projeto cadastro de fontes de abastecimento por...

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DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO DE ATALAIA Agosto/2005 MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL ALAGOAS PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR ÁGUA SUBTERRÂNEA CPRM Ser vi ço Geológi co do Brasi l Secretaria de Geologia, Mine ração e Transfor mação Mineral Ministério de Minas e Energia CPRM - SERVI ÇO G EOLÓ GIC O DO BR ASI L PROD EEM - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO DOS ESTADOS E MUNI CÍPI OS Secretaria de Pl anej ame nto e Desenvolvimento Ener gético

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DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIODE ATALAIA

Agosto/2005

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIASECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E

TRANSFORMAÇÃO MINERAL

ALAGOAS

PROJETO CADASTRODE FONTES DE

ABASTECIMENTO PORÁGUA SUBTERRÂNEA

CPRMSer vi ço Geológi co do Brasi l

Secretaria de Geologia,Mineração e Transformação Mineral

Ministério deMinas e Energia

CPRM - SERVI ÇO G EOLÓ GIC O DO BR ASI LPROD EEM - PRO G RAM A DE DESEN VOL VIMENTO

ENERGÉTICO DOS ESTADOS E MUNI CÍPI OS

Secretaria de Planejamentoe Desenvolvimento Energético

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIASilas Rondeau Cavalcante Silva

Ministro de Estado

SECRETARIA EXECUTIVANelson José Hubner Moreira

Secretário Executivo

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO EDESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO

Márcio Pereira ZimmermamSecretário

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃOE TRANSFORMAÇÃO MINERAL

Cláudio ScliarSecretário

PROGRAMA LUZ PARA TODOSAurélio Pavão

Diretor

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTOENERG ÉTICO DOS ESTADOS E

MUNICÍPIOSPRODEEM

Luiz Carlos VieiraDiretor

SERVI ÇO GEOL ÓGICO DO BRASIL – CPRM

Agamenon Sérgio Lucas DantasDiretor-Presidente

José Ribeiro MendesDiretor de Hidrologia e Gestão Territorial

Manoel Barretto da Rocha NetoDiretor de Geologia e Recursos Minerais

Álvaro Rogério Alencar SilvaDiretor de Administração e Finanças

Fernando Pereira de CarvalhoDiretor de Relações Institucionais e

Desenvolvimento

Frederico Cláudio PeixinhoChefe do Departamento de Hidrologia

Fernando Antonio Carneiro FeitosaChefe da Divisão de Hidrogeologia e Exploração

Ivanaldo Vieira Gomes da CostaSuperintendente Regional de Salvador

José Wilson de Castro TemóteoSuperintendente Regional de Recife

Hélbio PereiraSuperintendente Regional de Belo Horizonte

Darlan Filgueira MacielChefe da Resid ência de Fortaleza

Francisco Batista TeixeiraChefe da Residência Especial de Teresina

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Ministério de Minas e EnergiaSecretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético

Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação MineralPrograma Luz Para Todos

Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municí pios - PRODEEMServiço Geológico do Brasil - CPRM

Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial

PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO PORÁGUA SUBTERRÂNEAESTADO DE ALAGOAS

DIAGNÓSTICO DO MUNICÍ PIO DE ATALAIA

ORGANIZAÇÃO DO TEXTO

João de Castro MascarenhasBreno Augusto Beltrão

Luiz Carlos de Souza Junior

RecifeAgosto/2005

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CPRM - Serviço Geológico do BrasilProjeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea. Diagn óstico

do município de Atalaia, estado de Alagoas/ Organizado [por] Jo ão de CastroMascarenhas, Breno Augusto Beltrão, Luiz Carlos de Souza Junior. Recife:CPRM/PRODEEM, 2005.

12 p. + anexos

“Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea, estadode Alagoas”

1. Hidrogeologia – Alagoas - Cadastros. 2. Água subterrânea – Alagoas -Cadastros. I. Mascarenhas, João de Castro org. II. Beltrão, Breno Augusto org. III.Souza Júnior, Luiz Carlos de org. I. Título.

CDD 551.49098135

COORDENA ÇÃO GERALFrederico Cláudio Peixinho - DEHID

COORDENA ÇÃO T ÉCNICAFernando Antônio C. Feitosa - DIHEXP

COORDENA ÇÃO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRAJos é Emílio C. de Oliveira – DIHEXP

APOIO T ÉCNICO-ADMINISTRATIVOSara Maria Pinotti Benvenuti-DIHEXP

COORDENA ÇAO REGIONALJaime Quintas dos S. Colares - REFOFrancisco C. Lages C. Filho - RESTEJoão Alfredo C. L. Neves - SUREG-REJo ão de Castro Mascarenhas – SUREG-REJos é Alberto Ribeiro - REFOJos é Carlos da Silva - SUREG-RELuiz Fernando C. Bomfim - SUREG-SAOderson A. de Souza Filho - REFO

EQUIPE T ÉCNICA DE CAMPO

SUREG-REAri Teixeira de OliveiraBreno Augusto BeltrãoCícero Alves FerreiraCristiano de Andrade AmaralDunaldson Eliezer G. A. da RochaFranklin de MoraesFrederico José Campelo de SouzaJardo Caetano dos SantosJo ão de Castro MascarenhasJorge Luiz Fortunato de MirandaJos é Wilson de Castro TemoteoLuiz Carlos de Souza JúniorManoel Julio da Trindade G. GalvãoSaulo de Tarso Monteiro PiresS érgio Monthezuma Santoianni GuerraSimeones Néri PereiraValdecílio Galvão Duarte de CarvalhoVanildo Almeida Mendes

SUREG-SAEdmilson de Souza RosasEdvaldo Lima MotaHermínio Brasil Vilaverde LopesJo ão Cardoso Ribeiro M. FilhoJos é Cláudio ViegasLuis Henrique Monteiro PereiraPedro Antônio de Almeida CoutoVânia Passos Borges

SUREG-BHAngélica Garcia SoaresEduardo Jorge Machado SimõesEly Soares de OliveiraHaroldo Santos VianaReynaldo Murilo D. Alves de Brito

REFOÂngelo Tr évia VieiraFelicíssimo MeloFrancisco Alves PessoaJáder Parente FilhoJos é Roberto de Carvalho GomesLiano Silva VeríssimoLuiz da Silva CoelhoRob ério B ôto de Aguiar

RESTEAntonio Reinaldo Soares FilhoCarlos Ant ônio LuzCipriano Gomes OliveiraHeinz Alfredo TreinNey Gonzaga de Souza

EM DESTAQUEAlmir Araújo Pacheco- SUREG-BEAna Cl áudia Vieiro – SUREG-PABráulio Robério Caye - SUREG-PACarlos J. B. Aguiar - SUREG-MAGeraldo de B. Pimentel – SUREG-PAPaulo Pontes Araújo – SUREG-BETomás Edson Vasconcelos - SUREG-GO

RECENSEADORESAcácio Ferreira JúniorAdriana de Jesus FelipeAlerson Falieri SuarezAlmir Gomes Freire – CPRMÂngela Aparecida PezzutiAntonio Celso R. de Melo - CPRMAntonio Edílson Pereira de SouzaAntonio Jean Fontenele MenezesAntonio Manoel Marciano SouzaAntonio Marques HonoratoArmando Arruda C. Filho - CPRMCarlos A. Góes de Almeida - CPRMCelso Viana MarcielCícero René de Souza BarbosaCláudio Marcio Fonseca VilhenaClaudionor de FigueiredoCleiton Pierre da Silva VianaCristiano Alves da SilvaEdivaldo Fateicha - CPRMEduardo Benevides de FreitasEduardo Fortes CrisóstomosEliomar Coutinho BarretoEmanuelly de Almeida Le ãoEmerson Garret MenorEmicles Pereira C. de SouzaÉr ika Peconnick VenturaErval Manoel Linden - CPRMEwerton Torres de MeloFábio de Andrade LimaFábio de Souza PereiraFábio Luiz Santos FariaFrancisco Augusto A. LimaFrancisco Edson Alves RodriguesFrancisco Ivanir Medeiros da SilvaFrancisco José Vasconcelos SouzaFrancisco Lima Aguiar JuniorFrancisco Pereira da Silva - CPRMFrederico Antonio Araújo MenesesGeancarlo da Costa VianaGenivaldo Ferreira de AraújoGustavo Lira MeyerHaroldo Brito de SáHenrique Cristiano C. AlencarJamile de Souza FerreiraJaqueline Almeida de SouzaJeft é Rocha HolandaJo ão Carlos Fernandes CunhaJoão Luis Alves da SilvaJoelza de Lima EnéasJorge Hamilton Quidute GoesJos é Carlos Lopes - CPRMJoselito Santiago LimaJosemar Moura Bezerril JuniorJulio Vale de OliveiraK ênia Nogueira Di ógenesMarcos Aurélio C. de Góis FilhoMatheus Medeiros Mendes CarneiroMichel Pinheiro RochaNarcelya da Silva AraújoNicácia Débora da SilvaOscar Rodrigues Acioly JúniorPaula Francinete da Silveira BaiaPaulo Eduardo Melo CostaPaulo Fernando Rodrigues GalindoPedro Hermano Barreto Magalh ãesRaimundo Correa da Silva NetoRamiro Francisco Bezerra SantosRaul Frota Gonçalves

Saulo Moreira de Andrade -CPRMS érvulo Fernandez CunhaThiago de Menezes FreireValdirene Carneiro AlbuquerqueVicente Calixto Duarte Neto - CPRMVilmar Souza Leal – CPRMWagner Ricardo R. de AlkimimWalter Lopes de Moraes Junior

TEXTO

ORGANIZA ÇÃOBreno Augusto BeltrãoJo ão de Castro MascarenhasLuiz Carlos de Souza Junior

CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICIPIO EDIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOSCADASTRADOSBreno Augusto BeltrãoFrederico José Campelo de SouzaJardo Caetano dos SantosJo ão de Castro MascarenhasLuiz Carlos de Souza Júnior

ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOSBreno Augusto BeltrãoLiliane Assunção Serra Ramos CamposMaria Lúcia Acioli Beltrão

FIGURAS ILUSTRATIVASAloízio da Silva LealFabiane de Andrade Lima Amorim AlbinoJaqueline Pontes de LimaNúbia Chaves GuerraWaldir Duarte Costa Filho

MAPAS DE PONTOS D’ ÁGUARobson de Carlo SilvaFabiane de Andrade Lima Amorim Albino

BANCO DE DADOS

Desenvolvimento dos SistemasJosias Barbosa de LimaRicardo César Bustillos Villafan

CoordenaçãoFrancisco Edson Mendonça Gomes

AdministraçãoEriveldo da Silva Mendonça

ConsistênciaBreno Augusto Beltrão

EDITORA ÇÃO ELETR ÔNICAAline Oliveira de LimaFabiane de Andrade Lima Amorim AlbinoJaqueline Pontes de Lima

SUPORTE T ÉCNICO DE EDITORA ÇÃOClaudio ScheidJos é Pessoa Veiga JuniorManoel Júlio da T. Gomes GalvãoRoberto Batista dos Santos

ANALISTA DE INFORMA ÇÕESDalvanise da Rocha S. Bezerril

Permitida a reprodução desde que mencionada a fonte

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APRESENTAÇÃ O

A CPRM – Serviço Geológico do Brasil, cuja missão é gerar e difundirconhecimento geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável doBrasil, desenvolve no Nordeste brasileiro, para o Ministério de Minas e Energia,ações visando o aumento da oferta hí drica, que estão inseridas no Programa deÁgua Subterrânea para a Região Nordeste, em sintonia com os programas dogoverno federal.

Executado por intermédio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial,desde o iní cio o programa é orientado para uma filosofia de trabalho participativa einterdisciplinar e, atualmente, para fomentar ações direcionadas para inclusão sociale redução das desigualdades sociais, priorizando ações integradas com outrasinstituições, visando assegurar a ampliação dos recursos naturais e, em particular,dos recursos hí dricos subterrâneos, de forma compatí vel com as demandas daregião nordestina.

É neste contexto que está sendo executado o Projeto Cadastro de Fontes deAbastecimento por Água Subterrânea, localizado no semi-árido do Nordeste, queengloba os estados do Piauí , Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí ba, Pernambuco,Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Espí rito Santo. Embora commúltiplas finalidades, este projeto visa atender diretamente as necessidades doPRODEEM, no que se refere à indicação de poços tubulares em condições dereceber sistemas de bombeamento por energia solar.

Assim, esta contribuição técnica de significado alcance social do Ministério deMinas e Energia, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração eTransformação Mineral e com o Serviço Geológico do Brasil, servirá para darsuporte aos programas de desenvolvimento da região, com informaçõesconsistentes e atualizadas e, sobretudo, dará subsí dios ao Programa Fome Zero, notocante às ações efetivas para o abastecimento público e ao combate à fome dascomunidades sertanejas do semi-árido nordestino.

José Ribeiro MendesDiretor de Hidrologia e Gestão Territorial

CPRM – Serviço Geológico do Brasil

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SUMÁ RIO

APRESENTAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

2. ÁREA DE ABRANGÊNCIA

3. METODOLOGIA

4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍ PIO DE ATALAIA

4.1 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO4.2 - ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS4.3 - ASPECTOS FISIOGRÁFICOS4.4 - GEOLOGIA

5. RECURSOS HÍ DRICOS

5.1 - ÁGUAS SUPERFICIAIS5.2 - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

5.2.1 - DOMÍ NIOS HIDROGEOLÓGICOS

6. DIAGNÓSTICO DOS POÇOS CADASTRADOS

6.1 - ASPECTOS QUALITATIVOS

7. CONCLUS ÕES E RECOMENDAÇÕES

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

1 - PLANILHAS DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO

2 - MAPA DE PONTOS DE ÁGUA

3 - ARQUIVO DIGITAL - CD ROM

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Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água SubterrâneaDiagnóstico do Municí pio de Atalaia

Estado de Alagoas

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1. INTRODU ÇÃO

O Polígono das Secas apresenta um regime pluviométrico marcado por extrema irregularidadede chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cen ário, a escassez de água constitui um forte entrave aodesenvolvimento socioecon ômico e, até mesmo, à subsistência da população. A ocorrência cíclicadas secas e seus efeitos catastróficos são por demais conhecidos e remontam aos primórdios dahist ória do Brasil.

Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regi ões, através de umagestão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Entretanto, a carência de estudosde abrangência regional, fundamentais para a avaliação da ocorrência e da potencialidade dessesrecursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo, inviabilizando uma gestãoeficiente. Além disso, as decisões sobre a implementação de ações de convivência com a secaexigem o conhecimento básico sobre a localização, caracterização e disponibilidade das fontes deágua superficiais e subterrâneas.

Para um efetivo gerenciamento dos recursos hídricos, principalmente num contextoemergencial, como é o caso das secas, merece atenção a utilização das fontes de abastecimento deágua subterrânea, pois esse recurso pode tornar-se significativo no suprimento hídrico da populaçãoe dos rebanhos. Neste sentido, um fato preocupante é o desconhecimento generalizado, em todos ossetores, tanto do número quanto da situação das captações existentes, fato este agravado quando seobserva a grande quantidade de captações de água subterrânea no semi-árido, principalmente emrochas cristalinas, desativadas e/ou abandonadas por problemas de pequena monta, em muitos casospassíveis de serem solucionados com ações corretivas de baixo custo.

Para suprir as necessidades das instituições e demais segmentos da sociedade atuantes naregi ão nordestina, no atendimento à população quanto à garantia de oferta hídrica, principalmentenos momentos críticos de estiagem, a CPRM está executando o Projeto Cadastro de Fontes deAbastecimento por Água Subterrânea em conson ância com as diretrizes do Governo Federal e dosprop ósitos apresentados pelo Ministério de Minas e Energia.

Este Projeto tem como objetivo a realização do cadastro de todos os po ços tubulares, poçosamazonas representativos e fontes naturais, em uma área de 722.000 km2 da região Nordeste doBrasil, excetuando-se as áreas urbanas das regi ões metropolitanas.

2. ÁREA DE ABRANG ÊNCIA

A área de abrangência do projeto de cadastramento (figura 1) estende-se pelos estados doPiauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais eEspírito Santo.

Figura 1 – Área de abrang ência do Projeto

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Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água SubterrâneaDiagnóstico do Municí pio de Atalaia

Estado de Alagoas

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3. METODOLOGIA

O planejamento operacional para a realização desse projeto teve como base a experi ência daCPRM nos projetos de cadastramento de poços dos estados do Cear á e Sergipe, executados comsucesso em 1998 e 2001, respectivamente.

Os trabalhos de campo foram executados por microrregião, com áreas variando de 15.000 a25.000 km2. Cada área foi levantada por uma equipe coordenada por dois t écnicos da CPRM ecomposta, em média, de seis recenseadores, na maioria estudantes de nível superior dos cursos deGeologia e Geografia, selecionados e treinados pela CPRM.

O trabalho contemplou o cadastramento das fontes de abastecimento por água subterrânea (poçotubular, poço escavado e fonte natural), com determinação das coordenadas geográficas pelo uso doGlobal Positioning System (GPS) e obtenção de todas as informações passíveis de serem coletadasatravés de uma visita técnica (caracterização do poço, instalações, situação da captação, dadosoperacionais, qualidade da água, uso da água e aspectos ambientais, geológicos e hidrológicos).

Os dados coletados foram repassados sistematicamente a Divis ão de Hidrogeologia eExplora ção da CPRM, em Fortaleza, para, ap ós rigorosa an álise, alimentarem um banco dedados. Esses dados, devidamente consistidos e tratados, possibilitaram a elaboração de ummapa de pontos d’ água, de cada um dos municípios inseridos na área de atua ção do Projeto,cujas informações s ão complementadas por esta nota explicativa, visando um f ácil manuseio ecompreens ão acessível a diferentes usu ários.

Na elaboração dos mapas de pontos d‘ água, foram utilizados como base cartogr áfica os mapasmunicipais estatísticos em formato digital do IBGE (Censo 2000), elaborados a partir das cartastopográficas da SUDENE e DSG – escala 1:100.000, sobre os quais foram colocados os dadosreferentes aos poços e fontes naturais contidos no banco de dados. Os trabalhos de arte final eimpressão dos mapas foram realizados com o aplicativo CorelDraw. A base estadual com os limitesmunicipais foi cedida pelo IBGE. O mapa de pontos d’ água foi gerado a partir da Base Cartogr áficaDigital do Estado de Alagoas, cedida pela Secretaria Executiva de Meio Ambiente, Recursos Hídricose Naturais – SEMARHN.

Há municípios em que ocorrem alguns casos de poços plotados fora dos limites do mapamunicipal. Tais casos ocorrem devido à imprecisão nos traçados desses limites, seja pela pequenaescala do mapa fonte utilizado no banco de dados (1:250.000), seja por problemas ainda existentesna cartografia estadual, ou talvez devido a informações incorretas prestadas aos recenseadores ou,simplesmente, erro na obtenção das coordenadas.

Além desse produto impresso, todas as informações coligidas estão disponíveis em meiodigital, através de um CD ROM, permitindo a sua contínua atualização.

4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍPIO DE ATALAIA4.1 - Localização e Acesso

O município de Atalaia está localizado na região leste do Estado de Alagoas, limitando-se anorte com os municípios de Cajueiro, Capela e Murici, a sul com Pilar e Boca da Mata, a leste comRio Largo e Pilar e a oeste com Pindoba e Maribondo. A área municipal ocupa 531,98 km2 (1,92% deAL), inserida na meso-regi ão do Leste Alagoano e na micro-regi ão da Mata Alagoana, abrange quaseassimetricamente as folhas Maceió (SC.25-V-C-IV), São Miguel dos Campos (SC.24-X-D-VI), Uni ãodos Palmares SC.24-X-D-III) e Rio Largo SC.25-V-C-I), todas na escala 1:100.000, editadas peloMINTER/SUDENE em 1989.

A sede do município tem uma altitude de aproximadamente 54 m e coordenadas geogr áficas de09°30’07,2’’ de latitude sul e 36°57’48,0’’ de longitude oeste.

O acesso a partir de Maceió é feito através da rodovia pavimentada BR-316, com percurso emtorno de 48 km (Figura 2).

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Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água SubterrâneaDiagnóstico do Municí pio de Atalaia

Estado de Alagoas

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DELMIRO GOUVEIA

MATA GRANDE

PÃO de AÇÚCAR

TRAIPU

36°

35°30´

-10°

-9°30´PIRANHAS

PERNAMBUCO

PERNAMBUCO

PERNAMBU

CO

SERGIPE

SERGIPE

OCE

ANO

ATLÂ

NTICO

SANTANA doIPANEMA

ARAPIRACA

ÁGUA BRANCA

CANAPI

INHAPI

OLHO D’ÁGUAdo CASADO

OURO BRANCO

BATALHA

100 km

N Convenções

Sede do município

Rodovias Federais:

não pavimentadas

não pavimentadas

pavimentadas

pavimentadas

Estradas vicinais

Rodovias Estaduais:

BR 3- 24

BR-316

AL-220

BR 3- 24

AL1- 30

BR-316

AL-12

0

AL-220

BR-1

01

AL-

115 BR-316

AL-110AL-110

AL-105

AL-455

BR-1

01

A L-4

13

B R-104 AL-

101

AL-105

BR-1

01

BR

-442

AL-101

AL-1

01

AL-10

1

AL-465

Figura 2 – Mapa de acesso rodovi ário

4.2 - Aspectos Socioeconômicos

O Município foi criado em 1764, desmembrado de Marechal Deodoro. Segundo o censo 2000do IBGE, a população total residente é de 40.552 habitantes, dos quais 20.578 do sexo masculino(50,70%) e 19.974 do sexo feminino (49,30%). São 17.949 os habitantes da zona urbana (44,30%) e22.603 os da zona rural (55,70%). A densidade demográfica é de 76,23 hab/km2.

A rede pública de saúde dispõe de 02 hospitais, 90 leitos hospitalares, 16 UnidadesAmbulatoriais, 04 Postos de Saúde, 02 Centros de Saúde e 01 Ambulatório de Unidade HospitalarGeral. Não existem consultórios m édicos ou odontológicos registrados no município.

Na área educacional, são 10 escolas de ensino pré-escolar, com 581 alunos matriculados, 59escolas de ensino fundamental, com 10.305 alunos matriculados e 02 escolas de ensino m édio, com552 alunos. No município, existem 17.719 habitantes alfabetizados com idades acima de 10 anos(43,70% da população).

Existem 22.147 eleitores cadastrados no município (54,60% da população).No município existem 8.470 domicílios particulares permanentes, dos quais 5.943 (70,20%)

possuem banheiro ou sanit ário e destes, apenas 943 (11,10%) possuem banheiro e esgotamentosanitário via rede geral. Cerca de 3.574 (42,20%) são abastecidos pela rede geral de água, enquantoque 2.064 (24,40%) são abastecidos por poço ou nascente e 2.832 utilizam outras formas deabastecimento (33,40%). Apenas 3.998 (47,20%) domicílios são atendidos pela coleta de lixo,evidenciando a existência de uma fonte de sérios problemas ambientais e de saúde p ública para apopulação.

Existem 01 agência do Banco do Brasil e 03 ag ências dos Correios no município.Como opções culturais e de lazer, destacam-se 04 esta ções repetidoras de tv, 01 estação de

rádio FM, 02 jornais diários, 01 biblioteca pública.A infra-estrutura urbana indica 70% das vias pavimentadas e 90% iluminadas.A justiça dispõe de sede de comarca, juízes designados e conselho tutelar.O Município conta com alguns programas sociais, tais como: Programa comunidade solidária

para recebimento de auxílio, programa de geração de trabalho e renda e capacitação profissional.

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Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água SubterrâneaDiagnóstico do Municí pio de Atalaia

Estado de Alagoas

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O PIB de Atalaia foi de U$ 185.073.537,00 e o PIB per capita foi de U$ 5.051,00 em 1998. OFPM = R$ 3.771,248,00, o ITR = R$ 17.813,32 e o Fundef = 3.140.540,11 (Anuário Estatístico deAlagoas – 2001). O salário médio mensal é de R$ 160,76 (61,83% do salário mínimo nacional)

Principais atividades econ ômicas: Comércio e Agropecuária. Atualmente conta com 179empresas com CNPJ, atuantes (1998), ocupando 3.123 pessoas (2,02% da população).

Na área de pecuária, conta com os seguintes rebanhos (cabeças): Bovinos – 7.780; Eqüinos –200; Asininos – 04; Muares – 115; Ovinos – 80; Caprinos – 70; Aves: galinhas – 1.578; Codornas –18.144. A produção leiteira é de 594.000 litros, a de ovos de galinha –1.000 dúzias, e a de ovos decodorna – 100.000 d úzias.

Na área agrícola: Banana – 02 ha (2.000 cachos); Laranja – 06 ha (276.000 frutos); Manga – 06ha (390.000 frutos); Cana-de-açúcar –7.900 ha (389.830 t) e Milho –110 ha (44 t).

No ranking de desenvolvimento, Atalaia está em 41º lugar no estado (41/101 municípios) e em4.777º lugar no Brasil (4.777/5.561 municípios). (www.desenvolvimentomunicipal.com.br).

4.3 Aspectos Fisiográficos

O relevo do município de Atalaia se insere predominantemente na unidade dos TabuleirosCosteiros (70% aproximadamente) .Esta unidade acompanha o litoral de todo o nordeste, apresentaaltitude m édia de 50 a 100 metros. Compreende platôs de origem sedimentar, que apresentam graude entalhamento vari ável, ora com vales estreitos e encostas abruptas, ora abertos com encostassuaves e fundos com amplas várzeas. De modo geral, os solos são profundos e de baixa fertilidadenatural. O restante de sua área (cerca de 30%), se insere na unidade geoambiental das SuperfíciesRetrabalhadas, formadas por áreas que têm sofrido retrabalhamento intenso, com relevo bastantedissecado e vales profundos.

O clima é do tipo Tropical Chuvoso com verão seco. O período chuvoso começa no outonotendo início em fevereiro e t érmino em outubro. A precipitação m édia anual é de 1.634.2 mm.

A vegetação é predominantemente do tipo Floresta Subperenifólia, com partes de FlorestaSubcaducifólia e cerrado/ floresta.

Os solos dessa unidade geoambiental são representados pelos Latossolos e Podzólicos nostopos de chapadas e topos residuais; pelos Podzólicos com Fregipan, Podzólicos Plínticos e Podzóisnas pequenas depressões nos tabuleiros; pelos Podzólicos Concrecionários em áreas dissecadas eencostas e Gleissolos e Solos Aluviais nas áreas de várzeas.

4.4 Geologia

O município de Atalaia encontra-se inserido na Província Borborema, representada peloslit ótipos dos complexos Nicolau/Campo Grande e Belém de São Francisco, da Suíte Itaporanga, doGrupo Barreiras e pelos Depósitos Fl úvio-lagunares (Figura 3).

O Complexo Nicolau/Campo Grande (Ang), é constituído por granulitos/kizingitos.O Complexo Belém do S ão Francisco (MP3bf), está ali constituído por leuco-ortognaisses

tonalítico-granodioríticos migmatizados e enclaves de supracrustais.A Suíte Intrusiva Itaporanga, calcialcalina de médio a alto pot ássio (NP3γ2cm), engloba granitos

e granodioritos porfiríticos, associados a dioritos.O Grupo Barreiras (ENb), está representado por arenitos e arenitos conglomeráticos com

intercalações de siltitos e argilitos.Os Dep ósitos Fl úvio-lagunares (Qfl), são constituídos por pelitos arenosos e carbonosos.

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5

Ang

36 00’o36 10’o36 15’o

9 30’o

9 35’o

Cenozóico

Comp lexo Belém do Sã o Francisco: leuco-ortogna isse tonalítico-granodiorítico migmatizado, enclaves de supracrustais (1070 Ma Rb -Sr)

Neproterozóico

Mesoproterozóico

Mesoarqueano

Suíte calcialcalina de médio a alto potáss io Itapo ranga (cm):granito e granodiorito porfirítico associado a diorito (588 Ma U-Pb);

N

Atalaia9 30’o

9 35’o

36 00’o36 10’o36 15’o

Contato geológico

Falha ou fratura

CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

UNIDADES ESTRUTURAIS

CONVENÇÕES GEOLÓGICAS

Lim ites Intermunicipais

Rios e riachos

Sede Municipa l

Açude/barragem

Rodovias

Linha férrea

UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS

NP3bf

Qfl

ENb

Ang

NP3bf

Qfl

ENb

4 0 4 8 Km

ESCALA GRÁFICA

Figura 3 –Mapa Geológico

5. RECURSOS HÍDRICOS

5.1 - Águas Superficiais

O município de Atalaia encontra-se inserido na bacia hidrográfica do Rio Paraíba, que corta omunicípio em sua porção mediana no sentido NW-SE. Seus principais afluentes são: a NW, osriachos Isabel, Pedra Choca e da Garapa; a W e SW, o Rio Porangaba e os riachos Camargo, doBrejo, Nasc éia, al ém do Rio Branco; a N e NE, o Rio Satuba e seus principais tribut ários, os riachosSaborinha, de Algodão, Gameleira e Quindinha. O padrão de drenagem predominante é o dendrítico.

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5.2 - Águas Subterrâneas

5.2.1 –Domínios Hidrogeol ógicos

Área do município em estudo está inserida nos Domínios Hidrogeológicos: Fissural eIntersticial

O Domínio Fissural composto por rochas do embasamento cristalino regionalmenterepresentadas por granulitos do Grupo Girau do Ponciano e pelos complexos gnaíssico-migmatítico emigmatítico granítico (Arqueano), rochas vulcano-sedimentares, compostas por quartzitos, micaxistos,gnaisses e metavulcânicas diversas do Grupo Macururé e ortognaisses (Proterozoico).

O Domínio Intersticial constituído por coberturas Tércio-quaternárias da Formação Barreiras epelos aluviões e Sedimentos areno-argilosos de idade quaternária. Figura 4.

Figura 4 –Domínios Hidrogeológicos

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6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS

O levantamento realizado no município registrou a presença de 13 pontos d’ água, sendo todospoços tubulares.

Com relação a propriedade do terreno onde estão localizados os pontos d’ água cadastrados,podemos ter: terrenos públicos, quando o terreno for de serventia pública e; particular, quando for deuso privado. Conforme ilustrado na figura 5.1, existem 10 pontos d’ água em terreno público e três emterreno particular.

Particular23%

Público77%

Particular Público

Figura 5.1 – Natureza da propriedade dos terrenos onde existem poços tubulares.

Quanto ao tipo de abastecimento que se destina o uso da água, os pontos cadastrados foramclassificados em: comunit ários, quando atendem a várias famílias e; particular, quando atendemapenas ao seu proprietário. A figura 5.2 mostra que 10 pontos d’ água destinam-se ao atendimentocomunitário e em três pontos a finalidade do abastecimento n ão foi definida.

NãoInformado

23%

Comunitário77%

Não Informado Comunitário

Figura 5.2 – Finalidade do abastecimento dos poços.

Três situações distintas foram identificadas na data da visita de campo: poços em operação,paralisados, n ão instalados e abandonados. Os poços em operação s ão aqueles que funcionavamnormalmente. Os paralisados estavam sem funcionar temporariamente devido a problemasrelacionados à manutenção ou quebra de equipamentos. E por fim, os abandonados, que incluempoços secos e poços obstruídos, representam os poços que não apresentam possibilidade deprodução.

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A situação dessas obras, levando-se em conta seu caráter público ou particular, é apresentadaem números absolutos no quadro 5.1 e em termos percentuais na figura 5.3.

Quadro 5.1 – Situação dos poços cadastrados conforme a finalidade do usoNatureza do Poço Abandonado Em Operação ParalisadoComunitário - 11 -Indefinido 1 - 1

Total 1 11 1

Abandonado8%

Em Operação84%

Paralisado8%

Abandonado Em Operação Paralisado

Figura 5.3 – Situa ção dos po ços cadastrados em percentagem

Em relação ao uso da água, 50% dos pontos cadastrados são destinados ao uso dom ésticoprimário (água de consumo humano para beber); e os outros 50% são utilizados para uso domésticoprimário e secundário ( água de consumo humano para beber e uso geral), conforme mostra a figura5.4.

DomésticoPrimário

50%

DomésticoSecundário

50%

Doméstico Primário Doméstico Secundário

Figura 5.4 – Uso da água

A figura 5.5 mostra a relação entre os poços tubulares atualmente em operação e os poçospassíveis de entrarem em funcionamento (paralisados e não instalados). Verifica-se que nenhumpoço particular está paralisado ou n ão instalado. Com relação aos poços tubulares públicos, apenasum poço encontra-se n ão instalado ou paralisado, podendo, entretanto vir a operar, somando suadescarga àquelas dos oito poços que estão em uso.

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9

012345678

Particular 3 0

Público 8 1

Em Operação Paralisado/NãoInstalado

Figura 5.5 – Relação entre po ços em uso e desativados

Com relação a fonte de energia utilizada nos sistemas de bombeamento dos poços, a figura5.6 mostra que 10 poços públicos e apenas um poço particular utilizam energia el étrica, enquanto nãofoi registrado nenhum poço que utilize outras formas de energia.

ComEnergia

OutrasFontes

ParticularPúblico

02468

10

Particular 1 0

Público 10 0

Com Energia Outras Fontes

Figura 5.6 – Tipo de energia utilizada no bombeamento d’ água

6.1 – Aspectos Qualitativos

Com relação a qualidade das águas dos pontos cadastrados, foram realizadas in loco medidasde condutividade el étrica, que é a capacidade de uma substância conduzir a corrente elétrica estandodiretamente ligada com o teor de sais dissolvidos sob a forma de íons.

Na maioria das águas subterrâneas naturais, a condutividade el étrica multiplicada por um fator,que varia entre 0,55 a 0,75, gera uma boa estimativa dos sólidos totais dissolvidos (STD) na água.Para as águas subterrâneas analisadas, a condutividade elétrica multiplicada pelo fator 0,65 forneceo teor de sólidos dissolvidos.

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Conforme a Portaria no 1.469/FUNASA, que estabelece os padrões de potabilidade da águapara consumo humano, o valor máximo permitido para os sólidos dissolvidos (STD) é 1000 mg/L.Teores elevados deste parâmetro indicam que a água tem sabor desagradável, podendo causarproblemas digestivos, principalmente nas crianças, e danifica as redes de distribui ção.

Para efeito de classifica ção das águas dos pontos cadastrados no município, foramconsiderados os seguintes intervalos de STD (Sólidos Totais Dissolvidos):

0 a 500 mg/L água doce501 a 1.500 mg/L água salobra

> 1.500 mg/L água salgada

Foram coletadas e analisadas amostras de água de 11 poços tubulares. Os resultados dasan álises mostraram valores oscilando de 44,20 e 190,45 mg/L., com valor médio de 111,27 mg/L.Verifica-se que todos os poços est ão em pleno funcionamento e com a predominância de água doceem 100% dos poços analisados.

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7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES

A análise dos dados referentes ao cadastramento de pontos d’ água executado no município deAtalaia, permitiu estabelecer as seguintes conclusões e recomendações:

• Dos 13 pontos d’ água cadastrados, com relação ao status, 11 poços (84,6%) encontram-seem operação e apenas 1 (7,7%) foi descartado por estar abandonado, ou por se encontrarseco ou obstruído. O outro ponto restante se inclui nos não instalados, devido a diversosmotivos. Este último se constitui em uma reserva potencial que pode vir a reforçar oabastecimento do município desde que ap ós uma análise t écnica criteriosa, for consideradoapto à instalação.

• No caso de ocorrerem poços com água salobra, principalmente se for destinada para usocomunitário, recomenda-se a instalação de dessalinizadores, no sentido de adequ á-la parasua utilização doméstica, sem risco para a saúde dos usu ários. Caso se implemente estamedida é preciso prever corretamente o manuseio do rejeito do dessalinizador, de forma aevitar a contaminação do solo e do aq üífero.

• Recomenda-se que seja implantado um programa de manutenção dos poços, principalmenteno período de estiagem, com periodicidade m áxima anual, retirando-se o equipamento paralimpeza do mesmo e também do poço, proporcionando a manutenção ou a recuperação davazão original.

• Visando reduzir/eliminar a vulnerabilidade dos aqüíferos, e considerando que os poços seconstituem em um veículo de contaminação, recomenda-se algumas ações preventivas paraevitar o risco. Para os poços em operação e os paralisados, desde que passíveis derecuperação, se faz necessário a adoção de medidas de proteção sanit ária tais como: selosanit ário, tampa de proteção na boca do poço, limpeza do terreno, cerca de proteção etc.Quanto aos poços abandonados recomenda-se a colocação de tampas, de prefer ênciasoldadas, eliminando o risco de queda acidental de corpos estranhos e de pequenos animais.

• Por fim, recomenda-se que as ações acima referidas, principalmente para as águas de usocomunitário, sejam implementadas de comum acordo pelo Poder Público Municipal emparceria com a comunidade usuária, através de seus representantes na Câmara Municipal edos líderes comunitários das localidades envolvidas.

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8. REFER ÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS

ANU ÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2000. Brasília: DNPM, v.29, 2000. 401p.

BRASIL. MINIST ÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. Secretaria de Minas e Metalurgia; CPRM – ServiçoGeológico do Brasil [CD ROM] Geologia, tect ônica e recursos minerais do Brasil, Sistema deInforma ções Geográficas SIG. Mapas na escala 1:2.500.000. Brasília: CPRM, 2001. Disponívelem 04 CD’s

FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Geografia doBrasil. Região Nordeste. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. Disponível em 1 CD

FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Mapas Base dosmunicípios do Estado de Alagoas. Escalas variadas. Inédito.

LEAL, José Menezes Inventário hidrogeológico do Nordeste. Folha nº 20 Aracaj ú NE. Recife:SUDENE, 1970. 150p.

RODRIGUES E SILVA, Fernando Barreto; SANTOS, José Carlos Pereira dos; SILVA, Ademar Barrosda et al [CD ROM] Zoneamento Agroecológico do Nordeste do Brasil: diagnóstico eprogn óstico. Recife: Embrapa Solos. Petrolina: Semi-Árido, 2000. Disponível em 1 CD

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ANEXO 1

PLANILHA DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO

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C ÓDIGOPO ÇO LOCALIDADE LATITUDE

SLONGITUDE

WPONTO DE

ÁGUANATUREZA

DO TERRENOPROF.

(m)VAZ ÃO

(L/h)SITUA ÇÃO DO

PO ÇOEQUIPAMENTO DEBOMBEAMENTO

FONTE DEENERGIA

FINALIDADEDO USO

STD(mg/L)

CW561 Branca De Atalaia 093042,9 360601,2 Poço Tubular Publico 60,00 Em Operação Bomba Submersa Trifásica Comunitário 96,20CW562 Branca De Atalaia 092944,8 360503,2 Poço Tubular Publico 48,00 11000,00 Em Operação Bomba Submersa Trifásica Comunitário 75,40CW563 Branca De Atalaia 092942,2 360504,6 Poço Tubular Publico 50,00 Paralisado Não Equipado TrifásicaCW564 Chã Da Branca 093000,4 360532,9 Poço Tubular Publico 46,00 18000,00 Em Operação Bomba Submersa Trifásica Comunitário 141,05CW565 Grota São Sebastião 093047,2 360052,8 Poço Tubular Publico 13,00 Em Operação Bomba Submersa Trifásica Comunitário 86,45CW566 Bairro Jose Paulino 093036,0 360027,6 Poço Tubular Publico 53,00 6000,00 Em Operação Bomba Submersa Trifásica Comunitário 142,35CW567 Bairro Jose Paulino 093038,1 360025,9 Poço Tubular Publico 54,00 5000,00 Em Operação Bomba Submersa Trifásica Comunitário 137,15CW568 Jacata 093050,0 360017,7 Poço Tubular Particular 60,00 Em Operação Bomba Submersa Trifásica Comunitário 136,50CW569 Bairro Jose Paulino 093050,0 360013,4 Poço Tubular Publico 54,00 Abandonado Não Equipado TrifásicaCW570 Bairro Jose Paulino 093053,6 360011,1 Poço Tubular Publico 54,00 8000,00 Em Operação Bomba Submersa Trifásica Comunitário 113,75CW571 Unidade Mista Gov. Geraldo Bulhões 093040,9 355959,7 Poço Tubular Particular 60,00 2500,00 Em Operação Bomba Submersa Trifásica Comunitário 190,45CW572 Loteamento Santa Inês 093035,7 360012,6 Poço Tubular Publico 44,00 9000,00 Em Operação Bomba Submersa Trifásica Comunitário 60,45CW729 Povoado Palha Bronca 092322,0 355826,4 Poço Tubular Particular 25,00 Em Operação Bomba Submersa Monofásica Comunitário 44,20

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ANEXO 2

MAPA DE PONTOS D’ ÁGUA