projeto grãos centro-sul de feijão e milho 7.500 kg/ha na cultura do milho para produtores...
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De acordo com a FAO1, a produção bra-
sileira em 2013 foi de 2,9 milhões de to-
neladas. Nesse ano, o Brasil foi o terceiro
maior produtor mundial de feijões, com
12,7% da produção mundial, sendo pre-
cedido por Myanmar e Índia.
O feijão é típico produto da alimentação
brasileira. É cultivado por pequenos e
grandes produtores em todas as regiões.
Os maiores são Paraná, que colheu 808
mil toneladas na safra 2013/2014, repre-
sentando 23,4%, e Minas Gerais, com a
produção de 564 mil toneladas no mes-
mo período, ou seja, 16,3% da produção
nacional.
O milho é uma das culturas mais antigas
e o cereal mais produzido no mundo. A
importância econômica do milho é ca-
racterizada pelas diversas formas de
sua utilização, que vai desde o consumo
animal e humano, até a indústria de alta
tecnologia. O Brasil ocupa a 3ª posição
na produção mundial e o Paraná foi 2º no
Brasil, com 16,2% da safra 2013/2014,
após o Estado do Mato Grosso que dete-
ve 20,8% da safra nacional.
O cultivo de feijão e milho são tradicionais
na agricultura familiar da região sul do Pa-
raná, compondo a renda nas proprieda-
des rurais.
Fontes: Seab1/Deral2-PR; Embrapa3 Milho e
Sorgo – Sist. de Produção,1,7ª edição, set/2011;
Emater4; Conab5 – Séries Históricas.
O Projeto Grãos Centro-Sul de Feijão e Milho, em sua história de
25 anos, abrange as regiões administrativas do Instituto Emater/
Seab de Guarapuava, Irati, Ponta Grossa, União da Vitória,
Curitiba, Ivaiporã e Santo Antônio da Platina, num total de 61
municípios que possuem aproximadamente 120 mil agricultores;
destes, 97 mil são familiares. Nestes, mais de 54 mil agricultores
plantam Feijão numa área de 330 mil hectares. E mais de 78 mil
plantam Milho, em área de 466 mil hectares, o que demonstra a
importância dessas culturas para este público, em sua maioria,
prioritário do serviço de Extensão Rural Oficial.
O FEIJÃO e o MILHOtêm grande importância socioeconômica no Brasil.
Feijão (Phaseolus vulgaris L.) / Milho (Zea mays L.)
O Instituto EMATER, ao longo de sua exis-
tência, tem trabalhado com produtores de
feijão e milho, entre outros, sempre acom-
panhando a evolução das explorações,
bem como o processo de crescimento
desses produtores.
Apesar do rendimento das culturas ter
melhorado nos últimos anos, ainda há
vários desafios e problemas a superar.
Os conhecimentos e as novas tecnologias
evoluem constantemente e a aproxima-
ção entre os geradores do conhecimento,
a assistência técnica e o setor produtivo
é fundamental para o aumento de pro-
ESPECÍFICOS – SAFRA 2015/2016
• Obter produtividades médias em Unidades Demonstrativas de Feijão,
superiores a 2.600 kg/ha, com base em uma tecnologia mínima, adequada
ao sistema predominante.
• Obter produtividades médias em Unidades Demonstrativas de Milho,
superiores a 9.000 kg/ha, com base em uma tecnologia mínima, adequada
ao sistema predominante.
• Obter produtividades médias superiores a 2.220 kg/ha na cultura do feijão
e 7.500 kg/ha na cultura do milho para produtores participantes dos grupos
de discussão/resultados.
• Profissionalizar 87 produtores colaboradores, responsáveis pelas unidades
demonstrativas da cultura do feijão e 76 responsáveis pelas unidades
demonstrativas da cultura do milho, bem como 3.000 produtores participantes
dos grupos de resultados, com enfoque nas questões tecnológicas,
econômicas e de cuidados com o meio ambiente, segurança do produtor
e produção de alimentos seguros com o uso de boas práticas na produção.
ESTRATÉGIA DE AÇÃO – SAFRA 2015/2016
• Articulação de parcerias.
• Envolvimento de 06 regiões administrativas do Sistema Seab-PR, onde o sistema
de produção feijão/milho é considerado importante e estratégico para
as economias locais, abrangendo 41 municípios com unidades demonstrativas
(unidades de referência).
• Implantação de 87 unidades demonstrativas de feijão e 76 de milho, com área
de 1,0 ha, cada uma delas, enfocando o uso do plantio direto e boas práticas
na produção.
• Capacitação de 44 técnicos, responsáveis pelo acompanhamento das unidades
demonstrativas e grupos de resultado.
• Usar, além das visitas técnicas nas propriedades, metodologias grupais,
para assistência técnica nas diversas fases de desenvolvimento das culturas.
• Trabalhar com grupos de agricultores, considerados de discussão/resultados
ou de UPFs (Unidades Produtivas Familiares), compostos por 20-25 pessoas,
que possuem interesses e problemas comuns.
• Socialização dos resultados.
JUSTIFICATIVA
GERAL
• Profissionalizar agricultores familiares, nas lavouras de feijão e milho numa
visão de desenvolvimento em que, por meio do aumento da produtividade,
da produção e da renda, seja possível gerar poupança para a introdução
de outras atividades na propriedade, porém, mantendo as lavouras
de feijão e milho no sistema.
dutividade das culturas e renda para as
famílias rurais de forma sustentável, ou
seja, com visão de futuro, preocupada
com a preservação ambiental e a segu-
rança alimentar.
Trabalhos de campo realizados na parce-
ria do Instituto Emater, empresa Syngenta,
Iapar7, Embrapa e Prefeituras Municipais,
entre outros, têm mostrado produtivida-
des superiores a 2.500 kg/ha para a cultu-
ra do feijão e de 8.000 kg/ha para a cultura
do milho, mostrando um grande potencial
a ser conquistado.
OBJETIVOS
TibagiReserva
Tijucas do SulMandirituba
Rebouças
Ponta Grossa
Araucária
Ventania
Lapa
AntonioOlinto
São Mateusdo Sul
GuarapuavaFernandes
PinheiroIrati
GuamirangaPrudentópolis
Castro
Tibagi
Ortigueira
ManoelRibas
ReservaCândidode
Abreu
MalletPaulo
FrontinPaulaFreitas
Pinhão
Imbituva
Uniãoda
Vitória
CruzMachado
Cantagalo
Candoi
Campo doTenente
Bituruna
Palmeira
Ipiranga
TeixeiraSoares
São Joãodo Triunfo
Agudosdo Sul
Imbaú
Ivaí
Reservado
Iguaçu
Rio Negro
Foz doJordão
Goioxim
PARCERIAS
São vários os parceiros e colaboradores no desenvolvimento do projeto, que atuam
de forma direta ou indireta como: SYNGENTA, IAPAR, EMBRAPA, SEAB, MDA8,
FEBRAPDP9, Forquímica, Prefeituras Municipais, Fundação ABC10, IAP11 e Fundação
Terra12 e, ainda, outros colaboradores participantes em diversos momentos e
atividades da safra.
• Empresa SYNGENTA, parceiro institucional, participa com o fornecimento
de agroquímicos e sementes de milho para a implantação das Unidades
Demonstrativas, bem como com recursos para treinamento de técnicos
e agricultores, realização de eventos grupais, além da contratação
de um engenheiro agrônomo para apoio ao projeto.
• O IAPAR, parceiro institucional, participa de forma conjunta, fornecendo
sementes básicas de feijão para implantação das unidades demonstrativas
e colabora com instrutores para capacitação de técnicos e agricultores
e assessoria técnica ao projeto.
• A EMBRAPA, parceiro institucional, participa de forma conjunta, fornecendo
sementes básicas de feijão para implantação das unidades demonstrativas
e colabora com instrutores para capacitação de técnicos e agricultores
e assessoria técnica ao projeto.
FONTE DE RECURSOS
EMATER, SYNGENTA, SEAB, MDA, Prefeituras Municipais e Colaboradores
potenciais participantes nos diversos momentos e atividades da safra.
AVALIAÇÃO E REDIRECIONAMENTO
Em conjunto, parceiros e produtores anualmente avaliarão o projeto, buscando
o aprimoramento e redirecionamento necessário para ações desenvolvidas.
ÁREA DE ATUAÇÃO DO
PROJETO GRÃOS CENTRO-SUL
DE FEIJÃO E MILHO
SAFRA 2015/2016
Métodos Reuniões Dia de Campo Municipal Excursões Semana de
Campo Encontros Cursos
Cultura Nº Part. Nº Part. Nº Part. Nº Part. Nº Part. Nº Part.
Feijão 43 801 30 1.620 45 1.2431 1.431
7 1.455 1 16
Milho 39 671 27 1571 46 1.249 5 1.063 0 0
Total 82 1.472 57 3.191 91 2.492 1 1.431 12 2.518 1 16
ESFORÇO REALIZADO – RESUMO – SAFRA 2014/2015
ABRANGÊNCIA – SAFRA 2015/2016
ABRANGÊNCIA – SAFRA 2015/2016
Total Geral: Envolvimento de 12.551 Produtores em 244 eventos executados (Com Repetição).
REGIÃO MUNICÍPIOSUDs / GRUPOS
TÉCNICO RESPONSÁVELFEIJÃO MILHO
CURITIBA
Agudos do Sul 02 02 Dycezar de Lima
Araucária 02 02 Irani Castro da Silva Soares
Campo do Tenente 03 03 Dycezar de Lima
Lapa 01 01 Nilson de Paula Teixeira
Mandirituba 02 (01 é Org.) 01 Edson Roberto Kupka (Conv. Adapar)João de Ribeiro Reis Junior
Rio Negro 01 01 Jonas Daniel Ribas da Cruz
Tijucas do Sul 01 (Org.) - João de Ribeiro Reis Junior
SUBTOTAL CURITIBA (07 MUNICÍPIOS) 12 10 (06 TÉCNICOS)
GUARAPUAVA
Candói 01 01 Hilário P. Milanesi
Cantagalo 02 01 Ubiratan Edson de Freitas
Foz do Jordão 01 01 Cleberson Senhorin
Guarapuava 02 02 Nilo Patel
Goioxim 01 01 Silvio Antonio Campanha (Conv. Pref.)
Pinhão 01 01 Ivan Junior de Oliveira
Prudentópolis 04 01 Sidinei Silvério
Reserva do Iguaçu 01 01 Ivan Junior de Oliveira
SUBTOTAL GUARAPUAVA (08 MUNICÍPIOS) 13 09 (07 TÉCNICOS)
Regiões, Municípios, Técnicos Responsáveis e Unidades Demonstrativas (UDs) de Feijão e Milho
Regiões, Municípios, Técnicos Responsáveis e Unidades Demonstrativas (UDs) de Feijão e Milho
REGIÃO MUNICÍPIOSUDs / GRUPOS
TÉCNICO RESPONSÁVELFEIJÃO MILHO
IRATI
Fernandes Pinheiro 03 02 José Kalusz
Guamiranga 05 06 Orestes Ramon Paladino eLeandro José Sperotto
Imbituva 02 01 Martinho Ricli Junior
Irati 02 01 Flávio Cardoso D’AngeloDécio Dalmolin
Mallet 02 02 Bruno Luis Krevoruczka (Conv. Pref.)
Rebouças 04 04 José Elias Dombroski
Teixeira Soares 01 01 Reno João Neves (Conv. Pref.)
SUBTOTAL IRATI (07 MUNICÍPIOS) 19 17 (09 TÉCNICOS)
IVAIPORÃCândido de Abreu 02 02 Osvaldo Matyak
Manoel Ribas 01 - Lauro Ianhaki Antunes
SUBTOTALIVAIPORÃ (02 MUNICÍPIOS) 03 02 (02 TÉCNICOS)
PONTA GROSSA
Castro 02 01 Hélcio Luiz Ferro eIrmo Schmitz
Imbaú 02 02 Josnei Martins de Oliveira
Ipiranga 01 01 Luiz Carlos Araujo
Ivaí 10 12 João Antonio Batista Junior eLaércio Marcelo Nass
Ortigueira 02 02 Henry Rosa
Palmeira 02 (01 é Org.) 02 Ingo Oscar Bauchrowitz
Reserva 02 02 Marcelo Ferreira Hupalo
São João do Triunfo 02 02 Fabrício Karas
Tibagi 02 02 Jurandir de Campos eRonilton Esteveni Figueira (Pref.)
Ventania 02 (01 é Org.) 02 Silmara de O. Mainardes (Conv. Pref.)
SUBTOTAL PONTA GROSSA (10 MUNICÍPIOS) 27 28 (13 TÉCNICOS)
Brasil 2014/15(Set/2015)
Produtividade Média Maior Produtividade (kg/ha)
4.500
4.000
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
1.050
1.775
1.3041.087
1.830
2.585
3.960
Paraná 2014/15(Set/2015)
Municípiosenvolvidos Marco
Inicial (1999)
ProdutoresParticipantes Marco
Inicial (1999)
UnidadesDemonstrativas
2014/15
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
Prod
utiv
idad
e kg
/ha
Brasil 2014/15(Set/2015)
Paraná 2014/15(Set/2015)
Municípiosenvolvidos Marco
Inicial (1999)
ProdutoresParticipantes Marco
Inicial (1999)
UnidadesDemonstrativas
2014/15
5.382
6.457
5.325
3.779
5.405
9.318
14.520
Produtividade Média Maior Produtividade (kg/ha)
REGIÃO MUNICÍPIOSUDs / GRUPOS
TÉCNICO RESPONSÁVELFEIJÃO MILHO
UNIÃO DA VITÓRIA
Antonio Olinto 01 01 Jaime Boniatti
Bituruna 01 02 Ademir Vitorio Peroni (Conv. Pref.)
Cruz Machado 05 (01 é Org.) 02 Osmar Schipanski
Paula Freitas 01 01 João Dozorec
Paulo Frontin 02 02 Irineu Paulo Chilanti
São Mateus do Sul 01 01 Antônio Ziemniczak
União da Vitória 02 (01 é Org.) 01 José Eustaquio Pereira
SUBTOTAL UNIÃO DA VITÓRIA (07 MUNICÍPIOS) 13 10 (07 TÉCNICOS)
TOTAL GERAL – 06 REGIÕES 41 MUNICÍPIOS 87 76 TOTAL: 44 TÉCNICOS
GRUPO BASE: Germano do R. F. Kusdra (Implementador - Emater), Vânia Moda Cirino (Iapar), José Luiz Cabrera Diaz (Embrapa), Antonio Marques Sousa Neto (Implementador - Syngenta), Petterson J. Kremer (Syngenta), Altair Ganz (Emater), Emerson P. Baduy (Emater), Hilário P. Milanesi (Emater) e Rubens A. Sieburger Costa (Emater).
Fonte: Emater, Conab, Deral
Fonte: Emater, Conab, Deral
RESULTADOS: UNIDADES DEMONSTRATIVAS – SAFRA 2014/2015
FEIJÃO
A produtividade média das áreas demonstrativas do projeto foi 1,4 vez superior
à média do Estado do Paraná e 2,4 vezes superior à média nacional.
MARGEM BRUTA = Receita da Produção (Valor de Venda) – Custo Variável (Despesa).
MILHO
A produtividade média das áreas demonstrativas do projeto foi 1,4 vez superior
à média do Estado do Paraná e 1,7 vez superior à média nacional.
MARGEM BRUTA/ha(Unidades
Demonstrativas)
Safras: 12/13,
13/14 e 14/15
CULTURAMÉDIA MÁXIMA
2012/2013 2013/2014 2014/2015 2012/2013 2013/2014 2014/2015
FEIJÃO 3.745,00 2.235,36 3.051,27 9.892,90 5.638,02 6.509,74
MILHO 1.428,07 1.317,99 1.285,63 3.368,30 3.091,18 3.110,74
Elaboração do conteúdo: Germano do R. F. Kusdra – Engenheiro Agrônomo – Instituto EMATER
Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATERRua da Bandeira, 500 – CEP 80.0355-2166 – Cabral – Curitiba – Paraná – BrasilTelefone: (41) 3250-2166 – e-mail: [email protected] - www.emater.pr.gov.br
Ano
201
6 –
Tira
gem
: 5.0
00 e
xem
pla
res.
Referências bibliográficas:
IMPACTOS - MELHORIAS ESPERADAS
• Melhor qualidade dos produtos comercializados pelos agricultores.
• Manejo correto de solos e água - aumento na adoção do sistema de plantio direto
na palha - melhoria da fertilidade e conservação do solo.
• Manejo correto de agroquímicos - proteção ao meio ambiente, segurança para
o produtor e para o consumidor.
• Aumento da rentabilidade – para que os produtores possam investir mais
na propriedade e no conforto da família.
• Aspecto social - promoção da permanência do homem na área rural, especialização
e melhoria da utilização da mão de obra.
• Abastecimento alimentar da população com o feijão - tradicional alimento
da população brasileira.
• Atividade econômica, ecologicamente sustentável e adequada à agricultura familiar.
• Maior Valor Bruto de Produção (VBP) das explorações, dinamizando
as economias locais.
• 1 Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. • 2 Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. • 3 Departamento de Economia Rural. 4 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. • 5 Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural. • 6 Companhia Nacional de Abastecimento. • 7 Instituto Agronômico do Paraná. • 8 Ministério do Desenvolvimento Agrário. • 9 Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação. • 10 Fundação ABC Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário. • 11 Instituto Ambiental do Paraná. • 12 Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural.