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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

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Page 1: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · estabelecimentos de ensino: Branca da Mota Fernandes e João de Faria Pioli, ocasião em que esse Estabelecimento passou a denominar-se

PROJETO

POLÍTICO

PEDAGÓGICO

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APRESENTAÇÃO

O mundo contemporâneo nos apresenta uma política sócio-econômica num processo acelerado de mudanças e de desenvolvimento em todos os setores estruturais da sociedade e da economia em geral, (evidenciado pela crescente globalização), que exigem do homem novas posturas que atendam aos desafios, mostrando a necessidade de um novo modelo paradigmático que atenda aos desafios frente às diversas áreas do conhecimento. A educaçãp também passa por esse processo. As antigas formas de trabalho estanque não atendem as necessidades presentes.

A escola reflete os problemas e os anseios da sociedade, através da comunidade da qual faz parte. Assim, há necessidade de um trabalho conjunto na busca da propostas que venham atender aos problemas existentes, de forma efetiva, através deum planejamento que tenham como norte os objetivos e aspirações comuns a todos.

Assim, considerando as mudanças presentes na realidade mundial, que afetam todos os setores, econômico social epolítico, e apropriando-se da legislação vigente que normatizam e justificam as ações escolares como: A LDB 9394/96; Deliberação 014/99 do CEE, Indicação 004/99, a Constituição Federal e Estadual é que se torna necessária a elaboração deste Projeto Político Pedagógico, que se situa como norteador para as atividades educativas com a finalidade comum de tornar o aluno um ser crítico, sendo mais consciente de seus direitos e de seus devere, concretizando-se na aspiração de toda a comunidade escolar.

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SumárioPROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO .......................................................................... 1 APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 3 Sumário ................................................................................................................. 4 I – IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................. 8

1. Dados de Identificação e Localização ............................................................ 8 2. Atos Legais ..................................................................................................... 8 3. Organização Interna ....................................................................................... 8 4. Aspectos Históricos do Estabelecimento ........................................................ 9 5. Espaço Físico ................................................................................................ 12 6. Oferta de Cursos e Turmas .......................................................................... 12 7. Caracterização da População Escolar ........................................................... 13 8. Cursos e Atividades Complementares .......................................................... 16

II. Fins e Objetivos da Educação .......................................................................... 17 Objetivos Gerais do Estabelecimento ............................................................... 17

III. Caracterização da Comunidade Escolar ........................................................ 18 1.. Gestão ......................................................................................................... 19 2. Instâncias Colegiadas ................................................................................... 20 3. Avaliação dos segmentos escolares, Instituição e PPP ................................. 20 4. Formação inicial e continuada ...................................................................... 21 5. Participação da comunidade escolar ............................................................ 21 6. Trabalho pedagógico .................................................................................... 21 7. Recursos ....................................................................................................... 22 8. Acompanhamento e realização da hora atividade ...................................... 22

IV. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 22 Filosofia da Escola ............................................................................................ 22 Concepção de Ensino-Aprendizagem .............................................................. 24 Encaminhamento Metodológico ....................................................................... 25 Concepção de Avaliação .................................................................................. 26 5. Aprendizagem .............................................................................................. 26

V. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ............................................ 30 VI – PLANO DE ENSINO ESPECIAL ........................................................................ 33

1. Caracterização e Estrutura da Educação Especial ....................................... 33 2. Sala de Recursos 5ª à 8ª Série .................................................................... 36 CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO - ÁREA DE DEFICIÊNCIA VISUAL (CAE-DV) .......................................................................................................... 41 4. Sala de Apoio ............................................................................................... 49 5. Língua Estrangeira Moderna –L. E. M. Língua Espanhola - CELEM ................ 51

VII. CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................. 58 VIII. CARACTERIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS DO ENSINO FUNDAMENTAL ................ 58

1. ARTE ............................................................................................................. 58 2. CIÊNCIAS ...................................................................................................... 67 3. EDUCAÇÃO FÍSICA ...................................................................................... 75 ENSINO RELIGIOSO ........................................................................................... 82 5. GEOGRAFIA .................................................................................................. 85

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6. HISTÓRIA ...................................................................................................... 92 7. LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................... 100 8. MATEMÁTICA .............................................................................................. 109 9.LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – L. E. M. (INGLÊS) ................................ 114

IX.CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO .......................................................... 123 X. CARACTERIAÇÃO DAS DISCIPLINAS DO ENSINO MÉDIO ................................ 123

1. ARTE .......................................................................................................... 123 2. BIOLOGIA .................................................................................................... 126 EDUCAÇÃO FÍSICA .......................................................................................... 136 4. FILOSOFIA ................................................................................................... 141 FÍSICA ............................................................................................................ 144 GEOGRAFIA .................................................................................................... 148 7. HISTÓRIA .................................................................................................... 155 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS ................................................. 164 9. LÍNGUA PORTUGUESA ................................................................................ 169 10. MATEMÁTICA ............................................................................................ 175 11. QUÍMICA ................................................................................................... 185 12. SOCIOLOGIA ............................................................................................ 194

IX – CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO PROFISSIONAL – CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO NÍVEL MÉDIO INTEGRADO ...................................................... 202 X – CARACTERÍSTICAS DAS DISCIPLINAS DO ENSINO PROFISSIONAL CURSO TÉCNICO EMADMINISTRAÇÃO NÍVEL MÉDIO INTEGRADO .................................. 202

1. Administração de Produção e Materiais ..................................................... 203 2. Administração Financeira E Orçamentária ................................................. 207 3. Arte ............................................................................................................ 212 4. Biologia ...................................................................................................... 217 5. Comportamento Organizacional ................................................................. 221 6. Contabilidade ............................................................................................. 224 7. Educação Física .......................................................................................... 227 8. Elaboração e Análise de Projetos ............................................................... 233 9. Filosofia ...................................................................................................... 237 10. Física ........................................................................................................ 240 11. Geografia ................................................................................................. 244 12. Gestão de Pessoas ................................................................................... 250 13. HISTÓRIA .................................................................................................. 254 14. Informática ............................................................................................... 262 15. Introdução a Economia ............................................................................. 265 16. Lingua Estrangeira Moderna – Inglês ................................................... 268 17. Lingua Portuguesa E Literatura ................................................................ 275 18. Marketing ................................................................................................. 279 19. Matemática .............................................................................................. 283 20. Noções de Direito e Legislação Social do Trabalho .................................. 294 21. Organização Sistemas e Métodos ............................................................ 299 22. Química .................................................................................................... 300 23. Sociologia ................................................................................................. 303 24. Teoria Geral da Administração ................................................................. 307

XI. CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO PROFISIONAL – CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO ÁREA DE GESTÃO EM NÍVEL MÉDIO SUBSEQUENTE .............. 311

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XII. CARACTERIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS DO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO ÁREA DE GESTÃO EM NÍVEL MÉDIO SUBSEQUENTE .............. 312

1. Administração de Produção e Materiais ..................................................... 312 2. Administração Financeira e Orçamentária ................................................. 317 3. Comportamento Organizacional ................................................................. 322 4. Contabilidade ............................................................................................. 325 5. Elaboração e Análise de Projetos ............................................................... 328 6. Estatistica Aplicada .................................................................................... 332 7. Fundamentos do Trabalho .......................................................................... 338 8. Gestão de Pessoas ..................................................................................... 341 9. Informática ................................................................................................. 345 10. Introdução a Economia ............................................................................. 348 11. Marketing ................................................................................................. 352 12. Matemática Financeira ............................................................................. 356 13. Noções de Direito e Legislação Social do Trabalho .................................. 359 14. Organização Sistemas e Métodos ............................................................ 363 15. Prática Discursiva e Linguagem ............................................................... 365 16. Teoria Geral da Administração ................................................................. 368

XIII – CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO PROFISSIONAL – CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA – NÍVEL MÉDIO INTEGRADO ........................................................ 372 XIV – CARACTERIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS DO ENSINO PROFISSIONAL – CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA – NÍVEL MÉDIO INTEGRADO ................................... 374

1. Arte ............................................................................................................ 374 2. Biologia ...................................................................................................... 379 3. Educação Física .......................................................................................... 383 4. FILOSOFIA ................................................................................................... 389 5. FÍSICA ......................................................................................................... 392 6. GEOGRAFIA ................................................................................................ 396 7. HISTÓRIA .................................................................................................... 402 8. LINGUA PORTUGUESA/LITERATURA ............................................................ 411 9. MATEMÁTICA .............................................................................................. 415 10. QUÍMICA ................................................................................................... 423 11. SOCIOLOGIA ............................................................................................. 426 12. INFORMÁTICA INSTRUMENTAL ................................................................. 431 13. ANÁLISE E PROJETOS ................................................................................ 434 14. BANCO DE DADOS .................................................................................... 438 15. FUNDAMENTOS E ARQUITETURA DE COMPUTADORES ............................. 440 16. INTERNET E PROGRAMAÇÃO WEB ............................................................ 444 17. LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO .............................................................. 446 18. REDES E SISTEMAS OPERACIONAIS .......................................................... 449 19. SUPORTE TÉCNICO ................................................................................... 452 20. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ............................................................ 455

XVIII – CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO PROFISSIONAL – CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA EM NÍVEL MÉDIO SUBSEQUENTE ................................................ 464 XIX – CARACTERIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS DO ENSINO PROF. – CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA EM NÍVEL MÉDIO SUBSEQUENTE .......................................... 466

1. ANÁLISE E PROJETOS .................................................................................. 466 2. BANCO DE DADOS ...................................................................................... 470

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3. FUNDAMENTOS DO TRABALHO .................................................................. 472 4. FUNDAMENTOS E ARQUITETURA DE COMPUTADORES ............................... 475 5. INFORMÁTICA INSTRUMENTAL ................................................................... 478 6. INGLÊS TECNICO ........................................................................................ 482 7. INTERNET E PROGRAMAÇÃO WEB .............................................................. 484 8. LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO ................................................................ 486 9. MATEMÁTICA APLICADA ............................................................................. 489 10. PRÁTICA DISCURSIVA E LINGUAGEM ........................................................ 492 11. REDES E SISTEMAS OPERACIONAIS .......................................................... 495 12. SUPORTE TÉCNICO ................................................................................... 498

ANEXO ............................................................................................................... 503 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA ............................................................................. 504 PLANO DE TRABALHO DOCENTE ....................................................................... 505

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I – IDENTIFICAÇÃO

1. Dados de Identificação e LocalizaçãoEstabelecimento: Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes – Ensino Fundamental, Médio e ProfissionalEndereço: Av. Tuiuti nº 1197, Vila Morangueira – CEP: 87.040-360Telefone: (44) 3268-6802 E-mail: [email protected] Código do Estabelecimento: 00182 Código do Município: 1530Código do Núcleo: 19Dependência Administrativa: EstadualEntidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação (SEED/PR)

2. Atos LegaisAto de Autorização do Estabelecimento: Decreto nº 1399/75 de 30/12/1975Ato de Reconhecimento do Estabelecimento: Resolução nº 3170/81 de 13/01/1982Ato de Renovação do Reconhecimento do Estabelecimento: Res. nº 2122/03 de 10/07/2003 – Ensino MédioAto de Reconhecimento do Profissional Subsequente, Integrado e PROEJAAto Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: Res. 097 de 26/06/2003

3. Organização InternaModalidades: Ensino Fundamental, Médio, Profissional Integrado e Subsequente em Administração e InformáticaNº de alunos: 2.037Nº de turmas: 2 de Ed. Especial; 2 de Recursos e 1 de Atendimento Especial (DV) Turnos: manhã, tarde e noiteOrganização de tempo: Ensino Fundamental, Médio e Profissional (Integrado): em séries anuais; Ensino Profissional Subsequente: em semestres.Currículo: organizado por disciplinas.Formas de registros avaliativos: notas trimestrais: Ensino Fundamental, Médio e Profissional (Integrado). Notas bimestrais: Ensino Profissional Subsequente. Ambientes Pedagógicos: 1 sala de recurso, 2 salas de Apoio, 1 sala de CAE-DV, 1 sala de atendimento Especial DM, 1 Laboratório de Ciências, 1 Biblioteca, 3 Laboratórios de Informática.

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4. Aspectos Históricos do EstabelecimentoDe início uma simples construção de madeira, composta por sete salas de

aula, uma secretaria, diretoria e uma pequena sala para os professores.Localizada nas datas 11 e 12, da quadra M-87, da Vila Morangueira, na

cidade de Maringá, criada pela Lei Municipal nº 777/70, assinada pelo Senhor Paulo Vieira de Camargo, então Presidente da Câmara de Vereadores, em 16 de setembro de 1970 foi denominada Grupo Escolar “Branca da Mota Fernandes”, em homenagem a uma cidadã benemérita de nossa sociedade. Foi doado ao governo do Estado do Paraná, no dia 26 de novembro de 1970, pela Lei Municipal nº804/70, novamente assinada pelo Presidente da Câmara e ainda pelo 1º secretário Dr. Walber Souza Guimarães.

Em 14 de janeiro de 1971, 150º aniversário da Independência e 83º da República, foi criado pelo Decreto nº 22.190, o Grupo Escolar “Branca da Mota Fernandes”, da Rede Estadual de Ensino, assinado pelo então governador Dr. Paulo da Cruz Pimentel, sendo Inspetora de Ensino, a professora Tomires Moreira de Carvalho.

No dia 15 de setembro de 1971, foi designada a primeira Diretora do Estabelecimento, a professora Abegair Corina dos Santos, conforme Resolução nº 2.178/71.

Em 28 de fevereiro de 1972, tomou exercício à primeira Professora da escola, a senhora Elzira Ribas de Mattos.

A Segunda professora a tomar exercício no Estabelecimento foi Taciana Cossulin, em 26 de fevereiro de 1.973, vinda do Grupo Escolar “Dr. Prudente de Morais” de Paissandu.

A primeira Ata de reunião de Pais e Professores foi lavrada em 13 de maio de 1973, pela professora Elzira Ribas de Mattos.

Em 14/08/1974, foi aprovado o Plano de Implantação do Ensino de 1º Grau, quando então este Estabelecimento pertencia ao “Complexo Jardim Alvorada”, do qual faziam parte os Grupos Escolares: Branca da Mota Fernandes, Duque de Caxias, João de Faria Pioli e Novo Jardim Alvorada.

Em 1º de março de 1975, houve implantação de 5ª e 6ª séries, funcionando no período noturno, tendo como primeiros professores, ainda atuantes no Estabelecimento: Aparecido Batista e Geraldo Trajano de França.

Aos 25 de janeiro de 1975, tomou exercício a professora Regina Ribeiro Cunha, que se tornou mais tarde a primeira Orientadora Educacional da Escola.

A Segunda Diretora da escola foi a Professora Uzibia Aparecida de Jesus Merotti, que tomou exercício em 16 de setembro de 1975.

Em 28 de outubro de 1975, tomou exercício a Segunda Secretária: a professora Sônia Maria Barbosa.

No dia 23 de dezembro de 1975, pelo Decreto 1399/75, assinado pelo Governador Jaime Canet e pelo Secretário da Educação Francisco Borsari Netto, foi autorizado o funcionamento do Complexo Escolar “Tuiuti”, constituídos pelos estabelecimentos de ensino: Branca da Mota Fernandes e João de Faria Pioli, ocasião em que esse Estabelecimento passou a denominar-se “Escola Branca da Mota Fernandes”.

Em 1976 foi realizada uma nova reunião da Associação de Pais e Professores, presidida pelo então Presidente da mesma Sr. João Francisco Lopes, onde foi solicitada a construção das novas instalações da Escola,

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evidenciando a necessidade frente ao excedente de 920 alunos, quando a capacidade era de 280 alunos.

Em agosto de 1977, iniciou-se a construção das novas e definitivas edificações da Escola, fruto do sonho, trabalho e perseverança da Diretora Uzibia Aparecida de Jesus Merotti.

Em 1º de março de 1978, no período da tarde foi implantado o Ensino de 1º Grau de 5ª a 8ª série, que de início eram ministradas no pavilhão bancário do Parque Exposição Emilio Garrastazu Médici (atualmente Francisco Feio Ribeiro), devido à falta de espaço físico.

Em 10 de setembro de 1978 foram inauguradas as novas instalações da escola com 12 salas de aula mais dependências para Biblioteca, Orientação Pedagógica e Educacional, Sala de Professores, Secretaria, Diretoria, Gabinete Dentário, Cozinha, Sanitários e Pátio coberto, se transformando em orgulho e ponto de referência da Vila Morangueira.

A terceira diretora foi a Professora Nair da Costa Jaime que tomou exercício em 19 de janeiro de 1980. No seu mandato tomou exercício a terceira secretária, Professora Darce Ruiz e também como Diretor Auxiliar o Professor Geraldo Trajano de França.

Em 8 de maio de 1981, tomou exercício como Administrador Predial o Professor Aparecido Batista que, junto com o Professor Geraldo Trajano de França e a Diretora Nair da Costa Jaime coordenaram um movimento tendo o apoio da comunidade para a criação do Ensino de 2º Grau e ampliação das edificações da Escola. Esse movimento foi coroado com a autorização, pelo Governo Estadual, para a ampliação e o funcionamento do 2º Grau. As obras iniciaram-se no mesmo ano.

Com a aposentadoria da Professora Nair da Costa Jaime, tomou exercício em 5 de outubro de 1981, o Professor Geraldo Trajano de França, se tornando o quarto diretor da Escola.

Em 07 de setembro de 1981, eram inauguradas as ampliações da Escola com 10 salas de aulas, 01 laboratório, 01 sala especial, sanitários, tudo construído em três pavimentos e uma quadra esportiva; a inauguração contou com então Governador Ney Amintas de Barros Braga e pelo Secretário de Educação Edson Machado de Souza. Nesse dia também foi assinada a resolução 2.931/81 que autorizava o funcionamento do 2º Grau a partir de 1982, nas habilitações: Plena de Magistério e Básica em Comércio, entregando-a ao Diretor Professor Geraldo Trajano de França.

Em 04 de dezembro de 1981, era aprovado o Projeto de Implantação do Ensino de 2º Grau. E com esta conquista do 2º Grau este estabelecimento era o primeiro da Região Norte de Maringá, acima da Avenida Colombo a assumir o compromisso de preparar alunos para os Cursos Superiores.

Em 07 de dezembro de 1981, a Escola passou a ser denominada: Colégio “Branca da Mota Fernandes”.

Em 02 de março de 1982, tomaram exercício a quarta Diretora Auxiliar, Professora Darce Ruiz e a quarta Secretária, Professora Helenice de Oliveira Elias.

Em 1983, através da Secretaria da Educação o Colégio passou a denominar-se: Colégio Estadual “Branca da Mota Fernandes” – Ensino de 1º e 2º Graus.

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Em 12 de agosto de 1983, pelo recente processo de escolha de diretores, foi eleito com 971 votos, o Professor Geraldo Trajano de França pela resolução nº 2.797/83.

Em 1984, com recursos da comunidade foi construída uma nova quadra de voleibol e o Colégio prepara-se para formar sua primeira turma de 2º Grau com: 49 novos Professores e 80 novos Funcionários, com Prática Básica em Comércio.

Foi fundada em 02 de junho de 1982 a Fanfarra Juvenil Mista, do Colégio, com 70 elementos e tendo como instrutor o Professor Geraldo Trajano de França, consagrada em muitos concursos, como campeã.

Em 1987, iniciou-se um trabalho de transformação em Banda de Corneteiros, com aulas teóricas para os alunos.

O corpo de Bandeiras e Comissão de Frente da Coordenação é Tri-Campeã Paranaense, consecutivamente em 1984, 1985 e 1986.

De 1987 até o ano 2000 o Colégio desenvolveu-se no sentido de melhoria didática tecnológica.

Através de um projeto pioneiro, foi a primeira Escola Estadual a implantar o Projeto de Informática a de 1º e 2º Graus, adquirindo 20 computadores em 1994. Dessa forma nossos alunos puderam ampliar seus conhecimentos práticos contando com esse novo recurso na educação, sendo que a Informática passou a fazer parte do currículo de 5ª série até as últimas séries do Ensino Médio. Também a Secretaria, Sala de Apoio, Direção e Orientação passaram a usufruir dessa tecnologia, garantindo um serviço mais eficiente.

Os Cursos Técnicos de Magistério e Contabilidade extinguiram em 1999, sendo colocados no mercado 70 professores do Ensino Fundamental e 85 Técnicos em Contabilidade.

O Ensino Médio, proposta dentro da visão PROEM (Programa do Ensino Médio), teve sua implantação no ano de 1999 procurando seguir as diretrizes da LDB (Lei de Diretrizes e Bases), visando preparar o aluno dotando-o de competências e habilidades necessárias para ser o novo profissional que o mundo atual exige; ter competência para encontrar respostas que solucionem os problemas que surgem, buscando agir com criatividade e dinamismo, além de, como ser humano, em respeito aos seus semelhantes, também agir com cidadania, guiado por princípios éticos e morais, que visem o bem comum.

O Ensino Fundamental (1ª à 4ª séries) se extinguiu no ano de 1994, passando a ser atendido pelas Escolas Municipais. No seu último ano de funcionamento o Colégio contava com 17 turmas, sendo atendidas pelas seguintes Professoras: Ana Tereza B. Zanata, Aparecida de L. Damião, Eliana Alves de Carvalho, Elaine C. Pereira, Elza T. Zibordi, Irene A. de Oliveira, Iraci S. Machado, Ione C. B. Bernarde, Inês Pupulim, Heloisa H. de Oliveira, Jacira de Godoy, Maria Virgínia Biegas, Maria do Carmo Pereira, Mercedes M. Sales, Maria de L. Faria, Marcia A. de Souza, Marília Passos Basta, Milene Bulla, Noeli T. Grossi Mariotti, Noeli Maria Bueno, Paschoina Negri, Zelma M. Girardi e Zila C. de Albuquerque.

Em 1988 nosso Estabelecimento passou a ser denominado Ensino Fundamental e Médio.

De 1989 a 1995 a Direção foi exercida pelo Professor Geraldo Trajano de França , tendo como auxiliares a Professora Darce Ruiz e o Professor Lupércio

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Thomaz. Após o falecimento do Prof. Lupércio ocupou a Direção Auxiliar o Professora Mara Lucia Meira.

De 1996 a 2002 foram Diretores Auxiliares: Mara Lucia Meira e o Professor Aparecido Batista, tendo como Diretor Geral o Prof. Geraldo Trajano de França. Após, de 2003 a 2005, também por eleição direta, a equipe de direção foi composta pelo Prof. Geraldo, tendo como auxiliares, a Professora Mara Lucia Meira e a Professora Maria Luiza da Silva. Atualmente, após a última eleição faz parte da diretoria, o Professor Gickson Rivelino Benkendorf Silva, com os auxiliares: Professora Débora Boaventura Sá Bevilaqua e a Professora Marcia Lemos Dantas.

Contamos com 2037 alunos matriculados, sendo distribuídos em 29 turmas de 5ª à 8ª séries, 23 turmas de Ensino Médio, 5 turmas do Curso Profissionalizante em Administração Integrado,3 turmas do Curso Profissionalizante em Administração Subsequente, 3 turmas do Curso Profissionalizante em Informática Subsequente e 1 turma de Médio Profissionalizante – modalidade PROEJA, 1 turma de Educação Especial, em D. M., 2 turmas de Sala de Recursos e 1 classe de atendimento Especial de D.V, 2 turmas de Sala de Apoio e 2 turmas de CELEM. Contamos com 131 professores (na sua maioria com pós-graduação) e 28 funcionários que atendem na parte administrativa e serviços gerais.

Nosso Estabelecimento é bem conceituado dentro e fora de Maringá graças ao trabalho de todos os professores que procuram dar o melhor de si, cada um em sua área, demonstrando sua capacidade de atuação merecendo nosso respeito e admiração.

5. Espaço FísicoO Estabelecimento ocupa uma área total de 5.666,0 m2, sendo 3.460,15

m2 de área construída e 3.621,13 de área livre.Possui 12 salas de 56m2 cada e 10 salas de 49 m2 cada. Além disso,

possui 1 laboratório para Química, Biologia e Física, 3 Laboratórios de Informática, sendo um Paraná Digital, um Proinfo e outro para Curso Profissionalizante em Informática, 1 Biblioteca, 1 Sala para setor de Apoio, 1 Secretaria, 1 Sala de Direção , 1 Sala de Direção Auxiliar, 1 Sala para Equipe Pedagógica, 6 Sala adaptadas, 2 quadras de esporte, sendo uma coberta, banheiros femininos e masculinos, um pátio, sendo parte coberto, uma cantina, uma sala de fotocópia, 1 cozinha e estacionamento.

6. Oferta de Cursos e TurmasCursos: a) Ensino Regular da Educação Básicab) Ensino Regular Médio do Curso Técnico em Administração na forma

Integrada de 4 anos.c) Ensino Pós Médio do Curso Técnico em Administração na forma

Subsequente de 3 semestres.d) Ensino Regular Médio do Curso Técnico em Informática na forma Integrada

de 4 anos.

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e) Ensino Pós Médio do Curso Técnico em Informática na forma Subsequente de 3 semestres.

f) Ensino Especial nas modalidades: DM, DV.g) Sala de Recurso do Ensino Fundamental II.h) Sala de Apoio de 5ª série do Ensino Fundamental.i) Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna – CELEM.

7. Caracterização da População Escolar

7.1 Comunidade O Bairro da Vila Morangueira, local em que o Colégio Branca da Mota

Fernandes está situado, caracteriza-se por ser um vila comercial.A população é, em geral, de classe médio-baixa. A expansão do bairro se

deu devido a loteamentos e casas populares que, junto dos serviços oferecidos por microempresários, atendem as necessidades principais de sua comunidade.

Conforme levantamento de dados realizado em 2009 com base na matrícula, observou-se que a comunidade que frequenta o Colégio Branca da Mota Fernandes é composta por famílias que ganham de 3 a 5 salários (61%) e ganham entre 1 a 2 salários (27%), formada em média por 4 pessoas, sendo apenas duas trabalham em ramos diversos da área terciária.

Quanto à formação escolar, a maioria dos pais não tem o Ensino Fundamental completo, sendo que uma minoria tem o Ensino Médio ou Superior, embora se observe, pelos questionários aplicados, que os pais têm, na maioria, o Ensino Médio completo e as mães têm na maioria o Ensino Fundamental incompleto, apresentando 27% e 26% com Ensino Médio incompleto

Mais da metade dos pais entrevistados possui eletrodomésticos básicos de casa como TV, máquina de lavar, geladeira, aparelho de som e celular. Também a maioria possui casa própria e carro.

Quanto ao aspecto lazer, apesar de uma variedade de opções citadas, a televisão ocupa o primeiro lugar pela maioria, sendo que boa parte dos pais também trabalha nas horas vagas.

Quanto à questão da participação da vida escolar dos filhos, a maioria diz que exige horário de estudos em casa, olha os materiais e participa das reuniões. Em contrapartida, na questão colaboração com o Estabelecimento, quase a metade dos entrevistados não explicou como participa, e dos que responderam houve uma variedade de respostas indo desde a justificativa “na medida em que a escola pede colaboração” a “não colabora”.

Quanto aos princípios defendidos pelas famílias, a honestidade, o respeito e a religiosidade foram os mais citados. Também em sua maioria, os pais julgam que educar envolve dar limites.

Com relação ao estudo, de forma unânime, os pais consideram importante, justificando que “é preciso conhecimento para viver melhor”, “ser alguém na vida”, entre outros. Devido a isso buscaram o Colégio por considerar boa a qualidade do ensino e também boa parte já estudou no Estabelecimento e depositam sua confiança no trabalho dos professores.

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Quanto aos problemas os pais ressaltam que há problemas de segurança, violência e drogas e que é preciso investir em segurança, e impedir manifestações de violência e consumo de drogas e álcool.

De maneira geral, podemos verificar que os pais procuram educar seus filhos, e a escola representa o local de acesso proporcionando formação que, nas suas expectativas, preparam seus filhos para um futuro melhor, embora a escola apresente problemas que precisam ser resolvidos.

7.2 AlunosO Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes atende atualmente 2.037

alunos em três períodos, sendo que 25% frequenta o período noturno. Os alunos do período diurno são provenientes de classe médio-baixa, onde a maioria só estuda. No período noturno, a maioria trabalha e estuda, sendo que as profissões são em geral do setor terciário.

A maior parte dos alunos vem estudar no Colégio Branca da Mota Fernandes, devido à proximidade da residência e boa qualidade do ensino.

O Colégio como representante dos conflitos da sociedade, enfrenta problemas como: indisciplina, violência e falta de comprometimento familiar com a vida escolar do aluno.

Apesar dos alunos (80%) considerarem o estudo importante, sua pratica discente está aquém do esperado na melhora do exercício pleno da cidadania, valores como religiosidade e honestidade são pontos importantes na referencia da vida.

Observa-se que o lazer e a cultura na comunidade são precários, sendo em sua maioria centrado na mídia televisiva.

7.3 Equipe PedagógicaA Equipe Pedagógica é composta por nove Professores com formação

Superior em Pedagogia, sendo que na sua totalidade possuem Curso de Pós-Graduação.

O trabalho integrado da Equipe Pedagógica, com alunos, professores e pais, favorece a compreensão dos problemas e busca de soluções viáveis para alunos e professores, onde todos se sintam responsáveis para atingir os objetivos propostos.

Neste trabalho, os alunos e professores são ouvidos podendo expor seus problemas, críticas e sugestões. Procuramos assim ver o aluno como cidadão que precisa ser respeitado como alguém que pode expor o que sente, e os professores como profissionais que precisam ser ouvidos e levados a refletir sobre sua ação de forma que muitos conflitos possam ser intermediados no interior do colégio.

Além deste trabalho, os componentes da Equipe Pedagógica procuram desenvolver atividades preventivas como: plano de ação em sala de aula abordando questões sobre o valor do estudo, importância da postura comportamental com relação aos estudos, a frequência, o convívio social, em grupos e outros. É feito um trabalho avaliativo onde os alunos, através de

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questionário, podem opinar fazendo suas críticas e sugestões que possam auxiliar na tomada de ação e melhoria do funcionamento do Estabelecimento.

Cabe ressaltar as dificuldades de um trabalho pedagógico continuo com os professores, para auxiliar na mediação de problemas de relacionamento, de aprendizagem, de conflitos entre alunos e seus colegas e/ou professores dificultando a obtenção dos resultados pretendidos. Ampliando os espaços de atuação junto aos professores e reflexão da prática para em conjunto traçar formas de um trabalho mais sistematizado para atuar junto aos alunos, buscando solucionar problemas apontados, envolvendo toda a comunidade escolar.

Outro fator importante é aumentar o quadro de QPMs no colégio, pois a rotatividade de profissionais implica em perda pedagógica ao aluno, na qualidade do trabalho da Equipe Pedagógica e funcionalidade do colégio.

Mesmo assim, a Equipe Pedagógica procura discutir os problemas educacionais e mediar soluções para os mesmos, embora limitados por ocorrências emergenciais, com Alunos, Pais, Professores e Direção.

7.4 DireçãoA Direção é formada por três professores, sendo um ocupando a Direção

Geral, e dois ocupando a Direção Auxiliar, um em cada período; professores que possuem formação Superior com Pós-Graduação relacionada com o Curso de sua Formação.

O trabalho realizado pela Direção é, na medida do possível, participativo, abrindo espaços para os pais, alunos e professores procurando fazer com que os alunos tenham seus direitos respeitados quanto à obrigatoriedade legal dos dias letivos. Para as decisões, são feitas reuniões bimestrais com os setores para o levantamento dos problemas e busca de soluções, sejam relacionados à questão pedagógica, físicos ou administrativos, procurando atender as necessidades evidenciadas e traçando uma linha comum de ação para atingir os objetivos propostos. As dificuldades encontradas se referem na maior liberdade de ação sem os excessos de burocracia que impedem um trabalho mais efetivo. A Direção se coloca à disposição de pais, professores e alunos quando querem discutir algum assunto referente às medidas tomadas regularmente, e também o funcionamento do Estabelecimento aceitando críticas e sugestões ou esclarecendo as dúvidas levantadas. As demais ações estão explicitadas no Plano de Ação.

7.5 Equipe Agente Educacional I e Agente Educacional IIO estabelecimento conta com 24 funcionários atuando como Agente

Educacional I e Agente Educacional II.Os funcionários que exercem a função de Agente Educacional I possuem,

na totalidade, a formação de 2º Grau, sendo grande parte com Curso Propedêutico ou Contabilidade e três com Curso Superior. Os funcionários que exercem função de Agente Educacional II possuem na maioria 1º Grau, sendo que desses 50% ainda não completou a escolaridade desse nível. Apenas 22% têm 2º Grau completo.

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Os Agentes Educacionais I e II participam na organização escolar, atendendo na parte burocrática de Secretaria e Serviços de Limpeza, também auxiliando na ação educativa, uma vez que mantêm contato com alunos e professores procurando conscientizá-los de seus deveres quanto à ordem, limpeza e cuidados com o patrimônio público. Há necessidade de maior integração, onde os papéis sejam bem definidos e reconhecidos como parte integrante no processo educativo.

7.6 ProfessoresO Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes conta com 115

professores. Em sua totalidade possuem formação em sua área de concurso ou contratação, havendo uma grande maioria com curso de Pós-Graduação e 2 com mestrado.

A maior parte dos professores entende a construção do conhecimento como uma ação mediada entre professor e aluno tendo como objetivo oportunizar uma transformação de ações cognitivas e sociais, necessitando de espaço para discussões e reflexões a respeito da prática pedagógica.

Dificuldades apontadas são: número elevado de alunos por turma, dificuldade de um trabalho contínuo entre pais e escola para contribuir com os professores e acompanhar o rendimento de seus filhos, como problemas de relacionamentos e conflitos constantes entre os alunos.

8. Cursos e Atividades ComplementaresSão desenvolvidas atividades complementares responsáveis pela

melhoria da aprendizagem dos alunos, com o envolvimento do corpo docente, equipe pedagógica e diretiva, tais como: Dramatização de Literatura, de Reciclagem e Desenvolvimento Sustentável, de Excursão Cultural, de Narrativas Folclóricas com dramatização e teatros de diversas modalidades como: de sombra, de fantoches e dos próprios alunos como atores, Segundo Tempo, na modalidade Xadrez, Futsal e Vôlei, tendo como ponto culminante apresentações com a participação de toda a comunidade escolar.

É ofertado pelo estabelecimento de ensino, através do CELEM – Curso Básico e de Aprimoramento para a Língua Espanhola que tem como objetivo incluir o estudante no mundo globalizado, caracterizado pelo avanço tecnológico e pelo grande intercambio entre os povos, garantindo assim, uma melhor interpretação da sociedade e do mundo em que vive como cidadão participante.

O Curso Básico da Língua Espanhola, tem a duração de 2 (dois) anos, com carga horária anual de 160 horas (cento e sessenta horas/aula), perfazendo um total de 320 horas/aula e de Aprimoramento com duração de 1 (um) ano, com carga horária de 160 horas/aula. Aos alunos concluintes do Curso Básico e de Aprimoramento será expedido certificado pelo CELEM/DEB/SEED, com registro de avaliação, carga horária, frequência e demais apostilamentos necessários.

O colégio oferece a Sala de Apoio Pedagógico e Recursos, com o intuito de atender os alunos que apresentam lacunas quanto aos conteúdos básicos do ensino fundamental I e II, sendo atendidos em suas dificuldades por professores das áreas de língua portuguesa e matemática.

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II. Fins e Objetivos da Educação

Os princípios e fins da Educação Nacional estão previstos na Constituição no Art. 206º sendo contemplados também no Art. 2º e 3º da Lei 9394 que explicita:

A educação é dever da família e do Estado inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Objetivos Gerais do Estabelecimento• Desenvolver nos educandos suas habilidades naturais, capacitando-os

para atuar como cidadãos engajados numa política de construção de uma sociedade mais justa.

• Proporcionar condições para que o educando seja preparado para rever seus padrões conceituais e buscar caminhos próprios para resolver os problemas que se lhe apresentam, tanto em seu meio social como profissional, de forma criativa, tendo como base os conhecimentos, que devem ter uma base sólida em termos qualitativos.

• Preparar o educando para ser crítico das suas condições e de seus semelhantes, utilizando seu espaço como espaço de luta para um futuro melhor, pautando suas ações por princípios éticos da solidariedade.

• Estimular no educando a prática dos bons hábitos e atitudes através da vivência dos valores éticos, combatendo a violência e a discriminação

• Promover condições para que a integração dos alunos portadores de necessidades, nas salas regulares, conduza ao desenvolvimento de suas aptidões pessoais, por meio de um trabalho coletivo, capacitando-os para viver adequadamente frente aos desafios da sociedade com segurança.

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III. Caracterização da Comunidade Escolar

A sociedade atual é denominada por historiadores e por economistas, ora de sociedade pós-moderna ou pós-industrial, ora de modernidade tardia. As novas tecnologias e avanços científicos produzidos por esta sociedade intervêm nas várias esferas da vida social, provocando mudanças econômicas, sociais, culturais, atingindo também a educação escolar e, consequentemente, as salas de aula.

A noção de gestão democrática da educação sob os direitos políticos é uma conquista atual na história da educação brasileira. Assim, sentimos a necessidade de refletir sobre as políticas que normatizam a educação nacional, nesse momento político neoliberal e de econômica globalizada

No Brasil, a década de 1990, foi um período de grandes transformações estruturais, tanto na economia como na política e, dessa forma, houve a necessidade de se repensar as políticas públicas, bem como, a legislação para uma nova educação. Presente, ainda, neste contexto, tem a globalização e a influência da economia mundial (SOARES, 2003).

Esse período foi marcado pela reestruturação econômica e política nos países em desenvolvimento, o que resultou em significativas modificações na estrutura social brasileira. O neoliberalismo, empunhando a sua bandeira de liberdade, se viu à frente com o seu maior triunfo – a expansão do capitalismo, o grande propulsor da economia e do desenvolvimento tecnológico.

Segundo Oliveira (1997, p.94) é importante salientar no que diz respeito às políticas educacionais:

[...] a Constituição Federal de 1988, ao incorporar a gestão democrática da educação como demanda dos movimentos sociais em seu texto, apontou novas formas de organização e administração do sistema, tendo como objetivo primeiro à universalização do ensino a toda a população. A partir daí, o que se assiste é uma tentativa de interpretação do conteúdo deste dispositivo, o que possibilita que diferentes políticas se efetivem por sob o mesmo manto da gestão democrática.

A relação capital/trabalho derrubou as políticas sociais difundindo as idéias de livre mercado e de igualdade de oportunidades. Dessa forma, a educação assume, nesse período, o papel de difusora dos ideais neoliberais, sujeitando-se ao controle do capitalismo.

Um grande desafio das políticas educacionais desenvolvidas no Brasil, na contemporaneidade, não é atender apenas aos desafios de universalizar o ensino, mas, principalmente, promover uma educação de qualidade que atenda às necessidades de toda a população brasileira.

O Paraná vivencia esses problemas, embora se note um esforço das autoridades estaduais em realizar algumas ações no intuito de organizar a educação paranaense e suas escolas com programas de incentivo aos alunos, professores e comunidades. Um exemplo favorável é a estabilização da situação do magistério com concursos, regulamentação de cargos e carreiras, tanto do professorado quanto dos agentes educacionais I e II em ambiente

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escolar, incentivo aos jovens com programas próprios, disponibilização de recursos tecnológicos (televisores multimídias e pen drives), a presença do livro didático na maioria das escolas e oferta de uma diversidade de modalidades de ensino na tentativa de atingir todos os alunos. Apesar desses avanços, é necessário acelerar a inclusão digital, dar condições de acessibilidade e inclusão aos portadores de necessidades especiais, já que a inclusão desses alunos tem demonstrado um desafio a todos os níveis de ensino e as estatísticas oficiais, os estudos e pesquisas, em sua maioria no Brasil, elucidam acerca da condição desse alunado indicando a carência de reflexões e, sobretudo, políticas públicas que contemplem ações que avancem para uma educação inclusiva. Somando a isso, deve-se priorizar a criação de novas escolas, entre outros.

Perante o exposto, observamos que na cidade em que vivemos - Maringá, as últimas administrações vêm apresentando ações que geram grandes benefícios à população, pois com objetivo de desenvolver um trabalho baseado em princípios norteadores para uma educação pública de qualidade, têm investido através da Secretaria da Educação em propostas pedagógicas e em uma estrutura física adequada para atender a demanda atual. As escolas têm vivenciado um processo de crescimento e evolução, porém, tanto municipais quanto estaduais, apresentam dificuldades para desenvolver um processo contínuo de ensino-aprendizagem, já que persistem lutando contra evasão, repetência, falta de condições materiais, humanas e pedagógicas para efetivar o fazer pedagógico.

No Colégio Branca da Mota Fernandes, encontramos dificuldades para efetivar uma educação inclusiva e democrática. Não se trata de considerá-la como um espaço de segregação e exclusão, de incontestáveis contribuições para a formação intelectual, cultural e política ,contudo intenta ampliar o significado de sua função social e assegurar o direito à educação e à igualdade de oportunidades a todos que venham procurar o colégio, como os alunos com necessidades educacionais especiais. Decorrentes disso, observa-se que houve avanços no intuito de ofertar uma educação de qualidade, no âmbito nacional, estadual, municipal e neste estabelecimento de ensino, proporcionados via SEED objetivando maior conhecimento e melhoria da práxis pedagógica, através dos mecanismos de avaliação da educação básica. No entanto, presenciamos algumas lacunas, que inviabilizam, em nosso contexto escolar, uma prática pedagógica, democrática em que ocorra avanços de qualidade na educação dos alunos e para o exercício da cidadania e preparação para o mundo do trabalho.

1.. GestãoA Gestão que defendemos é a Gestão Democrática e Participativa, uma

necessidade atual para a solução dos problemas, pois estudos comprovam que a participação de todos os envolvidos, torna a escola mais dinâmica, e os resultados são compartilhados por todos que sentem que são úteis e valorizam as decisões tomadas.

Sobre esse assunto diz Heloisa Luck :

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“...estas tendências são alimentadas por uma busca mundial para a participação maior em toda os aspectos do gerenciamento governamental e por um corpo crescente de pesquisa científica que confirma que gestores que ativamente procuram resolver conflitos, promover consenso e envolver participantes nos processos decisórios, conseguem os melhores resultados, seja na escola, seja em qualquer outro tipo de organização social” (Heloisa Luck e outros, 1998:10).

Nesse aspecto, destacamos a função de cada segmento da comunidade e sua participação no processo educativo:

Direção: Tem a função de promover a integração entre os diferentes segmentos, acompanhar os trabalhos pedagógicos.Equipe Pedagógica: Tem a função de trabalhar junto aos Professores, alunos, Direção, Pais, Funcionários, buscando solucionar questões relacionadas à aprendizagem, conflitos, estudos para que o ensino atinja o nível de qualidade pretendidaAgente Educacional I e II:Tem a função de organizar o trabalho burocrático e auxiliar a direção, colaborando no processo pedagógico do Estabelecimento.

2. Instâncias ColegiadasConselho Escolar e APMF: São formados por um representante de cada

segmento. O Conselho Escolar é órgão máximo da instituição; que delibera, fiscaliza, intervém, avalia e é consultado pelos membros da comunidade escolar. A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) têm responsabilidade de fiscalizar e direcionar os recursos vindos do Estado.

3. Avaliação dos segmentos escolares, Instituição e PPPCom relação à avaliação dos docentes, discentes, currículo e aspectos da

escola, seguem-se as orientações da Avaliação Institucional envolvendo todos os setores e comunidade escolar, onde são elaboradas questões de análise e as respostas sintetizadas em gráficos, apontando onde houve superação das dificuldades ou necessidade de ações mais efetivas frente aos problemas levantados.

Quanto ao Projeto Político Pedagógico será avaliado periodicamente conforme as necessidades através de discussão coletiva com a participação de representantes da comunidade escolar, nos diferentes seguimentos de profissionais que compõe a organização educativa do colégio e instâncias colegiadas.

Todos independente da sua função específica, devem colaborar para que o ideal educativo e pedagógico seja efetivado na prática e os valores pretendidos sejam compartilhados por todos,pois somos responsáveis pela educação de qualidade. Assim, o trabalho realizado precisa ser avaliado,

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discutido e refletido no conjunto. Dessa forma pretendemos que toda a comunidade escolar sejam co-autores neste trabalho coletivo.

4. Formação inicial e continuadaO corpo docente do estabelecimento de ensino é composto por

professores graduados, pós-graduados e mestres, atendendo aos requisitos exigidos para ingresso na carreira do magistério.

No que se refere à Formação Continuada, em nosso contexto encontramos algumas dificuldades como:

• Manter um cronograma contínuo de estudos envolvendo reflexões teóricas;

• Relacionar a prática à teoria estudada; • Colocar em prática os preceitos da concepção pedagógica Histórico-

Crítica;• Difundir os conteúdos contemporâneos por meio de atividades que

combatam a violência e outros assuntos de relevância para o ambiente escolar, envolvendo professores, direção, agentes educacionais, alunos e comunidade;

• Encontros e grupos de estudos para a discussão e enfrentamento das dificuldades referente à realidade escolar.

5. Participação da comunidade escolarNeste aspecto, há dificuldades quanto:

• Ao comparecimento efetivo dos pais e/ou responsáveis às reuniões propostas pela escola, para a discussão de diversos temas propostos por professores e equipe pedagógica.

• Acompanhamento constante e sistemático dos pais e/ou responsáveis, no que se refere ao desempenho dos alunos e desenvolvimento das atividades escolares.

6. Trabalho pedagógicoPara o desenvolvimento do fazer pedagógico, entendemos como

dificuldades, tanto por professores, quanto para a equipe pedagógica tais condições:

• Número elevado de alunos por sala de aula;• Falta de recursos materiais e financeiros;• Excesso de burocracia;• Falta de tempo e espaço para discussão, elaboração e execução do

planejamento referente à interdisciplinaridade e para discussões entre professores e equipe pedagógica buscando soluções para um trabalho contínuo referente ao ensino- aprendizagem.

• Ausência de comprometimento do aluno e acompanhamento da família no que diz respeito à frequencia e ao desenvolvimento do trabalho escolar. Conforme dados divulgados no IDEB 2009, observarmos pelas Estatísticas

dos mecanismos avaliativos educacionais (IDEB, Enem), que o estabelecimento

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mostra estar acima da média nos resultados dos testes de avaliação educacional.

7. RecursosNecessidade do aumento do acervo bibliográfico atualizado, de diferentes

temáticas, atendendo ao alunado e professores dos cursos profissionalizantes.Defasagem de recursos humanos no setor pedagógico, agentes

educacionais I e II, para que possam atender as demandas atuais.

8. Acompanhamento e realização da hora atividadeDificuldade na organização do horário que concentre a hora atividade do

professor por área ou disciplina.

IV. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Filosofia da Escola Se olharmos a nossa volta, verificamos que as mudanças são marcantes em nossa sociedade provocadas pelo avanço das tecnologias que

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diminuem as distâncias geográficas e culturais, que moldam comportamentos, desejos, ideais, que facilitam a comunicação entre as pessoas de forma cada vez mais sofisticadas.

Guiada por um sistema econômico neoliberal, onde vigora a competitividade do mercado e se ampliam as desigualdades sociais, o mundo do trabalho também se mostra implacável, exigente, devido às necessidades urgentes provocadas pelo próprio homem, pois se por um lado, as tecnologias informatizadas se tornam cada vez mais potentes no auxílio ao homem, o preparo de pessoas para lidar com as mesmas não acompanha a mesma velocidade.

No mundo do trabalho contemporâneo exige-se um preparo mais dinâmico e múltiplo, para atuar nas situações adversas, na busca de soluções e nas relações humanas que contam com o desenvolvimento das múltiplas competências.

Assim, a escola como instituição do saber, deve também rever sua organização interna, para acompanhar e preparar os jovens para esse mercado sem deixar de lado seu aspecto humanizador.

A concepção pedagógica Histórico-Crítica, defendida por Dermeval Saviani como fundamento do trabalho pedagógico, responde às necessidades atuais para trabalharmos o perfil desse novo homem, preservando sua identidade como ser humano, consciente do seu papel social.

A escola pública tem como função um trabalho conjunto com o compromisso de atender a todos, independentemente de classe social, credo ou cor, de modo que as expectativas da comunidade, tanto pessoais como profissionais, sejam atendidas com qualidade. É necessário dar prioridade à classe trabalhadora, a mesma qualidade de um ensino destinado às elites e para isso todos os envolvidos devem assumir o compromisso permeando todo o processo educativo desde a elaboração dos objetivos até a avaliação.

“O povo precisa da escola para ter acesso ao saber erudito, ao saber sistematizado e, em conseqüência, para expressar de forma elaborada os conteúdos da cultura popular que corresponde aos seus interesses” (SAVIANI, 1983)

Compreendemos a necessidade de valorizar a vivência popular, trazido pelo aluno para que em conjunto e mediado pelo professor, seja elaborado conhecimentos cientificamente produzidos pela humanidade. Utilizando como fio condutor a história e reflexão crítica das dimensões sócio-político-econômico e sua ideologia, buscamos através de metodologias desenvolver um aprendizado significativo, proporcionando aos alunos instrumentos de busca a novos conhecimentos.

Para isso, é necessária uma mudança do agir e pensar do professor quanto à elaboração e produção do saber.

“Elaboração do saber não é sinônimo de produção do saber. A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. Elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização. Daí a importância da escola: se a escola não permite o acesso a esses instrumentos, os trabalhadores ficam bloqueados e impedidos de ascenderem ao nível da elaboração do saber, embora continuem, pela atividade prática real, a contribuir para a produção do saber. O

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saber sistematizado continua a ser propriedade privada a serviço do grupo dominante” (SAVIANI,1983)

Diante da questão posta, é necessária uma mudança de paradigmas, de forma que professores e dirigentes da unidade escolar, tenham um compromisso político de atender com qualidade a todos e desenvolver a competência técnica com encontros e estudos sistematizados para esse trabalho coletivo.

Embora seja um caminho árduo, é necessário um trabalho de formação que transforme a visão de mundo e de homem dos profissionais envolvidos na educação, buscando outros paradigmas que possam servir de parâmetro para as ações educativas.

Defendendo um ensino de qualidade, democrático, de condições para que todos tenham acesso ao conhecimento e de porte deste possam contribuir por um mundo melhor e mais justo.

Concepção de Ensino-Aprendizagem O ser humano é um ser social, seu modo de aprender depende das

relações humanas que se dá na família, amigos, e outras instituições que fazem parte do cotidiano. Como resultado dessas interações, forma opiniões e conceitos que moldam sua visão de mundo direcionando suas ações.

Cultura aqui é vista como um conjunto de saberes e valores elaborados pelos homens. O homem, por sua vez, é um ser capaz de elaborar projetos, transformar a própria realidade e se transformar, produzindo os meios de sua subsistência, conhecimentos e valores

É nesse processo de trocas que ocorre sua cultura e cidadania, o conhecimento das suas responsabilidades bem como a consciência dos seus direitos e deveres para com a sociedade.

A escola como instituição recebe alunos provenientes de vários núcleos sociais, com suas contradições e conflitos. Os professores também possuem sua realidade particular, embora imbuídos de um preparo acadêmico.

Diante dessas realidades diferentes como ensinar, como atingir um objetivo comum de preparar o educando para ser cidadão consciente, com valores que leve em conta o outro, que esteja preparado intelectualmente para responder aos desafios que a sociedade nos impõe-nos vários contextos do mundo do trabalho, é necessário ter clareza de uma linha de ação coerente com a nova visão.

No mundo globalizado, as tecnologias de informação e comunicação ampliam as transformações sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como você constrói o conhecimento. Frente a esse cenário de desenvolvimento tecnológico que vem provocando mudanças nas relações sociais, a educação tem procurado construir novas estratégias pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos tecnológicos, resultando em praticas que promovam o currículo. Os recursos tecnológicos não são os sujeitos das relações dentro do currículo, mas permite que os sujeitos se façam ao possibilitar estas relações.

Segundo a visão histórico-crítica é necessário resgatar a historicidade dos saberes e suas dimensões sócio-político-econômicas e promover uma reflexão

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do que e para que servem os saberes acumulados pela humanidade. O conhecimento é resultado da dialética das relações interpessoais e sendo um processo dinâmico, o trabalho pedagógico precisa acompanhar essa nova visão.

A proposta tem como ponto de partida os conhecimentos adquiridos pela prática social, desencadeando uma reflexão sobre as mesmas, uma busca de suporte teórico que explique a realidade de forma sistematizada e que dê condições de retorno à prática para transformá-la. Exige do professor um preparo frente às questões atuais para fazer o intercâmbio entre os conhecimentos da prática social para os conhecimentos objetivados.

“Esse processo de prática-teoria-prática não é linear, Mas se desenvolve em círculos concêntricos e Crescentes, possibilitando ao aluno a busca contínua de novos conhecimentos e novas práticas. Trata-se de uma concepção metodológica que propõe um equilíbrio entre teoria e prática e os processos indutivo e dedutivo na construção do conhecimento escolar.”(Gasparim, Uma didática para a pedagogia histórico-crítica, p.8)

O aprendizado como um processo social, enfatiza a importância do diálogo e as diversas funções da linguagem na instrução e no desenvolvimento cognitivo imediato. Dessa forma, toda a bagagem trazida e internalizada pelo educando precisam ser levada em conta para que, por meio de um trabalho sistematizado de conteúdos significativos, compartilhado entre alunos e professores, busque uma construção coletiva do conhecimento, proporcionando um ensino de real qualidade, independente de sua situação econômica, social, física ou intelectual.

Também, cabe destacar o trabalho diferenciado junto aos alunos portadores de necessidades especiais de modo a integrá-los ao meio, proporcionando um conhecimento que dê condições de atuarem com segurança ampliando seu espaço de participação na sociedade e assegurando seus direitos de cidadãos.

Encaminhamento MetodológicoDe acordo com a proposta de Dermeval Saviani, a pedagogia histórico-

crítica envolve os seguintes passos: prática social, onde se faz uma relação entre o conteúdo e a vida cotidiana do educando, objetivando mobilizá-lo para a aprendizagem. O segundo passo é a problematização que se traduz num desafio, para levar o aluno a buscar os conhecimentos sistematizados, criando-se situações que estimulem o raciocínio, discutindo os problemas presentes na prática social, relacionados ao conteúdo em questão. O terceiro passo é a instrumentalização que se traduz na condução de estruturação do conhecimento, de forma que haja uma construção conceitual num grau mais elevado. O quarto passo é a catarse, síntese realizada pelo aluno onde evidencie o quanto se aproximou da solução dos problemas levantados, se tornando fonte de novas questões.

Para esse trabalho, o professor precisa de um preparo teórico que desenvolva sua visão epistemológica de construção do conhecimento, pois só assim buscará organizar seu trabalho de forma coerente com as propostas

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pedagógicas, atendendo as diferenças individuais, proporcionando a integração entre os alunos e respeitando a diversidade da comunidade escolar.

Embora os professores tenham uma metodologia sistematizada na mediação da aprendizagem, o que se busca aqui é ter uma postura coerente da concepção adotada, assim, teoria e prática terão significado.

Concepção de AvaliaçãoA avaliação em nosso Estabelecimento envolve o registro de notas

trimestrais, cuja média mínima é 60 (sessenta). Assim, deve ser vista como parte de um processo no desenvolvimento do aluno ao longo de seu tempo escolar que paulatinamente, dentro das condições adequadas, vai atingindo os objetivos finais estabelecidos pelo Estabelecimento e pela própria Educação.

Os alunos se desenvolvem em ritmos diferentes e nem sempre respondem igualmente aos estímulos proporcionados pelos professores. É importante que, nesse processo a qualidade prepondere à quantidade e o professor faça observações, promova situações diversas em que o aluno possa evidenciar o avanço de seu conhecimento, dentro de critérios cuidadosamente selecionados e registre o desempenho conseguido pelo aluno.

Os instrumentos de aferição deverão ser variados, realizando de maneira formal e informal, onde o aluno demonstre o que apreendeu dos conteúdos. Dessa forma, o professor poderá verificar a adequação de sua metodologia à compreensão dos alunos, voltando ao assunto com novas abordagens, quando verificado o insucesso da aprendizagem. De acordo com a concepção adotada na instituição, a avaliação está relacionada ao processo da aprendizagem, que deve ser “intencional”.

“Para se ter certeza de que o conteúdo foi aprendido, o professor deve procurar identificar se o aluno sabe como aplicá-lo corretamente em várias situações sociais concretas [...] é preciso que se definam os instrumentos de avaliação mais adequados conforme o conteúdo trabalhado, a metodologia utilizada, e as diversas dimensões propostas na problematização” (Gasparim, “Uma Didática para a Proposta Histórico-Crítica”, p 136).

O professor deve ter clareza dos objetivos a que se quer chegar e compreender que a aprendizagem de um conteúdo deve ser vista em função de uma necessidade social, de uma transformação social. Espera-se que o professor partilhe com os alunos o que está avaliando e o que espera deles, levando-os a se conscientizarem do caminho que percorreram e o que deve ainda desenvolver para conseguir a autonomia desejada, tornando-os sujeitos de sua história, com a posse do saber.

5. AprendizagemA aprendizagem e a construção do conhecimento são processos naturais

e espontâneos do ser humano que desde seu nascimento, manifesta garantindo assim a sua sobrevivência.

A aprendizagem escolar é o resultado de uma complexa atividade mental, na qual o pensamento, a percepção, as emoções, a memória, a motricidade e

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os conhecimentos prévios estão envolvidos e pelos quais o ser humano sente prazer em aprender.

As maiores dificuldades encontradas relativas à aprendizagem refere-se a produção textual, quanto à coesão e coerência; a articulação coerente das idéias; na leitura, compreensão e interpretação em diferentes contextos e áreas do conhecimento. Desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, falta do cumprimento de regras e normas de convivência.

Diante do diagnóstico onde são apontados vários problemas que precisam ser superados, há uma necessidade de um trabalho coletivo em busca de soluções. Para isso serão realizadas reuniões com os setores e uma sistematização as ações destacadas no Plano de Ação. De acordo com a proposta histórico-crítico, o acompanhamento de planejamento será realizado de acordo com a hora atividade do professor, buscando atender as dúvidas e propor soluções que auxiliem no trabalho em sala de aula. Serão realizadas duas reuniões de avaliação da proposta pedagógica, do plano de trabalho docente, no primeiro e segundo semestre, envolvendo toda a comunidade escolar, órgãos colegiados e demais setores envolvidos. Ainda serão organizadas palestras, de assuntos referente e complementares à proposta curricular, que atenda as necessidades, os desafios contemporâneo e as diversidades culturais, além das programadas por outros órgãos que vierem de encontro aos objetivos almejados pelo estabelecimento. Com o Grêmio Estudantil serão feitas reuniões bimestrais com os alunos para organização do Grêmio Estudantil e acompanhamento das atividades propostas mantendo abertura ao diálogo bem como de sua participação nas decisões que se fizerem necessárias como representantes dos alunos. O Conselho de Classe, órgão colegiado composto pelo colegiado da escola: Professores, Equipe Pedagógica e Direção que possibilita a análise do rendimento dos alunos, dos problemas relacionados ao processo ensino aprendizagem, buscando propostas de melhoria das necessidades encontradas pelos alunos. O conselho de classe é soberano sobre a promoção e reprovação do aluno, levando em consideração o seu desenvolvimento. As reuniões de Conselho de Classe serão feitas trimestralmente e/ou bimestralmente conforme a matriz do curso, com momentos de reflexão do trabalho realizado pelo professor e o resultado obtido pelos alunos. Nesse aspecto serão analisados se os objetivos propostos foram alcançados e sugestões de trabalho para melhoria de determinadas turmas. As datas previstas constam no calendário em anexo. Com relação à avaliação dos docentes, discentes, currículo e aspectos da escola, seguem-se as orientações da Avaliação Institucional envolvendo todos os setores e comunidade escolar, onde são elaboradas questões de análise e as respostas sintetizadas em gráficos, apontando onde houve superação das dificuldades ou necessidade de ações mais efetivas frente aos problemas levantados. Em relação à Formação Continuada de Professores e Funcionários, além dos Grupos de Estudos organizados pela SEED, serão aproveitadas as horas atividades dos professores para organizar grupos para estudo e reflexão a

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respeito da Teoria Histórico-Crítica, no intuito de melhor compreender a prática pedagógica, procurando em conjunto novas propostas de ação de trabalho. O trabalho com Agentes Educacionais I e II, serão organizados com grupos que possam ler e refletir sobre temas de interesse, relacionados ao conceito de ensino e educação escolar, de forma que possam compreender seu papel de educador na formação para cidadania e programar ações de trabalho educativo. O Conselho Escolar, órgão colegiado que se articula entre os segmentos da comunidade escolar e a escola. É um órgão constituído pela Direção e um representante de cada segmento escolar: alunos, pais, professores (de cada nível escolar) além de cada setor como Agente Educacional I e II e Equipe Técnica Pedagógica. Tem a função de tomar decisões nos assuntos relacionados ao trabalho escolar. Serão feitas reuniões para decisões que se fizerem necessárias envolvendo a participação dos representantes de cada instância que compõem o Conselho onde possam expressar suas opiniões a respeito do assunto tratado envolvendo o trabalho escolar. A APMF, órgão colegiado formado por Pais, Professores e Agentes Educacionais I e II que participam nas tomadas de decisões e administração de recursos e do trabalho escolar, atuando junto à Direção. Serão feitas reuniões sempre que necessário que envolva os Pais, Professores e Agentes Educacionais I e II para tomadas de decisões referentes ao trabalho escolar, bem como acompanhar o trabalho organizado e planejado pela Diretoria da Associação, tendo também autonomia para ações de caráter cultural envolvendo a comunidade escolar. O colégio desenvolverá atividades complementares sobre diversidade cultural e desafios contemporâneos, a partir do plano curricular de todas as áreas do conhecimento, que poderão culminar em apresentações aberta a comunidade. Ainda serão feitas reuniões periódicas com os setores para reavaliação do andamento do trabalho pedagógico prevista em calendário e com pais para acompanhamento dos filhos no processo educativo conforme necessidadeA Ficha de Comunicação do Aluno Ausente - FICA é um dos instrumentos colocados à disposição da escola e da sociedade, para a sistematização de ações de combate à evasão escolar. O principal agente desse processo é o professor, na medida em que, constatada a ausência, comunicará o fato à equipe pedagógica da escola, que entrará em contato com a família. Esta é uma ação permanente durante o ano letivo. O Bullying manifesta-se como indisciplina e atos de violência no ambiente escolar. Durante todo ano letivo, a comunidade escolar realizará estudos sobre assunto, por meio de reuniões junto à comunidade educativa, contemplando palestras, debates e integração. O trabalho será desenvolvido pela equipe pedagógica e diretiva, professores e família. Periodicamente e sempre que necessário, a escola, representada pela equipe pedagógica, direção e professores, convocará a família para reuniões ou atendimentos individuais para tratar de assuntos relevantes a vida escolar dos alunos. A Patrulha Escolar Comunitária visa assessorar os estabelecimentos de ensino para restabelecer e manter a ordem e a segurança. Realizando trabalho

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de assessoramento por meio de palestras e visitas periódicas em parceria com a equipe diretiva e pedagógica, na busca de soluções para os problemas de segurança encontrados no meio escolar. Durante o ano letivo, os temas contemporâneos devem permear todas as disciplinas, com maior aprofundamento nos conteúdos afins, sendo contemplados no Plano de Trabalho Docente. Cabe ao professor a produção de materiais sobre o assunto, com a orientação e acompanhamento da equipe pedagógica.

O Conselho de Classe é um órgão colegiado formado pelos Professores, Equipe Pedagógica e Direção que possibilita a análise do rendimento dos alunos, dos problemas relacionados ao processo ensino aprendizagem, buscando propostas de melhoria das necessidades encontradas pelos alunos.

As reuniões de Conselho de Classe serão feitas trimestralmente e/ou bimestralmente conforme a matriz do curso, com momentos de reflexão do trabalho realizado pelo professor e o resultado obtido pelos alunos. Nesse aspecto serão analisados se os objetivos propostos foram alcançados e sugestões de trabalho para melhoria de determinadas turmas. As datas previstas constam no calendário em anexo.

Conselho Escolar é um órgão colegiado que se articula entre os segmentos da comunidade escolar e a escola. É um órgão constituído pela Direção e um representante de cada segmento escolar: alunos, pais, professores (de cada nível escolar) além de cada setor como Agente Educacional I e II e Equipe Técnica Pedagógica. Tem a função de tomar decisões nos assuntos relacionados ao trabalho escolar.

Serão feitas reuniões para decisões que se fizerem necessárias envolvendo a participação dos representantes de cada instância que compõem o Conselho onde possam expressar suas opiniões a respeito do assunto tratado envolvendo o trabalho escolar.

A APMF é um órgão colegiado formado por Pais, Professores e Agentes Educacionais I e II que participam nas tomadas de decisões e administração de recursos e do trabalho escolar, atuando junto à Direção.

Serão feitas reuniões sempre que necessário que envolva os Pais, Professores e Agentes Educacionais I e II para tomadas de decisões referentes ao trabalho escolar, bem como acompanhar o trabalho organizado e planejado pela Diretoria da Associação, tendo também autonomia para ações de caráter cultural envolvendo a comunidade escolar.

Serão desenvolvidas atividades complementares sobre diversidade cultural e desafios contemporâneos, a partir do plano curricular de todas as áreas do conhecimento, que poderão culminar em apresentações aberta a comunidade.

Serão feitas reuniões periódicas com os setores para reavaliação do andamento do trabalho pedagógico prevista em calendário e com pais para acompanhamento dos filhos no processo educativo conforme necessidade.

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V. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

A avaliação do aproveitamento escolar deve ser entendida como um dos componentes do ensino, através do qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem, como também do seu próprio trabalho. Sendo mensurado por meio de notas, sendo (6,0) seis, a média mínima para aprovação/promoção, devendo preponderar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, ou seja, o que o aluno atingiu de acordo com os objetivos propostos em cada disciplina ou área e não sobre o número de instrumentos utilizados ou valores conseguidos.

Também os resultados obtidos durante o ano letivo, deverão preponderar sobre os resultados finais, levando-se em conta os progressos conseguidos com referência a atividade crítica, não dando tanta ênfase à simples memorização. A avaliação deve ser diagnóstica, com referência ao trabalho do professor e dos alunos, num processo contínuo e cumulativo sempre em busca da melhor forma que atinja os objetivos propostos.

O processo de avaliação deve preservar as especificidades de cada disciplina, num trabalho interdisciplinar contextualizado, incluindo os desafios contemporâneos, oportunizando ao aluno um, a participação consciente e crítica com relação ao seu desempenho.

A avaliação deve ser também participativa envolvendo professor e alunos, pois os resultados constituirão pontos referenciais para detectar as dificuldades tanto da parte do professor, como do aluno, exigindo novas posturas por parte de ambos para a melhoria do aproveitamento.

Os instrumentos a serem utilizados para a avaliação deverão ser variados e constituídos por atividades em que se verifique a habilidade da oralidade e da escrita em diversas situações que coloque em evidência a criatividade e capacidade de síntese e crítica, em trabalhos individuais e coletivos, debates, seminários, artísticos, teatrais, entre outros, o uso das tecnologias atuais.

A recuperação deve ser ofertada aos alunos que não obtiveram aproveitamento suficiente, sendo obrigatório por parte do estabelecimento, contínua e paralela ao período letivo dentro dos prazos bimestrais para os cursos semestrais e trimestrais para os cursos anuais, para fins e registro em documento próprio da secretaria.

O aluno deverá ser submetido a novas oportunidades de recuperação com instrumentos diversificados descritos no projeto pedagógico em que tenha condições de expressar suas habilidades, depois de retomada dos conteúdos visando suprir suas dificuldades. A recuperação se impõe como parte integrante do processo ensino- aprendizagem, não pode ser vista como um momento à parte e sim como parte do processo.

Na recuperação o resultado obtido não deve ser incorporado ao resultado anterior para fins de cálculo, uma vez que o nosso sistema utiliza notas de zero a 100 (cem), mas dar-se-á ênfase ao valor maior que representa a apreensão dos conhecimentos objetivados, que estava em defasagem.

Além do sentido pedagógico há de se levar em consideração o sentido ético da recuperação quando faz justiça ao aluno oferecendo-lhe oportunidade

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de recuperar as falhas das quais nem sempre lhe cabe a responsabilidade, pois, às vezes, estas falhas tem origem no seu sentido econômico, quando possibilita a correção de seletividade de seres humanos na redução da taxa da repetência que onera o sistema sem oferecer, do ponto de vista pedagógico, compensação positiva. No sentido social, quando incentiva o aluno menos capaz a permanecer na escola, reduzindo a evasão escolar.

A classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota, segundo critérios próprios, para posicionar o aluno na série com o seu desempenho e experiências adquiridas por meios formais e informais. A classificação de estudos é avaliação conferida pelo Estabelecimento de ensino, mediante cotejo dos dois currículos: que vigora no estabelecimento e o que o aluno traz.

Esta classificação de estudos será exigida sempre que o novo currículo a ser desenvolvido pelo aluno, no Estabelecimento de destino, seja diferente do cursado no Estabelecimento de origem. Em nenhum processo de classificação poderá ser dispensada ou substituída qualquer disciplina da Base Comum.

A comissão formada pelos docentes, técnicos e direção, farão uma análise diagnóstica do seu conhecimento. Após esta avaliação será elaborado um Plano para o desenvolvimento do seu conhecimento e habilidades que irá detectar a série para o prosseguimento dos seus estudos. A classificação e reclassificação de estudos estão disciplinadas no Regimento Escolar.

A partir de 2010 não será mais ofertado o regime de progressão parcial neste estabelecimento, entretanto assegura-se a oferta a essa forma de progressão para aqueles que já tenham esse direito adquirido, neste ou em outro estabelecimento.

A adaptação de estudos é o conjunto de atividades didáticas e pedagógicas desenvolvidos, sem prejuízo das atividades normais da série ou período, em que o aluno se matricula para que possa seguir com proveito o novo currículo. Será feita pela base nacional comum, realizada durante os períodos letivos ou entre eles observando-se os critérios de avaliação.

O Estabelecimento é responsável em verificar o currículo do aluno e especificar as adaptações a que estará sujeito.

A adaptação será feita mediante os casos específicos, complementação de estudos, onde o aluno apresentar defasagem de alguma disciplina do Núcleo Comum e de uma Língua Estrangeira Moderna. Neste caso o aluno fará a adaptação através de trabalhos escritos e avaliações, não havendo necessidade da frequência.

Para aprovação nas devidas Adaptações o aluno deverá cumprir os critérios estabelecidos por este Estabelecimento e pela lei que o ampara. As atividades serão acompanhadas pelo pedagogo e pelo Professor da disciplina da Adaptação.

Os alunos de revalidação e equivalência de estudos incompletos cursados no exterior e equivalente ao Ensino Fundamental e Médio acontecerão no Estabelecimento de acordo com as orientações do MEC. Depois de completados os estudos e entregues os trabalhos, a avaliação será feita pelo pedagogo e pelo professor da disciplina de revalidação, lavrada a ata específica e expedido o competente certificado de conclusão.

O processo de Regularização da vida escolar será de responsabilidade do Diretor do Estabelecimento, sob a supervisão do Núcleo Regional de Educação

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e será feita através de exames especiais realizados no Estabelecimento de Ensino sob a supervisão do NRE. Em caso de insucesso, o aluno poderá requerer nova oportunidade, decorridos no mínimo 60 dias a partir da publicação dos resultados. Após avaliação será lavrado ata específica e expedido o competente certificado de conclusão.

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VI – PLANO DE ENSINO ESPECIAL

1. Caracterização e Estrutura da Educação Especial

1.1 HistóricoProgredimos lentamente, desde a época espartana quando matavam os

bebês deficientes ou “deformados”.Historicamente podemos reconhecer quatro estágios de desenvolvimento

das atitudes em relação às crianças com necessidades educacionais especiais. Primeiramente, na era pré-cristã, tendia-se a negligenciar e a maltratar os deficientes. Num segundo estágio com a difusão do cristianismo, passou-se a protegê-los e a compadecer-se deles. Num terceiro período, nos séculos XVIII e XIX, foram fundadas instituições para oferecer-lhes uma educação à parte. A Educação Especial na sua forma institucionalizada surgiu no século XVIII, com a criação de instituições para cegos e surdos em Paris (França). Seu objetivo era oferecer escolarização a estas crianças, que não podiam usufruir de processos de aprendizagem nas escolas comuns.

No Brasil, a Educação Especial começou no séc. XIX, com a criação do Instituto dos Meninos Cegos (hoje Benjamim Constant) e do Instituto dos Surdos-Mudos (hoje, Instituto de Educação de Surdos), ambos no Rio de Janeiro, por iniciativa do governo imperial.

Neste estabelecimento, o Ensino Especial teve início em 1980, com a criação da primeira Classe Especial da área mental, com a resolução nº 1147/80 de 29/05/80. A partir de 2001 a Classe Especial teve a sua cessação com a Resolução nº 1666/03. Finalmente, na última parte do século XX, observa-se um movimento que tende a aceitar as pessoas deficientes e a integrá-las, tanto quanto possível.

Atualmente contamos com uma sala de Recursos de 5ª à 8ª séries (Res. Nº 2534/04) e um Centro de Atendimento Especializado na Área Visual (Res. Nº 1889/89 de 11/07/89). O desafio da inclusão escolar tem como nova perspectiva, uma forma de repensar e reestruturar políticas e estratégias educativas, de maneira a não apenas criar oportunidades efetivas de acesso para crianças e adolescentes com necessidades especiais, mas, sobretudo, garantir condições indispensáveis para que possam manter-se na escola e aprender.

É necessário valorizar a aprendizagem se trabalhar não só as dificuldades mas também as potencialidades garantindo os direitos num trabalho integrado da família-aluno-escola-sociedade.

1.2 LegislaçãoA Constituição Federal de 1988 (Art. 208, inciso III) e Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96 – Cap. V), estabelecem que a Educação seja “direito de todos” preferencialmente na rede regular de ensino.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em seu artigo 58, define a Educação Especial como “a modalidade de Educação Escolar oferecida preferencialmente na rede regular ensino, para educandos portadores de necessidades educacionais especiais”.Em seu artigo 59, assegura currículos, métodos, técnicas, recursos educativos, organização específica, terminalidade,

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professores especializados, a profissionalização e o acesso igualitário a programas sociais.

A Resolução nº 02/01 do Conselho Nacional de Educação institui as diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.

O Parecer nº 17/01 do CNE (Conselho Nacional de Educação) que organiza os Sistemas de Ensino e a Formação do professor.

A Deliberação nº 02/03 do Conselho Estadual de Educação, fixa as normas para a Educação Especial no Sistema de Ensino do Estado do Paraná.

Desta forma, a Secretaria de Estado da Educação e o Departamento de Educação Especial estabeleceram os critérios para o funcionamento do Centro de Atendimento Especializado (Instrução nº 02/04), da Classe Especial (Instrução nº 03/04), da Sala de Recursos de 5ª à 8ª série (Instrução nº 015/08 - SUED/SEED) e no Estado do Paraná - Deliberação 2008.

1.3 AlunadoO Colégio oferece os seguintes serviços e apoio:

• 1 Sala de recursos de 5ª à 8ª série.• 1 Centro de Atendimento Especializado na área Visual (CAE-DV, para

alunos com baixa visão).A oferta de serviços e apoios especializados na Educação Especial destina-se

ao alunado que apresenta necessidades educacionais especiais, caracterizando os grupos:

• Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento;

• Dificuldades de comunicação e sinalização demandando a utilização de outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis

1.4 Capacidade da EscolaO Ensino para alunos com necessidades especiais conta atualmente com

dois turnos: manhã e tarde.

1.5 Fundamentação Teórica e PrincípiosA Educação Especial permeia todos os níveis e modalidades de ensino,

assegurando a todos os alunos educação de qualidade, oferecendo oportunidades de acesso e terminalidade acadêmica. Viabiliza a todos os alunos indiscriminadamente, o acesso à aprendizagem, ao conhecimento e ao conjunto de experiências disponibilizadas pelo ambiente educacional, apesar das necessidades diferenciadas que possam apresentar.

Os serviços educacionais especiais, embora diferenciados, não podem desenvolver-se isoladamente, mas devem fazer parte de uma estratégia global de educação e visar suas finalidades gerais. O êxito da integração escolar depende, entre outros fatores, da eficiência no atendimento à diversidade da população estudantil. O processo de inclusão é gradual, interativo, e culturalmente necessário, requerendo a participação de todos, inclusive do próprio aluno, na construção do ambiente escolar, na formação do cidadão crítico, participativo, criativo.

A Educação Especial requer fundamentação nos seguintes princípios:

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• a preservação da dignidade humana, isto é, toda pessoa é digna e merecedora de respeito de seus semelhantes e tem o direito a boas condições de vida e à oportunidade de realizar seus projetos;

• a busca de identidade, isto é, têm o direito de constituir uma identidade própria e do reconhecimento da identidade do outro, com respeito às diferenças, assegurando oportunidades iguais e/ ou diferenciadas na busca do acesso à educação;

• o exercício da cidadania, isto é, ter o direito e acesso ao conhecimento socialmente elaborado e reconhecido para pleno exercício da cidadania.

Para enfrentar as desigualdades sociais, promover a autonomia, a emancipação, o espírito crítico, é necessário viabilizar a articulação entre as propostas curriculares educacionais e a realidade social e assim atender à diversidade de alunos com vistas à inclusão de todos no processo de ensino e aprendizagem.

1.6 JustificativaA Educação Especial é a parte da Educação Geral. Diferencia-se desta, pelos

métodos, técnicas e procedimentos empregados pelos professores especializados e também pelo detalhamento dos currículos comuns de ensino. Baseia-se nas necessidades de proporcionar a igualdade de oportunidades mediante diversificação de serviços educacionais de modo a atender às diferenças individuais do aluno.

O respeito à diversidade efetiva-se no respeito às diferenças onde há necessidade de garantir o acesso e a participação de todos, reconhecendo as peculiaridades e propiciando condições diferenciadas que viabilizem o processo educativo para construção de contextos educacionais e sociais inclusivos.

A política de inclusão no Estado do Paraná busca resgatar valores humanos de solidariedade, de colaboração e, sobretudo, de assegurar o direito de acesso e participação plena nas relações sociais.

Sob essa perspectiva deve residir o compromisso da escola com todos e para todos, atendendo o conjunto de características e necessidades de todos os cidadãos, inclusive daqueles que apresentam necessidades educacionais especiais.

1.7 Objetivos GeraisA Educação Especial é uma modalidade de educação escolar que permeia

todos os níveis de Ensino. Os serviços educacionais especiais, embora diferenciados, não podem desenvolver-se isoladamente. Ela tem ação em todos os níveis de ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Superior, bem como as demais modalidades: Educação de Jovens e Adultos, Educação Profissional, além de prestar atendimento à comunidade, quando requerido.

1.8 MetodologiaA metodologia do Ensino Especial visa atender principalmente às diferenças

individuais e seu ritmo próprio no processo ensino-aprendizagem, proporcionando

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ensino diferenciado através da flexibilização e adaptação curricular de grande, médio e pequeno porte e planejamentos específicos.

Pensando na perspectiva de um atendimento de qualidade a todos os alunos, devemos organizar um trabalho cooperativo de atividades, adotando técnicas e métodos específicos para cada aluno, eliminando conteúdos que restringem sua ativa e real participação, substituindo métodos e técnicas para que sejam acessíveis e significativas.

A diversidade requer medidas de flexibilização e adaptação (dinamização) curricular para efetivamente atender às necessidades educacionais especiais dos que apresentam deficiência(s), altas habilidades, condutas típicas de síndromes ou que venham apresentar condições pessoais especiais.

1.9 AvaliaçãoToda avaliação deve estar vinculada ao processo ensino-aprendizagem, onde

o déficit também faz parte do processo e irá ser o subsídio para reformulação e realimentação do planejamento em curso.

As avaliações serão específicas para cada modalidade de atendimento em consonância com o plano docente das diversas áreas de conhecimento, respeitando a individualidade e necessidade de cada aluno.

A decisão sobre a promoção ou retenção do aluno envolve o mesmo grupo responsável pela elaboração do currículo do aluno e suas adaptações curriculares.

2. Sala de Recursos 5ª à 8ª Série

2.1 DefiniçãoSala de Recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que

apóia e complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries.

2.2 AlunadoAlunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental de 5ª à 8ª séries,

egressos da Educação Especial ou aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, Distúrbios da Aprendizagem, Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos e que necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na Classe Comum.

2.3 Ingresso O aluno deve ser de:

• egresso de Escola Especial ou de Classe Especial, com avaliação no Contexto Escolar, realizada por equipe multiprofissional;

• da classe comum, com atraso acadêmico significativo decorrente da Deficiência Intelectual, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe multiprofissional;

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• da classe comum, com Transtornos Funcionais Específicos, com Avaliação no Contexto Escolar, realizada por equipe multiprofissional.

2.4 Da Avaliação de Ingresso na Sala de Recursos • A avaliação de ingresso na Sala de Recursos deverá ser realizada no contexto

do ensino regular pelos professores da classe comum, professor especializado, pedagogo da escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional externa – (Universidades, Faculdades, Escolas Especiais, Secretarias Municipais da Saúde, através do estabelecimento de parcerias, entre outros) da equipe da Secretaria Municipal de Educação e do Núcleo Regional de Educação, devidamente orientada pela SEED/DEEIN.

• O processo de avaliação deverá ser orientado e vistado pela equipe de Educação Especial do Núcleo Regional de Educação.

• O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com indicativos de Deficiência Intelectual, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outros e das áreas do desenvolvimento considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e concentuais, acrescida do parecer psicológico.

• O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (Distúrbios de Aprendizagem – dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia), deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescida de parecer psicológico e complementada com parecer fonoaudiológico e/ou de especialista em psicopedagogia e/ou de outros que se fizerem necessários.

• O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (transtorno de atenção e hiperatividade), deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescido de parecer psiquiátrico e/ou neurológico e complementada com parecer psicológico.

• Os resultados pertinentes à avaliação realizada no contexto escolar, deverão ser registrados em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção para o plano de trabalho individualizado e/ou coletivo, bem como demais encaminhamentos que se fizerem necessários, devidamente datado e assinado por todos os profissionais que participaram do processo.

• Todo o trabalho realizado durante a avaliação no contexto escolar, descrito no Relatório, deverá ser sintetizado em ficha “Síntese - Avaliação Pedagógica no Contexto Escolar e Complementar”, devidamente datada e assinada por todos os profissionais que participaram do processo (ANEXO 1).

• Quando o aluno da Sala de Recursos freqüentar a classe comum em outro estabelecimento deverá apresentar declaração de matrícula e relatório de avaliação realizada no contexto escolar por equipe multiprofissional, conforme as orientações da SEED/SEDUC.

• O aluno egresso de escola de Educação Especial ou Classe Especial deverá apresentar o último Relatório Semestral da Avaliação, indicando a continuidade do atendimento de Apoio Especializado e cópia do Relatório de

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Avaliação realizada no contexto escolar por equipe multiprofissional, conforme as orientações da SEED.

2.5 Organização • O horário de atendimento na Sala de Recursos deverá ser em período

contrário ao que o aluno está matriculado e frequentando a classe comum. • O aluno da Sala de Recursos deverá ser trabalhado de forma individualizada

ou em grupos e, o tempo de trabalho coletivo não deverá exceder o tempo do trabalho individual.

• Os atendimentos realizados em grupos deverão ser organizados por faixa etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas.

• Na Sala de Recursos, o número máximo é de 20 (vinte) alunos com atendimento por cronograma.

• O cronograma para o atendimento do aluno deverá ser elaborado pelo professor da Sala de Recursos juntamente com o pedagogo da escola e, quando se fizer necessário, com o professor da classe comum.

• O cronograma de atendimento deverá ser organizado quanto ao: número de atendimento pedagógico, podendo ser de 2 (duas) a 4

(quatro) vezes por semana, não ultrapassando 2 (duas) horas diárias; contato periódico com os professores da classe comum, para

acompanhar o desenvolvimento do aluno, conforme disposto no item 5.4, alínea “a”;

trabalho pedagógico na classe comum, conforme disposto nas orientações legais;

processo de avaliação no contexto escolar, conforme disposto nas orientações legais;

• O cronograma de atendimento é flexível, devendo ser reorganizado, sempre que necessário, de acordo com o desenvolvimento e necessidades dos alunos, com anuência da equipe pedagógica da escola.

• O cronograma de atendimento deverá considerar a hora atividade do professor, de acordo com a legislação vigente.

• O horário de funcionamento da Sala de Recursos deverá ser o mesmo da escola.

• O professor da Sala de Recursos deverá participar das atividades previstas no Calendário Escolar, especialmente Conselho de Classe.

• O professor da Sala de Recursos deverá organizar o controle de frequência dos alunos em Livro de Registro de Classe próprio.

• Cabe à escola, que mantém a Sala de Recursos, a responsabilidade de manter a documentação do aluno atualizada.

• Na Pasta Individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe comum, deverá conter os Relatórios de Avaliação no Contexto Escolar e ficha “Síntese – Avaliação Pedagógica no Contexto escolar e Complementar” e Relatório de Acompanhamento Semestral, em formulário próprio.

• Quando o aluno frequentar a Sala de Recursos em escola diferente ao da classe comum, esta também deverá manter na Pasta Individual a documentação citada no item anterior, vistada pela equipe pedagógica de ambas as escolas.

• No Histórico Escolar não deverá constar que o aluno frequentou Sala de Recursos.

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2.6 Recursos

2.6.1 Humanos Para atuar na Sala de Recursos o professor, conforme Del. Nº 02/03 – CEE,

art. Nº 33 e 34, deverá ter: • Especialização em cursos de Pós-Graduação em Educação ou; • Licenciatura Plena com habilitação em Educação Especial ou; • Habilitação específica em nível Médio, na extinta modalidade de Estudos

Adicionais e atualmente na modalidade Normal. Equipe Pedagógica habilitada ou Especializada (Deliberação 02/03 – CEE, art.

11, inciso II) e/ou em Formação Profissional Continuada por meio da oferta de cursos que contemplem conteúdos referentes à área de Educação Especial.

2.6.2 Recursos Materiais• Espaço Físico: tamanho adequado, localização, salubridade, iluminação e

ventilação de acordo com os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT 9050/ 1994).

• Materiais pedagógicos: a escola, por intermédio de sua mantenedora, preverá e proverá para a Sala de Recursos materiais pedagógicos específicos, adequados às peculiaridades dos alunos, para permitir-lhes o acesso ao currículo.

2.7 Aspectos Pedagógicos • O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos, deve constituir um

conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivo, motor, sócio- afetivo emocional, necessários para apropriação e produção de conhecimentos.

• O professor da Sala de Recursos deve elaborar o planejamento pedagógico individual, com metodologia e estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a atender as intervenções pedagógicas sugeridas na avaliação de ingresso e/ou relatório semestral.

• O planejamento pedagógico deve ser organizado e, sempre que necessário reorganizado, de acordo com:

os interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno;

as áreas de desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-afetivo emocional) de forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem.

• A complementação do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor, na Sala de Recursos dar-se-á através de:

orientação aos professores da classe comum, juntamente com a equipe pedagógica, nas adaptações curriculares, avaliação e metodologias que serão utilizadas no ensino regular, em atendimento aos alunos com Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos;

apoio individual ao aluno com Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos, na sala de aula comum, com

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ênfase à complementação do trabalho do professor da classe comum;

participação na avaliação no contexto escolar dos alunos com indicativos de Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.

• O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deve ser confundido com reforço escolar ou repetição de conteúdos programáticos da classe comum. - O professor deve registrar sistematicamente, todos os avanços e dificuldades do aluno, conforme planejamento pedagógico individual.

• O aluno freqüentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum.

2.8 Acompanhamento• O acompanhamento pedagógico do aluno deverá ser registrado em relatório

semestral, elaborado pelo professor da sala de recursos, juntamente com a equipe técnico-pedagógica e, sempre que possível, ou se fizer necessário, com o apoio dos professores da Classe Comum.

• O relatório pedagógico semestral terá formulário próprio, expedido pela SEED, sendo registrados qualitativamente os avanços acadêmicos, podendo ser complementado com dados que se fizerem necessários.

• A cópia do relatório semestral deverá se arquivado na pasta individual do aluno.

• Semestralmente deverá ocorrer acompanhamento da prática docente e reavaliação periódica dos processos de intervenção educativa, proposto para cada aluno, pela equipe técnico-pedagógica da escola e NREs ou SMEs, com a finalidade de realizar ajustes ou modificações no processo de ensino e de aprendizagem.

• O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na Classe Comum.

• Quando o aluno não necessitar do Serviço de Apoio Especializado – Sala de Recursos, o desligamento deverá ser formalizado por meio de relatório pedagógico elaborado pelo professor da Sala de Recursos, juntamente com a equipe técnico-pedagógica,e, sempre que possível ou se fizer necessário, com o apoio dos professores da Classe Comum, o qual deverá ser arquivado na pasta individual do aluno.

2.9 TransferênciaNa documentação de transferência do aluno para outra escola, além dos

documentos da Classe Comum, deverão ser acrescentada cópia do relatório da avaliação pedagógica no contexto escolar e cópia do último relatório de acompanhamento semestral.

2.10 Autorização/ Renovação de Autorização/ Ampliação de Carga Horária e CessaçãoA Sala de Recursos poderá funcionar em Estabelecimentos de Ensino Regular

(públicos ou particulares) no Ensino Fundamental de 5ª à 8ª séries, devidamente autorizada pela Secretaria de Estado da Educação, de acordo com a documentação exigida pela Coordenação de Estrutura e Funcionamento/ SEED e verificação

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adicional (autorização de funcionamento) ou verificação periódica (renovação de autorização de funcionamento) do Núcleo Regional de Educação.

CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO - ÁREA DE DEFICIÊNCIA VISUAL (CAE-DV)

3.1 DefiniçãoO Centro de Atendimento Especializado – Área de Deficiência Visual (CAE –

DV) é um serviço de apoio especializado de natureza pedagógica desenvolvido nos estabelecimentos de ensino regular para a Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio Educação de Jovens e Adultos e pessoas da comunidade que necessitam de atendimento especializado.

É ofertado a alunos com necessidades educacionais especiais e de baixa visão que exigem do professor especializado um atendimento pedagógico diferenciado tanto no atendimento à reabilitação, reeducação visual, quanto nos programas educacionais compatíveis com suas necessidades e possibilidades de complementação dos conteúdos escolares e auxílio no processo de formação para a cidadania, autonomia e qualificação para o trabalho.

Aluno cego é aquele que por ter ausência de percepção de formas ou imagens, necessita, para seu desenvolvimento/ aprendizagem, de recursos e estratégias que possibilitem a interação com o meio através dos sentidos remanescentes, para a apropriação de conceitos e significados do mundo que o cerca.

Aluno com baixa visão é aquele que por ter um comprometimento em seu funcionamento visual, não corrigível, necessita ou não de recursos ópticos e principalmente educacionais para maximizar sua capacidade visual e em consequência, sua independência e qualidade de vida.

3.2 Alunado do Centro de AtendimentoSegundo a Instrução nº 02/04 – DEE-SEED, são alunos regularmente

matriculados no Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos que necessitam de apoio especializado por meio de adaptações pedagógicas e outros atendimentos que podem ser realizados a partir do reconhecimento, do respeito às diferentes formas de aprender. Poderão ser também alunos portadores de necessidades educacionais especiais da comunidade a partir de zero ano, uma vez que serão atividades específicas de atendimento com adequação de materiais para a preservação da dignidade, do fortalecimento da identidade social, da autonomia, do acesso social, e do pleno exercício da cidadania.

O aluno com necessidades educacionais especiais deverá receber apoio específico (instrumentalização metodológica, flexibilização, adaptações curriculares, sistemas alternativos de comunicação, adaptações de materiais e recursos pedagógicos, acompanhamento educacional) que respeite as diferentes formas de aprender dos alunos.

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3.3 IngressoPara freqüentar o CAE – DV o aluno deverá, em seu laudo médico

especializado, estar (constar) nas seguintes situações:• Cego;• baixa visão com perda parcial da visão, com acuidade visual de 20/70 a

20/200 no melhor olho, após ou não correção óptica e com perda de campo visual (+20º);

• com patologias progressivas;• com ambliopia funcional;• com alta refração (alta miopia, alta hipermetropia e astigmatismo forte).

Segundo OMS/MEC a eficiência Visual envolve dois níveis:I) Cegueira:

intensa: os que têm percepção de luz; total: os que têm perda da projeção de luz até a ausência do

globo ocular;II) Baixa Visão: alteração da capacidade funcional da vista devido a

inúmeros fatores como: baixa acuidade visual, significativa redução do campo visual, alterações corticais e/ ou de sensibilidade aos contrastes que interferem ou limitam o desenvolvimento visual do indivíduo.

A perda da função visual pode ser em nível (Tabela de Snellen):• Leve: 20/60• Moderada: 20/60 a 20/200• Severa: 20/200 a 20/400 (ou conta dedos a 3 metros)• Profunda: 20/400 a 20/1000 (ou conta dedos a 1 m.)

Os distúrbios do campo visual podem ser classificados como:• Leve: campo visual correspondente a 120º - 80º• Moderada: 60º - 30º• Severa: 20º - 15º (em alguns países serve para a aposentadoria. É a

chamada cegueira legal)• Profunda: 10º - 5º• Total: 0º • Norma = 180º

A avaliação pedagógica educacional de ingresso no CAE – DV deverá ser realizada no contexto escolar através de relatório de avaliação contendo o laudo médico especializado e observações do professor especializado.

O CAE – DV deverá atender a comunidade escolar com orientações quanto à prevenção, identificação e encaminhamento para a área médica.

O CAE – DV é parte integrante da Escola, portanto, o calendário, horários de atendimento, trabalho dos professores, integração com as demais atividades da escola seguem normas do estabelecimento.

3.4 OrganizaçãoSegundo a Instrução nº 02/04, a organização do serviço pedagógico do CAE –

DV deverá:• Conter no máximo 20 alunos com atendimento por cronograma

elaborado pelo professor especializado;

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• Prestar atendimento de no máximo 2 horas por aluno ou grupo de alunos, de 2 ou 4 vezes por semana;

• Agrupar, no máximo 3 alunos por nível de escolaridade, respeitando suas necessidades e/ ou especificidades;

• Garantir e fazer constar no cronograma um horário disponível para que o professor especializado possa participar do Conselho de Classe, de projetos educativos desenvolvidos pela escola, bem como orientar o professor da classe comum (serviço itinerante) sobre a flexibilização e adaptações curriculares que considerem adequados ou necessárias no acesso à aprendizagem e no processo de avaliação;

• Constar, na pasta do aluno, uma cópia da avaliação de ingresso, os relatórios e a freqüência dos alunos em formulários próprios;

• O CAE – DV terá atendimento especializado sempre em período contrário ao ensino regular.

O Centro de Atendimento Especializado – área Visual, amparado pela Resolução nº 963/93, deste estabelecimento tem a finalidade de prestar atendimento a esses portadores de necessidades educacionais especiais com programas de: Educação Infantil especializada (Estimulação Precoce), Apoio à Escolaridade (a partir dos 6 anos) som serviço itinerante,atendimentos complementares como: Braille, Sorobã, Atividades da Vida Cotidiana, Estimulação Visual; Orientação e Mobilidade, utilização de Recursos Ópticos, Ampliação e Adequação de Materiais Didáticos, Adaptações Curriculares, Informática; recreação, natação.

3.5 Recursos HumanosDe acordo com a deliberação nº 02/03 -0 CEE, para atuar no CAE –DV, o

professor deverá ter especialização em cursos de pós-graduação em Educação Especial, Licenciatura Plana ou Ensino Médio com habilitação em magistério com Estudos Adicionais na área de Deficiência Visual.

3.6 Adequação do Espaço Físico• Propiciar aos alunos condições adequadas e seguras de acessibilidade

autônoma.• Prever e prover aquisição dos materiais adequados utilizados no Centro de

Atendimento.

3.7 Objetivos

3.7.1 Objetivos Gerais:• Garantir o acesso à educação básica;• Priorizar a necessidade e/ ou especificidade de cada aluno, atuando como

mediador no processo ensino-aprendizagem adequando o mais possível o ensino às necessidades e ao ritmo de aprendizagem para eu desenvolvimento, produtividade e adaptabilidade;

• Atuar como facilitador no apoio à complementação dos conteúdos escolares;• Desenvolver o funcionamento visual e sua eficiência com ou sem auxílios

ópticos, propiciando integração da criança com baixa visão e cega, viabilizando a articulação entre as propostas educacionais de forma a atender

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a diversidade dos alunos, com vista à inclusão de todos no processo ensino-aprendizagem, o que contribuirá para o enfrentamento das desigualdades sociais.

3.7.2 Objetivos específicos:• Atuar como um facilitador no apoio à complementação dos conteúdos

escolares;• Realizar levantamento dos alunos com prováveis problemas de visão;• Registrar observações e fazer triagens através de exame de acuidade

visual inicial (escolas, tabelas específicas);• Encaminhar ao médico oftalmologista para constatação do problema;• Dar atendimento especializado para alunos que, em virtude de seu

comprometimento visual nem sempre conseguem acompanhar a classe comum ou atingir a terminalidade prevista por lei;

• Adequar o mais possível o ensino às necessidades e ao ritmo de aprendizagem para o seu desenvolvimento, produtividade e adaptabilidade;

• Identificar as necessidades educacionais especiais e providenciar o apoio necessário para o professor da classe comum, tornando o ensino, flexível, dinâmico, individualizado, cooperativo, respeitando o ritmo de aprendizagem do aluno;

• Minimizar as dificuldades nas relações professor-aluno, aluno-aluno, aluno-família, aluno-comunidade, escola- comunidade, diante das “barreiras visuais” do educando.

3.7.3 Fundamentação TeóricaA Educação Pública tem responsabilidade com todas as crianças e isso

inclui as portadoras de necessidades educacionais especiais. A esses alunos, serão assegurados todos os benefícios recebidos pelos demais. A Lei 9394/96 define em seu capítulo V, a Educação Especial , como “a modalidade de educação escolar, oferecida preferencial e na rede regular de ensino para portadores de necessidades educacionais especiais. Se o aluno não tiver condições de integrar-se total ou parcialmente, haverá serviços de apoio especializado, funcionando dentro da escolar regular.

O ser humano, através da visão, tem a possibilidade de identificar objetos, distinguir cores, formas, tamanhos, distâncias. A visão apresenta como um sentido de grande importância para a captação de estímulos e projetos especiais. Não a tendo, ou tendo-a com baixa acuidade, há necessidade de explorar ao máximo esse reduzido potencial e os outros sentidos remanescentes.3.7.4 Princípios

• A Educação Especial, área de deficiência visual, requer fundamentação nos seguintes princípios:

• O desenvolvimento das capacidades visuais não é inato, é aprendido.• A eficiência visual, isto é, a eficiência funcional da visão não é

independente da acuidade visual.

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• As pessoas diferem na habilidade de usar a visão. Portadores do mesmo grau de acuidade visual podem apresentar níveis de desempenho diferentes.

• 80% ou mais da população de deficientes visuais apresentam alguma visual residual utilizável para fins educacionais.

• A qualidade da eficiência visual pode ser melhorada através de um programa seqüencial de experiências visuais.

Observações: Funcionamento visual: é interpretar o que a criança vê Percepção visual: é a capacidade de interpretar o que é visto Eficiência visual: é o controle do mecanismo óptico. Envolve velocidade e

capacidade de filtração e depende do uso máximo da visão residual Estimulação visual: é a apresentação de objetos e materiais visíveis numa

seqüência coerente e ordenada para permitir e obter desenvolvimento perceptivo visual.

3.7.5 Conteúdos• Triagem oftalmológica• Orientações aos professores• Orientações aos pais e colegas• Conteúdos específicos : seguem orientações do Ensino Fundamental,

Médio ou Supletivo a que o aluno está inserido, adaptando e adequando atividades para melhor ensino-aprendizagem.

• Atividades complementares3.7.6. Área de Atendimentos

1) Pressupostos do Movimento:a) Objetivos:

• Desenvolver a capacidade de situar-se, orientar-se e movimentar-se em qualquer espaço

• Desenvolver a sua capacidade perceptiva para maior independência nas suas atividades de vida diária e na interação com seu meio

• Desenvolver a função óptica perceptiva e viso-perceptivo para organização das informações visando o uso eficiente da visão na aprendizagem e na visa cotidiana.

• Recapitular uma série de vivencias que progressivamente estabelecem a conquista da assimilação sensorial motora, o conhecimento corporal, a organização espaço-temporal visando promover o desenvolvimento global do aluno

b) Conteúdos:• Conduta motora de base• Conduta neuro-motora• Imagem e esquema corporal• Coordenação dinâmica global• Respiração• Coordenação fina• Coordenação viso-motora

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• Lateralidade• Relaxamento• Organização e orientação espacial• Organização e orientação temporal• Estrutura espaço-tempo• Ritmo• Expressão corporal• Conduta perceptivo-motora• Orientação e mobilidade• Funções ópticas • Funções ópticas perceptivas• Funções viso-perceptivas

2) Linguagema) Objetivos:

• Ler, escrever e compreender textos, sem ajuda de terceiros• Produzir textos orais e escritos, respeitando a ordem temporal,

lógica e gramaticalb) Conteúdos:

• Compreensão de mensagens• Variações lingüísticas: vocabulário pobre, rico, espontâneo,

regionalismo, termos técnicos• Pontuação e regras gramaticais• Produção escrita

3) Interação Social:a) Objetivos:

• Apresentar condutas satisfatórias frente às normas sociais• Identificar e aceitar os diferentes papéis que a sociedade

apresenta ou oferece• Desenvolver a socialização e o aspecto afetivo-emocional para

plena autonomia, independência, maturidade, qualidade de vidab) Conteúdos:

• Observar as condutas de aceitação de normas: rebeldia, submissão, indiferença, déficit

• Obsessividade• Desenvoltura social• Ganhar o perder• Identidade: maturidade, controle emocional, ansiedade• Diferenças

4) Escolaridade (Apoio Escolar)a) Objetivos:

• Compete ao professor do CAE – DV acompanhar, apoiar, reforçar conteúdos das respectivas séries. - - Nesta área, os exercícios de classe, as tarefas, os testes, os trabalhos, as ampliações, o material didático, os posicionamentos e deslocamentos do aluno e do professor, serão metas e

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orientações que o professor da área visual auxiliará o professor da classe comum.

• O programa de Apoio à Escolaridade será subsídio para que o aluno seja capaz de acompanhar os conteúdos da classe comum

b) Conteúdos:Os conteúdos acadêmicos seguem os mesmos do Ensino Fundamental. Médio e Supletivos, dependendo da série do aluno.

5) Atividades Complementares Específicas:a) Objetivos:

• Ler e escrever no Sistema Braille• Resolver cálculos matemáticos• Vivenciar atividades da vida cotidiana para melhoria da

qualidade de vida• Orientar e mover dando condições de usufruir o direito de ir e

vir com independência• Desenvolver a coordenação viso-motora, o seu campo visual, a

localização, a fixação, a acomodação do objeto quando realizar atividades específicas de estimulação visual

• Utilizar adequadamente os materiais• Identificar e utilizar os principais comandos de Informática

b) Conteúdos:• Braille: leitura, escrita, produção de textos• Sorobã:

Histórico Representação escrita e leitura de numerais Operações

• Orientação e Mobilidade: Locomoção em ambiente externo e interno Técnicas de: rastreamento, passagem estreita, abrir,

fechar portas, subir e descer escadas, proteção e caminhar livremente.

• Atividades do Cotidiano: vivências de situações formais e informais; passeios, compras

• Estimulação visual: Funções ópticas Funções óptico-perceptivas Funções viso-perceptivas

• Utilização de Auxílios ópticos: princípios auxílios ópticos; técnicas de utilização

• Ampliação e adequação de materiais adaptados: Objetos e utensílios adaptados Dispositivos para aumentar a função tátil Recursos eletrônicos, auditivos, mapas, quadros Atividades extras Ampliações

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• Informática: Principais comandos e linguagens Utilização dos programas: Windows, Dosvox, jogos e

outros• Natação e recreação:

Atividades de natação no C.S.U. Observação do ritmo, lateralidade, coordenação,

psicomotricidade

3.7.7 MetodologiaFlexibilização, adaptação e dinamização é tarefa de qualquer professor e

também do centro de Atendimento para que possa efetivamente atender às necessidades educacionais especiais.

Buscando subsidiar os professores do ensino regular, fazem-se necessárias adaptações das mais variadas metodologias para que, em conjunto com os professores sejam estabelecidos os objetivos a serem atingidos, o tratamento e desenvolvimento adequado dos conteúdos e todo processo avaliativo.

Este trabalho se faz cooperativamente na organização do trabalho didático-pedagógico com o intuito de favorecer a aprendizagem do aluno e assegurar a todos uma educação de qualidade.

3.7.8 AvaliaçãoO critério de avaliação refere-se ao que é necessário aprender, por isso são

necessários indicadores que sirvam para identificar as aprendizagens realizadas. Os indicadores são: Pressupostos do Movimento, Linguagem, Interação Social, Conteúdos Acadêmicos (escolaridade) e Atividades Complementares específicas.

A avaliação terá as seguintes características:• Avaliação para fins de ingresso do aluno no programa especializado

que será de responsabilidade do professor do CAE – DV, desde que tenha sido capacitado pela SEED/DEE, ou do elemento do NRE responsável pela área.

• Avaliação cotidiana que permita revisar e realimentar o processo educativo, de acordo com as áreas delimitadas na organização didática.

A avaliação para fins de ingresso no programa tem embasamento técnico-pedagógico e médico-legal.

A avaliação cotidiana, contínua, permitirá planejar as intervenções e encaminhamentos metodológicos para melhor desenvolvimento dos seus aspectos biológicos, acadêmicos, psicomotor, social, emocional, linguagem e comunicação, auto-cuidado, relação família-escola.

A parte acadêmica e os critérios de promoção e retenção seguem normas de avaliação do Ensino Regular ou supletivo que frequenta.

3.8 Permanência• A permanência do aluno estará condicionada à sua necessidade individual.

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• Quando, através de laudo médico, houver necessidade de apoio deste CAE - DV.

• O desligamento far-se-á na medida em que a escola, conhecendo e reconhecendo as necessidades desse alunado, possa, na sua rede apoio, dar as respostas educativas que ele necessita.

3.9 Autorização/ Renovação/ CessaçãoPara a Autorização/ Renovação/ Cessação do CAE-DV, é necessário:

• Análise e parecer da equipe técnico-pedagógica da Educação especial do NRE, quanto à necessidade do atendimento.

• Avaliação pedagógica de ingresso do aluno.• Matrícula em classes comuns da rede pública ou privada de ensino.• Pessoas da comunidade encaminhadas por laudo médico com

orientações específicas.• Verificação do espaço físico.• Análise e parecer da equipe técnico-pedagógica do Departamento

de Educação especial.• Autorização de acordo com a documentação exigida pela

Coordenação de estrutura e Funcionamento da SEED.Este CAE-DV cumpre com os critérios estabelecidos pela Instrução nº 02/04

(DEE/SEED), Deliberação nº 02/03 (CEE), Resolução nº 02/01 (CNE), Parecer nº 17/01, e Lei nº 9394/96 (LDBEN).

4. Sala de Apoio

4.1 LegislaçãoDe acordo a Instrução n 022/2008 – SUED/SEED os critérios para a abertura

da Sala de Apoio demanda de horas-aula, do suprimento e das atribuições dos profissionais das Salas de Apoio à Aprendizagem – 5ª série do Ensino Fundamental, da Rede Pública Estadual.

A Superintendência da Educação, no uso de suas atribuições e considerando:

• a LDBEN n.o 9.394/96; • o Parecer CNE n.o 04/98; • a Deliberação n.o 007/99 – CEE; • a Resolução Secretarial n.o 371/2008, que regulamenta a criação

das Salas de Apoio à Aprendizagem;

4.2 Objetivos:• Possibilitar através de ações pedagógicas específicas a superação das

dificuldades apresentadas pelo aluno;• Atender alunos com defasagem de aprendizagem em conteúdos referente

aos anos iniciais do ensino fundamental;• Viabilizar o enfrentamento dos problemas relacionados à aprendizagem de

Língua Portuguesa e Matemática aos alunos matriculados na 5ª série do

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ensino fundamental, no que se refere a oralidade, leitura, escrita,bem como,às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas.

• Contribuir com a superação das dificuldades do aluno obtendo êxito na série que se encontra devidamente matriculado no ensino regular.

• Buscar autonomia do aprendizado,com uma metodologia diferenciada que enquadre técnicas, atividades para atingir as potencialidades inerentes aos alunos da Sala de Apoio.

4.3 Definição da Sala de Apoio O diagnóstico relativo ao funcionamento do Programa Salas de Apoio à

Aprendizagem, elaborado pelo Departamento de Educação Básica, com a participação dos professores regentes de 5ª séries, professores de Salas de Apoio e pedagogos. O ingresso na Sala de Apoio atenderá a um diagnóstico relativo aos problemas de aprendizagem nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática no que se refere aos conteúdos de oralidade, escrita, formas espaciais e quantidades nas operações básicas e elementares. Atendendo às demandas do Colégio contamos com duas turmas de sala de apoio sendo uma em cada turno.

4.4 Organização Os estabelecimentos de ensino terão abertura automática de 01 (uma) Sala

de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e 01 (uma) de Matemática a cada 03 (três) turmas de 5ª série ofertadas, independentemente do turno.

A abertura da demanda automática no sistema será efetivada conforme segue:

• em turno contrário se as turmas de 5ª série forem do mesmo turno; • em turno contrário ao que apresentar maior número de alunos

matriculados nas 5ª séries, se as turmas forem de turnos diferentes. • A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua

Portuguesa e Matemática – será de 04 horas-aula semanais para os alunos, devendo ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subseqüentes, sempre tendo em vista o benefício do aluno.

As turmas deverão ser organizadas em grupos de no máximo 15 (quinze) alunos.

4.5 AvaliaçãoA avaliação será contínua à medida que se realizam as a atividades

propostas e acumulativas dos conteúdos, bem como a participação nas atividades desenvolvidas.

Os aspectos a serem avaliados devem estar contextualizados com as dificuldades encontradas no Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série.

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5. Língua Estrangeira Moderna –L. E. M. Língua Espanhola - CELEM

5.1 Fundamentação TeóricaNos dias atuais o ensino de qualidade da língua estrangeira é uma

necessidade na escola, especialmente na Escola Pública, aonde os alunos vêm de classes sociais onde há necessidade por preparar-se melhor para enfrentar a concorrência. A proliferação de cursos particulares, de escolas particulares, mostra a necessidade de mais atenção ao ensino de mais uma língua, ou seja, mais um instrumento de conhecimento e edificação do aluno como ser crítico, ser social e participativo nas decisões do mundo globalizado.

O objetivo de inclusão de uma língua estrangeira no currículo escolar, notadamente o espanhol, passa por vários aspectos: primeiro, a função social da língua, que deve ancorar nos parâmetros sócio-interacionais da linguagem e da aprendizagem, bem como nos aspectos cognitivos e comerciais devido o Mercosul.

O aluno necessita aprender a ler em língua estrangeira, para que sejam atendidas as necessidades da educação formal e técnica que possa torná-lo um agente transformador da realidade a sua volta. A habilidade da leitura não exclui a possibilidade do desenvolvimento escrito, oral e interdisciplinaridade de outros conhecimentos e disciplinas.

Há necessidade de adquirir o conhecimento e o domínio de uma língua estrangeira, visto as exigências do mundo moderno e globalizado. A língua espanhola como língua, tem relevância e hegemonia nas trocas internacionais, gerando implicações nos campos da cultura, da educação, da ciência, do trabalho, etc.

A língua espanhola exerce influência tanto na língua, como nas relações internacionais. Exemplo disso é que hoje o espanhol é considerada uma das línguas mais significativas na questão do Mercosul, viabilizando o mundo dos negócios em alguns países, nas universidades, e na sua prática.

A língua estrangeira há de ser fator de libertação, não de exclusão social. Deve abrir a porta para o conhecimento, desenvolvimento, mas não deve tolher a cidadania e o espírito crítico equilibrado do indivíduo como ser social, pensante e livre. Passa a assumir a função de veículos de comunicação, funcionando como meio de acesso ao conhecimento, as diferentes formas de pensar, criar, sentir, agir e de conceber a realidade.

Assim, é essencial um trabalho interdisciplinar, relacionado com contextos reais de forma que o processo de ensino-aprendizagem possa colocar em prática alguns princípios fundamentais que proporcionem condições para que o aluno tenha capacidade de compreender e produzir enunciados corretos no novo idioma, bem como possibilitar que atinja um nível de competência que lhe permita ter acesso a informações de vários tipos, contribuindo para sua formação enquanto cidadão.

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5.2 Objetivos

5.2.1. GeralA língua espanhola como veículo de comunicação deve estar relacionada ao

contexto social. Assim, tem por objetivo, compreender e usar a língua estrangeira moderna como instrumento de acesso a informações e às outras culturas e grupos sociais. Proporcionar ao aluno uma aprendizagem significativa em práticas de leitura, escrita e oralidade, ampliando sua visão de mundo e tornando-o um sujeito mais crítico, além de incentivar a pesquisa e a reflexão em relação a sua cultura e a de outros povos.

5.2.2. EspecíficosO ensino da língua espanhola deve proporcionar ao aluno:

• Saber distinguir entre as variantes lingüísticas;• Escolher o vocabulário adequado à situação na qual se processa a

comunicação;• Ter habilidade para escolher o vocábulo que melhor reflita a idéia que se

pretende transmitir;• Compreender em que medida esses enunciados transmitem a forma de

ser, de pensar, de agir e de sentir de quem os produz;• Utilizar aspectos como coerência e coesão, na produção em Língua

Estrangeira (oral e/ ou escrita). Todos os textos referentes à produção e à recepção em qualquer idioma regem-se por princípios gerais de coerência e coesão, e é por isso que somos capazes, de entender e de sermos entendidos;

• Dominar as estratégias verbais que entram em ação para compensar falhas na comunicação e para favorecer a efetiva comunicação e alcançar o efeito pretendido;

• Possuir domínio da competência sócio-lingüística, da competência discursiva e da competência estratégica;

• Ampliar a capacidade de análise para poder refletir sobre a própria cultura com maior profundidade, tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre a sua forma de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos enriquecendo a sua formação profissional e pessoal.

5.3 Conteúdos EstruturantesOs conteúdos estruturantes entendidos como saberes mais amplos da

disciplina poderão ser abordados através de atividades significativas em práticas de leitura, escrita e oralidade.

Essas atividades serão trabalhadas a partir de textos que circulam socialmente, os quais possibilitarão diversos tratamentos em sala de aula, como discussão de assuntos polêmicos que serão adequados à cada faixa etária e proporcionarão estudos de diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística. Os textos de diversos gêneros darão condições de trabalhar com a língua em situações de comunicação oral e escrita, favorecendo as relações e ações individuais e coletivas, abrangendo

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significados sociais historicamente construídos, refletindo sobre as diversidades lingüísticas e culturais.

Os conteúdos básicos para o ensino de língua estrangeira partem dos gêneros discursivos e seus elementos composicionais. A seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, deverá ser feita de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série.

5.4 Conteúdos1º e 2º Anos do CELEM

Leitura • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Marcadores do discurso; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: • Particularidades da língua, pontuação; • Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística. • Acentuação gráfica; • Ortografia.

ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto; • Vozes verbais; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos;

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• Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica.

ORALIDADE / AUDIÇÃO• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Pronúncia.• Vozes sociais presentes no texto; • Variações lingüísticas. • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; • Adequação da fala ao contexto; • Pronúncia.

5.5 MetodologiaPara que os objetivos propostos no ensino de língua estrangeira sejam

atingidos, o professor deverá levar em conta as questões de ordem estrutural, observando que as escolhas de atividades deverão estar de acordo com o número de alunos em sala de aula, tempo, materiais disponíveis e ambiente físico, coerentes com os objetivos e princípios delineados.

No ensino da língua estrangeira far-se-á necessário o desenvolvimento de atividades que estimulem a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, descobrir, interpretar situações, pensar de forma criativa, fazer suposições, interferências, propiciando ao aluno a ampliação da capacidade de abstrair elementos comuns à várias situações. Poderão ser realizadas atividades como:

• Prática de textos que envolvam temas transversais e científicos;• Leitura e compreensão de textos atuais, dentre diversos assuntos de

interesse dos jovens, proporcionando ao aluno condições de compreender e avaliar o avanço tecnológico e intercâmbio entre os povos;

• Produção de propagandas e slogans• Apresentação de músicas atuais, visando corrigir eventuais distorções,

problemas de pronúncia, praticando e aperfeiçoando a produção oral;• O item gramatical será localizado nos textos, poesias, músicas,

propagandas e slogans, através de exercícios orais e escritos;• Utilização de filmes legendados com a finalidade de aperfeiçoar a

compreensão oral.O desenvolvimento de atividades em grupo propiciará ao aluno confiança na

própria capacidade de aprender e interagir com os colegas, compreendendo e respeitando opiniões, conhecimentos e ritmos diferenciados de aprendizagem. Ao desenvolver estas atividades o papel do professor será de mediador.

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A importância da variedade lingüística deverá ser apresentada ao aluno para que o mesmo tenha uma visão mais ampla e crítica em relação à pluralidade cultural.

Para que o aluno adquira as habilidades sócio-lingüísticas, discursivas e estratégicas, além de gramatical, o ensino da língua estrangeira será pautado em situações reais na leitura e compreensão de texto, de forma contextualizada, visando à aproximação do aluno a várias culturas e sua integração no mundo globalizado.

Com o objetivo do uso efetivo da língua e a interação do aluno ao meio em que vive as habilidades de ler, ouvir, falar e escrever, serão trabalhadas interligadamente.

LEITURA: É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

• Proporcione análises para estabelecer a referência textual; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e

outros; • Relacione o tema com o contexto atual;• Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto; • Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de

palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;

• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros.

ESCRITA: É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor,

intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;

• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;

• Conduza à utilização adequada das partículas conectivas; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das

idéias, dos elementos que compõem o gênero; • Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e

denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estimule produções em diferentes gêneros;

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• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADE: É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em

consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule o contar histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

5.6 AvaliaçãoDevido ao caráter interativo da avaliação e sua relevância, enquanto forma

de rever a prática pedagógica, é necessário avaliar em vários momentos do processo de ensino e aprendizagem.

O esforço do aluno deve ser reconhecido através de ações como o fornecimento de “feedback” sobre seu desempenho e o entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem.

Desse modo, a avaliação dera contínua e de caráter formativo (formação de hábitos e atitudes), promovendo a interação professor – aluno e entre aluno e conteúdo, levando o aluno a perceber a língua não como estrangeira, mas como a língua de outras pessoas, a qual ele vai aprender a apreciar e dar sentido.

Nesta perspectiva são apresentados alguns critérios, ou seja, o que se espera que o aluno aprenda:

a) Quanto à compreensão escrita:• Demonstrar a compreensão geral de textos variados (com gravuras,

tabelas, fotografias, desenhos e palavras cognatas);• Extrair informações específicas do texto;• Reconhecer os elementos da organização textual por meio da qual a

informação é apresentada;• Demonstrar consciência crítica em relação aos temas abordados no

texto;• Desenvolver conhecimento sistêmico de acordo com o nível exigido pelo

texto.b) Quanto á compreensão oral será levado em conta os mesmos aspectos

da compreensão escrita, além do conhecimento de natureza fonético-fonológica.

c) Quanto à produção tanto oral como escrita:• Demonstrar adequação na produção oral e escrita, buscando significado

nos aspectos: sintáticos, morfológico, léxico e fonológico;

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• Mostrar conhecimento dos padrões internacionais em textos orais e escritos (específicos da língua estrangeira);

• Demonstrar conhecimento de que textos escritos têm diferentes visões da sociedade.

A avaliação será diagnóstica e contínua, utilizando-se como instrumentos, testes de aproveitamento orais e escritos, pesquisas, relatórios, observações espontâneas ou dirigidas, trabalhos, atividades em sala de aula e extra-classe.

Visando o desenvolvimento da habilidade e competência comunicativa o aluno será avaliado em todos os aspectos de sua aprendizagem.

Através de entrevistas, conversas informais e relatos pode revelar qual é a percepção da língua estrangeira do aluno, não só quanto à função social, a avaliação deve ser flexibilizada para que os tópicos a serem testados não precisem ser iguais para todos.

A participação do aluno no processo e sua auto-avaliação são importantes para que o mesmo possa acompanhar seus avanços no conhecimento de línguas estrangeiras.

5.7 BibliografiaBONINI, A. ; FURLANETTO, M. M. (Orgs.). Gêneros textuais e ensino/aprendizagem. Revista Linguagem em (Dis)curso. Tubarão, v. 6, n. 3, p. 337-584,set./dez. 2006.FARACO, C. A. Português: Língua e Cultura – manual do professor. Curitiba: Base, 2005.MARTIN, Ivan . ESPANHOL – série Novo Ensino Médio . volume único,Ed. Ática, 2009.MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO. Parâmetros curriculares nacionais: Língua Estrangeira. Brasília, 1998.

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VII. CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito constituindo-se em direito público, pois sua oferta não se restringe ao interesse particular mas público, de toda a sociedade ao mesmo tempo e também um direito próprio do cidadão em exigir sua oferta.

O Ensino Fundamental regular tem 9 anos de duração compondo-se de 5 anos iniciais e quatro finais, atendendo crianças e jovens de 6 a 14 anos. Os 5 anos iniciais, desde o ano de 2007,em Maringá no Estado do Paraná passaram a ser responsabilidade do Município, ficando os quatro anos finais sob responsabilidade do Governo Estadual.

O nosso Estabelecimento atende o Ensino Fundamental de 5ª à 8ª séries em três turnos, sendo que o noturno atende sétima e oitava série.

A função do ensino fundamental é o trabalho com o conhecimento que propicie aos alunos oportunidades de aprendizagem para que adquiram, através dos conceitos, a compreensão do seu mundo e do seu tempo, contribuindo para a construção do próprio saber.

VIII. CARACTERIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

1. ARTE

1.1 Apresentação da DisciplinaO objeto de estudo da disciplina de Arte contempla o conhecimento

estético, o conhecimento artístico e o conhecimento contextualizado.Cada obra de arte é ao mesmo tempo, produto cultural numa determinada

época e criação singular da imaginação humana, cujo sentido é construído pelos indivíduos a partir de sua experiência.

Norteado pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do conhecimento em Arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na experimentação estética por meio da percepção, da análise, da criação/ produção e da contextualização histórica.

O ensino de Arte, de acordo com as DCES, é considerado particularmente pelos aspectos estéticos e comunicacionais. Por meio da arte manifestamos significados, sensibilidades, modos de criação e comunicação sobre o mundo em seu momento histórico e da cultura.

O ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno com acesso ao conhecimento presente nas diferentes formas de relação da arte com a sociedade.

O objeto artístico tem cumprido ao longo da história diversas funções: ideológica, social, decorativa, no entanto a função essencial da arte é ampliar e

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enriquecer com suas criações a realidade já humanizada pelo trabalho e pelo fácil acesso as mídias tecnológicas na educação.

1.2 Objetivos• Valorizar a arte como parte da vida do ser humano enquanto ser social,

independente de sua condição física ,valorizando a inclusão social, levando-os a descobrir seu próprio potencial de criação artística;

• Valorizar as diversidades culturais, em seus vários aspectos, como meio de preservação das tradições populares e de nossas raízes;

• Possibilitar o trabalho criador através do exercício da imaginação e criação;

• Aprimorar a sensibilidade para apreciação de expressões artísticas nas diversas áreas da arte, nas suas mais variadas formas;

• Construir conhecimento quanto à história da arte desde os primórdios até a contemporaneidade.

• Conhecimento e valorização da história e cultura afro-brasileira,como a indígena em todas as suas manifestações

• Análise crítica da imagem e de sua natureza estática e dinâmica;• Conhecer, reinterpretar diversas formas de produções sonoras de

diferentes épocas;• Consciência corporal como forma de comunicação e expressão – Reflexão

crítica acerca de conceitos da dança;• Reconhecimento e consciência corporal através da representação ,

percepção da ação e do movimento enquanto fator de interação com o mundo;

• Proporcionar ao educando a compreensão da importância do Patrimônio Histórico e cultural e das manifestações da cultura popular;

• Saber utilizar diferentes fontes de mídias e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimento artístico.

1.3 Conteúdos Estruturantes• Elementos formais;• Composição;• Movimentos e períodos.

A disciplina de Arte no Ensino Fundamental contempla as áreas das artes visuais, da dança, da música e do teatro e os conteúdos estruturantes selecionados por essa disciplina vêm constituir a base para a prática pedagógica. Articulados entre si, essas linguagens compreendem todos os aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de organização dos conteúdos específicos.

Tais conteúdos são basilares na organização da disciplina de Arte e apresentam uma unidade interdependente, além de permitir uma correspondência entre as linguagens.

1.4 Conteúdos

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5ª série/6º ano I- Artes Visuais

1) Elementos formais:• Ponto• Linha • Textura• Forma• Superfície• Volume • Cor• luz

2) Composição• Imagens bidimensionais (desenhos, pinturas, propaganda visual,

murais, cartazes, gravuras, mosaicos, texturas, composições, caricatura, design, colagem, ilustrações, poesias, leitura e releitura de obras artísticas, etc.)

• Imagens tridimensionais (maquetes, dobraduras, esculturas, etc.) 3) Movimentos e períodos

• Arte greco-romana• Arte africana• Arte oriental• Arte pre-historica

II- Dança1) Elementos formais:

• Movimento corporal• Tempo • Espaço

2) Composição• Movimentos• Formação• Técnica • Gênero

3) Movimentos e períodos • Greco romana• Pré-história• Renascimento• Dança clássica

III- Música1) Elementos formais :

• Altura• Duração• Timbre• Intensidade• Densidade

2) Composiçao:• Ritmo

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• Melodia• Escalas • Improvisação

3) Movimento e períodos• Greco romana • Oriental• Ocidental• Africana

IV- Teatro1) Elementos Formais

• Personagens• Ação • Espaço

2) Composição• Enredo, roteiro, espaço cênico e adereços• Tecnicas • Generos

6ª Série/7 anoI- Artes Visuais

1) Elementos formais:• Ponto, • linha, • forma,• textura, • superfície,• volume, • cor • luz.

3)Composiçao:• proporção• tridimensional• figura e fundo• abstrata• técnicas• gêneros

4) Movimentos e períodos• arte indígena• arte popular• brasileira e paranaense• renascimento• barroco

II- Dança1) Elementos formais:

• Movimento corporal• Tempo

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• Espaço2) Composiçao:

• Ponto de apoio• Rotação• Coreografia• Salto e queda• Fluxo livre, interrompido e conduzido• Gênero: Folclórica, popular e étnica

III- Música1) Elementos formais:

• Altura• Intensidade• Timbre• Duração• Densidade

2) Composição• Melodia• Ritmo• Escalas• Gêneros • Técnicas

3) Movimentos e períodos• Musica popular e étnica( ocidental e oriental)

IV- Teatro1) Elementos Formais:

Personagem• Expressão corporal• Expressão gestual• Expressão vocal• Expressão facial• Ação e Espaço

2) Composição• Representação, leitura dramática e cenografias • Técnicas: Jogos dramáticos, mímicas• Gêneros

4) Movimentos e períodos• Comedia dell arte• Teatro Popular• Brasileiro e Paranaense• Teatro Africano

7ª Série/8 anoI- Artes Visuais

1) Elementos Formais:• Linha• Forma

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• Textura • Superfície• Volume• Cor • Luz

2) Composição• Semelhanças• Contrastes• Ritmo Visual • Estilização• Deformação• Técnicas: Desenho, Fotografia, audiovisual, e mista...

II- Dança1) Elementos formais

• Movimento corporal• Tempo • Espaço

2) Composição• improvisação coreográfica• sonoplastia• gênero

5) Movimentos e períodos• hip-hop• musicais• expressionismo• indústria cultural • dança moderna

III- Música1) Elementos formais

• altura: grave/agudo• duração e pulsação/ritmo• intensidade: dinâmica• timbre: fonte sonora/instrumentação• Instrumentos musicais nas diferentes culturas

2) Composição• ritmo• melodia• harmonia• tonal, modal e ambos.• Técnicas

3) Movimentos e períodos• Indústria cultural• Eletrônica• Minimalista

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• Rap, rock ,tecnoIV- Teatro

1) Elementos Formais:• Personagens: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais• Ação • Espaço

2) Composição:• Representação no Cinema e Mídias • Texto dramático• Maquiagem• Sonoplastia• Roteiro • Técnicas Teatrais

3) Movimentos e períodos• Indústria cultural• Realismo• Expressionismo• Cinema novo

8ª Série/9 anoI- Artes Visuais

1) Elementos Formais• Linha • Forma • Textura• Superfície• Volume• Cor • Luz

2) Composição• bidimensionais • tridimensionais • figura/ fundo• técnicas• generos

II- Dança1) Elementos Formais:• Movimento corporal • Tempo• Espaço2) Composição:• Ponto de Apoio• fluxo• quedas • saltos• giros

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• rolamentos• Coreografia• gênero

3) Movimentos e períodos• vanguardas • dança moderna• dança contemporânea

IV) Música1) Elementos Formais:

• altura• duração• intensidade• timbre

2) Composição:• ritmo• melodia• harmonia• gênero musical: popular, erudite, folclórico.

3) Movimentos e períodos• Musica engajada• Musica popular brasileira• Musica contemporânea

4) Teatro1) Elementos Formais:

• Personagem :expressão corporal, expressão gestual, vocal e facial• Espaço • Ação

2) Composição:• Técnicas teatrais• Dramaturgia• Cenografia• Sonoplastia • Iluminação• Figurino

3) Movimentos e períodos• Teatro engajado• Teatro do oprimido• Teatro pobre• Teatro do absurdo • vanguardas

Observação: Os elementos de contextualização histórica, autores e artistas, gêneros, estilos, técnicas, correntes artísticas e relações indenitárias locais, regionais, globais, permearão todas as séries em todas as linguagens

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artísticas: artes visuais, dança, música e teatro, construindo uma possível relação entre elas.

1.5 MetodologiaPara preparar as aulas é preciso saber para quem elas serão ministradas

,como ,por que o que será trabalhado, tomando a escola como espaço de conhecimento.Devendo-se assim comtemplar três momentos da reorganização pedagógica:

• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceber e apropriar a obra artística ,onde possa desenvolver e formar um conceito artístico.

• Sentir e perceber: apreciação, fruição, leitura e acesso a obra de arte.• Trabalho artístico: pratica criativa, o exercício com os elementos que

compõem uma obra de arteÉ importante que haja priorização de atividades pedagógicas que valorizem

o pensamento reflexivo e a articulação entre teoria e prática, bem como o desenvolvimento de projetos educacionais interligados de modo significativo, articulando conhecimentos culturais apreendidos pelo educando em outras disciplinas.

A concretização e apreciação de produtos artísticos requerem aprender trabalhar combinações, reelaborações imaginativas de arte e experiência com a realidade cultural, desvelando o sentido cultural da arte no contexto do educando.

É também necessário haver debates, pesquisas, discussão de textos, leitura de imagens (fotos, obras de arte, imagens televisivas, propagandas, moda).

Como estímulo à criatividade envolver os alunos com atividades significativas, tendo como base a investigação e problematização – prática da Arte, através de: estudo do meio, entrevista, álbum temático, trabalho artístico (da prática imitativa à prática criadora), exposição valorização da produção artística dos alunos, apresentações de grupos de dança, música, teatro, artes literárias.

1.6 AvaliaçãoPela adoção dos encaminhamentos teórico-metodológicos apresentados,

exige-se a superação da forma tradicional, estanque e às vezes arbitrária de avaliação que se limitam à classificação dos alunos em talentosos ou incapazes, a partir do resultado de suas produções ou expressões.

Será avaliado o processo de elaboração e análise das manifestações artístico-culturais dos alunos, identificando na medida em que expressam a apropriação de noções e conceitos específicos da arte, bem como da produção, levando em conta que a avaliação é um meio e não um fim em si mesmo.

O processo será contínuo, diagnóstico, dialético.

1.7 BibliografiaBOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo, 1991BRASILIA, Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa, Brasil. Secretaria da Educação Fundamental, 1997

COSTA,Cristina. Questões de Arte. Editora Moderna,1999.OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. Editora campus, 1989

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PARANÁ. Diretrizes curriculares de artes para o ensino fundamental. SEED 2006PARANÁ. Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná. Curitiba: Secretaria do Estado da Educação. 1992.

PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática, 1994.TELMA, Vasconcelos, LEONARDO, Nogueira. Reviver Nossa Arte. Editora

Scipione, 1991

2. CIÊNCIAS

2.1 Apresentação da disciplinaAs mudanças propostas para a Educação no Brasil trazem enormes desafios

à formação de professores. No mundo contemporâneo, o papel do professor está sendo questionado e redefinido de diversas maneiras. Para isso concorrem novas concepções sobre a educação, as revisões e atualizações nas teorias de desenvolvimento e aprendizagem, o impacto da tecnologia da informação e das comunicações sobre os processos de ensino e aprendizagem, suas metodologias, técnicas e materiais de apoio.

Dentre as exigências que se colocam para o papel docente destacam-se:• Orientar e mediar o ensino para a aprendizagem dos alunos• Responsabilizar-se pelo sucesso da aprendizagem dos alunos• Assumir e saber lidar com a diversidade existente entre alunos• Incentivar atividades de enriquecimento curricular• Elaborar e executar projetos para desenvolver conteúdos

curriculares• Utilizar novas metodologias, estratégias e materiais de apoio• Desenvolver hábitos de colaboração e trabalho de equipe

O ensino de Ciências Naturais, na escola fundamental, tem sido praticado de acordo com diferentes propostas educacionais, que se sucedem ao longo das décadas como elaborações teóricas e que, de diversas maneiras, se expressam nas salas de aula. Muitas práticas, ainda hoje, são baseadas na mera transmissão de informações, tendo como recurso exclusivo o livro didático e sua transcrição na lousa; outras já incorporam avanços, produzidos nas últimas décadas, sobre o processo de ensino de aprendizagem em geral e o ensino de Ciências em particular.

A partir dos anos 80, o ensino de Ciências Naturais, se aproxima da Ciências Humanas e Sociais, reforçando a percepção da ciência como construção humana, e não como “verdade natural”. E nova importância é atribuída à história e a filosofia das ciências no processo educacional.

Na educação contemporânea, o ensino de Ciências Naturais é uma área em que se pode reconstruir a relação ser humano/ natureza em outros termos, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência social e planetária.

Um conhecimento maior sobre a vida e sobre sua condição singular na natureza permite ao aluno se posicionar acerca de questões polêmicas como os desmatamentos, o acúmulo de poluentes e a manipulação gênica, doenças emergentes, mudanças climáticas, desastres ecológicos. Deve ainda perceber a vida humana, seu próprio corpo, como um todo dinâmico, que interage com o

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meio em sentido amplo, pois tanto a herança biológica quanto as condições culturais, sociais e efetivas refletem-se no corpo. Nessa perspectiva, a área de Ciências Naturais pode contribuir para a percepção da integridade pessoal e para a formação da auto-estima, da postura de respeito ao próprio corpo e ao dos outros, para o entendimento da saúde como um valor pessoal e social e para a compreensão da sexualidade humana sem preconceitos.

Além disso, conviver com produtos científicos e tecnológicos é algo hoje universal, o que não significa conhecer seus processos de produção de distribuição. Mais do que em qualquer época, cresce a necessidade de conhecimento a fim de interpretar e avaliar informações, até mesmo para poder participar e julgar decisões políticas ou divulgações científicas na mídia. A falta de informação científico-tecnológica pode comprometer a própria cidadania, deixando a mercê do mercado e da publicidade.

Ciência e tecnologia são heranças culturais, conhecimento e recriação da natureza. Ao lado da mitologia, das artes e da linguagem, a tecnologia é um traço fundamental das culturas.

Ao contrário das tecnologias, grande parte do conhecimento científico não é produzido com uma finalidade prática. As Ciências Naturais, em seu conjunto, incluindo inúmeros ramos da Astronomia, Biologia, Física, Química e das Geociências, estudam diferentes conjuntos de fenômenos naturais e geram representações do mundo ao buscar compreensão sobre o universo, o espaço, o tempo, a matéria, o ser humano, a vida, seus processos e transformações. Através da Matemática, a contribuição está no estabelecimento de relações entre grandezas, codificações e ordenações, favorecendo a construção de argumentações lógicas.

As disciplinas da área de Ciências Naturais, através de uma trabalho interdisciplinar, devem se ancorar nas disciplinas de outras áreas para que os objetivos se tornem mais qualitativos, sem perder as especificidades de cada disciplina.

De maneira geral, nesta área pretende-se promover um conhecimento que contribua para uma cultura e visão do mundo mais ampla, reconhecendo que o homem é o elemento de intervenção, criando e transformando pelo domínio dos conhecimentos físicos, químicos e biológicos. Por isso devem-se direcionar valores que tenham por fim uma consciência mais harmônica, para assegurar a preservação de sua espécie e equilíbrio de seu meio, pois o conhecimento da realidade é essencial e só deste modo será possível viver e atuar com responsabilidade.

2.2 Objetivos Gerais da Disciplina• Conhecer e compreender as transformações e principalmente a integração

entre os sistemas que compõe o corpo humano bem como as questões relacionadas com a saúde, sua prevenção e manutenção.

• Identificar os elementos do ambiente como recursos naturais percebendo-se como parte do processo de relações, interações, transformações e sobrevivência das espécies.

• Compreender os processos de degradação, preservação e recuperação de áreas degradadas por agentes da ação humana como atitudes necessárias para a sobrevivência humana.

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• Desenvolver a reflexão sobre as relações entre a Ciência, Sociedade e Tecnologia de maneira crítica ao interpretar fatos do cotidiano buscando a melhoria da qualidade de vida de todos no planeta.

• O Ensino de Ciências deverá se organizar de forma que no final do Ensino Fundamental, os alunos tenham desenvolvido as seguintes capacidades:

• Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente.

• Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e cultural.

• Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas.

• Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes

• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escola.

• Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida

• Saber combinar leitura, observações, experimentações e registros para coleta, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e informações.

• Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para construção coletiva do conhecimento.

• Utilizar dos conceitos de Ciências, para que possa através destes, ampliar seus conhecimentos, visando adquirir habilidades de organizar, selecionar, desenvolver o raciocínio e que através disto, possa levantar questionamentos e discussões sobre as situações - problemas de sua vida cotidiana, tentando resolvê-los da maneira mais simples possível. Enfim, preparar um cidadão mais produtivo, com senso crítico, visionário de um mundo melhor para si e toda a sociedade

• Confrontar com a realidade levando ao conhecimento dos fatos e ao desenvolvimento de raciocínios que permitam a melhora ou superação dos problemas diagnosticados

• Tornar-se cada vez mais livre, se transformando em agente ativo, e não um espectador fatalista ou inerte diante dos fatos de seu tempo.

2.3 Conteúdos Conteúdos estruturantes:

• Astronomia;• Matéria;• Sistemas Biológicos;

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• Energia;• Biodiversidade.

5ª Série• Astronomia e Astronáutica

Instrumentos construídos para estudar os astros (astrolábio, luneta, telescópio, satélites, estação espacial, foguetes e radiotelescópio)

Movimento de rotação e translação Sol: composição química Efeitos de sua radiação na Terra Movimento da Terra e suas conseqüências (ritmos biológicos,

influências sobre a biosfera e marés) A lua como satélite natural da Terra

• Inter-relação entre os seres vivos e o ambiente População fatores que influenciam a distribuição- Ciclos biogeoquímicos Ciclagem de energia Fotossíntese Biosfera, ecossistema, comunidade, população, habitats e nicho Teias e cadeias alimentares

• Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente- População: fatores que influenciam a distribuição Ciclos biogeoquímicos Teias e cadeias alimentares Fotossíntese Biosfera, ecossistema, comunidade, habitat e nicho Produtores, consumidores e decompositores

• Solo no Ecossistema Tecnologia e preparo do solo para o cultivo Composição do solo Tipos de solo Adubação orgânica e inorgânica Queimadas, desmatamentos Poluição Seres vivos do solo Combate à erosão Contaminação do solo e doenças Rotação de culturas, curvas de nível, culturas associadas, terraços

• Água no Ecossistema Estados físicos e mudanças de estados físicos da água Pressão e temperatura Densidade e empuxo A água como fonte de energia Composição da água A água como solvente universal

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Pureza Tipos de água- Ciclo da água Disponibilidade na natureza A água e os seres vivos Preservação e contaminação da água

• O ar no Ecossistema Existência do ar Camadas da atmosfera Pressão atmosférica Formação dos ventos Meteorologia Composição do ar Átomos e moléculas Gases nobres e sua aplicação A poluição do ar O ar e os seres vivos A pressão atmosférica e a audição Contaminação do ar e doenças Combate à poluição

• Poluição e Contaminação do Solo, Água e Ar Poluição térmica Fontes alternativas de energia Chuva ácida Efeito estufa Buraco a camada de ozônio Aquecimento do planeta Doenças pela falta de saneamento básico Prevenção e tratamento de doenças Saneamento básico (ETA e ETE)

6ª Série• Níveis de Organização dos Seres Vivos

• Microscopia• Descrição da célula animal e vegetal• Diferenças entre células animais e vegetais• Aspectos morfofisiológicos dos tecidos animais e vegetais• Níveis de organização – do átomo até a biosfera

• Biodiversidade – Classificação e adaptações morfofisiológicas• Capilaridade• Fototropismo• Geotropismo• Locomoção• Osmose• Fotossíntese

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• Respiração• Transpiração • Gustação• Fermentação

• Classificação dos cinco Reinos de seres vivos• Os vírus• Adaptações dos seres vivos• Organismos geneticamente modificados (transgenia)• Partes dos vegetais• Animais (relações com o ambiente, evolução dos grupos e estudo

comparativo dos principais sistemas em ordem evolutiva)• Grupos de interesse médico-veterinário

• Biodiversidade – Características básicas dos Seres Vivos• Equilíbrio térmico• Transmissão de calor• Isolamento térmico• Metabolismo – transformação de matéria e energia• Diferenças entre seres vivos e não vivos• Relações de interdependências e adaptações dos seres vivos• Adaptações à temperatura

7ª Série• Corpo Humano Como Um Todo Integrado

Ação mecânica da digestão (mastigação, deglutição e movimento peristáltico)

Transporte de nutrientes e gases Pressão arterial Inspiração e expiração Tecnologia de reprodução in vitro e inseminação artificial O som e a audição A luz e a visão (o olho humano como instrumento óptico e o modelo

físico do processo da visão) Tecnologias associadas: a) ao diagnóstico e tratamento de doenças

relacionadas aos diversos sistemas do corpo humano; b) próteses e aparelhos construídos para corrigir deficiências físicas e de órgãos dos sentidos

Tecnologias que causam problemas no sistema nervoso (radiação, metais pesados, armas de fogo, automedicação e acidentes de trânsito)

Nutrição: necessidades nutricionais, hábitos alimentares, alimentos diet e light

Ação química da digestão (transformação dos alimentos, aproveitamento dos nutrientes)

Eliminação de resíduos e hemodiálise Sabores, odores e texturas Reações que ocorrem no organismo com liberação de neuro hormônios

como a adrenalina

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Composição química o álcool e teor alcoólico Morfo-fisiologia dos sistemas digestório cardiovascular, respiratório,

excretor, ósseo, nervoso, endócrino, muscular, reprodutor e sensorial Disfunção e prevenção de doenças dos sistemas Gravidez na adolescência e métodos anticoncepcionais (ação, causa e

conseqüência) Doação de sangue e órgãos Tecnologia associada ao diagnóstico e tratamento de DSTs, inclusive a

AIDS Manipulação genética (célula-tronco , clonagem) Aspectos éticos sobre a biotecnologia

• Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo Diagnóstico e tratamento (radioterapia, intoxicação por agentes físicos,

elementos radioativos, pilhas e baterias) Imunização artificial (soro e vacina) Tratamento quimioterápico Intoxicação por agentes químicos, agrotóxicos, inseticidas e metais

pesados Diagnóstico Tratamentos (alopatia e homeopatia), fitoterapia Sistema imunológico (glóbulos brancos, anticorpos e imunidade)

8ª Série• Astronomia

Astros Gravitação universal

• Matéria Propriedades da matéria

• Sistemas Biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética

• Energia Formas de energia (condutores, aplicações e transformações)

Conservação de energia• Biodiversidade

Interações ecológicas

• Segurança no Trânsito Movimento, deslocamento, trajetória e referencial Velocidade média e aceleração Distância, tempo, inércia e resistência do ar, força de atrito,

aerodinâmica, equipamento de segurança nos meios de transporte Relação entre massa e aceleração Máquinas simples

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Teor alcoólico das bebidas e suas conseqüências no trânsito Acidentes de trânsito uso de drogas e álcool Tempo de reação e reflexo (efeitos o álcool) comparado entre um

organismo que ingeriu drogas e álcool Prevenção de acidentes

• Transformação da matéria e da energia Energia (condutores, aplicações e transformações) Segurança e prevenção Eletricidade (condutores, fontes, aplicações e transformações) Magnetismo (ímãs e bússola) Fotossíntese Fermentação Respiração Combustão Energia na célula (produção, transferência, utilização e

armazenamento) Nutrientes (tipos e funções) Serão inseridos ainda em todas as séries,de acordo com as

oportunidades apresentadas, conteúdos relacionados à etnia racial, drogas, violência, bullying ,sexualidade e meio ambiente, os quais serão trabalhados através de análise, reflexão , coleta de dados, apresentação de seminários, exposições de trabalho, palestras com profissionais da área, pesquisas na internet, bibliotecas, bem como relatórios e apresentação, ressaltando valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimentos, na perspectiva de uma sociedade multicultural.

Para que a escola cumpra essa tarefa, é necessário que a escolha dos conteúdos de estudos e a seleção de aprendizados a serem trabalhados em cada momento não seja aleatória, mas feita dentro de uma estratégia mais ampla de formação humana.

Não se trata de propor algum modelo pedagógico, mas sim de construir coletivamente referência para processos pedagógicos a serem desenvolvidos pela escola, que lhe permitam ser obra e identidade dos sujeitos que ajudam a formar com traços que identifique com o Projeto Político Pedagógico.

2.4. MetodologiaO encaminhamento metodológico deve ser feito numa abordagem crítica

que considere a prática social do sujeito histórico priorizando na escola os conteúdos historicamente constituídos.

É importante que o professor de Ciências estabeleça as relações entre os conteúdos específicos promovendo a integração dos mesmos ao longo dos quatro anos de ensino fundamental desde que respeite o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, a faixa etária e as diferentes formas de apropriação dos conteúdos pelos alunos aumentando gradativamente o aprofundamento dos conteúdos.

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Os conteúdos específicos podem ser tratados por meio de observações, de aulas expositivas, estudos dirigidos, trabalhos em grupo, leitura e discussão de textos complementares, discussão de problemas, utilização de internet, pesquisas em livros paradidáticos, revistas e jornais, de aulas práticas, jogos, visitas, simulações, relatórios, exercícios, bem como atividades experimentares e projeção de filmes,seminários, promovendo a contextualização e a interdisciplinaridade.

2.5. AvaliaçãoA avaliação se dará ao longo do processo de ensino-aprendizagem por meio

de uma interação diária com os alunos, a partir da observação contínua e somatória das atividades desenvolvidas pelos alunos.

Os critérios avaliativos tais como resoluções de questões, exercícios e problemas, participação nos trabalhos de grupo, relatórios de visitas e experiências , debates, Feira de Ciências, palestras, participação nas aulas práticas, leitura e interpretação de textos, produções de textos individuais e coletivos e testes com questões dissertativas e de múltiplas escolhas, seminários, adotados estão ligados à aquisição dos conhecimentos por meio de uma abordagem articulada, em que são avaliadas as formas através das quais o aluno se apropriou desse conhecimento científico e também a relação da Ciência, Tecnologia e Sociedade com os vários aspectos do conhecimento e do quanto o conteúdo se aplica à sua prática social e às outras disciplinas.

A avaliação não poderá ser centralizada em uma única atividade ou método avaliativo. Para isso, precisa considerar o aluno como um sujeito histórico.

Os alunos, à medida que interpretam, refletem, discutem, emitem opiniões, justificam atitudes, se posicionam e argumentam defendendo o próprio ponto de vista, reelaboram os conteúdos curriculares.

O estudo dos ambientes é importante neste campo de saber pois fornece indicativos históricos para a compreensão dos processos de degradação e recuperação de áreas degradadas pro agentes da ação humana como atitudes necessárias para a sobrevivência humana.

2.6. Bibliografia:Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná – SEED, 1997Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar – Junho 2008– Superintendência da Educação

3. EDUCAÇÃO FÍSICA

3.1 Apresentação da DisciplinaA Disciplina de Educação Física surge no Brasil a partir do século XIX por

força das transformações sociais pelas quais o Brasil passava, dentre elas, o fim da escravatura e o incentivo à imigração. Com a Proclamação da Republica, 1889, e a implantação de um novo regime político, a Educação Física ganhou força , pois a burguesia depositou na ginástica, a responsabilidade de

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promover, através de exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida urbana.

A incorporação da Educação Física nos currículos escolares, no Brasil, teve forte influencia da medicina e da Instituição Militar, com praticas pedagógicas importadas da Europa para atender aos objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio de exercícios físicos.

Até 1931 a Educação Física por não existir um Plano Nacional, era adotada pelas forças Armadas, cujas práticas se davam pelo Método Francês. A partir de 1937 a Educação Física se consolidou como disciplina no contexto escolar, sendo então utilizada como doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem e ainda com princípios higienistas para um corpo forte e saudável, com atividades ligadas à formação de um corpo masculino, delineado para a defesa e proteção da família e da Pátria. As atividades dirigidas à mulher, por sua vez, deveriam desenvolver a harmonia das formas femininas e às exigências da maternidade futura. Ainda na década de 30, o esporte começou a popularizar-se confundindo a Educação Física.

A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase, devidos aos acordos entre o MEC e o Departamento Federal de Educação Americana. Devido à adoção dos métodos tecnicistas priorizavam-se a competição e o desempenho. Neste contexto foram priorizados os esportes Olímpicos: Vôlei, basquete, atletismo, entre outros, cujo objetivo era o de representar o país em competições internacionais. Nos anos 90 com a política educacional fortemente marcada pela concepção neoliberal a Educação Física teve um tratamento confuso.

Considerando o contexto histórico, a Educação Física transitou em diversas perspectivas teóricas, desde as mais reacionárias até as mais críticas.

Sendo o trabalho na área da Educação Física tem seus fundamentos nas concepções de corpo e movimento. Ou seja, a natureza do trabalho desenvolvido nessa área tem íntima relação com a compreensão que se tem desses dois conceitos.

Atualmente, a análise crítica e a busca a superação da concepção anteriormente adotada e aponta a necessidade de que, além daqueles pressupostos anteriormente adotados, se considere também as dimensões cultural, social, política e afetiva, presentes no corpo vivo, isto é , no corpodas pessoas, que interagem e se movimentam como sujeitos sociais e como cidadãos.

O processo de ensino e aprendizagem em Educação Física, portanto, não se restringe ao simples exercício de certas habilidades e destrezas, mas sim de capacitar o indivíduo a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social, significativa e adequada.

Os Conteúdos Estruturantes, entendidos como saberes (conhecimentos de grande amplitude) que identificam e organizam os campos de estudos, considerados fundamentais para a compreensão e desenvolvimento do Plano de Trabalho Docente para o ensino fundamental, médio e profissionalizante são: ESPORTE, JOGOS E BRINCADEIRAS, DANÇA, GINÁSTICA E LUTAS, os quais associados aos elementos articuladores da cultura corporal, permitem

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diferentes manifestações corporais que se tornam essenciais quanto à educação do corpo.

Estes elementos articuladores segundo DCE(2008)apud Pistrak(2000), a proposta dos Elementos Articuladores são aquilo que permite ampliar o conhecimento da realidade estabelecendo relações e nexos entre os fenômenos sociais e culturais. A organização do trabalho pedagógico através destes elementos garante uma compreensão da realidade atual de acordo com o método dialético pelo qual se estudam os fenômenos ou temas articuladores entre si e com nexos com a realidade atual mais geral, numa interdependência transformadora, embasado no plano social,permitindo aos estudantes, além da percepção crítica real, uma intervenção ativa na sociedade, com seus problemas, interesses, objetivos e ideais.

3.2 Objetivos Gerais• Refletir sobre as necessidades atuais do Ensino, superando a visão

fragmentada de homem;• Superar as concepções fundadas nas lógico instrumental, anátomo

funcional e esportivizada provenientes de outras matrizes teórico-metodológicas fundadas nos modelos de inspiração positivista, imaginários das ciências da Natureza;

• Compreender o trabalho como categoria fundamental da relação homem-natureza e da constituição da materialidade corporal humana;

• Orientar os alunos para o desenvolvimento de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;

• Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência e discriminação;

• Conhecer, valorizar, respeitar a pluralidade de manifestações de cultura corporal do estado do Paraná, do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais;

• Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva;

• Respeitar a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando o consumismo e o preconceito;

• Perceber que o corpo é carregado de significados portanto devemos refletir sobre posturas, atitudes e gestos;

• Compreender que as práticas esportivas, sejam elas representadas em músicas, dança, teatro, etc., além de possibilitarem articulações com as demais linguagens, favorece a formação da identidade e da cidadania do

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jovem que se educa, fecundando a consciência de uma sociedade multicultural onde ele confronta seus valores, crenças e competências culturais no mundo no qual está inserido;

• Verificar que a Educação Física possui características que lhe permite buscar o equilíbrio entre as diferentes modalidades de inteligências, pois esta é rica em conteúdos que fazem a ponte entre o movimento, a reflexão e a emoção.

3.3 Conteúdos

5ª Série/6 anoI- Esporte• Conteúdos básicos: Coletivos e individuais

Origem, evolução e contexto atual na concepção dos esportes. Vivenciar atividades pré-desportivas no intuito de possibilitar os

fundamentos básicos e adaptações às regras.II- Ginástica• Conteúdos básicos: Ginásticas rítmica, circense e geral

Origem e histórico da ginástica e diferentes formas de movimentos. Construção e experimentação de materiais. Cultura da circo, estimulando a ampliação da consciência corporal.

III- Dança• Conteúdos básicos: Danças folclóricas, de rua e criativas.

Origem e histórico da dança. Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o

ritmo.IV- Jogos e Brincadeiras• Conteúdos básicos: Jogos e brincadeiras populares, jogos de

tabuleiro, jogos cooperativos e jogos pré-desportivos e recreativos. Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e

brincadeiras. Vivenciar e confeccionar brinquedos. Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro.

V- Lutas• Conteúdos básicos: Lutas de aproximação e capoeira

Origem e histórico da luta. Vivenciar movimentos característicos, a música e jogos de oposição.

6ª Série/7 anoI- Esporte• Conteúdos básicos: Coletivos e individuais

Origem dos esportes e mudanças ocorridas no decorrer da história. Regras e os elementos básicos e fundamentos do esporte.

II- Ginástica• Conteúdos básicos: Ginástica rítmica e ginástica geral.

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Aspectos históricos e culturais da ginástica rítmica e geral. Posturas e elementos ginásticos.

III- Dança• Conteúdos básicos: Dança de rua e danças criativas

Histórico delimitando tempos e espaços na dança. Experimentação e variação de movimentos corporais rítmicos

expressivos.

IV- Jogos e Brincadeiras• Conteúdos básicos: Jogos e brincadeiras populares, jogos de

tabuleiro, jogos cooperativos, jogos pré-desportivos e recreativos Diferença entre brincadeira, jogo e esporte. Diferenças regionais.

V- Lutas• Conteúdos básicos: Lutas de aproximação e capoeira

Origem das lutas de aproximação e da capoeira e suas mudanças no decorrer da história.

Vivenciar jogos adaptados e movimentos característicos das lutas.

7ª Série/8ª anoI- Esporte• Conteúdos básicos: Esportes coletivos

Possibilidades do esporte enquanto atividades corporal como: lazer, esporte de rendimento e condicionamento físico.

Benefícios e malefícios do esporte à saúde. Fundamentos técnicos e táticos. Ética e regras nos esportes.

II- Ginástica• Conteúdos básicos: Ginástica de condicionamento físico

Vivência prática da postura e condicionamento físico (alongamento,ginástica aeróbica e localizada).

III- Dança• Conteúdos básicos: Danças criativas e circulares

Elementos e técnicas de danças. Elaboração de esquetes (pequenas sequências cômicas).

IV- Jogos e Brincadeiras• Conteúdos básicos: Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos, cooperativos e

desportivos A valorização e o aprofundamento dos conhecimentos organizados nas

diferentes disciplinas escolares são condição para se estabelecerem as relações interdisciplinares entendidas como necessárias para a compreensão da totalidade.

Organização e elaboração de estratégias de jogo.V- Lutas

• Conteúdos básicos: lutas com instrumento mediador capoeira

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Vivenciar jogos de oposição direcionados à projeção e imobilização. Roda de capoeira.

8ª Série/9º anoI- Esporte• Conteúdos básicos: Esportes coletivos e radicais

Diferentes esportes no contexto social e econômico. Regras oficiais e sistemas táticos. Tabelas e súmulas de competições esportivas

II- Ginástica• Conteúdos básicos: ginástica geral e de academia

Modismo, técnicas específicas, interferência de recursos ergogênicos (doping).

Construção e elaboração de coreografias.III- Danças• Conteúdos básicos: Danças criativas e danças circulares

Organização de festivais de dança. Elementos e técnicas constituintes da dança.

IV- Jogos e Brincadeiras• Conteúdos básicos: Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos, jogos

cooperativos e jogos desportivos. Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos. Organização e criação de gincanas.

V- Lutas• Conteúdos básicos: Lutas com instrumento mediados capoeira

Origem e os aspectos históricos das lutas. Capoeira de angola e regional.

3.4. MetodologiaMetodologia é o conjunto de princípios e pressupostos teóricos conscientes

ou não que levam o professor a adotar diferentes recursos técnicos e estratégicos em suas aulas.

Na Educação Física, a metodologia deve se basear na produção prática e teórica do conhecimento, através da descoberta orientada e a solução de problemas, assim o aluno terá maior grau de autonomia.

Durante o processo de aprendizagem os procedimentos técnicos de coordenação de gestos, adaptação de movimentos a determinadas regras e ritmos, e de uso do espaço e dos objetos, que serão adquiridos através de atividades individuais e coletivas, constituem-se em problemas a serem resolvidos pelos alunos.

É fundamental que no cotidiano escolar se garantam as condições para o usufruto dos conhecimentos resultantes dessas vivências, que dê destino à produção dos alunos.

Deparar-se com suas potencialidades e limitações para buscar desenvolvê-las, é parte integrante do processo de aprendizagem das práticas da cultura

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corporal e envolve sempre um desafio para o aluno, pois o êxito gera um sentimento de satisfação e competência, e o torna confiante para exercer seu dever e direito de satisfação.

Essas habilidades e potencialidades serão desenvolvidas através de exibição de vídeos, estudo e discussão de textos, exposição dos conteúdos de esportes, danças, ginásticas e jogos, sua história, concepções, seus movimentos específicos e seu envolvimento na sociedade atual, cultural e política. E assim, efetuando a aprendizagem e consequentemente desenvolvendo o aluno em toda a sua amplitude.

Através das práticas corporais em jogos individuais ou coletivos, o aluno poderá identificar e desenvolver suas habilidades físicas, percebendo suas limitações e como trabalhá-las, seja no aspecto físico ou emocional, superando tais dificuldades e conscientizando-se da importância de praticá-las, para tanto, serão desenvolvidas atividades para ratificar a necessidade de outro, do companheirismo e da cooperação.

3.5. AvaliaçãoA avaliação deve acompanhar o processo de ensino-aprendizagem, levando

informações a respeito da adequação dos objetivos, da seleção de atividades, dos resultados, das estratégias utilizadas, dentre outros fatores componentes do processo.

Assim, no processo de avaliação deve se levar em consideração a faixa etária dos alunos e o grau de autonomia e discernimento que possuem. Esse processo deve se manifestar de forma contínua, clara, consciente e sistemática, podendo revelar as alterações próprias e características desse momento do aprendizado.

Ao selecionar os instrumentos de avaliação, tais como: observação contínua na participação das aulas, trabalhos práticos e teóricos, testes, o professor deverá observar se o aluno:

• Realiza as práticas da cultura corporal do movimento de maneira cooperativa, utilizando formas de expressão que favoreçam a integração grupal.

• Valoriza a cultura corporal do movimento, conhecendo, apreciando e desfrutando de diferentes manifestações da cultura do seu ambiente e de outros.

• Relaciona os elementos da cultura corporal com a saúde e a qualidade de vida.

O aluno deverá concluir que, através da atividade física individual e coletiva é possível desenvolver princípios de valores morais, cooperativos e solidários que possam contribuir no seu meio social, agindo e interagindo como membro participante e ativo.

3.6. BibliografiaDIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ Educação FísicaEDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO – Hudson V. TeixeiraTEXTOS DE ED. FÍSICA PARA SALA DE AULA – Roseli Bregolato

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ENSINO RELIGIOSO

4.1 Apresentação da DisciplinaO Ensino Religioso é a disciplina de conhecimento a qual se confia do ponto

de vista da escola leiga e pluralista,observando a necessidade de se superar uma posição monopolista e proselitista, propondo o respeito à diversidade cultural e religiosa, para que haja um conhecimento de como os grupos sociais se constituem e se relacionam com o Sagrado, numa busca do transcendente, de um significado do sentido da existência, da razão de ser. Por isso, enquanto disciplina escolar tem como objeto de estudo o “fenômeno Religioso” e como que os homens se relacionaram com ele através dos tempos. Assim sendo, o foco no sagrado e em diferentes manifestações possibilita a reflexão sobre a realidade contida na pluralidade desse assunto, numa perspectiva de compreensão sobre a sua religiosidade e a do outro, na diversidade universal do conhecimento humano e suas diferentes formas de ver o sagrado.

Com isso, a disciplina pretende contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso, entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o “sagrada” na diversidade de manifestações religiosas, de seus ritos, das suas paisagens e símbolos, na compreensão dos conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre interferências das tradições religiosas.

4.2 Objetivos gerais • Analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência religiosa do

cotidiano que nos contextualiza no universo cultural, fazendo-nos participadores do processo civilizador da humanidade.

• O Ensino Religioso visa a proporcionar aos educandos a oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade de tal forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere.

• Compreender o respeito à diversidade cultural, em suas relações éticas e sociais diante da sociedade, em contra ponto ao preconceito e a discriminação.

• Reconhecer que todos nós somos portadores de singularidades e respeitarmo-nos nas nossas diferenças como cidadãos, como pessoas éticas.

4.3 ConteúdosEmenta: Baseia-se nos seguintes conteúdos estruturantes: Paisagem religiosa, Símbolos, Textos Sagrados.

5ª SérieRespeito à Diversidade Religiosa

• Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

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• Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa

• Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão• Direito à liberdade de reunião e associação pacificas• Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado

Organizações Religiosas• A diversidade de religiões no mundo e no Brasil• Religiões Monoteístas e Politeístas• As organizações religiosas e os problemas do mundo contemporâneo

Lugares Sagrados• Caracterização dos lugares e templos sagrados; lugares de peregrinação,

de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.

• Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.• Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, etc.

Textos Orais e Escritos –Sagrados• Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas

diferentes culturas religiosas.• Literatura oral escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)• Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escrituras Babá´isFé Babá I, Tradições

Orais Africanas, Afro-Brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.Símbolos Religiosos

• Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:• Nos ritos• Nos mitos• No cotidiano• Exemplos: arquitetura religiosa, mantras, paramentos, objetos, etc.

6ª SérieTemporalidade Sagrada

• Tempo Sagrado• Tempo Profano

Festas Religiosas• São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, como

objetivos diversos: confraternização, comemoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.

• Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas,

• Exemplos: Festa do Dente sagrado (budismo), Ramada (islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (judaísmo), etc.

Ritos• Práticas celebrativas das tradições/ manifestações religiosas, formadas

por um conjunto de rituais.• Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento

sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/ manifestações religiosas e também

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podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.

• Ritos de passagem• Mortuários,• Propiciatórios• Outros• Exemplos: dança (Xire) – Candomblé, Kiki (kaingang – ritual fúnebre), Via

sacra. Festejos indígena de colheita, etc.Vida e Morte

• As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas tradições/ manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

• o sentido da vida nas tradições /manifestações religiosas• reencarnação• ressurreição – ação de voltar à vida• além da morte• ancestralidade vida dos antepassados espíritos dos antepassados se

tornam presente outras interpretações.

4.4 MetodologiaA didática que pretende, nesta disciplina, um constante repensar das ações

que subsidiarão a dimensão técnica da pratica pedagógica, seu objeto, a luz de um projeto ético e político social que a oriente, entendemos que o encaminhamento metodológico do Ensino Religioso será decorrente de uma reflexão sistemática.

Tal reflexão deve abranger e superar as explicitações da prática educativa, a saber, a filosofia da educação que aceitamos, a nossa concepção de educação, a escola, os conteúdos selecionados e mais especificamente o conhecimento do “Sagrado” e sua incorporação será referência no processo de ensino e aprendizagem, não apenas no planejamento formalizado, mas, na prática pedagógica, no efetivo trabalho com os alunos.

A metodologia do Ensino Religioso deve ser dinâmica, flexível e adequada a cada conteúdo ou tema a ser desenvolvido de modo a favorecer a interação, o diálogo e compromisso com a vida cidadã.

Através da construção e a socialização do conhecimento religioso, favorecer a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio como diferente, sua realização pessoal, contribuindo para a superação do preconceito, a ausência ou presença de qualquer crença religiosa, de toda a forma proselitismo, bem como de qualquer discriminação do Sagrado, para que haja um alargamento da compreensão dos educandos e dos seus conhecimentos a respeito da diversidade religiosa.

4.5 AvaliaçãoSe o Ensino Religioso propõe um conhecimento objetivo, esse pode ser

avaliado, como acontece nas demais disciplinas, pois o Ensino Religioso se encontra no contexto da escola, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escola públicas de Educação Básicas.

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Dentre as orientações metodológicas para a disciplina de Ensino Religioso, faz-se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma vez que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere à atribuição de notas e ou conceitos. Ou seja, o Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter facultativo da matricula na disciplina.

Assim cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, através de instrumentos que o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriam ou tem se apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer que o que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referencial para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.

É importante destacar a auto-avaliação como um processo contínuo e reflexivo da prática dos alunos.

4.6 BibliografiaASSINTEC.Ensino religioso: sugestões pedagógicas.Curitiba:ASINTEC, 2002O sagrado no ensino religioso/Valdir Biaca;Elson Oliveira Souza;Emerli Scholgl;Sérgio Rogério Azevedo [e] Sant’Ana, René Simonato.-Curitiba : SEED- Pr.,2006 p. 136(Cadernos Pedagógicos do ensino fundamental,v.8)BRASIL.Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.Lei nº9394, de 20 de dezembro de 1996PARANÁ,Secretaria de Estado da Educação.Curriculares de Ensino Religioso para Educação Básica.Curitiba:2008HIMMELS, Jihn R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.

5. GEOGRAFIA

5.1 Apresentação da DisciplinaDe acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Ensino

Fundamental é obrigatório e gratuito constituindo-se em direito público, pois sua oferta não se restringe ao interesse particular mas público, de toda a sociedade ao mesmo tempo e também um direito próprio do cidadão em exigir sua oferta.

O Ensino Fundamental regular tem 8 anos de duração compondo-se de quatro anos iniciais e quatro finais, atendendo crianças e jovens de 7 a 14 anos. Os quatro anos iniciais, desde os anos 90 no Estado do Paraná passaram a ser responsabilidade do Município, ficando os quatro anos finais sob responsabilidade do Governo Estadual.

O nosso Estabelecimento atende o Ensino Fundamental de 5ª à 8ª séries em três turnos, sendo que o noturno atende sétima e oitava série.

A função do ensino fundamental é o trabalho com o conhecimento que propicie aos alunos oportunidades de aprendizagem para que adquiram, através dos conceitos, a compreensão do seu mundo e do seu tempo, contribuindo para a construção do próprio saber.

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Nos séculos XV e XVI, diversos viajantes alargaram o horizonte geográfico. O mapeamento e a cartografia, tiveram grande avanço, mas tinham um caráter apenas descritivo, até o final do século XVIII, não se pode falar em geografia como uma ciência.

A geografia começou a se estruturar como ciência na Alemanha, com Humboldt (1769-1859) e Ritter (1779-1859). Esses dois cientistas deram à Geografia um método de análise, tentando estabelecer as relações entre os fenômenos que ocorrem nas diversas paisagens da superfície do planeta e desses com a ação da humanidade.

Assim, a Geografia abandonou o papel puramente descritivo e passou a explicar fenômenos e suas inter-relações, tornando-se uma ciência. A partir daí, a Geografia passa a ter um caráter científico e acadêmico e a ser produzida e pensada nas universidades.

Em 1844-1904 o determinismo geográfico de Ratzel, na Alemanha, vem a ter uma influência muito grande sobre os geógrafos que acreditavam que a sociedade humana e suas atividades eram determinadas pelo meio físico. Ratzel estabeleceu bases para a Geografia Humana. Desenvolveu o conceito de “espaço vital”, no qual havia uma relação entre população e os recursos disponíveis em seu território. Posteriormente, Ratzel passou a considerar as influências das condições culturais se históricas na determinação das sociedades e suas atividades.

A segunda metade do século XX foi marcada por revoluções, confrontos, movimentos de libertações e questionamento do sistema mundial de dominação: Yves Lacostes, faz uma crítica à Geografia tradicional, dizendo que ela sempre existiu a serviço da dominação e do poder. Os geógrafos como Pierre George, B. Kayser e Guglcelmo, passaram a questionar o papel assumido até então pela Geografia tradicional. O centro das preocupações passa a ser as relações entre a sociedade, trabalho e a natureza, na apropriação dos recursos e na produção de espaços diferenciados.

A geografia no Brasil, vai-se desenvolver após a década de 1930, quando se institucionalizou historicamente, o Brasil passava de um país agro-exportador para um país industrial, com uma influência maior da burguesia e a classe média urbana.

Sabe-se que a partir da década de 80, no Brasil, a Geografia como outras áreas do conhecimento, passaram por acirrados debates e reflexões das diferentes tendências teórico-metodológicas. Entre estes embates estavam a Geografia tradicional e as novas tendências do movimento de renovação da Geografia, bem como o retorno da Geografia enquanto disciplina no Ensino Fundamental.

Tendo em vista a globalização, uma nova ordem mundial com novos conflitos e tensões, a formação de blocos econômicos, as questões ambientais que dão novos significados à sociedade, o papel da geografia é dar suporte e contribuição na formação do educando para esta nova sociedade.

Diante dos novos rumos da humanidade faz-se necessário que o aluno participe ativamente na vida: social, política e econômica do país, formando indivíduos conscientes, com alto grau de responsabilidade utilizando seus talentos e as tecnologias avançadas.

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Buscando compreender as relações econômicas, sociais e suas práticas nas escolas, local, regional, nacional e global, a geografia se sustenta na realidade para pensar todas as relações cotidianas onde se estabelecem as redes sociais nas referidas escalas.

A geografia terá com papel fundamental proporcionar situações que permitam ao educando pensar sobre o tempo e o espaço de vivência. Dentro dessa perspectiva a geografia deve ser pautada em estudar temas novos nos quais a interdisciplinaridade é essencial.

O objetivo da Geografia é desenvolver as potencialidades do educando: seu raciocínio lógico, sua inteligência emocional, sua criatividade, seu espírito crítico, sua capacidade de aprender por conta própria, de pesquisar e buscar coisas novas.

A Geografia tem como preocupação fundamental oferecer subsídios ao desenvolvimento da cidadania, fazendo com que o educando compreenda criticamente o mundo em que vive, desde a escala local até a global ou planetária.

O papel geopolítico e econômico da geografia desponta a compreensão da realidade social e cultural das sociedades contemporâneas, embora reconheça o grau de complexidade que envolve este campo devido os entrelaçamentos entre o tempo e espaço, que se realizam de forma dinâmica. Neste sentido a geografia estuda as contradições da tecnologia, pois mostra as facilidades em relação ao trabalho dos homens e ao mesmo tempo a exclusão social.

Na apreensão do conhecimento geográfico são importantes as várias linguagens que o mundo moderno oferece, constituindo-se em instrumentos fundamentais para a compreensão da realidade de nosso século. O acesso às diferentes linguagens e ao diferentes documentos, pode ajudar os jovens a compreender melhor a realidade espacial e temporal em que eles vivem para que atuem de forma competente com as necessidades, o s interesses individuais e de seu grupo social.

Nos anos finais do ensino fundamental , espera-se que o aluno amplie as noções espaciais que desenvolveu nos anos iniciais desse nível de ensino. Dessa forma caberá ao professor trabalhar os conhecimentos necessários para o entendimento das inter-relações entre as dimensões econômica, cultural e demográfica, política e socioambiental presentes no espaço geográfico.

O espaço geográfico devera ser compreendido como resultada integração entre dinâmica físico-natural e dinâmica humano-social, assim, o aluno poderá desenvolver a capacidade de analisar os fenômenos geográficos e relaciona-los quando possível, entre si.

5.2 Objetivos:• Reconhecer os processos históricos e contemporâneos, conjunto de

práticas dos diferentes agentes que resultaram em mudanças na organização e formação do espaço.

• Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas, culturais e políticas no seu lugar-mundo.

• Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da geografia e seus diferentes vínculos políticos e ideológicos (paisagem, região, lugar, território, natureza, sociedade)

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• Levar o aluno ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia (mapas, gráfico, tabelas, etc), considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais ou espacializados.

• Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográficas e geográficas, como formas de organizar e conhecer a localização, distribuição e freqüência dos fenômenos naturais e humanos.

• Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação, identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar, paisagem ou território.

• Desenvolver a observação dois processos de formação e transformação dos territórios, tendo em vista trabalho, tecnologia e sociedade.

• Analisar e comparar as relações entre preservação da natureza e degradação da vida no planeta, levando em consideração os fenômenos socioculturais, econômicos, políticos e tecnológicos que incidem sobre ela.

• Desenvolver as possibilidades do aluno adquirir o hábito da informação da criticidade, análise e reflexão.

• Propiciar aos alunos conteúdos referentes as culturas afro-brasileira, indígena e educação ambiental e relacioná-las com a atual realidade.

5.3 ConteúdosConteúdos Estruturantes:

• Dimensão econômica do espaço geográfico;• Dimensão política do espaço geográfico• Dimensão socioambiental do espaço geográfico • Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

5ª Série/ 6º AnoI- Dimensão econômica do espaço geográfico

• Revoluções industriais• Agropecuária e as condições ambientais (clima, solo e relevo)• O extrativismo mineral • O aproveitamento do espaço e o meio ambiente

II- Dimensão política do espaço geográfico• O mercado consumidor e a sociedade de consumo

III- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfica • São A natureza e o trabalho humano (meio ambiente)• O trabalho humano e as transformações da natureza

IV- A Dimensão socioambiental do espaço geográfico • O tempo natureza• Orientação, localização• Coordenadas geográficas (meridianos e paralelos)• A linguagem cartográfica• Os movimentos da Terra – Rotação e Translação

6ª Série/ 7ª AnoI- Dimensão econômica do Espaço Geográfico

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• Sudeste: a construção de espaços geográficos• Sul e Centro-Oeste: a construção de espaços geográficos• Norte e Amazônia: a construção de espaços geográficos• Da sociedade agrária para a urbana – industrial• Brasil industrialização

II - Dimensão política do espaço geográfico• Panorama da agropecuária no Brasil• As fontes de energia utilizadas na produção e nos transportes

III- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfica • A urbanização brasileira no século XX e seus problemas• A população brasileira (etnia racial /sexualidade)• A construção espaço geográfico no Brasil• Nordeste: A construção de espaços geográficos

IV- Dimensão Socioambiental• O espaço indígena• O território brasileiro: características gerais, localização, posição

geográfica, extensão territorial, limites e fronteiras• Domínios morfoclimáticos e o ambientalismo

7ª Série/8 º AnoI- Dimensão econômica do Espaço Geográfico

• A formação e a distribuição dos continentes resultam da história da natureza

II- Dimensão política do espaço geográfico • Diversidade sócio-econômica espacial (regionalização)• O mercado – blocos econômicos• As bases históricas do subdesenvolvimento e fatores internos e externos• A exploração, a base da economia do primeiro mundo, sobre os países do

mundo subdesenvolvidoIII- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

• Os países – histórias da sociedade humana• Diversidade étnica – unidade da humanidade• Sociedade, globalização e regionalização (drogas e violência)

IV- Dimensão socioambiental• A Geografia da diversidade de paisagens naturais e a regionalização

8ª Série/9º anoI- Dimensão econômica do espaço geográfico

• O espaço geográfico: fluxos da globalização (drogas e violência)• O desenvolvimento científico informacional• Europa: panorama geral do meio geográfico• As potências emergentes da Ásia (Japão, Tigres Asiáticos, China)• Oriente Médio: os maiores produtores mundiais de petróleo

II- Dimensão socioambiental do espaço geográfico • Os acordos internacionais sobre o meio ambiente, mudanças climáticas• Problemas ambientais globais (urbanos e rurais)

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• Europa: Continente ou Península; aspectos físicos da Europa; impactos ambientais europeus

• Aspectos físicos ou naturais do Japão e Tigres Asiáticos• Problemas ambientais asiáticos• O meio ambiente da região do Oriente Média/ Ásia

III- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico • A era do consumo: cidades globais• Movimentos nacionalistas europeus• Modernização, meio ambiente e cidadania• Era Meijí: revolução industrial (a casta dos samurais)• Conflitos religiosos

IV- Dimensão política do espaço geográfico • Globalização• Europa Oriental e a CEI: espaços em transição• Distribuição espacial das indústrias• Países exportadores de petróleo

5.4 MetodologiaA Geografia é uma ciência que utiliza a observação, a descrição, a

comparação, a interpretação e a análise para ser bem compreendida.Começando com a conceituação de espaço Geográfico, muitos são os

estudos sobre este tema. Espaço geográfico não se auto-explica, mas exige esclarecimentos, além de que pode-se utilizar de vários recursos e práticas pedagógicas, que venham a concorrer para que o aluno tenha o máximo de apreensão dos conteúdos, como levantamento de conhecimentos prévios, debates entre professor e alunos, aulas expositivas, sem nos abster dos recursos materiais disponíveis na escola como TV pen drive e laboratório de informática.

O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não consideradas isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem que, formada por objetos naturais, ao longo da história vão sendo substituídos por objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina.

Os objetos que interessam á geografia não são apenas objetos moveis, mas também imóveis, que através da história desses objetos, da forma como foram produzidos e mudam, fizeram com que a Geografia física e humana se encontrasse. Essa conceituação de espaço geográfico contribui para uma leitura crítica das contradições e conflitos nele implícitos e explícitos. Nessa perspectiva teórica, implica ensinar o aluno a ler e interpretar o espaço geográfico. O aluno compreenderá como se dão as relações sócio-espaciais.

Considerando o conhecimento historicamente produzido, como o principal instrumento para a efetivação dos objetivos da Geografia Crítica, o professor e o aluno, deve ser entendido como sujeitos. O primeiro deve assumir sua função de mediador desenvolvendo no aluno a capacidade de observar, analisar, interpretar a realidade.

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É preciso que se assuma prática pedagógica que ajudem o desenvolvimento da autonomia dos alunos, garantindo uma participação coletiva., confrontando os conhecimentos que eles já possuem sobre a relação homem/ natureza, homem/ homem, com os conhecimentos científicos historicamente acumulados.

O ensino da Geografia não pode deixar de considerar em conteúdos as categorias lugar, espaço, território. O lugar do aluno em relação com outros espaços para que o mesmo tenha uma visão de totalidade, que envolva espaço e sociedade, natureza e homem e se posicionem como agente transformador.

O trabalho pedagógico da história e da cultura afro-brasileira e indígena pode ser feita por meio de textos, imagens, mapas e maquetes que tragam conhecimentos sobre a questão histórica da composição étnica e miscigenação da população brasileira, da distribuição espacial da população afro-descendente e indígena no Brasil, contribuições das etnias indígenas e africana no Brasil e no mundo, as contribuições dos povos africanos e indígenas no tempo e no espaço.

A educação ambiental deve ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente, no ensino de Geografia, a temática ambiental será tratada de forma contextualizada a partir das relações que estabelece com as questões políticas e econômicas.

5.5 AvaliaçãoA avaliação é parte do processo de ensino/ aprendizagem e adquire sentido

na medida em que e articula com o projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de ensino, sendo que devera ser formativa, diagnostica, processual e continuada, norteando a aprendizagem do aluno e o trabalho do professor, já que os alunos têm diferentes formas e ritmos de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação possibilitara a intervenção pedagógica do professor durante todo o tempo, dando ao aluno a oportunidade de (re)construir seu conhecimento e espaço em vive.

A avaliação deve articular o objetivo e estudo, contemplando diferentes atividades pedagógicas, como: interpretação e produção de textos de geografia; interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; relatórios de aula de campo; apresentação e discussão de temas em seminários; construção, representação e analise do espaço através de maquete, entre outros.

Em Geografia, os principais critérios a serem observados na avaliação são as formações dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio-espaciais. Para isso, o professor deve estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, a condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerce para sua ação pedagógica e que, simultaneamente, parta dessa opção para o sempre necessário aprofundamento teórico.

A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos e como esses, serão avaliados em cada atividade proposta.

5.6 BibliografiaCAVALCANTI, Lana de Souza – Escola Construção de Conhecimentos . Campinas, São Paulo. Ed. Papirus, 1998SEED, Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008

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6. HISTÓRIA

6.1 Apresentação da DisciplinaO estudo da construção da sociedade brasileira remete ao conhecimento

das comunidades primitivas da América antes e após a chegada dos europeus, bem como a organização das sociedades humanas em outros continentes, possibilitando a apreensão de conhecimentos que permitam o entendimento da realidade do aluno.

O ensino de História proposto a partir da pedagogia histórico-crítica pretende superar os desafios, quais sejam: desenvolver o senso crítico, compreender as formas de produção dos conhecimentos e as relações estabelecidas pelas sociedades no decorrer do tempo, onde professor e aluno são indivíduos produtores de conhecimento, possibilitando ao aluno pensar-se como cidadão do seu tempo.

Para tanto, é preciso entender a História como produto do pensamento e da ação do homem, de um conjunto da humanidade (uma produção não somente material) no decorrer do tempo. Trata-se de um movimento contínuo, dinâmico, plural, uma vez que seu objeto são as sociedades humanas no tempo e no espaço, a teia de relações que foram e são estabelecidas no âmbito do poder, da cultura, do trabalho, etc.

Nessa direção, possibilitar os meios para que os alunos se compreendam enquanto sujeitos do conhecimento e permitir-lhes o desenvolvimento da historicidade, da noção de temporalidade, das mudanças e permanências na sociedade, onde o professor é o mediador desse processo estabelecendo recortes para facilitar este estudo sem perder de vista a totalidade.

De acordo com as novas diretrizes curriculares (2008) integraram-se à disciplina de história, em seus conteúdos específicos os chamados “desafios contemporâneos” (violência, sexualidade, drogas, etnia racial e meio ambiente). Para explorar esses desafios será desenvolvido o resgate o processo histórico e suas diferentes manifestações relacionadas com a sociedade contemporânea.

Desse modo, o ensino de História visa contribuir para a construção do conhecimento, o respeito ao outro, a compreensão da diversidade étnico-cultural brasileira.

A origem do homem e a formação das sociedades humanas no tempo e no espaço até o Século XVI; a constituição do sistema colonial: contestação, mudanças, permanências e independência do Brasil; a construção do Brasil Nação: os ideais de um projeto para o progresso do País.

Do imperialismo do século XIX ao século XXI – o Brasil Nação, da construção da modernidade à sociedade contemporânea.

6.2 Objetivos Geral:

• Desenvolver condições para que o aluno compreenda a constituição da sociedade humana, sua trajetória e ações que causaram e causam

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transformações ou permanências no meio em que ele vive, em sua forma de pensar e agir no decorrer do tempo.

Específicos:• Entender que o processo histórico é resultado de fatores econômicos,

sociais, políticos e culturais.• Identificar a terminologia básica necessária à compreensão do processo

histórico.• Desenvolver a capacidade de perceber as raízes históricas dos fatos

contemporâneos e as futuras perspectivas do nosso presente.• Desenvolver a capacidade de interpretar e de criticar fatos e situações

reais da sua região e do país.

6.3 Conteúdos

5º Série/6ºanoA Produção do Conhecimento Histórico

• O historiador e a produção do conhecimento histórico• Tempo e temporalidade• Fontes históricas: escrita e não escritas• Patrimônio material e imaterial• A história e as outras áreas do conhecimento: Antropologia, Arqueologia,

Paleontologia, Geologia, Sociologia, Etnologia, Economia, Biologia, Geografia, entre outras

A Humanidade e a História• De onde viemos? Quem somos?• A origem do homem• Mitos e lendas sobre a origem do homem• Teorias sobre o surgimento do homem no Continente Americano• Repensar o conceito: Pré-História, Pré-História brasileira, Fósseis• História oral e local: memória e sociedade

As Civilizações e Povos do Continente Americano• Desafio contemporâneo, meio ambiente• Os povos indígenas norte-americanos

Arqueologia no Brasil• Sítios arqueológicos• Sambaquis

Povos Indígenas: O Brasil antes da chegada dos Europeus• Desafios contemporâneos, meio ambiente• Indígenas brasileiros: Potiguares, Caetés, Tupinambás, Tamoios, entre

outros• Indígenas paranaenses: Kaingang, Guarani, Xetá, Xokleng

As Civilizações: África, Ásia. • Primeiras cidades• Os berberes, Egito, Núbia• Mesopotâmia, Hebreus, Fenícios, Persa• Índia, China, Japão

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Os Reinos e Sociedades Africanas • Desafio contemporâneo, etnia racial• Etiópia, Congo, Ghana, Shongai, Mossis, Benin, Bosquímanos, Hotentotes,

entre outros• Sociedade e Cultura• Política e Economia• Religiosidade e Tradições

As Civilizações: Europa• Grécia• Roma

6º Série/7ºanoCrise do Império Romano

• Ruralização da sociedade• Povos e reinos germânicos• Império Bizantino

Civilização islâmica• Expanção do Islamismo• Cultura islâmica

Formação do feudalismo• Império de Carlos Magno• Feudo e sociedade feudal• A Igreja Católica e o feudalismo• As Cruzadas• Renascimento comercial e urbano

Península Ibérica nos séculos XIV e XV• A reconquista• Religiões: Cristianismo, Islamismo, Judaísmo

Renascimento cultural• Resgate da cultura greco-romana• Renascimento na península Itálica• Renascimento na Europa

Monarquias Nacionais e Absolutismo• Centralização do poder• Burguesia, Nobreza e o poder real• Religião e poder real

Expansão Marítima e Comercial• O comércio de especiarias e artigos exóticos• A chegada dos europeus à América

Outras Culturas, outros olhares• Desafios contemporâneos, violência• O choque ente as culturas indígena e européia• Resistência e dominação• Escravização indígena: mão-de-obra• Catequização: “civilizar pela fé”

A Formação da Sociedade nas três Américas

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• Desafios contemporâneos, violência• América franco-inglesa• América espanhola• América portuguesa• A organização político-administrativa colonial no Brasil: capitanias

hereditárias, sesmarias• A mão-de-obra escrava: da África para o Brasil• Economia: pau-brasil, cana-de-açúcar, erva mate, mineração• Uma cultura, três elementos: indígena, europeu, africano

A Expansão e Consolidação do Território Brasil• As missões jesuíticas• As bandeiras• As invasões estrangeiras

A Colonização do Paraná• Sociedade e Cultura

O Sistema Colonial: Economia Escravista• Relações de trabalho: escravidão e trabalho livre• O tráfico de escravos• O escravo como mercadoria

A Colonização do Paraná• Sociedade e Cultura• Política e Economia

Movimentos de Contestação• As revoltas nativistas e separatistas• Inconfidência Mineira• Conjuração Baiana• Os Quilombos

7ª Série/8º anoA Consolidação dos Estados Europeus e o Antigo Regime

• Crise do sistema, Reforma Religiosa e Contra-Reforma• absolutismo• Iluminismo

A Independência das Treze Colônias Inglesas• A exploração inglesa• A busca de autonomia• Colônias de povoamento e exploração: os dois lados da moeda• O fim do domínio colonial da Inglaterra

Revolução industrial• Desafio contemporâneo, meio ambiente• Revolução industrial na Inglaterra• Novas classes sociais : Proletariado e capitalista• Influências da Revolução industrial no mundo

A Revolução Francesa e o Império Napoleônico• A queda do Antigo regime• Idéias que se espalharam na Península Ibérica

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• O bloqueio ContinentalA vinda da Família Real para o Brasil

• A abertura dos portos e o tratado de 1810• A elevação da colônia a Reino Unido• Desenvolvimento urbano e cultural

O processo de Independência na América latina• Colônias espanholas

A Independência do Brasil• O retorno de Dom João a Portugal• O primeiro Império e o governo de Dom Pedro I• A Constituição de 1824• A unidade territorial e a permanência das estruturas coloniais• A Confederação do Equador e a Província Cisplatina• Período Regencial• As revoltas regenciais: cabanagem, Revolução Farroupilha, Sabinada,

Balaiada, Revolta dos Malês• O índio e o negro na sociedade atual

O Segundo Império: O Governo e Dom Pedro II• A construção da Nação• O Instituto Histórico Geográfico Brasileiro• O fim do tráfico: crise do sistema escravista• Economia: latifúndio, braço escravo e a riqueza do país: o café• Lei de Terras, lei Euzébio de Queiroz – 1850• Movimentos Messiânicos: canudos e Contestado• A Imigração Européia: um projeto, duas urgências: substituição do braço

escravo; núcleos coloniais (desenvolvimento, miscigenação, branqueamento da população), Promotores de progresso e civilidade

• Movimento abolicionistaGuerra do Paraguai

• Desafio contemporâneo, violência• Conflitos na América do Sul

Paraná: Emancipação Política – 1853• Sociedade e organização político-administrativa• Os povos indígenas e a terra indígena• Uma cultura, vários elementos

Proclamação da República• Os primeiros anos da República

Imperialismo o século XIX• Desafio contemporâneo, etnia racial e violência• A partilhada África e da Ásia• Desafio contemporâneo, drogas ( guerra do Ópio)• Separatismo e Apartheid• América latina e imperialismo norte-americano

8º Série/9ano

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Primeira Guerra Mundial• Segunda revolução industrial e imperialismo• A política de alianças• O conflito• Os tratados de paz• A participação do Brasil

A Revolução Russa• A sociedade, a política e a economia• A Revolução de 1917• Bolcheviques e Mencheviques• A ditadura do proletariado• Formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas

A Década de 1920 no Brasil e no Mundo• Sociedade e organização político-administrativa• Produção cultural e crítica social• Economia• Crise de 1929

A Revolução de 1930 e Era Vargas (1930 a 1945)• Leis trabalhistas• Industrialização, trabalho e desenvolvimento• O trabalho: disciplina e ordem• A mulher: o direito ao voto

O Populismo no Brasil e na América Latina• Integralismo

Os regimes Totalitários• Desafios contemporâneos, violência e etnia racial• Nazismo e Fascismo• A expansão dos regimes totalitários

Segunda Guerra Mundial• Política de alianças• O conflito• O fim da guerra• A participação do Brasil

A Guerra Fria• A bipolarização do mundo• O muro de Berlim

O Regime Militar no Brasil e na América Latina• Revolução Cubana• Chile: a decomposição de Salvador Allende• O golpe militar no Brasil (1964)• Repressão, censura e os meios de comunicação• Produção cultural• Futebol: o uso ideológico – o despertar da Nação

Movimentos Sociais, Culturais e Contestação• Desafios contemporâneos, sexualidade

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• Europa• África• América• Ásia

Descolonização• Desafios contemporâneos, violência e etnia racial• África• Ásia

O Fim da Guerra Fria• A queda do muro de Berlim• A dissolução do socialismo• A unificação da Alemanha

Globalização• MERCOSUL• ALCA• Mercado comum Europeu, entre outros

Atualidade• Desafios contemporâneos, violência e etnia racial, drogas, sexualidade,

meio ambiente• A sociedade brasileira• O Oriente Médio• A América Latina• Desenvolvimento, exploração, consciência, conservação, ecologia:

preservar para conhecer e usufruir

6.4 MetodologiaO trabalho com a disciplina de História envolverá leituras de textos

variados, de livros, jornais, revistas, para que o aluno acompanhe de forma dinâmica os acontecimentos ou verifique como eram relatados os fatos no tempo, além de filmes para reflexão do conteúdo ligado à história estudada. Como técnicas serão usadas formas de trabalhos em grupo, individuais, exposições, seminários, trabalhos interdisciplinares com outras disciplinas, bem como envolvimento da arte seja na criação, desenhos, ou exposições de painéis com conteúdo histórico.

6.5 AvaliaçãoConsiderando a avaliação uma prática processual e que o indivíduo está

inserido num contexto mutável a avaliação ocorrerá a partir da produção individual e coletiva que poderão ser manifestadas pela compreensão da construção do conhecimento através dos objetivos estabelecidos de acordo com os temas.

Assim cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, através de instrumentos que o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriam ou tem se apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de História. Significa dizer que o que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referencial para a

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compreensão do contexto histórico no espaço onde os alunos estão inseridos. Para tanto será utilizados vários instrumentos de avaliação, tais como: seminários , produção textual, analise de textos, pesquisa, fichamento , simulados, sínteses, painéis, texto ilustrado, charges, paródias, atividades coletivas.

Segundo a Lei de diretrizes e bases da educação nacional, a avaliação é continua e diagnóstica do desempenho do aluno , com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre de eventuais provas finais. Ainda segundo a LDB tem-se a obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar.

De acordo com as diretrizes curriculares a avaliação assume uma dimensão formadora, o resultado desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, permitido que haja uma reflexão sobre a ação pedagógica.

6.6 BibliografiaBURKE, Peter. A Escrita da História. São Paulo: Unesp, 1992._______Uma História Social do Conhecimento: de Gutemberg a Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.CARDOSO, Ciro Flamarion;VAINFAS,Ronaldo(orgs).Domínios da História. Campinas: Campus, 1997.CHARTIER, Roger. “-O Mundo como Representação” Estudos Avançados 11(5),1991.------A Aventura do Livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Editora UNESP/Imprensa Oficial do Estado, 1999.BRASIL.Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional.Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996.COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 1997.GAPARIN, J.L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas. Autores Associados, 2002.GIORDANI, Mário Curtis. História da África Anterior Aos Descobrimentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985.GINZBURG, Carlo. O Queijo e os Vermes: o cotidiano e as idéias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.MESGRAVIS, Laima. PINSKY, Carla Bassanezi. natureza O Brasil que os Europeus encontraram: a, os índios, os homens brancos. São Paulo: Contexto, 2000.

PARANÁ.Secretaria de Estado de Educação DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA – HISTÓRIA,2008SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. São Paulo: Ática, 2006.STAROBINSKI, Jean. As Máscaras da Civilização: Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

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7. LÍNGUA PORTUGUESA

7.1 Apresentação da DisciplinaQuando se fala em língua portuguesa fala-se de uma unidade que se

constitui de muitas variedades. O uso de uma ou outra forma depende de fatores geográficos, socioeconômicos, de faixa etária, do sexo e das relações estabelecidas entre falantes e do contexto da fala.

O domínio da linguagem e da língua são condições de possibilidade de participação social, pois é através dela que as pessoas se comunicam, têm acesso à informação, expressam e defendem seu ponto de vista e, automaticamente, produzem cultura. Sendo assim, para elaborar um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural é necessário garantir a todos os alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários; e como cidadão produzir textos eficazes nas mais variadas situações.

É pela linguagem que se expressam ideias, pensamentos, intenções e se estabelecem relações antes inexistentes, pois a língua é um sistema de signos específicos, o qual possibilita ao homem dar sentido ao mundo e à sociedade; compreendendo que estes significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

As escolhas feitas para produzir um discurso não são aleatórias, são decorrentes das condições em que o discurso é realizado. Essa produção discursiva não acontece no vazio, antes, relaciona-se com outros que já foram produzidos, pois estão em constante relação uns com os outros. Este discurso manifesta-se através de textos orais e escritos, que tenham um todo significativo; caso contrário, não passam de um amontoado aleatório de enunciados.

O ensino da língua portuguesa como prática pedagógica deve articular-se em torno de três variáveis: o aluno, os conhecimentos e a mediação do professor em três dimensões: oralidade, leitura e escrita. O aluno é o sujeito da ação de aprender, aquele que age sobre o objeto de conhecimento, que compreende os conhecimentos discursivos, textuais e linguísticos implicados nas práticas sociais de linguagem. O aluno já possui uma competência discursiva e linguística para comunicar-se no seu dia-a-dia. Toda educação comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para que o aluno possa desenvolver sua competência discursiva, isto é, fazer com que o sujeito possa utilizar a língua de forma variada produzindo diferentes efeitos de sentido e adequando o texto a diferentes situações de interlocução oral e escrita; pois todos nós somos constituídos no discurso.

Dessa forma, cabe à escola ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral em diferentes situações como: entrevistas, debates, seminários e apresentações, constituindo-se, assim, em atividades significativas.

Assim, no intuito de otimizar o processo de ensino-aprendizagem, é que as novas teorias educacionais apontam para o trabalho com os gêneros textuais explicitados por Bhakthin. Desse modo, ao selecionar os gêneros, o professor deve privilegiar aqueles que apareçam com maior frequência na realidade social e no universo escolar, entretanto ao proporcionar diversos tipos de textos estes não devem servir somente para fins didáticos, explorando textos midiáticos, publicitários, não-verbais, imagéticos, literários entre outros.

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No universo escolar, o texto literário assume fundamental importância, uma vez que faz parte da sociedade, constituindo-se numa ampla possibilidade de mediação de sentidos entre o sujeito, o mundo atual e os mundos possíveis. Oral ou escrito, o texto literário envolve o exercício de reconhecimento de singularidades e propriedades que ilustram um tipo particular de uso das linguagens.

Considera-se que, na escola, uma das atividades mais importantes é a de criar situações em que os alunos possam operar a própria linguagem, construindo aos poucos, durante o processo de escolaridade, paradigmas próprios da fala da sua comunidade, por isso não se concebe tratar a gramática de maneira desarticulada das práticas de linguagem. A gramática deve ser tematizada em função das necessidades apresentadas pelo aluno nas atividades de produção, leitura e escrita de textos a serem desenvolvidas no cotidiano escolar.

7.2 Objetivos GeralNo ensino aprendizagem dos diferentes padrões da língua escrita, o que se

almeja é aprimorar os conhecimentos prévios dos alunos, aproximando-os, quanto possível, da norma culta/padrão; permitindo-lhes escolher a forma de falar e utilizar a língua, considerando as características e condições do contexto de produção, bem como a variedade da língua nas diferentes situações comunicativas.

Específicos• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens.• Utilizar-se da linguagem como meio de expressão e comunicação, em

situações intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre os contextos e estatutos dos interlocutores, e colocar-se como protagonista no processo de produção/ recepção.

• Relacionar textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção.

• Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

• Considerar a linguagem e suas manifestações como fontes de legitimação de acordos e condutas sociais.

• Identificar o implícito nos textos, sejam eles verbais ou escritos.

7.3 Conteúdos

5ª Série/6º AnoConteúdo Estruturante: Discurso como prática social Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos• Conto maravilhoso.• Fábula.

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• História em quadrinhos.• Descrição.• Diário.• Texto de opinião.• Cartaz.

Leitura• Tema do texto.• Interlocutores.• Finalidade.• Argumentos do texto.• Discurso direto e indireto.• Elementos composicionais do gênero.• Léxico.• Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem.Escrita

• Contexto de produção.• Interlocutor.• Finalidade do texto.• Informatividade.• Argumentatividade.• Discurso direto e indireto.• Elementos composicionais do texto.• Divisão do texto em parágrafos.• Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem.• Processos de formação de palavras.• Acentuação gráfica.• Ortografia.

Oralidade• Tema do texto.• Finalidade.• Argumentos.• Papel do locutor e interlocutor.• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.• Adequação do discurso ao gênero.• Turnos de fala.• Variação linguística.• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.

6ª Série/7º AnoConteúdo Estruturante:Discurso como prática social

Conteúdos BásicosGêneros do Discurso

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• Narrativa.• Poema.• Poema imagem.• Campanha comunitária.• Debate.• Notícia.• Entrevista oral.• Entrevista escrita.

LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Informações explícitas e implícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Ambiguidade;

Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no texto,pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.Escrita

• Contexto de produção.• Interlocutor.• Finalidade do texto.• Informatividade.• Discurso direto e indireto.• Elementos composicionais do gênero.• Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem.• Processo de formação de palavras.• Acentuação gráfica.• Ortografia.• Concordância Verbal e Nominal.

Oralidade• Tema do texto.• Finalidade.• Papel do locutor e interlocutor.• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.• Adequação do discurso ao gênero.• Turnos de fala.• Variação linguística.

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

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7ª Série/8º AnoConteúdo Estruturante:Discurso como prática social Conteúdos BásicosGêneros do Discurso

• Texto teatral.• Crônica.• Crônica argumentativa.• Anúncio publicitário.• Carta de leitor.• Carta denúncia.• Texto de divulgação científica.• Seminários.

LEITURA • Tema do texto.• Interlocutor.• Intencionalidade do texto.•Argumentos do texto.• Contexto de produção. • Intertextualidade.• Vozes sociais presentes no texto.• Elementos composicionais do gênero.• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.• Ambiguidade.•Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no texto,pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.• Semântica.• Operadores argumentativos.• Sentido figurado.• Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Escrita• Conteúdo temático.• Interlocutor.• Intencionalidade do texto.• Informatividade.• Contexto de produção.• Intertextualidade.• Vozes sociais presentes no texto.• Elementos composicionais do gênero.• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.• Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem.• Concordância Verbal e Nominal.• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto.

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• Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significado das palavras, sentido figurado e expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade• Conteúdo temático.• Finalidade.• Argumentos.• Papel do locutor e interlocutor.• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e

gestual, pausas.• Adequação do discurso ao gênero.• Turnos de fala.• Variações linguísticas ( léxicas, semânticas, prosódicas, entre outras.) Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, elementos

semânticos.• Adequação da fala ao contexto.• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

8ª Série/9º AnoConteúdo Estruturante: Discurso como prática social Conteúdos BásicosGêneros do Discurso

• Reportagem.• Editorial.• Conto.• Debate regrado público.• Texto dissertativo argumentativo.

LEITURA •Tema do texto.•Interlocutor.•Intencionalidade do texto.•Argumentos do texto.•Contexto de produção. •Intertextualidade.

• Discurso ideológico presente no texto.• Vozes sociais presentes no texto.

•Elementos composicionais do gênero.•Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.•Partículas conectivas.

• Progressão referencial no texto. •Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no texto,pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

• Semântica.• Operadores argumentativos.• Polissemia.• Expressões que denotam ironia e humor no texto.

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Escrita• Conteúdo temático.• Interlocutor.• Intencionalidade do texto.• Informatividade.• Contexto de produção.• Intertextualidade.• Vozes sociais presentes no texto.• Elementos composicionais do gênero.

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.Partículas conectivas.

• Progressão referencial no texto.• Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem.• Sintaxe de Concordância.• Sintaxe de Regência.• Processo de formação de palavras.• Vícios de linguagem.• Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significado das

palavras, sentido figurado e expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade• Conteúdo temático.• Finalidade.• Argumentos.• Papel do locutor e interlocutor.• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e

gestual, pausas.• Adequação do discurso ao gênero.• Turnos de fala.• Variações linguísticas ( léxicas, semânticas, prosódicas, entre outras.)

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, elementos semânticos.• Adequação da fala ao contexto.• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

7.4 Metodologia ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS A disciplina de Língua Portuguesa e Literatura tem o papel de promover

amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade, possibilitando aos educandos a leitura dos textos que circulam socialmente.

PRÁTICA DA ORALIDADE

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As atividades orais oferecerão condições ao aluno de falar com fluência em situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir.

Na prática da oralidade, as variantes linguísticas são legítimas, pois situações sociais diferentes requerem padrões de uso da língua diferentes. O professor deve planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que, gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar também a variedade linguística padrão e entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais. Pode-se trabalhar com atividades com: apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias; declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação. As atividades propostas terão como objetivo ensinar o aluno a falar, emitindo opiniões ou em conversas com os colegas de sala de aula.

PRÁTICA DA ESCRITA O exercício da escrita de levar em conta a relação entre o uso e o

aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer.

O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz a partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutor(es), dentre outros. É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua produção.

As propostas de produção textual devem corresponder a textos de gêneros que têm uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade. Inicialmente, prática de produção textual requer que tanto o professor quanto o aluno planejem o que será produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a temática proposta; ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor compreender a esfera social em que este circula; delimitar o tema da produção; definir o objetivo e a intenção com que escreverá; prever os possíveis interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular; organizar as idéias. Em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta apresentada, levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor, selecionará seus argumentos, suas ideias; enfim, tudo que fora antes planejado, uma vez que essa etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior (rever o texto); depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se teve ao produzi-lo: nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu, refletir sobre seus argumentos, suas ideias, verificar se os objetivos foram alcançados; observar a continuidade temática; analisar se o texto está claro, se atende à finalidade, ao

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gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem está adequada às condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de sintaxe, bem como a pontuação, ortografia, paragrafação.

Se for preciso, tais atividades devem ser retomadas, analisadas e avaliadas (diagnosticadas) durante esse processo.

PRÁTICA DA LEITURA A leitura é vista um ato dialógico, interlocutivo. O leitor tem um papel ativo

nesse processo. Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos propiciando o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles.

O professor deve atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas dando condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade. As estratégias de leitura precisam possibilitar ao aluno perceber e reconhecer a linguagem que o texto manipula. Para o encaminhamento da prática de leitura, é relevante que o professor realize atividades que propiciem a reflexão e discussão, tendo em vista o gênero a ser lido: do conteúdo temático, da finalidade, dos possíveis interlocutores, das vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam, das ideologias apresentadas no texto, da fonte, dos argumentos elaborados, da intertextualidade. Para a seleção dos textos é importante avaliar o contexto da sala de aula, as experiências de leitura dos alunos, os horizontes de expectativas deles e as sugestões sobre textos que gostariam de ler, para, então, oferecer textos cada vez mais complexos, que possibilitem ampliar as leituras dos educandos.

7.5. AvaliaçãoA finalidade da avaliação é articular teoria e prática, proporcionando a

reflexão e o estudo como alicerces para uma ação pedagógica de qualidade tendo em vista o aperfeiçoamento educacional do aluno, a fim de torná-lo um cidadão reflexivo e participante da realidade social. Para tanto é necessário registrar as observações dos avanços dos alunos e os pontos de dificuldades apresentadas, para posterior intervenção com novos trabalhos, dando condições para que o aluno tenha posse de um conhecimento efetivo. Estas práticas de observação serão feitas em situações de oralidade, leitura e escrita.Nas atividades de leitura espera-se que o aluno: identifique o tema; realize leitura compreensiva do texto; localize informações explícitas no texto; posicione-se argumentativamente; amplie seu horizonte de expectativas; amplie seu léxico; identifique a idéia principal do texto.

Nas atividades de escrita espera-se que o aluno: expresse suas idéias com clareza; elabore textos; atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; diferencie o

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contexto de uso da linguagem formal e informal; use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc.

Nas atividades de oralidade espera-se que o aluno: utilize discurso de acordo com a situação de produção(formal/ informal); apresente suas idéias com clareza, coerência e argumentatividade; compreenda argumentos no discurso do outro; explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc; respeite os turnos de fala.

7.6 ReferênciasBAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.BARBOSA, Jacqueline Peixoto. (coord.) Trabalhando com os gêneros do discurso: narrar: narrativa de enigma. São Paulo: FTD, 2001.BARBOSA, Jacqueline Peixoto. (coord.) Trabalhando com os gêneros do discurso: notícia. São Paulo: FTD, 2001.BARBOSA, Jacqueline Peixoto. (coord.) Trabalhando com os gêneros do discurso: carta de solicitação e carta de reclamação. São Paulo: FTD, 2005.CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto. Por um teoria linguística que fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom) In: UFPR, Educar em revista, vol. 15.CIAVATTA, M.; FRIGOTTO, G. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Brasília: MEC/SEMTEC, 2004.DELEUZE, Gilles; GUATARI, Félix. Mil Platôs ¾ Capitalismo e Esquizofrenia.FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização. In: KUENZER, Acácia (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.____. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.FERNANDES, Monica Teresinha Ottoboni Sucar. Trabalhando com gêneros do discurso: narrar: fábula. São Paulo: FTD, 2001.MARCUSCHI, Luiz Antonio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P. ; MACHADO, A. R.; BEZERRA N. A. Gêneros textuais e ensino, Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.OSAKABE, Haquira; FREDERICO, Enid Yatsuda. Pcnem – Literatura. Análise crítica. In: MEC/ SEB/ Departamento de Políticas de Ensino Médio, Orientações Curriculares do Ensino Médio, Brasília: 2004.SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. & outros. Gêneros orais e escritos na escola. São Paulo: Mercado de Letras, 2004.SOARES, Magda. Que Professor de Português queremos formar? Disponível em http://www.unb.br/abralin/index.php?id=8&boletim=25&tema=13VILLALTA, Luiz Carlos. O que se faz e o que se lê: língua, instrução e l

8. MATEMÁTICA

8.1. Apresentação da DisciplinaA nossa sociedade está se tornando globalizada. E em vista disso há uma

necessidade de informação e a educação ocupa um papel importante nessas transformações, pois será ela a alavanca para que o aluno desenvolva a

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capacidade de se comunicar, de resolver a capacidade de se comunicar, de resolver problemas e tomar decisões, de trabalhar cooperativamente, de criar e aperfeiçoar conhecimentos e valores.

Em seu papel formativo, a Matemática ajuda a estruturar o pensamento e o raciocínio dedutivo, contribui para o desenvolvimento de processos de pensamentos e a aquisição de atitudes que transcendem o âmbito da própria Matemática, podendo formar um aluno capaz de resolver problemas genuínos, gerando hábitos de investigação, propiciando confiança para análise e enfrentamento de situações novas, além de uma visão ampla e científica da realidade, percepção da beleza e da harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.

O papel da Matemática no ensino fundamental gira em torno do domínio de números e suas operações básicas, associando a geometria ao meio em que se vive, tendo a percepção do saber fazer Matemática e do pensar Matemática.

É preciso refletir sobre Matemática e Tecnologia, pois tanto os equipamentos de informática, como a calculadora, são instrumentos de uso importantes, mas não são o centro da questão. O impacto da tecnologia na vida do indivíduo vai exigir competências que vão além do simples lidar com as máquinas. A velocidade do surgimento e renovação de saberes e de formas de fazer todas as atividades humanas, tornará rapidamente ultrapassada a maior parte das competências adquiridas por uma pessoa ao início de sua vida profissional.

O instrumento mais relevante da tecnologia no dia de hoje, é o computador, que exigirá no ensino da Matemática um direcionamento dentro de uma perspectiva curricular que favoreça o desenvolvimento de habilidades e procedimentos que permitam ao indivíduo reconhecer-se e orientar-se nesse mundo do conhecimento em constante movimento.

É essencial desenvolver um trabalho fundamentado em princípios que enfatizam o resgate dos valores humanos. É importante a preocupação com aspectos de formação dos indivíduos, pois valores, habilidades e atitudes são objetivos centrais da educação e também são eles que permitem ou impossibilitam a aprendizagem, quaisquer que sejam os conteúdos e as metodologias de trabalho.

Para se desenvolver um bom trabalho com a Matemática em todos os níveis é preciso contextualizar e fazer também a interdisciplinaridade, ou seja, é necessário resgatar a experiência os conceitos matemáticos e trabalhar com conexões entre diversas áreas da ciência.

8.2. Objetivos• Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender

transformar o mundo em sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas; fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações, entre eles, utilizando o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico);

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• Selecionar, organizar e produzir informações relevantes para interpretá-las e avaliá-las criticamente;

• Resolver situações problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos como, intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis;

• Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da sua linguagem real e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas;

• Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre temas e conhecimentos de outras áreas curriculares;

• Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções;

• Compreender o mundo que o cerca, atuando no mesmo, como cidadão capaz de transformar a realidade quando necessário.

8.3. Conteúdos

6o ano/5ª Série • Sistema de numeração• Operações• Divisibilidade: Divisores e Múltiplos• Geometria• Forma fracionária dos números racionais• Forma decimal dos números• Medida: comprimento e superfície• Volume e capacidade• Medidas de massa

7o ano/6ª Série• Potências e raízes• Conjuntos dos números inteiros • Conjuntos dos números racionais• Estudo das equações• Estudo das Inequações• Estudo dos Ângulos• Estudo dos Triângulos• Razões e proporções• Grandezas proporcionais: Regra de três• Porcentagem e Juros Simples

8o ano/7ª Série• Equação de 1º grau com uma incógnita• Sistema de equações do 1º grau com duas incógnitas

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• Geometria• Números Reais• Cálculo Algébrico• Ângulos formados por duas retas paralelas com uma transversal• Polinômios• Polígonos• Triângulos• Frações Algébricas• Quadriláteros• Circunferências• Círculos

9o ano/8ª Série• Potência• Radicais• Equações de 2º grau• Função polinomial de 1º grau• Função quadrática• Segmentos proporcionais• Semelhança• Relações métricas no Triângulo Retângulo• Relações Trigonométricas nos Triângulos• Circunferência e círculo• Área das figuras geométricas planas• Estatística

8.4. MetodologiaA postura do professor deve inicialmente considerar a vivência e a bagagem

que o aluno já tem. Ele deve levar em conta a necessidade de os alunos compreenderem os conteúdos, isto é, identificar as relações que os conteúdos têm com as idéias matemáticas e com as demais áreas do conhecimento.

Os conteúdos não devem ser tratados isolados mas no contexto das demais disciplinas, desaparecendo as perguntas como: “Para que serve isto?” “No que vou usar isto?”

As atividades em equipe ajudam muito a reflexão, confrontação e a aquisição de conceitos.

É importante o uso de recursos didáticos como: livros, vídeos, jornal, televisão, calculadora e computadores.

A resolução de problemas proporciona situações em que o aluno construa conceitos, descubra relações, que enfim permitam ao aluno perceber o potencial da matemática. Estimula a pesquisa, a experimentação, a organização e seleção de dados, relacionar, fazer conjectura, argumentar para que o professor induza o aluno a tentar outro caminho, vendo assim o erro a ser transformado um incentivo a novas tentativas e não cause bloqueio e processo de aversão à Matemática.

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“Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que emergem das aplicações, superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter científico da disciplina e de seu conteúdo. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica, cujo papel é oferecer condições para apropriação dos aspectos que vão além daqueles observados pela aparência da realidade.” (Ramos, 2004).“Pode-se acompanhar a Matemática em seu desenvolvimento progressivo de elaboração, de modo a descobrirem-se suas hesitações, dúvidas, contradições, as quais um longo trabalho de reflexão e apuramento consegue eliminar, para que logo surjam outras hesitações, outras dúvidas, outras contradições no fazer matemático. Isto é, sempre haverá novos problemas por resolver.” (CARAÇA, 2002, p. 23).

As relações de conteúdos com situações do dia-a-dia ajudam o aluno a ver a Matemática como um todo integrado e não como uma sucessão de termos isolados e estanques, percebendo assim a sua importância e aplicabilidade dentro e fora da escola.

O professor de explorar a comunicação entre os alunos, seja com relação aos conteúdos em si, seja com relação à estruturação das idéias, que impliquem na verbalização de raciocínio, análise, explicação, discussão, confrontação de processos e resultados. Essa linguagem ajuda a clarear e simplificar o significado dos conteúdos.

Finalmente, o professor precisa estimular o aluno para que desenvolva um processo próprio que facilite a utilização de tabelas, símbolos diagramas, gráficos, expressões, sem deixar de seguir o processo científico. É preciso diversificar as atividades contando com a participação direta do aluno, incluindo o uso de vários recursos que tornarão o estudo da Matemática mais prazeroso e interessante.

8.5. AvaliaçãoA avaliação é um dos fatores do ensino e aprendizado que deve ser

considerado em direta associação com ao demais.Através da avaliação, o professor tem noção sobre os avanços dos alunos,

das suas dificuldades e possibilidades, do que se pretende ensinar e também serve como reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa.

São muitas as formas de avaliações como individual e coletiva, oral e escrita. O primordial é o desenvolvimento de postura e valores pertinentes às relações entre prática de sala de aula e as necessidades do cotidiano, contribuindo para uma educação que formará indivíduos conscientes e capazes de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e tomar decisões.

Se tomarmos como princípio que a avaliação é um julgamento de valor que conduz a uma tomada de decisão para favorecer o processo pessoal e autonomia do aluno, nesse sentido terá que ser diagnóstica, assumindo um caráter formativo, dando condições para que o aluno tenha consciência do seu

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próprio caminhar em relação ao conhecimento. Quanto ao professor, é necessário que reavalie sua prática pedagógica, para alterá-la se necessário, facilitando ao aluno atingir os objetivos propostos pela disciplina e área.

O professor deverá diagnosticar, através dos caminhos percorridos pelo aluno, as deficiências do mesmo para aplicar sua visão e seu saber sobre o conteúdo em estudo.

A avaliação tem função de verificar o progresso do aluno em todos os domínios de conceitos, capacidades e atitudes. Conforme o ensino vai se desenvolvendo, ela permite-nos obter informações sobre:

• Conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos adotados;• A capacidade de aplicar os conhecimentos na resolução de problemas do

cotidiano, de Matemática e de outras disciplinas ou áreas;• A capacidade de usar a linguagem Matemática para comunicar idéias;• As habilidades do pensamento como: analisar, generalizar, inferir,

raciocinar através do processo indutivo e dedutivo;• A perseverança e o cuidado na realização das tarefas e a cooperação no

trabalho em grupo;A avaliação, sendo contínua, favorece a retomada dos conteúdos que não

foram bem assimilados, inclusive, ajudando quando da necessidade de mudança na metodologia utilizada pelo professor.

A avaliação deve ser ainda, formativa e diagnóstica do ensino aprendizagem, apontando as dificuldades e possibilitando a intervenção pedagógica. A observação pedagógica deve gerar dados que possibilitem avaliar o desenvolvimento das competências.

A avaliação deverá ser flexível, e levar em conta a progressão de desempenho de cada aluno, características particulares da classe em que o aluno se encontra e as condições em que o processo de ensino aprendizagem se concretiza.

O professor deve utilizar de atividades em grupos e atividades individuais tanto em sala como para exercitarem em casa, bem como avaliações que impliquem a prática de atitudes dos alunos que venham demonstrar seu progresso em relação ao conteúdo expresso pelas competências e habilidades almejadas.

9.LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – L. E. M. (INGLÊS)

9.1. Apresentação da DisciplinaO cenário do Ensino de Língua Estrangeira no Brasil e a estrutura do

currículo escolar sofrem constantes interferências da organização social no decorrer da história. Desde o início da colonização do território brasileiro pelos portugueses houve uma preocupação de facilitar o processo de dominação e de expandir o catolicismo. Nesse contexto coube aos jesuítas a responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim.

Em 1795 o ministro Marquês de Pombal implantou o sistema de ensino régio no Brasil com a responsabilidade de contratar professores não religiosos. O latim e o grego continuam a fazer parte do currículo.

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O ensino das línguas modernas só veio com a chegada da família real. D. João VI assina o decreto criando as cadeiras de inglês e francês. Em 1916 Ferdinand Saussure publica o “Cour de Linguística Generali” e inaugura os estudos da linguagem em caráter científico que se tornou um marco histórico. Esses fundamentos alicerçaram o estruturalismo.

O método Direto surge na Europa no final do século XIX e início do séc. XX em contraposição do Tradicional com a Reforma Francisco Campos e foi oficialmente estabelecido no Brasil o mesmo induz ao acesso direto aos sentidos, sem interação da tradução fazendo com que a aprendizagem se assemelhe à língua materna, através de gestos, gravuras, fotos, simulação. Dava-se preferência ao professor nato ou fluente na língua alvo.

Nos anos 50, os lingüistas Leonardo Bloomfield, Charles Fries e outros apoiados na psicologia da escola Behaviorista de Pavlov e Skinner sistematizaram os métodos Audiovisual e Áudio-oral em que a língua passou a ser vista como o conjunto de hábitos a serem automatizados (constante repetição de modelos) e não mais como um conjunto de regras a serem memorizadas. A seguir Chomsky, responsável pelos conceitos de competência e desempenho retoma a discussão entre língua e fala e propõe a teoria inatista. A língua é vista como uma estrutura que faz intermediação entre o indivíduo e o mundo.

Nos anos 70, Piaget desenvolveu a abordagem Cognitivismo Construtivista onde a aquisição da língua é o resultado da intenção entre o organismo e o ambiente. A partir da década de 1970 surge, na Europa, a Abordagem Comunicativa. A língua é um instrumento de comunicação ou de interação social, considerando os aspectos semânticos da linguagem. Engloba as quatro habilidades: leitura, escrita, fala e audição. O professor deixa de ser o centro e passa a mediador do processo de ensino e aprendizagem.

Não obstante, após uma década de vigência no Brasil, principalmente a partir de 1990, a Abordagem Comunicativa passou a ser criticada por intelectuais adeptos à pedagogia crítica. Muitos desses intelectuais foram inspirados pelas ideias de Paulo Freire. Nessa conjuntura, os linguistas começaram “a se referir à história, poder, ideologia, política, classe social, consciência crítica, emancipação, nas discussões acerca da linguagem”. Assim, estudiosos ampliam as definições tradicionais e de uma pedagogia crítica e as utilizam para a origem de uma abordagem – Letramento Crítico. E essa abordagem tem orientado os estudiosos e as propostas mais recentes para o ensino de LE no contexto educacional.

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNA NO PARANÁ:

Na década de 70, o Colégio Estadual do Paraná contava com professores de latim, grego, francês e espanhol. Porém, a carga horária destinadas à língua estrangeira começava a diminuir em função da inclusão de disciplinas técnicas, conforme LDB 5692.

O resgate do prestígio do ensino de língua estrangeira se dá em 1976, quando essa passa a ser obrigatória, porém, somente no 2 grau, não perdendo caráter de recomendação para o 1 grau.

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No Paraná, em 1982 foi implementado o Centro de Línguas Estrangeiras do Colégio Estadual do Paraná que oferecia aulas de inglês, espanhol, francês e alemão. Ainda em 1982, a UFPR inclui no vestibular as línguas: espanhola, italiana, e alemã.

Em 15 de Agosto de 1986 ouve a criação do CELEM pela SEED. Esses Centros de Línguas funcionam no contra-turno e oferecem uma possibilidade de estudos sem custo financeiro a alunos da rede pública estadual.

Atualmente, o CELEM está presente em mais de 300 estabelecimentos de ensino e proporciona aulas de espanhol, alemão, francês, italiano, japonês, ucraniano e polonês. Com relação ao ensino de línguas estrangeiras, uma nova perspectiva chegou ao Paraná em 1992 com a publicação do Currículo Básico que propõe uma concepção de língua entendida como prática social e historicamente construída.

No contexto atual, abriram-se diversos concursos para contratação de professores, houve ampliação do número de escolas com o CELEM, estabeleceram parcerias para formação e aprimoramento pedagógico e livros de fundamentação teórica em língua estrangeira foram adquiridos para escolas de Ensino Médio de toda rede estadual e está em processo de implantação do livro didático do EM e EF.

O ensino de língua estrangeira configura-se como um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, oportunizando-o a engajar-se discursivamente e a compreender que a língua e a cultura são práticas sociais historicamente construídas e, portanto, passíveis de transformação. A língua é realizada num contexto concreto, preciso, proporcionando ao aluno uma prática significativa com acesso a gêneros textuais orais, escritos e imagéticos, com os quais o aluno passa a sentir-se inserido numa determinada realidade sendo capaz de interagir com ela, ampliando seu conhecimento de mundo e desenvolvendo seu espírito crítico com relação ao outro e a si mesmo.

Nos dias atuais o ensino de qualidade da língua estrangeira é uma necessidade na escola, especialmente na Escola Pública, aonde os alunos vêm de classes sociais onde há necessidade por preparar-se melhor para enfrentar a concorrência. A proliferação de cursos particulares, de escolas particulares, mostra a necessidade de mais atenção ao ensino de mais uma língua, ou seja, mais um instrumento de conhecimento e edificação do aluno como ser crítico, ser social e participativo nas decisões do mundo globalizado.

O objetivo de inclusão de uma língua estrangeira no currículo escolar, notadamente o inglês, passa por vários aspectos: Primeiro, a função social da língua, que deve ancorar nos parâmetros sócio-internacionais da linguagem e da aprendizagem, bem como nos aspectos cognitivos.

O aluno necessita aprender a ler em língua estrangeira, para que sejam atendidas as necessidades da educação formal e técnica, levando-o a tornar-se um possível agente transformador da realidade a sua volta. A habilidade da leitura não exclui a possibilidade do desenvolvimento escrito, oral e a interdisciplinaridade de outros conhecimentos e disciplinas.

Há necessidade de adquirir o conhecimento e o domínio de uma língua estrangeira, visto as exigências do mundo moderno e globalizado. O inglês

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como língua, tem relevância e hegemonia nas trocas internacionais, gerando implicações nos campos da cultura, da educação, da ciência, do trabalho, etc.

O inglês, especialmente exerce influência tanto na língua, como nas relações internacionais. Exemplo disso é que, hoje, o inglês é a língua mais usada no mundo dos negócios, e em alguns países, em suas universidades, é universal a sua prática.

A língua estrangeira há de ser fator de libertação, não se exclusão social. Deve abrir a porta para o conhecimento, desenvolvimento, mas não deve tolher a cidadania e o espírito crítico equilibrado do indivíduo como ser social, pensante e livre.

Passa a assumir a função de veículos de comunicação, funcionando com,o meio de acesso ao conhecimento, as diferentes formas de pensar, criar, sentir, agir e de conceber a realidade.

Assim, é essencial um trabalho interdisciplinar, relacionado com contextos reais, de forma que o processo de ensino-aprendizagem possa colocar em prática alguns princípios fundamentais que proporcionem condições para que o aluno tenha capacidade de compreender e produzir enunciados corretos no novo idioma, bem como possibilitar que atinja um nível de competência que lhe permita ter acesso à informação de vários tipos, contribuindo para sua formação enquanto cidadão.

9.2. Objetivos Ao longo dos quatro anos do Ensino Fundamental, espera-se com o ensino

de Língua Estrangeira que o aluno seja capaz de:• Oportunizar o ensino da língua estrangeira ao educando como um

instrumento de comunicação universal; • Revestir a prática discursiva de dialogicidade em espaços

interativos; • Utilizar diferentes gêneros textuais e discursivos, em usos

significativos demonstrando uma formação de letramento crítico; • Interagir com textos de vários gêneros; • Perceber a possibilidade de construção de conhecimento voltada

para transformação da prática social; • Articular os pressupostos das diretrizes curriculares com os

conhecimentos linguísticos da língua inglesa para a educação básica;

• Contribuir para uma reflexão dos alunos sobre sua própria língua por meio de comparações e contrastes, ampliando sua visão de mundo e tornando-o s mais críticos e reflexivos.

• Construir conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como e quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os conhecimentos da língua materna.

9.3 Conteúdos

Conteúdos Estruturantes

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Os conteúdos estruturantes entendidos como saberes mais amplos da disciplina poderão ser abordados através de atividades significativas em práticas de leitura, escrita e oralidade.

Essas atividades serão trabalhadas a partir de sequências didáticas abordando os diversos gêneros textuais e discursivos (textos que circulam socialmente), os quais possibilitarão diversos tratamentos em sala de aula, como discussão de assuntos polêmicos que serão adequados a cada faixa etária e proporcionarão estudos de diferentes graus de complexidade da estrutura linguística. Os textos de diversos gêneros darão condições de trabalhar com a língua em situações de comunicação oral e escrita, favorecendo as relações e ações individuais e coletivas, abrangendo significados sociais historicamente construídos, refletindo sobre as diversidades linguísticas e culturais.

Conteúdos Específicos para todas as Séries do Ensino Fundamental

Os aspectos linguísticos serão abordados de acordo com a necessidade e realidade dos alunos para a compreensão dos temas e gêneros propostos.

ESCRITA ORALIDADE/AUDICÃO

LEITURA

5ª série: Bilhetes, Cartazes, Histórias em quadrinhos: Cartoons, Tiras; Textos informativos, receitas, e-mail, webpage;

6ª série: Entrevistas, Histórias em quadrinhos: Cartoons, Tiras, charges; Textos informativos, receitas, e-mail, webpage; 7ª série: Textos informativos, receitas, e-mail, webpage;Histórias em quadrinhos: Cartoons, Tiras, charges; artigos; 8ª série:Resumos, Entrevistas, Histórias em quadrinhos: Cartoons, Tiras, charges;

5ª série: Convites, Poemas, Diálogos, Bilhetes; 6ª série: Convites, Poemas, Diálogos, Bilhetes Reportagens,Cartazes, Entrevistas; 7ª série: Convites, Poemas, Diálogos, Bilhetes Relatos cotidianos, Entrevistas, Música, Cartas; 8ª série: Convites, Poemas, Diálogos, Bilhetes Reportagens, Entrevistas, Música, Cartas;

5ª série: Tipologias textuais: Argumentação, Narração, Descrição;Entrevistas;Anúncios publicitários;Gráficos estatísticos;

6ª série: Tipologias textuais: Argumentação, Narração, Descrição; E-mailsOrdensNotícias

7ª série: Textos biográficos DramatizaçõesResumos Mímicas Charges; Cartoons ; 8ª série: Tipologias textuais: Argumentação, Narração, Descrição;

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Resenhas, Cartas (formal/informal),Notícias, Informações, Opiniões;

Textos de opiniões;Textos poéticos;Textos de instrução ;Textos biográficos;

9.4. MetodologiaMuitos outros autores baseiam-se ou partem das idéias de Bakhtin para o

ensino de inglês através dos gêneros, é o caso de Dolz e Schneuwly (1998), que desenvolvem a idéia de que o gênero é utilizado como meio de articulação entre as práticas sociais e os objetos escolares. Neste caso, a escolha do gênero deverá levar em conta os objetivos visados, o lugar social e papéis dos participantes, bem como, a própria prática social, na qual se encontram inseridos. Para estes mesmos autores, a análise e a classificação dos textos e a identificação dos gêneros é necessária para a construção de um modelo didático, que apontará o que pode ser objeto de ensino-aprendizagem dentro de uma situação de comunicação específica.

A partir das leituras de Bakhtin (1992), Bhatia (1994), Swales (1990), Bronckart (1999) (apud CRISTÓVÃO, 2009), e Marcuschi (2008), gêneros textuais definem-se como sistemas discursivos complexos, socialmente construídos pela linguagem, com padrões de organização facilmente identificáveis, dentro de um continuum de oralidade e escrita, e configurados pelo contexto sócio-histórico que engendra as atividades comunicativas.

Ressaltando que, para Dolz e Schneuwly citado em Bonini et al (2006, p. 349-350) o gênero é visto como instrumento de ensino, já que no dizer destes autores “é através dos gêneros que as práticas de linguagem materializam-se nas atividades dos aprendizes”. Perante essas proposições, propõem o desenvolvimento de materiais didáticos em forma de sequências didáticas. Enfatizando que os conteúdos de língua inglesa devem ser trabalhados através destas, indo ao encontro da realidade do aluno, uma vez que pesquisas acadêmicas relatam que a maioria dos alunos do ensino fundamental e médio ainda não sabe trabalhar com gêneros, pois não são capazes de observar a linguística textual, as práticas sociais que determinam os gêneros e a sua relação com a fala e a escrita que são próprios de sua construção.

Partindo desses pressupostos, a ação pedagógica deve-se pautar no desenvolvimento das capacidades de leitura crítica e interpretativa em prol da formação de leitores competentes, já que para o grupo de pesquisadores de Genebra (2004):

Uma sequência didática tem, precisamente, a finalidade de ajudar o aluno a dominar melhor um texto, permitindo-lhe assim, escrever ou falar de uma maneira mais adequada numa situação de comunicação. O trabalho escolar será realizado evidentemente, sobre gêneros que o aluno não domina ou fez de

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maneira insuficiente [...]. As sequências didáticas servem, portanto, para dar acesso aos alunos a práticas de linguagem novas ou dificilmente domináveis.

A Sequência Didática (SD) tem sido organizada e utilizada como uma estratégia facilitadora na elaboração de materiais que sejam pertinentes ao desenvolvimento das capacidades dos aprendizes de LE, além de contribuir para o desenvolvimento do senso crítico destes e até mesmo do docente. A definição de sequência didática, específica para o ensino-aprendizagem de produção de textos, dada por Dolz e Schneuwly (1998, p. 93). é a seguinte: “um conjunto de módulos escolares organizadas sistematicamente em torno de uma atividade de linguagem dentro de um projeto de classe” . De acordo com esses autores, a seqüência didática é tida como um conjunto de atividades progressivas, planificadas, guiadas ou por um tema, ou por um objetivo geral, ou por uma produção dentro de um projeto de classe. Ela seria constituída de uma produção inicial, feita sobre uma situação de comunicação que orientaria a seqüência didática, e de módulos que levam os alunos a se confrontarem com os problemas do gênero tratados de forma mais particular. Como fechamento, haveria uma produção final.

Esses três passos compõem a produção. As sequências, cujo propósito principal é a produção escrita de textos, são comumente organizadas em torno de gêneros. Diante deste escopo teórico, os gêneros, conforme Cristovão (op.cit., 2007) se constitui como artefatos simbólicos que se encontram à nossa disposição na sociedade, constituindo como práticas sociais de referência para nossa ação pedagógica. Entretanto, só podem ser considerados como verdadeiros instrumentos, quando o sujeito se apropria deles, considerando-os úteis para o agir com a linguagem. Portanto, pensar o ensino de uma LE a partir dos gêneros, deve-se avaliara pertinência deste aos interesses dos alunos. Uma vez que, se esses não sentirem necessidade de um determinado gênero para seu agir verbal, haverá muito maior dificuldade para sua apropriação.

Para que a Sequência Didática, elaborada a partir de um gênero textual se efetive, as atividades nela organizadas, devem contemplar as capacidades de linguagem. Estas, segundo Cristóvão (2007, p. 107), fundamentadas nas definições encontradas nos estudos de Dolz, Pasquier e Bronckart (1993) e também Dolz e Schneuwly (1998) que salientam serem de três tipos: a capacidade de ação, a capacidade discursiva e a capacidade linguístico-discursiva .

De acordo com os autores citados, entende-se como capacidade de ação o reconhecimento do gênero e de sua relação com o contexto de produção e mobilização do conteúdo. E ainda, define-se a capacidade discursiva como o reconhecimento do plano textual geral de cada gênero, os tipos de discurso e de sequência mobilizados Apresentam a capacidade lingüístico-discursiva como o reconhecimento e a utilização do valor das unidades lingüístico-discursivas inerentes a cada gênero para a construção do significado global do texto. Estas capacidades de linguagem poderão ser desenvolvidas a partir da construção de um modelo didático.

Nesta perspectiva, toda a produção escrita ou oral faz parte de um gênero textual, assim como slogans, cartas, textos informativos, história em quadrinhos, música, charges, cartoons entre tantos outros. Para que os objetivos propostos no ensino da língua estrangeira sejam atingidos, o

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professor deverá levar em conta os conhecimentos prévios, observando que as escolhas de atividades deverão estar de acordo com o número de alunos em sala de aula, tempo, materiais disponíveis e ambiente físico, coerentes com os objetivos e princípios delineados.

No ensino da língua estrangeira far-se-á necessário o desenvolvimento de atividades que estimulem a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, descobrir, interpretar situações, pensar de forma criativa, fazer suposições, interferências, além de abstrair elementos comuns a várias situações.

O desenvolvimento de atividades em grupo propiciará ao aluno confiança na própria capacidade de aprender e interagir com os colegas, compreendendo e respeitando opiniões, conhecimentos e ritmos diferenciados de aprendizagem. Ao desenvolver estas atividades o papel do professor será de mediador.

A importância da variedade linguística deverá ser apresentada ao aluno para que o mesmo tenha uma visão mais ampla e crítica em relação à pluralidade cultural.

Para que o aluno adquira as competências e habilidades socio-linguísticas, discursivas e estratégicas, além de gramatical, o ensino da língua estrangeira será pautado em textos que representam situações reais de leitura e compreensão de texto, de forma contextualizada, visando à aproximação do aluno a várias culturas e sua integração no mundo globalizado.

Com o objetivo do uso efetivo da língua e a interação do aluno ao meio em que vive as habilidades de ler, ouvir, falar e escrever serão trabalhados interligadamente.

9.5. AvaliaçãoA avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua

sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo.

A avaliação deve estar atrelada aos objetivos listados para o ensino de LEM, já explicitados na fundamentação teórica. O aluno precisa ser envolvido no processo de avaliação uma vez que também é construtor do conhecimento.

Seu esforço precisa ser reconhecido através de ações como o fornecimento de “feedback” sobre o seu desempenho e entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem. É fundamental haver coerência entre o ensino e a avaliação, partes inseparáveis do mesmo processo.

Deve ser avaliada a capacidade de perceber a linguagem nos códigos específicos, a capacidade de compreender linguagens diferentes, em determinados momentos do cotidiano, a capacidade de perceber os diferentes interesses vinculados pela linguagem, e a capacidade de se realizar enquanto ser humano pela e na língua.

Portanto, essa avaliação será processual, contínua e participativa, envolvendo atividades de escrita, compreensão de textos, focos gramaticais, exercícios de fonética e listening. Uma vez que, a avaliação é parte integrante do processo de aprendizagem e contribui para a construção de saberes, portanto, ela deve ser contínua e cumulativa, onde aconteça o prevalecimento de aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

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Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá, principalmente para que o professor repense a sua metodologia e planeje suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. Através dela que é possível perceber quais são os conhecimentos – linguísticos, discursivos, sócio-pragmáticos – e as práticas da leitura escrita ou oralidade que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.

9.6. Referências

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio: língua estrangeira. Brasília, DF: MEC/SEF, 1999.BAKTHIN, M. Os Gêneros do discurso. In: Bakthin, Mikhail. Estética da Criação Verbal. Trad. Pereira, M. E. G. G. São Paulo: Martins Fontes, 1992.BRONCKART, J. P. Atividades de linguagem, textos e discurso: por um interacionismo sóciodiscursivo. São Paulo: EDUC, 2004.NAVARRO, P. (Orgs) . O texto como objeto de ensino, de descrição linguística e de análise textual e discursiva. Maringá : Eduem, 2009.DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão oral e escrita – elementos para reflexão de uma experiência suíça (francófona). In: SCHNEUWLY, B ; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004. p.41-70.______. Seqüências didáticas para o oral e escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B ; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 95-128.MARCUSCHI, L. A . Gêneros textuais emergentes e atividades lingüísticas no contexto da tecnologia digital. Conferência apresentada na 50ª Reunião do GEL –Grupo de Estudos Lingüísticos de São Paulo, maio de 2002. Texto publicado em CDROM.____________. L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna, Curitiba: SEED, 2006.

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IX.CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio faz parte da educação Básica, segmento da educação fundamental, sendo composta por três séries, atendendo jovens de 15 a 17ªnos. É a etapa final de uma educação de caráter geral que situa o educando como sujeito produtor de conhecimento e participante do mundo do trabalho.

O Curso Médio se caracteriza por ser presencial, regula, sendo amparado pela Lei de Diretrizes e Bases da educação nº 9394/96, além de outras Leis como.Parecer nº 15/98 da Câmara de educação Básica do Conselho Nacional de Educação e Resolução nº 03/98 da Câmara de educação Básica do Conselho Nacional de Educação – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM).

Em nosso estabelecimento é ofertado em três períodos: Manhã, Tarde e Noite.

X. CARACTERIAÇÃO DAS DISCIPLINAS DO ENSINO MÉDIO

1. ARTE

1.1 Apresentação geral da disciplinaA arte é uma atividade exclusivamente humana, que é produzida desde os

primórdios da humanidade.Sabendo que o estudo da arte tem por objetivo situar historicamente a

produção artística, compreendendo-a no contexto em que está inserida, é preciso lembrar que as aulas de arte também expõe os alunos a percepção do mundo atual onde este é gerador de imagens e sons em excesso e que a arte pode ser vista como agente catalizador dessa percepção.

Assim, a disciplina de Artes, na educação básica, se torna de suma importância na formação do indivíduo pois, além de dialogar com as outras disciplinas, abre espaço para atividades de criação, expressão e de uma consciência perceptiva real sobre o mundo em que vivemos.

1.2 ObjetivosDesta feita, o objetivo da disciplina de arte:“(...) deve manter este diálogo, estabelecendo relações de nossas

experiências, nossa cultura e vivência com a imagem, com os sons, com os gestos, com os movimentos e, nessa perspectiva, educar os nossos alunos esteticamente, ensinando-os a ver, a ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar as suas possibilidades de fruição e expressão artística·”.

Assim, o ensino da arte tem por escopo a apropriação do conhecimento estético, da contextualização, o que conferirá significado à criação artística e poderá manifestar o ver e o sentir do aluno inserido no contexto da sociedade.

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1.3 ConteúdosAs Diretrizes curriculares do Estado do Paraná, determinam como conteúdos

estruturantes, os elementos formais, a composição, o tempo e espaço e ainda os movimentos e períodos.

Elementos formais: são os elementos que existem na natureza e na cultura e é a matéria prima para a construção do conhecimento estético. O professor deverá aprofundar o conhecimento dos elementos formais da sua área de formação.

Composição: é um elemento que constitui cada área da disciplina de arte. É a produção artística que se dá através da organização e dos desdobramentos dos elementos formais, por exemplo, os elementos visuais - linha, superfície, volume, luz e cor - de acordo com Ostrower (1983, p. 65) “não tem significados pré-estabelecidos, nada representam, nada descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de entrarem num contexto formal”.

Com a organização dos elementos formais de cada área de arte, formulam-se todas as obras (sejam elas, plásticas, teatrais, musicais ou da dança), na imensa variedade de técnicas e estilos.

Movimentos ou períodos: é um elemento presente em cada área da disciplina de arte, e se constitui na divisão da História da arte e nos movimentos que a identificam. Esses conteúdos têm por objetivo revelar os fatos históricos e sociais, cada um com suas características próprias, gêneros, estilos e correntes artísticas específicas.

Tempo e espaço: são elementos articuladores que permeiam e são constituídos pelos elementos formais, a composição, e os movimentos ou períodos. Nas áreas de música, dança e teatro, o tempo e o espaço constituem-se em elemento central e imprescindível para se pensar, sentir ou realizar um trabalho artístico nestas áreas.1º Ano

• Análise da Obra de Arte• Arte na Pré-História• Arte Egípcia• Arte Grega• Arte Romana• Arte na Idade Média• Arte Românica• Arte Bizantina • Arte Gótica• Arte no Renascimento• Rococó • Maneirismo• Arte Barroca –• Arte indígena Brasileira• Arte Neoclássica• Arte Colonial Brasileira• Barroco no Brasil• Arte Romântica

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• Missão Artística Francesa no Brasil• Realismo

2º Ano• Impressionismo• Expressionismo• Vanguardas Modernistas• Cubismo• Surrealismo• Fovismo• Abstracionismo • Futurismo• Pós modernismo• A música Erudita no Modernismo • O Modernismo no Brasil• Arte Contemporânea no Brasil e no Mundo• Música Popular no Brasil• Décadas de 40, 50, 60, 70, 80 e 90.

1.4 MetodologiaDe acordo com as diretrizes curriculares para Artes, do Estado do Paraná, a

metodologia deve direcionar o pensamento no sentido de contemplar o “para quem”, “como”, “por quê” e “o quê”. Assim, o trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte: produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou sentir e perceber as obras artísticas.

Continua o texto das Diretrizes curriculares no sentido de determinar o espaço escolar em que o objeto de trabalho é o conhecimento, desta forma, devemos contemplar na metodologia do ensino de arte, estas as dimensões do PRODUZIR ( devemos estabelecer como eixo o trabalho artístico, que é o fazer);o APRECIAR (ou sentir e perceber, que são as formas de leitura) e, por fim, a CONTEXTUALIZAÇÃO com a produção artística existente (envolve o âmbito do conhecimento). A reunião destes elementos fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/ perceber através de um trabalho mais sistematizado, superando o senso comum do conhecimento empírico. Desta feita, tem-se:

Produzir refere-se ao fazer artístico (como expressão, construção e representação) e ao conjunto de informações a ele relacionadas, no âmbito do fazer do aluno e do desenvolvimento de seu percurso de criação. O ato de produzir realiza-se por meio da experimentação e uso das linguagens artísticas.

Apreciar refere-se ao âmbito da recepção, incluindo percepção, decodificação, interpretação e fruição de arte e do universo a ela relacionado. A ação de apreciar abrange a produção artística do aluno e a de seus colegas, a produção histórico-social em sua diversidade, a identificação de qualidades estéticas e significados artísticos no cotidiano, nas mídias, na indústria cultural, nas práticas populares, no meio ambiente.

Contextualizar é situar o conhecimento do próprio trabalho artístico, dos colegas e da arte como produto social e histórico, o que desvela a existência de múltiplas culturas e subjetividades (Brasil, 1998:50)

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Desse modo,entende-se que cumpre à escola assegurar aos seus alunos a efetiva construção de conhecimento em Arte, o que significa mais do que a mera reprodução de formas, ou execução de técnicas muitas vezes destituídas de qualquer dimensão estética efetiva. Significa oportunizar aos alunos o domínio dos elementos das diversas linguagens, de modo que possam expressar-se com autonomia por meio delas, e, ao mesmo tempo, possam apreciar diferentes fazeres artísticos, reconhecendo seu valor estético e compreendendo suas relações com o tempo, a história e o ambiente em que foram produzidos.

1.5 AvaliaçãoA avaliação será feita através da participação do aluno nas atividades

propostas, observando-se o desenvolvimento, a participação, a evolução durante o bimestre.

1.6 Referências BibliográficasARTE, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Curitiba: SEED-PR, 2006BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais : Ensino Médio : linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMT, 1999.CHAFER, Murray R. A Afinação do mundo. São Paulo: ed Unesp, 2001CHAUI, Marilena.Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1999.FONTERRADA,Maria T. de Oliveira .Música e meio ambiente, ecologia sonora. São Paulo: Irmãos Vitale, 2004FUSARI, M. F. R., FERRAZ, M. H. C. T. Arte na educação escolar. São Paulo: Cortez, 1992.http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=23, capturado em 21/03/2006http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/diretrizes/dir_em_arte.pdfhttp://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/diretrizes/dir_em_arte.pdfMARTINS, Alice Fátima. O desenho reproduzido e a formação de professores para as séries iniciais do ensino fundamental. Brasília.

2. BIOLOGIA

2.1. Apresentação da disciplinaA Biologia como Ciência ao longo da história da humanidade vem

construindo modelo para tentar explicar e compreender o fenômeno da vida. Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina não implicam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais. Nesse sentido os conhecimentos científicos do ensino de Biologia contribuem para a compreensão da construção do pensamento biológico em diversos aspectos históricos que foram abordados, tais como: o descritivo, mecanicista, evolutivo e da manipulação genética.

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Como as diferentes formas de vida estão sujeitas às transformações que ocorrem no tempo e no espaço, são ao mesmo tempo propiciadoras de transformações no ambiente.

O próprio conhecimento sobre o surgimento e a evolução da vida demanda uma compreensão que a Ciência não tem respostas definitivas para tudo. Tendo como característica a possibilidade de ser questionada e de ser transformada.

O conhecimento é uma construção inacabada e a Biologia como parte do processo dessa construção científica, deve ser entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano, sendo uma das formas de conhecimento produzido pelo homem determinado por suas necessidades materiais de cada momento histórico, sofrendo influência do meio social e da economia por ele gerado.

O papel da Biologia é o de possibilitar condições de conhecimentos biológicos que contribuem para a compreensão do mundo e suas transformações situando o homem como indivíduo participativo e integrante do universo a partir de análises críticas dentro da sociedade e de questões pertinentes ao mundo científico.

O ensino de Biologia tenta, de maneira geral, compreender a natureza como uma intrincada rede de relações, um todo dinâmico, do qual o ser humano é parte integrante, com ela interage, dela depende e nela interfere, reduzindo seu grau de dependência, mas jamais sendo independente. Identificar a condição do ser humano de agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidas é também objetivo desta disciplina.

A Biologia contribui para compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimentos, um sistema explicativo que opera como modelos, tendo como critério de legitimidade a realidade, formando sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos que proporcione o “entendimento do objeto de estudo – o fenômeno VIDA, em toda a sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, do estudo da diversidade no âmbito dos processos biológicos da variabilidade genética hereditária e relações ecológicas e das implicações dos avanços biológicos do fenômeno VIDA” (Diretrizes Curriculares de Biologia).

Para compreender a origem das diferentes concepções sobre o fenômeno vida e suas implicações para o ensino, buscou-se na História das Ciências os contextos históricos nos quais pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças conceituais no modo como o homem passou a compreender a natureza.

Os filósofos Platão (428/27 a.C. – 347 a. C.) e Aristóteles (384-322 a.C.) deixaram contribuições relevantes quanto à classificação dos seres vivos.

Na Idade Média (século V – Século XV), sob influência do cristianismo, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, não apenas no aspecto religiosos, mas também influente na vida social, política e econômica. A visão teocêntrica repercutiu nas explicações sobre a natureza, onde “para tudo que não podia ser explicado, visto ou reproduzido, havia uma razão divina; Deus era o responsável” (RAW, 2002, pág.13).

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Limitada pelo pensamento teológico, a filosofia natural apresentava resposta intuitiva, mágica, voltada à descrição da natureza imutável e às ações do homem sob a graça divina.

O período entre a Idade Média e a Idade Moderna é marcado por mudanças significativas em diversos segmentos da sociedade. Com a queda do poder arbitrário da Igreja, abriu-se caminho para as Revoluções Industriais do século XVIII.

O naturalista Carl Von Linné (1707-1778), fundador do sistema moderno de classificação científica dos organismos, baseou-se no método da observação e descrição, o que caracterizaria o pensamento biológico descritivo.

No contexto filosófico discutia-se a proposição de um método científico a ser adotado para compreender a natureza. Nesse período histórico, o pensamento do filósofo Francis Bacon (1561-1626) contribuiu para uma nova visão de Ciência, baseada no método indutivo, com controle metódico e sistemático da observação.

Os princípios da origem da Vida foram questionados, quando o físico italiano Francesco Redi (1626-1698) introduziu idéias sobre a biogênese e com a invenção e aperfeiçoamento do microscópio trouxeram grandes contribuições para as ciências biológicas.

Nos fins do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da vida é questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres vivos, graças às contribuições de Lamarck (1744-1829) e Charles Darwin (1809-1882).

Quando se afirmou que todos os seres vivos atuais e do passado tiveram origem evolutiva e que o principal agente de modificação seria a ação da seleção natural sobre a ação individual, criou-se a base para a Teoria da Evolução das Espécies. Para isso, Darwin valeu-se de evidências evolutivas, consideradas provas e suporte de suas concepções.

Darwin foi um dos primeiros a aplicar o que hoje é conhecido como método hipotéticodedutivo. Partindo de uma hipótese que é posteriormente testada.

Ainda assim, os mecanismos evolutivos foram alvo de discussões, ainda faltavam-lhe dados sobre a natureza dos mecanismos hereditários, propostos por Gregor Mendel (1822-1884) monge agostiniano e estudioso das ciências naturais, desconhecidas de Darwin.

É importante destacar que a Biologia fez grandes progressos no século XIX, com a proposição da Teoria Celular feitas pelo botânico alemão Matthias Schleiden (1804-1881), em 1838, e pelo naturalista alemão Theodor Schwann (1810-1882), em 1839, ao afirmarem que animais e vegetais eram compostos por células, com aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida.

No século XX, nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel, provocando uma revolução conceitual da biologia, marcando a influência d pensamento biológico evolutivo.

No contexto de mudanças, diante da dificuldade de prever os efeitos das ações desencadeadas pelo homem no ambiente, a impossibilidade de garantir transformações na realidade social e o reconhecimento da não-neutralidade da Ciência, a crise da Ciência Moderna ficou exposta, como também, a necessidade de rever o método de construção do conhecimento científico.

Com o desenvolvimento da genética molecular, um novo modelo explicativo passa a ser visto a partir do pensamento biológico da manipulação genética,

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que demarca a condição do homem em compreender a estrutura físico-química dos seres vivos e as conseqüentes alterações biológicas.

Para a Ciência, em especial para a Biologia, a construção do pensamento biológico ocorre em movimentos não-lineares, com momentos de crise, de revoluções, de mudanças de paradigmas, de questionamentos conflitantes, de busca constante por explicações sobre o fenômeno Vida.

No Brasil, a primeira tentativa de organização de ensino correspondente ao atual Ensino Médio foi a criação do Colégio D. Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1838, com poucas atividades didáticas nas ciências como a História Natural, Química, Física e matemática, e com predomínio da formação humanista.

Na década de 30, os currículos escolares ainda davam ênfase no conteúdo da natureza descritivo, livresco e memorístico. Na década de 50, as aulas práticas tinham como meta ilustrar as aulas teóricas. Com o surgimento das primeiras instituições nacionais, criou-se o Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (IBECC), em 1946, cujo objetivo era promover a melhoria da formação científica dos alunos que ingressariam no ensino superior.

Na década de 60 a preocupação dominante era criar e manter uma elite intelectual científica e tecnológica.

Conforme Krasilchik (1987, p.18) “A escola secundária deve servir não mais à formação do futuro cientista ou profissional liberal, mas principalmente ao trabalhador, peça essencial para responder ás demandas do desenvolvimento”

Em 1980 surgiu no Brasil um movimento pedagógico que reconheceria como fonte de inspiração para modelos de aprendizagem, a análise do processo de produção do conhecimento na Ciência. Tais pesquisas adotaram os modelos de concepções alternativas ou espontâneas para analisar a “respostas erradas” dos alunos, ou seja, analisaram o conhecimento prévio do aluno sobre conceitos científicos.

Já na década de 90 surgiu outro campo de pesquisa, o da mudança conceitual. Os estudos buscavam compreender explicações previamente existentes – concepções alternativas – com análise do empreendimento d indivíduo no processo de mudança para uma explicação científica, demonstrando dominar a concepção científica de um determinado conteúdo. Sob tal perspectiva, o Ensino de Biologia sofria influência do pensamento construtivista.

Em 1998, com a promulgação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, para normatizar a LDB 99/96, o ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.

Dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) era enfatizado o desenvolvimento de competências e habilidades, o que veio prejudicar uma abordagem mais aprofundada dos conteúdos.

Os PCNs de Biologia apresentaram propostas inovadoras de avanços teóricos e metodológicos. Mas, na tentativa de romper com as concepções teóricas anteriores, a reformulação curricular proporcionou um retrocesso fortemente marcado pela concepção neoliberal, o que descaracterizou os conhecimentos historicamente constituídos e desvalorizou a teoria em prol do relativismo e da pedagogia das competências.

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As mudanças ocorridas no cenário político nacional e em especial no estado do Paraná apontaram novas perspectivas para a Educação Básica. Ao analisar a situação do ensino público em 2003 percebeu-se a descaracterização do objeto de estudo da disciplina de Biologia e a necessidade de sua retomada.

Estas Diretrizes Curriculares, portanto, consideram a concepção histórica da Ciência articulada aos princípios da Filosofia da Ciência.

Ao partir da dimensão histórica da disciplina de Biologia, foram identificados os marcos conceituais da construção do pensamento biológico. Esses marcos foram adotados como critérios para a escolha dos conteúdos estruturantes e dos encaminhamentos metodológicos.

O que se pretende, para o Ensino Médio no Paraná, é possibilitar que o egresso possa mais que inserir no mundo do trabalho, que seja capaz de compreender o mundo em que vive, em sua complexidade espaço temporal e que nele atua com vistas à transformação.

O ensino da Biologia é um espaço privilegiado onde há diferentes explicações sobre o mundo. Possibilita também, a percepção dos limites de cada modelo explicativo, inclusive dos modelos científicos, favorecendo a construção da autonomia de pensamentos e ação.

Como a Biologia e as outras ciências evoluem rapidamente, é fundamental que se incentive o aluno a realizar pesquisas contínuas no sentido de se atualizar nos conhecimentos biológicos, acompanhando o progresso dessa ciência e os avanços tecnológicos, que a cada dia oferecem novas alternativas de solução para os problemas da humanidade. Como por exemplo: Projeto Genoma, Transgênicos, Células tronco, etc. Discutindo e avaliando as atualidades científicas, os jovens poderão exercitar o senso-crítico, fazer uma análise criteriosa das questões que lhes são propostas no cotidiano e, assim, procurar exercer sua cidadania conscienciosamente.

Além dos conteúdos, entendidos como saberes da disciplina, é importante considerar as idéias trazidas pelos alunos para que não recaiam na perspectiva facilitadora do conhecimento científico, pois este requer abstração.

Sendo assim, redimensiona-se a importância dada ao processo de construção histórica dos conhecimentos biológicos, de forma que os mesmos possibilitem acesso à cultura científica, socialmente valorizada, tendo como objetivo a formação do sujeito crítico e reflexivo, contribuindo para uma educação que formará indivíduo sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do mundo e da vida, capazes assim de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e d tomar decisões,levando-se em consideração os conhecimentos, como estudar o fenômeno da vida em toda a sua complexidade de relações, na organização dos seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, no estudo da biodiversidade e no âmbito dos processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas, e das implicações dos avanços biológicos do fenômeno vida.

2.2 ObjetivosOs objetivos esperados estão organizados de acordo com as categorias:

a) Representação e Comunicação:

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• Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados em microscópio ou a olho nu.

• Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia.• Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos

biológicos em estudo.• Apresentar de forma organizada o conhecimento através de

textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc.• Conhecer diferentes formas de obter informações (observação,

experimento, leitura de texto e imagem, entrevistas) selecionando aquelas pertinentes ao tema biológico em estudo.

• Expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos.

b) Investigação e Compreensão:• Relacionar fenômenos, fatos, processos e idéias em Biologia,

elaborando conceitos identificando regularidades e diferenças e construindo generalizações.

• Utilizar critérios científicos para realizar classificações de animais, vegetais, etc.

• Relacionar os diversos conteúdos conceituais de Biologia (lógica interna) na compreensão de fenômenos.

• Estabelecer relações entre parte e o todo de um fenômeno ou processo biológico.

• Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de problemas, fazendo uso, quando for o caso, de tratamento estatístico na análise de dados coletados.

• Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados, utilizando elementos da Biologia.

• Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizagem.

• Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou processos biológicos (lógica externa).

c) Percepção Sócio-Cultural e Histórica:• Reconhecer a Biologia como um fazer humano e, portanto,

histórico, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos.

• Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do senso comum, relacionados a aspectos biológicos.

• Reconhecer o ser humano como agente de transformações intencionais por ele produzidas no seu ambiente.

• Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam à preservação e implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente.

• Identificar as relações entre o científico e o desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida, e as concepções de desenvolvimento sustentável.

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2.3. Conteúdos 1ª Ano

• Organização dos Seres Vivos:• Introdução à Biologia• História da Biologia• Origem da Vida• Composição química da célula• Estrutura celular• Divisão celular• Embriologia• Organização dos tecidos

• Mecanismos Biológicos• Os genes e a síntese de proteínas (estrutura da membrana celular,

citoplasma e núcleo)• Cariótipo• Mutações• Câncer• Funções celulares• Seres autótrofos e heterótrofos• Fotossíntese

• Implicações dos avanços no fenômeno da vida• Sistema Nervoso• Stress, esclerose múltipla• Sistema Endócrino• Envelhecimento – radicais livres e vitaminas• Valorização da vida (sexualidade, tabagismo, alcoolismo, drogas)• Colesterol• Água potável desafio para a humanidade• Vacinas• Produção de celulose e ecologia

2º Ano• Organização dos seres vivos

• Classificação dos seres vivos• Vírus• Os cinco reinos: monera, protista, fungi, animal e vegetal –

características gerais• Biomas aquáticos e terrestres• Taxonomia

• Mecanismos Biológicos• Processos de produção de energia: respiração anaeróbica• Fisiologia animal comparada (incluindo tipos de reprodução animal e

humana)• Fisiologia vegetal• Efeitos negativos das drogas no organismo

• Implicações e Avanços no Fenômeno da vida

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• Produção de remédios• Homeopatia e fitoterapia• Armamento biológico• Saúde e doenças• Sexualidade• Controle biológico de pragas• Hidroponia

3º Ano• Genética, Implicações e Avanços no Fenômeno da Vida

• Genética• Clonagem• Manipulação genética e bioética• Célula tronco• Projeto genoma• Terapia gênica• Transgênicos• Sexualidade

• Evolução dos seres Vivos• Evolução da vida• Origem das espécies

• Biodiversidade• Ambiente• Biosfera• Níveis de organização dos seres vivos• Equilíbrio e desequilíbrio biológico e ecológico (extinção das espécies)• Seres produtores, consumidores e decompositores• Pirâmides Ecológicas• Desequilíbrios ambientais• Cadeia e teia alimentar relações ecológicas

2.4. MetodologiaNo campo da ciência é imprescindível um trabalho que priorize as

experiências práticas vinculadas ao processo científico, isto é, que haja uma relação uma relação entre o conhecimento do senso comum e o conhecimento dos conceitos produzidos pela ciência. O professor como mediador desse processo, precisa criar situações e fornecer informações que permitam a reelaboração e a ampliação dos conhecimentos prévios de seus alunos preparando-os para ter claro a relação que envolve o conhecimento científico e a história de sua produção, que tem como centro a atividade humana, principalmente no que se refere às tecnologias, aos valores humanos e às concepções que tem de ciência.

É importante aqui, que a metodologia utilizada não perca de vista a apropriação dos conceitos, sua aplicação e suas implicações na sociedade.

No Ensino de Biologia o trabalho deve ser o de problematizar os conteúdos para que os alunos possam rever os conceitos que tem, de modo que tenham claro que muitas explicações científicas foram superadas por outras, que esse

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processo a respeito das verdades é uma construção do homem; de forma que promova um avanço intelectual do aluno na sua construção como um ser humano com um papel social.

Para que a aprendizagem seja mais ativa e significativa, o professor precisa variar as estratégicas não descartando as aulas expositivas, leitura de textos com utilização de vídeos, experimentação e visitas a museus. Precisa ter em mente que os conteúdos podem ser trabalhados com diferentes técnicas ou usar a combinação delas numa mesma técnica. O importante é manter o interesse dos alunos estimulando-os a resolver os problemas que estão presentes no seu cotidiano, tomando esses como ponto de partida para a compreensão dos conceitos e procedimentos envolvidos para a resolução dos problemas. Portanto, o trabalho do professor deve ser realizado em conjunto com os alunos de modo que percebam que o conhecimento é apropriado num processo conjunto.

Outras sugestões envolvem o trabalho com textos, podendo esses, serem utilizados como introdução a um conteúdo, síntese ou leitura complementar. Deve-se estimular o aluno a ler, ir além das palavras, devendo ser problematizado pelo professor para a compreensão dos conceitos envolvidos num dado conhecimento.

É importante o trabalho com experimentos pois os alunos aprendem a interpretar os resultados. É uma técnica que precisa ser acompanhada por questões que levem a uma reflexão, análise e organização dos dados obtidos pelas informações e não por simples constatações de conceitos trabalhados em classe.

Outra estratégia é a da realização de debates que pode estimular o aluno a desenvolver sua capacidade de síntese e argumentação, sendo também uma técnica que permite trabalhar atitudes e valores como: respeito, ouvir e falar no momento adequado, ter capacidade de convencer com seus argumentos. Para isso, é necessário o trabalho com textos variados sobre o tema escolhido.

Outra estratégia utilizada são excursões para o estudo do meio, mas aqui o professor precisar ter claro os objetivos que quer alcançar. É necessário um trabalho prévio do professor, e um roteiro que inclui observação, para que os objetivos sejam alcançados.

A aula expositiva também é necessária, pois tem sua importância. Somente é preciso compreender que este momento é rico pois envolve troca de informações através do diálogo. Através desta técnica o professor pode fornecer informações para debates, jogos, análise e interpretações dos dados coletados.

Também é importante o uso das tecnologias como: filmes, slides, transparências, painéis, pois complementam os conhecimentos envolvidos. Neste sentido deve haver o cuidado por parte dos professores para que se faça uma preparação antecipada para garantir a qualidade do trabalho, não fazendo o uso da técnica por si mesma.

2.5 AvaliaçãoA avaliação é um processo diagnóstico e contínuo, com a finalidade de

assegurar ao aluno a aquisição de conhecimentos que promovam a transformação e ação no ambiente em que está inserido.

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Através da avaliação, será possível investigar quais conhecimentos não foram aprendidos pelos alunos que podem impedir e dificultar seu avanço nos conhecimentos da Biologia. Nesse sentido, a avaliação é uma prática processual e contínua, onde o indivíduo constrói o próprio conhecimento tendo o professor como mediador neste processo.

Para assegurar uma avaliação processual, perante a diversidade de apreensão do conhecimento, por parte de nossos educandos, utilizaremos os seguintes instrumentos de avaliação:

• Relatório de atividades: laboratório, visitas, seminários• Pesquisas: através da observação de Internet, jornais, revistas e

outros• Desempenho da oralidade do aluno frente às atividades propostas• Desempenho do aluno perante a resolução de questões, problemas,

exercícios• Testes com questões dissertativas, e de múltipla escolha• Participação nos trabalhos em grupo• Leitura e interpretação de textos• Produção de cartazes, anúncios, frases, maquetes, panfletos, painéis• Apresentação de seminário• Manifestação oral e atividades desenvolvidas em sala.

A recuperação deve ser considerada como uma etapa em que o diagnóstico possibilita a revisão e reelaboração de conhecimentos não aprendidos, sendo possível, revisar, reforçar ou reorganizar esses conhecimentos através de instrumentos como:

• Participação de alunos monitores em grupos menores, com assessoramento do professor mediador na revisão de conteúdos.

• Levantamento das dúvidas com socialização do conhecimento pelo grupo de alunos e professores mediando o conhecimento.

• Leitura e interpretação de textos• Pesquisa de assunto e debates sobre os temas onde o professor

mediador verificou maior dificuldade por parte dos alunos.

2.6. BibliografiaAMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues, 1947 – Fundamentos da biologia moderna – 3. ed. Ver. E atual – São Paulo: Moderna, 2002.BEHE, M. J. A Caixa Preta de Darwin. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 1997.CARVALHO, A.M.P. [org.] Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.FAVARETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda Biologia: volume único – 1. ed. – São Paulo; Moderna, 2005.JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990.KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.LINHARES, Sergio; GEWANDZNADJER, Fernando Biologia: volume único. – 1. ed. – São Paulo: Ática, 2005.

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LOPES, Sonia; ROSSO, Sérgio Biologia: volume único – 1. ed. – São Paulo: Saraiva, 2005.PESSINI, L.; BARCHIFONTAINE, C. de P. de Problemas Atuais de Bioética, São Paulo: Loyola, 2002.RAW, I. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker editores/ Narrativa Um, 2002.RONAN, C. A. História ilustrada da ciência: da renascença à revolução científica. V.3 Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987.STORER, T.; STEBBINS R. C. & ET AL Zoologia Geral. São Paulo: Companhia Nacional, 2002.Revista Biotecnologia, Ciência e desenvolvimento – www.biotecnologia.com.br

EDUCAÇÃO FÍSICA

3.1 Apresentação da disciplinaA Disciplina de Educação Física surge no Brasil a partir do século XIX por

força das transformações sociais pelas quais o Brasil passava, dentre elas, o fim da escravatura e o incentivo à imigração. Com a Proclamação da Republica, 1889, e a implantação de um novo regime político, a Educação Física ganhou força , pois a burguesia depositou na ginástica, a responsabilidade de promover, através de exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida urbana.

A incorporação da Educação Física nos currículos escolares, no Brasil, teve forte influencia da medicina e da Instituição Militar, com praticas pedagógicas importadas da Europa para atender aos objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio de exercícios físicos.

Até 1931 a Educação Física por não existir um Plano Nacional, era adotada pelas forças Armadas, cujas práticas se davam pelo Método Francês. A partir de 1937 a Educação Física se consolidou como disciplina no contexto escolar, sendo então utilizada como doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem e ainda com princípios higienistas para um corpo forte e saudável, com atividades ligadas à formação de um corpo masculino, delineado para a defesa e proteção da família e da Pátria. As atividades dirigidas à mulher, por sua vez, deveriam desenvolver a harmonia das formas femininas e às exigências da maternidade futura. Ainda na década de 30, o esporte começou a popularizar-se confundindo a Educação Física.

A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase, devidos aos acordos entre o MEC e o Departamento Federal de Educação Americana. Devido à adoção dos métodos tecnicistas priorizavam-se a competição e o desempenho. Neste contexto foram priorizados os esportes Olímpicos: Vôlei, basquete, atletismo, entre outros, cujo objetivo era o de representar o país em competições internacionais. Nos anos 90 com a política educacional fortemente

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marcada pela concepção neoliberal a Educação Física teve um tratamento confuso.

Considerando o contexto histórico, a Educação Física transitou em diversas perspectivas teóricas, desde as mais reacionárias até as mais críticas.

Sendo o trabalho na área da Educação Física tem seus fundamentos nas concepções de corpo e movimento. Ou seja, a natureza do trabalho desenvolvido nessa área tem íntima relação com a compreensão que se tem desses dois conceitos.

Atualmente, a análise crítica e a busca a superação da concepção anteriormente adotada e aponta a necessidade de que, além daqueles pressupostos anteriormente adotados, se considere também as dimensões cultural, social, política e afetiva, presentes no corpo vivo, isto é , no corpodas pessoas, que interagem e se movimentam como sujeitos sociais e como cidadãos.

O processo de ensino e aprendizagem em Educação Física, portanto, não se restringe ao simples exercício de certas habilidades e destrezas, mas sim de capacitar o indivíduo a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social, significativa e adequada.

Os Conteúdos Estruturantes, entendidos como saberes (conhecimentos de grande amplitude) que identificam e organizam os campos de estudos, considerados fundamentais para a compreensão e desenvolvimento do Plano de Trabalho Docente para o ensino fundamental, médio e profissionalizante são: ESPORTE, JOGOS E BRINCADEIRAS, DANÇA, GINÁSTICA E LUTAS, os quais associados aos elementos articuladores da cultura corporal, permitem diferentes manifestações corporais que se tornam essenciais quanto à educação do corpo.

Estes elementos articuladores segundo DCE(2008)apud Pistrak(2000), a proposta dos Elementos Articuladores são aquilo que permite ampliar o conhecimento da realidade estabelecendo relações e nexos entre os fenômenos sociais e culturais. A organização do trabalho pedagógico através destes elementos garante uma compreensão da realidade atual de acordo com o método dialético pelo qual se estudam os fenômenos ou temas articuladores entre si e com nexos com a realidade atual mais geral, numa interdependência transformadora, embasado no plano social,permitindo aos estudantes, além da percepção crítica real, uma intervenção ativa na sociedade, com seus problemas, interesses, objetivos e ideais.

3.2 Objetivos Gerais• Refletir sobre as necessidades atuais do Ensino, superando a visão

fragmentada de homem;• Superar as concepções fundadas nas lógico instrumental, anátomo

funcional e esportivizada provenientes de outras matrizes teórico-metodológicas fundadas nos modelos de inspiração positivista, imaginários das ciências da Natureza;

• Compreender o trabalho como categoria fundamental da relação homem-natureza e da constituição da materialidade corporal humana;

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• Orientar os alunos para o desenvolvimento de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;

• Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência e discriminação;

• Conhecer, valorizar, respeitar a pluralidade de manifestações de cultura corporal do estado do Paraná, do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais;

• Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva;

• Respeitar a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando o consumismo e o preconceito;

• Perceber que o corpo é carregado de significados portanto devemos refletir sobre posturas, atitudes e gestos;

• Compreender que as práticas esportivas, sejam elas representadas em músicas, dança, teatro, etc., além de possibilitarem articulações com as demais linguagens, favorece a formação da identidade e da cidadania do jovem que se educa, fecundando a consciência de uma sociedade multicultural onde ele confronta seus valores, crenças e competências culturais no mundo no qual está inserido;

• Verificar que a Educação Física possui características que lhe permite buscar o equilíbrio entre as diferentes modalidades de inteligências, pois esta é rica em conteúdos que fazem a ponte entre o movimento, a reflexão e a emoção.

3.3 Conteúdos

1º Ano, 2º Ano e 3º AnoEsporte

• Conteúdos básicos: Esportes coletivos, individuais e radicais.• Recorte histórico delimitando tempo e espaço.• Analisar a possível relação entre esporte de rendimento x qualidade de

vida.• Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.• Estudar as regras oficiais e sistemas táticos.• Preenchimento de súmulas, montagem de tabelas e scalt.• Nutrição, saúde e prática esportiva.• Analisar a apropriação do esporte pela indústria cultural.

Jogos e Brincadeiras

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• Conteúdos básicos: Jogos de tabuleiro, dramáticos e cooperativos.• Analisar a apropriação dos jogos pela indústria cultural.• Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos

espaços e tempos de lazer.Dança

• Conteúdos básicos: Dança folclórica, de salão e de rua• Possibilitar o estudo sobre a dança relacionada à expressão corporal e a

diversidade de culturas.• Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e

seus diferentes ritmos.• Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e

expressão corporal.• Provocar a reflexão acerca da apropriação da dança pela indústria

cultural.Ginástica

• Conteúdos básicos: Ginástica artística, olímpica, geral e condicionamento físico

• Analisar a função social da ginástica.• Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica.• Estudar a relação entre a ginástica x sedentarismo e qualidade de vida.

Lutas• Conteúdos básicos: Lutas com aproximação, lutas que mantém a

distância, lutas com instrumento mediador e capoeira• Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico mais filosofia.• Características das diferentes artes marciais.• Técnicas, táticas e estratégias.• Apropriação da luta pela indústria cultural.• Analisar e discutir a diferença entre lutas e artes marciais.• Estudar o histórico da capoeira, musicalização, ritmo, ginga,

movimentação, roda etc.

3.4 MetodologiaMetodologia é o conjunto de princípios e pressupostos teóricos conscientes

ou não que levam o professor a adotar diferentes recursos técnicos e estratégicos em suas aulas.

Na Educação Física, a metodologia deve se basear na produção prática e teórica do conhecimento, através da descoberta orientada e a solução de problemas, assim o aluno terá maior grau de autonomia.

Durante o processo de aprendizagem os procedimentos técnicos de coordenação de gestos, adaptação de movimentos a determinadas regras e ritmos, e de uso do espaço e dos objetos, que serão adquiridos através de atividades individuais e coletivas, constituem-se em problemas a serem resolvidos pelos alunos.

É fundamental que no cotidiano escolar se garantam as condições para o usufruto dos conhecimentos resultantes dessas vivências, que dê destino à produção dos alunos.

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Deparar-se com suas potencialidades e limitações para buscar desenvolvê-las, é parte integrante do processo de aprendizagem das práticas da cultura corporal e envolve sempre um desafio para o aluno, pois o êxito gera um sentimento de satisfação e competência, e o torna confiante para exercer seu dever e direito de satisfação.

Essas habilidades e potencialidades serão desenvolvidas através de exibição de vídeos, estudo e discussão de textos, exposição dos conteúdos de esportes, danças, ginásticas e jogos, sua história, concepções, seus movimentos específicos e seu envolvimento na sociedade atual, cultural e política. E assim, efetuando a aprendizagem e conseqüentemente desenvolvendo o aluno em toda a sua amplitude.

Através das práticas corporais em jogos individuais ou coletivos, o aluno poderá identificar e desenvolver suas habilidades físicas, percebendo suas limitações e como trabalhá-las, seja no aspecto físico ou emocional, superando tais dificuldades e conscientizando-se da importância de praticá-las, para tanto, serão desenvolvidas atividades para ratificar a necessidade de outro, do companheirismo e da cooperação.

3.5 AvaliaçãoA avaliação deve acompanhar o processo de ensino-aprendizagem, levando

informações a respeito da adequação dos objetivos, da seleção de atividades, dos resultados, das estratégias utilizadas, dentre outros fatores componentes do processo.

Assim, no processo de avaliação deve se levar em consideração a faixa etária dos alunos e o grau de autonomia e discernimento que possuem. Esse processo deve se manifestar de forma contínua, clara, consciente e sistemática, podendo revelar as alterações próprias e características desse momento do aprendizado.

Ao selecionar os instrumentos de avaliação, tais como: observação contínua na participação das aulas, trabalhos práticos e teóricos, testes, o professor deverá observar se o aluno:

Realiza as práticas da cultura corporal do movimento de maneira cooperativa, utilizando formas de expressão que favoreçam a integração grupal.

Valoriza a cultura corporal do movimento, conhecendo, apreciando e desfrutando de diferentes manifestações da cultura do seu ambiente e de outros.

Relaciona os elementos da cultura corporal com a saúde e a qualidade de vida.

O aluno deverá no Ensino Médio concluir que, através da atividade física individual e coletiva é possível desenvolver princípios de valores morais, cooperativos e solidários que possam contribuir no seu meio social, agindo e interagindo como membro participante e ativo.

3.6 BibliografiaDIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ Educação Física

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EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO – Hudson V. TeixeiraTEXTOS DE ED. FÍSICA PARA SALA DE AULA – Roseli Bregolato

4. FILOSOFIA

4.1 Apresentação da DisciplinaConstituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia traz

consigo o problema de seu ensino, desde o embate entre o pensamento de Platão e as teses dos sofistas. Platão admitiria que sem as noções básicas e técnicas de persuasão, a prática da filosofia teria efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que, se o ensino de filosofia se limitasse à transmissão de “técnicas” de redução do ouvinte, por meio de discussão, o perigo seria outro. A filosofia favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.

Atualmente, visando a formação pluridimensional e democrática plena do estudante, a Filosofia busca oferecer-lhe a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especificidades. É nesta multiplicidade que reside as categorias de pensamento. Estas, buscam articular a totalidade espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.

A Filosofia apresenta-se como um conteúdo filosófico e como conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento. Ela supera o saber ingênuo e não-crítico as desacomodar os indivíduos do já feito e já sabido, ampliando horizontes para ale da mentalidade contificista, tecnocrática, pragmática, imediatista, a fim de recuperar a dimensão humana, quando alienada. Além disso sua abordagem totalizante supera o saber fragmentado dos especialistas e estabelece a interdisciplinaridade.

Na escola, a filosofia pode significar o espaço de criação e da provocação do pensamento original, da busca da compreensão da imaginação, da criação e recriação de grandes temas filosóficos, ou seja, de conteúdos estruturantes e basilares a serem trabalhados na perspectiva do estudante, de modo que a investigação e os textos filosóficos permaneçam sempre ligados à realidade presente.

Portanto, a Filosofia busca o fundamento do saber e do agir, faz a crítica da cultura e se pronuncia como discurso contra-ideológico. Trata-se de um processo que nega imediatamente o vivido, para que, ao buscarmos sua gênese e seus fundamentos, possamos transfomá-lo em experiência compreendida.

4.2 Objetivo• Formular conceitualmente problemas que interessam ao pensar de hoje e

investigar as diferentes formas de elaboração dos conceitos envolvidos, desenvolvendo uma maneira peculiar e original de interrogar-se sobre as verdades das palavras, das coisas e do ser.

Objetivos Específicos• Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos, específicos da

Filosofia.

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• Compreender as configurações de pensamento de sua constituição histórica e de seu funcionamento interno, tendo em vista a constituição de sistemas de referência

• Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas científicos – tecnológicos/ético – políticos, sócio – culturais e vivenciais

• Entender a reflexão crítica como processos e interpretativo do pensamento

• Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, apreensão e construção de conceitos, argumentação e problematização

• Desenvolver métodos e técnicas de leitura e análise de textos de forma filosófica

• Produzir textos analíticos e reflexivos ponde em prática os conhecimentos filosóficos

• Desenvolver a discussão oral de modo sistemático.

4.3 Conteúdos Estruturantes1ª SÉRIE

Mito e Filosofia

Saber míticoSaber filosóficoRelação Mito e FilosofiaAtualidade do mito O que é Filosofia

Teoria do Conhecimento

Possibilidade do conhecimento As formas de conhecimento O problema da verdadeA questão do métodoConhecimento e lógica

2ª SÉRIE

Ética

Ética e moralPluralidade éticaÉtica e violência: BullyingRazão, desejo e vontadeLiberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas

Filosofia Política

Relações entre comunidade e poder Liberdade e igualdade política Política e IdeologiaEsfera pública e privadaCidadania formal e/ou participativa

3ª SÉRIE

Filosofia da Ciência

Concepções de ciência A questão do método científicoContribuições e limites da ciênciaCiência e ideologiaCiência e éticaNatureza da arte;

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EstéticaFilosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc. Estética e sociedade.

4.4 Metodologia Esta disciplina deve favorecer a reflexão, a análise e a investigação de

modo a exercitar as habilidades de raciocínio, através do diálogo e da pesquisa, suscitando o questionamento, a argumentação de cada opinião e a construção de novos conhecimentos.

É necessário que o educador estimule os educandos na busca das leis e estruturas, presentes nos discursos por eles elaborados, através de leituras, pesquisas, produções de textos, debates, críticas, reflexões e sistematizações de assuntos relacionados ao cotidiano dos mesmos. O professor também pode fazer uso de outros recursos, tais como: filmes, jornais, gibis, revistas, música e gravuras, sem perder a essência filosófica.

Como dizia G.Lebrum, “os alunos, através da leitura e reflexão de textos, conceitos e doutrinas, aprendem a marcar o sentido de todas as palavras, educando-se para a inteligibilidade, pois onde os ingênuos só vêem os fatos diversos, acontecimentos amontoados, a Filosofia permite discernir uma significação, uma estrutura.” (C. Favaretto)

A disciplina de Filosofia deve proporcionar o desenvolvimento do raciocínio lógico e coerente, trabalhando os conteúdos sempre associados à realidade, com isso desenvolve-se a ética nas relações dos indivíduos principalmente no que concerne ao exercício de sua cidadania. O respeito à individualidade e à diversidade de experiências culturais e o nível de desenvolvimento intelectual dos alunos serão base para o desenvolvimento de técnicas de raciocínio e argumentação, de questionamento e problematização.

4.5 AvaliaçãoComo a disciplina de Filosofia possui características próprias, baseadas na

análise de reflexão, problematização e sistematização de conceitos, a avaliação será realizada através de atividades práticas e escritas, apresentações orais, discussões, debates, leituras e pesquisas, onde serão consideradas a criatividade, interesse, desempenho, capacidade de argumentação, de análise crítica e domínio de conceitos.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.

Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições. Na avaliação, o educando deve demonstrar entendimento sobre o pensamento filosófico no processo histórico, assim como deve se posicionar como sujeito ativo do processo para a construção de uma sociedade melhor.

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4.6 BibliografiaARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria H. Pires. Filosofando,

Editora Moderna, 1993.ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, nº 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, 2004CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. 13 edição. São Paulo. Ática, 2003._________.O retorno do teológico-político. In: retorno ao republicano. Sérgio Cardoso (org.) Belo Horizonte: editora UFMG, 2004.CORDI, Cassiano et al. Para Filosofar. Ed. Scipione, 2003.GALLO, S.;KOHAN, W. O. (orgs) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.HOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In: FÁVERO.A A; KOHAN, W. O.; RAUBER, J. J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Juí: editora da UNUJUÍ, 2002.

FÍSICA

5.1 Apresentação da DisciplinaOs registros mais antigos da história já mostravam a preocupação do ser

humano em entender e explicar o mundo em que vivemos. A observação do meio foi a ferramenta inicial de todo este processo. Em seguida a tentativa dos humanos em resolver problemas do seu cotidiano, ampliando assim a sua capacidade de se adaptar e sobreviver.

Tendo a Física o objetivo de observar, compreender e explicar a natureza, podemos associar a capacidade de observação do ser humano ao nascimento desta ciência, mas a Física da maneira que conhecemos e estudamos inicia quando o homem tenta sistematizar suas observações.

Os registros mais antigos de observação, revelam que o céu e suas variações foram, para maioria das civilizações da antiguidade, quase uma obsessão, dando origem a astronomia de onde futuramente deriva o estudo de movimentos.

O estudo da astronomia, onde podemos destacar o modelo geocêntrico, foi a base desta ciência até as proximidades do período que conhecemos como Renascimento, a partir dai há um desenvolvimento muito mais significativo da sistematização e do número de situações observadas pelo homem, que contribuíram para o desenvolvimento da Física como a ciência que conhecemos hoje.

As trocas e descobertas feitas, nas diversas áreas de estudo abrangidas pela física, permitiram o avanço tecnológico de maneira mais rápida. Em alguns períodos da história esse avanço é mais evidente, como na revolução industrial, a mecanização proporcionada por máquinas térmicas (á vapor), fez com que as

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industrias e os transportes sofressem grande avanço, gerando o crescimento da economia e mudando a rotina de trabalho da humanidade.

Assim a física como ciência foi ganhando força e interferindo diretamente na vida das pessoas. O uso da eletricidade e de ondas eletromagnéticas para comunicação promoveram a velocidade e agilidade na informação e no convívio, encurtando distâncias e possibilitando a globalização do conhecimento.

Mais recentemente na história temos avanços em pesquisas nucleares, proveniente do que chamamos de Física Moderna, apesar de ter seu destaque na industria bélica, neste ponto a física contribui para fornecimento de energia e ainda abriu horizontes na busca de outras formas de energia e de desenvolvimento.

Por fim, inserida em um novo contexto em que o mundo se instrumentaliza e se aperfeiçoa através da tecnologia, a Física se tornou um corpo de conhecimento indispensável à formação da cidadania, contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca, que também percebam a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos e econômicos e culturais desta ciência.

É papel dos educadores levar ao questionamento do por que e para quê ensinar Física, a refletir sobre o significado e função dos problemas que surgem. No entanto, a racionalidade científica impõe respeito pela sua metodologia e o método cientifico passe a ser o procedimento correto e confiável para se chegar ao conhecimento científico. Talvez venha daí certo consenso de que a experimentação contribui para uma melhor compreensão dos fenômenos físicos, sendo o ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou para que os alunos percebam sua relação com as ideias discutidas em aulas. O desenvolvimento científico não pode deixar de levar em consideração seus aspectos benéficos e maléficos, ou seja, a ética deve estar presente em todo o processo científico. Devemos ainda mencionar que a Física não é uma ciência acabada, pois essa é fruto da construção humana.

5.2 Objetivos:• Compreender, identificar e utilizar conceitos, relacionar grandezas e

medidas que envolvam as leis e teorias físicas.• Reconhecer o papel da Física ao longo da história, tanto na construção de

conhecimento quanto na evolução dos meios tecnológicos .• Identificar informações centrais e periféricas, apresentadas em diferentes

linguagens, e suas interrelações;• Compreender e utilizar as ferramentas matemáticas (gráficos, tabelas,

equações).• Organizar estratégias de ação e selecionar métodos;• Selecionar modelos explicativos, formular hipóteses e prever resultados;• Aplicar métodos adequados para análise e resolução de problemas;• Formular e articular argumentos adequadamente;• Fazer inferências (indutivas, dedutivas e analógicas);

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• Analisar cirticamente a solução encontrada para uma situação problema;• Confrontar possíveis soluções para uma situação problema.• Compreender a importância do desenvolvimento do conhecimento físico

na sociedade e identificar sua atuação no cotidiano.

5.3 Conteúdos Estruturantes:São os conteúdos que identificam o campo de estudos da Física que

podem ser desdobrados sem perder sua totalidade. • Movimento: permite a compreensão de fenômenos ligados ao cotidiano

como o caminhar, o movimento de projéteis e dos automóveis, o equilíbrio de corpos num meio fluído, o movimento dos planetas em torno do Sol e o da Lua em torno da Terra.

• Termodinâmica: baseia-se nos conceitos de temperatura, calor e entropia e, pela etimologia da palavra, das relações entre calor e trabalho mecânico.

• Eletromagnetismo: torna-se um importante campo de estudos para o estudante do Ensino Médio, visto quer seu conhecimento e aplicação não estão ligados apenas à compreensão da natureza, bem como às inúmeras inovações tecnológicas nos últimos cem anos. Neste contexto incluímos os conceitos de ondas eletromagnéticas, a dualidade do comportamento da luz, juntamente com os fenômenos da ótica, e ainda noções de física moderna.

• Esses conteúdos foram escolhidos como estruturantes porque indicam campos de estudo da Física que, a partir de desdobramentos em conteúdos pontuais, possam garantir os objetos de estudo da disciplina da forma mais abrangente possível

5.3.1 Conteúdos:1º Ano

• Movimento• As leis de Newton• Impulso• Quantidade de movimento• Principio da conservação da quantidade de movimento• Energia e trabalho• Princípio da conservação da energia• Gravitação universal

2º Ano• Termodinâmica

• Temperatura e calor• Leis da termodinâmica: • Primeira lei da termodinâmica: ideia de calor como energia, sistemas

que realizam trabalho.• Segunda lei da termodinâmica: máquinas térmicas.

• A natureza da luz e suas propriedades

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3º Ano• Eletromagnetismo

Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas Força eletromagnética Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática; Lei de

Coulomb; Lei de Ampère; Lei de Gauss Magnética; Lei de Faraday

5.4 MetodologiaNo trabalho desenvolvido em Física, é importante que o professor sinta-se

como um participante de construção de conhecimento junto ao aluno. Nesse sentido, é necessário levar em conta os conhecimentos que os alunos já possuem, conhecimentos estes construídos no seu cotidiano, bem como suas concepções acerca do mundo.

O que propomos aqui, como forma de trabalho, são os seguintes procedimentos:

A partir de elementos vivenciais do mundo conhecido, dos alunos, através de levantamentos temáticos ou outras formas de abordagem que permitam explicitar melhor as relações do mundo com a Física.

Utilizar os meios de informação contemporâneos disponíveis na realidade do aluno, tais como notícias de jornais, livros de ficção científica, literatura, programas de televisão, vídeos, etc. como instrumentos incentivadores para diferentes leituras e análise crítica da realidade.

Estimular visitas a instalações de produção do saber ou da informação, de forma a permitir ao aluno construir uma percepção significativa da realidade em que se vive.

Propor e envolver turmas de alunos em projetos coletivos de construção do conhecimento, em torno de temas amplos ou interdisciplinares, como por exemplo: edificações/ habitação ou distribuição e uso social de energia em laboratório. Para isso, dar condições para o aluno observe situações e fenômenos ao seu alcance, que construa aparelhos e objetos simples que possa, se utilizados nos experimentos.

Utilizar de diferentes formas de expressão, desde a elaboração de textos ou jornais, uso de vídeos até linguagem corporal, para representar e produzir o conhecimento

Estimular o uso adequado dos meios tecnológicos (desenhos, fotos, máquinas calculadoras, microcomputadores, filmadoras), como formas de representar, sistematizar e produzir conhecimentos. O objetivo é que professor e estudantes em conjunto, compartilhem significados na busca da aprendizagem que acontece quando novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive ser substituído.

5.5 AvaliaçãoA avaliação da aprendizagem da Física não pode acontecer por um simples

instrumento de Avaliação como a prova. O aluno é solicitado o tempo todo a participar.

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A observação contínua, as discussões, a produção de trabalho. Problemas ou relatórios de atividades e pesquisas, trabalhos em grupos, tarefas individuais e Provas constituem elementos importantes no processo de avaliação do aprendizado do aluno.

Todos esses instrumentos de avaliação devem servir de base para o professor analisar os progressos dos alunos, os quais são essenciais para o trabalho, no sentido de mostrar a necessidade da retomada de pontos nos quais alunos ainda apresentam dificuldades e para verificar que conhecimentos, atividades ou habilidades esse alunos já desenvolvem, tendo em vista a continuidade de seus estudos. Esta retomada deve acontecer de maneira contínua e harmônica no cotidiano da sala de aula o professor deve identificar os alunos que dela necessitam e conduzi-los à um desenvolvimento a partir de atividade que recuperem os conceitos não absorvidos pelos mesmos, independente do instrumento de avaliação utilizado.

Sendo assim, a avaliação em Física terá em caráter diagnóstico e deve contemplar capacidade de compreensão dos conceitos, de interpretação de situações problema, verificando a capacidade de investigação e observação do aluno, a capacidade de leitura e interpretação de enunciados, bem como a capacidade de criar estratégias para explicitar as soluções, onde o professor se informará sobre o saber já dominado pelo aluno e adotará medidas que o leve a desenvolver as competências previstas na disciplina.

5.6 Bibliografia:AGUIAR, Orlando. Mudanças conceituais (ou cognitivas) na educação em ciências: revisão crítica e novas direções para a pesquisa. Revista Censão, vol. 3, nº1,2001Axt, Rolando. O papel da Experimentação no Ensino de Ciências. In: Moreira, M. Antonio; AXT, Rolando. Tópicos em Ensino de Ciências, Porto Alegre: Sagra, 1991, p. 79-90.CHASSOT,A. A Ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 1994.FERRI, Cássia. O Currículo Escolar do Ensino Médio e suas implicações. Seminário regional Orientações Curriculares – Ensino Médio, Florianópolis, out. ,2004.Secretária do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Paraná 2008PENTEADO, Paulo Cesar M. Física – Ciência e tecnologia – São Paulo: Moderna, 2005

GEOGRAFIA

6.1 Apresentação da DisciplinaNos séculos XV e XVI, diversos viajantes alargaram o horizonte geográfico.

O mapeamento e a cartografia, tiveram grande avanço, mas tinham um caráter apenas descritivo, até o final do século XVIII, não se pode falar em geografia como uma ciência.

A geografia começou a se estruturar como ciência na Alemanha, com Humboldt (1769-1859) e Ritter (1779-1859). Esses dois cientistas deram à

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Geografia um método de análise, tentando estabelecer as relações entre os fenômenos que ocorrem nas diversas paisagens da superfície do planeta e desses com a ação da humanidade.

Assim, a Geografia abandonou o papel puramente descritivo e passou a explicar fenômenos e suas inter-relações, tornando-se uma ciência. A partir daí, a Geografia passa a ter um caráter científico e acadêmico e a ser produzida e pensada nas universidades.

Em 1844-1904 o determinismo geográfico de Ratzel, na Alemanha, vem a ter uma influência muito grande sobre os geógrafos que acreditavam que a sociedade humana e suas atividades eram determinadas pelo meio físico. Ratzel estabeleceu bases para a Geografia Humana. Desenvolveu o conceito de “espaço vital”, no qual havia uma relação entre população e os recursos disponíveis em seu território. Posteriormente, Ratzel passou a considerar as influências das condições culturais se históricas na determinação das sociedades e suas atividades.

A segunda metade do século XX foi marcada por revoluções, confrontos, movimentos de libertações e questionamento do sistema mundial de dominação: Yves Lacostes, faz uma crítica à Geografia tradicional, dizendo que ela sempre existiu a serviço da dominação e do poder. Os geógrafos como Pierre George, B. Kayser e Guglcelmo, passaram a questionar o papel assumido até então pela Geografia tradicional. O centro das preocupações passa a ser as relações entre a sociedade, trabalho e a natureza, na apropriação dos recursos e na produção de espaços diferenciados.

A geografia no Brasil, vai-se desenvolver após a década de 1930, quando se institucionalizou historicamente, o Brasil passava de um país agro-exportador para um país industrial, com uma influência maior da burguesia e a classe média urbana.

Sabe-se que a partir da década de 80, no Brasil, a Geografia como outras áreas do conhecimento, passaram por acirrados debates e reflexões das diferentes tendências teórico-metodológicas. Entre estes embates estavam a Geografia tradicional e as novas tendências do movimento de renovação da Geografia, bem como o retorno da Geografia enquanto disciplina no Ensino Fundamental.

Considerando o conhecimento historicamente produzido, como o principal instrumento para efetivação dos objetivos da Geografia Crítica, o professor e o aluno, deve ser entendido como sujeitos. O primeiro deve assumir sua função de mediador, desenvolvendo no aluno sua capacidade de observar, analisar, interpretar a realidade. O segundo, um ser crítico e capaz, desde o início do processo de aprendizagem, deve criar e construir o saber, tendo em vista sua transformação.

Neste sentido, é preciso que se repense conteúdos e a maneira de tratá-los metodologicamente, assumindo práticas pedagógicas que ajudem no desenvolvimento da autonomia dos alunos, garantindo uma participação coletiva, confrontando os conhecimentos que eles já possuem sobre a relação homem/ natureza, homem/ homem com os conhecimentos científicos historicamente acumulados.

No trabalho em sala de aula, o professor deve considerar o movimento contraditório que rege as relações sociais do mundo no tempo presente e

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passado, objetivando que o aluno as compreenda através de práticas que envolvam problematização, discussão, representação, análise, pesquisa promovendo a reflexão e a formulação de hipóteses, pensando criticamente a realidade e identificando as possibilidades de transformação para superar as contradições.

Hoje a Geografia se “propõe muito mais do que somente descrever paisagens e passa para a renovação. Milton Santos propõe a discussão do espaço social, que é histórico, dinâmico e fruto do trabalho e da produção da humanidade”.

A Geografia estuda o espaço se as relações que nele ocorrem, sendo, portanto, um canal de reflexão para uma ação transformadora, objetivando a construção da cidadania.

Preocupa-se hoje não mais em descrever o que o espaço contém, mas como ele chegou a tal configuração, resultado das relações sociais e conseqüentemente um produto histórico, influenciado por questões de ordem econômica, política, social e cultural, ou seja, o espaço geográfico, além de que a Geografia tem sua essência esta inserida em vários segmentos da educação, inclusive na escola pública que deve atender a todos igualitariamente independente de raça, cor, religião ou classe social.

Espera-se que neste nível da aprendizagem os alunos tenham noções básicas sobre as relações sócio-espaciais, além de aplicar seus conhecimentos na interpretação e crítica de espaços que sejam de seu cotidiano ou não. No ensino médio o aluno será capaz de formar mais facilmente opiniões modificadoras do meio em que vive, ter noções mais amplas dos conceitos geográficos que estão inseridos nos contextos global continental e regional.

Desse modo, os conteúdos que fazem parte da grade do ensino médio devem ser organizados de modo que o aluno consiga problematizar as relações sociedade – natureza, além de problematizar o contexto sócio-cultural no qual está inserido, fazendo um resgate histórico de seu país e de sua própria vida, levando-o a compreensão das mudanças ocorridas na ordem mundial precedente à atual.

6.2 Objetivos • Proporcionar ao aluno a compreensão do mundo em que vive: das

relações entre natureza/ homem/ trabalho, da sociedade, transformando-o em agente de mudanças

• Possibilitar ao educando exercer a cidadania e através dela entender os problemas e transformações ocorridas em nível sócio-político e econômico no decorrer da história.

• Permitir o entendimento do espaço geográfico mundial e que não se apresentam únicos e acabados.

• Oportunizar que o aluno situe-se nas transformações sociais contemporâneas e que a globalização oportuniza e contribui para a interdependência dos países.

• Contribuir para que o aluno analise sua realidade e que desenvolva o senso crítico, a criatividade e o raciocínio para interagir no meio e em prol da sociedade em que vive.

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• Proporcionar ao educando a apropriação do conhecimento científico a serviço da transformação e da justiça social.

• Contribuir para que o aluno se oriente esse localize no tempo e no espaço que ocupa, compreendendo-o e socializando-se com as pessoas que apresentam diferentes conhecimentos e posições sociais.

• Contribuir para o entendimento das inter – relações entre homem / natureza e homem/ sociedade esclarecendo a importância destas para que o aluno entenda o espaço e a vivencia e as contradições do mundo atual, destacando as atividades que este deve tomar, tanto critica, como ambiental, para que este mundo seja melhor.

• Levar o aluno a compreender que para a geografia ser apreendida e que contribuía na formação social do homem que é necessário que haja observação, descrição e comparações de variados aspectos referentes a fenômenos sociais nos quais esta inserido e de sociedades de diferentes naturezas.

• Reconhecer semelhanças e diferenças nas formas por quais diferentes grupos sociais interagem com as manifestações da natureza que por sua vez influenciara em suas vidas nos âmbitos social, cultural e econômico.

• Possibilitar que o aluno tenha e/ou adquira noções que a tecnologia se faz presente e necessária no cotidiano mundial para a preservação do meio ambiente e melhorias na qualidade de vida.

• Proporcionar o reconhecimento de que o mundo é composto de muitas etnias e que especial o Brasil, as etnias africanas e indígenas tiveram grande participação na formação populacional, além de contribuir com a identidade cultural de nosso país.

• Levar ao entendimento que as ações do aluno como agente transformador do espaço pode influenciar benéfica ou maleficamente sua vida e o seu meio.

6.3 Conteúdos Estruturantes:• Dimensão Econômica do espaço Geográfico.• Dimensão Política do Espaço Geográfico• Dimensão socioambiental do Espaço Geográfico.• Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.Os conteúdos estruturantes estão contemplados em todas as séries sempre

abordando do global para o local (mundo, Brasil e Paraná).1º Ano- Dimensão Sócio- Ambiental

• Espaço geográfico, localização, paisagem, território• Cartografia: construir e ler mapas• Tempo geológico, estrutura da Terra placas tectônicas e dinâmica do

relevo• Os fenômenos meteorológicos, influência do clima e vegetação• Hidrosfera: os ciclos da água

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• Poluição do ar, inversão térmica, ilhas de calor, chuva ácida, efeito estufa e destruição da camada de ozônio

- A Dinâmica Cultural Demográfica• O espaço geográfico, como se organiza• População da Terra: fatores do crescimento e suas diversidades• Cidades: urbanização da humanidade• Redes Urbanas: a hierarquia das cidades• As grandes metrópoles, Omo s comportam sua população• O processo de emigração e imigração

- A Dimensão Econômica da Produção do/ no Espaço• As atividades agropecuárias e os sistemas agrários• A atividade industrial no mundo• O espaço utilizado pelas indústrias e seus benefícios• A organização e a produção industrial• Energia: o motor da vida moderna• Como se dá produção de energia• Países produtores de energia

Geopolítica• Em busca do desenvolvimento sustentável• Políticas sociais para conter a degradação da natureza• A relação entre os países na questão ambiental• O despontar dos países em desenvolvimento na economia global

2º AnoDimensão Sócio-Ambiental

• A formação e a expansão do território brasileiro• Caracterização do espaço brasileiro• Brasil: estrutura geológica e relevo• O clima do Brasil• Impactos ambientais em ecossistemas brasileiros• Ecossistemas brasileiros• A hidrografia brasileira• Relevo, clima hidrografia e vegetação do estado do Paraná• Ocupação paranaense

A Dinâmica Cultural Demográfica• Movimentos da população no Brasil• Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras / Violência• A estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil• Crescimento populacional do Estado do Paraná /etnia racial

A Dimensão Econômica da Produção do/ no Espaço• A organização político-administrativa e a divisão regional do Brasil• Os complexos regionais brasileiros• Brasil: país subdesenvolvido industrializado• O espaço agropecuário brasileiro• Recursos minerais do Brasil• Recursos energéticos do Brasil

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• Economia paranaenseGeopolítica

• Comércio exterior brasileiro• Os transportes no Brasil• A industriazação do Brasil /Meio ambiente• Produtos paranaenses para exportação• Os trangênicos e a política interna.• Paraná: Saúde e Educação em destaque.

3 º AnoDimensão Sócio-Ambiental

A construção do espaço geográfico A América latina e o problema ambiental Como está o planeta água O Islã – Entre a paz e o terrorismo, com está este espaço Reino Unido e França, muitos problemas ambientais desde a

industrializaçãoA Dinâmica Cultural Demográfica

As novas migrações e a xenofobia Nacionalismo, Separatismo e Minorias Étnicas

A comunidade dos Estados Independentes África, a cultura de um povo Coréia do Norte, Cuba e Vietnã: como se organiza esse povo Itália e Alemanha: países com muita cultura e pouca população China: um país populoso com dois sistemas econômicos Canadá e Japão: o espaço geográfico de cada um

A Dimensão Econômica da Produção do/ no Espaço• Novos países industrializados: substituição de importações• Novos países industrializados: plataformas de exportações• O novo Leste Europeu, uma nova produção do espaço• Oriente Médio: espaço reorganizado• Reino Unido e França: pioneiros na industrialização• Austrália e Nova Zelândia, os ricos do Sul

Geopolítica• O capitalismo e o Socialismo e a Guerra Fria• O mundo pós-guerra fria• O mundo sem a URSS, cai a potência mundial• A internacionalização do capital• Os blocos econômicos• Países subdesenvolvidos, ou novas potências mundiais• China: um país, dois sistemas• Estados Unidos, a superpotência mundial• Os complexos regionais brasileiros• Brasil: país subdesenvolvido industrializado• O espaço agropecuário brasileiro• Recursos minerais do Brasil

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• Recursos energéticos do Brasil• Economia paranaense

6.4 MetodologiaOs conteúdos devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica continua e

integrada com os demais segmentos da educação, relacionando a teoria com a prática e a realidade.

Facilitar o entendimento para que os conteúdos apresentados alcancem seus objetivos, a partir do exposto, esperando que o aluno amplie as suas noções espaciais através de textos, artigos, filmes, representações por meio de figuras, mapas e gráficos fazendo relações local, regional e global e com isso estimulando reflexões sobre abordagens pedagógicas contextualizadas, não isoladas nem lineares, buscando uma visão crítica da totalidade.

No ensino médio, os conteúdos serão organizados numa seqüência que problematize as relações Sociedade-Natureza e as relações Espaço-Temporais a partir do espaço geográfico mundial.

O trabalho pedagógico da história e da cultura afro-brasileira e indígena pode ser feita por meio de textos, imagens, mapas e maquetes que tragam conhecimentos sobre a questão histórica da composição étnica e miscigenação da população brasileira, da distribuição espacial da população afro-descendente e indígena no Brasil, contribuições das etnias indígenas e africana no Brasil e no mundo, as contribuições dos povos africanos e indígenas no tempo e no espaço.

A educação ambiental deve ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente, no ensino de Geografia, a temática ambiental será tratada de forma contextualizada a partir das relações que estabelece com as questões políticas e econômicas.

6.5 AvaliaçãoA avaliação é parte do processo de ensino/ aprendizagem e adquire sentido

na medida em que e articula com o projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de ensino, sendo que devera ser formativa, diagnostica, processual e continuada, norteando a aprendizagem do aluno e o trabalho do professor, já que os alunos têm diferentes formas e ritmos de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação possibilitara a intervenção pedagógica do professor durante todo o tempo, dando ao aluno a oportunidade de (re)construir seu conhecimento e espaço em vive.

A avaliação deve articular o objetivo e estudo, contemplando diferentes atividades pedagógicas, como: interpretação e produção de textos de geografia; interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; relatórios de aula de campo; apresentação e discussão de temas em seminários; construção, representação e analise do espaço através de maquete, entre outros.

Em Geografia, os principais critérios a serem observados na avaliação são as formações dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio-espaciais. Para isso, o professor deve estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, a condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como

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alicerce para sua ação pedagógica e que, simultaneamente, parta dessa opção para o sempre necessário aprofundamento teórico.

A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos e como esses, serão avaliados em cada atividade proposta.

6.6 BibliografiaCAVALCANTI, Lana de Souza – Escola Construção de Conhecimentos . Campinas, São Paulo. Ed. Papirus, 1998SEED, Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008

7. HISTÓRIA

7.1 Apresentação da DisciplinaA História tem como objeto de estudo os processos históricos e as relações

humanas praticadas no decorrer do tempo, bem como os sentidos que os indivíduos deram às mesmas em sua forma de pensar e agir, possibilitando reflexões a cerca dos contextos históricos em que os saberes foram e são produzidos.

Nesse sentido, a história é produto do pensamento e da ação do Homem, do conjunto da humanidade ao longo do tempo e do espaço, considerando-a como um movimento contínuo, dinâmico e plural, onde os sujeitos históricos atuam.

Assim, estudar e compreender a teia de relações que foram e são estabelecidas no âmbito do poder, da cultura e do trabalho é uma questão sine qua nom para que os alunos se compreendam enquanto indivíduos possibilitadores de mudanças ou permanências que caracterizam as sociedades de outros e de seu tempo.

Nessa perspectiva, ao propor para o Ensino Médio a formação de um aluno pesquisador, busca-se através do estudo da História construir a identidade das sociedades estudadas, bem como a sociedade brasileira, fruto da diversidade étnico-cultural, favorecendo a construção do conhecimento através do estudo/ análise de fontes, que não somente o livro didático.

Nessa direção, o professor é o agente mediador desse processo de construção do conhecimento, apropriando-se dos conhecimentos de outras áreas do saber para facilitar a aprendizagem do aluno caracterizando assim a interdisciplinaridade como meio da compreensão do estudo/ conteúdo para o aluno.

De acordo com as novas diretrizes curriculares (2008) integraram-se à disciplina de história, em seus conteúdos específicos os chamados “desafios contemporâneos” (violência, sexualidade,drogas,etnia racial e meio ambiente).

Para explorar esses desafios será desenvolvido o resgate o processo histórico e suas diferentes manifestações relacionadas com a sociedade contemporânea.

As relações de Trabalho, Cultura e Poder no Tempo e no Espaço: da Antigüidade ao Século XV A organização da sociedade e as relações que se estabeleceram em seu interior. Como se organizou o trabalho?

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As relações de Trabalho, Cultura e Poder no Tempo e no Espaço: do Século XV ao Século XIX – Como estas relações foram estabelecidas? Houve mudanças ou permanências?

As relações de Trabalho, Cultura e Poder no Tempo e no Espaço: do Século XIX à Atualidade – O que mudou nessas relações? Como estamos inseridos nelas?

7.2 Objetivo Geral• Possibilitar ao aluno, meios para que o mesmo possa construir o

conhecimento para entender as mudanças e as permanências nas sociedades no decorrer do tempo e do espaço em todos os seus aspectos, de modo a compreender-se como sujeito histórico e agente do processo histórico.

7.3 Conteúdos1ª Série A Antiguidade Oriental

•Sumérios, Babilônios, Persas, Fenícios, Hebreus,etc.Egito

•Sociedade e Cultura.•Política e Economia.

Reinos e Sociedades Africanas •Desafio contemporâneo, violência e etnia racial•Etiópia, Congo, Ghana, Mali, Songhai, Mossis, Benin, Bosquímanos,

Hotentotes.•Sociedade e Cultura.•Política e Economia.•Religiosidade e Tradições.

Antiguidade ClássicaGrécia:

•Berço da Civilização e da Democracia.•Sociedade e Cultura.•Política e Economia. •Religiosidade e sexualidade (desfio contenporâneo)

Roma: •Desafio contemporâneo,violência e sexualidade•Lenda e Realidade.•Sociedade e Cultura.•Política e Economia.•A construção de um Império.•A desagregação do Império Romano.

Império Bizantino•Império Romano do Oriente.•A prosperidade da Cultura e a expansão do Helenisno•A cristandade dividida: o cisma do Oriente.•A conquista de Constantinopla:1453.

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O Islã•Uma cultura diferente.•Sociedade e Cultura.•Política e Economia.•Religiosidade e Tradição.

A Idade Média•Desafio contemporâneo, violência e sexualidade•Período de Trevas ou uma nova organização da sociedade?•As invasões bárbaras.•A ruralização da economia.•A fragmentação do poder.•A sociedade feudal.•feudo: unidade de produção auto-suficiente.•A servidão.•A Igreja medieval e o poder.•Tribunais da Inquisição.•As Cruzadas: a reconquista da Terra Santa.•A Baixa Idade Média: renascimento comercial e urbano.•A Cultura Medieval: educação, filosofia, literatura, música, arquitetura e

ciência.O Estado Moderno

•A centralização do Poder•absolutismo monárquico.•As Monarquias Nacionais: Portugal, Espanha, França e Inglaterra.

O Renascimento•A origem do Renascimento.•homem renascentista.•Elementos do Renascimento: individualismo, materialismo, concorrência,

divisão social•do trabalho, racionalismo.•Renascimento Científico.•Grandes nomes do Renascimento na Itália e em outros países europeus.

A Reforma e a Contra-Reforma•Desafio contemporâneo, violência •Mentalidade e Religiosidade.•Os valores burgueses.•Martim Lutero, Jean Calvino, Henrique VIII: a Reforma Anglicana.•A reação da Igreja Católica.•A Ordem dos Jesuítas/Companhia de Jesus.•A volta do Tribunal do Santo Ofício.

As Civilizações e Povos do Continente Americano•Os povos indígenas norte-americanos.•Astecas, Maias, Incas.•Povos indígenas brasileiros e paranaenses.

A Conquista da América

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•Desafio contemporâneo, etnia racial•A chegada dos europeus à América.•Outras culturas, outros olhares.•choque entre as culturas indígena e européia.•Resistência e dominação.•Escravização indígena.•Catequização: “civilizar pela fé”.

A Formação da Sociedade nas Três Américas•América Franco-inglesa.•América Espanhola.•América Portuguesa.

O Mercantilismo•comércio de especiarias e artigos de luxo.•A política econômica do Estado. •Os princípios mercantilistas.•Os tipos de mercantilismo.

2ª SérieO Sistema Colonial

•Desafio contemporâneo, violência e etnia racial•A Exploração Colonial: garantir a posse da terra.•a Exploração Colonial: inglesa, francesa, espanhola e portuguesa.•Colônias de povoamento e colônias de exploração.•A empresa açucareira.•A mão de obra compulsória: o negro.•tráfico negreiro.•A administração colonial e o pacto colonial.•domínio espanhol e a expansão do território brasileiro.•Paraná no contexto da colonização do Brasil.

O Iluminismo•Século das Luzes: o pensamento burguês.•Sociedade e Cultura.•Política e Economia.•Os déspotas esclarecidos.•As idéias iluministas no Brasil.

Revolução Inglesa•Desafio contemporâneo, violência meio ambiente e drogas•Origens da Revolução.•processo revolucionário.•rompimento entre o Rei e o Parlamento: derrota do absolutismo.

Revoluções Burguesas•Revolução Industrial.•Produção e relações de trabalho.

Independência dos Estados Unidos•A exploração inglesa.

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•A busca de autonomia.•Colônias de povoamento e de exploração: os dois lados da moeda.•fim do domínio colonial da Inglaterra.

Revolução Francesa•A queda do Antigo Regime.•Idéias que se espalharam fora da Europa.•Invasão Napoleônica na Península Ibérica.•Bloqueio Continental.

Vinda da Família Real para o Brasil•A abertura dos portos.•A elevação da colônia a Reino Unido.•desenvolvimento urbano e cultural.

A Independência da América Espanhola•Sociedade e Cultura.•Política e Economia.

O Brasil no Século XIX•A Independência do Brasil.•retorno de D. João a Portugal.•Primeiro Reinado: o governo de D. Pedro I.•A Constituição de 1824.•A unidade territorial e a permanência das estruturas coloniais.•A Confederação do Equador e a Província Cisplatina.

O Período Regencial•Governo das Regências: Trina e Uma.

As Revoltas Regenciais•Desafio contemporâneo, violência •Cabanagem, Revolução Farroupilha, Sabinada, Balaiada, Revolta dos Malês.

O Segundo Império: governo de D. Pedro II.•Desafio contemporâneo, etnia racial•A construção da Nação.•fim do tráfico: crise do sistema escravista.•Economia: latifúndio, braço escravo e o café.•Lei de Terras, Lei Eusébio de Queirós – 1850.•A imigração Européia – um projeto duas urgências:•substituição do braço escravo e os núcleos coloniais (desenvolvimento,

miscigenação e branqueamento da população) •promotores de progresso e civilidade. (desenvolvimento, miscigenação e

branqueamento da população)•Uma Sociedade/Nação, três elementos: o índio, o europeu e negro.•Movimento Abolicionista.•A Guerra do Paraguai. ( Desafio contemporâneo, violência)

Paraná: Emancipação Política 1853•Desafio contemporâneo, meio ambiente•Sociedade e organização político-administrativa.•Núcleos coloniais europeus.

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•Desenvolvimento econômico.•Os povos indígenas e a Terra indígena.•Uma cultura, vários elementos.

Unificação da Itália e da Alemanha•Sociedade e Cultura.•Política e Economia.

O Imperialismo no Século XIX•Desafio contemporâneo, violência, drogas, etnia racial, meio ambiente•Potências Européias.•Neocolonialismo.•A partilha da África e da Ásia: separatismo e apartheid.•A América Latina e o Imperialismo norte-americano.

O Brasil – República Velha•Desafio contemporâneo, violência, •Os primeiros anos da República.•A Constituição Republicana.•Sociedade e Cultura.•Política e Economia.•A República Oligárquica.•Revoltas na República Velha.•Movimentos Messiânicos: Canudos e Contestado.

3ª SérieA Primeira Guerra Mundial

•Desafio contemporâneo, violência, etnia racial•A Política de alianças.•Questão: Marroquina e Balcânica.•Conflito.•Os tratados de paz.•A participação do Brasil na guerra.

A Revolução Russa•Sociedade e Cultura.•Política e Economia.•ensaio de 1905.•A Revolução de 1917.•Bolcheviques e Mencheviques: idéias de uma nova sociedade.•A ditadura do proletariado.•A formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

A Crise de 1929•A década de 1920: produção cultural e crítica social.•Superprodução econômica.•Quebra da bolsa de valores de Nova York.•A repercussão da crise na Europa e no Brasil.

Regimes Totalitários•Desafio contemporâneo, violência, etnia racial

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•Nazismo.•Fascismo.•A expansão dos regimes totalitários: Espanha e Portugal.•A recuperação econômica.

A Era Vargas•A revolução de 1930 e a era Vargas (1930 – 1945).•Leis trabalhistas.•Industrialização, trabalho e desenvolvimento.•Trabalho: disciplina e ordem.•A mulher, o índio e o negro na sociedade brasileira.•Populismo na América Latina.

A Segunda Guerra Mundial•Desafio contemporâneo, violência etnia racial•A política de alianças.•conflito.•fim da guerra e a fundação da ONU.•A participação do Brasil.•mundo pós-guerra.

Guerra Fria•A bipolarização do mundo.•muro de Berlim.•Revolução chinesa, Guerra da Coréia, Revolução Cubana. •Brasil Pós-Guerra•fim do Estado Novo.•De Dutra a João Goulart.

O Regime Militar (1964 a 1984).•Desafio contemporâneo, violência, meio ambiente•Liberdade vigiada.•As canções de protesto.•milagre econômico.•Diretas já.•Novo período democrático.

Descolonização•África.•Ásia.

O Fim da Guerra Fria: uma nova ordem.•A queda do muro de Berlim.•A desagregação da URSS e a “hegemonia norte-americana”.

Atualidade•Desafio contemporâneo, violência, drogas, etnia racial, meio ambiente•Novos conflitos, velhas lutas, muitos interesses.•Oriente Médio.•A América Latina.•Brasil, a globalização, a ALCA, o MERCOSUL, a OTAN, entre outros.

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•Desenvolvimento, exploração, consciência, conservação, ecologia: preservar para conhecer e usufruir.

A Sociedade Brasileira•Índios, brancos, negros e mestiços: somos todos brasileiros.•Religiosidade e tradições.•Brasil e as culturas regionais.

7.4 Metodologia Utilização do método dialético e da aula expositiva, de modo a possibilitar

através dos conteúdos a construção do conhecimento para compreender a realidade a qual os alunos estão inseridos, atuando o professor como mediador de possibilidades e produção através da pesquisa, entendimento e compreensão para análise da sociedade em todos os seus aspectos. Nesse sentido, deve-se considerar que a pedagogia histórico-crítica possibilita ao professor a elaboração de instrumentos que levem o aluno a construir o conhecimento e ainda essa pedagogia valoriza o saber historicamente acumulado pelos Homens permitindo o entendimento de novos conhecimentos e possibilitando a percepção de que as relações construídas no passado exercem influência ainda na atualidade embora em contextos históricos diferentes.

Desenvolver projetos interdisciplinares ou possibilidades de relações possíveis com outras disciplinas (quando uma disciplina oferece subsídio para uma outra), contribuindo na construção do conhecimento dialógico entre as disciplinas.

7.5 AvaliaçãoConsiderando a avaliação uma prática processual e que o indivíduo está

inserido num contexto mutável a avaliação ocorrerá a partir da produção individual e coletiva que poderão ser manifestadas pela compreensão da construção do conhecimento através dos objetivos estabelecidos de acordo com os temas.

Assim cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, através de instrumentos que o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriam ou tem se apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de História. Significa dizer que o que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referencial para a compreensão do contexto histórico no espaço onde os alunos estão inseridos. Para tanto será utilizados vários instrumentos de avaliação, tais como: seminários , produção textual, analise de textos, pesquisa, fichamento , simulados, sínteses, painéis, texto ilustrado, charges, paródias, atividades coletivas.

Segundo a Lei de diretrizes e bases da educação nacional, a avaliação é continua e diagnóstica do desempenho do aluno , com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre de eventuais provas finais. Ainda segundo a LDB tem-se a obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar.

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De acordo com as diretrizes curriculares a avaliação assume uma dimensão formadora, o resultado desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, permitido que haja uma reflexão sobre a ação pedagógica.

7.6 BibliografiaAGUIRRE ROJAS, Carlos Antonio. Os Annales e a Historiografia Francesa: tradições e críticas de Marc Bloch a Michel Foucault. Maringá: EDUEM, 2000.BITTENCOURT,Circe (org). O Saber Histórico na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2002.BURKE, Peter. A Escrita da História. São Paulo: Unesp, 1992._______Uma História Social do Conhecimento: de Gutemberg a Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.CARDOSO, Ciro Flamarion;VAINFAS,Ronaldo(orgs).Domínios da História. Campinas: Campus, 1997.CHARTIER, Roger. “-O Mundo como Representação” Estudos Avançados 11(5),1991.------A Aventura do Livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Editora UNESP/Imprensa Oficial do Estado, 1999.BRASIL.Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional.Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996.COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 1997.DOSSE, François. A História em Migalhas. São Paulo: Ensaio, 1994.ELLIAS, Norbert. O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993/1994, 1v e 2v.FONTANA e LÁZARO. Josep. Análise do passado e projeto social. Bauru, SP: EDUSC, 1998.GIORDANI, Mário Curtis. História da África Anterior Aos Descobrimentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985.HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.-------------Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1996.MESGRAVIS, Laima. PINSKY, Carla Bassanezi. natureza O Brasil que os Europeus encontraram: a, os índios, os homens brancos. São Paulo: Contexto, 2000.PARANÁ.Secretaria de Estado de Educação DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA – HISTÓRIA,2008RODRIGUES, Jaime. O Infame Comércio: propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil (1800-1850). Campinas, SP: Editora da UNICAMP/CECULT, 2000.SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. São Paulo: Ática, 2006.STAROBINSKI, Jean. As Máscaras da Civilização: Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.THOMPSON, E.P. Costumes em Comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

8.1 Fundamentação TeóricaNos dias atuais o ensino de qualidade da língua estrangeira é uma

necessidade na escola, especialmente na Escola Pública, onde os alunos vêm de classes sociais e há necessidade de se preparar melhor para enfrentar a concorrência. A proliferação de cursos particulares, de escolas particulares, mostra a necessidade de mais atenção ao ensino de mais uma língua, ou seja, mais um instrumento de conhecimento e edificação do aluno como ser crítico, ser social e participativo nas decisões do mundo globalizado.

O objetivo de inclusão de uma língua estrangeira no currículo escolar, notadamente o inglês, passa por vários aspectos: primeiro, a função social da língua, que deve ancorar nos parâmetros sócio-interacionais da linguagem e da aprendizagem, bem como nos aspectos cognitivos.

É necessário o aluno aprender a ler em língua estrangeira, para que sejam atendidas as necessidades de sua educação formal e técnica objetivando tornar-lo agente transformador da realidade a sua volta. A habilidade da leitura não exclui a possibilidade do desenvolvimento escrito, oral e interdisciplinar de outros conhecimentos. Isso é motivado pelas exigências do mundo moderno e globalizado. O inglês como língua, tem relevância e hegemonia nas trocas internacionais, gerando implicações nos campos da cultura, da educação, da ciência, do trabalho, etc.

O inglês, especialmente exerce influência tanto na língua, como nas relações internacionais. Exemplo disso é que hoje o inglês é a língua mais usada no mundo dos negócios, e em alguns países, nas universidades, é universal a sua prática.

Visto por esse ângulo, o ensino de uma língua estrangeira há de ser fator de libertação, não de exclusão social. Deve abrir a porta para o conhecimento, desenvolvimento, mas não deve tolher a cidadania e o espírito crítico equilibrado do indivíduo como ser social, pensante e livre. Passa a assumir a função de veículos de comunicação, funcionando como meio de acesso ao conhecimento, as diferentes formas de pensar, criar, sentir, agir e de conceber a realidade.

Assim, é essencial um trabalho interdisciplinar, relacionado com contextos reais de forma que o processo de ensino-aprendizagem possa colocar em prática alguns princípios fundamentais que proporcionem condições para que o aluno tenha capacidade de compreender e produzir enunciados, bem como possibilitar que atinja um nível de competência que lhe permita ter acesso a informações de vários tipos, contribuindo para sua formação enquanto cidadão.

8.2 Objetivo GeralA língua inglesa como veículo de comunicação deve estar relacionada ao

contexto social. Assim, tem por objetivo, compreender e usar a língua estrangeira moderna como instrumento de acesso a informações e às outras culturas e grupos sociais. Proporcionar ao aluno uma aprendizagem significativa em práticas de leitura, escrita e oralidade, ampliando sua visão de

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mundo e tornando-o um sujeito mais crítico, além de incentivar a pesquisa e a reflexão em relação a sua cultura e a de outros povos.

Objetivos EspecíficosO ensino da língua inglesa deve proporcionar ao aluno:

• Saber distinguir entre as variantes lingüísticas e escolher o vocabulário adequado à situação na qual se processa a comunicação;

• Compreender em que medida os enunciados transmitem a forma de ser, de pensar, de agir e de sentir de quem os produz;

• Utilizar aspectos como coerência e coesão, na produção em Língua Estrangeira (oral e/ ou escrita).

• Dominar as estratégias verbais que entram em ação para compensar falhas na comunicação e para favorecer a efetiva comunicação e alcançar o efeito pretendido;

• Possuir domínio da competência sócio-lingüística, da competência discursiva e da competência estratégica;

• Ampliar a capacidade de análise para poder refletir sobre a própria cultura com maior profundidade, tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre a sua forma de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos enriquecendo a sua formação profissional e pessoal.

8.3 ConteúdosOs conteúdos estruturantes entendidos como saberes mais amplos da

disciplina poderão ser abordados através de atividades significativas em práticas de leitura, escrita e oralidade.

Essas atividades serão trabalhadas a partir de textos que circulam socialmente, organizados em sequências didáticas, as quais possibilitarão diversos tratamentos em sala de aula, como discussão de assuntos polêmicos que serão adequados à cada faixa etária e proporcionarão estudos de diferentes graus de complexidade da estrutura linguística. Os textos de diversos gêneros darão condições de trabalhar com a língua em situações de comunicação oral e escrita, favorecendo as relações e ações individuais e coletivas, abrangendo significados sociais historicamente construídos, refletindo sobre as diversidades lingüísticas e culturais.

Os conteúdos básicos para o ensino de língua estrangeira partem dos gêneros discursivos e seus elementos composicionais. A seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, deverá ser feita de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série.

CONTEÚDOS BÁSICOS DOS GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS

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LEITURA 3º ano

• Identificação do tema, intertextualidade, intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico, coesão e coerência; • Marcadores do discurso; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos

gráficos, acentuação gráfica, ortografia. • Variedade linguística.

ESCRITA 3º ano

• Tema do texto, Interlocutor, Finalidade do texto, Intencionalidade do texto, Intertextualidade, condições de produção, informatividade;

• Vozes sociais e verbais presentes no texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos semânticos, emprego do sentido denotativo e conotativo; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, ortografia,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), acentuação gráfica. • Variedade linguística;

ORALIDADE 3º ano

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.; • Adequação do discurso ao gênero; • Pronúncia, turnos de fala, adequação da fala ao contexto; • Vozes sociais presentes no texto; • Variações lingüísticas, diferenças e semelhanças entre o discurso oral e

o escrito; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

8.4 MetodologiaPara que os objetivos propostos no ensino de língua estrangeira sejam

atingidos, o professor deverá levar em conta as questões de ordem estrutural, observando que as escolhas de atividades deverão estar de acordo com o número de alunos em sala de aula, tempo, materiais disponíveis e ambiente físico, coerentes com os objetivos e princípios delineados.

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No ensino da língua estrangeira far-se-á necessário o desenvolvimento de atividades que estimulem a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, descobrir, interpretar situações, pensar de forma criativa, fazer suposições, interferências, propiciando ao aluno a ampliação da capacidade de abstrair elementos comuns à várias situações

Com o objetivo do uso efetivo da língua e a interação do aluno ao meio em que vive, as habilidades de ler, ouvir, falar e escrever, serão trabalhadas interligadamente.

LEITURA: É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

• Proporcione análises para estabelecer a referência textual; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas, dos

diferentes sentidos, reconhecimento do estilo próprio de diferentes gêneros, relacionando tema ao contexto atual;

• Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e

outros;

ESCRITA: É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor,

intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;

• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;

• Conduza à utilização adequada das partículas conectivas; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos; • Estimule produções em diferentes gêneros. Acompanhe a produção do

texto e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero;

• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;

• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADE: É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em

consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal;

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• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

8.5 AvaliaçãoDevido ao caráter interativo da avaliação e sua relevância, enquanto forma

de rever a prática pedagógica, é necessário avaliar em vários momentos do processo de ensino e aprendizagem.

O esforço do aluno deve ser reconhecido através de ações como o fornecimento de “feedback” sobre seu desempenho e o entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem.

Desse modo, a avaliação dera contínua e de caráter formativo (formação de hábitos e atitudes), promovendo a interação professor – aluno e entre aluno e conteúdo, levando o aluno a perceber a língua não como estrangeira, mas como a língua de outras pessoas, a qual ele vai aprender a apreciar e dar sentido.

Nesta perspectiva são apresentados alguns critérios, ou seja, o que se espera que o aluno aprenda:

Quanto à compreensão escrita:• Demonstrar a compreensão geral de textos variados (com gravuras,

tabelas, fotografias, desenhos e palavras cognatas);• Extrair informações específicas do texto;• Reconhecer os elementos da organização textual por meio da qual a

informação é apresentada;• Demonstrar consciência crítica em relação aos temas abordados no texto;• Desenvolver conhecimento sistêmico de acordo com o nível exigido pelo

texto.Quanto á compreensão oral será levado em conta os mesmos aspectos

da compreensão escrita, além do conhecimento de natureza fonético-fonológica.

Quanto à produção tanto oral como escrita:• Demonstrar adequação na produção oral e escrita, buscando significado

nos aspectos: sintáticos, morfológico, léxico e fonológico;• Mostrar conhecimento dos padrões internacionais em textos orais e

escritos (específicos da língua estrangeira);• Demonstrar conhecimento de que textos escritos têm diferentes visões da

sociedade.A avaliação será diagnóstica e contínua, utilizando-se como instrumentos,

testes de aproveitamento orais e escritos, pesquisas, relatórios, observações espontâneas ou dirigidas, trabalhos, atividades em sala de aula e extra-classe.

Visando o desenvolvimento da habilidade e competência comunicativa o aluno será avaliado em todos os aspectos de sua aprendizagem.

Através de entrevistas, conversas informais e relatos pode revelar qual é a percepção da língua estrangeira do aluno, não só quanto à função social, a

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avaliação deve ser flexibilizada para que os tópicos a serem testados não precisem ser iguais para todos.

A participação do aluno no processo e sua auto-avaliação são importantes para que o mesmo possa acompanhar seus avanços no conhecimento de línguas estrangeiras.

8.6 ReferênciasBRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio: língua estrangeira. Brasília, DF: MEC/SEF, 1999.BAKTHIN, M. Os Gêneros do discurso. In: Bakthin, Mikhail. Estética da Criação Verbal. Trad. Pereira, M. E. G. G. São Paulo: Martins Fontes, 1992.BRONCKART, J. P. Atividades de linguagem, textos e discurso: por um interacionismo sóciodiscursivo. São Paulo: EDUC, 2004.CRISTÓVÃO, V. L. L. Desvendando Textos com o Interacionismo Sociodiscursivo. In:ANTONIO, J. D.; NAVARRO, P. (Orgs) . O texto como objeto de ensino, de descrição linguística e de análise textual e discursiva. Maringá : Eduem, 2009.DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão oral e escrita – elementos para reflexão de uma experiência suíça (francófona). In: SCHNEUWLY, B ; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004. p.41-70.______. Seqüências didáticas para o oral e escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B ; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 95-128.GIMENEZ, T.; JORDÃO, C. M.; ANDREOTTI, V. (org.). Perspectivas educacionaise ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.GIMENEZ, T. Competência intercultural na língua inglesa. Disponível em:MARCUSCHI, L. A . Gêneros textuais emergentes e atividades lingüísticas no contexto da tecnologia digital. Conferência apresentada na 50ª Reunião do GEL –Grupo de Estudos Lingüísticos de São Paulo, maio de 2002. Texto publicado em CDROM.____________. L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna, Curitiba: SEED, 2006.ROCHA, C. H. O ensino de línguas para crianças: refletindo sobre princípios e práticas. In: ROCHA, C. H.; BASSO, E. A. (Orgs.). Ensinar e aprender língua estrangeira nas diferentes idades: reflexões para professores e formadores. São Carlos: Claraluz, p. 15-34.

9. LÍNGUA PORTUGUESA

9.1 Apresentação da DisciplinaA disciplina tem por objeto o ensino da Língua Materna, abordada a partir

dos seu eixo estruturante, a saber: discurso enquanto prática social, numa

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perspectiva que a considere historicamente e como elemento relacional entre sujeitos. Serão explorados os gêneros discursivos por meio do trabalho com a linguagem verbal, a leitura e a produção textual, numa simbiose que favoreça a compreensão da língua como elemento vivo no contexto comunicativo.

Além de todos esses quesitos vai-se, ainda, incluir a temática “História e cultura afro-brasileira”, de fundamental importância no contexto da nossa sociedade. O ensino de Literatura leva os estudantes a conhecer o contexto em que os autores escreveram, possibilitando a reflexão sobre o significado da língua portuguesa.

9.2 Objetivos  Geral

• Capacitar o aluno a articular significados coletivos, compartilhando experiências que variam de acordo com as necessidades e com as condições da vida em sociedade; produzindo textos em variados gêneros e linguagens com sentido.

Específicosa) Leitura

• Integrar textos escritos e falados.• Favorecer a leitura de outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a

fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem).

• Ampliar a capacidade de compreensão e leitura de gêneros diversos, de forma vertical, tendo em vista a superação do horizonte de expectativa do aluno leitor.

• Refletir sobre os textos produzidos/ lidos/ ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.

• Aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando, através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/ leitura.

• Fazer leitura de textos diversos poemas africanos dando ao aluno oportunidade de conhecer os escritores africanos.

b) Escrita• Integrar textos escritos e falados.• Compreender a Língua Portuguesa como suporte para a construção dos

conhecimentos nos outros domínios do saber numa perspectiva interdisciplinar.• Aperfeiçoar a expressão e a compreensão ao nível da escrita.• Produzir textos livres e outros, de acordo com parâmetros já fixados pelo

professor.c) Oralidade

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• Integrar textos escritos e falados.• Ampliar o potencial expressivo dos alunos.• Aperfeiçoar a expressão e a compreensão ao nível da oralidade.• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la

a cada contexto e interlocutor.

9.3. Conteúdos básicos por séries1º Ano

Oralidade:• Situações reais de uso de fala em situação formal.• Variedade de linguagem.• Organização e compreensão de diferentes discursos em situação formal.• Variedade padrão da linguagem.• Debates: polêmica, enunciação clara e sustentada de opiniões e abertura para

novos argumentos e pontos de vista.Leitura:

• Relações dialógicas entre texto e leitor.• Intertextualidade.• Gêneros textuais.• Inferências.• Estilística.• Leituras: silenciosa, oral e dramatizada de textos poéticos, narrativos curtos e

textos não verbais.Escrita:

• Experiências reais de uso: composição, estrutura e estilo de texto.• Reestruturação e reescrita de texto.• Diversidade textual.• Análise linguística.• Prática de escrita: argumentativa, informativa, resumo e esquemas, escrita

literária (narrativa ou poética).• Sistema linguístico: morfologia, sintaxe.• Nível fonológico: ortográfico e textual.

Literatura:• Conceito de literatura.• Linguagem literária.• Gêneros literários.• Humanismo.• Classicismo.• Quinhentismo.• Barroco.• Arcadismo.

2º AnoOralidade:

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• Situações reais de uso de fala.• Variedade de linguagem.• Organização e compreensão de diferentes discursos.• Variedade padrão da linguagem.• Debates: polêmica, enunciação clara e sustentada de opiniões e abertura para

novos argumentos e pontos de vista.Leitura:

• Relações dialógicas entre texto e leitor.• Intertextualidade.• Tipologias textuais.• Inferências.• Estilística.• Leituras: silenciosa, oral e dramatizada de textos poéticos e de narrativas curtas

e longas; e de textos não verbais.Escrita:

• Experiências reais de uso: composição, estrutura e estilo de texto.• Reestruturação e reescrita de texto.• Diversidade textual.• Análise linguística.• Prática de escrita: argumentativa, informativa, resumo e esquemas, escrita

literária (narrativa ou poética).• Sistema linguístico: morfologia, sintaxe.• Nível fonológico: ortográfico e textual.

Literatura:• Romantismo.• Realismo/Naturalismo.• Simbolismo/Parnasianismo.

3º AnoOralidade:

• Situações reais de uso de fala.• Variedade de linguagem.• Organização e compreensão de diferentes discursos.• Variedade padrão da linguagem• Debates: polêmica, enunciação clara e sustentada de opiniões e abertura para

novos argumentos e pontos de vistaLeitura:

• Relações dialógicas entre texto e leitor.• Intertextualidade.• Tipologias textuais.• Inferências.• Estilística.• Leituras: silenciosa, oral e dramatizada de textos poéticos, e de narrativas

curtas e longas; e de textos não verbais.Escrita:

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• Experiências reais de uso: composição, estrutura e estilo de texto.• Reestruturação e reescrita de texto.• Diversidade textual.• Análise linguística.• Prática de escrita: argumentativa, informativa, resumo e esquemas, escrita

literária (narrativa ou poética).• Sistema linguístico: morfologia, sintaxe.• Nível fonológico: ortográfico e textual.

Literatura:• Pré-Modernismo.• Modernismo.• Literatura Contemporânea.

9.4 MetodologiaCom o escopo de atingir os objetivos elencados, partiremos de uma

metodologia diversificada e ativa, que compreende:Trabalhos individuais e em grupo de pesquisa análise e reflexão sobre a

língua e a literatura através da escrita/ reescrita, leitura/ releitura, composição de resumos, resenhas e sinopses.

Trabalhos em duplas e/ou equipes envolvendo a composição textual, a pesquisa, a exposição oral dos resultados alcançados, a dramatização/ encenação de passagens relevantes à compreensão.

Abordagem sistemática, mediada pelo professor, das estruturas linguísticas dos textos estudados e produzidos pelos alunos, a fim de obter uma compreensão abrangente da língua-padrão.

Uso das ferramentas tecnológicas disponíveis na escola e nos lares, como facilitadores da escrita e da revisão textual; assim como meio eficiente e célere de pesquisa a diversos temas, e interação social.

Aulas expositivas, filmes oficinas, debates, leitura de jornais e revistas, etc.Outros métodos e técnicas que possam garantir a efetividade do uso da

língua nas diversas situações de comunicação.Assim, espera-se garantir que as aulas sejam o mais significativas quanto

possível de modo a facilitar a condução e diversificada dos trabalhos propostos.

9.5 AvaliaçãoA avaliação em Língua Portuguesa será diagnóstica, contínua e cumulativa,

servindo de instrumento ao professor para revisão de sua prática, bem como para o aluno, a fim de que este possa ter uma visão de seus avanços, constituindo-se numa etapa essencial do processo ensino-aprendizagem.

É necessário que a avaliação seja uma prática reflexiva possibilitando ao discente, a reflexão, tanto sobre os conhecimentos adquiridos quanto sobre os processos de aquisição dos mesmos, apropriando-se de novos conceitos.

O processo avaliativo pressupõe uma clara articulação entre objetivos práticos metodológicos e instrumentos, articulação que deve estar clara não só para o docente, mas também para o conjunto da turma, lembrando que uma das metas de nossa ação pedagógica é viabilizar a autonomia de quem aprende, garantida, entre outros fatores, pela interiorização de parâmetros de

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monitoração das próprias ações.A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos

de aprendizagem diferente, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo, informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.

Por fim, não podemos esquecer de que as atividades avaliativas nunca se esgotam em si mesmas, tendo de ser vistas como uma oportunidade de reflexão sobre o próprio processo de ensino e seus resultados, devendo subsidiar o professor para eventuais ajustes na programação e no reencaminhamento pedagógico de certo tema ou de certa prática.

9.6 Bibliografia:BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.BARBOSA, Jacqueline Peixoto. (coord.) Trabalhando com os gêneros do discurso: narrar: narrativa de enigma. São Paulo: FTD, 2001.BARBOSA, Jacqueline Peixoto. (coord.) Trabalhando com os gêneros do discurso: notícia. São Paulo: FTD, 2001.BARBOSA, Jacqueline Peixoto. (coord.) Trabalhando com os gêneros do discurso: carta de solicitação e carta de reclamação. São Paulo: FTD, 2005.CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto. Por um teoria linguística que fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom) In: UFPR, Educar em revista, vol. 15.CIAVATTA, M.; FRIGOTTO, G. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Brasília: MEC/SEMTEC, 2004.DELEUZE, Gilles; GUATARI, Félix. Mil Platôs ¾ Capitalismo e Esquizofrenia.FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização. In:KUENZER, Acácia (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.____. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.FERNANDES, Monica Teresinha Ottoboni Sucar. Trabalhando com gêneros do discurso: narrar: fábula. São Paulo: FTD, 2001.MARCUSCHI, Luiz Antonio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P. ; MACHADO, A. R.; BEZERRA N. A. Gêneros textuais e ensino, Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.OSAKABE, Haquira; FREDERICO, Enid Yatsuda. Pcnem – Literatura. Análise crítica. In: MEC/ SEB/ Departamento de Políticas de Ensino Médio, Orientações Curriculares do Ensino Médio, Brasília: 2004.SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. & outros. Gêneros orais e escritos na escola. São Paulo: Mercado de Letras, 2004.SOARES, Magda. Que Professor de Português queremos formar? Disponível em http://www.unb.br/abralin/index.php?id=8&boletim=25&tema=13VILLALTA, Luiz Carlos. O que se faz e o que se lê: língua, instrução e l

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10. MATEMÁTICA

10.1 Apresentação Geral da DisciplinaEm todos os lugares do mundo, independentemente de raças, credos ou

sistemas políticos, desde os primeiros anos de escolaridade, a Matemática faz parte dos currículos escolares, ao lado da Linguagem Natural, como uma disciplina básica. Parece haver um consenso com relação ao fato de que seu ensino é indispensável e sem ele é como se a alfabetização não se tivesse completado.

Se tomarmos a epígrafe acima, juntamente com o significado original do termo matemático, que vem do grego mathema e significa aprendizagem, pode parecer estranho que o ensino dessa ciência seja, freqüentemente, tido como uma difícil tarefa. Um dos aspectos responsáveis por tal visão, é a falta de clareza do papel da mesma no amplo corpo de conhecimentos sistematizados.

Porém, quando analisamos historicamente o desenvolvimento científico, podemos perceber que, no constante processo de intervenção intencional por parte do homem, a fim de assegurar sua existência, encontramos uma clara relação entre os diferentes modos de produção da sociedade e a ciência produzida a partir dai. Portanto, a ciência constitui-se como uma das principais atividades de intervenção na realidade, Essa ação intencional do homem sobre a realidade, que tem raízes na atividade prática, proporciona a elaboração de construções mentais que podem antecipar novas atividades, numa relação dialética entre o concreto e o absoluto.

Especificamente no que se refere a questões de ordem matemática, temos como importante exemplo de construção mental a elaboração dos números e, conseqüentemente, dos sistemas de numeração que, inicialmente, abrigavam sob uma única idéia, vários conhecimentos nascidos em diversas fontes, o que lhes davam certa unidade, caracterizando, com isso, inicialmente, a Matemática. Como construção reflexiva primitiva, os primeiros sistemas de numeração tinham origem na contagem simples e direta de objetos, não havendo, então, necessidade de uma idéia de número mais elaborada do que os naturais maiores que zero.

Essa relação entre concreto e abstrato, acompanha o desenvolvimento da Matemática ao longo de toda sua história, na medida em que “aparecem sucessivamente períodos em que o trabalho matemático inspira-se diretamente na experiência sensível e períodos onde as noções, os resultados mal-estruturados da fase anterior são sistematizados e generalizados, de forma aparentemente abstrata”.

Nesse sentido, um breve olhar para a história da Matemática nos mostra que, após um período de utilização prática com os egípcios e os babilônios, surge uma fase de grande sistematização na Grécia, que atinge seu auge com os Elementos de Euclides, no século III, a.C. A esse período de pujança grega, segue-se outro, com os Hindus e Árabes que, apesar de não trabalharem de forma axiomática como os gregos, desenvolveram interessantes resultados, em especial na Álgebra, Somente no século XV, com Descartes, Leibniz e Newton entre outros, é que surge um novo período de sistematização que estimula, no século XVIII, uma fase de grande progresso científico até a primeira metade do século XIX, quando o grande acúmulo de resultados práticos leva a uma nova

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etapa de sistematização e, principalmente, de crítica dos fundamentos. É nesse período que surgem as primeiras sistematizações das geometrias não euclidianas, com Lobachevsky e Riemann, que ganharam destaque por serem utilizadas pela Teoria da Relatividade de Einstein na interpretação do universo.

A despeito da história, a dicotomia entre o abstrato e o concreto, o sucesso excessivo dos valores formais, levou os matemáticos desse período a apresentar a Matemática com caráter de definitiva, como se só então tivesse encontrado seu significado.

Encontramos essa concepção formalista de matemática ainda presente nos dias de hoje e, apesar dos movimentos no sentido de dar novos rumos à mesma podemos afirmar que tal concepção foi, e ainda é, determinante, na prática pedagógica adotada pelos professores no ensino dessa disciplina.

Nosso interesse em analisar alguns modos de conhecer e ensino da Matemática no Brasil ao longo da história, se justifica na medida em que a maneira como vemos a Matemática influencia de maneira determinante o modo como a ensinamos, especialmente se considerarmos que nossas concepções são construídas em nossa prática pedagógica, a partir de determinantes sócio-políticos e ideológicos.

Assim temos, que, até o final da década de 50 predominava a chamada Matemática Clássica, caracterizada por uma ênfase ao modelo euclidiano, com o ensino expositivo centrado no professor. Ao aluno cabia apenas copiar, repetir, memorizar e devolver, nos momentos de avaliação, aquilo que tinha recebido anteriormente do professor. Ainda durante esse período, a Matemática Clássica sofre oposição da chamada Pedagogia Ativa, onde o aluno passa a ser o centro da aprendizagem. No entanto, da mesma forma que a Matemática Clássica, essa tendência continua a considerar que as idéias matemáticas são obtidas através da descoberta. Entretanto, enquanto para a primeira, a descoberta se dava num mundo ideal, platônico, para essa, é no mundo em que vivemos que as descobertas acontecem. Essa tendência, além de auxiliar na unificação da Matemática como disciplina, contribui com as diretrizes do ensino de Matemática.

Com uma grande mobilização após 1950, promovida por vários congressos de ensino da Matemática, o Brasil adere ao movimento internacional de reforma do currículo escolar que ficou conhecido como Movimento da Matemática Moderna. Esse movimento se deu em nível internacional em função da expansão industrial impulsionada pela necessidade de reconstrução pós-guerra, ou seja, a reforma do ensino da Matemática surge para atender a uma política de formação a serviço da modernização econômica. Epistemologicamente, o movimento promove o retorno ao formalismo matemático, enfatizando o uso preciso da linguagem matemática, o rigor e os aspectos estruturais e lógicos da mesma. De um modo geral o ensino volta a centrar-se no professor, de forma autoritária, através de exposições e demonstrações, cabendo aos alunos a mera reprodução do que foi exposto pelo mesmo. A diferença entre o formalismo promovido pela Matemática Clássica, e o promovido pela Matemática Moderna, está no fato que enquanto aquele enfatizava o encadeamento lógico do raciocínio matemático, este procura os desdobramentos lógico-estruturais das idéias matemáticas.

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Com o golpe de 64, apesar das resistências, a escola acaba assumindo uma função primordial na manutenção do regime militar, adaptando o aluno à sociedade, tornando-o útil ao sistema. A tendência tecnicista, implantada com a reforma, pela lei 5692/71, surge então com ênfase nas tecnologias do ensino, fundamentadas psicologicamente no Behaviorismo. Tirando o centro do processo de ensino-aprendizagem do professor e do aluno e focando-o nos objetivos instrucionais e nas técnicas de ensino, a tendência tecnicista tem como finalidade do ensino da Matemática, o desenvolvimento de habilidades computacionais, bem como de resoluções de exercícios ou de problemas-padrão.

Em oposição à tendência tecnicista, surge o construtivismo, a partir da epistemologia genética de Piaget e que passa a influenciar fortemente o ensino de Matemática. Para essa tendência, o conhecimento matemático resulta de uma ação interativa e reflexiva do homem com o meio em que vive, ou seja, para o construtivismo a Matemática é uma construção humana. Por isso, o importante para essa corrente é o processo e não o produto do conhecimento.

O fracasso da Matemática Moderna, aliado às dificuldades de aprendizagem da Matemática por alunos das classes economicamente menos favorecidas, impulsiona o aparecimento da tendência sócio-etnocultural, apoiada em Paulo Freire e que tem como ícone na Educação Matemática o professor Ubiratan D’Ambrósio, idealizador do que viria a ser conhecido como etno-matemática. Para essa tendência, o conhecimento matemático é considerado um saber prático, produzido histórico-culturalmente nas práticas sociais, tendo como ponto de partida os problemas da realidade, utilizando-se da Modelagem Matemática e da relação dialógica entre professor e aluno, na solução da problematização inicialmente proposta. Devido a esse caráter, surge como uma possibilidade de transformação da realidade e da liberação dos oprimidos e marginalizados sócio-culturalmente.

A década de 90 é marcada pelo aparecimento da tendência histórico-crítico que considera a Matemática como um saber vivo, dinâmico e que, historicamente, vem sendo construído, atendendo a estímulos externos e internos. Esse processo de construção foi longo e tortuoso. É obra de várias culturas e de milhares de homens que, movidos pelas necessidades concretas, construíram coletivamente a Matemática que conhecemos hoje.

Nesse sentido, a tendência histórico-crítica considera que o aluno aprendeu significativamente a Matemática, quando atribui sentido e significado à mesma podendo discutir, justificar e estabelecer relações sobre as idéias matemáticas. No mesmo período, surge também a tendência sócio-interacionista que tem Vygotsky como suporte e que se fundamenta na maneira como o conhecimento é produzido e aceito por uma comunidade cientifica ou grupos culturais.

Diante de tantas tendências e concepções poderíamos nos perguntar: afinal, qual tendência devemos adotar? Nesse sentido, é preciso ter claro que construímos nosso ideário pedagógico a partir de reflexão de nossa prática, da discussão da mesma com nossos pares e, voltamos à prática novamente.

A seleção de conteúdos é um ponto polêmico na organização curricular. No caso específico do ensino da Matemática, a polêmica ganha intensidade, na medida em que as diferentes concepções de Matemática buscam espaço nesta

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construção. Nesse sentido, a história da disciplina é importante para que se conheça a constituição – também história – desses conteúdos e tendências.

A escola é apenas um dos contextos educativos propiciadores da formação humana. Ao contrário do que acontece na maioria dos outros contextos, a instituição escolar precisa definir suas intenções educativas, de forma explícita: estabelecer sua parcela de responsabilidade na tarefa de contribuir com a formação do indivíduo. Isto nos remete a uma reflexão sobre o tipo de sociedade que se tem e se quer formar, para que se possa utilizar a educação formal como um instrumento de mudança do indivíduo enquanto ser social.

Uma reflexão sobre o ensino da Matemática exige que se explicitem as relações existentes entre o conhecimento historicamente construído pela sociedade ocidental e a Matemática como saber difundido pala escola. Não se pode perder de vista que a construção de um conceito matemático deve ser iniciada com situações significativas que possibilitam ao aluno ter consciência e manifestar seu conhecimento prévio sobre o assunto.

Apresentamos, assim, os conteúdos estruturantes da disciplina de Matemática. Estes conteúdos como os saberes mais amplos da disciplina que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo estruturado de conhecimentos construídos e acumulados historicamente. E importante ressaltar que os inter-relacionamento entre os conceitos dos conteúdos específicos da disciplina Matemática apontam para a formação do pensamento matemático.

10.2 Objetivos• Os educadores, preocupados com o ensino e aprendizagem da

Matemática, têm manifestado uma necessidade de um olhar mais crítico sobre as condições em que a aprendizagem da Matemática se processa. Essas preocupações são voltadas sobretudo às modificações de objetivos, de idéias e até de métodos. Algumas alterações são sugeridas mundialmente.

• O professor deve permitir que os alunos interajam muito mais com os outros, que aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Mas simultaneamente deve haver lugar para uma exploração individual quando tal sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

• A Educação Matemática em especial não destina a formar alunos matemáticos, mas sim pessoas que possuam uma cultura matemática que lhes permita aplicar a Matemática nas suas atividades e na sua vida diária O professor deve saber propor a execução de projetos de trabalho que utilizem conceitos matemáticos, ou saber agarrar as idéias que os alunos proponham.

• A história do desenvolvimento dos conhecimentos matemáticos é feita de hesitações, incompreensões, indecisões, intuições geniais, que conduziram à resolução de problemas mais e mais complexos. É essa dimensão da Matemática que propomos seja transportada para a sala de aula.

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• Essas alterações sugeridas estão ligadas, de certa forma, à necessidade de modificar um estado de coisas em que se encontra o ensino e a aprendizagem da Matemática. Acreditamos na existência de diversas outras preocupações que devem ser levantadas e discutidas de forma ampla por nós, professores de Matemática.

• Assim, dentro de nossa proposta para o Ensino Médio, diretamente influenciada por estudos desenvolvidos em Educação Matemática, desejamos que o aluno pudesse, entre outros possíveis objetivos:

• Ler, interpretar e até produzir textos relacionados à Matemática. Incluímos aqui a valorização da História da Matemática e sua evolução;

• Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos, diagramas presentes em veículos de comunicação. É a análise crítica e a valorização de informações de diferentes origens;

• Utilizar de forma adequada e investigava os recursos tecnológicos, como a calculadora e o computador. Incluímos aqui a utilização correta de instrumentos de medidas;

• Compreender e aplicar os conceitos, procedimentos e conhecimentos matemáticos em situações diversas. Isso permitirá o desenvolvimento necessário para uma formação científica geral, auxiliando na interpretação da ciência;

• Desenvolver estratégias de resolução de problemas, o que permitirá uma melhor compreensão de conceitos matemáticos, além de desenvolver as capacidades de raciocínio;

• Observar e estabelecer as conexões existentes entre diferentes tópicos da Matemática e conhecimentos aplicados em outras áreas. Para tanto é necessário observar diferentes representações de um mesmo conceito;

• Compreender e utilizar a precisão da linguagem e as demonstrações matemáticas. Incluímos nesse objetivo a utilização de raciocínios dedutivos e indutivos, que permitirá a validação de conjecturas, além da compreensão de fatos conhecidos e sistematizados pôr meio de propriedades e relações;

• Desenvolver e aplicar conhecimentos matemáticos em situações presentes no real. È a capacidade de utilizar a Matemática não apenas na interpretação do real, como também, quando necessário, como forma de intervenção.

• Não acreditamos que tudo o que foi apontado acima represente de maneira indiscutível todos os objetivos da Matemática ao longo do Ensino Médio. Além disso, não temos a presunção de que possam ser totalmente alcançados. Entendemos que representam, antes de qualquer coisa, pontos para a nossa reflexão que merecem se amplamente discutidos por todos os envolvidos no ensino e aprendizagem da Matemática.

10.3 Conteúdos

1º AnoI Conjuntos Numéricos

• As quatro operações: conteúdos fundamentais

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• Conceitos básicos fundamentais• Números Naturais, Números Inteiros, Números Racionais, Números

Irracionais e Números Reais;II Funções

• Representação Gráfica no Plano Cartesiano, Função Afim, Função Linear, Função Quadrática (gráficos, parábola, sinais da função, vértices e máximo e mínimo), Função Logarítmica, Função Inversa, Função Modular e Função Exponencial;

III Progressão Aritmética e Progressão Geométrica• Termo geral e soma dos termos de uma progressão;

2º AnoTrigonometria no Triângulo Retângulo

• Razões trigonométricas e cálculo de razões trigonométricas;Trigonometria na Circunferência

• Seno, Co-seno, Tangente e outras razões trigonométricas e função seno e co-seno;

Matrizes• Igualdade de matrizes, Adição e Subtração de matrizes,

Multiplicação de número por matriz, Multiplicação de matrizes e Matriz inversa;

Determinantes• Matrizes determinantes e sistemas lineares, Teorema de Laplace e

algumas propriedades; Sistema Linear

• Sistema de equações lineares, Resolução de sistema linear, Escalonamento, Sistemas lineares e Determinantes;

Análise Combinatória• Princípio fundamental da contagem, Fatorial, Permutação, Arranjos

simples, Combinações e Permutação com repetição;Probabilidade

• Espaço amostral, Eventos, Probabilidades de um evento, Adição e multiplicação de probabilidades;

Binômio de Newton• Triângulo de Pascal, Fórmula geral e Cálculos com aproximações;

3º AnoGeometria Analítica

• Distância entre dois pontos, Ponto médio, Alinhamento de três pontos, Coeficiente Angular, Equação da reta, Equação reduzida da reta, ângulo entre duas retas, Condições de paralelismo e perpendicularismo, Distância entre ponto e reta, Circunferência, Equação da circunferência;

Geometria Espacial• Poliedros, Prisma, Medida da superfície e volume de um prisma,

Paralelepípedo, área e volume de um paralelepípedo, Cilindro, área e volume de um cilindro, Pirâmide, área e volume de uma pirâmide,

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Cone, área e volume de um cone, esfera, área e volume de uma esfera;

Números Complexos• Igualdade de números complexos, Adição, Subtração, Multiplicação

e Divisão de números complexos, Módulo e Argumento, Plano complexo;

Polinômios e Equações Polinomiais• Valor numérico, Igualdade de polinômios, Adição e multiplicação de

polinômios, Divisão de polinômios, Teorema do resto e Divisibilidade pelo produto.

EstatísticaMatemática Financeira

10.4 MetodologiaO ensino da Matemática vive hoje um paradoxo. Ao mesmo tempo em que a

sociedade pleiteia e justifica a sua presença de uma forma marcante nos currículos escolares, justificava esta fundada crença de que é uma área do conhecimento essencial para desenvolvimento atual da ciência e da tecnologia, percebe-se que a maioria dos conteúdos ensinados nos bancos escolares, é considerado desinteressante e inútil, por não estar vinculado à realidade social. Acreditamos que parte deste problema se deva ao fato de que tradicionalmente, o ensino da matemática na escola básica tem se caracterizado como um discurso preocupado excessivamente com o desenvolvimento precoce de uma linguagem simbólica destituída de significação e sem relação com o seu conhecimento anterior.

Dentro dessa perspectiva, o ensino da matemática, encarado como sendo a transmissão de um conjunto estático de conhecimentos e técnicas, como um produto acabado, contribui através de práticas que se utilizam de conteúdos fragmentados, sem significado, impostos de cima para baixo para baixo sem a participação dos alunos, de processos de avaliação classificatórios e de instrumentos disciplinadores que cerceiam o direito de manifestação dos alunos com isolamento dos mesmos, “domesticando-os” para as relações produtivas do mundo capitalista. Nessa perspectiva, a escola se mostra a-história, a-temporal e desligada do mundo real. É a Matemática pela Matemática, ciência fechada em si mesma, concretizando uma visão parcial de ciência.

Uma tentativa de rompimento com esse modo de conceber a prática pedagógica em Matemática, implica na proposição de metodologias que possibilitem ao aluno a compreensão de conceitos e significados, o estabelecimento de relações com experiências anteriormente vivenciadas. Proporciona, portanto, construção de seus conhecimentos como solução problemas significativos, respondendo às exigências do contexto em que está inserido e não apenas às expectativas do professor.

Trata-se de pensar as bases teórico-metodológicas sobre as quais se sustentará a implementação de um processo de ensino voltado para a formação dos conceitos em Matemática. Trata-se também de contribuir para a superação de uma concepção, imposta aos alunos, onde conteúdo que lhes é ensinado não tem relação alguma com os acontecimentos cotidianos, quer sejam externos ou externos à escola.

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De modo geral, a inexistência, no cotidiano das escolas, de um processo de trabalho pedagógico fundado na ação reflexiva, faz com que algumas iniciativas importantes de reformulação dos programas de ensino de Matemática não tenham produzido resultados desejados. Historicamente, a maioria dos professores, por entenderem que as reformulações curriculares são decisões extra-escolares, abdica do papel que lhes cabe de agentes na construção dos programas de ensino.

É dessa forma que o ensino da Matemática, tal como o pretendemos, exige pensar na formação de um professor-investigador da prática docente. Estabelece ainda uma postura teórico-metodológica que requer do professor uma atitude de questionamento frente a certas concepções pedagógicas historicamente difundidas, bem como à própria concepção que se tem do ato de conhecer. Incrementar o processo pedagógico passa pela formação contínua de professores que implique na inovação e no ensaio de novas formas de trabalho pedagógico. Logo, a necessidade de se pensar na formação de um professor-investigador da prática pedagógica, capaz de compreender o elo indissociável entre a prática e a reflexão sobre essa prática, reconstruindo o seu conhecimento sobre o ensinar e o aprender e sobre o papel que a escola desempenha no processo social.

Hoje os alunos são muito diferentes do que eram há trinta anos, e o bom professor também. Explicar bem, manter a disciplina, avaliar com correção, eram e continuam sendo importantes, mas é mais importante que o professor permita que seus alunos “construam”, eles próprios o seu saber. Na concepção atual, o professor orienta seus alunos em suas descobertas, estimulando-os em suas conclusões e sugerindo passos futuros.

A Matemática capacita o aluno a ampliar o universo de informações, dando a ele possibilidades de se relacionar melhor com o mundo que o rodeia. É nesse sentido que defendemos a participação do professor que atua diretamente na sala de aula, na medida em que exerce papel predominante no exercício da análise crítica, visto que, do contrário nada se efetiva em termos de reorganização curricular na escola.

10.5 AvaliaçãoA avaliação dos alunos serve a diferentes propósitos, relacionados ou não

entre si. Entre esses propósitos, podem-se destacar o de fornecer informação a diversos interessados no processo de ensino e aprendizagem e o de construir uma base para decisões e medidas a tomar.

Os resultados da avaliação dos alunos destinam-se, em primeiro lugar, a informar os próprios alunos e os pais sobre seu desenvolvimento nos deferentes domínios da aprendizagem. Além disso, fornecem dados ao professor para ajudar a avaliar seu próprio modo de ensinar. Esse papel informativo pode auxiliar na tomada de decisões, envolvendo eventualmente modificações ou ajustes no modo de estudar dos alunos ou de o professor organizar o ensino.

O uso de termos distintos evidencia deferentes propósitos da avaliação durante o processo de ensino e aprendizagem. Assim, a avaliação pode ter um caráter diagnóstico ao analisar o domínio conceitual e procedimental que os alunos tem em relação a determinado conteúdo matemático que o professor irá

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trabalhar. Em outros momentos, pode adquirir um enfoque mais formativo, objetivando situar os alunos e o próprio professor sobre o nível de aprendizagem do conhecimento matemático, permitindo-lhes introduzir as correções necessárias e ou redirecionar suas estratégias de ensino e estudo.

Porém, as decisões e medidas tomadas com base nos resultados da avaliação dos alunos projetam-se para além do planejamento ou dos ajustes de natureza pedagógica que se fazem para a prática da sala de aula, pois expressam a adequação ou não de os alunos cursarem a série ou o ciclo seguinte. Dessa forma, a avaliação tem ao mesmo tempo uma função pedagógica e uma função de controle e pressão sobre os alunos, os professores e a escola. Embora variando muito com os níveis de escolaridade, essa Segunda função exerce grande influência em todos os aspectos do processo educativo, sendo particularmente visível quando existe um sistema de avaliação externo à escola e de peso considerável, como os exames vestibulares, por exemplo, nos quais há a possibilidade de o aluno não ser aprovado e ou não ser admitido em estudos superiores.

Claro que o professor não pode ignorar o tipo de avaliação externa a que os seus alunos estarão sujeitos nem as expectativas dominantes no meio em que exerce a sua atividade. Mas pode trabalhar para conceber e utilizar igualmente formas alternativas de avaliação que prestem justiça a uma variedade de objetivos do currículo e que se enquadrem em uma lógica de desenvolvimento integral desse currículo.

Essa consideração requer que o professor tenha uma concepção de avaliação em consonância com a evolução mais geral do pensamento educativo e, em seguida, repense as funções da avaliação e os princípios em que se pode basear a escolha de novos modos e instrumentos avaliatórios.

A avaliação pode ter, ainda, um caráter mediador, permitindo aos alunos muitas ocasiões para expressar suas idéias. Nessas ocasiões, as atividades propostas tornam-se, para o professor, elementos essenciais na observação das hipóteses construídas pelos alunos ao longo do processo de aprendizagem. Por meio dessas hipóteses, podemos debruçar-nos sobre a produção de conhecimento dos alunos para compreender em que momento de assimilação do conceito eles se encontram e qual a dimensão do seu entendimento.

Dessa forma, torna-se necessário diversificar as propostas de atividades de ensino previstas pelo professor para as aulas. É preciso Ter clareza sobre o que se pretende investigar ou observar, garantindo o envolvimento dos alunos no seu próprio processo de aprendizado. Se houver valorização efetiva da produção dos estudantes, partindo-se de suas idéias ou dificuldades para o planejamento de novas ações docentes, eles poderão perceber-se como co-responsáveis por seu aprendizado.

Outro ponto importante é a socialização das idéias e soluções para as atividades propostas, possibilitando a discussão entre os alunos sobre as diferentes estratégias de solução. A interação é essencial para o desenvolvimento do conhecimento lógico-matemático. Os alunos, ao discutir entre si, não estão submetidos a uma relação de autoridade, como pode acontecer no trato com o professor. Eles discutem, buscam argumentos convincentes na defesa de seus pontos de vista, estabelecem relações entre

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idéias, compreendendo e sistematizando mais rapidamente os conceitos matemáticos.

Também é preciso estabelecer como princípio a realização de várias atividades individuais, curtas e sucessivas, investigando teoricamente e procurando entender o porquê das respostas apresentadas. A observação individual do aluno é fundamental para situarmos o momento de cada um no processo de aprendizado, o que exige uma relação direta com ele, com base na realização e na interpretação de diferentes propostas de trabalho, seja oral ou escrito.

A perspectiva interpretativa da avaliação leva-nos a encará-la como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem. Ensino e avaliação devem ser vistos como dois componentes de um mesmo sistema e não como sistemas separados. Isso não significa que não possa ou não deva haver momentos ou trabalhos especialmente importantes em termos de avaliação, mas implica que os momentos de avaliação sejam capazes, ao mesmo tempo, de gerar novas oportunidades para aprender e de construir fontes de informação essenciais tanto para o professor como para os alunos.

O processo de avaliação deve fornecer dados significativos a respeito das habilidades, competências, preferências e dificuldades de cada aluno que ajudem o professor a compreendê-lo como “aluno de Matemática”.

Em Matemática, como em qualquer campo, o conhecimento consiste em informação e em saber como fazer. O saber como fazer em Matemática, que conduz ao poder matemático, ou seja, dominar as estruturas matemáticas, requer a capacidade de usar a informação para raciocinar e pensar criativamente e para formular e resolver problemas e refletir criticamente sobre eles.

A avaliação do poder matemático dos alunos extrapola a medição da quantidade de informação que eles dominam, devendo incluir o alcance da sua capacidade e disposição para utilizar, aplicar e comunicar essa informação. A avaliação deve analisar até que ponto os alunos integram e dão sentido à informação, se conseguem aplicá-la em situações que requeiram raciocínio e pensamento criativo e se são capazes de utilizar a Matemática para comunicar informações.

Uma avaliação da capacidade matemática dos alunos tem um alcance amplo, devendo incluir todos os aspectos citados e determinar até que ponto eles se encontram integrados. Embora um dado aspecto do conhecimento matemático possa ser mais salientado do que outro em uma determinada avaliação, deve ficar claro que o domínio matemático compreende todos os aspectos do conhecimento matemático e a sua integração.

Os instrumentos a serem utilizados para avaliar o desenvolvimento e a aquisição do conhecimento matemático pelos estudantes devem ser diversificados e aplicados em várias etapas do processo de ensino e aprendizagem para que professor e alunos possam detectar possíveis dificuldades.

As observações registradas pelo professor durante as aulas são essenciais para a percepção do desempenho dos alunos. As atividades de auto-avaliação permitem aos estudantes reconhecer dificuldades e estabelecer estratégias de estudo para superá-las, proporcionando-lhes maior autonomia de aprendizado e

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valorização de seus sucessos escolares. As provas escritas possibilitam que se defrontem com situações de utilização do conhecimento já sistematizado condicionada ao tempo estipulado.

As atividades de avaliação devem ser desafios ao raciocínio dos alunos, momentos nos quais eles deparam com enunciados diferenciados e complexos. Podem ser individuais, em duplas ou grupos maiores, com ou sem consulta, escritas e/ou orais. Elas podem abordar conteúdos cumulativos ou conteúdos estanques, possibilitando a vivência de situações que objetivam a organização dos conceitos estudados ou sua aplicação em situações mais elaboradas.

10.6 BibliografiaGIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JR, José Ruy. Matemática Completa – Ensino Médio. Editora FTD, 2002.BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Cláudio Xavier. Aula por Aula, FTD, 2000.LONGEN, Adilson. Matemática. Editora Positivo, 2004.VALENTE, V. R. Uma História da Matemática Escolar no Brasil 1730 – 1930. São Paulo: Annablume/ FAPESP, 1999.

11. QUÍMICA

11.1 Apresentação da DisciplinaApesar de a Química ter se firmado como “Ciência” somente no transcorrer

dos séculos XVII e XVIII, porém é incontestável e inegável a presença dela ao longo de toda a história do homem desde suas mínimas e primárias necessidades tentando explicar os fenômenos e forças naturais (clima, raio, trovão) que ocorriam ao seu redor, como também aqueles que foram surgindo em função de suas necessidades (o fogo, a vitrificação e a metalurgia, fermentação, curtição, e tingimento). Buscou-se também a química para explicar fatos que permeavam a fé, a magia, a ciência e a arte (alquimia).

Portanto, para se falar sobre a importância do ensino da química se faz necessário uma breve retrospectiva dos caminhos trilhados por essa, hoje reconhecido como ciência chamada Química.

Não há uma data específica para dizermos quando se iniciou a química. Porém, se buscarmos na história, ela nos indica que toda saga desta ciência teve como sua primeira descoberta o fogo que foi sem dúvida aquele que mais profundamente revolucionou a vida do homem. O fogo foi utilizado para cozer a argila destinada ao fabrico de cerâmica. Mais tarde, graças aos conhecimentos, que terão sido adquiridos pelo artífice , na prática da combustão e da construção dos fornos, irá surgir a metalurgia. As descobertas metalúrgicas tiveram tal importância que, durante muito tempo, foram utilizadas para classificar o desenvolvimento humano em três períodos: idade do cobre, anterior a 3000 a. C.; Idade do Bronze, entre 3000 a. C. e 1100 a. C.; Idade do Ferro, de 1100 a.C. em diante.

O fato é que a Química como ciência teve seu berço na Europa no cenário de desenvolvimento do modo de produção capitalista, dos interesses econômicos das classes dirigentes, da lógica das relações de produção e das relações de poder que marcaram a constituição desse saber.

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Os primeiros metais que o ser humano utilizou (6000 a. C. a 4000 a. C.) foram o ouro e o cobre, que podiam ser encontrados praticamente puros na superfície do solo. A partir de 30000 a. C. o ser humano aprendeu a extrair metais, como o cobre e o estanho, de seus minérios. A curiosidade levou-o a tentar obter metais também de misturas de rochas, chegando com isso, à preparação de ligas (materiais formados por misturas de metais). A primeira liga utilizada foi o bronze, formado por cobre e estanho. Apesar de conhecido desde 3000 a. C., o ferro somente começou a ser utilizado, com mais freqüência, a partir de 1400 a. C. Obtido de seu minério, passou a ser empregada na fabricação do aço, uma liga formada de carbono e ferro.

Na tentativa de se explicar do que a natureza era constituída, várias teorias surgiram desde a mais rudimentar às mais esdrúxulas, como por exemplo a teoria dos quatro elementos

No século V a. C. Leucipo e seu discípulo Demócrito introduziram a idéia de que o mundo seria formado por átomos. Estes, segundo eles, eram indivisíveis, estavam sem constante movimento e distinguiam-se uns dos outros por aspectos como tamanho, forma e posição. A diversidade de materiais na natureza resultaria das diferenças entre os átomos e das infinitas maneiras como poderiam ser combinados

A crença de que o ouro poderia ser obtido a partir de outras substâncias iniciou uma nova era conhecida como Alquimia.

Nascida dos trabalhos da metalurgia, das ideias chinesas de cura e equilíbrio, da magia estelar persa, do hermetismo egípcio e da interpretação mística da Filosofia Grega, a Alquimia, investigação sobre a natureza da matéria e prática laboratorial para nela interferir, defini-se primordialmente pelo desejo de conquistar o tempo. Por que nela o mundo é pensado como um todo vivente e porque cada ser, do menor ao maior, é conhecido como microcosmos a espelhar o macrocosmos, a Natureza é pensada como nascimento (semente ou germem),vida, maturação, morte ou imortalidade. (CHAUÍ, 2005, in ALFONSO GOLDFARB, 2005, p. 11-12)

Seus praticantes eram chamados alquimistas, os quais desenvolviam trabalhos em primitivos laboratórios, executando experiências e acumulando observações que foram precursoras para diversas técnicas utilizadas atualmente, porém modificadas e aperfeiçoadas. Na época os alquimistas não eram bem vistos pela sociedade. Eram considerados bruxos.

[…] eles buscavam no elexir da longa vida o que hoje se busca por meio de remédios: melhorar a qualidade de vida e até prolongá-la. A busca de novos materiais, para o fabrico de vestuários e para a construção de habitações se assemelha ao que faziam os alquimistas, que com a evaporação dos líquidos ou com a recalcinação de sólidos procuravam melhorar a qualidade das substâncias. As retortas os crisóis, os alambiques de então estão nos modernos laboratórios de hoje, sob a forma de sofisticadas aparelhagem de vidro especiais. (CHASSOT, 2004, p.119) A partir do século XVII os precursores dos químicos começaram a encarar a natureza sem mistérios ou mistificações.

Foi o inglês Robert Boyle, um dos primeiros cientistas a teorizar a interpretação dos fatos observados experimentalmente. Somente no final do século XVIII, com a publicação do “Traité Elémentaire de Chimie” escrito pelo cientista francês Antoine Laurent Lavoisier, que a Química foi reconhecida

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como ciência. A seguir houve inúmeras contribuições de cientistas que auxiliaram no desenvolvimento da Química bem como na vida do planeta como um todo. Como podem citadas algumas delas:

A superação da idéia do flogisto, e o esclarecimento da combustão por Lavoisier, trouxe novos direcionamentos para as investigações sobre a natureza das substâncias

A necessidade de tratamento quantitativo dos fenômenos químicos passou a ser exigência, e balanças cada vez mais precisas tornaram-se instrumentos indispensáveis em qualquer laboratório.

Na investigação química houve um predomínio francês, devido à herança deixada por Lavoisier e pelos seus continuadores: Berthollet, Gay-Lussac, Chevreul, que atraíram a seus laboratórios cientistas de vários países, dando à Química um corpo estruturado de conhecimento.

Foram estabelecidas as leis das combinações, destacando-se os trabalhos de Benjamim Richter, Ernest Fisher, Joseph L. Proust, que passaram a definir as possibilidades de determinação de compostos como a previsão de novas substâncias.

John Dalton, tentando explicar as propriedades dos gases, propôs que os mesmos deveriam ser formados por átomos (proposta por Leucipo e Demócrito). Dalton ganhou adeptos e ocorreram avanços significativos com os trabalhos de Thompson, Jons Berzelius, Amedeo Avogadro.

A proposta de Lavoisier de uma nomenclatura universal foi aceita internacionalmente. A Química ganhou uma linguagem universal tanto quanto à nomenclatura, como em relação aos seus conceitos fundamentais. Em 1860 foi realizado o primeiro congresso mundial de Química. A partir de uma proposta de Kekulé, apoiado por Wurtz, 140 eminentes químicos se reuniram para discutir definições dos conceitos de átomo, molécula, equivalente, atomicidade, basicidade.

Foi estabelecida a classificação periódica dos elementos, por Dimitri Ivanovitch Mendeleev.

Notáveis avanços da eletricidade trouxeram significativas contribuições para a Química, quanto aos conceitos de afinidade química e eletrólise, que esclareceram a estrutura da matéria.

Friedrich Wöhler, em 1828, a partir da síntese da uréia, deu grande desenvolvimento à Química, que pôs fim à Teoria da Força Vital, obtendo um produto de origem animal a partir de um composto inorgânico. A construção dos conceitos de isometria e a teoria tetraédrica do carbono foram outros balizadores da Química Orgânica.

Métodos matemáticos começaram a ser aplicados à Química em vários estudos: na cinética das reações, nas definições de conceitos de “moléculas ativas” e “energia de ativação”, no equilíbrio químico, na termodinâmica dos processos químicos, com conceitos de “calor de reação” e a conservação de energia; nas soluções e suas propriedades coligativas. Os trabalhos sobre gases fizeram surgir a físico-química, que propiciou um notável desenvolvimento à Química.

A conseqüência de todos esses avanços, citados anteriormente, foi o surgimento da indústria química. Assim, verificamos os seguintes fatos: a contribuição de Lavoisier foi a de ter proporcionado explosivos de boa

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qualidade ao governo francês. Bertholet solucionou problemas das indústrias de tecido e limpeza. Thénard preparou cloreto de cal, necessário para diversos fins industriais. Gay Lussac construiu torres para fabricação contínua de ácido sulfúrico. A fabricação da soda cáustica também está entre as primeiras conquistas da nascente indústria química, proporcionando um prêmio pelo governo francês a Nicolas Leblanc. Ernest Solway desenvolveu outro método de obter soda cáustica. Henry Perkins modificou sensivelmente a indústria com os estudos sobre corantes. Após os corantes, os produtos seguintes a serem desenvolvidos foram os perfumes e medicamentos. Os explosivos foram outra descoberta da Química surgindo assim, a pólvora, a nitroglicerina, a cordita e dinamite inventado por Alfred Nobel. O primeiro plástico artificial, o celulóide, foi descoberto em 1869, por John Hyatt. Em 1884, surgiu a primeira fibra artificial, o rayon, patenteada por Luis Marie Chardonnet. Henry Besemer idealizou um conversor que permitiu a produção de aço a baixo preço. William Siemens, criou a recuperação do calor em altos fornos. A produção industrial de alumínio, a partir da eletrólise do óxido de alumínio, foi idealizada por Charles Martin e pelo metalúrgico Louis Héroult. Outra contribuição da indústria química foram os processos de fabricação de adubo, para um melhor desempenho do solo.

O século XIX foi o período no qual a ciência se consolidou e passou a definir as marcas na caminhada da humanidade e no século XX, a Química e todas as ciências naturais tiveram um grande desenvolvimento, visando, principalmente o poderio de caráter econômico dos países, e com a revolução das comunicações passaram a ser instantâneas e modificaram nossa maneira de viver da sociedade.

As primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a Química no Brasil surgiram a partir do início do século XIX, provenientes das transformações de ordem política e econômica como resultado da vinda da corte real portuguesa.

Três documentos contribuíram para o ensino brasileiro de química: Normas do curso de filosofia contidas no estatuto da Universidade de Coimbra, o texto de Lavoisier “sobre a maneira de ensinar Química”, que era aplicado nas escolas militares brasileiras, escolas de engenharia, escolas preparatórias para o ensino superior e Diretrizes para a cadeira de Química da Bahia do Conde da Barca, onde reconhecia a importância da Química e suas áreas aplicadas às artes e aos medicamentos.

O período entre 1950 e 1970 foi caracterizado pelo método positivista de ensinar com objetivo de preparar o aluno para ser cientista, influenciando a atividade docente. No final da década de 70, consolidou-se o método construtivista (pedagogia construtivista piagetiana) visando a construção do conhecimento pelo aluno através de estímulos, de forma a conduzi-lo a relacionar as suas concepções ao conceito científico já estabelecido. No início dos anos 90, com a introdução histórico cultural e o papel da linguagem e das interações sociais no processo de ensino aprendizagem, o foco do ensino deixa de ser o aluno isoladamente e se volta para as interações discursivas, mediadas pelo professor. Mas, segundo Chassot (1997), o currículo de Química considerado sócio-historicamente esteve mais preocupado em que o educando

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acumulasse o saber do que em fazer com que o conhecimento possibilitasse o pleno exercício da cidadania e criasse um posicionamento crítico.

De acordo com Krasilchik (2000, p. 85),Tomando como marco inicial a década de 50, é possível reconhecer nestes

últimos 50 anos movimentos que refletem diferentes objetivos da educação modificados evolutivamente em função de transformações no âmbito da política e economia, tanto nacional como internacional. Na medida em que a Ciência e a Tecnologia foram reconhecidas como essenciais no desenvolvimento econômico, cultural e social, o ensino das Ciências em todos os níveis foi também crescendo de importância, sendo objeto de inúmeros movimentos de transformação do ensino, podendo servir de ilustração para tentativas das reformas educacionais.

Atualmente a tendência das propostas se volta para que os educandos interajam com o meio em que vivem, contextualizando o conhecimento com possível flexibilização para atender às especificidades, permitindo o pleno exercício da cidadania de maneira crítica e reflexiva.

11.2 Objetivos• Estabelecer uma direta relação da presença da Química com o dia-a-dia

do homem;• Compreender que o conhecimento da Química está diretamente

relacionado com uma melhor qualidade de vida, bem como no pleno exercício da cidadania;

• Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva;• Compreender os códigos e símbolos próprios da química atua;• Realizar a tradução da linguagem discursiva para a simbólica química e

vice-versa;• Representar simbolicamente as transformações químicas e suas

modificações ao longo do tempo;• Traduzir a linguagem discursiva para outras linguagens em química como

gráficos, tabelas e relações matemáticas;• Identificar fontes e formas de obter informações relevantes de química

(livro, computador, jornais, anuais etc.);• Obter conhecimento e aplicação de conceitos químicos da visão

macroscópica (lógico-empírico);• Compreender os fatos químicos dentro de uma visão microscópica;• Compreender os dados quantitativos: estimativa e medidas, compreensão

de relações proporcionais;• Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou de

outros dados;• Realizar aplicações de idéias e procedimentos científicos como leis, teorias

e modelos para resolver problemas qualitativos e quantitativos;• Realizar com segurança o reconhecimento ou proposta para investigação

de um problema relacionado à Química;• Ter condições de selecionar procedimentos experimentais pertinentes à

uma situação problemática com sucesso;

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• Reconhecer a importância da interação do ser humano, individual e coletivamente com o ambiente;

• Reconhecer do papel da Química no sistema produtivo;• Reconhecer as implicações das relações entre o desenvolvimento

tecnológico e os aspectos sócio-político-culturais;• Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no

desenvolvimento da Química e da tecnologia.

11.3. Conteúdos EstruturantesSão os saberes que identificam o campo de estudos de Química e que, a

partir de seus desdobramentos podem garantir o estudo em sua totalidade e complexidade, como:

• Matéria e sua Natureza (composição, propriedades e transformações)• Biogeoquímica (hidrosfera, litosfera e atmosfera desdobrando-se nos

seguintes conteúdos: Soluções, Termoquímicas, Cinética Química e Equilíbrio Químico)

• Química Sintética (Síntese de novos produtos e materiais; produtos farmacêuticos, indústria alimentícia, fertilizantes e agrotóxicos)

1º anoMATÉRIA E SUA NATUREZA- Matéria

• Constituição da matéria;• Estado de agregação;• Natureza elétrica da matéria; • Modelos atômicos;• Estudo dos metais;• Tabela periódica;• Propriedades dos materiais;• Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;• Solubilidade e as ligações químicas;• Interações intermoleculares e as propriedades das substãncias

moleculares;• Ligações polares e apolares; • Ligações sigma e pi; • Alotropia.- Soluções

• Substância simples e composta;• Misturas;• Métodos de separação de misturas.

BIOGEOQUIMICA- Velocidade das Reações

• Reações químicas;• Lei das reações químicas;• Representação das reações.

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QUÍMICA SINTÉTICA- Equilíbrio Químico

• Reações químicas reversiveis.

- Funções Inorgânicas- Ácidos , Bases, Sais, óxidos e hidretos ( conceitos, formulação,

nomenclatura e aplicações) 2º anoMATÉRIA E SUA NATUREZA- Solução- Solubilidade;- Concentração;- Forças imtemoleculares;- Temperatura e pressão;- Disperssão e suspensão.- Reações Química- Reações de oxi-redução;- Reações endo e exotérmicas;- Variação da entalpia;- Calorias;- Equação termoquímica;- Lei de Hess;- Entropia e energia livre;- Calorimetria.

BIOGEOQUÍMICA- Velocidade das reações-Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas; (natureza dos reagentes, contato entre reagentes, teoria de colisões);

- Fatores que interferem na velocidade das reações ( superfície de contato, temperatura, reagentes, inibidores);- Lei da velocidade das reações químicas;- Cinética das reações químicas QUÍMICA SINTÉTICA- Equilibrio Químico- Relações matemáticas e o Equilíbrio químico (constante de equilíbrio);

- Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier); concentração , pressão, temperatura e efeito dos catalizadores;- Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, KS).

3ª SérieBIOGEOQUÍMICA - Radioatividade

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-Modelos Atômicos ( Rutherford)- Elemento Químico (radioativos);- Emissões Radioativas;- Leis da Radioatividades;- Fenômenos Radioativos ( fusão e fissão nuclear);- Reações Químicas.QUÍMICA SINTÉTICA- Funções Química- Funções Orgânica-Hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos , cetonas, ácidos carboxilícos, éteres,

esteres, aminas, amidas etc...(conceito, nomenclatura e aplicações); - Polímeros Síntéticos; - A Química Orgânica e o ambiente.

11.4. MetodologiaAs abordagens dos conteúdos e a metodologia a serem desenvolvidas no

ensino da Química, devem proporcionar a construção e elaboração de idéias pelo aluno e, principalmente, a interligação dos conteúdos com a aplicação da prática cotidiana, relacionando com as demais áreas do conhecimento.

É necessário levar em consideração o conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluam as concepções alternativas, idéias pré concebidas sobre o conhecimento de Química, concepções espontâneas, a partir dos quais serão elaborados os conceitos científicos, no decorrer das aulas teóricas e práticas.

Para tanto, é necessário um trabalho de utilização de dados obtidos em demonstrações, em visitas, relatos de experimentos em laboratórios, que devem permitir, através de trabalhos em grupos e discussões coletivas, a construção e elaboração do conhecimento de forma sistematizada.

As atividades experimentais podem ser realizadas na sala de aula, através de demonstração, visitas e outras modalidades de acordo com os critérios, mas deve estar claro que a experimentação formal em laboratórios didáticos, por si só, não soluciona o problema de ensino aprendizagem em Química, qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, devem existir períodos pré e pós atividades, visando facilitar a formação e fixação de conceitos. Também é necessário que nas discussões os valores de consciência de compromisso social, reciprocidade, respeito ao próximo ligados aos interesses coletivos sejam contemplados auxiliando na formação de um cidadão mais consciente.

Para atingir tais metas, os conteúdos deverão ser ministrados com apoio paralelo de recursos que venham enriquecer e fixar tudo daquilo que é visto em sala de aula, associando com a realidade do seu dia-a-dia. Isto será feito através de:

Leitura de texto, com discussão de idéias;Experimentação formal com discussão pré e pós laboratório, visando a

reflexão, construção e ampliação dos conceitos;Estudo do meio, estabelecendo relações interdisciplinares dos campos de

conhecimento a sistemas produtivos industriais, rurais e ecológicos;Uso da biblioteca como fonte de dados e informações

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11.5 AvaliaçãoA avaliação em Química visará a compreensão dos processos químicos em

relação as aplicações propiciadas pelo avanço tecnológico e seu impacto na sociedade e no ambiente. Assim, o que se prioriza não é o domínio do conhecimento da Química isolada em si mesma, mas as suas implicações num mundo em constante mudança vinculada à história.

O conhecimento do processo deve estar ligado à capacidade de fazer relações com sua utilização consciente na sociedade e meio ambiente, na busca de soluções para os problemas atuais e, no exercício de sua cidadania.

Diante disso, a avaliação deve também dar um espaço à criatividade, à dinâmica reflexiva dos conteúdos, associando o micro ao macrocosmo, além do domínio dos processos formais que devem servir de ponto de apoio para fazer necessárias com as outras áreas, partindo da problemática vivencial onde o ser humano está inserido.

11.6 ReferênciasALFONSO - GOLDFARB, A. M. Da alquimia à química. São Paulo: Landy, 2001.AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: MOREIRA, M. A; AXT, R.Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991.BELTRAN, N. O.; CISCATO, C. A .M Química. São Paulo: Cortez, 1991.BERNARDELLI, M.S. Encantar para ensinar – um procedimento alternativo para o ensino de química. In: Convenção Brasil Latino América, Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias Corporais. 1.,4.,9., Foz do Iguaçu. Anais... Centro Reichiano, 2004. CD-ROM.CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. da Ulbra, 1995.KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. Perspectiva. São Paulo, v.14, n.1, p.85-93, jan/mar. 2000.MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: professor/ pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.NANNI, PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino. Departamento de Ensino de Segundo grau. Reestruturação do ensino de 2o grau – química. Curitiba: SEED/DESG, 1993. RUSSEL, J.B. Química geral. São Paulo: McGraw-hill,1986.SANTOS, W. L. P. MÓL, G.S.; Química e sociedade: cálculos, soluções e estética. São Paulo: Nova Geração, 2004.SCHNETZLER, R. Um estudo sobre o tratamento do conhecimento químico em - didáticos dirigidos ao ensino secundário de Química de 1875 a 1978. Nova, v.4, n.1, p.6-15, 1981. SILVEIRA, H. E. A história da ciência na formação de professores de química; alguns aspectos da alquimia. Informativo UNIFIA, anoIII, n.25, set.2007,p.4. SILVEIRA, H. E. e CICILLINI, G.A. Modelos atômicos e representações no ensino de química. Revista Enseñanza de las ciências, Granada, Espanha, v.extra, 2005. VANIN, J. A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. São Paulo: econômicas, contribuindo com sua formação cidadã.Moderna, 2002.

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12. SOCIOLOGIA

12.1 Apresentação da DisciplinaA disciplina tem como objeto de estudo a sociedade e as suas

transformações. Auxiliar na compreensão das características das sociedades capitalistas é uma preocupação da Sociologia desde a sua consolidação como ciência da sociedade no final do século XIX. Período em que muitos pensadores e cientistas investigam a necessidade da institucionalização de uma ciência voltada aos estudos, investigações e observações dos homens em suas interações sociais, ou seja, como o indivíduo atua no meio onde vive. Para tanto, é fundamental o esclarecimento de conceitos específicos que evidenciem a importância de uma ciência que não apresente semelhanças com outras, como a Psicologia, a Economia, a Física, etc. Enfim, o caráter científico se dá com a definição de um objeto de estudo e os métodos utilizados para explicar sua relevância. Dentre as áreas de atuação das Ciências Sociais encontramos: a Sociologia, a Antropologia e a Ciência Política.

Para compreensão da sociedade na maneira em que está hoje, é necessário conhecer os clássicos da Sociologia e seus diferentes olhares e abordagens sobre as transformações ocorridas. O francês Émile Durkheim (1858-1917) nos apresenta uma visão funcionalista da sociedade. O alemão Max Weber (1864-1920) empenhou-se na compreensão da sociedade a partir das pessoas que nela vivem, ou seja, compreendendo as ações dos indivíduos, compreenderemos enfim a sociedade. Karl Marx(1818-1883), filósofo alemão, apresenta críticas à sociedade capitalista em que vivemos, este representa a perspectiva crítica da Sociologia , ajudando a olhar a relação de trabalho de maneira a entender o que motiva o mundo do capital e da acumulação, este autor ajuda a compreender o “porque” do enriquecimento de alguns, a miséria de outros e a existência da exploração no mundo do trabalho. Estes autores são considerados clássicos porque suas ideias ainda detêm força explicativa para uma realidade em transformação, e suas obras têm coerência interna, segundo o sociólogo inglês Anthony Giddens(1990).

Mas, a Sociologia não foi criada porque alguns intelectuais desejavam institucionalizar uma ciência. Ela apresentou especificidades até então incabíveis às análises já existentes, pois define fenômenos, fatos, acontecimentos sociais que abrangiam sujeitos, e não mais o indivíduo da psicologia, adequado num contexto histórico específico. Também as transformações no mundo do trabalho, provocadas pela revolução Industrial, modificou as relações dos homens entre si e com as instituições, exigindo novas formas de análise do homem e da sociedade.

Sem dúvida, tais preocupações geraram contradições e conflitos científicos. Estará a Sociologia no ramo das Ciências Naturais? É possível determinar com exatidão fatos e suas consequências?

Antes mesmo da ciência, que estudaria fenômenos na sociedade, ganhar um nome, o pensador Auguste Comte (1798-1857) se referiu a uma física social, devido à possibilidade de observação e experimentação. A posterior “Sociologia” se aproximava, então, das Ciências naturais. Isto porque, para

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Comte, ela se encontra no estágio positivo da evolução do pensamento, que passara pelos estágios teológico e metafísico. A preocupação dos estudos se voltava à problemas, crises na sociedade, e foi Durkheim (1858-1917) quem apresentou um estudo voltado à observação e análise de um Fato Social, iconizado no problema do suicídio. A partir daí, todo um corpo de conceitos vai moldar o que veio a se chamar Positivismo, com o objetivo de remediar anomias sociais.

Tanto Comte quanto Durkheim vão dar fundamental importância à educação como um mecanismo de adequação de indivíduos à sociedade. O marco acaba sendo representado por Durkheim com seu ingresso na Universidade de Bordeaux, em 1887. E no Brasil, em 1870, já sugeriam a introdução da Sociologia nos currículos oficiais, pelo Conselheiro Rui Barbosa, em substituição do Direito natural que trazia o pensamento dos jusnaturalistas dos séculos XVII e XVIII. Porém, somente em 1890 passa à obrigatoriedade no Ensino Secundário, quando houve a Reforma do mesmo com Benjamin Constant, no então primeiro governo republicano. Neste período, a Sociologia se aproximava dos estudos sobre a moral. A partir de então, a disciplina passa a ocupar os currículos no Ensino Superior também, e é ministrada por advogados, médicos e militares, ora com o objetivo de transformar os homens e os seus interesses, ora para conservar os mesmos. Além da escola secundária, a Sociologia passará a integrar o currículo da Escola Normal e da preparatória, entre 1925 e 1942, com a Reforma Rocha Vaz e a atuação de Francisco Campos.

Apesar de avanços consideráveis no papel da Sociologia no Brasil, já em 1961 se inicia um desmantelamento do seu papel, que se torna optativa ou facultativa ao ensino secundário – já chamado colegial – com a aprovação da primeira Lei de Diretrizes e Bases – LDB de nº 4024. Isto porque, passa a haver uma crescente preocupação com o caráter técnico na profissionalização dos alunos nos mais variados níveis de ensino.

Nos anos 70, com o período ditatorial, a Sociologia será banida e reprimida nas mais variadas vertentes de investigações, sendo substituída, legitimamente, por Educação Moral e Cívica, OSPB (Organização Social e Política do Brasil).

Somente na década de 1980, devido à queda na demanda de técnicos para o trabalho – nitidamente, em São Paulo – é recomendado a inserção não somente da Sociologia, mas também da Filosofia e da Psicologia. Iniciam-se, então, pesquisas voltadas à elaboração de propostas curriculares para estas disciplinas, assim como de livros didáticos públicos.

Em 1997, o deputado Padre Roque (PT/PR) altera o artigo que possibilita outras interpretações e define a obrigatoriedade das disciplinas Sociologia e Filosofia. A lei apenas permanece tramitando no Congresso e será vetada pelo então Presidente, sociólogo, Fernando Henrique Cardoso, em 08 de outubro de 2001, após já aprovada pelos congressistas. Inicia-se uma luta pelo Sindicato dos Sociólogos do estado de São Paulo (SINSESP), diretamente, intervindo junto ao MEC (Ministério da Educação).

Somente no final de 2005, a Câmara do Ensino Básico constrói parecer, com base na mesma LDB de 1996, que reclama uma nova realidade nas escolas médias. As partir de então, passa a haver a coleta de assinaturas das mais variadas entidades nacionais. E muitos mais desafios serão enfrentados pelos professores de Sociologia e também de Filosofia, desde a formação até a

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preparação e elaboração dos conteúdos e os livros didáticos.Devido aos fatos recentes, explicitados acima, não foi produzido na

Sociologia efetivo conteúdo curricular, suas metodologias e recursos de ensino. Em suma, não possuímos uma tradição de ensino na área. E devemos estar atentos, criticamente, à pré-determinações que se dá à disciplina como sendo responsável pela formação de jovens, principalmente, se tratando de questões políticas como a cidadania. Sem falar na vinculação da Sociologia nos períodos democráticos. A disciplina tanto pode assumir análises conservadoras (lembrando a Moral e Cívica) ou transformadoras. E, como já foi dito sobre o caráter positivista, a prática do ensino pode adaptar os objetivos políticos-econômicos de períodos específicos, legitimando interesses classistas.

Em suma, o que a disciplina deve propor é a desnaturalização de discursos das mais variadas matizes ideológicas. Deverá o aluno estar preparado para reconhecer os posicionamentos ideológicos, assim como seus objetivos e suas manipulações. E isto está também voltado à Filosofia e às outras ciências, tanto naturais quanto humanas, já que o sujeito precisa duvidar, estranhar, estar curioso para compreender todo e qualquer fenômeno, aparentemente natural, óbvio. Para tanto, a problematização, tão conhecida nos meios pedagógicos, auxiliará na atividade de formulação de questões, com o uso de termos que fazem parte do vocabulário dos alunos. É o que se chama mediação.

O professor precisa buscar estratégias de ensino adequadas aos jovens e não focar no caráter, puramente científico da Sociologia. Para apresentar temas, mesmo que sejam relevantes aos alunos, é preciso atrair a atenção, despertar a curiosidade. Muito mais dificuldades se têm neste estado atual do comportamento das pessoas, onde a complexidade é ainda maior, tanto nas estruturas sociais, quanto nas políticas. Por isso, se está buscando propostas que implementem a disciplina no Ensino Médio, já sem o apoio de uma tradição que resgatariam experiências de suporte neste campo.

12.2 Objetivos GeraisA Sociologia tem por objeto de estudo a compreensão dos processos de

formação, transformação e funcionamento das sociedades contemporâneas. Trata-se de um modo de interpretar as contradições, os conflitos, as ambivalências e continuidades que configuram a vida cotidiana de cada um e da sociedade envolvente. Esta compreensão depende do contato do aluno com teorias que se propõem a explicar processos e relações sociais constituintes de nosso tempo para que sejam desnaturalizadas práticas e saberes prévios.

As Ciências Sociais no Ensino Médio, tem como objetivo introduzir o aluno nas principais questões conceituais e metodológicas das disciplinas de Sociologia, Antropologia e Política. Com as novas exigências do mercado de trabalho o jovem que sai do Ensino Médio deve ter conhecimentos mais amplos sobre questões sociais, econômicas e políticas, a sociologia constitui contribuição decisiva para a formação da pessoa humana, já que nega o individualismo e demonstra claramente nossa dependência em relação ao todo, isto é, à sociedade na qual estamos inseridos.Entretanto, para o aluno se apropriar de modo efetivo do conhecimento sociológico, o professor deve iniciar os estudos por meio de uma abordagem histórica e contextualizada sobre o surgimento do pensamento social,

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apresentando seus autores clássicos, suas principais perspectivas teóricas e sua importância para a compreensão da realidade brasileira. Tal abordagem, além de apresentar os pensamentos fundantes da sociologia, responsáveis por inaugurar o entendimento da dimensão social da realidade, propicia que se estabeleçam relações entre esses clássicos e as discussões sociológicas mais recentes e contribui para a análise crítica da realidade social.

Aguçar o senso crítico do educando, afim de que este possa se apropriar dos elementos necessários (conceitos, métodos e práticas sociológicas) para que haja uma substancial e qualitativa mudança na leitura de mundo que lhe permita, perceber a realidade social, não como algo estanque, mas como um processo dinâmico, onde “... o homem, ao transformá-lo, transforma a base material da reprodução da vida humana e a si mesmo” E neste processo, se perceba e se assuma como agente da transformação da realidade social. Os objetivos esperados em Sociologia são:

• Desenvolver o pensamento sociológico;• Compreender a totalidade social como expressão de simultaneidade e

complexidade dos fenômenos sociais, produto de condicionantes diversos;• Perceber o processo de globalização da economia e de inserção do país no

mercado internacional;• Perceber os direitos e deveres do cidadão como parte de uma construção

social;• Compreender as diferentes manifestações culturais como expressão de

povos, etnias, nacionalidades e segmentos sociais diversos;• Construir a identidade social e pessoal a partir do princípio de

austeridade;• Compreender a Indústria Cultural em suas ações com os contextos:

econômico, político, social e cultural em que se insere;• Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e as práticas sociais;• Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises,

interpretações e sínteses, servindo-se, para tanto, dos conhecimentos sociológicos;

• Exercitar e relacionar práticas sociais com contextos diversos;• Caracterizar as relações políticas, econômicas e sociais em nível nacional

e internacional;• Identificar funções desenvolvidas pelo Estado e funções cobradas ao

Estado; analisá-las e compará-las;• Observar nas práticas sociais, o respeito e o conhecimento dos direitos e

deveres no exercício da cidadania• Identificar os direitos e respectivos deveres emergentes, cuja necessidade

de institucionalização é reivindicada socialmente;• Lidar de maneira construtiva com as diferenças, de tal forma a atuar em

equipe, construir, realizar e avaliar projetos de ação escolar;• Analisar fenômenos tecnológicos, servindo-se de conhecimentos

sociológicos.

12.3 Conteúdos Estruturantes

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1ª SÉRIE

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• O surgimento da sociologia e as Teorias sociológicas.

• O processo de socialização e as instituições sociais

• Trabalho, produção e classes sociais

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.

• Origem da Sociologia, se consolidando como ciência na transição do feudalismo para o capitalismo.

• Abordagem dos clássicos:- Auguste Conte- Émile Durkheim- Max Weber- Karl Max

• O processo de socialização e as instituições sociais.- Instituições familiares- Instituições escolares- Instituições religiosas- Instituições de reinserção

• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades

• Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais.

• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições

• Globalização e Neoliberalismo• Trabalho no Brasil• Relações de trabalho

2ª SÉRIE

•O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas

• Poder, política e ideologia

• Direitos, cidadania e movimentos

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.

• - Origem da Sociologia, se consolidando como ciência na transição do feudalismo para o capitalismo.

• Abordagem dos clássicos:- Auguste Conte- Émile Durkheim- Max Weber- Karl Max

• Formação e Desenvolvimento do Estado moderno• Conceitos de poder,• Conceitos de ideologia,• Conceitos de dominação e legitimidade.• Estado no Brasil• Desenvolvimento da sociologia no Brasil• Democracia, autoritarismo, totalitarismo.• As expressões da violência nas sociedades

contemporâneas• Conceitos de cidadania

• Direitos civis, políticos e sociais• Direitos humanos

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sociais • Movimentos sociais• Movimentos sociais no Brasil• Questões ambientais e movimentos ambientalistas• Questão das ONG's

3ª SÉRIE

•O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas.

•Cultura e Indústria Cultural

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.

• Origem da Sociologia, se consolidando como ciência na transição do feudalismo para o capitalismo.

• Abordagem dos clássicos:- Auguste Conte- Émile Durkheim- Max Weber- Karl Max

• Os conceitos de culturas e as escolas antropológicas• Antropologia brasileira• Diversidade e diferença cultural • Relativismo, etnocentrismo, alteridade• Culturas indígenas• Roteiro para pesquisa de campo• Identidades como projeto e/ou processo,

sociabilidades e globalização• “Minorias”, preconceito, hierarquia e

desigualdades• Questões de gênero e a construção social do

gênero• Cultura afro-brasileira e a construção social da

cor.• Identidades e movimentos sociais; dominação,

hegemonia e contramovimentos• - Indústria Cultural• - Meios de comunicação de massa• - Sociedade de consumo, Indústria Cultural no

Brasil

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12.4 MetodologiaA metodologia para o ensino de sociologia deve estar associado à natureza,

espaço, cultura e tempo, priorizando o trabalho do homem. Este produz seu modo de vida no tempo e no espaço a partir de sua relação com a natureza e com outros homens. O trabalho deve variar, mesclando pesquisas de campo e bibliográficas, projetos interdisciplinares e momentos de exposição de assuntos que envolvam o dia a dia do aluno, permitindo a eles a exposição de suas ideias. Propostas de atividades envolvendo debates e análises de situações do cotidiano com leituras específicas de Sociologia para compreensão da realidade social. A metodologia deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular no Ensino Médio.

Devem-se aproveitar os temas da atualidade, de modo a provocar os alunos e desafiá-los à resolução dos problemas que eles mesmos podem levantar, seja no bairro onde moram, na escola, na família, etc.

12.5 AvaliaçãoA avaliação deve ser diagnóstica e continua a fim de acompanhar o

desenvolvimento dos alunos. Esta pode ser com produção de textos sobre temas determinados e discutidos em sala de aula com fundamentação teórica. Trabalhos de pesquisa de campo e bibliográfica e avaliação formal. Ressaltando que qualquer que seja a avaliação aplicada para a percepção do aprendizado do educando, deve-se propor também a recuperação de conteúdos e nova avaliação, favorecendo a demonstração do conhecimento adquirido.

12.6 Referências Bibliográficas:ARCO VERDE, Yvelise Freitas de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. SEED-PR, 2006DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978MEC. In: Ciências Humanas e suas Tecnologias: In orientações curriculares para o ensino médio; vol. 3. MORAES, Amaury César; GUIMARÃES, Elisabeth da Fonseca; TOMAZI, Nelson Dacio (consultores). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2004PARANÁ. Identidade no Ensino Médio. SEED, 2006_________. Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. SEED, 2008SCURO, Pedro. Sociologia: Ativa e Didática. São Paulo: Saraiva, 2004TOMAZI, Nelson Dacio. Iniciação á Sociologia. São Paulo: Atual, 2000

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IX – CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO PROFISSIONAL – CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO NÍVEL MÉDIO INTEGRADO

O Ensino Profissional, apresentado pelo Curso Técnico em Administração, em Nível Médio Integrado, faz parte do setor terciário da economia. Caracteriza-se como Área de Gestão, compreendendo atividades de administração e de suporte logístico à produção.

A implantação do Curso justifica-se pela necessidade de uma formação que propicie ao educando a aquisição do conhecimento tecnológico, científico, sócio-cultural, político e econômico, tornando-o apto a enfrentar os desafios presentes na sociedade atual.

A proposta do Curso é o desenvolvimento pessoal e profissional do educando procurando formá-lo com uma visão crítica, capaz de analisar as atividades econômicas, financeiras e mercadológicas, patrimoniais e outras atividades, bem como torná-lo um agente capaz de enfrentar com qualidade na sociedade em que está inserido.

O Curso Técnico Integrado está amparado pela Lei de Diretrizes e Bases da educação, nº 9394/96; pelo Decreto-Lei 5454 de 23/7/2004, art. 4º, parágrafo 1º, inciso I; pelo Parecer nº 126/99 do Conselho Nacional de Educação (Diretrizes Curriculares nacionais para Educação Profissional); pela Resolução nº 04/99 do Conselho Nacional de Educação e pela Deliberação nº 002/2000 do Conselho nacional de Educação.

Consta de uma carga horária de 3.200 horas distribuídos em 4 séries anuais, na modalidade presencial, com terminalidade plena, funcionando em nosso Estabelecimento no período noturno, atendendo alunos concluintes do Ensino Fundamental.

O Curso visa formar um profissional Técnico em Administração capaz de atuar no mundo do trabalho assessorando e desenvolvendo aços de planejamento, organização, direção e controle, interagindo com o mercado, de acordo com os princípios éticos, humanos sociais e ambientais. Também apto para avaliar e auxiliar na tomada de decisões nas áreas pessoal, financeira, econômica, patrimonial, e outras afins devendo buscar constante atualização em sua formação profissional.

X – CARACTERÍSTICAS DAS DISCIPLINAS DO ENSINO PROFISSIONAL CURSO TÉCNICO EMADMINISTRAÇÃO NÍVEL MÉDIO INTEGRADO

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1. Administração de Produção e Materiais

1.1 Fundamentação TeóricaAtualmente, as transformações da economia, nesta era da globalização,

estabeleceram absoluta soberania do consumidor nas relações do mercado e, portanto, nas possibilidades de sucesso e sobrevivência das empresas. O grande desenvolvimento tecnológico, dentre outros fatores, tem provocado grandes mudanças nas relações entre empresas e consumidores. O consumidor está cada vez mais exigente e, ao fazer sua opção de compra, procura produtos e serviços de qualidade a preços mais baixos. Com esta mudança no perfil do consumidor, as organizações vêm procurando melhorar não apenas seu processo produtivo, mas também seu sistema de distribuição com o objetivo de atender às necessidades de seus clientes no tempo certo e local adequado.

Algumas empresas nacionais já vêm se preocupando mais efetivamente com a área logística, procurando melhor a cadeia de suprimentos. Novas técnicas de gestão de estoques, automação de depósitos, computação e telecomunicações vêm sendo usadas como resposta à competição acirrada que pode determinar, por seleção natural, as empresas que sobreviverão neste mercado competitivo.

O processo de globalização tem modificado o papel de estratégia para as empresas que sendo bem administrado torna-se um diferencial que significa uma vantagem competitiva. Nas decisões logísticas, mais especificamente aquelas à escolha e administrações de canais de distribuição, interferem em todas as outras decisões de administração e naquelas referentes as estratégias competitivas da organização, onde cada organização necessitam de inovação e transformação no ambiente de negócios. O sucesso de mercado é conquistado pelas empresas que mais analisa e compreende o conceito da cadeia de suprimento tornando uma característica de estratégias, bem escolhido o administrador pode se tornar uma importante fonte de vantagem competitiva para a organização.

Estudiosos afirmam que o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e eficaz de matérias-primas, estoques de produtos semi acabados e acabados, bem como fluxo de informação a eles relativo, desde a origem até o consumo, com o propósito de atender aos requisitos dos clientes.

As empresas, dentro de suas atribuições administrativas, precisam obter e coordenar informações sobre estimativas de demanda, produto, estoques, prazos de entrega e quantidade de produto em depósito. Estas informações são subsídios fundamentais para a elaboração de um sistema de abastecimento de materiais que possa explorar as potencialidades disponíveis no mercado. A apropriação dos materiais se constitui num dos principais aspectos estratégicos para uma organização. Apropriações inadequadas podem prejudicar sensivelmente o comportamento das vendas de seus produtos e até reduzir sua participação relativa dentro do mercado.

As empresas de modo geral, ao formular aos seus preços de venda, apóiam, consciente ou inconscientemente em alguns fatores como custo, competitividade, mercado, além de outros de maior ou menor importância. O processo de formulação dos preços tem o objetivo de cobrir todos os custos variáveis da produção e obter uma margem de contribuição capaz de cobrir os

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custos fixos e ainda gerar lucros. Existem outros fatores que influenciam na fixação dos preços e que hajam em conjunto com estes, pois o estabelecimento dos preços não é um critério fixo que uma vez formulado não sofrem variações para poder alcançar seus objetivos finais. É preciso considerar entre estes fatores o fato de que os preços são estabelecidos para um determinado período de tempo e abrangem certas condições de negociação, como prazo de pagamentos e descontos, para que os resultados desejados possam ser obtidos.

Contribuindo para a formação do conhecimento do profissional na área administrativa a escola, inserida no processo educacional vem oferecer a disciplina Administração de Produção e Materiais aos seus alunos.

1.2 Objetivos GeraisA disciplina Administração da Produção de Materiais tem como objetivo geral

fornecer conhecimentos para o aluno que atua profissionalmente na área administrativa de:

• Propor a realização de estudos de técnicas e instrumentos de produção;• Fazer com que o aluno tome decisões para a busca da produtividade e

eficiência dos recursos; • Capacitar o aluno a dominar as técnicas de elaboração e implantação do

plano operacional para uma empresa, com definição de objetivos, metas e sistemas de controle e avaliação do desempenho global;

• Exercer a função gerencial de produção/ operação.Objetivos Específicos• Entender os conceitos da logística na organização;• Identificar o mercado consumidor no abastecimento de materiais;• Desenvolver a capacidade de raciocínio para interpretar o sistema de

classificação de materiais;• Identificar os custos dos produtos no transporte de produção;• Fazer observações sistemáticas de aspectos do algoritmo de localização

de fábrica;• Entender o processo de elaboração da cadeia de suprimento;• Identificar os tipos de demanda de suprimento;• Resolver situações problemas, sabendo validar estratégias e apresentar

resultados;• Identificar e compreender a dinâmica de gerenciamento informatizado de

suprimento;• Articular o conhecimento administrativo numa perspectiva interdisciplinar;• Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções; • Interagir com seus pares de forma cooperativa;• Trabalhar coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

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1.3 ConteúdosEMENTA: Gestão de Estoques. Compras. Indicadores Gerenciais. Recursos

Patrimoniais. Estudo da logística e ênfase a todos os processos presentes nos setores produtivos.

4º Ano• Gestão de estoques;• Codificação e classificação dos materiais;• Função;• Política de estoques;• Previsão ( o que, quanto, quando, de quem);• Custos ( de armazenagem, de compras);• Níveis de estoques (máximo, mínimo, segurança, ponto de pedido,

rotatividade: giro e cobertura);• Curva ABC;• Sistemas de controle;• Indicadores Gerenciais;• Níveis de Atendimento;• Acurácia;• Giro;• Cobertura de estoque;• Função;• Sistema (solicitação, cotação, pedido/ contrato);• Desenvolvimento de novos fornecedores (uso da Internet);• Follow up;• Prazos (de entrega, pagamento);• Negociação;• Recursos Patrimoniais;• Introdução à Logística;• Armazenamento;• Movimentação;• Distribuição física;• Almoxarifado ( o edifício: especificações para a guarda de materiais

comuns, inflamáveis, alimentos, pesados, etc.);• Lay-out;• Equipamentos de armazenagem;• Uso de EPI (responsabilidade legal do administrador);• Embalagens;• Localização Inventário (geral e rotativo);• Movimentação;• Recebimento;• Controle de qualidade (quarentena);• Armazenagem (modelos e técnicas);• Fornecimento/ distribuição;• Nível de atendimento;• Equipamento;

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• Patrimônio da empresa;• Sistemas de produção;• Estruturas e roteiros;• Fluxo de produção.

1.4 MetodologiaCada professor deverá, dentro de uma abordagem histórica, da resolução de

problemas, partindo sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos, traçar o caminho para levar os mesmos à compreensão do papel da administração da produção de materiais no contexto empresarial.

Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos processos que envolveram o ambiente de produção e materiais e a elaboração de estratégias para o desenvolvimento e implantação de orçamentos econômicos, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com as dificuldades e, a partir delas vai construindo seu saber para resolvê-las e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão.

Para conseguir esse objetivo, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c)expositor de um

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conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

1.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

1.6 BibliografiaMARTINS, Petrônio Garcia e LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 1998.MAYER, R. R. Administração de Produção. São Paulo: Atlas, 1999.SLACK, Nigel; ET AL. Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.ARNOULD, J. R. Tony. Administração de Materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999

2. Administração Financeira E Orçamentária

2.1 Fundamentação TeóricaA complexidade das condições ambientais e as contínuas transformações

atualmente observadas em todo mundo dão margem a um número crescente de análises sobre a natureza e os efeitos de tais alterações no mundo organizacional.

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O processo de globalização tem modificado as arenas de competição das empresas. Os empreendimentos precisam se adaptar às constantes ondas de inovação e transformação de ambiente de negócios. As sinalizações emitidas pelo mercado ou indústria podem ser importantes meios de manutenção e criação de vantagens competitivas. Grandes empresas antigas estão morrendo, pois tem dificuldades na gerencia das dimensões competitivas de custos e qualidade, enquanto estão surgindo outras com características administrativas específicas. O sucesso de mercado é conquistado pelas empresas mais ajustadas aos imperativos ambientais atuais, aquelas que podem entregar o que as pessoas estão dispostas a comprar ao preço que elas exigem.

Estudiosos afirmam que o gerenciamento adequado dos recursos financeiros é um dos requisitos básicos para a sobrevivência e sucesso de qualquer empresa principalmente as pequenas devido as suas limitações em conseguir recursos no mercado financeiro, quando tiver necessidade de caixa para respeitar os vários compromissos assumidos. A única pré-condição absoluta para a sobrevivência da empresa é a disponibilidade de dinheiro à mão quando realmente precisar. Ficar sem dinheiro significa ficar fora dos negócios.

As empresas, dentro de suas atribuições administrativas, precisam obter e coordenar informações sobre estimativas de vendas, capacidade financeira, estoques, prazos de entrega e custos de fabricação. Estas informações são subsídios fundamentais para a elaboração de um planejamento orçamentário que possa explorar as potencialidades disponíveis no mercado. A apropriação dos custos indiretos aos diversos produtos se constitui num dos principais aspectos estratégicos para uma organização. Apropriações inadequadas podem prejudicar sensivelmente o comportamento das vendas de seus produtos e até reduzir sua participação relativa dentro do mercado.

As empresas de modo geral, ao formular aos seus preços de venda, apóiam, consciente ou inconscientemente em alguns fatores como custo, competitividade, mercado, além de outros de maior ou menor importância. O processo de formulação dos preços tem o objetivo de cobrir todos os custos variáveis da produção e obter uma margem de contribuição capaz de cobrir os custos fixos e ainda gerar lucros. Existem outros fatores que influenciam na fixação dos preços e que hajam em conjunto com estes, pois o estabelecimento dos preços não é um critério fixo que uma vez formulado não sofrem variações para poder alcançar seus objetivos finais. É preciso considerar entre estes fatores o fato de que os preços são estabelecidos para um determinado período de tempo e abrangem certas condições de negociação, como prazo de pagamentos e descontos, para que os resultados desejados possam ser obtidos.

Contribuindo para a formação do conhecimento do profissional na área administrativa a escola, inserida no processo educacional vem oferecer a disciplina Administração Financeira e Orçamentária aos seus alunos.

2.2 Objetivos GeraisA disciplina Administração Financeira e Orçamentária tem como objetivo

geral fornecer conhecimentos para o aluno que atua profissionalmente na área administrativa de:

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• Desenvolver uma visão crítica do aluno a cerca da importância da Administração Financeira e Orçamentária da empresa em face da globalização;

• Capacitar o aluno a dominar as técnicas de elaboração e implantação do plano operacional para uma empresa, com definição de objetivos, metas e sistemas de controle e avaliação do desempenho global;

• Identificar as formas de elaborar o projeto orçamentário.• Capacitar o aluno a identificar o mercado financeiro nacional e o

intercâmbio entre países.Objetivos Específicos

• Entender os conceitos e o ambiente financeiro;• Identificar o mercado consumidor e suas exigências;• Desenvolver a capacidade de raciocínio para interpretar o sistema de

informação financeira;• Identificar os preços, custos dos produtos e serviços;• Fazer observações sistemáticas de aspectos administrativos, sobre o

gerenciamento orçamentário de recursos;• Entender o processo de elaboração de preços;• Identificar os tipos de orçamentos;• Resolver situações problemas, sabendo validar estratégias e apresentar

resultados;• Identificar e compreender a dinâmica do fluxo de caixa;• Articular o conhecimento administrativo numa perspectiva interdisciplinar;• Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções; • Interagir com seus pares de forma cooperativa;• Trabalhar coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

2.3 ConteúdosEMENTA: Mercado financeiro e mercado de capitais. Moedas, taxas e

mercado de câmbio entre países. Fontes de financiamento de curto e longo prazo. Ciclo econômico financeiro. Introdução ao orçamento. Princípios do orçamento. Componentes do orçamento. Demonstrações financeiras projetadas. Acompanhamento e análise orçamentária. Preparação de relatórios financeiros orçamentárias. Orçamento de capital. Tomada de decisão de investimento.

2º Ano:Mercado financeiro e mercado de capitais:

• Sistema financeiro nacional;• Mercados financeiros;• Bolsa de valores;• Políticas econômicas;• Moedas, taxas e mercado de câmbio entre países.

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Fontes de financiamento de curto e de longo prazo:• Estrutura de capital;• Fontes de curto prazo;• Fontes de longo prazo;• Custo de capital;

Ciclo econômico financeiro:• A atividade financeira;• Os ciclos;

Orçamento:• Introdução ao orçamento;• Princípios;• Componentes;• Elaboração demonstrações financeiras projetadas• Acompanhamento e analise orçamentária;• Orçamento de capital e decisões de investimentos

Alavancagem financeira, capacidade d endividamento da empresa:• Planejamento;• Orçamento de vendas;• Orçamento de produção;• Orçamento de mão de obra;• Orçamento de custos;• Receita/ despesa.

2.4 MetodologiaCada professor deverá, dentro de uma abordagem histórica, da resolução de

problemas, partindo sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos, traçar o caminho para levar os mesmos à compreensão do papel da administração financeira e orçamentária no contexto empresarial.

Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos processos que envolveram o ambiente de financeiro e a elaboração de estratégias para o desenvolvimento e implantação de orçamentos econômicos, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com as dificuldades e, a partir delas vai construindo seu saber para resolvê-las e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da

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capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para conseguir esse objetivo, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c)expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

2.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

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2.6 BibliografiaCASAROTTO FILHO, Nelson; KIPITTKE, Bruno Hartmut. Análise de

Investimentos. São Paulo: 2000.HOJI, Masakazu. Administração Financeira: uma abordagem prática. São

Paulo: Atlas, 2000.WELSCHE, G. A. Orçamento Empresarial: planejamento e controle do lucro.

São Paulo: USP, 1996..AGUSTINI, Carlos Alberto Di. Capital de Giro. São Paulo: Atlas, 1999.ÂNGELO, C. F. de, e SILVEIRA, J. A. G. da, Finanças no varejo: gestão

operacional, São Paulo: Atlas, 1997.BRAGA, R. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São

Paulo: Atlas, 1998.

3. Arte

3.1 Fundamentação TeóricaA arte é uma atividade exclusivamente humana, que é produzida desde os

primórdios da humanidade Atualmente a arte ou o conceito de arte passa a ser mais difícil de ser

definido. Para o filósofo francês Merleau-Ponty “A arte não é a tradução de um mundo, mas a instalação de um mundo” (in livro didático, artes, 2006, p. 14). Já para o pintor Pablo Picasso “a arte é uma mentira que nos permite dizer a verdade” (in livro didático, 2006, p. 15)

Se, por um lado, a arte evolui e o artista atual continua a produzir obras-primas e a discutir os avanços e o futuro das artes, por outro a humanidade se vê frente a um excesso de poluição sonora, visual e olfativa. Assim, vemos que a escola não só deve abordar a arte como forma de conhecimento, como atividade criativa, como uma maneira de conhecer, entender e fazer parte da cultura humana em nível mundial, regional e local, mas também fazer com que o aluno desenvolva ao máximo seus sentidos para poder observar, criticar, participar e mudar o mundo que habita.

Então, a disciplina de Artes, na educação tecnica se torna de suma importância na formação do indivíduo pois, além de dialogar com as outras disciplinas, abre espaço para atividades de criação, expressão e de uma consciência perceptiva real sobre o mundo em que vivemos ,sempre voltada para a formação técnica.

3.2 ObjetivosDe acordo com as Diretrizes Curriculares estudadas durante a Semana

Pedagógica de 2006, a escola se constitui num espaço privilegiado para uma educação que dialogue entre o particular e o universal. Desta feita, o objetivo da disciplina de arte:

“(...) deve manter este diálogo, estabelecendo relações de nossas experiências, nossa cultura e vivência com a imagem, com os sons, com os gestos, com os movimentos e, nessa perspectiva, educar os nossos alunos esteticamente,

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ensinando-os a ver, a ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar as suas possibilidades de fruição e expressão artística”)

Assim, o ensino da arte tem por escopo a apropriação do conhecimento estético, da contextualização, o que conferirá significado à criação artística e poderá manifestar o ver e o sentir do aluno inserido no contexto da sociedade.

3.3 ConteúdosI- Artes Visuais

1) Elementos formais:• Ponto• Linha • Forma • Textura• Forma• Superfície• Volume • Cor• luz

2) Composição• Imagens bidimensionais (desenhos, pinturas, propaganda visual,

murais, cartazes, gravuras, mosaicos, texturas, composições, caricatura, design, colagem, ilustrações, poesias, leitura e releitura de obras artísticas, etc.)

• Imagens tridimensionais (maquetes, dobraduras, esculturas, etc.)• Figura e fundo• Figurativo• Abstrato• Perspectiva• Semelhanças• Contrastes• Ritmo visual• Simetria• Deformação• Estilização

• Técnica: pintura• Desenho• Modelagem• Instalação• Performance• Fotografia• Gravura e esculturas• Arquitetura,• História em quadrinhos• Gêneros: paisagem, natureza morta,Cenas do cotidiano, histórica ,religiosa ,da mitologia.

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3) Movimentos e períodos• Arte Ocidental • Arte Oriental• Arte Africana• Arte Brasileira• Arte Paranaense • Arte Popular• Arte de Vanguarda• Indústria Cultural• Arte Contemporânea • Arte Latino Americana

II- Dança1) Elementos formais:

• Movimento corporal.• Tempo • Espaço .

2) Composição• Movimentos articulares• Aceleração e desaceleração• Deslocamento • Formação• Técnica • Coreografia • Improvisação • Direções• Salto e queda• Gênero :espetáculo, indústria cultural ,étnica, folclórica, populares e

de salão . 3) movimentos e períodos

• Pre-historia• Greco- romana • Medieval • Renascimento• Dança clássica• Dança popular• Brasileira • Paranaense• Africana• Indígena• Hip hop• Indústria cultural• Dança moderna • Vanguardas• Dança contemporânea

III- Música

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1) Elementos formais :• Altura• Duração• Timbre• Intensidade• Densidade

2) Composiçao:• Ritmo• Melodia• Escalas • Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop.• Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista • Improvisação

3) Movimento e Períodos• Musica popular brasileira• Paranaense,• Popular• Indústria cultural • Oriental• Ocidental• Africana• Latino americana.

IV- Teatro1-Elementos Formais

• Personagens: expressões corporal, vocais, gestuais e faciais• Ação • Espaço

2-Composição• Enredo, roteiro, espaço cênico e adereços• Tecnicas :jogos teatrais. • Generos: tragédia, comédia, drama, e épico .• Representação nas mídias • Caracterização • Cenografia , sonoplastia, figurino e iluminação • Direção • Produção • Tempo • Espaço• Ponto de apoio• Rotação• Coreografia• Salto e queda• Fluxo livre, interrompido e conduzido• Gênero: Folclórica, popular e étnica

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3.4 MetodologiaDe acordo com as diretrizes curriculares para Artes, do Estado do Paraná, a

metodologia deve direcionar o pensamento no sentido de contemplar o “para quem”, “como”, “por quê” e “o quê”. Assim, o trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte: produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou sentir e perceber as obras artísticas. Devendo-se assim contemplar três momentos da reorganização pedagógica:

• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceber e apropriar a obra artística ,onde possa desenvolver e formar um conceito artístico.

• Sentir e perceber: apreciação, fruição, leitura e acesso a obra de arte.• Trabalho artístico: pratica criativa, o exercício com os elementos que

compõem uma obra de arte

3.5 AvaliaçãoA avaliação será diagnostica, continua e processual. A avaliação será feita

através da participação do aluno nas atividades propostas, observando-se o desenvolvimento da expressão artística e a evolução demonstrada durante o bimestre através do esforço e dedicação.

3.6 BibliografiaBAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,1992.BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.BENJAMIN, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. Vol.1. São Paulo: Brasiliense, 1985.BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.KRAMER, S.; LEITE, M.I.F.P. Infância e produção cultural. Campinas: Papirus,1998.LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004.MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005.MARTIN-BARBERO, Jesus; REY, Germán. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Senac, 2001.NETO, Manoel J. de S. (Org.). A (des)construção da Música na Cultura Paranaense. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2004.OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte educação em Curitiba. Curitiba: UFPR, 1998. Dissertação (Mestrado).OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes, 1987.PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984. PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 84).VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

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WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

4. Biologia

4.1 Fundamentação TeóricaPartindo do princípio que a Biologia era tida como matéria descritiva

baseada em termos técnicos presentes nos livros didáticos, restringindo-se a um conjunto de dados isolados e estanques, tornou-se indispensável através da observação, tentar compreender o mundo em que vivemos.

O ensino de Biologia, tendo um papel aglutinador das outras ciências possibilita a formação de uma visão holística que colabora para o desenvolvimento crítico e consciente do indivíduo.

A dificuldade na aquisição de novos conhecimentos não está na existência de conhecimento prévio dos alunos, baseados em idéias intuitivas ou pré conceituais e sim na forma como esses conhecimentos são adquiridos.

Sendo assim, no ensino da Biologia, o aluno deve encontrar espaço para incorporar tanto os conhecimentos atualmente disponíveis quanto os mecanismos de produção desses conhecimentos.

A escola secundária deve servir agora não mais á formação do futuro cientista ou profissional liberal, mas principalmente ao trabalhador, peça essencial para corresponder as demandas do desenvolvimento.

4.2 Objetivos• Acreditamos que o principal objetivo do ensino de qualquer matéria

escolar deva ser a transmissão de conceitos, vinculados à formação do indivíduo como cidadão apto a atuar dignamente na sociedade, procurando melhorá-lo.

• Neste aspecto, o ensino de Biologia tem muito a oferecer, pois como o conhecimento científico renova-se a cada dia, é importante incentivar o aluno a acompanhar o que acontece.

4.3 Conteúdos:EMENTA: Compreensão da classificação dos seres vivos, componentes

celulares e suas respectivas funções. Sistemas que constituem os grupos de seres vivos. Biodiversidade, biotecnologias e genética.

3º AnoIntrodução à Biologia

• Origem da vida : Teorias da origem da vida• Características do seres vivos

Componentes Químicos das Células• Componentes inorgânicos : água e sais minerais• Componentes orgânicos : carboidratos, lipídeos, proteínas, ácidos

nucléicos e vitaminasCitologia

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• Composição química• Estruturas celulares• Divisões celulares

Genética• Conceitos básicos de genética• Leis da genética• Anomalias cromossômicas• Biotecnologias

4º AnoEvolução

• Teorias evolutivas• Surgimento de novas espécies

Seres Vivos• Classificação dos seres vivos• Taxonomia• Os cinco Reinos

Ecologia• Níveis de organização dos seres vivos• Conceitos básicos de ecologia• Cadeia e Teia alimentar

Saúde• Doenças por esforços repetitivos• Preservação no ambiente de trabalho

4.4 MetodologiaNo campo da ciência é imprescindível um trabalho que priorize as

experiências práticas vinculadas ao processo científico, isto é, que haja uma relação entre o conhecimento do senso comum e o conhecimento dos conceitos produzidos pela ciência.

O professor é o mediador desse processo, por isso o trabalho em Biologia requer um preparo para que possa criar situações e fornecer informações que permitam reelaboração e ampliação dos conhecimentos prévios de seus alunos preparando-os para ter clara a relação que envolve o conhecimento científico e a história de sua produção, que tem como centro a atividade humana, principalmente no que se refere às tecnologias, aos valores humanos e às concepções que tem de ciência.

É importante aqui, que a metodologia utilizada não perca de vista a apropriação dos conceitos, sua aplicação e suas implicações na sociedade.

No ensino da Biologia, o trabalho deve ser o de problematizar os conteúdos para que o aluno possa rever os conceitos que tem, de modo que tenha claro que muitas explicações científicas foram superadas por outras; que esse processo a respeito das verdades é uma construção do homem, de forma que promova um avanço intelectual do aluno na sua construção como um ser humano com um papel social.

Para que ocorra uma modificação de simples passividade perante a aprendizagem para uma ação mais ativa e significativa, o professor precisa

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variar as estratégias não descartando as aulas expositivas, leitura de textos com utilização de vídeos, experimentação e visitas a museus. Precisa ter em mente que os conteúdos podem se trabalhados com diferentes técnicas ou usar a combinação delas numa mesma técnica. O importante é manter o interesse dos alunos estimulando-os a resolver os problemas que estão presentes no seu cotidiano, tomando esses como ponto de partida para a compreensão dos conceitos e procedimentos envolvidos para a resolução dos problemas. Portanto, o trabalho do professor deve ser realizado em conjunto com os alunos de modo que percebam que o conhecimento é apropriado num processo conjunto.

Outras sugestões envolvem o trabalho com textos, podendo esses serem utilizados como introdução a um conteúdo, síntese ou leitura complementar. É preciso estimular o aluno a ler, ir além das palavras, devendo o assunto ser problematizado pelo professor, para haja a compreensão dos conceitos envolvidos num dado conhecimento.

Outra estratégia é a da realização de debates que pode estimular o aluno a desenvolver sua capacidade de síntese e argumentação, sendo também uma técnica que permite trabalhar atitudes e valores como: respeito, ouvir e falar no momento adequado, ter capacidade de convencer com seus argumentos. Para isso, é necessário o trabalho com textos variados sobre o tema escolhido.

A aula expositiva também é necessária, pois tem sua importância. Somente é preciso compreender que este momento é rico, pois envolve troca de informações através do diálogo. Além destes, o uso das tecnologias como: filmes, slides, transparências, painéis, pode auxiliar na compreensão dos conceitos pois, complementam os conhecimentos envolvidos Também deve haver o cuidado por parte dos professores, ao fazer uso dos áudio visuais no trabalho com os conteúdos, que faça uma preparação antecipada para garantir a qualidade do trabalho.

A criatividade do professor, para o uso de técnicas que auxiliem para uma aprendizagem mais efetiva no seu trabalho metodológico, é muito favorecida no campo da Biologia.

4.5 AvaliaçãoA avaliação em Biologia envolve o trabalho de domínio das capacidades e

habilidades exigidas como relacionar, interpretar, deduzir que estão presentes nos processos científicos.

Para isso, as diferentes atividades durante o processo de aquisição dos conhecimentos, proporcionadas pelo professor, são momentos de avaliação que devem ser registrados pelo professor além das atividades específicas em que poderão se avaliados as atividades e procedimentos exigíveis para expressar que o conteúdo foi aprendido. Assim, a avaliação tende a ser contínua e diagnostica, onde o progresso do aluno seja acompanhado pelo professor, além das exigências formais registradas por instrumentos específicos como provas que permitam ao aluno e ao professor verificar o nível da apreensão do conhecimento e sua superação para resultados melhores de modificações na metodologia.

O aluno não precisa sempre concordar com aquilo que acabou de aprender. É importante que ele polemize ou aprenda a polemizar com os colegas ou com

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o professor sobre certos conceitos, uma vez que o debate estimula a análise crítica e reforça a sua auto-estima.

Cabe ao professor saber quando e como intervir no debate, a fim de impedir que idéias confusas ou desvirtuadas se tornem verdades para o aluno. A avaliação deve ser um processo contínuo e sistemático; portanto, deve ser constante e planejada, fornecendo feedback ao professor e permitindo a recuperação do aluno.

Deve ser funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo atingidos.

Deve ser orientadora, pois permite ao aluno conhecer erros, corrigi-los o quanto antes; e integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não são apenas os aspectos cognitivos que serão analisados, mas os comportamentais e sua habilidade psicomotora também.

4.6 BibliografiaBERNARDES, J. A et al. Sociedade e natureza. In: CUNHA, S. B. da et al. A questão ambiental: diferentes abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.BIZZO, N. Ciência fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2000.CANHOS, V. P. e VAZOLLER, R. F. (orgs.) Microorganismos e vírus. Vol 1. In:JOLY,C.A. e BICUDO, C.E.M. (orgs.). Biodiversidade do estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX. São Paulo: FAPESP, 1999.CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 2004.CUNHA, S. B. da e GUERRA, A.J.T. A questão ambiental – diferentes abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.DARWIN, C. A Origem das espécies. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na disciplina de ciências.Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1, n.0,ago 2005.FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.FRIGOTTO, G. et al. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Brasília: MEC,SEMTEC, 2004.FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética/CNPq, 1993.KRASILCHIK, M.. Prática de ensino de biologia. São Paulo: EDUSP, 2004.MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991. McMINN, R. M. H. Atlas Colorido de Anatomia Humana. São Paulo: Manole, 1990. NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. RAW, I. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker Editores/Narrativa Um, 2002.RONAN, C.A. História ilustrada da ciência: A ciência nos séculos XIX e XX. V.4.Rio de Janeiro: Jorga Zahar Editor, 1987.____________. História ilustrada da ciência: da renascença à revolução.científica. V.3. Rio de Janeiro: Jorga Zahar, 1987.

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____________. História ilustrada da ciência: Oriente, Roma e Idade Média.v.2. Rio de Janeiro: Jorga Zahar Editor, 1987.SELLES, S. E. Entrelaçamentos históricos na terminologia biológica em livros didáticos. In: ROMANOWSKI, J. et al (orgs). Conhecimento local e conhecimento universal: a aula e os campos do conhecimento. Curitiba: Champagnat, 2004.SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

5. Comportamento Organizacional

5.1 Fundamentação TeóricaHoje administração tem um novo conceito, pois as organizações

contemporâneas, em sua maioria, visam a seus objetivos acima de tudo, descartando a necessidade de se “humanizar”, ou seja, considerar os aspectos culturais e pessoais de cada indivíduo. Diante deste fato é que ressaltamos a necessidade de uma nova perspectiva das relações humanística e cultural dentro da administração, dando ênfase nas relações mantidas pelas organizações com a sociedade. E o modo como é concebida essa organização deve estruturar em todos os âmbitos e mercados econômicos, pois ainda existe a idéia de que o mundo dos negócios e da administração é movido por um pragmatismo puro. Tal assunto tem crescente importância, visto que vários autores fazem adesão ao mesmo. No que se refere à abordagem humanística, busca-se uma preocupação maior com as pessoas e os grupos sociais, atribuindo menor prioridade às máquinas.

5.2 ObjetivosGeral• Possibilitar ao aluno condições de conhecer e identificar a cultura e a

política das empresas numa visão humanística. Específicos• Levar o aluno a compreender a administração como meio para trabalhar

as realidades sociais.• Compreender perfis psicológicos e sociais como estratégia de trabalho.• Fazer os alunos entender as teorias motivacionais para trabalhar em

grupo.• Desenvolver o aluno sob as relações humanas no trabalho: princípios

morais e éticos;

5.3 ConteúdosEMENTA: Abordagem Comportamental da Administração: teoria

Comportamental e Teoria do Desenvolvimento organizacional. Abordagem Contingencial. Teoria Z. Administração participativa. Administração da Qualidade: Fundamentos e princípios da Qualidade Total. Estrutura organizacional: comunicação, relações intergrupais, liderança.

1º Ano:

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Teoria comportamental:• Fundamentos e princípios;

Teorias do desenvolvimento organizacional:• Origens e princípios básicos;• Motivação humana;• Estilos de administração;• Processo de decisão;• Mudança organizacional;• Comportamento organizacional;• Cultura organizacional;• Apreciação crítica;

Teoria da contingência:• Origens e princípios básicos;• Ambiente e tecnologia;• Desenho organizacional;• Modelo contingencial de motivação;• Apreciação crítica;

Teoria Z:• Origens e princípios básicos;

Administração participativa, administração da qualidade:• Fundamentos e princípios;• Globalização;• Reengenharia;• Benchmarketing;• Downsizing;

Perspectivas de compreensão da estrutura organizacional:• Organização formal e informal;• Características organizacionais;• Tipos de organização;

Dinâmica comunicativa:• Estruturas comunicativas;• Bloqueios e conflitos;• Aspectos formais e informais;

Dinâmica das relações intergrupais:• Grupos e equipes;• Medidas de atitudes;

Liderança:• Abordagem de traço e de tipo;• Abordagem comportamental;• Teorias de liderança;

Motivação e atitudes:• Teorias de motivação• Satisfação e desempenho• Clima organizacional

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5.4 Metodologia:O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula:

a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores;

b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas;

c) expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

5.6 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

5.6 BibliografiaAGUIAR. Maria Aparecida Ferreira de. Psicologia aplicada á administração: teoria crítica e a questão ética nas organizações. São Paulo: Excellus, 1992.BERGAMINI,C.W. Psicologia Aplicada à Administração de Empresas: psicologia do comportamento organizacional. São Paulo: Atlas, 1996.FIORELLI, José Osmir. Psicologia para administradores: integrando teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000.ROBBINS, S. Comportamento organizacional. São Paulo: Editora Pearson Educatio, 2002.SPECTOR, Paulo E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2002.

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6. Contabilidade

6.1 Fundamentação TeóricaA contabilidade surgiu a partir do comércio (feiras) que surge nas fronteiras

dos feudos, começa o renascimento mercantil, e ressurge o interesse em se conhecer o resultado das atividades de troca (lucro ou prejuízo); neste período, aparece o que se chamou de organização em burgos. O objetivo da contabilidade é a avaliação do patrimônio do burguês (comerciante), e a mensuração do retorno da aplicação deste patrimônio.

A revolução industrial, foi um dos aspectos mais importantes na evolução dos objetivos da contabilidade com o seu surgimento, o sistema da informação nas empresas direcionou-se de forma efetiva para descrever o processo de manufatura dos bens, procurando evidenciar os recursos consumidos(custos), de forma que os gestores pudessem tomar decisões com base em informações que retratassem da melhor maneira possível a realidade.

Observa-se que na evolução dos objetivos da contabilidade é que estes diretamente relacionados com a própria evolução da necessidade dos usuários em obter tais informações, ou melhor, a contabilidade evolui exatamente no momento em que existe uma nova exigência de informação a ser fornecida a um determinado usuário.

A disciplina de Contabilidade vai ser desenvolver a partir de conceitos práticos que as organizações hoje trabalham de forma sistematizada para chegar aos seus objetivos, mas sempre dando enfoque de forma globalizada para construção de um conhecimento que vai interagir junto ao educando para formação de um cidadão.

Em última análise, a contabilidade tem uma função descritiva. Mas é tal a variedade dos patrimônios individualizados e a complexidade de cada conjunto patrimonial e os inúmeros aspectos das transformações dos componentes agregados na riqueza que se torna necessário o desdobramento para classificá-la sob três óticas: função escritural, função expositiva e função interpretativa. Além dessas, derivam algumas funções corretivas que complementam sua utilidade, dentre as quais se destaca a função administrativa.

É a contabilidade que coopera na gestão administrativa dando suporte para a elaboração dos objetivos previstos para cada empresa. Também prepara o aluno para cálculos, interpretações de índices econômicos e financeiros para a tomada de decisão nas empresas.

6.2 Objetivo Geral• A disciplina Contabilidade tem como objetivo geral capacitar o aluno para

compreender a natureza da contabilidade, como a elaboração de relatórios contábeis, e compreender a natureza das análises das demonstrações contábeis para o processo decisorial na empresa.

Específicos• Distinguir os diversos tipos de usuários e as informações contábeis

pertinentes a cada um;

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• Conhecer os conceitos e a importância das contas patrimoniais para elaboração da Demonstração de Resultado do Exercício e Balanço Patrimonial;

• Identificar os métodos da avaliação de estoques e a apuração de custos(markup);

• Entender os procedimentos para o encerramento do Exercício contábil;• Interpretar e analisar a Demonstração de Resultado do Exercício e o

Balanço Patrimonial;• Resolver situações problemas, sabendo usar a metodologia específica

para a elaboração e implementação de uma análise de um balanço patrimonial;

• Identificar índices econômicos e financeiros na demonstração contábil;• Realizar diagnóstico com relatório final sobre a situação econômico-

financeira da empresa;• Trabalhar coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

6.3 ConteúdosEMENTA: Técnicas contábeis e análise das demonstrações contábeis.

4º Ano• Noções básicas de contabilidade: • Funções;• Princípios e normas; • Campos de atuação;• Métodos das partidas dobradas; • Mecanismos de escrituração contábil: • Plano de contas;• Funções das contas e lançamentos;• Métodos de avaliação de estoque (PEPS, UEPS e custo médio);• Noções das demonstrações contábeis (DRE e BP);• Noções de folha de pagamento;• Noções de custos;• Capital de giro;• Fluxo de caixa;• Análise das demonstrações contábeis e financeiras (vertical e horizontal);• Índices econômicos e financeiros;• Uso de recursos informatizados.

6.4 MetodologiaA metodologia do ensino da disciplina deve estar centrada na abordagem

histórica e resolução de problemas, partindo sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos. Cada professor traçará o caminho para levar os mesmos à compreensão dos conceitos teóricos e ao uso das técnicas e métodos adequados para a elaboração e análise dos cálculos específicos em cada contexto.

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A história da evolução dos processos que envolveram a Administração de Pessoal na conjuntura sócio-econômica, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com os problemas e, a partir deles vai construindo seu saber para resolvê-los e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c)expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo de o professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

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6.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

6.6 BibliografiaFAVERO, Hamilton et Al. Contabilidade: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 1995FRANCO, Hilário. Contabilidade Gerencial. 13. ed. São Paulo: Atlas, 1989.IUDÍCIBUS, Sérgio, Contabilidade Gerencial, São Paulo: Atlas, 1998MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos, São Paulo:Atlas, 1996MARION, José Carlos.Análise das Demonstrações Contábeis, Contabilidade empresarial.São Paulo:Atlas,2006 RIBEIRO, Osni Moura, Contabilidade básica. 19.ed. São Paulo: Saraiva, 1995.SÁ, Antônio Lopes, Princípios Fundamentais de Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2000.

7. Educação Física

7.1 Fundamentação TeóricaA concepção de currículo adotada é uma produção social, e o objetivo

último das práticas corporais escolares em geral, e da Educação Física em particular deve ser a humanização das relações sociais, assim propõe-se uma concepção que procure contemplar a totalidade das manifestações corporais humanas e a sua potencialidade formativa.

Sendo o corpo como o centro de interesse da Educação Física na escola, deve ser considerado a partir de suas múltiplas dimensões. Desse modo, destacam não somente seus determinantes biológicos, como também sociais, culturais, econômicos e políticos, entendendo que esses aspectos influenciam-se mutuamente e colaboram para a constituição daquilo que construirmos como sendo nossa identidade corporal.

Tendo em vista que diferentes culturas escolares podem produzir diferentes expectativas e possibilidades, trata-se de relacionar o que é específico de cada

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comunidade, com a produção cultural humana dotada de alguma universalidade.

Segundo Bracht (1999) o movimentar-se humano é entendido como forma de comunicação com o mundo. É a noção de sujeito tomado numa perspectiva iluminista de sujeito capaz de crítica e de atuação autônoma.

É importante salientar que a formação da cidadania, a vida em democracia, a experiência da responsabilidade e dignidade, só se efetivará num ambiente que possa propiciar ao aluno condições de vivenciar situações que levem a refletir conscientemente sobre o cotidiano, a sociedade, desvendando a história, conhecendo o passado, entendendo o presente, e atuando efetivamente no futuro. No Ensino Médio Profissional, a Educação Física objetiva a prática de forma lúdica, educativa e contributiva para o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico e a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria e prática.

A Educação Física não deve prender-se na compreensão restrita do movimento mas sim levar o educando a uma tomada de consciência corporal, através de atividades práticas disciplinares providas de sentido. Onde o compromisso maior é o de esclarecer os valores da prática da atividade física e preparar o ser humano para romper as fronteiras dos seus limites individuais.

Os educandos serão subsidiados por uma fundamentação teórica-prática para aliar este conhecimento a uma prática permanente da atividade física, possibilitando além de uma melhoria na qualidade de vida, vivenciar situações onde as atitudes apresentadas pelos indivíduos durante as atividades refletem no seu comportamento e nas suas relações interpessoais.

Pretende-se que ao término do Ensino Médio Profissional, o aluno tenha uma melhor compreensão e utilização das formas de expressão, utilizando gestos e movimentos, seus significados, suas técnicas e táticas, ampliando o seu potencial de leitura e execução dos movimentos, das manifestações da cultura corporal, trabalhadas na escola, utilizando esses conhecimentos para um desenvolvimento de suas potencialidades bem como proporcionar melhor qualidade de vida.

7.2 ObjetivosAs competências e habilidades a serem objetivadas em Educação Física

são:• Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo

humano, de forma a reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como repouso para melhoria de suas aptidões físicas.

• Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura autônoma, na seleção de atividades e procedimentos para manutenção ou aquisição da saúde.

• Adotar uma postura ativa de praticante de atividades físicas, consciente da importância das mesmas na vida do cidadão.

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• Aprofundar-se no conhecimento e compreensão das diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressividade.

• Perceber na convivência e práticas pacíficas, maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática sobre os diferentes pontos de vista postos em debate.

• Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e valorizá-las como recurso para melhoria de suas aptidões físicas.

• Valorizar a necessidade de por em prática os conhecimentos que poderão melhorar a qualidade de vida pessoal e profissional.

7.3 ConteúdosEmenta: Ginástica geral e de manutenção; Jogos; Esportes; Recreações;

Qualidade de vida; dança; Atividades complementares1º AnoGinástica Geral e de Manutenção

• Ginástica Aeróbica• Alongamento• Percepção corporal (leitura corporal)• Exercícios para a melhoria das qualidades físicas

Jogos• Cooperativos

Esportes• Fundamentos Técnicos• Origem e História• Análises críticas das regras(para que serve e a quem serve)• Incorporação nas sociedade brasileira• Prática• Lutas• Brincadeiras

Qualidade de Vida• Higiene e Saúda• Primeiros Socorros• Índice de massa corporal• Caminhadas

2º AnoGinástica Geral e de Manutenção

• Alongamento• Ginástica Localizada• Exercícios para correção postural• Avaliação postural

Jogos• Cooperativos• Dramáticos

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Esportes• Fundamentos Técnicos• Regras• Análises críticas das regras• O esporte como fenômeno cultural• Táticas• Prática• Brincadeiras

Qualidade de Vida• Alimentação• Avaliação calórica dos alimentos - Obesidade• Anorexia

3º AnoGinástica Geral e de Manutenção

• Alongamento• Ginástica localizada• Técnicas de Relaxamento

Jogos• Intelectivos• Cooperativos

Esportes• Fundamentos Técnicos• Regras• análise crítica das regras• Táticas• O esporte na sociedade capitalista• Prática• Competições de grande porte: Pan-Olimpíadas ; Copa do Mundo

Qualidade de Vida• corpo Humano e sexualidade• Padrões de beleza e saúde• Trabalho e consumismo

Dança• De salão• Popular

4º AnoGinástica Geral e manutenção

• Alongamento• Ginástica laboral• Exercícios para melhoria das qualidades físicas

Esportes• Técnica• Táticas• Prática• Modelos de sociedade que os reproduziram

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• Esportes radicaisRecreação

• Brincadeiras• Gincanas

Dança• De Salão• Popular• Folclórica

Qualidade de Vida• Primeiros socorros• Acidentes e doenças do trabalho• Caminhadas• Drogas lícitas e ilícitas e suas consequências

7.4 Metodologia Metodologia é o conjunto de princípios e pressupostos teóricos conscientes

ou não que levam o professor a adotar diferentes recursos técnicos e estratégicos em suas aulas.

Na Educação Física, a metodologia deve se basear na produção prática e teórica do conhecimento, através da descoberta orientada e a solução de problemas, assim o aluno terá maior grau de autonomia.

Durante o processo de aprendizagem os procedimentos técnicos de coordenação de gestos, adaptação de movimentos a determinadas regras e ritmos, e de uso do espaço e dos objetos, que serão adquiridos através de atividades individuais e coletivas, constituem-se em problemas a serem resolvidos pelos alunos.

É fundamental que no cotidiano escolar se garantam as condições para o usufruto dos conhecimentos resultantes dessas vivências, que dê destino à produção dos alunos.

Deparar-se com suas potencialidades e limitações para buscar desenvolvê-las, é parte integrante do processo de aprendizagem das práticas da cultura corporal e envolve sempre um desafio para o aluno, pois o êxito gera um sentimento de satisfação e competência, e o torna confiante para exercer seu dever e direito de satisfação.

Essas habilidades e potencialidades serão desenvolvidas através de exibição de vídeos, estudo e discussão de textos, exposição dos conteúdos de esportes, danças, ginásticas e jogos, sua história, concepções, seus movimentos específicos e seu envolvimento na sociedade atual, cultural e política. E assim, efetuando a aprendizagem e conseqüentemente desenvolvendo o aluno em toda a sua amplitude.

Através das práticas corporais em jogos individuais ou coletivos, o aluno poderá identificar e desenvolver suas habilidades físicas, percebendo suas limitações e como trabalhá-las, seja no aspecto físico ou emocional, superando tais dificuldades e conscientizando-se da importância de praticá-las, para tanto, serão desenvolvidas atividades para ratificar a necessidade de outro, do companheirismo e da cooperação.

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7.5 AvaliaçãoA avaliação deve acompanhar o processo de ensino-aprendizagem, levando

informações a respeito da adequação dos objetivos, da seleção de atividades, dos resultados, das estratégias utilizadas, dentre outros fatores componentes do processo. A avaliação deve ser contínua, formativa e qualitativa dos conteúdos apresentados. Serão feitas através de trabalhos apresentados e seminários num total de 4,0 pontos e 6,0 pontos através das aulas práticas.

Assim, no processo de avaliação deve se levar em consideração a faixa etária dos alunos e o grau de autonomia e discernimento que possuem. Esse processo deve se manifestar de forma contínua, clara, consciente e sistemática, podendo revelar as alterações próprias e características desse momento do aprendizado.

Ao selecionar os instrumentos de avaliação, tais como: observação contínua na participação das aulas, trabalhos práticos e teóricos, testes, o professor deverá observar se o aluno:

•Realiza as práticas da cultura corporal do movimento de maneira cooperativa, utilizando formas de expressão que favoreçam a integração grupal.

•Valoriza a cultura corporal do movimento, conhecendo, apreciando e desfrutando de diferentes manifestações da cultura do seu ambiente e de outros.

•Relaciona os elementos da cultura corporal com a saúde e a qualidade de vida.

O aluno deverá no Ensino Profissional concluir que, através da atividade física individual e coletiva é possível desenvolver princípios de valores morais, cooperativos e solidários que possam contribuir no seu meio social, agindo e interagindo como membro participante e ativo.

7.6 BibliografiaLuiz Cirqueira. As Práticas Corporais e seu Processo de Re-significação: apresentado os subprojetos de pesquisa. In: Ana Márcia Silva; Iara ReginaDamiani. (Org.). Práticas Corporais: Gênese de um Movimento Investigativo em Educação Física.. 1 ed. Florianópolis: NAUEMBLU CIÊNCIA & ARTE, 2005.ASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. Campinas: Autores Associados/CBCE, 2001.BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984.BRUHNS, Heloisa Turini. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas, São Paulo: Papirus,1993.ESCOBAR, M. O. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física. Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.FALCÃO, J. L. C.. Capoeira. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3.ed.Ijuí: Unijuí, 2003, p. 55-94.GEBARA, Ademir. História do Esporte: Novas Abordagens. In: Marcelo Weishaupt Proni; Ricardo de Figueiredo Lucena. (Org.). Esporte História e Sociedade. 1 ed. Campinas: Autores Associados, 2002.MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2002.

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OLIVEIRA, Maurício Romeu Ribas & PIRES, Giovani De Lonrezi. O esporte e suas manifestações mídiaticas, novas formas de produção do conhecimento no espaço escolar. XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Belo Horizonte/MG, 2003.SILVA, Ana Márcia. Práticas Corporais: invenção de pedagogias?. In: Ana Márcia Silva;Iara Regina Damiani. (Org.). Práticas Corporais: Gênese de um Movimento Investigativo em Educação Física. 1 ed. Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005, v. 1, p. 43-63.SOARES, Carmen Lúcia . Notas sobre a educação no corpo. Educar em Revista, Curitiba, n. 16, 2000, p. 43-60.______. Imagens da Educação no Corpo: estudo a partir da ginástica Francesa no séc. XIX. 1 ed. Campinas: Editora Autores Associados, 1998.PALLAFOX, Gabriel Humberto Muñhos; TERRA, Dinah Vasconcellos. Introdução à avaliação na educação física escolar. Pensar a Prática. Goiânia. v. 1. no. 1. p. 23-37. jan/dez 1998.VAZ, Alexandre Fernandez; PETERS, Leila Lira; LOSSO, Cristina Doneda. Identidade cultural e infância em uma experiência curricular integrada a partir do resgate das brincadeiras açorianas. Revista de Educação Física UEM, Maringá, v. 13, n. 1, 2002, p. 71-77.VAZ, Alexandre Fernandez, SAYÃO Deborah Thomé, PINTO, Fábio Machado (Org.).Treinar o corpo, dominar a natureza: notas para uma análise do esporte com base no treinamento corporal. Cadernos CEDES, n. 48,ago. 1999, p. 89-108.

8. Elaboração e Análise de Projetos

8.1 Fundamentação TeóricaNeste início desse milênio, "sobreviver" é um desafio constante que as

empresas em geral estão enfrentando. Isso ocorre devido à concorrência (muitas vezes predatória) gerada principalmente pelo dinamismo que vivemos nesse mundo globalizado. Os clientes estão cada vez mais exigentes quanto à qualidade dos produtos a um preço cada vez mais baixo. Com isso as margens de lucro têm sofrido reduções substanciais afetando muitas vezes a "saúde financeira" das empresas.

Novas necessidades estão surgindo para dar suporte aos melhoramentos contínuos dos produtos e serviços. Essas necessidades muitas vezes envolvem mudanças organizacionais drásticas, como por exemplo: novos processos, novas tecnologias, mão de obra mais específica, estrutura organizacional mais enxuta e flexível.

Ao mesmo tempo em que as empresas que nas décadas passadas lideravam o mercado de ações têm visto seus preços despencarem, surgem outras que num espaço de tempo muito menor têm alcançado valores excepcionais e gerado novas fortunas.

A visão do mercado e as projeções futuras de seu comportamento tornam-se possíveis e até certo ponto confiáveis primeiro através do uso das tecnologias da informação que hoje já estão incorporadas à cultura das organizações, e em segundo através do saber e experiência dos profissionais

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da administração que precisam estar sempre alertas para adquirirem novos conhecimentos e estarem sempre atualizados.

A ciência tem contribuído ao criar e aperfeiçoar os métodos e técnicas para a elaboração e análise de projetos, assim como ao estudar a evolução da sociedade entendendo e explicando o comportamento humano, e desenvolvendo novas maneiras que motivam o homem a procurar aumentar seu conhecimento. As experiências passadas servem de lição onde se extraem os pontos positivos e são feitas tentativas de eliminar os pontos negativos. Historicamente se percebe que nem sempre medidas administrativas que foram tomadas e obtiveram êxito em experiências passadas ou em contexto diferente têm o mesmo efeito se tomadas hoje. Descobrir e inferir, quais as variáveis que podem influir no modelo, e quantificar os resultados em forma de projeção, são uma técnica que tem ajudado as organizações na tomada de decisões gerenciais importantes.

No mundo de hoje, ser um administrador exige além de um sonho, capital, experiência no negócio, intimidade com as novas tecnologias, conhecimento e disposição para aprender e se adaptar às novas exigências do mercado. Conduzir uma empresa produtiva requer acima de tudo uma administração formada por pessoas qualificadas e com conhecimentos de métodos e ferramentas para a elaboração e análise de projetos organizacionais e financeiros.

Assim, as mudanças nas empresas, as mudanças nos produtos e serviços, a formação de novos paradigmas produtivos, as ameaças de marginalização e o alto preço da informação nos levam a reflexões no sentido de se entender o papel da educação nesse contexto. Para enfrentar o ritmo acelerado das transformações que estão ocorrendo em todos os setores da sociedade, cada vez mais se torna necessário que a escola contribua para a formação de cidadãos abertos e conscientes, que saibam elaborar e analisar projetos e trabalhar em equipe. Nesse contexto é preciso compreender as mudanças que estão ocorrendo no mundo, principalmente no que diz respeito ao mercado de trabalho em todos os setores produtivos e analisar como o ensino deve evoluir para acompanhar estas transformações, incluindo na sua grade curricular a disciplina de Elaboração e Análise de Projetos.

8.2 Objetivo GeralA disciplina - Elaboração e Análise de Projetos - tem como objetivo geral

fornecer conhecimentos necessários para o aluno que atua profissionalmente na área administrativa sobre a elaboração de projetos de investimentos, como:

• Levar o aluno a aprofundar os aspectos teóricos e práticos relativos aos tipos de projetos;

• Enfatizar a compreensão dos aspectos administrativos, legais e mercadológicos que envolvem a elaboração de projetos de investimentos;

• Usar processos racionais para a elaboração, análise e avaliação de projetos.

Específicos• Entender o ambiente macroeconômico em que a empresa está inserida;

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• Identificar as Políticas Econômicas e o Projeto Econômico que envolve um investimento;

• Desenvolver a capacidade de raciocínio para estudar o Mercado, anterior, atual e futuro fazendo projeções de investimentos;

• Fazer observações sistemáticas de aspectos administrativos, legais e mercadológicos estabelecendo inter-relações entre eles;

• Identificar a Engenharia envolvida para a implantação de um projeto como o tamanho, localização, e atratividade;

• Resolver situações problemas, sabendo validar estratégias e apresentar resultados utilizando o conhecimento sobre orçamento de custo e receita;

• Argumentar sobre Financiamento, objetivos e critérios;• Identificar, analisar e aplicar conhecimentos sobre retorno do projeto

envolvendo a questão do valor do dinheiro no tempo, o custo de oportunidade e o tempo de retorno e suas variantes;

• Articular o conhecimento administrativo numa perspectiva interdisciplinar.• Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções; • Proporcionar ao aluno o conhecimento das técnicas de

elaboração,apresentação e avaliação de projetos, construíndo um projeto viável ao mercado.

8.3 ConteúdosEMENTA: Projeto desenvolvido nas modalidades de plano de negócio,

estudo de caso, perfil de consumidor entre outros.4º Ano:

• Roteiro de projeto; • Coleta de dados; • Redação do projeto; • Técnicas de Apresentação.

8.4 MetodologiaDentro de uma abordagem histórica e da resolução de problemas, partindo

sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos, cada professor deverá traçar o caminho para levar os mesmos à compreensão e ao uso das técnicas e métodos adequados para a elaboração e análise de projetos administrativos e de investimentos em cada contexto.

Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos processos que envolveram a elaboração e análise de projetos na conjuntura sócio-econômica, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com os problemas e, a partir deles vai construindo seu saber para resolvê-los e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é

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a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c)expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

8.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É,

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portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

8.6 BibliografiaMALHOTRA. N. Pesquisa de Mkt. Porto Alegre: Bookman, 2001.RODRIGUES, Tui Martinho. PESQUISA ACADÊMICA: Como Facilitar o Processo de Preparação de suas Etapas. Editora Atlas, 2007.VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas, 2000.______. Projeto de pesquisa: Propostas metodológicas. Petrópolis: Vozes, 1991.

9. Filosofia

9.1 Fundamentação TeóricaConstituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia traz

consigo o problema de seu ensino, desde o embate entre o pensamento de Platão e as teses dos sofistas. Platão admitiria que sem as noções básicas e técnicas de persuasão, a prática da filosofia teria efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que, se o ensino de filosofia se limitasse à transmissão de “técnicas” de redução do ouvinte, por meio de discussão, o perigo seria outro. A filosofia favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.

Atualmente, visando a formação pluridimensional e democrática plena do estudante, o Ensino Médio busca oferecer-lhe a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especificidades. É nesta multiplicidade que reside as categorias de pensamento. Estas, buscam articular a totalidade espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.

A Filosofia apresenta-se como um conteúdo filosófico e como conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento: não é possível estudar filosofia sem filosofar, assim como não é possível filosofar sem ter conhecimento da filosofia.

A Filosofia na escola, pode significar o espaço de criação e da provocação do pensamento original, da busca da compreensão da imaginação, da criação e recriação de grandes temas filosóficos, ou seja, de conteúdos estruturantes e basilares a serem trabalhados na perspectiva do estudante, de modo que a investigação e os textos filosóficos permaneçam sempre ligados à realidade presente.

Portanto, a Filosofia tem por objetivo formular conceitualmente problemas que interessam ao pensar de hoje e investigar as diferentes formas de

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conceitos envolvidas, desenvolvendo ma maneira peculiar e geral de interrogar-se sobre a verdade das palavras, das coisas e do ser.

9.2 Objetivos• Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos, específicos da

Filosofia• Compreender as configurações de pensamento de sua constituição

histórica e de seu funcionamento interno, tendo em vista a constituição de sistemas de referência

• Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas científicos – tecnológico, ético – políticos, sócio – culturais e vivenciais

• Entender a reflexão crítica como processos e interpretativo do pensamento

• Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, apreensão e construção de conceitos, argumentação e problematização

• Desenvolver métodos e técnicas de leitura e análise de textos de forma filosófica

• Produzir textos analíticos e reflexivos ponde em prática os conhecimentos filosóficos

• Desenvolver a discussão oral de modo sistemático• Desenvolver a habilidade de reflexão de modo sistemático e crítico• análise dos temas do cotidiano vivencial humano.• Analisar seu papel na sociedade como trabalhador inserido num mundo de

mudanças• Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos, específicos da

Filosofia.

9.3 ConteúdosEMENTA: Diferentes perspectivas filosóficas na compreensão do

conhecimento humano. O estado e a organização social. Ética e Estética. Questões filosóficas do mundo contemporâneo. Relação homem x natureza, cultura e sociedade.

1º AnoMito e Filosofia:

• Saber místico• Saber filosófico• Relação mito e filosofia• Atualidade do mito• O que é filosofia?

Teoria do conhecimento:• Possibilidade do conhecimento• As formas de conhecimento• O problema da verdade• A questão do método Conhecimento e lógica

2º AnoÉtica:

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• Ética e moral• Pluralidade ética• Ética e violência• Razão desejo e vontade

Liberdade:• Autonomia do sujeito e a necessidade das normas

3º Ano:Filosofia Política:

• Relações entre comunidade e poder• Liberdade e igualdade política• Política e ideologia• Esfera pública e privada• Cidadania formal e/ ou participativa

4º Ano:Filosofia e Ciência:

• Concepções de ciência• A questão do método científico• Contribuições e limites da ciência• Ciência e ideologia• Ciência e ética

Estética:• Natureza da arte• Filosofia e arte• Categorias estéticas – belo, feio, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto,

etc• Estética e sociedade• Questões filosóficas do mundo contemporâneo• Relações homem x natureza, cultura e sociedade

9.4 MetodologiaO trabalho metodológico a ser desenvolvido em Filosofia deve se dar de

forma interdisciplinar com as outras disciplinas para proporcionar ao aluno a visão de conjunto dando condições de modificar sua forma de pensar e agir.

É necessário proporcionar aos alunos o desenvolvimento de interesses em descobrir os encadeamentos, a lei, a estrutura que há nos discursos por eles elaborados, através de leitura, pesquisa, debates, reflexões e sistematizações de assuntos relacionados ao interesse e realidade da vida social e do trabalho onde os mesmo estão inseridos.

O trabalho do professor é o de orientar os alunos na formulação de questões e objeções de maneira organizada visando o desenvolvimento de conceitos que facilitem a sistematização das idéias em produções escritas, orais e artísticas. Também deve se levar em conta uma atuação pautada pelo respeito à individualidade, à diversidade cultural e o nível de desenvolvimento intelectual, sendo a base para o desenvolvimento de técnicas de raciocínio e argumentação, questionamento e problematização.

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9.5 AvaliaçãoDevido às características próprias da disciplina de Filosofia baseados na

análise e reflexão, problematização e sistematização de conceitos, a avaliação não poderá ser apenas teórica. Serão realizadas diariamente através de registro, dos avanços dos alunos, obtidos na realização de atividades práticas e escritas, nas apresentações orais, discussões, debates, leituras e pesquisas, onde serão considerados aspectos como assiduidade, criatividade, interesse, desempenho, capacidade de argumentação, de análise crítica e domínio de conceitos.

Assim sendo a avaliação será também diagnóstica permitindo ao aluno repensar seu próprio processo de aprendizagem e ao professor rever sua prática sempre que necessário, avançando ou retomando os conteúdos visando atingir os objetivos planejados.

9.6 BibliografiaALTHUSSER, l. Ideologia e Aparelhos Ideológicos do estado. Lisboa: Ed. Presença. s/d. Textos de Revistas e JornaisARANHA, Maria Lucia A. e MARTINS, Maria helena P. Filosofando, Introdução à Filosofia, 2ª Edição. São Paulo, Ed. Moderna, 1993._______________.Temas de Filosofia, 2ª Edição, São Paulo, Ed. Moderna.CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática. São Paulo 1998.CHAUÍ, Marilena. O que é Ideología? 30ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1989, 125p. (Col. Primeiros Passos, 13).ENGELS, F. Sobre o Papel do Trabalho na Transformação do Macaco em Homem. in:ANTUNES, R. A dialética do Trabalho: escritos de Marx e Engels. São Paulo: Expressão Popular, 2004.GENRO FILHO, Adelmo. A ideologia da Marilena Chauí. In: Teoria e Política. São Paulo, Brasil Debates, 1985.GENRO FILHO, Adelmo. Imperialismo, fase superior do capitalismo / Uma nova visão do mundo. In Lênin: Coração e Mente. c /Tarso F. Genro, Porto Alegre, Ed. TCHÊ, 1985, série Nova Política.LUSKOW, Abrão. Educação para o pensar. Introdução à Filosofia. Ed. Do Autor, Florianópolis, 2000.MENDES, Durmeval T (Coord). Filosofia da Educação Brasileira. RJ: Civilização Brasileira, 1994SÁTIRO, Angélica e, Ana Miriam. Pensando Melhor. Iniciação ao filosofar. Ed. Saraiva. São Paulo, 1997.SAVIANI, Demerval, Educação do senso Comum à Consciência Filosófica. 11ª Ed. Campinas, Autores associados.

10. Física

10.1 Fundamentação TeóricaO ensino da Física tornou-se indispensável à formação da cidadania, pois

está inserida em um novo contexto em que o mundo se instrumentaliza e se aperfeiçoa através da tecnologia.

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A disciplina de Física no Ensino Integrado deverá contribuir para a formação de uma cultura científica, destacando a importância da interpretação de fatos e fenômenos naturais.

O aprendizado da Física deverá promover a relação do indivíduo com a sociedade, criando estratégias de resolução de problemas do cotidiano.

Para isso é imprescindível considerar o mundo vivencial dos alunos, sua realidade, os problemas e indagações que movem suas curiosidades, numa perspectiva de transformar as concepções espontâneas dos alunos em conhecimentos escolares.

Sendo a Física uma ciência responsável por grandes avanços tecnológicos, deve ser trabalhada buscando o cotidiano do aluno e mostrando-lhe a importância de conhecer melhor as tecnologias, de forma a desenvolver um cidadão capaz de compreender e interagir com a realidade.

10.2 Objetivos• Compreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos.• Compreender e utilizar-se de tabelas, gráficos e relações matemáticas

gráficas para resolução de problemas.• Expressar-se corretamente, utilizando a linguagem física adequada quanto

aos elementos e sua representação simbólica.• Compreender a presença da Física no mundo vivencial, nos equipamentos

e procedimentos tecnológicos.• Reconhecer a Física enquanto construção humana, os aspectos de sua

história e relações com o contexto cultural, social e econômico.• Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendido a

evolução dos meios tecnológicos e a sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento científico.

10.3 Conteúdos3º Ano

• Cinemática escalar• Movimento Uniforme• Movimento Uniforme Variado• Leis de Newton( Dinâmica)• Impulso e Quantidade de Movimento• Energia e suas transformações( Energia Mecânica, Energia Cinética e

Energia Potencial)• Trabalho e Potência

4º Ano• Termologia• Dilatação Térmica• Calorimetria• Reflexão da luz• Espelhos Planos e Esféricos• Eletrodinâmica• Corrente Elétrica

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• Resistores• Potência Elétrica

10.4 MetodologiaO trabalho deverá partir das concepções espontâneas (senso comum) e

aprofundar-se através das teorias. Além disso, utilizar-se de textos, pesquisas em revistas, jornais, livros, etc; realizar experimentos de comprovação teoria e prática.

Neste trabalho é importante ressaltar o diálogo entre professor e aluno. O professor não deve se esquecer de interligar o objeto do conhecimento com a história da ciência, usando o método da resolução de problemas. Fazer com que os alunos percebam a relação do conhecimento com outros saberes estimulando a participação e responsabilidade social para que os alunos sejam detentores de um saber significativo.

10.5 AvaliaçãoA avaliação de Física terá um caráter diagnóstico onde o professor se

informará sobre o saber dominado pelo aluno e deverá adotar medidas que leve-o a desenvolver as competências previstas na disciplina, através de discussões, produção de trabalhos, pesquisas, trabalhos em grupo, tarefas individuais e produções escritas e orais onde possa demonstrar o avanço dos seus conhecimentos.

10.6 BibliografiaARRIBAS, S. D. Experiências de Física na Escola. Passo Fundo: Ed. Universitária, 1996.BEN-DOV, Y. Convite à Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.BRAGA, M. [et al.] Newton e o triunfo do mecanicismo. São Paulo: Atual,1999.BERNSTEIN, J. As idéias de Einstein. São Paulo: Editora Cultrix Ltda, 1973.CARUSO, F. ; ARAÚJO, R. M. X. de. A Física e a Geometrização do mundo: Construindo uma cosmovisão científica. Rio de Janeiro: CBPF, 1998.CHAVES, A. Física: Mecânica. v. 1. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso Editores,2000.CHAVES, A. Física-Sistemas complexos e outras fronteiras. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2000.CHAVES, A.; SHELLARD, R. C.. Pensando o futuro: o desenvolvimento da Física e sua inserção na vida social e econômica do país. São Paulo: SBF, 2005.EISBERG, R.; RESNICK R.: Física Quântica. Rio de Janeiro:Editora Campus, 1979.GALILEI, G. O Ensaiador. São Paulo: Editora Nova Cultural, 2000.GALILEI, G. Duas novas ciências. São Paulo: Ched, 1935.GARDELLI, D. Concepções de Interação Física: Subsídios para uma abordagem histórica do assunto no ensino médio. São Paulo, 2004. Dissertação de Mestrado. USPHALLIDAY, D.; RESNICK, R. WALKER, J. Fundamentos de Física. v. 2, 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.

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JACKSON, J. D.; MACEDO, A. (Trad.) Eletrodinâmica Clássica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1983.KNELLER, G. F. A ciência como uma atividade humana. São Paulo: Zahar/ Edusp, 1980.MARTINS, R. Andrade. O Universo. Teorias sobre sua origem e evolução. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 1997.MARTINS, R. Andrade. Física e História: o papel da teoria da relatividade. In: Ciência e Cultura 57 (3): 25-29, jul/set, 2005.MENEZES, L. C. A matéria – Uma Aventura do Espírito: Fundamentos e Fronteiras do Conhecimento Físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.NARDI, R. (org.). Pesquisas em ensino de Física. 3ª ed. São Paulo: Escrituras, 2004.NARDI, R. e ALMEIDA, M. J. P. M. Analogias, Leituras e Modelos no Ensino de Ciência: a sala de aula em estudo. São Paulo: Escrituras, 2006.NEVES, M. C. D.. A historia da ciência no ensino de Física. In: Revista Ciência e Educação, 5(1), 1998, p. 73-81.OLIVEIRA FILHO, K, de S., SARAIVA, M. de F. O . Astronomia e Astrofísica. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2004.PEDUZZI, S. S.; PEDUZZI, L. O. Q. Leis de Newton: uma forma de ensiná-las. In: Caderno Catarinense de Ensino de Física, v. 5. n. 3, p. 142-161, dezembro de 1998.PIETROCOLA, M. Ensino de Física: Conteúdo, metodologia e epistemologia em uma concepção integradora. Florianópolis: Editora da UFSC, 2005.QUADROS, S.. A Termodinâmica e a invenção das máquinas térmicas. São Paulo: Scipione, 1996.RAMOS, E. M. de F; FERREIRA, N. C. O desafio lúdico como alternativa metodológica para o ensino de física. In: In: Atas do X SNEF, 25-29/ janeiro 1993, p. 374-377.REITZ, J. R.; MILFORD, F. J.; CHRISTY, R. W. Fundamentos da Teoria Eletromagnética. Rio de Janeiro: Campus, 1982.RESNICK, R.; ROBERT, R. Física Quântica. Rio de Janeiro: Campus, 1978. RIVAL, M. Os grandes Experimentos Científicos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.ROCHA, J. F. (Org.) Origens e evolução das idéias da Física. Salvador: Edufra, 2002.SAAD, F. D. Demonstrações em Ciências: explorando os fenômenos da pressão do ar e dos líquidos através de experimentos simples. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.SEARS, F. W.; SALINGER, G. L. Termodinâmica, Teoria Cinética e Termodinâmica Estatística. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1975.SEARS, F.; ZEMANSKY, M. W.; YOUNG, H. D. Física: Eletricidade e Magnetismo. 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1984.THUILLIER, P. De Arquimedes a Einstein: A face oculta da invenção científica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1994.TIPLER, P. A. Física: Gravitação, Ondas e Termodinâmica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1995.TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física: Mecânica, Oscilações e Ondas. v.1, 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

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TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física: Eletricidade, Magnetismo e Óptica. v.2, 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006TIPLER, P. A . e LLEWELLYN, R. A. Física Moderna. 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.VALADARES, E. de Campos. NEWTON A órbita da Terra em um copo d’água. São Paulo: Odysseus, 2003.

11. Geografia

11.1 Fundamentação TeóricaTendo em vista a globalização, uma nova ordem mundial com novos

conflitos e tensões, a formação de blocos econômicos, as questões ambientais que dão novos significados à sociedade, o papel da geografia é dar suporte e contribuição na formação do educando para esta nova sociedade.

Diante dos novos rumos da humanidade faz-se necessário que o aluno participe ativamente na vida: social, política e econômica do país, formando indivíduos conscientes, com alto grau de responsabilidade utilizando seus talentos e as tecnologias avançadas.

Buscando compreender as relações econômicas, sociais e suas práticas nas escolas, local, regional, nacional e global, a geografia se sustenta na realidade para pensar todas as relações cotidianas onde se estabelecem as redes sociais nas referidas escalas.

A geografia terá com papel fundamental proporcionar situações que permitam ao educando pensar sobre o tempo e o espaço de vivência. Dentro dessa perspectiva a geografia deve ser pautada em estudar temas novos nos quais a interdisciplinaridade é essencial.

O objetivo da Geografia é desenvolver as potencialidades do educando: seu raciocínio lógico, sua inteligência emocional, sua criatividade, seu espírito crítico, sua capacidade de aprender por conta própria, de pesquisar e buscar coisas novas.

A Geografia tem como preocupação fundamental oferecer subsídios ao desenvolvimento da cidadania, fazendo com que o educando compreenda criticamente o mundo em que vive, desde a escala local até a global ou planetária.

O papel geopolítico e econômico da geografia desponta a compreensão da realidade social e cultural das sociedades contemporâneas, embora reconheça o grau de complexidade que envolve este campo devido os entrelaçamentos entre o tempo e espaço, que se realizam de forma dinâmica. Neste sentido a geografia estuda as contradições da tecnologia, pois mostra as facilidades em relação ao trabalho dos homens e ao mesmo tempo a exclusão social.

Na apreensão do conhecimento geográfico são importantes as várias linguagens que o mundo moderno oferece, constituindo-se em instrumentos fundamentais para a compreensão da realidade de nosso século. O acesso às diferentes linguagens e ao diferentes documentos, pode ajudar os jovens a compreender melhor a realidade espacial e temporal em que eles vivem para que atuem de forma competente com as necessidades, o s interesses individuais e de seu grupo social.

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11.2 Objetivos• Proporcionar ao aluno a compreensão do mundo em que vive: das

relações entre natureza/ homem/ trabalho, da sociedade, transformando-o em agente de mudanças

• Possibilitar ao educando exercer a cidadania e através dela entender os problemas e transformações ocorridas em nível sóciopolítico e econômico no decorrer da história.

• Permitir o entendimento do espaço geográfico mundial e que não se apresentam únicos e acabados.

• Oportunizar que o aluno situe-se nas transformações sociais contemporâneas e que a globalização oportuniza e contribui para a interdependência dos países.

• Contribuir para que o aluno analise sua realidade e que desenvolva o senso crítico, a criatividade e o raciocínio para interagir no meio e em prol da sociedade em que vive.

• Proporcionar ao educando a apropriação do conhecimento científico a serviço da transformação e da justiça social.

• Contribuir para que o aluno se oriente esse localize no tempo e no espaço que ocupa, compreendendo-o e socializando-se com as pessoas que apresentam diferentes conhecimentos e posições sociais.

• Contribuir para o entendimento das inter – relações entre homem / natureza e homem/ sociedade esclarecendo a importância destas para que o aluno entenda o espaço e a vivencia e as contradições do mundo atual, destacando as atividades que este deve tomar, tanto critica, como ambiental, para que este mundo seja melhor.

• Levar o aluno a compreender que para a geografia ser apreendida e que contribuía na formação social do homem que é necessário que haja observação, descrição e comparações de variados aspectos referentes a fenômenos sociais nos quais esta inserido e de sociedades de diferentes naturezas.

• Reconhecer semelhanças e diferenças nas formas por quais diferentes grupos sociais interagem com as manifestações da natureza que por sua vez influenciara em suas vidas nos âmbitos social, cultural e econômico.

• Possibilitar que o aluno tenha e/ou adquira noções que a tecnologia se faz presente e necessária no cotidiano mundial para a preservação do meio ambiente e melhorias na qualidade de vida.

• Propiciar aos alunos conteúdos referentes as culturas afro-brasileira, indígena e educação ambiental e relacioná-las com a realidade.

11.3 ConteúdosConteúdos Estruturantes

• Dimensão econômica do espaço geográfico• Dimensão política do espaço geográfico.• Dimensão sócio-ambiental do espaço do espaço• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Os conteúdos estruturantes estão contemplados em todas as séries sempre abordando do global para o local (Mundo, Brasil e Paraná)

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1º Ano• Espaço geográfico, localização, paisagem, território• Cartografia: construir e ler mapas• Tempo geológico, estrutura da Terra placas tectônicas e dinâmica do

relevo• Os fenômenos meteorológicos, influência do cima e vegetação• Hidrosfera: os ciclos da água• Poluição do ar, inversão térmica, ilhas de calor, chuva ácida, efeito estufa

e destruição da camada de ozônio• Modos de produção e formações sócio espaciais;• A revolução tecnológica e seu impacto na produção,• A Revolução Técnico-científico-informacional e novo espaço da produção.• A revolução tecnológica e seu impacto na produção, conhecimento e

controle do espaço geográfico.• Tecnologia da informação e a perspectiva macro e micro dos territórios.• Distribuição espacial da industria nas diversas escalas geográficas;• Oposição Norte-Sul e aspecto e aspectos econômicos da produção.• Formação dosa blocos econômicos• Cidades: urbanização da humanidade• Redes Urbanas: a hierarquia das cidades• As grandes metrópoles, como s comportam sua população• O processo de emigração e imigração• As atividades agropecuárias e os sistemas agrários• A atividade industrial no mundo• A industrialização nos países pobres• O espaço utilizado pelas indústrias e seus benefícios• A organização e a produção industrial• Energia: o motor da vida moderna• Como se dá produção de energia• Países produtores de energia• Em busca do desenvolvimento sustentável• Políticas sociais para conter a degradação da natureza• A relação entre os países na questão ambiental• O despontar dos países em desenvolvimento na economia global• Novos países industrializados: substituição de importações• Novos países industrializados: plataformas de exportações• O capitalismo e o Socialismo e a Guerra Fria• O mundo pós-guerra fria• O mundo sem a URSS, cai a potência mundial• A internacionalização do capital• Os blocos econômicos• Países subdesenvolvidos, ou novas potências mundiais• China: um país, dois sistemas• Estados Unidos, a superpotência mundial

2º Ano

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• A formação e a expansão do território brasileiro• Caracterização do espaço brasileiro• Brasil: estrutura geológica e relevo• O clima do Brasil• Impactos ambientais em ecossistemas brasileiros• Ecossistemas brasileiros• A hidrografia brasileira• Relevo, clima, hidrografia e vegetação do estado do Paraná• Ocupação paranaense• Movimentos da população no Brasil• Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras• A estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil• Crescimento populacional do Estado do Paraná• O processo de migração no Estado do Paraná• A organização político-administrativa e a divisão regional do Brasil• Os complexos regionais brasileiros• Brasil: país subdesenvolvido industrializado• O espaço agropecuário brasileiro• Recursos minerais do Brasil• Recursos energéticos do Brasil• Economia paranaense• O comércio exterior brasileiro• Os transportes no Brasil• A industrialização do Brasil• Produtos paranaenses para exportação• Os transgênicos e a política interna• Paraná: Saúde e Educação em destaque• As novas tecnologias e as alterações nos espaços urbanos e rural.• Obras de infra –estruturas e seus impactos sobre o território e a vida das

populações• A Nova ordem Mundial no inicio do século XXI: oposição Norte – Sul• Fim do estado de Bem-estar social e o neoliberalismo• Os atuais conceitos de base territorial, tais como:étnicos, culturais,

políticos, econômicos, entre outros;• Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano.• Conflitos rurais e estrutura fundiária• Questões do clima, da segurança alimentar e da produção de energia.

11.4 MetodologiaA Geografia é uma ciência que utiliza a observação, a descrição, a

comparação, a interpretação e a análise para ser bem compreendida. Começando com a conceituação de espaço Geográfico, muitos são os estudos sobre este tema. Espaço geográfico não se auto-explica, mas exige esclarecimentos.

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O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não consideradas isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem que, formada por objetos naturais, ao longo da história vão sendo substituídos por objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina.

Os objetos que interessam á geografia não são apenas objetos moveis, mas também imóveis, que através da história desses objetos, da forma como foram produzidos e mudam, fizeram com que a Geografia física e humana se encontrasse. Essa conceituação de espaço geográfico contribui para uma leitura crítica das contradições e conflitos nele implícitos e explícitos. Nessa perspectiva teórica, implica ensinar o aluno a ler e interpretar o espaço geográfico. O aluno compreenderá como se dão as relações sócio-espaciais.

Considerando o conhecimento historicamente produzido, como o principal instrumento para a efetivação dos objetivos da Geografia Crítica, o professor e o aluno, deve ser entendido como sujeitos. O primeiro deve assumir sua função de mediador desenvolvendo no aluno a capacidade de observar, analisar, interpretar a realidade.

É preciso que se assuma prática pedagógica que ajudem o desenvolvimento da autonomia dos alunos, garantindo uma participação coletiva., confrontando os conhecimentos que eles já possuem sobre a relação homem/ natureza, homem/ homem, com os conhecimentos científicos historicamente acumulados.

O ensino da Geografia não pode deixar de considerar em conteúdos as categorias lugar, espaço, território. O lugar do aluno em relação com outros espaços para que o mesmo tenha uma visão de totalidade, que envolva espaço e sociedade, natureza e homem e se posicionem como agente transformador.

11.5 AvaliaçãoA avaliação dos alunos constitui-se num dos elementos de interação entre

professor/ aluno/conhecimento. A avaliação deve ser contínua, observando-se o desenvolvimento diário dos alunos, não só em temos de assimilação de conteúdos como também em relação às posturas ou atitudes sociais que serão por eles desenvolvidos à medida que estudam os conteúdos. O aprimoramento das expressões orais e escritas dos alunos deve também ser contemplado como critério de avaliação, averiguando-se tanto a forma de sua evolução como a integração das noções e de conceitos trabalhados.

A avaliação e seus critérios devem-se basear nas condições reais da pessoa do aluno quando do início do processo ensino-aprendizagem.

11.6 BibliografiaARCHELA, R. S.; GOMES, M. F. V. B. Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas. Londrina: Ed. UEL,1999.BARBOSA, J. L. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do inesperado.In: CALLAI, H. C. A. A Geografia e a escola: muda a Geografia? Muda o ensino? Terra Livre, São Paulo, n. 16, p. 133-152, 2001.

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CASTROGIOVANNI, A. C. (org.) Geografia em sala de aula: práticas e reflexões Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999.CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1999.CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1982.P. C. da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.COSGROVE, D. E.; JACKSON, P. Novos Rumos da Geografia Cultural. In: CORRÊA, R. L.;ROSENDAHL, Z. Introdução à Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand, Brasil, 2003.CORRÊA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo Ática, 1986.COSTA, W. M. da. Geografia política e geopolítica: discurso sobre o território e o poder. São Paulo: HUCITEC, 2002.DAMIANI, A. L. Geografia política e novas territorialidades. In: PONTUSCHKA, N. N.; OLIVEIRA, A. U. de, (Orgs.). Geografia em perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002.GOMES, P. C. da C. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. GOMES, P. C. da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.GONÇALVES, C. W. P. Os (des)caminhos do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 1999.HAESBAERT, R. Territórios alternativos. Niterói: EdUFF; São Paulo : Contexto, 2002.MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. Terra Livre, nº 16, p. 113, 2001.MOREIRA, R. O Círculo e a espiral: a crise paradigmática do mundo moderno. Rio de Janeiro: Cooautor, 1993.NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade : ensaios sobre a metodologia das Ciências Sociais. São Paulo : Brasiliense, 1986.SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A. F. A.(Org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.SMALL, J. e WITHERICK, M. Dicionário de Geografia. Lisboa: Dom Quixote, 1992.SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, I. E. et. al. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro:Bertrand, Brasil, 1995.J.W. (org). Geografia e textos críticos. Campinas: Papirus, 1995.VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997._____. Delgado de Carvalho e a orientação moderna em Geografia. In VESENTINI, J. W.(org). Geografia e textos críticos. Campinas : Papirus, 1995.WACHOWICZ, R. C. Norte velho, norte pioneiro. Curitiba: Vicentina, 1987._____. Paraná sudoeste: ocupação e colonização. Curitiba: Vicentina, 1987._____. Obrageros, mensus e colonos: história do oeste paranaense. Curitiba:Vicentina, 1982.

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12. Gestão de Pessoas

12.1 Fundamentação TeóricaVivemos atualmente em um ambiente de grandes e profundas

transformações, tanto no aspecto econômico, social ou tecnológico. As mudanças são rápidas e muitas vezes inesperadas, o que exige das organizações e seus profissionais uma revisão dos parâmetros de gestão. Revisão essa que começa pela tomada de consciência de que as pessoas são o único fator de diferencial competitivo estratégico, uma vez que são elas que podem garantir a adaptação da empresa a esse tempo veloz.

Ao longo do tempo o ser humano foi adquirindo grau de importância dentro das organizações. Este, na época de Taylor era tido como motivado apenas por recursos financeiros. Gradativamente, com o desenvolvimento da Administração, com o surgimento de vários estudiosos e interessados sobre o assunto e com a necessidade de resolução dos problemas cada vez mais emergentes, o homem passou de um agente limitante do crescimento para um agente indutor do crescimento.

O rápido avanço da tecnologia e a expansão das fronteiras de mercado propiciam às empresas produzirem mais, com menor espaço de tempo, para qualquer parte do mundo, o que provoca um acirramento brutal da concorrência. Hoje, um produto ou serviço é facilmente superável por um melhor vindo de qualquer parte do mundo. A tecnologia das organizações pode ser superada, mas seu comportamento produtivo não.

Por esse motivo, as empresas hoje necessitam cada vez mais de gente: gente capacitada; gente treinada; gente motivada; gente comprometida com seu trabalho. São as pessoas que podem fazer o diferencial. Por isso as empresas investem pesadamente no fator ser humano para conseguirem o comportamento produtivo através de: treinamento e desenvolvimento, reconhecimento, incentivos financeiros flexíveis, benefícios flexíveis, planos de carreira, e etc., tudo isto com o intuito de tornar as pessoas aliadas imbatíveis frente à competitividade, pois elas trabalham satisfeitas, felizes e despreocupadas, gerando qualidade, atendimento diferenciado, personalizado ao invés de padronizado.

É responsabilidade da Administração de Recursos Humanos, não apenas administrar o pessoal, no aspecto burocrático gerando a folha de pagamento, contratações e demissões, seleção e recrutamento de candidatos, mas principalmente atuar junto com a empresa nos negócios, preparando e qualificando seu pessoal, para que sejam capazes de enfrentar as mudanças do futuro e alcançar os resultados por todos almejados.

Assim, as mudanças nas empresas, as mudanças nos produtos e serviços, a formação de novos paradigmas produtivos, as ameaças de marginalização, o alto preço da informação e a importância do profissional qualificado nos levam a reflexões no sentido de se entender o papel da educação nesse contexto. Para enfrentar essas transformações cada vez mais se torna necessário que a escola contribua para a formação de cidadãos abertos e conscientes, que saibam trabalhar em equipe, que sejam empreendedores, líderes e profissionais comprometidos com a qualidade de vida da sociedade. Compreendendo as mudanças de perfil do trabalhador o ensino deve evoluir

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para acompanhar estas transformações, incluindo na sua grade curricular a disciplina de Gestão de Pessoas.

12. ObjetivosGeraisA disciplina Gestão de Pessoas tem como objetivo geral fornecer

conhecimentos necessários para que o aluno possa atuar nesta área:• Despertar no aluno a consciência de relevante papel da gestão de

Recursos Humanos na formação de empreendedores, líderes e profissionais comprometidos com a melhoria da qualidade de vida da sociedade;

• Motivar os alunos a adotar posturas adequadas de liderança nos grupos acadêmicos e sociais preparando-os para o efetivo e bem sucedido exercício profissional;

Específicos• Entender a evolução histórica da Administração de Recursos Humanos,

seus conceitos, natureza, objetivos;• Compreender os objetivos do setor para a empresa;• Argumentar sobre e a importância do setor para a empresa; • Desenvolver a capacidade de raciocínio para observar a administração de

Recursos Humanos de forma sistêmica;• Fazer observações sistemáticas da estrutura da área de administração de

recursos humanos na organização;• Resolver situações problemas, sabendo validar estratégias e apresentar

resultados utilizando o conhecimento sobre Administração de Recursos Humanos;

• Interagir com seus pares de forma cooperativa;• Trabalhar coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

12.3 ConteúdosEMENTA: Evolução das modalidades de gestão de pessoas nas

organizações. Processos e atividades de gestão de pessoas nas organizações.

3º AnoEvolução da administração de pessoas:

• Evolução histórica da administração de RH no Brasil;• A Administração de RH e os seus Processos;

As principais tendências da gestão de pessoas na organização:• Função do gestor de recursos humanos.

As organizações e a administração de pessoas:• Interação organização/ indivíduo;• Planejamento estratégico da Gestão de Pessoas;• Desenvolvendo objetivos, políticas, planejamento e desenvolvimento.

Recrutamento e Seleção:• Métodos de recrutamento;

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Técnicas de seleção:• Entrevistas;• Dinâmicas;• Provas de conhecimento;• Testes de personalidade;

Desenvolvimento e treinamento:• Diagnóstico;• Processo;• Avaliação;

Política de salários:• Remuneração;

Avaliação de desempenho:• Auto-avaliação;• Avaliação 360º

12.4 MetodologiaA metodologia do ensino da disciplina deve estar centrada na abordagem

histórica e resolução de problemas, partindo sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos. Cada professor traçará o caminho para levar os mesmos à compreensão dos conceitos teóricos e ao uso das técnicas e métodos adequados para a elaboração e análise dos cálculos específicos em cada contexto.

A história da evolução dos processos que envolveram a Administração de Pessoal na conjuntura sócio-econômica, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com os problemas e, a partir deles vai construindo seu saber para resolvê-los e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve

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permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c) expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo de o professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

12.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

12.6 BibliografiaCHIAVENATO, I. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 2000.GIL, A. de L. Administração de Recursos Humanos: em enfoque profissional. São Paulo; Atlas, 1996.RIBEIRO, A. de L. Gestão de Pessoas. São Paulo: Editora Saraiva: 2006DESSLER, G. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Prentice Hall, 2003.

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PONTELO, Juliana; Cruz, Lucineide. Gestão de Pessoas. Manual de Rotinas Trabalhistas. Brasilia: Senac. 2006.

13. HISTÓRIA

13.1 Apresentação Geral da Disciplina A História tem como objeto de estudo os processos históricos e as relações

humanas praticadas no decorrer do tempo, bem como os sentidos que os indivíduos deram às mesmas em sua forma de pensar e agir, possibilitando reflexões a cerca dos contextos históricos em que os saberes foram e são produzidos.

Nesse sentido, a história é produto do pensamento e da ação do Homem, do conjunto da humanidade ao longo do tempo e do espaço, considerando-a como um movimento contínuo, dinâmico e plural, onde os sujeitos históricos atuam.

Assim, estudar e compreender a teia de relações que foram e são estabelecidas no âmbito do poder, da cultura e do trabalho é uma questão sine qua nom para que os alunos se compreendam enquanto indivíduos possibilitadores de mudanças ou permanências que caracterizam as sociedades de outros e de seu tempo.

Nessa perspectiva, ao propor para o Ensino Médio a formação de um aluno pesquisador, busca-se através do estudo da História construir a identidade das sociedades estudadas, bem como a sociedade brasileira, fruto da diversidade étnico-cultural, favorecendo a construção do conhecimento através do estudo/ análise de fontes, que não somente o livro didático.

Nessa direção, o professor é o agente mediador desse processo de construção do conhecimento, apropriando-se dos conhecimentos de outras áreas do saber para facilitar a aprendizagem do aluno caracterizando assim a interdisciplinaridade como meio da compreensão do estudo/ conteúdo para o aluno.

De acordo com as novas diretrizes curriculares (2008) integraram-se à disciplina de história, em seus conteúdos específicos os chamados “desafios contemporâneos” (violência, sexualidade,drogas,etnia racial e meio ambiente).

Para explorar esses desafios será desenvolvido o resgate o processo histórico e suas diferentes manifestações relacionadas com a sociedade contemporânea.

* As relações de Trabalho, Cultura e Poder no Tempo e no Espaço: da Antigüidade ao Século XV A organização da sociedade e as relações que se estabeleceram em seu interior. Como se organizou o trabalho?

* As relações de Trabalho, Cultura e Poder no Tempo e no Espaço: do Século XV ao Século XIX – Como estas relações foram estabelecidas? Houve mudanças ou permanências?

* As relações de Trabalho, Cultura e Poder no Tempo e no Espaço: do Século XIX à Atualidade – O que mudou nessas relações? Como estamos inseridos nelas?

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13.2 Objetivos Geral:

Possibilitar ao aluno, meios para que o mesmo possa construir o conhecimento para entender as mudanças e as permanências nas sociedades no decorrer do tempo e do espaço em todos os seus aspectos, de modo a compreender-se como sujeito histórico e agente do processo histórico.Específicos:

•Entender que o processo histórico é resultado de fatores econômicos, sociais, políticos e culturais.

•Identificar a terminologia básica necessária à compreensão do processo histórico.

•Desenvolver a capacidade de perceber as raízes históricas dos fatos contemporâneos e as futuras perspectivas do nosso presente.

•Desenvolver a capacidade de interpretar e de criticar fatos e situações reais da sua região e do país.

13.3 Conteúdos

1º anoA origem e a evolução humanaA Antiguidade Oriental

•Sumérios, Babilônios, Persas, Fenícios, Hebreus,etc.Egito

•Sociedade e Cultura.•Política e Economia.

Reinos e Sociedades Africanas • Desafio contemporâneo, violência e etnia racial• Etiópia, Congo, Ghana, Mali, Songhai, Mossis, Benin, Bosquímanos,

Hotentotes.• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.• Religiosidade e Tradições.

Antiguidade Clássica• Grécia:• Berço da Civilização e da Democracia.• Sociedade e Cultura.• Política e Economia. • Religiosidade e sexualidade (desfio contenporâneo)

Roma: • desafio contemporâneo, violência e sexualidade• Lenda e Realidade.• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.• A construção de um Império.• A desagregação do Império Romano.

Império Bizantino

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• O Império Romano do Oriente.• A prosperidade da Cultura e a expansão do Helenisno• A cristandade dividida: o cisma do Oriente.• A conquista de Constantinopla: 1453.

O Islã• Uma cultura diferente.• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.• Religiosidade e Tradição.

A Idade Média• Desafio contemporâneo, violência e sexualidade• Período de Trevas ou uma nova organização da sociedade?• As invasões bárbaras.• A ruralização da economia.• A fragmentação do poder.• A sociedade feudal.• O feudo: unidade de produção auto-suficiente.• A servidão.• A Igreja medieval e o poder.• Tribunais da Inquisição.• As Cruzadas: a reconquista da Terra Santa.• A Baixa Idade Média: renascimento comercial e urbano.• A Cultura Medieval: educação, filosofia, literatura, música, arquitetura e

ciência.O Estado Moderno

• A centralização do Poder• O absolutismo monárquico.• As Monarquias Nacionais: Portugal, Espanha, França e Inglaterra.

O Renascimento• A origem do Renascimento.• O homem renascentista.• Elementos do Renascimento: individualismo, materialismo, concorrência,

divisão social• do trabalho, racionalismo.• Renascimento Científico.• Grandes nomes do Renascimento na Itália e em outros países europeus.

A Reforma e a Contra-Reforma• Desafio contemporâneo, violência • Mentalidade e Religiosidade.• Os valores burgueses.• Martim Lutero, Jean Calvino, Henrique VIII: a Reforma Anglicana.• A reação da Igreja Católica.• A Ordem dos Jesuítas/Companhia de Jesus.• A volta do Tribunal do Santo Ofício.

As Civilizações e Povos do Continente Americano

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• Os povos indígenas norte-americanos.• Astecas, Maias, Incas.• Povos indígenas brasileiros e paranaenses.

A Conquista da América• Desafio contemporâneo, etnia racial• A chegada dos europeus à América.• Outras culturas, outros olhares.• O choque entre as culturas indígena e européia.• Resistência e dominação.• Escravização indígena.• Catequização: “civilizar pela fé”.

A Formação da Sociedade nas Três Américas• América Franco-inglesa.• América Espanhola.• América Portuguesa.

O Mercantilismo• O comércio de especiarias e artigos de luxo.• A política econômica do Estado. • Os princípios mercantilistas.• Os tipos de mercantilismo.

O Sistema Colonial• Desafio contemporâneo, violência e etnia racial• A Exploração Colonial: garantir a posse da terra.• a Exploração Colonial: inglesa, francesa, espanhola e portuguesa.• Colônias de povoamento e colônias de exploração.• A empresa açucareira.• A mão de obra compulsória: o negro.• O tráfico negreiro.• A administração colonial e o pacto colonial.• O domínio espanhol e a expansão do território brasileiro.• O Paraná no contexto da colonização do Brasil.

O Iluminismo• O Século das Luzes: o pensamento burguês.• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.• Os déspotas esclarecidos.• As idéias iluministas no Brasil.

Revolução Inglesa• Desafio contemporâneo, violência meio ambiente e drogas• Origens da Revolução.• O processo revolucionário.• O rompimento entre o Rei e o Parlamento: derrota do absolutismo.

Revoluções Burguesas• Revolução Industrial.• Produção e relações de trabalho.

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Independência dos Estados Unidos• A exploração inglesa.• A busca de autonomia.• Colônias de povoamento e de exploração: os dois lados da moeda.• O fim do domínio colonial da Inglaterra.

Revolução Francesa• A queda do Antigo Regime.• Idéias que se espalharam fora da Europa.• Invasão Napoleônica na Península Ibérica.• O Bloqueio Continental.

2ºanoA Vinda da Família Real para o Brasil

• A abertura dos portos.• A elevação da colônia a Reino Unido.• O desenvolvimento urbano e cultural.

A Independência da América Espanhola• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.

O Brasil no Século XIX• A Independência do Brasil.• O retorno de D. João a Portugal.• O Primeiro Reinado: o governo de D. Pedro I.• A Constituição de 1824.• A unidade territorial e a permanência das estruturas coloniais.• A Confederação do Equador e a Província Cisplatina.

O Período Regencial• O governo das Regências: Trina e Uma.

As Revoltas Regenciais• Desafio contemporâneo, violência • Cabanagem, Revolução Farroupilha, Sabinada, Balaiada, Revolta dos

Malês.O Segundo Império: governo de D. Pedro II.

• Desafio contemporâneo, etnia racial• A construção da Nação.• O fim do tráfico: crise do sistema escravista.• Economia: latifúndio, braço escravo e o café.• Lei de Terras, Lei Eusébio de Queirós – 1850.• A imigração Européia – um projeto duas urgências:• substituição do braço escravo e os núcleos coloniais (desenvolvimento,

miscigenação e branqueamento da população) • promotores de progresso e civilidade. (desenvolvimento, miscigenação e

branqueamento da população)• Uma Sociedade/Nação, três elementos: o índio, o europeu e negro.• Movimento Abolicionista.• A Guerra do Paraguai. ( Desafio contemporâneo, violência)

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Paraná: Emancipação Política 1853• Desafio contemporâneo, meio ambiente• Sociedade e organização político-administrativa.• Núcleos coloniais europeus.• Desenvolvimento econômico.• Os povos indígenas e a Terra indígena.• Uma cultura, vários elementos.

Unificação da Itália e da Alemanha• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.

O Imperialismo no Século XIX• Desafio contemporâneo, violência, drogas, etnia racial, meio ambiente• Potências Européias.• Neocolonialismo.• A partilha da África e da Ásia: separatismo e apartheid.• A América Latina e o Imperialismo norte-americano.

O Brasil – República Velha• Desafio contemporâneo, violência, • Os primeiros anos da República.• A Constituição Republicana.• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.• A República Oligárquica.• Revoltas na República Velha.• Movimentos Messiânicos: Canudos e Contestado.

A Primeira Guerra Mundial• Desafio contemporâneo, violência, etnia racial• A Política de alianças.• Questão: Marroquina e Balcânica.• O Conflito.• Os tratados de paz.• A participação do Brasil na guerra.

A Revolução Russa• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.• O ensaio de 1905.• A Revolução de 1917.• Bolcheviques e Mencheviques: idéias de uma nova sociedade.• A ditadura do proletariado.• A formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

A Crise de 1929• A década de 1920: produção cultural e crítica social.• Superprodução econômica.• Quebra da bolsa de valores de Nova York.• A repercussão da crise na Europa e no Brasil.

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Regimes Totalitários• Desafio contemporâneo, violência, etnia racial• Nazismo.• Fascismo.• A expansão dos regimes totalitários: Espanha e Portugal.• A recuperação econômica.

A Era Vargas• A revolução de 1930 e a era Vargas (1930 – 1945).• Leis trabalhistas.• Industrialização, trabalho e desenvolvimento.• Trabalho: disciplina e ordem.• A mulher, o índio e o negro na sociedade brasileira.• O populismo na América Latina.

A Segunda Guerra Mundial• Desafio contemporâneo, violência etnia racial• A política de alianças.• O conflito.• O fim da guerra e a fundação da ONU.• A participação do Brasil.• O mundo pós-guerra.

Guerra Fria• A bipolarização do mundo.• O muro de Berlim.• Revolução chinesa, Guerra da Coréia, Revolução Cubana.

O Brasil Pós-Guerra• O fim do Estado Novo.• De Dutra a João Goulart.

O Regime Militar (1964 a 1984).• Desafio contemporâneo, violência, meio ambiente• Liberdade vigiada.• As canções de protesto.• O milagre econômico.• Diretas já.• Novo período democrático.

Descolonização• África.• Ásia.

O Fim da Guerra Fria: uma nova ordem.• A queda do muro de Berlim.• A desagregação da URSS e a “hegemonia norte-americana”.

Atualidade• Desafio contemporâneo, violência, drogas, etnia racial, meio ambiente• Novos conflitos, velhas lutas, muitos interesses.• O Oriente Médio.• A América Latina.

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• O Brasil, a globalização, a ALCA, o MERCOSUL, a OTAN, entre outros.• Desenvolvimento, exploração, consciência, conservação, ecologia:

preservar para conhecer e usufruir. A Sociedade Brasileira

• Índios, brancos, negros e mestiços: somos todos brasileiros.• Religiosidade e tradições.• O Brasil e as culturas regionais.

13.4 MetodologiaÉ necessária a utilização do método dialético, de modo a possibilitar

através dos conteúdos a construção do conhecimento para compreender a realidade a qual os alunos estão inseridos, atuando o professor como mediador de possibilidades e produção através da pesquisa, entendimento e compreensão para análise da sociedade em todos os seus aspectos. Nesse sentido, deve-se considerar que a pedagogia histórico-crítica possibilita ao professor a elaboração de instrumentos que levem o aluno a construir o conhecimento e ainda essa pedagogia valoriza o saber historicamente acumulado pelos Homens permitindo o entendimento de novos conhecimentos e possibilitando a percepção de que as relações construídas no passado exercem influência ainda na atualidade embora em contextos históricos diferentes.

Para isso, as aulas expositivas, bem como o trabalho com leituras de textos variados, de livros, jornais, revistas, para que o aluno acompanhe de forma dinâmica os acontecimentos ou verifique como eram relatados os fatos no tempo, a utilização de filmes para reflexão do conteúdo ligado à história estudada, o desenvolvimento de projetos interdisciplinares ou relações possíveis com outras disciplinas (quando uma disciplina oferece subsídio para outra), além de técnicas como trabalhos em grupo, individuais, exposições, seminários, trabalhos interdisciplinares com outras disciplinas, bem como envolvimento da arte seja na criação, desenhos, ou exposições de painéis com conteúdo histórico, podem auxiliar e contribuir na construção do conhecimento.

13.5 AvaliaçãoConsiderando a avaliação uma prática processual em que o indivíduo está

inserido num contexto mutável, a avaliação ocorrerá a partir da produção individual e coletiva que poderão ser manifestadas pela compreensão da construção do conhecimento através dos objetivos estabelecidos de acordo com os temas.

13.6 BibliografiaBURKE, Peter. A Escrita da História. São Paulo: Unesp, 1992._______Uma História Social do Conhecimento: de Gutemberg a Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.CARDOSO, Ciro Flamarion;VAINFAS,Ronaldo(orgs).Domínios da História. Campinas: Campus, 1997.CHARTIER, Roger. “-O Mundo como Representação” Estudos Avançados 11(5),1991.

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------A Aventura do Livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Editora UNESP/Imprensa Oficial do Estado, 1999.BRASIL.Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional.Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996.COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 1997.GAPARIN, J.L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas. Autores Associados, 2002.GIORDANI, Mário Curtis. História da África Anterior Aos Descobrimentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985.GINZBURG, Carlo. O Queijo e os Vermes: o cotidiano e as idéias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.MESGRAVIS, Laima. PINSKY, Carla Bassanezi. natureza O Brasil que os Europeus encontraram: a, os índios, os homens brancos. São Paulo: Contexto, 2000.PARANÁ.Secretaria de Estado de Educação DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA – HISTÓRIA,2008SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. São Paulo: Ática, 2006.STAROBINSKI, Jean. As Máscaras da Civilização: Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

14. Informática

14.1 Fundamentação TeóricaTem-se afirmado que a principal característica da economia globalizada é o

fluxo e a troca quase instantâneos de informação, capital e comunicação cultural. Estes fluxos, ao mesmo tempo em que regulam, condicionam tanto o consumo como a produção provocando a marginalização das organizações que não se mostrarem flexíveis e sensíveis às novas tecnologias.

Visando entender e explicar as transformações que envolvem todos os setores da economia, estudiosos de todas as áreas estão se voltando tanto para o impacto que as Tecnologias de Informação e Comunicação estão causando na produtividade econômica como para a extensão e profundidade em que estas tecnologias levam às mudanças sociais e econômicas.

A maturidade digital é responsável por uma frenética experimentação em que as empresas nascem e morrem todos os dias, ao mesmo tempo em que a própria idéia de empresa está mudando. A idéia de empresa como uma entidade concreta, fisicamente instalada, está cedendo lugar ao conceito de empresa virtual, onde é possível se produzir coisas reais oferecendo serviços de valor sem muitos ativos fixos.

A informática já é uma realidade no mundo globalizado como ferramenta chave para a união de todos os tipos de atividades comerciais ou não, e a execução mais rápida, confiável e eficiente dos diversos tipos de processos em que a tecnologia pode auxiliar.

Dentro do curso de administração, a interdisciplinaridade é muito forte, e juntamente com a informática, estas relações se estreitam ainda mais devido a

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trabalhos que podem ser desenvolvidos de forma a integrar conhecimentos diversos em uma única atividade voltada inclusive para um trabalho de conclusão do curso.

Além deste auxílio, o mercado de trabalho atual exige do profissional um grau mínimo de conhecimentos de informática para qualquer atividade devido ao crescente aumento de operações realizadas exclusivamente via computadores e pela Internet como envio de documentos digitados, fotocopiados, gerados automaticamente por sistemas de banco de dados, planilhas em geral, e todos os demais tipos de conteúdos possíveis de serem transmitidos de forma digital.

14.2 ObjetivosGeralA disciplina de Informática no curso tem como objetivo geral desenvolver a

compreensão necessária da mais presente ferramenta de auxilio administrativo da atualidade de maneira que se possa criar um leque de recursos mais ágeis, flexíveis e confiáveis para se organizar as tarefas da rotina empresarial, ou seja, preparar e desenvolver no profissional as habilidades necessárias para entender, operar os computadores e saber escolher a ferramenta mais indicada para facilitar suas tarefas administrativas e particulares.

Específicos• Compreender os fundamentos do computador;• Identificar e conhecer as peças que compõem a máquina;• Saber como utilizar alguns periféricos;• Identificar configurações e detalhes técnicos necessários para a escolha

da tecnologia a ser utilizada na empresa;• Conhecer os sistemas operacionais e sua função básica para o

funcionamento de um computador;• Compreender como usar de forma adequada os recursos mais comuns da

Internet;• Identificar como os conhecimentos de informática podem ajudar o

profissional em seu dia a dia;• Aprender a criar documentos, planilhas e apresentações usando as

ferramentas adequadas.

14.3 Conteúdos1º Ano

• Aspectos Teóricos sobre Arquitetura geral de computadores;• Periféricos• Mouse (convencional/ótico);• Monitores (convencional/LCD);• Teclados;• Impressoras (matricial, jato de tinta, laser);• Scanner (características e diferentes tipos);• Periféricos de armazenamento (tipos e características);• Câmeras digitais e webcams (características e diferentes tipos);• Memórias e suas funções;

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• Processadores, suas características, modelos e função;• Aspectos teóricos e práticos do Sistema Operacional;• Serviços do Sistema Operacional;• Configurações (Painel de Controle);• Gerenciamento de Arquivos; • Aspectos teóricos e práticos da Internet;• Transferência de dados via cabos e ar;• Fundamentos da comunicação (protocolos e endereços)• Uso da Internet para navegação, pesquisas, envio de mensagens e

configurações básicas do navegador.• Processadores de textos;• Formatação básica, organogramas, desenhos, figuras.

2º Ano• Processadores de textos;• Mala direta, etiquetas, banco de dados• Planilhas eletrônicas• Formatação;• Fórmulas;• Funções;• Gráficos.• Internet no Contexto empresarial;• Comércio eletrônico.

14.4 MetodologiaBaseando-se na ideia de que todo o conteúdo da disciplina é altamente

voltado ao mercado de trabalho e tem uma grande fatia de participação no mesmo, é importante que se busque formas de que o conteúdo seja compreendido e realmente aproveitado.

O trabalho de todos os temas em sala de aula é de suma importância, visto que é base para todo o curso e indispensável para o aproveitamento nas demais disciplinas.

Estudos de casos reais são trabalhados em sala para que se tenha uma visão mais próxima do que será encontrado no futuro e também para que o conteúdo visto tenha o mínimo de diferenças do que espera deste futuro profissional em uma empresa.

14.5 AvaliaçãoTodo conhecimento exposto em sala de aula é passível de avaliação e pode

ser mensurado seguindo o permitido pelo regimento escolar e dentro da carga horária total da disciplina para verificação do grau de aprendizado atingido.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

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14.6 BibliografiaCAPRON, H.L., JOHNSON, J.A.; Introdução à Informática. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2004.NORTON, Peter. Introdução à Informática. Editora Makron Books Ltda, 1999.MURRAY, Katherine. First Look – Microsoft Office 2010. Microsoft Press, 2010.BIBLIOGRAFIA ELETRÔNICABROFFICE. Aplicativos de escritório de distribuição livre. Disponível em < http://www.broffice.org/ >. Acessado em 12 de agosto de 2010.

15. Introdução a Economia

15.1 Fundamentação TeóricaNa maior parte das vezes, quando se trata de analisar o papel das micro e

pequenas empresas, procura-se destacar o seu papel privilegiado no desenvolvimento local. Essa dimensão analítica não está incorreta apesar de estar associada ao paradigma técnico produtivo que atualmente se encontra em profunda transformação.

O segmento das micro e pequenas empresas possuem atualmente a oportunidade de romper com a situação de atraso tecnológico e produtivo, bem como superar as condições de trabalho e remuneração que definem a classificação de países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Para as nações sem capacidade de avançar na internalização do novo paradigma técnico produtivo estão num estágio de estagnação produtiva e até de regressão sócio-econômico.

O Brasil hoje está em fase de desenvolvimento e para isso há necessidade de pessoas capacitadas para ter uma visão globalizada de micro e macroeconômica. É importante que a renda per capta tenha uma melhor distribuição. Para que isso aconteça, é indispensável a melhoria de alguns indicadores como a educação, saúde e trabalhadores economicamente ativos, diminuindo assim o número de trabalhadores informais.

Assim, o curso pode contribuir para a formação do conhecimento do profissional na área administrativa inserindo no processo educacional a disciplina Teoria Econômica a seus alunos.

15.2 ObjetivosGeralA disciplina Introdução a Economia tem como objetivo geral fornecer

subsídios para o aluno ter uma visão macroeconômica e microeconômica brasileira.

Específicos O aluno deverá:

• Entender as noções gerais de economia;• Obter conhecimentos básicos do sistema econômico;• Identificar a demanda e a oferta;• Verificar a elasticidade do preço, venda e receita total;

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• Compreender as mudanças que ocorrem na economia brasileira.

15.3 ConteúdosEMENTA: Conhecimentos gerais sobre os diversos aspectos que envolvem

a economia atual. Abordagem histórica da economia; definições e abordagens conceituais. Variável micro e macroeconômicas. O Brasil no mercado globalizado: contas nacionais, o papel do setor público, emprego e renda, política monetária, câmbio e balança de pagamentos, transferências, estabilização e crescimento. A dinâmica da dependência econômica e tecnológica. Déficits ambientais.

2º AnoIntrodução ao estudo da economia:

• Problemas básicos de um sistema econômico; • Necessidades do ser humano – Lei da Escassez; • Definição de economia; • Relação da economia com as demais ciências; • Dez princípios da economia;

Evolução do pensamento econômico: • A economia na antiguidade; • Mercantilismo; • Liberalismo econômico; • A escola fisiocrata; • A escola clássica; • Pensamento liberal e reações; • A teoria marginalista; • O Keinesyanismo;

Demanda: • Principais variáveis determinantes da demanda; • Deslocamento da curva e ao longo da curva de demanda;

Oferta: • Principais variáveis determinantes da oferta; • Deslocamento da curva e ao longo da curva de oferta; • Elasticidade: • Elasticidade-preço; • Elasticidade renda e receita total;• Economia Brasileira:• Desenvolvimento e dependência;• As contas nacionais e papel do setor público;• PIB e distribuição da riqueza;• O papel do mercado interno e da matriz de exportações;• O Brasil no mercado globalizado;• Crescimento e déficit ambiental.

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15.4 MetodologiaCada professor deverá, dentro de uma abordagem histórica, da resolução

de problemas, partindo sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos, traçar o caminho para levar os mesmos à compreensão do papel da administração da produção de materiais no contexto empresarial.

Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos processos que envolveram o ambiente de produção e materiais e a elaboração de estratégias para o desenvolvimento e implantação de orçamentos econômicos, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com as dificuldades e, a partir delas vai construindo seu saber para resolvê-las e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão.

Para conseguir esse objetivo, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c)expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que

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possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

15.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

15.6 BibliografiaARAÚJO, C.R.V. História do Pensamento Econômico: uma abordagem introdutória. São Paulo: Atlas, 1996.GIAMBIAGI, Fabio; ALËM, Cláudia Ana. Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1999.LACERDA, Antônio Corrêa de. O impacto da globalização na economia brasileira. São Paulo: Editora Contexto, 1998.LANZANA, Antônio Evaristo Teixeira. Economia Brasileira: fundamentos e atualidades. São Paulo: Atlas, 2001.ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2000.VASCONCELOS, Marco Antônio Sandoval & outros. Economia Brasileira Contemporânea: para cursos de economia e administração. São Paulo: Atlas, 1999.VASCONCELOS, Marco Antonio 5.ed. & GARCIA, Manuel E. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 1998.

16. Lingua Estrangeira Moderna – Inglês

16.1 Fundamentação TeóricaNos dias atuais o ensino de qualidade da língua estrangeira é uma

necessidade na escola, especialmente na Escola Pública, onde os alunos vêm de classes sociais e há necessidade de se preparar melhor para enfrentar a

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concorrência. A proliferação de cursos particulares, de escolas particulares, mostra a necessidade de mais atenção ao ensino de mais uma língua, ou seja, mais um instrumento de conhecimento e edificação do aluno como ser crítico, ser social e participativo nas decisões do mundo globalizado.

O objetivo de inclusão de uma língua estrangeira no currículo escolar, notadamente o inglês, passa por vários aspectos: primeiro, a função social da língua, que deve ancorar nos parâmetros sócio-interacionais da linguagem e da aprendizagem, bem como nos aspectos cognitivos.

É necessário o aluno aprender a ler em língua estrangeira, para que sejam atendidas as necessidades de sua educação formal e técnica objetivando tornar-lo agente transformador da realidade a sua volta. A habilidade da leitura não exclui a possibilidade do desenvolvimento escrito, oral e interdisciplinar de outros conhecimentos. Isso é motivado pelas exigências do mundo moderno e globalizado. O inglês como língua, tem relevância e hegemonia nas trocas internacionais, gerando implicações nos campos da cultura, da educação, da ciência, do trabalho, etc.

O inglês, especialmente exerce influência tanto na língua, como nas relações internacionais. Exemplo disso é que hoje o inglês é a língua mais usada no mundo dos negócios, e em alguns países, nas universidades, é universal a sua prática.

Visto por esse ângulo, o ensino de uma língua estrangeira há de ser fator de libertação, não de exclusão social. Deve abrir a porta para o conhecimento, desenvolvimento, mas não deve tolher a cidadania e o espírito crítico equilibrado do indivíduo como ser social, pensante e livre. Passa a assumir a função de veículos de comunicação, funcionando como meio de acesso ao conhecimento, as diferentes formas de pensar, criar, sentir, agir e de conceber a realidade.

Assim, é essencial um trabalho interdisciplinar, relacionado com contextos reais de forma que o processo de ensino-aprendizagem possa colocar em prática alguns princípios fundamentais que proporcionem condições para que o aluno tenha capacidade de compreender e produzir enunciados, bem como possibilitar que atinja um nível de competência que lhe permita ter acesso a informações de vários tipos, contribuindo para sua formação enquanto cidadão.

16.2 Objetivos GeralA língua inglesa como veículo de comunicação deve estar relacionada ao

contexto social. Assim, tem por objetivo, compreender e usar a língua estrangeira moderna como instrumento de acesso a informações e às outras culturas e grupos sociais. Proporcionar ao aluno uma aprendizagem significativa em práticas de leitura, escrita e oralidade, ampliando sua visão de mundo e tornando-o um sujeito mais crítico, além de incentivar a pesquisa e a reflexão em relação a sua cultura e a de outros povos.

EspecíficosO ensino da língua inglesa deve proporcionar ao aluno:

• Saber distinguir entre as variantes lingüísticas e escolher o vocabulário adequado à situação na qual se processa a comunicação;

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• Compreender em que medida os enunciados transmitem a forma de ser, de pensar, de agir e de sentir de quem os produz;

• Utilizar aspectos como coerência e coesão, na produção em Língua Estrangeira (oral e/ ou escrita).

• Dominar as estratégias verbais que entram em ação para compensar falhas na comunicação e para favorecer a efetiva comunicação e alcançar o efeito pretendido;

• Possuir domínio da competência sócio-lingüística, da competência discursiva e da competência estratégica;

• Ampliar a capacidade de análise para poder refletir sobre a própria cultura com maior profundidade, tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre a sua forma de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos enriquecendo a sua formação profissional e pessoal.

16.3 Conteúdos Os conteúdos estruturantes entendidos como saberes mais amplos da

disciplina poderão ser abordados através de atividades significativas em práticas de leitura, escrita e oralidade.

Essas atividades serão trabalhadas a partir de textos que circulam socialmente, organizados em sequências didáticas, as quais possibilitarão diversos tratamentos em sala de aula, como discussão de assuntos polêmicos que serão adequados à cada faixa etária e proporcionarão estudos de diferentes graus de complexidade da estrutura linguística. Os textos de diversos gêneros darão condições de trabalhar com a língua em situações de comunicação oral e escrita, favorecendo as relações e ações individuais e coletivas, abrangendo significados sociais historicamente construídos, refletindo sobre as diversidades lingüísticas e culturais.

Os conteúdos básicos para o ensino de língua estrangeira partem dos gêneros discursivos e seus elementos composicionais. A seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, deverá ser feita de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série.

Conteúdos Básicos dos Gêneros Discursivos e seus Elementos Composicionais. LEITURA 3º ano

• Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Marcadores do discurso; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos;

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• Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

4ºano• Marcas linguísticas;• Particularidades da língua, pontuação; • Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística. • Acentuação gráfica; • Ortografia.

ESCRITA 3º ano

• Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto; • Vozes verbais; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Léxico;

4º ano• Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica.

ORALIDADE 3º ano

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Pronúncia.• Vozes sociais presentes no texto; • Variações lingüísticas.

4º ano• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; • Adequação da fala ao contexto;

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• Pronúncia.

16.4 MetologiaPara que os objetivos propostos no ensino de língua estrangeira sejam

atingidos, o professor deverá levar em conta as questões de ordem estrutural, observando que as escolhas de atividades deverão estar de acordo com o número de alunos em sala de aula, tempo, materiais disponíveis e ambiente físico, coerentes com os objetivos e princípios delineados.

No ensino da língua estrangeira far-se-á necessário o desenvolvimento de atividades que estimulem a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, descobrir, interpretar situações, pensar de forma criativa, fazer suposições, interferências, propiciando ao aluno a ampliação da capacidade de abstrair elementos comuns à várias situações

Com o objetivo do uso efetivo da língua e a interação do aluno ao meio em que vive, as habilidades de ler, ouvir, falar e escrever, serão trabalhadas interligadamente.LEITURA É importante que o professor:

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

• Proporcione análises para estabelecer a referência textual; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e

outros; • Relacione o tema com o contexto atual;• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de

palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;

• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros.

ESCRITA É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;

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• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;

• Conduza à utilização adequada das partículas conectivas; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos; • Estimule produções em diferentes gêneros. Acompanhe a produção do

texto e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero;

• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;

• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADEÉ importante que o professor:

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

16.5 AvaliaçãoDevido ao caráter interativo da avaliação e sua relevância, enquanto forma

de rever a prática pedagógica, é necessário avaliar em vários momentos do processo de ensino e aprendizagem.

O esforço do aluno deve ser reconhecido através de ações como o fornecimento de “feedback” sobre seu desempenho e o entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem.

Desse modo, a avaliação dera contínua e de caráter formativo (formação de hábitos e atitudes), promovendo a interação professor – aluno e entre aluno e conteúdo, levando o aluno a perceber a língua não como estrangeira, mas como a língua de outras pessoas, a qual ele vai aprender a apreciar e dar sentido.

Nesta perspectiva são apresentados alguns critérios, ou seja, o que se espera que o aluno aprenda:

d)Quanto à compreensão escrita:•Demonstrar a compreensão geral de textos variados (com gravuras, tabelas, fotografias, desenhos e palavras cognatas);

•Extrair informações específicas do texto;•Reconhecer os elementos da organização textual por meio da qual a informação é apresentada;

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•Demonstrar consciência crítica em relação aos temas abordados no texto;

•Desenvolver conhecimento sistêmico de acordo com o nível exigido pelo texto.

e)Quanto á compreensão oral será levado em conta os mesmos aspectos da compreensão escrita, além do conhecimento de natureza fonético-fonológica.

f) Quanto à produção tanto oral como escrita:•Demonstrar adequação na produção oral e escrita, buscando significado nos aspectos: sintáticos, morfológico, léxico e fonológico;

•Mostrar conhecimento dos padrões internacionais em textos orais e escritos (específicos da língua estrangeira);

•Demonstrar conhecimento de que textos escritos têm diferentes visões da sociedade.

A avaliação será diagnóstica e contínua, utilizando-se como instrumentos, testes de aproveitamento orais e escritos, pesquisas, relatórios, observações espontâneas ou dirigidas, trabalhos, atividades em sala de aula e extra-classe.

Visando o desenvolvimento da habilidade e competência comunicativa o aluno será avaliado em todos os aspectos de sua aprendizagem.

Através de entrevistas, conversas informais e relatos pode revelar qual é a percepção da língua estrangeira do aluno, não só quanto à função social, a avaliação deve ser flexibilizada para que os tópicos a serem testados não precisem ser iguais para todos.

A participação do aluno no processo e sua auto-avaliação são importantes para que o mesmo possa acompanhar seus avanços no conhecimento de línguas estrangeiras.

16.6 ReferênciasBRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio: língua estrangeira. Brasília, DF: MEC/SEF, 1999.BAKTHIN, M. Os Gêneros do discurso. In: Bakthin, Mikhail. Estética da Criação Verbal. Trad. Pereira, M. E. G. G. São Paulo: Martins Fontes, 1992.BRONCKART, J. P. Atividades de linguagem, textos e discurso: por um interacionismo sóciodiscursivo. São Paulo: EDUC, 2004.CRISTÓVÃO, V. L. L. Desvendando Textos com o Interacionismo Sociodiscursivo. In:ANTONIO, J. D.; NAVARRO, P. (Orgs) . O texto como objeto de ensino, de descrição linguística e de análise textual e discursiva. Maringá : Eduem, 2009.DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão oral e escrita – elementos para reflexão de uma experiência suíça (francófona). In: SCHNEUWLY, B ; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004. p.41-70.______. Seqüências didáticas para o oral e escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B ; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 95-128.GIMENEZ, T.; JORDÃO, C. M.; ANDREOTTI, V. (org.). Perspectivas educacionais

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e ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.GIMENEZ, T. Competência intercultural na língua inglesa. Disponível em:<http://www.uel.br/cch/nap/artigos/artigo05.htm>. Acesso em: 03 abril de 2009.GREGOLIM, M. R. Formação discursiva, redes de memória e trajetos sociais de sentido: mídia e produção de identidades. In: BARONAS, R. L. (Org.). Análise do Discurso: apontamentos para uma história da noção-conceito de formação discursiva. São Carlos, SP: Pedro & João Editores, 2007.MARCUSCHI, L. A . Gêneros textuais emergentes e atividades lingüísticas no contexto da tecnologia digital. Conferência apresentada na 50ª Reunião do GEL –Grupo de Estudos Lingüísticos de São Paulo, maio de 2002. Texto publicado em CDROM.____________. L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna, Curitiba: SEED, 2006.ROCHA, C. H. O ensino de línguas para crianças: refletindo sobre princípios e práticas. In: ROCHA, C. H.; BASSO, E. A. (Orgs.). Ensinar e aprender língua estrangeira nas diferentes idades: reflexões para professores e formadores. São Carlos: Claraluz, p. 15-34.VYGOTSKY, L. A Construção do Pensamento e da Linguagem, Ed. MartinsFontes, 1989.

17. Lingua Portuguesa E Literatura

17.1 Fundamentação TeóricaTratando-se do curso de Ensino Médio Integrado, voltado para a área de

administração, a língua portuguesa prioriza a visão globalizada do aluno, o qual será preparado para o mundo de trabalho.

A linguagem será abordada como instrumento de interação, através do qual o aluno será capaz de ler com proficiência, produzir textos coerentes o que o capacitara a elaborar redações técnicas comerciais e oficiais.

17.2 Objetivos• Utilizar eficazmente a língua materna, buscando e aprimorando a

modalidade culta.• Valer-se das práticas de linguagens que privilegiam situações reais de

comunicação formal e informal.• Reconhecer e diferenciar diferentes tipologias textuais• Dominar corretamente a redação oficial• Dominar os recursos lingüísticos, incorporando-os a sua linguagem

cotidiana, seja nos textos escritos ou na comunicação oral.• Compreender o um universo da literatura como forma de identidade

nacional, fruto de uma evolução histórica e cultural que a humanidade sempre revi sita

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• Analisar obras literárias de época como fora de simbolizar as experiências humanas que se manifestam nas formas de sentir, pensar, e agir na vida social e na arte.

17.3 ConteúdosEMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de

uso. Práticas discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise lingüística.

1º AnoGramática

• Analise de texto• Níveis de linguagem• Funções da linguagem• Noções de fonologia• Estrutura e formação de palavras• Denotação e conotação (linguagem figurada)• Domínio da língua padrão (acentuação gráfica, ortografia, crase,

pontuação)• Classes de palavras

Literatura • Conceito de literatura• Linguagem literária• Gêneros literários• Trovadorismo • Humanismo• Classicismo • Quinhentismo

Redação• Narração• técnica de resumo (síntese e resenha)• relatório

2º AnoGramática

• Analise de textos• Classes de palavras• Ortografia (porquês, mal/mau,onde,aonde,emprego do x,ch,s,z,g, e j)• sinonímia • Domínio da língua padrão

Literaturas• Barroco• Arcadismo• Romantismo

Redação• Dissertação • Redação oficial (carta comercial, requerimento, memorando)• Resenha crítica

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3º AnoGramática

• Análise de textos • termos sintáticos• Período composto por coordenação e subordinação• Concordância verbal e nomeai• Emprego dos pronomes • Domínio da língua padrão

Literatura• Realismo/Naturalismo • Parnasianismo• Simbolismo• Pré –Modernismo

Redação• Dissertação• Redação oficial (oficio,procuração, curriculum vitae, contrato)

4º AnoGramática

• Análise de texto• Orações subordinadas reduzidas• Regência verbal e nominal• Uso d que e do se,• Domínio da língua padrão

Literatura• Modernismo• Pós-Modernismo• Produção contemporânea

Redação• Dissertação• Redação oficial (Ata, certidão, cadastro)

17.4 MetodologiaO trabalho será desenvolvido através de:•Trabalhos individuais e em grupo de pesquisas em analise e reflexão sobre a língua e a literatura

•Trabalhos individuais envolvendo a redação oficial•Aulas expositivas, filmes, oficinas, debates, leitura de jornais e revistas•Abordagem sistemática mediada pelo professor das estruturas lingüísticas dos textos estudados e produzidos pelos alunos, a fim de obter uma compreensão abrangente da língua padrão.

•Outros métodos e técnicas que possam garantir a efetividade do uso da língua nas diversas situações de comunicação.

17.5 Avaliação A avaliação de língua portuguesa será diagnostica, continua e cumulativa,

servindo de instrumento ao professor para revisão de sua pratica, bem como

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para o aluno, a fim de que este possa ter uma visão de seus avanços, constituindo-se numa etapa essencial do processo ensino-aprendizagem.

É necessário que a avaliação seja uma pratica reflexiva possibilitando ao aluno, a reflexão, tanto sobre conhecimentos adquiridos quanto sobre os processos de aquisição dos mesmos, apropriando-se, o aluno, de novos conceitos.

O processo avaliativo pressupõe uma clara articulação entre objetivos práticos metodológicos e instrumentos, articulação que deve estar clara não só para o docente, mas também para o conjunto da turma, lembrando que uma das metas da ação pedagógica é viabilizar a autonomia de quem aprende, garantida, entre outros fatores, pela interiorização de parâmetros de monitoração das próprias ações.

Por fim, não podemos esquecer de que as atividades avaliativas nunca se esgotam em si mesmas, tendo de ser vistas como uma oportunidade de reflexão sobre o próprio processo de ensino e seus resultados, devendo subsidiar o professor para eventuais ajustes na programação e no encaminhamento pedagógico de certo tema ou certa prática.

17.6 BibliografiaBAGNO, Marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004._______. Preconceito Linguístico. São Paulo: Loyola, 2003.BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004______. Aula. São Paulo: Cultrix, 1989BASTOS, Neusa Barbosa; CASAGRANDE, Nancy dos Santos. Ensino de Língua Portuguesa e políticas linguísticas: séculos XVI e XVII. In BASTOS, Neusa Barbosa(org). Língua Portuguesa – uma visão em mosaico. São Paulo: Educ, 2002.BECHARA, Ivanildo. Ensino de Gramática. Opressão? Liberdade? São Paulo:Ática,1991BRAGGIO, Sílvia L. B. Leitura e alfabetização: da concepção mecanicista à sociopsicolinguística. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1992.CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão (orgs). Diálogos com Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. In: Em Aberto, n.54, p.26-33, 1992.FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.____________. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003._______. Linguagem & diálogo as ideias linguísticas de Bakhtin. Curitiba: Criar, 2003FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Linguística textual: uma introdução. São Paulo: Cortez, 1988.GARCIA, Wladimir Antônio da Costa. A Semiologia Literária e o Ensino. Texto inédito (prelo).GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W. (org.). O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.

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________. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: _____, João W.(org.). O texto na sala de aula. 2ªed. São Paulo: Ática, 1997._____. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ªed. Campinas, SP: Pontes, 2000.KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3ªed. São Paulo: Contexto, 1990._____. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1995.KRAMER . Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3ªed. São Paulo: Ática, 2000.LAJOLO, Marisa. Leitura e escrita com o experiência – notas sobre seu papel na formação In: ZACCUR, E. (org.). A magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP&A: SEPE,1999.LAJOLO, Marisa O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez,2001

18. Marketing

18.1 Fundamentação TeóricaClaramente, as economias nacionais estão passando por transformações

rápidas e freqüentemente violentas. Uma é a globalização, crescimento explosivo do comércio global e da competição internacional. Nenhum país hoje, pode permanecer isolado da economia mundial. Se fechar seus mercados à concorrência estrangeira, seus cidadãos pagarão muito mais por bens de qualidade inferior. Mas se abrirem seus mercados, enfrentarão concorrência severa e muitas empresas locais sofrerão.

A outra força é a mudança tecnológica. Estas duas últimas décadas têm testemunhado avanços notáveis na disponibilidade de informações e na velocidade das comunicações; em novos materiais; na bioenergética e medicamentos; em maravilhas eletrônicas. Alguns historiadores argumentam que a maioria das mudanças históricas está orientada para a tecnologia.

Paradoxalmente, a globalização e os avanços tecnológicos abrem muitas novas oportunidades embora ameacem o “status quo”. É verdade que velhas empresas morrem e novas aparecem. Opera-se em um mercado darwiniano onde os princípios de seleção natural levam à sobrevivência das mais capacitadas. O sucesso de mercado é conquistado pelas empresas mais ajustadas aos imperativos ambientais atuais: aquelas que podem entregar o que as pessoas estão dispostas a comprar. Assim, todos estão empenhados em descobrir como podem produzir os bens e serviços que outros estão dispostos a adquirir.

A nossa era está testemunhando também outras mudanças: o poder de fabricantes para varejistas gigantes; um rápido crescimento e aceitação de marcas de loja; novas formas de varejo; aumento da sensibilidade a preço e valor por parte do consumidor; diminuição do papel do marketing e da propaganda de massa e uma grande erosão da lealdade de marca. Essas mudanças estão levando as empresas a um estado de confusão em relação à

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estratégia. Para proteger seus lucros, elas têm reagido, cortando seus custos, fazendo reengenharia de seus processos e reduzindo a força de trabalho. Todavia, mesmo as empresas que conseguem reduzir seus custos têm tido dificuldades para aumentar seus faturamentos se lhes faltarem visão e conhecimento sobre marketing.

O trabalho do Marketing é analisar o mercado, identificar oportunidades, formular estratégias, desenvolver táticas e ações específicas, propor orçamento e estabelecer um conjunto de controles. É também responsável em impulsionar toda a empresa para ser orientada para o consumidor e para o mercado, assim como deve trabalhar para assegurar-se que o restante da empresa atenda às expectativas dos consumidores e suas próprias promessas.

É importante que a escola não fique ao lado desse processo e contribua na formação do conhecimento do profissional em administração, fornecendo condições para que seus alunos não fiquem marginalizados pelo mercado de trabalho. Nesse contexto é preciso compreender as mudanças que estão ocorrendo no mercado em todos os setores produtivos e analisar como o ensino deve evoluir para acompanhar estas transformações, incluindo na sua grade curricular a disciplina de Administração de Marketing e Vendas.

18.2 Objetivos GeralA disciplina Administração de Marketing e Vendas tem como objetivo geral

fornecer conhecimentos necessários para o aluno que atua profissionalmente na área administrativa de marketing e vendas. Pretende:

• Oferecer ao aluno fundamentos para compreender o conceito e ambiente em Marketing;

• Conhecer o processo de decisão em compras como também as técnicas de vendas;

• Identificar as formas de elaborar o plano promocional e de marketing;

• Relacionar e entender o comportamento do consumidor.Específicos

• Entender os conceitos e o ambiente de marketing;• Identificar o mercado consumidor e suas exigências;• Desenvolver a capacidade de raciocínio para interpretar o sistema de

informação de marketing;• Identificar os produtos e marcas;• Fazer observações sistemáticas de aspectos administrativos, sobre o

marketing de relacionamento e as técnicas de vendas estabelecendo inter-relações entre eles;

• Entender o processo de decisão de compra do seu cliente;• Identificar a relação entre o atendimento e o relacionamento com o

cliente;• Resolver situações problemas, sabendo validar estratégias e apresentar

resultados;• Identificar e compreender o comportamento do consumidor;• Articular o conhecimento administrativo numa perspectiva interdisciplinar;

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• Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções;

• Interagir com seus pares de forma cooperativa;• Trabalhar coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

18.3 ConteúdosEMENTA: Conceitos e fundamentos do Marketing. O conhecimento do

mercado. O Marketing na integração das estratégias empresariais. O comportamento do consumidor, ambiente concorrencial, ferramentas fundamentais do Marketing.4°AnoConceito de marketing:

• O que é marketing;• História do marketing;• Os 4 P's (produto, preço, promoção, praça).

Ferramentas do marketing:• Merchandising;• Marketing direto;• E-commerce;• Pós vendas;

Análise de comportamento de mercado:• Definição de consumidor;• Segmentação de mercado;• Processo de decisão de compra;• Definição de necessidades, desejos e satisdfação;

Produtos, Marcxas e embalagens:• Definição de produto;• Ciclo de vida dos produtos;• Conceito de marcas;• Conceito de embalagens;

Vendas:• Análise de concorrência;• Atendimento;• Comunicação (saber usar uma linguagem com o consumidor);

Sistema Integrado de marketing:• Pesquisa de mercado;• Tabulação de dados;• Aplicação da pequisa;

18.4 MetodologiaCada professor deverá, dentro de uma abordagem histórica, da resolução

de problemas, partindo sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos, traçar o caminho para levar os mesmos à compreensão do papel do marketing no contexto empresarial.

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Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos processos que envolveram o ambiente de marketing e a elaboração de estratégias para o aumento das vendas na conjuntura sócio-econômica, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com os problemas e, a partir deles vai construindo seu saber para resolvê-los e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para conseguir esse objetivo, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c)expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo de o professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

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18.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

18.6 BibliografiaBENNETT, P. D. O Comportamento do Consumidor. São Paulo: Atlas, 1995.COBRA, Marcos. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas, 2000.GRACIOSO, Francisco. Marketing: o sucesso em 5 movimentos. São Paulo: Atlas, 1998.GRACIOSO, Francisco. Marketing Estratégico. São Paulo: Atlas, 2001.GRUENWALD, G. Como Desenvolver e Lançar um Produto Novo no Mercado. São Paulo: Makron Books, 1994.KOTLER,Philip. Administração de Marketing, São Paulo: Atlas, 2000.LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: Conceito, exercícios, casos. 4. Ed.. São Paulo: Atlas, 1997.

19. Matemática

19.1 Fundamentação TeóricaO ensino de matemática está presente desde o início da escolaridade e por

todo o ensino básico. Quando verificamos, porém, os resultados das avaliações externas e o interesse que os alunos têm nessa disciplina, nos surpreenderam com um quadro diverso e, muitas vezes, assustador. Percebemos quando lançamos um olhar para dentro da escola, que a Matemática é caracterizada como uma disciplina difícil para os alunos. Muitos são os motivos que traduzem o quadro atual da disciplina de Matemática, inclusive o entendimento de que essa disciplina vem a ser uma teorização descolada da realidade.

A Matemática é geralmente considerada como uma ciência à parte, desligada da realidade, vivendo a penumbra do gabinete, um gabinete fechado, onde não entram ruídos do mundo exterior, nem o sol nem clamores dos homens. Isto, só em parte é verdadeiro.

O ensino da Matemática vive hoje, um paradoxo. Ao mesmo tempo em que a sociedade pleiteia e justifica a sua presença de uma forma marcante nos currículos escolares – justificativa esta fundada na crença de que é uma área do

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conhecimento essencial para o desenvolvimento atual da ciência e da tecnologia – percebe-se que a maioria dos conteúdos ensinados é considerada desinteressante e inútil, por não estar vinculado diretamente à realidade social. Isso significa que muito pouco do que se ensina e se aprende em sala de aula é, de fato, utilizado ou aplicado pelo aluno no seu dia-a-dia. E, também, frente ao avanço tecnológico, principalmente voltado à área da informática, as atividades propostas em sala de aula tornam-se, a cada dia que passa, menos atrativas e interessantes.

A seleção de conteúdos é um ponto polêmico na organização curricular. No caso específico do ensino de Matemática, a polêmica ganha intensidade, na medida em que as diferentes concepções de Matemática buscam espaço nesta construção. Nesse sentido, a história da disciplina é importante para que se conheça a constituição – também histórica – desses conteúdos e tendências.

Nessa concepção valorizam-se as distintas maneiras de manifestação do conhecimento matemático, ou seja, quantidades, medidas, formas e operações manifestam-se em modos peculiares de produzir um raciocínio e uma lógica matemática, devendo-se privilegiar situações ligadas ao meio cultural ao qual pertence o estudante.

Uma prática de ensino de matemática, numa perspectiva crítica, articula o conhecimento matemático com as outras áreas, contribuindo na solução de problemas presentes no meio sócio, político, econômico e histórico.

No ensino da Matemática, a abordagem experienciada pelo valor formativo possibilita ao estudante criar, no seu imaginário, uma heurística que, por meio do manejo de hipóteses, orienta a busca de soluções para as situações-problema. Uma abordagem que leva em consideração o valor estético possibilita, por meio da geometria, intervir na mudança do espaço onde o estudante circula e vive, resultado do espírito inventivo do ser humano que faz a pessoa perceber a beleza através da apreciação, sensibilidade e, por conseguinte, de estados emocionais diversos.

É fundamental, portanto, considerar a investigação matemática fundamentada na prática docente, ou seja, o estudante usando etapas do método científico, quais sejam: a observação, a exploração, a formulação de conjecturas, a pesquisa teórica, a confirmação das conjecturas e, finalmente, a validação ou refutação das conjecturas.

19.2 Objetivos Gerais

• Educadores preocupados com o ensino e aprendizagem da Matemática têm manifestado uma necessidade de um olhar mais crítico sobre as condições em que a aprendizagem da Matemática se processa. Essas preocupações são voltadas sobretudo à modificações de objetivos, de idéias e até de métodos. Algumas alterações são sugeridas mundialmente.

• O professor deve permitir que os alunos interajam muito mais com os outros, que aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Mas simultaneamente deve haver lugar para uma exploração individual quando tal sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

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• A Educação Matemática em especial não destina a formar matemáticos, mas sim pessoas que possuam uma cultura matemática que lhes permita aplicar a Matemática nas suas atividades e na sua vida diária O professor deve saber propor a execução de projetos de trabalho que utilizem conceitos matemáticos, ou saber agarrar as idéias que os alunos proponham.

• A história do desenvolvimento dos conhecimentos matemáticos é feita de hesitações, incompreensões, indecisões, intuições geniais, que conduziram à resolução de problemas mais e mais complexos. É essa dimensão da Matemática que propomos seja transportada para a sala de aula. Essas alterações sugeridas estão ligadas, de certa forma, à necessidade de modificar um estado de coisas em que se encontra o ensino e a aprendizagem da Matemática. Acreditamos na existência de diversas outras preocupações que devem ser levantadas e discutidas de forma ampla por nós, professores de Matemática.

Específicos:Assim, dentro de nossa proposta para o Ensino Médio Integrado,

diretamente influenciada por estudos desenvolvidos em Educação Matemática, desejamos que o aluno possa, entre outros possíveis objetivos:

• Ler, interpretar e até produzir textos relacionados à Matemática. Incluímos aqui a valorização da História da Matemática e sua evolução;

• Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos, diagramas presentes em veículos de comunicação. É a análise crítica e a valorização de informações de diferentes origens;

• Utilizar de forma adequada e investigava os recursos tecnológicos, como a calculadora e o computador. Incluímos aqui a utilização correta de instrumentos de medidas;

• Compreender e aplicar os conceitos, procedimentos e conhecimentos matemáticos em situações diversas. Isso permitirá o desenvolvimento necessário para uma formação científica geral, auxiliando na interpretação da ciência;

• Desenvolver estratégias de resolução de problemas, o que permitirá uma melhor compreensão de conceitos matemáticos, além de desenvolver as capacidades de raciocínio;

• Observar e estabelecer as conexões existentes entre diferentes tópicos da Matemática e conhecimentos aplicados em outras áreas. Para tanto é necessário observar diferentes representações de um mesmo conceito;

• Compreender e utilizar a precisão da linguagem e as demonstrações matemáticas. Incluímos nesse objetivo a utilização de raciocínios dedutivos e indutivos, que permitirá a validação de conjecturas, além da compreensão de fatos conhecidos e sistematizados pôr meio de propriedades e relações;

• Desenvolver e aplicar conhecimentos matemáticos em situações presentes no real. È a capacidade de utilizar a Matemática não apenas na interpretação do real, como também, quando necessário, como forma de intervenção.

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Não acreditamos que tudo o que foi apontado acima represente de maneira indiscutível todos os objetivos da Matemática ao longo do Ensino Médio Integrado. Além disso, não temos a presunção de que possam ser totalmente alcançados. Entendemos que representam, antes de mais nada, pontos para a nossa reflexão que merecem se amplamente discutidos por todos os envolvidos no ensino e aprendizagem da Matemática.

19.3 ConteúdosEMENTA: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento de

Informação, e as relações existentes entre os campos de estudo da disciplina de Matemática.

Há um consenso a fim de que os currículos de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio Integrado devam contemplar o estudo dos números e das operações ( no campo da Aritmética e da Álgebra) o estudo do espaço e das formas ( no campo da Geometria) e o estudo das grandezas e das medidas (que permite interligações entre campos da Aritmética, da Álgebra e da Geometria e de outros campo do conhecimento).

Um olhar mais atento para nossa sociedade mostra a necessidade de acrescentar a esses conteúdos àqueles que permitam ao cidadão “tratar” as informações que recebe quotidianamente, aprendendo a lidar com dados estatísticos, tabelas e gráficos, a racionalizar utilizando idéias relativas à probabilidade e à combinatória.

A seleção de conteúdos a serem trabalhados pode-se dar numa perspectiva mais ampla, ao procurar identificá-los como formas de saberes culturais cuja assimilação é essencial para que produza novos conhecimentos. Dessa forma, pode-se considerar que os conteúdos envolvem explicações, formas de raciocínio, linguagens, valores, sentimentos, interesses e condutas.

Assim os conteúdos aqui especificados estão dimensionados não só em conceitos, mas também em procedimentos e atitudes.

Os conteúdos selecionados aparecem organizados em blocos, que serão apresentados a seguir:1º AnoTeoria dos Conjuntos

• Conceitos e operações de união, intersecção e subtração.• Conjuntos numéricos.• Intervalos.

Relações e Funções• Plano Cartesiano• Par ordenado.• Definição de função.• Determinação do domínio, imagem e contra domínio.• Função sobrejetora, injetora e bijetora.• Função par e ímpar.• Funções crescentes e decrescentes.• Função composta.• Função inversa.

Função Polinomial do 1º. GRAU.

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• Conceito e gráfico• Raiz da função do 1º grau.• Sinal da função do 1º grau.• Inequação do 1º grau.• Sistemas de inequações do 1º grau.• Inequações produto e inequações quociente.

Função Polinomial do 2º GRAU (Função Quadrática).• Conceito e gráfico• Raiz da função quadrática.• Vértice da parábola ( ponto de máximo e mínimo).• Sinal da função quadrática.• Inequação do 2º grau.• Sistemas de inequações do 2º grau.• Inequações produto e quociente.

Função Exponencial• Propriedades da potenciação.• Equação exponencial.• Conceito e gráfico da função exponencial.• Inequação exponencial.

Função Logarítimica• Definição dos logaritmos.• Condição de existência dos logaritmos.• Equações logarítmicas.• Propriedades operacionais.• Gráfico da função logarítmica.• Inequações logarítmicas.• Logaritmos decimais.

Progressão Aritmética (P.A)• Seqüências.• Definição de P.A.• Termo geral de uma P.A.• Interpolação aritmética• Propriedades de uma P.A.• Soma dos termos de uma P.A.

Progressão Geométrica (P.G).• Definição de P.G.• Classificação de uma P.G.• Termo geral de uma P.G.• Interpolação geométrica.• Propriedades de uma P.G.• Soma dos termos de uma P.G. finita.• Soma dos termos de uma P.G. infinita.

2º AnoTrigonometria

• Trigonometria no triângulo retângulo.

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• Relações métricas• Razões trigonométricas (sen. cos e tg).• Trigonometria no círculo trigonométrico.• Arcos e ângulos.• Circulo trigonométrico• Funções trigonométricas (sen. Cos e tg).• Relação fundamental.• Relações derivada• Expressões trigonométricas.• Identidade trigonométrica.• Equações trigonométricas.• Resolução de triangulo qualquer.

Matrizes• Conceito geral.• Tipos de matrizes.• Igualdade de matrizes.• Operações com matrizes.• Inverção de matrizes.

Determinantes• Determinantes de ordem n.• Resolução de determinante pela regra de Sarrus.• Resolução de determinante pelo teorema de Laplace.• Propriedades dos determinantes.

Sistemas Lineares• Sistema linear.• Sistema linear equivalente.• Regra de Cramer.• Resolução do sistema por escalonamento.• Classificação dos sistemas lineares.• Discussão de um sistema linear.

Análise Combinatória• Cálculo fatorial.• Princípio fundamental da contagem.• Arranjos simples.• Combinações simples.• Permutações simples.• Permutações com elementos repetidos.

Binômio de Newton• Números binomiais.• Triângulo de Pascal.• Fórmula do binômio de Newton• Fórmula do termo geral.

Probabilidade• Espaço amostral.• Probabilidade de um evento.

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• Probabilidade da união de dois eventos.• Probabilidade de um evento complementar.• Experimentos não equiprováveis.• Multiplicação de probabilidades

3º AnoGeometria Plana

• Teorema de Tales.• Semelhança de triângulos.• Teorema de Pitágoras.• Polígonos regulares inscritos e circunscritos na• Circunferência. • Circunferência.• Área das figuras geométricas planas.

Geometria Espacial• Poliedros.• Relação de Euler.• Estudo do cubo.• Estudo do paralelepípedo retângulo.• Estudo do prisma.• Estudo da pirâmide.• Estudo do cilindro.• Estudo do cone.• Estudo da esfera.

Geometria Analítica• Distância entre dois pontos.• Ponto médio.• Pontos colineares.• Equação da reta.• Equação da circunferência.

Números Complexos• Forma algébrica.• Operações.• Potências de i• Módulo e argumento

Polinômios• Grau de um polinômio.• Polinômios idênticos e identicamente nulos.• Valor numérico.• operações.• Teorema do resto.• Teorema de D’Alembert.

4º AnoMatemática Financeira

• Conceitos e convenções de fluxo de caixa.• Porcentagem e regra de três.

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• Séries postecipadas e antecipadas.• Esquema padrão de uma calculadora financeira.• Capitalização simples ( juros e descontos – por fora e por dentro).• Capitalização composta ( juros e descontospor dentro e por fora).• Cálculos de taxas.• Depreciação.

Estatística Aplicada• Conceito de estatística.• Arredondamento de números.• Propriedades da somatória.• Variável discreta e contínua.• População e amostra.• Técnicas de amostragem: amostragem causal simples, sistemática e

estratificada.• Tendencidade da amostra.• Séries estatísticas.• Distribuição de freqüências: dados brutos, rol, tabela de freqüências,

elementos de uma distribuição de freqüências, tipos de freqüência• Apresentação gráfica: histograma e outros gráficos.• Medidas de tendência central: média, mediana, moda, quartis, decis e

centis.• Medidas de dispersão: Variância, desvio padrão, coeficiente de variação.• Probabilidade.• Noções de correlação e regressão.• Utilização de calculadoras e computadores na Estatística Aplicada.• Aplicação da Estatística a Administração.

19.4 Metodologia O ensino da Matemática deve estar pautado nos princípios básicos que

nortearão o trabalho do professor ou seja: partir da realidade do educando; considerar as diferentes formas de apreensão e compreensão dos conteúdos; e ter clareza dos significados práticos dos conteúdos, isto é, sua aplicabilidade.

A construção de um conceito matemático deve ser iniciada através de situações reais que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto, a partir desse saber é que o professor promoverá a difusão do conhecimento matemático já organizado.

Os exercícios de memorização não deverão ser totalmente descartados. Entretanto, devem ser considerados como elementos de afirmação dos conteúdos que objetivam a libertação de procedimentos, não devendo portanto serem considerados como processo de construção de conhecimento. Outro dado importante para o ensino de matemática são os conteúdos que pressupõem um caráter social e uma relação entre o conhecimento historicamente produzido e a lógica de sua elaboração, enquanto fatores intimamente ligados. Assim sendo, considera-se que o conhecimento matemático seja visto em sua totalidade e seu ensino seja desenvolvido em conjunto, articulando as questões aos números e à geometria, e o papel que as

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medidas desempenham aí permitir uma maior aproximação entre esta disciplina e a realidade.

No Ensino Médio o ensino da matemática utilizar-se-á de conceitos, procedimentos e instrumentos tecnológicos disponíveis para a comunicação e a argumentação sobre suas conjecturas, usando os métodos dedutivos, indutivos, analogias, estimativas, etc.

As resoluções estabelecidas em sala de aula pela tríade aluno-professor-saber, precisam ser mais harmoniosas possíveis para que o conhecimento ocorra sem traumas e sempre alicerçado em praticas voltadas para o cotidiano e em entrelaçamento com outras áreas do conhecimento. Nesse ambiente os alunos irão explorar, desenvolver, comparar, discutir e aplicar conceitos estudados, sempre de forma crítica, na resolução de problemas de seu cotidiano.

19.5 AvaliaçãoA avaliação dos alunos serve a diferentes propósitos, relacionados ou não

entre si. Entre esses propósitos, podem-se destacar o de fornecer informação a diversos interessados no processo de ensino e aprendizagem e o de construir uma base para decisões e medidas a tomar.

Os resultados da avaliação dos alunos destinam-se, em primeiro lugar, a informar os próprios alunos e os pais sobre seu desenvolvimento nos deferentes domínios da aprendizagem. Além disso, fornecem dados ao professor para ajudar a avaliar seu próprio modo de ensinar. Esse papel informativo pode auxiliar na tomada de decisões, envolvendo eventualmente modificações ou ajustes no modo de estudar dos alunos ou de o professor organizarem o ensino.

O uso de termos distintos evidencia deferentes propósitos da avaliação durante o processo de ensino e aprendizagem. Assim, a avaliação pode ter um caráter diagnóstico ao analisar o domínio conceitual e procedimental que os alunos tem em relação a determinado conteúdo matemático que o professor irá trabalhar. Em outros momentos, pode adquirir um enfoque mais formativo, objetivando situar os alunos e o próprio professor sobre o nível de aprendizagem do conhecimento matemático, permitindo-lhes introduzir as correções necessárias e ou redirecionar suas estratégias de ensino e estudo.

Porém, as decisões e medidas tomadas com base nos resultados da avaliação dos alunos projetam-se para além do planejamento ou dos ajustes de natureza pedagógica que se fazem para a prática da sala de aula, pois expressam a adequação ou não de os alunos cursarem a série ou o ciclo seguinte. Dessa forma, a avaliação tem ao mesmo tempo uma função pedagógica e uma função de controle e pressão sobre os alunos, os professores e a escola. Embora variando muito com os níveis de escolaridade, essa segunda função exerce grande influência em todos os aspectos do processo educativo, sendo particularmente visível quando existe um sistema de avaliação externo à escola e de peso considerável, como os exames vestibulares, por exemplo, nos quais há a possibilidade de o aluno não ser aprovado e ou não ser admitido em estudos superiores. Claro que o professor não pode ignorar o tipo de avaliação externa a que os seus alunos estarão sujeitos nem as expectativas dominantes no meio em que exerce a sua atividade. Mas pode trabalhar para conceber e

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utilizar igualmente formas alternativas de avaliação que prestem justiça a uma variedade de objetivos do currículo e que se enquadrem em uma lógica de desenvolvimento integral desse currículo.

Essa consideração requer que o professor tenha uma concepção de avaliação em consonância com a evolução mais geral do pensamento educativo e, em seguida, repense as funções da avaliação e os princípios em que se pode basear a escolha de novos modos e instrumentos avaliatórios.

A avaliação pode ter, ainda, caráter mediador, permitindo aos alunos muitas ocasiões para expressar suas idéias. Nessas ocasiões, as atividades propostas tornam-se, para o professor, elementos essenciais na observação das hipóteses construídas pelos alunos ao longo do processo de aprendizagem. Por meio dessas hipóteses, podemos debruçar-nos sobre a produção de conhecimento dos alunos para compreender em que momento de assimilação do conceito eles se encontram e qual a dimensão do seu entendimento.

Dessa forma, torna-se necessário diversificar as propostas de atividades de ensino previstas pelo professor para as aulas. É preciso Ter clareza sobre o que se pretende investigar ou observar, garantindo o envolvimento dos alunos no seu próprio processo de aprendizado. Se houver valorização efetiva da produção dos estudantes, partindo-se de suas idéias ou dificuldades para o planejamento de novas ações docentes, eles poderão perceber-se como co-responsáveis por seu aprendizado.

Outro ponto importante é a socialização das idéias e soluções para as atividades propostas, possibilitando a discussão entre os alunos sobre as diferentes estratégias de solução. A interação é essencial para o desenvolvimento do conhecimento lógico-matemático. Os alunos, ao discutir entre si, não estão submetidos a uma relação de autoridade, como pode acontecer no trato com o professor. Eles discutem, buscam argumentos convincentes na defesa de seus pontos de vista, estabelecem relações entre idéias, compreendendo e sistematizando mais rapidamente os conceitos matemáticos.

Também é preciso estabelecer como princípio a realização de várias atividades individuais, curtas e sucessivas, investigando teoricamente e procurando entender o porquê das respostas apresentadas. A observação individual do aluno é fundamental para situarmos o momento de cada um no processo de aprendizado, o que exige uma relação direta com ele, com base na realização e na interpretação de diferentes propostas de trabalho, seja oral ou escrito.

A perspectiva interpretativa da avaliação leva-nos a encará-la como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem. Ensino e avaliação devem ser vistos como dois componentes de um mesmo sistema e não como sistemas separados. Isso não significa que não possa ou não deva haver momentos ou trabalhos especialmente importantes em termos de avaliação, mas implica que os momentos de avaliação sejam capazes, ao mesmo tempo, de gerar novas oportunidades para aprender e de construir fontes de informação essenciais tanto para o professor como para os alunos.

O processo de avaliação deve fornecer dados significativos a respeito das habilidades, competências, preferências e dificuldades de cada aluno que ajudem o professor a compreendê-lo como “aluno de Matemática”. Em

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Matemática, como em qualquer campo, o conhecimento consiste em informação e em saber como fazer. O saber como fazer em Matemática, que conduz ao poder matemático, ou seja, dominar as estruturas matemáticas requer a capacidade de usar a informação para raciocinar e pensar criativamente e para formular e resolver problemas e refletir criticamente sobre eles.

A avaliação do poder matemático dos alunos extrapola a medição da quantidade de informação que eles dominam, devendo incluir o alcance da sua capacidade e disposição para utilizar, aplicar e comunicar essa informação. A avaliação deve analisar até que ponto os alunos integram e dão sentido à informação, se conseguem aplicá-la em situações que requeiram raciocínio e pensamento criativo e se são capazes de utilizar a Matemática para comunicar informações.

Uma avaliação da capacidade matemática dos alunos tem um alcance amplo, devendo incluir todos os aspectos citados e determinar até que ponto eles se encontram integrados. Embora um dado aspecto do conhecimento matemático possa ser mais salientado do que outro em uma determinada avaliação, deve ficar claro que o domínio matemático compreende todos os aspectos do conhecimento matemático e a sua integração.

Os instrumentos a serem utilizados para avaliar o desenvolvimento e a aquisição do conhecimento matemático pelos estudantes devem ser diversificados e aplicados em várias etapas do processo de ensino e aprendizagem para que professor e alunos possam detectar possíveis dificuldades.

As observações registradas pelo professor durante as aulas são essenciais para a percepção do desempenho dos alunos. As atividades de auto-avaliação permitem aos estudantes reconhecer dificuldades e estabelecer estratégias de estudo para superá-las, proporcionando-lhes maior autonomia de aprendizado e valorização de seus sucessos escolares. As provas escritas possibilitam que se defrontem com situações de utilização do conhecimento já sistematizado condicionada ao tempo estipulado.

As atividades de avaliação devem ser desafios ao raciocínio dos alunos, momentos nos quais eles deparam com enunciados diferenciados e complexos. Podem ser individuais, em duplas ou grupos maiores, com ou sem consulta, escritas e/ou orais. Elas podem abordar conteúdos cumulativos ou conteúdos estanques, possibilitando a vivência de situações que objetivam a organização dos conceitos estudados ou sua aplicação em situações mais elaboradas.

19.6 BibliografiaABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação matemática. Rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM, 1994.BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da formação Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001.BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.BICUDO, M. A. V.; BORDA, M. C. (Orgs.) Educação matemática pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

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BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004. p.13-29._____. Prefácio do livro Educação Matemática: representação e construção em geometria. In: FAINGUELERNT, E. Educação Matemática: representação e construção em geometria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. 4.ed. Lisboa: Gradiva, 2002.COURANT, R. ; ROBBINS, H. O que é matemática? Uma abordagem elementar de métodos e conceitos. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2000.DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.D’ AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio Claro, n. 2, ano II, p. 15 – 19, mar. 1989.D’AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo: Scipione, 1988.D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática arte ou técnica de explicar e conhecer.São Paulo: Ática, 1998.D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

20. Noções de Direito e Legislação Social do Trabalho

20.1 Fundamentação TeóricaO direito é da área humana que surgiu num processo histórico com o

desenvolvimento do homem em sociedade. Desde sua origem na Terra e na medida em que a população crescia, as relações sociais tornaram-se inerentes e as leis, mesmo que costumeiras jorravam naturalmente para auxiliá-los na convivência.

Assim, gradativamente foram surgindo várias formas de disciplina, tornando-se leis que reagiam no processo de evolução social. No estudo da história, ao longo dos séculos, tem revelado que o homem nunca procurou ficar completamente isolado dos seus semelhantes para viver e sobreviver. Em outras palavras, o homem nunca adotou a solidão como forma habitual de vida, demonstrando, com isso, que a sociabilidade é característica fundamental de nossa espécie. De fato, se não fosse a sociabilidade, gerando a união entre os grupos humanos, talvez nossa espécie não conseguisse superar os perigos e dificuldades da primitiva vida selvagem.

O homem, como já observou o filósofo Aristóteles, é um ser eminentemente social. E, por viver em sociedade, a ação de um homem, provocando, conseqüentemente, a reação dos seus semelhantes. Para que essa interferência de condutas humanas tivesse um sentido construtivo e não destrutivo, foi necessária a criação de regras capazes de preservar a paz e o convívio social. Foi assim que nasceu o Direito, da necessidade de estabelecer um conjunto de regras que dessem uma certa ordem à vida em sociedade, pois

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nenhuma sociedade poderia subsistir sem um mínimo de ordem, de direção e solidariedade. Por isso, é muito correto o antigo provérbio romano: “ubi societas, ibi jus” – “ onde há sociedade, existe o direito”. E de tal maneira o direito está ligado à vida social, que o inverso desse provérbio também é verdadeiro: “ Onde está o direito, aí está a sociedade!”

Hoje, o direito á a fonte inspiradora de toda organização social, sendo assim, os conhecimentos mesmo que superficiais dos diferentes ramos do direito devem ser transmitidos para as gerações posteriores como base intelectual e tomada de decisões e soluções dos problemas sociais. Esses conhecimentos são considerados ferramentas para todas as transformações intelectuais. Tem-se o direito como fruto de um processo que deve ser visto como algo que não está pronto mas sim, inacabado.

O direito acompanha os processos de mudanças e oferece formação adequada as novas necessidades humanas contribuindo assim, para diminuir as diferenças e desigualdades sociais. Hoje há a necessidade de um trabalho conjunto onde os conhecimentos são reconhecidos como necessários com uma visão da totalidade e interdependência. Nosso objetivo como educadores na disciplina de direito aplicado é orientar os educandos na busca seletiva na compreensão e no julgamento de todas as informações a que tem acesso diariamente, buscando incansavelmente a justiça social. È formar um cidadão crítico capaz de enfrentar os desafios no seu cotidiano e criar soluções para os problemas que a vida social apresenta, que esse aluno tenha um espírito dinâmico e empreendedor, que sabendo adaptar-se as novas situações não tema as inovações tecnológicas, mas ao contrário, use a tecnologia como meio para o seu sucesso.

Dominar o direito é uma questão de emancipação do ser humano que poderá, através de suas ferramentas, no caso, as leis, compreender e interferir na sociedade, buscando, analisando, tomando decisões, agindo, favorecendo assim o seu interesse e o da sociedade. È através das leis encontradas nas disciplinas de direito que o homem resolve diversas situações no cotidiano, desde uma simples troca de mercadorias, até mesmo a mais intrínseca crise social econômica.

Sabemos que a educação profissional exerce uma importante função social na vida do trabalhador, uma vez que complementa e solidifica sua educação. È ela que lhe dá condições para que o sujeito se torne mais crítico e consciente da importância de seu papel social exercício da cidadania, fornecendo a base teórica e prática indispensável na sua rotina cotidiana.

A direção de uma empresa, de qualquer tipo, incluindo as estatais e governamentais, exige de um administrador a importante tarefa de tomar decisões, e o conhecimento e o uso do direito favorecerão seu tríplice trabalho de organizar, dirigir e controlar a empresa.

20.2 Objetivos• Formar profissionais na área administrativa com capacidade para ler,

entender e interpretar as lei, possibilitando ao aluno condições de exercer sua cidadania e agir como transformador com vistas a uma sociedade mais justa e democrática.

• Assim, o aluno deverá ser capaz de:

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• Conhecer a Constituição Federal e demais leis e decretos nas diferentes áreas;

• Sistematizar problemas sociais e soluções legais;• Analisar temáticas legais interferir e prever soluções;• Utilizar profissionalmente metodologia científica em seu campo de

trabalho;• Entender a literatura científica dentro da legislação, oferecendo

conhecimentos básicos da área.

20.3 ConteúdosEMENTA: O estado moderno e a noção de direito: fundamentos e doutrina

do direito. Ordenamento Jurídico Legislação: Constituição Federal, Legislação Trabalhista e Previdenciária. Direito Civil, Administrativo, Tributário e Direito Difuso.3º AnoEstado moderno e a noção de direito:

• Fundamentos e doutrina do direitoLegislação:

• Constituição Federal;• Legislação trabalhista;• Previdenciária.

Hierarquia das Leis:• Norma fundamental;• Norma Secundária;• Norma de validade derivada.

Hierarquia das fontes formais;• Fontes estatais do direito;• Processo legislativo e espécies normativas;• Noções básicas de direito do trabalho;• Princípios gerais do direito do trabalho;• Trabalho da mulher, menor e portador de necessidades especiais;• Organização Internacional do trabalho (OIT): Principais convenções

internacionais sobre direito do trabalhador• Conteúdo legal do contrato de trabalho;• Elementos da responsabilidade civil e criminal do empregador;• Competências;

Direito Civil:• Pessoas;• Capacidade;• Bens;• Espécies de contrato;• Responsabilidade contratual;

Direito Comercial:• Legislação;• Direito de Empresa Lei nº 10.406 de 22/ 01/ 2002;

Direito Administrativo:

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• Administração direta e indireta;• Lei de Responsabilidade Fiscal A Lei 4320;• Orçamento e licitação;

Direito Tributário: C.T.N.:• Responsabilidade civil e penal;• Sujeitos da relação tributária;• Tributos, lei 123 (supersimples);

Direito Difuso:• Direito do consumidor;• Direito ambiental;• Direito da criança e adolescente;• Direito do idoso;

20.4 MetodologiaPara levar as idéias-chave de construção de compreensão à prática da sala

de aula não se pretende traçar um único caminho, mas, cada professor deve construí-lo dentro de uma abordagem histórica, da resolução de problemas e do uso da tecnologia nas aplicações da Lei ajustando-as às necessidades de cada contexto.

Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história do Direito é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender o Direito como um bálsamo que resolve os problemas da humanidade, portanto, um fato social que resulta da colaboração de todos e estritamente ligada às necessidades sociais.

O ensino do Direito deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento de que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Precedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que aprendido pelo aluno com o que ele observa no seu cotidiano.

O Direito não deve ser colocado como algo acabado e pronto. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionado cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, debatendo estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos

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cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

20.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

20.6 BibliografiaBRASIL. Constituição da República federativa do Brasil. SP: Saraiva: 2007________ Código civil brasileiro CCB: lei 10.406/02. SP: Saraiva: 2007________ Consolidação das leis do trabalho CLT: Lei 5452/ 43. SP: Saraiva: 2007.________ Código de defesa do consumidor CDC. SP: Saraiva: 2007.________ Código tributário nacional CTN. SP: Saraiva: 2007.________ Estatuto da criança e do adolescente ECA. SP: Saraiva: 2007.________ Estatuto do idoso. SP: Saraiva: 2007.________ Legislação previdenciária. SP: Saraiva: 2007.________ Legislação ambiental. SP: Saraiva: 2007.BRASIL. Código Civil Brasileiro. 19. ed.: Saraiva: SP: 2004.BRASIL. Vade Mecum. Saraiva: SP: 2006.COTRIM, Euclides L. Direito básico. Curitiba: LBR: 2004.DOWER, Nelson Godoy Bassil. Instituições de direito público e privado. 13. ed.: SP: Saraiva: 2007.GIAMBIAGI, Fabio. ALEM, Claudia Ana. Finanças públicas: teoria e prática no Brasil. RJ: Campus: 1999.MONTEIRO, Washington de B. Direito Civil. SP: Saraiva: 2003.MORAES, Alexandre. Direito administrativo. SP: Atlas: 2006.________ Direito constitucional. SP: Atlas: 2006.NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. SP: LTR: 2004.

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NUNES, Luiz Antonio Rizzato. Manual de introdução ao estudo do direito. 4. ed.: Saraiva: SP: 2002.PALAIA, Nelson. Noções essenciais de direito. 3. ed.: Saraiva: SP: 2005.REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. SP: Saraiva: 2003.

21. Organização Sistemas e Métodos

21.1 Fundamentação TeóricaDiante de um mundo globalizado e de alta competividade entre as

empresas, cada vez mais o improviso cede lugar à técnica, à especialização e à profissionalização.

Vários autores da administração afirmam que as empresas devem organizar as atividades de forma a proporcionar mais rapidez, agilidade e competências.

Para que as empresas possam adquirir credibilidade e confiabilidade, as decisões não podem ser baseadas no bom-senso ou nas aparências. Por isso, os profissionais da administração devem conhecer e se apropriar do conhecimento específico da disciplina O.S.M.

21.2 ObjetivoGeral:Capacitar o aluno a organizar as atividades da empresa de forma que a

mesma possa se desenvolver e crescer harmoniosamente.Específicos: O aluno deverá:

• Ter condições de elaborar relatórios, pareceres, planos e laudos de forma técnica.

• Ser capaz de ealizar pesquisas, análises, bem como interpretar, planejar, implementar, doordenar e controlar os trabalhos no campo de administração.

• Ter condições de criar métodos e organizar o trabalho nas empresas com eficiência.

• Conhecer as diversas formas de organizar oespaço físico da empresa, para melhor fluir as atividades.

• Através da formação, adquirir habilidades para agir de forma racional, conduzindo a uma autoridade técnica, consultiva e executiva.

21.3 ConteúdosEMENTA: Organização empresarial e de seus componentes estruturais.

Distribuição, processamento e métodos de trabalho e implantação de projetos de mudança organizacional.

1° Ano:• Sistemas administrativos; • Sistemas de informações gerenciais; • Departamentalização;

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• Arranjo físico; • Técnica de representação gráfica; • Manuais administrativos; • Desenvolvimento organizacional;• Empreendedorismo.

21.4 Metodologia: Partindo da realidade e do conhecimento do aluno, levar os mesmos aos

conhecimentos da abordagem histórica e a compreensão da utilidade da O.S.M. Na resolução dos problemas do cotidiano das organizações e sua importância dentro do contexto empresarial.

Através das atividades propostas pelo professor que utilizará o estudo de caso, trabalhos em grupo e seminários, o aluno se defronta com simulações de problemas relacionados com as organizações e possibilita a proposição de soluções.

Para que os conteúdos trabalhados sejam significativos, o professor deve estimular o aluno a debater sobre experiências cotidianas em sua vida profissional, podendo assim, abstrair a complexibilidade da teoria trabalhada pelo professor com a prática em sua atividade profissional.

21.5 Avaliação A avaliação como instrumento de verificação do processo ensino-

aprendizagem, deve ser formulada de forma a propor ao aluno uma visão de seu desenvolvimento e dos objetivos da disciplina.

O processo de avaliação, abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos definidos pela disciplina, bem como a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

21.6 Bibliografia:ARAÚJO, L. C. de. Organização Sistemas e Métodos. São Paulo: Atlas, 2001.FILHO, J. C. O & M Integrado à Informática. Rio de Janeiro: LTC, 2001.CURY, A.. Organização & Métodos: Uma Visão Holística. Editora Atlas. São Paulo, 2000.

22. Química

22.1 Fundamentação TeóricaA Importância da presença da Química na escola formal e no ensino médio

e integrado possibilita ao aluno uma compreensão dos processos químicos em si, conhecimento científico, em estreita relação com as aplicações tecnológicas, suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.

O ensino da Química contribui para uma visão mais ampla do conhecimento; melhor compreensão do mundo físico para a construção da cidadania; de conhecimentos sociais e que faça sentido e que possa integrar-se à vida do aluno.

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22.2 Objetivos• Compreender e utilizar a química, como elemento de interpretação e

intervenção; e a tecnologia como conhecimento sistemático de sentido prático.

• Associar conhecimentos e métodos científicos com a tecnologia do sistema produtivo e de serviços.

• Reconhecer o sentido histórico da química e da tecnologia, percebendo seu papel na vida humana em diferentes épocas e na capacidade humana de transformar o meio.

• Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico da química e aspectos sócio-político-culturais.

• Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento da química e da tecnologia.

22.3 ConteúdosEMENTA: Substâncias e materiais em sua composição, propriedades e

transformações: matéria e sua natureza, biogeoquímica, química sintética.

1º AnoComposição e Transformação dos Sistemas Materiais

• Matéria, massa, energia• Substâncias simples e compostas• Mistura homogênea e heterogênea• Fenômenos físico e químico• Aproveitamento da água como recurso natural essencial à vida

Notação e Nomenclatura Química• Notação e nomenclatura dos elementos• Átomo, molécula e íons• Nº de massa e nº atômico• Isótopo, isóbaro, isótomo, e isoeletrônico• Problema Ambiental: mercúrio, cádmio e chumbo

Estrutura Atômica• Grupos e períodos• Classificação dos elementos• Propriedades periódicas: eletronegatividade-eletropositividade, raio

atômico, potencial de ionização e eletroafinidadeLigações Químicas

• Valência• Ligação iônica, covalente normal e covalente dativa• Ligação metálica

Reações e Funções Inorgânicas• Classificação e nomenclatura dos ácidos, bases, sais e óxido• Tipos de reações (simples, dupla troca, síntese, adição, decomposição)• O lixo e a reciclagem

2º AnoSoluções

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• Classificação quanto ao estado físico, à natureza das partículas dispersas à proporção entre solvio e solvente

• Concentrações das soluções• Diluição e mistura de soluções• Titulação de neutralização• Poluição do ar : um problema antigo

Compostos Orgânicos• Hibridação do carbono• Classificação dos átomos de carbono• Classificação da cadeia carbônica

Funções Orgânicas• Conceitos, classificação, fórmula geral e nomenclatura oficial e usual dos

compostos usuais simples e todas as funções orgânicas.• Aplicação dos compostos orgânicos• Petróleo e carvão

22.4 MetodologiaExistem atualmente formas distintas de conhecer o ensino de Química. A

pedagogia sócio-histórica já é um referencial teórico na prática.A visão de aprendizagem corresponde a uma proposta de ensino voltada ao

trabalho na perspectiva de formação de conceitos, porém diretamente relacionados à sua finalidade apresentando uma mudança na visão do mundo,porque vivemos em um mundo globalizado, interligado no qual fenômenos físicos, biológicos, psicológicos, sociais, ambientais e econômicos são todos interdependentes.

Dessa forma o trabalho deverá levar em conta os saberes trazidos pelos alunos, interligá-los com os saberes científicos de forma dinâmica, reflexiva, relacionados com o cotidiano, para que o aluno avance nos seus conhecimento com espírito crítico e de posse dos mesmos possa agir com mais segurança em seu meio social e profissional. Assim o trabalho deverá envolver pesquisa, leituras diversas, experimentos, produções orais e escritas, uso de meios tecnológicos, bem como exposição de trabalhos realizados em grupo ou individual.

22.5 AvaliaçãoA avaliação deve ter um caráter formativo, favorecedor do progresso

pessoal e da autonomia do aluno, integrada ao processo ensino-aprendizagem.

22.6 BibliografiaCAMPOS, Marcelo de Moura. Fundamentos de Química Orgânica São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1980.CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química Moderna, volumes 1, 2 e 3.São Paulo: Editora Scipione,2000.COMPANION, Audrey Lee. Ligação Química. São Paulo: Edgard Blucher, 1975.FELTRE, Ricardo. Química, volumes 1,2 e 3. São Paulo: Moderna, 1996.FERNANDEZ,J. Química Orgânica Experimental. Porto Alegre: Sulina, 1987.GALLO NETTO, Carmo. Química, volumes I,II e III. São Paulo: Scipione, 1995.

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23. Sociologia

23.1 Fundamentação teóricaA sociedade sempre foi foco de estudos desde a antiguidade, mas sem um

método específico, buscando compreender como ela foi se desenvolvendo, que fatores interferem nesse movimento, que explique as relações humanas e suas ações, no tempo e espaço.

Vários teóricos deram sua contribuição como: Motesquieu, Locke, Hume, Rousseau, Comte, Spencer, Durkheim, Marx e Weber, entre outros.

Foi só a partir dos estudos de Comte, que propôs a sujeição das idéias à uma objetividade concreta, para validar um corpo de conhecimentos, é que os conhecimentos do campo social foram reconhecidos como ciência da sociedade e recebesse o nome de Sociologia, devido ao trabalho de Emile Durkheim.

De início a Sociologia utilizou do modelo orgânico para explicar a sociedade e suas relações. Esse modelo proposto por Durkheim, considera que a sociedade é formada por parte que são interdependentes, cuja harmonia se reflete no todo. Esse modelo foi baseado pelos estudos de Darwin sobre a evolução das espécies e Herbert Spencer que comparou a sociedade com um organismo vivo, Marx, no século XX vem dar nova visão através da teoria dialética, buscando explicar a sociedade a partir dos conflitos sociais, mostrando a contradição de interesses, a partir dos meios de produção. A partir dessa teoria, buscam-se explicar os conceitos de dominação, ideologia e alienação.

Com Max Weber, a sociedade é analisada a partir dos seus valores surgindo o conceito de ação social.

No Brasil, os estudos de Sociologia foram introduzidos em 1925, sendo obrigatórios nas escolas normais a partir de 1928. Na década de 1930, surgem as primeiras escolas superiores responsáveis pela formação dos primeiros sociólogos: a USP (Universidade de São Paulo) e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de janeiro), na era de Getúlio Vargas.

Com a Lei 5692, foram criadas as disciplinas de OSPB e EMC (Organização social e política do Brasil e Educação moral e cívica) substituindo as disciplinas de Sociologia e Filosofia.

A partir de 1974, há proposta de introduzir novamente a Sociologia no ensino médio, mas nem todos os estados aderiram, bem como também em 1989, não se concretizou o desejo de obrigatoriedade dessa inclusão no currículo.

A partir da nova LDB9394/96, se propõe que os alunos tenham conhecimentos de sociologia e filosofia, sendo seu estudo diluído nos temas transversais, não sendo vistos como disciplinas. Em 1997, o ex deputado Padre Roque (PT/PR), propõe um projeto de alteração da LDB em seu artigo 36, sendo vetado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso em 2001.

Nos encontros de professores para reorganização curricular tem sido uma constante luta para a inclusão das disciplinas de Sociologia e Filosofia, de forma que estão contempladas nas grades curriculares, devido sua importância para a formação humana, proporcionando uma visão mais crítica da sociedade.

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A Sociologia inserida no Ensino Médio profissional busca estudar as relações sociais construídas historicamente, trabalhando com conceitos definidos pelos teóricos fundadores da ciência sociológica, ou seja, Comte e Durkheim, defensores da teoria positivista; Karl Marx do materialismo dialético e Max Weber da sociologia compreensiva, de forma que permita ao aluno a reflexão necessária para compreender as complexidades da sociedade e a partir daí, poder interferir e transformar a realidade, reconhecendo-se como um ser social dinâmico capaz de dar novos rumos à sua história.

No curso profissional, o papel da Sociologia de proporcionar uma visão mais ampla das relações sociais, tomando como ponto de partida o trabalho, nas suas contradições, uma vez que o curso prepara o aluno para uma profissão técnica administrativa, buscando prepará-lo para uma formação cidadã mais consciente de seu papel na sociedade da qual faz parte.

A Sociologia possibilita, assim, a formação do educando numa perspectiva de compreensão da sociedade e das relações sociais, tornando-o construtor de conhecimentos e transformador da sociedade, reafirmando assim, sua cidadania.

23.2 Objetivos• Desenvolver o pensamento sociológico;• Compreender a totalidade social como expressão de simultaneidade e

complexidade dos fenômenos sociais, produto de condicionantes diversos;• Perceber o processo de globalização da economia e de inserção do país no

mercado internacional;• Perceber os direitos e deveres do cidadão como parte de uma construção

social;• Compreender as diferentes manifestações culturais como expressão de

povos, etnias, nacionalidades e segmentos sociais diversos;• Construir a identidade social e pessoal a partir do princípio de austeridade;• Compreender a Indústria Cultural em suas ações com os contextos

econômico, político, social e cultural em que se insere;• Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e as práticas sociais;• Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises,

interpretações e sínteses, servindo-se, para tanto, dos conhecimento sociológicos;

• Exercitar e relacionar práticas sociais com contextos diversos;• Caracterizar as relações políticas, econômicas e sociais em nível nacional

e internacional;• Identificar funções desenvolvidas pelo Estado e funções cobradas ao

Estado; analisá-las e compará-las;• Observar nas práticas sociais, o respeito e o conhecimento dos direitos e

deveres no exercício da cidadania• Identificar os direitos e respectivos deveres emergentes, cuja necessidade

de institucionalização é reivindicada socialmente;• Analisar fenômenos tecnológicos, servindo-se de conhecimentos

sociológicos.

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23.3 ConteúdosEMENTA: O surgimento da Sociologia e as Instituições Sociológicas;

Processo de socialização e instituições sociais; Cultura e indústria cultural; Trabalho, produção e classes sociais; Poder, política e ideologia; Direito, Cidadania e movimentos sociais a partir das diferentes teorias sociológicas. Relações sociais no meio rural e na cidade, estigmas, preconceitos e dominação nos espaços marginais, organizações sociais do campo, conflitos, movimentos.1ª Série

O surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.

O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas estarão presentes em todas as séries.

(Sugere-se que o professor articule os momentos históricos mais relevantes para discussão dos conteúdos do bloco, bem como, quais os conceitos mais importantes dos teóricos clássicos podem ser utilizados nas discussões propostas para esse bloco. Aqui também é o momento do professor apresentar, ainda que rapidamente, com quais outros teóricos e conceitos, para além dos clássicos, pretende trabalhar os conteúdos apresentados.)

O processo de socialização e as instituições sociais:• Instituições familiares• Instituições escolares• Instituições religiosas• Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários,

asilos, etc)• Trabalho, produção e classes sociais• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades• Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas

contradições• Globalização e Neoliberalismo

2ª SérieO surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.

Trabalho, produção e classes sociais• Trabalho no Brasil• Relações de trabalho• Mudanças nos padrões de sociabilidade provocados pela globalização,

desemprego, subemprego, cooperativismo, agronegócios, produtividade, capital humano, reforma e trabalhista

• Organização internacional do trabalho• Relações de mercado, avanço científico e tecnológico e os novos modelos

de sociabilidade• Poder, política e ideologia• Formação e Desenvolvimento do Estado moderno• As teorias sociológicas clássicas e os diversos:• Conceitos de poder,

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• Conceitos de ideologia, • Conceitos de dominação e legitimidade.• Estado no Brasil• Desenvolvimento da sociologia no Brasil

3ª SérieO surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.

Direitos, cidadania e movimentos sociais• Democracia, autoritarismo, totalitarismo.• Conceitos de cidadania• Direitos civis, políticos e sociais• Direitos humanos• Movimentos sociais

Poder, política e ideologia• As expressões da violência nas sociedades contemporâneas • Elementos de Sociologia Rural e Urbana: relações sociais no campo e nas

cidades, novas organizações familiares, territórios marginais, estigma, preconceito, exclusão, organizações sociais do campo, conflitos, movimentos, padrões de dominação e violência.

4ª SérieO surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.

Direitos, cidadania e movimentos sociais• Movimentos sociais no Brasil• Questões ambientais e movimentos ambientalistas• Questão das ONG's

Cultura e Indústria Cultural• Os conceitos de culturas e as escolas antropológicas• Antropologia brasileira• Diversidade e diferença cultural• Relativismo, etnocentrismo, alteridade• Culturas indígenas• Roteiro para pesquisa de campo• Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização• “Minorias”, preconceito, hierarquia e desigualdades• Questões de gênero e a construção social do gênero• Cultura afro-brasileira e a construção social da cor. Identidades e

movimentos sociais; dominação, hegemonia e contramovimentos• Indústria Cultural• Meios de comunicação de massa• Sociedade de consumo, Indústria Cultural no Brasil

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23.4 MetodologiaO trabalho com os conteúdos de Sociologia deve proporcionar ao educando

condições de ter contato com uma linguagem sociológica. Para isso é necessário a leitura dos textos clássicos, bem como o trabalho de pesquisa de campo com temas abordados pela Sociologia, por ex: instituições sociais, movimentos sociais, desemprego, violência, de forma que os alunos possam comparar o que os teóricos dizem com as opiniões da população.

Outros recursos metodológicos para facilitar a compreensão das idéias e conceitos, são o emprego de filmes, músicas, outras literaturas, jornais e revistas, além de formas diversificadas de trabalhos como em grupo, seminários e exposição de trabalhos escritos e orais.

23.5 AvaliaçãoA avaliação em Sociologia deve se pautar no desenvolvimento da

capacidade de reflexão manifestada em diferentes oportunidades de produções, podendo ser de forma escrita, oral, artística, em grupo ou individual, bem como o interesse da participação. Outro aspecto é ver na avaliação uma forma de diagnosticar os pontos necessários para retomada do trabalho para que se assegure ao aluno a efetividade do conhecimento e desenvolvimento do senso crítico.

23.6 BibliografiaANTUNES, R.(Org.). A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São Paulo: Expressão Popular, 2004.AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia geral. 11. ed. São Paulo: Duas Cidades,1973.BOBBIO,N. A teoria das formas de governo. 4.ed. Brasília: Unb,1985.CARDOSO, F.H., O modelo político brasileiro. Rio Janeiro: Dofel, 1977DURKHEIM,E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.ENGELS,F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1978.FERNANDES, F., Sociedade de classes e subdesenvolvimento. Rio Janeiro. Zahar, 1968GORZ, A., Crítica da divisão do trabalho. Tradução de Estela dos Santos Abreu. São Paulo: Martins Fontes, 1980.LOWY, M., Ideologia e ciência social. São Paulo: Cortez, 1985.POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,2000.SANTOS, B de S., Pela mão de Alice. São Paulo: Cortez. 1999. ______________., A crítica da razão indolente. São Paulo: Cortez, 2002.POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,2002

24. Teoria Geral da Administração

24.1 Fundamentação Teórica Em uma época de complexidades, mudanças e incertezas como a que

atravessamos hoje, a Administração tornou-se uma das mais importantes áreas

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da atividade humana. Vivemos em uma civilização no qual o esforço cooperativo do homem é a base fundamental da sociedade.

O mundo atual é uma sociedade institucionalizada e composta de organizações. Todas as atividades voltadas para a produção de bens ou prestações de serviços são planejadas, controladas dentro das organizações. Todas as organizações são constituídas de pessoas e de recursos materiais.

A vida das pessoas depende das organizações e estas do trabalho daquelas. As organizações são extremamente heterogêneas e diversificadas, de tamanhos diferentes, de características diferentes, de objetivos diferentes, lucrativas ou não. A Teoria Geral da Administração é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo das organizações em geral. Por seu tamanho e pela sua complexidade de suas operações, as organizações ao atingirem um certo porte, precisam ser administradas e a sua administração requer um aparato de pessoas estratificadas em diversos níveis hierárquicos que se incumbências diferentes.

A Administração nada mais é do que a condução racional das atividades de uma organização, é ela que trata do planejamento, da estruturação, da direção e do controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorram dentro de uma organização.

A Teoria Geral da Administração é uma disciplina eminentemente orientadora do comportamento profissional de Administração. Em vez de se preocupar em ensinar a executar ou fazer coisas certas, ela busca ensinar o que deve ser feito, em determinadas circunstâncias ou ambientes.

A TGA procura ensinar o aluno a pensar, e sobretudo, a raciocinar a partir de uma bagagem de conceitos e idéias que traz como ferramentas de trabalho, sendo que este adquire habilidade de perceber e diagnosticar situações de problemas dentro da organização.

24.2 Objetivos GeralProporcionar aos alunos uma reflexão sobre a teoria prática da

administração de empresas, através dos estudos das principais escolas do pensamento administrativo, capacitando-os a estabelecer relações entre as teorias administrativas e por elas compreender a relação das organizações e suas complexidades.

Específicos:• Compreensão do estudo das habilidades do administrador.• Analisar a importância e o papel do administrador dentro da organização.• Entender o processo de decisão do administrador.• Compreender o enfoque das Teorias Administrativas • Identificar as mudanças na era da informação.• Trabalhar em grupo, usando os conceitos gerados em torno da

competência do administrador.• Desenvolver a capacidade de liderança em torno do trabalhar a

administração.

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24.3 ConteúdosEMENTA: Conceitos básicos de administração e organização. Tipos de

organizações Desenvolvimento histórico: diferentes abordagens e seus pressupostos. Mudança nas organizações empresariais e a integração da empresa com o mercado.1º Ano:

Conceitos básicos de administração e organização: • Organização e administração; • Definição e visão geral do papel da administração; • Abordagem sobre a administração e suas perspectivas; • Antecedentes históricos da administração; Abordagem científica/clássica da administração: • A administração científica de Taylor; Gilberth,Gantt e Emerson; • A abordagem anatômica de Fayol; • O Fordismo e outras técnicas; Abordagem humanística da administração; • Teoria das relações humanas da administração; • Mary P Follett ; • A experiência de Hawthorne (Elton Mayo); Decorrências da teoria das Relações Humanas: • Influência da motivação humana; • Liderança; • Comunicações; • Dinâmica de grupo;Níveis da administração:• Processo administrativo; • Funções da administração; • Perfil do administrador;Administração contemporânea: • Mundialização e a emergência do Terceiro Setor.

24.4 Metodologia Partindo da realidade e do conhecimento do aluno, levar os mesmos aos

conhecimentos da abordagem histórica e a compreensão da utilidade da TGA na resolução dos problemas cotidianos dentro das organizações e a sua importância dentro do contexto empresarial.

Através das atividades propostas pelo professor que utilizara o estudo do caso, trabalhos em grupo e seminários, o aluno se defronta com simulações de problemas relacionados com organizações, colocando-o analisar e propor soluções que são condizentes ao papel do administrador.

O professor deve induzir a pratica de trabalho em grupo, para a interação uns com os outros, permitindo a elaboração de estratégias de diversas maneiras de resolvê-la, e concluindo que á vários pontos de vista ao redor de uma mesma situação. Sendo assim o aluno trabalha a sua habilidade de analisar os conceitos que são gerados através de situações e individualmente têm a conclusão da melhor decisão a ser tomada perante aquela situação-problema.

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Para que os conteúdos trabalhados sejam significativos, o professor deve estimular o aluno, para que o mesmo debata sobre as experiências cotidianas em sua vida profissional, sendo assim abstraindo a complexidade da teoria trabalhada pelo professor com a pratica em sua atividade profissional.

24.5 Avaliação A avaliação como um instrumento de ensino-aprendizagem, deve ser

trabalhada de forma a propor ao aluno uma visão de seu desenvolvimento, de seus objetivos, da estrutura e atuação do professor e do sistema de ensino da escola.

A verificação será continua e diagnóstica, através de relatórios feitos após a conclusão de cada seminário, trabalhos em grupos através de situações problemas propostos pelo professor, provas individuais, conversas informais através de debates, auto-avaliação e também através da observação, que verifica a participação do aluno nas atividades dentro de sala de aula e atividades extra-sala.

24.5 Bibliografia CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6. ed. São Paulo: Makron Books, 1999. KWASNICKA, Eunice Lacava. Teoria Geral da Administração. 2 ed. São Paulo: Atlas,1997. MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração. 3. 3d. São Paulo: Atlas, 2002. MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. PREDEBON, José. Criatividade, abrindo o lado inovador da mente. 2.ed São Paulo: Atlas, 1998. SILVA, Reinaldo Oliveira. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.

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XI. CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO PROFISIONAL – CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO ÁREA DE GESTÃO EM NÍVEL MÉDIO SUBSEQUENTE

O Curso Técnico em Administração, modalidade Subseqüente, faz parte do Eixo Tecnológico Gestão e Negócios, destinado a uma clientela concluinte do Ensino Médio ou 2º Grau que compreende atividades referentes à oferta de apoio administrativo a todas as atividades produtivas, qualquer que seja o setor econômico.

Está amparado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96; pelo Decreto-Lei 5654 de 23/7/2004; pelo Parecer 16/99 do CNE e Resolução 4/99 do CNE.

A reestruturação do Curso justifica-se pela localização do Colégio em uma área estratégica, de fácil acesso, bem como pela crescente procura de formação técnica para ingresso no mercado de trabalho que exige cada vez mais qualidade e produtividade, necessitando de profissionais qualificados e flexíveis às mudanças. Também que articule trabalho, cultura, ciências e tecnologia como princípios para uma formação integral e mais efetiva.

Assim, evidencia-se principalmente a sua interface com a tecnologia de informação, possibilitando aos técnicos desenvolver atividades de planejamento, execução e desenvolvimento de atividades administrativas, de apoio a gestão de recursos humanos, materiais, mercadológicos e da informação, que visam à produtividade e a competitividade das empresas. Esse profissional deverá ainda ter facilidade de relacionamento com pessoas, iniciativa e espírito empreendedor.

O Curso Técnico em Administração da Área de Gestão, organizado de forma subseqüente (pós médio), sendo presencial, com regime de matrícula semestral, funciona em nosso Estabelecimento no turno noturno em 3 semestres, com carga horária total de 1500 horas, sendo que a carga horária do semestre é de 500 horas com certificação no final do Curso como Técnico em Administração.

O curso tem como objetivos:• Oferecer um processo formativo que assegure a integração entre a

formação geral e a de caráter profissional de forma a permitir tanto a continuidade nos estudos como a inserção no mundo do trabalho;

• Organizar experiências pedagógicas que levem à formação de sujeitos críticos e conscientes, capazes de intervir de maneira responsável na sociedade em que vivem;

• Articular conhecimentos científicos e tecnológicos das áreas naturais e sociais estabelecendo uma abordagem integrada das experiências educativas;

• Oferecer um conjunto de experiências teóricas e práticas na área com a finalidade de consolidar o “saber fazer”;

• Destacar em todo o processo educativo a importância da preservação dos recursos e do equilíbrio ambiental;

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• Propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o desenvolvimento de capacidade de análise crítica, de orientação e execução de trabalho na área de administração;

• Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos, capazes de participar e promover transformação no seu campo de trabalho, na sua comunidade e na sociedade na qual está inserido.

DADOS GERAIS DO CURSO

Habilitação Profissional: Técnico em AdministraçãoEixo Tecnológico: Gestão e NegóciosForma: SubsequenteCarga Horária Total do Curso: 1200 horas/aula ou 1000 horasRegime de Funcionamento: de 2ª a 6ª feira, no período: noiteRegime de Matrícula: SemestralNúmero de Vagas: 45 por turma. (Conforme m² mínimo 30 ou 45)Período de Integralização do Curso: Mínimo de 01 (um) ano e 06 (seis) meses e máximo de 05 (cinco) anos

PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DE CURSO

O Técnico em Administração domina conteúdos e processos relevantes do conhecimento científico, tecnológico, social e cultural utilizando suas diferentes linguagens, o que lhe confere autonomia intelectual e moral para acompanhar as mudanças, de modo a intervir no mundo do trabalho. Executa as funções de apoio administrativo: protocolo e arquivo, confecção e expedição de documentos administrativos e controle de estoques. Opera sistemas de informações gerenciais de pessoal e material. Utiliza ferramentas da informática básica, como suporte às operações organizacionais.

XII. CARACTERIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS DO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO ÁREA DE GESTÃO EM NÍVEL MÉDIO SUBSEQUENTE

1. Administração de Produção e Materiais

1.1 Fundamentação TeóricaAtualmente, as transformações da economia, nesta era da globalização,

estabeleceram absoluta soberania do consumidor nas relações do mercado e, portanto, nas possibilidades de sucesso e sobrevivência das empresas. O grande desenvolvimento tecnológico, dentre outros fatores, tem provocado

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grandes mudanças nas relações entre empresas e consumidores. O consumidor está cada vez mais exigente e, ao fazer sua opção de compra, procura produtos e serviços de qualidade a preços mais baixo. Com esta mudança no perfil do consumidor, as organizações vem procurando melhorar não apenas seu processo produtivo, mas também seu sistema de distribuição com o objetivo de atender às necessidades de seus clientes no tempo certo e local adequado.

Algumas empresas nacionais já vêm se preocupando mais efetivamente com a área logística, procurando melhor a cadeia de suprimentos. Novas técnicas de gestão de estoques, automação de depósitos, computação e telecomunicações vêm sendo usadas como resposta à competição acirrada que pode determinar, por seleção natural, as empresas que sobreviverão neste mercado competitivo.

O processo de globalização tem modificado o papel de estratégia para as empresas que sendo bem administrado torna-se um diferencial que significa uma vantagem competitiva. Nas decisões logísticas, mais especificamente aquelas à escolha e administrações de canais de distribuição, interferem em todas as outras decisões de administração e naquelas referentes as estratégias competitivas da organização, onde cada organização necessitam de inovação e transformação no ambiente de negócios. O sucesso de mercado é conquistado pelas empresas que mais analisa e compreende o conceito da cadeia de suprimento tornando uma característica de estratégias, bem escolhido o administrador pode se tornar uma importante fonte de vantagem competitiva para a organização.

Estudiosos afirmam que o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e eficaz de matérias-primas, estoques de produtos semi acabados e acabados, bem como fluxo de informação a eles relativo, desde a origem até o consumo, com o propósito de atender aos requisitos dos clientes.

As empresas, dentro de suas atribuições administrativas, precisam obter e coordenar informações sobre estimativas de demanda, produto, estoques, prazos de entrega e quantidade de produto em depósito. Estas informações são subsídios fundamentais para a elaboração de um sistema de abastecimento de materiais que possa explorar as potencialidades disponíveis no mercado. A apropriação dos materiais se constitui num dos principais aspectos estratégicos para uma organização. Apropriações inadequadas podem prejudicar sensivelmente o comportamento das vendas de seus produtos e até reduzir sua participação relativa dentro do mercado.

As empresas de modo geral, ao formular aos seus preços de venda, apoiam-se, consciente ou inconscientemente em alguns fatores como custo, competitividade, mercado, além de outros de maior ou menor importância. O processo de formulação dos preços tem o objetivo de cobrir todos os custos variáveis da produção e obter uma margem de contribuição capaz de cobrir os custos fixos e ainda gerar lucros. Existem outros fatores que influenciam na fixação dos preços e que hajam em conjunto com estes, pois o estabelecimento dos preços não é um critério fixo que uma vez formulado não sofrem variações para poder alcançar seus objetivos finais. É preciso considerar entre estes fatores o fato de que os preços são estabelecidos para um determinado período de tempo e abrangem certas condições de negociação, como prazo de

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pagamentos e descontos, para que os resultados desejados possam ser obtidos.

Contribuindo para a formação do conhecimento do profissional na área administrativa a escola, inserida no processo educacional vem oferecer a disciplina Administração de Produção e Materiais aos seus alunos.

1.2 ObjetivosGeraisA disciplina Administração da Produção de Materiais tem como objetivo

geral fornecer conhecimentos para o aluno que atua profissionalmente na área administrativa de:

• Propor a realização de estudos de técnicas e instrumentos de produção;

• Fazer com que o aluno tome decisões para a busca da produtividade e eficiência dos recursos;

• Capacitar o aluno a dominar as técnicas de elaboração e implantação do plano operacional para uma empresa, com definição de objetivos, metas e sistemas de controle e avaliação do desempenho global;

• Exercer a função gerencial de produção/ operação.Específicos

• Entender os conceitos da logística na organização;• Identificar o mercado consumidor no abastecimento de materiais;• Desenvolver a capacidade de raciocínio para interpretar o sistema de

classificação de materiais;• Identificar os custos dos produtos no transporte de produção;• Fazer observações sistemáticas de aspectos do algoritmo de localização

de fábrica;• Entender o processo de elaboração da cadeia de suprimento;• Identificar os tipos de demanda de suprimento;• Resolver situações problemas, sabendo validar estratégias e apresentar

resultados;• Identificar e compreender a dinâmica de gerenciamento informatizado de

suprimento;• Articular o conhecimento administrativo numa perspectiva interdisciplinar;• Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções; • Interagir com seus pares de forma cooperativa;• Trabalhar coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

1.3 ConteúdosEMENTA: Gestão de Estoques. Compras. Indicadores Gerenciais. Recursos

Patrimoniais. Estudo da logística e ênfase a todos os processos presentes nos setores produtivos.

1º Semestre:• Gestão de estoques;

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• Codificação e classificação dos materiais;• Função;• Política de estoques;• Previsão ( o que, quanto, quando, de quem);• Custos ( de armazenagem, de compras);• Níveis de estoques (máximo, mínimo, segurança, ponto de pedido,

rotatividade: giro e cobertura);• Curva ABC;• Sistemas de controle;• Indicadores Gerenciais;• Níveis de Atendimento;• Acurácia;• Giro;• Cobertura de estoque;• Função;• Sistema (solicitação, cotação, pedido/ contrato);• Desenvolvimento de novos fornecedores (uso da Internet);• Follow up;• Prazos (de entrega, pagamento);• Negociação;• Recursos Patrimoniais;

2º Semestre:• Introdução à Logística;• Armazenamento;• Movimentação;• Distribuição física;• Almoxarifado ( o edifício: especificações para a guarda de materiais

comuns, inflamáveis, alimentos, pesados, etc.);• Lay-out;• Equipamentos de armazenagem;• Uso de EPI (responsabilidade legal do administrador);• Embalagens;• Localização Inventário (geral e rotativo);• Movimentação;• Recebimento;• Controle de qualidade (quarentena);• Armazenagem (modelos e técnicas);• Fornecimento/ distribuição;• Nível de atendimento;• Equipamento;• Patrimônio da empresa;• Sistemas de produção;• Estruturas e roteiros;• Fluxo de produção.

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1.4 MetodologiaCada professor deverá, dentro de uma abordagem histórica, da resolução

de problemas, partindo sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos, traçar o caminho para levar os mesmos à compreensão do papel da administração da produção de materiais no contexto empresarial.

Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos processos que envolveram o ambiente de produção e materiais e a elaboração de estratégias para o desenvolvimento e implantação de orçamentos econômicos, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com as dificuldades e, a partir delas vai construindo seu saber para resolvê-las e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão.

Para conseguir esse objetivo, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c)expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que

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possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

1.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

1.6 BibliografiaMARTINS, Petrônio Garcia e LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 1998.MAYER, R. R. Administração de Produção. São Paulo: Atlas, 1999.SLACK, Nigel; ET AL. Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.ARNOULD, J. R. Tony. Administração de Materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999.

2. Administração Financeira e Orçamentária

2.1 Fundamentação TeóricaA complexidade das condições ambientais e as contínuas transformações

atualmente observadas em todo mundo dão margem a um número crescente de análises sobre a natureza e os efeitos de tais alterações no mundo organizacional.

O processo de globalização tem modificado as arenas de competição das empresas. Os empreendimentos precisam se adaptar às constantes ondas de inovação e transformação de ambiente de negócios. As sinalizações emitidas pelo mercado ou indústria podem ser importantes meios de manutenção e criação de vantagens competitivas. Grandes empresas antigas estão morrendo, pois tem dificuldades na gerencia das dimensões competitivas de custos e

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qualidade, enquanto estão surgindo outras com características administrativas específicas. O sucesso de mercado é conquistado pelas empresas mais ajustadas aos imperativos ambientais atuais, aquelas que podem entregar o que as pessoas estão dispostas a comprar ao preço que elas exigem.

Estudiosos afirmam que o gerenciamento adequado dos recursos financeiros é um dos requisitos básicos para a sobrevivência e sucesso de qualquer empresa principalmente as pequenas devido as suas limitações em conseguir recursos no mercado financeiro, quando tiver necessidade de caixa para respeitar os vários compromissos assumidos. A única pré-condição absoluta para a sobrevivência da empresa é a disponibilidade de dinheiro à mão quando realmente precisar. Ficar sem dinheiro significa ficar fora dos negócios.

As empresas, dentro de suas atribuições administrativas, precisam obter e coordenar informações sobre estimativas de vendas, capacidade financeira, estoques, prazos de entrega e custos de fabricação. Estas informações são subsídios fundamentais para a elaboração de um planejamento orçamentário que possa explorar as potencialidades disponíveis no mercado. A apropriação dos custos indiretos aos diversos produtos se constitui num dos principais aspectos estratégicos para uma organização. Apropriações inadequadas podem prejudicar sensivelmente o comportamento das vendas de seus produtos e até reduzir sua participação relativa dentro do mercado.

As empresas de modo geral, ao formular aos seus preços de venda, apoiam-se, consciente ou inconscientemente em alguns fatores como custo, competitividade, mercado, além de outros de maior ou menor importância. O processo de formulação dos preços tem o objetivo de cobrir todos os custos variáveis da produção e obter uma margem de contribuição capaz de cobrir os custos fixos e ainda gerar lucros. Existem outros fatores que influenciam na fixação dos preços e que hajam em conjunto com estes, pois o estabelecimento dos preços não é um critério fixo que uma vez formulado não sofrem variações para poder alcançar seus objetivos finais. É preciso considerar entre estes fatores o fato de que os preços são estabelecidos para um determinado período de tempo e abrangem certas condições de negociação, como prazo de pagamentos e descontos, para que os resultados desejados possam ser obtidos.

Contribuindo para a formação do conhecimento do profissional na área administrativa a escola, inserida no processo educacional vem oferecer a disciplina Administração Financeira e Orçamentária aos seus alunos.

2.2 ObjetivosA disciplina Administração Financeira e Orçamentária tem como objetivo

geral fornecer conhecimentos para o aluno que atua profissionalmente na área administrativa de:

• Desenvolver uma visão crítica do aluno a cerca da importância da Administração Financeira e Orçamentária da empresa em face da globalização;

• Capacitar o aluno a dominar as técnicas de elaboração e implantação do plano operacional para uma empresa, com definição de objetivos, metas e sistemas de controle e avaliação do desempenho global;

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• Identificar as formas de elaborar o projeto orçamentário.• Capacitar o aluno a identificar o mercado financeiro nacional e o

intercâmbio entre países.Específicos

• Entender os conceitos e o ambiente financeiro;• Identificar o mercado consumidor e suas exigências;• Desenvolver a capacidade de raciocínio para interpretar o sistema de

informação financeira;• Identificar os preços, custos dos produtos e serviços;• Fazer observações sistemáticas de aspectos administrativos, sobre o

gerenciamento orçamentário de recursos;• Entender o processo de elaboração de preços;• Identificar os tipos de orçamentos;• Resolver situações problemas, sabendo validar estratégias e apresentar

resultados;• Identificar e compreender a dinâmica do fluxo de caixa;• Articular o conhecimento administrativo numa perspectiva interdisciplinar;• Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções; • Interagir com seus pares de forma cooperativa;• Trabalhar coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

2.3 Conteúdos:EMENTA: Mercado financeiro e mercado de capitais. Moedas, taxas e

mercado de câmbio entre países. Fontes de financiamento de curto e longo prazo. Ciclo econômico financeiro. Introdução ao orçamento. Princípios do orçamento. Componentes do orçamento. Demonstrações financeiras projetadas. Acompanhamento e análise orçamentária. Preparação de relatórios financeiros orçamentárias. Orçamento de capital. Tomada de decisão de investimento.1º Semestre:

•Mercado financeiro e mercado de capitais:•Sistema financeiro nacional;•Mercados financeiros;•Bolsa de valores;•Políticas econômicas;•Moedas, taxas e mercado de câmbio entre países.•Fontes de financiamento de curto e de longo prazo:•Estrutura de capital;•Fontes de curto prazo;•Fontes de longo prazo;•Custo de capital;•Ciclo econômico financeiro:•A atividade financeira;

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•Os ciclos;•Orçamento:•Introdução ao orçamento;•Princípios;•Componentes;•Elaboração demonstrações financeiras projetadas•Acompanhamento e analise orçamentária;•Orçamento de capital e decisões de investimentos•Alavancagem financeira, capacidade d endividamento da empresa:•Planejamento;•Orçamento de vendas;•Orçamento de produção;•Orçamento de mão de obra;•Orçamento de custos;•Receita/ despesa.

2.4 MetodologiaCada professor deverá, dentro de uma abordagem histórica, da resolução

de problemas, partindo sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos, traçar o caminho para levar os mesmos à compreensão do papel da administração financeira e orçamentária no contexto empresarial.

Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos processos que envolveram o ambiente de financeiro e a elaboração de estratégias para o desenvolvimento e implantação de orçamentos econômicos, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com as dificuldades e, a partir delas vai construindo seu saber para resolvê-las e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para conseguir esse

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objetivo, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula:a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu

conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto

com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c) expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso,

quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor, tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

2.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

2.6 BibliografiaCASAROTTO FILHO, Nelson; KIPITTKE, Bruno Hartmut. Análise de Investimentos. São Paulo: 2000.HOJI, Masakazu. Administração Financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2000.

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WELSCHE, G. A. Orçamento Empresarial: planejamento e controle do lucro. São Paulo: USP, 1996..AGUSTINI, Carlos Alberto Di. Capital de Giro. São Paulo: Atlas, 1999.ÂNGELO, C. F. de, e SILVEIRA, J. A. G. da, Finanças no varejo: gestão operacional, São Paulo: Atlas, 1997.BRAGA, R. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1998.

3. Comportamento Organizacional

3.1 Fundamentação TeóricaHoje administração tem um novo conceito, pois as organizações

contemporâneas, em sua maioria, visam a seus objetivos acima de tudo, descartando a necessidade de se “humanizar”, ou seja, considerar os aspectos culturais e pessoais de cada indivíduo. Diante deste fato é que ressaltamos a necessidade de uma nova perspectiva das relações humanística e cultural dentro da administração, dando ênfase nas relações mantidas pelas organizações com a sociedade. E o modo como é concebida essa organização deve estruturar em todos os âmbitos e mercados econômicos, pois ainda existe a idéia de que o mundo dos negócios e da administração é movido por um pragmatismo puro. Tal assunto tem crescente importância, visto que vários autores fazem adesão ao mesmo. No que se refere à abordagem humanística, busca-se uma preocupação maior com as pessoas e os grupos sociais, atribuindo menor prioridade às máquinas.

3.2 ObjetivosGeralPossibilitar ao aluno condições de conhecer e identificar a cultura e a

política das empresas numa visão humanística. Específicos

• Levar o aluno a compreender a administração como meio para trabalhar as realidades sociais.

• Compreender perfis psicológicos e sociais como estratégia de trabalho.• Fazer os alunos entender as teorias motivacionais para trabalhar em

grupo.• Desenvolver o aluno sob as relações humanas no trabalho: princípios

morais e éticos;

3.3 ConteúdosEMENTA: Abordagem Comportamental da Administração: teoria

Comportamental e Teoria do Desenvolvimento organizacional. Abordagem Contingencial. Teoria Z. Administração participativa. Administração da Qualidade: Fundamentos e princípios da Qualidade Total. Estrutura organizacional: comunicação, relações intergrupais, liderança.3º Semestre:Teoria comportamental:

• Fundamentos e princípios;• Teorias do desenvolvimento organizacional:

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• Origens e princípios básicos;• Motivação humana;• Estilos de administração;• Processo de decisão;• Mudança organizacional;• Comportamento organizacional;• Cultura organizacional;• Apreciação crítica;

Teoria da contingência:• Origens e princípios básicos;• Ambiente e tecnologia;• Desenho organizacional;• Modelo contingencial de motivação;• Apreciação crítica;

Teoria Z:• Origens e princípios básicos;

Administração participativa, administração da qualidade:• Fundamentos e princípios;• Globalização;• Reengenharia;• Benchmarketing;• Downsizing;

Perspectivas de compreensão da estrutura organizacional:• Organização formal e informal;• Características organizacionais;• Tipos de organização;

Dinâmica comunicativa:• Estruturas comunicativas;• Bloqueios e conflitos;• Aspectos formais e informais;

Dinâmica das relações intergrupais:• Grupos e equipes;• Medidas de atitudes;• Liderança:• Abordagem de traço e de tipo;• Abordagem comportamental;• Teorias de liderança;

Motivação e atitudes:• Teorias de motivação• Satisfação e desempenho• Clima organizacional

3.4 MetodologiaO professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a)

orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu

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conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c)expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

3.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

3.6 BibliografiaAGUIAR. Maria Aparecida Ferreira de. Psicologia aplicada á administração: teoria crítica e a questão ética nas organizações. São Paulo: Excellus, 1992.BERGAMINI,C.W. Psicologia Aplicada à Administração de Empresas: psicologia do comportamento organizacional. São Paulo: Atlas, 1996.FIORELLI, José Osmir. Psicologia para administradores: integrando teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000.ROBBINS, S. Comportamento organizacional. São Paulo: Editora Pearson Educatio, 2002.SPECTOR, Paulo E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2002.

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4. Contabilidade

4.1 Fundamentação TeóricaA contabilidade surgiu a partir do comércio (feiras) que surge nas fronteiras

dos feudos, começa o renascimento mercantil, e ressurge o interesse em se conhecer o resultado das atividades de troca (lucro ou prejuízo); neste período, aparece o que se chamou de organização em burgos. O objetivo da contabilidade é a avaliação do patrimônio do burguês (comerciante), e a mensuração do retorno da aplicação deste patrimônio.

A revolução industrial foi um dos aspectos mais importantes na evolução dos objetivos da contabilidade com o seu surgimento, o sistema da informação nas empresas direcionou-se de forma efetiva para descrever o processo de manufatura dos bens, procurando evidenciar os recursos consumidos (custos), de forma que os gestores pudessem tomar decisões com base em informações que retratassem da melhor maneira possível a realidade.

Observa-se que na evolução dos objetivos da contabilidade é que estes diretamente relacionados com a própria evolução da necessidade dos usuários em obter tais informações, ou melhor, a contabilidade evolui exatamente no momento em que existe uma nova exigência de informação a ser fornecida a um determinado usuário.

A disciplina de Contabilidade vai ser desenvolver a partir de conceitos práticos que as organizações hoje trabalham de forma sistematizada para chegar aos seus objetivos, mas sempre dando enfoque de forma globalizada para construção de um conhecimento que vai interagir junto ao educando para formação de um cidadão.

Em última análise, a contabilidade tem uma função descritiva. Mas é tal a variedade dos patrimônios individualizados e a complexidade de cada conjunto patrimonial e os inúmeros aspectos das transformações dos componentes agregados na riqueza que se torna necessário o desdobramento para classificá-la sob três óticas: função escritural, função expositiva e função interpretativa. Além dessas, derivam algumas funções corretivas que complementam sua utilidade, dentre as quais se destaca a função administrativa.

É a contabilidade que coopera na gestão administrativa dando suporte para a elaboração dos objetivos previstos para cada empresa. Também prepara o aluno para cálculos, interpretações de índices econômicos e financeiros para a tomada de decisão nas empresas.

4.2 Objetivos GeralA disciplina Contabilidade tem como objetivo geral capacitar o aluno para

compreender a natureza da contabilidade, como a elaboração de relatórios contábeis, e compreender a natureza das análises das demonstrações contábeis para o processo decisorial na empresa.

Específicos• Distinguir os diversos tipos de usuários e as informações contábeis

pertinentes a cada um;

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• Conhecer os conceitos e a importância das contas patrimoniais para elaboração da Demonstração de Resultado do Exercício e Balanço Patrimonial;

• Identificar os métodos da avaliação de estoques e a apuração de custos(markup);

• Entender os procedimentos para o encerramento do Exercício contábil;• Interpretar e analisar a Demonstração de Resultado do Exercício e o

Balanço Patrimonial;• Resolver situações problemas, sabendo usar a metodologia específica

para a elaboração e implementação de uma análise de um balanço patrimonial;

• Identificar índices econômicos e financeiros na demonstração contábil;• Realizar diagnóstico com relatório final sobre a situação econômico-

financeira da empresa;• Trabalhar coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

4.3 ConteúdosEMENTA: Técnicas contábeis e análise das demonstrações contábeis.

2º Semestre• Noções básicas de contabilidade: • Funções;• Princípios e normas; • Campos de atuação;• Métodos das partidas dobradas; • Mecanismos de escrituração contábil: • Plano de contas;• Funções das contas e lançamentos;• Métodos de avaliação de estoque (PEPS, UEPS e custo médio).

3º Semestre• Noções das demonstrações contábeis (DRE e BP);• Noções de folha de pagamento;• Noções de custos;• Capital de giro;• Fluxo de caixa;• Análise das demonstrações contábeis e financeiras (vertical e horizontal);• Índices econômicos e financeiros;• Uso de recursos informatizados.

4.4 MetodologiaA metodologia do ensino da disciplina deve estar centrada na abordagem

histórica e resolução de problemas, partindo sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos. Cada professor traçará o caminho para levar os mesmos à compreensão dos conceitos teóricos e ao uso das técnicas e

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métodos adequados para a elaboração e análise dos cálculos específicos em cada contexto.

A história da evolução dos processos que envolveram a Administração de Pessoal na conjuntura sócio-econômica, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com os problemas e, a partir deles vai construindo seu saber para resolvê-los e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c)expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo

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assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

4.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

4.6 BibliografiaFAVERO, Hamilton et Al. Contabilidade: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 1995FRANCO, Hilário. Contabilidade Gerencial. 13. ed. São Paulo: Atlas, 1989.IUDÍCIBUS, Sérgio, Contabilidade Gerencial, São Paulo: Atlas, 1998MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos, São Paulo:Atlas, 1996MARION, José Carlos.Análise das Demonstrações Contábeis, Contabilidade empresarial.São Paulo:Atlas,2006 RIBEIRO, Osni Moura, Contabilidade básica. 19.ed. São Paulo: Saraiva, 1995.SÁ, Antônio Lopes, Princípios Fundamentais de Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2000.

5. Elaboração e Análise de Projetos

5.1 Fundamentação TeóricaNeste início desse milênio, "sobreviver" é um desafio constante que as

empresas em geral estão enfrentando. Isso ocorre devido à concorrência (muitas vezes predatória) gerada principalmente pelo dinamismo que vivemos nesse mundo globalizado. Os clientes estão cada vez mais exigentes quanto à qualidade dos produtos a um preço cada vez mais baixo. Com isso as margens de lucro têm sofrido reduções substanciais afetando muitas vezes a "saúde financeira" das empresas.

Novas necessidades estão surgindo para dar suporte aos melhoramentos contínuos dos produtos e serviços. Essas necessidades muitas vezes envolvem mudanças organizacionais drásticas, como por exemplo: novos processos,

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novas tecnologias, mão de obra mais específica, estrutura organizacional mais enxuta e flexível.

Ao mesmo tempo em que as empresas que nas décadas passadas lideravam o mercado de ações têm visto seus preços despencarem, surgem outras que num espaço de tempo muito menor têm alcançado valores excepcionais e gerado novas fortunas.

A visão do mercado e as projeções futuras de seu comportamento tornam-se possíveis e até certo ponto confiáveis primeiro através do uso das tecnologias da informação que hoje já estão incorporadas à cultura das organizações, e em segundo através do saber e experiência dos profissionais da administração que precisam estar sempre alertas para adquirirem novos conhecimentos e estarem sempre atualizados.

A ciência tem contribuído ao criar e aperfeiçoar os métodos e técnicas para a elaboração e análise de projetos, assim como ao estudar a evolução da sociedade entendendo e explicando o comportamento humano, e desenvolvendo novas maneiras que motivam o homem a procurar aumentar seu conhecimento. As experiências passadas servem de lição onde se extraem os pontos positivos e são feitas tentativas de eliminar os pontos negativos. Historicamente se percebe que nem sempre medidas administrativas que foram tomadas e obtiveram êxito em experiências passadas ou em contexto diferente têm o mesmo efeito se tomadas hoje. Descobrir e inferir, quais as variáveis que podem influir no modelo, e quantificar os resultados em forma de projeção são uma técnica que tem ajudado as organizações na tomada de decisões gerenciais importantes.

No mundo de hoje, ser um administrador exige além de um sonho, capital, experiência no negócio, intimidade com as novas tecnologias, conhecimento e disposição para aprender e se adaptar às novas exigências do mercado. Conduzir uma empresa produtiva requer acima de tudo uma administração formada por pessoas qualificadas e com conhecimentos de métodos e ferramentas para a elaboração e análise de projetos organizacionais e financeiros.

Assim, as mudanças nas empresas, as mudanças nos produtos e serviços, a formação de novos paradigmas produtivos, as ameaças de marginalização e o alto preço da informação nos levam a reflexões no sentido de se entender o papel da educação nesse contexto. Para enfrentar o ritmo acelerado das transformações que estão ocorrendo em todos os setores da sociedade, cada vez mais se torna necessário que a escola contribua para a formação de cidadãos abertos e conscientes, que saibam elaborar e analisar projetos e trabalhar em equipe. Nesse contexto é preciso compreender as mudanças que estão ocorrendo no mundo, principalmente no que diz respeito ao mercado de trabalho em todos os setores produtivos e analisar como o ensino deve evoluir para acompanhar estas transformações, incluindo na sua grade curricular a disciplina de Elaboração e Análise de Projetos.

5.2 ObjetivosGerais

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A disciplina - Elaboração e Análise de Projetos - tem como objetivo geral fornecer conhecimentos necessários para o aluno que atua profissionalmente na área administrativa sobre a elaboração de projetos de investimentos, como:

• Levar o aluno a aprofundar os aspectos teóricos e práticos relativos aos tipos de projetos;

• Enfatizar a compreensão dos aspectos administrativos, legais e mercadológicos que envolvem a elaboração de projetos de investimentos;

• Usar processos racionais para a elaboração, análise e avaliação de projetos.

Específicos• Entender o ambiente macroeconômico em que a empresa está inserida;• Identificar as Políticas Econômicas e o Projeto Econômico que envolve um

investimento;• Desenvolver a capacidade de raciocínio para estudar o Mercado, anterior,

atual e futuro fazendo projeções de investimentos;• Fazer observações sistemáticas de aspectos administrativos, legais e

mercadológicos estabelecendo inter-relações entre eles;• Identificar a Engenharia envolvida para a implantação de um projeto como

o tamanho, localização, e atratividade;• Resolver situações problemas, sabendo validar estratégias e apresentar

resultados utilizando o conhecimento sobre orçamento de custo e receita;• Argumentar sobre Financiamento, objetivos e critérios;• Identificar, analisar e aplicar conhecimentos sobre retorno do projeto

envolvendo a questão do valor do dinheiro no tempo, o custo de oportunidade e o tempo de retorno e suas variantes;

• Articular o conhecimento administrativo numa perspectiva interdisciplinar.• Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções; • Proporcionar ao aluno o conhecimento das técnicas de

elaboração,apresentação e avaliação de projetos, construíndo um projeto viável ao mercado.

5.3 ConteúdosEMENTA: Projeto desenvolvido nas modalidades de plano de negócio,

estudo de caso, perfil de consumidor entre outros.3º Semestre:

• Roteiro de projeto; • Coleta de dados; • Redação do projeto; • Técnicas de Apresentação.

5.4 MetodologiaDentro de uma abordagem histórica e da resolução de problemas, partindo

sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos, cada professor deverá traçar o caminho para levar os mesmos à compreensão e ao uso das técnicas e métodos adequados para a elaboração e análise de projetos administrativos e de investimentos em cada contexto.

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Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos processos que envolveram a elaboração e análise de projetos na conjuntura sócio-econômica, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com os problemas e, a partir deles vai construindo seu saber para resolvê-los e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c)expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo de o professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

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5.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

5.6 BibliografiaMALHOTRA. N. Pesquisa de Mkt. Porto Alegre: Bookman, 2001.RODRIGUES, Tui Martinho. Pesquisa Acadêmica: Como Facilitar o Processo de Preparação de suas Etapas. Editora Atlas, 2007.VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas, 2000.______. Projeto de pesquisa: Propostas metodológicas. Petrópolis: Vozes, 1991.

6. Estatistica Aplicada

6.1 Fundamentação TeóricaA estatística é um ramo da matemática aplicada que surgiu num processo

histórico com o desenvolvimento do homem. Desde sua origem na face da terra e na medida em que a população crescia, o homem deparou-se com a necessidade de um meio para contar e quantificar o que iria auxiliá-lo na sua sobrevivência para a realização das trocas dentro da sua comunidade social. Assim, gradativamente, foram surgindo vários códigos e objetos que representavam as quantidades e a forma com que processavam as informações.

Na Antiguidade, vários povos já registravam o número de habitantes, de nascimentos, de óbitos, faziam estimativas das riquezas individuais e sociais, distribuíam eqüitativamente terras ao povo, cobravam impostos e realizavam inquéritos quantitativos por processos que hoje, chamamos de “processos estatísticos”. As informações eram recolhidas e registradas com finalidades bélicas ou tributárias.

A partir do século XVI começaram a surgir as primeiras análises sistemáticas de fatos sociais, como batizados, casamentos funerais, originando as primeiras tábuas e tabelas e os primeiros números relativos. Apenas no

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século XVIII é que o estudo de tais fatos foi adquirindo, aos poucos, feição verdadeiramente científica. As tabelas tornaram-se mais completas, surgiram as representações gráficas e o cálculo das probabilidades, e a Estatística deixou de ser simples catalogação de dados numéricos coletivos para se tornar o estudo de como chegar a conclusões sobre o todo, partindo da observação de partes desse todo.

Hoje, a estatística normalmente é base para as notícias e o leitor ou ouvinte muitas vezes se posiciona em dois extremos divergentes e igualmente errôneos em relação à validade das conclusões estatísticas veiculadas: ou crê em sua infalibilidade ou afirma que elas nada provam. Isto acontece, porque muitos ignoram os objetivos, o campo de aplicação e o rigor dos métodos estatísticos, ou seja, ignoram a Estatística, quer teórica quer prática, ou a conhecem superficialmente.

Sendo assim, os conhecimentos estatísticos, historicamente produzidos como bem cultural da humanidade devem ser transmitidos para as gerações posteriores como instrumentos para a análise de dados e a tomada de decisão para a solução dos problemas e necessidades sociais dentro de cada contexto. Esses conhecimentos são considerados como ferramentas para a transformação da natureza, nas relações de trabalho, políticas econômicas, sociais e culturais e como base científica, dando suporte para outras ciências. Cabe ressaltar que, como a estatística é fruto de um processo, não deve ser vista como uma ciência pronta e acabada.

A educação estatística que acompanha os processos de mudanças e oferece formação adequada às novas necessidades humanas contribui para diminuir as diferenças e desigualdades sociais. Hoje há necessidade de um trabalho conjunto onde os conhecimentos são reconhecidos como necessários com uma visão da totalidade e interdependência. Nosso objetivo como educadores na disciplina de estatística aplicada é orientar os alunos na busca seletiva, na compreensão e no julgamento de todas as informações a que tem acesso diariamente. É formar um cidadão crítico capaz de enfrentar os desafios no seu cotidiano e criar soluções para os problemas que se apresentarem, ou seja, tenha um espírito dinâmico e empreendedor, que, sabendo adaptar-se às novas situações não tema as inovações tecnológicas, mas, ao contrário, use a tecnologia como meio para seu sucesso.

Dominar a estatística é uma questão de emancipação do homem, que poderá através de suas ferramentas, compreender e intervir na sociedade, quantificando, medindo, organizando, analisando, tomando decisões, agindo, favorecendo assim seu interesse e da coletividade. É através do conhecimento estatístico que o homem resolve diversas situações do cotidiano, desde uma simples análise crítica sobre uma notícia veiculada até os mais complexos projetos de desenvolvimento político, econômico e científico.

Sabemos que a educação profissionalizante exerce uma importante função social na vida do trabalhador, uma vez que complementa e solidifica sua educação. É ela que lhe dá condições para que o sujeito se torne mais crítico e consciente da importância de seu papel social e exercício de cidadania, fornecendo a base teórica e prática indispensável na sua rotina cotidiana.

A direção de uma empresa, de qualquer tipo, incluindo as estatais e governamentais, exige de seu administrador a importante tarefa de tomar

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decisões, e o conhecimento e o uso da estatística facilitarão seu tríplice trabalho de organizar, dirigir e controlar a empresa.

Por meio de sondagem, de coleta de dados e de recenseamento de opiniões, é possível conhecer a realidade geográfica e social, os recursos naturais, humanos e financeiros disponíveis, as expectativas da comunidade sobre a empresa, e estabelecer suas metas, seus objetivos com maior possibilidade de serem alcançados a curto, médio ou longo prazo.

A estatística também ajudará na seleção e organização da estratégia a ser adotada no empreendimento, na escolha das técnicas de verificação e avaliação, da quantidade e qualidade do produto e mesmos dos possíveis lucros ou perdas, bem como fornece ferramentas adequadas para o registro dos dados que facilitarão os cálculos matemático-estatísticos.

O papel da escola é sistematizar o conhecimento estatístico visto que, os processos e técnicas estatísticos estão presentes nas múltiplas atividades humanas e só estudando–os, poderão ser evitados os erros das generalizações apressadas a respeito das tabelas e gráficos apresentadas em jornais, revistas e televisão. Assim, o profissional estará apto para fazer intervenções na sua empresa para transformá-la, consolidando-se como um cidadão consciente, crítico e empreendedor.

ObjetivosFormar profissionais na área administrativa com capacidade para coletar,

organizar, descrever analisar e interpretar os dados utilizando para isso métodos estatísticos, afim de que possa inferir resultados que transcendam os dados obtidos inicialmente para tomar decisões sobre eles.

Objetivos Específicos• Coletar e organizar dados;• Sintetizar e descrever dados através de tabelas e gráficos;• Analisar dados para facilitar a tomada de decisão;• Fazer inferências e previsões com base em análise de dados; • Utilizar profissionalmente metodologia cientifica em seu campo de

trabalho;• Entender a literatura científica da área.• Entender os conceitos de estatística, arredondamento de números,

propriedade de somatória;• Reconhecer uma variável discreta de uma variável continua;• Diferenciar uma amostra de uma população; • Identificar técnicas de amostragem;• Reconhecer as séries estatísticas;• Saber sistematizar os dados obedecendo às normas científicas;• Construir tabelas e gráficos de dados estatísticos com suas respectivas

análises; • Reconhecer os dados organizados em rol, e distribuídos em tabelas de

freqüência;• Diferenciar uma distribuição de freqüência de variáveis discretas e

contínuas;

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• Identificar elementos de uma distribuição de freqüência: classe, limites de classe, amplitude, ponto médio da classe;

• Diferenciar e calcular os diversos tipos de freqüências: freqüência absoluta, relativa e acumulada;

• Identificar e construir histogramas e polígonos de freqüências;• Calcular a média, mediana, moda e quartis de uma distribuição de

freqüências;• Calcular as medidas de dispersão: desvio médio, variância, desvio padrão;• Identificar a representação gráfica de uma distribuição normal;• Reconhecer as relações que podem existir entre as variáveis estudadas;• Saber distinguir as variáveis quantitativas e a relação estatística que

existe entre elas;• Representar o diagrama de dispersão de uma amostra;• Verificar a correlação linear que existe num diagrama de dispersão;• Calcular o coeficiente de correlação linear;• Estimar a função linear (quando possível) que representa os dados

analisados;• Fazer inferências e previsões com base em análise de dados.

6.3 ConteúdosEMENTA: Bases conceituais de Estatística; Coleta, Organização, Análise e

interpretação de dados. Instrumentos estatísticos. Apresentação de resultados.

1º Semestre• Conceitos de estatística; • Arredondamento de números• Propriedades da somatória• Coleta;• Organização;• Análise e interpretação e validação de dados de fontes primárias e

secundárias;• Fontes de dados: • População;• Amostra;• Técnicas de amostragem causal simples, sistemática e estratificada• Tipos de variáveis; • Séries estatísticas• Distribuição de freqüências: dados brutos, rol, tabelas, elementos de uma

distribuição de freqüência, tipos de freqüência(Freqüência absoluta, Freqüência relativa)

• Analise de gráficos estatísticos; • Representação gráfica; • Medidas descritivas: • Tendência central: moda, mediana, media aritmética; • Medidas de dispersão: • Amplitude total,

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• Interquatrílica, • Desvio médio, • Coeficiente de variação, • Medidas de assimetria, • Medidas de curtose; • Probabilidade e estatística; • Experimento aleatório, espaço amostral, evento; • Função ou distribuição de probabilidade; • Probabilidade frequencista e lei dos grandes números; • Curva de distribuição e distribuição normal;• Utilização de recursos da informática para organização e apresentação de

informações.

6.4 MetodologiaPara levar as idéias-chave de construção de compreensão à prática da sala

de aula não se pretende traçar um único caminho, mas, cada professor deve construí-lo dentro de uma abordagem histórica, da resolução de problemas e do uso da tecnologia nas aplicações matemáticas e estatísticas ajustando-as às necessidades de cada contexto.

Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da estatística é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a estatística como uma ciência para resolver problemas da humanidade, portanto, um fato social que resulta da colaboração de todos e estritamente ligada às necessidades sociais.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com os problemas e, a partir deles vai construindo seu saber estatístico e matemático para resolvê-los e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino da estatística por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O computador e seus aplicativos são ferramentas que possibilitam ao aluno criar um ambiente de aprendizagem em que pode pesquisar, fazer antecipações e simulações, confirmar idéias prévias, experimentar, criar soluções e, principalmente, construir novas formas de representação mental. A utilização dos recursos dos aplicativos tecnológicos na criação de trabalhos e projetos dentro da matemática e da estatística desenvolve as habilidades e promove o processo de reaculturação permitindo que cada um construa seu conhecimento. O aluno poderá, através do uso da tecnologia computacional, elaborar gráficos e resolver problemas vinculados aos assuntos abordados. Poderá com maior facilidade simular situações e visualizar resultados que fornecerá maior subsídio para a assimilação dos conceitos trabalhados em sala de aula.

O ensino estatístico deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social

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ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa no seu cotidiano.

Os conteúdos estatísticos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O que se propõe é que o professor adote não uma, mas várias condutas: ora a conduta de orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; ora, que adote a conduta de provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; e, ainda, que adote a conduta de expositor de um conhecimento, já formalizado e sistematizado, isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

A educação estatística no ensino profissionalizante não se destina a formar estatísticos, mas pessoas que possuam cultura que lhes permita aplicar a estatística nas suas atividades profissionais diárias. Para chegar a isso, o professor deverá propor a execução de projetos de trabalho que utilizem esses conceitos, ou ainda acatar as idéias que dos próprios alunos.

6.5 AvaliaçãoA avaliação é um elemento, uma parte integrante do processo ensino-

aprendizagem, abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno e também os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino. É algo bem mais amplo do que medir quantidade de conteúdos que o aluno aprendeu em determinado período.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. Assim, a avaliação deve ser vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico e se tornar um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino, para que realmente o aluno aprenda.

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A verificação do aproveitamento do aluno apenas por meio de procedimentos formais (provas no final do bimestre) não afere todos os progressos que o aluno alcançou como: mudanças de atitudes, envolvimento e crescimento no processo ensino-aprendizagem, avanço na capacidade de expressão oral ou na habilidade de manipular materiais pedagógicos, descobrindo usas características e propriedades. Por isso são sugeridos vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, testes, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

6.6 BibliografiaCRESPO, A A. Estatística Fácil. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.DANTE, L. R. Matemática Contexto e Aplicações. Ensino médio. Volume único. São Paulo: Editora Ática. 2000.DOWNING, D. Estatística Aplicada. Douglas Downing, Jeffey Clark; Tradução de Alfredo Alves de Farias. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.MARTINS, G de. Estatística Geral e Aplicada. 2.ed.. São Paulo: Atlas, 2002.PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica: Matemática. Curitiba: SEED-PR, 2006.

7. Fundamentos do Trabalho

7.1 Fundamentação TeóricaNa atualidade a busca pela excelência e aumento da produtividade muitas

vezes coloca o trabalho de forma desumana e desprovido de garantias essenciais para a sobrevivência. Assim, o trabalho deve ser visto como instrumentalizador da dignidade e da pessoa humana. Nessa perspectiva o homem deve ser considerado um parceiro necessário ao desenvolvimento do mercado e não apenas um fator de produção. Não se pode esquecer que a ordem econômica tem uma função social a cumprir no tocante a dignidade da pessoa humana de forma a assegurar a todos os direitos sociais básicos.

Assim, o trabalho deve ser visto, conforme prega Saviani, como princípio educativo em três sentidos: ontológico, histórico e econômico. Ontológico, quando o educando compreende o processo histórico do desenvolvimento de toda a produção científica e tecnológica, liga cada inovação ao contexto social do momento em que surgiu e percebe que esse conhecimento foi apropriado socialmente e que contribuiu para transformar a realidade social, e, por se tratar de um processo, está em constante desenvolvimento. Histórico, no momento em que se relaciona o conhecimento com o processo de trabalho, mostrando que o saber é a base para integrar o educando numa sociedade produtiva. Econômico, no momento em que se oferece ao educando uma formação específica para o trabalho que o qualifica como força produtiva.

Vale ressaltar que não se pode separar o conhecimento científico do contexto em que foi elaborado, assim como não se pode negar a influência do trabalho como forma de alavancar a evolução científica e tecnológica. Assim, a formação profissional não pode ser considerada apenas para atender o mercado de trabalho momentâneo, mas sim, preparar o educando para a

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realidade, fundamentar seu conhecimento com bases científicas, ao mesmo tempo em que se faz a relação entre o seu mundo com o sistema educacional, sistema político, sistema econômico, ou seja, que ele tenha noção da totalidade para poder agir com ética na transformação da sua realidade social.

É, portanto, de suma importância fundamentar o educando para que ele entenda as transformações no mundo do trabalho: tecnologias, globalização, qualificação do trabalho e principalmente a necessidade da qualificação profissional do trabalhador, de modo que ele veja o trabalho como realização da humanidade, o trabalho como produtor da sobrevivência e da cultura, assim como cada um consiga atingir sua emancipação e se tornar um cidadão com conhecimento científico e profissional suficiente e capacidade para fazer uso desse conhecimento em intervenções conscientes na realidade social, tendo consciência de que faz parte de um processo histórico.

7.2 ObjetivosA disciplina Fundamentos do Trabalho tem como objetivo geral

proporcionar o conhecimento histórico da evolução do processo produtivo tendo como pressuposto o trabalho da humanidade para a transformação não só da natureza mas também das transformações das relações sociais, contribuindo assim, para a formação de um profissional preparado para entender a realidade social, econômica, política e cultural do mundo do trabalho e atuar de forma ética como sujeito histórico.

Objetivos Específicos• Entender historicamente o trabalho como parte do processo produtivo; • Conhecer e avaliar o impacto das novas tecnologias produtivas no mundo

do trabalho;• Entender o processo de qualificação do trabalho e do trabalhador na

perspectiva do mercado do trabalho; • Conhecer o efeito da globalização no mundo do trabalho;• Entender o processo de alienação que pode acontecer no mundo do

trabalho ou no processo produtivo.

7.3 Conteúdos 1º Semestre

• Dimensões do trabalho humano;• Perspectiva histórica do mundo do trabalho;• Trabalho como mercadoria: processo de alienação;• Emprego, desemprego e sub-emprego;• Processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalha;• Impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo do

trabalho;• Qualificação do trabalho e do trabalhador;• Perspectivas de inclusão do trabalhador na nova dinâmica do trabalho.

7.4 MetodologiaA história da evolução dos processos de produção é o ponto de partida para

o aprendizado. Assim, abordagem da história do homem mostrando os

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conceitos e as relações de trabalho, ciência e cultura e o contexto em que esses conhecimentos foram elaborados é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina e sua aplicação para que cada um seja um cidadão com conhecimento científico suficiente e capacidade para fazer uso desse conhecimento e intervenções conscientes na realidade social.

Através da leitura de textos, pesquisas na Internet, trabalhos em grupo, discussões, debates, desenvolvimento de seminários e estudos de casos, o aluno tem a oportunidade de defrontar-se com problemas e são levados a encontrar soluções adequadas para cada um ao tomar conhecimento da teoria que suporta tais soluções, construindo dessa forma seu saber. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O que se propõe é que o professor adote não uma, mas várias condutas: ora a conduta de orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; ora, que adote a conduta de provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; e, ainda, que adote a conduta de expositor de um conhecimento, já formalizado e sistematizado, isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

7.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

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A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

7.6 BibliografiaAGUIAR, Maria Aparecida Ferreira de. Psicologia aplicada à administração: teoria crítica e a questão ética nas organizações. São Paulo: Excellus, 1992.ARANHA, M.L.A. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.DURKHEIM, E. Educação e Sociologia. 6 ed. Trad. Lourenço Filho. São Paulo: Melhoramentos, 1995.FERRETTI, C elso e SILVA, João R. Trabalho,Cultura, Qualificação Profissional e Formação. Mimeo. 2000.FRIGOTTO, Galdêncio (org). Educação e Crise do Trabalho: perspectivas de final de século. Petrópolis: Vozes. 1998.GARCIA, Sandra R. O fio da história: a gênese da formação profissional no Brasil. Texto Encomendado pelo GT Trabalho e Educação, 27ª Reunião da ANPED. Caxambu, 2004.GARCIA, Sandra R. A política de integração da Educação Profissional ao Ensino Médio. In: O ensino médio integrado à educação profissional: concepções a partir da implantação na Rede Pública Estadual do Paraná. Curitiba, SEED/PR, 2008.SAVIANI, Dermeval. Trabalho e Educação: Fundamentos Ontológicos e Históricos. Trabalho encomendado pelo GT Trabalho e Educação apresentado na 29ª Reunião da ANPED, Caxambu, 2006. SAVIANI, Dermeval. A noval ei da educação: trajetória, limites e perspectivas. Campinas: Autores Associados, 1997.

8. Gestão de Pessoas

8.1 Fundamentação TeóricaVivemos atualmente em um ambiente de grandes e profundas

transformações, tanto no aspecto econômico, social ou tecnológico. As mudanças são rápidas e muitas vezes inesperadas, o que exige das organizações e seus profissionais uma revisão dos parâmetros de gestão. Revisão essa que começa pela tomada de consciência de que as pessoas são o único fator de diferencial competitivo estratégico, uma vez que são elas que podem garantir a adaptação da empresa a esse tempo veloz.

Ao longo do tempo o ser humano foi adquirindo grau de importância dentro das organizações. Este, na época de Taylor era tido como motivado apenas por recursos financeiros. Gradativamente, com o desenvolvimento da Administração, com o surgimento de vários estudiosos e interessados sobre o assunto e com a necessidade de resolução dos problemas cada vez mais emergentes, o homem passou de um agente limitante do crescimento para um agente indutor do crescimento.

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O rápido avanço da tecnologia e a expansão das fronteiras de mercado propiciam às empresas produzirem mais, com menor espaço de tempo, para qualquer parte do mundo, o que provoca um acirramento brutal da concorrência. Hoje, um produto ou serviço é facilmente superável por um melhor vindo de qualquer parte do mundo. A tecnologia das organizações pode ser superada, mas seu comportamento produtivo não.

Por esse motivo, as empresas hoje necessitam cada vez mais de gente: gente capacitada; gente treinada; gente motivada; gente comprometida com seu trabalho. São as pessoas que podem fazer o diferencial. Por isso as empresas investem pesadamente no fator ser humano para conseguirem o comportamento produtivo através de: treinamento e desenvolvimento, reconhecimento, incentivos financeiros flexíveis, benefícios flexíveis, planos de carreira, e etc., tudo isto com o intuito de tornar as pessoas aliadas imbatíveis frente à competitividade, pois elas trabalham satisfeitas, felizes e despreocupadas, gerando qualidade, atendimento diferenciado, personalizado ao invés de padronizado.

É responsabilidade da Administração de Recursos Humanos, não apenas administrar o pessoal, no aspecto burocrático gerando a folha de pagamento, contratações e demissões, seleção e recrutamento de candidatos, mas principalmente atuar junto com a empresa nos negócios, preparando e qualificando seu pessoal, para que sejam capazes de enfrentar as mudanças do futuro e alcançar os resultados por todos almejados.

Assim, as mudanças nas empresas, as mudanças nos produtos e serviços, a formação de novos paradigmas produtivos, as ameaças de marginalização, o alto preço da informação e a importância do profissional qualificado nos levam a reflexões no sentido de se entender o papel da educação nesse contexto. Para enfrentar essas transformações cada vez mais se torna necessário que a escola contribua para a formação de cidadãos abertos e conscientes, que saibam trabalhar em equipe, que sejam empreendedores, líderes e profissionais comprometidos com a qualidade de vida da sociedade. Compreendendo as mudanças de perfil do trabalhador o ensino deve evoluir para acompanhar estas transformações, incluindo na sua grade curricular a disciplina de Gestão de Pessoas.

8.2 ObjetivosGeraisA disciplina Gestão de Pessoas tem como objetivo geral fornecer

conhecimentos necessários para que o aluno possa atuar nesta área:• Despertar no aluno a consciência de relevante papel da gestão de

Recursos Humanos na formação de empreendedores, líderes e profissionais comprometidos com a melhoria da qualidade de vida da sociedade;

• Motivar os alunos a adotar posturas adequadas de liderança nos grupos acadêmicos e sociais preparando-os para o efetivo e bem sucedido exercício profissional;

Específicos• Entender a evolução histórica da Administração de Recursos Humanos,

seus conceitos, natureza, objetivos;

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• Compreender os objetivos do setor para a empresa;• Argumentar sobre e a importância do setor para a empresa; • Desenvolver a capacidade de raciocínio para observar a administração de

Recursos Humanos de forma sistêmica;• Fazer observações sistemáticas da estrutura da área de administração de

recursos humanos na organização;• Resolver situações problemas, sabendo validar estratégias e apresentar

resultados utilizando o conhecimento sobre Administração de Recursos Humanos;

• Interagir com seus pares de forma cooperativa;• Trabalhar coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

8.3 ConteúdosEMENTA: Evolução das modalidades de gestão de pessoas nas

organizações. Processos e atividades de gestão de pessoas nas organizações.

2º Semestre:Evolução da administração de pessoas:

• Evolução histórica da administração de RH no Brasil;• A Administração de RH e os seus Processos;

As principais tendências da gestão de pessoas na organização:• Função do gestor de recursos humanos.

As organizações e a administração de pessoas:• Interação organização/ indivíduo;• Planejamento estratégico da Gestão de Pessoas;• Desenvolvendo objetivos, políticas, planejamento e desenvolvimento.

Recrutamento e Seleção:• Métodos de recrutamento;

3º Semestre:Técnicas de seleção:

• Entrevistas;• Dinâmicas;• Provas de conhecimento;• Testes de personalidade;

Desenvolvimento e treinamento:• Diagnóstico;• Processo;• Avaliação;

Política de salários:• Remuneração;

Avaliação de desempenho:• Auto-avaliação;• Avaliação 360º

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8.4 MetodologiaA metodologia do ensino da disciplina deve estar centrada na abordagem

histórica e resolução de problemas, partindo sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos. Cada professor traçará o caminho para levar os mesmos à compreensão dos conceitos teóricos e ao uso das técnicas e métodos adequados para a elaboração e análise dos cálculos específicos em cada contexto.

A história da evolução dos processos que envolveram a Administração de Pessoal na conjuntura sócio-econômica, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com os problemas e, a partir deles vai construindo seu saber para resolvê-los e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c) expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo de o professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que

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possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

8.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

8.6 BibliografiaCHIAVENATO, I. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 2000.GIL, A. de L. Administração de Recursos Humanos: em enfoque profissional. São Paulo; Atlas, 1996.RIBEIRO, A. de L. Gestão de Pessoas. São Paulo: Editora Saraiva: 2006DESSLER, G. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Prentice Hall, 2003.PONTELO, Juliana; Cruz, Lucineide. Gestão de Pessoas. Manual de Rotinas Trabalhistas. Brasilia: Senac. 2006.

9. Informática

9.1 Fundamentação TeóricaTem-se afirmado que a principal característica da economia globalizada é o

fluxo e a troca quase instantâneos de informação, capital e comunicação cultural. Estes fluxos, ao mesmo tempo em que regulam, condicionam tanto o consumo como a produção provocando a marginalização das organizações que não se mostrarem flexíveis e sensíveis às novas tecnologias.

Visando entender e explicar as transformações que envolvem todos os setores da economia, estudiosos de todas as áreas estão se voltando tanto para o impacto que as Tecnologias de Informação e Comunicação estão

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causando na produtividade econômica como para a extensão e profundidade em que estas tecnologias levam às mudanças sociais e econômicas.

A maturidade digital é responsável por uma frenética experimentação em que as empresas nascem e morrem todos os dias, ao mesmo tempo em que a própria idéia de empresa está mudando. A idéia de empresa como uma entidade concreta, fisicamente instalada, está cedendo lugar ao conceito de empresa virtual, onde é possível se produzir coisas reais oferecendo serviços de valor sem muitos ativos fixos.

A informática já é uma realidade no mundo globalizado como ferramenta chave para a união de todos os tipos de atividades comerciais ou não, e a execução mais rápida, confiável e eficiente dos diversos tipos de processos em que a tecnologia pode auxiliar.

Dentro do curso de administração, a interdisciplinaridade é muito forte, e juntamente com a informática, estas relações se estreitam ainda mais devido a trabalhos que podem ser desenvolvidos de forma a integrar conhecimentos diversos em uma única atividade voltada inclusive para um trabalho de conclusão do curso.

Além deste auxílio, o mercado de trabalho atual exige do profissional um grau mínimo de conhecimentos de informática para qualquer atividade devido ao crescente aumento de operações realizadas exclusivamente via computadores e pela Internet como envio de documentos digitados, fotocopiados, gerados automaticamente por sistemas de banco de dados, planilhas em geral, e todos os demais tipos de conteúdos possíveis de serem transmitidos de forma digital.

9.2 Objetivos A disciplina de Informática no curso tem como objetivo geral desenvolver a

compreensão necessária da mais presente ferramenta de auxilio administrativo da atualidade de maneira que se possa criar um leque de recursos mais ágeis, flexíveis e confiáveis para se organizar as tarefas da rotina empresarial, ou seja, preparar e desenvolver no profissional as habilidades necessárias para entender, operar os computadores e saber escolher a ferramenta mais indicada para facilitar suas tarefas administrativas e particulares.

Objetivos Específicos• Compreender os fundamentos do computador;• Identificar e conhecer as peças que compõem a máquina;• Saber como utilizar alguns periféricos;• Identificar configurações e detalhes técnicos necessários para a escolha

da tecnologia a ser utilizada na empresa;• Conhecer os sistemas operacionais e sua função básica para o

funcionamento de um computador;• Compreender como usar de forma adequada os recursos mais comuns da

Internet;• Identificar como os conhecimentos de informática podem ajudar o

profissional em seu dia a dia;• Aprender a criar documentos, planilhas e apresentações usando as

ferramentas adequadas.

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9.3 Conteúdos1º Semestre

Aspectos Teóricos sobre Arquitetura geral de computadores;• Periféricos• Mouse (convencional/ótico);• Monitores (convencional/LCD);• Teclados;• Impressoras (matricial, jato de tinta, laser);• Scanner (características e diferentes tipos);• Periféricos de armazenamento (tipos e características);• Câmeras digitais e webcams (características e diferentes tipos);• Memórias e suas funções;• Processadores, suas características, modelos e função;

Aspectos teóricos e práticos do Sistema Operacional;• Serviços do Sistema Operacional;• Configurações (Painel de Controle);• Gerenciamento de Arquivos;

Aspectos teóricos e práticos da Internet;• Transferência de dados via cabos e ar;• Fundamentos da comunicação (protocolos e endereços)• Uso da Internet para navegação, pesquisas, envio de mensagens e

configurações básicas do navegador.Aspectos teóricos e praticos sobre alguns aplicativos

• Processadores de textos;• Formatação básica, organogramas, desenhos, figuras.

2º Semestre• Processadores de textos;• Mala direta, etiquetas, banco de dados• Planilhas eletrônicas• Formatação;• Fórmulas;• Funções;• Gráficos.• Internet no Contexto empresarial;• Comércio eletrônico.

9.4 MetodologiaBaseando-se na ideia de que todo o conteúdo da disciplina é altamente

voltado ao mercado de trabalho e tem uma grande fatia de participação no mesmo, é importante que se busque formas de que o conteúdo seja compreendido e realmente aproveitado.

O trabalho de todos os temas em sala de aula é de suma importância, visto que é base para todo o curso e indispensável para o aproveitamento nas demais disciplinas.

Estudos de casos reais são trabalhados em sala para que se tenha uma visão mais próxima do que será encontrado no futuro e também para que o

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conteúdo visto tenha o mínimo de diferenças do que espera deste futuro profissional em uma empresa.

9.5 AvaliaçãoTodo conhecimento exposto em sala de aula é passível de avaliação e pode

ser mensurado seguindo o permitido pelo regimento escolar e dentro da carga horária total da disciplina para verificação do grau de aprendizado atingido.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

9.6 BibliografiaCAPRON, H.L., JOHNSON, J.A.; Introdução à Informática. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2004.NORTON, Peter. Introdução à Informática. Editora Makron Books Ltda, 1999.MURRAY, Katherine. First Look – Microsoft Office 2010. Microsoft Press, 2010.BIBLIOGRAFIA ELETRÔNICABROFFICE. Aplicativos de escritório de distribuição livre. Disponível em < http://www.broffice.org/ >. Acessado em 12 de agosto de 2010.

10. Introdução a Economia

10.1 Fundamentação TeóricaNa maior parte das vezes, quando se trata de analisar o papel das micros e

pequenas empresas, procura-se destacar o seu papel privilegiado no desenvolvimento local. Essa dimensão analítica não está incorreta apesar de estar associada ao paradigma técnico produtivo que atualmente se encontra em profunda transformação.

O segmento das micros e pequenas empresas possui atualmente a oportunidade de romper com a situação de atraso tecnológico e produtivo, bem como superar as condições de trabalho e remuneração que definem a classificação de países subdesenvolvido e em desenvolvimento.

Para as nações sem capacidade de avançar na internalização do novo paradigma técnico produtivo estão num estágio de estagnação produtiva e até de regressão sócio-econômico. O Brasil hoje está em fase de desenvolvimento e para isso há necessidade de pessoas capacitadas para ter uma visão globalizada de micro e macroeconômica. É importante que a renda percapta tenha uma melhor distribuição. Para que isso aconteça, é indispensável a melhoria de alguns indicadores como a educação, saúde e trabalhadores economicamente ativos, diminuindo assim o número de trabalhadores informais.

Assim, o curso pode contribuir para a formação do conhecimento do profissional na área administrativa inserindo no processo educacional a disciplina Teoria Econômica a seus alunos.

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10.2 ObjetivosA disciplina Introdução a Economia tem como objetivo geral fornecer

subsídios para o aluno ter uma visão macroeconômica e microeconômica brasileira.

Objetivos EspecíficosO aluno deverá:• Entender as noções gerais de economia;• Obter conhecimentos básicos do sistema econômico;• Identificar a demanda e a oferta;• Verificar a elasticidade do preço, venda e receita total;• Compreender as mudanças que ocorrem na economia brasileira.

10.3 Conteúdos EMENTA: Conhecimentos gerais sobre os diversos aspectos que envolvem

a economia atual. Abordagem histórica da economia; definições e abordagens conceituais. Variável micro e macroeconômicas. O Brasil no mercado globalizado: contas nacionais, o papel do setor público, emprego e renda, política monetária, câmbio e balança de pagamentos, transferências, estabilização e crescimento. A dinâmica da dependência econômica e tecnológica. Déficits ambientais.2º Semestre

• Introdução ao estudo da economia: • Problemas básicos de um sistema econômico; • Necessidades do ser humano – Lei da Escassez; • Definição de economia; • Relação da economia com as demais ciências; • Dez princípios da economia; • Evolução do pensamento econômico: • A economia na antiguidade; • Mercantilismo; • Liberalismo econômico; • A escola fisiocrata; • A escola clássica; • Pensamento liberal e reações; • A teoria marginalista; • O Keinesyanismo;

3º Semestre• Demanda: • Principais variáveis determinantes da demanda; • Deslocamento da curva e ao longo da curva de demanda; • Oferta: • Principais variáveis determinantes da oferta; • Deslocamento da curva e ao longo da curva de oferta; • Elasticidade: • Elasticidade-preço; • Elasticidade renda e receita total;

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• Economia Brasileira:• Desenvolvimento e dependência;• As contas nacionais e papel do setor público;• PIB e distribuição da riqueza;• O papel do mercado interno e da matriz de exportações;• O Brasil no mercado globalizado;• Crescimento e déficit ambiental.

10.4 MetodologiaCada professor deverá, dentro de uma abordagem histórica, da resolução

de problemas, partindo sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos, traçar o caminho para levar os mesmos à compreensão do papel da administração da produção de materiais no contexto empresarial.

Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos processos que envolveram o ambiente de produção e materiais e a elaboração de estratégias para o desenvolvimento e implantação de orçamentos econômicos, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com as dificuldades e, a partir delas vai construindo seu saber para resolvê-las e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão.

Para conseguir esse objetivo, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; b)

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provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; c)expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

10.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

10.6 BibliografiaARAÚJO, C.R.V. História do Pensamento Econômico: uma abordagem introdutória. São Paulo: Atlas, 1996.GIAMBIAGI, Fabio; ALËM, Cláudia Ana. Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1999.LACERDA, Antônio Corrêa de. O impacto da globalização na economia brasileira. São Paulo: Editora Contexto, 1998.LANZANA, Antônio Evaristo Teixeira. Economia Brasileira: fundamentos e atualidades. São Paulo: Atlas, 2001.ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2000.VASCONCELOS, Marco Antônio Sandoval & outros. Economia Brasileira Contemporânea: para cursos de economia e administração. São Paulo: Atlas, 1999.VASCONCELOS, Marco Antonio 5.ed. & GARCIA, Manuel E. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 1998.

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11. Marketing

11.1 Fundamentação TeóricaClaramente, as economias nacionais estão passando por transformações

rápidas e freqüentemente violentas. Uma é a globalização, crescimento explosivo do comércio global e da competição internacional. Nenhum país hoje, pode permanecer isolado da economia mundial. Se fechar seus mercados à concorrência estrangeira, seus cidadãos pagarão muito mais por bens de qualidade inferior. Mas se abrirem seus mercados, enfrentarão concorrência severa e muitas empresas locais sofrerão.

A outra força é a mudança tecnológica. Estas duas últimas décadas têm testemunhado avanços notáveis na disponibilidade de informações e na velocidade das comunicações; em novos materiais; na bioenergética e medicamentos; em maravilhas eletrônicas. Alguns historiadores argumentam que a maioria das mudanças históricas está orientada para a tecnologia.

Paradoxalmente, a globalização e os avanços tecnológicos abrem muitas novas oportunidades embora ameacem o “status quo”. É verdade que velhas empresas morrem e novas aparecem. Opera-se em um mercado darwiniano onde os princípios de seleção natural levam à sobrevivência das mais capacitadas. O sucesso de mercado é conquistado pelas empresas mais ajustadas aos imperativos ambientais atuais: aquelas que podem entregar o que as pessoas estão dispostas a comprar. Assim, todos estão empenhados em descobrir como podem produzir os bens e serviços que outros estão dispostos a adquirir.

A nossa era está testemunhando também outras mudanças: o poder de fabricantes para varejistas gigantes; um rápido crescimento e aceitação de marcas de loja; novas formas de varejo; aumento da sensibilidade a preço e valor por parte do consumidor; diminuição do papel do marketing e da propaganda de massa e uma grande erosão da lealdade de marca. Essas mudanças estão levando as empresas a um estado de confusão em relação à estratégia. Para proteger seus lucros, elas têm reagido, cortando seus custos, fazendo reengenharia de seus processos e reduzindo a força de trabalho. Todavia, mesmo as empresas que conseguem reduzir seus custos têm tido dificuldades para aumentar seus faturamentos se lhes faltarem visão e conhecimento sobre marketing.

O trabalho do Marketing é analisar o mercado, identificar oportunidades, formular estratégias, desenvolver táticas e ações específicas, propor orçamento e estabelecer um conjunto de controles. É também responsável em impulsionar toda a empresa para ser orientada para o consumidor e para o mercado, assim como deve trabalhar para assegurar-se que o restante da empresa atenda às expectativas dos consumidores e suas próprias promessas.

É importante que a escola não fique ao lado desse processo e contribua na formação do conhecimento do profissional em administração, fornecendo condições para que seus alunos não fiquem marginalizados pelo mercado de trabalho. Nesse contexto é preciso compreender as mudanças que estão ocorrendo no mercado em todos os setores produtivos e analisar como o ensino

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deve evoluir para acompanhar estas transformações, incluindo na sua grade curricular a disciplina de Administração de Marketing e Vendas.

11.2 Objetivos GeraisA disciplina Administração de Marketing e Vendas tem como objetivo geral

fornecer conhecimentos necessários para o aluno que atua profissionalmente na área administrativa de marketing e vendas. Pretende:

• Oferecer ao aluno fundamentos para compreender o conceito e ambiente em Marketing;

• Conhecer o processo de decisão em compras como também as técnicas de vendas;

• Identificar as formas de elaborar o plano promocional e de marketing;• Relacionar e entender o comportamento do consumidor.

Específicos• Entender os conceitos e o ambiente de marketing;• Identificar o mercado consumidor e suas exigências;• Desenvolver a capacidade de raciocínio para interpretar o sistema de

informação de marketing;• Identificar os produtos e marcas;• Fazer observações sistemáticas de aspectos administrativos, sobre o

marketing de relacionamento e as técnicas de vendas estabelecendo inter-relações entre eles;

• Entender o processo de decisão de compra do seu cliente;• Identificar a relação entre o atendimento e o relacionamento com o

cliente;• Resolver situações problemas, sabendo validar estratégias e apresentar

resultados;• Identificar e compreender o comportamento do consumidor;• Articular o conhecimento administrativo numa perspectiva interdisciplinar;• Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções; • Interagir com seus pares de forma cooperativa;• Trabalhar coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

11.3 ConteúdosEMENTA: Conceitos e fundamentos do Marketing. O conhecimento do

mercado. O Marketing na integração da estratégias empresariais. O comportamento do consumidor, ambiente concorrencial, ferramentas fundamenais do Marketing.3° Semestre:Conceito de marketing:

• O que é marketing;• História do marketing;

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• Os 4 P's (produto, preço, promoção, praça).Ferramentas do marketing:

• Merchandising;• Marketing direto;• E-commerce;• Pós vendas;

Análise de comportamento de mercado:• Definição de consumidor;• Segmentação de mercado;• Processo de decisão de compra;• Definição de necessidades, desejos e satisfação;

Produtos, Marcas e embalagens:• Definição de produto;• Ciclo de vida dos produtos;• Conceito de marcas;• Conceito de embalagens;

Vendas:• Análise de concorrência;• Atendimento;• Comunicação (saber usar uma linguagem com o consumidor);

Sistema Integrado de marketing:• Pesquisa de mercado;• Tabulação de dados;• Aplicação da pesquisa;

11.4 MetodologiaCada professor deverá, dentro de uma abordagem histórica, da resolução

de problemas, partindo sempre da realidade e conhecimento prévio dos alunos, traçar o caminho para levar os mesmos à compreensão do papel do marketing no contexto empresarial.

Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos processos que envolveram o ambiente de marketing e a elaboração de estratégias para o aumento das vendas na conjuntura sócio-econômica, assim como o envolvimento e a participação das pessoas é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com os problemas e, a partir deles vai construindo seu saber para resolvê-los e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Procedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que

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todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido pelo aluno com o que ele observa na sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para conseguir esse objetivo, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O professor deve adotar várias condutas na sua prática de sala de aula: a) orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu

conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores;b) provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto

com seus raciocínios e representações verbais ou escritas;c) expositor de um conhecimento formalizado e sistematizado isso,

quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo de o professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

11.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como:

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entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

11.6 BibliografiaBENNETT, P. D. O Comportamento do Consumidor. São Paulo: Atlas, 1995.COBRA, Marcos. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas, 2000.GRACIOSO, Francisco. Marketing: o sucesso em 5 movimentos. São Paulo: Atlas, 1998.GRACIOSO, Francisco. Marketing Estratégico. São Paulo: Atlas, 2001.GRUENWALD, G. Como Desenvolver e Lançar um Produto Novo no Mercado. São Paulo: Makron Books, 1994.KOTLER,Philip. Administração de Marketing, São Paulo: Atlas, 2000.LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: Conceito, exercícios, casos. 4. Ed.. São Paulo: Atlas, 1997.

12. Matemática Financeira

12.1 Fundamentação TeóricaÉ bastante antigo o conceito de juros, tendo sido amplamente divulgado e

utilizado ao longo da História. Esse conceito surgiu naturalmente quando o homem percebeu existir uma estreita relação entre o dinheiro e o tempo. Processos de acumulação de capital e a desvalorização da moeda levariam normalmente a idéia de juros, pois se realizavam basicamente devido ao valor temporal do dinheiro.

Os juros e os impostos existem desde a época dos primeiros registros de civilizações existentes na terra. Um dos primeiros indícios apareceu na Babilônia no ano de 2000aC. Nas citações mais antigas, os juros eram pagos pelo uso de sementes; com outras conveniências emprestadas; eram pagos com outros bens. Muitas das práticas existentes originaram-se dos antigos costumes de empréstimo e devolução de sementes e de outros produtos agrícolas.

A história revela que a ideia se tinha tornado tão bem estabelecida que existia uma firma de banqueiros internacionais, com escritórios centrais na Babilônia. Sua renda era proveniente das altas taxas de juros cobradas pelo uso de seu dinheiro para o financiamento do comércio internacional. O juro não é apenas uma das nossas mais antigas aplicações da Matemática Financeira e econômica, mas também seus usos sofreram poucas mudanças através dos tempos.

Como em todas as instruções que tem existido por milhares de anos, alguma das práticas relativa a juros tem sido modificada para satisfazerem as exigências atuais, mas alguns dos antigos costumes ainda persistem de tal modo que seu uso nos dias atuais ainda envolve alguns procedimentos incômodos. Entretanto, devemos lembrar que todas as antigas praticas que ainda persistem foram inteiramente lógicas no tempo de sua origem.

Um fator histórico, atual e relevante para a história da humanidade é o surgimento do computador que muito auxilia nos cálculos matemáticos, sobretudo na Matemática Financeira abreviando o tempo e possibilitando uma leitura mais precisa das informações.

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É importante que os conteúdos matemáticos sejam trabalhados de modo que o futuro profissional da área de administração, seja capaz de explorar situações-problema, principalmente no que diz respeito ao mercado de trabalho e em todos os setores produtivos.

12.2 Objetivos A disciplina Matemática Financeira tem como objetivo geral formar

profissionais e sobretudo cidadão critico capaz de enfrentar os desafios no seu cotidiano e criar soluções para os problemas que se apresentem,ou seja, tenha espírito dinâmico e empreendedor, que, sabendo adaptar-se as novas situações não tema as inovações tecnológicas, mas ao contrario, use-a como meio para seu sucesso.

Objetivos específicos• Entender os conceitos e convenções de fluxo de caixa (valor presente

líquido, valor futuro e taxa interna de retorno);• Calcular porcentagem e regra de três;• Diferenciar as séries postecipadas e antecipadas;• Conhecer o esquema padrão de uma calculadora financeira;• Conhecer e compreender os conceitos de capitalização simples e

composta; • identificar e calcular juros simples, juros compostos, descontos simples e

desconto composto;• Conhecer e compreender a aplicabilidade da amortização;• Conhecer e compreender a aplicabilidade da depreciação.

12.3 Conteúdos 1º Semestre

• Números proporcionais1. Razões e proporções;2. Médias;3. Números proporcionais.• Grandezas proporcionais1. Grandezas proporcionais;2. Porcentagem;3. Operações comerciais.• Sistema de capitalização simples1. Juro simples;2. Montante simples;3. Desconto simples;4. Taxa de juro efetiva;5. Fluxo de caixa e equivalência de capitais.

2º Semestre• Sistema de capitalização composta

1. Juro composto;2. Montante composto;3. Considerações sobre taxa de juro;4. Desconto composto.

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• Financiamento• Financiamento;• Capitalizações;• Empréstimos.

12.4 MetodologiaÉ importante que os conteúdos matemáticos sejam trabalhados de modo

que o futuro profissional seja capaz de explorar situações-problema, procurar regularidades, fazer generalizações, pensar de maneira lógica, comunicar-se matematicamente por meio de diferentes linguagens, conceber que a validade de uma afirmação está relacionada à consistência da argumentação, examinar conseqüência do uso de diferentes definições, analisar erros cometidos e ensaiar estratégias alternativas, ter confiança em desenvolver atividades matemáticas e apreciar a estrutura abstrata que está presente na Matemática e sua função social.

O ensino da Matemática Financeira deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento que cada aluno traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social.

Para que ocorram preparação e emancipação profissional dos estudantes serão oportunizadas, ao mesmos, atividades de ensino que busquem uma formação pessoal, social e cultural para que compreendam e assumam a responsabilidade no desenvolvimento de uma atitude reflexiva na sua prática profissional; tenham um horizonte cultural amplo para que sejam capazes de relacionar a atividade profissional que exercem com outras áreas do conhecimento e dominem as novas tecnologias.

12.5 AvaliaçãoA avaliação do aproveitamento escolar será realizada através das seguintes

técnicas e instrumentos: prova escrita, trabalhos, auto-avaliação, seminários, participação em atividades de grupo, bem como o professor poderá manter registros sobre o nível de argumentação e comunicação de cada um de seus alunos.

Assim, a avaliação deve ser vista como um parte integrante do processo ensino-aprendizagem e se tornar um instrumento fundamental de reflexão para o professor sobre sua pratica educativa e elemento que possibilita ao aluno tomar consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades.

12.6 BibliografiaARAUJO. C. R. V. Matemática Financeira. São Paulo: Atlas. 2000.ASSAF NETO, A. Matemática Financeira e suas Aplicações. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2003CRESPO, A. A. Matemática Comercial e Financeira. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2002MENDONÇA, L. G. Matemática Financeira. 3 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004.PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica. Matemática. Curitiba: SEED-PR, 2006VIEIRA SOBRINHO, J.D. Matemática Financeira. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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13. Noções de Direito e Legislação Social do Trabalho

13.1 Fundamentação TeóricaO direito é da área humana que surgiu num processo histórico com o

desenvolvimento do homem em sociedade. Desde sua origem na Terra e na medida em que a população crescia, as relações sociais tornaram-se inerentes e as leis, mesmo que costumeiras jorravam naturalmente para auxiliá-los na convivência.

Assim, gradativamente foram surgindo várias formas de disciplina, tornando-se leis que reagiam no processo de evolução social.

No estudo da história, ao longo dos séculos, tem revelado que o homem nunca procurou ficar completamente isolado dos seus semelhantes para viver e sobreviver. Em outras palavras, o homem nunca adotou a solidão como forma habitual de vida, demonstrando, com isso, que a sociabilidade é característica fundamental de nossa espécie. De fato, se não fosse a sociabilidade, gerando a união entre os grupos humanos, talvez nossa espécie não conseguisse superar os perigos e dificuldades da primitiva vida selvagem.

O homem, como já observou o filósofo Aristóteles, é um ser eminentemente social. E, por viver em sociedade, a ação de um homem, provocando, conseqüentemente, a reação dos seus semelhantes. Para que essa interferência de condutas humanas tivesse um sentido construtivo e não destrutivo, foi necessária a criação de regras capazes de preservar a paz e o convívio social. Foi assim que nasceu o Direito, da necessidade de estabelecer um conjunto de regras que dessem uma certa ordem à vida em sociedade, pois nenhuma sociedade poderia subsistir sem um mínimo de ordem, de direção e solidariedade. Por isso, é muito correto o antigo provérbio romano: “ubi societas, ibi jus” – “ onde há sociedade, existe o direito”. E de tal maneira o direito está ligado à vida social, que o inverso desse provérbio também é verdadeiro: “ Onde está o direito, aí está a sociedade!”.

Hoje, o direito á a fonte inspiradora de toda organização social, sendo assim, os conhecimentos mesmo que superficiais dos diferentes ramos do direito devem ser transmitidos para as gerações posteriores como base intelectual e tomada de decisões e soluções dos problemas sociais. Esses conhecimentos são considerados ferramentas para todas as transformações intelectuais.

Tem-se o direito como fruto de um processo que deve ser visto como algo que não está pronto mas sim, inacabado.

O direito acompanha os processos de mudanças e oferece formação adequada as novas necessidades humanas contribuindo assim, para diminuir as diferenças e desigualdades sociais. Hoje há a necessidade de um trabalho conjunto onde os conhecimentos são reconhecidos como necessários com uma visão da totalidade e interdependência. Nosso objetivo como educadores na disciplina de direito aplicado é orientar os educandos na busca seletiva na compreensão e no julgamento de todas as informações a que tem acesso diariamente, buscando incansavelmente a justiça social. È formar um cidadão crítico capaz de enfrentar os desafios no seu cotidiano e criar soluções para os

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problemas que a vida social apresenta, que esse aluno tenha um espírito dinâmico e empreendedor, que sabendo adaptar-se as novas situações não tema as inovações tecnológicas, mas ao contrário, use a tecnologia como meio para o seu sucesso.

Dominar o direito é uma questão de emancipação do ser humano que poderá, através de suas ferramentas, no caso, as leis, compreender e interferir na sociedade, buscando, analisando, tomando decisões, agindo, favorecendo assim o seu interesse e o da sociedade. È através das leis encontradas nas disciplinas de direito que o homem resolve diversas situações no cotidiano, desde uma simples troca de mercadorias, até mesmo a mais intrínseca crise social econômica.

Sabemos que a educação profissional exerce uma importante função social na vida do trabalhador, uma vez que complementa e solidifica sua educação. È ela que lhe dá condições para que o sujeito se torne mais crítico e consciente da importância de seu papel social exercício da cidadania, fornecendo a base teórica e prática indispensável na sua rotina cotidiana.

A direção de uma empresa, de qualquer tipo, incluindo as estatais e governamentais, exige de um administrador a importante tarefa de tomar decisões, e o conhecimento e o uso do direito favorecerão seu tríplice trabalho de organizar, dirigir e controlar a empresa.

13.2 Objetivos Formar profissionais na área administrativa com capacidade para ler,

entender e interpretar as leis, possibilitando ao aluno condições de exercer sua cidadania e agir como transformador com vistas a uma sociedade mais justa e democrática.

Objetivos Específicos• Conhecer a Constituição Federal e demais leis e decretos nas diferentes

áreas;• Sistematizar problemas sociais e soluções legais;• Analisar temáticas legais interferir e prever soluções;• Utilizar profissionalmente metodologia científica em seu campo de

trabalho;• Entender a literatura científica dentro da legislação, oferecendo

conhecimentos básicos da área.

13.3 Conteúdos:EMENTA: O estado moderno e a noção de direito: fundamentos e doutrina

do direito. Ordenamento Jurídico Legislação: Constituição Federal, Legislação Trabalhista e Previdenciária. Direito Civil, Administrativo, Tributário e Direito Difuso.2º SemestreEstado moderno e a noção de direito:

• Fundamentos e doutrina do direitoLegislação:

• Constituição Federal;

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• Legislação trabalhista;• Previdenciária.

Hierarquia das Leis:• Norma fundamental;• Norma Secundária;• Norma de validade derivada.• Hierarquia das fontes formais;• Fontes estatais do direito;• Processo legislativo e espécies normativas;

Direito Civil:• Pessoas;• Capacidade;• Bens;• Espécies de contrato;• Responsabilidade contratual;

Direito Administrativo:• Administração direta e indireta;• Lei de Responsabilidade Fiscal A Lei 4320;• Orçamento e licitação;

Direito Difuso:• Direito do consumidor;• Direito ambiental;• Direito da criança e adolescente;• Direito do idoso;

3º Semestre• Noções básicas de direito do trabalho;• Princípios gerais do direito do trabalho;• Trabalho da mulher, menor e portador de necessidades especiais;• Organização Internacional do trabalho (OIT): Principais convenções

internacionais sobre direito do trabalhador;• Conteúdo legal do contrato de trabalho;• Elementos da responsabilidade civil e criminal do empregador;• Competências;

Direito Comercial:• Leguislação;• Direito de Empresa Lei nº 10.406 de 22/ 01/ 2002;

Direito Tributário: C.T.N.:• Responsabilidade civil e penal;• Sujeitos da relação tributária;• Tributos, lei 123 (supersimples);

13.4 MetodologiaPara levar as idéias-chave de construção de compreensão à prática da sala

de aula não se pretende traçar um único caminho, mas, cada professor deve construí-lo dentro de uma abordagem histórica, da resolução de problemas e

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do uso da tecnologia nas aplicações da Lei ajustando-as às necessidades de cada contexto.

Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história do Direito é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender o Direito como um bálsamo que resolve os problemas da humanidade, portanto, um fato social que resulta da colaboração de todos e estritamente ligada às necessidades sociais.

O ensino do Direito deverá ser trabalhado de forma contextualizada, partindo do conhecimento de que cada aluno já traz consigo, visando maior aproveitamento das relações existentes entre os conteúdos e o contexto social ou pessoal. Precedendo assim, o que está sendo aprendido terá maior significado, visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, a contextualização ajuda no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que aprendido pelo aluno com o que ele observa no seu cotidiano.

O Direito não deve ser colocado como algo acabado e pronto. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionado cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, debatendo estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

13.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

É o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Corresponde ao conjunto de ações que para o professor objetiva ajustar o ensino da disciplina; identificar como e o quê foi aprendido. Para os alunos, possibilita tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento

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fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

13.6 BibliografiaBRASIL. Constituição da República federativa do Brasil. SP: Saraiva: 2007________ Código civil brasileiro CCB: lei 10.406/02. SP: Saraiva: 2007________ Consolidação das leis do trabalho CLT: Lei 5452/ 43. SP: Saraiva: 2007.________ Código de defesa do consumidor CDC. SP: Saraiva: 2007.________ Código tributário nacional CTN. SP: Saraiva: 2007.________ Estatuto da criança e do adolescente ECA. SP: Saraiva: 2007.________ Estatuto do idoso. SP: Saraiva: 2007.________ Legislação previdenciária. SP: Saraiva: 2007.________ Legislação ambiental. SP: Saraiva: 2007.BRASIL. Código Civil Brasileiro. 19. ed.: Saraiva: SP: 2004.BRASIL. Vade Mecum. Saraiva: SP: 2006.COTRIM, Euclides L. Direito básico. Curitiba: LBR: 2004.DOWER, Nelson Godoy Bassil. Instituições de direito público e privado. 13. ed.: SP: Saraiva: 2007.GIAMBIAGI, Fabio. ALEM, Claudia Ana. Finanças públicas: teoria e prática no Brasil. RJ: Campus: 1999.MONTEIRO, Washington de B. Direito Civil. SP: Saraiva: 2003.MORAES, Alexandre. Direito administrativo. SP: Atlas: 2006.________ Direito constitucional. SP: Atlas: 2006.NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. SP: LTR: 2004.NUNES, Luiz Antonio Rizzato. Manual de introdução ao estudo do direito. 4. ed.: Saraiva: SP: 2002.PALAIA, Nelson. Noções essenciais de direito. 3. ed.: Saraiva: SP: 2005.REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. SP: Saraiva: 2003.

14. Organização Sistemas e Métodos

14.1 Fundamentação TeóricaDiante de um mundo globalizado e de alta competividade entre as

empresas, cada vez mais o improviso cede lugar à técnica, à especialização e à profissionalização.

Vários autores da administração afirmam que as empresas devem organizar as atividades de forma a proporcionar mais rapidez, agilidade e competências.

Para que as empresas possam adquirir credibilidade e confiabilidade, as decisões não podem ser baseadas no bom-senso ou nas aparências. Por isso, os

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profissionais da administração devem conhecer e se apropriar do conhecimento específico da disciplina O.S.M.

14.2 Objetivos Capacitar o aluno a organizar as atividades da empresa de forma que a

mesma possa se desenvolver e crescer harmoniosamente.Objetivos Específicos: O aluno deverá:

• Ter condições de elaborar relatórios, pareceres, planos e laudos de forma técnica.

• Ser capaz de realizar pesquisas, análises, bem como interpretar, planejar, implementar, coordenar e controlar os trabalhos no campo de administração.

• Ter condições de criar métodos e organizar o trabalho nas empresas com eficiência.

• Conhecer as diversas formas de organizar o espaço físico da empresa, para melhor fluir as atividades.

• Através da formação, adquirir habilidades para agir de forma racional, conduzindo a uma autoridade técnica, consultiva e executiva.

14.3 ConteúdosEMENTA: Organização empresarial e de seus componentes estruturais.

Distribuição, processamento e métodos de trabalho e implantação de projetos de mudança organizacional. 1° Semestre:

• Sistemas administrativos; • Sistemas de informações gerenciais; • Departamentalização; • Arranjo físico; • Técnica de representação gráfica; • Manuais administrativos; • Desenvolvimento organizacional;• Empreendedorismo.

14.4 MetodologiaPartindo da realidade e do conhecimento do aluno, levar os mesmos aos

conhecimentos da abordagem histórica e a compreensão da utilidade da O.S.M. Na resolução dos problemas do cotidiano das organizações e sua importância dentro do contexto empresarial.

Através das atividades propostas pelo professor que utilizará o estudo de caso, trabalhos em grupo e seminários, o aluno se defronta com simulações de problemas relacionados com as organizações e possibilita a proposição de soluções.

Para que os conteúdos trabalhados sejam significativos, o professor deve estimular o aluno a debater sobre experiências cotidianas em sua vida profissional, podendo assim, abstrair a complexibilidade da teoria trabalhada pelo professor com a prática em sua atividade profissional.

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14.5 Avaliação A avaliação como instrumento de verificação do processo ensino-

aprendizagem, deve ser formulada de forma a propor ao aluno uma visão de seu desenvolvimento e dos objetivos da disciplina.

O processo de avaliação, abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, bem como a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

14.6 BibliografiaARAÚJO, L. C. de. Organização Sistemas e Métodos. São Paulo: Atlas, 2001.FILHO, J. C. O & M Integrado à Informática. Rio de Janeiro: LTC, 2001.CURY, A.. Organização & Métodos: Uma Visão Holística. Editora Atlas. São Paulo, 2000.

15. Prática Discursiva e Linguagem

15.1 Fundamentação TeóricaEstamos vivenciando mudanças que, nas ultimas décadas vem ocorrendo

com grande velocidade, devido aos resultados dos conhecimentos concretizados em novas tecnologias, exigindo aperfeiçoamento constante. E neste sentido também a linguagem e produções dos discursos, sofrem mudanças de acordo com as novas exigências, pois a linguagem é produto da sociedade.

Assim surgem cada vez mais formas de expressão que fazem parte das tecnologias, e as produções escritas, se por um lado, foram facilitadas pelo acesso a internet, por outro lado, ainda há necessidade de desenvolver habilidades de se enquadrar no aspecto técnico que fazem parte deste contexto que é o mundo do trabalho.

E os jovens, por sua vez necessitam do domínio dessas formas técnicas de produções para estarem mais instrumentados na conquista de oportunidades de trabalho, pois cada produção reflete uma linguagem discursiva que pro sua vez apresenta uma exigência de forma, estilo e composição em seu conteúdo

E a disciplina “Práticas discursivas e linguagens” vêm dar sua contribuição no sentido de instrumentalizar o aluno no universo de pesquisa e formas técnicas de linguagem para cada contexto, de forma científica.

Também, servir como instrumento de integração entre as demais disciplinas na busca de conhecimentos de forma sistemática, obedecendo a critérios de certo rigor, contribuindo para que os conteúdos se tornem mais compreensíveis e próximos da realidade dos alunos, de forma que a busca e construção dos conhecimentos não seja enfadonha mais dinâmica.

A pesquisa sempre fez parte da atividade humana ao longo da história, mas sem um método rígido, baseando-se mais nas observações empíricas. Só com o desenvolvimento das ciências com Augusto Comte, houve um consenso de que era necessário seguir métodos e técnicas para se atingir um conhecimento válido cientificamente, corroborando ou não as hipóteses formuladas a respeito da realidade estudada.

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Assim, as construções do pensamento associadas aos conceitos práticos e teóricos dos conhecimentos científicos possibilitam a compreensão sobre o papel da investigação e da sistematização de um conhecimento que parte do cotidiano e que se diferencia na sua forma de aprofundamento, auxiliando na visão de conjunto da realidade em que se vive.

15.2 ObjetivosPreparar o aluno para o utilizar com mais segurança os conhecimentos

científicos, obtidos pela disciplina, nas suas produções, de forma técnica de acordo com as exigências de cada contexto social, aperfeiçoando suas capacidades.

Objetivos EspecíficosEspera-se que o aluno que possa:

• Ampliar a capacidade de análise e síntese através de produções escritas e orais.

• Refletir a respeito do ato de ler, suas características e importância procurando aplicar na prática as orientações para um resultado mais eficiente.

• Apresentar e discutir os processos de pesquisa para a elaboração de um projeto de pesquisa

• Obter requisitos metodológicos para um estudo mais racional e aplicação de normas práticas na apresentação de trabalhos escolares e monografias

• Aperfeiçoar as habilidades de trabalho com dados e sistematizá-los com critérios definidos, tanto na organização como na exposição escrita das idéias.

• Aplicar com segurança as regras básicas da ABNT• Realizar pesquisas e seguir as normas demonstrando domínio dos

conceitos apreendidos pondo em prática os conhecimentos teóricos• Desenvolver o senso crítico através das atividades de reflexão e ação.

15.3 ConteúdosEMENTA: Definições; conceitos de conhecimentos; leitura; pesquisa;

etapas da pesquisa; normas para apresentação de trabalhos científicos (ABNT); redação técnica. Metodologia de produção e apresentação de trabalhos, instrumentos de coletas de dados.1º SemestreConceitos de metodologia científicaTipos de conhecimento:

• Popular, • Científico, • Filosófico • Teológico;

Tipos de pesquisa: • Documental• De campo• Experimental

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• Bibliográfica; Leitura e interpretação de texto;

• O que é ler• Etapas do ato de ler• O sujeito da leitura• Considerações para aproveitar a leitura• Tipos de leitura: Scanning; Skimming; De estudo; Crítica• Como escolher um livro para ler• Análise de um texto: O que significa analisar um texto; Como fazer a

análise de um texto.• Resumos, Resenhas e Relatórios;

Coleta de dados: • Questionário, • Entrevista • Formulário;

Normas da ABNT:• Normas e medidas• Elementos pré-textuais• Elementos textuais• Elementos pós-textuais• Etapas de um Projeto de Pesquisa.

15.4 MetodologiaO trabalho metodológico da prática discursiva à luz da metodologia

científica deve envolver exercícios práticos relacionados com a teoria, de forma que a ação deve estar acompanhada da reflexão crítica. Assim, como para uma pesquisa é necessário dominar o trabalho com texto, é necessário antes ter o conhecimento teórico de como ler e, ao mesmo tempo, refletir e trabalhar a leitura como sugerido na teoria.

Fazem parte do trabalho metodológico científico, as leituras sistematizadas segundo objetivos determinados, registros através de sínteses, resenhas, esquemas, elaboração de hipóteses, pesquisas em jornais, revistas, livros, procurando ter critérios de escolha para que a pesquisa tenha como resultado uma produção mais técnica, sendo o processo orientado pelo professor.

15.5 AvaliaçãoTodo trabalho realizado em grupo ou individual, durante o processo

envolvendo as atividades relacionadas à parte teórica, de pesquisa na prática e outras formas de produções discursivas na prática, deverão ser avaliadas pela observação e anotação da participação no processo do desenvolvimento das atividades, além da produtividade conseguida durante o processo. É importante que os professores acompanhem o crescimento intelectual demonstrado pelo aluno no processo da construção do conhecimento, de forma que o erro seja visto não como falha definitiva mas como ponto a ser revisto e superado com novas atividades para o avanço no domínio das habilidades pretendidas na disciplina.

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15.6 BibliografiaANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do trabalho Científico. 8ª ed.São Paulo: Atlas, 2007BARROS, A.J.P. et al. Fundamentos da metodologia. São Paulo: Mc Graw-hill, 1986.BASTOS, C. Et al. Introdução à metodologia científica. Petrópolis: Vozes, 1993.______. Projeto de Pesquisa: Propostas Metodológicas. Petrópolis: Vozes, 1991.BOAVENTURA, E. Como ordenar as idéias. São Paulo: Ática, 1998CANONICE, B C.F. Manual Para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos. Maringá: Unicorpore, 2006.DEMO, P. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1986.ECO, U. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1988.LAKATOS, E. M. Et. Al. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1986.____________. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1986.____________. Projeto de pesquisa: Propostas metodológicas. Petrópolis: Vozes, 1991.RUIZ, João Alvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Atlas, 2002SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 1992.

16. Teoria Geral da Administração

16.1 Fundamentação TeóricaEm uma época de complexidades, mudanças e incertezas como a que

atravessamos hoje, a Administração tornou-se uma das mais importantes áreas da atividade humana. Vivemos em uma civilização no qual o esforço cooperativo do homem é a base fundamental da sociedade.

O mundo atual é uma sociedade institucionalizada e composta de organizações. Todas as atividades voltadas para a produção de bens ou prestações de serviços são planejadas, controladas dentro das organizações. Todas as organizações são constituídas de pessoas e de recursos materiais.

A vida das pessoas depende das organizações e estas do trabalho daquelas. As organizações são extremamente heterogêneas e diversificadas, de tamanhos diferentes, de características diferentes, de objetivos diferentes, lucrativas ou não. A Teoria Geral da Administração é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo das organizações em geral. Por seu tamanho e pela sua complexidade de suas operações, as organizações ao atingirem certo porte, precisam ser administradas e a sua administração requer um aparato de pessoas estratificadas em diversos níveis hierárquicos que se incumbências diferentes.

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A Administração nada mais é do que a condução racional das atividades de uma organização, é ela que trata do planejamento, da estruturação, da direção e do controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorram dentro de uma organização.

A Teoria Geral da Administração é uma disciplina eminentemente orientadora do comportamento profissional de Administração. Em vez de se preocupar em ensinar a executar ou fazer coisas certas, ela busca ensinar o que deve ser feito, em determinadas circunstâncias ou ambientes.

A TGA procura ensinar o aluno a pensar, e sobretudo, a raciocinar a partir de uma bagagem de conceitos e idéias que traz como ferramentas de trabalho, sendo que este adquire habilidade de perceber e diagnosticar situações de problemas dentro da organização.

16.2 Objetivos Proporcionar aos alunos uma reflexão sobre a teoria prática da

administração de empresas, através dos estudos das principais escolas do pensamento administrativo, capacitando-os a estabelecer relações entre as teorias administrativas e por elas compreender a relação das organizações e suas complexidades.

Objetivos específicos:• Compreensão do estudo das habilidades do administrador.• Analisar a importância e o papel do administrador dentro da organização.• Entender o processo de decisão do administrador.• Compreender o enfoque das Teorias Administrativas • Identificar as mudanças na era da informação.• Trabalhar em grupo, usando os conceitos gerados em torno da

competência do administrador.• Desenvolver a capacidade de liderança em torno do trabalhar a

administração.

16.3 ConteúdosEMENTA: Conceitos básicos de administração e organização. Tipos de

organizações Desenvolvimento histórico: diferentes abordagens e seus pressupostos. Mudança nas organizações empresariais e a integração da empresa com o mercado.2º Semestre

• Conceitos básicos de administração e organização: • Organização e administração; • Definição e visão geral do papel da administração; • Abordagem sobre a administração e suas perspectivas; • Antecedentes históricos da administração; • Abordagem científica/clássica da administração: • A administração científica de Taylor; Gilberth,Gantt e Emerson; • A abordagem anatômica de Fayol; • O Fordismo e outras técnicas;

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3º Semestre• Abordagem humanística da administração; • Teoria das relações humanas da administração; • Mary P Follett ; • A experiência de Hawthorne (Elton Mayo); • Decorrências da teoria das Relações Humanas: • Influência da motivação humana; • Liderança; • Comunicações; • Dinâmica de grupo;• Níveis da administração:• Processo administrativo; • Funções da administração; • Perfil do administrador;• Administração contemporânea: • Mundialização e a emergência do Terceiro Setor.

16.4 Metodologia Partindo da realidade e do conhecimento do aluno, levar os mesmos aos

conhecimentos da abordagem histórica e a compreensão da utilidade da TGA na resolução dos problemas cotidianos dentro das organizações e a sua importância dentro do contexto empresarial.

Através das atividades propostas pelo professor que utilizara o estudo do caso, trabalhos em grupo e seminários, o aluno se defronta com simulações de problemas relacionados com organizações, colocando-o analisar e propor soluções que são condizentes ao papel do administrador.

O professor deve induzir a pratica de trabalho em grupo, para a interação uns com os outros, permitindo a elaboração de estratégias de diversas maneiras de resolvê-la, e concluindo que á vários pontos de vista ao redor de uma mesma situação. Sendo assim o aluno trabalha a sua habilidade de analisar os conceitos que são gerados através de situações e individualmente têm a conclusão da melhor decisão a ser tomada perante aquela situação-problema.

Para que os conteúdos trabalhados sejam significativos, o professor deve estimular o aluno, para que o mesmo debata sobre as experiências cotidianas em sua vida profissional, sendo assim abstraindo a complexidade da teoria trabalhada pelo professor com a pratica em sua atividade profissional.

16.5 AvaliaçãoA avaliação como um instrumento de ensino-aprendizagem, deve ser

trabalhada de forma a propor ao aluno uma visão de seu desenvolvimento, de seus objetivos, da estrutura e atuação do professor e do sistema de ensino da escola.

A verificação será continua e diagnóstica, através de relatórios feitos após a conclusão de cada seminário, trabalhos em grupos através de situações problemas propostos pelo professor, provas individuais, conversas informais através de debates, auto-avaliação e também através da observação, que

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verifica a participação do aluno nas atividades dentro de sala de aula e atividades extra-sala.

16.6 Bibliografia CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6. ed. São Paulo: Makron Books, 1999. KWASNICKA, Eunice Lacava. Teoria Geral da Administração. 2 ed. São Paulo: Atlas,1997. MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração. 3. 3d. São Paulo: Atlas, 2002. MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. PREDEBON, José. Criatividade, abrindo o lado inovador da mente. 2.ed São Paulo: Atlas, 1998. SILVA, Reinaldo Oliveira. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. WOOD JÚNIOR, Thomaz. Gurus, Curandeiros e Modismos Gerenciais. 2 ed.São Paulo: Atlas,1999.

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XIII – CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO PROFISSIONAL – CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA – NÍVEL MÉDIO INTEGRADO

O Ensino Profissional, apresentado pelo Curso Técnico em Informática, em Nível Médio Integrado, faz parte do setor terciário da economia. Caracteriza-se como Eixo Tecnológico Informação e Comunicação Integrado ao Ensino Médio.

O Curso Técnico Integrado está amparado pela Lei de Diretrizes e Bases da educação, nº 9394/96; pelo Decreto-Lei 5454 de 23/7/2004, art. 4º, parágrafo 1º, inciso I; pelo Parecer nº 126/99 do Conselho Nacional de Educação (Diretrizes Curriculares nacionais para Educação Profissional); pela Resolução nº 04/99 do Conselho Nacional de Educação e pela Deliberação nº 002/2000 do Conselho nacional de Educação.

A implantação do Curso justifica-se tendo em vista que nos últimos anos a sociedade passou por acentuadas transformações, principalmente no campo tecnológico, o que exige dos cidadãos um aperfeiçoamento tanto do conhecimento como do manejo dos meios tecnológicos. Entretanto, observa-se que a oferta de cursos, por parte das instituições escolares públicas, nesta área, está em defasagem.

Portanto, o Curso de Informática em Nível Técnico neste estabelecimento de ensino vem suprir esta lacuna, pois nossa clientela é de um bairro comercial, e, grande parte de nossos alunos pertence à classe trabalhadora. Mais ainda, o curso torna-se uma necessidade, uma vez que será uma possibilidade destes jovens trabalhadores somarem os conhecimentos adquiridos, por meio do curso, a sua prática profissional.

O nosso Estabelecimento encontra-se perfeitamente adequado às exigências para o funcionamento do Curso de Informática em Nível Técnico, já que possui espaço com laboratório de informática, recursos materiais e humanos que podem oferecer uma ótima formação. Assim, os conhecimentos teóricos poderão ser aliados à prática e, deste modo, os alunos serão preparados para uma atuação competente diante das exigências atuais do mundo do trabalho.

O Curso Técnico em Informática visa o aperfeiçoamento na concepção de uma formação técnica que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia como princípios que sintetizem todo o processo formativo tendo, portanto, como eixo orientador a perspectiva de uma formação profissional como constituinte da integralidade do processo educativo.

Os três componentes curriculares: base nacional comum, parte diversificada e parte específica integram-se e articulam-se garantindo que os saberes científicos e tecnológicos sejam a base da formação técnica. Por outro lado as ciências humanas e sociais permitirão que o técnico em formação se compreenda como sujeito histórico que produz sua existência pela interação consciente com a realidade construindo valores, conhecimentos e cultura.

Essa integração garante que os saberes científicos e tecnológicos sejam a base da formação técnica. Por outro lado, introduziram-se disciplinas que

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ampliam as perspectivas do “fazer técnico” para que o estudante se compreenda como sujeito histórico que produz sua existência pela interação consciente com a realidade construindo valores, conhecimentos e cultura.

A área de informática está no quotidiano do trabalho em todos os setores econômicos e presente em várias etapas do processo produtivo, do comércio e dos serviços exercendo a condição de base para o perfeito funcionamento do sistema. Por outro lado, a informática está presente no cotidiano de todas as pessoas. Assim é uma área que demanda permanente atualização e apresenta uma crescente exigência de trabalhadores qualificados. O uso da informática disseminou-se nos últimos anos, criando a necessidade de profissionais de diversos níveis com capacidades para criar, especificar e manter funcionando sistemas computacionais de tamanhos e características variadas. Profissionais de nível técnico na área de informática são importantes na disseminação e popularização da mesma.

DADOS GERAIS DO CURSO

Habilitação Profissional: Técnico em InformáticaEixo Tecnológico: Informação e Comunicação Forma: IntegradaCarga horária total do curso: 4.000 horas/aulas 3333 horas Regime de funcionamento: de 2ª a 6ª feira, nos períodos: manhã e noiteRegime de matrícula: AnualNúmero de vagas: 40 por turmaPeríodo de integralização do curso: mínimo 4 (quatro) anos.Requisitos de acesso: Conclusão do Ensino Fundamental. Modalidade de oferta: Presencial

PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DE CURSO

Domina conteúdos e processos básicos relevantes do conhecimento científico, tecnológico, cultural e das diferentes modalidades de linguagem necessárias para a autonomia intelectual e moral, compreendendo as transformações históricas, econômicas, políticas e sociais de forma a proceder orientado por valores democráticos e solidários que fundamentam o agir ético no exercício da cidadania e na intervenção no mundo do trabalho com competência profissional técnica para empregar ferramentas de informática e prestar suporte na utilização destas, interagindo com outros profissionais colaborando na solução de problemas técnicos da área.

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XIV – CARACTERIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS DO ENSINO PROFISSIONAL – CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA – NÍVEL MÉDIO INTEGRADO

1. Arte

1.1 Fundamentação TeóricaA arte é uma atividade exclusivamente humana, que é produzida desde os

primórdios da humanidade Atualmente a arte ou o conceito de arte passa a ser mais difícil de ser

definido. Para o filósofo francês Merleau-Ponty “A arte não é a tradução de um mundo, mas a instalação de um mundo” (in livro didático, artes, 2006, p. 14). Já para o pintor Pablo Picasso “a arte é uma mentira que nos permite dizer a verdade” (in livro didático, 2006, p. 15)

Se, por um lado, a arte evolui e o artista atual continua a produzir obras-primas e a discutir os avanços e o futuro das artes, por outro a humanidade se vê frente a um excesso de poluição sonora, visual e olfativa. Assim, vemos que a escola não só deve abordar a arte como forma de conhecimento, como atividade criativa, como uma maneira de conhecer, entender e fazer parte da cultura humana em nível mundial, regional e local, mas também fazer com que o aluno desenvolva ao máximo seus sentidos para poder observar, criticar, participar e mudar o mundo que habita.

Então, a disciplina de Artes, na educação tecnica se torna de suma importância na formação do indivíduo pois, além de dialogar com as outras disciplinas, abre espaço para atividades de criação, expressão e de uma consciência perceptiva real sobre o mundo em que vivemos ,sempre voltada para a formação técnica.

1.2 ObjetivosDe acordo com as Diretrizes Curriculares estudadas durante a Semana

Pedagógica de 2006, a escola se constitui num espaço privilegiado para uma educação que dialogue entre o particular e o universal. Desta feita, o objetivo da disciplina de arte:

“(...) deve manter este diálogo, estabelecendo relações de nossas experiências, nossa cultura e vivência com a imagem, com os sons, com os gestos, com os movimentos e, nessa perspectiva, educar os nossos alunos esteticamente, ensinando-os a ver, a ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar as suas possibilidades de fruição e expressão artística” (1)

Assim, o ensino da arte tem por escopo a apropriação do conhecimento estético, da contextualização, o que conferirá significado à criação artística e poderá manifestar o ver e o sentir do aluno inserido no contexto da sociedade.

1 http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/diretrizes/index.php?PHPSESSID=2006032408532416

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1.3 ConteúdosAs Diretrizes Curriculares do estado do Paraná determinam como

conteúdos estruturantes, os elementos formais, a composição e os movimentos e períodos.

Elementos formais: são os elementos que existem na natureza e na cultura e é a matéria prima para a construção do conhecimento estético. O professor deverá aprofundar o conhecimento dos elementos formais da sua área de formação.

Composição: é um elemento que constitui cada área da disciplina de arte. É a produção artística que se dá através da organização e dos desdobramentos dos elementos formais, por exemplo, os elementos visuais linha, superfície, volume, luz e cor de acordo com Ostrower (1983, p. 65) “não tem significados pré-estabelecidos, nada representam, nada descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de entrarem num contexto formal”.

Com a organização dos elementos formais de cada área de arte, formulam-se todas as obras (sejam elas, plásticas, teatrais, musicais ou da dança), na imensa variedade de técnicas e estilos.

Movimentos ou períodos: é um elemento presente em cada área da disciplina de arte, e se constitui na divisão da História da arte e nos movimentos que a identificam. Esses conteúdos têm por objetivo revelar os fatos históricos e sociais, cada um com suas características próprias, gêneros, estilos e correntes artísticas específicas.

I- Artes Visuais1) Elementos formais:

• Ponto• Linha • Forma • Textura• Forma• Superfície• Volume • Cor• luz

2) Composição• Imagens bidimensionais (desenhos, pinturas, propaganda visual,

murais, cartazes, gravuras, mosaicos, texturas, composições, caricatura, design, colagem, ilustrações, poesias, leitura e releitura de obras artísticas, etc.)

• Imagens tridimensionais (maquetes, dobraduras, esculturas, etc.)• Figura e fundo• Figurativo• Abstrato• Perspectiva• Semelhanças• Contrastes• Ritmo visual

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• Simetria• Deformação• Estilização • Técnica: pintura• Desenho• Modelagem• Instalação• Performance• Fotografia• Gravura e esculturas• Arquitetura,• História em quadrinhos• Gêneros: paisagem, natureza morta,

Cenas do cotidiano, histórica ,religiosa ,da mitologia. 3) Movimentos e períodos

• Arte Ocidental • Arte Oriental• Arte Africana• Arte Brasileira• Arte Paranaense • Arte Popular• Arte de Vanguarda• Indústria Cultural• Arte Contemporânea • Arte Latino Americana

II- Dança1) Elementos formais:

• Movimento corporal.• Tempo • Espaço .

2) Composição• Movimentos articulares• Aceleração e desaceleração• Deslocamento • Formação• Técnica • Coreografia • Improvisação • Direções• Salto e queda• Gênero :espetáculo, indústria cultural ,étnica, folclórica, populares e

de salão . 3) Movimentos e Períodos

• Pré-história• Greco- romana

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• Medieval • Renascimento• Dança clássica• Dança popular• Brasileira • Paranaense• Africana• Indígena• Hip hop• Indústria cultural• Dança moderna • Vanguardas• Dança contemporânea

III- Música1) Elementos formais :

• Altura• Duração• Timbre• Intensidade• Densidade

2) Composição:• Ritmo• Melodia• Escalas • Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop.• Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista • Improvisação

3) Movimento e Períodos• Música popular brasileira• Paranaense,• Popular• Indústria cultural • Oriental• Ocidental• Africana• Latino americana.

IV- Teatro1) Elementos Formais

• Personagens: expressões corporal, vocais, gestuais e faciais• Ação • Espaço

2) Composição• Enredo, roteiro, espaço cênico e adereços• Técnicas :jogos teatrais. • Gêneros: tragédia, comédia, drama, e épico .

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• Representação nas mídias • Caracterização • Cenografia , sonoplastia, figurino e iluminação • Direção • Produção • Tempo • Espaço• Ponto de apoio• Rotação• Coreografia• Salto e queda• Fluxo livre, interrompido e conduzido• Gênero: Folclórica, popular e étnica

1.4 MetodologiaDe acordo com as diretrizes curriculares para Artes, do Estado do Paraná, a

metodologia deve direcionar o pensamento no sentido de contemplar o “para quem”, “como”, “por quê” e “o quê”. Assim, o trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte: produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou sentir e perceber as obras artísticas.

Devendo-se assim contemplar três momentos da reorganização pedagógica:

• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceber e apropriar a obra artística ,onde possa desenvolver e formar um conceito artístico.

• Sentir e perceber: apreciação, fruição, leitura e acesso a obra de arte.• Trabalho artístico: pratica criativa, o exercício com os elementos que

compõem uma obra de arte

1.5 AvaliaçãoA avaliação será diagnostica, continua e processual. A avaliação será feita

através da participação do aluno nas atividades propostas, observando-se o desenvolvimento da expressão artística e a evolução demonstrada durante o bimestre através do esforço e dedicação.

1.6 BibliografiaBAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,1992.BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.BENJAMIN, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. Vol.1. São Paulo: Brasiliense, 1985.BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.KRAMER, S.; LEITE, M.I.F.P. Infância e produção cultural. Campinas: Papirus,1998.LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004.

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MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005.MARTIN-BARBERO, Jesus; REY, Germán. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Senac, 2001.NETO, Manoel J. de S. (Org.). A (des)construção da Música na Cultura Paranaense. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2004.OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte educação em Curitiba. Curitiba: UFPR, 1998. Dissertação (Mestrado).OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes, 1987.PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984. PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 84).VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

2. Biologia

2.1 Fundamentação TeóricaPartindo do princípio que a Biologia era tida como matéria descritiva

baseada em termos técnicos presentes nos livros didáticos, restringindo-se a um conjunto de dados isolados e estanques, tornou-se indispensável através da observação, tentar compreender o mundo em que vivemos.

O ensino de Biologia, tendo um papel aglutinador das outras ciências possibilita a formação de uma visão holística que colabora para o desenvolvimento crítico e consciente do indivíduo.

A dificuldade na aquisição de novos conhecimentos não está na existência de conhecimento prévio dos alunos, baseados em idéias intuitivas ou pré conceituais e sim na forma como esses conhecimentos são adquiridos.

Sendo assim, no ensino da Biologia, o aluno deve encontrar espaço para incorporar tanto os conhecimentos atualmente disponíveis quanto os mecanismos de produção desses conhecimentos.

A escola secundária deve servir agora não mais á formação do futuro cientista ou profissional liberal, mas principalmente ao trabalhador, peça essencial para corresponder as demandas do desenvolvimento.

2.2 Objetivos• Acreditamos que o principal objetivo do ensino de qualquer matéria

escolar deva ser a transmissão de conceitos, vinculados à formação do indivíduo como cidadão apto a atuar dignamente na sociedade, procurando melhorá-lo.

• Neste aspecto, o ensino de Biologia tem muito a oferecer, pois como o conhecimento científico renova-se a cada dia, é importante incentivar o aluno a acompanhar o que acontece.

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2.3 ConteúdosEMENTA: Compreensão da classificação dos seres vivos, componentes

celulares e suas respectivas funções. Sistemas que constituem os grupos de seres vivos. Biodiversidade, biotecnologias e genética. 2º AnoIntrodução à Biologia

• Origem da vida : Teorias da origem da vida• Características do seres vivos

Componentes Químicos das Células• Componentes inorgânicos : água e sais minerais• Componentes orgânicos : carboidratos, lipídeos, proteínas, ácidos

nucléicos e vitaminasCitologia

• Composição química• Estruturas celulares• Divisões celulares

Genética• Conceitos básicos de genética• Leis da genética• Anomalias cromossômicas• Biotecnologias

3º AnoEvolução

• Teorias evolutivas• Surgimento de novas espécies

Seres Vivos• Classificação dos seres vivos• Taxonomia• Os cinco Reinos

Ecologia• Níveis de organização dos seres vivos• Conceitos básicos de ecologia• Cadeia e Teia alimentar

Saúde• Doenças por esforços repetitivos• Preservação no ambiente de trabalho

2.4 MetodologiaNo campo da ciência é imprescindível um trabalho que priorize as

experiências práticas vinculadas ao processo científico, isto é, que haja uma relação entre o conhecimento do senso comum e o conhecimento dos conceitos produzidos pela ciência.

O professor é o mediador desse processo, por isso o trabalho em Biologia requer um preparo para que possa criar situações e fornecer informações que permitam reelaboração e ampliação dos conhecimentos prévios de seus alunos preparando-os para ter clara a relação que envolve o conhecimento científico e

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a história de sua produção, que tem como centro a atividade humana, principalmente no que se refere às tecnologias, aos valores humanos e às concepções que tem de ciência.

É importante aqui, que a metodologia utilizada não perca de vista a apropriação dos conceitos, sua aplicação e suas implicações na sociedade.

No ensino da Biologia, o trabalho deve ser o de problematizar os conteúdos para que o aluno possa rever os conceitos que tem, de modo que tenha claro que muitas explicações científicas foram superadas por outras; que esse processo a respeito das verdades é uma construção do homem, de forma que promova um avanço intelectual do aluno na sua construção como um ser humano com um papel social.

Para que ocorra uma modificação de simples passividade perante a aprendizagem para uma ação mais ativa e significativa, o professor precisa variar as estratégias não descartando as aulas expositivas, leitura de textos com utilização de vídeos, experimentação e visitas a museus. Precisa ter em mente que os conteúdos podem se trabalhados com diferentes técnicas ou usar a combinação delas numa mesma técnica. O importante é manter o interesse dos alunos estimulando-os a resolver os problemas que estão presentes no seu cotidiano, tomando esses como ponto de partida para a compreensão dos conceitos e procedimentos envolvidos para a resolução dos problemas. Portanto, o trabalho do professor deve ser realizado em conjunto com os alunos de modo que percebam que o conhecimento é apropriado num processo conjunto.

Outras sugestões envolvem o trabalho com textos, podendo esses serem utilizados como introdução a um conteúdo, síntese ou leitura complementar. É preciso estimular o aluno a ler, ir além das palavras, devendo o assunto ser problematizado pelo professor, para haja a compreensão dos conceitos envolvidos num dado conhecimento.

Outra estratégia é a da realização de debates que pode estimular o aluno a desenvolver sua capacidade de síntese e argumentação, sendo também uma técnica que permite trabalhar atitudes e valores como: respeito, ouvir e falar no momento adequado, ter capacidade de convencer com seus argumentos. Para isso, é necessário o trabalho com textos variados sobre o tema escolhido.

A aula expositiva também é necessária, pois tem sua importância. Somente é preciso compreender que este momento é rico, pois envolve troca de informações através do diálogo. Além destes, o uso das tecnologias como: filmes, slides, transparências, painéis, pode auxiliar na compreensão dos conceitos pois, complementam os conhecimentos envolvidos Também deve haver o cuidado por parte dos professores, ao fazer uso dos áudio visuais no trabalho com os conteúdos, que faça uma preparação antecipada para garantir a qualidade do trabalho.

A criatividade do professor, para o uso de técnicas que auxiliem para uma aprendizagem mais efetiva no seu trabalho metodológico, é muito favorecida no campo da Biologia.

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2.5 AvaliaçãoA avaliação em Biologia envolve o trabalho de domínio das capacidades e

habilidades exigidas como relacionar, interpretar, deduzir que estão presentes nos processos científicos.

Para isso, as diferentes atividades durante o processo de aquisição dos conhecimentos, proporcionadas pelo professor, são momentos de avaliação que devem ser registrados pelo professor além das atividades específicas em que poderão se avaliados as atividades e procedimentos exigíveis para expressar que o conteúdo foi aprendido. Assim, a avaliação tende a ser contínua e diagnostica, onde o progresso do aluno seja acompanhado pelo professor, além das exigências formais registradas por instrumentos específicos como provas que permitam ao aluno e ao professor verificar o nível da apreensão do conhecimento e sua superação para resultados melhores de modificações na metodologia.

O aluno não precisa sempre concordar com aquilo que acabou de aprender. É importante que ele polemize ou aprenda a polemizar com os colegas ou com o professor sobre certos conceitos, uma vez que o debate estimula a análise crítica e reforça a sua auto-estima.

Cabe ao professor saber quando e como intervir no debate, a fim de impedir que idéias confusas ou desvirtuadas se tornem verdades para o aluno.

A avaliação deve ser um processo contínuo e sistemático; portanto, deve ser constante e planejada, fornecendo feedback ao professor e permitindo a recuperação do aluno. Deve ser funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo atingidos.

Deve ser orientadora, pois permite ao aluno conhecer erros, corrigi-los o quanto antes; e integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não são apenas os aspectos cognitivos que serão analisados, mas os comportamentais e sua habilidade psicomotora também.

2.6 BibliografiaBAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,1992.BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.BENJAMIN, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. Vol.1. São Paulo: Brasiliense, 1985.BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.KRAMER, S.; LEITE, M.I.F.P. Infância e produção cultural. Campinas: Papirus,1998.LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004.MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005.MARTIN-BARBERO, Jesus; REY, Germán. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Senac, 2001.NETO, Manoel J. de S. (Org.). A (des)construção da Música na Cultura Paranaense. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2004.

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OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte educação em Curitiba. Curitiba: UFPR, 1998. Dissertação (Mestrado).OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes, 1987.PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984. PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 84).VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

3. Educação Física

3.1 Fundamentação Teórica A concepção de currículo adotada é uma produção social, e o objetivo

último das práticas corporais escolares em geral, e da Educação Física em particular deve ser a humanização das relações sociais, assim propõe-se uma concepção que procure contemplar a totalidade das manifestações corporais humanas e a sua potencialidade formativa.

Sendo o corpo como o centro de interesse da Educação Física na escola, deve ser considerado a partir de suas múltiplas dimensões. Desse modo, destacam não somente seus determinantes biológicos, como também sociais, culturais, econômicos e políticos, entendendo que esses aspectos influenciam-se atualmente e colaboram para a constituição daquilo que construirmos como sendo nossa identidade corporal.

Tendo em vista que diferentes culturas escolares podem produzir diferentes expectativas e possibilidades, trata-se de relacionar o que é específico de cada comunidade, com a produção cultural humana dotada de alguma universalidade.

Segundo Bracht (1999) o movimentar-se humano é entendido como forma de comunicação com o mundo. É a noção de sujeito tomado numa perspectiva iluminista de sujeito capaz de crítica e de atuação autônoma.

É importante salientar que a formação da cidadania, a vida em democracia, a experiência da responsabilidade e dignidade, só se efetivará num ambiente que possa propiciar ao aluno condições de vivenciar situações que levem a refletir conscientemente sobre o cotidiano, a sociedade, desvendando a história, conhecendo o passado, entendendo o presente, e atuando efetivamente no futuro. No Ensino Médio Profissional, a Educação Física objetiva a prática de forma lúdica, educativa e contributiva para o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico e a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria e prática.

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A Educação Física não deve prender-se na compreensão restrita do movimento mas sim levar o educando a uma tomada de consciência corporal, através de atividades práticas disciplinares providas de sentido. Onde o compromisso maior é o de esclarecer os valores da prática da atividade física e preparar o ser humano para romper as fronteiras dos seus limites individuais.

Os educandos serão subsidiados por uma fundamentação teórica-prática para aliar este conhecimento a uma prática permanente da atividade física, possibilitando além de uma melhoria na qualidade de vida, vivenciar situações onde as atitudes apresentadas pelos indivíduos durante as atividades refletem no seu comportamento e nas suas relações interpessoais.

Pretende-se que ao término do Ensino Médio Profissional, o aluno tenha uma melhor compreensão e utilização das formas de expressão, utilizando gestos e movimentos, seus significados, suas técnicas e táticas, ampliando o seu potencial de leitura e execução dos movimentos, das manifestações da cultura corporal, trabalhadas na escola, utilizando esses conhecimentos para um desenvolvimentos de suas potencialidades bem como proporcionar melhor qualidade de vida.

3.2 Objetivos As competências e habilidades a serem objetivadas em Educação Física

são:• Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo

humano, de forma a reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como repouso para melhoria de suas aptidões físicas.

• Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura autônoma, na seleção de atividades e procedimentos para manutenção ou aquisição da saúde.

• Adotar uma postura ativa de praticante de atividades físicas, consciente da importância das mesmas na vida do cidadão.

• Aprofundar-se no conhecimento e compreensão das diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressividade.

• Perceber na convivência e práticas pacíficas, maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática sobre os diferentes pontos de vista postos em debate.

• Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e valorizá-las como recurso para melhoria de suas aptidões físicas.

• Valorizar a necessidade de por em prática os conhecimentos que poderão melhorar a qualidade de vida pessoal e profissional.

3.3 ConteúdosEmenta: Ginástica geral e de manutenção; Jogos; Esportes; Recreações;

Qualidade de vida; dança; Atividades complementares1º AnoGinástica Geral e de Manutenção

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• Ginástica Aeróbica• Alongamento• Percepção corporal (leitura corporal)• Exercícios para a melhoria das qualidades físicas

Jogos• Cooperativos

Esportes• Fundamentos Técnicos• Origem e História• Análises críticas das regras(para que serve e a quem serve)• Incorporação nas sociedade brasileira• Prática• Lutas• Brincadeiras

IV Qualidade de Vida• Higiene e Saúda• Primeiros Socorros• Índice de massa corporal• Caminhadas

2º AnoGinástica Geral e de Manutenção

• Alongamento• Ginástica Localizada• Exercícios para correção postural• Avaliação postural

Jogos• Cooperativos• Dramáticos

Esportes• Fundamentos Técnicos• Regras• Análises críticas das regras• O esporte como fenômeno cultural• Táticas• Prática• Brincadeiras

Qualidade de Vida• Alimentação• Avaliação calórica dos alimento - Obesidade• Anorexia

3º AnoGinástica Geral e de Manutenção

• Alongamento• Ginástica localizada• Técnicas de Relaxamento

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Jogos• Intelectivos• Cooperativos

Esportes• Fundamentos Técnicos• Regras• análise crítica das regras• Táticas• O esporte na sociedade capitalista• Prática• Competições de grande porte: PanOlimpíadas ; Copa do Mundo

Qualidade de Vida• corpo Humano e sexualidade• Padrões de beleza e saúde• Trabalho e consumismo

Dança• De salão• Popular

4º AnoGinástica Geral e manutenção

• Alongamento• Ginástica laboral• Exercícios para melhoria das qualidades físicas

Esportes• Técnica• Táticas• Prática• Modelos de sociedade que os reproduziram• Esportes radicais

Recreação• Brincadeiras• Gincanas

Dança• De Salão• Popular• Folclórica

Qualidade de Vida• Primeiros socorros• Acidentes e doenças do trabalho• Caminhadas• Drogas lícitas e ilícitas e suas conseqüências

3.4 Metodologia Metodologia é o conjunto de princípios e pressupostos teóricos conscientes

ou não que levam o professor a adotar diferentes recursos técnicos e estratégicos em suas aulas.

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Na Educação Física, a metodologia deve se basear na produção prática e teórica do conhecimento, através da descoberta orientada e a solução de problemas, assim o aluno terá maior grau de autonomia.

Durante o processo de aprendizagem os procedimentos técnicos de coordenação de gestos, adaptação de movimentos a determinadas regras e ritmos, e de uso do espaço e dos objetos, que serão adquiridos através de atividades individuais e coletivas, constituem-se em problemas a serem resolvidos pelos alunos.

É fundamental que no cotidiano escolar se garantam as condições para o usufruto dos conhecimentos resultantes dessas vivências, que dê destino à produção dos alunos.

Deparar-se com suas potencialidades e limitações para buscar desenvolvê-las, é parte integrante do processo de aprendizagem das práticas da cultura corporal e envolve sempre um desafio para o aluno, pois o êxito gera um sentimento de satisfação e competência, e o torna confiante para exercer seu dever e direito de satisfação.

Essas habilidades e potencialidades serão desenvolvidas através de exibição de vídeos, estudo e discussão de textos, exposição dos conteúdos de esportes, danças, ginásticas e jogos, sua história, concepções, seus movimentos específicos e seu envolvimento na sociedade atual, cultural e política. E assim, efetuando a aprendizagem e conseqüentemente desenvolvendo o aluno em toda a sua amplitude.

Através das práticas corporais em jogos individuais ou coletivos, o aluno poderá identificar e desenvolver suas habilidades físicas, percebendo suas limitações e como trabalhá-las, seja no aspecto físico ou emocional, superando tais dificuldades e conscientizando-se da importância de praticá-las, para tanto, serão desenvolvidas atividades para ratificar a necessidade de outro, do companheirismo e da cooperação.

3.5 AvaliaçãoA avaliação deve acompanhar o processo de ensino-aprendizagem, levando

informações a respeito da adequação dos objetivos, da seleção de atividades, dos resultados, das estratégias utilizadas, dentre outros fatores componentes do processo. A avaliação deve ser contínua, formativa e qualitativa dos conteúdos apresentados. Serão feitas através de trabalhos apresentados e seminários num total de 4,0 pontos e 6,0 pontos através das aulas práticas.

Assim, no processo de avaliação deve se levar em consideração a faixa etária dos alunos e o grau de autonomia e discernimento que possuem. Esse processo deve se manifestar de forma contínua, clara, consciente e sistemática, podendo revelar as alterações próprias e características desse momento do aprendizado.

Ao selecionar os instrumentos de avaliação, tais como: observação contínua na participação das aulas, trabalhos práticos e teóricos, testes, o professor deverá observar se o aluno:

• Realiza as práticas da cultura corporal do movimento de maneira cooperativa, utilizando formas de expressão que favoreçam a integração grupal.

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• Valoriza a cultura corporal do movimento, conhecendo, apreciando e desfrutando de diferentes manifestações da cultura do seu ambiente e de outros.

• Relaciona os elementos da cultura corporal com a saúde e a qualidade de vida.

O aluno deverá no Ensino Profissional concluir que, através da atividade física individual e coletiva é possível desenvolver princípios de valores morais, cooperativos e solidários que possam contribuir no seu meio social, agindo e interagindo como membro participante e ativo.

3.6 BibliografiaASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. Campinas: Autores Associados/CBCE, 2001.BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984.BRUHNS, Heloisa Turini. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas, São Paulo: Papirus,1993.ESCOBAR, M. O. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física. Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.FALCÃO, J. L. C.. Capoeira. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3.ed.Ijuí: Unijuí, 2003, p. 55-94.GEBARA, Ademir. História do Esporte: Novas Abordagens. In: Marcelo Weishaupt Proni; Ricardo de Figueiredo Lucena. (Org.). Esporte História e Sociedade. 1 ed. Campinas: Autores Associados, 2002.HUIZINGA, Johan. Homo ludens. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva Estudos 42, 1980.MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2002.OLIVEIRA, Maurício Romeu Ribas & PIRES, Giovani De Lonrezi. O esporte e suas manifestações mídiaticas, novas formas de produção do conhecimento no espaço escolar. XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Belo Horizonte/MG, 2003.SILVA, Ana Márcia. Práticas Corporais: invenção de pedagogias?. In: Ana Márcia Silva;Iara Regina Damiani. (Org.). Práticas Corporais: Gênese de um Movimento Investigativo em Educação Física. 1 ed. Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005, v. 1, p. 43-63.SOARES, Carmen Lúcia . Notas sobre a educação no corpo. Educar em Revista, Curitiba, n. 16, 2000, p. 43-60.______. Imagens da Educação no Corpo: estudo a partir da ginástica Francesa no séc. XIX. 1 ed. Campinas: Editora Autores Associados, 1998.PALLAFOX, Gabriel Humberto Muñhos; TERRA, Dinah Vasconcellos. Introdução à avaliação na educação física escolar. Pensar a Prática. Goiânia. v. 1. no. 1. p. 23-37. jan/dez 1998.VAZ, Alexandre Fernandez; PETERS, Leila Lira; LOSSO, Cristina Doneda. Identidade cultural e infância em uma experiência curricular integrada a partir do resgate das brincadeiras açorianas. Revista de Educação Física UEM, Maringá, v. 13, n. 1, 2002, p. 71-77.

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VAZ, Alexandre Fernandez, SAYÃO Deborah Thomé, PINTO, Fábio Machado (Org.).Treinar o corpo, dominar a natureza: notas para uma análise do esporte com base no treinamento corporal. Cadernos CEDES, n. 48,ago. 1999, p. 89-108.

4. FILOSOFIA

4.1 Fundamentação TeóricaConstituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia traz

consigo o problema de seu ensino, desde o embate entre o pensamento de Platão e as teses dos sofistas. Platão admitiria que sem as noções básicas e técnicas de persuasão, a prática da filosofia teria efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que, se o ensino de filosofia se limitasse à transmissão de “técnicas” de redução do ouvinte, por meio de discussão, o perigo seria outro. A filosofia favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.

Atualmente, visando a formação pluridimensional e democrática plena do estudante, o Ensino Médio busca oferecer-lhe a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especificidades. É nesta multiplicidade que reside as categorias de pensamento. Estas, buscam articular a totalidade espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.

A Filosofia apresenta-se como um conteúdo filosófico e como conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento: não é possível estudar filosofia sem filosofar, assim como não é possível filosofar sem ter conhecimento da filosofia.

A Filosofia na escola, pode significar o espaço de criação e da provocação do pensamento original, da busca da compreensão da imaginação, da criação e recriação de grandes temas filosóficos, ou seja, de conteúdos estruturantes e basilares a serem trabalhados na perspectiva do estudante, de modo que a investigação e os textos filosóficos permaneçam sempre ligados à realidade presente.

Portanto, a Filosofia tem por objetivo formular conceitualmente problemas que interessam ao pensar de hoje e investigar as diferentes formas de conceitos envolvidas, desenvolvendo ma maneira peculiar e geral de interrogar-se sobre a verdade das palavras, das coisas e do ser.

4.2 Objetivos• Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos, específicos da

Filosofia• Compreender as configurações de pensamento de sua constituição

histórica e de seu funcionamento interno, tendo em vista a constituição de sistemas de referência

• Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas científicos – tecnológicos, ético – políticos, sócio – culturais e vivenciais

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• Entender a reflexão crítica como processos e interpretativo do pensamento

• Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, apreensão e construção de conceitos, argumentação e problematização

• Desenvolver métodos e técnicas de leitura e análise de textos de forma filosófica

• Produzir textos analíticos e reflexivos ponde em prática os conhecimentos filosóficos

• Desenvolver a discussão oral de modo sistemático• Desenvolver a habilidade de reflexão de modo sistemático e crítico• análise dos temas do cotidiano vivencial humano.• Analisar seu papel na sociedade como trabalhador inserido num mundo de

mudanças• Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos, específicos da

Filosofia.

4.3 ConteúdosEMENTA: Diferentes perspectivas filosóficas na compreensão do

conhecimento humano. O estado e a organização social. Ética e Estética. Questões filosóficas do mundo contemporâneo. Relação homem x natureza, cultura e sociedade. 1º AnoMito e Filosofia –

• Desenvolvimento do pensamento racional do homem;• Desenvolvimento do pensamento científico;

Teoria do Conhecimento: • O problema do conhecimento; • Filosofia e método em Platão, Aristóteles, Decartes, Hume, Kant, Marx e

Hegel.Ética:

• Virtude, • Liberdade,• As questões éticas do mundo moderno.

Filosofia Política: • O que é o político. • A questão do Estado e a democracia: • Liberalismo Clássico, • Neoliberalismo, • Socialismo Científico, • Social Democracia.

Estética: • A beleza, • O gosto,

Novas tecnologia e reestruturação produtiva: • A revolução informacional e novas possibilidades de controle e

condicionamentos da liberdade,

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• Os desafios do controle da informação.

4.4 MetodologiaO trabalho metodológico a ser desenvolvido em Filosofia deve se dar de

forma interdisciplinar com as outras disciplinas para proporcionar ao aluno a visão de conjunto dando condições de modificar sua forma de pensar e agir.

É necessário proporcionar aos alunos o desenvolvimento de interesses em descobrir os encadeamento, a lei, a estrutura que há nos discursos por eles elaborados, através de leitura, pesquisa, debates, reflexões e sistematizações de assuntos relacionados ao interesse e realidade da vida social e do trabalho onde os mesmo estão inseridos.

O trabalho do professor é o de orientar os alunos na formulação de questões e objeções de maneira organizada visando o desenvolvimento de conceitos que facilitem a sistematização das idéias em produções escritas, orais e artísticas. Também deve se levar em conta uma atuação pautada pelo respeito à individualidade, à diversidade cultural e o nível de desenvolvimento intelectual, sendo a base para o desenvolvimento de técnicas de raciocínio e argumentação, questionamento e problematização.

4.5 AvaliaçãoDevido às características próprias da disciplina de Filosofia baseados na

análise e reflexão, problematização e sistematização de conceitos, a avaliação não poderá ser apenas teórica. Será realizada diariamente através de registro, dos avanços dos alunos, obtidos na realização de atividades práticas e escritas, nas apresentações orais, discussões, debates, leituras e pesquisas, onde serão considerados aspectos como assiduidade, criatividade, interesse, desempenho, capacidade de argumentação, de análise crítica e domínio de conceitos.

Assim sendo a avaliação será também diagnóstica permitindo ao aluno repensar seu próprio processo de aprendizagem e ao professor rever sua prática sempre que necessário, avançando ou retomando os conteúdos visando atingir os objetivos planejados.

4.6 BibliografiaALTHUSSER, l. Ideologia e Aparelhos Ideológicos do estado. Lisboa: Ed. Presença. s/d. Textos de Revistas e JornaisARANHA, Maria Lucia A. e MARTINS, Maria helena P. Filosofando, Introdução à Filosofia, 2ª Edição. São Paulo, Ed. Moderna, 1993._______________.Temas de Filosofia, 2ª Edição, São Paulo, Ed. Moderna.CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática. São Paulo 1998.CHAUÍ, Marilena. O que é Ideología? 30ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1989, 125p. (Col. Primeiros Passos, 13).ENGELS, F. Sobre o Papel do Trabalho na Transformação do Macaco em Homem. in:ANTUNES, R. A dialética do Trabalho: escritos de Marx e Engels. São Paulo: Expressão Popular, 2004.GENRO FILHO, Adelmo. A ideologia da Marilena Chauí. In: Teoria e Política. São Paulo, Brasil Debates, 1985.

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GENRO FILHO, Adelmo. Imperialismo, fase superior do capitalismo / Uma nova visão do mundo. In Lênin: Coração e Mente. c /Tarso F. Genro, Porto Alegre, Ed. TCHÊ, 1985, série Nova Política.LUSKOW, Abrão. Educação para o pensar. Introdução à Filosofia. Ed. Do Autor, Florianópolis, 2000.MENDES, Durmeval T (Coord). Filosofia da Educação Brasileira. RJ: Civilização Brasileira, 1994SÁTIRO, Angélica e, Ana Miriam. Pensando Melhor. Iniciação ao filosofar. Ed. Saraiva. São Paulo, 1997.SAVIANI, Demerval, Educação do senso Comum à Consciência Filosófica. 11ª Ed. Campinas, Autores associados.

5. FÍSICA

5.1 Fundamentação TeóricaO ensino da Física tornou-se indispensável à formação da cidadania, pois

está inserida em um novo contexto em que o mundo se instrumentaliza e se aperfeiçoa através da tecnologia.

A disciplina de Física no Ensino Integrado deverá contribuir para a formação de uma cultura científica, destacando a importância da interpretação de fatos e fenômenos naturais.

O aprendizado da Física deverá promover a relação do indivíduo com a sociedade, criando estratégias de resolução de problemas do cotidiano. Para isso é imprescindível considerar o mundo vivencial dos alunos, sua realidade, os problemas e indagações que movem suas curiosidades, numa perspectiva de transformar as concepções espontâneas dos alunos em conhecimentos escolares.

Sendo a Física uma ciência responsável por grandes avanços tecnológicos, deve ser trabalhada buscando o cotidiano do aluno e mostrando-lhe a importância de conhecer melhor as tecnologias, de forma a desenvolver um cidadão capaz de compreender e interagir com a realidade.

5.2 Objetivos• Compreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos.• Compreender e utilizar-se de tabelas, gráficos e relações matemáticas

gráficas para resolução de problemas.• Expressar-se corretamente, utilizando a linguagem física adequada quanto

aos elementos e sua representação simbólica.• Compreender a presença da Física no mundo vivencial, nos equipamentos

e procedimentos tecnológicos.• Reconhecer a Física enquanto construção humana, os aspectos de sua

história e relações com o contexto cultural, social e econômico.• Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendido a

evolução dos meios tecnológicos e a sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento científico.

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5.3 Conteúdos1º Ano

• Cinemática escalar• Movimento Uniforme• Movimento Uniforme Variado• Leis de Newton( Dinâmica)• Energia e suas transformações( Energia Mecânica, Energia Cinética e

Energia Potencial)• Trabalho e Potência

2º Ano• Termologia• Temperatura e calor• Leis da Termodinâmica• Dilatação Térmica• Calorimetria• Espelhos Planos e Esféricos• Refração da Luz• Ondas

3º Ano• Eletrostática• Carga elétrica• Força elétrica e campo elétrico• Tensão elétrica• Eletrodinâmica• Corrente elétrica• Resistores• 1ª e 2ª Lei de Ohm• Potência elétrica e energia consumida• Associação de resistores• Gerador e receptor• Eletromagnetismo• Força e campo magnético

5.4 MetodologiaO trabalho deverá partir das concepções espontâneas (senso comum) e

aprofundar-se através das teorias. Além disso, utilizar-se de textos, pesquisas em revistas, jornais, livros, etc; realizar experimentos de comprovação teoria e prática.

Neste trabalho é importante ressaltar o diálogo entre professor e aluno. O professor não deve se esquecer de interligar o objeto do conhecimento com a história da ciência, usando o método da resolução de problemas. Fazer com que os alunos percebam a relação do conhecimento com outros saberes estimulando a participação e responsabilidade social para que os alunos sejam detentores de um saber significativo.

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5.5 AvaliaçãoA avaliação de Física terá um caráter diagnóstico onde o professor se

informará sobre o saber dominado pelo aluno e deverá adotar medidas que leve-o a desenvolver as competências previstas na disciplina, através de discussões, produção de trabalhos, pesquisas, trabalhos em grupo, tarefas individuais e produções escritas e orais onde possa demonstrar o avanço dos seus conhecimentos.

5.6 BIBLIOGRAFIAARRIBAS, S. D. Experiências de Física na Escola. Passo Fundo: Ed. Universitária, 1996.BEN-DOV, Y. Convite à Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.BRAGA, M. [et al.] Newton e o triunfo do mecanicismo. São Paulo: Atual,1999.BERNSTEIN, J. As idéias de Einstein. São Paulo: Editora Cultrix Ltda, 1973.CARUSO, F. ; ARAÚJO, R. M. X. de. A Física e a Geometrização do mundo: Construindo uma cosmovisão científica. Rio de Janeiro: CBPF, 1998.CHAVES, A. Física: Mecânica. v. 1. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso Editores,2000.CHAVES, A. Física-Sistemas complexos e outras fronteiras. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2000.CHAVES, A.; SHELLARD, R. C.. Pensando o futuro: o desenvolvimento da Física e sua inserção na vida social e econômica do país. São Paulo: SBF, 2005.EISBERG, R.; RESNICK R.: Física Quântica. Rio de Janeiro:Editora Campus, 1979.FIANÇA, A . C. C.; PINO, E. D.; SODRÉ, L.; JATENCO-PEREIRA, V. Astronomia: Uma Visão Geral do Universo. São Paulo: Edusp, 2003.GALILEI, G. O Ensaiador. São Paulo: Editora Nova Cultural, 2000.GALILEI, G. Duas novas ciências. São Paulo: Ched, 1935.GARDELLI, D. Concepções de Interação Física: Subsídios para uma abordagem histórica do assunto no ensino médio. São Paulo, 2004. Dissertação de Mestrado. USPHALLIDAY, D.; RESNICK, R. WALKER, J. Fundamentos de Física. v. 2, 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.JACKSON, J. D.; MACEDO, A. (Trad.) Eletrodinâmica Clássica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1983.KNELLER, G. F. A ciência como uma atividade humana. São Paulo: Zahar/ Edusp, 1980.LOPES, J. L. Uma história da Física no Brasil. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2004.MARTINS, R. Andrade. O Universo. Teorias sobre sua origem e evolução. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 1997.MARTINS, R. Andrade. Física e História: o papel da teoria da relatividade. In: Ciência e Cultura 57 (3): 25-29, jul/set, 2005.MENEZES, L. C. A matéria – Uma Aventura do Espírito: Fundamentos e Fronteiras do Conhecimento Físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.NARDI, R. (org.). Pesquisas em ensino de Física. 3ª ed. São Paulo: Escrituras, 2004.

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NARDI, R. e ALMEIDA, M. J. P. M. Analogias, Leituras e Modelos no Ensino de Ciência: a sala de aula em estudo. São Paulo: Escrituras, 2006.NEVES, M. C. D.. A historia da ciência no ensino de Física. In: Revista Ciência e Educação, 5(1), 1998, p. 73-81.NEWTON, I.: Principia, Philosophiae naturalis principia mathematica. São Paulo: Edusp, 1990.OLIVEIRA FILHO, K, de S., SARAIVA, M. de F. O . Astronomia e Astrofísica. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2004.PEDUZZI, S. S.; PEDUZZI, L. O. Q. Leis de Newton: uma forma de ensiná-las. In: Caderno Catarinense de Ensino de Física, v. 5. n. 3, p. 142-161, dezembro de 1998.PIETROCOLA, M. Ensino de Física: Conteúdo, metodologia e epistemologia em uma concepção integradora. Florianópolis: Editora da UFSC, 2005.QUADROS, S.. A Termodinâmica e a invenção das máquinas térmicas. São Paulo: Scipione, 1996.RAMOS, E. M. de F; FERREIRA, N. C. O desafio lúdico como alternativa metodológica para o ensino de física. In: In: Atas do X SNEF, 25-29/ janeiro 1993, p. 374-377.REITZ, J. R.; MILFORD, F. J.; CHRISTY, R. W. Fundamentos da Teoria Eletromagnética. Rio de Janeiro: Campus, 1982.RESNICK, R.; ROBERT, R. Física Quântica. Rio de Janeiro: Campus, 1978. RIVAL, M. Os grandes Experimentos Científicos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.ROCHA, J. F. (Org.) Origens e evolução das idéias da Física. Salvador: Edufra, 2002.SAAD, F. D. Demonstrações em Ciências: explorando os fenômenos da pressão do ar e dos líquidos através de experimentos simples. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.SAAD, F. D. Análise do Projeto FAI Uma proposta de um curso de Física AutoInstrutivo para o 2.º grau. In: HAMBURGER, E. W. (org.). Pesquisas sobre o Ensino de Física. São Paulo: Ifusp, 1990.SEARS, F. W.; SALINGER, G. L. Termodinâmica, Teoria Cinética e Termodinâmica Estatística. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1975.SEARS, F.; ZEMANSKY, M. W.; YOUNG, H. D. Física: Eletricidade e Magnetismo. 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1984.THUILLIER, P. De Arquimedes a Einstein: A face oculta da invenção científica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1994.TIPLER, P. A. Física: Gravitação, Ondas e Termodinâmica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1995.TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física: Mecânica, Oscilações e Ondas. v.1, 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física: Eletricidade, Magnetismo e Óptica. v.2, 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006TIPLER, P. A . e LLEWELLYN, R. A. Física Moderna. 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.VALADARES, E. de Campos. NEWTON A órbita da Terra em um copo d’água. São Paulo: Odysseus, 2003.VILLANI, Alberto. Filosofia da Ciência e ensino de Ciência: uma analogia. In: Revista Ciência & Educação, v. 7, n. 2, 2001, p. 169-181.

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6. GEOGRAFIA

6.1 Fundamentação TeóricaTendo em vista a globalização, uma nova ordem mundial com novos

conflitos e tensões, a formação de blocos econômicos, as questões ambientais que dão novos significados à sociedade, o papel da geografia é dar suporte e contribuição na formação do educando para esta nova sociedade.

Diante dos novos rumos da humanidade faz-se necessário que o aluno participe ativamente na vida: social, política e econômica do país, formando indivíduos conscientes, com alto grau de responsabilidade utilizando seus talentos e as tecnologias avançadas.

Buscando compreender as relações econômicas, sociais e suas práticas nas escolas, local, regional, nacional e global, a geografia se sustenta na realidade para pensar todas as relações cotidianas onde se estabelecem as redes sociais nas referidas escalas.

A geografia terá com papel fundamental proporcionar situações que permitam ao educando pensar sobre o tempo e o espaço de vivência. Dentro dessa perspectiva a geografia deve ser pautada em estudar temas novos nos quais a interdisciplinaridade é essencial.

O objetivo da Geografia é desenvolver as potencialidades do educando: seu raciocínio lógico, sua inteligência emocional, sua criatividade, seu espírito crítico, sua capacidade de aprender por conta própria, de pesquisar e buscar coisas novas.

A Geografia tem como preocupação fundamental oferecer subsídios ao desenvolvimento da cidadania, fazendo com que o educando compreenda criticamente o mundo em que vive, desde a escala local até a global ou planetária.

O papel geopolítico e econômico da geografia desponta a compreensão da realidade social e cultural das sociedades contemporâneas, embora reconheça o grau de complexidade que envolve este campo devido os entrelaçamentos entre o tempo e espaço, que se realizam de forma dinâmica. Neste sentido a geografia estuda as contradições da tecnologia, pois mostra as facilidades em relação ao trabalho dos homens e ao mesmo tempo a exclusão social.

Na apreensão do conhecimento geográfico são importantes as várias linguagens que o mundo moderno oferece, constituindo-se em instrumentos fundamentais para a compreensão da realidade de nosso século. O acesso às diferentes linguagens e ao diferentes documentos, pode ajudar os jovens a compreender melhor a realidade espacial e temporal em que eles vivem para que atuem de forma competente com as necessidades, o s interesses individuais e de seu grupo social.

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6.2 Objetivos• Proporcionar ao aluno a compreensão do mundo em que vive: das

relações entre natureza/ homem/ trabalho, da sociedade, transformando-o em agente de mudanças

• Possibilitar ao educando exercer a cidadania e através dela entender os problemas e transformações ocorridas em nível sóciopolítico e econômico no decorrer da história.

• Permitir o entendimento do espaço geográfico mundial e que não se apresentam únicos e acabados.

• Oportunizar que o aluno situe-se nas transformações sociais contemporâneas e que a globalização oportuniza e contribui para a interdependência dos países.

• Contribuir para que o aluno analise sua realidade e que desenvolva o senso crítico, a criatividade e o raciocínio para interagir no meio e em prol da sociedade em que vive.

• Proporcionar ao educando a apropriação do conhecimento científico a serviço da transformação e da justiça social.

• Contribuir para que o aluno se oriente esse localize no tempo e no espaço que ocupa, compreendendo-o e socializando-se com as pessoas que apresentam diferentes conhecimentos e posições sociais.

• Contribuir para o entendimento das inter – relações entre homem / natureza e homem/ sociedade esclarecendo a importância destas para que o aluno entenda o espaço e a vivencia e as contradições do mundo atual, destacando as atividades que este deve tomar, tanto critica, como ambiental, para que este mundo seja melhor.

• Levar o aluno a compreender que para a geografia ser apreendida e que contribuía na formação social do homem que é necessário que haja observação, descrição e comparações de variados aspectos referentes a fenômenos sociais nos quais esta inserido e de sociedades de diferentes naturezas.

• Reconhecer semelhanças e diferenças nas formas por quais diferentes grupos sociais interagem com as manifestações da natureza que por sua vez influenciara em suas vidas nos âmbitos social, cultural e econômico.

• Possibilitar que o aluno tenha e/ou adquira noções que a tecnologia se faz presente e necessária no cotidiano mundial para a preservação do meio ambiente e melhorias na qualidade de vida.

• Propiciar aos alunos conteúdos referentes as culturas afro-brasileira, indígena e educação ambiental e relacioná-las com a realidade.

6.3 Conteúdos Conteúdos Estruturantes

• Dimensão econômica do espaço geográfico• Dimensão política do espaço geográfico.• Dimensão sócioambiental do espaço do espaço• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Os conteúdos estruturantes estão contemplados em todas as séries sempre abordando do global para o local (mundo, Brasil e Paraná)

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3º Ano• Espaço geográfico, localização, paisagem, território• Cartografia: construir e ler mapas• Tempo geológico, estrutura da Terra placas tectônicas e dinâmica do

relevo• Os fenômenos meteorológicos, influência do cima e vegetação• Hidrosfera: os ciclos da água• Poluição do ar, inversão térmica, ilhas de calor, chuva ácida, efeito estufa

e destruição da camada de ozônio• Modos de produção e formações socioespaciais;• A revolução tecnológica e seu impacto na produção,• A Revolução Técnico-científico-informacional e novo espaço da produção.• A revolução tecnológica e seu impacto na produção, conhecimento e

controle do espaço geográfico.• Tecnologia da informação e a perspectiva macro e micro dos territórios.• Distribuição espacial da industria nas diversas escalas geográficas;• Oposição Norte-Sul e aspecto e aspectos econômicos da produção.• Formação dosa blocos econômicos• Cidades: urbanização da humanidade• Redes Urbanas: a hierarquia das cidades• As grandes metrópoles, como s comportam sua população• O processo de emigração e imigração• As atividades agropecuárias e os sistemas agrários• A atividade industrial no mundo• A industrialização nos países pobres• O espaço utilizado pelas indústrias e seus benefícios• A organização e a produção industrial• Energia: o motor da vida moderna• Como se dá produção de energia• Países produtores de energia• Em busca do desenvolvimento sustentável• Políticas sociais para conter a degradação da natureza• A relação entre os países na questão ambiental• O despontar dos países em desenvolvimento na economia global• Novos países industrializados: substituição de importações• Novos países industrializados: plataformas de exportações• O capitalismo e o Socialismo e a Guerra Fria• O mundo pós-guerra fria• O mundo sem a URSS, cai a potência mundial• A internacionalização do capital• Os blocos econômicos• Países subdesenvolvidos, ou novas potências mundiais• China: um país, dois sistemas• Estados Unidos, a superpotência mundial

4º Ano

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• A formação e a expansão do território brasileiro• Caracterização do espaço brasileiro• Brasil: estrutura geológica e relevo• O clima do Brasil• Impactos ambientais em ecossistemas brasileiros• Ecossistemas brasileiros• A hidrografia brasileira• Relevo, clima, hidrografia e vegetação do estado do Paraná• Ocupação paranaense• Movimentos da população no Brasil• Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras• A estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil• Crescimento populacional do Estado do Paraná• O processo de migração no Estado do Paraná• A organização político-administrativa e a divisão regional do Brasil• Os complexos regionais brasileiros• Brasil: país subdesenvolvido industrializado• O espaço agropecuário brasileiro• Recursos minerais do Brasil• Recursos energéticos do Brasil• Economia paranaense• O comércio exterior brasileiro• Os transportes no Brasil• A industrialização do Brasil• Produtos paranaenses para exportação• Os transgênicos e a política interna• Paraná: Saúde e Educação em destaque• As novas tecnologias e as alterações nos espaços urbanos e rural.• Obras de infra –estruturas e seus impactos sobre o território e a vida das

populações• A Nova ordem Mundial no inicio do século XXI: oposição Norte – Sul• Fim do estado de Bem-estar social e o neoliberalismo• Os atuais conceitos de base territorial, tais como:étnicos, culturais,

políticos, econômicos, entre outros;• Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano.• Conflitos rurais e estrutura fundiária• Questões do clima, da segurança alimentar e da produção de energia.

6.4 MetodologiaA Geografia é uma ciência que utiliza a observação, a descrição, a

comparação, a interpretação e a análise para ser bem compreendida.Começando com a conceituação de espaço Geográfico, muitos são os

estudos sobre este tema. Espaço geográfico não se auto-explica, mas exige esclarecimentos.

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O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não consideradas isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem que, formada por objetos naturais, ao longo da história vão sendo substituídos por objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina.

Os objetos que interessam á geografia não são apenas objetos moveis, mas também imóveis, que através da história desses objetos, da forma como foram produzidos e mudam, fizeram com que a Geografia física e humana se encontrasse. Essa conceituação de espaço geográfico contribui para uma leitura crítica das contradições e conflitos nele implícitos e explícitos. Nessa perspectiva teórica, implica ensinar o aluno a ler e interpretar o espaço geográfico. O aluno compreenderá como se dão as relações sócio-espaciais.

Considerando o conhecimento historicamente produzido, como o principal instrumento para a efetivação dos objetivos da Geografia Crítica, o professor e o aluno, deve ser entendido como sujeitos. O primeiro deve assumir sua função de mediador desenvolvendo no aluno a capacidade de observar, analisar, interpretar a realidade.

É preciso que se assuma prática pedagógica que ajudem o desenvolvimento da autonomia dos alunos, garantindo uma participação coletiva., confrontando os conhecimentos que eles já possuem sobre a relação homem/ natureza, homem/ homem, com os conhecimentos científicos historicamente acumulados.

O ensino da Geografia não pode deixar de considerar em conteúdos as categorias lugar, espaço, território. O lugar do aluno em relação com outros espaços para que o mesmo tenha uma visão de totalidade, que envolva espaço e sociedade, natureza e homem e se posicionem como agente transformador.

6.5 AvaliaçãoA avaliação dos alunos constitui-se num dos elementos de interação entre

professor/ aluno/ conhecimento. A avaliação deve ser contínua, observando-se o desenvolvimento diário dos alunos, não só em temos de assimilação de conteúdos como também em relação às posturas ou atitudes sociais que serão por eles desenvolvidos à medida que estudam os conteúdos.

O aprimoramento das expressões orais e escritas dos alunos deve também ser contemplado como critério de avaliação, averiguando-se tanto a forma de sua evolução como a integração das noções e de conceitos trabalhados.

A avaliação e seus critérios devem-se basear nas condições reais da pessoa do aluno quando do início do processo ensino-aprendizagem.

6.6 BibliografiaARCHELA, R. S.; GOMES, M. F. V. B. Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas. Londrina: Ed. UEL,1999.BARBOSA, J. L. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do inesperado.In: CALLAI, H. C. A. A Geografia e a escola: muda a Geografia? Muda o ensino? Terra Livre, São Paulo, n. 16, p. 133-152, 2001.

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CASTROGIOVANNI, A. C. (org.) Geografia em sala de aula: práticas e reflexões Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999.CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1999.CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1982.P. C. da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.COSGROVE, D. E.; JACKSON, P. Novos Rumos da Geografia Cultural. In: CORRÊA, R. L.;ROSENDAHL, Z. Introdução à Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand, Brasil, 2003.CORRÊA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo Ática, 1986.COSTA, W. M. da. Geografia política e geopolítica: discurso sobre o território e o poder. São Paulo: HUCITEC, 2002.DAMIANI, A. L. Geografia política e novas territorialidades. In: PONTUSCHKA, N. N.; OLIVEIRA, A. U. de, (Orgs.). Geografia em perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002.GOMES, P. C. da C. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. GOMES, P. C. da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.GONÇALVES, C. W. P. Os (des)caminhos do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 1999.HAESBAERT, R. Territórios alternativos. Niterói: EdUFF; São Paulo : Contexto, 2002.MARTINS, C. R. K. O ensino de História no Paraná, na década de setenta: as legislações e o pioneirismo do estado nas reformas educacionais. História e ensino: Revista do Laboratório de Ensino de História/UEL. Londrina, n.8, p. 7-28, 2002.MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. Terra Livre, nº 16, p. 113, 2001.MOREIRA, R. O Círculo e a espiral: a crise paradigmática do mundo moderno. Rio de Janeiro: Cooautor, 1993.NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade : ensaios sobre a metodologia das Ciências Sociais. São Paulo : Brasiliense, 1986.PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna. Florianópolis: Ed. UFSC, 1989.SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A. F. A.(Org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.SMALL, J. e WITHERICK, M. Dicionário de Geografia. Lisboa: Dom Quixote, 1992.SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, I. E. et. al. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro:Bertrand, Brasil, 1995.J.W. (org). Geografia e textos críticos. Campinas: Papirus, 1995.VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997._____. Delgado de Carvalho e a orientação moderna em Geografia. In VESENTINI, J. W.(org). Geografia e textos críticos. Campinas : Papirus, 1995.WACHOWICZ, R. C. Norte velho, norte pioneiro. Curitiba: Vicentina, 1987.

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_____. Paraná sudoeste: ocupação e colonização. Curitiba: Vicentina, 1987._____. Obrageros, mensus e colonos: história do oeste paranaense. Curitiba:Vicentina, 1982.

7. HISTÓRIA

7.1 Apresentação geral da disciplina A História tem como objeto de estudo os processos históricos e as relações

humanas praticadas no decorrer do tempo, bem como os sentidos que os indivíduos deram às mesmas em sua forma de pensar e agir, possibilitando reflexões a cerca dos contextos históricos em que os saberes foram e são produzidos.

Nesse sentido, a história é produto do pensamento e da ação do Homem, do conjunto da humanidade ao longo do tempo e do espaço, considerando-a como um movimento contínuo, dinâmico e plural, onde os sujeitos históricos atuam.

Assim, estudar e compreender a teia de relações que foram e são estabelecidas no âmbito do poder, da cultura e do trabalho é uma questão sine qua nom para que os alunos se compreendam enquanto indivíduos possibilitadores de mudanças ou permanências que caracterizam as sociedades de outros e de seu tempo.

Nessa perspectiva, ao propor para o Ensino Médio a formação de um aluno pesquisador, busca-se através do estudo da História construir a identidade das sociedades estudadas, bem como a sociedade brasileira, fruto da diversidade étnico-cultural, favorecendo a construção do conhecimento através do estudo/ análise de fontes, que não somente o livro didático.

Nessa direção, o professor é o agente mediador desse processo de construção do conhecimento, apropriando-se dos conhecimentos de outras áreas do saber para facilitar a aprendizagem do aluno caracterizando assim a interdisciplinaridade como meio da compreensão do estudo/ conteúdo para o aluno.

De acordo com as novas diretrizes curriculares (2008) integraram-se à disciplina de história, em seus conteúdos específicos os chamados “desafios contemporâneos” (violência, sexualidade, drogas,etnia racial e meio ambiente).

Para explorar esses desafios será desenvolvido o resgate o processo histórico e suas diferentes manifestações relacionadas com a sociedade contemporânea.

• As relações de Trabalho, Cultura e Poder no Tempo e no Espaço: da Antigüidade ao Século XV A organização da sociedade e as relações que se estabeleceram em seu interior. Como se organizou o trabalho?

• As relações de Trabalho, Cultura e Poder no Tempo e no Espaço: do Século XV ao Século XIX – Como estas relações foram estabelecidas? Houve mudanças ou permanências?

• As relações de Trabalho, Cultura e Poder no Tempo e no Espaço: do Século XIX à Atualidade – O que mudou nessas relações? Como estamos inseridos nelas?

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7.2 ObjetivosGeralPossibilitar ao aluno, meios para que o mesmo possa construir o

conhecimento para entender as mudanças e as permanências nas sociedades no decorrer do tempo e do espaço em todos os seus aspectos, de modo a compreender-se como sujeito histórico e agente do processo histórico.

Específicos:• Entender que o processo histórico é resultado de fatores econômicos,

sociais, políticos e culturais.• Identificar a terminologia básica necessária à compreensão do processo

histórico.• Desenvolver a capacidade de perceber as raízes históricas dos fatos

contemporâneos e as futuras perspectivas do nosso presente.• Desenvolver a capacidade de interpretar e de criticar fatos e situações

reais da sua região e do país.

7.3 Conteúdos2º anoA origem e a evolução humanaA Antiguidade Oriental

•Sumérios, Babilônios, Persas, Fenícios, Hebreus, etc.Egito

• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.

Reinos e Sociedades Africanas • Desafio contemporâneo, violência e etnia racial• Etiópia, Congo, Ghana, Mali, Songhai, Mossis, Benin, Bosquímanos,

Hotentotes.• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.• Religiosidade e Tradições.

Antiguidade ClássicaGrécia:

• Berço da Civilização e da Democracia.• Sociedade e Cultura.• Política e Economia. • Religiosidade e sexualidade (desfio contenporâneo)

Roma: • Desafio contemporâneo,violência e sexualidade• Lenda e Realidade.• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.• A construção de um Império.

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• A desagregação do Império Romano.Império Bizantino

• O Império Romano do Oriente.• A prosperidade da Cultura e a expansão do Helenisno• A cristandade dividida: o cisma do Oriente.• A conquista de Constantinopla: 1453.

O Islã• Uma cultura diferente.• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.• Religiosidade e Tradição.

A Idade Média• Desafio contemporâneo, violência e sexualidade• Período de Trevas ou uma nova organização da sociedade?• As invasões bárbaras.• A ruralização da economia.• A fragmentação do poder.• A sociedade feudal.• O feudo: unidade de produção auto-suficiente.• A servidão.• A Igreja medieval e o poder.• Tribunais da Inquisição.• As Cruzadas: a reconquista da Terra Santa.• A Baixa Idade Média: renascimento comercial e urbano.• A Cultura Medieval: educação, filosofia, literatura, música, arquitetura e

ciência.O Estado Moderno

• A centralização do Poder• O absolutismo monárquico.• As Monarquias Nacionais: Portugal, Espanha, França e Inglaterra.

O Renascimento• A origem do Renascimento.• O homem renascentista.• Elementos do Renascimento: individualismo, materialismo, concorrência,

divisão social• do trabalho, racionalismo.• Renascimento Científico.• Grandes nomes do Renascimento na Itália e em outros países europeus.

A Reforma e a Contra-Reforma• Desafio contemporâneo, violência • Mentalidade e Religiosidade.• Os valores burgueses.• Martim Lutero, Jean Calvino, Henrique VIII: a Reforma Anglicana.• A reação da Igreja Católica.• A Ordem dos Jesuítas/Companhia de Jesus.

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• A volta do Tribunal do Santo Ofício.As Civilizações e Povos do Continente Americano

• Os povos indígenas norte-americanos.• Astecas, Maias, Incas.• Povos indígenas brasileiros e paranaenses.

A Conquista da América• Desafio contemporâneo, etnia racial• A chegada dos europeus à América.• Outras culturas, outros olhares.• O choque entre as culturas indígena e européia.• Resistência e dominação.• Escravização indígena.• Catequização: “civilizar pela fé”.

A Formação da Sociedade nas Três Américas• América Franco-inglesa.• América Espanhola.• América Portuguesa.

O Mercantilismo• O comércio de especiarias e artigos de luxo.• A política econômica do Estado. • Os princípios mercantilistas.• Os tipos de mercantilismo.

3ª SérieO Sistema Colonial

• Desafio contemporâneo, violência e etnia racial• A Exploração Colonial: garantir a posse da terra.• a Exploração Colonial: inglesa, francesa, espanhola e portuguesa.• Colônias de povoamento e colônias de exploração.• A empresa açucareira.• A mão de obra compulsória: o negro.• O tráfico negreiro.• A administração colonial e o pacto colonial.• O domínio espanhol e a expansão do território brasileiro.• O Paraná no contexto da colonização do Brasil.

O Iluminismo• O Século das Luzes: o pensamento burguês.• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.• Os déspotas esclarecidos.• As idéias iluministas no Brasil.

Revolução Inglesa• Desafio contemporâneo, violência meio ambiente e drogas• Origens da Revolução.• O processo revolucionário.• O rompimento entre o Rei e o Parlamento: derrota do absolutismo.

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Revoluções Burguesas• Revolução Industrial.• Produção e relações de trabalho.

Independência dos Estados Unidos• A exploração inglesa.• A busca de autonomia.• Colônias de povoamento e de exploração: os dois lados da moeda.• O fim do domínio colonial da Inglaterra.

Revolução Francesa• A queda do Antigo Regime.• Idéias que se espalharam fora da Europa.• Invasão Napoleônica na Península Ibérica.• O Bloqueio Continental.

A Vinda da Família Real para o Brasil• A abertura dos portos.• A elevação da colônia a Reino Unido.• O desenvolvimento urbano e cultural.

A Independência da América Espanhola• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.

O Brasil no Século XIX• A Independência do Brasil.• O retorno de D. João a Portugal.• O Primeiro Reinado: o governo de D. Pedro I.• A Constituição de 1824.• A unidade territorial e a permanência das estruturas coloniais.• A Confederação do Equador e a Província Cisplatina.

O Período Regencial• O governo das Regências: Trina e Uma.

As Revoltas Regenciais• Desafio contemporâneo, violência • Cabanagem, Revolução Farroupilha, Sabinada, Balaiada, Revolta dos

Malês.O Segundo Império: governo de D. Pedro II.

• Desafio contemporâneo, etnia racial• A construção da Nação.• O fim do tráfico: crise do sistema escravista.• Economia: latifúndio, braço escravo e o café.• Lei de Terras, Lei Eusébio de Queirós – 1850.• A imigração Européia – um projeto duas urgências:• substituição do braço escravo e os núcleos coloniais (desenvolvimento,

miscigenação e branqueamento da população) • promotores de progresso e civilidade. (desenvolvimento, miscigenação e

branqueamento da população)• Uma Sociedade/Nação, três elementos: o índio, o europeu e negro.• Movimento Abolicionista.

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• A Guerra do Paraguai. ( Desafio contemporâneo, violência)Paraná: Emancipação Política 1853

• Desafio contemporâneo, meio ambiente• Sociedade e organização político-administrativa.• Núcleos coloniais europeus.• Desenvolvimento econômico.• Os povos indígenas e a Terra indígena.• Uma cultura, vários elementos.

Unificação da Itália e da Alemanha• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.

O Imperialismo no Século XIX• Desafio contemporâneo, violência, drogas, etnia racial, meio ambiente• Potências Européias.• Neocolonialismo.• A partilha da África e da Ásia: separatismo e apartheid.• A América Latina e o Imperialismo norte-americano.

O Brasil – República Velha• Desafio contemporâneo, violência, • Os primeiros anos da República.• A Constituição Republicana.• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.• A República Oligárquica.• Revoltas na República Velha.• Movimentos Messiânicos: Canudos e Contestado.

4ª SérieA Primeira Guerra Mundial

• Desafio contemporâneo, violência, etnia racial• A Política de alianças.• Questão: Marroquina e Balcânica.• O Conflito.• Os tratados de paz.• A participação do Brasil na guerra.

A Revolução Russa• Sociedade e Cultura.• Política e Economia.• O ensaio de 1905.• A Revolução de 1917.• Bolcheviques e Mencheviques: idéias de uma nova sociedade.• A ditadura do proletariado.• A formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

A Crise de 1929• A década de 1920: produção cultural e crítica social.• Superprodução econômica.

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• Quebra da bolsa de valores de Nova York.• A repercussão da crise na Europa e no Brasil.

Regimes Totalitários• Desafio contemporâneo, violência, etnia racial• Nazismo.• Fascismo.• A expansão dos regimes totalitários: Espanha e Portugal.• A recuperação econômica.

A Era Vargas• A revolução de 1930 e a era Vargas (1930 – 1945).• Leis trabalhistas.• Industrialização, trabalho e desenvolvimento.• Trabalho: disciplina e ordem.• A mulher, o índio e o negro na sociedade brasileira.• O populismo na América Latina.

A Segunda Guerra Mundial• Desafio contemporâneo, violência etnia racial• A política de alianças.• O conflito.• O fim da guerra e a fundação da ONU.• A participação do Brasil.• O mundo pós-guerra.

Guerra Fria• A bipolarização do mundo.• O muro de Berlim.• Revolução chinesa, Guerra da Coréia, Revolução Cubana.

O Brasil Pós-Guerra• O fim do Estado Novo.• De Dutra a João Goulart.

O Regime Militar (1964 a 1984).• Desafio contemporâneo, violência, meio ambiente• Liberdade vigiada.• As canções de protesto.• O milagre econômico.• Diretas já.• Novo período democrático.

Descolonização• África.• Ásia.

O Fim da Guerra Fria: uma nova ordem.• A queda do muro de Berlim.• A desagregação da URSS e a “hegemonia norte-americana”.

Atualidade• Desafio contemporâneo, violência, drogas, etnia racial, meio ambiente• Novos conflitos, velhas lutas, muitos interesses.

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• O Oriente Médio.• A América Latina.• O Brasil, a globalização, a ALCA, o MERCOSUL, a OTAN, entre outros.• Desenvolvimento, exploração, consciência, conservação, ecologia:

preservar para conhecer e usufruir. A Sociedade Brasileira

• Índios, brancos, negros e mestiços: somos todos brasileiros.• Religiosidade e tradições.• O Brasil e as culturas regionais.

7.4 Metodologia É necessária a utilização do método dialético, de modo a possibilitar

através dos conteúdos a construção do conhecimento para compreender a realidade a qual os alunos estão inseridos, atuando o professor como mediador de possibilidades e produção através da pesquisa, entendimento e compreensão para análise da sociedade em todos os seus aspectos. Nesse sentido, deve-se considerar que a pedagogia histórico-crítica possibilita ao professor a elaboração de instrumentos que levem o aluno a construir o conhecimento e ainda essa pedagogia valoriza o saber historicamente acumulado pelos Homens permitindo o entendimento de novos conhecimentos e possibilitando a percepção de que as relações construídas no passado exercem influência ainda na atualidade embora em contextos históricos diferentes.

Para isso, as aulas expositivas, bem como o trabalho com leituras de textos variados, de livros, jornais, revistas, para que o aluno acompanhe de forma dinâmica os acontecimentos ou verifique como eram relatados os fatos no tempo, a utilização de filmes para reflexão do conteúdo ligado à história estudada, o desenvolvimento de projetos interdisciplinares ou relações possíveis com outras disciplinas (quando uma disciplina oferece subsídio para outra), além de técnicas como trabalhos em grupo, individuais, exposições, seminários, trabalhos interdisciplinares com outras disciplinas, bem como envolvimento da arte seja na criação, desenhos, ou exposições de painéis com conteúdo histórico, podem auxiliar e contribuir na construção do conhecimento.

7.5 AvaliaçãoConsiderando a avaliação uma prática processual e que o indivíduo está

inserido num contexto mutável a avaliação ocorrerá a partir da produção individual e coletiva que poderão ser manifestadas pela compreensão da construção do conhecimento através dos objetivos estabelecidos de acordo com os temas.

Assim cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, através de instrumentos que o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriam ou tem se apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de História. Significa dizer que o que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referencial para a compreensão do contexto histórico no espaço onde os alunos estão inseridos. Para tanto será utilizados vários instrumentos de avaliação, tais como:

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seminários , produção textual, analise de textos, pesquisa, fichamento , simulados, sínteses, painéis, texto ilustrado, charges, paródias, atividades coletivas.

Segundo a Lei de diretrizes e bases da educação nacional, a avaliação é continua e diagnóstica do desempenho do aluno , com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre de eventuais provas finais. Ainda segundo a LDB tem-se a obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar.

De acordo com as diretrizes curriculares a avaliação assume uma dimensão formadora, o resultado desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, permitido que haja uma reflexão sobre a ação pedagógica.

7.6 BibliografiaAGUIRRE ROJAS, Carlos Antonio. Os Annales e a Historiografia Francesa: tradições e críticas de Marc Bloch a Michel Foucault. Maringá: EDUEM, 2000.BITTENCOURT,Circe (org). O Saber Histórico na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2002.BURKE, Peter. A Escrita da História. São Paulo: Unesp, 1992._______Uma História Social do Conhecimento: de Gutemberg a Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.CARDOSO, Ciro Flamarion;VAINFAS,Ronaldo(orgs).Domínios da História. Campinas: Campus, 1997.CHARTIER, Roger. “-O Mundo como Representação” Estudos Avançados 11(5),1991.------A Aventura do Livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Editora UNESP/Imprensa Oficial do Estado, 1999.BRASIL.Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional.Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996.Coleção Memória da Pedagogia, nº2; Liev Seminovich/ Editor Manuel da Costa Pinto; [colaboradores Adriana Lia Frizman et al].Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Segmento Dueto, 2005.Coleção Memória da Pedagogia, nº6 Educação no Século XXI: perspectivas e tendências/Editor Manuel Costa Pinto; [colaboradores Moacir Gadotti et al]. Rio de Janeiro: Relume Dumar: Ediouro; São Paulo: Segmento-Duetto, 2006.COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 1997.DOSSE, François. A História em Migalhas. São Paulo: Ensaio, 1994.ELLIAS, Norbert. O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993/1994, 1v e 2v.FONTANA e LÁZARO. Josep. Análise do passado e projeto social. Bauru, SP: EDUSC, 1998.GAPARIN, J.L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas. Autores Associados, 2002.GIORDANI, Mário Curtis. História da África Anterior Aos Descobrimentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985.

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GINZBURG, Carlo. O Queijo e os Vermes: o cotidiano e as idéias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.-------------Mitos, Emblemas, Sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.-------------Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1996.MESGRAVIS, Laima. PINSKY, Carla Bassanezi. natureza O Brasil que os Europeus encontraram: a, os índios, os homens brancos. São Paulo: Contexto, 2000.PARANÁ.Secretaria de Estado de Estado de Educação.DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – HISTÓRIA,2008RODRIGUES, Jaime. O Infame Comércio: propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil (1800-1850). Campinas, SP: Editora da UNICAMP/CECULT, 2000.SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. São Paulo: Ática, 2006.STAROBINSKI, Jean. As Máscaras da Civilização: Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.THOMPSON, E.P. Costumes em Comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.VASCONCELOS, Celso. Avaliação da Aprendizagem: práticas de Mudanças – por uma práxis transformadora. São Paulo: Libertard,1998.VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1994

8. LINGUA PORTUGUESA/LITERATURA

8.1 Fundamentação teóricaTratando-se do curso de Ensino Médio Integrado, voltado para a área de

informática, a língua portuguesa prioriza a visão globalizada do aluno, o qual será preparado para o mundo de trabalho.

A linguagem será abordada como instrumento de interação, através do qual o aluno será capaz de ler com proficiência, produzir textos coerentes o que o capacitara a elaborar redações técnicas comerciais e oficiais.

8.2 Objetivos• Utilizar eficazmente a língua materna, buscando e aprimorando a

modalidade culta.• Valer-se das práticas de linguagens que privilegiam situações reais de

comunicação formal e informal.• Reconhecer e diferenciar diferentes tipologias textuais• Dominar corretamente a redação oficial• Dominar os recursos lingüísticos, incorporando-os a sua linguagem

cotidiana, seja nos textos escritos ou na comunicação oral.

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• Compreender o um universo da literatura como forma de identidade nacional, fruto de uma evolução histórica e cultural que a humanidade sempre revi sita

• Analisar obras literárias de época como fora de simbolizar as experiências humanas que se manifestam nas formas de sentir, pensar, e agir na vida social e na arte.

8.3 ConteúdosEMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de

uso. Práticas discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise lingüística.

1º AnoGramática

• Analise de texto• Níveis de linguagem• Funções da linguagem• Noções de fonologia• Estrutura e formação de palavras• Denotação e conotação (linguagem figurada)• Domínio da língua padrão (acentuação gráfica, ortografia, crase,

pontuação)• Classes de palavras

Literatura • Conceito de literatura• Linguagem literária• Gêneros literários• Trovadorismo • Humanismo• Classicismo • Quinhentismo

Redação• Narração• técnica de resumo (síntese e resenha)• relatório

2º AnoGramática

• Analise de textos• Classes de palavras• Ortografia (porquês, mal/mau,onde,aonde,emprego do x,ch,s,z,g, e j)• sinonímia • Domínio da língua padrão

Literaturas• Barroco• Arcadismo• Romantismo

Redação

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• Dissertação • Redação oficial (carta comercial, requerimento, memorando)• Resenha crítica

3º AnoGramática

• Análise de textos • termos sintáticos• Período composto por coordenação e subordinação• Concordância verbal e nomeai• Emprego dos pronomes • Domínio da língua padrão

Literatura• Realismo/Naturalismo • Parnasianismo• Simbolismo• Pré –Modernismo

Redação• Dissertação• Redação oficial (oficio,procuração, curriculum vitae, contrato)

4º AnoGramática

• Análise de texto• Orações subordinadas reduzidas• Regência verbal e nominal• Uso d que e do se,• Domínio da língua padrão

Literatura• Modernismo• Pós-Modernismo• Produção contemporânea

Redação• Dissertação• Redação oficial (Ata, certidão, cadastro)

8.4 MetodologiaO trabalho será desenvolvido através de:

• Trabalhos individuais e em grupo de pesquisas em analise e reflexão sobre a língua e a literatura

• Trabalhos individuais envolvendo a redação oficial• Aulas expositivas, filmes, oficinas, debates, leitura de jornais e

revistas• Abordagem sistemática mediada pelo professor das estruturas

lingüísticas dos textos estudados e produzidos pelos alunos, a fim de obter uma compreensão abrangente da língua padrão.

• Outros métodos e técnicas que possam garantir a efetividade do uso da língua nas diversas situações de comunicação.

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8.5 Avaliação A avaliação de língua portuguesa será diagnostica, continua e cumulativa,

servindo de instrumento ao professor para revisão de sua pratica, bem como para o aluno, a fim de que este possa ter uma visão de seus avanços, constituindo-se numa etapa essencial do processo ensino-aprendizagem.

É necessário que a avaliação seja uma pratica reflexiva possibilitando ao aluno, a reflexão, tanto sobre conhecimentos adquiridos quanto sobre os processos de aquisição dos mesmos, apropriando-se, o aluno, de novos conceitos.

O processo avaliativo pressupõe uma clara articulação entre objetivos práticos metodológicos e instrumentos, articulação que deve estar clara não só para o docente, mas também para o conjunto da turma, lembrando que uma das metas da ação pedagógica é viabilizar a autonomia de quem aprende, garantida, entre outros fatores, pela interiorização de parâmetros de monitoração das próprias ações.

Por fim, não podemos esquecer de que as atividades avaliativas nunca se esgotam em si mesmas, tendo de ser vistas como uma oportunidade de reflexão sobre o próprio processo de ensino e seus resultados, devendo subsidiar o professor para eventuais ajustes na programação e no encaminhamento pedagógico de certo tema ou certa prática.

8.6 BibliografiaBAGNO, Marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004._______. Preconceito Linguístico. São Paulo: Loyola, 2003.BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004______. Aula. São Paulo: Cultrix, 1989BASTOS, Neusa Barbosa; CASAGRANDE, Nancy dos Santos. Ensino de Língua Portuguesa e políticas linguísticas: séculos XVI e XVII. In BASTOS, Neusa Barbosa(org). Língua Portuguesa – uma visão em mosaico. São Paulo: Educ, 2002.BECHARA, Ivanildo. Ensino de Gramática. Opressão? Liberdade? São Paulo:Ática,1991BRAGGIO, Sílvia L. B. Leitura e alfabetização: da concepção mecanicista à sociopsicolinguística. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1992.CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão (orgs). Diálogos com Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. In: Em Aberto, n.54, p.26-33, 1992.FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.____________. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003._______. Linguagem & diálogo as ideias linguísticas de Bakhtin. Curitiba: Criar, 2003FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Linguística textual: uma introdução. São Paulo: Cortez, 1988.GARCIA, Wladimir Antônio da Costa. A Semiologia Literária e o Ensino. Texto inédito (prelo).

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GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W. (org.). O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.________. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: _____, João W.(org.). O texto na sala de aula. 2ªed. São Paulo: Ática, 1997._____. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ªed. Campinas, SP: Pontes, 2000.KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3ªed. São Paulo: Contexto, 1990._____. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1995.KRAMER . Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3ªed. São Paulo: Ática, 2000.LAJOLO, Marisa. Leitura e escrita com o experiência – notas sobre seu papel na formação In: ZACCUR, E. (org.). A magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP&A: SEPE,1999.LAJOLO, Marisa O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez,2001

9. MATEMÁTICA

9.1 Fundamentação TeóricaO ensino de matemática está presente desde o início da escolaridade e por

todo o ensino básico. Quando verificamos, porém, os resultados das avaliações externas e o interesse que os alunos têm nessa disciplina, nos surpreenderam com um quadro diverso e, muitas vezes, assustador. Percebemos quanto lançamos um olhar para dentro da escola, que a Matemática é caracterizada como uma disciplina difícil para os alunos. Muitos são os motivos que traduzem o quadro atual da disciplina de Matemática, inclusive o entendimento de que essa disciplina vem a ser uma teorização descolada da realidade.

A Matemática é geralmente considerada como uma ciência à parte, desligada da realidade, vivendo a penumbra do gabinete, um gabinete fechado, onde não entram ruídos do mundo exterior, nem o sol nem clamores dos homens. Isto, só em parte é verdadeiro.

O ensino da Matemática vive hoje, um paradoxo. Ao mesmo tempo em que a sociedade pleiteia e justifica a sua presença de uma forma marcante nos currículos escolares – justificativa esta fundada na crença de que é uma área do conhecimento essencial para o desenvolvimento atual da ciência e da tecnologia – percebe-se que a maioria dos conteúdos ensinados é considerada desinteressante e inútil, por não estar vinculado diretamente à realidade social. Isso significa que muito pouco do que se ensina e se aprende em sala de aula é, de fato, utilizado ou aplicado pelo aluno no seu dia-a-dia. E, também, frente ao avanço tecnológico, principalmente voltado à área da informática, as atividades propostas em sala de aula tornam-se, a cada dia que passa, menos atrativas e interessantes.

A seleção de conteúdos é um ponto polêmico na organização curricular. No caso específico do ensino de Matemática, a polêmica ganha intensidade, na

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medida em que as diferentes concepções de Matemática buscam espaço nesta construção. Nesse sentido, a história da disciplina é importante para que se conheça a constituição – também histórica – desses conteúdos e tendências.

Nessa concepção valorizam-se as distintas maneiras de manifestação do conhecimento matemático, ou seja, quantidades, medidas, formas e operações manifestam-se em modos peculiares de produzir um raciocínio e uma lógica matemática, devendo-se privilegiar situações ligadas ao meio cultural ao qual pertence o estudante.

Uma prática de ensino de matemática, numa perspectiva crítica, articula o conhecimento matemático com as outras áreas, contribuindo na solução de problemas presentes no meio sócio, político, econômico e histórico.

No ensino da Matemática, a abordagem experienciada pelo valor formativo possibilita ao estudante criar, no seu imaginário, uma heurística que, por meio do manejo de hipóteses, orienta a busca de soluções para as situações-problema. Uma abordagem que leva em consideração o valor estético possibilita, por meio da geometria, intervir na mudança do espaço onde o estudante circula e vive, resultado do espírito inventivo do ser humano que faz a pessoa perceber a beleza através da apreciação, sensibilidade e, por conseguinte, de estados emocionais diversos.

É fundamental, portanto, considerar a investigação matemática fundamentada na prática docente, ou seja, o estudante usando etapas do método científico, quais sejam: a observação, a exploração, a formulação de conjecturas, a pesquisa teórica, a confirmação das conjecturas e, finalmente, a validação ou refutação das conjecturas.

9.2 Objetivos Gerais

• Educadores preocupados com o ensino e aprendizagem da Matemática têm manifestado uma necessidade de um olhar mais crítico sobre as condições em que a aprendizagem da Matemática se processa. Essas preocupações são voltadas sobretudo à modificações de objetivos, de idéias e até de métodos. Algumas alterações são sugeridas mundialmente.

• O professor deve permitir que os alunos interajam muito mais com os outros, que aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Mas simultaneamente deve haver lugar para uma exploração individual quando tal sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

• A Educação Matemática em especial não destina a formar matemáticos, mas sim pessoas que possuam uma cultura matemática que lhes permita aplicar a Matemática nas suas atividades e na sua vida diária O professor deve saber propor a execução de projetos de trabalho que utilizem conceitos matemáticos, ou saber agarrar as idéias que os alunos proponham.

• A história do desenvolvimento dos conhecimentos matemáticos é feita de hesitações, incompreensões, indecisões, intuições geniais, que conduziram à resolução de problemas mais e mais complexos. É essa dimensão da Matemática que propomos seja transportada para a sala de

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aula. Essas alterações sugeridas estão ligadas, de certa forma, à necessidade de modificar um estado de coisas em que se encontra o ensino e a aprendizagem da Matemática. Acreditamos na existência de diversas outras preocupações que devem ser levantadas e discutidas de forma ampla por nós, professores de Matemática.

Específicos:Assim, dentro de nossa proposta para o Ensino Médio, diretamente

influenciada por estudos desenvolvidos em Educação Matemática, desejamos que o aluno possa, entre outros possíveis objetivos:

• Ler, interpretar e até produzir textos relacionados à Matemática. Incluímos aqui a valorização da História da Matemática e sua evolução;

• Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos, diagramas presentes em veículos de comunicação. É a análise crítica e a valorização de informações de diferentes origens;

• Utilizar de forma adequada e investigava os recursos tecnológicos, como a calculadora e o computador. Incluímos aqui a utilização correta de instrumentos de medidas;

• Compreender e aplicar os conceitos, procedimentos e conhecimentos matemáticos em situações diversas. Isso permitirá o desenvolvimento necessário para uma formação científica geral, auxiliando na interpretação da ciência;

• Desenvolver estratégias de resolução de problemas, o que permitirá uma melhor compreensão de conceitos matemáticos, além de desenvolver as capacidades de raciocínio;

• Observar e estabelecer as conexões existentes entre diferentes tópicos da Matemática e conhecimentos aplicados em outras áreas. Para tanto é necessário observar diferentes representações de um mesmo conceito;

• Compreender e utilizar a precisão da linguagem e as demonstrações matemáticas. Incluímos nesse objetivo a utilização de raciocínios dedutivos e indutivos, que permitirá a validação de conjecturas, além da compreensão de fatos conhecidos e sistematizados pôr meio de propriedades e relações;

• Desenvolver e aplicar conhecimentos matemáticos em situações presentes no real. È a capacidade de utilizar a Matemática não apenas na interpretação do real, como também, quando necessário, como forma de intervenção.

Não acreditamos que tudo o que foi apontado acima represente de maneira indiscutível todos os objetivos da Matemática ao longo do Ensino Médio. Além disso, não temos a presunção de que possam ser totalmente alcançados. Entendemos que representam, antes de tudo, pontos para a nossa reflexão que merecem se amplamente discutidos por todos os envolvidos no ensino e aprendizagem da Matemática.

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9.3 Conteúdos EMENTA: História da Matemática. Números e Álgebra, Geometria, Funções

e Tratamento de Informação, Análise Combinatória, Probabilidade e Resolução de Problemas.

Há um consenso a fim de que os currículos de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio devam contemplar o estudo dos números e das operações ( no campo da Aritmética e da Álgebra) o estudo do espaço e das formas ( no campo da Geometria) e o estudo das grandezas e das medidas (que permite interligações entre campos da Aritmética, da Álgebra e da Geometria e de outros campo do conhecimento).

Um olhar mais atento para nossa sociedade mostra a necessidade de acrescentar a esses conteúdos àqueles que permitam ao cidadão “tratar” as informações que recebe quotidianamente, aprendendo a lidar com dados estatísticos, tabelas e gráficos, a racionalizar utilizando idéias relativas à probabilidade e à combinatória.

A seleção de conteúdos a serem trabalhados pode-se dar numa perspectiva mais ampla, ao procurar identificá-los como formas de saberes culturais cuja assimilação é essencial para que produza novos conhecimentos. Dessa forma, pode-se considerar que os conteúdos envolvem explicações, formas de raciocínio, linguagens, valores, sentimentos, interesses e condutas.

Assim os conteúdos aqui especificados estão dimensionados não só em conceitos, mas também em procedimentos e atitudes. Os conteúdos selecionados aparecem organizados em blocos, que serão apresentados a seguir:

1º AnoNúmeros e Álgebra:

• Cálculo Visual, • Planilha Eletrônica, • Internet; • Funções e Tratamento de Informação:• Matemática Financeira, • Porcentagem, • Juros Simples, Juros Compostos, • Conjuntos Numéricos (representação, operações e tipos de conjuntos), • Intervalos Numéricos, • Função Afim (conceito, domínio imagem e contra domínio), • Plano Cartesiano, • Gráficos, • Função Constante, • Função Modular, • Função Quadrática (conceito, domínio, imagem, zeros da função, vértice,

estudo do sinal, estudo do gráfico, ponto máximo e ponto mínimo), • Função Exponencial (rever potenciação e propriedades), gráficos,

equações exponenciais e inequações,Seqüências numérica:

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• Progressão Aritmética (termo geral, representação, soma e interpolação), • Progressão geométrica (termo geral, representação, soma finita e infinita

e interpolação), 2º Ano

• Funções e Tratamento de Informação;• Probabilidade,• Pesquisa on-line de estatística,

Seqüências numéricas:• Trigonometria: do triangulo retângulo, no circulo trigonométrico, • Matrizes (definição, representação algébrica, tipos, operações), • Determinantes (matriz quadrada de 2ª e 3ª ordem, Regra de Sarrus,

Matrizes quadradas maiores), • Sistemas Lineares (definição, expressão matricial e classificação); • Análise Combinatória (definição, fatorial, principio de contagem), • Arranjos, Permutações, • Combinações, • Binômio de Newton (números binomiais, triangulo de Pascal, termo geral),

3º Ano• Geometria: • Computação Gráfica, • Internet, • Planilha Eletrônica,• Softwares de Geometria,• PowerPoint;• Produção de Gráficos; • Gráfico tipo 3D;

Seqüências numéricas:• Polinômios, • Números complexos,

Geometria analítica: • Distância entre dois pontos, • Distância entre ponto e reta, • Equação da reta, • Condição de paralelismo e perpendicularismo, • Equação da circunferência; • Probabilidade, • Estatística (freqüência, analise de gráficos e tabelas), • Geometria Plana (Rever polígonos, perímetros e áreas), • Geometria espacial: Poliedros, Relação de Euler, Prismas, pirâmides,

cilindros, cones e esfera.

9.4 Metodologia O ensino da Matemática deve estar pautado nos princípios básicos que

nortearão o trabalho do professor ou seja: partir da realidade do educando; considerar as diferentes formas de apreensão e compreensão dos conteúdos; e ter clareza dos significados práticos dos conteúdos, isto é, sua aplicabilidade.

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A construção de um conceito matemático deve ser iniciada através de situações reais que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto, a partir desse saber é que o professor promoverá a difusão do conhecimento matemático já organizado.

Os exercícios de memorização não deverão ser totalmente descartados. Entretanto, devem ser considerados como elementos de afirmação dos conteúdos que objetivam a libertação de procedimentos, não devendo portanto serem considerados como processo de construção de conhecimento. Outro dado importante para o ensino de matemática são os conteúdos que pressupõem um caráter social e uma relação entre o conhecimento historicamente produzido e a lógica de sua elaboração, enquanto fatores intimamente ligados. Assim sendo, considera-se que o conhecimento matemático seja visto em sua totalidade e seu ensino seja desenvolvido em conjunto, articulando as questões aos números e à geometria, e o papel que as medidas desempenham aí permitir uma maior aproximação entre esta disciplina e a realidade.

No Ensino Médio o ensino da matemática utilizar-se-á de conceitos, procedimentos e instrumentos tecnológicos disponíveis para a comunicação e a argumentação sobre suas conjecturas, usando os métodos dedutivos, indutivos, analogias, estimativas, etc.

As resoluções estabelecidas em sala de aula pela tríade aluno-professor-saber, precisam ser mais harmoniosas possíveis para que o conhecimento ocorra sem traumas e sempre alicerçado em práticas voltadas para o cotidiano e em entrelaçamento com outras áreas do conhecimento. Nesse ambiente os alunos irão explorar, desenvolver, comparar, discutir e aplicar conceitos estudados, sempre de forma crítica, na resolução de problemas de seu cotidiano.

9.5 AvaliaçãoA avaliação dos alunos serve a diferentes propósitos, relacionados ou não

entre si. Entre esses propósitos, podem-se destacar o de fornecer informação a diversos interessados no processo de ensino e aprendizagem e o de construir uma base para decisões e medidas a tomar.

Os resultados da avaliação dos alunos destinam-se, em primeiro lugar, a informar os próprios alunos e os pais sobre seu desenvolvimento nos deferentes domínios da aprendizagem. Além disso, fornecem dados ao professor para ajudar a avaliar seu próprio modo de ensinar. Esse papel informativo pode auxiliar na tomada de decisões, envolvendo eventualmente modificações ou ajustes no modo de estudar dos alunos ou de o professor organizarem o ensino.

O uso de termos distintos evidencia deferentes propósitos da avaliação durante o processo de ensino e aprendizagem. Assim, a avaliação pode ter um caráter diagnóstico ao analisar o domínio conceitual e procedimental que os alunos tem em relação a determinado conteúdo matemático que o professor irá trabalhar. Em outros momentos, pode adquirir um enfoque mais formativo, objetivando situar os alunos e o próprio professor sobre o nível de aprendizagem do conhecimento matemático, permitindo-lhes introduzir as correções necessárias e ou redirecionar suas estratégias de ensino e estudo.

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Porém, as decisões e medidas tomadas com base nos resultados da avaliação dos alunos projetam-se para além do planejamento ou dos ajustes de natureza pedagógica que se fazem para a prática da sala de aula, pois expressam a adequação ou não de os alunos cursarem a série ou o ciclo seguinte. Dessa forma, a avaliação tem ao mesmo tempo uma função pedagógica e uma função de controle e pressão sobre os alunos, os professores e a escola. Embora variando muito com os níveis de escolaridade, essa segunda função exerce grande influência em todos os aspectos do processo educativo, sendo particularmente visível quando existe um sistema de avaliação externo à escola e de peso considerável, como os exames vestibulares, por exemplo, nos quais há a possibilidade de o aluno não ser aprovado e ou não ser admitido em estudos superiores. Claro que o professor não pode ignorar o tipo de avaliação externa a que os seus alunos estarão sujeitos nem as expectativas dominantes no meio em que exerce a sua atividade. Mas pode trabalhar para conceber e utilizar igualmente formas alternativas de avaliação que prestem justiça a uma variedade de objetivos do currículo e que se enquadrem em uma lógica de desenvolvimento integral desse currículo.

Essa consideração requer que o professor tenha uma concepção de avaliação em consonância com a evolução mais geral do pensamento educativo e, em seguida, repense as funções da avaliação e os princípios em que se pode basear a escolha de novos modos e instrumentos avaliatórios.

A avaliação pode ter, ainda, caráter mediador, permitindo aos alunos muitas ocasiões para expressar suas idéias. Nessas ocasiões, as atividades propostas tornam-se, para o professor, elementos essenciais na observação das hipóteses construídas pelos alunos ao longo do processo de aprendizagem. Por meio dessas hipóteses, podemos debruçar-nos sobre a produção de conhecimento dos alunos para compreender em que momento de assimilação do conceito eles se encontram e qual a dimensão do seu entendimento.

Dessa forma, torna-se necessário diversificar as propostas de atividades de ensino previstas pelo professor para as aulas. É preciso ter clareza sobre o que se pretendem investigar ou observar, garantindo o envolvimento dos alunos no seu próprio processo de aprendizado. Se houver valorização efetiva da produção dos estudantes, partindo-se de suas idéias ou dificuldades para o planejamento de novas ações docentes, eles poderão perceber-se como co-responsáveis por seu aprendizado.

Outro ponto importante é a socialização das idéias e soluções para as atividades propostas, possibilitando a discussão entre os alunos sobre as diferentes estratégias de solução. A interação é essencial para o desenvolvimento do conhecimento lógico-matemático. Os alunos, ao discutir entre si, não estão submetidos a uma relação de autoridade, como pode acontecer no trato com o professor. Eles discutem, buscam argumentos convincentes na defesa de seus pontos de vista, estabelecem relações entre idéias, compreendendo e sistematizando mais rapidamente os conceitos matemáticos.

Também é preciso estabelecer como princípio a realização de várias atividades individuais, curtas e sucessivas, investigando teoricamente e procurando entender o porquê das respostas apresentadas. A observação individual do aluno é fundamental para situarmos o momento de cada um no

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processo de aprendizado, o que exige uma relação direta com ele, com base na realização e na interpretação de diferentes propostas de trabalho, seja oral ou escrito.

A perspectiva interpretativa da avaliação leva-nos a encará-la como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem. Ensino e avaliação devem ser vistos como dois componentes de um mesmo sistema e não como sistemas separados. Isso não significa que não possa ou não deva haver momentos ou trabalhos especialmente importantes em termos de avaliação, mas implica que os momentos de avaliação sejam capazes, ao mesmo tempo, de gerar novas oportunidades para aprender e de construir fontes de informação essenciais tanto para o professor como para os alunos.

O processo de avaliação deve fornecer dados significativos a respeito das habilidades, competências, preferências e dificuldades de cada aluno que ajudem o professor a compreendê-lo como “aluno de Matemática”.

Em Matemática, como em qualquer campo, o conhecimento consiste em informação e em saber como fazer. O saber como fazer em Matemática, que conduz ao poder matemático, ou seja, dominar as estruturas matemáticas, requer a capacidade de usar a informação para raciocinar e pensar criativamente e para formular e resolver problemas e refletir criticamente sobre eles.

A avaliação do poder matemático dos alunos extrapola a medição da quantidade de informação que eles dominam, devendo incluir o alcance da sua capacidade e disposição para utilizar, aplicar e comunicar essa informação. A avaliação deve analisar até que ponto os alunos integram e dão sentido à informação, se conseguem aplicá-la em situações que requeiram raciocínio e pensamento criativo e se são capazes de utilizar a Matemática para comunicar informações.

Uma avaliação da capacidade matemática dos alunos tem um alcance amplo, devendo incluir todos os aspectos citados e determinar até que ponto eles se encontram integrados. Embora um dado aspecto do conhecimento matemático possa ser mais salientado do que outro em uma determinada avaliação, deve ficar claro que o domínio matemático compreende todos os aspectos do conhecimento matemático e a sua integração.

Os instrumentos a serem utilizados para avaliar o desenvolvimento e a aquisição do conhecimento matemático pelos estudantes devem ser diversificados e aplicados em várias etapas do processo de ensino e aprendizagem para que professor e alunos possam detectar possíveis dificuldades.

As observações registradas pelo professor durante as aulas são essenciais para a percepção do desempenho dos alunos. As atividades de auto-avaliação permitem aos estudantes reconhecer dificuldades e estabelecer estratégias de estudo para superá-las, proporcionando-lhes maior autonomia de aprendizado e valorização de seus sucessos escolares. As provas escritas possibilitam que se defrontem com situações de utilização do conhecimento já sistematizado condicionada ao tempo estipulado.

As atividades de avaliação devem ser desafios ao raciocínio dos alunos, momentos nos quais eles deparam com enunciados diferenciados e complexos. Podem ser individuais, em duplas ou grupos maiores, com ou sem consulta,

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escritas e/ou orais. Elas podem abordar conteúdos cumulativos ou conteúdos estanques, possibilitando a vivência de situações que objetivam a organização dos conceitos estudados ou sua aplicação em situações mais elaboradas.

9.6 BibliografiaABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação matemática. Rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM, 1994.BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da formação Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001.BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.BICUDO, M. A. V.; BORDA, M. C. (Orgs.) Educação matemática pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004.BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004. p.13-29._____. Prefácio do livro Educação Matemática: representação e construção em geometria. In: FAINGUELERNT, E. Educação Matemática: representação e construção em geometria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. 4.ed. Lisboa: Gradiva, 2002.COURANT, R. ; ROBBINS, H. O que é matemática? Uma abordagem elementar de métodos e conceitos. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2000.DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.D’ AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio Claro, n. 2, ano II, p. 15 – 19, mar. 1989.D’AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo: Scipione, 1988.D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática arte ou técnica de explicar e conhecer.São Paulo: Ática, 1998.D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001

10. QUÍMICA

10.1 Fundamentação TeóricaA Importância da presença da Química na escola formal e no ensino médio

e integrado possibilita ao aluno uma compreensão dos processos químicos em si, conhecimento científico, em estreita relação com as aplicações tecnológicas, suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.

O ensino da Química contribui para uma visão mais ampla do conhecimento; melhor compreensão do mundo físico para a construção da cidadania; de conhecimentos sociais e que faça sentido e que possa integrar-se à vida do aluno.

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10.2 Objetivos• Compreender e utilizar a química, como elemento de interpretação e

intervenção; e a tecnologia como conhecimento sistemático de sentido prático.

• Associar conhecimentos e métodos científicos com a tecnologia do sistema produtivo e de serviços.

• Reconhecer o sentido histórico da química e da tecnologia, percebendo seu papel na vida humana em diferentes épocas e na capacidade humana de transformar o meio.

• Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico da química e aspectos sócio-político-culturais.

• Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento da química e da tecnologia.

10.3 ConteúdosEMENTA: Substâncias e materiais em sua composição, propriedades e

transformações: matéria e sua natureza, biogeoquímica, química sintética.1º AnoComposição e Transformação dos Sistemas Materiais

• Matéria, massa, energia• Substâncias simples e compostas• Mistura homogênea e heterogênea• Fenômenos físico e químico• Aproveitamento da água como recurso natural essencial à vida

Notação e Nomenclatura Química• Notação e nomenclatura dos elementos• Átomo, molécula e íons• Nº de massa e nº atômico• Isótopo, isóbaro, isótomo, e isoeletrônico• Problema Ambiental: mercúrio, cádmio e chumbo

Estrutura Atômica• Grupos e períodos• Classificação dos elementos• Propriedades periódicas: eletronegatividade-eletropositividade, raio

atômico, potencial de ionização e eletroafinidadeLigações Químicas

• Valência• Ligação iônica, covalente normal e covalente dativa• Ligação metálica

Reações e Funções Inorgânicas• Classificação e nomenclatura dos ácidos, bases, sais e óxido• Tipos de reações (simples, dupla troca, síntese, adição, decomposição)• O lixo e a reciclagem

2º AnoSoluções

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• Classificação quanto ao estado físico, à natureza das partículas dispersas à proporção entre solvio e solvente

• Concentrações das soluções• Diluição e mistura de soluções• Titulação de neutralização• Poluição do ar : um problema antigo

Compostos Orgânicos• Hibridação do carbono• Classificação dos átomos de carbono• Classificação da cadeia carbônica

Funções Orgânicas• Conceitos, classificação, fórmula geral e nomenclatura oficial e usual dos

compostos usuais simples e todas as funções orgânicas.• Aplicação dos compostos orgânicos• Petróleo e carvão

10.4 MetodologiaExistem atualmente formas distintas de conhecer o ensino de Química. A

pedagogia sócio-histórica já é um referencial teórico na prática.A visão de aprendizagem corresponde a uma proposta de ensino voltada ao

trabalho na perspectiva de formação de conceitos, porém diretamente relacionados à sua finalidade apresentando uma mudança na visão do mundo,porque vivemos em um mundo globalizado, interligado no qual fenômenos físicos, biológicos, psicológicos, sociais, ambientais e econômicos são todos interdependentes.

Dessa forma o trabalho deverá levar em conta os saberes trazidos pelos alunos, interligá-los com os saberes científicos de forma dinâmica, reflexiva, relacionados com o cotidiano, para que o aluno avance nos seus conhecimento com espírito crítico e de posse dos mesmos possa agir com mais segurança em seu meio social e profissional. Assim o trabalho deverá envolver pesquisa, leituras diversas, experimentos, produções orais e escritas, uso de meios tecnológicos, bem como exposição de trabalhos realizados em grupo ou individual.

10.5 AvaliaçãoA avaliação deve ter um caráter formativo, favorecedor do progresso

pessoal e da autonomia do aluno, integrada ao processo ensino-aprendizagem.

10.6 BibliografiaCAMPOS, Marcelo de Moura. Fundamentos de Química Orgânica São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1980.CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química Moderna, volumes 1, 2 e 3.São Paulo: Editora Scipione,2000.COMPANION, Audrey Lee. Ligação Química. São Paulo: Edgard Blucher, 1975.FELTRE, Ricardo. Química, volumes 1,2 e 3. São Paulo: Moderna, 1996.FERNANDEZ,J. Química Orgânica Experimental. Porto Alegre: Sulina, 1987.GALLO NETTO, Carmo. Química, volumes I,II e III. São Paulo: Scipione, 1995.

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11. SOCIOLOGIA

11.1 Fundamentação TeóricaA sociedade sempre foi foco de estudos desde a antiguidade, mas sem um

método específico, buscando compreender como ela foi se desenvolvendo, que fatores interferem nesse movimento, que explique as relações humanas e suas ações, no tempo e espaço.

Vários teóricos deram sua contribuição como: Motesquieu, Locke, Hume, Rousseau, Comte, Spencer, Durkheim, Marx e Weber, entre outros.

Foi só a partir dos estudos de Comte, que propôs a sujeição das idéias à uma objetividade concreta, para validar um corpo de conhecimentos, é que os conhecimentos do campo social foram reconhecidos como ciência da sociedade e recebesse o nome de Sociologia, devido ao trabalho de Emile Durkheim.

De início a Sociologia utilizou do modelo orgânico para explicar a sociedade e suas relações. Esse modelo proposto por Durkheim, considera que a sociedade é formada por parte que são interdependentes, cuja harmonia se reflete no todo. Marx, no século XX vem dar nova visão através da teoria dialética, buscando explicar a sociedade a partir dos conflitos sociais, mostrando a contradição de interesses, a partir dos meios de produção. A partir dessa teoria, buscam-se explicar os conceitos de dominação, ideologia e alienação.

Com Max Weber, a sociedade é analisada a partir dos seus valores surgindo o conceito de ação social.

No Brasil, os estudos de Sociologia foram introduzidos em 1925, sendo obrigatórios nas escolas normais a partir de 1928. Na década de 1930, surgem as primeiras escolas superiores responsáveis pela formação dos primeiros sociólogos: a USP (Universidade de São Paulo ) e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de janeiro), na era de Getúlio Vargas.

Com a Lei 5692, foram criadas as disciplinas de OSPB e EMC (Organização social e política do Brasil e Educação moral e cívica)substituindo as disciplinas de Sociologia e Filosofia.

A partir de 1974, há proposta de introduzir novamente a Sociologia no ensino médio, mas nem todos os estados aderiram, bem como também em 1989, não se concretizou o desejo de obrigatoriedade dessa inclusão no currículo.

A partir da nova LDB9394/96, se propõe que os alunos tenham conhecimentos de sociologia e filosofia, sendo seu estudo diluído nos temas transversais, não sendo vistos como disciplinas. Em 1997, o ex deputado Padre Roque (PT/PR), propõe um projeto de alteração da LDB em seu artigo 36, sendo vetado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso em 2001.

Nos encontros de professores para reorganização curricular tem sido uma constante luta para a inclusão das disciplinas de Sociologia e Filosofia, de forma que estão contempladas nas grades curriculares, devido sua importância para a formação humana, proporcionando uma visão mais crítica da sociedade.

A Sociologia inserida no Ensino Médio profissional busca estudar as relações sociais construídas historicamente, trabalhando com conceitos definidos pelos

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teóricos fundadores da ciência sociológica, ou seja, Comte e Durkheim, defensores da teoria positivista; Karl Marx do materialismo dialético e Max Weber da sociologia compreensiva, de forma que permita ao aluno a reflexão necessária para compreender as complexidades da sociedade e a partir daí, poder interferir e transformar a realidade, reconhecendo-se como um ser social dinâmico capaz de dar novos rumos à sua história.

No curso profissional, o papel da Sociologia é de proporcionar uma visão mais ampla das relações sociais, tomando como ponto de partida o trabalho, nas suas contradições, uma vez que o curso prepara o aluno para uma profissão técnica administrativa, buscando prepará-lo para uma formação cidadã mais consciente de seu papel na sociedade da qual faz parte.

A Sociologia possibilita, assim, a formação do educando numa perspectiva de compreensão da sociedade e das relações sociais, tornando-o construtor de conhecimentos e transformador da sociedade, reafirmando assim, sua cidadania.

11.2 Objetivos• Desenvolver o pensamento sociológico;• Compreender a totalidade social como expressão de simultaneidade e

complexidade dos fenômenos sociais, produto de condicionantes diversos;• Perceber o processo de globalização da economia e de inserção do país no

mercado internacional;• Perceber os direitos e deveres do cidadão como parte de uma construção

social;• Compreender as diferentes manifestações culturais como expressão de

povos, etnias, nacionalidades e segmentos sociais diversos;• Construir a identidade social e pessoal a partir do princípio de austeridade;• Compreender a Indústria Cultural em suas ações com os contextos

econômico, político, social e cultural em que se insere;• Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e as práticas sociais;• Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises,

interpretações e sínteses, servindo-se, para tanto, dos conhecimento sociológicos;

• Exercitar e relacionar práticas sociais com contextos diversos;• Caracterizar as relações políticas, econômicas e sociais em nível nacional

e internacional;• Identificar funções desenvolvidas pelo Estado e funções cobradas ao

Estado; analisá-las e compará-las;• Observar nas práticas sociais, o respeito e o conhecimento dos direitos e

deveres no exercício da cidadania• Identificar os direitos e respectivos deveres emergentes, cuja necessidade

de institucionalização é reivindicada socialmente;• Analisar fenômenos tecnológicos, servindo-se de conhecimentos

sociológicos.

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11.3 ConteúdosEMENTA: O surgimento da Sociologia; Processo de socialização e

instituições sociais; Cultura e indústria cultural; Trabalho, produção e classes sociais; poder e ideologia; Cidadania e movimentos sociais a partir das diferentes teorias sociológicas.

A partir de um conteúdo sociológico crítico, há uma contribuição efetiva para que o indivíduo compreenda a dinâmica das relações sociais, de modo que, se torne um ser ativo para, a partir daí, conceber sua cidadania como prática social transformadora.

1ª SérieO surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas:Comte, Durkheim,

Engels e Marx, Weber.O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas estarão presentes em

todas as séries.(Sugere-se que o professor articule os momentos históricos mais relevantes

para discussão dos conteúdos do bloco, bem como, quais os conceitos mais importantes dos teóricos clássicos podem ser utilizados nas discussões propostas para esse bloco. Aqui também é o momento do professor apresentar, ainda que rapidamente, com quais outros teóricos e conceitos, para além dos clássicos, pretende trabalhar os conteúdos apresentados.)

O processo de socialização e as instituições sociais:• Instituições familiares• Instituições escolares• Instituições religiosas• Instituições de reinserção(prisões, manicômios, educandários, asilos, etc)

Trabalho, produção e classes sociais:• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades• Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições• Globalização e Neoliberalismo

2ª SérieO surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.

Trabalho, produção e classes sociais• Trabalho no Brasil• Relações de trabalho• Mudanças nos padrões de sociabilidade provocados pela globalização,

desemprego, subemprego, cooperativismo, agronegócios, produtividade, capital humano, reforma e trabalhista

• Organização internacional do trabalho• Relações de mercado, avanço científico e tecnológico e os novos modelos

de sociabilidade• Estatização e Privatização

Poder, política e ideologia

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• Formação e Desenvolvimento do Estado moderno (Renascimento, Reforma Protestante, Iluminismo, revolução Francesa e Revolução Industrial)

• As teorias sociológicas clássicas e os diversos:• Conceitos de poder,• Conceitos de ideologia, • Conceitos de dominação e legitimidade.• Estado no Brasil• Desenvolvimento da sociologia no Brasil

3ª SérieO surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.

Direitos, cidadania e movimentos sociais• Democracia, autoritarismo, totalitarismo.• Conceitos de cidadania• Direitos civis, políticos e sociais• Direitos humanos• Movimentos sociais

Poder, política e ideologia• As expressões da violência nas sociedades contemporâneas • Elementos de Sociologia Rural e Urbana: relações sociais no campo e nas

cidades, novas organizações familiares, territórios marginais, estigma, preconceito, exclusão, organizações sociais do campo, conflitos, movimentos, padrões de dominação e violência.

4ª SérieO surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.

Direitos, cidadania e movimentos sociais• Movimentos sociais no Brasil• Questões ambientais e movimentos ambientalistas• Questão das ONG's

Cultura e Indústria Cultural• Os conceitos de culturas e as escolas antropológicas• Antropologia brasileira• Diversidade e diferença cultural• Relativismo, etnocentrismo, alteridade• Culturas indígenas• Roteiro para pesquisa de campo• Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização• “Minorias”, preconceito, hierarquia e desigualdades• Questões de gênero e a construção social do gênero• Cultura afro-brasileira e a construção social da cor. Identidades e

movimentos sociais; dominação, hegemonia e contramovimentos

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• Indústria Cultural• Meios de comunicação de massa• Sociedade de consumo, Indústria Cultural no Brasil• Revolução eletrônica/ informacional: os impactos da automação no

trabalho e no quotidiano das pessoas, organizações e Estados.• Relações de Mercado, avanço científico e tecnológico e os novos modelos

de sociabilidade

11.4 MetodologiaO trabalho com os conteúdos de Sociologia deve proporcionar ao educando

condições de ter contato com uma linguagem sociológica. Para isso é necessário a leitura dos textos clássicos, bem como o trabalho de pesquisa de campo com temas abordados pela Sociologia, por ex: instituições sociais, movimentos sociais, desemprego, violência, de forma que os alunos possam comparar o que os teóricos dizem com as opiniões da população.

Outros recursos metodológicos para facilitar a compreensão das idéias e conceitos, são o emprego de filmes, músicas, outras literaturas, jornais e revistas, além de formas diversificadas de trabalhos como em grupo, seminários e exposição de trabalhos escritos e orais.

11.5 AvaliaçãoA avaliação em Sociologia deve se pautar no desenvolvimento da

capacidade de reflexão manifestada em diferentes oportunidades de produções, podendo ser de forma escrita, oral, artística, em grupo ou individual, bem como o interesse da participação. Outro aspecto é ver na avaliação uma forma de diagnosticar os pontos necessários para retomada do trabalho para que se assegure ao aluno a efetividade do conhecimento e desenvolvimento do senso crítico.

11.6 BibliografiaANTUNES, R.(Org.). A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São Paulo: Expressão Popular, 2004.AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia geral. 11. ed. São Paulo: Duas Cidades,1973.BOBBIO,N. A teoria das formas de governo. 4.ed. Brasília: Unb,1985.CARDOSO, F.H., O modelo político brasileiro. Rio Janeiro: Dofel, 1977DURKHEIM,E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.ENGELS,F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1978.FERNANDES, F., Sociedade de classes e subdesenvolvimento. Rio Janeiro. Zahar, 1968GORZ, A., Crítica da divisão do trabalho. Tradução de Estela dos Santos Abreu. São Paulo: Martins Fontes, 1980.LOWY, M., Ideologia e ciência social. São Paulo: Cortez, 1985.POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,200.SANTOS, B de S., Pela mão de Alice. São Paulo: Cortez. 1999. ______________., A crítica da razão indolente. São Paulo: Cortez, 2002.POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,2002

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12. INFORMÁTICA INSTRUMENTAL

12.1 Fundamentação TeóricaOs computadores de certa forma fazem parte do cotidiano da grande

maioria das pessoas. Não se pode negar a presença da tecnologia em todos os contextos: na educação, comércio, indústria, saúde, nas comunicações em geral, nas artes, na agricultura entre outros. Isto porque o computador pode proporcionar confiabilidade, velocidade, capacidade de armazenamento da informação assegurando maior produtividade no trabalho e praticidade na vida pessoal além da eficiência na comunicação.

É importante ressaltar que a tecnologia está se tornando imprescindível em nossa vida cotidiana, seja no trabalho, na escola ou até em casa. Assim, é importante fundamentar o educando para que tenha um conhecimento em informática, o que abrange a consciência da sua importância, o funcionamento básico dos computadores e a familiaridade na interação com eles. Saber conviver com as novas tecnologias, tirando proveito sem se tornar escravo delas, será tão importante quanto aprender a ler ou escrever.

Os usuários de computadores, sejam domésticos ou comerciais, em sua maioria são atraídos por softwares orientados para tarefa, os softwares de produtividade, que tornam sua vida mais prática uma vez que facilitam e agilizam seu trabalho. É, portanto, de suma importância fundamentar o aluno para a utilização desses softwares que o mercado dispõe, mostrando também sua utilização dentro do contexto das várias disciplinas do curso.

12.2 Objetivos Geral

A disciplina Informática Instrumental tem como Objetivo Geral oferecer um conjunto de experiências teóricas-práticas na área de informática com a finalidade de consolidar o conhecimento e contribuir para a formação de um profissional preparado para entender a realidade social, econômica, política e cultural do mundo do trabalho e atuar de forma ética como sujeito histórico.Específicos

• Entender os componentes que envolvem o conhecimento de informática;• Identificar as três características fundamentais dos computadores;• Entender o conceito de um sistema computacional;• Reconhecer cada elemento que compõe um sistema computacional;• Identificar os componentes do computador ligando-os às tarefas que

executam;• Identificar o papel de software,• Distinguir um software aplicativo de um sistema operacional;• Identificar os tipos de software orientados para tarefas;• Reconhecer os tipos de software que estão disponíveis tanto para grandes

como para pequenos negócios;• Discutir questões éticas relacionadas com os softwares;• Entender as funções de cada um dos vários profissionais de informática;

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• Descrever as funções de um Sistema Operacional;• Entender os fundamentos do sistema operacional de um computador;• Identificar as vantagens de um sistema operacional gráfico;• Articular a disciplina com as demais disciplinas do curso;• Entender como o SO gerencia as pastas e arquivos nos diferentes

sistemas operacionais;• Entrar num processador de texto e identificar suas principais ferramentas;• Elaborar um projeto de pesquisa nas normas da ABNT usando a internet

como fonte de pesquisa; • Entrar numa Planilha de Cálculo identificar suas principais ferramentas;• Elaborar planilhas de cálculo;• Elaboração de gráficos a partir de tabelas de dados;• Entrar num programa de apresentação eletrônica e identificar suas

principais ferramentas;• Elaborar uma apresentação sobre o tema do projeto e apresentar para a

classe.

12.3 Conteúdos 1º Ano

• Conhecimento de Informática;• Natureza dos computadores;• Conceito de Sistema;• Sistema Computacional;• Elementos que compõem o Hardware;• Tipos de hardware;• Tipos de software;• SO / Aplicativos / comercial / freware / Domínio público / aberto /

shareware / licença local / provedor de aplicativos / Tecnologia da Informação (TI);

• Profissionais de Informática e a função de cada um;• Introdução ao Sistema Operacional; • Noções de digitação;• Manipulação de arquivos e pastas;• Manipulação do pen drivers, CD, DVD, disquetes;• Processador de Texto:

•Criação/formatação e impressão de textos/tabelas;•Uso de revisores ortográficos e gramaticais;•Mala direta;

• Planilha eletrônica: •Lista de preços – orçamentos – demonstrativos;•Uso das principais funções de uma planilha de cálculo;•Gráficos;

• Uso de programa de apresentação: • Elaboração de apresentações e seminários

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12.4 MetodologiaDentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução do

uso das tecnologias e o desenvolvimento do processo da comunicação é o ponto de partida para o aprendizado. Abordar a evolução da disciplina no contexto histórico do desenvolvimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina de Informática Instrumental e sua aplicação tanto no cotidiano do aluno como na sua utilização durante o curso e para sua vida profissional.

Através de um estudo de caso: da escolha do tema até a elaboração de um projeto de pesquisa culminando com sua apresentação para a sala, o aluno tem a oportunidade de enfrentar os mais diferentes problemas que são resolvidos um a um dentro da cada especificidade. Assim, ao mesmo tempo que tem um problema real para resolver, o aluno constrói seu saber ao tomar conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que deve utilizar para a solução de seu trabalho. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O que se propõe é que o professor adote não uma, mas várias condutas: ora a conduta de orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; ora, que adote a conduta de provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; e, ainda, que adote a conduta de expositor de um conhecimento, já formalizado e sistematizado, isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

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12.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das atividades efetuadas durante o desenvolvimento do produto final como: discussões, conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação da participação ativa de cada um nas soluções encontradas em cada etapa do desenvolvimento do trabalho de pesquisa e sua exposição para a sala em forma de seminário.

12.6 BibliografiaAPOSTILA OpenOffice 2.0APOSTILA de Power Point 97. Microlins. Editora Raízes, 2002.CARIBE, Roberto e CARIBE, Carlos. Introdução à Computação. São Paulo: FTD, 1996.JOHNSON,J.A. & CAPRON,H.L. Introdução à Informática. 8a Edição, São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2004. MANZANO, André Luiz & MANZANO, Maria Izabel. Estudo Dirigido Microsoft Office Excel 2003. São Paulo: Érica, 2004.MANZANO, André Luiz. Estudo Dirigido Microsoft Word 2003. São Paulo: Érica, 2004.MANZONO, J.G. Open Office.org, versão 1.1:guia de aplicação.1a Ed. São Paulo: Érica, 2003.SAWAYA, Márcia Regina. Dicionário de Informática e Internet. Inglês/Português. Editora Nobel.

13. ANÁLISE E PROJETOS

13.1 Fundamentação TeóricaA indústria de software nas últimas décadas tem tido um papel

indispensável no desenvolvimento tanto no aspecto industrial quanto no aspecto comercial. Assim, os métodos, procedimentos e ferramentas utilizadas para o desenvolvimento de sistemas computadorizados estão continuamente em desenvolvimento exigindo do profissional constante atualização. A Engenharia de Software hoje é reconhecida e tem sido tema de debates e

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estudos conscientes na formação profissional dos desenvolvedores de software que buscam através de uma abordagem mais disciplinada a qualidade exigida pelo mercado.

É, portanto, de suma importância fundamentar o educando para a utilização dos métodos e ferramentas que o mercado dispõe tanto na análise como na implementação do projeto, mostrando através de um estudo de caso a evolução das etapas do desenvolvimento e a implicação de cada uma na qualidade do produto final.

13.2 Objetivos Geral

A disciplina - Análise e Projetos - tem como objetivo geral fornecer subsídios teórico-práticos necessários ao levantamento de dados, análise e projeto de um sistema computadorizado, apresentando métodos e técnicas mais atuais ensinados no mundo acadêmico e empregados no mercado, relacionados à análise e ao projeto de sistemas computadorizados, contribuindo assim, para a formação de um profissional preparado para entender a realidade social, econômica, política e cultural do mundo do trabalho e atuar de forma ética como sujeito histórico.Específicos

• Reconhecer e interpretar um sistema de informação passível de ser informatizado;

• Identificar as fases da concepção de projetos;• Reconhecer a influência do hardware e software para o desenvolvimento

de um projeto; • Identificar o comportamento da informação na empresa e a importância

da criação de uma estrutura lógica para modelar essa informação;• Identificar a evolução da vida de um sistema; • Identificar os procedimentos operacionais que podem ser sistematizados;• Reconhecer a importância das técnicas utilizadas para as entrevistas no

levantamento das necessidades dos usuários;• Identificar os requisitos básicos para a elaboração de projetos

consistentes;• Entender o processo da análise estruturada;• Entender como se desenvolve e monta um organograma e os diagramas

de Entidade e Relacionamento (DER), o diagrama de Fluxo de Dados (DFD), Dicionário de Dados (DD) e especificação de processos;

• Identificar os requisitos básicos para a elaboração de projetos consistentes;

• Reconhecer a importância da documentação do projeto; • Desenvolver um sistema Computadorizado e sua documentação;• Entender o processo de análise Orientada a Objeto.

13.3 Conteúdos 4º Ano

• Conceitos fundamentais: Sistemas, Software, Engenharia de Software, Análise de Sistema;

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• Fases da concepção de projetos;• Influência dos sistemas de hardware e de software na fase de

desenvolvimento;• Ciclo de vida de sistemas;• Estudo do sistema de informação de uma empresa: conceitos e

fundamentos de desenvolvimento estruturado de sistemas de informações;

• Procedimentos operacionais passíveis de sistematização;• Estratégias de especificação de requisitos;• Técnicas de entrevistas e levantamento das necessidades;• Requisitos para a elaboração de projetos consistentes; • Especificação e documentação; • Apresentação do pré-projeto;• Técnicas de montagem de proposta e avaliação da proposta de

informatização;• Ferramentas para o desenvolvimento de projetos;• Conceitos e desenvolvimento de organogramas e diagramas: DFD, DER e

DD;• Especificação de processos;• Objetivo e importância dos relatórios de sistema; • Relatórios do sistema;• Apresentação de projeto final;• Análise Orientada a Objetos.

13.4 MetodologiaDentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos

processos de desenvolvimento de software é o ponto de partida para o aprendizado. Abordar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina de Análise e Projetos e sua aplicação para a melhoria da qualidade do software.

Através de um estudo de caso: da escolha do tema até a elaboração do software, o aluno tem a oportunidade de defrontar-se com os problemas que surgem durante a análise do caso, passa pelas escolhas que tem que fazer para desenvolver o projeto do software que irá atender as especificações dos requisitos dos usuários até a implementação do projeto e elaboração de sua documentação. Assim, ao mesmo tempo que tem um problema real para resolver, o aluno constrói seu saber ao tomar conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que deve utilizar na solução de seu trabalho. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve

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permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O que se propõe é que o professor adote não uma, mas várias condutas: ora a conduta de orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; ora, que adote a conduta de provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; e, ainda, que adote a conduta de expositor de um conhecimento, já formalizado e sistematizado, isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

13.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além dos trabalhos efetuados durante o desenvolvimento do produto final como: discussões, debates, conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação da participação ativa de cada um nas soluções encontradas em cada etapa do desenvolvimento do sistema.

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13.6 BibliografiaBALLESTERO Alvarez, Maria Esmeralda. Organização, Sistemas e Métodos. São Paulo: McGraw-Hill, 1990.BERTALANFFY, Ludwing Von. Teoria Geral de Sistemas. Petrópolis: Vozes, 1977.CIENFUEGOS, F; VAITSMAN, D. Análise Instrumental. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2000.CORREIA, C.H. & TAFNER, M.A. Análise Orientada a Objeto DEMARCO, Tom. Análise Estruturada e Especificação de Sistemas. Rio de Janeiro: Campus, 1989.DAVID. W.S. Análise e projeto de sistema uma abordagem estruturada. Rio de Janeiro: LTC,1994.DAVIS, William S. Análise e Projeto de Sistemas: Uma Abordagem Estruturada. Rio de Janeiro: LTCFELICIANO Neto, at all. Engenharia da Informação. 2ª Ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1988.GANE, Chris & Sarson Trish. Análise Estruturada de Sistemas. 12ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1983.GUSTAFSON, David. Teoria e problemas de engenharia de software. Porto Alegre: Bookman, 2003.MARTIN, James. Princípios de Análise e Projeto Baseados em Objetos. Rio de Janeiro: Campus, 1994MCMENAMIN, Stephen M. & Palmer, John F. Análise Essencial de Sistemas. São Paulo: McGraw-Hill, 1991.PRESSMN, Roger S. Engenharia de Software. São Paulo: Makron Books, 1995.POMPILHO, S. Análise Essencial. Rio de Janeiro: Infobook, 1995.YOURDON, Edward. Análise Estruturada Moderna. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

14. BANCO DE DADOS

14.1 Fundamentação TeóricaA informática está presente em todas as atividades do mundo moderno

como parte essencial ou como ferramenta de auxilio ao desenvolvimento mais dinâmico e seguro das tarefas pertinentes a estas.

Dentro das ferramentas mais utilizadas no mercado, temos os sistemas de bancos de dados comerciais baseados no armazenamento de grandes quantidades de dados que até então eram registrados em enormes quantidades de documentos que tinham que ser armazenados com o maior cuidado possível, pois eram documentos que continham todo o histórico de tudo que acontecia durante muitos anos de atividade das mesmas e tinham alto.

Tais sistemas se baseiam na idéia de que estes dados tem que ser consistentes, organizados, de fácil acesso e capazes de fornecer informações de controle, planejamento e estatística dentro do contexto a que se destina.

Os chamados bancos de dados são os responsáveis diretos pela organização de todo conteúdo armazenável de importância financeira, histórica

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ou simples coleções de dados quaisquer de uma pessoa, empresa ou instituição. A agilidade ao acesso rápido e completo a dados através de relatórios customizados ou formulários em tela, permite melhores tomadas de decisões e cruzamento de informações faz dos sistemas atuais, ferramentas fundamentais nas empresas do mundo atual que dependem de agilidade nas informações além dos valores já existentes de outras épocas.

14.2 ObjetivosGeral

Compreender quais os motivos de se planejar, modelar e criar um banco de dados, assim como a finalidade que o mesmo terá quando concluído, e quais os aspectos que terão que ser observados em termos de plataforma (sistema operacional) a utilizar, capacidade computacional do local onde será utilizado o sistema e grau de necessidade de facilidade da interface do sistema visando o grau de conhecimento médio das pessoas que utilizarão o mesmo no dia a dia.Específicos

• Captar a necessidade de se criar um banco de dados para algum fim, e em quais sentidos essa ferramenta melhora o processo para o qual se destina;

• Compreender o processo e os passos de criação de um banco de dados eficiente, assim como as técnicas utilizadas e mais eficazes no seu desenvolvimento;

• Compreender a forma de implementação de um banco de dados na prática visando o mercado de trabalho e as situações corriqueiras da rotina de um profissional da área;

• Perceber a interdisciplinaridade e o grau de influência desta com relação as demais disciplinas do curso e de que maneira a má compreensão dos assuntos desta pode prejudicar todo o andamento do curso.

14.3 Conteúdos4º Ano

• Conceito e características do banco de dados;• Necessidade de se criar um banco de dados;• Tipos de bancos de dados que podem ser criados para cada necessidade

específica do mercado;• Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados;• Coleta de listas de tipos de dados que serão utilizados em cada banco de

dados a ser desenvolvido;• Normalização de Dados, conceitos, funcionalidades e processos;• Modelo de Dados, conceitos, objetivos e relacionamentos: Organização

dos dados em campos e tabelas para desenvolvimento de um banco de dados;

• Definição de relacionamentos entre tabelas;• Modelo Entidade-Relacionamento;• Linguagem de manipulação tradicional de banco de dados SQL para

consultas e manipulação dos dados;• Criação de um banco de dados exemplo com formulários, consultas e

relatórios em laboratório.

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14.4 MetodologiaBaseando-se na ideia de que todo o conteúdo da disciplina é altamente

voltado ao mercado de trabalho e tem uma grande fatia de participação no mesmo, é importante que se busque formas de que o conteúdo seja compreendido e realmente aproveitado.

O trabalho de todos os temas em sala de aula, é de suma importância, visto que é base para todo o curso e indispensável para o aproveitamento nas demais disciplinas.

Estudos de casos reais são trabalhados em sala para que se tenha uma visão mais próxima do que será encontrado no futuro e também para que o conteúdo visto tenha o mínimo de diferenças do que espera deste futuro profissional em uma empresa.

14.5 AvaliaçãoTodo conhecimento exposto em sala de aula é passível de avaliação e pode

ser mensurado seguindo o permitido pelo regimento escolar e dentro da carga horária total da disciplina para verificação do grau de aprendizado atingido.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

14.6 BibliografiaDATE, C.J. Introdução a Sistemas de Banco de Dados. Campus.ELMASRI, Ramez E., NAVATHE, Shsmksnt. Sistema de Banco de Dados. 4ª ed. Pearson/ Pretice Hall.HEUSER, C. Projeto de Banco de Dados. Porto Alegre: Sagra Luzzato, 2000.MONTEIRO. E. Projeto de Sistemas Banco de Dados. Brasport, 2004.SETZER, V.W. Banco de Dados: Conceitos, Modelos, Gerenciadores, Projeto lógico e físico. São Paulo: Edgard Blücher, 1989.

15. FUNDAMENTOS E ARQUITETURA DE COMPUTADORES

15.1 Fundamentação TeóricaA partir do surgimento dos computadores, em 1946, pode-se dizer que há

suporte técnico para uma nova cultura: a cultura digital. Raros são os produtos tecnológicos que evoluíram tão rapidamente quanto os computadores digitais. Os primeiros computadores utilizavam válvulas, requeriam enormes quantidades de energia e instalações de refrigeração. Os computadores atuais são feitos com poucos componentes integrados, consomem pouca energia e teoricamente dispensam o uso de refrigeração. Além dessas evoluções apresentam também: velocidade de processamento, grande capacidade de processamento e armazenamento de informações, diversidade de sua utilização, queda dos preços no mercado e conseqüente disseminação entre os mais diferentes tipos de usuários.

Paralelamente à evolução da tecnologia de suporte, os sistemas se software estão se tornando cada vez mais complexos. A tendência da

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interligação entre computadores, entre sistemas de várias procedências, entre computadores de empresas diferentes que suportam ações em tempo real é uma realidade a que o profissional da informática precisa estar preparado.

Assim, é importante fundamentar o educando para que tenha conhecimento sobre os princípios que regem a computação relativa à organização e arquitetura de computadores, ressaltando a interdisciplinaridade com sistemas operacionais, redes de computadores e suporte técnico.

15.2 Objetivos Geral

A disciplina - Fundamentos e Arquitetura de Computadores - tem como objetivo geral levar conhecimentos teóricos e práticos sobre os elementos físicos do computador, mostrando a relação lógica digital desses componentes com o processamento, a programação, a análise de sistemas e o armazenamento das informações, bem como a importância destes conhecimentos, o que contribui para a formação de um profissional preparado para entender a realidade social, econômica, política e cultural do mundo do trabalho e atuar de forma ética como sujeito histórico.Específicos

• Identificar os elementos básicos de informática;• Reconhecer a evolução histórica dos computadores e a tecnologia

envolvida; • Conhecer como os dados e informações trafegam no computador;• Identificar os Sistemas Numéricos e suas conversões;• Ter uma idéia da lógica digital e como são implementados os chip´s; • Identificar os componentes do hardware e entender o funcionamento de

cada um deles;• Identificar os dispositivos de Entrada e saída a tecnologia utilizada e o

funcionamento de cada um deles;• Reconhecer os diversos tipos de armazenamento e a tecnologia que

envolve cada um deles;• Identificar os tipos de computadores e a tecnologia de cada um deles;• Entender o funcionamento das unidades de controle e processamento nos

modelos de sistemas digitais;• Relacionar o processamento de uma informação com a organização da

memória;• Identificar os diversos tipos de processamento e o desempenho de cada

tecnologia.

Conteúdos 1º Ano

• Conceitos elementares de Informática;• Histórico e evolução dos computadores;• Conceitos básicos de Hardware e Software;• Tipos de sistemas e linguagens;• Entrada / processamento / saída;• Representação de dados (bit/bytes);

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• Representação: Sistemas Numéricos;• Lógica digital; • Dispositivos de Entrada e Saída;• Tipos de armazenamento;• Classificação de computadores;• Modelos de sistemas digitais: Unidades de Controle e processamento; • Conceitos básicos de arquitetura: endereçamento, tipo de dados, conjunto

de instruções e interrupções;• Organização de memória;• Processamento paralelo;• Multiprocessadores;• Desempenho de arquiteturas.

15.4 MetodologiaDentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos

computadores e a tecnologia em cada época é o ponto de partida para o aprendizado. Abordar a evolução dos computadores no contexto histórico do desenvolvimento das tecnologias é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina de Fundamentos e Arquitetura de Computadores e sua aplicação tanto no cotidiano do aluno como na sua utilização durante o curso e para sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, pesquisando sobre a tecnologia abordada, debatendo em aula de forma ativa e crítica, relacionando cada tema estudado com a prática na sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O que se propõe é que o professor adote não uma, mas várias condutas: ora a conduta de orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; ora, que adote a conduta de provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; e, ainda, que adote a conduta de expositor de um conhecimento, já formalizado e sistematizado, isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom

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êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

15.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e, os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

15.6 BibliografiaCARIBE, Roberto e CARIBE, Carlos. Introdução à Computação. São Paulo: FTD, 1996.FREITAS, Henrique M.R. A Informação como ferramenta gerencial. São Paulo: Ortiz.GREG, A.S e GALVN, G.P.B. Fundamentos de Sistemas Operacionais. Rio de Janeiro: LTD. JOHNSON,J.A. & CAPRON,H.L. Introdução à Informática. 8a Edição, São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2004. MANZONO, J.G. Open Office.org, versão 1.1:guia de aplicação.1a Ed. São Paulo: Érica, 2003.MARCULA, M. Informática: Conceitos e Aplicações.Curitiba: Érica, 2003.MATTOS, Antônio Carlos M. Sistemas de Informação: uma visão executiva. São Paulo: Saraiva, 2005.MEIRELLES, Fernando de Souza. Informática: novas aplicações com microprocessadores. São Paulo: Makron Books, 1994.MONTEIRO, Mário A. Introdução à Organização de Computadores. Rio de Janeiro: LTC, 1995.NORTON, Peter. Desvendando o PC. Rio de Janeiro: Campus, 1997. TANENBAUM, Adrew S. Organização Estruturada de Computadores. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1992.TAUB, Herbert. Circuitos Digitais e Microprocessadores. São Paulo: McGraw-Hill, 1984.

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WHITE, Ron. Como funciona o computador III. São Paulo: Editora Quark, 1997.

16. INTERNET E PROGRAMAÇÃO WEB

16.1 Fundamentação TeóricaA popularidade das aplicações WEB está em expansão, as empresas e

governos descobriram um modo de atingir o maior número possível de pessoas para oferecer seus produtos e serviços. Com isto, este tipo de aplicação torna-se cada vez mais complexa exigindo metodologias mais adequadas e implementações mais eficazes.

A WWW, ou popularmente conhecida como Internet vem causando há anos uma mudança na reorganização dos hábitos de socialização das pessoas e fator modificador das relações sociais dos indivíduos que nela estão inseridas. Estamos sendo testemunha do surgimento de um novo meio de comunicação, o mais completo já concebido pela tecnologia humana.

Nessa magnitude, a Internet, através da comunicação mediada por computador, proporcionou a extensão de várias capacidades naturais. Não apenas podemos ver as coisas que nossos olhos naturalmente não vêem. Podemos interagir com elas, tocá-las em sua realidade virtual, construir nosso próprio raciocínio não linear em cima da informação, ouvir aquilo que desejamos, conversar com quem não conhecemos. Fundamentalmente, podemos interagir com o que quisermos.

16.2 ObjetivosGeral: Proporcionar conhecimentos teórico/prático em Programação para

Web fornecendo conhecimentos básicos nas linguagens de programação existentes no mercado.

Específicos:• Ensinar os fundamentos da Web.• Conhecer as meta-tags avançadas• Conhecer características das linguagens de programação• Programar utilizando comandos básicos das linguagens de programação• Principais critérios de Usabilidade

16.2 Conteúdos

EMENTA: Histórico, Evolução e Serviços de Internet, Segurança; Ferramentas, Projetos (Design) e Desenvolvimento de Páginas Estáticas e Dinâmicas.

3° Ano• Histórico;• A comunicação na Internet.;• Tipos de conexão, banda estreita e banda larga;• Protocolos da Internet (família TCP/IP e www);• Navegadores;

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• Mecanismo de busca;• Correio eletrônico;• Fórum de discussão;• Layout, desenvolvimento e design;• Criação de páginas estáticas com HTML• Criação e manipulação imagem• Criação de botões• Linguagem para desenvolvimento de aplicações WEB;• Linguagem de programação PHP• Comandos de E/S• Estrutura de condição• Estrutura de repetição

4º Ano• Operações básicas• Operadores relacionais• Operadores de atribuição• Vetores• Armazenamento em arquivo texto• Organização de páginas estáticas e dinâmicas;• Servidor de base de dados;• Mysql • Ferramentas de acesso à base de dados;• Phpmyadmin• Segurança do usuário e proteção de dados;• Estilos de páginas.• Css inline• Css incorporado• Css externo

16.4 MetodologiaA metodologia usada pelo professor será exercícios que desenvolvam

raciocínio lógico, e despertar no aluno a criatividade em designer gráfico, mostrando a usabilidade de cada caso, fazendo assim estudo de caso proposto pelo aluno com o objetivo de criar a aplicação WEB de acordo com a realidade do mercado. Questionamentos, resoluções de problema e o fato motivador para desenvolvimento e resolução da aplicação WEB.

16.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e, os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento

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que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos práticos e seminários, auto-avaliação e principalmente a observação.

16.6 BibliografiaALMEIDA Marcus Garcia de, ROSA Pricila Cristina. Internet, Intranet e Redes Corporativas. Editora Brasport.ASCENCIO Ana Fernanda Gomes, CAMPOS Edilene Aparecida Veneruchi. Fundamentos da programação de computadores – Algoritimo, Pascal, C/C++ e Java. Editora Pearson/Prentice Hall.BABIN Lee. AJAX COM PHP: do iniciante ao profissional. Alta Books.DEITEL, Harvey M. & Deitel, Paul J.. Java: como Programar. Prentice – Hall.JANOTA Dauton, TULLIO Bruno &. FLASH 8: OOP E PHP 5. Editora Axcel.MELO Alexandre Altair de, NASCIMENTO Mauricio G. F. PHP Profissional Aprenda a Desenvolver Sistemas Profissionais Orientados a Objetos com Padrões de Projeto. Novatec.NOGUEIRA Hugo. Flash 8 com administração remota em PHP e MySQL. Ciência Moderna.PUGA, Sandra, RISSETTI, Gerson. Lógica de Programação e Estrutura de Dados: Com Aplicações Em Java. Editora Pearson Prentice Hall.SETZER, Valdemar W. Fábio KON; Introdução à rede Internet e seu uso, São Paulo; ed Edgard Blucher.TONSON Laura, WELLING Luke. Php e Mysql: Desenvolvimento da Web. Campus.TORRES, G. Redes de Computadores – Curso Completo. Axcel. 2001.

17. LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO

17.1 Fundamentação TeóricaUma forma de explicar as linguagens de programação, é quanto ao seu

nível de aproximação à linguagem humana. Nos primórdios dos computadores, as linguagens eram consideradas de

muito baixo nível. Estas linguagens são caracterizadas por serem elaboradas com base nos 0 e 1 (sistema binário), sendo praticamente impossível a uma pessoa que não tivesse criado a máquina, programá-la. A este tipo de linguagens de programação, dá-se o nome linguagem de máquina.

Devido à fraca, mas crescente, procura deste tipo de máquinas, desenvolveu-se um conjunto de linguagens de programação que ficaram como linguagens de baixo nível. Estas linguagens permitiam que um grupo de pessoas pudessem programar um computador e de seguida passar esse programa para outras máquinas.

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Com o aparecimento cada vez mais crescente uso dos computadores no mercado, existiu a necessidade de criar cada vez mais linguagens de programação que se afastem da máquina e se aproximem da linguagem humana. Desta forma apareceram as linguagens de alto nível.

Apos essa evolução a informática avançou muito rapidamente devido ao uso da linguagem não ficar mais restrista as empresas que desenvolviam computadores. Com isso ocorreu o surgimento de empresas especializadas em criar programas para todo tipo de finalidade baseadas nessas linguagens de programação de alto nivel.

17.2 Objetivos Geral

A disciplina Linguagem de Programação tem como objetivo geral desenvolver no aluno a capacidade lógica para construção de algoritmos para a resolução de problemas, capacitando o aluno para codificar programas, usando as linguagens de programação disponível no mercado. Por ser uma disciplina fundamental o aluno será capaz de: analisar problemas, projetar, implementar e validar soluções computacionais para os mesmos, através do uso de metodologias, técnicas e ferramentas de programação implementando programas de computador em uma linguagem de programação.

Específicos:• Dar ao aluno noções fundamentais sobre o funcionamento de um

computador digital e como resolver problemas usando-o como ferramenta;

• Dar ao aluno noções fundamentais sobre o conceito e uso de linguagens de programação;

• Levar o aluno a apreender as técnicas elementares de construção e de documentação de programas;

• Introduzir o uso de uma linguagem de programação.

17.3 Conteúdos1° Ano

• Etapa para resolução de um problema via computador; • Conceitos básicos; • Seqüência lógica; • Conceitos de tipos de dados e instruções primitivas; • Operadores matemáticos; • Variáveis e constantes; • Tabela verdade;• Representação e implementação de algoritmos; • Pseudocódigo; • Regras para construção de algoritmos;• Construção de Algoritmos;• Comandos de entrada e saída; • Estrutura de controle (seqüencial, condicional e repetição); • Teste de mesa; • Implementação de algoritmos.

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2° Ano

• Modelo de programação; • Sintaxe da linguagem de programação; • Elementos de controle; • Operações e propriedades;• Fase de desenho e fase de execução; • Tipos de controles; • Dados, escopo de variáveis e constantes; • Mecanismos de programação; • Detecção e prevenção de erros de sintaxe; • Erros semânticos; • Organização do código, modularização; • Funções e procedimentos.

17.4 Metodologia Um algoritmo é a descrição abstrata de todas as ações que deve realizar

um computador, que nos conduz à solução do problema. Devido a essa justificativa a metodologia usada pelo professor será exercícios que desenvolvam raciocínio lógico, estudo de caso proposto pelo aluno com o objetivo de criar software de acordo com a realidade do mercado. Questionamentos, resoluções de problema é o fato motivador para desenvolvimento e resolução do software.

17.5 Avaliação A avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e, os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos práticos que tem como finalidade o desenvolvimento do software.

17.6 BibliografiaFARRER, H. et al. Algoritmos Estruturados. LTC Editora, São Paulo, 1999.FORBELLONE, A.L.V. & EBERSPÄCHER, H.F. Lógica de Programação – A

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construção de algoritmos e estruturas de dados. Makron Books, São Paulo, 1993.KERNIGHAN, B.; RITCHIE, D. A Linguagem de Programação, Campus.LOPES, Anita & GARCIA, Guto. Introdução à Programação 500 Algoritmos Resolvidos. Editora Campus, 2002.MANZANO, Jose Augusto N. G. Algoritmos: lógica para desenvolvimento de programação em computadores. Editora Érica. 2002.SAID, Ricardo. Curso de Lógica de Programação. Digerati/Universo de livros.SALVETTI, D.D. e BARBOSA, L.M. Algoritmos. Makron Books do Brasil, São Paulo, 1998.SENAC. Construção de Algoritmos. Editora Senac.SOUZA, Marco Antonio Furlan de, GOMES Marcos Marques, SOARES Marcio Vieria. Algoritmos e Lógica de Programação. Editora Thomson.XAVIER Gley Fabiano Cardoso. Lógica de Programação. Senac.ZAVIANI. N. Projeto de Algoritmos: Com Implementação em Pascal e C. Thonson. 2005.

18. REDES E SISTEMAS OPERACIONAIS

18.1 Fundamentação Teórica A formação de profissionais na área de computação, capacitando-os a

projetar, implantar e administrar Redes de Computadores (LANs, MANs e WANs) e sistema operacional, instrumentalizando-os para a implementação e gerência de políticas de segurança de redes.

Esse profissional utilizará das melhores técnicas e práticas de especificação independente da plataforma ou arquitetura de aplicações adotada, visando o alto desempenho, disponibilidade, integridade e segurança das informações. Pretende-se, também, estimular os alunos na busca constante do conhecimento de forma sistematizada, do desenvolvimento do raciocínio lógico, da capacidade de identificar, analisar e solucionar problemas, e também da adoção de comportamentos como: comprometimento, ética e responsabilidade.

Contempla a formação de um profissional gestor de redes, apto a projetar, implantar e administrar Redes de Computadores, de forma plena e inovadora, acompanhando a evolução do setor e contribuindo na busca de soluções para as diferentes áreas de aplicação, sem deixar de ter uma preocupação constante com sua fundamentação teórica

18.2 Objetivos Geral

A disciplina tem como objetivo geral dar aos alunos uma visão geral de Redes de Computadores e Sistema Operacional, englobando conceitos básicos, tecnologias de transmissão de dados, hardware e software utilizados, arquiteturas, e serviços.

Específicos• Estabelecer uma visão sistêmica e lógica no entendimento computacional; • Analisar e interpretar ambientes internos e externos à organização; • Reconhecer a importância do acompanhamento das evoluções

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tecnológicas em informática e telecomunicações, visando promover a adoção e gestão destas no ambiente organizacional;

• Reconhecer o fluxo de informações e a sua importância no contexto organizacional, tendo foco na sua segurança;

• Identificar, analisar e solucionar problemas; • Elaborar projetos que atendam às normas pertinentes da área, bem como

as necessidades e expectativas dos clientes, compatibilizando o levantamento de informações, configurações e topologias;

• Elaborar planos, visando à definição e gestão de recursos no tempo, de acordo com o perfil dos clientes;

• Estabelecer políticas e estratégias de configuração e segurança; • Compatibilizar os recursos tecnológicos de acordo com o perfil

organizacional e as tendências da área; • Reconhecer e compatibilizar as diferenças tecnológicas; • Implantar Redes de Computadores que articulem a configuração,

instalação e adequação de tecnologias; • Reconhecer os conceitos de ética e empreendedorismo na atuação do

profissional; • Apresentar e defender propostas/ projetos tecnológicos, na forma escrita e

oral; • Estabelecer inter-relações, visando promover a adoção e gestão das novas

tecnologias no ambiente organizacional.

18.3 Conteúdos4° Ano

• Histórico e evolução dos Sistemas Operacionais;• Introdução aos Sistemas Operacionais;• Tipos de Sistemas Operacionais;• Sistema operacional de tempo real (RTOS Real-time operating system);• Monousuário, multitarefa;• Estruturas de Sistemas Operacionais;• Componentes do Sistema;• Gerenciamento de Processos;• Gerenciamento da memória principal;• Gerenciamento de Arquivos;• Gerenciamento de Sistema de E/S• Gerenciamento de Memória Secundária;• Sistema de Redes de Computadores;• Sistema de Proteção;• Interpretador de Comandos;• Serviços e chamadas de um sistema Operacional;• Conceito de Processo;• Conceitos de transmissão de dados;• Largura de banda;• Conceito de modulação e multiplexação de dados;• Meios de transmissão;

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• Par de FIOS ;• Cabo Coaxial ; • Fibras Óticas ; • Equipamento de rede;• HUB;• Bridge• Switch (comutador)• Ponto de acesso• Router• Firewall• Servidor• Conceito de redes LAN e WAN;• Redes De Área Local (LAN) ;• Redes De Área Metropolitana (MAN);• Modelos de Referência OSI;• Protocolos de Comunicação em Redes;• Endereçamento IP;• Cabeamento Estruturado;• Instalação e configuração de rede;• Montagem de uma rede wireles.

18.4 MetodologiaBaseando-se na ideia de que todo o conteúdo da disciplina é altamente

voltado ao mercado de trabalho e tem uma grande fatia de participação no mesmo, é importante que se busque formas de que o conteúdo seja compreendido e realmente aproveitado.

O trabalho de todos os temas em sala de aula é de suma importância, visto que é base para todo o curso e indispensável para o aproveitamento nas demais disciplinas.

Estudos de casos reais são trabalhados em sala para que se tenha uma visão mais próxima do que será encontrado no futuro e também para que o conteúdo visto seja totalmente aproveitado na vida profissional do educando.

18.5 AvaliaçãoTodo conhecimento exposto em sala de aula é passível de avaliação e pode

ser mensurado seguindo o permitido pelo regimento escolar e dentro da carga horária total da disciplina para verificação do grau de aprendizado atingido.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

18.6 BibliografiaCARMONA, Tadeu. Segredos das Redes de Computadores. 2ª Ed. Editora Digerati / Universo de livros.

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COMER, Douglas E. Redes de computadores e internet. 4ª edição. Editora Artmed.DANTAS Mário. Tecnologia de Redes de comunicação e computadores. Editora AXCEL.DEITEL Choffnes. Sistemas Operacaionais. Editora Person.FERREIRA, Hugo Barbosa. Redes de Planejamento: Metodologia e prática com PERT/CPM E MS PROJECT. Editora Ciência Moderna.GAGNE, Abrahan Silberschatz Greg, GALVN, Peter Baer. Fundamentos de Sistemas Operacionais. Editora LTC.GALLO, M.A. Comunicação entre Computadores e Tecnologias de Rede, Thomsnon. 2003.GOUVEIA José, MAGALHÃES Alberto. Redes de Computadores. Editora LTC.GUIMARÃES Alexandre Guedes, LINS Rafael Dueire, OLIVEIRA Raimundo Corrêa. Segurança em Redes privadas Virtuais – VPNS. Editora Brasport.MATTHEWS Jeanna. Redes de computadores – Protocolos de Internet em Ação. Editora LTC. 2006.MENDES Douglas Rocha. Redes de Computadores: Teoria e Prática. Editora Novatec.NAKAMURA Emílio Tissato, GEUS Paulo Licio. Segurança de Redes em Ambientes Cooperativos. Editora Novatec.STARLIN Gorki. TCP/IP: Redes de computadores e Comunicação de dados. Editora Alta Books.TANENBAUM, Andrew S. Redes de Computadores. Campus.TANENBAUM Andrew S, WOODHULL Albert S. Sistemas Operacionais: Projetos e Implementação. Editora Bookman.TORRES, G. Redes de Computadores – Curso Completo. Axcel. 2001.VIGLIAZZI Douglas. Rede Locais com Linux. 2ª edição. Editora Visual Books.

19. SUPORTE TÉCNICO

19.1 Fundamentação TeóricaFormar alunos com domínio dos princípios e fundamentos científico-

tecnológicos que precedem a formatação de conhecimentos sobre bens e serviços de informática relacionando-os como articulação da teoria e da prática capazes de criar e recriar formas solidárias de convivência, de apropriação de produtos, conhecimentos e riquezas. Esta disciplina estará capacitando o aluno a trabalhar em setores que demandem suporte e manutenção de informática ou na prestação autônoma de serviços.

19.2 ObjetivosGeral: A disciplina de Suporte Técnico tem como objetivo geral mostrar aos

alunos através das aulas práticas a importância da execução do processo de manutenção dos computadores, preparando os alunos para o mercado de trabalho.

Específicos• Conhecer os componentes de um sistema de informática;• Identificar e executar ações de treinamento e de suporte técnico;

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• Instalar componentes básicos de software e hardware;• Identificar a origem de falhas no funcionamento de computadores e seus

principais acessórios e programas;• Identificar e avaliar os componentes eletrônicos de um sistema

computacional, sem, executar suas reparações, no caso de mau funcionamento ou danos;

• Oferecer uma visão conceptiva e funcional do hardware fazendo a substituição de peças defeituosas e configuração do sistema operacional.

19.3 Conteúdos2° Ano

• História dos Componentes do Computador;• As formas mais comuns de danificar um PC;• Hardware e Software;• Dicas de compra:• Ferramentas de manutenção;• Preparação do local de trabalho;• Periféricos de ENTRADA e SAIDA:• Teclado; • Mouse;• Monitor;• Scanner;• Impressora;• Câmera Digital; • Web Cam;• Unidade de Armazenamento:• Discos; • Memória;• Unidade de Processamento:• Gabinete;• Placa Mãe;• Processador;• Cooler;• Montagem, manutenção dos computadores:• Fonte de alimentação; • Cooler;• Smoke Test; • Componentes defeituosos; • Dispositivos USB;• Softwares;• Conectores de fora; • Processador; • Memória;• HDs;• Conectores do painel;

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• Headers USB; • Processador;• Pasta térmica; • Instalação da placa-mãe.

3° Ano• HDs e DVD; • Finalizando a montagem; • Solucionando problemas;• Filtros de linha, estabilizadores e nobreaks; • Instalação de sistemas operacionais e aplicativos; • Particionamento de Discos;• Conexão e configuração de periféricos; • Configuração do Setup, drivers e utilitários; • Discos e RAID; • Boot; • Overclock; • Drivers e utilitários; • Drivers da placa-mãe; • Drivers do chipset; • Drivers 3D; • Drivers de som, modem e outros; • Suporte a hardware no Linux; • Drivers proprietários; • Opções de boot; • Instalação de Softwares adicionais (aplicativos,anti-virus ....etc);• Diagnóstico de defeitos e erros;• Confecção de Check – list de todo processo de manutenção dos

computadores.

19.4 MetodologiaFormar alunos com domínio dos princípios e fundamentos científico-

tecnológicos que precedem a formatação de conhecimentos sobre bens e serviços de informática relacionando-os como articulação da teoria e da prática capazes de criar e recriar formas solidárias de convivência, de apropriação de produtos, conhecimentos e riquezas. Esta disciplina estará capacitando o aluno a trabalhar em setores que demandem suporte e manutenção de informática ou na prestação autônoma de serviços.

19.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e, os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto

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de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos práticos e seminários,auto-avaliação e principalmente a observação.

19.6 BibliografiaMORIMOTO, Carlos E. Hardware, o Guia Definitivo.Outubro de 2007.TORRES, G. Manutenção e Configuração de Micros. Axcel Book. 1997.TORRES, G. Hardware Fácil & Rápido. Axcel Book. 1997.

20. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

20.1 Fundamentação TeóricaAprender a se comunicar por meio de uma língua estrangeira, além de

constituir uma exigência social, também pode contribuir de modo muito significativo para a formação global do aluno. Assim, aprender inglês, por exemplo, não se justifica simplesmente porque existe uma expectativa social estimulada pelo crescimento dos intercâmbios culturais e pela circulação de informações e conhecimentos, mas também pelas situações educativas que a aprendizagem de uma língua estrangeira promove.

Nos dias atuais o ensino de qualidade da língua estrangeira é uma necessidade na escola, especialmente na Escola Pública, aonde os alunos vêm de classes sociais onde há necessidade por preparar-se melhor para enfrentar a concorrência. A proliferação de cursos particulares, de escolas particulares, mostra a necessidade de mais atenção ao ensino de mais uma língua, ou seja, mais um instrumento de conhecimento e edificação do aluno como ser crítico, ser social e participativo nas decisões do mundo globalizado.

O objetivo de inclusão de uma língua estrangeira no currículo escolar, notadamente o inglês, passa por vários aspectos: primeiro, a função social da língua, que deve ancorar nos parâmetros sócio-interacionais da linguagem e da aprendizagem, bem como nos aspectos cognitivos.

O aluno necessita aprender a ler em língua estrangeira, para que sejam atendidas as necessidades da educação formal e técnica que possa tornar o aluno um agente transformador da realidade a sua volta. A habilidade da leitura não exclui a possibilidade do desenvolvimento escrito, oral e interdisciplinaridade de outros conhecimentos e disciplinas.

Há necessidade de adquirir o conhecimento e o domínio de uma língua estrangeira, visto as exigências do mundo moderno e globalizado. O inglês como língua, tem relevância e hegemonia nas trocas internacionais, gerando implicações nos campos da cultura, da educação, da ciência, do trabalho, etc.

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O inglês, especialmente exerce influência tanto na língua, como nas relações internacionais. Exemplo disso é que hoje o inglês é a língua mais usada no mundo dos negócios, e em alguns países, nas universidades, é universal a sua prática.

A língua estrangeira há de ser fator de libertação, não de exclusão social. Deve abrir a porta para o conhecimento, desenvolvimento, mas não deve tolher a cidadania e o espírito crítico equilibrado do indivíduo como ser social, pensante e livre.

Passa a assumir a função de veículos de comunicação, funcionando como meio de acesso ao conhecimento, as diferentes formas de pensar, criar, sentir, agir e de conceber a realidade.

Assim, é essencial um trabalho interdisciplinar, relacionado com contextos reais de forma que o processo de ensino-aprendizagem possa colocar em prática alguns princípios fundamentais que proporcionem condições para que o aluno tenha capacidade de compreender e produzir enunciados corretos no novo idioma, bem como possibilitar que atinja um nível de competência que lhe permita ter acesso a informações de vários tipos, contribuindo para sua formação enquanto cidadão.

20.2 Objetivos Geral: A língua inglesa como veículo de comunicação deve estar

relacionada ao contexto social. Assim, tem por objetivo, compreender e usar a língua estrangeira moderna como instrumento de acesso a informações e às outras culturas e grupos sociais.

Específicos: O ensino da língua inglesa deve proporcionar ao aluno:• Saber distinguir entre as variantes lingüísticas;• Escolher o vocabulário adequado à situação na qual se processa a

comunicação:• Ter habilidade para escolher o vocábulo que melhor reflita a idéia

que se pretende transmitir;• Compreender em que medida esses enunciados transmitem a forma

de ser, de pensar, de agir e de sentir de quem os produz;• Utilizar aspectos como coerência e coesão, na produção em Língua

Estrangeira (oral e/ ou escrita). Todos os textos referentes à produção e à recepção em qualquer idioma regem-se por princípios gerais de coerência e coesão e, por isso, somos capazes de entender e de sermos entendidos;

• Dominar as estratégias verbais que entram em ação para compensar falhas na comunicação e para favorecer a efetiva comunicação e alcançar o efeito pretendido;

• Possuir domínio da competência sócio-lingüística, da competência discursiva e da competência estratégica;

• Ampliar a capacidade de análise para poder refletir sobre a própria cultura com maior profundidade, tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre a sua forma de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos enriquecendo a sua formação profissional e pessoal.

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O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso. Práticas discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise lingüística.

20.3 Conteúdos LEITURA1º ano

• Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Marcadores do discurso; • Funções das classes gramaticais no texto;• Elementos semânticos; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

2º ano• Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística. • Acentuação gráfica; • Ortografia.

3º ano• Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada; • Contato com diversos gêneros textuais; • Entendimento do aluno sobre o funcionamento dos elementos

lingüísticos/gramaticais do texto; • Importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso; • Provocar outras leituras; • A abordagem histórica em relação aos textos literários; • Trabalho com o texto visando provocar reflexão, transformação; • Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;

ESCRITA 1º ano

• Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto;

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• Vozes verbais; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

2º ano • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica.

3º ano• Clareza na exposição de idéias; • Utilização dos recursos coesivos; • Elementos de coesão e coerência, incluindo os conteúdos relacionados aos

aspectos semânticos e léxicos; • Conteúdos relacionados à norma padrão: concordância verbal e nominal,

regência verbal e nominal, tempos verbais;• Gêneros discursivos: jornalísticos, charges, cartas, receitas, cartoons,

informativos, literários; • Interdiscurso: intertextualidade, intencionalidade, contextualização, etc; • Particularidades lingüísticas: aspectos pragmáticos e semânticos no uso

das diferentes línguas;• Gêneros Textuais diversificados (Narrativos, Imprensa, Divulgação

científica,Da ordem do relator, Da ordem do expor, Instrucionais ou prescritivos, Lúdicos, Narrativa gráfica visual, Midiáticos, Correspondência, etc);

• Imagens, fotos, pinturas, esculturas; • Mapas, croqui, recado, aviso, advertência, textos não verbais no geral, etc.

ORALIDADE 1º ano

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Pronúncia.

2º ano• Vozes sociais presentes no texto; • Variações linguísticas;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; • Adequação da fala ao contexto; • Pronúncia.

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3º ano• Aspectos contextuais do texto oral; • Intencionalidade dos textos; • Adequação da linguagem oral em situações de comunicação, conforme as

instâncias de uso da linguagem; • Diferenças léxicas, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal

e informal;

20.4 MetodologiaPara que os objetivos propostos no ensino de língua estrangeira sejam

atingidos, o professor deverá levar em conta as questões de ordem estrutural, observando que as escolhas de atividades deverão estar de acordo com o número de alunos em sala de aula, tempo, materiais disponíveis e ambiente físico, coerentes com os objetivos e princípios delineados.

No ensino da língua estrangeira far-se-á necessário o desenvolvimento de atividades que estimulem a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, descobrir, interpretar situações, pensar de forma criativa, fazer suposições, interferências, propiciando ao aluno a ampliação da capacidade de abstrair elementos comuns à várias situações. Poderão ser realizadas atividades como:

• Prática de textos que envolvam temas transversais e científicos;• Leitura e compreensão de textos atuais, dentre diversos assuntos de

interesse dos jovens, proporcionando ao aluno condições de compreender e avaliar o avanço tecnológico e intercâmbio entre os povos;

• Produção de propagandas e slogans• Apresentação de músicas atuais, visando corrigir eventuais

distorções, problemas de pronúncia, praticando e aperfeiçoando a produção oral;

• O item gramatical será localizado nos textos, poesias, músicas, propagandas e slogans, através de exercícios orais e escritos;

• Utilização de filmes legendados com a finalidade de aperfeiçoar a compreensão oral.

O desenvolvimento de atividades em grupo propiciará ao aluno confiança na própria capacidade de aprender e interagir com os colegas, compreendendo e respeitando opiniões, conhecimentos e ritmos diferenciados de aprendizagem. Ao desenvolver estas atividades o

Papel do professor será de mediador.A importância da variedade lingüística deverá ser apresentada ao aluno

para que o mesmo tenha uma visão mais ampla e crítica em relação à pluralidade cultural.

Para que o aluno adquira as habilidades sócio-lingüísticas, discursivas e estratégicas, além de gramatical, o ensino da língua estrangeira será pautado em situações reais na leitura e compreensão de texto, de forma contextualizada, visando à aproximação do aluno a várias culturas e sua integração no mundo globalizado.

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Com o objetivo do uso efetivo da língua e a interação do aluno ao meio em que vive, as habilidades de ler, ouvir, falar e escrever, serão trabalhadas interligadamente.LEITURA

É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o

texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

• Proporcione análises para estabelecer a referência textual; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores,

finalidade, época; • Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens,

mapas e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do

uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;

• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;

ESCRITA É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;

• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;

• Conduza à utilização adequada das partículas conectivas; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros

propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos

argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero. • Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo

e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;

• Estimule produções em diferentes gêneros; • Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos. ORALIDADE

É importante que o professor:

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• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;

• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

20.5 AvaliaçãoDevido ao caráter interativo da avaliação e sua relevância, enquanto forma

de rever a prática pedagógica, é necessário avaliar em vários momentos do processo de ensino e aprendizagem.

O esforço do aluno deve ser reconhecido através de ações como o fornecimento de “feedback” sobre seu desempenho e o entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem.

Desse modo, a avaliação dera contínua e de caráter formativo (formação de hábitos e atitudes), promovendo a interação professor – aluno e entre aluno e conteúdo, levando o aluno a perceber a língua não como estrangeira, mas como a língua de outras pessoas, a qual ele vai aprender a apreciar e dar sentido.

Nesta perspectiva são apresentados alguns critérios, ou seja, o que se espera que o aluno aprenda:

a) Quanto à compreensão escrita:• Demonstrar a compreensão geral de textos variados (com

gravuras, tabelas, fotografias, desenhos e palavras cognatas);• Extrair informações específicas do texto;• Reconhecer os elementos da organização textual por meio da qual

a informação é apresentada;• Demonstrar consciência crítica em relação aos temas abordados

no texto;• Desenvolver conhecimento sistêmico de acordo com o nível

exigido pelo textob) Quanto á compreensão oral serão levados em conta os mesmos

aspectos da compreensão escrita, além do conhecimento de natureza fonético-fonológica.

c) Quanto à produção tanto oral como escrita:• Demonstrar adequação na produção oral e escrita, buscando

significado nos aspectos: sintáticos, morfológico, léxico e fonológico.

• Mostrar conhecimento dos padrões internacionais em textos orais e escritos (específicos da língua estrangeira)

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• Demonstrar conhecimento de que textos escritos têm diferentes visões da sociedade.

A avaliação será diagnóstica e contínua, utilizando-se como instrumentos, testes de aproveitamento orais e escritos, pesquisas, relatórios, observações espontâneas ou dirigidas, trabalhos, atividades em sala de aula e extra-classe.

Visando o desenvolvimento da habilidade e competência comunicativa o aluno será avaliado em todos os aspectos de sua aprendizagem.

Através de entrevistas, conversas informais e relatos pode revelar qual é a percepção da língua estrangeira do aluno, não só quanto à função social, a avaliação deve ser flexibilizada para que os tópicos a serem testados não precisem ser iguais para todos.

A participação do aluno no processo e sua auto-avaliação são importantes para que o mesmo possa acompanhar seus avanços no conhecimento de línguas estrangeiras.

20.6 BibliografiaALMEIDA FILHO, J. C. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. Campinas, SP: Pontes, 1993.BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio: língua estrangeira. Brasília, DF: MEC/SEF, 1999.BAKTHIN, M. Os Gêneros do discurso. In: Bakthin, Mikhail. Estética da Criação Verbal. Trad. Pereira, M. E. G. G. São Paulo: Martins Fontes, 1992.BONINI, A. ; FURLANETTO, M. M. (Orgs.). Gêneros textuais e ensino/aprendizagem. Revista Linguagem em (Dis)curso. Tubarão, v. 6, n. 3, p. 337-584,set./dez. 2006.BRONCKART, J. P. Atividades de linguagem, textos e discurso: por um interacionismo sócio- discursivo. São Paulo: EDUC, 2004.CAVALCANTI, M. C.; MOITA LOPES, L. P. Implementação de pesquisa na sala de aula de línguas no contexto brasileiro. Trabalhos em Lingüística Aplicada, v. 17,1991. p. 133-144.CRISTÓVÃO, V. L. L. Desvendando Textos com o Interacionismo Sociodiscursivo. In:ANTONIO, J. D.; NAVARRO, P. (Orgs) . O texto como objeto de ensino, de descrição linguística e de análise textual e discursiva. Maringá : Eduem, 2009.DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão oral e escrita – elementos para reflexão de uma experiência suíça (francófona). In: SCHNEUWLY, B ; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004. p.41-70.______. Seqüências didáticas para o oral e escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B ; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 95-128.FIORIN, J. L. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo. Ática, 2006.FOUCAMBERT, J. A Leitura em Questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.GIMENEZ, T.; JORDÃO, C. M.; ANDREOTTI, V. (org.). Perspectivas educacionais e ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.GIMENEZ, T. Competência intercultural na língua inglesa. Disponível em:

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XVIII – CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO PROFISSIONAL – CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA EM NÍVEL MÉDIO SUBSEQUENTE

O Ensino Profissional, apresentado pelo Curso Técnico em Informática, em Nível Médio Integrado, faz parte do setor terciário da economia. Caracteriza-se como Eixo Tecnológico Informação e Comunicação - Integrado ao Ensino Médio.

O Curso Técnico Integrado está amparado pela Lei de Diretrizes e Bases da educação, nº 9394/96; pelo Decreto-Lei 5454 de 23/7/2004, art. 4º, parágrafo 1º, inciso I; pelo Parecer nº 126/99 do Conselho Nacional de Educação (Diretrizes Curriculares nacionais para Educação Profissional); pela Resolução nº 04/99 do Conselho Nacional de Educação e pela Deliberação nº 002/2000 do Conselho nacional de Educação.

A implantação do Curso justifica-se tendo em vista que nos últimos anos a sociedade passou por acentuadas transformações, principalmente no campo tecnológico, o que exige dos cidadãos um aperfeiçoamento tanto do conhecimento como do manejo dos meios tecnológicos. Entretanto, observa-se que a oferta de cursos, por parte das instituições escolares públicas, nesta área, está em defasagem.

Portanto, o Curso de Informática em Nível Técnico neste estabelecimento de ensino vem suprir esta lacuna, pois nossa clientela é de um bairro comercial, e, grande parte de nossos alunos pertence à classe trabalhadora. Mais ainda, o curso torna-se uma necessidade, uma vez que será uma possibilidade destes jovens trabalhadores somarem os conhecimentos adquiridos, por meio do curso, a sua prática profissional.

O nosso Estabelecimento encontra-se perfeitamente adequado às exigências para o funcionamento do Curso de Informática em Nível Técnico, já que possui espaço com laboratório de informática, recursos materiais e humanos que podem oferecer uma ótima formação. Assim, os conhecimentos teóricos poderão ser aliados à prática e, deste modo, os alunos serão preparados para uma atuação competente diante das exigências atuais do mundo do trabalho.

O Curso Técnico em Informática visa o aperfeiçoamento na concepção de uma formação técnica que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia como princípios que sintetizem todo o processo formativo tendo, portanto, como eixo orientador a perspectiva de uma formação profissional como constituinte da integralidade do processo educativo.

Os três componentes curriculares: base nacional comum, parte diversificada e parte específica integram-se e articulam-se garantindo que os saberes científicos e tecnológicos sejam a base da formação técnica. Por outro lado as ciências humanas e sociais permitirão que o técnico em formação se compreenda como sujeito histórico que produz sua existência pela interação consciente com a realidade construindo valores, conhecimentos e cultura.

Essa integração garante que os saberes científicos e tecnológicos sejam a base da formação técnica. Por outro lado, introduziram-se disciplinas que

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ampliam as perspectivas do “fazer técnico” para que o estudante se compreenda como sujeito histórico que produz sua existência pela interação consciente com a realidade construindo valores, conhecimentos e cultura.

A área de informática está no quotidiano do trabalho em todos os setores econômicos e presente em várias etapas do processo produtivo, do comércio e dos serviços exercendo a condição de base para o perfeito funcionamento do sistema. Por outro lado, a informática está presente no cotidiano de todas as pessoas. Assim é uma área que demanda permanente atualização e apresenta uma crescente exigência de trabalhadores qualificados. O uso da informática disseminou-se nos últimos anos, criando a necessidade de profissionais de diversos níveis com capacidades para criar, especificar e manter funcionando sistemas computacionais de tamanhos e características variadas. Profissionais de nível técnico na área de informática são importantes na disseminação e popularização da mesma.

DADOS GERAIS DO CURSO

Habilitação Profissional: Técnico em InformáticaEixo Tecnológico: Informação e Comunicação Forma: SubsequenteCarga horária total do curso: 1.133 horas/aulas Regime de funcionamento: de 2ª a 6ª feira, nos períodos: noiteRegime de matrícula: SemestralNúmero de vagas: 40 por turmaPeríodo de integralização do curso: mínimo de 18 meses e máximo de 5 anosRequisitos de acesso: Conclusão do Ensino Médio. Modalidade de oferta: Presencial

PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DE CURSO

Domina conteúdos e processos básicos relevantes do conhecimento científico, tecnológico, cultural e das diferentes modalidades de linguagem necessárias para a autonomia intelectual e moral, compreendendo as transformações históricas, econômicas, políticas e sociais de forma a proceder orientado por valores democráticos e solidários que fundamentam o agir ético no exercício da cidadania e na intervenção no mundo do trabalho com competência profissional técnica para empregar ferramentas de informática e prestar suporte na utilização destas, interagindo com outros profissionais colaborando na solução de problemas técnicos da área.

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XIX – CARACTERIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS DO ENSINO PROF. – CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA EM NÍVEL MÉDIO SUBSEQUENTE

1. ANÁLISE E PROJETOS

1.1 Fundamentação TeóricaA indústria de software nas últimas décadas tem tido um papel

indispensável no desenvolvimento tanto no aspecto industrial quanto no aspecto comercial. Assim, os métodos, procedimentos e ferramentas utilizadas para o desenvolvimento de sistemas computadorizados estão continuamente em desenvolvimento exigindo do profissional constante atualização. A Engenharia de Software hoje é reconhecida e tem sido tema de debates e estudos conscientes na formação profissional dos desenvolvedores de software que buscam através de uma abordagem mais disciplinada a qualidade exigida pelo mercado.

É, portanto, de suma importância fundamentar o educando para a utilização dos métodos e ferramentas que o mercado dispõe tanto na análise como na implementação do projeto, mostrando através de um estudo de caso a evolução das etapas do desenvolvimento e a implicação de cada uma na qualidade do produto final.

1.2 Objetivos GeralA disciplina - Análise e Projetos - tem como objetivo geral fornecer

subsídios teórico-práticos necessários ao levantamento de dados, análise e projeto de um sistema computadorizado, apresentando métodos e técnicas mais atuais ensinados no mundo acadêmico e empregados no mercado, relacionados à análise e ao projeto de sistemas computadorizados, contribuindo assim, para a formação de um profissional preparado para entender a realidade social, econômica, política e cultural do mundo do trabalho e atuar de forma ética como sujeito histórico.

Específicos• Reconhecer e interpretar um sistema de informação passível de ser

informatizado; • Identificar as fases da concepção de projetos;• Reconhecer a influência do hardware e software para o desenvolvimento

de um projeto; • Identificar o comportamento da informação na empresa e a importância

da criação de uma estrutura lógica para modelar essa informação;• Identificar a evolução da vida de um sistema; • Identificar os procedimentos operacionais que podem ser sistematizados;• Reconhecer a importância das técnicas utilizadas para as entrevistas no

levantamento das necessidades dos usuários;

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• Identificar os requisitos básicos para a elaboração de projetos consistentes;

• Entender o processo da análise estruturada;• Entender como se desenvolve e monta um organograma e os diagramas

de Entidade e Relacionamento (DER), o diagrama de Fluxo de Dados (DFD), Dicionário de Dados (DD) e especificação de processos;

• Identificar os requisitos básicos para a elaboração de projetos consistentes;

• Reconhecer a importância da documentação do projeto; • Desenvolver um sistema Computadorizado e sua documentação;• Entender o processo de análise Orientada a Objeto.

1.3 Conteúdos 2º Semestre

• Conceitos fundamentais: Sistemas, Software, Engenharia de Software, Análise de Sistema;

• Fases da concepção de projetos;• Influência dos sistemas de hardware e de software na fase de

desenvolvimento;• Ciclo de vida de sistemas;• Estudo do sistema de informação de uma empresa: conceitos e

fundamentos de desenvolvimento estruturado de sistemas de informações;

• Procedimentos operacionais passíveis de sistematização;• Estratégias de especificação de requisitos;• Técnicas de entrevistas e levantamento das necessidades;• Requisitos para a elaboração de projetos consistentes; • Especificação e documentação; • Apresentação do pré-projeto.

3º Semestre• Técnicas de montagem de proposta e avaliação da proposta de

informatização;• Ferramentas para o desenvolvimento de projetos;• Conceitos e desenvolvimento de organogramas e diagramas: DFD, DER e

DD;• Especificação de processos;• Objetivo e importância dos relatórios de sistema; • Relatórios do sistema;• Apresentação de projeto final;• Análise Orientada a Objeos.

1.4 MetodologiaDentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos

processos de desenvolvimento de software é o ponto de partida para o aprendizado. Abordar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento

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humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina de Análise e Projetos e sua aplicação para a melhoria da qualidade do software.

Através de um estudo de caso: da escolha do tema até a elaboração do software, o aluno tem a oportunidade de defrontar-se com os problemas que surgem durante a análise do caso, passa pelas escolhas que tem que fazer para desenvolver o projeto do software que irá atender as especificações dos requisitos dos usuários até a implementação do projeto e elaboração de sua documentação. Assim, ao mesmo tempo que tem um problema real para resolver, o aluno constrói seu saber ao tomar conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que deve utilizar na solução de seu trabalho. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O que se propõe é que o professor adote não uma, mas várias condutas: ora a conduta de orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; ora, que adote a conduta de provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; e, ainda, que adote a conduta de expositor de um conhecimento, já formalizado e sistematizado, isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

1.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da

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intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além dos trabalhos efetuados durante o desenvolvimento do produto final como: discussões, debates, conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação da participação ativa de cada um nas soluções encontradas em cada etapa do desenvolvimento do sistema.

1.6 BibliografiaBALLESTERO Alvarez, Maria Esmeralda. Organização, Sistemas e Métodos. São Paulo: McGraw-Hill, 1990.BERTALANFFY, Ludwing Von. Teoria Geral de Sistemas. Petrópolis: Vozes, 1977.CIENFUEGOS, F; VAITSMAN, D. Análise Instrumental. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2000.CORREIA, C.H. & TAFNER, M.A. Análise Orientada a Objeto DEMARCO, Tom. Análise Estruturada e Especificação de Sistemas. Rio de Janeiro: Campus, 1989.DAVID. W.S. Análise e projeto de sistema uma abordagem estruturada. Rio de Janeiro: LTC,1994.DAVIS, William S. Análise e Projeto de Sistemas: Uma Abordagem Estruturada. Rio de Janeiro: LTCFELICIANO Neto, at all. Engenharia da Informação. 2ª Ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1988.GANE, Chris & Sarson Trish. Análise Estruturada de Sistemas. 12ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1983.GUSTAFSON, David. Teoria e problemas de engenharia de software. Porto Alegre: Bookman, 2003.MARTIN, James. Princípios de Análise e Projeto Baseados em Objetos. Rio de Janeiro: Campus, 1994MCMENAMIN, Stephen M. & Palmer, John F. Análise Essencial de Sistemas. São Paulo: McGraw-Hill, 1991.PRESSMN, Roger S. Engenharia de Software. São Paulo: Makron Books, 1995.POMPILHO, S. Análise Essencial. Rio de Janeiro: Infobook, 1995.YOURDON, Edward. Análise Estruturada Moderna. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

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2. BANCO DE DADOS

2.1 Fundamentação TeóricaA informática está presente em todas as atividades do mundo moderno

como parte essencial ou como ferramenta de auxilio ao desenvolvimento mais dinâmico e seguro das tarefas pertinentes a estas.

Dentro das ferramentas mais utilizadas no mercado, temos os sistemas de bancos de dados comerciais baseados no armazenamento de grandes quantidades de dados que até então eram registrados em enormes quantidades de documentos que tinham que ser armazenados com o maior cuidado possível, pois eram documentos que continham todo o histórico de tudo que acontecia durante muitos anos de atividade das mesmas e tinham alto.

Tais sistemas se baseiam na idéia de que estes dados tem que ser consistentes, organizados, de fácil acesso e capazes de fornecer informações de controle, planejamento e estatística dentro do contexto a que se destina.

Os chamados bancos de dados são os responsáveis diretos pela organização de todo conteúdo armazenável de importância financeira, histórica ou simples coleções de dados quaisquer de uma pessoa, empresa ou instituição. A agilidade ao acesso rápido e completo a dados através de relatórios customizados ou formulários em tela, permite melhores tomadas de decisões e cruzamento de informações faz dos sistemas atuais, ferramentas fundamentais nas empresas do mundo atual que dependem de agilidade nas informações além dos valores já existentes de outras épocas.

2.2 ObjetivosGeral: Compreender quais os motivos de se planejar, modelar e criar um

banco de dados, assim como a finalidade que o mesmo terá quando concluído, e quais os aspectos que terão que ser observados em termos de plataforma (sistema operacional) a utilizar, capacidade computacional do local onde será utilizado o sistema e grau de necessidade de facilidade da interface do sistema visando o grau de conhecimento médio das pessoas que utilizarão o mesmo no dia a dia.

Específicos• Captar a necessidade de se criar um banco de dados para algum fim, e em

quais sentidos essa ferramenta melhora o processo para o qual se destina;• Compreender o processo e os passos de criação de um banco de dados

eficiente, assim como as técnicas utilizadas e mais eficazes no seu desenvolvimento;

• Compreender a forma de implementação de um banco de dados na prática visando o mercado de trabalho e as situações corriqueiras da rotina de um profissional da área;

• Perceber a interdisciplinariedade e o grau de influência desta com relação as demais disciplinas do curso e de que maneira a má compreensão dos assuntos desta pode prejudicar todo o andamento do curso.

2.3 Conteúdos2º Semestre

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• Conceito e características do banco de dados;• Necessidade de se criar um banco de dados;• Tipos de bancos de dados que podem ser criados para cada necessidade

específica do mercado;• Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados;• Coleta de listas de tipos de dados que serão utilizados em cada banco de

dados a ser desenvolvido;• Normalização de Dados, conceitos, funcionalidades e processos;• Modelo de Dados, conceitos, objetivos e relacionamentos: Organização

dos dados em campos e tabelas para desenvolvimento de um banco de dados;

• Definição de relacionamentos entre tabelas;• Modelo Entidade-Relacionamento;• Linguagem de manipulação tradicional de banco de dados SQL para

consultas e manipulação dos dados;• Criação de um banco de dados exemplo com formulários, consultas e

relatórios em laboratório.

2.4 MetodologiaBaseando-se na ideia de que todo o conteúdo da disciplina é altamente

voltado ao mercado de trabalho e tem uma grande fatia de participação no mesmo, é importante que se busque formas de que o conteúdo seja compreendido e realmente aproveitado.

O trabalho de todos os temas em sala de aula, é de suma importância, visto que é base para todo o curso e indispensável para o aproveitamento nas demais disciplinas.

Estudos de casos reais são trabalhados em sala para que se tenha uma visão mais próxima do que será encontrado no futuro e também para que o conteúdo visto tenha o mínimo de diferenças do que espera deste futuro profissional em uma empresa.

2.5 AvaliaçãoTodo conhecimento exposto em sala de aula é passível de avaliação e pode

ser mensurado seguindo o permitido pelo regimento escolar e dentro da carga horária total da disciplina para verificação do grau de aprendizado atingido.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

2.6 BibliografiaDATE, C.J. Introdução a Sistemas de Banco de Dados. Campus.ELMASRI, Ramez E., NAVATHE, Shsmksnt. Sistema de Banco de Dados. 4ª ed. Pearson/ Pretice Hall.HEUSER, C. Projeto de Banco de Dados. Porto Alegre: Sagra Luzzato, 2000.MONTEIRO. E. Projeto de Sistemas Banco de Dados. Brasport, 2004.

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SETZER, V.W. Banco de Dados: Conceitos, Modelos, Gerenciadores, Projeto lógico e físico. São Paulo: Edgard Blücher, 1989

3. FUNDAMENTOS DO TRABALHO

3.1 Fundamentação TeóricaNa atualidade a busca pela excelência e aumento da produtividade muitas

vezes coloca o trabalho de forma desumana e desprovido de garantias essenciais para a sobrevivência.

Assim, o trabalho deve ser visto como instrumentalizador da dignidade e da pessoa humana. Nessa perspectiva o homem deve ser considerado um parceiro necessário ao desenvolvimento do mercado e não apenas um fator de produção. Não se pode esquecer que a ordem econômica tem uma função social a cumprir no tocante a dignidade da pessoa humana de forma a assegurar a todos os direitos sociais básicos.

Assim, o trabalho deve ser visto, conforme prega Saviani, como princípio educativo em três sentidos: ontológico, histórico e econômico. Ontológico, quando o educando compreende o processo histórico do desenvolvimento de toda a produção científica e tecnológica, liga cada inovação ao contexto social do momento em que surgiu e percebe que esse conhecimento foi apropriado socialmente e que contribuiu para transformar a realidade social, e, por se tratar de um processo, está em constante desenvolvimento. Histórico, no momento em que se relaciona o conhecimento com o processo de trabalho, mostrando que o saber é a base para integrar o educando numa sociedade produtiva. Econômico, no momento em que se oferece ao educando uma formação específica para o trabalho que o qualifica como força produtiva.

Vale ressaltar que não se pode separar o conhecimento científico do contexto em que foi elaborado, assim como não se pode negar a influência do trabalho como forma de alavancar a evolução científica e tecnológica. Assim, a formação profissional não pode ser considerada apenas para atender o mercado de trabalho momentâneo, mas sim, preparar o educando para a realidade, fundamentar seu conhecimento com bases científicas, ao mesmo tempo em que se faz a relação entre o seu mundo com o sistema educacional, sistema político, sistema econômico, ou seja, que ele tenha noção da totalidade para poder agir com ética na transformação da sua realidade social.

É, portanto, de suma importância fundamentar o educando para que ele entenda as transformações no mundo do trabalho: tecnologias, globalização, qualificação do trabalho e principalmente a necessidade da qualificação profissional do trabalhador, de modo que ele veja o trabalho como realização da humanidade, o trabalho como produtor da sobrevivência e da cultura, assim como cada um consiga atingir sua emancipação e se tornar um cidadão com conhecimento científico e profissional suficiente e capacidade para fazer uso desse conhecimento em intervenções conscientes na realidade social, tendo consciência de que faz parte de um processo histórico.

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3.2 Objetivos Geral: A disciplina Fundamentos do Trabalho tem como objetivo geral

proporcionar o conhecimento histórico da evolução do processo produtivo tendo como pressuposto o trabalho da humanidade para a transformação não só da natureza, mas também das transformações das relações sociais, contribuindo assim, para a formação de um profissional preparado para entender a realidade social, econômica, política e cultural do mundo do trabalho e atuar de forma ética como sujeito histórico.

Específicos• Entender historicamente o trabalho como parte do processo produtivo; • Conhecer e avaliar o impacto das novas tecnologias produtivas no mundo

do trabalho;• Entender o processo de qualificação do trabalho e do trabalhador na

perspectiva do mercado do trabalho; • Conhecer o efeito da globalização no mundo do trabalho;• Entender o processo de alienação que pode acontecer no mundo do

trabalho ou no processo produtivo.

3.4 Conteúdos 3º Semestre

• Dimensões do trabalho humano;• Perspectiva histórica do mundo do trabalho;• Trabalho como mercadoria: processo de alienação;• Emprego, desemprego e sub-emprego;• Processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalha;• Impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo do

trabalho;• Qualificação do trabalho e do trabalhador;• Perspectivas de inclusão do trabalhador na nova dinâmica do trabalho.

3.5 MetodologiaA história da evolução dos processos de produção é o ponto de partida para

o aprendizado. Assim, abordagem da história do homem mostrando os conceitos e as relações de trabalho, ciência e cultura e o contexto em que esses conhecimentos foram elaborados é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina e sua aplicação para que cada um seja um cidadão com conhecimento científico suficiente e capacidade para fazer uso desse conhecimento e intervenções conscientes na realidade social.

Através da leitura de textos, pesquisas na Internet, trabalhos em grupo, discussões, debates, desenvolvimento de seminários e estudos de casos, o aluno tem a oportunidade de defrontar-se com problemas e são levados a encontrar soluções adequadas para cada um ao tomar conhecimento da teoria que suporta tais soluções, construindo dessa forma seu saber. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

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Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O que se propõe é que o professor adote não uma, mas várias condutas: ora a conduta de orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; ora, que adote a conduta de provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; e, ainda, que adote a conduta de expositor de um conhecimento, já formalizado e sistematizado, isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

3.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

3.6 BibliografiaAGUIAR, Maria Aparecida Ferreira de. Psicologia aplicada à administração: teoria crítica e a questão ética nas organizações. São Paulo: Excellus, 1992.ARANHA, M.L.A. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.DURKHEIM, E. Educação e Sociologia. 6 ed. Trad. Lourenço Filho. São Paulo: Melhoramentos, 1995.FERRETTI, C elso e SILVA, João R. Trabalho,Cultura, Qualificação Profissional e Formação. Mimeo. 2000.

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FRIGOTTO, Galdêncio (org). Educação e Crise do Trabalho: perspectivas de final de século. Petrópolis: Vozes. 1998.GARCIA, Sandra R. O fio da história: a gênese da formação profissional no Brasil. Texto Encomendado pelo GT Trabalho e Educação, 27ª Reunião da ANPED. Caxambu, 2004.GARCIA, Sandra R. A política de integração da Educação Profissional ao Ensino Médio. In: O ensino médio integrado à educação profissional: concepções a partir da implantação na Rede Pública Estadual do Paraná. Curitiba, SEED/PR, 2008.SAVIANI, Dermeval. Trabalho e Educação: Fundamentos Ontológicos e Históricos. Trabalho encomendado pelo GT Trabalho e Educação apresentado na 29ª Reunião da ANPED, Caxambu, 2006. SAVIANI, Dermeval. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. Campinas: Autores Associados, 1997.

4. FUNDAMENTOS E ARQUITETURA DE COMPUTADORES

4.1 Fundamentação TeóricaA partir do surgimento dos computadores, em 1946, pode-se dizer que há

suporte técnico para uma nova cultura: a cultura digital. Raros são os produtos tecnológicos que evoluíram tão rapidamente quanto os computadores digitais. Os primeiros computadores utilizavam válvulas, requeriam enormes quantidades de energia e instalações de refrigeração. Os computadores atuais são feitos com poucos componentes integrados, consomem pouca energia e teoricamente dispensam o uso de refrigeração. Além dessas evoluções apresentam também: velocidade de processamento, grande capacidade de processamento e armazenamento de informações, diversidade de sua utilização, queda dos preços no mercado e conseqüente disseminação entre os mais diferentes tipos de usuários.

Paralelamente à evolução da tecnologia de suporte, os sistemas se software estão se tornando cada vez mais complexos. A tendência da interligação entre computadores, entre sistemas de várias procedências, entre computadores de empresas diferentes que suportam ações em tempo real é uma realidade a que o profissional da informática precisa estar preparado.

Assim, é importante fundamentar o educando para que tenha conhecimento sobre os princípios que regem a computação relativa à organização e arquitetura de computadores, ressaltando a interdisciplinaridade com sistemas operacionais, redes de computadores e suporte técnico. Objetivos

Geral: A disciplina - Fundamentos e Arquitetura de Computadores - tem como objetivo geral levar conhecimentos teóricos e práticos sobre os elementos físicos do computador, mostrando a relação lógica digital desses componentes com o processamento, a programação, a análise de sistemas e o armazenamento das informações, bem como a importância destes conhecimentos, o que contribui para a formação de um profissional preparado para entender a realidade social, econômica, política e cultural do mundo do trabalho e atuar de forma ética como sujeito histórico.

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Específicos:• Identificar os elementos básicos de informática;• Reconhecer a evolução histórica dos computadores e a tecnologia

envolvida; • Conhecer como os dados e informações trafegam no computador;• Identificar os Sistemas Numéricos e suas conversões;• Ter uma idéia da lógica digital e como são implementados os chip´s; • Identificar os componentes do hardware e entender o funcionamento de

cada um deles;• Identificar os dispositivos de Entrada e saída a tecnologia utilizada e o

funcionamento de cada um deles;• Reconhecer os diversos tipos de armazenamento e a tecnologia que

envolve cada um deles;• Identificar os tipos de computadores e a tecnologia de cada um deles;• Entender o funcionamento das unidades de controle e processamento nos

modelos de sistemas digitais;• Relacionar o processamento de uma informação com a organização da

memória;• Identificar os diversos tipos de processamento e o desempenho de cada

tecnologia.

4.3 Conteúdos 1º Semestre

• Conceitos elementares de Informática;• Histórico e evolução dos computadores;• Conceitos básicos de Hardware e Software;• Tipos de sistemas e linguagens;• Entrada / processamento / saída;• Representação de dados (bit/bytes);• Representação: Sistemas Numéricos;• Lógica digital; • Dispositivos de Entrada e Saída;• Tipos de armazenamento;• Classificação de computadores;• Modelos de sistemas digitais: Unidades de Controle e processamento; • Conceitos básicos de arquitetura: endereçamento, tipo de dados, conjunto

de instruções e interrupções;• Organização de memória;• Processamento paralelo;• Multiprocessadores;• Desempenho de arquiteturas.

4.4 MetodologiaDentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução dos

computadores e a tecnologia em cada época é o ponto de partida para o aprendizado. Abordar a evolução dos computadores no contexto histórico do

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desenvolvimento das tecnologias é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina de Fundamentos e Arquitetura de Computadores e sua aplicação tanto no cotidiano do aluno como na sua utilização durante o curso e para sua vida profissional.

Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, pesquisando sobre a tecnologia abordada, debatendo em aula de forma ativa e crítica, relacionando cada tema estudado com a prática na sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O que se propõe é que o professor adote não uma, mas várias condutas: ora a conduta de orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; ora, que adote a conduta de provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; e, ainda, que adote a conduta de expositor de um conhecimento, já formalizado e sistematizado, isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo do professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

4.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e, os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico

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contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

4.6 BibliografiaCARIBE, Roberto e CARIBE, Carlos. Introdução à Computação. São Paulo: FTD, 1996.FREITAS, Henrique M.R. A Informação como ferramenta gerencial. São Paulo: Ortiz.GREG, A.S e GALVN, G.P.B. Fundamentos de Sistemas Operacionais. Rio de Janeiro: LTD. JOHNSON,J.A. & CAPRON,H.L. Introdução à Informática. 8a Edição, São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2004. MANZONO, J.G. Open Office.org, versão 1.1:guia de aplicação.1a Ed. São Paulo: Érica, 2003.MARCULA, M. Informática: Conceitos e Aplicações.Curitiba: Érica, 2003.MATTOS, Antônio Carlos M. Sistemas de Informação: uma visão executiva. São Paulo: Saraiva, 2005.MEIRELLES, Fernando de Souza. Informática: novas aplicações com microprocessadores. São Paulo: Makron Books, 1994.MONTEIRO, Mário A. Introdução à Organização de Computadores. Rio de Janeiro: LTC, 1995.NORTON, Peter. Desvendando o PC. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

TANENBAUM, Adrew S. Organização Estruturada de Computadores. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1992.TAUB, Herbert. Circuitos Digitais e Microprocessadores. São Paulo: McGraw-Hill, 1984. WHITE, Ron. Como funciona o computador III. São Paulo: Editora Quark, 1997.

5. INFORMÁTICA INSTRUMENTAL

5.1 Fundamentação TeóricaOs computadores de certa forma fazem parte do cotidiano da grande

maioria das pessoas. Não se pode negar a presença da tecnologia em todos os contextos: na educação, comércio, indústria, saúde, nas comunicações em geral, nas artes, na agricultura entre outros. Isto porque o computador pode proporcionar confiabilidade, velocidade, capacidade de armazenamento da informação assegurando maior produtividade no trabalho e praticidade na vida pessoal além da eficiência na comunicação.

É importante ressaltar que a tecnologia está se tornando imprescindível em nossa vida cotidiana, seja no trabalho, na escola ou até em casa. Assim, é importante fundamentar o educando para que tenha um conhecimento em informática, o que abrange a consciência da sua importância, o funcionamento básico dos computadores e a familiaridade na interação com eles. Saber

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conviver com as novas tecnologias, tirando proveito sem se tornar escravo delas, será tão importante quanto aprender a ler ou escrever.

Os usuários de computadores, sejam domésticos ou comerciais, em sua maioria são atraídos por softwares orientados para tarefa, os softwares de produtividade, que tornam sua vida mais prática uma vez que facilitam e agilizam seu trabalho. É, portanto, de suma importância fundamentar o aluno para a utilização desses softwares que o mercado dispõe, mostrando também sua utilização dentro do contexto das várias disciplinas do curso.

5.2 ObjetivosGeral: A disciplina Informática Instrumental tem como Objetivo Geral

oferecer um conjunto de experiências teóricas-práticas na área de informática com a finalidade de consolidar o conhecimento e contribuir para a formação de um profissional preparado para entender a realidade social, econômica, política e cultural do mundo do trabalho e atuar de forma ética como sujeito histórico.

Específicos• Entender os componentes que envolvem o conhecimento de informática;• Identificar as três características fundamentais dos computadores;• Entender o conceito de um sistema computacional;• Reconhecer cada elemento que compõe um sistema computacional;• Identificar os componentes do computador ligando-os às tarefas que

executam;• Identificar o papel de software,• Distinguir um software aplicativo de um sistema operacional;• Identificar os tipos de software orientados para tarefas;• Reconhecer os tipos de software que estão disponíveis tanto para grandes

como para pequenos negócios;• Discutir questões éticas relacionadas com os softwares;• Entender as funções de cada um dos vários profissionais de informática;• Descrever as funções de um Sistema Operacional;• Entender os fundamentos do sistema operacional de um computador;• Identificar as vantagens de um sistema operacional gráfico;• Articular a disciplina com as demais disciplinas do curso;• Entender como o SO gerencia as pastas e arquivos nos diferentes

sistemas operacionais;• Entrar num processador de texto e identificar suas principais ferramentas;• Elaborar um projeto de pesquisa nas normas da ABNT usando a internet

como fonte de pesquisa; • Entrar numa Planilha de Cálculo identificar suas principais ferramentas;• Elaborar planilhas de cálculo;• Elaboração de gráficos a partir de tabelas de dados;• Entrar num programa de apresentação eletrônica e identificar suas

principais ferramentas;• Elaborar uma apresentação sobre o tema do projeto e apresentar para a

classe.

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5.3 Conteúdos 1º Semestre

• Conhecimento de Informática;• Natureza dos computadores;• Conceito de Sistema;• Sistema Computacional;• Elementos que compõem o Hardware;• Tipos de hardware;• Tipos de software;• SO / Aplicativos / comercial / freware / Domínio público / aberto /

shareware / licença local / provedor de aplicativos / Tecnologia da Informação (TI);

• Profissionais de Informática e a função de cada um;• Introdução ao Sistema Operacional; • Noções de digitação;• Manipulação de arquivos e pastas;• Manipulação do pen drivers, CD, DVD, disquetes;• Processador de Texto:• criação/formatação e impressão de textos/tabelas;• uso de revisores ortográficos e gramaticais;• mala direta;• Planilha eletrônica: • lista de preços – orçamentos – demonstrativos;• uso das principais funções de uma planilha de cálculo;• gráficos;• Uso de programa de apresentação: • elaboração de apresentações e seminários

5.4 MetodologiaDentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da evolução do

uso das tecnologias e o desenvolvimento do processo da comunicação é o ponto de partida para o aprendizado. Abordar a evolução da disciplina no contexto histórico do desenvolvimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a importância do estudo da disciplina de Informática Instrumental e sua aplicação tanto no cotidiano do aluno como na sua utilização durante o curso e para sua vida profissional.

Através de um estudo de caso: da escolha do tema até a elaboração de um projeto de pesquisa culminando com sua apresentação para a sala, o aluno tem a oportunidade de enfrentar os mais diferentes problemas que são resolvidos um a um dentro da cada especificidade. Assim, ao mesmo tempo em que tem um problema real para resolver, o aluno constrói seu saber ao tomar conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que deve utilizar para a solução de seu trabalho. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

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Os conteúdos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O que se propõe é que o professor adote não uma, mas várias condutas: ora a conduta de orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; ora, que adote a conduta de provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; e, ainda, que adote a conduta de expositor de um conhecimento, já formalizado e sistematizado, isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

Deve ser objetivo de o professor tirar o aluno do senso comum explicando a ele aspectos concretos de conceitos simples, já de seu conhecimento. Deve também fazer com que o aluno debata estes pontos em aula, compartilhando com todos os colegas experiências e exemplos, abstraindo novos conceitos que possam incrementar seu saber. Em momentos sucessivos cabe ao professor sugerir e mostrar inter-relações possíveis e despertar novas problematizações. Esse processo não é mecânico e deve ser conduzido com prudência e seu bom êxito depende exclusivamente do ambiente da sala, do interesse da classe pelo assunto, da simpatia que o professor desperta nos alunos e, principalmente, do domínio que ele tem sobre o assunto.

5.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das atividades efetuadas durante o desenvolvimento do produto final como: discussões, conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação da participação ativa de cada um nas

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soluções encontradas em cada etapa do desenvolvimento do trabalho de pesquisa e sua exposição para a sala em forma de seminário.

5.6 BibliografiaAPOSTILA OpenOffice 2.0APOSTILA de Power Point 97. Microlins. Editora Raízes, 2002.CARIBE, Roberto e CARIBE, Carlos. Introdução à Computação. São Paulo: FTD, 1996.JOHNSON,J.A. & CAPRON,H.L. Introdução à Informática. 8a Edição, São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2004. MANZANO, André Luiz & MANZANO, Maria Izabel. Estudo Dirigido Microsoft Office Excel 2003. São Paulo: Érica, 2004.MANZANO, André Luiz. Estudo Dirigido Microsoft Word 2003. São Paulo: Érica, 2004.MANZONO, J.G. Open Office.org, versão 1.1:guia de aplicação.1a Ed. São Paulo: Érica, 2003.SAWAYA, Márcia Regina. Dicionário de Informática e Internet. Inglês/Português. Editora Nobel.

6. INGLÊS TECNICO

6.1 Fundamentação TeóricaA globalização está presente no mundo atual e é uma tendência natural

que um idioma seja utilizado em todas as atividades que envolvam povos de países e culturas diversas do mundo todo. Com isto, surge a necessidade de que uma língua seja eleita como padrão, como já é sabido, tal língua é a inglesa.

Na informática, que é de origem americana, não poderia ser diferente nem alheia a tal necessidade. Em função disto, todo material técnico é feito primeiramente em inglês para depois, ser todo traduzido para outros idiomas que sejam do interesse do proprietário da tecnologia.

Mesmo países com grande influência no meio tecnológico como os da Ásia e Europa, o inglês é o idioma padrão para manuais e livros. Saber ler este tipo de material é de grande importância para todos os profissionais da informática e é fundamental o conhecimento básico de vocabulário e gramática juntamente com termos técnicos da área.

6.2 Objetivos Geral: Compreender textos técnicos em manuais de equipamentos

adquiridos onde normalmente o idioma é o inglês faz parte do cotidiano de qualquer profissional. Tal conhecimento é fundamental para que decisões sejam tomadas com base em documentos, e não apenas em decisões intuitivas ou por experiências semelhantes em situações anteriores semelhantes.

Específicos:• Conhecer um vocabulário mínimo necessário de palavras da língua inglesa

suficientes na leitura de frases sendo necessário em poucos casos, a consulta de dicionários ou outros materiais de apoio;

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• Compreender os mecanismos para interpretar um texto em um idioma distinto do nativo, da mesma forma como o faria com um texto em português;

• Formar um dicionário de termos de informática comuns com seus significados além da correta pronúncia e escrita;

• Ter noções de gramática e sua correta utilização na elaboração de frases.

6.3 Conteúdos1º Semestre

• Regras gramaticais mais comuns: verbos e tempos verbais, gênero, número;

• Leitura e compreensão de textos em inglês da área da Informática;• Vocabulário de termos de hardware e software;• Utilização de dicionário e manuais técnicos de informática.

6.4 MetodologiaO uso de textos para interpretação baseados na área de informática como

reportagens e manuais, é parte essencial do aprendizado da disciplina e desenvolve a capacidade de interpretação, vocabulário e gramática.

Estudos de textos reais são trabalhados em sala para que se tenha uma visão mais próxima do que será encontrado no futuro de modo a familiarizar o educando com língua inglesa para facilitar sua vida profissional.

Traduções e resumos de textos auxiliam a absorção dos conteúdos e o desenvolvimento da capacidade de criação e adaptação, necessários para o melhor aproveitamento na disciplina.

6.5 AvaliaçãoTodo conhecimento exposto em sala de aula é passível de avaliação e pode

ser mensurado seguindo o permitido pelo regimento escolar e dentro da carga horária total da disciplina para verificação do grau de aprendizado atingido.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

6.6 BibliografiaBOHN, H.I. Maneiras inovadoras de ensinar e aprender: A necessidade dedes(re)construção de conceitos. In: O professor de Línguas Estrangeiras. Construindo a profissão. Pelotas: Educat, 2001.CELANI, M.A.A. As línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos currículos da escola pública. São Paulo: Claritas,1994.JORDÃO, C.M. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba: mimeo, 2004.STEVES,C.M.T., CUNHA,M.J.C. (org). Caminhos e Colheita: ensino e pesquisa na área do ensino de inglês no Brasil. Ed. Universidade de Brasília, 2003.

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7. INTERNET E PROGRAMAÇÃO WEB

7.1 Fundamentação TeóricaA popularidade das aplicações WEB está em expansão, as empresas e

governos descobriram um modo de atingir o maior número possível de pessoas para oferecer seus produtos e serviços. Com isto, este tipo de aplicação torna-se cada vez mais complexa exigindo metodologias mais adequadas e implementações mais eficazes.

A WWW, ou popularmente conhecida como Internet vem causando há anos uma mudança na reorganização dos hábitos de socialização das pessoas e fator modificador das relações sociais dos indivíduos que nela estão inseridas. Estamos sendo testemunha do surgimento de um novo meio de comunicação, o mais completo já concebido pela tecnologia humana.

Nessa magnitude, a Internet, através da comunicação mediada por computador, proporcionou a extensão de várias capacidades naturais. Não apenas podemos ver as coisas que nossos olhos naturalmente não vêem. Podemos interagir com elas, tocá-las em sua realidade virtual, construir nosso próprio raciocínio não linear em cima da informação, ouvir aquilo que desejamos, conversar com quem não conhecemos. Fundamentalmente, podemos interagir com o que quisermos.

7.2 Objetivos Geral: Proporcionar conhecimentos teórico/prático em Programação para

Web fornecendo conhecimentos básicos nas linguagens de programação existentes no mercado.

Específicos:• Ensinar os fundamentos da Web.• Conhecer as meta-tags avançadas• Conhecer características das linguagens de programação• Programar utilizando comandos básicos das linguagens de programação• Principais critérios de Usabilidade

7.3 ConteúdosEMENTA: Histórico, Evolução e Serviços de Internet. Segurança;

Ferramentas, Projetos (Design) e Desenvolvimento de Páginas Estáticas e Dinâmicas.

1° Semestre• Histórico;• A comunicação na Internet.;• Tipos de conexão, banda estreita e banda larga;• Protocolos da Internet (família TCP/IP e www);• Navegadores;• Mecanismo de busca;• Correio eletrônico;• Fórum de discussão;• Layout, desenvolvimento e design;

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• Criação de páginas estáticas com HTML• Criação e manipulação imagem• Criação de botões

2° Semestre:• Linguagem para desenvolvimento de aplicações WEB;• Linguagem de programação PHP• Comandos de E/S• Estrutura de condição• Estrutura de repetição• Operações básicas• Operadores relacionais• Operadores de atribuição• Vetores• Armazenamento em arquivo texto• Organização de páginas estáticas e dinâmicas;

3° Semestre:• Servidor de base de dados;• Mysql • Ferramentas de acesso à base de dados;• Phpmyadmin• Segurança do usuário e proteção de dados;• Estilos de páginas.• Css inline• Css incorporado• Css externo

7.4 MetodologiaA metodologia usada pelo professor será exercícios que desenvolvam

raciocínio lógico, e despertar no aluno a criatividade em designer gráfico, mostrando a usabilidade de cada caso, fazendo assim estudo de caso proposto pelo aluno com o objetivo de criar a aplicação WEB de acordo com a realidade do mercado. Questionamentos, resoluções de problema e o fato motivador para desenvolvimento e resolução da aplicação WEB.

7.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e, os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e

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possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos práticos e seminários,auto-avaliação e principalmente a observação.

7.6 BibliografiaALMEIDA Marcus Garcia de, ROSA Pricila Cristina. Internet, Intranet e Redes Corporativas. Editora Brasport.ASCENCIO Ana Fernanda Gomes, CAMPOS Edilene Aparecida Veneruchi. Fundamentos da programação de computadores – Algoritimo, Pascal, C/C++ e Java. Editora Pearson/Prentice Hall.BABIN Lee. AJAX COM PHP: do iniciante ao profissional. Alta Books.DEITEL, Harvey M. & Deitel, Paul J.. Java: como Programar. Prentice – Hall.JANOTA Dauton, TULLIO Bruno &. FLASH 8: OOP E PHP 5. Editora Axcel.MELO Alexandre Altair de, NASCIMENTO Mauricio G. F. PHP Profissional Aprenda a Desenvolver Sistemas Profissionais Orientados a Objetos com Padrões de Projeto. Novatec.NOGUEIRA Hugo. Flash 8 com administração remota em PHP e MySQL. Ciência Moderna.PUGA, Sandra, RISSETTI, Gerson. Lógica de Programação e Estrutura de Dados: Com Aplicações Em Java. Editora Pearson Prentice Hall.SETZER, Valdemar W. Fábio KON; Introdução à rede Internet e seu uso, São Paulo; ed Edgard Blucher.TONSON Laura, WELLING Luke. Php e Mysql: Desenvolvimento da Web. Campus.TORRES, G. Redes de Computadores – Curso Completo. Axcel. 2001.

8. LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO

8.1 Fundamentação TeóricaUma forma de explicar as linguagens de programação, é quanto ao seu

nível de aproximação à linguagem humana. Nos primórdios dos computadores, as linguagens eram consideradas de

muito baixo nível. Estas linguagens são caracterizadas por serem elaboradas com base nos 0 e 1 (sistema binário), sendo praticamente impossível a uma pessoa que não tivesse criado a máquina, programá-la. A este tipo de linguagens de programação, dá-se o nome linguagem de máquina.

Devido à fraca, mas crescente, procura deste tipo de máquinas, desenvolveu-se um conjunto de linguagens de programação que ficaram como linguagens de baixo nível. Estas linguagens permitiam que um grupo de pessoas pudessem programar um computador e de seguida passar esse programa para outras máquinas.

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Com o aparecimento cada vez mais crescente uso dos computadores no mercado, existiu a necessidade de criar cada vez mais linguagens de programação que se afastem da máquina e se aproximem da linguagem humana. Desta forma apareceram as linguagens de alto nível.

Apos essa evolução a informática avançou muito rapidamente devido ao uso da linguagem não ficar mais restrista as empresas que desenvolviam computadores. Com isso ocorreu o surgimento de empresas especializadas em criar programas para todo tipo de finalidade baseadas nessas linguagens de programação de alto nivel.

8.2 ObjetivosGeral: A disciplina Linguagem de Programação tem como objetivo geral

desenvolver no aluno a capacidade lógica para construção de algoritmos para a resolução de problemas, capacitando o aluno para codificar programas, usando as linguagens de programação disponível no mercado. Por ser uma disciplina fundamental o aluno será capaz de: analisar problemas, projetar, implementar e validar soluções computacionais para os mesmos, através do uso de metodologias, técnicas e ferramentas de programação implementando programas de computador em uma linguagem de programação.

Específicos:• Dar ao aluno noções fundamentais sobre o funcionamento de um

computador digital e como resolver problemas usando-o como ferramenta;

• Dar ao aluno noções fundamentais sobre o conceito e uso de linguagens de programação;

• Levar o aluno a apreender as técnicas elementares de construção e de documentação de programas;

• Introduzir o uso de uma linguagem de programação.

8.3 Conteúdos1° Semestre

• Etapa para resolução de um problema via computador; • Conceitos básicos; • Seqüência lógica; • Conceitos de tipos de dados e instruções primitivas; • Operadores matemáticos; • Variáveis e constantes; • Tabela verdade;• Representação e implementação de algoritmos; • Pseudocódigo; • Regras para construção de algoritmos.

2° Semestre• Construção de Algoritmos;• Comandos de entrada e saída; • Estrutura de controle (seqüencial, condicional e repetição); • Teste de mesa; • Implementação de algoritmos;

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• Modelo de programação; • Sintaxe da linguagem de programação; • Elementos de controle; • Operações e propriedades.

3° Semestre• Fase de desenho e fase de execução; • Tipos de controles; • Dados, escopo de variáveis e constantes; • Mecanismos de programação; • Detecção e prevenção de erros de sintaxe; • Erros semânticos; • Organização do código, modularização; • Funções e procedimentos.

8.4 MetodologiaUm algoritmo é a descrição abstrata de todas as ações que deve realizar

um computador, que nos conduz à solução do problema. Devido a essa justificativa a metodologia usada pelo professor será exercícios que desenvolvam raciocínio lógico, estudo de caso proposto pelo aluno com o objetivo de criar software de acordo com a realidade do mercado. Questionamentos, resoluções de problema é o fato motivador para desenvolvimento e resolução do software.

8.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e, os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos práticos que tem como finalidade o desenvolvimento do software.

8.6 BibliografiaFARRER, H. et al. Algoritmos Estruturados. LTC Editora, São Paulo, 1999.FORBELLONE, A.L.V. & EBERSPÄCHER, H.F. Lógica de Programação – A construção de algoritmos e estruturas de dados. Makron Books, São Paulo, 1993.

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KERNIGHAN, B.; RITCHIE, D. A Linguagem de Programação, Campus.LOPES, Anita & GARCIA, Guto. Introdução à Programação 500 Algoritmos Resolvidos. Editora Campus, 2002.MANZANO, Jose Augusto N. G. Algoritmos: lógica para desenvolvimento de programação em computadores. Editora Érica. 2002.SAID, Ricardo. Curso de Lógica de Programação. Digerati/Universo de livros.SALVETTI, D.D. e BARBOSA, L.M. Algoritmos. Makron Books do Brasil, São Paulo, 1998.SENAC. Construção de Algoritmos. Editora Senac.SOUZA, Marco Antonio Furlan de, GOMES Marcos Marques, SOARES Marcio Vieria. Algoritmos e Lógica de Programação. Editora Thomson.XAVIER Gley Fabiano Cardoso. Lógica de Programação. Senac.ZAVIANI. N. Projeto de Algoritmos: Com Implementação em Pascal e C. Thonson. 2005.

9. MATEMÁTICA APLICADA

9.1 Fundamentação TeóricaA matemática surgiu num processo histórico com o desenvolvimento do

homem. Desde sua origem na face da terra e à medida que a população evoluiu, surgiram novos desafios e o homem deparou-se com a necessidade de um meio para contar e quantificar. Isto veio auxiliá-lo na sua sobrevivência para a realização das trocas dentro da sua comunidade social. Assim, gradativamente foram surgindo vários códigos e objetos que representavam as quantidades e a forma com que processavam as informações.

Nesse processo evolutivo, a humanidade foi produzindo e organizando por meio de signos e linguagem própria, conceitos, leis e aplicações matemáticas, que, juntos constituem a matemática como uma Ciência Universal.

Os conhecimentos matemáticos historicamente produzidos como bem cultural da humanidade devem ser transmitidos para as gerações posteriores como instrumentos para a resolução dos problemas e necessidades sociais dentro de cada contexto. Cabe ressaltar que, como a matemática é fruto de um processo, não deve ser vista como uma ciência pronta e acabada. É também a base para todo desenvolvimento tecnológico. Deve, portanto, ser construída e desenvolvida por cada indivíduo, ou seja, deve ser fruto de um processo educacional “pela matemática” em que o aluno vivencia situações que lhe permite através de reflexões e conjeturas acompanhar, entender, construir e desenvolver seu próprio conhecimento participando ativamente das mudanças por que passam a sociedade e as ciências.

A educação escolar exerce uma importante função social na vida do educando. É ela que lhe dá condições para que o sujeito se torne crítico e consciente da importância de seu papel social e exercício de cidadania.

É responsabilidade do professor criar oportunidades específicas para fazer o aluno superar suas dificuldades, através do entendimento dos significados da matemática, embora esta nem sempre seja natural para o aluno, trabalhando com as diferenças, tratando delas e refletindo sobre elas. A matemática por si só pode ser abstrata, porém o educador engajado no processo do ensino da

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matemática deve proporcionar verdadeiro valor educativo à mesma, correlacionando-a com a realidade, valorizando a história da matemática, bem como a sua aplicabilidade na vida real.

9.2 ObjetivosGeral: A disciplina Matemática Aplicada tem como objetivo geral

sistematizar o conhecimento matemático para a formação de um profissional na área de informática com capacidade para desenvolver seu raciocínio lógico e matemático necessário na interpretação dos dados e resultados obtidos utilizando para isso métodos apropriados.

Específicos• Assimilar a idéia de conjunto e subconjuntos;• Conhecer: notações, simbologias, operações e propriedades com

conjuntos;• Reconhecer os conjuntos numéricos, seus subconjuntos, propriedades e

operações.• Efetuar expressões numéricas • Reconhecer e efetuar cálculos de potenciação• Reconhecer uma função do 1º grau;• Resolver problemas envolvendo função do 1º grau;• Compreender a regra de três e suas aplicações;• Entender a importância da porcentagem nos cálculos financeiros;• Resolver problemas usando a regra de três e porcentagens;• Reconhecer e identifica matriz a partir de tabelas• Reconhecer e identifica os tipos de matrizes;• Utilizar a linguagem matricial e as operações com matrizes como

instrumento para interpretar dados, relações e equações.

9.3 Conteúdos1º Semestre

• Conjuntos Numéricos;• Operações Básicas;• Expressões numéricas;• Potenciação;• Equações do Primeiro Grau;• Regra de Três;• Porcentagens;• Matrizes.

9.4 MetodologiaPara levar as idéias-chave de construção de compreensão à prática da sala

de aula não se pretende traçar um único caminho, mas, cada professor deve construí-lo dentro de uma abordagem histórica, da resolução de problemas e do uso da tecnologia nas aplicações matemáticas ajustando-as às necessidades de cada contexto.

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Dentro do conceito de uma abordagem histórica, a história da matemática é o ponto de partida para o aprendizado. Contar a história da disciplina que está sendo estudada e o contexto em que o conteúdo específico foi elaborado como conhecimento humano é uma estratégia para ilustrar as aulas e motivar os alunos a entender a matemática como uma ciência para resolver problemas da humanidade, portanto, um fato social que resulta da colaboração de todos e estritamente ligada às necessidades sociais.

Através da resolução de problemas, o aluno defronta-se com os problemas e, a partir deles vai construindo seu saber estatístico e matemático para resolvê-los e, só depois toma conhecimento da teoria que dá suporte aos procedimentos que utilizou. Esta é a tendência que deve estar presente no ensino da matemática por possibilitar ao aluno a alegria de vencer obstáculos criados por sua própria curiosidade.

O ensino matemático no curso profissionalizante deve ser trabalhado de forma contextualizada, para o aluno aproveitar muito mais as relações existentes entre os conteúdos e seu contexto social ou pessoal dando significado ao que está sendo aprendido visto que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento o que irá ajudar no desenvolvimento da capacidade de relacionar o que é aprendido com a realidade profissional.

Os conteúdos matemáticos não devem ser colocados como produtos acabados e prontos, transmitidos apenas da forma expositiva, reduzindo os alunos a meros expectadores. É necessário que cada um participe da construção do próprio conhecimento, de forma mais ativa e crítica, relacionando cada um com a prática, com o uso em sua vida e em sua profissão. Para tanto, o professor deve permitir que os alunos interajam entre si e aprendam uns com os outros, que sejam participantes em todos os domínios do fenômeno educativo. Simultaneamente, deve haver lugar para uma exploração individual quando tal for sentido necessário. A questão central é que o estudante se torne um participante ativo em vez de um receptor passivo.

O que se propõe é que o professor adote não uma, mas várias condutas: ora a conduta de orientador de determinada atividade em que o discente constrói seu conhecimento a partir do seu raciocínio e conhecimentos anteriores; ora, que adote a conduta de provocador de debates e questões, colocando o aluno em confronto com seus raciocínios e representações verbais ou escritas; e, ainda, que adote a conduta de expositor de um conhecimento, já formalizado e sistematizado, isso, quando a classe já estiver apta a acompanhar o raciocínio e formular seus próprios conceitos.

A educação matemática no ensino profissionalizante não se destina a formar matemáticos, mas pessoas que possuam cultura que lhes permita aplicar o raciocínio matemático nas suas atividades profissionais diárias. Para chegar a isso, o professor deverá propor a execução de projetos de trabalho que utilizem esses conceitos, ou ainda acatar as idéias que dos próprios alunos.

9.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e, os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

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Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

9.6 BibliografiaLONGEN,Adilson. Matemática Ensino Médio. 1a Série, 1a Edição. Curitiba: Positivo. 2004.GOULART, Márcio C. Matemática no Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 1999.MARCONDES,GENTIL e SÉRGIO. Matemática: Série Novo ensino Médio Edição Compacta. São Paulo: Ática, 2003.PAIVA, Manoel. Matemática:Volume Único. São Paulo: Moderna, 2a Ed. 2003.SMOLE, Kátia e DINIZ, Maria Inês. Matemática: Ensino Médio. 1ª Série. São Paulo: Saraiva. 2005.YOUSSEF, Antônio N; SOARES, Elizabeth; FERNANDES, Vicente P. Matemática: Ensino Médio. Volume Único. São Paulo: Scipione, 2005.

10. PRÁTICA DISCURSIVA E LINGUAGEM

10.1 Fundamentação TeóricaEstamos vivenciando mudanças que, nas ultimas décadas vem ocorrendo

com grande velocidade, devido aos resultados dos conhecimentos concretizados em novas tecnologias, exigindo aperfeiçoamento constante. E neste sentido também a linguagem e produções dos discursos, sofrem mudanças de acordo com as novas exigências, pois a linguagem é produto da sociedade.

Assim surgem cada vez mais formas de expressão que fazem parte das tecnologias, e as produções escritas, se por um lado, foram facilitadas pelo acesso a internet, por outro lado, ainda há necessidade de desenvolver habilidades de se enquadrar no aspecto técnico que fazem parte deste contexto que é o mundo do trabalho.

Os jovens, por sua vez necessitam do domínio dessas formas técnicas de produções para estarem mais instrumentados na conquista de oportunidades de trabalho, pois cada produção reflete uma linguagem discursiva que pro sua vez apresenta uma exigência de forma, estilo e composição em seu conteúdo.

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E a disciplina “Prática discursiva e linguagens” vem dar sua contribuição no sentido de instrumentalizar o aluno no universo de pesquisa e formas técnicas de linguagem para cada contexto, de forma científica.

Também, serve como instrumento de integração entre as demais disciplinas na busca de conhecimentos de forma sistemática, obedecendo a critérios de certo rigor, contribuindo para que os conteúdos se tornem mais compreensíveis e próximos da realidade dos alunos, de forma que a busca e construção dos conhecimentos não seja enfadonha e mais dinâmica.

A pesquisa sempre fez parte da atividade humana ao longo da história, mas sem um método rígido, baseando-se mais nas observações empíricas. Só com o desenvolvimento das ciências com Augusto Comte, houve um consenso de que era necessário seguir métodos e técnicas para se atingir um conhecimento válido cientificamente, corroborando ou não as hipóteses formuladas a respeito da realidade estudada.

Assim, as construções do pensamento associadas aos conceitos práticos e teóricos dos conhecimentos científicos possibilitam a compreensão sobre o papel da investigação e da sistematização de um conhecimento que parte do cotidiano e que se diferencia na sua forma de aprofundamento, auxiliando na visão de conjunto da realidade em que se vive.

10.2 Objetivos Geral: A disciplina tem como objetivo geral preparar o aluno para utilizar

com segurança os conhecimentos científicos, obtidos pela disciplina, nas suas produções de forma técnica de acordo com as exigências de cada contexto social, aperfeiçoando suas capacidades.

Específicos• Ampliar a capacidade de análise e síntese através de produções escritas e

orais;• Refletir a respeito do ato de ler, suas características e importância

procurando aplicar na prática as orientações para um resultado mais eficiente;

• Apresentar e discutir os processos de pesquisa para a elaboração de um projeto de pesquisa;

• Obter requisitos metodológicos para um estudo mais racional e aplicação de normas práticas na apresentação de trabalhos escolares, relatórios, monografias e manuais;

• Aperfeiçoar as habilidades de trabalho com dados e sistematizá-los com critérios definidos, tanto na organização como na exposição escrita das idéias;

• Aplicar com segurança as regras básicas da ABNT;• Realizar pesquisas e seguir as normas demonstrando domínio dos

conceitos apreendidos pondo em prática os conhecimentos teóricos;• Desenvolver o senso crítico através das atividades de reflexão e ação.

10.3 Conteúdos3º SemestreConceitos de metodologia científica; Tipos de conhecimento:

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• Popular, • Científico, • Filosófico • Teológico;

Tipos de pesquisa: • Documental• De campo• Experimental • Bibliográfica;

Leitura e interpretação de texto; • O que é ler• Etapas do ato de ler• O sujeito da leitura• Considerações para aproveitar a leitura• Tipos de leitura: Scanning; Skimming; De estudo; Crítica• Como escolher um livro para ler• Análise de um texto: O que significa analisar um texto; Como fazer a

análise de um texto.• Resumos, Resenhas e Relatórios;

Coleta de dados: • Questionário, • Entrevista • Formulário;

Normas da ABNT:• Normas e medidas• Elementos pré-textuais• Elementos textuais• Elementos pós-textuais• Etapas de um Projeto de Pesquisa.

10.4 MetodologiaO trabalho metodológico da prática discursiva à luz da metodologia

científica deve envolver exercícios práticos relacionados com a teoria, de forma que a ação deve estar acompanhada da reflexão crítica. Assim, como para uma pesquisa é necessário dominar o trabalho com texto, é necessário antes ter o conhecimento teórico de como ler e, ao mesmo tempo, refletir e trabalhar a leitura como sugerido na teoria.

Fazem parte do trabalho metodológico científico, as leituras sistematizadas segundo objetivos determinados, registros através de sínteses, resenhas, esquemas, elaboração de hipóteses, pesquisas em jornais, revistas, livros, internet procurando ter critérios de escolha para que a pesquisa tenha como resultado uma produção mais técnica, sendo o processo orientado pelo professor.

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10.5 AvaliaçãoTodo trabalho realizado em grupo ou individual, durante o processo

envolvendo as atividades relacionadas à parte teórica, de pesquisa na prática e outras formas de produções discursivas na prática, deverão ser avaliadas pela observação e anotação da participação no processo do desenvolvimento das atividades, além da produtividade conseguida durante o processo. É importante que os professores acompanhem o crescimento intelectual demonstrado pelo aluno no processo da construção do conhecimento, de forma que o erro seja visto não como falha definitiva, mas como ponto a ser revisto e superado com novas atividades para o avanço no domínio das habilidades pretendidas na disciplina.

10.6 Bibliografia ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do trabalho Científico. 8ª ed.São Paulo: Atlas, 2007.BARROS, A.J.P. et al. Fundamentos da metodologia. São Paulo: Mc Graw-hill, 1986.BASTOS, C. Et al. Introdução à metodologia científica. Petrópolis: Vozes, 1993.______. Projeto de Pesquisa: Propostas Metodológicas. Petrópolis: Vozes, 1991.BOAVENTURA,E. Como ordenar as idéias. São Paulo: Ática, 1998.CANONICE, B C.F. Manual Para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos. Maringá: Unicorpore, 2006.DEMO, P. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1986.ECO, U. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1988.LAKATOS, E. M. Et. Al. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1986.____________. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1986.____________. Projeto de pesquisa: Propostas metodológicas. Petrópolis: Vozes, 1991.RUIZ, João Alvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Atlas, 2002.SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 1992.

11. REDES E SISTEMAS OPERACIONAIS

11.1 Fundamentação Teórica A formação de profissionais na área de computação, capacitando-os a

projetar, implantar e administrar Redes de Computadores (LANs, MANs e WANs) e sistema operacional, instrumentalizando-os para a implementação e gerência de políticas de segurança de redes.

Esse profissional utilizará das melhores técnicas e práticas de especificação independente da plataforma ou arquitetura de aplicações adotada, visando o alto desempenho, disponibilidade, integridade e segurança das informações. Pretende-se, também, estimular os alunos na busca constante do conhecimento de forma sistematizada, do desenvolvimento do raciocínio lógico, da

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capacidade de identificar, analisar e solucionar problemas, e também da adoção de comportamentos como: comprometimento, ética e responsabilidade.

Contempla a formação de um profissional gestor de redes, apto a projetar, implantar e administrar Redes de Computadores, de forma plena e inovadora, acompanhando a evolução do setor e contribuindo na busca de soluções para as diferentes áreas de aplicação, sem deixar de ter uma preocupação constante com sua fundamentação teórica

11.2 Objetivos Geral: A disciplina tem como objetivo geral dar aos alunos uma visão geral

de Redes de Computadores e Sistema Operacional, englobando conceitos básicos, tecnologias de transmissão de dados, hardware e software utilizados, arquiteturas, e serviços.

Específicos• Estabelecer uma visão sistêmica e lógica no entendimento computacional; • Analisar e interpretar ambientes internos e externos à organização; • Reconhecer a importância do acompanhamento das evoluções

tecnológicas em informática e telecomunicações, visando promover a adoção e gestão destas no ambiente organizacional;

• Reconhecer o fluxo de informações e a sua importância no contexto organizacional, tendo foco na sua segurança;

• Identificar, analisar e solucionar problemas; • Elaborar projetos que atendam às normas pertinentes da área, bem como

as necessidades e expectativas dos clientes, compatibilizando o levantamento de informações, configurações e topologias;

• Elaborar planos, visando à definição e gestão de recursos no tempo, de acordo com o perfil dos clientes;

• Estabelecer políticas e estratégias de configuração e segurança; • Compatibilizar os recursos tecnológicos de acordo com o perfil

organizacional e as tendências da área; • Reconhecer e compatibilizar as diferenças tecnológicas; • Implantar Redes de Computadores que articulem a configuração,

instalação e adequação de tecnologias; • Reconhecer os conceitos de ética e empreendedorismo na atuação do

profissional; • Apresentar e defender propostas/ projetos tecnológicos, na forma escrita e

oral; • Estabelecer inter-relações, visando promover a adoção e gestão das novas

tecnologias no ambiente organizacional.

11.3 Conteúdos2° Semestre

• Histórico e evolução dos Sistemas Operacionais;• Introdução aos Sistemas Operacionais;• Tipos de Sistemas Operacionais;• Sistema operacional de tempo real (RTOS Real-time operating

system);

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• Monousuário, multitarefa;• Estruturas de Sistemas Operacionais;• Componentes do Sistema;• Gerenciamento de Processos;• Gerenciamento da memória principal;• Gerenciamento de Arquivos;• Gerenciamento de Sistema de E/S• Gerenciamento de Memória Secundária;• Sistema de Redes de Computadores;• Sistema de Proteção;• Interpretador de Comandos;• Serviços e chamadas de um sistema Operacional;• Conceito de Processo;

3°Semestre• Conceitos de transmissão de dados;• Largura de banda;• Conceito de modulação e multiplexação de dados;• Meios de transmissão;• Par de FIOS ;• Cabo Coaxial ; • Fibras Óticas ; • Equipamento de rede;• HUB;• Bridge• Switch (comutador)• Ponto de acesso• Router• Firewall• Servidor• Conceito de redes LAN e WAN;• Redes De Área Local (LAN) ;• Redes De Área Metropolitana (MAN);• Modelos de Referência OSI;• Protocolos de Comunicação em Redes;• Endereçamento IP;• Cabeamento Estruturado;• Instalação e configuração de rede;• Montagem de uma rede wireles.

11.4 MetodologiaBaseando-se na ideia de que todo o conteúdo da disciplina é altamente

voltado ao mercado de trabalho e tem uma grande fatia de participação no mesmo, é importante que se busque formas de que o conteúdo seja compreendido e realmente aproveitado.

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O trabalho de todos os temas em sala de aula é de suma importância, visto que é base para todo o curso e indispensável para o aproveitamento nas demais disciplinas.

Estudos de casos reais são trabalhados em sala para que se tenha uma visão mais próxima do que será encontrado no futuro e também para que o conteúdo visto seja totalmente aproveitado na vida profissional do educando.

11.5 AvaliaçãoTodo conhecimento exposto em sala de aula é passível de avaliação e pode

ser mensurado seguindo o permitido pelo regimento escolar e dentro da carga horária total da disciplina para verificação do grau de aprendizado atingido.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos e seminários como: entrevistas e conversas informais; auto-avaliação e principalmente a observação.

11.6 BibliografiaCARMONA, Tadeu. Segredos das Redes de Computadores. 2ª Ed. Editora Digerati / Universo de livros.COMER, Douglas E. Redes de computadores e internet. 4ª edição. Editora Artmed.DANTAS Mário. Tecnologia de Redes de comunicação e computadores. Editora AXCEL.DEITEL Choffnes. Sistemas Operacaionais. Editora Person.FERREIRA, Hugo Barbosa. Redes de Planejamento: Metodologia e prática com PERT/CPM E MS PROJECT. Editora Ciência Moderna.GAGNE, Abrahan Silberschatz Greg, GALVN, Peter Baer. Fundamentos de Sistemas Operacionais. Editora LTC.GALLO, M.A. Comunicação entre Computadores e Tecnologias de Rede, Thomsnon. 2003.GOUVEIA José, MAGALHÃES Alberto. Redes de Computadores. Editora LTC.GUIMARÃES Alexandre Guedes, LINS Rafael Dueire, OLIVEIRA Raimundo Corrêa. Segurança em Redes privadas Virtuais – VPNS. Editora Brasport.MATTHEWS Jeanna. Redes de computadores – Protocolos de Internet em Ação. Editora LTC. 2006.

12. SUPORTE TÉCNICO

12.1 Fundamentação TeóricaFormar alunos com domínio dos princípios e fundamentos científico-

tecnológicos que precedem a formatação de conhecimentos sobre bens e serviços de informática relacionando-os como articulação da teoria e da prática capazes de criar e recriar formas solidárias de convivência, de apropriação de produtos, conhecimentos e riquezas. Esta disciplina estará capacitando o aluno a trabalhar em setores que demandem suporte e manutenção de informática ou na prestação autônoma de serviços.

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12.2 Objetivo Geral: A disciplina de Suporte Técnico tem como objetivo geral mostrar aos

alunos através das aulas práticas a importância da execução do processo de manutenção dos computadores, preparando os alunos para o mercado de trabalho.

Específicos• Conhecer os componentes de um sistema de informática;• Identificar e executar ações de treinamento e de suporte técnico;• Instalar componentes básicos de software e hardware;• Identificar a origem de falhas no funcionamento de computadores e seus

principais acessórios e programas;• Identificar e avaliar os componentes eletrônicos de um sistema

computacional, sem, executar suas reparações, no caso de mau funcionamento ou danos;

• Oferecer uma visão conceptiva e funcional do hardware fazendo a substituição de peças defeituosas e configuração do sistema operacional.

12.3 Conteúdos1º Semestre

• História dos Componentes do Computador;• As formas mais comuns de danificar um PC;• Hardware e Software;• Dicas de compra:• Ferramentas de manutenção;• Preparação do local de trabalho;• Periféricos de ENTRADA e SAIDA:• Teclado; • Mouse;• Monitor;• Scanner;• Impressora;• Câmera Digital; • Web Cam;• Unidade de Armazenamento:• Discos; • Memória;• Unidade de Processamento:• Gabinete;• Placa Mãe;• Processador;• Cooler;

2º Semestre• Montagem, manutenção dos computadores:• Fonte de alimentação; • Cooler;

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Tema Problemas levantados

Ações da escola para 2010 Período Responsável

Hora-

atividade

*Hora-atividade distribuída ao longo da semana.

* Concentrar a hora-atividade em um único dia, conforme cronograma do NRE e/ou disponibilidade da escola.

*No decorrer do ano letivo.

*Equipe Pedagógica.

Estágio

*Falta de comprome-timento dos estagiários;* Ausência do professor orientador(UEM, CESUMAR...);*Estágio somente para observações;*Aceitar estagiários no final do trimestre (novembro, dezembro...);*Falta de comunicação com o professor regente informando os critérios do estágio concedido.

* Os professores da área se reúnem no início do ano e elaboram o calendário para o estágio, adequando-o para melhor atender as necessidades da escola;

*Os professores orientadores deverão respeitar o calendário previamente estabelecido, dessa forma, estabelecer critérios de acompanhamento do estagiário quanto à assiduidade e compromisso (Termo de Compromisso);

*Março a outubro.

*Equipe Pedagógica e Direção.

Conse-lho

de Class

e

* Conselho realizado com turmas paralelas.

* Alunos aprovados com médias muito baixas.

* Pré-conselhos trimestrais por turma, podendo ser nas últimas aulas;* Conselho de Classe não paralelo;* Informar as dificuldades e necessidades do aluno no início do período letivo;

*Todos os trimestres.

*Equipe Pedagógica e Professores.

Recu-pera-ção

Conti-

nuada de

Estudos

*Alunos aprovados com médias muito baixas.

*Estabelecer critérios para a aprovação em Conselho de Classe (nota baixa, recuperação, frequência e disciplinas;*Estabelecer ações para sanar dificuldades dos alunos aprovados por conselho;* Informar aos pais e professores em que condições o aluno foi aprovado no ano anterior.

*Período manhã, tarde e noite.

*Equipe Pedagógica, Professores alunos, pais/respon-sáveis e direção.

Instân-

cias Coleg

i-adas

*Falta de reuniões com o Conselho Escolar;*Falta de informação e participação dentro do ambiente escolar;Falta de prestação de contas (editais...).

* Equipe Pedagógica e Direção direcionar e monitorar o trabalho do grêmio;* Fixar editais de prestações de contas da APMF e Instâncias Colegiadas em vários setores do Colégio;* Participação dos professores na compra do material pedagógico.

*No decorrer do ano letivo.

*Professores, Instâncias Colegiadas, Direção e Equipe Pedagógica.

Projeto

Político-

Pedagógic

o

*Falta de conhecimento aprofundado do Projeto Político-Pedagógico da escola;* Falta de aplicabilidade;* Maior conhecimento do documento pela comunidade escolar;*Interdisciplinaridade/transdisciplinariedade;* Substituição;

* Avaliação trimestral;Estabelecer período para avaliação e recuperação do trimestre;* Desenvolvimento dos eixos transversais na escola (bullying, drogas e outros, conforme o planejamento;*Estudos eficientes para os professores.

*No decorrer do ano letivo.

*Equipe Pedagógica e Professores.

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• Smoke Test; • Componentes defeituosos; • Dispositivos USB;• Softwares;• Conectores de fora; • Processador; • Memória;• HDs;• Conectores do painel;• Headers USB; • Processador;• Pasta térmica; • Instalação da placa-mãe.

3º Semestre• HDs e DVD; • Finalizando a montagem; • Solucionando problemas;• Filtros de linha, estabilizadores e nobreaks; • Instalação de sistemas operacionais e aplicativos; • Particionamento de Discos;• Conexão e configuração de periféricos; • Configuração do Setup, drivers e utilitários; • Discos e RAID; • Boot; • Overclock; • Drivers e utilitários; • Drivers da placa-mãe; • Drivers do chipset; • Drivers 3D; • Drivers de som, modem e outros; • Suporte a hardware no Linux; • Drivers proprietários; • Opções de boot; • Instalação de Softwares adicionais (aplicativos,anti-virus ....etc);• Diagnóstico de defeitos e erros;• Confecção de Check – list de todo processo de manutenção dos

computadores.12.4 Metodologia

Formar alunos com domínio dos princípios e fundamentos científico-tecnológicos que precedem a formatação de conhecimentos sobre bens e serviços de informática relacionando-os como articulação da teoria e da prática capazes de criar e recriar formas solidárias de convivência, de apropriação de produtos, conhecimentos e riquezas. Esta disciplina estará capacitando o aluno a trabalhar em setores que demandem suporte e manutenção de informática ou na prestação autônoma de serviços.

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12.5 AvaliaçãoA avaliação, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno, e, os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino.

Deve ser compreendida como: o elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; o conjunto de ações que busca obter a informação sobre o que foi aprendido e como; elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades; e, ação que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. É, portanto, um diagnóstico contínuo e dinâmico e se torna um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino.

A verificação do aproveitamento do aluno deve abranger vários tipos de instrumentos de avaliação além das provas, trabalhos práticos e seminários,auto-avaliação e principalmente a observação.

12.6 BibliografiaMORIMOTO, Carlos E. Hardware, o Guia Definitivo.Outubro de 2007.TORRES, G. Manutenção e Configuração de Micros. Axcel Book. 1997.TORRES, G. Hardware Fácil & Rápido. Axcel Book. 1997.

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ANEXO

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PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

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PLANO DE TRABALHO DOCENTE

Professor (a): _____________________________________Disciplina: _______________________ Série: _____ Ano:_________________________Ensino: ___________________________________________ Modalidade:___OBJETIVO GERAL: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

(Por quê)

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E

ESPECÍFICOS(O quê)

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

(Como fazer)RECURSOS

AVALIAÇÃO(Instrumentos,

critérios e valores)

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