projeto polÍtico pedagÓgico - coelhoneto.ifma.edu.br · ... metas e sonhos da instituição, bem...
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
MARANHÃO
CAMPUS COELHO NETO
Reitor
Francisco Roberto Brandão
Pro-Reitora de Ensino
Ximena Paula Nunes Bandeira Maia da Silva
Diretor Geral Campus Coelho Neto
Arcenildo da Silva Nascimento
Diretor de Desenvolvimento Educacional Campus Ceolho Neto
Gerardo Soares da Silva Junior
Comissão de Sistematização do Projeto Político Pedagógico
Aécio da Silva Martins
Ana Patricia de Andrade Ferreira
Ananda Veloso Amorim Oliveira
Antonia Gonçalves dos Santos
Emmanuel da Paixão Neto
Douglas dos Santos Silva
Rivânia da Silva Lira
Josimar Hendrio Ferraz Borges
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................3
1 MARCO SITUACIONAL....................................................................................................4
1.1 Aspectos legais .............................................................................................................4
1.2 Implantação do IFMA Campus Coelho Neto................................................................5
1.3 O Instituto Federal no contexto atual ............................................................................7
1.4 Visão ............................................................................................................................8
1.5 Missão ..........................................................................................................................8
2 MARCO TEÓRICO .............................................................................................................8
2.1 Princípios filosóficos gerais ..........................................................................................8
2.2 Gestão democrática .................................................................................................... 10
3 MARCO OPERATIVO ...................................................................................................... 10
3.1 Políticas de ensino, pesquisa e extensão ..................................................................... 10
3.2 Concepões de currículo .............................................................................................. 14
3.2.1 Organização curricular........................................................................................ 15
3.2.1.1 Técnico Integrado ao Ensino Médio ............................................................... 16
3.2.1.2 Técnico Subsequente ao Ensino Médio .......................................................... 17
3.2.2 Estágio Curricular ............................................................................................... 17
3.3 Oferta de cursos .......................................................................................................... 18
3.4 Requisitos de acesso ................................................................................................... 18
3.5 Perfil de formação ...................................................................................................... 19
3.6 Avaliação do processo educativo ................................................................................ 19
4 DIAGNÓSTICO ................................................................................................................ 20
5 PLANO DE AÇÃO ............................................................................................................ 36
5.1 Avaliação.................................................................................................................... 41
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................42
3
APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico-PPP, como instrumento de planejamento e
avaliação, pautado na participação coletiva, objetiva reunir as visões de todos que
compõem a escola com o intuito de delinear a sua identidade. O processo de construção
dessa ferramenta considerou, para tanto, as opiniões expressas por pais, alunos e
servidores para, a patir da atual conjuntura, definirmos os rumos que se deve seguir.
Este documento retrata os objetivos, metas e sonhos da Instituição, bem como
apresenta os meios para concretizá-los; expressa os princípios orientadores para as
ações educativas no contexto escolar; define a identidade escolar no tocante à formação
cognitiva dos alunos, configurando-se como guia para gestores, professores e demais
servidores, família e alunos, podendo orientar discussões em torno das experiências e
ações da escola, sugerindo uma reflexão sistemática sobre as práticas educativas, dando
sentido e rumo a essas práticas contextualizadas culturalmente.
A escola, como espaço de heterogeneidade, é permeada por conflitos diversos e
a construção do PPP, enquanto instrumento de cunho democrático, considera essa
diversidade e se coloca como oportunidade de gerenciar os conflitos num processo de
negociação permanente. Esta se consolida mediante debate e espaço para expressão das
diferenças, o que pode resultar na percepção clara dos conflitos e problemas, levando à
integração e cooperação da equipe, visando ao desenvolvimento da autonomia conjunta.
O PPP enquanto ferramenta de planejamento requer flexibilidade e dinamicidade
para atender às diversas demandas que surgem no cotidiando do ambiente escolar, tendo
como referência a reflexão sobre a ação. Elaborou-se este documento como expressão
de identidade do IFMA, Campus Coelho Neto, bem como vislumbrando contribuições
para organização das ações do trabalho no âmbito Institucional.
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1 MARCO SITUACIONAL
1.1 Aspectos legais
Criado pela Lei Nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, por meio da integração do
Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão e das Escolas Agrotécnicas
Federais de Codó, de São Luís e de São Raimundo das Mangabeiras, o Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, possui como finalidade e
características assim previstas em lei:
I. Ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades,
formando e qualificando cidadãos com vistas na atuação profissional nos diversos
setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e
nacional;
II. Desenvolver a educação profissional e tecnológica como processo educativo e
investigativo de geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas às demandas
sociais e peculiaridades regionais;
III. Promover a integração e a verticalização da educação básica à educação profissional
e educação superior, otimizando a infra-estrutura física, os quadros de pessoal e os
recursos de gestão;
IV. Orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento dos
arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento
das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de sua
atuação;
V. Constituir-se em centro de excelência na oferta do ensino de ciências, em geral, e de
ciências aplicadas, em particular, estimulando o desenvolvimento de espírito crítico,
voltado à investigação empírica;
VI. Qualificar-se como centro de referência no apoio à oferta do ensino de ciências nas
instituições públicas de ensino, oferecendo capacitação técnica e atualização pedagógica
aos docentes das redes públicas de ensino;
VII. Desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica;
VIII. Realizar e estimular a pesquisa, a produção cultural, o empreendedorismo, o
cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico;
IX. Promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais;
notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente.
O Instituto Federal do Maranhão possui como objetivos de sua ação educacional:
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I. Ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de
cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da
educação de jovens e adultos;
II. Ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, objetivando a
capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de profissionais, em
todos os níveis de escolaridade, nas áreas da educação profissional e tecnológica;
III. Realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e
tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade;
IV. Desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e finalidades da
educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os
segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de
conhecimentos científicos e tecnológicos;
V. Estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à
emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e
regional;
VI. Estimular e desenvolver atividades físicas com base na cultura corporal, no
equilíbrio da saúde e na melhoria da qualidade de vida;
VII. Ministrar em nível de educação superior:
a) Cursos superiores de tecnologia visando à formação de profissionais para os
diferentes setores da economia, levando em consideração os arranjos produtivos locais e
regionais;
b) Cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com
vista na formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de
ciências e matemática, e para a educação profissional;
c) Cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais para os
diferentes setores da economia e áreas do conhecimento;
d) Cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização, visando à
formação de especialistas nas diferentes áreas do conhecimento; e
e) Cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, que contribuam para
promover o estabelecimento de bases sólidas em educação, ciência e tecnologia, com
vistas no processo de geração e inovação tecnológica.
1.2 Implantação do IFMA Campus Coelho Neto
A política de expansão do IFMA integra o Plano de expansão da Rede Federal
de Educação Profissional e Tecnológica Fase 3 por meio do qual vem permitindo a
comunidades distantes da capital a possibilidade de qualificação de seus contingentes
6
sem distanciamento de seus familiares. Nesse sentido, tem proporcionado a cada uma
das 558 microrregiões brasileiras a presença de um Instituto Federal, proporcionando
a realização de interferências sociais, políticas, econômicas e culturais no seio dessas
localidades.
Outro aspecto significativo da expansão, além da oferta da qualificação
profissional, foi a interiorização da oferta de educação superior pública. Essa
ação confirma o papel do IFMA como instituição comprometida com o
desenvolvimento das localidades onde ele atua. Tendo em vista esse caráter de
interferência junto às comunidades onde se instala, verificou-se após um
levantamento histórico e caracterização da cidade quanto aos aspectos
socioeconômicos e geográficos, a relevância da implantação da instituição na cidade
de Coelho Neto.
O município de Coelho Neto iniciou-se às margens do rio Parnaíba, em torno
de uma Feitoria, denominada Curralinho. Os longos períodos de seca levaram
os cearenses e piauienses a usarem o rio Parnaíba como via de acesso para chegada
a regiões menos atacadas pela seca, uma delas a que originou a referida cidade. Em
1914, após sucessivas mudanças da sede, o município fixou-se no local atual, com a
denominação de Curralinho, denominação dada pela lei provincial nº 1092, de
17/07/1874, subordinado a Vila de Brejo. Somente a partir de 1934 teve o
topônimo alterado para Coelho Neto.
Na década de 1960/70, com a inauguração de um complexo industrial, o
município, que durante muito tempo permaneceu estacionário, tomou um impulso
relativamente grande, destacando-se nas produções de celulose, açúcar e á lcool .
Porém, algumas décadas depois sofreu um declínio com a desativação da fábrica
de celulose e significativa redução da produção de açúcar e álcool, ocasionando um
retrocesso no setor industrial, principal responsável pela economia local. Atualmente
a economia é movida principalmente pelos comércios, supermercados e pelo
funcionalismo público.
Em 05 de julho de 2012 foi realizada uma Audiência Pública para a escolha dos
Eixos Tecnológicos e cursos a serem ofertados pelo Campus Coelho Neto, a partir do
ano de 2013.
De acordo com os resultados do mapeamento do perfil socioeconômico,
7
realizado por técnicos do IFMA, acerca das potencialidades da região e s o b r e
os eixos de ensino a serem oferecidos pelo Instituto na comunidade, foram
elencados os eixos de Gestão e Negócios, Controle e Processos Industriais,
Informação e Comunicação e Produção Alimentícia.
Após apresentação de cada eixo e seus respectivos cursos, a equipe do IFMA
franqueou a palavra para a comunidade fazer os questionamentos e esclarecer as
dúvidas acerca dos cursos, formas e demais questões. Em votação, a comunidade
indicou os Eixos Tecnológicos a serem adotados pela escola e os três primeiros
cursos a serem ofertados, a partir de 2013. Os cursos escolhidos foram:
Técnico em Informática e em Administração, ambos na modalidade integrada ao
Ensino Médio e Técnico em Automação Industrial, na forma subsequente.
No ano de 2013, iniciaram-se as atividades dos cursos Técnico em Informática
e Técnico em Automação Industrial, a princípio cada um com uma turma apenas; em
2015 iniciou-se o curso Técnico em Administração (1 turma).
No ano de 2016 ingressaram mais quatro turmas: duas para o curso Técnico em
Informática, uma para o curso Técnico em Administração, já no primeiro semestre e
uma para o curso Técnico em Automação Industrial, no segundo semestre.
Em 2017, abriram-se vagas para 2 (duas) turmas do curso Técnico em
Informática, 2 (duas) turmas do curso Técnico em Administração e 1 (uma) turma do
curso Técnico em Automação Industrial.
1.3 O Instituto Federal no contexto atual
Educar na era da “revolução informática” é um desafio colossal, os avanços
científico-tecnológicos são cada vez mais instantâneos e provocam mudanças
substanciais na área do conhecimento, exigindo que a escola repense seu papel
constantemente, modificando suas estratégias e metodologias, num processo contínuo
de ação-reflexão-ação, objetivando acompanhar essas transformações. A educação
profissional lança-se nesse desafio tendo como objetivo oferecer uma formação que
garanta além da aquisição dos conhecimentos básicos, uma preparação científica e a
capacidade para a utilização das novas tecnologias.
Nesse clima de “revolução”, o tecnicismo prático desprovido da preocupação
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com o ser ontológico dá lugar a um novo paradigma em que se reconhece as
semelhanças e sociabilidade entre competências cognitivas, culturais e técnicas
necessárias para processo produtivo.
O IFMA desenvolve sua prática educativa baseada nos preceitos da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN, Lei nº 9.394/96, agregando a
preparação e orientação para o mundo do trabalho, o aprimoramento do educando
como pessoa humana, o desenvolvimento da cidadania bem como de competências
para continuar aprendendo, com vistas a formação integral de cidadãos autônomos e
críticos.
Os desafios que se colocam ao Campus Coelho Neto desde sua implantação são
inúmeros, porém vêm sendo superados à medida que novas conquistas são realizadas.
A estrutura física está sendo melhorada, novos servidores chegam para somar e
contribuir para o desempenho do papel social dessa Instituição e trazer expectativa de
desenvolvimento para a referida região, formando profissionais técnicos capazes de
atender às demandas do mercado de trabalho e seres humanos conscientes de seu
papel no mundo.
1.4 Visão
Ser reconhecida como uma instituição de excelência em educação, ciência e
tecnologia, formadora de cidadãos críticos, promotores da transformação social.
1.5 Missão
Promover Educação Profissional, Científica e Tecnológica, por meio da
integração do ensino, pesquisa e extensão, com foco na formação do cidadão e no
desenvolvimento sustentável.
2 MARCO TEÓRICO
2.1 Princípios filosóficos gerais
A trajetória humana, desde seu princípio, vem sendo marcada pela busca do
conhecimento que o homem necessita ter de si mesmo e do espaço onde vive. Nessa
investigação contínua, as formas de representação do saber assim como do próprio
homem se modificam, à medida que vão surgindo novas demandas sociais. Nesse
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contexto, paradigmas vão sendo suplantados por outros que atendam aos interesses da
coletividade, vislumbrando-se sempre a necessidade de aperfeiçoamento por meio do
pensamento crítico e emancipador.
Um dos maiores desafios da educação contemporânea é ensinar a pensar,
trabalhar para o desenvolvimento de mentes críticas, pois somente por meio da reflexão
e contestação sobre a realidade é que se pode buscar a transformação da mesma. Essa
atitude de reflexão requer dialética, que se constitui percepção da realidade a nossa volta
como contraditória e em constante transformação. Observando o mundo em sua
constante transformação e analisando holisticamente os fatos que nos rodeiam podemos
construir uma visão concreta da realidade na qual estamos inseridos e obter julgamento
de valor sobre a mesma, fugindo da alienação.
A educação contemporânea, na perspectiva da emancipação, baseia-se nos
princípios da formação humanística, objetivando a formação integral do ser; do
rompimento com o modelo dual de educação, preparando-o para a vida e para o
prosseguimento dos estudos; e da multidisciplinaridade e interdisciplinaridade, visando
a construção de um projeto coletivo de ensino, integrando os vários saberes,
conhecimentos e valores, rompendo com a falsa hierarquia das disciplinas.
No caminho para uma formação holística torna-se fundamental desenvolver
quatros competências básicas : aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e
aprender a conviver, unindo as capacidades de aprender a buscar o conhecimento em
todas as possibilidades disponíveis; possibilitar ao aluno a aquisição de habilidades
básicas para encarar o mercado de trabalho; aprender a desenvolver a identidade e a
autoestima, autoconfiança, autodeterminação, o autoconceito e aprender a desenvolver
as relações inter-pessoais e comunitárias, relações de cidadania, de urbanidade, de
solidariedade, de construção coletiva, de ação comunicativa, de conhecer e reconhecer o
outro de forma comunicativa.
A educação no IFMA/Campus Coelho Neto se concretizará na perspectiva de
contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade que “tem por horizonte a
emancipação da humanidade, tendo em vista a valorização dos seres humanos” (IFMA,
2016, p.8). Ser humano este capaz de se apropriar da realidade a sua volta, analisando-a
criticamente, problematizando-a e rompendo estruturas no sentido de constuir uma
“sociedade justa, democrática, cidadã e ética” (IFMA, 2016, p.8).
10
2.2 Gestão democrática
A gestão democrática do ensino, além de ser um princípio pedagógico, é também
prevista na Constituição Federal de 1988 e reforçada pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, Lei nº 9394/96, como um dos princípios que regem a oferta da
educação pública no país, evidenciando a relevância da participação de todos:
professores, gestores, técnicos administrativos, alunos, pais e comunidade, em geral,
nos processos de condução da vida escolar.
Democracia tem sua origem no grego “demokratía”, demo=povo e kratos=poder
(GEIGER, 2012), significando assim o “poder do povo” para tomar decisões, para gerir
seu futuro. A escola ao passo que é formada por vários membros: alunos, pais,
servidores e comunidade em geral, e se pretende como uma instituição com um trabalho
pautado no princípio da educação de qualidade, visando à formação ampla de seus
alunos, deve primordialmente ter seus caminhos definidos por todos aqueles que a
compõem, possibilitando assim a participação coletiva em favor da qualidade dos
serviços prestados.
A gestão democrática é estabelecida como ponto fundamental para a
solidificação da escola que se precisa e se deseja construir. Ao passo que tomamos
como referência essa perspectiva de gestão devemos estar preparados aos desafios e
conflitos próprios do trabalho em grupo, visto que cada um traz consigo suas
concepções. A ação de democratizar a escola exige a superação dos projetos e
necessidades individuais em prol da concretização de um projeto único que agregue
interesses inerentes ao grupo e garanta a autonomia da escola. Assim como destacado
no Projeto Pedagógico Institucional do IFMA, autonomia e participação são princípios
fundamentais que devem perpassar todas as dimensões de gestão, principalmente, na
sala de aula, na relação que se estabelece entre docentes e discentes (IFMA, 2016).
3 MARCO OPERATIVO
3.1 Políticas de ensino, pesquisa e extensão
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Campus
Coelho Neto, tem atuado na oferta de cursos regulares de nível técnico
profissionalizante, tanto na modalidade integrada quanto subsequente ao Ensino Médio,
mediante formação acadêmica e profissional.
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O IFMA, Campus Coelho Neto, tem primado pela sintonia de ações de ensino,
pesquisa aplicada e extensão tecnológica, com o desenvolvimento socioeconômico local
e regional: arranjos produtivos, culturais e sociais; pela realização de parcerias com os
setores produtivos e demais instituições da sociedade civil, organizadas para ações de
ensino, pesquisa aplicada e extensão tecnológica; pelo desenvolvimento de programa de
acompanhamento do estudante por equipe multiprofissional; pelo trabalho das temáticas
de empreendedorismo, desenvolvimento sustentável, ciência, tecnologia, e inovação
tecnológica; pela vinculação das ações afirmativas aos programas e aos projetos de
permanência do estudante na instituição; pela articulação dos programas de assistência
estudantil às atividades de ensino, pesquisa e extensão e pelo fortalecimento e
intensificação de políticas e projetos de fomento à inclusão e diversidade.
A instituição tem ofertado cursos profissionalizantes contemplados nos eixos
tecnológicos, a seguir: Gestão e Negócios, Controle e Processos industriais, Informação
e Comunicação, vislumbrando atendimento às demandas da região, a partir das quais
optou-se por ofertar os seguintes cursos: Técnico em Informática, Técnico em
Administração e Técnico em Automação Industrial.
O Curso Técnico em Informática, contemplado no Eixo Informação e
Comunicação, modalidade integrado ao Ensino Médio, tem como projeção o
desenvolvimento de programas de computador, seguindo as especificações e
paradigmas da lógica de programação e das linguagens de programação. O profissional
qualificado nesse curso estará apto para utilizar ambientes de desenvolvimento de
sistemas operacionais e banco de dados; realizar testes de software, mantendo registros
que possibilitem análises e refinamento dos resultados; executar manutenção de
programas de computadores implantados. Terá noções de formação lógica e linguagens
de programação, sistemas operacionais, hardware, banco de dados e interpretação de
especificações de sistemas computacionais. Além disso, poderá atuar em instituições
públicas, privadas e do terceiro setor que demandem sistemas computacionais,
especialmente envolvendo programação de computadores.
O curso Técnico em Administração viabiliza a qualificação profissional, no
que se refere à execução das funções de apoio administrativo: protocolo e arquivo,
confecção e expedição de documentos administrativos e controle de estoques. O
profissional egresso desse curso deverá saber operar sistemas de informações gerencias
de pessoal e material; utilizar ferramentas da informática básica, como suporte às
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operações organizacionais. Durante o curso, discutirá e se aprofundará sobre as
temáticas contempladas na formação empresarial, matemática financeira, legislação
trabalhista, tributária e empresarial, arquivamento, rotinas trabalhistas, financeiras e
contábeis, métodos e técnicas administrativas, bem como redação oficial. Poderão atuar
em instituições públicas, privadas e do terceiro setor.
O curso de Automação Industrial oportuniza ao cursante habilidades para atuar
no projeto, na execução e na instalação de sistemas de controle e automação utilizados
nos processos industriais. O profissional egresso terá condições de realizar manutenção,
medições e testes em equipamentos utilizados em automação de processos industriais;
programar, operar e manter sistemas automatizados respeitando normas técnicas e de
segurança. No decorrer do curso são abordadas, dentre outras, as seguintes temáticas:
eletricidade, eletrônica, programação, materiais e equipamentos industriais,
servomecanismos e motores elétricos, sensores e atuadores, automação e controle, redes
industriais, sistemas supervisórios. Além disso, esse profissional poderá atuar em
indústrias, preferencialmente as de processos de fabricação contínuos, tais como
petroquímicas, de alimentos e de energia, laboratório de controle de qualidade, de
manutenção e pesquisa, empresas integradoras e prestadoras de serviço.
Acerca da política de extensão, a instituição tem firmado parcerias com
instituições públicas, para o desenvolvimento de ações extensionistas no município de
Coelho Neto, sem perder de vista os princípios norteadores da Política de Extensão do
IFMA, tais como: “indissociação do ensino, pesquisa e extensão; relação dinâmica e
potencializadora com ensino e pesquisa; aproximação com a comunidade e empresas
locais e regionais; desenvolvimento de atividades de extensão de acordo com os
princípios e finalidades da educação profissional e tecnológica em articulação com o
mundo do trabalho e os segmentos sociais e com ênfase na produção; desenvolvimento
e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos; difusão socialização e
democratização do conhecimento produzido e existente no IFMA; discente como agente
transformador da comunidade e região; preparação emocional do discente para o mundo
do trabalho através da prática de ações extensionistas” (IFMA, 2016, p.47).
Essas ações têm se voltado para educação no trânsito, resgate e divulgação da
cultural local, inclusão social, disseminação de pesquisa científica e de trabalhos de
cunho sustentável. Dessa forma, a extensão institucional tem permitido a estreita relação
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entre a práxis educacional, inerente ao conhecimento produzido no âmbito do Instituto
Federal e a pluralidade de saberes, oriundos da comunidade em que está inserido.
Frisamos que as políticas extensionistas, que visam articular ensino, pesquisa e
extensão, para além dos muros institucionais são bastante difundidas e desenvolvidas na
Instituição. Através dessas ações, a comunidade se aproxima da Instituição, reconhece-a
enquanto espaço de democratização de saberes científicos, culturais e de senso comum,
além de ambiente de capacitação, mediante os cursos, oficinas, minicursos, palestras,
mesas redondas, eventos, exposição de mostras científicas.
Assim, o viés extensionista deve e precisa ser fruto de diálogo, orientado na
direção da construção de uma sociedade mais justa e democrática, que estabeleça um
crescimento produtivo, mas também que respeite os indivíduos e o meio ambiente em
que vivemos. Tem-se atuado na oferta de programas do governo federal (PRONATEC;
MULHERES MIL); na promoção de atividades empreendedoras; de cultura; apoiado a
elaboração e submissão de projetos em editais de órgãos de fomento para o
desenvolvimento de ações de extensão acadêmica; articulado, em conjunto com os
diversos setores do IFMA, ações de parceria e convênios; autorizado e gerenciado o
pagamento das bolsas de extensão ao educando; caracterizado áreas, perfis e
competências no Instituto com potencial para desenvolvimento de ações de extensão;
desenvolvido e apoiado às iniciativas institucionais para a formação empreendedora;
divulgado as atividades de extensão e de ação comunitária, realizadas pelos Cursos e
Núcleos de Estudos e de Atendimento, através dos organismos especializados do
Instituto Federal; estimulado e apoiado a criação de empresas juniores.
Além disso, tem-se examinado propostas de convênio com entidade que ofereça
campo de aplicação para as atividades do Instituto; identificado novas oportunidades de
parcerias locais, regionais, nacionais de interesse para o desenvolvimento da Instituição;
intermediado ações educacionais através dos organismos internos responsáveis pela
execução, construção de acordos, convênios; orientado as atividades de prospecção de
oportunidades de estágio e/ou emprego junto aos entes federados, empresas públicas e
privadas, organizações e representações sociais; promovido a captação de recursos
financeiros junto às entidades públicas e privadas e às organizações governamentais,
especialmente, através de convênios e programas de parcerias; prospectado
oportunidades para transferência de tecnologias com a comunidade empresarial.
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Quanto às Políticas de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, a instituição tem
fomentado a consolidação de uma cultura de pesquisa, de participação e organização de
eventos com vistas ao fomente da produção científica, bem como de divulgação dos
resultados das investigações realizadas pelos alunos no Campus. Além disso, a captação
de recursos a entidades de fomento à pesquisa já ocorre, tendo alcançado aprovações de
propostas em Editais da Fundação de Amparo à Pesquisa-FAPEMA, por exemplo. A
prática para chamada de apresentação de trabalhos científicos tem se fortalecido na
Instituição, mediante Seminário de Pesquisa, integrante do evento Semana Multicultural
e já dispõe de publicação online de trabalhos científicos com ISBN. Tem-se pautado na
valorização e reconhecimento dos pesquisadores em qualquer nível de formação; da
produtividade de caráter individual e coletivo; integração entre pesquisa, ensino e
extensão e interação com a comunidade em que a instituição está inserida, atentando à
Política de Pesquisa e Inovação do IFMA que “tem por finalidades gerais a
consolidação de uma cultura de pesquisa e inovação no âmbito da instituição e
incremento quantitativo e qualitativo da produção científica institucional, por meio de
estímulos de caráter técnico, estrutural e financeiros” (IFMA, 2016, p. 41).
3.2 Concepções de currículo
O ensinar e o aprender precisam ser entendidos como atividades distintas
realizadas durante o processo de educar e formar. É através do currículo que se tem
claro as perspectivas de ensino e aprendizagem que se pretendem desenvolver. O
currículo, por sua vez, se concretiza nas práticas educacionais que consituem o fazer
pedagógico.
A Resolução CONSUP/IFMA Nº 14 de 28 de Março de 2014, que aprova as
Normais Gerais da Educação Profissional Técnica de Nível médio do IFMA, em seu
Artigo 7º, determina que o currículo dos cursos ofertados na instituição deverão
proporcionar aos alunos:
I- Diálogo com os diversos campos do trabalho, da ciência, da tecnologia e
da cultura;
II- Elementos para compreender, discutir e transformar as relações sociais
de produção e de trabalho, bem como as especificidades históricas nas
sociedades contemporâneas;
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III- Recursos para exercer sua profissão com competência, idoneidade
intelectual e tecnológica, autonomia e responsabilidade, orientados por
princípios éticos, estéticos e políticos, bem como compromissos com a
construção e fortalecimento de uma sociedade democrática;
IV- Domínio intelectual das tecnologias pertinentes ao eixo tecnológico do
curso, de modo a permitir progressivo desenvolvimento profissional e
capacidade de (re)construir conhecimentos e desenvolver novas
competências profissionais com autonomia intelectual, moral e social;
V- Condições de desenvolvimento de instrumentos práticos necessários a
cada habilitação profissional, por meio da vivência de diferentes
situações de estudo e de trabalho;
VI- Fundamentos de empreendedorismo, cooperativismo, tecnologia da
informação, legislação trabalhista, ética profissional, gestão ambiental,
segurança do trabalho, gestão da inovação e inovação científica, gestão
de pessoas e gestão da qualidade social e ambiental do trabalho.
Currículo este a ser realizado por meio de atividades pedagógicas regulares e
extensivas, respeitando-se as cargas horárias mínimas exigidas por lei; tais atividades
deverão contemplar aulas teóricas e práticas, de modo a ser concebida a aprendizagem
significativa, ultrapassando assim a aprendizagem mecânica responsável apenas pelo
acúmulo de informações sem atribuir-lhes real significado (AUSUBEL, 1982)A
educação profissional, voltada para a formação integral do ser humano, reconhece o
trabalho como princípio educativo que deve nortear o currículo e as práticas educativas,
considerando ainda o sujeito nas suas múltiplas dimensões (IFMA, 2016). Como
instituição que se propõe a formar cidadãos ao passo que qualifica profissionais, o
currículo necessita estar embebido nos preceitos da educação construtivista,
reconhecendo o inacabamento do saber, pois o ser humano vive em constante processo
de aprendizagem, sendo influenciado nas interações no meio físico e social.
3.2.1 Organização curricular
A organização curricular dos cursos técnicos observa as determinações legais constantes
na Lei Federal nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, na Resolução CNE/CEB nº06/2012, queinstitui as
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Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Profissional de Nível Técnico e as
normas estabelecidas pela Resolução CONSUP/IFMA Nº 14 de 28 de Março de 2014,
que aprova as Normais Gerais da Educação Profissional Técnica de Nível médio do
IFMA.
3.2.1.1 Técnico Integrado ao Ensino Médio
A organização curricular prevê a integração da educação profissional técnica
com o ensino médio, assegurando simultaneamente o cumprimento das finalidades
estabelecidas para a consolidação da educação básica e as condições de preparação para
o exercício profissional. Para tanto,os cursos são organizados em 6 (seis) módulos
desenvolvidos ao longo de 3 (três) anos, nos quais são trabalhadas disciplinas
pertencentes ao núcleo comum e específicas do núcleo técnico, não contemplando,
porém, itinerário formativo que encaminhe à qualificação profissional quando da
conclusão de cada módulo.
Convém ressaltar que em consequência dessa simultaneidade, a concepção
curricular é única, plenamente integrada e como tal os cursos devem ser desenvolvidos
em toda a extensão da prática educativa na qual se inclui o planejamento e as atividades
didáticas.
O currículo está centrado no desenvolvimento da capacidade do aluno de
articular, mobilizar e colocar em ação conhecimentos, habilidades e valores necessários
ao desempenho eficiente e eficaz das atividades requeridas pelo mundo do trabalho e
inerentes à sua formação profissional.
A proposta dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio associa a formação
geral do educando com a preparação para o exercício profissional, conferindo um
tratamento integrado e contextualizado a todos os componentes curriculares, visando
superar a segmentação dos conteúdos e incorporando a dimensão intelectual ao trabalho.
Nesse sentido, a organização da proposta exigiu conhecimento dos contextos,
das demandas sociais e do mundo do trabalho, a identificação do perfil profissional de
conclusão da habilitação, e a definição dos processos pedagógicos, procurando
assegurar a construção de competências significativas para a formação do cidadão-
profissional, bem como sua inserção no mundo do trabalho e o exercício da cidadania
plena.
17
Para a operacionalização dessa proposta pedagógica de integração curricular é
necessário que:
Sejam adotadas diferentes metodologias de trabalho como o desenvolvimento de
projetos interdisciplinares, a solução de problemas, o desenvolvimento de
estudos de casos, a pesquisa em diversas fontes, visitas técnicas e a participação
em eventos científicos relacionados aos cursos;
As ações metodológicas priorizem o conhecimento prévio dos alunos e
incentivem a reflexão e busca de conhecimento em exercício permanente e
sistemático da relação teoria e prática;
Seja estabelecido um canal de comunicação e intercâmbio entre professores e
equipe pedagógica, através da adoção da prática de planejamento permanente,
objetivando a busca da interdisciplinaridade.
3.2.1.2 Técnico Subsequente ao Ensino Médio
Os cursos na forma subsequente são organizados em 4 (quatro) módulos
desenvolvidos durante 2 (dois) anos, reunindo as disciplinas que integram sua matriz,
sem contudo ofertar itinerário formativo que possibilite a formação profissional por
meio de conclusão de cada módulo.Nos cursos subsequentes, assim como nos
integrados, há que se assegurar a oferta de um ensino que rompa com a
descontextualização dos saberes, que pautado na interdisciplinaridade consiga reunir
princípios da formação integral, preparando os alunos para além de bons profissionais
serem pessoas conscientes do seu agir no mundo.
Os procedimentos metodológicos devem adotar práticas que, em consonância
com tais princípios, estimulem o aluno ao desenvolvimento da autonomia; à
assimiliação de informações de modo a utilizá-las em situações semelhantes,
transformando os conteúdos aprendidos em saberes reais. Além disso, desenvolvam
aprendizagem significativa, podendo-se para tanto recorrer a pesquisas, estudos de
casos, visitas técnicas, experimentos laboratoriais, entre outros.
3.2.2 Estágio Curricular
Considerado um procedimento didático-pedagógico, o Estágio Curricular será
realizado de acordo com as possibilidades da instituição em firmar convênios com
18
empresas públicas e/ou privadas para esse fim, desde que previsto nosPlanos de Cursos
Este deverá manter coerência com o perfil profissional de conclusão do curso, pois é
uma atividade curricular supervisionada que tem por finalidade a complementação da
formação profissional.
Nesse contexto, possibilita ao aluno que tenha maior vivência de situações
concretas de trabalho, colocando em prática as competências desenvolvidasdurante a
sua formação e estabelecendo novos conhecimentos e relações interpessoais.
Deverá ser realizado preferencialmente ao longo do curso ou, se necessário, em
etapa posterior aos demais componentes curriculares, observando-se, para tanto, que o
estagiário deverá estar regularmente matriculado e ser orientado por um supervisor
designado pelo Campus.
A experiência profissional na área de formação, exercida durante o período do
curso, poderá ser considerada para aproveitamento de estágio, contabilizando horas a
partir do terceiro módulo, desde que o aluno solicite o reconhecimento dessa prática
profissional, apresente um plano de trabalho integrador, tenha a orientação de um
supervisor e ao final elabore um relatório de estágio. Os alunos que concluírem o
estágio curricular terão a respectiva carga horária acrescentada em seus históricos de
conclusão.
3.3 Oferta de cursos
A oferta de cursos no IFMA/Campus Coelho Neto atende à Educação
Profissional de Nível Médio, contemplando 3 eixos tecnológicos: Informação e
comunicação, Gestão e Negócios, e Controle e Processos Industriais.
No Eixo Informação e Comunicação há a oferta do Curso Técnico em
Informática,integrado ao Ensino Médio. No Eixo Gestão e Negócios, o curso Técnico
em Administração, integrado ao Ensino Médio. No Eixo Controle e Processos
Industriais, oferta-se o curso Técnico em Automação Industrial, subsequente ao Ensino
Médio.
3.4 Requisitos de acesso
O acesso aos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio, destinados a quem
concluiu o Ensino Fundamental, e aos Cursos Técnicos Subsequentes ao Ensino Médio,
a quem concluiu o Ensino Médio, dá-sepor meio de aprovação e classificação em
19
processo seletivo realizado pelo IFMA; solicitação de reabertura de matrícula;
transferência de outros Institutos Federais, condicionada à existência de vaga e
cumprimento de prazos estabelecidos no calendário acadêmico, e solicitação de
mudança de curso, sendo constatada afinidade entre as habilitações, vaga disponível e
de acordo com os prazos do calendário acadêmico.
3.5 Perfil de formação
Os profissionais formados no IFMA/Campus Coelho Neto serão qualificados a:
Utilizar os conhecimentos científicos de forma crítica para o
desenvolvimento da sociedade, apropriando-se dos recursos técnológicos
associados a valores como ética, cidadania, moralidade, justiça
democracia;
Compreender o contexto social (científico, econômico, legal e político),
no qual se insere sua área de formação e as possibilidades de atuação;
Exercer com compromisso e habilidade as atividades inerentes à sua área
de formação profissional de forma a contribuir para transformação social,
baseada nos princípios do diálogo com os diferentes e iguais;
Interpretar a legislação no tocante a normas técnicas e regulamentadoras
de saúde e segurança do trabalho, promovendo espaço saudável e seguro
para o trabalho;
Adotar postura empreendedora para o crescimento profissional, buscando
sempre o aperfeiçoamento próprio e do grupo no qual esteja inserido;
3.6 Avaliação do processo educativo
A avaliação constitui parte fundamental do processo de ensino-aprendizagem,
devendo ser desenvolvida nas perspectivas diagnóstica e formativa, por ser o processo
educativo de cárater contínuo. Tem a capacidade de mensurar a qualidade desse
processo, servindo de norte para reorientações permanentes. Dessa forma, configura-se
comoum instrumento de apoio à organização e planejamento das ações educativas, bem
como de sua execução.
Os procedimentos avaliativos no âmbito do IFMA são os definidos na Resolução
CONSUP/IFMA 86 de 05 de Outubro de 2011, que estabelece a Sistemática de
Avaliação nos Cursos Técnicos do IFMA, e devem ser realizados de forma contínua
20
considerando prioritariamente os aspectosqualitativos sobre os quantitativos, atendendo
às dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais.
A recuperação paralela deve ser praticada como forma de oportunizar ao aluno a
superação de eventuais dificuldades de aprendizagem no cotidiano escolar, e a
diversificação de instrumentos avaliativos deve ser garantida vislumbrando aos alunos o
contato com as mais variadas formas de produção de conhecimento.
O Conselho de Classe também integra a avaliação educacional no IFMA, sendo
um espaço coletivo de participação, com cárater interdisciplinar e deliberativo.Objetiva
a promoção de discussão sobre o processo didático, constituindo-se como espaço ideal
para concretização da avaliação formativa e democrática.
Avaliar não deve signifcar julgamento sobre a aprendizagem do aluno, mas
constituir-se como um ato de identificação dos caminhos já percorridos por ele,
apontando seus avanços e suas dificuldades,suas possibilidades e necessidades, num
processo de reflexão sobre a prática de ensino, orientando a novas estratégias e
caminhos para a ação educativa.
4 DIAGNÓSTICO
Para fins de deliner a real situação do IFMA-Campus Coelho Neto realizaram-se
questionamentos com docente, discentes e pais de alunos por meio de reuniões e
aplicação de questionários, com foco na identificação dos problemas e situações a serem
analisados, vislumbrando eventuais intervenções através do Plano de ação.
O IFMA-Coelho Neto está localizado na zona urbana e se propõe, conforme já
revela a missão da instituição, a transformar seres humanos, com foco na formação
técnica e profissional do cidadão, mas também no Ensino Médio, Superior e na Pós-
Graduação, de modo a garantir seu desenvolvimento de forma holística, assegurando
sua inserção no mercado de trabalho e buscando a qualidade no ensino.
A comunidade na qual a instituição está inserida é composta por famílias de
classe média/baixa, onde as principais fontes de renda são o trabalho na lavoura da cana
ou na lavoura de subsistência, serviço público municipal e estadual e comércio, além de
grande parcela ser beneficiária de programas de transferência de renda do governo
federal.
21
Importante destacar que o ensino tradicional ainda vigora, embora se levante
tanto a bandeira da inovação, os formatos dos vestibulares atuais estão tentando
evidenciar a questão dessa necessidade de mudança. A função da escola está associada
às necessidades sociais e isso deve ser refletido de modo a conduzir a busca de
estratégias para superação de vícios que os alunos trazem de outras realidades.
O aluno que recebemos no IFMA/Coelho Neto, em geral, apresenta limitações
de conhecimento dos conteúdos estudados na base (Ensino Fundamental), o que requer
maior esforço por parte dos docentes para além de cumprirem com as ementas dos
cursos, resgatarem competências que são imprescindíveis para a aprendizagem dos
conteúdos que aqui precisam ser desenvolvidos. O perfil desses alunos é de bastante
envolvimento nas atividades práticas, porém, deixam a desejar no índice acadêmico.
As dificuldades pontuais dos alunos precisam ser acompanhadas, para a
realização de um trabalho direcionado, necessitando que o apoio pedagógico seja mais
atuante no que se refere à intervenção junto aos alunos, do mesmo modo o
acompanhamento pelo setor de Psicologia é algo que precisa ser motivado, como forma
de trabalhar positivamente as emoções e conflitos.
O IFMA-Coelho Neto tem sido um espaço de promoção de valores, de
identidade, de delinear objetivos, com a missão de conscientizar seus discentes sobre a
realidade na qual estão inseridos. Destaca-se a a necessidade da busca de novos
horizontes, o que deixa evidente que a instituição precisa expandir e se fazer mais
notável aos olhos de toda a comunidade, abrindo maior espaço para interação com a
mesma.
O IFMA não viabiliza plenamente a execução dos pilares que regem a
instituição: ensino, pesquisa e extensão, uma vez que o apoio ao desenvolvimento
desses é limitado. Apesar das tentativas de mobilização neste sentido, está complicada a
execução, necessitando assim repensar a função dessa instituição na comunidade, tendo
em vista que seus créditos estão sendo postos em discussão. Faz-se necessário evitar o
distanciamento entre o IFMA e demais instituições da cidade, como nota-se neste
ínterim. A gestão precisa rever seu planejamento e atender ao básico e necessário para
expansão da instituição e da comunidade.
Como ponto bastante positivo da atuação do IFMA pode-se destacar o Programa
Mulheres Mil que teve êxito na instituição juntamente com a comunidade e tem sido
solicitada frequentemente por esta, mas a oferta não acontece há bastante tempo,
22
deixando-a desejosa de oportunidade por formação e possibilidade de inserção no
mercado de trabalho.
IFMA/CAMPUS COELHO NETO: PERSPECTIVAS DOS SERVIDORES
O IFMA-Campus Coelho Neto entende o “aprender” como uma atividade
consecutiva do “ensinar”. Ensino este que deve ser processual, construtivo e
democrático, que possibilite a liberdade de ideias e conexões entre as partes (docentes e
discentes). É necessário por meio desse ensino aumentar seu nível de conhecimento
sobre assuntos pertinentes à sua área de formação e à sociedade em geral, bem como
fazer com que o aluno consiga assimilar as informações e utilizá-las em situações
concretas de seu cotidiano.
É um processo ativo que exige do aluno e principalmente dele um interesse e
uma busca por conhecimento, visto que o desinteresse impossibilita o processo de
aprendizagem. Aprender parte de um despertar, de uma motivação pessoal que pode vir
da família, do professor ou do próprio aluno. Este pode aprender sem um professor, mas
um professor não pode possibilitar o aprendizado sem o interesse do aluno, cabe, então,
ao professor e à instituição de ensino prover as ferramentas necessárias para que a
aprendizagem aconteça, realizando um ensino de qualidade que motivo e instigue o
aluno ao desejo de buscar cada vez mais conhecimento.
O ensinar, que desencadeia a aprendizagem, é entendido como ação de “tocar a
alma” do aluno, permitindo a ele o sentimento de concretude e importância daquilo que
se ensina. Ensinar é utilizar a prática para melhor exercitar o pensamento crítico como
forma de construção de conceitos e definições. Para percorrer tal caminho mostra-se
necessário que existam ferramentas e condições para que os esforços empregados pelos
aprendizes tenham êxito. O ensinar exige o comprometimento de ambas as partes
(professor e aprendiz) para que, de fato, se possa possibilitar a aprendizagem por parte
deste primeiro, utilizando estratégias diversas que observem a contextualização e
ludicidade como forma de estímulo ao real aprender do segundo.
Para o desenvolvimento da aprendizagem, alguns processos mentais são
essenciais como concentração, contextualização, autonomia, protagonismo, o despertar
do interesse, da motivação que muitas vezes já é próprio do aluno, mas em algumas
situações, como quando a família não é parte ativa desse processo ou quando as
23
condições estruturais não são favoráveis, necessita do estímulo. Esse processo exige
uma mediação que faça utilização de novos recursos, que replaneje as ações quando
necessário, usando de um planejamento responsável e comprometido com foco no
sucesso do aluno.
O mediador do processo de ensino deve ter claro os principais aspectos que
facilitam a aprendizagem dentro do contexto, a saber alguns destes: exercício constante
de leitura, compreensão e interpretação; o reconhecimento e utilização da tecnologia
como recurso didático, principalmente em uma instituição que se propõe tecnológica,
estimulando assim o envolvimento dos alunos; a participação contínua da família em
todo o processo de formação do aluno, bem como a construção de objetivos de vida por
ele, como forma de organização e planejamento do próprio processo de aprendizagem.
Ao estabelecer metas para si mesmo, o aluno pode vislumbrar o esforço que deve ser
empenhado para atingir tais propósitos e com isso sentir-se motivado a executar tal
projeto de vida.
O desempenho escolar depende de uma gama de fatores, no contexto do IFMA-
Campus Coelho Neto se identificam alguns deles que dificultam um desempenho
positivo, quais sejam: quadro reduzido de professores, escassez de material didático,
espaço físico limitado, acervo bibliográfico pequeno, inexistência de alguns
laboratórios, necessidade de estruturação da equipe pedagógica para fins de um
acompanhamento mais efetivo, base fundamental deficitária de uma grande quantidade
de alunos, falta de hábito de alguns alunos para uma rotina de estudos, necessidade de
maior motivação pessoal dos alunos, que deveria ser alimentada por eles próprios, pela
família e pela instituição. Dentre os fatores que determinam um desempenho positivo,
foram identificados: assiduidade e boa frequência, rotina de estudos para além da sala
de aula, base fundamental sólida em que se possibilitou o desenvolvimento das
competências básicas próprias dessa etapa, ambiente familiar estável, favorável e que
proporcione apoio ao processo de aprendizagem do aluno. Para lograr êxito, o aluno
necessita ainda possuir esforço, persistência, interesse e disciplina.
A avaliação, como ponto fundamental no processo de ensino-aprendizagem, é
vista como momento de constatar se a aprendizagem de fato vem sendo realizada,
identificando a necessidade de otimização, de maior empenho do aluno e/ou do
professor e, em último caso, da repetição do processo ou de parte dele através da
24
reprovação. Assim, entendida também como momento privilegiado de estudo, em que
se pode avaliar a aprendizagem ou não do conteúdo ensinado, sendo necessária uma
sistemática de avaliação padronizada, que considere os objetivos da instituição:
Formação Básica e Formação Técnica.
O objeto da avaliação deve ser a aprendizagem do aluno, baseado nas
competências as quais se busca desenvolver; analisando a presença, participação,
comportamento, resolução de atividades propostas, visando à identificação da evolução
do aluno dentro do processo de ensino-aprendizagem. Avaliação esta que deve ser
diagnóstica, contínua e processual, utilizando instrumentos diversos como seminários,
pesquisas, avalições individuais e etc. Por ser contínua, essa avaliação deve acontecer
em todos os momentos e em um evento isolado, desenvolvendo-se ao longo de todo o
processo, para que nenhum resultado seja radicalmente conclusivo, de maneira que não
impossibilite mudanças que possam reorientar o processo de ensino. A avaliação tem
como finalidade diagnosticar as competências adquiridas e as que necessitam ser, para
que assim o planejamento siga nos rumos adequados a uma aprendizagem real.
A avaliação diagnóstica dá conta de identificar as aprendizagens não
consolidadas anteriormente, por meio desse resultado o docente deve encontrar meios
para que o aluno possa recuperar esses conhecimentos, seja por meio de reforço, entre
outras atividades. Recuperar em contraturno, como acontece na instituição, não surte o
efeito necessário quando do desinteresse do aluno; nas situações em que o aluno
apresente real dificuldade de aprendizagem dever-se-ia se pensar em atividades
orientadas e consulta a especialista. Outra posição se coloca em ser disponibilizado para
o aluno o necessário para que juntamente com o interesse e esforço devido do aluno,
essa recuperação se torne possível, através de programa de monitoria, reforço das
disciplinas básicas e disponibilização de material didático para estudo dirigido.
A recuperação de aprendizagem em processo na sala de aula deve ocorrer por
meio da verificação por parte do professor, se as dificuldades apresentadas
anteriormente pelo aluno foram superadas, além disso, dar uma segunda chance àqueles
que não logram êxito no primeiro momento. O professor precisa estar disponível para
esclarecer dúvidas, porém, atento também ao desenvolvimento dos demais alunos de
modo a não prejudicá-los, realizando assim um acompanhamento que proporcione a
identificação das dificuldade de cada um.
25
A educação com propósito de formação integral deve estar embasada numa
visão interdisciplinar. Para se organizar um trabalho interdisciplinar é necessário foco
nos objetivos de formação da instituição: Educação Básica e Educação Profissional,
realizando revisões, simulados, café-aula, projetos integradores; promovendo ainda
atividades extraclasse como sarau, feiras, semanas científicas, onde a
interdisciplinaridade se concretize.
A educação não é um processo estagnado, pronto e acabado, portanto, há que se
reconhecer que para evoluir nas condições de ensino é necessário perceber as forças e
fraquezas deste processo e assim conduzir o planejamento, redefinindo objetivos a fim
de que se aprimore o trabalho escolar. Sobre os pontos positivos identificados numa
análise geral: professores qualificados e estrutura favorável e as fraquezas identificadas:
base fundamental deficitária, falta de perspectiva de futuro por parte de muitos alunos,
falta de professores; comunicação ineficiente na instituição, burocracia, organização e
gestão. Foram apontadas as seguintes ações para melhoria: desenvolvimento de projetos
de extensão; realização de visitas técnicas; acompanhamento extraclasse que contribua
para a estruturação familiar e motivação do aluno; estruturação da equipe pedagógica,
acompanhamento pedagógico mais efetivo; organização dos cursos técnicos com suas
coordenações; criação de coordenação do eixo comum, a se responsabilizar pelas
atividades específicas das disciplinas do núcleo comum (como revisões, simulados) e
assim integrar mais efetivamente formação profissional e preparação para o ingresso no
ensino superior; direção de ensino com mais estratégias e visão além do muros da
instituição; criação de planejamento estratégico e executar as atividades dentro destes
parâmetros; acompanhamento do desempenho docente e sua qualificação.
Analisando em específico o ensino, pesquisa, extensão, gestão, comunicação interna,
quadro de servidores, formação continuada e infraestrutura, foram elencados para cada
um os pontos positivos, pontos negativos e sugestão de melhorias:
Ensino
Fatores positivos: bom número de egressos que adentraram no ensino superior
e/ou no mercado de trabalho em sua área de formação no IFMA.
Fatores negativos: pouca interdisciplinaridade; alunos sem aula por falta de
docentes; ausência de material básico, como pincéis, em alguns momentos; excesso de
26
carga horária docente que dificulta execução de pesquisa e extensão; dificuldade para
encontrar horário para realização de atividades realizadas pelos técnicos administrativos
junto aos alunos; mudanças, alterações de acordos quase sempre direcionadas ao
público-alvo dos professores; falta de planejamento: atraso na entrega de plano de
ensino, entrega de notas e atividades sem correção.
Sugestões de melhorias: integrar alunos; facilitar o processo de educação de base
e apoio em disciplinas específicas; organizar contraturno para disciplinas básicas;
organização de ações coletivas; maior apoio da gestão para ações desenvolvidas pelos
técnicos administrativos; apoio na divulgação e defesa da proposta educativa trabalhada;
encaminhar proposta de horário no calendário para o desenvolvimento de atividades.
Pesquisa
Fatores positivos: realização constante de pesquisas, embora o número de
pesquisadores seja ainda pequeno.
Fatores negativos: pouca produção científica e divulgação de seus resultados;
divulgação insuficiente de editais; ausência de espaço interno para divulgação de
resultados; falta de interesse em aproveitar as atividades internas para divulgação de
resultados; ausência de espaço na biblioteca para divulgação das produções internas;
pouca visibilidade do tema no campus; aumento do quadro de professores e diminuição
do número de projetos aprovados (2015-2016: 3 projetos PIBIC; 2016-2017: 9 projetos
PIBIC; 2017-2018: 6 projetos PIBIC e 1 FAPEMA); falta de incentivo à pesquisa;
pesquisa é feita (se der tempo); aumento do número de turmas sem planejamento das
atividades de pesquisa; inexistência de um grupo de pesquisa no Campus; não há
integração entre os pesquisadores do IFMA; possuímos ISBN para a Semana
Multicultural, mas falta mais empenho de alguns servidores; inexistência de revista
científica.
Sugestões de melhorias: realizar eventos que possam promover e fortalecer esta
atividade e buscar parcerias com outras instituições para esta finalidade; maior
divulgação dos editais entre os estudantes; criar espaço na biblioteca para divulgação
das produções internas e acervo direcionado para as linhas de pesquisa dos editais;
equipe para trabalhar este tema.
Extensão
27
Fatores positivos: Projetos pontuais, mas que já despontam para o crescimento
da ponte IFMA-Comunidade, cobrança e incentivo do campus para que se realize.
Fatores negativos: poucos projetos realizados; pouca socialização dos resultados;
indefinição de servidor responsável pelo setor; divulgação insuficiente de editais;
ausência de espaço interno para divulgação de resultados; ausência de espaço na
biblioteca para divulgação dos projetos.
Sugestões de melhorias: definição de servidor responsável por cada área:
pesquisa e extensão; maior divulgação dos editais entre os estudantes; criar espaço na
biblioteca ou outro local para divulgação de resultados.
Gestão
Fatores positivos: diálogo produtivo com a gestão, permitindo decisões em
conjunto para a resolução de problemas de forma democrática; bom rendimento do
trabalho escolar, apesar das limitações ainda existentes no que diz respeito a estrutura e
quadro de servidores. Boa articulação com os servidores, trabalho integrado e equipe
coesa.
Fatores negativos: falha na comunicação; demandas excessivas para o número
de servidores em alguns setores, dificultando o andamento de processos e
acompanhamento de alunos; insuficiente número de reuniões por setor e geral; visão
estratégica de ensino incipiente; número de reunião com estudantes insuficiente;
incipiente participação nas decisões do campus.
Sugestões de melhorias: focar no objetivo principal que é o ensino e
aprendizagem, sem desconsiderar a flexibilidade diante de diversas situações que se
apresentam no ambiente escolar; realizar treinamentos, capacitações, troca de
experiências com outros institutos para todos os setores, departamentos e divisões;
realizar reuniões periódicas para a socialização de informações com todos os servidores;
a direção é o elo com os demais setores, devendo planejar, orientar, direcionar,
organizar e controlar para que os demais sintam esse direcionamento e possam
contribuir; é necessário criar a identidade da instituição, a partir da percepção do local
onde a mesma está inserida e de sua realidade; melhorar o diálogo entre os servidores e
mais participação nas decisões tomadas; angariar códigos de vagas para Técnicos em
Assuntos Educacionais e Pedagogos; fortalecimento, por parte da direção geral, do elo
28
com os estudantes, a fim de compreender demandas mais específicas da classe, por
meio de reunião mensal do diretor com os alunos/ representantes de turmas; organizar
calendário de reuniões anuais com os servidores; participar de cursos de capacitação e
aperfeiçoamento na área do ensino e inserir no planejamento atividades voltadas para a
formação na área, de preferência recorrendo a profissionais da própria instituição e se
possível do próprio campus; organizar calendário anual de reuniões com os alunos;
melhorar o relacionamento interpessoal, promovendo encontros que possam favorecer
um ambiente mais descontraído, permitindo maior aproximação entre os servidores;
permitir a todos a possibilidade de participação mais sistemática em assuntos de
interesse da comunidade escolar.
Comunicação interna
Fatores positivos: interação por meios eletrônicos.
Fatores negativos: existe comunicação, porém, deixa a desejar; pouca fluência
de informações; carente de relações interpessoais sólidas; deficiência na comunicação
com a reitoria; ausência no campus de profissional responsável pela comunicação
interna; desinteresse de servidores por assuntos pertinentes a todos; dificuldade na
designação ou informação aos servidores de substituição dos gestores quando de suas
ausências.
Sugestões de melhorias: deve haver mais interação; deve-se socializar com todos
os servidores periodicamente as informações inerentes a instituição; deve existir mais
fluência nas informações, devendo-se responder aos e-mails quando solicitados, realizar
reuniões diretivas e setoriais; deve-se realizar itinerância da reitoria no campus;
designação de servidor responsável pela comunicação interna.
Quadro de servidores
Fatores positivos: nenhum identificado.
Fatores negativos: insuficiente; sobrecarga de serviços para alguns; preocupante
por ser insuficiente o número de servidores diante da demanda de alunos que cresce a
cada ano; número insuficiente de assistentes administrativos para realizar as atividades
burocráticas; necessidade de novos servidores em setores com altas demandas.
29
Sugestões de melhorias: identificar a necessidade de cada setor, para poder
montar o quadro com o quantitativo ideal; nomear os servidores que a instituição esteja
realmente precisando; necessário consultar Comissão Permanente de Pessoal Docente-
CPPD local e os gestores para não haver mais prejuízos quando da distribuição de
códigos de vagas; precisa-se de mais pedagogos, técnicos em assuntos educacionais e
assistentes administrativos.
Formação Continuada
Fatores positivos: nenhum identificado.
Fatores negativos: insuficiente; inexistente para os técnicos administrativos; falta
apoio da instituição para a realização de cursos de formação continuada; ausência de
tempo para os técnicos e docentes realizarem a formação continuada; servidores terem
que realizar cursos aos finais de semana por não terem esse tempo previsto dentro da
carga horária de trabalho; não oferece cursos dentro da instituição que favoreçam a
formação; ausência de liberação de aulas dos docentes em mestrado e doutorado; falta
incentivo, ocasionando a realização de capacitação fora da área do servidor, apenas para
fins de progressão; reduzido número de códigos para professor substituto.
Sugestões de melhorias: dividir os valores financeiros para capacitação por
setores, para que todos os servidores possam ser contemplados; parceria para realização
de mestrado e doutorado interinstitucional; realização de cursos direcionados para os
setores; realização de cursos de extensão para os servidores; prever na proposta da
instituição, condicionada a existência de horários específicos dentro da carga horária de
trabalho.
Infraestrutura
Fatores positivos: construção do novo prédio.
Fatores negativos: insuficiente para a demanda de alunos e servidores; espaço
reduzido da biblioteca, e acervo bibliográfico pequeno; projeto do novo campus não
prevê quadra poliesportiva e piscina.
Sugestões de melhorias: identificar a demanda dos setores para melhorá-lo e
inaugurar o novo prédio com estrutura adequada.
IFMA-CAMPUS COELHO NETO: PERSPECTIVA DOS ALUNOS
30
O questionário contemplou 10 questões e foi aplicado aos alunos das turmas
concludentes dos Cursos de Informática, Administração e Automação Industrial,
vislumbrando acesso às expectativas sobre ação escolar, aos pontos positivos e
negativos entre a comunicação escola/alunos; às dificuldades encontradas na escola; à
relação escola/comunidade; à gestão escolar e à estrutura física, bem como sugestões
para melhoria do trabalho escolar.
Quando perguntados o que esperavam do trabalho da escola, identificamos
expectativas relacionadas à ação docente, aos Setores relacionados ao Ensino (Diretoria,
Departamento, Coordenações, Equipe pedagógica e Docentes) e à gestão de forma mais
ampla, quais sejam:
Tabela 1- Expectativas em relação ao trabalho da escola
Aulas mais dinâmicas e práticas;
Formação social e humana;
Consideração do posicionamento dos
alunos;
Mais acompanhamento;
Parceria docente/discente;
Profissionalismo e planejamento.
Ação Docente
Ensino de qualidade/Qualificação
profissional;
Transformação de realidade social;
Inserção no mercado de trabalho;
Envolvimento dos alunos nos projetos e
eventos;
Acolhimento dos alunos do turno noturno;
Regras mais rígidas (Indisciplina);
Inclusão e acesso igualitário (seleção).
Setores relacionados ao Ensino (Diretoria,
Departamento, Coordenações, Equipe
pedagógica e Docentes)
Melhorias nas decisões da gestão ;
Continuar o belo trabalho;
Mais estrutura, melhorias, salas mais
amplas;
Mais professores;
Oferta de ensino superior;
Mais transparência/Comunicação;
Eficiência e planejamento.
Gestão
Fonte: Dados da Pesquisa
Em resposta ao questionamento se o IFMA adota procedimentos eficientes de
comunicação, 65,8% dos alunos afirmaram que sim, 34,2% responderam
negativamente, conforme gráfico I, a seguir:
31
Gráfico I- Procedimentos regulares e eficientes de comunicação
Fonte: Dados da Pesquisa
Respaldando o maior percentual de respostas, os alunos justificam que é
eficiente e regular devido ao uso de e-mail acadêmico, internet, redes sociais, grupos de
WhatsApp, que a escola tem se esforçado através de cartazes, anúncio nas dependências
do Instituto, áudios, promovendo reuniões entre alunos e servidores, viabilizando acesso
direto aos Diretores, enviando bilhetes e comunicadosou, ainda, avisando nas salas e
site do Instituto.
Os alunos, em geral, consideraram que possuem espaço para participarem
efetivamente da vida escolar, de acordo com gráfico II:
Gráfico II- Participação escolar
Fonte: Dados da Pesquisa
32
Conforme gráfico II, constatamos que apenas 36,6 % dos respondentes
informaram que não encontram espaço nem oportunidade para participação da vida
escolar. Enquanto que 63,3% expuseram que sim, justificando para tanto a participação
em monitoria, nos eventos, nas ações promovidas, em projetos de extensão e de
pesquisa, ações voluntárias e remuneradas, jogos escolares, acesso à biblioteca e
internet, apoio, uma vez que podem se expressar e têm direito a pronuciamento,
mediante, por exemplo, questionário.
Quando perguntados de que forma a escola deve trabalhar os aspectos da
cidadania, solidariedade, respeito e responsabilidade, foram sugeridas realizações de
projetos e intervenções educativas, a saber:
Tabela 2-Formas de trabalhar cidadania, solidariedade, respeito e
responsabilidade
Viagens igualitárias (visita técnica);
Projetos Educacionais
(alunos/comunidade);
Projetos de extensão;
Campanhas educativas fora de sala de
aula;
Eventos;
Instituto cidadão.
PROJETOS
Dinâmicas e criatividade;
Palestras e trabalhos voltados para o tema;
Campanhas educativas dentro da sala de
aula;
Trabalhos fortalecendo a relação alunos-
servidores;
Melhorando ensino;
Promovendo interação ;
Trabalhar mais união entre as salas (existe
segregação);
Promovendo igualdade social;
Mediando interação;
Através de decisões coletivas;
Dar acesso e condições iguais;
Respeitando direitos de todos;
Desempenho e progresso dos alunos;
Educação sobre empatia e respeito;
Agir de forma justa e igualitária;
Regras mais rígidas (Indisciplina).
INTERVENÇÕES
Fonte: Dados da Pesquisa
33
Quando perguntados se a ação educativa do IFMA tem correspondido às suas
expectativas, 54,4% responderam que em parte; 30,4 %, sim e 15,2% disseram que não.
Isso revela que a prática educativa, de modo geral, pode ser avaliada como positiva,
uma vez que tanto as respostas “em parte” como a “sim” ressaltam um trabalho efetivo,
mas que pode melhorar e o percentual que assinalou de forma negativa é mínimo. Para
justificar que essa ação correponde em parte, os questionados apresentaram as seguintes
ressalvas:
Tabela 3- Percepção da ação educativa
Há necessidade de professores, pois a ausência
prejudica muito;
Os professores são extremamente inteligentes,
mas não sabem repassar seus conhecimentos;
Mais professores qualificados para ensinar
geração digital;
Professores desinteressados em ensinar;
Excelentes professores, mas não temos
liberdade para trabalhar de forma livre as
atividades extracurriculares;
Algumas disciplinas são bastante corridas e a
metodologia inadequada;
Algumas aulas deveriam ser mais práticas;
Horários vagos;
Faltam projetos/oportunidades.
PROFESSORES/PRÁTICA
EDUCATIVA
Melhorar em relação ao/ à espaço/estrutura;
Não tem área de atuação na cidade.
GESTÃO
Fonte: Dados da Pesquisa
A 6ª questão vislumbrou identificar a percepção dos alunos em relação à atuação
da gestão na escola, o que resultou no quantitativo de 55,7% que responderam sim e
44,3% , não. Tendo em vista a proximidade percentual, seguem as justificativas para
ambas respostas:
Tabela 4- Grau de satisfação da gestão na escola
SIM (55, 7%) NÃO (44,3%)
Está evoluindo, avançando, voltando à
regularidade, ajuda muito;
Interage com os alunos (dar importância ao
bem-estar dos alunos);
Ouve críticas e trabalha por melhorias;
Sempre atento às necessidades dos alunos e
solucionando problemas que aparecem em
Falta comunicação entre alunos e gestão;
Falta de professores das disciplinas
específicas do curso, falta professor de
História e de outras disciplinas
importantes para ENEM;
Burocracia;
Reclamações não atendidas;
34
meio a área discente;
Há mais diálogo, mais preocupação;
Muito atenciosa e eficiente, demonstrando
isso na resolução de problemas como:
pequenos vandalismos e infrações que
ocorrem na Instituição;
Vem estimulando os alunos;
Cumprindo o seu papel;
Preocupa-se tanto com o aluno, como com
tudo que envolve a escola em si;
Nova gestão está pondo ordem;
Está fazendo um excelente trabalho;
Com a nova gestão, já foram solucionados
muitos problemas que já estavam há muito
tempo sem serem nem ao menos
mencionados.
Sem experiência, falta de pulso do
gestor, em todos setores da organização;
Falta planejamento, organização;
Falta material de suporte para os alunos;
Faltam materiais de higiene: papel
higiênico, papel toalha;
Falta mais iniciativa da gestão;
Saída do DDE durante o ano letivo de
2016;
Faltam livros para os alunos, mas
obrigam a fazer empréstimos toda
semana;
Falta resolutividade dos problemas
relacionados aos alunos, encaminhando
de um setor para outro;
A ausência do DG no campus;
Não resolveram o problema do lanche.
Fonte: Dados da Pesquisa
Os alunos foram questionados quanto à importância em se participar de projetos
na Instituição, o que resultou na exposição das contribuições dessa participação para sua
formação, quais sejam:
Mais conhecimento, aprendizagem, experiência acadêmica e de vida;
Possibilidade de prática;
Contribui para formação, profissão, aperfeiçoamento e prepara para mercado de
trabalho;
Bom para currículo;
Auxilia no desenvolvimento da dimensão mais humana e na melhoria da
educação;
Representa aprofundamento na área de conhecimento;
Qualificação profissional;
Novas formas de conhecimento;
Forma de expressão e criticidade;
Formação de caráter nos projetos sociais realizados;
Reflexão sobre aspectos importantes;
Conhecimento teórico e prático;
Noção de mundo;
Familiaridade com pesquisas e projetos;
35
De forma positiva, pois os trabalhos e projetos contêm normas técnicas que
seriam vistas apenas no ensino superior, e que já são vistas no campus no ensino
médio, algo que em outras escolas do município e até particulares não tem;
Prepara para graduação;
A participação nos ajuda a rever comportamentos.
Quando questionados sobre as principais dificuldades enfrentadas no ambiente
escolar, o que mais se sobressaiu foi a falta de professores, não mais importante que as
também elencadas, observe:
Escolha de alunos por média para desenvolvimento dos projetos, o que
desestimula os demais;
Dificuldades de aprendizagem;
Falta de material didático, livros insuficientes;
Deficiência na estrutura do campus, pois falta espaço físico (superlotação), bem
como a falta de equipamentos nos laboratórios para a prática;
Dificuldade nas matérias de programação, matérias específicas do curso, nas
disciplinas relacionadas a ciência da natureza/exatas;
Dificuldades em desenvolver pesquisas mais extensas e mostrar esse trabalho
para além das fronteiras da cidade;
Carga horária muito ampla;
Ter seis aulas de uma mesma disciplina (o rendimento é baixíssimo);
Dificuldades na metodologia;
Alimentação e falta de um bom lanche oferecido pela cantina da escola, pois a
comida não é saudável e custa caro para nossa realidade;
Falta transporte para se descolar, o que dificulta o acesso ao campus (distante);
A constante mudança no horário ou não ser seguido os horários que estão
expostos;
Falta de materiais de higiene, papel nos banheiros.
Foram apresentadas também soluções para a melhoria do trabalho educativo, dentre
as quais se destacaram pela reiteração: (1) mais projetos e maior engajamento dos
professores para envolver maior número de alunos neles; (2) ouvir mais os alunos e (3)
cumprimento de carga horária, além de as seguintes:
36
Sensibilidade quanto à deficiência escolar, desempenho e desistência; criar
oportunidade para desfavorecidos da sociedade; implementação na forma de ensino e
comunicação; mais professores; bom planejamento; pensar a realidade de alguns alunos
que não participam de algumas atividades e projetos devido a suas crenças,
possibilitando seu envolvimento em horários e dias possíveis aos mesmos; mais cursos
técnicos e implementação de cursos superiores (Administração, Pedagogia, Informática
e Letras); criação de mais eventos; fazer o laboratório de química; lanche gratuito e de
qualidade; ouvir os alunos/saber dos problemas/serem mais ativos/tomarem decisões
mais concretas/aprender a negociar com os alunos; inclusão dos alunos nos processos
decisórios da Instituição, por exemplo, no planejamento pedagógico (já que vamos ter
que seguir o calendário); projetos que envolvam os cursos; melhorar seleção dos alunos
em projetos (inclusão); comprar papel higiênico; desenvolver mais ações
sociais/campanhas (comunidade); aulas mais dinâmicas e práticas; cumprimento da
carga horária e ementa; criação do Grêmio estudantil; eventos que contemplem alunos
da noite; atendimento psicológico aos alunos da noite; estrutura administrativa noturna;
materiais didáticos impressos; realização de concurso; sala de pesquisa; retorno dos
contraturnos; ensinar como funciona o mercado de trabalho na prática, pois alegam a
predominâncias de aulas teóricas.
5 PLANO DE AÇÃO
Tendo por base a situação apontada na etapa do Diagnóstico, elabourou-se o
Plano de ação como forma de definir caminhos para aprimorar o trabalho escolar nos
aspectos avaliados. Esses apectos foram organizados por dimensões e assim delimitadas
as ações com vistas a objetivos, metas e indicadores.
ENSINO
OBJETIVO META INDICADOR
• Criar programa de
nivelamento de
conhecimentos
básicos nas áreas
de matemática e
português para
alunos
ingressantes.
• Selecionar monitores de
português e matemática para
comporem equipe de
trabalho;
• Revisar as habilidades e
competências do ensino
fundamental ao longo do
primeiro bimestre.
• Índice de
desenvolvimento
escolar.
37
• Realizar reuniões
com equipe de
ensino para entrega
de relatórios
destacando
discentes com
problema de
disciplina e/ou
aprendizagem.
• Realizar encaminhamentos
individualizados mensais;
• Buscar o relacionamento
efetivo promovendo maior
integração entre escola e
família;
• Incentivo ao
comprometimento de todos
nas ações educativas.
• Alterações
comportamentais
dos discentes.
• Planejar e
organizar
distribuição de
turmas com no
máximo duas
séries por
professor.
• Garantir melhor preparo das
aulas;
• Favorecer produção e
pesquisa com alunos.
• Otimização do
trabalho docente.
• Assessorar
educadores no
manejo de
instrumentos de
multimídia.
• Fornecer suporte técnico,
material e didático ao
educador.
• Dinamização da
prática docente.
• Melhorar
acompanhamento
acadêmico dos
discentes.
• Ampliar o atendimento aos
discentes pela equipe
pedagógica.
• Registro de
acompanhamento
e orientações
realizadas.
PESQUISA
OBJETIVO META INDICADOR
• Prever a produção
científica docente
semestralmente.
• Pelo menos uma pesquisa por
ano.
• Percentual de
tempo dedicado à
pesquisa.
• Fomentar a
produção científica
no Campus.
• Criar dois grupos de pesquisa
(Por exemplo, um ligado à
educação e outro à
tecnologia);
• Predestinar recursos para
eventos científicos.
• Número de
publicações.
• Promover eventos
científicos.
• Promover eventos internos;
• Promover eventos
interinstitucionais;
• Formar parcerias com as
instituições da cidade
• Colaboração entre
pesquisadores
intracampus e
interinstituições.
38
(UEMA, Faculdades, etc.).
• Possibilitar a
produção científica
eficaz/eficiente.
• Incentivo à qualificação dos
servidores;
• Pós graduações;
• Publicações a nível de pós
graduação;
• Planejamento racional das
cargas horárias;
• Fortalecer a publicação de
trabalhos relacionados ao
IFMA e a seus alunos.
• Participação em
eventos.
EXTENSÃO
OBJETIVO META INDICADOR
• Aumentar a
quantidade de
Projetos de
Extensão com
duração maior e
envolver mais
alunos, inclusive
relacionados aos
cursos.
• Sistematizar divulgação do
projetos realizados.
• Estabelecer
comparativo via
Cadastro no
SUAP através de
Certificação com
os projetos
anteriormente
executados.
• Valorizar mais o
Voluntariado
estudantil nos
projetos de
Extensão.
• Realizar oficinas de
sensibilização e divulgação
dos projetos extensionistas
com o corpo discente.
• Monitoramento
do quantitativo de
alunos
envolvidos,
identificando suas
séries.
• Implementar
espaço de práticas
exitosas das
disciplinas que
possam conduzir
as práticas da
extensão.
• Definir no calendário,.
dentreos eventos já previstos,
adivulgação das experiências
realizadas nas disciplinas.
• Monitoramento a
partir dessa
prática.
• Dar visibilidade às
ações do campus
(os servidores
extensionistas
apresentarem os
resultados interna e
externamente);
• Elaboração de material de
divulgação informativo com
os resultados dos projetos
executados;
• Divulgação nos meios de
comunicação de massa locais.
• Realização de
pesquisa com fins
específicos,
crescimento do
número de
servidores
participantes;
• Aumento da
participação de
39
servidores e
alunos em
projetos
extensionistas.
• Desenvolver ações
e projetos com os
pais dos alunos na
escola.
• Promover espaço de diálogos
com os pais sobre assuntos
diversos;
• Monitoramento
da participação
dos pais nas
ações e projetos.
• Ampliar a
divulgação dos
editais de extensão
entre os alunos e
servidores.
• Divulgar em sala de aula
através dos docentes os
editais disponíveis.
• Realização de
pesquisa para
aferir o
crescimento do
número de
servidores e
alunos
participantes.
• Promover
empreendedorismo
local.
• Realizar workshop sobre
organização de cooperativa e
a prática empreendedora com
micro e pequenos
comerciantes, artesãos, e a
comunidade em geral.
• Coletar as
práticas
empreendedoras
já existentes e
fazer
comparativo.
• Catalogar os
potenciais
parceiros das
atividades
extensionistas do
Campus Coelho
Neto.
• Elaborar o banco de dados de
potenciais parceiros e suas
atividades;
• Reuni-los em evento de
integração no Campus para
estreitar os laços.
• Listar os atuais
parceiros e
comparar com os
que se integrarão
a partir dessa
ação.
GESTÃO
OBJETIVO META INDICADOR
• Promover uma
gestão
democrática,
transparente e
participativa.
• Organizar um calendário de
reuniões gerais e setoriais;
• Elaborar relatórios e
divulgação de boletins
informativos bimestrais;
• Definição das atribuições dos
setores e autonomia
administrativa dos mesmos;
• Apresentar e discutir o
orçamento da instituição.
• Atas das reuniões;
• Publicação dos
boletins;
• Cumprimento do
prazo para a
elaboração e
divulgação dos
relatórios/boletins.
• Aumentar a • Criar o curso de • Número de
40
quantidade de
alunos na
instituição .
Administração, nas
modalidades subsequentes,
PROEJA;
• Ofertar cursos lato sensu;
• Ofertar cursos na modalidade
à distância;
• Melhorar toda a infraestrutura
para acolhimento dos alunos
e servidores;
• Admitir novos servidores.
matrículas;
• Quantidade de
servidores
admitidos;
• Nível de
satisfação dos
alunos e
servidores em
relação à
infraestrutura do
Campus.
• Executar o
planejamento
estratégico anual
do Campus
• . Elaborar o planejamento
• Acompanhar a execução das
ações do plano
• Avaliar se as ações foram
executadas como planejadas
• Socializar os resultados.
• Plano de trabalho
• Relatório
• Boletim
informativo
QUADRO DE SERVIDORES, FORMAÇÃO CONTINUADA, COMUNICAÇÃO
INTERNA E INFRAESTRUTURA
OBJETIVO META INDICADOR
• Capacitar
servidores para
demandas futuras.
• Promover formação
continuada na própria
instituição.
• Aumento do
número de
capacitação dos
servidores.
• Promover
capacitação
continuada para
técnicos
administrativos e
docentes.
• Promover formação
continuada na própria
instituição;
• Realizar planejamento para
afastamento de docentes e
técnicos administrativos para
pós graduação.
• Aumento do
número de
capacitação dos
servidores.
• Promover a
expertise em áreas
relacionadas à
tecnologia.
• Incentivar afastamento para
treinamento de forma
planejada de servidores para
cursos de capacitação em
outras instituições.
• Aumento do
número de
capacitação dos
servidores.
• Aprimoramento
em pesquisa e
extensão.
• Aumentar disponibilidade de
bolsas para qualificação.
• Aumento da
quantidade de
projetos de
pesquisa e
extensão.
41
• Otimizar o fluxo
de trabalho.
• Angariar códigos de vagas
para professores substitutos
(atrelada ao número de
docentes).
• Ampliação do
número de
códigos de vagas
para professores
substitutos.
• Sanar as demandas
existentes nos
setores com
carência de
servidores.
• Promover um remanejamento
inteligente de acordo com a
função dos servidores;
• Equilibrar a força de trabalho;
• Analisar de forma mais
consciente demandas futuras
para cada área.
• Satisfação dos
servidores,
identificada por
meio de pesquisa,
com relação aos
setores e suas
demandas.
• Aumentar a
eficiência no fluxo
de informações e
serviços.
• Gerar trocas de experiências
entre os setores.
• Satisfação de
servidores,
identificada por
meio de pesquisa,
com relação à
comunicação
institucional.
• Atender atividades
relacionadas as
práticas
educacionais de
esporte, lazer e
cultura.
• Capitar recursos para
construção de quadra
poliesportiva e piscina;
• Viabilizar construção de
piscina e quadra
poliesportiva.
• Número de
atividades de
esporte, cultura e
lazer realizadas
no espaço
próprio.
• Adquirir materiais
para suporte
técnico e
científico.
• Comprar materiais
permanentes para suporte
técnico e científico.
• Aumento da
quantidade de
materiais
permanentes para
suporte técnico e
científico do
campus.
• Atualizações de
bibliografia dos
planos de cursos
para futuras
compras.
• Ampliar a aquisição de livros
técnicos.
• Aumento do
acervo
bibliográfico.
5.1 Avaliação
Como forma de garantir a efetividade das ações previstas no Plano de ação
deverão ser promovidas pela equipe gestora, periodicamente, reuniões para avaliação e
acompanhamento dessas ações.
42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Paulo: Moraes, 1982.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394/96. Brasilia:
MEC/SEF, 1996.
BECKER, F. O que é construtivismo? Revista de Educação AEC, Brasília, v. 21, n.
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ESTEBAN, M. T.(Org.). Escola, Currículo e avaliação: série, cultura, memória e
currículo. vol. 5. São Paulo: Cortez, 2003.
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no âmbito do IFMA. Disponível em: https://proen.ifma.edu.br/regulamentos-e-
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Insitucional IFMA. Disponível em: https://proen.ifma.edu.br/regulamentos-e-
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GEIGER, P. Caldas Aulete Dicionário da Língua Portuguesa. Org: Paulo Geiger. Rio
de Janeiro: Lexikon, 2012.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
ROMÃO, J. E. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 1998.