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  • 8/3/2019 Projeto Pia e Pt

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    ESTADO DE MATO GROSSOSECRETARIA DE ESTADO DE CINCIAS E

    TECNOLOGIA

    UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITRIO DE BARRA DO BUGRES

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUOAGROINDUSTRIAL

    ABATEDOURO DE FRANGO

    PROJETO DE INSTALAES AGROINDUSTRIAIS E

    PROJETO DO TRABALHO

    Docente: Mnica Marsaro e Fabrcio Silva

    Discentes: Margara Mariza Pereira de Barros

    Robson Pereira

    Alex Freitas

    Barra do Bugres-MTJunho, 2011.

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    ESTADO DE MATO GROSSOSECRETARIA DE ESTADO DE CINCIAS E

    TECNOLOGIA

    UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITRIO DE BARRA DO BUGRES

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUOAGROINDUSTRIAL

    ABATEDOURO DE FRANGO

    PROJETO DE INSTALAES AGROINDUSTRIAIS E

    PROJETO DO TRABALHO

    Docente: Mnica Marsaro e Fabrcio Silva

    Discentes: Margara Mariza Pereira de Barros

    Robson Pereira

    Alex Freitas

    Barra do Bugres-MTJunho, 2011.

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    Sumrio1 INTRODUO ............................................................................................................................. 6

    2 OBJETIVOS .................................................................................................................................. 7

    2.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................................................... 7

    2.2 OBJETIVOS EPECFICOS ............................................................................................................ 8

    3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................... 8

    4 CARACTERIZAO DA EMPRESA ................................................................................................ 9

    4.2 LOCALIZAO ........................................................................................................................ 10

    4.4 MIX DE PRODUTOS ................................................................................................................ 11

    4.5 CONCORRENTES .................................................................................................................... 11

    4.6 ESTRATGIA DE MERCADO ................................................................................................... 12

    4.7 DISTRIBUIO ........................................................................................................................ 12

    4.8 TURNOS E CARGAS HORARIAS .............................................................................................. 12

    4.9 MISSO DA EMPRESA............................................................................................................ 14

    5 REVISO BIBLIOGRFICA .......................................................................................................... 14

    5.1 HISTRICO ............................................................................................................................. 14

    5.2 PRODUO ............................................................................................................................ 145.3 CONSUMO ............................................................................................................................. 15

    5.4 MERCADO .............................................................................................................................. 15

    5.5 EXPORTAES ....................................................................................................................... 16

    5.6 AVICULTURA EM MATO GROSSO .......................................................................................... 17

    5.7 MATRIA PRIMA .................................................................................................................... 17

    5.7.1 QUALIDADE DA CARNE ....................................................................................................... 18

    5.7.2 ATRIBUTOS DA CARNE ....................................................................................................... 18

    5.7.3 COLORAO ....................................................................................................................... 18

    5.7.4 PH ....................................................................................................................................... 18

    5.7.5 PALATABILIDADE E TEXTURA ............................................................................................. 18

    5.7.6 CAPACIDADE DE RETENO DE GUA ............................................................................... 19

    5.8 SANIDADE .............................................................................................................................. 19

    5.9 CARACTERSTICAS NUTRICIONAIS ......................................................................................... 19

    6 DESCRIO DOS PRODUTOS PRONTOS ................................................................................... 20

    6.1 FRANGO INTEIRO TIPO CARCAA .......................................................................................... 20

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    6.2 ASAS ...................................................................................................................................... 21

    6.3 PEITO ..................................................................................................................................... 21

    6.4 COXAS COM SOBRECOXAS .................................................................................................... 22

    6.5 OUTRAS PARTES E MIDOS................................................................................................... 22

    7 DESCRIO DO PROCESSAMENTO ........................................................................................... 23

    7.1 RECEPO ............................................................................................................................. 23

    7.2 PENDURA ............................................................................................................................... 24

    7.3 ATORDOAMENTO E INSENSIBILIZAO ................................................................................ 25

    7.5 SANGRIA ................................................................................................................................ 26

    7.6 ESCALDA ................................................................................................................................ 26

    7.7 DEPENAGEM .......................................................................................................................... 27

    7.8 CORTE DOS PS ..................................................................................................................... 28

    7.9 EVISCERAO ........................................................................................................................ 29

    7.10 PROCESSOS DE RESFRIAMENTO DAS CARCAAS ................................................................ 33

    7.11 GOTEJAMENTO .................................................................................................................... 35

    7.12 BALANOS DE MASSA ......................................................................................................... 36

    7.13 FLUXOGRAMA DO PROCESSO GERAL .................................................................................. 37

    Mapofluxograma ..................................................................................................................... 38

    7.14 BALANOS DE MAQUINAS E EQUIPAMENTOS .................................................................... 40

    7.15 DIMENSIONAMENTO DO PROCESSO GERAL ....................................................................... 41

    7.16 MATRIZ DE RELACIONAMENTO ENTRE OS PROCESSOS GERAIS DE ABATE DE FRANGO .... 41

    7.17 FLUXOGRAMA DE SETORES DO PROCESSO GERAL ............................................................. 42

    7.18 FLUXOGRAMA CRONOLGICO DO PROCESSO GERAL ........................................................ 43

    8 CLASSIFICAO ......................................................................................................................... 44

    8.1 DESCRIES DO PROCESSO POR CLASSIFICAO DO FRANGO INTEIRO .............................. 44

    8.1.1 EMBALAGEM ...................................................................................................................... 44

    8.1.2 CONGELAMENTO ............................................................................................................... 45

    8.1.3 BALANO DE MASSA DO PROCESSO DE PRODUO DO FRANGO INTEIRO ...................... 46

    8.1.4 BALANO DE EQUIPAMENTOS DO PROCESSO DE PRODUO DO FRANGO INTEIRO...... 46

    8.1.5 DIMENSIONAMENTO DA PRODUO DO FRANGO INTEIRO ............................................. 47

    8.1.6 MATRIZ DE RELACIONAMENTO DO PROCESSO DE PRODUO DO FRANGO INTEIRO ..... 47

    8.1.7 FLUXOGRAMA DE SETORES DO PROCESSO DE FRANGO INTEIROS ................................... 48

    8.1.9 FLUXOGRAMA CRONOLGICO DO FRANGO INTEIRO ........................................................ 48

    8.2 DESCRIO DO PROCESSO POR CLASSIFICAO DOS CORTES NOBRES ............................... 49

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    8.2.1 ESPOSTEJAMENTO ............................................................................................................. 49

    8.2.2 EMBALAGEM ...................................................................................................................... 50

    8.2.3 BALANO DE MASSA DO PROCESSO DE PRODUO DE CORTES NOBRES ........................ 52

    8.2.4 Descrio de equipamento do processo de produo de cortes nobres .......................... 53

    8.2.5 Matriz De Relacionamento Dos Cortes Nobres .................................................................. 54

    8.2.6 Fluxograma De Setores Do Processo De Cortes Nobres .................................................... 55

    8.2.7 Fluxograma Cronolgico do processo de produo de cortes nobres de frango .............. 56

    8.3 DESCRIO DO PROCESSO POR CLASSIFICAO DOS MIDOS ............................................ 56

    8.3.1 CHILLERS ............................................................................................................................. 58

    8.3.2 BALANO DE MASSA DO PROCESSO DE PRODUO DE MIDOS ..................................... 60

    8.3.3 DESCRIO DE EQUIPAMENTO DO PROCESSO DE PRODUO DE MIDOS .................... 60

    8.3.4 MATRIZ DE RELACIONAMENTO DO PROCESSO DE MIDOS ............................................. 61

    8.3.5 FLUXOGRAMA DE SETORES DO PROCESSO DE MIDOS ................................................... 61

    8.3.6 FLUXOGRAMA CRONOLGICO DO PROCESSO DE PRODUO DE MIDOS ..................... 62

    8.4 DESCRIO DO PROCESSO POR CLASSIFICAO DE NUGGETS ............................................ 62

    8.4.1 CMS .................................................................................................................................... 63

    8.4.2 MISTURA............................................................................................................................. 63

    8.4.3 MODELADOR ...................................................................................................................... 64

    8.4.4 EMPANAMENTO E FRITURA ............................................................................................... 65

    8.4.5 CONGELAMENTO ............................................................................................................... 65

    8.4.6 EMBALAGEM ...................................................................................................................... 66

    8.4.7 BALANO DE MASSA DO PROCESSO DE PRODUO DE NUGGETS ................................... 67

    8.5 DESCRIO DE EQUIPAMENTO DO PROCESSO DE PRODUO DE NUGGETS...................... 69

    8.5.2 MATRIZ DE RELACIONAMENTO DO PROCESSO DE NUGGETS.......................................... 69

    8.5.3 FLUXOGRAMA DE SETORES DO PROCESSO DE NUGGETS .................................................. 70

    8.5.4 FLUXOGRAMA CRONOLGICO DO PROCESSAMENTO DE NUGGETS ............................... 71

    Fluxograma geral do processo .................................................................................................... 72

    Centros de produo (templates) ............................................................................................... 73

    9 TRATAMENTO DE RESDUOS E EFLUENTES................................................................. 81

    9.1 TRATAMENTO DE RESDUOS ........................................................................................ 81

    9.2. PROCESSAMENTOS DOS RESDUOS............................................................................ 82

    Penas ........................................................................................................................................... 82

    Vsceras ....................................................................................................................................... 82

    Gordura ....................................................................................................................................... 83

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    9.2.1 FARINHA DAS PENAS ................................................................................................... 83

    9.2.2 FARINHA DAS VSCERAS ............................................................................................. 83

    9.3.PROCESSOS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES LQUIDOS .................................... 83

    9.3.1 PROCESSOS BIOLGICOS ............................................................................................ 84

    9.3.2 PROCESSO ANAERBICO E PROCESSO FACULTATIVO ...................................................... 84

    LAGOAS ANAERBICAS ............................................................................................................... 84

    LAGOAS AERADAS FACULTATIVAS .............................................................................................. 86

    10 ERGONOMIA E SEGURANA DO TRABALHO .......................................................................... 87

    10.1 RISCOS E SEUS AGENTES ..................................................................................................... 88

    10.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL ...................................................................... 89

    Figura 102: Botas De PVC Feminina .......................................................................................... 90

    Figura103: Botina de Segurana Monodensidade....................................................................... 91

    Figura 104: Capacetes De Segurana .......................................................................................... 91

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................................................... 98

    1 INTRODUO

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    O projeto apresenta como proposta a instalao de uma agroindstria abatedora

    de aves na Regio Mdio Norte do Estado de Mato Grosso.

    A Regio oferece inmeras vantagens que suportam a instalao de uma

    agroindstria abatedora de aves, o projeto simula a instalao e localizao da indstria,

    assim como todo o processo produtivo, detalhando todas as etapas do processo desde a

    recepo da matria-prima at a distribuio do produto industrializado.

    A avicultura est passando por um crescimento expressivamente significativo

    nos ltimos gerando mudanas nos setores que envolvem a produo e comercializao

    de carnes de aves.

    Atravs da pesquisa bibliogrfica realizada identificou-se a preferncia de alguns

    segmentos mercados por produtos alguns produtos e cortes especficos das aves.

    A empresa tem como objetivo de produo a comercializao de carcaas

    inteiras, cortes nobres, midos e empanados. O processamento de cada produto

    demonstrado detalhadamente desde o abate at a finalizao do produto. O processo

    representado atravs de matrizes de relacionamento, fluxogramas de setores,

    fluxogramas cronolgicos, dimensionamento dos centros de produo, quantificao e

    distribuio dos equipamentos utilizados para a realizao do processamento de aves.

    Para qualquer agroindstria que em seu processo produtivo haja resduos ou

    efluentes de vital importncia que haja um tratamento de resduos e efluentes, para

    evitar contaminao ao meio ambiente ou problemas com a legislao ambiental. Como

    resoluo desse problema a agroindstria utilizara os resduos slidos na graxaria para

    fabricao de raes e os efluentes ou (resduos lquidos) sero tratados em lagoas

    anaerbicas e facultativas antes de serem lanadas em cursos dgua.

    2 OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    Desenvolver o projeto tcnico para implantao de um Frigorfico de Aves na

    regio de Diamantino, que atenda as normas institudas pela legislao sendo capaz de

    explorar a potencialidade da regio na qual ser instalado, contribuindo para seu

    desenvolvimento econmico e social, e que se apresente como uma indstria capaz de

    adentrar ao mercado competitivo em igualdade a seus concorrentes, possuindo

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    produtividade suficiente para atender o mercado interno buscando futuramente

    alavancar-se para o mercado externo.

    2.2 OBJETIVOS EPECFICOS

    Indicar as caractersticas prprias da empresa, como infraestrutura, mix

    de produtos e jornada de trabalho;

    Relatar dados que elucidem a disponibilidade de espao no mercado de

    carne de frangos, e quais so as exigncias deste mercado;

    Descrever os processos de todas as linhas de produtos;

    Fazer dimensionamento das quantidades de equipamentos e produtos;

    Dimensionar processos, tempos, fluxo e espao necessrio;

    Elaborar um mapa de riscos para a empresa Frangoeste ;

    Atravs dos estudos elaborarem a planta industrial da Frangoeste.

    3 JUSTIFICATIVA

    A implantao da agroindstria Frangoeste na regio mdio norte do MT traz

    no s desenvolvimento econmico para a cidade de Diamantino com gerao de

    emprego e desenvolvimento social, mais entra tambm no mercado atendendo seus

    clientes com produtos de qualidades e preos justos gerando crescimento para cidade e

    lucro para seus donos. A implantao dessa agroindstria esta embasada no fato do

    mercado de frango no centro oeste estar sofrendo um grande desenvolvimento naproduo. Segundo a (AVEWORD 2010), atualmente o Brasil considerado o maior

    celeiro na produo e exportao de alimentos do mundo, e um dos carros chefes desse

    titulo produo e industrializao de frango e seus derivados.

    O estado com maior produo de frango o Paran, porem o Mato Grosso o

    estado que mais cresce na produo dessa matria prima nos ltimos anos. De acordo

    com dados do (IBGE 2010), o volume de abate de frangos no acumulado at o terceiro

    trimestre de 2010 registra um desempenho 4,7% superior ao de 2009. No houve

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    mudanas a se destacar quanto participao por regio brasileira em relao

    produo nacional neste trimestre em relao ao anterior, porm nos estados de Mato

    Grosso e Mato Grosso do Sul o volume abatido variou positivamente em torno de 6%,

    acima da variao nacional, mantendo praticamente a mesma participao de 14,2% do

    agregado nacional.

    4 CARACTERIZAO DA EMPRESA

    A agroindstria FRANGOESTE LTDA entra no mercado para atender

    inicialmente toda a regio centro oeste do Brasil, buscando com o aumento de sua

    produtividade, futuramente outras regies e possivelmente o mercado externo. A

    capacidade instalada de produo ser de 150mil aves/dia para atender uma linha de

    produo que ter como produto final (frango inteiro, cortes nobres, empanados e

    midos).

    Com a implantao da FRANGOESTE a cidade de Diamantino vai aumentar o numero

    de emprego na cidade e consequentemente o giro econmico da cidade ser maior.

    A agroindstria ser construda de acordo com as exigncias da RIISPOA

    (Regulamento da Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal), onde

    suas paredes sero de alvenaria lisa ter azulejo ate 2,5m de altura evitando assim

    filtraes e de fcil lavagem e desinfestao, acima ser pintada utilizando tintas ltex

    clara, seu piso ser de cermica industrial e material antiderrapante. O teto ser de laje

    de concreto evitando a entrada de insetos, a ventilao ser natural abundante com apoio

    de condicionadores de ar e exaustor, a iluminao ser natural e ambiente com apoio de

    lmpadas frias devidamente protegidas. As janelas so metlicas de proteo contra

    insetos atravs de instalao de tela milimtrica, os parapeitos das janelas serochanfrados de maneira que no acumule agua e sujeiras e ter portas de correr e portas

    de vai e vem provido de cortina de ar facilitando assim a comunicao com o meio

    externo.

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    4.2 LOCALIZAO

    A localizao da agroindstria foi definida de acordo com a disponibilidade de

    matria prima e logstica da regio, onde a mesma atende os requisitos de viabilidade da

    empresa.

    O municpio de diamantino indicado na figura abaixo possui 20.420 habitantes e

    uma extenso territorial de 8.230,05 km (IBGE, 2010), e ficam localizados no mdio

    norte do MT a 205 km distantes da capital Cuiab, com uma latitude -14 24' 31'',

    longitude -56 26' 46'' e altura de 269 metros do nvel do mar.

    Figura1: Mapa da regio mdio norte de MT

    Fonte: Banco de informaes de mapas de transporte BIT

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    4.4 MIX DE PRODUTOSA empresa esta entrando no mercado com a seguinte linha de produtos derivados do

    frango.

    Frango inteiro embalagem a vcuo de plsticos com media de 1,8kg. Cortes nobres embalados em bandejas de 500g e 1 kg. Midos embalados em bandejas 500g. Nuggets embalados em embalagens primaria de plsticos depois em

    caixinhas de 300g.

    4.5 CONCORRENTES

    Os principais concorrentes da empresa FRANGOESTE atuam diretamente nocentro oeste foco inicial da agroindstria, e em outras regies do pas, so grandes

    O municpio de diamantino foi escolhido porque esta estrategicamente rodeada

    de pequenos produtores que forneceram matria prima para a agroindstria. Os

    criadores de aves tero apoio da FRANGOESTE e rgos do governo para o

    financiamento de seus avirios onde o mesmo tero vantagens na alimentao das aves

    devido produo de gros na regio

    A agroindstria ser abastecida por poos artesianos, onde essa gua ser tratada

    para utilizao e tratada no para seu reuso, e ter ponto de agua quente e fria para

    atender a necessidade do cada setor onde a mesmo ter um sistema de presso para

    facilitar a limpeza e higienizao. Segundo Bellaver e Oliveira (2009) a quantidade de

    gua utilizada na higienizao e nos processos relacionados ao abate de aves de

    aproximadamente 30 litros/frango. Como a empresa ter um abate de 150mil aves/dia

    sero necessrios 4.500litros/dia para o processo e abate e higienizao da empresa.O terreno onde se implantar a Frangoeste Ltda. esta um pouco afastada da

    cidade devido alguns aspecto causados por esse tipo de agroindstria como o mau-

    cheiro, dificuldade de escoamento e proximidade de fontes poluidoras e fora a rea

    construda a empresa ainda ter a disposio reas no local para futuras ampliaes.

    A energia da agroindstria ser fornecida por uma empresa local responsvel e

    quando necessrio utilizar geradores reservas, onde a empresa ter um planejamento de

    consumo para no haver desperdcio.

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    empresas como SADIA, PERDIGO e ANHAMBI.Segundo o IBGE 2010, o abate de

    frangos subiu 4,5% em 2010 em comparao com 2009, atingindo 4,988 bilhes de

    unidades. O abate de frangos somou 1,263 bilho de unidades no quarto trimestre do

    ano passado, 1,6% inferior ao mostrado no terceiro trimestre de 2010. A distribuio da

    produo segue com o Sul concentrando 58,0% do abate de frangos. O Sudeste

    respondeu por 23,3% e o Centro-Oeste 14,3%. O Paran abateu isoladamente 24,9% do

    total nacional, enquanto Santa Catarina contribuiu com 18,8% e o Rio Grande do Sul,

    17,2%. A Agroindstria Frangoeste LDTA trabalhando com sua capacidade de 150mil

    aves/dia ficara com uma fatia de cerca de 20% do abate de frango da regio centro

    oeste.

    4.6 ESTRATGIA DE MERCADO

    A estratgia de mercado da Agroindstria Frangoeste Ltda. esta baseada em

    atender a regio centro oeste do Brasil levando produtos de alta qualidade, futuramente

    atendendo todo territrio nacional e o mercado externo, investindo em tecnologia e

    ampliao da produo.

    4.7 DISTRIBUIOA distribuio dos produtos da Frangoeste ser feita por vias terrestres,

    trabalhando estrategicamente com pontos de armazenagens espalhado pela regio centro

    oeste, no deixando faltar seus produtos nos supermercados atacadistas e varejista. A

    Frangoeste ter seus produtos transportados por uma empresa de logsticas terceirizada

    especializada na a rea.

    4.8 TURNOS E CARGAS HORARIASA empresa Frangoeste LDTA trabalhara em dois turnos de 8hrs, onde o primeiro

    turno comeara a operar das 07h30min as 16hrs incluindo pausa de 1hr e meia para o

    almoo e 30min de descanso, o segundo turno iniciara suas operaes das 16hrs ate as

    0hrs, com parada de 30min de descanso, a parte administrativa da empresa iniciara sua

    jornada de trabalho das 8h 30min as 18hrs, com pausa de 1h e meia para o almoo e

    30min de descanso no perodo vespertino. Seguindo essa carga horaria a empresa

    trabalhara 6 dias da semana, 26 dias por ms e 312 dias ao ano. O mdico e engenheiro

    do trabalho trabalharam apenas trs horas por dia dentro da empresa seguindo

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    orientao da NR-4 sobre dimensionamento dos servios especializados em engenharia

    e medicina do trabalhoSESMT.

    Funo Setor Turno Quantidade horas/dia

    Presidente Diretoria Comercial 1 8 horas

    Gerente Industrial Indstria Manha/Tarde 2 8 horas

    Gerente de Compras Administrativo Comercial 1 8 horas

    Gerente Financeiro Administrativo Comercial 1 8 horas

    Gerente de RH Recursos Humanos Comercial 1 8 horas

    Gerente de Marketing Administrativo Comercial 2 8 horas

    Inspeo Federal Indstria Manh/Tarde 2 8 horas

    Equipe de Engenharia Indstria Comercial 9 8 horas

    Aux. de Compras Administrativo Comercial 1 8 horas

    Aux. Financeiro Administrativo Comercial 1 8 horas

    Contador Administrativo Comercial 1 8 horas

    Aux. Contabilidade Administrativo Comercial 1 8 horas

    Equipe DIF Indstria Manh/Tarde 20 8 horas

    Engenheiro de Segurana Recursos Humanos Especial 1 3 horas

    Mdico do Trabalho Recursos Humanos Especial 1 3 horas

    Enfermeiro do Trabalho Recursos Humanos Manh/Tarde 3 8 horas

    Secretarias Adm./Diretoria Comercial 3 8 horas

    Supervisores de Indstria Indstria Manh/Tarde 32 8 horas

    Equipe de Produo Indstria Manh/Tarde 550 8 horas

    Supervisores de Limpeza Indstria Manh/Tarde 8 8 horas

    Equipe de Limpeza Indstria Manh/Tarde 45 8 horas

    Supervisor de Qualidade Indstria Manh/Tarde 4 8 horas

    Supervisor de Manuteno Indstria Manh/Tarde 4 8 horas

    Equipe de Manuteno Indstria Manh/Tarde 11 8 horas

    Total de funcionrios705

    Quadro 1Turnos e Carga Horria da Frangoeste LTDA.

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    4.9 MISSO DA EMPRESA

    5 REVISO BIBLIOGRFICA

    5.1 HISTRICOA galinha, bem como o galo, so respectivamente a fmea e o macho da espcie

    Gallus gallus domesticus de aves galiformes e fasiandeas. Os juvenis so chamados de

    frango, e os filhotes, de pintos ou pintinhos.

    A galinha tem origem asitica, que remotam os tempos de 1400 a.C . Da Grcia

    antiga as galinhas espalharam-se pela Europa e os navegadores polinsios levaram estas

    aves nas suas viagens de colonizao do Oceano Pacfico, incluindo a ilha de Pscoa. A

    proximidade ancestral com o homem permitiu o cruzamento destinado criao de

    diversas raas, adaptadas s diferentes necessidades. CENTRO VEGETARIANO

    (2010).

    Para alguns pesquisadores, a domesticao da Galinha aconteceu por volta de

    trs mil A.C., na ndia. Para outros, a Galinha Domstica que conhecemos atualmente

    resultado do cruzamento entre quatro espcies. Recentemente, um estudo realizado por

    cientistas suecos da Universidade de Uppsala, e publicado em 2008, refora esta teoria,

    mas destaca apenas duas espcies: a galinha-cinzenta-da-selva (uma espcie selvagem

    da ndia), e a galinha-selvagem-da-selva. PETMAG (2011).

    5.2 PRODUO notrio que a cadeia produtiva do frango se modernizou ao longo dos anos, ou

    seja, ouve melhoramento gentico ao longo de sua evoluo. Esse melhoramento se deu

    na mudana alimentcia e tecnolgica.

    Durante o sculo passado pode-se fazer um comparativo dessa evoluo, onde

    na dcada de 30 um frango era abatido em 105 dias a um peso de 1,5 Kg, apenas ouve

    outro melhoramento na dcada de 70 onde um frango era abatido com 56 dias a 1,7 kg,

    Oferecer produtos de qualidades a preos acessveis para todos os lares do centro

    oeste do pas, junto com essas metas visar qualificao e harmonia do ambiente de

    trabalho.

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    j na dcada de 90 eram 45 dias a 2.25 kg, e apenas atualmente o frango pesa 2,5 em 42

    dias.

    O Brasil est representado em terceiro lugar no ranking mundial, com 11,02

    milhes de toneladas, auferindo um crescimento de 6,2%, precedido pela China, com11,9 milhes de toneladas, e Estados Unidos, em primeiro lugar com seus 16,6 milhes

    de toneladas, com crescimentos respectivos de 5,4 e 2,1%. (ABEF, 2009).

    5.3 CONSUMOSegundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), o consumo

    mundial per capita de carne de frango cresceu de aproximadamente 2 quilos por pessoa

    por ano em 1970 para mais de 10,5 quilos em 2009. No Brasil, entre 1983 e 2009, esseconsumo cresceu mais de 300%, enquanto que o de carne bovina recuou e o de carne

    suna aumentou de forma bem modesta. (AVEWORLD, 2010).

    O diferencial de preos entre a carne de frango e o de outras carnes, devido a

    exigncias ambientais crescentes e a padres sanitrios mais rgidos, deve aumentar

    ainda mais, influenciando como fatores importantes o aumento do consumo.

    (AVEWORLD, 2010)

    5.4 MERCADONo Brasil o mercado de produo de carnes vem em constante crescimento nas

    ultimas dcadas, chegando a nveis internacionais nos ltimos anos. Em 2009, o Brasil

    foi responsvel pelo abate de 4,77 bilhes de aves de corte, tendo uma produo de

    11,02 milhes de toneladas de carne de frango. (AVISITE, 2010). Comparando com a

    produo de carne Bovina e Suna temos, respectivamente, 6,64 e 2,92 milhes de

    toneladas de carne, assim v-se a dimenso da quantidade de carnes que o pas produz.

    (IBGE, 2010).

    O pas destaca-se como um dos maiores produtores mundial, possuindo uma

    maturidade economia desenvolvida, segundo o Relatrio Anual 2008/2009 da

    Associao Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos. (ABEF, 2010).

    Outro importante dado diz respeito ao preo das carnes, no ano de 2008 o preo

    mdio da tonelada da carne de frango era US$ 1.782,00, e em 2009 houve uma reduono para US$ 1.484,00. Tambm para as carnes bovina e suna houve reduo no preo

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    mdio por tonelada de carne comercializada, de US$ 3.917,00 para US$ 3.264,00 para a

    Bovina e de US$ 2.918,00 para US$ 2.102,00 para suna. Assim a carne de frango a

    mais barata das trs principais no mundo. (IBGE, 2010).

    5.5 EXPORTAESSegundo a ABEF (Associao Brasileira Dos Produtores E Exportadores De

    Frango) o Brasil o maior exportador de frango na atualidade, tendo sobre seu domnio

    40 % do mercado. Em 2009 foram exportadas 3,635 milhes de toneladas de carne de

    frango, com uma receita de US$ 5,814 bilhes.

    Na dianteira das exportaes brasileiras por volume em abril esto Santa

    Catarina e Paran, praticamente empatados com 89.252 toneladas e 89.224 toneladas,respectivamente. Em seguida, vem o Rio Grande do Sul, com 58.670 toneladas, So

    Paulo, com 23.677 toneladas, e Minas Gerais, com 17.023 toneladas.

    Com relao receita, as exportaes catarinenses mantm o primeiro lugar em

    abril, com US$ 209,5 milhes. Em seguida vem o Estado do Paran, com US$ 177,3

    milhes. Em terceiro lugar est o Rio Grande do Sul, com US$ 121,9 milhes. So

    Paulo vem na quarta posio, com US$ 47,9 milhes. No quinto posto aparece o Estado

    de Mato Grosso, com US$ 34 milhes.

    Entre os principais destinos da carne de frango brasileira em abril, destaca-se o

    Oriente Mdio, com importaes de 116.600 mil toneladas do total do ms,

    representando receita de US$ 221,3 milhes. Em seguida, vem a sia, com 92.600 mil

    de toneladas e US$ 216,9 milhes. A frica, em volumes, foi responsvel por 33.700

    mil toneladas e US$ 44,6 milhes. (AVISITE, 2010).

    J a Unio Europeia importou no perodo 45.100 mil toneladas, com receita deUS$ 135,9 milhes. Por fim, as exportaes brasileiras com destino aos pases das

    Amricas somaram 22.600 mil toneladas e US$ 40,1 milhes. (AVISITE, 2010).

    Abaixo o grfico (grfico1) representativo dos destinos da exportao de aves

    brasileiras em porcentagens.

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    Grfico 1: Exportao de frango brasileiro por destino em 2009.

    Fonte: SECEX apud ABEF, 2010.

    5.6 AVICULTURA EM MATO GROSSOEm Mato Grosso, alguns municpios se destacam entre os maiores produtores de

    aves do Pas. Campo Verde, distante 117 km da Capital, detm o 5 maior efetivo de

    aves entre os municpios brasileiros, quase 11 milhes de cabeas.

    Nova Mutum, cidade localizada a 264 km de Cuiab, se destaca como o segundo

    maior produtor de aves do pas. O municpio detm mais de 12 milhes de animais,representando 27,3% da produo estadual, somada em 47 milhes de cabeas.

    De acordo com estudos o que contribuiu para esse crescimento expressivo na

    produo, foi vinda de novas unidades frigorficas.

    Hoje o Estado possui 6 empresas com Servio de Inspeo Federal (SIF) e uma com

    certificado do Servio de Inspeo Estadual (SIE).

    A avicultura mato-grossense apresenta resultados positivos, mantendo umcrescimento mdio de 5% a 10% a cada ano. (AVICULTURA INDUSTRIAL, 2010).

    5.7 MATRIA PRIMAA carne de aves, de acordo com o Departamento de Inspeo de Produtos de

    Origem Animal (DIPOA), correspondente s obtidas aves domsticas de criao. O

    frango possui carne de colorao branca. A carne de frango fornece nutrientes

    necessrios em dietas equilibradas. Protenas, Lipdios, vitaminas e minerais

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    encontrados na composio da carne que variam de acordo com a raa, idade e

    condies higinicas do animal.

    5.7.1 QUALIDADE DA CARNESegundo Vieira (2009) a qualidade da carne dependente da temperatura do

    tecido muscular e da velocidade de resfriamento aps o abate, sendo que as velocidades

    das reaes bioqumicas so reduzidas em baixas temperaturas . identificada atravs

    de parmetros fsico-qumicos, tais como: aparncia, textura, suculncia, pH, sabor

    entre outros.

    5.7.2 ATRIBUTOS DA CARNEO sabor e aroma da carne so provenientes do aquecimento, decorrendo da

    transformao de substncias lipossolveis e hidrossolveis e ainda a volatilizao de

    alguns compostos indesejveis na carne. A aparncia da carne est relacionada com a

    cor e exsudao da carne.

    5.7.3 COLORAOA colorao da carne varivel de espcie para espcie e tambm est

    relacionada com a atividade fsica do animal. O que determina cor a carne a

    mioglobina, que quanto maior o tamanho a carne se torna mais escura. Outros fatores

    que interferem na colorao da carne so a idade, sexo, alimentao e habitat.(LIMA,

    2010).

    5.7.4 PHUm msculo vivo possui o valor do pH de 7,2. Ocorrido o abate, a carne

    continua em processo bioqumico, no qual o condutor energtico do msculo

    transformado em glicognio ltico atravs da ao de vrias enzimas.

    5.7.5 PALATABILIDADE E TEXTURAA palatabilidade da carne est associada com a textura. A textura pode ser afeta

    por fatores ante-mortem, como espcie, fatores genticos, idade, estado de nutrio,

    estresse, entre outros. Rigor mortis, estimulao eltrica, velocidade do resfriamento,

    pH so fatores post-mortem que tambm influenciam na textura da carne frango.

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    5.7.6 CAPACIDADE DE RETENO DE GUA a capacidade que a carne tem de reter gua durante o aquecimento, cortes,

    triturao, prensagem. A capacidade de reteno de gua do tecido muscular tem um

    efeito direto durante o armazenamento. Quando os tecidos tm pouca capacidade de

    reteno de gua, a perda de umidade e, consequentemente, de peso durante seu

    armazenamento grande. A capacidade de reteno de gua influencia diretamente na

    qualidade da carne, pois afeta diversas caractersticas essenciais necessrias a carne de

    frango.

    5.8 SANIDADEQuando a carne est fresca serve como excelente substrato para o

    desenvolvimento de microrganismos e vermes, causando tambm intoxicaes

    qumicas, atravs de resduos de aditivos. Por isso, o local de abate e manipulao da

    carne deve seguir normas higinicas determinadas.

    5.9 CARACTERSTICAS NUTRICIONAISO frango utilizado na alimentao, sendo classificado como alimento saudvel,

    pobre em gorduras, desde que seja consumido sem pele. Essa carne apresenta rico teor

    de protenas de boa qualidade e recomendada consumo em todas as idades e podem

    ser consumidas, sem pele, por algum que tenha riscos cardiovasculares, pois contem

    uma baixa taxa de colesterol. A carne de aves constitui uma fonte importante de

    protenas. Alm disso, trata-se de protenas de boa qualidade porque so ricas em

    aminocidos indispensveis. Estas protenas tm, por conseguinte, um bom valor

    biolgico que comparvel ao das outras carnes. O peito, que o pedao mais magro

    contm apenas 2% de lipdios. Alm disso, as gorduras que trazem so de boa

    qualidade, visto que se trata em grande parte de gorduras mono e poli no saturadas.

    A carne de frango ainda rica em ferro, constituindo uma fonte no

    negligencivel em ferro visto que se trata de ferro hemnico que a forma do ferro mais

    bem assimilada pelo organismo e so consideradas fonte importante de vitaminas do

    grupo B, principalmente, B2 e B12. Estas vitaminas so indispensveis, visto que

    ajudam na sntese de energia a partir dos nutrimentos ingeridos. Na tabela 1 mostrada

    as informaes nutricionais da carne de frango. (VENTURINI, K.S. SARCINELI.

    SILVA, 2007).

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    Nutrientes Quantidade em 100gCalorias 129 KcalFerro 1,6 gGordura 3,75gGordura Saturada 1,07g

    Protenas 25gQuadro 2. Informaes nutricionais em 100g de frango sem pele.

    6 DESCRIO DOS PRODUTOS PRONTOS

    6.1 FRANGO INTEIRO TIPO CARCAANo Brasil o frango classificado em frango inteiro e frango carcaa. O frango

    inteiro aquele que conte fgado, moela, ps, cabea e pescoo, pesando em mdia 2,4

    kg e a carcaa (figura 02) tem peso inferior a 2 Kg e vendida sem midos. A Indstria

    Frangoeste produzir o frango inteiro tipo carcaa, uma vez que seus midos sero

    tambm comercializados a parte. AGAIS. (2007).

    Figura 02: Carcaa de Frango sem midos.

    Fonte: TRAMONTO ALIMENTOS, 2011.

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    6.2 ASASNo Brasil comercializada inteira, ou em partes, tais como, coxinhas da asa e

    meio das asas. (figura 03).

    Figura03: Asas Inteirras.

    Fonte: TRAMONTO ALIMENTOS, 2011.

    6.3 PEITOO peito de frango (figura 04) tido como o corte mais nobre do frango por

    possuir aspecto agradvel, cor atraente e ser bastante utilizado na culinria requintada eem pratos de uma alimentao saudvel. No Brasil, comercializado inteiro, com osso e

    com pele, e tambm em forma de fil.

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    Figura 04: Peito de Frango.

    Fonte: TRAMONTO ALIMENTOS, 2011.

    6.4 COXAS COM SOBRECOXASCoxas com sobrecoxas (Figura 05) so comercializados inteiras ou em cortes,

    resultando em coxas e sobrecoxas separadamente.

    Figura 05: Coxa Com Sobrecoxa.

    Fonte: TRAMONTO ALIMENTOS, 2011.

    6.5 OUTRAS PARTES E MIDOSO frango oferece outras partes apreciadas pelo consumidor ou que apresentam

    importncia para a fabricao dos produtos industrializados. Os midos de frango so

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    muito apreciados pelos brasileiros, que consomem preferencialmente o corao (Figura

    06).

    Figura 06: Corao de Frango.

    Fonte: CAMAQU DISTRIBUIDORA, 2011.

    7 DESCRIO DO PROCESSAMENTO

    7.1 RECEPOAproximadamente com 45 dias de idade as aves que sero abatidas so enviadas

    para o frigorfico. Onde os meios de transporte utilizados so caminhes com

    caractersticas especficas que permitem ventilao adequada para as aves que seroalojadas em gaiolas plsticas, e descarregadas na plataforma de recepo, onde sero

    empilhadas com espaamento de 50 cm de uma pilha para outra, e de 1,20 m entre um

    lote e outro, permanecendo neste local no mnimo 2 horas para descanso antes de serem

    abatidas. BUENO et al.( 2007).

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    Figura07: Lavador de gaiolas.

    Fonte: FRAMPECASABATEDOUROS, 2011

    7.2 PENDURAAs aves so retiradas das caixas e penduradas pelos ps na nria. A pendura tem

    que ser realizada de modo a no estressar as aves e evitar fraturas e hemorragias.

    Figura08: esteira de gaiolas

    Fonte FRAMPECASABATEDOUROS, 2011

    Ficha Tcnica

    Capacidade: 200 caixas/hora

    Dimenso: 5,0(c) x 1,0(L) x 2,0(H) m

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    Figura09: Norea de pendura

    Fonte: FRAMPECASABATEDOUROS, 2

    7.3 ATORDOAMENTO E INSENSIBILIZAOEsse processo dura 7 segundos e feito para que no ocorra o sofrimento da ave.

    Est tcnica pode ser feita atravs de gs ou eletronarcose. A mais utilizada o de

    eletronarcose, que nada mais a imerso da ave em gua com corrente eltrica

    causando um choque (80V) na mesma. Voltagem muito elevada diminui a eficincia da

    sangria. (SARCINELLI, 2007).

    Figura10: Insensibilizador

    Fonte: ALFACOMP, 2010

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    7.5 SANGRIADura, em mdia, 3 minutos, sendo um processo passivo podendo ser acelerado

    pelo bombeamento cardaco. Nos primeiros 40% do tempo desse processo, os animais

    devem ter perdido 80% do sangue. Se a sangria ultrapassar o limite de 3 minutos a

    depenagem ser prejudicada. (SARCINELLI,2007).

    Figura 11: Sangrador Automtico

    Fonte: FRAMPEA ABATEDOURO LDTA

    7.6 ESCALDAO tempo necessrio de 2 minutos com a temperatura de 52C para que ocorra o

    afrouxamento das penas. importante ressaltar que no se deve ultrapassar este tempo

    pois ir ocorrer o cozimento da carcaa e se ficar um tempo menor que o recomendado

    no ocorrer o afrouxamento das penas dificultando a depenagem.Essa etapa tem por

    finalidade uma prvia lavagem da ave e o afrouxamento das penas atravs da abertura

    dos poros, para facilitar a depenagem. Nessa fase pode ocorrer perdas da qualidade da

    carcaa. Se a temperatura da gua for muito alta ou o tempo de permanncia for

    exagerado, podem ocorrer queimaduras do peito, coxas, e asas, causando uma colorao

    branca e endurecimento da carne (AVESERRA, 2006).

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    7.7 DEPENAGEMO processo de depenagem feito com as aves suspensas pelos ps, e

    processadas logo aps a escaldagem, sendo proibido o seu retardamento. Nesta etapa

    importante observar a regulagem da fora dos dedos giratrios na retirada das penas

    para evitar contuses na carcaa.

    As penas retiradas podem ser coletadas atravs de canaletas, que conduzem

    para a graxaria. (NETO, 2009)

    Na parte final, os tambores tm dedos mais longos e flexveis, que permitem

    uma ao mais suave. Geralmente, trs ou quatro depenadores so usados em sequncia,

    seguidos por um depenador para remoo das penas da coxa, da asa e do pescoo. Os

    FGURA12: ESCALDADOR AUTOMTICOFONTE: FRAMPEAS ABATEDOUROS LTDA

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    Figura13: DepenadeiraFontes: USIFRIGOLL, 2011

    7.8 CORTE DOS PSLogo aps a sada da mquina de depenagem os frangos tm seus ps cortados

    mecanicamente atravs de um disco afiado (figura 14) girando em torno do prprio

    eixo. Os ps so encaminhados para a graxaria ou separados para a venda.

    Figura 14: Cortador de Ps

    Fonte: FRIGOMAQ FRIGO INDUSTRIAL LTDA

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    7.9 EVISCERAOA eviscerao constitui-se basicamente das seguintes etapas: extrao do

    contedo intestinal; abertura do abdmen; exposio das vsceras; retirada das vsceras

    comestveis; retirada das vsceras abdominais, retirada dos pulmes.

    As vsceras comestveis so retiradas manualmente, limpas selecionadas e

    encaminhadas para sala de midos. (FIGUEIREDO, 2007).

    Figura15: Eviscerador Automtico

    Fonte: MEITECH, 2011.

    Extrao da cloaca: na remoo mecnica, corta-se ao redor da cloaca com uma

    lmina rotatria. Em equipamentos com vcuo, feita a evacuao do intestino grosso.Esse tipo de mquina ajuda a evitar a contaminao fecal. No mtodo manual, o

    operador segura a cloaca entre o dedo indicador e polegar e faz dois cortes transversais

    prximos a ela, de tal forma que o intestino possa ser retirado ate 1/3 do comprimento

    do dorso. Falhas nessa operao podem causar contaminao fecal.

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    Figura 16: Extrator de Cloaca

    Fonte: MEITECH, 2011.

    Abertura do abdmen: feita uma inciso prxima cloaca para permitir a

    remoo das vsceras. Na abertura automtica a inciso feita longitudinalmente.

    Figura 17: Abridora de abdmen.Fonte: PFMATADEROS, 2010

    Esventrao (exposio de vsceras): essa operao pode ser executada manual

    ou mecanicamente. Se feita manualmente, a mo cuidadosamente introduzida na

    cavidade abdominal, para no desprender a gordura cavitria. Os dedos indicador e

    mdio so usados para segurar firmemente a moela. Gira-se a mo, puxando a moela e

    arrastando as vsceras para fora. As vsceras, ainda ligadas carcaa, ficam dispostas

    em um dos lados da cauda na forma requerida pela inspeo. A remoo mecanizada

    das vsceras feita de maneira sincronizada com a velocidade da linha. Cada ave

    seguramente posicionada e um mecanismo - com a forma de colher, ou mo espalmada

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    entra na cavidade abdominal e retira as vsceras. Geralmente, os pulmes e o papo so

    removidos. Um ajuste na mquina necessrio para evitar a perda de gordura

    abdominal e danos ao fgado, com o rompimento da vescula biliar;

    Inspeo: feita sob superviso do servio federal, que determina se a ave sadia ou se necessita de remoo de partes com injrias, ossos quebrados;

    Retirada das vsceras (midos): depois que as carcaas so inspecionadas e

    julgadas sadias, corao, fgado, e moela so removidos das vsceras. Deve-se evitar o

    rompimento da vescula biliar e a contaminao dos 30 fgados nessa operao. O saco

    pericardeal removido do corao. O corao e o fgado so encaminhados para um

    resfriador. As moelas so abertas, lavadas internamente e tm a cutcula removida;

    Extrao dos pulmes: os pulmes so removidos por pistola a vcuo operada

    manualmente. Com a remoo automtica das vsceras, cerca de 90% dos pulmes so

    cuidadosamente removidos.

    Figura18: Extrator de Pulmo

    Fonte:FG INDMAQ, 2011.

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    Figura 19: Extratora de Papo e Traqueia

    Fonte: MEITECH, 2011.

    Lavagem externa e interna: a lavagem final das carcaas: feita

    externamente com chuveirinho e internamente com equipamento tipo pistola visa

    remoo de materiais estranhos, como sangue, membranas, fragmentos de vsceras etc.

    Em seguida as carcaas seguem para o processo de resfriamento por imerso em gua

    (BERAQUET, 1994).

    A lavagem final por asperso das carcaas aps a eviscerao deve ser efetuada

    por meio de equipamento destinado a lavar eficazmente as superfcies internas e

    externas. As carcaas podero tambm ser lavadas internamente com equipamento

    tipo pistola, ou similar, com presso dgua adequada.

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    Figura 20: Lavadora Final

    Fonte: MEITECH, 2011.

    7.10 PROCESSOS DE RESFRIAMENTO DAS CARCAASDepois de eviscerados, os frangos so transportados via nria para uma sala com

    temperatura ambiente inferior ou igual a 12C, sendo submetidos a dois resfriadores

    contnuos por imerso em gua do tipo rosca sem fim, respectivamente chamados de

    pr-chiller e chiller. Essa etapa tem o objetivo de abaixar a temperatura das carcaas de

    35C para prxima de 6C, evitando proliferao de microorganismos (PORTARIA

    N.210, 1998).

    A carcaa deve ser resfriada rapidamente para diminuir o crescimento de

    microorganismos deteriorados e prevenir a multiplicao de microorganismos

    patognicos; de acordo com o cdigo de prtica da C.E.E. (Comunidade Econmica

    Europia) a vazo de gua do Chiller deve ser monitorada, sendo que se calcula 1 a

    2L/carcaa. A temperatura da gua outro fator importante devendo ser inferior a 16C

    na entrada e na sada abaixo de 4C (MEAD, 1982).

    O pr-chiller tem a funo de fazer um pr-resfriamento nas carcaas, quando o

    Chiller sozinho no consegue realizar o resfriamento de forma eficiente, baixando a

    temperatura para cerca de 6 a 7C na sada do Chiller (BALDINI, 1994).

    O tanque alimentado com gelo durante todo o processo de resfriamento das

    carcaas. A alimentao de gua deve ser constante e em sentido contrrio

    movimentao das carcaas (contracorrente) na proporo mnima de 1,5 litros por

    carcaa (PORTARIA N 210, 1998).

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    Figura 21: Pr Chiller

    Fonte: FRIGOMAQ INDSTRIA LTDA, 2011.

    O resfriamento ocorre com temperatura de 2C durante 17 minutos sendo

    necessrio 1,5 litros de gua por ave e para aumentar o resfriamento pode-se acrescentar

    2 a 5 ppm de propilenoglicol na gua. Onde as carcaas caem no chiller. O

    funcionamento do chiller semelhante ao do pr-chiller, modificando apenas a

    temperatura da gua para 2C e a vazo que passa para 1 litro por carcaa. O

    borbulhamento um processo utilizado com a funo de ajudar na limpeza das carcaas,

    mas se for exagerado pode aumentar a absoro de gua pelas carcaas, comprometendo

    a apresentao e durabilidade do produto. A porcentagem mxima permitida de

    absoro de gua de 8% do peso total da carcaa (PORTARIA N. 210 1998).

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    Figura 22: Chiller

    Fonte: FRAMPEAS ABATEDOUROS LTDA, 2011.

    7.11 GOTEJAMENTOTem por objetivo a eliminao do excesso de gua adquirida durante o

    resfriamento. A legislao exige, no mnimo, 3 minutos de tempo de gotejamento

    (GROSSKLAUS et al, 1982).

    Os frangos saem do chiller atravs de uma esteira caindo em uma mesa, onde

    h funcionrios que os penduram em ganchos numa linha contnua, suspensa pelas asas,

    coxas, ou pescoo. A finalidade da etapa de gotejamento eliminar o excesso de gua

    adquirida na operao de pr-resfriamento. Ao final desta fase, a absoro de gua no

    devera ultrapassar a 8% de seu peso. (ROQUE, 2009).

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    36

    Figura 23: Esteira de Rependura para Gotejamento.

    Fonte: KUCMAQ, 2010.

    7.12 BALANOS DE MASSAO balano de massa e tambm chamado um balano material uma aplicao do

    princpio da conservao da massa para a anlise de sistemas fsicos. Pela contabilidade

    (medio) de material entrando e deixando sistema, fluxos de massa podem ser

    identificados, os quais podem ser desconhecidos, ou difceis de serem conhecidos sem

    esta tcnica. O balano de massa desse projeto foi realizado a partir de uma anlise feita

    baseada no abate dirio de 150 mil frangos. Considerou-se o peso unitrio de 2,400 kg

    por frango, obtendo-se assim um total de 360 mil kg/dias.

    Partes do frango KG/mil %

    Penas 35280 9,8Sangue 2844 0,79Vsceras no comestveis 25776 7,16Midos 25560 7,1

    Ps 17280 4,8Partes condenadas 5400 1,5Total 112140 31,15

    Quadro 3: Balano de Massa do Processo Geral

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    37

    7.13 FLUXOGRAMA DO PROCESSO GERAL

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    11

    12

    Cortes NobresFrango Inteiro

    Sangue 2.844kg

    Penas 35.280kg

    Ps 17.280kg

    Visceras noComestiveis 25.776kg

    Partes condenadas 5.400kg

    360.000kg

    247.860kg

    Midos25.560kg

    FRANGO

    LEGENDA DE PROCESSO

    1- RECEPO2- PENDURA3-INSENSIBILIZAO4- SANGRIA5- ESCALDAGEM6- DEPENAGEM7- CORTES DOS PS8- EVICERAO9- INSPEO

    10- RESFRIAMENTO11- GOTEJAMENTO12-CLASSIFICAO

    99.144KG148.716KG

    Nuggets 24807,28

    LEGENDA DAS

    FIGURAS

    INICIO DOPROCESSO

    OPERAES

    INSPEO

    TRANSPORTE

    LEGENDA DAS SETAS

    ENTRADA/SAIDA

    PROCESSAMENTO

    RESDUOS

    Figura 24: Fluxograma do Processo Geral de Frango.

    Fonte:Elaborada pelo autor

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    38

    Mapofluxograma

    O mapofluxograma representa a movimentao fsica de um item atravs dos

    centros de processamento dispostos no arranjo fsico de uma instalao produtiva,

    seguindo uma sequncia ou uma rotina fixa. A trajetria ou rota fsica do item, que pode

    ser produto, material, formulrio ou pessoa, desenhada por meio de linhas grficas

    com indicao de sentido de movimento, sobre a planta baixa em escala da instalao,

    mostrando espaos disponveis ou necessrios e as localizaes relativas dos centros de

    trabalho (CAMAROTTO, 2006).

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    39

    SALA DE NUGGETS

    ESCALDA EDEPENAGEM

    RECEPOE

    PENDURA

    INSESIBILIZAOE

    SANGRIA

    CORTEDOSPS

    SALA DEESVICERO

    CHILLERE

    GOTEJAMENTO

    GRAXARIA

    SALA DEESPOSTEJAMENTO

    EMBALAGEMFRANGO INTEIRO

    SALA DE MIUDOS

    CAMARA FRIA

    TUNEL DE RESFRIAMENTO

    CONTINUO

    TUNEL DE RESFRIAMENTO

    CONTINUO

    TUNEL DE RESFRIAMENTO

    CONTINUO

    TUNEL DE RESFRIAMENTO

    CONTINUO

    TUNEL DE RESFRIAMENTOCONTINUO E

    XPE

    DIO

    DOCA2

    DOCA1

    BANHEIRO

    EMBALAGEMSECUNDARIA

    BANHEIRO

    LAGOA DE TRATAMENTO

    LEGENDA DE SETAS

    FLUXO DEMIUDOS

    SAIDA DERESIDUO

    SAIDA DEEFLUENTES

    FLUXO DEFRANGO

    Figura 25: Mapofluxograma Geral do Abate de Aves

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    41

    7.15 DIMENSIONAMENTO DO PROCESSO GERALMatriz de relacionamento relaciona o transito entre cada par de um sistema

    reprodutivo. Os componentes do sistema produtivo so as unidades de trabalho que

    executam as atividades de produo, assumindo funes distintas e complementares no

    sistema (CAMAROTTO, 2006).

    O quadro tal apresenta o grau de relao entre cada par de um sistema

    reprodutivo como necessidade, importncia, pouco de importncia, indesejvel e

    desprezvel.

    7.16 MATRIZ DE RELACIONAMENTO ENTRE OS PROCESSOS

    GERAIS DE ABATE DE FRANGO

    Recepo

    Pendura

    Insenbilizao

    Sangria

    Escaldagem

    Corte dos Ps

    Eviscerao

    Depenagem

    4

    Resfriamento

    1

    1

    1

    1

    4

    1

    1

    2

    3

    4

    33

    3

    44

    44

    4 4

    x4

    2 4

    42

    4

    4

    24 3

    3

    x

    3

    3 3x

    2

    2

    Gotejamento

    1

    x4

    34

    22

    Classificao

    11

    44

    4

    x2

    x4

    4Inspeo

    12

    4

    44

    21

    3 xx

    44

    Figura 26:Matriz de Relacionamento entre os processos gerais de abate do frango

    Fonte: elaborado pelo autor

    1 Necessrio

    2 Importante

    3 Poucoimportante

    4 Indesejvel

    xDesprezvel

    Quadro5: Legenda da Matriz RelacionamentoFonte: elaborado pelo autor

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    42

    7.17 FLUXOGRAMA DE SETORES DO PROCESSO GERAL

    Para Camaroto (2005) o fluxograma de setores tem como objetivo apresentar o fluxo de

    material ou equipamento atravs de uma sequncia de atividades de produo como

    mostra a figura abaixo.

    Setores

    Pr-processamentoProcessamento

    rea sujaProcessamento

    rea Limpa

    1

    2

    3

    4

    5

    Operao

    1 Recepo

    2 Pendura

    3 Insensibilizao

    4 Sangria

    5 Escaldagem

    6 Depenagem

    7 Cortes do p

    8 Eviscerao

    9 Inspeo

    10 Refrigerao

    11 Gotejamento

    12 Classificao

    6

    7

    8

    9

    10

    11

    12

    Fluxograma de setores do processo geral de abate de frango.

    Refrigerao

    Figura27:Fluxograma dos setores do abate geral de frangos

    Fonte:Elaborado pelo autor

    Quadro6: Legenda do Fluxograma de Setores

    Fonte: elaborado pelo autor

    Legenda de Cores

    rea suja

    rea limpa

    rea deRefrigerao

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    43

    7.18 FLUXOGRAMA CRONOLGICO DO PROCESSO GERAL

    Para Camaroto (2005) o fluxograma cronolgico tem como objetivo fornecer a

    visualizao temporal do processo produtivo em ordem cronolgica sobre o fluxo de

    itens que esta sendo processada como mostra a figura abaixo. Os tempos relatados nafigura abaixo o tempo em que cada operao leva no processo de abate do frango.

    Operao

    1 Recepo

    2 Pendura

    3 Insensibilizao

    4 Sangria

    5 Escaldagem

    6 depenagem

    7 Cortes dos ps

    8 Eviscerao

    9 Inspeo

    10 Refrigeramento

    11 Gotejamento

    Fluxograma cronolgico do processo geral de abate de frango

    Tempo

    2min

    50seg

    7seg

    3min

    2min

    1min

    3seg

    8min

    30seg

    1hr

    3min

    2' 2'50" 2'57" 5'57" 7'57" 8'57" 9' 17' 17'30" 1hr17'30" 1hr20'30" 1hr21'

    12 Classificao 30seg

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    11

    12

    Figura28: Fluxograma Cronolgico do Processo Geral

    Fonte: Elaborado pelo autor

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    Legenda de Cores

    rea suja

    rea limpa

    rea deRefrigerao

    Quadro7: Legenda do Fluxograma de Setores

    Fonte: elaborado pelo autor

    8 CLASSIFICAO

    As aves podem ser classificadas em frangos inteiros e frangos de cortes. As aves

    com leses tm aproveitamento parcial para cortes. A tipificao realizada pelo peso,

    ou de acordo com o desejo do comprador. SARCINELLI (2007).

    8.1 DESCRIES DO PROCESSO POR CLASSIFICAO DO FRANGOINTEIRO

    Os frangos inteiros so classificados de acordo com sua qualidade, no podendo

    conter falhas ou danos na carcaa. Aps a classificao o frango inteiro passa pela

    embalagem e posteriormente segue para o congelamento e armazenagem.

    8.1.1 EMBALAGEMO frango inteiro ter duas embalagens, a embalagem primria composta de

    plstico, onde ser inserido o frango dentro dela manualmente atravs de um suporte

    adequado a uma mesa, logo aps sero colocado em caixas de papelo onde j estaro

    prontas para serem congeladas e comercializadas. (Figura 29).

    Figura 29: Mesa de Ensacar Frango

    Fonte:INDEMAFRI, 2011.

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    45

    No caso das embalagens secundrias exigida uma padronizao, portanto aembalagem secundaria da empresa FRANGOESTE conter 17 Kg.(Figura 30).

    .

    Figura 30: Mesa para embalagem secundria.Fonte: INDEMAFRI, 2010.

    8.1.2 CONGELAMENTOAps o frango ser devidamente embalado, seguir por uma esteira at chegar aos

    tneis de congelamento, onde ficaro por aproximadamente 4 horas a uma temperaturade -37 C. Posteriormente seguiro para a cmara fria onde permanecero at aexpedio.

    Figura31: Esteira de Transporte Para o Tnel de Congelamento

    Fonte:INDEMAFRI, 2011.

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    46

    8.1.3 BALANO DE MASSA DO PROCESSO DE PRODUO DO

    FRANGO INTEIRO

    O balano de massa do processo do frango inteiro foi baseado na proporo de

    60% da produo.

    Frango

    Inteiro

    1

    2

    Legenda dasfiguras

    Inicio doprocesso

    Operao

    Armazenage

    m

    Legenda dos processo

    1 Congelamento

    2 Embalagem Primaria

    3 Embalagem Secundaria

    4 Armazenagem

    Legenda das Setas

    Entrada deMP

    Transporte

    148.716

    4 159.126

    3

    Aditivo

    7% 10.410kggua

    Figura 32: Fluxograma De Balano De Massa Do Processo De Frango Inteiro

    8.1.4 BALANO DE EQUIPAMENTOS DO PROCESSO DE PRODUO

    DO FRANGO INTEIRO

    O balano de equipamento do processo de frango inteiro foi baseado na

    produo de 148.716 Kg de frango/dia. Considerando que um frango limpo tenha 1,7

    Kg e que o processo ser de dois turnos tem-se um total de 5467.5 frangos/hora. A

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    47

    quantidade e a capacidade que cada equipamento processa apresentado no quadro

    abaixo.

    Equipamento Capacidade Quantidade

    Mesa de ensacar frango 900frangos/hr 8

    Esteira de transporte para otnel de congelamento

    9500frangos/hr 1

    Balana 350caixas/hr 2

    Mesa para embalagemsecundria.

    900frangos/hr 8

    Esteira transportadora decaixa 350caixas/hr 2

    Quadro 8: Descrio De Equipamento Do Processo De Produo De Frango Inteiro.

    8.1.5 DIMENSIONAMENTO DA PRODUO DO FRANGO INTEIRO

    8.1.6 MATRIZ DE RELACIONAMENTO DO PROCESSO DE

    PRODUO DO FRANGO INTEIRO

    Embalagem

    Congelamento2

    21

    Armazenagem

    Figura33: Matriz de Relacionamento do Processo de Produo do Frango Inteiro

    Fonte: Elaborado pelo autor

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    48

    8.1.7 FLUXOGRAMA DE SETORES DO PROCESSO DE FRANGOINTEIROS

    Setores

    Processamento ArmazenagemOperao

    1 Embalagem

    2 Gongelamento

    3 Armazenagem

    1

    2

    3

    Fluxograma de setores do processo de produo do frango

    inteiro.

    Figura 34:Fluxograma de Setores do Processo De Frango Inteiro

    Fonte: Elaborado pelo autor

    8.1.9 FLUXOGRAMA CRONOLGICO DO FRANGO INTEIRO

    Operao

    1 Embalagem

    2 Congelamento

    3 Armazenagem

    Tempo

    0'30"

    4hrs

    --

    Fluxograma cronolgico do processo de produo do frango inteiro

    0'30" 4hr30" --

    1

    2

    3

    Figura 35: Fluxograma Cronolgico Do Frango Inteiro

    Fonte: Elaborado pelo autor

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    49

    8.2 DESCRIO DO PROCESSO POR CLASSIFICAO DOS CORTESNOBRES

    A empresa Frangoeste ter como seu principal produto o frango inteiro tipo

    carcaa, porm 30% ser de cortes nobres objetivando o aproveitamento das carcaas

    que estiverem apresentando irregularidades, carcaas lesionadas tambm iro para o

    setor de cortes.

    8.2.1 ESPOSTEJAMENTO

    considerado o maior setor do frigorfico, pois onde as carcaas sofrem todos

    os tipos de cortes, sendo eles efetuados manualmente ou mecanicamente, variando de

    acordo com exigncia do cliente e tambm pode seguir inteiro sem sofrer nenhum tipo

    de corte se quer. Em ambos os casos deve-se utilizar equipamentos de material

    inoxidvel e de superfcie lisa para facilitar a sua higienizao. Estas partes so

    caracterizadas por cortes nobres (peito, coxa, sobrecoxa, etc.) ou em partes de baixo

    valor comercial (dorso, ponta da asa, etc.). A temperatura do setor no deve ultrapassar

    12C, visando assim manter a qualidade do produto at o final de seu processamento

    (PORTARIA N210,1998). GONALVES, (2008).

    Figura 37: Esteira Mestra Para Cortes

    Fonte: INDEMAFRI, 2011.

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    50

    Figura 38: Mesa para Desossa

    Fonte: BELLINOX, 2011.

    8.2.2 EMBALAGEM

    So classificadas de partes de frango em primria e secundria: Embalagem

    primria: As partes do frango iro ser transportadas por uma esteira (Figura 39), da

    linha at a mquina embaladora (Figura 40), posteriormente passando por uma mquina

    a vcuo (Figura 41), e seguindo para embalagem secundria.

    Figura39: Esteira Transportadora

    Fonte:INOMAQ, 2011

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    51

    Figura 40: Embaladora De Partes

    Fonte:INOMAQ, 2011.

    Figura 41: Embaladora a Vcuo

    Fonte: INDEMAFRI, 2011.

    Embalagem secundria: Aps o termino das embalagens primrias, elas seguem

    por uma esteira telescopia (Figura 42) para ser colocadas nas embalagens secundrias,

    que so compostas de papelo. Em seguida passam pelo tnel de congelamento e

    posteriormente so encaminhados para a cmara fria.

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    52

    Figura 42: Esteira Transportadora telescpica

    Fonte: FRIGOMAQ, 2011.

    8.2.3 BALANO DE MASSA DO PROCESSO DE PRODUO DE

    CORTES NOBRES

    Para o processo de cortes tem-se uma quantidade corresponde aaproximadamente 99.144kg/dia. Lembrando que apenas 40% da produo total sero

    destinadas para cortes. No decorrer do processo sero extradas partes lesionadas e

    retalhos que no podero ser comercializados, restando assim uma quantia de

    64.444Kg/dia para ser embalado. Resultando em 4027,75 Kg/hora.

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    53

    Cortes

    1

    2

    3

    4

    5

    Legenda do Processo

    1 Espostejamento2 Cortes

    3 Embalagem4 Congelamento5 Armazenagem

    99144kg

    64444 kg

    Aparas e peles 9914,1kg

    Ossos com carne residual 24786kg

    Legenda das figuras e setas

    Inicio do processo

    Operao

    Armazenagem

    Resduos

    Entrada/sada

    Transporte

    Seleo

    Processamento

    Figura 43: Fluxograma Do Processo De Cortes De Frango

    Fonte:Elaborao pelo autor

    8.2.4 Descrio de equipamento do processo de produo de

    cortes nobres

    Tratando-se da quantidade de esteiras interessante lembrar que duas supririama necessidade de produo, porm, necessrio que tenha cinco esteiras, pois, de cadaesteira sair um determinado corte.

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    Mquinas Capacidade Quantidade

    Esteira para Cortes 3500 frangos/hora 5

    Embaladora de Cortes 2000 emb./hora 2

    Embaladora Vcuo 850 emb./hora 4

    Esteira telescopia 1000 caixas/hora 1

    Quadro 9:Descrio De Equipamento Do Processo De Produo De Cortes De Frango.

    8.2.5 Matriz De Relacionamento Dos Cortes Nobres

    Embalagem

    Seleo (cortes)

    Armazenagem

    Espostejamento1

    2x1

    13

    Congelamento1

    1x

    x

    Figura 44: Matriz De Relacionamento Do Processo De Produo De Cortes De Frango Nobres

    Fonte: Elaborado pelo autor

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    55

    8.2.6 Fluxograma De Setores Do Processo De Cortes Nobres

    Setores

    Processamento Classificao ArmazenagemOperao

    1 Espostejamento

    2 Seleo (cortes)

    3 Embalagem

    4 Congelamento

    5 Armazenagem

    1

    2

    3

    5

    4

    Fluxograma de setores do Processamento de cortes

    Figura 45: Fluxograma De Setores Do Processamento De Cortes Nobres

    Fonte: Elaborado pelo autor

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    56

    8.2.7 Fluxograma Cronolgico do processo de produo de cortes

    nobres de frango :

    Fluxograma cronolgico do processo de produo de cortes de frango

    Operao

    1 Espostejamento

    2 Seleo

    3 Embalagem

    4 Congelamento

    5 Armazenamento

    4'10"Tempo

    4min

    10seg

    20seg

    4hrs

    --

    4' 4'30" 4hr4'30" --

    1

    3

    4

    2

    5

    Figura 46: Fluxograma Cronolgico Do Processamento De Corte Nobres Frango

    Fonte: Elaborado pelo autor

    8.3 DESCRIO DO PROCESSO POR CLASSIFICAO DOS MIDOS

    Os midos (moelas, corao, fgado, ps e pescoo) devem ser resfriados,

    imediatamente, aps a coleta e preparao. Aonde chegam atravs de um chute,

    originado da sala de eviscerao. Esses midos desembocam em mini-chillers

    especficos de cada vscera, onde ficam por cerca de 15 minutos sofrendo um processo

    de resfriamento, para serem selecionados por funcionrios no final e enviados em bacias

    para a embalagem primria. GONALVES (2008).

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    57

    Figura47: conjunto escalda e depilador de patasFonte: INDEMAFRI, 2010.

    Figura48: Bomba de Midos

    Fonte: FRIGOMAQ, 2011.

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    58

    Figura49:Processador de Moela

    Fonte:USINOX, 2011.

    8.3.1 CHILLERS

    Essa etapa onde os midos sero resfriados, cada um ser resfriado

    separadamente, corao, fgado, ps, pescoo e moela. Posteriormente passam por um

    processo de seleo e seguem para a embaladora (Figura 51), onde sero embalados e

    seguiro para a cmara fria, onde sero armazenados at a expedio.

    Figura 50: Chiller de Midos

    Fonte:FRIGOMAQ, 2011.

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    59

    Figura 51: Embaladora de Midos

    Fonte: FRIGOMAQ, 2011.

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    60

    8.3.2 BALANO DE MASSA DO PROCESSO DE PRODUO DE MIDOS

    Midos

    1

    2

    3

    4

    Legenda do Processo

    1 Limpeza2 Pr-refrigeramento3 Embalagem4 Armazenagem

    42.840kg

    Limpeza residuo 4.284,0kg

    38.556kg

    Figura 52: Fluxograma do processamento de midos

    Fonte: Elaborado pelo autor

    8.3.3 DESCRIO DE EQUIPAMENTO DO PROCESSO DE PRODUO DEMIDOS

    Mquinas/Equipamentos Capacidade QuantidadeEscalda e depilador 12000 peas/hora 2

    Limpador de moelas 12000 peas/hora 1

    Bomba de midos 150 L/hora 5

    Chiller de midos 10000 peas/hora 5

    Embaladora de midos 2500 emb./hora 1

    Quadro 10:Descrio de equipamento do processo de produo de midos.

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    61

    8.3.4 MATRIZ DE RELACIONAMENTO DO PROCESSO DE MIDOS

    21

    x

    Limpeza

    Embalagem

    Armazenagem

    Resfriamentox

    1

    1

    Figura 53: Matriz de relacionamento do processo de midos

    Fonte: Elaborado pelo autor

    8.3.5 FLUXOGRAMA DE SETORES DO PROCESSO DE MIDOS

    Operao Processamento Embalagem Armazenagem

    1 Limpeza

    2 resfriamento

    3 Embalagem

    4 Armazenagem

    Setores

    1

    2

    3

    4

    figura 54:Fluxograma de setores do processamento de midos

    Fonte: Elaborado pelo autor

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    8.3.6 FLUXOGRAMA CRONOLGICO DO PROCESSO DE PRODUODE MIDOS

    Fluxograma Cronolgico do Processo de Produo de Midos

    Operao

    1 Limpeza

    2 Resfriamento

    3 Embalagem

    Tempo

    2min

    20min

    20seg

    2'

    4 Armazenagem --

    22' 22'20" --

    1

    2

    3

    4

    Figura 55:Fluxograma Cronolgico Do Processo De Produo Dos Midos

    Fonte: Elaborado Pelo Autor

    8.4 DESCRIO DO PROCESSO POR CLASSIFICAO DE NUGGETS

    Produtos Nuggets so partes de aves ou pores reestruturadas que entram

    automticos ou manualmente na esteira de um processo contnuo, passando por uma

    mquina glazeadora que forma um filme (batter) sobre o produto, seguindo para a

    aplicao de farinha de rosca. Este produto geralmente pr-frito para realizar o

    cozimento parcial ou completo do produto.

    Neste tipo de produto podem ser utilizadas como matrias-primas, carne residualobtida de ossos na proporo mxima de 20% de acordo com a Inspeo Federal, pele

    (o limite de sua utilizao vai depender do produto desejado, podendo ser utilizado de 3

    a 20%), derivados do sangue (o plasma sangneo pode ser utilizado na proporo de

    2% e a hemoglobina na proporo de 1% e/ou gelatina.

    As temperaturas de fritura recomendadas pelo American Hospital Association

    variam entre 175C a 185C e os tempos entre 1 minuto a 7 minutos, dependendo do

    tamanho da poro crnea.

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    Existem duas razes principais para o uso do empanamento, onde Se evita a

    perda de umidade da carne colocando em volta da mesma uma pelcula praticamente

    impermevel que retm, durante a fritura, toda a gua da carne que se mantm, assim,

    bem macia, saborosa e, sobretudo, tem um resultado visual importante de no encolher

    pela evaporao devido a alta temperatura.(SARCINELLI et al., 2007).

    8.4.1 CMS

    Obteve-se o surgimento das CMS pelo fato dos consumidores preferirem os

    cortes e fils do frango em vez de inteiro, isso despertou a necessidade de encontrar um

    meio de se aproveitar o dorso, pescoo e ossos resultantes da desossa (MORI et al.,

    2006). A mquina recuperadora (Figura56) faz o papel de extrair das carcaas a carne

    que esta acumulada entre os ossos, para que seja utilizada para fabricao de

    empanados, salsichas, mortadela entre outros. Os ossos resultantes desse processo iro

    pra graxaria, para fabricao de rao.

    Figura 56: Rcuperadora de Carne

    Fonte;CLIMMAFRIO, 2010.

    8.4.2 MISTURA

    Toda carne provinda do processamento atravs da mquina CMS e dos

    moedores, juntamente com os ingredientes (sal, agua e condimentos) j inseridos. A

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    mistura feita por um misturador mecnico basculante (figura 57), facilitando a

    insero da mistura na mquina de modelagem que a prxima etapa do processo.

    Figura 57: Misturador de Carne

    Fonte: FGINDMAQ, 2011.

    8.4.3 MODELADOR

    Nesta etapa feita a modelagem dos nuggets a partir de presses sobre o bloco

    da mistura. Quando feita a moldagem, aconselha-se que a massa esteja entre -4C e -

    2C, para que a massa no fique to mole e adquira forma indesejada. O molde feito

    em um modelador automtico (Figura 58).

    Figura58: Modelador de nuggets

    Fonte: INCALFER, 2010.

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    65

    8.4.4 EMPANAMENTO E FRITURA

    Os Nuggets j formados, ento, passam por uma mquina onde recebero uma

    liga chamada batter geralmente composta por leite, ovos entre outros emulsificantes.

    Posteriormente, recebero uma camada de farinha (breading), passando em seguida poruma pr-fritura. A mquina de empanamento e fritura realizam os processos relatados

    anteriormente.

    Figura59: Fritador Continuo

    fonte: :INCALFER, 2010.

    8.4.5 CONGELAMENTO

    O congelamento visa controlar o crescimento microbiolgico, preservar os

    aspectos de sabor, textura e valor nutricional dos produtos, alm de minimizar as perdas

    de cobertura e os danos por frico nos equipamentos e esteiras das etapas posteriores,

    tais como embalagem, armazenamento e transporte. O congelamento rpido remove o

    calor das peas, reduzindo a temperatura e substituindo a gua livre por cristais de gelo.

    A tempera de referncia para este tipo de produtos na indstria de -18C.(Dill et al.,2009).

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    Figura60: Tnel de resfriamento.Fonte: COOLINGFREEZING, 2010.

    8.4.6 EMBALAGEM

    Ao fim do processo os empanados so embalados em sacos de polietileno

    (Figura 61), posteriormente seguindo para o armazenamento que dever ser feito em

    cmara fria, para uma melhor conservao do produto.

    Figura 61: embaladora de NUGGETS.Fonte: SAMPAFI, 2010.

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    8.4.7 BALANO DE MASSA DO PROCESSO DE PRODUO DE

    NUGGETS

    Balano de massa do processo de produo de nuggets foi realizado com base

    nos retalhos, carne residual e pele, com intuito de agregar valor ao produto. De um totalde 100% utilizou-se 14% de CMS, 15% de pele e 69% de retalhos, sangue 2%. Portanto

    como a produo total de resduos para fabricao de empanado de 24807,28 Kg tem-

    se 3205 Kg de CMS, 1487,1 de pele, 20058,3 Kg de retalhos e sangue 56,88 Kg.

    Sendo inseridos alguns aditivos como sal, gua, condimento, emulsificante e

    farinha no decorrer do processo. Tambm no processo de fritura perde-se certa

    quantidade, devido a evaporao de gua e perdas de componentes principalmente a

    farinha.

    Calculou-se que ser inserido aproximadamente uma quantia de 10% em relao

    aos aditivos, resultando em uma quantia de 2480,79 Kg. Ento tem-se 27288,69 Kg/dia

    e 1706 Kg/hora.

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    CMS, peles eretalhos

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    Legenda do Processo1 Mistura2 Moldagem3 Liquido do empanamento4 Esfarianhamento

    5 Resfriamento6 Embalagem7 Congelamento8 Armazenagem

    24807,28kg

    248,82kg

    746,46kg

    2480,79kg

    1562,9kg Agua e resduo

    26720,45kg

    Legenda das figuras esetas

    Inicio doprocesso

    Operao

    Armazenagem

    Aditivos

    Entrada/sada

    Transporte

    Processamento

    Resduo

    Nuggets

    Figura 62:Fluxograma do balano de massa do processo de produo de Nuggets.

    Fonte: Elaborao do Autor

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    8.5 DESCRIO DE EQUIPAMENTO DO PROCESSO DE PRODUODE NUGGETS.

    Mquinas/Equipamentos Capacidade Quantidade

    Moedor de carne 1200 kg/hora 1

    Misturador 500 kg/hora 2Modelador 1000 Kg/hora 2

    Conjunto emp. E frit. 5400 ps/hora 2

    Embaladora de Empanados 12000ps/h 1

    Quadro 11: Descrio de equipamento do processo de produo de Nuggets

    8.5.2 MATRIZ DE RELACIONAMENTO DO PROCESSO DE NUGGETS

    Moldagem

    Empanamento

    Fritura

    Resfriamento

    Mistura

    Embalagem

    Congelamento

    Armazenagem

    11

    1

    3x

    1

    1

    1

    12

    11

    1

    2

    1

    1

    x

    x3

    x

    x

    x

    x

    x

    x

    x

    xx

    Figura63: Matriz de relacionamento do processo de produo de Nuggets.Fonte: Elaborado pelo autor

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    8.5.3 FLUXOGRAMA DE SETORES DO PROCESSO DE NUGGETS

    Setores

    Operao Processamento Embalagem Armazenagem

    1 Mistura

    2 Moldagem

    3 Empanamento

    4 Fritura

    5 Resfriamento

    6 Embalagem

    7 Congelamento

    8 Armazenagem

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    Figura64:Fluxograma de Setor de Processamento de Nuggets

    Fonte: Elaborado pelo autor

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    8.5.4 FLUXOGRAMA CRONOLGICO DO PROCESSAMENTO DENUGGETS

    Tempo

    10min

    10seg

    20seg

    20seg

    10min

    20seg

    4hrs

    --

    Operao

    1 Mistura

    2 Moldagem

    3 Epanamento

    4 fritura

    5 resfriamento

    6 Embalagem

    7 Congelamento

    8 Armazenamento

    Fluxograma Cronolgico do Processo de Produo de Nuggets

    10' 10'10" 10'30" 10'50" 20'50" 21'10" 4hr21'10" --

    1

    2

    3

    4

    7

    5

    6

    8

    Figura 65:Fluxograma Cronolgico Do Processamento Do Nuggets

    Fonte: Elaborado pelo autor

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    Fluxograma geral do processo

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    10

    11

    12

    Frango Inteiro Cortes

    13

    14

    15

    16

    17

    18

    19

    20

    Peles e Aparas

    Partes Lesionadas

    CMS

    NUGGETS

    25

    26

    27

    28

    31

    29

    30

    32

    Midos

    21

    22

    23

    24

    9

    Frango

    Legenda do Processo

    1 Recepo

    2 Pendura

    3 Insensibilidade

    4 Sangria

    5 Escaldengem

    6 Depenagem

    7 Cortes de Ps

    8 Eviscerao

    9 Inspeo

    10 Refrigeramento

    11 Gotejamento

    12 Classificao

    13 Embalagem Primaria

    14 Embalagem Secundaria

    15 Armazenagem

    16 Espostejamento

    17 Seleo

    18 Embalagem

    19 Congelamento

    20 Armazenagem

    21 Limpeza

    22 Pr-resfriamento

    23 Embalagem

    24 Armazenagem

    25 Mistura

    26 Moldagem

    27 Liquido empanado

    28 Esfarelamento

    29 Resfriamento

    30 Embalagem

    31 Congelamento

    32 Armazenagem

    33 Graxaria

    Legenda das figuras e setas

    Inicio do processo

    Operao

    Armazenagem

    Inspeo

    Entrada/sada

    Transporte

    Processamento

    Resduos

    Graxaria

    33

    Cortes de Ps

    Depenagem

    Sangria

    Viceras no comestiveis Sal, Agua e

    condimentos

    Aditivos

    Figura 66: Fluxograma geral do processoFonte: Elaborado pelo autor

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    Centros de produo (templates)

    A construo dos templates dos centros de produo trata-se de obter

    representaes das demandas espaciais bi ou tridimensionais quando requeridas. Esta uma etapa fundamental no processo de projeto do layout, pois dela depende a qualidade

    final do projeto em termos de ocupao dos espaos, bem como das condies de

    trabalho (CAMAROTTO, 2006).

    A seguir, tm-se os templates dos principais equipamentos utilizados no abate e

    processamento de frangos.

    Homens

    Manuteno

    Equipamentos

    Processos

    Acessos

    Servios

    Segurana

    Legenda:

    Figura67: Template do lavador de gaiolas.rea: 26,90 m Permetro: 24,70

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    Figura 68: Template elevador de Gaiolas.rea: 15,05 m Permetro: 16,40 m

    Figura69: Template da esteira para pendura de frango vivo.rea: 56,40 m permetro: 48,30 m

    ~

    Figura 70: Template do insensibilizador.

    rea: 10,70 m Permetro: 13,85 m

    Figura71: Template do sangrador Automtico.

    rea: 8,85 m Permetro: 11,60 m

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    75

    Figura72: Template do tanque de Escaldagem.

    rea: 30,38 m Permetro: 25,80 m

    Figura 73: Template da depenadeira.

    rea: 16,80 m Permetro: 16,60 m

    Figura74: Template do corte dos Ps.

    rea: 5,75 m Permetro: 9,60 m

    Figura 75: Template da evisceradora Automtica.

    rea: 8,02 m Permetro: 12,20 m

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    77

    Figura 80: Template da mesa para embalagem secundria.

    rea: 19,45 m permetro: 19,10 m

    Figura 81: Template da esteira transportadora para o tnel de congelamento.

    rea: 21,95 m Permetro: 26,85 m

    Figura 82: Template da esteira para cortes.

    rea: 58,80 m Permetro: 40,85 m

    Figura 83: Template da embaladora de partes.

    rea: 29,95 m Permetro: 23,15 m

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    Figura 84: Template da embaladora a vcuo.

    rea: 11,72 m Permetro: 13,52 m

    Figura 85: Template da esteira telescpica.

    rea: 65,80 m Permetro: 52,17 m

    Figura 86: Template do conjunto escalda e depilador de patas.

    rea: 15,12 m Permetro: 18,55 m

    Figura 87: Template do limpador de moelas.

    rea: 19,18 m Permetro 18,03 m

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    79

    Figura 88: Template da bomba de midos.

    rea: 6,24 m Permetro: 10 m

    Figura 89: Template do chiller de midos.

    rea: 22,24 m Permetro: 19,18 m

    Figura 90: Template do moedor de carne.

    rea: 18,85 m Permetro 16,20 m

    Figura 91: Template da mquina recuperadora de carne.

    rea: 20,14 m Permetro: 16,60

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    80

    Figura 92: Template do misturador.rea: 12,21 m Permetro: 14,80 m

    Figura 93: Templates do modelador de empanados.

    rea: 11,75 m Permetro 13,60 m

    Figura 94: Templates do conjunto de empanamento e fritura.

    rea: 15,18 m Permetro: 17,80 m

    Figura 95: Template do tnel de resfriamento.

    rea: 12,86 m Permetro 15,16

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    Figura 96: Template da embaladora de empanados.

    rea: 23,15 m Permetro: 22,00

    9 TRATAMENTO DE RESDUOS E EFLUENTES

    9.1 TRATAMENTO DE RESDUOS

    Segundo Cotta(2003).Aps serem realizadas as operaes de abate, todos os

    resduos (sangue, penas, intestinos,pulmes, ps, cabeas,pores resultantes de

    condensaes e ossos de carne mecanicamente separada(CMS) e guas residuais),

    devem sofre um destino apropriado para a no contaminao do abatedouro e no

    poluio do meio ambiente.Estimasse que o consumo de gua seja de 25 litros porcarcaa, no abatedouros de aves no Brasil.

    Os resduos lquidos ou guas residuais devem sofrem um tratamento em lagoas

    de depurao antes de serem lanadas em cursos dgua, ou serem reaproveitadas na

    limpeza do abatedouro.

    Os resduos slidos devem ser destinados graxaria, onde sero transformados

    em matria-prima para rao animal.

    De acordo com Barbieri (2004), a soluo dos problemas ambientais, ou sua

    minimizao, exige uma nova atitude dos empresrios e administradores. Tais atores

    devem passar a considerar o meio ambiente em suas decises, adotando concepes

    administrativas e tecnolgicas que contribuam para ampliar a capacidade de suporte do

    planeta.

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    82

    9.2. PROCESSAMENTOS DOS RESDUOS

    Segundo Cotta (2003). O sangue recolhido durante o abate conduzido

    condesandores, onde perdem cerca de 50% de gua. Em seguida acrescentado s

    pernas e as vsceras, passam pelo digestor para a pr-secagem. Esse procedimento se

    justifica pelo fato da ave produzir pouco sangue, cerca 0,79% do peso da ave viva.

    PenasAs penas so conduzidas da rea de depena para a de processamento por

    flutuao em gua, aproveitando os efeitos da gravidade. Na sada do sistema, peneiras

    rotativas separam a gua das penas. Nessa etapa as penas so conduzidas para o digestor

    e cozidas sobre presso de