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COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
CAMPINA GRANDE DO SUL2013
COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto Político Pedagógico elaborado de acordo com a realidade da Escola, num processo de participação coletiva, envolvendo: Professores, Equipe Pedagógica, Funcionários, Alunos e Pais do Colégio Estadual Timbu Velho.
CAMPINA GRANDE DO SUL2013
SUMÁRIO
MARCO SITUACIONAL...........................................................................................4
1. APRESENTAÇÃO................................................................................................4
2. METODOLOGIA...................................................................................................5
3. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA..........................................................................11
4. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO........................................12
5. ESPAÇO FÍSICO................................................................................................41
5.1 RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS....................................................................42
5.2 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR............................................................................45
5.3 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO.................................................................46
5.4 MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL.....................................47
5.5 MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO....................................................49
5.6 ESTRUTURA HUMANA..................................................................................51
5.7 CONTEXTO ATUAL DA ESCOLA...................................................................54
MARCO CONCEITUAL..........................................................................................63
6. FILOSOFIA DA ESCOLA...................................................................................63
7. MISSÃO DA ESCOLA........................................................................................65
MARCO OPERACIONAL.......................................................................................79
8. ÓRGÃO COLEGIADO DE DIREÇÃO................................................................79
9. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS................................80
10. GRÊMIO ESTUDANTIL....................................................................................81
11. SISTEMA DE AVALIAÇÃO..............................................................................89
12. DA RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS DE FORMA PARALELA......................92
13. DA PROMOÇÃO..............................................................................................94
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:...............................................................99
15. ANEXOS.........................................................................................................101
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MARCO SITUACIONAL
1. APRESENTAÇÃO
Este documento contém o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual
Timbu Velho – Ensino Fundamental e Médio, elaborado a partir das reuniões no
coletivo da Escola. Para Veiga:
o projeto pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a explicitação de seu papel social e a clara definição de caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo. ( VEIGA, 1998).
Valentin (2002) apresenta que “a tarefa de pensar qualquer projeto
pedagógico implica em que a instituição reconheça sua história e a relevância de
sua contribuição, faça autocrítica e busque uma nova forma de organização do
trabalho pedagógico”.
Levando-se em consideração os pressupostos apresentados acima esta
Instituição de Ensino alicerça-se em três objetivos básicos.
• Elaborar, executar e repensar o processo de construção da proposta
pedagógica de forma coletiva.
• Promover espaços de discussões e de participação coletiva, revelando
e explicitando na forma de registro documental.
• Definir caminhos e ações de acordo com a realidade da escola, de
forma coletiva envolvendo a comunidade escolar.
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2. METODOLOGIA
Em 2004, a Secretaria de Educação do Estado do Paraná, inicia o trabalho
de construção do Projeto Político Pedagógico para as Escolas Públicas
Estaduais, trabalho que foi efetivado ao longo do biênio 2004/2005/2006.
Nesta nova proposta as equipes designadas pela Secretaria, atuam junto
com os Núcleos Regionais de Educação, promovendo os Encontros Pedagógicos,
os quais reúnem equipes pedagógicas de cada Escola e promovem estudos
dirigidos sobre a elaboração do mesmo.
Em 2005, os trabalhos passam a ser direcionados para dentro das escolas,
onde ocorrem reuniões que visam a elaboração no coletivo da Escola, do novo
Projeto Político Pedagógico.
Sob a orientação do Núcleo Regional de Educação – Área Norte, a escola
designa então, comissões internas que irão estruturar e sistematizar os temas
propostos. Estes temas são baseados na proposta apresentada por Veiga (1998)
e que são marcados por três atos: o Ato Situacional, que situa o contexto atual da
Escola; o Ato Conceitual que busca as concepções necessárias para atingir o que
se almeja e o Ato Operacional – que propõe formas de operacionalização da
estrutura de funcionamento da escola.
Durante os anos de 2007/2008/2009/2010 e 2011, continuamos o processo
de “realimentação” do PPP do Colégio. Culminando em atualizações,
reformulações, reavaliações e reflexões da prática educativa.
Em 2013, continuamos o processo de “realimentação” do PPP do Colégio
culminando atualizações, reformulações, reavaliações e reflexões da prática
educativa na expectativa da melhoria da qualidade de ensino.
Na Instituição, em datas estipuladas pelos professores e outras marcadas
pelo Núcleo Regional, realizaram-se reuniões com professores, funcionários e
representantes da comunidade que discutiram os três atos acima citados,
conforme cronograma abaixo:
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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
DATA PROPOSTA DE TRABALHO PARTICIPANTE
01/02/05 Reformulação Curricular (Professora Yvelise)Diretrizes sobre Reformulação Curricular.
Professores, equipe pedagógica e funcionários.
02/02/05Trabalho em grupo dos textos: A construção coletiva do PPP e da Escola Publica/ Perspectivas e Reflexões em torno do PPP.
Professores, equipe pedagógica e funcionários.
03/02/05Trabalho em grupo dos textos: A Reforma do Ensino Médio/ O Currículo do Ensino Médio no Paraná
Professores, equipe pedagógica e funcionários.
04/02/05
Trabalho em grupo dos textos: Histórico da construção Curricular do Ensino Médio. 1º Momento: Ensino Médio – Leitura, entendimento dos textos e atividades por disciplina. 2º Momento: Ensino Fundamental – os mesmos critérios anteriores.Encerramento com apresentação de painéis com fotos
Professores, equipe pedagógica e funcionários.
21 e 22/07/05
Trabalho em grupo – Ato situacional – a prática social – Sociedade, escola, aluno, professor e funcionário.
Professores, equipe pedagógica e funcionários.
20/08/05 Trabalho em grupo, Ato conceitual – Projeto político social
Professores, equipe pedagógica e funcionários.
01/10/05 Trabalho em grupo, Ato operacional – mudanças a serem alcançadas.
Professores, equipe pedagógica e funcionários.
06/02/06 Trabalho em grupo dos textos: Educação e Ética; Inclusão à Diversidade.
Professores, equipe pedagógica e funcionários.
07/02/06Trabalho em grupo do texto: Diversidade Social, Especificidade do Ensino Fundamental; Orientações gerais Ensino Médio.
Professores, equipe pedagógica e funcionários.
08/02/06Trabalho em grupo: Leitura e discussão sobre o papel dos Funcionários na Organização Escolar.Avaliação.
Professores, equipe pedagógica e funcionários.
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07/02/08
Trabalho em grupo: Leitura e discussão do texto: “Gestão Democrática e Planejamento Participativo:alguns apontamentos para a organização da escola publica em sua função social” (Texto construído pela Coordenação de Gestão Escolar – CGE/SEED/PR)
Professores, Equipe Pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar,Funcionários e Integrantes das Instancias Colegiadas.
08/02/08Leitura e discussão sobre o “Projeto Politico Pedagógico e Regimento Escolar” (Texto construído pela Coordenação de Gestão Escolar – CGE/SEED/PR).
Professores, Equipe Pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar,Funcionários e Integrantes das Instancias Colegiadas.
11/02/08
Leitura e discussão do texto “Construção da autonomia da escola” (Texto construído pela Coordenação de Gestão Escolar – CGE/SEED/PR) sob as seguintes questões:a) Conceito de autonomia presente no Projeto Politico Pedagógico da sua escolab) Princípios da autonomia presentes em acoes da escolac) Limites para a construção da autonomia da escolaAnálise de Dados da escola sobre: Aprovação, Reprovação, Abandono, Plano de Recuperação de Estudos, Disciplinas e Series com baixo rendimento, Material e Atasreferentes ao Conselho de Classe, Critérios de distribuição de aulas, Plano de reposição deaulas, Sala de apoio, Sala de recursos, Registro e acompanhamento dos alunos incluídos,Participação e acompanhamento dos pais, Momentos de discussão coletiva e de formaçãocontinuada, Fundo Rotativo e PDDE.
Professores, Equipe Pedagógica, Diretores, Diretor Auxiliar,Funcionários e Integrantes das Instancias Colegiadas.
11/02/08 Elaboração do plano de ação do Colégio, a partir das discussões coletivas
Professores, Equipe Pedagógica, Diretores, Diretor Auxiliar,Funcionários e membros das Instancias Colegiadas.
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28/07/08
Leitura e discussão do texto: “Os desafios educacionaiscontemporâneos e os conteúdos escolares: reflexos na organização da Proposta PedagógicaCurricular e a especificidade da escola pública” (Texto organizado pela Coordenação de Gestão Escolar CGE/SEED para a Semana Pedagógica Descentralizada nasescolas/julho de 2008)
Professores, Equipe Pedagógica, Diretores, Diretor Auxiliar eFuncionários
29/07/08
Leitura e discussão do texto ARROYO, Miguel Gonzáles. Indagações sobre currículo:Educandos e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: Ministério da Educação,Secretaria de Educação Básica, 2007.
Professores, Equipe Pedagógica, Diretores, Diretor Auxiliar e Funcionários
04/02/09
Leitura e discussão do texto: ”Concepção de currículo disciplinar: limites e avanços das escolas da rede estadual do Paraná” (Texto produzido pela Coordenação de Gestão Escolar – 2008)
Professores, Equipe Pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar eFuncionários
04/02/09Leitura e discussão do texto: “Educação Básica e a opção pelo currículo disciplinar”
Professores, Equipe Pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar eFuncionários
05/02/09
Leitura e discussão de textos que fundamentam e norteiam as proposições, as quais permitem que a escola empreenda os avanços necessários no que diz respeito a organização do currículo e das práticas escolares.
Professores, Equipe Pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar eFuncionários
20/07/09Leitura e discussão do texto: “Retorno da semana pedagógica de fevereiro de 2009: perfazendo o caminho do currículo” (CGE/SEED)
Professores, Equipe Pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar eFuncionários
20/07/09Leitura e discussão do texto: “Os conceitos científicos na formação do pensamento teórico”
Professores, Equipe Pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar eFuncionários
21/07/09Leitura e discussão do texto: “Agentes educacionais – somos todos educadores”(ASFOPE-SUEDCFAE – SUED)
Funcionários
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21/07/09Leitura e discussão do texto: “Aprendizagem conceitual e organização do ensino: contribuições da teoria da atividade” (SFORNI, Marta Sueli de Faria)
Professores, Equipe Pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar
03/02/10Leitura e discussão do texto: “As necessidades da escola a partir de seus limites e avanços” e do tema: “Organização do Trabalho Pedagógico”
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
04/02/10 Discussão do tema: Função Social da Escola
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
05/02/10 Discussão do tema: Conselho de Classe
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
11/08/10
Leitura e discussão do texto: “Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço e da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político Pedagógico” e do texto: “Aspectos a serem considerados na ação, discussão e compreensão das demandas da escola pública”
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
12/08/10Discussão dos temas: “Função Social da Escola”, “Conselho de Classe”, “Organização do Trabalho Pedagógico”,
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
13/08/10Discussão dos temas: “Organização do Trabalho Pedagógico”, “Tecnologias da Informação e Comunicação” e
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
13/08/10Renovação da Proposta Curricular de cada Disciplina e discussão e alterações no PPP referentes ao papel dos funcionários
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
18/09/10 Reunião do Conselho Escolar e comunidade escolar para aprovação da renovação do PPP
Professores, Equipe Pedagógica, Diretores, Diretor Auxiliar,Funcionários e membros das Instancias Colegiadas.
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20/07/11Discussão e análise referente aos dados sobre avaliação 2009 e 2010 e Ensino Fundamental de nove anos.
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
22/07/11Discussão e análise do Projeto Político Pedagógico, Matriz Curricular e Regimento Escolar.
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
20/08/11Discussão e análise sobre as concepções de infância e adolescência.
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
02 à 07/02/12
Discussão e reflexão sobre: Avaliação, Ed. Integral, Inclusão, Diversidade.
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
19 e 20/07/12 Palestras: Uso indevido da voz; Uso das
tecnologias; Vivenciando a diversidade cultural.
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
04 a 06/02/13
Planejamento Educacional e Avaliação: Por uma educação de qualidade.
Professores, equipe pedagógica, Diretor, Diretor Auxiliar e funcionários.
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3. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
Estabelecimento: Colégio Estadual Timbu Velho – Ensino Fundamental Médio –
00208
Endereço: Rua Jacob Ceccon 438 – Jardim Ceccon - Campina Grande do Sul –
Paraná CEP: 83.430-000 – Fone/Fax: (41)3679-1135 e/ou (41)3679-2594
Distância do Colégio do NREAM – Norte: 15Km
Área: Urbana
Município: Campina Grande do Sul – 0400
Núcleo: Regional de Educação Área Metropolitana Norte – 02
Entidade Mantenedora: Governo do Estado
Ato de Autorização de Funcionamento: Resolução nº 2.401/82 – DOE 31/08/1982
Ato de Reconhecimento: Resolução nº 2.394/93 – DOE 29/04/1993
Ato de renovação do reconhecimento do Colégio:
Resolução nº Fundamental 3.586/2004 e Médio 3.597/2004 de 10/12/2004
Parecer do NREAM – NORTE de Aprovação do Regimento Escolar: Parecer nº
54/2003 de 03/10/2003
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4. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
1989NOME: ESCOLA ESTADUAL TIMBU VELHO – ENS. DE 1º GRAU
DIRETORA: FELICIDADE MARIA MILEKNº DE ALUNOS: 106
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 3 0 0 0 0 0 0MATRICULAS 106 0 0 0 0 0 0TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E 1ª A 4ª TARDE: 1ª A 4ª
A história do Colégio Estadual Timbu Velho, tem origens muito anteriores
ao ano de 1989.
A Lei nº 1.753 de 19 de março de 1917 criou, entre outras a Escola da
localidade Timbu Velho, de ensino primário. A escola era de caráter misto ou seja
atenderia meninas e meninos mas, nessa época era comum haver essa
separação. Essa escola funcionava numa casa particular pertencente ao Sr. João
Esmeraldo e Sra. Lucinda Alves de Lima na localidade onde hoje é o bairro
Jardim Ceccon.
O primeiro professor foi o Sr. Izidoro Costa Pinto, que atuava também
como inspetor de ensino do município. Na sequência vieram os professores:
Izaura Mocelin Ferreira, Zulmira Mirinoff, Ana Tavares, Lauro Tavares (filho de
Ana Tavares), Diair Bitencourt, Adalgisa Sbricia. No período de 1948 à 1951 o
oitavo professor desta escola foi o Sr. Sebastião Ferrarini. Nessa época, a escola
mudou de endereço. Foi construída numa chácara ainda na região do Timbu
Velho, na localidade onde é hoje o Jardim Nezita, sendo a professora regente a
Sra. Albertilda Ferrarini. Por volta de 1957, a Escola mudou de endereço
novamente, para a Estrada do Corredor, funcionando numa sala multisseriada
aos cuidados da professora regente Maria Luiza Ferrarini Coradin.
Em 1960, o Sr. Scucatto Coradin construiu uma sala de aula com
dependências sanitárias, na Rua Particular, de sua propriedade, funcionando uma
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sala multisseriada e sendo a professora a Senhorita Felicidade Maria Coradin.
Em 1980 foram construídas duas salas de aula e dependências
administrativas. Nesse caso, as duas escolas citadas anteriormente, deixaram de
existir. Assim estava formada uma nova escola situada na Estrada do Corredor nº
458, hoje rua Lindolfo Henrique Ferreira nº458.
O Colégio chamou, até 1988, Escola Rural Estadual Timbu Velho (segundo autorização de funcionamento pelo Ato nº 2.401/82) quando ainda
atendia alunos de 1ª a 4ª séries e esse nível de ensino ainda era de competência
Estadual. A origem da escola remonta ao ano de 1960, quando a professora
Felicidade Maria Milek começou a lecionar, em substituição a outra professora.
Quando essa professora retornou, a professora Felicidade ficou, digamos, sem
escola para trabalhar. Então seu pai João Scucato Coradin, construiu em seu
terreno (próximo de onde é hoje o prédio do atual Colégio) uma sala de aula de
madeira e ali começou a funcionar uma escola que mais tarde, no ano de 1974,
foi transferida para o local onde atualmente está o prédio da Escola Municipal
Antônio José de Carvalho (do lado do prédio atual do Colégio Estadual Timbu
Velho).
Essa nova escola, que inicialmente também foi construída de madeira, foi
reconstruída em alvenaria no de 1983, com duas salas, cozinha, secretaria e
banheiros. Ainda havia uma sala de madeira, numa espécie de anexo, que foi
desmontada quando a escola foi ampliada em 1986, passando a ter mais quatro
salas e novas dependências da secretaria, direção, cozinha e banheiros. Em 1987
no espaço compreendido entre duas construções, foram feitas mais duas salas de
aula, unindo os prédios.
A escola assim permaneceu até o ano de 1989, quando iniciou o
funcionamento de turmas de 5ª à 8ª séries, autorizado pela resolução nº 3.237 de
17 de outubro de 1988, quando a escola passou a ser denominada Escola Estadual Timbu Velho – Ensino de 1º Grau. Entre 1988 e 1989 a prefeitura
municipal construiu duas salas de aula para abrigar os alunos de 5ª série. Essas
salas foram construídas no terreno do lado da já existente escola, como foi citado
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anteriormente, onde era um campo de futebol. Essa é a origem do atual prédio do Colégio Estadual Timbu Velho.
Até aqui, para deixar bem claro, a escola funcionava com um total de 10
(dez) salas de aula e nesse ano de 1989 havia três turmas de 5ª série. Até então
tudo era uma coisa só, pois o ensino de 1ª a 4ª séries e de 5ª a 8ª eram ambos de
competência Estadual e assim os prédios eram utilizados de forma indistinta por
todas as turmas.
1990NOME: ESCOLA ESTADUAL TIMBU VELHO – ENS. DE 1º GRAU
DIRETORA: FELICIDADE MARIA MILEKNº DE ALUNOS: 208
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 3 2 0 0 0 0 0MATRICULAS 125 83 0 0 0 0 0TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E 1ª A 4ª TARDE: 1ª A 4ª
Somente em 1990 foram construídas mais quatro salas de aula e
dependências de cozinha, banheiros, secretaria, dispensa, e outras pequenas
salas onde por exemplo, para o leitor se situar, funcionam atualmente a cantina
da escola e a sala da direção. Essa ampliação foi feita conectada às duas salas
existentes passando a formar um único prédio de seis salas de aula, que foi
inaugurado em novembro de 1990.
Assim, a cozinha desse novo prédio passou a atender a todos os alunos de
1ª a 6ª séries, sendo que a cozinha que existia foi desativada por ser muito
pequena.
Foi nesse ano também que foi construída a quadra de esportes.
Curiosamente, foi feito apenas o contrapiso da quadra, que ficou muito áspera e
perigosa. Segundo pessoas que participaram da obra na época, a quadra iria
receber um piso de granilha mas isso nunca aconteceu.
Em 1990, o Colégio foi ampliado e podemos destacar, portanto, que foi o
término da construção do que hoje chamamos de prédio antigo do Colégio
Estadual Timbu Velho.
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1991NOME: ESCOLA ESTADUAL TIMBU VELHO – ENS. DE 1º GRAU
DIRETORA: FELICIDADE MARIA MILEKNº DE ALUNOS: 244
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 3 2 1 0 0 0 0MATRICULAS 125 77 42 0 0 0 0TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E 1ª A 4ª TARDE: 1ª A 4ª
Nesse ano iniciou-se o processo de municipalização do ensino de pré-
escolar a 4ª série. Assim, ficaria a cargo do estado o ensino de 5ª a 8ª séries.
Esse desmembramento criou a necessidade de criação de uma “nova” escola
para o ensino de 1ª a 4ª séries. Mas qual prédio ficaria com qual construção? No
inicio, o que prevaleceu foi a ideia de funcionamento conjunto das duas
administrações. Cabe-nos observar que nesse ano já haviam seis turmas de
ensino fundamental o que por si só já ocupariam todas as salas de um turno
(manhã ou tarde). Como no ano seguinte o número de turmas seria forçosamente
maior, a solução seria utilizar os prédios em conjunto, pois o número de salas
nesse caso seria de 16 e assim, algumas turmas de 5ª a 8ª utilizaram o prédio de
1ª a 4ª e vice-versa, possibilitando que num mesmo turno, pudesse haver mais
que seis turmas de 5ª a 8ª. Ainda não podemos esquecer que a cozinha era uma
só e todos os alunos precisavam dela.
E assim, ficou delineado o funcionamento que começaria a ocorrer no ano
seguinte.
Mas ainda havia um problema: A professora Felicidade acumularia as duas
direções? A resposta é não. Nesse mesmo ano, por indicação, o prof. Cleto
Antônio Castagnolli, que lecionava educação física, tornar-se-ia o primeiro diretor
da Escola Estadual Timbu Velho depois da separação administrativa.
No final do ano de 1991, se preparava então a formação de uma nova
administração, com secretaria e direção próprias para o ensino de 5ª a 8ª séries.
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1992NOME: ESCOLA ESTADUAL TIMBU VELHO – ENS. DE 1º GRAU
DIRETOR: CLETO ANTONIO CASTAGNOLLINº DE ALUNOS: 356
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 3 2 1 0 0 0MATRICULAS 148 115 54 39 0 0 0TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E 1ª A 4ª TARDE: 1ª A 4ª
Em 1992, o funcionamento da Escola Estadual Timbu Velho já ocorria de
forma conjunta com a recém criada Escola Municipal Antônio José de Carvalho.
Convém ressaltar o seguinte: Se o ensino de 5ª a 8ª séries começou depois,
porque então não foi essa escola que mudou de nome? A resposta se baseia na
herança administrativa, isto é, quem foi desmembrado foi o ensino de 1ª a 4ª
séries, por isso receberam nova denominação.
A Escola Estadual Timbu Velho passou a ser dirigida pelo prof. Cleto
Antônio Castagnolli que foi indicado pelo Conselho Escolar, com aprovação do
Núcleo Regional de Educação, conforme portaria nº 389/92.
O acontecimento mais relevante desse ano, com certeza foi o término da
implantação de ensino de 1º grau, com a formatura da primeira turma de 8ª série.
Para essa primeira turma, foi feita uma solenidade de conclusão na Câmara
Municipal de Campina Grande do Sul, em 18 de dezembro de 1992.
As turmas de 5ª a 8ª séries (num total de dez) funcionavam no turno da
manhã, utilizando as seis salas do prédio novo e mais quatro salas do prédio
antigo e ainda em conjunto com outras seis turmas de 1ª a 4ª séries. No turno da
tarde, funcionavam apenas turmas de 1ª a 4ª séries, que então pertencem a
Escola Antônio José de Carvalho dirigida pela prof.ª Felicidade Maria Millek que
apesar de aposentada continuaria a prestar serviços ao município.
Com organização administrativa própria, mas totalmente estruturada, os
serviços de secretaria eram organizados pelos próprios professores,
particularmente: Aparecida Pavan, Aparecida Bueno e Ângela Gueno.
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É interessante ressaltar também, que para o reconhecimento do 1º grau
havia a necessidade de uma biblioteca. Mas onde fazê-la? Não havia sido
reservado espaço para uma biblioteca. Então se decidiu montar uma biblioteca
num apertado espaço que havia no antigo prédio do primário, com exemplares
doados, formando uma precária coleção de assuntos mínimos necessários.
1993NOME: ESCOLA ESTADUAL TIMBU VELHO – ENS. DE 1º GRAU
DIRETOR: CLETO ANTONIO CASTAGNOLLINº DE ALUNOS: 422
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 5 3 2 1 0 0 0MATRICULAS 198 121 60 43 0 0 0TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E 1ª A 4ª TARDE: 1ª A 4ª
O primeiro destaque desse ano foi o reconhecimento do curso de 1º grau,
conforme a resolução nº 2.394/93, publicada no diário oficial de 14 de maio de
1993.
O segundo destaque foi à criação da Associação de Pais e Mestres (APM)
da Escola. A primeira reunião ocorreu no dia 18 de setembro para o referendo da
posse do prof. Romildo Stocco Dupinske como o 1º presidente da APM. A
segunda reunião ocorreu no dia 25 de setembro, quando então foi definido o
estatuto e os ocupantes dos demais cargos. A importância desse fato se deve
claramente ao papel que a Associação viria a ter no desenvolvimento da escola.
Nesse primeiro ano de funcionamento questões como a adoção de uniformes e a
arrecadação de taxas voluntárias de matrícula (7,5% do salário mínimo de
CR$18760,00) já eram ações delegadas a APM. Mais que isso, a abertura de um
canal de participação da comunidade na escola também merece destaque.
O leitor precisa estar atento a dois fatos que convém ser destacados:
Primeiro, observe o quadro de turmas. Cinco 5as séries e uma 8ª série. O
que isso evidencia e tem a ver com a história da escola?
O afunilamento de turmas, algo que sempre foi considerado normal, não
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era encarado como um problema a ser resolvido. Afinal, havia uma cultura de
reprovação do aluno e também uma desistência de vários deles com o passar dos
anos escolares. Na verdade um fato extremamente cruel nunca levado em
consideração. O discurso fácil do professor era que o aluno não acompanhava a
matéria e por isso deveria ser reprovado. O aluno desistia e a escola não tinha
nada haver com a vida particular dos alunos e suas famílias. Raras às vezes em
que um aluno era procurado pela escola porque havia desistido de estudar.
O outro fato é que já estamos com aluno de 8ª série pelo 2º ano
consecutivo e ainda nenhuma turma de 2º grau. Isso mudaria a partir do ano
seguinte. A autorização para a implantação do 2º grau foi dada pela resolução nº
6.916/93 e que deu início às negociações seguintes para a estruturação desse
nível de ensino.
Até então, a escola não havia passado por nenhuma grande transformação
ou investimento. Nesse ano de 1993, ainda se partilhavam as escolas de primário
e ginásio (como eram chamadas) mas o aumento significativo do número de
alunos de 5ª a 8ª demandava alterações nessa compartilhação de prédios
escolares. Afinal estava se tornando complicado dividir um mesmo espaço com
cada vez mais alunos, problemas administrativos e responsabilidades.
1994NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENS. DE 1º E 2º GRAUS
REGULARDIRETORA: APARECIDA ALVES PAVAN
Nº DE ALUNOS: 417 (391 FUND – 26 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 5 3 2 1 1 0 0MATRICULAS 168 114 63 46 26 0 0
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª, 2º GRAU E 1ª A 4ª TARDE: 1ª A 4ª
Com o convite da administração municipal, o prof. Cleto Antônio
Castagnolli assumiu o cargo de secretário de esportes do município de Campina
Grande do Sul e foi cedido pelo estado para prestar tal serviço na prefeitura.
19
Assim, assume a direção da escola a professora Aparecida Alves Pavan, indicada
pelo Conselho Escolar e aceita pelo Núcleo Regional de Educação.
A Escola Estadual Timbu Velho começa a ofertar o ensino regular de 2º
grau, com uma turma de 1º ano. A implantação ocorreu após a aprovação do
projeto de implantação do 2º grau, dada pela resolução nº 5.5547/94, a Escola
passou então a ser denominada Colégio Estadual Timbu Velho – Ensino de 1º e
2º Graus Regular. Isso foi muito importante pelo fato de que havia uma
necessidade muito grande de ofertar esse nível de escolaridade para os alunos
deste local, que até então se deslocavam para outras escolas como o C.E.
Campos Sales e o C.E. Ivan Ferreira do Amaral Filho. Os professores do Timbu
expressavam o desejo inequívoco de continuar formando os seus alunos até a
conclusão do ensino secundário. Afinal de contas muitos deles estudavam aqui
desde s 1ª série primária e gostariam muito de prosseguir seus estudos nessa
escola.
Deve-se muito dessa conquista aos esforços do professor Romildo (através
da APM), da nova diretoria da escola a professora Aparecida Pavan e de todos os
professores que tinham interesse no progresso da escola.
O ano de 1994 ainda reservaria três situações especiais: A compra do 1º
computador da escola, para servir à secretaria, foi sem dúvida a primeira dessas
situações. Releva-se esse fato por ele nos permite de forma bastante clara saber
com precisão o ano em a informatização da escola começou. Ainda que o
computador fosse servir apenas para aplicações administrativas, já se
descortinava um processo que só viria a crescer nos próximos anos. Essa
conquista só foi possível pela mobilização da APM, que nesse ano também
adquiriu um freezer para escola, uma antiga necessidade para conservação de
alimentos e nas épocas de eventos festivos.
A segunda situação se deveu a uma preocupação: haveria alunos
suficientes para se sustentar o ensino de 2º grau em 1995? A situação sócio-
econômica das famílias dos bairros adjacentes à escola, nos legava alunos com
necessidades de trabalho desde as séries anteriores as do 2º grau. O que dizer
então daqueles alunos que já estavam no 2º grau. Muitos queriam estudar no
20
período noturno e já preocupava a escola a falta de clientela para a turma de 2º
ano do 2º grau e os alunos que ingressariam das 8as séries já acenavam interesse
em um 2º grau noturno.
A terceira situação foi a assinatura, em 13 de outubro, de um convênio
entre a APM e a FUNDEPAR para ampliação da Escola Estadual Timbu Velho.
Esse convênio (de número 901/94) permitiria a construção de mais quatro salas
de aula, dois banheiros, biblioteca e laboratório de múltiplo uso. Isso tudo para
providenciar-se o reconhecimento do funcionamento do ensino de 2º grau. A
possibilidade dessa ampliação foi facilitada pelo fato de que o então Diretor-
Presidente da FUNDEPAR era o ex-prefeito de Campina Grande do Sul, Elerian
do Rocio Zanetti. Ainda mais se considerando que seria uma obra de elevado
valor para os padrões de administração de uma APM. A obra foi orçada
inicialmente em R$ 73.494,00 e a construção seria administrada pela APM, que
ficaria responsável pela contratação de mão de obra e compra de materiais.
Parecia ser uma tarefa fácil.
Juntando-se as duas últimas situações acima descritas, ainda pairava uma
dúvida: teríamos a clientela que justificasse manter o ensino de 2º grau? Essa
mesma demanda também justificaria uma ampliação?
O tempo iria mostrar que sim. A decisão óbvia foi a transferência do ensino
de 2º grau para o período noturno. Isso ficou decidido numa reunião da APM no
dia 09 de novembro de 1994 onde pais, alunos e direção reconheceram essa
necessidade e avalizaram a decisão.
Já a obra, iniciou-se em novembro de 1994, mais precisamente no mesmo
dia 09, quando iniciou-se a preparação do terreno para as fundações. Os
responsáveis diretos pela execução da obra naquele momento ficaram sendo os
professores Romildo Stocco Dupinske (Presidente da APM) e Luiz Antônio de
Moura (Tesoureiro).
Assim termina o ano de 1994.
21
1995NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENS. DE 1º E 2º GRAUS
REGULARDIRETORA: APARECIDA ALVES PAVAN
VICE-DIRETOR: ROMILDO STOCCO DUPINSKENº DE ALUNOS: 446 (350 FUND – 96 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 3 2 1 2 1 0MATRICULAS 138 101 68 43 70 26 0TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª TARDE: 1ª A 4ª NOITE: 2º GRAU
A obra de ampliação da escola paralisou-se por diversas vezes no ano de
1995. O motivo era simples. Os recursos eram liberados conforme as etapas da
obra eram concluídas. Assim, encerrada uma etapa, conforme uma planilha de
serviços a serem executados, um engenheiro do DECOM vistoriaria a obra, fazia
a medição da mesma e se aquela etapa tivesse concluída , mandava-se para a
FUNDEPAR a respectiva medição, que então incluía a liberação da próxima
parcela de dinheiro para quando houvesse empenho financeiro para tal.
O pequeno problema é que esse trâmite todo demorava muito. Os
pedreiros contratados para a execução da obra não tinham a paciência (nem a
obrigação) de esperar a liberação de verbas para quando houvesse recursos.
Assim, a obra acabava sendo paralisada. Quando liberavam novamente os
recursos os pedreiros já haviam encontrado outro serviço e assim uma nova
turma precisava ser contratada o que gerava todo um transtorno que só atrasava
ainda o cronograma de serviços. Mesmo desse jeito a obra estava aos poucos
tomando forma.
Nesse ano pelo aumento do número de turmas, criação de mais um turno
(noturno) e aumento do número de alunos, a escola passou a contar com a figura
do vice-diretor. O primeiro vice-diretor foi o prof. Romildo Stocco Dupinske que
atuou nesse ano com a diretora professora Aparecida Alves Pavan (Cidinha).
Como ainda não existia o prédio novo, o prédio antigo sofreu algumas
adaptações para receber o ensino noturno. Por causa da obra a entrada da
22
Escola (que se ainda existisse passaria entre a quadra e muro da biblioteca), foi
deslocada, passando pela lateral do prédio do primário e subindo ao terreno da
Escola Timbu Velho atrás de onde é a cozinha dessa escola. Improvisou-se aí
uma escada de madeira. Outro problema era a iluminação. A escola não estava
preparada com materiais pedagógicos para receber o curso noturno. Assim, o
prof. Silvano Cesar dos Santos juntamente com o prof. Romildo, fizeram durante
as férias de janeiro de 1995, uma adaptação na iluminação da escola. Nas salas
de aula, as lâmpadas incandescentes foram substituídas por fosforescente mais
econômicas. Os beirais laterais do prédio também receberam iluminação. A
quadra de esportes também recebeu iluminação. O prof. Romildo tinha um poste
padrão sem uso na sua casa, que foi doado para a escola. O prof. Silvano fez a
parte elétrica do serviço, instalando refletores, linha de energia e painel de
comando. Esse serviço, todo voluntário, não resultou na melhor iluminação do
mundo, mas dentro das possibilidades de uma escola que dependia cada vez
mais de dedicação das pessoas, estava ótima. Desse modo, a escola preparou-se
para receber o ensino noturno de 2º grau com três turmas, duas de 1º ano e uma
de 2º.
Em 25 de outubro de 1995, o prof. Silvano assume a tesouraria da APM em
substituição ao prof. Luiz Antonio de Moura e responsabiliza-se pela obra de
ampliação da escola a parti dessa data.
Nesse ano, a escola começa a investir em acervo bibliográfico e alguns
materiais pedagógicos. Recursos extras como o “Acorda Brasil” que depois viria a
se chamar PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) já ajudavam nessas
aquisições.
Também nesse ano, um grupo de professores juntamente com a
Supervisora Rosilei Ferrarini, começou a dar forma a alguns projetos que nos
anos seguintes viriam a determinar mudanças como a nova metodologia de
avaliação. A discussão partia sempre da cultura de reprovação que ainda era
muito forte. Observe novamente a tabela de turmas e verifique isso: quatro turmas
de 5ª série e uma de 8ª. No mínimo teríamos que ter quatro turmas de 8ª, (as 5as
do ano de 1992) se houvesse uma outra política de avaliação e valorização do
23
conhecimento do aluno. Mas nesse ano várias sementes estavam sendo
plantadas no sentido de se desenvolver novas metodologias e conceitos a
respeito da avaliação e das próprias aulas dos professores.
No final de 1995, o prof. Romildo foi eleito diretor do Colégio Estadual
Timbu Velho, por eleição direta, de acordo com a lei Rubens Bueno. Como era
Presidente da APM, esse cargo foi transferido, por eleição de uma nova chapa à
Luzia Peixoto Pereira, antiga funcionária da escola no cargo de auxiliar de
serviços gerais e mãe de aluno da escola, um requisito básico para assumir a
presidência da APM.
1996NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENS. DE 1º E 2º GRAUS
REGULARDIRETOR: ROMILDO STOCCO DUPINSKE
VICE-DIRETOR: ARLETE FIANCOSKINº DE ALUNOS: 592 (414 FUND – 178 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 3 2 2 2 1 1MATRICULAS 166 99 71 78 92 52 34TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª TARDE: 1ª A 4ª NOITE: 2º GRAU
Nesse ano termina a implantação de turmas do 2º grau com a formação da
primeira turma de 3º ano. Mas o que está faltando agora é o reconhecimento
desse curso. Para que o reconhecimento seja possível a ampliação do Colégio
deve ser concluída. Além disso são necessários todos os equipamentos de
laboratório e acervo bibliográfico mínimo exigido por lei.
A ampliação do Colégio, por motivos já explicados, andava a passos lentos
devido à burocracia dos trâmites necessários para liberação dos recursos. Mas o
prof. Silvano traçou o objetivo de terminar a obra ainda no ano de 1996,
agilizando o que pudesse em termos de continuidade da obra. Contou para isso,
com a ajuda do Comerciante Sebastião Vargas de Lima Sobrinho, dono do
Vargas Material de Construção para o fornecimento de materiais mesmo em
épocas de falta de recursos financeiros, para que a mesma não fosse paralisada
24
constantemente. Ainda, combinou com os pedreiros que em caso de falta de
verbas para pagamento da mão de obra, a própria escola se encarregaria de
fornecer vales até que pudesse ser efetuado o pagamento total.
Fique registrado na história, que para manter a continuidade da obra, em
muitas vezes o pagamento dos pedreiros era feita com recursos próprios dos
responsáveis pela obra. Os professores Romildo, Silvano e Luiz Antônio, por
diversas vezes partilhavam seus próprios salários com os trabalhadores para
mantê-los em atividade. Essa foi a época mais difícil para todos os que se
envolveram de corpo e alma nesse empreendimento. Para economizar, o prof.
Silvano encarregou-se de fazer toda a parte de infra-estrutura de instalações
elétricas do novo prédio. Com ajuda do prof. Romildo, ambos passaram bons dias
instalando os eletrodutos nos prédios. Além disso, se fosse necessário, atuavam
como ajudantes para fazer massas, concretos ou outros serviços, além de
administrar os recursos financeiros e pessoais da obra. Convém lembrar também
que nos momentos de necessidade maior, mutirões que envolviam outros
professores e alunos da escola, era a maior ajuda que se poderia ter recebido
nesse ano. Como exemplo pode-se citar a concretagem das lajes dos dois
prédios, onde além dos três professores citados acima, outros como o prof. João
Bueno e Eudo Sachet (in memorian) além de vários alunos e pessoas da
comunidade, trabalhavam numa garra maravilhosa para deixar o serviço pronto
no final do dia. Tudo isso em troca apenas da possibilidade de contribuição.
Nesse dias, o almoço era feito na própria cozinha da escola, geralmente uma boa
macarronada com almôndegas (da dispensa de merenda) que com certeza
arrancará boas risadas do prof. Romildo se ele tiver a oportunidade de ler esse
relato. O mesmo macarrão com almôndegas que comemos durante todo aquele
janeiro na preparação da iluminação da escola para receber o ensino noturno de
2º grau e também em outros fins de semana que passávamos na escola
arrumando aqui e ali. Vale a pena memorar também que nos dias de concretagem
o cozinheiro oficial era o prof. Luiz Antônio cujo principal trabalho era manter a
caneca cheia de caipirinha (para animar o pessoal durante o serviço) e fazer o
macarrão grudento com almôndegas.
25
Assim, percorreu-se o ano de 1996, com muitos sacrifícios. Até que enfim
a obra se deu por concluída nas férias escolares entre 1996 e 1997. Poder-se-ia
dizer que essa ampliação terminou em dezembro de 1996, mas alguns
acabamentos e arremates ainda foram feitos em janeiro. Antes, porém do término
da obra um primeiro ambiente, a biblioteca, foi terminada antes de todas as outras
para que se pudesse adiantar o processo de adequação do acervo. Todo o
mobiliário de madeira da biblioteca foi feita com sobra de recursos da obra. Essa
pequena sobra possibilitou que mais alguns serviços fossem realizados como:
alambrado da quadra; calçada entre o prédio e a quadra (dos dois lados); as duas
passagens cobertas entre o prédio antigo e o novo e a praça da escola. O
desenho e a implantação dessa praça foram feitos pelo prof. Silvano Cesar. A
clara intenção de suas formas geométricas é bem do perfil de um matemático. Um
folclore que existe a respeito disso é o de que o desenho da praça foi baseado no
símbolo de um time de futebol para qual o professor era torcedor. Na verdade,
reservadas as brincadeiras, onde hoje está a praça, era um pedaço de terreno
encharcado e sempre com muita lama. A função maior da criação da praça era
portanto proporcionar um ambiente mais limpo e agradável. Em tempo: as
palmeiras que estão ali, foram plantadas pelos professores Silvano e Romildo e
foram adquiridas na Chácara Gueno.
As discussões pedagógicas avançavam de forma volumosa. A necessidade
de revisão dos princípios educacionais da escola tornava-se cada vez mais
evidente. Precisava-se de uma metodologia de avaliação, de organização melhor
dos planejamentos e das aulas, da busca de novas opções e ideias Esse
trabalho, organizado pela professora Rosilei Ferrarini (supervisora da escola)
começaria a encorajar alguns professores já no ano seguinte, a promover
alterações na sua conduta educacional, encarando a função docente muito mais
como o trabalho de um agente mediador entre o aluno e o conhecimento do que
propriamente o dono do saber elaborado que era depositado esterilmente no
aluno.
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1997NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENS. DE 1º E 2º GRAUS
REGULARDIRETOR: ROMILDO STOCCO DUPINSKE
VICE-DIRETOR: ARLETE FIANCOSKINº DE ALUNOS: 701 (471 FUND – 230 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 3 2 2 3 2 1MATRICULAS 174 127 78 92 130 68 32
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E CF (FLUXO)
TARDE: 5ª A 8ª E1ª A 4ª
NOITE: 2º GRAU E 8ª
Enfim a obra de ampliação estava pronta mas ainda não poderia ser
utilizada porque faltavam as carteiras das salas.
Nesse ano um fato que precisava ser citado é o de que pela primeira vez o
Colégio Estadual Timbu Velho ofertava turmas de 1º grau no turno da tarde e uma
oitava série à noite. Além disso foi criada a primeira turma de Adequação Série-
Idade (Correção de Fluxo). É interessante explicar que apesar de o Colégio Timbu
Velho contar com dez salas de aula, o que não implicaria em falta de salas para
as turmas do fundamental (que também eram dez) ainda partilhávamos o espaço
com as turmas de 1ª a 4ª séries. Lembrando também que a cozinha, por exemplo,
atendia a todos os alunos de forma indistinta por que era a única que existia para
os dois estabelecimentos. Assim surgiu a necessidade de abrir turmas no período
da tarde pois havia salas disponíveis para isso. A correção de fluxo era um
programa do governo cuja finalidade era a de acelerar os estudos daqueles
alunos que reprovaram ou pararam muitas vezes e estão a mais de dois anos fora
de sua série correta. A turma da oitava série noturna justificava-se pela
necessidade de alguns alunos que precisavam trabalhar e não podiam frequentar
o ensino regular diurno.
Criava-se a partir desse ano uma certa “incompatibilidade” nessa parceria
de prédios entre as duas escolas (Timbu e Antonio José de Carvalho) pois ambas
com seus projetos e necessidades próprias urgiam por maior autonomia e
liberdade.
27
A nova LDB começava a chegar nas mãos dos professores e as
discussões a respeito de mudanças pedagógicas na escola tornavam-se ainda
mais polêmicas e necessárias.
Duas experiências, então, se destacaram nesse ano:
A primeira delas começou a ser realizada pelo prof. Silvano, de
matemática, que eliminou com algumas de suas turmas a avaliação tradicional
(de provas e testes) e passou a avaliar os alunos de forma mais contínua e
através de outras atividades nas quais a participação do aluno revelaria suas
dificuldades de aprendizagem e daí a diagnose e intervenção do professor. Como
em algumas turmas as avaliações tradicionais foram mantidas a intenção era
verificar as diferenças de aprendizagem dos alunos. Para que isso fosse possível,
a metodologia de aulas também teve que acompanhar essa nova dinâmica de
avaliação. No final do ano, a conclusão foi a seguinte: em ambos os casos os
alunos apresentaram praticamente o mesmo nível de aprendizado. Isso
demonstra que era possível arriscar novas metodologias, apesar de não haver
ocorrido o esperado “milagre” de aprendizagem dos alunos.
A segunda experiência foi a da sala-ambiente. Essa foi realizada pelo prof.
Luiz Antônio de geografia. A ideia era a de utilizar uma sala somente para aquela
disciplina, equipando-a e ambientando-a para tal. Nessa dinâmica de
funcionamento, o aluno passaria a se deslocar para a sala de aula ao invés do
professor fazê-lo. A intenção era de que essa modalidade de funcionamento
permitisse ao professor maior autonomia de planejamento e ações, pois teria
sempre à mão seus recursos básicos. O futuro nos diria que as coisas não seriam
tão simples assim. Equipar todas as salas e compatibilizar os horários de todas as
disciplinas nos reservariam grandes dissabores. Mesmo assim, o projeto foi
considerado bom e tomaria força no ano seguinte.
Essas duas experiências eram os fatos que faltavam para delinear o novo
Planejamento escolar, que seria escrito no ano seguinte, já sob as orientações
das deliberações Federais sobre a Educação, baseadas na nova LDB e que mais
tarde teriam como fruto os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Por último, convém destacar que nesse ano a escola adquiriu quatro
28
aparelhos de televisão e três aparelhos de vídeo cassete. Além disso, as salas do
prédio novo receberam cortinas, armários, mesas e cadeiras para o professor.
Essa foi uma importante aquisição de equipamentos para a escola, que pretendia
já no ano seguinte iniciar o funcionamento das salas-ambientes.
No final deste ano, por eleição direta, o prof. Luiz Antônio de Moura é eleito
novo diretor do Colégio.
1998NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: LUIZ ANTONIO DE MOURAVICE-DIRETOR: ARLETE FIANCOSKI
Nº DE ALUNOS: 877 (553 FUND – 324 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª CF 1º 2º 3º
QUANTIDADE 3 3 3 3 5 3 3 2MATRICULAS 104 101 98 102 148 145 116 63
TURNOS UTILIZADOSMANHÃ: 5ª A
8ª E CF (FLUXO)
TARDE: 5ª A 8ª,1ª A 4ª E CF (FLUXO)
NOITE: 2º GRAU, 8ª E CF (FLUXO)
Nesse ano o primeiro destaque é o início do funcionamento das salas-
ambientes. A experiência realizada no ano anterior demonstrou que esse tipo de
organização era possível. Assim, as salas começaram a ser ambientadas
conforme a necessidade das disciplinas. O processo de ambientação
demonstrou-se vagaroso por dois motivos: O primeiro era a falta de recursos para
a compra de materiais e equipamentos. A escola contava com equipamentos
comprados na gestão anterior e havia a necessidade de novas aquisições, que
ocorreriam aos poucos. O segundo motivo, enfrentando ainda atualmente ( e mais
agora do que naquela época), era a rotatividade de profissionais que já começava
a ser sentida, devido á falta de políticas de concursos públicos. Assim, os
professores contratados por seleção simplificada, não tinham garantia de
estabilidade no estabelecimento e por isso não assumiam compromissos de longo
prazo.
29
Outra situação vivida nesse ano foi a abertura de cinco turmas de
programa de adequação série-idade (Correção de Fluxo). Foram criadas cinco
turmas: duas pela manhã, uma a tarde e duas a noite. Apesar de polêmico, esse
programa pelo menos criou a oportunidade de os alunos que estavam atrasados
em sua escolaridade, alcançar a série correta. A maior crítica que se pode fazer
do programa é que a intenção desta era muito mais avançada que a clientela para
a qual se destinava. Isto é, os princípios fundamentais do programa eram muito
bons, mas não foi devidamente valorizado por muitos profissionais e
consequentemente aluno.
A correção de fluxo, atraiu muitos alunos da comunidade e também
atendeu a alunos do próprio colégio, que ironicamente não continuaram seus
estudos aqui. A conclusão óbvia é que por terem feito um adiantamento de sua
escolaridade, preferiam buscar cursos supletivos para prosseguir seus estudos.
Outros, simplesmente terminaram o fundamental e não estudaram mais. Somente
alguns alunos continuaram no sistema regular e completaram o ensino médio.
Nesse ano, passou a constar no plano político pedagógico da escola, o
novo sistema de avaliação e o novo sistema de funcionamento das disciplinas.
Surgiu então, numa das primeiras reuniões para discussão do assunto o seguinte:
se o desempenho dos alunos vai ser registrado em conceitos, num processo de
avaliação diagnóstica e constante, como vamos estabelecer a média dos valores
anotados, uma vez que serão letras em lugar de números? O professor Silvano
César resolveu a questão da seguinte forma:
“Como o sistema a ser utilizado agora é baseado em conceitos,
representados por letras, a saber: O (ótimo), B (bom), R (regular) e I (insuficiente),
a dificuldade agora é saber como determinar a média de um aluno, durante um
certo tempo de registros desses conceitos. Por exemplo, para um aluno que tem
registrados a seu favor os conceitos B B O I R R B R I, tem que média? Assim,
ficou estabelecido um sistema de referência que denotava a cada conceito a
seguinte faixa de aproveitamento nas avaliações propostas pelos professores: I
(insuficiente) 0% até 49% de aproveitamento, R (regular) 50% a 69% de
aproveitamento, B (bom) 70% a 89% de aproveitamento, O (ótimo) 90% a 100%
30
de aproveitamento. Isso serviu de referência aos professores na hora de atribuir
conceitos às diversas formas de participação dos alunos em processos
avaliativos.
Além disso, um sistema médio baseado em pesos de cada um desses
conceitos, aliadas a um processo de cálculo, determinavam a média de cada
aluno, baseada nos conceitos a ele atribuídos.
Esse cálculo, no entanto tornava-se impraticável, se fosse feito caso a
caso. Assim o prof. Silvano Cesar criou um sistema de planilhas eletrônicas em
computador, vinculadas entre si, que permitia, a partir do registro de conceitos
feito pelo professor, o cálculo automático das médias de cada aluno. Além disso,
permitia o registro de faltas, e da avaliação comportamental de cada aluno. O
sistema já foi programado para dois semestres, como havia sido registrado no
plano político pedagógico recém elaborado.
Que fique registrado, portanto, que esse foi o primeiro passo na direção da
informatização plena da escola. Com um sistema de registro de avaliações
informatizado, a agilidade no processo de interpretação dos resultados ficou
melhor. Uma vez que o sistema estivesse alimentado com os dados necessários,
poder-se-ia fazer uma série de cruzamentos de dados que permitiam a análise do
comportamento dos alunos, turmas, disciplinas e outros mais.
Havia, nesse momento, um único problema: falta de computadores. A
escola ainda não tinha computadores suficientes para atender à necessidade de
digitação dos conceitos no final de cada bimestre. Isso somente seria resolvido no
ano seguinte.
Ainda nesse ano, no dia oito de junho, a APM abria as cartas de
concorrência para a construção de um Laboratório de Informática e uma
biblioteca, através de um programa de melhoria do ensino médio denominado
PROEM. Ficou encarregado desta obra o prof. Silvano Cesar, que já havia sido
indicado a participar do processo licitatório no dia 05 de maio.
Essa obra é uma grande realização do mandato do prof. Luiz Antônio. Com
a construção dessas novas dependências a antiga sala da biblioteca se tornaria
mais uma sala de aula, juntamente com o laboratório de Química, Física e
31
Biologia, o que seria um avanço na conquista de espaço para o funcionamento
das salas-ambientes.
1999NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: LUIZ ANTONIO DE MOURAVICE-DIRETOR: ARLETE FIANCOSKI
Nº DE ALUNOS: 896 (481 FUND – 415 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 3 3 3 4 4 3 2MATRICULAS 127 108 107 139 197 124 94
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª TARDE: 5ª A 8ª E 1ª A 4ª
NOITE: 2º GRAU E 8ª
2000NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: LUIZ ANTONIO DE MOURAVICE-DIRETOR: ARLETE FIANCOSKI
Nº DE ALUNOS: 761 (456 FUND – 305 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª CF 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 3 3 3 2 4 4 2MATRICULAS 126 92 88 93 57 171 148 100
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª TARDE: 5ª A 8ª,1ª A 4ª E CF (FLUXO)
NOITE: 2º GRAU
Nestes dois anos vários fatos devem ser citados:
Trabalhos com os pais, realizados por turmas no salão da igreja como:
Ensinar o filho a ter pequenas responsabilidades como: levantar na hora certa,
cumprir o horário escolar, cuidar do uniforme e do material; os pais estarem
presentes na escola participando do Projeto “Tomar um cafezinho com o diretor”
para tratar dos Direitos, Deveres, Proibições, Penalidades e outros, sendo que
neste mesmo ano o Regimento Escolar foi publicado no jornal local.
32
Com isso foi montado o Regimento Escolar com publicação no jornal local.
Designou-se um professor(a) pelo Conselho Escolar para representar a comissão
de formatura perante a Direção, acompanhando o processo de arrecadação de
fundos, organização de eventos, rifas etc, desenvolvidas pelas turmas, podendo
responder por uma das contas da APM, junto ao banco, através de acordo Escola
Banco.
Foram realizadas gincanas culturais, com ótimas premiações, houve
também convênios assinados para cobertura da quadra, assinado em 24 de junho
de 1999, no Palácio do Iguaçu junto ao Governador Jaime Lerner, Prefeito Elerian
R. Zanetti, Deputado Neivo Beraldin e alunos do colégio, além desse convênio
houve o convênio para expansão e melhoria do Ensino Médio, (PROEM) na
construção da biblioteca e do laboratório de informática, o qual foi realizado e hoje
é uma realidade da escola.
Ocorreu a aquisição de 25 computadores iniciando com um computador na
secretaria, depois 13 no laboratório de informática, um comprado com recursos
próprios e 10 do convênio Proinfo ( que por sinal é aquisição desta direção que
seguiram a integra para a próxima direção, mas tiveram que informar a data
(março de 2002).
A realização dos momentos pedagógicos eram com o objetivo da formação
do aluno visando a avaliação diagnóstica e processual e os encaminhamentos
dos planejamentos que passaram a ser por área, no final do trabalho realizando-
se um momento de confraternização entre todos com um almoço.
Nestes anos o colégio quase atingiu 100% de aprovação, vários registros
de experiências vivenciadas em sala de aula foram registradas, fundamentando-
se na concepção da Avaliação Diagnóstica, Continua e Paralela.
Acontecimentos como homenagem ao dia das mães, dos pais, da mulher,
dos aniversariantes eram realizados com grande sucesso nesta Gestão, assim
como a realização da Festa dos dez anos do colégio (1989 – 1999), realizada na
Associação dos Funcionários da Presidência Social (ASPS), além de atividades
nas datas cívicas.
Dois fatos importantes devem ser citados como: A Prestação de Contas do
33
Fundo Rotativo Publicado no Jornal de circulação do município e a participação
do Prêmio Gestão Escolar 1999, ficando com a segunda colocação no município
perdendo para o Ganhador do Prêmio Nacional.
Outros projetos foram realizados e tiveram grande êxito como: carteirinha
para alunos e para utilização da biblioteca, fichas de ocorrências pedagógicas,
biblioteca em sala, lanches diferenciados, aprovação de salas laboratórios,
doações de uniformes, ampliação do acervo da biblioteca, gincanas para
arrecadar material de limpeza e expediente, cuidando do jardim, doações de
sangue, implantação de equipamentos de áudio e vídeo nas salas de aula,
informatização da escola e outros.
Ainda foram realizados outros projetos de Ações Solidárias como
arrecadação de roupas, alimentos, móveis etc, colaboração com o projeto da Rua
para Escola, parceria com IASP (Instituto de Ação Social de Paraná), parcerias
em estágios (FUNALIBER). Palestras e parceria com a SANEPAR sobre o meio
ambiente e projeto “Limpando o Rio Anhangava”.
Estas são as realizações de destaque desta gestão.
2001NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: SILVANO CESAR DOS SANTOS
VICE-DIRETOR: ROMILDO STOCCO DUPINSKENº DE ALUNOS: 860 (456 FUND – 404 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 4 3 3 4 3 3MATRICULAS 115 129 119 93 157 133 114
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E 2º GRAU TARDE: 5ª A 8ª NOITE: 2º GRAU
34
2002NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: SILVANO CESAR DOS SANTOS
VICE-DIRETOR: FABRÍCIO SALVADOR VIDALNº DE ALUNOS: 835 (469 FUND – 366 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 3 4 3 4 3 3MATRICULAS 132 99 138 100 152 113 101
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E 2º GRAU TARDE: 5ª A 8ª NOITE: 2º GRAU
2003NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: SILVANO CESAR DOS SANTOS
VICE-DIRETOR: FABRÍCIO SALVADOR VIDALNº DE ALUNOS: 858 (503 FUND – 355 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 3 3 4 3 4 3MATRICULAS 149 129 97 128 132 118 105
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E 2º GRAU TARDE: 5ª A 8ª NOITE: 2º GRAU
2004NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: JAIR RAFAEL
DIRETORA - AUXILIAR: CLAUDIA MOREIRA GARCIANº DE ALUNOS: 831 (473 FUND – 358 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 4 3 3 5 3 3MATRICULAS 148 141 94 90 168 99 91
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E 2º GRAU TARDE: 5ª A 8ª NOITE: 2º GRAU
35
2005NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: JAIR RAFAEL
DIRETORA - AUXILIAR: CLAUDIA MOREIRA GARCIANº DE ALUNOS: 906 (546 FUND – 360 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 4 3 3 3 3 3MATRICULAS 172 149 126 99 139 125 96
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E 2º GRAU TARDE: 5ª A 8ª NOITE: 2º GRAU
Nesse período a escola esteve sob a direção do professor Jair Rafael, afro-
brasileiro, professor de Filosofia e História. Esses dois anos de direção foi mais
um aprendizado, mas isso não impediu que algumas mudanças fossem
realizadas. Por exemplo no setor pedagógico houve mudanças significativas, as
notas atribuídas aos alunos de conceitual e semestral, passaram a ser numérica e
bimestral. Ainda no setor pedagógico, foram incorporados alguns materiais que
facilitaram ainda mais os trabalhos, pois recebemos 370 livros novos de literatura.
Foi feita assinatura de três revistas e a compra de uma Enciclopédia Barsa.
Também recebemos algumas doações do Estado que contribuíram para um
melhor trabalho pedagógico: um televisor 21” e um vídeo cassete 7 cabeças.
Já as aquisições foram várias: um forno elétrico, uma impressora a laser,
um aparelho de fax, lâmpadas emergenciais e quatro refletores para a quadra. As
melhorias também aconteceram, a reforma de 100(cem) carteiras e 100(cem)
cadeiras, a troca do portão de madeira que dava acesso à biblioteca, a cobertura
e a construção de uma churrasqueira, o fechamento do muro em 70% de sua
extensão.
Nesse período, o colégio saiu das fronteiras de Campina Grande do Sul,
mediante alguns projetos desenvolvidos por alguns professores.
36
2006NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: JAIR RAFAEL
DIRETORA - AUXILIAR: ROSIMERI CECCON DA SILVANº DE ALUNOS: 1005 (546 FUND – 360 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 4 4 3 5 3 4MATRICULAS 165 159 133 103 187 116 142
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E ENS MEDI TARDE: 5ª A 8ª NOITE: 2º GRAU
2007NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: JAIR RAFAEL
DIRETORA - AUXILIAR: ROSIMERI DA SILVA CECCONNº DE ALUNOS: 952 (535 FUND – 417 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 4 3 3 4 4 3MATRICULAS 149 149 118 119 165 146 106
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E ENS. MÉDIO TARDE: 5ª A 8ª NOITE: ENS.
MÉDIO
2008NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: JAIR RAFAEL
DIRETORA - AUXILIAR: ROSIMERI DA SILVA CECCONNº DE ALUNOS: 882 (511 FUND – 371 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 4 4 3 3 4 3MATRICULAS 136 127 139 109 136 129 106
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E ENS. MÉDIO TARDE: 5ª A 8ª NOITE: ENS.
MÉDIO
37
Nesses três anos, o Colégio continuou sob a direção do professor Jair
Rafael, que após a reeleição manteve a efetivação de mudanças na estrutura. A
fixação dos alunos em sala, não mais usando as salas ambiente, visto que a alta
rotatividade de professores impedia que o colégio mantivesse essa proposta
pedagógica. Houve a aquisição de televisores multimídias, um novo laboratório de
Informática, ventiladores nas salas de aula e cortinas.
As reformas executadas no colégio foram feitas com o objetivo de facilitar o
trabalho pedagógico. A reforma na Secretaria, a colocação de grades e a pintura.
Nessa linha, a construção da sala de judô e o armário na sala dos professores.
2009NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: JAIR RAFAEL
DIRETORA - AUXILIAR: NIVIO KIVIATKOSKI DE PAULANº DE ALUNOS: 859 (449 FUND – 360 MÉDIO)
NÍVEL 1º GRAU 2º GRAUSÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
QUANTIDADE 4 4 3 3 3 3 3MATRICULAS 155 110 117 117 135 96 129
TURNOS UTILIZADOS MANHÃ: 5ª A 8ª E ENS. MÉDIO TARDE: 5ª A 8ª NOITE: ENS.
MÉDIO
2010NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: JAIR RAFAEL
DIRETOR - AUXILIAR: NIVIO KIVIATKOSKI DE PAULANº DE ALUNOS: 859 (449 FUND – 360 MÉDIO)
NÍVEL FUNDAMENTAL MÉDIO CELEM - ESPANHOL
SÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º 1ªQUANTIDADE 5 4 3 3 3 2 2 2MATRICULAS 169 141 132 110 117 87 96 44
TURNOS UTILIZADOS
MANHÃ: 5ª A 8ª E ENS. MÉDIO TARDE: 5ª A 8ª NOITE: ENS.
MÉDIO E CELEM
38
2011NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: JAIR RAFAEL
DIRETOR - AUXILIAR: NIVIO KIVIATKOSKI DE PAULANº DE ALUNOS: 859 (449 FUND – 360 MÉDIO)
NÍVEL FUNDAMENTAL MÉDIO CELEM - ESPANHOL
SÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º 1ªQUANTIDADE 4 4 4 3 3 2 2 1MATRICULAS 154 150 150 110 118 89 81 15
TURNOS UTILIZADOS
MANHÃ: 5ª A 8ª E ENS. MÉDIO TARDE: 5ª A 8ª NOITE: ENS.
MÉDIO E CELEM
Esse período de três anos (2009-2010-2011) aumentou ainda mais a
responsabilidade, pois o colégio já está sob a direção do professor Jair há oito
anos. Mas a preocupação e o foco continua sendo o aprimoramento da parte
pedagógica. Para tanto, mudou-se os critérios de avaliação, no intuito de
adequação à realidade da comunidade escolar.
Organizou-se uma sala para apoio didático-pedagógico para os
professores: videoteca, biblioteca, livros paradidáticos, material dourado, sólidos
geométricos, jogos pedagógicos para diversas disciplinas, gibi teca, dvdteca,
revistas, entre outros.
As aquisições foram: telefone sem fio, aparelho DVD, som com 12 caixas,
dois bebedouros, uma impressora, um quadro quadriculado, um data show e uma
câmera digital, automatização do portão do estacionamento, modificação da
entrada na Secretaria e instalação de fechaduras especiais nas salas, construção
de mais um banheiro para os professores e construção parcial da quadra coberta.
O empenho maior da Direção, Equipe Pedagógica e Funcionários foca-se
na melhoria da qualidade de ensino.
39
2012NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: JAIR RAFAEL
DIRETORA - AUXILIAR: GISELE HENRIQUENº DE ALUNOS: 811 (557 FUND – 254 MÉDIO)
NÍVEL FUNDAMENTAL MÉDIO MULTIFUN-CIONAL
SÉRIE 6º 7º 8º 9º 1ª 2ª 3ª -QUANTIDADE 4 4 4 3 3 2 2 1MATRICULAS 158 130 149 120 118 98 38 8
TURNOS UTILIZADOS
MANHÃ: 8º E 9º, ENS. MÉDIO TARDE: 6º A 8º NOITE: ENS.
MÉDIO
2013NOME: COLÉGIO ESTADUAL TIMBU VELHO – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIODIRETOR: JAIR RAFAEL
DIRETORA - AUXILIAR: GISELE HENRIQUENº DE ALUNOS: 711 (456 FUND – 255 MÉDIO)
NÍVEL FUNDAMENTAL MÉDIO MULTIFUN-CIONAL
SÉRIE 6º 7º 8º 9º 1ª 2ª 3ª -QUANTIDADE 3 5 4 4 4 2 2 1MATRICULAS 96 146 111 103 125 71 59 10
TURNOS UTILIZADOS
MANHÃ: 8º E 9º, ENS. MÉDIO TARDE: 6º A 8º NOITE: ENS.
MÉDIO
Em 2012 e 2013 o foco principal da direção e equipe é o pedagógico. Por
isso, a abertura da sala de recurso, a reclassificação dos alunos fora de
idade/série e o empenho de todos na redução do número de alunos que passam
por conselho.
Quanto a infraestrutura: fizemos a casa do gás, reformamos o espaço
interno da Biblioteca, fechamos a quadra, isto é, separamos do colégio, fizemos
uma quadra de vôlei, arrumamos o piso sob a cobertura atras da quadra,
40
colocamos uma rede para proteger as lâmpadas da quadra. Também colocamos
câmeras nas salas de aulas e nos espaços críticos fora das salas.
Compramos cinco computadores para facilitar o trabalho do pedagógico;
além desses recebemos o laboratório do Proinfo o que dinamizou os trabalhos
dos professores.
Colocamos extintores nos espaços exigidos pela vigilância e o corpo de
bombeiro e lâmpadas emergênciais.
41
5. ESPAÇO FÍSICO
A gestão da escola favorece o uso comum e democrático do espaço físico,
dos equipamentos, máquina de xerox, computadores, grampeador, papel sulfite,
biblioteca para pesquisas, murais informativos.
As instalações físicas e o mobiliário da escola são acolhedoras, limpas e
bonitas, criando assim um ambiente propício à aprendizagem.
Em 2013, contamos com:
10 salas ambiente
1 Biblioteca
1 laboratório de Informática
1 sala dos Professores
1 sala de Recurso Multifuncional
1 sala de Multimeios
1 Laboratório de Química/Física/Biologia
1 sala de direção
1 sala de Supervisão
1 sala de Secretaria
1 depósito
1 cozinha/dispensa
14 banheiros
pátio coberto
pátio descoberto
quadra de esportes coberta
42
5.1 RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
340 Conjuntos escolar (mesa e carteiras);
01 Câmera Fotográfica;
01 Antena Parabólica;
01 Conjunto de Termologia;
01 Conjunto de Leis de Hom;
01 Scanner;
01 Conjunto de Óticas e Ondas;
05 Estabilizadores;
01 Hub;
04 Monitores;
04 Teclados;
07 CPUs;
01 Globo Terrestre;
01 Servidora;
06 CPUs (PR digital);
24 Teclados;
24 Monitores;
11 Televisores 29”;
11 Racks;
01 Receptor;
01 Medidor Estadiômetro Portátil;
01 Balança Plataforma digital;
01 Processador de alimentos;
01 Amplificador;
06 Armários de aço 2 portas;
10 Armários de aço 4 gavetas;
03 Geladeiras;
01 Fogão industrial;
43
10 Mesas de leitura;
10 Estantes de aço;
35 Cadeira p/ digitador (PROEM);
10 Mesas p/ micro;
38 Cadeiras de polipropileno;
12 Mesas p/ refeitório com 2 bancos;
01 Liquidificador;
02 Freezeres;
01 Batedeira;
01 Fax;
01 Máquina jato d' água;
01 Central telefônica;
02 Botijões de gás;
01 Forno elétrico;
03 Bebedores;
01 Escada de alumínio;
04 DVDs;
05 Telefones;
14 Ventiladores;
01 Enceradeira;
18 Computadores (Proinfo);
08 Mesas p/computador (Proinfo);
02 Panelas de pressão;
01 micro-ondas;
03 Impressoras laser (PR digital);
01 Data show;
01 Projetor Educacional;
01 Sinal eletrônico com 15 caixas de som ambiente;
01 Duplicadora;
01 Fragmentadora de papel;
01 Impressoras laser (Proinfo);
44
01 Impressora multifuncional;
02 Impressoras jato de tinta;
12 Câmeras de segurança;
01 Contêiner de lixo.
45
5.2 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
Ensino Fundamental
Turno Turma 6º 7º 8º 9ºMANHÃ Nº de turmas 0 0 2 4TARDE Nº de turmas 3 5 2 0
Ensino Médio
Turno Turma 1º 2º 3ºMANHÃ Nº de turmas 2 1 1NOITE Nº de turmas 2 1 1
Sala Multifuncional
Turno TurmaMANHÃ 1
Total de Turmas por Turno
Turno Número total de turmasMANHÃ 10TARDE 10NOITE 4
46
5.3 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
O horário de funcionamento da escola também atende os interesses da
aprendizagem, considerando o problema do aluno trabalhador e também aquele
educando que se atrasa às vezes, pois a família sai a trabalho e ele não
consegue acordar a tempo.
Manhã: início: 07h30min às 11h45min e uma tolerância de 15 minutos=
7h45min
Tarde: início: 13h10min às 17h30min e uma tolerância de 15 minutos=
13h25min
Noite: início: 18h40min às 22h50min e uma tolerância de 15 minutos=
18h55min
Em anexo, tabelas de horários confeccionadas de acordo com nosso
quadro de professores do período da manhã, tarde e noite.
47
5.4 MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL
48
49
5.5 MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO
50
51
5.6 ESTRUTURA HUMANA
EQUIPE DE DIREÇÃODireção: Jair Rafael
Direção Auxiliar: Gisele Henrique
EQUIPE TÉCNICO PEDAGÓGICA Pedagogas: Gisele Henrique, Roselene Santos de Souza, Silvelena Rocha
Ferreira e Viviane Jacomit.
CORPO DOCENTE
NOME VÍNCULO FORMAÇÃO
Antônio de Souza Junior REPR Licenciatura Plena
Catia Regina Meneguzzo REPR Licenciatura Plena
Daniel Dias Fernandes REPR Licenciatura Plena
Derblay França Ferraz QPM Pós Graduação
Eliane Raboni Fernandes de Carvalho REPR Pós Graduação
Elizabeth Dias Sobrinho REPR Licenciatura Plena
Ercildo João Griz REPR Licenciatura Plena
Geraldo Gomes Correia QPM Licenciatura Plena
Gisele Henrique QPM Pós Graduação
Helton Lucian Colere Tanajura REPR Pós Graduação
Irene Isabel Bastianik QPM Pós Graduação
Jair Rafael QPM Pós Graduação
João Pedro Kologe dos Santos REPR Licenciatura Plena
Juliana Lourenço de Brito QPM Pós Graduação
52
Lucivane dos Santos Paltani REPR Pós Graduação
Luiz Antônio de Moura QPM Pós Graduação
Luiz Fernando Fagundes SC02 Licenciatura Plena
Marcio de Lima Bobrowc SC02 Licenciatura Plena
Marcos Lucas Gomes QPM Licenciatura Plena
Mark Augusto Baschta da Rosa SC02 Licenciatura Plena
Meire Rose de Castro Vieira REPR Licenciatura Plena
Nivio Kiviatkoski de Paula QPM Licenciatura Plena
Odiclei Ruzenente QPM Pós Graduação
Patricia de França Manzolli REPR Licenciatura Plena
Ricardo Goetz REPR Licenciatura Plena
Romildo Stocco Dupinske QPM Licenciatura Plena
Roselene Santos de Souza QPM Pós Graduação
Rosimeri da Silva Ceccon QPM Pós Graduação
Sadrac Pereira QPM Pós Graduação
Saulo Lopes dos Santos REPR Não Licenciado
Selma Regina Gomes Pereira QPM Licenciatura Plena
Silvelena Rocha Ferreira QPM Pós Graduação
Vanderleia Pedro Leal REPR Pós Graduação
Vera Lucia Pscheidt REPR Licenciatura Plena
Viviane Jacomit QPM Pós Graduação
EQUIPE ADMINISTRATIVANOME VÍNCULO HABILITAÇÃO FUNÇÃO
Angenor Carlos Ribeiro Borges QFEB Superior Completo Tec. Administrativo
Arlete Fiancoski QPM Pós Graduação Apoio Pedagógico
53
Eudoquia Koubetch QPM Pós Graduação Apoio Pedagógico
Janete Alves Correa QFEB Superior Completo Tec. Administrativo
Luiz Cláudio Ferrarini QFEB Superior Completo Tec. Administrativo
Maria Joceli Fausto Toldo QFEB Superior Completo Tec. Administrativo
Neiva Bandeira de Souza Godoi QFEB Superior Completo Tec.
AdministrativoScheila Azevedo Opulinski Oliveira QFEB Superior Completo Secretária
Sirlei Berton Jacomit QFEB Cursando Superior Tec. Administrativo
SERVIÇOS GERAIS
NOME VINCULO HABILITAÇÃO FUNÇÃOAna Paula Benevenuto Santos QFEB Ensino Médio Aux. Serviços
Gerais
Clarice Rosa da Silva QFEB Ensino Médio Aux. Serviços Gerais
Daniela Viviane da Silva Velho QFEB Ensino Médio Aux. Serviços
Gerais
Dirlene Zanon Ferrarini QFEB Superior Completo Merendeira
Luzia Peixoto da Silva Pereira QFEB Magistério Aux. Serviços Gerais
Sara Weigert Ribeiro QFEB Ensino Médio Aux. Serviços Gerais
Soili Pereira Deppa QFEB Fund. Incompleto Aux. Serviços Gerais
Terezinha de Jesus Berton Jacomit QPPE Fund. Incompleto Aux. Serviços
Gerais
Zeneide Alexandre S. Ferrarini QFEB Ensino Médio Merendeira
54
5.7 CONTEXTO ATUAL DA ESCOLA
Segundo Libâneo (1999), o planejamento escolar consiste numa atividade
de previsão da ação a ser realizada, implicando definição de necessidades a
atender, objetivos a atingir dentro das possibilidades, procedimentos e recursos a
serem empregados, tempo de execução e formas de avaliação.
Godoy (2005), aponta que a escola é o centro condutor de vários
profissionais envolvidos na ação educativa e completa dizendo que o trabalho
coletivo articula os diversos segmentos da comunidade escolar, sendo este fato
fundamental para a sustentação da ação da escola em torno de um Projeto.
O Projeto Político Pedagógico é a concretização do processo de planejamento e deve ser compreendido como um instrumento e processo de organização da escola. Ele faz a articulação das intenções, prioridades e caminhos escolhidos para realizar sua função social. (GODOY, 2005).
Considera o que já está instituído (legislação, currículos, conteúdos,
métodos, formas organizativas da escola, etc.), mas também tem uma
característica instituinte.
A característica instituinte significa que o projeto institui, estabelece, cria
objetivos, procedimentos, instrumentos, modos de agir, estruturas, hábitos,
valores, ou seja, institui uma cultura organizacional (LIBANÊO, 1999 p. 126).
A tarefa de pensar qualquer projeto pedagógico implica em que a
instituição reconheça sua história e a relevância de sua contribuição, faça
autocrítica e busque uma nova forma de organizar o trabalho pedagógico
(VALENTIN, 2002).
A Educação no Brasil, conforme dados do IBGE, mostra-se com grandes
problemas. A razão deste fato, está relacionada ao baixo investimento na infra-
estrutura educacional, o que vai refletir na desmotivação do professor, em razão
de seus baixos salários, um alto índice de evasão escolar e repetência, além do
baixo investimento na estrutura familiar.
55
O Estado do Paraná não foge a esta realidade, apesar de apresentar
muitas linhas de ação sendo desenvolvidas no sentido de garantir oportunidade e
qualidade de educação no Estado.
No município de Campina Grande do Sul constata-se que no primeiro
segmento do Ensino Fundamental que os índices de evasão são quase nulos.
Enquanto que nesse estabelecimento o nível de evasão e repetência, somam
cerca de 30%.
Mediante apresentação, discussão e análise dos dados levantados sobre a
avaliação 2009-2010 e sobre o Ensino Fundamental de nove anos na semana
pedagógica de julho de 2011, concluiu-se que: Em relação a implantação
simultânea do Ensino Fundamental de nove anos em 2012 a instituição não
sofrerá grandes alterações quanto a organização de espaços e tempos escolares,
visto que estamos trabalhando com material didático que já trazem nomenclatura
série-ano e utilizaremos os mesmos espaços devido a implantação ser
simultânea. Em relação a articulação entre as escolas da rede municipal,
continuaremos os contatos que já fazemos através de telefone e pareceres,
desenvolveremos as ações citadas no ato operacional que se refere a integração
entre a rede municipal e estadual e que garantem acompanhamento pedagógico
para os alunos com dificuldades de aprendizagem.
No que se refere a avaliação analisamos que em 2010 o índice de
reprovados e evadidos no Ensino Fundamental e Médio diminuiu para 23% e o
índice de aprovados em 2010 no Ensino Fundamental foi de 76,40%, sendo que
52,73% destes, foram aprovados por Conselho de Classe; 17,45% reprovados e
5,63% de evadidos. No Ensino Médio a taxa de aprovados foi de 68,78%, sendo
que 39,08% destes, foram aprovados por Conselho de Classe; 15,41% de
reprovados e 15,81% de evadidos. Após essa análise, concluímos que houve um
aumento de alunos aprovados por Conselho de Classe, sendo com mais
frequência nos 6ºs anos, e nos 8ºs e 9ºs anos do Ensino Fundamental e no 1º ano
do Ensino Médio.
Em relação aos índices do IDEB, analisamos e concluímos que em 2007
chegamos próximo à meta estabelecida, porém, em 2009 o índice foi menor. Em
56
relação aos índices do IDEB, analisamos e concluímos na capacitação de 2013
que em 2011 tivemos um índice de 4,2, sendo superior ao índice de 2009 que foi
de 3,5. Quanto a escala de proficiência da Prova Brasil concluiu-se que tivemos
um aumento significativo em ambas as disciplinas superando a meta estipulada
em Língua Portuguesa e aproximando da meta estipulada em Matemática.
Na capacitação de fevereiro de 2013, foram analisados os dados referente
às avaliações de 2012, fazendo uma comparação em relação à análise de 2011 e
estabelecemos metas para 2013.
Em 2011, o índice de aprovação foi de 85,25% no Ensino Fundamental e
61,86% no Ensino Médio.
Em 2012, o índice de aprovação foi de 76,29% e no Ensino Médio de
71,35%. Concluímos que no Ensino Fundamental diminiuiu o índice de aprovação
em 8,96% e no Ensino Médio aumentou em 9,49%.
O índice de reprovação no Ensino Fundamental em 2011 foi de 10,68% e
no Ensino Médio de 16,10%. Em 2012 no Ensino Fundamental foi de 20,58% e no
Ensino Médio foi de 15,9%. Concluímos que o índice de reprovação aumentou em
2012 em 9,9% no Fundamental e diminuiu em 1,0% no Ensino Médio.
Evasão e Abandono em 2011 no Ensino Fundamental foi de 4,05% e no
Ensino Médio foi de 22,03%. Em 2012 o índice foi de 3,11% no Ensino
Fundamental e 12,73% no Ensino Médio. Concluímos que o índice de
Abandono/Evasão diminiuiu em 0,94% no Ensino Fundamental e 9,3% no Ensino
Médio, em relação a 2011.
Com um índice geral de aprovação por Conselho de 30,45% em 2011, e
21,05% em 2012. Concluímos que estamos atingindo nosso objetivo que é
diminiuir a aprovação por Conselho gradativamente. Em 2012, o índice foi de
9,4% menor que 2011.
Em 2013, realizou-se a implantação do Programa Brigada Escolares –
Defesa Civil na Escola, considerando que a população adulta só adquire hábitos
preventivos após terem vivenciados uma situação de crise ou por força de uma
legislação pertinente, o Programa opta em trabalhar no ambiente escolar,
provomovendo mudanças de comportamento, pois crianças e adolescentes são
57
mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e capazes de
influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das medidas preventivas.
Trabalhar na escola tem haver com a necessidade de adequá-la internamente as
disposições legais de prevenção de todas as espécie de riscos, sejam elas de
cunho natual ou de outra espécie como acidentes pessoais, incêndios entre
outros.
Vivemos em uma geração desinformada, embora o acesso às informações,
hoje, seja mais fácil. Esta desinformação deve-se ao fato de certos grupos de
pessoas buscarem somente o que é de seu interesse, deixando de conhecer o
que realmente é inerente ao cidadão. Muitas vezes, os profissionais também são
acometidos desta desinformação gerando ações que nem sempre são carregadas
de significados.
Para que a ação educativa tenha significado real, a prática precisa ser
dialética, dinâmica e flexível, pois não podemos considerar os alunos e
profissionais da educação como massa homogênea, o que requer uma prática
vivencial coerente.
A motivação dos professores advém, em grande parte da expectativa de
formação contínua ofertada regularmente e de condições materiais de trabalho.
No segundo segmento do Ensino Fundamental e Médio constata-se
também um cuidado com a infra estrutura educacional, porém sendo evidente que
a procura do Ensino Médio é mais restrita que o Fundamental. Os índices de
evasão escolar mostram o afunilamento do sistema, gerado pelas inúmeras
repetências, desestímulo ao estudo e necessidade de ingresso precoce ao
mercado de trabalho havendo em contrapartida uma busca crescente pelo ensino
supletivo.
A partir desta introdução a respeito do Projeto Político Pedagógico e da
caracterização da educação no país, docentes, funcionários, discentes e
comunidade do Colégio Estadual Timbu Velho vislumbram a realidade em que
está inserida a escola hoje, estando atenta à cultura local e às influências de
outras culturas, valorizando as origens e evitando sua extinção.
A escola existe para garantir a aprendizagem de conteúdos e de
58
habilidades necessárias para a vida em sociedade, desta forma, o aluno exercita
a sua cidadania a partir da compreensão e da interpretação da realidade.
A comunidade apresenta uma diversidade na sua constituição de
identificação histórico-cultural em função do processo migratório de sua formação.
Até 2006, a região era considerada uma área dormitório, composta por operários
e pequenos comerciantes, que apresentavam sua capacidade de decidir e opinar
quase nula, não sendo sujeitos, mas sim objetos de sua realidade. Em 2010, a
realidade da comunidade encontra-se em amplo processo de transformação, visto
que deixou de ser apenas uma área dormitório, com o fortalecimento das
atividades industriais e comerciais, assim como no setor de prestação de serviço.
No Município, a realidade educacional desta comunidade demonstra a
característica acima apontada, de desvalorização do conhecimento em função de
uma supervalorização da titulação que lhe permita a inserção no mercado de
trabalho, tendo que se adaptar às necessidades deste e das obrigações
familiares. Sua busca por inclusão social limita-se ao trabalho. Estes pontos
apontam para uma deficiência no processo de transformação do meio, em
decorrência destas limitações apresentadas.
No entanto, o aumento populacional maior e bastante desordenado
decorrente de todo o processo político–econômico–social de inchaço da Região
Metropolitana. Neste sentido, há um crescimento significativo na quantidade de
moradores que trabalham na região, apesar da maioria da população continuar a
buscar serviço na Capital. Nossos alunos do Curso de Ensino Fundamental são
filhos desta população inserida neste ritmo de trabalho.
A maioria das famílias dos alunos são de nível socioeconômico de médio a
baixo, quanto ao nível cultural, a grande parte dos pais possuem curso primário
completo, poucos são analfabetos.
Os homens desenvolvem atividades predominantes na construção civil:
auxiliares de servente, pintores, pedreiros, marceneiros, encarregados,
serradores e também como auxiliares em mecânica, produção, jardinagem,
padaria, escritórios, agricultura e vendedores, cuja concentração maior é em
Curitiba.
59
As mulheres voltam-se com predominância à prestação de serviços como
babás, domésticas, atendentes infantis em creches, auxiliares de serviços gerais
e também como auxiliares de produção, de escritório, balconistas e costureiras.
A Escola, enquanto entidade pública apresenta as mesmas características
das demais escolas brasileiras, com todas as dificuldades enfrentadas
desempenha sua função buscando o enfrentamento das adversidades.
A instituição não tem autonomia e liberdade, pois está sujeita a diretrizes
outras, e não aquela necessária para a realidade de cada escola. É carente de
recursos (o que a torna menos eficiente e com menos dinamicidade), não
apresenta um padrão organizacional efetivo e a participação da comunidade é
restrita.
Os alunos veem a Escola como um ponto de fuga para os problemas
sociais e familiares, onde descarregam suas frustrações e medos. Tem
dificuldade de aprendizagem e não demonstram interesse em apropriar-se de
conhecimento, uma vez que não relacionam conhecimento com crescimento
profissional e especialização. Um dos grandes problemas apresentados diz
respeito à desestrutura familiar.
A capacitação do corpo docente atualmente é considerada boa e
compatível com a necessidade dos professores, pois, hoje temos grupos de
estudos, itinerantes, GTR, PDE , semanas pedagógicas e hora atividade onde os
professores podem tirar suas dúvidas com a equipe pedagógica.
A Gestão Escolar, a princípio, é considerada democrática, conforme a
Constituição vigente,porém as orientações da SEED devem ser cumpridas para
nortear os trabalhos na escola.
O Currículo desta instituição de ensino é o oficial da Secretaria de Estado
da Educação conforme as bases nacionais, mas adaptadas à realidade local. Um
dos grandes problemas enfrentados diz respeito à falta de conhecimento do
mesmo por todos os envolvidos, já que o quadro funcional (professores e
funcionários), não está completo no inicio do ano letivo.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) funciona de forma
integrada com a instituição de Ensino, os recursos gerados através da Cantina
60
Escolar e dos eventos promovidos são utilizados na manutenção da Escola, bem
como os recursos oriundos do Governo Federal e Estadual. A APMF e o Grêmio
estudantil se encontram organizados e atuando perante os órgãos competentes.
A Educação Ambiental é abordada nesta Instituição de forma pontual,
trabalhada isoladamente por alguns professores, por falta de consciência do
próprio conceito e pela abrangência de seus pressupostos básicos para a
implementação concreta da mesma.
A limitação de expectativas em relação à educação, reflete as perspectivas
negativas sobre a própria vida. Hábitos e costumes resultam da mentalidade de
uma sociedade consumista e imediatista.
A escola, ao lado da família, é a esfera central na formação do cidadão. É
neste núcleo que ficam visíveis os questionamentos identitários, as desigualdades
sociais de fundo econômico e racial, que vão caracterizar a Cultura-Afro.
Fruto da cultura europeia, a sociedade brasileira e, portanto a escola, tenta
apresentar relacionamento homogêneo e harmonioso, tornando invisíveis os
conflitos, as reivindicações, os reconhecimentos que são comuns numa
sociedade multirracial e multicultural. Do ponto de vista prático, a invisibilidade do
indígena, do negro na sociedade e, portanto no ambiente escolar, esconde uma
matriz de problemas que não se quer confrontar. Esta postura marca
psicologicamente os alunos de descendência indígena e africana, deturpando a
(esperada) construção de sua identidade, considerando que a escola tem papel
relevante nesta construção.
Esse estabelecimento, apesar dos esforços, depara-se com os problemas
comuns a outros estabelecimentos públicos, sendo que há uma supervalorização
da mídia como fonte de conhecimento. Neste contexto, os alunos absorvem pela
mídia a inferioridade do negro e do indígena. Parece que os argumentos e a
estética da televisão são muito mais atrativos aos alunos do que a escola.
Apesar de, a escola ter professores que se perfilam na vanguarda, na luta
contra preconceitos e racismo, as nuances destes, são detectadas em todas as
esferas de relacionamento. Numa verificação minuciosa, observaríamos, que,
inconscientemente, os professores de descendência negra ou indígena trouxeram
61
para si a luta, mas não conseguiram agregar a comunidade escolar e, apesar de
lutar contra o racismo e preconceito, ainda não os identificam no currículo oculto
que permeia este estabelecimento.
Isto posto, os problemas singulares dos afrodescendentes acabam não
tendo muita importância, o que faz com que os alunos negros não consigam
estabelecer laços de fraternidade no ambiente escolar, o que faz com que seus
fracassos sejam vistos como problemas pessoais.
O processo de inclusão educacional exige planejamento e mudanças tanto
no processo político-administrativo, quanto na adaptação de um currículo que seja
flexível e possa atender as necessidades especiais individuais.
A instituição não se estruturou para receber os portadores de necessidades
especiais, pois sua composição física é inadequada e o corpo de profissionais
não recebem aperfeiçoamento adequado, sendo que os pais que possuem filhos
com alguma necessidade especial, acabam por procurar outras instituições que
possuam atendimento adequado. Porém, em 2012, ainda com as dificuldades de
estrutura física e humana mas com um número de alunos significativo que
necessitavam de atendimento especializados, houve abertura de uma Sala de
Recurso Multifuncional Tipo I, com professora especializada para dar atendimento
a estes alunos. A sala funciona em contraturno atendendo alunos do período da
tarde.
Quanto aos educandos impossibilitados de frequentar a escola por motivo
de enfermidade a escola dá atendimento através de contatos com os familiares e
com o educando quando possível. Encaminha atividades para casa e dá
acoanhamento, pois não temos instituição conveniada no município (Sareh). Se
necessário encaminhamos também através de familiares, atividades para os
educandos internados em instituições conveniadas em outros municípios.
O Ensino Religioso tem a função de auxiliar no desenvolvimento
psicológico e espiritual dos nossos alunos, pois é através dele que se fala das
diferentes raças, religiões, credos e preferências.
O mundo tem sua cultura toda diversificada e, com isso, os preconceitos,
os tabus e o racismo acabam surgindo, e é na escola onde esses “Sentimentos”
62
acabam fluindo com mais frequência, já que a mesma é um dos poucos lugares
onde pessoas com diferentes culturas estão reunidas. Para diminiuir os
preconceitos, os tabus e o racismo, em 2012 e 2013 foram abordados com mais
ênfase no Plano de Trabalho Docente, além dos Desafios Educacionais
Contemporâneos, já visiveis no Plano de Trabalho Docente, serão abordadas as
temáticas das Demandas Sócio Educacionais como parte integrante do currículo,
contextualizadas ou não nos conteúdos e com critérios de avaliação específicos.
A Geografia do Paraná foi inserida nesta instituição como disciplina no ano
de 2000. Apresenta um pequeno acervo didático, que necessita ser atualizado. A
base de referencial teórico sobre o tema é muito rica, mas de difícil aquisição em
função de seus valores financeiros.
A História do Paraná, por sua vez, foi inserida no currículo da Escola no
ano de 2004. Para os alunos e professores, apresenta-se a realidade de falta de
material didático, de apoio (como mapas históricos) e a oportunidade de visitas a
museus, teatros, etc. As aulas de campo seriam excelente ferramenta de ensino,
mas não fazem parte da realidade por falta de apoio da Prefeitura e do Estado.
Hoje, os conteúdos de História e Geografia do Paraná estão inseridos nas
disciplinas de História e Geografia Geral, evidenciando o processo histórico
geográfico regional, favorecendo a aproximação entre a realidade vivida e o
espaço construído.
63
MARCO CONCEITUAL
6. FILOSOFIA DA ESCOLA
Consideremos o fato de que tanto o homem como qualquer organização
social, podem ser reconhecidos como um corpo vivo orgânico, embora ambos
apresentem este caráter comum, existe um fator que prioriza o sentido da
presença do homem neste contexto: a capacidade dele enquanto sujeito, ser
único capaz de intervir e provocar as transformações no meio em que vive.
Consideremos ainda outro fato, o de que o homem, reconhecido em seus
valores interiores, é de fato trabalhado na concepção de SER. Isto quer dizer que
a natureza humana não constitui apenas naquilo que está diante dos nossos
olhos e podemos constatar, mas também se constitui de algo transcendental,
oculto e muitas vezes não explicado, mas que contém as diretrizes para delinear
o futuro.
A filosofia educacional deve, pela sua natureza, ter por tarefa definir o ideal
de Homem e Mundo. Não deve ser algo destinado a satisfazer uma exigência
formal, nem algo reservado a poucos, pois ele é a fonte geradora de princípios
que vão nortear mudanças nas pessoas e consequentemente, no meio ambiente
natural em que estes vivem.
Este Estabelecimento de Ensino procura desenvolver o Projeto Político
Pedagógico levando em consideração os princípios e valores que norteiam as
Diretrizes Básicas da Lei nº 9.394/96, pois a forma como a escola está organizada
contempla a Estética da Sensibilidade, a Política da Igualdade e a Ética da
Identidade:
• A Estética da Sensibilidade: estimulando a criatividade, o espírito
inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade, a capacidade de
suportar a inquietação, de conviver com o incerto, o imprevisível e o
diferente, o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural
(gêneros, etnias das muitas regiões e grupos sociais do país), entre
64
outros.
• A Política da Igualdade: buscando o reconhecimento de direitos
humanos, o exercício dos direitos e deveres da cidadania, a equidade
no acesso aos bens sociais e culturais, a saúde, ao meio ambiente
saudável, o respeito ao bem comum, o protagonismo e a
responsabilidade no âmbito público e privado, o combate a todas as
formas de preconceito e/ou discriminação: raça, sexo, religião, cultura,
condições econômicas, aparência ou condição física e o respeito aos
princípios do Estado de Direito na forma do sistema federativo e do
regime democrático e republicano.
• A Ética da Identidade: criando condições para que as identidades se
constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo
reconhecimento do direito à igualdade, a fim de que orientem suas
condutas por valores que respondam às exigências do seu tempo,
buscando a autonomia como capacidade de emitir juízos de valor e
fazer escolhas inevitáveis, bem como desenvolver projetos próprios de
vida, reconhecendo, respeitando e acolhendo a identidade do outro e
pela incorporação da solidariedade, da responsabilidade e da
reciprocidade nos atos próprios de sua vida profissional, social, civil e
pessoal.
65
7. MISSÃO DA ESCOLA
A escola tem como função instrumentalizar o aluno para a compreensão da
realidade, com vistas à formação de um ser histórico, criador, crítico, produtivo e
transformador.
Para que o aluno possa compreender a realidade, intervir e transformá-la, a
escola deve propiciar o conhecimento necessário à compreensão das relações
sociais, econômicas e culturais que caracterizam a sociedade em um dado
momento histórico, as quais constituem e configuram o contexto e têm o homem
como produto e produtor da história.
Na escola, o conhecimento produzido e sistematizado pela humanidade
apresenta-se organizado em disciplinas. Cada uma dessas disciplinas, com o
objeto de estudo e especificidade que lhes são próprios, contribuem para a
formação mais ampla do homem.
Repensar sobre o papel e sobre a função da educação escolar, suas
finalidades e seus valores são uma necessidade essencial, pois devemos
considerar as características, os anseios, as necessidades e motivações dos
alunos, da comunidade local e da sociedade em que ela está inserida.
A nova Lei da educação, a Lei de Diretrizes e Bases ( LDB ), número 9.394
promulgada em 20/12/96 e conhecida como Lei Darcy Ribeiro, foi inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo por
finalidade o pleno desenvolvimento dos educandos, preparando-os para o
exercício da cidadania e qualificando-os para o trabalho.
No contexto dessa nova era, os alunos deverão estar sintonizados com as
novas exigências da realidade mundial. No despertar do novo milênio, a
educação deverá ser ampla e formadora de cidadãos. Nesse sentido, é
necessário se refletir sobre o papel que as novas tecnologias têm desempenhado
na transmissão de informações por meio da TV Multimídia, rádio, jornais, revistas,
Laboratório Paraná Digital, Laboratório ProInfo, TV Paulo Freire e outros,
sobremaneira, da rede global de computadores (internet). Sendo assim, os
66
educadores não podem deixar passar despercebido esse novo campo
educacional “não formal” que se estabelece, o campo midiático. Ele tem alterado
profundamente nossa relação com as pessoas e com o mundo circundante,
criando novas necessidades e novas expectativas para vida dos cidadãos. Pois,
“A seu modo – um modo editado e, por vezes manejado -, elas [as mídias] contam
o que acontece no mundo , fazendo com que grande parte da realidade seja
percebida de maneira virtual” (LIBÂNEO, OLIVEIRA e TOSCHI, 2007, p.67).
Dessa forma, a escola antes de lutar contra essa forte tendência
globalizante do conhecimento - muitas vezes pouco sistematizado - deve utilizá-la
como mais um instrumento na busca de alcançar um processo de
ensino/aprendizagem que se aproxime da realidade dos alunos, tomando o
cuidado é claro de propiciar ao aluno a devida reflexão critica dos conteúdos
acessados, levando também em consideração as contribuições que o campo
midiático possa trazer para o processo cognitivo do estudante. Despertando
assim maior interesse deste pelo conhecimento acumulado pela humanidade para
isso a utilização das novas tecnologias pode se tornar ferramenta essencial no
processo de ensino aprendizagem na escola formal.A educação geral deve ser concebida, reproduzida a partir da concepção
de mundo das pessoas, grupos e classes, através da troca de experiências e de
conhecimentos mediatizados pela autoridade pedagógica representada pelo
professor. O autor ainda complementa que este modo de ser e prática escolar
incluem crenças, ideias, valores, ética, forma de trabalho e organização social,
política e cultural. Para reproduzi-los, a educação (escolar) desemboca numa
série de práticas de produção da vida social. (SAVIANI, 1991).
Levando em consideração as ideias de Saviani, de educação geral,
percebemos que a sociedade que buscamos, seria aquela em que a justiça e a
igualdade sejam possíveis a todos os segmentos, desde que a mesma veja na
educação o caminho para esta utopia.
Destaca posições antagônicas no mundo contemporâneo, entre o papel da
Escola e a mudança social. A primeira posição destaca a impossibilidade da
Escola ser instrumento de mudança social, útil as classes marginais da
67
sociedade, enquanto que a segunda, também considerada radical, afirma que a
Escola é o único instrumento de mudança possível, última esperança das classes
“subalternas”. Logo, devemos estabelecer que a Escola é um dos elementos que
opera uma mudança social e política na sociedade. (SAVIANI, 1991).
A Escola atual, expressa os interesses variados das classes e a
diversidade de suas influências. Pensada como instituição para reproduzir
padrões culturais, econômicos, políticos e sociais das classes hegemônicas,
através da reprodução ideológica e da preparação da população trabalhadora
para o capital, por ela também passam a contradição fundamental da sociedade
capitalista. Assim, nela também estão representados os interesses das classes
“subalternas”. Para estas, a Escola pode ser um instrumento de luta contra a
dominação cultural, exatamente por socializar o código dominante da cultura e
possibilitar o acesso ao conhecimento dos valores sociais, estéticos e de
linguagem das classes superiores. Ao permitir que as classes “subalternas”
compreendam a temporalidade do sistema econômico e do social, o
conhecimento contribui para o desenvolvimento de uma consciência histórico-
política, apontando as possibilidades reais de mudança e transformação.
Conforme Instrução 008/2011 – SUED/SEED o Colégio Estadual Timbu
Velho a partir de 2012 passa a ofertar o Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano de
forma simultânea. A implantação dar-se-á por meio de adequação do Projeto
Político Pedagógico a esta oferta.
Referente a concepção de infância e adolescência a discussão teve como
fundamentação teórica inicial o texto Diferentes Concepções da Infância e
Adolescência: A Importância da Historicidade para sua Construção de Ana Maria
Monte Coelho Frota (Estudos e Pesquisas em Psicologia, UERJ, RJ, Ano 7, nº 1,
1º Semestre de 2007) e o Estatuto da Criança e do Adolescente, concluímos que
a infância é o período onde os conceitos morais e sociais são observados e
seguidos. Toda a criança merece cuidados, devendo receber limites, carinho e
respeito, é a época em que recebem a influência da família e da sociedade, sendo
a família a base para formação do caráter do indivíduo, fase esta permeada por
aprendizagens, descobertas, curiosidades, brincadeiras, que lhe darão suporte
68
para formação psico social e física.
A adolescência, período de grandes transformações físicas, cognitivas,
sociais e fisiológicas ligadas a maturação sexual que traduzem a passagem
progressiva da infância à adolescência. Época em que o confronto de ideias gera
uma grande mudança de comportamento e o indivíduo se torna suscetível à
influências do meio e a família deixa de ser a única referência para a formação
moral e social.
A adolescência deve ser pensada como uma fase onde se constrói, se
exercita e se reconstrói dentro de uma história e tempo específicos.
Portanto, a escola deve considerar as fases da infância e adolescência
como fatores para se pensar e agir o cotidiano pedagógico. Os conhecimentos, os
saberes e as ações pedagógicas não podem estar alheias ao desenvolvimento
psico-físico e social do ser humano.
A concepção de alfabetização e letramento teve como fundamentação
teórica o texto de Amélia Hanze; alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e
escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, mas que responde
adequadamente as demandas sociais da leitura e da escrita.
Para formar cidadãos atuantes e interacionistas é preciso conhecer a
importância da informação sobre letramento e não de alfabetização. O letramento
é cultural, a criança já chega a escola com o conhecimento alcançado de maneira
informal absorvido no cotidiano. Na escola deve interagir com caráter social da
escrita, ler e escrever textos significativos.
A alfabetização deve se desenvolver em um contexto de letramento como
início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso
da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolve a língua escrita, e de
atitudes de caráter prático em relação a esse aprendizado; entendendo que a
alfabetização e letramento deve ter tratamento metodológico diferente e com isso
alcançar o sucesso do ensino-aprendizagem da língua escrita, falada e
contextualizada na escola.
De acordo com o texto de Suzana Moreira Pacheco, a finalidade da
Educação Integral é a formação integral, como articulação de saberes a partir de
69
projetos integradores, como tempo integral, com objetivo de melhorar o
desempenho educacional e aprendizagem, melhorar os índices educacionais e
sociais, enfrentamento as questões escolares: reprovação e evasão, distorção
idade série através de ações culturais, esportivas, artísticas e de lazer.
Ao se propor uma educação integral é preciso considerar os saberes, as
histórias, as trajetórias, as memórias, as sensibilidades dos grupos e dos sujeitos
com os quais se trabalha.
Conforme Instrução Nº 006/2008 – SUED/SEED. O Serviço de
Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar visa o atendimento educacional
aos educandos, impossibilitados de frequentar a escola por motivos de
enfermidades, em virtude de situação de internamento hospitalar ou de outras
formas de tratamento de saúde, oportunizando a continuidade no processo de
escolarização, a inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar.
Conforme cadernos temáticos dos Desafios Educacionais
Contemporâneos; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e Enfrentamento a
Violência. A violência na escola pode ser entendida como um processo complexo
e desafiador que requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado
teoricamente por meio de conhecimentos científicos desprovidos de preconceitos
e discriminações. O uso indevido de drogas de modo geral, pode trazer inúmeras
consequências prejudiciais para os sujeitos, dentre estas, estão os atos de
violência.
A organização do espaço escolar é totalmente pedagógico, ela reflete
nossas concepções sobre a própria escola. “(...) a instituição escolar ocupa um
espaço que se torna, por isso, lugar. Um lugar específico, com características
determinadas, aonde se vai, onde se permanece umas certas horas de certos
dias e de onde se vem.” (Vinão, 2005, pg. 17).
Construídas ao longo da história, nossas relações sociais condicionaram o
uso dos espaços escolares, bem como de suas funções.
A percepção temporal se dá na consciência individual que se reforça no
padrão social. A medição do tempo é um dos elementos essenciais da
humanidade: horários, datas, tempo de brincar, de estudar, de trabalhar... ou seja,
70
é uma instância reguladora da vida social. Determinar horários na escola é uma
construção histórica cultural. “Agora é tempo de estudar! Agora é o recreio!
Amanhã é dia de prova! Acabou a aula de geografia!”... O tempo escolar pode ser
controlado em razão das disciplinas, dos conteúdos, das atividades, dos
conhecimentos a serem aprendidos/construídos. Segundo Ferreira e Arco Verde
(2005) o tempo tornou-se artificial, apropriado e ordenado pela razão humana,
sendo também regulador no processo ensino-aprendizagem. Portanto, este tempo
escolar influencia direta e indiretamente nos índices de aprovação e reprovação,
evasão, distorção idade-série e no próprio currículo escolar.
Neste aspecto, devemos pensar a Escola como elemento inclusivo,
democrático, autônoma e libertária, organizada e produtora de conhecimento. É
nela que devemos formar um aluno crítico, participativo, responsável e criativo,
que tenha o acesso à apropriação do conhecimento para o efetivo exercício da
cidadania.
A formação continuada é um direito de todos os profissionais que
trabalham na Escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional
baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas
também propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos
professores articulado com as escolas e seus projetos. (VEIGA, 1994).
A formação continuada deve estar centrada na Escola e fazer parte do
Projeto Político Pedagógico.
O reforço à valorização dos profissionais da educação, garantindo-lhes o
direito ao aperfeiçoamento profissional permanente, significa “valorizar a
experiência e o conhecimento que os professores têm a partir de sua prática
pedagógica” (VEIGA e CARVALHO 1994, p.51)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394, de 20 de
dezembro de 1996), estabelece como principio a gestão democrática do Ensino
Publico, na forma desta Lei e das Legislações dos Sistemas de Ensino (art. 3º,
VIII). Conforme definido no seu artigo 15, os princípios da Gestão Democrática.
Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do
ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e
71
conforme os seguintes princípios:
I. Participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola
II. Participação das comunidades escolares e local em Conselhos de
Escola ou equivalente”.
Segundo Gadotti (2002), como movimento histórico-social, a gestão
democrática exerce influência positiva sobre a educação como um todo:
• Sobre a estrutura e o funcionamento dos sistemas e comunicação
direta da administração com as escolas.
• Sobre a organização do trabalho na escola: autonomia, projeto político
pedagógico e avaliação compartilhada (escola e sistema).
• Sobre o órgão de gestão da educação: plano estratégico de
participação, canais de participação (ampliação do acesso à
informação) e, por isso, transparência administrativa.
• Sobre a qualidade do ensino: formação para a cidadania.
• Sobre a definição e acompanhamento da política educacional: o
aumento da capacidade de fiscalização da sociedade civil sobre a
execução da política educacional se não têm extinguido, pelo menos
tem diminuído os lobbies corporativistas.
Por tudo isso, conclui-se que a gestão democrática tornou-se, hoje,
condição necessária da reforma educacional.
Segundo o Guia de Gestão Escolar da SEED (1999/2002), gestão
participativa significa envolvimento não só dos professores e outros funcionários,
mas também de alunos, pais e representantes da comunidade no processo de:
• Estabelecimento dos objetivos da Escola.
• Diagnóstico e soluções de problemas.
• Tomada de decisões.
• Estabelecimento e manutenção dos padrões de desempenho.
• Optar pela gestão participativa significa:
• Melhorar a qualidade pedagógica do processo educacional.
72
• Garantir ao currículo escolar maior sentido de realidade e atualidade.
• Aumentar o profissionalismo dos professores.
• Combater o isolamento físico, administrativo e profissional dos diretores
e professores.
• Motivar o apoio comunitário às Escolas.
• Desenvolver objetivos comuns na comunidade escolar (Lück et all apud
Guia de Gestão Escolar 1999/2002)
• Implementar de maneira eficaz o Conselho Escolar, pois é um órgão
importante para uma Escola autônoma. Elaborar e implementar projetos
que enfoquem temas fundamentais de formação integral do aluno. Ser
transparente na aplicação de verbas para a educação.
Os gestores que buscam a gestão democrática precisam exercer seu papel
de liderança na organização do processo participativo, garantindo a eleição de
diretores pela comunidade escolar, a construção coletiva e implementação do
Projeto Político Pedagógico, a participação da APMF, a criação de grêmios
estudantis, criando espaço e tempo para discussões da política pedagógica e
avaliação da mesma, objetivando a interação dos profissionais da Escola, pais e
alunos, para desenvolver um planejamento participativo, determinado no
calendário escolar, garantindo o acesso dos seus direitos e deveres fazendo com
que todos participem do processo educacional.
Levando-se em consideração teóricos como Silva (1995) e Moreira e
Santos (s/d) que: “o currículo apresenta um processo evolutivo ligado aos
contextos históricos de cada época, sofrendo alterações ao longo desta evolução,
mostrando que é um processo dinâmico”.
Na atualidade, o currículo não deve apenas ajudar as pessoas a
compreenderem seu papel na mudança da realidade, mas também favorecer na
formação humana do aluno, através de desenvolvimento de raciocínio, senso
critico, saber híbrido contemplando a preparação para o mercado de trabalho e a
continuação da vida acadêmica e, ainda conforme Silva, “um quarto de todas as
experiências de conhecimento proporcionadas aos/as estudantes”.
Salientando a compreensão da realidade através da capacidade de análise
73
da sociedade e da cultura em que se vive, propondo alternativas para
compreensão de problemas como desenvolvimento tecnológico e
multiculturalismo e transnacionalismo.
A concepção adotada para o Estado é de que o currículo seja uma
produção social, constituída por pessoas que vivem em determinado contexto
histórico e social, dando ênfase a conteúdos científicos nos saberes escolares
das disciplinas que compõem a grade curricular e não em competências e
habilidades (ARCOVERDE, 2003).
Refletindo sobre o trabalho pedagógico das instituições escolares
(professores, alunos, funcionários), que os mesmos possam ser capazes de
alterar produções, construindo uma nova cultura pedagógica, nas quais se
permita o acesso a saberes e bens culturais, efetivando a aprendizagem,
ressignificando os valores daqueles que frequentam a sala de aula.
Precisamos de um Projeto Político Pedagógico em que todos seus
membros participem de sua construção, de forma a ser conquistada e não
imposta pela equipe pedagógica. Esta autonomia enfatiza a responsabilidade de
todos e a necessidade de assumir a identidade da Escola e mantê-la em todas as
situações.
Cabe a Escola:
• Selecionar e organizar os conhecimentos curriculares.
• Introduzir metodologias inovadoras.
• Avaliar desempenhos docentes e discentes.
• Organizar pesquisas.
A relação entre o discurso e a prática pedagógica ainda está
comprometida. Há necessidade de:
que a Escola passe a ser um pouco mais lecionadora, e bastante mais mobilizadora e organizadora de um processo cujo movimento deve envolver os pais e a comunidade, integrando os diversos espaços educacionais que existem na sociedade, e, sobretudo ajudando a criar este ambiente científico-cultural que leva a ampliação do leque de opções e ao reforço das atitudes do cidadão. (DOWBRO, 1997, p.38).
74
A intervenção do professor na aprendizagem precisa acontecer de forma
que o professor volte a assumir a sua autoridade em sala de aula e usá-la para
fazer com que os alunos desenvolvam um nível elevado de assimilação da cultura
da humanidade. Desta forma, os conteúdos devem ser significativos à
aprendizagem, para que os alunos possam enfrentar a sociedade como
detentores do conhecimento e, críticos perante a realidade.
Para melhorar a prática pedagógica, os docentes devem fazer uso das
horas atividades; período este, dedicado para o desenvolvimento de projetos,
preparação de aulas, avaliações , atividades e outros.
Para que a prática pedagógica seja efetiva e alcance os objetivos
propostos, faz-se necessário também que os profissionais da educação sejam
comprometidos com sua área de atuação, zelando pelo cumprimento do Projeto
Político Pedagógico e, seguindo o Regimento Escolar, documento discutido e
aprovado pelos seus participantes que reúnem as “Normas Regimentais Básicas”
descrevendo ás regras de funcionamento da instituição e para a convivência das
pessoas que nelas atuam.
O Regimento Escolar enquanto documento administrativo e normativo,
fundamenta-se nos propósitos, princípios definidos na Proposta Pedagógica, na
legislação geral do País, e especificamente, na Legislação Educacional
(Conteúdo Escola – Portal do Educador, 20/07/2004).
O Conselho Escolar é um órgão colegiado que representa as comunidades
escolar e local, atuando em sintonia com a administração da escola e definindo
caminhos para tomar decisões administrativas, financeiras e político-pedagógicas
condizentes com as necessidades e potencialidades da escola (Programa
Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares – Novembro-2004).
A APMF, sendo também uma entidade com objetivos sociais e educativos,
não tem caráter político, partidário, racial ou religioso e nem finalidades lucrativas,
sendo constituída por prazo indeterminado (Cap. II, art. 2º, Novo Estatuto-
APMF/PDF).
O Grêmio Estudantil, por sua vez como entidade autônoma representativa
dos interesses dos estudantes, tem por finalidades: educacionais, culturais,
75
cívicas, desportivas e sociais. A organização, o funcionamento e as atividades do
Grêmio são estabelecidos no seu estatuto, aprovado em Assembleia Geral do
corpo discente convocada para este fim (Art. 1º, § 2º da Lei Federal 7398, de
04/11/85).
A Educação Ambiental é proposta como um processo permanente no qual
os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente a
adquirem conhecimentos, habilidades, experiências, valores e a determinação
que os tornam capazes de agir individualmente ou coletivamente na busca de
soluções para os problemas ambientais presentes e futuros. (UNESCO –1997).
A ação política prepositiva para a ação educativa, utiliza o currículo oficial
escolar como instrumento de mudanças, necessita de suportes que garantam a
implantação da Lei 11.645/08, que traz a obrigatoriedade nos estabelecimentos
públicos e particulares, do estudo e Ensino de Historia e Cultura Afro-brasileira e
Africana, assim como o estudo da Historia e Cultura Indígena.
Este dispositivo legal traz, em seu corpo, o seguinte parágrafo:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras."
Neste sentido, torna-se necessária uma pedagogia voltada para a
diversidade, na qual se respeite e valorize as culturas, principalmente as que
contribuíram para a constituição da identidade do povo brasileiro, resgatando as
culturas africanas e indígenas, renegadas historicamente.
O diálogo entre o currículo oficial e o currículo oculto deverá direcionar
positivamente para a construção identitária de todos e para o respeito de todos
76
entre todos.
Além dos Desafios Educacionais Contemporâneos serão abordadas as
Temáticas das Demandas Sócioeducacionais como parte integrante. Serão
utilizados os cadernos temáticos, o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Para Vázquez (2002), a ética refere-se a um padrão de comportamentos
morais, o que fica difícil contemplá-la na escola, visto que padrões individuais
estão cristalizados. Identificar, portanto, a ética no Projeto Político Pedagógico
torna-se viável através das legislações vigentes (Regimentos, Regulamentos,
Instruções, Leis , o próprio Projeto Político Pedagógico) que podem ou não
estabelecer estes padrões de comportamentos que são inerentes aos indivíduos
que se submetem a eles.
Esta instituição tem como meta a realização de uma Escola Pública de
qualidade, que acolha todas as crianças, independentemente de suas condições
físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras, tal como prevê a
Declaração de Salamanca (UNESCO e MEC, Espanha, 1994), documento que
inspira as políticas mundiais de inclusão em educação. No entanto, essa é uma
tarefa que não depende apenas da convicção e do compromisso técnico e público
dos governos, mas de pais, familiares, professores, profissionais, enfim, de todos
os membros da sociedade, sob o risco de termos apenas o efeito retórico de seus
benefícios para os alunos e nenhuma ação concreta e transformadora da
realidade em que se encontram.
Certamente, não podemos esperar que todos os requisitos necessários
estejam prontos para que a inclusão se concretize, mas dentro das possibilidades
da Escola devemos procurar nos adaptar, tanto em estrutura física quanto no
aperfeiçoamento do material didático e humano, assim como na conscientização
de nossa sociedade local. Mesmo a instituição não possuindo alunos com
necessidades especiais, é papel da Escola conscientizar a comunidade escolar
da necessidade da inclusão social sem preconceitos, pois como consta na
Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de fevereiro de 2001, artigo 4, inciso II assegura-
se a busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a
valorização de suas diferenças e potencialidades, bem como de suas
77
necessidades educacionais especiais no processo de ensino e aprendizagem,
como base para a constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos,
habilidades e competências.
A inclusão não se restringe a limites físicos. Limitações de acesso, de
aprendizagem, de infraestrutura, de capacitação profissional, de esferas públicas,
de estrutura familiar entre outros.
Há um grande distanciamento entre o ideal e o real, pois a inclusão fica sob
responsabilidade da escola, mas este tema possui um âmbito maior. É necessário
uma rede de apoio para que a escola, seja inclusiva realmente, outras instâncias
precisam assumir corresponsabilidade com a escola.
Conforme a instrução nº 016/2011 – SEED/SUED em 2012, houve abertura
de uma Sala de Recurso Multifuncional Tipo I, com o objetivo de apoiar o sistema
de ensino, com vista a complementar a escolarização de alunos com deficiência
Intelectual, Física-Neuromotora, Transtornos Globais do Desenvolvimento e
Transtornos Funcionais Específicos matriculados na rede pública de ensino.
Segundo Instrução nº 001/2004 – SUED, A Educação Física integrada à
Proposta Pedagógica do estabelecimento, é componente curricular obrigatório da
Educação Básica no sistema estadual de ensino.
De acordo com a Instrução nº 024/2012 SEED/SUED, em 2013 foi
implantado o Programa Brigadas Escolar – Defesa Cívil na Escola.
A Secretaria de Estado da Educação, juntamente com a Defesa Civil
Estadual e o Corpo de Bombeiros Militar, implementam a Brigada Escolar, como
medida preventiva, visando segurança da comunidade escolar e a renovação dos
Atos Regulatórios das Instituições da rede estadual de ensino.
Contemplamos, na Base Nacional Comum, a disciplina de Educação Física
em todos os turnos de atuação, sendo computada na carga horária anual e
ofertada no horário normal de aula. Isto deverá ocorrer em todas as séries nas
Matrizes Curriculares do Ensino Fundamental e Médio.
O conteúdo inerente à História e Geografia do Paraná, hoje inseridos nas
disciplinas de História e Geografia Geral, evidencia o processo histórico-
geográfico regional. Favorece a aproximação entre a realidade vivida pelos alunos
78
e o seu espaço construído.
Com a implementação da Lei nº 11.684/08, tornou-se obrigatório o ensino
das disciplinas de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio. A partir de 2010, este
estabelecimento oferece o ensino das disciplinas nos três anos do Ensino Médio.
79
MARCO OPERACIONAL
8. ÓRGÃO COLEGIADO DE DIREÇÃO
O Órgão Colegiado de Direção do Colégio Estadual Timbu Velho foi
aprovado pela SEED – Área Metropolitana Norte em 04 de maio de 1993, e está
organizado conforme consta na estrutura geral da escola, de acordo com Estatuto
próprio.
O Órgão Colegiado de Direção tem por objetivos a democratização das
relações no âmbito da escola, promover a articulação entre os seguimentos da
comunidade escolar e estabelecer, para o âmbito da escola, diretrizes e critérios
gerais relativos a sua organização.
O Colegiado só é chamado quando for solicitado pelo Diretor ou Membro
efetivo, desde que detectado problema da alçada do mesmo.
A atualização do Órgão Colegiado de Direção ocorreu no dia 23 de março
de 2012.
Segmento Membro Titular Suplente
Diretor Presidente Jair Rafael -
Rep. da Equipe Pedagógica Viviane Jacomit Roselene Santos de Souza
Rep. Corpo Docente Sadrac Pereira Selma Regina G. Pereira
Rep. Funcionários Administrativos
Angenor Carlos Ribeiro Borges Sirlei Berton Jacomit
Rep. Da Equipe Auxiliar Operacional Clarice Rosa da Silva Sara Weigert Ribeiro
Rep. Corpo Discente Maiara Batista Santos Ana Carolina Alves de Lima
Rep. Pais de Alunos Joseneide Ferreira dos Santos
Marlene da Silva Umbelino
Rep. Grêmio Estudantil Wagner dos Santos Araujo
Jonathan Henrique Costa
Rep. Movimentos Sociais da Sociedade
Ana Paula Benevenuto dos Santos
Nivio Kiviatkoski de Paula
80
9. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS
A escola conta com ASSOCIAÇÂO DE PAIS, MESTRES E
FUNCIONÁRIOS – APMF, desde 25/09/1993 e desde então a APMF tem
cumprido seu objetivo geral que é colaborar na assistência ao educando, no
aprimoramento do ensino e na integração família – escola – comunidade,
mediante ação integrada ao Colegiado, proporcionar reais condições ao
educando de crítica e participação no processo escolar, representar os pais junto
ao Estabelecimento de Ensino e contribuir para a melhoria e conservação dos
equipamentos e do Estabelecimento Escolar.
As normas são baseadas em Estatuto próprio onde há regras a serem
cumpridas. Os membros são eleitos através de votação pública onde os
representantes apresentam propostas de trabalho e são eleitos pela comunidade.
No dia 23 de julho de 2012, realizou-se no colégio a eleição para uma nova
diretoria e demais cargos da Associação de Pais, Mestres e Funcionários.
Estando assim, atualizado o quadro geral da Associação de Pais e Mestres.
Segmento Membro TitularPresidente Ana Paula Benevenuto dos Santos Vice-presidente Jose Maria de Souza Martins1ª secretária Janete Alves Correia2º secretário Luiz Cláudio Ferrarini1º tesoureiro: Clarice Rosa da Silva2º tesoureiro Odete Ap. Ferreira Ribeiro1º Dir. Sóc. Cultural Esportivo Antônio de Souza Junior2ª Dir. Soc. Cultural Esportivo Nivio de Paula Kiviatkoski
Conselheiros Del. Fiscal - Titulares
Selma Regina Gomes PereiraLuzia Peixoto da Silva PereiraVanderléia Pedro Leal dos SantosAdilson Justino Pedroso
Conselheiros Del. Fiscais - Suplentes
Angenor Carlos Ribeiro BorgesMaria Joceli Fausto ToldoJoseneide Maria Gonçalves dos Santos
81
10. GRÊMIO ESTUDANTIL
Eleito em junho de 2010, o Grêmio Estudantil Jovens Inovadores é
composto pelos seguintes membros: Presidente: Luana Rusenente; Vice-
Presidente: Wagner dos Santos Araújo; 1ª Secretária: Jenefer Neves Simões; 2ª
Secretária: Bianca Maria Ribeiro; 1º Tesoureiro: Vanessa Gabrieli de Araujo
Fernandes.
O Grêmio Estudantil veio apresentando as suas propostas com a
intençãode melhorar a qualidade e as atividades do Colégio.
O primeiro projeto foi iniciado em agosto, uma Gincana Colegial para
arrecadação de alimentos e roupas para a comunidade escolar. Como plano de
ação para 2010 e 2011, o Grêmio pretende realizar atividades culturais,
esportivas e sociais; promovendo torneios, apresentações e palestras. Incentivar
maior dedicação dos estudantes. Entre outras ações que serão tomadas durante
sua permanência no colégio.
A busca do estabelecimento de uma cultura local, uma identificação
histórico-cultural para a sociedade em que a escola está inserida passa pela
valorização do indivíduo e do aluno como agente transformador de sua realidade.
Nesse sentido, a escola deve buscar relações que primam pelo respeito e pela
conscientização da necessidade da coletividade para o desencadeamento de
ações. O que torna isso possível é a cultura do diálogo, da exposição de ideias,
proposição de ações coletivas, projetos para a sociedade local e todas as
instâncias escolares. A organização das ideias da sociedade local pode acontecer
em forma de manifestos, mobilizações, sendo a insistência uma característica,
pois se acredita que as transformações são processuais, ou seja, a longo prazo.
Para tanto, a construção da identidade da própria escola através do
posicionamento do grupo é extremamente importante, bem como o
estabelecimento de parcerias para desenvolvimento de projetos que tragam a
comunidade para a escola, valorizando-a, permitido sua inclusão. A escola
precisa se abrir para a comunidade no sentido de dar opções de atividades e
82
ações para além das aulas propriamente ditas, criando espaços para discussões
e exposições, por exemplo, os pais poderão ser chamados para que apreciem o
que os filhos produziram. Assim, a escola estaria resgatando sua identidade: de
ensinar e valorizar. As datas comemorativas como dia das mães, dia dos pais, dia
do estudante, festas juninas, dia da criança, entre outros podem ser resgatadas
através de realização de gincanas, jogos, cultos ecumênicos, passeios, etc.
Nesse sentido, há que se respeitar e orientar todos para a diversidade, através da
atuação dos professores em sala de aula.
Para que os alunos não vejam a Escola mais como um ponto de fuga para
os problemas sociais e familiares e tenham interesse pelo aprendizado é
necessário criatividade para abordar temas do dia-a-dia através das disciplinas,
tornando o aluno crítico e participativo. Há necessidade de se criar mecanismos
que facilitem o aprendizado, tais como o incentivo a pesquisas e trabalhos através
de projetos significativos, garantindo subsídios para tanto. Uma intervenção direta
no processo ensino-aprendizagem deve ser realizada para despertar no aluno o
interesse pelas disciplinas e para orientar as dificuldades dos mesmos nesse
processo, a fim de superá-las.
Para que o próprio trabalho docente seja significativo há a necessidade de
um trabalho conjunto entre os mesmos e a equipe pedagógica da escola. Isso
requer um maior número de encontros coletivos para discussões pertinentes ao
trabalho pedagógico, sendo estes previstos em calendário escolar como uma
possível proposta de formação contínua do grupo, buscando uma proposta
pedagógica coerente e atualizada.
É fundamental que a equipe pedagógica administrativa defenda os
interesses da escola, ou seja, dos professores e funcionários dando amparo e
subsídios à proposta de trabalho coletivo almejados. A instituição quer que seus
professores tenham condições dignas de trabalho e de salário para que possam
buscar atualização de seus conhecimentos em cursos que tenham compromisso
com o processo educacional e com a atualização de suas disciplinas; que sua
imagem deteriorada seja resgatada de forma positiva e que o mesmo possa voltar
a ser o interventor na formação da argumentação lógico-crítica como garantia do
83
sucesso profissional.
Espera-se também que esta equipe, sobretudo a Direção, garanta a
oportunidade de cursos para todas as categorias, com o objetivo do
aperfeiçoamento profissional contínuo, em busca da valorização do funcionário,
mediante renumeração digna e, por consequência a melhoria do desempenho e
da qualidade dos serviços prestados a comunidade local. A equipe do quadro
funcional composto por agentes de execução e de apoio encontra-se incompleto
de acordo com a demanda atual. Salienta-se que foi uma uma grande conquista a
valorização dos funcionários através da lei 123/08 que institui o plano de cargos e
salários aos Funcionários da Educação Básica da Rede Publica Estadual do
Parana, e o reconhecimento como profissionais da educação através da alteração
do art. 61 da lei 9394/96
Pelo exposto até aqui é fundamental que a escola funcione e se organize
através de uma gestão democrática, sabendo que a mesma é um desafio. Para a
escola se tornar participativa é preciso que todos os segmentos: comunidade,
professores, alunos, Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil, Núcleo
Regional e Secretaria de Educação estejam envolvidos. O enfrentamento das
situações deve garantir a gestão democrática.
Nesse sentido, a Escola pode realizar reuniões mensais do Conselho
Escolar, independente da pauta, que procurem desencadear ações mais práticas.
O Grêmio Estudantil, por sua vez, em fase de reorganização, deve tornar-se
realmente atuante, participativo e que possa ser o promotor de debates,
discussões, além de desenvolvimento de projetos pelo trabalho coletivo articulado
com a APMF e Conselho Escolar.
A APMF deve se manter atuante e de forma integrada com a escola
necessitando proceder nova eleição, garantir a realização de reuniões mensais
para deliberações e pareceres de aplicações financeiras, bem como manter a
administração de suas funções deixando a documentação em dia. Reuniões ou
assembleias gerais a cada semestre são importantes para dar um parecer e
relatos das ações desenvolvidas e andamento das atividades de modo geral.
O currículo dessa Instituição de Ensino, oriundo das diretrizes oficiais, deve
84
se manter adaptado à realidade local, no entanto, é imprescindível que todos os
envolvidos tomem conhecimento do mesmo, principalmente os professores junto
à equipe pedagógica, independente de ser ou não início do ano letivo, o mesmo
deve acontecer em relação ao Regimento Escolar.
Nesse sentido, a prática pedagógica da escola precisa de uma unidade de
atuação, numa linha de trabalho organizada de forma coletiva, o que já foi
mencionado anteriormente, operacionalizando-se através de encontros coletivos
garantidos em calendário, além, é claro, da integração entre as disciplinas e
elaboração de planejamento. Além disto, a organização da Escola precisa atender
às necessidades do corpo docente, como promover as horas-atividades por área,
a fim de desenvolver o aperfeiçoamento e prática em sala de aula. Também
propomos encontros docentes para troca de experiências e construção de
projetos interdisciplinares e, estes encontros, na Escola e entre Escolas.
Em relação à Educação Ambiental, é necessário abrir espaço na escola
para o desenvolvimento de projetos que contribuam com a sociedade local para
melhoria de sua vida. É importante selecionar assuntos que favoreçam a Escola,
o aluno e a comunidade para que haja o envolvimento de todos, sobretudo o
trabalho interdisciplinar de todos os profissionais da escola. A realização de
palestras, nesse sentido, é uma das estratégias. O Grêmio Estudantil também
pode desenvolver projetos específicos.
Consciente de que possui um papel relevante na construção da identidade
da cultura-afro, a Escola almeja implantar uma pedagogia de combate ao racismo
onde todo o grupo escolar esteja sensibilizado. A valorização e reconhecimento
da história e cultura dos afro-brasileiros pode ser operacionalizada através do
próprio projeto político pedagógico e através de um plano de ação elaborado pela
equipe multidisciplinar, sobretudo com a desconstrução do currículo oculto
presente na escola, seja por meio de projetos específicos e atividades culturais,
conforme Lei 10639/03, atualizada pela Lei 11645/08, que inclui a Cultura
Indígena.
A diversidade social é um tema que requer ações pertinentes às diferentes
referências culturais, sendo que a sobreposição de culturas afeta toda uma
85
referência cultural, podendo até mesmo modificá-la. Portanto, a diversidade
cultural e social é inerente à escola e precisa ser contemplada no currículo em
todas as disciplinas, conforme deliberação 04/06.
Quanto aos planejamentos, os professores optaram por adotar um
planejamento único por disciplina, contemplando uma base comum dividida em
séries. Este planejamento é flexível para adaptação, conforme a necessidade de
cada turma e em conformidade com as Diretrizes Curriculares Estaduais.
A metodologia adotada pela escola será de base teórica única, de acordo
com a matriz curricular, e a técnica é opcional para cada professor.
O calendário escolar ocorrerá conforme anexo, de forma a garantir a
sustentabilidade das ações da escola em comum acordo com as escolas
estaduais do município.
A hora-atividade funcionará conforme previsto na Instrução 02/04,
garantindo que neste horário o professor esteja à disposição do estabelecimento.
A organização das turmas seguirá o critério da idade, ou seja,
preferencialmente os alunos de mesma idade numa mesma turma. Observamos
que cada faixa etária possui certas necessidades específicas. Sendo assim, os
alunos receberão atendimento adequado (planejamento e técnica) à faixa etária.
Mediante apresentação e discussão coletiva dos dados levantados sobre
avaliação 2009-2010 na semana pedagógica de julho de 2011, algumas ações
foram elencadas por parte dos segmentos do coletivo escolar para melhorar o
índice do IDEB e da Prova Brasil e reduzir o índice de reprovação e evasão.
Foram definidas também ações para integração entre os alunos dos anos iniciais
e finais da Educação Básica, preservando a continuidade do processo ensino-
aprendizagem após implantação do ensino do 6º ao 9º ano do Ensino
Fundamental e em 2012 abertura da Sala de Recurso Multifuncional Tipo I.
Em 2013, a Secretaria de Estado da Educação, juntamente com a Defesa
Cívil Estadual e o Corpo de Bombeiros Militar, implementam a Brigada Escolar
como medida preventiva, visando segurança da comunidad escolar.
Atribui-se ao grupo da Brigada Escolar deste estabelecimento de ensino;
acompanhar o trabalho de identificação de riscos na edificação e nas condutas
86
rotineiras da comunidade escolar, garantir a implementação do plano de ação
conforme Instrução 024/2012 – SEED/SUED, apontar mudanças necessárias,
promover junto a direção reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada
Escolar para discusão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de
ensino, como registro em ata específico ao programa.
• Produção de pesquisa em sala de aula. (Previamente pesquisar na
Biblioteca e no Laboratório de Informática), sistematizando a pesquisa
em sala.
• Retomar leitura e pesquisa na biblioteca com acompanhamento dos
professores e funcionários do setor.
• Aplicar tarefas para serem feitas em casa com acompanhamento dos
pais e professores.
• Reunião com pares de professores para troca de experiências sobre
domínio e conhecimento sobre sala de aula.
• Atendimento aos pais na hora atividade, para isto a necessidade do
aumento da hora atividade.
• Conscientizar os alunos pelo uso adequado dos espaços escolares
como: sala de aula, biblioteca, laboratório de informática e outros,
atividades desenvolvidas com o apoio dos funcionários, trabalhando
com valores.
• Conscientizar os pais através das reuniões pedagógicas sobre a
importância do acompanhamento nas atividades escolares realizadas
na escola ou em casa.
• Ações já implementadas através do Projeto FICA continuarão sendo
realizadas.
• Possibilidade de realizar reclassificação dos alunos fora da idade/série
com condições de avanços na aprendizagem.
• Participação da Equipe Pedagógica nos últimos Conselhos de Classe e
entrega de boletins e reunião de pais das séries finais da escola
principal (Escola Municipal Antonio José de Carvalho) para acompanhar
e analisar os alunos que iremos receber. Esta análise contribui para
87
garantir o acompanhamento pedagógico dos alunos no 6º ano.
• Garantir a sala de apoio e aprendizagem para os 6ºs e 9ºs anos do
Ensino Fundamental.
• Metas estabelecidas para 2011 referente a avaliação: IDEB 3,3,
Aprovação 75,0%, índice de proficiência da Prova Brasil para 250,00
pontos em ambas as disciplinas.
• Acompanhar o processo de ensino-aprendizagem do educando
diariamente.
• Preencher ficha de acompanhamento pedagógico do professor e da
equipe pedagógica.
• Comunicar aos responsáveis sobre o desenvolvimento pedagógico do
estudante durante o trimestre através de bilhetes, cadernetas e
telefone.
• Fazer as intervenções pedagógicas sempre que necessário.
• Combater a violência através de integração com a comunidade que
passa a respeitar o papel social da escola (ensinar) e a reconhecer que
aquele espaço é de todos. “De vítima, ela passa a ser parceira.”
• Dialogar com os pais através de reuniões envolvendo-os no
acompanhamento da aprendizagem, dos êxitos e das dificuldades dos
filhos.
• Oferecer atividades esportivas e culturais que podem ser feitas em
parcerias que articulem o trabalho extracurricular com aprendizagem de
conteúdos que valorizem a história e a cultura local.
• Conscientizar os educandos através de palestras, diálogos individuais e
coletivos e contextualização dos conteúdos de cada disciplina sobre o
não uso de drogas, fazer com que os jovens pensem e reflitam de
maneira crítica sobre sua vida, suas escolhas, seus desejos e
frustrações.
• Encaminhar atividades aos alunos impossibilitados de frequentar a
escola por motivos de enfermidades, internamentos ou outras formas de
tratamento de saúde.
88
• Acompanhar os alunos junto aos professores durante o período de
afastamento, referente ao ensino-aprendizagem.
• Atualizar os editais referente aos registros de atestados médicos,
diariamente.
• Preencher relatórios semestrais e encaminhar ao núcleo.
• Acompanhar os alunos no Conselho de Classe e no livro de Registro.
• Garantir o funcionamento da Sala de Recurso Multifuncional Tipo I, com
apoio pedagógico, acompanhamentos dos alunos.
• Metas estabelecidas para 2013: IDEB de 4,5, continuar evoluindo nos
resultados da Prova Brasil, ultrapassando os 250 pontos em ambas as
disciplinas.
• Elaborar e aplicar o projeto de reclassificação dos alunos fora idade-
série e com conhecimentos para avançar a série subsequente em 2013.
• Colocar em prática o Plano de Ação referente ao Programa Brigadas
Escolares – Defesa Cívil na Escola, conforme Instrução 024/2012 –
SEED/SUED.
89
11. SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Para alcançar os objetivos, a avaliação será contínua, permanente e
cumulativa e incidirá sobre o desempenho do aluno em todas as experiências de
aprendizagem, fazendo preponderar os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos, a atividade crítica, a capacidade de síntese, a elaboração pessoal
sobre a memorização.
Na avaliação, o professor deverá considerar o caminho percorrido pelo
aluno, os seus avanços, dificuldades e possibilidades, o seu processo de
apropriação de conhecimentos, evitando a comparação com outros alunos.
Como parte de um projeto político pedagógico, serão considerados como
fundamentais, os conteúdos fixados para cada disciplina, bem como a definição
de critérios de avaliação a serem desenvolvidos.
Além dos conteúdos do saber sistematizado, a Escola, como um todo
trabalhará, hábitos e atitudes de valorização do trabalho, a responsabilidade,
assiduidade, a pontualidade, o comprometimento, a honestidade, a criticidade , a
criatividade, a iniciativa, o espírito inventivo, a curiosidade pelo novo, a
organização e a ordem, o respeito, a justifica e a moralidade, a cooperação, o
trabalho coletivo, o exercício de direitos e deveres e as convicções de
solidariedade e igualdade entre todos os seres humanos, sem vinculá-los a nota.
Serão utilizados como procedimentos avaliativos:
I. Observação sistemática, contínua e permanente do desempenho do
aluno nas diversas atividades escolares desenvolvidas;
II. Utilização de atividades específicas, tais como: trabalhos individuais e
em grupo, pesquisas de campo e bibliográficas, provas, debates,
seminários, entrevistas, elaboração de textos, resumos, sínteses,
análises, conclusões, relatórios entre outras;
III. Auto-avaliação tanto pelo aluno como pelo professor.
São critérios para avaliação:
• No mínimo uma prova trimestral com peso 5,0 (cinco vírgula zero)
90
• No mínimos três atividades diversificadas com peso 5,0 (cinco vírgula
zero), sendo exercícios, trabalhos de pesquisa individual e em grupo,
relatórios, seminários, resumos, produção de textos e atividades
práticas.
Os resultados trimestrais das avaliações feitas, em cada disciplina serão
expressas em notas de 0,0 a 10,0 (zero a dez).
Durante os trimestres realiza-se o Pré-Conselho de Classe, momentos
estes que precedem o Conselho de Classe Trimestral. Esses momentos são de
análise: do processo ensino-aprendizagem, das ações educacionais e das
intervenções que acontecem ao longo dos trimestres. Para tanto, preenchemos
fichas de acompanhamento do professor e da equipe pedagógica em relação à
vida pedagógica dos estudantes; no que se refere às atividades de sala de aula,
às atividades avaliativas, ao material didático do estudante (livros, cadernos,
dicionários) e frequência. Também registramos as intervenções pedagógicas
(comunicação aos responsáveis, convocações, oportunidades extras de
realização de atividades e avaliações, recuperação de conteúdo), sempre que
necessário, no referido trimestre. Durante o Conselho de Classe, essas fichas
servem de subsídio para as decisões futuras para o próximo trimestre, uma vez
que as intervenções foram realizadas em tempo hábil.
Após o conselho de classe realiza-se o pós conselho diretamente e
individualmente com os alunos que estão abaixo da média, orientando-os através
de intervenções pedagógicas como devem proceder para melhorar seu
rendimento escolar. Nos casos mais graves, realiza-se uma reunião com os pais
para que fiquem cientes da situação e colaborem com as intervenções.
A comunicação dos resultados para os pais é publicada no site:
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br, no link alunos.
A análise de dados das turmas são realizadas durante os conselhos de
classe e no final de cada turma são traçadas intervenções futuras.
Outras metodologias são utilizadas para tomada de conteúdos e avaliações
de recuperação. Além destas intervenções outras medidas como: atendimento
individual, acompanhamento pela equipe pedagógica, encaminhamentos para
91
sala de apoio, (6º ano e 9º ano) e encaminhamento a médicos especialistas
quando o aluno aparenta ter dificuldade de aprendizagem, após o diagnóstico
encaminhamento a Sala de Recurso Multifuncional Tipo I, se necessário.
A reclassificação é realizada para os alunos que estão fora da idade/série
e tem capacidade para avançar uma ou duas séries conforme a avaliação
diagnostica da equipe pedagógica e professores de todas as disciplinas. Para
realizar a reclassificação é necessário: Levantamento dos alunos por idade/série,
ciência dos alunos e responsáveis, elaboração de um currículo com conteúdos
básicos para estudo, elaboração dos instrumentos de avaliação, datas para
realização e aplicação das provas solicitando um representante do núcleo, montar
relatórios individuais, guardar as avaliações e registrar em ata própria, registrar no
histórico escolar do aluno conforme deliberação nº 01/99 e 02/2001 CDE/SEED.
Conforme o Artigo 91, do Regimento Escolar, o estabelecimento de ensino
não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão Parcial.
As transferências recebidas de alunos com dependências em até três
disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de
estudos.
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12. DA RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS DE FORMA PARALELA
Ao constatar que o caminho percorrido com alguns alunos ou turmas toda
não resultou na efetivação das aprendizagens indispensáveis, o professor deverá
considerar:
1. A metodologia adotada;
2. A profundidade do tratamento do conteúdo trabalhado;
3. A origem das tentativas apresentadas pelo aluno no percurso da
construção do seu conhecimento;
4. Feito o diagnóstico em parceria com o(s) aluno(s), procurará retomar o
processo ensino-aprendizagem nos aspectos fundamentais que devem
ser revistos, ajustados ou reconhecidos naquele momento como
necessários para a aprendizagem individual, de pequenos grupos ou de
todo o grupo; (Reavaliação).
A Recuperação de Estudos de Forma Paralela será ofertada
concomitantemente às atividades letivas, sendo ao processo de ensino, estando
incluída nas oitocentas (800) horas e duzentos (200) dias letivos.
Entende-se por Recuperação Paralela àquela desenvolvida durante a série
ou período letivo.
Para os alunos que não efetivaram as aprendizagens indispensáveis a
escola proporcionará, durante as aulas, caracterizando mais uma vez a
Recuperação Paralela, retomada do processo ensino-aprendizagem através das
seguintes estratégias:
I. Reelaboração das atividades, trabalhos, etc;
II. Atividades extras e diversificadas;
III. Roteiro de estudos individuais e/ou grupais.
Para que todo o trabalho de ensino-aprendizagem seja desenvolvido com
maior sucesso, o aluno terá o acompanhamento da Equipe Pedagógica.
São critérios para recuperação dos conteúdos não atingidos:
I. Recuperação dos conteúdo não atingidos da(s) prova(s) com peso 5,0
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(cinco vírgula zero), considerado a maior nota.
II. Recuperação dos conteúdos referentes as atividades diversificadas com
peso 5,0 (cinco vírgula zero), considerando a maior nota.
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13. DA PROMOÇÃO
Será considerado aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou
superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período
letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis).
M.A.= 1ºT+2ºT+3ºT = 6,0
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Será considerado reprovado o aluno que apresentar frequência inferior a
75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária da série ou período
letivo, com qualquer média anual.
O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco
por cento) e média anual inferior a 6,0 (seis), ao longo da série ou período letivo,
terá seu caso submetido à análise do Conselho de Classe que deliberará sobre as
medidas pedagógicas a serem desencadeadas para o caso, quando o ano letivo
estiver ainda em processo e pela aprovação ou não quando do fechamento do
ano letivo.
Conforme Regimento Escolar o Conselho de Classe tem por finalidade:
• estudar e interpretar os dados de aprendizagem dos alunos na sua
relação com a direção do processo ensino-aprendizagem realizada pelo
professor, com a proposta curricular do estabelecimento e com os
fatores intervenientes;
• analisar os resultados de aprendizagem do aluno na relação com o
desempenho da turma, com a organização e retomada de conteúdos e
o encaminhamento metodológico, bem como metologias diferenciadas;
• acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
bem como analisar resultados e atribuir-lhes valor;
• verificar se houve ou não a apropriação por parte do educando, dos
critérios pré-estabelecidos por disciplina e se estes são pré-requisitos
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para acompanhar a série seguinte.
O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pela Equipe Pedagógica e
por todos os professores que atuam numa mesma turma/série. A presidência do
Conselho de Classe está a cargo do diretor que, em sua falta ou impedimento,
será substituído por um pedagogo.
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada trimestre, em
datas previstas em Calendário Escolar e, extraordinariamente, sempre que um
fato relevante assim exigir. A convocação para as reuniões será feita através de
edital, com antecedência de 48 horas, sendo obrigatório o comparecimento de
todos os membros convocados ficando os faltosos passíveis de desconto nos
vencimentos.
São atribuições do Conselho de Classe:
I. emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-
aprendizagem, respondendo a consultoria feita pelo Diretor e pela
equipe pedagógica;
II. analisar o desenvolvimento dos conteúdos curriculares,
encaminhamento metodológico utilizado e a sistemática de avaliação
adotada que resultam no rendimento escolar;
III. analisar o desempenho geral das turmas, estabelecendo estratégia
e/ou linhas de ação para melhoria do rendimento escolar;
IV. analisar e estabelecer estratégia e linhas de ação para alunos com
menor rendimento escolar, indicando os pontos fracos que deverão
ser revertidos;
V. estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em
consonância com a proposta curricular do estabelecimento;
VI. propor medidas para melhoria do aproveitamento escolar, integração
e relacionamento dos alunos entre si e com o professor;
VII. decidir, quanto à aprovação de alunos, que após a apuração dos
resultados finais, apresentem rendimento abaixo do nível de
aprovação;
VIII. analisar em conjunto com professores de ensino especial e
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atendimento especializado, o desempenho dos alunos que recebem
este atendimento, respeitando suas características, necessidades
especiais e ritmo de aprendizagem;
IX. acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo
debater e analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo
ensino e aprendizagem;
X. receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 (setenta e
duas) horas úteis após sua divulgação em edital.
Das reuniões de Conselho de Classe será lavrada ata pelo Secretário em
livro próprio, para registro, divulgação ou comunicação aos interessados.
Plano de ação dos funcionários para o ano de 2010:
• Cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas as
determinações de seus superiores hierárquicos;
• Atender alunos, professores e demais interessados, prestando
informações e dando orientações;
• Participar de eventos, cursos e reuniões, no intuito de aprimoramento
profissional.
• Comunicar ao Diretor toda irregularidade que venha a ocorrer no
ambiente Escolar
• Manter as instalações escolares, providenciando o material e produtos
necessários para o bom funcionamento da rotina diária.
• Receber gêneros e controlar o estoque das mercadorias quanto:
validade dos produtos, entrada e saída dos mesmos, reposição,
limpeza e arrumação;
• Buscar soluções para imprevisto, juntamente com direção, supervisão
ou outros segmentos da escola;
• Zelar pelo bom funcionamento dos equipamentos utilizados.
• Solicitar a colaboração dos professores para a não liberação de alunos
em horário de aula para tirar xerox e uso da Biblioteca;
• Cobrar dos alunos e professores a organização das salas de aula, bem
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como não riscar paredes e carteiras, jogar papéis no chão e para que
os mesmos ao sair das salas não saiam correndo;
• Organizar-se quanto a horário; cooperando com os colegas, quando
houver necessidade de alguém faltar;
• Ter o controle de quem entra no Colégio encaminhando para o
segmento requerido;
A escola faz uso dos seguintes instrumentos de Registros:
I. Livro de Registro de Classe, instrumento de escrituração escolar
elaborado com a finalidade de documentar a frequência, os conteúdos
e aproveitamento escolar: O Livro de Registro de Classe, fica sob a
responsabilidade do professor, devendo o mesmo permanecer no
estabelecimento à disposição do professor, da direção e dos
pedagogos sempre que for solicitado.
II. Livro Ponto: é feito mensalmente e assinado diariamente pelos
professores e funcionários, o mesmo permanece na Secretaria para
assinatura. É através dele que se faz o controle de faltas e atrasos dos
servidores.
III. Livros Atas: o livro ata é utilizado para registrar as reuniões que
ocorrem no Estabelecimento de Ensino, cada segmento tem seu
próprio livro, que fica guardado na Secretaria da escola. Temos Livro
Ata de Regularização de Vida Escolar, Livro de Conselho de Classe,
Livro da APMF, Livro do Órgão Colegiado, Livro de Ocorrências
Pedagógicas discentes, Livro de Ocorrências Pedagógicas docentes e
Livro do Grêmio.
Os recursos que a Escola dispõe para realizar seus projetos são:
Fundo Rotativo, recebido em parcelas, destinado a materiais pedagógico,
material continuo, reparos, gás.
PDDE, recebido uma vez por ano, 20% destinado a material permanente e
o restante para material pedagógico.
Verbas da APMF, uma pequena quantia arrecadada pela cantina,
destinada a reparos e reformas.
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Estágio é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho produtivo do educando que esteja frequentando o Ensino
Regular em instituições de Educação Superior, de Educação Profissional; de
Ensino Médio, da Educação Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental,
na modalidade profissional da Educação de Jovens e Adultos (Art. 1º, Lei
11.788/08). O Estágio do Ensino Médio e nas suas modalidades, assumindo pela
escola a partir da demanda dos alunos ou de organizações da comunidade,
objetivando a participação do Serviço Social, voluntário ou não obrigatório, sem
fins lucrativos, será registrada no Histórico Escolar do aluno a carga horária
efetivamente realizada.
Cabe ao pedagogo acompanhar as prática de estágio desenvolvidas pelo
aluno, ainda que em via não presencial, para que este possa mediar a natureza
do estágio e as contribuições do aluno estagiário com o plano de trabalho
docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se
compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica,
política, cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo, também, manter os
professores das turmas, cujos alunos desenvolvem atividades de estágio,
informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes possam
contribuir par esta relação prática.
Neste estabelecimento de ensino há a oferta de Sala de Apoio à
aprendizagem para 6º ano e 9º ano do Ensino Fundamental e Centro de Línguas
Estrangeiras Modernas (CELEM) e uma Sala de Recurso Multifuncional Tipo I.
O curso básico de língua espanhola (CELEM) funciona no noturno com
duração de dois anos com carga horária anual de cento e sessenta horas aula,
perfazendo um total de trezentos e vinte horas aula. A Sala de Recurso
Multifuncional funciona no período da manhã e atende alunos da tarde.
A avaliação do Projeto Político Pedagógico acontecerá uma vez por
semestre, conforme disposto no calendário.
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14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
GODOY, Célia. Conteúdos Escolares: Contextos e Práticas. Coluna: O
Universo da Pedagogia, 2005. URL: www.ameesp.org.br/!/colunistas/artigo.php?
Acessado em: 22/10/05.
LIBANÊO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola. Teoria e Prática. 3ª
ed. Editora Alternativa, 1995.
MOREIRA, Antonio F. B. Algumas Reflexões sobre a Escola e o Conhecimento Escolar. Universidade Católica de Petrópolis! Universidade
Federal do Rio de Janeiro.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: Teorias da Educação sobre a
educação política/Demerval Saviani – 24º ed. Revista – Campinas, SP: Autores
Associados, 1991.
SEED. Educação. Seminário de Disseminação dos Políticos de Gestão Escola para Diretores da Rede Estadual. Vol. I, Outubro 2004.
SEED-DEF. Seminário Estadual de Organização das Práticas Pedagógicas. Agosto 1991.
SEED – SUED – DEF. Ensino Fundamental na Rede Pública de Ensino da Educação Básica do Estado do Paraná.
SILVA, M. A. Educadores e educandos: tempos históricos. Sem informações
complementares. Texto cedido pela SEED.
VALENTIM, Marta. Construção e Avaliação do Projeto Político Pedagógico.
100
SNAC, 2002. Site: www.abecin.org.br/textos/documentofinaloficinaUSP.doc.
Acessado em 23/10/05.
VÁSQUEZ, A. S. Ética. Sem informações complementares. Texto cedido pela
SEED.
VEIGA, I.P.A Perspectiva para reflexão, em torno do projeto político-pedagógico In. Veiga I.P.A e Resende, L.M.G. de (Orgs.). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas, SP. Papirus, 1998, p. 9-32.
VINÃO, Antonio. Espaços, usos e funções; a localização e disposição física da direção escolar na escola graduada. In: BENCOSTA, Marcus Levy (org.).
História da educação, arquitetura e espaço escolar. São Paulo: Cortez, 2005.
Rohrich Ferreira, Valeria Milena, Souza Arco Verde, Yvelise Freitas de. Chrónos &
Kairós. O tempo nos tempos da escola. Educar em Revista, número 17, 2001.
pg. 1-16. UFPR, Brasil.
Cadernos Temáticos: Desafios Educacionais Contemporâneos: Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e Enfrentamento a Violência na Escola.
Instrução Nº 006/2008 SUED/SEED.
Texto Superintendência da Educação de Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde.
Letramento e Alfabetização de Amélia Hamze.
Educação Integral – Suzana Moreira Pacheco.
Regimento Escolar.
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15. ANEXOS