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PROJETO EDUCATIVO 2015 -2020

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PROJETOEDUCATIVO

2015 -2020

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O projeto educativo, nos termos da le-gislação em vigor, é um instrumento de orienta-ção e gestão fundamental para toda a comuni-dade educativa, para um período de referência de três anos. Para o presente documento, dado que não se preveem alterações significativas ao quadro comunitário de apoio entretanto apro-vado e cujos regulamentos vão vigorar a partir do ano letivo de 2015-2016, pretende-se uma vigência, um pouco superior, de cinco anos – período de 2015 – 2020, de modo a estar em consonância com o quadro comunitário de apoio Portugal 2020, cujos eixos, medidas, fina-lidades, objetivos, metas, e resultados deverão ser tidos em conta. Vivemos um momento em que os povos euro-peus se deparam com novos e mais complexos desafios por via da desunião europeia, fruto dos egoísmos nacionalistas, em consequência da crise económica e financeira e da crise dos re-fugiados. Vivemos um tempo em que a tecno-logia se desenvolve a um ritmo cada vez mais rápido, em que cresce o desemprego de modo assustador enquanto aumentam as horas de tra-balho daqueles que ainda o têm, e em que os conhecimentos produzidos pela Humanidade se duplicam em espaços de tempo cada vez mais curtos. Vivem-se inquietações, medos e incerte-zas relativamente ao futuro. Para podermos responder a tais desafios no território educativo e formativo, lembramos os quatro pilares da educação apresentados no Relatório para a UNESCO “Educação: Um Ter-reno a Descobrir” pela Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, dirigido por Jacques Delors, como os eixos fundamentais em que deve assentar todo o processo da educação

e formação, a saber: Aprender a conhecer; Aprender a fazer; Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros; Aprender a ser. O facto de se falar em aprendizagem é, já de si, sinónimo de que o processo educativo e formativo será centrado no aprendente – o alu-no – o que pressupõe o recurso a metodologias ativas. É esta a prática pedagógica que, de um modo mais acentuado, se tem desenvolvido na nossa escola quer por via do trabalho de projeto quer por via do trabalho colaborativo ou peda-gogias cooperativas. Perante a imprevisibilidade de conse-quências para o território educativo e formativo, do contexto económico, político e social atual e da impossibilidade de se pensar a educação e formação do futuro, não sendo possível realizar hoje uma formação para toda a vida, torna-se necessário que a educação e formação estejam centradas no desenvolvimento de competên-cias, com predominância para a aprendizagem do próprio processo de aprendizagem - trans-versal a todo o processo educativo e formativo - permitindo concentrar numa única finalidade todos os objetivos gerais enunciados no âmbi-to dos pilares da educação para o século XXI. Assim o definiu Jacinto Rodrigues, mentor da nossa escola em “Aprender com a Bauhaus: Aprender a aprender. Desenvolver a experiência criativa formulando as condições institucionais e organizativas que melhor disponham a erup-ção da subjetividade criadora sem abandonar o controlo dos meios e das técnicas... Procurar na diversidade a riqueza pedagógica”. Tais são os

1. INTRODUÇÃO

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principais fundamentos do processo pedagógi-co da nossa escola. Este documento partiu da análise do relatório de autoavaliação da escola e dos resultados aí apresentados, de modo a identificar os pontos fortes e fracos da escola, os resultados alcança-dos e sua evolução, para que as metas apresen-tadas pudessem ser exequíveis. O nosso projeto educativo foi desenvol-vido com a participação de toda a comunidade educativa. Ao nível da elaboração do documen-to foi constituída uma equipa de trabalho. Ao nível da discussão dos objetivos, metas e indi-cadores de resultado, foram feitas reuniões para discussão, validação e aprovação.

2. MISSÃO E VISÃO

Missão

Formar pessoas, educando os jovens para os valores humanos e para uma cidadania ativa e participativa em sociedade, preparando--os para enfrentar os desafios do futuro e formar jovens e adultos em arte, design, audiovisuais e novas tecnologias de informação e comunica-ção, de modo a satisfazer as necessidades locais de emprego e contribuir para o desenvolvimento económico e social da região norte de Portugal.

Visão

Uma escola profissional de referência na área artística e nas novas tecnologias de comu-nicação, de qualidade reconhecida a nível re-gional, nacional e internacional, pelas famílias, empresas e instituições de ensino, nos domínios da formação inicial e da formação de adultos.

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A Escola Artística e Profissional Árvore rege-se pelos valores da UNESCO, de que é escola associada, nomeadamente pelos valores da paz, tolerância, respeito pelos outros e pela diversidade, bem como pela defesa do patrimó-nio natural e cultural. A Escola Artística e Profissional Árvore, enquanto promotora do projeto de educação humanística por via da arte, preconiza a defe-sa dos valores da liberdade e responsabilida-de, bem como do desenvolvimento da pessoa humana e da igualdade de oportunidades para todos, tendo a criatividade como seu eixo edu-cativo central.

Finalidades educativas e princípios pedagógicos• Formação de cidadãos conscientes e participa-tivos na vida em sociedade centrada na vivência dos valores da democracia e da liberdade de ex-pressão e pensamento;• Formação de trabalhadores empenhados e dotados de competências sociais e técnicas que possibilitem um bom desempenho profissional;• Formação centrada na conjugação dos valores éticos e estéticos, nomeadamente colocando a

criatividade ao serviço do bem comum;Sensibilização estética – aprender a ver, ouvir, sentir e comunicar – de modo a estimular a cria-tividade contínua dos jovens e adultos;• Ensino baseado na afetividade e numa relação de proximidade professor aluno assente numa conceção de que a escola é vida e não apenas preparação para a vida;• Aprendizagem centrada na prática, pela via da resolução de problemas e pela experimentação segundo a metodologia de aprender fazendo;Pedagogia do projeto desenvolvida numa lógi-ca transversal e transdisciplinar, de modo a pro-mover a aprendizagem integral do objeto e a constituição de um conhecimento global, por via da colocação enfática dos problemas;• Formação de jovens preparados para o in-gresso no ensino superior e para o processo de aprendizagem ao longo da vida, dotados da ca-pacidade de aprender a aprender;• Promoção da inserção dos nossos jovens na vida ativa, seja no mundo do trabalho seja no ensino superior;• Promoção de parcerias nacionais e internacio-nais que alarguem o leque de possibilidades de inserção dos diplomados na vida ativa;

3. VALORES E FINALIDADES

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A Escola Artística e Profissional Árvore é propriedade da Escola das Virtudes – Coope-rativa de Ensino Polivalente e Artístico, C.R.L., instituição privada, de natureza cooperativa, equiparada a instituição de utilidade pública, nos termos do Decreto-Lei 92/2014, de 20 de junho. Foi constituída em 21 de Maio de 1982, no desenvolvimento do projeto Árvore, de edu-cação humanística por via da arte. É, por isso, uma escola de inspiração artística, sendo as artes visuais uma referência transversal a todo o seu processo formativo. É ainda uma escola profissional, o que pressupõe que o seu objeti-vo estratégico fundamental seja a formação de jovens para o mundo do trabalho. Dada esta li-gação intrínseca entre a formação profissional e a inspiração artística dos nossos cursos, temos como desígnio essencial a formação de técnicos intermédios dotados de competências de inter-pretação e execução de projetos, de modo a se-rem capazes de fazer a ponte entre os criadores e os trabalhadores da produção.A Escola Árvore é financiada por fundos públi-cos (Orçamento de Estado e Fundo Social Eu-ropeu) e, como tal, encontra-se sujeita às regras impostas pela tutela (Ministério da Educação e União Europeia), nomeadamente:aprovação pedagógica de novas turmas pela DGEST (Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares) e aprovação financeira pelo POCH (Programa Operacional do Capital Humano);controlo de execução física e financeira dos proje-tos pelo POCH, FSE (Fundo social Europeu), IGF (Inspeção Geral de Finanças) e auditores externos;fiscalização e avaliação pela IGEC (Inspeção Ge-ral de Educação e Ciência). Assim, a nossa ação é condicionada,

em cada ano, pelas turmas e projetos autoriza-dos a entrar em funcionamento, em função do levantamento de necessidades de formação apresentado pela ANQEP (Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional) e Área Metropolitana do Porto, bem como pelo finan-ciamento disponível no âmbito do POCH. Por outro lado, é-lhe exigido o registo e arquivo das evidências da ação por um período extensível a todo o quadro comunitário de apoio anterior (no caso atual, ao período de 2006-2013). Para o período de 2013-2020, sabemos que há uma redução significativa dos fundos disponíveis para a educação e formação (me-nos cerca de 40% do que relativamente ao mes-mo período de tempo do quadro comunitário anterior), o que irá ter implicações ao nível da autorização da abertura de novas turmas e dos níveis de financiamento da escola, razão pela qual se devem procurar encontrar novas vias de financiamento. Paralelamente, assistimos a uma mudança dos critérios de financiamento, subs-tituindo-se os indicadores de realização pelos indicadores de resultado, o que significa que o financiamento passa a estar indexado e condi-cionado à empregabilidade dos cursos. Do ponto de vista pedagógico, assisti-mos a novas e maiores exigências: introdução durante o ano de 2016 do EQAVET (sistema europeu da avaliação da qualidade da educa-ção e formação profissional), alteração a partir de 2016-17 da componente curricular dos cur-sos profissionais para unidades de formação de curta duração, aplicação do sistema ECVET (sis-tema europeu de créditos de educação e forma-ção profissional). A nossa escola encontra-se situada na

4. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO

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zona histórica do Porto, núcleo habitacional muito degradado, habitado por uma população envelhecida e de fracos recursos económicos. Por essa razão, os nossos alunos são oriundos, na quase totalidade, de fora da união de fregue-sias do centro histórico e mesmo de fora da ci-dade. A área metropolitana do Porto é o núcleo habitacional preferencial de recrutamento dos nossos alunos, mas existe ainda um peso signi-ficativo de alunos oriundos de fora da área me-tropolitana (região norte e centro). No entanto, tem vindo a diminuir o raio de residência dos nossos alunos, aumentando assim a proximida-de do local de residência destes com a escola. Apesar disso, verifica-se um aumento dos can-didatos inscritos na nossa escola, o que se ex-plica pela mudança de estratégia de comunica-ção, nomeadamente com o recurso à Internet, à ação do gabinete de divulgação externa e à continuação de boas práticas pedagógicas que potenciam a divulgação boca-a-boca. Verifica--se, contudo, que nem todos os cursos acom-panham esta tendência de aumento da procura, pelo que, juntamente com as taxas de emprega-bilidade, terá de se fazer uma reflexão sobre a oferta formativa a candidatar a cada momento. O desemprego é o principal problema que afeta o país e poderá condicionar a ação da nossa escola. O desemprego jovem (entre os 18 e os 24 anos), em particular, atinge no nosso país valores muito elevados – 34%. Não dispon-do de dados que nos permitam conhecer como estas percentagens se distribuem a nível conce-lhio, iremos considerar os dados mais recentes de desemprego total, para perceber como ele se apresenta na nossa região. Nesses dados, Gaia era o concelho da área metropolitana do

Porto com maior taxa de desemprego (21,9%), Matosinhos apresentava a taxa mais baixa (14,6%) e o Porto situava-se nos 18,2%. Com-parativamente com o todo nacional, os con-celhos do Porto e Gaia, bem como a região norte apresentavam taxas mais elevadas de desemprego. Também as ofertas de emprego no concelho do Porto apresentavam uma taxa inferior a 50% do todo nacional. A entidade proprietária da Escola Árvo-re tem em funcionamento um CQEP (Centro de Qualificação e Ensino Profissional) em parceria com a Profitecla. A orientação escolar e voca-cional desenvolvida pelo CQEP é uma atividade que permite chegar mais facilmente aos jovens que frequentam as escolas básicas da área me-tropolitana e contribuir para uma melhor e mais atempada seleção dos candidatos. O reconhe-cimento desenvolvido pelo CQEP de compe-tências de adultos é uma oportunidade para o encaminhamento para cursos de educação e formação de adultos, bem como para unidades de formação de curta duração, escolares e pro-fissionais, de modo a requalificar a população local para melhor responder às suas necessida-des de emprego, aos desafios do futuro e às ne-cessidades do tecido económico e social. Mui-tas destas formações poderão ser desenvolvidas pela nossa escola. Do ponto de vista do reco-nhecimento de competências, dado que a po-pulação mais preparada já foi qualificada numa primeira fase pelos CNO, é previsível que seja cada vez menor a procura de reconhecimento de competências por parte de pessoas desqua-lificadas com condições para uma qualificação total rápida. O relatório de autoavaliação da escola

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de 2014 apresenta uma taxa global de desem-prego dos nossos diplomados de apenas 21% (inferior à taxa de desemprego jovem), uma taxa de prosseguimento de estudos de 46% e uma taxa de emprego de 33%. Apesar da importân-cia da formação profissional, não podemos des-curar a importância da formação orientada para o prosseguimento de estudos, visto ser esse o interesse de grande parte dos nossos alunos, pois pretendem ingressar no ensino superior do-tados de competências técnicas e profissionais, tal como se constata nos objetivos de estudo apresentados no relatório de autoavaliação, em que 49% dos alunos afirmam pretender prosse-guir estudos. A Escola Árvore tem desenvolvido alguns projetos internacionais, estando bem cotada junto da Agência Nacional do Programa Eras-mus+. Viu aprovada uma linha de financiamento para o período de 2015-2017, que deverá ser aproveitada para possibilitar o maior número de estágios de alunos no estrangeiro. Este facto deverá ser uma oportunidade para melhorar a motivação dos alunos. A certificação de compe-tências profissionais poderá ser feita nos moldes do sistema ECVET, de modo a facilitar o reco-nhecimento das competências profissionais dos jovens no espaço da União Europeia. A Escola Árvore tem protocolos estabele-cidos com muitas entidades locais e empresariais para os mais diferentes tipos de projetos (56) e para estágios profissionais (145). Tem mantido ao longo da sua existência uma prática de ativida-des de projeto em contexto de aula e de ativi-dades externas, atividades extracurriculares, visi-tas de estudo que podem ser potenciadas para melhorar a ligação da escola ao contexto real de

trabalho. Sendo escola associada da UNESCO, mantém ligações em rede com dezenas de es-colas a nível nacional e tem também cooperado com escolas da rede UNESCO a nível internacio-nal. É escola associada do Centro de Formação de Professores Guilhermina Suggia e mantém, nessa qualidade, uma relação em rede com as escolas da área oriental do concelho do Porto. Faz também parte da rede EFVET, participando anualmente nas suas conferências internacio-nais, onde tem vindo a desenvolver contactos para o estabelecimento de parcerias e projetos transnacionais. É ainda membro da rede ESN, em conjunto com outras escolas associadas de pendor mais generalista. Dado que a nossa re-lação internacional com escolas de formação profissional se tem vindo a desenvolver, faz cada vez mais sentido a sua relação à rede EFVET em detrimento da rede ESN. O sucesso educativo apresentado tem vindo a aumentar em termos globais, quando compara-das as taxas de conclusão dos cursos. Verifica-se também uma subida das médias da formação em contexto de trabalho, não se verificando o mesmo quando analisamos as classificações das provas de aptidão profissional e as médias da componente curricular. No entanto, tal não acontece de igual modo em todos os cursos. A FCT apresenta os resultados mais elevados, se-guido das provas de aptidão profissional, pelo que se pode concluir que a avaliação externa é mais generosa que a avaliação interna. Este dado aponta para uma necessidade de melho-ria dos resultados da componente curricular. O fenómeno de módulos em atraso continua a ter um peso excessivo, pelo que deverão ser toma-das medidas para a sua redução.

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As taxas de abandono têm vindo a cair, apesar do fenómeno de crise económica e da emigração de muitas famílias, tendo-se reduzido a penalização financeira à escola por perda de alunos. O mesmo se passa com a melhoria da as-siduidade. Os problemas de comportamento não são significativos, sendo a maioria das sanções aplicada de natureza corretiva e não disciplinar.

A escola disponibiliza serviços de apoio psicopedagógicos e pedagógicos aos alunos, tendo em vista o apoio a alunos com necessida-des educativas especiais, o apoio a alunos com problemas psicológicos ou comportamentais e o apoio educativo para a preparação dos alunos para os exames nacionais.

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PONTOS FORTES PONTOS FRACOS- Marca e imagem da escola no exterior;- Especialização da Escola na área artística;- Qualidade da formação e diversidade dos cursos;- Ambiente escolar de liberdade e criatividade;- Dinâmica pedagógica da Escola;- Reconhecimento da qualidade dos cursos da Escola;- Escola de referência para parceiros nacionais e europeus;- Qualidade e estabilidade do corpo docente e não docente;- Relação pedagógica professor/aluno/encarregados educação;- Boas relações com empresas para a FCT;- Acessibilidade dos docentes e discentes aos órgãos de direção e coordenação e sua relação com a restante comunidade educativa;- Nível de exigência adequado;- Elevado grau de satisfação dos alunos;- Qualidade e acessibilidade da comunidade educativa aos equipamentos escolares; - Instalações confortáveis e agradáveis;- Gabinete de apoio psicológico;- Procura elevada dos cursos da escola;- Bons indicadores de ingresso no ensino superior;- Qualidade das refeições da cantina;- Atividades extracurriculares e envolvimento da Escola com o meio local;- Relação de proximidade com os ex-alunos;- Inovação e atualização tecnológica constante e flexibilidade curricular;- Localização central da Escola.

- Comunicação com a comunidade do que se faz na escola;- Postura menos educada de alguns alunos;- Espaço escolar e oficinal reduzido;- Motivação e empenho aquém das possibilidades dos alunos;- Pré-requisitos fracos de alguns alunos;- Inexistência de instalações desportivas próprias;- Empregabilidade reduzida em alguns cursos;- Pouca clareza na divulgação do perfil de competências dos cursos;- Inexistência de plano estratégico de comunicação;- Inexistência de espaços plurifuncionais que possam acolher diferentes projetos;- Taxa de absentismo superior ao desejado;- Dispersão das instalações escolares.

AMEAÇAS OPORTUNIDADES- O novo quadro comunitário de apoio introduz um sistema de financiamento baseado nos resultados de empregabilidade;- A crise económica está a levar muitas famílias para o estrangeiro, fazendo aumentar o abandono escolar e reduzindo a procura dos cursos;- Redução do financiamento disponível no quadro comunitário de apoio Portugal 2020;- As escolas profissionais estão obrigadas a implementar até final de 2016 o sistema europeu de avaliação da qualidade – EQAVET;- As escolas profissionais vão ser objeto de avaliação por parte da IGEC;- As escolas profissionais deverão implementar a partir do ano letivo de 2016-17 a formação tecnológica através das UFCD disponíveis no catálogo;- O Programa Erasmus+ obriga a um processo de certificação das competências adquiridas;- Concorrência cada vez mais acentuada entre as escolas para garantir a fixação e o recrutamento dos alunos;- Retração do mercado de trabalho, dificultando a empregabilidade e procuras dos cursos.

- Aumentar a ligação às empresas de grande dimensão e ajustar a formação às necessidades do mundo do trabalho;- Ajustar a oferta formativa à procura dos cursos e às necessidades do tecido económico e social;- Redimensionar a estrutura da escola de modo a garantir a sua sustentabilidade futura e procurar novas fontes de financiamento;- Implementar o sistema de certificação da qualidade – selo EQAVET;- Dotar a escola de um modelo de autoavaliação eficiente e de um modelo de organização de procedimentos;- Rever o processo de organização curricular;- Alterar os momentos de realização da FCT;- Reforçar as parcerias internacionais e aumentar as mobilidades de formadores e formandos no contexto europeu;- Fomentar a internacionalização da escola;- Implementar o sistema de certificação de créditos de competência ECVET;- Estabelecer protocolos com escolas privadas e centros de estudo para divulgação da oferta formativa;- Estabelecer a troca de serviços com as empresas, de modo a garantir uma melhor relação dos trabalhos de FCT com as mesmas;- A dotação do programa Erasmus+ sofreu um aumento significativo relativamente ao Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida e está orientado para as mobilidades individuais, particularmente em FCT.

Análise SWOT da Escola Árvore

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As linhas orientadoras para o plano de desenvolvimento estratégico da escola para o período de 2015-2020 resultam da visão para a escola Árvore atrás explicitada: realizar-se como escola de referência no ensino artístico e profissional, ao serviço de uma educa-ção e formação de qualidade.Com vista a melhorar os pontos fracos da esco-la, combater as ameaças e aproveitar as opor-tunidades que se nos apresentam, o plano de desenvolvimento estratégico deverá ter como orientação fundamental a melhoria da ligação da escola ao meio, de modo a favorecer a in-tegração dos alunos na comunidade. Assim, a ação interventiva da Escola deverá fazer-se nos seguintes eixos da ação educativa:• Oferta FormativaRever a oferta formativa dos cursos profissionais de modo a criar uma bolsa de oferta que permi-ta, simultaneamente:• adaptar a oferta às necessidades do mundo do trabalho, às condições de empregabilidade dos cursos e à procura dos alunos;• criar condições para negociação em rede da oferta dos cursos profissionais.• aumentar e diversificar a oferta formativa para outras tipologias de formação:• criar cursos de especialização tecnológica (CET) para candidatar a financiamento no âmbi-to do Programa POISE (CCDR Norte). • realizar candidaturas a cursos de Educação e Formação de Adultos – Básico e Secundário.criar um catálogo de oferta de unidades de for-mação de curta duração (escolares e profissio-nais) e efetuar candidatura a financiamento• Recusar os cursos de formação vocacional de nível secundário, por não garantirem uma for-

mação de qualidade e os de nível básico por in-suficiência de financiamento.• Promover o centro ADOBE, tendo em vista a certificação de competências em tecnologias ADOBE orientada para professores e alunos.

• Serviços de ApoioAjustar a atividade do gabinete de psicologia para o apoio à prevenção e à resolução de pro-blemas psicológicos e comportamentais.Desenvolver a ação da equipa de apoio a alunos com necessidades educativas especiais.Articular a atividade da escola com a atividade do CQEP de modo a melhorar a eficácia de:• orientação escolar de jovens e seu encaminha-mento;• encaminhamento dos jovens e adultos para a formação em contexto de trabalho e para o mundo do trabalho, estabelecendo critérios cla-ros.Promover o apoio pedagógico para melhoria dos resultados dos exames e para a conclusão dos alunos em risco, ao longo do ano, em horá-rio previamente definido.Promover o serviço de troca de manuais escola-res e melhorar a acessibilidade dos alunos aos equipamentos.

• Redes e ParceriasPromover a criação de protocolos de coopera-ção com as associações empresariais, de modo a possibilitar o reconhecimento de competên-cias, a formação e a requalificação dos traba-lhadores e melhorar a relação com as grandes empresas industriais para a realização de proto-colos de estágio.Criar, em parceria com as empresas Coopicart e

5. EIXOS DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO

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as Múltiplas Virtudes, um centro de formação e start up que possibilite em simultâneo local de estágio e de trabalho para os nossos alunos.Promover contactos com as escolas parceiras no CQEP de modo a desenvolver ações conjuntas de promoção e divulgação da oferta formativa e dos resultados da formação.Trabalhar com as escolas da rede de escolas as-sociadas da UNESCO de modo a desenvolver ações em torno dos valores humanos, da paz e do património natural e cultural.Dinamizar, no âmbito da ANESPO, ações em tor-no da revisão curricular dos cursos profissionais e da defesa da formação das escolas profissionais.

• Internacionalização da EscolaFomentar o estabelecimento de parcerias com as escolas e centros de formação da rede EFVET (European Forum of Vocational Education and Training), de modo a promover o intercâmbio de experiências de formação.Desenvolver ações no âmbito do programa Erasmus+, com vista ao aumento da mobilida-de de alunos e profissionais de educação no espaço europeu. Implementar o sistema europeu de créditos de formação (ECVET), de modo a favorecer o reco-nhecimento de competências escolares e profis-sionais dos alunos no espaço europeu.Criar uma equipa de projetos internacionais para gerir a mobilidade de alunos e pessoal docen-te e não docente, bem como apresentar novas candidaturas ao programa Erasmus+.

• Formação e Avaliação dos Recursos HumanosPromover a frequência de ações de formação através do Centro de Formação de Professores

Guilhermina Suggia, de modo a atingir os obje-tivos da legislação laboral.Propor a realização de ações de formação acredi-tadas através do Centro de Formação Guilhermi-na Suggia, de modo a qualificar o pessoal docen-te e não docente para a atualização de funções.Promover uma parceria para a avaliação de pro-fessores no âmbito da rede de escolas associa-das do Centro de formação de Professores Gui-lhermina Suggia.

• Atividades LetivasOrientar os projetos de escola para a satisfação de necessidades do meio local, de modo a fa-vorecer a inserção dos alunos no contexto real de trabalho.Organizar as provas de avaliação profissional para a satisfação das necessidades da escola e das instituições locais.Organizar e orientar as PAF para a preparação das PAP e para a validação de competências e módulos em atraso.Implementar o desenvolvimento de competên-cias orientadas para o empreendedorismo e para a inserção no mundo do trabalho.Promover uma formação orientada para os valo-res da responsabilidade e respeito pelos outros.

• Divulgação e Comunicação Promover ações de divulgação da oferta forma-tiva junto dos alunos das escolas da área metro-politana do Porto.Promover workshops tecnológicos orientados para jovens em idade escolar, no período de pausas letivas.Promover ações de orientação escolar junto dos alunos dos centros de estudo.

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Promover publicidade itinerante com recurso à carrinha da escola, em particular junto das escolas com o terceiro ciclo do ensino básico.

Implementar a utilização do site e das páginas do facebook e youtube da escola para divulga-ção das atividades pedagógicas.

A organização escolar, tal como se tem encontrado, no que diz respeito à carga horária, à realização dos horários letivos, ao ca-lendário escolar e ao período de formação em contexto de trabalho, tem tido muitas condicio-nantes provocadas por sucessivas e atemporais alterações na gestão do currículo motivadas por alterações legislativas, por incompatibilidades de horários dos professores que acumulam fun-ções, por dificuldades de gestão dos espaços e equipamentos, o que tem dificultado a criação de equipas de trabalho e a realização de reu-niões de coordenação. A alteração do currículo dos cursos pro-fissionais com base no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) e a sua alteração para resul-tados de aprendizagem, de um modo sucessivo a partir do ano letivo de 2016/2017, com vista à sua articulação com o sistema de créditos EC-VET, também a ser implementado, bem como a criação do sistema de qualidade EQAVET para a certificação do selo europeu de qualidade para ser aplicado ainda durante o ano de 2016, vêm

criar ainda mais dificuldades de organização do sistema escolar. Para colmatar as dificuldades decorren-tes do atual modelo de organização da escola e das novas exigências da tutela, devem ser ado-tadas, a partir de 2016/2017, as seguintes medi-das organizativas. Aumento do período de semanas de formação, com o alargamento do período de formação até julho de cada ano, de modo a garantir a existên-cia de momentos livres de atividade letiva para alunos e momentos comuns disponíveis de fun-ção letiva para professores e coordenadores, a fim de possibilitar o funcionamento das equipas de trabalho.Criação de horários constantes ao longo de todo o ano, para o que devem ser eliminados os mo-mentos de formação em contexto de trabalho no segundo ano e ser dividido o terceiro ano em dois semestres, sendo distribuídos os períodos de FCT de um modo equitativo entre cursos no primeiro e no segundo semestres.

6. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

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Os objetivos que nos propomos alcançar até fi-nal do ano de 2020 são os seguintes:• Alcançar uma procura duas vezes superior à oferta, nos cursos profissionais de jovens;• Criar uma rede de oferta formativa para adul-tos assente nos cursos de educação e formação de adultos e na construção de cursos técnicos de curta duração para desempregados, assen-tes em UFCD;• Apresentar um programa de formação para empresas, assente em UFCD;• Melhorar o desempenho dos nossos alunos nos exames de acesso ao ensino superior;• Garantir a todos os alunos com défices cognitivos ou emocionais o apoio dos serviços de psicologia e de educação especial; • Garantir uma formação de qualidade para todos

os alunos;• Fomentar a formação artística e o desenvolvi-mento da criatividade;• Garantir a todos os alunos o estágio em em-presas e aumentar os protocolos de formação de FCT com as grandes empresas dos setores de atividade;• Possibilitar aos alunos de todos os cursos estágios no estrangeiro;• Garantir a utilização da plataforma criada para arma-zenamento e apresentação online dos trabalhos finais dos alunos e promoção da sua empregabilidade.

As metas, acompanhadas dos respetivos indica-dores, que nos propomos alcançar até final do ano de 2020 são as seguintes:

7. OBJETIVOS, METAS E INDICADORES DE MEDIDA

INDICADOR METAS UNIDADE DE MEDIDATaxa de diplomados nos cursos de nível IV.

75% em 2016 Número de alunos que concluíram o curso / número de inscritos menos o número de alunos que abandonaram por razões não imputáveis à escola.85% em 2020

Aumento anual de 2,5% ao ano.

Taxa de empregabilida-de.

65% em 2016 Número de alunos empregados ou a estudar até 6 meses após a formação / número de alunos que concluíram o curso com sucesso.75% em 2020

Aumento anual de 2,5% ao ano.Taxa de empregabilidade na área.

50% dos alunos empregados até 2016

Número de alunos empregados na área de formação até 6 meses após a formação / total do número de alunos empregados.60% dos alunos empregados até

2020Aumento anual de 2,5% ao ano.

Taxa de abandono. 15% em 2016 Número de desistências no ciclo de estudos menos os alunos que abandonaram por razões não imputáveis à es-cola / número de alunos que iniciaram a formação. 12% em 2020

Redução de de 0,75% ao ano até 2020.

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O projeto educativo deverá ser monito-rado e avaliado pela equipa de autoavaliação e projeto educativo, de modo a confrontar as suas metas e orientações com a sua execução, com vista a proceder à sua retroação e eventual corre-ção, a fim de se alcançarem os objetivos e finali-dades preconizadas. O processo de acompanhamento e moni-torização será contínuo, realizado pela recolha de

dados nos sistemas de acompanhamento imple-mentados, em conformidade com os indicadores de medida atrás enunciados. No final do ciclo de vigência do projeto educativo, será realizada uma avaliação final, de modo a medir o grau de execução do projeto, bem como os seus desvios e a possibilitar a ela-boração de um novo projeto educativo para um novo período.

O projeto educativo foi debatido em reu-niões setoriais com os stakeholders internos da ins-tituição e devidamente ajustado, em conformida-de com os seus contributos. Foi ainda submetido

à discussão e aprovação final do Conselho Con-sultivo em reunião realizada no dia 22/06/2016, tendo sido aprovado por unanimidade.

O projeto educativo será apresentado a toda a comunidade educativa e será disponibilizada a sua consulta livremente através do site da Escola.

8. AVALIAÇÃO E MONITORIZAÇÃODO PROJETO EDUCATIVO

9. APROVAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO

10. COMUNICAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO