projeto do código de posturas municipais de bom despacho.pdf

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    Prefeitura Municipal de Bom DespachoEstado de Minas Gerais

    Gabinete do Prefeito

    Projeto de Lei Complementar n ____/2.013.

    Institui o Cdigo de Posturas do Municpio

    de Bom Despacho e d outras providncias.

    O Prefeito Municipal de Bom Despacho/MG, no uso de suas atribuies, especialmente oinciso IV do art. 87 da Lei Orgnica Municipal, encaminha o presente Projeto de LeiComplementar para apreciao, discusso e votao desta Egrgia Casa

    TTULO I

    DAS DISPOSIES GERAIS

    CAPTULO IDas Disposies Preliminares

    Art. 1 - Este Cdigo contm as posturas municipais fundamentadas no poder de polciamunicipal, destinadas a promover a harmonia e o equilbrio no espao urbano e rural, estatuindoas normas disciplinares dos comportamentos, das condutas e dos procedimentos dos cidados noMunicpio de Bom Despacho.

    Pargrafo nico Para os efeitos deste Cdigo considera-se poder de polcia municipal aatividade da administrao local que, limitando ou disciplinando direitos, interesses ouliberdades particulares, regula a prtica de ato ou a absteno de fato, em razo do interesse

    pblico relativo higiene e sade, ao bem-estar, aos costumes, segurana e ordem.

    Art. 2 As posturas de que trata este Cdigo regulam:

    I as operaes de construo, conservao e manuteno e uso do logradouro pblico;

    II as operaes de construo, conservao e manuteno e uso da propriedade pblicaou particular, quando tais operaes e usos afetarem o interesse pblico;

    III As atividades urbanas ou rurais que, de alguma forma, sejam de interesse pbliconaquilo que se refere ao pargrafo nico do art.1.

    Art. 3 Entende-se por logradouro pblico para efeito deste Cdigo:

    I o conjunto formado pelo passeio e pela via pblica, no caso de rua, avenida, travessa,

    beco, alameda e congneres;II a passagem de uso exclusivo de pedestre e, excepcionalmente, de ciclista (passarela);

    III a praa;

    IV o quarteiro fechado.

    Pargrafo nico Entende-se por via pblica o conjunto formado pela pista de rolamentoe pelo acostamento e, se existentes, pelas faixas de estacionamento, ilha e canteiro central.

    Art. 4 Todos podem utilizar livremente os logradouros pblicos, desde que respeitem asua integridade e conservao, a tranquilidade e a higiene, bem como a segurana dos usurios,nos termos deste Cdigo.

    Praa Irm Albuquerque, n. 45, centro CEP: 35.600.000. Bom Despacho/MGTelefone: (37) 3521-3736 - Site: http://www.bomdespacho.mg.gov.br

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    CAPTULO II

    Da Fiscalizao

    Art. 5 A competncia para fiscalizar o cumprimento dos dispositivos deste Cdigo ser

    da Fiscalizao Municipal.1 Para os efeitos deste Cdigo, a Fiscalizao Municipal ser composta pelos Fiscais

    municipais e pela Chefia da Fiscalizao.

    2 Qualquer cidado pode e todo funcionrio municipal tem o dever de acionar afiscalizao para denunciar a infrao aos dispositivos desse cdigo de que tenha conhecimento.

    Art. 6 No exerccio da fiscalizao fica assegurado Fiscalizao Municipal o acessoem qualquer dia e hora e a permanncia pelo tempo que se fizer necessrio em qualquer local,

    pblico ou privado.

    Pargrafo nico A pessoa fsica ou jurdica fiscalizada dever colocar disposio dos

    fiscais todas as informaes necessrias e solicitadas.Art. 7 Podero os fiscais requisitar fora policial para o exerccio de suas atribuies

    em qualquer parte do territrio municipal.

    Art. 8 Fiscalizao Municipal, no exerccio de suas funes, compete:

    I efetuar vistorias, levantamentos e avaliaes;

    II proceder a inspees e visitas de rotina;

    III intimar da notificao, lavrar auto de infrao e elaborar relatrios de inspeo e devistoria;

    IV verificar a ocorrncia de infraes e aplicar as penalidades cabveis, nos termos dalegislao vigente;

    V praticar com urbanidade os atos necessrios ao desempenho eficiente e eficaz de suasatividades.

    Art. 9 Compete Fiscalizao Municipal prestar esclarecimentos acerca das questestratadas neste Cdigo sempre que solicitado.

    1 A solicitao de esclarecimentos ser formulada por escrito, devendo serprotocolizada e a resposta dever ser fornecida no prazo mximo de 05 (cinco) dias teis,contados da data seguinte ao do protocolo.

    2 Todas as solicitaes de esclarecimentos devero ser registradas, devendo o registroconter o nome, endereo e atividade do solicitante, a natureza da solicitao, o assunto, o nomedo fiscal a quem foi dirigida, a data da solicitao e a data da resposta e o teor do esclarecimento

    prestado.

    CAPTULO III

    Das Infraes e Penalidades

    Art. 10 Constitui infrao toda ao ou omisso contrria s disposies deste Cdigo,de outras leis ou regulamentos.

    Art. 11 Ser considerado infrator aquele que infringir o disposto no artigo anterior,mandar, constranger ou auxiliar algum a praticar infrao, ou abster-se do cumprimento deobrigao.

    Praa Irm Albuquerque, n. 45, centro CEP: 35.600.000. Bom Despacho/MGTelefone: (37) 3521-3736 - Site: http://www.bomdespacho.mg.gov.br

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    Pargrafo nico Tambm sero considerados infratores:

    I os encarregados da fiscalizao desse Cdigo que, tendo conhecimento da infrao,deixarem de autuar o infrator;

    II o proprietrio ou possuidor de qualquer ttulo de imvel no qual se verifique aocorrncia de infrao;

    III o preposto da pessoa fsica ou jurdica em cujo estabelecimento ocorra a infrao;

    IV aquele que, mesmo no sendo o legtimo explorador da atividade licenciada, sejaconsiderado como substituto, conforme apurado pela fiscalizao.

    Art. 12 As infraes resultantes do descumprimento das disposies deste Cdigo e deseu regulamento sero punidas com:

    I Advertncia;

    II Embargo;

    III Apreenso de produtos, bens e mercadorias;

    IV Suspenso da Atividade;

    V Cassao de Licena;

    VI Multa

    Art. 13 A Advertncia se dar por meio de Notificao, conforme modelo definido emregulamento, e:

    I descrever de forma clara a irregularidade;

    II conter o prazo para que a irregularidade seja sanada.

    1 A Advertncia somente se aplica:

    I infrao que, a critrio da Fiscalizao Municipal, no constitua risco sade, higiene, segurana e ao meio ambiente;

    II ao infrator primrio, assim entendido aquele que no tenha sido alvo de quaisquer daspunies tratadas nos incisos do caputdo artigo 12, observado o disposto no inciso anterior;

    III infrao praticada no exerccio de atividade regularmente licenciada junto aoMunicpio de Bom Despacho, observado o disposto nos incisos anteriores.

    2 Quando se tratar de infrao resultante do exerccio de atividade no licenciada

    junto ao Municpio de Bom Despacho, a Notificao no aplicvel, cabendo FiscalizaoMunicipal, nesse caso, lavrar o Auto de Infrao, aplicar a multa e proceder imediata apreensodos equipamentos, animais, bens e mercadorias e a suspenso da atividade.

    3 O no acatamento das determinaes contidas na Advertncia dentro do prazoestipulado implicar a lavratura do Auto de Infrao.

    4 O prazo para que a irregularidade descrita na Advertncia seja sanada serregulamentado atravs de Decreto da Administrao, conforme as reas de fiscalizao.

    5 A irregularidade que, por sua natureza, grau ou extenso, seja impossvel de sersanada no prazo regulamentar, no poder ser objeto de Advertncia, cabendo, nesse caso, alavratura do Auto de Infrao para aplicao das demais punies cabveis, tratadas nos incisosdo artigo 12.

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    6 A Fiscalizao Municipal, verificando que a irregularidade no tenha sido sanadano prazo determinado na Notificao, lavrar o Auto de Infrao, aplicando a punio cabvel,dentre as tratadas nos incisos do artigo 12.

    Art. 14 O embargo/interdio do estabelecimento ser determinado sempre que severifique que a continuidade do exerccio da atividade concorrer para a continuidade da prticade infraes aos dispositivos deste Cdigo.

    1 O embargo/interdio ser efetuado por meio de Notificao deembargo/interdio, conforme modelo definido em regulamento.

    2 A Notificao de embargo/interdio poder determinar que apenas certosequipamentos no sejam utilizados, ou que certas prticas sejam suspensas, sem que hajanecessidade de suspenso total da atividade.

    3 O no cumprimento dos termos do embargo/interdio implicar a apreenso dosequipamentos, animais, bens e mercadorias relacionados com a infrao, com a consequente

    interdio do estabelecimento.4 A Notificao de embargo/interdio:

    I descrever de forma clara a irregularidade;

    II determinar a imediata paralisao da atividade ou da construo, da reforma, daampliao, da demolio ou da instalao ou funcionamento de mquina, equipamento,componente ou acessrio;

    III conter:

    a) as medidas que devero ser tomadas para que a irregularidade seja sanada, cabendo,conforme o caso, a reconstruo, a demolio total ou parcial ou o desligamento, ou retirada, de

    mquina, equipamento, componente ou acessrio,

    b) o prazo para que sejam executadas as medidas corretivas para sanar a irregularidade.

    IV ser acompanhada do respectivo Auto de Infrao.

    5 O embargo/interdio no exclui a aplicao da multa que couber, nem a apreensoda coisa utilizada para cometer a irregularidade.

    6 O embargo/interdio somente ser suspenso depois de executadas as medidascorretivas contidas na respectiva Notificao.

    7 O documento hbil para suspenso do embargo/interdio ser o relatrio da

    fiscalizao, atestando que as medidas corretivas necessrias para sanar a irregularidade foramtotal e efetivamente cumpridas.

    8 Enquanto persistir o embargo/interdio, no se exercer no local atividadecomercial, industrial ou de prestao de servios, salvo nos casos em que, a critrio daFiscalizao Municipal, seja possvel isolar o local, onde se verificou a irregularidade daquele,no qual sejam exercidas as atividades licenciadas do estabelecimento.

    9 Sem prejuzo da lavratura do Auto de Infrao que acompanha a Notificao deembargo/interdio, outro ser lavrado, caso:

    I a atividade que deu causa ao embargo/interdio no seja imediatamente paralisada;

    II no se execute de forma integral, efetiva e dentro do prazo previsto as medidascontidas na Notificao de embargo/interdio.

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    10 Sem prejuzo no disposto no pargrafo anterior, quando se tratar deestabelecimento onde se exera atividade comercial, industrial ou de prestao de servios, o nocumprimento do disposto na Notificao de embargo determinar a cassao da licena.

    Art. 15 Quando couber, a critrio da Fiscalizao, concomitantemente com a multa,ser efetuada a apreenso de materiais, animais, bens ou mercadorias.

    1 A apreenso abranger exclusivamente os objetos comprovadamente utilizados paraa prtica da infrao, ou que para tal sejam necessrios.

    2 No ato da apreenso, a coisa material apreendida ser relacionada no Termo deApreenso, que conter a discriminao de cada item, seus quantitativos e estados deconservao.

    3 Quando a apreenso recair em bens de fcil deteriorao, a Fiscalizao indicar noTermo de Apreenso sua destinao, que poder ser:

    I inutilizao em lixo ou aterro sanitrio;

    II destruio e utilizao como matria orgnica em rea pblica destinada para estaatividade.

    4 O Termo de Apreenso, que observar o modelo definido em regulamento, serelaborado em duas vias, sendo:

    I a primeira entregue ao autuado, devidamente assinada pelo agente municipal;

    II a segunda, que se configurar como recibo, assinada pelo agente municipal e peloproprietrio, ou por aquele que se encontrava utilizando o material apreendido no ato dainfrao.

    5 Na hiptese do proprietrio, ou aquele que se encontrava utilizando o materialapreendido no ato da infrao, se recusar a assinar o Termo de Apreenso, tal fato dever constarem ambas as vias, que, nesse caso, devero ser assinadas por uma testemunha idnea.

    Art. 16 A devoluo da coisa apreendida somente se far mediante apresentao da viado Termo de Apreenso entregue ao infrator e aps o pagamento das multas que tiverem sidoaplicadas.

    1 A devoluo da coisa apreendida estar condicionada ao ressarcimento de eventuaisdespesas que tiverem sido realizadas com a apreenso, o transporte, a alimentao e o tratamentode animais e o depsito, conforme o caso.

    2 A devoluo da coisa apreendida se dar mediante apresentao de requerimento

    devidamente instrudo, processado e encaminhado no prazo mximo de 90 (noventa) diascontados da data da apreenso.

    3 Tratando-se de alimentos perecveis, no haver hiptese de devoluo.

    4 No caso de no ser reclamado e retirado dentro do prazo de 90 (noventa) dias, omaterial apreendido ser levado a leilo pelo Municpio, sendo a importncia apurada aplicadana indenizao das multas e das despesas decorrentes da apreenso, do transporte e do depsito.

    Art. 17 A aplicao de penalidade se far mediante a lavratura do Auto de Infrao pelaFiscalizao Municipal, sem prejuzo das demais penalidades cabveis.

    Pargrafo nico O Auto de Infrao observar modelo padronizado definido em

    regulamento e ser expedido em duas vias, devendo conter, no mnimo, os seguintes elementos:

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    I o local, a hora e a data onde se deu a infrao;

    II a identificao do infrator e sua qualificao completa;

    III a assinatura do infrator e, na sua ausncia ou recusa, a de testemunha idnea

    presente, ou a confirmao de sua remessa via correios;IV a descrio pormenorizada da infrao e do dispositivo legal infringido;

    V a indicao da pena cabvel;

    VI o prazo para interposio de recurso;

    VII o prazo para pagamento da multa cabvel;

    VIII a identificao e assinatura do agente fiscal;

    IX a relao das coisas apreendidas se for o caso;

    X a indicao das irregularidades e o prazo para que sejam sanadas.

    Art.18 Em caso de reincidncia na infrao, as multas sero aplicadas:

    I em dobro, tendo por base o valor da multa anteriormente imposta, quando houverpreviso de valor mnimo e mximo;

    II no mesmo valor da anterior, quando houver previso de valor fixo.

    1 Para os efeitos do caput considera-se reincidncia o cometimento da mesmainfrao dentro do perodo de 02 anos.

    2 Sem prejuzo do disposto neste artigo:

    I ser aplicada a pena de suspenso da atividade, por prazo no superior a 30 (trinta)

    dias, na hiptese de, dentro do prazo de um ano, ser verificada uma terceira infrao ao mesmodispositivo legal;

    II ser determinada a cassao da licena, na hiptese de, dentro do prazo de um ano,ser verificada uma quarta infrao ao mesmo dispositivo legal.

    3 Para os efeitos deste artigo, a reincidncia estar configurada no caso de infraoimputada mesma pessoa fsica ou jurdica, devendo existir punio em deciso definitiva para ainfrao constante do Auto de Infrao anterior.

    4 As penalidades a que se refere este Cdigo no isentam o infrator da obrigao dereparar o dano resultante da infrao, na forma da Lei Federal n 10.406, de 10 de janeiro de2002, Cdigo Civil.

    5 Quando o infrator praticar, simultaneamente, duas ou mais infraes, ser-lhe-oaplicadas, cumulativamente, as penalidades a elas cominadas, sem prejuzo das sanes previstasneste Cdigo em relao reincidncia.

    Art. 19 Sem prejuzo ao disposto no artigo 306, o infrator ter o prazo de 10 (dez) dias,contados a partir da data do recebimento do Auto de Infrao, para apresentar, por escrito, Chefia da Fiscalizao, defesa contra a ao da Fiscalizao Municipal.

    1 O infrator, para apresentar sua defesa, dever primeiramente sanar a irregularidadeque deu causa ao Auto de Infrao, ou firmar termo de ajuste de conduta com a fiscalizao.

    2 A confirmao de que a causa da infrao foi sanada ser efetuada mediante laudode vistoria elaborado pela Fiscalizao Municipal a requerimento por escrito do autuado.

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    3 O no oferecimento de defesa dentro do prazo legal ou o no acolhimento dasrazes apresentadas na defesa implica a obrigao do pagamento da multa dentro do prazo de 10(dez) dias, contados a partir da data limite para apresentao do recurso.

    4 A confirmao das penalidades previstas no Auto de Infrao, no caso de ter havidorecurso, ficar a cargo da Chefia da Fiscalizao Municipal.

    Art. 20 O no recolhimento da multa constante do Auto de Infrao no prazo fixadoimplicar a inscrio do devedor em Dvida Ativa, na forma da legislao pertinente.

    Pargrafo nico A inscrio em dvida ativa dar-se- no prazo mximo de 30 (trinta)dias aps a data do vencimento original da multa imposta.

    Art. 21 A cassao da licena de funcionamento observar o disposto no 10 do artigo14, inciso II do 2 do artigo 18, artigos 33, 136, 199 e 2 do artigo 237.

    1 Cassada a licena, ser determinado o fechamento imediato do estabelecimento,sem prejuzo das demais penalidades.

    2 Ao licenciado punido com cassao de licena facultado encaminhar Pedido deReconsiderao Chefia da Fiscalizao, dentro do prazo de 10 (dez) dias, contados da data dadeciso que imps a penalidade.

    3 A Chefia da Fiscalizao apreciar o Pedido de Reconsiderao dentro do prazo de15 (quinze) dias teis, contados da data de seu encaminhamento.

    4 O Pedido de Reconsiderao referido no caputno ter efeito suspensivo e somenteser aceito na hiptese de no:

    I mais se verificar a causa da cassao da licena;

    II se verificar a ocorrncia de qualquer outra infrao prevista neste Cdigo.CAPTULO IV

    Do Licenciamento

    Art. 22 Nenhum estabelecimento comercial, industrial, de prestao de servio ou deentidade associativa de qualquer natureza poder funcionar ou promover publicidade ou

    propaganda sem prvia licena do Municpio, atravs de Alvar.

    1 A realizao de qualquer evento que pressuponha a aglomerao de pessoas, excetoem estabelecimento destinado a esse fim, ser objeto de licenciamento prvio do Municpio,atravs de Alvar.

    2 Dependem tambm de prvio licenciamento as operaes de construo,manuteno, conservao e uso do logradouro pblico e da propriedade pblica e privada.

    3 A movimentao de terra nas propriedades privadas depender de licenciamento,observadas as determinaes deste Cdigo e das demais legislaes que tratem da matria.

    4 A exigncia prevista no caput deste artigo no se aplica ao funcionamento, publicidade e propaganda de estabelecimentos e rgos da Unio, do Estado, do Municpio oudas entidades paraestatais.

    5 As excees previstas no pargrafo anterior no eximem os estabelecimentos documprimento das obrigaes legais e regulamentares pertinentes.

    Art. 23 O Alvar de Licena ser exigido mesmo que o estabelecimento estejalocalizado no recinto de outro j licenciado.

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    Pargrafo nico O estabelecimento que pretenda alterar a atividade inicialmentelicenciada dever requerer outro Alvar de Licena junto ao Municpio, conforme dispuser oregulamento.

    Art. 24 O incio do processo de licenciamento se dar mediante protocolizao derequerimento efetuado pelo responsvel pelo estabelecimento, pelo evento ou qualquer atividadesujeita a licenciamento.

    1 O protocolo do pedido de licenciamento no autoriza o requerente a exercer aatividade requerida, observado o disposto nos 4 e 5 do artigo 22.

    2 O processo de licenciamento de quaisquer atividades observar o disposto emregulamento, que, dentre outros, dispor sobre:

    I a documentao bsica e especfica exigvel para cada caso;

    II os prazos;

    III a sujeio anlise dos rgos competentes.3 O regulamento de que trata o pargrafo anterior dever observar, no que couber, o

    disposto no Decreto 44.106/05, que trata do programa estadual denominado Minas Fcil, quetem por objetivo simplificar a abertura de empresas no Estado de Minas Gerais.

    Art. 25 O licenciamento ou a renovao de licena de estabelecimento sujeitar-se- anlise, por parte da Fazenda Municipal, da situao fiscal do imvel utilizado comoestabelecimento, do requerente e do proprietrio do imvel, conforme regulamento a ser editado.

    Art. 26 No se conceder licenciamento ou renovao de licena na hiptese,relativamente atividade ou ao responsvel, em deciso definitiva, de existir dbito pendenteoriundo de penalidade por infrao aos dispositivos deste Cdigo.

    Art. 27 O licenciamento ou a renovao de licena de estabelecimento sujeitar-se- anlise e aprovao, por parte do rgo municipal competente, da conformidade doestabelecimento com o disposto no Plano Diretor e nas legislaes que tratam:

    I do uso e da ocupao do solo;

    II das obras particulares;

    III da vigilncia sanitria;

    IV do Servio de Inspeo Municipal, quando for instalado e conforme o caso;

    V do Meio Ambiente.

    Art. 28 implicar a paralisao do processo de licenciamento, at que sejam sanadas aseventuais pendncias ou irregularidades, o no cumprimento do disposto nos artigos 26 e 27.

    Art. 29 O regulamento dispor sobre a articulao entre os setores envolvidos para ocumprimento no disposto nos artigos 26, 27, 30 e 31.

    Art. 30 A concluso do processo de licenciamento ou renovao de licena deestabelecimento dar-se- com a efetivao da baixa no sistema de processamento de dados doMunicpio de eventuais valores devidos relacionados ao imvel, ao seu proprietrio e aorequerente, sejam esses tributrios ou no.

    Art. 31 O Alvar o instrumento de licena, autorizao ou permisso para as

    operaes previstas neste Cdigo, conforme regulamento.

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    Gabinete do Prefeito

    1 A concesso do Alvar tratado neste artigo est condicionada emisso,recolhimento e efetiva baixa no sistema de processamento de dados do Municpio dos valoresrelativos a taxas e tarifas incidentes no licenciamento.

    2 Salvo disposio expressa em contrrio, o Alvar ter validade at o dia 31 demaro do ano subsequente ao da sua expedio, podendo ser renovado sucessivamente, por

    perodos de, no mximo, um ano.

    3 A revalidao das licenas previstas por Alvar poder ocorrer independentementeda expedio de novo documento, com a aplicao de selo, conforme regulamento a ser editado.

    4 Na hiptese de se tratar de evento, o Alvar ter a validade da sua durao.

    5 O Alvar dever estar afixado em local visvel e de fcil acesso fiscalizao,constituindo infrao a no observncia dessa obrigao.

    6 Na hiptese de atividade alcanada pelo Servio de Inspeo Municipal, serexigido o respectivo certificado, independente da existncia do Alvar de Licenciamento.

    Art. 32 Constitui infrao:

    I o funcionamento de estabelecimento comercial, industrial, de prestao de servio oude entidade associativa de qualquer natureza, sem prvia licena do Municpio e emisso dorespectivo Alvar de Licena;

    II a realizao de qualquer evento que pressuponha a aglomerao de pessoas, excetoem estabelecimento destinado a esse fim, sem licenciamento prvio do Municpio e emisso dorespectivo Alvar de Licena;

    III a execuo de operaes de construo, manuteno, conservao e uso dologradouro pblico e da propriedade pblica e privada, sem licenciamento prvio do Municpio e

    emisso do respectivo Alvar de Licena;

    IV movimentao de terras nas propriedades privadas, sem licenciamento prvio doMunicpio e emisso do respectivo alvar de licena, exceto para o preparo do solo para plantios,observadas as normas de proteo dos solos e das estradas.

    Pargrafo nico As infraes ao disposto neste artigo sero punidas com multas quevariam de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) a R$ 8.000,00 (oito mil reais).

    Art. 33 A licena ser cassada na hiptese de:

    I o estabelecimento licenciado desenvolver atividades diferentes das constantes doAlvar de Licena;

    II no se encontrem mantidas todas as condies existentes quando do licenciamentoinicial;

    III o licenciado se opuser ao da fiscalizao municipal;

    IV o licenciado transformar o local em ponto de encontros ou aglomerao de pessoasou veculos que causem perturbao ao sossego pblico e ao trnsito;

    V ser necessria a tomada de medida preventiva ou corretiva, a bem do sossegopblico, da moral, da higiene, da segurana e do trnsito;

    VI solicitao da chefia da fiscalizao, provados os motivos que a fundamentarem;

    VII constatar-se que seu fornecimento contrariou as disposies legais do Municpio.

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    TTULO II

    DAS DISPOSIES BSICAS

    CAPTULO I

    Dos Logradouros PblicosSeo I

    Da Denominao dos Logradouros

    Art. 34 A denominao dos bens e logradouros pblicos ser efetuada pelo Municpio,mediante projeto de lei elaborado por seu rgo competente.

    1 Quanto denominao dos bens e logradouros pblicos, dever ser obedecida alegislao pertinente, observando-se que:

    I No caso de alterao de nome de logradouro, o Municpio dever notificar o fato a

    cada proprietrio de imvel nele residente ou estabelecido, no prazo mximo de 60 (sessenta)dias , contados da data da sano da lei que promoveu a alterao;

    II O Municpio dever alterar ou instalar as placas de identificao do nome dologradouro, em at 60 (sessenta) dias, contados da data da sano da lei que determinou oualterou seu nome.

    Seo II

    Da Numerao dos imveis

    Art.35 A numerao ou alterao de numerao de imvel ser feita pelo Municpio,mediante solicitao do proprietrio do imvel, ou do contribuinte responsvel pelo pagamento

    do IPTU cadastrado.1 A numerao dos imveis observar o seguinte:

    I A solicitao se dar por meio de protocolizao de requerimento autoridadecompetente;

    II O requerente dever comprovar ser o contribuinte responsvel pelo pagamento doIPTU;

    III No ser fornecido nmero caso o imvel ou o contribuinte possuam dbitos dequalquer natureza junto ao Municpio.

    2 O Municpio, por sua iniciativa, poder rever a numerao de quaisquer

    logradouros, sempre que entender que a existente no se encontra dentro dos parmetros denumerao determinados em regulamento.

    3 Fornecido o nmero, nas hipteses previstas nos pargrafos 1 e 2 deste artigo,correr por conta do proprietrio as despesas de aquisio e colocao da respectiva placa denumerao.

    4 O regulamento dispor sobre a metodologia de numerao dos imveis e critriospara a hiptese tratada no pargrafo 2 deste artigo.

    5 Fornecido o nmero, ser obrigatrio que esse seja:

    I informado ao proprietrio do imvel por meio de Certido de Numerao, que dever

    ser mantida em seu poder, para ser apresentada fiscalizao sempre que solicitado;

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    II registrado em cadastro prprio, para fins de fiscalizao, devendo esse conter ainscrio imobiliria do imvel e o nmero fornecido, conforme certido.

    6 Sero consideradas infraes a no apresentao da Certido de Numerao quandosolicitada pela fiscalizao, a utilizao de numerao de imvel sem autorizao do Municpioou a utilizao de numerao divergente da constante na Certido de Numerao.

    7 As infraes ao disposto no pargrafo anterior sero punidas com multas quevariam de R$100,00 (cem reais) a R$ 1.000,00 (um mil reais), de acordo com o regulamento.

    Seo III

    Das Restries de Uso dos Logradouros

    Art. 36 Excetuando-se a hiptese de existir licenciamento prvio regulado porlegislao especfica ou autorizao prvia e expressa do rgo competente do Municpio, noslogradouros pblicos proibido:

    I efetuar escavaes, remover, alterar ou danificar a pavimentao e levantar ourebaixar pavimentos, passeios ou meio-fio;

    II fazer ou lanar condutos ou passagens de qualquer natureza de superfcie,subterrnea ou elevada, ocupando ou utilizando vias ou logradouros pblicos;

    III obstruir ou concorrer na obstruo, direta ou indireta, de valos, calhas, bueiros oubocas-de-lobo, ou impedir, por qualquer forma, o escoamento das guas;

    IV despejar nos logradouros pblicos guas servidas, lixo ou quaisquer resduosresidenciais, comerciais, industriais ou de estabelecimentos de prestao de servios, em especialos resultantes das atividades de oficinas mecnicas e lavagem de veculos;

    V depositar materiais de qualquer natureza ou preparar argamassa sobre passeios oupistas de rolamento;

    VI conduzir, sem precaues, quaisquer materiais que possam comprometer o asseiodas vias pblicas, em especial transportar argamassa, areia, aterro, lixo, entulho, serragem,cascas de cereais, ossos e outros detritos em veculos que no apresentem as condiesnecessrias para esse transporte e que venham prejudicar a limpeza pblica, ou mesmo utilizarveculos que lancem barro e leo na via;

    VII efetuar reparos em veculos, excetuando-se os casos de emergncia;

    VIII embaraar ou impedir, por qualquer meio, o livre trnsito de pedestres ou deveculos;

    IX utilizar escadas, balastres de escadas, balces ou janelas com frente para a viapblica para secagem de roupas ou para colocao de vasos, floreiras ou quaisquer outros objetosque prejudiquem a esttica e apresentem perigo para os transeuntes;

    X fazer varredura do interior dos prdios, terrenos e veculos para as vias pblicas;

    XI sacudir tapetes ou capachos das aberturas dos prdios para a via pblica, ou poressas jogar quaisquer objetos;

    XII colocar mesas, cadeiras, bancas ou quaisquer outros objetos ou mercadorias sobre opasseio pblico, qualquer que seja a finalidade, exceto quando requerido e autorizado pelo poderpblico municipal, mediante o pagamento da taxa;

    XIII colocar marquises ou toldos sobre passeios pblicos, com altura inferior a 2,5

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    metros.

    XIV vender ou expor mercadorias, bens ou servios, sob pena de apreenso;

    XV executar quaisquer intervenes que, de alguma forma, alterem suas caractersticas

    originais;XVI causar dano a bens do patrimnio pblico municipal, com responsabilidade

    extensiva a prepostos, substitutos, mandatrios e s outras pessoas fsicas ou jurdicas que, tendotomado conhecimento do causador do dano, deixarem de informar autoridade competente.

    XVII abandonar veculos, ou suas partes e acessrios, reboques, charretes, carroas ouquaisquer outros equipamentos ou mquinas, motorizados ou no, bem como mveis eeletroeletrnicos.

    1 Ser considerada infrao despejar gua ou qualquer outro lquido, por qualquermeio, num prazo inferior a 24 (vinte e quatro) horas antes e 72 (setenta e duas) horas depois deconcludo o servio, na via submetida a asfaltamento ou reforma.

    2 As infraes ao disposto nos incisos I a XV e no 1 deste artigo sero punidas commultas que variam de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 6.400.00 (seis mil e quatrocentos reais).

    3 A proibio de que trata o inciso XVI no exime o infrator do pagamento doscustos relativos remoo e destinao que se fizeram necessrias.

    Seo IV

    Dos Muros e Cercas

    Art. 37 Os proprietrios de terrenos em ruas pavimentadas, edificados, cultivados ouno, so obrigados a fechar a divisa com a via pblica pavimentada, com muros rebocados e

    pintados ou grade de ferro pr-fabricada ou madeira assentada sobre alvenaria ou muro pr-fabricado, pedra decorativa ou vidro temperado.

    1 No caso de terrenos utilizados como depsito de madeira, lenha e sucatas em geral,a altura mnima do muro ser de 1,80 m (um metro e oitenta centmetros).

    2 Ser permitida a colocao sobre os muros de cerca eletrificada, desde quedevidamente sinalizada e situada a uma altura mnima de 2,50 (dois metros e cinquentacentmetros), sendo vedada a utilizao de cacos de vidro sobre os muros.

    3 Os muros e os demais tipos de vedao tratados no caputsero mantidos pintados,se for o caso, e em perfeito estado de conservao, em especial quanto sua estabilidade.

    4 A proibio de que trata o inciso XIV do artigo 36 no exime o infrator dopagamento dos custos relativos remoo e destinao que se fizerem necessrias.

    5 Sem prejuzo das demais penalidades previstas neste Cdigo, o Municpio poderpromover, diretamente ou mediante prestao de servios de terceiros, o fechamento do imvelparticular, independentemente de ser edificado ou cultivado, conforme exposto no caputdesdeartigo, caso o proprietrio, depois de notificado, no o faa, observadas as seguintes situaes:

    I Na impossibilidade de se notificar pessoalmente o proprietrio, devido ao fato deleno ser localizado;

    II Na impossibilidade de se notificar o proprietrio por via postal, com aviso derecebimento, devido ao fato de seu endereo ser desconhecido;

    III Na hiptese do proprietrio se recusar a assinar o recibo da notificao, no havendo

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    testemunhas no local;

    IV Na hiptese de apesar de assinado o recibo da notificao, o proprietrio no acatara obrigao para promover, s suas custas, no prazo de 30 (trinta) dias, o fechamento do imvel;

    6 Os custos com o fechamento do imvel tratado no pargrafo anterior seroincludos na guia do IPTU do exerccio corrente ou, se j lanado o IPTU no exerccio, serocobrados por meio de guia especfica para esse fim, conforme regulamento.

    7 O no pagamento dos custos com o fechamento do imvel tratado no 5 desteartigo ensejar a inscrio do valor correspondente em Dvida Ativa a partir do primeiro dia tilaps a data limite estipulada para pagamento.

    8 No caso do Municpio fechar o imvel, ser cobrado do proprietrio o preo decusto da ocasio, tomando-se como base as testadas do terreno.

    Seo V

    Dos PasseiosArt. 38 Sem prejuzo das penalidades previstas em outras leis ou regulamentos, o

    proprietrio do imvel, edificado ou no, para todas as suas testadas fronteirias a logradourospavimentados implantados fica obrigado a:

    I implantar e conservar o meio-fio, cuja altura dever ser igual a 18 cm em relao sarjeta, seguindo a inclinao da rua.

    II construir ou, se j construdo, adequar o passeio observando as normas previstas emlegislao especfica, observando-se ainda que esse no pode possuir:

    a) ressaltos ou depresses;

    b) desnveis em relao aos passeios vizinhos, observados o traamento da via pblica;c) revestimento que no seja antiderrapante;

    d) rampas que avancem sobre o passeio ou a pista de rolamento;

    e) declividade superior a trs por cento, no sentido do alinhamento predial para o meio-fio;

    f) vegetao inadequada, devendo ser observado o captulo desta Lei que trata daarborizao urbana;

    g) elementos que avancem sobre a testada do lote, como jardineiras, beirais, etc.

    III quando se tratar de imvel situado em esquina, implantar rampas de acesso paradeficientes fsicos, em ambas as ruas, conforme normas tcnicas da ABNT AssociaoBrasileira de Normas Tcnicas;

    IV reservar reas para plantio de rvores, respeitando-se os elementos preexistentes,como postes de iluminao, telefones e semforos;

    V adequar o passeio existente anteriormente vigncia deste Cdigo s normasprevistas no inciso anterior;

    VI manter o passeio em perfeito estado de conservao e limpeza, efetuando os reparosque se fizerem necessrios;

    1 Na hiptese de no ser possvel observar as normas estabelecidas nos incisos I, II,III e IV do caput, o proprietrio dever apresentar projeto alternativo de construo ou

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    adequao do passeio, fundamentado em razes tcnicas, para avaliao da FiscalizaoMunicipal, em at 15 (quinze) dias, contados da data da notificao de advertncia.

    2 A no apresentao do projeto alternativo, em conformidade com o disposto nopargrafo anterior, implicar a aplicao das penalidades cabveis, sem prejuzo da exigncia documprimento do disposto nos incisos I, II, III e IV do caput.

    3 Apresentado o projeto alternativo tratado no 1, no sero aplicadas as penalidadespelo descumprimento do disposto nos incisos I, II, III e IV do caput, enquanto a FiscalizaoMunicipal no se manifestar expressamente de forma favorvel ou contrria.

    4 No aprovado o projeto alternativo tratado no 1, caber Fiscalizao Municipaldeterminar que o proprietrio apresente um segundo projeto alternativo de construo ouadequao do passeio, fundamentado em razes tcnicas, para avaliao da FiscalizaoMunicipal, em at 15 (quinze) dias, contados da data da cincia, por parte do notificado, dadeciso favorvel ou no ao seu projeto.

    5 A no apresentao do segundo projeto alternativo, em conformidade com odisposto no pargrafo anterior, implicar a aplicao das penalidades cabveis, sem prejuzo daexigncia do cumprimento do disposto nos incisos I, II, III e IV do caput.

    6 Apresentado o segundo projeto alternativo tratado no 4, no sero aplicadas aspenalidades pelo descumprimento do disposto nos incisos I, II, III e IV do caput, enquanto aFiscalizao Municipal no se manifestar expressamente.

    7 Caso no seja aprovado o segundo projeto alternativo tratado no 4, caber Fiscalizao Municipal estipular o prazo para que se cumpra o disposto nos incisos I, II, III e IVdo caput, sem prejuzo da aplicao das penalidades cabveis.

    8 Aplicadas as penalidades previstas neste artigo e determinado o cumprimento dodisposto nos incisos I, II, III e IV do caput, no haver hiptese para apresentao de projetoalternativo.

    9 As infraes ao disposto nos itens I e II deste artigo sero punidas com multa de R$50,00 (cinquenta reais) por metro linear da testada do imvel. As demais infraes dispostasneste artigo sero punidas com multas que variam de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 6.400,00 (seismil e quatrocentos reais), regulamentadas por decreto do Executivo Municipal.

    10 Sem prejuzo das demais penalidades previstas neste Cdigo, o Municpio poderpromover, diretamente ou mediante prestao de servios de terceiros, a construo de passeio emeio-fio em imvel particular edificado independentemente de estar edificado ou cultivado, casoo proprietrio, depois de notificado, no o faa, observadas as seguintes situaes:

    I Na recusa de recebimento da notificao pelo proprietrio, a assinatura poder sersuprida por uma testemunha idnea;

    II Na impossibilidade de se notificar pessoalmente o proprietrio devido ao fato deleno ser localizado, a notificao dar-se- por via postal, com aviso de recebimento, quando oendereo for conhecido;

    III Na hiptese do proprietrio ser desconhecido, ou se pelo endereo do proprietrioque consta no cadastro imobilirio no for possvel localiz-lo, a notificao se dar atravs deedital, conforme preceitua o Cdigo Civil Brasileiro;

    IV Na hiptese de, apesar de assinado o recibo da notificao, o proprietrio no acatara obrigao para promover, s suas custas, no prazo de 30 (trinta) dias, a construo do passeio e

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    do meio- fio.

    11 Os custos da construo do passeio e do meio-fio tratada no pargrafo anteriorsero includos na guia do IPTU do exerccio corrente ou, se j lanado o IPTU no exerccio,sero cobrados por meio de guia especfica para esse fim.

    12 O no pagamento dos custos da construo do passeio e do meio-fio tratada no 10deste artigo ensejar a inscrio do valor correspondente em Dvida Ativa a partir do primeirodia til aps a data limite estipulada para pagamento.

    13 No caso do Municpio construir o passeio e o meio-fio, ser cobrado doproprietrio o preo de custo da ocasio, tomando-se como base as testadas do terrenoregistradas no Cadastro Imobilirio.

    Seo VI

    Das Caambas

    Art. 39 O proprietrio de imvel, o responsvel por obra ou estabelecimento ouqualquer um que produzir lixo que no se enquadre como lixo domiciliar, conforme dispostoneste Cdigo dever depositar seus resduos em caamba devidamente licenciada peloMunicpio.

    1 A utilizao de caamba dever ser previamente comunicada ao Municpio porescrito e pela empresa responsvel pelo servio.

    2 A comunicao tratada no pargrafo anterior dever estar acompanhada de:

    I a identificao do imvel e seu proprietrio, contendo:

    a) endereo completo do imvel para o qual ser prestado o servio,

    b) nome completo do proprietrio do imvel, responsvel por obra ou estabelecimento,c) CPF ou CNPJ do proprietrio do imvel, responsvel por obra ou estabelecimento,

    conforme o caso;

    d) tipo de lixo a ser depositado na caamba;

    II datas e horrios nos quais as caambas ficaro colocadas para recolhimento do lixo, acritrio da fiscalizao.

    3 A utilizao de caamba somente se dar aps autorizao por escrito do Municpio,que, se for o caso, determinar as condies de uso, visando ao bem-estar da coletividade e aotrnsito.

    4 O lixo de que trata este artigo, depositado de forma incorreta, acarretar ao infratormulta mnima de R$ 100,00 (cem reais), e mxima de R$1.000,00, a critrio da fiscalizao.

    Art. 40 A caamba obedecer a modelo prprio, que ter as seguintes caractersticas,entre outras a serem definidas em regulamento:

    I capacidade mxima de 10 m (dez metros cbicos);

    II cores vivas, preferencialmente combinando amarelo e azul ou alaranjado e vermelho;

    III tarja refletora com rea mnima de 100 cm (cem centmetros quadrados) em cadaextremidade, para assegurar a visibilidade noturna;

    IV identificao do nome do licenciado e do nmero do telefone da empresa nas faceslaterais externas.

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    V telefone do rgo pblico de fiscalizao.

    Art. 41 O local para a colocao de caamba em logradouro pblico poder ser:

    I a via pblica, ao longo do alinhamento da guia do meio-fio, em sentido longitudinal;

    II o passeio, desde que deixe livre, junto ao alinhamento, faixa para circulao depedestre de no mnimo 1,50 m (um metro e cinquenta centmetros) de largura.

    Pargrafo nico No ser permitida a colocao de caamba:

    I a menos de 5,00 m (cinco metros) da esquina do alinhamento dos lotes;

    II no local sinalizado com placa que proba parar e estacionar;

    III junto ao hidrante e sobre registro de gua ou tampa de poo de inspeo de galeriasubterrnea;

    IV inclinada em relao ao meio-fio, quando ocupar espao maior que 2,70 m (dois

    metros e setenta centmetros) de largura.Art. 42 O tempo de permanncia mximo por caamba, em um mesmo local, de 5

    (cinco) dias teis, exceto na hiptese prevista no pargrafo nico deste artigo.

    Pargrafo nico O horrio de colocao e de retirada das caambas ser livre nosferiados, sendo que, para as reas especiais, definidas em regulamento, o horrio ser:

    I das 20 (vinte) s 07 (sete) horas nos dias teis;

    II das 14 (catorze) horas de sbado s 07 (sete) horas de segunda-feira.

    Art. 43 Na operao de colocao e na de retirada da caamba, dever ser observada alegislao referente limpeza urbana, ao meio ambiente e segurana de veculo e pedestre,

    cuidando-se para que sejam utilizados:I sinalizao com 03 (trs) cones refletores;

    II calos nas rodas traseiras dos veculos, no caso de logradouro com declividade.

    Art. 44 A empresa prestadora do servio de caamba dever ser cadastrada noMunicpio.

    Pargrafo nico Dentre as demais normas previstas neste Cdigo e em outras leis eregulamentos, para prestar o servio de caamba, a empresa dever:

    I Dispor de espao prprio para estacionamento de caambas, quando essas no seencontrarem em utilizao, sendo vedada a utilizao de via ou logradouro pblico;

    II Definir local apropriado e autorizado para a deposio do lixo recolhido.

    Art. 45 As infraes ao disposto nesta seo sero punidas com multas que variam deR$ 100,00 (cem reais) a R$ 6.400,00 (seis mil e quatrocentos reais).

    Seo VII

    Do Mobilirio Urbano

    Art. 46 Mobilirio urbano o equipamento de uso coletivo instalado mediantelicenciamento em logradouro pblico e em afastamento frontal configurado como extenso do

    passeio, visando atender a utilidade ou o conforto pblico.

    1 A instalao de mobilirio urbano considerado de risco para a segurana pblica,tais como relgio e termmetro, abrigo para passageiros de transporte coletivo, monumento,

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    poste, mastro, defensa de proteo para pedestre e outros, depende de apresentao deresponsvel tcnico devidamente habilitado.

    2 O licenciamento de mobilirio urbano em afastamento frontal configurado comoextenso do passeio fica condicionado autorizao, por escrito, do proprietrio do imvel.

    Art. 47 O Municpio nomear a Comisso de Mobilirio Urbano, composta porrepresentantes dos rgos de gesto urbana, ambiental, de trnsito, de limpeza e de estruturaurbana, qual compete:

    I aprovar os padres de mobilirio urbano, exceto os de carter artstico;

    II autorizar e gerenciar veiculao de publicidade em mobilirio urbano;

    III sugerir padres especficos de mobilirio para determinada regio da cidade;

    IV definir parmetros para quantificao de mobilirio urbano e critrios de prioridadepara localizao, posicionamento e modo de instalao;

    V definir sobre processo de licenciamento para a instalao, em logradouro pblico, demobilirio no mencionado neste Cdigo.

    1 A padronizao de mobilirio urbano observar critrios tcnicos e dela constaro,para cada padro e tipo, as seguintes condies, dentre outras:

    I dimenso;

    II formato;

    III cor;

    IV material;

    V espao para explorao de publicidade, quando for o caso;VI sistema de fixao e modo de instalao.

    2 Podero ser adotados diferentes padres para cada tipo de mobilirio urbano eacoplar dois ou mais tipos.

    3 A localizao e o desenho do mobilirio urbano devero ser definidos de forma aevitar danos ou conflitos com a arborizao urbana.

    Art. 48 A instalao de mobilirio urbano no passeio:

    I deixar livre a faixa reservada a trnsito de pedestre;

    II respeitar as reas de embarque e desembarque de transporte coletivo;III manter distncia mnima de 5,00m (cinco metros) da esquina, contados a partir do

    alinhamento dos lotes, quando se tratar de mobilirio urbano que prejudique a visibilidade depedestres e de condutores de veculos;

    IV respeitar os seguintes limites mximos:

    a) com relao ocupao no sentido longitudinal do passeio: 30% (trinta por cento) docomprimento da faixa de passeio destinada a este fim em cada testada da quadra respectiva,excetuados deste limite os abrigos de nibus;

    b) com relao ocupao no sentido transversal do passeio: 40% (quarenta por cento) da

    largura do passeio, para passeios com medida igual ou superior a 2,00m (dois metros) e 25%(vinte e cinco por cento) da largura do passeio, para passeios com medida inferior a 2,00m (dois

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    metros).

    Art. 49 vedada a instalao de mobilirio urbano:

    I prejudicial segurana e ao trnsito de veculo ou pedestre;

    II que comprometa a esttica da cidade;III que interfira na visibilidade de bem tombado;

    IV que interfira na arborizao.

    Art. 50 Em via pblica, somente poder ser autorizada a instalao de mobiliriourbano quando:

    I tecnicamente no for possvel ou conveniente sua instalao em passeio;

    II tratar-se de palanque, palco, arquibancada, gambiarra ou similar, desde quedestinados utilizao em evento licenciado e que no impeam o trnsito de pedestre;

    III tratar-se de mobilirio urbano destinado utilizao em feira ou eventoregularmente licenciado.

    Art. 51 A instalao de mobilirio urbano subterrneo, permitida apenas para serviopblico, dever dar-se sob a faixa destinada a pedestre, salvo quanto abertura respectiva, quedever ser instalada na faixa destinada a mobilirio urbano, respeitando, ainda, os critriosdefinidos em regulamento.

    Art. 52 O responsvel pela instalao do mobilirio urbano dever mant-lo em perfeitacondio de funcionamento, conservao e segurana.

    1 O responsvel pela instalao do mobilirio urbano dever remov-lo:

    I ao final do horrio de funcionamento dirio da atividade ou uso, no caso de mobiliriomvel, conforme regulamento.

    II ao final da vigncia do licenciamento, por qualquer hiptese, no caso de mobiliriofixo, ressalvadas as situaes em que o mobilirio se incorpore ao patrimnio municipal;

    III quando devidamente caracterizado o interesse pblico que justifique a remoo.

    2 Os nus com a remoo do mobilirio urbano so de quem tiver sido o responsvelpor sua instalao.

    3 Se a remoo do mobilirio urbano implicar dano ao logradouro pblico, oresponsvel por sua instalao dever fazer os devidos reparos, restabelecendo no logradouro as

    mesmas condies em que ele se encontrava antes da instalao respectiva.4 No caso de no cumprimento do disposto no pargrafo anterior, poder o Executivo

    realizar a obra, sendo o custo respectivo ressarcido pelo proprietrio, sem prejuzo das sanescabveis.

    Art. 53 O mobilirio urbano instalado em logradouro pblico estar sujeito aopagamento de preo pblico, conforme disposto em regulamento.

    Art. 54 Sero punidas com multas que variam de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$6.400.00 (seis mil e quatrocentos reais):

    I instalar mobilirio urbano no licenciado;

    II instalar mobilirio urbano de forma diversa licenciada;

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    III no observar a perfeita condio de funcionamento, conservao e segurana domobilirio urbano;

    IV no remover o mobilirio urbano em conformidade com o disposto no 1 do artigo52 deste Cdigo.

    Seo VIII

    Dos Eventos nos Logradouros Pblicos

    Art. 55 Ser permitido evento em logradouro pblico para realizao de festividadereligiosa, cvica ou de carter popular, com ou sem armao de coreto ou palanque, observando-se que a concesso de licena dever seguir as seguintes condies:

    I possuir o evento responsvel devidamente identificado e, a critrio da Fiscalizao,qualificado para o fim a que se presta;

    II haver o responsvel pelo evento solicitado autorizao para sua realizao junto

    Fiscalizao no prazo mnimo de 72 (setenta e duas) horas antes de seu incio;III existir autorizao expressa da Fiscalizao quanto localizao, data e horrios

    para incio e trmino;

    IV atestar o responsvel pelo evento estar ciente de que eventuais prejuzos sinalizao, ao calamento, ao passeio pblico, ao ajardinamento e ao escoamento das guas

    pluviais sero de sua responsabilidade no que se refere efetiva reparao ou ao ressarcimentodos valores da reparao, caso esta seja efetuada pelo Municpio;

    V atestar o responsvel pelo evento estar ciente de que ter no mximo 24 (vinte equatro) horas, aps o trmino previsto do evento, para desmontar coreto ou palanque e retirarquaisquer materiais ou equipamentos utilizados;

    VI atestar o responsvel pelo evento que dever executar a limpeza do logradouropblico autorizado para a realizao do evento e disponibilizar gratuitamente ao pblicobanheiros qumicos nos locais determinados e na quantidade especificada pela Fiscalizao.

    1 Findo o prazo estabelecido no inciso IV, sem que o responsvel tenhaprovidenciado a remoo do coreto, do palanque ou dos materiais e equipamentos utilizados, afiscalizao promover a remoo, cobrando do responsvel as despesas decorrentes e dando aomaterial o destino que entender, observadas as disposies legais.

    2 A realizao de evento est condicionada alm do licenciamento, ao lanamento,recolhimento e efetivao da baixa no sistema de processamento de dados do Municpio dos

    valores relativos a taxas, tarifas e impostos sobre servios, incidentes e emisso do respectivoAlvar e verificao pela Fiscalizao Municipal do cumprimento do disposto no inciso Vdeste artigo.

    3 A realizao de evento tratado neste artigo sem apresentao do respectivo Alvarsujeita o infrator ao pagamento de multas que variam de R$500,00 (quinhentos reais) a R$8.000.00 (oito mil reais).

    CAPTULO II

    DA ARBORIZAO URBANA

    Seo I

    Das Disposies Bsicas

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    Art. 56 A vegetao de porte arbreo, de domnio pblico, existente ou que venhaexistir no territrio do Municpio de Bom Despacho considerada como bem de interessecomum a todos os muncipes.

    1 A avaliao de porte arbreo ser baseada no DAP, ou Dimetro Altura do Peito.

    2 DAP o dimetro do caule da rvore altura de, aproximadamente, 1,30 m (ummetro e trinta centmetros) do solo.

    3 Considera-se vegetao de porte arbreo aquela composta por espcies vegetaislenhosas, com DAP superior a 0,05 m (cinco centmetros).

    4 Tambm so consideradas como bens de interesse comum a todos os muncipes asmudas de rvores plantadas em vias ou logradouros pblicos.

    Art. 57 Consideram-se de preservao permanente as situaes dispostas na Lei Federaln 4.771, de 15 de setembro de 1965, com as alteraes e acrscimos da Lei Federal n. 7.511, de07 de julho de 1986.

    Art.58 Os critrios tcnicos para a arborizao urbana devero ser divulgados pelaSecretaria Municipal de Meio Ambiente atravs do Manual de Arborizao da Cemig, paraobservncia, em todo o Municpio, no planejamento integrado da arborizao urbana e outrosequipamentos e servios.

    Pargrafo nico O Manual de Arborizao da Cemig, tratado no caput, determinar asespcies apropriadas para plantio:

    I em caladas nas quais exista fiao de rede de distribuio de energia eltrica,telefnica e outros;

    II nas caladas opostas quelas tratadas no inciso anterior;

    III nos locais onde se encontrem instalados ou que venham a ser instaladosequipamentos pblicos.

    Art. 59 A escolha da espcie a ser plantada em cada local dever:

    I ser feita com base em critrios tcnicos, mediante estudos da Secretaria Municipal deMeio Ambiente e Urbanismo, que levar em considerao os aspectos da calada e das reasadjacentes;

    II - estar em conformidade com a lista de espcies descritas no Guia de Arborizao ouManual da Cemig.

    1 Excepcionalmente, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente poder autorizar oplantio de espcies no contempladas no Guia de Arborizao, desde que devidamenteapropriadas ao local.

    2 Tambm depender de estudos mais aprofundados por parte da SecretariaMunicipal de Meio Ambiente a autorizao para plantio de espcies exticas.

    3 O particular poder, s suas expensas, efetuar, nas vias e logradouros pblicos, oplantio de rvores em frente ao seu imvel, desde que observadas as exigncias desta Lei e como prvio assentimento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em requerimento formulado e

    protocolado pelo interessado.

    4 Fica proibido o plantio de rvores em imveis particulares, anexo s vias ou

    logradouros pblicos, que venham a interferir com equipamentos pblicos.

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    Art. 60 Ficam proibidas quaisquer campanhas de distribuio de mudas, sem aautorizao expressa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente .

    Pargrafo nico O projeto de distribuio de mudas dever ser apresentado SecretariaMunicipal de Meio Ambiente que:

    I avaliar as espcies e suas respectivas reas de plantio, bem como suas aptidesecolgicas;

    II orientar sobre as caractersticas das mudas aprovadas para doao.

    Art. 61 A aprovao de parcelamento do solo urbano sob a forma de loteamento, nostermos da Lei Federal 6.766, est condicionada aprovao pela Secretaria Municipal de MeioAmbiente do projeto de arborizao de suas vias pblicas, que dever ser apresentado pelointeressado.

    1 Os interessados na aprovao de projetos de loteamentos ou desmembramentos dereas revestidas, total ou parcialmente, por vegetao de porte arbreo, devero fornecer Secretaria Municipal de Meio Ambiente previamente os estudos florsticos e preliminaresvisando definir a melhor alternativa de supresso mnima da vegetao existente.

    2 Os novos loteamentos, para serem aprovados pelo Municpio tero passeios comlarguras mnimas, conforme disposto na Lei especfica.

    3 O projeto tratado no pargrafo anterior conter as espcies adequadas a seremplantadas, observada a sua harmonia com os servios pblicos e o mobilirio urbano.

    4 O projeto de arborizao dever ser implantado concomitantemente com as demaisbenfeitorias exigidas pelo Poder Pblico.

    5 Os projetos de iluminao pblica ou particular em reas arborizadas devero

    compatibilizar-se com a vegetao arbrea existente de modo a evitar futura poda ou supresso.

    Seo II

    Da Operacionalizao

    Art. 62 As rvores existentes em vias ou logradouros pblicos, cujos tamanhos estejamem desacordo com os demais equipamentos pblicos devero ser obrigatoriamente substitudas

    por espcies adequadas e de acordo com os preceitos do Manual de Arborizao da Cemig.

    Pargrafo nico Para os efeitos do disposto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente:

    I Promover o inventrio qualitativo-quantitativo da arborizao urbana encontrada em

    vias e logradouros pblicos do Municpio, bem como dever mant-lo atualizado;II Desenvolver campanhas pblicas de esclarecimento sobre o assunto.

    Art. 63 No ser permitida a utilizao de rvores situadas em locais pblicos para:

    I - colocao de cartazes e anncios,

    II suporte ou apoio de objetos de instalaes de qualquer natureza.

    Pargrafo nico Fica vedada a pintura de troncos, ou aposio de escritos, desenhos,colocao de pregos ou qualquer outra prtica que possa constituir risco sade da rvore.

    Seo III

    Da Supresso, da Poda e do Plantio

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    Art. 64 A supresso ou poda de rvores em vias ou logradouros pblicos s podero serautorizadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente quando:

    I em terreno a ser edificado, o corte for indispensvel realizao da obra;

    II - o estado fitossanitrio da rvore as justificar;III a rvore, ou parte desta, apresentar risco iminente de queda ou possibilidade de

    acidentes prejudiciais integridade fsica ou patrimonial das pessoas;

    IV se comprove que a rvore esteja causando danos ao patrimnio pblico ou privado;

    V a rvore constitua obstculo fisicamente incontornvel ao acesso de veculos oupessoas;

    VI o plantio irregular ou a propagao espontnea de espcies arbreas impossibilitar odesenvolvimento adequado de rvores vizinhas;

    VII se tratar de espcies invasoras, com propagao prejudicial comprovada;

    VIII a rvore interferir na sinalizao de trnsito.

    Pargrafo nico Os pedidos de poda ou supresso devero ser protocolados naSecretaria Municipal de Meio Ambiente, onde sero analisados e emitidos os respectivos

    pareceres tcnicos e licenciamento ambiental, devendo ser atendidos, no prazo mximo de 30(trinta) dias.

    Art. 65 A realizao de corte, poda, plantio e transplantes de rvores em vias,logradouros pblicos e reas especiais ser permitida:

    I aos funcionrios da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, tecnicamentecapacitados para tais atividades, supervisionados por profissionais devidamente habilitados, com

    a devida especializao, como Engenheiro Agrnomo, Engenheiro Florestal, Eclogo, Bilogoou outro profissional de nvel tcnico capacitado para tal fim, com equipamentos adequados ecom a devida licena ambiental expedida pela fiscalizao acompanhada de parecer tcnico;

    II aos funcionrios de empresas concessionrias de servio pblico devidamenteidentificados e tecnicamente capacitados para tais atividades, supervisionados por profissionaishabilitados e legalmente competentes, que estejam credenciados pela Secretaria Municipal deMeio Ambiente;

    III ao Corpo de Bombeiros Militar, nos casos de emergncia, em que haja riscoiminente para a populao ou patrimnio pblico ou privado;

    IV a empresa contratada pelo Municpio, desde que credenciada junto SecretariaMunicipal de Meio Ambiente.

    1 No passeio defronte a seu imvel, ficam autorizados o plantio, replantio, a poda e asupresso pelo proprietrio ou por profissional capacitado para tal atividade, desde quecredenciados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, quando:

    I da realizao de poda, munido da devida licena ambiental.

    II do plantio, a escolha da espcie esteja em conformidade com o disposto no Manualde Arborizao da Cemig.

    2 As reas especiais tratadas no caputso aquelas existentes na rea urbana e que, por

    sua localizao e particularidade, diferem das demais reas, tais como:I declives;

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    II- encostas;

    III reas de Preservao Permanente;

    IV- charcos.

    3 Compete Secretaria Municipal de Meio Ambiente realizar programas de proteode mananciais atravs da recomposio da vegetao.

    Art. 66 O plantio ou replantio das rvores suprimidas sero realizados pelo proprietriodo imvel, ou pelo Executivo Municipal, atravs da Secretaria Municipal de Meio Ambiente,mediante compensatria ambiental do primeiro, quando for o caso.

    1 O plantio e a poda de espcies arbreas em canteiros centrais de avenidas, praas ereas especiais somente podero ser feitos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, atravsde projeto especfico.

    2 Fica vedada ao responsvel pela poda, profissional ou muncipe, a realizao de

    podas radicais devendo ser mantida ao mximo a copa natural da rvore, conforme indicado noManual de Arborizao da Cemig.

    Art. 67 Qualquer rvore do Municpio poder ser declarada imune ao corte, medianteato do Poder Executivo Municipal, por motivo de sua localizao, raridade, antiguidade,interesse histrico, cientfico e paisagstico, ou condio de porta-sementes, ouvido o ConselhoMunicipal de Meio Ambiente.

    1 Qualquer interessado poder solicitar declarao de imunidade ao corte, atravs derequerimento ao Prefeito Municipal, incluindo a localizao precisa da rvore, caractersticasgerais relacionadas com a espcie, o porte e a justificativa para a sua proteo.

    2 Para os efeitos deste artigo, compete Secretaria Municipal de Meio Ambiente:

    I emitir parecer conclusivo sobre a procedncia da solicitao, ouvido o ConselhoMunicipal de Meio Ambiente;

    II cadastrar e identificar, por meio de placas indicativas, as rvores declaradas imunesao corte;

    III - dar apoio tcnico preservao das espcies protegidas.

    3 A imunidade ao corte da rvore est sujeita a revogao quando se verifique aocorrncia das hipteses previstas dos incisos I, II, III e IV do artigo 64, deste Cdigo, desde queembasada em laudo tcnico da Secretaria Municipal de Planejamento e Obras, ouvido oConselho Municipal de Meio Ambiente.

    Art. 68 Fica vedado o uso de roadeiras manuais, manuais-motorizadas, tratores-roadeiras e outros implementos nas imediaes da raiz da rvore, devendo este trabalho serrealizado manualmente ou com ferramenta apropriada, desde que no cause danos s razessuperficiais.

    Art.69 No caso de ocorrncia de pragas em rvores, a Secretaria Municipal de MeioAmbiente dever ser consultada antes de tomada qualquer medida corretiva ou de saneamento.

    Art.70 Na hiptese de poda ou supresso de rvores a requerimento do particularbeneficirio, ser cobrada a taxa de R$100,00 (cem reais).

    Seo IV

    Das Infraes e Penalidades

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    Art.71 Sem prejuzo das penalidades previstas na Lei 1.561/96 e das demaisresponsabilidades penais e civis, as infraes ao disposto no Captulo II sero punidas commultas que variam de R$100,00 (cem reais) a R$ 9.600,00 (nove mil e seiscentos reais).

    CAPTULO III

    Do Sossego Pblico

    Art. 72 - Ficam institudas as condies de proteo coletividade contra a poluiosonora no Municpio de Bom Despacho, na forma desta Lei.

    Art.73- proibida a emisso de rudos, sons e vibraes, produzidas por qualquer meio,processo ou forma, que:

    I ponha em perigo ou prejudique a sade individual ou coletiva;

    II cause danos de qualquer natureza s propriedades pblicas ou privadas;

    III cause incmodo de qualquer natureza;

    IV cause perturbao ao sossego ou ao bem-estar pblicos;

    V incomode pacientes em clnicas e hospitais ou interfira nas atividades de ensinodesenvolvidas em qualquer tipo de estabelecimento;

    VI ultrapasse os nveis fixados nesta Lei.

    Art.74- Para fins da aplicao desta Lei, considera-se:

    I decibel (dB): unidade de adimensional usada para indicar a intensidade sonora;

    II dB (A): intensidade de som medida na curva de ponderao A utilizada para aavaliao das reaes humanas ao rudo;

    III presso sonora: diferena instantnea entre a presso produzida por uma onda sonorae a presso baromtrica, em um dado ponto do espao, na ausncia de som;

    IV nvel de som equivalente: LAeq nvel mdio de energia sonora, medido em dB(A),avaliado durante um perodo de tempo de interesse;

    V rudo de fundo: nvel de som equivalente, expresso na curva de ponderao A detodo e qualquer rudo que esteja sendo captado e que no seja objeto das medies sonoras, nolocal e horrio considerados;

    VI perodo diurno: o tempo compreendido entre 7h 1m e 18h do mesmo dia;

    VII perodo noturno: o tempo compreendido entre 19h 1m de um dia e 7h do diaseguinte;

    VIII crepsculo: hora de transio entre os perodos noturno e diurno, compreendidoentre 6h e 7h e entre 18h e 19h;

    IX perodo vespertino: o perodo compreendido entre as 19h e as 22h de um mesmodia;

    X poluio sonora: qualquer alterao das propriedades fsicas do meio ambientecausada por som, rudo e vibrao que, direta ou indiretamente, seja nocivo a sade fsica oumental das pessoas, segurana ou ao bem-estar da coletividade, biota ou ao meio fsico, ouainda, que transgrida as disposies fixadas nesta Lei;

    XI som: toda e qualquer vibrao ou onda mecnica que se propaga em meio elstico,

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    capaz de produzir no homem uma sensao auditiva;

    XII rudo: mistura de sons cujas frequncias no obedecem a leis precisas, indesejveise capaz de causar incmodos s pessoas ou a animais;

    XIII rudo contnuo: aquele que, durante o perodo de observao, sofre variaes depresso sonora to pequena que podem ser desprezadas;

    XIV rudo intermitente: aquele cujo nvel de presso sonora oscila bruscamente vriasvezes, durante o intervalo de tempo de medio, sendo o perodo em que o nvel sonoro semantm constante, igual ou superior a 1 (um) segundo;

    XV rudo impulsivo: aquele que consiste de uma ou mais exploses de energia sonora,tendo cada uma durao inferior a 1 (um) segundo;

    XVI som com componentes tonais: som que contm sons puros, que podem seridentificados por meio de comparao de nveis sonoros;

    XVII nvel sonoro: termo genrico utilizado para expressar parmetros descritores dosom, tais como o nvel de presso sonora equivalente, entre outros;

    XVIII local de suposto incmodo: local onde suposta a existncia de distrbio ouincmodo causado por som ou rudo;

    XIX limite real da propriedade: aquele representando por um plano vertical imaginrioque separa propriedade real de uma pessoa fsica ou jurdica de outra;

    XX servio de construo civil: qualquer operao de montagem, construo,demolio, remoo, reparo ou alterao substancial de uma edificao ou de uma estrutura;

    XXI fonte fixa de emisso sonora: qualquer instalao, equipamento ou processo,

    situado em local fixo, que produza emisso sonora para o seu entorno;XXII fonte mvel de emisso sonora: qualquer instalao, equipamento ou processo

    que, durante o seu deslocamento, produza emisso sonora para o seu entorno, podendo ser deforma voluntria ou involuntria, controlada ou no controlada;

    XXIII vibrao: oscilao ou movimento alternado de um sistema elstico, transmitidopor ondas mecnicas, sobretudo em meios slidos.

    Art. 75 - A emisso de rudos, sons e vibraes provenientes de fontes fixas no municpioobedecer aos seguintes nveis mximos fixados para suas respectivas emisses, medidas noslocais do suposto incmodo:

    I em perodo diurno: 75 dB (A) (setenta e cinco decibis em curva de ponderao A);II em perodo vespertino: 65 dB (A) (sessenta e cinco decibis em curva de ponderao

    A);

    III em perodo noturno: 55 dB (A) (cinquenta e cinco decibis em curva de ponderaoA) at s 23:59h (vinte e trs horas e cinquenta e nove minutos), e 45 dB (quarenta e cincodecibis em curva de ponderao A), a partir da 0:00h (zero hora).

    1 - s sextas-feiras, aos sbados e em vsperas de feriados, ser admitido, at s 23h(vinte e trs horas), o nvel correspondente ao perodo vespertino;

    2 - As medies de nvel de som sero realizadas utilizando-se a curva de ponderao

    A com circuito de resposta rpida, devendo o microfone ficar afastado, no mnimo, de 1,50m(um metro e cinquenta centmetros) dos limites reais da propriedade em que se d o suposto

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    exterior, os estabelecimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores, tais como:

    I estabelecimentos recreativos, culturais, educacionais, filantrpicos, industrias,comerciais ou de prestao de servios;

    II estabelecimentos nos quais seja executada msica ao vivo ou mecnica;III estabelecimentos onde haja atividade econmica decorrente do funcionamento de

    canil, granja, clnica veterinria ou similar;

    IV espaos destinados ao funcionamento de mquinas ou equipamentos.

    Pargrafo nico - A concesso de Alvar de Localizao e funcionamento de Atividadesdo estabelecimento ficar condicionada ao cumprimento do disposto no caput deste artigo,quando couber, ou de adequaes alternativas, sem prejuzo das demais exigncias previstas nalegislao.

    Art.80 - Os estabelecimentos e atividades que provoquem poluio sonora e perturbao

    do sossego pblico estaro sujeitos adoo de medidas eficientes de controles, tais comoarroladas a seguir, que podero ser impostas de forma isolada ou cumulativas, sem prejuzo daaplicao das penalidades previstas nesta Lei:

    I implantao do sistema acstico;

    II restrio de horrio de funcionamento;

    III restrio de reas de permanncia de pblico;

    IV contratao de funcionrios responsveis pelo controle de rudos provocadas porseus frequentadores;

    Art. 81 Aos veculos automotores de todos os tipos e a seus dispositivos de sinalizao

    sonora (como buzina) aplicar-se-o os limites de emisso sonora estabelecidos por atos dosrgos de trnsito competentes para regular a matria.

    1 - proibido trfego de veculos com escapamentos abertos ou submetidos aquaisquer artifcios destinados a intensificar sons ou rudos normalmente produzidos pelo motor.

    2 - Os dispositivos de sonorizao de veculos de emergncia usados por equipespoliciais, bombeiros, hospitais e afins no se sujeitam aos limites desta lei.

    Art.82 Sero tolerados rudos de sons acima dos limites definidos nesta lei seprovenientes de:

    I servios de construo civil no passveis de confinamento, que adotarem mais

    medidas de controle sonoro, no perodo compreendido entre 07:00h (sete horas) e 17:00h(dezessete horas);

    II atividades escolares como folguedos do recreio, desde que no envolvam o uso denenhum tipo de amplificador sonoro e alto-falantes e desde que no prejudiquem outrasatividades desenvolvidas na escola;

    III alarme em imveis e sirenes ou aparelhos semelhantes que assinalem o incio ou ofim de jornada de trabalho ou do perodo de aulas em escola, desde que tenham durao mximade 15s (quinze segundos);

    IV obras e servios urgentes e inadiveis decorrentes de casos fortuitos ou de fora

    maior, acidentes graves ou perigo iminente segurana e ao bem-estar da comunidade, bemcomo o restabelecimento de servios pblicos essenciais, tais como, energia eltrica, gs,

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    telefone, gua, esgoto e sistema virio;

    V o uso de explosivos em desmontes de rochas e de obras civis no perodocompreendido entre 10:00h (dez horas) e 16:00h (dezesseis horas), nos dias teis, observada alegislao especfica, e previamente autorizado pelo rgo municipal competente.

    1 - Nas hipteses previstas nos incisos I, II, III e IV deste artigo, os rudos e sons nopodero ultrapassar 80 dB (A) (oitenta decibis em curva de ponderao A).

    2 - Os servios de construo civil da responsabilidade de entidades pblicas eprivadas, como a gerao de rudos, dependem de autorizao prvia e especfica do rgomunicipal competente, quando executados nos seguintes horrios:

    I domingos e feriados, em qualquer horrio;

    II sbados e dias teis, em horrio vespertino ou noturno.

    Art. 83 Os eventos, assim compreendidos os acontecimentos institucionais ou

    promocionais, comunitrios ou no, previamente planejados com a finalidade de estabelecer aimagem de organizaes, produtos, servios, ideias e pessoas, em especial aqueles do calendriooficial de festas e eventos do Municpio, cuja realizao tenha carter temporrio e localdeterminado, devero ter licena previamente concedida, com especificao de horrio de incioe trmino, observando-se que no prejudiquem:

    I as atividades de clnicas e hospitais onde haja pacientes em repouso;

    II prdios pblicos com atividades governamentais de qualquer natureza, no horrio defuncionamento;

    III escolas, no horrio de funcionamento;

    IV templos e teatros durante o funcionamento.Art. 84 Ficam proibidos, independentemente dos nveis emitidos, os rudos ou sons

    provenientes de preges, avisos e anncios em logradouro pblico ou para ele dirigidos, de vivavoz ou por meio de aparelho ou instrumento de qualquer natureza, de fonte fixa ou mvel.

    1 - No se sujeitam restrio deste artigo os preges oficiais, os avisos e anncios deinteresse pblico promovido por rgos da Administrao Municipal devendo porm, observaros limites estabelecidos desta Lei.

    2 - Poder ser concedida a licena precria para a explorao comercial de annciosem vias pblicas, por meio de fontes mveis, desde que:

    I seja previamente recolhida a taxa de licena que ser concedida por anuncio ou aviso;II o horrio da emisso fique compreendido entre 9h (nove horas) e 17h (dezessete

    horas);

    III - o nvel de emisso no ultrapasse 80 dB quando medido a uma distncia de 2m (doismetros) da fonte, sem qualquer obstculo interveniente;

    IV a fonte pare de emitir sempre que parada;

    V no haja emisso a distncia igual ou menor do que 200m de qualquer hospital,clnica, escola, ou prdios pblicos;

    VI sejam observadas ruas, praas e reas de silncio que a Administrao Pblica

    Municipal estabelea por decreto.

    Praa Irm Albuquerque, n. 45, centro CEP: 35.600.000. Bom Despacho/MGTelefone: (37) 3521-3736 - Site: http://www.bomdespacho.mg.gov.br

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    3 - A permisso concedida na forma do 2 no autoriza a emisso de qualquer somcom a fonte parada.

    Art. 85 Os infratores desta Lei estaro sujeitos s seguintes penalidades, alm daobrigao de cessar a transgresso:

    I advertncia;

    II multa;

    III interdio parcial ou total da atividade, at a correo das irregularidades;

    IV cassao do Alvar de Localizao e Funcionamento de Atividades ou de licena.

    Art. 86 Para efeito de aplicao de penalidades, as infraes aos dispositivos desta Leisero classificadas como leves, mdias, graves ou gravssimas, conforme o seguinte:

    I infrao leve: quando se tratar de infrao de dispositivos desta Lei que no impliquepoluio sonora;

    II infrao mdia: nos casos em que a emisso de rudo estiver acima do limiteestabelecido, at o mximo de 10% (dez por cento) desse valor;

    III infrao grave: nos casos em que a emisso de rudo estiver acima de 10% (dez porcento) e at 40% (quarenta por cento) do limite estabelecido;

    IV infrao gravssima: nos casos em que a emisso de rudos ultrapassar 40%(quarenta por cento) em relao ao limite estabelecido.

    Art. 87 A penalidade de advertncia ser aplicada quando se tratar de infrao denatureza leve ou mdia;

    Pargrafo nico A penalidade de advertncia no poder ser aplicada mais de uma vez,para uma mesma infrao cometida pelo mesmo infrator.

    Art. 88 A multa ser aplicada quando o infrator no sanar a irregularidade aps aaplicao da advertncia ou, imediatamente, em caso de infrao grave ou gravssima.

    Art. 89 Os valores das multas, de acordo com a sua gravidade, variaro de R$50,00(cinquenta reais) a R$50.000,00 (cinquenta mil reais), atualizados com base nos ndicesestabelecidos pela Legislao pertinente, sendo fixado o valor inicial em:

    I infrao leve: de R$50,00 (cinquenta reais) a R$500,00 (quinhentos reais);

    II infrao mdia: de R$501,00 (quinhentos e um reais) a R$3.000,00 (trs mil reais);

    III infrao grave: de R$3.001,00 (trs mil e um reais) a R$6.000,00 (seis mil reais);IV infrao gravssima: de R$6.001,00 (seis mil e um reais) a R$50.000,00 (cinquenta

    mil reais).

    Pargrafo nico Os valores previstos neste artigo sero corrigidos a cada primeiro dejaneiro, com base no IPCA (ndice Preos ao Consumidor Amplo) do ano anterior, ou com baseem outro ndice que o venha substituir.

    Art.90 Em caso de reincidncia, a penalidade de multa poder ser aplicada em dobro e,havendo nova reincidncia a multa poder ser aplicada at o triplo do valor inicial.

    Pargrafo nico Considera-se reincidncia a prtica da mesma infrao cometida pelo

    mesmo agente no perodo de at 02 (dois) anos.

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    Art. 91 A penalidade de interdio parcial ou total da atividade poder ser aplicada, acritrio da autoridade competente, nas hipteses de:

    I risco sade individual ou coletiva;

    II dano ao meio ambiente ou segurana pblica;III reincidncia, observado o disposto no 1 deste artigo.

    1 - Dependendo da gravidade da infrao praticada a penalidade de interdio parcialou total da atividade poder ser aplicada na primeira reincidncia.

    2 - A desobedincia ao Auto de Interdio acarretar ao infrator a aplicao da pena demulta correspondente infrao gravssima, sendo a reincidncia caracterizada a cada visita dafiscalizao, que poder ser diria.

    3 - A interdio parcial ou total da atividade dever anteceder a cassao de Alvar deLocalizao e Funcionamento de Atividades ou de licena.

    Art. 92 A penalidade de cassao do Alvar de Localizao e Funcionamento deAtividades ou de licena ser aplicado:

    I aps 3 (trs) meses de interdio, na hiptese de no terem efetivadas as providnciaspara regularizao;

    II na hiptese de descumprimento do Auto de Interdio;

    III quando constatado que o tratamento acstico realizado no foi suficiente para contera emisso de rudos.

    Art. 93 Conforme dispuser o regulamento, os responsveis pelas atividades econmicas,sociais, artsticas e de entretenimento incorrem nas mesmas sanes previstas nesta Lei, quando

    houver gerao de nveis de rudo superiores ao estabelecido nesta Lei, por ao de seusfrequentadores.

    Art. 94 Aplicam-se, no que couber, os procedimentos e prazos previstos na Lei 4.253, de4 de dezembro de 1.985, e em seus regulamentos, para aplicao das penalidades e interposio e

    julgamento de defesas e recursos.

    CAPTULO IV

    Da Higiene Pblica

    Art. 95 Compete:

    I Administrao Municipal zelar pela higiene pblica, promovendo aes que visemfomentar o bem-estar da populao, por meio de um ambiente favorvel ao desenvolvimentosocial e ao aumento da expectativa de vida;

    II a cada cidado, residente ou no no Municpio, observar as normas de higienepblica tratadas neste Cdigo.

    1 A Fiscalizao Municipal abranger especialmente a higiene e limpeza das viaspblicas, das habitaes particulares e coletivas, da alimentao, incluindo todos osestabelecimentos onde se fabriquem ou vendam bebidas e produtos alimentcios.

    2 Em cada inspeo em que for verificada irregularidade, o funcionrio competenteapresentar ao Municpio um relatrio circunstanciado, sugerindo medidas ou solicitando

    providncias a bem da higiene pblica.

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    Art.96 O Municpio tomar as providncias cabveis ao caso, quando esse for de aladado governo municipal.

    Pargrafo nico Na hiptese do caso ser de competncia estadual ou federal, serelaborado relatrio para ser enviado autoridade competente.

    Art.97 No sero permitidas a construo ou a manuteno de cocheiras, estbulos epocilgas no interior dos permetros urbanos da Sede do Municpio, exceto quando se tratar deestabelecimento pblico destinado a abrigar animais recolhidos pela Fiscalizao Municipal oucom autorizao especial para os rgos de Polcia Militar e Civil.

    Pargrafo nico Sem prejuzo de outras disposies deste Cdigo que lhes foremaplicveis, as cocheiras, estbulos e pocilgas, localizados fora dos permetros urbanos da Sede doMunicpio e dos Distritos, devero:

    I possuir muros divisrios com trs metros de altura mnima separando-as dos terrenoslimtrofes;

    II conservar a distncia mnima de dois metros e meio entre as construes e divisa dolote;

    III possuir sarjetas de revestimento impermevel para guas residuais e sarjetas decontorno para guas das chuvas;

    IV possuir depsito para estrume, prova de insetos e com capacidade para receber aproduo de vinte e quatro horas, a qual deve ser diariamente removida para utilizao naatividade agropecuria;

    V possuir depsitos independentes e isolados para forragens, animais e restos;

    VI manter completa separao entre os possveis compartimentos para empregados e a

    parte destinada aos animais;

    VII obedecer a um recuo de pelo menos vinte metros de alinhamento do logradouro.

    Art. 98 O servio de limpeza dos logrado