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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

COLÉGIO ESTADUAL PROFª IVONE SOARES CASTANHARO

Ensino Fundamental e Médio

Campo Mourão - Pr

CAMPO MOURÃO – PARANÁ

SETEMBRO DE 2011

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“Como professores, educadores, nós temos que

estar engajados num palco de luta permanente,

que é a luta pela superação que nós mesmos

aceitamos. É preciso estar abertos

constantemente ao novo e ao diferente, para

poder crescer e aprender “

(Paulo Freire)

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SUMÁRIO

I – APRESENTAÇÃO............................................................................................................................01

− Nosso Compromisso................................................................................................................ 01

− Fundamentos Legais............................................................................................................... 01

II – INTRODUÇÃO.................................................................................................................................03

III – IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO....................................................................................................05

1- Identificação.......................................................................................................................................05

2. Identificação da Instituição................................................................................................................07

3- Cursos autorizados/reconhecidos.....................................................................................................08

4- Histórico do Estabelecimento de Ensino...........................................................................................09

5- Características da Comunidade Escolar...........................................................................................10

6- Condições Físicas, Materiais e Recursos Humanos …....................................................................11

7- Princípios da Gestão Democrática....................................................................................................14

8- Objetivo Geral....................................................................................................................................14

9- Objetivos Específicos........................................................................................................................15

IV – MARCO SITUACIONAL.................................................................................................................16

1- O papel da escola..............................................................................................................................16

2 - Realidade da Escola.........................................................................................................................17

3 - Perfil do Educando...........................................................................................................................18

V – MARCO CONCEITUAL...................................................................................................................20

1- Princípios Norteadores da Educação..............................................................................................20

2- Pressupostos de uma escola cidadã, objetivando a inclusão social …..........................................20

3- Caracterização da Escola................................................................................................................22

4- As Tecnologias de Informação e Comunicação na Escola.............................................................22

5- Os Desafios Educacionais Contemporâneos..................................................................................24

6- Inclusão e Diversidade....................................................................................................................25

7- Concepção de Homem....................................................................................................................27

8- Concepção de Sociedade...............................................................................................................28

9- Concepção de Comunidade............................................................................................................28

10- Concepção de Trabalho, Educação e Escola.................................................................................28

11- Concepção de Cultura.....................................................................................................................31

12- Concepção de Ciência...................................................................................................................32

13- Concepção de Conhecimento........................................................................................................32

14- Concepção de Ensino – Aprendizagem.........................................................................................33

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15- Concepção de Currículo.................................................................................................................34

16- Concepção de Avaliação................................................................................................................34

17- Concepção de Gestão Escolar.......................................................................................................35

18- Concepção de Infância...................................................................................................................36

19- Concepção de Ensino Fundamental de 9 anos, anos finais...........................................................38

20- Concepção de Letramento..............................................................................................................39

21- Concepção de Educação de Jovens e Adultos .............................................................................40

VI - ATO OPERACIONAL......................................................................................................................42

1- Filosofia e Princípios Didático-Pedagógicos.....................................................................................42

2 - Articulação entre os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental de 09 anos...............................43

3 - Organização dos Espaços e Práticas Pedagógicas …....................................................................44

− Calendário Escolar....................................................................................................................44

− Hora Atividade...........................................................................................................................46

− Processos de Avaliação............................................................................................................46

− Avaliação no Contexto Escolar..................................................................................................47

− Recuperação de Estudos..........................................................................................................49

− Evasão Escolar – Ficha FICA....................................................................................................50

− Estágio Não Obrigatório.............................................................................................................52

− Igualdade Racial .......................................................................................................................53

− Inclusão (Educação Especial) …............................................................................................. 54

− Nome Social do Aluno............................................................................................................. 54

− Materiais de Apoio Didático......................................................................................................55

− Recursos Tecnológicos.............................................................................................................55

− Biblioteca Escolar.....................................................................................................................56

− Laboratório de Ciências, Biologia e Química............................................................................57

− Laboratório de Informática........................................................................................................57

− Sala de Apoio............................................................................................................................57

− Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I..................................................................................59

− Gestão Democrática e Instâncias Colegiadas..........................................................................59

− Conselho de Classe ................................................................................................................ 59

− Conselho Escolar ….................................................................................................................60

− Associação de Pais, Mestres e Funcionários …......................................................................62

− Grêmio Estudantil ….................................................................................................................63

4- ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULOS........................................................................64

− Programa PDE Escola..............................................................................................................64

− Rede de Proteção Social dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes …...........................65

− Equipe Mutidisciplinar...............................................................................................................65

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− Programa Mais Educação.........................................................................................................66

− Atividades do Sistema Fecomércio..........................................................................................68

− CELEM......................................................................................................................................68

− Agenda 21 Escolar....................................................................................................................69

− Educação Fiscal........................................................................................................................70

− Projeto 100% Cultura................................................................................................................70

− Projeto Soletrando....................................................................................................................71

− Festival de Talentos..................................................................................................................71

− Gincana Recreativa e Cultural..................................................................................................71

− Jogos Interclasses....................................................................................................................72

− Projeto de Produção de Hortaliças e Plantas Medicinais.........................................................72

− Parodiando com a Tabuada......................................................................................................73

− Festival de Dança.....................................................................................................................73

− Festa Junina.............................................................................................................................74

− Garota (o) CIC..........................................................................................................................74

− Projeto Bullying – Galera da Paz .............................................................................................74

VII – FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO........................................76

1- Curso Plataforma Freire...................................................................................................................76

2- Profuncionário..................................................................................................................................76

3- Equipes Multidisciplinares................................................................................................................76

4- Programa Educação Fiscal..............................................................................................................77

5 - Biblioteca do professor.....................................................................................................................77

6- PDE/SEED/PR..................................................................................................................................77

7- GTR..................................................................................................................................................78

8- PR Digital..........................................................................................................................................78

9- Oficinas Disciplinares.......................................................................................................................78

10-Semana Pedagógica e Reuniões Pedagógicas...............................................................................79

11-Formação Continuada na Escola.....................................................................................................79

VIII – AGENTES EDUCACIONAIS I E II...............................................................................................80

1. Descrição das Atribuições do Cargo de Agente Educacional I.........................................................81

2. Descrição das Atribuições do Cargo de Agente Educacional II …...................................................82

IX- PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA.....................................................................................................84

1- Plano de Atuação da Equipe Pedagógica ….................................................................................. 84

2 - Plano de Ação da Equipe Pedagógica.............................................................................................85

3 - Plano de Ação do Estabelecimento de Ensino.................................................................................87

4 – Plano de Avaliação Institucional do PPP …................................................................................... 89

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I. APRESENTAÇÃO

Ao propormos um Projeto Político Pedagógico temos a exata percepção de que não

podemos conceber mudanças e compromisso com uma nova educação sem que realizemos uma

profunda reflexão sobre o caminho até aqui percorrido. Foi com esse propósito que esta Escola

realizou reuniões, debates e reflexões teóricas das partes envolvidas.

Queremos crer que as propostas e compromissos aqui contemplados sejam perseguidos com

afinco e determinação, já que nasceram da vontade coletiva.

A primeira questão a ser vislumbrada é a finalidade do nosso trabalho como educadores. Que

tipo de alunos nossa escola pretende formar. Que mecanismos utilizaremos para “transformar” nosso

educando em um cidadão consciente, crítico e participativo, respeitando-lhe a individualidade e

características próprias.

Temos a clareza de que todo esse processo de emancipação humana se dará a luz de um

referencial teórico apropriado,uma avaliação diagnóstica e eficiente, trabalhado com compromisso e

competência, numa proposta interdisciplinar, contextualizada e comprometida com a construção de

uma sociedade justa e democrática.

NOSSO COMPROMISSO

Nosso compromisso é formar educandos dotados de bom nível de conhecimentos,

conscientes de suas responsabilidades e sabedores dos seus direitos; cidadãos críticos,

participativos, dinâmicos, solidários, respeitando os valores consagrados historicamente pela

humanidade.

Nessa formação serão respeitados a identidade própria, a formação religiosa e os valores

individuais, dotando-os de uma base sólida de conhecimentos.

Dessa forma, é necessário proporcionar uma educação de qualidade, garantindo a

socialização do conhecimento, visando a superação do senso comum, formando cidadãos aptos a

reivindicar seus direitos.

FUNDAMENTOS LEGAIS

A educação que nosso Estabelecimento oferece está amparada legalmente nos princípios da;

• Constituição Federal da República Brasileira;

“... Artigo 206 ... O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

1- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

2- Liberdade de aprender , ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o sabe;

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3- Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições

públicas e privadas de ensino;

4- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

5- Valorização dos profissionais do ensino ...” ;

6- Gestão democrática do ensino público, na forma da Lei;

7- Garantia de padrão de qualidade. “

• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96).

Título III – Do Direito a Educação e do Dever de Educar:

Art. 4º - O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a

garantida de ;

I – Ensino Fundamental , obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso

na idade própria;

II – Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III – Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades

especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV – Atendimento gratuito em creches (...);

V – Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística segundo a

capacidade de cada um;

VI – Oferta de ensino noturno regular , adequado às condições do educando;

VII- Oferta de educação escolar regular para jovens e adultos com características e

modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem

trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;

VIII – Atendimento ao educando (...);

IX – Padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade

mínimas, por aluno , de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-

aprendizagem

Art. 5º - O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer

cidadão, grupo de cidadãos , associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou

outra legalmente constituída, e, ainda, o ministério público, acionar o poder público para exigi-lo (...)

Em atendimento ao preceito legal e entendendo que a escola deve oferecer a todos os

primeiros elementos para uma concepção científica e histórica do mundo, o Colégio Estadual Ivone

Soares Castanharo buscará oferecer aos educandos os instrumentos para a compreensão do meio

no qual está inserido e, portanto, promover as condições para a sua ação diante da realidade que o

cerca.

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II. INTRODUÇÃO

A escola pública vive hoje, um momento de complexidade, necessitando rever

constantemente sua forma de atuação, numa sociedade em constante transformação, num mundo

globalizado, extremamente competitivo. Há diferenças entre o entendimento sobre a função que a

educação deve cumprir envolvendo a família , a sociedade e as expectativas da própria escola . É

nesta hora que devemos reafirmar necessidade de um Projeto Político – Pedagógico, que dê

unicidade aos objetivos educacionais. O PPP tem sobretudo que resgatar o valor da Escola

enquanto responsável pelo acesso às camadas populares ao saber, e à formação de uma

consciência participativa e crítica, culminado com a efetiva emancipação do educando.

De que outra forma seria possível esse resgate senão através da ampla discussão entre as

pessoas e profissionais envolvidos no processo ensino-aprendizagem, e a formulação de propostas

concretas para que não se corra o risco de ficar somente no campo das boas intenções.

Um passo extremamente importante nesse resgate do papel da Escola é o da definição não

somente de uma metodologia mas de um compromisso ideológico sobre que tipo de cidadão a escola

pretende formar .

Mais do que um mero projeto que obedeça as solicitações legais da LDB ou um papel que a

burocracia estatal solicita, o Projeto Político Pedagógico é a oportunidade de se redirecionar as ações

pedagógicas da Escola, tendo como ponto de partida a sua própria realidade e aspirações.

Entretanto, não se pode partir para esta presumida mudança sem que tenha um bom conhecimento

sobre a realidade escolar, o contexto dos alunos, as expectativas das famílias, as ansiedades da

comunidade o compromisso do governo. A mudança que podemos vislumbrar com o Projeto Político

Pedagógico não pode ser concebido se as ações a serem desenvolvidas não extrapolarem os limites

dos muros da escola.

Todo Projeto propõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa

quebrar um estado confortável e arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma

nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o

presente. Compartilhamos da visão de Paulo Freire, que nos diz que “um projeto educativo pode ser

tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de

ação possível, comprometendo seus atores e autores.”.

O termo político, o qual reafirmamos e evidenciamos tem a intenção de explicitar a proposta

de sociedade que pretendemos construir, o conjunto de valores e formas de vida que estamos

defendendo em nossa ação. Dentro desta política está a concepção de homem e de sociedade, uma

visão de mundo, de convivência social e de trabalho.

O sentido pedagógico do projeto refere-se às ações educativas e às condições necessárias

as instituições, para cumprirem seus propósitos, isto é, vai além das atividades desenvolvidas no

interior da mesma. Entre essas condições necessárias inclui-se espaço físico, material, profissionais

da educação habilitados. Consideremos esse último a pedra fundamental na construção do Projeto

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Político Pedagógico: a formação de um educador preocupado em acompanhar e compartilhar

avanços científicos, inovações metodológicas, discussão permanente do seu ato de docência, enfim,

um educador comprometido com a realização de sua tarefa.

O Projeto Político Pedagógico de uma escola materializa-se através das atividades por ela

desenvolvida (seus programas, projetos de ação entre a escola e a comunidade, do modo como se

organiza o trabalho pedagógico e a participação da comunidade). Nessas atividades transmite-se a

concepção de homem, de mundo, de sociedade, da sociedade inserida no espaço político, pois afinal,

como nos afirma Saviani, “ toda a prática educativa enquanto tal possui uma dimensão política, assim

como toda prática política possui em sí mesma uma dimensão educativa”.

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III. IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO

1. Identificação:

- Núcleo : 05 - Campo Mourão

- Estabelecimento: 01515 - Colégio Estadual Profª Ivone Soares Castanharo - EFM.

- Endereço: Rua Sanhaço, 720 - Jardim Tropical I - CEP 87.310-190

- Município: 0430 - Campo Mourão - PR

- Dependência Administrativa - Estadual

- Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação. - SEED

Ato Oficial de autorização da escola: 4307 de 13/11/87 - DOE 23/11/87

Ato de Renovação e Reconhecimento do Escola: Parecer 0039/1991 - DEPG

Regimento Escolar: Parecer 122 de 31/08/2001

Caracterização da Instituição: Ensino Fundamental e Médio.

Nº de alunos: 979 (Novecentos e setenta e nove)

Nº de turmas: manhã – 11

tarde – 12

noite - 3 turmas de Ensino Regular e 9 de EJA

Setor discente:

Oriundos de uma cultura urbana.

Setor Docente:

Professores: Efetivos - 31

PSS – 28

Setor administrativo:

1 Diretor Geral com 40 horas

1 Diretora Auxiliar com 20 horas

6 Pedagogos com 20 horas

1 Secretária Geral com 40 horas

7 Agentes Educacionais II com 40 horas

12 Agentes Educacionais I com 40 horas

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Turnos e Funcionamento – Modalidades

Períodos: Matutino - Ensino Fundamental e Médio

Vespertino - Ensino Fundamental

Noturno – Ensino Médio Regular e Educação de Jovens e Adultos, Ens.

Fund. e Médio

Avaliação institucional: ao final de cada semestre

Organização da hora-atividade: por disciplina

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2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

1 – Denominação da instituição

Colégio Estadual Profª Ivone Soares Castanharo – Ensino Fundamental e Médio

2 – Endereço completo

Rua Sanhaço, 720

3 – Bairro/Distrito

Jardim Tropical I

4 – Município

Campo Mourão

5 – NRE

Campo Mourão

6 – CEP

87.310 –190

7 –Caixa Postal 8 – DDD

044

9 – Telefone

3525-9261

10 – Fax

(44) 3525-9261

11 – E-mail

[email protected]

12 – Site

www.cpmivonecastanharo.seed.pr.

gov.br

13 – Entidade mantenedora

Governo do Estado do Paraná

14 – CNPJ/MF

76.416.965/0001-21

Porte: 5 Regime Escolar: Regular e Educação de Jovens e

Adultos

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3. CURSOS AUTORIZADOS/RECONHECIDOS

Cursos autorizados / reconhecidos

1 – Cursos autorizados

Cursos autorizados Número das

autorizações

Ensino Fundamental Res. 4307/87 de

23/11/87

Ensino Médio Res. 182/02 de

27/02/02

Educação de Jovens e Adultos – Por Disciplinas (Ens. Fundamental

Fase II e Ensino Médio)

Res. 3966/06 de

24/08/06

2 – Cursos reconhecidos

Cursos reconhecidos Número dos

reconhecimentos

Ensino Fundamental Res. 3007/91 de

03/10/91

Ensino Médio Res. 1084/08 de

21/05/08

EJA Res. 3966/06 de

24/08/06

3 – Observações

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4. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

A expansão da cidade de Campo Mourão, com a criação de novos conjuntos habitacionais

para a região conhecida como Asa Leste provocou a migração interna de um grande contingente

populacional para onde está localizado o nosso Bairro, conhecido como Tropical. Nossa escola foi

autorizada a funcionar em 1987, ofertando ensino fundamental (anos iniciais e 5ª a 8ª série),

recebendo o nome de Escola Estadual Jardim Tropical com início das atividades para o ano letivo de

1988. Já no primeiro ano foram matriculadas 17 (dezessete) turmas de ensino fundamental, numa

demonstração da grande necessidade que a região tinha de uma Unidade Escolar.

Nossa primeira diretora foi a professora Judith Ferreira Malmstrom assumindo a função no dia

18 de janeiro de 1988, juntamente com a professora Marli Amália Garcia Bittencourt (como primeira

secretária).

As dificuldades do início da instalação foram grandes, pois as condições eram precárias.

Móveis e utensílios foram emprestados do Núcleo Regional de Educação, carteiras de escolas do

município, pois na primeira semana de aula , de improviso, alguns alunos tiveram que sentar-se no

chão. A comunidade acolheu a escola e juntamente com a direção , equipe pedagógica e professores

e funcionários , em pouco tempo estas dificuldades foram superadas.

Em 1991 aconteceu o reconhecimento do Curso de 1º Grau, sendo que na oportunidade ,

como forma de homenagear uma educadora de nosso município precocemente falecida, aconteceu a

mudança do nome do Estabelecimento para Escola Estadual Professora Ivone Soares Castanharo .

Uma grande conquista para a região foi a implantação da modalidade de educação de jovens

e adultos, ocorrida em 1992. A partir desta data tivemos uma progressão considerável de alunos

matriculados nesta modalidade, principalmente pelo fato de nossa comunidade atender uma parcela

significativa de alunos trabalhadores.

No ano de 2001 o Colégio foi transferido para novas dependências com instalações que na

época eram adequadas às necessidades da escola, mas atualmente com o aumento do número de

alunos, criação do CELEM, funcionamento do Ensino Médio noturno, desenvolvimento do projeto

“Mais Educação”, atendimento da Sala de Apoio, implantação da sala de informática, há necessidade

de ampliação do espaço físico para a adequação.

Atualmente o Colégio é dirigido pelo professor Joseval Basilio Pelisser, tendo como vice-

diretora a professora Tânia Aparecida Chrastek Sidinei. Funciona em três turnos com um total de 979

alunos.

Contamos com uma comunidade escolar atuante através das instâncias APMF –Associação

de Pais , Mestres e Funcionários , do Conselho Escolar e Grêmio Estudantil.

O colégio procura desenvolver o trabalho pedagógico fundamentando-se no compromisso de

levar os alunos do conhecimento senso comum ao conhecimento sistematizado, produzido pela

humanidade, partindo da realidade do contexto local em que a escola está inserida.

Assim, nossa Escola pode e deve cumprir sua função no sentido de dignificar nossos

educandos, instrumentalizando-os com o saber.

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5. CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR

O Colégio situa-se em um bairro de periferia da cidade onde os alunos atendidos em sua

maioria são de um nível sócio-econômico baixo, as famílias na sua maioria apresentam uma nova

realidade, onde os pais nem sempre são os chefes das famílias, muitas vezes mães e avós

sustentam a casa e educam os filhos. Percebe-se que muitos pais não se comprometem com a

aprendizagem dos filhos, o que dificulta o trabalho da escola. O bairro conta com um considerável

índice de pessoas desempregadas, gerando uma busca por trabalho informal, devido a falta de

qualificação profissional. Dada a estas condições, verifica-se constantes migrações em busca de

melhores oportunidades. Há uma realidade instalada de jovens sem acesso a lazer e na ociosidade.

Todas essas questões sociais se refletem no desempenho escolar de nossos alunos, onde se

observa um grande número de alunos com defasagem na aprendizagem, desinteresse, alto índice de

evasão, transferências constantes, índice de reprovação elevada.

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6. CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E RECURSOS HUMANOS

Relação de Recursos Físicos

Recursos físicos Formulário 03

1 – Número de ambientes pedagógicos

- Salas de aula: 12 (doze)

- Direção: 01 (uma)

Equipe Pedagógica: 0l (uma)

2 – Área destinada a ambientes

pedagógicos (m²)

Total de (626,88 m²)

3 – Número de ambientes administrativos

- Secretaria 01 (uma)

- Outros 02 (duas)

4 – Área destinada a ambientes

administrativos (m²)

36,04 m²

12,8 m² (almoxarifado e banheiros)

5 – Relação dos ambientes administrativos

Ambiente Área (m²)

Secretaria 36,04 m²

Direção 12,96 m²

Orientação / Coordenação 25,92 m²

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6 – Área destinada à biblioteca (m²)

Biblioteca 77 m²

7 - Área destinada ao laboratório de

Química

77 m²

8 – Área destinada ao Laboratório de Informática 77 m²

9 – Complexo higiênico-sanitário

Banheiro Sexo ao qual se destina N Pias N Mictórios N Vasos

Sanitários

Banheiro n

01

[X] Masculino

[ X ] Feminino

01

0102

04

06

Banheiro n

02

[X] Masculino

[X] Feminino

04

062

04

06

Banheiro n

03 (Def.Fis)

[X ] Masculino

[ ] Feminino

01 01

Banheiro n

04 (Def.Fis)

[ ] Masculino

[ X ] Feminino 01 01

10 – Utilização compartilhada de recursos físicos, quando for o caso:

Há uma sala de uso múltiplo, atendendo a Vídeo , Reuniões e Atividades Lúdicas (77 m²)

11 – Observações:

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Recursos Humanos

SETOR E GRADUAÇÃO DO CORPO DE FUNCIONÁRIOS E SETOR ADMINISTRATIVO

FUNÇÃO NOME

DIRETOR JOSEVAL BASILIO PELISSER

DIREÇÃO AUXILIAR TANIA AP. CHRASTEK SIDINEI

SECRETÁRIA SILVANA ILUCENSKI TEIXEIRA

EQUIPE PEDAGÓGICA

FUNÇÃO NOME

PROFESSOR PEDAGOGO DARCI GOMES DE LIMA SOUZA

PROFESSOR PEDAGOGO EDNÉIA DE SOUZA LIMA

PROFESSOR PEDAGOGO LOURDES DE FÁTIMA ARRUDA RANGEL

PROFESSOR PEDAGOGO MARIA DE LOURDES FERNANDES CLARO

PROFESSOR PEDAGOGO NEIDE FERREIRA POSACHIO

PROFESSOR PEDAGOGO SANDRA MANTUAN COVALSKI

Condições Físicas e Materiais

O Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo encontra-se no presente momento

da seguinte forma em relação às suas condições físicas e materiais;

- 12 salas de aula,

- 1 sala para os professores,

- 1 sala para a Direção,

- 1 sala para a Orientação,

- 1 secretaria,

- 2 banheiros para os funcionários e professores,

- 4 banheiros para alunos,

- 2 banheiros para alunos deficientes,

- 1 cozinha,

- 1 almoxarifado,

- 1 laboratório de Química,

- 1 quadra poliesportiva coberta e 1 quadra de areia,

- 1 biblioteca,

- 1 laboratório de informática,

- 1 sala de vídeo,

- 1 sala de apoio.

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7. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

A Gestão Democrática se efetiva principalmente pela participação coletiva nos processos

decisórios no interior da escola e também no controle social, com a participação da comunidade

escolar. É nesta perspectiva que se estrutura e se concebe o Projeto Político Pedagógico desta

escola, pressupondo reflexão e discussão crítica sobre os problemas de sociedade, para encontrar as

possibilidades de intervenção na realidade, buscando a transformação desta realidade.

A escola procura desenvolver a dinâmica das mudanças sociais, das interações pessoais e

profissionais, desenvolvendo seus objetivos mediante a participação conjunta de seus profissionais e

alunos, de modo integrado.

Pode se entender que professores, equipe pedagógica, agentes educacionais, alunos, pais e

comunidade não só fazem parte de um mesmo ambiente cultural, como também constroem este

espaço, a interação entre todos os integrantes da comunidade escolar na organização do trabalho

pedagógico define a identidade da escola.

Conceber a função social da escola pública pressupõe, nesse sentido, conceber o

desenvolvimento de políticas públicas voltadas para atender as necessidades históricas dos sujeitos

excluídos e/ou discriminados. Trata-se de conceber uma educação pela qual, a partir do

conhecimento, seja possível compreender a sociedade e suas contradições, mobilizando esforços

para conquistas sociais, políticas e culturais. Trata-se de buscar a dimensão pedagógica da escola,

voltada para a possibilidade de formação para o mundo do trabalho, tendo o trabalho como princípio

ativo.

A Gestão Escolar pressupõe a existência de autonomia e liberdade, na relação entre

administradores, professores, pais e alunos, sendo que o conceito de liberdade contém a ideia de

regras, reconhecimento e de intervenção recíproca. Há que se destacar que a autonomia está

vinculada à concepção da educação pública, aquela que expressa as necessidades daqueles que

dependem da educação escolar como via de acesso aos conhecimentos culturais, universais,

científicos, artísticos e filosóficos.

Considerando-se que todos os integrantes da escola são protagonistas do processo

educativo, é imprescindível a construção de uma prática de trabalho coletiva, comprometida com a

qualidade da educação.

8.OBJETIVO GERAL

Em nossa sociedade, marcada por práticas sociais excludentes e por uma educação escolar

tradicionalmente assentada na dominação e no controle do invidíduo, qualquer intenção de formação

humana voltada para a emancipação deve tomar como objetivo uma formação cultural voltada para a

“auto-reflexão crítica “ (Adorno 1995, 1996.) Deve-se pensar assim, na possibilidade de uma

formação que leve em consideração a capacidade do indivíduo tornar-se autônomo – intelectual e

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moralmente-, que seja capaz de interpretar as condições histórico-culturais da sociedade em que vive

de forma crítica e reflexiva, impondo autonomia às suas ações.

Para essas finalidades, entende-se, devem se voltar as práticas educativas consolidadas nos

tempos e espaços escolares. Dito de outro modo, é em direção às intenções apontadas que se deve

pensar toda a prática pedagógica, todo ato pretendido, toda reflexão desenvolvida.

O PPP tem como finalidade, expressar a forma como o coletivo escolar se organiza em torno

da intencionalidade da escola pública, explicitando, a partir da análise crítica de sua realidade, a

concepção de homem, sociedade, educação, ensino-aprendizagem, tecnologia, avaliação, currículo e

princípios didáticos-pedagógicos.

O PPP norteia os princípios que fundamentam e organizam toda a prática pedagógica através

das quais são subsidiadas as decisões, a condução das ações, dos programas desenvolvidos no

estabelecimento de ensino, os impactos destes sobre o processo de ensino aprendizagem, bem

como a análise dos seus resultados.

O objetivo geral do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Ivone Soares

Castanharo de Campo Mourão – PR, é desenvolver ações de aprendizagem que possam garantir a

formação de sujeitos que construam sua identidade pessoal de modo a poderem atuar na realidade

de modo novo, transformando-a.

9.OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O Projeto Político Pedagógico é um instrumento que visa orientar a escolar a enfrentar os

desafios do cotidiano de uma forma reflexiva, consciente, sistematizada, orgânica, científica e, o que

é essencial, participativa. É uma proposta que visa re-significar a ação de todos os agentes da

escola.

Para atingir os objetivos de formar um aluno sujeito da sua história, a Escola necessita

anteriormente rever algumas práticas que vem se solidificando ao longo dos anos, objetivando:

• Organizar o trabalho pedagógico de modo a superar os conflitos, eliminando relações

competitivas e autoritárias;

• Redimensionar a rotina do mando impessoal e da burocracia que permeia as relações

no interior da escola;

• Eliminar os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as desigualdades

e hierarquiza os poderes de decisão na escola;

• Introduzir práticas pedagógicas-educativas que possibilitem uma aprendizagem

significativa de modo que os educandos possam apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais,

naturais e estéticos que foram e estão sendo construídos pelo homem ao longo da história.

• Superar os baixos índices de acesso e permanência dos alunos;

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IV - MARCO SITUACIONAL

1. O PAPEL DA ESCOLA

A educação tem expressado, historicamente, a disputa de diversos interesses e intenções em

torno de concepções de mundo, de homem e de sociedade. Ora ela reflete interesses mais

neoliberais que se propõem a atender as necessidades do mercado de trabalho, ora expressa as

lutas dos movimentos sociais por uma educação de qualidade para todos e todas. De uma forma ou

de outra, revela as contradições da sociedade contemporânea e do capitalismo no contexto global.

Cabe à instituição escola problematizar essas contradições para definir sua ação pedagógica. A

educação, invariavelmente, revela um projeto que é pedagógico, histórico, político, cultural e social.

Estudar os condicionantes sociais, econômicos, históricos, políticos e culturais sobre a escola,

possibilita que se desvelem a mercantilização do papel da escola, os atos de preconceito e de

discriminação presentes inclusive nos currículos e materiais pedagógicos, a distância entre quem

pensa e quem faz na escola e na sociedade e, em especial, a situação de segundo plano em que é

colocada a função social da escola que é razão de sua existência: o ato de ensinar.

Considerando tudo isso, são os professores, funcionários, pais e alunos que devem pensar o

papel da escola, para que ela seja universal e de qualidade, que dê respostas às já conhecidas

questões: Para quem, para que e com qual intencionalidade existe a escola?

É colocado para a escola a obrigação de resolver os problemas sociais, econômicos,

ambientais, da saúde, do trânsito, da violência, etc. Problemas estes que não foram criados por ela,

mas que nela desembocam. Assim, a escola passa a ter que lidar com estes problemas reais de tal

modo que corre o risco de não conseguir dar conta de seu papel primeiro, que é ensinar.

Com base no filósofo italiano Antonio Gramsci, a escola deveria transmitir a todos os que a

ela tivessem acesso, sem discriminação, o saber sistematizado e historicamente acumulado,

necessário ao processo de tomada de consciência, à emancipação e à formação do cidadão. Por sua

vez, a educação brasileira – bem como as políticas públicas, a partir da manifestação de movimentos

sociais – entendeu que este direito de acesso ao conhecimento deve tomar como referência as

peculiaridades/necessidades dos sujeitos e a produção de sua cultura. Nesse sentido, é importante

destacar que as conquistas sociais se legitimaram dando origem à legislação própria, como a lei das

relações étnico raciais, o estatuto da criança e do adolescente, entre outras. Significa dizer que as

políticas em educação expressam as conquistas sociais e históricas, fruto da participação da

sociedade.

Esta é a maior expressão da gestão democrática que se efetiva não somente pela

participação coletiva nos processos decisórios no interior da escola, como também no controle social,

que se manifesta pela pressão da comunidade escolar sobre órgãos competentes na definição de

políticas públicas. É nesta perspectiva que se estrutura e se concebe o Projeto Político Pedagógico

das escolas públicas.

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A escola abrange, em última instância, a dinâmica das mudanças sociais, das interações

pessoais e profissionais e desenvolve seus objetivos mediante a participação conjunta de seus

profissionais e alunos, de modo integrado. A melhor maneira de realizar a gestão de uma organização

é a de convergir o esforço coordenado de todos para a realização de uma tarefa, como esta de

revisão da prática pedagógica, mediante a formação de equipe atuante e levando em consideração o

seu ambiente cultural.

Pode-se entender que professores, equipe pedagógica, agentes educacionais, alunos, pais e

comunidade não só fazem parte de um mesmo ambiente cultural, como também constroem este

espaço: a interação entre todos os integrantes da comunidade escolar na organização do trabalho

pedagógico define a identidade da escola e o papel de cada um na construção e concretização do

PPP.

Conceber a função social da escola pública pressupõe, nesse sentido, conceber o

fortalecimento do Estado no provimento dos direitos constitucionais, de políticas públicas voltadas a

atender as necessidades históricas dos sujeitos excluídos, e/ou discriminados pela lógica neoliberal,

padronizada e reproduzida na história da educação brasileira. Trata-se de ir para além de uma

política que só inclui os incluídos, e conceber uma educação pela qual, a partir do conhecimento ,

seja possível compreender a sociedade e suas contradições e, a partir disso, mobilizar esforços para

conquistas sociais, políticas e culturais.

Trata-se de recuperar a dimensão pedagógica da escola, voltada para a possibilidade de

formação para o mundo do trabalho, tendo o trabalho como princípio educativo.

2. REALIDADE DA ESCOLA

A comunidade atendida é representada em sua maioria por alunos oriundos de famílias de

trabalhadores assalariados, registrando a presença de alunos provenientes dos bairros circunvizinhos

da escola onde predominam famílias de baixa renda. A ociosidade dos jovens da comunidade devido

a falta de empregos e a falta de apoio público que não oferece opções de lazer e entretenimento,

favorece o surgimento de situações de marginalidade e transgressão da lei. Por isso o Colégio

Estadual Prof. Ivone Soares Castanharo busca sempre que possível realizar ações buscando diminuir

estes problemas na comunidade. Outra consequência desta realidade é o grande número de alunos

com dificuldade na aprendizagem, com defasagem de série/idade, defasagem de conteúdos,

problemas de ordem psicológica, neurológica, emocional e familiar, fazendo com que a escola busque

serviços e atendimentos que apoiem o trabalho com esses alunos, como encaminhamentos a

profissionais da área da saúde, realização de constantes reuniões pedagógicas envolvendo

professores, equipe pedagógica e direção, refletindo sobre os problemas e possíveis ações para

amenizá-los, realização de eventos e atividades envolvendo alunos e comunidade escolar, inserção

em sala de apoio e sala de recursos, entre outros.

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3. PERFIL DO EDUCANDO

Havemos além de conceituar o nosso educando compreender os fatores intrínsecos e

extrínsecos que o levam a buscar a nossa escola. O conhecimento da realidade da nossa

comunidade escolar, através da convivência nos dá vários indicativos porém, temos utilizado

sistematicamente de instrumentos que validam o que o conhecimento empírico nos tem mostrado.

Nosso aluno é de classe social pouco favorecida, trabalhadores assalariados, muitas vezes inseridos

no mercado informal e em trabalho temporário. Os pais trabalham no centro da cidade também como

assalariados. Há em todos uma vontade expressa de inserção no mundo do trabalho e consequente

melhoria na condição de vida.

As informações acima mencionadas foram validadas com a realização de pesquisas nos anos

de 2008 em parceria com acadêmicos da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo

Mourão, sendo aplicado em questionário com os educandos e seus familiares, onde se constatou a

situação sócio-econômica da comunidade escolar.

No ano de 2010, outra pesquisa foi realizada, desta vez envolvendo os alunos dos 3ºs anos A

e B, matutino, coordenados pela professora Josimere Nunes de matemática, atingindo os bairros

Tropical I, II e Diamante Azul, sendo coletadas 509 entrevistas residenciais com o objetivo de

investigar a situação sócio-econômica do bairro, onde a escola está inserida, concretizando assim o

conteúdo de estatística abordado em sala de aula e a participação da comunidade na escola. Nesta

pesquisa, os resultados foram os seguintes:

− 42,63% dos entrevistados recebem um salário mínimo e apenas 3,33% recebem cinco ou

mais salários;

− 47,97% das casas tem apenas uma pessoa que trabalha na família e apenas 1,27% tem

cinco ou mais pessoas;

− 40,47% das famílias tem o Ensino Fundamental como nível de escolaridade e apenas

8,80% tem o Ensino Superior;

− 75,83% das famílias residem no Jardim Tropical a cinco anos ou mais;

− 79% dos entrevistados residem em moradia de alvenaria e 6% em moradia mista;

− 75,24% das famílias moram em domicílio próprio, 18,27% alugado e 6,09% cedido;

− 100% das famílias recebem abastecimento de água através da Rede Pública;

− 64,05% dos entrevistados são casados, 9,63% viúvos, 3,34% desquitados, 11,20%

separados e 11,79% tem união consensual;

− 42,86% costumam visitar a escola onde os filhos estudam somente quando são

chamados e 57,14% visitam a escola às vezes;

− 50,62% consideram a escola boa e 2,25% péssima;

− 43,85% consideram que a informática é a atividade extra-classe que deve ser priorizada

na escola, 22,80% esportes, 12,28% passeios, 11,77% teatro e 9,27% música;

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− 34,58% consideram que o colégio precisa de alguma mudança como atividades extra-

classe, 28,07% medidas disciplinares, 23,30% outras e 14,03% conservação da escola.

Quanto aos índices de avaliação escolar, no ano de 2006, o colégio apresentou IDEB de 3,6,

no ano de 2007 foi de 3,3 no ano de 2009 o índice do IDEB foi de 3,7. O baixo índice apresentado em

2007, fez com que o colégio participasse do Programa PDE-Escola, após o incentivo recebido, o

índice subiu para 3,7, apresentando um aumento de 0,4. No entanto, de acordo com as metas

pretendidas, o colégio ainda está abaixo da média.

É nesse contexto que a escola tem procurado oportunizar atividades onde a realidade dos

alunos é evidenciada, tanto como ponto de partida como de chegada para as reflexões e também

práticas. A escola tem trabalhado e desenvolvido esforços para articular os conteúdos curriculares e a

realidade, no contexto dos educandos, buscando avanços na prática pedagógica, para tanto,

promove ações com a participação de toda comunidade escolar, procurando realizar uma gestão

democrática, participativa. Também é significativo e contribui, a participação dos profissionais da

educação em cursos de formação continuada.

Nos últimos tempos tem ocorrido uma ampliação dos compromissos da escola, que passou a

responder por novos desafios devido a influência de fatores e pressões sociais, econômicas,

culturais, tecnológicas, científicas e sobre tudo no desenvolvimento do conhecimento gerado pelo

processo educativo. Esses fatores contribuem para a ampliação da função da escola, fazendo com

que esta procure outros meios que possibilitem a aprendizagem garantindo a qualidade de ensino,

para um resgate da cidadania.

O saber que os educandos trazem é nitidamente válido e significativo e esse pressuposto

deve nortear toda prática decorrente. O saber do senso-comum (a cotidianidade) como nos diz Paulo

Freire: é a potencialidade para um saber sistematizado, quase que científico, através da

intermediação do professor. Uma intermediação dialética, politizada, transformadora, pois de nada

adiantará (num país como o nosso periférico com tantas contradições e onde se evidencia a divisão

de classes) um saber sem sentido, sem aplicação prática. Esse conhecimento pode e deve

potencializar a ação dos educandos, na luta pela superação das desigualdades e transformação da

sua realidade social. Esse é a nossa função como educadores.

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V - MARCO CONCEITUAL

1. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

Para pensar em uma nova escola, não mais espaço de mera transmissão de conhecimento é

necessário que os educadores façam uma profunda reflexão sobre a concepção de educação. É

necessário compreender que ensinar não constitui apenas um esforço de transmissão do saber

acumulado, e que aprender não se limita à pura recepção do conteúdo transferido. O educador não

pode comprometer o resultado de seu trabalho em ações desarticuladas das necessidades da

comunidade. É preciso antes de tudo, que ele tenha conhecimento dessa realidade e exerça sua

função com eficiência e espírito crítico. Nesta perspectiva, a escola democrática é concebida ao

mesmo tempo como espaço/tempo de produção de conhecimento, um lugar onde se ensina e se

aprende com uma compreensão do que significa ensinar e aprender. A relação ensino-aprendizagem

deve estimular a curiosidade, a indagação e a investigação, tendo o conhecimento como instrumento

e resultado da ação. A prática pedagógica deve buscar a totalidade, a superação de visões

fragmentadas das disciplinas escolares, fundamentando as ações em trabalhos interdisciplinares.

Deve buscar respostas através do questionamento do conhecimento existente e avaliar todas as

etapas, bem como as relações estabelecidas durante o processo. Para tanto, a busca do

conhecimento científico deve ser o foco, a fim de melhorar a qualidade do ensino, diminuindo com

isso, os índices de evasão e reprovação. A compreensão e o respeito à individualidade de cada

educando levará a uma avaliação que não seja excludente e sim inclusiva.

A educação sobretudo deve responder ao que está disposto na Constituição Federal

Brasileira de 1988, no seu Artigo 206 e nos desdobramentos da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (9394-96).

2. PRESSUPOSTOS DE UMA ESCOLA CIDADÃ, OBJETIVANDO A INCLUSÃO SOCIAL

O exercício da cidadania prevê o respeito , o reconhecimento, a aceitação e a valorização

das diversidades étnicas, religiosas, culturais, sócio-econômicas, linguísticas e de capacidade que

compõem os agrupamentos humanos que formam nossa comunidade.

Na escola, onde as diferenças individuais sempre estarão presente, a atenção à diversidade,

eliminando intervenientes excludentes, é uma questão de direitos humanos.

Todos os indivíduos devem ter garantido não só o acesso, o ingresso, o regresso, a

permanência e sucesso no processo educativo. Entendemos que os princípios da inclusão devem ser

aplicados a todos e não apenas àqueles diferenciados por alguma característica

física/comportamental/neurológica adversa, podendo citar como exemplo os excluídos social e

culturalmente. Por esta razão simples e clara, pretendemos uma escola democrática na sua essência,

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onde o direito do exercício da cidadania seja de todos, alunos, professores, equipe pedagógico-

administrativa, família e comunidade.

O desafio do Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo – EFM é construir essa

comunidade escolar, calcada na igualdade de direitos, na liberdade de expressão do pensamento e

da escolha, à igualdade de oportunidades e, na condição de espaço educativo público, possibilitando

que sua missão sócio-político-pedagógico-cultural, já garantidos e assegurados nas leis, sejam

respeitados na cotidianidade escolar.

Assim, em vez de adotarmos atitudes assistencialistas benevolentes e paternalistas para as

populações excluídas, buscamos uma proposta de sociedade educativa inclusiva onde todos os

indivíduos sejam respeitados em suas diferenças e peculiaridades.

Consideramos nossas linhas prioritárias;

• Promover a cooperação entre professores, equipe técnico-pedagógica para a

melhoria das respostas educativas da escola;

• Buscar que os objetivos curriculares concretizem as intenções educativas em termos

das capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva, de relacionamento interpessoal, da ética , da

estética que os alunos devem desenvolver ao longo de sua escolaridade;

• Prover de todas as condições necessárias ao sucesso na aprendizagem, buscando

uma relação dialógica com profissionais especializados, bem como adequação curricular necessária;

• Promover e favorecer aos profissionais da educação a sua formação continuada;

ampliando as possibilidades de ações pedagógicas fundamentadas e bem sucedidas no processo

ensino / aprendizagem;

• Integrar a Escola e a Comunidade circunvizinhas ao Colégio através de projetos

pedagógicos buscando emancipar as pessoas, possibilitando-lhes novas oportunidades, como

sujeitos capazes e donos de sua própria história.

• Promover a integração e orientação às famílias e a comunidade junto à escola.

• Levantar os fatores que indiquem que a criança ou adolescente estejam sofrendo

violência por parte da família, sociedade e escola.

• Desenvolver atividades que motivem a participação mais ativa das famílias no

acompanhamento escolar de seus filhos.

• Buscar apoio junto a instituições do bairro envolvendo ações para o enfrentamento da

violência e ao uso indevido de drogas, como associação de moradores, igrejas, etc.

• Trabalhar valores morais e éticos em todas as disciplinas curriculares, de forma a

contribuir para a socialização e humanização, visando a prevenção da violência e uso de drogas e o

combate à indisciplina.

• Buscar o atendimento de profissionais da área de saúde, para o atendimento dos

casos que se fizer necessário, visando a formação integral dos educandos.

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• Realizar um trabalho articulado, envolvendo instituições públicas, privadas e

religiosas, juntamente com a sociedade civil organizada, buscando ações que visem a prevenção e o

desenvolvimento de hábitos saudáveis.

• Responder adequadamente a questão da diversidade cultural dos alunos e da

sociedade, através do pluralismo e o respeito à cultura do aluno como ponto de partida. A educação

multicultural pretende enfrentar o desafio de manter o equilíbrio entre a cultura local, regional, própria

de um grupo social ou minoria étnica, e uma cultura universal, patrimônio hoje da humanidade.

• Promover educação ambiental intra e extra escolar tendo como base o pensamento

crítico e inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal e informal, promovendo a

transformação e a construção da sociedade. A educação ambiental deve envolver uma perspectiva

holística, enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar;

buscando um desenvolvimento sustentável.

3. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de escolarização à

comunidade,assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas características,

interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou

individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar faz a opção coletiva, referendada pela comunidade

educacional em Assembléia pela oferta de Educação fundamentada na Pedagogia Histórica – Crítica

.

A atuação docente buscará desenvolver processos pedagógicos, tais como:

- pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

- desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

- registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,

ilustrações, textos individuais e coletivos, gráficos, ), permitindo a sistematização e socialização dos

conhecimentos;

- vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem

como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos planos de estudos e

atividades.

4. AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ESCOLA

O acesso às tecnologias de informação e comunicação amplia as transformações sociais e

desencadeia uma série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento. Frente a este

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cenário de desenvolvimento tecnológico que vem provocando mudanças nas relações sociais, a

educação tem procurado construir novas estratégias pedagógicas elaboradas sob a influência do uso

dos novos recursos tecnológicos, resultando em práticas que promovam o currículo nos seus diversos

campos dentro do sistema educacional. A extensão do uso desses recursos tecnológicos na

educação, além de se constituir como uma prática libertadora, uma vez que contribui para inclusão

digital, também busca levar os agentes do currículo a se apropriarem criticamente dessas

tecnologias, de modo que descubram as possibilidades que elas oferecem no incremento das práticas

educacionais.

O tema referente ao uso das tecnologias de informação e comunicação é relevante e merece

ser considerado por todos aqueles que movimentam o currículo dentro da escola. Esse pensamento

não pode e não deve ser desvinculado do pensamento curricular, isto é, do pensamento pedagógico

quando este se detém na consideração das práticas educacionais.

Mais do que ferramentas e aparatos que podem “animar” e/ou ilustrar a apresentação de

conteúdos, o uso das mídias web, televisiva e impressa mobiliza e oportuniza novas formas de ver,

ler e escrever o mundo. Contudo, é importante que essas ferramentas tecnológicas estejam aliadas a

um procedimento de reflexão crítica que potencialize o pensamento sobre as práticas pedagógicas.

Na esfera de um currículo público, a inserção de novos recursos tecnológicos é capaz de criar

condições para que frutifiquem valores educacionais tais como o do entendimento crítico, o da

colaboração, o da cooperação, o da curiosidade que leva ao saber e, por fim, os valores éticos de

uma cidadania participativa se contrapondo aos pensamentos e práticas totalizantes, que defendem

receitas únicas. A inserção de novos recursos tecnológicos encurta as distâncias, promove novas

práticas sociais, aproxima dentro do mesmo currículo as esferas político-administrativas das salas de

aula; aproxima as salas de aula entre si, dentro da escola e entre as escolas, numa atividade de

interação solidária com vistas tanto à apropriação do conhecimento quanto à criação de novos

saberes.

Não se trata de tomar “as tecnologias” como os sujeitos das práticas, como se “as

tecnologias” pudessem estabelecer a mediação entre o aluno e o conhecimento, mas, sim, considerar

“as tecnologias” como impulsionadoras e potencializadoras destas práticas. Os artefatos tecnológicos,

ao aproximarem os sujeitos do currículo numa relação dialógica, quer em torno do conhecimento,

quer em torno da reflexão acerca de uma obra de arte, por exemplo, criam as condições para a

própria prática dialógica em que se constitui o sujeito. Vale dizer, recursos tecnológicos não são os

sujeitos das relações dentro do currículo, mas permitem que os sujeitos se façam ao possibilitar estas

relações.

Dada a relevância do tema, torna-se necessário estimular um pensamento contínuo sobre

essas práticas, a fim de que todos os agentes envolvidos sejam capazes de se posicionar de uma

maneira crítica e criativa, com a necessária clareza na hora de fazer as escolhas que conduzirão as

suas práticas.

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As tecnologias de informação e comunicação representam não somente meios que

contribuem com a democratização do conhecimento na escola, como também instrumentos de

informação que ampliam o acesso às políticas e programas, junto à comunidade escolar. As

tecnologias disponíveis nos espaços escolares, em ambientes educativos, nos laboratórios de

ciências e de informática, nas salas de aula possibilitam, além da formação docente, na perspectiva

do sujeito epistêmico, que produz o conhecimento no âmbito das práticas pedagógicas, também o

aprimoramento da prática docente. Revelam-se, aqui, os necessários materiais pedagógicos e

recursos didáticos encaminhados para as escolas, a fim de restabelecer propostas de aprendizagem.

É o caso dos conteúdos digitais, das televisões multimídia, dos livros didáticos e paradidáticos, dos

computadores e estações de trabalho, dos jogos e materiais didáticos para uso nas atividades

formativas da escola.

Considerando a organização do trabalho pedagógico na escola, sobre o uso das tecnologias

de informação e comunicação, destacam-se: o papel de mediação do professor na aprendizagem; o

processo de interação e colaboração em ambientes virtuais de aprendizagem; as mídias impressas e

televisivas presentes na escola e a pesquisa escolar na internet.

5. OS DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Alguns dos desafios educacionais contemporâneos postos à escola hoje, enquanto marcos

legais (exemplo: Lei 10639/03 trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro

Brasileira e Africana – Lei 11645/08, trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro

Brasileira, Africana e Indígena. ECA, Estatuto do Idoso, entre outros) tem uma historicidade ligada ao

papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em especial os movimentos sociais. Esta pressão

histórica da sociedade na condução destas discussões também resulta em acordos internacionais

firmados pelos países signatários, a exemplo do acordo Conferência Mundial de Combate ao

Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Discriminações Correlatas.

Segundo Frigotto (1993), a produção do conhecimento e sua socialização para determinados

grupos ou classes não é alheio ao conjunto de práticas e relações que produzem num determinado

tempo ou espaço. Isto significa dizer que ao se abordar o conteúdo da disciplina – recorte histórico,

político e cultural do conhecimento (que por sua vez já trouxe consigo uma intencionalidade) é preciso

analisá-lo em suas múltiplas determinações. Mesmo delimitado, o conhecimento não perde o tecido

da totalidade. É na categoria totalidade – condição de compreensão do conhecimento nas suas

determinações que as questões sociais, ambientais, econômicas, políticas e culturais podem e devem

ser tratadas. Nesta perspectiva, os “desafios educacionais” no currículo deve pressupor ser parte

desta totalidade. Portanto eles não podem se impor à disciplina numa relação artificial e arbitrária,

devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu contexto e não o contrário

transversalizando-o ou secundarizando-o.

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Compreender o conhecimento em sua totalidade implica em ir para além da aparência e da

pseudoconcreticidade. Significa fazer um detour sobre os fatos históricos, sociais, políticos, culturais e

econômicos, não de forma imediata, mas dialética. Os desafios educacionais contemporâneos, além

de pressupor um outro olhar (não na perspectiva ingênua e linear que encobre os fatos históricos em

favor da perspectiva do dominador, como tradicionalmente foram tratados os conteúdos, mas do

conhecimento concreto da realidade histórica) sobre as questões sociais, culturais, ambientais e

históricas, devem ser trabalhados na disciplina os quais se contextualizam, como condição deste

detour, como condição de compreensão do conhecimento em suas múltiplas manifestações. Isto não

significa, portanto, abarcar toda produção histórica, social ou cultural sobre o conhecimento do

conteúdo disciplinar, nem tampouco idealizar soluções mágicas para resolvê-los no âmbito da escola,

mas em primeiro, conhecer a especificidade de cada uma das demandas desses “Desafios” para,

segundo, delimitar esse conhecimento em suas dimensões concretas, compreendendo os fatores que

os condicionam – interpretando os seus “porquês” em sua totalidade.

Estes e outros olhares sobre os fatos e sobre a história indicam que as questões sociais,

questões da violência, das relações étnico-raciais, da educação ambiental, do uso indevido de

drogas, ou dos Direitos Humanos, embora não sejam genuínas da escola, nela se apresentam como

desafios que pressupõe, sobretudo, uma outra compreensão para além da visão idealista ou

estereotipada sobre os fatos e sobre a história, sendo inseridos na escola e nas políticas

educacionais hoje, como marcos legais, que tem seus princípios e história determinados pela

cobrança da sociedade civil organizada e movimentos sociais.

A percepção sobre o currículo deve ser ampliada para além das propostas curriculares.

Embora seja insuficiente tratar tais desafios a partir da organização do conteúdo, não se pode

negligenciar na escola o enfrentamento aos mesmos. Não se pode negar que tais situações estão

preementes o que a conduz a um claro paradoxo: não secundarizar sua função social na socialização

do conteúdo historicamente produzido pelo conjunto da humanidade e não negar situações postas

pelo cotidiano, as quais a escola tem que fazer enfrentamentos. É nesta contradição que se situa o

papel do coletivo escolar diante da discussão do seu projeto de escola pública.

6. INCLUSÃO E DIVERSIDADE

Inclusão e diversidade são temas que povoam as discussões na área educacional na última

década. Embora haja uma estreita relação entre as duas temáticas não significa que, ao se discutir a

inclusão na educação, sejam realizados na sociedade, debates sobre a diversidade de grupos que se

encontram à margem do processo social, expropriados dos direitos que são garantidos por lei, a

todos os cidadãos, independente de suas diferenças individuais.

A visão que norteia os debates nos inúmeros segmentos sociais, é que são as diferenças que

constituem os seres humanos. Os sujeitos têm suas identidades determinadas pelo contexto social e

histórico em que sua existência é produzida. A vida em sociedade pressupõe o reconhecimento das

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multiculturas, advindas da acelerada tecnologização e das complexas transformações nos modos de

produção social que fazem surgir novas formas de acúmulo do capital e distribuição de renda na

contemporaneidade. Assim,

constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo momento, as diferenças entre os

homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando que existem grupos humanos dotados de

especificidades naturalmente irredutíveis. As pessoas são diferentes de fato, em relação à cor da pele

e dos olhos, quanto ao gênero e à sua orientação sexual, com referência às origens familiares e

regionais, nos hábitos e gostos, no tocante ao estilo. Em resumo, os seres humanos são diferentes,

pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. São então diferentes

de direito. É o chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente. (FERREIRA e

GUIMARÃES, 2003, p.37)

No que se refere à educação, a tradução desse direito compreende a construção de um

espaço dialógico no qual as diferenças se complementem, e não sejam fatores de exclusão, e os

currículos tornem-se abertos e flexíveis, oportunizando a reflexão crítica sobre a história das minorias,

dos estigmatizados, dos colonizados, dos dominados. Aqueles que, oficialmente, foram narrados

como coadjuvantes passam a protagonizar novas práticas discursivas, nas quais retomam as rédeas

de sua história, como sujeitos e não mais objetos da ação de elites dominantes que, por séculos,

trabalharam para a manutenção das relações sociais vigentes.

A inclusão deverá ser para todos os grupos que sofreram exclusão física ou simbólica, ao

longo da história, reconhecendo seus direitos sociais como é o caso dos moradores do campo e das

regiões ribeirinhas, de pescadores e ilhéus, das populações indígenas, dos jovens e adultos

impedidos de frequentar a escola em virtude de tratamento ou internamento médico-hospitalar, às

crianças e jovens que, por inúmeros motivos, se evadem da escola, das pessoas que apresentam

necessidades especiais, oriundas ou não de deficiências, pessoas lésbicas, gays, travestis e

transexuais.

Cabe ao Estado democrático, por meio da implementação de políticas públicas, enfrentar as

desigualdades sociais e promover o reconhecimento político e a valorização dos traços e

especificidades culturais que caracterizam a diferença das minorias sem visibilidade social,

historicamente silenciadas.

“É a preocupação da escola com o atendimento à diversidade social, econômica e cultural

existente que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente, para a inclusão

de todos os indivíduos (…) o grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino

que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento

historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos”. (PARANÁ, 2005).

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Esse conjunto de fatores inverte a ótica da discussão para a questão do amplo leque da

exclusão e não mais para a preocupação com a inclusão de um único grupo no espaço escolar: o das

pessoas com deficiência. “As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando num sistema

educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as necessidades de

qualquer dos alunos” (EDLER CARVALHO, 2004, p.26).

A partir dessa concepção fica evidente que há muitos alunos que apresentam problemas ou

dificuldades de aprendizagem, por razões inerentes a sua compleição física, limitações sensoriais ou

déficits intelectuais. Entretanto, há um sem número de alunos que não atingem às expectativas de

aprendizagem e avaliação da escola em decorrência das condições econômicas e culturais

desfavoráveis que vivenciam, ou, ainda, pelo despreparo dos profissionais da educação no trato das

questões pedagógicas (as chamadas dispedagogias). Assim, o insucesso na escola revela que não

são apenas os alunos com deficiência os que apresentam necessidades referentes ao processo de

aprendizagem e que devem ser beneficiados com recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou

materiais diferenciados que promoverão a sua inclusão.

7. CONCEPÇÃO DE HOMEM

“O homem nasce na sociedade mas não nasce social” (Luporini, apud Manacorda, 1979,p.8).

Chega a sê-lo somente através da educação. Isto quer dizer também que o homem nasce homem

mas somente enquanto possibilidade que, para realizar-se necessita de uma aprendizagem num

adequado contexto social. Quanto mais a sociedade se torna histórica (menos “natural”) mais

necessita de estruturas educativas que preparem as novas gerações para se integrarem nela.

Concebe-se e se quer o homem como um ser que se relacione consigo, com os outros e com

a natureza, consciente que é, dotado de potencialidades, razão, intuição, vontade porém, um projeto.

Um ser que se constrói na medida que se relaciona.

É parte de uma sociedade que está em constante transformação e possui condições de

transformá-la, pois nela interage como agente de mudança, construtor de condições para uma

sociedade mais justa , solidária e democrática.

O homem é um ser histórico, já que suas ações e pensamentos mudam no tempo, a partir das

diferentes situações a serem vividas, tanto do ponto de vista coletivo como da vida pessoal. O

trabalho transforma a nossa maneira de pensar, agir e sentir, de modo que nunca permaneçamos os

mesmos ao fim de uma atividade, qualquer que ela seja.

E nesse sentido podemos dizer que , pelo trabalho o homem se autoproduz, ao mesmo

tempo em que produz sua própria cultura. O homem é resultado desse processo em movimento da

construção da cultura de si próprio. É impossível pensar em uma natureza humana com

características universais, eternas, nem há um modelo de homem a que cada homem deveria se

adequar.

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8. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Concebe-se e se quer , uma sociedade justa, participativa, solidária e democrática. Justa de

acordo com os princípios que oportuniza a todos: educação, saúde, moradia, empregos, salários

justos, benefícios sociais, respeitando a dignidade do ser humano para que possa sentir-se realizado

e feliz.

Solidária na qual as pessoas fortalecidas pela desafiante participação comunitária, encontrem

apoio e confiança mútua, que possibilite as populações menos favorecidas socialmente a superação

da miséria e marginalização , oportunizando-lhes uma melhor interação social.

Democrática , participativa na elaboração de leis e normas , com igualdade de deveres,

direitos e oportunidades políticas e sociais organizadas e assumidas por todas como expressão da

própria cidadania, onde todos sejam ouvidos e não haja exploração do homem pelo homem.

Na sociedade do espetáculo, do descartável, do imediato, do consumismo, a ausência de

sentido para a vida, a ausência do sonho e da esperança muitas vezes reduz o fazer educativo à

mesma lógica do descontinuísmo, do imediato e do fragmentado. É na reflexão coletiva, sobre o que

planejamos e o que fazemos na escola que podemos encontrar caminhos para uma escola

humanizadora.

A busca de uma sociedade com democracia participante, regida por princípios éticos de

liberdade e de igualdade social, continua sendo um horizonte histórico, em suma, nossa utopia para a

humanidade.

9. CONCEPÇÃO DE COMUNIDADE

Concebe-se e se quer uma comunidade que em sua organização privilegie os princípios da

administração colegiada, definindo os papéis, funções e competência dos diversos setores e serviços

esclarecendo adequadamente os objetivos comuns a serem perseguidos por todos os integrantes e

se preocupe em criar condições de convivência e de trabalho para todos os integrantes da

comunidade escolar, de tal maneira que seja possível encontrar também tempo para estudo e

reflexão, a fim de garantir o processo de formação permanente, buscando recursos com a sociedade

e canais responsáveis para garantir os subsídios didáticos necessários, bem como profissionais

suficientes e competentes que, ajudem a superar as estruturas didático-pedagógicas-administrativas

ultrapassadas.

10. CONCEPÇÃO DE TRABALHO, EDUCAÇÃO E ESCOLA

A escola pública brasileira mostra-se muitas vezes seletiva, elitizada , meritocrática. A

superação desta escola passa pela afirmação cotidiana deste espaço como direito de todos e dever

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do Estado em garantir as condições de trabalho para efetivação do trabalho pedagógico realmente

comprometido com a emancipação humana e a transformação da sociedade.

Para que esta educação se realize, concebe-se e se quer , uma escola que, consciente de

suas dificuldades e limitações, seja o centro de cultura e aprendizagem, onde se realize um

constante esforço de reflexão crítica sobre a realidade e um trabalho de pesqusia comprometida com

o processo de comunhão e participação, levando a uma convivência social que propicie a liberdade

de expressão, a igualdade, a co-responsabilidade e a prática da justiça. Queremos uma escola da

vida, como coloca Pistrak, no livro Fundamentos da Escola do Trabalho, onde enfatiza que a escola

fora da vida, fora da política, é uma mentira, uma hipocrisia e que sem teoria pedagógica

revolucionária não poderá haver prática pedagógica revolucionária. É na relação teórico-prática que

se gesta a pedagogia transformadora da escola e da sociedade.

A função social da escola diz respeito à relação entre educação, escola e sociedade. Está

pois, definitivamente inserida na polarização-conservação-transformação social.

É pela via da escola que os sujeitos terão acesso aos conhecimentos e à cultura produzida

historicamente, é por meio deles que esses sujeitos podem se entender como parte determinante da

história.

Discutir os processos que ocorrem no interior da escola passa, necessariamente, por discutir

a função desse espaço, a qual é alterada conforme o período histórico e as necessidades sociais,

especialmente aquelas decorrentes do nível de desenvolvimento da sociedade, isto é, como os

homens produzem e consomem os bens produzidos socialmente (trabalho, ciência, tecnologia e

cultura).

O processo de desenvolvimento social humano está baseado no domínio e apropriação da

natureza que nos cerca, apropriação realizada por meio do trabalho. Foi pelo trabalho que os homens

puderam satisfazer suas necessidades corporais (alimentação, abrigo e reprodução) e,

posteriormente, avançar para a satisfação das necessidades espirituais. Conforme Balzer, Carvalho e

Fank (2009, p.07),

A divisão social do trabalho humano favoreceu o homem como grupo social e proporcionou

condições para que, como espécie, este se multiplicasse e se fortalecesse. Contudo, na relação do

trabalho na perspectiva do capitalismo, a relação do homem com a natureza – de forma não

naturalizada e nem tampouco neutra – não se deu somente para satisfazer suas necessidades

sociais, biológicas e cognitivas, também criou novas necessidades que se põem para além da

satisfação de sua condição humana.

A categoria trabalho, portanto, deve ser compreendida como o princípio do trabalho educativo

por excelência, haja visto ser por meio do trabalho que: compreendemos a função social da escola,

nos mantemos vivos, produzimos a riqueza e a nossa própria existência.

Dentro desta concepção – trabalho como princípio educativo – se define o papel da escola em

relação à transmissão do conhecimento. E é com base nisso que Michael Young (2007, p.04) defende

que existem conhecimentos diferenciados.

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Em outras palavras, para fins educacionais, alguns tipos de conhecimento são mais valiosos

que outros, e as diferenças formam a base para a diferenciação entre conhecimento curricular ou

escolar e conhecimento não-escolar. Existe algo no conhecimento escolar ou curricular que possibilita

a aquisição de alguns tipos de conhecimento. Portanto, as escolas capacitam ou podem capacitar

jovens a adquirirem o conhecimento que, para a maioria deles, não pode ser adquirido em casa ou

em sua comunidade, e para adultos, em seus locais de trabalho.

Com tais informações, não se considera aquilo que o aluno pensa e a sua visão de mundo,

mas destaca-se que o conhecimento empírico e espontâneo deve ser considerado como ponto de

partida para o trabalho pedagógico. É de responsabilidade da escola não permitir que o aluno

permaneça no mesmo nível (compreensão e visão de mundo) de quando iniciou o processo de

aprendizagem, pois a sua prática social precisa ser compreendida e reelaborada pela via do

conhecimento do real.

O trabalho pedagógico deve fundamentar-se no compromisso de que a escola deve levar

seus alunos para além do senso comum e chegar ao conhecimento mais elaborado sobre a

realidade. Isso é garantir o acesso ao conhecimento.

Ao professor, enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento científico, cabe o papel

de mediador, ou seja, de desenvolver procedimentos adequados para viabilizar a apropriação desse

conhecimento pelos alunos. A estes cabe o esforço teórico-prático dessa apropriação. O conceito de

mediação relaciona-se à ideia de interação e, na prática pedagógica, a construção de significados

articula as experiências do aluno e do professor, bem como os procedimentos e recursos materiais e

discursivos utilizados no processo de ensino-aprendizagem. Assim, o processo pedagógico não deve

restringir-se à organização de um ambiente estimulador, no qual o aluno tem um papel central e o

professor é mero coadjuvante, nem tampouco constituir-se como um cansativo exercício discursivo e

abstrato do professor para alunos apáticos. O fato de tornar as aulas mais atrativas e interessantes

para os alunos, não garante, por si só, uma pedagogia mais consequente. É preciso que o processo

domine consistentemente os fundamentos explicativos dos objetos de conhecimento, inclusive os

fundamentos da própria prática pedagógica e, apoiando neste domínio, consiga viabilizar o método e

as estratégias mais pertinentes para o processo de ensino-aprendizagem e que melhor promovam a

participação ativa dos alunos (KLEIN, s.d.,p.15).

Neste sentido reside a importância do professor, como o sujeito que possibilita aos estudantes

a compreensão de que os conteúdos escolares são resultados do trabalho humano. Trabalho que

pode resultar tanto em produtos materiais quanto intelectuais. É por meio do trabalho que a

humanidade produz, além de objetos, também valores, hábitos e conhecimentos das mais diferentes

áreas das ciências, as formas de expressão artística, musical, corporal, afetiva, etc. É a praxis

pedagógica, como responsabilidade direta dos professores, que possibilitará aos alunos esta

compreensão, por meio de um trabalho que evidencie desde os anos iniciais a relação teórico-prática,

portanto, intencional e transformadora, como marca da ação humana.

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O professor é diretamente responsável pelo processo pedagógico na sala de aula, portanto

cabe a este profissional, num encontro dialógico com outros profissionais da escola, definir de

maneira organizada e planejada o processo intencional de ensino. Nesse sentido, cabe a escola a

superação do conhecimento espontâneo, por meio do acesso e aquisição do conhecimento

sistematizado, conferindo um tratamento articulado a esses conhecimentos, visando uma análise

crítica da realidade.

11. CONCEPÇÃO DE CULTURA

A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani, “para sobreviver o

homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao

fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano, o mundo

da cultura”(1992, p.19).

Podemos considerar que, “de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e

elaborou, o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as formas de destruir a si

mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os

sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar”. (Sacristan,

2001, p. 105).

Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de significação, é cultural.

Além disso, como sistema de significação, todo conhecimento está estreitamente vinculado com

relações de poder” (Tomas Tadeu, 1999).

É necessário considerar as colocações de Silva (1999), de que “tornou-se lugar comum

destacar a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo. É um fato paradoxal,

entretanto, que essa suposta diversidade conviva com fenômenos igualmente surpreendentes de

homogenização cultural”.

Ao mesmo tempo que se tornam visíveis manifestações e expressões culturais de grupos

dominados, observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e vinculadas pelos meios de

comunicação de massa, nas quais aparecem de forma destacada as produções culturais em sua

dimensão material e não-material.

Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar várias

dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua prática há a

necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar

as culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura erudita, como afirmava Saviani:

“a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao

saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita; assume um papel político fundamental”.

(Saviani, apud, Frigotto, 1994, p.189).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita cabe a escola

aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e democrático.

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12. CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA

A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de forma sistematizada

utilizando métodos.

Para Andery (1980), “a ciência é uma das formas do conhecimento produzido pelo homem no

decorrer de sua história. Portanto, a ciência também é determinada pelas necessidades materiais do

homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo que nela interfere”.

Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o conhecimento, será a concepção

da ciência.

No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou transformar. Na

sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido de forma desigual, estando a serviço de

interesses políticos, econômicos e sociais do processo histórico, não atingindo a totalidade da

população.

A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes científicos produzidos

pela humanidade. Nereide Saviani afirma que “ a ciência merece lugar destacado no ensino como

meio de cognição e enquanto objeto de conhecimento”, ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o

nível de pensamento dos estudantes, permite-lhes o conhecimento da realidade, o que é

indispensável para que não apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que vivem, mas com

isto saibam nele atuar e transformá-lo.

13. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os homens e a

natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições sociais

que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as necessidades do homem a

cada momento, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação

para obtenção do conhecimento, mudando portanto a forma de interferir na realidade. Essa

interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do

conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações. Conforme Veiga (Veiga, 1995,

p.27):

“o conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento

científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento

escolar é resultado de fatos, conceitos e generalizações, sendo portanto, o objeto de trabalho do

professor”.

Para Boff (2000, p.82) “conhecer implica pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar

consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer, portanto, representa um caminho

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privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade;

transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação”.

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando mudança interna

e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma intencionalidade.

Conforme Freire (2003, p.59), “o conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, é

sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”. Portanto, há de se ter clareza

com relação ao conhecimento escolar, pois como destaca Severino (1988, p.88), “educar contra-

ideologicamente é utilizar, com a devida competência e criatividade, as ferramentas do conhecimento,

as únicas de que efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua

existência real”.

14. CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Aprender e ensinar são processos inseparáveis. Isto acontece porque o ato de ensinar “é o

ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida

histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 1995, p.17). Este processo se efetiva

quando o indivíduo se apropria dos elementos culturais necessários a sua formação e a sua

humanização.

Nada mais democrático que ensinar com o compromisso que haja a aprendizagem por parte

de todos os alunos. Contudo, a forma, o tempo e o entorno pelo qual se aprende, por parte dos

sujeitos, são diferentes. Isso deve ser considerado. Não se trata de negligenciar o que deve ser

ensinado em nome das dificuldades do sujeito, deve-se sim, modificar as formas de mediação para

que ele de fato aprenda. É a preocupação da escola com o atendimento à diversidade social,

econômica e cultural existentes que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada,

indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos (…) o grande desafio dos educadores é

estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos sem

perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos

(SEED/PR, 2005).

Para Vygotsky (1995) “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma relação

mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.” O conhecimento é, portanto, fruto de

uma relação mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal”. O conhecimento é,

portanto, fruto de uma relação mediada entre o sujeito que aprende, o sujeito que ensina e o objeto

do conhecimento. Os processos de produção do conhecimento permitem, ao aluno, sair do papel de

passividade e fazer parte dessa relação, através do desenvolvimento de suas funções psicológicas

superiores, entre elas a linguagem.

Esta defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade entre o ensino e

aprendizagem, entre o fazer e o pensar, do movimento dialético de apropriação do conhecimento que

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possibilite compreender o real em suas contradições, são algumas das muitas defesas da abordagem

histórico-cultural.

15. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

Podemos conceituar o currículo como um produto histórico, resultado de um conjunto de

forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes que circunstanciam as

práticas escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são também históricos e sociais. Nesta

perspectiva, o currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os saberes nele

inseridos, como também os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem enfrentando e de

que forma os sujeitos se inserem neles. O currículo da escola é a seleção intencional de uma porção

de cultura. Cultura por sua vez, refere-se a toda a produção humana que se constrói a partir das

interrelações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo. Esta ação

essencialmente humana e intencional é realizada a partir do trabalho, através do qual o homem se

humaniza e humaniza a própria natureza. Neste sentido, à escola cabe erigir seu papel fundamental

na transmissão, apropriação e socialização dos saberes culturais, numa base teológica (intencional)

que pressuponha uma ação intencional e transformadora da realidade concreta.

Quando currículo expressa a centralidade das políticas educacionais, ele está também

expressando as intenções sociais, políticas, ideológicas e até econômicas que se manifestam sobre a

escola e sobre as aspirações que se tem sobre ela. Assim, currículo acaba se manifestando nas

tensões e contradições entre o caminho que se almeja percorrer, a intenção deste caminho e o ponto

de chegada dele.

Ao se caracterizar neste projeto de escola e de sociedade, o currículo se revela, antes de

tudo, no Projeto Político Pedagógico da escola, o qual envolve todas as ações, aspirações e

concepções sobre o ato educativo.

Em síntese, o currículo é a expressão das concepções (de homem, de mundo, de ensino e

aprendizagem, de método e de educação), das aspirações sobre a escola e seu papel social, das

práticas pedagógicas e das relações nela vividas. É, como consequência disto, a seleção intencional

de conteúdos, saberes e conhecimentos, os quais devem ser democratizados para toda a população,

uma vez que são requisitos mínimos para a participação consciente em uma sociedade cada vez

mais excludente, seletiva e contraditória.

16. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação tem sua base no materialismo histórico dialético, de modo que a

concepção de homem é a de ser histórico, produtor de sua existência, transcendência da natureza.

Portanto, livre no sentido de agir intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas,

não naturais, optar por uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é (PARO, s/d).

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Desse modo, educa e educa-se, avalia e avalia-se também e assim transforma e se transforma, faz-

se humano.

Avaliar, portanto, é uma ação intencional, pois é trabalho, o qual também contribui para

“fundar a humanidade do homem junto com a postura ética, para lhe dar sustentação” (PARO, s/d).

Uma vez que não é possível, no processo educativo, ater-se apenas ao julgamento direto, isto é, bom

ou não é bom, é preciso então utilizar meios adequados aos fins estabelecidos para emitir juízos

sobre as ações empreendidas pelos sujeitos envolvidos em um determinado processo, no nosso

caso, o processo educativo.

É possível definir instrumentos de avaliação como os meios e recursos utilizados para se

alcançar determinado fim, de acordo com os encaminhamentos metodológicos e em função dos

conteúdos e critérios estabelecidos para tal. O importante é destacar que este fim não é a aquisição

pura e simples de conhecimento, mas o seu processo de (re)elaboração e as ações a que conduz os

alunos em relação a uma prática social, tendo em vista a própria condição humana.

Sendo assim, os critérios de avaliação devem revelar na sua prática a relação coerente com

as Diretrizes Curriculares, o PPP e o estabelecido no Plano de Trabalho Docente. Os critérios de

avaliação devem ser previamente elaborados pelo professor a partir dos conteúdos estruturantes e

específicos, propostos no Plano de Trabalho Docente, apresentados aos discentes, e, se necessário

adequá-los às necessidades educativas apresentadas no decorrer do processo.

Deve ficar clara a intencionalidade do trabalho educativo, tendo em vista os conceitos

fundamentais do campo de conhecimento de cada disciplina e os elementos sociais, culturais próprios

da comunidade em que professor e alunos estão inseridos, considerando sua dimensão histórica e a

possibilidade para os sujeitos envolvidos de transformação de si mesmo e da realidade, a partir do

conhecimento apropriado. Ressalta-se que os objetivos a serem alcançados relacionam-se com os

conteúdos e não com as atividades realizadas, pois estas são meios para se avaliar o rendimento

escolar (SEED/CGE, 2008).

17. CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR

Segundo Paro (2008) a especificidade da Gestão Escolar só pode dar-se pela oposição à

administração escolar capitalista, pois, em termos políticos, o que possa haver de próprio, de

específico, numa Gestão Escolar voltada à transformação social, tem que ser necessariamente

antagônico ao modo de administrar da empresa, visto que tal modo de administrar serve a propósitos

conservadores e elitistas.

O Conselho Escolar, como instância máxima de decisão da escola e na escola, é incentivado

e fortalecido nas escolas públicas estaduais. Isto se dá no processo de composição do Conselho

através da eleição direta de todos representantes dos diferentes segmentos, respeitando o princípio

da representatividade e da proporcionalidade. Com isso, o Conselho Escolar passa a ter legitimidade

para deliberar, fiscalizar, avaliar e ser consultado pela comunidade escolar.

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A efetividade dos Conselhos Escolares passa, sobremaneira, pela concepção de gestão do

diretor e da participação da comunidade escolar. Assim, o Conselho Escolar permanece como um

instrumento importantíssimo, se não de realização plena da democracia na escola, pelo menos de

explicitação de contradições e de conflitos de interesses entre o Estado e a escola e, internamente a

esta, entre os vários grupos que a compõem e se mantêm como objeto constante de reivindicação

daqueles que não contentam com as relações heteronômicas e com as desigualdades de direitos

vigentes na instituição de ensino.

Nesta mesma linha de ação, a Associação de Pais e Mestres e Funcionários passa a ter uma

preocupação para além do caráter arrecadador de taxas, junto à população para garantir a

manutenção da escola, diante da insuficiência de recursos que lhe endereçavam os poderes públicos.

A efetivação de Grêmios Estudantis, dentro das escolas se constitui em uma política de

incentivo a gestão democrática por parte do Estado. Nessa perspectiva, é preciso situar a

fundamental participação dos alunos no debate político, social, financeiro e pedagógico da escola.

Portanto, tomar o Grêmio Estudantil como política de valorização e incentivo à gestão democrática vai

ao encontro de duas conquistas históricas: a formação de Grêmios Estudantis em todas as escolas

públicas estaduais e a participação efetiva de seus alunos nos processos de tomada de decisões na

escola.

Com isso, segundo Paro (2008), a Administração Escolar transformadora, deve atender e ter

como centro e base as especificidades do ato educacional, opondo-se firmemente ao modelo

empresarial, capitalista e conservador imposto pela classe dominante. Assim, o desejo que deve

mover a coletividade escolar é o de fazer com que as classes menos favorecidas tomem consciência

política e absorvam o conhecimento historicamente acumulado, para que, assim, se entendam

também como classes transformadoras, como agentes da história e não como meros espectadores.

Entende-se assim, que a participação e incentivo a esses segmentos de gestão é algo que

precisa ser construído a cada dia dentro das escolas públicas. Por isso, é necessário estar

constantemente repensando o papel de cada um na construção de uma coletividade, independente

de ser professor, diretor, funcionário, aluno, pai ou pedagogo. Compartilhamos a significativa

consideração de Spósito (2002), para a qual é preciso fazer da educação um serviço público, ou seja,

transformá-lo a partir do eixo central da res publica, e não dos interesses privados, patrimoniais,

clientelistas ou meramente corporativistas.

Portanto, o papel do diretor, dos professores, alunos, agentes educacionais, equipe

pedagógica e pais ou responsáveis é fortalecer o trabalho coletivo no intuito de organizar uma escola

voltada ao processo de ensino aprendizagem e combater, a cada dia, dentro e fora da escola, a visão

fragmentada de escola e sociedade.

18. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA

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O conceito de infância sofreu transformações ao longo da história, no Brasil, em especial a

partir da década de 1980. Os debates políticos em torno da Constituição de 1988 e o estudo de

diversas áreas do conhecimento contribuíram para o questionamento da concepção de naturalização

das desigualdades sociais e educacionais, até então predominantemente, para o reconhecimento de

que as condições de desigualdade das crianças eram determinadas por fatores econômicos, culturais

e sociais. Assim, à medida que a sociedade organizada exerceu pressões sobre o Estado, este passa

a incorporar, nos textos legais, o entendimento da criança como sujeito de direitos. Exemplos destes

textos legais são a Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente, nos anos de 1990,

a LDB nº 9394/96, além de textos curriculares que tratam da especificidade da infância (Kramer,

2006). Se no contexto político, as diferentes concepções sobre a infância influenciaram ou

justificaram as políticas educacionais, com limites e possibilidades, no contexto pedagógico, a

discussão e definição de uma concepção de infância é primordial na condição do trabalho.

O historiador francês Ariès, em seus estudos, considera a concepção de infância como fase

distinta da vida adulta e analisa diferentes significados atribuídos a essa fase, em especial nos

séculos XVII e XVIII. Segundo este autor, até o fim da Idade Média não existia um sentimento de

infância como etapa específica da vida humana e que só após este período é que se inicia um

processo de mudança, com a infância sendo encarada como sinônimo de fragilidade, ingenuidade,

sendo alvo de atenção dos adultos. Já no século XVIII , a concepção sobre infância passa pelo

disciplinamento e pela moral, exercidas especialmente por um processo educacional impulsionado

pela Igreja e pelo Estado. Esta concepção marca a educação das crianças particularmente no período

industrial do século XIX. Somente no século XX, a infância foi compreendida como um conceito

construído historicamente.

Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa compreender que

esta é uma condição da criança, é resultado de determinações sociais mais amplas do âmbito

político, econômico, social, histórico e cultural. Significa ainda considerar, no contexto da práxis

pedagógica, que a criança emite opiniões e desejos de acordo com a experiências forjadas nos

diferentes grupos e de classe social ao qual pertence.

Para Kramer (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a posição da criança e de

sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Portanto, não há uma concepção de

infância homogênea, uma vez que as crianças e suas famílias estão submetidas a processos

desiguais de socialização e de condições objetivas de vida. Nesse sentido, cabe à escola reconhecer

estes sujeitos como capazes de aprender os diferentes conhecimentos acumulados pela humanidade

e sistematizados como conteúdos pela escola, respeitando a singularidade da infância.

Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as formas que as crianças

desenvolvem, na interação social, para aprender a relacionar-se com o mundo: a grande capacidade

de aprender; a dependência em relação ao adulto, o que exige proteção e cuidados; o

desenvolvimento da autonomia e autocuidados; o intenso desenvolvimento físico-motor; a ação

simbólica sobre o mundo e o desenvolvimento de múltiplas linguagens; o brincar como forma

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privilegiada de apropriar-se da cultura; a construção da identidade, por meio do estabelecimento de

laços sociais e afetivos. (Faria & Salles, 2007)

A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção histórica foi uma das

grandes contribuições dos estudos de Vygotsky (2007) que, ao analisar o desenvolvimento humano

privilegia a interação social na formação da inteligência e das características essencialmente

humanas.

É, portanto, “a partir de sua inserção num dado contexto cultural, de sua interação com

membros de seu grupo e de sua participação em práticas sociais historicamente construídas, que a

criança incorpora ativamente as formas de comportamento já consolidadas na experiência humana”.

(Rego, 1995, p.55). Os estudos de Vygotsky (2007) indicam que é importante analisar criticamente o

contexto social, a fim de compreender com que criança se está trabalhando, quais suas necessidades

e como possibilitar que todas as crianças se apropriem dos conteúdos organizados no currículo

escolar.

A compreensão da infância como historicamente situada implica que a escola, em seu

conjunto, efetive um trabalho articulado e com unidade de propósitos educativos. Estes propósitos

orientarão o trabalho desenvolvido pelos professores, portanto devem ser discutidos e compreendidos

pelo conjunto dos profissionais da unidade escolar, além de devidamente sistematizados na proposta

pedagógica.

A Constituição de 1988, no artigo 208, ao exigir a obrigatoriedade da educação infantil por

parte do Estado, indica o reconhecimento da criança como cidadã, como pessoa em processo de

desenvolvimento e o seu direito de ser educada.

19.CONCEPÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS

No ano de 2006, o Governo Federal sancionou a Lei Federal nº 11274, a qual também alterou

a LDB e dispôs sobre a duração mínima de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental e reafirmou a

matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade para todo ensino brasileiro. Essa lei fixou o

ano de 2010 como prazo final para implantação do Ensino Fundamental ampliado.

Pela Resolução CNE / CEB nº 3 de 2005 ficou definida as normas nacionais para a ampliação

do Ensino Fundamental de 9 anos de duração, com a obrigatoriedade de matrícula no Ensino

Fundamental aos seis anos de idade.

O Ensino Fundamental de 9 anos tem por objetivo a unicidade e a integração, com a opção

por incluir um ano a mais de escolarização no início do Ensino Fundamental, ampliando para 9 (nove)

anos, assegurando o aumento de anos de escolarização obrigatória para a população brasileira,

possibilitando a inclusão de um número maior de crianças no Sistema Educacional.

A ação visa resgatar as crianças e incluí-las nas escolas, aumentando a média de anos de

escolarização e o maior tempo da criança dentro do espaço escolar, o que no Brasil, ainda é muito

baixo.

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Esse um ano a mais deve considerar um tempo maior para a apropriação dos conhecimentos

relacionados a esse processo, sem restringir o currículo disciplinar, objetivando o desenvolvimento

das diversas formas de expressão.

O processo de ensino-aprendizagem deve considerar as singularidades da aprendizagem por

meio do desenvolvimento de atividades encadeadas que possibilitem a ampliação dos conhecimentos

de forma prazerosa e cheia de significação social num movimento de articulação entre os anos

iniciais e finais do Ensino Fundamental, pois embora este esteja administrativamente dividido em

duas etapas (anos iniciais, em geral, a cargo das redes municipais de educação e os anos finais

assumidos pela rede estadual), essa é uma etapa única que exige articulação entre as duas redes,

assegurando a continuidade do processo educacional.

Mais do que uma determinação legal, o Ensino Fundamental de 9 anos configura-se como a

efetivação de um direito, especialmente às crianças que não tiveram acesso anterior às instituições

educacionais. Considerando que o cumprimento da determinação legal, isoladamente, não garante a

aprendizagem das crianças, é fundamental um trabalho de qualidade no interior da escola, que

propicie a aquisição do conhecimento, respeitando a especificidade da infância nos aspectos físico,

psicológico, intelectual, social e cognitivo. Este trabalho exige o compartilhamento de ações por parte

dos órgãos que subsidiam a escola na sua manutenção de estrutura física, pedagógica e financeira.

20. CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO

A palavra letramento significa pessoa que domina a leitura e a escrita. Pessoa letrada é

aquela que aprende a ler e a escrever e que passa a fazer uso da leitura e da escrita, a envolver-se

em práticas sociais de leitura e de escrita, ou seja, que faz uso frequente e competente da leitura e da

escrita. A pessoa letrada passa a ter uma outra condição social e cultural, muda o seu lugar social,

seu modo de viver, sua inserção na cultura e consequentemente uma forma de pensar diferente.

Tornar-se letrado traz consequências linguísticas, cognitivas. Letramento é o resultado da ação de

ensinar e aprender as práticas sociais de leitura e de escrita. É o estado ou a condição que adquire

um grupo social, ou um indivíduo, como consequência de ter se apropriado da escrita e de suas

práticas sociais. Apropriar-se da escrita é assumi-la como propriedade. Um indivíduo alfabetizado,

não é necessariamente um indivíduo letrado, pois ser letrado implica em usar socialmente a leitura e

a escrita e responder às demandas sociais de leitura e de escrita.

Letramento é muito mais que alfabetização, é um estado, uma condição de quem se envolve

nas numerosas e variadas práticas sociais de leitura e escrita. Mas afinal, por que surgiu a palavra

letramento? Palavras novas aparecem quando novas ideias, novos fenômenos surgem. À medida que

o analfabetismo vai sendo superado, que a sociedade vai se tornando cada vez mais grafocêntrica

(centrada na escrita), um novo fenômeno se evidencia: o de que não basta aprender a ler e a

escrever, mas, sobretudo, adquirir competência para usar a leitura e a escrita, para envolver-se com

práticas sociais de escrita.

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Nesse contexto, faz-se necessário alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever no

contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se torne, ao mesmo

tempo, alfabetizado e letrado.

Letramento envolve leitura. Ler é um conjunto de habilidades, de comportamentos e

conhecimentos. Escrever, também é um conjunto de habilidades e de comportamentos, de

conhecimentos que compõem o processo de produção do conhecimento. Nessa perspectiva, há

diferentes tipos e níveis de letramento, dependendo das necessidades, das demandas, do indivíduo,

do seu meio, do contexto social e cultural.

As condições necessárias para o letramento são primeiramente uma escolarização real e

efetiva do aluno, secundariamente, que haja disponibilidade de material para leitura.

A primeira dificuldade entra na questão de saber ler e escrever. Não se pode confundir e

acreditar que, necessariamente, quem sabe ler, sabe escrever, pois não é exato. Temos que ter em

vista as peculiaridades de cada uma dessas habilidades.

Por leitura, entende-se que ultrapassa a decodificação de letras. Leitura implica diversas

habilidades cognitivas e metacognitivas, tais como captar significados, interpretar sequências de

ideias ou de eventos, analogias, comparações, linguagem figurada, relações complexas, análogas, e

ainda, a habilidade de fazer previsões iniciais sobre o sentido do texto, entre tantas outras

habilidades.

Alguns autores colocam que o letramento está intrinsecamente ligado à maneira como a

leitura e a escrita são concebidas e praticadas em determinado contexto social.

O autor Paulo Freire foi pioneiro na ideia revolucionária de letramento ao afirmar que ao se

tornar alfabetizado o sujeito teria um meio de tomar consciência da sua realidade e de transformá-la.

Para Freire, letramento tanto poderia ser um meio para a libertação, como para a sua domesticação,

dependendo do contexto ideológico em que ocorre.

21. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A Educação de Jovens e Adultos - EJA , enquanto modalidade educacional que atende a

educandos-trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o compromisso com a formação humana

e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar politica e

produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político , através do

desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Desta forma, coerente com estas finalidades e objetivos , o papel fundamental da construção

curricular para a formação dos educandos desta modalidade de ensino , é fornecer subsídios para

que os mesmos tornem-se ativos críticos , criativos e democráticos. Tendo em vista este papel, a

educação deve voltar-se para uma formação na qual os educandos-trabalhadores possam : aprender

permanentemente; refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do

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trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das

mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez,

a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e

sócio-históricos (KUENZER, 2000, p.40) .

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VI. ATO OPERACIONAL

1.FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO - PEDAGÓGICOS

A Educação ofertada pelo Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo que atende

a educandos provenientes de famílias de classe trabalhadora, tem como finalidade e objetivos o

compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos

venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e

compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os

educandos possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com responsabilidade

individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária;

acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções

originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos. (KUENZER, 2000, p. 40)

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica

verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-aprendizagem, no

Ensino Fundamental e Médio seja coerente com:

a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os

levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, crítico

e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça;

As relações entre cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica

pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da

realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de

ampliar o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a

produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando relaciona-se com o mundo do trabalho e que através

deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pelo homem,

significa contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida

humana.

A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar, ler,

interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de

mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos

como instrumentos de transformação de sua realidade social;

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2. ARTICULAÇÃO ENTRE OS ANOS INICIAIS E FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE

9 ANOS.

É indicação do Ministério da Educação que a inclusão de mais um ano de escolarização

represente uma revisão do currículo e das práticas, não apenas do primeiro ano, mas de todo o

Ensino Fundamental, incorporando discussões relativas à importância do brincar na aprendizagem

das crianças, a criança como sujeito ativo do processo ensino-aprendizagem e a infância como

construção social.

Sabemos que a organização do trabalho pedagógico nos anos iniciais do Ensino Fundamental

diferencia-se da organização dos anos finais, no entanto, é necessário procurar a ruptura dessa

fragmentação, buscando a unicidade entre instituições de ensino municipais e estaduais, com a

adequação de conteúdos no tempo escolar de forma que as disciplinas não sejam hierarquizadas,

pois para a criança / adolescente não há separação entre os conhecimentos em campos específicos

e suas experiências de apropriação do mundo ocorrem por meio de diferentes linguagens,

expressando-se por meio do movimento, da oralidade, do desenho e da escrita.

Em 2012, as escolas que ofertam o Ensino Fundamental – Anos Finais, receberão alunos

com particularidades construídas a partir de suas experiências com mais um ano de escolarização e

que necessitarão de encaminhamentos pedagógicos coerentes com suas necessidades e

possibilidades de aprendizagem. Para tanto, é fundamental a coerência entre os objetivos de cada

etapa de ensino. Nesse sentido, é importante a articulação entre as redes de ensino, o que implica na

necessidade de que os profissionais que atuam nos anos finais conheçam a concepção de

alfabetização e letramento dos anos iniciais, pois este entendimento possibilita compreender as

particularidades que caracterizam a leitura e escrita dos alunos, suas orientações pedagógicas,

propondo a construção de uma relação dialógica entre as duas redes.

O acúmulo da experiência dos docentes é importante na constituição da prática pedagógica

para atender a adequação necessária desta nova realidade, porém é fundamental que estes

conhecimentos sejam ampliados através da formação continuada, conforme exposto na LDB nº

9394/96 nos artigos 61 e 67. Nessa perspectiva, a formação continuada tem como objetivo

aprofundar aspectos teóricos e práticos que garantem a especificidade e a sistematização do

trabalho, possibilitando avaliar as ações em andamento e aquelas que serão planejadas,

intensificando o conhecimento do profissional da educação sobre a unidade teoria / prática de

maneira articulada e dialógica.

Portanto, é pertinente destacar que o professor é o profissional responsável pela prática

pedagógica em sala de aula e realiza a transmissão ativa dos conteúdos. Possibilitando estabelecer

relações entre os conhecimentos que os alunos já possuem e os conhecimentos complementares,

dando continuidade ao processo de aprendizagem, assegurando a característica de aprofundamento

da complexidade dos conhecimentos sistematizados.

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Em julho de 2011, seguindo as orientações da SEED, professores, equipe pedagógica,

direção, funcionários e representantes das instâncias colegiadas se reuniram para realizar estudos

dos documentos relativos à efetivação do processo de mudança para o Ensino Fundamental de 9

anos, com discussões sobre as adequações necessárias e planejamento de quais ações devem ser

realizadas pelos diferentes segmentos do coletivo escolar, tendo em vista a articulação entre os anos

iniciais e finais do Ensino Fundamental, para que haja a melhoria dos resultados da aprendizagem.

Também houve a reunião de pedagogos e professores de todas as disciplinas curriculares do Ensino

Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio, com o objetivo de possibilitar a reflexão e revisão dos

conteúdos e conhecimentos obrigatórios para esses níveis de ensino, alterando a Proposta

Pedagógica Curricular, na perspectiva de superação do distanciamento entre as etapas de ensino.

Nas discussões realizadas, os professores, direção e equipe pedagógica se mostraram

preparados para receber estes alunos advindos do Ensino Fundamental – Séries Iniciais. Porém,

somente em 2012, quando estaremos recebendo estes alunos, será possível avaliar as práticas de

ensino e fazer as adequações de conteúdos específicos de cada disciplina, de acordo com a

necessidade. Para o sucesso desta articulação, o trabalho nas séries finais, precisa contar com a

contribuição de todos os segmentos da escola, primando por uma gestão democrática, com o

comprometimento de todos nas decisões a serem tomadas, procurando envolver a comunidade e

obter desta a colaboração tão necessária para a efetivação da aprendizagem dos alunos. Também é

importante a realização de reuniões, seminários, cursos de capacitação, recebimento de materiais de

apoio, abertura de Salas de Apoio e de Recursos, de acordo com a necessidade e total amparo do

NRE e SEED para que os objetivos da comunidade escolar sejam atingidos a contento.

3. ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

A escola oferta 7ª e 8ª séries (8º e 9º anos) e Ensino Médio no período da manhã, 5ª, 6ª e 7ª

séries (6º, 7º e 8º anos) no período da tarde e no noturno oferta o Ensino Médio Regular e a EJA com

Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio.

CALENDÁRIO ESCOLAR

O Colégio segue o que determina a Lei 9394/96, no artigo 24, I. A carga horária mínima anual

será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar,

excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.

O Calendário Escolar é elaborado anualmente, seguindo o preconizado pela LDB e as

orientações emanadas pela SEED, através do NRE local, e fixa:

a ) Início e término das atividades docentes;

b ) Reuniões Pedagógicas e Administrativas;

c ) Feriados e / ou antecipações;

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d ) Recessos escolares;

e ) Capacitação docente;

f ) Período de férias;

g ) Atividades culturais.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃONúcleo Regional da Educação de Campo Mourão

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IVONE SOARES CASTANHARO

Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia); Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02-CEE

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 52 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 18 6 7 8 9 10 11 12 209 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 2623 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 3130 31

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 19 1 2 3 4 5 6 7 22 5 6 7 8 9 10 11 20

10 11 12 13 14 15 16 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias17 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 30

29 30 31

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 4 1 2 3 4 5 6 1 2 33 4 5 6 7 8 9 dias 7 8 9 10 11 12 13 23 4 5 6 7 8 9 10 21

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias17 18 19 20 21 22 23 8 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 dias 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3031

06 CCH Noturno

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 1 2 3 4 5 1 2 32 3 4 5 6 7 8 19 6 7 8 9 10 11 12 19 4 5 6 7 8 9 10 119 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31

Férias Discentes Férias/Recessos/Docentes

Feriado Municipal 1 dia janeiro 31 janeiro / férias 30

Conselho de Classe 4 dias fevereiro 7 jan/julho/recesso 14

Reun.ou C.de Classe 1 dia Julho 18 dez/recesso 13

Dias letivos 200 dezembro 13 outro recessos 3

Total 69 Total 60

Início/Término ***Reunião pedagógica diurno - CCH Noturno

Planejamento e Replanejamento Conselho de Classe

Férias Complementação de Carga Horária para o Noturno (8horas)

Recesso Semana Cultural

Formação ContinuadaObservações:Divisão Bimestral 1º Bim: 08/02 a 29/04, 2º Bim: 02/05 a 06/07, 3º Bim 25/07 a 30/09, 4º Bim: 03/10 a 15/12*** Nos dias destinados a Reunião Pedagógica haverá aula normalmente no período noturnoDia 06 de Julho carga horária normal para o noturno.

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011

1 Dia Mundial da Paz 7 e 8 Carnav al

21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi

22 Paixão

7 Independência

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

10 Feriado Municipal 20 Dia Nacional da Consciência Negra

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HORA ATIVIDADE

A organização da Hora Atividade dos professores é de acordo com a legislação vigente,

obedecendo o número de horas exigido, sendo realizadas no horário escolar, por disciplina e na

grande maioria, concentrada por disciplina.

Durante a Hora Atividade os professores realizam trocas de experiências, aprofundamento de

estudos, planejamento de aulas, reuniões com a Equipe Pedagógica e Administrativa e demais

atividades que auxiliem na sua prática docente. É também o período reservado para capacitação e

formação de docentes, por meio de estudos, cursos e elaboração de meios para melhoria da

aprendizagem.

Também possibilita o atendimento de pais e alunos interessados em discutir sobre a

aprendizagem individual nas várias disciplinas ofertadas.

PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção

pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados

da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função

dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos

educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo

contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade

concreta.

A avaliação da aprendizagem na escola tem como objetivo auxiliar o educando no seu

desenvolvimento pessoal, a partir do processo de ensino aprendizagem e responder à sociedade pela

qualidade do trabalho educativo realizado.

Deve auxiliar o educando no seu crescimento, ajudando-o na apropiação dos conteúdos e

para isso apresenta-se como um meio constante de fornecer suporte a aluno no processo de

construção do conhecimento.

Diagnosticando , permite a tomada de decisões e ajuda na sua formação como sujeito e como

cidadão.

A avaliação também serve para auxiliar o educador na sua prática , dando parâmetros para

que ele possa utilizar metodologias diferenciadas a fim de atender as necessidades dos alunos.

Nesse sentido , não deve ser entendida como um instrumento de punição ou somente de aprovação

ou reprovação, mas sim, um instrumento auxiliar na ação do ensino-aprendizagem.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no

artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

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• investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias

para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

• contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e

possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

• sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando

instrumentos diversos para o registro do processo;

• abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do

educando;

• permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo

educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga

horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, sendo avaliados

presencialmente ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de

partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as experiências

acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo propostas pelo professor, que

possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de

aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo educando e pelo professor, em

conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as conseqüentes demandas para

aperfeiçoar a prática pedagógica.

A Avaliação será ofertada com os seguintes pressupostos:

a) avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente;

b) as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade

educativa;

AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR

Esta prática de avaliação, objetiva analisar as condições atuais do desempenho escolar do

aluno, as habilidades emergentes, os aspectos socioculturais, a relação professor aluno e o contexto

educacional como um todo. Trata-se de uma prática de avaliação de cunho não classificatório e

seletivo, que reforce uma visão prática excludente.

Este processo de avaliação, possibilita a identificação dos sucessos, das dificuldades e

fracassos, apoiando encaminhamentos e tomadas de decisões sobre ações necessárias, sejam elas

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de natureza pedagógica, estrutural ou administrativa. As informações obtidas permitem reconhecer,

descrever, compreender, explicar, prever e formular um juízo de valor acerca da realidade avaliada e

permitem também tomar decisões educativas, sociais e terapêuticas, para prevenir possíveis

distorções ou disfuncionalidades, ou para modificar e, em suma, otimizar – quando necessário – a

realidade avaliada. Esta avaliação configura-se tanto como uma prática de investigação do processo

educacional quanto como um meio de transformação da realidade escolar. É a partir da observação,

da análise, da reflexão crítica e do registro sobre a realidade/contexto, pelos profissionais envolvidos

nesse modo de avaliar, que se estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas de ação

para os processos de ensino e de aprendizagem, proporcionando informações a fim de melhorar a

ação docente do professor e a aprendizagem dos alunos.

Tem como objetivos:

− Obter informações sobre o processo de ensino e de aprendizagem;

− Analisar o contexto da aprendizagem e decidir qual tipo e intensidade do apoio

requerido pelo aluno;

− Detectar e prevenir as dificuldades de aprendizagem antes que elas se agravem;

− Buscar soluções alternativas para a remoção de barreiras da aprendizagem, através

de medidas de intervenção pedagógicas;

− Promover um ensino de melhor qualidade para todos;

− Tomar decisões quanto ao processo avaliativo para identificação das necessidades

educacionais;

− Promover uma participação efetiva do professor especializado no processo avaliativo;

− Instrumentalizar o professor da Classe Comum para que ele se torne um avaliador-

investigador de seu aluno em sala de aula;

− Envolver a equipe pedagógica do Núcleo Regional de Educação (NRE), da escola e o

professor especializado, junto ao professor da classe comum, na tomada de decisão quanto ao tipo e

intensidade de apoio que o aluno irá necessitar;

− Propor flexibilização curricular.

O que avaliar:

− As estratégias utilizadas pelo aluno para a aprendizagem;

− Contexto sociocultural em que se encontra inserido este aluno;

− Desenvolvimento motor, cognitivo, socioafetivo e escolar deste aluno;

− A metodologia utilizada pelo professor na realização das intervenções no dia a dia;

− Identificar os conhecimentos do que o aluno manifesta na sala de aula

(conhecimentos prévios, cultura, assim como as dificuldades/necessidades individuais), em relação

aos novos conteúdos de aprendizagem.

Como avaliar:

− Realizar entrevistas (professor, equipe técnico pedagógica, família, aluno);

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− Observar o aluno no coletivo e no individual;

− Analisar a produção do aluno (material escolar);

− Investigar as áreas do conhecimento: cognitivo, motor, afetivo e social e áreas do

conhecimento: acadêmico;

− Utilizar testes formais somente quando necessário e em situações específicas;

− Utilizar instrumentos como: observações, jogos, avaliação dos conteúdos

pedagógicos e outros;

− Registrar todas as informações possíveis, no decorrer do processo avaliativo

valorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Pessoal envolvido:

− Todos os profissionais da escola responsáveis pelo processo de ensino e de

aprendizagem;

− Professor especializado, professores da classe comum e profissionais capacitados

(psicólogos, pedagogos, entre outros);

− Família do aluno;

− Equipe pedagógica do NRE;

− Contexto sociocultural em que se encontra inserido este aluno;

− Desenvolvimento motor, cognitivo, socioafetivo e escolar deste aluno;

− A metodologia utilizada pelo professor na realização das intervenções no dia a dia;

− Identificar os conhecimentos do que o aluno manifesta na sala de aula

(conhecimentos prévios, cultura, assim como as dificuldades/necessidades individuais), em relação

aos novos conteúdos de aprendizagem.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A Recuperação de Estudos realizada na escola segue a orientação da LDB 9394/96 que

determina a obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo,

para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em

seus regimentos. Segue também a Deliberação 007/99 que discorre sobre a Recuperação de

Estudos, determinando a sua obrigatoriedade pelo estabelecimento, sendo ofertado aos alunos em

que o aproveitamento for considerado insuficiente, desprovido de condições que lhe possibilitem a

apreensão de conteúdos básicos.

De acordo com Vasconcelos (2003) a Recuperação de Estudos consiste na retomada de

conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham

oportunidade de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias

diversificadas e participativas.

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Para que ocorra a Recuperação de Estudos é necessário o acompanhamento do professor,

sendo fundamental a compreensão de que a aprendizagem ocorre a partir da apropriação, pela

mediação das pessoas por meio das relações sociais, tendo claro que todos os sujeitos são

singulares, únicos, com características diferentes e, portanto cada um se apropria do conhecimento

de acordo com as suas especificidades.

A recuperação, assim sendo, não recupera os instrumentos e sim os conteúdos, cujos

instrumentos foram utilizados como via para aprender e como diagnóstico para avaliar o processo.

EVASÃO ESCOLAR – PROGRAMA FICA – AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO

PEDAGÓGICO

De acordo com Solto Maior Neto, 2004: “A escola deverá sempre representar (…) um espaço

democrático e emancipatório por excelência, constituindo-se juntamente com a família, em

extraordinária agência de socialização do ser humano, destinada aos propósitos de formação,

valorização e respeito ao semelhante. É sobretudo na escola que a criança e o adolescente

encontram condições de enriquecimento no campo das relações interpessoais, de desenvolvimento

do censo crítico, de consciência da responsabilidade social, do sentimento de solidariedade e de

participação, de exercício da criatividade, de manifestação franca e livre do pensamento, de

desenvolvimento, em necessário preparo para o pleno exercício da cidadania”.

Portanto, é de responsabilidade de todos, Poder Público, família, comunidade ligada direta ou

indiretamente à educação preocupar-se com o enfrentamento da evasão escolar.

Há diversos motivos que acabam levando à evasão escolar em nosso colégio. Dentre eles

estão as repetências constantes, a necessidade de trabalho para compor a renda familiar, a pobreza,

a não valorização do ensino por parte dos familiares e alunos, o casamento e/ou gravidez precoces,

dificuldade dos familiares no acompanhamento escolar devido ao trabalho, a desestrutura familiar.

Sabemos que o processo pedagógico é prejudicado devido aos fatores acima mencionados e

outros que ocorrem em menor frequência, por isso a escola tem procurado desenvolver ações e rever

a prática pedagógica, buscando medidas que venham a contribuir para a diminuição da evasão

escolar.

Em 2005 foi lançado pela SEED, em conjunto com o Ministério Público, o Programa FICA

COMIGO, com o objetivo de combater a evasão escolar, entendendo que o acesso à escola e à

educação é um direito subjetivo e inalienável através do qual, segundo a LDB e o próprio ECA, a

criança e o adolescente tem direito à educação, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa,

preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.

A Ficha de Comunicação do Aluno Ausente – FICA, destina-se ao controle da frequência dos

alunos com idade acima de doze anos e menores de dezoito anos do Ensino Fundamental e Médio.

Neste Programa, o professor é encarregado de passar ao pedagogo a informação de alunos ausentes

(cinco faltas consecutivas ou sete alternadas), que por sua vez investiga os motivos da ausência e

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adota procedimentos que possibilitem o retorno imediato do aluno. Quando ocorre a continuidade das

faltas, a ficha FICA é encaminhada ao Conselho Tutelar, que tem o prazo máximo de dez dias para

fazer com que o aluno retorne às aulas, aplicando-lhe a medida preventiva prevista no artigo 101, III,

do ECA (frequência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental). Paralelamente, o

Conselho Tutelar deve colher dos pais ou responsável, o compromisso do acompanhamento de

frequência e aproveitamento escolar do aluno, aplicando-lhes as medidas previstas no ECA.

Não obtendo êxito, o Conselho Tutelar encaminha a ficha ao Ministério Público e comunica o

fato à escola, por escrito.

Em caso de êxito, o Conselho Tutelar comunica a escola os procedimentos adotados.

O Ministério Público, de posse da primeira via da ficha FICA, busca no prazo de dez dias o

retorno do aluno à escola, ouvindo formalmente os pais ou responsável e o aluno sobre o motivo da

evasão, alertando-os das consequências do não retorno à escola. O resultado deste trabalho é

comunicado ao Conselho Tutelar e à Escola.

A Escola vem desenvolvendo ações visando o enfrentamento e prevenção à evasão escolar

como:

− Diálogo com os alunos faltosos e seus responsáveis buscando o entendimento do

motivo da ausência e realizando orientações, visando a permanência destes na escola.;

− Envolvimento de toda comunidade escolar e instâncias colegiadas na discussão de

ações para o enfrentamento das possíveis causas do abandono e da evasão;

− Engajamento da Escola em criar um ambiente de respeito, onde os alunos sintam que

são bem recebidos e que a sua presença é valorizada;

− Desestímulo e tomada de atitude diante de preconceito ou discriminação;

− Estímulo para tornar a escola relevante na vida dos alunos, principalmente daqueles

em situação de risco, realçando a importância da educação na vida e no futuro de cada um;

− Realização de reuniões periódicas com os pais, para discutir em conjunto as

possíveis alternativas para a solução dos problemas detectados;

− Acompanhamento sistemático da frequência dos alunos, procurando descobrir os

motivos das faltas e o que pode ser feito para reverter a situação;

− Encaminhamentos de alunos para a Sala de Apoio e Sala de Recursos (em fase de

criação), quando necessário;

− Realização do Conselho de Classe (Pré-Conselho, Conselho e Pós Conselho), para o

enfrentamento das causas e consequências das dificuldades dos alunos em relação ao processo

pedagógico;

− Desenvolvimento de ações que favorecem a participação dos pais no coletivo escolar;

− Envolvimento da Escola em Programas e Projetos Públicos com atividades no

contraturno: FECOMÉRCIO, Mais Educação, CELEM – Espanhol, no sentido de encaminhar e

realizar efetivo acompanhamento dos alunos, considerando o processo de aprendizagem;

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− Envolvimento dos alunos em atividades desenvolvidas pela escola como: Gincana

Recreativa e Cultural, Festa Julina, Competições esportivas, Garoto(a) CIC, Produção de hortaliças e

plantas medicinais, 100% Cultura, Soletrando, Festival de Música, Festival de Talentos e Festival de

Danças.

− Realização da hora-atividade dos professores, como espaço efetivo para rever

encaminhamentos metodológicos, processos de avaliação e recuperação de estudos, viabilizando

proposições diferenciadas de trabalho no decorrer do processo de ensino e aprendizagem;

− Utilização de estratégias específicas de trabalho com alunos com necessidades

educativas especiais, e quando necessário, realização de adaptações curriculares.

ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

A inserção do estágio não obrigatório no Projeto Político-Pedagógico da escola não pode

contrapor-se à própria concepção de escola pública, ainda que o estágio seja uma atividade que vise

a preparação para o trabalho produtivo,conforme Lei nº 11788/2008 e Instrução nº 006/2009

SUED/SEED. A função social da escola vai para além do aprendizado de competências próprias da

atividade profissional e, nesta perspectiva, vai para além da formação articulada às necessidades do

mercado de trabalho.

Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a partir das

diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as quais se explicam a

partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos conceituais ao aluno para

analisar as relações de produção, de dominação, bem como as possibilidades de emancipação do

sujeito a partir do trabalho.

Formar para o mundo do trabalho, portando, requer o acesso aos conhecimentos produzidos

historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar

das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto implica em ir para além de uma

formação técnica que secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo de

produção em sua totalidade.

Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta dimensão contraditória

do trabalho, permitindo ao estudando e futuro trabalhador atuar no mundo do trabalho de forma mais

autônoma, consciente e crítica.

Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno estagiário, não

somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela, de forma plena,

integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que as sustentam.

Nesta perspectiva, o estágio oferecido em todas as modalidades de ensino, pode e deve

permitir ao estagiário que as ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a

escola e vice-versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las

a partir das relações de trabalho.

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Assim, cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo aluno, ainda

que em via não presencial, para que este possa mediar a natureza do estágio e as contribuições do

aluno estagiário com o plano de trabalho docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam

instrumentos para se compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica,

política, cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo, também, manter os professores das turmas, cujos

alunos desenvolvem atividades de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo

que estes possam contribuir para esta relação práxica.

IGUALDADE RACIAL

Os vários índices sociais e econômicos do Brasil revelam o triste quadro por que passa a

população negra de nosso país. Os negros enfrentam um terrível quadro de exclusão social.

Qualquer análise mais consistente chegará à conclusão de que há uma relação significativa, no país,

entre pobreza e cor. Segundo o Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA), de cada dez brasileiros abaixo

da linha da pobreza, sete são negros.

Diante deste quadro é preciso que a Escola seja um instrumento para propiciar o debate da

questão da igualdade racial, especialmente após a implantação da Lei 10639/03 nas Escolas do país.

A Lei que integra a atual LDB torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira no

currículo.

Porque a Lei 10.639/03 ?

A resposta à questão posta acima não cabe em uma só oração; mas se alguém tivesse que

responder à questão de pronto, em uma só frase, poderia responder: do jeito que está, é injusto

demais.

É injusto com uma população que carregou nas costas toda a economia do Brasil Colônia, e

abolida a escravidão, foi da senzala para a favela.

Além do mais, não é possível construir uma nação, impossibilitando o acesso aos bem

culturais e materiais à metade de sua população.

Apenas a Lei não garantirá uma mudança de postura por si mesma, é preciso que os

professores, principalmente, compreendam que não se trata de substituir um modo de enfoque de

um currículo por outro, substituir o enfoque eurocêntrico por um africano, mas de ampliar o foco dos

currículos escolares para a diversidade cultural, racial social e econômica brasileira.

Agora trata-se de avançar na articulação da lei e seus princípios norteadores com a prática

cotidiana da escola.

Não há como dar conta da amplitude de tarefas impostas pela Lei 10639/03 se o Estado não

propiciar a formação massiva de professores , e sem que a Escola volte os olhos para esta questão

tão essencial.

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O propósito do nosso Colégio é debater com o apoio de entidades e IES a questão da

inserção educacional e social do negro.

INCLUSÃO (EDUCAÇÃO ESPECIAL)

A Escola buscará atender a diversidade, contemplando as políticas inclusivas vigentes

visando o atendimento a educandos com necessidades educacionais especiais. Considerando a

situação em que se encontram individualmente estes educandos, deve-se priorizar ações

educacionais específicas e que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito destes no espaço

escolar.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde

aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas, fracassam

em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento

educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais

decorrentes de:

- deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

- condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos;

e

- superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as

estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e

participação de todos os alunos. (CARVALHO, 2001.)

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do

especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas

decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de condições sócio-culturais diversas e

econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente

oferecidos pela educação escolar.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à

igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas

uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-

se suas singularidades.

NOME SOCIAL DO ALUNO

Considerando o parecer parecer nº 04/09 do ministério Público/Paraná e o parecer CP/CEE nº

01/09, que recomendam às instituições do Sistema Estadual de Ensino do Paraná, por meio de seus

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colegiados, a promoção de amplo debate sobre a inclusão do nome social do aluno e/ou da aluna

travesti ou transexual nos documentos escolares internos, a Superintendência da Educação e a

Diretoria de Administração Escolar no uso de suas atribuições, criou a Instrução Conjunta nº 02/2010

– SEED/SUED/DAE, que determina:

1 – Que nome civil, constituído por prenome e sobrenome é um dos principais direitos de

personalidade ou direitos personalíssimos, e estes, segundo o Código Civil, são intransmissíveis e

irrenunciáveis. O nome social é o nome pelo qual travestis e transexuais, femininos ou masculinos se

reconhecem e preferem ser chamados.

2 – Os estabelecimentos do Sistema Estadual de Ensino do Paraná deverão incluir, a partir

do ano letivo de 2010, o nome social do aluno e/ou da aluna travesti ou transexual, maior de 18 anos,

que requeira, por por escrito, esta inserção, nos documentos escolares internos das escolas, tais

como: espelho do Livro Registro de Classe, Edital de Nota e Boletim Escolar. No espelho do Livro de

Registro de Classe, |Edital de Nota e Boletim, será emitido, automaticamente, do sistema SERE

WEB, apenas o nome social pelo qual o aluno e/ou a aluna travesti ou transexual se identificam.

3 – A declaração de solicitação de inserção de nome social do aluno e/ou da aluna travesti ou

transexual nos documentos escolares internos, deverá ficar arquivada na pasta Pasta individual do

aluno e/ou da aluna.

4 – Os documentos escolares oficiais, tais como: Histórico Escolar, Certificado, Diploma,

Ficha Individual, Relatório Final e Edital de Classificação para ingresso nos cursos técnicos

profissionais, deverão permanecer inalterados.

5 – As decisões tomadas sobre os procedimentos a serem adotados referentes ao contido na

presente instrução deverão ser regimentadas.

6 – No Sistema SERE/SEJA será criada uma nova função no cadastro do aluno para a

inclusão do nome social. O Sistema emitirá automaticamente no espelho do Livro de Registro de

Classe, Edital de Nota e Boletim Escolar, apenas o nome social.

MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO

A escola buscará redimensionar a utilização dos recursos de apoio didáticos existentes, bem

como a aquisição de novos equipamentos, que darão suporte a prática docente, no sentido de

dinamizar a atuação do professor e a ressignificação de práticas consagradas ao longo da existência

da nossa escola.

RECURSOS TECNOLÓGICOS

Uma rápida passada na história nos permite observar que nos últimos séculos ocorreu uma

crescente internacionalização da economia mundial. Desta conclusão, contudo, não se pode abstrair

a necessidade ilimitada e inexorável da abertura das fronteiras comerciais e financeiras. De fato,

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desde as Grandes Navegações do século XV aos nossos dias, decorre uma crescente

internacionalização da economia. Se a Revolução industrial do século XVIII e o colonialismo do

século produziram uma cultura produtiva em escala mundial foi, sobretudo após da 2ª Guerra

Mundial, que a economia assumiu uma esfera planetária. Os estados nacionais viram cair suas

barreiras protecionistas diante do grande capital e as empresas de base local se transformaram em

transnacionais e seu capital cada vez mais imaterial e especulativo. As plantas fabris se modificaram.

Sua base de produção fordista desapareceu e em seu lugar surge um novo modelo à base de

programas de software e de um grande fluxo de informações e com uma territorialidade transnacional

e fragmentada. Esta nova organização produtiva de modo crescente incorpora um grau menor de

trabalho vivo: em seu lugar concentram-se computadores cada vez mais inteligentes e seletivos.

É a tecnologia que se evidencia cada vez mais no nosso dia-a-dia, não apenas interferindo no

modo de produção da sociedade globalizada, mas em todas as atividades cotidianas e o educando

jovem e adulto necessita interagir cada vez mais como o uso de ferramentas tecnológicas: televisão,

vídeo, com a informática e Internet.

Partimos do pressuposto que a tecnologia não é uma novidade para o aluno jovem e adulto,

eles já vivem, ainda que não o perceba, rodeados de tecnologia e ao professor cabe desvelar esse

fato e fazer com que o educando aprenda mais, vislumbrando na tecnologia um recursos adicional e

enriquecedor do seu trabalho.. Educação e comunicação ganham novas formas de interação no

espaço escolar, trabalhar a comunicação dentro da escola, observando como funcionam seus fluxos,

como os conteúdos circulam e quais são eles, pode ajudar a melhorar as relações no contexto

escolar.

Trabalhar com ferramentas tecnológicas como a TV, Vídeo e Computadores pode auxiliar

significativamente o trabalho de contextualização, trazendo elementos concretos da realidade do

aluno (inclusive simbólica) para o espaço escolar. Não estamos nos referindo apenas às

programações educativas por natureza (como a TV Escola ou o Canal Futura) e sim da programação

da televisão aberta, acessível à imensa maioria dos alunos e que pode ser gravada em vídeo para ser

reproduzida na sala de aula. Estamos falando dos filmes dos acervos das videotecas existentes e de

outros materiais disponíveis em vídeo, como produções dos próprios alunos, por exemplo. O uso da

televisão como instrumento educativo tem muitas possibilidades e muitos limites. Na análise crítica

dos meios, professores e alunos podem construir juntos referenciais de observação da programação

veiculada, bem como roteiros para conhecer como ocorrem a produção, transmissão e a recepção do

que se vê na tevê, integrando todas as áreas do conhecimento.

Ao professor cabe formar cidadãos que usem a tecnologia para diminuir a distância entre o

homem-cidadão e o homem desrespeitado na sua condição humana. Esta é a condição fundamental

para que a tecnologia cumpra seu papel.

BIBLIOTECA ESCOLAR

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A Biblioteca constitui-se como espaço pedagógico que favorece o desenvolvimento dos

estudos e da pesquisas, a biblioteca torna-se um local potencialmente apropriado para que aconteça

uma aprendizagem significativa, lugar onde se produz conhecimento e enriquece-se o que foi

aprendido na sala de aula. Esse importante papel pode ser enriquecido se a Biblioteca ocupar um

espaço importante na dinâmica da Escola, com atualização constante através da aquisição de novos

materiais, a incorporação de novas tecnologias e a informatização de todos seu acervo, fatores que

contribuem para a fluidez das informações.

É importante que o profissional designado para o atendimento à biblioteca possua

qualificação para tal e desenvolva rotineiramente projetos que estimulem a leitura e a pesquisa.

LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS BIOLOGIA E QUÍMICA

Ao considerar os conhecimentos construídos pelos alunos fora da escola, sejam anteriores à

vida escolar ou em construção concomitante a ela, identificando-os e integrando-os ao trabalho

escolar, a Escola valoriza as aprendizagens realizadas em qualquer ambiente, tempo ou situação,

significando a ampliação do quadro de referência de cada aluno, articulando o senso comum do

conhecimento reconhecido em sua cultura e espaço social e, ao valorizá-lo contextualizando com o

conhecimento melhor elaborado, articula o senso comum com o conhecimento científico, construindo

novos saberes.

O Laboratório, portanto, torna-se o local apropriado para que se confrontem esses saberes,

onde a validade dos conceitos tidos como prontos e acabados possam ser refletidos, experimentados

e ressignificados. O educando detentor de conceitos estabelecidos, noções por vezes validadas

apenas pela tradição de seu meio, podem confronta-los com o conhecimento científico produzido ao

longo da história da humanidade.

Nosso laboratório vem cumprindo este papel, não apenas nas aulas de biologia e química,

mas onde o componente curricular o faça necessário. Nele são realizadas atividades variadas e

integradoras que desafiam a imaginação e curiosidade dos nossos educandos.

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

O Laboratório de Informática é um espaço pedagógico para o uso dos professores, alunos e

funcionários, com regulamento próprio, que tem por finalidade auxiliar na compreensão dos

conteúdos trabalhados nas diversas disciplinas do Ensino Fundamental, Médio e EJA, como

alternativa pedagógica diferenciada que auxilia na motivação dos alunos para a pesquisa e

aprendizagem.

SALAS DE APOIO À APRENDIZAGEM

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A Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED, implantou o Programa de Salas de

Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem

apresentadas pelas crianças que frequentam a 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental. O programa

prevê o atendimento a alunos, no contraturno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática,

com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura,

escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares.

A partir de sua criação, a SEED vem promovendo ações e eventos de capacitação aos

professores que atuam nessa modalidade de ensino, bem como aos diretores e às equipes

pedagógicas das escolas, buscando esclarecer a todos quais são os objetivos das Salas de Apoio.

Promove também discussões sobre quais devem ser os encaminhamentos metodológicos que façam

com que os alunos que ingressam na 5ª série com dificuldade de aprendizagem possam, por meio de

atividades diferenciadas e significativas oferecidas no contraturno, superar essas dificuldades e

acompanhar seus colegas no turno regular, diminuindo assim a repetência e melhorando a qualidade

da educação ofertada pela rede pública.

De acordo com a Instrução 22/2008, a cada três salas de 5ª série (6º ano), independente do

turno, a escola terá direito a abertura de demanda para uma sala de apoio à aprendizagem de

português e uma de matemática. A sala é aberta no período contrário do ensino regular.

As Salas de Apoio à Aprendizagem são organizadas em grupos de no mínimo 15 alunos,

promovendo o rodízio, ou seja, dispensando os que já superaram as dificuldades e incluindo os

alunos com dificuldade na aprendizagem, encaminhados pelo professor regente através da ficha de

encaminhamento. Conforme a Instrução, as aulas de português e matemática são ministradas em

dois dias da semana, sendo duas aulas de cada disciplina por dia, em dias não consecutivos.

O Colégio possui cinco quintas séries (sextos anos), com alunos apresentando grandes

dificuldades pedagógicas, devido a uma série de fatores como: defasagem idade/série, dificuldade na

aprendizagem, defasagem de conteúdos e problemas de ordem psicológica, social, neurológica,

emocional e familiar. Estes fatores estão relacionados ao fato da escola estar inserida em um bairro

onde a maioria dos alunos são de classe baixa, predominando a desestrutura familiar, desemprego,

uso de drogas, etc. O Colégio que já contava com uma Sala de Apoio à Aprendizagem desde 2008,

no ano de 2011, conseguiu a implantação de mais uma sala, tendo em vista a necessidade de

atendimento aos alunos, de maneira a superar as suas dificuldades.

Durante todo o ano letivo é efetivado um trabalho de acompanhamento individual no que diz

respeito à frequência e ao desenvolvimento de cada aluno participante da SAA, onde os alunos

precisam participar integralmente do Programa, enquanto nele estiverem inseridos. Para que isso

ocorra, os responsáveis sempre são informados quanto à frequência e ao aproveitamento nas aulas,

tanto na SAA, quanto na sala regular. Dessa forma, há uma ação conjunta entre professores, equipe

pedagógica e família.

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SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL – TIPO I

As Salas de Recursos Multifuncionais são espaços localizados nas escolas de educação

básica onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado – AEE. Elas são constituídas de

mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos

específicos e de professores com formação para realizar o AEE.

As SRM são específicas para o atendimento aos alunos, em turno contrário ao que

frequentam a escola comum. É um espaço da escola, sendo de responsabilidade do diretor e da

comunidade escolar a conservação, a organização e a administração do mesmo, podendo atender

alunos de outras escolas da rede .

São atribuições do professor da sala de recursos multifuncionais, identificar, elaborar, produzir

e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias, considerando as

necessidades específicas dos alunos de forma a construir um plano de atuação para eliminá-las.

Reconhecer as habilidades do aluno: ao identificar certas necessidades do aluno, o professor de AEE

reconhece também as suas habilidades e a partir de ambas traça seu plano de atendimento. Produzir

materiais tais como: transcrição de textos, adequação de materiais didático-pedagógicos, ampliação

de textos, gravação de textos, entre outros.

O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, criou o Programa de

Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais – SRM, instituído pela portaria nº 13 de 24 de abril

de 2007. o programa tem como finalidade a disponibilização dessas Salas e Visa apoiar as redes

públicas de ensino na organização e na oferta do AEE.

No ano de 2012 está previsto a implantação da Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, no

Colégio Ivone Soares Castanharo visando atender as necessidades educacionais especiais dos

alunos que apresentam Deficiência Intelectual, Transtornos Funcionais Específicos, Transtornos

Globais de Desenvolvimento e Deficiência Física Neuromotora.

GESTÃO DEMOCRÁTICA E INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Para que haja a construção, manutenção e um bom funcionamento das relações entre escola,

família e comunidade se faz necessário uma liderança escolar democrática. Essa prática acontece no

colégio, com o compartilhamento da gestão entre todos os segmentos envolvidos de forma que todas

possam vir a participar ativamente do processo ensino-aprendizagem.

É de fundamental importância a participação da comunidade na Escola e que os órgãos

colegiados sejam atuantes para que haja a concretização do plano de ação da Escola e que todo este

processo venha a contribuir para a melhoria do ensino-aprendizagem.

CONSELHO DE CLASSE

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O Conselho de Classe é um órgão colegiado e de natureza consultiva e deliberativa em

assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada turma do estabelecimento de ensino,

tendo por objetivo avaliar o processo de ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os

procedimentos adequados a cada caso.

O Conselho de Classe é mais do que uma reunião pedagógica, é parte do processo de

avaliação desenvolvida pela escola, sendo organizado em três etapas: O Pré-Conselho, enquanto

espaço de diagnóstico junto aos alunos, onde há a reflexão e avaliação sobre a efetivação do

processo de ensino-aprendizagem. Também é feita a avaliação dos diversos setores que compõem a

instituição, com o levantamento de sugestões. O Conselho, onde os professores juntamente com a

direção e equipe pedagógica retomam o Conselho de Classe anterior, fazendo a reflexão sobre o

desempenho dos alunos e da turma, avaliando o aproveitamento escolar dos mesmos, explanando

sobre os procedimentos adotados, sugerindo encaminhamentos para os alunos e a turma, definindo

ações a serem implementadas na prática pedagógica, como variar a metodologia, os instrumentos de

avaliação e outros procedimentos, visando o enfrentamento das causas e consequências das

dificuldades dos alunos em relação ao processo pedagógico. O Pós Conselho, realizado pela equipe

pedagógica com as turmas, onde o resultado do Conselho de Classe é socializado, informando e

repassando as medidas pedagógicas deliberadas ao aluno ou turma, definindo as atribuições e ações

a serem implementadas para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem.

O Conselho de Classe tem ainda por finalidade:

I – Redefinir práticas pedagógicas com o objetivo de superar a fragmentação do trabalho

escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os alunos a

aprendizagem;

II - emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino aprendizagem, respondendo

a consultas feitas pelo diretor e pela equipe pedagógica;

III - analisar as informações sobre o conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico e

processo de avaliação que afetem o rendimento escolar;

IV - propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em vista o

respeito à cultura do educando, integração, relacionamento com os alunos da classe;

V - estabelecer planos de recuperação de alunos, em consonância com o plano curricular do

estabelecimento de ensino;

VI - colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação

de alunos transferidos, quando se fizer necessário;

VII - decidir sobre a aprovação ou reprovação de alunos, que após a apuração dos resultados

finais não atinja o mínimo solicitado pelo estabelecimento, levando-se em consideração o

desenvolvimento do aluno até então.

CONSELHO ESCOLAR

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O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de

natureza deliberativa, consultiva e avaliativa, sobre a organização e a realização do trabalho

pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes

educacionais da SEED, observando a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

nacional, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Regimento do Colégio, para cumprimento da

função social e específica da Escola.

A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e linhas gerais

das ações pedagógicas, administrativas e financeiras quanto ao direcionamento das políticas públicas

desenvolvidas no âmbito escolar.

A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para dirimir dúvidas e tomar decisões

quanto as questões pedagógicas, administrativas e financeiras , no âmbito de sua competência.

A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações educativas

desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas, propondo alternativas

para melhoria do seu desempenho, garantindo a transparência do processo pedagógico,

administrativo e financeiro.

O Conselho Escolar deve ter sua ação norteada pelo pressuposto de que a educação é direito

inalienável de todo cidadão, que deve ter o acesso e permanência garantida em escola pública , laica,

gratuita e universal. Deve garantir a qualidade do ensino na escola pública, como forma de promover

a emancipação numa dimensão coletiva em que todos os atores sociais estejam envolvidos. Isso

somente será possível onde houver uma gestão escolar democrática, participativa, legitimando desta

forma todas as decisões.

Por sua característica eminentemente educativa, o Conselho Escolar não tem finalidade e/ou

vínculo político-partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que

diz respeito diretamente à atividade educativa da escola, prevista nesse Projeto Político Pedagógico.

Dada a esta característica e peculiaridade, também os seus membros não podem receber qualquer

tipo de remuneração, subvenção ou benefício pela participação no mesmo.

O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada e de

participação da comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola pública,

constituindo-se como órgão máximo da direção do Estabelecimento de Ensino. A comunidade escolar

é compreendida como o conjunto de profissionais da educação atuantes na escola, alunos

devidamente matriculados e frequentando regularmente , pais e/ou responsáveis pelos alunos,

representantes de segmentos organizados presentes na comunidade, comprometidos com a

educação. Esses representantes tem sua participação legitimada através de escolha pelos seus

pares mediante princípio da democracia, sem os quais o conselho perde sua finalidade e função

político-pedagógico na gestão escolar.

Uma prerrogativa importante do Conselho Escolar é aprovar e acompanhar a efetivação do

Projeto Político Pedagógico da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no

estabelecimento de ensino.

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Como órgão colegiado, ele deve contemplar os segmentos sociais organizados

comprometidos com a Escola Pública, assegurando-se que sua representação não ultrapasse aos

parâmetros apontados no que estabelece o Regimento Interno da Escola.

No Regimento Interno também está contido a composição dos membros, partindo da

premissa de que metade do colegiado que compõe o Conselho Escolar seja de membros da

comunidade escolar (professores, equipe pedagógica e funcionários) e metade pelos alunos, pais de

alunos e movimentos sociais organizados, constituindo-se num fórum permanente de debates, de

articulação entre os vários setores da escola, atendendo as necessidades comuns e propondo as

necessárias soluções. As reuniões ordinárias e extraordinárias são previstas no Regimento Interno do

Colégio.

A atuação deve respeitar os limites da legislação pertinente e que coadunem com as políticas

educacionais emanadas pela Secretaria de Estado da Educação.

I- analisar e aprovar o Plano Anual do Estabelecimento de Ensino;

II- acompanhar e avaliar o desempenho do Estabelecimento face às diretrizes,

prioridades e metas estabelecidas no Plano Anual;

III- analisar projetos propostos por todas as categorias que compõem a comunidade

escolar, no sentido de avaliar sua necessidade de implantação, e aprovar se for o caso;

IV- apreciar e julgar em grau de recurso os casos dos alunos que forem punidos por

infringirem as normas no estabelecimento de ensino;

V- apreciar e emitir parecer quanto às reivindicações e consultas da comunidade escolar

sobre questões de seu interesse ou que digam respeito ao cumprimento do regimento escolar;

VI- apreciar e aprovar o plano de aplicação de contas de recursos financeiros;

VII- apreciar e emitir parecer sobre desligamento de um ou mais membros do Conselho

Escolar, quando do não cumprimento das normas estabelecidas neste regimento, encaminhando-os

ao órgão competente;

VIII- supervisionar, juntamente com o diretor, a exploração da cantina comercial,

conforme a lei vigente;

IX- aprovar o calendário da unidade escolar e enviar ao Núcleo Regional de Educação

para homologação;

X- deliberar sobre outros assuntos encaminhados pela Direção pertinentes ao âmbito de

ação do Estabelecimento.

A. P. M. F.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão destinado a promover o

intercâmbio entre a família do aluno, os professores, a direção do Estabelecimento de Ensino e

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propor medidas que visem ao aprimoramento do ensino ministrado e assistência de modo geral aos

alunos, devendo para isso:

I- Trabalhar em conjunto com a direção da escola, buscando uma efetiva identidade de

conceitos e sintonia de propósitos.

II- Jamais se distanciar da comunidade que representa, organizando a sua atuação a

partir dos interesses e expectativas dessa comunidade, de modo a preparar, em conjunto, o plano de

trabalho ou de metas.

III- Buscar aproximação e congraçamento entre os associados da APM, convocando-os

para reuniões festivas, culturais, esportivas, de lazer e de trabalho.

IV- Atuar através de seus associados junto à comunidade em geral, buscando o interesse

e a colaboração de todos para a consecução das metas básicas da escola.

V- Na execução do plano de trabalho da associação, prestar contas à comunidade,

constantemente , não só dos recursos aplicados, mas do alcance das metas propostas, convocando

todos para constatar o que foi realizado ou decidir sobre ajustes na execução.

VI- Orientar de maneira criteriosa o processo eleitoral da Diretoria e Conselho Fiscal,

buscando o concurso de boas lideranças e conduzindo-o na total observância das normas

estatutárias da associação.

VII- Manter um canal de comunicação com a Secretaria da Educação, atualizando os

dados da entidade (diretoria atual, com nome, profissão e endereço dos componentes, início e

término do mandato) e encaminhando o relato das experiências realizadas.

VIII- Não reduzir a atuação da APM à promoção de festas, campanhas e outras ações

destinadas a angariar recursos e suprir necessidade da escola. Ter sempre presente o aspecto mais

legítimo da existência da associação: sua capacidade de opinar, decidir e colaborar no

aprimoramento do ensino na escola pública.

GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse dos estudantes e

que tem fins cívicos, educacionais, desportivos e sociais.

O Grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes da escola. Atuando nele, os

estudantes defendem seus direitos e interesses, e aprendem ética e a cidadania na prática.

Toda representação estudantil deve ser estimulada, pois ela aponta um caminho para a

democratização da escola. Por isso, o Grêmio em nossa escola é estimulado pelos gestores da

Escola, tendo em vista que ele é o apoio à Direção, concretizando-se assim uma gestão colegiada.

O Grêmio representa um importante papel na formação e no desenvolvimento educacional,

cultural e esportivo da nossa juventude, organizando debates, apresentações, festivais, torneios

esportivos, jornais e se envolvendo em assuntos de interesse dos alunos e da comunidade escolar.

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As atividades do Grêmio Estudantil representam para muitos jovens os primeiros passos na

vida social, cultural e política. Assim, o Grêmio contribui decisivamente para a formação e o

enriquecimento educacional de nossa juventude.

4- ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO

Investir em atividades artísticas, culturais e esportivas, com a contribuição de diferentes

áreas do conhecimento, é uma forma criativa de combinar aprendizagem e prazer. Assim como

medida para diminuir a evasão e a reprovação, combater a indisciplina, a violência, o uso indevido de

drogas e motivar os alunos para a aprendizagem, a escola desenvolve Atividades Integradoras do

Currículo como:

PROGRAMA PDE ESCOLA

O Plano de Desenvolvimento da Escola – PDE Escola, é um Programa do MEC, em parceria

com a SEED, destinado a escolas públicas que apresentaram IDEB abaixo da média. Este Programa

oferece assistência técnica e financeira visando a melhoria da qualidade de ensino e da

aprendizagem.

A metodologia de planejamento do PDE Escola desenvolve-se em três etapas:

− Diagnóstico da Escola;

− Síntese do Diagnóstico da Escola;

− Plano de Ação da Escola.

O Plano deve ser elaborado com a participação da comunidade escolar, que após aprovada

pela Secretaria, é enviado para validação do MEC, que solicita para o FNDE o pagamento dos

recursos. Cabe à escola e SEED executarem, monitorarem e avaliarem o plano.

O Colégio Ivone Soares Castanharo, em 2009, aderiu ao Programa de Desenvolvimento da

Escola (PDE Escola), recebendo recursos financeiros com o objetivo de superação dos índices de

evasão e repetência e do baixo desempenho escolar, contribuindo para a manutenção e melhoria da

infra-estrutura física e pedagógica da instituição de ensino e consequentemente para a elevação da

qualidade de ensino.

Com a meta de diminuir sensivelmente a repetência e a evasão do Estabelecimento de

Ensino, os recursos do PDE vem sendo aplicados na aquisição de diversos materiais permanentes,

material de consumo e sua manutenção. Como ações, podemos citar: a contratação de profissionais

e aquisição de material esportivo para funcionamento de “Escolinhas” de Futsal e Vôlei, assinatura de

periódicos, aquisição de Data-Show e Notebook, elaboração de jornal (trimestral), aquisição de

aparelho de ar condicionado, construção de mural no pátio da escola, aquisição de livros para

implementação da biblioteca e outros.

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A Escola também aderiu a Programas como Mais Educação e FECOMÉRCIO e realiza outras

ações visando diminuir a evasão e a repetência escolar.

REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES

A Rede de Proteção Social dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes visa fortalecer o

Sistema de Garantia de Direitos, da qual a Educação faz parte. Consiste na integração, em sintonia

com a sociedade civil e por meio da intersetorialidade, das políticas públicas na área da educação,

saúde, segurança e assistência social, atendimento jurídico, entre outras. Baseado num trabalho

planejado, dentro de princípios como a horizontalidade, o diálogo, o comprometimento, visa dinamizar

a garantia de direitos, assim como possibilita o reconhecimento de que o fenômeno da violência é

multifacetado e que seu enfrentamento envolve uma ação articulada e integrada.

É necessário considerar o fenômeno da violência a partir de uma perspectiva histórica, social

e política. Compreende-se a violência na escola como um processo que se constitui historicamente

no espaço e no tempo escolar. A violência na escola torna-se preocupante enquanto espaço

institucionalizado de desenvolvimento do indivíduo pela educação. Sendo este um processo de

socialização, de desenvolvimento intelectual, científico e filosófico do indivíduo.

O enfrentamento à violência visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica

sobre a violência e assim, transformar a escola num espaço onde o conhecimento toma o lugar de

força. Para tanto, a escola procura desenvolver ações para este fim, investindo em atividades

artísticas, culturais e esportivas, com a contribuição de diferentes áreas do conhecimento, como

forma criativa de combinar a aprendizagem e o prazer. A escola também conta com as Instâncias

Colegiadas como o Grêmio Estudantil, APMF e Conselho Escolar, onde há a participação de

membros de todos os segmentos da comunidade escolar, desta forma, a escola não só os envolve

em projetos interdisciplinares e ações positivas, como os convida a participar da resolução de

problemas vivenciados dentro da escola.

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

As Equipes Multidisciplinares foram criadas com o intuito de orientar e auxiliar o

desenvolvimento, no espaço escolar e nos Núcleos Regionais de Educação, de ações relativas à

Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e

Indígena.

Historicamente a população negra no Brasil foi colocada à margem da sociedade. Esta

marginalidade foi sustentada por teorias racistas elaboradas no século XIX com o objetivo de forjar o

discurso de superioridade racial. Tal discurso perpassa a história do Brasil, imprimindo relações

desiguais entre as condições de direitos da população branca e da população negra. Neste sentido

faz-se necessário buscar alternativas políticas e sociais de superação destas desigualdades. O

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processo de implantação da Lei 10.639/2003 e outros dispositivos legais, tornam obrigatório o Ensino

da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, como conteúdos a serem incluídos em todas as

disciplinas do currículo escolar, bem como, discussões pertinentes à Educação das Relações Étnico

Raciais.

Preconiza-se, desta forma, a educação voltada a essas relações, pois mesmo sendo a

sociedade brasileira pluriétnica, a população negra tem sido historicamente alvo de racismo e de

mecanismos de exclusão social.

A atuação da Equipe Multidisciplinar tem se verificado no desenvolvimento de ações como:

leitura, pesquisa, debates e reflexões, onde são utilizados textos, vídeos, filmes, livros e outras

referências que possam contribuir para a eliminação de todas as formas de preconceito e

discriminação racial. Também procura desenvolver o olhar para identificar as práticas excludentes

que se dão dentro do espaço escolar e da sociedade e a partir desta percepção, propor e efetivar

ações de enfrentamento a essas práticas.

As Equipes Multidisciplinares seguem a legislação referente à obrigatoriedade do ensino de

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena em todos os níveis de ensino.

Na Deliberação nº 04/06, no seu artigo 2º, estabelece que “O Projeto Político Pedagógico das

instituições de ensino deverá garantir a organização dos conteúdos de todas as disciplinas da matriz

curricular contemple, obrigatoriamente, ao longo do ano letivo, a História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade

democrática, multicultural e pluriétnica”.

Na Resolução nº 3399/2010 – GS/SEED, diz que “As Equipes Multidisciplinares são

instâncias de organização do trabalho escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe

pedagógica, e instituídas por Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da

Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações

relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER) e ao Ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena ao longo do período letivo”.

A Instrução nº 010/2010 – SUED/SEED, diz que “as Equipes Multidisciplinares devem

elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho Escolar e as orientações do

DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias, sobre a ERER eu Ensino de História e Cultura

Afrobrasileira, Africana e Indígena, que deverá ser incorporado no Projeto Político Pedagógico e

legitimado pelo Regimento Escolar.

PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

O Programa Mais Educação está amparado pela Resolução 1690/2011 e Instrução Normativa

nº 004/2011 SUED/SEED.

De acordo com o Decreto Presidencial 7083 de 27 de janeiro de 2010, o Programa Mais

Educação tem por finalidade contribuir para a melhora da aprendizagem por meio da ampliação do

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tempo de permanência de crianças, adolescentes e jovens matriculados em escola pública, mediante

a oferta de educação básica em tempo integral.

O Programa Mais Educação (Portaria Interministerial nº 17/2007) é uma iniciativa do Governo

Federal que tem como prioridade contribuir para a formação integral dos educandos, articulando a

partir do projeto escolar, diferentes ações, projetos, programas nos estados, Distrito Federal e

municípios. Fazem parte deste Programa os Ministérios da Educação, do Desenvolvimento Social e

Combate a Fome, Ciências e Tecnologia, Esporte, Meio Ambiente, Cultura e a Secretaria Nacional da

Juventude.

O Programa Mais Educação visa atender alunos com necessidades socioeducacionais e que

se encontram em situação de vulnerabilidade social e cultural levando em conta os seguintes

critérios:

a ) Alunos que apresentam defasagem idade/série em virtude de dificuldades de

aprendizagem;

b ) Alunos de séries onde são detectados maiores índices de evasão e/ou repetência;

c ) Alunos que desempenham papel de liderança em relação aos seus colegas.

Como a Escola está situada em um bairro que apresenta baixo IHD, alto índice de evasão,

estudantes em situações de risco e grande número de estudantes beneficiários do Programa Bolsa

Família, a Escola foi inserida no Programa e após discutir com a comunidade escolar a proposta

pedagógica a ser desenvolvida, considerando a necessidade socioeducativa e cultural dos alunos,

bem como a infraestrutura da escola, foram selecionadas as seguintes atividades:

a ) No Macrocampo Esporte e Lazer: Judô.

b ) No Macrocampo Cultura e Artes: a Banda Fanfarra, Danças e Grafite.

c) No Macrocampo Acompanhamento Pedagógico: o Letramento, para o Ensino

Fundamental.

d ) No Macrocampo Comunicação e Uso de Mídias: Rádio Escola.

As atividades iniciaram em agosto de 2011, com as turmas sendo organizadas no turno e

horário de funcionamento, no período contrário em que os alunos estão matriculados, de segunda a

sexta-feira, com mínimo de 7 (sete) horas diárias. Foram selecionados para participar do programa

100 alunos do Ensino Fundamental – Anos Finais, onde todos os alunos participam de todas as

atividades ofertadas.As atividades são desenvolvidas por professores da rede Estadual de Educação

e monitores preferencialmente acadêmicos de cursos de graduação, de curso de formação de

professores ou pessoas da comunidade que possuam habilidade para tal atividade. O Programa tem

a finalidade de oferecer atividades no contraturno escolar, contribuindo para a redução da evasão, da

reprovação, da distorção idade/série, mediante a implementação de ações pedagógicas para a

melhoria de condições para o rendimento e aproveitamento escolar. Visa prevenir e combater o

trabalho infantil, a exploração sexual e outras formas de violência; promover a formação da

sensibilidade, da percepção e da expressão; estimular práticas esportivas, educacionais e de lazer;

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promover a aproximação entre a escola e a comunidade, favorecendo o processo de

desenvolvimento humano, da cidadania e da solidariedade.

ATIVIDADES DO SISTEMA FECOMÉRCIO – PARANÁ

É uma proposta de ação conjunta SESC, SENAC, para o desenvolvimento de ações para o

contraturno escolar, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação do Paraná.

O Programa foi implantado em 2008, em cumprimento ao Decreto nº 6632, com os seguintes

objetivos:

- Necessidade de apoiar na melhoria da qualidade da educação pública do Estado do Paraná;

- Melhorar o rendimento escolar dos alunos da rede pública;

- Diminuir o índice de evasão do ensino público no ensino médio;

- Preenchimento do tempo ocioso dos alunos com atividade em contraturno;

- Oferta de ações no contraturno visando o desenvolvimento social e profissional dos

participantes.

Em 2011, a Escola foi indicada para o desenvolvimento do Programa visando atuar para

minimizar e prevenir as situações de violência, procurando a melhoria da capacidade interpretativa de

mundo dos alunos, através da ênfase nas duas principais disciplinas do currículo: Língua Portuguesa

e Matemática – com o foco: Letramento e Raciocínio Lógico, além da oferta de ações nas temáticas:

Oratória, Comunicação Escrita e Informação Profissional.

Para fazer parte do Programa, foi formado uma turma com 25 alunos, do 1º ano do Ensino

Médio, com renda familiar de até 3 salários mínimos; priorizando a participação de alunos que se

encontram em situações de vulnerabilidade social e necessidades socioeducativas considerando o

contexto social descrito no PPP.

As atividades desenvolvidas pelo SESC, Matemática (Raciocínio Lógico) e Língua Portuguesa

(Letramento), acontecem em 2 dias da semana, sendo 3:15 h cada dia, num total de 180 h/aula, com

60 dias letivos. As atividades desenvolvidas pelo SENAC, Oratória, Comunicação Escrita

(empresarial) e Informação Profissional, acontecem um dia por semana, sendo 4 h de trabalho,

perfazendo um total de 112 h/aula, com 28 dias letivos. Também faz parte do Programa a oferta de

palestras sobre Empregabilidade, Empreendedorismo e Oficinas profissionalizantes.

A participação da escola no Programa Atividades do Contraturno (Fecomércio), tem como

base o interesse em atuar no resgate de significados e no reforço das identidades culturais,

possibilitando o acesso a novas linguagens e a melhoria do nível de aprendizado, despertando o

senso crítico, o interesse profissional, além de promover a integração com a comunidade escolar,

visando a transformação e a melhoria da realidade.

CELEM

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Em cumprimento ao contido na Lei Federal nº 11.161/2005, que dispõe sobre a

obrigatoriedade da oferta do ensino de Língua Espanhola, pelos Estabelecimentos de Ensino, foi

autorizado a implantação do Centro de Língua Estrangeira Moderna – CELEM em nosso colégio, a

partir do ano letivo de 2010, porém, efetivamente, o início das aulas de Espanhol só aconteceu no

início do ano letivo de 2011.

A SEED, através da Resolução nº 3904/2008 regulamentou o CELEM, no Estado do Paraná,

cujo ensino plurilíngue e gratuito nas escolas públicas é indicado para alunos dos anos finais do

Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da Educação de Jovens e Adultos, professores, funcionários

da rede estadual, bem como a comunidade. Os professores que atuam no CELEM pertencem à rede

estadual e sua prática pedagógica está pautada nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica para

a Língua Estrangeira Moderna do Estado do Paraná e recebem formação continuada, bem como

material de apoio para uso dos cursos. Os resultados dos estudos realizados pelo aluno do CELEM,

são registrados no seu histórico escolar, no campo Estudos Complementares.

O CELEM – Língua Espanhola possui a carga horária semanal de 4 horas / aulas, distribuídas

em dois dias, com duração total de dois anos e carga horária anual de 160 horas / aula, perfazendo

um total de 320 horas / aula. Sendo que é obrigatório ao aluno do CELEM, a frequência mínima de

75% do total da carga horária do período letivo e exigido média final mínima de 6,0 (seis vírgula zero)

para fins de promoção.

O objetivo da aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna – Espanhol é o desenvolvimento

do ser humano, quanto a compreensão de valores sociais e aquisição de conhecimento sobre outras

culturas, contribuindo para o aperfeiçoamento cultural e profissional dos alunos envolvidos.

Para a escola, a oferta do CELEM – Língua Espanhola oportunizou aos alunos, escola e

comunidade um recurso a mais para o desenvolvimento do aluno, motivando-o para aprendizado,

contribuindo desta forma, como medida preventiva contra a evasão e repetência escolar.

AGENDA 21 ESCOLAR

Meio Ambiente. A principal função do trabalho com o tema meio ambiente é contribuir para a

formação de cidadãos conscientes , aptos a decidir e a atuar na realidade sócio-ambiental de modo

comprometido com a vida , com o bem estar de cada um e da sociedade, local e global. Para isso, é

necessário que , mais do que informações e conceitos a escola se proponha a trabalhar com atitudes

com formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de atitudes e procedimentos. Esse é um

grande desafio para a educação.

Eixos norteadores para construção da Agenda 21 Escolar:

1) Recursos da Educação

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- Compromisso

- Direitos e Deveres ( cidadania)

- Educação para os valores ambientais.

2) Estudos dos recursos naturais e resíduos sólidos

- Gestão de recursos hídricos

- Impactos ambientais causados pela ação humana

- Esgotamento sanitário dentro do contexto da bacia hidrográfica

- Lixo (separação e reciclagem)

3) Desenvolvimento Social

- Educação para a saúde

- Padrões de produção e consumo

- Índice de desenvolvimento da população

- Empregabilidade

- Segurança pública

- Sustentabilidade

- Atividade de recreação

EDUCAÇÃO FISCAL

A Educação Fiscal é um programa escolar que tem por objetivo principal o desenvolvimento

de valores e atitudes necessárias ao exercício da cidadania. Fundamenta-se na conscientização dos

alunos e comunidade acerca da estrutura e o funcionamento da administração pública; a aplicação

dos recursos públicos; as estratégias e os meios para o exercício do controle democrático.

Na prática, estes conteúdos são trabalhados de forma interdisciplinar, visando a formação de

hábitos e atitudes, estimulando os alunos a participarem de movimentos sociais que buscam uma

vida mais justa e solidária para o resgate da dignidade humana.

PROJETO 100% CULTURA

O Projeto 100% Cultura faz parte do PPP e do Plano de Ações e Metas estabelecido

coletivamente pelos trabalhadores em educação, tendo como foco o desenvolvimento de atividades

dos conteúdos trabalhados em sala de aula na disciplina do professor, privilegiando o enfoque da

interdisciplinaridade. O tema do trabalho é escolhido entre professores e alunos e desenvolvido

durante o ano letivo, culminando na apresentação dos trabalhos realizados por todas as turmas dos

três períodos do colégio em data pré-estabelecida.

O objetivo deste projeto é capacitar os alunos para a busca do equilíbrio pessoal, buscando o

desenvolvimento de habilidades necessárias ao engajamento na vida social e produtiva com

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responsabilidade, dedicação e espírito de cooperação. Visa ainda, desenvolver no aluno a

criatividade, a criticidade, a participação, envolvendo-os em uma produção que engloba pesquisa e

prática.

O desenvolvimento do Projeto 100% Cultura envolve todos os alunos, os funcionários e

professores da escola, os pais, a equipe pedagógica, a direção e comunidade local.

Nos anos de 2009 e 2011, o Colégio contou com a parceria da Faculdade Integrado, uma

Integração Escola e Comunidade, com a participação dos alunos e professores que contribuíram

realizando ações como oficinas, cursos, orientações prestando serviços na área social e da saúde.

PROJETO SOLETRANDO

Este projeto foi uma iniciativa da professora Janislei Arlete Dala Rosa Silva e é realizado

pelos professores(as) de Língua Portuguesa das quintas séries (sextos anos) do período da tarde,

com o objetivo de desenvolver a competência linguística dos alunos, para que busquem o

aprimoramento de suas capacidades de refletir, explorar e despertar o interesse pela Língua

Portuguesa, tanto na escrita quanto na leitura, aumentando assim o vocabulário dos alunos.

A proposta para a realização do presente projeto surgiu a partir da observação da dificuldade

apresentada pelos alunos, com relação à escrita e acentuação dos vocábulos. Desta maneira, este

tem como justificativa a valorização da ortografia dentro da língua portuguesa, além da ampliação dos

conhecimentos dos alunos.

A metodologia adotada inclui a pesquisa em livros, dicionários e textos, observando a escrita

correta de cada palavra. É feito eliminatória, classificando um aluno de cada turma, que num segundo

momento competirão entre eles e o que melhor soletrar, será o campeão da sua série. A etapa final é

realizada com a participação de todos os alunos das turmas envolvidas.

FESTIVAL DE TALENTOS

O Festival de Talentos tem como objetivo proporcionar o desenvolvimento da autoestima, da

criatividade, da expressão verbal e corporal do aluno, motivando-o para sua integração na escola,

dando oportunidade para que este mostre seu talento e/ou habilidades na área artística e cultural.

Visa também promover a interdisciplinaridade, a socialização, a aprendizagem e a mudança de

atitudes, contribuindo para a formação do cidadão pleno.

GINCANA RECREATIVA E CULTURAL

A Gincana Recreativa e Cultural conta com a participação de todas as turmas do período da

manhã e tarde, ou seja, de 6º ao 9º ano e Ensino Médio. Tem por objetivo principal a prática sadia do

esporte e do lazer, a exploração da capacidade artística e intelectual do educando e um maior

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entrosamento entre os educandos e comunidade escolar. Contribuindo para o desenvolvimento dos

aspectos intelectual, social e físico, de forma saudável e equilibrada, oferecendo atividades

diferenciadas e descontraídas no ambiente escolar.

Na Gincana, os alunos são motivados a realizar tarefas, envolvendo:

− Declamação de poesia;

− Apresentação de danças e coregrafias;

− Atividades recreativas;

− Provas de conhecimento e

− Provas de habilidade físico-motoras.

JOGOS INTERCLASSSES

São realizados em várias oportunidades durante o ano letivo, envolvendo a participação dos

alunos na arbitragem, nas competições e na torcida. O objetivo é a integração, socialização e prática

do esporte, contribuindo para o desenvolvimento integral do educando.

PROJETO DE PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS E PLANTAS MEDICINAIS

O diagnóstico das situações problemas de dificuldades de aprendizagem na disciplina de

ciências e desinteresse nas pesquisas bibliográficas, fez com que se tornassem necessários o

desenvolvimento do Projeto Produção de Hortaliças e Plantas Medicinais, que visa contribuir para a

motivação dos educandos, em desenvolver tarefas concretas, como o manuseio do solo, plantar e

aguar canteiros, observar o período de germinação das sementes, desbastes e transplantes de

mudas conforme as variedades.

O Projeto foi idealizado pela professora Aida Gregório Quenehen e é desenvolvido no

contraturno, com a carga horária mínima de quatro horas semanais, com as oitavas séries (nonos

anos) C e D, fazendo um revezamento em equipes.

Os objetivos deste Projeto são:

− Estimular a pesquisa;

− Propiciar ao educando a aprendizagem sobre a importância do consumo de plantas

orgânicas na alimentação diária e também a valorização e conhecimento das plantas medicinais;

− Desenvolvimento do espírito de trabalho em grupo;

− Identificar a composição do solo, verificando as suas necessidades orgânicas e de

adubação;

− Aprender a forma adequada de preparo dos canteiros, de acordo com técnicas;

− Aprender a selecionar as sementes e mudas, de acordo com a época do plantio;

− Motivar o aluno para o aprendizado, evitando assim a evasão e a repetência;

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− Contribuir na merenda, com a utilização dos alimentos orgânicos produzidos dentro

da área escolar;

− Incentivo aos alunos para buscar formas diferenciadas para se obter uma

alimentação mais saudável;

− Formar cultura de valorização dos espaços, como o fundo do quintal da casa dos

alunos, para o cultivo de hortaliças e plantas medicinais;

− Contribuir para a comunidade, com o desenvolvimento de um projeto social.

PARODIANDO COM A TABUADA

Parodiando com a Tabuada é uma atividade prevista para os 5ª, 6ª e 7ª séries (sextos,

sétimos e oitavos anos) do Ensino Fundamental, do período da tarde, onde as turmas envolvidas são

convidadas a participar de uma competição com premiação e os alunos são motivados a escolherem

uma música de acordo com o interesse destes, para fazer uma paródia com a tabuada. Numa

primeira eliminatória, as apresentações são feitas em sala, onde os alunos escolhem as duas

melhores para serem apresentadas em outra data, com a participação de todas as outras turmas. A

apresentação pode ser individual ou em grupo.

Esta atividade tem como objetivo desenvolver o interesse em aprender a tabuada, de maneira

lúdica e criativa, fortalecendo sua capacidade de raciocínio lógico matemático e tomada de decisões

em equipes, através da música e os desafios que ela viabiliza, possibilita também a socialização e

integração do aluno ao grupo, melhorando sua autoconfiança na medida que enfrenta desafios.

FESTIVAL DE DANÇA

A dança na escola, tem um papel fundamental enquanto atividade pedagógica, despertando

no aluno uma relação concreta sujeito-mundo.

O objetivo da realização do Festival de Dança é que o aluno evolua quanto ao domínio do seu

corpo, desenvolvendo e aprimorando suas possibilidades de movimentação descobrindo novos

espaços, novas formas, superando suas limitações e condições para enfrentar novos desafios,

quanto aos aspectos motor, social, afetivo e cognitivo.

A variedade de atividades que a dança nos possibilita, deverá permitir a máxima integração

com os processos de ensino aprendizagem, a fim de atender os objetivos gerais propostos, criando

oportunidades para o aluno se expressar, se mover, ser criativo, espontâneo e conviver com os

colegas e com ele mesmo.

O Festival de Dança envolve todos os alunos do período da manhã e tarde do colégio,

portanto, Ensino Fundamental - Anos Finais e Ensino Médio, onde as turmas são incentivadas a

participarem, com a apresentação de uma dança numa data pré-determinada, contando com a

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colaboração dos professores, equipe pedagógica, funcionários e direção, para a organização do

evento.

FESTA JUNINA

A Festa Junina é realizada todos os anos, envolvendo toda a comunidade escolar, nos três

turnos.

A festa conta com apresentações de danças típicas e dublagens pelos alunos, a quadrilha dos

professores, premiações para casais vestidos de caipira, eleição de sinhozinho e sinhazinha, comidas

e bebidas típicas. A Festa Junina tem por objetivo oferecer no espaço escolar, momentos de

descontração, contribuindo para a sua autovalorização, a socialização e integração do grupo.

GAROTA (O) CIC

O Concurso Garota(o) CIC é realizado todos os anos, envolvendo os três turnos do colégio,

sendo desenvolvido em duas etapas: de início, as alunas e alunos interessados em participar do

concurso fazem a sua inscrição (independente da idade). Há o concurso onde são avaliados e

selecionados os 10 melhores candidatos e posteriormente é feito outro concurso onde há o desfile e

entrevista com os alunos(as) classificados, sendo escolhido o Garoto e Garota CIC do ano, por uma

comissão de jurados com membros da comunidade escolar e da sociedade.

O objetivo é desenvolver no aluno a valorização da escola como ambiente cultural, artístico e

social, despertando o sentimento de identificação e integração, além de propiciar momentos de

descontração.

PROJETO BULLYING – GALERA DA PAZ

O bullying é um fenômeno, e é assim chamado por ser um fato mundial, presente em todos os

lugares, principalmente, nas escolas. Bullying, palavra inglesa sem tradução para o Português,

significa chutar, gozar, caçoar, brigar, golpear, insultar, criticar, ameaçar, intimidar, chantagear,

humilhar e etc. No bullying, atos violentos são cometidos sem nenhuma base argumentativa ou

justificativa, o único motivo, normalmente, é o desequilíbrio de relações e a existência da “diferença”

de um em relação ao grupo.

Existem três elementos envolvidos na realização do bullying: a Vítima, a Testemunha e o

Agressor. A vítima é aquele indivíduo que, por ser diferente, sofre agressões; A testemunha é um

elemento que não interfere muito na prática do bullying, ou seja, tendo ou não é realizado. São ou é

aquela(s) pessoa(s) que observam as vezes não contribuindo no combate contra; O agressor é o

mais importante elemento, é aquele responsável pela agressão, é aquele “selvagem” que define

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quem será o alvo ( vítima), quem será agredido. Se é bullying direto, o agressor, geralmente, é do

sexo masculino dotado por muita força. Já o Bullying indireto, é, normalmente, cometido pelo sexo

feminino dotado de um gênio muito forte e espírito de liderança em excesso. Para melhor

entendimento, bullying direto é aquele que possui contato físico em sua execução como: chutar,

golpear, socar e etc. Já o bullying indireto ( o mais realizado) é caracterizado por violências

emocionais: gozar, “zoar”, humilhar, insultar, criticar, ameaçar, intimidar, chantagear, humilhar e etc.

Para qualquer um desses envolvidos, as consequências futuras serão sempre ruins.

Para o agressor: crescerá tendo uma visão de que tudo se resolve na violência e tende a se

envolver com drogas, tráfico, homicídio e etc.

A testemunha: traumatiza-se com as cenas que presenciou trazendo danos à vida social ou

toma como corretas as agressões, justificando-as como meio de defesa.

A vítima: pode desenvolver medo constante, achando que não serão aceitas pelo grupo, há

queda de auto-estima, danos físicos (feridas, hematomas e etc.) podendo até chegar ao bullycídio

(suicídio decorrente do bullying).

Por todos esses motivos o projeto “Galera da Paz”, de prevenção e combate ao bullying, vem

ocorrendo no Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo há cinco anos. O objetivo

principal do projeto, intitulado até 2010 de Projeto “Diga não ao bullying”, é conscientizar a

comunidade escolar sobre o fenômeno e difundir ações para que a incidência de bullying aconteça

com menor frequência na instituição. Para tanto, há ações direcionadas ao corpo discente e docente,

como reuniões quinzenais, feitas em contraturno, às terças-feiras, das 19 às 20 horas, e palestras,

como no dia 14 de setembro de 2011, em que o grupo “Galera da Paz” instruiu os alunos das turmas

de 5ª a 7ª séries (sexto ao oitavo ano), do período vespertino do colégio.

Desta forma, ações são executadas para que o a teoria se transforme em prática, na

constante defesa dos direitos de igualdade e respeito mútuo entre os alunos.

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VII - FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

A Formação Continuada, entendida como um processo constante de busca e aprimoramento

das práticas educativas, é uma das condições essenciais para a melhoria da educação pública. Este

programa visa o desenvolvimento de ações que privilegiam a formação teórico-metodológica, a

reflexão sobre conceitos que fundamentam a disciplina de ensino, sobre a interdisciplinariedade e a

análise crítica e produtiva da atividade docente, de modo a possibilitar mudanças efetivas na prática

educacional.

A Formação Continuada é um direito de todos os profissionais, uma vez que não só

possibilita a progressão funcional baseada na titulação, mas também propicia fundamentalmente o

desenvolvimento profissional dos professores contribuindo na qualificação e competência para a

prática pedagógica.

1. CURSO PLATAFORMA FREIRE (PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE

PROFESSORES)

Destinado a professores em exercício das escolas públicas estaduais e municipais,

oferecendo cursos superiores públicos, gratuito e de qualidade, além de cursos de extensão,

aperfeiçoamento e especialização, com a oferta cobrindo todos os estados da Federação, por meio

de Instituições Públicas de Educação Superior, Federais e Estaduais, com a colaboração de

universidades comunitárias.

2. PROFUNCIONÁRIO

O Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos

Sistemas de Ensino Público (Profuncionário) promove a formação profissional técnica em nível médio

de funcionários das instituições públicas de ensino. A formação é realizada a distância e tem duração

média de dois anos, centrada em quatro habilitações: secretaria escolar, alimentação escolar,

multimeios didáticos e infraestrutura escolar.

O Profuncionário segue a Política de Formação Técnica dos Profissionais da Educação, no

segmento funcionários. É um programa do Ministério da Educação (MEC), realizado em parceria com

os estados, municípios e Distrito Federal.

3. EQUIPES MULTIDISCIPLINARES

Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho escolar,

preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica e instituídas por Instrução da SUED/SEED,

de acordo com o disposto no artigo 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE / Pr, com a finalidade de

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orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e

ao Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período letivo.

De acordo com a Instrução nº 010/2010 – SUED/SEED, as Equipes Multidisciplinares devem

“Elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho Escolar e as orientações do

DEDI / SUED, com conteúdos e metodologias sobre o ERER e o Ensino da História e Cultura

Afrobrasileira, Africana e Indígena.

As Equipes Multidisciplinares tem autonomia para selecionar textos de leitura, vídeos, filmes,

músicas que serão utilizados com os alunos.

Neste sentido a Equipe Multidisciplinar atua realizando estudos, reflexões e ações planejadas

e efetivadas, visando combater toda forma de exclusão, racismo e preconceito, promovendo uma

educação democrática.

O trabalho da Equipe Multidisciplinar visa incluir no contexto escolar, os estudos e atividades

que proporcionam o conhecimento acerca da cultura africana e das contribuições econômicas,

sociais, históricas e culturais da população negra para a sociedade brasileira.

Para tanto, de início o grupo de profissionais da Equipe se reúne para estudos, pesquisa e

discussões sobre o assunto, obtendo o embasamento teórico necessário para o desenvolvimento da

prática. O objetivo é que a comunidade escolar reconheça, valorize, divulgue e respeite os processos

históricos de resistência negra desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e por seus

descendentes na contemporaneidade, visando a superação da discriminação através do

conhecimento da riqueza da diversidade étnico-cultural no país.

4. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL

O Programa Estadual de Educação Fiscal promove formação continuada a profissionais da

educação para trabalhar esse tema em sala de aula. O objetivo é refletir sobre a função dos impostos

e oferecer aos educandos conhecimento de administração pública, incentivando o acompanhamento

das aplicações dos recursos públicos pela sociedade.

5. BIBLIOTECA DO PROFESSOR

São encaminhadas para as escolas públicas estaduais, obras para a biblioteca, direcionadas

ao uso dos professores do Ensino Fundamental – Anos Finais, Ensino Médio e de Educação de

Jovens e Adultos a fim de subsidiar a formação continuada, propiciando novas fontes de leitura dos

conhecimentos teórico-metodológicos, enriquecendo assim a sua prática.

6. PDE – SEED – PR

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A SEED em parceria com a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,

criaram o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, como uma política de Formação

Continuada para professores da rede pública estadual.

Essa proposta de Formação Continuada visa ofertar ao Professor PDE, através do retorno às

atividades acadêmicas de sua área de formação inicial, condições de atualização e aprofundamento

de seus conhecimentos teórico-práticos, permitindo a reflexão teórica sobre a prática para possibilitar

mudanças na prática escolar.

Nesse processo de Formação Continuada, o professor elabora um Plano de Trabalho em

conjunto com o professor orientador da IES. O Plano de Trabalho constitui uma proposta de

intervenção na realidade escolar, a ser estruturada a partir de três grandes eixos: a proposta de

estudo – que será desenvolvida ao longo de dois anos, a elaboração de material didático – para uso

nas escolas – e a orientação de Grupo(s) de Trabalho em Rede, que envolve o conjunto de

professores da rede pública estadual.

7. GTR – GRUPOS DE TRABALHO EM REDE

O GTR é parte integrante do Plano Integrado de Formação Continuada do PDE e possibilita a

inclusão virtual dos Professores da Rede nos estudos, reflexões, discussões e elaborações realizadas

pelos Professores PDE, como forma de democratização do acesso aos conhecimentos teórico-

práticos específicos das áreas / disciplinas do Programa.

8. PARANÁ DIGITAL

O programa Paraná Digital tem como objetivo promover o uso pedagógico das Tecnologias da

Informação e Comunicação (TIC), disponibilizando a professores e alunos da rede estadual o acesso

a essas tecnologias e ao portal Dia a dia Educação. O programa repassa computadores com acesso

à Internet para as instituições de ensino, oferece um espaço virtual de criação, interação e publicação

de dados das escolas estaduais, e também investe na atualização e expansão da infraestrutura dos

laboratórios de informática educativa.

Ele é realizado pela Secretaria de Estado da Educação, com apoio do Governo do Estado e

da Companhia de Informática do Paraná (Celepar).

Vinculado ao Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), no Paraná é representado pelo

Grupo de Educação Fiscal Estadual (Gefe / PR), composto pela Secretaria de Estado da Educação

(SEED), Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Secretaria de Estado

da Fazenda (Sefa), Centro de Treinamento da Escola de Administração Fazendária (Centro Esaf),

Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e pela Controladoria Geral da União (CGU).

9. OFICINAS DISCIPLINARES

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Oficinas Disciplinares – São palestras e oficinas ofertadas para professores da rede estadual

de ensino, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação pública paranaense, através da troca

de experiências, uso de metodologias e tecnologias diferenciadas, discussões sobre as teorias e

práticas de cada disciplina.

10. SEMANA PEDAGÓGICA E REUNIÕES PEDAGÓGICAS

São previamente determinadas no calendário escolar, sendo que a Semana Pedagógica

ocorre no início do ano letivo e após as férias de julho e as reuniões pedagógicas ocorrem no

decorrer do ano letivo. O objetivo é trazer para estudo e discussão assuntos pertinentes à prática

educacional e pedagógica, com contribuições, que são encaminhadas ao NRE e/ou SEED.

11. FORMAÇÃO CONTINUADA NA ESCOLA

A Formação Continuada dos profissionais da escola, não se limita aos conteúdos curriculares,

mas estende-se à discussão da escola como um todo e suas relações com a sociedade.

Fazem parte da formação continuada de nossa escola, questões relacionadas à metodologia

de ensino, à cidadania, a avaliação, a gestão democrática, e outros temas, de acordo com as

necessidades. As reuniões para estudos e debates são oportunizadas durante o conselho de classe,

a hora atividade, ou outros momentos previamente planejados, visando a qualidade do ensino e da

aprendizagem.

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VIII - AGENTES EDUCACIONAIS I E II

A construção do Projeto Político-Pedagógico só pode acontecer a partir da ação empreendida

pelo coletivo escolar. Considerando que todos os integrantes da escola são protagonistas do

processo educativo, torna-se imprescindível a construção de “uma prática de trabalho coletiva,

comprometida com a qualidade da educação” (BRASIL, 2004).

Complementando, assim, a importante atuação do professor em sala de aula, ocorrem

significativos processos de comunicação interativa e de vivência coletiva, que colocam em cena os

agentes educacionais que estão atuando nas unidades de ensino.

O documento “Por uma política de valorização dos trabalhadores em educação – em cena, os

funcionários de escola” (MEC, 2004), reconhece que todos os espaços da escola, além do espaço da

sala de aula, são importantes espaços educativos. Esse reconhecimento implica uma concepção de

educador que ultrapasse os limites da sala de aula e supere o preconceito histórico que vê os

funcionários não-docentes apenas como trabalhadores braçais, tarefeiros, alienados das ações

pedagógicas.

A Lei Complementar nº 123 de 09/09/2008, institui o Plano de Cargos, Carreiras e

Vencimentos do Quadro dos Funcionários da Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná,

conforme especifica e adota outras providências.

No capítulo II – Dos Princípios e Garantias, em seu Art. 3º – O Plano de Cargos, Carreiras e

Vencimentos do Quadro dos Funcionários da Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná

objetiva o aperfeiçoamento profissional contínuo e a valorização do funcionário mediante

remuneração digna e, por consequência, a melhoria do desempenho e da qualidade dos serviços

prestados à população do Estado do Paraná, baseado nos seguintes princípios e garantias:

I – Valorização, desenvolvimento e profissionalização dos funcionários da educação básica,

reconhecendo a importância da carreira pública e de seus agentes;

II – Promoção da qualidade da educação visando ao pleno desenvolvimento da pessoa nela

envolvida e seu preparo para o exercício da cidadania;

III – Liberdade de ensinar, aprender, pesquisar e expressar o pensamento, a arte e o saber,

dentro dos ideais da democracia;

IV – Gestão democrática do ensino público estadual;

V – Vencimento digno e desenvolvimento na carreira mediante merecimento, formação e

qualificação profissional;

VI – Oportunização de formação e qualificação profissional, através de formação continuada

ofertada pela Administração;

VII – Definição de atribuições específicas para o exercício de cada função e qualificação

profissional dentro de cada área de atuação.

Esta lei institui também as atribuições dos Agentes Educacionais I e II conforme segue.

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1. DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO DE AGENTE EDUCACIONAL I

a) Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico

escolar;

b) Executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer, encerar, lavar salas,

banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos estudantes, profissionais

docentes e não-docentes da educação, conforme a necessidade de cada espaço;

c) Lavar, passar e realizar pequenos consertos em roupas e materiais, utilizar aspirador ou

similares e aplicar produtos para limpeza e conservação do mobiliário escolar;

d) Abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza periódica para garantir a

segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na escola;

e) Realizar serviços de embalagem, arrumação, remoção do mobiliário, garantindo

acomodação necessária aos turnos existentes na escola;

f) Disponibilizar lixeiras em todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a

coleta seletiva de lixo, orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para

tal;

g) Coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto, executar serviços internos e

externos, conforme demanda apresentada pela escola;

h) Racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como

vassouras, baldes, panos, espanadores, etc., comunicar com antecedência à direção da escola sobre

a falta de material de limpeza, para que a compra seja providenciada;

i) Abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom

andamento do estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades

da escola, guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso, ou deixar as

chaves nos locais previamente estabelecidos;

j) Zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, realizando rondas nas dependências da

instituição, atentando para eventuais anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações

e solicitando, quando necessário, atendimento policial, do corpo de bombeiros, atendimento médico

de emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata, controlar o

movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino, cooperando com a

organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar;

k) Encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme

necessidade;

l) Acompanhar os alunos em atividades extra classe quando solicitado;

m) Preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho;

n) Participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às

funções exercidas ou sempre que convocado;

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o) Agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do ambiente

físico, do meio-ambiente e do patrimônio escolar;

p) Efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas;

q) Preparar a alimentação escolar sólida e líquida, observando os princípios de higiene,

valorizando a cultura alimentar local, programando e diversificando a merenda escolar;

r) Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a

preparação da alimentação escolar, verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizando-

os em data própria, a fim de evitar o desperdício e a inutilização dos mesmos;

s) Atuar como educador junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as

questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a

contribuir na construção de bons hábitos alimentares e ambientais;

t) Organizar espaços para distribuição da alimentação escolar e fazer a distribuição da

mesma, incentivando os alunos a evitar o desperdício;

u) Acompanhar os educandos em atividades extracurriculares e extraclasse quando

solicitado;

v) Realizar chamamento de emergência de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário,

comunicando o procedimento à chefia imediata;

w) Comunicar ao(à) diretor(a), com antecedência, a falta de algum componente necessário à

preparação da alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido;

x) Efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas.

2. DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO DE AGENTE EDUCACIONAL II

a) Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde trabalha;

b) Auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador e gestor

dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia;

c) Manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos;

d) Redigir e digitar os documentos em geral, redigir e assinar atas, receber e expedir

correspondências em geral, juntamente com a direção da escola;

e) Emitir e assinar, juntamente com o diretor, históricos e transferências escolares;

f) Classificar, protocolar e arquivar documentos;

g) Prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial;

h) Atender ao telefone;

i) Prestar orientações e esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e

atividades desenvolvidas na unidade escolar, lavrar termos de abertura e encerramento de livros de

escrituração, manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do

estabelecimento de ensino;

j) Manter atualizada lista telefônica com os números mais utilizados no contexto da escola;

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k) Comunicar à direção fatos relevantes no dia a dia da escola;

l) Manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação atinente ao

estabelecimento de ensino;

m) Executar trabalho de mecanografia e de reprografia;

n) Acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou extracurriculares;

o) Participar de reuniões escolares sempre que necessário;

p) Participar de eventos de capacitação sempre que solicitado;

q) Manter organizado o material de expediente da escola;

r) Comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente para que os

procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados;

s) Executar outras atividades correlatas às ora descritas;

t) Catalogar e registrar livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD;

u) Registrar todo material didático existente na biblioteca, nos laboratórios de ciências e de

informática;

v) Manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e informática;

w) Restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura;

x) Atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do banco de

dados;

y) Zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da Biblioteca;

z) Conservar, conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos laboratórios de

informática e de ciências;

a1) Reproduzir material didático através de cópias reprográficas ou arquivos de imagem e

som em vídeos, “slides”, CD e DVD;

b1) Registrar empréstimos de livros e materiais didáticos;

c1) Organizar agenda para utilização de espaços de uso comum;

d1) Zelar pelas boas condições de uso de televisores e outros aparelhos disponíveis nas

salas de aula;

e1) Zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua organização, agir como educador,

buscando a ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na

escola, quando solicitado participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de interesse da

unidade escolar;

f1) Decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática escolar;

g1) Executar outras atividades correlatas às ora descritas.

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IX - PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

Acreditamos que a escola é um local de possibilidades , onde ocorre a sistematização do

saber adquirido no cotidiano rumo aos saberes organizados por áreas sustentadas por disciplinas

científicas. Sendo assim, a educação escolar cria condições para o desenvolvimento do potencial do

indivíduo e ajuda a torna-lo um ser humano completo.

Desta forma, acreditamos numa gestão democrática, que contemple os princípios do diálogo

e da reflexão, fundamentada na solidariedade e no trabalho coletivo, que entenda as necessidades de

uma prática pedagógica emancipatória , libertadora e acolhedora.

Acreditando que esta união é possível quando todos os envolvidos acreditam no que fazem,

buscando melhores condições de trabalho e de superação dos obstáculos que se apresentam, dessa

forma, pretende-se realizar uma gestão com responsabilidade, diálogo e companheirismo para que

os objetivos em comum possam ser realizados tornando assim a escola um espaço cada dia melhor.

1. PLANO DE ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Eixo norteador: Organização do trabalho pedagógico , suas possibilidades e interações com

a comunidade interna e externa;

Detalhamento: O trabalho pedagógico será voltado para propicar uma aprendizagem

significativa aos alunos mediante a atuação didático-metodológica do professor, propiciando a

superação das condições desfavoráveis que a sociedade lhe proporcione. A superação das

condições significa possibilitar a atuação na comunidade em que está inserido, como reflexo da

formação que da escola recebeu.

Responsáveis: Integrantes da equipe pedagógica e coletivo dos professores.

Darci Gomes de Lima Souza

Edneia de Souza Lima

Lourdes de Fátima Arruda Rangel

Maria de Lourdes Fernandes Claro

Neide Ferreira Posachio

Sandra Mantuan Covalski

Cronograma: Continuadamente, no ano letivo de 2011.

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Condições: As existentes na Escola e as que advirem de parcerias e convênios que a escola

estabelecer com Instituições de Ensino Superior, o poder público municipal e estadual, ONGs, Clubes

de Serviço e principalmente da comunidade.

Objetivos : Articular e organizar as ações didático-metodológica com vistas a execução dos

objetivos propostos no Projeto Político Pedagógico, tendo como foco primordial o processo ensino-

aprendizagem.

2. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Vivemos numa crise social em que, a globalização, a sociedade de consumo e o volume de

informação estão trazendo mudanças de forma acelerada e intervindo na produção em larga escala.

Apesar disso, a possibilidade material e o anseio por uma sociedade igualitária estão mais distantes.

A celebração do presente e sua repetição é o que importam. Com isso cria-se a teoria do fim da

história, no dizer de Santos:

“(...) o tempo transformado na repetição automática e infinita do seu domínio (...) onde o

passado foi sempre concebido como reacionário e o futuro como progressista “. (1996,p. 15-33.

Essa teoria camufla a opressão, o sofrimento e a luta que, ao nosso ver, estão mais acirrados.

Diante disso, precisamos sair do imobilismo e resgatar a nossa luta, contra o quadro social de

miséria, de violência e desemprego crescentes. Participar de um Projeto político pedagógico, onde o

conteúdo seja o conflito, o resgate da memória, da denúncia, da comunicação, da solidariedade e da

cumplicidade.

Para que esse projeto se concretize algumas questões devem ser repensadas por nós com

profundidade. Se compreendermos que a escola não pode ser entendida como uma instituição

isolada do social, e sim como espaço privilegiado, onde as relações de poder podem tomar novos

significados , pressupõe-se que a organização e sistematização dos meios para a apropriação crítica

dos conhecimentos já produzidos e a criação de outros pode dar-se de uma forma dialética,

envolvendo todos os atores educativos (alunos, professores, especialistas, pais, funcionários e

direção).

A análise da escola em seu movimento, com suas contradições, problemas, desafios, só tem

sentido se nós, que nela atuamos, nos conhecermos e também a nossa história. No “conhece-te a ti

mesmo”, em Gramsci somos:

“ produto do processo histórico até hoje desenvolvido, que deixou em ti uma infinidade de

traços recebidos sem benefícios no inventário. Deve-se fazer inicialmente este inventário” (1982,p 12)

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Para compreendermos a nós mesmos e aos outros como sujeitos sociais, faz-se necessário

entender, portanto, quem somos, de onde viemos, a que e com quem viemos e o que fazemos.

Num breve resgate da história da pedagogia e seu papel na organização do trabalho escolar

localizamos a origem da cultura escolar ainda instituída até nossos dias onde a função do pedagogo é

esvaziada de caráter político e pedagógico, reduzido a técnico, supervisor, orientador, com tarefas de

controle e manutenção da ordem. A história da pedagogia no Brasil cruza-se com a história da escola

pública que desde sua origem está atrelada aos interesses econômicos e políticos das elites, hoje,

sobretudo, aos interesses do sistema financeiro internacional. A escola pública brasileira é seletiva,

elitizada, meritocrática e o pedagogo é o profissional, junto com os demais, que deve executar a

manutenção desta ordem.

A superação desta escola passa pela afirmação cotidiana deste espaço como direito de todos

e pelo dever do Estado em garantir as condições de trabalho para a efetivação do trabalho

pedagógico realmente comprometido com a emancipação humana e a transformação da sociedade.

Na contramão da história até agora registrada, defendemos que o pedagogo não deve ser

reduzido a mero instrumentador ou técnico, deve: agir, intervir, lançar novos desafios para quebrar o

equilíbrio e, assim contribuir com a construção de novos conhecimentos e práticas libertadoras , na

construção da Escola pública democrática e de qualidade.

A construção da identidade do pedagogo se afirma a partir da concepção de educação que a

escola assume em sua prática cotidiana. Se desejamos uma educação emancipadora, cabe ao

pedagogo ser sujeito que: a) identifique-se com o povo excluído; b) com o povo excluído busca

construir os caminhos da emancipação; c) nesta construção, dialogicamente, desvela a realidade

opressora e o opressor que muitas vezes reproduzimos em nossa prática cotidiana.

O professor pedagogo do Colégio Estadual Professor Ivone Soares Castanharo – EFM

desenvolverá durante o ano letivo as seguintes atribuições:

1. Planejar, replanejar e acompanhar a execução do Processo ensino-aprendizagem junto à

comunidade escolar, concretizando a função social da escola através do redimensionamento do

processo ensino aprendizagem, viabilizando a elaboração e apropriação do conhecimento sistematizado

por parte do aluno.2. Ações curriculares

Refletir e encaminhar as discussões, junto á comunidade escolar (professores, alunos, pais, diretores,

funcionários), do processo de articulação das ações curriculares , mediando e intervindo para que o

aluno concreto e sua realidade sejam foco permanente de reflexão e redirecionador desta.3. Acompanhamentos de projetos, estágios, serviços especializados

Participar da coordenação da ação do coletivo, redimensionando qualificadamente a relação entre

alunos, professores, direção, equipe pedagógica, família, funcionários, serviços especializados,

programas especiais, projetos, estágios de diferentes áreas, etc.4. Acompanhar e orientar reuniões do conselho de classe, pedagógicas, reuniões de pais,

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planejamentos

Planejar , executar, avaliar os desdobramentos e encaminhamentos , de forma permanente: dos

conselhos de classe, das reuniões pedagógicas, reuniões de pais, de planejamento, grupos de estudos

e projetos.5. Acompanhar processo ensino-aprendizagem dos alunos

Propiciar a discussão junto aos pais, equipe pedagógica e professores , sobre o processo ensino-

aprendizagem dos alunos, visando o acompanhamento, discussão e encaminhamentos necessários.6. Acompanhar a execução do Projeto Político Pedagógico

Planejar , coordenar, executar,e acompanhar e avaliar, de forma permanente, o plano de ação

integrada da equipe pedagógica frente ao projeto político pedagógico da unidade escolar.7. Desenvolver ações pedagógicas, qualificação de professores

Realizar e divulgar o levantamento bibliográfico e de outros materiais pedagógicos na área da educação,

visando a fundamentação, atualização e redimensionamento da ação pedagógica dos profissionais da

escola. A hora atividade será organizada preferencialmente por disciplina8. Participar de encontros, cursos, eventos. Formação continuada

Participar de cursos, seminários , encontros e outros, buscando fundamentação, atualização e

redimensionamento da ação específica do pedagogo.9. Elaborar relatório síntese das ações realizadas anualmente na unidade escolar.10. Garantir o acesso e permanência dos alunos. Acompanhamento evasão escolar

Contribuir para o acesso e permanência de todos os alunos da escola, intervindo com sua

especificidade de mediador da realidade do aluno no currículo, mobilizando os professores para a

qualificação do processo ensino-aprendizagem através da composição, caracterização e

acompanhamento das turmas, no horário escolar e questões curriculares.11. Acompanhamento do rendimento escolar

Participar da análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar junto com o professor,

visando reduzir os índices de evasão e repetências, qualificando o processo ensino-aprendizagem.12. Avaliação de projetos, planos e eventos

Coordenar a elaboração , execução, acompanhamento e avaliação de projetos, planos,

programas e outros, objetivando o atendimento e acompanhamento do aluno, nos aspectos que se

referem ao processo ensino-aprendizagem, bem como o encaminhamento destes a outros profissionais

que assim o exigirem.

A equipe dará ênfase aos desdobramentos da Agenda 21 Escolar, tendo como Eixos

Norteadores : RECURSOS DA EDUCAÇÃO, ESTUDOS DOS RECURSOS NATURAIS E RESÍDUOS

SÓLIDOS e DESENVOLVIMENTO SOCIAL .

3. PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

EIXOTÓPICOS DE

DISCUSSÃO

PROBLEMAS

LEVANTADOS

AÇÕES DA

ESCOLACRONOGRAMA

RESPONS

ÁVEIS

GESTÃO

DEMOCRÁTICA - Ampliação da

Participação

-Dificuldades

em

conscientizar

-Formar grupo

de estudos

sobre a

1º Semestre do

Ano Letivo

Direção e

Equipe

Pedagógic

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dos membros

em todas as

instâncias.

todos sobre a

necessária

participação.

-Não

participação da

totalidade dos

membros.

temática.

- Organizar

cronograma

adequado para

viabilizar a

participação de

todos.

a

PROPOSTA

PEDAGÓGICA

CURRICULAR

- Articulação

entre os

princípios da

proposta e sua

efetividade.

-

Desvinculação

entre a teoria

defendida e a

prática

efetivada em

sala de aula.

- Intensificar

nas reuniões

pedagógicas a

necessidade da

coerência

teórica.

Durante o ano

letivo

Equipe

Pedagógic

a

FORMAÇÃO

CONTINUADA

-Necessidade

constante de

qualificação

teórica.

-Melhoria da

qualidade dos

serviços

prestados.

-Em muitas

situações do

cotidiano, a

falta de

formação

empobrece o

atendimento a

alunos e

comunidade

escolar.

- Ampliar os

espaços

formativos de

professores e

funcionários.

Estabelecer

parcerias com a

estrutura da

SEED,

sobretudo na

EaD. Promover

ações

coordenadas

com IES e

Sistema “S”

Durante o ano

letivo

Equipe

Pedagógic

a e

Direção

QUALIFIC.

DOS

ESPAÇOS E

EQUIPAM.

-Qualidade e

quantidade e

subutilização

dos Espaços e

Equipamentos.

Subutilização

dos espaços e

equipamentos

e espaços por

parte de alguns

profissionais de

educação

- Qualificar os

professores e

estimular a

utilização de

tais espaços.

Aprimorar o

treinamento

sobre Tics, com

apoio do CRTE.

Durante o ano

letivo

Equipe

Pedagógic

a e

Direção

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ATIVIDADES

DE

ENRIQUEC.

CURRICULAR

- Amplitude da

participação e

quantificação

das atividades.

Grau de

participação da

escola em

eventos deste

âmbito.

Avaliação

positiva sobre a

efetividade ,

necessitando

apenas divulgar

os resultados

obtidos.

Durante o ano

Letivo

Coletivo

de

professore

s, direção

e equipe

pedagógic

a.

4. PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP

A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que esta “deve ser

construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as fragilidades das

instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação

social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.”

(SEED, 2004, p.11)

Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os gestores da

SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a todos a identificação dos fatores

que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos educandos numa

educação pública de qualidade.

Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o compromisso e a efetiva

implementação das mudanças necessárias.

Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto responsabilidade

coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, dos seus impactos sociais,

econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração e a implementação de novos rumos que

garantam suas finalidades e impactos positivos à população que demanda escolarização.

A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular, abrange toda a

escola ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele

resultantes. Envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos que fazem

parte da escola : professores, educandos, direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços

gerais e demais membros da comunidade escolar.

A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes instrumentos para

avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas relacionadas à capacitação

continuada dos profissionais da educação, bem como estabelecer o diálogo com as escolas no

sentido de contribuir para a reflexão e as mudanças necessárias na prática pedagógica.

Considerando que o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve estar

voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social da

Escola, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.” (SEED, 2005,

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p.44), esta avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular implementada, deverá servir para

a reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das escolas.

Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional, serão produzidos coletivamente em

regime de colaboração.

Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”,

“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas dinâmica,

única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço de melhoria da

qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar conectado com o esforço

empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17)

Em síntese, repensar a práxis educativa da escola pressupõe responder à função social da

Educação.

O Plano de Avaliação Institucional do Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo

será realizado no final de cada semestre, através de coletivo escolhido por dois representantes de

cada dos segmentos representativos da Escola (professores, funcionários, alunos, conselho escolar,

APMF, segmentos organizados da comunidade: Igrejas, Clubes de serviço, etc).

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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IVONE SOARES CASTANHARO – EFM

Aos vinte e seis dias do mês de março do ano de dois mil e sete, reuniram-se em Assembléia

às dezenove horas e trinta minutos, nas dependências deste mesmo colégio, membros do Conselho

Escolar composto por: Joseval Basílio Pelisser, Darci Gomes de Lima Souza, Maria Cristina Jorge

Mauro, Angela Maria Klepa, Pedro Benedito Patrício, Antônio Barros de Moura Filho, Walter Luiz

Ximenez, Elisamari da Cruz, para analisar o Projeto Político Pedagógico, juntamente com a Proposta

Pedagógica. Após a leitura e análise dos mesmos, foram aprovados por estarem em consonância

com a realidade, no qual está inserido este Estabelecimento de Ensino, priorizando sempre o aluno,

instrumentalizando-o para que este possa enfrentar os desafios do seu cotidiano, construindo a sua

própria história. Após aprovação a reunião encerrou-se às vinte e duas horas e trinta minutos. Não

havendo mais nada a registrar, eu, Neide Ferreira Posachio, pedagoga, lavrei a presente ata, que

será por mim assinada e pelos demais membros do Conselho.

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