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ESCOLA ESTADUAL SÃO LUCAS ENSINO FUNDAMENTAL Rua Iguaçu, s/nº - Vila Esperança – Prudentópolis – PR – fone/fax: XX(42)3446-1941 PROJETO POLÍTICO – PEDAGÓGICO E. E. SÃO LUCAS PRUDENTÓPOLIS – PR 2009

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ESCOLA ESTADUAL SÃO LUCASENSINO FUNDAMENTAL

Rua Iguaçu, s/nº - Vila Esperança – Prudentópolis – PR – fone/fax: XX(42)3446-1941

PROJETO POLÍTICO – PEDAGÓGICOE. E. SÃO LUCAS

PRUDENTÓPOLIS – PR2009

Nunca a mesma água. Sempre o mesmo rio.Nunca as mesmas flores, sempre a primavera.

Confúcio. Comentários(I Ching, o Livro das Mutações)

I – APRESENTAÇÃO

A meta de universalização do acesso à escola pública já foi atingida. Agora, o grande desafio posto para a educação é garantir que a escola pública tenha qualidade, e isto implica mudar o jeito de ensinar.

Transformar o ensino não é tarefa fácil nem rápida, embora seja urgente. Porque trabalhar de um jeito novo, na educação, significa pensar diferente o ato de ensinar, entender o que mudou e o que precisa mudar.

Para nortear a condução do processo educacional existe o Projeto Político Pedagógico (PPP), que é a construção coletiva da identidade da escola pública, popular, democrática e de qualidade. Em sua elaboração estão envolvidos alunos, pais, professores, funcionários, diretores e pedagogos buscando definir uma concepção de homem, sociedade, conhecimento, educação, cultura, ensino, aprendizagem e cidadania.

O Projeto Político Pedagógico é essencial para o bom funcionamento da escola, uma vez que precisa organizar todas as suas ações em torno da educação de seus alunos. Assim, a escola poderá ser gerida de forma eficiente e produtiva, já que o caminho escolhido tem a sua marca, a sua “personalidade.”

II – INTRODUÇÃO

A Escola Estadual São Lucas – Ensino Fundamental, situa-se na Rua Iguaçu, s/nº, Vila Esperança, aproximadamente a 5300 metros do centro da cidade, no município de Prudentópolis, Estado do Paraná, mantida pelo Poder Público e administrada pela Secretaria de Estado da Educação, nos termos da legislação em vigor.

A escola recebeu sua autorização de funcionamento por meio da Resolução nº 6.471/94 de 29 de dezembro de 1994, que previa a implantação gradativa de 5ª a 8ª Série, a partir de 1995. Porém, este cronograma de implantação foi alterado pela Resolução nº 1846/95 de 16 de janeiro de 1995 que autorizou a implantação de 5ª e 6ª Séries já no ano de 1995.

A Escola Estadual São Lucas – Ensino Fundamental foi criada para atender crianças e adolescentes da Vila Esperança, situada à beira da BR 373, oferecendo o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Séries autorizado pela Resolução nº 6.471/94 de 29 de dezembro de 1994.

Até a construção da sede própria a referida Escola iniciou suas atividades na Escola Municipal Canuto Guimarães onde as aulas de uma das turmas eram ministradas em uma churrasqueira onde durante o verão havia o cheiro fétido de uma fossa aberta ao lado e durante o inverno o frio e a chuva castigavam os alunos.

No segundo semestre de 1995, a Escola mudou-se para sede própria, prédio cedido pela Prefeitura Municipal de Prudentópolis, a qual passou a atender também a Escola Municipal Marcos Antoniu – Educação Infantil e Ensino Fundamental.

Atualmente a escola atende de 150(cento e cinqüenta alunos), distribuídos em 05

(cinco) turmas, sendo duas 5ª Séries, uma 6ª Série, uma 7ª Série e uma 8ª Série.O cronograma de atendimento é no período matutino das 7:30 às 11:50 horas.A carga horária é distribuída por disciplina, sendo que na 5ª série os alunos têm:

04 aulas de Língua Portuguesa, 02 de Artes, 03 de Educação Física, 04 de Matemática, 03 de Ciências, 03 de História, 03 de Geografia, 01 de Ensino Religioso, 02 de Inglês. ; na 6ª série os alunos têm: 04 aulas de Língua Portuguesa, 02 de Artes, 03 de Educação Física, 04 de Matemática, 03 de Ciências, 03 de História, 03 de Geografia, 02 de Inglês,01 de Ensino Religioso na 7ª série os alunos têm 04 aulas de Língua Portuguesa, 02 de Artes, 03 de Educação Física, 04 de Matemática, 04 de Ciências, 03 de História, 03 de Geografia, 02 de Inglês ; e na 8ª Série os alunos têm: 04 aulas de Língua Portuguesa, 02 de Artes, 03 de Educação Física, 04 de Matemática, 03 de Ciências, 04 de História, 03 de Geografia, 02 de Inglês , perfazendo um total geral de 25 aulas semanais por série.

As aulas são ministradas por professores habilitados sendo a maioria do regime QPM e outros dos regimes CLT e PSS.

Com esses educandos trabalham 09 professores, 01 diretora, 01 Professor- Pedagogo, 01 secretário, 01 merendeira e 03 auxiliares de serviços gerais.

O prédio escolar tem um total de 568 m2 de área construída com 05 salas de aula, 01 secretaria, 01 almoxarifado, 01 cozinha, 01 biblioteca bem pequena, 01 banheiros individual para funcionários e professores e 02 banheiros coletivos (feminino e masculino).III – OBJETIVOS GERAIS:

A presente proposta tem como objetivos gerais:- Promover o cumprimento do Regimento Escolar da Escola Estadual São Lucas,

Ensino Fundamental;- Diminuir a taxa de evasão e reprovação através de projetos de recuperação

paralela;- Desenvolver ações que contribuam para o pleno domínio da leitura, escrita e

cálculo dentro do nível fundamental de ensino;- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental,

possibilitando o prosseguimento de estudos;- Garantir a inclusão de alunos portadores de deficiências físicas, auditivas, visuais

e distúrbios de aprendizagem de forma gradativa e dinâmica;- Cumprir as diretrizes referentes à Avaliação e Aproveitamento Escolar, Matrícula

de Ingresso, transferência, classificação, reclassificação, adaptações, revalidação e equivalência de estudos presentes no Regimento Escolar;

IV- MARCO SITUACIONAL

4.1 – DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA

A educação focaliza a escola sob a lente da legislação e organização, sob a lente das demandas de escolarização da sociedade brasileira, seja sob a perspectiva do pensamento pedagógico.

Muito pouco sabemos, no entanto, sobre as suas práticas: como elas se materializavam? Quais os seus efeitos? Como traduziram o movimento de modernização da sociedade, movimento este que também ajudaram a construir? Estas questões crescem em importância se considerarmos que elas operam um deslocamento de

enfoque dos modelos dominantes de escolarização (a Escola Tradicional, a Escola Nova, por exemplo) para as múltiplas e diferenciadas práticas de apropriação desses modelos nas quais a ênfase da problematização recai sobre os usos diversos que os agentes escolares fazem da própria instituição escolar, sobre a prática de apropriação de práticas não escolares no espaço escolar e os múltiplos usos não escolares dos saberes pedagógicos.

Não se trata, assim o imaginamos, de produzir uma exemplaridade, mas tão somente mostrar alternativas possíveis de renovação no âmbito da pesquisa histórica em educação.

A crítica do trabalho pedagógico exige, portanto, rigor e imaginação. Ao procurar focalizar a prática da escola pública acabamos também focalizando as transformações do papel do educador em sua realidade brasileira, estadual, municipal e escolar. Dessa forma, o espaço e o tempo, implícitos na prática deste estudo, constituíram o paradigma de um problema: a construção de uma identidade cultural que privilegiou o campo educativo, campo este, que contribuiu na configuração do paradigma moderno na sociedade brasileira .

A literatura pedagógica tem comumente associado ampliação da escolaridade e processo de urbanização, mas não tem feito a mesma relação entre as oportunidades educativas ou, mais amplamente, a democratização da educação.

No primeiro caso, a relação apontada fica num nível muito geral. Nesta generalidade as práticas culturais específicas do espaço urbano permanecem completamente ignoradas. O desconhecimento dos traços particulares do processo de urbanização tem aberto o caminho para a repetição argumentativa que nivela todas as práticas culturais e empurra as práticas escolares para a penumbra. De fato, não temos ainda uma ampla e apurada pesquisa sobre o papel da escola e dos educadores na construção de estilos, de comportamentos, de formas urbanas de sentir e viver.

A ausência de uma tradição no tratamento das cidades brasileiras como signos tem seus efeitos perniciosos. Acaba levando os pesquisadores não só a entremear o senso comum sobre a cultura urbana com o pensamento educacional aí gestado, mas também reforçando argumentos que tomam como modelo da modernização da sociedade e educação brasileiras. Isto não acontece por acaso. No plano da produção acadêmica é a que aparece como lócus por excelência da afirmação dos interesses e da hegemonia do mercado, da superação do antigo impasse já sinalizado pelas elites brasileiras desde o século XIX, o de "liberalizar a sociedade pelo Estado". A partir deste modelo, as explicações correntes fazem a crítica à escola nova brasileira e cometem uma dupla e infeliz generalização: tomar como o protótipo à cidade brasileira e embaralham no mesmo feixe versões diferentes da Escola Nova em nosso país.

Estamos convencidos de que, apesar da ciência, do industrialismo e da democracia serem as "idéias-força" do movimento da renovação da escola, elas foram encarnadas de modo peculiar pelas iniciativas dos intelectuais na prática urbana, de modo que, em nossa perspectiva, uma avaliação mais consistente dessa temática só poderá ser feita a partir de monografias que, dirigindo o olhar sobre a cultura urbana possam, ao iluminar a singularidade desse espaço, jogar luz sobre a especificidade das experiências escolares vividas nos grandes centros do país, nas décadas de vinte e trinta. Nesse sentido, nosso artigo aponta um caminho que pode alargar a compreensão de questões tidas como referências obrigatórias na análise da educação brasileira, mas de fato pouco pesquisadas no âmbito da historiografia. Entendemos que as obras existentes praticamente não exploraram as fontes dos arquivos disponíveis, limitando-se a compilar - a partir de determinados referenciais teóricos - informações já conhecidas de estudos mais divulgados.

Por isso, o estudo da escola pública necessitou de um acompanhamento crítico das imagens da cidade forjadas desde o começo do século quando a construção de uma

civilização urbana foi o principal desafio da nossa vanguarda pedagógica, dos nossos intelectuais da cidade.

Reconstituir a trajetória desses intelectuais educadores, sua prática e seus fundamentos no espaço da cidade, suas articulações com outros grupos numa espécie de cartografia histórica, pode nos oferecer uma visão menos estereotipada das relações entre a sua atuação social e a sua produção intelectual. O esforço maior dessa tarefa seria perseguir não só as aproximações dentro desse grupo, mas os afastamentos, as descontinuidades e as rupturas que constroem opções diversas, dentro de uma constelação que vem sendo apresentada, na historiografia da educação, de um modo homogêneo e onde as diferenças, quando são apontadas, permanecem ainda num nível superficial de análise.

A conseqüência teórica do deslocamento inicial e da expansão das fontes foi descentramento da escola. Em outras palavras, não olhamos a escola exclusivamente de dentro, mas principalmente de fora, o que nos fez enxergar o caráter multifacetado do processo pedagógico em seu trabalho multidimensional de articulação, isto é, no plano do conhecimento, no plano das pessoas e das instituições. A tentativa de olhar a escola a partir do seu em torno nos fez mergulhar num processo em que múltiplos níveis de realidade e de imagens da sociedade e da instituição escolar ora convergiram ora se chocaram graças a especificidade das formas de interação social e de variadas ordens de representações.

No caso específico das práticas escolares que nos interessam elucidar. procurando resgatar as representações do espaço urbano dentro do espaço escolar.

As imagens da escola nas imagens da cidade detonaram a inversão da mão explicativa, ou seja, as imagens da cidade emergiram nas imagens da escola. Trabalhamos estas imagens como um jogo de espelhos procurando perceber não só relações de antagonismo entre as classes, mas também, e ao mesmo tempo, de complementaridade entre elas. Buscamos também distinguir expectativas de comportamentos (políticos, sociais, culturais ou pedagógicos) de desempenhos efetivos. Refizemos associações e revimos as hierarquizações impositivas dos eventos. Conseguimos, desta forma, recuperar indícios das práticas escolares, trabalhando a reforma da instrução pública menos pelo eixo da organização escolar e mais pelo eixo de problematização do espaço urbano.

4.2 - ANÁLISE CRÍTICA DAS CONTRADIÇÕES E DOS CONFLITOS NA REALIDADE DA PRÁTICA EDUCATIVA

A busca da qualidade de ensino na formação básica voltada para a construção da cidadania, requer uma educação sedimentada no aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser e para as novas necessidades do conhecimento, exige necessariamente, repensar a formação inicial de professores, assim como requer um cuidado especial com a formação continuada desse profissional com um olhar crítico e criativo. Essa preocupação é relevante, tendo em vista o atual contexto de reformas educacionais, que visam a dar respostas à complexa sociedade contemporânea. Este é um tema de particular atualidade em função da recente reforma implementada em todos os níveis da educação brasileira, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e hoje em discussão a do Ensino Superior.

As investigações recentes, e que estão conquistando consenso entre profissionais da educação, tratam de uma formação voltada para o professor reflexivo e tem como eixo central à própria escola. Desse modo, desloca-se o eixo da formação de professores da universidade para o cotidiano da escola de educação básica. Entretanto, ressalta-se que esse deslocamento é defendido em termos metodológicos, não que se

queira depreciar a grande contribuição da universidade na formação docente. Para Nóvoa (1998), todo processo de formação deve ter como referencial o saber docente, o reconhecimento e valorização desse saber.

O preparo profissional do professor não deve ser apenas político ou técnico, mas antes de tudo, humano, indo de encontro as suas necessidades de forma integral, levando em consideração suas peculiaridades.

Assim não separemos o eu pessoal do eu profissional, o conteúdo da pratica. Dessa forma, se dará o devido valor ao professor, alguém cheio de sonhos, mas também cheio de conflitos interiores ainda não resolvidos, mas repleto de esperança de uma luz a clarear suas profundas angústias.

Alguns pesquisadores sobre a formação continuada de professores revelam que, nessas tendências inovadoras, destacam-se três eixos que norteiam a prática docente e buscam adequá-las aos desafios do momento. Candau (1999), sintetiza esses eixos como pontos centrais de referências para se repensar a formação de professores adequada aos desafios do atual contexto. São eles:

A escola deve ser vista como lócus de formação continuada;A valorização dos saberes da experiência docente;A consideração do ciclo de vida dos docentes. Essa linha de pesquisa se constitui em uma importante iniciativa de reflexão no

âmbito educacional, que tem muito a contribuir com o saber sistematizado da prática docente.

Contudo, a formação continuada de docentes é um tema complexo e que pode ser abordado a partir de diferentes enfoques e dimensões. . “A formação continuada deve estar articulada com desempenho profissional dos professores, tomando as escolas como lugares de referência. Trata-se de um objetivo que só adquire credibilidade se os programas de formação se estruturarem em torno de problemas e de projetos de ação e não em torno de conteúdos acadêmicos”. (NÓVOA, 1991, p.30).

4.3 - PERFIL DA POPULAÇÃO ATENDIDA

A diversidade cultural é bastante presente em todos os lugares, e também se destaca fortemente na cidade de Prudentópolis, localizada no estado do Paraná, onde diferentes etnias formam um ambiente cultural riquíssimo. Porém assim como existe a diversidade cultural, existe também a exclusão e a questão: “aceitar o diferente como diferente, mas não como desigual ou inferior” (KNECHTEL, 2003, p.37), acaba ocorrendo de forma contrária.

Neste trabalho, buscamos mostrar o perfil da realidade da Escola Estadual São Lucas, localizada na periferia da cidade de Prudentópolis-PR. São alunos, entre os quais 60% (sessenta por cento) são filhos de operários da zona urbana, de classe menos favorecida e outros 40% (quarenta por cento) são filhos de ex-agricultores, vindos da zona rural para a cidade em busca de uma vida melhor. Nesses dois cenários as diferenças culturais aparecem na maneira de falar, de comportamentos e de vestir. Os moradores da zona urbana utilizam diversas gírias, sentem-se superiores, distanciam-se dos demais e gostam de transformar as situações em “piadas” e “risos”, por motivo da simplicidade que os vindos da zona rural articulam as palavras e expressam seus pensamentos. Apelidos e ofensas surgem constantemente, criando situações constrangedoras para a turma.

Nas apresentações surgem conflitos entre os estudantes que discutem papéis e lugares, achando-se melhores que os outros. São diferenças que se tornam muito pequenas frente às semelhanças que se destacam no dia-a-dia, mas estabelecem constrangimentos e complexos de inferioridade, por motivo das atitudes de humilhações geradas neste contexto cultural diversificado.

Nesta perspectiva, devemos educar para o multicultural, onde é preciso separar o

lugar e o tempo de aprender do lugar e do tempo de ensinar. Onde e quando se aprende, também se ensina. E todos ensinam e aprendem. Nesse processo, o papel do educador é dar sentido a essa construção social, pois a formação do aluno não pode se dar no vazio, e sim em um ambiente de cultura onde haja interação entre todas as culturas existentes.

V – MARCO CONCEITUAL

5.1- Concepção de sociedade

Em relação à sociedade, o tema propõe dentro da educação a necessidade de se trabalhar com a diversidade humana, tendo em vista que no território brasileiro pode-se observar um grande pluralismo cultural.

Ao definirmos sociedade vale a pena lembrar que as culturas são produzidas pelos grupos sociais ao longo de suas histórias, na construção de suas formas de subsistência, na organização de vida social e política, nas relações com o meio ambiente e com os outros grupos, na produção de conhecimentos, e, portanto as diferenças culturais são fruto da singularidade desses processos.

O grande desafio para a educação é estabelecer conexões entre o que se aprende na escola e no cotidiano da população brasileira.

Mudar mentalidades, superar o preconceito e combater atitudes discriminatória são finalidades que envolvem valores de reconhecimento e respeito mútuo.

A escola tem o papel desafiador em desempenhar esse processo com razões de reflexão sobre heterogeneidade social. Inicialmente porque ela é o espaço em que pode se estabelecer convivência entre crianças de origens, nível socioeconômico, costumes e dogmas religiosos diferentes. E ali cada um conhece, apresenta visão de mundo, diferenciadas, daqueles que compartilham com a família e outro fator importante é que na escola são ensinadas regras do espaço público para o convívio democrático.

A definição de sociedade deve ser trabalhada dentro de um espaço mais amplo do que aquela encontrada em dicionários e através da educação pode-se combater, no plano de atitudes, a discriminação manifestada em gestos, comportamento e palavras, que qualificam pejorativamente grupos sociais.

Para tanto cabe a escola construir relações de confiança para que a crianças possa perceber-se e viver como ser em formação, e para que a manifestação de características culturais, compartilhem com seu grupo de origem possa ser trabalhada como parte de suas circunstâncias de vida e que não seja impeditiva do desenvolvimento de suas potencialidades pessoais.

A definição de sociedade tem como ponto crucial a Pluralidade Cultural, tão marcante na sociedade brasileira.

O caminho para compreender a realidade social e de como ela é formada por grupos diferentes entre si, pode ser através do intercâmbio com outras crianças e adolescentes, a porta de entrada para este intercâmbio é a escola, onde o aluno pode conhecer o universo infantil tal como se apresenta, complexo e diversificado.

A troca de idéias e relatos entre as crianças os enriquece em cultura e socialmente e o contato direto com grupos humanos distintos do seu ou daqueles com os quais convive diretamente, lhes apresentaram diversas formas e versões sociais.

A escola como segunda célula social na vida do aluno desempenha papel

fundamental para a formação de cidadãos socialmente bem estruturados.

A escola deve lutar para que valores de justiça, fraternidade, participação, sejam respeitados e assumidos em nossa sociedade. A escola deve assumir uma postura voltada para a valorização do homem como ser responsável pelo seu futuro.

5.2 – CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) nº 9394/96 em seu artigo 1º:

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

Sobre esta ótica, a educação é um processo constante, dialético e dialógico de nossa sociedade. A escola como veículo participante direto deste processo deve sempre levar em conta todo conhecimento pré-adquirido pelas crianças. O objetivo maior é proporcionar a todos a formação básica para o exercício completo da cidadania, a partir da criação na escola em condições de aprendizagem para que os alunos desenvolvam a capacidade de aprender, tendo como princípio básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade, desenvolvendo assim, a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores; fortalecendo os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social ( Art. 32, LDB).

5.2.1 - Referencial Histórico

Cada criança ou jovem brasileiro, mesmo de locais com pouca infra-estrutura e condições socioeconômicas desfavoráveis, deve ter acesso ao conhecimento socialmente elaborado e reconhecido como necessário para o exercício da cidadania para dela usufruir. Sabe-se que existem diferenças sócio-culturais marcantes, que determinam diferentes necessidades de aprendizagem, mas existem também aquilo que é comum a todos, que um aluno de qualquer lugar do Brasil tem o direito que é de aprender, e esse direito é garantido pelo estado.

Esta garantia e assegurada pela Constituição de 1988 no seu Capitulo III, Seção I, artigos 205 e 206 e regulamentada pela Lei número 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

As tendências pedagógicas que se firmam nas escolas brasileiras, públicas e privadas, na maioria dos casos não aparecem em forma pura, mas com características particulares e muitas vezes mesclando aspectos de mais de uma linha pedagógica. A análise das tendências pedagógicas no Brasil deixa evidente a influência dos grandes movimentos internacionais, da mesma forma que expressam as especificidades de nossa história política, social e cultural, a cada período em que são considerados. Pode-se identificar, na tradição pedagógica brasileira, a presença de quatro grandes traços que tentam recuperar os pontos mais significativos de cada uma das propostas.

A pedagogia tradicional é uma proposta de educação centrada no professor, cuja

função se define como a de vigiar e aconselhar os alunos, corrigir e ensinar a matéria. A metodologia decorrente de tal concepção baseia-se é na exposição oral dos conteúdos, numa seqüência predeterminada e fixa, independentemente do contexto escolar; enfatiza-se a necessidade de exercícios repetitivos para garantir a memorização dos conteúdos.

A formação primordial da escola, nesse modelo é transmitir conhecimentos disciplinares para a formação geral do aluno e formação esta que o levará a inserir-se futuramente na sociedade, optando por uma profissão valorizada. Os conteúdos do ensino correspondem aos conhecimentos e valores sociais acumulados pelas gerações passadas, como verdades acabadas. Embora a escola vise à preparação para a vida, não buscava estabelecer relações entre os conteúdos que se ensinavam e os interesses reais que afetam a sociedade. Na maioria das escolas essa prática pedagógica se caracteriza por processos de aquisição de conhecimento, para os alunos, muitas vezes burocratizado e destituído de significação.

A pedagogia renovada fundamenta-se na valorização do indivíduo como ser livre, ativo e social. O centro das atividades escolares é o aluno, como ser ativo e curioso, a atitude de aprendizagem parte dele. O importante não é o ensino, mas o processo de aprendizagem, o professor é visto, como facilitador no processo de busca de conhecimento.

Nos anos 70 proliferou o que se chamou de tecnicismo educacional, inspirado nas teorias BEHAVIORISTAS da aprendizagem e da abordagem sistemática do ensino, que define uma prática pedagógica altamente concentrada e dirigida pelo professor, com atividades mecânicas inseridas numa proposta educacional rígida e possível de ser totalmente programada em detalhes e nessa perspectiva não é o professor nem o aluno, mas a tecnologia o ponto marcante. O professor passa a ser um mero especialista na aplicação de manuais, e sua criatividade fica restrita aos limites possíveis e estreitos das técnicas utilizadas. A função do aluno é reduzida a um indivíduo que reage a estímulos de forma a corresponder às respostas esperadas pela escola, para ter êxito e avançar.

A pedagogia libertadora tem suas origens nos movimentos de educação populares que ocorreram no final dos anos 50 e início dos anos 60, nessa proposta, a atividade escolar pauta-se em discussões de termos sociais e políticos e em ações sobre a realidade social imediata; analisam-se os problemas, seus fatores determinantes e organiza-se uma forma de atuação para que se transformar a realidade social e política. O professor é um coordenador de atividades, organiza e atua conjuntamente com os alunos.

A pedagogia crítico liberal assegura a função social e política da escola, não basta ter como conteúdos escolares as questões sociais atuais, é necessário o domínio do conhecimento, habilidades e capacidades mais amplas, para que os alunos possam interpretar suas experiências de vida e defender seus interesses de classe.

A nova orientação proposta através das Diretrizes Curriculares é a participação ativa e construtiva do aluno e, ao mesmo tempo, a intervenção do professor deve levá-lo ao desenvolvimento de suas capacidades. Propõe-se uma visão da complexidade e da provisoriedade do significado das áreas de ensino e dos temas da vida social contemporânea, são estes os eixos para o desenvolvimento das capacidades dos alunos. O que se tem hoje é que o aluno passa a ser sujeito de sua própria formação, em um complexo processo interativo em que também o professor se veja como sujeito do conhecimento.

5.2.2 - A Educação e a Construção da Cidadania

A educação escolar tem a possibilidade, o dever de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construírem instrumentos de compreensão de realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas, condições fundamentais para o exercício da cidadania na construção de uma sociedade democrática e não excludente.

A prática escolar distingue-se de outras práticas educacionais, como as que acontecem na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nas demais formas de convívio social, por constituir-se uma ação intencional, sistemática, planejada e continuada para crianças e jovens durante um período contínuo e extenso de tempo.

A escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuarem com competência e dignidade na sociedade, deve buscar eleger como objeto de ensino conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são consideradas essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres. Para tanto, é necessário que a instituição escolar garanta um conjunto de práticas planejadas com propósito de contribuir para que os alunos se apropriem dos conteúdos de maneira crítica e construtiva. A escola tem o compromisso de intervir efetivamente para promover o desenvolvimento e a socialização de seus alunos.

A escola, na perspectiva de construção da cidadania, precisa assumir a valorização da cultura de sua própria comunidade e, ao mesmo tempo buscar ultrapassar seus limites, propiciando às crianças pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso ao saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da cultura brasileira e no âmbito nacional e regional como no que faz parte do patrimônio universal da humanidade.

A escola para exercer a função social precisa possibilitar o cultivo dos bens culturais e sociais, considerando as expectativas e as necessidades dos alunos, dos pais, dos membros da comunidade, dos professores, enfim, dos envolvidos diretamente no processo educativo. É nesse universo que o aluno vivência situações diversificadas que favorecem o aprendizado, para dialogar de maneira competente com a comunidade, aprender a respeitar, a ouvir e a ser ouvido, reivindicar direitos e cumprir obrigações, a participar ativamente da vida científica, cultural, social e política do País e do Mundo.

5.3 – CONCEPÇÃO DE PESSOA HUMANA

5.3.1 Histórico Educacional

Podemos conceituar o homem como ser socialmente evoluído a partir do momento que ele pode expressar as suas ideais, seja por desenhos ou símbolos alfabéticos. Se retornarmos ao período anterior ao da escrita podemos observar que os seres humanos poucos se diferenciavam dos outros animais, apesar da forma social em que viviam.

A partir do momento que o homem se expressou através da escrita, um grande saldo ocorreu para a humanidade em geral. Embora muitos historiadores coloquem a roda

como uma das invenções que revolucionou a sociedade humana, é de suma importância observar que o ato de perpetuar as suas idéias, fez com que o homem evoluísse constantemente.

Historicamente na educação, o ato de ler e escrever, sempre foram intimamente ligados as elites. Nas sociedades romanas e atenienses, o ensino era ministrado para pessoas previamente escolhidas. O período mais negro para a humanidade está localizado na Idade Média, a educação nesta época estava vinculada a educação religiosa, ministrada em mosteiros e com o evento do período industrial, Idade Moderna, a educação se desvinculou parcialmente do processo religioso e no entanto da mesma forma as classes mais baixas da sociedade não tinham ainda acesso a educação. Com o avanço do crescimento industrial e tecnológico, os governantes se viram coagidos por diversas organizações mundiais e assim resolveram então investirem mais no ensino devido as transformações sociais.

Retornando a nossa realidade, atualmente podemos observar que o ser humano tem mais oportunidade de aprender, apesar de teoricamente haver uma maior facilidade de ingresso ao saber, pode-se observar que esta facilidade encontra uma enorme barreira sócio-econômica.

Apesar da educação ser garantida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos: Toda pessoa tem direito à educação. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória,... A educação será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas liberdades fundamentais, (...), e pela Constituição do Brasil nos seus artigos 205 e 206, ela não é respeitada em sua plenitude. Em um país em desenvolvimento como o Brasil pode-se observar que existem problemas sociais e econômicos que interferem com este direito Universal. Apesar de ser o anseio de muitas de nossas crianças no mundo, elas estão sendo entregues a marginalidade educacional, ora por fatores locais, ora por fatores internacionais.

5.3.2- Os Quatro Pilares da Educação

De modo a responder ao conjunto das suas finalidades, a educação deve organizar-se ao redor de quatro aprendizagens fundamentais que durante toda a vida serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder atuar no contexto em que se encontra; aprender a viver junto, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; e finalmente, aprender a ser, via essencial que integra as aprendizagens precedentes. É claro que estas 4 vias do saber constituem apenas uma, dado que existem entre elas múltiplos pontos de contato, de relacionamento e troca.

5.4 –CONCEPÇÃO DE ESCOLA

A educação escolar deve constituir-se em uma ajuda intencional, sistemática, planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens, durante um período contínuo e extensivo de tempo, diferindo de processos educativos que ocorrem em outras instâncias, como na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nos demais espaços de construção de conhecimento e valores para a abordagem simplista de encarar a educação escolar como fator preponderante para as transformações sociais, mesmo

reconhecendo-se sua importância na construção da democracia.

A escola hoje deve ser um ambiente de troca de conhecimento, o envolvimento dos professores, alunos, pais e a comunidade como um todo é de suma importância, para a construção de um espaço agradável e participativo com o envolvimento de toda a sociedade. A não permanência dos alunos na escola hoje, se dá principalmente pela falta de acolhimento dos alunos pela escola. Essa falta de acolhimento é originada muitas vezes pelo fato da escola não reconhecer a diversidade da população a ser atendida com a conseqüente diferenciação na demanda. O não reconhecimento da diversidade faz com que toda e qualquer situação que não seja tratada como problema do aluno e não como desafio para a equipe escolar. Reconhecer a diversidade e buscar formas de acolhimento, requer por parte da equipe escolar disponibilidade, informações, discussões, reflexões e muitas vezes ajudas externas, ou seja, um envolvimento maior da família no contexto.

O principal objetivo da escola hoje é valorizar os conhecimentos e as formas de expressões de cada aluno, como pilares para o processo de socialização. A valorização do conhecimento do aluno, considerando suas dúvidas e inquietações que levarão a situações de aprendizagem que façam sentido para ele. O convívio social, no âmbito escolar favorece a construção de uma identidade pessoal.

Logicamente a escola por si só, não alcançará todos os seus objetivos, somente a interação entre equipe escolar, alunos, pais e outros agentes educativos possibilitam a construção de projetos que visam a melhor e mais completa formação do aluno. A interação contínua e flexível entre a escola e a comunidade, favorecem a compreensão dos fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos que se expressam no ambiente escolar. A interação entre os diversos espaços educacionais existentes na comunidade, também contribui para o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social.

A função primordial da escola é proporcionar um conjunto de práticas preestabelecidas que tem o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva. A escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuarem com competência e dignidade na sociedade, elege para si como objetos de ensino, conteúdos que estejam em consonância com questões sociais e históricas. A valorização da cultura local é essencial, deve-se buscar, ultrapassar esses limites, em âmbito nacional e regional.

A escola hoje não é apenas um espaço para a transmissão de conteúdos, mas um espaço onde se compartilha e se aprimoram conhecimentos globais.

5.5 – CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Por muito tempo a pedagogia valoriza o que deveria ser ensinado, supondo que como decorrência estaria valorizando o conhecimento. O ensino, então, ganhou autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo de aprendizagem ficou relegado a segundo plano.

Os fracassos escolares decorrentes da aprendizagem, das pesquisas que buscam apontar como o sujeito conhece, das teorias que provocam reflexões sobre os aspectos que interferem no ensinar e aprender, indicam que é necessário dar novo significado à unidade entre ensino e aprendizagem. A reestruturação entre os processos de ensino e aprendizagem tem como marco explicativo para a maioria dos teóricos da educação, dentro da perspectiva construtivista.

Em linhas gerais está delimitado pelo que se pode dominar os enfoques cognitivos, no sentido mais amplo. Entre eles destacam-se a teoria genética de Jean Piaget e seus

colaboradores da escola de Genebra, tanto no que diz respeito à concepção dos processos de mudanças como às formulações estruturais clássicas do desenvolvimento operatório e as elaborações recentes sobre as estratégias cognitivas e os procedimentos de resolução de problemas, a teoria da atividade, nas formulações por Vygotski, Luria e Leontiev e colaboradores, em particular no que se refere a maneira de entender as relações entre aprendizagem e desenvolvimento, aprendizagem, cultura e educação, e a teoria da aprendizagem verbal significativa, de Ansubel, e seu desdobramento em outras teorias.

O núcleo central da integração de todas estas contribuições, referem-se ao conhecimento da importância da atividade mental construtiva nos processos de aquisição de conhecimento. Daí o termo construtivismo, denominando esta convergência.

A construção do conhecimento que os alunos realizam na escola, serão significativas na medida em que eles consigam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos, que atendam às expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do aluno. Se a aprendizagem for experiência mal sucedida, o ato de aprender tenderá a se transformar em ameaça, e a ousadia necessária à aprendizagem se transforma em medo, para o qual a defesa possível é a manifestação de desinteresse. Por isso se revolta a organização de atividades de ensino e aprendizagem, as relações cooperativas entre professor e aluno, os questionamentos e as controvérsias conceituais, pois as mesmas influenciam o processo de construção de significado e o sentido que os alunos atribuem aos conteúdos escolares.

5.5.1 - Aspectos Pedagógicos do processo de ensino aprendizagem

Por muito tempo a pedagogia valorizou o que deveria ser ensinado, supondo que, como decorrência, estaria valorizando o conhecimento. O ensino, então, ganhou autonomia em relação a aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo de aprendizagem ficou relegado a segundo plano.

O conhecimento não é algo situado fora do indivíduo, a ser adquirido por meio da cópia real, tampouco algo que o indivíduo constrói independentemente da realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas capacidades pessoais. É antes de mais nada, uma construção histórica e social, na qual interferem fatores de ordem antropológica, cultural e psicológica, entre outros.

A realidade torna-se conhecida quando se interage com ela, modificando-a física e mentalmente. A atividade de interação permite interpretar a realidade e construir significados, permite também construir novas possibilidades de ação e de conhecimento, que funcionam como verdadeiras explicações e que se orientam por uma lógica interna que faz sentido para o sujeito.

O conhecimento é resultado de um complexo e intrigado processo de construção, modificação e reorganização utilizado pelos alunos para analisar e interpretar os conteúdos escolares. O que o aluno pode aprender em determinado momento da escolaridade, depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento de que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu anteriormente e do ensino que recebe. A ação pedagógica deve se ajustar ao que os alunos conseguem realizar em cada momento de sua aprendizagem, para se constituir em verdadeira ação educativa.

Nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos de aprendizagem. É ele quem vai modificar, enriquecer e, portanto,

construir novos e mais potentes instrumentos de ação e interpretação.

A organização de atividades de ensino e aprendizagem, a relação cooperativa entre o professor e o aluno, os questionamentos e as controvérsias conceituais, influenciam o processo de construção de significado e o sentido que alunos atribuem aos conteúdos escolares.

A construção do conhecimento sobre os conteúdos escolares, sofrem influência das ações propostas pelo professor, pelos colegas e também dos meios de comunicação dos pais, irmãos, dos amigos, das atividades de lazer, do tempo livre deles. Dessa forma a escola precisa estar atenta às diversas influências para que possa propor atividade que favoreçam a aprendizagens significativas.

As aprendizagens que os alunos realizam serão significativas na medida em que eles consigam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos, que atendam as expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do aluno.

Se aprendizagem for uma experiência bem sucedida, o aluno constrói uma representação de si mesmo como alguém capaz de aprender. Se, ao contrário, for uma experiência mal sucedida, o ato de aprender tenderá a se transformar em ameaça, e a ousadia necessária à aprendizagem se transformará em medo, para o qual a defesa possível é a manifestação de desinteresse.

Outro aspecto de influência educativa, é a organização e o funcionamento da instituição escolar, a participação da comunidade na elaboração e implementação do projeto educativo e os valores implícitos e explícitos que permeiam as relações entre os membros da escola. Embora ainda se desconheça como esses aspectos influenciam a aprendizagem escolar, ressalta-se que em escolas onde os consideram relevantes, os alunos têm um aproveitamento melhor.

As reflexões sobre a educação em sala de aula, os debates e as teorias ajudam a conhecer os fatores que interferem na aprendizagem do aluno. Ao serem considerados, provocam mudanças significativas no diálogo entre o ensino e aprendizagem e repercutem de maneira positiva no ambiente escolar, na comunidade, na família, pois os envolvidos passam a atribuir sentido ao que fazem e ao que aprendem.

5.6 - A RELAÇÃO ESCOLA-ALUNO-COMUNIDADE

Ao se pensar na relação entre juventude e escola no Brasil, deve-se atentar para o fato de que a escolarização tem sido dificultada para amplas parcelas da população, evidenciando-se como mais dimensão que concorre para os processos de exclusão social, grande parte da população infantil ou nunca freqüentou ou abandonou a escola sem concluir o Ensino Fundamental, muitas crianças alternam períodos de freqüência e de abandono e, daquela que estão na escola, a maior parte apresenta a defasagem na relação série/idade.

Grande parte das crianças que apresentam escolaridade defasada está concentrada em setores populares de classe baixa. A trajetória escolar da maior parte dessas crianças evidencia uma relação difícil com a escola, com diversas reprovações e períodos de abandono.

Os pais enviam seus filhos para a escola e afirmam que o estudo é importante para o futuro. No entanto, na mesma medida em que se ampliou o número de diplomas conferidos, esses diplomas sofreram um processo de desvalorização e não tem

significados de reais melhorias de qualidade de vida. Se houver momentos em que o diploma garantia melhor posição no mercado de trabalho, hoje ele significa apenas a possibilidade de participar da competição e os jovens sabem disso.

Ao mesmo tempo, para a maioria dos adolescentes e jovens, o conhecimento escolar, salvo as habilidades de expressão oral, leitura, escrita e cálculo, parecem sem função alguma, não prepara para o mercado de trabalho, nem auxilia a compreender o mundo. O saber difundido na escola, em geral, é visto como um amontoado de conteúdos, com pouca relação com a realidade em que vivem, não despertando interesse, nem oferecendo referências culturais.

Uma vez que o conhecimento escolar não ajuda a compreender o mundo, o sentido do estudo encontra-se apenas em continuidade, tendo em vista a obtenção do diploma, que nem sempre é alcançado. É comum que alunos estabeleçam uma posição entre conhecimento difundido pela escola, avaliando como maçante e distanciado da realidade, e o conhecimento obtido em outros espaços, como na família, no trabalho, na mídia ou na rua, como conhecimentos avaliados, como conhecimentos significativos para a vida real.

A relação com o conhecimento escolar é sempre medida pela relação com os professores. Os alunos se mostram muito sensíveis à qualidade da relação com os professores. Os alunos dizem que vão bem em certas áreas, porque o professor “é legal”, é justo, é interessado, respeita os alunos, tem paciência para explicar, sabe encarar brincadeiras, ouve os alunos e mantém um ambiente propício ao trabalho escolar estabelecendo um espaço participativo mantendo a autoridade. Ao mesmo tempo, afirmam não gostar ou não ir bem em outras áreas exatamente porque os respectivos professores se apresentam diferentemente daqueles acima esboçado. Essa questão se torna crucial quando são inegáveis as difíceis condições de trabalho, professores não interessados, sobrecarregados de trabalho, dificilmente conseguem corresponder a todas as qualidades valorizadas pelos alunos.

Frente a esse conjunto de dificuldades, muitos alunos desenvolvem atitudes que podemos chamar de resistência à escola, desde a apatia defensiva até as insistentes recusas em adequar-se ao que a escola solicita. Se é frágil a atribuição de valor ao saber escolar em si e se, de outra parte, a escolaridade é percebida como tendo pouco impacto na vida adulta de cada um deles, de fato o esforço a ser despendido na condição de aluno é sentido como demasiado, e desproporcional, não lhes parece compensador. Nessas condições o aluno pode buscar executar apenas o mínimo necessário para obter a aprovação.

Mas também se pode identificar atitudes de resistência, à escola que se funda numa tentativa de afirmação de identidade; alunos com históricos de diversas reprovações são encarados como alunos fracos e aceitar essa condição significa construir uma auto-estima negativa. Apesar de todos os problemas, a escola ainda se mostra um espaço atraente para os alunos, pela possibilidade do encontro com outros jovens e todos os espaços físicos da escola se transformam em espaços privilegiados de convivência.

5.7 - PRINCÍPIOS ORIENTADORES

As considerações aqui apreendidas são fundamentadas na LDB 9394/96 art. 3º.

a) Igualdade de condições para o acesso e permanência no processo educativo.

Cada criança ou jovem brasileiro, mesmo habitando em lugares com pouca infra-estrutura e condições sócio-econômicas adversas, deve ter acesso ao conjunto de saberes elaborados e reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania para deles poder usufruir. Um aluno de qualquer lugar do Brasil, do interior ou do litoral, do campo ou da cidade, deve ter o direito de aprender e esse direito deve ser garantido pelo Estado.

A formação intelectual dos estudantes deve ser o ponto fundamental para a construção da cidadania. Segundo DALAROSA (1998, p. 123): “(...) o cidadão é aquilo que a educação fizer dele. Não se pode imaginar alguém sendo cidadão sem que possua o mínimo de domínio do mundo em que vive”.

Formar o cidadão não é tarefa somente da escola. No entanto, como espaço privilegiado de trabalho com o conhecimento, a escola tem grande responsabilidade nessa formação. É preciso garantir não só que todas as crianças e jovens vão à escola, mas também que aprendam, com vontade e prazer, e não desistam depois de um tempo, desanimadas. Ou seja, além de universalizar o acesso, é preciso garantir a permanência dos alunos, oferecendo ensino de boa qualidade.

b) A gestão democrática do ensino público.

Democratizar o ensino não é só instalar uma escola pública, atendendo aos reclames da população. A democratização da educação e da escola se dá através da universalização, da gratuidade, da permanência e do ensino de boa qualidade. Neste sentido a participação de toda comunidade (educandos, pais, mães, professores/as, funcionários/as, pedagogos/as, diretores/as) na escola não é uma concessão mas uma prática que denota princípios, que influencia na qualidade da educação e na transformação da realidade em benefício da coletividade.

Para DEMO (1999), participação é conquista, é um processo sem fim, sempre se fazendo. Não há participação suficiente, nem acabada. Além disso, participação não pode ser entendida como graça, como um privilégio concedido pelo Estado, como algo preexistente.

A comunidade escolar está sendo chamada a participar na tomada de decisões por diversas razões. Uma delas é o próprio processo de democratização da sociedade, ampliando os canais de participação. Outra razão é que a escola não está ilhada, mas inserida numa comunidade concreta, cuja população tem expectativas e necessidades específicas que ela precisa considerar.

Partilhando a gestão com a comunidade, a escola vai buscando soluções próprias, mais adequadas às aspirações e necessidades dos alunos e de suas famílias, e conquista, aos poucos, autonomia para a formulação de um projeto político-pedagógico libertador. Ampliando o número de pessoas que participam da vida escolar é possível estabelecer relações mais flexíveis e menos autoritárias entre educadores e clientela escolar.

A superação da cultura de gestão autoritária só vai ocorrer com o debate e a construção coletiva. Com a participação de toda comunidade através de conselhos de classe, conselhos de escola, grêmios estudantis, reuniões de pais e mães e reuniões pedagógicas que aprofundem a construção sobre a escola que queremos e de como construí-la. Refletindo e buscando soluções em conjunto, com convergências possíveis e trabalhando com as divergências como algo saudável na formação de sujeitos democráticos e transformadores.

c) A autonomia da escola

Construir uma proposta pedagógica geradora de cidadania pressupõe, antes de qualquer coisa, construir a autonomia das escolas no sentido de respeitar, valorizar e comprometer-se com a cultura das comunidades em que estão envolvidas, redimensionando-a na relação com outras culturas. BRASIL (1997, p. 46) reforça esta concepção ao afirmar: “A escola, na perspectiva de construção da cidadania, precisa assumir a valorização da cultura de sua própria comunidade e, ao mesmo tempo, buscar ultrapassar seus limites, propiciando às crianças pertences aos diferentes grupos sociais o acesso ao saber (...)”. Assim existirão cidadãos conhecedores de si mesmos e do seu mundo, bem como a culturas diferentes da sua e aos conhecimentos socialmente relevantes.

A escola precisa exercer a autonomia em sua plenitude ao definir um projeto e executá-lo. Para isso precisa ter liberdade para escolher a melhor maneira de atuar. Nesse sentido, a autonomia dos professores deve se orientar no sentido da definição e execução das políticas pedagógicas da escola e do currículo. Segundo GADOTTI e ROMÃO (1997, p. 4): “Cada escola deveria poder escolher e construir seu próprio projeto político pedagógico (...)” adequado à sua realidade. Muitas vezes a escola não dá conta dos anseios, das expectativas do educando, e o problema de não satisfazer o saber que aluno vem buscar está na inadequação do currículo à realidade que o cerca.

d) Valorização dos trabalhadores em educação

É urgente aprofundar o debate sobre a educação neste momento que o Brasil atravessa, ressaltando a importância do conhecimento organizado e da escola cujo papel deveria ser transmitir esse conhecimento a todos. Cabe salientar que o peso dos fatores intra-escolares no sucesso ou no fracasso de seus educandos encontra-se intimamente relacionado às condições de trabalho em que se consolidam as ações de todos os elementos que atuam e/ou dependem da escola. Essas condições passam, essencialmente, pelo plano político já que a escola enquanto instituição social não consegue ser apolítica.

Sob esse prisma é possível afirmar que a escola de qualidade será viva e real quando for efetivamente apropriada pela sociedade como um todo e deixar de ser presa fácil dos políticos de plantão, dos partidos e suas ideologias intransigentes e redentoras, das corporações e seus interesses estreitos e imediatistas, dos intelectuais e seus modismos ortodoxos, demagógicos e pedagógicos.

A educação democrática e de qualidade não será atingida enquanto os trabalhadores que a realizam não forem valorizados em suas funções, encontrando em sua formação alto padrão de qualidade, e remuneração adequada por parte do poder público.

Segundo FREIRE, (1998: p. 49-50): “Não é possível que continuemos nas vésperas de um novo milênio, com déficits tão alarmantes em nossa educação, o quantitativo e o qualitativo. Com milhares de professores chamados leigos, até em áreas do sul do país, ganhando às vezes menos da metade de um salário mínimo”. Hoje, é preciso brigar pela qualificação dos professores, lutar para que todos tenham acesso à informação e às novas tecnologias e garantir o aperfeiçoamento contínuo de seu trabalho.

Ninguém tem dúvida de que a formação do professor é muito importante quando se pensa na qualidade da educação. Porém, a formação não pode ser tratada como um acúmulo de cursos e técnicas, mas sim como um processo reflexivo e critico sobre a prática educativa. Um processo contínuo, um fazer que se aprende ao longo da vida. Uma conquista feita com a ajuda dos mestres, dos livros, das aulas... Mas depende sempre de um trabalho pessoal, pois ninguém forma ninguém; cada um forma-se a si próprio.

5.8 – CURRÍCULO

As turmas da Escola Estadual São Lucas são organizadas de acordo com o número de alunos matriculados e também considerando o espaço físico destinado para aquela turma. Há a necessidade de ampliação do espaço físico para atender melhor os alunos, tendo em vista que a população do bairro está crescendo e muitos desses alunos estão precisando deslocar-se para outras escolas de mais difícil acesso. Portanto, um dos projetos será necessariamente a ampliação e a adequação do espaço físico escolar.

A partir de 2006, em face às normas da demanda da matricula georeferenciada, prevê-se um acréscimo significativo no número de alunos, daí a necessidade da construção de mais salas de aula.

Quanto à avaliação, a escola adotará como instrumentos: duas avaliações bimestrais valendo 3,0 (três) pontos cada, e trabalhos, participação, desempenho e envolvimento dos alunos nas atividades propostas valendo (4,0) pontos, perfazendo um total de 10,0 (dez) pontos.

Outro aspecto a ser considerado na avaliação são as individualidades do educando, porque a aprendizagem se processa de modos diferentes, dependendo das experiências vivenciadas em cada momento específico.

Os registros das avaliações são contempladas nos livros de chamada de cada disciplina e, posteriormente, os resultados são repassados para o setor administrativo, lançados no sistema SERE e impressos nos boletins.

São realizados bimestralmente reuniões com os pais ou responsáveis com a finalidade de informá-los sobre o rendimento escolar de seus filhos e alertá-los em relação às dificuldades que possam ser enfrentadas em cada disciplina, visando a superação das mesmas. (Projeto “Fica comigo – anexo I e item VI).

Quanto à recuperação dos resultados, a mesma será realizada através de atividades extra-classe (trabalhos, pesquisas, leituras, palestras, vídeos...) direcionadas e orientadas pelo professor (a) de cada disciplina.

A hora-atividade é o momento em que o professor organiza as atividades complementares e elabora estratégias de ação para melhor delinear as suas aulas e assim atingir os objetivos propostos para o processo de ensino-aprendizagem.

5.9 – REGIME

A Escola Estadual São Lucas funciona no período matinal das 7 horas e 30 minutos às 11 horas e 50 minutos, atendendo neste período a cinco turmas de 5ª à 8ª Série do Ensino Fundamental.

O estabelecimento conta com seis salas de aula, sendo uma ocupada pela Escola Municipal Marcos Antoniu, que funciona no período vespertino, no mesmo prédio. Também possui: 01 secretaria, 01 sala para os computadores do Paraná Digital, 01 cozinha, banheiros feminino e masculino e biblioteca bem pequena, além de uma quadra de esportes.

Os alunos são matriculados na escola no início do ano letivo, mas no decorrer das atividades escolares se houver vaga o suficiente são admitidos matriculas posteriores.

Quanto ao material didático, adota-se o livro didático previamente selecionado pelos professores de cada disciplina específica, além de atividades elaboradas em cada área com materiais oferecidos pela escola: folhas, cartolinas, tintas, vídeo, retro-projetores, mapas, etc.

A escola adota uma prática democrática, contemplando a questão da diversidade como um fator positivo ao processo educativo. Dessa forma, a inclusão social está presente em todas as instancias desse processo, propondo uma concepção de sociedade que busca explicitar a diversidade que compõe, compreender suas relações e apontar

caminhos possíveis à transformação: “Trabalhar com a diversidade humana, comporta uma ampliação de horizontes para o professor e para o aluno, uma abertura para a consciência de que a realidade em que vivem é apenas parte de um mundo complexo, fascinante e desafiador, na qual o elemento universal subjacente e definidor das relações intersociais e interpessoais deve ser a Ética. (PCN, v.10, 1997, p.19).

Neste sentido, a escola encontra-se aberta à realização de estratégias que garantam a igualdade de condições a todos os integrantes da sua clientela, desenvolvendo ações que promovam a valorização da diferença como algo necessário e enriquecedor da experiência humana.

5.10 – AVALIAÇÃO

A avaliação terá seu processo sistemático contínuo, integral e acumulativo onde iria determinar o grau das atividades desenvolvidas, por meio dos quais se determinam as mudanças que ocorrem no acompanhamento do aluno como também evidencia o desempenho do professor.

A avaliação será entendia como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor irá estudar e interpretar os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados como: testes ou provas de aperfeiçoamento orais ou escritos, tarefas específicas, elaboração de relatório, exposição oral, trabalhos criativos, observações espontâneas ou dirigidas, experimentações práticas, interpretação, criação de textos, pesquisas, etc.

Nesta escola dar-se-a pelo menos duas avaliações 30+30 e mais 40 para todas as atividades que o professor avaliará sempre haverá recuperação paralela.

O aluno será promovido quando apresentar: frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) de total carga horária do período letivo e média anual igual ou superior a 6,0 ( seis vírgula zero), resultado médio aritmético dos bimestres nas respectivas disciplinas como :

MA = 1º B + 2º B + 3º B + 4º B = 6,0

A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do estabelecimento de ensino e do sistema como um todo, com adequação dos conteúdos e métodos. Ex.: lições extras, acompanhamento individualizado etc.

A recuperação é paralela aos alunos que apresentarem dificuldades ou insuficiências nas disciplinas específicas, pois dessa forma ele terá novas oportunidades de verificação dos conteúdos e o professor poderá fazer uma análise do seu próprio trabalho. Porque a avaliação também e o momento de o professor rever seu próprio trabalho.

O estabelecimento, através de boletins, comunica aos pais ou responsáveis sobre o rendimento da vida escolar do aluno, e os mesmos são convocados para reuniões escolares bimestrais, ou através de bilhetes, visitas domiciliares, para os esclarecimentos precisos.

A adaptação de alunos advindos de outros estabelecimentos ou regiões serão analisados de acordo com o procedimento do mesmo, procurando adapta-lo ao ambiente escolar, dependendo das suas necessidades individuais.

A Escola Estadual São Lucas desenvolve/ desenvolverá projetos ligados a todas

as áreas do conhecimento, bem como atividades extra curriculares ligadas ao entretenimento e recreação.

Os projetos estão subdivididos em 2 categorias:

PROJETOS ESPECÍFICOS:

Estes projetos são desenvolvidos por um ou mais professores, com um período determinado, com prazo para sua realização. São eles:

- Consciência Alimentar; - Drogas e alcoolismo;

- Educação ao Trânsito;- Leitura e interpretação;- Educação e Responsabilidade Ambiental;- Aprender brincando;- Sala limpa;- Leitura de Charge;- A importância da família;- Conhecendo minha cidade;- Palestras;- Integração de modalidades esportivas;- Matemática contextual;- Conhecendo nosso Paraná;- Os Artistas de Nossa Escola;- Semana da Paz – 1ª Semana da Primavera.

PROJETOS DE AÇÃO CONTINUADA – PERMANENTESEstes projetos são realizados durante todo decorrer do Ano Letivo, em uma ação

continuada, onde todos os professores participam da elaboração / desenvolvimento do mesmo, inserindo-os como Projetos Permanentes. São eles:

SEMANA CULTURALSerá uma semana onde todos os professores estarão envolvidos. Será

interdisciplinarizado todos os conteúdos, resgatando mais a cultura dos alunos, analisando, revendo os valores e o sentido real da Páscoa na vida do ser humano. Alem de teatro, dramatizações e apresentações dentro e fora da escola (asilo...), assim sendo aproveitaremos para finalizar com uma pequena Confraternização Pascal juntamente com os pais dos alunos.

PROJETO FEIRA DE CIÊNCIAS:Este projeto visa a reunir todos os trabalhos desenvolvidos no decorrer do ano

letivo pelos professores, alunos a fim de serem apresentados às outras escolas, aos pais e a comunidade local. Atividades estas desenvolvidas interdisciplinarmente no âmbito educacional, esportiva e cultural.

PROJETO MUTICULTURALISMO

Todas as estratégias mobilizadas durante as aulas de Língua Inglesa, atentam para o aspecto cultural que constitui o eixo central das ações desenvolvidas.

Essas ações abrangem o conhecimento da realidade das outras culturas, regionais e universais, com o objetivo de mostrar ao aluno a importância das múltiplas culturas para a construção da sua identidade enquanto sujeito integrante de um contexto específico que, por sua vez, compõe um contexto global.

PROJETO GINECOEste projeto Gincana Ecológica reúne todos os envolvidos na escola, professores,

funcionários, secretários, direção, alunos, orientação, divididos em equipes ou como jurados para disputar entre si na realização de provas esportivas, educacionais, culturais.

Além da integração de todos, este projeto conscientiza em relação ao meio ambiente em que vivemos, a trabalhar com as potencialidades de cada aluno, o trabalho em equipe em benefício comum.

PROJETO CIDADANIA – CONHECER PARA RESPEITAREste projeto também é conhecido como: “Conhecendo nossa 3ª idade”. Este

projeto é realização com o Asilo de nosso município. Onde nas principais datas comemorativas é realizado na escola/e na comunidade uma campanha de alimentos que após são levados pelos alunos em visita ao asilo. Também durante o decorrer do ano, os alunos se correspondem com os idosos através de cartas ou visitas individuais.

PROJETO COMEMORANDO AS PRINCIPAIS DATAS COMEMORATIVASNeste projeto os professores são divididos em grupos que ficarão responsáveis por

apresentações culturais em comemoração as principais datas comemorativas do calendário. Também na semana que antecede as apresentações os professores trabalham em suas respectivas turmas sobre o assunto.

Este projeto é integrado ao Projeto Cidadania, onde estas apresentações são feitas no Asilo de nosso município.

PROJETO AGENDA 21

A agenda 21 é um projeto de ação para todo planeta, direcionando em ações locais onde o aluno se conscientize e sua família que mudando sua realidade este aluno estará contribuindo para uma Mudança Global fazendo o aluno a perceber o meio ambiente como nossa vida, nosso corpo, as florestas, os animais, as águas, o ar, a terra, nossa escola, nossa rua e também as relações que estabelecemos com as outras pessoas e as outras culturas.

Só assim é possível ter uma sociedade com gente mais responsável e empenhada em proteger o meio ambiente, contribuindo com a melhoria da qualidade de vida no planeta.

Para elaboração e desenvolvimento dos projetos será seguido um modelo para auxiliar no seu desenvolvimento, servir como registro das atividades realizadas na escola.

VI – MARCO OPERACIONAL

PROJETOS

A Escola Estadual São Lucas desenvolve/ desenvolverá projetos ligados a todas as áreas do conhecimento, bem como atividades extra curriculares ligados ao entretenimento e recreação.

Professores e Funcionários

NOME

Ana Paula Conrado da Silva

FUNÇÃO

Prof. de História

FORMAÇÃO

História

Carina Bozatski Pofª de Ensino religioso

História

Daniel Kolitski Prof. De Ensino Filosofia

Religioso

Maria Joselete Koupak Zittel

Prof. de Língua Portuguesa

Português

Adriana Kuasnyj Schafranski

Prof. de Língua Portuguesa

Português

Cristiana Gardasz Secretário Matemática Clovis Roberto Schwab Administrativo PedagogiaDalton Veiga Prof. Educação

FísicaEducação Física

Erondi Santos Fernando Prof. de Língua Inglesa

Português - Inglês

João Lapuinka Prof.de Geografia

Geografia

Leda Giovana Demczuk Diretora Ciências BiológicasMaria Helena Melnik Prof. de

CiênciasCiências Biológicas

Solange Aparecida Letvin Serviços Gerais Ensino MédioJeferson Rocha de Mello Serviços Gerais Ensino médioCassio Samoel de França Prof. de Artes Estudante em ArtesMicheli Pacheco Kinach Prof. De Artes Estudante de ArtesNivia Maria Daciuk Prof. De

MatemáticaMatemática habilitação em Física

Patricia Mudrei Prof. De Matemática

Estudante de mestrado em Matemática

Maria Estela Ribeiro da Rosa

Serviços Gerais Ensino Médio

Reginaldo Prof. de Geografia

Geografia

Ana Serviços GeraisCecília Sermatiuk Professor-

PedagogoPedagogia-Graduação(Gestão do trabalho pedagógico)

FORMAÇÃO CONTINUADA

Durante o ano todos os professores e funcionários estarão em formação continuada, tais como:Semanas Pedagógicas, Nre Itinerante, pro Funcionários, CADEP, entre outros.

Dos Estágios A Escola Estadual São Lucas- Ensino Fundamental em conformidade com A Lei

dos Estágios receberá os estagiário desde que o professor aceite a atender nas suas aulas ou fora.

VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DALOROSA, A. A., Estado,educação e cidadania, 1998 DEMO, P., Participação é conquista¸São Paulo, Cortez, 1999GADOTTI, M., et al, Autonomia da escola: princípios e propostas, São Paulo, Cortez, 1997FREIRE, p. Professor sim, tia não, São Paulo, Olho d’Água, 1998 PCN, Parâmetros Curriculares Nacionais, v.10, diversos autores, Brasília, MEC/SEF, 1997LDB, Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 9394/96, 1996Constituição Brasileira