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PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS
RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA
BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A
VARIABILIDADE E
MUDANÇA CLIMÁTICA
OTCA/GEF/PNUMA
COMPONENTE-III ESTRATÉGIAS DE RESPOSTA
Subprojeto-III.2 PRIORIDADES ESPECIAIS SOBRE ADAPTAÇÃO
Atividade III.2.1 Mudanças Climáticas, capacidade de adaptação, e
governança de risco na Sub-bacia Transfronteiriça do Rio Purus.
Foto: Raimundo Nonato Cunha Pinheiro- Rio Purus
RELATÓRIO PARCIAL
Fundo Para o Meio
Ambiente Mundial
Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente
2
Produto 2: Base de dados consolidada acerca das medidas de mudança
climática, ambiental, institucional e política da Sub-Bacia do Rio Purus
PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS
RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA
BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A
VARIABILIDADE E A MUDANÇA CLIMÁTICA
OTCA/GEF/PNUMA
Atividade III.2.1 Mudanças Climáticas, capacidade de adaptação, e
governança de risco na Sub-bacia Transfronteiriça do Rio Purus.
Relatório Parcial
Produto 2: Base de dados consolidada acerca das medidas de mudança
climática, ambiental, institucional e política da Sub-Bacia do Rio Purus
Coordenação da Atividade
Norbert Fenzl
Consultor
Nirvia Ravena
Setembro/2013
3
Base de dados consolidada acerca das medidas de mudança climática,
ambiental, institucional e política da Sub-Bacia do Rio Purus
RESUMO EXECUTIVO
Este componente do Projeto GEF-Amazonas relativo a Atividade III.2.1 – Mudança
Climática, Capacidade de Adaptação e Governança de Risco na Sub-bacia
Transfronteiriça do Rio Purus é relativo às atividades relacionadas a avaliação dos
impactos da mudança climática na governança de risco e gestão dos recursos hídricos
transfronteiriços da bacia do rio Purus para o provimento de bases para a formulação de
estratégias de resposta que permitirão a utilização sustentável dos recursos naturais da
bacia sob uma variedade de condições climáticas adversas. O produto apresentado
resulta do disposto no TdR e trata da elaboração de uma base de dados realizada a partir
do pesquisas do tipo desktop research.
Dados de desmatamento foram obtidos através do PRODES (Programa de Cálculo do
Desflorestamento da Amazônia) desenvolvido pelo INPE. Os dados abrangem não
apenas os municípios do Amazonas e do Acre que compõem a bacia do Rio Purus, mas
todo o estado do Amazonas e Acre. São dados históricos referentes ao período de 2000
a 2012.
Para auxiliar na análise da definição da capacidade institucional dos municípios, foram
levantados os perfis dos municípios do Amazonas e Acre que compõem a calha do Rio
Purus, estendendo-se a cidade de Rio Branco, em decorrência da sua importância
socioeconômica na bacia do Rio Purus. Esta base específica é formada por dados da
estrutura política, estrutura administrativa do município, recursos de gestão, recursos
financeiros, articulação interinstitucional, educação, habitação, transporte, legislação e
planejamento, segurança, dentro outros. Estes dados foram extraídos da base de dados
de Perfil dos Municípios Brasileiros, do IBGE. Os dados se referem ao período de 2004
a 2012.
Os trabalhos realizados buscaram dados secundários em bases de limites e hidrografias,
uso do solo, referências geodésicas e cartográficas, dados de chuva e vazão, dados de
precipitação das estações meteorológicas do alto, médio e baixo Purus, secas,
inundações graduais, inundações bruscas, erosão fluvial e estiagem, danos por eventos
extremos em edificações residências, comerciais e áreas de plantio agrícola e
agropecuária, turismo e outras, categorias populacionais afetadas, intensidade dos danos
ambientais aos recursos naturais, erosão, deslizamento, queimadas, desmatamento e
infraestrutura de esgotos sanitários, últimas 3 gestões municipais, Indicadores sociais
municipais – Educação e Educação por etnia, IDHM, IDHM – Educação, IDHM-
Longevidade e IDHM- Renda (Análise Através das Variáveis: Demográficas;
Educacional; Renda; Desigualdade; Trabalho; Vulnerabilidade e Habitação), Aglomerados
subnormais, Domicílios Particulares Permanentes, por Situação do Domicílio - Existência
de Banheiro ou Sanitário por Condição de Ocupação, Situação do domicílio por coleta
do lixo, Domicílios particulares permanentes, total e com rendimento domiciliar, e valor
do rendimento nominal médio e mediano mensal dos domicílios particulares
permanentes, total e com rendimento domiciliar, segundo a situação do domicílio, o tipo
de domicílio, a condição de ocupação e a existência de banheiro ou sanitário e
esgotamento sanitário, Domicílios Particulares permanentes, condição de ocupação,
4
saneamento e infraestrutura do domicílio, População residente, por nacionalidade, sexo
e grupos de idade e Pessoas de 5 anos ou mais de Idade que não Residiam na Unidade
da Federação, por lugar de residência em, segundo as mesorregiões, as microrregiões e
os municípios, População residente, por cor ou raça, segundo a situação do domicílio, o
sexo e a idade, Pessoas de 25 anos ou mais de idade, por nível de instrução, sexo e
religião - Características Gerais da População, Domicílios Particulares Permanentes, por
Alguns Bens Duráveis Existentes no Domicílio e Existência de Telefone, Serviços de
Saúde, Pecuária e Desmatamento.
5
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8
1 OBJETIVO DESTE PRODUTO: ........................................................................... 8
2 DESCRIÇÃO DA BASE DE DADOS CONSOLIDADA ....................................... 9
2.1 Base de Dados de Hidrologia e Clima ............................................................. 9
2.2 Dados Socioeconômicos ............................................................................... 12
2.2.1 Base : Populações Rural e Urbana por Faixa Etária: .................................. 12
2.2.2 Base: Últimas 3 gestões municipais: .......................................................... 13
2.2.3 Base: Gestão Pública do Município: .......................................................... 14
2.2.4 Base: Repasse de recursos para o Município: ............................................. 15
2.2.5 Base: Estabelecimentos Agropecuários do Município, Área Plantada, Área
Colhida e Quantidade Produzida da Lavoura Temporária, Área destinada à colheita,
área colhida e quantidade produzida: .................................................................... 15
2.2.6 Base: Características Urbanísticas do Entorno dos Municípios: ................. 15
2.2.7 Base: Indicadores sociais Municipais – Situação do Saneamento: .............. 15
2.2.8 Base: Indicadores sociais municipais - Renda por razão de sexo e etnia: .... 16
2.2.9 Base: Indicadores sociais municipais – Educação e Educação por etnia: .... 16
2.2.10 Base: IDHM, IDHM – Educação, IDHM- Longevidade e IDHM- Renda
(Análise Através das Variáveis: Demográficas; Educacional; Renda; Desigualdade;
Trabalho; Vulnerabilidade e Habitação): ............................................................... 17
2.2.11 Base: Aglomerados subnormais: ............................................................ 18
2.2.12 Base: Domicílios Particulares Permanentes, por Situação do Domicílio -
Existência de Banheiro ou Sanitário por Condição de Ocupação: .......................... 19
2.2.13 Base: Situação do domicílio por coleta do lixo: ..................................... 19
2.2.14 Base: Domicílios particulares permanentes, total e com rendimento
domiciliar, e valor do rendimento nominal médio e mediano mensal dos domicílios
particulares permanentes, total e com rendimento domiciliar, segundo a situação do
6
domicílio, o tipo de domicílio, a condição de ocupação e a existência de banheiro ou
sanitário e esgotamento sanitário: ......................................................................... 19
2.2.15 Base: Domicílios Particulares permanentes, condição de ocupação,
saneamento e infraestrutura do domicílio: ............................................................. 20
2.2.16 Base: População residente, por nacionalidade, sexo e grupos de idade e
Pessoas de 5 anos ou mais de Idade que não Residiam na Unidade da Federação em,
por lugar de residência, segundo as mesorregiões, as microrregiões e os municípios:
20
2.2.17 Base: População residente, por cor ou raça, segundo a situação do
domicílio, o sexo e a idade: ................................................................................... 20
2.2.18 Base_62: Pessoas de 25 anos ou mais de idade, por nível de instrução,
sexo e religião - Características Gerais da População: ........................................... 20
2.2.19 Base: Domicílios Particulares Permanentes, por Alguns Bens Duráveis
Existentes no Domicílio e Existência de Telefone: ................................................ 21
2.2.20 Base: Serviços de Saúde: ....................................................................... 21
2.2.21 Base: Pecuária: ...................................................................................... 21
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Bacia do rio Purus e Municípios .................................................................. 10
Figura 2: Tipos de solos da bacia do rio Purus. ............................................................ 11
Figura 3: Localização das Estações Meteorológicas analisadas. (Fonte: INMET) ........ 12
LISTA DE FOTOS
Foto 1: População nas comunidades das calha do Rio Purus. Autor: Alba R. Piratoba . 13
Foto 2: Residências urbanas às margens do Rio Purus. Autor: Nirvia Ravena .............. 14
Foto 3: Porto no Município de Tapauá. Autor: Nirvia Ravena ..................................... 14
Foto 4: Condições sanitárias de moradores residentes a margem do Rio Purus. Fonte:
Nirvia Ravena ............................................................................................................. 16
Foto 5: Preparação de sala de aula em Tapauá. Autor: Francisco das C. M. Xavier ...... 17
Foto 6: Morador idoso de município localizado na Bacia do Rio Purus. Autor: Diana
Monroy ....................................................................................................................... 18
7
Foto 7: Moradores brincando nas margens do Rio Purus. Autor: Diana Monroy .......... 19
Foto 8: Moradores de comunidades da Bacia do Purus. Autor: Diana Monroy............. 20
Foto 9: Animais confinados em plataformas em decorrência de enchente. Fonte:
Raimundo N. C. Pinheiro ............................................................................................ 21
SIGLAS E ABREVIATURAS
ANA Agência Nacional de Águas
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
GEF Global Environment Facility
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDHM Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
INMET Instituto Nacional de Meteorologia
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
MNT Modelo Numérico de Terreno
PAE Plano de Ações Estratégicas
PNUD Programa das Nações Unidas
PRODES Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia
SAD-69 South American Datum
SRTM Shuttle Radar Topography Mission
TdR Termo de Referência
8
INTRODUÇÃO
1 OBJETIVO DESTE PRODUTO:
No Termo de Referência para Consultor em Governança da Água o produto referente a
segunda atividade diz respeito ao cumprimento de atividades que tem como objetivo
avaliar os impactos das mudanças climáticas sobre a gestão de riscos e gestão de
recursos hídricos transfronteiriços na bacia do rio Purus e fornecer a base para a
formulação de uma série de estratégias de resposta que permitam a utilização
sustentável dos recursos naturais da bacia sob uma variedade de condições climáticas
adversas.
Para que seja elaborado o modelo de Governança de Risco na Sub-bacia
Transfronteiriça do Rio Purus é necessário uma diversidade de dados que serão a
entrada do modelo. No entanto, a filtragem da dados para a composição da base de
dados é um elemento que está associado à abordagem presente na Governança de Risco.
O conceito de Governança de Risco inclui a totalidade dos atores, regras, convenções,
processos e mecanismos envolvidos nos processos de adaptabilidade às mudanças
climáticas e à resposta à eventos extremos. Nessa abordagem, a compilação de dados
relacionados a todos os campos que envolvem o risco, é um fator de extrema
importância. A relevância da informação de risco na fase da coleta dos dados, na
análise dos dados e na forma como são comunicados e como as decisões de gestão são
tomadas são elementos centrais no estabelecimento da Governança de Risco. Assim, a
proposta apresentada Atividade III.2.1 – Mudança Climática, Capacidade de
Adaptação e Governança de Risco na Sub-bacia Transfronteiriça do Rio Purus
necessita de uma base consolidada das informações secundárias obtidas através de
desktop research para inserir no modelo de Governança de Risco em um contexto de
adaptabilidade humana às mudanças climáticas.
Entendendo como fase de implementação de medidas de adaptação à mudança climática
o desenvolvimento do Modelo de Governança de Risco e sua operacionalização a partir
desses dados, a base de dados consolidada é um dos elementos iniciais do processo de
implementação, dada sua fundamental necessidade para o desenvolvimento do Modelo
Operacional de Governança de Risco, sendo portanto, parte da elaboração do modelo
que visa propor um conjunto de medidas de adaptação para comporem o Plano de Ações
Estratégicas (PAE) do Projeto GEF-Amazonas.
No acesso de fontes secundárias pesquisadas para elaboração da base de dados
priorizou-se a busca por dados referentes aos trechos da bacia denominados baixo,
médio e alto Purus. Esta divisão da Bacia tem como objetivo identificar a diversidade
hidro-metereológica, ambiental e sócio político-institucional dessa região amazônica.
Enquanto área mais densamente ocupada, a calha do Rio Purus e os municípios
localizados nela são os loci que concentram a maioria de dados secundários relevantes
para o Modelo de Governaça de Risco.
Assim, os dados contemplam as cidades de Beruri, Tapauá, Canutama, Lábrea, Pauini e
Boca do Acre , no estado do Amazonas e Sena Madureira, Santa Rosa do Purus e Rio
Branco, que apesar de não estar na calha do Rio Purus é representativa do ponto de
vista do contingente populacional e está na área de drenagem da Bacia.
9
A base de dados é sumarizada a partir dos seus componentes climáticos e hidrológicos,
ambientais, sócio-econômicos e político institucionais a partir de uma abordagem mais
ampla da hidrologia e da climatologia e posteriormente os dados relativos à questões
sociais e institucionais.
Para a hidrologia foi realizado o levantamento geo-espacial hidroclimático e ambiental
da bacia hidrográfica do Rio Purus, a partir de mapas temáticos, e que representa a base
de dados relativa a essa necessidade de entrada de dados hidrológicos no Modelo de
Governaça de Risco e que segue como anexo a este relatório.
Na necessidade de entrada de dados climatológicos no Modelo de Governaça de Risco
foi elaborada uma Climatologia de múltiplas escalas de tempo para a Bacia do Rio
Purus com base nas bases de dados de hidroclimatologia.
As bases de dados sócio-econômicas e institucionais são associadas as bases de dados
de risco e tem periodicidade distinta uma vez que o IBGE mudou parte de suas
metodologias.A base segue anexa a este relatório.
2 DESCRIÇÃO DA BASE DE DADOS CONSOLIDADA
Esta etapa deste relatório consiste em descrever as fontes secundárias onde os dados
foram coletados e suas características assim como descrever em parte a natureza de cada
uma das fontes.
2.1 Base de Dados de Hidrologia e Clima
Para dados referentes a hidrologia e clima os dados coletados para a caracterização da
área em estudo foram obtidos via on line de forma gratuita, através dos endereços
eletrônicos http://www.dados.gov.br/ e http://www.dnpm-pe.gov.br/, que continham os
dados de limites do Brasil, hidrografia, tipo e uso do solo.
Os dados de limites e hidrografias, obtidos pela malha municipal digitais do Brasil é um
produto cartográfico do IBGE, elaborado pela Coordenação de Estruturas Territoriais, a
partir do arquivo gráfico municipal, realizados a partir da coleta do Censo demográfico
de 2010.
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Figura 1: Bacia do rio Purus e Municípios
Os dados de tipo e uso do solo foram obtidos a partir do Departamento Nacional de
Produção Mineral, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, o qual é um órgão cujo
objetivo é gerir e fiscalizar o exercício das atividades de mineração em todo território
nacional.
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Figura 2: Tipos de solos da bacia do rio Purus.
As bases cartográficas utilizadas como referências geodésicas e cartográficas foram, o
sistema de coordenadas Lat/Long, o sistema geodésico utilizado foi o SAD-69, cujo
ponto de referência para o datum vertical é o marégrafo de Imbituba, em Santa Catarina.
Com escala de 1:5.000.000, geradas a partir do arquivo-fonte na escala original de
1:250.000.
Já os dados do MNT, foram obtidos gratuitamente do site
http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/ da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA), a partir de imagens SRTM, com resolução espacial de 90 m.
Posteriormente foi transformada em uma imagem raster, de resolução espacial de 1 m,
na escala de 1: 5.000.000.
Os dados tabulares referentes aos dados de chuva e vazão da ANA foram obtidos
gratuitamente via online, através do endereço eletrônico http://hidroweb.ana.gov.br/,
que contém dados dos períodos de 1988 a 2006 e 2007 a 2012, respectivamente, que se
localizavam próximo a bacia do rio Purus. Já os dados do INMET foram obtidos pelo
site http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=bdmep/bdmep, no período de 2000 a
2010.
12
Figura 3: Localização das Estações Meteorológicas analisadas. (Fonte: INMET)
Foram utilizados os softwares ArcGiz para a espacialização, mapeamento e cálculos dos
vetores (shapefiles) e o Excel para a análise dos dados tabulares das estações (ANA e
INMET).
2.2 Dados Socioeconômicos
Para os dados socioeconômicos a fonte com maior acesso foi o IBGE. A tarefa de
levantamento desses dados não é fácil uma vez que o portal do IBGE demanda um
conhecimento para seu acesso além da seletividade de que dado deve ser baixado.
2.2.1 Base : Populações Rural e Urbana por Faixa Etária:
A fonte dos dados é o Censo Demográfico de 2000 e 2010 realizado pelo IBGE. O
domicílio foi classificado segundo a sua localização como domicilio de situação urbana
ou rural e organizado por faixa etária e sexo da população.
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Foto 1: População nas comunidades das calha do Rio Purus. Autor: Alba R. Piratoba
Os domicílios de situação urbana são aqueles localizados nas áreas urbanas, que são
áreas internas ao perímetro urbano de uma cidade ou vila, definido por Lei Municipal.
As áreas urbanas são classificadas em área urbanizada, área não urbanizada e área
urbana isolada.
Os domicílios de situação rural são aqueles localizados nas áreas rurais, definidas como
áreas externas aos perímetros urbanos, inclusive nos aglomerados rurais de extensão
urbana, povoados, núcleos e outros aglomerados.
2.2.2 Base: Últimas 3 gestões municipais:
Construída a partir das informações disponibilizadas pelo Censo Demográfico 2010 do
IBGE, essa base lista os três últimos gestores de cada município. Cada uma destas
listagem permite associar os dados a alianças e coligações partidárias que interferem na
gestão municipal. No entanto, a análise dos dados é parte do produto 3 do TdR desta
consultoria, sendo aqui apenas retratada a gestão municipal como um dos elementos da
análise institucional que irá compor a entrada do Modelo Operacional de Governança de
Risco para a Sub-Bacia do Rio Purus.
14
Foto 2: Residências urbanas às margens do Rio Purus. Autor: Nirvia Ravena
2.2.3 Base: Gestão Pública do Município:
Foto 3: Porto no Município de Tapauá. Autor: Nirvia Ravena
15
Construída a partir das informações disponibilizadas pelo Censo Demográfico 2010 do
IBGE, essa base descreve o quadro de funcionários que compõem a gestão pública dos
municípios a partir do grau de instrução.
2.2.4 Base: Repasse de recursos para o Município:
A partir dos dados disponibilizados pelo Censo Demográfico 2010 IBGE, essa base diz
respeito às remessas de recursos que são captados pelos municípios por tipo de
programa e valor repassado.
2.2.5 Base: Estabelecimentos Agropecuários do Município, Área Plantada, Área
Colhida e Quantidade Produzida da Lavoura Temporária, Área destinada
à colheita, área colhida e quantidade produzida:
A partir dos dados disponibilizados pelo IBGE a partir do Censo Demográfico 2010,
essa base diz respeito á atividade agropecuária dos municípios, partindo do número e
área dos estabelecimentos, tipo de lavoura, área destinada ao plantio e a colheita e o
volume produzido.
2.2.6 Base: Características Urbanísticas do Entorno dos Municípios:
A fonte dos dados foi o Censo Demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, base de
dados sobre as Características urbanísticas do entorno dos domicílios. Essa base de
dados buscou destacar a infraestrutura urbanística dos municípios e contextualizar a
qualidade de vida da população nos domicílios pesquisados através da caracterização
das condições de moradia, no que diz respeito à estrutura de saneamento básico,
analisado através da existência ou não das seguintes variáveis: identificação dos
logradouros; iluminação pública; pavimentação; arborização nos logradouros públicos;
bueiro/boca de lobo; lixo acumulado em vias públicas; esgoto a céu aberto; meio-
fio/guia; calçada e rampa para cadeirante.
2.2.7 Base: Indicadores sociais Municipais – Situação do Saneamento:
Para a construção dessas bases, foram coletados dados oriundos do Censo Demográfico
IBGE 2010, reunindo indicadores que caracterizam os domicílios a partir da análise da
tipologia do serviço de saneamento prestado, mesclando as informações por período,
zona e faixa de renda.
16
Foto 4: Condições sanitárias de moradores residentes a margem do Rio Purus. Fonte:
Nirvia Ravena
2.2.8 Base: Indicadores sociais municipais - Renda por razão de sexo e etnia:
Elaborada a partir dos dados do Censo Demográfico 2010 do IBGE, essa base utiliza
esse indicador para relacionar a participação nos rendimentos dos homens em relação à
participação nos rendimentos das mulheres, por etnia em uma determinada população,
demonstrando o diferencial dos rendimentos entre homens e mulheres por raça. Esse
tipo de indicador pode ser utilizada de maneira estratégica na promoção de políticas
que visem diminuir as desigualdades sociais de gênero.
2.2.9 Base: Indicadores sociais municipais – Educação e Educação por etnia:
Essas bases foram elaboradas a partir das informações disponibilizadas pelos Censos
Demográficos de 2000 e 2010 do IBGE, tendo em vista a importância da educação
como fator de exclusão social. As bases demonstram o comportamento da taxa de
proporção de pessoas com 15 anos ou mais de idade alfabetizadas e não alfabetizadas
nos anos de 2000 e 2010. A base 31 demonstra a correlação da taxa de alfabetização por
etnia.
17
Foto 5: Preparação de sala de aula em Tapauá. Autor: Francisco das C. M. Xavier
Segundo o IBGE, o Censo Demográfico 2010 informa que o País contava com 9,6% da
população de 15 anos ou mais de idade analfabeta, o que corresponde a 13 933 173
pessoas que não sabiam ler ou escrever, sendo que 39,2% deste contingente era formado
por pessoas de 60 anos ou mais de idade. O IBGE aponta que ao se analisar as
diferenças entre grupos de cor ou raça, se destaca a diferença entre brancos e pretos, e
brancos e pardos, demonstrando que tanto pretos (14,4%) quanto pardos (13,0%)
apresentam um percentual de analfabetos quase três vezes maior do que o dos brancos
(5,9%). Ainda segundo essa análise, pretos estão mais longevos do que brancos nos
municípios menores, enquanto pardos apresentam uma distância que se distribui de
forma monótona, quando se observam as classes de tamanho de municípios.
2.2.10 Base: IDHM, IDHM – Educação, IDHM- Longevidade e IDHM- Renda
(Análise Através das Variáveis: Demográficas; Educacional; Renda;
Desigualdade; Trabalho; Vulnerabilidade e Habitação):
As bases foram criadas a partir dos dados disponibilizados no Atlas do
Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, que é uma plataforma de consulta ao Índice
de Desenvolvimento Humano Municipal, desenvolvida pelo Programa das Nações
Unidas (PNUD) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal compreende indicadores de três
dimensões do desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda. O índice varia
de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.
18
Foto 6: Morador idoso de município localizado na Bacia do Rio Purus. Autor: Diana
Monroy
Dentro do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, o componente Educação diz
respeito à dimensão “acesso a conhecimento” é medida pela composição de dois
subíndices: a escolaridade da população adulta e o fluxo escolar da população jovem.
As Regiões Norte e Nordeste têm mais de 90% dos municípios ainda nas faixas de
Baixo e Muito Baixo Desenvolvimento Humano no subíndice de Educação. O Índice
de Desenvolvimento Humano Municipal Longevidade é composto pelo indicador
esperança de vida ao nascer. Esse indicador mostra o número médio de anos que as
pessoas viveriam a partir do nascimento, mantidos os mesmos padrões de mortalidade
observados no ano de referência.
No Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Renda, o domínio sobre recursos
para garantir um padrão de vida com acesso a necessidades básicas, como água,
alimento e moradia, é medido pela renda mensal per capita. Na Região Norte, 90% dos
municípios estão na categoria de Baixo e Médio, apresentando apenas 4 municípios,
entre 449 com IDHM Renda acima do IDHM Renda do Brasil.
2.2.11 Base: Aglomerados subnormais:
As bases foram elaboradas a partir dos dados disponibilizados pelo Censo IBGE 2010,
que considera como aglomerado subnormal um conjunto constituído de, no mínimo, 51
unidades habitacionais (barracos, casas etc.) carentes, em sua maioria de serviços
públicos essenciais, que ocupavam ou tenham ocupado, até período da coleta, terreno de
19
propriedade alheia (pública ou particular) e estavam dispostas, em geral, de forma
desordenada e densa.
Foto 7: Moradores brincando nas margens do Rio Purus. Autor: Diana Monroy
2.2.12 Base: Domicílios Particulares Permanentes, por Situação do Domicílio -
Existência de Banheiro ou Sanitário por Condição de Ocupação:
Base elaborada a partir dos dados do Censo Demográfico IBGE 2010, segundo a
localização domicílio por zona rural ou urbana. Realizou-se o cruzamento dos dados
sobre a zona de localização do domicílio, a existência de banheiro ou sanitário e o tipo
de uso compartilhado ou não.
2.2.13 Base: Situação do domicílio por coleta do lixo:
Base elaborada a partir dos dados do Censo Demográfico IBGE 2010, com base no tipo
de coleta e destino do lixo.
2.2.14 Base: Domicílios particulares permanentes, total e com rendimento
domiciliar, e valor do rendimento nominal médio e mediano mensal dos
domicílios particulares permanentes, total e com rendimento domiciliar,
segundo a situação do domicílio, o tipo de domicílio, a condição de ocupação
e a existência de banheiro ou sanitário e esgotamento sanitário:
Criada a partir dos dados coletados do Censo Demográfico IBGE 2010, são cruzados os
dados referentes a condição de ocupação do domicílio aos valores dos rendimentos dos
domiciliados e a infraestrutura de saneamento.
20
2.2.15 Base: Domicílios Particulares permanentes, condição de ocupação,
saneamento e infraestrutura do domicílio:
Essas bases foram elaboradas a partir das informações disponibilizadas pelos Censo
Demográfico 2010 do IBGE, cruzam dados referentes a condição de ocupação do
domicílio, tipo de serviço de saneamento e infraestrutura do domicílio, no que diz
respeito ao material de construção e número de cômodos.
2.2.16 Base: População residente, por nacionalidade, sexo e grupos de idade e
Pessoas de 5 anos ou mais de Idade que não Residiam na Unidade da
Federação em, por lugar de residência, segundo as mesorregiões, as
microrregiões e os municípios:
Elaboradas a partir dos dados fornecidos pelo Censo Demográfico 2010 sobre migração.
Foto 8: Moradores de comunidades da Bacia do Purus. Autor: Diana Monroy
2.2.17 Base: População residente, por cor ou raça, segundo a situação do
domicílio, o sexo e a idade:
Elaborada a partir dos dados fornecidos pelo Censo Demográfico 2010 sobre
características da população segundo a situação do domicílio, sexo e idade da
população.
2.2.18 Base_62: Pessoas de 25 anos ou mais de idade, por nível de instrução, sexo e
religião - Características Gerais da População:
21
Tendo como fonte dos dados, o Censo Demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, a
base descreve características gerais da população cruzando dados sobre idade, nível de
instrução, sexo e religião.
2.2.19 Base: Domicílios Particulares Permanentes, por Alguns Bens Duráveis
Existentes no Domicílio e Existência de Telefone:
A partir dos dados fornecidos pelo Censo Demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, a
base classifica os domicílios a partir da existência de alguns bens duráveis e da
existência de telefone.
2.2.20 Base: Serviços de Saúde:
A partir da fonte de dados do Censo Demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, a base
descreve os equipamentos e os estabelecimentos de saúde dos municípios em 2009,
indicando quais o tipos de serviços de saúde estão disponíveis para a população, com
base na estrutura do serviço de saúde .
2.2.21 Base: Pecuária:
A partir dos dados do Censo Demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, a base
descreve quais eram as atividades pecuárias desenvolvidas nos municípios em 2011.
Foto 9: Animais confinados em plataformas em decorrência de enchente. Fonte:
Raimundo N. C. Pinheiro
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A base de dados, compactada, segue este relatório. É importante salientar que o formato
consolidado constitui este produto. A posterior filtragem e análise faz parte de outro
produto do TdR do Analista de Governança da Água. Esta fase, de filtragem e análise,
são os passos relativos ao Produto 3 do constante do TdR relativo a Atividade III.2.1 –
Mudança Climática, Capacidade de Adaptação e Governança de Risco na Sub-bacia
Transfronteiriça do Rio Purus.
O arquivo segue anexado ao relatório em função da dissociabilidade existente entre as
extensões de cada um dos arquivos e o formato word exigido neste relatório.
BIBLIOGRAFIA
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Change. Costs, Benefits and Policy Instruments. Paris: OECD, 2008.
BURTON, I; VAN AALST, M.K. Look before you leap: a risk management approach
for integrating climate change adaptation into World Bank operations.World Bank
Environment Department Paper number 100. Washington DC: The World Bank, 2004.
RENN, O; GRAHAM,P. Risk Governance – Towards an integrative
approach.White paper no. 1, International Risk Governance Council Geneva,
Switzerland, 2006.