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Consórcio IPB – Iluminação Pública Brasil Projeto de parceria público-privada destinada à modernização, eficientização, expansão, operação e manutenção da infraestrutura da rede de iluminação pública do município de Macapá – AP Produto 11: Relatório de Engenharia

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Consórcio IPB – Iluminação Pública Brasil

Projeto de parceria público-privada destinada à modernização, eficientização, expansão, operação e manutenção da infraestrutura da rede de iluminação pública do município de Macapá – AP

Produto 11: Relatório de

Engenharia

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Lista de Figuras Figura 1 – Distritos de Macapá ......................................................................................................................................... 12

Figura 2 - Mapa com as divisões de bairros ..................................................................................................................... 13

Figura 3 - Área 1 ................................................................................................................................................................. 15

Figura 4 - Áreas de ressaca ................................................................................................................................................ 16

Figura 5 – Redes de energia elétrica nas passarelas ........................................................................................................ 17

Figura 6 – Área 2 ............................................................................................................................................................... 18

Figura 7 – Área 3................................................................................................................................................................ 19

Figura 8 - Vias com classe de iluminação V2 .................................................................................................................. 22

Figura 9 - Vias com classe de iluminação V3 .................................................................................................................. 23

Figura 10 - Vias com classe de iluminação V4 ................................................................................................................ 24

Figura 11 - Vias com classe de iluminação de Macapá ..................................................................................................... 25

Figura 12 – Malha de transportes públicos ...................................................................................................................... 27

Figura 13 - Mapa com a identificação da hierarquia por importância de vias .............................................................. 30

Figura 14 - Utilização da NBR 5101 na elaboração de projetos de IP ............................................................................. 31

Figura 15 - Temperatura de cor ........................................................................................................................................ 34

Figura 16 - Índice de reprodução de cores ....................................................................................................................... 35

Figura 17 - Poluição luminosa – Macapá (AP) ................................................................................................................ 36

Figura 18 - Escala da poluição luminosa .......................................................................................................................... 37

Figura 19 - Área 1 - Concentração de pontos de iluminação pública .............................................................................. 41

Figura 20 – Área 2 – Concentração de pontos de iluminação pública .......................................................................... 43

Figura 21 – Exemplo de localidade da área 2 .................................................................................................................. 44

Figura 22 – Área 2 - Aglomerados dos Distritos de São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí ............................ 45

Figura 23 – Distribuição geográfica dos pontos de iluminação pública na localidade F ............................................. 46

Figura 24 – Largura de via de comunicação - São Joaquim do Pacuí ........................................................................... 48

Figura 25 – Área 3 – Concentração de pontos de iluminação pública .......................................................................... 49

Figura 26 – Vilarejo de Bailique ...................................................................................................................................... 50

Figura 27 – Vias e edificações de Bailique ...................................................................................................................... 50

Figura 28 – Área 3 – Aglomerados do Distrito de Bailique ............................................................................................ 51

Figura 29 – Tela com impressão do cadastro georreferenciado ..................................................................................... 54

Figura 30 – Identificação de pontos dentro da praça Isac Zagury ................................................................................. 56

Figura 31 – Identificação dos pontos em estradas rurais e distritos distantes .............................................................. 57

Figura 32 – Condomínios Residencial Porta do Sol, Vila Tropical e Arboretto Residence .......................................... 58

Figura 33 - Parâmetros do ponto de luz ........................................................................................................................... 73

Figura 34 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Rua Macapá ................................................................................ 75

Figura 35 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Avenida Antônio Castro Monteiro ............................................. 76

Figura 36 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Avenida Antônio Castro Monteiro............................................. 76

Figura 37 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Rua Professor Tostes .................................................................. 77

Figura 38 – Resultados do cálculo luminotécnicos 2 – Rua Professor Tostes ...............................................................78

Figura 39 – Gráficos de linhas isográficas coloridas, sem e com a alteração de infraestrutura de IP .......................... 79

Figura 40 – Malha para medição de caminhos de pedestres até 3 metros de largura .................................................. 91

Figura 41 – Malha para medição de caminhos de pedestres acima de 3 metros de largura ......................................... 91

Figura 42 – Perspectiva com cores falsas da via típica 1 da área 2 ................................................................................ 93

Figura 43 – Perspectiva com cores falsas da Via Típica 1 - Área 3 ................................................................................ 96

Figura 44 – Malha de medição para pontos isolados da área 3 ...................................................................................... 97

Figura 45 – Esquema de comunicação do sistema de telegestão. ................................................................................. 98

Figura 46 – Fluxo de informação do sistema de telegestão ........................................................................................... 99

Figura 47 – Atendimento do sistema de telegestão ....................................................................................................... 104

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Figura 48 – Área de cobertura da Oi .............................................................................................................................. 105

Figura 49 – Área de cobertura da Vivo ........................................................................................................................... 105

Figura 50 – Área de cobertura da Claro ......................................................................................................................... 106

Figura 51 – Área de cobertura da Tim ............................................................................................................................ 106

Figura 52 – Módulos do sistema informatizado de gestão de iluminação pública ...................................................... 110

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Lista de Tabelas Tabela 1 – Distritos de Macapá 12

Tabela 2 – Relação de bairros do distrito de Macapá 13

Tabela 3 – Extensão de vias por classe de iluminação do Município de Macapá 21

Tabela 4 - Descrição das vias e classes de iluminação 28

Tabela 5 – Classificação das vias de acordo com a utilização noturna 28

Tabela 6 - Requisitos de luminância e uniformidade 33

Tabela 7 - Requisitos de iluminância média mínima e uniformidade para cada classe de iluminação 33

Tabela 8 - Iluminância média e fator de uniformidade mínimo para cada classe de iluminação 33

Tabela 9 – Relação de temperatura de cor por tipo de espaço 34

Tabela 10 - Legenda poluição luminosa 36

Tabela 11 - Características do sistema IP 39

Tabela 12 – Quantidade de pontos em função da tecnologia e potência 40

Tabela 13 – Distribuição dos pontos nas áreas 40

Tabela 14 – Pontos de iluminação pública atual na área 1 42

Tabela 15 – Pontos de iluminação pública atual na área 2 43

Tabela 16 – Dados dos aglomerados da área 2 46

Tabela 17 – Dados das análises nas localidades da área 2 47

Tabela 18 – Proporção de espaçamento médios na área 2 47

Tabela 19 – Pontos de iluminação pública da área 3 48

Tabela 20 – Dados dos Aglomerados da área 3 52

Tabela 21 – Dados das análises nas localidades da área 3 53

Tabela 22 – Distribuição de pontos e carga instalada por tipo de logradouros 54

Tabela 23 – Distribuição de pontos por classe de iluminação das vias 58

Tabela 24 – Carga instalada e potência média por ponto, em função da classe de iluminação das vias 59

Tabela 25 – Simulações luminotécnicas por classe de iluminação 60

Tabela 26 – Pontos do sistema viário, vias rurais e vias de condomínios fechados da área 1 61

Tabela 27 – Base para estimativas de modernização e eficientização 64

Tabela 28 – Característica das vias 67

Tabela 29 – Características da infraestrutura de iluminação pública existente 68

Tabela 30 – Resultados dos cálculos luminotécnicos para o fornecedor A 69

Tabela 31 – Resultados dos cálculos luminotécnicos para o fornecedor B 70

Tabela 32 – Resultados dos cálculos luminotécnicos para o fornecedor C 71

Tabela 33 – Características técnicas das luminárias usadas nas simulações 72

Tabela 34 - Dimensão dos braços adotados como padrão 73

Tabela 35 – Características da Rua Macapá 75

Tabela 36 – Características da infraestrutura de IP Rua Macapá 75

Tabela 37 – Alterações para modernização em LED – Rua Macapá 75

Tabela 38 – Características da Avenida Antônio Castro Monteiro 76

Tabela 39 – Características da Infraestrutura de IP Avenida Antônio Castro Monteiro 76

Tabela 40 – Características da infraestrutura de IP Avenida Antônio Castro Monteiro 76

Tabela 41 – Alterações para modernização em LED – Avenida Antônio Castro Monteiro 77

Tabela 42 – Características da Rua Professor Tostes 77

Tabela 43 – Características da infraestrutura de IP Rua Professor Tostes 77

Tabela 44 – Características da Infraestrutura de IP Rua Professor Tostes 78

Tabela 45 – Alterações para modernização em LED – Rua Professor Tostes 78

Tabela 46 – Resultados de atendimento dos requisitos da Norma NBR5101 79

Tabela 47 – Resultados de migração tecnológica das vias V2 80

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Tabela 48 – Resultados de remodelagem de iluminação pública nas vias V2 81

Tabela 49 – Resultados de migração tecnológica das vias V3 81

Tabela 50 – Resultados de remodelagens em vias V3 82

Tabela 51 – Resultados de migração tecnológica das vias V4 83

Tabela 52 – Resultados de remodelagem de iluminação pública nas vias V4 83

Tabela 53 – Resultados de migração tecnológica das vias V5 84

Tabela 54 – Resultados de remodelagem de iluminação pública nas vias V5 84

Tabela 55 – Espaços atendidos pelo projeto de iluminação de destaque 87

Tabela 56 – Quantitativo do projeto de iluminação de destaque 88

Tabela 57 – Quantitativos de pontos de praças, parques e passeios públicos 89

Tabela 58 – Resumo de quantidades para modernização das praças, parques e passeios públicos 90

Tabela 59 – Resumo de quantidades para modernização das praças, parques e passeios públicos 91

Tabela 60 – Quantidade de pontos existentes por tipo de logradouro da área 2 92

Tabela 61 – Vias típicas das simulações luminotécnicas para área 2 92

Tabela 62 – Resultados luminotécnicos das vias típicas da área 2 93

Tabela 63 – Perspectiva de modernização da rede de iluminação pública da área 2 94

Tabela 64 – Projeção de eficiência energética da rede de iluminação pública da área 2 94

Tabela 65 – Resumo de materiais de modernização da área 2 94

Tabela 66 – Quantidade de pontos por tipo de logradouro da área 3 95

Tabela 67 – Quantidade de pontos por tipo de logradouro da área 3 95

Tabela 68 – Resultados luminotécnicos das vias típicas da área 3 95

Tabela 69 – Perspectiva de modernização da rede de iluminação pública da área 3 96

Tabela 70 – Projeção de eficiência energética da rede de iluminação pública da área 3 96

Tabela 71 – Resumo de materiais de modernização da área 3 96

Tabela 72 – Quantidade de pontos do sistema de telegestão 106

Tabela 73 – Resumo de materiais de demanda reprimida de Macapá 113

Tabela 74 – Resumo de materiais de demanda reprimida da área 1 114

Tabela 75 – Relação de potências para demanda reprimida do sistema viário da área 1 114

Tabela 76 – Resumo de materiais de demanda reprimida do sistema viário da área 1 115

Tabela 77 – Resumo de materiais de demanda reprimida das áreas de ressaca 115

Tabela 78 – Demanda reprimida da rede de iluminação pública da área 2 116

Tabela 79 – Resumo de materiais de demanda reprimida da área 2 116

Tabela 80 – Demanda reprimida da rede de iluminação pública da área 3 117

Tabela 81 – Resumo de materiais de demanda reprimida da área 3 117

Tabela 82 – Carga instalada da rede de iluminação pública de Macapá 118

Tabela 83 – Perspectiva de redução de carga instalada com a 118

Tabela 84 – Perspectiva de incremento de carga instalada de iluminação de destaque na área 1 119

Tabela 85 – Perspectiva de redução de carga instalada com a 119

Tabela 86 – Perspectiva de redução de carga instalada na área 1 120

Tabela 87 – Perspectiva de redução de carga instalada na área 2 120

Tabela 88 – Perspectiva de redução de carga instalada na área 3 120

Tabela 89 – Perspectiva de redução da carga instalada na rede de Macapá 121

Tabela 90 – Carga Instalada estimada ano a ano 121

Tabela 91 – Carga Instalada estimada mês a mês 123

Tabela 92 – Marcos de eficientização energética 123

Tabela 93 – Resumo do cenário da concessão 124

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Sumário

1. Resumo Executivo ....................................................................................................................................................... 9

2. Introdução ................................................................................................................................................................. 10

3. Caracterização Geográfica do Município de Macapá .............................................................................................. 12

3.1. Distritos do Município de Macapá ........................................................................................................................... 12

3.2. Divisão do Distrito de Macapá por Bairros .............................................................................................................. 13

4. Área Geográfica da Concessão .................................................................................................................................. 14

4.1. Área 1: Distritos de Coração, Curiaú, Fazendinha e Macapá (Sede) ...................................................................... 14

4.1.1. Áreas de Ressaca ....................................................................................................................................................... 15

4.2. Área 2: Distritos de Carapanatuba, Maruanum, Pedreira, São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí ......... 17

4.3. Área 3: Distrito de Bailique ...................................................................................................................................... 18

5. Premissas Urbanísticas ............................................................................................................................................ 20

5.1. Classificação das Vias ............................................................................................................................................... 20

5.1.1. Atribuições da Classe de Iluminação às Vias .......................................................................................................... 20

5.2. Principais Acessos ao Município de Macapá ...........................................................................................................26

5.3. Mobilidade Urbana ...................................................................................................................................................26

5.4. Hierarquia das Vias ................................................................................................................................................... 27

6. Premissas Luminotécnicas ....................................................................................................................................... 31

6.1. Diretrizes Gerais do Projeto...................................................................................................................................... 31

6.1.1. NBR 5101 ................................................................................................................................................................... 31

6.1.2. Aparência de Cor ............................................................................................................................................... 34

6.1.3. IRC – Índice de Reprodução de Cor ................................................................................................................ 34

6.1.4. Poluição Luminosa ............................................................................................................................................ 35

6.1.5. Instalações elétricas .......................................................................................................................................... 37

6.2. Diretrizes Particulares de Projeto ........................................................................................................................... 38

7. Rede Atual de Iluminação Pública ........................................................................................................................... 39

7.1. Caracterização da Rede de Iluminação Pública nas Áreas Definidas no Projeto ................................................. 40

7.1.1. Caracterização da Rede de Iluminação Pública na Área 1 ...................................................................................... 41

7.1.2. Caracterização da Rede de Iluminação Pública na Área 2 ..............................................................................42

7.1.3. Caracterização do Rede de Iluminação Pública na Área 3 ............................................................................. 48

7.2. Distribuição dos Pontos de Iluminação por Tipo de Logradouro .......................................................................... 53

7.2.1. Caracterização Pontos por Classe de Iluminação das Vias .............................................................................58

7.2.2. Caracterização da Carga Instalada por Tipo de Classe de Iluminação de Via ............................................... 59

8. Anteprojetos e Soluções ........................................................................................................................................... 60

8.1. Área 1: Distritos de Coração, Curiaú, Fazendinha e Macapá (Sede) ...................................................................... 61

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8.1.1. Sistema Viário ................................................................................................................................................... 61

8.1.1.1. Subsistema Viário das Orlas ............................................................................................................................. 61

8.1.1.2. Rotatórias ..........................................................................................................................................................62

8.1.1.3. Malha Cicloviária ..............................................................................................................................................62

8.1.1.4. Pontos de Ônibus .............................................................................................................................................. 63

8.1.1.5. Base para estimativas de modernização e eficientização ................................................................................ 63

8.1.1.6. Metodologia .......................................................................................................................................................64

8.1.1.7. Parâmetros do Ponto de Luz para Simulações Luminotécnicas .................................................................... 72

8.1.1.8. Atendimento aos Requisitos da Norma NBR 5101 .......................................................................................... 79

8.1.1.9. Modernização das vias V2 ............................................................................................................................... 80

8.1.1.10. Modernização das vias V3 ............................................................................................................................ 81

8.1.1.11. Modernização das vias V4 ........................................................................................................................... 82

8.1.1.12. Modernização das vias V5 ........................................................................................................................... 83

8.1.2. Iluminação de Destaque ...................................................................................................................................85

8.1.3. Praças, Parques e Passeios Públicos ............................................................................................................... 89

8.2. Área 2 (Distritos de Carapanatuba, Maruanum, Pedreira, São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí) .......92

8.3. Área 3 (Distrito de Bailique) ..................................................................................................................................... 95

9. Sistema de Telegestão .............................................................................................................................................. 98

9.1. Caracterização e Funcionamento ............................................................................................................................ 98

9.1.1. Sistema Centralizado da Telegestão .........................................................................................................................99

9.1.2. Concentradores ............................................................................................................................................... 102

9.1.3. Controladores Inteligentes ............................................................................................................................. 102

9.1.4. Protocolo e Armazenamento .......................................................................................................................... 103

9.2. Dimensionamento ................................................................................................................................................... 104

10. Centro de Controle e Operação - CCO .................................................................................................................... 107

10.1. Funcionalidades ...................................................................................................................................................... 107

10.2. Estrutura .................................................................................................................................................................. 108

10.3. Sistema Informatizado de Gestão de Iluminação Pública .................................................................................... 109

10.3.1. Gestão de Ativos (SGA) ................................................................................................................................... 110

10.3.2. Gestão de Manutenção (SGM) ........................................................................................................................ 111

10.3.3. Atendimento ao Usuário (SAU) ...................................................................................................................... 111

10.3.4. Sistema de Gestão de Projetos (SGP) e de Documentos (GED) .................................................................... 111

10.3.5. Sistema de Gestão Empresarial (ERP) ........................................................................................................... 111

11. Expansão do Sistema .............................................................................................................................................. 113

11.1. Demanda Reprimida ............................................................................................................................................... 113

11.1.1. Demanda Reprimida na Área 1 ...................................................................................................................... 113

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11.1.2. Demanda Reprimida na Área 2 ...................................................................................................................... 116

11.1.3. Demanda Reprimida na Área 3 ...................................................................................................................... 116

11.1.4. Crescimento Vegetativo ................................................................................................................................... 117

12. Benefícios Energéticos ............................................................................................................................................ 118

12.1.1. Da Área 1 .......................................................................................................................................................... 118

12.1.2. Da Área 2 ......................................................................................................................................................... 120

12.1.1. Da Área 3 ......................................................................................................................................................... 120

12.1.2. Geral ................................................................................................................................................................. 121

13. Conclusão ................................................................................................................................................................. 124

Anexo I – Glossário Técnico

Anexo II – Simulações Luminotécnicas

Anexo III – Vias Levantadas e Resultados Luminotécnicos

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1. Resumo Executivo

Este Relatório de Engenharia é parte integrante da série de documentos que integram o modelo técnico operacional

do Projeto de parceria público-privada destinada à modernização, eficientização, expansão, operação e manutenção

da infraestrutura da rede de iluminação pública do município de Macapá – AP. As informações contidas neste

documento são complementares as constantes no: i) Diagnóstico Técnico de Rede; ii) Plano de Investimentos e

Operação; iii) e Iluminação de Destaque.

A finalidade deste relatório é apresentar todas as premissas e informações preliminares que serviram de base para o

desenvolvimento dos estudos das soluções luminotécnicas e de tecnologia.

Pela particularidade da ocupação territorial do município, a qual existem localidades muitos afastadas da área urbana

de Macapá e de difícil acesso, foi proposto por esse projeto a divisão territorial em 3 áreas.

As soluções apresentadas nesse relatório abrangem o estudo de viabilidade técnica para atendimento aos requisitos

luminotécnicos da NBR-5101 das vias e passeios, bem como para a melhoria do serviço de iluminação pública em

praças, parques, áreas verdes em geral e orlas. É previsto a solução de iluminação de destaque para uma relação de

logradouros de relevante importância para Macapá, de forma a valorizar e embelezar esses espaços. Para cada área é

proposto uma solução que melhor a atenda sua característica, visando o atendimento integral do território de Macapá

pela concessão sem que comprometa a viabilidade técnica e econômico financeira do projeto. Todas as soluções são

quantificadas nesse projeto, com as definições de especificação que refletirá nos encargos da concessão.

São apresentadas as estimativas para expansão da rede municipal de iluminação pública ao longo da concessão bem

com a quantidade de ponto relativos à demanda reprimida.

No âmbito de tecnologias, é proposta a implantação de sistema de telegestão para atendimento aos pontos inseridos

nas vias mais importantes do município e o Centro de Controle e Operação para gestão da concessão de modo

eficiente e com excelência em qualidade aos munícipes.

Todas as soluções luminotécnicas e tecnológicas propostas nesse relatório refletirão em uma redução considerável

no consumo de energia elétrica da rede municipal de iluminação pública de Macapá, resultando em um benefício

energético.

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2. Introdução

O Relatório de Engenharia desenvolvido pelo Consórcio IPB visa apresentar o desenvolvimento e as definições

técnicas do projeto de engenharia, elaborado em nível conceitual, do Projeto de parceria público-privada destinada

à modernização, eficientização, expansão, operação e manutenção da infraestrutura da rede de iluminação pública

do município de Macapá – AP em atendimento aos preceitos do Edital do Pregão Eletrônico AARH nº 64/2017 do

BNDES.

O presente estudo subsidia ao Plano de Investimento e Operação, com as quantidades e especificações técnicas

necessárias para o levantamento de valores e custos que ocorrerão durante a concessão. As especificações mínimas

de serviços e desempenho apontoados neste Relatório, juntamente as informações constantes no Plano de

Investimento e Operação e Plano de Iluminação de Destaque, definirão os encargos à serem inseridos nos

documentos contratuais da concessão.

A primeira parte do relatório (Capítulo 3 – “Caracterização Geográfica do Município de Macapá”), apresenta a

organização do munícipio na escala macro de Distritos, e a divisão da principal área urbana de Macapá em Bairros.

A segunda parte do relatório (Capítulo 4 – “Área Geográfica da Concessão”), é proposto a o agrupamento dos distritos

do município em 3 áreas distintas, considerando a característica geográfica e de ocupação comum entre eles. A divisão

de município em 3 áreas direcionou as propostas ao atendimento particular de cada área.

Na terceira parte do relatório (Capítulo 5 – “Premissas Urbanísticas”), são introduzidos os elementos para a

compreensão das condições dos sistemas viários e de mobilidade que servem de base para a proposição de soluções

viáveis e condizentes com a realidade local e que integram.

Na quarta parte do relatório (Capítulo 6 – “Premissas Luminotécnicas”) foram reunidos os conceitos luminotécnicos

aplicados nos trabalhos de análises e desenvolvimento dos anteprojetos e soluções de toda a rede de iluminação

pública.

Na quinta parte do relatório (Capítulo 7 – “Parque Atual de Iluminação Pública”) é apresentadas as informações da

rede municipal de iluminação pública, caracterizando-a pelas áreas definidas para a concessão e pelos tipos de

logradouros existentes.

Na sexta parte do relatório (Capítulo 8 – “Anteprojetos e Soluções”) é apresentada a metodologia para a determinação

das soluções o sistema viário e demais sistemas, bem como apresentado os resultados do desenvolvimento de

anteprojetos por classe de iluminação de via. É apresentado o resumo de soluções de iluminação de destaque que foi

desenvolvido no Plano de Iluminação de Destaque.

Na sétima parte do relatório (Capítulo 9 – “Sistema de Telegestão”) são apresentadas as soluções tecnológicas e

funcionalidades da proposta para o Sistema de Telegestão que elevará o nível de automação e detecção de falhas da

rede de iluminação pública de Macapá.

Na oitava parte do relatório (Capítulo 10 – “Centro de Controle e Operação) são apresentadas as especificações e

funcionalidades do Centro de Controle e Operação, que será a estrutura central de gestão, direção e despachos de

ações necessárias, tanto para o reestabelecimento do serviço de iluminação pública, bem como a conservação dos

ativos da rede de Macapá.

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Na nona parte (Capítulo 11 – “Expansão do Sistema”) é relacionada as todos os elementos que resultaram na expansão

da rede municipal de iluminação pública, apresentando as estimativas de demanda reprimida em cada área da

concessão e crescimento vegetativo.

Na décima parte (Capítulo 12 – “Benefícios Energéticos”) é apresentado, de forma detalhada por ação de

modernização, os benefícios energéticos que serão alcançados e os índices de eficientização viáveis à concessão da

rede municipal de iluminação pública de Macapá.

Finalmente, na última parte (Capítulo 13 - “Conclusão”), resume-se todas as ações consideradas por este Relatório, e

os benefícios gerados a rede de iluminação pública, aumentando assim o seu nível de qualidade e eficiência na

prestação de serviços aos cidadãos de Macapá.

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3. Caracterização Geográfica do Município de Macapá

3.1. Distritos do Município de Macapá

Pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Macapá (PDDUAM, 2004), o município está dividido

em 10 distritos administrativos, que estão relacionados na Tabela 1 e demarcados no mapa da Figura 1.

Distritos de Macapá

I – Macapá VI – Pedreira

II – Bailique VII – Maruanum

III – Santa Luzia do Pacuí VIII – Fazendinha

IV – São Joaquim do Pacuí IX – Curiaú

V – Carapanatuba X – Coração

Tabela 1 – Distritos de Macapá Fonte: Autoria própria baseada no PDDUAM

Figura 1 – Distritos de Macapá

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3.2. Divisão do Distrito de Macapá por Bairros

Dos 10 distritos que compõem o município, somente o distrito de Macapá possui oficialmente a divisão em bairros.

São 32 bairros organizados em 3 unidades de gestão urbana (Macapá Norte, Centro e Sudeste), segundo o PDDUAM.

Todos os bairros listados são considerados como parte integrante no desenvolvimento desse projeto.

Na Tabela 2 segue a relação dos bairros do distrito de Macapá e na Figura 2 o mapa com as respectivas divisões e

localizações.

Bairros de Macapá

1 Alvorada 12 Jardim Equatorial 23 Pedrinhas

2 Araxá 13 Jardim Felicidade 24 Perpétuo Socorro

3 Beirol 14 Jesus de Nazaré 25 Renascer

4 Boné Azul 15 Lagoa Azul 26 Santa Inês

5 Brasil Novo 16 Laguinho 27 Santa Rita

6 Buritizal 17 Marabaixo 28 São José

7 Cabralzinho 18 Marco Zero 29 São Lázaro

8 Central 19 Nova Esperança 30 Trem

9 Cidade Nova 20 Novo Buritizal 31 Universidade

10 Congós 21 Novo Horizonte 32 Zerão

11 Infraero 22 Pacoval

Tabela 2 – Relação de bairros do distrito de Macapá Fonte: Autoria própria baseado no PDDUAM

Figura 2 - Mapa com as divisões de bairros

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4. Área Geográfica da Concessão

Tendo em vista a que a ocupação territorial do município influencia a infraestrutura de iluminação pública, é

importante analisar e classificar os distritos de modo a propor um padrão de atendimento pelo projeto que considere

as particularidades de cada um. Assim, o território do município de Macapá foi dividido em áreas de atendimento e,

para classificar os distritos como partes integrantes dessas áreas, foram analisados os seguintes critérios:

• Ocupação urbana, de acordo com análises visuais dos mapas (Google Earth);

• Meio de acesso e tempo de deslocamento estimado entre a localidade1 mais próxima do centro do distrito de

Macapá até o próprio centro, calculado com a ferramenta Googlemaps; e

• Concentração espacial dos pontos de iluminação pública no território do município de Macapá, de acordo

com as informações do cadastro da prefeitura municipal, analisado no Relatório Técnico de Diagnóstico de

Rede desse projeto.

Com a análise desses critérios, o território de Macapá foi subdividido em 3 áreas descritas a seguir.

4.1. Área 1: Distritos de Coração, Curiaú, Fazendinha e Macapá (Sede)

Nessa área estão agrupados os distritos que possuem a maior concentração de residências permanentes do município

de Macapá. Nos distritos Fazendinha e Macapá (Sede) a característica de ocupação do solo predominante é a urbana

e nos distritos de Coração e Curiaú há aglomerados urbanos e rurais com uma menor concentração de residências.

Nessa área está situada a Prefeitura de Macapá.

O tempo de deslocamento entre a localidade mais distante dessa área e o centro de Macapá é de até 45 minutos2 por

transporte via terrestre.

Os distritos que se enquadraram nesses critérios e formaram a Área 1 (Figura Figura 3) são:

• Distrito de Macapá (Sede);

• Distrito de Fazendinha;

• Distrito de Coração; e

• Distrito de Curiaú.

1 Localidade é conceituada como sendo todo lugar do território nacional onde exista um aglomerado permanente de habitantes.

Definição de noções básicas de cartografia, segundo IBGE, disponível em:

https://ww2.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/elementos_representacao.html, acessado no dia 25 de

abril de 2.019. 2 Tempo estimado por meio do cálculo de rotas do GoogleMaps.

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Figura 3 - Área 1

Fonte: GoogleEarth e IBGE, edição própria

4.1.1. Áreas de Ressaca

Ressaca é um termo regional para referenciar as áreas que são ocupadas por águas em função do regime das marés,

dos rios e das chuvas. As áreas de ressaca estão localizadas nos distritos de Fazendinha e Macapá e fazem parte da

Área 1, podendo-se citar as áreas de ressaca da Lagoa dos Índios, do Beirol, da Muca, do Buritizal, da Universidade,

do Novo Horizonte, entre outras. A Figura 4 ilustra as áreas de ressaca existentes.

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Figura 4 - Áreas de ressaca

Fonte: CAESA, 2012

As áreas de ressaca são de grande importância para o equilíbrio ambiental, influenciado na temperatura do município

de Macapá. Como cenário natural paisagístico tem-se um ambiente saudável que contribui para o bem-estar das

pessoas e demais seres vivos e valoriza as áreas urbanas situadas próximas a elas.

Atualmente, cerca de 94 mil domicílios, mais de 19% da população do município de Macapá3, ocupam essas áreas

legalmente protegidas. A lei estadual do Amapá nº 0836/04 proíbe novas ocupações e uso de áreas de ressaca urbana

e periurbana, exceto para execução de obras de infraestrutura.

Os habitantes dessa região se locomovem em passarelas suspensas, de bicicleta ou andando. Ao todo, segundo

levantamento realizado pela Secretaria Especial de Coordenadoria das Subprefeituras, em fevereiro de 2019, eram

393 passarelas (272 na zona sul e 121 na zona norte) que totalizam uma extensão de 34 km.

Esses domicílios estão distribuídos em 24 aglomerados considerados, segundo definição do IBGE, como

Aglomerados Urbanos Subnormais. Os aglomerados subnormais são definidos com um conjunto de, no mínimo, 51

unidades habitacionais, caracterizadas pela ausência de título de propriedade e com precariedade de serviços

públicos essenciais (água, esgoto, energia elétrica, coleta de lixo e iluminação pública). A Figura 5 ilustra uma das

passarelas desses aglomerados, com rede de energia elétrica e a inexistência da rede de iluminação pública nas

passarelas.

3 Dados do artigo “Mapeamento e classificação das áreas de ressaca na região metropolitana de Macapá- AP utilizando imagens do satélite CBERS-2B”, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais.

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Figura 5 – Redes de energia elétrica nas passarelas

Fonte: Prefeitura de Macapá

A prefeitura de Macapá tem feito várias ações no sentido de atender esses aglomerados com serviços essenciais

regulares, requalificando as passarelas e levando o serviço de coleta de lixo em conjunto com a concessionária de

energia elétrica e a Companhia de água e esgoto do Amapá, que têm regularizado as rede de distribuição de energia

e água, respectivamente. O serviço de iluminação pública é um dos serviços que acompanham as ações da prefeitura,

atendendo essas passarelas. Quanto ao atendimento de iluminação pública nas passarelas das áreas de ressaca, não

existem informações sobre a periodicidade e quantidade de pontos que a prefeitura tem instalado.

4.2. Área 2: Distritos de Carapanatuba, Maruanum, Pedreira, São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí

Nessa área foram agrupados os distritos que apresentam uma menor densidade demográfica e cujo deslocamento

entre a localidade mais próxima e o centro do distrito de Macapá supera o tempo de 45 minutos4, porém é possível o

acesso via transportes terrestres.

Nesses distritos existem apenas alguns aglomerados com baixa concentração de residência permanente, de acordo

com o CENSO de 2010 do IBGE.

Os distritos que se enquadraram nesses critérios e formaram a Área 2 (Figura 6) são:

• Distrito de Carapanatuba;

• Distrito de Maruanum;

• Distrito de Pedreira;

• Distrito de São Joaquim do Pacuí; e

• Distrito de Santa Luzia do Pacuí.

4 Tempo estimado por meio do cálculo de rotas do GoogleMaps.

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Figura 6 – Área 2

Fonte: GoogleEarth e IBGE, edição própria

4.3. Área 3: Distrito de Bailique

Essa área apresenta uma menor densidade demográfica e com poucas localidades e distribuídas esparsamente ao

longo do território. O único meio de acesso às localidades dessa área é via transportes fluviais. O tempo de

deslocamento é superior a 10 horas.

As vias existentes dessa área são unicamente passarelas para tráfego de pedestre, não sendo possível utilizar-se

qualquer tipo de veículo.

A área 3 (Figura 7) é formada unicamente pelo distrito de Bailique.

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Figura 7 – Área 3

Fonte: GoogleEarth e IBGE, edição própria

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5. Premissas Urbanísticas

5.1. Classificação das Vias

A proporção de pontos de iluminação pública que prestam serviços exclusivos às vias públicas é superior a 80% na

maioria dos municípios do Brasil, conforme projetos realizados pelas empresas deste Consórcio, sendo uma variação

relativa à quantidade de praças, parques e demais logradouros que uma cidade possa ter.

A definição da classe de iluminação para as vias do município interfere diretamente no resultado da carga instalada

de uma rede modernizada e, consequentemente, nos custos relativos aos investimentos para obra, manutenção e

operação.

5.1.1. Atribuições da Classe de Iluminação às Vias

O método aplicado para a atribuição da classe de iluminação vias no Distrito de Macapá e Fazendinha teve por base as informações do mapa de nível de importância criado junto a Secretaria de Transportes e a malha de transportes públicos conforme pode ser visto na Figura 13 (vias com classe de iluminação V2), na Figura 9 (vias com classe V3) e Figura 10 (vias com classe V4).

No município de Macapá, não se verificou via com características que atendesse aos critérios estabelecidos pela

norma NBR-5101 e resultasse em uma classe de iluminação V1.

As vias dos demais distritos (Coração e Curiaú) da área 1 estão classificadas como V5 para as exclusivas de veículos e

P4 para as calçadas.

Por definição desse projeto, todas as vias de veículos das áreas 2 e área 3 serão consideradas V5, pelo fato de ter-se

um baixo fluxo de veículos. As vias exclusivas de pedestres nas áreas 2 e área 3 estão classificadas como P4.

Para a atribuição das vias de pedestres, foi considerada a seguinte relação com as vias de veículos:

• V2 – P3, pois esse tipo de via em Macapá é caracterizado pelo médio fluxo de veículos e com menor quantidade de cruzamento em nível, dessa forma não é favorecido o trânsito de pedestre e consequentemente apresenta requisitos que definem as calçadas em uma classe de iluminação P3;

• V3 – P3, a características dessas vias no município de Macapá são de fluxo médio de veículos e vários cruzamentos em níveis. O tráfego de pedestre nessas vias em período noturno é baixo, pois comumente trata-se de áreas de comércio que funcionam em horário específico5; e

• V4 – P4 e V5 – P4, ambas as condições são de vias comumente inseridas em bairro residencial e de baixo fluxo de pedestre, não requisitando grandes níveis de luminosidade em suas calçadas.

Para os casos de vias de veículos, que integram a orla do rio amazonas em Macapá6, a classe de iluminação atribuída

nesse projeto foi V2 conforme NBR-5101, e para as de pedestre foram consideradas classe de iluminação P4.

Da análise realizada sobre a extensão dos eixos logradouros das vias públicas foi possível observar a proporção de

vias atribuídas a cada classe de iluminação e a sua respectiva extensão.

5 Horário comercial comum de Macapá – 08:00h às 18:00h. 6 Avenida Manoel Chaves de Melo (Orla da Fazendinha), Rua do Araxá (Orla do Araxá), Rua Cândido Mendes (Orla do Araxá e Santa Inês), Rua Beira Rio (Orla de Santa Inês, Beira Rio e Perpétuo Socorro) e Rua Francisco Azarias da Silva Costa Neto (Orla Beira Rio).

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A Tabela 3 e o Gráfico 1, apresentam a extensão total de vias correspondente a cada classe de iluminação existente

no município de Macapá, em cada área de concessão definida nesse projeto.

Área da concessão Classificação de Vias Extensão de Vias (km)

1

V2 101,89

V3 91,64

V4 94,87

V5 750,81

Subtotal (área 1) 1.039,20

2 V5 60,12

3 P4 16,89

Total 2.155,41

Tabela 3 – Extensão de vias por classe de iluminação do Município de Macapá Fonte: Autoria própria

Gráfico 1 – Distribuição de vias por classe de iluminação da Área 1 do Município de Macapá

Fonte: Autoria própria

Gráfico 2 – Distribuição de vias por classe de iluminação do Município de Macapá

Fonte: Autoria própria

As figuras seguir destacam as vias da área 1 do município conforme sua classe de iluminação.

9,81%

8,82%

9,13%

72,25%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

V2

V3

V4

V5

% Extensão de Via por Classe de Iluminação

9,13%

8,21%

8,50%

67,26%

5,39%

1,51%

ÁREA 1 - V2

ÁREA 1 - V3

ÁREA 1 - V4

ÁREA 1 - V5

ÁREA 2 - V5

ÁREA 3 - P4

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Figura 8 - Vias com classe de iluminação V2

Fonte: Autoria própria

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Figura 9 - Vias com classe de iluminação V3

Fonte: Autoria própria

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Figura 10 - Vias com classe de iluminação V4

Fonte: Autoria própria

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Figura 11 - Vias com classe de iluminação de Macapá

Fonte: Autoria própria

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5.2. Principais Acessos ao Município de Macapá

É possível acessar a zona urbana do município de Macapá através de três modais de transporte: aéreo, hidroviário e

rodoviário.

Os portos e atracadouros localizados próximo ao Rio Amazonas representam um dos principais acessos à cidade.

Esses locais, além de serem utilizados como embarque e desembarque de passageiros, funcionam, frequentemente,

como importantes entrepostos comerciais. Os mais significativos são: Porto do Igarapé das Mulheres, Rampa do Açaí,

Píer de Santa Inês e Porto de Igarapé da Fortaleza.

A malha rodoviária também representa uma importante estrutura de conexão intermunicipal e estadual. Dentre as

rodovias mais significativas, pontuam-se: rodovias AP-020, AP-010 e Juscelino Kubitschek, que conectam Macapá

ao município vizinho, Santana; rodovia Duca Serra (AP-10), responsável por interligar a região oeste. Além dessas,

há também as rodovias Perimetral Norte (BR-210), que une o município ao norte do Estado e a rodovia Curiaú (AP-

70), que dá acesso às pequenas comunidades e ao município de Cutias.

Além disso, é possível acessar a cidade através do Terminal Rodoviário e do Aeroporto Internacional de Macapá.

5.3. Mobilidade Urbana

O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDAUM, 2004) de Macapá define mobilidade como:

Art. 13. Entende-se por mobilidade as ações envolvendo a acessibilidade da população aos bens e aos serviços e a

circulação das pessoas e mercadorias nas mais diversas modalidades, incluindo todos os meios abrangidos nessas

ações.

O PDDAUM estabelece diretrizes gerais sobre a mobilidade do município, mas não possui um plano de mobilidade

urbana ou plano municipal integrado de transportes. Verifica-se que os deslocamentos na cidade se dão a partir de

transporte motorizado individual, transporte público (ônibus), serviços de moto taxi, taxi comum, motoristas de

aplicativos e transporte ativo como bicicleta.

Os pontos de parada de ônibus serão contemplados pela própria iluminação viária, não sendo tratados

individualmente. As vias que que integram a malha de transporte pública no distrito de Macapá foram classificadas

um nível acima do que tecnicamente são, de modo que os níveis de luminosidade das calçadas e consequentemente

os pontos de ônibus serão maiores.

A malha de transporte público (ônibus), ilustrada na Figura 12, foi utilizada neste relatório como diretriz para a

definição de classe de iluminação para as vias.

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Figura 12 – Malha de transportes públicos

Fonte: Autoria própria

5.4. Hierarquia das Vias

O processo de hierarquização das vias consiste na distribuição das vias urbanas de um município por classes de

iluminação, definidas por meio de um complexo estudo dos fenômenos associados com a mobilidade que considerada

a densidade demográfica das regiões do município e a ocupação do solo. Esse estudo é importante à administração

pública para o adequado funcionamento das cidades e regiões.

A classe de iluminação para as vias públicas está diretamente relacionada à hierarquia que cada via tem dentro

município. A NBR5101 estabelece os critérios para a determinação da classe de iluminação por tipo de via, detalhando

ainda as características de cada tipo de via conforme as definições do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e como

pode ser visto na Tabela 4.

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Descrição da Via Classe de Iluminação

Vias de trânsito rápido; vias de alta velocidade de tráfego, com separação de pistas, sem cruzamentos em nível e com controle de acesso; vias de trânsito rápido em geral; Autoestradas

Volume de tráfego intenso

Volume de tráfego médio

V1

V2

Vias arteriais; vias de alta velocidade de tráfego com separação de pistas; vias de mão dupla, com cruzamentos e travessias de pedestres eventuais em pontos bem definidos; vias rurais de mão dupla com separação por canteiro ou obstáculo

Volume de tráfego intenso

Volume de tráfego médio

V1

V2

Vias coletoras; vias de tráfego importante; vias radiais e urbanas de interligação entre bairros, com tráfego de pedestres elevado

Volume de tráfego intenso

Volume de tráfego médio

Volume de tráfego leve

V2

V3

V4

Vias locais; vias de conexão menos importante; vias de acesso residencial

Volume de tráfego médio

Volume de tráfego leve

V4

V5

Tabela 4 - Descrição das vias e classes de iluminação Fonte: ABNT NBR-5101

A referida norma também estabelece os critérios de avaliação para calçadas e passeios com base nas características

de uso de cada logradouro, conforme está descrito na Tabela 6.

Descrição da Via Classe de Iluminação

Vias de uso noturno intenso por pedestres (por exemplo, calçadões, passeios de zonas comerciais)

P1

Vias de grande tráfego noturno de pedestres (por exemplo, passeios de avenidas, praças, áreas de lazer)

P2

Vias de uso noturno moderado por pedestres (por exemplo, passeios, acostamentos)

P3

Vias de pouco uso por pedestres (por exemplo, passeios de bairros residenciais) P4

Tabela 5 – Classificação das vias de acordo com a utilização noturna Fonte: ABNT NBR-5101

As hierarquizações das vias do município de Macapá deveriam estar identificadas no Plano Municipal Integrado de

Transportes, conforme estabelecido pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUAM)7.

Porém, até a data do desenvolvimento deste relatório, a Prefeitura não o havia publicado.

Paliativamente, o Consórcio IPB junto com a Secretaria de Transportes e a Secretaria de Iluminação Pública de

Macapá buscaram identificar e priorizar, por meio de uma análise empírica, as vias do município por sua importância

e uso, resultando nos destaques do mapa a seguir (Figura 13). Por esse motivo, é ciente de que a hierarquização de

7 PDDUAM - Art. 67. A malha viária urbana é composta por vias expressas, vias arteriais primárias, vias arteriais secundárias, vias

coletoras, vias locais e vias mistas, que serão identificadas no Plano Municipal Integrado de Transportes.

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vias de um município é alcançada por meio de um estudo complexo, não coube a esse projeto definir quais os tipos

de vias corresponde a cada identificação apontada no mapa.

A demarcação pela Secretaria de Transporte e indicada na Figura 13 pela foi tratada como uma simples

hierarquização em função do nível de importância da via ao município, sendo:

• 1º Nível de importância – Vias com tracejo na cor verde;

• 2º Nível de importância – Vias com tracejo na cor lilás;

• 3º Nível de importância – Vias com tracejo na cor laranja; e

• 4º Nível de importância – Vias sem destaque.

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Figura 13 - Mapa com a identificação da hierarquia por importância de vias

Fonte: Autoria própria em conjunto com a Secretaria de Transportes de Macapá

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6. Premissas Luminotécnicas

As premissas luminotécnicas abrangem conceitos técnicos que são de supra importância nas considerações e na

proposta de soluções aplicadas a Rede de Iluminação de Macapá, pois tendem a definir diretrizes e parâmetros que

elevarão o nível de qualidade do serviço de iluminação pública dentro da concessão.

6.1. Diretrizes Gerais do Projeto

6.1.1. NBR 5101

Os parâmetros mínimos considerados nesse projeto tiveram por base a norma NBR 5101 da Associação Brasileira de

Normas Técnicas – ABNT. A Figura 14 apresenta de forma gráfica o uso da norma brasileira nos estudos de

iluminação pública.

Os critérios estabelecidos pela NBR 5101 foram utilizados nas etapas de projeto e na definição das tecnologias a serem

utilizadas nos logradouros do município de Macapá. Dessa forma, todas as soluções adotadas atendem aos

parâmetros da norma e os resultados obtidos buscaram proporcionar benefícios econômicos e sociais aos munícipes,

incluindo:

a) Redução de acidentes noturnos;

b) Melhoria das condições de vida, principalmente nas comunidades carentes;

c) Auxílio à proteção policial, com ênfase na segurança dos indivíduos e propriedades;

d) Facilidade do fluxo do tráfego;

e) Destaque a edifícios e obras públicas durante a noite; e

f) Eficiência energética.

Figura 14 - Utilização da NBR 5101 na elaboração de projetos de IP

Fonte: Autoria própria

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O Capítulo 3 da NBR 5101 apresenta os termos e definições, sendo que os mais importantes para a compreensão deste

relatório estão reunidos abaixo, apresentados na ordem a proporcionar um melhor entendimento do assunt0.

Iluminação pública: serviço que tem por objetivo prover de luz, ou claridade artificial, os logradouros públicos

no período noturno ou nos escurecimentos diurnos ocasionais, inclusive aqueles que necessitam de iluminação

permanente no período diurno.

Via: é uma superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o

acostamento, ilha e canteiro central.

Volume de tráfego: número máximo de veículos ou de pedestres que passam em uma dada via, durante o

período de 1 hora.

Iluminância média horizontal: iluminância em serviço, da área delimitada pela malha de pontos

considerada, ao nível da via, sobre o número de pontos correspondente.

Luminância média - Lmed [cd/m2]: valor médio da luminância na área delimitada pela malha de pontos

considerada, ao nível da via.

Luminância de velamento - Lv: efeito provocado pela luz que incide sobre o olho do observador no plano

perpendicular à linha de visão. Depende do ângulo entre o centro da fonte de ofuscamento e a linha de visão, bem

como da idade do observador.

Fator de uniformidade da iluminância (em determinado plano) - U: razão entre a iluminância mínima e a iluminância média em um plano especificado:

𝑼 = 𝑬𝒎𝒊𝒏

𝑬𝒎𝒆𝒅

Onde: Emín é igual à iluminância mínima; e Emed é igual à iluminância média.

Fator de uniformidade da luminância (uniformidade global) - Uo: razão entre a luminância mínima e

a luminância média em um plano especificado:

Uo = 𝑳𝒎𝒊𝒏

𝑳𝒎𝒆𝒅

Onde:

Lmín é igual à luminância mínima; e

Lmed é igual à luminância média.

Fator de uniformidade da luminância (uniformidade longitudinal) - UL: razão entre a luminância

mínima e a luminância máxima ao longo das linhas paralelas ao eixo longitudinal da via em um plano

especificado:

UL = 𝑳𝒎𝒊𝒏

𝑳𝒎𝒂𝒙

Onde:

Lmín é igual à luminância mínima; e

Lmáx é igual à luminância máxima.

Incremento de limiar - TI: limitação do ofuscamento perturbador ou inabilitador nas vias públicas, que afeta

a visibilidade dos objetos. O valor de TI % é baseado no incremento necessário da luminância de uma via para

tornar visível um objeto que se tornou invisível devido ao ofuscamento inabilitador provocado pelas luminárias:

𝑻𝑰% = 𝟔𝟓𝒙𝑳𝒗

(𝑳𝒎𝒆𝒅)𝟎.𝟖

Onde:

Lmed é a luminância média da via; e

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Lv é a luminância de velamento.

Razão das áreas adjacentes à via - SR: relação entre a iluminância média das áreas adjacentes à via (faixa

com largura de até 5 m) e a iluminância média da via (faixa com largura de até 5 m ou metade da largura da via)

em ambos os lados de suas bordas. O parâmetro SR pressupõe a existência de uma iluminação própria para a

travessia de pedestres, levando em consideração o posicionamento da luminária, de forma a permitir a percepção

da silhueta do pedestre pelo motorista (contraste negativo).

Como apresentado na Tabela 6 e na Tabela 7, a norma estabelece os requisitos mínimos das grandezas luminotécnicas

a partir da classe de iluminação para as vias exclusivas de veículos, utilizando como parâmetros as classificações

estabelecidas no Código de Trânsito Brasileiro, que está baseado no volume de utilização. O projeto considerou esses

requisitos em seu desenvolvimento.

Classe de Iluminação Lmed UO ≥ UL ≤

V2 1,50 0,40 0.70

V3 1,00 0,40 0,70

Lmed: luminância média; UO: uniformidade global; UL: uniformidade longitudinal

Tabela 6 - Requisitos de luminância e uniformidade Fonte: ABNT NBR 5101

Classe de Iluminação Iluminância Média Mínima - E med,min

(lux)

Fator de Uniformidade Mínimo

𝑼 = 𝑬𝒎𝒊𝒏 𝑬𝒎𝒆𝒅⁄

V2 20 0,3

V3 15 0,2

V4 10 0,2

V5 5 0,2

Tabela 7 - Requisitos de iluminância média mínima e uniformidade para cada classe de iluminação Fonte: ABNT NBR 5101

Para o tráfego de pedestres a norma brasileira também estabelece a classe de iluminação de acordo com a sua

utilização noturna e estabelece os valores mínimos iluminância média e de uniformidade, conforme apresentado na

Tabela 8.

Classe de Iluminação Iluminância Horizontal Média Emed

(Lux)

Fator de Uniformidade Mínimo

𝑼 = 𝑬𝒎𝒊𝒏 𝑬𝒎𝒆𝒅⁄

P1 20 0,3

P2 10 0,25

P3 5 0,2

P4 3 0,2

Tabela 8 - Iluminância média e fator de uniformidade mínimo para cada classe de iluminação Fonte: ABNT NBR 5101

A norma brasileira também estabelece as malhas de medição e de cálculo das grandezas luminotécnicas, as quais

também serviram de referência para esse projeto e o de verificação em campo para o Diagnóstico Técnico de Rede.

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6.1.2. Aparência de Cor

A temperatura de cor ou aparência da cor, emitida através de uma fonte luminosa, é uma grandeza luminotécnica

que expressa a tonalidade da cor de luz que é obtida. A unidade de medida é o Kelvin (K) e na prática, quanto maior

o grau expresso, a tonalidade da luz será mais branca (fria) e quanto menor, mais amarelada (quente) (Figura 15).

Figura 15 - Temperatura de cor

Fonte: Elemental LED

A solução de temperatura de cor adotada nesse projeto visa a não interferência no ecossistema local e garantir uma

luminosidade conveniente à saúde, segurança e bem-estar da população Macapaense. No projeto, foram adotadas as

seguintes temperaturas de cor máximas em relação a cada tipo de espaço (Tabela 9).

Tipo de Espaço Temperatura de Cor Correlata (ºK)

Sistema Viário

Vias de veículos, classe de iluminação V2 e V3. 4.000

Vias de veículos, classe de iluminação V4 e V5. 3.000

Orlas

Vias de veículos e pedestres. 3.000

Áreas Verdes

Praças e Parques. 3.000

Rotatórias 3.000

Playground, espaços de ginásticas. 3.000

Áreas Esportivas

Quadras e Campos8. 5.000

Iluminação de Destaque

Fachadas, monumentos e edifícios históricos9. 3.000

Tabela 9 – Relação de temperatura de cor por tipo de espaço Fonte: autoria própria

6.1.3. IRC – Índice de Reprodução de Cor

O Índice de Reprodução de Cores (IRC), com escala que varia de 0 a 100, define a capacidade de uma determinada

fonte luminosa artificial em reproduzir, com fidedignidade, as cores de um espaço e/ou objeto. O sol é considerado a

fonte de luz mais fidedigna de que dispomos, tornando-se assim o padrão de comparação (índice 100) para as demais

8 Para os equipamentos esportivos adotamos a temperatura de cor de 5.000K por ser esta característica encontrada nos equipamentos de mercado para este fim. 9 Exceto locais onde estão previstos projetores com tecnologia de mudança de cor (RGBW).

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fontes luminosas. Desta forma, quanto maior o IRC, melhor os objetos e os espaços terão suas cores reproduzidas

por uma, ou conjunto, de fontes luminosas (Figura 16).

Figura 16 - Índice de reprodução de cores

Fonte: enigmalighting.com

As luminárias públicas com tecnologia LED devem apresentar IRC≥ 70%, conforme estabelecido pela portaria nº 20

do INMETRO, e esse parâmetro mínimo é o exigido por esse projeto.

6.1.4. Poluição Luminosa

A poluição luminosa ocorre pelo uso inapropriado ou excessivo da luz artificial, ocasionada por níveis de iluminância

inadequados no ambiente urbano. Os efeitos deste fenômeno impactam diretamente o meio ambiente, meio social e

esfera econômica, ao onerar o consumo de energia das cidades, afetar a saúde da população urbana e no desarranjo

dos ecossistemas.

Os componentes que compõem a poluição luminosa são:

• Abóbada Celeste (sky glow): clareamento do céu noturno em áreas inabitadas;

• Transposição de Luz (light trespass): iluminação de maneira não intencional ou necessária;

• Desordem Luminosa (clutter): uso excessivo de fontes luminosas, causando brilho abundante e

desorientação; e

• Ofuscamento (glare).

Segundo o estudo publicado na revista Science Advances, em 2016, intitulado “World Atlas of Artificial Night Sky

Brightness”, 80% da população mundial vivem sob as abóbadas celestes. No caso do Brasil, esse valor equivale a

32,3%.

No Amapá, os locais mais afetados pela poluição luminosa são Santana e Macapá, os dois municípios mais populosos

do Estado. Conforme ilustrado na Figura 17 (Tabela 10 e Figura 18), a Região Central do Macapá e os bairros

adjacentes apresentam elevada taxa de poluição luminosa, enquanto, nos bairros limítrofes a situação é mais amena.

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Figura 17 - Poluição luminosa – Macapá (AP)

Fonte: lightpollutionmap.info

Tabela 10 - Legenda poluição luminosa

Fonte: cires.colorado.edu/artificial-light

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Figura 18 - Escala da poluição luminosa

Fonte: skyglowproject.com

Prevendo a redução da poluição luminosa no município de Macapá, esse projeto considerou a utilização de luminárias

com controle de distribuição de intensidade luminosa Limitada (cut-off) conforme previsto no item 4.3.3b da NBR-

5101.

6.1.5. Instalações elétricas

As instalações elétricas da rede de iluminação pública, deve atender a requisitos técnicos mínimos afim de garantir a

segurança das pessoas e animais, o funcionamento adequado do sistema e a conservação dos bens.

Proteção contrachoques elétricos

As instalações elétricas de iluminação pública devem ser providas de soluções que proporcionem segurança às

pessoas e animais, seja o risco associado a contato acidental com parte viva perigosa (circuitos de iluminação pública,

barramentos de quadros de comando, etc.), seja a falhas que possam colocar uma massa acidentalmente sob tensão

(postes e braços metálicos, quadros de comandos, projetores e luminárias).

Como diretrizes para garantir a proteção contrachoques elétricos das instalações elétricas de iluminação pública é

recomendado, minimamente, que:

• Os quadros de comando e proteção ou centro de medição de energia elétrica sejam providos de barreiras às partes vivas, e portas externas com fechadura que bloqueie o acesso a pessoas não autorizadas aos dispositivos de proteção e comando;

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• Todos as instalações elétricas de iluminação pública, e elementos metálicos da rede sejam providos de um sistema de aterramento, inclusive os braços e luminárias que estão instalados em postes da rede de distribuição de energia elétrica;

• Que a linhas elétricas subterrâneas estejam sempre enterradas e protegidas.

• Os lances de condutores que alimentam as luminárias, em postes exclusivos da rede de iluminação pública ou nos braços, devem sempre passar internamente ao corpo deles, e serem usados cabos do tipo PP, com uma camada de isolação e uma cobertura protetora;

• Os circuitos subterrâneos, que alimentam elementos metálicos que estão dispostos nas áreas de acesso do público, devem ser providos de dispositivos de proteção diferencial residual.

Características dos componentes em função das influências externas

As características dos componentes a serem empregados na rede de iluminação pública, em relação às condições

ambientais, devem atender às seguintes especificações:

• As características em função da temperatura devem suportar à temperatura de até 40º C;

• Quanto à presença de água e poeira, todos os dispositivos de conexão ou emenda dos circuitos subterrâneos, bem como as luminárias ou projetores que estiverem instaladas embutidas ou ao nível do solo, devem possuir grau de proteção mínimo IP67. As demais luminárias devem atender apresentar grau de proteção mínimo IP-65 para o conjunto óptico e IP-44 para o compartimento de driver, em atendimento à portaria nº 20 do INMETRO;

• As lentes das luminárias, cobertura dos cabos aéreos, relés-foto eletrônicos, dispositivos controladores de telegestão, devem ser construídos com materiais que possua proteção contra raios ultravioletas, devido a maior exposição natural da região do equador;

• As luminárias que estiverem instaladas embutidas no solo, ou à uma altura de até 5 metros, devem apresentar um grau de proteção contra impactos mínimo IK-08.

6.2. Diretrizes Particulares de Projeto

Para atendimento às áreas de ressaca, pertencentes à Área 1, e para toda a Área 3, os requisitos luminotécnicos que

devem ser alcançados pela iluminação pública são:

i) Classe de iluminação P4;

ii) Temperatura de correlata de cor (TCC) de 3.000K; e

iii) Índice de reprodução de cor mínimo de 70%.

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7. Rede Atual de Iluminação Pública

A análise detalhada sobre a caracterização da Rede de Iluminação Pública de Macapá está disponível no Relatório de Diagnóstico Técnico da Rede de IP, que é um documento integrante desse projeto. Neste item serão apresentadas apenas as informações consolidadas, sendo que a Tabela 11 - Características do sistema IP evidência as principais características de infraestrutura do sistema de IP.

Classificação de Vias

% Vias

Distância Média entre

Postes

Largura Média

de Vias

Comprimento Médio

Calçada P1

Comprimento Médio

Calçada P2

Recuo Médio

P1

Recuo Médio

P2

Vias com Canteiro Central

Disposição das Luminárias

V2 6,4% 33,94 12,60 4,44 4,28 1,63 1,72 12,50%

68,8% Unilateral

Desvio padrão 8,34 3,06 1,60 2,44 1,36 1,47 18,8% Bilateral

V3 24,4% 33,06 10,72 3,59 3,54 1,66 1,66 6,56%

91,8% Unilateral

Desvio padrão 6,66 2,40 1,61 1,85 1,08 1,08 1,6% Bilateral

V4 20,4% 31,93 10,23 3,57 3,37 2,08 1,98 1,96%

96,1% Unilateral

Desvio padrão 7,18 2,69 1,63 1,62 1,47 1,41 2,0% Bilateral

V5 48,8% 32,36 9,65 3,03 2,98 1,41 1,40 1,64%

98,4% Unilateral

Desvio padrão 5,89 3,16 1,44 1,85 1,24 1,25 0,0% Bilateral

Tabela 11 - Características do sistema IP Fonte: Autoria própria, jun/19

Pelos dados do cadastro georreferenciado da rede de iluminação pública de Macapá e com a complementação de

informações fornecidas pela Companhia Energética do Amapá (CEA) e pela Prefeitura em maio de 2.019, a Rede de

Iluminação Pública de Macapá possui um total de 33.814 pontos de iluminação pública. Atualmente existem diversas

tecnologias de iluminação aplicadas na rede como, por exemplo, lâmpadas fluorescentes, halógenas, LED, lâmpadas

de pressão de vapor de mercúrio, vapor de sódio e multivapores metálicos, o que demonstra ausência de um padrão

na utilização das tecnologias. As potências também são variadas, com algumas informações que não correspondem a

lâmpadas padronizados no mercado (Tabela 12), com exemplo: lâmpadas de vapor mercúrio de 70, 100, 150, e 360

W; lâmpadas de vapor de sódio de 80, 125, 160, 200, 225 e 500W.

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Tipo de Tecnologia Potência (W) Quantidade

Fluorescente 20 4

Fluorescente 30 4

Fluorescente 70 5

Fluorescente 100 2

LED 20 32

Vapor de mercúrio 70 18

Vapor de mercúrio 80 13

Vapor de mercúrio 100 1

Vapor de mercúrio 125 35

Vapor de mercúrio 150 4

Vapor de mercúrio 250 7

Vapor de mercúrio 360 1

Vapor de mercúrio 400 16

Multivapores metálicos 70 352

Multivapores metálicos 100 65

Multivapores metálicos 125 12

Multivapores metálicos 150 471

Multivapores metálicos 200 1

Multivapores metálicos 215 1

Tipo de Tecnologia Potência (W) Quantidade

Multivapores metálicos 225 2

Multivapores metálicos 250 204

Multivapores metálicos 360 22

Multivapores metálicos 400 1.960

Multivapores metálicos 1.000 17

Vapor de Sódio 70 20.907

Vapor de Sódio 80 11

Vapor de Sódio 100 194

Vapor de Sódio 125 134

Vapor de Sódio 150 7.918

Vapor de Sódio 160 4

Vapor de Sódio 200 1

Vapor de Sódio 225 7

Vapor de Sódio 250 89

Vapor de Sódio 360 9

Vapor de Sódio 400 1.140

Vapor de Sódio 500 129

Vapor de Sódio 1.500 22

Tabela 12 – Quantidade de pontos em função da tecnologia e potência Fonte: Autoria própria, baseada no cadastro georreferenciado jan/18

7.1. Caracterização da Rede de Iluminação Pública nas Áreas Definidas no Projeto

Pela análise gráfica de localização dos pontos do cadastro georreferenciado pela prefeitura de Macapá e pela CEA, foi

possível apresentar a distribuição de quantidades de pontos por cada área, conforme demonstrado na Tabela 13.

Área Quantidade de Pontos

Área 1 32.756

Área 2 961

Área 3 97

Total 33.814

Tabela 13 – Distribuição dos pontos nas áreas Fonte: Autoria própria, baseada no cadastro georreferenciado jan/18 e mai/19

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7.1.1. Caracterização da Rede de Iluminação Pública na Área 1

A área 1 abrange o maior número de pontos de iluminação pública de acordo com o cadastro da rede de iluminação

pública apresentado no Diagnóstico de Rede, estando posicionado dentro dessa área um percentual de 97% do total

de pontos do cadastro. Os pontos de iluminação pública existentes dessa área prestam serviço para todos os tipos de

logradouros, ou seja, em sistema viário urbano-, praças, parques, passeios públicas, estradas rurais e demais.

A Figura 19 ilustra a concentração de pontos de iluminação pública na área 1, conforme dados do cadastro

georreferenciado.

Figura 19 - Área 1 - Concentração de pontos de iluminação pública

Fonte: Cadastro da Rede de IP e GoogleEarth, edição própria

A relação de pontos da área 1 em função do tipo de tecnologia e potência, com o cálculo de carga instalada é dado pela

Tabela 14.

Tipo de Tecnologia Potência (W) Perdas no Reator (W)

Área 1

Quantidade Potência (KW)

Fluorescente 20 0 4 0,1

Fluorescente 30 0 4 0,1

Fluorescente 70 0 5 0,4

Fluorescente 100 0 2 0,2

LED 20 0 32 0,6

Vapor de mercúrio 70 12 18 1,5

Vapor de mercúrio 80 10 10 0,9

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Tipo de Tecnologia Potência (W) Perdas no Reator (W)

Área 1

Quantidade Potência (KW)

Vapor de mercúrio 100-- 17 1 0,1

Vapor de mercúrio 125 13 35 4,8

Vapor de mercúrio 150 22 4 0,7

Vapor de mercúrio 250 20 7 1,9

Vapor de mercúrio 360 29 1 0,4

Vapor de mercúrio 400 27 16 6,8

Multivapores metálicos 70 12 350 28,7

Multivapores metálicos 100 17 65 7,6

Multivapores metálicos 125 13 12 1,7

Multivapores metálicos 150 22 471 81,0

Multivapores metálicos 200 0 1 0,2

Multivapores metálicos 215 23 1 0,2

Multivapores metálicos 225 0 2 0,5

Multivapores metálicos 250 30 197 55,2

Multivapores metálicos 360 29 22 8,6

Multivapores metálicos 400 29 1.949 836,1

Multivapores metálicos 1.000 70 17 18,2

Vapor de sódio 70 14 19.879 1.669,8

Vapor de sódio 80 10 11 1,0

Vapor de sódio 100 17 194 22,7

Vapor de sódio 125 13 134 18,5

Vapor de sódio 150 22 7.916 1.361,6

Vapor de sódio 160 0 4 0,6

Vapor de sódio 200 0 1 0,2

Vapor de sódio 225 0 7 1,6

Vapor de sódio 250 30 89 24,9

Vapor de sódio 360 29 9 3,5

Vapor de sódio 400 38 1.135 497,1

Vapor de sódio 500 0 129 64,5

Vapor de sódio 1.500 130 22 35,9

Total da Área 1 32.756 4.758

Tabela 14 – Pontos de iluminação pública atual na área 1 Fonte: Autoria própria, baseada no cadastro georreferenciado jan/18 e mai/19

7.1.2. Caracterização da Rede de Iluminação Pública na Área 2

A área 2 possui pontos de iluminação pública apenas em aglomerados rurais e nas sedes distritais, sendo a

distribuição dos pontos esparsa ao longo do território. Os pontos de iluminação pública existentes dessa área prestam

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serviço apenas em logradouros classificados como estradas rurais em distritos distantes, dos quais as vias de

pedestres existentes são definidas nesse projeto como classe de iluminação P4 e as vias de veículos com classe V5.

A Figura 20 ilustra a concentração de pontos de iluminação pública na área 2, conforme dados do cadastro

georreferenciado.

Figura 20 – Área 2 – Concentração de pontos de iluminação pública

Fonte: Cadastro da Rede de IP e GoogleEarth, edição própria

A relação de pontos da área 2 em função do tipo de tecnologia e potência, com o cálculo de carga instalada é dado

pela Tabela 15.

Tipo de Tecnologia Potência (W) Perdas no Reator (W)

Área 2

Quantidade Potência (KW)

Vapor de mercúrio 80 10 3 0,27

Multivapores metálicos 70 12 2 0,16

Multivapores metálicos 250 30 7 1,96

Multivapores metálicos 400 29 11 4,72

Vapor de sódio 70 14 931 78,20

Vapor de sódio 150 22 2 0,34

Vapor de sódio 400 38 5 2,19

Total da Área 2 961 87,85

Tabela 15 – Pontos de iluminação pública atual na área 2 Fonte: Autoria própria, baseada no cadastro georreferenciado jan/18 e mai/19

Uma característica comum entre as localidades (aglomerados e sedes distritais) da área 2 que são atendidos pela

iluminação pública atual é o conjunto de edificações permanentes, formando uma área continuamente construída,

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com arruamentos reconhecíveis e dispostos ao longo de uma via de comunicação. Na Figura 21 é apresentado um

exemplo da formação dessas localidades.

Figura 21 – Exemplo de localidade da área 2

Fonte: Google Earth

Para a análise da qualidade de atendimento da infraestrutura de iluminação pública na área 2 foi realizado um

levantamento virtual em uma amostra de 7 localidades que estão inseridas na área 2, verificando as seguintes

informações:

• Quantidade de pontos de iluminação pública existentes;

• Total de extensão de vias e arruamentos existentes, ladeados por edificações continuamente dispostas;

• O total de vias e arruamentos, ladeados por edificações continuamente dispostas que parcialmente não estão

atendidas com iluminação pública;

• O total de vias e arruamentos, ladeados por edificações continuamente dispostas que integralmente não

estão atendidas com iluminação pública; e

• O distanciamento entre postes com iluminação pública.

Pelos dados do IBGE de 2010, foi possível obter a informação referente à quantidade de residências permanentes que

se em concentra em cada localidade. A partir dos mapas do Projeto Base Cartográfica Digital Contínua do Amapá, de

autoria do Governo do Estado do Amapá e Exército Brasileiro, foi possível constatar a existência de construções de

serviços públicos (administração pública, educacional, saúde e serviços sociais), pelo GoogleEarth foi possível

estimar a extensão de vias públicas de cada aglomerado, e pelo cadastro georreferenciado foram analisados a

cobertura de atendimento da rede de iluminação pública e o distanciamento dos vãos entre postes.

A Figura 22 traz a posição geográfica das localidades que compuseram a amostra da área 2.

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Figura 22 – Área 2 - Aglomerados dos Distritos de São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí

Fonte: GoogleEarth e IBGE, edição própria

As definições adotadas e a classificação de cada tipo de localidade seguiram os conceitos básicos de cartografia, os

quais são:

a) Localidade é conceituada como sendo todo lugar do território nacional onde exista um aglomerado

permanente de habitantes;

b) Vila é a localidade com o mesmo nome do distrito a que pertence (sede distrital) e onde está sediada a

autoridade distrital, excluído o distrito da sede municipal;

c) Aglomerado Rural é localidade situada em área não definida legalmente como urbana e caracterizada por um

conjunto de edificações permanentes e adjacentes, formando área continuamente construída, com

arruamentos reconhecíveis e dispostos ao longo de uma via de comunicação; e

d) Lugarejos: são regiões que não possuem nenhum tipo de serviço público, estabelecimento de ensino ou

estabelecimento comercial de bens de consumo frequente.

A Tabela 16, apresenta os dados das localidades que foram analisados.

Legenda Tipo de Localidade Via de Comunicação Distrito Quantidade de

Moradias Serviços Públicos

A Aglomerado rural -

Povoado Rodovia do Curiaú -

AP070 São Joaquim do

Pacuí 144 Sim – 2 edificações

B Vila Rodovia do Curiaú -

AP070 São Joaquim do

Pacuí 253 Sim – 6 edificações

C Lugarejo Estrada local São Joaquim do

Pacuí 45 Não

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Legenda Tipo de Localidade Via de Comunicação Distrito Quantidade de

Moradias Serviços Públicos

D Lugarejo Estrada local Santa Luzia do

Pacuí 69 Não

E Lugarejo Estrada local Santa Luzia do

Pacuí 62 Não

F Vila Estrada local Santa Luzia do

Pacuí 145 Sim – 6 edificações

G Aglomerado Rural -

Povoado Estrada local

Santa Luzia do Pacuí

69 Sim – 4 edificações

Tabela 16 – Dados dos aglomerados da área 2 Fonte: IBGE, Governo do Estado do Amapá e Exército

A Figura 23 ilustra a cobertura da rede de iluminação pública no lugarejo F, como exemplo da análise que foi realizada

nessas 7 localidades.

Figura 23 – Distribuição geográfica dos pontos de iluminação pública na localidade F

Fonte: Cadastro da Rede de IP e GoogleEarth, edição própria

Graficamente em cada uma das 7 localidades que compõe a amostra foram contabilizadas as quantidades de pontos

de iluminação pública existentes; medido a extensão total de vias (ladeadas por residências permanentes), a extensão

de vias que parcialmente não estão atendidas pela rede de iluminação pública, e as que integralmente não estão

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atendidas pela iluminação pública; medido o distanciamento entre cada ponto de iluminação pública e a classificação

entre os que resultaram em valores inferiores à 45 metros e os superiores (Tabela 17).

Legenda Tipo de

Localidade

Quantidade de Pontos Existentes

Extensões de vias (m) Qtde de Pontos

Existentes Parcialmente não atendidas pela rede de IP

Integralmente não atendida

pela rede deIP

Vãos <45 metros

Vãos >45 metros

A Aglomerado

rural - Povoado 34 2.330 521 507 31 3

B Vila 73 6.091 1.906 974 61 12

C Lugarejo 0 1.000 - 1.000 - -

D Lugarejo 51 2.012 - - 49 2

E Lugarejo 33 1.518 180 - 29 4

F Vila 76 4.348 849 432 72 4

G Aglomerado

rural - Povoado 41 1.970 260 190 33 8

Tabela 17 – Dados das análises nas localidades da área 2 Fonte: Cadastro da Rede de IP e GoogleEarth, edição própria

Da análise realizada obtém-se a informação de 19,28% de extensão de vias das localidades existentes da área 2

necessitam parcialmente de atendimento de iluminação pública e 16,10% necessitam de implantação de iluminação

pública.

Adicionalmente, 10,32 % dos distanciamentos entre pontos de iluminação pública estão acima de 45 metros. A

proporção do tamanho dos espaçamentos entre postes na área 2 é apresentado na Tabela 18.

Espaçamentos Representatividade Quantidade de

pontos

<30 m 10,13% 97

30<35 m 41,95% 403

35<40 m 27,48% 264

40<45 m 10,13% 98

>45 m 10,32% 99

Tabela 18 – Proporção de espaçamento médios na área 2 Fonte: Cadastro da Rede de IP e GoogleEarth, edição própria

O tipo de logradouro existente na área 2 corresponde exclusivamente a vias de tráfego de veículos, com um baixo

fluxo, e como definido no item 4.2 deste relatório, a classe de iluminação para as vias de veículos existentes nesses

distritos é V5.

A largura de vias não supera a 10 metros (Figura 24), sendo essa em sua maioria as vias de comunicação dos

arruamentos. Os arruamentos possuem uma largura máxima de 7 metros.

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Figura 24 – Largura de via de comunicação - São Joaquim do Pacuí

Fonte: Google Earth

7.1.3. Caracterização do Rede de Iluminação Pública na Área 3

A infraestrutura de iluminação pública existentes na área 3 presta serviço exclusivamente às passarelas de pedestres

dos aglomerados rurais e sedes distritais, estando conectadas a uma rede de distribuição de energia elétrica da CEA.

A relação de pontos da área 3 em função do tipo de tecnologia e potência, com o cálculo de carga instalada é dado

pela Tabela 19.

Tipo de Tecnologia Potência (W) Perdas no Reator (W)

Área 3

Quantidade Potência (KW)

Vapor de sódio 70 14 97 8,15

Total Área 3 97 8,15

Tabela 19 – Pontos de iluminação pública da área 3 Fonte: Autoria própria, baseada no cadastro georreferenciado jan/18 e mai/19

A Figura 25 ilustra a concentração de pontos de iluminação pública na área 3, conforme dados do cadastro

georreferenciado.

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Figura 25 – Área 3 – Concentração de pontos de iluminação pública

Fonte: Cadastro da Rede de IP e GoogleEarth, edição própria

As localidades existentes atendidas pela rede de iluminação pública dessa área seguem as mesmas caraterísticas das

localidades da área 2, porém com a particularidade de as edificações serem palafitas e os arruamentos e vias serem

unicamente passarelas (Figura 27) de tráfego exclusivo de pedestres.

A imagem aérea na Figura 26 feita pelo Exército Brasileiro ilustra os dois maiores aglomerados de Bailique, a Vila

Progresso na parte inferior da figura e a o aglomerado rural Macedônia na parte superior.

A classe de iluminação pública que balizará os níveis luminotécnicos para essas vias é a P4.

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Figura 26 – Vilarejo de Bailique

Fonte: Exército Brasileiro

Figura 27 – Vias e edificações de Bailique

Fonte: Exército Brasileiro

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Para a análise da qualidade de atendimento da infraestrutura de iluminação pública na área 2 foi realizado um

levantamento virtual em uma amostra de 7 localidades que estão inseridas na área 3, verificando as seguintes

informações:

• Quantidade de Pontos de Iluminação pública existentes;

• Existência de rede de distribuição de energia elétrica;

• Total de extensão de passarelas existentes; e

• A estimativa de extensão de passarelas com edificações continuamente dispostas que não estão atendidas

com iluminação pública.

Pelos dados do IBGE de 2010, foi possível obter a informação referente à quantidade de residências permanentes que

se em concentra cada localidade. A partir dos mapas do Projeto Base Cartográfica Digital Contínua do Amapá, de

autoria do Governo do Estado do Amapá e Exército Brasileiro, foi possível constatar a existência de construções de

serviços públicos (administração pública, educacional, saúde e serviços sociais), a existência de rede de distribuição

de energia elétrica e medir as extensões de passarelas que cada localidade possui. Pelo cadastro georreferenciado

foram analisados a cobertura de atendimento da rede de iluminação pública.

A Figura 28 traz a posição geográfica das localidades que compuseram a amostra da área 3.

Figura 28 – Área 3 – Aglomerados do Distrito de Bailique

Fonte: GoogleEarth e IBGE, edição própria

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As definições e a classificação seguiram os conceitos básicos de cartografia já apresentados anteriormente neste

relatório, complementado pela seguinte definição:

a) Povoado - Localidade que tem a característica definidora de Aglomerado Rural e possui pelo menos 1 (um)

estabelecimento comercial de bens de consumo frequente e 2 (dois) dos seguintes serviços ou equipamentos:

1 (um) estabelecimento de ensino de 1º grau em funcionamento regular, 1 (um) posto de saúde com

atendimento regular e 1 (um) templo religioso de qualquer credo. Corresponde a um aglomerado sem caráter

privado ou empresarial ou que não está vinculado a um único proprietário do solo, cujos moradores exercem

atividades econômicas quer primárias, terciárias ou, mesmo secundárias, na própria localidade ou fora dela.

A Tabela 20 apresenta os dados das localidades analisadas.

Legenda Tipo de Localidade Nome da Localidade Distrito Quantidade de

Moradias Serviços Públicos

A Aglomerado rural -

povoado Sem informação Bailique 88 Sim – 1 Edificação

B Aglomerado rural –

povoado Limão do Curuá Bailique 45 Sim – 3 Edificações

C Aglomerado rural –

povoado Igarapé Grande do

Curuá Bailique 32 Sim – 2 Edificações

D Aglomerado rural –

povoado Buritizal Bailique 32 Sim – 2 Edificações

E Aglomerado urbano –

vila Vila Progresso Bailique 437 Sim – 13 Edificações

F Aglomerado rural -

povoado Macedônia Bailique 149 Sim – 2 edificações

G Aglomerado rural -

povoado Franco Grande Bailique 66 Sim – 2 edificações

Tabela 20 – Dados dos Aglomerados da área 3 Fonte: IBGE, Governo do Estado do Amapá e Exército

Graficamente em cada uma das 7 localidades que compõe a amostra foram contabilizadas as quantidades de pontos

de iluminação pública existentes, analisado a existência de rede de distribuição de energia elétrica, medido a extensão

total das passarelas e estimado a extensão de passarelas que não possuem iluminação pública (Tabela 21).

Legenda Tipo de Localidade Quantidade de Pontos Existentes

Existência de Distribuição de Energia

Elétrica

Extensão Total de Passarelas

(m)

Extensão de Passarelas Sem

IP (m)

A Aglomerado rural -

povoado 5 Sim Sem informação Sem informação

B Aglomerado rural –

povoado 0 Sim 2.501 2.501

C Aglomerado rural –

povoado 16 Sim 1.403 763

D Aglomerado rural –

povoado 0

Não constam informações que evidencie.

1.468 1.468

E Aglomerado urbano – vila 14 Sim 7.297 6.947

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Legenda Tipo de Localidade Quantidade de Pontos Existentes

Existência de Distribuição de Energia

Elétrica

Extensão Total de Passarelas

(M)

Extensão de Passarelas Sem

IP (M)

F Aglomerado rural -

povoado 2 Sim 3.388 3.288

G Aglomerado rural -

povoado 12 Sim 834 374

Tabela 21 – Dados das análises nas localidades da área 3 Fonte: Cadastro da Rede de IP, Governo do estado do Amapá, Exército e GoogleEarth, edição própria

As passarelas em localidades que não possuem evidência da existência de rede de distribuição de energia elétrica

(1.468 metros) serão desconsideradas da análise, pois se torna inviável o atendimento da rede de iluminação pública.

Da análise realizada constata-se que a rede de iluminação pública existente na área 3 atende pontualmente locais de

relevante importância dentro dessas localidades, sendo que 89,95% das extensões de passarelas não estão atendidas,

totalizando uma extensão de 13.873 metros de passarelas a serem iluminadas.

7.2. Distribuição dos Pontos de Iluminação por Tipo de Logradouro

Com a análise gráfica do cadastro georreferenciado da Rede de Iluminação Pública de Macapá confrontado com

imagens do satélite, foi possível atribuir a quantidade de pontos em cada tipo de logradouro. Para essa análise foi

usada a ferramenta Qgis10, base de dados da Google Streets e Google Satélite.

O posicionamento georreferenciado do cadastro possui uma boa exatidão, sendo possível analiticamente atribuí-los

exatamente a cada tipo de via, logradouro, praça ou imóvel.

Cada ponto gráfico impresso em tela, conforme Figura 29, representa uma coordenada gráfica que tem vinculado um

ou mais pontos de iluminação pública do cadastro georreferenciado da Rede de Macapá. Com a seleção de um ponto

gráfico é possível obter quais as características que cada ponto de iluminação pública possui. O cadastro

georreferenciado traz uma quantidade limitada de informações, que é insuficiente para a caracterização integral de

cada ponto iluminação pública.

10 Qgis é um Software livre de manipulação de base de dados georreferenciadas.

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Figura 29 – Tela com impressão do cadastro georreferenciado

Fonte: Qgis, Google streets

Pela análise do cadastro georreferenciado da Rede de Iluminação Pública de Macapá a proporção de pontos que estão

prestando serviço exclusivamente ao sistema viário urbano é de 87% (Tabela 22 e Gráfico 3), resultando em um total

de 29.511 pontos. Os demais pontos estão distribuídos em outros tipos logradouros.

Tipo de Logradouro

Área 1 Área 2 Área 3

Quantidade Potência

(kW) Quantidade

Potência (kW)

Quantidade Potência

(kW)

Sistema viário urbano 29.511 3.934,9

Praças, parques e passeios públicos 1.605 633,1

Vias rurais e arruamentos de distritos afastados

374 35,9 961 87,9 97 8,1

Vias de condomínios fechados 1.266 154,5

Tabela 22 – Distribuição de pontos e carga instalada por tipo de logradouros Fonte: Autoria própria

Os pontos compreendidos dentro da tipologia de logradouro “Praças, parques e passeios públicos” (Figura 30 e

Gráfico 3), correspondem aos pontos que foram identificados coincidindo dentro de áreas de praças, parques, áreas

verdes, passeios públicos, orlas, monumentos e áreas similares. Esses pontos estão geograficamente localizados

apenas na área 1.

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Gráfico 3 – Gráfico com a proporção de pontos por tipo de logradouro

Fonte: Autoria própria

87,27%

4,75%

4,23% 3,74%Quantidade de pontos por tipo de logradouro

Sistema viário urbano

Praças, parques e passeiospúblicos

Vias rurais e arruamentos dedistritos afastados

Vias de condomínios fechados

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Figura 30 – Identificação de pontos dentro da praça Isac Zagury

Fonte: Qgis, Google Satélite, Cadastro de IP da Prefeitura de Macapá

Os pontos compreendidos na tipologia “Vias rurais e arruamentos de distritos afastados” são aqueles que estão fora

de um limite urbano, o qual é formado pelos 32 bairros e o distrito Fazendinha, conforme pode ser observado na

Figura 31. Esses pontos estão distribuídos nos distritos de Bailique, Coração, Curiaú, Maruanum, Pedreira,

Carapanatuba, São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí. Os pontos que prestam serviços a esse tipo de

logradouro estão geograficamente localizados nas 3 áreas definidas preliminarmente nesse projeto.

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Figura 31 – Identificação dos pontos em estradas rurais e distritos distantes

Fonte: Qgis, Google Satélite, Cadastro de IP da Prefeitura de Macapá

Na tipologia “Vias de condomínios fechados” foram atribuídos os pontos de iluminação pública que estão localizados

dentro de vias de condomínio residenciais fechados, conforme Figura 32.

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Figura 32 – Condomínios Residencial Porta do Sol, Vila Tropical e Arboretto Residence

Fonte: Qgis, Google Satélite, Cadastro de IP da Prefeitura de Macapá

7.2.1. Caracterização Pontos por Classe de Iluminação das Vias

Considerando apenas os pontos que prestam serviços exclusivos ao sistema viário urbano (29.511 pontos), a

distribuição de quantidade desses pontos por tipo de classe de iluminação está conforme a Tabela 23. Destacando

que 73,49% estão alocados nas vias de classe V5 e tal distribuição está coerente a outras análises realizadas em

diversos projetos semelhantes.

Tipo de Logradouro Quantidade de Pontos Proporção

V2 2.110 7,15%

V3 2.795 9,47%

V4 2.929 9,93%

V5 21.677 73,45%

Tabela 23 – Distribuição de pontos por classe de iluminação das vias Fonte: Autoria própria

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7.2.2. Caracterização da Carga Instalada por Tipo de Classe de Iluminação de Via

A análise de carga instalada por tipo de classe de iluminação de via se faz importante, pois possibilita uma avaliação

para tomada de decisão sobre o aspecto de qual classe de iluminação está o maior potencial de eficiência energética

no município de Macapá.

Desta forma a distribuição de carga instalada por tipo de via está distribuída conforme a Tabela 24 (Gráfico 4), que

também apresenta informação de potência média por ponto de iluminação de cada classe de iluminação de via. A

estimativa de carga instalada considera a potência das lâmpadas e perdas dos reatores.

Classe de Iluminação Carga Instalada (kW) Pm (W/ponto)

V2 506 240

V3 454 162

V4 439 150

V5 2.531 117

Tabela 24 – Carga instalada e potência média por ponto, em função da classe de iluminação das vias Fonte: Autoria própria

Gráfico 4 – Carga instalada por classe de iluminação das vias

Fonte: Autoria própria

506

454

439

2.531

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000

V2

V3

V4

V5

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8. Anteprojetos e Soluções

Neste capítulo será apresentada a metodologia adotada e o conceito estabelecido para a determinação das soluções

luminotécnicas do sistema de iluminação pública propostas por este Relatório de Engenharia (viário, pedestres e

iluminação de destaque), bem como os resultados obtidos através das simulações luminotécnicas e o quanto

representará na Rede de Iluminação Pública de Macapá.

Os anteprojetos e as soluções apresentados neste item foram desenvolvidos em nível conceitual com a posse das

melhores informações conhecidas sobre a Rede de Macapá até o momento da sua elaboração. Para a definição de

soluções de modernização e eficientização da rede de iluminação pública foram realizadas 38 simulações

luminotécnicas que foram definidos com base nas 250 amostras de logradouros de Macapá selecionados na etapa de

Diagnóstico de Rede, onde a distribuição de simulações por classe de iluminação de vias e área é apresentada na

Tabela 25.

Classe de Iluminação ÁREA 1 ÁREA 2 ÁREA 3

Veículo Pedestre

V2 P3 7 - -

V2 P1-P4 2 - -

V3 P3 7 - -

V4 P4 8 - -

V5 P4 12 2 -

- P4 - - 1

Total 35 2 1

Tabela 25 – Simulações luminotécnicas por classe de iluminação Fonte: Autoria Própria

As soluções de modernização foram estudadas considerando a particularidade de cada sistema de iluminação do

município de Macapá. Os estudos das soluções foram subdividos pelas áreas previamente definidas nesse projeto.

Os estudos da área 1 foram realizados sob a análise dos seguintes sistemas:

• Sistema viário, no qual foram analisadas as soluções de modernização da rede de iluminação pública

dedicada aos serviços em vias públicas urbanas, estradas rurais e vias de condomínios fechados de toda a

área 1 (Distritos de Coração, Curiaú, Fazendinha e Macapá);

• Iluminação de destaque, sendo no subitem 8.1.2 apresentado o resumo das soluções de iluminação de

destaque, propostas no Relatório de Iluminação de Destaques que é documento integrante desse projeto,

que trata das deficiências e proporciona a valorização de espaços de áreas verdes, patrimônios, orlas e

rotatória, que mesmo com a simples migração tecnológica dos pontos existentes não seriam suficientes para

proporcionar uma iluminação de qualidade;

• Malha cicloviária, que no subitem 8.1.1.3 é apresentado informações sobre a malha cicloviária de Macapá e

qual será tratativa necessária para iluminação desse tipo de logradouro; e

• Praças, parques e passeios públicos, o estudo abordou os pontos existentes nos logradouros do tipo praças,

parques, passeios públicos e Orlas, os quais estão localizados geograficamente apenas na área 1.

Nos estudos da área 2, que abrange os distritos de Carapanatuba, Maruanum, Pedreira, São Joaquim do Pacuí e Santa

Luzia do Pacuí, são apresentadas as soluções para a iluminação das vias e arruamentos existentes nas localidades

existentes dessa área.

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No item 8.3 área 3, onde está abrangendo o Distrito de Bailique são tratados a iluminação das passarelas, que são os

únicos tipos de vias das localidades existentes dessa área.

No item 11, são apresentadas todas as soluções para o atendimento à demanda reprimida de cada área, considerando

a particularidade e característica de cada. Também apresenta a perspectiva do crescimento vegetativo e a expansão

da rede de iluminação pública de Macapá.

Para o estudo de soluções de iluminação pública foram adotadas as características técnicas da tecnologia mais atual

de iluminação pública do momento que é o LED, da qual ressaltam-se: i) a alta eficiência luminosa dos equipamentos

de mercado que está em torno de 110 lm/W; ii) o índice de reprodução de cor mínino do LED de 70; iii) a vida útil

dos equipamentos de, no mínimo, 60.000 horas; iv) as luminárias devem emitir luz com aparência de cor (TCC) de

3.000K; e v) número de falhas reduzidos, o que otimiza os custos de manutenção.

Portanto a tecnologia utilizada para definições de soluções e estimativa de custo desse projeto foram baseadas em

iluminação com tecnologia LED.

8.1. Área 1: Distritos de Coração, Curiaú, Fazendinha e Macapá (Sede)

Neste item do relatório são apresentadas as soluções de engenharia para a modernização e eficientização da rede de

iluminação pública em todos os tipos de logradouros existentes na área 1.

8.1.1. Sistema Viário

Neste subitem é apresentado a metodologia utilizada para a definição das soluções luminotécnicas do sistema de

viário da área 1, incluindo as vias dos condomínios fechados, vias rurais e arruamentos de distritos dessa área além

do limite urbano.

As vias de condomínios fechados, vias rurais e arruamentos dos distritos que não fazem parte do limite urbano e

foram classificadas como V5.

A avaliação neste subitem corresponde à modernização e eficientização de 88,4 % de toda a rede de iluminação

pública de Macapá, dos quais envolvem os pontos demonstrados na Tabela 26.

Tipo de Logradouro Quantidade de Pontos

Sistema viário urbano (V1, V2, V3, V4 e V5)

29.511

Vias rurais e arruamentos de distritos afastados (V5)

374

Vias de condomínios fechados (V5) 1.266

Tabela 26 – Pontos do sistema viário, vias rurais e vias de condomínios fechados da área 1 Fonte: Autoria própria

8.1.1.1. Subsistema Viário das Orlas

As vias das Orlas de Macapá tiveram um tratamento diferenciado dentro da análise do sistema viário devido a sua

importância turística e de lazer para o município. A classe de iluminação para as vias de veículos as Orlas fluviais foi

atribuída como V2.

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As luminárias a serem aplicadas na iluminação das vias de rolamento deve ter temperatura de cor limitado à 3.000

k. Que a distribuição de luz seja limitada (Cut-off), isto é, cuja intensidade luminosa acima de 80º não excede 10%

dos lúmens nominais da fonte luminosa empregada ou - caso a intensidade luminosa esteja acima de 90º - não deve

exceder 2,5%. Nos conjuntos de luminárias dedicados as vias instaladas no lado do rio, deve ser priorizado o uso das

apresentem uma curva fotométrica com baixa intensidade de luz projetada a calçadas e a água.

As vias de pedestres nas orlas estão classificadas como P2, os níveis de iluminância e uniformidade deverão estar

conforme os requisitos da NBR-5101.

O estudo abordou esse cenário com a realização de duas simulações luminotécnicas “V2 Bilateral 5” e “V2 Bilateral

6”, utilizando-se da estrutura de iluminação pública existente.

Todos os quantitativos referente as luminárias e alterações necessárias para o atendimento dos níveis de luminância

das vias de rolamento e de pedestres estão relacionados junto com os quantitativos de modernização para as Vias V2.

8.1.1.2. Rotatórias

As rotatórias, basicamente, são dispositivos viários que recebem o desbocamento de várias vias que forma um

cruzamento entre caminhos, possibilitando a circulação dos veículos ao redor de uma área central, comumente

forrada por vegetação.

Esses dispositivos são de grande importância ao sistema viário, pois obrigam os motoristas reduzir a velocidade que

trafegam devido as curvas presentes, afetando diretamente a redução de acidentes e a colisão entre veículos.

E como o mesmo objetivo de contribuir na mitigação das causas de acidentes e colisão, este projeto considerou um

tratamento particular as rotatórias, definido que a classe de iluminação ao longo das vias da rotatória devem estar à

um nível acima, conforme NBR-5101, da principal via que desemboca nela. Por exemplo: A classe de iluminação a ser

adotada para uma determinada rotatória que recebe vias V2 e V3, deve atender aos requisitos luminotécnicos de uma

V1 conforme NBR-5101.

Em caminhos para pedestres, existentes nas áreas centrais de algumas rotatórias, a classe de iluminação definida

neste projeto é P3, conforme requisitos da NBR-5101 para referência de iluminância e uniformidade. Deve se evitar

a utilização de projetores ou níveis de iluminação excessiva nessas áreas, visando reduzir o efeito de ofuscamento

velador e confusão visual nos motoristas.

8.1.1.3. Malha Cicloviária

Sobre a malha cicloviária, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Macapá estabelece:

Art.19; IV - implantação de ciclo faixas ou ciclovias, garantindo a segurança dos

ciclistas e incentivando o turismo sustentável através da utilização de bicicletas como

uma opção de circulação dentro da cidade de Macapá;

No entanto, verifica-se que a malha cicloviária do município ainda é pouco desenvolvida, com aproximadamente 11.9

km11, sendo composta apenas por ciclofaixas, ou seja, faixas de rolamento de uso exclusivo à circulação de ciclos, com

11 VELASCO, Clara. REIS, Thiago. Malha cicloviária nas capitais. Portal G1, 2017.

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segregação visual do tráfego lindeiro12. Onde não há segregação física do tráfego lindeiro motorizado e não

motorizado, a ciclofaixa deverá ser contemplada pela própria iluminação viária.

A atual norma NBR 5101 não estabelece os níveis mínimos de iluminância e uniformidade para a malha cicloviária,

logo orienta-se a utilização da CIE 136-2000 – Guide to the Lighting of Urban Areas (Commission Internationale

de l’Eclairage) como referência13.

A CIE 136-200 define que a iluminância mínima média (Emed) para ciclovias paralelas às vias automotoras é de 5

(cinco) lux, com fator de uniformidade mínimo (U=Emin/Emed) de 0,3. Locais com cruzamentos entre vias de tráfego

motorizado deverão considerar a iluminância média mínima (Emed) de 10 (dez) lux, com fator de uniformidade

mínimo (U=Emin/med) de 0,3. Conforme Tabela 9 a temperatura correlata de cor (TCC) seguirá a temperatura de cor

da via de veículo a qual está inserida.

O atendimento para os níveis de iluminância mínima média e uniformidade das ciclofaixas existentes, serão

atendidos pela rede de iluminação pública das vias às quais estão inseridas.

8.1.1.4. Pontos de Ônibus

Os pontos de ônibus fazem parte da composição de infraestrutura de mobilidade, e neste projeto foram são atendidos

pela iluminação pública juntamente com a infraestrutura da rede existente para a iluminação das vias.

As premissas adotadas para a determinação da classe de iluminação nas vias que integram a malha de transporte

público, adotou a classificação em um nível acima dos requisitos mínimos definidos pela NBR-5101, ou seja, uma via

integrante da malha de transporte público que seja local com fluxo leve de veículos está classificada como V4 e não

V5 como orienta a NBR-5101.

Nesse sentido, todos os pontos de ônibus estarão atendidos por um nível de iluminância adequado dentro do contexto

ao qual está inserido.

8.1.1.5. Base para estimativas de modernização e eficientização

A proporção de quantidade de pontos, por classe de iluminação, com a redistribuição dos pontos de IP das Orlas e a

inclusão dos pontos de condomínios fechados, vias rurais e arruamentos de distritos fica conforme a Tabela 27, e será

a base para as estimativas de modernização e eficientização dos pontos do sistema viário de toda a área 1.

Classe de Iluminação Quantidade de Pontos

considerados no projeto

V2 2.405

12 CET – Companhia de Engenharia de Tráfego. Definições, 2018. 13 VELASCO, Clara. REIS, Thiago. Malha cicloviária nas capitais. Portal G1, 2017. Disponível em: <

https://g1.globo.com/economia/noticia/em-3-anos-malha-cicloviaria-mais-que-dobra-de-tamanho-nas-capitais-do-

pais.ghtml> Acessado em: 14 jun 2018.

CET – Companhia de Engenharia de Tráfego. Definições, 2018. Disponível em: <

http://www.cetsp.com.br/consultas/bicicleta/definicoes.aspx> Acessado em 14 jun 2018.

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V3 2.783

V4 2.664

V5 23.299

Total 31.151

Tabela 27 – Base para estimativas de modernização e eficientização

8.1.1.6. Metodologia

A qualidade do diagnóstico com informações precisas sobre as dimensões do sistema viário e da infraestrutura da

iluminação pública foi de grande importância para uma correta estimativa de potencial para eficiência energética,

apresentado no item “Benefícios Energéticos” e permitiu a projeção de uma rede modernizada com a qualidade de

iluminação atendendo aos requisitos orientados pela NBR-5101.

Se a projeção de modernização de toda a rede fosse baseada na simples substituição por equivalência de potência

luminosa, não haveria garantia de que esse rede estivesse com seus níveis de luminosidade adequados, nem tampouco

que os resultados da aplicação de eficiência energética fossem de melhor aproveitamento.

Com o intuito de estimar a projeção da rede modernizada com estudo de eficiência energética otimizado, garantindo

iluminação de qualidade às vias, o presente estudo foi baseado na análise do sistema viário básico do município de

Macapá, de acordo com as características do levantamento de campo realizado na fase do Diagnóstico Técnico de

Rede de IP.

Na análise realizada foram observados os dados do sistema viário básico (Tabela 28) e da estrutura de iluminação

pública existente (Tabela 29), e esses dados serviram de base para simulações de cálculos luminotécnicos, com a

utilização da ferramenta computacional denominada DIALux EVO 8.0 (https://www.dial.de/en/dialux/). Dos

resultados das simulações luminotécnicas, foi possível obter os quantitativos e a especificação dos materiais,

equipamentos e serviços necessários para projeção de uma rede modernizada que atende aos níveis luminotécnicos

adequados conforme os requisitos da NBR-5101.

Para análise do sistema viário básico foi utilizado inicialmente o cadastro da rede de iluminação pública fornecido

pela prefeitura de Macapá, extraído de planilhas fornecidas pela Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA,

quando da assunção da rede de iluminação pública pelo município. Tal cadastro aponta, referenciado ao ano de 2017

(05/12/2017), um total de 39.956 pontos de luz (i.e. lâmpadas), na rede de IP de Macapá. A base de dados mais

recente, de janeiro de 2018 (30/01/2018), fornecida pela prefeitura de Macapá, indica 33.814 pontos de luz (i.e.

lâmpadas). Esta diferença de 6.142 pontos de luz (i.e. lâmpadas) correspondente a uma redução de 15% no total de

lâmpadas instaladas na rede de IP de Macapá foi apurada pela fiscalização da Prefeitura de Macapá em vistoria de

campo. Em todo esse estudo está sendo utilizada a base mais recente.

O levantamento de campo realizado para o diagnóstico de rede serviu de base de dados para o desenvolvimento das

seguintes atividades:

• Analisar o estrato das vias existente no município de Macapá;

• Analisar a atual condição física dos ativos da rede de IP;

• Analisar as diversas configurações de estrutura de IP do sistema viário básico;

• Definir variáveis para os cálculos luminotécnicos que nortearam a projeção de modernização da iluminação pública desse sistema, otimizando a estimativa de eficiência energética e propondo ganhos de qualidade de iluminação de vias;

• Estimar o quantitativo de materiais (postes, braços, suportes e circuitos); equipamentos (luminárias, projetores e comunicadores de telegestão) e serviços necessários para a projeção de modernização da rede, atendendo aos requisitos da norma NBR-5101; e

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• Desenvolver o planejamento de operação e manutenção da Rede de Iluminação Pública de Macapá.

De forma a viabilizar um levantamento eficaz que trouxesse as informações necessárias à realização dos estudos de

modernização e adequação do sistema viário básico do município de Macapá, utilizou-se o método estatístico de

acordo com a norma brasileira ABNT NBR 5426, definindo o tamanho da amostra adequado ao projeto.

Pelo levantamento de campo foi construída a base de dados segundo os seguintes parâmetros:

• Nome da via de referência;

• Bairro;

• Zona;

• Classificação de hierarquia das vias;

• Largura de Calçadas;

• Largura de canteiro central;

• Largura dos leitos carroçáveis;

• Disposição dos postes;

• Projeção de braço ou suporte;

• Distância entre postes; e

• Altura de foco. A classificação de hierarquia de vias da amostra do levantamento de campo do Diagnóstico de Rede sofreu

reclassificação, que foi apresentado no item “Classificação das Vias” deste relatório e detalhado no Relatório de

Engenharia Preliminar.

Com essas informações foi possível simular as soluções tecnológicas no software DIALux e estabelecer uma forma de

projetar e otimizar o plano de modernização da iluminação pública, que permite definir melhor o local de instalação,

atender melhor a população residente e a melhorar a estimativa de custos para a sua instalação, caso sejam

necessárias.

As planilhas com a relação de todas as vias, com dados referentes a dimensões e estrutura existente de iluminação

pública de Macapá que foram levantados em campo estão no anexo III deste relatório.

Pelas análises do Diagnóstico Técnico de Rede de IP do município foi possível obter a informação de que 95,3% das

vias, de todas as classes de iluminação, estão com níveis de luminosidade e uniformidade abaixo dos valores

recomendados por norma.

A simulação da modernização dos equipamentos foi feita com o emprego de linhas de luminárias de três fabricante

nacionais, descritos no item “Parâmetros do Ponto de Luz para Simulações Luminotécnicas”, cuja escolha foi baseada

em uma análise do atual atendimento a portaria nº 20 do INMETRO. O relatório de simulações luminotécnicas faz

parte do anexo II.

Para as diversas variações de caraterística e estrutura existente de IP nas vias foi realizado um cálculo luminotécnico,

cujas alterações para atingimento dos requisitos mínimos de normas encontram-se no anexo III.

O atendimento aos níveis de iluminância dos passeios (vias P1, P2, P3 e P4) foram analisados, concomitantemente,

com os cálculos luminotécnicos para a iluminação de vias de veículos, em que foi possível aplicar soluções

simultâneas.

Nomenclatura das simulações luminotécnicas

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Todas as alterações da rede de iluminação pública resultantes da análise das simulações luminotécnicas com as

amostras de logradouros do Diagnóstico de Rede estão demonstradas também no anexo III nos moldes da Tabela 30.

Para cada simulação luminotécnica realizada foi criada uma nomenclatura (ex: V2 Unilateral 1 – Fabricante A) no

qual está indicando na seguinte ordem a classe de iluminação, a disposição de luminárias da simulação, o número

ordinário da simulação e o fabricante da luminária correspondente. As células preenchidas por N/A correspondem

às características da estrutura de iluminação pública existente que não sofreram alterações ante as soluções das

simulações luminotécnicas.

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Item Vias Bairro Região Classe de

Iluminação (Vias)

Classe de Iluminação (Pedestres)

Calçada Lado

Luminária (m)

Via (m)

Canteiro Central

(m)

Calçada Lado

Oposto Luminária

(m)

4 Rua Leopoldo Machado Laguinho Centro V2 P3 4,70 10,00 - 4,00

10 Rua Major Eliezer Levy Central Centro V2 P3 3,60 13,90 - 3,00

11 Rua Jovino Dinoá Central Centro V2 P3 3,40 14,00 - 3,00

13 Avenida Pedro Lazarino Buritizal Sul V2 P3 4,80 15,70 - 2,50

17 Rua Beira Rio Perpétuo Socorro Centro V2 P1-P3 5,11 12,00 - 2,40

18 Rua Janary Nunes São Lázaro Norte V3 P3 1,40 6,00 1,40 3,60

19 Alameda Mazagão Cabralzinho Oeste V3 P3 3,80 7,00 - 3,80

37 Avenida das Bacabas Infraero Norte V3 P3 8,00 9,40 - 8,00

50 Avenida Pinhal Brasil Novo Norte V3 P3 5,50 10,40 - 4,00

66 Avenida 13 de Setembro Buritizal Sul V3 P3 6,00 13,00 - 5,40

77 Rodovia Antonio Soares Pincanço = AP 070 = Rodovia do Curiau

Boné Azul Norte V3 P3 5,80 15,00 - -

86 Rua Antonio Pelaes Trajano de Souza Cidade Nova Centro V4 P4 2,50 7,60 - 1,90

93 Rua 5 do Marabaixo Marabaixo Oeste V4 P4 5,30 8,10 - 4,30

104 Rua Alceu Paulo Ramos Novo Horizonte Norte V4 P4 2,50 10,00 - 2,50

118 Rua 9 do Marabaixo Marabaixo Oeste V4 P4 3,40 2,50 - 4,00

121 Avenida Raimundo Alvares da Costa Santa Rita Sul V4 P4 5,70 13,20 - 1,50

125 Avenida dos Aimorés Buritizal Sul V4 P4 3,30 14,20 - 4,40

139 Rua Marcos Bota São Joaquim do Pacuí Norte V5 P4 3,20 6,20 - 3,20

148 Avenida Tiradentes São Joaquim do Pacuí Norte V5 P4 7,60 6,60 - 5,80

153 Avenida Principal Boné Azul Norte V5 P4 4,00 7,00 4,00 6,40

Tabela 28 – Característica das vias Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

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Item

Vias Bairro Disposição das

Luminárias Espaçamento

(m) Recuo do Poste (m)

Altura do Foco Luminoso (m)

Projeção do Braço (m)

4 Rua Leopoldo Machado Laguinho Unilateral 32,00 1,00 7,39 1,77

10 Rua Major Eliezer Levy Central Unilateral 30,00 0,30 6,28 2,95

11 Rua Jovino Dinoá Central Unilateral 27,00 0,80 6,73 3,12

13 Avenida Pedro Lazarino Buritizal Unilateral 27,40 2,00 6,10 1,98

17 Rua Beira Rio Perpétuo Socorro Bilateral 30,00 5,10 7,63 1,29

18 Rua Janary Nunes São Lázaro Central 28,40 0,80 6,92 1,45

19 Alameda Mazagão Cabralzinho Unilateral 35,00 0,90 7,45 2,32

37 Avenida das Bacabas Infraero Unilateral 32,50 4,10 8,00 1,90

50 Avenida Pinhal Brasil Novo Unilateral 32,40 3,70 6,06 1,49

66 Avenida 13 de Setembro Buritizal Unilateral 33,50 3,50 5,98 3,10

77 Rodovia Antonio Soares Pincanço = AP 070 = Rodovia do Curiau

Boné Azul Unilateral 30,00

0,50 7,45 2,98

86 Rua Antonio Pelaes Trajano de Souza Cidade Nova Unilateral 32,80 0,70 6,14 1,29

93 Rua 5 do Marabaixo Marabaixo Unilateral 35,10 4,00 6,39 1,58

104 Rua Alceu Paulo Ramos Novo Horizonte Unilateral 35,40 0,80 6,54 1,57

118 Rua 9 do Marabaixo Marabaixo Unilateral 29,50 1,90 6,17 1,47

121 Avenida Raimundo Alvares da Costa Santa Rita Unilateral 35,40 4,70 6,33 2,65

125 Avenida dos Aimorés Buritizal Unilateral 32,80 3,00 6,54 1,44

139 Rua Marcos Bota São Joaquim do Pacuí Unilateral 34,00 1,00 8,10 1,13

148 Avenida Tiradentes São Joaquim do Pacuí Unilateral 35,00 3,30 7,52 1,36

153 Avenida Principal Boné Azul Canteiro Central 33,40 2,00 7,59 1,28

Tabela 29 – Características da infraestrutura de iluminação pública existente Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

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Dados do Local Simulação Alterações para Modernização – Fornecedor A

Item Vias Cálculo

Luminotécnico Típico

Disposição das Luminárias

Fixação Potência

(W)

Acréscimo de

Luminárias

Representatividade da Rede

4 Rua Leopoldo Machado V2 Unilateral 2 N/A Braço longo 150 N/A 0,38%

10 Rua Major Eliezer Levy V2 Bilateral 2 Bilateral Braço longo especial 114 2 0,38%

11 Rua Jovino Dinoá V2 Bilateral 3 Bilateral Braço médio alto 102 2 0,38%

13 Avenida Pedro Lazarino V2 Bilateral 4 Bilateral Braço longo 114 2 0,38%

17 Rua Beira Rio V2 Bilateral 5 N/A Braço médio 85 N/A 0,17%

18 Rua Janary Nunes V3 Canteiro Central 1 N/A N/A 71 N/A 0,13%

19 Alameda Mazagão V3 unilateral 1 N/A Braço médio alto 102 N/A 0,13%

37 Avenida das Bacabas V3 unilateral 2 N/A Braço longo 102 N/A 0,13%

50 Avenida Pinhal V3 Bilateral 1 Bilateral Braço médio alto 71 2 0,13%

66 Avenida 13 de Setembro V3 Bilateral 2 Bilateral Braço médio alto 71 2 0,13%

77 Rodovia Antonio Soares Pincanço = AP 070 = Rodovia do Curiau

V3 Bilateral 3 Bilateral Braço médio 71 2 0,13%

86 Rua Antonio Pelaes Trajano de Souza V4 Unilateral 3 N/A Braço médio 53 N/A 0,17%

93 Rua 5 do Marabaixo V4 Unilateral 2 N/A Braço médio 53 N/A 0,17%

104 Rua Alceu Paulo Ramos V4 Unilateral 4 N/A Braço médio 71 N/A 0,17%

118 Rua 9 do Marabaixo V4 Unilateral 5 N/A Braço longo 85 N/A 0,17%

121 Avenida Raimundo Alvares da Costa V4 Unilateral 6 N/A Braço longo 85 N/A 0,17%

125 Avenida dos Aimorés V4 Bilateral 1 Bilateral Braço médio 53 2 0,17%

139 Rua Marcos Bota V5 Unilateral 4 N/A Braço curto 38 N/A 0,52%

148 Avenida Tiradentes V5 Unilateral 5 N/A Braço médio 38 N/A 0,52%

153 Avenida Principal V5 Canteiro Central 1 N/A Braço curto 38 N/A 0,52%

Tabela 30 – Resultados dos cálculos luminotécnicos para o fornecedor A Fonte: Autoria própria

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Dados do Local Simulação Alterações para Modernização – Fornecedor B

Item Vias Cálculo

Luminotécnico Típico

Disposição das Luminárias

Fixação Potência

(W)

Acréscimo de

Luminárias

Representatividade da Rede

4 Rua Leopoldo Machado V2 Unilateral 2 Bilateral Braço médio 79 2 0,38%

10 Rua Major Eliezer Levy V2 Bilateral 2 Bilateral Braço longo 104 2 0,38%

11 Rua Jovino Dinoá V2 Bilateral 3 Bilateral Braço longo especial 104 2 0,38%

13 Avenida Pedro Lazarino V2 Bilateral 4 N/A Braço médio 104 N/A 0,38%

17 Rua Beira Rio V2 Bilateral 5 N/A Braço curto 53 N/A 0,17%

18 Rua Janary Nunes V3 Canteiro Central 1 Bilateral Braço médio 53 2 0,13%

19 Alameda Mazagão V3 unilateral 1 Bilateral Braço longo 53 2 0,13%

37 Avenida das Bacabas V3 unilateral 2 Bilateral Braço médio 79 2 0,13%

50 Avenida Pinhal V3 Bilateral 1 Bilateral Braço médio 79 2 0,13%

66 Avenida 13 de Setembro V3 Bilateral 2 Bilateral Braço médio 104 2 0,13%

77 Rodovia Antonio Soares Pincanço = AP 070 = Rodovia do Curiau

V3 Bilateral 3 N/A Braço médio 53 N/A 0,13%

86 Rua Antonio Pelaes Trajano de Souza V4 Unilateral 3 N/A Braço médio 79 N/A 0,17%

93 Rua 5 do Marabaixo V4 Unilateral 2 N/A Braço médio 79 N/A 0,17%

104 Rua Alceu Paulo Ramos V4 Unilateral 4 N/A Braço longo 104 N/A 0,17%

118 Rua 9 do Marabaixo V4 Unilateral 5 N/A Braço longo 104 N/A 0,17%

121 Avenida Raimundo Alvares da Costa V4 Unilateral 6 Bilateral Braço médio 53 2 0,17%

125 Avenida dos Aimorés V4 Bilateral 1 N/A Braço curto 53 N/A 0,17%

139 Rua Marcos Bota V5 Unilateral 4 N/A Braço médio 53 N/A 0,52%

148 Avenida Tiradentes V5 Unilateral 5 N/A Braço curto 53 N/A 0,52%

153 Avenida Principal V5 Canteiro Central 1 Bilateral Braço médio 79 2 0,52%

Tabela 31 – Resultados dos cálculos luminotécnicos para o fornecedor B Fonte: Autoria própria

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Dados do Local Simulação Alterações para Modernização – Fornecedor C

Item Vias Cálculo

Luminotécnico Típico

Disposição das Luminárias

Fixação Potência

(W)

Acréscimo de

Luminárias

Representatividade da Rede

4 Rua Leopoldo Machado V2 Unilateral 2 Bilateral Braço médio alto 100 2 0,38%

10 Rua Major Eliezer Levy V2 Bilateral 2 Bilateral Braço médio alto 115 2 0,38%

11 Rua Jovino Dinoá V2 Bilateral 3 Bilateral Braço longo especial 163 2 0,38%

13 Avenida Pedro Lazarino V2 Bilateral 4 N/A Braço médio 100 N/A 0,38%

17 Rua Beira Rio V2 Bilateral 5 N/A Braço curto 80 N/A 0,17%

18 Rua Janary Nunes V3 Canteiro Central 1 Bilateral Braço médio alto 54 2 0,13%

19 Alameda Mazagão V3 unilateral 1 N/A Braço longo 163 N/A 0,13%

37 Avenida das Bacabas V3 unilateral 2 Bilateral Braço médio 80 2 0,13%

50 Avenida Pinhal V3 Bilateral 1 Bilateral Braço médio 80 2 0,13%

66 Avenida 13 de Setembro V3 Bilateral 2 Bilateral Braço médio alto 115 2 0,13%

77 Rodovia Antonio Soares Pincanço = AP 070 = Rodovia do Curiau

V3 Bilateral 3 N/A Braço curto 80 N/A

0,13%

86 Rua Antonio Pelaes Trajano de Souza V4 Unilateral 3 N/A Braço médio 100 N/A 0,17%

93 Rua 5 do Marabaixo V4 Unilateral 2 N/A Braço médio 115 N/A 0,17%

104 Rua Alceu Paulo Ramos V4 Unilateral 4 N/A Braço longo 115 N/A 0,17%

118 Rua 9 do Marabaixo V4 Unilateral 5 N/A Braço longo 115 N/A 0,17%

121 Avenida Raimundo Alvares da Costa V4 Unilateral 6 Bilateral Braço médio 100 2 0,17%

125 Avenida dos Aimorés V4 Bilateral 1 N/A Braço curto 42 N/A 0,17%

139 Rua Marcos Bota V5 Unilateral 4 N/A Braço médio 42 N/A 0,52%

148 Avenida Tiradentes V5 Unilateral 5 N/A Braço curto 42 N/A 0,52%

153 Avenida Principal V5 Canteiro Central 1 Bilateral Braço médio alto 100 2 0,52%

Tabela 32 – Resultados dos cálculos luminotécnicos para o fornecedor C Fonte: Autoria própria

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8.1.1.7. Parâmetros do Ponto de Luz para Simulações Luminotécnicas

• Luminárias

Foram realizadas simulações luminotécnicas com a tecnologia LED, com a utilização de curvas fotométricas de três

fabricantes nacionais distintos, cujas características técnicas estão descritas na Tabela 33.

Informação Técnica Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Range de temperatura de cor (k)

3.000 a 5.000 2.700 a 6.500 3.000 a 5.000

Índice de reprodução de cor (IRC)

>70% >70% >70%

Range de potências (W) disponíveis

42 à 302. 18 à 350. 22 à 320.

Eficiência luminosa máxima (lm/W)

>130 >130 >122

Vida útil L70 60.000 horas 60.000 horas 60.000 horas

Ópticas disponíveis Distribuição média Distribuição tipo II, média,

limitada. Distribuição fechada, média

e aberta.

Tensão nominal 90 à 305 Vac 90 à 305 Vac 120 à 277 Vac

Protetor de surto 10 kV / 12 kA

Fator de potência >0,95 >0,95 >0,95

Material e acabamento

Corpo em alumínio injetado à alta pressão. Cobertura

óptica em policarbonato com proteção UV, difusor em vidro plano temperado,

vedação em borracha de silicone resistente ao calor.

Corpo em alumínio injetado à alta pressão. Cobertura

óptica em policarbonato com proteção UV, difusor em vidro plano temperado,

vedação em borracha de silicone resistente ao calor.

Corpo em alumínio injetado à alta pressão. Cobertura

óptica em policarbonato com proteção UV, difusor em vidro plano temperado,

vedação em borracha de silicone resistente ao calor.

Acabamento Pintura de poliéster.

(eletrostática) Pintura de poliéster.

(eletrostática) Pintura de poliéster.

(eletrostática)

Classificação IP66 IP66, IK08, Classe I IP66, IK08, Classe I

Temperatura de operação -30º à 40º C 30º à 40º C -40º à 50º C

Tabela 33 – Características técnicas das luminárias usadas nas simulações Fonte: Catálogo de produtos simulados

Para as simulações foram consideradas luminárias LED com temperaturas de cor na ordem de 3.000K para a

iluminação das vias V5 e V4, praças, parques, passeios e monumentos, proporcionando um ambiente mais

confortável. Já para as vias V2 e V3, foram consideradas as temperaturas de cor na ordem de 4.000K.

• Braços

Todos os braços existentes indicados pelo levantamento de campo, que tem uma projeção de até 2,00 metros (braços

curtos), foram considerados para substituição, devido ao diâmetro externo do tubo desses braços ser inferior a Ø

25,3mm e ao fato de que as luminárias atuais preveem a fixação em ponta de braços de, no mínimo, Ø 48,30mm. Isso

se justifica, pois, os braços existentes na rede foram concebidos em um projeto que previu o uso de luminárias leves,

que não incorporava reator ou outro qualquer dispositivo além da lâmpada que representasse uma carga considerável

na ponta do braço. Já as luminárias atuais do mercado possuem um corpo mais robusto, além de integrar outros

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dispositivos como o reator para as luminárias de pressão e o driver no caso das luminárias LED, sendo necessário um

braço que tenha uma melhor resistência mecânica. Ao todo foram observados 300 braços que estavam nessas

condições, em uma amostra de 500, resultando na necessidade de se substituir 60% dos braços devido ao diâmetro

dos braços serem inferior à 30mm.

Para a definição dos parâmetros de altura do ponto de luz e pendor do ponto de luz (Figura 33), foram adotados 3

tamanhos de braços com projeção e alturas diferentes (Tabela 34) para atender as características particulares das

vias de Macapá que foram apontadas pelo Diagnóstico de Rede, onde as vias são muito largas, superando à 12 metros,

e o recuo dos postes em relação a via é muito grande, superando à 1,5 metros.

Onde:

(1) Altura do ponto de luz;

(2) Pendor do ponto de luz;

(3) Inclinação do braço; e

(4) Comprimento do braço.

Figura 33 - Parâmetros do ponto de luz Fonte: Dialux EVO

Tipo de Braço (P) Projeção (m) (H) Altura (m)

Curto 1,6 1,2

Médio 3 2,4

Médio alto 3 2,9

Longo 3,5 2,7

Longo especial 5 2,9

Tabela 34 - Dimensão dos braços adotados como padrão Fonte: Fabricantes do mercado

Os parâmetros de inclinação do braço foram limitados a 10º, que corresponde exclusivamente à regulagem que a

própria luminária LED permite durante a instalação, dessa forma exclui-se a utilização de dispositivos que

proporcionem a articulação de luminárias e braços que possuam ângulo no ponto de fixação das luminárias. As

luminárias LED alcançam melhores resultados quando estas estão em 0º de inclinação, pois esse tipo de luminária

possui um facho posicionado para frente, possibilitando um fluxo maior de luz direcionado para frente e para os lados

devido a sua curva fotométrica que possui um excelente controle de distribuição de luz.

Os pontos de fixação dos braços foram conservados os mesmos dos indicados pelo levantamento de campo por não

haver nenhuma informação quanto à ocupação dos postes por parte das empresas de comunicações. As correções de

altura dos pontos de luz se deram por meio da comparação de altura dos braços existentes com os propostos.

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• Resultados

Os resultados dos cálculos luminotécnicos para serem satisfatórios devem atender, minimamente, aos índices da

NBR-5101, conforme já pré-definidos na Tabela 6 - Requisitos de luminância e uniformidade que são obrigatórios

para as vias de classes de iluminação V1, V2 e V3, na Tabela 7 - Requisitos de iluminância média mínima e

uniformidade para cada classe de iluminação que são obrigatórios para as vias de classes de iluminação V1, V2, V3,

V4 e V5, e na Tabela 8 - Iluminância média e fator de uniformidade mínimo para cada classe de iluminação para as

vias P1, P2, P3 e P4.

O anexo II apresenta todos os cálculos luminotécnicos realizados com a utilização de curvas fotométricas de três

fabricantes distintos, descritos como Fabricante A, Fabricante B e Fabricante C, para a definição das soluções

propostas.

De modo a tornar o projeto economicamente viável, as soluções consolidadas consideraram hierarquicamente as

seguintes condições:

• 1º - Atender aos requisitos de norma NBR-5101;

• 2º - Explorar exaustivamente a possiblidade de utilização da estrutura existente para a modernização; e

• 3º - Explorar, exaustivamente, a utilização dos materiais e equipamentos padrões do mercado, quando as alterações de estrutura para adequação à norma forem necessárias, de forma a atender situações gerais e específicas de Macapá.

Além disso, as alterações necessárias para modernização na infraestrutura de iluminação pública resultantes das

análises foram classificadas como:

a) Alterações mínimas: foram aquelas que corresponderam simplesmente à substituição de luminárias para

que os níveis de luminosidade nas vias atingissem aos requisitos luminotécnicos da NBR-5101, cujos

quantitativos foram agrupados como Migração Tecnológica;

b) Alterações regulares: foram aquelas que corresponderam substituição das luminárias e ao equipamento

fixação (braço ou suporte) para que os níveis de luminosidade das vias atingissem aos requisitos

luminotécnicos conforme norma, cujos quantitativos foram agrupados como Remodelagem; e

c) Alterações complexas: foram aquelas que corresponderam consideravelmente a execução de obra, em

que existe a necessidade de implantação ou realocação de postes, lançamentos de circuitos, substituição

e instalação de novas luminárias para o atendimento à norma, cujos quantitativos foram agrupados como

Remodelagem.

De modo a ilustrar o método de definição da modernização, apresentaremos a seguir as três classificações de

alterações:

a) Exemplo de alteração mínima em infraestrutura de IP e solução LED: Rua Macapá, Cabralzinho, Zona

Oeste

A partir das informações de caracterização física da via e da infraestrutura de iluminação pública do trecho

exemplificado, conforme Tabela 35 e Tabela 36, foi realizada a simulação luminotécnica com curva fotométrica de

uma luminária LED de 38W.

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Informações do Levantamento

Classe de Iluminação (Vias)

Classe de Iluminação (Pedestres)

Calçada Lado Luminária (m)

Via (m)

Canteiro Central (m)

Calçada Lado Oposto Luminária

(m)

V5 P4 2,50 7,30 - 2,90

Tabela 35 – Características da Rua Macapá Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

Disposição das Luminárias

Espaçamento (m) Recuo do Poste (m) Altura do Foco Luminoso (m)

Projeção do Braço (m)

Unilateral 41,30 1,70 7,46 2,38

Tabela 36 – Características da infraestrutura de IP Rua Macapá Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

É possível verificar que os resultados obtidos pela simulação atenderam a todos os parâmetros de iluminância (Figura

34).

lx = Lux Uo = Uniformidade global

Figura 34 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Rua Macapá Fonte: DIAlux EVO

Desta forma, pode-se considerar que a relação de vias de igual classificação (V5) da rede de IP que contenham a

mesma caracterização (disposição de luminária, largura de via e calçada e tamanho de braço) serão modernizadas

por uma luminária LED de 38 W, com as alterações definidas e apresentadas no anexo III nos moldes da Tabela 37.

Alterações para Modernização - LED

Disposição dos Postes

Quantidade de

Luminárias Fixação

Potência (W)

Distância entre Postes

Altura dos Postes

Acréscimo de

Luminárias

N/A N/A N/A 38 N/A N/A N/A

Tabela 37 – Alterações para modernização em LED – Rua Macapá Fonte: Autoria própria

b) Exemplo de em infraestrutura de IP e solução LED: Avenida Antônio Castro Monteiro, Bairro

Universidade, alteração regular Zona Sul.

A partir das informações de caracterização física da via e da infraestrutura de iluminação pública existente do trecho

exemplificado, conforme Tabela 38 e Tabela 39, foram realizadas simulações luminotécnicas com curvas fotométricas

de luminárias LED chegando a potência máxima de 71W.

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Informações do Levantamento

Classe de Iluminação (Vias)

Classe de Iluminação (Pedestres)

Calçada Lado Luminária

(m)

Via (m)

Canteiro Central

(m)

Calçada Lado Oposto Luminária

(m)

V5 P4 2,10 5,80 - 1,40

Tabela 38 – Características da Avenida Antônio Castro Monteiro Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

Disposição das Luminárias

Espaçamento (m) Recuo do Poste (m) Altura do Foco Luminoso (m)

Projeção do Braço (m)

Unilateral 35,00 1,60 6,12 0,79

Tabela 39 – Características da Infraestrutura de IP Avenida Antônio Castro Monteiro Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

É possível verificar que os melhores resultados obtidos pela simulação não atendem a todos os parâmetros de

iluminância da calçada oposta a infraestrutura de iluminação pública (Figura 35).

lx = Lux Uo = Uniformidade global

Figura 35 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Avenida Antônio Castro Monteiro Fonte: DIAlux EVO

Desta forma, é necessário alterar os parâmetros físicos do sistema de IP, onde a substituição d0 tipo de braço

(alterado para braço curto) gera modificações nos itens altura do foco luminoso e projeção do braço, conforme Tabela

40.

Disposição das Luminárias

Espaçamento (m) Recuo do Poste (m) Altura do Foco Luminoso (m)

Projeção do Braço (m)

Unilateral 35,00 1,60 8,44 1,60

Tabela 40 – Características da infraestrutura de IP Avenida Antônio Castro Monteiro Fonte: Autoria própria

Sendo assim, é possível verificar que os novos resultados obtidos pela simulação luminotécnica com a curva

fotométrica de uma luminária LED de 38W e os parâmetros de braço curto foram suficientes para cumprir os

requisitos da norma NBR-5101, maximizando assim a eficiência energética da solução (Figura 36).

lx = Lux Uo = Uniformidade global

Figura 36 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Avenida Antônio Castro Monteiro Fonte: DIAlux EVO

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Em resumo, para que a iluminação da referida via atenda aos níveis de luminosidade segunda a norma, é necessário

a substituição do braço de IP, 0,80 m de projeção para 1,6 m (braço curto), e a instalação de uma luminária LED de

38W.

Por fim, as alterações regulares necessárias identificadas para atendimento aos requisitos da norma NBR-5101 estão

indicadas no anexo III, conforme Tabela 41.

Alterações para Modernização - LED

Disposição dos Postes

Quantidade de

Luminárias Fixação

Potência (W)

Distância entre Postes

Altura dos Postes

Acréscimo de

Luminárias

N/A N/A N/A Braço curto 38 N/A N/A N/A

Tabela 41 – Alterações para modernização em LED – Avenida Antônio Castro Monteiro Fonte: Autoria própria

c) Exemplo de Alteração complexa em infraestrutura de IP, solução LED: Rua Professor Tostes, Bairro

Muca, Zona Sul

A partir das informações de caracterização física da via e da infraestrutura de iluminação pública do trecho

exemplificado, conforme indicado abaixo, foram realizadas simulações luminotécnicas com curvas fotométricas de

luminárias LED com potência máxima de 71W (Tabela 42e Tabela 43).

Informações do Levantamento

Classe de Iluminação (Vias)

Classe de Iluminação (Pedestres)

Calçada Lado Luminária

(m)

Via (m)

Canteiro Central

(m)

Calçada Lado Oposto Luminária

(m)

V3 P3 3,10 17,50 - 3,00

Tabela 42 – Características da Rua Professor Tostes Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

Disposição das Luminárias

Espaçamento (m) Recuo do Poste (m) Altura do Foco Luminoso (m)

Projeção do Braço (m)

Unilateral 35,00 0,70 6,41 2,56

Tabela 43 – Características da infraestrutura de IP Rua Professor Tostes Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

Os melhores resultados obtidos pela simulação estão indicados na Figura 37.

Figura 37 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Rua Professor Tostes Fonte: DIAlux EVO

É possível verificar que os resultados obtidos sequer atingem valores próximos aos exigidos pela norma NBR5101,

fato que evidência a necessidade de adequar toda a infraestrutura, sendo que a alteração da disposição das luminárias

para bilateral e do tipo de braço para braço longo são as alternativas mais viáveis, levando a redefinição dos

parâmetros conforme Tabela 44.

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Disposição das Luminárias

Espaçamento (m) Recuo do Poste (m) Altura do Foco Luminoso (m)

Projeção do Braço (m)

Bilateral 35,00 1,60 8,00 3,50

Tabela 44 – Características da Infraestrutura de IP Rua Professor Tostes Fonte: Autoria própria

Desta forma, os resultados obtidos pela simulação luminotécnica com a curva fotométrica de uma luminária LED de

71W, disposição de luminárias bilateral e os parâmetros dos braços longos foram suficientes para cumprir os

requisitos da norma NBR-5101 (Figura 38).

Figura 38 – Resultados do cálculo luminotécnicos 2 – Rua Professor Tostes

Fonte: Dialux EVO

Para que a iluminação da referida via atendesse aos níveis de luminosidade segunda a norma, seria necessária a

inclusão de novos postes de forma a alterar a disposição dos postes de unilateral para bilateral além da substituição

do braço de IP e a instalação de luminária LED de 71W. Essa alteração representa a expansão do número de pontos

de iluminação pública.

Resumidamente, as alterações necessárias identificadas para atendimento dos requisitos da norma NBR-5101estão

conforme a Tabela 45, da referida Rua Professor Tostes.

Alterações para Modernização - LED

Disposição dos Postes

Quantidade de

Luminárias Fixação

Potência (W)

Distância entre Postes

Altura dos Postes

Acréscimo de

Luminárias

Bilateral N/A Braço longo 71 N/A N/A Sim

Tabela 45 – Alterações para modernização em LED – Rua Professor Tostes Fonte: Autoria própria

Na Figura 39 é possível comparar a concentração de linhas isográficas coloridas, evidenciando o ganho com a

distribuição da projeção da iluminação na via proporcionado pela alteração da disposição das luminárias para a Rua

Professor Tostes.

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Figura 39 – Gráficos de linhas isográficas coloridas, sem e com a alteração de infraestrutura de IP

Fonte: DIAlux EVO

Portanto, de modo a atender aos requisitos da norma, nessa via será necessária a execução de obra, onde os postes

atuais unilaterais deverão ser complementados com outro alinhamento de postes do lado oposto da via. A quantidade

de luminária por poste será de 1 unidade por poste e será dobrada a quantidade de luminárias e postes quando

comparado às quantidades atuais.

Desta forma, o estudo obteve informações para estimar a quantidade de total de serviços, luminárias em diversas

potências, postes, braços e suportes em suas respectivas configurações, que serão necessários para a execução da

modernização da Rede de Iluminação Pública de Macapá.

Os quantitativos das alterações mínimas, que correspondem à substituição de todas as luminárias da rede atual foram

incluídos em uma rubrica de investimentos denominada Migração Tecnológica.

Os quantitativos das alterações regulares e complexas, que corresponde à substituição de braços, implantação de

postes e acréscimo de luminárias estão alocados na rubrica de investimentos denominada Remodelagem.

8.1.1.8. Atendimento aos Requisitos da Norma NBR 5101

O presente projeto, em sua concepção, levou em consideração os requisitos da Norma NBR5101, onde os parâmetros

adotados, tal como a classificação de via de veículos e classificação de vias de pedestres, estão associados a fatores de

luminância e iluminância.

O percentual de atendimento dos requisitos da Norma NBR5101 de cada um dos fabricantes já mencionados por

classificação de vias está apresentado na Tabela 46, sendo que a planilha de cálculos está contida no anexo III.

Atendimento a Norma NBR 5101

Classificação de Via Fabricante A Fabricante B Fabricante C

V2 100% 100% 100%

V3 100% 100% 100%

V4 100% 100% 100%

V5 100% 100% 100%

Tabela 46 – Resultados de atendimento dos requisitos da Norma NBR5101 Fonte: Autoria própria

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8.1.1.9. Modernização das vias V2

Das simulações luminotécnicas realizadas para a relação de vias V2, que foram parte integrante das amostras do

levantamento de campo do diagnóstico técnico, obtiveram-se os resultados quantitativos que serão apresentados

nesse item. As simulações luminotécnicos que basearam as soluções estão no anexo II deste relatório.

Migração Tecnológica

Todos os quantitativos que correspondem puramente à substituição de luminárias, descritos como alterações

mínimas, foram agrupados como Migração Tecnológica. Para as vias V2, com a simulação luminotécnica, foram

obtidos os seguintes resultados quantitativos para cada um dos fabricantes está apresentado na Tabela 47.

V2 - Substituição de Luminárias

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W)

Percentual Quantidade

Total Potência

(W) Percentual

Quantidade Total

Potência (W)

Percentual Quantidade

Total

85 15,38% 370 79 3,85% 93 100 23,08% 555

102 3,85% 93 104 76,92% 1.849 115 38,46% 925

114 57,69% 1.387 147 3,85% 93 163 23,08% 555

150 7,69% 185 185 15,38% 370 233 15,38% 370

200 15,38% 370 - - -

Tabela 47 – Resultados de migração tecnológica das vias V2 Fonte: Autoria própria

Remodelagem

Todos os quantitativos que correspondem à substituição das luminárias e equipamento de fixação (braço ou suporte),

ou correspondem a necessidades de execução de obra em que são necessários: a implantação ou realocação de postes;

lançamentos de circuitos; substituição e instalação de novas luminárias, para que os níveis de luminosidade das vias

atinjam aos requisitos luminotécnicos conforme norma NBR-5101, foram agrupados como Remodelagem. Para as

vias V2, com a simulação luminotécnica, tiveram os seguintes resultados conforme Tabela 48.

V2 - Remodelagem

Substituição de Braços

item

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Percentual Quantidade

Total Percentual

Quantidade Total

Percentual

Quantidade Total

Suporte duplo 0,5m 7,69% 185 8,00% 192 10,00% 241

Braço médio 3,85% 93 6,00% 144 7,50% 180

Braço médio alto 3,85% 93 2,00% 48 5,00% 120

Braço longo 23,08% 555 34,00% 818 27,50% 661

Braço longo especial 11,54% 278 2,00% 48 15,00% 361

V2 - Remodelagem

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Instalação de Luminárias (Incremento de novos pontos)

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W)

Percentual

Quantidade Total

Potência (W)

Percentual Quantidade

Total Potência

(W) Percentua

l Quantidade

Total

85 3,85% 93 79 3,85% 93 100 15,00% 361

102 3,85% 93 104 34,62% 833 115 30,00% 722

114 26,92% 648 - - - 163 10,00% 241

Instalação de Braços (Incremento)

Item

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Percentual Quantidade

Total Percentual

Quantidade Total

Percentual Quantidade

Total

Braço médio - - 3,85% 93 5,00% 120

Braço médio alto 3,85% 94 - - 10,00% 241

Braço longo 15,38% 370 30,77% 740 30,00% 722

Braço longo especial 15,38% 370 3,85% 93 10,00% 241

Tabela 48 – Resultados de remodelagem de iluminação pública nas vias V2 Fonte: Autoria própria

8.1.1.10. Modernização das vias V3

Das simulações luminotécnicas realizadas para a relação de vias V3 que foram parte integrante das amostras do

levantamento de campo do Diagnóstico técnico obtiveram-se os resultados que serão apresentados neste item.

Os cálculos luminotécnicos que basearam as soluções estão no anexo II deste relatório.

Migração Tecnológica

Os resultados da migração tecnológica para as vias V3, com a simulação luminotécnica, estão apresentados na Tabela

49.

V3 - Substituição de Luminárias

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W) Percentual Quantidade

Total Potência (W) Percentual

Quantidade Total

Potência (W) Percentual Quantidade

Total

53 3,13% 87 53 43,75% 1.218 54 17,19% 478

71 56,25% 1.565 79 51,56% 1.435 80 54,69% 1.523

102 40,63% 1.131 104 4,69% 130 115 4,69% 130

- - - - - - 163 23,44% 652

Tabela 49 – Resultados de migração tecnológica das vias V3

Fonte: Autoria própria

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Remodelagem

Os resultados de remodelagem para as vias V3, com a simulação luminotécnica, seguem na Tabela 50.

V3 - Remodelagem

Substituição

item

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Percentual Quantidade

Total Percentual

Quantidade Total

Percentual Quantidade

Total

Braço curto 3,13% 87 6,25% 174 6,25% 174

Braço médio 3,13% 87 68,75% 1.913 51,56% 1.435

Braço médio alto 65,63% 1.826 - - 17,19% 478

Braço longo 25,00% 696 25,00% 696 25,00% 696

Instalação de Luminárias (Incremento de novos pontos)

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W) Percentual Quantidade

Total l Potência (W) Percentual

Quantidade Total

Potência (W) Percentual Quantidade

Total

53 3,13% 87 53 40,63% 1.131 54 17,19% 478

71 50,00% 1.392 79 48,44% 1.348 80 48,44% 1.348

- - - 104 4,69% 130 115 4,69% 130

Instalação de Braços (Incremento)

Item

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Percentual Quantidade

Total Percentual

Quantidade Total

Percentual Quantidade

Total

Braço curto 3,13% 87 3,13% 87 3,13% 87

Braço médio 3,13% 87 65,63% 1.826 48,44% 1.348

Braço médio alto 45,31% 1.262 0,00% 0 17,19% 478

Braço longo 1,56% 43 25,00% 696 1,56% 43

Tabela 50 – Resultados de remodelagens em vias V3 Fonte: Autoria própria

8.1.1.11. Modernização das vias V4

Das simulações luminotécnicas realizadas para a relação de vias V4 que foram parte integrante das amostras do

levantamento de campo do diagnóstico técnico obtiveram-se os resultados que serão apresentados neste item.

As simulações luminotécnicas que basearam as soluções estão no anexo III.

Migração Tecnológica

Os resultados da migração tecnológica para as vias V4, com a simulação luminotécnica, estão apresentados na Tabela

51.

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V4 - Substituição de Luminárias

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W) Percentual Quantidade

Total Potência (W) Percentual

Quantidade Total

Potência (W) Percentual Quantidade

Total

53 50,98% 1.358 53 21,57% 575 80 11,76% 313

71 19,61% 522 79 49,02% 1.305 100 41,18% 1.097

85 29,41% 784 104 29,41% 784 115 47,06% 1.254

Tabela 51 – Resultados de migração tecnológica das vias V4

Fonte: Autoria própria

Remodelagem

Os resultados de remodelagem para as vias V4, com a simulação luminotécnica, tiveram os quantitativos

apresentados na Tabela 52.

V4 - Remodelagem

Substituição

Item

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Percentual Quantidade

Total Percentual

Quantidade Total

Percentual Quantidade

Total

Braço curto 7,84% 209 3,92% 104 13,73% 366

Braço médio 62,75% 1.672 62,75% 1.672 52,94% 1.410

Braço longo 21,57% 575 23,53% 627 23,53% 627

Braço longo especial 3,92% 104 - - - -

Instalação de Luminárias (Incremento)

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W) Percentual Quantidade

Total Potência (W) Percentual

Quantidade Total

Potência (W) Percentual Quantidade

Total

7,84% 209 3,92% 104 13,73% 366 7,84% 209 3,92%

Instalação de Braços (Incremento)

Item

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Percentual Quantidade

Total Percentual

Quantidade Total

Percentual Quantidade

Total

Braço médio 7,84% 209 7,84% 209 7,84% 209

Tabela 52 – Resultados de remodelagem de iluminação pública nas vias V4

Fonte: Autoria própria

8.1.1.12. Modernização das vias V5

Das simulações luminotécnicas realizadas para a relação de vias V5 que foram parte integrante das amostras do

levantamento de campo do Diagnóstico técnico obteve-se os resultados que serão apresentados neste item.

Os cálculos luminotécnicos que basearam as soluções estão no anexo II.

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Migração tecnológica

Os resultados da migração tecnológica para as vias V5, com a simulação luminotécnica, estão apresentados na Tabela

53.

V5 - Substituição de luminárias

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W) Percentual Quantidade

Total Potência (W) Percentual

Quantidade Total

Potência (W) Percentual Quantidade

Total

22 1,61% 376 53 78,23% 18.226 42 46,77% 10.898

38 76,61% 17.850 104 21,77% 5.073 54 31,45% 7.328

85 21,77% 5.073 - - - 80 21,77% 5.073

Tabela 53 – Resultados de migração tecnológica das vias V5

Fonte: Autoria própria

Remodelagem

Os resultados de remodelagem para as vias V5, com a simulação luminotécnica de luminárias LED, estão

apresentados na Tabela 54.

V5 - Remodelagem

Substituição

Item

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Percentual Quantidade

Total Percentual

Quantidade Total

Percentual Quantidade

Total

Braço curto 16,13% 3.758 16,13% 3.758 16,13% 3.758

Braço médio 57,26% 13.341 57,26% 13.341 57,26% 13.341

Braço longo 8,06% 1.879 8,06% 1.879 8,06% 1.879

Braço longo especial 13,71% 3.194 13,71% 3.194 13,71% 3.194

Instalação de Luminárias (Incremento)

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W) Percentual Quantidade

Total Potência (W) Percentual

Quantidade Total

Potência (W) Percentual Quantidade

Total

38 7,26% 1.691 53 7,26% 1.691 42 7,26% 1.691

Instalação de Braços (Incremento)

Item

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Percentual Quantidade

Total Percentual

Quantidade Total

Percentual Quantidade

Total

Braço médio 7,26% 1.691 7,26% 1.691 7,26% 1.691

Tabela 54 – Resultados de remodelagem de iluminação pública nas vias V5

Fonte: Autoria própria

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8.1.2. Iluminação de Destaque

O escopo da Iluminação de Destaque abrange toda área urbana do município, considerando como iluminação de

destaque de quadras, playgrounds e áreas especiais de parques, praças e patrimônios históricos de Macapá.

As diretrizes gerais e especificas que balizaram a proposta de iluminação de destaque, bem como a contextualização

dos espaços que foram objetos do escopo desse tipo de iluminação especial, processos e metodologias são detalhados

no Produto 13 – Plano de Iluminação de Destaque. As soluções consideradas e escopo definido para a concessão da

rede de iluminação pública de Macapá é apresentado a seguir.

Praças, Parques e Áreas Verdes

Transcrevendo o conteúdo do produto 13 – Plano de Investimentos de Iluminação de Destaque, as soluções definidas

para as praças, parques e áreas verdes visa valorizar os espaços de recreação, atividades esportivas e culturais desses

tipos de logradouro.

As quadras esportivas existentes nas praças, parques e áreas verde em geral, que fazem parte do escopo de iluminação

de destaque, devem atender ao nível de iluminância média mínima de 100 lux com uniformidade mínima de 0,30.

Para cada quadra poliesportiva padrão, estimou-se a média de 4 (quatro) a 6 (seis) pontos de iluminação pública,

equipados com 2 (dois) ou 4 (quatro). Para campos de futebol, estimou-se 6 (seis) a 8 (oito) pontos de iluminação

pública com um total de 24 (vinte quatro) a 40 (quarenta) projetores. Os postes devem ser posicionados de forma

evitar-se a colisão dos jogadores. Esses sistemas de iluminação devem ser dotados de controle temporizador de

funcionamento, programados para que parte dos projetores sejam desligados às 23h, racionalizando o consumo de

energia elétrica.

As áreas de lazer infantil e equipamentos de ginástica devem seguir o nível de iluminância média mínima e

uniformidade das quadras (100 lux e 0,30), estimando-se também o uso de projetores para a iluminação dessas áreas.

É previsto também a iluminação de arbustos através de luminárias de embutir no solo, de modo a contribuir para a

valorização da cena bucólica das áreas verdes.

O sistema de iluminação pública de áreas verdes que estejam próximos a áreas ambientalmente sensíveis como rios,

igarapés e áreas de preservação ambiental, deverão atender a critérios de controle óptico de modo que não projetem

luz as águas ou emitam luz excessivamente à essas áreas.

Prédios e monumentos

É previsto a instalação de iluminação de destaque em 14 logradouros de grande relevância de Macapá. A iluminação

de um patrimônio tem por objetivo valorizar o significado intrínseco do edifício ou monumento considerado. A

elaboração do projeto de iluminação de destaque deve analisar e considerar a escala, estilo, volumetria e proporções,

dimensões, materialidade, detalhes e ornamentos com o objetivo de propor intervenções coerentes e harmônicas em

relação ao meio urbano e as próprias características da obra. O conceito para a implantação de iluminação de

destaque em cada logradouro que faz parte do escopo da concessão é definido pelo anexo II do Plano de Iluminação

de destaque.

Prevendo a valorização de pontos icônicos do município, possibilitando a utilização dos sistemas de iluminação

coloridas para as diversas campanhas de conscientização e datas civis, o Plano de Iluminação de Destaque caracteriza

6 prédios e monumentos históricos:

• PT_01 - Fortaleza de São José;

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• PT_02 – Igreja de São José de Macapá;

• PT_04 – Antigo Fórum da Capital (OAB);

• PT_06 – Colégio Amapaense;

• PT_07 – Mercado Central;

• PT_11 – Pedra do Guindaste;

• PT_13 – Trapiche Eliezer Levy;

• PT_16_Estádio Municipal Glicério Souza Marques (Glicerão);

• PT_17 – Catedral de São José;

• PT_19 – Poço do Mato;

• PT_20 – Prefeitura Municipal de Macapá;

• PT_21 – Cemitério Nossa Senhora da Conceição.

Orlas

Foi previsto por esse projeto iluminação de destaque para a Orla e Balneário da Fazendinha, a qual possui diversos

equipamentos esportivos e de lazer e um palco com concha acústica.

Conforme definido pelo Plano de Iluminação de Destaque, as diretrizes voltadas para a valorização da vegetação

arbórea, das esculturas, monumentos, equipamentos esportivos e sociais devem seguir as mesmas diretrizes

definidas para as Praças, Parques e Áreas Verdes.

A concha acústica será iluminada através de projetores LED RGB, locados em postes e que iluminarão o exterior da

estrutura, com possibilidade de reproduzir diferentes cores atreladas a datas cívicas ou eventos.

Os espaços contemplados pelo projeto de iluminação de destaque de Macapá estão relacionados na Tabela 55.

Praças, Parques e Áreas Verdes Prédios e Monumentos Orlas

Praça da Bandeira Fortaleza de São José de Macapá Orla e Balneário da Fazendinha

Praça Floriano Peixoto Mercado Central

Praça Nossa Senhora da Conceição Igreja de São José de Macapá

Praça Veiga Cabral e Avenida Mário Cruz

Pedra do Guindaste

Arena Boné Azul Prefeitura Municipal de Macapá

Praça do Alvorada Cemitério Nossa Senhora da Conceição

Praça Nova Esperança Antigo Fórum da Capital

Praça Nossa Senhora de Fátima Colégio Amapaense

Praça Izac Zagury Trapiche Eliezer Levi

Parque do Forte Poço do Mato

Curiau - Deck do Curiaú Estádio Municipal Glicério Souza Marques (Glicerão)

Parque Zoobotânico de Macapá Catedral de São José

Praça Jardim Felicidade II

Praça Radialista Agostinho Nogueira de Souza

Arena Marabaixo

Praça Chico Noé

Praça Barão do Rio Branco I

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Praças, Parques e Áreas Verdes Prédios e Monumentos Orlas

Praça Barão do Rio Branco II

Parque Marlindo Serrano

Praça de Lazer Raimunda Rodrigues Capiberibe

Praça Jaci Barata Jucá

Tabela 55 – Espaços atendidos pelo projeto de iluminação de destaque Fonte: Autoria própria

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Quantidades

O resumo das quantidades de equipamentos e luminárias resultantes das propostas constante no Anexo II do Produto 13 - Plano de Iluminação de Destaque, relacionados por tipo de espaço, é dado pela Obs: O sistema DMX previsto nesta tabela foi dimensionado para a quantidade de projetores RGB estimada. Tabela 56.

Especificação

Quantidade de Pontos

Praças, Parque e Áreas Verde

Prédios e Monumentos

Orlas

Luminária LED "post-top", de até 110W de potência, temperatura de cor de 3000K (± 300K) , IRC ≥ 80, índices de proteção mínimos IP66 e IK06.

-

84

Luminária LED embutido de solo de 35W de potência, temperatura de cor de 3000K (± 300K), IRC ≥ 75, índices de proteção mínimos IP67 e IK10

484

78

-

Projetor LED RGB, de 45W de potência, índices de proteção mínimos IP66 e IK06.

8

86

-

Projetor LED, de 68W de potência, temperatura de cor de 3000K (± 300K), IRC ≥ 85, índices de proteção mínimos IP66 e IK06

-

24

-

Projetor LED, de 100W de potência, temperatura de cor de 3000K (± 300K), IRC ≥ 85, índices de proteção mínimos IP66 e IK06

522

-

42

Projetor LED, de 45W de potência, temperatura de cor de 3000K ± 300K), IRC ≥ 85, índices de proteção mínimos IP66 e IK06

-

103

-

Projetor LED RGB, de 72W de potência, índices de proteção mínimos IP66 e IK06

-

12

10

Projetor LED RGB, de 150W de potência, índices de proteção mínimos IP66 e IK06

96

52

-

Projetor LED, de 300W de potência, temperatura de cor de 3000K (± 300K), IRC ≥ 70, índices de proteção mínimos IP65 e IK06

174

72

-

Sistema de controle DMX com módulo a ser utilizado em painel local, com no mínimo 512 canais de programação por software aberto através de conexão direta por cabo ou remoto com possiblidade de controle por internet

-

6

1

Poste de aço galvanizado de 4 metros. 84

Poste circular de concreto. 132 63 -

Cruzeta metálica para projetores 132 63 -

Obs: O sistema DMX previsto nesta tabela foi dimensionado para a quantidade de projetores RGB estimada. Tabela 56 – Quantitativo do projeto de iluminação de destaque

Fonte: Autoria própria

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8.1.3. Praças, Parques e Passeios Públicos

Neste item estão considerados os pontos de iluminação pública que foram localizados dentro de praças, parques,

áreas verdes ao longo das orlas, passeios públicos, dedicados à iluminação de passeio e áreas de contemplação. O

quantitativo da rede atual de iluminação pública está apresentado na Tabela 57.

Tipo de Logradouro Quantidade de Pontos

Praças, parques e passeios públicos 1.605

Tabela 57 – Quantitativos de pontos de praças, parques e passeios públicos Fonte: Autoria própria

Os 1.605 pontos estão distribuídos em praças, parques e passeios públicos que serão modernizados e eficientizados

devem minimamente as seguintes diretrizes:

• os caminhos dos pedestres e calçadas entorno às praças devem atender aos requisitos mínimos de iluminância da classe de iluminação P2, conforme NBR-5101;

• Os equipamentos esportivos e sociais (quadras, campos, playgrounds e equipamentos de ginásticas) devem receber uma iluminância média mínima de 100 lux, com uniformidade mínima de 0,3.

• As áreas de descanso e contemplação devem alcançar o nível de iluminância mínimo médio de 5 lux,

• A temperatura correlata de cor para as vias de pedestres e áreas em geral das praças e parques é limitada à 3.000K;

• Para os equipamentos esportivos (quadras, campos, playgrounds e equipamentos de ginásticas) a temperatura de cor deverá ser de 5.000K.

Dimensionamento da modernização Conforme informações do item 5.1.2. do Diagnóstico Técnico de Rede, 90% (9 de 10 praças de amostras) das praças, parques e passeios atendem aos requisitos de iluminância mínima média da classe de iluminação P2 (acima de 10 lux) da NBR-5101. A condição geral para iluminação atual desses espaços foi avaliada como boa, indicando a necessidade de poucas intervenções para que se atinja um nível de iluminação com qualidade. Pelo atendimento as premissas de índice de reprodução de cor (<70) e a definição de temperatura correlata de cor (3.000 k para os caminhos de pedestres e áreas gerais, e 5.000k para os equipamentos esportivos) haverá um ganho significativo a qualidade da iluminação desses espaços e proporcionará condições adequadas de uso. O dimensionamento para os itens de praças, parques e passeios públicos considerou as 64 praças, parques, arenas, quadras e outros logradouros que possuem áreas de convivência que são atendidos com iluminação. A relação desses logradouros, abrangidos neste item é apresentada na Tabela 57.

Praças, parques e passeios públicos.

1 Arena Boné Azul

33 Praça Do Skate/ Do Sr. Chicó

2 Arena de Futebol do Bairro do Zerão

34 Praça Duque De Caxias

3 Arena do Marabaixo II

35 Praça Equinócio

4 Arena do Muca

36 Praça Escola Neusona

5 Arena Esportiva Alberto

37 Praça Escola Rivanda Nazaré

6 Arena Esportiva Pantanal

38 Praça Floriano Peixoto

7 Arena Marabaixo

39 Praça Izac Zagury

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Praças, parques e passeios públicos.

8 Campo da Fazendinha

40 Praça Jacy Barata Jucá - Beira-Rio

9 Campo do Currú

41 Praça Jardim Felicidade

10 Canteiro R. Benedito Lino do Carmo

42 Praça Jardim Felicidade Ii

11 Curiau - Deck do Curiaú

43 Praça José Tupinambá

12 Parque do Forte

44 Praça Nossa Senhora da Conceição

13 Parque Marlindo Serrano

45 Praça Nossa Senhora de Fátima

14 Parque Zoobotânico de Macapá

46 Praça Nossa Senhora de Fátima II

15 Praça da Bandeira

47 Praça Nova Esperança

16 Praça Av. Antônio Vidal

48 Praça R. 1º De Janeiro

17 Praça Av. Cabo Velho

49 Praça R. Antônio P. da Costa

18 Praça Av. Clodóvio Coelho

50 Praça R. Raul C. P. Callins

19 Praça Av. dos Aimorés

51 Praça Radialista Agostinho Nogueira de Souza

20 Praça Av. Pernambuco

52 Praça Santa Inês

21 Praça Barão do Rio Branco I

53 Praça Vale Verde

22 Praça Barão do Rio Branco Ii

54 Praça Veiga Cabral e Avenida Mário Cruz

23 Praça Caixa D'água

55 Praça José Bonifácio

24 Praça Chico Noé

56 Quadra Av. Alzil Da Silva Maia

25 Praça da Bacia das Pedrinhas

57 Quadra Av. Dos Ipês

26 Praça De Baixo Do Cabralzinho

58 Quadra Av. Floresta

27 Praça de Cima do Cabralzinho

59 Quadra Av. Raimundo Nery De Matos

28 Praça do Alvorada

60 Quadra R. da Felicidade

29 Praça do Caese

61 Quadra R. Dos Piquiás

30 Praça Do Castanhal

62 Quadra R. Vinte Nove de Julho

31 Praça do Muca

63 Quadras R. Vila Operária

32 Praça do Poeirão

64 Segunda Arena Do Zerão

Tabela 58 – Resumo de quantidades para modernização das praças, parques e passeios públicos Fonte: Autoria própria

Para a iluminação dos trajetos de pedestre e perímetros desses espaços é previsto a utilização da estrutura existentes,

com a previsão de reposicionamento e complementação de postes, de modo a garantir o atendimento aos requisitos

de iluminância e uniformidade.

O resultado da estimativa de quantidades materiais, luminárias e equipamentos necessários a modernização,

estimando-se um acréscimo de 10% na quantidade de pontos para atendimento integral dos requisitos aqui definidos,

é relacionado na Tabela 59.

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Migração Tecnológica

Descrição

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W)

Quantidade de Pontos

Potência (W)

Quantidade de Pontos

Potência (W)

Quantidade de Pontos

Luminária 22 94 23 94 - -

Luminária 38 5 34 5 42 99

Luminária 53 92 53 92 54 92

Luminária 71 12 79 12 80 12

Luminária 102 4 104 4 100 4

Projetores 150 1.398 147 1.398 147 1.398

Remodelagem

Descrição

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W)

Quantidade de Pontos

Potência (W)

Quantidade de Pontos

Potência (W)

Quantidade de Pontos

Luminária 53 21 53 21 54 21

Projetores 150 140 147 140 147 140

Poste de aço galvanizado de 4 metros. - 21 - 9 - 21

Poste circular de concreto. - 23 - 23 - 23

Tabela 59 – Resumo de quantidades para modernização das praças, parques e passeios públicos Fonte: Autoria própria

Para a aferição dos níveis de iluminância e uniformidade alcançados nos caminhos de pedestres, deverá ser utilizado

a medição de uma malha única formada em um acesso eleito aleatoriamente, que interligue o exterior ao interior de

uma praça ou parque. Para caminhos que apresentem uma largura de até 3 metros, deverão ser medidos pontos a

cada 2,5 metros ao centro do trajeto (Figura 40) e para os que apresentarem largura acima de 3 metros, deverão ser

medidos pontos à 25% da largura em ambos as laterais dos caminhos a cada 2,5 metros de distância (Figura 41).

Figura 40 – Malha para medição de caminhos de pedestres até 3 metros de largura

Figura 41 – Malha para medição de caminhos de pedestres acima de 3 metros de largura

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A iluminância média (Eméd) será obtido através do valor médio dos pontos medidos, que é dado pela fórmula:

𝐸𝑚é𝑑 =∑ 𝑃𝑖𝑛

𝑖=1

𝑛

E o valor da uniformidade de iluminância é calculado conforme requisitos da NBR-5101, ou seja, pela

proporcionalidade entre o valor mínimo de iluminância medido pelo médio calculado, que é obtido pela fórmula:

𝑈 =𝐸𝑚í𝑛

𝐸𝑚é𝑑

8.2. Área 2 (Distritos de Carapanatuba, Maruanum, Pedreira, São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí)

Neste item são apresentadas as soluções que foram propostas para a modernização e eficientização dos pontos de

iluminação pública que estão posicionados geograficamente dentro da área 2 definida no item 4.2 deste relatório. A

quantidade total de pontos existente na área 2 para referência do estudo deste item está demonstrada na Tabela 60.

Tipo de Logradouro Quantidade de Pontos

Vias rurais e arruamentos de distritos afastados (V5 e P4) 961

Tabela 60 – Quantidade de pontos existentes por tipo de logradouro da área 2 Fonte: autoria própria

O tipo de logradouro existente na área 2 corresponde, exclusivamente, a vias de tráfego de veículos, com um baixo

fluxo.

Como definido no item 7.1.2 deste relatório, a classe de iluminação para as vias de veículos existentes nesses distritos

é V5 e para vias de pedestre é P4.

As premissas luminotécnicas adotadas serão as mesmas já definidas no item 6, que para os logradouros dessa área

que são: índice de reprodução de cor de 70% e temperatura correlata de cor das fontes de 3.000k.

Para a definição da solução de iluminação da área 2 foram realizadas simulações luminotécnicas de acordo com as

informações obtidas pelas análises do item 7.1.2, cujos parâmetros das duas vias típicas de referência são

demonstrados na Tabela 61.

Via Classe de Iluminação

(Vias)

Classe de Iluminação (Pedestres)

Disposição das

Luminárias

Distanciamento entre as

Luminárias* (m)

Calçada (m)

Via (m)

Calçada (m)

Representatividade

Via Típica 1 – Área 2

V5 P4 Unilateral A - 45 B - 35 C - 40

2 10 2 20%

Via Típica 2 – Área 2

V5 P4 Unilateral 45 2 7 2 80%

(*): Foi adotado distanciamento entre luminárias diferentes para cada fabricante em função do atendimento dos

requisitos de uniformidade de iluminância.

Tabela 61 – Vias típicas das simulações luminotécnicas para área 2

Fonte: Autoria própria

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A via típica 1 representa as vias de comunicações das localidades, e a via típica 2 representa os arruamentos e demais

vias. O resultado luminotécnico do atendimento de cada via, por fabricante é dado pela Tabela 62, ilustrado pela

Figura 42.

Via Fabricante Potência

(W)

Calçada (P4) Via (V5) Calçada (P4)

Em>3 lux U>0,2 Em>5 lux U>0,2 Em>3 lux U>0,2

Via típica 1 – Área 2

A 60 3,12 0,25 7,45 0,23 3,52 0,49

B 53 3,14 0,70 8,74 0,42 3,99 0,66

C 80 4,36 0,40 7,31 0,40 4,49 0,70

Via típica 2 – Área 2

A 38 3,25 0,20 5,34 0,26 4,63 0,43

B 53 3,00 0,32 6,56 0,20 3,49 0,43

C 55 4,23 0,31 6,06 0,26 3,48 0,37

Tabela 62 – Resultados luminotécnicos das vias típicas da área 2

Fonte: Autoria própria

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Figura 42 – Perspectiva com cores falsas da via típica 1 da área 2 Fonte: DIAlux, edição própria

Previu-se que todos os braços de iluminação pública dessa área sejam substituídos por braços dos tamanhos médios,

pois o diâmetro do tubo que forma o corpo dos braços existentes é inferior à 30mm.

É previsto o incremento de novos pontos para suprir a deficiência dos espaçamentos que são superiores aos

parâmetros utilizados no cálculo. Cada fabricante apresentou uma necessidade particular de incremento devido aos

espaçamentos diferentes adotados em função do desempenho de cada luminária.

Com os resultados obtidos pelas simulações luminotécnicas dos três fabricantes e, considerando a representatividade

de cada via típica apresentada na Tabela 61(*): Foi adotado distanciamento entre luminárias diferentes para cada

fabricante em função do atendimento dos requisitos de uniformidade de iluminância.

Tabela 61, pode-se projetar para toda a rede de iluminação pública da área 2 a perspectiva de modernização e

eficientização conforme a Tabela 63.

Área 2 - Substituição de Luminárias

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W)

Percentual Quantidade Total

Potência (W)

Percentual Quantidade Total

Potência (W)

Percentual Quantidade

Total

38 80% 769 53 100% 961 55 80% 769

60 20% 192 - - - 80 20% 192

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Área 2 – Remodelagem

Substituição

item

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Percentual Quantidade

Total Percentual

Quantidade Total

Percentual Quantidade

Total

Braço médio 100% 961 100% 961 100% 961

Instalação de Luminárias (Incremento de novos pontos)

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W)

Percentual Quantidade Total

Potência (W)

Percentual Quantidade

Total Potência

(W) Percentual

Quantidade Total

38 8,26% 79 53 17,85% 171 55 8,26% 79

60 2,06% 20 - - - 80 4,09% 39

Instalação de Braços (Incremento)

Item

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Percentual Quantidade

Total Percentual

Quantidade Total

Percentual Quantidade

Total

Braço médio 10,32% 99 17,85% 171 12,35% 118

Tabela 63 – Perspectiva de modernização da rede de iluminação pública da área 2 Fonte: autoria própria

A projeção de eficiência energética com a modernização da rede de iluminação pública da área 2 dos três fabricantes

é demonstrada na Tabela 64.

Rede de Iluminação Pública Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Carga instalada atual 87,85

Carga instalada modernizada 44,9 60,0 65,1

Eficiência energética 48,9% 31,8% 26,0%

Tabela 64 – Projeção de eficiência energética da rede de iluminação pública da área 2 Fonte: autoria própria

O resumo de materiais previstos, da melhor solução técnica, fornecedor A, para viabilidade para a implementação

dessa solução, é detalhado na Tabela 65.

Material Quantidade de Pontos

Substituição Incremento

Luminárias 961 99

Braços 961 99

Poste de concreto 99

Circuito aéreo (m) 4.455

Tabela 65 – Resumo de materiais de modernização da área 2 Fonte: autoria própria

As extensões de vias e arruamentos que atualmente não são atendidas pela rede de iluminação pública da área 2

serão tratadas como demanda reprimida.

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8.3. Área 3 (Distrito de Bailique)

Neste item são apresentadas as soluções propostas para modernização e eficientização dos pontos de iluminação

pública existentes da área 3, que corresponde exclusivamente ao Distrito de Bailique, considerando todas as

particularidades que foram possíveis de se compreender ao longo do desenvolvimento desse projeto.

Para determinar a quantidade de luz necessária a área 3 foi considerado a condição das passarelas de vias de pedestres

de baixo fluxo, e conforme definição da NBR-5101 a classe de iluminação para essas vias é P4.

A quantidade de pontos total da área 3 e que faz parte do estudo deste item é apresentada na Tabela 66.

Tipo de Logradouro Quantidade de Pontos

Vias rurais e arruamentos de distritos afastados (P4)

97

Tabela 66 – Quantidade de pontos por tipo de logradouro da área 3 Fonte: autoria própria

Para análise de viabilidade técnica do alcance dos níveis luminotécnicos da NBR-5101 nessa área, foi realizada a

simulação luminotécnica em uma via típica que representasse as condições reais. Na Tabela 67 são apresentadas as

dimensões da via e a característica da infraestrutura de iluminação pública existente para a realização da simulação

luminotécnica.

Via Classe de

Iluminação (Pedestres)

Disposição das

Luminárias

Distanciamento entre as Luminárias

(m)

Passarela (m)

Via típica 1 – Área 3 P4 Unilateral 45 3

Tabela 67 – Quantidade de pontos por tipo de logradouro da área 3 Fonte: autoria própria

Essa via típica representa todas as passarelas, que é o único tipo de via existente na área 3.

As luminárias LED a serem usadas para iluminação dessas áreas apresentará temperatura de cor (TCC) da ordem de

3.000 K, e índice de reprodução de cor de 70% conforme já definido no item 6.

O resultado luminotécnico do atendimento desta via, por fabricante é dado pela Tabela 68, ilustrado um exemplo

pela Figura 43.

Via Fabricante Potência

(W)

Passarela (P4)

Em>3 lux U>0,2

Via típica 1 – Área 3

A 22 3,96 0,20

B 23 4,33 0,24

C 42 6,23 0,30

Tabela 68 – Resultados luminotécnicos das vias típicas da área 3

Fonte: Autoria própria

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Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Figura 43 – Perspectiva com cores falsas da Via Típica 1 - Área 3 Fonte: DIAlux, edição própria

Previu-se que todos os braços de iluminação pública dessa área sejam substituídos, pois o diâmetro do tubo que

forma o corpo dos braços existentes é inferior à 30mm.

Com os resultados obtidos pelas simulações luminotécnicas dos três fabricantes, projeta-se para toda a rede de

iluminação pública da área 3 a perspectiva de modernização e eficientização, conforme Tabela 69.

Via Quantidade de Pontos Potência (W)

Substituição Incremento Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Via típica 1 – Área 3 97 - 22 23 42

Tabela 69 – Perspectiva de modernização da rede de iluminação pública da área 3 Fonte: autoria própria

A projeção de eficiência energética com a modernização da rede de iluminação pública da área 3 dos três fabricantes

é demonstrada na Tabela 70.

Rede de Iluminação pública Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Carga instalada atual 8,15 8,15 8,15

Carga instalada modernizada 2,13 2,23 4,07

Eficiência energética 73,8% 72,6% 50,0%

Tabela 70 – Projeção de eficiência energética da rede de iluminação pública da área 3 Fonte: autoria própria

Sendo que a eficiência energética média resultante das simulações com três fabricantes é de 65,5%.

Para modernização da área 3, é previsto apenas a substituição dos pontos de iluminação pública existentes que

derivam da rede de distribuição de energia elétrica. O resumo de materiais previstos para viabilidade para a

implementação dessa solução é detalhado na Tabela 71.

Material Quantidade

Substituição

Luminárias 97

Braços 97

Tabela 71 – Resumo de materiais de modernização da área 3 Fonte: autoria própria

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A solução de implantação de pontos com postes solares autônomos14 não foi considerada pelas seguintes condições:

i) a maioria das localidades já estão providas com rede de distribuição de energia elétrica, mesmo que precária; ii) as

luminárias autônomas possuem um alto custo de implantação em comparação com a iluminação convencional; iii)

os postes solares demanda a substituição dos bancos de baterias bienalmente, representando também um alto custo

operacional.

A implantação de novos pontos para o atendimento das passarelas não atendidas com rede de iluminação pública

será abordada como demanda reprimida.

Há de se considerar que, na área 3, serão encontradas situações de pontos de iluminação pública que estão instalados

isoladamente, ou seja a uma distância superior a 140 metros de outro ponto de iluminação pública, provendo

clareamento a locais de relevante importância para a população local, e seguindo o mesmo tratamento de requisitos

luminotécnicos já definidos para a área 3, o entorno desse ponto isolado deve atender aos níveis de iluminância e

uniformidade para vias de classe de iluminação P4.

Durante a concessão isso deve fazer parte da apuração de desempenho, e a proposta desse projeto é que a medição

seja realizada em uma malha única para a aferição de desempenho, tomando como referência o próprio ponto isolado.

Serão registrados os valores de iluminância de 9 pontos ao longo da via, formando uma grade 9x9. A Figura 44 ilustra

a malha de medição exclusiva para aferição de desempenho de pontos isolados da área 3

Figura 44 – Malha de medição para pontos isolados da área 3

A iluminância média (Eméd) será obtido através do valor médio dos pontos medidos, que é dado pela fórmula:

𝐸𝑚é𝑑 =∑ 𝑃𝑖6

𝑖=1

6

E o valor da uniformidade de iluminância é calculado conforme requisitos da NBR-5101, ou seja, pela

proporcionalidade entre o valor mínimo de iluminância medido pelo médio calculado, que é obtido pela fórmula:

𝑈 =𝐸𝑚í𝑛

𝐸𝑚é𝑑

14 Postes solares autônomos são caracterizados pelo conjunto poste, luminária, unidade de geração solar e banco de baterias, recomendada para instalação em locais onde não haja acesso à rede de distribuição.

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9. Sistema de Telegestão

O sistema de telegestão proposto abrangerá os pontos de iluminação pública das vias com classe V2 e V3, dispostas

exclusivamente na área 1.

O sistema de telegestão de iluminação pública será um sistema de gerenciamento remoto com equipamento

inteligente instalado em cada luminária que consegue medir diversos dados e executar comandos, os quais são

transmitidos bidireccionalmente por meio de uma rede de comunicação até o CCO - Centro de Controle Operacional

- e garante que o operador da rede saiba a exata localização de cada ponto e receba quase instantaneamente

informações de desempenho e de falhas, como exemplo, lâmpadas queimadas no sistema. Essa agilidade visa facilitar

a manutenção da rede, pois a identificação dos problemas não depende apenas de rondas e da percepção dos usuários.

Além dos alertas em casos de anormalidades, o sistema permite programar varreduras periódicas, que fornecem

dados para análises mais amplas do funcionamento da rede. As informações individualizadas dos pontos de consumo

também permitem maior controle sobre os gastos com energia. Hoje, de acordo com a Resolução Homologatória

2.950/2019 da ANEEL, para efeitos de cálculo de consumo, a conta de eletricidade considera que cada lâmpada fica

ligada 11h29 por dia, exceto em casos excepcionais. Com o sistema de telegestão, o consumo acumulado do sistema

pode ser registrado com exatidão e o operador pode controlar a intensidade de cada luminária de LED, racionalizando

o uso de energia e ampliando a eficiência operacional, desde que respeitando os índices mínimos luminotécnicos

definidos para cada tipo de via.

9.1. Caracterização e Funcionamento

O Sistema de Telegestão é caracterizado pela comunicação dos dispositivos de campo (controladores e

concentradores) com equipamentos centrais que permitem aos operadores controlar e observar as condições da rede

de forma remota, a partir do CCO. A capacidade de acessar os dados ou comandar cada luminária individualmente,

por meio de transmissão de dados bidirecional, garante que diferentes estratégias de racionalização possam ser

implementadas de forma eficiente e em escala. Na Figura 45 podemos verificar de forma simplificada o

funcionamento do Sistema.

Figura 45 – Esquema de comunicação do sistema de telegestão.

Fonte: Autoria própria

A estrutura do sistema de telegestão é formada por sistema centralizado de telegestão, concentradores ou gateway e

controladores das luminárias. Cada componente dessa estrutura desempenha funções relativa as características

técnicas que viabiliza o gerenciamento remoto em tempo real pró ativamente na rede de iluminação pública.

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Ganhos com o Sistema

São considerados como parte do sistema de telegestão apenas os pontos que permitam transmissão de dados de

forma bidirecional a fim de se obter monitoramento completo, programação e controle integral individualizado das

luminárias. Espera-se que a tecnologia permita que se alcancem os seguintes ganhos:

• Redução relevante do consumo de energia elétrica pela funcionalidade de medição das grandezas elétricas,

proporcionando elementos técnicos para revisões nos períodos (11 horas e 29 minutos) de estimativa de

cálculo de consumo junto a CEA;

• Redução das horas em operação, e consequente aumento da vida útil, das luminárias;

• Antecipação ao chamado dos usuários, tratando de forma proativa as falhas;

• Redução do deslocamento de equipes, em especial em localidades de difícil acesso;

• Redução do número de luminárias acesas inadequadamente;

• Redução do número de luminárias apagadas em período noturno; e

• Implantação de Rede de Comunicação Inteligente ampla, que propicie o estabelecimento de outros serviços

inteligentes (smart cities).

Todos os ganhos supracitados ficam comprometidos pela utilização de um sistema que não conte com taxa de

transmissão adequada, alta confiabilidade e disponibilidade, ou que não permita sua expansão de forma natural e

não vinculada a um fabricante específico.

9.1.1. Sistema Centralizado da Telegestão

O sistema centralizado de telegestão é um software para processamento, interface e armazenamento das informações

coletadas pelos dispositivos de campo, permitindo ao usuário transmitir e programar comandos de ligar, desligar e

alterar set-point de dimerização das luminárias de forma individualizada, em grupo ou em zonas. Toda informação

solicitada ou transmitida pelo sistema central de telegestão é enviado via internet aos concentradores, podendo se

executar comandos de forma pontual ou via estratégias de programação de dimerização para racionalização do uso

de energia elétrica. O sistema é capaz de efetuar varreduras com frequência pré-determinada, em intervalos

programados pelos operadores, por toda rede de iluminação pública telegerida, disponibilizando informações que

podem compor o histórico de operação. Existe uma gama bastante ampla de sistemas centralizados de telegestão,

porém muitos deles são atrelados a fabricantes. Nesse estudo considera-se um sistema independente de código aberto

e com todas as funcionalidades para aumentar o nível de serviço oferecido.

Tipicamente os sistemas de telegestão seguem o fluxo de informação desenhado na Figura 46.

CCO Dispositivos de Campo

Figura 46 – Fluxo de informação do sistema de telegestão

Fonte: Autoria própria

Sistema Centralizado de

TelegestãoConcentradores Controladores Luminárias

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Processamento, Armazenamento e Hospedagem

Caso a opção seja por rack dedicado, é necessário espaço físico em local seguro, climatizado e com acesso controlado

para acomodação, que contará com servidores, storages, equipamentos de rede, UPS (no break) e outros.

A operacionalidade, processamento e armazenamento do sistema centralizado de telegestão deve ocorrer em

ambiente de servidor em nuvem (cloud computing), permitindo o acesso de operadores ao sistema em qualquer

máquina, dispositivo móvel em qualquer local e momento necessitando apenas da conexão à internet. A arquitetura

dessa tecnologia fornecida como serviço, permite a redução com os custos de infraestrutura, centralização da

informação, menores custos com equipe de tecnologia da informação, escalabilidade do sistema e qualidade em

segurança. O serviço de servidor em nuvem a ser contratado para o sistema centralizado de telegestão deve possuir

controles de acesso aos dados e sistema de gestão da segurança da informação que atenda aos requisitos das normas

da família ISO 27.000, destacando entre essas as ISO 27.001, ISO/IEC 27.002, ISO/IEC 27.017 e ISO 27.019 e estar

de acordo com a Lei federal nº 13.709/18 que dispõe sobre a proteção de dados pessoais.

Interface

A interface do sistema centralizado de telegestão deve permitir a integração às demais funções do centro de controle

e operação (CCO) da rede de iluminação pública de Macapá, com um módulo do sistema informatizado de gestão de

iluminação pública (SGIP), permitido a atualização de informação de modo bidirecional. A interface de usuário deve

ser totalmente web, compatível com os principais navegadores de mercado independentemente do sistema

operacional instalado na máquina (Windows, Linux, Ios, Android e etc.), por onde será possível executar todas as

funções relacionadas ao sistema de telegestão, de forma que tenha acesso unificado a todas as funcionalidades do

sistema diferenciando o tipo de acesso pelo perfil do usuário.

A janela de visualização do sistema imprime todos os componentes do sistema de telegestão (concentradores,

controladores e luminárias) em uma base cartográfica georreferenciada de mapa com a alternativa para fotos de

satélite, tendo como ferramenta de visualização a possibilidade de se ampliar ou reduzir a visualização de uma

determinada área do município. É possível ainda a integração com serviços do Google (StreetView) ou similar,

permitindo ao usuário acessar informações complementares para sua consulta.

Pelo sistema o usuário poderá acessar individualmente, ou em grupo, as informações em tempo real de todos os

componentes do sistema de telegestão, sendo permitido a seleção visual com a abertura instantânea de uma pequena

janela com informações básicas (código de identificação, tipo de componente e status). A mesma funcionalidade de

seleção poderá ser usada para o acesso ao histórico de informações de operação.

O sistema centralizado de telegestão possui ferramentas e módulos de processos que desempenha as seguintes

funcionalidades:

• Armazenamento de log de operações realizadas no sistema e o recebimento e gravação de mensagens

oriundas da rede, bem como, um sistema de recuperação de informações em caso de falha no servidor

principal;

• Configuração e parametrização do banco de dados do sistema por meio de interface web, sem a necessidade

de instalação de outros aplicativos, permitindo a extração de dados do sistema por meio de ferramenta nativa,

interativa, que indica os campos coletados e gera de arquivos aptos a serem integrados em outros sistemas

externos, possibilitando também, a visualização dos dados gerados em formato CSV e outros;

• Arquitetura que permite ser instalada e configurada de forma fácil em diferentes ambientes, conforme

definição do cliente. Suportar de porta de forma nativa, os padrões de conectividade https e mostrar o

certificado de segurança instalado na própria página de acesso;

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• Acesso ao histórico de informações de operação armazenadas;

• Acesso em tempo real às informações de todos os dispositivos de campo do sistema de telegestão, inclusive

da luminária, expostos graficamente em um mapa da cidade;

• Criação de grupos de luminárias para execução de comandos ou programações customizadas;

• Configuração de coleta de informações de campo em períodos e intervalos de integração para geração de

relatórios e apresentação às concessionárias de distribuição de acordo com os Módulos 5 e 6 do PRODIST

(Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional) da ANEEL, que

correspondem respectivamente à Sistemas de Medição e Qualidade de Energia Elétrica;

• Programação o tempo de varredura de informações do sistema de telegestão;

• Salvamento de comandos enviados demonstrando seu sucesso ou falha, tempo de execução, parâmetros

enviados;

• Cálculo do consumo de energia elétrica, individualmente ou de grupo de luminárias: i) por meio das

informações de tempo de operação e potência dos dispositivos de campo; e ii) estimativa de tempo de

operação definido pela resolução 414 da ANEEL;

• Exportação de resultados das consultas nos mapas em formato kmz (Google Earth) ou shp (Shpaefile) de

forma nativa e interativa, sem customização por meio de código fonte;

• Exportação de resultados das informações mostradas em relatórios em formato csv e xml de forma nativa e

interativa, sem customização por meio de código fonte;

• Criação, edição e exclusão de perfis de usuário, sendo possível definir restrições e permissões de acesso as

funcionalidades do sistema, através de um perfil matriz;

• Criação de padrões de senha, tais como: tamanho, caracteres permitidos e caracteres especiais, bem como,

uma lista de senhas não permitidas;

• Criação de arquivos de integração por emio de interface gráfica, possibilitando que o resultado dos filtros

provenientes desses serviços web sejam gerados formato de arquivo xls, csv nativo ou outro uma vez definido

pelo cliente;

• Identificação das informações que foram importadas ou exportadas de arquivos ou processos externos

demonstrados através de relatórios de fácil visualização;

• Mecanismos de segurança de dados, como a codificação dos dados transmitidos na comunicação com cada

terminal. Possui diferentes critérios de segurança aplicados a diferentes camadas de comunicação, de forma

que concentradores e terminais somente são acessados por dispositivos autorizados;

• Operação de dispositivos com outras características instaladas na mesma rede, caracterizando uma estrutura

de rede operada no conceito multiplicação. Possibilitar o uso de dispositivos de medição de consumo de

energia elétrica instalado na mesma rede dos dispositivos de iluminação.

Será possível a criação de perfis de usuário, com a determinação de acesso às funcionalidades de gestão e operação

do Sistema, com ao menos 3 níveis de perfis de usuário:

i) Gestor: este usuário terá acesso a execução das funcionalidades de criar e excluir perfis de acesso,

podendo definir as aplicações e permissões específicas para cada aplicação, definir e modificar os

padrões de senhas; definir ou modificar padrões de relatórios; cadastrar e alterar informações dos

componentes de campo da rede de telegestão, inclusive as luminárias; gerar e exportar relatórios;

controle e operação remota das luminárias, como criar e modificar grupos, programações, acionar e

dimerizar luminárias.

ii) Operador: este usuário terá acesso ao cadastramento e alteração das informações dos componentes

de campo da rede de telegestão, inclusive as luminárias; gerar e exportar relatórios; controle e

operação remota das luminárias, como criar e modificar grupos, programações, acionar e dimerizar

luminárias; e

iii) Verificador: este usuário terá acesso ao cadastramento e alteração das informações dos componentes

de campo da rede de telegestão, inclusive as luminárias; definir ou modificar padrões de relatórios;

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gerar e exportar relatórios; visualizar em tempo real as informações dos componentes da rede de

telegestão.

9.1.2. Concentradores

Os concentradores fazem a interface entre milhares de controladores e o sistema centralizado. Tipicamente,

comunicam-se por meio da internet com ip fixo e poderão ser instalados em postes, topo de prédios ou torres. Esses

dispositivos são chaves para a disponibilidade e velocidade do sistema como um todo. O concentrador é, na verdade,

um ponto de acesso, utilizado para transmitir via 3g/4g/gprs os dados entre o sistema centralizado de telegestão e os

controladores sem que nenhum grande processamento seja realizado. Essa característica permite que haja

redundância nos caminhos para os controladores alcançarem o sistema centralizado de telegestão e tornar o controle

da rede de iluminação pública mais distribuído, eliminando o risco da perda de grande porção da rede pela perda de

um único dispositivo concentrador.

Os concentradores permitem funcionalidades diversas, cujas características que viabilizam essas são:

• Permitir a atualização de sistemas e configurações de parâmetros internos de forma remota;

• Capacidade de gerenciar controladores e se comunicar com outros concentradores com versões de hardware

e firmware diferentes na mesma rede (controle de legado);

• Capacidade de gerenciar no mínimo 500 controladores;

• Garantir seu funcionamento autônomo de no mínimo 6 horas em caso da perda do fornecimento de energia

elétrica;

• Suportar conexões físicas diversas com a internet (ethernet/lan, 3g, 4g, gprs, lte);

• Capacidade de reconectar-se automaticamente com o servidor da aplicação (watchdog para monitoramento

de serviços do seu sistema operacional e testes de conectividade);

• O gerenciador de rede possui monitoramento funcional dos serviços internos do seu sistema operacional

(interface remota para visualização do estado dos serviços que rodam no gerenciador);

• Possibilitar a exportação de dados (logs dos serviços internos, estado das Redes, dados do Sistema

Operacional, estatísticas de uso do hardware, interfaces de redes tcp/ip, conectividade da conexão com a

internet móvel, dados da vpn);

• Possuir a funcionalidade de alertar o sistema de centralizado de gestão ao detectar anomalias no

funcionamento (queda de energia, bateria com carga baixa, temperatura de operação fora do normal,

memória interna cheia);

• Capacidade de armazenamento de no mínimo 100.000 mensagens no caso de perda de conexão com o

servidor; e

• Possibilitar o acesso remoto via vpn e ssh. A interligação com o servidor do sistema é viabilizada de forma

segura, garantindo a autenticação das partes interligadas e a criptografia dos dados que trafegarem entre elas

mediante criação de uma rede privada virtual (vpn).

9.1.3. Controladores Inteligentes

Os controladores inteligentes são dispositivos montados na parte superior e ligados fisicamente às luminárias através

de conectores de no mínimo 5 pinos capazes de receber comandos e transmitir informações das luminárias ao sistema

centralizado de telegestão, podendo também atuar como repetidor do sinal rf e ser capaz de manter o sistema

operacional em caso de falha de comunicação, pois entrarão no modo local, sem prejuízo para o funcionamento,

atuação das luminárias e aquisição de dados, que serão armazenados em memória interna e transmitidos

automaticamente ao sistema centralizado de telegestão quando reestabelecida a comunicação.

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Para a viabilidade do desempenho dos controladores na proposta do sistema de telegestão, esses dispositivos devem

apresentar minimamente às seguintes funcionalidades:

• Comunicação em tempo real: disponibiliza em tempo real, mediante requisição através do sistema

centralizado de telegestão, as variáveis medidas e permiti o controle remoto de desligamento/acionamento e

dimerização;

• Fotocélula local: equipados com o dispositivo para garantia do acionamento das luminárias em caso de

escurecimento em período diurno, ou falha na comunicação;

• Programação Remota: programação de acionamento e desligamento baseado em relógio de tempo real de

acordo com o calendário anual do nascer e do pôr do sol, programação da dimerização conforme possíveis e

perimidas tecnicamente;

• Possuir mecanismos de detecção de mudança do status da lâmpada (transição do estado da lâmpada ao ligar e desligar) e enviam mensagens ao servidor sempre que houver mudança. Possuir mecanismos que permitem a configuração de intervalo de tempo de envio de mensagem automática. O tempo programado padrão é definido pelo administrador do sistema, informado em minutos;

• Enviar mensagens automáticas no intervalo de tempo programado contendo as seguintes informações (no mínimo): i) valor da energia ativa (kW) e reativa (kvar); ii) corrente da luminária (A); iii) corrente do conjunto de iluminação (A); iv) tensão da rede de alimentação/operação do dispositivo (V); v) potência consumida (W); vi) Intensidade luminosa programada (em percentual); e vii) status do equipamento (aceso, acendendo, queimado, apagado, corrente elevada).

• Possui mecanismos de medição eletrônica de consumo de energia elétrica integrados ao dispositivo de iluminação sem visualização externa com a finalidade de realizar medições de consumo individuais;

• Possuir mecanismo para detectar queda de energia, que guarda a informação da data e horário da queda e transmitir quando religar e reconectar ao sistema;

• Capacidade de se comunicar com os concentradores em protocolo aberto à uma distância mínima de 1km.

• Os firmwares devem ser atualizados sempre que versões mais recentes estiverem disponíveis. As atualizações de firmware serão feitas através de métodos ota (over-the-air), garantindo que todo a rede de iluminação pública do sistema de telegestão esteja atualizada em pouco tempo e a um baixo custo operacional.

• Enviar informações de indicadores dos parâmetros elétricos, disponibilizando os seguintes dados para o Sistema de Telegestão:

i) Tensão (V);

ii) Corrente (A);

iii) Potência (W);

iv) Fator de potência (VA);

v) Frequência (Hz);

vi) Consumo acumulado (Wh).

vii) Estado (ligada / desligada / % de dimerização);

viii) Período acumulado de funcionamento (burning hours);

ix) Quantidade de chaveamentos acumulados.

x) Alarme de falha de luminária;

xi) Alarme de falha de driver;

xii) Alarme de lâmpada piscando;

xiii) Alarme de falta de tensão de alimentação; e

xiv) Alarme de operação além dos limites de tensão, potência, temperatura e fator de potência.

9.1.4. Protocolo e Armazenamento

Além do meio físico e da definição da tecnologia para transmissão dos dados, os diferentes equipamentos de rede e o

sistema centralizado de telegestão precisam estar “falando a mesma língua”, ou seja, precisam utilizar o mesmo

protocolo.

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Entre o controlador e a luminária, é previsto que seja possível a utilização de dois protocolos abertos e amplamente

difundidos: o DALI (digital addressable lighting interface) e o sinal 0 - 10V. A maioria absoluta dos fabricantes é

capaz de se comunicar em qualquer um dos dois protocolos. Para a comunicação do controlador com o concentrador

e do concentrador com sistema de centralizado de telegestão existem mais opções e também deverá ser optada por

protocolo aberto, capas de integrar componentes de variados fornecedores.

Pensando nisso, foram criados consórcios com o intuito de estabelecer protocolos abertos, dos quais os mais

proeminentes atualmente são: ALIS, TALQ e WiSun. Esse estudo levou em consideração apenas sistemas que se

comuniquem nos protocolos aberto citados, sem prejuízo da utilização de outro padrão aberto que surja e se

popularize ao longo da concessão.

9.2. Dimensionamento

Para o dimensionamento do sistema de telegestão serão considerados como referência a área de cobertura 4G de 4

operadoras de telefonia móvel, a disposição das vias V2 e V3 as quais os pontos de iluminação pública serão

integrantes do sistema de telegestão e a capacidade mínima de gerenciamento dos concentradores anteriormente

especificados.

Como definido, o sistema de telegestão incluirá os pontos de iluminação pública que estão dispostos nas vias de classe

V2 e V3, que estão localizadas geograficamente na área 1 definida nesse projeto. A Figura 47 destaca em linhas azuis

a disposição das vias atendidas pelo sistema de telegestão no município de Macapá.

Figura 47 – Atendimento do sistema de telegestão

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É possível verificar que as vias atendidas pelo sistema de telegestão estão continuamente interligadas, simplificando

o dimensionamento da quantidade de concentradores necessárias, calculado em função de sua capacidade mínima

de número de controladores a ser gerenciado.

Como o fluxo de informações dos concentradores com o sistema centralizado de telegestão será feito via internet,

conexão 3g ou 4g, foi analisado a área de cobertura no município de 4 operadores de telefonia móvel, onde as figuras

a seguir ilustram a área cobertura de cada operadora.

A Figura 48 ilustra a área de cobertura 4G da operadora Oi, cujo extensão está sobreposta pelo polígono na cor

laranja. A Figura 49 apresenta a área de cobertura 4G da operadora Vivo, onde na área sobreposta pela cor roxa o

sinal 4G é alcançável mesmo em locais fechados e pela cor lilás em locais aberto. A Figura 50 ilustra a área de

cobertura 4G da operadora Claro, onde as áreas sobrepostas pela cor verde recebem sinais à um nível bom o suficiente

para utilização inclusive de roteadores, as áreas sobrepostas pela cor amarela recebem um sinal bom para conexão

de todos os dispositivos móveis com smartphones e tablets e a área sobreposta pela cor vermelha recebe um sinal

bom que atende à smartphones. A Figura 51 ilustra a área de cobertura 4G da Tim, onde a área sobreposta pela cor

azul mais intensa é possível obter-se uma ótima conectividade e a sobreposta pela cor azul mais amena é possível

obter sinal suficiente para a conectividade.

Figura 48 – Área de cobertura da Oi

Fonte: www.oi.com.br Figura 49 – Área de cobertura da Vivo

Fonte: www.vivo.com.br

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Figura 50 – Área de cobertura da Claro

Fonte: www.claro.com.br Figura 51 – Área de cobertura da Tim

Fonte: www.tim.com.br

Observando as 4 figuras e comparando com a Figura 47 é possível analisar que toda as vias previstas para

atendimento do sistema de telegestão possuem cobertura 4g que garante a conectividade dos concentradores

independentemente de sua posição geográfica de instalação.

Assim o dimensionamento do sistema de telegestão em Macapá é baseado na abrangência dos pontos de iluminação

pública que atendem às vias de classe de iluminação V2 e V3, que totalizam 7.517 pontos de iluminação pública, que

considerando 1 concentrador à cada 500 pontos, resulta-se em total 15 concentradores.

A Tabela 72 traz o resumo de componentes e dispositivos necessários à implantação do sistema de telegestão,

considerando que toda a infraestrutura de TI prevista a ser instalada no CCO é suficiente para a operação do sistema

de telegestão, já que estará hospedado em nuvem (cloud computing).

Componente Classe de Via Quantidade

Controladores inteligentes V2 3.239

V3 4.262

Concentradores V2 e V3 15

Tabela 72 – Quantidade de pontos do sistema de telegestão Fonte: Autoria própria

Esse total de pontos, abrange tantos os pontos existentes do cadastro da rede de iluminação pública de Macapá

(Migração Tecnológica), quanto aos adicionais que devem ser incrementados para a viabilidade de atender os níveis

de iluminação adequados da norma NBR-5101 (Remodelagem).

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10. Centro de Controle e Operação - CCO

Prevendo um ganho de qualidade de atendimento ao cliente, organização e eficiência na operação da concessão de

iluminação pública de Macapá é previsto a implantação de uma estrutura de Centro de Controle e Operação – CCO

que é baseada nos pilares: infraestrutura, tecnologia, pessoas, funções e processos permitindo coletar e processar

informações em tempo real e fazer com que ocorra a convergência dos dados de gestão e operação em um único centro

de informações, por meio de um Sistema Informatizado de Gestão de Iluminação Pública (SIGIP).

O CCO tem a função de concentrar toda a operação da rede de iluminação pública, inclusive a gestão do SIGIP,

software que gerenciará todos os ativos de iluminação, as manutenções preditivas, preventivas e corretivas, a

supervisão e o controle em tempo real das operações de toda a rede.

10.1. Funcionalidades

O CCO tem a função de concentrar em um único ambiente físico, as capacidades de monitoramento e controle pleno

da rede de iluminação pública, bem como a prestação de atendimento os munícipes. Seu dimensionamento permite

a integração entre as diferentes equipes que desempenham suas funções suportadas pelo sistema de supervisão e

controle e seus módulos, otimizando a prestação de serviço e eleva a sua qualidade.

As principais atribuições do CCO sob a perspectiva de atendimento aos munícipes, através do call center são:

• Receber as reclamações dos munícipes, relacionadas ao sistema de iluminação pública;

• Encaminhar ao CCO as reclamações dos munícipes, que darão origem às ordens de serviço, despachadas para

as equipes de campo;

• Gerir o sistema de gravação das conversações com os munícipes;

• Estruturar relatórios sobre a gestão do atendimento dos munícipes, organizados em planilhas eletrônicas e

dashboards, contemplando o registro de cada atendimento, as informações gerenciais sobre todo o processo

de atendimento (quantidade de reclamações para os períodos considerados, duração do atendimento e

motivos das reclamações), que podem ser disponibilizados em tempo real para a prefeitura, através de portal

web ou aplicação mobile;

• Gerir as reclamações e solicitações recebidas da prefeitura e de outros órgãos e poderes públicos; e

• Manter o sistema de gestão das reclamações sobre a rede de iluminação pública.

As principais atribuições do CCO sob a perspectiva gestão e operação da rede de iluminação pública são:

• Especificar os processos e elaborar as normas ou instruções normativas relacionadas ao sistema de

iluminação pública, relacionadas às atividades de pré-operação, operação em tempo real e pós-operação;

• Coordenar a atualização do cadastro de ativos do sistema de iluminação pública;

• Responder pelo dimensionamento e pela qualificação da equipe do CCO e do call center;

• Gerir as ocorrências no sistema de iluminação pública, utilizando o sistema de gestão de ocorrências e/ou o

sistema de telegestão. O despacho das ordens de serviço do CCO para as equipes pode ser feito de forma

manual ou automática, podendo contar com a funcionalidade de designação automática. O CCO poderá se

valer do recurso de callback para checar, junto aos munícipes, as informações que constam das reclamações;

• Coordenar a ação das equipes de campo, na execução das intervenções de expansão e de manutenção do

sistema de iluminação pública;

• Gerir as informações sobre a aplicação de equipamentos e materiais e gestão do estoque do sistema de

iluminação pública;

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• Gerir o sistema de visualização e o sistema de gravação das tratativas operacionais com as equipes de campo;

• Elaborar o acordo operativo e coordenar as tratativas com a empresa concessionária de distribuição de

energia elétrica; e

• Estruturar relatórios sobre a gestão de ocorrências, organizados em planilhas eletrônicas e dashboards,

contemplando o registro dos dados primários de cada ocorrência, os indicadores de desempenho regulados

pela prefeitura, as informações gerenciais sobre todo o processo (quantidade de ordens de serviços e

intervenções para os períodos considerados, duração das ocorrências e avaliação das causas), que podem ser

disponibilizados em tempo real para a prefeitura, através de portal web ou aplicação mobile.

Como todo o desempenho da concessionária será mensurado e refletido financeiramente ao parceiro privado, é

previsto que a implantação das ISO 9001, e atendimento aos requisitos da ISO 27.000 para o Sistema de Segurança

de Informação.

O CCO operará em regime de 24 horas por 7 dias da semana, durante toda a concessão, sendo necessário que

infraestrutura de energia elétrica e de comunicação sejam contingenciadas para tal.

Será disponibilizado aos munícipes os meios de comunicações por telefone, portal web, mídias sociais e aplicativo

para dispositivos móveis.

A comunicação do CCO com as equipes de campo será feita através telefonia móvel e internet, e o acesso ao SIGIP

poderá ser realizado através de dispositivos móveis, agilizando a atualização de informações da rede de iluminação

pública no sistema.

O SIGIP a ser utilizado será hospedado em serviço de servidor em nuvem (cloud computing), sendo a interface ao

usuário via web, de forma a possibilitar acesso rápido e seguro de outros locais onde poderá funcionar o site back-

up, por indisponibilidade de acesso ao local de funcionamento do CCO.

10.2. Estrutura

O CCO concentra a inteligência e a dinâmica da operação e manutenção sendo composto por sistemas

multitecnológicos. Visto isso, sua estrutura e recursos exigem qualidade de materiais, equipamentos e sistemas,

assim como especialização e excelência de sua equipe.

Dessa forma, para operar o CCO, será disponibilizado um quadro técnico especializado composto por analistas de

sistemas, engenheiros de telecomunicações e técnicos de informática, eletrotécnicos, eletricistas e auxiliares,

devidamente treinados para desempenhar todas as funções inerentes à gestão da iluminação pública.

A infraestrutura física do CCO, concluída e operante em um prazo de até 6 meses a partir do início da concessão, será

composta por todas funcionalidades dos SIGIP, rack, servidor, switch, patch panel, desktops, KVM15, monitores,

sistema de gravação de mensagens, videowall, fonte back-up (UPS e banco de baterias), mobiliários (mesas, cadeiras,

armários e etc.), ar-condicionado e todo hardware, acessórios necessário para o perfeito funcionamento do serviço

objeto da concessão.

A estrutura física do CCO será formada por ambientes para a acomodação e setorização das equipes de gerência

técnica e operacional, call center, infraestrutura de informática (data center), sala de reuniões e conferências,

organizados nas seguintes estruturas físicas:

15 KVM é uma tecnologia de virtualização Open source.

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• Data center;

• Sala de supervisão;

• Sala de operação;

• Sala do call center;

• Salas back-up; e

• Instalações de apoio: banheiros, copa, sala de reunião, recepção e afins.

Data Center

Por se tratar de uma operação crítica, um espaço físico especial será destinado para recebimento dos racks que irão

abrigar os equipamentos de rede, servidores, storages, KVM, switch, para garantir a comunicação, processamento

e armazenamento dos dados recebidos de campo ou gerados dentro do próprio CCO.

Sala de Supervisão

A sala de supervisão contará com estações de operação para o acompanhamento dos serviços da rede de iluminação

pública pela equipe de gerência técnica e operacional. Haverá desktops com desempenho para acesso ao SIGIP,

equipados com dois monitores de 23’ cada.

Sala de Operação

A sala de operação será o ambiente mais importante para a gestão eficiente da rede de iluminação pública de Macapá.

Deverá ser equipada com estações de operação e videowall para visualização do estado de toda a rede em tempo real,

bem como alarmes disparados pelo sistema.

Nessa sala serão tomadas as principais decisões quanto a telegestão de luminárias, projetos, planos de manutenção

e gestão de ativos. Todas as estações devem ser capazes de executar o SIGIP.

Sala do Call Center

A sala de call center irá abrigar a infraestrutura necessária para desempenhar a interface entre os usuários e as

equipes da futura concessionária, estará em operação 12 horas por dia, de segunda a sexta-feira e contará com

equipamentos de telefonia, atendimento eletrônico (URA), gravação e supervisão on-line. Fará uso extensivo do

módulo SAU (Serviço de Atendimento ao Usuário) do SIGIP.

O CCO será um espaço de integração entre as diferentes equipes, que desempenham suas funções suportadas pelo

Sistema Informatizado de Gestão de Iluminação Pública - SIGIP e seus mais diferentes módulos, conforme descrito

neste relatório.

10.3. Sistema Informatizado de Gestão de Iluminação Pública

O Sistema Informatizado de Gestão de Iluminação Pública é o responsável pela integração de todas as ferramentas

do CCO e Sistema de Telegestão que viabilizará o desempenho de todas as funções gerenciais operacionais da rede

de iluminação pública de Macapá. As ferramentas necessárias ao SIGIP minimamente serão: Gestão de Ativos (SGA);

Gestão de Manutenção e Operação (SGMO); Gestão de Projetos (SGP / GED); Atendimento aos usuários (SAU); além

do Sistema Centralizado de Telegestão.

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Figura 52 – Módulos do sistema informatizado de gestão de iluminação pública

Fonte: autoria própria

O SIGIP apresentará interface cartográfica na qual os operadores poderão acessar os dados e atuar nos sistemas de

telegestão, gestão de ativos, gestão de manutenção. Além de aproveitar de informações vindas das mais diversas

fontes para se antecipar a eventuais problemas e manter o sistema operando com a maior eficiência e racionalidade.

Cada usuário do SIGIP deverá autenticar-se através do usuário e senha e terá seu acesso limitado às informações e

relatórios relevantes para o exercício de sua atividade e em sua região de atuação, focando o acesso apenas as

atividades e áreas de interesse de cada usuário. Serão disponibilizadas contas de usuário e senha para o acesso dos

profissionais designados pelo poder concedente e verificado independente, a fim de garantir acesso em tempo real

aos indicadores diversos relativos à operação da rede de iluminação pública.

O acesso a interface de usuário poderá ser feito via estação de operação locados no CCO, em local do poder concedente

ou verificador independente, ou através de smartphone/tablet, preferencial para os usuários cujas atividades são

desenvolvidas em campo.

10.3.1. Gestão de Ativos (SGA)

O SIGIP contará com base de dados georreferenciada formada pelo cadastro técnico da rede de iluminação pública

que será a principal referência para a interface gráfica com os operadores através de mapas de Macapá. Será

disponibilizada a ferramenta para gestão dos ativos de iluminação pública responsável pela atualização e manutenção

do cadastro técnico.

O poder concedente e verificador independente poderá realizar consultas e exportar relatórios do cadastro técnico

através de rotinas automáticas, em diferentes formatos de arquivos, a partir da base de dados georeferenciada.

O módulo de gestão de ativos armazenará todas as informações de alterações de um determinado ponto da rede de

iluminação pública, seja devido à modernização ou à manutenção realizada, podendo ainda extrair-se relatórios de

equipamentos e materiais substituídos na rede durante um determinado período. Haverá a possibilidade do módulo

de gestão de ativos estar integrado a um sistema de gestão empresarial, fornecendo relatórios ao setor de compras

um eficiente gestão de garantias de equipamentos e suprimentos.

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10.3.2. Gestão de Manutenção (SGM)

O SIGIP contará com ferramenta para Gestão da Manutenção (SGM) da rede de iluminação pública de Macapá,

executando planos de manutenção a partir das informações do sistema de telegestão, do atendimento ao usuário, das

rondas de manutenção ou de qualquer outra ferramenta integrada ao SIGIP.

O SGM poderá ser acessado pelas equipes de campo através de dispositivos móveis, permitindo o recebimento em

tempo real de rota de rondas, planos de manutenção e ordens serviços, além de facilitar os registros de ações de

manutenção (inspeção, limpeza, substituição, calibração, reparo e afins).

As informações apontadas pelas equipes de campo estarão presentes no histórico de manutenção de cada

componente da rede de iluminação pública e devem ser consideradas na apuração dos indicadores de disponibilidade

e desempenho, apropriação de custos, gestão de suprimentos e atualização do cadastro técnico. O poder concedente

e o verificador independente terão acesso em tempo real ao relatório de ocorrências.

10.3.3. Atendimento ao Usuário (SAU)

O Sistema de Atendimento ao Usuário (SAU) será a interface do SIGIP e o munícipe macapaense pela rede de

iluminação pública. O sistema disponibilizará sítio na internet, aplicativo para dispositivos móveis e números

telefônicos 0800 (DDG – Discagem Direta Gratuita) para que a população possa registrar ocorrências e provocar a

manutenção corretiva dos dispositivos em falha, em especial pontos acesos durante o dia e/ou apagadas de noite.

A central de atendimento funcionará como agente intermediário do processo de atendimento à população, ao

receptar as demandas da população, permitindo o acompanhamento do andamento de solicitações e disponibilizando

informações de interesse do cidadão associadas à iluminação pública.

O SAU registrará as ocorrências e indicará o número do chamado, a localização e qualificação do defeito, e horário

de abertura. O SGM estará integrado ao serviço de atendimento ao usuário (SAU) para o encerramento de chamados

após o reestabelecimento das condições de operacional e, eventualmente, retorno ao reclamante.

O Sistema de Atendimento ao Usuário contará com atendimento eletrônico (URA), gravação e supervisão on-line,

além de registrar ao menos os seguintes indicadores referentes às chamadas: tempo de espera, duração e desistências.

10.3.4. Sistema de Gestão de Projetos (SGP) e de Documentos (GED)

O SIGIP contará com módulos de gestão de projetos (SGP), permitindo assim visualizar nos mapas da região as áreas

com projetos de ampliação, modernização ou eficientização em andamento, bem como possibilitando o

acompanhamento dos cronogramas físicos e financeiros para cada uma das iniciativas. Dessa forma, ao fim de cada

projeto, o cadastro técnico deverá ser atualizado com as informações dos novos pontos.

Toda a documentação desenvolvida será armazenada com auxílio de ferramenta de Gestão Eletrônica de Documentos

(GED) integrado ao SIGIP, que será responsável pela manutenção dos históricos de versões dos documentos e pelo

fluxo de aprovação de cada documento de engenharia.

10.3.5. Sistema de Gestão Empresarial (ERP)

Será disponibilizado um sistema de gestão empresarial integrado ao SIGIP para gestão dos seus custos, materiais e

serviços necessários para a execução das obras e da operação como um todo, garantindo a consistência e sincronismo

das informações contábeis com as informações dos demais módulos do sistema.

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As funcionalidades principais do ERP para apoio ao CCO serão os módulos de Gestão de Materiais, Gestão da Cadeia

de Suprimentos e Gestão Financeira e de Investimentos.

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11. Expansão do Sistema

Envolve toda a expansão da rede de iluminação pública, passando a incorporar novos pontos necessários para suprir

a atual demanda reprimida e o crescimento vegetativo durante todo o período de concessão.

Em toda expansão são utilizados equipamentos com a tecnologia LED ou outra tecnologia adequada na época da

instalação. Nos locais onde a infraestrutura para instalação da rede de distribuição compartilhada estiver

incompleta, inadequada ou inexistente, sendo solicitado à distribuidora de energia elétrica a expansão ou

regularização da rede de distribuição para atender aos novos pontos de iluminação pública.

Visando fornecer informações sobre padrões da infraestrutura de iluminação pública a empreendimentos que

venham a construir novos bairros e doar os ativos ao patrimônio do município de Macapá, serão definidos pela

Prefeitura de Macapá os padrões técnicos e criados documentos instrutivos para se exigir dos empreendedores. Só

devem ser aceitos novos projetos com o cumprimento integral das exigências técnicas estabelecidas.w

11.1. Demanda Reprimida

Demanda reprimida é considerada toda via inserida no perímetro urbano ou que seja parte integrante de uma

localidade que poderia ser provida de iluminação pública, mas atualmente não é.

Neste item é apresentado o dimensionamento da demanda reprimida de cada área definida nesse projeto e a solução

luminotécnica proposta considerando a particularidade de cada.

O resumo de materiais para o suprimento da demanda reprimida da rede de iluminação pública do Município de

Macapá é demonstrado pela Tabela 73.

Material

Área 1

Área 2 Área 3 Sistema Viário

Áreas de Ressaca

Luminárias 114 750 526 308

Braços 114 750 526 308

Poste de concreto 114 - 526 -

Poste de fibra - - - 308

Circuito aéreo 3.990 - 23.670 13.860

Tabela 73 – Resumo de materiais de demanda reprimida de Macapá Nos itens abaixo são apresentados os dimensionamentos detalhados da demanda reprimida pelas áreas definidas

neste projeto.

11.1.1. Demanda Reprimida na Área 1

Para o atendimento à demanda reprimida existente na área 1 serão necessários o incremento de 864 novos pontos de

iluminação pública, cujo a relação de materiais é apresentada na Tabela 74.

Material Área 1

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Sistema Viário Áreas de Ressaca

Luminárias 114 750

Braços 114 750

Poste de concreto 114 -

Circuito aéreo 3.990 -

Tabela 74 – Resumo de materiais de demanda reprimida da área 1 Fonte: autoria própria

Nos itens abaixo é demonstrado o desenvolvimento do estudo que resultou o dimensionamento da demanda

reprimida da área 1.

Sistema Viário

Segundo o último censo informado pelo IBGE, o crescimento populacional de Macapá no período de 2010 a 2018 foi

de 23,96%, o que reflete no aumento de habitações do município e que geram uma demanda reprimida caracterizada

por residências localizadas em vias oficiais, que necessitam da ampliação de pontos de iluminação pública.

Ressaltam-se duas características nesse tipo de necessidade: (i) dispõe de rede de distribuição de energia elétrica e,

portanto, é necessária a implantação dos equipamentos de iluminação pública pela futura concessionária: e (ii) não

existe a rede de distribuição de energia elétrica, sendo necessário solicitar à empresa distribuidora de energia a

expansão da rede de distribuição para posteriormente a concessionária providenciar a expansão da IP.

Segundo a prefeitura de Macapá, existem 4 km de vias do sistema viário da área 1 não atendidos pela rede de

Iluminação Pública. Consideramos um vão médio de 35m entre postes, concluímos que teremos 114 pontos de

iluminação pública de demanda reprimida. Comumente essas vias são locais e com baixo fluxo de veículos, sendo

assim classificadas como V5, sendo assim foi considerado os dois maiores percentuais de potência de luminárias da

soluções resultantes para o Sistema Viário, apresentadas no item 8.1.1.12, onde a distribuição por potência para as

soluções dos três fabricantes resulta conforme a Tabela 75.

Demanda Reprimida

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Potência (W)

Percentual Quantidade

Total Potência

(W) Percentual

Quantidade Total

Potência (W)

Percentual Quantidade

Total

38 78,23% 89 53 78,23% 89 54 78,23% 89

85 21,77% 25 104 21,77% 25 80 21,77% 25

Tabela 75 – Relação de potências para demanda reprimida do sistema viário da área 1 Fonte: autoria própria

Para o atendimento desses novos pontos de iluminação pública prevê-se além das luminárias a instalação de postes

de concreto, braços e circuito aéreo exclusivo em cabos multiplexados de alumínio, cujo resumo de materiais

previstos é detalhado na Tabela 76.

Material Quantidade

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Luminárias 114

Braços 114

Poste de concreto 114

Circuito aéreo 3.990

Tabela 76 – Resumo de materiais de demanda reprimida do sistema viário da área 1 Fonte: autoria própria

Áreas de Ressaca

Para a continuidade de melhoria urbana das comunidades que vivem nas áreas de ressaca, é necessário que o serviço

de iluminação pública acompanhe paralelamente as demais ações da Prefeitura de Macapá. Na proposta de soluções

para esse atendimento há de se considerar as condições da infraestrutura existente que se assemelham da área 3

(Distrito de Bailique), porém em uma escala muito mais ampla.

Os requisitos luminotécnicos que devem ser alcançados pela iluminação pública no atendimento às passarelas dessas

áreas, são os mesmos para o caso da área 3, ou seja: i) classe de iluminação P4; ii) temperatura de correlata de cor

(TCC) de 3.000K; e iii) índice de reprodução de cor mínimo de 70. A potência de luminárias que apresentaram a

melhor eficiência energética nas simulações luminotécnicas são as mesmas já demonstradas no item 8.3, que é de

22W.

Prevendo que os 34 km de passarelas existentes nessas áreas de ressaca sejam atendidos com iluminação pública

durante os 20 anos de concessão, e considerando a viabilidade técnica demonstrada na simulação luminotécnica do

item 8.3, cujo vão médio foi de 45 metros, é estimado a implantação de 756 novos pontos nessas áreas de ressaca.

A quantidade prevista de pontos foi estimada considerando um espaçamento entre luminárias de 45 metros, sobre o

total de 34 km de passarelas sem iluminação.

Para o atendimento dos novos pontos de iluminação pública nas áreas de ressaca prevê-se exclusivamente a

implantação de luminárias excluindo-se a possibilidade de extensão de circuitos exclusivos de iluminação pública. A

extensão da rede de iluminação pública com previsão de extensão de circuitos exclusivos de iluminação pública nessas

áreas favorecerá a migração das ligações clandestinas para rede de iluminação pública, visto que atualmente estão

conectadas à uma rede de distribuição de energia elétrica precária.

A quantidade de materiais previstos para o suprimento da demanda reprimida das áreas de ressaca é detalhada na

Tabela 77.

Material Quantidade

Luminárias 756

Braços 756

Tabela 77 – Resumo de materiais de demanda reprimida das áreas de ressaca Fonte: autoria própria

É importante garantir que o encargo de implantação de iluminação nas áreas de ressaca esteja acondicionado a uma

ação conjunta de urbanização, mais especificamente que seja obrigatório apenas a implantação de iluminação onde

esteja presente rede de distribuição de energia elétrica regular da CEA.

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11.1.2. Demanda Reprimida na Área 2

Pela análise realizada no item 7.1.2, onde foi exposta toda a metodologia utilizada para a aferição da qualidade de

atendimento da rede de iluminação pública na área 2, concluiu-se que existem 35,39% de extensão das vias existentes

nas localidades dessa área que não são atendidas (integralmente ou parcialmente).

Conclui-se que a rede de iluminação pública atual dessa área é insuficiente para o atendimento integral das vias e

arruamentos das localidades, sendo 64,61% da dimensão que deveria ser. Em termos quantitativos a rede de

iluminação pública da área 2 deve ser incrementada de 526 pontos de iluminação pública para viabilidade técnica do

atendimento dos requisitos luminotécnicos da NBR 5101.

A classe de iluminação das vias e arruamentos da área 2 é V5 para as dedicadas de veículos e P4 para as dedicadas

para pedestres. Os requisitos luminotécnicos das luminárias aplicáveis ao suprimento dessa demanda reprimida deve

seguir aos já definidos no item 6 deste relatório, destacando-se a temperatura de cor 3.000k e o índice de reprodução

de cor mínimo de 70%.

A relação de potência das luminárias que será considerada para o atendimento à demanda reprimida da área 2, segue

a mesma proporção resultante das simulações luminotécnicas apresentadas no item 8.2, que foi de 20% para vias de

comunicações (via típica 1) e 80% para os arruamentos e outras vias), o qual o quantitativo é apresentado na Tabela

78.

Via

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Quantidade Potência

(W) Quantidade

Potência (W)

Quantidade Potência

(W)

Via típica 1 – Área 2 105 60 135 53 80

Via típica 2 – Área 2 421 38 421 53 55

Tabela 78 – Demanda reprimida da rede de iluminação pública da área 2 Para o atendimento desses novos pontos de iluminação pública na área 2 prevê-se além das luminárias a instalação

de postes de concreto, braços e circuito aéreo exclusivo em cabos multiplexados de alumínio, na qual a alimentação

de energia elétrica deve derivar de uma rede de distribuição de energia elétrica em tensão secundária, com

acionamento das luminárias por relés fotoeletrônicos. O resumo de materiais previstos é detalhado na Tabela 79.

Material Quantidade

Luminárias 526

Braços 526

Poste de concreto 526

Circuito aéreo (m) 23.670

Tabela 79 – Resumo de materiais de demanda reprimida da área 2 Fonte: autoria própria

11.1.3. Demanda Reprimida na Área 3

Diante das melhores informações recebidas até o momento que possibilitaram a análise realizada no item 7.1.3 deste

relatório na qual foi possível quantificar as deficiências de atendimento da rede de iluminação pública na área 3.

Para a estimativa de quantidades de pontos a serem instalados na área 3 foi utilizada a informação da análise de que

existem 13.873 metros de passarelas sem iluminação pública, resultando em uma demanda reprimida de 308 novos

pontos de iluminação pública para um distanciamento padrão entre luminárias de 45 metros.

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A classe de iluminação das passarelas da área 3 é P4. Os requisitos luminotécnicos das luminárias aplicáveis ao

suprimento dessa demanda reprimida deve seguir aos já definidos no item 6 deste relatório, destacando-se a

temperatura de cor 3.000k e o índice de reprodução de cor mínimo de 70%.

A potência das luminárias que será considerada para o atendimento à demanda reprimida da área 3, segue a mesma

potência resultante da simulações luminotécnica apresentadas no item 8.3, que considerando os três fabricantes é

demonstrada na Tabela 80.

Via Quantidade Potência (W)

Incremento Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Via típica 1 – Área 3 308 22 23 42

Tabela 80 – Demanda reprimida da rede de iluminação pública da área 3 Fonte: autoria própria

Considerando a potência das luminárias dos três fabricantes tem-se que a potência média individual das luminárias

LED para o atendimento das passarelas é de 29 W.

Para implantação dos novos pontos na área 3, está previsto a implantação de postes, braços e circuitos de iluminação

pública, com acionamento através de relés fotoeletrônicos que devem derivar da rede de distribuição de energia

elétrica existente.

Tendo em vista a dificuldade da logística para transporte e instalação da infraestrutura, recomenda-se a utilização de

postes de fibra de vidro, que são mais leves, exigem esforços menores na instalação e oferecem segurança e

durabilidade. Esses postes deverão ser engastados assegurando uma altura útil de 7 metros em relação às passarelas.

O resumo de materiais previstos para o atendimento da demanda reprimida da área 3 é detalhado na Tabela 81.

Material Quantidade

Luminárias 308

Braços 308

Poste de fibra 308

Circuito aéreo 13.860

Tabela 81 – Resumo de materiais de demanda reprimida da área 3 Fonte: autoria própria

11.1.4. Crescimento Vegetativo

Considera-se como crescimento vegetativo, o aumento natural e espontâneo dos pontos de iluminação pública a

partir do início da concessão, excluindo-se a Demanda Reprimida conforme item 11.1.

O crescimento vegetativo de uma rede de iluminação pública está relacionado diretamente ao crescimento

populacional do município, variando conforme o tipo de aglomeração urbana essa expansão ocorrerá.

Toda projeção para crescimento vegetativo é feita observando um histórico da progressão do número de residências,

de habitantes e dos pontos de iluminação pública de um município. E pela falta de dados referente à progressão da

quantidade de pontos de iluminação pública na Rede de Macapá foi adotado empiricamente o crescimento anual de

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0,50% para a Rede de Macapá. Essa taxa percentual adotada é razoável e está embasada e outros estudos realizados

por esse Consórcio16.

Esse índice é um referencial que norteará quais os custos e investimentos necessários ao longo de toda a concessão

para atender ao crescimento de pontos de iluminação pública.

12. Benefícios Energéticos

Diante das soluções propostas, a rede de iluminação pública de Macapá agregará também benefícios energéticos pelo

uso de equipamentos de iluminação pública mais eficientes.

Anteriormente exposto no item 5 deste relatório, a carga instalada da rede de iluminação pública atual do município

de Macapá é apresentada na Tabela 82, subdividida por áreas, onde também está apresentado a potência média por

ponto da rede.

Área Quantidade de Pontos Carga Instalada (kW) Potência Média dos Pontos (W)

Área 1 32.756 4.758,3 145

Área 2 961 87,9 91

Área 3 97 8,2 84

Total 33.814 4.854,4 144

Tabela 82 – Carga instalada da rede de iluminação pública de Macapá Fonte: cadastro georreferenciado

12.1.1. Da Área 1

Sistema Viário

Do resultado das soluções propostas para a modernização do sistema viário da área 1, que previu-se a substituição

dos 31.151 pontos e o incremento de 4.213 pontos necessários para adequar os níveis luminotécnicos das vias,

obtiveram-se a perspectiva da maior redução de carga instalada em 49,20% (Fabricante A), conforme demonstrado

na Tabela 83.

Classe de Iluminação

Carga Instalada Atual (kW)

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Carga Instalada

(kW)

Redução %

Carga Instalada

(kW)

Redução %

Carga Instalada

(kW)

Redução %

V2 505,8 392,1 22,48% 375,7 25,72% 497,0 1,74%

V3 454,6 334,5 26,42% 371,4 18,30% 417,5 8,16%

V4 441,7 186,8 57,71% 226,2 48,78% 299,9 32,10%

V5 2.723,2 1.182,1 56,73% 1.583,2 41,86% 1.330,3 51,15%

Total 4.125,3 2.095,5 49,20% 2.556,5 38,03% 2.544,7 38,31%

Tabela 83 – Perspectiva de redução de carga instalada com a modernização da rede de IP do sistema viário da área 1

Iluminação de Destaque

16 Cidade de Guaratuba-PR; Distrito Federal-DF e Cidade de Jaboatão dos Guararapes-PE.

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A iluminação de destaque prevista representará um incremento de carga na rede de iluminação pública de Macapá,

visto que 1.847 os pontos considerados nesse projeto não fazem parte da rede atual.

Iluminação de Destaque

Potência Unitária (W) Quantidade Potência (kW)

110 84 9,2

35 562 19,7

45 94 4,2

68 24 1,6

100 564 56,4

45 103 4,6

72 22 1,6

150 148 22,2

300 246 73,8

Total 1.847 193,3

Tabela 84 – Perspectiva de incremento de carga instalada de iluminação de destaque na área 1 Fonte: autoria própria

Praças, Parques e Passeios Públicos

Dos 1.605 pontos de iluminação pública que prestam serviços em praças, parques e passeios públicos, somados ao

incremento de 161 luminárias para melhorias, a previsão de maior redução de carga instalada (Fabricante B) é de

aproximadamente 62,75%, sobre a carga instalada atual de 633,1 kW (Tabela 22), onde a relação de quantidade e

potência da relação de pontos modernizados é apresentada na Tabela 85.

Praças, Parques e Passeios

PúblicosV2

Carga Instalada Atual (kW)

Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Carga Instalada

(kW)

Redução %

Carga Instalada

(kW)

Redução %

Carga Instalada

(kW)

Redução %

633,1 240,2 62,06% 235,8 62,75% 237,7 62,45%

Tabela 85 – Perspectiva de redução de carga instalada com a modernização da rede de IP de praças, parques e passeios públicos

Fonte: autoria própria

Todo ganho com eficiência energética apresentado no item 12.1.1 ocorrerá até o 24º mês da concessão.

O resumo do ganho com eficiência energética da área 1 por fabricante é apresentado na Tabela 86.

Intervenção e Tipo de logradouros

Atual Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Modernização

Sistema Viário 31.151 4.125,2 35.364 2.095,5 36.586 2.556,5 36.331 2.544,7

Iluminação de destaque

- - 1.847 193,3 1.847 193,3 1.847 193,3

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Intervenção e Tipo de logradouros

Atual Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Parques, praças e passeios públicos

1.605 633,1 1.766 240,2 1.766 235,8 1.766 237,7

Total (kW) 4.758,3 2.529,0 2.985,6 2.975,7

Percentual de Redução de Carga

- 46,85% 37,25% 37,46%

Tabela 86 – Perspectiva de redução de carga instalada na área 1 Fonte: autoria própria

12.1.2. Da Área 2

O melhor resultado de redução média da carga instalada dos 961 pontos de iluminação públicas localizados dentro

da área 2 é estimado em 48,92% (fabricante A), considerando ainda o incremento dos 99 pontos necessários para a

correção dos vãos entre luminárias fora de padrão. A Tabela 87 apresenta os resultados de redução da carga instalada,

por fabricante, da área 2.

Atual Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Área 2 961 87,9 1.060 44,9 1.132 60,0 1.079 65,1

Percentual de Redução de Carga - 48,92% 31,74% 25,92%

Tabela 87 – Perspectiva de redução de carga instalada na área 2 Fonte: autoria própria

Todo o ganho com eficiência energética apresentado neste item ocorrerá até o 24º mês de concessão.

12.1.1. Da Área 3

Na área 2, o melhor resultado de redução média da carga instalada, dos 97 pontos de iluminação públicas, é estimado

em 73,39%, onde a previsão de redução da carga instalada, por fabricante, nos pontos de iluminação da área 3 é dada

pela Tabela 88.

Atual Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Área 2 97 8,2 97 2,1 97 2,2 97 4,1

Percentual de Redução de Carga - 74,39% 73,17% 50,00%

Tabela 88 – Perspectiva de redução de carga instalada na área 3 Fonte: autoria própria

Todo o ganho com eficiência energética apresentado neste item ocorrerá até o 24º mês de concessão.

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12.1.2. Geral

Ao final das obras de modernização da rede, ou seja, ao final do 24º mês, é estimada uma carga instalada da rede de

iluminação pública de Macapá seja em torno dos 2.577,3 kW, representando uma redução ante a rede atual de 46,91%,

conforme cálculo detalhado na Tabela 89.

Atual Fabricante A Fabricante B Fabricante C

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Total de Pontos

Potência (kW)

Área 1 32.756 4.758,3 38.964 2.529,0 40.262 2.985,6 40.007 2.975,7

Área 2 961 87,9 1.060 44,9 1.132 60,0 1.079 65,1

Área 3 97 8,2 97 2,1 97 2,2 97 4,1

Total de Carga Instalada (kW)

4.854,4 2.576,0 3.047,8 3.044,7

Percentual de

Redução de Carga - 46,93% 37,22% 37,28%

Tabela 89 – Perspectiva de redução da carga instalada na rede de Macapá Fonte: Autoria própria

Considerando que as obras de modernização da rede de Macapá tenham início no 5º mês a partir da data da eficácia

da concessão e finalize após 20 meses, é previsto que a carga total instalada na Rede de Macapá tenham valores

anuais próximos ao indicado na Tabela 90, considerando que é previsto um incremento anual de carga de 0,01 MW

devido ao crescimento vegetativo da rede de IP de Macapá.

Carga Instalada Estimada (ano)

Ano Carga Inst. (MW) Ano Carga Inst. (MW)

Ano 0 4,85 Ano 11 2,65

Ano 1 3,94 Ano 12 2,66

Ano 2 2,56 Ano 13 2,67

Ano 3 2,57 Ano 14 2,68

Ano 4 2,58 Ano 15 2,69

Ano 5 2,59 Ano 16 2,70

Ano 6 2,60 Ano 17 2,71

Ano 7 2,61 Ano 18 2,72

Ano 8 2,62 Ano 19 2,73

Ano 9 2,63 Ano 20 2,74

Ano 10 2,64

Tabela 90 – Carga Instalada estimada ano a ano Fonte: Autoria própria

Adotando a carga instalada da rede atual de Macapá como linha de base17, que servirá de referência para o cálculo de

eficiência energética, teríamos uma curva de eficientização ao longo do tempo conforme o Gráfico 5.

17 Linha de base é o termo utilizado pelo Protocolo Internacional de Medição e Verificação (PIMVP) para definir os valores de referência de uma carga instalada ou consumo na comparação de ganhos em ações de eficiência energética.

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Gráfico 5 – Curva de eficientização

Fonte: Autoria própria

Toda a dinâmica de redução de carga instalada acontecerá durante o período de execução das obras de modernização

(Fase 2 do contrato), sendo que o cronograma físico e a expectativa de valor ao final de cada mês nesse período é

demonstrada na Tabela 91.

Mês (Fase 2)

Rede Atuais Migração

Tecnológica Remodelagem (ponto escuro)

Iluminação de Destaque

Total Eficiência

Energética

Nr de Pontos

Carga (kW)

Nr de Pontos

Carga (kW)

Nr de Ponto

Carga (kW)

Nr de Pontos

Carga (kW)

Nr de Pontos

Carga (kW)

0 33.814 4.854,3 0 0,0 0 0,0 0 0,0 33.814 4.854,3 0,00%

1 32.123 4.611,6 1.691 104,3 224 14,1 92 9,7 34.130 4.739,7 2,36%

2 30.433 4.368,9 3.381 208,6 447 28,3 185 19,3 34.446 4.625,1 4,72%

3 28.742 4.126,2 5.072 312,9 671 42,4 277 29,0 34.762 4.510,5 7,08%

4 27.051 3.883,4 6.763 417,3 895 56,6 369 38,7 35.078 4.395,9 9,44%

5 25.361 3.640,7 8.454 521,6 1.118 70,7 462 48,3 35.394 4.281,3 11,80%

6 23.670 3.398,0 10.144 625,9 1.342 84,8 554 58,0 35.710 4.166,8 14,16%

7 21.979 3.155,3 11.835 730,2 1.566 99,0 646 67,7 36.026 4.052,2 16,52%

8 20.288 2.912,6 13.526 834,5 1.789 113,1 739 77,4 36.342 3.937,6 18,88%

Mês (Fase 2)

Rede Atuais Migração

Tecnológica Remodelagem (ponto escuro)

Iluminação de Destaque

Total Eficiência

Energética

Nr de Pontos

Carga (kW)

Nr de Pontos

Carga (kW)

Nr de Ponto

Carga (kW)

Nr de Pontos

Carga (kW)

Nr de Pontos

Carga (kW)

9 18.598 2.669,9 15.216 938,8 2.013 127,2 831 87,0 36.658 3.823,0 21,25%

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

Ano0

Ano1

Ano2

Ano3

Ano4

Ano5

Ano6

Ano7

Ano8

Ano9

Ano10

Ano11

Ano12

Ano13

Ano14

Ano15

Ano16

Ano17

Ano18

Ano19

Ano20

Curva de Eficientização

Parque Atual Parque Modernizado Linha de Base Carga Instalada Total

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10 16.907 2.427,1 16.907 1043,2 2.237 141,4 924 96,7 36.974 3.708,4 23,61%

11 15.216 2.184,4 18.598 1147,5 2.460 155,5 1.016 106,4 37.290 3.593,8 25,97%

12 13.526 1.941,7 20.288 1251,8 2.684 169,7 1.108 116,0 37.606 3.479,2 28,33%

13 11.835 1.699,0 21.979 1356,1 2.907 183,8 1.201 125,7 37.922 3.364,6 30,69%

14 10.144 1.456,3 23.670 1460,4 3.131 197,9 1.293 135,4 38.238 3.250,0 33,05%

15 8.453 1.213,6 25.361 1564,7 3.355 212,1 1.385 145,0 38.554 3.135,4 35,41%

16 6.763 970,9 27.051 1669,1 3.578 226,2 1.478 154,7 38.870 3.020,9 37,77%

17 5.072 728,1 28.742 1773,4 3.802 240,4 1.570 164,4 39.186 2.906,3 40,13%

18 3.381 485,4 30.433 1877,7 4.026 254,5 1.662 174,1 39.502 2.791,7 42,49%

19 1.691 242,7 32.123 1982,0 4.249 268,6 1.755 183,7 39.818 2.677,1 44,85%

20 0 0,0 33.814 2086,3 4.473 282,8 1.847 193,4 40.134 2.562,5 47,21%

Tabela 91 – Carga Instalada estimada mês a mês Fonte: Autoria própria

Considerando a subdivisão do período de modernização em 3 marcos, é previsto que: i) ao final do 8º mês de execução

(Fase 2 da concessão), 40,00% dos pontos da rede atual, ou seja 13.526 pontos, estejam migrados tecnologicamente

para LED, e que a redução mínima de carga instalada da rede de IP de Macapá seja de 18,88%; ii) ao final do 14º mês

de execução, 70,00% dos pontos da rede atual, 23.670 pontos, estejam migrados para tecnologia LED, com a redução

mínima de carga instalada seja de 33,05%; e iii) ao final da execução (20º mês da Fase 2), todos os pontos da rede

atual de Macapá (33.814) estejam migrados para tecnologia LED, com a redução mínima de carga instalada de

47,21%. A Tabela 92 apresenta a metas físicas e de eficiência energética esperada na concessão.

Marcos na obra de modernização

Mês (Fase 2)

Migração para LED Percentual de Redução de carga

instalada Qtde % da rede atual

1º Marco 8 13.526 40% 18,88%

2º Marco 14 23.670 70% 33,05%

3º Marco 20 33.814 100% 47,21%

Tabela 92 – Marcos de eficientização energética Fonte: Autoria própria

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13. Conclusão

O cenário resultante dos estudos de engenharia para a concessão de Macapá é apresentado em resumo pela Tabela

93, juntamente com os quantitativos macros.

Cenário de Concessão Definido.

Prazo de concessão 20 Anos

Prazo de modernização 24 meses a partir da data de eficácia do contrato.

Abrangência da concessão Todo o território do Município de Macapá, com critérios de atendimento e operação distinto para as 3 áreas na concessão.

Tipo de tecnologia de iluminação LED

Telegestão Nas luminárias instaladas nas vias V2 e V3, totalizando o atendimento à 7.501 pontos com o sistema

Centro de controle e comando (CCO) Início de operação após 6 meses, da emissão da ordem de serviço

Modernização18

Migração tecnológica Para tecnologia LED dos 33.814 pontos que compõe toda a rede de iluminação pública de Macapá

Remodelagem

- Na área 1: Substituição de 28.479 braços e incremento de 4.361 novos pontos, considerando a instalação de postes, braços e luminárias para atendimento aos níveis luminotécnicos da NBR-5101 e supressão dos pontos escuros

- Na área 2: Substituição de 961 braços e incremento de 99 novos pontos para correção dos pontos escuros

- Na área 3: Substituição dos 97 braços para fixação adequada das luminárias LED

Expansão

Demanda Reprimida

- Na área 1: incremento de 114 pontos de iluminação pública para o atendimento do sistema viário; incremento de 750 pontos de iluminação pública para o atendimento das passarelas das áreas de ressaca. - Na área 2: incremento de 526 pontos de iluminação pública para o atendimento de vias e arruamentos das localidades existentes que não estão atendidos pela rede de iluminação pública - Na área 3: incremento de 308 pontos de iluminação pública para o atendimento de passarelas que não estão atendidos pela rede de iluminação pública

Crescimento vegetativo

Incremento anual de 114 pontos de iluminação pública para o atendimento do crescimento vegetativo do município de Macapá

Iluminação de destaque

Áreas Verdes Implantação de 1.284 novos pontos de iluminação especial para valorização das quadras, playgrounds, arbustos e monumentos em áreas verdes do município

Orlas Implantação de 52 novos pontos de iluminação especial para a valorização de quadras, concha acústica do Balneário Orla Fazendinha, com previsão de iluminação RGB

Patrimônios Implantação de 511 novos pontos de iluminação especial para valorização dos patrimônios históricos de Macapá, inclusive com controles RGB.

Tabela 93 – Resumo do cenário da concessão Fonte: Autoria própria

18 Considerado o fabricante A por ter a melhor relação custo x benefício.

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Atualmente constituído por tecnologia ultrapassada que além de não atender as necessidades público-sociais em sua

totalidade, ou seja, não beneficiar a todos os indivíduos que habitam o município, a rede de iluminação pública de

Macapá não está alinhado com o conceito sustentabilidade, isto é, utiliza luminárias compostas por metais pesados,

tal como o mercúrio, apresentando alta toxidez ao entrar em contato com um organismo vivo e contribuindo com a

poluição luminosa.

Visando melhorar esta condição e adequar a rede de iluminação pública do município de Macapá e sua infraestrutura

aos requisitos da NBR5101 e também ao conceito de sustentabilidade.

Tais soluções propõem a migração para a tecnologia LED nas áreas onde já existe uma rede IP instalada e

remodelagem para áreas onde a rede de IP é inexistente e outros pontos específicos. Além de reduzir

significativamente a carga instalada atual, obtendo um menor consumo de energia elétrica, a aderência a concessão

retratada neste relatório acarreta no uso do sistema de telegestão, capaz de reduz custos e atender de forma mais

rápida e eficaz a população nas questões de manutenção da rede de IP.

Por fim, vale destacar que além dos benefícios mensuráveis apresentados anteriormente, a modernização do sistema

público de iluminação trás vantagens não mensuráveis, como a valorização de espaços públicos que contribuem para

uma maior qualidade de vida de seus usuários, porém são pouco aproveitados, tais como praças, parques, ciclovias e

áreas de eventos; redução dos índices de violência, visto que o mesmo está diretamente associado com a falta de

iluminação adequada; e melhor mobilidade urbana, tornando mais fácil a visualização de sinalizações e marcações

para motoristas e pedestres, contribuindo também com um transito mais seguro.