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  • 7/30/2019 PROJETO MESTRADO HISTRIA - JULIA DO CARMO

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

    CENTRO DE CINCIAS SOCIAIS E HUMANAS

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM HISTRIA

    Construindo modelos: o discurso da revista Rainha durante a Ditadura Civil-Militar

    Autor: Julia do Carmo da Silva

    Linha de Pesquisa: Migraes e Trabalho

    Outubro de 2012

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    1. TEMA E DELIMITAO DO TEMA

    O projeto em questo tem como objeto de estudo o discurso da revista Rainha no

    contexto da Ditadura Civil-Militar na cidade de Santa Maria, tendo como foco analisar

    de que forma ele contribuiu para a manuteno da ordem vigente, atravs da criao de

    modelos identitrios para a poca.

    2. PROBLEMA DE PESQUISA

    A notcia, segundo Motta (2005), um constructo cultural relativo a uma

    determinada ordem de coisas, relativo a uma determinada estabilidade social e histrica

    institucionalizada. Muito mais que o relato de um acontecimento, a notcia est envolta

    na realidade a qual est inserida. Ela constituda mediante as relaes sociais

    existentes. Dessa forma, pode dizer muito sobre determinado perodo da histria.

    Para que determinado perodo histrico possa ser entendido em sua totalidade,

    imprescindvel considerar os eventos que o tornaram possvel. No caso da Ditadura-

    Civil Militar (1964-1985) de extrema importncia considerar o que contribuiu tanto

    para sua ascenso quanto para sua manuteno. O discurso da mdia, no pode ficar de

    fora disso:A reproduo da fora de trabalho exige no s uma reproduo da qualificaodesta, mas, ao mesmo tempo, uma reproduo da submisso s regras da ordemestabelecida, isto , uma reproduo da submisso desta ideologia dominantespara os operrios e uma reproduo da capacidade para manejar bem a

    ideologia dominante para os agentes da explorao e da represso, a fim de quepossam assegurar tambm pela palavra a dominao da classe dominante

    (ALTHUSSER, 1985, p. 20-21).

    Adorno e Horkheimer (1987) defendem que a mdia portadora no s de todas

    as caractersticas do mundo industrial moderno, mas tambm da ideologia dominante,

    sendo assim a verdadeira origem da lgica do sistema capitalista. Para eles, a indstria

    cultural, como assim foi denominada essa mercantilizao dos bens culturais, usa de

    seus meios como arma contra a conscientizao das massas, atingindo os receptores

    tanto no trabalho, quanto no tempo livre. Estudar o discurso dessa mdia, dessa forma,

    de vital importncia na defesa da cidadania dos indivduos.

    Seguindo esses preceitos, o atual projeto pretende ver de que forma a revista

    Rainha, peridico importante do municpio de Santa Maria, ajudou a legitimar aDitadura-Civil Militar, atravs de seu discurso, principalmente atravs do reforo e

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    disseminao dos ideais de indivduo e sociedade padres para a poca. Alm disso,

    tambm se pretende analisar de que forma esse discurso foi percebido pelos leitores da

    mesma.

    3. JUSTIFICATIVA

    Com tradio na luta operria, especialmente dos ferrovirios que aqui que se

    estabeleceram e com presena dos universitrios, com a criao da primeira

    universidade federal no interior do pas, a UFSM, e ao mesmo tempo convivendo com

    um dos maiores contingentes militares do pas, Santa Maria adquiriu importncia no

    contexto da Ditadura Civil-Militar. Como atesta Konrad (2006), a cidade, tornou-se

    ponto estratgico para os golpistas e tambm para a esquerda nacionalista, reproduzindo

    pelas suas caractersticas, diferentes discursos, desde o trabalhista at o conservador.

    Entretanto, mesmo considerada um ponto importante para a resistncia ao golpe,

    a cidade apresentou fraca resistncia, devido principalmente, falta de articulao entre

    os setores contrrios a ele. A cpula da igreja na cidade tambm nisso desempenhou

    papel importante, logo proferindo seu apoio nova situao e convocando uma marcha

    de agradecimento s Foras Armadas por terem salvo o Brasil do comunismo.

    No s em nvel local, dava-se esse apoio. Apesar de a igreja ter assumido

    posies diferentes ao longo do perodo, inicialmente, temos da instituio um forte

    apoio ao golpe, tomando partido por posies conservadoras, incutindo aos movimentos

    populares caractersticas comunistas, como nos afirma Reis ( 2004).

    Por se tratar de uma revista catlica, a Rainha no ficou imune s mudanas

    ocorridas no perodo ditando, atravs de suas pginas, um discurso mantenedor da

    ordem vigente, o que vai ao encontro ao que Carla Rodeghero sustenta sobre o papel da

    igreja no Rio Grande do Sul, como afirmam Lameira e Lima (2010)

    No caso do Rio Grande do Sul, Carla Rodeghero, analisando o anticomunismocatlico, sustenta que a Igreja Catlica se esforou em diferenciar os camposocupados pelos cristos daqueles ocupados pelos comunistas, estabelecendo

    identidades excludentes, o ns (catlicos, bons, cristos, ordeiros, lcito, moral,etc.) em oposio a eles (dio, barbrie, errados, luta de classes, ilcitos, etc.)(p.15)

    Da mesma forma que as transformaes histricas e sociais so fundamentais

    para o estudo dos meios de comunicao, tambm podemos falar de como os meios de

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    comunicao podem ser de interesse do estudo histrico, por trazerem, atravs de seus

    discursos, importantes elementos sobre o perodo.

    Segundo Ribeiro (2008, p. 12) No campo da comunicao o jornalismo se

    constitui como um dos objetos de anlise mais privilegiados. No entanto a maioria dos

    trabalhos da rea enfoca a contemporaneidade. Isso se explica, em grande parte, pelas

    mudanas ocorridas no campo comunicacional nos ltimos anos, muitas delas

    consequncias da popularizao da internet, que abriu caminhos para vrias novas reas

    de pesquisa. Entretanto, cada vez mais, parece ter se abandonado a preocupao com

    questes do passado, principalmente com o passado dos meios de comunicao.

    Weber e Ribeiro (2008) falam sobre como a histria dos meios de comunicao

    da cidade no tema de interesse entre os pesquisadores A histria da imprensa de

    Santa Maria, assim como a histria da mdia em nosso pas, ainda espera por ser

    recuperada num enfoque comunicacional (p. 432).

    Ainda h a crtica quanto s pesquisas j feitas sobre os meios de comunicao.

    Ribeiro (2008) fala de como elas, por vezes, esquecem de analisar os peridicos dentro

    do contexto histrico-social no qual esto inseridos Outros (textos ) se concentram nas

    modificaes das estruturas internas dos jornais, sem estabelecer conexo com as

    transformaes histricas e sociais (p. 18).

    O cidado modelo, seguidor dos valores cristos e da sagrada instituio da

    famlia, era o ideal para a manuteno da organizao scio-poltica da Ditadura Civil-

    Militar. O discurso de Rainha afirma essa preocupao, ao indicar modelos a serem

    seguidos. Analisando a instituio a qual a revista vinculada, a igreja catlica, assim

    como o pblico heterogneo ao qual era destinada, podemos entender isso como o

    discurso de uma classe, a detentora de poder, ditando como toda a sociedade deve agir,

    a fim de manter a ideologia dominante.

    Analisando especificamente as relaes de gnero, podemos pensar na proposta da

    historiadora Joan Scott (1991) que afirma que essas relaes so uma primeira forma de

    dar significado s relaes de poder e esto inseridas dentro de um projeto para o pas.

    Trabalhos como o de Silva (2011), tambm trazem luz a essas questes:

    Pensar as relaes de gnero no perodo da Ditadura Civil Militar no Brasil lanar um olhar acerca das relaes de poder que ali se estabeleciam. Aformulao de modelos identitrios, como forma de legitimao, alm de noser algo inocente, se insere em determinado contexto e est sujeito amobilizaes carregadas de sentido (p. 7)

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    Dessa forma, o estudo dessa construo de um ideal de indivduo para o perodo

    de extrema importncia para entendermos a conjuntura histrico-social da Ditadura-

    Civil Militar e os mecanismos utilizados pelos detentores do poder.

    3.1 Relao entre o projeto e a linha de pesquisa

    Segundo Batalha (2006), o campo de estudos da histria social do trabalho tem

    se aberto a novos objetos de pesquisa mostrando-se cada vez mais sensvel a outros

    recortes alm do de classe, tais como gnero, raa e etnia. Bittencourt (2009) tambm

    compartilha dessa ideia, ressaltando como esses outros recortes so essenciais para

    perceber as peculiaridades da formao e composio das classes sociais e outros

    grupos coletivos nas diversas sociedades.O projeto em questo se relaciona com a linha de pesquisa mig raes e

    trabalho na medida em que analisa como o discurso da classe dominante vai repercutir,

    de maneira geral, na classe trabalhadora, atravs de um veculo, impondo modelos a ser

    seguidos, a fim justificar e manter o poder da burguesia. Para isso, h de se considerar a

    importncia da sociedade civil no contexto da Ditadura Civil-Militar, servindo como

    base e sustentculo do perodo.

    A anlise desse discurso e de seu impacto na vida da classe trabalhadora

    santamariensea revista era seguidamente distribuda gratuitamente parcela pobre da

    populao de extrema importncia para a compreenso das relaes estabelecidas

    entre eles, j que elas so constitutivas para seus conceitos de classe e de conscincia de

    classe.

    4. OBJETIVOS

    4.1. Objetivos Gerais

    Analisar de que forma o discurso da revista reafirmou os modelos de sociedade eindivduo para a poca a fim de justificar o poder da classe dominante

    4.2. Objetivos Especficos

    Analisar como o peridico abordou as questes relacionadas famlia eao indivduo

    De que forma as vises de famlia e indivduo serviram para justificar operodo e o poder exercido por determinada classe

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    Como se deu o impacto desse discurso na classe trabalhadora da cidade Analisar, atravs das entrevistas, de que forma se deu a recepo dessa

    ideologia pelos leitores da revista

    5. QUADRO TERICO

    A Ditadura Civil-Militar no Brasil, que se estendeu de 1964 a 1985 no pas,

    caracterizou-se por ser essencialmente centralizadora e coercitiva tendo, desde o seu

    princpio, reprimido as foras oposicionistas do governo como o movimento estudantil

    ou qualquer grupo que ameaasse o poder institudo. Atravs dos Atos Institucionais

    (AI), decretos que eram validados sem que para isso houvesse a aprovao de um rgo

    legislativo, o regime passou a se fechar cada vez mais, tendo como pice a promulgao

    do AI 5, em 13 de dezembro de 1968.

    Alm dos Atos Institucionais, a censura, prises, perseguies, e torturas foram

    outros mecanismos de represso de regime. Toda essa represso foi fundamentada na

    chamada Doutrina de Segurana Nacional e Desenvolvimento (DSN). A cidade de

    Santa Maria tambm sofreu com as implicaes do perodo. Entre as aes militares em

    Santa Maria estavam as perseguies, as prises e as torturas morais, psicolgicas e

    fsicas.

    Segundo dados do jornal A Razo, retirados do trabalho de Alves (2009) at o

    final de maio de 1964, cerca de 80 pessoas teriam sido ouvidas pela justia na cidade.

    Nos primeiros dias de junho, mais 51. Deste total, 35 foram acusadas de subverso, com

    pedidos de priso decretados. S em abril foram expedidos 25 mandados de priso

    preventiva, dos quais 8 eram ferrovirios e outros 2 funcionrios da Escola Industrial

    Hugo Taylor, tradicionalmente de filhos de operrios da ferrovia.

    Prefeito e vice tiveram suas prises decretadas. Professores foram afastados de

    seus cargos e muitos obrigados a participar de um sistema de rodzio, com o intuito de

    dificultar a criao de vnculos ideolgicos. Dentro da UFSM, que teve seu reitor como

    apoiador do golpe desde o incio, foi criada a AESI (Assessoria Especial do Servio de

    Informao) com o objetivo de espionar as atividades de alunos, professores e

    servidores, atrs de aes subversivas passveis de punio.

    Imersa nesse contexto, a cidade refletiu, atravs de seus peridicos, os

    pressupostos defendidos pelo perodo. A defesa da famlia, da moral e dos bons

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    costumes contra o perigo comunista so encontrados facilmente em suas pginas e so

    neles que ir se basear essa anlise. Eleito o inimigo nmero da Ditadura Civil-Militar,

    o comunismo foi alvo de violentas investidas por parte do governo, tomando com base a

    Doutrina de Segurana Nacional e Desenvolvimento para justificar seus atos.

    Essas estratgias mobilizaram identidades de gnero na construo de um

    iderio patritico. O Estado preocupou-se de forma especial com a degradao da

    moral e dos bons costumes. A degradao dessa moral, como a desestruturao

    familiar e os chamados desvios sexuais foram atrelados ao comunismo e, portanto,

    deveriam ser combatidos.

    A mulher e os jovens, por serem considerados a parcela mais vulnervel da

    populao em relao ao desvio da moral, recebiam ateno especial nessas polticas.

    Um exemplo disso a criao, no perodo, da disciplina de Moral e Cvica, obrigatria

    nas escolas, e preocupada com a formao dos jovens, a formao de um cidado ideal

    para o perodo:

    As mobilizaes em torno do gnero, atribuies de caractersticas especficas ahomens e mulheres, a naturalizao de determinados tipos de comportamentos,vo configurar uma espcie de modelo ideal de cidado, consideradoabsolutamente necessrio naquela conjuntura scio-poltica. (SILVA, p. 6)

    De acordo com Torres (2010) a defesa da moral e dos bons costumes era visto,

    principalmente, como uma atribuio das donas de casas, pois elas deveriam criar seus

    filhos dentro de determinados preceitos contra o comunismo ateu que desagregaria a

    famlia brasileira. Entretanto, no devemos deixar de pensar, nesse contexto, que esses

    papis socialmente estabelecidos no foram absorvidos por todos. Temos trabalhos,

    como o do prprio Torres e Ana Maria Colling (2010), dentre outros, que abordam o

    papel ativo da mulher no processo de luta contra a Ditadura Civil-Militar.

    Em relao ao objeto de estudo, a revista Rainha, no podemos deixar de citar o

    trabalho de Aline Dalmolin (2007) que aborda a reforma editorial empreendida pelo

    Padre Lauro Trevisan na publicao na dcada de 1960. Com o intuito de transform-la

    em uma revista de projeo, ele realiza mudanas grficas e de contedo, buscando

    aproximar a revista com o que acontece no mundo, deixando de lado um pouco de seu

    lado missionrio. As mudanas, entretanto, no tiram de suas pginas o ataque ao

    comunismo, como constatado no trecho abaixo:

    E enquanto existirem esses benfeitores amigos em grande nmero a revistaRainha continuar firme na sua luta pelo bem das famlias, pela Religio, pela

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    formao de jovens e dos casais e pela defesa da democracia contra o regimecomunista. Quando nos faltarem os benfeitores talvez teremos que silenciar e

    isso ser um grande passo para a desgraa total das famlias. Pois issoque quer o comunismo.1

    A transformao feita por Lauro Trevisan muda a cara da revista e d resultadosEm 1970, Rainha atinge o posto de maior revista do sul do pas. Em 1978, por deciso

    da Provncia, a revista transferida para Porto Alegre. Ela existe at hoje e em 2013

    completa 90 anos, mas voltou aos princpios iniciais de revista unicamente missionria.

    Entretanto, continua sendo um valioso objeto de pesquisa da regio, tanto pela

    importncia que adquiriu nos anos da Ditadura Civil-Militar, quanto pela quase

    inexistncia de pesquisas que abordem seu contedo.

    6. METODOLOGIA E FONTES

    A metodologia escolhida para o presente trabalho foi hbrida, composta de

    pesquisa em fonte impressa e histria oral. Optou-se por mesclar ambas as

    metodologias, por se acreditar que somente a pesquisa no daria o panorama completo

    necessitado para o trabalho e que a histria oral auxiliaria em um ponto muito

    importante do mesmo: a anlise da percepo dos leitores sobre o discurso e,

    invariavelmente, a ideologia defendida atravs da revista.

    A revista Rainha mantm um completo acervo no Museu Palotino, em Porto

    Alegre. Alm disso, podemos encontrar as edies em Santa Maria, atravs de uma

    coleo particular. Do peridico, sero analisados o editorial da revista, por trazer mais

    diretamente a ideologia da publicao, a seo amor-casamento, por ser a que

    diretamente trata de assuntos relacionados famlia e reportagens especiais envolvendo

    o tema da moral e bom costumes das publicaes das publicaes de janeiro de 1964 a

    dezembro 1973, por abranger um perodo anterior ao golpe, algo importante para uma

    anlise comparativa, e ir do mesmo at quase o fim do governo de Emlio Garrastazu

    Mdici, perodo considerado como o auge da ao dos instrumentos de represso.

    As fontes consultadas para as entrevistas de histria oral sero pessoas que de

    alguma forma estiveram envolvidas com a produo da revista, como o padre Lauro

    Trevisan, alm de jornalistas. Tambm sero feitas entrevistas com leitores da revista, a

    fim de se analisar que de forma o discurso da publicao foi percebido pelas pessoas.

    1RAINHA. Santa Maria, maio de 1963, p.17.

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    8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. Dialtica do esclarecimento: fragmentos

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    ALTHUSSER, L. Aparelhos Ideolgicos de Estado - Nota sobre os Aparelhos

    Ideolgicos de Estado. Rio de Janeiro: Graal, 1985.

    ALVES, Taiara Souto, 2009. Dos quartis aos tribunais: a atuao das auditorias

    militares de Porto Alegre e Santa Maria no julgamento de civis em processos

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    Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio Grande do

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