projeto de pesquia em língua portuguesa

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WDIREITO/UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA JOSÉ ARNALDO DA SILVA PROJETO DE PESQUISA DE OLHO NOS “ERROS” ORTOGRÁFICOS DOS ALUNOS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Rio de Janeiro 2010

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Page 1: Projeto de pesquia em língua Portuguesa

WDIREITO/UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

JOSÉ ARNALDO DA SILVA

PROJETO DE PESQUISA

DE OLHO NOS “ERROS” ORTOGRÁFICOS DOS ALUNOS

DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Rio de Janeiro

2010

Page 2: Projeto de pesquia em língua Portuguesa

JOSÉ ARNALDO DA SILVA

PROJETO DE PESQUISA

DE OLHO NOS “ERROS” ORTOGRÁFICOS DOS ALUNOS

DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Projeto de Pesquisa apresentado à Wdireito/UCAM como requisito

parcial de avaliação da disciplina Metodologia da Pesquisa e da

Produção Científica do Curso de Especialização em Língua

Portuguesa.

Orientador: Profa. Sandra Brant

Rio de Janeiro

2010

Page 3: Projeto de pesquia em língua Portuguesa

JOSÉ ARNALDO DA SILVA

PROJETO DE PESQUISA

DE OLHO NOS “ERROS” ORTOGRÁFICOS DOS ALUNOS

DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Projeto de Pesquisa apresentado à Wdireito/UCAM como requisito

para a elaboração do Artigo para conclusão parcial do Curso de

Especialização em Língua Portuguesa.

Aprovado em ________/________/________

_____________________________________

Profa. Brant Sandra

Orientadora

Page 4: Projeto de pesquia em língua Portuguesa

SUMÁRIO

1 TEMA ..................................................................................................................... ............... 4

2 PROBLEMA .......................................................................................................... ............... 4

3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... ............... 4

4 OBJETIVOS ........................................................................................................... ............... 5

4.1 GERAL ................................................................................................................ ............... 5

4.2 Específicos ........................................................................................................... ............... 5

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... ............... 5

6 METODOGIA ....................................................................................................................... 7

7 CRONOGRAMA.................................................................................................................... 8

REFERÊNCIAS....................................................................................................................... 9

Page 5: Projeto de pesquia em língua Portuguesa

1 TEMA

De olho nos “erros” ortográficos dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental

2 PROBLEMA

Alguns procedimentos da maioria das escolas tem sido desastrosos com relação à

produção de textos. Um desses procedimentos é o excesso de preocupação com os “erros” de

ortografia nos anos iniciais do ensino fundamental. A atenção da escola está mais voltada aos

“erros” do que aos acertos, mantendo um rígido controle de formas ortográficas sem levar em

conta a competência da criança de escrever e se autocorrigir. Despreza a ideia que ela tem

sobre a escrita e como isso pode ser feito, não apostando na bagagem de conhecimento.

3 JUSTIFICATIVA

De modo geral, o ensino da ortografia dá-se por meio da apresentação e repetição oral

das regras, com sentido de “fórmulas”, e da correção que o professor faz de textos e ditados,

seguida de um trabalho onde a criança copia várias vezes as palavras que escreveu errado. E,

apesar da grande aplicação feita nesse modelo de exercícios, as crianças, mesmo conhecendo

as regras, continuam a escrever errado.

Não se pode esquecer, no entanto, que o desenvolvimento dinâmico da língua oral não é

acompanhado pelo sistema de escrita, o que torna sempre muito complicada a relação entre as

letras e os sons da fala. Isso faz com que a maioria das escolas adote medidas que não

permitem que o aluno faça o aprendizado da escrita como fez o da fala; não lhe dando

liberdade de perguntar, errar comparar, corrigir, desde o primeiro dia de aula, tudo deve ser

feito “certinho”.

No entanto, as crianças estão sempre fazendo comparação entre a fala e a escrita

ortográfica, sempre usando a sua fala como referência para a escrita sem cometer “erros”

aleatórios.

Por isso, muitos educadores não conseguem, ainda, perceber o que está causando o

“erro” na escrita. Utilizam o texto como pretexto para corrigir caligrafia, ortografia,

concordância, regência, tudo que tiver ao alcance dos seus olhos, mas nunca usam os mesmos

“erro” para saber mais a respeito de seus alunos e não utilizam como informações

complementares para a programação de atividades futuras.

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Page 6: Projeto de pesquia em língua Portuguesa

Portanto, pretende-se, então, com este trabalho, fazer uma possível análise de “erros”

ortográficos mais frequentes nos textos dos alunos do 4º ano do ensino fundamental,

produzidos espontaneamente, demonstrando como e porque as crianças os cometem.

4 OBJETIVOS

4.1 Geral

Analisar os “erros” ortográficos de textos produzidos espontaneamente por alunos dos

anos iniciais do ensino fundamental, demonstrando como e por que as crianças os cometem.

4.2 Específicos

Colaborar no entendimento dos alunos na concepção entre fala e escrita.

Compreender a complexidade da relação entre as letras e os sons da fala.

Subsidiar os professores na concepção dos “erros” ortográficos contidos nos textos

dos seus alunos.

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O sistema de escrita da língua portuguesa utiliza vários tipos de alfabeto. Apesar disso

não é totalmente alfabético, porque usa, além das letras, outros caracteres de natureza

ideográfica, como os números e os sinais de pontuação.

As letras têm um uso alfabético, ou seja, uma letra corresponde a um segmento fonético,

como em lata [lata], mata [mata], vaca [vaka], etc.; onde, nos exemplos, l, a, t, m v, c, são

letras e o sistema de escrita é o alfabético, propriamente dito.

No entanto, explica Cagliari (1999) que a relação um a um entre símbolo e som pode ser

perdida pelas letras, deixando de ter um uso exclusivamente alfabético, no sentido segmental,

e obtendo às vezes um valor silábico. Ocorre, assim, uma relação entre letra e sílaba. Veja os

exemplos: afta [afita], apto [apitu], técnica [tekinika], etc., em que o f é [fi], o p é [pi] e o c é

[ki]. É necessário observar, por exemplo, que o nome da letra é pê, porém em apto seu valor é

[pi].

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Page 7: Projeto de pesquia em língua Portuguesa

Então, para o autor, “o valor silábico não provém só do nome das letras. Essa extensão

do valor de uma letra pode ir além de uma sílaba. Escrevemos fixe e fique-se diferentemente,

mas em algumas circunstâncias, pronunciamos as palavras da mesma maneira [fi-ki-se]”

(CAGLIARI, 1999, p.177).

De acordo com Callou e Leite (2001, p.45), “não há uma correspondência exata entre o

número de grafemas e o de fonemas da língua”, ou seja, dois grafemas (dígrafos) podem fazer

representação de um fonema como é o caso de ch, gu, qu, etc.

Exemplos:

ch em chave

gu em guerra

qu em queda

Usam-se ainda:

Letras que não têm nenhum som na fala, mas que na escrita estão presentes:

h em hino

i em lápis

Uma mesma letra para relacionar com diferentes segmentos fonéticos:

x em táxi, examinar, sexta

m em maca, sem, campo

Um mesmo segmento fonético para representar letras diferentes:

[∫ ] em chama, enxada

[k] em cama, queijo

[s] em sábado, cebola, passagem

Na escrita da língua portuguesa existem também alguns sinais gráficos que conferem

um valor sonoro especial a letras ou a grupos de letras chamados sinais diacríticos: acento

agudo, til, acento grave, acento circunflexo, trema, além dos sinais modificadores da

entonação da fala: ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação, aspas, reticências

etc.

É muito comum também uma utilização morfológica de letras, de conjunto de letras,

formando siglas ou abreviaturas. Para Cagliari (1999), a relação se estabelece entre grupos de

letras ou letras e morfemas ou palavras: Sr., Dr., INSS, MA, qq (qualquer), cça (criança),

atual / (atualmente) etc. É bom notar que Sr. se lê “senhor”, nunca [sr]; Av. se lê “avenida” e

não [av] etc.

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Page 8: Projeto de pesquia em língua Portuguesa

O guia Educar é uma tarefa de todo nós, elaborado pelas professoras Ana Rosa Abreu,

Eliane Mingues e Renata Violante, da Assessoria Nacional de Programas Parâmetros em

Ação – Secretaria de Educação Fundamental/Ministério da Educação, referindo-se aos erros

ortográficos, afirma que “no início, todo mundo erra” (BRASIL, 2000, p. 9). E acrescenta

ainda:

Quando as crianças estiverem começando aprender e escrever, não corrija seus erros

de ortografia ou sua “letra feia”. O importante é que ela escreva com liberdade e

imaginação. Aos poucos, os erros vão diminuir e a letra melhorar. É muito mais

importante que você dê parabéns do que ficar corrigindo ( BRASIL, 2000, p. 9).

O controle das formas ortográficas é um desastre para ensinar alguém a escrever o que

pensa, só é conveniente para fazer avaliações de massa nas classes.

Observa Cagliari (1999, p. 124) que:

O excesso de preocupação com a ortografia desvia a atenção do aluno, destruindo o

discurso linguístico, o texto, para se concentrar no aspecto mais secundário e menos

interessante da atividade de escrita. Além disso, o controle ortográfico destrói o

estímulo que a produção de um texto desperta numa criança.

Desse modo, tudo aquilo que, pela tradição, é classificado de “erro” ou mero desvio da

ortografia oficial tem uma explicação lógica e científica perfeitamente demonstrável. Para

Bagno et al. (2002 p.72), a noção de erro em língua é inadmissível dentro de uma abordagem

científica dos fenômenos da linguagem. Nenhuma ciência, afinal, pode considerar a existência

de erros em seu objeto de estudo.

6 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do presente trabalho será investigado, registrado e analisado

fenômeno que trabalhe a concepção dos “erros” ortográficos nos textos produzidos

espontaneamente pelos alunos do 3º ano do ensino fundamental da Escola Municipal de

educação Básica Frei Antonio Sinibaldi, em Bom Jardim. Para tanto, busca-se referências que

versem acerca do assunto.

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Page 9: Projeto de pesquia em língua Portuguesa

7 CONOGRAMA

REFERÊNCIAS

BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico. 22 ed. - São Paulo: Edições Loyola, 2003.

BAGNO, Marcos et al. Língua materna: letramento, variação e ensino. São Paulo: Parábola,

2002.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental.

Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa, primeiro e segundo ciclos do ensino

fundamental. Brasília, 1997.

________. Ministério da Educação e do desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, promulgada em 20 de dezembro de 1996. São Paulo: Ed. Do Brasil, 1996.

________. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental.

Educar é uma tarefa de todos nós. Brasília, 2002. p. 9.

CAGLIARI, Luís Carlos. Alfabetização & linguística. São Paulo: Scipione, 1999.

CALLOU, Dinah.; LEITE, Yonne. Iniciação à fonética e à fonologia. 8 ed. – Rio de Janeiro:

Jorge Zahar, 2001.

PRESTES, Maria Lúci de Mesquita. A pesquisa e a construção do conhecimento científico.

1 ed. – São Paulo: Pespel, 2002.

ZENTI, Luciana. De olho na ortografia. Nova Escola, São Paulo, nº 134, p.12ª, ago. 2000.

ATIVIDADES

2010

MESES

ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET.

Pesquisa bibliográfica X X X X

Seleção do material X X X

Coleta e seleção dos dados

X X

Análise e interpretação dos dados X X

Elaboração e organização do TCC X X

Redação preliminar X X

Digitação do texto X

Redação final do TCC X

Entrega do TCC X

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