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Coleção Educação Ação Vol. 2 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO Subsídios Orientadores

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Coleção Educação Ação

Vol. 2

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Subsídios Orientadores

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este documento orientador aos apaeanos e profissionais da Educação das escolas das APAEs que,

acreditando no potencial das pessoas portadoras de deficiência, rompem as barreiras estigmatizantes e de

negação de direitos, para a consolidação de uma sociedade ética e justa para todos.

.

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SUMÁRIO

DEDICATÓRIA APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO I - (FOLHA DE ROSTO) II - SUMÁRIO III - APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO IV - INTRODUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO V - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO VI - MISSÃO DA ESCOLA VII - HISTÓRICO ESCOLAR VIII - DIAGNOSTICO DA ESCOLA E REALIDADE CONTEXTUAL IX - OBJETIVO X - PRINCÍPIOS NORTEADORES XI - ORGANIZAÇÃO ESCOLAR XII - RECURSOS HUMANOS XIII - RECURSOS MATERIAIS XIV - AVALIAÇÃO XV - PARCERIAS: FAMÍLIA E COMUNIDADE

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XVI - BIBLIOGRAFIA XVII - ANEXOS TEXTO DE APOIO ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: DA CONCEPÇÃO À CONSTRUÇÃO BIBLIOGRAFIA

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APRESENTAÇÃO A garantia do atendimento educacional de qualidade, que possibilite, o pleno desenvolvimento das potencialidades de nossos educandos, tem sido o grande desafio das escolas especializadas, mantidas pelas APAEs, e que somam mais de duas mil em todo o país. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação considera a Educação Especial como “Modalidade de Educação Escolar” e em seu artigo 59 assegura – “aos educandos com necessidades especiais currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender as suas necessidades..”. Em cumprimento ao preceito legal, considerando a necessidade de se estabelecerem parâmetros nacionais comuns para a definição das ações educativas das APAEs, a Federação Nacional deu inicio a uma série de encontros, analises, discussão, trocas de experiências, seminários, congressos, ouvindo professores, técnicos, pesquisadores, órgão executivos da educação cujo resultado final é o documento que agora apresentamos: a APAE Educadora: A Escola que Buscamos. Mais do que um caminho para a prática pedagógica das escolas especializadas, o estudo também pretende facilitar a integração das demais áreas de abrangência que compreendem o atendimento global ao educando portador de deficiência, tais como Saúde, Esporte, Lazer, Cultura, Trabalho e Assistência Social. Somente com a integração desses serviços estaremos caminhando para o cumprimento da concepção filosofia de nosso Movimento Apaeano, que é a defesa dos direitos dos portadores de deficiência. Construir o Projeto Pedagógico de cada uma de nossas escolas, alicerçado nos princípios normativos da legislação vigente, sem esquecer compromisso com a busca de uma educação mais igualitária e mais justa a todos os cidadãos brasileiros é o objetivo maior deste documento que, esperamos, irá balizar a atividade pedagógica das escolas das APAEs e contribuir, decisivamente, para a melhoria da qualidade de atendimento educacional ao portador de deficiência em cada escola de nosso Brasil.

Flávio Jose Arns Presidente Gestão 1999/2001

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ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO

POLÍTICO-PEDAGÓGICO

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ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO

POLÍTICO-PEDAGÓGICO

I. - Folha de Rosto do Projeto Político-Pedagógico II. – Sumário do Projeto Político-Pedagógico III. – Apresentação do Projeto Político-Pedagógico IV. – Introdução do Projeto Político-Pedagógico

V. - Dados de Identificação

1. Da Mantenedora 2. Da Escola

VI. - Missão da Escola VII. – Histórico da Escola

VIII. – Diagnostico da Escola e da Realidade Contextual IX. – Objetivos

X. – Princípios Norteadores

1. Epistemológicos 2. Didático-pedagógicos 3. Éticos 4. Estéticos

XI. – organização Escolar

1. Organização Administrativa 2. Organização Curricular

XII. – Recursos Humanos XIII. – Recursos Materiais

XIV. – Avaliação XV. – Parcerias: Família e comunidade

XVI. – Bibliografia XVII. - Anexos

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1 – (FOLHA DE ROSTO)

ESCOLA ..................................................................................................

(NOME DA ESCOLA)

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

ESCOLA E QUALIDADE DE VIDA: UMA PEDAGOGIA DIFERENCIADA EM PROL DA EDUCAÇÃO UNITÁRIA*

(Titulo de Projeto)

(Local e data) __________ * Cada escola, ao construir seu Projeto Político-Pedagógico, pode escolher em titulo para o seu projeto, uma espécie de pensamento que situe, caracterize e evidencie a identidade daquela escola, ou seja, a marca que pretende cunhar à comunidade.

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II – SUMÁRIO

O Sumário constitui-se na distribuição das partes do trabalho, indicando as subdivisões do documento e as páginas correspondentes à localização das partes do projeto. A referencia principal são os títulos e, se houver, subtítulos.

Se houver ilustração, tabelas e gráficos, deverá ser feito um novo sumário, na folha seguinte, no qual serão feitas as devidas enumerações das paginas correspondentes. Ressaltamos que o sumário é a última parte a ser feita, uma vez que o trabalho deverá estar completo e todo paginado para a elaboração definitiva do mesmo.

Exemplo: Capítulo I Da indiferença às diferenças nas pedagogia diferenciadas: Itinerários .................................................................................... 17

1.1. O atendimento diferenciado a aluno com dificuldades de aprendizagem......................................... 23

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III – APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

A apresentação do Projeto Político-Pedagógico da escola da APAE deve expressar os resultados das reflexões, participações e conclusão coletiva de uma equipe comprometida com os resultados educacionais e que, ao buscar a identidade para sua escola, a particulariza perante as demais. O Projeto Político-Pedagógico¹ deve expressar que a filosofia da escola ratifica a filosofia do Movimento Apaeano, no entendimento de que “o processo educacional é parte fundamental e determinante na formação do cidadão” e que seu desenvolvimento se dá pela crença nas possibilidades transformadora da educação que proporcionam independência, liberdade e auto-realização. Deve-se destacar que o Projeto está em consonância com a proposta da APAE Educadora, respaldando pela legislação vigente (citar a legislação) e que representa um conjunto de esforços de educadores, técnicos, familiares e pessoas portadoras de deficiência no sentido de romper barreiras e limitações historicamente construídas para o exercício da cidadania, concretizando uma educação democrática de qualidade, que tem como principio a promoção e inclusão social de pessoas portadoras de deficiência. É importante ressaltar que, sendo o Projeto Político-Pedagógico um dos instrumentos de identidade da escola, ele possibilita transformar em realidade social o compromisso de fazer acontecer de fato “o direito de todos a uma educação de qualidade”. Que a identidade da escola, refletindo os princípios norteadores propostos pela APAE Educadora, reafirma nas suas práticas educativas cotidianas com alunos e familiares o compromisso com a conquista de direitos e cidadania para os educandos portadores de deficiência atendidos pelas escolas das APAEs. _____________ ¹ Segundo Osório, e importante evidenciar as dimensões do Projeto Político-Pedagógico em sua identidade institucional. Por conta disto, os educadores devem ter clareza que é a partir dele que serão constituídos ao Projeto Pedagógicos (currículo e outras necessidades pontuais de atividades complementares ou não). Não podemos entendê-lo como uma redundância semântica. Devemos compreende-lo como posição política frente a sociedade.

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IV – INTRODUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

A introdução do Projeto Político-Pedagógico deverá explicar de forma clara seu objetivo, propiciando ao leitor a compreensão de que os momentos de reflexão e discussões da equipe permitiram à escola da APAE a construção de um planejamento, que vise oferecer à comunidade ações educacionais diferenciadas, audaciosas, inovadoras, que desafiam a si própria, adaptando suas praticas aos anseios e necessidades de seus educandos e demonstrando uma nova identidade (discorrer sobre a identidade que busca). É importante incluir os dispositivos da LDB 9.394/96 que asseguram a todas as pessoas o direito à educação, independente das condições biopsicossociais dos educandos. É necessário ressaltar a relevância do aspecto educativo para o desenvolvimento e promoção de crianças e jovens portadores de deficiência. Deve-se expressar de forma clara os níveis e modalidades de educação que serão ofertados pela escola, no sentido de assegurar às pessoas portadoras de deficiência oportunidades de aprendizagem. A Introdução deve expressar que o Projeto Político-Pedagógico da escola está integrado à proposta da APAE Educadora, tornando-se, portanto, co-responsável pela afirmação do processo de democratização da educação, na medida em que, à luz dos seus princípios educacionais, desenvolve uma proposta educacional emancipadora e estabelece o dialogo com instituições, sistemas e redes de ensino, comprometendo-se com a aprendizagem e inclusão social de crianças, jovens e adultos portadores de deficiência. Também reafirma a missão do Movimento Apaeano ao longo de sua historia, como instituição educativa que exerce cidadania para garantir que as pessoas portadoras de deficiência sejam respeitadas nas suas diferenças, ocupem espaço sociais onde possam realizar suas competências, habilidades e tenham assegurados seus direitos como cidadão (pode-se também incluir outros dados do Movimento Apaeano – manuais do Projeto Águia).

É necessário fazer uma análise da função social da escola, na atual conjuntura política e econômica do país, para que a escola propicie a apropriação ativa dos conhecimentos científicos e tecnológicos construídos pela humanidade,desenvolvendo metodologia e formas de aprendizagem que estimulem a autonomia, a organização, a iniciativa, a flexibilidade, a criatividade, o uso adequado de deferentes formas de comunicação, o exercício de atividade em grupo, a determinação, a auto-defensoria, a capacidade de planejamento, execução e avaliação em uma realidade que ainda apresenta grandes disparidades sociais e de oportunidades educacionais para com os seus cidadãos. A introdução deve explicar que a atual conjuntura social e econômica surge em meio às mais significativas transformações de base material da sociedade, identificadas como uma nova resolução de base cientifica é dada pela microeletrônica e cuja expressão tecnológicas se traduz na automação de processos produtivos, marcado como afirma Saviani (1997, p. 232) “ a vida social em seu conjunto” (aqui pode-se acrescentar dados relativos à educação e educação especial, nacional, estadual e, principalmente, do município).

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“A construção da escola democrática constitui assim, um projeto que não é sequer pensável sem a participação ativa de professores e de alunos, mas cuja realização pressupõe a participação democrática de outros setores e o exercício da cidadania crítica de outros atores, não sendo portanto obra que possa ser edificada sem ser em co-construção” (Lima 2000, p. 42);

Deve-se deixar claro que o Projeto Político-Pedagógico valida-se pelas ações construídas no e pelo coletivo da comunidade escolar, envolvendo múltiplas parcerias socioeducacionais devido à força consensual em que se constrói, aos conflitos que são superados e aos princípios que são elaborados e definidos como eixos estruturadores de ações. Que o projeto é resultado de auto-reflexão e pensar critico do grupo e expressa a voz e a vez de cada participante do universo escolar. Portela e Atta² (1988) “ explicam que a proposta pedagógica pode ser concebida como a própria escola em movimento; é neste movimento pedagógico que a escola constrói sua autonomia e afirma sua identidade junto a sociedade na qual esta inserida. Pode-se ainda retificar que a construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico da escola é uma das condições básicas para o exercício pleno da cidadania democratização dos processos educativos escolares”. E para finalizar pode-se ainda afirmar que é na escola que se realiza um projeto educacional maior em direção a um projeto emancipador de sociedade, conforme afirma Passos (1995, p. 11): “a escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico com base em seus alunos”. Daí a necessidade de a escola contar com instancias superiores para as condições básicas necessárias ao seu funcionamento. Porem, deve assumir sua responsabilidade como instituição educadora que num processo constante de avaliação procura assegurar aperfeiçoamento, funcionalidade e significado social. ______________ ² Retirado da deliberação n° 14/99 do CEE-PR.

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V – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Dados da Mantenedora

1.1. Mantenedora Ex.: Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de (município)

1.2. CGC N°

1.3. Endereço completo

Rua:

Bairro:

CEP:

1.4. Telefone / Fax / E-mail

Tel.:

Fax:

E-mail:

1.5. Data da Fundação

Data em que foi fundada a Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE

1.6. Registros

C. N. A. S – N°:

Certificado de Fins Filantrópicos – N°

1.7. Utilidade Pública

Municipal – N°

Estadual – N°

Federal – N°

1.8. Presidente

Nome:

Endereço:

CPF – N°

R.G. - N°

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2. Dados da Instituição Escolar 2.1. Nome da Escola Ex.: Escola de Educação Infantil, Ensino Fundamental,

Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional. (Ver orientação dos Conselhos/Secretarias Estaduais de Educação quanto ao nome da escola) Rua Bairro

2.2. Endereço completo

CEP Tel: ( ) Fax: ( ) 2.3. Telefone/ Fax/ E-mail E-mail:

2.4. Localização: Indicar a localização da escola, zona urbana, rural e outros dados de acesso. Pode-se incluir um pequeno mapa de localização da escola no município Nome: Endereço:

2.5. Divisão, Delegacia ou Subdivisão de Ensino (conforme é chamado no Estado)

Telefone: 2.6. Data de Criação da Escola (se tiver) _ _ _/ _ _ _/ _ _ _

Deliberação do Conselho Estadual de Educação – CEE (se tiver). N°:_ _ _ _ _ _ _

2.7. Autorização de funcionamento

Portaria N° _________ de ___/ ___/ ___ 2.8. Reconhecimento Deliberação do Conselho Estadual de Educação – CEE

(se tiver). N°:82/38 Data: _ _/ __ _/ _ _ Manha: das 8h00 às 12h00 Tarde: das 12h30 às 16h30

2.9 Turno de Funcionamento

( ) outro 2.10. Nível de Ensino Ofertado Educação Básica 2.11. Etapas, Fases e Modalidades de Ensino/ Programas e Projetos Específicos da Educação Básica Propostos pela Escola.

1- Educação Infantil � Educação Precoce de 0 a 3 anos ( ) � Educação Pré-escolar 4 a 6 anos ( ) 2- Ensino Fundamental � Escolarização inicial – 1ª fase ( ) � Escolarização de Jovens e Adultos - 1ª e 2ª fases ( ) � Programas Pedagógicos Específicos ( ) 3- Educação Profissional – Nível Básico � Iniciação Profissional ( ) � Qualificação Profissional ( ) � Colocação no Trabalho ( ) 4- Outros Projetos Educacionais Obs.: Os níveis e modalidades elencados devem ser caracterizados e descritos de forma detalhada no interior do projeto. Descrever somente os níveis e modalidades que a escola oferece ou efetivamente vai oferecer.

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VI – MISSÃO DA ESCOLA É muito importante expressar de forma clara a missão da escola, finalidades e funções na comunidade. Para descrever a missão, a escola pode partir da missão da APAE (Projeto Águia) e, na seqüência, apresentar a missão da escola propriamente dita, que deve indicar sua finalidade e razões de sua existência. Deve-se também levar em conta a sua intenção como instituição educacional, contemplando as áreas de abrangência, níveis, modalidades de ensino e atendimentos, ressaltando a Educação Especial como modalidades de educação escolar, que permeia os níveis de ensino e interage com as modalidades de Educação e ensino de forma que responda às peculiaridades dos educandos portadores de deficiência que atende ou se propõe a atender. Dessa forma, a definição da missão deve ser clara o bastante para responder à seguinte indagação; para que existe a escola?

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VII – HISTÓRICO DA ESCOLA Este espaço possibilita à equipe resgatar a trajetória da associação mantenedora e da instituição escolar quanto à sua participação na e para a continuidade, destacando fatos históricos e experiências bem-sucedidas que construíram sua identidade e relevância no município. É importante enfatizar os tipos de atendimento dispensados pela escola desde sua fundação/criação, o papel de pessoas e profissionais, como educadores, pais, voluntários e segmentos envolvidos com o desenvolvimento de ações educacionais, que contribuíam para o reconhecimento da APAE e, conseqüentemente, para fortalecimento do Movimento Apaeano na defesa dos direitos das pessoas portadoras de deficiência. Pode-se também resgatar nomes de pessoas que fizeram parte da caminhada, incluindo prêmios ou menções honrosas recebidas pela instituição. Neste item, pode-se ainda descrever como a escola historicamente visualizou seu aluno, abrindo-se um item especifico para cada aspecto relevante do processo, incluindo os elementos facilitadores e/ou deficultadores do processo, assim como as conquistas para os respectivos atendimentos e melhoria da qualidade de trabalho.

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VIII – DIAGNÓSTICO DA ESCOLA E REALIDADE CONTEXTUAL

Esta fase de construção do Projeto permite à equipe fazer uma radiografia da realidade, dos contextos interno e externo da escola. Constitui-se em um momento de interlocução com todos os atores envolvidos no processo educacional, tais como as famílias, educadores, alunos, voluntários e comunidade onde esta inserida a escola. As informações podem ser obtidas por meio de entrevistas, aplicação de questionário, reuniões, entre outros meios que permitem a escola caracterizar suas forças e fraquezas e traçar o perfil de sua realidade. O diagnostico conduz a equipe e dirigentes a otimizar recursos, reduzindo as possibilidades de insucesso administrativo e pedagógico, assim como a buscar alternativas para o alcance da deficiência, eficácia e efetividade na educação que oferece. É necessário identificar e categorizar as demandas existentes, os tipos de deficiência que a escola atende e/ou deve atender (conforme demanda), para definição e organização de sua proposta, que inclui abordagens didáticas e pedagógicas, procedimentos propedêuticos (níveis e modalidades de ensino), definição de espaço e tempo escolar, desenvolvimento de pesquisas, capacitação de professores e outros elementos relevantes para o processo educacional. Enfim, o diagnostico será construído a partir de dados da realidade, baseado-se na historia da escola, na pratica pedagógica cotidiana, nas experiências de seus deferentes profissionais e serviços especializados, nas parcerias e articulações com as famílias, comunidade, instituições publicas e privadas da sociedade civil, na estrutura, organização e funcionamento, dinâmica curricular, praticas avaliativas, entre outros dados de relevância para a compreensão de escolas como unidade educativa. É importante ainda diagnosticar as situações conflitantes e desafios, assim como as expectativas, anseios, conquistas e superações.

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IX – OBJETIVOS Os objetivos desempenham relevante papel na construção do Projeto Político-Pedagógico e ações a serem desenvolvidas na escola. São prioridade que direcionam o trabalho da escola, a partir de informações obtidas por meio de diagnósticos contextuais; por isso, os objetivos devem ser elaborados de forma coerente com a realidade identificada e caracterizada. É oportuno acrescentar que os objetivos podem ser classificados em gerais e específicos, dependendo do seu nível de abrangência. Os objetivos gerais são amplos e contemplam um conjunto abrangente de habilidades, ações ou valores que constituem a finalidade. São considerados “gerais” porque dizem respeito a comportamentos que não se traduzem por ações especificas de assimilação imediata, demandando, portanto, maior tempo para o seu alcance. Os objetivos específicos são menos abrangentes e representam uma espécie de degrau para se chegar aos gerais. Recomenda-se que a redação dos objetivos seja iniciada com um verbo no infinitivo de modo que expresse a ação desejada. A forma infinitiva facilita a inserção do aluno na condição de sujeito por representar a ação pura e simples. No caso da construção do Projeto Político-Pedagógico, a seleção de objetivos educacionais pode ter como referencia a LDB n° 9.394/96, o Referencial Curricular para a Educação Infantil, os Parâmetros Curriculares Nacional do Ensino Fundamental, da Proposta de Educação de Jovens e Adultos e da Educação Profissional/MEC e adequá-los às possibilidades dos educandos, conforme princípios e orientação da Educação Especial.

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X – PRINCÍPIOS NORTEADORES É o conjunto de princípios que dão identidade à escola e que tem caráter permanente, servindo como orientadores de todos os planejamentos e projetos desenvolvidos na escola. Neste documento, apresentamos quatro grupos de municípios para serem compreendidos de forma integrada. 1. Epistemológicos

Do grego, Ephysteme significa conhecimento. É o estudo crítico e reflexivo dos princípios, pressupostos, métodos, estrutura e evolução das ciências. Os princípios epistemológicos para a construção do Projeto Pedagógico dão sustentação à organização e dinâmica curricular, orientando o processo metodológico de construção e veiculação de conhecimentos. Na identificação dos princípios epistemológicos norteadores de ações, a escola revelará como se dá a apropriação de conhecimentos pelo aluno, ou seja, como serão trabalhadas as questões voltadas para o ensino-aprendizagem. As escolas deverão neste campo esclarecer a concepção adotada para consecução e resolução das questões educacionais relacionadas à pessoa portadora de deficiência, alem dos pressuposto epistemológicos adotados com vistas á inclusão educacional desse aluno e sua permanência e sucesso, quer na escola da APAE, quer no ensino regular. Deve ser lembrado ainda para se considerar o conceito de educação para a vida, no qual todos os espaços da escola destinam-se a propiciar o desenvolvimento de talentos e experiências de aprendizagens. 2. Didático-Pedagógicos

Os princípios didático-pedagógicos estão estreitamente relacionados aos epistemológicos, pois as praticas e ações pedagógicas executadas no dia-a-dia da sala de aula refletem e consolidam os princípios epistemológicos (concepção metodológica) assumidos pela escola.

O Projeto deve possibilitar uma ampla comunicação entre a escola, família e demais

segmentos da sociedade, para garantia de direitos de escolha, participação, acompanhamento, avaliação e aperfeiçoamento da proposta pedagógica, inclusive com a utilização de recursos da Internet.

Segundo Becker (1996, p. 12), “o ponto alto do empirismo é o teste da experiência.

Mas a grandeza deste ponto alto revela, imediatamente, a fragilidade do seu oposto: a fundamentação da experiência”. Por isso, a necessidade de estudos por meio de encontros, discussões, para que a compreensão da abordagem teórica não seja esvaziada por uma abordagem empirista.

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Nesse sentido, a escola cada vez mais deve investir no “saber” e no “saber-fazer”,

referencial teórico pautado nas ciências que permite a criticidade nas diversas formas pelas quais os conteúdos são tratados e o respeito aos referenciais de conhecimentos adquiridos na escola, ou fora dela, por meio de reflexão e/ou praticas culturais, ao longo da vida, conforme pauta do documento da UNESCO “Educação – um Tesouro a Contruir” (2000, p. 16). 3. Éticos

Para explicar os princípios éticos, é imprescindível a criação de um ambiente favorável que estimule a vivencia de valores éticos por todos que fazem parte da comunidade escolar como pais, professores, alunos, direção, entre outros.

A relação aluno x professor na apropriação de conhecimentos deverá ser uma relação de ajuda e respeito, sujeito x sujeito e não sujeito x objeto. A compreensão do papel exercido pelo professor e alunos na busca do saber deve ser salientado, uma vez que serão apontados “valores mais próximos à realidade da escola, em relação aqueles considerados universais, porem inerentes ao papel da escola voltados para a construção de um ser humano feliz e realizado” (Manata, 2000, p. 4), dentro das suas possibilidades.

Como sugestão, a escola poderá ainda elaborar seu código de ética (uma espécie de agenda), envolvendo todos os segmentos que permitam de forma direta ou indireta da vida da escola. 4. Estéticos

Os princípios estéticos deverão estar voltados para o desenvolvimento de ações que estimulem a criatividade, a curiosidade, a emoção e as diversas manifestações artísticas e culturais.

Esse principio complementa os anteriores, no sentido de valorizar as praticas já

existentes e as atitudes indisciplinares necessárias à ressignificação das abordagens atuais.

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XI – ORGANIZAÇÃO ESCOLAR A organização escolar poderá ser explicada com apoio de organogramas em três ou mais situações, conforme entendimento e decisão da equipe. a) Pode ser apresentada a figura 3 da Proposta da APAE Educadora: a Escola que Buscamos

(2001, SENAC/SP), que mostra a estrutura da educação nacional, destacando os níveis e modalidades de atuação da APAE Educação nesse contexto.

b) A figura 4 da APAE Educadora, com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional 9.394/96, caracteriza sua estrutura organizacional destacando níveis e modalidades de educação e ensino, faixa etária e programas educacionais propostos pela APAE Educadora para orientar a organização das escolas das APAEs.

c) O terceiro organograma pode ser elaborado pela equipe responsável pela construção do

Projeto Político-Pedagógico e deve retratar a organização e funcionamento da escola, incluindo níveis e modalidades de ensino que serão trabalhados, a caracterização dos educandos que serão atendidos, os projetos em andamento ou que se pretende implantar a curto, médio e longo prazos. Este tópico expressa a “espinha dorsal” do Projeto Político-Pedagógico da escola da APAE.

1. Organização Administrativa Para iniciar a expedição deste item pode-se considerar a figura 1 da APAE Educadora. Os níveis hierárquicos do Movimento Apaeano situam a APAE no município e, na seqüência, pode-se explicar as formas de gestão da escola para realizar os seus objetivos (sua dinâmica organizacional); descrever a vinculação da escola com mantedora, a organização das equipes pedagógicas e administrativas, o quadro de funcionários, técnicos e professores (formação, fundação na escola, atribuições e regime de trabalho), serviços de apoio internos e externos na escola, as articulações da escola com outras escolas “apaeanas” e/ou outras instituições da comunidade. Explicitar, também, o regime escolar, apresentando o calendário pedagógico da escola para o ano letivo (o calendário deve ser funcional em consideração às necessidades dos alunos e à dinâmica do escola.) 2. Organização Curricular A Proposta Pedagógica deverá explicitar os níveis e modalidades educativos no seu aspecto curricular, demonstrando que as áreas de saúde e assistência social são atividades complementares e de apoio aos objetivos educacionais; portanto, contextualizadas de forma interdisciplinar.

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A APAE Educadora propõe três fases (I, II, III) para o desenvolvimento de sua ação educacional. A escola, ao construir sua Proposta Pedagógica, deve explicitar em cada fase os níveis e modalidades de ensino com os respectivos objetivos e conteúdos. Os documentos produzidos pelo MEC para os diferentes níveis constituem-se em referenciais de relevância para o planejamento e organização curricular das escolas das APAEs. Ao organizar este item a escola deve, primeiramente, se perguntar: quais os compromissos educacionais com os seus educandos? O que esperam que eles aprendam durante os anos de escolarização? Quais as competências nas quais a escola vai investir? Que conteúdos (conhecimentos científicos e tecnológicos, atitudes/valores, habilidades, etc.) serão garantidos? Que metodologias serão utilizadas e criadas para desenvolver as aulas com competência e com compromissos técnicos e práticos? Quais os apoios e especializados que serão colocados em pratica na proposta curricular? Como garantir-se-á a continuidade curricular, acompanhamento, apoio e terminalidade? Como dar-se-á a avaliação da escola e, na escola, as metodologias, os procedimentos, os materiais e os resultados? Como será a cerificação do aluno, o desenvolvimento curricular em relação a espaço e tempo? Tomando como base as Diretrizes Curriculares Nacionais do Conselho Nacional de Educação para Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos, que metodologias e processos pedagógicos serão utilizados para garantir o trabalho pedagógico diferenciado com educandos portadores de deficiência? Qual a proposta para Educação Profissional e os mecanismos de inserção no mundo do trabalho? Quais os programas e projetos pedagógicos específicos/funcionais que serão desenvolvidos? Na organização curricular poderão ser apresentados os aspectos abaixo relacionados.

- Os objetivos gerais e específicos para cada nível e modalidade de educação e ensino.

- Os conteúdos curriculares para cada nível e modalidade de ensino conforme as

áreas de conhecimento.

- Organização didática e o desenvolvimento de habilidades e competências educacionais.

- Avaliação

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XII – RECURSOS HUMANOS

Os recursos humanos são os diferentes profissionais ou grupos de profissionais responsáveis pelas ações da escola. O Projeto Político-Pedagógico deverá apresentar todas as diferentes situações de trabalho como formação, situação funcional, compatibilizaçao de formação com a função e níveis de atuação. É importante observar como são feitas as admissões dos profissionais na escola (indicação, teste seletivo, entrevista, analise de curriculum vitae, período de estagio para experiência); as 4estrategias internas para liberação de professores para atividades de formação, capacitação e socializações de conhecimentos adquiridos em cursos e outras experiências, os critérios para acompanhamento e avaliação (de experiências no trabalho, cursos e aperfeiçoamento). Um projeto pedagógico sustenta-se, efetiva-se e aperfeiçoa-se por meio de seus profissionais e gestores. Portanto, faz-se necessário pensar em uma política institucional para assegurar um quadro de profissionais qualificados na perspectiva da formação/educação continuada e emancipadora. Essa política requer, alem do diagnostico da situação atual, um plano que democratize as oportunidades de formação inicial e continuada, assim como a garantia de solicitação das experiências e contribuições adquiridas pelos profissionais em diferentes possibilidades. (Durante a construção do Projeto Político-Pedagógico é o momento de rever os processos de formação dos profissionais ate então realizados para discutir, definir e sistematizar formas de garantir a participação de todos num processo de qualificação educacional. É importante que a associação mantenedora participe efetivamente na construção das condições, objetivos e planos de formação e capacitação). Obs.: Neste item deve ficar claro qual o grau de formação, a competência e as responsabilidades dos profissionais que atuam na escola e como a instituição/escola contribui para o que se pretende.

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XIII - RECURSOS MATERIAIS

A escola deverá compatibilizar sua estrutura física, como o mobiliário, a organização

do espaço físico de forma a proporcionar um ambiente agradável, acolhedor e propicio à aprendizagem, destacando:

- O quadro de ocupação é compatível com a realidade física? - As salas de aulas e atividades especificas têm sua utilização garantida para os fins

a que se destinam? - As carteiras são adequadas? - A iluminação e a ventilação das salas e ambiente são aceitáveis? - O pátio de recreação atende a clientela a que se destina? - Existe espaço físico para as aulas de Educação Física? - As medidas de higiene e limpeza estão adequadas? - Como e prevista a utilização da biblioteca, quadra de esportes, local de merenda,

cantina, sala de vídeo, laboratório e outros espaços da escola? (É importante, alem de numerar, registrar, cadastrar os materiais e listar os serviços de apoio, descrevendo a estrutura física e funcionamento. Descrever também a estrutura e organização e acesso aos materiais e serviços, mecanismos de controle,k conservação e manutenção destes, critérios de aquisição, troca, doações, reposição etc. É fundamental estar atento às questões de segurança tanto no que se diz respeito ao acesso, à utilização das diversas dependência da escola, como dos materiais didático-pedagógicos. Descrever a existência e uso da Biblioteca como núcleo cultural e ambiente facilitador das aprendizagens interativas dos alunos e lócus de apoio para formação e aperfeiçoamento de profissionais, famílias e comunidade. Usar das novas tecnologias, como televisão, vídeos, computador, Internet, dentre outras que se caracterizam como instrumentos de comunicação e aprendizagem. Recomendamos, em especial, a leitura do capitulo IV, “O espaço físico como um dos elementos fundamentais para uma pedagogia da Educação Infantil”, de autoria de Ana Lucia Goulart de Faria, no livro Educação Infantil, pós-LDB: Rumos e desafios)

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XIV – AVALIAÇÃO A avaliação será desenvolvida em duas dimensões: uma destinada a avaliar o Processo Educação e Ensino/Aprendizagem e a outra para avaliar a execução e resultados do Projeto Político-Pedagógico da escola. Para contextualizar a avaliação do Processo Educacional de Ensino/Aprendizagem, no Projeto Político-Pedagógico é importante fundamentar as concepções de ensino, aprendizagem e avaliação, demonstrando como se articulam para concretizar a pratica pedagógica e os resultados de aprendizagem. Dado aos princípios norteadores da APAE Educadora, a natureza do alunado, as especificidades pedagógicas, sugerimos que a equipe busque apoio em autores(as): Izabel F. Cappelletti, Mere Abramowicz, Charles Hadji, P. Perrenoud, Paulo Freire, Carlos C. Luckesi, Celso Vasconcelos, Marli André, Targélia Albuquerque, Ana Maria Saul, entre outros. A luz da fundamentação sobre avaliação detalham-se os critérios de entrada na escola, de encaminhamentos, conclusão, fases, etapas, terminalidade especifica, e certificação para o aluno. É importante explicar as formas de sistematização das informações avaliativas e seus respectivos modos de utilização. Descrever as metodologias de envolvimento de profissionais e famílias no processo de avaliação dos educandos, dos professores e da escola (comunicação escola-família). Para garantir que a avaliação se efetive de forma compartilhada, continua, sistemática e emancipatória, é fundamental a participação de todos os envolvidos no processo de aprendizagem. Quanto a avaliação institucional do Projeto Político-Pedagógico é importante prever alguns delineamentos de avaliação institucional. Sugerimos assegurar coerência entre os princípios educacionais assumidos pela escola na fundamentação teórico-metodológica e a fundamentação relativa `_a avaliação. A avaliação do Projeto Político-Pedagógico deve estabelecer critérios para avaliação de resultados quantitativos e qualitativos que permitam identificar os bloqueios para as devidas reformulações. O acompanhamento e avaliação do desenvolvimento do Projeto Político-Pedagógico deve ser continuo, capaz de realimentar o processo e voltado para o alcance dos objetivos propostos.

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XV – PARCERIAS: FAMÍLIA E COMUNIDADE Para garantia direito de escolha, participação, acompanhamento, avaliação e aperfeiçoamento, o Projeto Político-Pedagógico deve possibilitar uma ampla comunicação entre escola, família e sociedade. (Neste espaço deve-se descrever a participação dos pais e/ou responsáveis na construção e execução do Projeto Político-Pedagógico; as ações que a escola desencadeia para a aproximação das famílias e comunidade de forma sistemática e ativa no processo educacional; o estabelecimento de parcerias pedagógicas e as prestações de contas à sociedade dos investimentos feitos. Deve-se ainda definir e articular ações destinadas à realização de atividades culturais, artísticas, pedagógicas, esportivas de forma conjunta, buscando interação entre escola-familia-sociedade.)

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XVI – BIBLIOGRAFIA Relacionar os livros, publicações, documentos, entre outros, que foram consultados para a elaboração do Projeto Político-Pedagógico. Lembramos a observação das normas as ABNT.

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XVII – ANEXOS Neste espaço acrescentar todos os documentos que compõem o Projeto Político-Pedagógico. Ex.:

- Carta compromisso da escola com a comunidade. - Atas. - Calendário escolar. - Regimento escolar. - Documento escola do aluno. - Outros documentos e registros relevantes.

(Os anexos devem ter um índice, de acordo com a ordem em que eles são citados ou compõem o texto. Recomendamos que, para cada anexo, seja feita uma apresentação de sua finalidade.)

Os títulos e subtítulos sugeridos constituem-se apenas um modelo orientador para definição de um roteiro para o Projeto Político-Pedagógico proposto pela APAE Educadora para as escolas das APAEs. Sugerimos que façam contato com os Conselhos/Secretarias de Educação dos Estados, para as devidas orientações quanto ao Projeto Político-Pedagógico, e outros documentos que se fizerem necessários para a organização da escola. Desejamos a toda a equipe um bom trabalho e que a construção de cada Projeto Político-Pedagógico se materialize em ações que consolidem a cidadania da Pessoa Portadora de Deficiência. Um grande abraço Equipe de Sistematização/FENAPAEs

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CONSTRUÇÃO DA PROPOSTA

A presente proposta é resultado de conclusões de encontros, grupos de estudos, reuniões de profissionais de Educação em que, num esforço conjunto, socializam suas experiências e conhecimentos para construção de uma proposta elaborarem seus Projetos Político-Pedagógicos. Equipe de discussão e planejamento Leonice Moura – Coordenadora Educacional, SP Araci Maria da Silva Ledo – professora Consultora, RS Lucélia Andreola – Professora – Ji-Paraná, RO Gláucia Aparecida C. Boaretto – Diretora APAE Poços de Caldas, MG Rosimeire Rodrigues – Professora – Ribeirão Pires, SP Maria Nilza Porto – Professora - Florianópolis, SC Ivanilce Maria Tibola – Coordenadora Nacional de Educação, DF Eliane Ferrari – Técnica da Secretaria de Educação do DF Selma Morais Pinheiro - Coordenadora Educacional do DF Maria Helena Alcântara de Oliveira – Coordenadora Nacional de Educação Profissional, DF Eliane Maria Bonato – Professora – Dois Vizinhos, PR Maria Alzira Correia da Silva – Professora – Natal, RN Equipe de análise e definição de roteiro Alzira Correia da Silva – Coordenadora Educacional – Pedagógica – RN Ana Paula Rodrigues Coutinho – Coordenadora Educacional – Pedagógica – RJ Ana Rosa Rodrigues de Souza – Coordenadora Educacional – Pedagógica – PI Ângela Rodrigues Colla – Coordenadora Educacional – Pedagógica – RS Caren Castelar Queiros – Coordenadora Educacional – Pedagógica – DF Celene Câmara de Oliveira – Coordenadora Educacional – Pedagógica – AM Edivone Meire Oliveira – Coordenadora Educacional – Pedagógica – CE Ivanete Santos de Sá – Coordenadora Educacional – Pedagógica – MA Geneci Marchi – Coordenadora Educacional – Pedagógica – MS Giovane Silva Berger Tonoli – Coordenadora Educacional – Pedagógica – ES Leni Aparecida de Almeida de Meneses– Coordenadora Educacional – Pedagógica – GO Leonice Moura – Coordenadora Educacional – Pedagógica – SP Liana Terezinha Steffen – Coordenadora Educacional – Pedagógica – PR Maria da Conceição Silva de Souza – Coordenadora Educacional – Pedagógica – AC Maria do Carmo Menicucci – Coordenadora Educacional – Pedagógica – MG Maria Micleia Gonzaga Aragão – Coordenadora Educacional – Pedagógica – SE Marlene F. Magalhães – Coordenadora Educacional – Pedagógica – PA

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Mauricéa Lusiana Machado – Coordenadora Educacional – Pedagógica – SC Nalzira de Fátima da Silva – Coordenadora Educacional – Pedagógica – RO Rosiane Silva Walter – Coordenadora Educacional – Pedagógica – AP Silvia Regina Alves Germano – Coordenadora Educacional – Pedagógica – PB Suely de Melo Colixto Caldas – Coordenadora Educacional – Pedagógica – BA Tênia Mª Maciel Guimarães – Coordenadora Educacional – Pedagógica –MT Vilma Silva Lima – Coordenadora Educacional – Pedagógica – TO

Organização e Sistematização Eliane Ferrari – Técnica da Secretaria de Educação do DF Gláucia Aparecida Costa Guaretto – Diretora APAE de Poços de Caldas, MG Ivanilce Maria Tibola – Coordenadora Executiva da Federação Nacional das APAEs Coordenação Geral Ivanilce Maria Tibola – Coordenadora Executiva da Federação Nacional das APAEs, DF

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TEXTO DE APOIO “Elaboração do Projeto Político-Pedagógico: Da Concepção à Construção”. Elaborado pelo professor Antonio Carlos Osório do Nascimento, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, para reflexão na construção do Projeto Político-Pedagógico, conforme orienta a APAE Educadora: a Escola que Buscamos. Brasília, fevereiro de 2001

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ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: DA CONCEPÇÃO À CONSTRUÇÃO

OSÓRIO¹ , Antonio Carlos do Nascimento

O presente artigo apresenta algumas reflexões oriundas de alguns resultados em pesquisas na área de “educação, trabalho e sociedade”, nos últimos anos, apoiando-se numa reflexão centrada nas diferentes analises de contextos que explicam as políticas sociais implementadas nos últimos anos no Brasil. Nosso propósito nesse estudos tem sido mapear, da melhor forma possível, os elementos latentes na dinâmica que se anuncia como mediadora das diferentes crises, neste caso, as questões relacionadas às minurias sociais, tendo como foco portador de necessidades especiais e a Educação Especial pontualmente, à construção de um Projeto Político-Pedagógico que dê conta de lidar com as especificidades e as dinâmicas internas próprias dessa construção. Para dar conta dessa possibilidade, é necessário garantir algumas especificidades que o tema exige em sua totalidade e que fazem parte da realidade social brasileira, dando um movimento ao tema proposto a partir de um conjunto de elementos históricos e atuais, tendo como propósito uma leitura concreta de nossa realidade. Demarcada a importância de caracterização contextual, busca-se um desempenho de um Projeto Político-Pedagógico que dê conta de absorver a fundamentação e os princípios norteadores do Projeto APAE Educadora – A Escola que Buscamos, proposta para enfrentar os desafios da Educação Especial para os próximos anos. Frente a esse paradoxo, ao analisarmos o nosso momento histórico, podemos afirmar que sua formatação é que vivemos diferentes conflitos e que essa situação emanada de tantas contradições de cunho social é configurada sobre diferentes prismas. No cenário mundial e, particularmente, nacional, essas crises são consideradas em todas as ordens, desde os poderes instituídos, ate a menor unidade de organização social. Em síntese, o inicio do novo século traz consigo dois elementos determinantes. De um lado, as teorias não conseguem dar respostas mínimas aos fenômenos que nos cercam, indeterminantemente de suas origens, suas razões existenciais e verdades que representem, ______________ ¹Professor-Adjunto III do Departamento de Educação. Coordenador do Programas de Pós-Graduaçao em Educação, do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

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embora tenhamos que reconhecer que nunca tivemos uma quantidade significativa de leituras da realidade. Por outro, a insistência conservadora e hegemônica de justificar os fenômenos oriundos dessa realidade, a partir de princípios que facilitam “interpretar” e “enunciar” os motivos, mas que não dão conta de sinalizar algumas possibilidades de mudanças. O sair do pensar e fazer. São vários os questionamentos sobre a Educação Especial, enquanto uma das modalidades educacionais: talvez da mesma complexidade que envolve as discussões dos diferentes níveis de escolaridade do ensino básico. Entretanto, ao começar e anunciar sobre os aspectos particulares da Educação Especial, vários conflitos vão surgindo e parece-me que menos respostas vamos tendo sobre os aspectos pedagógicos que envolvem esse campo do conhecimento. Neste momento minha reflexão recai na compreensão que a maioria das pessoas trazem consigo, ao tentarem desenvolver um trabalho pedagógico voltado para os portadores de necessidades especiais. De inicio, a indagação que surge volta-se para a seguinte questão: como desempenhar um trabalho pedagógico com esse atores sociais frente às políticas publicas de educação vigente no país, frente a diversidade de leituras sobre Educação Especial e, sobretudo, quais efetivamente são nossas possibilidades institucionais de exercer de fato essa tarefa em circunstancias que sempre foram pontuadas de forma tão adversas aos interesses das pessoas portadoras de necessidades especiais? Frente à complexidade das dimensões de nossa geral, podemos afirmar desde já que as políticas de educação no Brasil, bem como as políticas publicas governamentais, nas diferentes áreas sociais, em seu sentido amplo, são resultados de atos humanos, que em cada etapa da historia tem se apresentado de forma cristalizada, idealizadora, em torno de si e, o pior, tendo sempre um referencial balizado por um propósito transformado, pelo senso comum de seus próprios princípios, num desproposito social. Em síntese, margeiam os problemas a quem se destinam, não resolvendo a realidade dos interessados. Isso nos permite afirmar que esta e outras circunstancia devem ser consideradas como inteiramente inacabadas, embora pareçam estar fixadas e preestabelecidas a partir de valores particulares. Isso nos facilita apontar, logo de inicio, que as políticas pensadas em torno da educação se processam dentro de um movimento próprio da sociedade e que não necessariamente, como é na maior parte de sua historia, representem atender as expectativas e os anseios daqueles a quem ela se destina, no caso, aos portadores de necessidades especiais. Segundo Vieira² (1997, p. 97) essa atitude de recuperar algumas questões do processo histórico da humanidade nos leva: “a criar uma circulação de idéias e objetos culturais que pode ser mais bem compreendida quando analisada em termos de mundializaçao, e não como difusão, desde que não se percam as relações da globalização com as instancias de poder”. ________________ ² Liszt VIEIRA, Cidadania e globalização. Rio de janeiro: Record, 1997

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Isso se evidencia de forma mais pontuada na busca da historização que só nos permite checar algumas “questões” que se fizeram presentes durante o desenvolvimento da humanidade. A presença dessa historia “ressalta” ou subjaz, “explica” ou “implica” registrarmos algumas categorias que nos possibilitam ter clareza de que o homem sempre viveu em transição e por isso em constantes crises, sobrevivendo de diferentes formas. Caldera³ afirma que por tanto tempo percorremos os caminhos da historia que: “A crise do homem é a crise do mundo que ele habita e o mundo muda porque o homem nele alojado transforma sua conduta histórica”, deixando evidente que essas mudanças, embora apareçam com características coletivas, sempre privilegiam uma minuria que na maioria das vezes não está vinculada aos propósitos e aos interesses daquele segmento a quem se destinam. As contradições desse universo histórico-político sempre foram pontuadas. Entretanto, essa possibilidade de tornarem-se perceptíveis, permitindo ter mais clareza dos reais motivos em diferentes contextos da sociedade e, por conseguinte, da própria educação, são aspectos que fazem parte de toda uma evolução do domínio do próprio conhecimento. Numa historia recente, a educação brasileira começou a vivenciar através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n°9394/96) princípios incorporados por valores culturais latentes na sociedade e por dinâmica que se fazem presentes na conjuntura mundial, possibilitando uma leitura que extrapola as dimensões pedagógicas de alguns pressupostos teóricos tradicionais por alguns autores como P. Heimann (1962) – Teoria da Educação Humanística, W. Breyvogel (1972) – tentativa de revisão da “escola de Berlim” e W. Shultz (1972) – “Teoria de Sistemas”, que nos permite explicar melhor as contradições da sociedade, que ate então se apresentavam de forma latente, desvinculada das diferentes dimensões e implicações educacionais. As respostas não se limitam aos dados quantitativos da realidade. A busca de uma educação voltada às especificidades da clientela passou a ter uma explicação concreta nos fundamentos da construção pedagógica (art. 21, da Lei n° 9394/96), quanto a educação escolar passa a ser concebida frente a um sentido amplo e restrito, apontado que deve ocorrer predominantemente por meio do ensino, de forma planejada e organizada de acordo com os recursos e procedimentos pedagógicos necessários, estimulando uma atitude coletiva institucional, em níveis internos e externos, tendo a vinculação ao mundo do trabalho e à prática social, possibilitando, então, “parcerias” que facilitem a inclusão social do aluno enquanto cidadão. Neste sentido, os fundamentos passam a existir uma nova compreensão do significado e das dimensões do ato pedagógico, que deve ser concebido numa proposta que explicite o papel institucional e seus reais propósitos, o que só é possível a partir de um Projeto Político-Pedagógico, num movimento autônomo e próprio. ____________ ³ Alejandro CALDEIRA, Serrano. Filosofia e crise. Petrólis: Editora Vozes Ltda., 1984

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Para Osório4 (1998:06), essa possibilidade de construção do Projeto deve ser concebida, com todas as limitações e dificuldades, como um dos elementos de construção social que requer três princípios norteadores. O primeiro refere-se à igualdades de direitos, independente da origem e condições sociais. O segundo, onde a escola passa a ser compreendida como espaço social de socialização e integração do homem ao conhecimento acumulado. O terceiro e ultimo, que nos remete à preparação cultural como meio da inserção social do individuo como cidadão, independentemente de suas condições humanas, numa dimensão democrática. Entretanto, essa possibilidade só poderá ocorrer mediante uma mudança de valores e atitudes não só na estrutura da sociedade ou da própria instituição, mas nas diferenças concepções de educação que o momento histórico-social exige, permitindo então a compreensão do paradoxo da inclusão social associada aos reais princípios democráticos, neste caso do aluno não só como um “paradoxo de idéias”, mas como a possibilidade e o compromisso pedagógico de que todos os educandos são capazes de aprender a partir de suas condições pessoais, pelos seus limites e pelas suas possibilidades. Diante desses princípios da escola, é exigida uma reestruturação de suas dinâmicas, flexibilizando seus critérios e os procedimentos pedagógicos, ambos altamente conservadores e seletistas, levando em conta, a diversidade dos seus alunos, abrindo um dialogo junto à comunidade escolar, que permita discussões e propicie medidas diferenciadas, principalmente em seus procedimentos metodológicos e de avaliação, que contemplem as diferenças individuais dos alunos. Essa postura diferenciada reflete alguns elementos de ordem teórico-metodológica enunciados por alguns autores quanto à interdisciplinaridade. São novas formas de “ler e fazer” educação. São novas formas de cooperação, em que o individualismo cede espaço ao trabalho coletivo, permitindo a elaboração de novas hipóteses e de novas perguntas que permitirão criar outras organizações e leituras do saber educacional, exigindo uma nova ciência capaz de reunir conhecimentos disciplinares mais diversos, que passarão a considerar o “individuo” situado em sua própria historicidade. A partir daí sugerem as questões legais, éticas e estratégias que possam permitir, num grau maior ou menor, a inserção social dos alunos na sociedade como um todo. É o sentimento de ser e estar no mundo em que se vive. Entretanto, se tudo isso é ainda uma busca, é importante então termos clareza quanto a em que dimensão isso é possível e em que medida e exeqüível. A idéia da concepção e do suporte teórico da interdisciplinaridade surge no Brasil (Japiassú5, na década de 70). Alguns escritos de Fazenda6 deixam evidente ate nossos dias a __________ 4 OSÓRIO, Antonio Carlos do Nascimento, Marcos Referenciais do Projeto Político-Pedagógico. Texto elaborado para o Encontro de Educação Especial promovido pela Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação em Pirenópolis, Goiás. 5 Milton JAPIASSÚ. Interdisciplinaridade e patologia do saber 6 Ivani Catarina FAZENDA. Interdisciplinaridade: um projeto de parceria. S. Paulo, layola,1991.

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convicção de que a interdisciplinaridade é uma questão de atitude, tendo como referencia uma postura vivida e exercida com muita lucidez e intensidade, privilegiando o exercício da pesquisa na pratica pedagógica escolar institucionalizada. Sinaliza a necessidade de possibilitar aos alunos a compreensão de um “ser-no-mundo”, enquanto sujeito de suas diferentes relações sociais, essencialmente aquelas relacionadas à própria construção do conhecimento A autora sugere que para desenvolver tal propósito, ao aluno é concedida a experiência de ser o sujeito de sua escolaridade e estabelece, nesse processo de aprendizagem, diferentes formas dialógicas com o conhecimento, sendo motivado pelo prazer e satisfação, a busca de novos conceitos, novas aprendizagens e experiências. A atitude pedagógica para elaboração dessa forma de fazer educação requer uma relação de reciprocidade, de mutualidade, de colaboração entre especialistas de diversas disciplinas (ou áreas de atuação), conduzindo a interação e a intersubjetividade, a partir das necessidades e possibilidades de cada aluno. Para Osório (1996) esse movimento teórico é uma realidade confirmada somente na concretude de cada dia, em uma leitura de ler/fazer e assumir as experiências, frutos dessas relações. É revelar-se ao outro, se expondo e assumindo as conseqüências da ação. É a forma de se confirmar à existência pessoal e coletiva, e com isso expor fragilidade e domínios. É necessário ter clareza do “campo significativo” e do próprio sentido em se re(descobrir) enquanto pessoa. Assim, a interdisciplinaridade representa uma nova atitude frente ao saber. Para muitos é uma ousadia, que significa transformação, é um novo exercício de pensar, de construir. É uma educação pensada pela diferença de sua clientela. A partir do principio epidemiológico explicitado, essa atitude exige e instiga uma relação de reciprocidade, de mutualidade. Acima de tudo é uma questão de atitude de abertura, não-preconceituosa, uma atitude diferente a ser assumida frente ao problema do conhecimento, ou seja, é a substituição de uma concepção fragmentaria para a unidade do ser humano. É um currículo pensado em sua totalidade. Assim, essa nova atitude frente ao conhecimento, numa perspectiva interdisciplinar, passa pela intersubjetividade e supõe, num momento inicial, a explicitação dos mecanismos de construção do conhecimento, do sujeito, pela co-propriedade, pela interação e pelo dialogo, pelo comprometimento pessoal e, principalmente, pelo desenvolvimento de sensibilidade, condições de uma possível efetivação da interdisciplinaridade. O trabalho interdisciplinar incrementa um novo tratamento no “ato pedagógico”, uma nova relação entre “quem ensino e quem aprende”. Isso implica, necessariamente, assumir um “espírito epistemológico suficientemente amplo” e, ao mesmo tempo, um domínio do conhecimento, que permita um dialogo com vários teóricos para enfretamento dos problemas no dia-a-dia escolar. Os projetos interdisciplinares envolvem três aspectos fundamentais, como elementos nucleares.

a) compreender e respeitar o modo de ser peculiares de cada sujeito (sua identidade), a partir das condições impostas pela realidade social bem como suas

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especificidades ao estabelecer os diferentes “caminhos” de construção do conhecimento. É a marca teórica de cada um de nós;

b) adoção de um projeto interdisciplinar exige uma explicitação de forma detalhada, coerente e clara, deixando evidente seus objetivos, suas intenções e seus reais significados, benefícios, suas limitações e possibilidades de aplicação, em que tenham-no como elemento norteador à preparação do homem-cidadão;

c) Todo projeto interdisciplinar pressupõe projetos pessoais de vida e este exercício de desvelamento individual visando um coletivo, quando ocorre, é muito lento. Essa possibilidade só poderá ocorrer, segundo Osório 7 (1999, p. 23), “mediante uma mudança de valores e atitudes na estrutura da sociedade e nas diferentes concepções de educação, permitindo a compreensão da inclusão social do aluno, através de um processo pedagógico que tenha como pressuposto que todos os educandos são capazes de aprender”. Novos projetos educacionais que tentam trabalhar com essa perspectiva começam a ser marcados pela insegurança, que precisava ser assumida com responsabilidade e compromisso. Isso deixa evidente que os princípios norteadores da interdisciplinaridade exige um projeto que dê conta de lidar com as diversidades pedagógicas q que, ao mesmo tempo, se constrói e se adapta no processo de desenvolvimento do próprio projeto. Tal situação nos permite afirmar que o pensamento interdisciplinar tem como principio fundamental a ruptura preconceituosa culturalmente colocada entre alguns paradigmas do conhecimento ou ate mesmo a discussão do que é cientifico ou não. Mas a ousadia “da busca, da pesquisa, é transformação da insegurança num exercício de pensar, num construir (desejo de criar, de inovar, de ir alem). [...]. Exige a passagem da subjetividade para a intersubjetividade” (Idem, p. 18). Pinçados alguns elementos teóricos que nos possibilitem fazer uma leitura da interdisciplinaridade, é importante mencionar que existem outras obras e estudos arrolados sobre esse tema. Entretanto, sempre que tratamos de um tema tão polemico, como a interdisciplinaridade, parece-nos ainda estarmos tratando pela primeira vez, e as preocupações ainda são redobradas. Explicita a importância das considerações contextuais da Educação Especial e definido o referencial teórico para delineamento do Projeto Político-Pedagógico, nosso encaminhamento recai em alguns princípios norteadores da Proposta da APAE Educadora: A Escola que Buscamos que tem como referencial os preceitos legais que possibilitarão, ... oferece Educação Infantil, primeiros anos do Ensino Fundamental e Educação

Profissional aos alunos com deficiência mental, destinando seus atendimentos e _______________ 7 Antonio Carlos do Nascimento OSÓRIO. Projeto Pedagógico: o pensar e fazer. Brasília. Revista Integração –

SEESP/ MEC, n° 21, 1999.

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serviços especializados aos que não se beneficiam, de imediato, do processo educativo ofertado pelas escolas regulares, em face de suas condições individuais identificadas ou de situações contextuais que dificultam sua inclusão escolar. Nesse sentido, busca assegurar o direito constitucional do aluno à educação,

propondo currículos flexíveis que contemplam conteúdos e ações referendados nos parâmetros curriculares Nacionais, levando em conta a diversidade, de modo a funcionar como elementos mediadores para a melhoria do ensino e qualidade de vida do educando com deficiência(s).

Nesse sentido, a APAE Educadora organiza-se em três fases, tendo como referenciais de sua organização a idade, a competência e outros critérios, que respondem aos interesses do processo de ensino e aprendizagem dos educandos, bem como ao pleno cumprimento de suas metas educativas. Definidos os níveis de abrangência e as fases de escolarização e atendimento, cabe neste momento refletir um pouco sobre as questões que delineiam o Projeto Político-Pedagógico, destacando alguns pontos que aqui são enunciados como determinantes para sua elaboração. Entretanto, é importante ficar claro que uma das características fundamentais deste instrumento é a possibilidade de integração entre os diferentes segmentos da comunidade escolar, serviços necessários para o desenvolvimento da aprendizagem, tendo como principio a formação do cidadão, independente das condições impostas a sua realidade social. Nesse sentido o Projeto Político-Pedagógico deve ser entendido como uma estratégia que busca corrigir distorções educacionais, acobertadas ou não, possibilitando explicitação dos reais propósitos do processo ensino-aprendizagem, mas, essencialmente, sentido da escolaridade, na vida de cada cidadão, como um dos instrumentos de medição entre as necessidades dos alunos e a realidade social. Em geral, a instituição escolar trabalha com uma realidade própria, particular, isolada de um contexto mais amplo que é a comunidade escolar em que ela se insere. A possibilidade inversa nos permite, segundo a proposta da APAE Educadora: A Escola que Buscamos, em sua introdução: “... entendimento histórico atual de garantir o direito de todos à educação e ao

trabalho, tendo como principio a inclusão social na tentativa de rompimento das barreiras construídas pela sociedade, na limitação das condições de exercício de sua cidadania”.

Assumindo que a educação é determinante na formação e no melhor exercício da cidadania – também com relação às pessoas com necessidades especiais – o Projeto Político-Pedagógico deve garantir a intelectualidade, o respeito, a ética e o direito social a qualquer aluno e sua família, oportunizando experiências e vivencias pessoais e coletivas. Esse entendimento e resultante da diversidade de atos, de opiniões, de ideologias de praticas escolares, em diferentes níveis de envolvimento da educação existentes em nosso país. É, sem sombra de duvidas, mais uma tentativa de reconstruir, em essência, a natureza da

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educaça0o como elemento de formação, é o resgate da função social das instituições escolares e, ao mesmo tempo, a definição da identidade institucional. O Projeto Político-Pedagógico deve ser entendido como um contato social envolvendo os diferentes segmentos da comunidade escolar, explicitando, a curto e a longo prazo, as razoes e os propósitos de seu compromisso na formação de seus alunos. O Projeto Político-Pedagógico em seu campo operativo deve reunir um conjunto de ações pedagógicas, tendo como principio a Educação Especial, entendida como modalidade da educação escolar brasileira, que se organiza de modo a privilegiar uma aproximação dos princípios da inclusão social tem acesso aos diferentes serviços e usufrutos dos bens materiais. É o que Rivera (In Osório, 1995, p. 5) denominada pelas expressões “Universalização e mundialização da vida...”.

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BIBLIOGRAFIA BALDIJÃO, C.E.M. Os desafios do movimento docente nos dez anos de lutas da Andes Sindicato Nacional. Revista Universidade e Sociedade 1, ano I, 1991. BRASIL. Desafios da educação especial frente à LDB. Brasília : MEC/ SEESP, 1998. (mimeo). _________ . Política nacional de integração da pessoa portadora de deficiência. Brasília : Ministério da Ação Social / CORDE, 1992. _________ . Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996. estabelece as Diretrizes e bases da Educação Nacional. Diario Oficial da União 248, 23/12/1996. COELHO, I. M “Saber e regime seriado”. In: OSÓRIO, A.C.N. (Org.). Regime seriado e o plano ação e da Pró-Reitoria de Ensino da UFMS. Campo Grande : Ed. FUFMS, 1987. COSTA, M.V. Escola básica na virada do século. Porto Alegre: FACED/ UFRGS, RS, 1995 DEMO, P. A nova LDB : ranços e avanços. Campinas: Papirus Ed., 1997 HUTMACHER, W. “A escola em todos os seus estados: da política de sistemas às estratégias de estabelecimento”. In: Nóvoa, A. (Coord.) As organizações escolares em analise. Lisboa : Dom Quixote/ Instituto de Inovação Educacional, 1992. OSÓRIO, A.C.N. Caminhando pela avaliação. A Avaliação Institucional. Atas do 30 seminário sobre universidade Multicampi. Quebéc : Université du Québec, 1989. _________ . “ A ética e a educação: um caminho para a interdisciplinaridade”. Tese de Doutorado PUC/SP, 1996. _________ . A formação dos professores leigos nas licenciaturas parceladas – uma pratica em questão. In: Anais do IX Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão. III Encontro de Iniciaçao Cientifica da UFMS. Campo Grande : FUFMS, 1994. _________ . “Espaço educacional e autoria social”. In : Interdisciplinaridade no espaço escolar. Lajeado : Editora Fates, 1996. _________ . (Org.) Regimento seriado e o plano de ação da Pró-Reitoria de Ensino da UFMS. Campo Grande : ed. FUFMS, 1987.

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UNESP. O Projeto Pedagógico de seu curso está sendo construído por você? Anais do III Circuito do PROGRAD. São Paulo, 1995. Dados do autor Antonio Carlos do Nascimento Osório é professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

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FEDERAÇÃO NACIONAL DAS APAEs Gestão agosto de 1999 a julho de 2001

Diretoria Executiva

Presidente

Vice-presidente 1ª Diretora-secretária 2ª Diretora-secretária

1°Diretor-financeiro 2° Diretora-financeiro

Diretor de Assuntos Internacionais Procurador-geral

autodefensores

Flavio Jose Arns / PR Seme Gabriel / SP Maria de Fátima Liegio / GO Maria Luiza Dabalto / ES Alexandre Guedes Seixas Maia / DF Zely Ornellas de Souza / DF Elpidio Araújo Neris / DF Elpidio Araújo Neris / DF Waldinéia Olímpia F. Ramos / DF

Rodrigo Marinho Noronha / DF

Conselho Fiscal

TITULARES Jose Justino Figueiras A. Pereira / PR

Luiz Alberto Silva / SC Expedito Alves de Melo / MA

SUPLENTES Antonio Lazaro de Moura / RO Pe. Luiz Zver / MG João Porfírio de Lima Cordão / PI

Conselho de Administração

Paulo Roberto da Silva Abreu / AM Jose Américo Silva Fontes / BA

Maria Lindezi Lima / CE Jose Lemos Sobrinho / ES

Dea Valeria Gaynor da Fonseca / GO Isabel de Carvalho Magalhães / MA

Doracy Gomes Nonato / MT Claise Kleemenn / MS

Eduardo Luiz Barros Barbosa / MG Laura Rosseti / PA

Jose Diniewicz / PR Tereza Lucia Baptista Andrade / PE Maristela Lina de Andrade Ribeiro / PI Jose Candido Maes Borba / RJ Jose Aumério da Silva / RN Bernadete Maciel Seibt / RS Madalena Penha de Moura / RO Aldo Brito / SC Lair Moura Sala Malavila / SP James de Oliveira Lages / TO

Francisca Evelina Maroja Lima / PB

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