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Artigo Sindicato mobiliza bancários preparando para a greve Foto: Drawlio Joca Primeiro aprovarão o projeto com o apoio de deputados financiados por banqueiros, empresários e latifundiários. Com a aprovação irão terceirizar tudo e demitir em massa. Os sindicatos irão começar a desaparecer, pois haverá pulverização total das categorias formais como são hoje. O adoecimento e mortes no local de trabalho se multiplicarão, pois as condições de trabalho serão precarizadas ao máximo. Não haverá qualquer proteção social, pois será uma relação entre duas empresas sem qualquer controle do Ministério do Trabalho ou dos sindicatos. A previdência pública e o INSS estarão feridos de morte. O concurso público irá virar peça de Museu. Esse roteiro de filme de terror não é uma obra de ficção, pois os riscos são reais e os interesses patronais também. Precisamos jogar todas as nossas forças para enfrentar o projeto, pois a nossa existência física e política está em jogo e não podemos deixar que esse crime, que é o projeto Sandro Mabel, seja perpetra- do contra a classe trabalhadora e suas representações. A verdade dos fatos: 1) Demissão em Massa – Os terceirizados recebem em média 25% a menos que os contratados diretamente e jornada de trabalho em média 22% maior. É mais barato terceirizar do que contratar diretamente. 2) Adoecimento e morte no local de trabalho – Os terceirizados respondem por 82% das mortes e adoecimento de trabalhadores no local de trabalho. 3) Nenhum direito trabalhista Hoje há um grande número de empresas terceirizadoras que somem do dia para a noite e os trabalhadores ficam sem receber nada. Já vimos isso com as cooperativas de trabalho. 4) Sem qualquer controle – Por ser uma relação entre duas empresas não existe qualquer possibilidade de fiscali- zação ou acompanhamento por parte do Ministério do Trabalho ou dos sindicatos, será uma relação simples e desigual entre o patrão e o trabalhador. 5) Sem representação sindical – O projeto fragiliza a organização dos traba- lhadores que terão sua representatividade pulverizada facilitando a exploração do trabalho. 6) Fim do concurso público – O projeto permite a terceirização em todos os níveis (Federal, Estadual e Municipal) acabando com o concurso público. 7) Ilegalidades – O projeto contraria preceitos fundamentais da Constituição. 8) Insegurança jurídica e social – O projeto só garante alguma segurança jurí- dica aos empregadores e total desamparo jurídico aos milhões de trabalhadores. Marcello Rodrigues Azevedo – Secretário de Relações de Trabalho CUT/RJ PROJETO 4330/04: O Exterminador de Direitos Assembleia será às 19 horas, na sede do SEEB/CE, para apreciar a proposta da Fenaban. Comando Nacional orienta rejeição (pág. 5) Todos à assembleia dia 12 para decretar greve • Em Audiência Pública, Sindicato apresenta proposta do Estatuto de Segurança aos vereadores de Aquiraz (pág. 3) • Trabalhadores impedem votação do PL da Terceirização na CCJC, adiando mais uma vez o projeto que precariza o trabalho no Brasil (pág. 5) • Comando Nacional condena postura dos bancos públicos por não terem apresentado propostas, frustrando bancários (pág. 5) • Sindicato e BNB instalam Comissão Paritária que vai recalcular os valores da ação de equiparação das comissões do BNB às do BB (pág. 6) Com o objetivo de intensificar a mobilização da categoria para a Campanha 2013, o Sindicato dos Bancários do Ceará vem realizando visitas às agências de todo o Estado. A categoria precisa estar mobilizada para enfrentar a intransigência do governo e dos banqueiros e se preparar para uma possível greve. A categoria mostra-se receptiva à ideia da greve como única forma de se fazer ouvir pelo patronato (pág. 3)

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Artigo

Sindicato mobiliza bancários preparando para a greve

Foto: Drawlio Joca

Primeiro aprovarão o projeto com o apoio de deputados fi nanciados por banqueiros, empresários e latifundiários. Com a aprovação irão terceirizar tudo e demitir em massa. Os sindicatos irão começar a desaparecer, pois haverá pulverização total das categorias formais como são hoje. O adoecimento e mortes no local de trabalho se multiplicarão, pois as condições de trabalho serão precarizadas ao máximo.

Não haverá qualquer proteção social, pois será uma relação entre duas empresas sem qualquer controle do Ministério do Trabalho ou dos sindicatos. A previdência pública e o INSS estarão feridos de morte. O concurso público irá virar peça de Museu.

Esse roteiro de fi lme de terror não é uma obra de fi cção, pois os riscos são reais e os interesses patronais também. Precisamos jogar todas as nossas forças para enfrentar o projeto, pois a nossa existência física e política está em jogo e não podemos deixar que esse crime, que é o projeto Sandro Mabel, seja perpetra-do contra a classe trabalhadora e suas representações.

A verdade dos fatos:1) Demissão em Massa – Os

terceirizados recebem em média 25% a menos que os contratados diretamente e jornada de trabalho em média 22% maior. É mais barato terceirizar do que contratar diretamente.

2) Adoecimento e morte no local de trabalho – Os terceirizados respondem por 82% das mortes e adoecimento de trabalhadores no local de trabalho.

3) Nenhum direito trabalhista – Hoje há um grande número de empresas terceirizadoras que somem do dia para a noite e os trabalhadores fi cam sem receber nada. Já vimos isso com as cooperativas de trabalho.

4) Sem qualquer controle – Por ser uma relação entre duas empresas não existe qualquer possibilidade de fi scali-zação ou acompanhamento por parte do Ministério do Trabalho ou dos sindicatos, será uma relação simples e desigual entre o patrão e o trabalhador.

5) Sem representação sindical – O projeto fragiliza a organização dos traba-lhadores que terão sua representatividade pulverizada facilitando a exploração do trabalho.

6) Fim do concurso público – O projeto permite a terceirização em todos os níveis (Federal, Estadual e Municipal) acabando com o concurso público.

7) Ilegalidades – O projeto contraria preceitos fundamentais da Constituição.

8) Insegurança jurídica e social – O projeto só garante alguma segurança jurí-dica aos empregadores e total desamparo jurídico aos milhões de trabalhadores.

Marcello Rodrigues Azevedo – Secretário de Relações de Trabalho CUT/RJ

PROJETO 4330/04: O Exterminador de

Direitos

Assembleia será às 19 horas, na sede do SEEB/CE, para apreciar a proposta da Fenaban. Comando Nacional orienta rejeição (pág. 5)

Todos à assembleia dia 12 para decretar greve

• Em Audiência Pública, Sindicato apresenta proposta do Estatuto de Segurança aos vereadores de Aquiraz (pág. 3)

• Trabalhadores impedem votação do PL da Terceirização na CCJC, adiando mais uma vez o projeto que precariza o trabalho no Brasil (pág. 5)

• Comando Nacional condena postura dos bancos públicos por não terem apresentado propostas, frustrando bancários (pág. 5)

• Sindicato e BNB instalam Comissão Paritária que vai recalcular os valores da ação de equiparação das comissões do BNB às do BB (pág. 6)

Com o objetivo de intensifi car a mobilização da categoria para a Campanha 2013, o Sindicato dos Bancários do

Ceará vem realizando visitas às agências de todo o Estado. A categoria precisa estar mobilizada para enfrentar a

intransigência do governo e dos banqueiros e se preparar para uma possível greve. A categoria mostra-se receptiva à ideia da greve como única forma de se fazer ouvir pelo

patronato (pág. 3)

Dia do Bancário

Home Page: www.bancariosce.org.br – Endereço Eletrônico: [email protected] – Telefone geral : (85) 3252 4266 – Fax: (85) 3226 9194Tribuna Bancária: [email protected] – (85) 3231 4500 – Fax: (85) 3253 3996 – Rua 24 de Maio, 1289 - 60020.001 – Fortaleza – Ceará

Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: Marcos Aurélio Saraiva Holanda – Jornalista Resp: Lucia Estrela CE00580JP – Repórter: Sandra Jacinto CE01683JPEstagiária: Cinara Sá – Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG – Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

DICA CULTURAL

DIREITO DE GREVE

Tribuna Bancária nº 1302 de 9 a 14 de setembro de 2013 – pág. 2

Fotos: Drawlio Joca

Não faltou animação na última sexta-feira, dia 30/8, no Botequim dos Bancários. Em comemoração ao Dia do Bancário (28 de agosto), o Botequim contou com uma programação especial para homenagear a categoria. O resultado foi a casa lotada em uma noite musical, dançante e de muitos prêmios.

O Talento Bancário foi a can-tora Iara Vanessa, empregada da Caixa, que interpretou grandes sucessos da MPB, com repertório de Elis Regina, Marisa Monte, Vanessa da Mata, entre outras divas brasileiras. Entre amigos, familiares e colegas bancários,

Categoria é homenageada em grande estilo no

Botequim dos Bancários Um livro bombástico chegou no fi nal de agos-to às livrarias de todo o País. Trata-se de “O Princípe da Privataria”, lançado pelo jornalista Palmério Doria, autor do best-seller Honoráveis Bandidos, sobre o po-der da família Sarney, e colunista do Brasil 247. Desta vez, o foco de Doria é lançado sobre um dos homens mais poderosos e cultuados do Brasil: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No livro, o autor aborda as contradições do persona-gem e algumas manchas de sua biografi a, como a compra da emenda da reeleição e a operação pesada para blindá-lo na imprensa sobre o fi lho fora do casamento com uma jor-nalista da Globo, que, no fi m da história, não era seu fi lho legítimo.

O livro foi lançado pela Gera-ção Editorial, a mesma que lançou livros-reportagem de sucesso como Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr., e Segredos do Concla-ve, de Gerson Camaratti.

Segundo a editora, trata-se de uma grande reportagem com 400 páginas, 36 capítulos, 20 anos de apuração, um repórter da velha guarda, um personagem central recheado de contradições, poderoso, ex-presidente da Re-pública. A reportagem retrata os dois mandatos de FHC, que vão de 1995 a 2002, as polêmicas e contraditórias privatizações do governo do PSDB e revela, com profundidade de apuração, quais foram os trâmites para a compra da reeleição, quem foi o “Senhor X” – a misteriosa fonte que gravou deputados confessando venda de votos para reeleição – e quem foram os verdadeiros amigos do presidente, o papel da imprensa

Livro-bomba revela como governo FHC tentou privatizar

o BB e a Caixa

em relação ao governo tucano, e a ligação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) com a CIA, além do suposto fi lho fora do casamento.

Na obra, há também detalhes do projeto neoliberal de vender todo o patrimônio nacional, como a tentativa de venda da Petrobras, em que até a produção de identida-de visual para a nova companhia, a Petrobrax, foi criada a fi m de facilitar o entendimento da comu-nidade internacional. Também a entrega do sistema de telecomu-nicações, as propinas nos leilões das teles e de outras estatais, os bancos estaduais, as estradas, e até o suposto projeto de vender a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

SERVIÇO:O Príncipe da Privataria – A

história secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e Fernando Henrique Cardoso ganhou sua reeleição (Geração Editorial, 400 páginas, R$ 39,90).

As negociações entre o Co-mando Nacional e os banqueiros ainda estavam em andamento, nem se falava ainda em indicativo de greve, e já chegaram ao Sindicato dos Bancários do Ceará denún-cias de pressão de gestores para os bancários não aderirem a um possível movimento paredista que venha a ser feito pela categoria.

O Sindicato dos Bancários do Ceará esclarece que a categoria deve continuar denunciando este tipo de atitude e esclarece que ameaças e pressões feitas por gestores ferem o direito de greve garantido constitucionalmente (CF/88, art. 9º), além de estar representado na Lei federal 7.783 (conhecida como Lei de Greve).

No artigo 1º da lei de greve, fica estabelecido que o direito de greve é assegurado a todo traba-

Coibir bancários a não participar da campanha nacional fere leis federais

lhador, competindo a estes decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. Já no arti-go 6º, § 2º, é vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho.

“Não podemos admitir que mes-mo antes de qualquer sinalização de greve, os bancários já estejam sendo pressionados e ameaçados para não aderir ao movimento. Isso fere todos os direitos legais dos trabalhadores. Estaremos atentos e pedimos que qualquer irregula-ridade seja denunciada para que possamos tomar as providências cabíveis”, esclarece o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.

Em caso de dúvida, denúncia ou informação, os bancários devem ligar para (85) 3252 4266.

Iara arrancou aplausos acalora-dos do público.

No quadro Conversa de Botequim, o apresentador do programa Ceará Caboclo, Dilson Pinheiro, bateu um papo com Frederico Régis, funcionário do BNB , sobre literatura e poesia. O bancário poeta é autor de “Enquanto Somos”, seu terceiro livro, onde apresenta referências da literatura cearense contem-porânea.

A programação também contou com o Balé Folclórico Arte Popular de Fortaleza e com o Coral do Sindicato. Este últi-mo, sempre carregado de muita emoção, surpreendeu a todos

com uma apresentação animada e interativa. Ao longo da noite, foram sorteados 10 vales-contas no valor de R$ 100 cada, duas diárias para um fim de semana na praia com acompanhante, uma TV LED 32” e duas camisas oficiais da Seleção Brasileira de Futebol.

Ao final, os bancários dan-çaram e cantaram ao som da banda Dona Zefa, que tem em seu repertório os mais variados ritmos e estilos musicais, pas-sando pelo forró pé de serra, carimbó, frevo e samba. Depois foi a vez do projeto Farra na Casa Alheia, com o DJ Guga de Castro, que encerrou a noite.

MPT quer que bancos e Correios paguem R$ 6 bi por terceirização ilícita

CORRESPONDENTES BANCÁRIOS

SEEB/CE leva proposta do Estatuto de Segurança à Câmara

Municipal de Aquiraz

Campanha Nacional AUDIÊNCIA PÚBLICA

Tribuna Bancária nº 1302 de 9 a 14 de setembro de 2013 – pág. 3

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

Na quinta-feira, dia 5/9, foi debatido em audiência pública, na Câmara Municipal de Aquiraz, o Estatuto da Segurança Bancária e a proposta de criação de projeto de lei naquele município semelhante ao existente em Fortaleza. A proposta é do Sindicato dos Bancários do Ceará, para criação de lei municipal para execução de medidas visando aumentar a segurança das agências bancárias, oferecendo mais tran-quilidade aos clientes, bancários e vigilantes.

Na Câmara de Aquiraz, a audi-ência pública foi presidida pelo ve-reador Ricardsson Santana (PCdoB) que se prontifi cou em apresentar o projeto seguindo a proposta apre-sentada pelo Sindicato, dizendo ainda que a iniciativa é bem aceita pelos vereadores daquele município. O vereador anunciou que será feito um estudo para a imediata criação do projeto de lei municipal, para apre-ciação da Câmara ainda este mês.

Estiveram presentes à audi-ência os diretores do Sindicato, Gustavo Tabatinga, Carlos Henrique Colares, Marcos Francelino, Plauto Macedo e José Eduardo Marinho, além de representantes do Banco do Brasil e do Bradesco.

Na ocasião, o representante do Banco do Brasil reconheceu a importância do Estatuto de Seguran-ça Bancária e sugeriu a criação do Conselho Municipal de Segurança (Comseg) com a participação dos clientes (sociedade), bancos e Poder Público. A ideia foi acatada pelos

Com o objetivo de intensifi car a mobilização da categoria para a Campanha Nacional 2013, o Sindicato dos Bancários do Ceará vem realizando visitas às agências da Capital e do Interior do Estado, mostrando à categoria como se desenrolam as negociações com a Fenaban e as específi cas com os bancos públicos. Os dirigentes sindicais destacam que a categoria precisa estar mobilizada para enfren-tar a intransigência do governo e dos banqueiros e se preparar para uma possível greve. A categoria mostra-se receptiva à ideia da greve como única forma de se fazer ouvir pelo patronato.

Na terça-feira, dia 3/9, a mobi-lização aconteceu no Edifício Sede da Caixa Econômica Federal, no Centro de Fortaleza, ocasião em que o Sindicato mostrou aos empregados que é preciso estar unidos e coesos para conquistar avanços. A mobili-zação vai continuar pelas agências do Banco do Brasil e Banco do Nor-deste, bem como pelas unidades dos bancos privados da Capital.

Para o diretor do Sindicato, Ribamar Pacheco, “esse momento da Campanha é decisivo. Os ban-cários tem que participar de forma efetiva das atividades do Sindicato tendo como objetivo o fortaleci-mento da nossa organização para construção de um movimento forte e cuja unidade dos trabalhadores é essencial para fazer o enfrentamento à postura intransigente do Governo Federal e dos banqueiros, que de forma afrontosa estão a desafi ar os trabalhadores. Será necessário que utilizemos nosso maior instrumento de reivindicação, que é a greve, para podermos arrancar proposta

O Ministério Público do Tra-balho (MPT) ingressou com ação civil pública contra os seis maiores bancos públicos e privados do País (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander e HSBC), mais o Banco Central e os Correios, por prática de “tercei-rização ilícita e inconstitucional” na contratação de correspondentes bancários.

Na ação, assinada por 31 promotores, o MPT concluiu que a utilização de casas lotéricas, pon-tos de comércio ou agências dos Correios para operações fi nancei-ras – principalmente recebimento de contas – provoca a “redução ou aniquilação dos direitos sociais dos trabalhadores”. O MPT pede o pagamento de indenização por dano moral de R$ 3,8 bilhões e dumping social de R$ 2,5 bilhões, em um total de R$ 6,4 bilhões.

Além disso, quer a anulação da contratação do serviço e o re-conhecimento dos trabalhadores como bancários, o que signifi ca pagamento de diferenças salariais, auxílio refeição e horas extras e o reconhecimento da jornada espe-cial de trabalho de seis horas. A multa por descumprimento prevê R$ 10 milhões por dia. A iniciativa do Ministério Público refl ete uma luta histórica da categoria bancária contra a precarização provocada por essas agências informais.

Efeitos perniciosos – Após

três anos de investigação, o MPT constatou que os trabalhadores de correspondentes bancários são vendedores de concessionárias de veículos, de lojas de varejo, de agências de turismo, atendentes de casas lotéricas, dos Correios, lan houses, caixas de supermercados, balconistas de farmácias e padarias. Eles fazem serviços de bancários, mas não têm direito às conquistas dessa categoria profi ssional.

Em relação à argumentação de que a bancarização chega aos locais mais distantes do país, be-nefi ciando a população de baixa renda, ele contesta com dados do relatório “Atividades bancárias sem agências e a proteção ao consumi-dor no Brasil”, publicado em 2009 pelo Banco Central e o Consultative Group to Assist the Poor (CGAP), centro independente de pesquisa e políticas dedicado a promover acesso fi nanceiro para os pobres do mundo. Os números mostram que 47,84% dos correspondentes bancários estão na região mais rica e populosa do País, o Sudeste, onde vivem 42,3% dos brasileiros.

No Relatório Social Anual de 2010 da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o MPT constatou a terceirização ilícita da atividade-fi m com a contratação dos correspondentes bancários. O documento mostra que, naquele ano, o sistema fi nanceiro nacional tinha 19.813 agências bancárias em todo o território nacional. Em

Sindicato intensifi ca mobilização dos bancários no Ceará

que contemple as nossas principais reivindicações, que consiste no fi m do assédio moral, condições dignas de trabalho e saúde, e divisão justa dos lucros exorbitantes dos bancos". Ribamar fi naliza conclamando os bancários a participarem da assem-bleia geral que irá defi nir os próximos passos da Campanha.

Jefferson Tramontini, diretor do Sindicato, enfatizou que “até aqui não há nenhuma resposta a nenhum dos itens da pauta dos empregados da Caixa. Estamos chamando os

companheiros a tomarem parte do movimento, para intensifi car a mobilização e já preparar os moto-res para greve. Nenhuma resposta favorável às nossas reivindicações. Diante desse quadro, num quadro de intransigência tanto do banqueiro privado como do governo, o dono dos bancos públicos, vamos parar. Eles só entendem essa linguagem. Na hora que pararmos de engordar o superávit primário do governo, talvez eles entendam que tem que repartir o bolo do alto lucro dos bancos”.

Fotos: Drawlio Joca

2009, eram 158 instituições e 20.046 agências. Ao mesmo tem-po, o número de correspondentes bancários saltou de 149.507, em 2009, para 165.228, em 2010. Se a referência for a década 2000/2010, o número de corres-pondentes bancários aumentou 1.103,3%, enquanto o quantitativo de agência bancárias, 20,8%. Assim, o diagnóstico do setor bancário demonstra claramente que o sistema fi nanceiro nacional está praticamente todo terceiri-zado para os correspondentes bancários.

Contraf quer audiência com BC – A Contraf-CUT enviou dia 3/9 carta ao presidente do Banco Central, Alexandre Tom-bini, solicitando audiência para discutir “vários assuntos de enor-me relevância para o interesse público envolvendo a atuação dos correspondentes bancários, que estão precarizando o atendimento aos clientes e à população, bem como trazem graves repercussões para as relações de trabalho”. A Confederação reafi rma na carta que o BC, ao regulamentar os correspondentes, está “legislando em substituição ao Congresso Nacional, impactando as relações de trabalho, afetando bancários, comerciários e trabalhadores em telecomunicações, e desconfi gu-rando a organização do trabalho e a atual estrutura sindical”.

dirigentes sindicais com apoio tam-bém do vereador Ricardsson, futuro autor do projeto de lei municipal em Aquiraz.

“É preciso que a lei seja criada e com ela mecanismos para fi sca-lização”, disse Gustavo Tabatinga, lembrando que aplicação de multas também são previstas no Estatuto de Segurança Bancária. A ideia, segun-do o dirigente sindical, é proteger a vida das pessoas, em primeiro lugar. “O banco não tem coração, tem cofre. Por isso é necessário que uma lei faça o banco mudar sua ótica de tratamen-to para com as pessoas, pois banco não vê pessoas, vê números”, disse.

Sindicato visita as Câmaras Municipais – O Sindicato dos Ban-cários do Ceará tem levado o projeto do Estatuto de Segurança Bancária aos municípios com mais de 50 mil habitantes e mais de três bancos, para apreciação dos vereadores. A iniciativa visa a aprovação de lei com as mesmas características da Lei 9.910/2012, de Fortaleza, conso-lidando toda a legislação municipal sobre o tema. Ainda em 2012, o Sin-dicato, lançou a campanha “Banco Legal é Banco Seguro”. Já foram visitados vários municípios e em seis Câmaras Municipais o projeto já está tramitando – Acaraú, Barba-lha, Pacajus, Horizonte,Maracanaú, Caucaia e agora, Aquiraz. A proposta do Sindicato já virou lei em Fortaleza e Tianguá. Em Crateús, há uma lei semelhante apresentada pelos vigilantes locais.

Insegurança

LEGISLATIVO

ALERTA

Tribuna Bancária nº 1302 de 9 a 14 de setembro de 2013 – pág. 4

Das 13 ações contra bancos e/ou cidadãos registradas em agosto deste ano, nove foram realizadas no interior do Estado e destas, três com uso de explo-sivos. O número contabilizado no último mês é maior que o dobro registrado em agosto de 2012, quando foram registradas seis ações. Em agosto foi regis-trado ainda o centésimo ataque a banco do ano, marca esta que em 2012 só foi alcançada em outubro.

“Esses ataques mais voltados para o Interior são reflexos do Estatuto de Segurança Bancária de Fortaleza. Mesmo com os bancos não cumprindo a lei na sua integralidade, o Estatuto vem coibindo esse tipo de vio-lência na Capital. Basta ver que, durante 2013, nós registramos até 31 de agosto um total de 65 ataques no Interior contra 38 em Fortaleza”, avalia o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.

O Sindicato contabilizou, de acordo com notícias publi-cadas na imprensa local, cinco arrombamentos (explosões de agências e violações de cai-xas), um ataque a carro forte, uma tentativa de assalto, duas tentativas de arrombamentos e quatro saidinhas/chegadinhas bancárias, com uma vítima fatal (um policial foi morto ao reagir após ver sua esposa sendo ataca-da por bandidos ao sair de uma agência, na Praia de Iracema, em Fortaleza).

Até agosto deste ano já foram contabilizados 103 ataques a bancos e/ou cidadãos contra 87 registrados no mesmo período do ano passado, uma média de 12,87 ações por mês. Foram 69 ataques feitos diretamente a ban-cos ou postos de atendimento bancário e 34 ações contra pes-soas – as chamadas saidinhas/chegadinhas bancárias.

Nestes oito meses já foram contabilizados também 32 arrombamentos; 16 tentativas de arrombamentos (explosões e ataques mal sucedidos); 11 assaltos diretos; sete tentativas de assaltos e ataques ataques a carros fortes/malotes.

BB continua sendo alvo preferido – O Banco do Brasil continua sendo o alvo princi-pal de assaltantes no Estado. Até agosto deste ano foram 44 ataques ao BB, sendo cinco em agosto. O segundo alvo preferi-do das quadrilhas é o Bradesco, com 38 ataques, seguido da Caixa Econômica com cinco, Itaú e Santander com três cada e outros/ou não divulgados, dez.

Interior do Ceará vira principal alvo de assaltantes de banco

Explosões prejudicam população – O Sindicato dos Bancários cobra ainda providências da Secretaria de Segurança Pública do Estado no que se refere ao alto índice de explosões. Segundo levantamento do SEEB/CE, 28 agências foram alvos de explosões no Ceará até o momento. Dessas, 19 são do Banco do Brasil e nove do Bra-desco – todas no Interior. “Isso prejudica muito a população, pois os moradores dos distritos próximos, muitos aposentados, tem que se deslocar, enfrentar 20 ou 30 km de viagem, muitas vezes em caminhões pau-de-arara, para poder resolver seus problemas no banco, como é o caso de Morada Nova, onde a população tem que se deslocar até Limoeiro do Norte para con-seguir atendimento. E o pior,

correndo risco de sofrer assalto na estrada”, analisa o diretor do Sindicato, Bosco Mota.

Em setembro, cinco ata-ques em quatro dias – Nos primeiros quatro dias do mês de setembro, foram registrados cin-co ataques a bancos: no dia 1º/9, bandidos tentaram explodir dois caixas do BB de Umirim. Já no dia 2/9, dois ataques: bandidos explodiram o BB de Boa Viagem e no final da noite, em Pindore-tama, nova explosão com reféns, no Bradesco. Em Canindé, no dia 4, um gerente do Bradesco foi assaltado ao atravessar a rua para entregar um malote de dinheiro na agência do BB, que fica praticamente em frente. À noite, um grupo assaltou um posto de atendimento do BB, no Detran do bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza.

2/8 – Um sargento aposentado da Polícia Militar reagiu e foi morto em uma saidinha bancária, em Fortaleza, por volta das 12h30. Ele acom-panhava a esposa, que havia sacado dinheiro de uma agência bancária, quando foram abordados por dois homens armados. Ainda no mesmo dia, dois bancos (BB e Bradesco) foram atacados em Monsenhor Tabosa.

5/8 – Um grupo de criminosos tentou assaltar um carro-forte em Ibaretama. Os seguranças perceberam dois automovéis seguindo o blindado, efetuaram vários disparos e buscaram refúgio no destacamento policial do município.

9/8 – Dois homens foram presos ao tentar arrombar um posto ban-cário em Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza.

12/8 – Uma tentativa de assalto a uma agência do BB foi registrada na avenida Pontes Vieira, em Fortaleza. Segundo a polícia, a tentativa teria sido frustrada por seguranças da agência.

14/8 – Uma mulher de 40 anos foi vítima de saidinha bancária no Meireles. Houve tiroteio e um assaltante teria sido baleado. A vítima havia retirado R$ 3.000,00 do Bradesco, da avenida Abolição, quando foi abordada por três homens.

19/8 – Dois homens numa motocicleta assaltaram dois funcionários de um mercantil, em frente ao BB de Solonópole.

21/8 – Um grupo fortemente armado invadiu a cidade de Aracati e atacou uma agência do BB durante a madrugada. Os caixas eletrônicos e um cofre foram explodidos pelo grupo.

24/8 – Um grupo tentou explodir um caixa eletrônico na agência do Bradesco de Aiuaba. A ação destruiu toda a frente da máquina, mas o cofre permaneceu intacto. Esse foi o centésimo ataque a banco no Estado em 2013.

27/8 – Um homem foi roubado em uma “saidinha bancária” na Avenida Santos Dumont, em Fortaleza. A ação dos suspeitos foi fl agrada por um internauta que postou fotos no Facebook. O suspeito ameaçou o alvo com uma arma e sabia até a quantia sacada por ele (R$ 5 mil) no banco.

29/8 – Cinco homens armados tentaram invadir uma agência do Bradesco em Paramoti. Os homens teriam entrado na agência, mas antes de consumarem a ação, a população alertou e a polícia compa-receu imediatamente.

30/8 – A agência do BB de Coreaú foi assaltada por um grupo que entrou na agência pelos fundos, após fazer um buraco na parede. O grupo desligou o alarme, desativou o monitoramento de câmeras e teve acesso ao cofre do banco. Além de dinheiro, os assaltantes levaram armas.

CONFIRA O RESUMO DAS AÇÕES EM AGOSTO

A Câmara dos Deputados apro-vou na terça-feira (3/9), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 349, que institui o voto aberto em todos os processos de votação no Congresso Nacional, nas assembleias legislativas, na Câ-mara Legislativa do Distrito Federal e nas câmaras municipais. Foram 452 votos a favor, nenhum contra e 1 abstenção, que foi a do presiden-te da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que regimentalmente não pode votar.

Apresentada em 2001, pelo então deputado Luiz Antônio Fleury, à PEC foram acrescentadas outras seis propostas que também tratavam da questão de votações abertas.

Na comissão especial, a PEC foi relatada pelo então deputado e hoje ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que apresentou um substitutivo para estabelecer votações abertas nos três níveis do Legislativo. Na comissão, a matéria foi aprovada em 15 de dezembro de 2004. No plenário da Câmara foi aprovada, em primeiro turno, em 5 de setembro de 2006, por 383 votos a favor, nenhum contra e quatro abstenções.

A proposta de emenda à Cons-tituição aprovada pelos deputados acrescenta dois parágrafos ao Artigo 47 da Constituição. O primeiro esta-belece que é vedado o voto secreto nas deliberações do Congresso Na-cional, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Já o segundo diz

Câmara aprova PEC que institui voto aberto nas votações do Congresso

que o disposto no parágrafo anterior se aplica também às assembleias legislativas dos estados, à Câmara Legislativa do Distrito Federal e às câmaras municipais.

Após a aprovação da PEC, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), informou que encaminhará a matéria ao presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e que vai conversar com ele para pedir agilidade na votação da matéria.

Henrique Alves informou que, paralelamente à tramitação da PEC no Senado, continuará em análise na Câmara a PEC que institui o voto aberto nos casos de cassação de parlamentares. Segundo ele, a proposta poderá ser votada no plenário a partir do próximo dia 18/9, em primeiro turno, e uma semana depois em segundo turno para ser promulgada e começar a valer. De acordo com Henrique Alves, a aprovação da PEC é uma resposta à sociedade após a manutenção do mandato do deputado Natan Dona-don (sem partido-RO).

A Frente Parlamentar em De-fesa do Voto Aberto vinha pressio-nando, há muito tempo, para que a PEC 349 fosse colocada em votação, mas com a absolvição do deputado Donadon pelo plenário, em votação secreta, líderes partidários deram início a um movimento que culmi-nou com a aprovação da proposta na noite de hoje pela unanimidade dos deputados presentes à Câmara.

Em Canindé, no dia 3/9, o te-soureiro da agência do Bradesco foi assaltado ao atravessar uma praça portando um malote de dinheiro sa-cado na agência do Banco do Brasil. As agências fi cam praticamente em frente uma da outra, distantes 100 metros. O tesoureiro foi surpreen-dido por uma dupla de assaltantes quando atravessava a Praça da Basílica com um malote de dinheiro, de cerca de R$ 500 mil.

Transporte de valores pelo trabalhador bancário – O Sindicato dos Bancários do Ceará alerta aos trabalhadores bancários para que não façam transporte de valores, pois colocam em risco principal-mente a sua vida. Alerta o diretor do SEEB/CE, Carlos Henrique Colares, que “muitas instituições bancárias estão impondo aos seus empre-gados, trabalhadores bancários (caixas, tesoureiros, gerentes etc.) que façam o transporte ilegalmente. Nós recomendamos que não façam. Esse transporte deve ser feito por profi ssionais habilitados, treinados para esse serviço”, disse.

É muito comum, principalmente nas pequenas cidades, coincidente-mente onde muitos bancários iniciam sua carreira, encontrar bancários transportando inadvertidamente em sacolas comuns (ou mesmo malotes

Funcionário do Bradesco é assaltado quando transportava R$ 500 mil

bancários inequívocos, em lona), numerário e documentos bancários de que terão que prestar contas.

O pior ainda pode acontecer – Não são raros os casos em que, após um assalto, os bancos come-çam a colocar em dúvida a própria honestidade do bancário vitimado, geralmente fadado à demissão, ainda que sem justa causa, como se houvessem perdido a confi ança nele e como se ele estivesse envolvido com os deliquentes.

O Sindicato está em contato com a Promotoria de Justiça de Canindé para marcar audiência e tentar cele-brar um termo de ajuste de conduta entre o Bradesco e o Banco do Brasil para que não permitam que grandes quantias como essa que foi levada nesse assalto, saiam das agências sem as devidas precauções. O Sin-dicato entende ainda que além do bancário, que colocou sua vida em risco, transeuntes e moradores de Canindé também estavam expostos, daí a necessidade da intervenção do Ministério Público.

O Sindicato pede também que os funcionários e tesoureiros denun-ciem essa prática para que possa tomar as devidas providências, já que a segurança do bancário e da população é de suma importância para a entidade.

Campanha Nacional 2013 NEGOCIAÇÃO ESPECÍFICA

PL DA TERCEIRIZAÇÃO

Tribuna Bancária nº 1302 de 9 a 14 de setembro de 2013 – pág. 5

EDITAL DE ASSEMBLEIA

Pressionada por cerca de 200 trabalhadores que conseguiram entrar no plenário e outros três mil manifestantes que cercaram o Congresso Nacional e foram impedidos de entrar no prédio com muita violência por parte das polícias militar e legislativa, que chegaram a usar cassetetes e gás de pimenta, a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados cancelou a sessão de terça-feira, 3/9, adiando mais uma vez a votação do PL 4330, que legaliza a terceirização e precariza o trabalho no Brasil.

“Ganhamos mais uma batalha. Os sindicatos de bancários de todo o País estão de parabéns pela grande mobilização. A pressão dos trabalha-dores do lado de dentro e de fora do Congresso foi fundamental para o cancelamento da sessão da CCJC. Mas ainda não vencemos a guerra. É preciso continuar pressionando e ampliar a mobilização para enterrar de uma vez por todas esse projeto de lei do patronato, que destrói em-pregos e direitos dos trabalhadores”, afi rma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Violência contra os traba-lhadores – As polícias militar e legislativa formaram um cordão de isolamento na entrada do Anexo 2 da Câmara dos Deputados, que dá acesso à CCJ, para impedir a entrada de manifestantes e dirigentes das centrais sindicais, com participação marcante dos bancários. Usaram gás de pimenta e violência para bar-rar a manifestação. Houve tumulto e correria, e até dirigentes sindicais feridos. Mais cedo, parte dos mani-festantes já havia conseguido entrar no plenário do Anexo, que acabou sendo esvaziado. A secretária de Mulheres da Contraf-CUT, Deise Recoaro, também foi agredida ao tentar entrar na Câmara. Empurrada e jogada ao chão, Deise fi cou com um hematoma no joelho direito.

Após o cancelamento, dirigen-tes se concentraram no acampamen-to montado na esplanada em frente ao Congresso Nacional por conta da

Sob repressão e gás de pimenta, trabalhadores impedem

votação do projetovigília organizada contra a votação do PL 4330, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia a precarização do trabalho terceirizado.

Aumentar a mobilização e fi car alerta – Para o secretário de Organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira, os trabalhadores não podem afrouxar a vigilância com mais essa vitória temporária na CCJC. “O pa-tronato quer de todo jeito aprovar o projeto de lei do empresário e deputado Sandro Mabel, porque ele vai reduzir direitos e salários dos trabalhadores e, portanto, aumentar o lucro das empresas. Os bancos es-tão na linha de frente dessa batalha, coordenando a bancada patronal no Congresso, porque o PL permitirá a completa terceirização do siste-ma fi nanceiro”, alerta Miguel. “Por isso, temos de manter a pressão e aumentar ainda mais a mobilização dos trabalhadores, para barrar esse ataque a nossos direitos”, conclui o dirigente da Contraf-CUT.

Pressão arranca compromis-so do presidente da Câmara – Em reunião ocorrida dia 4/9, em Brasília, com centrais sindicais e parlamenta-res, o presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), assumiu o compro-misso de não colocar em votação o Projeto de Lei 4330/2004, que regu-lamenta e escancara a terceirização, enquanto o tema não for amplamente discutido. O deputado afi rmou que só discutirá a votação do PL 4330 da terceirização ou qualquer requeri-mento de urgência após a realização de uma comissão geral, espécie de audiência pública que ocorrerá no plenário da Câmara, a ser realizada no próximo dia 18/9. O debate terá a participação de trabalhadores, em-pregadores e instituições de Direito, como o Ministério Público e a Asso-ciação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), e será organizado pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), deputado Décio Lima (PT-SC).

Nada de aumento real de salário. Nada de aumento real sobre os

pisos. Nada de melhoria da PLR. Nada sobre emprego. Nada de avanços para a saúde dos tra-balhadores. Nada de melhorar as condições de trabalho. Nada que aponte para o fim das metas abusivas e do assédio moral. Nada para melhorar a segurança bancária. E nada para promover a igualdade de oportunidades. A proposta apresentada na quinta-feira, dia 5/9, pela Fenaban ao Comando Nacional dos Bancá-rios, coordenado pela Contraf-CUT, é de apenas reajuste de 6,1% (reposição da inflação prevista) sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas de caráter salarial.

Indagados pelos represen-tantes dos bancários se essa era a última proposta, os negocia-dores da Fenaban responderam que “a proposta final, para fechar

Comando considera proposta de 6,1% provocação e defi ne

calendário de luta

acordo”, e que não há mais como avançar porque a categoria ban-cária já tem a melhor Convenção Coletiva do País.

O Comando Nacional orien-ta a rejeição da proposta e aprovou um calendário de luta que aponta para a realização de assembleias na próxima quinta-feira, dia 12, em todo País para aprovar greve a partir do dia 19, se até lá os bancos não apre-sentarem uma nova proposta que contemple as expectativas da categoria.

“A proposta é uma provoca-ção dos bancos e do Governo, um total desrespeito aos bancá-rios, tentando rebaixar conquis-tas da categoria e aprovar o PL 4330. Nossa greve será contra o PL 4330 que acaba com o emprego dos bancários e retira direitos. Isso é inadmissível”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra. Para ele “só forte mobilização da categoria fará os bancos melhorarem a proposta”.

A PROPOSTA DA FENABAN• Reajuste – 6,1% (previsão da infl ação pelo

INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.)

• PLR – 90% do salário mais valor fi xo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que signifi ca reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).

• Parcela adicional da PLR – 2% do lucro líqui-do dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.

• Adiantamento emergencial – Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

• Prevenção de confl itos no ambiente de traba-lho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminha-das pelos sindicatos, além de reunião específi ca com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

• Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.

• Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser defi nida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.

AS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS

• Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais infl ação projetada de 6,6%)

• PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

• Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

• Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

• Melhores condições de trabalho, com o fi m das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

• Emprego: fi m das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às tercei-rizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

• Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

• Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fi m da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

• Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras

CALENDÁRIO DE LUTAO Comando Nacional, reunido ao fi nal da reunião com a Fenaban, aprovou o seguinte calendário de luta:

12/9 – Assembleias em todo o País para rejeitar a proposta e decretar greve por tempo indeterminado a partir do dia 19.

17/9 – Todos a Brasília para pressionar os deputados federais durante a audiência pública sobre o PL 4330 no plenário da Câmara.

18/9 – Assembleia organizativa para encaminhar a greve.

19/9 – Defl agração da greve nacional dos bancários por tempo inde-terminado.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, condena a postura do Banco do Brasil por não ter apresentado proposta para as reivindicações específi cas no dia 5/9, frustrando seus trabalhadores.

Além disso, o BB publicou maté-ria em seu site de negociação coleti-va com uma informação divergente daquela informada pela Fenaban na mesa da negociação do dia 5 durante a apresentação da proposta global e fi nal como foi afi rmado por Magnus Apostólico.

O banco informa que, “agora, tanto o índice quanto as demais cláusulas serão avaliadas pelas confederações sindicais. Após essa análise, uma nova reunião entre representantes dos bancos públicos e privados e dos funcio-nários deverá ser agendada. O mais provável é que esse encontro aconteça nesta semana”.

Banco do Brasil frustra bancários e não apresenta proposta

Mas isso não é verdade. “Além de frustrar os funcionários e não apresentar proposta específica que atenda e resolva os problemas apresentados nas três rodadas de negociação no mês de agosto, o BB ainda divulga uma informação equi-vocada para confundir os bancários”, critica William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coor-denador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

William critica ainda o BB por ter aproveitado o período de renovação de direitos coletivos para anunciar planos de desligamento voluntário em áreas com reestruturação, fazen-do o inverso daquilo que a categoria está reivindicando – mais contrata-ções. “É um total desrespeito aos bancários e suas entidades sindicais. A resposta deve ser mostrada com a participação massiva de todos nas assembleias e nas mobilizações” afi rma William Mendes.

SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS NO ESTADO DO CEARÁ

EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIAO Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado do Ceará – SEEB/CE, inscrito

no CNPJ/MF sob o nº 07.340.953/0001-48 e Registro Sindical nº 208.327-59, por seu presidente, abaixo assi-nado, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste sindicato, para a Assembleia Geral Extraordinária que se realizará dia 12/09/2013, às 18h30min, em primeira convocação, ou às 19h00min, em segunda convocação, em sua sede, na Rua 24 de Maio, 1289 - Centro, Fortaleza –CE, para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:

1. Avaliação e deliberação sobre a rejeição da contraproposta apresentada pela FENABAN, na reunião de 05/09/2013, à minuta de reivindicações entregue em 01/08/2013;

2. Deliberação acerca de paralisação das atividades por prazo indeterminado a partir da 00h00 do dia 19/09/2013.

Fortaleza-CE, 07 de setembro de 2013.

Carlos Eduardo Bezerra MarquesPRESIDENTE

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Negociação BNBSindicato dos

Empregados em Estabelecimentos

Bancários no Estado do Ceará

Rua 24 de Maio, 1289 – Centro – CEP

60.020-001

Tribuna Bancária nº 1302 de 9 a 14 de setembro de 2013 – pág. 6

Foto: Augusto Coelho

Com a presença dos diretores do Sindicato dos Bancários do Ceará, Tomaz de Aquino e Carmen Araújo e do diretor Administrativo do BNB, Nelson Antonio de Souza, foi constituída na última quarta-feira, dia 4/9, a Comissão Paritária que vai recalcular os valores da ação de equiparação das funções em comissão do BNB às do BB, com base na metodologia apro-vada em audiência de conciliação realizada na 3ª Vara da Justiça do Trabalho de Fortaleza, no último dia 29/8.

De acordo com o que fi cou acertado, a Comissão Paritária vai trabalhar diariamente, das 13h às 17h, de forma a concluir os cálculos dentro dos prazos defi nidos na audiência de conciliação no último dia 29/8. Uma vez concluídos, os cálculos serão encaminhados ime-diatamente à 3ª Vara do Trabalho para registro e negociação entre as partes.

Também participaram da reunião de instalação da Comis-são Paritária os representantes do Sindicato (o assessor técnico Sousa Júnior e o advogado Vianey Martins) e os do BNB (Caterine Holanda, superintendente do Ambiente Jurídico; Luiz Humberto Sucupira, chefe do setor de cálcu-los, e Ticiana Rangel (ambos do Ambiente de Gestão de Pessoas).

Primeiro encontro – Em sua primeira reunião de traba-

Instalada Comissão Paritária que vai defi nir valores da ação de equiparação

lho, realizada já no dia 4/9 logo após a instalação, a Comissão Paritária estabeleceu como meta o prazo de 20/9 para encerrar seus trabalhos. A rigor, conforme determinado pela juíza Camila Moraes na audiência do dia 29/8, o prazo para entrega dos cálculos se estenderia até o dia 8/10/2013 e, a partir daí, o BNB teria mais 90 dias para contestar os cálcu-los do Sindicato e este mais 20 dias para apreciar as possíveis impugnações do banco.

Entenda – A metodologia consiste em apurar os valores da equiparação em dois períodos dis-tintos. No primeiro, entre 31/10/88 e 30/11/92, será deduzido o valor das horas extras pagas pelo banco do total das diferenças de funções em comissão entre o BNB e o BB. Já no segundo período, de 01/12/92 a 31/08/94, o valor calculado será integral, portanto, sem dedução de horas extras.

A dedução das horas extras no primeiro período justifi ca-se porque no valor da função em comissão do Banco do Brasil (AFR-Adicional de Função e Representação) já havia sido incorporado o antigo ADI-Adicional de Dedicação Integral, que remunerava as duas horas ex-traordinárias. A partir de 1º/12/92, no entanto, os comissionados do BB também passaram a receber horas extras, tornando sua situação idêntica à do BNB.

“Está na mão do Congresso e é uma disputa

política e social. Os deputados

vão ter que optar entre os que financiam

suas campanhas e os que votam

e é melhor ficar com os

trabalhadores”Vagner Freitas, presidente nacional da CUT, sobre a tramitação do PL 4330 da

terceirização

Reforma PolíticaUma campanha cívica, unifi cada e solidária. Assim se defi ne a Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas, lançada dia 3/9, na sede da CNBB, em Brasília (DF). Na presença de representantes de mais de 100 entidades da sociedade civil, foi apresentada a proposta de projeto de lei de iniciativa popular em prol do fortalecimento dos

mecanismos de democracia direta. Entre as principais propostas estão afastar a infl uência do poder econômico nas eleições e necessidade de

reformular o sistema político, entre outras.

Fumantes em quedaO índice de brasileiros acima de 18 anos que são fumantes caiu 20%

entre 2006 e 2012, de acordo com a pesquisa Vigitel, feita pelo Ministério da Saúde. O levantamento aponta que 12% da população adulta

brasileira fumava em 2012. Em 2006, o índice era de 15%. A meta do governo é que, até 2022, o País chegue a 9%. Se o ritmo de queda se

mantiver, a marca deve ser atingida antes do prazo.

Desigualdade socialO desequilíbrio social, que se traduz na distribuição

desigual dos benefícios econômicos, representa uma das principais motivações para a onda de protestos que tem atingido o Brasil nos últimos

meses. A avaliação é do Fórum Econômico Mundial, que divulgou dia 3/9 o Relatório de Competitividade Global de 2013-2014. Segundo o levantamento, que classifi cou 148 países em um ranking internacional,

os protestos no Brasil são a manifestação mais recente de um fenômeno global. De acordo com

o relatório, o processo tem as mesmas raízes do movimento de ocupação de Wall Street e da

Primavera Árabe: o confl ito em torno da repartição do crescimento econômico.

Mais MédicosOs municípios do Norte e Nordeste do País devem

receber 364 dos 400 profi ssionais de saúde cubanos que começam a atuar no Brasil a partir do próximo

dia 16/9, por meio do Programa Mais Médicos, o que representa 91% dos profi ssionais do programa. Eles passam por um curso com duração de três semanas e ainda serão submetidos a uma avaliação antes de serem encaminhados aos municípios. O balanço foi

divulgado pelo Ministério da Saúde, em Brasília.

O Comando Nacional dos Ban-cários concluiu na terça-feira, 3/9, em Brasília, as discussões com a Caixa Econômica Federal acerca da pauta de reivindicações especí-fi cas da Campanha Salarial 2013. A representação dos empregados é coordenada pela Contraf-CUT, com assessoramento da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa). A reunião abordou questões relativas à Funcef, à jornada de trabalho/Sipon e à terceirização. Ao final, os representantes dos empregados cobraram da empresa empenho no atendimento à pauta de reivindicações debatida nas quatro últimas rodadas de negociação.

O Comando enfatizou a neces-sidade de respostas satisfatórias aos problemas relacionados a condições de trabalho, especialmente no que se refere à sobrecarga de serviços, à carência de pessoal e às metas abusivas. “Isso passa por contratação de mais empregados, respeitos à jornada, marcação correta de horas extras com pagamento integral e fi m do assédio moral”, enfatizou o coorde-nador da CEE-Caixa e vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

Os representantes dos empre-gados destacaram ainda as exigên-cias de isonomia (licença-prêmio e anuênio para todos), de garantia do Saúde Caixa para os aposentados por PADV, de critérios para a retirada de funções (descomissionamentos) e de pagamento de PLR social que corresponda aos esforços dos em-pregados na implementação das políticas públicas.

Jornada de trabalho/Sipon – O Comando Nacional apontou diversas situações que levam ao desrespeito à jornada de trabalho e apresentou medidas que considera serem adequadas ao enfrentamento do problema, a começar pela garantia de marcação no Sipon de todas as horas extras praticadas e pagamento de todas elas. Os empregados de-fenderam jornada de seis horas para todos, sem redução de salários. Co-

Caixa diz ao Comando Nacional que irá apresentar

proposta global

braram ainda pagamento das extras com 100% do valor da hora normal, fi m das horas extras sistemáticas, fi m do banco de horas negativo e registro de ponto para todos os empregados, independente da função exercida. O Comando informou à empresa que quer o fi m da compensação das horas extras e que, por isso, não assinará acordo coletivo com item que abra essa possibilidade.

Terceirização – O Comando apresentou como formas de tercei-rização danosas aos empregados e à empresa as parcerias que a Caixa mantém com os correspondentes bancários, especialmente com os habitacionais. Os trabalhadores defendem a universalização dos serviços bancários, com abertura de novas agências e contratação de pessoal.

Funcef – Os representantes dos empregados voltaram a exigir da Caixa o fi m das discriminações ao pessoal do REG/Replan não-saldado, de forma a que seja garan-tido aos participantes deste plano de benefícios da Funcef o direito de migrarem para o PCS 2008 e para o PFG 2010. O entendimento expresso pelo Comando é de que a postura da empresa se constitui em retaliação a esses empregados, pelo fato de os mesmos terem simplesmente optado

por não aderir ao Novo Plano, algo que lhes foi facultado à época do saldamento. A Caixa voltou a dizer que não considera que tenha havido discriminação aos que permanece-ram no REG/Replan não-saldado, mas sim observância às regras que foram postas.

A empresa reiterou também sua posição contrária ao fi m do voto de Minerva nos órgãos de gestão da Funcef, assim como à composição desses órgãos apenas por empre-gados da Caixa. A alegação é de se tratam de prerrogativas conferidas pela Legislação às patrocinadoras dos fundos de pensão. O Comando caracterizou o voto de Minerva como instrumento arbitrário, que limita a democracia na Fundação.

Os representantes dos empre-gados cobraram ainda que a Caixa assuma a responsabilidade pelas ações de cunho trabalhista, relativas à CTVA, horas extras, tíquete alimen-tação, entre outras, que compõem mais de 70% do passivo judicial da Funcef. O contencioso está exigindo provisionamento da ordem R$ 1 bilhão, valor de grande impacto nos resultados da Fundação.

Proposta global – Os repre-sentantes da Caixa informaram que devem apresentar uma proposta global para as reivindicações dos empregados até esta semana.