate, debate regrado, discurso político “de palanque”, fórum,

manifesto, mesa redonda, panfleto.

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• Jurídica: boletim de ocorrência, constituição brasileira, contrato, declaração de

direitos, depoimentos, discurso de acusação, discurso de defesa, estatutos, leis,

ofícios, procuração, regimentos, regulamentos, requerimentos.

• Produção e Consumo: bulas, manual técnico, placas, relato histórico, relatório,

relatos de experiências científicas, resenha, resumo, seminário, texto

argumentativo, texto de opinião, verbetes de enciclopédias.

• Midiática: blog, chat, desenho animado, e-mail, entrevista, filmes, fotoblog,

homepage, reality show, talk show, telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo clip,

vídeo conferência.

As leis 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e 11.645/08 –

História e Cultura Afro-brasileira e Indígena e os Conteúdos dos Desafios

Educacionais Contemporâneos são contemplados nas aulas através do estudo,

análise e/ou discussão de textos, biografias, músicas, poemas, filmes, etc,

relacionados a personagens que se destacaram e se destacam por seus feitos em

prol da humanidade. Esses conteúdos específicos serão abordados no Plano de

Trabalho Docente sempre que houver a possibilidade para desenvolver em sala de

aula. Além destes temas citados acima, por estar localizada em Distrito mais

próximo ao campo, do que à cidade, também serão contemplados na disciplina,

temas relacionados à Educação do Campo, valorizando a origem dos alunos, seu

trabalho, e também orientando com relação a sua permanência no campo, de forma

rentável e agradável, através dos conhecimentos adquiridos na escola.

3 METODOLOGIA

Na aula de Língua Estrangeira Moderna será possível fazer discussões orais

sobre a compreensão de diferentes tipos de textos; produção de textos orais,

escritos, como também visuais, integrando todas as práticas discursivas neste

processo.

Os recursos para auxiliar o trabalho pedagógico em sala de aula mobilizarão

diversos sentidos para a aprendizagem de língua. Os alunos serão encorajados a ter

uma postura crítica frente aos textos, envolvendo questionamentos acerca das

visões de mundo que os cercam, permitindo a interpretação dos mesmos.

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O texto não é a forma prioritária de se usar a língua. É a única forma. Nas

aulas de Língua Estrangeira Moderna, propõe que o professor aborde os vários

gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero

estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação

presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência, por fim, a

gramática em si. Não basta apenas fornecer uma diversidade textual, mas provocar

uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles, considerando o contexto de uso

e os seus interlocutores.

Na abordagem de leitura discursiva possibilita construir novos

conhecimentos a partir daqueles existentes na memória do leitor, os quais são

ativados e relacionados às informações do texto, valorizando as experiências dos

alunos e seu conhecimento de mundo.

Quando os alunos reconhecerem que os textos são representações da

realidade, tornar-se-ão mais críticos em relação ao texto. A leitura, será um

processo, em que o aluno será conscientizado da complexidade do ato de ler e de

que o texto não é portador de um significado único e fechado em si mesmo.

“As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos

a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem

discursiva, a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a

expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar

que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da

linguagem implica e existe a necessidade de adequação da variedade linguística

para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em Língua Materna.

Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua

que está aprendendo.”(DCEs p.p.66) Através da oralidade, o aluno é estimulado a

contar histórias, piadas, cantar canções, recitar poemas ou jograis, além de dar ou

receber ordens, recados, descrever ações e imagens.

Referente a escrita, é importante que seja significativa, direcionada a alguém

definido como sujeito socio-histórico-ideológico, com quem o aluno produz um

diálogo imaginário e coerente. O trabalho com a gramática será desenvolvido,

permitindo o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas

entre a Língua Materna e Língua Estrangeira Moderna. As reflexões gramaticais

serão decorrentes de necessidades específicas dos alunos, a fim de que possam

expressar-se ou construir sentidos com os textos.

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Fica claro que tanto a reflexão crítica quanto a produção, são possíveis

mediante o contato com outros textos. Será feito o uso correto de materiais didáticos

disponíveis na prática pedagógica (livro didático, dicionários, livros para-didáticos,

vídeos, fitas de áudio, Internet, textos avulsos, etc.) de acordo com a realidade dos

nossos alunos.

4 AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem estará voltada à concepção de língua aos

objetivos para o ensino de Língua Estrangeira Moderna.

A avaliação constituirá na busca de orientações e intervenções pedagógicas,

não se prendendo apenas ao conteúdo desenvolvido, mas também àqueles

vivenciados ao longo do processo, de forma que os objetivos específicos sejam

alcançados (avaliação processual).

A avaliação em Língua Estrangeira Moderna deverá considerar o erro como

efeito da própria prática, ou seja, como resultado do processo de aquisição de uma

nova língua. Portanto o erro deve ser visto como um passo para que a

aprendizagem se efetive.

Serão consideradas também avaliações de outras naturezas: diagnóstica e

formativa, permitindo a percepção dos avanços tanto dos alunos, quanto do

professor, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a

superação das dificuldades constatadas, facilitando o processo ensino

aprendizagem.

As práticas de leitura serão avaliadas através da compreensão do texto;

localização de informações; identificação da ideia principal do texto; posicionamento

argumentativo; ampliação do vocabulário; análise das intenções do autor;

identificação do tema; compreensão de expressões de uso conotativo e denotativo.

As práticas da escrita serão avaliadas através da expressão de ideias com

clareza; elaboração de textos; diferenciação de textos formais e informais; uso dos

recursos textuais; utilização dos recursos linguísticos; emprego de palavras ou

expressões no sentido conotativo e denotativo.

As práticas da oralidade serão avaliadas através da produção formal ou

informal; da apresentação de ideias com clareza; exposição objetiva de argumentos;

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organização da sequência da fala; participação em diálogos, relatos, discussões,

etc; utilização consciente de expressões e elementos extralinguísticos.

A avaliação será feita através da observação e participação dos alunos,

considerando seu engajamento discursivo em sala de aula, pela interação verbal, a

partir da escolha de textos consistentes e de diferentes formas: entre os alunos e o

professor; entre os alunos da turma; na interação com o material didático; nas

conversas em Língua Materna e Língua Estrangeira; no próprio uso da língua, que

funciona como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de ideias, segundo

Vygotsky.

“A avaliação, enquanto relação dialógica, concebe o conhecimento como

apropriação do saber pelo aluno e pleo professor, como um processo de ação-

reflexão-ação, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno,

carregado de significados e de compreensão. Assim, tanto o professor quanto os

alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvendo até então, e identificar

dificuldades que busquem superá-las.”(DCE p.p.71)

5 REFERÊNCIAS

Chin, Elizabeth Young; Zaorob, Maria Lucia. Keep in mind. Ed. Scipione.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED: Diretrizes Curriculares da

Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Língua Estrangeira

Moderna, Curitiba, 2008.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1 APRESENTAÇÃO

Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil

iniciou-se com a educação jesuítica, que era instrumento fundamental na formação

da elite colonial, ao mesmo tempo que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os

indígenas.

Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de

práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos

hegemônicos da metrópole e da Igreja.

As primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim, para os

poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada. E o ensino de

Língua Portuguesa, limitava-se as escolas de ler e escrever mantidas pelos

jesuítas. A fim de reverter esse quadro, em 1758 o Marquês de Pombal tornou a

Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral.

Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa passou a integrar os

currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois

de já há muito organizado o sistema de ensino.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até

meados do século XX, quando se iniciou um processo de expansão do ensino

primário público. Nesse contexto o ensino deveria priorizar as novas necessidades

trazidas por esses alunos, dentre elas a presença de registros linguísticos e padrões

culturais diferentes.

A partir da Lei nº 5692/71, a disciplina de Português passou-se a chamar

Comunicação e expressão (nas quatro primeiras séries do primeiro grau) e

Comunicação em Língua Portuguesa (nos quatro últimos anos).

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Na década de 70 algumas teorias a respeito da língua passaram a ser

estudadas e debatidas, entre elas: a Sociolinguística, a Análise do Discurso, a

Semântica e a Linguística Textual.

No final da década de 1970 início de 1980 a dimensão tradicional de ensino

da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso,

contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise.

Sendo assim os estudos linguísticos, centrados no texto e na interação

social das práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua

materna contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista geradora de um

ensino baseado apenas na memorização.

A Língua Portuguesa e a Literatura têm como objeto de estudo a língua. No

processo de ensino e aprendizagem da língua, assume-se o texto verbal-oral ou

escrito como unidade básica para as experiências reais de uso da língua.

A disciplina precisa estar comprometida com as práticas discursivas e deve

propiciar ao aluno o refinamento do estudo da leitura, escrita, oralidade, e análise

linguística como no processo da enunciação do discurso, e seu uso deve estar

relacionado a situações reais de comunicação, portanto, deve garantir o efetivo

domínio das práticas verbais orais e escritas, isso implica tanto na ampliação

contínua de saberes relativos à configuração, ao funcionamento e à circulação dos

textos quanto no desenvolvimento da capacidade de reflexão sistemática sobre a

língua e a linguagem.

Entendida como um campo de ação, em que se concretizam práticas de uso

real da língua materna e tendo em vista a concepção de língua, os objetivos a seguir

fundamentarão o processo de ensino.

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e proporcionar a possibilidade de um posicionamento diante deles.

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado,

os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura.

• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o

gênero e tipo de texto, assim como os elementos linguísticos empregados na sua

organização.

• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética bem como propiciar pela Literatura a constituição

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de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da oralidade da leitura e da

escrita. Nessa esteira, deve-se, também, criar espaço de vivência e cultivo de

emoções e sentimentos humanos, como experienciar situações em que se

reconheça o trabalho estético da obra literária, identificando as múltiplas formas de

expressão e manifestação da(s) linguagem(ns) para levar a efeito um discurso

(CÂNDIDO, 1995).

• Reconhecer a importância da norma culta da língua, bem como as outras

variedades linguísticas, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão

e compreensão de processos discursivos, como condição para tornar o aluno capaz

de enfrentar as contradições sociais em que está inserido e para afirmação da sua

cidadania, como sujeito singular e, ao mesmo tempo, coletivo.

2 CONTEÚDOS

Conteúdo Estruturante: Discurso como Prática Social

Conteúdos Básicos: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e

análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme sua esfera de circulação.

Leitura:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Contexto de produção;

• Informatividade;

• Intertextualidade;

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• Informações explícitas e implícitas;

• Repetição proposital de palavras;

• Ambiguidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade; sentido figurado;

expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Escrita

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Progressão referencial do texto;

• Referência textual;

• Vozes sociais presente no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Divisão do texto e, parágrafos;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem, conectores;

• Vícios de linguagem;

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• Sintaxe de regência;

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, polissemia, ambiguidade,

significado das palavras, sentido conotativo e denotativo, expressões que denotam

ironia e humor no texto.

Oralidade

• Papel do locutor e do interlocutor;

• Tema do texto;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Referência textual;

• Elementos extralinguísticos: entonação pausas e gestos;

• Finalidade do texto oral;

• Argumentação;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variação linguística;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos, recursos

semânticos;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

3 METODOLOGIA

Serão apresentadas atividades diversificadas que propiciem práticas de

leitura, oralidade e escrita que envolvam os diferentes gêneros textuais, para que

ocorra um saber linguístico mais elaborado. Uma vez que, quanto maior o contato

com a língua, nas diferentes esferas sociais, maiores serão as possibilidades de

entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. (DCEs)

Buscando ampliar o trabalho com oralidade, estimula-se-a discussão em

torno das variantes linguísticas, dos problemas de uso e registro e do estudo de

alguns aspectos dos propósitos de comunicação. Assim possibilitando ao aluno

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estabelecer um paralelo entre a modalidade oral e a escrita, levando em conta a

presença de diferentes gêneros textuais e tipologias discursivas próprias da fala,

considerando as diversidades regionais.

Na leitura é que se adquirem novos conhecimentos, que se desafia a

imaginação e se descobre o prazer de pensar e sonhar, portanto, o professor deve

propor aos alunos textos diversificados que favoreçam desenvolver a capacidade de

analisar criticamente os usos linguísticos e fazer com que os momentos de

aprendizagem estreitem os laços com a função social da linguagem, atrelada à sua

utilização cotidiana, vinculando intenções diferentes.

A escrita é um processo de construção e reconstrução de sentidos em

relação ao que se vê, ao que se ouve, sente e pensa. Por isso é difícil para o aluno

escrever sobre um assunto a respeito do qual ele não conhece. Portanto é

necessário práticas leitura, pois isso tornará mais fácil o processo de criação textual

(escrita).

O professor deve oportunizar para que a prática do ler e escrever sejam um

ato consciente e dialógico, uma forma de demonstrar seus conhecimentos do mundo

traduzidos em signos; um ato de descoberta, no caso da leitura, e de revelação

dessa descoberta, no caso da escrita. Essas práticas exigem uma ação reflexiva e

dão espaços a múltiplas interpretações da realidade. Daí a importância de deixar

claro ao propor à escrita: a que quer dizer, com que intenção, como e a que tipo de

leitor se destina, e onde será vinculado o texto a ser produzido.

Orientar o caminho da apreensão e construção crítica do saber,

desenvolvendo uma postura questionadora, lançando desafios aos alunos através

de debates e situações formais de uso da língua.

Estabelecer um espaço de aprendizagem que vê o educador e o educando

como parceiros na construção do saber sistematizado, estabelecendo uma relação

dialógica em que aluno, em conjunto com o professor e seus colegas, exerça a

prática de refletir (pensar sobre seu modo de pensar, reconhecer, situar,

problematizar, verificar, especular, relacionar, relativizar, historicizar, etc.) com o

objetivo de construir coletivamente o conhecimento.

Serão propostas práticas de pesquisa, consulta livros, jornais, revistas,

internet ou outras fontes, para que assim possam ampliar seu conhecimento.

4 AVALIAÇÃO

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A avaliação deverá ser formativa porque essa considera que os alunos

possuem ritmos e processo de aprendizagem diferente e, por ser contínua e

diagnóstica, apontará dificuldades que possibilitem que a intervenção pedagógica

aconteça a todo tempo. (DCEs)

Ela será diversificada tanto na linguagem utilizada (verbal – oral e escrita,

gráfica, pictórica) quanto nas situações de observação (atividades individuais e

grupais, comparação de produções ao longo do tempo, atividade com a finalidade

específica de verificar se determinados objetivos foram alcançados) e será

proporcionado o uso da autoavaliação, tanto do aluno, quanto do professor, para

que dê ao professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para se

apropriar efetivamente, das atividades orais, da leitura e da escrita.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada considerando a participação do

aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas

ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele

apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade

de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.

Quanto à leitura, o professor proporá aos alunos questões abertas,

discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que

eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu

posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a

partir do texto. É importante avaliar também se faz inferências corretas, se

reconhece o gênero e o suporte textual.

Em relação à escrita, se verá os textos de alunos como uma fase do

processo de produção, nunca como um produto final. “Só se pode avaliar a

qualidade e adequação de um texto quando ficam muito claras as regras do jogo de

sua produção”. Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção textual.

No momento da refação textual, é pertinente observar: se a intenção do texto foi

alcançada, se há relação entre partes do texto, se há necessidade de corte ou

substituição de parágrafos, ideias ou conectivos. Os parâmetros que serão avaliados

na produção de texto devem estar bem definidos para o professor e para o aluno.

5 REFERÊNCIAS

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BAKHTIN, M. M. Os gêneros do discurso. In:_____. Estética da criação verbal.

São Paulo: Martins Fontes, 1997. p. 261-306

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SARMENTO, Leila Lauar. Português: Leitura, produção e gramática. São Paulo:

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MATEMÁTICA

1 APRESENTAÇÃO

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A educação matemática é uma área que engloba inúmeros saberes em que

apenas o conhecimento da matemática e a experiência de magistério não são

considerados suficientes para atuação profissional, pois envolve o estudo dos

fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre os processos de ensino e de

aprendizagem em matemática.

Para compreender a matemática desde suas origens até sua constituição

como campo científico e como disciplina no currículo escolar brasileiro, faz

necessário, conhecer um pouco da sua história.

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros

conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na

história da matemática de que os babilônios foram os povos que acumularam os

primeiros registros da humanidade a respeito de idéias que se originaram das

configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanho e

quantidade, esse período marcou o nascimento da Matemática.

Contudo, como campo de conhecimento, a Matemática emergiu somente

mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras,

princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos

ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no

ensino e na formação das pessoas.

As primeiras propostas de ensino da Matemática baseadas em práticas

pedagógicas ocorreram no século V a.C. com os sofistas considerados profissionais

do ensino.

No Brasil a educação jesuítica contribuiu para o processo pelo qual a

Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da escola brasileira.

O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém,

estás centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a

aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001),

e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e

se apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados,

métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70).

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As grandes mudanças culturais da atualidade originadas com o

desenvolvimento tecnológico trazem a necessidade de transformações profundas no

papel da escola e automaticamente no ensino da matemática que é parte de um

conjunto de conhecimentos científicos, é um bem cultural construído nas relações do

homem com o mundo em que vive e no interior das relações sociais, é uma das

grandes aventuras da raça humana, tão fantástica, quando ligada à vida prática

cotidiana com conteúdos escolares.

A opção nesta proposta pedagógica curricular pela educação matemática

que engloba inúmeros saberes na qual apenas o conhecimento da matemática e a

experiência não garantem competência, pois ela exerce influência direta e

indiretamente sobre todos os processos de ensino-aprendizagem. No entanto um

projeto educativo precisa atender igualmente aos sujeitos seja qual for sua condição

social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis necessidades

especiais para aprendizagem. Essas características devem ser tomadas como

potencialidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à

escola ensinar, para todos.

O ensino da Matemática no Colégio Estadual Vicente Tomazini justifica-se

pela parcela de grande importância no processo educacional, na formação de um

cidadão completo. A matemática não é apenas um apanhado de conteúdos prontos

para serem consumidos, mas sim uma ciência em construção constante que se

desenvolve e fica plena de significado no instante em que é manipulada, desde o

processo de investigação até a resolução de uma determinada situação-problema.

Deve também dar ênfase em estímulos ao raciocínio e à construção de conceitos

matemáticos, da lógica da coerência, transcendendo assim os aspectos práticos

dessa área do conhecimento.

O objetivo básico da educação matemática visa desenvolvê-la enquanto

campo de investigação do conhecimento – natureza cientifica – e a melhoria da

qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática – natureza pragmática. A

finalidade da educação matemática é fazer com que o estudante compreenda e se

aproprie da própria matemática, concebida como um conjunto de resultados,

métodos, procedimentos, algoritmos. Outra finalidade é fazer com que o estudante

construa por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de

natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e particularmente, do

cidadão, prevendo a formação de um estudante critico, capaz de agir com

autonomia nas relações sociais, enseja-se um ensino que aponte para concepções,

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cuja postura possibilite aos estudantes realizar análises, discussões conjecturas,

apropriação de conceitos e formulação de ideias.

Portanto é necessário que o processo de ensino aprendizagem contribua

para que o estudante tenha condições de constatar irregularidades e interpretar

fenômenos ligados a matemática, ainda contribuir para a integração do educando

na sociedade, estimular a curiosidade, o interesse e a criatividade, explorando novas

idéias e descobrindo novos caminhos com a aplicação dos conceitos adquiridos.

2 CONTEÚDOS

ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Números e Álgebra

- Sistemas de Numeração

- Números Naturais

- Múltiplos e Divisores

- Potenciações e Radiciação

- Números Fracionários

- Números Decimais

- Números Inteiros

- Números Racionais

- Equação e Inequação do 1° grau

- Razão e Proporção

- Regras de Três Simples

- Números Irracionais

- Sistemas de Equações do 1º Grau

- Potências

- Monômios e Polinômios

- Produtos Notáveis

- Números Reais

- Propriedades dos Radicais

- Equação do 2ª grau

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- Teorema de Pitágoras

- Equações Irracionais

- Equações Biquadradas

- Regra de Três Composta

Grandezas e Medidas

- Medidas de Comprimento

- Medidas de Massa

- Medidas de Área

- Medidas de Volume

- Medidas de Tempo

- Medidas de Ângulos

- Sistema Monetário

- Medidas de Temperatura

- Relações Métricas no Triângulo Retângulo

- Trigonometria no Triângulo Retângulo

Geometrias

- Geometria Plana

- Geometria Espacial

- Geometrias Não-Euclidianas

- Geometria Analítica

Tratamento da informação

- Dados Tabelas e gráficos

- Porcentagem

- Pesquisa Estatística

- Média Aritmética

- Moda e Mediana

- Juros Simples

- Gráfico e Informação

- População e Amostra

- Noções de análise Combinatória

- Noções de Probabilidade

- Estatística

- Juros Compostos

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ENSINO MÉDIO E FORMAÇÃO DE DOCENTES

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Números e Álgebra

- Números Reais;

- Números Complexos;

- Sistema Lineares;

- Matrizes e Determinantes;

- Polinômios;

- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas

e Modulares.

Grandezas e Medidas

- Medidas de Área;

- Mediadas de Volume;

- Medidas de Grandezas Vetoriais;

- Medidas de Informática;

- Medidas de Energia;

- Trigonometria.

Funções

- Função Afim;

- Função Quadrática;

- Função Polinomial;

- Função Exponencial;

- Função Logarítmica;

- Função Trigonométrica;

- Função Modular;

- Progressão Aritmética;

- Progressão Geométrica.

Geometrias

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometrias não-euclidianas- Análise Combinatória;

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Tratamento da informação

- Binômio de Newton;

- Estudo das Probabilidades;

- Estatística;

- Matemática Financeira.

As leis que tratam da História e a cultura afro-brasileira e indígena, os

desafios educacionais contemporâneos ( Educação Ambiental, Prevenção do uso

Indevido de Drogas, as Diferenças Étnico Raciais) e a diversidade, serão

trabalhados dentro dos conteúdos sempre que possível.

3 METODOLOGIA

O mundo está em constante mudança, dado ao grande e rápido

desenvolvimento da tecnologia. Por isso a matemática apropria-se de diferentes

estratégias, procurando partir de diferentes situações em que o aluno pode se

identificar visando a ampliação do conhecimento.

A construção de um conceito matemático iniciará ao abordar situações reais

que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum conhecimento

sobre o assunto, e a partir desse saber é que a escola promoverá a difusão do

conhecimento matemático já organizado. Fazer a articulação entre os grandes

campos temáticos, bem como entre o conhecimento novo e o já abordado. Fazer as

retomadas frequentes de conceitos e procedimentos seguidos de aprofundamento.

O desencadeamento de novos conceitos será feito por meio de situações-problema

contextualizada, atribuindo assim ao aluno o papel central no processo ensino-

aprendizagem.

Os conteúdos devem abranger estratégias que venham mobilizar e

desenvolver a capacidade como argumentação, organização, compreensão,

planejamento, análise, síntese, compreensão e memorização e ainda aprimorar

conceitos, idéias, métodos matemáticos e o raciocínio lógico durante as atividades.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais e o Projeto Político Pedagógico

do Colégio Estadual Vicente Tomazini, o ensino da Matemática será abordado por

meio das seguintes tendências metodológicas:

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Na resolução de problemas o professor deverá fazer uso de práticas, como

exposição oral e resoluções de exercícios, assegurando um espaço de discussão no

qual os alunos pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma

estratégia, apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou

de recursos que utilizaram para chegarem ao resultado.

Em relação à etnomatemática o trabalho pedagógico deverá relacionar o

conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e

relações de produção de trabalho.

Por meio da modelagem matemática, serão trabalhados fenômenos

diários, físicos, biológicos ou sociais, que constituirão elementos para análise críticas

e compreensões diversas do mundo. Sendo assim, a modelagem matemática

constituirá na arte de transformar problemas reais com os problemas matemáticos e

resolve-los interpretando suas soluções na linhagem do mundo real.

Para dinamizar os conteúdos e potencializar o processo pedagógico o

professor fará uso de recursos tecnológicos, como software, televisão, calculadoras,

aplicativos da Internet, entre outros, para favoreceras experimentações matemáticas

e potencializar formas de resoluções de problemas.

Com o trabalho com as mídias tecnológicas o professor poderá inserir

diversas formas de ensinar e de aprender valorizando o processo de produção de

conhecimentos.

A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de

atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para

compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita o aluno analisar e discutir

razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.

A prática de investigação matemática será utilizada como forma de

contribuir para melhor compreensão da disciplina em questão.

Na investigação matemática, o aluno será chamado a agir como um

matemático será solicitado a propor questões e formular conjecturas a respeito do

que está investigando. Assim, as investigações matemáticas, envolvem

naturalmente, conceitos, procedimentos e representações matemáticas.

A articulação entre os conhecimentos presentes em cada conteúdo

estruturante se dará em diferentes momentos e quando novas situações de

aprendizagem possibilitar podem ser retomadas e aprofundadas.

4. AVALIAÇÃO

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Assim, de acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais a finalidade da

avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para aprender e

possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados

sobre as dificuldades de cada aluno (ABRANTES, 1994, p. 15).

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso de

instrumentos diversificados como: debates, TV pendrive, trabalho em grupo,

questões discursivas, questões objetivas apoiando-se na observação sistemática

para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas

para que possam expressar seu conhecimento.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

• compreende, por meio de leitura, o problema matemático;

• elabora um plano que possibilite a solução do problema;

• encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

• realiza o retrospecto da solução de um problema.

Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:

• partir se situações-problema internas ou externas à matemática;

• pesquisar a cerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

problemas;

• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;

• perseverar na busca de soluções, mesmo diante dificuldades.

• sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;

• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;

• argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p.

29).

Nessa escola o professor considerará as noções que o estudante traz,

decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos

abordados nas aulas de Matemática.

Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a

pedagogia do exame para basearem numa pedagogia do ensino e da

aprendizagem.

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Após cada avaliação, as dificuldades observadas serão trabalhadas

paralelamente, retomando esses conteúdos, aplicando diferentes estratégias que

facilite a assimilação desses conteúdos pelo aluno, para que dessa forma sejam

recuperados tais conteúdos.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

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METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE

1 APRESENTAÇÃO

Segundo Fusari e Ferraz:

A metodologia pode ser considerada como o método em ação, onde os princípios do método (atitude inicial básica de percepção da realidade e suas contradições) estarão sendo mencionadas na realidade da prática educacional (...). Todavia, para que a metodologia cumpra este objetivo de ampliação da consciência, é fundamental que ela tenha origem nos conteúdos de ensino, considere as condições objetivas de vida e trabalho dos alunos e professores; utilize competentemente diferentes técnicas para ensinar e aprender os conteúdos (...) e os diferentes meios de comunicação. (FUSARI e FERRAZ, 1992.)

A disciplina de Metodologia do Ensino de Arte apresenta-se como um espaço

de estudos e reflexões sobre o trabalho escolar em arte e seu embasamento deve

ser teórico-prático e experienciado.

Sabendo que o ensino da arte nesses últimos anos tem sofrido

transformações significativas, hoje, faz-se necessário que o professor dessa

disciplina organize um trabalho consistente, através de atividades que envolvam: o

ver, o ouvir, o mover-se, o sentir, o perceber, o pensar, o descobrir, o fazer, o

expressar, etc., a partir dos elementos da natureza e da cultura, analisando-os e

transformando-os.

O ensino de arte será trabalhado sob uma perspectiva histórico-crítica,

abordando uma temática central: a função da atividade artística fundamentada nos

conteúdos, tendo como contraponto uma análise dos procedimentos e sua

metodologia.

2 CONTEÚDOS

• O papel da arte na formação humana, como conhecimento, como trabalho, como

expressão.

• Estudos das diferentes concepções de arte.

• Conhecimento, trabalho e expressão, sua relação como o ensino.

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• Estudo das tendências pedagógicas – escola Tradicional, Nova e Tecnicista –

com ênfase nos marcos históricos e culturais do ensino da arte no Brasil.

• Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição das

artes visuais, da música, da dança e do teatro e sua contribuição na formação dos

sentidos humanos desde a Educação Infantil e Anos Iniciais.

• Abordagens metodológicas para o ensino de artes.

• A atividade artística na escola: fazer e apreciar a produção artística.

• As atividades artísticas como instrumental para a Educação Infantil e Anos Iniciais.

3 METODOLOGIA

A intenção é que, através de exemplos, atividades didático-pedagógicas e

articulação entre teoria e prática, forneçam subsídios para que os futuros

professores possam construir o seu próprio percurso, o trabalho será bastante

prático, mas não excluirá a abordagem da teorização em arte, através de pesquisa,

apresentação e discussão sobre; estudo das tendências pedagógicas, ensino da

Arte no Brasil e abordagens metodológicas para o ensino de artes na Educação

Infantil e Anos Iniciais.

As propostas de trabalho nessa disciplina deverão possibilitar ao aluno o

acesso a produção e manifestações artísticas, apreciação e apropriação com o

conhecimento sobre a arte. Sendo assim serão trabalhados três momentos na

organização pedagógica: o sentir, que são formas de apreciação e apropriação, o

trabalho artístico, que é a prática criativa e o conhecimento que possibilita ao aluno

um sentir/perceber mais sistematizado de forma a ajudar o aluno à formação de

conceitos artísticos.

Devem-se propor atividades fazendo uso de materiais, instrumentos e

procedimentos variados em Artes que possibilitem promover uma relação de

autoconfiança com a produção artística pessoal e conhecimento estético observando

uma multiplicidade de procedimentos e soluções.

Em artes visuais serão abordadas além da produção pictórica de

conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e imagens de

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diferentes aspectos presentes na sociedade contemporânea, sob uma perspectiva

histórico crítica.

Sabendo que o elemento central da Dança é o movimento corporal, o trabalho

pedagógico será baseado em atividades de experimentação do movimento,

improvisação, em composições coreográficas e processos de criação tornando

assim o conhecimento significativo.

Quanto ao ensino da Música serão propostas atividades que desenvolvam o

hábito de ouvir sons de modo que possam identificar seus elementos formadores:

intensidade, altura, timbre, densidade e duração.

O trabalho com Teatro se iniciará com exercícios de relaxamento,

aquecimento e com os elementos formais que o compõe como os personagens

(expressão vocal, corporal e facial); composição (jogos teatrais, improvisações e

transposição de texto literário para texto dramático) e pequenas encenações.

4 AVALIAÇÃO

A avaliação, nessa disciplina, apresenta duas funções: a diagnóstica e a

diretiva. Na função diagnóstica, que é processual, contínua, permanente e

cumulativa, tem-se como ponto de partida os conhecimentos artísticos construídos

historicamente pelo Homem e expressos na escola como conteúdo artístico. Já

como ponto de chegada, está à apreensão destes conteúdos pelos alunos a partir

da sistematização e mediação dos mesmos pelo professor na relação ensino-

aprendizagem.

Na função diretiva, a avaliação baseia-se na reflexão e no questionamento da

práxis (unidade entre a teoria e a prática) que foi desenvolvida no encaminhamento

metodológico pelo professor. Desta forma, além de ensinar, também cabe ao

docente avaliar o ensinar e o aprender durante o processo de desenvolvimento do

trabalho pedagógico da disciplina arte, tornando consciente ao aluno o que foi

aprendido e ao professor o que foi ensinado.

Serão utilizados como instrumentos avaliativos:

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• Pesquisas bibliográficas e de campo;

• Apresentação de simpósios, seminários e aulas práticas;

• Avaliação teórica e prática;

• Registro em forma de relatório, portfólio, áudio-visual e outros.

5 BIBLIOGRAFIA

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METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS

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1 APRESENTAÇÃO

Marcar o início do ensino de Ciências no Brasil é uma tarefa difícil. As

primeiras instituições voltadas para os temas científicos só se constituíram com a

chegada da corte portuguesa. Assim, ao longo do século XIX, sob forte influencia de

Portugal, o Brasil mantinha o desenvolvimento científico e sua divulgação centrados

em instituições como Universidades e Museus de História Natural. Um bom exemplo

é o Museu Nacional do Rio de Janeiro, findado em 1918, que registrou importantes

pesquisas em Ciências Naturais, seguido por outros museus brasileiros que

contribuíram tanto para a institucionalização das Ciências Naturais no país, quanto

para seu ensino até meados de 1860 (LOPES, 1997).

Em se tratando de currículo escolar, o ensino de Ciências não foi prioridade

até por volta de 1930. As poucas escolas que existiam eram freqüentadas pelos

filhos da elite, que contavam com professores estrangeiros dedicados a ensinar o

produto da ciência de sua época; um ensino que assumia caráter de formação de

uma elite intelectual. Aos alunos, filhos da classe trabalhadora, principalmente

agricultores, era destinado um ensino de caráter informativo e os professores não

tinham formação especializada (GHIRALDELLI JR., 1991).

Com a reforma Francisco Campos, em 1931, o currículo passou por um

processo de atualização e inovação, com objetivos claros de formação de uma elite

que teria condições de estabelecer os rumos da educação para os demais.

Referendando a reforma Francisco Campos, instituiu-se a reforma Capanema, na

década de 1940, que organizou o currículo do ensino secundário brasileiro em dois

ciclos. O primeiro, denominado ginasial, compreendia quatro anos e abrangia as

disciplinas de três grandes áreas: Línguas, Ciências (matemática, ciências naturais,

história geral, história do Brasil, geografia geral e geografia do Brasil), e Artes. O

segundo ciclo correspondia a modalidade clássica ou científica, ambas com duração

de três anos. Especificamente a disciplina de Ciências era praticada nos dois últimos

anos do ciclo ginasial.

Em meados da década de 1950, no contexto histórico mundial a ciência e a

tecnologia foram reconhecidas como atividades essenciais no desenvolvimento

econômico, cultural e social(KRASILCHIK, 2000). A sociedade brasileira passava

por transformações significativas rumo a modernização.

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Uma breve abordagem histórica do surgimento da disciplina de Ciências no

currículo brasileiro permite o entendimento de que os objetivos para a educação

cientifica mudaram em função de contextos políticos internos e externos ao Brasil.

De acordo com Krasilchik (1987) o primeiro período corresponde às décadas

de 1950 a 1970 que coincide com o contexto da elaboração e implementação da lei

nº 4.024/61, onde se identifica o objetivo de formar, por meio de programas rígidos,

futuros cientistas afim de compor uma elite intelectual.

O segundo período compreende as décadas de 1970 a 1990, em que o

objetivo principal passa a valorizar a formação do cidadão trabalhador (contexto da

implementação da lei nº 5.692/71).

O terceiro período vai da década de 1990 ao ano 2000 (contexto da lei nº

9.394/96) em que, sob influencia dos Parâmetros Curriculares Nacionais, objetiva-se

como ensino de Ciências a formação do cidadão-trabalhador-estudante, isto é, um

sujeito de formação generalista, mas fragmentada.

A proposta do ensino de ciências tem por objetivo possibilitar a compreensão

do mundo natural nas relações sociais de produção, com vistas a garantir ao aluno

uma análise concreta de realidade através de apropriação do conhecimento

científico, ao mesmo tempo, que permite comparar a explicação científica do mundo

com outras explicações como àquelas proporcionadas pela arte e pela religião, entre

outras. É preciso compreender a ciência enquanto elemento da cultura, que resulta

na produção de conhecimentos que são fruto do trabalho do homem e de seu

esforço criador e recriador, que tem em comum com o conhecimento artístico,

técnico ou filosófico o seu caráter de criação e inovação. O ato criador, em qualquer

dessas formas de conhecimento, estrutura e organiza o mundo, respondendo aos

desafios que dele emanam, num constante processo de transformação do homem e

da realidade circundante.

A disciplina de ciências deve possibilitar espaços efetivos de discussão e

reflexão a respeito de uma identidade científica, ética, social e cultural, enfim, uma

disciplina que instrumentalize os alunos para compreender e intervir no mundo de

forma consciente.

A análise crítica do momento histórico e de seus condicionantes sociais,

políticos, econômicos e religiosos contribuirá para a explicação dos fatores que

interferiam e interferem nos rumos do desenvolvimento científico, pois a ciência

enquanto elemento do universo cultural possui uma história completamente

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entrelaçada com a história da evolução das diferentes organizações sociais, uma

história que se renova a cada dia posto que a vida e os conhecimentos não sejam

estáticos.

É fundamental que os alunos se dêem conta de que o conhecimento científico

não é neutro e que o desenvolvimento técnico e científico atende, sobretudo, aos

interesses das classes dominantes, portanto é fundamental analisar as causas e

consequências dos avanços da ciência e não simplesmente apresentar o conteúdo.

É fundamental que os alunos aprendam a questionar o conhecimento cientifico

refletindo se sua aplicação é prudente e se irá tornar melhor a vida de todos, ou se

irá beneficiar apenas uma pequena minoria de pessoas enquanto grande parte da

sociedade e da natureza é explorada ou prejudicada. Uma boa maneira de se

questionar um conhecimento pode ser buscando respostas para as seguintes

perguntas: Quem produziu? A quem serve? Quem se beneficia? Quem se

prejudica?

Desta forma deixaremos de tratar os alunos como consumidores de

conhecimento e de idéias e estimularemos o desenvolvimento de suas capacidades

crítica e reflexiva. Neste processo é fundamental a interdisciplinaridade que

proporciona a convivência de diferentes saberes humanos, fortalece o espírito de

grupo, valoriza o “nosso” em detrimento do “meu” abrandando o egoísmo, a vaidade

e o orgulho. Assim a depender do grau de aprofundamento com que se procede

validamos o objeto de estudo da área de Ciência – a biosfera e suas múltiplas

relações de interdependência, que se explicam historicamente sob diferentes

formas, de acordo com as contingências sob as quais os homens organizam sua

sobrevivência.

Partindo do pressuposto de que o ser humano interage com a natureza,

salientamos que o ensino de Ciências tem por objetivo a socialização do

conhecimento cientifico historicamente acumulado pelos homens. Por conseguinte, a

partir destas informações devemos explicar as necessidades que levaram os

homens a compreender e apropriar-se das leis que movimentam, produzem e regem

os fenômenos naturais e justificar os motivos que impulsionaram os homens a

apropriarem-se desses conhecimentos.

Nesse contexto, o processo de apropriação se efetiva pela interação do

homem com a natureza incorporando esse conhecimento á pratica social. De fato, o

conhecimento científico se expressa pela necessidade de entendê-lo em movimento

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e não como sendo estático, pronto e acabado. É, pois, evidente a relação das Leis

da Natureza e as necessidades dos homens apropriarem-se das mesmas, em

função da qualificação dos instrumentos. Nessa perspectiva Duarte acentua que um

instrumento não é apenas algo que o homem utiliza em sua ação, mas algo que

passa a ter função que não possuía como objeto estritamente natural, ou seja, o

instrumento assume uma função atribuída pela atividade social. Nesse sentido

damos destaque às palavras de Duarte, segundo ele:

Para poder transformar um objeto natural em um instrumento, o homem deve levar em conta, conhecer as características naturais do objeto, ao menos aquelas diretamente relacionadas às funções que terá o instrumento. Não importa aqui que tipo de conhecimento seja esse, podendo ser tanto um conhecimento cientifico das propriedades naturais do objeto, como um conhecimento meramente empírico, resultantes de generalizações a partir da prática. De qualquer forma é indispensável certo nível de conhecimento do objeto em si mesmo, isto é, do que o objeto é independente de sua inserção na atividade humana. É claro que tal afirmação só pode ser aceita como um processo histórico, ou seja, como um processo em cujo inicio esse conhecimento do objeto em si mesmo está indissociavelmente ligado à utilidade prática para o homem. (DUARTE 2000, 119) (Grifos nossos).

Mais uma vez, se faz necessário reafirmar a necessidade de pensarmos a

construção do conhecimento científico a partir de sua historicidade. Nessa

concepção, reiteramos que: O Ensino de Metodologia de Ciência tem por intenção

levar os alunos a entender a realidade criticamente sendo ela sujeito constituinte da

mesma. E, como o objeto de estudo são os ecossistemas, os quais definem como

um conjunto formado pelos sistemas abióticos e bióticos que num determinado meio

trocam matéria e energia, fica claro que não faz sentido uma análise dos elementos

naturais dos ecossistemas de forma restrita sem que se estabeleça uma relação

entre o meio natural e as condições da existência humana.

2 CONTEÚDOS

O ensino de ciências e a construção de uma cultura científica que possibilita

ao cidadão comparar as diferentes explicações sobre o mundo;

A energia para a vida e a inserção do homem no contexto do universo;

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Aprendizagem integrada de ciências como possibilidade para a compreensão

das relações ciências, sociedade, tecnologia e cidadania;

A construção dos conceitos científicos;

O pensamento racional e o pensamento intuitivo na aprendizagem de

ciências;

O papel dos professores, das famílias e das comunidades na aprendizagem

formal e informal de ciências.

3 METODOLOGIA

O ensino de ciências, numa perspectiva histórica, deve convergir para o

domínio do sabel cientifico historicamente acumulado, por meio de uma abordagem

crítica e problematizadora das questões oriundas da prática social vivenciada pelos

alunos(as).

Neste contexto metodologico é importante estabelecer condições adequadas

para que os alunos possam expandir as suas idéias, pesquisas, trabalhar com

situações, enfim deve-se criar condições que objetivam a contextualização do

conhecimento produzido frente as necessidades. Assim diante da concretude dos

fatos, devemos contextualizar o experimento ou seja, a outra prática no Ensino de

Ciência relacinando a teoria com a prática, realizando um trabalho de cunho

pedagógico que oportuniza o aluno entrar em contato com o objetivo de estudo das

ciências da natureza de forma significativa. Portando uma metodologia que envolva

os educandos em observações, pesquisas e desafios.

Assim, a partir dessas reflexões aponta-se alguns procedimentos que

nortearão a ação pedagógica do professor para o ensino das ciências:

• Atividades de observação com desafios que motivem os alunos a

perceberem detalhes no objeto de estudo;

• Visitas, excursões, passeios para observação e estudos sistemáticos com

roteiro planejado e conteúdo estabelecido;

• Exploração de recursos de comunicação: revistas, jornais, vídeo, DVD, e

outros;

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• Recursos humanos para palestras e entrevistas: médicos, moradores

antigos, autoridades, etc;

• Realização de experimentos, com coleta e registro de dados, exposições,

feiras de ciências, debates, pesquisas, aula prática, etc;

• Preparação de ambiente estimulador disponibilizando recursos variados;

• Uso de diferentes linguagens para registrar, de forma diversificada, as

observações e as pesquisas: expressão oral, teatro, painel, cartazes, folhetos,

desenhos, mapas, tabelas, gráficos, relatórios, maquete, modelo, exposição,

elaboração de jornais, etc;

• Realização de trabalhos contextualizados em situações reais e significativas.

Assim, contextualizando os procedimentos acima citados reiteramos que a

ação pedagógica deve ter ponto de partida a prática social (experiência concreta),

vivenciada pelo aluno e professor, que conforme nos esclarece Saviani (1987) do

ponto de vista pedagógico há uma diferença essencial que não pode ser perdida de

vista: o professor de um lado, e os alunos de outro, encontram-se em níveis

diferentes de compreensão (conhecimento e experiência) da prática social. A seguir,

devemos nos preocupar com a problematização e as situações-problema oriundas

da prática social, pois são os elementos necessários para fundamentar uma análise

conscistente. E, conforme nos sugere Vasconcelos:

“O (a) professor (a) parte do que o(a) aluno(a) tem de quadro de significação e vai introduzindo, pela problematização, novos elementos para análise. O conhecimento anterior do(a) aluno(a), como foi apontado, não pode ser desprezado, pois o novo vai ser construído a partir do existente”. (VASCONCELOS, 1994, p. 72).

Nessa mesma linha reflexiva damos destaque a instrumentalização (pesquisa,

aula prática, observação, experimentação, leitura de textos, coleta de dados, etc)

que são as ferramentas pedagógicas que qualificam a ação reflexiva do (a)

professor (a). Convém salientar também como ação docente a compreensão e a

apropriação do saber sistematizado e/ou historicamente acumulado, para que

possamos intervir de forma consciente nas situações-problema suscitadas pela

prática social.

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4 AVALIAÇÃO

A importãncia da avaliação, bem como de seus métodos, tem variado no

decorrer dos tempos, sofrendo a influência das tendências de valoração que se

acentuam em cada época. Nesse contexto, uma concepção diferente de ensino de

ciências, com práticas metodológicas renovadas, implica em alterações nos critérios

e instrumentos de avaliação.

Diante dessa constatação para se fazer uma avaliação, é preciso definir

claramente a tendência pedagógica que sustenta a proposta curricular, a concepção

de ensino e abordagem epstemológica da prática pedagógica. Assim, a avaliação

mais condizente com os fundamentos da presente proposta é aquela que se

processa de forma contínua e também seja acumulativa, objetivando a

aprendizagem do(a) aluno(a).

De fato, é muito importante que o(a) professor(a) num processo de avaliação

contínua consiga expressar com clareza e objetivando as idéias e conceitos

relacionados aos conteúdos que estão sendo trabalhados. O que se constata e que

ocorre com certa frequência é que os conteúdos acabam sendo trabalhados de

forma fragmentada e em consequência disso passam a ser avaliados apenas pela

sua especificidade dificultando a sua apreensão.

Portanto, ao se refletir sobre a avaliação é preciso ter como pressupostos

duas questões básicas:

Clareza na definição da concepção de ensino e de escola que sustenta esta

proposta curricular;

E os elementos de sustentação da concepção de ciência que norteia a fundamen-

tação teórica do presente currículo.

É importante ressaltar que o trabalho desenvolvido aqui deve levar o(a)

aluno(a) a construir conceitos sobre o conteúdo trabalhado e estabelecer relações

entre este e os demais elementos da biosfera como também com os infindáveis

ecossistemas. De fato, é necessária a compreensão dos ecossistemas em suas

múltiplas implicações científicas como também sociais pois é o bem estar da

população que estamos priorizando. Isto possibilitará atingir a proposta educacional

da escola como um todo, além de tornar possível repensar a prática pedagógica

do(a) professor(a).

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Assim, considerando o que foi exposto, julga-se necessário evidenciar que a

avaliação deverá verificar a aprendizagem, a partir daquilo que é básico eessencial,

isto, é, deve estabelecer as relações e mediações dos homens para com os próprios

homens como também dos homem para com a natureza. E nesse processo damos

destaque ás ideias defendidas por PETRONZELLI que acentua:

ser fundamental que esta avaliação seja de forma contínua. O trabalho pedagógico desenvolvido na escola tem como função relacionar o que é domínio do aluno, isto é, o que ele conhece, e o conhecimento histórico, produzindo pela humanidade. Através da interação: professor – aluno, aluno – professor, aluno – aluno, se dará a apropriação e assimilação dos conceitos. O professor interage, participa do processo e direciona-o, a partir) da reflexão e incorporação da Ciência da História. (PETRONZELLI, 1992, p. 142

É ainda, necessário uma prática pedagógica conscistente que valorize e dê

significado á escola. Nesse sentido, ressaltamos que esses atributos têm que ser

colocados de forma objetiva e precisa, privilegiando aspectos como: capacidade de

reflexão crítica sobre a realidade; capacidade de relacionar dados, fatos e conceitos

das diferentes áreas científicas; e interpretar resultados dentro dos níveis adequados

para o curso de formação de docentes.

5 REFERÊNCIAS:

• ASTOLFI, J. P. A Didática das ciências. Campinas: Papirus, 1990.

• DELIZOICOV, D. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez,

1990.

• DUARTE, N. Anatomia do homem é a chave da anatomia do macaco: a

dialética em VIGOTSKI e MARX e a questão di saber objetivo na Educação

Escolar. Educação & Sociedade, ano XXI, nº 71, junho, 2000.

• GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico - crítica.

Campinas: Autores Associados, 2005.

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• GHIRALDELLI Jr., P. História da educação. São Paulo: Cortez, 1991.

• HARLAN, J. D.; RIVKIN, M. S. Ciências na educação infantil: uma

abordagem integrada Porto Alegre: Artmed, 2002.

• KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de ciências. São Paulo:

EPU/Edusp, 1987.

• LOPES, A. C. Seleção de Experimentos de Física no Ensino Médio: os

museus e as ciências naturais no século XIX. São Paulo: Hucitec, 1997..

• PETRONZELLI, C.; PINHEIRO,S. Ciências. In: PARANÁ. Secretaria de

Estado da Educação, Superintendência da Educação, Departamento de Ensino

de Primeiro Grau. Currículo Básico para a escola pública do Paraná. Curitiba:

Imprensa Oficial do Estado do Paraná, 1992.

• SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo: Cortez e Autores

Associados, 1987

• SEED – Orientações Curriculares para o Curso de formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na

modalidade Normal.

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METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

1 APRESENTAÇÃO

A educação física nas últimas décadas tem procurado sua legitimação no

contexto escolar através da busca de uma autonomia pedagógica. A produção

científica dos intelectuais da área tem sido expressiva e com significativas propostas

para seu ensino, em diferentes concepções teóricas de educação e ensino.

Um olhar sobre a história da educação física mostra que nas décadas de l980

e 1990, os esforços dos intelectuais da época caracterizaram-se basicamente em

definir a educação física em uma área de conhecimento e como uma pratica social.

Evidencia-se uma tentativa de superação do paradigma que configurou de forma

hegemônica o estado teórico das ciências naturais e das ciências humanas,

buscando a totalidade do humano.

De acordo com Castellani Filho (1999, p. 23) “existe na e Educação Física

Brasileira uma considerável quantidade de concepções pedagógicas de distintos

matizes teóricas”.

Assim, numa proposta de currículo que apresenta como pressupostos o

trabalho como princípio educativo, a práxis como princípio curricular e o direito da

criança à escola de qualidade social, o desafio para a disciplina metodologia da

Educação Física é a formação integrada do aluno, articulando os conhecimentos

gerais e os específicos.

Para Soares et all (1992, p. 49), a Educação Física é uma “prática

pedagógica” que tem como objetivo “a transformação social”, já que na concepção

histórico-critica a educação é entendida como um processo que ajuda os indivíduos

a por em questão as condições presentes de sua vida cotidiana geradas pelo modo

de organização da produção em nossa sociedade, assim a escola, visa transformar

o aluno em sujeito capaz de recuperar e realizar sua “humanidade” em um projeto

coletivo e solidário de superação das condições atuais de trabalho (MERCADO,

1995,p. 28).

No que diz respeito ao conhecimento que trata a disciplina, na perspectiva

crítico-superadora, é a “cultura corporal”, segundo Soares

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O homem se apropria da cultura corporal dispondo sua intencionalidade para o lúdico, o artístico, o agonístico, o estético ou outros, que são representações, idéias, conceitos produzidos pela consciência social e que chamaremos de “significações objetivas”. Em face delas, ele desenvolve um “sentido pessoal” que exprime sua subjetividade e relaciona as significações objetivas com a realidade de sua própria vida, do seu mundo e das suas motivações (1992, p. 62).

A Educação Física enquanto área do conhecimento tem a motricidade

humana como o seu maior campo de ação. O estudo da motricidade humana leva a

conhecer o homem em movimento através da hominalidade, que é uma forma

concreta do homem relacionar-se com o mundo e de participar criticamente na sua

organização, podendo interferir na sua realidade.

Esta área do conhecimento deve estar centrada na concepção histórico-crítica

de Educação Física, deve ter uma base cientifica, e principalmente deve estar

voltada para o aluno, respeitando seus interesses, sua maturação e sua experiência

anteriormente adquirida.

Para efetivar a concepção de Educação Física que pretendemos,

apresentamos uma proposta baseada no corpo criativo e no culto à ludicidade.

Compreendendo que o movimento não é apenas um suporte que permite ao

educando conceitos abstratos, o objetivo maior é desenvolver as sensações e

percepções que este movimento proporciona, levando ao educando o conhecimento

da realidade que o cerca.

Dentro da concepção histórica - critica proposta, torna-se fundamental

encaminhar o processo ensino - aprendizagem numa dimensão de totalidade, na

concepção de mundo, de sociedade, de homem, de corpo. Expressando uma

dimensão política de transformação e mudanças.

Levar o educando a entender que o homem é concreto e precisa ser visto à

luz da visão histórica e cultural, que ele não se situa em nível de objeto, mas existe

como sujeito participante.

Mostrar que a escola deve ser compreendida como centro de sistematização

do conhecimento, vinculado a um contexto cultural mais amplo, entendendo-a

através de uma dialética nas inter-relações. Explicar ainda o lado pedagógico

comum e político, colocando em discussão a pratica da Educação Física na escola

de hoje, efetivando assim uma ação pedagógica premiada futuramente.

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Enfim, levar o educando a compreender a Educação Física como um direito e

não como um dever, enfatizando que a atividade física não se esgota na pratica,

mas extrapola para a vida. Mostrando que a consciência emerge do corpo e é o seu

ponto de partida de expressão.

2 CONTEÚDOS

O movimento humano e sua relação com o desenvolvimento dos domínios:

motor, cognitivo, afetivo – social do ser humano;

Desenvolvimento motor e aprendizagem motora;

A Educação Física como componente curricular;

A cultura corporal de movimentos: ação e reflexão;

A criança e a cultura corporal de movimentos: O resgate do lúdico e a expressão da

criatividade.

3 METODOLOGIA

Entendendo que a disciplina Metodologia do Ensino de Educação Física

trabalha com conteúdos, formas, métodos e técnicas, ao longo do seu

desenvolvimento deverão estar presentes as seguintes questões: a) o conhecimento

que trata a disciplina; b) o tempo pedagogicamente necessário para o processo de

apropriação do conhecimento e c) os procedimentos didático-metodológicos para

ensiná-lo (SOARES et all, 1992, p. 49).

Com relação aos conteúdos nessa perspectiva serão “os jogos, a ginástica,

as lutas, o esporte, a dança e outros”.

Já com relação ao tempo pedagogicamente necessário para o processo de

apropriação do conhecimento deverão ser considerados critérios, pois um mesmo

conteúdo poderá ser tratado em todos os níveis escolares numa evolução espirada

(SOARES, 1992, P. 64).

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Os procedimentos didático-metodológicos partem dos seguintes

pressupostos: que os conteúdos da cultura corporal devem emergir da realidade

dinâmica e concreta do mundo do aluno; os conteúdos selecionados, organizados e

sistematizados devem promover uma concepção científica de mundo, a formação de

interesses e a manifestação de possibilidades e aptidões para conhecer a natureza

e a sociedade (SOARES, 1992, P. 87).

A Metodologia da Educação Física deverá trabalhar primeiramente o ato

motor.

Partindo dessa fundamentação teórica – cientifica abordada pelas demais

disciplinas deverá se inter-relacionar no processo como um todo, através de seu

campo de ação: o movimento humano.

Esta metodologia desenvolverá o educando como uma pessoa inteira, com

sua afetividade, suas percepções, seus sentidos, seus sentimentos, sua expressão,

sua crítica e sua criatividade. Pois a Educação Física tem a responsabilidade de

ampliar seus referenciais de mundo e de trabalhar com todos os tipos de linguagens

– escrita, sonora, dramática, lógica, corporal e muitas outras. Este desenvolvimento

acontecerá através de instrumentos e técnicas de ensinagem como o conhecimento

teórico do homem e suas relações com o mundo que o cerca, o estudo e

conhecimento das habilidades motoras, dinâmicas em sala de aula, pesquisas e

discussões sobre a prática da Educação Física nas séries iniciais do ensino

fundamental. Pesquisa e desenvolvimento de apostila com atividades relacionadas

ao desenvolvimento motor.

Conhecimento teórico e pratico de artes cênicas. Formulação e aplicação de

plano de aulas práticas nas series iniciais do ensino fundamental.

4 AVALIAÇÃO

A avaliação, que se dá através de um fazer coletivo, será feita de maneira

diagnóstica processual, reflexiva, direta e contínua. Onde os educandos participarão

da avaliação de forma ativa, dando suas opiniões e fazendo auto-análise de sua

participação nas aulas e nos conteúdos trabalhados. Também será feita através da

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aplicação dos planos de aulas práticas, formulados pelos educandos e aplicados em

turmas do 1º ao 5º ano (Séries Iniciais do Ensino Fundamental).

5 BIBLIOGRAFIA

DAOLIO, J. Educação física brasileira: autores e atores da década de 1980.

Campinas. Papirus, 1998.

CASTELLANI FILHO. L. Política educacional e educação física. São Paulo:

Autores Associados, 1998.

FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro: Teoria e prática da Educação Física.

2. ed. São Paulo: Scipione, 1991.

MERCADO, L. P. A questão dos conteúdos num a metodologia histórico-crítica,

Revista educação. Maceió: UFAL, p. 27-39, 1995.

OLIVEIRA, V. M. Educação física humanista. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico,

1985.

SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino da educação física.

São Paulo: Cortez, 1992.

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METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA

1 APRESENTAÇÃO

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das

estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de

organização.

No entanto, o estudo da geografia no Brasil, só se consolidou a partir da

década de 1930, quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e

descrever o ambiente físico nacional com interesses políticos do estado.

Estudo da Terra. Esta talvez seja a definição mais conhecida e que, de certa

forma, atesta quão “popular” é a Geografia. Contudo, já vai longe o tempo em que

essa definição dava conta de expressar o real significado da ciência geográfica.

Alguns fatos históricos destacam-se como precursores da Geografia Critica

no Brasil. O principal deles foi o Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, 1978,

em Fortaleza e teve como tema de discussão a Geografia Crítica.

A Geografia Crítica, como linha teórica - metodológica do pensamento

geográfico, deu novas interpretações aos conceitos e ao objeto de estudo, trazendo

as questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a

compreensão do espaço geográfico.

A Geografia se faz presente nos currículos escolares em nosso país desde

longa data. Contudo, é nas primeiras décadas do século XX que um debate

renovador a respeito de suas finalidades é desencadeado, onde a presença de

Carlos Miguel Delgado de Carvalho foi muito marcante. Cientista político e árduo

defensor do florescimento de uma geografia que ultrapassasse o nível raso e

empobrecido em que se encontrava o estudo dos estados brasileiros. Daí, ainda

segundo ele, a urgência de se construir no país uma Geografia de fato científica,

com um objeto de estudo devidamente estabelecido. No seu entender, a Geografia

era apontada como de fundamental importância para a formação de valores dando-

se no ambiente escolar. Na realidade, tratava-se de assegurar via sistema escolar, a

inculcação da ideologia do nacionalismo patriótico.

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A Geografia acompanha o movimento da própria sociedade na qual ela se

encontra inserida, se a sociedade muda, a Geografia também muda. E foi isso que

ocorreu ao longo do século XX, de modo que, nos dias de hoje, a Geografia pode

ser concebida como o estudo da organização do espaço geográfico pela sociedade

humana.

Na atualidade é crescente a idéia de que à geografia cabem dois objetivos e

finalidades que se complementam. De um lado, proporcionar o desenvolvimento do

raciocínio geográfico e, de outro, assegurar a formação de uma consciência

espacial, em outras palavras a Geografia pode contribuir para um verdadeiro pensar

o espaço. De acordo com Cavalcanti:

[...] A finalidade de ensinar geografia para crianças e jovens deve ser justamente a de ajudar a formar raciocínios e concepções mais articuladas e aprofundadas a respeito do espaço. Trata-se de possibilitar aos alunos a prática de pensar os fatos e acontecimentos enquanto constituídos de múltiplos determinantes, de pensar os fatos e acontecimentos mediante várias explicações, dependendo da conjugação desses determinantes, dentre os quais se encontra o espacial. (CAVALCANTI, 2003, P. 24)

Faz-se necessário salientar dois aspectos: primeiro que, pelo fato de no

espaço desenrolarem inúmeras práticas sociais, fica realçada a tese de que a

Geografia é uma ciência humana, tendo por objeto de estudo, portanto, a sociedade;

segundo, estudar a organização espacial sem fazer referencia à sociedade que vive

e produz seu espaço é fazer uma Geografia oca, vazia de significado. É algo tão

reprovável quanto estudar a geografia fragmentada em Geografia Física e Geografia

Humana ou, nas palavras do professor Milton Santos, estudar “o espaço viúvo do

homem”.

Assim levando em consideração o objeto de estudo, a composição conceitual

da disciplina de geografia o trabalho deve contribuir para reelaborar o conhecimento

geográfico que permita o aluno realizar uma leitura crítica da produção social do

espaço, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas

diferentes formas de abordagem. Proporcionar conhecimentos para que desenvolva

sua capacidade de analise sobre a realidade atual do espaço geográfico,

compreendendo as relações entre as diferentes sociedades humanas, entre os

diversos grupos no interior de cada sociedade e suas relações com o ambiente,

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valorizando os recursos naturais e humanos suas potencialidades e o patrimônio

histórico cultural da humanidade e diversidade étnica.

2 CONTEÚDOS

Concepções de Geografia - A Geografia como Ciência;

Compreensão do espaço produzido pela sociedade (espaço relacional);

Aspectos teóricos metodológicos do ensino de geografia;

Objetivos e finalidades do Ensino da Geografia na Proposta Curricular do Curso

de Formação de Docentes de Educação Infantil e anos iniciais do Estado do Paraná

(quilombolas, indígenas, campo e ilhas) Relação entre conteúdos, método e

avaliação;

Conteúdos básicos de Geografia na Educação Infantil e Anos Iniciais;

Diferentes tendências de Geografia;

Bibliografia e concepção de Geografia como ciência;

Análise crítica e elaboração de recursos didáticos para Educação Infantil e Anos

Iniciais;

Análise crítica de livros didáticos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental;

As temáticas da lei 11.645 de 10\ 03\ 2008 referente a historia e cultura afro-

brasileira e indígena e os conteúdos relacionados aos desafios educacionais

contemporâneos serão permeados aos conteúdos;

3 METODOLOGIA

A metodologia de ensino deve permitir que os alunos se aprimorem dos

conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e

transformação do espaço geográfico. Para isso os conceitos da geografia devem ser

trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e

distante dos alunos, em coêrencia com os fundamentos teóricos propostos.

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A Geografia deve ser tratada pedagogicamente a partir das categorias de

análise: espaço/tempo, relações sociedade/natureza. Serão abordados, com a

mesma ênfase, nas dimensões geográficas da realidade econômica, política, sócio

ambiental e cultural demográfica. Deve-se salientar que no ensino da Metodologia

do Ensino de geografia a Geografia Escolar deve se voltar para o desenvolvimento

do raciocínio geográfico, exemplo disso é ao trabalhar escala a partir da

investigação de um “problema geográfico” que requer definir sua localização e que

se estabeleça o “tamanho” do espaço onde esse problema se inscreve. Desse

modo, ensinar Metodologia do Ensino da Geografia significa criar situações

devidamente problematizadas e contextualizadas, para que os futuros docentes

aprendam o real significado e vivenciem aquilo que conhecemos por lugar,

paisagem e território. Isso pressupõe um trabalho pedagógico que dê a devida

atenção ás diversas práticas sociais que devem se desenrolar no e pelo espaço.

Trata-se tanto daquelas de caráter afetivo e identitário, como determinados espaços

de vivência das crianças e seus respectivos símbolos (a rua, uma árvore, a praça,

uma estátua, a cidade, um marco, etc), como daqueles em que os conflitos e as

relações de poder são mais exaltados (invasões, ocupações, formas de gestão do

espaço, etc).

4 AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada de forma que esteja articulada aos conteúdos

trabalhados, aos conceitos geográficos, ao objetivo de estudo, ás categorias espaço-

tempo, a relação Sociedade X Natureza e as relações de poder, contemplado a

escala local e global e vice-versa.

Deve ser formativa, de maneira organizada e precisa, bem como as

dificuldades e os avanços obtidos pelos alunos de modo que se registre tanto

explicitem o processo continuo da avaliação.

Faz-se necessário diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação,

utilizando técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos

alunos, tais como: tabelas, mapas, gráficos, imagem, interpretação de texto,

pesquisas bibliográficas e apresentação de relatórios de aulas de campo.

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METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA

1 APRESENTAÇÃO

A história como disciplina curricular surgiu no sistema público de ensino

francês, no século XIX, no contexto da tradição rankeana, das lutas burguesas, do

nacionalismo, da formação dos Estados-Nação e do enfrentamento pelos

seguimentos dominantes às reivindicações proletárias feitas na Comuna de Paris.

Neste contexto, o conteúdo da disciplina buscava justificar a formação do cidadão

para pátria e a importância da classe social burguesa emergente. É o momento em

que a educação passou a ser direito de todos numa perspectiva laica, universal,

gratuita e obrigatória.

No Brasil, o conteúdo de história foi inserido no currículo do colégio Pedro II

em 1838. Tratava-se da “(...) necessidade de retornar-se ao passado, com objetivo

de identificar ‘a base comum’ formadora da nacionalidade. Daí os conceitos tão

caros às histórias nacionais: Nação, Pátria, Nacionalismo, Cidadania.” (NADAI,

1986, p.106)

O sistema de ensino tinha como objetivo criar uma identidade nacional

homogênea em torno de um Estado politicamente organizado. Assim, segundo

NADAI (1993, p. 146) “(...) a história inicialmente estudada no país foi a História da

Europa Ocidental, Apresentada como verdadeira História da Civilização. A História

pátria surgia como seu apêndice, sem um corpo autônomo e ocupando papel

extremamente secundário. Relegado aos anos finais dos ginásios, com número

ínfimo de aulas,sem uma estrutura própria, consistia em um repositório de biografias

de homens ilustres, de datas e batalhas.

Os conteúdos selecionados para História do Brasil tinha como referência a

produção historiográfica do IBGE, e, como a historiografia européia enfatizava, a

história da nação.

No final do século XIX, a influencia da historiografia européia sobre a

produção historiográfica brasileira acentuou-se. O ideal nacionalista republicano

brasileiro encontrava no processo de formação dos Estados-Nação europeus o seu

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referencial. Tais concepções eram influenciadas pelo pensamento positivista,

conhecida como Historiografia Tradicional.

Apesar da hegemonia acadêmica de uma história preocupada exclusivamente

com fatos políticos, Marx e Engels desenvolveram um paradigma histórico onde as

causas das mudanças ocorreram no interior das estruturas socioeconômicas.

O ensino de história fundamentado na concepção materialista da história,

cerne do pensamento marxista, pauta-se no trabalho como conceito fundamental e

principio organizador do currículo e toma as relações sociais e de produção como

objeto de ensino.

A formação da escola unitária não busca atender as necessidades do

mercado de trabalho, ao contrário deve ser formativo, de uma cultura geral

humanista. Trata-se de garantir, ao educando, uma visão geral, capaz de dar conta

da complexidade das relações sociais de produção da sociedade contemporânea.

Nesse sentido a proposta curricular para o ensino de História deve ter a

função principal a superação do saber meramente acumulativo, enciclopédico e

fragmentado. Há que se voltar para uma concepção de ensino de História que

permita melhor apreender o movimento do real humano.

A partir das idéias de Marx a cerca da categoria trabalho é possível concluir

que o homem ao produzir as condições de sua existência, produz a si mesmo, faz a

história e é determinado pelas relações sociais e de produção.

Vale ressaltar que o trabalho como categoria essencial que explica não só o

mundo e a sociedade do passado e do presente, mas permite ao homem uma

prática transformadora e o desafio de construir uma sociedade fundada em novos

princípios e valores.

Tendo estabelecido o trabalho como princípio metodológico para a

compreensão da sociedade, torna-se fundamental, ao lado disso, entender a noção

de que a história se movimenta devido às contradições, aos antagonismos e

conflitos que estão na base da sociedade e porque são fruto da ação dos próprios

homens.

Uma nova perspectiva para o ensino de história não pode ficar limitada a uma

concepção de história que destaque apenas as classes dominantes. O

conhecimento histórico escolar tem o desafio de superar tal obstáculo, objetivando

uma noção mais ampla, onde as classes populares sejam também inseridas em

suas análises.

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Há necessidade da escola reencontrar as memórias perdidas da história,

resgatar o cotidiano, “memória enfim dos ‘abandonados’ da história, camponeses,

pescadores, artesãos, operários, culturas desprezadas, cujos gestos e trabalho são

estranhos à memória da escola.” (CITRON 1990, p. 114)

O professor ao tomar as experiências vividas pelas pessoas comuns, como

objeto de ensino da história, romperá com conteúdos tradicionalmente selecionados

que pouco sentido fazem ao educando, bem como precisará de metodologias de

ensino adequadas para o trabalho em sala de aula.

2 CONTEÚDOS

• História e memória social;

• As finalidades do ensino de História na sociedade brasileira contemporânea;

• A transposição didática da história e a construção da compreensão e

explicação histórica.

• Relação entre construção da noção de tempo, espaço e leitura de mundo pela

criança.

• O trabalho com fontes históricas.

• Objetivos e conteúdos programáticos de história dos anos iniciais do Ensino

Fundamental.

• Planejamento, seleção e avaliação em história.

• Analise crítica do material didático.

• Contemplar a Lei 10.639/03 referente à história e a Cultura Afro-brasileira e

Africana, Educação do Campo, Inclusão, Agenda 21 Escolar, Educação

Ambiental, sexualidade, Prevenção ao uso indevido de drogas.

• Contemplar a Lei 13.381/01, referente a obrigatoriedade da História do

Paraná.

Obs: As temáticas citadas acima precisam permear os conteúdos e não serem

tratadas em forma de projetos (Instrução nº 17/06).

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3 METODOLOGIA

Retomar o ensino com metodologia vinculada aos desafios dos dias atuais,

buscando um trabalho reflexivo que pressupõe os estudos no campo teórico e

metodológico da história, bem como as contribuições da educação.

Partindo do presente e da vivência do aluno, organizando uma abordagem

metodológica de formar a levá-lo a pensar o contexto em que vive, em seus

diferentes aspectos, bem como os grupos de que faz parte. Portanto, as aulas serão

melhores se conseguirmos estabelecer um duplo compromisso, com o passado e

com o presente. Compromisso com o presente significa tomar como referência

questões sociais e culturais, assim como problemáticas humanas que fazem parte

da nossa vida.

4 AVALIAÇÃO

A avaliação precisa ser diversificada, ao compreender os vários momentos do

processo do ensino aprendizagem. Deve acompanhar o efetivo desenvolvimento do

aluno, em seus aspectos cognitivos, afetivos e na sua relação com o grupo.

O aluno deverá ser avaliado ao estabelecer relações de temporalidade, de

permanência e de mudanças, de semelhanças e diferenças entre os aspectos que

compõe a vida coletiva das sociedades. As avaliações serão expressas em

mecanismos diversos.

Desse modo as práticas avaliativas devem assumir uma avaliação formativa e

inclusiva, integrada as praticas pedagógicas que priorizem a especificidade dos

processos formativos do aluno.

Com o exposto, pode ser utilizado instrumento avaliativo que contemple a

reflexão, a investigação a comparação, o senso crítico e a pesquisa entre outros.

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5 BIBLIOGRAFIA

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METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E ALFABETIZAÇÃO

1 APRESENTAÇÃO

A área de ensino da linguagem oral e escrita apresenta algumas

particularidades, pois é uma área na qual ocorreram nos últimos anos, profundas

mudanças em decorrência dos novos conceitos e resultados de pesquisas sobre

aprendizagem e também da reflexão sobre a importância do papel que ela

desempenha na cultura e na educação. Essas mudanças suscitam uma série de

transformações no campo da formação dos professores como: a estruturação de um

conhecimento mais formal e teórico para que os docentes se atualizem e adquiram

mais conhecimentos diversificados e a necessidade de desenvolver esse

conhecimento no contexto menos formal da prática na sala de aula.

Se considerarmos a alfabetização na perspectiva do que a escrita

representa de seus valores e usos sociais, bem como a compreensão da estrutura

desse sistema de representação, então o trabalho de alfabetização estará

direcionado para um ensino que permita à criança compreender, desde o início a

função social da escrita, e dela faça uso efetivo construindo-se como leitor e escritor.

O interesse na questão leva-os, também, a refletir sobre quais seriam as

práticas de ensino/aprendizagem que possibilitariam que ao aluno sejam dadas

oportunidades de, mais do que conhecer o código, introduzir a palavra escrita em

sua vida, em diferentes situações de interação; em outras palavras, os professores,

cada vez mais, mostram-se preocupados em possibilitar que o aluno recorra à

tecnologia da escrita segundo suas necessidades comunicativas, as quais podem

ser ampliadas como resultado de um contato cada vez mais intenso com a escrita.

A leitura e a escrita desenvolvem a capacidade de interagir em diferentes

situações e, portanto, de produzir/receber textos.

Essa capacidade engloba pelo menos três grandes sistemas de

conhecimento que são: conhecimentos linguísticos: saberes acerca das regras de

funcionamento da língua, no nível fonológico, morfológico, sintático e semântico;

textuais-pragmáticos: saberes relativos aos gêneros e tipos textuais, tanto em

relação à sua configuração usual quanto a seu funcionamento em diferentes

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instituições e situações de interação, bem como no que respeita a normas de uso da

língua nas práticas comunicativas das quais emergem os textos; conhecimentos

referenciais: em outras palavras saberes sobre o mundo.

Estes eixos são trabalhados com os seguintes conteúdos: evolução das

concepções do processo de alfabetização no Brasil, situação atual e perspectivas;

concepção de língua, linguagem e de alfabetização; fatores psico-sociolinguísticos

que interferem na aprendizagem da leitura e da escrita; aspectos políticos e

ideológicos do processo de alfabetização; encaminhamento metodológico pela

leitura, a produção de textos; análise linguística, a reescrita de textos e a avaliação;

os eixos que norteiam o ensino de português pela prática de leitura, prática de

produção de textos e análise e reflexão sobre a língua; conteúdos de Língua

Portuguesa no Ensino Fundamental e análises de livros didáticos (confecção de

materiais didáticos para alfabetização); planejamento, elaboração e aplicação de

planos de trabalho docente sobre: produção de texto e análise linguistica.

2. CONTEÚDOS BÁSICOS/ ESPECÍFICOS

• A leitura e a escrita como atividades sociais significativas, função social da

leitura e escrita;

• As contribuições das diferentes Ciências (História, Filosofia, Psicologia,

Pedagogia, Linguística, Psicolinguística, Sociolinguística) na formação do professor

de Língua Portuguesa e Alfabetização;

• Estudo e análise crítica dos diferentes processos de Ensino da Língua

Portuguesa, da Alfabetização e de Letramento.

• Linguagem e sociedade;

• Concepção de linguagem;

• Concepção de linguagem escrita;

• Concepção de alfabetização e letramento;

• Concepção de ensino e de aprendizagem;

• A escrita como um processo histórico social: importância, usos e práticas sociais

da escrita;

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• Reflexões sobre a história da escrita na história da humanidade;

• Métodos de alfabetização, suas limitações e consequências;

• Diferentes métodos de alfabetização utilizados nas diferentes idades: sintético,

analítico, eclético ou misto;

• Alfabetização a partir do texto, da frase e palavra;

• Análise crítica dos diferentes Programas de Alfabetização desenvolvidos no

Brasil: Histórico do Mobral, Alfabetização Solidária, Correção de Fluxo, Brasil

Alfabetizado, Paraná Alfabetizado, Aceleração de Estudos e outros;

• Contribuição de Paulo Freire no processo de alfabetização de jovens e adultos;

• Análise crítica dos processos de alfabetização.

• A Lei nº 10.639/03, 11.645/08 e os desafios Educacionais Contemporâneos

permearão os conteúdos.

• Teorias sobre a aquisição do conhecimento e sobre aquisição da leitura e da

escrita;

• Padrões silábicos da escrita;

• Tipologia textual e funções da linguagem;

• Processo de avaliação;

• Noções básicas de fonética;

• Características do sistema gráfico da Língua Portuguesa;

• Leitura, interpretação, produção e reescrita de textos;

• Análise linguística;

• Atividades de sistematização para o domínio do código;

• Procedimentos metodológicos;

• Análise crítica de materiais didáticos de alfabetização e ensino da Língua

Portuguesa;

• O papel da escola como promotora de alfabetização e letramento;

• Como alfabetizar letrando.

Obs: A Lei nº 10.639/03, 11.645/08 e os desafios Educacionais Contemporâneos

permearão os conteúdos.

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3. METODOLOGIA

Será utilizada a dialética de construção do conhecimento em sala de aula,

tendo em vista estratégias de ação que permitam desenvolver os conteúdos de

maneira analítica, crítica e contextualizada, permitindo a diversificação de atividades

e encaminhamentos, oportunizando aos alunos, uma construção sólida dos

conhecimentos necessários para o exercício da docência.

Para tanto serão utilizados recursos metodológicos diversificados como:

exposição dialogada do conteúdo, exposição provocativa, planejamento de

situações práticas, dinâmicas de grupo, pesquisas, análises de textos infantis,

trabalhos em grupo, seminários e outros recursos metodológicos que forem

oportunos e estiverem disponíveis.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação será feita de maneira diagnóstica, processual, reflexiva, direta e

contínua. No qual o educando participará da avaliação de forma ativa, dando opinião

e fazendo uma auto-análise de sua participação nas aulas e nos conteúdos

trabalhados.

Os instrumentos avaliativos serão diversificados tais como: debates,

produções de textos, de relatórios, de seminários, de pesquisas e de prova escrita.

Ex: na leitura e produção de textos serão contempladas atividades que verifiquem a

compreensão das ideias presentes nos conteúdos abordados onde o aluno deve

interagir com o texto por meio de questionamentos, concordâncias e discordâncias,

expressar-se com clareza e sistematizar o conhecimento adequado; atividades de

produção de textos atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,

finalidade, etc.) e o uso da Língua portuguesa em situações formais.

Mediante a avaliação, o educando verifica suas conquistas e dificuldades,

criando novas possibilidades para sua aprendizagem. Por outro lado, o professor

analisa e reflete sobre o processo de construção de conhecimentos do aluno e sobre

sua prática docente, a fim de registrar suas intervenções.

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PRÁTICA SUPERVISIONADA - ESTÁGIO

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1 APRESENTAÇÃO

A finalidade do Estágio Supervisionado é a de propiciar ao aluno uma

aproximação à realidade na qual irá atuar. Portanto, na medida em que se torna

consequência da teoria estudada no curso, que por sua vez, deverá se constituir

numa reflexão sobre e a partir da realidade da escola de Educação Infantil, Anos

Iniciais, Escolas Especiais, Classes Especiais.

Pelas suas características especiais, o Estágio Supervisionado é um

conteúdo integrador e interdisciplinar, que deve efetivar a inserção de alunos e

professores na realidade educacional e o retorno dessas experiências para se

tornarem o núcleo de reflexão teórica das outras disciplinas. A inserção da realidade

far-se-á através de um processo de crescimento, que abrangerá desde a

observação e análise de diferentes tipos e formas de educação escolar, até o

assumir de projetos específicos, encargos docentes e outras formas de atuação

pedagógica na instituição escolar.

O Estágio é um dos componentes do currículo do curso de formação de

docentes, o qual prepara para o exercício da profissão docente. Essa preparação é

uma atividade teórico-prática, ou seja, formalmente tem um lado ideal, teórico,

idealizando enquanto formula anseios onde está presente a subjetividade humana, e

um lado real, material, propriamente prático, objetivo.

O lado teórico é representado por um conjunto de ideias constituído pelas

teorias pedagógicas, sistematizado a partir da prática realizada dentro das

condições concretas de vida e de trabalho.

O lado objetivo da prática pedagógica é constituído pelo conjunto de meios,

o modo pela qual as teorias pedagógicas são colocadas em ação pelo professor. O

que a distingue da teoria é o caráter real, objetivo, da matéria-prima sobre a qual ela

atua, dos meios ou instrumentos com que se exerce a ação, e de resultado ou

produto. Sua finalidade é a transformação real, objetiva, de modo natural ou social,

satisfazer determinada necessidade humana.

Daí a necessidade de se preparar o futuro professor consciente tanto de sua

missão histórica, de suas finalidades, da estrutura de sociedade capitalista, da

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função da escola nessa sociedade, como das condições e possibilidades objetivas

de trabalho e de transformação.

2 CONTEÚDOS BÁSICOS ESPECÍFICOS

1º Ano

Os sentidos e significados do trabalho do professor/educador;

• O contexto do Estágio Supervisionado no Curso de Formação de Docente;

• Estágio Supervisionado – Um novo enfoque;

• Objetivos do Estágio Supervisionado;

• Caracterização das instituições educacionais: Centro de Educação Infantil,

Anos iniciais, APAEs;

• Caracterização do perfil do profissional em educação nas diferentes

modalidades e dimensões (avaliação, planejamento, prática, metodologia e prática

pedagógica).

2º Ano

Pluralidade Cultural, as diversidades, as desigualdades e a Educação.

• A Pluralidade Cultural: valores éticos;

• Diversidade Cultural;

• Desigualdade Cultural;

• Alunos portadores de necessidades educacionais especiais (visual, auditiva,

mental);

• Educação popular – criança, adolescente, jovens e adultos (público);

• Educação indígena;

• Educação do campo.

3º Ano

Condicionantes da infância e da família no Brasil e os fundamentos da

Educação Infantil.

• Concepções de infância;

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• Concepções de família;

• Concepções de educação em confronto na sociedade e entre os educadores, nas

famílias e até mesmo entre os docentes.

• Artes, brinquedos;

• Crianças e a educação nas diferentes instituições;

• Fundamentos sócio-psicológicos e suas funções no desenvolvimento infantil.

4º Ano

Práticas Pedagógicas

• A prática pedagógica desde a Educação Infantil até Anos Iniciais do Ensino

Fundamental;

• A produção didática para o ensino dos conteúdos curriculares dos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental: análise crítica das propostas curriculares, livros e apoios

didáticos utilizados, além dos recursos didáticos compatíveis com a faixa etária de

estágio.

• A prática de formação:

• A produção didática para o ensino dos conteúdos curriculares dos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental.

• Estágio nos estabelecimentos com observação participativa no ano em que fará

a docência.

• Exercício de Docência nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de 1º a 5º ano.

• Pesquisa sobre o planejamento diário no ano em que fará docência.

3 METODOLOGIA

O Estágio Supervisionado no Curso de Formação de Docentes da Educação

Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental deverá ser desenvolvido através de:

Pesquisa: realização de uma pesquisa sistemática, deve permitir pesquisa - ação,

identificação de uma escola, pesquisa comparativa e outros temas que sejam

pertinentes à educação. Os alunos e professores do Curso de Formação de

Docentes discutem os problemas da prática pedagógica específica e participam

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ativamente tanto das discussões realizadas como das atividades propostas do

grupo, reelaborando conceitos e tomadas de decisões.

Atividades ligadas a visitas e observações nas instituições: essas atividades

visam colocar o grupo de alunos e professores em contato com a realidade escolar

como também em contato com as falhas de aprendizagem escolar tanto na

Educação Infantil quanto nos Anos Inicias do Ensino Fundamental. Essa

metodologia implica: diagnóstico da situação, análise das variáveis sociais e

psicológicas e intervenção direta, através de elaboração de projetos de recuperação

em pequenos grupos, e/ou outros projetos desenvolvidos nas instituições.

Seminários, debates, reuniões, cursos de pequena duração, como recursos

metodológicos: versando sobre diversos tópicos de interesse da escola ou grupo de

educadores de outras instituições, esses recursos metodológicos visam atender às

demandas desses grupos e às necessidades demonstradas pela instituição. Os

cursos de pequena duração buscando discutir com o grupo interessado um tema

solicitado.

Oficina de material didático: caracterizada como recurso metodológico de

elaboração e preparo de material didático, para situações educacionais

diversificadas, principalmente em se tratando do Curso de Formação de Docentes e

específico do Estágio Supervisionado.

Ação docente: experiências vivenciadas nas classes de Educação Infantil, e

Anos Iniciais do Ensino Fundamental, abrangendo a observação crítica, a

participação e atuação em classes e a reflexão sobre essa prática observada e

vivenciada.

Todas as experiências vivenciadas pelos alunos do Curso de Formação de

Docentes através do Estágio Supervisionado retornarão ao curso, se tornando

momentos de reflexão teórica nas disciplinas do Currículo do Curso.

4 AVALIAÇÃO

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A avaliação é entendida enquanto processo contínuo, global, cumulativo e

de responsabilidade coletiva. Sendo assim, o processo será acompanhado por um

professor coordenador em parceria com os demais professores das disciplinas

pedagógicas.

Haverá um acompanhamento das atividades desenvolvidas nos centros de

educação infantil, instituições que tenham maternal e pré-escola, escolas regulares

de ensino fundamental, prevendo-se a realização de encontros periódicos,

objetivando avaliar o conjunto de atividades desenvolvidas pelos alunos, no aspecto

da qualidade do desempenho, propondo-se ainda, encaminhamento para solucionar

as dificuldades apontadas.

O aluno estagiário será avaliado em todas as atividades realizadas nas aulas

teóricas e através de fichas de observação e participação e de docência, em seu

estágio de campo.

Serão considerados documentos de avaliação: As relações teórico-práticas

estabelecidas; A utilização de técnicas de ensino, procedimentos metodológicos e

recursos didáticos coerentes com os objetivos propostos; Domínio, segurança e

atualidade dos conteúdos apresentados; Pontualidade na elaboração e entrega das

atividades propostas.

São considerados Instrumentos de Avaliação: os registros escritos, dossiês

elaborados sob as formas de relatórios; textos e outros solicitados durante o estágio;

as fichas de avaliação, a auto-avaliação e a prática pedagógica.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA. Jane Soares. Prática de Ensino e Estágio Supervisionado na

Formação de Professores. São Paulo: Cadernos de Pesquisa, nº 93, 1995.

ALTET, PAQUAY & PERRENOUD. A profissionalização dos formadores de

professores. Porto Alegre: Artmed, 2003.

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BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil/

Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. –

Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.:il. Volume 1: Introdução; volume 2: Formação pessoal

e social; volume 3: Conhecimento de mundo.

_____. Lei 8069 de 13 de julho de 1990 que institui o Estatuto da Criança e do

Adolescente. Brasília. 1990.

FIGUEIREDO, Ruy Santos. Ensino sua técnica sua arte. Rio de Janeiro: Lidador,

1967.

GONÇALVES, Romanda. Didática Geral. Rio de Janeiro: Biblioteca Pedagógica

Freitas Passos, 1983.

MARCHESI, Álvaro. Qualidade do ensino em tempos de mudança.

In: Álvaro Marchesi e Elena Martín; trad. Fátima Murad. – Porto Alegre: Artmed,

2003.

MARQUES. Mario Osorio. A formação do profissional da educação. Ijuí:

UNIJUI,1992.

MASETTO. Marcos. Didática a aula como centro. São Paulo: FTD, 1997.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Proposta Curricular da Habilitação

Magistério. 2.ª edição, Curitiba, 1993.

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na Formação de Professores. Unidade

teórica e prática? 5.ª edição. São Paulo: Cortez, 2002

VAZQUEZ,Adolfo Sanchez. Filosofia da Práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968.

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VEIGA, Ilma Passos Alencastro. A Prática pedagógica do professor de didática.

8.ª edição São Paulo: Papirus, , 2004.

ZABALA. Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimentos em aula. Porto

Alegre: Artes Médicas, 1999.

ZÓBOLI, Graziela. Prática de Ensino. Subsídios para atividade docente. São

Paulo: Ática, 1990.

_____. Manual de Estágio para alunos de Magistério. São Paulo: Ed. Ática, 1997.

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO – PARANÁ. Deliberação: 02/03 –Normas

para a Educação Especial, modalidade de Educação Básica para alunos com

necessidades educacionais especiais, no Sistema de Ensino do Estado do

Paraná.

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA EDUCAÇÃO

BÁSICA/ Secretaria de Educação Especial - Ml:C; SEESP. 2001 e 2003.

_____.SECRETARIA DF- ESTADO DA EDUCAÇÃO. Aspectos lingüísticos da

Libras. Curitiba: SEED/SUED/DEE. 1998.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

SEED. Superintendência da Educação . Fundamentos Teóricos – Metodológicos

das Disciplinas da Proposta Pedagógica Curricular, do Curso de Formação de

Docentes – Normal, em Nível Médio. Curitiba, 2008.

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QUÍMICA

1 APRESENTAÇÃO

Segundo Vidal: O domínio do fogo representa, sem dúvida, uma das mais

antigas descobertas químicas e aquela que mais profundamente revolucionou a vida

do homem. Para melhor entender a disciplina de química, vejamos o que diz as

DCEs de química sobre a dimensão histórica da disciplina de química. Na história do

conhecimento químico, por exemplo, vários fatos podem ser relembrados como

forma de entender a constituição desse saber, entre eles a alquimia, chegou na

Europa através de traduções e adaptações de velhos textos helenísticos ou de

tradições caldaicas, os alquimistas buscavam o elixir da vida eterna e a pedra

filosofal e manipulavam diversos metais.

Na transição dos séculos XV – XVI, estudos desenvolvidos pelo suíço

Philipus Auredus Theophrastus Bombastus Von Hohenhein, possibilitaram o

nascimento da latroquímica.

A teoria atômica foi uma questão amplamente discutida pelos químicos do

século XIX, que a tomaram como central para desenvolvimento da Química como

ciência, o expansão da indústria, do comércio da navegação e das técnicas

militares, em Paris foi fundada a Academie des Sciences e outras similares em

Berlim e em Londres foi criada a Royal Society. Um dos integrantes da Royal

Society, Robert Boyle, tornou público seus saberes e recebeu muitas críticas dos

adeptos da Filosofia Natural, que suas pesquisas eram meramente especulativas e

intuitivas.

Ao longo dos séculos XVII e XVIII, definiu – se um novo saber que passou a

ser conhecido como química a qual foi dividido em diferentes ramificações

procedimentais, dentre elas alquimia, bolicarias, iatroquímica e estudo dos gases.

No século XIX, essa química pautou – se num corpus teórico de explicações

atômico-moleculares com os estudos de Dalton, Avogadro, Berzelius, o

experimentalismo marcou a ciência moderna, nesse período, destacaram – se o

isolamento de algumas substâncias. Antonie Laurent Lavaisier elaborou o Traité

Elementaire de Chemie (Tratado Elementar da Química), propôs uma nomenclatura

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universal para os compostos químicos, ainda no século XIX John Dalton apresentou

sua teoria atômica em uma série de conferências realizadas no Royal Institution.

Em 1828 Friedrich Wahler sintetizou a uréia, uma substância orgânica a

partir de um composto inorgânico, dessa síntese, que supera a teoria da força vital.

O primeiro congresso mundial de Química em Karlsruhe em 1860.

Já no final do século XIX surgiram os laboratórios de pesquisa, no século

XX, a Química e todas as outras ciências naturais tiveram um grande

desenvolvimento, em especial nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha, na

eclosão das suas guerras mundiais. Passou – se a questionar a utilização do saber

científico tanto para o progresso da humanidade quanto para seu possível

aniquilamento.

Esse período, marcado pela: descoberta de novos materiais, engenharia

genética, exploração da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis, pelos

estudos espaciais e pela farmacologia; marca o processo de consolidação científica,

com destaque à Química, que participa das diferentes áreas das ciências e colabora

no estabelecimento de uma cultura científica cada vez mais arraigada no capitalismo

e presente na sociedade, e, por conseqüente na escola.

O ensino de Química tem por fim proporcionar aos alunos o conhecimento

da composição e da estrutura íntima dos corpos, das propriedades que delas

decorrem e das leis que regem as suas transformações, orientando-o por raciocínio

lógico e científico de valor educativo e coordenando-o pelo interesse imediato da

utilidade, e com as aplicações da vida quotidiana – Reforma Francisco Campos –

1931 a 1941. (SENNA apud SCHNETZLER, 1981, p. 10).

O ensino de Química deve ter em vista não só a aquisição dos

conhecimentos que constituem esta ciência em seu conteúdo, em suas relações

com as ciências afins e em suas aplicações à vida corrente, mas também, e como

finalidade de particular interesse, a formação do espírito científico. – Reforma

Gustavo Capanema – 1942 a 1960. (SENNA apud SCHNETZLER, 1981, p. 10).

Tomando como marco inicial a década de 50, é possível reconhecer nestes

últimos 50 anos movimentos que refletem diferentes objetivos da educação

modificados evolutivamente em função de transformações no âmbito da política e

economia, tanto nacional como internacional. Na medida em que a Ciência e a

Tecnologia foram reconhecidas como essenciais no desenvolvimento econômico,

cultural e social, o ensino das Ciências em todos os níveis foi também crescendo de

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importância, sendo objeto de inúmeros movimentos de transformação do ensino,

podendo servir de ilustração para tentativas e efeitos das reformas educacionais,

tais como: preparar o educando para a democracia e elevar sua capacidade de

compreensão em relação aos determinados período histórico, para então atuar no

mundo do trabalho, com a consciência de seu papel de cidadão participativo.

Desse modo, o objetivo desta Proposta é subsidiar reflexões sobre o ensino

de Química, bem como possibilitar novos direcionamentos e abordagens da prática

docente no processo ensino – aprendizagem, para formar um aluno que se aproprie

dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em

que está inserido. Para isso, a ênfase no estudo da história da disciplina e em seus

aspectos epistemológicos, defende uma seleção de conteúdos estruturantes que a

identifique como campo do conhecimento constituído historicamente nas relações

políticas, econômicas, sociais e culturais das diferentes sociedades. Por tanto,

propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico aconteçam

por meio do contato do aluno com o objetivo de estudo da Química, sendo um

trabalho pedagógico como conhecimento químico que propicie ao aluno

compreender os conceitos científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e

mudança de atitude em relação a ele, de modo que o aluno pense mais criticamente

sobre o mundo, sobre as razões dos problemas ambientais e qual o seu papel nesse

contexto.

A Química participa do desenvolvimento científico tecnológico com

importantes contribuições específicas, cujas às decorrências tem alcance

econômico, social e político. A sociedade e seu cidadão interagem com o

conhecimento científico mais avançado possibilitando compreender e repensar a

realidade a qual se insere. Trabalhar com os conteúdos que, embora relacionados

indiretamente ao seu cotidiano, são de relevância nas condições de vida, e

acompanhamento das transformações informativas num processo de trabalho

coletivo oportunizando as descobertas de diferentes instrumentos. O tratamento será

desenvolvido, destacando a crença que o conhecimento não é transmitido, mas

construído pelos alunos levando em conta aquilo que o aluno sabe.

A disciplina estará fundamentada em trocas constantes de experiências, em

um processo dinâmico, buscando destacar o potencial de cada um. O conteúdo

estruturante do ensino de Química no ensino médio está calcado em: MATÉRIA E

SUA NATUREZA, BIOGEOQUÍMICA E QUÍMICA SINTÉTICA. Seu objeto de

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estudo é: substâncias e materiais, sustentados pela tríade: Composição,

propriedades e transformação.

O ensino de Química tem como objetivo despertar no aluno a vontade e o

interesse pela pesquisa científica, a descoberta e a redescoberta de conceitos,

enfatizando sua relação com a vida cotidiana, através de experimentos. Nesse

contexto é necessário formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos

e também seja capaz de refletir sobre o período histórico atual.

O conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de

conhecimentos isolados, prontos e acabados, mais sim uma construção da mente

humana, em contínua mudança. O ensino de química deve possibilitar ao aluno a

compreensão do processo e elaboração desse conhecimento com seus avanços,

erros e conflitos.

2 CONTEÚDOS

• Matéria e sua natureza

• Biogeoquímica

• Química Sintética

• Matéria e sua natureza, segundo as DCEs de Química, é o conteúdo

estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de Química por se

tratar especificamente de seu objeto de estudo: a matéria e a sua natureza. É ele

que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais conteúdos

estruturantes.

• Biogeoquímica, segundo as DCEs de Química a biogeoquímica é a parte da

Geoquímica que estuda a influência dos seres vivos sobre a composição da Terra,

caracteriza-se pelas interações existentes entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e

pode ser bem explorada a partir dos ciclos biogeoquímicos (RUSSEL, 1986, p 02).

• Química Sintética, segundo a DCEs de Química, o avanço dos aparatos

tecnológicos atrelados aos conhecimentos científicos cada vez mais aprofundados

sobre as propriedades da matéria, trouxe algumas mudanças na produção e

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aumento das possibilidades de consumo. Como exemplos podem –se mencionar o

uso de fertilizantes e de agrotóxicos que possibilitam maior produtividade nas

plantações; o desenvolvimento da fibra óptica, que permite a comunicação muito

mais ágil; e a utilização dos conservantes para que os alimentos não pereçam

rapidamente.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA

SINTÉTICA

MATÉRIA

• SOLUÇÃO

• VELOCIDADE DAS REAÇÕES

• EQUILÍBRIO QUÍMICO

• LIGAÇÃO QUÍMICA

• REAÇÕES QUÍMICAS

• RADIOATIVIDADE

• GASES

• FUNÇÕES QUÍMICAS

OBS. A lei 10.645/03 e a Lei 11.645/08 que se referem aos Desafios Educacionais

Contemporâneos serão contempladas na medida em que se fizerem necessárias

e/ou o conteúdo básico estabelecer relação de sentido ou sugerir uma inter relação.

3 METODOLOGIA

Será abordado o ensino de Química voltado à construção/reconstrução de

significados dos conceitos científicos na sala de aula, ampliando a compreensão do

conhecimento científico e tecnológico para além do domínio restrito dos

conhecimentos de química, o aluno deverá ter contato com o objeto de estudo da

matéria e suas transformações, numa relação de diálogo onde a aprendizagem dos

conceitos químicos se realize no sentido da organização do conhecimento científico.

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A Química será tratada com o aluno de modo a possibilitar o entendimento

do mundo em que vive, relacionando o município e região com o resto do planeta,

valorizando a sua interação com ele. O ensino-aprendizagem na disciplina de

química será baseado nas interações aluno-aluno, aluno-professor e aluno-

professor–objeto do conhecimento. E para que essas interações ocorram com

sucesso, serão utilizados os seguintes recursos:

• Leitura de textos, onde o importante será a discussão de ideias;

• Experimentação formal, com discussão pré e pós-laboratório e visando a

construção e ampliação de conceitos;

• Demonstrações experimentais, como: eventos, feira cultural e palestras;

• Estudo do meio, através do qual se pode ter ideia interdisciplinar dos campos do

conhecimento (visitas a sistemas produtivos industriais e rurais);

• Aulas dialógicas, na qual será instigado o diálogo sobre o objeto de estudo;

• Áudio-visual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolve períodos de

discussão pré e pós-atividade áudio visual e o que deve facilitar a construção e

ampliação dos conceitos;

• Informática, como fonte de dados i informações;

• TV Multimídia;

Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos serão

trabalhados à medida que forem surgindo oportunidades, podendo ser abordados a

qualquer momento quando se fizer necessário.

4 AVALIAÇÃO

Na perspectiva que se propõe, a avaliação de disciplina de Química deverá

mediar à práxis, sendo coerente com os objetos propostos e com meio de reflexão e

reavaliação da ação pedagógica como um todo.

A avaliação não possui uma finalidade em si mesmo, mas deve subsidiar e

até mesmo redirecionar o percurso do professor no processo ensino-aprendizagem,

tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional desenvolvido no

coletivo da escola. A avaliação deve ultrapassar os limites quantitativos e

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incorporara quatro dimensões: diagnóstica, processual/contínua, cumulativa e

participativa.

Ao centralizar o processo de ensino-aprendizagem na dinâmica discursiva

da aula, com atividades diversificadas, o processo avaliativo passa a requerer mais

do que nunca um caráter inclusivo, no sentido de estimular a autoconfiança e a

participação do aluno. Os alunos têm que realmente se sentirem sujeitos do

processo e não apenas executores de tarefas escolares com o objeto exclusivo de

acumular pontos para a avaliação final. Serão utilizados diversos instrumentos de

avaliação final. Tais como: leitura e interpretação de textos científicos, produção de

textos, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios

de aula em laboratório, debates, provas, resolução de exercícios, testes,

apresentação de trabalhos, entre outros.

Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o conteudismo e

o ato de avaliar como objeto punição e buscar desenvolver no aluno a competência

de questionar o outro, o mundo e a si mesmo, o que contribui para a formação de

um cidadão crítico.

5 REFERÊNCIAS:

FELTRE, R. Química. São Paulo: Moderna, 2004.

NÓBREGA, O. S.: SILVA. E. R: SILVA, R, H. Química: Volume Único. São Paulo:

Ática, 2008.

PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. São Paulo:

Moderna, 2003.

Química. Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p. 248

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do

Estado do Paraná – Química. Curitiba, 2008.

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PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

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SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM - LÍNGUA PORTUGUESA

1 APRESENTAÇÃO

A Secretaria de Estado da Educação, ciente da necessidade de aquisição e

aprimoramento das competências de escrita e leitura por parte dos alunos do sexto

ano, institui as Salas de Apoio à Aprendizagem, visando implementar mais uma

ação pedagógica para o enfrentamento das dificuldades encontradas por esses

alunos na disciplina de Língua Portuguesa.

Proposta que vem de encontro com esta disciplina para o desenvolvimento

de atividades de linguagem, numa dimensão discursiva, que permite ao aluno

promover ações com a linguagem por meio da prática da oralidade, da leitura e da

produção textual, em situações de uso real e significativo da língua.

Julga-se necessário que haja na escola uma ação conjunta, com o

envolvimento de todos os segmentos para que o grupo seja beneficiado. Para tanto,

é fundamental que as ações tenham origem e organização no sistema educacional

ao qual a escola está vinculada, pois tais ações poderão ser potencializadas pela

escola com o envolvimento de todos.

Sendo assim, faz-se necessário propor um trabalho de leitura a partir de

uma diversidade de gêneros textuais, sugerindo, para isso, encaminhamentos

metodológicos diferenciados, “ com um olhar diferente” e momentos de trabalho

individual e coletivo, com vistas a um ensino de língua capaz de promover a

interação entre os sujeitos da aprendizagem; tornando este educando crítico e

produtor de textos eficientes. Todo o exposto tem o objetivo de levar o aluno a

utilizar os conhecimentos linguísticos para escrever bons textos, conquistando a

linguagem oral e escrita assim, ele terá condições de seguir adiante nos seus

estudos; lembrando que a leitura e a escrita são indispensáveis, para o exercício da

cidadania e a nenhum aluno deve ser negada a oportunidade de aquisição e

aprimoramento dessas competências.

A partir deste projeto este aluno estará superando essas dificuldades e

acompanhando seus colegas do turno regular, diminuindo assim a repetência, a

possível evasão e melhorando a qualidade da educação pública.

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2 CONTEÚDOS

Conteúdo Estruturante: Discurso como Prática Social

Conteúdos Básicos:

Leitura

•Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Argumentos do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Escrita

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

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Oralidade

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

3 METODOLOGIA

Diante das dificuldades diagnosticas para os alunos que compõe a sala de

apoio o professor desenvolverá um trabalho com metodologias diferenciadas

acompanhando de forma mais individualizada alunos que apresentam sinais de

dificuldades na aprendizagem ou encontram-se de alguma forma desmotivados para

aprender.

Para isso ele poderá utilizar o lúdico, estimulando as diferentes inteligências

(visual, musical, intra e interpessoal) melhorando assim o desempenho linguístico do

aluno e ajudando-o na superação de suas dificuldades, usando uma diversidade de

materiais pedagógicos, envolvendo jogos e materiais concretos. O aluno será

estimulado a pesquisar, consultar livros, jornais, revistas, Internet ou outras fontes,

valorizando a leitura, a escrita e a oralidade; tudo em consonância ao professor

regente.

Serão apresentadas atividades atreladas a ações pedagógicas libertadoras,

individualizando as dificuldades de cada aluno apresentadas pelas avaliações

diagnósticas, pautadas na construção do conhecimento de forma crítica, engajada

na realidade de modo a privilegiar a relação teoria-prática, na busca de apreensão

das diferentes gradações do saber. Promovendo condições para que o aluno reflita

sobre os conhecimentos construídos ao longo de seu processo de socialização e

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possam agir sobre (e com) eles, transformando-os, continuamente, nas suas ações,

conforme as demandas trazidas pelos espaços sociais em que atuam.

O exercício da intertextualidade e da interdisciplinaridade será promovido,

contribuindo para uma reflexão sobre os valores humanos, comportamentos éticos,

formação de caráter, partindo de situações concretas, experiências vividas dentro e

fora da sala de aula, valorizando, as diversidades, como cultura afro-brasileira e

africana, a cultura indígena e os desafios educacionais contemporâneos.

Na leitura é que se adquire novos conhecimentos, que se desafia a

imaginação e se descobre o prazer de pensar e sonhar, portanto o professor deve

apresentar textos diversificados que favoreçam desenvolver a capacidade de

analisar criticamente os usos linguísticos e fazer com que os momentos de

aprendizagem estreitem os laços linguísticos com a função social da linguagem,

atrelada à sua utilização cotidiana, vinculando intenções diferentes.

A escrita é um processo de construção e reconstrução de sentidos em

relação ao que se vê, ao que se ouve, sente e pensa. Por isso é difícil para o aluno

escrever sobre um assunto a respeito do qual ele não conhece. Portanto é

necessário o estimulo a leitura, pois tornará mais fácil o processo de criação textual

(escrita).

O professor deve contribuir para que a prática do ler e escrever sejam um

ato de consciência, uma forma de demonstrar seus conhecimentos do mundo

trazidos em signos; um ato de descoberta, no caso da leitura, e de revelação dessa

descoberta, no caso da escrita.

Portanto nas metodologias o professor estará criando um espaço de

aprendizagem que vê o educador e o educando como parceiros na construção do

saber sistematizado; estabelecendo uma relação dialógica na qual aluno, professor

e colegas, exerçam a pratica de refletir (pensar sobre seu modo, reconhecer, situar,

problematizar, verificar, especular, relacionar, relativizar, historicizar, etc.) com o

objetivo de construir coletivamente o conhecimento.

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4 AVALIAÇÃO

A avaliação é considerada um instrumento auxiliar indispensável no

processo de aprendizagem. Precisa ser entendida como um instrumento de

compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos

estudados e as possibilidades desenvolvidas. Esta necessita ser contínua e deve

priorizar a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do

aluno no ano letivo. Considerando que os alunos possuem rítmos e processos de

aprendizagem diferentes e por ser continua e diagnóstica, aponta as dificuldades,

possibilita assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Isto faz

com que o professor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e

participem mais das aulas, envolvendo-se realmente no processo de ensino e

aprendizagem.

Portanto, precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno

está trilhando para se apropriar efetivamente, das atividades verbais da fala, da

leitura e da escrita.

Nessa perspectiva, a leitura, a escrita e a oralidade se manifestam através

de um diagnóstico contínuo em todos os seus aspectos, discursivos, textuais,

ortográficos e gramaticais. Propondo aos alunos questões abertas, discussões,

debates, interpretações, produções e compreensões do conteúdo estudado; levando

o aluno a valorizar suas reflexões, que ele faz a partir de seus conhecimentos já

adquiridos.

A Sala de Apoio à Aprendizagem tem uma característica própria que é a de

buscar “preencher as lacunas” que o aluno trouxe das séries inicias, Por esse

motivo, a avaliação deverá contar além de tudo com a sensibilidade do professor em

sua avaliação da aprendizagem do aluno.

O aluno da Sala de Apoio à Aprendizagem não tem um período definido para

frequentar essa turma no contra turno. Por isso, tão logo o professor detecte que

suas dificuldades foram sanadas, ele poderá continuar estudando apenas na turma

regular e outro colega que apresente dificuldades poderá ocupar o seu lugar.

Além da avaliação diagnóstica e permanente, o professor conta com um

instrumento específico da Sala de Apoio à Aprendizagem “a ficha de

encaminhamento do aluno” na qual, o professor regente assinala a situação em que

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o aluno se encontra em relação a cada conteúdo, considerando o nível esperado do

educando concluinte das séries inicias (1ª à 4ª série ) do Ensino Fundamental.

5 REFERÊNCIAS:

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do

Estado do Paraná – Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS: Língua Portuguesa, sala de apoio à

aprendizagem/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. – Curitiba: SEED- Pr., 2005.

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SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM - MATEMÁTICA

1 APRESENTAÇÃO

O objetivo básico da educação matemática na Sala de Apoio à

Aprendizagem, visa o atendimento aos alunos do 6º e 9º ano do Ensino

Fundamental com dificuldades de aprendizagem.

Outra finalidade é fazer com que o aluno construa por intermédio do

conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a

formação integral do ser humano e particularmente, do cidadão, prevendo a

formação de um estudante critico, capaz de agir com autonomia nas relações

sociais, enseja-se um ensino que aponte para concepções, cuja postura possibilite

aos alunos realizar análises, discussões conjecturas, apropriação de conceitos e

formulação de idéias.

Portanto é necessário que o processo de ensino aprendizagem contribua

para que o aluno tenha condições de constatar irregularidades e interpretar

fenômenos ligados a matemática. A Matemática terá neste caso, papel de agente

modificador no indivíduo, provocando mais do que simples acúmulo de

conhecimento técnico, a evolução do discernimento social e a compreensão da

harmonia que existe entre homem e meio ambiente.

2.CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Números

Situações com números;

Números indicando ordem;

Adição;

Algoritmo da adição;

Adição envolvendo dezenas inteiras;

Adição de três números sem reagrupamento;

Adição de três números com reagrupamento;

Adição de centenas inteiras;

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Composição de um número natural em suas

ordens e classes;

Decomposição de um número natural em suas

ordens e classes;

Subtração;

Algoritmo da subtração;

Subtração envolvendo dezenas inteiras;

Subtração de centenas inteiras;

Subtração sem reagrupamento;

Subtração com reagrupamento;

Relação entre adição e subtração;

Multiplicação;

Algoritmo da multiplicação;

Multiplicação com reagrupamento;

Idéia de repartir em partes iguais;

Idéia de quantos cabem;

Divisão exata;

Divisão não-exata;

Número par e número ímpar;

Maior ou menor;

Arredondamento.

Grandezas e Medidas

Estimativas de medidas;

Metro e centímetro;

Quilômetro;

Quilograma e grama;

Tonelada;

Litro e mililitro;

Moedas;

Cédulas;

Horas e minutos;

Dia, mês e ano;

Calendário.

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Geometrias

Figuras Geométricas

Paralelepípedo;

Polígonos;

Simetria;

Mosaicos;

Primas;

Pirâmides;

Cone e cilindro;

Esfera;

Faces;

Vértices e arestas;

Vistas.

Tratamento da informação

Dados;

Tabelas;

Gráficos;

Idéia de possibilidades;

Árvore de possibilidades.

3 METODOLOGIA

A construção de um conceito matemático iniciará ao abordar situações reais

que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum conhecimento

sobre o assunto, e a partir desse saber é que o Professor da Sala de Apoio à

Aprendizagem, juntamente com a Equipe Pedagógica e Professores Regentes,

elaborarão o Plano de Trabalho Docente, de acordo com o disposto no Projeto

Político Pedagógico para Matemática, adequado à superação das dificuldades de

formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares, dos

Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Os encaminhamentos metodológicos abrangerão estratégias que venham

mobilizar e desenvolver a capacidade como argumentação, organização,

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compreensão, compreensão e memorização e ainda aprimorar conceitos, idéias e o

raciocínio lógico durante as atividades.

A articulação entre os conhecimentos presentes em cada conteúdo

estruturante se dará em diferentes momentos e quando novas situações de

aprendizagem possibilitarem, pode ser retomada e aprofundada. Portanto a proposta

está articulada para alunos dos 6º e 9º anos do Ensino Fundamental, com

dificuldades de aprendizagem. O trabalho acontecerá de forma integrada, utilizando-

se dos seguintes recursos didáticos: coletânea de Atividades, Livros didáticos,

quadro-de-giz, revistas e jornais, sólidos geométricos, transferidor, régua, jogos

entre outros.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação ocorrerá ao longo do processo de ensino aprendizagem,

propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão

do conteúdo trabalhado. A avaliação será contínua, através de trocas de

experiências, e observação, onde o professor fará um diagnóstico do desempenho

do aluno, e isto servirá como parâmetro para decidir pela permanência ou dispensa

do aluno da Sala de Apoio à Aprendizagem.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Revista da Sociedade Brasileira de Matemática, São Paulo, nº 61. 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED: Livro Didático público –

Matemática, Curitiba. 2006.

GIOVANNI & CASTRUCCI & GIOVANNI JR. Coleção: A Conquista da Matemática

–1ª à 4ª Série. FTD. 2002.

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212

GIOVANNI, José Ruy & BONJORNO, José Roberto. Matemática Fundamental.

São Paulo. FTD.1994.

BIANCHINI, Edwaldo & PACCOLA, Herval. Curso de matemática. 1. ed. São

Paulo. Moderna. 1997.

KÁTIA & ROKU; Matemática para o Ensino Fundamental. 1 ed. São Paulo.

Saraiva. 1998.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do

Estado do Paraná – Matemática. Curitiba, 2008.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

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SOCIOLOGIA

1 APRESENTAÇÃO

O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado

pelas conseqüências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução

Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência,

que se firma com o Iluminismo com sua fé na razão e no progresso da civilização.

A sociologia ganhou corpo teórico com a obra de Durkheim, o primeiro a lecionar

a disciplina na Universidade de Bordeaux, na qual em aula inaugural de 1887,

expressou o esforço para tirá-la do ceticismo, propondo um método e um objeto

próprios, além de provar que os fenômenos sociais eram passíveis de serem

investigados cientificamente. Essa defesa acompanhou-o como professor titular da

primeira cadeira de Sociologia da Sorbonne, a partir de 1913.

No Brasil, a sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva. Florestan

Fernandes (1976), ao traçar três épocas de desenvolvimento da reflexão sociológica

na sociedade brasileira, considera aquela a primeira época, uma conexão episódica

entre o direito e a sociedade, a literatura e o contexto histórico. A segunda é caracte-

rizada pelo pensamento racional como forma de consciência social das condições

da sociedade, nas primeiras décadas do século XX; a terceira época, em meados do

século XX, é marcada pela subordinação do estudo dos fenômenos sociais aos pa-

drões de cientificidade do trabalho intelectual com influência das tendências metodo-

lógicas em países europeus e nos Estados Unidos.

Os fatos sociais são eleitos o objeto por excelência da ciência sociológica;

Durkheim (1990) define-os como “toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de

exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; que é geral na extensão de uma so-

ciedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifesta-

ções individuais que possa ter”. Recomenda ao investigador observar as característi-

cas gerais dos fatos sociais: a) a coercitividade, expressa na pressão ou coerção

que exercem sobre os indivíduos, amoldando-os aos costumes sociais, por exemplo;

b) a generalidade, captada na regularidade dos fenômenos coletivos encontrados

em sociedades de todos os tempos e pode ser ilustrada pelas relações de parentes-

co; Um fato social é normal por estar presente na extensão de uma dada

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sociedade; c) A exterioridade dos fatos sociais encontra-se na sua independência

em relação aos fenômenos de natureza psíquica. A Sociologia dispõe de caráter

normativo, capaz de ordenar a realidade social, seja estabelecendo uma taxonomia

científica dos fatos, seja pela possibilidade de prevê-los.

A Sociologia que se desenvolve na vertente do materialismo histórico toma a

contradição social como princípio metodológico. Reconhecer as contradições sociais

é tarefa do cientista para Marx, que tomadas de consciência histórica. Já, o pesqui-

sador investido do método compreensivo de Weber, persegue ações sociais, no en-

tendimento de que a subjetividade é um momento necessário do processo objetivo

de conhecimento. Durkheim, por sua vez, vale-se da metodologia funcionalista para

explicar o princípio da integração social. Cada um dos clássicos sociológicos, de cer-

to modo, inaugurou uma perspectiva analítica definindo atuação metodológica pró-

pria e fazendo escola: o funcionalismo, o método compreensivo histórico e a verten-

te do materialismo histórico com a lógica dialética.

Todos os clássicos lidam com questões da mudança social, seja com a preo-

cupação de manutenção da ordem, seja admitindo ser o conflito inerente a ela, con-

forme a metodologia proposta. A partir das origens, identificam-se campos de estudo

da Sociologia desde a preocupação presente nos autores clássicos com a religião e

a sociedade industrial moderna e, nela, com o trabalho, conceitos que foram ga-

nhando conformações epistemológicas e especificando as múltiplas faces do objeto

de estudo sociológico.

Como disciplina acadêmica e escolar, a Sociologia não está desvinculada dos

fundamentos teóricos e metodológicos que a constituem como campo científico. É

preciso destacar das teorias dos autores clássicos e dos contemporâneos, elemen-

tos para se perceber as temáticas, os problemas e a metodologia concernentes ao

contexto histórico em que foram construídas e, então, interpretar e dar respostas aos

problemas da realidade atual. Apenas desse modo, garante-se o pensamento crítico

e a Sociologia não resvala para uma ortodoxia, seja da paralisante Sociologia siste-

mática, seja de um radicalismo posto na ordem reformista ou revolucionária. Tam-

bém, é possível evitar um relativismo condescendente que nivela posicionamentos

de análise com aportes explicativos diferenciados, justamente a partir da natureza

das questões que coloca para a realidade. Fica-se com a recomendação de Bourdi-

eu (2000) para evitar uma relativização simplista nas análises históricas e sociais:

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assumir uma determinada concepção sociológica que permita “conciliar” o que foi

historicamente considerado inconciliável – as verdades trans-históricas.

Os grandes problemas que vivemos hoje, provenientes do acirramento das

forcas do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreado entre

outras causas exigem sujeitos capazes de refutar a lógica neoliberal da destruição

social e planetária. E tarefa inadiável da escola e da sociologia a formação de novos

valores, de uma nova ética e de novas praticas que indiquem a possibilidade de

construção de novas relações sociais.

Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a sociologia tem

contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de

vida e, fundamentalmente, para analise da sociedade, ao compor, consolidar e

alargar o saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem

muitos problemas da vida social.

O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que

se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem

as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com

o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a so-

ciedade capitalista, contudo, não existe uma única forma de interpretar a realidade e

esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor.

Portanto, a disciplina de sociologia e muito importante, pois a sua principal

preocupação, como ciência, e entender, explicar e questionar os mecanismos de

produção, organização, domínio, controle e poder institucionalizados ou não, que

resultam em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade.

O ensino da sociologia objetiva:

- Ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida e,

fundamentalmente, para analise das sociedades ao compor, consolidar e alargar um

saber especializado, pautado em teorias e pesquisa que esclarecem muitos

problemas da vida social;

- Explicar e explicitar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a

desconstruir pré - noções e preconceitos que quase sempre dificultam o

desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas a

transformação social.

- Aprender a pensar sobre a sociedade em que vive e, consequentemente, a agir

nas diversas instancias sociais e que o aluno se reconheça dentro da mesma e que

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a mesma implica antes de tudo numa atividade ativa e participativa e sejam capaz

de adequar devidamente a esta nova sociedade.

Ao aprender a questionar sobre a sociedade, o estudante amplia a visão que

tem de seu papel na comunidade, adquire significados concretos para sua vida e de-

senvolve o pensamento crítico no cotidiano. No contato do aluno com a sua realida-

de, confrontando-a com outras, a Sociologia desenvolve a capacidade de raciocínio

e ensina a avaliar a realidade de diferentes perspectivas. Ao ampliar a capacidade

de interpretação dos fenômenos sociais, professor e alunos poderão superar o sen-

so comum e nele reconhecer o ponto de chegada do conhecimento, como proposto

por Sousa Santos (1998). Estudar Sociologia pelo caminho da reflexão crítica, con-

trastante dos fenômenos e de suas interpretações, desenvolve-se uma percepção

social apoiada em posicionamento cognitivo e maior sensibilidade em face da reali-

dade social desigual.

2 CONTEÚDOS

1º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

1. O Surgimento da Sociologia e

Teorias Sociológicas.

• Formação e consolidação da sociedade

capitalista e o desenvolvimento do pensa-

mento social;

• Teorias sociológicas clássicas: Comte,

Durkheim, Engels e Marx, Weber.

• O desenvolvimento da sociologia no

Brasil.

2. Socialização e as Instituições So-

ciais.

• Processo de Socialização;

• Instituições sociais: Familiares; Escola-

res;

Religiosas;

• Lei 10.639/03;

• Instituições de Reinserção (prisões,

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manicômios, educandários, asilos, etc).

2º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

3.Cultura e Indústria Cultural.

Desenvolvimento antropológico do concei-

to de cultura e sua contribuição na análise

das diferentes sociedades;

Diversidade cultural (educação de campo,

inclusão);

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Indústria cultural no Brasil;

Questões de gênero;

Cultura afro-brasileira e africana;

Lei 10.639/03;

Culturas indígenas.

4.Trabalho, Produção e Classes So-

ciais

• O conceito de trabalho e o trabalho nas

diferentes sociedades;

• Desigualdades sociais: estamentos,

castas, classes sociais;

• Organização do trabalho nas socieda-

des capitalistas e suas contradições;

• Globalização e Neoliberalismo;

• Relações de trabalho;

• Trabalho no Brasil.

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3º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

5. Poder, Política e Ideologia.

• Formação e desenvolvimento do Estado

Moderno;

• Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

• Estado no Brasil;

• Conceitos de Poder;

• Conceitos de Ideologia;

• Conceitos de dominação e legitimidade;

• As expressões da violência nas socie-

dades contemporâneas.

6. Direito, Cidadania e Movimentos

Sociais.

• Direitos: civis, políticos e sociais;

• Direitos Humanos;

• Conceito de cidadania;

• Movimentos Sociais;

• Movimentos Sociais no Brasil;

• A questão ambiental e os movimentos

Am-bientalistas;

• A questão das ONG's.

3 METODOLOGIA

No ensino da sociologia será redimensionado aspecto da realidade por meio

de uma analise didático e critica dos problemas sociais.

Os conteúdos específicos serão pensados e trabalhados de maneira autônoma,

articulados, porem, obedecendo a uma sequência.

Será adotado vários instrumentos metodológicos, adequados aos objetivos

almejados sempre colocando o educando como sujeito da aprendizagem,

constantemente provocando o aluno a relacionar a teoria convivido, a rever

conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes, por meio de atividades

como analise e discussão de textos teóricos, temáticos e literários, embasados em

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pesquisa de campo, recursos audiovisuais ( TV e Vídeo). O livro didático público

será o ponto de partida para o educador e educando.

As aulas de Sociologia podem ser atraentes e despertar nos alunos proces-

sos de identificação de problemas sociais que estão de forma jornalística presentes

nos meios de comunicação. Como enca-minhamentos metodológicos básicos para o

ensino são propostos:

• Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus,

quando possível;

• Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;

• Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáti-

cos, literários, jornalís-ticos;

• Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesqui-

sa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;

• Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise

crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.

• Pesquisa de campo e a iniciação no campo da pesquisa;

• Filmes e vídeos sob um olhar crítico;

• Leitura e análise de textos sociológicos.

4 AVALIAÇÃO

A avaliação perpassará todas as atividades relacionadas à disciplina e

pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, seus critérios serão

debatidos criticados e acompanhados por todos os envolvidos no processo

pedagógico.

Portanto, será dagnóstica, formativa e contínua, através de leitura e

elaboração de textos individuais e coletivos, questões objetivas e subjetivas (provas

e trabalhos).

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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CHAUÍ, M. Convite á filosofia. São Paulo: Ática, 1998.

COELHO. Teixeira. O que é indústria cultural. 15 ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 8 ed. Rio de Janeiro:Paz e Terra, 1980.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do

Estado do Paraná – Sociologia. Curitiba, 2008.

PPP. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

Regimento Escolar. Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Francisco Alves: 2010.

6. MARCO OPERACIONAL

Diante de todas as situações apresentadas e dos conceitos definidos,

apresenta-se as linhas de ações e reorganização do trabalho pedagógico escolar, a

curto, médio e longo prazo, na perspectiva pedagógica, administrativa e político-

social, à luz de todos os elementos da prática pedagógica na escola.

Entende-se que o papel dos trabalhadores da escola pública é o de fazer

com que ela seja de qualidade e que cumpra responsavelmente a sua função social

específica que é a garantia da universalização e da permanência de todos alunos,

conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei de Diretrizes e Bases, as

Diretrizes Curriculares Estaduais, a Constituição Federal, os Direitos Humanos,

articulando o conhecimento científico e tecnológico, em preparação dos educandos

para o exercício da cidadania, para a construção de uma sociedade democrática e

não excludente.

Baseando-se nessa unidade educacional, percebe-se que ainda temos o

que conquistar, pois é fundamental o respeito às diferenças, mas, que o objetivo

principal seja realmente o de ensinar.

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Sendo o Projeto Político Pedagógico um instrumento que organiza e orienta

o trabalho pedagógico da escola na perspectiva administrativa, pedagógica,

financeira e política educacional, o Colégio Estadual Vicente Tomazini tem planejado

e executado suas ações educacionais buscando a participação da comunidade

escolar, de acordo com as possibilidades de cada um dos envolvidos, via instâncias

colegiadas ( Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar e

Grêmio Estudantil ).

Ao analisar a organização, a sistematização das ações, o fazer pedagógico

deste estabelecimento, pode-se observar que é possível um maior

comprometimento de todos, quando impulsionados pela necessidade de construir

uma nova identidade para a escola.

Para orientar todas as ações, são considerados os princípios básicos de

igualdade para acesso e permanência na escola, a qualidade do ensino como

privilégio de todos, gestão democrática e a valorização dos profissionais da

educação, tendo como compromisso garantir o acesso aos saberes construídos

socialmente e criar condições para que todos os alunos construam instrumentos de

compreensão da realidade e despertem para as relações sociais, políticas e culturais

diversificadas e cada vez mais amplas, permitindo assim o exercício da cidadania na

construção de uma sociedade democrática e não excludente.

Buscando agir dentro dos princípios que norteiam a gestão democrática e

sempre considerando os dispositivos legais, este estabelecimento elenca suas

linhas de ações:

Proporcionar a participação da família através de reuniões bimestrais, do

Projeto Família na Escola e festas comemorativas;

Inserir a comunidade do entorno escolar no contexto pedagógico através de

palestras com profissionais da área jurídica, da saúde, da Assistência Social,da

Segurança e do Meio Ambiente;

Buscar parcerias junto às famílias e à rede de proteção visando reduzir os

problemas de indisciplina vivenciados no contexto escolar através de convocações,

palestras, registrando todas as intervenções em livro ata destinado a esse fim;

Possibilitar maior participação dos membros do Conselho Escolar, da

Associação de Pais, Mestres e Funcionários e Grêmio Estudantil, proporcionado

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reuniões objetivas, zelando pela pontualidade pois sabe-se dos compromissos

diários de cada um. O Estatuto será o foco das atenções visando melhor

compreensão e valorização das ações coletivas.

• O Conselho de Classe, realizado bimestralmente, após a realização do pré-

conselho tem sido organizado em dia e horário reunindo o maior número possível de

professores. Além disso, faz-se também o preenchimento de fichas das turmas para

coleta de dados no pré-conselho para que a equipe pedagógica possa sistematizar e

agilizar os procedimentos no momento do conselho.

• A escola organiza a Hora-Atividade conforme ofício 046/08 obedecendo, na

medida do possível, ao critério estabelecido para reunir os professores da mesma

disciplina, favorecendo assim a discussão coletiva, por área de conhecimento,

sempre que necessário, facilitando a participação na Formação Continuada.

• As reuniões pedagógicas, previstas em calendário e organizadas pela direção e

equipe pedagógica preveem uma reflexão do trabalho pedagógico realizado na

escola visando a melhoria da qualidade do processo de ensino aprendizagem. Os

professores são convocados com antecedência, pois está previsto no Calendário

Escolar.

• O calendário escolar é elaborado anualmente, conforme normas emanadas da

Secretaria de Estado da Educação, pelo estabelecimento de ensino, apreciado e

aprovado pelo Conselho Escolar e, após enviado ao Núcleo Regional de Educação

para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior a sua vigência. O

calendário escolar atenderá ao disposto na legislação vigente, garantindo o mínimo

de horas e dias letivos previsto para cada nível e modalidade.

• A sistemática da avaliação de desempenho e rendimento escolar do aluno

matriculado no Ensino Fundamental, Médio e Formação de Docentes nas Séries

Iniciais é contínua, cumulativa, diagnóstica e formativa, com prevalência dos

aspectos qualitativos sob os quantitativos, de acordo com o currículo e objetivos

propostos pelo Estabelecimento de Ensino em seu Regimento Escolar, e, os

resultados são expressos em nota de 0,0 a 10,0 (zero a dez).

O sistema de avaliação e recuperação foi discutido coletivamente e é

organizado da seguinte forma: a cada bimestre, serão realizadas no mínimo duas

avaliações com uso de diferentes instrumentos avaliativos(prova escrita individual,

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trabalho de pesquisa, seminário, entre outros.). A recuperação de estudos, dar-se-á

de forma permanente e concomitante ao processo ensino aprendizagem, sendo

organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados, consistindo com no mínimo uma avaliação para

verificação do aprendizado. Os resultados das avaliações serão registrados em

documentos próprios, afim de que sejam asseguradas a regularidade e

autenticidade da vida escolar do aluno.

Na modalidade Educação de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental Fase

II e Ensino Médio, o aluno deverá atingir no mínimo a nota 6,0 ( seis vírgula zero),

em cada registro de nota resultante das avaliações processuais. Serão registrada de

duas a seis notas por disciplinas, que corresponderão as provas individuais escritas

e a outros instrumentos avaliativos adotados. Todos os alunos terão direito a

recuperação de estudos, conforme o Regimento Escolar.

Em relação ao desenvolvimento da aprendizagem e da avaliação mediante

os resultados apresentados nas avaliações internas e externas, é notório a

necessidade de melhorar e qualificar o processo de ensino aprendizagem. Cabe

então a todos os atores do processo (direção, pedagogos, professores, pais e

alunos): estabelecer estratégias de recuperação de estudos, no decorrer do ano

letivo; informar pais ou responsáveis e alunos sobre o seu desenvolvimento escolar,

bem como a importância do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica; propor

recuperação de estudos de forma permanente e concomitante ao processo ensino

aprendizagem; proporcionar atividades significativas, na recuperação de estudos,

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados; analisar junto aos

professores, alunos e pais os resultados do rendimento escolar obtidos no início de

cada semestre, fazendo uso de gráficos que apontam a realidade e direcionam as

mudanças necessárias.

Procurando diminuir o índice de evasão escolar, a escola realizará um

diagnóstico das causas, aplicando medidas preventivas, acompanhando a

frequência através da ficha FICA – Ficha de Comunicação do Aluno Ausente-, além

das visitas às famílias e articulação entre família e comunidade escolar.

No que se refere ao Registro de Classe, o pedagogo fará as intervenções

junto ao professor considerando a legislação ( instruções e deliberações) para que

os registros ocorram de forma correta a respeito dos conteúdos, aproveitamento,

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recuperação e, os critérios e instrumentos avaliativos utilizados, rediscutindo com ele

a execução do Plano de Trabalho Docente.

Em relação às dificuldades encontradas na formação continuada dos

profissionais da educação, a escola deve assessorar o professor iniciante,

principalmente o professor contratado pelo Processo Seletivo Simplificado, durante

as hora- atividades, no que tange ao conhecimento de todo trabalho pedagógico

que deve ser desenvolvido na escola, o que exige a ciência de seus documentos

( Projeto Político Pedagógico, Diretrizes Curriculares Estaduais, Proposta

Pedagógica Curricular, Plano de Trabalho Docente, Regimento Escolar e Interno,

entre outros). Para a semana pedagógica do início do período letivo, a escola, tendo

uma previsão de quais serão os profissionais contratados pelos regimes Processo

Seletivo Simplificado e aulas extraordinárias, convidará os mesmo para participarem

das atividades que ocorrerão.

Sendo o tempo e o espaço escolar organizados por série, esta organização

não tem contemplado a todos, ficando um certo número de alunos aquém de uma

aprendizagem considerada satisfatória diante das metas estabelecidas e do

empenho dos envolvidos no processo ensino aprendizagem. Há que se prevenir,

ofertando aulas em contra turno em Salas de Apoio à Aprendizagem para alunos de

5ª e 8ª séries e, num futuro bem próximo, estendê-las às 6ª e 7ª séries, lembrando

que não depende só do administrativo escolar mas também das políticas públicas.

Com esta mesma intenção, a escola optou pela Atividade Complementar

Curricular em Contra turno com o conteúdo Preparatório para o Vestibular

proporcionada pela Secretaria de Estado da Educação, onde serão desenvolvidas

estratégias de ensino diferenciadas, utilizando-se de conhecimentos diversificados,

envolvendo as várias áreas do conhecimento, propondo ao educando um

aprendizado contínuo, revendo e aperfeiçoando os conhecimentos.

Considerando a resistência ao uso dos recursos tecnológicos disponíveis na

escola por parte de alguns profissionais, cabe o incentivo e a reivindicação de

assessoria pedagógica por meio de cursos/oficinas a esses profissionais para a

utilização na prática cotidiana dos laboratórios de informática ( Paraná Digital e

Proinfo), TV Multimídia, bem como uso, dos conteúdos e programas do Portal dia-a-

dia Educação e TV Paulo Freire. Dessa forma a escola estará estimulando-os à

pesquisa e ao aprimoramento da prática pedagógica, cujo impacto maior acredita-

se, é a melhoria do processo de ensino aprendizagem.

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No que se refere as relações de trabalho na escola, cabe ao gestor assumir

a liderança e promover a comunicação e o diálogo constante entre os profissionais

da educação e da comunidade escolar, buscando a articulação e interagindo entre

todos os segmentos em torno de uma nova organização do trabalho pedagógico da

escola, para obter o máximo de contribuição e participação na construção dos

documentos internos da escola, nas tomadas de decisão a respeito da melhoria do

ensino aprendizagem, na aplicação dos recursos, na definição do cardápio da

merenda, entre outras. Sendo assim, as relações de trabalho no interior da escola

possibilitará maior ênfase no exercício da cidadania, na maior liberdade de

expressão e abrindo espaços para demonstração de conhecimento e trocas,

tornando os atores cada vez mais responsáveis, criativos, autônomos e envolvidos

com o processo de gestão e educação.

Essa nova organização acontecerá através de reuniões periódicas, além

das extraordinárias, durante a semana pedagógica, em grupos de estudos, na

abertura dos ambientes tecnológicos (Proinfo e Paraná Digital) às instâncias

colegiadas para que possam tomar ciência do seu real papel dentro da instância a

que pertence e, também preparar suas atividades para executar suas funções como

por exemplo: elaborar demonstrativos, digitar ofícios e atas, realizar pesquisas de

preços, entre outras atividades.

Quanto às falhas detectadas nas relações de trabalho entre professor,

pedagogo e funcionários, a escola tem organizado e promovido momentos de

reflexões sobre o fazer pedagógico de cada profissional na sua função em particular

e, também seu papel no coletivo da escola.

Conforme a organização de turmas, a escola enfrenta problema entre a não

oferta do Ensino Fundamental no período noturno e a procura dos alunos Menor

Aprendiz pelo curso. Diante disso, a escola tem recorrido ao Conselho Tutelar a à

Promotoria Pública que orientam nos procedimentos a serem tomados pela escola,

onde muitas vezes os educandos são encaminhados para a Educação de Jovens e

Adultos – EJA.

Durante a organização do horário da escola e, na medida do possível, a

direção e equipe pedagógica procurará atender ao disposto nas instruções

aproximando o máximo possível o que determina a legislação à realidade da escola

no que se refere à organização da hora/atividade. Quanto a falta de espaço físico

para a realização deste momento, a escola continuará reivindicando junto aos

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órgãos competentes um espaço específico que permita o desenvolvimento dessa

atividade de forma eficiente e eficaz.

Analisando a dificuldade enfrentada no que se refere ao atendimento aos

alunos com Necessidades Educacionais Especiais inclusos em salas numerosas, a

escola deve compartilhar esta dificuldade com o Conselho Escolar, se fortalecendo

para buscarem solução junto ao Núcleo Regional da Educação e Secretaria de

Estado da Educação.

Ao prever os Conselhos de Classe no calendário escolar, deve-se discutir no

coletivo escolar a possibilidade de o mesmo acontecer em mais de um dia, no

período de contra turno ( período noturno) afim de contemplar a participação do

maior número dos envolvidos possível. Isto porque o porte da escola demanda um

maior tempo para sua execução.

Ao se reportar as falhas detectadas no pós-conselho, a equipe pedagógica

junto ao colegiado do Conselho de Classe deve se reunir e reorganizar esse

momento, com objetivo de encaminhar as ações previstas no Conselho de Classe

propriamente dito, implicando em retorno aos alunos, pais e responsáveis, sobre o

aproveitamento escolar. Quanto aos professores, fazer a retomada do Plano de

Trabalho Docente no que se refere a organização curricular, aos encaminhamentos

metodológicos e aos instrumentos e critérios de avaliação, evitando a prática do pós-

conselho de forma isolada (somente com algumas turmas).

7 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDADÓGICO

Sendo o Projeto Político Pedagógico um documento que facilita e organiza

as atividades, um mediador de decisões, que conduz as ações e permite a analise

de seus resultados e impactos, e que, ainda se constitui num retrato da memória

histórica construída, num registro que permite à escola rever a sua intencionalidade

e sua história, o mesmo deve ser avaliado a todo momento, embora seja necessário

um momento específico de encontro entre todos os que tem suas atividades por ele

orientadas. Daí a necessidade de que os encontros ocorram ao final das semanas

pedagógicas e entre o final do terceiro bimestre e início do quarto bimestre.

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Para que ocorra a democratização dos processos de decisão é fundamental a

participação dos segmentos representativos da comunidade, especialmente na ação

de planejar, avaliar e executar o Projeto Político Pedagógico. Portanto, o Colégio

Estadual Vicente Tomazini conta com a participação dos seguintes órgãos e

instâncias colegiadas: Secretaria de Estado da Educação, Núcleo Regional de

Educação, Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar,

Comunidade Escolar, Equipe Pedagógica e Direção, Agentes Educacionais I e II,

Coordenação do Curso de Formação de Docente, Corpo Docente e Grêmio

Estudantil.

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Ministério da Educação. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

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