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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DOS TRANSPORTES METROPOLITANOS E1 755 <> VOL. 1 COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS RECAPACITAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DA LINHA F PROJETO BÁSICO AMBIENTAL - PBA VOLUME I PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL DA OBRA - PCA 1Ir -S; 'X a. -:> 1 `t . E.- i- - - - -. `'7L -W -- ~. -- , S- - r;~- Fu Fevereiro/2006 i PRIME E7ngt7harna Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DE ESTADO DOS TRANSPORTES METROPOLITANOS

E1 755 <>VOL. 1 COMPANHIA PAULISTA DE

TRENS METROPOLITANOS

RECAPACITAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DA LINHA F

PROJETO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

VOLUME IPLANO DE CONTROLE AMBIENTAL DA OBRA - PCA

1Ir-S; 'X a. -:> 1 `t

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Fevereiro/2006

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COMPANHIA PAULISTA DETRENS METROPOLrTANOS

PROJETO DE RECAPACITAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DA LINHA F

PROJETO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

APRESENTAÇÃO

O presente documento constitui o Projeto Básico Ambiental - PBA do Projeto de Recapacitação eDinamização da Linha F da CPTM, desenvolvido em atendimento às Resoluções CONAMA n°001/86 e 237/97, para obtenção da Licença Ambiental de Instalação do empreendimento junto àSecretaria de Estado de Meio Ambiente de São Paulo-SMA. Atende, também, às exigências erecomendações da Licença Prévia-LP n° 00932, emitida por esta Secretaria em 21 de fevereiro de2006, e do Parecer Técnico n° 054/06, que acompanha a LP.

Conforme apresentado no Relatório Ambiental Preliminar - RAP, protocolado nesta Secretaria sobo Processo SMA n° 13.535/05, diversos Programas Ambientais foram previstos para mitigar eminimizar os impactos negativos do empreendimento, bem como otimizar os beneficios esperadoscom a Recapacitação e Modernização da Linha F, abrangendo vários conjuntos de medidasambientais específicas. O presente documento apresenta o detalhamento desses Programas, a fim deviabilizar sua efetiva aplicação.

O Projeto Básico Ambiental - PBA da Recapacitação da Linha F é constituído de três volumes,com o seguinte conteúdo principal:

* Volume 1 - Plano de Controle Ambiental da Obra (PCA): estabelece diretrizes para ocumprimento de especificações técnicas e normas ambientais nas obras, tendo em vistagarantir condições ambientais adequadas nas áreas de entorno, nas praças de trabalho, noscanteiros de obra, nas áreas de empréstimo e bota-fora, bem como ao longo das rotas queserão utilizadas por caminhões e equipamentos pesados.

* Volume II - Programas Ambientais: contém: (i) o Plano de Inserção Urbana, composto dequatro programas - Integração com o Sistema de Transportes, Adequação do Sistema Viário,Reurbanização, e Transposição da Faixa Ferroviária, nos quais são definidas diretrizes parareestruturar o transporte coletivo da região, para garantir a segurança dos pedestres e afluidez e segurança na circulação de veículos, soluções urbanísticas para vedação da faixa,passarela e adequação das áreas do entorno das obras; (ii) o Programa de Reposição deVegetação - projeto de plantio compensatório de mudas de espécies arbóreas nativas; (iii) oPrograma de Controle de Ruído e Vibrações; (iv) o Programa de Comunicação Social, queprevê formas de interação e comunicação entre a CPTM e a sociedade local-regional; (v) oPrograma de Preservação Cultural, que prevê ações para a preservação da memória daferrovia; (vi) o Programa de Controle Ambiental na Operação, para controle dos impactosda operação da Linha sobre o ambiente e a população lindeira; e (vii) o Programa deMonitoramento e Avaliação, para verificação dos benefícios obtidos, os impactosefetivamente ocorridos e a eficácia das medidas mitigadoras e compensatórias adotadas.

* Volume III - Caderno de Desenhos: este volume contém em sua Parte A os desenhos doprojeto de engenharia pertinentes ao detalhamento ambiental de elementos estruturantes doempreendimento, tais como via permanente, estações, ponte ferroviária, passagensinferiores, passarela, entre outros, e, em sua Parte B, a Figura 1, com a localização doempreendimento sobre planta altimétrica oficial da EMPLASA, na escala 1:10.000, onde sedestacam os limites da APA das Várzeas do Rio Tietê e do Parque Ecológico, as APPs come sem intervenção, a topografia do terreno, entre outros; e a Figura 2, que apresenta as áreaslindeiras sobre foto aérea na escala 1:5.000, com as estações existentes e projetadas,

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinarnização da Linha F. Fevereiro 2006. 1

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

elementos de uso do solo, a localização de pontos de medição de ruído, os trechos sem

vedação da faixa, passarelas e travessias ilegais ao longo da Linha F.

O responsável pelo empreendimento é:

Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM, empresa de economia mista do

Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos.

CNPJ N° 71.832.679/0001-23

Endereço: Rua Boa Vista, 185 CEP 01014-001 São Paulo, SP

A empresa responsável pela elaboração deste PBA é:

PRIME Engenharia e Comércio Ltda.,

CNPJ No 62.803.473/0001-84

Av. Vereador José Diniz, 2466 CEP 04604-004 São Paulo, SP

O profissional responsável técnico pelo PBA é:

Carlos Henrique Aranha, Engenheiro Civil, CREA No 0600573692

ART No 94.282.720.020.148.115

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 2

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COMPANHIA PAULISTA DETRENS METROPOLTANOS

RECAPACITAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DA LINHA F

PROJETO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

ÍNDICE

VOLUME I- PCA

1 Plano de Controle Ambiental da Obra - PCA

VOLUME II - PROGRAMAS AMBIENTAIS

2 Plano de Inserção Urbana

2.1 Programa de Integração dos Sistemas de Transporte

2.2 Programa de Adequação do Sistema Viário

2.3 Programa de Reurbanização

2.4 Programa de Transposição da Linha

3 Programa de Reposição de Vegetação

4 Programa de Controle de Ruído e Vibrações

5 Programa de Comunicação Social

6 Programa de Proteção ao Patrimônio Cultural

7 Programa de Controle Ambiental na Operação

8 Programa de Monitoramento e Avaliação dos Impactos

VOLUME III - CADERNO DE DESENHOS

ANEXOS

1.1 Especificações Técnicas Ambientais de Obra

1.2 Supervisão Ambiental - Fichas de Apoio às Vistorias

1.3 Manejo de Áreas Contaminadas

3.1 Cópia de Requerimento ao DEPAVE / PMSP

3.2 Cópia da Outorga de Implantação do Empreendimento

3.3 Cadastramento Arbóreo e Registro Fotográfico

3.4 Cálculo da Compensação Ambiental

3.5 Anteprojeto de Plantio Compensatório no Parque Ecológico Tietê

3.6 Cópia da ART do responsável

3.7 Figura 1 - Planta de Situação Atual e Pretendida

3.8 Figura 2 - Projeto de Plantio Compensatório

PBA - Projeto Básico Ambiental da Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006.

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS

6.1 Programa de Prospecções Arqueológicas

6.2 Portaria IPHAN n° 378

6.3 Endosso Institucional

7.1 Apostila de Armazenamento de Resíduos Sólidos

7.2 Manual CPTM - Conceitos Básicos de Conscientização Ambiental

7.3 Certificados do IBAMA para os fitossanitários utilizados

7.4 Instrução Técnica AK5 168 - Capina Química

PBA - Projeto Básico Ambiental da Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006.

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS

PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL DAS OBRAS (PCA)

ÍNDICEI. Programa de Controle Ambiental das Obras (PCA) ................................................................. 1

1. 1. Objetivos .......... ......................................................................... 1

1.2. Escopo ............ ......................................................... I1

1.2.1. Atividades para Formulação e Implementação do PCA .............................................. 1

1.2.2. Aspectos Técnicos do Controle Ambiental ............................. 2

1.3. Controle Ambiental das Obras de substituição e alargamento de viadutos ......................... 4

1.3.1. Construção de nova passagem inferior na Av. Gabriela Mistral - Km 11+900 .......... 4

1.3.2. Substituição da superestrutura metálica da ponte ferroviária do Km 17+400 porsuperestrutura em concreto ............................................... 6

1.3.3. Substituição da superestrutura metálica da ponte ferroviária do Km 20+500 porsuperestrutura em concreto ............................................... 8

1.3.4. Substituição da superestrutura metálica do viaduto ferroviário do Km 36+100 porsuperestrutura a ser executada em concreto ................................... 9

1.4. Controle Ambiental das Obras de Estação ................................ 10

1.4.1. Controle Ambiental das Obras da Estação USP Leste ..................... 10

1.4.2. Controle Ambiental das Obras de Readequação da Estação Comendador Ermelino 14

1.4.3. Controle Ambiental das Obras da Estação Jardim Helena .................. 17

1.4.4. Controle Ambiental das Obras da Estação Itaim Paulista .................. 20

1.4.5. Controle Ambiental das Obras da Estação Jardim Romano .................23

1.5. Controle Ambiental das Obras de Via Permanente .......................... 27

1.6. Controle Ambiental das Obras de Contenção e Vedação da Faixa ................ 30

1.6.1. Obras de Contenção ............................................ 30

1.6.2. Vedação da faixa operacional ..................................... 30

1 .7. Controle Ambiental dos Serviços nos Sistemas de Eletrificação e Telecomunicações ..... 31

1.8. Áreas de Apoio às Obras ............................................ 31

1.9. Supervisão Ambiental das Obras ...................................... 32

1.9.1. Atividades Prévias ao Início das Obras ............................... 33

1.9.2. Atividades Durante a Execução da Obras ............................. 33

1.9.3. Atividades na Conclusão das Obras ................................. 35

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006.

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIME

TRENS MEOPOLiTANOS

1. PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL DAS OBRAS (PCA)

A implantação de obras de infra-estrutura requer cuidados especiais para se evitar ou pelo menos

reduzir de forma efetiva os impactos que provocam no meio onde se inserem. A tecnologia de

construção tem avançado significativamente, incorporando especificações e procedimentos de

serviço de forma a atender normas legais cada vez mais rigorosas.

Assim, especificações técnicas que orientam a execução de obras civis passaram a incorporar

também os requisitos ambientais necessários de serem observados em cada serviço contratado. Os

procedimentos de fiscalização e aceitação dos serviços, por conseqüência também foram

enriquecidos por rotinas de inspeção e monitoramento ambiental.

A Recapacitação da Linha F da CPTM será implantada quase que integralmente no interior da faixa

de domínio da linha ferroviária existente, situada em área totalmente urbanizada. Assim, pouco

afetará o meio ambiente natural, como demonstrado no RAP, a menos de eventuais áreas de

empréstimo e bota-fora, dependendo de sua localização. As preocupações quanto aos impactos

potenciais da obra se voltam para as populações lindeiras, razão pela qual maior ênfase deve ser

dada às medidas de segurança e conforto ambiental dos moradores e usuários das áreas afetadas.

1.1. OBJETIVOS

O Programa de Controle Ambiental das Obras (PCA) tem por objetivo estabelecer diretrizes e

assegurar o cumprimento de especificações técnicas e normas ambientais nas obras de

Recapacitação da Linha F, tendo em vista garantir condições ambientais adequadas nas áreas de

entorno das obras propriamente ditas, das praças de trabalho, dos canteiros de obra, das áreas de

empréstimo e bota-fora, bem como ao longo das rotas que serão utilizadas por caminhões e

equipamentos pesados.

A meta do Programa é a implantação das obras sem a ocorrência de não-conformidades ambientais,

e a solução rápida e eficiente de eventos não previstos que possam surgir no decorrer das obras.

Os benefícios deste programa se manifestarão na forma de redução dos impactos ao ambiente

urbano e às populações residentes junto às praças de trabalho, ao longo do traçado da linha e

entorno das estações, decorrentes das atividades de construção.

1.2. EscoPo

1.2.1. Atividades para Formulação e Implementação do PCA

O PCA tem como abrangência todas as atividades e serviços necessários à implantação das obras de

Recapacitação da Linha F, envolvendo as operações das empreiteiras, da supervisora de obra e da

supervisão ambiental. O Programa consiste no estabelecimento e implementação de especificaçõestécnicas e procedimentos que garantam a qualidade, a segurança e a proteção ambiental das áreas e

populações afetadas diretamente pelas atividades de construção.

O Programa abrange atividades na etapa pré-construtiva e na etapa construtiva propriamente dita.As atividades na etapa pré-construtiva compreendem algumas ações já realizadas e outras

necessárias antes do início efetivo das obras:

• Análise detalhada das atividades da obra, a identificação dos impactos potenciais, sualocalização e magnitude, e a identificação de medidas de controle e normas a serem seguidas naexecução dos serviços; esta atividade foi executada ao longo dos estudos ambientais do projetodestinados à preparação do RAP e deste PBA;

• Estabelecimento de especificações ambientais para construção: esta atividade foi executadanesta fase de preparação do PBA e consistiu na revisão e complementação de especificaçõesambientais para obras da CPTM, com a inclusão de diretrizes específicas para as atividades de

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOLrTANOS

operação dos canteiros e alojamentos, para utilização de áreas para exploração de jazidas deempréstimo ou bota-fora, bem como orientações para a preparação dos documentos necessáriosao licenciamento ambiental dessas áreas de apoio, que serão preparados pelas empresascontratadas; as especificações ambientais são parte integrante deste PCA e estão apresentadasno Anexo 1.1;

• Estabelecimento de mecanismos de controle a serem executados pela CPTM, para fiscalização,monitoramento e avaliação do cumprimento das especificações, isto é, concepção de um sistemade supervisão ambiental das obras; esta atividade também foi realizada ao longo da preparaçãodo PBA e encontra-se detalhado no item 1.9 deste PCA.

• Planejanmento ambiental da construção: esta atividade consiste em uma ação prévia ao iníciodas obras destinada a adequar o plano de ataque das obras proposto pela empreiteira contratadade modo a considerar os requisitos ambientais decorrentes do processo de licenciamento,localização de canteiros e instalações de apoio; esta atividade será executada após a emissão daLicença de Instalação e da ordem de início dos serviços de construção. Para efeito gerencial,esta atividade está incluída nas atividades de responsabilidade da supervisão ambiental.

As atividades na etapa construtiva compreendem ações contínuas de (i) implementação das medidaspreventivas, mitigadoras e corretivas necessárias ao alcance das metas de qualidade ambientalestabelecidas, sob responsabilidade da empresa construtora; e (ii) supervisão e monitoramento documprimento das especificações ambientais, a cargo da supervisão ambiental.

A implementação das medidas preventivas e mitigadoras de impactos ambientais previstas nestePCA são todas de responsabilidade das empresas construtoras contratada para execução das obras eos respectivos custos estão integralmente incluídos no orçamento do contrato de construção.

Os serviços de supervisão ambiental são de responsabilidade da CPTM e serão executados pelaempresa a ser contratada para o gerenciamento do programa de modernização das linhas da CPTM.

1.2.2. Aspectos Técnicos do Controle Ambiental

A execução das obras de Recapacitação estará a cargo de um consórcio de empresas. Este deveráorganizar os trabalhos de acordo com o cronograma estabelecido e seguindo a lógica deprecedências inerentes ao projeto de engenharia, além de considerar os requisitos estabelecidos naslicenças ambientais e nos programas de medidas mitigadoras e compensatórias.

As intervenções para a recapacitação e dinamização da Linha F consistem em:

• Pontes e Viadutos: substituição e alargamento dos viadutos Gabriela Mistral - Km 11+900;substituição de ponte ferroviária metálica por ponte em concreto - Km 17+400; substituição deponte ferroviária metálica por ponte em concreto - Km 20+800; substituição de viadutoferroviário metálico por viaduto em concreto - Km 36+000;

• Estações: implantação da Estação USP - Leste; readequação da Estação Comendador Ermelino;implantação da Estação Jardim Helena; readequação da Estação Itaim Paulista; implantação daEstação Jardim Romano;

• Via Permanente: (i) Demolição das edificações da antiga estação desativada de Eng. Trindade;(ii) Remanejamento da via permanente e rede aérea numa extensão aproximada de 1100 metrosentre os Km 11+435 e 12+512, tendo em vista a reconstrução do viaduto sobre AvenidaGabriela Mistral; (iii) idem, em extensão aproximada de 1500 metros na região da estação USPLeste; (iv) idem, em extensão aproximada de 1500 metros na região da estação ComendadorErmelino, inclusive os AMV's do novo plano de vias; (v) idem, na região dos AMV's à Lesteda Estação de São Miguel Paulista; (vi) idem, no trecho com início a 250 metros a oeste daEstação Jardim Helena até 800 metros à leste da Estação Jardim Romano (inclusive os trechosintermediários entre estações); (vii) idem, a oeste da Estação de Manoel Feio na região de

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS do te11h/

AMV's a serem substituídos, de acordo com as definições do track-plan da via permanente;(viii) idem, a 550 metros à leste da região dos AMV's de Manoel Feio, em continuação do

trecho anterior;• Estabilizacão de Taludes. vedação da faixa. passarelas e reurbanização: implantação de

passarela para pedestres entre os Km 38 e 39;• Sistemas: (i) Reabilitação e readequação do sistema de telecomunicações; (ii) Implantação de

sistema de transmissão por fibra óptica; (iii) Implantação de sistema de alimentação do circuito

de sinalização das subestações Calmon Viana, Sebastião Gualberto e Ermelino Matarazzo; (iv)

Implantação de circuitos de retorno em 3 kV nas subestações Calmon Viana, SebastiãoGualberto e Ermelino Matarazzo; (v) Implantação de circuito auxiliar de alimentação em 13,8 /

4,4 kV entre as Estações Tatuapé e Calmon Viana; (vi) Implantação do sistema de aterramento e

proteção contra descargas atmosféricas em 3 kVcc do sistema de rede aérea da Linha F; (vii)

Implantação de grupo retificador na Subestação Calmon Viana; (viii) Implantação de chaves

seccionadoras de saída e paralelismo de 3 kVcc nas subestações Calmon Viana, Sebastião

Gualberto e Ermelino Matarazzo; (ix) Implantação de chaves seccionadoras de saída e

paralelismo de 3 kVcc nas cabines seccionadoras de Manoel Feio e Engenheiro Goulart; (x)

Demais intervenções necessárias para a melhoria da regularidade do fornecimento de energia

elétrica de tração.

O Desenho DE-V-F-99-99-9999/2-UOO-999 (Volume III) mostra o diagrama unifilar das

intervenções previstas.

As recomendações de medidas preventivas e mitigadoras de impactos ambientais decorrentes das

obras foram consolidadas nas Especiricações Ambientais de Obra (Anexo 1.1), que deverão ser

observadas pela empreiteira e todas as suas subcontratadas. O documento contém recomendações

ara execução de todos os serviços e atividades de apoio e abrangem os seguintes tópicos:

Tópico Especificações Ambientais

Canteiros de Obra Localização, operação, distribuição funcional das áreas internas, dimensionamento dossistemas de: águas pluviais, água potável, efluentes líquidos e resíduos sólidos.procedimentos de limpeza e higiene, procedimentos para redução do incômodo à populaçãolindeira, vigilância do canteiro, interrupção e desvios de tráfego. sinalização externa.procedimentos para abandono temporário das obras e desativação do canteiro;

Praças de Trabalho Limpeza do terreno, demolições e remoções, terraplenagem, remoção de vegetação.remanejamento de interferências, manejo e disposição de águas pluviais, efluentes líquidos eresíduos sólidos, manuseio e armazenamento de produtos perigosos, operação de máquinas eequipamentos, interrupção e desvios de tráfego, dispositivos para proteção de edificações epopulação lindeira, veículos e pedestres, sinalização de advertência diurna e noturna, uso deexplosivos e vigilância das praças de trabalho;

Usinas Localização e operação das usinas de asfalto e de concreto;

Vias de Acesso Abertura de acessos viários, rotas, horários e requisitos para o tráfego de veículos da obra,transporte de materiais e insumos, circulação de veículos, transporte de pessoal, transporte decargas e de materiais, transporte de produtos perigosos;

Áreas de Empréstimo Exploração de jazidas, delimitação da área a ser explorada, desmatamento das áreas a sereme Bota-Fora exploradas (limpeza do terreno), decapagem do estéril, estocagem do solo, escavação

drenagem superficial, manejo de bota-foras, projeto de recuperação de área degradada(PRAD):

Terraplenagem Supressão de vegetação, limpeza do terreno e destocamento. escavação mecanizada em áreasde solo mole (áreas banhadas por córregos), abertura de valas, aterro, atividades de caráterpreventivo e corretivo destinadas a assegurar a estabilização de encostas e maciços.ocorrências de deslizamento, ocorrências de solapamento, recalques e deformações;

Obras de Drenagem, Rebaixamento do lençol freático, manejo das águas drenagem superficial, canalização dePontes e Viadutos córregos, fundação e construção de obras de arte, travessias de cursos de água;Ferroviários

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-3

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COMPANHIA PAUUSTA DE -TRENS METROPOUTANOS

Tópico Especificações Ambientais

Pavimentação Abertura e preparo de caixa regularização e compactação do subleito, base de brita graduada.base macadame, betuminoso concreto asfáltico, imprimação ligante e impermeabilizante,revestímento de concreto asfáltico usinado a quente;

Manejo, Transporte e Identificação, seleção. coleta, armazenamento, plano de gestão de resíduos sólidos, transporteDisposição Final de de resíduos sólidos, disposição final e treinamento de pessoal,Resíduos Sólidos

Controle de ruídos e Procedimentos para controle da emissão de ruídos e vibrações nas atividades de obra;vibrações

Emissões de gases e Procedimentos para controle da emissão de gases e controle de material particulado/poeiraparticulados em suspensão nas áreas do entorno das praças de trabalho;

Saúde e Segurança do Procedimentos para atendimento aos requisitos legaís de saúde e segurança do trabalho;Trabalho

Erosão e Procedimentos para controle de erosão e assoreamento;Assoreamento

Recuperação de Recuperação de canteiros e praças de trabalho, recuperação de áreas de empréstimo e bota-Áreas Degradadas fora e recomposição da vegetação;

Diretrizes para Planos de Gerenciamento de Riscos e de Ações de Emergência na Construção;

Educação Ambiental aos Trabalhadores e Código de Conduta na Obra.

Nos itens a seguir, apresenta-se uma descrição detalhada das intervenções, as atividades e serviçosde construção necessários à implantação do Projeto, assim como os impactos potenciais e asmedidas mitigadoras e de controle ambiental específicas a serem implementadas, emcomplementação às especificações gerais.

Apresentam-se também recomendações específicas quanto à instalação e operação das áreas deapoio (canteiros de obra, áreas de empréstimo e bota-fora, além das rotas de tráfego caminhões eequipamentos pesados).

1.3. CONTROLE AMBIENTAL DAS OBRAS DE SUBSTITUIÇÃO E ALARGAMENTO DE vIADuTOS

1.3.1. Construção de nova passagem inferior na Av. Gabriela Mistral - Km 11+900

a) Aspectos Construtivos

A passagem inferior existente na Av. Gabriela Mistral será demolida e dará lugar a uma nova, maisampla, tanto no que se refere à geometria horizontal quanto na vertical. Para tanto serão construídosdois viadutos independentes, paralelos aos existentes. O vão livre atual passará de 12,28 m (leitocarroçável de 8,62 m) para 17,50 m (leito carroçável de 14,50 m). O gabarito vertical passará dosatuais 3,43 m para 5,50 m.

Para facilitar o aumento do gabarito vertical sob o viaduto ferroviário, bem como permitir aconstrução da nova passagem em desnível sem interrupção dos serviços ferroviários, os novosviadutos estarão deslocados para noroeste, em relação ao alinhamento atual. Esse deslocamento dotraçado da via, conjugado com o greide descendente da Av. Gabriela Mistral e o alteamento dogreide da ferrovia possibilitarão a adequação do gabarito vertical conforme a norma preconizadapela PMSP. O alargamento da PI será feito para Leste (sentido Calmon Viana).

O desenho DE-C-F-12-02-0593/2-A02-999 (Volume 111) apresenta a planta de situação da obra.

Os novos viadutos serão construídos em concreto armado, com vigas longitudinais com seçãoestimada em 0,60 x 1,20 m. As vigas longitudinais serão apoiadas em vigas transversais de 1,0 m dealtura e apoiadas sobre pilares com seção estimada em 0,80 x 0,80 m. Os viadutos independentes

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-4

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

terão largura de 4,80 m cada. Os encontros serão fechados por muros de contenção dos aterros daplataforma metro-ferroviária.

A construção da nova passagem inferior da Av.Gabriela Mistral exigirá os seguintes serviços:

• Limpeza do terreno;

* Remanejamento de interferências;

• Demolição da plataforma de concreto;

• Demolição da grade da via permanente; L• Demolição de muro de concreto;

* Demolição de muro de pedra argamassada;

* Retirada da estrutura metálica da ponteexistente;

• Transporte do entulho para bota-fora;

* Execução das fundações dos viadutos (tubulões0 0,80 m, h = 5,00 m);

• Execução da mesoestrutura; Foto aérea da Atual PI Gabriela Mistral

* Execução da superestrutura;

• Execução das lajes de aproximação;

• Execução de muro de contenção;

• Execução de drenos profundos longitudinais e transversais;

• Execução de canaletas de drenagem superficial e demais dispositivos;

* Execução da plataforma de terraplenagem;

• Regularização da plataforma ferroviária;

* Execução do lastro;

• Montagem da via permanente;

• Demolição do pavimento da pista existente, transporte do entulho para bota-fora;

• Adequação da rede de micro-drenagem no entorno;

• Adequação geométrica na interseção das avenidas Gabriela Mistral e Assis Ribeiro;

• Reurbanização e paisagismo do local.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-5

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COMPANHIA PAULSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

b) Impactos potenciais

O local da obra constitui um entroncamentoviário com intenso tráfego de veículos; acirculação de pedestres é menos significativa. As -; -F'obras serão executadas integralmente dentro dafaixa de domínio, sem afetar imóveis vizinhos. - . -

* Incômodos temporários decorrentes das s -atividades de obra: elevação dos níveis deruído, poluição do ar (poeira e emissões deequipamentos e máquinas), eventuais .

recalques nas estruturas dos imóveislindeiros, eventuais transtornos por conta da - 2movimentação e estacionamento de veículosa serviço das obras e do surgimento de Foto da atual PI Gabriela Mistralcomércio informal;

• Riscos de assoreamento do sistema de drenagem pelo carreamento de materiais particulados erestos de materiais de construção (concreto, argamassa, resinas, etc.);

• Curtas interrupções do tráfego e desvios temporários do tráfego para a demolição do atualviaduto e algumas operações de construção da PI, com conseqüentes lentidões econgestionamentos de tráfego nos eixos das avenidas Gabriela Mistral, Dr. Assis Ribeiro, R.Souza de Melo e na via de ligação com o Viaduto Imigrante Nordestino;

• Risco de acidentes com veículos e pedestres;

• Riscos de interrupção de serviços por rompimento de tubulações de concessionárias de serviçospúblicos durante serviços de abertura de caixa de pavimentação;

c) Ações mitigadoras

• Implementação das especificações ambientais de obra da CPTM, das exigências que sejamestabelecidas nas licenças ambientais e das recomendações específicas que sejam indicadas pelaCPTM por meio da equipe de supervisão ambiental ao longo da construção;

• Implantação dos desvios de tráfego de veículos e pedestres e sinalização viária, conformeprojetos aprovados pela CET;

• Cadastramento de todas as redes existentes na área de intervenção do sistema viário eelaboração de projetos de remanejamento conforme especificações das concessionárias deserviços prevendo tempo mínimo de interrupção dos serviços quando for o caso;

• Prospecção cuidadosa das interferências subterrâneas no trecho de obras;

• Utilização de dispositivos de retenção de sedimentos e resíduos de obra (sólidos ou líquidos),para evitar o carreamento dos mesmos à rede de micro-drenagem.

1.3.2. Substituição da superestrutura metálica da ponte ferroviária do Km 17+400 porsuperestrutura em concreto

a) Aspectos Construtivos

A superestrutura metálica da ponte existente sobre córrego no Km 17+400 será substituida porsuperestrutura a ser executada em concreto. A obra exigirá os seguintes serviços:

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

Limpeza do terreno; -

Demolição da grade da via permanente; fRetirada da estrutura metálica da ponte y!existente; ir -- #r

. Demolição parcial das paredes dos encontros : -para adequação à cota do novo tabuleiro;

Adequação das alas dos encontros aos novos /'!guarda-lastros;

* Transporte do entulho para bota-fora;

* Execução e lançamento da superestrutura;

Execução dos paralastros;

Execução das lajes de aproximação;

• Execução do lastro; 1Foto aerea do local da atual ponte, Km 17+400

*Montagem da via permanente.

b) Impactos potenciais

O local da obra é lindeiro ao Parque Ecológico e a um terreno baldio situado entre a Linha e a Av.Assis Ribeiro, com o que as interferências com o tráfego e a ocupação vizinha serão mínimas. Asobras serão executadas integralmente dentro da faixa de domínio, sem afetar ocupações vizinhasnem a APA da Várzea do Tietê. Não haverá corte de vegetação nem impermeabilização na APP docórrego.

• Riscos de carreamento de resíduos de obra (concreto, argamassa, resinas, etc.) à várzea do Tietê;

* Riscos de atropelamento de trabalhadores pelo trem, pois a obra será executada com a Linha emoperação;

• Curtas interrupções temporárias do serviço ferroviário para a demolição do tabuleiro e algumasoperações de construção do novo tabuleiro e implantação da superestrutura ferroviária;

c) Ações mitigadoras

• Implementação das especificações ambientais de obra da CPTM, das exigências que sejamestabelecidas nas licenças ambientais e das recomendações específicas que sejam indicadas pelaCPTM por meio da equipe de supervisão ambiental ao longo da construção;

• Utilização de dispositivos de retenção de sedimentos e resíduos de obra (sólidos ou líquidos),para evitar o carreamento dos mesmos à várzea do Rio Tietê, tendo em vista que a obra situa-seadjacente à APA homônima.

• Implantação de sinalização e das medidas de segurança para trabalhos dentro faixa ferroviáriacom a linha em operação, em conformidade com norma de segurança da CPTM;

• Otimização do método construtivo com vistas a minimizar os transtornos aos usuários da LinhaF por motivo de interrupção dos serviços;

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1.3.3. Substituição da superestrutura metálica da ponte ferroviária do Km 20+500 porsuperestrutura em concreto

a) Aspectos Construtivos

A superestrutura metálica da ponte existente sobre o córrego Mongaguá no Km 20+500 serásubstituída por superestrutura a ser executada em concreto. A obra exigirá os seguintes serviços:

• Limpeza do terreno; -, i h Jz.

* Demolição da grade da via permanente;

• Retirada da estrutura metálica da ponte E.existente;

• Demolição parcial das paredes dos encontros ]ipara adequação à cota do novo tabuleiro;

• Adequação das alas dos encontros aos novosguarda-lastros;

• Transporte do entulho para bota-fora;

* Execução e lançamento da superestrutura;

* Execução dos paralastros;

• Execução das lajes de aproximação;

Execução do lastro;

Montagem da via permanente. Foto aérea do local da atual ponte, Km 20+500

b) Impactos potenciais

O local da obra é lindeiro a instalações industriais das IRFM e terrenos vazios ao norte, e à Av.Assis Ribeiro ao sul. O limite do Parque Ecológico está a uns 300 m à jusante.

Do lado sul, há um espaço de 20-30 m entre o muro de vedação e a avenida que permite a operaçãode caminhões de obra sem afetar o tráfego de veículos. A circulação de pedestres pode serinterrompida no setor da obra sem qualquer prejuízo aos transeuntes, pois toda a ocupação urbanaestá do outro lado da Av. Assis Ribeiro. A obra não causará incômodos à vizinhança. Não haverácorte de vegetação nem impermeabilização na APP do córrego.

• Riscos de carreamento de resíduos de obra (concreto, argamassa, resinas, etc.) à várzea do Tietê;

• Riscos de atropelamento de trabalhadores pelo trem, pois a obra será executada com a Linha emoperação;

• Curtas interrupções temporárias do serviço ferroviário para a demolição do tabuleiro e algumasoperações de construção do novo tabuleiro e implantação da superestrutura ferroviária;

c) Ações mitigadoras

• Implementação das especificações ambientais de obra da CPTM, das exigências que sejamestabelecidas nas licenças ambientais e das recomendações específicas que sejam indicadas pelaCPTM por meio da equipe de supervisão ambiental ao longo da construção;

• Utilização de dispositivos de retenção de sedimentos e resíduos de obra (sólidos ou líquidos),para evitar o carreamento dos mesmos à várzea do Rio Tietê, tendo em vista que o córregoatravessado drena para a APA homônima.

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

• Implantação de sinalização e das medidas de segurança para trabalhos dentro faixa ferroviáriacom a linha em operação, em conformidade com norma de segurança da CPTM;

• Otimização do método construtivo com vistas a minimizar os transtornos aos usuários da LinhaF por motivo de interrupção dos serviços;

1.3.4. Substituição da superestrutura metálica do viaduto ferroviário do Km 36+100 porsuperestrutura a ser executada em concreto

a) Aspectos Construtivos

A superestrutura metálica do viaduto existente sobre a Av. IV Centenário no Km 36+100 serásubstituída por superestrutura de concreto. A obra exigirá os seguintes serviços:

• Limpeza do terreno;

* Demolição da grade da via permanente; -

• Retirada da estrutura metálica da ponte utexistente;

• Demolição parcial das paredes dos encontros iLL 3 1para adequação à cota do novo tabuleiro; -.

• Adequação das alas dos encontros aos novosguarda-lastros;

• Transporte do entulho para bota-fora;

• Execução e lançamento da superestrutura;

• Execução dos paralastros;

• Execução das lajes de aproximação; i t . P

• Execução do lastro; Foto aérea do local da atual ponte, Km 36+100

• Montagem da via permanente.

b) Impactos potenciais

A travessia sobre uma pequena drenagem passou a ser utilizada como uma passagem inferiorprecária ligando ambos os lados da Av. IV Centenário em Itaquaquecetuba, a drenagem encontra-secanalizada em galeria sob a rua.

As áreas lindeiras ao local da obra abrigam: (i) aosul, fundos de lotes residenciais; e (ii) ao norte,um conjunto habitacional da CDHU emconstrução.

. Incômodos temporários decorrentes das iatividades de obra: elevação dos níveis deruído, poluição do ar (poeira e emissões deequipamentos e máquinas), riscos deassoreamento do sistema de drenagem pelocarreamento de materiais particulados e restos 'de materiais de construção (concreto, - - - . .

argamassa, resinas, etc.), eventuaiso r c a d Foto da atual PI da Av. IV Centenário. Km 36+100

transtornos por conta da movimentação eestacionamento de veículos a serviço das obras;

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COMPANHIA PAUUSTA DETRENS METROPOUTANOS PR I ME

• Curtas interrupções temporárias do tráfego de veículos para a demolição do tabuleiro e algumasoperações de construção do novo tabuleiro e implantação da superestrutura ferroviária;

• Risco de acidentes com veículos e pedestres nas proximidades da obra.

c) Ações mitigadoras

• Implementação das especificações ambientais de obra da CPTM, das exigências que sejamestabelecidas nas licenças ambientais e das recomendações específicas que sejam indicadas pelaCPTM por meio da equipe de supervisão ambiental ao longo da construção;

• Implantação de sinalização de obra, notadamente movimentação de veículos e equipamentos deserviço;

• Otimização do método construtivo com vistas a minimização dos transtornos aos usuários daLinha F por motivo de interrupção dos serviços;

• Utilização de dispositivos de retenção de sedimentos e resíduos de obra (sólidos ou líquidos),para evitar o carreamento dos mesmos à rede de micro-drenagem.

1.4. CONTROLE AMBIENTAL DAS OBRAS DE ESTAÇÃO

1.4.1. Controle Ambiental das Obras da Estação USP Leste

a) Aspectos Construtivos

A Estação USP Leste será construída em estrutura metálica sobre pilares em concreto, comfundações de estacas cravadas. A estação terá plataforma central para embarque e desembarque. Otopo do boleto estará na cota 727,90 e as vias estarão assentadas praticamente no mesmo nível atualdo terreno na faixa.

O mezanino, setorizado em duas áreas - pública e operacional -, será elevado, e estará implantadosobre a plataforma no nível 735,265. A área pública e os bloqueios estarão localizados no saguão deentrada da estação. Na área livre do saguão anterior à linha de bloqueios, estarão localizados osguichês de bilheteria, telefones públicos e os boxes destinados a comércio. O SSO terá partelocalizada na área livre e parte na área interna, posterior à linha de bloqueio, comumentedenominada área "paga". Neste setor estarão localizados os sanitários públicos.

Na área operacional estarão localizados os escritórios, sala de reunião, depósito de material delimpeza, depósito de material de consumo, refeitórios, sanitários, vestiários, sala de contagem derenda, cofre e bilheteria com guichês voltados para área livre do saguão.

A integração da plataforma com o mezanino será feita através de duas escadas fixas, em concreto,duas escadas rolantes e um elevador destinado a pessoas portadoras de necessidades especiais. Oacesso ao mezanino será feito através de rampa e passarela implantadas na face Oeste da estação. Oacesso à área operacional se dará através da Av. Dr. Assis Ribeiro.

O prédio das salas técnicas será implantado no mesmo nível da plataforma, na cota 729,90, naextremidade leste da estação.

O acesso ao Campus da USP Leste, a partir da Av. Dr. Assis Ribeiro, será feito em passagem livreatravés de passarela em estrutura metálica com 3,0 metros de largura - pilares em concreto,projetada perpendicularmente ao eixo da ferrovia. Do lado da Av. Dr. Assis Ribeiro o projetocontempla acesso através de rampas. Do lado do campus da universidade o projeto prevê aimplantação de escadas em estrutura metálica conjugada com elevador destinado aos portadores denecessidades especiais.

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COMPANHIA PAUUSTA DE Ã PRIMETRENS METROPOLITANOS

No setor oeste da estação, do lado esquerdo do acesso à passarela através da Av. Dr. Assis Ribeiro,será implantado totem com 27 metros de altura, onde, no ponto mais alto serão implantados 3relógios, um em cada face da estrutura caracterizada por triedro.

Ainda no setor oeste, do lado direito do acesso à referida passarela, será implantado estacionamentopara veículos autorizados totalizando 6 vagas. Neste mesmo setor oeste da estação, à altura da ruaSenador Elói de Souza, será implantada a pista de retorno bem como acesso à área deestacionamento de veículos autorizados. Esta pista deverá abrigar o ponto de parada de ônibus paraacesso à estação.

Na pista sentido centro da Av. Dr. Assis Ribeiro, junto ao corpo da estação, será construída baiaoperacional para uso exclusivo de veículos de serviço, tais como: coleta de lixo, carro-forte, corpode bombeiros, ambulância, etc.

A baia operacional bem como o estacionamento para veículos autorizados terá pavimentosarticulados em blocos de concreto. A pista de retorno terá pavimento rígido, em placas de concretode cimento Portland.

A implantação da Estação USP Leste exigirá os seguintes serviços:

• Demolição e remoção de parte do muro para possibilitar o acesso à faixa de domínio da CPTM,demolição de trecho da canaleta de drenagem;

* Implantação do canteiro de obras e cercamento provisório;

• Execução das fundações da parede ao sul do porão de cabos;

• Execução da terraplanagem na faixa de implantação da nova via;

• Execução das fundações do mezanino dos eixos A e B;

• Execução das fundações da rampa;

• Execução das fundações do reservatório elevado;

• Execução dos pilares, vigas e paredes sul do porão de cabos;

• Execução dos pilares da rampa;

• Execução dos prolongamentos dos bueiros que atravessam a via;

• Remanejamento dos dutos de telecomunicações e sinalização (sinaleiros);

• Execução das travessias enterradas sob as vias;

• Implantação dos dispositivos de drenagem ao norte da via 2 e ao sul da via 1;

• Implantação da via 1 na nova posição e remanejamento da rede aérea;

• Implantação da via provisória ao norte da via 2 e rede aérea;

* Remoção dos trechos desativados das vias 1 e 2;

• Complementação das travessias enterradas sob a via;

• Execução das fundações da parede norte do porão de cabos;

• Execução dos pilares, vigas e parede norte do porão de cabos;

• Implantação da via 2 alterada com nova superestrutura e remanejamento da rede aérea;

• Remoção da via provisória;

• Execução das fundações do mezanino dos eixos B e C;

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOErTANOS

Execução das fundações do eixo central da plataforma, das escadas rolantes e do elevador daEstação;

. Execução da base dos equipamentos do sistema de tratamento de água para reuso e doreservatório de águas pluviais para reuso;

Montagem das vigas da rampa;

Execução das fundações da passarela, escada e elevador do Campus e totem;

* Colocação dos painéis treliçados modulados e concretagem do piso da rampa;

* Implantação dos dispositivos de drenagem entre as vias 1 e 2;

* Execução dos pilares e vigas do piso da plataforma;

* Montagem dos pilares e vigas do piso do mezanino;

Instalação dos equipamentos do sistema de tratamento de água para reuso;

Colocação dos painéis treliçados modulados e concretagem da laje do piso da plataforma;

* Colocação dos painéis treliçados modulados e concretagem do piso do mezanino;

* Montagem do reservatório elevado;

Execução das salas técnicas;

Montagem dos pilares e vigas da cobertura do mezanino;

Colocação dos painéis treliçados modulados e concretagem da laje da cobertura do mezanino -salas operacionais e de serviços;

* Execução das salas operacionais e de serviço;

• Montagem da cobertura do mezanino;

• Execução dos pilares da passarela e da estrutura da escada e elevador do Campus;

• Montagem dos pilares e estrutura da cobertura da plataforma;

• Montagem das vigas da passarela;

* Colocação dos painéis treliçados modulados e concretagem do piso da passarela;

• Execução da cobertura da plataforma;

• Instalação das escadas rolantes e elevadores;

• Montagem das instalações eletro-eletrônicas e hidráulicas;

• Execução dos revestimentos e acabamentos;

• Instalação do mobiliário da plataforma e saguão do mezanino;

• Implantação da comunicação visual;

• Demolição e remoção do muro da faixa de domínio e cercamento da área da COMGÁS;

• Desapropriação da área do posto de gasolina desativado;

• Demolição das instalações do posto e remoção dos tanques de combustíveis;

• Implantação do sistema viário;

• Instalação do totem;

• Execução do paisagismo e fechamento das áreas;

• Remoção das instalações provisórias;PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-12

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS

Limpeza geral.

b) Impactos potenciais

As obras da estação USP Leste serão executadas na faixa da CPTM e na área do posto desativado,em área confinada entre a Av. Assis Ribeiro e o campus da USP Leste, distante das ocupaçõesvizinhas, pelo qual não causarão interferências ao tráfego de veículos, às atividades no campus nemàs ocupações industriais próximas.

As escavações para a construção da estação limitar-se-ão a: (i) raspagem superficial do solo paraimplantação das vias férreas e nivelamento do greide; (ii) escavação de valas de até 1,0-1,5 m deprofundidade para execução de blocos de fundação e drenagem profunda longitudinalmente às vias.As fundações serão executadas mediante estacas cravadas. Não se antevê a necessidade derebaixamento do lençol freático para as obras.

A desativação do posto de combustíveis só será necessária em fase mais adiantada da obra para aexecução do viário de acesso à estação. As instalações da estação estão fora da área do posto.

• Incômodos temporários decorrentes das atividades de obra: elevação dos níveis de ruído,poluição do ar (poeira e emissões de equipamentos e máquinas), especialmente no campus;

• Riscos de carreamento de materiais particulados e restos de materiais de construção (concreto,argamassa, resinas, etc.) aos canais de drenagem do campus, que drenam para o rio Tietê;

* Possibilidade de existir alguma contaminação nos solos da faixa ferroviária por influência deeventuais vazamentos e drenagem superficial a partir da área do posto, e/ou da atividadeferroviária anterior;

* Possibilidade de existir contaminação do solo e das águas subterrâneas na área do posto decombustíveis desativado; riscos de dispersão dessa contaminação (se houver) durante a retiradados tanques enterrados;

• Riscos de atropelamento de trabalhadores pelo trem, pois a obra da estação será executada coma Linha F em operação, com desvio por uma das vias de cada vez;

• Eventuais transtornos e riscos de acidentes de trânsito no entorno da praça de obra por conta damovimentação e estacionamento de veículos a serviço das obras, notadamente nas operações deacesso e saída do canteiro de obras através da Av. Dr. Assis Ribeiro.

c) Ações mitigadoras

• Implementação das especificações ambientais de obra da CPTM, das exigências que sejamestabelecidas nas licenças ambientais e das recomendações específicas que sejam indicadas pelaCPTM por meio da equipe de supervisão ambiental ao longo da construção.

• Utilização de dispositivos de retenção de sedimentos e resíduos de obra (sólidos ou líquidos),para evitar o carreamento dos mesmos à várzea do Rio Tietê, na área da APA homônima.

• Investigação da qualidade dos solos e água subterrânea na faixa da CPTM, no setor da USPLeste: execução das escavações e manejo do material escavado supondo, conservadoramente,que o mesmo possa estar contaminado; armazenamento provisório na obra; classificação domaterial conforme a norma NBR 10.004; disposição em local apropriado, conforme osresultados dos ensaios (ver Anexo 1.3).

• Investigação do passivo ambiental eventualmente existente na área do posto de combustíveis,conforme procedimento padrão da CETESB; solicitação à CETESB de autorização para adesativação do posto; execução dos trabalhos de acordo com as medidas de controle ambientalque sejam aprovadas pela CETESB.

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COMPANHIA PAUUSTA DE -TRENS METROPOEITANOS

Implantação de sinalização e das medidas de segurança para trabalhos dentro faixa ferroviáriacom a linha em operação, em conformidade com norma de segurança da CPTM.

Implantação de sinalização viária de obra abundante. Início das obras no setor da estação sódepois da implantação da sinalização viária de obra na Av. Dr. Assis Ribeiro.

1.4.2. Controle Ambiental das Obras de Readequação da Estação Comendador Ermelino

a) Aspectos Construtivos

A Estação Comendador Ermelino será totalmente reformulada com a utilização de elementosestruturais em concreto armado e vigas metálicas, de forma a vencer os vãos com um númeroreduzido de elementos de apoio na plataforma. A estação terá plataforma central para embarque edesembarque medindo 8,50 m de largura e 170 m de comprimento. O topo do boleto estará na cota729,725 e as vias estarão assentadas praticamente no mesmo nível atual do terreno na faixa.

O mezanino será elevado e estará localizado sobre a plataforma, para abrigar o acesso, o hall debilheterias, o saguão e as salas operacionais, e receberá cobertura metálica. O mezanino estarásituado sobre um trecho da via permanente, garantindo o gabarito de obstáculos e da catenáriarecomendados pela CPTM e será acessado através da passarela pública, possibilitando o embarquepara as plataformas e o desembarque para qualquer um dos lados da estação. No nível do mezanino,na área externa da estação está reservada uma área para uso comercial e de serviços, que serácompartimentada conforme as atividades a serem instaladas. Na área livre do mezanino estarálocalizado o portão de fechamento da estação, onde serão acomodadas as bilheterias, as salas decofre, contagem, segurança e SSO e a linha única de bloqueios eletrônicos da estação. As bilheteriasautomáticas e de painéis de comunicação visual estarão localizadas junto ao portão de acesso.

As salas operacionais e de serviços estarão dispostas no mezanino com acesso pela áreadenominada "paga", acomodadas numa construção retangular disposta ao longo das escadas deacesso à plataforma, tendo suas faces diretamente voltadas para o exterior.

A circulação vertical entre a plataforma e o mezanino será feito através de dois conjuntos deescadas, sendo uma fixa e outra rolante, dispostas lado a lado. Um elevador para portadores denecessidades especiais servirá a plataforma central da estação. O equipamento previsto é do tipoelétrico com capacidade para 9 pessoas.

A cobertura da plataforma será constituída de um eixo central de apoio situado fora da área deprojeção do mezanino, que serão fixadas aos pilares, através de tirantes rígidos metálicos. Aplataforma existente será substituída por uma nova plataforma do tipo central com 170 metros decomprimento e 8,57 metros de largura para manter o gabarito das vias existentes e garantir adistância máxima de 10 cm entre a soleira do trem e a sua borda. A plataforma da estação seráprovida de bancos para os usuários, lixeiras, relógios, painéis informativos e telefones públicos.

As salas técnicas estarão localizadas em uma construção auxiliar, separada do corpo principal daestação, que contarão com passarela e escada exclusivas interligando o mezanino a esta área. Esteprédio estará disposto ao longo da via 1, de maneira a possibilitar o fácil acesso de equipamentospesados e abrigará as salas destinadas ao sistema emergencial de fornecimento de energia (GGD),sala de baterias, equipamentos de supervisão operacional, controle e sinalização (SPC), energia,(SMT, SBT e Trafo), posto de controle de linha (PCL) e sala de relês.

Ao lado desta edificação será construída uma torre de concreto, com 3,16 m de diâmetro e altura de18,00 m, destinada a reservação de água para o abastecimento da estação, reserva de combate contraincêndio, reserva de água de reuso e casa de bombas. Na parte superior da torre serão instaladosdois relógios do tipo analógico, voltados para os lados de visualização mais favorável no entorno daestação.

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS- E",,.,

Do lado norte da estação, dentro da faixa da CPTM, será implantado trecho de rua junto àsinstalações das Indústrias Matarazzo; essa rua terá ligação com a passagem superior da RuaJapichagua, distante 1200 m da estação, à Leste; a construção dessa ligação está prevista nos planosviários da PMSP. Essa via servirá de ligação com o sistema viário existente, uma vez que a atualpassagem em nível, que serve de acesso às Indústrias Matarazzo será desativada.

Áreas de estacionamento voltadas para a área externa serão implantadas junto aos locais destinadosa embarque e desembarque de passageiros, contemplando veículos particulares, vagas destinadas aportadores de necessidades especiais, áreas restritas para veículos de emergência (polícia,bombeiros, ambulâncias) ou serviço (coleta de lixo, transportes de valores) e bicicletário. Serãoimplantadas coberturas nas paradas de ônibus, táxi e baias destinadas a serviços complementares.

Os acessos à estação estarão situados em áreas da faixa ferroviária, sendo que as passarelas públicasservirão ao mesmo tempo como elemento de travessia das linhas e de acesso à própria estação. Oacesso Sul à estação Comendador Ermelino será através da passarela pública 1, que será implantadajunto ao acesso existente na Av. Dr. Assis Ribeiro. O acesso Norte será pela passarela 2, junto ànova rua projetada.

O paisagismo irá contemplar arborização de pequeno, médio e grande porte em suas áreas livres.Será implantada nova iluminação pública na área externa da estação. Os passeios serão revestidoscom blocos articulados de concreto coloridos, incorporando a sinalização tátil de alerta e orientação.As calçadas terão largura mínima de 3,0 m. Junto a Av. Dr. Assis Ribeiro serão construídas baiasem pavimento rígido de concreto de cimento Portland, destinadas a embarque e desembarque depassageiros.

O acesso para a área operacional terá estacionamento para funcionários com espaço para 4 veículos,e pavimento articulado com blocos de concreto.

Durante o transcorrer das obras serão demolidos: muros de divisa da CPTM para implantação dasbaias de ônibus e de veículos; plataforma existente e a edificação que abriga as salas operacionais; aedificação que abriga todas as instalações da sala operacional, cozinha, chefia, bloqueios esanitários; a passarela existente que liga o acesso das Industrias Matarazzo e Av. Dr. Assis Ribeiro.Durante o período de obras, será construída uma passarela provisória em estrutura tubular.

A implantação da Estação Comendador Ermelino exigirá os seguintes serviços:

• Implantação do canteiro de obras;

• Implantação do escritório provisório para a Administração da Estação;

• Execução de prolongamento de 50 m da plataforma com estrutura de madeira, para o lado leste;

• Execução das fundações do mezanino no eixo A, entre os eixos 7 a 16;

* Demolição parcial da passarela existente, rampa do lado norte;

• Execução da fundação da passarela nova, rampa do lado norte;

* Demolição da plataforma entre os eixos 7 a 16 (mais 5 metros de cada lado);

• Colocação de passarela provisória para acesso pelos usuários ao trem;

• Colocação de equipamento de hélice contínua neste local;

• Execução das fundações nos eixos B e D, entre eixos 7 e 16;

* Execução de caixa de reuso de água;

• Construção da plataforma entre eixos 7 e 16;

* Ajuste da via permanente e execução do remanejamento e readequação da rede aérea;

PBA - Projeto de Recapacitaçào e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-15

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS

• Construção da plataforma provisória de embarque ao lado da via 3;

• Construção de pilares do mezanino;

• Construção do mezanino;

• Construção da plataforma entre os eixos 7 e 16 e escadas fixas;

• Construção da rampa 2 da passarela acesso lado norte;

• Construção dos pilares da cobertura e cobertura;

• Execução das salas do mezanino;

• Demolição da passarela existente;

* Execução das fundações da cobertura e da plataforma (em duas partes);

• Execução da cobertura e plataforma;

• Execução da terraplenagem e drenagem;

* Construção das salas técnicas e reservatório elevado;

* Construção da rampa 1 da passarela acesso lado sul;

• Instalação de elevadores e escadas rolantes;

• Demolição das sobras de plataforma existente e da plataforma provisória;

• Execução das instalações elétricas, hidráulicas e demais sistemas;

• Execução dos acabamentos de arquitetura e da plataforma (em duas partes);

• Implantação do sistema viário;

• Execução da reurbanização e paisagismo;

• Execução da comunicação visual;

• Implantação final dos sistemas de instalação eletro-eletrônicos e hidráulicos;

• Acabamento geral da obra e remoção das obras provisórias.

b) Impactos potenciais

A construção da nova estação Comendador Ermelino será executada por setores, sem paralisar ofuncionamento da estação. Isso requererá um planejamento de obra cuidadoso, de forma a prevenirsituações de risco de acidentes e minimizar os incômodos para os usuários.

As escavações para a construção da estação serão de três tipos: (i) raspagem superficial do solo paraimplantação das vias e nivelamento do greide; (ii) escavação localizada de cerca de 2,50 m para aconstrução do reservatório enterrado; e (iii) escavação profunda (porém em volumes limitados) paraa execução de estacas tipo hélice.

• Incômodos temporários decorrentes das atividades de obra: elevação dos níveis de ruído,poluição do ar (poeira e emissões de equipamentos e máquinas), eventuais recalques nasestruturas dos imóveis industriais lindeiros.

• Riscos de carreamento de materiais particulados e restos de materiais de construção ao sistemade drenagem, e daí ao córrego Mongaguá que drena para a várzea do Tietê.

• Possibilidade de existir alguma contaminação nos solos da faixa ferroviária por influência decontaminação existente em áreas industriais vizinhas, como a Keralux, Bann Química e IRFM.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-16

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COMPANHIA PAUUSTA DE - PRIMETRENS METROPOUTANOS _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ iM

• Eventuais transtornos e riscos de acidentes de trânsito nas proximidades da obra junto à Av. Dr.Assis Ribeiro, notadamente nas confluências com as Av. Abel Tavares e Paranaguá por conta damovimentação e estacionamento de veículos a serviço das obras.

• Riscos de atropelamento de trabalhadores pelo trem, pois a obra da estação será executada coma Linha em operação, com desvio por uma das vias de cada vez.

* Riscos de acidentes com usuários do sistema ferroviário, tendo em vista que os serviços nãoserão interrompidos durante a execução das obras.

c) Ações mitigadoras

• Implementação das especificações ambientais de obra da CPTM, das exigências que sejamestabelecidas nas licenças ambientais e das recomendações específicas que sejam indicadas pelaCPTM por meio da equipe de supervisão ambiental ao longo da construção;

* Cuidados especiais quanto ao isolamento da praça de obras das instalações e operação daestação - tapumes cobertos, por exemplo -, e implantação de sinalização abundante de

advertência e orientação dos usuários quanto a alterações temporárias na operação da estação.

* Gestão articulada entre a CPTM, a construtora contratada e a equipe de operação da estaçãoexistente para a programação das atividades de obra e das medidas para informação e segurançados usuários.

* Utilização de dispositivos de retenção de sedimentos e resíduos de obra (sólidos ou líquidos),para evitar o carreamento dos mesmos à várzea do Rio Tietê, na área da APA homônima.

* Investigação da qualidade dos solos e água subterrânea na faixa da CPTM, em todo o setoradjacente a áreas industriais sabida ou potencialmente contaminadas; execução das escavações emanejo do material escavado supondo, conservadoramente, que o mesmo possa estarcontaminado; armazenamento provisório na obra; classificação do material conforme NBR10.004; disposição em local apropriado, conforme os resultados dos ensaios (ver Anexo 1.3).

* Implantação de sinalização e das medidas de segurança para trabalhos dentro faixa ferroviáriacom a linha em operação, em conformidade com norma de segurança da CPTM.

* Implantação de sinalização viária de obra abundante. Início das obras somente após aimplantação da sinalização.

1.4.3. Controle Ambiental das Obras da Estação Jardim Helena

a) Aspectos Construtivos

A Estação Jardim Helena terá plataforma central para embarque e desembarque com 8,10 m delargura por 180 m de comprimento. O topo do boleto estará na cota 739,30 e as vias estarãoassentadas praticamente no mesmo nível atual do terreno na faixa. A estação terá mezanino superiore cobertura metálica composta por arcos.

Os acessos serão através de passarela de livre passagem sobre a faixa da CPTM comdesenvolvimento perpendicular ao eixo da ferrovia e rampas ao longo da Rua São Gonçalo do Riodas Pedras, tanto do lado norte quanto do lado sul da via.

As salas técnicas e operacionais serão construídas no lado norte da faixa da CPTM. Serãoimplantados gradis na divisa com a praça existente do lado norte, pertencente à Prefeitura. No corpoda estação, no nível 746,50 (mezanino) serão implantadas as salas de controle, bilheteria e linha debloqueio. No nível 740,60 (plataforma) será implantada a plataforma de embarque e desembarque,sala de primeiros socorros e sanitário para portadores de mobilidade reduzida, sendo que o acesso aesse nível será realizado através de duas escadas rolantes, uma escada fixa e um elevador.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-17

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS l-U ",----

No bloco das salas operacionais (nível 745,10), serão implantados refeitório, sala de reunião,escritório, depósitos de material de limpeza, lixo e material de consumo; vestiários e sanitários. Assalas técnicas serão implantadas no nível 739,90 m e o porão de cabos no nível 738,20 m. A estaçãoterá dois reservatórios, superior e inferior enterrado, em estrutura convencional de concreto armado.

A implantação da Estação Jardim Helena exigirá os seguintes serviços:

• Demolição das edificações e demais benfeitorias nas áreas patrimoniais da CPTM; remoção dosentulhos e limpeza do terreno;

• Instalação do cercamento provisório das áreas de obras;

• Fechamento provisório da faixa, complementação dos muros existentes, fechamento dapassagem de pedestres atual;

• Cravação de estacas pré-moldadas centrifugadas dos blocos BPLI da plataforma dos blocosBPI, BP2, BP3, BP4 e BP5, externos à futura via 1, a partir da cota do terreno existente (dospilares da plataforma, dos parabolóides, do corpo da estação e dos acessos), da cota do terrenoapós a retirada do lastro, na profundidade indicada na cota de arrasamento;

* Escavação até 10 cm abaixo da cota de assentamento dos blocos de fundações e execução dolastro. No eixo dos pilaretes de sustentação da plataforma, a escavação será em vala contínua aolongo da plataforma. Para os demais blocos - de BPI a BP5 - a escavação será em vala discreta;

• Execução das vigas baldrame e das esperas das vigas de travamento do bloco BP1. Execução daalvenaria de blocos de concreto de tapamento, dos pilaretes e das vigas de apoio das lajes pré-moldadas da plataforma;

• Execução completa da via 1 na nova posição, inclusive do novo posteamento e a linha aérea detração elétrica;

• Execução das estacas, blocos e pilares das salas técnicas e operacionais;

• Execução dos blocos de fundação e dos arranques dos pilares dos acessos;

• Execução dos pilares, vigas e lançamento das lajes pré-moldadas dos acessos;

• Desmontagem completa da atual via 1, remoção do lastro e interrupção da operação da via 2;

• Cravação das estacas dos blocos BP1 'a BP5', BPLI', BPB, BPMI a BPM3le BPP;

• Escavação até 10 cm abaixo da cota de assentamento desses blocos de fundação e execução dolastro. No eixo dos pilaretes de sustentação da plataforma, a escavação será em vala contínua aolongo da plataforma. Para os demais blocos - de BPI' a BP5' - a escavação será em valadiscreta;

• Execução dos dutos e cabos envelopados, ligando o porão das salas técnicas ao porão daplataforma e do esgoto na sala de primeiros socorros;

* Execução dos pilares PI a P4', levantamento e colocação das vigas, calhas pré-moldadas dacobertura; concretagem das cabeças dos pilares de apoio, com fretamento e barras deancoragem;

• Execução das vigas baldrame e das vigas de travamento dos blocos BPV'. Execução daalvenaria dos blocos de concreto de tapamento, dos pilaretes e das vigas de apoio das lajes pré-moldadas da plataforma;

• Execução completa da via 2 no trecho da estação, inclusive do novo posteamento e a linha aéreade tração elétrica;

• Execução dos pilares dos parabolóides e dos demais pilares internos à plataforma do corpo daestação;

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-18

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4'>COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS iME

• Execução dos pilares-parede das escadas rolantes e do elevador;

• Lançamento das lajes pré-moldadas da plataforma;

• Montagem das estruturas metálicas do mezanino;

• Execução das lajes dos parabolóides com cimbramento sobre as lajes da plataforma;

* Execução das lajes moldadas "in-loco" de cobertura dos acessos e salas técnicas e operacionais;

• Montagem da escada fixa metálica;

* Colocação das lajes pré-moldadas do mezanino;

• Montagem da treliça da escada rolante;

• Montagem dos arcos, arcos-tangentes, das terças, correntes, dos contraventamentos da estruturametálica da cobertura;

• Colocação das telhas duplas com miolo de poliuretano, das calhas e dos condutores de águaspluviais;

• Execução das salas técnicas e operacionais. Execução dos acabamentos e montagens dasinstalações elétricas e hidráulicas das salas técnicas e operacionais, bem como das lojas;

• Execução dos acabamentos e montagens das instalações elétricas e hidráulicas da plataforma edo corpo da estação. Termino da montagem das escadas rolantes;

• Execução dos muros, gradis e do tapamento em pedra argamassada no acesso; execução dopaisagismo e obras de urbanismo e do sistema viário.

b) Impactos potenciais

As obras da estação Jardim Helena serão executadas na faixa da CPTM; apenas as obras dapassarela ocuparão parcialmente trechos da Rua São Gonçalo do Rio das Pedras, a ambos lados dafaixa ferroviária. Por ser esta uma rua sem saída, as obras afetarão pouco o tráfego de veículos.

As áreas adjacentes à estação têm uso comercial (fundos e lateral do Atacadão), residencial e deantiga distribuidora de bebidas à venda. Destaca-se a praça existente do lado Norte, com campo defutebol, área de lazer e escola de educação infantil. As residências e escola vizinhas poderão serafetadas pelos transtornos típicos da execução de obras nas proximidades.

Parte do campo de futebol encontra-se em área da CPTM requerida para a construção da estação.Assim o campo precisará ser desativado no início das obras. Entendimentos estão sendo feitos coma Subprefeitura de São Miguel Paulista para a reposição da área de lazer na forma de quadraspoliesportivas ou um campo de menor dimensão.

Com o início das obras, a passagem irregular de pedestres sobre a faixa da CPTM que existe noeixo da Rua São Gonçalo do Rio das Pedras precisará ser fechada. Durante cerca de 12 meses, até oinício de operação da nova passarela da estação, as cerca de 9.000-10.000 travessias diárias da faixarealizadas nesse local deverão ser feitas pela passagem mais próxima, no Viaduto da China, distante500 m a Leste.

As escavações para a construção da estação limitar-se-ão a: (i) raspagem superficial do solo paraimplantação das vias férreas e nivelamento do greide; (ii) escavação de valas de até 1,0-1,5 m deprofundidade para execução de blocos de fundação e drenagem profunda longitudinalmente às vias.As fundações serão executadas mediante estacas cravadas. Não se antevê a necessidade derebaixamento do lençol freático para as obras. Por outro lado, não há áreas industriais adjacentesque levantem suspeita de contaminação.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-1 9

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COMPANHIA PAUUSTA DETRENS METROPOUTANOS

Incômodos temporários decorrentes das atividades de obra: elevação dos níveis de ruído,poluição do ar (poeira e emissões de equipamentos e máquinas), movimentação eestacionamento de veículos a serviço das obras.

• Eventuais transtornos por conta do comércio informal existente no local (feira na rua sãoGonçalo do Rio das Pedras), ou mesmo a intensificação dessa atividade por conta da obra.

• Riscos de assoreamento do sistema de drenagem pluvial pelo carreamento de materiaisparticulados e restos de materiais de construção (concreto, argamassa, resinas, etc.).

• Riscos de escavação de solos contaminados, decorrentes da atividade ferroviária anterior.

• Riscos de eventuais recalques nas edificações lindeiras, notadamente no edificio dosupermercado Atacadão, em face da proximidade da edificação com as obras da rampa deacesso à estação.

• Riscos de atropelamento de trabalhadores pelo trem, pois a obra da estação será executada coma Linha F em operação, com desvio por uma das vias de cada vez.

• Riscos de acidentes de trânsito no entorno da praça de obra, notadamente nas operações deacesso e saída do canteiro de obras através da rua São Gonçalo do Rio das Pedras, rua PadreDiogo Barbosa e Av. Marechal Tito.

c) Ações mitigadoras

• Implementação das especificações ambientais de obra da CPTM, das exigências que sejamestabelecidas nas licenças ambientais e das recomendações específicas que sejam indicadas pelaCPTM por meio da equipe de supervisão ambiental ao longo da construção.

• Utilização de dispositivos de retenção de sedimentos e resíduos de obra (sólidos ou líquidos),para evitar o carreamento dos mesmos ao sistema de drenagem pluvial e ao córrego RibeirãoVermelho, que corre em direção à Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê.

• Execução das escavações e manejo do material escavado supondo, conservadoramente, que omesmo possa estar contaminado; armazenamento provisório na obra; classificação do materialconforme a norma NBR 10.004; disposição em local apropriado, conforme os resultados dosensaios (ver Anexo 1.3).

• Entendimentos com a Subprefeitura de São Miguel Paulista com vistas à remoção ouremanejamento do comércio informal existente no local.

• Monitoramento de eventuais danos nos imóveis lindeiros, que poderão ocorrer em decorrênciada movimentação de terra (escavações), construção de fundações, movimentação de veículos eequipamentos pesados, etc.

• Implantação de sinalização e das medidas de segurança para trabalhos dentro faixa ferroviáriacom a linha em operação, em conformidade com norma de segurança da CPTM.

• Implantação de sinalização viária de obra abundante. Cuidados nas operações de entrada e saídade veículos e equipamentos do setor de obras. Início das obras somente após a implantação dasinalização.

1.4.4. Controle Ambiental das Obras da Estação Itaim Paulista

a) Aspectos Construtivos

A estação Itaim Paulista será totalmente reformulada e reconstruída no mesmo local, aproveitando-se parte da plataforma central existente. A exemplo da estação atual, a nova estação terá tambémplataformas laterais auxiliares. As vias não serão remanejadas.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-20

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COMPANHIA PAULISTA DE iPRIME

TRENS METROPOLrTANOS il,p-a--.

A passarela existente será demolida dando lugar a uma nova a ser implantada no eixo da PraçaSerra de Orocori. As rampas de acesso à passarela estarão localizadas junto a pontos de parada deônibus situados nos dois lados da faixa ferroviária. Junto aos pontos de parada estão previstosconjuntos de lojas para locação, que serão implantadas em área da faixa de domínio da CPTM.

O sistema viário do lado Sul, ao longo da rua Rafael Correia da Silva será reconfigurado comalargamento do passeio em sua porção oeste, de 1,50 m para 4,50 m, ampliação da via para 9,00 m eimplantação de faixa de estacionamento junto à ferrovia. Na porção leste será executadoalargamento da via de forma a abrigar pontos de parada de ônibus.

No lado norte da ferrovia será executada uma baia exclusiva para os ônibus bem como o conjuntode salas técnicas e operacionais da estação com estacionamento para veículos de serviço,bicicletário e estacionamento.

A estação será composta de um corpo central formado pela plataforma e mezanino, e o conjunto desalas técnicas e operacionais, localizadas paralelamente a este corpo, ao norte das vias. A ligaçãomezanino / salas técnicas será feita por passarela exclusiva, em área paga.

O mezanino da estação, sobre a plataforma central, servirá de conexão entre os lados norte e sul daestação através de passarela de livre passagem e rampas, projetadas em concreto moldado "in loco".O nível mezanino estará dividido em duas áreas: uma comercial, mais próxima da passarela, e o hallde acesso à estação, onde estarão localizados: as bilheterias, SSO, bloqueios, elevador e escadas deacesso à plataforma.

A estrutura do mezanino será constituída de pórticos de concreto, implantados no eixo daplataforma, unidos entre si por vigas de travamento e laje. A estes pórticos, espaçados em 8,50 m,estarão articuladas vigas de aço para piso e cobertura, suspensas por tirantes formados por tubos deaço, fixados ao pórtico central. Piso e cobertura serão completados com lajes pré-moldadas deconcreto, montadas no sentido transversal à plataforma.

O fechamento do mezanino será feito em painéis de vidro laminado até a altura de 2,10 m. O acessodo mezanino para a plataforma será realizado através de 2 (duas) escadas rolantes, uma fixa eelevador para portadores de necessidades especiais localizados no eixo da plataforma. A coberturada plataforma será feita em parte pelo próprio mezanino, e no restante por cobertura plana em perfisde aço e pilares também metálicos.

Na construção da nova estação serão reaproveitados: parte da plataforma central, parte dasplataformas laterais a serem utilizadas como área de apoio do estacionamento de trens, e a galeriade acesso sob as vias. Esta galeria será utilizada como galeria técnica, para passagem de utilidades eacesso operacional às plataformas de serviço.

A implantação da Estação Itaim exigirá os seguintes serviços:

• Implantação do canteiro de obras;

• Implantação do escritório provisório para a Administração da Estação;

• Execução da plataforma;

• Execução das fundações do mezanino;

* Execução da fundação da passarela nova;

• Demolição da plataforma existente;

• Colocação de passarela provisória para acesso pelos usuários ao trem;

• Execução de caixa de reuso de água:

• Ajuste da via permanente e execução do remanejamento e readequação da rede aérea;

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-21

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COMPANHIA PAUUSTA DETRENS METROPOUTANOS

• Construção da plataforma provisória de embarque;

• Construção de pilares do mezanino;

• Construção do mezanino;

• Construção das rampas da passarela;

• Construção dos pilares da cobertura e cobertura;

• Execução das salas do mezanino;

• Demolição da passarela existente;

• Execução das fundações da cobertura e da plataforma;

• Execução da cobertura e plataforma;

• Execução da terraplanagem e drenagem;

* Construção das salas técnicas e reservatório elevado;

• Instalação de elevadores e escadas rolantes;

• Demolição das sobras de plataforma existente e da plataforma provisória;

• Execução das instalações elétricas, hidráulicas e demais sistemas;

• Execução dos acabamentos de arquitetura e da plataforma;

• Implantação do sistema viário;

• Execução da reurbanização e paisagismo;

* Execução da comunicação visual;

• Implantação final dos sistemas de instalação eletro-eletrônicos e hidráulicos;

• Acabamento geral da obra e remoção das obras provisórias.

b) Impactos potenciais

A construção da nova estação Itaim Paulista será executada por setores, sem paralisar ofuncionamento da estação. Isso requererá um planejamento de obra cuidadoso, de forma a prevenirsituações de risco de acidentes e minimizar os incômodos para os usuários da Linha F.

As obras da estação serão executadas na faixa da CPTM; apenas as obras da passarela ocuparão aPraça Serra de Orocori, ao sul da faixa ferroviária. As áreas adjacentes à estação têm uso comercialintenso; existe também um grande número de barracas de ambulantes que ocupam a passarela a serdemolida e suas imediações. De frente para a estação, do lado norte, há uma escola municipal. Ocomércio local, os transeuntes e a escola vizinha poderão ser afetados pelos transtornos típicos daexecução de obras nas proximidades.

As escavações para a construção da estação limitar-se-ão a raspagem superficial do solo parapreparação de bases de algumas edificações e ajuste do viário. As fundações serão executadasmediante estacas cravadas. Não se antevê a necessidade de rebaixamento do lençol freático para asobras. Por outro lado, não há áreas industriais adjacentes que levantem suspeita de contaminação.

• Incômodos temporários decorrentes das atividades de obra: elevação dos níveis de ruído,poluição do ar (poeira e emissões de equipamentos e máquinas), transtornos por conta damovimentação e estacionamento de veículos a serviço das obras, eventuais recalques nasestruturas dos imóveis lindeiros.

• Riscos de assoreamento do sistema de drenagem pluvial pelo carreamento de materiaisparticulados e restos de materiais de construção (concreto, argamassa, resinas, etc.).

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-22

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METRPOLTRANOS iS

• Riscos de escavação de material contaminado, em decorrência da atividade ferroviária anterior.

• Riscos de acidentes de trânsito nas proximidades da obra, devido ao intenso comércio informalde camelôs existente no local;

• Riscos de atropelamento de trabalhadores pelo trem, pois a obra da estação será executada coma Linha F em operação.

• Riscos de acidentes com usuários do sistema ferroviário, tendo em vista que os serviços não

serão interrompidos durante a execução das obras.

c) Ações mitigadoras

• Implementação das especificações ambientais de obra da CPTM, das exigências que sejamestabelecidas nas licenças ambientais e das recomendações específicas que sejam indicadas pelaCPTM por meio da equipe de supervisão ambiental ao longo da construção.

• Cuidados especiais quanto ao isolamento da praça de obras das instalações e operação daestação - tapumes cobertos, por exemplo -, e implantação de sinalização abundante de

advertência e orientação dos usuários quanto a alterações temporárias na operação da estação.

• Gestão articulada entre a CPTM, a construtora contratada e a equipe de operação da estaçãoexistente para a programação das atividades de obra e das medidas para informação e segurançados usuarios.

• Utilização de dispositivos de retenção de sedimentos e resíduos de obra (sólidos ou líquidos).para evitar o carreamento dos mesmos ao sistema de drenagem pluvial e ao córrego RibeirãoLageado que corre em direção à Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê.

• Execução das escavações e manejo do material escavado supondo, conservadoramente, que omesmo possa estar contaminado; armazenamento provisório na obra; classificação do materialconforme a norma NBR 10.004; disposição em local apropriado, conforme os resultados dosensaios (ver Anexo 1.3).

• Entendimentos com as Subprefeituras de São Miguel Paulista (lado norte) e Itaim Paulista (ladosul) para a remoção ou remanejamento do comércio informal existente no local.

• Implantação de sinalização e das medidas de segurança para trabalhos dentro faixa ferroviáriacom a linha em operação, em conformidade com norma de segurança da CPTM.

• Implantação de sinalização viária de obra abundante. Cuidados nas operações de entrada e saídade veículos e equipamentos do setor de obras. Início das obras somente após a implantação dasinalização.

1.4.5. Controle Ambiental das Obras da Estação Jardim Romano

a) Aspectos Construtivos

A estação Jardim Romano será construída em estrutura mista, sendo os pilares e plataformas emconcreto e o mezanino em estrutura metálica. A cobertura será composta por telhas tambémmetálicas.

As instalações de bilheteria, contagem de renda e cofre estarão posicionadas junto à linha debloqueio que estará voltada para o acesso principal e interligadas entre si através de corredorindependente. A área destinada ao SSO estará posicionada junto à linha de bloqueios, em balançosobre a escada fixa. Serão construídos dois sanitários públicos, um feminino e outro masculino,ambos dotados de sanitários destinados a portadores de necessidades especiais.

Ainda na área operacional serão construídas salas destinadas a arquivo, material e limpeza,operação e reunião, com acesso restrito ao público através de corredor de circulação.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-23

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COMPANHIA PAULISTA DETRENS METROPOLITANOS

Será instalado elevador destinado a portadores de necessidades especiais para a conexão com aplataforma de embarque e desembarque. O elevador será do tipo mecânico com capacidade para 9pessoas. Os acessos às plataformas serão através de escadas fixas e rolantes. No mezanino estarálocalizada área reservada para locação comercial. A área localizada sob a escada fixa será destinadaa apoio ao usuário para atendimento às necessidades emergentes, contendo área de atendimento esanitário com lavatório.

A plataforma da estação Jardim Romano terá 170 metros de extensão por 8,40 m de largura,estreitando para 6,30 m na extremidade do lado Manuel Feio, mantendo-se os afastamentosmínimos entre os pilares até o bordo da plataforma de 1,80 m. A plataforma da estação será providade bancos para os usuários, lixeiras e telefones públicos. A cobertura da plataforma será executada apartir de pilares metálicos duplo "1", dispostos continuamente através da plataforma na distânciados eixos de 7,50 m, e cobertura em telhas metálicas.

O acesso para as salas técnicas será através do acesso exclusivo para funcionários através da RuaJosé Álvares Moreira, diretamente no nível térreo, e por passarela exclusiva e escadas através donível mezanino. As salas técnicas serão compostas por salas destinadas ao sistema emergencial defornecimento de energia (GGD, sala de baterias, equipamentos de supervisão operacional, controlee sinalização, energia, posto de controle de linha e sala de relês).

O reservatório elevado, em forma circular com 3,0 m de diâmetro e altura aproximada de 18,0 m,terá câmaras para armazenamento de água potável, incêndio e reuso. Nas extremidades serãoinstalados dois relógios.

Será construída passarela de livre passagem interligando os lados Norte e Sul da estação. Apassarela existente no local da estação será demolida. O setor 1 da passarela, a ser localizado junto àrua Diogo da Costa Tavares, será executada em concreto armado. A área sob a passarela serádestinada a bicicletário. O setor 2 da passarela, do lado sul, será construído ao longo da divisa comas industrias existentes contíguas à faixa da CPTM e interligará o mezanino ao ConjuntoHabitacional Texima. A passarela terá estrutura em concreto armado. O setor 3 da passarela, dolado Sul da estação, será construído também em concreto armado e interligará a praça a serexecutada junto à rua José Álvares Moreira, onde serão realizadas as operações de embarque edesembarque de passageiros e por onde irão acessar a estação os usuários provenientes da Av.Marechal Tito.

No lado Norte, junto à rua Diogo da Costa Tavares os passeios terão largura mínima de 3,0 m efaixa para utilidades nos passeios. Será implementada a urbanização da nova praça junto à rua JoséÁlvares Moreira, no lado Sul. Os passeios serão revestidos com blocos articulados de concretocoloridos.

A rua Diogo da Costa Tavares será reconfigurada de forma a permitir a ampliação do passeio,atualmente com 1,30 m, que passará a ter largura mínima de 3,0 m.

Será construída uma baia defronte a rua Cochonilha, destinada a embarque e desembarque depassageiros de veículos particulares, táxi e lotações. Em frente à rua do Sino será construída umabaia de passagem exclusiva para ônibus e lotações.

Do lado Sul da estação Jardim Romano será implantado um sistema de retorno de veículos,embarque e desembarque junto à estação e com acesso para a passarela. O pavimento será rígido emconcreto de cimento Portland. O estacionamento para funcionários terá 6 vagas e será constituído depavimento articulado em blocos de concreto.

Serão executados - do lado da estação, entre as ruas Felisberto Caldeira e Diogo Gonçalves Laço -serviços de ajustes do meio fio e baias para embarques e desembarques de passageiros, além deserviços de relocação de meios-fios e novas sarjetas. Serão também acrescentadas baias emconcreto de cimento portland para embarque e desembarque de veículos.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamizaçào da Linha F. Fevereiro 2006. 1-24

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

Para a execução das baias e sistema viário serão demolidos os muros de divisa da CPTM erelocados os meios fios e passeios. Será necessária a remoção de vegetação e postes. A passarela emconcreto armado existente, que liga a rua José Álvares Moreira e rua Diogo da Costa Tavarestambém será demolida. Durante período de obras será construída uma passarela provisória emestrutura tubular.

A rede elétrica existente na rua José Álvares Moreira entre a Rua Colônia D'Assunção e a faixa daCPTM será readequada passando de aérea para enterrada. Serão demolidas também as canaletas dedrenagens existentes dentro da faixa da CPTM na área onde será implantada a estação JardimRomano, devendo ser substituídas pelas redes novas de águas pluviais.

A implantação da Estação Jardim Romano exigirá os seguintes serviços:

• Desapropriação e posse das áreas desapropriadas (Mash e Usiminas);

• Implantação do canteiro de obras na área desapropriada da Usiminas;

• Fechamento provisório com tapumes das áreas incorporadas;

• Execução parcial da terraplanagem;

• Execução das fundações do mezanino nos eixos B e D, entre os eixos 11 a 20;

• Execução dos pilares de sustentação do mezanino nestes locais;

• Execução das fundações da cobertura da plataforma no eixo C, entre eixos 1 a 10 e 21 a 22;

• Execução da caixa d'água de reuso;

* Execução das fundações da plataforma;

• Execução da plataforma;

• Execução da terraplanagem e infra-estrutura da via 1 (nova);

• Demolição do muro norte das vias 1 e 2 (atuais) e fechamento provisório da área com tapumes;

• Execução das fundações do mezanino no eixo A, entre eixos 1 a 20;

• Execução dos pilares de sustentação do mezanino nestes locais;

• Execução da estrutura provisória para sustentação da rede aérea entre os eixos 11 e 20 nas vias 1e 2 (atuais);

• Construção do mezanino e escadas fixas;

• Construção dos pilares superiores e cobertura do mezanino;

* Execução das salas do mezanino;

• Construção da passarela - parte 1 (fundações, pilares, rampas e escada);

• Execução dos muros de contenção, terraplenagem, drenagem e fechamento das áreas ao norte eao sul da estação;

• Ajuste geométrico das vias 1 e 2 (atuais);

• Execução das salas técnicas, inclusive ligação com mezanino, e reservatório elevado;

• Execução da passarela parte 3;

• Execução da passarela parte 2;

• Execução dos pilares e cobertura da plataforma;

• Instalação do elevador, escadas rolantes e demais equipamentos;

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-25

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

Execução das instalações e sistemas eletro-eletrônicos e instalações hidráulicas;

Execução dos acabamentos de arquitetura;

Implantação do mobiliário da plataforma e mezanino;

* Implantação da comunicação visual;

* Execução da superestrutura e rede aérea da via (nova);

Implantação do sistema viário interno e externo;

Execução da reurbanização, paisagismo e fechamento da área da estação;

Conclusão da implantação das instalações eletro-eletrônicas e hidráulicas;

Demolição da passarela existente;

Acabamento geral da obra e remoção das estruturas provisórias.

b) Impactos potenciais

As obras da estação Jardim Romano serão executadas fundamentalmente na faixa da CPTM; fora dafaixa ocuparão apenas um setor adjacente a ser adquirido da Indústria Têxtil Mash / Texima e umpequeno setor de estacionamento pertencente às instalações do depósito da Usiminas.

Do lado sul, as áreas adjacentes à estação têm uso exclusivamente industrial e a circulação depedestres limita-se àqueles que utilizam a passarela para atravessar a faixa ferroviária. Do ladonorte, a ocupação é mista, residencial e pequeno comércio. A rua Diogo da Costa Tavares apresentatráfego intenso. Como as obras serão executadas basicamente a partir do lado sul, espera-se pequenaafetação ao tráfego de veículos.

As escavações para a construção da estação limitar-se-ão a: (i) raspagem superficial do solo paraimplantação das vias férreas e nivelamento do greide; (ii) escavação de valas de até 1,0-1,5 m deprofundidade para execução de blocos de fundação e drenagem profunda longitudinalmente às vias.As fundações serão executadas mediante estacas cravadas. Não se antevê a necessidade derebaixamento do lençol freático para as obras.

• Incômodos temporários decorrentes das atividades de obra: elevação dos níveis de ruído,poluição do ar (poeira e emissões de equipamentos e máquinas), movimentação eestacionamento de veículos a serviço das obras.

• Riscos de assoreamento do sistema de drenagem pelo carreamento de materiais particulados erestos de materiais de construção (concreto, argamassa, resinas, etc.).

• Riscos de escavação de material contaminado, em decorrência da atividade ferroviária anteriore/ou proveniente da indústria vizinha Mash / Texima.

• Riscos de atropelamento de trabalhadores pelo trem, pois a obra da estação será executada coma Linha F em operação, com desvio por uma das vias de cada vez.

• Riscos de acidentes de trânsito no entorno da praça de obra, notadamente nas operações deacesso e saída do canteiro de obras através da rua Diogo da Costa Tavares.

c) Ações mitigadoras

• Implementação das especificações ambientais de obra da CPTM, das exigências que sejamestabelecidas nas licenças ambientais e das recomendações específicas que sejam indicadas pelaCPTM por meio da equipe de supervisão ambiental ao longo da construção.

• Utilização de dispositivos de retenção de sedimentos e resíduos de obra (sólidos ou líquidos),para evitar o carreamento dos mesmos ao sistema de drenagem pluvial e ao córrego TijucoPreto, que corre em direção à Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê.

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS Âm i",

Investigação da qualidade dos solos e água subterrânea na faixa da CPTM, no setor da estaçãoJardim Romano; execução das escavações e manejo do material escavado supondo,conservadoramente, que o mesmo possa estar contaminado; armazenamento provisório na obra;classificação do material conforme a norma NBR 10.004; disposição em local apropriado,conforme os resultados dos ensaios (ver Anexo 1.3).

• Investigação do passivo ambiental eventualmente existente na área da indústria Mash / Teximaque será desapropriada, conforme procedimento padrão da CETESB; solicitação à autoridadeambiental de autorização para mudança de uso da área industrial; execução dos trabalhos deacordo com as medidas de controle ambiental que sejam aprovadas pela CETESB.

• Implantação de sinalização e das medidas de segurança para trabalhos dentro faixa ferroviáriacom a linha em operação, em conformidade com norma de segurança da CPTM.

• Implantação de sinalização viária de obra abundante. Cuidados nas operações de entrada e saídade veículos e equipamentos do setor de obras. Início das obras somente após a implantação dasinalização.

1.5. CONTROLE AMBIENTAL DAS OBRAS DE VIA PERMANENTE

A via permanente compreende, basicamente: (i) a faixa de domínio da ferrovia, com suas

características fisicas, topográficas e de implantação da via existente, seja em corte, sobre aterro ou

em nível em relação aos terrenos adjacentes; (ii) a plataforma ferroviária, isto é, o leito da ferroviaou infra-estrutura ferroviária mais o seu sistema de drenagem; (iii) a superestrutura ferroviária;composta pelo lastro, dormentes, trilhos, fixações e AMVs, assentada sobre a plataformaferroviária; (iv) postes ou pórticos de sustentação da rede aérea de suprimento de energia elétrica de

tração.

No conceito ferroviário, a via permanente inclui também os viadutos ferroviários, as passagensviárias superiores e inferiores, as travessias sobre cursos d'água, as passarelas, a vedação da faixa eoutros elementos necessários à circulação dos trens. Aqui, esses itens são tratados em separado.

Os setores das estações apresentam em geral características especiais, pelo qual é praxe suaconsideração em separado, englobando também o trecho de via permanente neles contido.

Nas obras de Recapacitação da Linha F da CPTM estão previstas as seguintes intervenções na viapermanente:

• Remanejamento da via permanente e rede aérea numa extensão aproximada de 1100 m entre osKm 11+435 e 12+512, tendo em vista a desativação da estação Eng. Trindade e a reconstruçãodo viaduto sobre Av. Gabriela Mistral;

• Remanejamento da via em extensão aproximada de 1500 m na região da estação USP Leste;* Remanejamento da via em extensão aproximada de 1500 m na região da estação Comendador

Ermelino, inclusive os AMV's do novo plano de vias;• Remanejamento da via na região dos AMV's à Leste da Estação de São Miguel Paulista;• Remanejamento da via no trecho com início a 250 m - oeste da Estação Jardim Helena até 800

m à leste da Estação Jardim Romano (inclusive os trechos intermediários entre estações);• Remanejamento da via a oeste da Estação de Manoel Feio na região de AMV's a serem

substituidos, de acordo com as definições do track-plan da via permanente;• Remanejamento da via a 550 m à leste da região dos AMV's de Manoel Feio, em continuação

do trecho anterior.

a) Aspectos Construtivos

A reconfiguração de trechos da infra-estrutura da via permanente nos trechos entre estações requer aexecução dos seguintes serviços e obras:

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• Limpeza da faixa de intervenção, com remoção de vegetação, entulho e lixo porventuraexistente; transporte do material ao bota-fora;

• Remanejamento de interferências aéreas e subterrâneas;

• Desmontagem da via e remoção dos trilhos, fixações, aparelhos de mudança de via (AMVs) edormentes; transporte desses materiais para pátio de armazenamento em local a ser definidopela CPTM;

* Retirada do lastro existente. Armazenamento temporário na própria obra para reaproveitamentoou transporte para bota-fora;

• Demolição dos postes de concreto ou retirada dos postes / pórticos metálicos da rede aéreaexistentes. Demolição da canaleta de drenagem existente, nos setores onde é requerida mudançade posição lateral da via e/ou correção do greide. Transporte do entulho para bota-fora;

• Escavação de camada de solo superficial da plataforma ferroviária atual. Possivelmente estematerial será destinado a bota-fora;

• Construção de base de rachão;

* Colocação e compactação de material para reforço do subleito e conformação da infra-estruturaferroviária, conforme cotas de projeto e especificações técnicas (prévio transporte do materialaté a obra).

Nos trechos em que se requer elevar o greide e/ou alargar a plataforma atualmente em aterro, têm-seos seguintes serviços adicionais:

• Colocação e compactação do material de la categoria para conformação de aterro, préviotransporte de material até a obra;

• Implantação da drenagem superficial contemplando: canaletas, valetas, caixas de derivação,poços de visita, dispositivos de descida d'água e amortecimento;

• Ligação do sistema de drenagem superficial ao sistema de drenagem de talvegue.

* Obras de proteção de talude através de revestimento vegetal.

A implantação da superestrutura da via permanente sobre a plataforma ferroviária requer aexecução dos seguintes serviços:

• Transporte de lastro novo até a obra e colocação na via;

• Transporte até a obra de dormentes de concreto pré-moldado, trilhos, fixações e AMVs;

• Montagem das vias. Solda dos trilhos e testes radiográficos das soldas;

* Implantação de sistema de amortecimento de vibrações (sobre estrutura de concreto: manta abase de granulado de borracha aglomerado por resina PU; sobre lastro: palmilhas de polietilenoentre dormentes e trilhos);

* Colocação de lastro até a cota final;

• Transporte das peças dos postes ou pórticos de sustentação da rede aérea ao sítio de obra;instalação e montagem das estruturas;

• Transporte dos cabos e acessórios ao sítio de obra; instalação e montagem da rede aérea decontato.

As praças de trabalho para a via permanente e pequenos canteiros de apoio irão se deslocando aolongo do trecho à medida que as várias etapas de obra acima descritas vão sendo concluídas emcada setor. Os canteiros de apoio serão implantados na própria faixa de domínio da CPTM, que

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dispõe de espaço suficiente em vários setores ao longo do trecho. No entanto, áreas de apoiolocalizadas próximas às praças de trabalho poderão ser utilizadas.

Estão previstos os seguintes volumes de obra: 42.000 m3 de lastro, 9.800 m3 de base de rachão,11.000 m3 de escavação e 41.000 m3 de aterro e re-aterro compactado.

b) Impactos potenciais

As escavações para reforma da via permanente limitar-se-ão, em geral, a: (i) raspagem superficialdo solo, em profundidade da ordem de 0,20 m, para implantação das vias férreas; (ii) escavação devalas de até 0,60 m de profundidade, para reconstrução das canaletas de drenagem, e/ou de até 1,5m de profundidade para execução de drenagem profunda, longitudinalmente às vias. Em algunspoucos pontos localizados haverá escavação um pouco mais profunda para construção de bueiros.

• Possibilidade de haver a presença de material contaminado no solo sob as vias, decorrente daatividade ferroviária anterior e de áreas industriais vizinhas (ver Anexo 1.3).

• Incômodos temporários decorrentes das atividades de obra: elevação dos níveis de ruído,poluição do ar (poeira e emissões de equipamentos e máquinas), movimentação eestacionamento de veículos a serviço das obras.

• Riscos de assoreamento do sistema de drenagem pelo carreamento de materiais particulados erestos de materiais de construção.

• Riscos de interrupção dos serviços de transporte da população usuária do sistema em operação.

• Riscos de atropelamento de trabalhadores pelo trem, pois as obras na via permanente serãoexecutadas com a Linha F em operação, com desvio por uma das vias de cada vez.

• Riscos de acidentes de trânsito no entorno da praça de obra, notadamente nas operações deacesso e saída de veículos de obra.

c) Ações mitigadoras

• Implementação das especificações ambientais de obra da CPTM, das exigências que sejamestabelecidas nas licenças ambientais e das recomendações específicas que sejam indicadas pelaCPTM por meio da equipe de supervisão ambiental ao longo da construção.

• Investigação da qualidade dos solos e água subterrânea na faixa da CPTM, em todo o setoradjacente a áreas industriais contaminadas e suspeitas; execução das escavações e manejo domaterial escavado supondo, conservadoramente, que o mesmo possa estar contaminado;armazenamento provisório na obra; classificação do material conforme a norma NBR 10.004;disposição em local apropriado, conforme os resultados dos ensaios (ver Anexo 1.3).

• Utilização de dispositivos de retenção de sedimentos e resíduos de obra (sólidos ou líquidos),para evitar o carreamento dos mesmos ao sistema de drenagem pluvial e aos córregos quecorrem em direção à Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê.

• Detalhamento cuidadoso das fases de obra e método construtivo de forma a minimizar ostempos necessários para os desvios operacionais.

• Esforço de reciclagem dos materiais retirados da atual via permanente: (i) venda como sucata oureaproveitamento pela própria CPTM dos trilhos e fixações metálicas; (ii) venda em pregão dosdormentes de madeira (procedimento usual da CPTM); (iii) oferecimento à Prefeitura do lastrousado retirado da via, para eventual uso na pavimentação de ruas da periferia; caso isso não sejaviável, disposição em bota-fora;

• Implantação de sinalização e das medidas de segurança para trabalhos dentro faixa ferroviáriacom a linha em operação, em conformidade com norma de segurança da CPTM.

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1.6. CONTROLE AMBIENTAL DAS OBRAS DE CONTENÇÃO E VEDAÇÃO DA FAIXA

O Projeto de Recapacitação da Linha F da CPTM compreende também a execução de obrascomplementares necessárias para garantir a segurança operacional da Linha e uma melhor inserçãono ambiente urbano. Estes aspectos foram considerados relevantes na avaliação ambiental doempreendimento, razão pela qual foi proposto no RAP e desenvolvido neste PBA um Plano deInserção Urbana do Projeto como um dos principais programas ambientais do empreendimento.Para o PCA importa descrever as intervenções propostas e as medidas indicadas para o controleambiental na execução.

1.6.1. Obras de Contenção

Serão executados muros de arrimo à flexão em trechos de via que apresentam instabilidade emtaludes, nos seguintes locais: Km 33 + 850 (h=4m; L=220m); km 36 (h=2m; L=300m) e km 37(h=4m; L=220m).

a) Aspectos Construtivos

A construção dos muros de arrimo exigirá os seguintes serviços:

• Escavação mecanizada;

• Execução de base em solo cimento;

Execução de cortina/colchão drenante;

Execução de forma, armação e concretagem;

Execução de aterro compactado;

Revestimento com grama.

b) Impactos potenciais

. Incômodos temporários decorrentes das atividades de obra: elevação dos níveis de ruído,poluição do ar (poeira e emissões de equipamentos e máquinas), eventuais transtornos por contada movimentação e estacionamento de veículos a serviço das obras.

• Riscos de assoreamento do sistema de drenagem pelo carreamento de materiais particulados erestos de materiais de construção.

• Riscos de atropelamento de trabalhadores pelo trem, pois as obras serão executadas com a Linhaem operação.

c) Ações mitigadoras

• Implementação das especificações ambientais de obra da CPTM, das exigências que sejamestabelecidas nas licenças ambientais e das recomendações específicas que sejam indicadas pelaCPTM por meio da equipe de supervisão ambiental ao longo da construção.

• Utilização de dispositivos de retenção de sedimentos e resíduos de obra (sólidos ou líquidos),para evitar o carreamento dos mesmos à várzea do Rio Tietê, na área da APA homônima.

• Implantação de sinalização e das medidas de segurança para trabalhos dentro faixa ferroviáriacom a linha em operação, em conformidade com norma de segurança da CPTM.

1.6.2. Vedação da faixa operacional

Nos locais ao longo da faixa de domínio que apresentam aberturas irregulares no muro de vedaçãoserão executadas obras de complementação da vedação existente para impedir o acesso de pessoas eanimais às vias e evitar riscos de atropelamentos, vandalismo, danos às instalações, acidentes, etc.O dispositivo padrão utilizado pela CPTM para vedação da faixa operacional é o muro de concreto.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-30

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Além desses serviços estão previstas adequações no sistema de drenagem e esgoto em pontos

localizados ao longo da Linha tendo em vista a existência de pontos de lançamento irregular de

efluentes para o interior da faixa de domínio da CPTM.

A vedação da faixa operacional da CPTM exigirá os seguintes serviços e obras:

• Construção de 200 m de muro padrão CPTM;

• Remanejamento de rede de drenagem e de esgotos construídas de forma irregular.

Não se identificam impactos potenciais significativos neste tipo de atividade, que exijam medidas

mitigadoras específicas. São obras de simples execução e influência local, para as quais se aplicam

as especificações ambientais gerais da CPTM.

1.7. CONTROLE AMBIENTAL DOS SERVIÇOS NOS SISTEMAS DE ELETRIFICAÇÃO E

TELECOMUNICAÇÕES

As obras de Recapacitação da Linha F da CPTM exigirão adequações nas instalações dos sistemas

de suprimento de energia, telecomunicações e de sinalização e controle. Os serviços serão

realizados integralmente no interior da faixa de domínio da ferrovia e no interior das edificações das

estações - novas ou reconfiguradas -, que deverão incluir: instalação de pórticos e demais

acessórios para sustentação da rede aérea, instalação de rede de alimentação elétrica, instalação da

rede de transmissão de dados e montagem dos equipamentos de sinalização ao longo da via,

montagem dos equipamentos de comunicação e de sonorização no interior das estações.

Todos os equipamentos e subsistemas de controle e automação previstos serão totalmente

compatíveis em termos de facilidades operacionais com os atualmente em uso na Linha F.

Não se esperam impactos ambientais específicos desses serviços de montagem. Sua execução, no

entanto, deverá seguir as recomendações gerais estabelecidas nas Especificações Ambientais da

CPTM.

1.8. ÁREAS DE APOIO ÀS OBRAS

a) Canteiros de Obra

Os canteiros de obra constituem os locais que sediarão, entre outras, as instalações de: escritórios da

CPTM e do consórcio construtor, alojamento, sanitários, refeitório, oficinas, depósitos de material,

áreas de trabalho para carpintaria, armação e outras; enfermaria, laboratórios para controle

tecnológico (solo, concreto, etc.), estacionamento de caminhões, máquinas e equipamentos.

O canteiro central do Consórcio Construtor será instalado em área da CPTM, adjacente à faixa, no

Km 11+600 junto à antiga estação Eng. Trindade (na Penha). Canteiros de apoio menores serão

instalados dentro da faixa da CPTM em cada uma das 5 obras de estação. Áreas de apoio menores

poderão ser utilizadas nos serviços de via permanente, com deslocamento ao longo da Linha.

A escolha dos locais para implantação dos canteiros, bem como o projeto das instalações, são

obrigações do Consórcio Construtor contratado. Os projetos dos canteiros deverão ser apresentadosa CPTM para aprovação e licenciados pela empreiteira junto à SMA/CETESB separadamente do

restante da obra.

As especificações técnicas ambientais (Anexo 1.1) apresentam critérios técnicos e diretrizes para a

escolha de áreas, projeto das instalações e operação dos canteiros.

b) Áreas de Empréstimos e de Bota-fora

Áreas onde serão exploradas as jazidas de solos necessários à execução dos aterros da obra e onde

serão depositados materiais inertes resultantes dos trabalhos (solos inservíveis, restos de

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-31

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demolições, sobras de material, etc.). A escolha dessas áreas também é de responsabilidade daempreiteira e deverão ser licenciadas separadamente.

Os volumes estimados para transporte de materiais são os seguintes: Bota-Fora: 105.000 m3 eEmpréstimo: 40.000 m3.

c) Rotas de tráfego de caminhões e equipamentos pesados

Vias utilizadas para ligação entre as praças de trabalho, canteiros, áreas de empréstimos e bota-fora,além de vias utilizadas para abastecimento dos canteiros e praças de trabalho com materiais deconstrução, peças pré-moldadas e demais insumos de obra. A escolha final das rotas também é deresponsabilidade da empreiteira.

1.9. StJPERVISÃO AMBIENTAL DAS OBRAS

A Supervisão Ambiental abrange uma série de atividades destinadas a acompanhar a implantaçãodas obras e garantir que sejam observados os cuidados ambientais definidos nos projetos e nasEspecificações Ambientais de Obras, bem como todas as restrições legais aplicáveis e exigênciasdos órgãos ambientais estabelecidas nas licenças ambientais prévia e de instalação. È uma atividadejá incorporada à rotina da implantação de obras de infra-estrutura de maior porte, que inclui:

• Acompanhamento da seleção do local e da implantação das atividades de apoio às obras;

• Avaliação da estratégia de ataque das obras proposta pelas empreiteiras no Plano de Execuçãoda Obra e definição final do planejamento da execução;

• Acompanhamento permanente das atividades de construção, em articulação com a supervisão deengenharia, verificando o cumprimento das especificações, colaborando para o adequadoencaminhamento de situações não previstas e para a rápida solução de eventuais impactosambientais, verificação permanente da ocorrência de impactos às comunidades lindeiras;

• Preparação de relatórios periódicos de acompanhamento, indicando as não conformidades ependências a serem resolvidas pela empreiteira;

• Avaliação final da implementação das medidas ambientais na conclusão das obras, ecertificação do atendimento aos requisitos de recuperação das áreas afetadas;

• Acompanhamento das ações compensatórias sócio-ambientais exigidas pelos órgãoslicenciadores.

Estas atividades compõem o escopo de trabalho de uma equipe que deverá ser especialmentecontratada para esse fim no âmbito do contrato de gerenciamento do empreendimento, e que atuarásob a orientação da equipe ambiental da CPTM.

A equipe de Supervisão Ambiental será composta por profissionais de comprovada experiência emtrabalhos congêneres, abrangendo um Supervisor Ambiental, Inspetores Ambientais de Campo econsultores especialistas em meio fisico e meio biótico, que serão mobilizados sempre quenecessário.

O Supervisor Ambiental comandará a equipe e será o elemento de contato com a área ambiental daCPTM, as supervisoras de obra e a empreiteira, e se reportará funcionalmente ao CoordenadorGeral dos serviços de gerenciamento do empreendimento. Será responsável pela coordenação daimplementação dos programas ambientais diretamente vinculados com as obras, pela coordenaçãoda equipe de inspetores de campo e pela emissão dos relatórios mensais e final.

Os Inspetores Ambientais serão responsáveis por todo o trabalho de campo e o acompanhamentodas obras em todas as suas fases. Estes Inspetores realizarão vistorias diárias às frentes de obra, eregistrarão o andamento das obras, o atendimento das especificações ambientais e a identificação denão-conformidades.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-32

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

As atividades estão organizadas em três fases: antes, durante e na conclusão das obras, comodescrito a seguir.

1.9.1. Atividades Prévias ao Início das Obras

a) Vistoria Prévia

Realização de uma vistoria completa em toda a extensão da área diretamente afetada pelas obras deRecapacitação da Linha F, assim como nos locais selecionados para instalação de áreas de apoio, demodo a documentar as condições ambientais vigentes antes do início das obras. Um relatóriodetalhado será produzido, incluindo fotografias, desenhos, croquis e outros elementos necessáriosao registro das situações encontradas.

b) Reunião de Partida / Treinamento Ambiental

Previamente ao início das atividades de construção, a CPTM comunicará à empreiteira sobre osprocedimentos de supervisão ambiental a serem adotados no transcorrer das obras e que todas asinformações necessárias solicitadas pela equipe responsável pelas atividades deverão ser atendidaso mais breve possível pela Contratada para o bom andamento dos trabalhos.

Uma reunião de partida será realizada para exposição dos procedimentos a serem adotados eesclarecimento da equipe da construtora e da supervisora de obra quanto aos requisitos da legislaçãoambiental a serem atendidos, os programas sócio-ambientais do empreendimento e as exigências econdicionantes das licenças ambientais.

Caso seja necessário, as equipes da empreiteira e da supervisora receberão breve treinamento emrelação aos procedimentos ambientais recomendados para execução das obras contratadas, comênfase na prevenção e mitigação de impactos à população, às atividades urbanas e ao ambienteurbano, notadamente nas áreas contíguas ao Parque Ecológico do Tietê.

c) Localização, Projeto e Licenciamento das Áreas de Apoio

A equipe de supervisão ambiental orientará e acompanhará os técnicos da empreiteira na seleção dolocal de implantação dos canteiros e demais áreas de apoio, verificando sua adequação ao meioambiente e os aspectos utilizados para minimizar a degradação ambiental produzida por estasatividades. Prestará apoio sempre que necessário no processo de licenciamento dessas instalações.

d) Planejamento Ambiental da Obra

Esta atividade se destina a revisar o Plano de Trabalho apresentado pela Empreiteira de modo aconsiderar de forma adequada os requisitos ambientais deste PCA e demais programas ambientaisdo empreendimento aprovados no processo de licenciamento. Esta atividade permitirá à SupervisãoAmbiental verificar do ponto de vista ambiental se o Plano de Trabalho da Construtora contemplaas mais diversas interferências previstas em obras desta natureza, tais como as alterações dassituações climáticas, as diversas logísticas da implantação das atividades, o transporte deequipamentos, os dispositivos de segurança; etc.

1.9.2. Atividades Durante a Execução da Obras

a) Vistorias Ambientais

As instalações da obra (praças de trabalho, canteiros, áreas de empréstimo e bota-fora) e seuentorno serão periodicamente vistoriadas para verificação das condições ambientais existentes. Asvistorias terão por objetivo:

Verificar o cumprimento da legislação ambiental e das especificações de controle ambiental eidentificar não-conformidades;

PBA - ProJeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-33

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOLUTANOS

* Avaliar as condições ambientais existentes nas áreas afetadas, tais como: qualidade do ar, ruído,limpeza das ruas, segurança de pedestres e veículos, etc., tendo em vista as reclamações ereivindicações recebidas pela Ouvidoria;

• Identificar e recomendar ações corretivas para impactos ambientais não previstos;

• Informar a fiscalização e a Coordenação Geral do Projeto sobre as não-conformidadesobservadas.

As vistorias serão realizadas com o apoio de Fichas contendo check lists de aspectos ambientais aserem observados, e de ampla documentação fotográfica. O Anexo 1.2 apresenta modelos de Fichaspara apoio às vistorias.

b) Registro de Informações Ambientais

As atividades de supervisão ambiental serão sistematicamente registradas por meio dos seguintesinstrumentos:

* Registro de Vistoria: relatório preparado pelo inspetor, após cada vistoria, contendo, no mínimo:

o Local e data da vistoria;

o Descrição dos serviços em execução e do estágio da obra;

o Descrição e quantificação de ocorrências e não-conformidades observadas;

o Documentação fotográfica;

o Indicação de medidas corretivas recomendadas e outras providências para a reconstituiçãode condições ambientais aceitáveis;

o Identificação do responsável pela vistoria.

• Notificação de Não-Conformidades: documento redigido pelo supervisor ambiental, comanuência da CPTM, e encaminhado à supervisora da obra quando da ocorrência de situaçõesgraves;

• Relatório Semanal. documento com a síntese das ocorrências e não-conformidades pendentesregistradas nas frentes de obra; é preparado pelo supervisor ambiental, com o apoio dosinspetores de campo; destina-se a orientar as reuniões semanais de acompanhamento ambiental;

• Relatórios mensais de supervisão ambiental. documento preparado pelo supervisor ambiental,contendo a síntese geral do andamento das obras e das condições de implementação dasespecificações ambientais; este documento fará parte de um Relatório Mensal de Gerenciamentodo Empreendimento a ser encaminhado à Coordenação Geral do Projeto na CPTM;

• Relatórios especiais, sempre que necessário para atender demandas internas da CPTM e dosórgãos ambientais.

c) Reuniões semanais de acompanhamento ambiental

A empresa construtora, a equipe da CPTM e as equipes de supervisão da obra e supervisãoambiental manterão um estreito controle das atividades de construção, tendo como principalferramenta a programação conjunta das atividades de obra através de reuniões semanais.

Este procedimento tem por objetivo antecipar as informações relativas as principais açõesimpactantes a serem realizadas e orientar a programação dos trabalhos de supervisão, permitindo aoportuna verificação e documentação das medidas de prevenção e mitigação propostas.

As reuniões semanais de programação conjunta das atividades de obra deverão incluir, entre outros,os seguintes temas:

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-34

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS À t, s o} .,

• Análise da situação das pendências ambientais registradas anteriormente e andamento dassoluções;

• Atualização de não conformidades ambientais registradas na semana em curso e discussão de

soluções;

• Análise da programação da semana seguinte;

* Verificação do cronograma de atividades críticas;

• Análise de situações e impactos não previstos e proposição conjunta de medidas de controle,

mitigadoras e corretivas;

• Análise e discussão dos procedimentos de desativação de frentes de obra em curso.

d) Registro e atendimento de reclamações da população

As reclamações da população afetada por qualquer das atividades de obra serão recebidas por meio

dos mecanismos de interação com a comunidade previstos no empreendimento (Programa deComunicação Social). Todas as solicitações serão registradas em livro próprio.

Os pedidos serão avaliados pela equipe de supervisão ambiental e sua solução encaminhada àempresa responsável pela construção, dando-se ciência das providências ao responsável pela

comunicação social, para o devido retorno aos reclamantes.

e) Monitoramentos especiais

Realização de monitoramento de condições de conforto ambiental no entorno das obras incluindo:qualidade do ar, emissões veiculares, ruído, vibrações, estabilidade de taludes e operação do sistema

viário. As características técnicas do monitoramento estão descritas no item 8.3.1 (Monitoramentodas Condições Ambientais durante a Construção) deste PBA.

Os resultados das medições serão utilizados para a implementação de medidas corretivasnecessárias.

1.9.3. Atividades na Conclusão das Obras

A conclusão das obras (ou de uma frente de obra) ocorre quando forem encerradas todas asatividades previstas no projeto construtivo e adotadas todas as medidas de mitigação e recuperaçãodas áreas diretamente afetadas previstas no PCA e nas exigências dos órgãos licenciadoresambientai s.

A aceitação final dos serviços será precedida de uma Vistoria Final pela equipe de supervisãoambiental e da elaboração de um Relatório Ambiental de Conclusão de Obra, no qual serácertificado o pleno atendimento aos requisitos ambientais. Esse documento é parte dos requisitospara o recebimento provisório das obras pela CPTM.

Na Vistoria Final será observada a conformidade com, pelo menos, os seguintes aspectos:

• Repasse geral dos serviços realizados, especialmente os dispositivos de segurança aos usuáriosdo sistema metro-ferroviário e moradores lindeiros tais como o acesso às estações, a vedação dafaixa e as travessias;

• Recuperação final das áreas submetidas a processos erosivos e consolidação dos processos derecomposição da vegetação;

. Limpeza geral de todas as áreas afetadas, inclusive a remoção de restos de obra, entulho,materiais contaminados e outros;

• Limpeza e desobstrução de componentes do sistema de drenagem superficial, inclusive a jusanteda faixa de domínio;

PBA - Projeto de Recapacitaçào e Dinamizaçào da Linha F. Fevereiro 2006. 1-35

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COMPANHIA PAUUSTA DE - PRIMETRENS METROPOUTANOS

• Desmobilização, demolição e recuperação das áreas de apoio;

• Recuperação de trechos de vias urbanas danificadas pelo tráfego pesado de obra;

• Remoção da sinalização de obra;

• Outras exigências específicas que tenham sido incluídas no procedimento de desativaçãodurante o período de implantação.

Os procedimentos de desativação acima elencados deverão ser executados, no que for aplicável,também no caso de paralisação das obras antes da conclusão das mesmas.

O Relatório Ambiental de Conclusão de Obra descreverá todas as situações verificadas por ocasiãoda Vistoria Final e o funcionamento dos dispositivos de proteção ambiental instalados. As eventuaisdeficiências de dispositivos e/ou o funcionamento inadequado dos equipamentos de proteçãoinstalados, serão objeto de descrição detalhada, mencionando-se em anexo específico do relatório asua localização, qual tipo de deficiência que está ocorrendo e eventuais sugestões de alterações deequipamentos; deverá ser anexado também a cada deficiência uma ou mais fotos ilustrativas.

Anexos

Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais de Obra

Anexo 1.2 Supervisão Ambiental - Fichas de Apoio às Vistorias

Anexo 1.3 Manejo de Áreas Contaminadas

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006. 1-36

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COMPANHIA PAULISTA DE PR

TRENS METROPOLITANOS -

ANEXO 1.1

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS AMBIENTAIS DA OBRA

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006.

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS

PBA - RECAPACITAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DA LINHA F

ANEXO 1.1

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS AMBIENTAIS PARA EXECUÇÃO DAS OBRAS

ÍNDICE

I. Princípios Básicos de Responsabilidade Ambiental .................................................... I

1.1. ObjetivoseMetas ................................................... 1

1.2. Alterações Ambientais decorrentes da Implantação de Empreendimentos Metro-Ferroviários ........................................................... 1

1.2.1. Meio Físico .................................................. 1

1.2.2. Meio Biótico ................................................... 2

1.2.3. Meio Socioeconômico ........................................... 3

1.3. Requisitos para a Construção .......................................... 4

1.4. Supervisão Ambiental e Fiscalização na Execução das Obras ................................ 5

2. CanteirosdeObra.....................................................6

2.1. Localização ...................................................... 6

2.2. Operação do Canteiro ............................................... 7

2.3. Distribuição Funcional das Áreas dentro do Canteiro ......................... 8

2.4. Dimensionamento das Unidades ........................................ 9

2.5. Sistema de Água Potável ............................................ 1 1

2.6. Manejo, Tratamento e Disposição de Efluentes ............................. 12

2.7. Manejo, Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos ....................... 12

2.8. Manejo e Disposição de Águas Pluviais .................................. 12

2.9. Procedimentos de Limpeza e Higiene ................................... 12

2.10. Procedimentos para Redução do Incômodo à População Lindeira .............. 13

2.11. Vigilância do Canteiro ............................................ 13

2.12. Interrupção e Desvios de Tráfego, Sinalização Externa ao Canteiro ............. 13

2.13. Dispositivos de Sinalização ........................................ 13

2.14. Abandono Temporário das Obras .................................... 1 3

2.15. Desativação do Canteiro ........................................... 13

3. Praças de Trabalho .................................................... 13

3.1. Limpeza do Terreno ............................................... 14

3.2. Demolições e Remoções ............................................ 14

3.3. Terraplenagem ................................................... 15

3.4. Remoção de Vegetação ............................................. 15

3.5. Remanejamento de Interferências com Sistemas de Infra-Estrutura ............... 16

3.6. M anejo e Disposição de Águas Pluviais .................................................. 17PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. AI .1 -i

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

3.7. Manejo, Tratamento e Disposição de Efluentes Líquidos ...................... 17

3.8. Manejo, Transporte e Disposição Final de Resíduos Sólidos .................... 18

3.9. Manejo de Produtos Perigosos ........................................ 18

3.10. Operação de Máquinas e Equipamentos ................................ 19

3.11. Interrupção e Desvios de Tráfego .................................... 19

3.12. Dispositivos para Proteção de Edificações e População Lindeira, Veículos e Pedestres ............ .............................................................................................................................. 19

3.13. Sinalização de Advertência ........................................ 20

3.13.1. Dispositivos de Sinalização Diurna ................................. 21

3.13.2. Dispositivos de sinalização noturna ................................. 21

3.13.3. Recuperação da sinalização afetada ................................. 22

3.14. Cruzamento de Vias Urbanas ....................................... 22

3.16. Uso de Explosivos ............................................... 23

3.17. Vigilância das Praças de Trabalho .................................... 24

4. Usinas............................................................ 24

4.1. Localização das Usinas ............................................. 24

4.2. Usinas de Asfalto ................................................. 24

4.3. Usinas de Concreto ................................................ 25

5. Estradas de Acesso .................................................... 26

5.1. Abertura de Acessos Viários ......................................... 26

5.2. Rotas, Horários e Requisitos para o Tráfego de Veículos da Obra ................ 27

5.3. Transporte de Materiais e Insumos, Circulação de Veículos .................... 28

5.3.1. Transporte de pessoal ........................................... 28

5.3.2. Transporte de cargas ............................................ 29

5.3.3. Transporte de materiais .......................................... 30

5.4. Transporte de Produtos Perigosos ...................................... 30

6. Áreas de Empréstimo e Bota-Fora ......................................... 30

6.1. Exploração de Jazidas .............................................. 30

6.1.1. Delimitação da área a ser explorada ................................. 30

6.1.2. Desmatamento das áreas a serem exploradas (limpeza do terreno) ............ 30

6.1.3. Decapagem do estéril ........................................... 31

6.1.4. Estocagem do solo ............................................. 31

6.1.5. Escavação ................................................... 31

6.1.6. Drenagem superficial ........................................... 31

6.2. Manejo de Bota-Foras .............................................. 32

6.3. Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD) ......................... 32

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. Ai .1 -ii

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS ,M I s>.$, #

7. Terraplenagem ...................................................... 32

7.1. Supressão de Vegetação ............................................ 32

7.2. Limpeza do Terreno e Destocamento ................................... 33

7.3. Escavação Mecanizada em Áreas de Solo Mole (áreas banhadas por córregos) ....... 33

7.4. Abertura de Valas ................................................. 33

7.5. Aterro ......................................................... 33

7.6. Atividades de Caráter Preventivo e Corretivo Destinadas a Assegurar a Estabilização deEncostas e Maciços ..................................................... 34

7.6.1. Ocorrências de deslizamento ...................................... 34

7.6.2. Ocorrências de solapamento ...................................... 34

7.7. Recalques e Deformações ........................................... 35

8. Construção de Obras de Drenagem, Pontes e Viadutos Ferroviários .................. 35

8.1. Rebaixamento do Lençol, Manejo das Águas .............................. 35

8.2. Drenagem Superficial .............................................. 35

8.3. Canalização de Córregos ............................................ 35

8.4. Fundação e Construção de Obras de Arte ................................ 35

8.5. Travessias de Cursos de água ......................................... 36

9. Pavimentação ....................................................... 37

9.1. Abertura e Preparo de Caixa ......................................... 37

9.2. Regularização e Compactação do Subleito ................................ 37

9.3. Base de Brita Graduada ............................................. 37

9.4. Base Macadame Betuminoso ......................................... 37

9.5. Concreto Asfáltico ................................................ 38

9.6. Imprimação Ligante e Impermeabilizante ................................ 38

9.7. Revestimento de Concreto Asfáltico Usinado à Quente ....................... 38

10. Manejo, Transporte e Disposição Final de Resíduos Sólidos ..................... 38

10.1. Plano de Gestão de Resíduos Sólidos ................................. 38

10.2. Gerenciamento dos Resíduos Sólidos ................................. 41

10.3. Identificação, Seleção e Coleta ...................................... 41

10.4. Armazenamento ................................................ 42

10.5. Transporte de Resíduos Sólidos ..................................... 44

10.6. Disposição Final de Resíduos Sólidos ................................. 45

10.7. Treinamento ................................................... 47

11. Controle de ruídos e vibrações ..................................... 47

11.1. Ruído ................................................. 47

11.2. Vibrações .............................................. 48

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1.1 -iii

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS - /,

12. Emissões de gases e particulados ........................................ 49

12.1. Normas Aplicáveis .............................................. 49

12.2. Controle da Emissão de Gases ....................................... 50

12.3. Controle de Material Particulado/Poeira ................................ 51

13. Saúde e Segurança do Trabalho ..................................................... ............ 51

14. Erosão e Assoreamento ............................................... 52

15. Recuperação de Áreas Degradadas ....................................... 54

15.1. Recuperação de Canteiros e Praças de Trabalho .......................... 54

15.2. Recuperação de Áreas de Empréstimo e Bota-Fora ........................ 56

15.3. Recomposição da Vegetação ........................................ 57

16. Diretrizes para Planos de Gerenciamento de Riscos e de Ações de Emergência naConstrução .......................................................................................... 59

16.1. Plano de Gerenciamento de Riscos ................................... 59

16.2. Plano de Ações de Emergência ...................................... 59

16.2.1. Medidas preventivas para o derramamento de óleos combustíveis e lubrificantes....60

16.2.2. Medidas corretivas ............................................. 60

17. Educação Ambiental aos Trabalhadores e Código de Conduta na Obra .............. 61

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamizaçào da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A I. 1 -iv

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS AMBIENTAIS PARA A EXECUÇÃO DE OBRAS

1. PRINcíPIos BÁSICOS DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

A implantação de obras de infra-estrutura tem requerido cada vez maiores cuidados para evitar e/ouminimizar os impactos ambientais que provocam no meio onde se inserem. A tecnologia deconstrução tem incorporado especificações e procedimentos de serviço, já rotineiros para algumasempresas especializadas em construção civil, muitos dos quais originados como decorrência denormas legais cada vez mais rigorosas ou por exigências dos próprios agentes empreendedores e/oudas instituições multilaterais de financiamento.

Assim, especificações técnicas que orientam a execução das obras civis passaram a incorporartambém os requisitos ambientais necessários de serem observados em cada serviço contratado. Osprocedimentos de fiscalização e aceitação de serviços, por conseqüência, também foramenriquecidos por rotinas de inspeção e monitoramento ambiental.

As obras da Recapacitação da Linha F serão implantadas em área urbanizada; as afetações ao meioambiente natural devem se limitar às próprias áreas de execução da obra, com reduzidos riscos depoluição das áreas de entorno e bacias hidrográficas. Os impactos potenciais da obra refletemtambém sobre as populações lindeiras, razão pela qual ênfase é dada às medidas de segurança econforto ambiental dos moradores e usuários das áreas afetadas no entorno das novas estações e dasque passarão por reformas.

1.1. Objetivos e Metas

As especificações técnicas ambientais a serem empregadas durante a implantação das obras daRecapacitação da Linha F visam evitar ou minimizar os impactos ambientais potenciais e garantircondições ambientais adequadas nas áreas de entorno das praças de obra, dos canteiros ealojamentos, nas áreas de empréstimo e de bota-fora, bem como nas rotas que serão utilizadas porcaminhões e equipamentos pesados.

A meta é a implantação das obras sem a ocorrência de não-conformidades ambientais, e a soluçãorápida e eficiente de eventos não previstos que surjam no decorrer das mesmas. Os beneficios semanifestarão em melhor qualidade ambiental ao longo da linha, em beneficio das populações queresidem na área de influência direta das obras.

1.2. Alterações Ambientais decorrentes da Implantação de Empreendimentos Metro-Ferroviários

Considerando, de um lado, a natureza das intervenções necessárias para construção e operação dosempreendimentos metro-ferroviários e os impactos ambientais resultantes, e, de outro, anecessidade do atendimento a padrões de qualidade ambiental e sustentabilidade, a elaboração dosprojetos considerou um conjunto de condicionantes, que são a seguir comentados para o caso dascondições da Região Metropolitana de São Paulo, segundo a divisão clássica dos fatores ambientais:meio fisico, meio biótico e meio socioeconômico.

1.2.1. Meio Físico

Os fatores ambientais mais representativos que constituem o meio físico, que interferem ou sãoafetados na execução de projetos metro-ferroviários, consistem em: qualidade do ar, clima,especificamente suas variáveis pluviométricas; nas características do solo, constituição geológico-geotécnica e condições topográficas; e nos recursos hídricos presentes na área de influência.

As precipitações pluviométricas se distribuem em estaçõçs secas e chuvosas bem definidas. Nasestações chuvosas exigem cuidados especiais na execução de obras, evitando a exposição

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. AI. 1-1

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS -ff ,,p-m,,

prolongada de solos desestruturados ou horizontes mais suscetíveis ao desencadeamento deprocessos erosivos e de instabilização, onde o escoamento superficial interage com maisintensidade, levando ao carreamento de materiais aos cursos d'água.

As condições geológicas e geotécnicas dos terrenos definem as características dos métodosconstrutivos a serem utilizados e os cuidados e controles tecnológicos necessários à segurança eestabilidade das obras provisórias e definitivas. Outras vezes, em obras em superfície, alteraçõesimpostas na execução de projetos à geometria dos terrenos podem modificar o estado de tensõesoriginal, seja pela remoção ou acúmulo de material, resultando, além da instalação de processoserosivos, em mudanças da resistência mecânica de maciços de solo e rocha, com conseqüenteescorregamento de massa ou queda de blocos, e no desenvolvimento de recalques a partir dedeformações dos solos de fundações. As alterações das condições topográficas provocam tambémmodificações nos fluxos de escoamento das águas superficiais, acelerando, reduzindo, concentrandoou dispersando fluxos naturais, o que repercute no desenvolvimento de processos erosivos, naocorrência de escorregamentos e em inundações, entre outros processos, refletindo-se no aporte desedimentos, em assoreamento e vazão de cursos fluviais.

Esses aspectos devem ser contemplados na elaboração dos projetos metro-ferroviários, mediante aincorporação de dispositivos preventivos adequados e corretamente dimensionados, assim como naexecução das obras, através da observância dos elementos de projetos e da boa técnica, prevendo-setambém a implementação de dispositivos provisórios preventivos e corretivos até que sejaexecutada a solução definitiva.

As operações de escavação e rebaixamento do lençol freático podem se deparar com solos e águassubterrâneas contaminados, seja pela atividade ferroviária anterior ou por influência de áreascontaminadas vizinhas, às vezes não conhecidas como tal no cadastro da CETESB. No caso desuspeita de contaminação, investigações dos solos e águas subterrâneas devem ser realizadas,inclusive quanto ao atendimento da norma NBR 10.004 para a classificação do material excedente eaos critérios para o seu manejo e disposição final.

Quanto aos recursos hídricos, estes já apresentam graus de comprometimento preocupantes,particularmente quanto à qualidade das águas, associados a diferentes fatores, como o lançamentode esgotos domésticos sem tratamento e as atividades industriais. Durante a execução de obras, asinterferências mais freqüentes sobre os recursos hídricos consistem no carreamento de sedimentosoriundos da movimentação de terra, além de eventuais alterações de calha decorrentes da execuçãode obras de arte sobre os corpos d'água, além da potencial poluição das águas superficiais esubterrâneas, gerada nas áreas de apoio às obras.

Adicionalmente, para toda obra com interferência em recursos hídricos (seja de canalização,travessia ou outra) deve se tramitar a competente concessão de outorga por parte do DAEE.

1.2.2. Meio Biótico

Os principais condicionantes relativos ao meio biótico consistem nas interferências geradas sobre avegetação e fauna a ela associada.

A vegetação, tanto primitiva como secundária, consiste em importante indicador das condiçõesambientais e é particularmente relevante em relação à fauna, pois as diferentes tipologias vegetais esua situação de maior ou menor preservação são fatores determinantes para o hábitat da vidasilvestre, dando suporte a diferentes comunidades animais.

Parte substancial das formações vegetais naturais é protegida pela legislação, tanto em Unidades deConservação, que têm por particularidade o fato de contarem com perímetro legalmente demarcado,como por legislação específica que visa à preservação de atributos particulares, como é o caso doDecreto Federal n° 750/93 que dispõe sobre o corte, exploração e a supressão de vegetação primária

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ou em estágio médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica, e o caso do Código Florestal eResoluções CONAMA n° 004/85 e n° 004/89 que protegem a vegetação situada em Áreas dePreservação Permanente, consideradas Reservas Ecológicas.

As Unidades de Conservação, legalmente instituídas pelos Poderes Públicos (Federal, Estadual eMunicipal), apresentam, em sua maior parte, severas normas restritivas quanto às interferências emseu território, ademais de condicionantes em suas áreas contíguas (estabelecidas em um raio de 10km), quanto à degradação da vegetação, interferências com as comunidades animais (ruído,vibrações, tráfego, movimento de veículos e pessoas) e indução à ocupação.

As Áreas de Preservação Permanente (APP), consideradas Reservas Ecológicas, constituemambientes especialmente protegidos pelo Código Florestal e Resoluções CONAMA, sem umadelimitação geográfica definida e independente da condição jurídico-fundiária (propriedadespúblicas ou particulares), constituindo áreas sujeitas à proteção parcial de seus atributos naturais.Abrangem, entre outras, as florestas e demais formas de vegetação situadas ao longo de rios ou dequalquer curso d'água; ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios naturais ou artificiais; ao redor denascentes, ainda que intermitentes, em um raio de 50 m de largura; em encostas com declividadesuperior a 450.

Conforme a legislação federal, as formações vegetais naturais de preservação permanente, assimcomo os pousos de arribação protegidos por convênios, acordos ou tratados do Brasil com outrasnações, estão sob responsabilidade do IBAMA, e a supressão dessa vegetação "só será admitidacom prévia autorização do Poder Executivo Federal (IBAMA), quando for necessária à execução deobras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social".

Pelo caráter linear dos empreendimentos metro-ferroviários, é recomendável evitar interferênciassignificativas com Unidades de Conservação e expressivas áreas florestadas, pois ainda que possanão ser expressiva a superfície desmatada, o seccionamento do ambiente e a interrupção decorredores naturais afetam as populações animais e podem resultar em redução do banco genético.De fato, não serão afetadas Unidades de Conservação pelas obras de Recapacitação da Linha F,nem áreas florestadas. No caso das Áreas de Preservação Permanente, são freqüentes asinterferências geradas, tanto por projetos de implantação, de melhoramentos ou recuperaçao,particularmente na transposição de cursos d'água, por obras de arte especiais e mesmo soluções dedrenagem, além da eventual necessidade de áreas de apoio necessárias na execução das obras.

As interferências com Áreas de Preservação Permanente exigem o prévio licenciamento ambiental,sendo recomendável restringir ao máximo a supressão vegetal para execução de obras nessas áreas,prevendo-se ao final dos trabalhos a recomposição da vegetação ciliar ao longo dos cursos d'águaexistentes na faixa de domínio, nas áreas exploradas para obtenção de materiais de construção e nasáreas utilizadas para descarte de material inservível, mediante reflorestamento heterogêneorealizado com espécies típicas dessas formações na área de influência.

Para obras no município de São Paulo, cabe destacar a existência de vegetação protegida porDecreto Estadual e normas municipais bastante estritas quanto à compensação ambiental requeridaem cado de corte e/ou transplante de indivíduos arbóreos.

1.2.3. Meio Socioeconômico

Os condicionantes mais representativos relativos ao meio socioeconômico são constituídos pelaocupação urbana, especialmente por áreas de adensamentos populacionais significativos e áreas quepodem sentir as pressões da ocupação em função do acesso facilitado; como também pela presençade sítios do patrimônio histórico e arqueológico.

As interferências geradas por projetos de empreendimentos metro-ferroviários refletem sua inserçãoem zonas de maior ou menor adensamento populacional e seus níveis de desenvolvimento

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socioeconômico, como também dependem da natureza das intervenções, se projetos de implantação,melhoramentos ou recuperação, que apresentam uma graduação decrescente nos níveis de impactose transtornos gerados.

A implementação de projetos de implantação e projetos de melhoramentos de grande porte, emáreas de concentração demográfica significativa, acarreta sensíveis interferências com a ocupaçãourbana, podendo envolver desapropriações relevantes, relocação de contingentes de população debaixa renda, interrupções e execução de desvios, ainda que temporários, da circulação viária e depedestres, seccionamento de estruturas urbanas consolidadas, introdução de novos elementos napaisagem e transformações no uso do solo, transtornos nos fluxos de tráfego durante as obras,incômodos vários às comunidades adjacentes e riscos de acidentes com a população local e usuáriosdo sistema viário.

Nos projetos de reforma e recapacitação, caso da Linha F, ainda que sejam menos significativas, asinterferências geradas pelo conjunto de serviços executados nas vias férreas em operação geramtranstornos no tráfego de veículos e incômodos à população, pelo incremento de máquinas eveículos vinculados às obras, introdução de desvios e alteração dos fluxos de circulação, além dosriscos de acidentes à população e usuários da linha objeto das obras de recuperação (o projeto seráimplementado sem interrupção dos serviços).

Esses aspectos devem ser avaliados e incluídos nos estudos e projetos, bem como no Sistema deSupervisão e Fiscalização de Obras, em considerando as normas do setor metro-ferroviário e alegislação ambiental vigente.

As emissões atmosféricas de ruído e poluentes gasosos pelos caminhões de obra e pela operação demáquinas e equipamentos afetam localizadamente a qualidade do meio fisico, mas interferemprincipalmente no conforto ambiental da população vizinha às obras.

Deve-se considerar também possíveis interferências da obra sobre mananciais de abastecimentopúblico, que não é o caso da Linha F, e a possibilidade de acidentes no transporte de produtosperigosos que possam comprometer os mananciais, dada a importância desses sistemas e arepercussão que pode assumir a interrupção do fornecimento de água, ou a contaminação doabastecimento.

Como aspectos presentes em legislação específica que devem merecer cuidados no planejamento deobras viárias destacam-se os sítios do patrimônio cultural, histórico e arqueológico, assim como asterras indígenas.

1.3. Requisitos para a Construção

As Especificações Técnicas Ambientais deverão orientar os serviços de construção como parte dasexigências do licenciamento ambiental, devendo ser implementadas pelas empresas construtoras esupervisoras de obra e pela supervisora ambiental; e incluem diretrizes para a execução de todos osserviços de construção, incluindo a instalação e operação dos canteiros e alojamentos, a utilizaçãode áreas para exploração de jazidas de empréstimo ou para bota-fora, cujos documentos paraobtenção da respectiva Licença de Instalação, junto à Secretaria do Meio Ambiente serãopreparados pelas empreiteiras contratadas.

A Empreiteira deverá desenvolver os projetos detalhados dos canteiros, áreas de empréstimo e bota-fora, incluindo a justificativa da localização, os procedimentos operacionais e a recuperação finaldas áreas.

As Especificações Técnicas Ambientais estão detalhadas neste documento, ressaltando-se quemuitas delas abarcam procedimentos rotineiros contidos nas especificações técnicas de engenhariade construção.

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A empresa construtora deverá organizar os trabalhos de acordo com os cronogramas estabelecidos eseguindo a lógica de precedências inerentes ao projeto de engenharia, além de considerar osrequisitos estabelecidos nas licenças ambientais e nos programas de medidas mitigadoras ecompensatórias.

Os trabalhos, e conseqüentemente os impactos sobre o entorno, distribuir-se-ão espacialmente emquatro locais básicos:

• Praças de trabalho: são os locais onde será edificada a obra propriamente dita ou onde sejanecessária a relocação de alguma estrutura ou infra-estrutura existente. Correspondem à faixa dedomínio existente, onde serão implantados as estações, a via permanente, os pátios, os edifíciosde acesso e os sistemas metro-ferroviários. Estas áreas estão definidas no projeto básico epoderão sofrer pequenas alterações na elaboração do projeto executivo.

• Canteiros de obra: são os locais que sediam, entre outras, as instalações de: escritórios daCPTM e da Empreiteira contratada, alojamentos de operários, sanitários, refeitório, oficinas,depósitos de material, áreas de trabalho para carpintaria, armação e outras, central de concreto,usina de asfalto, enfermaria, laboratórios para controle tecnológico (solo, concreto, etc.),estacionamento e oficinas de caminhões, máquinas e equipamentos. A escolha dos locais paraimplantação dos canteiros e o projeto das instalações, são parte das obrigações da empresa deconstrução contratada, e deverão ser aprovados pela CPTM e licenciados pela Empreiteira juntoà SMA, separadamente do restante da obra.

• Áreas de empréstimo e de bota-fora: áreas onde são exploradas as jazidas de solos necessáriosà execução dos aterros da obra e onde são depositados materiais inertes resultantes dos trabalhos(material de escavação, solos inservíveis, restos de demolições, sobras de material, etc.). Aescolha destas áreas também é de responsabilidade da Empreiteira, e como tais, deverão serlicenciadas separadamente.

• Rotas de tráfego de caminhões e equipamentos pesados: vias utilizadas para ligação entre aspraças de trabalho, canteiros, áreas de empréstimos e bota-foras, além de vias utilizadas paraabastecimento dos canteiros e praças de trabalho com materiais de construção, peças pré-moldadas e demais insumos de obra. A escolha das rotas também é de responsabilidade daEmpreiteira.

1.4. Supervisão Ambiental e Fiscalização na Execução das Obras

A CPTM realizará a Supervisão Ambiental das obras durante todo o período de implantação doempreendimento. A Supervisão Ambiental dará apoio à Fiscalização para assegurar o cumprimentodas Especificações Técnicas Ambientais e das condições estabelecidas pelos órgãos ambientais naslicenças ambientais expedidas para o empreendimento.

A Supervisão Ambiental desenvolverá as atividades descritas a seguir:

Fase prévia ao início das obras

• Revisão e ajustes no Plano de Trabalho das Empreiteiras, buscando identificar os trechosambientalmente sensíveis que exigirão cuidados específicos ou métodos construtivosdiferenciados, além de outros condicionantes;

. Acompanhamento dos estudos para localização das instalações de obra (canteiros, jazidas,usinas, etc.), verificando sempre o atendimento aos requisitos ambientais;

• Acompanhamento das empreiteiras no licenciamento das instalações de obra, autorizações paradesmatamento e exploração de jazidas, sob sua responsabilidade.

Fase de execução das obras

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A I .1-5

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• Acompanhamento permanente do andamento dos serviços, verificando o cumprimento dasespecificações ambientais de projeto, acompanhando a ocorrência de impactos ao meioambiente (qualidade da água, poluição do ar, nível de ruído, outros) e às populações lindeiras eaos usuários dos trechos em operação;

• Colaboração para a solução de situações não previstas nos projetos, articulando os váriosinteressados e quando necessário, interagindo com os órgãos ambientais responsáveis;

• Registro das não-conformidades ambientais observadas e informação ao responsável pela obra;

• Preparação de relatórios periódicos de acompanhamento, para informação dos responsáveis depela obra, dos órgãos ambientais e às entidades financiadoras.

Fase de conclusão das obras

• Acompanhamento das atividades de desativação das instalações de obra e recuperação das áreasutilizadas;

• Preparação de relatório ambiental final da obra, indicando o cumprimento de todos os requisitosde projeto para efeito de recebimento da obra e encerramento do contrato.

2. CANTEIROS DE OBRA

A Empreiteira deverá apresentar para análise e aprovação da CPTM, e posterior solicitação daLicença de Instalação, estudo detalhado das instalações previstas para canteiros, atendendo aosrequisitos preliminarmente indicados abaixo, além de todas as exigências que venham a serformuladas pelos órgãos licenciadores, incluindo:

a) Planta geral de localização das instalações e do trecho de obra sob responsabilidade daEmpreiteira (escala 1:10.000 ou maior);

b) Características ambientais da área escolhida e seu entorno: cobertura do solo; rede de infra-estrutura disponível; vias de acesso e rotas dos caminhões e equipamentos pesados entre asinstalações e as praças de trabalho; uso e ocupação do solo no entorno (até 100 m além do perímetrodas instalações); indicar em planta a localização de áreas residenciais, comerciais e industriais, e aexistência de equipamentos sociais como hospitais, creches, igrejas, escolas, etc; estimativa dapopulação residente no entorno;

c) Justificativa da localização escolhida em confronto com outras áreas disponíveis.

2.1. Localização

A equipe técnica da Empreiteira, quando em visita ao local de realização das obras da CPTM,deverá pesquisar na região a área que julgar mais apropriada para a implantação dos Canteiros deObra (Central e de Apoio, se necessário, para o melhor atendimento das necessidades das frentes deserviço).

Para a escolha do local de implantação do canteiro de obra, a Empreiteira e sub-contratadas deverãopriorizar os seguintes aspectos ambientais:

• Identificação das características geotécnicas das áreas que serão afetadas, no sentido de que asatividades do canteiro, mesmo por período de tempo reduzido, não venham a acarretar impactosnegativos como aceleração de processos de erosão, assoreamento, recalques no entorno da obra.

• Implantação em locais que não requeiram movimentação de terra.

* Inexistência de indícios de contaminação do solo e águas subterrâneas, considerando a ocupaçãoanterior da área em questão e das áreas vizinhas.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1.1-6

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• Observação da direção dos ventos dominantes no caso do canteiro de obras se situar próximo anúcleos habitacionais.

* Facilidade de acesso, livre de inundações, ventilado e com insolação adequada.

• Não implantação em locais próximos a unidades de conservação, áreas de preservaçãopermanente e áreas com cobertura vegetal. Para a instalação do canteiro deve-se,preferencialmente, escolher áreas já desmatadas. Se houver necessidade de corte de vegetação,deverá ser previamente autorizado pelos órgãos competentes (SMA/DEPRN e/ouSVMA/DEPAVE).

• Identificação de infra-estrutura disponível e contato com órgãos públicos com vínculo à região,para propiciar uma integração das instalações da obra com a infra-estrutura existente(concessionárias de energia elétrica, água, coleta de esgotos e resíduos sólidos domésticos,telefone, etc; e segurança pública) para qualquer intervenção em suas áreas e redes de atuação,face à implantação do canteiro de obras. Em regiões com deficiência de infra-estrutura, alocalização deverá priorizar a não interferência com as atividades cotidianas.

• Identificação de vias de acesso e rota de caminhões e equipamentos pesados entre as instalaçõese as praças de trabalho e contato com órgãos de trânsito, de modo a minimizar a interferênciacom o sistema viário do entorno da obra.

• Identificação das características das comunidades existentes nas vizinhanças das áreas que serãoafetadas, no sentido de que as atividades de obra, o funcionamento do canteiro e o convívio comos trabalhadores, mesmo por período de tempo reduzido, não venham a acarretar impactosnegativos significativos na qualidade de vida das populações.

• Identificação e localização em planta de áreas residenciais, comerciais e industriais, e aexistência de equipamentos sociais como hospitais, creches, igrejas, escolas, etc.

• Estimativa da população residente no entorno.

2.2. Operação do Canteiro

Para a operação e manutenção do canteiro de obras, a Empreiteira deverá prever dispositivos erotinas para:

• Atendimento às prescrições básicas de conforto, higiene e segurança dos trabalhadores, comotambém minimização dos transtornos que possam ser causados à população vizinha, tais comoruídos, poeira, bloqueio de acessos, etc.

• Ajuste de conduta para todos os trabalhadores, no tocante a qualquer atividade impactante aomeio ambiente, atentando para o Código de Conduta a ser elaborado pela Empreiteira, a partirdas Diretrizes definidas nestas Especificações Técnicas Ambientais.

• Cercamento da área e adoção de sistemas de sinalização de trânsito.

• Implantação de drenagem superficial, com um plano de manutenção e limpeza periódico.

• Implantação de instalações completas para o controle e tratamento dos efluentes dos sanitários edo refeitório, com o uso de caixas de gordura e, se necessário, de fossas sépticas (segundo NBR7.229). Os efluentes industriais gerados (óleos e graxas, etc) deverão ser tratados de acordo como Programa de Gerenciamento de Resíduos a ser desenvolvido pela empresa construtora.

• Implantação de Refeitórios/Alojamentos, de modo a atender:

- Total higiene e instalação de todos os equipamentos e recursos necessários à limpeza dolocal e ao pessoal envolvido no preparo de refeições;

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- Utilização de telas, boa ventilação, bom uso de sanitários, sempre em conformidade com asmelhores práticas de higiene e saúde;

- Guarda de víveres em local mantido permanentemente limpo, refrigerado nos casos dealimentos perecíveis. Utilização de telas e cercas protetoras, garantindo-se a inacessibilidadea animais (roedores, cachorros, etc.) e insetos;

- Proteção contra contaminação em todo o sistema de abastecimento, especialmente em caixasd'água e poços. A proteção será exercida através da escolha adequada de local, construção decercas, sobre-elevações e outras obras similares;

- Inspeção e limpeza periódica do sistema de armazenamento de água para consumo humano,visando garantir a potabilidade.

• Armazenamento de combustíveis, que deverá ser realizado em reservatórios e tanquesapropriados, isolados da rede de drenagem e com barreiras de contenção;

• Atendimento e respeito à lei do silêncio;

* Orientação e acompanhamento adequados às equipes, em relação aos diversos riscos aos quaisestão sujeitas, como proliferação de doenças sexualmente transmissíveis;

• Atendimento ao Programa de Saúde e Segurança nas Obras, visando aos aspectos de saúde esegurança do trabalhador;

• Atendimento de emergências, com base nos Planos de Gerenciamento de Riscos-PGR e deAções de Emergência-PAE;

• Contratação de mão de obra local, reduzindo a necessidade de alojamentos nesses canteiros eminimizando os potenciais impactos associados;

• Promoção de mecanismos adequados que garantam a auto-suficiência dos canteiros, em termosde abastecimento de bens e insumos, garantir a oferta de transporte de trabalhadores, atendendo,no mínimo, aos critérios preconizados na NBR 12.284 (Áreas de Vivência em Canteiros deObras), para permanência de trabalhadores nos canteiros de obras (alojados ou não), além dosrequisitos ambientais: (i) sobrecarga na infra-estrutura de serviços urbanos; (ii) aumento dasdemandas e conseqüente elevação de preços de bens e serviços; (iii) alterações nocomportamento e convívio social da comunidade.

2.3. Distribuição Funcional das Áreas dentro do Canteiro

Um dos principais aspectos considerados para a idealização do layout do canteiro de obras éintegrá-lo com todos os trabalhos necessários à execução do empreendimento de maneira a causar amenor interferência possível com os serviços a serem executados, bem como o espaço físiconecessário à execução dos mesmos.

O layout geral do canteiro deverá estar em concordância com os padrões de disciplinaadministrativa e funcional da Empreiteira para execução dos serviços, de modo que as edificaçõesprevistas fiquem agrupadas em decorrência da lógica funcional das diversas atividades a seremdesenvolvidas.

Todas as unidades deverão ser montadas e providas de instalações de utilidades determinadas pelospróprios padrões de higiene e segurança desenvolvidos pela Empresa, em total concordância com asnormas vigentes quanto à Segurança e Medicina do Trabalho, que serão verificadas pela SupervisãoAmbiental.

Em função das peculiaridades inerentes à própria obra, e como resultado do levantamento dos locaisdas obras, da experiência de empreiteiras e supervidoras em obras semelhantes e dos dados obtidos

PBA - Projeto de Recapacitaçào e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A I.1-8

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na análise dos projetos disponíveis, deverá ser adotado layout que contemple as seguintes áreasfuncionais do canteiro de obras, conforme as necessidades das obras a serem executadas:

• Portaria de Controle;

• Escritório Geral da Obra;

• Refeitório;

* Copa/ Cozinha

• Alojamentos;

• Sanitário/Vestiário;

• Ambulatório Médico e Segurança do Trabalho;

• Almoxarifado;

• Laboratório de Controle Tecnológico;

• Oficina de Fôrmas;

• Central de Produção (Carpintaria e Armação); Oficina de Armação;

• Oficina de Manutenção;

* Pátio de Estocagem;

• Galpão de Apoio.

2.4. Dimensionamento das Unidades

a) Portaria de Controle

Destina-se ao controle dos acessos, equipamentos e pessoas nas áreas internas dos Canteiros,visando à segurança dos mesmos, bem como dos bens patrimoniais. A Portaria terá sinalização eiluminação adequadas aos fins a que se destina e também aberturas, de modo a proporcionar umamplo campo de visão das áreas de acesso. Na Portaria deverá ser instalada a Chapeira comdimensões adequadas ao número de funcionários a utilizarem a mesma, obedecendo-se ao índice de1 baia-relógio/150 funcionários.

b) Escritório Geral da Obra

Planejado para atender às necessidades operacionais de controle e supervisão das obras, por parte daCoordenação da obra, podendo sofrer ajustes para atender às operações da Supervisão Ambiental.Consistirá em uma unidade, contendo salas, sanitários e copa, para atender aos funcionários dasDivisões Administrativa, Técnica e de Produção, além da enfermaria e Coordenação e SupervisãoAmbiental da Obra. O dimensionamento do Escritório da Administração e também da SupervisãoAmbiental obedecerão ao índice de 5,00 m2 /pessoa, com área mínima de 20,00 m2.

c) Refeitórios

Os Refeitórios destinam-se à distribuição de refeições ao efetivo total alocado nas obras, e serãodimensionados considerando-se área mínima de 1,00 m2 / pessoa, comportando 1/3 dos funcionáriosem cada turno de refeição. O pé-direito mínimo a ser adotado deverá ser de 2,50 m, com exceçãodos Alojamentos, que conterão beliches, onde deverá ser adotado 3,00 m, e dos refeitórios egalpões, com pé-direito mínimo de 3,00 m.

Quanto à iluminação e ventilação, os compartimentos das edificações possuirão aberturas,comunicando-se diretamente com o espaço livre. As aberturas para iluminação/ ventilação, emambientes de permanência prolongada, deverão ser previstas com área mínima de 1/6 da área útil docompartimento.

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No dimensionamento do Refeitório, deverá ser atendida a necessidade de atendimento de todos osníveis (básico, médio e superior). Para tal, deve-se conceber uma edificação cuja área sejadistribuída de modo a atender 3 ou 4 turnos, conforme os prazos estabelecidos no planejamentoexecutivo das obras, e equipada com mesas, cadeiras ou bancos, bebedouros e lavatório coletivo.

d) Copa / Cozinha

Na copa, as refeições serão aquecidas e, posteriormente, distribuídas por meio de carros térmicosespeciais ao refeitório pertencente aos Canteiros de Apoio.

A copa será equipada com aquecedor elétrico, geladeira, pias para lavagem de alimentos eutensílios, mesa auxiliar, depósito para detritos e balcão de distribuição de refeições.

As refeições estarão sob constante supervisão de nutricionistas da empresa fornecedora dasrefeições, que emitirão relatório de supervisão das refeições servidas.

O espaçamento mínimo entre as construções deverá ser de 1,50 m. No caso de aberturas parailuminação e ventilação, o espaçamento mínimo entre as edificações será de 1 pé-direito.

e) Alojamentos

Deve ser priorizado o recrutamento de mão-de-obra local, reduzindo assim o contingente detrabalhadores de fora da região e, ao mesmo tempo, diminuindo a estrutura de apoio às obras(alojamentos, sanitários, etc). Este procedimento contribui também para evitar a veiculação dedoenças transmissíveis e minimizar os problemas de aumento da prostituição e da violência, dentreoutros.

Caso seja necessária a execução de Alojamentos, para atendimento da mão-de-obra contratada,estes serão dimensionados com área superior a 2,50 m2 / pessoa.

f) Sanitários / Vestiários

Os Sanitários serão dimensionados segundo o índice de 1 bacia sanitária, 1 lavatório, 1 mictório / 20pessoas, no Canteiro Sede e nos Canteiros de Apoio.

O dimensionamento dos vestiários obedecerá ao índice de 1 chuveiro / 20 pessoas, no Canteiro Sedee nos Canteiros de Apoio.

f) Ambulatório Médico e Segurança do Trabalho

O ambulatório médico atenderá aos casos de acidentes de trabalho, emergências e primeiros-socorros, havendo necessidade de se manter convênio com a rede hospitalar da região mais próximaà obra para encaminhamento dos casos mais graves. Esta Unidade deverá ser dimensionada deacordo com as Especificações da Portaria de Segurança e Medicina do Trabalho, considerando-se,principalmente, as necessidades inerentes ao tipo de obra em questão. Recomenda-se instalar estaUnidade em pavimento térreo, na qual as dependências para atendimento médico sejam dispostascom o máximo de funcionalidade.

O Setor de Segurança do Trabalho será dimensionado de acordo com as Especificações da Portariade Segurança e Medicina do Trabalho, considerando-se, principalmente, as necessidades inerentesao tipo de obra em questão. Esta Unidade deverá fornecer todos os equipamentos (EPIs e EPCs) emateriais para atendimento das ações relativas à segurança do trabalho.

g) Almoxarifado

Esta edificação deverá ter uma área adequada para armazenar os diversos materiais que serãoutilizados na obra, e também uma sala de trabalho, na qual será executado o controle do estoque.

Os sacos de cimento/cal, dispostos em fileiras cruzadas, sobre estrado com, no mínimo 0,15 m dealtura, deverão ser armazenados em galpão fechado.

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h) Laboratório de Controle Tecnológico

Visa acompanhar e proceder aos ensaios e testes relativos ao controle da qualidade aos materiaisnecessários às obras. Esta unidade será composta por área para laboratório, área para amostragem,área para ensaios tecnológicos e testes, além de escritório e sanitário e será provida dosequipamentos necessários ao seu bom funcionamento.

i) Oficina de Fôrmas

Visa atender à demanda da aplicação de fôrmas, segundo o andamento das obras de concreto equantidades necessárias, mediante os serviços de beneficiamento de madeira e pré-montagem defôrmas, por meio de maquinaria e equipamentos apropriados.

No dimensionamento da área útil, deve ser considerada a análise dos prazos para execução dasfôrmas e o volume estimado de concreto necessário às obras, assim como o número e tipo deequipamentos a serem utilizados na oficina, dentre os quais: serra circular, serra de fita, ciclonecoletor de pó e bancadas de serviço.

A armazenagem de madeira bruta e das fôrmas prontas será feita na área externa da oficina, empátios dimensionados de acordo com o volume de peças previstas.

j) Oficina de Armação

Esta unidade atenderá às demandas de corte e dobra de aço, preparo e montagem das armações queserão empregadas nas obras de concreto, a cada mês da obra. A oficina deve ser dimensionada emfunção das quantidades de aplicação de aço nas estruturas de concreto, estimando-se, desta forma, aárea útil necessária, e prevendo-se o número e tipo de equipamentos a serem utilizados, ou seja,para a obra e prazo propostos necessários: máquina de corte, máquina da dobra e bancadas deserviço.

Os estoques de ferro bruto e armações prontas serão feitos na área externa da oficina.

k) Oficina Mecânica / Manutenção

Esta edificação se destina ao atendimento de veículos e equipamentos para serviços de rápidasmanutenções e reparos. Devem-se prever áreas para almoxarifado, ferramentaria, eletricidade,banheiro, oficina mecânica, escritório e torneira.

Em todo o perímetro das edificações deverão haver beirais, nas dimensões mínimas de 0,60 m(laterais e fundo) e 1,00 m (frente).

1) Pátio de Estocagem (Óleos Combustíveis e Lubrificantes)

Deverão dispor de procedimentos e dispositivos de segurança para manuseio e armazenamento demateriais perigosos, e combate a incêndios.

O armazenamento de combustíveis e lubrificantes deverá ser feito em local construído conforme aNBR 7.505.

2.5. Sistema de Água Potável

Os canteiros deverão se localizar em áreas urbanizadas e atendidas por sistema público deabastecimento de água, devendo ser esta a fonte de água potável para o canteiro e estruturas deapoio. Para tanto, deverão ser mantidos os necessários entendimentos com a SABESP. Quaisqueralternativas para garantir o fornecimento de água para as necessidades do canteiro deverão seraprovadas pela Supervisão Ambiental.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1-1 I

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS W 11-,:h-,

2.6. Manejo, Tratamento e Disposição de Efluentes

Nos locais em que houver rede coletora de esgoto, os efluentes sanitários gerados no canteiro deobras deverão ser lançados diretamente na rede, após a aprovação prévia da Supervisão Ambientalda CPTM, e a autorização da SABESP.

Não existindo infra-estrutura, devem ser previstas instalações de fossas sépticas, atendendo aosrequisitos da ABNT. Poderão ser também utilizados banheiros químicos. Nas duas alternativas, alimpeza dos equipamentos deve ser realizada por empresa devidamente autorizada para tal.

Caso se opte pelo tratamento dos efluentes sanitários em ETE compacta, e posterior lançamento emcorpos de água, os efluentes deverão atender às exigências legais e técnicas.

Os efluentes industriais deverão atender às especificações da legislação ambiental, antes dolançamento em corpos d'água. É necessária a instalação de sistema de drenagem com canaletas ecaixas de contenção de sólidos e de separação água / óleos, em todos os locais geradores deefluentes industriais, com manutenção e limpeza periódicas.

2.7. Manejo, Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos

Deverão ser executadas as seguintes ações, em conformidade com as legislações ambientais federal,estadual e municipal vigentes, no tocante à correta e segura disposição dos resíduos:

• Identificação e estimativas iniciais de volumes dos principais resíduos a serem gerados;

• Caracterização prévia dos solos a serem escavados e dos resíduos de obra conforme NBR10.004, com investigações específicas no caso de haver suspeitas de contaminação de solos e/ouáguas subterrâneas;

• Levantamento dos aterros industriais, sanitários e de inertes ou outros locais adequados para adisposição, respectivamente, dos resíduos perigosos, domésticos e inertes gerados;

• Elaboração de um plano de redução da geração, manejo e disposição de resíduos, com inclusãodestas ações no programa de treinamento ambiental dos trabalhadores;

. Estabelecimento de acordos com os órgãos locais para a utilização de equipamentos einstalações de tratamento / disposição de resíduos;

• Supervisão contínua sobre as atividades geradoras de resíduos durante a fase de obras.

Algumas áreas mais sensíveis, como as Áreas de Preservação Permanente (margens dos rios enascentes), devem ser especialmente protegidas quanto à disposição de resíduos no solo.

Diretrizes específicas para o manejo, tratamento e disposição de resíduos sólidos na obra sãoapresentadas na seção 10.

2.8. Manejo e Disposição de Águas Pluviais

Toda a área do canteiro deve ser provida de eficiente sistema de coleta e drenagem das águaspluviais, de modo a proteger o solo contra erosão e o carreamento de materiais particulados.

O sistema de drenagem deve receber manutenção e limpeza periódicas.

2.9. Procedimentos de Limpeza e Higiene

Toda a área do canteiro de obra, incluindo refeitórios, alojamento, oficinas e pátios devem terprocedimentos para limpeza periódica, manuseio, acondicionamento e destinação dos resíduossólidos domésticos e aqueles resultantes das atividades de produção, de modo a evitar a proliferaçãode vetores, insetos e roedores; e emissão de odores desagradáveis.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1 -12

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2.10. Procedimentos para Redução do Incômodo à População Lindeira

As atividades do canteiro responsáveis pela emissão de ruídos devem ser executadas em horáriospré-determinados, devidamente monitoradas para cumprimento da legislação em vigor.

2.11. Vigilância do Canteiro

Deverá ser mantida vigilância 24h no canteiro de obras.

2.12. Interrupção e Desvios de Tráfego, Sinalização Externa ao Canteiro

Toda e qualquer interrupção do tráfego nas diversas vias que serão afetadas pelas intervenções daCPTM deve ser prevista no âmbito do planejamento da obra e previamente informada ao órgãoresponsável pelo trânsito.

2.13. Dispositivos de Sinalização

Os canteiros de obra deverão dispor de sinalização diurna e noturna, em conformidade com asespecificações gerais para sinalização das praças de trabalho.

2.14. Abandono Temporário das Obras

A interrupção das obras por qualquer motivo deve implicar no adequado encerramento e proteçãodas estruturas prevenindo-se a deterioração destas, de equipamentos e das obras já concluídas,propiciando sua retomada, com o mínimo de prejuízos ao meio ambiente.

Deve ser realizada a manutenção periódica de drenagens, pavimentos e equipamentos.

Não deverão permanecer nos canteiros e praças de trabalho, produtos e resíduos perigosos.

Áreas expostas de solo deverão ser protegidas; acessos de pedestres reconstituídos de maneiraprovisória.

A vigilância 24h deve ser mantida em comum acordo com a CPTM.

2.15. Desativação do Canteiro

Após o término das atividades de implantação, toda a infra-estrutura utilizada durante a construçãodas obras, caracterizada essencialmente por canteiro de obras, equipamentos e maquinaria, deveráser removida e a área completamente limpa.

Não será permitido o abandono da área de canteiro sem recuperação do uso original, nem oabandono de sobras de materiais de construção, de equipamentos ou partes de equipamentosinutilizados. Os resíduos devem ser acondicionados em locais apropriados, os quais devem recebertratamento adequado, conforme suas características.

Documentação fotográfica, retratando a situação original das áreas do canteiro e das faixas de obras,das vias e da urbanização, deve ser obrigatoriamente elaborada e utilizada durante a execução dosserviços de restauração, visando a comparação da situação dessas áreas antes e depois da construçãodas obras.

Além da restauração definitiva das instalações, eventualmente danificadas pela obra, os serviçosdevem englobar a execução de proteção vegetal nas áreas alteradas, de forma a garantir aestabilidade do terreno, dotando as faixas de obras de uma proteção permanente.

3. PRAÇAS DE TRABALHO

São os locais em que será edificada a obra propriamente dita ou onde seja necessária a relocação dealguma estrutura ou infra-estrutura existente. As praças de trabalho referem-se principalmente àsáreas onde serão implantadas as estações e a via permanente, na faixa de domínio existente.PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1 -13

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COMPANHtA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS i "$,

A implantação destas obras envolve trabalhos de limpeza do terreno, demolições e remoções,terraplenagem, dispositivos de controle de erosão e drenagem necessários à constituição da via,manejo de efluentes e resíduos sólidos, canalização, desvios de tráfego, dispositivos para proteçãode edificações e população lindeiras, controle de ruídos, vibrações, poeira e emissões gasosas,interferências com o entorno urbano e vigilancia.

3.1. Limpeza do Terreno

A limpeza do terreno envolve a remoção dos materiais inservíveis, constituídos por: trilhos,dormentes, lastro e sub-lastro, que compõem a via permanente atual, hoje desativada, além davegetação e de depósitos irregulares de entulho e resíduos domésticos.

Nas áreas que apresentarem materiais orgânicos e/ou com características inadequadas ao tráfego deequipamentos e ao suporte da praça de trabalho, deverá ser realizada a raspagem mais profunda emescavações localizadas, de modo a possibilitar a troca de solos.

O trabalho de limpeza será executado empregando-se essencialmente tratores de esteiras de médioporte, pás-carregadeiras e caminhões basculantes para a remoção dos materiais ao pátio da CPTM(trilhos e dormentes, e outros) ou ao bota-fora (lastro, sub-lastro e entulho, e outros), utilizando-seainda escavadeiras hidráulicas, conforme as necessidades dos diversos locais e seu planejamentoexecutivo, para a remoção dos volumes isolados mais concentrados de materiais.

Os procedimentos convencionais, durante o processo de limpeza, são:

* As laterais da faixa devem ser claramente delineadas, certificando-se de que não irá ocorrernenhuma limpeza além dos seus limites;

. Interferências subterrâneas devem ser localizadas, (tubulações e cabos) escavadascuidadosamente e identificadas. As autoridades envolvidas (concessionárias, agências) devemser notificadas.

3.2. Demolições e Remoções

O procedimento básico nas demolições de habitações de alvenaria ou madeira consiste na retiradados materiais servíveis como telhas, madeiramento, louças, portas, pias e outros, e iniciar asdemolições pelas partes altas através de pesos acoplados a guindastes e a uma altura de 3,00 mutilizar trator de esteiras com lâmina frontal.

Os materiais servíveis (oriundos de demolições e remoções) serão encaminhados para doação.Materiais retirados da via permanente poderão ser reaproveitados em outros locais da obra ouencaminhados para o almoxarifado, em local a ser designado pela CPTM. Todo o materialinservível será carregado com pá carregadeira em caminhões basculantes que o transportará para asáreas de bota-fora, onde será espalhado por trator de esteiras.

Na remoção de pavimentos contidos nas faixas de trabalho, além das instruções peculiares a cadasituação, deverão ser observadas as seguintes prescrições. Em se tratando de materiaisreaproveitáveis, como guias ou peças de pavimentos articulados, estes serão retirados eprovisoriamente estocados em locais adequados, aguardando sua posterior utilização nos trabalhosde recomposição.

Quando houver necessidade de remoção de guias, a operação será realizada até o ponto deconcordância com logradouros adjacentes. Antes de sua arrumação, as guias deverão ser limpas damassa de rejuntamento aderente.

Nos trabalhos de remoção, os pavimentos asfálticos deverão ser preliminarmente rompidos,podendo-se empregar processo manual, com auxílio de marteletes pneumáticos.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. AíI. -14

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Em quaisquer casos, entulhos e materiais não sujeitos a reaproveitamento serão prontamentetransportados a bota-foras aprovados pela Fiscalização.

3.3. Terraplenagem

Os trabalhos relativos ao movimento de terra englobarão diferentes tipos de escavação e aterro paraa implantação do grade adequado da via permanente, obras de estação e de drenagem, seja emsuperfícies comuns ou em solos de baixa capacidade de suporte, associados ainda às demaisatividades correlatas à terraplenagem em geral, incluindo raspagem e limpeza do terreno, transportee aterro compactado.

Todos os trabalhos de movimento de terra terão início com a raspagem, empregando-seessencialmente tratores de esteiras de médio porte, pás-carregadeiras e caminhões basculantes paraa remoção final ao bota-fora, utilizando-se ainda escavadeiras hidráulicas, conforme asnecessidades dos diversos locais e seu planejamento executivo, para a remoção dos volumesisolados mais concentrados de materiais.

Nestas condições, os tratores promoverão a remoção de todo o entulho que persistir nas áreas, alémda raspagem de uma camada do terreno, com a espessura necessária para que se atinja solo comsuporte adequado à conformação da pista.

Nas áreas que apresentarem materiais orgânicos e/ou com características inadequadas ao tráfego deequipamentos e ao suporte da praça de trabalho, a raspagem poderá se aprofundar em escavaçõeslocalizadas, de modo a possibilitar a troca de solos.

Em qualquer caso, os materiais raspados serão inicialmente enfileirados ao longo da faixa detrabalho do trator, e posteriormente agrupados e juntados pelo próprio trator. A partir daí, comemprego de pá-carregadeira, os materiais serão carregados em caminhões basculantes que efetuarãoseu transporte e descarga em áreas de bota-fora determinadas em consenso com a Fiscalização.

No caso de suspeita de contaminação do material escavado, deve-se proceder à sua classificaçãoprévia, conforme NBR 10.004. O material contaminado deverá ser disposto em aterro industrialdevidamente licenciado.

3.4. Remoção de Vegetação

A remoção de formações vegetais naturais ocorrentes na área do empreendimento deve considerar oDecreto Federal n° 750/1993, que dispõe sobre o corte, exploração e a supressão de vegetaçãoprimária ou em estágio médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica; o Código Florestal(Lei n° 4.771/1965, especialmente o art. 20) e Resoluções CONAMA n° 004/1985 e n° 004/1989,que protegem a vegetação situada em Áreas de Preservação Permanente (APP), consideradasReservas Ecológicas.

No âmbito local, a legislação do município de São Paulo define procedimentos para a proteção desuas áreas verdes por meio da Lei Municipal n° 10.365/1987, que dispõe sobre o corte e a poda devegetação de porte arbóreo existente no município, e considera esse tipo de vegetação como bem deinteresse comum a todos os munícipes, tanto de domínio público como privado, bem como asmudas de árvores plantadas em logradouros públicos. Esse instrumento local foi, posteriormente,corroborado pelo Decreto Estadual n° 30.433/1989, alterado pelo Decreto 39.743/1994, queinstituiu a "Vegetação Significativa do Município de São Paulo", a cobertura mapeadaconjuntamente pela SMA e SEMPLA, considerando-a imune ao corte.

Para tanto, a remoção por corte ou transplante de qualquer indivíduo arbóreo deverá ser autorizadapelos órgãos ambientais competentes: DEPRN/SMA e DEPAVE/SVMA.

Durante a execução das remoções vegetais, e para minimizar os efeitos indesejáveis à vegetaçãoafetada, a Empreiteira deverá adotar os seguintes procedimentos:PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1.1- 1 5

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS W1 l, f

* as árvores a preservar devem ser marcadas com bandeiras, cercas, ou algum outro tipo de marca,antes de iniciar a limpeza;

• vegetação tipo arbustos, matos rasteiros e árvores devem ser cortados no nível do chão,procurando-se deixar as raízes intactas, nas Áreas de Preservação Permanente.

• para os espécimes vegetais com DAP > 10 cm fazer o corte seletivo com moto-serra e procederao empilhamento da madeira para posterior transporte. A madeira oriunda do corte só poderá sertransportada com a respectiva ATPF (Autorização para o Transporte de Produtos Florestais) aser obtida no órgão florestal licenciador.

• as árvores devem ser tombadas dentro da faixa.

• qualquer árvore que cair dentro de cursos de água ou além do limite da faixa deve serimediatamente removida.

• as árvores localizadas fora dos limites da faixa de domínio não devem ser, em hipótese alguma,cortadas com o objetivo de obter madeira, evitando-se a poda dos galhos projetados na faixa.

• a madeira não especificamente designada para outros usos deve ser cortada no comprimento daárvore e ficar organizadamente empilhada ao longo da delimitação da faixa, para ser usadacomo estiva ou para controlar a erosão. As estivas devem ser necessariamente removidas dotrecho, depois que a construção estiver concluída.

• o desmatamento deve restringir-se ao autorizado pelo órgão ambiental e constante da Licença deInstalação.

Nos casos de desmatamentos nas proximidades de corpos de água deve-se:

• adotar providências e implantar dispositivos que impeçam o carreamento de sedimentos para oscorpos de água;

• restringir ao mínimo o desmatamento de vegetação ciliar, na implantação de pontes e/oubueiros;

. limitar ao máximo, na implantação de pontes e/ou bueiros, o processo de degradação davegetação ciliar, restringindo as áreas a serem desmatadas ao mínimo efetivamente necessário.

O projeto de paisagismo definindo as remoções necessárias, a preservação e a compensação deespécies vegetais, será elaborado pela CPTM e implantado pela Empreiteira, após aprovação dosórgãos competentes (DEPRN/SMA e DEPAVE/SVMA).

Todo e qualquer animal silvestre que, porventura, seja atingido deve ser recolhido ao zoológicomais próximo, para os devidos cuidados e o fato comunicado aos órgãos competentes.

3.5. Remanejamento de Interferências com Sistemas de Infra-Estrutura

Considera-se como interferência qualquer obstáculo, aparente ou não, que venha a interceptar ocaminhamento normal da obra, e que, para sua continuidade, faz-se necessária a sua remoção. Pode-se citar como interferências: redes de esgoto, redes de águas potável e pluvial, redes de drenagens,caixas enterradas diversas, dutos de telefonia ou energia elétrica, tubulações de gás, galerias, cabosde fibra óptica instalados ao longo da faixa ferroviária, etc.

A Empreiteira deverá prever em todas as suas atividades, a total preservação da rede de serviçospúblicos existentes. Na impossibilidade da manutenção das condições originais dos serviçosprestados, previamente levantados, deverão ser previstas soluções mitigadoras que atendam àsnecessidades dos usuários.

Sempre que ocorrer alguma interferência, a CPTM e Concessionária proprietária da unidadeinterferente deverão ser acionadas e conjuntamente ser elaborado um plano para sua remoção.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamizaçào da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. AI .1 -16

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Não será removido qualquer obstáculo sem a prévia autorização da Concessionária.

Qualquer serviço de utilidade pública não será interrompido quando da remoção da interferência, amenos que a Concessionária dos serviços esteja ciente e permita sua interrupção.

Quando se fizerem necessários remanejamentos de redes existentes, deve ser atendido ao previstona especificação técnica ET-V-C-99-00-9999/4-A02-999 - Instrução para Execução de ServiçosPreliminares e ALO 299-4 - Outras Demolições e Remoções de Estruturas; ET-V-C-00-9999/4-AO1-999 - Execução de Demolições e Remoção de Obras Existentes, e as normas dos órgãos econcessionárias envolvidas, prevendo o menor período possível de interrupção dos serviços eestabelecendo ações de emergência para o atendimento de hospitais, escolas, creches e outrosserviços essenciais.

O remanejamento de redes de serviços públicos, tais como água, luz, gás e telefone, queinevitavelmente resultem em interrupções no fornecimento desses serviços, deve ser acordado coma Concessionária dos serviços e a CPTM, e informado à comunidade com a devida antecedência.Qualquer manejo só será efetuado na presença de equipes de emergência das concessionárias.

3.6. Manejo e Disposição de Águas Pluviais

As praças de trabalho devem contar com eficiente sistema de coleta e drenagem das águas pluviais,reduzindo riscos de empoçamentos e o carreamento de sólidos para as imediações das obras,principalmente para a rede de drenagem pluvial e cursos de água receptores.

3.7. Manejo, Tratamento e Disposição de Efluentes Líquidos

As ações de manejo, tratamento e disposição de efluentes (sanitários e industriais) gerados pelaspraças de trabalho e canteiros de obra têm como objetivo básico assegurar a não geração deimpactos negativos, como a contaminação de cursos d'água.

Os efluentes sanitários gerados nos canteiros de obra deverão ser lançados diretamente na redecoletora de esgoto, sempre que possível, após a aprovação prévia da Supervisão Ambiental, e aautorização da concessionária prestadora do serviço.

Nas praças de trabalho deverão ser providenciados banheiros químicos fornecidos por empresadevidamente autorizada ou, sempre que possível, o despejo de efluentes sanitários diretamente narede coletora de esgotos, com autorização da concessionária.

Em caso de não existir rede coletora de esgoto, devem ser previstas instalações completas para otratamento dos efluentes sanitários por meio de fossas sépticas, atendendo aos requisitos da NBR7.229. Poderão ser também utilizados banheiros químicos. Nas duas alternativas, a limpeza dosequipamentos deve ser realizada por empresa devidamente autorizada para tal.

Para os casos em que se optar pelo tratamento dos efluentes em Estação de Tratamento de Efluentes(ETE) compacta, e posterior lançamento em corpos de água, os efluentes deverão atender àsexigências legais e técnicas:

• Autorização do órgão ambiental e do DAEE (Outorga);

• Realização da caracterização da qualidade da água do corpo receptor;

• Monitoramento da qualidade da água do corpo receptor durante e após o fechamento do canteiroem pontos localizados a montante e a jusante do lançamento do efluente tratado;

• Sob nenhuma circunstância águas servidas brutas devem ser lançadas sob a superficie do terrenoou corpos de água;

* É proibida a descarga de efluentes, mesmo tratados, em áreas alagáveis;

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• Efluente tratado deve atender aos padrões de lançamento do Decreto Estadual 8468/76 e daResolução CONAMA 375/2005, que revogou a Resolução CONAMA 20/86;

• Efluente tratado não deve promover a alteração dos padrões de qualidade do corpo receptorconforme disposto na Resolução CONAMA 230/86 e Decreto Estadual 8.468/76.

Os efluentes industriais, gerados nas oficinas de manutenção e pátios de lavagem de máquinas, etc,deverão atender as recomendações relacionadas a seguir, além daquelas descritas anteriormente:

• deverá ser instalado sistema de drenagem com canaletas e caixas de contenção de sólidos e deseparação água / óleos, em todos os locais geradores de efluentes industriais;

• deverão se previstos planos de manutenção e limpeza periódicos do sistema de drenagem.

Cabe lembrar que, em APRM, que não é o caso da Linha F, não é permitido o lançamento deefluentes líquidos, mesmo tratados, nos corpos de água.

A Supervisão Ambiental da CPTM fiscalizará as instalações nos canteiros e praças de trabalho deforma a garantir as condições aqui estabelecidas.

3.8. Manejo, Transporte e Disposição Final de Resíduos Sólidos

A coleta, transporte e disposição final de resíduos sólidos devem seguir o mesmo preconizado paraos canteiros. Cabe ressaltar que nas praças de obra todo o resíduo sólido deve ser removido elevado, se necessário para armazenamento temporário nos canteiros de obras, de onde serãoencaminhados para disposição final adequada.

Diretrizes específicas para o manejo, tratamento e disposição de resíduos sólidos na obra sãoapresentadas na seção 10.

3.9. Manejo de Produtos Perigosos

O manuseio de produtos perigosos deve ser realizado por pessoal treinado e de acordo com asnormas da ABNT e de segurança do trabalho.

O armazenamento dos produtos perigosos deve seguir normas específicas da ABNT. Nas praças detrabalho deve ser reduzido ao mínimo indispensável e, o restante, armazenado nos canteiros deobra. A área destinada a esses depósitos deve ser preferencialmente coberta e provida de bacias decontenção e sistema de combate a incêndio, devidamente licenciado pelo Corpo de Bombeiros.

Não deve haver armazenamento de resíduos perigosos, mesmo que temporário, nas praças detrabalho localizadas em APRM.

Deverá ser elaborado um programa de treinamento específico para resíduos perigosos, incluindo omanejo de produtos químicos de forma segura e o uso de equipamentos de proteção individual. Oprograma de treinamento deve explicar também os procedimentos básicos de emergência para cadaum dos produtos químicos perigosos a serem manipulados. Os trabalhadores devem conhecer alocalização dos kits de primeiros-socorros e procedimentos de comunicação (contatos deemergência e seus números de telefone).

Trabalhadores operando com resíduos perigosos serão informados do nível e grau de exposição queeles provavelmente estarão sujeitos. O programa de treinamento incluirá todos os elementosapropriados para cada atividade. Os trabalhadores não poderão trabalhar sem supervisão antes decompletar o curso de manejo de materiais perigosos, curso que contemplará os seguintes elementos:

• Procedimentos de inspeção, reparo e troca de recipientes de resíduos perigosos;

• Sistema de alarme e comunicação;

• Resposta a fogo e explosões;

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• Resposta a incidentes com o trabalhador;

• Resposta a incidentes de contaminação de solo.

3.10. Operação de Máquinas e Equipamentos

O planejamento desta atividade deverá considerar a seqüência de atividades previstas na execuçãodas obras e o Plano de Ataque às Obras aprovado pela Fiscalização.

O deslocamento de máquinas e equipamentos dentro da faixa será o mínimo possível, pois ostrabalhos a serem desenvolvidos obedecerão a uma seqüência, quando possível.

Será implantada sinalização de advertência nos locais onde houver cruzamentos viários, passagensinferiores ou superiores e travessia de pedestres pela faixa.

Os tratores, máquinas e outros possuirão proteção especial para o operador, tipo cabine ou estruturaespecífica sobre o seu posto de trabalho, de construção metálica, em qualquer dos casos, e comproteção contra intempéries.

Durante os trabalhos com a utilização dos tratores, será mantido constantemente um ajudante paraverificar previamente a existência de valas, buracos, barrancos e outros.

Serão observados o dimensionamento da carga e o estado de conservação das pontes e vias públicasjá existentes para verificar sua adequação ao tráfego solicitado. Se necessário, estas estruturasdeverão ser adequadas, antes da passagem dos veículos pesados.

As máquinas estarão equipadas com sinal sonoro de advertência quando em marcha ré.

Os operadores das máquinas serão orientados no sentido de evitar grandes declives, bem comoobservar a presença de operários que trabalhem à sua volta.

3.11. Interrupção e Desvios de Tráfego

A Empreiteira deverá elaborar projetos de desvios de tráfego, por trechos e seqüência de obra, aserem previamente aprovados pela CET. Deverão ser considerados, em particular: a capacidade dasvias, as atividades desenvolvidas nos trechos afetados (existência de escolas, hospitais, creches,etc), o tráfego esperado e os acréscimos devido às atividades de obra e a ocorrência concomitantede outras obras no local.

Em casos onde haja tráfego médio ou intenso, os serviços serão planejados por etapas, de modo anão bloquear a circulação de veículos. Estes serviços uma vez iniciados não poderão sofrerinterrupção até a liberação da área. Em áreas críticas, os serviços serão programados para finais desemana ou para horários de menor movimentação do tráfego.

Em todos os casos deverá ser providenciada adequada sinalização de advertência, diurna e noturna,para veículos e pedestres, para indicação das inversões e desvios. As vias de acesso fechadas aotrânsito serão protegidas com tapumes e, em casos especiais, serão postados vigias ou sinaleirosdevidamente agrupados. Deverão ser providenciadas passagens provisórias para acesso a todas asedificações afetadas.

Deverá ser providenciada ampla e prévia divulgação das alterações de tráfego a serem adotadas.

Após a implantação deverá haver monitoramento dos fluxos e, caso necessário, providenciados osrespectivos ajustes.

3.12. Dispositivos para Proteção de Edificações e População Lindeira, Veículos e Pedestres

a) Tapumes

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1 -19

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS - ............

Antes do início dos serviços de limpeza, será executada a montagem dos tapumes de proteção emtodo o perímetro do trecho em obras.

A linha de instalação dos tapumes e seus espaçamentos será demarcada pela Supervisão Ambientale situar-se-á ao longo da praça de trabalho, preferencialmente entre esta e a pista de tráfego local.

Serão empregados dois tipos de tapumes, que serão adequadamente utilizados conforme ascaracterísticas do local das obras:

• Tapume de vedação contínua: será constituído por uma série de cavaletes em estrutura demadeira revestidos com placas compensadas, dispostos de tal forma que fiquem encostados nosolo e impeçam a passagem de detritos de terra.

• Tapume de vedação descontínua: será constituído por tábuas corridas dispostas horizontalmentee afixadas em estacas de madeira, sendo que a face inferior das tábuas ficará a 0,60 m dasuperfície do solo.

Os tapumes serão pintados conforme especificação da SMT/CET. A manutenção ocorreráperiodicamente de forma a garantir sua permanente limpeza e visibilidade.

b) Passadiços

Nos locais onde houver tránsito de pedestres ou de veículos cruzando valas escavadas serãoexecutados passadiços, de maneira a possibilitar o acesso e passagem sobre as valas, sendobasicamente constituídos por:

• Pranchas de madeira: executadas para atender os transeuntes. Serão executadas com largura de1,20 m e na extensão de toda a largura da vala. Terão seus pisos bem nivelados e guarda-corposlaterais rígidos com resistência suficiente para absorver impactos laterais, com altura nãoinferior a 1,00 m, pintadas conforme a especificação da SMT/CET.

• Chapas de aço: executadas para atender os veículos. Terão comprimentos iguais a três vezes alargura da vala, e serão dispostas paralelamente uma ao lado da outra, com largura total depassagem igual a 3,00m.

As chapas serão simplesmente apoiadas sobre as bordas do pavimento da via, de maneira que aprojeção vertical do centro de gravidade das chapas com o eixo longitudinal da vala, e a maiordimensão da chapa, seja, também, perpendicular ao eixo da referida vala.

3.13. Sinalização de Advertência

Os tapumes serão acompanhados de sinalização noturna segundo a determinação da Fiscalização.conforme o local da obra. Deverá ser de um dos seguintes tipos:

• sinalização noturna com energia elétrica: será constituída por baldes plásticos na cor vermelha,abrigando uma lámpada colocada no seu interior, e dispostos longitudinalmente ao tapume.Serão espaçados entre si a cada 2,0m e acionados por fonte geradora de energia ou pela redeelétrica da concessionária local.

• outros dispositivos: poderão ser utilizados outros dispositivos luminosos - luzes intermitentes,painéis de setas luminosas, etc -, de acordo com os projetos que deverão ser aprovados pelaSMT/CET.

A área destinada ao depósito desses materiais no canteiro de obras deve ser, preferencialmente,coberta e provida de bacias de contenção e sistema de combate a incêndio, devidamente licenciadopelo Corpo de Bombeiros.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A í .1-20

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COMPANHIA PAULISTA DETRENS METROPOLrTANOS PM

A utilização dos cones será em concordância com as Normas do Conselho Nacional de Trânsito edo Órgão Municipal Competente e serão distribuídos conforme a definição da SupervisãoAmbiental.

A sinalização de tráfego através de placas será implantada toda vez que existir obstrução parcial outotal de pista de tráfego, advertindo, indicando e orientando o usuário da via pública da existênciada obra e interferências provocadas, de maneira que os motoristas e transeuntes circulem com omenor risco possível.

As placas serão instaladas a distância conveniente com relação ao local da obra, em quantidadesdefinidas pela Supervisão Ambiental e em obediência às Normas do Conselho Nacional de Trânsito.

3.13.1. Dispositivos de Sinalização Diurna

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, os sinais de trânsito podem ser classificadosem três categorias principais:

• Sinais de advertência, cuja finalidade é avisar o usuário da existência e da natureza de umperigo na rua ou rodovia;

* Sinais de regulamentação, que têm por fim informar ao usuário sobre certas limitações eproibições, governando o uso da rua, cuja violação constitui uma contravenção das normasestabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro - CTB;

• Sinais de indicação, destinados a guiar o usuário no curso de seu deslocamento e fornecer outrasinformações que possam ser úteis.

De modo geral, os sinais usados durante a execução das obras serão de advertência. Porém, sempreque as condições exigirem, serão utilizados também sinais de regulamentação, fornecidos einstalados diretamente pelo órgão responsável pelo trânsito. Quanto à "sinalização complementar",quando necessária e a critério do órgão responsável pelo trânsito, seus detalhes serão fomecidos poresse órgão.

As placas de sinalização deverão seguir as dimensões e disposições descritas nas "Normas paraSinalização de Obras na Via Pública", onde as sinalizações deverão ser refletivas, sendo a tarjapreta com fundo laranja refletivo e o verso pintado de preto. A alta distinção da cor laranja duranteo dia ou a noite em material refletivo identifica facilmente um trecho em obras, mesmo a grandedistância.

Os materiais a serem empregados na confecção das placas serão em compensado naval ou madeiraaparelhada, com diversos dizeres e tamanhos, fixadas em cavalete de madeira e pintadas de acordocom a especificação da SMT/CET.

3.13.2. Dispositivos de sinalização noturna

A sinalização noturna será feita com os mesmos dispositivos utilizados na sinalização diurna,acrescidos de sinalização luminosa e outros dispositivos refletivos. Além das recomendaçõesnormalmente indicadas para as obras, o mesmo cuidado e atenção deverão ser dispensados àsinalização noturna dos equipamentos móveis ou semi-móveis, que muitas vezes precisam ficarestacionados na rua durante a execução dos serviços.

A sinalização refletiva tem por fim refletir toda a luz incidente, tornando claramente visível, em suatotalidade, o dispositivo em que é aplicada. A refletividade de um elemento de sinalização pode serconseguida por meio de dispositivos especiais (olhos-de-gato, películas refletivas e outros) ou detintas que possuam essas propriedades.

Dispositivos especiais, quando adotados, deverão ser vermelhos e colocados, de preferência, sobrecavaletes.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. AI .1 -21

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

Tintas refletivas serão utilizadas na pintura das faixas amarelas dos cavaletes zebrados e dos demaisdispositivos da sinalização diurna que venham a ser utilizados à noite. A sinalização luminosa podeser constituída por um ou mais dos tipos descritos a seguir:

• Lâmpadas vermelhas comuns - quando houver necessidade e a critério da SupervisãoAmbiental, serão utilizadas lâmpadas vermelhas comuns ou baldes de plástico vermelhosperfurados.

• Sinalização rotativa ou pulsativa - em locais de grande movimento poderão ser exigidossinalizadores rotativos ou pulsativos, que são visíveis a grande distância.

Poderá ser usado qualquer recurso técnico para iluminação da sinalização, desde que aprovados pelaSMT/CET.

Quando for usado exclusivamente sistema elétrico, a partir da rede comum da Concessionária,deverá haver gerador de emergência no local e operador permanente.

Deverão ser sinalizadas as alterações de percurso de pedestres, com placas orientativas eexplicativas sobre as obras, conforme especificações da SMT/CET.

3.13.3. Recuperação da sinalização afetada

Durante as obras, a implantação de placas de sinalização, advertindo sobre os trabalhos, não implicana retirada ou danificação de placas originalmente locadas para sinalização da pista existente.Assim, deverá ser previsto que qualquer placa de sinalização que seja danificada ou retirada, deveráser substituída, quando do fim das obras.

Toda e qualquer sinalização que, eventualmente, seja afetada durante a execução das obras deveráser completamente recuperada ou substituída, conforme o caso, de acordo com as especificações emodelos originais. Em hipótese alguma a sinalização poderá ser retirada sem a anuência daSMT/CET.

A Supervisão Ambiental deverá também observar, junto com a empreiteira, as recuperações dassinalizações afetadas, sendo de vital importância que essas sejam restituídas após o fim das obras,para assegurar a segurança da via.

3.14. Cruzamento de Vias Urbanas

As obras previstas no Trecho Brás - Calmon Viana terão interferências com algumas vias urbanasestruturais. O cruzamento de vias urbanas estruturais deve ser executado obedecendo a projetosespecíficos para cada caso, em conformidade com os conceitos básicos estabelecidos nosdocumentos do Licenciamento Ambiental. Além da aprovação pela Supervisão Ambiental, taisprojetos devem ser previamente submetidos à aprovação pela SMT/CET.

Todos os cruzamentos devem obedecer a alguns princípios básicos, independentemente do métodoutilizado para o cruzamento:

• Os cruzamentos devem ser, preferencialmente, transversais às vias;

• As escavações ou perfurações devem ser executadas de forma a permitir a continuidade do fluxodo trânsito;

• Deve ser providenciada a instalação de sinalização, inclusive noturna, para a segurança dotráfego, em concordância com as exigências das autoridades responsáveis pela administração davia cruzada;

• As bordas da via cruzada devem ser recuperadas acompanhando a conformação dos taludes pré-existentes.

3.15. Gestão das Interferências com o Entorno UrbanoPBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A .1 -22

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COMPANHIA PAULISTA DETRENS METROPOLITANOS - PRIME

Em áreas urbanas, a presença da população obriga a que os procedimentos construtivos sejamprecedidos por um planejamento detalhado, visando minimizar os transtornos às pessoas, atenuar asdificuldades de uso das vias públicas e do acesso às propriedades privadas, evitar a remoção davegetação que compõe a paisagem, maximizar a segurança durante a construção, minimizar ostranstornos nas áreas adjacentes à faixa de obras e assegurar rapidez e eficiência na construção,restaurando a faixa no menor prazo possível.

Durante a construção, as vias de tráfego e os acessos às residências devem ser mantidos, exceto porperíodos curtos necessários à execução das obras.

Técnicas de avanço coordenado (execução intervalada) devem ser usadas para permitir que asinterrupções dos acessos sejam feitas seletivamente e de forma descontínua. A utilização detapumes, telas de segurança e farta sinalização visual diurna e noturna é indispensável para asegurança das populações residentes.

Ações de comunicação social, tais como distribuição de folhetos orientativos para as populações,realização de divulgação das atividades de construção na área e a presença de agentes decomunicação para contato com os residentes devem ser implementadas, utilizando-se todos osmeios disponíveis de comunicação com as comunidades.

Nos trechos em que a obra se situar muito próximo de áreas residenciais os procedimentosconstrutivos devem ser executados obedecendo aos projetos específicos para cada caso, elaboradoscom base em soluções de engenharia que garantam a estabilidade dos imóveis, visando minimizaros transtornos às pessoas, atenuar as dificuldades de uso das vias públicas e do acesso àspropriedades privadas, evitar a remoção da vegetação que compõe a paisagem, maximizar asegurança durante a construção, minimizar os transtornos nas áreas adjacentes à faixa de obras eassegurar rapidez e eficiência na construção, restaurando a faixa no menor prazo possível.

3.16. Uso de Explosivos

Nos locais onde existirem rochas que necessitam ser desmontadas com a utilização de explosivos, aEmpreiteira deve tomar todas as precauções exigidas pela legislação e pelas normas específicasexistentes. Essas precauções podem ser sintetizadas em:

• o transporte, armazenamento e manuseio de explosivos só podem ser realizados por veículos epessoal devidamente autorizados, com documentação emitida pelo Ministério do Exército,exclusivamente para a obra especificada;

• preparação de um Plano de Fogo compatível com as necessidades do trabalho que se pretendeexecutar;

• instalação de sinalização de advertência, como bandeiras e barricadas, em todos os acessosdentro da área de influência do fogo;

• execução de detonações em horários pré-estabelecidos, programados com pelo menos 24 horasde antecedência. Uma hora antes da detonação, deve ser acionada uma sirene. Esteprocedimento deve ser repetido 30 minutos antes da detonação, quando toda a área, no raio de300 metros do ponto de detonação, é evacuada. Imediatamente antes da detonação, a sirene énovamente acionada;

• desmontes realizados próximo a edificações devem ser precedidos por inventário das mesmas,com documentação fotográfica;

• as detonações devem ser executadas no horário compreendido entre 10 e 17 horas;

• os ruídos e vibrações provocados pela explosão devem enquadrar-se nos limites estabelecidospela legislação.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. AI .1-23

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOLTANOS - _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ . _ , : _ , _ " P,

3.17. Vigilância das Praças de Trabalho

A empreiteira deve manter vigilância 24 horas por dia nos locais.

4. USINAS

No caso de utilizar instalações próprias na obra, a Empreiteira deverá providenciar comantecedência a obtenção das licenças de instalação e funcionamento das usinas junto à CETESB.

4.1. Localização das Usinas

Deverão ser observadas as seguintes orientações ambientais na escolha do local de instalação dasusinas de asfalto e de concreto:

• as áreas de implantação das usinas não podem estar sujeitas a instabilidades físicas passíveis deocorrência em cotas superiores (a exemplo: escorregamentos, deslizamentos, depósitos de tálus,etc);

• as áreas das usinas de asfalto, concreto e solos não podem ser susceptíveis a cheias einundações;

• as áreas das usinas de asfalto, concreto e solos não podem situar-se próximas a nascentes decursos de água e de núcleos urbanos;

• deve ser evitado que as usinas de asfalto, concreto e solos sejam instaladas em linha com adireção predominante dos ventos e núcleos urbanos;

• a instalação das usinas de asfalto, concreto e solos obedecerá à legislação de uso e ocupação dosolo vigente no município;

• na instalação das usinas de asfalto, concreto e solos, será implementado um sistema desinalização, envolvendo advertências, orientações e prevenção de acidentes.

4.2. Usinas de Asfalto

É uma instalação que normalmente inclui: estocagem, dosagem e transferência de agregados frios;secador rotativo com queimador; transferência, peneiramento, estocagem e pesagens de agregadosquentes: transferência e estocagem de "filler"; sistema de estocagem e aquecimento de óleocombustível e de cimento asfáltico e misturador.

Usinas de asfalto deste tipo emitem partículas e gases nas seguintes fontes:

Material Particulado

A principal fonte é o secador rotativo. Outras fontes são: peneiramento, transferência e manuseio deagregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos em vias de acesso.

Gases

• Combustão do óleo: óxidos de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono ehidrocarbonetos.

• Misturador de asfalto: hidrocarbonetos.

• Aquecimento do cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

• Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento asfáltico: hidrocarbonetos(eventualmente).

As principais medidas para o controle da poluição do ar na operação das usinas de asfalto são:

A descarga de material particulado para atmosfera, no processo de produção de asfalto a quente,não poderá apresentar concentração superior ao padrão fixado pelo Órgão Ambiental;

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1.1-24

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS ----- 1 11-,

• Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituído de ciclone e filtro de mangas ou deequipamentos que atendam ao padrão estabelecido;

* Dotar os silos de estocagem de agregados frios de proteções laterais e cobertura, para evitar adispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento;

• Enclausurar a correia transportadora de agregados frios;

• Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja feita sem emissão visívelpara a atmosfera;

* Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em operação, para quesejam evitadas emissões de partículas na entrada e saída do mesmo;

* Dotar o misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias de sistema deexaustão conectado ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores epartículas para a atmosfera;

• Fechar os silos de estocagem de massa asfáltica;

• Pavimentar ou molhar e manter limpas as vias de acesso internas;

• Dotar os silos de estocagem de "filler" de sistema próprio de filtragem a seco;

• Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dossistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó retido nas mangas;

• Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes de dar partida nos equipamentos deprocesso;

* Manter em boas condições de operação todos os equipamentos de processo e de controle;

* Dotar as chaminés de instalações adequadas para realização de medições.

As usinas de asfalto que estiverem prestando serviço às obras, deverão executar amostragens emsuas chaminés. Serão coletadas amostras trimestrais, com objetivo de analisar a concentração dematerial particulado que é lançado para a atmosfera. A amostragem deverá seguir o princípio daisocinética.

4.3. Usinas de Concreto

O concreto aplicado na obra adquirido de terceiros deverá ser adquirido de fornecedores que tenhamem ordem a licença ambiental nas suas plantas de produção.

No caso de produção de concreto na própria obra, a Empreiteira deverá obter licença ambientalespecífica junto à CETESB.

As operações de britagem, rebritagem, peneiramento, manuseio e transferência provocam grandegeração de material particulado, contribuindo com cerca de 80% do total das emissões geradas naatividade. Deverão ser adotadas as seguintes medidas de controle:

• Umidificar o material extraído antes de sua transferência do caminhão basculante para a moegade carga;

• Implantar bicos aspersores na moega de carga e no alimentador vibratório, nas laterais e parteposterior;

. Enclausurar os britadores e rebritadores implantando sistema de exaustão e filtragem, ouumidificar as bases e moegas de carga dos mesmos;

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1.1-25

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

• Enclausurar as peneiras intermediárias e seletora final implantando sistema de exaustão efiltragem. Caso tenha se optado pela umidificação nos pontos anteriores, fechar apenas aslaterais, parte posterior e parte superior;

• Implantar bicos aspersores em todos os pontos de transferência;

• Implantar bicos aspersores nos pontos de queda das esteiras para a formação do pulmão e pilhade estocagem;

• Implantar aspersores giratórios e deslocáveis, para aspersão de água sob pressão nas pilhas deestocagem;

* Umidificar o material pétreo estocado, antes da pá mecânica transferi-lo para os caminhõesbasculantes;

• Pavimentar ou molhar as vias de tráfego interno;

• Antes de cada desmonte, molhar a praça onde ocorre a queda do material.

• Poderão ser feitas exigências complementares para os marteletes e perfuratrizes de carreta, casoa concentração de partículas em suspensão no local, excedam os padrões estabelecidos peloCONAMA;

• Acionar os sistemas de controle de poluição antes do início de operação dos equipamentos deprocesso e mantê-los em operação simultânea à pedreira;

• Efetuar a manutenção adequada dos sistemas de controle de poluição;

• Efetuar o planejamento de fogo de bancada visando minimizar emissões advindas de extraçãode blocos de grandes dimensões.

5. ESTRADAS DE ACESSO

5.1. Abertura de Acessos Viários

Praticamente toda a extensão da Linha F dispõe de acesso viário preexistente. No entanto, emsituações específicas pode-se necessitar da abertura de estrada de acesso para determinadasintervenções.

Para que sejam evitados problemas ambientais comuns a essas obras, tais como acessos provisórios,duas diretrizes básicas devem ser seguidas. A primeira refere-se à localização e dimensão dessasobras de apoio, que devem ser projetadas com os seguintes cuidados:

• O traçado dos acessos deve evitar interferências com áreas de interesse ambiental e afragmentação de habitat natural.

• Os materiais de construção (solo, cascalho) devem ser provenientes de jazidas devidamenteautorizadas e que serão recuperadas.

• A via deve conter dispositivos de drenagem e de controle da erosão adequados.

A segunda diretriz consiste na recuperação das condições originais de todos os trechos de terrenoafetados pela construção de estradas de serviço, reconstituindo-se o sistema de drenagem, epermitindo que as águas superficiais percorram seus trajetos naturais, sem impedimentos oudesvios.

No caso dessas estradas de serviço passarem a integrar a rede viária local, devem ser tratadas comose fossem partes das obras principais, ou seja, planejadas e dotadas de todas as características queseriam exigidas normalmente para a implantação e manutenção de vias vicinais.

PBA - Projeto de Recapacitaçào e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1-26

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COMPANHIA PAUUSTA DE _PRIMETRENS METROPOUTANOSa .r t..,

Antes do início das atividades de obra, devem ser verificadas as condições dos acessos existentes notrajeto dos equipamentos, principalmente no que se refere à capacidade de carga das travessias e àcapacidade de suporte da pista de rolamentos.

A abertura deve ser precedida de vistoria prévia e aprovação da Supervisão Ambiental e do órgãoambiental licenciador (licença a ser obtida junto com a licença para instalação do canteiro).

5.2. Rotas, Horários e Requisitos para o Tráfego de Veículos da Obra

A Empreiteira deverá tornar mínima a interferência dos trabalhos sobre o tráfego, o público e otrânsito, criando facilidades e meios que demonstrem essa preocupação. Suas ações serãoacompanhadas pela CPTM, através da Supervisão Ambiental, que participará da análise dosproblemas previsíveis e da definição das soluções a serem adotadas.

O tráfego de caminhões e de equipamentos pesados deve se restringir aos horários que causem amenor perturbação na vida cotidiana da população. Esses horários devem ser pré-estabelecidos esubmetidos à aprovação da Supervisão Ambiental e à anuência do órgão de trânsito do município.

As obras e serviços em vias públicas devem ser executados com a indispensável cautela daadequada sinalização, durante o dia e a noite, e de acordo com os elementos de sinalização diurna enoturna recomendados e descritos nas Normas de Sinalização de Obras em Vias Públicas Urbanasdo órgão de trânsito do município.

A sinalização adequada das obras deve ser feita não só para atender às exigências legais, mastambém para proteger trabalhadores, transeuntes, equipamentos e veículos.

Qualquer obra nas vias públicas que possa perturbar ou interromper o livre trânsito ou oferecerperigo à segurança pública, não será iniciada sem prévios entendimentos com a SupervisãoAmbiental e a Fiscalização da CPTM e com o órgão responsável pelo trânsito. Nenhuma obra emrua transitada por pedestres ou veículos será iniciada sem prévia sinalização para o seu desvio, tudode acordo com as autoridades competentes ou entidades concessionárias de serviços de transportes.

Nos trechos em obras, calçadas e faixas de segurança de passagem de pedestres, particularmentediante de escolas, hospitais e outros pólos de concentração, deverão ser providenciados recursos delivre trânsito de pessoas, durante o dia ou à noite, em perfeitas condições de segurança:

* vias de acesso sujeitas a interferências com a obra deverão ser deixadas abertas com passadiçosou desvios adequados.

• vias de acesso fechadas ao trânsito deverão ser protegidas com barricadas efetivas, com a devidae convencional sinalização de perigo e indicação de desvio, colocados os sinais antecedentes deadvertência. Durante a noite, essas barreiras deverão ser iluminadas e, em casos em que o riscode acidentes seja maior, serão postados vigias ou sinaleiros devidamente equipados paraorientação, evitando acidentes.

A sinalização para o tráfego desviado obedecerá às recomendações do Código de TrânsitoBrasileiro - CTB quanto às dimensões, formatos e dizeres. Os projetos deverão ser aprovados peloórgão de trânsito municipal (pela CET no município de São Paulo).

Nas saídas e entradas de veículos de obras, de área de empréstimo ou bota-fora, deverá serprovidenciada sinalização diurna e noturna adequadas. Especial cautela e sinalização sãorecomendadas para eventuais inversões de tráfego, bem como entendimentos e obtenção de préviaautorização das autoridades competentes.

Toda obra que interferir nas vias de tráfego deverá ter autorização dos órgãos de trânsito, cabendo aeste órgão liberar ou não a execução da obra no sistema viário e fiscalizar, com o intuito de proversegurança a pedestres e veículos, e garantir fluidez do tráfego.

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COMPANHIA PAULISTA DE__ PRIMETRENS METROPOUTANOS j di/, x /

A Empreiteira deverá cumprir o especificado na autorização da obra emitida pelo órgão de trânsito,que normalmente indicará: o prazo de início e término, o nome da empreiteira ou empresaresponsável pela obra, as situações e restrições em que a obra deverá ser executada, ou seja,horários, movimentação de máquinas, equipamentos, etc.

A supervisão e fiscalização de obras que estejam sendo executadas em vias públicas são decompetência do órgão de trânsito. A supervisão ambiental será sistemática e periódica, verificandose a obra está ou não autorizada pelo órgão competente, verificando-se se as exigências previamenteimpostas estão sendo cumpridas.

Os equipamentos empregados deverão ter características que não causem danos em vias públicas,pontes, viadutos, redes aéreas, etc. Quaisquer danos desse tipo deverão ser reparados, sem ônus paraa CPTM. Quando do transporte de cargas excepcionalmente pesadas ou de dimensões avantajadas,que possam causar algum transtorno ao trânsito, deverá se informar previamente à SupervisãoAmbiental, de modo a estabelecerem as rotas, dias e horários a serem utilizados.

A Empreiteira será inteiramente responsável por quaisquer danos a viaturas particulares ouacidentes que envolvam pessoas, empregados ou não nas obras. Onde não for possível desviar otrânsito, a mesma efetuará os serviços por etapas, de modo a não bloqueá-lo. Tais serviços deverãoprosseguir sem interrupção até a sua conclusão e poderão ser programados em dias não úteis ou emhoras de movimento sabidamente reduzido.

Sempre que necessário, se construirá passagens temporárias que permitam o tráfego de veículospara estacionamento ou recolhimento a garagens comerciais ou residenciais.

A indução de tráfego por vias públicas, onde a infra-estrutura em termos de utilidades públicas nãoesteja dimensionada para tal, deverá ser objeto de avaliação técnica e soluções preventivas quedeverão ser submetidas à aprovação do órgão de trânsito municipal.

Deverá haver na obra cópia xerox ou fotocópia autenticada dos documentos de liberação da área deserviço pelo órgão de trânsito com jurisdição sobre o local.

5.3. Transporte de Materiais e Insumos, Circulação de Veículos

A partir da localização do canteiro, praças de trabalho, áreas de empréstimo e bota-fora, entreoutras, a Empreiteira elaborará um Plano de Tráfego, a ser apresentado aos órgãos responsáveispelo trânsito, contendo os principais roteiros indicados, tipo de veículo adotado, número de viagenspor dia, etc. O Plano de Tráfego deverá organizar o transporte de pessoas e materiais em toda aregião durante a obra, de modo a causar o mínimo de transtorno aos usuários da rede viária afetada,aos pedestres, aos moradores vizinhos e ao meio ambiente.

5.3.1. Transporte de pessoal

Para o transporte coletivo de trabalhadores em veículos automotores, dentro do canteiro de obras oufora dele, serão observadas as normas de segurança vigentes.

Os trabalhadores serão transportados diariamente do canteiro para as praças de trabalho, e trazidosde volta no final da tarde.

O transporte coletivo dos trabalhadores será feito através de meios de transporte normalizados pelosórgãos e entidades competentes e adequados às características do percurso.

Para o transporte coletivo dos trabalhadores, será requerida autorização prévia da autoridadecompetente, devendo o condutor mantê-la no veículo durante todo o percurso.

A condução do veículo será feita por condutor habilitado para o transporte coletivo de passageiros.

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COMPANHIA PAUUSTA DETRENS METROPOLITANOS

A empresa irá proporcionar, periodicamente, treinamento de direção defensiva a todos os motoristasonde serão abordados os seguintes temas:

• Percepção, Reação e Frenagem.

• Responsabilidade e Conhecimento.

• Dicas de Segurança.

• Condições Desfavoráveis à Segurança.

• Efeitos do Álcool.

• Noções Parte Mecânica e Elétrica.

* Como Evitar Atropelamentos.

• Primeiros Socorros.

Os veículos utilizados devem apresentar as seguintes condições mínimas de segurança:

• estar em boas condições de uso e equipado com rádio transmissor para contato com a base maispróxima ao serviço.

• possuir carroceria em todo o perímetro do veículo, com guardas altas e cobertura de altura livrede 2,10 m em relação do piso da carroceria, ambas em material de boa qualidade e resistênciaestrutural que evite o esmagamento e não permita a projeção de pessoas em caso de colisão e outombamento do veiculo.

• possuir cinto de segurança tipo três pontos.

• possuir escada com corrimão, para acesso pela traseira da carroceria, sistema de ventilação nasguardas altas e de comunicação entre a cobertura e a cabine do veículo, sistema de iluminaçãointerna, além de sinal de alerta sonoro quando em marcha ré.

• os materiais transportados, como ferramentas e equipamentos pequenos, serão acondicionadosem compartimentos separados dos trabalhadores, em caixas fechadas (com cadeado ou outrotipo de dispositivo) fixadas na carroceria, de forma a não causar lesões aos mesmos numaeventual ocorrência de acidentes com o veículo.

• só será permitido o transporte de trabalhadores devidamente acomodados nos assentos.

5.3.2. Transporte de cargas

Toda carga transportada será bem acondicionada e amarrada à carroceria do veículo.

A operação de guindastes só será realizada por profissional habilitado e treinado para esse tipo deoperação.

Será fornecido treinamento para os operários envolvidos, proibindo principalmente, a permanênciade pessoas sob cargas suspensas.

Não está previsto o transporte de carga que saia da área intema da carroceria do caminhão. Todavia,se isto ocorrer, a parte da carga será sinalizada com bandeirolas vermelhas de advertência. Senecessário, carros batedores sinalizarão à frente e atrás do caminhão; nestes casos o transporte serárealizado nos horários de menor fluxo de veículos pela via, evitando sempre trafegar à noite. Oórgão de trânsito será sempre comunicado com antecedência da realização desse transporte.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F, Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1 .1-29

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5.3.3. Transporte de materiais

Durante o transporte dos materiais até a área de utilização ou até os depósitos de estocagem,atenção especial deverá ser dada às estradas de serviço utilizadas, controlando a velocidade dosveículos e sinalizando as pistas, para evitar acidentes com outros usuários.

Eventuais trechos deteriorados do viário deverão ser recuperados.

Fazer o controle da manutenção e regulagem periódica dos caminhões como forma de minimizaremissões de ruídos e gases.

Controlar a poeira durante a estiagem através da aspersão de água nos acessos dentro da área doprojeto. As cargas de material terroso devem ser transportadas com coberturas de lona.

5.4. Transporte de Produtos Perigosos

O transporte de produtos perigosos deve ser realizado por empresa autorizada pelo órgão decontrole ambiental e ter trajeto previamente informado ao órgão responsável pelo trânsito.

6. ÁREAS DE EMPRÉSTIMO E BoTA-FoRA

6.1. Exploração de Jazidas

Para os casos de importação de materiais de empréstimo para utilização da obra (construção deaterro, reaterro de áreas escavadas, colocação de lastro, melhorias das estradas de acesso, etc.), aexploração desses materiais deve ter a aprovação prévia do proprietário da área onde se localiza ajazida, bem como ser licenciada pelos órgãos ambientais competentes.

As atividades de extração serão acompanhadas pela Supervisão Ambiental, visando a manutençãoda qualidade ambiental da área e a compensação e minimização dos impactos gerados.

Não deverá haver exploração de jazida em APRM (que, no caso da Linha F, ocorre váriosquilômetros a montante na bacia do Alto Tietê, a partir do rio Guaió, em Suzano e Mogi das Cruzesem direção às cabeceiras) nem na APA da Várzea do rio Tietê / Parque Ecológico do Tietê, ajusante da faixa de domínio da Linha F.

Caso a Empreiteira utilize materiais fornecidos por terceiros, somente serão aceitos os materiaisprovenientes de jazidas com funcionamento plenamente aprovado pelos órgãos ambientaiscompetentes, cuja documentação comprobatória deverá ser apresentada para aprovação da CPTM.

6.1.1. Delimitação da área a ser explorada

A seleção das áreas de jazidas a serem exploradas são feitas pela empreiteira e aprovadas pelaFiscalização da CPTM, em função da distáncia máxima de transporte de 30 km até o local deutilização do material. No planejamento prévio das obras já se saberá qual o volume a ser retiradode cada jazida e, conseqüentemente, a extensão da superficie a ser alterada. Pode ocorrer algumadiferença entre os volumes necessários e disponíveis planejados e a real execução, em função decondições do solo, que só são observadas durante a execução, mas essas diferenças geralmente nãosão significativas.

Devem-se sempre respeitar as áreas de interesse ecológico (áreas em bom estado de conservaçãonatural e áreas de preservação permanente), evitando-se, sempre que possível, alterar as condiçõesnaturais desses ambientes.

6.1.2. Desmatamento das áreas a serem exploradas (limpeza do terreno)

A cobertura vegetal deverá ser removida somente na área prevista e delimitada para exploração,onde ocorrerá a decapagem do estéril, e em período imediatamente precedente a essa operação, de

PBA - Proieto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1-30

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forma que logo após o desmatamento ocorra a decapagem. A retirada da vegetação deverá ocorrerna medida em que for havendo necessidade de se explorar cada jazida, evitando-se o desmatamentode várias jazidas em um mesmo período. Os cuidados nessa fase são:

• delimitar a área a ser desmatada e a área onde será feita a estocagem do solo superficial, paraposterior recuperação das áreas alteradas.

* orientar os operários quanto aos processos de retirada da vegetação, no sentido de reaproveitaros restolhos vegetais.

• evitar a queima da cobertura vegetal, encontrando destino para os troncos vegetais que foremcortados e estocar quando possível os restolhos vegetais juntamente com o solo, para utilizaçãofutura na reabilitação de áreas degradadas.

6.1.3. Decapagem do estéril

Definir previamente a espessura do horizonte considerado como solo fértil, quando este existir, efazer a remoção dessa camada para as áreas delimitadas para a estocagem.

A camada de solo fértil compreende, em geral, uma espessura de até 30 cm (pode ser menor), ondese concentram as maiores quantidades de matéria orgânica e a atividade biológica do solo.

Orientar os trabalhos de decapagem em função da espessura do capeamento de solo orgânico.

O solo fértil removido deverá ser estocado e conservado para uso posterior nos setores degradados aserem reabilitados, podendo ser utilizado também na cobertura da superfície final da jazida.

6.1.4. Estocagem do solo

Para a estocagem do solo fértil, é recomendável fazer o depósito em local plano, formando pilhasregulares não superiores a 2 metros de altura. No sentido de prevenir a erosão e o carreamento departículas mais finas, a base da pilha deverá ser protegida com troncos vegetais (do desmatamentoda própria área) e toda sua superficie deverá ser recoberta com restolhos vegetais.

Procurar não alterar as características do solo removido, evitando a compactação do material. Orevolvimento periódico do solo irá facilitar o processo de aeração promovendo uma melhoratividade biológica, o que aumenta a sua fertilidade.

6.1.5. Escavação

As áreas em exploração deverão ser sinalizadas e cercadas, para evitar acidentes com pessoas ouanimais. A área deverá permanecer cercada com estacas de madeira e arame farpado.

Durante a operação da lavra, os trabalhadores deverão usar equipamentos de proteção individual(luvas, botas, capacetes e óculos de proteção e máscara contra poeiras).

6.1.6. Drenagem superficial

Os trabalhos de drenagem superficial das áreas a serem exploradas se farão necessários somente sea operação ocorrer durante o período chuvoso, de forma que o objetivo principal da drenagemsuperficial, nesse caso, será o de facilitar os trabalhos de exploração, evitando que as áreas a seremexploradas fiquem submersas.

Nas jazidas de solo, durante o período chuvoso, deverão ser abertas valetas de drenagem no entornoda área de exploração visando controlar e evitar o fluxo superficial para dentro da escavação.

As pilhas de estoque de solo acumulado devem ser protegidas, tanto em suas bases como nasuperfície. Deve-se colocar na base das pilhas troncos de madeiras e recobri-las com restolhosvegetais, evitando-se o carreamento e transporte de sedimentos.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. AI .1-3 1

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6.2. Manejo de Bota-Foras

Podem ser implantados bota-foras de dois tipos: temporários e permanentes.

Bota-foras temporários podem ser formados durante as obras para recomposição dos taludes.Nesses casos, esses bota-foras devem estar nos limites da faixa e serem providos de dispositivos de

controle de drenagem e contenção de sedimentos, visando evitar o carreamento de material para os

talvegues a j usante.

Os bota-foras permanentes receberão os volumes de material retirado que não possam ser

aproveitados no reaterro, tais como rochas e solos expansivos. Os materiais a serem dispostosdevem ser listados com estimativas dos volumes esperados. Devem ser dispostos em locais com

aprovação prévia do proprietário da área, e também ser precedidos de vistoria pela SupervisãoAmbiental, bem como ser licenciados pelos órgãos ambientais competentes.

Os materiais terrosos ou granulares, de granulometria fina a média, devem ser dispostos em

depósitos executados em conformidade com a ABNT, com lançamento do material em local

devidamente preparado, com dispositivos de drenagem e contenção de sedimentos a jusante dos

mesmos.

Outras áreas para bota-fora poderão ser organizadas em conjunto com a Subprefeitura e/ou CPTM,

aproveitando o material para corrigir pequenas áreas degradadas e estabelecer aterros em outrasobras próximas ao local do bota-fora.

6.3. Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD)

Deve ser realizada a recuperação final das áreas de empréstimo e bota-fora utilizadas pela obra, de

acordo com o PRAD definido em projeto e aprovado pelos órgãos ambientais competentes,englobando a execução de drenagem superficial e de proteção vegetal nas áreas envolvidas, de

forma a garantir a estabilidade do terreno e a proteção permanente.

7. TERRAPLENAGEM

Os trabalhos relativos ao movimento de terra englobarão diferentes tipos de escavação para a

implantação das obras a serem executadas, seja em superficie comum ou em solos de baixa

capacidade de suporte, associados ainda às demais atividades correlatas à terraplenagem em geral,

incluindo raspagem e limpeza do terreno, transporte, aterro compactado e canalização de córregos.

7.1. Supressão de Vegetação

O corte e supressão da vegetação dar-se-ão estritamente no polígono da obra, com a finalidade deliberar a faixa de domínio de quaisquer interferências, e será restrito ao devidamente autorizadopelo órgão ambiental competente (SMA/DEPRN ou SVMA/DEPAVE).

Os procedimentos padrão a serem seguidos durante o processo de remoção são:

• toda e qualquer operação de remoção de vegetação só poderá ser iniciada mediante autorizaçãoexpressa da Supervisão Ambiental;

• as árvores deverão ser tombadas dentro da faixa;

. qualquer árvore que cair dentro de cursos d'água ou além do limite da faixa deverá serimediatamente removida;

• as árvores localizadas fora dos limites da faixa de domínio não serão, em hipótese alguma,cortadas com o objetivo de obter madeira, evitando-se a poda dos galhos projetados na faixa;

• os resíduos do corte deverão ser encaminhados para disposição adequada.

PBA - Projeto de Recapacitaçào e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A í .1-32

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7.2. Limpeza do Terreno e Destocamento

Todos os trabalhos de movimento de terra terão início com a raspagem e limpeza do terreno,empregando-se essencialmente tratores de esteiras de médio porte, pás-carregadeiras e caminhõesbasculantes para a remoção final ao bota-fora, utilizando-se ainda escavadeiras hidráulicas,conforme as necessidades dos diversos locais e seu planejamento executivo, para a remoção dosvolumes isolados mais concentrados de materiais.

Nestas condições, os tratores promoverão a remoção de todo o entulho que persistir nas áreas, alémda raspagem de uma camada do terreno, com a espessura necessária para que se atinja solo comsuporte adequado à conformação da plataforma ferroviária.

Nas áreas que apresentarem materiais orgânicos e/ou com características inadequadas ao tráfego deequipamentos e ao suporte da praça de trabalho, as raspagens poderão se aprofundar em escavaçõeslocalizadas, de modo a possibilitar a troca de solos.

Em qualquer caso, os materiais raspados serão inicialmente enleirados ao longo da faixa de trabalhodo trator e, posteriormente, agrupados e juntados pelo próprio trator. A partir daí, com emprego depá-carregadeira, os materiais serão carregados em caminhões basculantes que efetuarão seutransporte e descarga em áreas de bota-fora licenciadas pelos órgãos ambientais, determinadas emconsenso com a Supervisão Ambiental e a Fiscalização da CPTM.

7.3. Escavação Mecanizada em Áreas de Solo Mole (áreas banhadas por córregos)

Para obtenção do perfil necessário à implantação de canalizações, serão necessárias escavações,pois trata-se de solo com alto de teor de matéria orgânica e argila, constituindo em sua grande partede solos moles.

A escavação nestas áreas dar-se-á por meio de escavadeiras hidráulicas e escavadeiras tipo clam-shell que, ao escavarem, já carregarão os caminhões basculantes postos junto à escavação.

Se necessário, lançar-se-á na área de rodagem dos equipamentos de escavação e de transportematerial silto-argiloso para estabilizar as deformações da área evitando assim transtornos no serviçode escavação.

As escavações serão sempre realizadas de forma a ficar garantida a sua permanente segurança. Ostaludes de corte obedecerão às inclinações indicadas em projeto, e as praças de trabalho estarão, namedida do possível, livres de água.

7.4. Abertura de Valas

Conforme Portaria n° 46 do Ministério do Trabalho, será obrigatório o escoramento de valas comprofundidade superior a 1,50 m. Para tanto, poderão ser utilizados sistemas práticos convencionais,cuja aplicação dependerá das características observadas em cada situação particular.

Deverão ser obedecidas as Especificações Técnicas da CPTM (ET.010-Escoramento Contínuo eDescontínuo) e/ou outras definidas em projeto.

7.5. Aterro

Os serviços de aterro e reaterro de áreas consistem na compactação de camadas sucessivas nasuperficie, de modo a se garantir no solo condições de estabilidade, cujos parâmetros deverãoobedecer às Especificações Técnicas da CPTM (ET.008 - Aterro Compactado) ou outra condiçãoque venha a ser estabelecida pelo Projeto de Engenharia.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1-33

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7.6. Atividades de Caráter Preventivo e Corretivo Destinadas a Assegurar a Estabilizaçãode Encostas e Maciços

As medidas de caráter preventivo e corretivo, relativas à estabilização de encostas e maciçosinstáveis, estão definidas no Projeto de Engenharia e envolvem, conforme o caso, os conjuntos deatividades a seguir descritos.

7.6.1. Ocorrências de deslizamento

Nessas ocorrências, destacam-se os casos de queda de blocos, que se desprendem da superficieexposta e os de arrastes ou deslizamentos de massas, por ruptura ao cisalhamento, decorrentesfreqüentemente da saturação do maciço pelas águas em época de chuvas intensas. As medidas decaráter preventivo e corretivo, preconizadas nos manuais técnicos e no Projeto de Engenharia,envolvem a proteção dos taludes instáveis através de estruturas apropriadas, em geral associadas àadoção de procedimentos ordinários, tais como:

• Reintrodução de cobertura vegetal, envolvendo os estratos herbáceos e arbustivo-arbóreo;

• Remoção de todo material escorregado e, quando possível, de rochas e matacões com potencialde escorregamento; retaludamento e conformação da superficie escorregada;

• Construção de banquetas nos taludes;

• Implantação de sistema de drenagem nas banquetas dos taludes.

7.6.2. Ocorrências de solapamento

Estas ocorrências, que em geral são motivadas pela fundação inadequada sobre terreno pantanoso(solos moles), podem decorrer também de disposições geométricas (terreno de fundação cominclinação transversal pronunciada ou, ainda, inclinação de talude muito íngreme associada aelevadas alturas de aterro). Envolvem a execução de obras especiais, associadas em geral à adoçãodos seguintes procedimentos ordinários:

• remoção do material abatido;

• reconstituição da área abatida com a recomposição do aterro;

• recomposição do sistema de drenagem superficial;

• reintrodução de cobertura vegetal na saia do aterro.

As soluções devem ser estabelecidas após conclusão dos estudos topográficos e geológico-geotécnicos, levando em conta as particularidades de cada caso, a experiência adquirida emsituações similares ocorridas, bem como os preceitos de natureza técnico-econômica.

Dentro desta linha podem estar contempladas as seguintes soluções:

• remoção dos solos moles;

• construção de bermas;

• construção de aterros reforçados;

• construção de aterros estaqueados;

• construção de muro de peso;

• construção de muro gabião;

• construção de muro de terra armada;

• estabilização de talude através da técnica de solo grampeado;

• outras soluções previstas em projeto.PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1-34

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7.7. Recalques e Deformações

A Empreiteira deverá analisar as áreas de risco potencial de recalques e deformações, de acordocom o método construtivo adotado, informando à CPTM a elaboração de vistorias cautelares antes,durante e após as obras, verificando a ocorrência de danos e a necessidade de reparos ereconstruções.

A responsabilidade por danos em construções lindeiras é da Empreiteira, que deverá providenciar, asuas custas, seguro de responsabilidade civil contra terceiros, de valor condizente aos riscosesperados.

Todas as atividades que venham a causar recalques e deformações deverão ser previstas,monitoradas e acompanhadas, a fim de mantê-las dentro dos padrões previstos.

Deverão ser adotadas premissas que preservem as condições de utilização normal das edificações,vias e redes de utilidades públicas passíveis de serem afetadas pelas obras, que deverão serconhecidas antes do início dos serviços. Na ocorrência de danos às edificações e às utilidadespúblicas, a recuperação deverá ocorrer de forma imediata.

Deve ser apresentado para análise e aprovação da CPTM um Plano de Monitoramento Técnico dasEdificações Lindeiras nos trechos de risco, além de um Plano de Contingência para Situações deEmergência, prevendo os procedimentos para evacuação de áreas sujeitas a riscos excessivos e parao caso de acidentes envolvendo trabalhadores da obra e população lindeira.

8. CONSTRtUÇÃO DE OBRAS DE DRENAGEM, PONTES E VIADUTOS FERROVIÁRIOS

8.1. Rebaixamento do Lençol, Manejo das Águas

Esta operação deve ser realizada em conformidade com as características do terreno de modo aminimizar danos a estruturas vizinhas.

As águas extraídas deverão ser adequadamente encaminhadas à rede de drenagem evitando-se ainstalação ou aceleração de processos erosivos, extravazão de águas para as vias públicas eresidências, entre outros problemas.

Toda operação deve ser protegida por sistemas adequados de drenagem, ainda que provisórios.

8.2. Drenagem Superficial

Entendem-se como serviços de drenagem superficial todos aqueles necessários à execução dosistema de coleta de águas pluviais, compreendendo a rede em si e unidades acessórias, tais como;canaletas, escada hidráulica, caixas de passagem, etc.

Os serviços de drenagem e correlatos aqui descritos serão executados em conformidade com asnormas e especificações de projeto, garantindo assim uma infra-estrutura adequada para a execuçãodas obras.

8.3. Canalização de Córregos

Deve ser executada sem prejuízo da capacidade a condução do curso de água, de forma que nãoresultem extravasamentos ou processos erosivos, nem solapamento das margens, de acordo com asolução adotada e detalhada em projeto e em obediência às Especificações Técnicas da CPTM.

8.4. Fundação e Construção de Obras de Arte

As escavações, concretagens e demais atividades de construção devem ser realizadas com o cuidadode evitar acidentes com trabalhadores e o meio ambiente. Nestes serviços, além das demaisdisposições gerais de segurança, a Empreiteira deve:

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1 .1-3 5

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instalar guarda-corpos em lajes elevadas;

utilizar andaimes tubulares, estaiados e assoalhados com pranchas de madeira dotadas de travas;

instalar passarelas e plataformas e mantê-las em perfeitas condições de uso e segurança;

* instalar ganchos para fixação de cabos-guia para engate de cinto de segurança.

Em situação de chuva intensa, devem ser evitadas escavações, e as cavas já abertas devem serprotegidas com material impermeável, além de contarem com drenagem eficiente ao seu redor.

Os materiais retirados nas escavações devem ser depositados a uma distância superior à metade daprofundidade, medida a partir da borda do talude, conforme prescrito na NR-18 (uma das normasregulamentadoras do Ministério do Trabalho para questões de segurança no trabalho).

O acesso ao fundo das cavas deve sempre ser feito através de escadas. As paredes laterais devem serescoradas quando apresentarem risco de desmoronamento.

As cavas devem ser mantidas cercadas e sinalizadas, de modo a evitar a queda de pessoas ouanimais em seu interior.

No caso de estaqueamento, a empreiteira deve tomar as seguintes providências:

• passar correntes que evitem o tombamento das estacas se ocorrer o rompimento do cabo;

• fixar firmemente a torre do bate-estacas à plataforma, estaiando, se necessário;

• garantir distância mínima de segurança às redes de energia elétrica.

Quando do uso de ponteiras para drenagem das cavas, os pontos de despejo da água bombeadadevem ser controlados e devem possuir dispositivos para a retenção dos sedimentos.

Todas as obras de fundações, quando de seu término, devem ter o terreno à sua volta perfeitamenterecomposto, revestido, compactado, drenado e protegido, não dando margem ao início de processoserosivos.

Ao executar serviços de concretagem, a empreiteira deve buscar concentrar os trabalhos na áreaalvo, evitando assim danos a outras áreas. Qualquer derramamento acidental de concreto deverá serimediatamente reparado, sendo o material retirado para áreas de bota-fora ou similares.

Devem ser recolhidos e removidos dos locais de construção todo o lixo e sucata produzidos durantea execução das fundações e demais edificações, como formas de madeira, sobras de ferro dasarmaduras, pregos, arames de amarração, sobras de areia, brita, concreto, etc.

8.5. Travessias de Cursos de água

A travessia de cursos d'água deve ser executada obedecendo a projetos específicos, emconformidade com o estabelecido nos documentos técnicos RAP e PBA, assim como nas exigênciascontidas nas licenças ambientais e na outorga do DAEE.

Durante todas as fases da obra, a Empreiteira deve proteger e minimizar os impactos ambientaisadversos aos cursos de água, da seguinte forma:

• organizar as fases da construção de modo a reduzir o tempo da obra no local;

• limitar a remoção de vegetação somente à largura estritamente necessária para realização dosserviços;

• não criar estruturas que possam interferir com as vazões naturais do curso de água;

• inspecionar periodicamente a praça de trabalho, reparando todas as estruturas de controle deerosão e contenção de sedimentos que apresentem problemas;

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. AI . 1-36

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• remover do leito do curso de água todo o material e estruturas relacionadas com a construção,após seu término;

• recuperar o canal e o fundo do curso de água, de maneira que ele retorne, o mais próximopossível, às condições naturais;

• estabilizar as margens dos cursos de água e terras elevadas em áreas adjacentes, através dautilização de medidas de controle de erosão e de cobertura de vegetação, logo após o término daconstrução, levando em consideração as características dos materiais, as declividades dostaludes de aterro e as condições hidrológicas locais.

Para evitar o aporte de substâncias contaminantes ao corpo de água, a empreiteira deve seguir asmedidas de prevenção contra derramamento de poluentes. Produtos e efluentes perigosos, comoprodutos químicos, combustíveis e óleos lubrificantes, só podem ser armazenados a uma distânciamínima de 200 metros da margem de cursos de água, em conformidade com a legislação vigente.

O reabastecimento de equipamentos deve ser realizado fora da Área de Preservação Permanente(APP).

9. PAVIMENTAÇÃO

9.1. Abertura e Preparo de Caixa

O preparo de caixa consistirá na abertura, homogeneização e compactação de camada de solo nasuperfície do grade das vias onde são previstas as intervenções, de acordo com as especificações deprojeto.

Onde indicado nos projetos de intervenção, o preparo de caixa terá como atividade prévia aconstrução de guias e sarjetas, o que condicionará a execução desse preparo somente na projeção davia efetivamente a ser pavimentada.

9.2. Regularização e Compactação do Subleito

Este serviço consiste basicamente no tratamento adequado do subleito, visando garantir o suportedesejado e de acordo com as especificações de projeto.

9.3. Base de Brita Graduada

As operações necessárias à execução das bases de brita graduada serão: espalhamento,uniformização da espessura de camada e compactação dos materiais. Os serviços deverão serexecutados de acordo com as especificações de projeto.

Os controles tecnológicos serão feitos de acordo com disposições do projeto.

Os equipamentos propostos passarão pela aprovação da Fiscalização.

9.4. Base Macadame Betuminoso

A execução da base de macadame Betuminoso somente terá início após devidamente liberada abase anterior pela Fiscalização, guardadas as mesmas precauções no tocante às condiçõesmeteorológicas.

Também neste caso as primeiras etapas dos trabalhos serão semelhantes às apresentadas para a baseanterior, prevendo-se o transporte do agregado graúdo com o emprego de caminhões basculantes eo espalhamento na área com o auxílio de motoniveladora.

Concluído o espalhamento, dar-se-á início à etapa seguinte dos trabalhos, a qual corresponderá àcompactação do material recém-espalhado.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. AI. 1-37

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Os serviços deverão ser executados de acordo com as especificações do projeto.

9.5. Concreto Asfáltico

Os métodos de execução desses revestimentos serão bastante semelhantes, acompanhando a técnicadescrita a seguir.

Em cada trecho de trabalho, a execução do revestimento asfáltico incluirá a prévia execução de umaimprimação betuminosa sobre a superfície de base, além da limpeza com vassourões, seja essasuperfície de base granular, no caso do binder, ou a própria superfície do binder, no caso dorevestimento final da capa.

A exemplo dos casos anteriores, também neste serão verificadas as condições meteorológicas locaisantes do início dos trabalhos.

Os serviços deverão ser executados de acordo com as especificações do projeto.

9.6. Imprimação Ligante e Impermeabilizante

Consiste na aplicação de uma camada de material asfáltico sobre a superfície da base já executado,objetivando aumentar a coesão da superfície da base pela penetração de material asfáltico epromover condições de aderência entre a base e o revestimento.

Após a perfeita conformação geométrica da base, procede-se à varredura da sua superfície comemprego de vassoura mecânica e manual, de modo a eliminar o pó e material solto. A seguir aplica-se o material asfáltico.

Os serviços deverão ser executados de acordo com as especificações do projeto.

9.7. Revestimento de Concreto Asfáltico Usinado à Quente

O serviço será iniciado após a cura da imprimação, a limpeza da superfície e a liberação pelaFiscalização, porém para garantir a qualidade dos serviços, estes não serão executados em tempochuvoso ou quando a temperatura ambiente for inferior a 1 0°C.

Os caminhões descarregarão o concreto asfáltico diretamente nas vibro-acabadoras e estasdistribuirão o material na pista de maneira uniforme, na espessura e largura desejada. Quando alargura máxima for insuficiente havendo a necessidade de mais passada, a junta serácuidadosamente tratada. Deverá ser imprimada, caso já tenha resfriado, garantindo-se assim umaboa ligação entre passadas nas juntas longitudinais.

Os serviços deverão ser executados de acordo com as especificações do projeto.

10. MANEJO, TRANSPORTE E DisposiçÃo FINAL DE RESíDUOS SÓLIDOS

As ações de manejo, transporte e disposição final de resíduos sólidos gerados pelas praças detrabalho e canteiros de obra têm como objetivo básico assegurar que a menor quantidade possívelde resíduos seja gerada durante a implantação das obras e que sejam adequadamente coletados,estocados e dispostos, de forma a não resultar em emissões de gases, líquidos ou sólidos querepresentem impactos significativos sobre o meio ambiente.

O gerenciamento ambiental dos resíduos sólidos está baseado nos princípios da redução da geração,na maximização da reutilização e da reciclagem, e na sua apropriada disposição final.

10.1. Plano de Gestão de Resíduos Sólidos

A Empreiteira adotará um plano para manejo, transporte e disposição dos resíduos sólidos geradosna implantação das obras da CPTM, minimizando os potenciais impactos ao meio ambiente, tendocomo referência, além das diretrizes aqui estabelecidas, os seguintes documentos:

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. AI .1 -38

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• Portaria Minter 53/79 - destino e tratamento de resíduos

• Resolução CONAMA 06/1988

• Resolução CONAMA 275/2001

• Resolução CONAMA 307/2002

• Resolução CONAMA 257/2002

• NBR 10.004 - Resíduos sólidos - Classificação

• NBR 10.005 - Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos

• NBR 10.006 - Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos

• NBR 10.007 - Amostragem de resíduos sólidos

* NBR 11.174 - Armazenamento de resíduos: Classe II - Não Inertes e III - Inertes

• NBR 12.235 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos - Classe 1

* NBR 12.808 - Resíduos de serviços de saúde

* NBR 12.809 - Manuseio de resíduos de serviços de saúde

• NBR 12.810 - Coleta de resíduos de serviços de saúde

• NBR 13.221 - Transporte Terrestre de Resíduos

• NBR 13.463 - Coleta de resíduos sólidos

• NBR 13.853 - Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes - requisitose métodos de ensaio

• Plano de Controle Ambiental de Obras aprovado pelo órgão ambiental na emissão da Licença deInstalação

• Condicionantes específicos estabelecidos pelo órgão ambiental na Licença de Instalação

• Decreto Estadual 8.468/76.

• Legislação Municipal, etc.

A empreiteira designará uma equipe adequada para a implementação de um programaambientalmente seguro dentro de cada uma das fases da construção. Devem ser delegadas,diariamente, responsabilidades para a gestão de resíduos às suas equipes sediadas nos canteiros deobra, praças de obra e faixa de servidão. Devem ser mantidos, por esses indivíduos, registros diáriosda atividade de gestão de resíduos.

A Supervisão Ambiental terá autoridade para paralisar toda atividade imprópria de manejo deresíduos e requisitar imediata recuperação e correção de qualquer dano ambiental. A empreiteiradeverá tratar todas as não-conformidades identificadas pela Supervisão Ambiental.

A empreiteira será responsável por todas as multas e/ou ações decorrentes da gestão imprópria dosresíduos sólidos, praticada por seus empregados ou subcontratados, nos canteiros, rotas detransporte e faixas de servidão.

A empreiteira deve classificar os resíduos sólidos por ela ou em seu nome gerados (porsubcontratadas) com base nas definições apresentadas NBR 10.004 e descritas a seguir:

Resíduos sólidos - resíduos nos estados sólido e semi-sólido que resultam de atividades dacomunidade, de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e devarrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água,aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A] .1-39

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líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos oucorpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face damelhor tecnologia disponível.

Resíduos Classe I ou Perigosos - resíduos que apresentam periculosidade em função de suaspropriedades fisicas, químicas ou infecto-contagiosas, apresentando pelo menos uma das seguintescaracterísticas:

• Inflamabilidade - podem entrar em combustão facilmente em face de exposição de fonte ígneaou até de forma espontânea;

• Corrosividade - atacam os materiais e organismos em função de suas características ácidas oubásicas intensas;

• Reatividade - reagem com outras substâncias podendo liberar calor, energia ou formarsubstâncias tóxicas, corrosivas ou inflamáveis;

• Toxicidade - agem sobre organismos vivos, causando danos às suas estruturas;

• Patogenicidade - apresenta características biológicas infecciosas, contendo microorganismos esuas toxinas;

• Radiatividade - emitem radiações ionizantes.

Resíduos Classe II ou Não inertes - resíduos que não se enquadram nas classificações de resíduosClasse 1 - Perigosos ou de resíduos Classe III - Inertes podendo ter propriedades como:combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água.

Resíduos Classe Ill ou Inertes - resíduos que, quando amostrados de forma representativa, segundoa norma NBR 10.007 (Amostragem de Resíduos), e submetidos a um contato estático ou dinâmicocom água destilada ou deionizada à temperatura ambiente, conforme teste de solubilização, segundoNBR 10.006 (Solubilização de Resíduos Sólidos) e teste de lixiviação, segundo NBR 10.005(Lixiviação de Resíduos Sólidos), não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados oulixiviados, respectivamente, a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água,conforme padrões da NBR 10.004, excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.

São apresentadas a seguir a definição e classificação de resíduos da construção civil, de acordo com aResolução CONAMA 307/2002:

Resíduos da construção civil. são os provenientes de construções, reformas, reparos e demoliçõesde obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como:tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras ecompensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações,fiação elétrica, etc, comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha;

Classificação dos resíduos da construção civil:

1- Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos,blocos, telhas, placas de revestimento, etc), argamassa e concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos,meios-fios, etc) produzidas nos canteiros de obras;

II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. AI .1-40

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III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicaçõeseconomicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtosoriundos do gesso;

IV - Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas,solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos declínicas radiológicas, instalações industriais e outros.

10.2. Gerenciamento dos Resíduos Sólidos

O gerenciamento de resíduos sólidos é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclarresíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos paradesenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programase planos. Deve ser executado de acordo com o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, normas daABNT e legislações específicas de âmbito federal, estadual e municipal.

A gestão dos resíduos sólidos será implementada com base nos princípios: minimização da geraçãode resíduos sólidos, maximização da reutilização/reciclagem; disposição adequada dos resíduos; etreinamento dos trabalhadores em gestão ambiental dos resíduos sólidos.

Os conceitos apresentados a seguir são transcritos da Resolução CONAMA 307/2002:

• Reutilização: é o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo;

• Reciclagem: é o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido submetido àtransformação.

Deve ser indicado um responsável para gerenciar adequadamente o Plano de Gestão de ResíduosSólidos. Este deverá garantir o treinamento de todo o pessoal encarregado em práticas seguras demanejo de resíduos sólidos.

No Plano de Gestão de Resíduos Sólidos devem ser definidas as operações de identificação,seleção, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final de resíduos.

10.3. Identificação, Seleção e Coleta

A primeira etapa do plano de gestão é a identificação dos diversos resíduos gerados nos canteiros deobra, praças de trabalho, faixa de servidão e outros, e os respectivos volumes gerados.Posteriormente, os resíduos sólidos devem ser selecionados, com base na sua classificação edestinação final. O item de destinação final é discutido em separado.

A seleção dos resíduos sólidos com base na sua classificação deve ser realizada, no mínimo, em trêsgrupos, de modo a facilitar a coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos:

• Resíduos perigosos (Classe 1 / Classe D);

* Resíduos não inertes (Classe 11 / Classes C e parte da B - madeiras, papel, papelão etc.);

• Resíduos inertes (Classe III ou Classe A e parte da B - vidros, plásticos, metais etc.).

É importante lembrar que:

• o resíduo não-perigoso que tiver contato com resíduos perigosos deve ser coletado e classificadocomo resíduo perigoso. Um exemplo típico são os trapos, panos e solos contaminados comsolvente e óleo.

• os resíduos perigosos coletados (solventes ácidos, soda cáustica etc) não serão misturados emhipótese nenhuma, pois há sempre a possibilidade de reações químicas violentas e, por vezes,explosivas entre as substâncias químicas envolvidas, além de poderem ser criadas substânciasaltamente tóxicas.

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A coleta será feita diariamente nas praças de trabalho e nos canteiros de obras, promovendo-se suasegregação em recipientes adequados. Os coletores em número e tamanho adequados serãodisponibilizados de maneira a propiciar comodidade ao usuário e facilidade para a remoção de seuconteúdo.

Deverão ser estabelecidos critérios de filtração e recuperação de óleos usados em oficinas, de formaque estes resíduos não escoem diretamente na drenagem.

Os coletores serão apropriados e devidamente identificados com cores distintas (de acordo com aResolução CONAMA 275/2001) para agilizar o processo de armazenamento, transporte edestinação final dos diferentes tipos de resíduos sólidos, conforme descrito no Quadro 1.

Quadro 1 - Identificação de Coletores segundo Tipo de Resíduo

Tipo de Resíduo Tipo de Coletor 1 Cor predominanteBaterias e pilhas (Ni, Cd, Pb)

Solventes e tintas ou materiais com resíduos Tambores LARANJA com tampa e

Óleos lubrificantes usados ou materiais contaminados por identificação do resíduoeles (filtros de óleo usados, panos, estopas etc.)

ResíduosPerigosos Lastro e solos contaminados por óleos/graxas Caçamba LARANJA

^ , . Caixas de madeira l.ARANJA comLampadas de vapor de mercurio e fluorescentes tampa

Pneus inserviveis Depósito com cobertura

Serviços de saúde (lixo hospitalar) Tambor BRANCO com tampa

Papel. papelão Tambor AZUL

Madeira (dormentes, fôrmas, placas de sinalização,Resíduos passarelas e andaimes), serragem Caçamba PRETONão Galhos secos, podas de árvoreInertes Resíduos orgânicos (sobras de alimentos) Tambor MARROM com tampa

Lâmpadas incandescentes e de vapor de sódio Tambor CINZA ESCURANão reciclável Tambor ou Caçamba CINZA CLARAVidros Tambor VERDEPlásticos Tambor VERMELHOMetal (trilhos, restos de ferragens. restos de peças Tambores AMARELO com

Resíduos metálicas, limalhas, cavacos e telas metálicas. parafusos. identificação do resíduoInertes fios elétricos)

Trilhos ContaineresSolos, rochas/brita (lastro), areia, restos de concreto, de Caçambademoliçóes etc

Todos os resíduos recicláveis serão segregados diariamente, para posterior encaminhamento aempresas recicladoras ou doação, a critério da CPTM.

Na contenção de derrames, os solventes e o solo contaminado deverão ser recolhidos em recipientesapropriados e destinados, de acordo com sua classificação, como resíduos perigosos. Os materiaisremovidos deverão ser dispostos em recipientes com a devida resistência mecânica e identificados.

10.4. Armazenamento

O armazenamento dos resíduos será feito em local impermeabilizado, preferencialmente coberto,sinalizado, de fácil acesso, afastado de águas superficiais, residências e vegetação. Os canteirosdeverão contar com estruturas apropriadas para tal fim.

De acordo com a classificação dos resíduos, o armazenamento requer práticas diferenciadas:

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a) Resíduos Perigosos

O armazenamento temporário de resíduos perigosos em canteiros de obras será feito, conformeinstruções dos fabricantes e da NBR 12.235 (Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos), emlocais apropriados, até seu encaminhamento para disposição final, assegurando que o local sejaadequadamente:

• sinalizado e identificado de modo claro e visível a todos os usuários, assim como protegido e deacesso somente a pessoas autorizadas.

• afastado de águas superficiais, áreas alagadas e/ou residências;

* pavimentado ou com base provida de material impermeabilizante;

• coberto, arejado e de acesso restrito;

• dotado de aparatos de contenção, como bacia/dique, barricadas (sacos) de areia ou muretas, paraconter eventuais vazamentos;

* autorizado pela Supervisão Ambiental.

Periodicamente os resíduos deverão ser destinados à área de armazenamento temporário de resíduosperigosos, acondicionados em tambores, para posterior destinação final adequada.

Os recipientes serão facilmente identificáveis, discriminando a classe dos resíduos ali contidos.

O local de armazenagem será inspecionado periodicamente e as informações sobre a condição geralda área de estocagem, vazamentos ocorridos e medidas mitigadoras serão relatadas à SupervisãoAmbiental.

Os resíduos perigosos serão inventariados diariamente, sendo reportados em registro padrão.

Os resíduos líquidos ou semi-sólidos (pastosos) perigosos (óleos, graxas, solventes, tintas etc)devem ser guardados em recipientes adequados e fechados, não ultrapassando 90% de seu volumeou mantendo espaço livre a 10 cm no enchimento para dilatação, para evitar transbordamento.

A área destinada à segregação desses resíduos deverá dispor de contenção com a devida proteçãoimpermeabilizante (admite-se, em caráter temporário, diques de contenção de terra cobertos comlona plástica). Neste caso, atentar para a manutenção da integridade do material usado comoimpermeabilizante.

O meio de transporte a ser utilizado na remoção para o destino final deverá ser provido de materialsolvente em todo o perímetro do compartimento de carga.

O resíduo de serviços de saúde (lixo hospitalar) será segregado no ambulatório e, para evitarvazamentos, será embalado em saco plástico duplo e disposto dentro de uma caixa de papelão,devidamente identificado. Sob nenhuma hipótese os resíduos hospitalares podem ser misturados oudispostos juntamente com outros resíduos perigosos ou não perigosos. As agulhas usadas serãodestruídas antes de serem descartadas.

Os resíduos tóxicos, os ácidos e bases devem passar, preferencialmente, por processo deneutralização. Seu acondicionamento deve ser feito em recipientes adequados, com resistênciamecânica, hermeticamente fechados. Deve ser acompanhado de ficha de primeiros socorros para ocaso de contato acidental.

A Empreiteira deve gerenciar todos os resíduos perigosos de uma maneira ambientalmente segura.Todos os resíduos perigosos devem ser coletados, inventariados e adequadamente acondicionadosem áreas de estocagem temporária nos canteiros ou em locais designados nas praças de trabalho.Esta última opção, sempre que possível, deve ser evitada.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1-43

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Antes de preencher o formulário de transporte para os locais de disposição final de resíduosperigosos, a empreiteira deve acondicionar e etiquetar todo os resíduos perigosos de maneirasegura.

Os passos envolvidos na identificação de resíduos perigosos são os seguintes:

• determinar se o material já está contemplado na lista dos resíduos perigosos;

• caso contrário, desenvolver testes específicos para identificação.

Há normas brasileiras específicas que regem a caracterização de um resíduo como perigoso. Umresíduo sólido contendo qualquer componente perigoso é considerado perigoso a menos que aempreiteira prove o contrário.

A empreiteira deverá proceder à adequada identificação dos resíduos hospitalares. Devido ao fatodo lixo hospitalar ser disposto de maneira exclusiva, este, além de conter as inscrições de Perigoso eClasse 1 deverá conter inscrição visível de "Lixo Hospitalar".

A Supervisão Ambiental verificará a correta identificação dos recipientes, recomendando asmodificações necessárias.

Os trabalhadores envolvidos com atividade de gestão de resíduos receberão informações sobreresíduos perigosos, durante o treinamento.

b) Resíduos Inertes / Não inertes

Os resíduos serão armazenados em coletores (tambor ou caçamba) distribuídos por cada frente deobra ou atividade executada nos canteiros, devendo ser identificáveis quanto ao tipo de resíduo,ficar cobertos durante a noite e serem esvaziados diariamente.

As embalagens de papelão/papel serão sempre armazenadas em local seco e cobertas, visando suaadequação para reciclagem. Serão tomadas medidas para a prevenção de incêndios no local ou suapropagação.

10.5. Transporte de Resíduos Sólidos

A empreiteira deve preparar diretrizes de transporte de resíduos sólidos a partir do canteiro de obraou praça de trabalho para o seu pessoal e para os motoristas, que devem seguir os procedimentoscorretos de transporte de resíduos sólidos, incluindo, no mínimo:

• Motoristas de veículos transportando resíduos sólidos devem evitar paradas injustificadas ounão autorizadas ao longo da rota de transporte;

• Os veículos de transporte de resíduos sólidos devem estar equipados com lona para prevenirgotejamento ou dispersão ao longo da rota, ser mecanicamente capazes de atuar em condiçõesadversas de clima, obedecer à capacidade de carga projetada e não serem sobrecarregados, eserem adequada e freqüentemente sanitizados para evitar odores indesejáveis;

• Estabelecimento de um cronograma de coleta de resíduos sólidos para cada veículo.

A Empreiteira será responsável pela correta execução de todos os aspectos e procedimentos detransporte de resíduos sólidos perigosos, inertes e não-inertes. A empreiteira deverá obter todas aslicenças e permissões para o transporte de resíduos sólidos (Certificado de Aprovação deDestinação de Resíduos Industriais - CADRI) e verificar que sua equipe cumpra todos osregulamentos e leis de segurança para tal.

Para o transporte dos resíduos, os veículos / equipamentos devem ser utilizados segundo o tipo deresíduo, conforme mostrado no Quadro 2.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A I .1-44

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Quadro 2 - Forma de Transporte segundo o Tipo de Resíduo

Tipo de Resíduo Forma de TransporteDomiciliares Veículo com caixa Broocks operado com sistema poliguindastePlásticos 1 vidros Veículo com caixa Broocks operado com sistema poliguindastePapel á papelão Veículo com caixa Broocks operado com sistema poliguindasteAmbulatorial Veículo apropriado com identificaçãoPerigosos Veículo com caixa Broocks operado com sistema poliguindasteMadeira Veículo com caixa Broocks operado com sistema poliguindasteMaterial metálico Veículo com caixa Broocks operado com sistema poliguindasteÓleos lubrificantes usados Veículo apropriado (Empresa autorizada pela coleta)

O transporte dos resíduos perigosos, não inertes e inertes, para o destino final, deve ser efetuado demodo a evitar danos ao meio ambiente e a saúde dos envolvidos, devendo atender às normasbrasileiras.

Todos os resíduos perigosos transportados para disposição devem ser documentados em registrocontendo as seguintes informações: transportador, data e procedimento de eliminação, número derecipientes e volume de resíduos, estado físico dos resíduos, local de disposição, descrição daoperação.

Para o transporte de resíduos semi-sólidos e líquidos, estes devem ser acondicionados em tamboresfechados, que não serão totalmente preenchidos, deixando espaços de 10 cm para dilatação.

10.6. Disposição Final de Resíduos Sólidos

Depois de armazenado, o resíduo pode ter três destinos: a reutilização, a reciclagem ou o descarte.

• Reutilização: é o reuso do resíduo, sem alterá-lo ou modificá-lo. Sempre que possível essaprática deve ser feita e incentivada, pois evita a poluição, reduz o consumo de recursos naturais(matérias primas) e os custos da obra.

• Reciclagem: é a transformação do resíduo em matéria prima, introduzindo-o no ciclo produtivo.

• Descarte: é a disposição final do resíduo em aterros devidamente licenciados.

Nenhum material deve ser disposto sem a prévia avaliação e autorização da Supervisão Ambiental.

O transporte dos resíduos sólidos perigosos, não inertes e inertes para a destinação final deverá serrealizado por empresa credenciada e cuja licença de operação permita a manipulação destes tipos deresíduo.

Apesar da empresa estar credenciada para o transporte e destinação dos resíduos, há co-responsabilidade do gerador até o momento em que o resíduo for descartado, de acordo com oprevisto pelo órgão ambiental competente.

O descarte dos resíduos será feito conforme sua classificação.

a) Resíduos Perigosos

O descarte dos resíduos perigosos será feito através da devolução ao estabelecimento em que oproduto foi adquirido, aterro industrial, incineração ou landfarming. A melhor forma de descartedepende do tipo de resíduo e das disponibilidades regionais para o descarte.

Os resíduos inertes e não inertes que estiverem contaminados com óleos/graxas deverão serencaminhados a um Aterro Industrial, para disposição final.

De acordo com a Resolução CONAMA 397/1999, as pilhas e baterias que contenham em suascomposições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento dequaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletro-

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eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, após seuesgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializamou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantesou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos dereutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada.

O Quadro 3, a seguir, apresenta as formas de disposição final que devem ser seguidas para algunsdos possíveis resíduos perigosos que possam ser gerados com as obras.

Quadro 3 - Formas de Disposição Final para Resíduos Perigosos

Tipo de Resíduo Disposição IndicadaAscarel (PCB) Encaminhamento a estabelecimento devidamente licenciadoPilhas e baterias Devolução ao estabelecimento em que o produto foi adquirido ou ao fabricanteÓleos lubrificantes usados Envio para refinoPneus inservíveis Devolução ao estabelecimento em que o produto foi adquirido/ fabricanteLâmpadas de mercúrio Envio para empresa recuperadora / recicladoraServiço de saúde Envio para inertização e aterro sanitário

b) Resíduos Inertes / Não inertes

Os resíduos inertes e não inertes devem ser sempre encaminhados para reutilização / reciclagem.Somente quando não puderem ser reaproveitados serão destinados a um aterro de inertes ousanitário, respectivamente, devidamente licenciados perante o órgão ambiental.

A disposição final dos resíduos da construção civil deve atender à Resolução CONAMA 307/2002.

Os resíduos sólidos orgânicos gerados nos refeitórios dos canteiros de obra serão apropriadamentedispostos em aterros sanitários e/ou encaminhados a usinas de compostagem, ambos licenciados nosórgãos ambientais.

O Quadro 4 apresenta as formas de disposição final que devem ser seguidas para alguns dospossíveis resíduos inertes ou não inertes que possam ser gerados com as obras.

Quadro 4 - Formas de Disposição Final para Resíduos Inertes e Não-Inertes

Ti o de Resíduo |-Dis osi ão IndicadaResíduos Não InertesPapel, papelão Reciclagem ou Aterro Sanitário devidamente licenciado

Madeira (fôrmas, placas de sinalização, Reaproveitamento ou Aterro Sanitário devidamente licenciadopassarelas e andaimes), serragem

Galhos secos, poda de árvore Compostagem ou Aterro Sanitário devidamente licenciado

Resíduos organicos (sobras de Compostagem ou Aterro Sanitário devidamente licenciadoalimentos)Lâmpadas incandescentes e de vapor desódio Aterro Sanitário devidamente licenciadoOutros não-recicláveisDormentes Pátio da CPTM para seleção de lotes e LeilãoResíduos InertesVidros, plásticos, metais Reciclagem ou Aterro Sanitário devidamente licenciadoSolos, rochas/brita, areia, restos deconcreto, de demolições etc. Reaproveitamento ou Aterro de Inertes devidamente licenciado

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10.7. Treinamento

O responsável para gerenciar o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos deverá garantir o treinamentode todo o pessoal encarregado em práticas seguras de manejo de resíduos sólidos. Aconscientização dos trabalhadores quanto às práticas adequadas de manejo de resíduos sólidosproduz em geral, excelentes resultados e redução de custos. Se, por exemplo, forem providenciadoscentros de reciclagem, os trabalhadores serão de grande ajuda na seleção e separação dos materiais.

A empreiteira deve fornecer um curso de uma hora de duração sobre vantagens ambientais daprática responsável da disposição adequada de resíduos sólidos, incluindo as vantagens da aplicaçãodos 3Rs - Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

11. CONTROLE DE RUÍDOS E VIBRAÇÕES

11.1. Ruído

Várias atividades previstas no contexto da implantação das obras poderão gerar alteração dos níveisde ruído, entre as quais destacam-se aquelas relacionadas à preparação do terreno - corte de árvorese demolição de edificações, implantação do canteiro de obras, limpeza do córrego, movimentaçãode terra, trânsito de caminhões, recebimento de materiais, transporte de pessoal, concretagem emmuros de arrimo, cravação de estacas e outras atividade afins.

Para o controle de ruídos emitidos pela obra, a empreiteira e suas sub-contratadas deverão garantir onecessário atendimento à legislação vigente: CONAMA 1/1990, NBR 10.151 e Lei Municipal8.106, de 30/08/1974.

A avaliação do ruído, visando ao conforto da comunidade e à proteção da saúde, deverá ser feita deacordo com a NBR 10.1 51, de 2000 (Avaliação do ruído em áreas habitadas), que estabelece níveisaceitáveis de ruído de acordo com os usos preponderantes da área, conforme apresentado noQuadro 5.

Quadro 5 - Níveis de Ruído segundo os Usos Preponderantes

Uso Predominante do Solo Diurno dB(A) Noturno dB(A)Áreas de sítios e fazendas 40 35Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de 50 45escolasÁrea mista, predominantemente residencial 55 50Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55Área mista, com vocação recreacional 65 55Área predominantemente industrial 70 60

A emissão de ruídos deverá restringir-se também aos limites estabelecidos na Lei Municipal 8.106,de 30/08/1974, que dispõe sobre sons urbanos, fixa níveis e horários em que será permitida a suaemissão nas diferentes zonas de uso e atividades, conforme apresentado no Quadro 6.

Quadro 6 - Limites Legais para Emissão de Ruídos em Área Urbana

7:00- 16:00- 19:00- Domingos FeriadosZona de Uso 16:00 h 19: 00 h 7:00 h 7:00- 19:00-

(dB (d) (B) 19:00 h 7:00 h(dB) (dB) (dB) (dB) (dB)

Estritamente residencial - ZI 75 59 50 55 50Predominantemente residencial Z2, Z8 (CRI, 75 63 50 59 50CR2, CR4) __ _ _ _ __ _ _

Predominantemente residencial, densidade média 75 67 50 63 50- Z3 de Rcpitç e Dinamzaçã d F . ic e I

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamlização da Linha F. Anexo 1. 1Especificaçóes Técnicas Ambientais. AI1. 1-47

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COMPANHIA PAUUSTA DE < PRIMETRENS METROPOLTANOS e _______ R

7:00- 16:00- 19:00- Domingos FeriadosZona de Uso 16:00 h 19:00 h 7:00 h 19:00 h 17:00 h

(dB) (dB) (dB) 19:00 h (700)

Mista - densidade média - Z4, Z8 (CR3) 75 71 59 67 59

Mista - densidade alta - Z5 75 75 59 71 59

Predominantemente industrial - Z5 79 75 63 75 63

Estritamente industrial - Z7 79 79 75 79 75

Especial - Z8 75 75 50 63 50

Com base nos dispositivos legais, e considerando o ruído e as vibrações provenientes da execuçãodas atividades da obra, a empreiteira e todas as empresas transportadoras contratadas para as obras,deverão:

• tomar conhecimento dos resultados da campanha de medição do ruído no entorno dos locais deintervenção, junto aos principais receptores, realizada pela CPTM antes do início das obras,verificar as características do uso do solo dos locais de intervenção, determinar os níveis deemissão de ruído dos principais equipamentos previstos nas obras e avaliar as condiçõesacústicas esperadas durante a obra, com o objetivo de garantir o cumprimento das normas.

• prever medidas para minimização e controle dos níveis de ruído esperados, tais como restriçãode horários de operação, tapumes, etc.

• controlar a emissão de ruídos por motores mal regulados ou com manutenção deficiente.

• efetuar a manutenção rotineira dos silenciadores dos equipamentos para permanecerfuncionando a contento.

• evitar o trabalho no horário noturno (das 22 até as 7 horas).

• utilizar meios de proteção coletiva nas atividades e nos equipamentos, por meio de barreirasacústicas apropriadas a cada caso, nos casos em que houver ruídos excessivos.

• adotar medidas de proteção individual, tais como: utilização de equipamentos de proteção dostrabalhadores, redução do tempo de exposição ao ruído, segundo as normas de segurança ehigiene do trabalho, dotar edificações de dispositivos temporários de proteção acústica, etc, noscasos em que a proteção coletiva não seja indicada.

A Supervisão Ambiental realizará o monitoramento periódico dos níveis de ruído no interior daspraças de obra e nas áreas lindeiras e notificará à empreiteira no caso de eventuais ruídosexcessivos.

11.2. Vibrações

Efeitos indesejáveis decorrentes de vibrações excessivas poderão ocorrer nas atividades demovimento de terra, cravação de estacas, desmonte de rocha com uso de explosivos, além damovimentação de veículos pesados.

A Empreiteira deverá analisar a duração e intensidade dos fenômenos vibratórios produzidos pelassuas operações e definir parâmetros específicos e suas intensidades limites, visando à preservaçãode estruturas lindeiras e conforto humano.

A Empreiteira deverá realizar a inspeção prévia das edificações do entorno das áreas afetadas porvibrações, para avaliação do risco de ocorrência de danos, e o monitoramento das edificaçõeslindeiras durante a execução dos serviços.

A Empreiteira deverá equacionar, antes do início das obras, os problemas estruturais identificadosem edificações e estruturas lindeiras (mediante reforço de estruturas e taludes, por exemplo) deforma a evitar danos com as vibrações e recalques que serão gerados durante a execução das obras.I'BA - Projeto de Recapacitação e Dinamizaçào da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. AI . 1-48

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

Quaisquer danos causados a estruturas e edificações lindeiras às obras serão de responsabilidade daempreiteira, devendo os danos ser ressarcidos, indenizados ou recuperados.

Deverão ser atendidos os requisitos das especificações técnicas relativas a movimento de terra ecravação de estacas, bem como a NBR 9.653 (Guia para Avaliação dos Efeitos Provocados peloUso de Explosivos nas Minerações em Áreas Urbanas).

12. EMISSÕES DE GASES E PARTICULADOS

Os gases e materiais particulados emitidos pelos veículos e equipamentos podem afetar a qualidadede ar nos locais próximos às obras e áreas de apoio.

Os principais poluentes emitidos pelos veículos são o monóxido de carbono, os hidrocarbonetos, osóxidos de nitrogênio, os óxidos de enxofre, os aldeídos e o material particulado (fuligem, poeira,metais, etc). Todos esses poluentes, quando presentes na atmosfera em quantidades elevadas,causam danos à saúde da população exposta. A maior ou menor emissão desses poluentes dependedo tipo de combustível utilizado, da idade do veículo e principalmente do estado de manutenção.No caso de um veículo movido a óleo diesel, quanto mais preta for a tonalidade da fumaça, maiorserá a emissão de todos estes poluentes.

12.1. Normas Aplicáveis

Para o controle de gases e de material particulado emitidos, a Empreiteira e suas sub-contratadasdeverão atender às legislações federal, estadual e municipal, relacionadas a seguir:

• Resoluções CONAMA 18/1986, que instituiu o Programa de Controle da Poluição do Ar porVeículos Automotores - PROCONVE, que tem como metas, entre outras, reduzir os níveis deemissão de poluentes e criar programas de inspeção e manutenção para veículos automotoresem uso;

• Resolução CONAMA 05/1989, que institui o Programa Nacional de Controle da Qualidade doAr - PRONAR, como um dos instrumentos básicos da gestão ambiental para proteção da saúdee bem estar das populações e melhoria da qualidade de vida, entre outros, pela limitação dosníveis de emissão de poluentes por fontes de poluição atmosférica;

• Resolução CONAMA 03/1990, que dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos noPRONAR (ver quadro abaixo);

• Resolução CONAMA 07/1993, que define as diretrizes básicas e padrões de emissão para oestabelecimento de Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M;

• Resolução CONAMA 08/1993, que complementa a Resolução 18/1986 e estabelece limitesmáximos de emissão de poluentes (fumaça e ruído) para os motores destinados a veículospesados novos, nacionais e importados;

• Lei Federal 8.723 de 28/10/1993, que dispõe sobre a Redução de Emissão de Poluentes porVeículos Automotores;

• Decreto Estadual 38.789 de 17/06/1994, que dispõe sobre a obrigatoriedade de certificação dafrota em atendimento ao Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso l/M - SP;

• Resolução CONAMA 16/1995, que estabelece limites máximos de opacidade para os veículosfabricados a partir de 1996 e define o método de aceleração livre como método parahomologação e certificação dos veículos, através do procedimento de ensaio descrito na normaNBR 13.037 (Gás de Escapamento Emitido por Motor Diesel em Aceleração Livre -

Determinação da Opacidade);

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. AI . 1-49

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

Portaria IBAMA 85/1996, que instituiu o programa no qual toda empresa que possuir frotaprópria de transporte de carga ou passageiro, cujos veículos sejam movidos a óleo diesel, deverácriar e adotar um Programa Interno de Supervisão Ambiental e Fiscalização da CorretaManutenção da Frota quanto à Emissão de Fumaça Preta;

Portaria IBAMA 1937/1990, que determina que os veículos importados para comercialização euso no território nacional devam atender plenamente aos limites de emissão e demais exigênciasestabelecidas pelas resoluções do CONAMA;

Resolução CONAMA 251/1999 que estabelece limites máximos de emissão de opacidade aserem atingidos nos programas de Inspeção e Manutenção para os veículos em uso nãoabrangidos pela Resolução CONAMA 16/1995. Estabelece, também, que os ensaios deverão serfeitos de acordo com a NBR 13.037, mediante a utilização de opacímetro de fluxo parcialdevidamente certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e QualidadeIndustrial - INMETRO.

Padrões de qualidade do ar

Os padrões de qualidade do ar estabelecidos pela legislação específica estão apresentados noQuadro 7.

Quadro - Padrões de Qualidade do ArNorma Resolução CONAMA 3/1990 Banco Mundial Diretrizes

Padrões de Padrões Primários Padrões Média Média OMS 1999Qualidade do Ar ug/m3 Secundários Anual 24h ug/m3ug m3 ug/m3 ug/mu

Partículas totais em 80 (1) 240 (3) 60 (1) 150 (3) 80 230suspensão _____403_6 _ ___150_3_ _ _ 230Partículas inaláveis 50(1) 150 (3) 50 (1) 150 (3) 50 150 - -

Dióxido de enxofre 80(2) 365 (3) 40 (2) 100 (3) 80 150 50 (1) 125 (3)Dióxido de 100 (2) 320 (5) 100 190 (5) 100 150 40 (1) 200 (5)nitrogênio (2) .Fumaça 60(2) 150(3) 40(2) 100 (3) - -

Monóxido de 10.000 45.000 (5) 10.000 40.000carbono (4)Ozônio - 160 (5) - 160 (5)(1) Média geométrica anual, (2) Média aritmética anual; (3) Média de 24 h; (4) Média de 8 h; (5) média de 1 hPadrào Primário - Concentrações que, se ultrapassadas poderão afetar a saúde da população.Padrão Secundário - concentrações abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem estar da populaçãobem como o mínimo dano à fauna e à flora. Em áreas poluídas, podem ser entendidos como níveis desejados deconcentração de poluentes. constituindo-se em meta de longo prazo.

12.2. Controle da Emissão de Gases

Com base nesses dispositivos legais, e considerando serem os veículos movidos a diesel fontesignificativa de emissão de poluentes, principalmente dióxido de enxofre, fuligem ehidrocarbonetos polinucleares, e a quantidade de veículos que serão mobilizados durante aexecução das obras, a empreiteira e todas as empresas transportadoras contratadas para as obrasdeverão manter as concentrações de poluentes abaixo dos padrões secundários de qualidade do ar,não podendo ultrapassar as concentrações dos padrões primários, adotando os seguintesprocedimentos:

submeter os seus veículos, máquinas e equipamentos movidos a diesel a uma inspeção mensal,do grau de opacidade emitido pelo escapamento de cada veículo. A leitura deverá estar deacordo com a legislação do CONAMA, e a empresa prestadora desse serviço ser credenciadapelo órgão ambiental do Estado;

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A I.1-50

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COMPANHIA PAULISTA DETRENS METROPOLITANOS - PRIME

• manter os seus veículos movidos a diesel em perfeitas condições de funcionamento por meio demanutenção periódica e sistemática conforme previsto na legislação;

• implantar de sistemas provisórios de exaustão em áreas fechadas, com sistemas antipoluentes eprocedimentos de controle de poeira, gases, fumaça e odores, quando necessário, para amanutenção dos padrões estabelecidos.

12.3. Controle de Material Particulado/Poeira

A empreiteira deverá controlar a geração de material particulado / poeira das diversas fontespotenciais, através de procedimentos diversos tais como:

. regulagem de veículos, equipamentos e maquinários, mecanismos antipoluidores emmaquinários, em atendimento às legislações federal, estadual e municipal;

• umectação do solo por aspersão com caminhões-pipa; fechamento de caçambas de transporte desolos, entre outros possíveis;

• cumprimento da proibição da incineração de qualquer material nas praças de trabalho e qualqueroutra instalação da obra;

• circulação de caminhões e demais equipamentos em vias públicas com pneus e rodasdevidamente limpos.

13. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

O canteiro e as praças de obra devem atender às diretrizes da Legislação Brasileira de Segurança eMedicina no Trabalho, especialmente o Plano de Emergência Médica e Primeiros Socorros, paraeventuais remoções de acidentados para hospital da região.

Considerando a eventual vinda de pessoas de outras áreas e a aglomeração das mesmas emalojamentos, é necessário o desenvolvimento de um controle epidemiológico, com a adoção demedidas de saúde pública visando evitar a proliferação de doenças. Entre essas medidas incluem-sea vacinação, a medicação e a educação sanitária dos operários para a adoção de hábitos saudáveisde convivência.

Os operários deverão dispor dos equipamentos adequados de proteção individual e coletiva desegurança do trabalho.

Na obra deverá ser instalada uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), com aincumbência de promover a segurança do trabalhador. A CIPA deverá se reunir periodicamentecom funcionários da empreiteira, elaborar o Mapa de Riscos Ambientais e definir os Equipamentosde Proteção Individual (EPI) a serem utilizados pelos diferentes setores das obras, cuidando paraque sejam utilizados e mantidos estoques de reposição.

É possível antever alguns tipos de acidentes que podem ocorrer nesse tipo de obra: acidentesdecorrentes de trânsito de veículos; da utilização de equipamentos e ferramentas; lesões causadaspor acidentes na obra; doenças causadas por vetores transmissores, parasitas intestinais ousexualmente transmissíveis, dentre outros.

Devem ser previstas a elaboração e a execução de um Programa de Segurança e Medicina doTrabalho, onde esteja definida a política de atuação da empresa quanto aos procedimentos de saúdee segurança nas obras, cumprindo as exigências legais e normas do Ministério do Trabalho.

Definem-se como objetivos gerais do Programa de Segurança e Medicina do Trabalho:

• promover as condições de preservação da saúde e segurança de todos os funcionários das obras;

• dar atendimento às situações de emergência;

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1 .1-51

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COMPANHIA PAUU5TA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

• ampliar o conhecimento sobre prevenção da saúde e de acidentes, aos trabalhadores vinculadosàs obras;

• definir diretrizes para atuação da empreiteira e subcontratadas no controle de saúde dos seusfuncionários, garantindo a aplicabilidade do Programa de Controle Médico de SaúdeOcupacional - Portaria 3.214/1978, NR-07, do Ministério do Trabalho.

Deverá ser elaborado um Plano de Contingência para Emergências Médicas e Primeiros Socorros,incluindo a implementação de convênios com serviços hospitalares da cidade, garantindo o prontoatendimento de casos emergenciais, quando vier a ser necessário.

A empreiteira deve ter, também, as seguintes responsabilidades:

• exigir dos fomecedores dos equipamentos de proteção individual o certificado de aprovaçao,emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego;

• remeter à Supervisão Ambiental o calendário de reuniões mensais da CIPA, bem como enviarcópias das atas e das fichas de informações (Anexo 1 da NR 5) à DRT-SP;

* comunicar imediatamente à Supervisão Ambiental sobre os acidentes que gerem mais do que 15dias de afastamento;

• cuidar para que os responsáveis pelo pessoal da obra instruam com detalhes as tarefas aos seussubordinados, objetivando maior eficiência e menor número de acidentes.

As atividades desenvolvidas pela empreiteira não poderão deteriorar as condições de higieneexistentes em toda a área afetada pela obra.

A empreiteira deverá atuar de forma preventiva, antes do início dos serviços que potencialmentevenham a alterar as condições, bem como de forma corretiva, recuperando prontamente ascondições mínimas exigidas pelos órgãos competentes.

A empreiteira deverá atender às normas legais de segurança e medicina do trabalho em todas suasatividades, além da seguinte legislação: Lei Municipal 11.228, de 25/06/1992 - Código de Obras eEdificações do Município de São Paulo - Decreto Regulamentador 32.329, de 23/09/1992; LeiMunicipal 10.315, de 30/04/87 que dispõe sobre limpeza pública do Município de São Paulo, comalterações introduzidas pelas Leis Municipais 10.375, de 22/10/1987; 10.508, de 04/05/1988; e10.746, de 12/0919/89; e Código Sanitário do Estado de São Paulo.

14. EROSÃO E ASSOREAMENTO

Todas as atividades que possam provocar processos erosivos deverão prever, no seu projeto, asrespectivas medidas de caráter preventivo e, se necessário, corretivo, tais como proteção da camadasuperficial do solo, por meio da execução de revestimento vegetal, e construção de sistemas dedrenagem apropriados.

Aos primeiros sinais de ocorrência deste fenômeno, em situações não previstas previamente ouquando as soluções adotadas não se mostrarem eficientes, os serviços deverão ser paralisados para aadoção de medidas mais eficazes, só retomando suas atividades após a eliminação dos riscos.

Deverão ser adotadas medidas para evitar o assoreamento do sistema de drenagem das áreas deentorno das obras, através de dispositivos para retenção de sólidos nas saídas de praças de trabalho,canteiros e demais dependências de obra, limpeza periódica de bocas-de-lobo e galerias de águaspluviais.

A empreiteira deverá considerar todos os requisitos estabelecidos nas demais especificaçõestécnicas do projeto, bem como atender ao previsto na Lei Municipal 11.380, de 17/06/1993, quedispõe sobre a execução de obras nos terrenos erodidos e erodíveis e sobre exigências de alvará paramovimento de terra.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. AI .1-52

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS 1 1--,-

Medidas preventivas para controle da erosão e assoreamento devem ser adotadas ao longo e durantetoda a obra, em todas as áreas afetadas, entre elas:

. condicionar a abertura de novas frentes de obras à ocorrência de condições climáticassatisfatórias.

• evitar, sempre que possível, a abertura de novas frentes quando houver previsão de chuvasintensas num curto período de tempo.

• orientar e limitar o desmatamento ao estritamente necessário para a implantação das obras nafaixa de domínio.

limitar a abertura de novas frentes, sem que as já abertas tenham os elementos de proteçãoestabelecidos (drenagem, cobertura de proteção, bacias de sedimentação, etc).

• executar medidas de proteção contra processos erosivos e desmoronamentos em taludes de cortee aterro. As medidas de proteção pertinentes envolvem a construção de terra armada,enrocamento, pedra argamassada, argamassa projetada, etc.

• executar medidas que permitam evitar a evolução de erosões e rupturas remontantes, no caso deaterro em encostas. Estas medidas deverão incluir:

- implantação de um sistema de drenagem para captação de surgências de água, se necessário,antes de lançar qualquer material (colchão drenante);

- conformação do pé de aterro em forma de dique, com material razoavelmente compactado e,quando próximo a cursos de água, proteger o dique com enrocamento;

- compactação do aterro, conforme definido no Projeto, em camadas, além da proteção edrenagem superficial.

- medidas preventivas para evitar o aparecimento e aceleramento de processos erosivos, taiscomo: revegetação de taludes expostos e com alta declividade, terraceamento, drenagem,amenização da declividade de taludes, manejo e compactação do solo etc.

Os sistemas de drenagem, provisórios ou definitivos, devem se integrar perfeitamente à drenagemnatural da área e/ou aos sistemas de drenagem existente nos logradouros vizinhos e respectivassarjetas, cuja funcionalidade não poderá ser afetada em nenhuma hipótese.

Em nenhum local poderá haver represamento de águas superficiais. Os taludes produzidos por corteou aterro devem ter garantida a adequada drenagem, utilizando-se canaletas, degraus e caixas dedissipação de energia, se necessário.

Devem ser tomadas providências técnicas (transitórias ou definitivas) para evitar as erosões emtaludes, canaletas ou calhas naturais. As medidas preferenciais são as que utilizam revestimentocom mistura solo-aglomerante ou recobrimento com solo orgânico e cobertura vegetal (gramíneas,plantas rasteiras nativas ou leguminosas forrageiras e espécies arbóreas e arbustivas). Todos ospontos de despejo da vazão de canaletas e drenos no terreno devem receber proteção contra erosão,através da disposição de brita, grama ou caixas de dissipação de energia.

O Projeto de Drenagem Superficial deve definir dispositivos com a finalidade de proteger a infra-estrutura ferroviária, assegurando a adequada drenagem das águas pluviais em todas as suas formasde ocorrência, dos quais se destacam os mais usuais:

• valetas de proteção, dispostas a montante dos off-sets, para interceptar as águas que poderãoatingir o talude do corte ou do aterro;

• canaletas, utilizadas na plataforma ferroviária para coletar a água que incide sobre a mesma,conduzindo-a até lançá-la em ponto adequado;

PBA- Projeto de Recapacitação e Dinamizaçào da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. AI .1-53

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descidas de água, empregadas nos pontos baixos dos aterros e nos locais onde o fluxo de águana canaleta estiver próximo da capacidade de escoamento da mesma;

dissipadores de energia, para atenuar a velocidade da água, diminuindo o risco de erosão doterreno natural, meios fios e demais dispositivos.

Adotar sistema de drenagem específico temporário, nas áreas com operação de atividades deterraplenagem. O dispositivo padrão é a bacia de sedimentação (ou caixa de sólidos), a qualconstitui uma pequena e temporária estrutura de contenção formada por escavação e/ou dique, queintercepta e retém sedimentos carreados pelas águas superficiais, com dimensões e em quantidadesapropriadas, mantidas em boas condições de operação ao longo de todo o período de construção,evitando o assoreamento da rede de drenagem.

Tais bacias deverão ser construídas próximas ao pé dos taludes dos aterros ou nas proximidades dassaídas das descargas dos drenos das águas superficiais, de fontes de sedimentos de aterros, cortes ebota-foras, não devendo ser construídas no leito de cursos de água.

Os sedimentos depositados na bacia devem ser removidos e dispostos em local apropriado (bota-fora controlado, corpo de aterro) e a bacia deve ser recuperada nas suas dimensões originais.

A operação de remoção dos sedimentos deve ser realizada no momento em que a metade da alturaútil da bacia for alcançada pelo material depositado.

O dique das bacias de sedimentação deverá ser construído com os materiais da própria obra oudisponíveis no local específico (rocha sã, argila, rocha alterada, etc).

O dique não deverá ter altura maior do que 2,0 m, na parte onde a topografia do terreno natural é amais baixa.

A plataforma de topo deverá ter um mínimo de 1,5 m de largura e os taludes inclinação 2H:1V, oumais abatidos, dependendo do material de construção.

O vertedor da bacia pode ser constituído de argila, de tubo, de pedra ou de concreto. Para cada localdeve ser estudado o tipo de material a ser empregado, observando-se, sempre, a garantia da sua nãoerodibilidade.

De forma conjugada com a construção dos dispositivos de drenagem superficial, deverá ser feita aproteção superficial dos taludes (cortes e aterros), dado o papel que desempenha na estabilizaçãodos maciços, impedindo a formação de processos erosivos e diminuindo a infiltração de água nomesmo, através da superfície exposta do talude.

Após a estabilização das áreas afetadas pela construção da ferrovia, a empreiteira deverá recuperar erevegetar o local ocupado pelas bacias. Para a proteção superficial, adotar o revestimento vegetaldos taludes de cortes e de aterros, com a utilização de enleiramento, hidrossemeadura e o plantio dearbustos.

15. RECtUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

15.1. Recuperação de Canteiros e Praças de Trabalho

Os serviços de limpeza e recuperação da faixa de obras devem ser definidos em função dosseguintes princípios básicos para a minimização dos impactos causados ao meio ambiente:

• adoção de métodos para zelar pela proteção ao solo, pelo combate à erosão e pela manutençãoda integridade física da área e edificações do entorno;

• devolução, à faixa de obras e aos demais terrenos atravessados e/ou próximos, do máximo deseu aspecto e condições originais de drenagem, proteção vegetal e de estabilidade, restaurandotodos os eventuais danos ecológicos e socioeconômicos causados às propriedades de terceiros e

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1 -54

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aos bens públicos, assim como aos sistemas hidrográficos e aos mananciais afetados pelaconstrução.

Os serviços de limpeza e recuperação devem ser executados imediatamente após a conclusão daobra.

Deve ser feita a documentação fotográfica, retratando a situação original da faixa, visando àcomparação da situação da área envolvida pela obra, antes e depois das obras.

Além da restauração definitiva das instalações danificadas pela obra, os serviços devem englobar aexecução de drenagem superficial e de proteção vegetal nas áreas envolvidas, de forma a garantir aestabilidade do terreno, dotando a faixa de obras de uma proteção permanente.

A execução dos serviços de drenagem superficial e de proteção vegetal deve obedecer ao projetoconstrutivo previamente elaborado e aprovado pela Supervisão Ambiental.

Nos pontos onde a faixa interceptar rios e corpos de água, deve ser executada a restauração dasmargens e taludes.

Deve ser realizada a limpeza completa da faixa de obras e das pistas de acesso, assim como dosdemais terrenos e estruturas de apoio utilizados nos serviços de construção.

Os serviços de limpeza devem compreender a remoção de:

• pedras, matacões, restos de raízes, troncos de árvores, galhos e demais obstáculos eirregularidades existentes na faixa e nas pistas, oriundos da execução dos serviços;

* fragmentos de equipamentos, ferramentas, embalagens e demais materiais.

Exceto quando estabelecido de outra forma, devem ser desativados todos os acessos provisórios,assim como eliminados ou removidos pontes, pontilhões, estivas e outras instalações provisóriasutilizadas na execução dos serviços de construção.

Devem ser totalmente desobstruídos os canais e valas de drenagem existentes nas propriedades eáreas contíguas, eventualmente interceptadas pela obra.

O projeto de recuperação vegetal deve contemplar a vegetação ou revegetação de todas as áreasatingidas pela construção, das atividades de drenagem, vias, etc. Tal projeto deve propiciar aproteção do solo e dos mananciais hídricos contra os processos erosivos e de assoreamento, assimcomo a reintegração paisagística e a integridade física da própria obra implantada.

Os projetos devem seguir as recomendações abaixo, bem como as especificações contidas no Planode Controle Ambiental de Obras-PCA aprovado na Licença de Instalação.

Sempre que possível, deve ser executado o replantio de espécies nativas em áreas contíguas aosremanescentes atingidos, a partir da coleta de mudas e sementes nas áreas desmatadas, desde queautorizado pelo órgão ambiental licenciador. Na impossibilidade técnica de se promover arecomposição vegetal apenas com espécies nativas, devem também ser selecionadas espécies demaior adaptabilidade e rapidez de desenvolvimento, levando-se em conta a necessidade deestabilização da área, além da reintegração paisagística.

Os trabalhos de revegetação devem ocorrer paralelamente aos serviços de recomposição, logo apóso nivelamento do terreno e a recolocação da camada superior de solo orgânico, observada asazonalidade climática da região.

Devem ser priorizadas, para a revegetação, as áreas íngremes e as margens de cursos de água,consideradas por lei como de preservação permanente, as quais apresentam maiores riscos de danosambientais, como erosões e assoreamentos.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. AI. 1-55

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ P

As Áreas de Preservação Permanente - faixas marginais dos cursos de água (variável em relação àssuas dimensões) e eventuais áreas de elevada declividade (acima de 45%) - receberão umtratamento de revegetação para cobertura rápida do solo, evitando o surgimento de processoserosivos. Para tal, deverá ser utilizado um coquetel de espécies vegetais de gramíneas e leguminosasde rápido crescimento, preferencialmente nativas.

Os plantios devem ser realizados manualmente, com a semeadura a lanço do coquetel de sementespreviamente misturado.

É de responsabilidade da empreiteira a execução dos serviços de revestimento vegetal, incluindo asua irrigação e manutenção, até que fique comprovado, após germinação, a pega total da vegetação.

Nos locais definidos no projeto de proteção vegetal, devem ser instaladas 'placas educativas",indicando a área, extensão da faixa e espécies plantadas ou replantadas, o tipo de vegetação e suasprincipais finalidades.

As áreas de canteiros de obras que não forem utilizadas para outro fim posteriormente devem serrevegetadas.

Os canteiros possuem superfícies com estradas internas e pátios muito compactadas, devido aotránsito de máquinas e caminhões. Para a revegetação, inicialmente deve ser feita uma subsolagempara romper as camadas compactadas dessas superfícies.

15.2. Recuperação de Áreas de Empréstimo e Bota-Fora

No caso de utilizar áreas de empréstimo e/ou de bota-fora próprias, ou licenciadas sob suaresponsabilidade, a Empreiteira deverá recuperar tais áreas após seu uso, de acordo com o PRADaprovado pelo órgão ambiental.

Na recuperação das áreas exploradas como jazidas recomenda-se a aplicação de métodos físicos ebiológicos. Os métodos físicos deverão ser executados tão logo as áreas sejam exploradas e osmétodos biológicos deverão ser executados no início do primeiro período chuvoso subseqüente.

São métodos físicos recomendados:

• recomposição topográfica das áreas exploradas, incluindo a eventual utilização de material debota-fora, se houver;

• sistematização dos terrenos, os quais deverão ficar com inclinação suave, compatível com adireção predominante de escoamento das áreas vizinhas, evitando-se criar locais semescoamento natural;

• leve compactação dos terrenos, para sua estabilização;

• recobrimento de toda a área com a camada superficial de solo orgânico, anteriormente removidae estocada. Deverá ser colocada uma camada de solo orgânico, de forma regular, com a mesmaespessura da camada original, no mínimo, obedecendo a conformação topográfica e recobrindotoda a superfície. A finalidade dessa cobertura é de reconstruir um horizonte orgânico sobre osolo depositado, contendo o húmus que propiciará a absorção dos elementos nutrientes pelasespécies vegetais a serem implantadas.

Os métodos biológicos são as operações de revegetação das áreas recompostas topograficamente.Como o objetivo é devolver à área uma cobertura vegetal tão próxima quanto possível de suasituação original, essas operações podem ser diferenciadas, conforme seja conveniente estabelecervegetação rasteira, arbustiva ou arbórea.

A recuperação de bota-fora, de modo geral, deve compreender as seguintes etapas:

o regularização topográfica;

PBA - Projeto de Recapacitaçào e Dinamizaçào da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1-56

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* recomposição ou implantação de cobertura vegetal.

A regularização topográfica é o preparo do relevo para o recebimento da cobertura vegetal, dando-lhe uma forma estável e adequada ao uso futuro do solo. O relevo final deverá atender aos seguintesobjetivos:

• promover a estabilidade do solo e taludes;

• adequar o terreno a eventuais equipamentos exigidos pelo uso futuro do solo;

• contribuir para o controle de erosão;

• compor favoravelmente a paisagem do ponto de vista estético, atendendo às condições dopaisagismo pré-existente.

Sempre que possível, o terreno deverá ser mantido plano ou com pouca declividade. Em terrenoscom declividade superior a 20%, recomenda-se a construção de bancadas, também denominadasterraços em patamar (terraceamento). O terraceamento visa diminuir a velocidade e o volume daságuas de enxurrada que correm perpendicularmente às curvas de nível do terreno, coletando-as edividindo-as, de modo a minimizar seus efeitos erosivos.

O planejamento da recomposição ou da implantação de cobertura vegetal no bota-fora deve seguiros mesmos passos indicados para a recuperação de áreas de jazidas.

15.3. Recomposição da Vegetação

A recomposição da cobertura vegetal, além do aspecto estético, torna possível a instalação de ciclosde nutrientes que mais tarde podem se auto-regular, sem a necessidade de intervenção externa pelohomem.

A recuperação da cobertura vegetal é capaz de permitir e sustentar o restabelecimento da faunanativa nos locais recuperados. Assim, após a reestruturação das paisagens naturais, espera-seocorrer um repovoamento gradual das áreas por espécies silvestres.

A recomposição da cobertura vegetal tem como objetivos básicos:

* a reintegração das áreas à paisagem dominante na região;

• a recomposição paisagística com características próximas à situação original;

• o controle dos processos erosivos;

• a proteção dos corpos hídricos;

• a recuperação da flora;

• o repovoamento e a manutenção da fauna silvestre regional ou migratória.

Dependendo da localização da jazida explorada - áreas de propriedade rural em uso, ou região jábastante alterada - pode ser mais interessante o plantio de espécies forrageiras, gramíneas eleguminosas, em vez de se procurar uma recomposição vegetal próxima da condição natural masque não se sustentaria muito tempo. Nesse caso, o objetivo é permitir e dar suporte a uma atividadeeconômica, juntamente com uma cobertura que proteja o solo da erosão.

De modo geral, tanto para recuperação da condição anterior quanto para implantação de pastagens,a fixação da vegetação será mais rápida e eficiente se for feita a correção da fertilidade do solo, oque consiste em duas ações complementares: a calagem, que é a correção da acidez do solo,normalmente feita com a adição de calcário dolomítico; e a adubação, por meio da adição denutrientes químicos ou orgânicos. As quantidades a serem aplicadas devem ser indicadas depois deanálise do solo, em laboratórios específicos.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. AI .1-57

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A incorporação do calcário ao solo deve ser feita por meio de gradagem, no mínimo 3 meses antesdo plantio. A incorporação dos adubos se faz juntamente com o plantio.

O plantio de forrageiras geralmente se faz a partir de sementes, a lanço ou com implementosagrícolas. As espécies a serem utilizadas e as quantidades serão estabelecidas em cada caso.

No caso de se pretender a recomposição de vegetação original rasteira e/ou arbustiva, isso pode serfeito por meio de semeadura a lanço ou pela dispersão de propágulos recolhidos em áreas naturaispróximas, procurando-se obter uma cobertura completa do terreno.

Para recompor uma cobertura também arbórea, deve ser prevista a aquisição de mudas de espéciesvegetais em estabelecimentos especializados ou viveiros da região. A quantidade de mudas deve sercalculada em função da área superficial a ser recuperada e do espaçamento recomendado para cadaespécie.

A composição de espécies para o reflorestamento de recuperação deverá incluir espécies pioneiras,secundárias e climácicas, incluindo espécies leguminosas e frutíferas. Esta consorciação otimizará oplantio, pois as espécies pioneiras vão produzir sombra para as demais, as leguminosas possuem apropriedade de fixar o nitrogênio no solo e as espécies frutíferas atrairão a fauna mais rapidamente,principalmente as aves, que por sua vez agilizarão a disseminação e o intercâmbio de sementesentre a mata da região e as áreas em recuperação.

O terreno deve ser preparado antecipadamente para receber as mudas. Devem-se preparar as covas eo adubo para enchimento das covas. Após o plantio, fazer o acompanhamento do crescimento dasplantas, aplicando-se tratos culturais como eliminação de ervas daninhas, combate a formigas, etc.

O plantio deve ser feito preferencialmente no início do período chuvoso, que na RMSP correspondeao final de novembro ou início de dezembro.

Por ocasião do plantio alguns cuidados devem ser tomados:

• o plantio das mudas deve ser executado em nível;

• ao retirar a muda do saquinho deve cuidar-se para que o torrão não quebre, danificando osistema radicular. Após a remoção da muda os recipientes plásticos devem ser recolhidos edispostos em local adequado;

• realizar um suave embaciamento ao redor da muda, por ocasião do plantio, propiciando ummelhor armazenamento de água;

• ao plantar as mudas deve-se tomar o cuidado de não encobrir o caule da planta, uma vez queisso pode causar morte das mudas por afogamento;

• colocar tutores nas plantas para evitar a quebra dos galhos.

O replantio deverá ser realizado 45 dias após o plantio, visando repor as mudas.

O processo de recuperação de uma área que recebeu mudas de espécies arbóreas exige que se faça ocontrole e o acompanhamento dos resultados obtidos. Esse acompanhamento consiste em:

• adubação de cobertura em cada cova, por no mínimo 3 (três) anos consecutivos;

• coroamento e limpeza no entorno das mudas;

• replantio de mudas que se fizerem necessárias;

• combate às formigas, inclusive nas redondezas, num raio de 200 metros, até que se tenhacontrole total das formigas cortadeiras;

• correção e fertilização do solo das covas - além da adubação química é de grande importância aincorporação de matéria orgânica ao material das covas (usualmente esterco curtido).

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1.1-58

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A recomposição da vegetação seguirá os projetos de paisagismo de cada estação (três novas e asduas a serem reformadas) e o Projeto de Reposição de Vegetação específico.

16. DIRETRIZES PARA PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE AÇÕES DE EMERGÊNCIA

NA CONSTRUÇÃO

Os Planos de Gerenciamento de Riscos e de Ações de Emergência (PGR/PAE) contemplam asatividades que devem ser implementadas para evitar e/ou minimizar riscos de acidentes ambientais,durante a construção.

16.1. Plano de Gerenciamento de Riscos

Deverá ser implantado, pela empreiteira, um Plano de Gerenciamento de Riscos que contemple:

• identificação e avaliação dos locais de risco;

• treinamento dos recursos humanos envolvidos;

• procedimentos específicos para atividades de risco;

• materiais e equipamentos, especificados de acordo com as normas em vigor.

O Plano de Gerenciamento de Riscos deve identificar, entre os locais abaixo, aqueles com maioresincidências de riscos, e avaliar o grau de periculosidade de cada setor:

• Armazenamento/Estocagem de Combustível;

• Comboio (caminhão) para Abastecimento e Lubrificação;

• Oficina de Lubrificação;

• Tanque de Armazenamento de óleos Usados;

• Bacias de Decantação de Resíduos;

. Almoxarifados;

• Ambulatório, Refeitório e Alojamentos;

• Estocagem de Explosivos (Paiol);

• Manuseio de Explosivos - Detonações;

• Pistas de acessos;

• Início de intervenções - Limpeza de Área;

* Taludes de Corte/Aterro;

• Terraplenagem;

• Escavações em Rocha;

* Obras em APP.

16.2. Plano de Ações de Emergência

A responsabilidade pela elaboração e implementação do Plano de Ações de Emergência (PAE) é daempreiteira, e deve incluir:

• Comunicação de perigo;

• Resposta das emergências;

• Planejamento integrado;

* Evacuação;PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1-59

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• Coordenação com as autoridades locais;

• Primeiros-socorros;

• Exercícios de simulação, testes, avaliação.

A empreiteira deverá preparar, como mínimo, planos para os seguintes riscos principais:

• transbordamento / vazamentos de óleos combustíveis e lubrificantes;

• acidentes com explosivos;

• escorregamentos/deslizamentos de solo/rocha.

A ocorrência mais comum é o derramamento de óleos combustíveis e lubrificantes utilizados nosequipamentos de construção e montagem, para o que se indicam, a seguir, as principais medidaspreventivas e ações corretivas imediatas.

16.2.1. Medidas preventivas para o derramamento de óleos combustíveis e lubrifícantes

A empreiteira deve instruir a equipe de obras na operação e manutenção dos equipamentos deconstrução, para evitar a descarga ou derramamento de combustível, óleo ou lubrificantes,acidentalmente. Devem ser enfatizados os seguintes assuntos: principais causas de derramamento,tais como mau funcionamento de equipamentos; procedimentos comuns de operação no caso dederramamento; equipamentos; materiais e suprimentos na limpeza do derramamento.

A empreiteira deve proceder à manutenção do equipamento a ser reabastecido e/ou lubrificado, deacordo com um rígido programa. Todos os motores, tanques, containeres, válvulas, dutos emangueiras devem ser examinados regularmente, para identificação de qualquer sinal dedeterioração que possa causar um derramamento e sinais de vazamento. Todos os vazamentosdevem ser prontamente consertados e/ou corrigidos.

Deve-se garantir que todo o reabastecimento será feito considerando que devem estar disponíveis,para utilização imediata, os necessários equipamentos e materiais, bem como a tomada de medidasmitigadoras, para conter possíveis vazamentos que possam alcançar áreas sensíveis, como os cursosde água e pessoas.

A empreiteira deve preparar uma lista sobre o tipo, quantidade, local de armazenamento decontenção e material de limpeza para ser usado durante a construção. A lista deve incluirprocedimentos e medidas para minimizar os impactos no caso de derramamento.

A empreiteira deve realizar um inventário dos lubrificantes, combustíveis e outros materiais quepossam acidentalmente ser derramados durante a construção.

Nos canteiros de obra, o armazenamento deve ser realizado em reservatórios apropriados econfinado da rede de drenagem, através de barreiras físicas.

Áreas de armazenamento de contenção não devem ter drenos, a não ser que os fluidos possamescoar dessas áreas contaminadas para outra área de contenção ou reservatório, onde todo oderramamento possa ser recuperado.

16.2.2. Medidas corretivas

As medidas corretivas devem ser desencadeadas em atenção ao Plano de Ações de Emergência nocaso de derramamento acidental de óleos combustíveis e lubrificantes. A prioridade mais imediata éa contenção, e, se necessário, afastar as pessoas do local e informar o Encarregado ou Supervisor. Oderramamento deve ser mantido no local, sempre que possível.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1 -60

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COMPANHIA PAUUSTA DE -TRENS METROPOErTANOS

Procedimentos de limpeza devem ser iniciados assim que o derramamento for contido. Emnenhuma circunstância se deve usar o equipamento de contenção para armazenar materialcontaminado.

Se o vazamento atingir um curso d'água em grandes proporções, informar e solicitar a presença doCorpo de Bombeiros e/ou Defesa Civil para auxiliar na retirada do mesmo. Para a retirada dovazamento deve ser utilizado um "kit de absorção de óleo em água", fixando a bóia em umaposição do rio (à jusante), que ainda não tenha sido atingido pelo vazamento. Após a contenção,limpar as margens do rio, com o uso de botes e absorver o óleo com espumas, ou usar materialabsorvente ou kit próprio de contenção disponíveis no mercado para aquisição.

O solo e/ou materiais contaminados devem ser armazenados em tambores ou caçambas, em localcom piso impermeável, evitando nova contaminação do solo até a retirada por empresaespecializada, ou destinação final adequada.

Em caso de derramamento, a empreiteira deve notificar a Fiscalização e a Supervisão Ambiental.

17. EDUCAÇÃO AMBIENTAL AOS TRABALIHADORES E CÓDIGO DE CONDUlTA NA OBRA

O Programa de Educação Ambiental no âmbito da obra visa ensinar, mostrar, conscientizar e proveras ferramentas necessárias para que os trabalhadores, inspetores e gerentes envolvidos na obrapossam cumprir todas as medidas de proteção ambiental planejadas para a construção.

O Programa deve cobrir todos os tópicos ambientais, exigências e problemas potenciais do início aotérmino da construção. O método do Programa é o de utilizar uma apresentação sucinta, objetiva eclara de todas as exigências e restrições ambientais e das correspondentes medidas de proteção,restauração, mitigação e corretivas, no campo.

O Programa deve ser apresentado em linguagem acessível aos trabalhadores, eventualmente comconteúdos e meios diferenciados, conforme a bagagem cultural de cada grupo.

O Programa de Educação Ambiental aos Trabalhadores é de responsabilidade da empreiteira. Asatribuições dos responsáveis pelas ações de gestão ambiental devem ser descritas de forma aenfatizar suas responsabilidades e autoridade. As responsabilidades de cada trabalhador e suarespectiva especialidade devem ser definidas de forma objetiva.

O treinamento nas relações com o meio ambiente e com a comunidade deve ser oferecido a todos ostrabalhadores, antes do início das obras. Trabalhadores contratados após o início das obras devemreceber o treinamento o mais breve possível, antes do início de suas participações nas obras.

Um dos principais impactos que deve ser gerenciado é o contato entre os trabalhadores daempreiteira e a comunidade local, além do comportamento desses trabalhadores frente ao meioambiente. Justifica-se, assim, a emissão de normas de conduta para os trabalhadores que se alojaremnos canteiros, bem como a promoção de atividades educacionais para a manutenção de bomrelacionamento com as comunidades (Código de Conduta).

Devem ser requeridos dos trabalhadores o cumprimento das normas de conduta e a obediência aprocedimentos de saúde e de diminuição de resíduos, nas frentes de trabalho, canteiros, faixa dedomínio e áreas lindeiras, como os relacionados a seguir.

• não é permitida, em nenhuma hipótese, a caça, a comercialização, a guarda ou maus-tratos aqualquer tipo de animal silvestre. A manutenção de animais domésticos deve ser desencorajada,uma vez que freqüentemente tais animais são abandonados nos locais de trabalho ou residênciaao término da obra.

• não é permitida a extração, comercialização e manutenção de espécies vegetais nativas.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. 1-61

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COMPANHIA PAULISTA DE -_PRIME

TRENS METROPOUTANOS

• caso algum animal silvestre seja ferido em decorrência das atividades da obra, o fato deve sernotificado ao responsável ambiental da empreiteira e este informará à Supervisão Ambiental.

• porte de armas brancas e de fogo é proibido nos alojamentos, canteiros e demais áreas da obra.Apenas o pessoal da segurança, quando devidamente habilitado, pode portar armas de fogo. Aempreiteira deve assegurar o necessário treinamento do pessoal da segurança.

• equipamentos de trabalho que possam eventualmente ser utilizados como armas (facão,machado, moto-serra, etc.) devem ser recolhidos diariamente.

• é proibida a venda, manutenção e consumo de bebidas alcoólicas em qualquer lugar da obra.

• a realização de comemorações e de acontecimentos pode ocorrer, desde que previamenteautorizada, dentro dos limites da área da obra, em local adequado.

• para os alojamentos de trabalhadores, devem ser incentivados programas de lazer,principalmente práticas desportivas (campeonatos de futebol, truco, etc.) e culturais (filmes,festivais de música, aulas de alfabetização, etc), no sentido de amenizar as horas sem atividade.

• os trabalhadores devem obedecer às diretrizes de geração de resíduos e de saneamento. Assim,deve ser observada a utilização de sanitários (é bastante comum a sua não-utilização) e,principalmente, verificado o não-lançamento de resíduos no meio ambiente, tais comorecipientes e restos de refeições ou materiais descartados na manutenção de veículos.

• os trabalhadores devem se comportar de forma adequada no contato com a população, evitandoa ocorrência de brigas, desentendimentos e alterações significativas do cotidiano da populaçãolocal.

• o uso de drogas ilegais, no âmbito dos canteiros, deve ser expressamente proibido e reprimido.

• os trabalhadores devem ser informados dos limites de velocidade de tráfego dos veículos e daproibição expressa de tráfego em velocidades que comprometam a segurança das pessoas,equipamentos, animais e edificações.

• devem ser proibidos a permanência e o tráfego de carros particulares, não vinculadosdiretamente às obras, nos canteiros ou áreas adjacentes.

• visando manter a segurança dos trabalhadores, fica proibido o transporte de pessoas emcaminhões, principalmente quando estes estiverem transportando equipamentos e combustíveis.

* é proibido acender fogo, dentro ou fora das áreas de obra.

Todos os trabalhadores devem ser informados sobre a configuração e restrições às atividadesconstrutivas na faixa de obras, bem como das viagens de ida-e-volta entre o alojamento e o local dasobras. Outros assuntos a serem abordados incluem os limites das atividades de trabalho, atividadesde limpeza e terraplenagem, controle de erosão e manutenção das instalações, travessias de corposde água, separação do solo superficial do solo escavado, manejo de resíduos, programa derecuperação após o término das obras, etc.

Todos os trabalhadores devem ser informados sobre os procedimentos de controle para prevenirerosão do solo dentro dos limites e adjacências da faixa de obras, providenciar recuperação dasáreas alteradas e contribuir para a manutenção em longo prazo da área.

Todos os trabalhadores devem ser informados de que o abastecimento e lubrificação de veículos ede todos os equipamentos, armazenamento de combustíveis, óleos lubrificantes e outros materiaistóxicos devem ser realizados em áreas especificadas, localizadas fora dos limites da Área dePreservação Permanente. Os procedimentos especiais de recuperação de áreas que sofreramderramamentos devem ser explicados aos trabalhadores.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A 1. -62

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS ----- ,1---

Todos os trabalhadores devem ser informados que nenhuma planta pode ser coletada, nenhumanimal pode ser capturado, molestado, ameaçado ou morto dentro dos limites e áreas adjacentes dafaixa de domínio. Nenhum animal pode ser tocado, exceto para ser salvo. Além de restriçõesrelacionadas às obras os trabalhadores devem ser informados de que tais procedimentos sãoconsiderados crimes com base na Lei.

Todos os trabalhadores devem ser orientados quanto ao tipo, importância e necessidade decuidados, caso recursos culturais, restos humanos, sítios arqueológicos ou artefatos sejamencontrados parcial ou completamente enterrados. Todos os achados devem ser imediatamenterelatados ao responsável ambiental, para as providências cabíveis.

Todos os trabalhadores devem implementar medidas para reduzir emissões dos equipamentos,evitando-se paralisações desnecessárias e mantendo os motores a combustão funcionandoeficientemente.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1. 1 Especificações Técnicas Ambientais. A . 1-63

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS * ,.'

ANEXO 1.2

SUPERVISÃO AMBIENTAL - FICHAS DE APOIO ÀS VISTORIAS

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006.

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS

PBA - RECAPACITAÇÃO E DINANIIZAÇÃO DA LINHA F

ANEXO 1.2

SUPERVISÃO AMBIENTAL DA OBRA

FICHAS DE APOIO ÀS VISTORIAS

Ficha 1 - Vistoria de Canteiros de Obra

Itens para Verificação Periodicidade Impactos AssociadosObediência às licenças e autorizações necessárias e a serem Problemas com a legislação e órgàosemitidas pela CETESB e DAIA; semanal de controle ambientalSistema de filtragem de graxas e óleos nas oficinas; quinzenalLocal de lavagem dos caminhões, equipamentos e tambores; semanalDispositivos para recepção de esgotos sanitários; mensalÁrea de disposição temporária do lixo doméstico da obra; Problemas com a qualidade de vidaCaptação e abastecimento de água; e ambiental, principalmente recursosPontos de lançamento de esgotos; hídricosEstocagem segura e manuseio apropriado de produtos semanalperigosos;Destino final de dejetos das áreas domésticas (banheiros,cozinha);Destino final de rejeitos estéreis da obra;Condições de segurança dos tanques de combustíveis; quinzenalCondições de limpeza dos caminhões (pneus), na saída das diário Assoreamento entupimento depraças de obra; drenagensCondições de umectação das superficies dos caminhos de diárioserviços, evitando geração de poeiras e particulados;Cobertura nos caminhões quando do transporte de material diárioinservível, principalmente terroso; Poluição do arCondições de funcionamento e filtragem dos caminhões, semanalmaquinários e equipamentos;Verificação de ventos predominantes na dispersão de semanalfumaças

Geração e propagação de doenças noOscilações no contingente de trabalhadores, semanal pessoal alocado na obraAcompanhamento das movimentações dos trabalhadores, diária Geração de problemas sociaisevitando perturbações à população lindeira;Indícios de sítios arqueológicos (pouquíssimo provável) e de diário Degradação do patrimônio culturalachados históricos (eventualmente não resgatados);

a dDegradação de áreas utilizadas comRecuperação das áreas utilizadas para instalação do canteiro; semanal instalações provisóriasCumprimento dos TCRAs de cada área de apoio. semanal Problemas com DEPRN

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.2 Fichas para Supervisão Ambiental A 1.2-1

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOLrTANOS _ ""

FICHA 2 - Vistoria de Serviços de Limpeza do terreno, demolições, desmatamento

Itens para Verificação Periodicidade Impactos AssociadosObediência às licenças e autorizações necessárias e a serem diária Problemas com a legislação e órgàosemitidas por DEPRN e DEPAVE; de controle ambientalObediência ao projeto de abertura da área, impedindo cortes diáriadesnecessários ou nào autorizados de árvores;Adequada deposição e guarda do material oriundo dalimpeza (camada orgánica), para futura reincorporação e diáriarecuperação de áreas degradadas; Erosões na área de desmatamento,Proteção das áreas de corte de vegetação nas encostas, naeventualidade de períodos prolongados de exposição do diáriasolo;Proteção dos recursos hidricos e APPs, não permitindodepósito / lançamento de restos de vegetação ou transporte diáriade sedimentos para os talvegues;Adequada disposição dos entulhos oriundos das demolições. Risco de poluição ambiental e deem área cercada e protegida contra catadores, verificando a diária saúde públicaproteção aos corpos hidricos e APPs;Indícios de sítios arqueológicos e históricos. diária Degradação de patrimônio cultural

FICHA 3 - Vistoria de Áreas de Empréstimo e Bota-fora

Itens para Verificação Periodicidade Impactos AssociadosDocumentação e autorizações necessárias e obtidas para início maIl Problemas com a legislação e órgãosda utilizaão das áreas de aoio e obras; seana de controle ambientalVelocidade de veículos e máquinas; Acidentes envolvendo trabalhadoresEficiência da sinalização da obra e acessos utilizados; e transeuntesUmectação com dispersor das superficies que produzempoeira, Poluição do arEmissão das descargas dos veículos e máquinas;Superfície de rolamento dos caminhos de serviço ou do trajetoentre as áreas de apoio e obra; Poluição ambiental de logradourosCarregamento e recobrimento adequado dos caminhões, públicos e residências, com risco deprincipalmente no transporte do material terroso, evitando diária atingimento de talvegues por terra.derramamento/queda de material; entulho. fragmentos de rocha etc.Estocagem de material em locais apropriados;Emissão de ruídos por motores mal regulados ou com Ruídos e vibraçõesmanutenção deficiente;Compactação dos bota-foras;Implantação de -drenagem de serviço" (temporária); semanal Erosões e assoreamentos, eExecução da reconformação da paisagem, da drenagem degradação de áreaspermanente e da revegetação das caixas de empréstimos e mensalbota-foras;Cumprimento dos TCRAs de cada área de apoio; semanal Problemas com DEPRNIndícios de sítios arqueológicos e históricos; diária Degradação de patrimônio cultural

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.2 Fichas para Supervisão Ambiental A 1.2-2

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COMPANHIA PAULISTA DETRENS METROPOLrTANOS ,e

FICHA 4 - Vistoria de Serviços de Cortes, aterros, terraplenagem e drenagem

Itens para Verificação Periodicidade Impactos AssociadosExecução de cortes e aterrosImplantação de drenagem temporária e permanente,respeitando escoamentos naturais e as APPs e impedindo o Erosões e assoreamentos,transporte de sedimentos para os talvegues semanal degradação de áreas e corposRecuperação e recomposição topográfica próxima ao original. hídricosquando possivel, e proteção com revegetação;Aceitação e desenvolvimento da revegetação;Velocidade de veiculos e máquinas, Acidentes envolvendo trabalhadoresEficiência da sinalização da obra; e transeuntesUmectação com dispersor das superficies que produzem diáriapoeira; Poluição do arEmissão das descargas dos veículos e máquinas;Emissão de ruidos por motores mal regulados ou com Ruidos e vibraçóesmanutenção deficiente;Limpeza permanente de talvegues;Condições de descarga das obras, evitando formação de Erosõeserosões; quinzenalImplantação de desvios e captações em condições adversas;Entulhamento de talvegues entupimento de bueiros; semanal e após

- .,incidência de Assoreamentos e inundaçóes nasEficiência do sistema de drenagem; cincad áreas lindeiras

* chuvas

FICHA 5 - Vistoria de Impactos em Áreas Vizinhas às Obras

Itens para Verificação Periodicidade Impactos AssociadosControle dos níveis de ruído e vibrações; Incômodos à populaçãoControle, pela empreiteira, das emissões gasosas eparticulados. através da verificação da manutenção de motores Poluição do arde caminhões e máquinas da obra;Controle, pela empreiteira, da movimentação dos Problemas com a segurança datrabalhadores na faixa de domínio, que devem seguir um população e bons costumesCódigo de Conduta e não ultrapassar a faixa de obras;Controle, pela empreiteira, das oscilações quanto àassiduidade dos trabalhadores, como prevenção no Problemas com a saúde públicaalastramento de doenças aos colegas e à população lindeira; diárioControle, pela empreiteira, de eventuais ações predatórias por Problemas com a legislaçãoparte dos trabalhadores envolvendo APPs, corpos hídricos, ambientalfauna e flora;

Controle da eficiência e manutenção da sinalização dos Problemas ao trânsito local e dedesvios de trânsito e das rotas alternativas; passagem por roubo de placas ou

falta de informaçãoAcompanhamento. por parte da equipe social, das demandas semanal Problemas sociaisdas famílias remanescentes na faixa de domínio da CPTM;Obtenção de aprovação prévia pela Subprefeitura de Capelado Socorro das rotas alternativas para ocasiões de interrupção Transtornos ao trânsito e áde tráfego local; diáriaEficiência da sinalização nas rotas de fuga e nas vias população moradora e de passageminterrompidas.

PBA -Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.2 Fichas para Supervisão Ambiental AI .2-3

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOtJTANOS

FICHA 6 - Vistoria de condições de saúde e segurança do trabalho

Itens para Verificação Periodicidade Impactos Associados

Atendimento aos preceitos de segurança do trabalhoenunciados pela CIPA, que deverá ser criada especificamentepara a obra, com verificação do uso correto e sistemático dosequipamentos de proteção individual (EPI) e outras medidas diário

de prevenção de acidentes;Condições adequadas de iluminação, conforto térmico,maquinário e instalações elétricas, além de armazenagem.

Notificação das doenças profissionais e das produzidas em mensal

obJeto de suspeita, de conformidade com as instruçõesexpedidas pelo Ministério do Trabalho.r

PBA - Pro_jeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.2 Fichas para Supervisão Ambiental A 1.2-4

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4:5>COMPANHIA PAULISTA DETRENS METROPOLrTANOS .- ,

ANEXO 1.3

MANEJO DE ÁREAS CONTAMINADAS

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamizaçào da Linha F. Fevereiro 2006.

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOLUTANOS

PBA - RECAPACITAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DA LINHA F

ANEXO 1-3

MANEJO DE ÁREAS CONTAMINADAS

Este documento apresenta uma complementação do material apresentado no RAP referente a áreascontaminadas, sua possível ocorrência na Linha F da CPTM e os cuidados requeridos para aidentificação e manejo de eventuais solos e águas contaminados durante as intervenções para arecapacitação da Linha.

1. Diagnóstico da situação de contaminação de solos e águas na AID

A eventual ocorrência de solos e águas contaminados na faixa ferroviária de domínio da CPTM naLinha F pode decorrer de: (i) as operações de transporte ferroviário ao longo da faixa; (ii) asatividades de operação e manutenção realizadas em subestações, pátios e oficinas; e (iii) ainfluência de áreas contaminadas externas à faixa.

1.1. Efeito Ambiental das Operações Anteriores de Transporte Ferroviário

As operações ferroviárias constituem, a princípio, atividades potencialmente contaminadoras dosolo e das águas subterrâneas em decorrência de eventuais derramamentos ou disposiçãoinadequada de produtos químicos que podem ocorrer: (i) nas operações de carga e descarga; (ii) novazamento de produtos de vagões tanque, durante o transporte ao longo da Linha; (iii) por ocasiãode acidentes ferroviários; (iv) na manutenção de comboios e locomotivas; (v) na armazenagem decombustíveis, lubrificantes e outros produtos químicos; e (vi) na manutenção da Linha.

A faixa ferroviária da atual Linha F, antiga variante, vem servindo ao transporte de passageiros e decargas há mais de cem anos. A CPTM, constituída em 1992, assumiu a operação da Linha em 1994ao incorporar o patrimônio da antiga CBTU referente ao transporte metropolitano de passageiros. Otransporte de cargas nesse eixo, anteriormente a cargo da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), foiconcedido a operadores privados e atualmente é operado pela MRS Logística.

A CPTM tem a concessão de explorar serviços de transporte de passageiros e mantém contratos decompartilhamento de vias para o transporte de carga com outras operadoras. Os trechoscorrespondentes à Linha F compreendem: (i) entre a estação Brás (Km 2) e a interligação com alinha que vai para o Vale do Paraíba e o Rio de Janeiro, em Itaquaquecetuba (Km 33); e (ii) entreessa interligação e a estação Calmon Viana (Km 41). As vias da Linha F são compartilhadas pelotransporte metropolitano e de carga em toda a extensão da Linha.

As operações de carga, descarga, armazenamento, abastecimento de combustíveis, limpeza emanutenção de locomotivas e vagões de carga são realizadas pela MRS em instalações próprias,separadas da faixa da CPTM.

Além da operação do serviço de transporte metropolitano, a CPTM é também responsável pelocontrole de tráfego da circulação dos trens de carga da MRS nesses trechos. A MRS é responsávelpelo material rodante e pela carga transportada.

Como visto, CPTM herdou da RFFSA e da CBTU instalações utilizadas para o transporteferroviário de cargas por mais de cem anos. Assim, é virtualmente impossível levantar um históricodas operações pretéritas, acidentes ou quaisquer eventos que possam ter gerado passivos ambientaisao longo dos 39 km de faixa ferroviária.

Conforme abordado em item específico (seção 7.4.3), a MRS opera no trecho da Linha F trens quetransportam produtos químicos, mas não há registros de acidentes com vazamentos desde que aMRS assumiu a operação poucos anos atrás.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.3 Manejo de Áreas Contaminadas AI .3-1

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS .... . Z ,---.

Vistorias de reconhecimento realizadas da cabine do trem em todo o percurso, e a pé em diversostrechos da Linha F, mostram alguns indícios visuais de manchas de óleo no lastro e nos dormentes,especialmente nas estações. Não se observam depósitos de resíduos industriais em terrenos da faixaadjacentes às vias, sejam tambores ou pilhas de materiais. Os únicos materiais dispostosprovisoriamente em alguns setores junto às vias são dormentes de madeira e trilhos usados, os quaissão posteriormente levados ao Pátio da Lapa para leilão. Observa-se também a ocorrência deentulho e lixo doméstico lançado irregularmente na faixa por população vizinha, o qual éperiodicamente removido pela manutenção da CPTM.

Conforme abordado em item específico (seção 7.4.4), a capína química utilizada na manutenção dalinha, para o controle da vegetação, é feita com produtos de baixa / média toxidade, aprovados peloIBAMA para uso em ferrovias, e a aplicação é realizada de acordo com o receituário agronômico.Tampouco consta ter havido acidentes de vazamentos de herbicidas. Assim, entende-se que é muitoimprovável que a capina química tenha gerado contaminação na faixa ferroviária, conclusão essaconsistente com a do Parecer da CETESB n° 01/05/ETQR/ESCC.

Com base nessa avaliação preliminar, conclui-se que:

• A circulação de trens metropolitanos e de carga no trecho da Linha F vem sendo realizada nosúltimos anos pela CPTM e pela MRS sob condições técnicas adequadas. Assim, é poucoprovável que a "operação recente" tenha contaminado os solos da faixa e/ou a água subterrânea,a menos de pequenos vazamentos de óleos.

• Não há como saber, através da análise preliminar, se nos mais de cem anos de operação anteriorà assunção das instalações pela CPTM, houve eventos que causaram contaminação significativade solos ou águas subterrâneas.

. Considerando a natureza das atividades de transporte ferroviário realizadas por décadas notrecho da Linha F, não há como descartar, a priori, a existência de solos contaminados na faixaferroviária, especialmente sob as vias, em faixa coberta de lastro de uns 10-1 1 m de largura.

No caso de contaminação de solos, a água subterrânea sob a faixa também tenderia a ser afetada,pois em grande parte da Linha o lençol freático encontra-se a apenas 1,0-3,0 m de profundidade.

1.2. Influência das Atividades de Manutenção realizadas em Pátios e Oficinas

A CPTM desenvolve atividades "industriais", com geração de resíduos sólidos e efluentes, emanejo de produtos perigosos, nas seguintes instalações de manutenção da Linha F:

• Pátio do Brás

• Abrigo Roosevelt

* Abrigo Eng. São Paulo

* Oficina e Subestação Sebastião Gualberto da CPTM. À jusante e adjacente à faixa da Linha F,no Km 9.

• Subestação Ermelino Matarazzo da CPTM, junto à estação Comendador Ermelino. À montantee adjacente à faixa da Linha F, no Km 20,3.

* Oficina e Subestação Calmon Viana. À montante e adjacente à faixa da Linha F, no Km 40,7.

Trata-se de instalações antigas, que operam desde muito antes da criação da CPTM. Informaçõesespecíficas a respeito do manejo de resíduos e efluentes nessas instalações são apresentadas naseção 7.4.

Estudos preliminares de eventuais passivos já foram realizados em duas instalações principais daLinha F (Oficinas Roosevelt e Calmon Viana) e, pela natureza das operações aí realizadas de longa

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.3 Manejo de Areas Contaminadas Al .3-2

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

data, não se pode descartar que exista contaminação de solos e águas subterrâneas. A CPTM dispõede plano de investigação, especificações técnicas e estimativa de custos para realizar as etapas deinvestigação confirmatória, investigação detalhada e avaliação de riscos nessas duas instalações.

Aos efeitos do licenciamento ambiental das obras de recapacitação da Linha F (obtenção da LI),importa analisar se as intervenções previstas no empreendimento em pauta podem ter interferênciacom eventuais passivos ambientais (solos e/ou águas subterrâneas contaminados) que possam tersido gerados pelas operações realizadas nessas instalações.

As intervenções previstas no empreendimento são de dois grandes tipos: (i) as obras civis, dereforma da via permanente, construção de estações e viadutos ferroviários, a serem realizadas nointerior da faixa ferroviária; e (ii) a modernização de sistemas de suprimento de energia, sinalizaçãoe telecomunicações, a serem realizadas tanto na faixa quanto nas três subestações. Não há qualquerintervenção prevista nas oficinas, pátios e abrigos.

Entende-se que as intervenções para a implantação da recapacitação da Linha F não devem causarinterferência com materiais contaminados, pois:

• Pela natureza das atividades realizadas nas instalações de manutenção, eventuais contaminaçõesnas subestações, pátios e oficinas teriam caráter localizado. Assim, as obras civis só poderiamter interferência com materiais contaminados em pequenos setores da faixa ferroviáriaadjacentes a essas instalações, e no caso de haver intervenções previstas nesses locais.

Das instalações mencionadas, só haverá obras civis nas imediações da Subestação ComendadorErmelino (reforma da estação e da via permanente). Esse trecho da Linha está sendo objeto deinvestigação de contaminação por conta da subestação e de instalações industriais vizinhas.

• Não haverá obras civis, com escavações ou qualquer movimento de terra nas subestações nemnas instalações de manutenção da Linha F.

• As intervenções de reforma de sistemas consistem na substituição de equipamentos, o que nãotem potencial de interferência com eventuais passivos ambientais que pudesse haver nesseslocais.

1.3. Influência de Fontes de Contaminação Externas à Faixa

O cadastro de áreas contaminadas da CETESB (maio 2005) indica a presença de 9 áreascontaminadas numa área de influência de até 700-800 m da Linha, aproximadamente (ver cópia dasfichas de cadastro dessas áreas no final deste anexo). O Quadro 1 a seguir indica suas principaiscaracterísticas.

Quadro 1 - Áreas Contaminadas Cadastradas nas proximidades da Linha FNome ! Endereço Classificação, Etapa Meio Impactado Contaminantes |Krn, Distância à

Linha F *

À Montante da Linha FI - Impala Auto Ônibus Remediação em Águas subterrâneas Solventes aromáticos. Km 4,8S/A. Rua Padre Adelino, andamento com (dentro e fora) PAHs, PCBs 300 m, à400. Belenzinho. monitoramento montante

operacional2 - Auto Posto Luz da Contaminada sem Subsolo (dentro), Combustíveis líquidos, Km 5,4Radial Ltda. Av. Álvaro proposta de remediação, águas subterrâneas Solventes aromáticos 150 m. àRamos. 707. Belém. em fase de avaliação de (dentro e fora) halogenados montante.

risco3 - Rossi Trust e Contaminada sem Águas subterráneas Metais Km 7.6Participações Ltda. Rua proposta de remediação. (dentro) 700 m, àSerra de Bragança. em fase de investigação montante1025. Tatuapé confirmatória

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.3 Manejo de Áreas Contaminadas AI .3-3

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS --

Nome 1 Endereço Classificaçào, Etapa Meio Impactado Contaminantes Km, Distância àLinha F (*)

4 - Auto Posto Serra de Contaminada sem Águas subterrâneas Combustíveis líquidos Km 8,2Bragança Ltda. Rua proposta de remediação, (dentro) 700 m, àSerra de Bragança, 1675 em fase de investigação montanteTatuapé confirmatória5 - Raul Monteiro & Contaminada sem Subsolo e águas Combustíveis líquidos, Km 8,5Cia. Ltda. Rua Antônio proposta de remediação, subterrâneas solventes aromáticos 500 m, àde Barros, 1201 Tatuapé em fase de investigação (dentro) montante

confirmatória6 - Posto de Serviços Remediação em Subsolo e águas Combustíveis líquidos, Km 25,6Marechal Tito Ltda. Av. andamento, com subterrâneas solventes aromáticos 400 m, àMarechal Tito. 1118 São monitoramento (dentro) montanteMiguel Paulista operacional

À Jusante da Linha F7 - Keralux S/A Revest. Remediação em Solo superficial e Biocidas Km 19,1 a 19,5Cerâmicos. Rua Arlindo andamento, com subsolo (dentro) 50-100 m, àBettio s/N°. Ermelino monitoramento jusante.Matarazzo operacional8 - Companhia Contaminada com Águas subterrâneas Outros inorganicos, Km 24,7 a 25,3Nitroquímica Brasileira. proposta de remediação. (dentro) outros 100-200 m, àAv. Dr. José Artur em fase de projeto jusanteNova, 951. São MiguelPaulista9 - Companhia Níquel Contaminada com Solo superficial Metais Km 25,2 a 25,7Tocantins. Av. Dr. José proposta de remediação, (dentro) - 800 m. àArtur Nova, 1309. São em fase de avaliação de jusanteMiguel Paulista risco

Fonte: CETESB, maio 2005(*) Distância em linha reta até a faixa ferroviária. Posição da fonte de contaminação, à montante ou àjusante da Linha.

Embora não constem no cadastro de áreas contaminadas da CETESB, existem áreas industriais e deserviços públicos de porte significativo nas imediações da faixa da Linha F que precisam serconsideradas. Destacam-se:

• Indústria Illinois-Owen do Brasil (antiga Císper). Av. Dr. Assis Ribeiro, em ErmelinoMatarazzo. A montante e adjacente à faixa da Linha F entre os Km 17,8 e 18,6.

* Posto de combustíveis atualmente desativado. Av. Dr. Assis Ribeiro, em Ermelino Matarazzo.À montante e adjacente à faixa da Linha F entre os Km 17,8 e 17,95.

* Área do Campus da USP Leste, construído sobre antigo bota-fora dos serviços dedesassoreamento do Rio Tietê. À jusante e adjacente à faixa da Linha F entre os Km 17,8 e 18,6.

• Indústria Bann Química, em Ermelino Matarazzo. À jusante e adjacente à faixa da Linha F entreosKm 19,5 e 19,8.

* Indústria Viscofan, em Ermelino Matarazzo. À jusante e adjacente à faixa da Linha F entre osKm 19,8e20,1.

• Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, em Ermelino Matarazzo. À jusante e adjacente à faixada Linha F entre os Km 20,1 e 20,5.

• Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de São Miguel, em São Miguel Paulista. 300 a 600 mà jusante da faixa da Linha F, entre os Km 23,8 e 24,5.

• Indústrias Mash e Companhia Texima, em Itaim Paulista. À montante e adjacente à faixa daLinha F entre os Km 30,8 e 31,0.

• Poá Indústria Têxtil, em Poá. À jusante e adjacente à faixa da Linha F entre os Km 40,2 e 40,5.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.3 Manejo de Áreas Contaminadas A 1.3-4

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4>COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS

* Indústria IBAR, em Poá. À jusante e adjacente à faixa da Linha F entre os Km 40,6 e 41,3.

As Figuras 1 a 4, no final deste anexo, apresentam a localização dessas áreas.

O principal mecanismo plausível de transporte de contaminantes de uma área contaminada próximaaté a faixa ferroviária é através das águas subterrâneas ou do escoamento superficial. Assim, éimportante considerar a posição da fonte em relação à Linha F, se à montante ou à jusante, ou embacias distintas. Como a Linha F corre paralelamente ao Rio Tietê em toda sua extensão, próximodo limite sul da várzea do rio e intercepta todas as drenagens afluentes ao Tietê, é razoavelmenteseguro estabelecer que o lado direito da Linha (sentido Calmon Viana) fica à montante e o ladoesquerdo à jusante da faixa ferroviária.

Apresenta-se, a seguir, uma discussão conceitual da possível influência dessas fontes externas decontaminação sobre a faixa da CPTM.

1.3.1. Setor Belém - Tatuapé

No trecho entre o Brás e a antiga estação (desativada) de Sebastião Gualberto (Km 2 a 8,7), a faixaferroviária é compartilhada pelas Linhas E e F da CPTM e a Linha 3 Vermelha do Metrô. Ocadastro da CETESB indica, nesse trecho, a presença de 5 áreas contaminadas, todas à montante dafaixa, concentradas no setor de Belém e Tatuapé entre os Km 4,8 e 8,5.

As áreas contaminadas localizadas a maior distância da Linha não devem ter qualquer influência naqualidade dos solos e águas subterrâneas na faixa da CPTM. É o caso das áreas de número 3 (a 700m) e 4 (a 700 m), e possivelmente da área 5 (a 500 m) do Quadro 1.

As áreas 1 e 2 apresentam contaminação das águas subterrâneas por combustíveis líquidos esolventes aromáticos, a distâncias de 300 m e 150 m da faixa. É possível que, nesses setores, aságuas subterrâneas sob a faixa apresentem alguma contaminação proveniente dessas fontes. Noentanto, nenhuma obra do Projeto de Recapacitação da Linha F será realizada no trechocompartilhado pelas 3 linhas, à altura das áreas contaminadas 1, 2, 3, 4 e 5.

1.3.2. Setor entre a USP Leste e Comendador Ermelino

O setor da faixa ferroviária entre a USP Leste e a estação Comendador Ermelino (Km 17,8 a 20,5) évizinho a grandes áreas industriais e de serviços públicos, uma delas sabidamente contaminada(Keralux). Considerando esses antecedentes e o fato que nesse setor serão executadas obras doProjeto de Recapacitação (estações USP Leste e Comendador Ermelino, renovação da viapermanente em todo o trecho), requere-se analisar de maneira específica a possível influência deeventuais contaminações nessas áreas sobre a faixa da CPTM.

A topografia da região (ver plantas da SMA/EMPLASA 1:10.000 com curvas de nível de 5 em 5 m,no Vol 11 do RAP) mostra claramente terrenos bem mais altos ao sul da Linha, o que indica que oescoamento superficial é na direção do rio Tietê, com concentração nos córregos afluentes. O fluxodas águas subterrâneas seguramente segue o mesmo padrão, com o que todo o escoamentosuperficial e subterrâneo tende a atravessar a faixa ferroviária no sentido predominante sul-norte.

A faixa ferroviária foi construída cortando a meia encosta as últimas áreas em declive antes davárzea do Tietê. Com isso, o lado direito da faixa (sentido Calmon Viana, lado sul) apresenta emgeral uma encosta íngreme e até muros de arrimo, enquanto que o lado esquerdo da faixa (ao norte)apresenta um desnível menor em relação aos terrenos adjacentes, estando estes claramente situadosna planície aluvial do Tietê. Com isso, o lençol freático sob a faixa encontra-se bastante raso, emprofundidades entre 0,80 m e 3,20 m.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.3 Manejo de Áreas Contaminadas A 1.3-5

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COMPANHIA PAUUSTA DE =-TRENS METROPOUTANOS

Císper e Posto de Combbustíveis

A indústria Illinois-Owen (Císper) é praticamente lindeira à faixa, à montante, ao longo de 800 m.A antiga Císper não consta como área contaminada, mas trata-se de indústria antiga queprovavelmente operou por muitos anos antes de instalar sistemas de separação e tratamento deefluentes, e manejo de resíduos industriais. É possível que, durante décadas, parte do escoamentosuperficial da área da fábrica tenha escorrido para a faixa ferroviária, além da influência sobre oaqüífero livre sob a faixa.

A área do posto de combustíveis desativado será desapropriada pela CPTM para construção dacalçada de acesso à estação USP Leste e de um retorno da Av. Assis Ribeiro. Assim, quando aCPTM tiver a posse da área, a mesma será objeto de investigação de eventual passivo ambientalconforme procedimento padrão da CETESB, prévio à retirada dos tanques e tubulações enterrados.

Por enquanto, para efeito das obras de construção da estação USP Leste dentro da faixa da CPTM,importa investigar se eventuais vazamentos no posto têm afetado os solos e a água subterrânea nosetor contíguo. Cabe salientar que a plataforma da futura estação começa 40 m após o final da áreado posto, pelo qual uma eventual pluma de contaminação do posto tenderia a afetar principalmenteum setor em que só será feita a renovação da via permanente.

Todo o setor lindeiro à Císper, do Km 17,8 a 18,6 requer investigação de campo da qualidade dossolos sub-superficiais e da água subterrânea.

Campus da USP Leste

O campus da USP Leste está sendo construído sobre antigo bota-fora dos serviços dedesassoreamento do Rio Tietê, com o que os solos no local denotam a presença de grandequantidade de matéria orgânica e metano.

Apesar da vizinhança (a faixa é adjacente ao campus e ao antigo bota-fora), entende-se que osubstrato sob a faixa é diferente, pois as vias férreas foram implantadas no final do século XIX,antes de quaisquer depósitos de bota-fora. Pode haver matéria orgânica típica de uma planíciealuvial, mas não se esperam concentrações maiores de metano pelo uso do solo anterior.

De qualquer modo, o setor vizinho ao campus coincide com o setor vizinho à Císper, com o queinvestigações de qualidade dos solos e águas subterrâneas serão feitas nesse setor.

Cerâmica Keralux

Conforme recomendado no parecer da CETESB sobre o RAP, consultaram-se os documentosdisponíveis na agência da CETESB do Tatuapé sobre a contaminação na área da Keralux.

A antiga indústria cerâmica Keralux foi desativada e demolida em 1986, e a partir de então a áreafoi ocupada irregularmente por população de baixa renda. Atualmente, toda a área da antigaindústria abriga uma densa ocupação residencial de baixa renda, denominada Jardim Keralux. Osetor vizinho à faixa está entre os Km 19,1 a 19,5.

Em 1997 foram realizados trabalhos de remoção de solos contaminados com HCH. Em 2004, aCOHAB realizou um estudo da área da antiga Keralux, consistente em: (i) análiseaerofotogramétrica para identificar e delimitar as áreas suspeitas de contaminação; e (ii)investigação de solos e águas através de sondagens e instalação de poços de monitoramento. Asprincipais conclusões desse estudo, de interesse para as obras da Linha F, são as seguintes:

• O sentido geral do fluxo do aqüífero freático é N e NW, em direção a um braço do rio Tietê.

• As análises de solo detectaram a presença dos metais Ba, Cd e Pb, sendo que apenas Ba foiencontrado em concentração acima do limite permitido em um único ponto, superficialmente;

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.3 Manejo de Áreas Contaminadas A 1.3-6

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS - *"',--1. "---

• As análises de água subterrânea identificaram a presença dos metais AI, Ba, Cd, Ni e Mn. Ocomposto HCH foi detectado em 3 poços imediatamente à jusante onde houve a remoção dosresíduos de HCH em 1997.

. A avaliação de risco à saúde humana demonstra não haver risco de câncer ou perigo deintoxicação para as populações de adultos e crianças moradores do Jardim Keralux,considerando as vias de exposição ingestão acidental de solo, contato dermal e inalação de arinterno e externo.

• A avaliação demonstra não haver risco para eventuais trabalhadores na área, considerando a viacontato dermal com água.

• Haveria risco de toxidade e de câncer para as populações de crianças e adultos moradores doJardim Keralux no caso hipotético de consumo de água subterrânea do aqüífero livre. Orelatório recomenda o cadastramento de eventuais poços domésticos e a interdição dos mesmos.

• Não se verifica, no cenário atual, nenhum tipo de risco iminente à saúde da população do JardimKeralux. Portanto, não são necessárias medidas de remediação de solo e água subterrânea cujoobjetivo imediato seja resguardar a saúde das populações da área do Jardim Keralux.

A área da Keralux situa-se à jusante da faixa ferroviária, mas em setor com lençol freático bastanteraso. Nesse setor serão executadas apenas obras de renovação da via permanente. Embora o sentidodo fluxo da água subterránea seja em direção ao Tietê, é conveniente realizar investigaçãoconfirmatória no trecho da faixa da CPTM adjacente à antiga indústria.

Bann Química, Viscofan, Indústrias Matarazzo

Trata-se de um extenso setor industrial localizado à jusante da faixa ferroviária entre os Km 19,5 e20,5. Esse setor inclui a estação Comendador Ermelino, entre os Km 20,0 e 20,2.

Essas indústrias não constam no cadastro de áreas contaminadas e estão à jusante da faixa, com oque é muito pouco provável que os solos e águas sob a faixa sofram alguma influência dessas áreasexternas. As áreas à montante têm ocupação residencial. No entanto, considerando que o lençolfreático é bastante raso e que na construção da estação haverá escavação profunda para as estacas,julgou-se necessário realizar investigação de campo nesse setor.

1.3.3. Setor de São Miguel Paulista

O setor da faixa ferroviária nas imediações da estação de São Miguel Paulista (entre os Km 23,8 e25,7) é vizinho a duas grandes áreas industriais contaminadas (Cia. Nitroquímica, Cia. NíquelTocantins) e da ETE de São Miguel, da SABESP. Há também um posto de combustíveiscontaminado na Av. Marechal Tito.

A topografia da região (ver plantas da SMA/EMPLASA 1:10.000 com curvas de nível de 5 em 5 m,no Vol 11 do RAP) mostra claramente terrenos bem mais altos ao sul da Linha, o que indica que oescoamento superficial é na direção do rio Tietê, com concentração nos córregos afluentes,especialmente o Córrego do Jacu e o Córrego Itaquera. O fluxo das águas subterrâneas seguramentesegue o mesmo padrão, com o que todo o escoamento superficial e subterrâneo tende a atravessar afaixa ferroviária no sentido predominante sul-norte.

A faixa ferroviária foi construída cortando a meia encosta as últimas áreas em declive antes davárzea do Tietê. Com isso, o lado direito da faixa (sentido Calmon Viana, lado sul) apresenta emgeral uma encosta mais alta, enquanto que o lado esquerdo (ao norte) apresenta um desnível menorem relação aos terrenos adjacentes, os quais estão situados na planície aluvial do Tietê. Com isso, olençol freático sob a faixa encontra-se bastante raso, a 1,30m de profundidade.

A ETE de São Miguel está na margem do rio Tietê, relativamente afastada da Linha F, e não constacomo área contaminada no cadastro da CETESB. Pela sua localização, considera-se muito

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improvável qualquer influência da ETE sobre a qualidade dos solos ou águas subterrâneas sob afaixa da CPTM.

A Cia. Nitroquímica está localizada adjacente à faixa e contém uma extensa área utilizada comoaterro industrial, sendo que os resíduos aí depositados têm provocado contaminação da águasubterrânea. Foram consultados os estudos sobre a Nitroquímica disponíveis na CETESB, queindicam as seguintes conclusões principais, de interesse às obras da Linha F:

• Os níveis de água estão próximos da superfície e a área de descarga do aqüífero freático é oantigo canal do rio Tietê. A área mais ao sul (mais próxima da faixa da CPTM) pode estar, ounão conectada ao antigo canal do Tietê.

• O perfil hidroquímico das amostras de água subterrânea coletadas em diversos poços é bastantehomogêneo e reflete a composição química média dos resíduos dispostos no local.

• A água subterrânea apresenta-se contaminada (parâmetros acima do padrão de potabilidade) ecom concentrações elevadas para vários parâmetros. O ambiente é ácido e redutor. Destacam-seos parâmetros Nitrogênio Albuminóide e Amoniacal, Sulfeto, Sódio, Cálcio, Sulfato, Cloreto,Alumínio, Ferro, Manganês, Fenóis e Surfactantes.

• Não foi detectada a presença de nenhum dos compostos orgânicos voláteis analisados.

• Não há população exposta à contaminação do aqüífero freático através da ingestão direta destaágua, com o que os riscos decorrentes dessa contaminação são inexistentes no momento.

A Cia. Níquel Tocantins apresenta contaminação por metais, mas está localizada a cerca de 800 m àjusante da faixa, junto do Córrego Itaquera. Assim, o terreno da indústria drena para esse córrego àjusante do ponto em que a Linha passa sobre o mesmo, com o que se entende que não hápossibilidade de transporte de contaminantes através da água subterrânea para a faixa ferroviária.

A área contaminada 6 (posto de combustíveis localizado 400 m à montante da faixa) drena para oCórrego Itaquera, o qual se interpõe entre o posto e a Linha da CPTM. Assim, uma eventual plumade contaminação do posto drenaria para o córrego, à montante do ponto em que este passa,canalizado a céu aberto, sob a Linha F. Não pode haver, portanto, influência da contaminação doposto na qualidade das águas subterrâneas imediatamente sob a faixa.

Conclui-se, portanto, que apenas a contaminação na Cia. Nitroquímica poderia ter algumainfluência sobre a faixa da CPTM, através da água subterrânea.

As obras previstas no setor em pauta limitam-se à renovação da via permanente do Km 25,2 emdiante, com eventual raspagem do solo até no máximo 20 cm de profundidade, sem qualquerinterferência com as águas subterrâneas sob a faixa. Não haverá obras na estação de São Miguel.

Assim, o único sub-trecho da faixa que requer investigação de campo é o localizado junto à Cia.Nitroquímica, entre os Km 24,7 e 25,3 com ênfase no setor entre a estação e o viaduto da Av. Dr.José Artur da Nova, que é onde haverá alguma escavação superficial.

1.3.4. Setor do Jardim Romano

O setor onde será construída a estação Jardim Romano localiza-se adjacente e à jusante da área dasindústrias têxteis Mash e Texima. Essas indústrias não constam no cadastro de áreas contaminadasda CETESB, mas pelo tipo de atividade e a localização relativa (adjacente, à montante da faixa), e ofato que haverá obras no local, é conveniente considerar esse trecho como suspeito.

A área da Usiminas, também adjacente e à montante da faixa ferroviária, não parece suspeita poisabriga apenas depósito de produtos siderúrgicos.

A topografia da região (ver plantas da SMA/EMPLASA 1:10.000 com curvas de nível de 5 em 5 m,no Vol II do RAP) mostra terrenos mais altos ao sul da Linha e uma elevação localizada (pequeno

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morro) ao norte. O setor da estação fica numa espécie de sela topográfica, mas o escoamentosuperficial do setor é na direção do rio Tietê, com concentração nos córregos afluentes quedelimitam o setor: Córrego Tijuco Preto à oeste e Ribeirão Três Pontes a leste. O fluxo das águassubterrâneas seguramente segue o mesmo padrão, com o que todo o escoamento superficial esubterrâneo tende a atravessar a faixa ferroviária no sentido predominante sul-norte. O lençolfreático sob a faixa encontra-se a 1,10 m de profundidade.

1.3.5. Setor de Poá

O setor da faixa da Linha F próximo da estação Calmon Viana, entre os Km 40,2 e 41,3 é vizinho aduas grandes áreas industriais: Poá Indústria Têxtil e a Indústria Brasileira de Artigos RefratáriosS.A. - IBAR. As duas áreas estão à jusante da faixa, em relação ao Rio Tietê, e a drenagem local écontrolada pelos dois afluentes do Tietê que delimitam esse setor: (i) a Poá Ind. Têxtil drena para ocórrego Poá, e (ii) a área da IBAR drena para o Rio Guaió. A faixa ferroviária está levemente sobre-elevada em relação à Poá Ind. Têxtil.

Considerando: (i) que a drenagem dessas áreas industriais não tende a atravessar a faixa; (ii) quenão há suspeitas específicas de contaminação nessas indústrias; e (iii) que não haverá obras nessesetor da faixa, conclui-se pela não necessidade de investigações nesse setor.

1.4. Modelo Conceitual Preliminar de uma eventual Contaminação

Como síntese da análise preliminar realizada, cabe formular o seguinte modelo conceitual para umaeventual contaminação na faixa ferroviária de propriedade da CPTM, com as seguintes hipóteses defontes, meios de transporte, localização e características desses materiais.

Contaminação ao longo da Linha

• Uma eventual contaminação proveniente de vazamentos de óleos dos trens, ou derramamentosde produtos químicos transportados, pode ter ocorrido em qualquer local ao longo da Linha,sendo mais provável que, de existir, se trate de evento antigo.

• A área mais afetada seria a faixa sob as vias, que tem cerca de 10-1 1 m de largura e está cobertapelo lastro. Setores da faixa de domínio laterais às vias seriam afetados apenas no caso deeventos de maior dimensão. Os meios impactados seriam: (i) o lastro; (ii) a camada de soloinsaturado sob o lastro; e (iii) o aqüífero livre, em face da pequena profundidade do lençolfreático.

• Embora não se possa descartar a existência de uma contaminação localizada importante, é maisprovável a existência de um número indeterminado de pontos ou pequenos trechos afetados porpequenos vazamentos. A constante circulação de trens ao longo dos anos tende a estabeleceruma situação em que vazamentos antigos vão sendo "lavados" pelas águas de chuva e pequenosnovos vazamentos continuam acontecendo em diferentes locais.

• A maior permanência dos trens nas estações e o acionamento de alguns sistemas durante asparadas faz com que manchas de óleo no lastro e nos dormentes sejam mais freqüentes (eevidentes) nas estações do que ao longo da Linha.

• O lastro (pedra britada) tende a ser lavado pela chuva, e a constante circulação de trens impederealizar amostragens de solo sob as vias, na faixa potencialmente mais afetada por esse tipo defonte. Assim, uma investigação prévia de contaminação dessa fonte repousa em: (i) leitura degases no solo e amostragens de solos nas laterais da faixa, para identificar eventuaiscontaminações maiores; e (ii) amostragem de água subterrânea, pois pela pequena profundidadedo NA, o freático tende a ser um testemunho eficiente de eventuais pequenas contaminaçõesdistribuídas em superfície.

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Contaminação em subestações, pátios e oficinas de manutenção

• As subestações, pátios e instalações de manutenção constituem locais propícios à ocorrência decontaminação de solos e águas subterrâneas.

• Estudos preliminares de eventuais passivos já foram realizados em duas instalações principaisda Linha F (Oficinas Roosevelt e Calmon Viana) e a CPTM dispõe de plano de investigação,especificações técnicas e estimativa de custos para realizar as etapas de investigaçãoconfirmatória, investigação detalhada e análise de risco nessas duas instalações.

• Pela natureza das atividades realizadas, eventuais contaminações nas subestações, pátios eoficinas de manutenção teriam caráter localizado. Apenas pequenos setores da faixa ferroviáriaadjacentes a essas instalações poderiam eventualmente ter a qualidade dos solos e águassubterrâneas afetada por essas fontes.

Contaminação na faixa ferroviária por influência de áreas contaminadas vizinhas

• Uma primeira hipótese de mecanismo de transporte dos contaminantes à faixa da CPTM seriapelo escoamento superficial de áreas industriais à montante.

• Nas últimas duas ou três décadas, pelo menos, com a faixa vedada por muro e sistemas demicro-drenagem instalados nas indústrias, na área urbana adjacente e na faixa da CPTM, émuito pouco provável que o escoamento superficial da indústria vizinha escorra em superfíciepela faixa. No entanto, não se pode descartar que no passado isso possa ter ocorrido. Essahipótese poderia aplicar-se ao trecho vizinho à Císper (Km 17,8 a 18,6).

• A hipótese convencional de mecanismo de transporte dos contaminantes à faixa da CPTM seriapela água subterrânea. Não se visualiza nenhum caso de uma eventual contaminação externamuito próxima que possa atingir o solo insaturado sob a faixa antes de chegar no lençol freático.

• No caso de transferência via água subterrânea, seriam suspeitos setores da faixa localizados àjusante de áreas contaminadas conhecidas ou de áreas industriais suspeitas. Na primeiracategoria encontram-se os locais próximos às áreas 1 (Km 4,8) e 2 (Km 5,4) do Quadro 1. Nasegunda categoria encontram-se os setores da faixa vizinhos à Císper (Km 17,8 a 18,6) e à Mash/ Texima (Km 30,8 a 31,0).

• Apesar de pouco provável, considerou-se a possibilidade de existir alguma influência, sobre afaixa, de áreas contaminadas ou potencialmente contaminadas localizadas logo à jusante dafaixa. A hipótese leva em conta o fato do NA estar a pouca profundidade, e que essas áreas seencontram praticamente na planície aluvial do Rio Tietê. Aplica-se esta hipótese aos casos decontaminação conhecidos da Keralux (Km 19,1 a 19,5) e Nitroquímica (Km 24,7 a 25,3), e oscasos potenciais da Bann Química, Viscofan e Indústrias Matarazzo (Km 19,5 a 20,5), e daIBAR (Km 40,6 a 41,3).

• No caso de transferência via água subterrânea, a eventual contaminação afetaria a própria água,a camada de solo saturada abaixo do NA e a faixa de flutuação do NA. No caso decontaminação do lençol por substâncias voláteis, o solo insaturado nas camadas de solo em sub-superfície também poderia ver-se afetado pelos vapores dos contaminantes voláteis, embora emproporções bastante baixas.

• A eventual contaminação de lençóis subterrâneos mais profundos não tem influência sobre asoperações que a CPTM desenvolve ou vai desenvolver na sua faixa de domínio.

2. Obras a serem Executadas e Potenciais Interferências com Águas Subterrâneas e SolosContaminados

A avaliação preliminar apresentada permite identificar trechos da faixa a princípio suspeitos decontaminação, de origem interna ou externa. Para definir a natureza e extensão da investigação de

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campo necessária, é preciso considerar o uso atual e futuro da área, especialmente as intervençõesque serão realizadas para a recapacitação da Linha e os possíveis impactos associados.

As obras de recapacitação da Linha F que teriam alguma relação com a gestão de águassubterrâneas e solos contaminados são as operações de escavação, movimento de terra e execuçãode fundações, as quais serão realizadas, com diferentes características, na renovação de trechos davia permanente, na construção de cinco estações, em obras localizadas de drenagem e nasubstituição de viadutos ferroviários.

Adicionalmente, o empreendimento prevê: (i) a desativação do posto de combustíveis localizado naesquina da Av. Dr. Assis Ribeiro e Rua Senador Eloi de Souza, para construção de retorno viário edos acessos à estação USP Leste; e (ii) a desativação de pequena área industrial da Cia. Texima paraa construção dos acessos à estação Jardim Romano.

O licenciamento destas duas últimas intervenções requererá, oportunamente, a execução deinvestigações para verificar a existência de passivo ambiental, conforme os procedimentosestabelecidos pela CETESB. Essas investigações serão realizadas em uma segunda fase, pois essasáreas ainda estão em processo de desapropriação / negociação, e a CPTM não tem ainda autorizaçãopara a entrada em ambas áreas.

2.1. Possíveis interferências com materiais contaminados - Operaçôes de renovação da viapermanente

O empreendimento prevê a renovação da via permanente nos seguintes trechos da Linha:

• Setor em volta do viaduto Gabriela Mistral. Extensão = 550 m, entre os Km 11,65 e 12,2.

• Setor das estações USP Leste e Comendador Ermelino. Extensão = 3.750 m, entre os Km 17,05e 20,8. Inclui as estações USP Leste e Comendador Ermelino, e as obras de substituição de doisviadutos ferroviários de travessia sobre córregos (nos Km 17,4 e 20,5).

• Setor entre São Miguel Paulista e Itaim. Extensão = 3.500 m, entre os Km 25,2 e 28,7. Inclui aestação Jardim Helena.

• Setor da estação Jardim Romano. Extensão = 500 m, entre os Km 30,7 e 31,2.

As atividades de movimento de terra para a construção da via permanente abrangem: (i) retirada dolastro da via existente, para posterior colocação de lastro novo; (ii) escavação de uma camada desolo superficial sob o eixo de cada via, para posterior reaterro com material importado de Ia

categoria e compactação; (iii) escavação pontual para instalação dos postes ou pórticos desustentação da rede aérea, onde houver realinhamento do eixo da via; (iv) eventual armazenamentotemporário do material escavado e de descarte na própria obra; (v) carga, transporte e disposição domaterial excedente em bota-fora, ou em aterro adequado às características do material.

A camada de solo a ser escavada tem aproximadamente 14,00 m de largura por 0,20 m deprofundidade em todo esse trecho.

Em alguns setores (a serem definidos no projeto executivo), poderá ser executada drenagemprofunda, para o qual será escavada uma vala longitudinal, paralela às vias, com profundidade daordem de 1,20 m, para instalação de tubulação de drenagem, com posterior reaterro.

Para a execução das obras de renovação da via permanente não haverá necessidade de rebaixamentodo lençol freático nem de qualquer contato com as águas subterrâneas sob a faixa.

Como visto, uma eventual contaminação proveniente do transporte ferroviário pode ocorrer emqualquer ponto da Linha, com o que todo o material proveniente de escavação superficial sob asvias apresenta um certo grau de suspeição. A investigação prévia em todos os trechos em que seráfeita renovação da via permanente é de dificil execução e baixa efetividade, pela grande extensão do

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trecho, a ausência de indícios e a dificuldade de realizar medições in situ e/ou coleta de amostrassob o lastro com a linha em operação.

Nos seguintes setores, ocorre a possibilidade adicional de influência de fontes de contaminaçãoexternas à faixa: (i) setor da USP Leste / Císper (Km 17,8 a 18,6); (ii) setor da Keralux (Km 19,1 a19,5); (iii) setor da Bann Química, Viscofan, IRFM (Km 19,5 a 20,5); (iv) setor da Nitroquímica(Km 25,1 a 25,3); (v) setor do Jardim Romano / Texima (Km 30,8 a 31,2).

Esses setores foram objeto de investigação de campo, o que também fornece informação a respeitoda eventual existência de contaminação proveniente das operações ferroviárias.

2.2. Possíveis interferências com materiais contaminados - Construção de estações

O projeto de recapacitação da Linha F inclui a construção de três novas estações: USP Leste, JardimHelena e Jardim Romano, e a reforma de duas estações existentes: Comendador Ermelino e ItaimPaulista. As obras de reforma são bastante abrangentes, pelo qual, para efeito prático, pode-seconsiderar que o empreendimento contempla a construção de cinco estações.

Todas as cinco estações terão algumas características comuns, de interesse ao tema de áreascontaminadas: (i) o grade das vias permanecerá praticamente na cota atual, próximo do nível doterreno na faixa; (ii) as estações terão plataforma central e as dependências da estação estarãolocalizadas em um mezanino elevado construído sobre a plataforma; (iii) o acesso à estação será porcima, através de passarela de livre circulação que interligará ambos lados da estação; (iv) a quasetotalidade das instalações da estação serão construídas no interior da faixa da CPTM.

A principal implicação desse partido arquitetônico é que as obras de estação implicarão em volumesreduzidos de escavação, pois as estruturas serão construídas em cima do terreno.

As atividades de construção de estações que potencialmente podem ter interferência com águas ousolos contaminados variam um pouco de uma estação para outra, mas basicamente são: (i) aconstrução de trecho nova via dentro da faixa para desvio do tráfego de trens durante a obra; (ii)escavações superficiais para cravação de estacas e execução de blocos de fundação; (iii) escavaçãopontual profunda para execução de estacas tipo hélice (apenas na estação Comendador Ermelino);(iv) escavação localizada para construção de reservatório enterrado; (v) eventual execução de valalongitudinal para drenagem profunda; (vi) reconstrução ou implantação da via permanente no trechoda estação em novo alinhamento; (vii) escavação superficial para construção de calçadas, ajustes doviário de acesso, instalações auxiliares e obras de reurbanização; (viii) eventual armazenamentotemporário do material escavado e de descarte na própria obra; (ix) carga, transporte e disposição domaterial excedente em bota-fora, ou em aterro adequado às características do material.

As escavações para construção de trecho de via permanente (itens i e vi acima) têm característicassimilares às descritas no item 2.1. A escavação superficial pode ser de uns 70 cm em vez de 20 cm.pois em um novo alinhamento o solo na faixa não tem a mesma compactação que sob uma via emoperação (na renovação da via no mesmo alinhamento, procura-se preservar o "calo" da via).

A quase totalidade das escavações descritas acima não ultrapassa 1,00 a 1,20 m de profundidade. Aescavação do reservatório enterrado atinge cerca de 2,50 m, mas em área restrita. Não hánecessidade de rebaixamento do lençol freático.

Na estação Comendador Ermelino está prevista a execução de estacas tipo hélice, o que requer aexecução de furos de aproximadamente 25 cm de diâmetro até uns 8 m de profundidade. Como oNA está raso, a maior parte do material escavado será de solo saturado em contato com a águasubterrânea sob a faixa.

A menos da execução das estacas tipo hélice em Comendador Ermelino, as obras de estação nãorequerem qualquer contato com as águas subterrâneas sob a faixa.

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O cruzamento do diagnóstico da possível ocorrência de águas subterrâneas e/ou solos contaminadosna faixa ferroviária com as características das obras de estação a serem executadas, permiteidentificar as seguintes situações de eventual interferência das obras com materiais contaminados:

* Os solos a serem removidos nas escavações superficiais sob as vias nos setores de estaçãopodem conter resíduos de vazamentos ou derramamentos antigos ocorridos na operaçãoferroviária, que infiltraram na camada sob o lastro. Como visto, a presença desse tipo decontaminação é incerta e de difícil verificação prévia com a linha em operação. Ela é um poucomais provável nos setores das duas estações existentes (Comendador Ermelino e Itaim) do quenos trechos entre estações. Esta hipótese genérica de uma eventual contaminação no solo sob asvias aplica-se às cinco obras de estação previstas.

• Na estação USP Leste, além dessa hipótese genérica, os solos a serem removidos nasescavações superficiais podem conter algum resíduo de contaminações externas provenientes daárea da Císper e do posto de combustíveis vizinho, situados à montante da faixa.

• Na estação Comendador Ermelino, o material saturado a ser escavado para a execução dasestacas tipo hélice pode conter, eventualmente, alguma contaminação proveniente das áreasindustriais vizinhas, transportada pela água subterrânea. Esta é, porém, uma hipótese poucoprovável, pois as áreas industriais estão à jusante e não figuram como contaminadas no cadastroda CETESB. Os solos a serem removidos nas escavações superficiais podem, a princípio,também estar sujeitos a influência da qualidade da água subterrânea, pois o lençol freático estámuito raso.

• Na estação Jardim Helena não há áreas industriais próximas que levantem suspeita decontaminação e estão previstas apenas escavações superficiais. Assim, aplica-se a esta obrasomente a hipótese genérica de alguma contaminação eventual sob a via permanente.

• Na estação Itaim Paulista não há áreas industriais próximas que levantem suspeita decontaminação e estão previstas apenas escavações superficiais. A princípio, o projeto básico dereforma da estação considera manter as vias no alinhamento e grade atual e não prevê arenovação da via permanente. Isso reduz consideravelmente a chance de interferência commateriais contaminados.

• Na estação Jardim Romano, além da hipótese genérica de uma eventual contaminação sob asvias, os solos a serem removidos nas escavações superficiais podem conter algum resíduo decontaminações externas provenientes da área da Mash / Texima, situada à montante.

Verifica-se que nas estações USP Leste, Comendador Ermelino e Jardim Romano, em que podehaver efeito de contaminação externa, a qualidade da água subterrânea sob a faixa constitui umindicador importante da ocorrência dessa situação.

2.3. Possíveis interferências com materiais contaminados - Obras de canalização etravessia

O projeto de recapacitação da Linha F prevê a substituição de quatro viadutos ferroviários emestrutura metálica por novos viadutos construídos com laje de concreto. Dois desses viadutosconstituem passagens viárias inferiores: Av. Gabriela Mistral (Cangaíba, Km 11,9) e Av. IVCentenário (Poá, Km 36,1), enquanto que os outros dois são travessias sobre córregos (no Km 17,4e 20,5). O empreendimento contempla também obras de adequação da drenagem lateral à faixa emtrês pequenos setores (Km 33,0 a 33,3; Km 33,5 a 33,9; e Km 39,8 a 40,0) e a execução de bueirosob a faixa em outros três pontos (Km 37,0; 38,0 e 39,8).

Os projetos detalhados de engenharia dessas intervenções ainda não foram elaborados, mas trata-sede obras pontuais de pequena dimensão. Dependendo da possibilidade de aproveitamento da infra-

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estrutura existente, a construção dos viadutos pode requerer a execução de fundações. Na maioriados casos, haverá escavação de material brejoso provavelmente poluído por esgoto.

Nenhuma dessas obras é próxima das possíveis fontes de contaminação externa anteriormenteidentificadas. O viaduto ferroviário sobre o córrego Mongaguá (Km 20,5) está no limite do terrenoda Indústria Matarazzo, mas à montante. Essas obras tampouco terão interferência com o materialsob as vias.

Assim, não se visualiza risco de interferência com solos ou águas subterrâneas contaminados. Aprincípio, o material a ser escavado seria classe II (não inerte) e deve ser disposto em aterrosanitário.

2.4. Possíveis impactos pelo manuseio de materiais contaminados durante a obra

A menos de uma eventual descoberta de contaminação na investigação preliminar prévia que estásendo realizada (o que resultará em medidas específicas para esse local), a situação mais provávelserá que a obra conviverá com a eventual possibilidade de se deparar com solos superficiais queapresentem alguma contaminação, mas sem indícios de onde isso pode acontecer, de qual asubstância química e qual a magnitude desse hipotético problema.

Todo o setor da faixa sob as vias levanta um certo grau de suspeição de contaminação de origeminterna, e setores específicos adicionam suspeitas de uma possível influência de áreas externas. Otrabalho de screen,ing realizado nesses setores "duplamente suspeitos" permite reduzir bastante aincerteza quanto ao risco de manuseio de materiais contaminados, pois oferece uma amostrabastante representativa de algo que pode ocorrer em qualquer lugar da Linha, e mais representativaainda das áreas sob intervenção no empreendimento. No entanto, a possibilidade de interferênciacom materiais contaminados não pode ser descartada.

Nessa situação, a previsão de impactos é incerta, mas pode-se afirmar que no caso de haver umaeventual interferência com águas ou solos contaminados, nas condições específicas desta obra, elapoderia oferecer os seguintes riscos ambientais: (i) risco à saúde dos trabalhadores por inalação,contato dérmico e/ou ingestão acidental de partículas; e (ii) risco de contaminação do ambiente se adisposição desse material contaminado for feita, inadvertidamente, em local inadequado (bota-forade inertes ou aterro sanitário, por exemplo).

A magnitude desses riscos depende de uma multiplicidade de fatores, como o tipo de substância, asua concentração, a quantidade de material mobilizado, o mecanismo de exposição, a duração daexposição, etc. O tipo de obra a executar, feita com alguns cuidados, aponta para riscos baixos,tanto para a saúde dos trabalhadores como para a qualidade ambiental.

2.5. Possíveis interferências com materiais contaminados - Construção dos acessos dasestações USP Leste e Jardim Romano

O acesso sul da estação USP Leste e o retorno da Av. Assis Ribeiro serão construídos sobre áreaatualmente ocupada por um posto de combustíveis desativado. O posto, localizado na Av. AssisRibeiro na altura da Av. Senador Eloi de Souza, ocupa uma área da ordem de 4.000 m2.

Embora as obras previstas requeiram somente escavações superficiais, da ordem de 1,00-1,20 m deprofundidade (abertura de caixa para pavimentação), será necessário realizar previamente adesativação total do posto e a retirada dos tanques enterrados, para posterior escavação no local.

O acesso sul da estação Jardim Romano será construído sobre área ocupada atualmente por algumasinstalações da indústria Mash / Texima, num total da ordem de 3.000 m'.

Embora em ambos os casos as áreas não constam como contaminadas no cadastro da CETESB, nãose pode descartar a priori que existam solos contaminados por vazamentos de combustíveis, no casodo posto, ou resíduos industriais que requeiram disposição como resíduos perigosos.

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Prévio à desativação do posto, a CPTM seguirá o procedimento padrão estabelecido pela CETESBpara identificação de passivos ambientais em postos de combustíveis e, caso seja constatadacontaminação, seguirá com as etapas de investigação detalhada e avaliação de riscos, abordandoespecificamente os cenários relevantes à obra.

Da mesma forma, prévio à desativação da área industrial, a CPTM realizará investigaçãoconfirmatória na área e, caso seja constatada contaminação, seguirá com as etapas de investigaçãodetalhada e avaliação de riscos, abordando especificamente os cenários relevantes à obra.

Essas investigações serão realizadas em uma etapa posterior, quando a CPTM tiver a posse dessasáreas particulares que estão sendo desapropriadas. O possível efeito de uma eventual contaminaçãonessas áreas sobre a faixa da CPTM já está sendo estudado na investigação em curso, razão pelaqual se entende que o estudo realizado é suficiente para o licenciamento das obras dentro da faixaferroviária. As Licenças de Instalação para as obras dos referidos acessos de estação, fora da faixa,serão solicitadas oportunamente, devidamente instruídas com os estudos das áreas desapropriadas.

2.6. Possíveis impactos por materiais contaminados na operação da Linha

A possibilidade da eventual presença de contaminação nos solos sob a faixa causar impactos àpopulação usuária da Linha F é praticamente nula. As suspeitas de eventual contaminação deorigem externa de fontes conhecidas não incluem compostos orgânicos voláteis, e as medições desoil gas realizadas (ver item 4) mostram valores baixos, compatíveis com a presença de matériaorgánica nos solos da faixa.

Os usuários da Linha passam um tempo muito curto nas estações e no percurso estão dentro de umtrem praticamente fechado. As únicas pessoas teoricamente sujeitas a maior exposição seriam osfuncionários das estações e, em particular, os da manutenção da via permanente.

Mesmo no caso das duas áreas industriais contaminadas próximas, as avaliações de risco jápublicadas indicam não haver risco à saúde para a população moradora daquelas áreas e eventuaistrabalhadores. A menos que as análises de laboratório das amostras de solo da faixa mostremalguma situação especial, não há por enquanto indícios de risco para o pessoal da CPTM quetrabalha na manutenção da via permanente da Linha F.

3. Investigação de Campo

A CPTM realizou investigação de campo da presença de águas subterrâneas e solos contaminadosnos setores da Linha F em que, cumulativamente: (i) serão realizadas intervenções, e (ii) onde osestudos preliminares indicam haver a possibilidade de contaminação, seja de origem interna ouexterna à atividade ferroviária.

A investigação de campo teve caráter exploratório e visa principalmente:

• Identificar indícios da eventual presença de águas subterráneas e solos contaminados na faixaferroviária, especialmente nas camadas de material a ser escavado durante as obras;

• Reduzir ao mínimo a probabilidade que uma eventual contaminação significativa sejaencontrada inesperadamente durante a obra, e evitar que isso cause danos ambientais ou desaúde aos trabalhadores da obra;

• Orientar as medidas preventivas, de monitoramento e de controle ambiental que devem seradotadas para que as obras de recapacitação da Linha sejam executadas de modo seguro.

Para estabelecer a estratégia de amostragem consideraram-se os seguintes fatos: (i) a eventualcontaminação decorrente da atividade ferroviária pode ocorrer em qualquer ponto da Linha, e amedição in situ e amostragem na área mais exposta (o solo sob as vias) é de difícil execução com aLinha em operação; (ii) a eventual contaminação decorrente de fontes externas está limitada a

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.3 Manejo de Áreas Contaminadas AI .3-15

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COMPANHIA PAULISTA DETRENS METROPOLUTANOS - .- ---------

alguns trechos (embora extensos); (iii) a qualidade da água subterrânea pode ser um bom indicadorda presença de contaminação nos solos das imediações, em face do NA estar a baixa profundidade;(iv) o conhecimento prévio das possíveis substâncias contaminantes é muito precário.

Optou-se assim por investigar os setores com possibilidade de influência de fontes de contaminaçãoexternas onde serão feitas intervenções, quais sejam:

• Setor da USP Leste / Císper / Posto de combustíveis. Extensão = 800 m, do Km 17,8 a 18,6.Inclui a obra da futura estação USP Leste e 800 m de via permanente a ser renovada. VerFigura 1.

• Setor da Keralux. Extensão = 400 m, do Km 19,1 a 19,5. Compreende 400 m de via permanentea ser renovada. Ver Figura 2.

• Setor da Bann Química / Viscofan / IRFM. Extensão = 1000 m, do Km 19,5 ao 20,5. Inclui aobra de reforma da estação Comendador Ermelino, 1000 m de via permanente a ser renovada ea construção de viaduto ferroviário sobre o córrego Mongaguá. Ver Figura 2.

• Setor da Nitroquímica. Extensão = 600 m, do Km 24,7 ao 25,3. Inclui a estação São Miguel(não haverá obras na estação) e 200 m de via permanente a ser renovada, do Km 25,1 ao 25,3.Ver Figura 3.

• Setor da Mash / Texima. Extensão = 400 m, do Km 30,8 ao 31,2. Inclui a obra da futura estaçãoJardim Romano e 400 m de via permanente a ser renovada. Ver Figura 4.

Nos cinco setores foi feito:

* Medição in situ da presença de compostos orgânicos voláteis no solo (soil gas screening) a cada50 m, na lateral sul da faixa, utilizando detector catalítico de gás e vapores combustíveis;

• Coleta de amostras de solo a cada 50 m, nos mesmos locais da medição de soil gas, a cerca de70 cm de profundidade (representativo da camada de solo a ser escavada), com posteriorcomposição das alíquotas em uma amostra composta por setor, enviada a laboratório paraclassificação de resíduo conforme NBR 10.004;

• Implantação de um poço de monitoramento temporário por setor, do lado norte da faixa, paraamostragem de água subterrânea. Realizou-se leitura de soil gas do material extraído naperfuração do poço a cada 1,50 m para seleção da amostra mais crítica por ponto.

No setor da USP Leste foram implantados dois poços de monitoramento, e no setor da Bann /Viscofan / IRFM foi feito um poço temporário à altura da Bann Química e um poço profundo àaltura da estação Ermelino Matarazzo.

As 7 amostras de água subterrânea foram enviadas para laboratório para determinação de VOC,SVOC, Metais PPM, TPH e Pesticidas Organoclorados + PCBs. Em função das suspeitasespecíficas de contaminação de áreas vizinhas acrescentaram-se os seguintes metais: (i) nasamostras dos dois poços do setor da USP Leste: Bo, Co, Fe e Mn; (ii) na amostra do setor daKeralux: AI, Cd, Pb, Ba, Ni e Mn; e (iii) na amostra do setor da Nitroquímica: Aí.

Nas medições de soil gas, houve um único caso de uma amostra de solo que acusou níveismuito altos de vapores orgânicos (> 1000 ppm). Isso ocorreu no 2° poço de monitoramento dosetor USP Leste, a 1,50 m de profundidade. Em face dessa possível anomalia, um outro poço foiescavado ao lado desse, a 30 cm de distância, e uma amostra coletada nessa mesmaprofundidade (1,50 m) foi enviada ao laboratório para análise individual da qualidade do solo.

* Sondagem mecânica até 8 m de profundidade na estação Ermelino Matarazzo, com coleta deamostras de solo a cada metro, composição das alíquotas e envio da amostra composta alaboratório para classificação do resíduo conforme NBR 10.004.

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Cabe destacar os seguintes aspectos:

No total, a investigação abrange 3200 m de faixa ferroviária (38,5% dos 8300 m de extensão devia permanente sujeita a obras de renovação), três das cinco estações (todas aquelas em que háalguma suspeita de efeito de fontes externas) e a única obra de travessia a ser executadapróximo de área suspeita.

• A análise da amostra composta de solo de cada setor, conforme NBR 10.004 visou umaclassificação prévia do material a ser disposto. No entanto, os resultados dessa análise somadosaos resultados do soil gas, fornecerão uma indicação da existência, ou não, de algumacontaminação significativa no solo. Um resultado negativo não poderá ser entendido comodemonstração de ausência de contaminação, mas sim como um forte indício da inexistência desituações de maior gravidade.

• Os resultados da qualidade da água subterrânea, coletada em poços que representam um setor dafaixa de uns 200-300 m a cada lado e investigada para um leque amplo de parâmetros,fornecerão uma indicação importante da ocorrência, ou não, de transferência de contaminaçãode áreas vizinhas, e/ou da ocorrência de contaminação no solo no interior da faixa ferroviária.

* O poço profundo na estação Comendador Ermelino obteve amostra composta representativa domaterial que será escavado na execução das estacas tipo hélice. Adicionalmente, como a maiorparte desse material é de solo saturado abaixo do NA, a análise da água subterrânea e a análiseda amostra de solo conforme NBR 10.004 fornecerão indicação da existência de materialcontaminado sob a faixa.

Em face da dificuldade e baixa efetividade de investigar o solo sob as vias com a Linha emoperação, a investigação exploratória nas laterais da faixa em 38,5% da extensão com obras derenovação da via permanente, precisamente nos setores "duplamente suspeitos" de contaminação defontes internas e externas, fornecerá uma indicação sugestiva do grau de expectativa de havercontaminação sob as vias decorrente da operação ferroviária pretérita.

4. Resultados das Medições in situ

Dispõe-se, no momento, apenas dos resultados da campanha de soil gas screening na camadasuperficial de solo, uma vez que os laudos das análises laboratoriais de solos e águas ainda nãoestão prontos.

Os resultados das medições com o detector catalítico de gás e vapores combustíveis sãoapresentados nas Figuras 1 a 4, em ppm. Essas figuras mostram também, de forma esquemática, osresultados de soil gas nos perfis levantados nos poços de monitoramento e a profundidade do NA.

Os perfis de sondagem dos poços de monitoramento são apresentados no final do presente anexo.

No setor da USP Leste / Císper, as medições de soil gas em solo superficial na lateral sul da faixamostraram valores baixos, entre O e 70 ppm. Um único ponto indicou leitura de 110 ppm. Comovisto, no PT-01 houve uma leitura superior a 1000 ppm que ensejou a coleta de uma amostra desolo para análise laboratorial.

No setor da Keralux, as medições de soil gas em solo superficial na lateral sul da faixa tambémmostraram valores baixos, entre O e 30 ppm. Um único ponto indicou leitura de 100 ppm.

No setor da Bann Química / Viscofan / IRFM, a maioria das medições de soil gas em solosuperficial na lateral sul da faixa mostraram valores baixos, entre O e 85 ppm. Um ponto indicouleitura de 100 ppm e outro de 250 ppm.

No setor da Nitroquímica, as medições de soil gas em solo superficial na lateral sul da faixamostraram valores baixos, entre O e 30 ppm. Um único ponto indicou leitura de 100 ppm.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.3 Manejo de Áreas Contaminadas A 1.3-17

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOUTANOS W ,,,-'---

No setor da Mash / Texima, todas as medições de soil gas em solo superficial na lateral sul da faixamostraram valores baixos, entre O e 20 ppm.

5. Medidas Mitigadoras / Plano de Controle Ambiental

Os resultados da investigação exploratória do eventual passivo ambiental em termos de águassubterrâneas e solos contaminados na faixa da Linha F, realizada pela CPTM prévio ao início daobra, permitirão formar uma primeira idéia de se poderá haver, ou não, um problema significativode manejo de materiais contaminados durante a obra.

Os elementos apresentados mostram que maiores investigações exploratórias na faixa teriam baixaeficiência, em face da extensão da Linha, da incerteza de se há ou não contaminação (e onde), e dasdificuldades de amostrar os solos sob as vias a serem raspados na renovação da via permanente, nasituação com os trens em operação.

A investigação exploratória servirá para oferecer uma indicação da provável inexistência desituações graves de contaminação, ou mostrar locais que requerem investigação confirmatória maisdetalhada. Mas não poderá excluir a possibilidade de contaminação em parte do material a serescavado.

Assim, o Plano de Controle Ambiental de obra adota a hipótese conservadora que o material a serescavado nas obras de via permanente e estações da Linha F é suspeito de contaminação e podeapresentar características de periculosidade, tanto para os trabalhadores da obra como para oambiente.

Em conseqüência, a CPTM assume o compromisso de executar as obras de escavação da Linha Fcom os seguintes cuidados:

• Adotar os cuidados estabelecidos nas normas de segurança do trabalho para resguardar a saúdedos trabalhadores, especialmente quanto ao monitoramento do ambiente de trabalho externo, aotreinamento e orientação dos trabalhadores e ao uso de equipamentos de proteção individual,com as características e nas situações em que as normas assim o requerem;

• Adotar os cuidados estabelecidos nas normas brasileiras em relação ao armazenamento,classificação e disposição final de resíduos perigosos, de forma a prevenir qualquercontaminação do ambiente;

• A Gerência de Obras da CPTM fiscalizará o atendimento pela Empreiteira dessas exigênciascom o apoio de equipe especializada de supervisão ambiental de obra.

5.1. Medidas de proteção à saúde das pessoas

O monitoramento preventivo de compostos orgânicos voláteis será feito mediante equipamentofotoionizador ou ionizador de chama (PID/FID) durante a escavação sob as vias e em eventuaisescavações de solo saturado abaixo do NA. O PID será posicionado na direção do vento, à jusanteda cava ou vala, de forma a interceptar a eventual contaminação volatilizada para o ambiente.

Caso se atinjam os "valores de ação" (acima da metade do valor de tolerância previsto na NR 15,que regulamenta as atividades e operações insalubres), a Empreiteira adotará as seguintes medidas:

• Paralisação da obra;

• Manejo dos resíduos conforme NBR 12.235;

• Uso de máscaras para vapores orgânicos e luvas.

Caso os valores observados nos instrumentos de monitoramento atinjam os valores de ação deforma contínua (mais de 15 minutos de leituras constantes), EPIs especiais deverão ser utilizados

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamizaçào da Linha F. Anexo 1.3 Manejo de Áreas Contaminadas A 1.3-18

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COMPANHIA PAULISTA DE PRIMETRENS METROPOLUTANOS

pelos operários da obra: roupas especiais Tyvek, máscaras full face com ar mandado e luvas deborracha.

5.2. Medidas de proteção ambiental

Em face da hipótese conservadora que o material a ser escavado nas obras de via permanente eestações da Linha F é suspeito de contaminação e pode apresentar características de periculosidade,as seguintes medidas de proteção ambiental serão adotadas:

• O material excedente será segregado e coberto com lonas, para evitar a volatilização doseventuais contaminantes para o ambiente; o material será armazenado adequadamente na obra,de acordo com o estabelecido na norma NBR 12.235 que regulamenta o armazenamento deresíduos sólidos perigosos, até que suas características sejam totalmente conhecidas;

• Amostras do material excedente serão coletadas conforme NBR 10.007 e análises de laboratóriopara classificação desse material serão realizadas, em conformidade com a NBR 10.004;

• A disposição final desses resíduos será realizada em locais apropriados, segundo as normas,conforme os resultados dos laudos de classificação;

• No caso eventual de se constatar contaminação, o fato será comunicado à CETESB e, para suadisposição final, o resíduo deverá contar com os devidos certificados expedidos pelo órgãoambiental.

No caso eventual que as análises de laboratório em curso (da campanha já realizada) confirmem aexistência de contaminação em algum ponto, estudos de análises de risco serão realizados tendocomo cenários a inalação de compostos voláteis em ambiente aberto e o contato dérmico com solocontaminado, tendo como receptores os funcionários envolvidos nas obras de escavação epopulação vizinha, conforme o caso.

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Anexo 1.3 Manejo de Áreas Contaminadas A 1.3-19

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COMPANHIA PAIJUSTA DETRENS METROPOUTANOS . __-, E

Anexo 1.3

FIGURAS 1 A 4

PONTOS DE MEDIÇÃO - ÁREAS CONTAMINADAS

PBA - Projeto de Recapacitaçào e Dinamizaçào da Linha F. Fevereiro 2006.

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COMPANHIA PAUUSTA DE PRIMETRENS METROPOLITANOS

Anexo 1.3

FICHAS DE ÁREAS CONTAMINADAS - CADASTRO CETESB

PBA - Projeto de Recapacitação e Dinamização da Linha F. Fevereiro 2006.

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Areas Contaminadas no Estado de São PauloIMPALA AUTO ÔNIBUS SIA

RUA PADRE ADELINO 400 - BELENZINHO - SÃO PAULOAtividade LI indústria R comércio LI postodecombustível LI resíduo 1L acidentes LI agricultura L desconhecida

Classificação remediação em andamento

Etapas do gerenciamento

E investigação confirmatória

i investigação detalhada

EJ avaliação de risco

I concepção/projeto da remediação

3 remediação em andamento com monitoramento operacional

Fonte de contaminação

3 armazenagem L produção L manutenção L emissões atmosféricas n tratamento de efluentes

LI descarte disposição L infiltração L acidentes [ desconhecida

Meios impactados Contaminantes

Meio impactado Propriedade L combustíveis liquidos L fenóis halogenados

Dentro Fora [ metais L biocidassolo superficial - r - [ outros inorgânicos L ftalatossubsolo LI ÈLáguas superficiais l o solventes halogenados [1 dioxinas e furanoságuas subterrâneas FI solventes aromáticos L anilinassedimentos L Li L solventes aromáticos halogenados L radionuclideos

biota D [V? PAHs L microbiológicosç PCBs L outros

Ações emergenciais e de controle institucional

i isolamento da área (proibição de acesso à área) L restrição uso ag subterrânea

L ventilação/exaustão de espaços confinados L restrição uso ag superficial

L monitoramento do índice de explosividade L restrição ao consumo alimentos

E monitoramento ambiental ] restrição uso edificações

R remoção de materiais (produtos, resíduos, etc.) [ proibição de escavações

L restrição de uso do solo

Processo de remediaçâo

nJ bombeamento e tratamento L oxidação/redução química L barreira física

L extração de vapores do solo (SVE) n barreiras reativas (funel and gate) L barreira hidráulica

n air sparging [1 lavagem de solo L biorremediação

L biosparging 3 remoção de solo/resíduo L fitorremediação

LI bioventing ] recuperação fase livre L biopilha

p extração multifásica L encapsulamento geotécnico L atenuação natural monitorada

L deciorinação redutiva L cobertura de resíduo/solo contaminado L outros

- Diretoria de Controle de Poluição Ambiental

Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental Página 1188 de 1504CETESB maio/2005

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Areas Contaminadas no Estado de São PauloAUTO POSTO LUZ DA RADIAL LTDAAVENIDA ALVARO RAMOS 707 - BELÉM - SÃO PAULOAtividade O indústria E] comércio VP posto de combustível E1 resíduo n acidentes El agricultura E desconhecida

Classificação contaminada sem proposta de remediação

Etapas do gerenciamento

LV investigação confirmatória

«i investigação detalhada

EV avaliação de risco

E] concepção/projeto da remediação

E remediação em andamento com monitoramento operacional

Fonte de contaminação

o armazenagem L produção E manutenção E emissões atmosféricas E tratamento de efluentes

E] descarte disposição E infiltração L acidentes E desconhecida

Meios impactados Contaminantes

Meio impactado Propriedade combustiveis líquidos E fenóis halogenados

Dentro Fora E metais E biocidas

solo superficial L E] outros inorgânicos E ftalatos

subsolo s ia E E solventes halogenados E dioxinas e furanosaguas superficiaiságuas subterrãneas E] solventes aromáticos E anilinas

sedimentos L E] i solventes aromáticos halogenados E] radionuclídeos

ar : E PAHs E microbiológicos

E] PCBs E] outros

Ações emergenciais e de controle institucional

E isolamento da área (proibição de acesso à área) E restrição uso ag subterrânea

E ventilação/exaustão de espaços confinados E restrição uso ag superficial

| monitoramento do índice de explosividade E restrição ao consumo alimentos

[ monitoramento ambiental E restrição uso edificações

| remoção de materiais (produtos, resíduos, etc) E proibição de escavações

E restrição de uso do solo

Processo de remediação

bombeamento e tratamento E oxidação/redução química E barreira física

|] extração de vapores do solo (SVE) E barreiras reativas (funel and gate) E] barreira hidráulica

Li air sparging E lavagem de solo E biorremediação

E biosparging E remoção de solo/resíduo E fitorremediação

E] bioventing E recuperação fase livre E biopilha

E extração multifásica E encapsulamento geotécnico E atenuação natural monitorada

E deciorinação redutiva E cobertura de resíduo/solo contaminado E outros

| -Diretoria de Controle de Poluição Ambiental

Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental Página 1014 de 1504CETESB maio/2005

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Areas Contaminadas no Estado de São PauloROSSI TRUST E PARTICIPACÕES LTDARUA SERRA DE BRAGANÇA 1025 MARG PINHEIROS - TATUAPÉ - SÃO PAULOAtividade i3 indústria E] comércio r1 posto de combustível E resíduo L] acidentes E] agricultura E] desconhecida

Classificação contaminada sem proposta de remediação

Etapas do gerenciamento

3 investigação confirmatória

n investigação detalhada

E] avaliação de risco

E concepção/projeto da remediação

E remediação em andamento com monitoramento operacional

Fonte de contaminação

E armazenagem p produção E manutenção E emissões atmosféricas E] tratamento de efluentes

E descarte disposição n infiltração E acidentes [7 desconhecida

Meios impactados Contaminantes

Meio impactado Propriedade n combustíveis líquidos E fenóis halogenados

Dentro Fora 7 metais n biocidassolo superficial Li Li outros inorgânicos [ ftalatossubsolo E] náguas superficiais l o solventes halogenados E] dioxinas e furanos

águas subterrâneas E solventes aromáticos E] anilinas

sedimentos E] E solventes aromáticos halogenados n radionuclideos

biota C E PAHs n microbiológicos

E PCBs E outros

Ações emergenciais e de controle institucional

E isolamento da área (proibição de acesso à área) E] restrição uso ag subterrânea

E ventilação/exaustão de espaços confinados E] restrição uso ag superficial

E monitoramento do índice de explosividade E restrição ao consumo alimentos

E monitoramento ambiental E] restrição uso edificações

r remoção de materiais (produtos, resíduos, etc.) E] proibição de escavações

E restrição de uso do solo

Processo de remediação

E bombeamento e tratamento E] oxidação/redução química E barreira física

E] extração de vapores do solo (SVE) E barreiras reativas (funel and gate) E barreira hidráulica

air sparging E] lavagem de solo E] biorremediação

E biosparging E remoção de solo/resíduo E fitorremediação

E bioventing E recuperação fase livre E biopilha

E extração multifásica E] encapsulamento geotécnico E atenuação natural monitorada

E deciorinação redutiva E] cobertura de residuo/solo contaminado E outros

y Diretoria de Controle de Poluição Ambiental

Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental Página 1335 de 1504CETESB maio/2005

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-- Áreas Contaminadas no Estado de São PauloAUTO POSTO SERRA DE BRAGANCA LTDA

RUA SERRA DE BRAGANÇA 1675 - TATUAPE - SÃO PAULO

Atividade [ indústria °3 comércio 9l posto de combustível [ resíduo [3 acidentes [ agricultura G desconhecida

Classificação contaminada sem proposta de remediação

Etapas do gerenciamento

E investigação confirmatória

[3 investigação detalhada

L avaliação de risco

3 concepção/projeto da remediação

3 remediação em andamento com monmtoramento operacional

Fonte de contaminação

] armazenagem [ produção [ manutenção [ emissões atmosféricas [ tratamento de efluentes

descarte disposição G infiltração [ acidentes [ desconhecida

Meios impactados Contaminantes

Meio impactado Propriedade ~o( combustiveis líquidos [ fenóis halogenados

Dentro Fora [c metais [ biocidas

solo superficial L _ [3G outros inorgãnicos [ ftalatos

subsolo i 3 L solventes halogenados [ dioxinas e furanos

águas subterrâneas L [ solventes aromáticos [ anilinas

sedimentos [ [ [ solventes aromáticos halogenados [3 radionuclideos

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Ações emergenciais e de controle institucional

[ isolamento da área (proibição de acesso à área) [ restrição uso ag subterrânea

7 ventilação/exaustão de espaços confinados [ restrição uso ag superficial

[ monitoramento do índice de explosividade [ restrição ao consumo alimentos

[- monitoramento ambiental [ restrição uso edificações

[ remoção de materiais (produtos, resíduos, etc.) t proibição de escavações

restrição de uso do solo

Processo de remediação

[ bombeamento e tratamento [ oxidação/redução química [ barreira física

[ extração de vapores do solo (SVE) [ barreiras reativas (funel and gate) [3 barreira hidráulica

[3 air sparging [ lavagem de solo 3 biorremediação

[ biosparging [ remoção de solo/resíduo [ fitorremediação

[ bioventing [3 recuperação fase livre [ biopilha

extração multifásica [ encapsulamento geotécnmco [ atenuação natural monitorada

_ deciorinação redutiva [ cobertura de resíduo/solo contaminado [ outros

Wf Diretoria de Controle de Poluição Ambiental

Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental Página 1085 de 1504CETESB maio/2005

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Areas Contaminadas no Estado de São Paulo |RAUL MONTEIRO & CIA LTDA

R ANTONIO DE BARROS 1201 - TATUAPÉ - sÃo PAULOAtividade O indústria D comércio Yl posto de combustível D] resíduo D acidentes LI agricultura i desconhecida

Classificação contaminada sem proposta de remediação

Etapas do gerenciamento

Einvestigação confirmatória

L investigação detalhada

L avaliação de risco

[ concepção/projeto da remediação

L remediação em andamento com monitoramento operacional

Fonte de contaminação

ç armazenagem Li produção L manutenção [ emissões atmosfércas [ tratamento de efluentes

L descarte disposição L infiltração L acidentes L desconhecida

Meios impactados Contaminantes

Meio impactado Propriedade p combustiveis liquidos E] fenóis halogenados

Dentro Fora E metais E] biocidassolo superficial C H E outros inorgânicos E ftalatossubsolo svtho ason eu Eoáguas superficiais E E solventes halogenados E dioxinas e furanoságuas subterrâneas E] 0 solventes aromáticos E anilinas

sedimentos E E [ solventes aromáticos halogenados E radionuclideos

biota [ r E] PAHs E microbiológicos

U PCBs U outros

Ações emergenciais e de controle institucional

E isolamento da área (proibição de acesso à área) E restrição uso ag subterrânea

E ventilação/exaustão de espaços confinados E restrição uso ag superficial

i monitoramento do índice de explosividade [ restrição ao consumo alimentos

« monitoramento ambiental ] restrição uso edificações

L remoção de materiais (produtos, resíduos, etc.) E] proibição de escavações

L restrição de uso do solo

Processo de remediação

E bombeamento e tratamento E] oxidação/redução química E barreira fisica

E extração de vapores do solo (SVE) LI barreiras reativas (funel and gate) [1 barreira hidráulica

0 air sparging E lavagem de solo E biorremediação

G biosparging E remoção de solo/resíduo E fitorremediação

[ bioventing E] recuperação fase livre E biopilha

Li extração multifásica E encapsulamento geotécnico LI atenuação natural monitorada

E] deciorinação redutiva E] cobertura de resíduo/solo contaminado o] outros

b5 Diretoria de Controle de Poluição Ambiental

Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental Página 1326 de 1504CETESB maio/2005

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Áreas Contaminadas no Estado de São PauloPOSTO DE SERVICOS MARECHAL TITO LTDAAV.MARECHAL TITO 1118 - SÃO MIGUEL - SÃO PAULO

Atividade O indústria [i comércio F1 posto de combustível O resíduo Ei acidentes ° agricultura n desconhecida

Classificação remediação em andamento

Etapas do gerenciamento

j investigação confirmatória

i investigação detalhada

3 avaliação de risco

1 concepção/projeto da remediação

i remediação em andamento com monitoramento operacional

Fonte de contaminação

L armazenagem n produção I manutenção L] emissões atmosféricas E tratamento de efluentes

n descarte disposição I infltração E acidentes n desconhecida

Meios impactados Contaminantes

Meio impactado Propriedade combustiveis liquidos E] fenóis halogenados

Dentro Fora n metais E biocidas

solo superficial E outros inorgânicos [ ftalatos

subsolo __ __ _ _ LI]-águas superficiais LI] solventes halogenados ] dioxinas e furanos

águas subterrâneas E solventes aromáticos EU anilinas

sedimentos _ _ _ Ei solventes aromáticos halogenados E radionuclídeos

biota 1 PAHs E microbiológicos

LI PCBs E outros

Ações emergenciais e de controle institucional

i isolamento da área (proibição de acesso à área) I] restrição uso ag subterrãnea

E] ventilação/exaustão de espaços confinados E restrição uso ag superficial

ç( monitoramento do indice de explosividade E] restrição ao consumo alimentos

|3 monitoramento ambiental E] restrição uso edificações

n remoção de materiais (produtos, resíduos, etc.) I] proibição de escavações

|- restrição de uso do solo

Processo de remediação

E bombeamento e tratamento [ oxidação/redução química E barreira fisica

E] extração de vapores do solo (SVE) E barreiras reativas (funel and gate) Ei barreira hidráulica

7 air sparging n lavagem de solo n biorremediação

n biosparging n remoção de solo/resíduo fitorremediação

] bioventing E recuperação fase livre E biopilha

I3 extração multifásica n encapsulamento geotécnico LI atenuação natural monitorada

LII deciorinação redutiva [ cobertura de residuo/solo contaminado E] outros

W Diretoria de Controle de Poluição Ambiental

Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade AmbientalCETESB maio/2005 Página 1277 de 1504

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Areas Contaminadas no Estado de São PauloKERALUX S/A REVESTIMENTOS CERÂMICOSRUA ARLINDO BETTIO S/NO - ERM. MATARAZZO - SÃO PAULOAtividade O indústria O comércio E] posto de combustível 3 resíduo ° acidentes ° agricultura E desconhecida

Classificação remediação em andamento

Etapas do gerenciamento

il investigação confirmatória

[iÊ investigação detalhada

E avaliação de risco

E concepção/projeto da remediação

3 remediação em andamento com monitoramento operacional

Fonte de contaminação

E] armazenagem E produção E manutenção E emissões atmosfércas E tratamento de efluentes[: descarte disposição E infiltração n acidentes ] desconhecida

Meios impactados Contaminantes

Meio impactado Propriedade E combustiveis líquidos E fenóis halogenados

Dentro Fora E metais i3 biocidassolo superficial 1 - _ n outros inorgânicos E ftalatos

subsolo ] E]águas superficiais EE solventes halogenados dioxinas e furanoságuas subterrâneas E E E solventes aromáticos E anilinassedimentos E EE] solventes aromáticos halogenados E] radionuclídeos

biota [ 0 PAHs E microbiológicosE] PCBs E outros

Ações emergenciais e de controle institucional

E isolamento da área (proibição de acesso à área) E restrição uso ag subterrãnea

L ventilação/exaustão de espaços confinados E restrição uso ag superficial

E monitoramento do índice de explosividade [ restrição ao consumo alimentos

E monitoramento ambiental E restrição uso edificações

i remoção de materiais (produtos, resíduos, etc.) E] proibição de escavações

E] restrição de uso do solo

Processo de remediação

E bombeamento e tratamento E] oxidação/redução química E barreira física

E extração de vapores do solo (SVE) E barreiras reativas (funel and gate) E barreira hidráulica

E air sparging E lavagem de solo E biorremediação

E biosparging p] remoção de solo/resíduo E fitorremediação

E bioventing E recuperação fase livre E biopilha

E extração multifásica E encapsulamento geotécnico E atenuação natural monitorada

E deciorinação redutiva E cobertura de residuo/solo contaminado E outros

~ Diretoria de Controle de Poluição Ambiental

Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental Página 1196 de 1504CETESB maio/2005

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Areas Contaminadas no Estado de São PauloCOMPANHIA NITRO QUIMICA BRASILEIRAAV DR JOSÉ ARTUR NOVA 951 - S MIGUEL PAULISTA - SÃO PAULO

Atividade 91 indústria °] comércio °] posto decombustível °] resíduo E] acidentes ° agricultura E desconhecida

Classificação contaminada com proposta de remediação

Etapas do gerenciamento

O investigação confirmatória

/ investigação detalhada

E? avaliação de risco

concepção/projeto da remediação

n remediação em andamento com monitoramento operacional

Fonte de contaminação

El armazenagem n produção E manutenção E emissões atmosfércas E tratamento de efluentes

«| descarte disposição E infiltração E acidentes E desconhecida

Meios impactados Contaminantes

Meio impactdo Propriedade combustiveis liquidos E fenóis halogenados

Dentro Fora E metais E biocidas

solo superficial L outros inorgânicos a ftalatos

subsolo E] aáuas s c solventes halogenados E dioxinas e furanoságuas superficiais 1

águas subterrâneas i E solventes aromáticos E anilinas

sedimentos E E n solventes aromáticos halogenados E radionuclideos

biota a PAHs E microbiológicos

E PCBs 2 outros

Ações emergenciais e de controle institucional

isolamento da área (proibição de acesso à área) 7 restrição uso ag subterrãnea

E ventilação/exaustão de espaços confinados a restrição uso ag superficial

E monitoramento do índice de explosividade E restrição ao consumo alimentos

n monitoramento ambiental E restrição uso edificações

n remoção de materiais (produtos, residuos, etc.) a proibição de escavações

! restrição de uso do solo

Processo de remediação

[ bombeamento e tratamento E oxidação/redução quimica E barreira física

E extração de vapores do solo (SVE) E barreiras reativas (funel and gate) E barreira hidráulica

E air sparging E lavagem de solo E biorremediação

E biosparging E remoção de solo/residuo E fitorremediação

a bioventing E recuperação fase livre E biopilha

E extração multifásica E encapsulamento geotécnico E atenuação natural monitorada

E] deciorinação redutiva E cobertura de residuo/solo contaminado E outros

- Diretoria de Controle de Poluição Ambiental

w Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental Página 1140 de 1504CETESB maio/2005

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Areas Contaminadas no Estado de São PauloCOMPANHIA NíQUEL TOCANTINS

AV DR JOSE ARTUR NOVA 1309 - S MIGUEL PAULISTA - sÃo PAULOAtividade Wl indústria LI comércio EI posto de combustível EI resíduo O acidentes I agricultura E desconhecida

Classificação contaminada com proposta de remediação

Etapas do gerenciamento

3 investigação confirmatória

U investigação detalhada

E avaliação de risco

EI concepção/projeto da remediação

0 remediação em andamento com monitoramento operacional

Fonte de contaminação

E armazenagem iv produção E manutenção L emissões atmosféricas E tratamento de efluentes

E descarte disposição i infiltração E acidentes E desconhecida

Meios impactados Contaminantes

Meio impactado Propriedade EI combustíveis líquidos E fenóis halogenados

Dentro Fora M metais n biocidas

solo superficial outros inorgânicos ] ftalatos

águas superficiais n E solventes halogenados EI dioxinas e furanoságuas subterrâneas U E n solventes aromáticos E anilinas

sedimentos EI - E solventes aromáticos halogenados U radionuclideos

ar E] PAHs E microbiológicos

EI PCBs EI outros

Ações emergenciais e de controle institucional

] isolamento da área (proibição de acesso á área) n restrição uso ag subterrânea

E ventilação/exaustão de espaços confinados E restrição uso ag superficial

E monitoramento do índice de explosividade E restrição ao consumo alimentos

EI monitoramento ambiental E restrição uso edificações

E remoção de materiais (produtos, residuos, etc.) [ proibição de escavações

E restrição de uso do solo

Processo de remediação

] bombeamento e tratamento EI oxidação/redução química EI barreira fisica

E] extração de vapores do solo (SVE) E barreiras reativas (funel and gate) n barreira hidráulica

E air sparging E lavagem de solo [ biorremediação

E biosparging E remoção de solo/residuo E fitorremediação

E bioventing E recuperação fase livre E biopilha

E extração multifásica E encapsulamento geotécnico EI atenuação natural monitorada

E declorinação redutiva E cobertura de resíduo/solo contaminado o outros

Diretoria de Controle de Poluição Ambiental

Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental Página 1139 de 1504CETESB maio/2005

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PRIME Engenharia & Comercio Ltda.Av, Vereado, José Ln,e. 246604604-004 São Paulo - SP BRASILfel/Fax (55S1 1) 5535 16l8e maO pr-menqiUpr,meng.com.br

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