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PROJETO DO DISTRIBUIDOR DE AR DE

UM GASEIFICADOR DE LEITO

FLUIDIZADO

[email protected]

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Objetivo

• Projetar o distribuidor de ar de um

gaseificador em Leito Fluidizado, tendo

como ferramenta o software de simulação

CeSFaMB (Comprehensive Simulator for

Fluidized and Moving Beds).

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Introdução • Projeto SATC/FINEP – “Gaseificação de Carvões

Brasileiros Aplicado à Geração Termelétrica e Produção

de Combustíveis.”

• Objetivo primário do projeto: Obtenção de gás de Baixo

Poder Calorífico.

Aproximadamente 27% das jazidas

de carvão disponíveis no Brasil hoje,

estão localizados nos municípios da

região sul catarinense, cuja principal

camada de carvão é a camada Bonito.

Figura 1 – Mapa de localização das jazidas de carvão no Brasil.

Fonte: modificado de DNPM (1986).

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Leito Fluidizado

Circulante

• Apresenta em geral maior taxa de conversão

de carbono, quando comparado ao Leito

Fluidizado Borbulhante e ao Leito Fixo;

•Possui maior eficiência do processo, quando

bem operado;

•Menores taxas de emissões de poluentes

atmosféricos;

•Maior flexibilidade na aplicação dos

combustíveis.

Fundamentação

Teórica

Figura 2 – Tecnologia adotada.

Fonte: do autor.

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Tipos de

distribuidores de ar

Figura 3 - (a) placa perfurada, (b) placa porosa, (c) tuyère tipo direcional (“directional nozzle”), (d) tuyère tipo “simple

nozzle”, bocal ou flauta, (e) placa perfurada côncava, (f) placa com grelhas, (g) tuyère tipo “bubble cap” e (h) tuyère tipo “slit

nozzle”

Fonte: (Basu, 2006).

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Tipo

distribuidor Vantagens Desvantagens

Placa

perfurada

Simples fabricação, baixo custo de fabricação,

facilidade de modificações (diâmetro do orifício,

ampliação ou redução) e facilidade de limpeza.

Limita a área disponível

para orifícios, ou seja,

limita a velocidade de

injeção.

Distribuidor

tipo tuyère

Permite grande flexibilidade em áreas de injeção

sem sacrificar o diâmetro de cada orifício e ou a

perda de carga no distribuidor. Permite variar o

número e diâmetro de orifícios para ajustar a

velocidade média de injeção do gás através de

orifícios bem como a perda de carga total no

distribuidor.

Alto custo de

fabricação,

dificuldade de

modificação,

dificuldade de

limpeza, presença de

regiões estagnadas.

Tabela I - Comparativo entre os tipos de distribuidores

Fonte: (Karry e Werther, 2003; Kunii e Levenspiel, 1991).

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Metodologia

Figura 4 - Esquema do gaseificador com os dados utilizados no dimensionamento do distribuidor (destaque do distribuidor).

Fonte: de Souza-Santos (2011).

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Metodologia

Seqüência 1

Seqüência 3

Seqüência 4

Seqüência 2

Figura 5 - Interface do CeSFaMB.

Fonte: do autor.

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• 1,0 < ∆Pd < 4,0 kPa

• 30 < Vor < 90 m/s

Não uniforme Uniforme

Figura 6 - Fluidização e borbulhamento não uniforme e uniforme.

Fonte: Basu (2006).

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Resultado

Figura 7 - Perda de carga no distribuidor e velocidade de ar nos orifícios do tuyère em função do diâmetro dos orifícios

(mm) e do diâmetro dos tuyères (mm).

Fonte: do autor.

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Resultado

Figura 8 - Perda de carga no distribuidor e velocidade de ar nos orifícios do tuyère em função do diâmetro dos orifícios

(mm) e do número de tuyères

Fonte: do autor.

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Resultado

Figura 9 - Perda de carga no distribuidor e velocidade de ar nos orifícios do tuyère em função do diâmetro dos orifícios

(mm) e do número de orifícios por tuyère.

Fonte: do autor.

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Resultado

Figura 10 - Perda de carga no distribuidor e velocidade de ar nos orifícios do tuyère em função do número de orifícios

por tuyère e do número de tuyères.

Fonte: do autor.

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Resultados

Diâmetro

dos orifícios

Número de

orifícios por

tuyère

Diâmetro dos

tuyères

Número de

tuyères

Seqüência 1 3 a 4 mm - 15 a 25 mm -

Seqüência 2 3 a 4 mm - - Não influenciou

Seqüência 3 2,5 a 3,5 mm 3 a 5 - -

Seqüência 4 - 8 a 12 - 80 a 100

Resultado 3,0 mm 8 20 mm 104

∆Pd = 3,76 kPa;

∆Pb = 0,71 kPa;

Uor = 37,051 m/s;

ηfrio = 18,23%;

ηquente = 25,20%

Conversão de carbono = 38,53%

Tabela II – Resultados das simulações.

Fonte: do autor.

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1. Estrangulamento seguido de expansão da

corrente de gás entre o plenum e a entrada

na flauta;

2. Perda ao longo da flauta;

3. Estrangulamento da corrente de gás ao

passar da flauta para o orifício seguido de

expansão ao sair do orifício para o

interior do reator (mandatória até certo

diâmetro de orifício)

1

3

2

Figura 11 – Perda de carga no distribuidor.

Fonte: do autor.

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Literatura x

CeSFaMB

Perda de

Carga no

leito

Perda de

Carga no

distribuidor

Velocidade

através dos

orifícios

Diâmetro dos

orifícios

CeSFaMB 0,710 kPa 3,76 kPa 37,051 m/s 3,0 mm

Literatura (de Souza-Santos, 2010;

Kunii e Levenspiel, 1991;

Basu, 2006; Saxena e

outros, 2009)

0,764 kPa 3,767 kPa 37,051 m/s 3,0 mm

Comparação 6,9 % 0,19% 0,00% 0,00%

Tabela III – Comparativos dos dados encontrados no simulador, com a literatura encontrada

Fonte: do autor.

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Projeto

Figura 12 – Prato metálico.

Fonte: do autor.

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Projeto

Figura 13 – Tuyère ou flauta.

Fonte: do autor.

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Projeto

Figura 14 – Distribuidor de gás tipo tuyère.

Fonte: do autor.

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Projeto

Figura 15 – Possibilidade de fabricação dos orifícios. a) saída do gás horizontal, b) saída do gás com inclinação de 45º,

c) comprimento do jato.

Fonte: do autor.

Figura 16 – Comprimento do jato.

Fonte: Kunii e Levenspiel, 1991.

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Seleção material

Resistência à tração (N/mm2): 665;

Limite de escoamento (N/mm2): 315;

Dureza Rockwell: B 85;

Temperatura de solubilização (ºC): 1040 à 1065.

Aço inox AISI 310

Figura 17 – Gráficos ilustrando o efeito do cromo na resistência dos aços à oxidação a altas temperaturas.

Fonte: Chiaverini (2005)

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Conclusões A metodologia adotada permitiu a determinação de:

Dimensões do Distribuidor de Ar;

Diâmetro dos orifícios: ângulo de escorregamento de

sólidos;

Diâmetro dos tuyères;

Isolamento do distribuidor;

Comprimento do jato;

Os valores calculados pela literatura apresentam erros

inferiores a 10%;

Necessidade de validação experimental como

seqüência dos estudos.

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Agradecimentos Apoio financeiro: SATC, CNPq, FINEP e FAPESC;

Auxílio na elaboração deste artigo: Eduardo Gonçalves Reimbrecht, Thiago

Fernandes de Aquino, profa. Araí Augusta Bernárdez Pécora e prof. Márcio Luiz de

Souza-Santos (CeSFaMB)

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Bibliografia

1.Basu, P. Combustion and Gasification in Fluidized Beds. Edição: Taylor & Francis, p. 496, 2006.

2.Chiaverini, V. Aços e ferros fundidos. 7ª. São Paulo, SP, p. 576, 2005.

3.de Souza-Santos, M. L. CeSFaMB® - Comprehensive Simulator of Fluidized and Moving Bed Equipment

(Manual Series 40,www.csfmb.com). 2011.

4.de Souza-Santos, M.L. Solid Fuels Combustion and Gasification. CRC Press, p. 508, 2010.

5.Karry, S.B.R & Werther, J. Gas Distributor and Plenum Design in Fluidized Beds. In: Handbook of

Fluidization and Fluid-Particle Systems. Yang, W.-C. (editor). Marcel Dekker, New York, p.155-170, 2003.

6.Kunii, D., & Levenspiel, O.. Fluidization Engineering. 2nd ed. John Wiley, New York, p. 491, 1991.

7.Oka, S. N. Fluidized Bed Combustion. New York: Marcel Dekker, p. 616, 2004.

8.Saxena, S. C., Sathiyamoorthy, D. & Sundaram, C.V.. Design principles and characteristics of distributors in

gas-fluidized beds. In: Advances in Transport Processes. Vol. 2., p.241-296, 2009.

9.Sinnot, R. K., Chemical Engineering Design. In: Coulson & Richardson´s Chemical Engineering. Vol. 6.

Butterworth-Heinemann Ltda. p. 730-739, 1997.

10.Smoot, L. D., & Smith, P. J.. Coal Combustion and Gasification. New York: Plenum Press, p. 464, 1985.

11.Williams, A., Pourkashanian, M., Jones, J.M. & Skorupska, N.. Combustion and Gasification of Coal. p.

336, 2000.

12.Yang, W.-C. Handbook of Fluidization and Fluid-Particle Systems. 2003.