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1 PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E MUNDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP Relatório Parcial Plano de Trabalho – Produto 1 Coordenação da Atividade Dr. Norbert Fenzl Consultor Elsa Reneé Huamán. Mendoza Dezembro/2012

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PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A

VARIABILIDADE E MUNDANÇA CLIMÁTICA

OTCA/GEF/PNUMA

Atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP

Relatório Parcial Plano de Trabalho – Produto 1

Coordenação da Atividade Dr. Norbert Fenzl

Consultor Elsa Reneé Huamán. Mendoza

Dezembro/2012

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PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS

RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A

VARIABILIDADE E MUNDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA

Subprojeto III-2 Prioridades Especiais de Adaptação Atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região

Transfronteiriça do MAP

Relatório Parcial Plano de Trabalho – Produto 1

Rio Branco, AC - Brasil

Fundo Para o Meio Ambiente Mundial  

Organização do Tratado de Cooperação Amazônica  

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente  

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PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A

VARIABILIDADE E MUNDANÇA CLIMÁTICA

OTCA/GEF/PNUMA

Atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região

Transfronteiriça do MAP

Relatório Parcial Plano de Trabalho – Produto 1

Coordenação da Atividade Dr. Norbert Fenzl

Consultor Elsa Reneé Huamán Mendoza

Dezembro/2012

Fundo Para o Meio Ambiente Mundial  

Organização do Tratado de Cooperação Amazônica  

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente  

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RESUMO O objetivo deste projeto é desenvolver um estudo sobre vulnerabilidade e adaptação dos recursos hídricos frente as alterações climáticas para as comunidades da Região MAP (Madre de Dios-PE, Acre-BR e Pando-BO). Pretende-se promover o envolvimento e a participação da sociedade civil na execução de atividades específicas relacionadas com a adaptação às mudanças climática e vulnerabilidade desta região transfronteiriça do Brasil, Bolívia e Peru. Usando as informações recolhidas durante as atividades do projeto pretende-se desenvolver, como produto principal, um sistema de alerta precoce tri-nacional como piloto na região transfronteiriça do MAP. Desta forma, neste primeiro produto consta o detalhamento do Plano de Trabalho para a execução das atividades do III.2.2, incluindo a metodologia de trabalho e cronograma de atividades.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 8  1. DETALHAMENTO DO PLANO ................................................................................... 9  

1.1.  Contexto  da  proposta  ...........................................................................................................  9  1.2.  Conhecimento  do  problema  ...............................................................................................  12  

2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 15  2.1  objetivo  general  ...................................................................................................................  15  2.2.  Objetivos  específicos  ..........................................................................................................  15  

3. ATIVIDADES ESPECÍFICAS ..................................................................................... 15  4. ESCOPO DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES PREVISTAS ........................................ 15  

4.1  Estabelecimento  do  grupo  de  trabalho  na  região  MAP  e  aquisição  de  equipamentos  .......  15          4.1.2.  Pesquisadores  e  técnicos  sugeridos:  ................................................................................  17  

4.2.  Organização  e  análise  estatística  dos  dados  .......................................................................  17  4.3.  Coordenação  e  informação  sobre  os  avanços  das  atividades  ............................................  18  

5. PRODUTOS .................................................................................................................. 19  5.1  prazo  de  entrega  dos  produtos  ...........................................................................................  20  5.2  Forma  de  apresentação  dos  produtos  .................................................................................  20  

6. PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO E METODOLOGIA ...................................... 20  6.1  Insumos  básicos  ...................................................................................................................  24  

7.CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO .............................................................................. 25  8. CRONOGRAMA FINANCEIRO ................................................................................. 27  9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .......................................................................... 30 10. ANEXO 1 MEMORIA DE CALCULO

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Lista de Figuras Figura  1.  Parte  alta  da  bacia  do  Rio  Acre,  na  fronteira  Brasil,  Bolívia  e  Peru  ...............................  9    Figura  2.  Bacia  do  Rio  Acre  no  âmbito  da  Região  MAP  (Madre  de  Dios-­‐PE,  Acre-­‐BR  e  Pando-­‐BO)  ....................................................................................................................................................  10   Lista de Tabelas Tabela   1.   Planejamento   das   atividades     e   sub   –   atividades   principais   a   serem   realizadas     no  período  de  18  meses  ..................................................................................................................  25    Tabela  2.  Recursos  por  rubrica  (OTCA)  para  cada  atividade    principal  do  projeto.  ....................  27    Tabela 3. Cronograma de desembolso para 2013 ...........................................................27 Tabela 3.1. Cronograma de desembolso para 2014 ......................................................28 Tabela 4. Orçamento resumido por rubricas ..................................................................29

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LISTA DE SIGLAS ABT Autoridad de Bosques y Tierras - Bolivia ADEMAF Agencia para el Desarrollo de las Macro Regiones y Fronteras - Bolivia ANA Autoridad Nacional del Agua - Perú CBMAC Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre - Brasil CEPDEC Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil - Brasil CIPOAP Central Indígenas de Pueblos Originarios de la Amazonia - Bolivia CNRH Conselho Nacional de Recursos Hídricos - Brasil COER Centro de Operaciones de Emergencia Regional - Perú CONDIAC Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba -

Brasil CTGRHT Câmara Técnica de Gestão de Recursos Hídricos Transfronteiriços -

Brasil DEPASA Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre - Brasil CSUTCB Confederación Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Bolívia FUNAI Fundação Nacional do Índio - Brasil FUNTAC Fundação de Tecnologia do Acre - Brasil GIRH Gestão Integrada dos Recursos Hídricos - Brasil GOREMAD Gobierno Regional de Madre de Dios - Perú IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - Brasil ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Brasil IFAC Instituto Federal do Acre - Brasil IIAP Instituto de Investigacón de la Amazonía Peruana - Perú IMAC Instituto de Meio Ambiente do Acre - Brasil IMC Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais -

Brasil INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Brasil INDECI Instituto Nacional de Defensa Civil - Perú IPAM Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia - Brasil IPCC Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima INPE Instituto de Pesquisas Espaciais ITERACRE Instituto de Terras do Acre - Brasil MAP Madre de Dios-PE, Acre-BR e Pando-BO MRE Ministerio de Relaciones Exteriores de Bolivia MRE Ministério de Relaciones Exteriores del Perú ONU Organização das Nações Unidas OTCA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica PEMD Proyecto Especial Madre de Dios - Peru RENER Rede Nacional de Emergência de Radioamadores - Brasil SEMA Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre - Brasil SENAMHI Servicio Nacional de Metereologia e Hidrologia del Perú UAP Universidad Amazónica de Pando - Bolívia UCEGEO Unidade Central de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto - Brasil UFAC Universidade Federal do Acre - Brasil UNAMAD Universidad Nacional Amazonica de Madre de Dios - Perú UNSAAC Universidad Nacional de San Antonio Abad del Cusco - Perú WHRC Woods Hole Research Center

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INTRODUÇÃO Este Plano de trabalho tem como objetivo apresentar as ações para a implementação da Atividade III.2.2 Adaptação às Alterações Climáticas na Região Fronteiriça do MAP, do Programa de Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços na Bacia Amazônica, considerando a variabilidade e mudança climática. O objetivo da Atividade III.2.2 é avaliar a vulnerabilidade hidrológica da região MAP (Madre de Dios-PE, Acre-BR, Pando-BO), com relação à mudança e variabilidade climática para desenvolver um sistema de alerta precoce que contribua para melhorar as ações de resposta das políticas públicas locais e o desenvolvimento de ações de adaptação. Este Plano de trabalho se fundamenta nos documentos técnicos disponibilizados pela unidade executora do Projeto e levantamento de dados sobre as atividades desenvolvidas pela Iniciativa MAP na região. O Plano foi elaborado conforme o roteiro a seguir indicado: § Resumo § Introdução § Contexto da proposta § Conhecimento do problema § Objetivos § Produtos § Principais atividades previstas § Metodologia § Cronograma físico de execução § Cronograma financeiro § Referências bibliográficas A metodologia será detalhada no item pertinente e terá um caráter eminentemente participativo, com o desenvolvimento de oficinas participativas, assim como consultas públicas orientadas por métodos já consagrados do planejamento participativo, com uso de visualização, facilitação, matrizes, debates, reuniões em grupos e plenárias, além de levantamento de dados e informações em fontes primárias e secundárias, envolvendo a equipe técnica designada, sob a supervisão, acompanhamento e sistematização da coordenação prevista. Serão realizadas visitas de campo, reuniões comunitárias e todo o trabalho será documentado através de relatórios, mapas com apoio de tecnologias de cartografia digital, fotografias e outros recursos, no sentido de proporcionar a melhor qualidade e clareza aos produtos estipulados pelo Edital. O prazo para a realização dos trabalhos é de dezoito meses, contados a partir da assinatura do contrato.

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1. DETALHAMENTO DO PLANO 1.1. Contexto da proposta A Atividade III.2.2 será desenvolvida no âmbito da região transfronteiriça do MAP, na parte alta da bacia do Rio Acre, fronteira do Brasil, com Bolívia e Peru (Figura 1). Figura 1. Parte alta da bacia do Rio Acre, na fronteira Brasil, Bolívia e Peru A bacia do Rio Acre situada na Amazônia Sul-ocidental, na tríplice fronteira entre Brasil, Bolívia e Peru é compartilhada pelo departamento peruano de Madre de Dios, os estados brasileiros do Acre e Amazonas e o departamento boliviano de Pando, inserida na bacia do Rio Purus (Figura 01). Caracteriza-se por apresentar uma grande diversidade étnico-cultural em uma das áreas de maior biodiversidade da região. Segundo Latuf (2011) a bacia do Rio Acre tem uma área aproximada de 35.967,5 km2, dos quais 87,5% pertencem ao território brasileiro, 7,1% ao Peru e 5,4% à Bolívia. Do território brasileiro, 87,6% pertence ao estado do Acre e 12,4% ao estado do Amazonas (Figura 2).

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Figura 2. Bacia do Rio Acre no âmbito da Região MAP (Madre de Dios-PE, Acre-BR e Pando-BO) Esta bacia apresenta diferentes usos e ocupação do solo, com um processo acentuado de pressão antrópica sobre a floresta, para implantação da pecuária e agricultura. O aumento populacional e as mudanças no uso da terra têm provocado a intensificação dos processos de desmatamento e queimadas transformando a floresta em áreas de pastagem (Reis & Reyes, 2007). Esta bacia tem sido alvo de intensas transformações, com destaque para a construção da Estrada Interoceânica, destinada ao escoamento dos produtos brasileiros para os mercados internacionais, através dos portos peruanos, no Pacífico (Brown et al., 2002). Nesse contexto, em junho de 1999, representantes de universidades, centros de pesquisas e agências de fomento, reunidos na Universidade Federal do Acre (UFAC), iniciaram discussões sobre a necessidade de articulação entre as instituições governamentais e não-governamentais do Brasil, Bolívia e Peru. Desta reunião surgiram as recomendações contidas na “Declaração de Rio Branco sobre Mudanças Globais”. Um dos aspectos mais enfatizados neste documento foi o fortalecimento das relações acadêmicas e institucionais entre os países amazônicos, para a gestão compartilhada dos seus recursos naturais, levando em consideração os aspectos biogeofísicos, socioculturais e legais de cada país (Reis, 2009). O processo de articulação entre representantes institucionais e da sociedade civil do Peru, Bolívia e Brasil deu origem ao Movimento MAP, cuja nomenclatura refere-se à região geográfica de abrangência formada por Madre de Dios (Peru), Acre (Brasil) e Pando (Bolívia), em 2000, em um workshop sobre “Indicadores de Usos da Terra” realizado em Rio Branco – Acre, contando com participantes dos três países.

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A Iniciativa MAP tornou-se um movimento social mais que institucional, a partir da participação de cidadãos livres e independentes dos três países, desenvolvendo suas atividades com base em princípios de afirmação e defesa dos direitos econômicos, ambientais, sociais e culturais das populações regionais (Reis & Reyes, 2006). O MAP tem uma estrutura policêntrica e se desenvolve em linhas temáticas que abordam a conservação ambiental, o desenvolvimento econômico, a equidade social e políticas públicas e tem como núcleo básico de estruturação os grupos temáticos denominados Mini-MAPs, que reúnem indivíduos e representantes de instituições governamentais, não-governamentais e do movimento social dos três países para debate de ideias, proposição de metas e definição das agendas de trabalho (Reis, 2009 e Costa et al, 2012). Em maio de 2006, através desta iniciativa realizou-se a Oficina “Aspectos Legais e Ações Estratégias para Gestão Compartilhada da Bacia do Rio Acre”, cujo objetivo principal foi promover o intercâmbio de experiências entre organizações que atuam na região da Bacia do Rio Acre, e facilitar a articulação das instituições brasileiras, bolivianas e peruanas, visando desenvolver mecanismos que possibilitassem a gestão compartilhada dos recursos hídricos nesta bacia hidrográfica. O produto final dessa oficina foi uma carta de recomendação para constituição de um Grupo de Trabalho do Rio Acre nos três países, enviada à Câmara Técnica de Gestão dos Recursos Hídricos Transfronteiriços (CTGRHT), do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). Do lado brasileiro foi criado oficialmente o Grupo de Trabalho do Rio Acre em 26.09.2006, junto a Câmara Técnica de Gestão de Recursos Hídricos Transfronteiriços, com a finalidade de desenvolver ações que auxiliassem a promoção da gestão compartilhada na bacia do Rio Acre. O objetivo principal do GT Rio Acre foi o de elaborar um Plano de Trabalho como instrumento de apoio à promoção da gestão compartilhada e articulada na bacia do Rio Acre, mediante ação coordenada dos organismos responsáveis pela gestão ambiental e dos recursos hídricos no Brasil, na Bolívia e no Peru, contando com a participação ativa dos organismos regionais e locais e da sociedade civil, compreendendo ações de curto, médio e longo prazo. Em 2010, o esforço do grupo foi coroado com a Moção 59 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) do Brasil, orientando e propondo às instituições locais (nacionais, estaduais, municipais) que se articulem em prol da gestão dos recursos hídricos desta bacia. Outras atividades de mobilização social vêm sendo articuladas pelos Mini-MAPs, a exemplo do Mini-MAP Defesa Civil, que em trabalho conjunto com peruanos e bolivianos, tem promovido a capacitação das defesas civis municipais dos três países em simulados de acidentes com produtos perigosos, incêndios, quedas de aeronaves, dentre outras ações que possibilitam o enfrentamento às mudanças ambientais globais nesta região da Amazônia. Desta forma, a Iniciativa MAP fundamentada num modelo participativo, não-hierarquizado e integrador dos diversos segmentos sociais e de governo, vêm

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demonstrando como a sociedade civil organizada, desafiando probabilidades e superando dificuldades, pode intervir na condução de políticas públicas compatíveis com as demandas locais (Camargo et al., 2007). Desta forma, para viabilizar as ações previstas na Atividade III.2.2 deste projeto, pretende-se desenvolver um trabalho conjunto com a Iniciativa MAP, através dos Mini-MAP Bacias hidrográficas, Ordenamento territorial e Defesa civil, no sentido de resgatar, valorizar e fortalecer o trabalho até então desenvolvido na região.

1.2. Conhecimento do problema As mudanças climáticas representam um dos maiores e mais complexos desafios do nosso século. À medida que o planeta aquece, os padrões de precipitação mudam e os extremos climáticos, como secas severas, inundações, incêndios florestais, dentre outros, estão apresentando-se com maior poder de destruição, maior frequência e intensidade. Nos países em desenvolvimento as mudanças climáticas ameaçam aprofundar as vulnerabilidades sociais, econômicas e ambientais (BANCO MUNDIAL, 2010). As predições de clima futuro indicam risco considerável para a Amazônia, assim como uma incerteza significativa. Uma das mais importantes questões relacionadas aos eventos extremos climáticos em curto prazo é se sua ocorrência está aumentando ou diminuindo com o tempo, isto é, se há uma tendência a cenários propícios à ocorrência dos mesmos. A variabilidade e as mudanças na intensidade e frequência de eventos extremos dependem não apenas da taxa de mudança de uma determinada variável, mas também da ocorrência de mudanças nos parâmetros que determinam a distribuição daquela variável. A análise de tendências mais complexa é a da precipitação extrema, devido ao baixo grau de correlação entre os eventos de precipitação, por exemplo (Haylock et al. (2005) e Vincent et al. (2006), in Marengo et al., 2010). Nas últimas décadas o recurso água vem sendo amplamente disputado, tanto em termos quantitativos como qualitativo, em consequência tanto do crescimento demográfico que o planeta vem experimentando, quanto em função do desenvolvimento econômico, que de certa forma lhe corresponde. Existe uma ampla evidência de que o consumo exagerado dos recursos naturais continua num ritmo insustentável. As estimativas indicam que seguindo o ritmo atual de consumo serão necessários 3,5 planetas para sustentar uma população global com consumo similar a dos norte-americanos médios e dos ingleses (UNESCO, 2012). Entre 1970 e 2011 a população mundial passou de 3,4 para 7 bilhões e neste mesmo período, a média da população exposta a enchentes aumentou 112% (de 33,3 para 70,4 milhões). Até 2050 espera-se que as populações que vivem em terras sujeitas à enchentes, às mudanças climáticas, aos desmatamentos, à diminuição das áreas alagáveis e ao aumento do nível do mar, aumentem em termos de pessoas vulneráveis a desastres causados por enchentes para dois bilhões (UNU, 2004, UNISDR, 2011 in UNESCO, 2012). De acordo com o “Relatório de Avaliação Global” da Organização da Nações Unidas (ONU), desde 1900 mais de 11 milhões de pessoas morreram em consequências das

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secas e mais de dois milhões têm sofrido com estas, que se encontram à frente dos demais perigos físicos (UNISDR, 2011 in UNESCO, 2012). Em 2005 a Amazônia sofreu uma das mais intensas secas dos últimos cem anos (ZENG et al., 2008 apud Marengo et al., 2010). Alguns autores apontam essa seca como um sinal de mudanças climáticas, evidenciando a fragilidade da floresta. O estresse hídrico trouxe vários impactos negativos nos sistemas aquáticos, na vegetação, no solo e na atmosfera, com importantes consequências na economia de subsistência, na saúde humana e na biodiversidade (Duarte, et al., 2007). Pesquisas do IPCC (2007) mostram que a vulnerabilidade não existe isolada de fatores econômicos e sociais que mediam o uso da terra e a apropriação dos recursos naturais. Ela é direcionada pela ação humana, que deliberadamente ou não reforça os interesses de grupos dominantes que conduzem a apropriação dos recursos naturais e interagem com os sistemas físico-ecológicos. Indicam ainda que os eventos extremos estão relacionados às alterações do clima global e os seus efeitos poderão atingir tanto as áreas mais urbanizadas quanto as áreas rurais. Uma redistribuição nos regimes pluviométricos poderá trazer consequências sérias para a vida humana, como o racionamento de água e a possibilidade de maior ocorrência de alagamentos e deslizamentos de terra. Nas áreas rurais, os prejuízos para as atividades agrícolas e os efeitos sobre os ecossistemas já afetados pela ação antrópica serão igualmente preocupantes (IPCC, 2007). O Rio Acre vem apresentando desde meados da década de 90 uma tendência à intensificação dos eventos extremos de secas e inundações. O período de águas altas vai aproximadamente de janeiro a maio, e o de águas baixas, de junho a dezembro. A descarga do Rio Acre, medida em Rio Branco/AC, chega a alcançar 1.700 m3/s em épocas de índices pluviométricos elevados e a 80 m3/s ou inferior, em épocas de pouca precipitação (Duarte,2005 e 2011). Em Rio Branco/AC a variabilidade climática interanual e os eventos extremos de chuvas e secas determinam aumentos e diminuições das vazões, colocando frequentemente em risco a população residente nos bairros situados nas planícies de inundação do rio. Extremos diários de chuva na bacia do Rio Acre e suas contribuições para os acumulados durante semanas e meses implicam em níveis do rio acima da cota de alerta de enchente; a vazão correspondente a esses casos pode chegar a 900 m3/s ou mais. Por outro lado, os acontecimentos de seca prolongada diminuem intensamente o seu nível (Duarte, 2011). Segundo o autor, a partir de 1990, existe a percepção de que os níveis mínimos do Rio Acre são, sazonalmente, cada vez menores e inferiores a 2 m, o que equivale a vazões inferiores a 50 m3/s. O regime fluviométrico corresponde à elevação máxima anual durante o período das cheias, ocasião em que as águas ocupam toda faixa da planície fluvial, normalmente ocupada pela vegetação ciliar, regulando o escoamento, que é acrescido pelas águas provenientes dos interflúvios (Duarte, 2007 e 2011). Elas provocam inundações que chegaram a atingir o nível de 17,66 m em 1997 e 17,64 m em 2012, na cidade de Rio Branco. Levando em consideração que a altura média da margem é de 12,9 m, esse nível chega a ser preocupante, pois o número de desabrigados é muito grande.

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Num longo período de estiagem, a diminuição das águas atingiram níveis médios de 1,9 m e mínimo de 1,5 m em 2011, o menor nível de 40 anos. Essa movimentação de descida e subida das águas obedece ao regime pluviométrico, que corresponde à maior e menor intensidade das chuvas anuais na bacia hidrográfica (ACRE, 2000; 2004 e 2006). Enfrentar o imenso e multidimensional desafio da mudança climática exige habilidade e cooperação extraordinárias. A atual crise estabelecida não pode ser resolvida sem a cooperação dos países em uma escala global para reduzir a sua pegada ecológica e desenvolverem uma economia de baixo carbono. Os países em desenvolvimento, especialmente os mais pobres, precisarão de ajuda para adaptar-se às mudanças climáticas (BANCO MUNDIAL, 2010). Gerenciar melhor o risco e proteger os mais pobres e a floresta são condições fundamentais para enfrentar e adaptar-se a realidade climática que se apresenta. A redução de riscos de desastres, por meio de sistemas de alerta rápido, com a participação das comunidades no monitoramento dos eventos hidroclimáticos extremos, permitirá o fortalecimento institucional e das comunidades afetadas. Segundo o Relatório de Desenvolvimento do Banco Mundial (2010) o cumprimento dos regulamentos do zoneamento ecológico-econômico, do ordenamento territorial, dos planos diretores, dos códigos de construção, dentre outras medidas de gestão territorial tornam-se importantes num clima em transformação. Para tanto, espera-se que este projeto possa contribuir para a formulação de políticas para a adaptação social e ambiental à nova realidade que se coloca, especialmente nesta região da Amazônia Sul-ocidental, cuja complexidade se acentua por ser uma região de fronteira.

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2. OBJETIVOS  2.1 objetivo general Avaliar a vulnerabilidade dos recursos hídricos às mudanças climáticas na Região transfronteiriça do MAP e desenvolver um sistema de previsão, proporcionando a base para melhorar a capacidade de governança dos governos dos departamentos de Madre de Dios e Pando e o governo do estado do Acre, para formular e implementar estratégias de adaptação à variabilidade climática. 2.2. Objetivos específicos  § Estabelecer uma equipe tri-nacional de especialistas para desenvolver e por em

prática a atividade de demonstração sobre adaptação; § Proporcionar as bases científicas e os dados para avaliar os efeitos das mudanças

climáticas na economia regional e na disponibilidade dos recursos naturais da região MAP;

§ Avaliar a vulnerabilidade dos recursos hídricos e naturais às mudanças climáticas na região transfronteiriça do MAP.

3. ATIVIDADES ESPECÍFICAS 1. Estabelecimento do grupo de trabalho da região MAP e aquisição de equipamentos. 2. Organização e análise estatística dos dados. 3. Coordenação e informação sobre o avanço das atividades.

4. ESCOPO DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES PREVISTAS De acordo com o Termo de Referência as atividades a serem desenvolvidas pela consultora são: 4.1 Estabelecimento do grupo de trabalho na região MAP e aquisição de equipamentos  a) Elaboração do plano de trabalho - programada para dezembro 2012. b) Definição de princípios e regras para execução do projeto: reunião interna dos coordenadores – Brasília organizada pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Repasse das regras para a realização do projeto e unificação das informações sobre o projeto com as demais equipes de trabalho na Bacia Amazônica - programada para janeiro 2013; c) Socialização e apresentação do projeto – consulta com as principais lideranças da Iniciativa MAP: mini-MAP Bacias Hidrográficas, Ordenamento Territorial e Defesa Civil para planejamento dos principais delineamentos do plano a ser realizado no projeto na Fronteira (Brasil-Brasileia/Cobija-Bolivia)-programada para fevereiro/2013. d) Conformação dos membros da equipe de trabalho para apoiar a execução das atividades; reunião de planejamento e definição de tarefas com os membros dos Mini-

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MAP Bacias hidrográficas, Ordenamento territorial e Defesa civil, dentre outros envolvidos na região de fronteira - definição de 01 técnico de cada país para apoio ao projeto (Técnicos de geoprocessamento-GIS e de campo) e definição do tempo de participação dos mesmos no projeto - programada para fevereiro 2013. e) Coordenação com as autoridades locais e a Coordenação Técnica Regional das visitas técnicas às instituições pertinentes: incluir as partes interessadas e autoridades locais, para apresentar e debater as atividades previstas no projeto. Estas visitas serão realizadas ao longo do projeto com maior intensidade nos meses de fevereiro a julho de 2013. 4.1.1. Instituições indicadas para as visitas: Peru: Instituo de Investigacón de la Amazonía Peruana (IIAP), Proyecto Especial Madre de Dios (PEMD), Gobierno Regional de Madre de Dios (GOREMAD), Gerencia Regional de Planificación, Presupuesto y Acondicionamento Territorial, Centro de Operaciones de Emergencia Regional (COER), Defensa Civil-INDECI – Regional, Municipalidad Provincial de Tahuamanu, SENAMHI- Perú, Ministério de Relaciones exteriores (MRE-Peru), Autoridad Nacional de Agua (ANA-Peru), Comisión de Gestión de Bosques, Universidad Nacional Amazonica de Madre de Dios (UNAMAD), Universidad Nacional de San Abade de Cuzco (UNSAAC), Ministério del Ambiente – Cambios Climáticos, Comunidad Nativa de Belgica, USAID-ICAA, dentre outras. Bolívia: Gobernación de Pando, Gobierno Municipal de Bolpebra, Cobija e Porvenir, Defensa Civil, Herencia, Ministério de Relaciones Exteriores (MRE-BO), Ministério de Medio Ambiente y Aguas, Agencia de Macroregiones de Área de Frontera (ADEMAF), SENAMHI, Administración de Tierras y Bosques (ABT), Federación de Campesinos, Central Indígenas de Pueblos Originarios de la Amazonia de Pando (CIPOAP), Universidad Amazónica de Pando (UAP), dentre outras. Brasil: Rede Nacional de Emergência de Radioamadores (RENER), Woods Hole Research Center (WHRC), Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre (SEMA), Fundação de Tecnologia do Acre (FUNTAC) e Unidade Central de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto (UCEGEO), Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Instituto de Terras do Acre (ITERACRE), Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre (DEPASA), Instituto Nacional de reforma Agrária (INCRA), Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre (CBMAC), Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC), Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC), Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba (CONDIAC), Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (Ipam), Prefeituras locais dentro da bacia, Fundação nacional do Índio (Funai), Instituto federal do Acre (IFAC) e Universidade Federal do Acre (UFAC). f) Coordenação com os especialistas da região: reunião de trabalho para discussão do projeto e planejamento de suas participações - programada para o mês de fevereiro/2013, entretanto deverão acontecer reuniões ao longo do projeto especificamente para validar e acompanhar os resultados gerados pelo projeto.

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4.1.2. Pesquisadores e técnicos sugeridos: Brasil: Irving Foster Brown (WHRC e UFAC), Maria Marli (Sema), Major James Gomes (CBMAC), Major George Pereira (CBMAC) e Vera Reis (UNINORTE E SEMA). Bolívia: Guilhermo Rioja (UAP), Juan Fernando Reyes, e outros a serem definidos por seus pares. Peru: Mario Navarro Gomringer (COER), Santos Ikeda(PEMD) , Cesar Chia (IIAP), Segundo Avalos Quiroz (GOREMAD). 4.2. Organização e análise estatística dos dados  a) Levantamento e organização dos dados e desenvolvimento de uma base de dados e respectiva análise estatística. Esta atividade requer a participação de consultores do Peru, Bolívia e Brasil, cujas tarefas serão divididas por país, para facilitar a disponibilização e coleta de dados - programada para os meses de março a abril de 2013. a.1) hidrometeorológicos: SEMA-BR, ANA-BR, COER/OT-GOREMAD/ANA(PE), HERENCIA-BO. a.2) uso e ocupação do solo: SEMA-UCEGEO(BR), IIAP/GOREMAD-OT, HERENCIA/ OT-Gobernación de Pando. a.3) distribuição e acesso a água: ANA/DIR-PRODUCE (PE), DEPASA/SEMA(BR), Servicio de Agua Potable (BO), Municipalidad Provincial de Tahuamanu. a.4) desmatamento: Herencia e ABT (BO), SEMA e UCEGEO (BR), IIAP e OT (PE). a.5) eventos climáticos extremos e seus efeitos na economia regional: Defesa Civil (PE,BO,BR), (IIAP, UNAMAD, COER), IPAM, WHRC, IMC (BR), Herencia e UAP (BO). a.6) disponibilidade dos recursos naturais da região MAP; Herencia, SEMA, IIAP, OT-GOREMAD, PEMD – ZEE(BR). Os dados recolhidos a nível local e através de entrevistas e questionários de campo e visitas às áreas mais críticas da região MAP afetadas pelas secas severas, inundações, deslizamentos e erosão, bem como os contatos com interessados locais, líderes comunitários e autoridade, deverão ser filtrados e analisados estatisticamente. Os registros de campo serão elaborados pela equipe de apoio. A seleção das áreas críticas deverá ser feita com a participação dos técnicos e especialistas. A validação dos dados deverá contar com a participação da sociedade. Para execução destas atividades serão contratados pesquisadores/técnicos para o levantamento dos dados de campo nos três estados/departamentos de Madre de Dios, Acre e Pando. Esta atividade está programada para acontecer durante os meses de abril a maio de 2013.

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b) Realização das análises espaço-temporais relacionadas com as mudanças climáticas e a gestão integrada dos recursos hídricos (GIRH), para avaliar a vulnerabilidade dos recursos hídricos às mudanças climáticas na região MAP. A atividade deverá ser realizada pela equipe de especialistas, com apoio do grupo de SIG - programada para os meses de abril a maio de 2013. c) Definição das áreas potenciais para a execução de atividades piloto de adaptação dentro da Bacia Amazônica. Para tanto, realizar-se-á uma oficina de coordenação com todo o Grupo de trabalho e reunião de validação com os especialistas e lideranças. Esta atividade será realizada após os resultados obtidos nas atividade a, b e c, iniciando em julho e concluindo em setembro de 2013. 4.3. Coordenação e informação sobre os avanços das atividades  a) Coordenação da execução de todas as atividades relacionadas com o projeto piloto de demonstração; a.1) Reuniões com as comunidades envolvidas da área do projeto piloto para a definição de Estratégias de adaptação para a região MAP. Esta atividade esta programada para iniciar em agosto de 2013, concluindo em março 2014. a.2) Reuniões técnicas com os especialistas e com os membros dos Mini-MAPs (Bacias hidrográficas, OTL e Defesa civil) para a definição de Estratégias de adaptação para a região MAP - programada para outubro/2013. a.3) Desenho do Sistema de Alerta precoce para fronteira tri-nacional: consultoria técnica de um especialista para apoiar a construção do referido sistema e intercâmbio de experiência com métodos de alerta. Esta atividade deverá ser desenvolvida em parceria com os governos locais de forma a fortalecer as iniciativas existentes em Rio Branco (Unidades de Situação e Resposta e a Comissão Estadual de Gestão de Riscos - CEGdRA), Puerto Maldonado (Centro de Operaciones de Emergencia Regional -COER), Cobija (Defensa Civil) - programado para outubro/2013. Para fortalecer o conhecimento sobre a temática será realizado intercâmbio de experiências com outras instituições que tenham implantado sistemas similares na Bacia Amazônica ou outros locais. a.4) Desenho e estrutura de um sistema de comunicação com definição da infraestrutura necessária para o funcionamento e disseminação dos alertas. Consultoria de um especialista - programada para iniciar em outubro e concluir em novembro/2013. a.5) Capacitação dos técnicos e representantes do Sistema de Defesas Civis de cada país, dos municípios e dos governos, para uso dos alertas estabelecidos - programada para o período de dezembro 2013 a janeiro de 2014. a.6) Capacitação da sociedade civil sobre alerta precoce e mudanças climáticas/eventos extremos - programada para dezembro 2013 a janeiro de 2014. a.7) Elaboração de um manual de funcionamento para facilitar o uso e disseminação dos alertas estabelecidos - programada para dezembro/2013 a janeiro/2014.

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b) Desenho e implementação do Piloto de alerta precoce, programada para o mês de dezembro 2013, embora o processo seja iniciado com a atividade (a). c) Informar à Coordenação Técnica Regional sobre o desenvolvimento das atividades; Relatório parcial de andamento das atividades programadas para serem implementadas, além de participar do Fórum MAP X, socializando as informações sobre o projeto e o andamento do mesmo - programado para dezembro/2013. e) Elaboração de um artigo técnico-científico sobre a vulnerabilidade dos recursos hídricos e dos recursos naturais às mudanças climáticas na região MAP. O artigo deverá ser publicado na página web do projeto. Os insumos para o relatório final e para o artigo serão obtidos desde o início das atividades – finalização programada para março 2014. e.1) Reuniões de trabalho com a equipe de especialistas locais para estruturação e elaboração do referido artigo – 04 encontros ao ano - programado para concluir em fevereiro 2013 a março 2014. 5. PRODUTOS Como resultados do desenvolvimento das atividades propostas deverão ser apresentados os seguintes produtos: Produto 1: Plano detalhado e documentado para a execução da atividade III.2.2, incluindo metodologia de trabalho, compromissos institucionais, planos de viagem, calendário, dentre outros aspectos que se fizerem necessários para o bom andamento dos trabalhos, assim como o índice detalhado do informe final da Atividade III.2.2. Produto 2: Base de dados consolidada e análise estatística relacionada com mudanças climáticas e seus efeitos nos serviços dos ecossistemas na região transfronteiriça do MAP. Produto 3: Diagnóstico das zonas mais críticas de vulnerabilidade hidrológica na região MAP, afetada por secas severas, inundações, deslizamentos e erosão. Produto 4: Metodologia para elaboração da Matriz de Vulnerabilidade às Mudanças Climáticas dos Recursos Hídricos na Região MAP; Produto 5: Lista documentada das áreas potenciais para a execução da atividade piloto de adaptação dentro da bacia Amazônica; Sistema de alerta elaborado. Produto 6: Informe Final, incluindo todos os anexos, resumo executivo em inglês e espanhol, um capítulo com as recomendações e medidas necessárias para o Programa de Ações Estratégicas (PAE) e um Artigo sobre a vulnerabilidade dos recursos hídricos e naturais às mudanças climáticas na região MAP.

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5.1 prazo de entrega dos produtos Produto 1: 19/12/2012 Produto 2: 19/04/2013 Produto 3. 19/08/2013 Produto 4: 19/11/2013 Produto 5: 19/02/2014 Produto 6: 19/03/2014

5.2 Forma de apresentação dos produtos Os produtos referentes aos serviços objeto desta proposta (a serem acompanhados, revisados e aprovados pelo grupo coordenador regional), serão apresentados considerando as seguintes diretrizes: § Os relatórios referentes aos produtos serão apresentados em versão preliminar para

análise e aprovação;

§ O relatório final será entregue encadernado em forma definitiva, em papel A4, num total de 03 exemplares impressos e em meio digital (em CD).

§ Será realizado rigoroso controle de qualidade sobre as informações apresentadas,

consistência das informações, justificativas de resultados. § A proponente assume que a divulgação dos produtos só poderá ser feita mediante

permissão prévia por escrito da OTCA. 6. PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO E METODOLOGIA Todos os procedimentos e a metodologia para a execução dos trabalhos deverão seguir rigorosamente os detalhamentos de cunho operacional descritos em cada uma das atividades previstas. O desenvolvimento das oficinas participativas, assim como as consultas públicas serão orientados por métodos já consagrados do planejamento participativo, com uso de visualização, facilitação, matrizes, debates, reuniões em grupos e plenárias. Para o trabalho de campo serão realizadas entrevistas e aplicados questionários para conhecer a realidade local, na visão dos atores envolvidos. Paralelamente será realizado o mapeamento das áreas de risco ambientais observadas. De cada uma das variáveis coletadas em campo solicitar-se-á: nome, coordenada (UTM), registro fotográfico, breve descrição e quando possível, registrar o agente

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responsável. Para cada situação encontrada á ser feita uma classificação quanto ao risco para a saúde humana e/ou para o meio ambiente. Dentre os conceitos operacionais a serem trabalhados serão utilizados os conceitos propostos pela metodologia do Programa de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida (P2R2), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre (Sema), segundo Santos et al. (2008) e Petry et al (2011), conforme descrito a seguir: § risco: a combinação da frequência (número de ocorrências de um acidente por

unidade de tempo), com a consequência (impacto de um acidente nas pessoas, no ambiente e na propriedade), de eventos indesejáveis, envolvendo algum tipo de perda.

§ resiliência: a capacidade de absorver os impactos de eventos climáticos extremos e o

seu tempo de resposta. § atividades potencialmente impactantes (API): compreendem empreendimentos e

atividades com potencial de causar danos ambientais. § passivos ambientais (PA): são áreas contaminadas que põem risco à saúde humana

ou ao meio ambiente, através da degradação ambiental. § sítios frágeis (SF): são áreas cuja população, suas atividades ou meio ambiente

possam ser afetados pela ocorrência de um eventual acidente ambiental. Dentre os sítios frágeis ou vulneráveis estão os assentamentos humanos, unidades de conservação ambiental, área de proteção permanente, aldeias indígenas, entre outros.

§ unidade de Resposta (UR): é a unidade encarregada por prestar atendimento a um

acidente ambiental. As unidades de resposta a acidentes ambientais, embora não proporcionem a atenuação do risco de ocorrência de um acidente, podem, ao menos, contribuir para a minimização dos danos decorrentes.

Para definição de diretrizes e ações de adaptação às mudanças climáticas propõe-se o desenvolvimento de uma análise de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, a partir de dois componentes: o conhecimento das vulnerabilidades de bacia hidrográfica e do seu potencial de resiliência, conforme metodologia adotada pela Rede WWF (Petry et al., 2011), adaptada de Mattson & Argermeier (2007), que consiste nas seguintes etapas: 1. Desenvolvimento de uma base de dados em SIG (Sistemas de Informações Geográficas) para a bacia: será necessário o desenvolvimento de um Sistema de Informações Geográficas - SIG, contendo dados sobre atividades humanas geradoras de impactos negativos sobre os ecossistemas aquáticos da bacia do Rio Acre. Fazer o levantamento da base cartográfica georreferenciada oficial, se possível a base cartográfica digital do estado do Acre, e dos departamentos de Madre de Dios-PE e Pando-BO. 2. Identificação e delineamento das unidades de planejamento: as bacias mapeadas em escalas distintas serão as unidades de planejamento ou unidades hidrológicas para a avaliação dos riscos e vulnerabilidades.

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3. Identificação das áreas de maior contribuição hidrológica - “water towers”: regiões da bacia com maior contribuição hidrológica em termos de escoamento superficial. Será realizado cruzamento dos mapas de uso do solo, com as áreas de maior oferta hídrica, e com dados populacionais para verificar tendências e riscos potenciais aos mananciais. 4. Análise de riscos e ameaças aos ecossistemas aquáticos: calculando-se índices de risco ecológico (IRE) por ameaça individual e pelo somatório de ameaças, segundo Mattson & Argermeier (2007) e Petry et al. (2011). O índice de risco ecológico será calculado com base em uma análise multicriterial de como os riscos alteram os processos ecológicos dos ecossistemas aquáticos, tais como a qualidade da água, regime hidrológico, conectividade, disponibilidade de habitats e interações bióticas. 5. Análise das projeções de mudanças climáticas para a região da bacia: com especial ênfase aos cenários de mudanças de uso do solo, para uma interpretação qualitativa das vulnerabilidades climáticas, junto aos especialistas e aos demais atores da bacia. 6. Definição de indicadores de adaptabilidade da bacia e de um sistema de monitoramento de resiliência. 7. O desenvolvimento de medidas de adaptação: serão desenvolvidas de modo participativo com as comunidades envolvidas que deverão avaliar as principais vulnerabilidades identificadas e desenvolver um conjunto de medidas de adaptação frente a essas vulnerabilidades. Esta atividade demanda a realização de oficinas de trabalho com os atores envolvidos e os técnicos das instituições locais. Será realizado um painel de especialistas que, com base em seus conhecimentos da região, deverão atribuir notas e pesos para a severidade e frequência da ameaça e da sensibilidade do ecossistema aos principais impactos observados. As notas e pesos serão utilizados para o cálculo do índice de risco ecológico para cada ameaça e para o somatório das ameaças. Serão realizados cursos de capacitação para os atores envolvidos (sociedade civil, usuários e técnicos de governo), sobre mudanças climáticas e processos de adaptação, com destaque para a interpretação dos dados obtidos nas análises técnicas. Os esforços de adaptação a serem conduzidos na região deverão ser medidos e monitorados a fim de se verificar, de fato, o aumento do potencial de adaptação da bacia e sua resiliência às mudanças climáticas. Para isso, serão definidos, junto com os especialistas e os atores relevantes da bacia, conjuntos de indicadores ambientais, socioeconômicos e político-institucionais para aferir e monitorar a resiliência da bacia. Para a implementação do Sistema de alerta propõe-se o uso da Plataforma de desenvolvimento de sistemas de monitoramento, análise e alerta - TerraMA2 – desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas espaciais – Inpe (www.dpi.inpe.br/terrama2). O TerraMA2 permite coletar e cruzar, em tempo real, os dados geoambientais com mapas de riscos e vulnerabilidade ambientais, com o objetivo de gerar alertas para

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diversas aplicações, inclusive desastres naturais. É um produto de software livre, desenvolvido, utilizando-se como plataforma de desenvolvimento a biblioteca do TerraLib (www.dpi.inpe.br/terralib). Ele é baseado em uma arquitetura de serviços, aberta, que provê a infraestrutura tecnológica necessária ao desenvolvimento de sistemas (INPE, 2012). A proposta do TerraMA2 é de um sistema operacional para monitoramento de alertas de riscos ambientais. O sistema busca dados atuais através da internet e incorpora à base de dados do sistema. Os dados novos são analisados para verificar se uma situação de risco existe, através de uma comparação com mapas de risco ou de um modelo definido. Um alerta é criado para cada situação de risco detectada e notificações de alerta são emitidas para os usuários (INPE, 2012). Segundo o Manual do usuário do TerraMA2 (INPE, 2012) a operação do sistema de alerta requer o acesso a dados atuais de observação e previsão, além da disponibilidade de mapas de risco das áreas observadas ou de modelos matemáticos que definam os riscos. A operação do sistema requer dois níveis de usuários, divididos em:

Operadores do Sistema: os operadores do sistema são organizações que monitoram a possibilidade de ocorrência de desastres naturais. São responsáveis pelo módulo de configuração e administração por meio de uma interface que permite definir o acesso aos dados remotos, os mapas de riscos, os planos adicionais, análises, usuários e boletins.

Clientes dos Alertas: os clientes dos alertas do sistema são os agentes que tem a competência para executar as ações preventivas para a diminuição de perdas no caso da ocorrência do desastre. Estes farão acesso ao módulo de alerta através de uma interface de apresentação que utiliza um navegador de internet.

A partir desta recepção o alerta poderá ser divulgado através de outras formas de comunicação. Neste sentido propõe-se paralelamente a elaboração de um sistema de comunicação e difusão das informações oriundas do Alerta.

Para tanto será necessário capacitar a equipe técnica para elaborar, editar e construir base de dados para operação da plataforma TerraMA2, através de um curso com os seguinte conteúdo:

§ Apresentação geral do TerraMA2

§ Instalação e configuração do TerraMA2: Versão Windows e Versão LINUX (máquina virtual).

§ Bases de dados para um sistema de monitoramento: dados hidrológicos,

dados meteorológicos e dados ambientais. § Banco de Dados e TerraView: criação de BDG – Postgres e uso do TerraView

e preparação dos dados.

§ Módulo de Administração: configuração do Banco de Dados, configuração e execução dos Serviços.

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§ Módulo de Configuração: coleta de dados ambientais, configuração de planos de risco e adicionais, configuração de análises e configuração de usuários.

§ Módulo de Visualização WEB: clientes dos Alertas, saídas do sistema,

aplicativo WEB e notificação via e-mail. Considerando que o projeto não dispõe dos recursos suficientes para implementar o Sistema de alerta com todos os recursos necessários, por demandar custo muito elevado, a exemplo da aquisição de três servidores para armazenar os banco de dados e o alerta em cada país, sugere-se que o mesmo seja instalado nas instituições que já trabalham com o tema na área, aproveitando a infraestrutura em termos de equipamentos e pessoal técnico existente. Vale lembrar que no Brasil (Rio Branco) a Secretaria de Meio Ambiente do Acre (SEMA) e parceiros estão iniciando processo similar ao aqui proposto, com o objetivo de implantar um alerta precoce. Para tanto a SEMA trabalha via Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA) e já implantou uma Unidade de Situação. Por outro lado, o Peru também iniciou atividade semelhante, via Centro de Operaciones de Emergencia Regional (COER). Ambas instituições encontram-se em estágio inicial de desenvolvimento e necessitam fortalecimento e apoio para integração de suas ações na região de fronteira, o que a Iniciativa MAP vem tentando fazer através dos Mini-MAP Defesa Civil e Bacias Hidrográficas. Neste sentido propõe-se a utilização da infraestrutura das instituições locais par implementação do Sistema de Alerta a ser desenvolvido por este projeto, via Termo de Cooperação das mesmas com a OTCA. 6.1 Insumos básicos  

§ Lei Federais do Brasil, da Bolívia e do Peru relativas à Política de Recursos Hídricos.

§ Plano de Recursos Hídricos dos departamentos e estados da fronteira Brasil, Bolívia e Peru.

§ Plano Estratégico dos Governos dos departamentos e estados da fronteira Brasil, Bolívia e Peru.

§ Projetos, estudos e relatórios desenvolvidos no âmbito da Iniciativa MAP.

§