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1 Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Valdir Fernandes Ensino Fundamental e Médio PROJETO PEDAGÓGICO EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS VALDIR FERNANDES ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO GUAÍRA 2014

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Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos

Valdir Fernandes

Ensino Fundamental e Médio

PROJETO PEDAGÓGICO

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS

VALDIR FERNANDES

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

GUAÍRA

2014

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INDICE

APRESENTAÇÃO.......................................................................................................2

1- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO...........................................................3

........................................................................................................................... 6

2. Objetivos Gerais .....................................................................................................7

3. Realidade do Contexto Escolar..............................................................................10

4. Concepções: Homem / sociedade / escola / mundo / conhecimento / currículo....16

5. Plano de Ação e Metas..........................................................................................27

6. Bibliografia............................................................................................................. 29

ANEXO 01................................................................................................................... 1

APRESENTAÇÃO

O projeto político pedagógico (PPP) vem em cumprimento da lei de

diretrizes e bases da educação (LDB) , Lei 9394/96, prevê em seu art 12, inciso I,

que os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as de seus

sistemas de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta

pedagógica. Isto significa que incorporou a possibilidade de se instaurar um amplo

processo de discussão e debates para se chegar a um resultado que defina as

ações educativas, bem como as condições necessárias para que as escolas

cumpram seus propósitos e sua intencionalidade.

É no PPP que a escola se identificará. Rompendo com a padronização.

Assim, o coletivo da escola deixará visualizada a identidade da instituição

educacional, suas diferenças em relação ao todo, sua originalidade e sua

singularidade. A construção do projeto exige uma metodologia participativa que

envolve todos os sujeitos e órgãos colegiados da escola, trazendo os diferentes, os

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contraditórios e gerando um processo de critica e tomada de consciência das

fragilidades, limites e possibilidades. A prática do planejamento traz consigo um

processo avaliativo que permeia o construir, o inovar e o transformar.

O processo de construção do projeto pedagógico é dinâmico e exige esforço

coletivo e comprometimento; não se resume, portanto, à elaboração de um

documento escrito por um grupo de pessoas para que se cumpra uma formalidade.

É concebido solidariamente com possibilidade de sustentação e legitimação.

Construir um projeto pedagógico significa enfrentar o desafio da mudança e

da transformação, tanto na forma como a escola organiza seu processo de trabalho

pedagógico como na gestão que é exercida pelos interessados, o que implica o

repensar da estrutura de poder da escola.

1- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

1.1 – Denominação da instituiçãoCentro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos “Valdir Fernandes” - Ensino

Fundamental e Médio

Código: 47773

1.1.1 – Município: Guaíra Código: 0890

1.1.2 – Dependência Administrativa: Estadual Código: 089047773

1.1.3 NRE : Toledo Código: 27

1.1.4 Entidade Mantenedora: Governo do Estado

1.1.5 Ato de Autorização do Colégio: Resolução nº 921 de 03/03/1986

1.1.6 Ato de reconhecimento do Colégio: Resolução nº 3210 de 15/09/1998

1.1.7 Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar: nº 011/08 de 22/12/2008

1.1.8 Distância do Colégio do NRE: 130 Km

1.1.9 Local: Urbana x Rural

1.2 Histórico da Instituição

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Através da Resolução 921/86, Diário Oficial 2.234 de 12/03/86, foi

autorizado a implantação do Núcleo Avançado de Estudos Supletivos de Guaíra –

NAES – Ensino de 1º Grau Função Suplência, vinculado ao Centro de Estudos

Supletivos de Cascavel – CESVEL, para fins de expedição de documentação

escolar e regulamentação regional. Para efeitos administrativos, o NAES vincula-se

ao Departamento de Ensino Supletivo – DESU/SEED.

O NAES começou seu funcionamento em 10 de junho de 1986 com 60

alunos, sendo cedida a Escola Estadual Mendes Gonçalves; 03 salas de aula, 01

sala para secretaria, 01 para coordenação, para que o mesmo tivesse suas

atividades iniciadas.

O NAES iniciou seus trabalhos com material do telecurso cedido pelo

DESU, o qual a escola fazia empréstimos dos mesmos aos alunos. As avaliações

eram feitas através de Banco de Questões, montadas na hora que o aluno solicitava

sua avaliação, eram montadas pela secretária e coordenadora.

A escola iniciou com os seguintes profissionais, os quais foram treinados

durante uma semana em Curitiba pela equipe do DESU, que tinha como chefe a

professora Maria Celeste Dias; Professora Rosângela Fernandes Cleveston

(Coordenadora), Profª. Wilma Chamorro (ministrava Matemática e Ciências F.

Biológicas); Profª. Maria Brisk Bellio (Geografia, História, OSPB/EMC); Juana Alice

Rolon Jorge (Português); Epifânia Centurião (Ed. Artística e Orientação

Ocupacional); e Lilian Francisco (Secretária).

Em 1988 a coordenadora Rosângela Fernandes Cleveston, passa a ter a

função de diretora do NAES.

No ano de 1989, aumentam os alunos, o NAES loca o prédio do antigo

Colégio São Francisco junto com a Inspetoria Estadual de Educação, situado na

Praça Castelo Branco n.º 338. Em 1990 com o término das I.E.E. o NAES aumenta

o número de salas a serem utilizadas.

Pelo Parecer Técnico 066/91, o DESU autoriza o funcionamento dos

Estudos correspondentes às quatro primeiras séries do 1º Grau no NAES.

Em 22/05/95 foi encaminhado o Projeto de Implantação do Centro de

Estudos Supletivos de Guaíra – CES. Pela Resolução 309/96 de 18/01/96 o NAES

de Guaíra é transformado em Centro de Estudos Supletivos “Valdir Fernandes” e

fica vinculado ao CESTOL e N.R.E. de Toledo. Fica reconhecido o curso de 1º Grau

através da Resolução 3210/98 de 15/09/98, Diário Oficial 05/10/98.

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Em 22/05/95 foi encaminhado o Projeto de Implantação do Centro de

Estudos Supletivos de Guaíra – CES. Pela Resolução 309/96 de 18/01/96 o NAES

de Guaíra é transformado em Centro de Estudos Supletivos “Valdir Fernandes” e

fica vinculado ao CESTOL e N.R.E. de Toledo. Fica reconhecido o curso de 1º Grau

através da Resolução 3210/98 de 15/09/98, Diário Oficial 05/10/98.

Em 17/12/96 foi elaborado o Projeto de Implantação de 2º Grau, que foi

autorizado através da Resolução 971/97, Diário Oficial 08/04/97. O Ensino Médio foi

reconhecido pela Resolução 4814/99, Diário Oficial 12/01/2000

Em 11/09/98 pela Resolução 3120/98 o CES muda novamente sua

nomenclatura e passa a denominar Centro de Educação Aberta, Continuada, À

Distância – CEAD Valdir Fernandes. O Departamento de Ensino Supletivo – DESU –

em 1998 também muda sua nomenclatura para DEJA – Departamento de Educação

de Adultos.

Em 1998, a escola é autorizada a realizar o Exame de Suplência de 1º e

2º Grau.

Em 1996, CES faz parceria com a Prefeitura Municipal de Guaíra e tem a

autorização do DESU para implantar o Projeto de Descentralização (1ª/4ª).

Em 1999, a escola passa a ter a denominação de Centro Estadual de

Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA – Resolução nº 4.561/99.

A partir de julho de 2002, a escola mudou-se para o anexo do Colégio

Presidente Roosevelt, na rua Mato Grosso nº 111, ocupando as salas ociosas no

período vespertino e noturno, tendo como diretora a Professora Lenira Giroldo

Assunção.

Em 2006 a proposta pedagógica implantada é presencial, devendo ser

organizada de forma coletiva e individual na sede, já nas APEDS – Ações

Pedagógicas Descentralizadas são organizadas apenas na forma coletiva.

Em 2009, após reforma e ampliação do CEEBJA, no comando da diretora

Lenira Giroldo Assunção ganha sede própria, compartilhando com o Colégio

Estadual Presidente Roosevelt apenas quadra de esportes, refeitório e laboratórios

de: Ciências, Química e Física. Também neste ano a EJA passa a fazer parte do

DET ( Departamento de Educação e Trabalho ) e o aluno poderá requerer

aproveitamento de estudos realizados com êxito, amparado pela legislação vigente.

1.3 Quadro de Pessoal

Número de professores: 24 QPM 25 PSS

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Número de Pedagogos: 01 QPM 01QPM/MS 02 PSSNúmero de Funcionários: 05 QFEB 01QEPR 08 PSSNúmero de Diretor : 01 QPMNúmero de Diretor-auxiliar: 01 QPM

1.4 Modalidade de Ensino : Educação de Jovens e AdultosNúmero de turmas: 51 (Coletivo da sede e APED’s)Número de alunos : 724 (Coletivo, individual e APED’s)

1.5 Turno de Funcionamento: Vespertino: 13:30 ás 17:25

Noturno: 19:10 ás 22:45 Observação: Ambos os turnos com 15 minutos de intervalo.

1.6 Ambientes pedagógicos: - Laboratório de ciências - Laboratório de Informática - Biblioteca

1.7 Organograma

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2. Objetivos Gerais

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade

educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos

o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a

que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações

sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do

desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

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SEED + Recursos Financeiros

Direção

Secretaria

Auxiliar Administrativo

APAF

Equipe de Apoio

Serviços Gerais

BibliotecaCorpo

Docente

Equipe Pedagógica

Comunidade Escolar

Conselho Escolar

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Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação

na qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir

criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e

da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das

mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com

agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio históricos. (KUENZER, 2000, p. 40)

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e

pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o

processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente

com

a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e

valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua

identidade cultural;

b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo

cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como

respeito mútuo, solidariedade e justiça;

c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens,

adultos e idosos – cultura, trabalho e tempo.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN nº 9394/96,

em seu artigo 37, prescreve que “A Educação de Jovens e Adultos será destinada

àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental

e médio na idade própria”. É característica desta modalidade de ensino a

diversidade do perfil dos educandos, com relação à idade, ao nível de escolarização

em que se encontram, à situação socioeconômica e cultural, às ocupações e a

motivação pela qual procuram a escola. Portanto, é necessário que a EJA

proporcione seu atendimento aproveitando outras formas de socialização como

expressão de cultura própria, bem como adequá-la a estruturas de ensino já

existentes, levando-se em conta suas especificidades; contemplando com

inovações que tenham conteúdos significativos.

Também à EJA, cabe atender às necessidades individuais do educando,

construindo propostas viáveis para que o acesso, a permanência e o sucesso nos

estudos estejam assegurados, na perspectiva de políticas públicas que garantam

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esse atendimento, destinando recursos próprios para a manutenção e a melhoria

da qualidade de ensino.

Na função social da EJA, a educação se apresenta como demanda

fundamental, que possibilita o envolvimento dos educandos jovens, adultos e idosos

nas práticas escolares, garantindo-lhes o acesso aos saberes em suas diferentes

linguagens, intimamente articulado com suas necessidades, expectativas e

trajetórias de vida, despertando-lhes a oportunidade de continuidade de

escolarização.

Desta forma, a Lei 9394/96 incorpora uma concepção de formação mais

ampla e abre outras perspectivas para a educação de jovens e adultos,

desenvolvida na pluralidade de vivências humanas, conforme aponta o artigo 1º da

lei vigente:

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

O Educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento

mediante a compreensão dos processos de trabalho, de criação , de produção e de

cultura. Passam a reconhecer que são sujeitos do processo e que portanto venham

obter melhor atendimento de sua relação com o mundo do trabalho e com as

demais relações sociais que permeiam o mundo atual.

A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a

capacidade de pensar, ler, interpretar, e reinventar o seu mundo , por meio da

atividade reflexiva. Cabe ao educador, incentivar esta busca constante pelo

conhecimento historicamente produzido pela humanidade, presente em outras

fontes de estudos ou de pesquisa.

O tempo que este educando permanecerá no processo educativo da EJA

terá valor próprio e significativo e, portanto a escola deve centrar nos conteúdos

específicos de cada disciplina articulados à realidade.

A busca da autonomia intelectual e moral devem ser constante exercício

com os educandos da EJA. A emancipação humana será decorrência da

construção desta autonomia com a qual contribui a educação escolar. O exercício

de uma cidadania democrática, pelos educandos da EJA, será o reflexo de um

processo cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito

mútuo, solidariedade e justiça.

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3. Realidade do Contexto Escolar

O CEEBJA oferece Ensino Fundamental – Fase I (1.º ao 5.º ano), Fase

II (6.º ao 9.º ano), Ensino Médio, Educação Inclusiva, Exames de Suplência e

Turmas de APED’s - Ações Pedagógicas Descentralizadas, que funcionam nos

municípios de Terra Roxa e Guaíra. Esta Instituição busca superar a relação direta

da educação com a demanda de trabalho e compreender o sentido desse processo

na vida dos educandos, bem como o compromisso com a formação humana e

acesso à cultura geral. Sendo assim, para concretização de uma prática

administrativa e pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é

necessário que o processo de ensino aprendizagem, na educação de jovens e

adultos seja coerente com:

o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e

valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua

identidade cultural;

o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo

cognitivo, critico e emancipatório, com base em valores como

respeito mútuo, solidariedade e justiça;

os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens,

adultos e idosos – cultura, trabalho e tempo.

Também ofertamos educação aos alunos surdos, Síndrome de Down, Deficiência

Intelectual, baixa visão, cadeirante, déficit de aprendizagem e de múltiplas

deficiências através de uma metodologia motivacional, com atendimento

personalizado, dispondo de professora intérprete de Libras e de apoio pedagógico

permanente, priorizando ações educacionais especificas que oportunizem a

inclusão, a permanência e o êxito destes em qualquer forma de atendimento,

garantindo assim, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à

igualdade com equidade. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas

uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um

aprenda, resguardando-se suas singularidades. Atendemos também comunidade

Quilombola e Aldeias Indígenas do município de Guaíra, ainda atende na Sede

diversos segmentos da sociedade, tais como educandos agricultores, ribeirinhos,

pescadores, alunos cumprindo medidas sócio educativas Brasileiros oriundos do

Paraguai e do Mato Grosso do Sul.

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3.1 Organização do Tempo Escolar

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta

de escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus

estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades

apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de

trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar faz a opção pela oferta de

Educação de Jovens e Adultos – Presencial, que contempla o total de carga horária

estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com

avaliação no processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de

modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como:

- pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

- desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

- registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações,

fotografias, ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a

sistematização e socialização dos conhecimentos;

- vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos

educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão

cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão seguidos os planos

de trabalhos docentes, as diretrizes curriculares estaduais e respeitadas as

respectivas carga horária das disciplinas e ainda os educandos receberam um guia

de estudos para melhor atendimento para desta modalidade e sua organização.

Nesse sentido, a escolarização, em todas as disciplinas, será organizada

de forma coletiva e individual, ficando a critério do educando e dentro das

possibilidades da escola escolher a maneira que melhor se adapte às suas

condições e necessidades, ou mesmo mesclar essas formas, ou seja, cursar

algumas disciplinas organizadas coletivamente e outras individualmente.

a) Organização Coletiva

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Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um

cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início

e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do

currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos

conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os

saberes adquiridos na história de vida de cada educando.

b) Organização Individual

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um

cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, contemplando mais

intensamente a relação pedagógica personalizada e o ritmo próprio do educando,

nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados. O

aluno com aproveitamento de estudos matricular-se-á nesta organização.

3.2 Organização Curricular Utilizada

3.2.1 Disciplinas:

Ensino Fundamental Fase I (contemplando alunos de inclusão), Ensino Fundamental

Fase II e Ensino Médio.

3.2.2 Ações pedagógicas descentralizadas:

Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas,

efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com

perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens,

adultos e idosos, respeitadas a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde

que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma

Secretaria em instrução própria.

3.2.3 Base Nacional Comum:

Acima de 85%

3.2.4 Parte diversificada composta por:

Inglês e Espanhol, sendo esta última disciplina de oferta obrigatória pelo

Estabelecimento de Ensino e de matrícula facultativa para o educando.

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3.2.5 Ensino Religioso (conforme o artigo 33 da Lei nº 9394/96)

Sendo parte integrante da Educação Básica, visando a educação da

consciência religiosa com direito de todos.

A LDB valoriza o fortalecimento dos vínculos familiares, dos laços de

solidariedade e do respeito à diversidade cultural e religiosa em que se assenta a

vida social, nessa perspectiva o conhecimento religioso é entendido como

patrimônio da humanidade. Legalmente, é instituído na escola, a fim de promover

uma oportunidade para que os educandos se tornem capazes de entender os

movimentos específicos das diversas culturas e para que a religiosidade represente

um elemento de colaboração no desenvolvimento humano. Vale ressaltar que esta

disciplina é de oferta obrigatória pelo Estabelecimento de Ensino e de matrícula

facultativa para o educando.

3.2.6 Estudos sobre o Estado do Paraná:

Inseridas na disciplina de História e/ou Geografia

3. 2.7 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena ( Lei 11.645/2008)

É obrigatório na Educação Básica como princípios constitucionais na

Educação tanto quanto a dignidade da pessoa humana, garantindo a promoção do

bem de todos , sem preconceito.

Cumprir a lei é , pois, responsabilidade de todos e não apenas do professor

em sala de aula. Exige-se, assim , um comprometimento solidário dos vários elos do

sistema de ensino brasileiro para que valorizem a participação dos afro

descendentes e indígenas, do período escravista aos nossos dias , nos mais

variados segmentos da sociedade. Especificamente em relação à educação

indígena, os anos de 1990 assistiram a grandes avanços o maior deles, foi a

previsão por parte do Estado Brasileiro da Estruturação de um sistema educacional

específico, respeitoso quanto aos modos de vida, aos valores e as reais

necessidades e aos interesses dos povos indígenas.

3.2.8 Ensino de Filosofia

Disciplina oferecida aos alunos da Eja no Ensino Médio. O tema central da

filosofia da educação clássica foi o “Ser” .O da filosofia da educação moderna foi o

“Conhecer”. E o tema da educação contemporânea, crescentemente, tem se tornado

o “Agir”: portanto a Filosofia ajuda a pensar, a refletir e a entender as

transformações do mundo e as coisas que nos cerca.

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Na atual polêmica mundial e brasileira acerca dos possíveis sentidos dos

valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a

ocupar e uma contribuição a fazer. Basicamente, a filosofia gira em torno de

problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história aos quais,

devidamente aplicados, geram discussões promissoras e criativas que

desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações. Por isso, permanecem

atuais.

A Filosofia se apresenta como conteúdos filosóficos e como exercícios

que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento. O Ensino de

Filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a filosofia e o

filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino de Filosofia.

3.2.9 Ensino de Sociologia

Desde a constituição da sociologia como conhecimento sistematizado, ela

tem contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria

condição de vida e fundamentalmente para análise das sociedades ao compor,

consolidar e alargar um saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que

esclarecem muitos problemas da vida social.

Seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade pela com

preensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das

relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como

a compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e coletividade.

“ A sociologia é uma forma de saber científico[...] como qualquer outra

ciência , ela não é fruto do mero acaso, mas responde às necessidades do seu

tempo .[...] Compreender o conteúdo no qual a sociologia nasceu é fator

fundamental para se entender as suas características aturais.” Carlos Eduardo Sell.

3.3 Projetos integrados ao projeto político-pedagógico:

O CEEBJA – Valdir Fernandes de Guaíra, além da educação ofertada

para Jovens e Adultos prima por desenvolver com seus educandos a cidadania, a

autonomia, o espírito critico e participativo, bem como suas potencialidades. Para

tanto, aliado ao currículo, faz uso de vários projetos no decorrer do ano letivo, dentre

eles: Semana do Conhecimento, Alimentação Saudável, Saúde Aberta, Mostra

Cultural; Informática para Iniciantes, Jornal “Fala CEEBJA”, Libras na Escola,

Qualidade de Vida, Meio Ambiente; Palestras Temáticas; Olimpíadas de

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Matemática, Jogos Escolares, Atividades extracurriculares , Consciência Negra e

Brigada Escolar.

Além destes projetos, a escola investe na valorização da comunidade

escolar, usando das datas comemorativas para promover a integração entre todos.

É de suma importância ressaltar que o CEEBJA possui em localidades

distantes as APED’s (Ações Pedagógicas Descentralizadas) garantindo assim, aos

lugares de difícil acesso, o direito à educação. Faz-se ainda parceria com outros

seguimentos da sociedade.

3.3.1 Contempla a inclusão de jovens e adultos com necessidades

educacionais especiais:

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com

necessidades educacionais especiais. Considerando a situação em que se

encontram individualmente estes educandos, prioriza ações educacionais

específicas e que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito destes no espaço

escolar.

O termo inclusão pode ser atribuído a diferentes grupos de educandos,

desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por

razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar. A legislação

assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que

apresentam necessidades educacionais especiais decorrentes de:

- Deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

- Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos

ou psiquiátricos;

- Superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos. (CARVALHO, 2001.)

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o

especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem

características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também,

de condições socioculturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito

a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação

escolar. Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se,

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assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidade. Isso não significa

o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços

especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

3.3.2 Proposta de formação continuada:

A Formação Continuada dos Profissionais da Rede Estadual da Educação

Básica do Estado do Paraná será proporcionada mediante a realização do Programa

de Desenvolvimento Educacional (PDE, Folhas, APC, OAC, GTR, GE, DEB, Proinfo,

Pro funcionário, Disseminadores em Educação Fiscal, Seminário e Simpósio) e do

Programa de Capacitação/Formação em Ação, visando contribuir com o

desenvolvimento da autonomia intelectual dos profissionais da Educação e melhoria

da qualidade de Ensino, no princípio da ação –reflexão – ação e compreende

aperfeiçoamento e atualização, sendo também utilizado para tanto a hora atividade.

O programa de capacitação será proporcionado aos profissionais da

Educação que estiverem em efetivo exercício, sendo-lhe facultada a participação,

podendo ser desenvolvidos na forma presencial e ou à distância, visando uma

educação de qualidade, está ao dispor do professor paranaense as tecnologias

educacionais que permitem produzir acessar e compartilhar conteúdos em diferentes

mídias, sendo de grande valia a TV Paulo Freire, o portal Dia a Dia Educação, a TV

Multimídia, e outros tantos meios.

Os grupos de Estudos obedecerão a um cronograma pré-definido

contendo carga horária e temas a serem trabalhados.

4. Concepções: Homem / sociedade / escola / mundo / conhecimento /

currículo....

A concepção de homem passa por diversas fases durante a história do

desenvolvimento do pensamento filosófico, e vem imbuída de forte conotação

cultural, influenciada pelos fatores sociais da época em que se desenvolve.

Na obra de Paulo Freire os homens são seres concretos, situados no tempo

e no espaço, inseridos num contexto sócio-econômico-político-cultural

historicamente construído. Assim como o sujeito é fruto de seu tempo histórico, das

relações sociais em que está inserido, também o é, um ser singular, que atua no

mundo a partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível participar.

O homem se humaniza (ou se desumaniza) pelo trabalho na medida em que

são por esta prática que ele transforma a realidade (natureza) adaptando-a as suas

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necessidades. Ao transformá-la, ele mesmo se transforma mediado pelas relações

que estabelece no processo de produção. Desse modo, pelo trabalho o homem se

auto produz, alterando sua visão de mundo. Segundo SAVIANI (1991, p.19);

Diferentemente dos outros animais, que se adaptam a realidade natural tendo sua existência garantida naturalmente, o homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar à natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la. E isto é feito pelo trabalho.

Pode-se afirmar, desta forma que, o que diferencia o homem dos outros

animais é o processo de trabalho. O trabalho não é qualquer tipo de atividade, mas,

uma ação em que seu agente antecipa mentalmente e de forma intencional visando

atingir, por este meio, um fim. Conforme Antunes (1998, p. 121) “O trabalho

desenvolve-se pelos laços de cooperação social existentes no processo de

produção material. O ato de produção e reprodução da vida humana realiza-se pelo

trabalho. É a partir do trabalho, em sua cotidianidade, que o homem torna-se ser

social, distinguindo-se de todas as formas não humanas”.

Saviani (1991, p. 19) afirma que “para sobreviver o homem necessita

extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer

isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano

(o mundo da cultura)”. Reafirmando a centralidade do trabalho demonstra que

também a cultura e, portanto, a educação tem aí sua origem. Decorre desta relação

que “a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos. Assim sendo, a

compreensão da natureza da educação passa pela compreensão da natureza

humana”. Saviani (1991, p. 19). Sendo assim, a educação é uma exigência do e

para o processo de trabalho no qual é, ela própria, um processo de trabalho e este é

tido como princípio educativo. Nas palavras de Saviani (1991, p. 15), “o homem não

se faz homem naturalmente, ele não nasce sabendo ser homem, vale dizer, ele não

nasce sabendo sentir, pensar, avaliar, agir. Para saber pensar e sentir, para saber

querer, agir ou avaliar é preciso aprender, o que implica o trabalho educativo”.

Portanto, a educação – como processo de trabalho não-material - se torna parte do

e para o processo de trabalho material (a luta pela sobrevivência diária).

O que significa dizer que a educação é um processo de trabalho não

material?

Todo trabalho material corresponde ao modo como a humanidade se

organiza para produzir sua subsistência material, ou seja, sua existência.

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Obviamente que, neste processo de produção da vida material, o homem precisa

antecipar em ideias os objetivos da ação. Esta mentalização dos objetivos reais

denominamos de trabalho não material. A educação se situa nesta categoria de

trabalho não material. O que implica afirmar que a educação - ao invés de estar

relacionada à modalidade em que o produto se separa do ato de produção (livros,

materiais artísticos, revistas, etc.), ocorrendo neste um intervalo entre produção e

consumo - está ligada a modalidade de trabalho não material, em que o produto não

se separa do ato de produzir. Portanto, o ato de produção e de consumo, segundo

Saviani imbricam-se. (SAVIANI, 2005, p.12).

Eis a natureza da educação. Porém é importante exemplificar a partir de

Saviani (2005, p. 12-13):

(...) se a educação não se reduz ao ensino, é certo, entretanto, que ensino é educação e, como tal, participa da natureza própria do fenômeno educativo. Assim, a atividade de ensino, a aula, por exemplo, é alguma coisa que supõe, ao mesmo tempo, a presença do professor e a presença do aluno. Ou seja, o ato de dar aula é inseparável da produção desse ato e de seu consumo. A aula é, pois, produzida e consumida ao mesmo tempo (produzida pelo professor e consumida pelos alunos).

Com relação à especificidade da educação parte-se do pressuposto de

que, “(...) o que não é garantido pela natureza tem que ser produzido historicamente

pelos homens, e ai se incluem os próprios homens” (SAVIANI, 2005, p.13). Este

pressuposto torna evidente que é o trabalho educativo é “(...) o ato de produzir,

direta e intencionalmente, em cada individuo singular, a humanidade que é

produzida historicamente e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI,

2005, p.13).

Nesta perspectiva pode-se considerar que o objeto da educação está

relacionado de um lado, “à identificação dos elementos culturais que precisam ser

assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos”

(SAVIANI, 2005, p. 13) e; por outro lado, “à descoberta das formas mais adequadas

para atingir este objetivo” (SAVIANI, 2005, p.13).

Escola é o lugar, ou melhor, uma instituição que tem como papel

fundamental a socialização do saber sistematizado. SAVIANI (2005, p.15) afirma

que a escola existe para “(...) propiciar a aquisição dos instrumentos que

possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos

rudimentos desse saber”. Nesta perspectiva, é preciso a sistematização de um

currículo a partir do saber sistematizado, do conhecimento elaborado (ciência), e

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ainda, da cultura erudita e letrada. É preciso resgatar a noção de clássico entendido

aqui como o que resistiu aos embates do tempo. Isso tendo em vista que na escola

o clássico é, na verdade, a transmissão-assimilação do saber sistematizado. Por

isso é que o currículo deve ser entendido como a “organização do conjunto das

atividades nucleares distribuídas no espaço e tempo escolares” (SAVIANI, 2005, p.

18). Ou seja, o currículo nada mais é que, a escola funcionando e desempenhando a

função que lhe é própria. Na efetivação prática do currículo é importante que a

criança assimile de modo sequenciado e dosado no espaço escolar e, ao longo de

um tempo determinado, o saber sistematizado. Isto consiste o saber escolar.

O processo de aquisição do saber escolar exige que o aprendiz adquira um

hábito. Isto não se dá da noite para o dia. Ninguém nasceu sabendo ler e escrever.

É preciso ter persistência e insistência. É necessário, “(...) repetir muitas vezes

determinados atos até que eles se fixem” (SAVIANI, 2005, p. 21). Para se passar da

condição de analfabeto para a condição de alfabetizado o currículo deve

proporcionar condições, como por exemplo, o tempo, os mestres e os instrumentos

necessários para que o alfabetizando tenha êxito em seus esforços. Desta forma, “a

criança passará a estudar ciências naturais, história, geografia, aritmética através da

linguagem escrita, isto é, lendo e escrevendo de modo sistemático. Dá-se assim o

seu ingresso no universo letrado” (SAVIANI, 2005, p. 21).

Em tese, a educação escolar constitui-se na prática que possibilita a

passagem do conhecimento de senso comum (conhecimento sincrético) ao

conhecimento elaborado, sistematizado (conhecimento sintético).

Nas palavras de SAVIANI (2005, p. 22) pode-se concluir esclarecendo, em

resumo, a especificidade da educação:

(...) a compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho não material, cujo produto não se separa do ato de produção, permite-nos situar a especificidade de educação como referida aos conhecimentos, ideias, conceitos, valores, atitudes, hábitos, símbolos sob o aspecto de elementos necessários à formação da humanidade em cada individuo singular, na forma de uma segunda natureza, que se produz, deliberada e intencionalmente, através de relações pedagógicas historicamente determinadas que se travam entre os homens.

Saviani vê na educação um importante meio de contribuição para se atingir

um fim. Historicamente a educação se apresenta como condicionada pelos

determinantes materiais. Ela faz parte da superestrutura que tem por base uma

infraestrutura que corresponde ao modo de produção vigente num determinado

momento histórico.

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E sabido que a sociedade capitalista se caracteriza pela divisão em

classes: burguesia e proletariado. Desta divisão decorre a divisão social do trabalho

e do conhecimento. A escola não escapa a estes determinantes sociais. Por isso ela

pode servir para a reprodução ou para a transformação. Nesta perspectiva é

imprescindível que a classe do proletariado assimile “(...) os instrumentos pelos

quais ele possa se organizar para se libertar dessa exploração” (SAVIANI, 2003, p.

56).

A classe dominada precisa dispor do saberi/conhecimento historicamente

produzido no qual, a classe dominante já dispõe e pelo qual o usa a fim de perpetuar

a dominação e, fazer deste um instrumento de emancipaçãoii. Obviamente então

que, “(...) dominar o que os dominantes dominam é condição de libertação”

(SAVIANI, 2003, p.55).

É importante frisar que, a educação não transforma direta e imediatamente

a sociedade. Ela vai agindo sobre os sujeitos da prática de modo indireto e mediato

(SAVIANI, 2003).

Saviani parte de cinco passosiii (no qual constitui o método) – Prática Social

Inicial [desigualdade real e igualdade possível], Problematização,

Instrumentalização, Catarse e Prática Social Final [igualdade real], (Saviani, 2003,

p.79) e, a partir destes cinco passos explicita a importante contribuição da

pedagogia tradicional com relação a transmissão dos conteúdos historicamente

produzidos. Porém é importante romper com o abismo da igualdade formal (todos

são iguais perante a lei, fruto da sociedade contratual instaurada pela revolução

burguesa) e da igualdade real (igualdade de acesso ao saber e distribuição

igualitária dos conhecimentos disponíveis). Se no método tradicional eram

enfatizados conteúdos formais, fixos e abstratos o método revolucionário dá ênfase

aos conteúdos reais, dinâmicos e concretos (SAVIANI, 2003, p.64).

Assumindo uma postura pedagógica revolucionária - a educação, como

processo de trabalho não material, é um instrumento precioso que vai agindo, de

modo indireto e mediato, sobre os sujeitos da prática na busca real e concreta de

emancipação humana. Quer dizer, a Pedagogia Histórica-Crítica concebe o homem

como um ser social que ao mesmo tempo é determinado e determinante da

sociedade, podendo, efetivamente transformá-la; assim como a sociedade é

concebida como sendo resultado de um processo dialético de transformação, por

parte dos homens, no percurso da história, e que, sobretudo, não é imutável.

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A educação, portanto, é vista como um meio para alcançar a hegemonia, que

de acordo com SAVIANI (2005) significa a apropriação pela classe trabalhadora dos

conhecimentos acumulados pela classe dominante, mas que, no entanto, não são

inerentes a ela. Isso significa dizer que a conquista da hegemonia por parte da

classe proletária é a conquista de determinados elementos e conhecimentos que

também lhe são de direito, sendo eles: consciência política, social e econômica,

coerência e concepção de mundo elaborada, através da socialização da educação,

da saúde, da dignidade da moradia, vestuário etc. de forma igualitária, de qualidade

e para todos.

4.1 Filosofia e Princípios Pedagógicos Didáticos:

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre

cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e

estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais

próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso

ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função

antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do

trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso

aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular,

as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos

diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA,

considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do

mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de

Jovens e Adultos no Estado do Paraná:

2

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I.A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo

diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os

educandos, bem como os mesmos possuem diferentes

possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos

formais;

II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no

processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à

escola cabe superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado

mais na quantidade de informações do que na relação qualitativa

com o conhecimento;

III. Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar

articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica,

vinculada ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias,

dentre outros;

IV. A escola é um dos espaços em que os educandos

desenvolvem a capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o

seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de

mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo

assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação

de sua realidade social;

V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na

pedagogia tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e

o hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como uma forma de

organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes,

estão articulados à realidade na qual o educando se encontra,

viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir

da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

Por isso, a filosofia da EJA contempla:

I. Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados

em seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-

culturais, com conhecimentos e experiências acumuladas, com

tempo próprio de formação e aprendizagem;

II. Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos

próprios educandos;

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III. O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre

a objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as

diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade

de utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

IV. Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na

referência, nos interesses do educando e nos conteúdos necessários

ao exercício da cidadania e do trabalho;

V. Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos,

criativos, críticos e democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos,

não refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta

modalidade com a diversidade sociocultural de seu público, composta, dentre outros,

por populações do campo, com necessidades educativas especiais, indígenas, que

demandam uma proposta pedagógico-curricular que considere o tempo/espaço e a

cultura desse grupos.

4.2 Avaliação:

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a

intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se

estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e

aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem dos educandos, diagnosticar os

resultados atribuindo-lhes notas. A avaliação será realizada em função dos

conteúdos expressos na proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de

reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser

entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma

atitude crítico-reflexiva frente à realidade.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá

orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes

princípios:

Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter

informações necessárias para propor atividades e gerar

novos conhecimentos;

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Contínua: permite a observação permanente do processo

ensino-aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua

prática pedagógica;

Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do

educando, utilizando instrumentos diversos para o registro

do processo;

Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas

no tempo-escola do educando;

Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos

conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola,

bem como do trabalho pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos

ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz

curricular, sendo avaliados presencialmente ao longo do processo ensino-

aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser

respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação

contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações

que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação

formal, como durante o atual processo de escolarização.

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais

como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e

pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades

complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de

aprendizado do educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos. Vale ressaltar que

alguns alunos de inclusão necessitam serem trabalhados com curriculos adaptados,

inclusive com avaliação específica.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma

única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será

analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os

seus avanços e necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a

prática pedagógica.

4.3 Formas de registro:

Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas:

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a) As avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados,

sempre com finalidade educativa;

b) A avaliação será realizada no processo de ensino e

aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala

de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

c) Para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é

6,0 (seis vírgula zero), de acordo com a Resolução n.º 3794/04

– SEED;

d) Para prosseguimento dos estudos, o educando deverá atingir, pelo

menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação

processual, caso contrário e também por acréscimo ao processo de

apropriação dos conhecimentos, o educando terá direito à

recuperação de estudos, conforme explicitada na sequência.

e) Para os educandos que cursarem 100% da carga horária da

disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das

avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo

menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

f) Os resultados das avaliações dos educandos deverão ser

registrados em documentos próprios, a fim de que sejam

asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do

educando;

g) O educando com necessidades educacionais especiais, será

avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será

capaz de desenvolver.

4.4 Periodicidade da Avaliação:

Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a

06 (seis) notas dependendo da disciplina, que corresponderão às provas

individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados,

durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se

submeterá na presença do professor, conforme descrito no regimento escolar

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4.5 Intervenções Pedagógicas

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese

de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da construção

da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará

concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação

dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos,

independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor

diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de

exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos

instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

4.6 Aproveitamentos de Estudos

O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito

amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar,

por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial,

transferência e prosseguimento de estudos.

4. 7 Avaliação Institucional

No decorrer do ano letivo a Avaliação Institucional dar-se-á a partir de

instrumentos elaborados pela SEED os quais permitem a manifestação das escolas

como um todo, considerando a interferência de Órgãos Colegiados de Gestão ,

Profissionais da Educação, Condições Físicas e Materiais , Prática Pedagógica,

Ambiente Educativo, Acompanhamento e Avaliação do Desenvolvimento

Educacional.

Este instrumento de Avaliação Institucional é feito por etapas e tem como

objetivo avançar cada vez mais na construção da qualidade de ensino público

paranaense.

4.8 Estágios Não – Obrigatórios

Este estabelecimento escolar, em consonância com as orientações da

SEED, oportunizará o estágio não obrigatório como atividade opcional, desenvolvido

2

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no ambiente de trabalho conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de

2008.

4. 9 Instâncias Colegiadas:

- APAF

- Conselho Escolar

- Conselho de Avaliação

4. 9.1 Acompanhamento e avaliação do Projeto Político-Pedagógico:

- Conselho Escolar

- APAF

5. Plano de Ação e Metas

DIMENSÃOPROBLEMA/

DESAFIOCAUSA DO

PROBLEMAAÇÕES

(O QUE FAZER)

RECURSOS

(COM O QUE)

CRONOG RAMA

(QUANDO)

ENVOLVIDOS

(PARTICIPANTES DA AÇÃO)

METAS PARA 2014

Gestão escolar democrática

Envolvimento dos membros escolares para estabelecer consenso nos processos decisórios.

Tempo disponível insuficiente para

tomada de decisões a curto prazo.

Promover a participação e

compromisso de todos com a gestão

escolar.

Reuniões, dinâmicas, hora atividade,

relações dialógicas e momentos reflexivos.

O ano todo Membros escolares.

1. Melhor organização do

ambiente escolar e maior participação do coletivo escolar.

Prática pedagógica

1. Alunos com dificuldade s de interpretação

1.A falta de hábito para leitura

1.Socialização de livros pelo professor

1.Livros literários Jornais...(da Escola e Comunidade escolar)

1. Ano Letivo 1.Professor e Alunos.

1.Leitura espontânea.

2.Elaboração de um jornal escolar.

2.Escola x parceria.

2. Ano letivo. 2. Direção, Alunos e professores.

2. Ampliação de leitura.

2. Desenvolvimento de projetos e atividades complementares em contra turno.

2.Descarte inadequado do lixo eletrônico.

1.Dar o destino correto a esse lixo.

1.Divulgação de pontos de coletas.

1.Ano letivo. 1. Comunidade escolar.

1. Preservar o meio ambiente.

2

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3.Sedentarismo. 1.Atividade física em horário contra turno.

1.Projeto. 1.Ano letivo. 1.Professor, alunos e Comunidade.

1.Qualidade de vida.

Avaliação

Alunos desmotivados

1.Diversidade cultural/social e econômica.

1. Diferentes metodologias.

1.Currículo adaptado.

1. No decorrer da disciplina.

1. Professor alunos, direção, pedagogo e comunidade.

1. Maior envolvimento em prol do ensino aprendizagem de qualidade.

Acesso, permanência e sucesso

1.Evasão Escolar

1.Trabalho Precoce, migração e situação sócio econômica.

Priorizar atendimento que venham ao encontro com as expectativas do educando.

1. Busca ativa. 1.Ano letivo 1.Equipe Diretiva e Pedagógica.

1. Visitas domiciliares, contatos telefônicos, esclarecimentos divulgação nas rádios locais.

Motivar a perspectiva de vida, através da valorização do educando ampliando seus horizontes.

2.Palestras e metodologias adequadas

2. Durante as aulas.

2. Professores.2. Realização de Projetos Pertinentes ao processo ensino aprendizagem, tais como: semana do conhecimento, jogos escolares internos do CEEBJA, brigada escolar, libras na escola, equipe multidisciplinar...

3.Oportunizar o diálogo.

3. Dinâmicas 3. Sempre que necessário.

3. Profissionais da educação.

3. Acompanhar o processo ensino-aprendizagem.

2.Educandos com medidas socioeducativa.

2.Infrações cometidas por eles.

1. Dialogo entrevista.

1. Acompanhamento diário no ambiente escolar e na prática educativa.

1. Inicio da matrícula.

1. Pais responsável conselho tutelar órgãos competentes.

1. Permanência e sucesso do aluno na escola.

3.Trabalhar autoestima dos alunos.

3.Desestrutura familiar. 1.Comunicação

permanente com o responsável.

1 Diálogo. 1. Sempre que necessário.

Peda

1.Proporcionar palestras específicas.

2

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2. Organizar atendimento no laboratório de informática.

2..Inclusão digital. 2.Semanalmente.

Professores. 2.Ampliar o atendimento.

Observação: A avaliação dar-se-á mediante o desenvolvimento das atividades.

6. Bibliografia

Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96

Bobbio, Norberto. Igualdade e Liberdade. Rio de Janeiro.

Proposta Curricular para o II segmento (EJA)

Revista Gestão em Rede nº 51, março de 2004.

Saviani, 2005 – Pedagogia Histórico-Crítica. Gasparin – Uma didática para a pedagogia Histórico-Crítica.

PROJETO: I SEMANA DO CONHECIMENTO

JUSTIFICATIVA: Na semana pedagógica realizada no início do ano letivo de 2013,

verificou-se a necessidade de trazer informações atuais e de interesse geral à

atenção dos alunos e da comunidade. Numa tentativa de envolvê-los, propõe-se

que, nesta “Semana” especial, além de os professores e funcionários criarem as

denominadas “Oficinas do Conhecimento”, os alunos serão convidados a dividirem

suas experiências extraescolares conosco.

META: Interação e socialização de equipe escolar, alunos e comunidade.

ESTRATÉGIA: Promover/realizar a “I Semana do Conhecimento” nas dependências

da escola, a fim de envolver e valorizar os alunos numa troca de experiências e

conhecimentos diversos.

MÉTODO:

a) OFICINA DO CONHECIMENTO – A equipe escolar, alunos e comunidade

ofertarão “Oficinas do Conhecimento” sobre assuntos diversos e executarão a tais –

cada pessoa ou grupo de pessoas será responsável por produzir e executar suas

oficinas. A escola poderá fornecer (ou não) os materiais solicitados por estes.

Seguem-se sugestões:

Palestras (ex.: saúde; higiene; dicas sobre como estudar; ética na escola/tra-

balho; noções de segurança; etc.)

Exposições (ex.: pintura; música; dança; teatro; poesia; etc.)

2

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Oficinas práticas (ex.: montagem/desmontagem de micros, notebooks, celula-

res; manicure; plantio e colheita; culinária; etc.)

Vídeo-aulas informativas (ex.: fumo; DSTs; Libras; história do CEEBJA, da ci-

dade; etc.)

b) FICHA DE CADASTRO DE IDEIAS – Ficará à disposição de todos, num local

previamente estipulado, para preenchimento daqueles interessados em ofertar

uma(ou mais) Oficina(s) do Conhecimento. Uma ideia em cada ficha. (Veja Anexo 1)

c) FICHA DE COMPROMETIMENTO/AUTORIZAÇÃO – Descreverá o tema da

oficina escolhida, nome do responsável e seus ajudantes (se houver), data e horário

da atividade, número da sala e materiais utilizados. Deverá ser assinada por todos

os envolvidos inclusive pela coordenação do evento. (Veja Anexo 2)

d) FICHA DE DEMONSTRAÇÃO DE INTERESSE – Dada a oferta das Oficinas e

assinadas as autorizações, serão disponibilizadas à equipe escolar, alunos e

comunidade as “Oficinas do Conhecimento” disponíveis para que possam se

inscrever naquela(s) de seu interesse. Aos inscritos será dado um “Convite” com os

dados da oficina escolhida, que deverá ser entregue no dia ao executor da oficina.

(Será um controle do número de pessoas que participarão da “1ª Semana do

Conhecimento” – Veja Anexo 3)

e) FICHA DE SEGURANÇA – Listagem com os dados dos convidados a executarem

uma ou mais oficinas no evento (se houver), à disposição da recepção pra controle e

segurança. (Veja Anexo 4)

DURAÇÃO: Cada “Oficina do Conhecimento” deverá ter a duração mínima de 15

minutos e máxima de 30 minutos, salvo alguma exceção conforme decisão da

coordenação do evento. A “1ª Semana do Conhecimento” poderá ter a duração de 1

a 5 dias, dentro duma mesma semana do mês, dependendo do número de oficinas

ofertadas, nos períodos da tarde e da noite.

DIVULGAÇÃO/FEEDBACK

a) Providenciar no Jornal “Fala CEEBJA” matéria sobre o evento incluindo uma

convocação para que todos participem – será elaborada pela coordenação do

evento. (Veja Anexo 5)

b) Como incentivo aos participantes/executores das oficinas, criar uma camiseta

comemorativa da “1ª Semana do Conhecimento”, a ser usada durante a “Semana”

pelos responsáveis pelas oficinas – será elaborada pela coordenação do evento.

(Veja Anexo 6)

3

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c) Se possível, durante o evento, providenciar que sejam divulgadas as oficinas e

horários em que serão executadas por um sistema de autofalantes nos corredores

da escola.

d) Disponibilizar durante o evento blocos de notas e uma caixa para que os

interessados nas oficinas possam registrar o que acharam das mesmas.

GARGALOS

a) Caso haja um intervalo muito grande entre uma oficina e outra, como na troca de

turnos, por exemplo, poderá ser providenciado exibição de filmes e/ou um videokê

para entretenimento daqueles que permanecerem no evento.

b) Se houver o imprevisto em que uma ou mais salas de oficinas não tiverem pelo

menos 1 interessado(a) para assisti-las, a coordenação prestigiará o executor da

Oficina por providenciar que alguém o(a) assista. As oficinas não serão canceladas

por falta de interessados.

COORDENAÇÃO – A Professora-Intérprete de Libras Mirna Schneider é

responsável pela criação, organização, divulgação e execução do evento e contará

com o apoio da equipe escolar.

3

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PROJETO: II Jogos Escolares Internos do CEEBJA - Guaíra

JUSTIFICATIVA:

O esporte busca desenvolver as capacidades técnicas e táticas, e o

participante desenvolve suas capacidades cognitivas de percepção, antecipação e

tomada de decisões.

A aprendizagem psicomotora é a base do processo de formação e através de

movimentos básicos como correr, saltar e rolar vai desenvolver-se de modo que

aprenda a fazer os gestos técnicos. O equilíbrio, o ritmo, coordenação e noções de

espaço e tempo são primordiais para o aprendizado técnico individual do atleta.

Assim, optou-se por este projeto para a Reposição das aulas do dia 15 de

Março de 2012 quando houve a paralisação dos professores bem como promover a

socialização dos alunos da EJA.

.

OBJETIVOS:

Propiciar momento de lazer e entretenimento à comunidade escolar;

Promover a interação e socialização dos alunos da SEDE e das APED’s, pro-

fessores, funcionários e familiares;

Estimular a prática esportiva, bem como valores positivos como o “fair play”;

3

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Serão realizados jogos de futsal e voleibol em estilo torneio, com equipes

previamente formadas exclusivamente com alunos da SEDE e

APEDs, professores e funcionários do CEEBJA de Guaíra- PR. Serão organizadas

torcidas para as equipes com a participação também de familiares tanto dos

educandos como dos profissionais de educação. A torcida mais organizada e

animada será premiada.

Nos torneios de futsal e voleibol haverá premiação para os 1º e 2º lugares.

O horário de realização do evento será das 14 horas às 20 horas e 30

minutos, com intervalo para o lanche às 18 horas até às 18 horas e 30 minutos, no

dia 23 de junho de 2012.

RECURSOS:

Bolas;

Redes;

Medalhas;

Quadra poliesportiva (Compartilhada com o Colégio Estadual Presidente Roo-sevelt).

Coordenação e Organização: Professora Mailin Adina W. F. De Souza (Ed. Física) Lenira Giroldo Assunção (Diretora) Rosiclei Veridiano de Oliveira (Pedagoga) Maria Neusa Gonçalves de Lai (Coordenadora APEDs) Viro Miguel Altenhofen (Coordenador APEDs)O colegiado do CEEBJA – Valdir Fernandes de Guaíra está ciente e de acordo que

a reposição referente ao dia 15/03/2012 (paralisação) será feita na data de

23/06/2013, através do II Jogos Escolares Interno.

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3

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PROJETO: ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM

CONTRATURNO

PERÍODO: 2013

NRE: TOLEDO

MUNICÍPIO: GUAÍRA

ESCOLA: CEEBJA VALDIR FERNANDES – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

PORTE:

MACROCAMPO/ATIVIDADE: 524- MC PROMOÇÃO DA SAÚDE

TURNO EM QUE A ATIVIDADE SERÁ DESENVOLVIDA: INTERMEDIÁRIO

4 (quatro)

PÚBLICO ALVO: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - ENSINO

FUNDAMENTAL

PROPOSTA PEDAGÓGICA:

CONTEÚDOS:

Ao longo da história a atividade física sempre esteve presente na rotina do

indivíduo associada ao estilo de vida de cada época, a caça dos “homens das

cavernas” para a sobrevivência, os gregos e suas práticas desportivas na busca de

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um corpo perfeito ou de cunho militar como o exemplo na formação das legiões

romanas.

Entretanto, no decorrer dos anos, com os avanços tecnológicos e a busca

constante pelo ter, a relação entre o homem e a atividade física parece ter diminuído

gradativamente.

Junto com o distanciamento do indivíduo de uma prática regular de atividade

física, ocorre um aumento de hábitos prejudiciais a saúde e a qualidade de vida.

Sendo assim, o homem moderno encontra-se em um estilo de vida que

aumenta consideravelmente o risco de doenças e a perda da qualidade de vida.

O presente projeto busca resgatar nos alunos da EJA a prática de uma

atividade física regular e consciente como meio para a prevenção e manutenção da

saúde e em alguns casos para a reabilitação. Para isto utilizará de práticas fáceis,

mas de grande relevância: a ginástica e a caminhada.

A ginástica envolve a prática de uma série de movimentos de força,

flexibilidade e coordenação motora, para aperfeiçoamento físico e mental. A

caminhada (movimento natural do homem – andar) apesar de ser a mais simples de

todas a s atividades físicas é uma forma surpreendentemente eficaz para a melhora

da qualidade de vida e saúde do indivíduo.

OBJETIVOS:

GERAL:

-Promover a prática de atividade física regular e consciente.

ESPECÍFICOS:

- Desenvolver atividades que promovam melhoria da qualidade de vida;

- Possibilitar maior interação e socialização na comunidade escolar;

- Estimular a prática de atividades físicas diversas;

- Incentivar a escolha de hábitos saudáveis;

- Promover maior conscientização sobre os benefícios da atividade física para

a saúde.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

As atividades serão realizadas duas vezes por semana no turno intermediário

4, visto que a clientela a ser atingida consta de alunos e comunidade escolar do

CEEBJA –Guaíra e que a maioria deste público trabalha em outros períodos

podendo participar apenas neste horário.

Inicialmente será realizada uma anamnese com os inscritos e uma avaliação

física (constando peso, altura, IMC, medida de circunferência de cintura e quadril,

3

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etc.). Após a análise destes resultados serão prescritos exercícios conforme a

necessidade e condição física de cada participante, os exercícios compreenderão:

alongamentos, caminhadas, corridas, exercícios localizados, etc.

A cada dois (2) meses será realizada uma nova avaliação para a reorientação

das atividades a serem realizadas.

LOCAL DE REALIZAÇÃO:

As atividades serão desenvolvidas no ambiente escolar (salas de aula,

quadra, pátio, etc.) bem como em locais disponíveis no entorno da escola (praça,

academia ao ar livre, calçamento, etc.)

RESULTADOS ESPERADOS:

PARA O ALUNO:

-Melhora na força e no tônus muscular;

-Melhora na flexibilidade;

- Fortalecimento dos ossos e das articulações;

-Redução do peso corporal e da porcentagem de gordura;

-Redução da pressão arterial em repouso;

-Melhora do diabetes (maior controle da glicose);

-Diminuição do colesterol;

-Redução da ansiedade e do estresse;

Melhora na autoestima;

-Maior oxigenação de todo o organismo;

-Aumento da disposição geral do indivíduo.

PARA A ESCOLA:

- Diminuição da evasão escolar;

-Maior frequência dos alunos;

-Ambiente mais favorável a aprendizagem;

-alunos mais dispostos e menos ansiosos;

-Melhoria na aprendizagem;

-Estreitamento dos laços com o aluno.

PARA A COMUNIDADE:

- Maior interação entre a escola e a comunidade;

- Melhoria da qualidade de vida;

- Maior interesse e valorização da escola pela comunidade;

- Estímulo a prática desportiva;

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- Valorização dos espaços públicos disponíveis para atividades, que a

comunidade possui.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FAUSTO, Arantes Porto. “Atividade Física x promoção da saúde”.

WWW.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod-

noticia=934, acessado em 21/11/11.

www.atividadefisica.com/benefocios.html, acessado em 21/11/11.

AVALIAÇÃO:

A avaliação do projeto será contínua, analisando a participação durante a

realização do mesmo, bem como os resultados obtidos através das avaliações

físicas realizadas no transcorrer das aulas.

ATIVIDADE PEDAGÓGICA DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR

MACROCAMPO: Tecnologia da Informação, da Comunicação e uso de Mídias -

Informática e Tecnologia da Informação.

CONTEÚDO:

Esta atividade tem como eixo principal a inclusão dos educandos no mundo digital.

No entanto, no decorrer do desenvolvimento das atividades os conteúdos

disciplinares curriculares poderão ser abordados ou complementados. Inicialmente

os educandos irão conhecer o sistema operacional Linux e alguns dos seus

aplicativos mais comuns, como editores de texto e planilhas. Na sequencia farão um

curso de digitação online para obterem domínio sobre a funcionalidade da máquina.

Após o domínio inicial será apresentado a utilização da Internet como ferramenta

auxiliar da busca do conhecimento. Sequencialmente serão trabalhadas as técnicas

comerciais básicas como cartas comerciais, ofícios, currículos e listagens.

Aproveitando a disponibilidade de cursos gratuitos online oferecidos por sítios como

Senac, Senai e Sebrae os educandos poderão obter qualificação do aprendizado.

OBJETIVOS:

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Combater a exclusão digital e dar aos educandos, jovens e adultos, melhores

oportunidades de formação e mais recursos para se inserirem no mercado de

trabalho, ao proporcionar familiaridade com as novas tecnologias. Levar professores

e alunos a utilizarem as tecnologias na ação pedagógica de forma contextualizada

no desenvolvimento de projetos em ambientes motivadores com recursos da

Tecnologia Educacional. Possibilitar o contato com novas técnicas de informação e

comunicação. Diminuir as diferenças e desigualdades ocasionadas pelo domínio dos

conhecimentos tecnológicos. Aprimorar a cultura escolar dos avanços que a

sociedade vem desfrutando com a utilização das redes técnicas de armazenamento,

transformação, produção e transmissão de informações. Preparar o cidadão e

diminuir a lacuna existente entre a cultura escolar e o mundo ao seu redor.

Desenvolver o interesse em ampliar seu nível de escolaridade.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

Esta atividade terá como eixo principal a utilização dos laboratórios de informática da

escola. As aulas serão de forma teórica, introduzindo conceitos básicos e históricos

da tecnologia e prática, onde os alunos terão um contato direto com o computador.

Procurando sempre levar o aluno ao conhecimento e o domínio da tecnologia aliada

à informática, bem como possibilitar ao mesma oportunidade de crescimento

profissional, o curso estará baseado no software de distribuição livre Linux e seus

aplicativos. Nas aulas serão oportunizados vários momentos para discussão do

tema abordado, e sobre o desenvolvimento do trabalho, a fim de que se possa estar

redirecionando a prática pedagógica e buscando aplicar uma metodologia que

envolva o aluno e desperte o interesse nas atividades para que eles possam

apreender os conteúdos trabalhados de uma forma prazerosa e desenvolver as

habilidades necessárias para a criação de atividades utilizando os conhecimentos

previamente adquiridos.

LOCAL DE REALIZAÇÃO: Laboratórios de informática PARANÁ DIGITAL e

PROINFO do CEEBJA Valdir Fernandes de Guaíra.

RESULTADOS ESPERADOS:

- PARA O ALUNO

Que os alunos jovens e adultos, em seu regresso à sala de aula, busque novas

perspectivas de vida, pretendam melhorar sua capacidade de inclusão no mercado

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de trabalho, sua maior autoestima e até mesmo ter uma vida social mais ativa e

interessante; que valorize cada esforço, cada conquista e amplie os conhecimentos

já adquiridos no seu cotidiano com os apreendidos nas atividades de

complementação curricular.

- PARA A ESCOLA

Trabalhar os conhecimentos de Informática e Tecnologia da informação e tecnologia

da informação de uma forma diferenciada, mais próxima da realidade (dos alunos)

valorizando o conhecimento que Já possuem, sistematizando-os e partindo para

novos conhecimentos de maneira motivadora e interessante. Que esta atividade

pedagógica possa colaborar para que o processo ensino aprendizagem seja

significativo tanto para a escola como para os alunos da EJA. Com a realização

dessa atividade complementar curricular a escola presta importante serviço social

aos alunos, oportunizando a inclusão digital, tanto para a realização pessoal como

para a profissional.

- PARA A COMUNIDADE

Que os alunos da EJA supere seus limites no mundo digital, e que este aprendizado

possa fazer a diferença na sociedade, cujo objetivo maior é a conquista da

cidadania.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Apostila Introdução ao Linux – Augusto César campos

- UBUNTU – Guia para Iniciantes – Carlos Eduardo do Val – 2010

- Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica, Resolução 04/10 –

CNE/CEB, art. 12’

- Sitio http://pt.wikibooks.org/wiki/Categoria:Livro/Linux_para_iniciantes. Acesso em

03/2012

AVALIAÇÃO

A avaliação das atividades complementares curriculares dar se a de forma

construtiva, pois se tratando de tecnologias da informação – informática, o

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conhecimento é variável e tende a se aperfeiçoar sempre. Portanto pretende-se que

o aluno da EJA aprimore seus conhecimentos nessa área e que esteja habilitado

para resolver qualquer situação problema que se depare. No entanto, mesmo diante

dessa realidade, é necessário assumir o compromisso pela busca constante de

novas ferramentas e estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior

coerência e segurança na transmissão do ensino-aprendizagem.

CEEBJA – VALDIR FERNANDESENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROGRAMA BRIGADA ESCOLAR

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Guaíra-PrMarço de 2013

Justificativa:

A partir do decreto 4837 de 04 de junho de 2012, que prevê que todo

estabelecimento de ensino do estado do Paraná deverá contar com o Programa de

Brigada Escolar, faz-se necessário a implantação do mesmo.

O programa irá capacitar alunos e servidores para desenvolverem ações de

enfrentamento a emergências e desastres, naturais ou provocados pelo homem, que

comprometam a segurança da comunidade escolar.

Percebe-se que o ser humano somente se preocupa com a prevenção após ter

vivenciado uma situação de risco ou crise. Com a implantação da Brigada Escolar

esperamos poder antever situações perigosas, e preparar toda comunidade escolar

para lidar com elas, evitando assim danos maiores.

OBJETIVO GERAL

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Promover a conscientização da comunidade escolar do CEEBJA sobre o

enfrentamento a eventos danosos, situações emergenciais no interior da escola,

garantindo a segurança de todos e que todos saibam como agir nessas situações.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Construção de uma cultura de prevenção dentro do ambiente escolar.

- Proporcionar aos alunos da escola condições para o enfrentamento de situações

emergenciais na escola.

- promover adequações necessárias do ambiente escolar, para atender as

recomendações legais nas vistorias do corpo de Bombeiros.

- Preparar profissionais da escola para a execução de ações de defesa civil,

prevenção de riscos e desastres e preparação para o socorro, combate a princípios

de incêndio.

- Articular os trabalhos entre os integrantes da defesa civil estadual, do corpo de

bombeiros, da polícia militar e dos núcleos de educação.

- Adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de

prevenção contra incêndio e pânico, do corpo de bombeiros para a prevenção da

vida dos ocupantes desses locais.

ESTRATÉGIAS

Através da elaboração do Plano de Abandono e sua execução em forma de

treinamentos que serão dois ao longo do ano letivo, estaremos preparando toda a

comunidade escolar a reagir com mais segurança em situações de pânico,

preservando a integridade física dos mesmos.

ATIVIDADES PERMANENTES

- Encontros mensais dos brigadistas para discutir as problemáticas sobre o plano de

abandono.

- Execução do plano de abandono nos dias.

18/06/2013 1º Semestre

10/10/2013 2º Semestre

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Nome dos Brigadistas do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e

Adultos – CEEBJA Valdir Fernandes.

Daniele Bachi Rocha – Professora

Lenira Giroldo Assunção – Diretora

Rosiclei Veridiano de Oliveira – Pedagoga

Valdir Batista Possenti – Agente I

Vilma Fiorotti – Professora

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Projeto: Atividades complementares Jornal

Período:

NRE: Toledo

Município: Guaíra

Escola: CEEBJA “ Valdir Fernandes” Ensino Fundamental e Médio

Turno em que a atividade é desenvolvida: Vespertino e Noturno

Público Alvo: Educação de Jovens e Adultos- Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Proposta Pedagógica:

À medida que conhecer significa um modo de apropriação do mundo o jornal é um importante veículo de comunicação impresso no país e é por ele um dos meios que tomamos conhecimento de fatos importantes que acontecem na escola, no lugar onde moramos, na nossa cidade, na nossa região, no nosso Estado, no país e no mundo. Portanto quanto mais diversificado for o olhar sobre o mundo mais o conhecimento se ampliará. É o jornal um instrumento, prático para o desenvolvimento da maioria dos conteúdos contidos nas áreas do conhecimento articulados à linguagem formal, motivando os alunos e a comunidade à leitura e à produção textual com a possibilidade de ampliar seu desenvolvimento crítico, refletindo sobre sua autonomia. Sabendo disso, esse projeto tem a pretensão de criar e desenvolver com os alunos, na perspectiva interdisciplinar, um Jornal Escolar como estratégia didática para estabelecer a relação entre os diferentes saberes do conhecimento.

Objetivo Geral:

Elaborar um saber interdisciplinar por intermédio da produção do Jornal escolar;com as turmas da EJA ensino fundamental e médio, a fim de que o aluno possa manifestar a sua opinião, motivando a produção de textos, pesquisa e leitura.

Objetivos Específicos:

-Envolver a comunidade escolar veiculando as informações e acontecimentos mais importantes ocorridos tanto na escola quanto na comunidade ou em outros lugares.

- Adotar atitudes críticas responsáveis face aos acontecimentos da sociedade em que vivemos;

-Utilizar novas tecnologias de informação para promover hábitos de pesquisa como também livros, filmes, fatos, para um maior enriquecimento cultural;

Encaminhamento Metodológico:

1º Far-se-á uma pesquisa com os alunos para saber que nome dariam ao jornal.

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2º Sobre o que gostariam de ver e ler, e com que contribuiriam (relatos, entrevistas, propagandas, poemas, indicação de livros, notícia, carta ao leitor, esporte, charge, acróstico, reportagem didática...) no jornal da EJA.

3º coletar e selecionar o material a ser publicado.

4º Elaboração do jornal propriamente dito.

5º Depois de impresso divulgar e fazer circular o jornal.

Local de realização:

As atividades serão de4senvolvidas no ambiente escolar.

Resultados Esperados:

Para o aluno:

Ter mais interesse pela leitura envolver-se na construção do jornal e contribuir com textos elaborados por ele mesmo e ou pesquisa, assim também criticar e opinar sobre os conteúdos veiculados pelo jornal.

Para a Escola:

Maior enriquecimento cultural aos alunos quanto a troca de conhecimentos entre eles e com os profissionais que atuam na escola, proporcionando um intercâmbio intelectual. Também a divulgação das atividades realizadas na escola e da própria escola.

Para a comunidade:

A comunidade passa a conhecer os trabalhos desenvolvidos pela escola ( na sua pluralidade )que vai além de transmitir o conteúdo programado de cada disciplina.Tornar próximo à comunidade as informações pertinentes à escola e à ela também como por exemplo prestação de serviços.

Avaliação: Será feita observando os seguintes aspectos:

1º Envolvimento com as turmas e comunidade na produção do jornal.

2º A aceitabilidade por parte de todos os alunos desta instituição de ensino.

ReferênciasDisponível em :http://jornaldojeq.blogspot.com.br/2009/03/projeto-jornal-escolar_27.html.17/08/2012.Lozza , Carmen.Escritos sobre jornal e educação:olhares de longe e de perto/Apresentação de Emir Sader – São Paulo: Global,2009-(Coleção Leitura e Formação)

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CEEBJA – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS

PROJETO LIBRAS NA ESCOLAJUSTIFICATIVA: Sendo o Ceebja de Guaira uma escola de inclusão e vendo a necessidade da reposição do dia 30 de agosto de 2012, data em que houve uma paralisação dos professores, será reposta através de um trabalho que venha fazer a diferença no ensino-aprendizagem e no convívio escolar e social. Este projeto de Libras proporciona o aprendizado desta língua a fim de melhorar a comunicação entre professores, alunos e comunidade. A inclusão é um desafio e ao ser enfrentado provoca melhorias, pois faz com que a escola aprimore suas práticas e neste Estabelecimento de Ensino há alunos surdos inseridos e para tanto a escola conta com professoras intérpretes de Libras/Língua Brasileira de sinais).OBJETIVOS:

Possibilitar aos participantes o conhecimento da Libras (Língua Brasileira de Sinais) e fazer uso da Libras para se comunicarem com os alunos surdos in-seridos na escola.

Valorizar a importância de um convívio harmonioso entre todos.

Integrar escola e comunidade.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O projeto Libras na Escola fundamenta-se na articulação das áreas de conhecimento e prática. Visa conhecer a Libras; isto é, o básico: alfabeto, números, saudações, identificação pessoal, meses, dias da semana, material escolar, alguns adjetivos e realizar atividades simples. Pretende-se assistir vídeos relacionados aos conteúdos para melhor fixação. Importante destacar que este projeto será realizado no dia 20 de outubro de 2012. A presente data de reposição é de conhecimento e foi aprovada pelo colegiado do CEEBJA Valdir Fernandes.Recursos:

Xerox;

Notebook;

Data show;

Internet;

Vídeos;

COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

- Direção e equipe pedagógica da escola;

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Execução: Professora de Libras do CEEBJA- Valdir Fernandes.

Viviane Sirineu da Silva.

CEEBJA – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS

MEMORIAL DESCRITIVO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

1-Identificação do Estabelecimento: CEEBJA- VALDIR FERNANDES -Ensino

Fundamental e Médio localizado a Rua Mato Grosso, 111 – Centro – CEP 85980-

000 – Guaíra/PR – Fone/Fax (44)3642-4579.

[email protected]

2-Caracterização da comunidade escolar: A população é constituída por homens

e mulheres, adolescentes, jovens, adultos e idosos de diferentes etnias, gênero e

com necessidades especiais. São sujeitos com diferentes experiências de vida e que

em um determinado tempo afastaram-se da escola por vários fatores: sociais,

econômicos, políticos e/ou culturais. Entre esses fatores destacam-se o ingresso

prematuro no mundo do trabalho, a evasão ou repetência escolar e ainda os que,

por morarem no país vizinho, o Paraguai, deixam o estudo em segunda opção. São

oriundos das vilas, bairros, centro, zona rural, ribeirinhos, aldeias e Salto Del Guairá

no Paraguai.

Os educandos da EJA, tanto da sede como das APEDs, em sua a maioria tem

baixo poder aquisitivo, são trabalhadores informais e formais, desempregados,

donas de casa, agricultores, empresários, funcionários públicos, autônomos,

estagiários, pescadores, ribeirinhos, indígenas, quilombolas, educando com

síndrome de down, baixa visão, cadeirantes, surdos e déficit de aprendizagem.

Grande parte com maturidade em relação aos seus projetos de vida, de

aprendizagem interessada, críticos e participativos.

3-Diagnóstico da implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08 quando da

criação da equipe.

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Anterior a 2003, as escolas não trabalhavam a lei de implementação sobre a

cultura Afro brasileira, africana e indígena, porque o contexto histórico ainda era

embasado no eurocentrismo em o negro era considerado escravo e inferiorizado e o

indígena como silvícola. O que acontecia nas escolas eram as “Horas Cívicas”

relembrando o “negro, o índio”; da sua cultura, da sua contribuição, dos

acontecimentos que a história dos livros didáticos traziam. Combater o preconceito e

trabalhar a aceitação do outro, acontecia em pontos isolados, quando o aluno

divergia do outro e a questão estava levantada. O professor apaziguava, discutia

sobre as atitudes e comportamento do aluno (agressor) e o problema aparentemente

estava resolvido. Entretanto essas ações eram individualizadas, não havia uma

proposta coletiva.

Após a obrigatoriedade da organização de uma equipe voltada para contribuir

na visibilidade da cultura dos povos negros e indígenas, com os cursos de

orientações, grupos de estudos, simpósios, seminários, debates nas semanas

pedagógicas, análise de livros com preconceito e discriminatório, programas de TVs,

propagandas, fórum, encontros de educadores negros e negras é que trouxe um

novo olhar para as questões culturais, sociais, econômicas sobre as contribuições

desses povos para a formação do espaço geográfico e da cultura brasileira.

Todas essas formas de estudos amparadas pelas Leis positivaram a cultura e

deram ênfase à contribuição dos negros e indígenas na agricultura, engenharia,

arquitetura, pintura, arte, dança, música, religião, na indústria, no vestuário, no

vocabulário, alimentação, etc.

O resgate da identidade dos afro-brasileiros e indígenas faz-se necessário e

urgente. Para isso, exige uma organização e mobilização da sociedade brasileira

num todo, o chão da escola é local onde acontecem todas as estratégias de

formação e ação dos sujeitos.

Com a implantação das Leis e a formação das equipes nas escolas, o

engajamento da maioria dos educadores observa-se algumas mudanças de hábitos,

conceitos e uma releitura da diversidade.

4 - A composição da equipe

As equipes multidisciplinares foram e são organizadas conforme as orientações

recebidas do NRE.

A primeira foi organizada em 2007, as componentes: Ana Rute M. Diniz, Judith

Aparecida Ferreira Mendes (história), Lenira Giroldo Assunção (diretora), Maria

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José de Rezende (geografia), Maria Neusa Gonçalves De Lai (língua portuguesa),

Rosiclei Veridiano de Oliveira (pedagoga) e Simone Almeida Juvenal Vosniak

(sociologia).

Em 2008: Ana Rute M. Diniz, Judith Aparecida Ferreira Mendes (história),

Rosiclei Veridiano de Oliveira (pedagoga), Maria José de Rezende (geografia),

Marinês Graff (língua portuguesa) e os alunos Djalma Mariano da Silva, Sandra

Maria Moreno da Silva e Geni Salete Guettges.

Em 2009, conforme ofício circular nº 060/09 que exigia a direção, equipe

pedagógica, professores e funcionários: Judith Aparecida Ferreira Mendes e Cíntia

Fiorotti Lima (história) Lenira Giroldo Assunção (diretora), Maria José de Rezende e

Atalise Barbosa Jangarelli (geografia) , Rosiclei Veridiano de Oliveira (pedagoga) e

Simone Almeida Juvenal Vosniak (sociologia), Rita de Cassia Marques Miriano,

(interprete de libras) e Carmem Lucia Nuhues ( agente educacional 1).

Em 2010 até julho, seguindo a instrução 17/06 da SUED e a Deliberação 04/06:

Rosiclei Veridiano de Oliveira (pedagoga) e Simone Almeida Juvenal

Vosniak(sociologia), Maria José de Rezende (geografia), Judith Aparecida Ferreira

Mendes (história), Maria Neusa Gonçalves De Lai (língua portuguesa), Carmem

Lucia Nuhues ( agente educacional 1).

Em outubro de 2010, a escola recebe a Orientação nº 002/2010 – DEDI/SEED

a Resolução nº 3399/2010 e a Instrução nº010/2010, então ocorre a reorganização

da equipe seguindo esses documentos. A equipe foi eleita em 22/10/2010 com

mandato de dois anos cujo objetivo elaborar um plano de ação para orientar os

trabalhos. Os integrantes são: Pedagoga: Rosiclei Veridiano de Oliveira, Agente

educacional: Carmem Lucia Nuhues, Representante das Instäncias colegiadas:

Marcia de Souza Jardim, Professora da área de Humanas: Maria José de Rezende,

Professora da área de Exatas: Rosimeiri Rosas de Medeiros Marques, Professora

da área de Biológica: Maria Aparecida Nunes Giangarelli e Representante da

comunidade quilombola Solange Aparecida Fortunato da Silva.

Em 14/05/2012, nova orientação do NRE foi recebida para reestruturar a equipe

substituindo integrantes que não se encontram mais no estabelecimento. Assim

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ficou constituída: Rosiclei Veridiano de Oliveira Pedagoga, Carmem Lucia Nuhues

Agente educacional, Representante das Instâncias colegiadas:, Maria Neusa

Gonçalves De Lai, Professora da área de Humanas: Maria José de Rezende,

Professora da área de Exatas Rosimeiri Rosas de Medeiros Marques, Professora da

área de Biológicas: Sirlei Dahn.

5-Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar Elaborado em 2010.

PLANO DE AÇÃO PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICORRACIAIS

AFRODESCENDENTES E INDÍGENAS-EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

CEEBJA – GUAÍRA-PR - VALDIR FERNANDES

NÚCLEO REGIONAL DE TOLEDO

COMPONENTES:

Maria José de Rezende

Rosiclei Veridiano de Oliveira

Carmen Lucia Nuhues

Rosimeiri Rosas de Medeiros Marques

Marcia de Souza Jardim

Maria Aparecida Giangarelli

Solange Aparecida Fortunato da Silva

DIAGNÓSTICO

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Pelo fato da EJA ser uma modalidade de ensino o diagnóstico inicia-se já no

atendimento da secretaria, continua no interior da escola com acompanhamento pe-

dagógico e na sala de aula com os professores, pois os nossos educandos são jo-

vens, adultos e idosos com diferentes históricos de vida, de exclusão racial, social,

cultural, religiosa, econômica, etc. Eles necessitam de atendimento especial, pois

essa modalidade de ensino é sua última esperança para aprimorar seus conheci-

mentos, resgatar sua autoestima e identidade. A equipe multidisciplinar continuará a

contribuir com esse processo investigatório. Para efetivar esta ação, será necessário

pesquisar acerca do material didático disponível na escola, os movimentos sociais

da comunidade, as comemorações referentes a esses povos, marco histórico, heróis

negros e indígenas, bem como da contribuição destes para a cultura local, estadual

e nacional, fazendo uma leitura de como estes grupos estão representados nos mais

diversos espaços informativos e de entretenimento (cartazes que estão expostos

nos espaços internos e externos da escola, livros didáticos, propagandas, revistas,

notícias veiculadas em jornais, TV e rádios, etc.).

JUSTIFICATIVA

Essa proposta surgiu da necessidade de ressignificar a história dos afro-brasi-

leiros e indígenas que foram excluídos do processo de construção e formação do

território e da sociedade brasileira, tendo como base, as políticas de reparação que

ganham força por pressão do Movimento Negro, que colocou na Constituição Fede-

ral de 1988 o Art. 5º, I, Art. 210, Art. 206, I, § 1° do Art. 242, Art. 215 e Art. 216, bem

como nos Art. 26, 26ª e 79 B na Lei 9.394/96 regulamentada pela Lei 10.639/2003

que garante e assegura igual direito às histórias e culturas que compõem a nação

brasileira e a Lei 11.645/2008. Mas, segundo os relatores da deliberação do conse-

lho estadual de educação do Paraná, os resgates da identidade dos afro-brasileiros

e negros descendentes e indígenas exigem uma organização e mobilização da soci-

edade brasileira num todo para que a lei seja aplicada.

Então, aqui no chão da escola é o espaço privilegiado para buscar nos referen-

ciais teóricos o estudo, a discussão e o debate sobre a verdadeira história dos povos

negros e indígenas. Esse estudo vai permitir que os profissionais da educação le-

vem para sala de aula questões pontual sobre a contribuição dos povos negros e in-

dígenas para a formação da sociedade, e construção do espaço territorial brasileiro.

Estas abordagens devem (precisam) perpassar por todas as áreas do conhecimen-

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to, pela importância de reparar as desigualdades e distorções históricas registradas

nos livros didáticos, jornais, revistas, televisão, etc. que resultaram na criação de es-

tereótipos que perduram propagados pelo senso comum, até os tempos atuais, por

isso justifica a formação da equipe multidisciplinar.

As ações constantes do presente plano, serão orientadas pelas leis vigentes,

possibilitarão a reflexão, a conscientização e a desconstrução de idéias cujo resulta-

do, seja uma mudança de comportamento de modo a reverter, de maneira positiva,

na leitura de quaisquer questões referentes a esses povos, começando pelo fato de

repensarmos as relações etnicorraciais, os direitos e a posição ocupada pelos ne-

gros e indígenas na sociedade.

OBJETIVOS

Promover a compreensão da formação da população brasileira a partir da

contribuição dos povos negros e indígenas;

Proporcionar encontros de planejamento, seminários e espaços de

discussão dessas temáticas, considerando as leis vigentes, integrando-as

ao PPP, Plano de trabalho Docente, PPC e Regimento Escolar;

Dialogar, informar, formar e mobilizar a comunidade escolar para que as

ações estabelecidas pela Equipe Multidisciplinar sejam efetivamente

desenvolvidas;

AÇÕES Promover encontros para reflexão da importância do negro e do in-

dígena propiciando aos estudantes, professores, funcionários descenden-

tes desses povos conhecerem positivamente a história do seu povo.

- Localizar, identificar e disponibilizar todo o material existente neste estabeleci-

mento de ensino referente ao ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana

e indígena para professores, funcionários e alunos. Como cadernos temáticos,

(CDs, DVDs, artesanato indígena, os livros: Os índios e a Civilização, As guerras

dos índios Kaingang... etc.), socializar conteúdos, dinâmicas e relatório de partici-

pação em seminários, simpósios e fórum sobre a educação das relações etnicor-

raciais;

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- Diagnosticar o conhecimento dos profissionais da educação do estabelecimento

de ensino sobre as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, bem como promover discus-

são, reflexão e análise do contexto histórico social em que ambas foram publica-

das/ promulgadas e se as mesmas estão sendo cumpridas;

- Estudar as Leis e os materiais orientadores para desenvolver o trabalho da Equi-

pe Multidisciplinar;

- Divulgar e explicar a importância e os objetivos da Equipe Multidisciplinar e do

Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena;

- Mobilizar, sensibilizar e convencer os profissionais da educação para a reeduca-

ção do olhar sobre as contribuições próprias da História e Cultura Africana, Afro-

brasileira e Indígena as quais contribuem para o desenvolvimento de uma socie-

dade democrática, multicultural e pluriético;

- Proporcionar encontros para reflexão para que o aluno negro e indígena conheça

positivamente, a história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e

para a humanidade;

- Conhecer a realidade escolar, identificando os sujeitos (afrodescendentes, povos

indígenas, do campo) através de uma investigação junto aos alunos (as), profes-

sores (as) e agentes educacionais da escola, por meio de entrevistas, pesquisas

e questionários, mediados pela equipe pedagógica;

- Visitar as comunidades indígenas e quilombola e fazer um trabalho de pesquisa

histórica investigando situações de discriminação;

- Contribuir com os professores na forma de organizar e inserir a temática História

e Cultura Africana, Afrobrasileira e Indígena nas diferentes disciplinas da grade

curricular alguns ex: Matemática e Geografia – dados estatísticos (utilizar dados

do mapeamento); Ciências – estudo de questões relacionadas à saúde das

populações negra e indígena; Língua Portuguesa e Estrangeira - Releitura de

obras, como por exemplo: “Navio Negreiro” X “Craveirinha”, – Poeta

moçambicano –Conceição Evaristo. (Estimular a leitura e promover a discussão

das concepções presentes nos textos, focando nas concepções atuais); Poema

“Los Nadies – Eduardo Galeano (You Tube)

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- Fazer levantamento das ações que estão sendo realizadas no ambiente escolar

pelos profissionais da educação verificando se os conceitos e concepções utiliza-

dos estão de acordo com as leis 10.639/03 e 11.645/08;

- Estudar o Direito Indígena: Estatuto do Índio, o papel da FUNAI: Aspectos

positivos e negativos; Movimento indígena organizado (CNPI - Comissão

Nacional da Política Indígena). (O estudo do Estatuto do Índio permite uma

compreensão das leis relacionadas aos povos indígenas, seus deveres e

direitos)

- Organizar Eventos Culturais no espaço escolar: Filmes, Palestras, e contação de

História, leituras, etc.;

- Garantir nos documentos próprios dos Estabelecimentos de Ensino (PPP, PPC,

PTD, Regimento Escolar e Plano de Ação da Direção) práticas pedagógicas

concretas e aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações e políticas

afirmativas que integrem os diferentes sujeitos históricos e o direito de

oportunidade que deve ser estendido a todos, indiscriminadamente;

- Pesquisar e sequenciar as contribuições das personalidades negras em

diferentes áreas do conhecimento e das diferentes comunidades tradicionais

indígenas em relação à medicina, técnicas diferentes de produção, narrativas

pedagógicas, literatura, arte, observação da flora e da fauna, os movimentos

astronômicos, religiosidade, educação e ensinamentos por meio dos rituais de

passagem, dentre outros;

- Proporcionar dinâmicas que possibilitem aos sujeitos históricos um constante

exercício de desprendimento para acolhimento das diferentes formações

culturais e processos históricos para compreender, significativamente, o universo

próprio do outro, rompendo com a normatividade eurocêntrica, dogmática

religiosa e ocidental;

- Refletir e problematizar os conceitos sobre a Teoria da Superioridade Racial,

Democracia racial, Ideologia do Branqueamento, Eugenia, Darwinismo Social,

Multiculturalismo Conservador ou Benigno e sua aplicação na manutenção da

sociedade capitalista exploradora e excludente;

- Promover encontros das Equipes multidisciplinares em termos locais, regionais e

estaduais, objetivando intercâmbio de experiências implementadas nos

Estabelecimentos de Ensino;

- Promover eventos/momentos com a participação de entidades e personalidades

com conhecimento em relação à História e Cultura Africana, Afrobrasileira e

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Indígena, para somar informações, dinâmicas, depoimentos e mecanismo de

ações afirmativas que possibilitem o processo de compensação/reparação dos

sujeitos segregados ao longo do processo histórico;

- Compreender que as condições de preconceito, racismo, discriminação em

relação à população negra e indígena provocaram desvantagem, fragilidade e

vulnerabilidade aos sujeitos históricos segregados ao longo da organização do

projeto de nação brasileira;

- Valorizar as ações e políticas afirmativas porque objetivam a promoção da

igualdade de oportunidade considerando os critérios de “igualdade de condições”

para que se reconheçam os diferentes;

- Explicitar, conhecer e divulgar a importância das Cotas/reserva de vagas para

negros e indígenas para democratizar o acesso ao Ensino Superior público e em

instituições de ensino superior privadas pelo PROUNI, assim como outras ações

afirmativas existentes na sociedade;

- Convidar representantes dos movimentos sociais e de grupos que trabalhem com

elementos da cultura negra (ANPIR, UNEGRO, ACNAP, IPAD, QUILOMBOLAS,

comemorações como a FOLIA DE REIS, CAPOEIRA, ETC) para palestras no

espaço escolar;

AVALIAÇÃO Avaliação pela equipe: será um processo continuo por observação, relato de

alunos e no dia-a-dia da escola envolvendo todos os profissionais, objetivo principal

deste trabalho, ficar atento aos fatos que caracterizam racismo, preconceito e

discriminação em todos os ambientes da escola. “Ligado”

Avaliação do trabalho da equipe: o engajamento nas atividades, no grupo de

estudo, a disponibilidade quando solicitada, apoio aos professores, funcionários, a

alunos e a comunidade, fazer-se conhecer pelo trabalho desenvolvido. Abraçar a

causa “vestir a camisa” do ERER

Positivo: O processo de formação da Equipe Multidisciplinar envolvendo

profissionais de todas as áreas, isso facilitará o desenvolvimento do trabalho, pois

com os pares facilita o dialogo; essa forma de organização, ou seja, o plano de ação

como norte para pautar as reuniões.

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Negativo: Reunir no sábado, mas vamos ficar na torcida para que ocorra a

liberação da carga horária, enquanto isso fará o melhor para que as Leis 10.639/03

e 11.645/08 sejam conhecidas e aplicadas corretamente.

RECURSOS UTILIZADOS

No decorrer do processo de construção da equipe multidisciplinar e do próprio plano

de ação foram trabalhados em encontros de formação e seminários os referentes

textos e vídeos abaixo citados:

Livros:

Do silêncio do lar ao silêncio escolar. - Eliane Cavalleio

Caminhos das águas. - Edith Pizza

Superando o racismo na escola. - Kabenguela Muhanga

A enxada e a lança. - Alberto da Costa Silva

A manilha e o libambo. - Alberto da Costa e Silva

Eram negros os deuses africanos.

As panquecas de Mamma Pahy

Dicionário da escravidão negra no Brasil Clóvis MOURA

Filmes/Vídeos: Um sonho possível

Invíctus

Besouro

Kirikú

Tainá

A negação do Brasil

Orixás

Negociação e conflito

Domingos Sodré: um sacerdote africano. João José Reis

Visões da liberdade. Sidnei Chalhoub

Documentário de Sérgio Bianch. Mato eles

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REFERÊNCIAS

CAVALHEIRO, Elaine. Do silêncio do Lar ao Silêncio Escolar. São Paulo:

Contexto, 2000.

DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2006.

FANTON, Frantz . Pele Negra-Máscaras Brancas. Tradução de Renato da Silveira

Salvador: EDUFBA, 2008 .

GOMES, Nilma Lino (Org.) Orientações e ações para as relações etnicorraciais.

2011. http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.

LIMA, Ivan C.; ROMÃO, Jeruse e SILVEIRA, Sônia M. (orgs.) Os Negros e a EscolaBrasileira. Florianópolis: Núcleo de Estudos Negros/NEN, 1999.

___________________________. As ideias racistas, os negros e a educação.

Florianópolis: Núcleo de Estudos Negros/NEN, 1999.

MUNANGA, Kabenguele; GOMES, Nilma L. Superando o racismo na escola. Bra-

silília: MEC, 2005.

SODRÉ, Muniz. A verdade seduzida. Rio de Janeiro: Petrópolis: Vozes, 1988.

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SAQUET, Marcos Aurélio. Abordagens e concepções do território. São Paulo: Expressão popular, 2007.

PINSKY, Jaime. O preconceito nosso de cada dia. São Paulo: Contexto, 1993.

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