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PROJECTO MOZBIO MOÇAMBIQUE Quadro do Processo VERSÃO FINAL 21 De Julho de 2014 Gaye Thompson

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PROJECTO MOZBIO

MOÇAMBIQUE

Quadro do Processo

VERSÃO FINAL

21 De Julho de 2014

Gaye Thompson

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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ÍNDICE

I Sumário Executivo..................................................................................................................................... 6

2 Descrição do Projecto ....................................................................................................................... 16

3 Políticas Accionadas .......................................................................................................................... 20

4 Quadro do Processo .......................................................................................................................... 21

4.1 Quadro Político, Jurídico e Administrativo ................................................................................... 23

4.1.1 Políticas .................................................................................................................................... 23

4.1.2 Institucional .............................................................................................................................. 24

4.1.3 Legal ......................................................................................................................................... 24

4.1.3.1 A legislação Nacional em Matéria de Políticas do Banco Mundial ..................................... 27 4.1.4 Mecanismos / procedimentos para a participação e inclusão das pessoas afectadas pelo projecto (PAP) ......................................................................................................................................... 28

4.1.4.1 Mecanismos para participação e inclusão comunitária ....................................................... 33

4.1.4.2 Impactos e critérios para determinar elegibilidade para assistência .................................. 40 4.1.5 Medidas para reduzir impactos negativos enquanto maximiza os positivos ............................. 42

4.1.5.1 Resolução de queixas, potenciais conflitos ou reivindicações.............................................. 46

5 Custos e Plano de Implementação ................................................................................................... 55

Tabela 2: estimativa de custos por actividade e por ano da implementação ........................................ 56

6 Consulta inter-institucional e do sector público/ONG ................................................................... 58

7 Apêndices ........................................................................................................................................... 64

7.1 A. Lista de Referências ................................................................................................................. 64

7.2 B. Processo de Plano de acção do Desenvolvimento Comunitário ............................................... 66

7.3 C.Identificação de partes interessadas (stakeholders) e Pessoas afectadas pelo Projecto ............. 67

7.4 D. Organizações comunitárias existentes até à data ...................................................................... 71

7.5 E. Potencial Critério, Mecanismos de Gestão e Mitigação ........................................................... 74

7.6 F. Responsabilidades Institucionais .............................................................................................. 75

7.7 G. Dados disponíveis de pessoas dentro das ACs. ........................................................................ 78

7.8 H. lista de consultores que preparam o quadro processo ............................................................... 80

7.9 I. Políticas ..................................................................................................................................... 80

7.9.1 Institucional .............................................................................................................................. 81

7.9.2 Legal ......................................................................................................................................... 85

7.10 J. Termos de Referência para o Ponto Focal Social da ANAC ................................................. 91

K. Resumo Socioeconómico das AC ......................................................................................................... 93

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

3

Lista de Abreviações

AC Área de Conservação

ACTF Área de Conservação Transfronteiriça

ANAC Administração Nacional das Áreas de Conservação

AWF Fundo africano para a Natureza

BioFund Fundo para a Biodiversidade

AC Áreas de Conservação

CAP Plano de Acção Comunitário

CBNRM Gestão de Recursos Naturais Baseado na Comunidade

CC Conselho Consultivo

CCG Comité de Co-Gestão

CCP Comité de Co-gestão Pesqueira

CDLs Comité de Desenvolvimento Local

CDS Centro de Desenvolvimento Sustentável

CDS-RN Centro de Desenvolvimento Sustentável – Recursos Naturais

CEF Fundo Estrutural Comunitário

CGAC Conselho de Gestão da Área de Conservação

CGRN Conselho de Gestão dos Recursos Naturais

COGEP Conselho de Gestão Participativa

COMDEQ Comité de Desenvolvimento das Quirimbas

CONDES Conselho Nacional de Desenvolvimento Sustentável

AD Administrador Distrital

DINATUR Direcção Nacional de Turismo

DNA Direcção Nacional de Águas

DNAC Direcção Nacional das Áreas de Conservação

DNAIA Direcção Nacional de Avaliação de Impacto Ambiental

DNAPOT Direcção Nacional de Planificação e Ordenamento Territorial

DNDR Direcção Nacional de Desenvolvimento Rural

DNGA Direcção Nacional de Gestão Ambiental

DNPA Direcção Nacional de Promoção Ambiental

DNTF Direcção Nacional de Terra e Florestas

DPA Direcção Provincial de Agricultura

DPCA Direcção Provincial para a Coordenação de Acção Ambiental

DPP Direcção Provincial de Pesca

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

4

DPPF Direcção Provincial de Plano e Finanças

DPTUR Direcção Provincial de Turismo

EA Estudo Ambiental

EIA Estudo de Impacto Ambiental

ESMF Quadro de Gestão Ambiental e Social

FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital

GoM Governo de Moçambique

GPOT Gabinete de Planificação e Ordenamento Territorial

IDPPE Instituto de Desenvolvimento de Pesca a Pequena Escala

IIP Instituto de Investigação Pesqueira

INAMAR Instituto Nacional da Marinha

LNP Parque Nacional do Limpopo

LVIA ONG Italiana

M&E Monitoria e Avaliação

MAE Ministério de Administração Estatal

MICAIA ONG Ambiental

MICOA Ministério para a Coordenação de Acção Ambiental

MINAG Ministério de Agricultura

MISAU Ministério de Saúde

MITUR Ministério do Turismo

MOPH Ministério de Obras Públicas e Habitação

MozBio Terceira Fase do Projecto de Áreas de Conservação Transfronteiras

MozbioU Unidade MozBio

MP Ministério de Pescas

MPD Ministério de Plano e Desenvolvimento

NP Parque Nacional

NR Reserva Nacional

ONG Organização Não Governamental

OP Política Operacional (do Banco Mundial)

OP/BP Política Operacional/ Política do Banco (Banco Mundial)

PADC Plano de Acção de Desenvolvimento Comunitário

PDO Objectivo de Desenvolvimento do Projecto

PDUT Plano Distrital de Uso de Terra

PFSA Pontos Focais Sociais e Ambientais

PNAB Parque Nacional de Arquipélago de Bazaruto

PNB Parque Nacional de Banhine

PNL Parque Nacional de Limpopo

PNQ Parque Nacional das Quirimbas

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

5

PNZ Parque Nacional de Zinave

PO/PB Política do Banco (Banco Mundial)

PPF Fundação Peace Parks

PRA Avaliação da Participação Rural

PUT Plano de Uso da Terra

RAP Plano de Acção de Reassentamento

REDD Redução de Emissões por Desflorestação e Degradação das Florestas em Países em via

de Desenvolvimento

REM Reserva Especial de Maputo

RNC Reserva Nacional de Chimanimani

RNG Reserva Nacional de Gilé

RNN Reserva Nacional de Niassa

RPF Quadro das Políticas de Reassentamento

SPFFB Serviços Provinciais de Floresta a Fauna Bravia

SPGC Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro

TFCATDP Projecto de Áreas de Conservação Transfronteiriça e Desenvolvimento do Turismo

TOR Termos de Referência

TTL Líder da Equipa de Operações (Banco Mundial)

UN Nações Unidas

WWF Fundo Mundial para Natureza

ZC Costeira (CDS-ZC)

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

6

I Sumário Executivo

1

Visão geral

Moçambique está actualmente em fase de rápido crescimento económico, principalmente devido à

exploração de diversos recursos minerais valiosos, no entanto esta situação ainda não implica uma redução

significativa da pobreza rural, particularmente nas zonas centro e norte do país, e especialmente em

comunidades que vivem em torno de áreas de conservação.

O sistema das áreas de conservação de Moçambique é actualmente constituído por sete Parques Nacionais,

seis Reservas Nacionais e onze concessões de caça controlada (ou Coutadas). Comunidades vivem dentro e

em torno destas áreas de conservação, contando com os recursos naturais locais para a sua subsistência.

Este uso está ameaçando a conservação da biodiversidade em diversas áreas de conservação, que é

exacerbada pela colheita comercial ilegal orientada para recursos valiosos como espécies de madeira,

marfim e espécies marinhas incluindo tubarões.

O Governo de Moçambique solicitou uma terceira fase do programa de Áreas de Conservação

Transfronteiriça (ACTF) para consolidar as realizações e as lições aprendidas com a bem sucedida parceria

de ACTF II, e para reforçar ainda mais a gestão eficaz das áreas de conservação e sua contribuição para a

diversificação de oportunidades económicas. O Projecto de Mozbio está a ser projectado para realçar os

benefícios económicos do turismo e outras actividades de desenvolvimento para as comunidades dentro e

em torno de áreas de conservação seleccionadas e para ser o principal instrumento da implementação da

Política de Conservação de 2009 e a recém aprovada Lei das Áreas de Conservação.

O progresso legislativo, a criação da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) como

uma agência pública autónoma encarregada da gestão de todas as áreas de conservação e a criação da

Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BioFund) sob ACTF II agora fornece o quadro

institucional sólido para a gestão a longo prazo e sustentabilidade das áreas de conservação.

Incentivos comunitários para aderir a conservação serão endereçados pelo Projecto Mozbio através de

promoção directa de sistemas existentes de sustento em paralelo à aderência a conservação a uma escala

suficiente para impactar a nível das famílias.

O Projecto será implementado através de cinco componentes:

Componente 1: Fortalecimento das Instituições de Gestão das Áreas de Conservação;

Componente 2: Promoção do Turismo em Áreas de Conservação;

Componente 3: Gestão das Áreas de Conservação;

Componente 4: Apoio a Modos de Vida Sustentáveis das Comunidades;

Componente 5: Gestão do Projecto, Acompanhamento e Avaliação.

Estrategicamente MozBio vai incidir em questões nacionais em vez do nível transfronteiriço. O Projecto enfatizará os investimentos em Áreas de Conservação (ACs) que contém corpos de água doce, áreas marinhas e costeiras que podem gerar receitas de turismo. Seleccionadas ACs baseadas na terra vão receber um suporte básico de gestão para garantir que eles mantenham o nível de investimento já providenciado no passado: Zinave, Banhine, Chimanimani, Marromeu e as quatro coutadas (nº 10, 11, 12 e 14) a sua volta e, a Reserva Nacional de Gilé. Serão consideradas várias opções de turismo incluindo a caça desportiva e explorar novos mecanismos de financiamento que possam apoiar as ACs após o término do Projecto (doações e fundos de garantia, as compensações pela biodiversidade e de carbono). Atenção será ampliada para as comunidades que vivem ao redor e dentro de ACs com o objectivo de melhorar os meios de vida e participação em diversas actividades geradoras de rendimento, incluindo o turismo. O Projecto apoiará as instituições complementares, como o MITUR, a ANAC, o Biofund e MICOA que

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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ligam a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento do turismo e a redução da pobreza. Será incluído uma forte componente de recursos humanos e de sensibilização e, será assegurada a partilha de experiências e retorno da informação da monitoria e avaliação para alimentar as políticas de implementação e sectoriais.

Questões chave e lições aprendidas

• Apesar da vontade entre as partes interessadas das AC para colaborar com as comunidades locais na

identificação e implementação da Gestão Comunitária de Recursos Naturais em parceria com o sector

privado, os gestores e funcionários das ACs não têm suficiente experiência relevante de trabalho com

as comunidades vizinhas em termos de desenvolvimento comunitário, ou em termos de providenciar

incentivos para a conservação.

• A conservação de base comunitária, participação de ONGs locais e o papel dos corretores de parcerias

em desenvolvimento comunitário relacionado a conservação é geralmente fraca.

• Embora algumas ACs, como o Parque Nacional das Quirimbas, tenham uma forte tradição de

participação da comunidade na co-gestão da AC, estas não estão ainda existentes na forma sustentável

para o sucesso a longo prazo.

• As ONGs nacionais têm dificuldade em lidar com os requisitos administrativos do GdM; pois o

cumprimento com estes requer tempo e esforço por parte da organização.

• A fraca situação socioeconómico e da capacidade organizacional das comunidades confrontado com

novas oportunidades de participar em projectos comunitários sustentáveis, parcerias e co-gestão dos

recursos que estimulam o desenvolvimento de meios de subsistência local ainda minam os esforços de

garantir benefícios para a comunidade a longo prazo.

• A capacidade das comunidades para participarem na gestão e em parcerias de negócios é muito fraca e

é necessária uma perspectiva de desenvolvimento a longo prazo junto de uso de ferramentas para a sua

habilitação para lidarem e gerirem estas parcerias.

• A Política de Conservação tem proporcionado oportunidades para zoneamento como base para um

maior desenvolvimento da gestão das ACs, contudo isto ainda não traduziu em capacidade de

execução e cooperação na gestão dos recursos especialmente nas zonas tampão da maioria das ACs.

• O estatuto e os direitos das pessoas que actualmente residem dentro de ACs estão sendo abordados por

meio de reassentamento voluntário, re-zoneamento e alterando os limites de AC, bem como planos

para co-gestão, no entanto as poucas experiências existentes de implementação dessas estratégias não

estão bem compartilhadas entre as ACs.

• A gestão de conflitos entre humanos e animais dentro e fora da ACs envolve estratégias específicas

locais que não são satisfatórias para a maioria dos envolvidos.

• Controlo do uso ilegal de recursos em áreas protegidas especialmente a caça de mamíferos de grande

porte, o excesso de pesca, extracção de madeira e minerais têm envolvido uma abordagem de forças

policiais / militares que cria desconfiança e desconforto entre as comunidades locais;

• A importância de um processo de planificação estruturado, participativo, espacial, para desenvolver

um quadro comum acordado para os diferentes actores e interesses é bem institucionalizado na

legislação de ordenamento do território, mas as alocações de recursos e liderança para implementação

dos vários planos muitas vezes são escassos.

• A responsabilidade de alocação e gestão de recursos na implementação dos Planos Distritais de

Desenvolvimento e Planos de Uso de Terra do Distrito em zonas-tampão com referência à

conservação, relacionadas com práticas e projectos que envolvem comunidades varia conforme a

localização e se a zona tampão é legalmente parte da AC ou não; e geralmente são necessários esforços

muito maiores de colaboração do que os estimados.

• A planificação estratégica espacial para a gestão e conservação do equilíbrio ecológico entre as áreas

ainda não foi aplicado nas ACs.

• A maioria das ACs terrestres ainda não tem um produto suficientemente atraente, ou um nível de infra-

estruturas pública suficientemente grande, o que os torna prontos para incrementar o turismo ou

oferecer oportunidades efectivas para as parcerias comunitárias.

Existem oportunidades relevantes para o MozBio que incluem a nova Lei das Áreas de Conservação nº

16/2014 publicada em 20 de Junho de 2014, a disposição para o desenvolvimento de seu regulamento para

que possa ser aplicado, a nova organização institucional e as oportunidades de financiamento inovadoras

que estão a ser criadas (REDD+, o Mecanismo de Parceria de Carbono Florestal, programas de

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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responsabilidade corporativa dos investidores da indústria extractiva ou como compensação para a

degradação do meio ambiente) que também pode ajudar a financiar a conservação.

Aplicação da Política do Banco Mundial

A política do Banco Mundial PO/PB 4.12 sobre Reassentamento involuntário requer que os projectos de

conservação que restringem o acesso a áreas protegidas legalmente designadas por parques/ou áreas

protegidas sem adquirir a terra requerem um Quadro sobre o Processo de Participação. A finalidade do

Quadro sobre o Processo de Participação é descrever o processo pelo qual as comunidades potencialmente

afectadas vão participar na identificação dos impactos de suas restrições de acesso e na planificação de

mitigação destes efeitos, com a visão global de gestão sustentável dos recursos naturais nas designadas

ACs.

Este quadro descreve o processo de integração e consulta participativa pelo qual:

Serão determinados os impactos e medidas para assistir os grupos afectados nos seus esforços para

restaurar e melhorar seus meios de subsistência;

Serão determinados os critérios de elegibilidade dos grupos afectados para beneficiar de

assistência do projecto;

A conservação de recursos naturais e os subprojectos serão implementados pelas comunidades e

por servidores caso for necessário;

O mecanismo de reparação das queixas e reclamações será desenvolvido para a resolução de

disputas que possam surgir relacionados com o uso restrito do dos recursos, insatisfação com os

critérios de elegibilidade, medidas de planificação comunitária ou a própria implementação.

A execução de monitoria e avaliação e,

Um orçamento estimado para apoiar a implementação do processo de participação pacífica e

sustentável.

Em geral, o quadro jurídico moçambicano e as políticas do Banco Mundial endossam a participação da

comunidade na concepção e execução das actividades de conservação a fim de ajudar a identificar

alternativas aceitáveis aos padrões sustentáveis de utilização dos recursos e promover o apoio da

comunidade para tais alternativas.

Da importância chave é a nova Lei das Áreas de Conservação nº 16/2014 que prevê o estabelecimento legal

dos Conselhos da Gestão das Áreas de Conservação (CGAC), como corpos de assessoria a um ou mais

ACs e composto por representantes das comunidades locais, sector privado, associações e órgãos locais do

Estado para a protecção, conservação e promoção do desenvolvimento sustentável e a utilização da

diversidade biológica. A Lei ainda:

Legaliza as parcerias público-privadas para a gestão de AC e para os contratos de concessão.

Apresenta novas categorias para a classificação das áreas protegidas repartidas em a) áreas de

protecção total e b) áreas de conservação de uso sustentável.

Os Planos de Maneio das ACs devem ter em conta os instrumentos de planificação territorial a

todos os níveis e os planos especiais de uso de terra serão requeridos para o zoneamento ecológico

de único ou grupos de ACs e as respectivas zonas tampão, corredores ecológicos e outras áreas

críticas para a preservação do equilíbrio ecológico e elementos de continuidade espacial.

Os interesses e o envolvimento das comunidades legalmente residentes nas ACs e nas respectivas

zonas tampão em actividades de geração de rendimento que promovam a conservação da

biodiversidade serão considerados nos novos Planos de Desenvolvimento Estratégico das ACs.

Áreas de conservação comunitárias com direitos de uso de terra providenciarão às comunidades

com opcionais de gestão de parcerias e concessões a terceiros.

As zonas tampão serão orientadas pelos Planos de Maneio das AC - instrumentos com o mesmo

nível de obrigação jurídica como Planos de Uso de Terra e de Planos de Gestão Ambiental (e

Social).

A Lei também prevê ainda a possibilidade do Estado reassentar pessoas para fora de AC se a sua

presença é incompatível com o estatuto jurídico da área de conservação ou impede a sua boa

gestão. O projecto MozBio não financiará nenhum processo de reassentamento físico de pessoas.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Processos participativos

Três componentes do Projecto MozBio envolverão actividades que podem causar novas ou mais rigorosas

restrições no acesso e uso dos recursos naturais nas ACs. A Quadro para o Processo de Participação requer

a participação e inclusão de comunidades potencialmente afectadas nas decisões sobre o propósito das

restrições e as medidas de mitigação propostas como segue:

Planos existentes e recomendados que promovem a participação comunitária por AC ou grupo de

ACs

ACs / Plano

existentes

RNC PNL PNZ PNB Grupo

REM/Pd’O

PNQ Grupo

RNM

Grupo

PNAB/Pomene

RNG

Planos de

Maneio

Planos de

Negócio

Planos

Desenvolvimento

do Turismo

Planos de Acção

Comunitária

Planos de Uso de

Terra integrando

o zoneamento do

Plano de Maneio

Plano de Gestão

da Zona Tampão

Planos

Recomendados

que promovem

Participação

Comunitário

RNC PNL PNZ PNB Grupo

REM/Pd’O PNQ

Grupo

RNM

Grupo

PNAB/Pomene RNG

Planos de

Maneio das AC

Act

u

aliz

a

r Actualizar Actualizar Actualizar / Actualizar

Planos de

Negócio

Planos de

Desenvolvimento

do Turismo

Planos

Estratégicos de

Desenvolvimento

Planos de Acção

de

Desenvolvimento

Comunitário Act

ual

iz

ar

Act

ual

iz

ar

Act

ual

iz

ar

Act

ual

iz

ar

Actualizar

Planos de Uso de

Terra integrando

o zoneamento do

Plano de Maneio

Os Planos de Acção Comunitária desenvolvidos na ACTF II requereram a participação de pessoas que

vivem nas ACs através de a) mecanismos para a inclusão de comunidades em estruturas de co-gestão de

recursos naturais onde os mesmos podem participar no processo de decisão para o maneio das AC; e b)

oportunidade para actividades de potencial melhoria de meios de subsistência que podem ajudar a

compensar a perda de acesso e uso dos recursos naturais devido aos regulamentos de maneio das AC.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

10

Os Planos de Acção Comunitária forneceram um quadro para a implementação de (i) macro e

micro-zoneamento, (ii) identificação de oportunidades concretas para o desenvolvimento de

actividades da subsistência da comunidade e turísticas e, (iii) promoção de mecanismos sustentáveis

de financiamento das comunidades.

Quando a nova Lei de ACs é regulado em Mozbio serão elaborados novos Planos de Acção de

Desenvolvimento Comunitário (PADCs) consequentes de novos Planos Estratégicos de

Desenvolvimento das ACs. O objectivo de novos PADCs deve-se estender desde as áreas

protegidas a áreas de uso múltiplo e zonas tampão, fornecendo uma importante ferramenta de

planificação onde a participação de múltiplas partes interessadas é enfatizada.

ANAC vai acolher uma equipa de duas pessoas como Pontos Focais para as áreas Social e

Ambiental numa Unidade de Salvaguardas Sociais e Ambientais para supervisionar e conduzir a

gestão da reparação de queixas, licenciamento ambiental, desenvolvimento de Planos Estratégicas

de Desenvolvimento das Áreas de Conservação e Planos de Acção de Desenvolvimento

Comunitário, a sua implementação e a monitoria e avaliação relacionadas ao Projecto.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Sumário do processo de planificação do PADC

QuestãoFerramentas da pre-

avaliação

Quando é que um PADC é

necessário?

Como identificar as pessoas

afectadas pelo Projecto?Que informação é necessário? Planificação Participativa de Acção

Desc

riç

ão

-Plano de Maneio da AC

-processo de Planificação

de Desenvolvimento

Estratégico, -

ESIA para actividades

específicas

- Restrição total ou parcial de

uso de recursos para sustento,

- Restrição parcial de uso de

recursos para sustento,

- Restrição parcial de acesso a

propriedade cultural ou social,

- Perda parcial de recursos de

subsistência.

Estudos socioeconómicos

dentro e fora das ACs -

diagnóstico rural

participativo (DRP) + dados

quantitativos de

levantamentos aéreas de

uso de terra para medir

mudanças, relatórios de

monitoria sobre a caça,

conflitos humano:fauna

bravia e a extracção ilegal de

recursos naturais.

Avaliação deve conseguir uma boa compreensão de pelo menos:

• Mapeamento de locais de uso de recursos naturais (época, volume, escassez,

distância, dentro ou fora da AC, quem colecta, prepara, beneficia)

• Níveis de dependência de uso dos recursos naturais bem como a fragilidade do seu

uso destes

• Organização comunitária costumária ou recente de maneio de recursos naturais

(aquaticos, terrestres, florestas, fauna bravia)

• Força e influência da liderânça tradicional local

• A posição socioecnómica da juventude, mulheres e os velhos e deficientes

(envolvimento em actividades, fontes de rendimento, liderança ou pontecial de

cooperação)

• Sistemas existentes de poupança e crédito (costumário, em espécie e em dinheiro)

• Experiencia anterior com mudanças / iniciativas de desenvolvimento comunitário -

endógenas vs. exógenas

• Functionalidade e eficâcia de tribunais comunitários

• Fontes de informação preferidas e confiadas e canais preferidas para a passagem de

reclamações

• História de participação na economia local e de iniciativas de desenvolvimento

comunitário, capacidades desenvolvidas, grupos alvo

• Habilidades existentes na comunidade, níveis de educação (homens e mulheres),

experiencias de emprego, aspirações

Communicar as oportunidades,

critéria de eligibilidade, potenciais

papeis e responsabilidades a todas

as pessoas afectadas pelo Projecto.

Facilitar a identificação de

actividades existentes para apoiar

ou novas para serem propostas.

Identificar, avaliar a viabilidade e

priorizar junto das comunidades

para produzir um plano geral

orientada pela acção de

oportunidades de desenvolvimento

comunitário e de conservação.

Resp

on

sáv

el

Administração da AC Administração da AC Oficial de ligação

comunitária da AC +

provedor de serviços

contratado

Oficial de ligação comunitária da AC + provedor de serviços contratado Oficial de ligação comunitária da

AC + provedor de serviços

contratado

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Um Plano de Comunicação será formulado e implementado para garantir que informações oportunas e

precisas sejam prontamente disponíveis para os actores de implementação do Projecto e outras partes

interessadas, de actividades a montante e a jusante de empreendimentos planificados e a outras partes

interessadas nestas. Esta estratégia de comunicação será uma ferramenta essencial para ajudar as

comunidades a aprender sobre as oportunidades e envolverem-se nas mudanças de subsistência

sustentáveis. Irá também garantir a comunicação bidireccional e troca de conhecimento entre os diferentes

níveis de instituições governamentais locais e comunidades dentro das zonas tampão no contexto da

formulação e implementação dos PADC.

Impactos e critérios para determinar a elegibilidade para assistência

Estima-se que mais de 140.000 pessoas que vivem e em volta de ACs serão alvos do Projecto Mozbio,

constituindo as pessoas potencialmente afectadas pelas restrições no acesso e utilização dos recursos de

que dependem para sua subsistência. Ver os números estimados abaixo:

45,308 15,123 152,120 28,949 152,324

População

estimada nas

AC

Famílias

estimadas nas

AC

População

estimada nas

zonas tampão

(Reserva Especial de Maputo e Reserva Parcial

Marinha de Ponta de Ouro; Parque Nacional das

Quirimbas; Parque Nacional de Limpopo; Reserva

Nacional de Marromeu e quatro coutadas; Parque

Nacional de Arquipelago de Bazaruto e Reserva

Nacional de Pomene; Parque Nacional de Gilé;

Reserva Nacional de Chimanimani; e os Parques

Nacionais de Zinave e Banhine)

Nome da Área de Conservação

Área das AC

(km2)

(Fonte: GIS)

Área das

zonas tampão

(km2)

Critérios de elegibilidade serão importantes a identificar através do PADCs e outros meios para que os

impactos do Projecto possam ser adequadamente mitigados. Consulte a tabela resumida abaixo:

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Critérios de elegibilidade, impactos e actividades de mitigação Critérios para Eligibilidade

de Pessoas Afectadas pelo

Projecto

Tipo de Impacto Mecanismo de Gestão Potenciais Actividades de Mitigação

Pessoas residentes dentro da

AC

Restrição total ou

parcial da utilização

de recursos como

meios de sustento

Plano do Maneio da AC,

Plano Estratégico de

Desenvolvimento da AC,

Planos de Acção de

Desenvolvimento

Comunitário.

Co-gestão da AC, emprego oferecido pela

Administração da AC, criação de entidades legais

comunitárias, capacitação comunitária, parcerias com o

sector privado para eco-tourismo, e outras concessões

turísticas baseadas em parcerias público-privadas.

Agricultura de conservação, uso sustentável de

recursos naturais, conservação de espécies nativas

arboreais como parte da gestão sustentável florestal.

Pessoas residentes fora das

ACs mas que utilizam

recursos dentro das ACs

para o seu sustento

Restrição parcial da

utilização de

recursos como

meios de sustento

Plano do Maneio da AC,

Plano Estratégico de

Desenvolvimento da AC,

Planos de Acção de

Desenvolvimento

Comunitário.

Criação de entidades legais comunitárias, capacitação

comunitária, parcerias com o sector privado para eco-

tourismo, e outras concessões turísticas baseadas em

parcerias público-privadas. Identificação de outras

opções de utilização dos recursos, actividades

empresariais secundárias de pequena, micro ou média

escala, lodges comunitárias, áreas de conservação

comunitárias, experiências de turismo cultural e

fotograficas.

Pessoas residentes fora das

ACs que pertencem grupos

com propriedade cultural ou

social dentro da AC que

necessitam de certos

compromissos rituais

Restrição parcial de

acesso a

propriedade cultural

ou social

Plano do Maneio da AC,

Plano Estratégico de

Desenvolvimento da AC,

Planos de Acção de

Desenvolvimento

Comunitário.

Planificação em conjunto para garantir acesso seguro e

realização das rituais necessárias, proteção dos locais, e

respeito aos valores culturais.

Pessoas residentes fora da

ACs que estão envolvidas

na criação de uma área de

conservação parcialmente

protegida para fins turísticos

Restrição parcial da

utilização de

recursos como

meios de sustento

Plano do Maneio da AC,

Plano Estratégico de

Desenvolvimento da AC,

Planos de Acção de

Desenvolvimento

Comunitário.

Criação de entidades legais comunitárias, capacitação

comunitária, parcerias com o sector privado para eco-

tourismo, e outras concessões turísticas baseadas em

parcerias público-privadas. Agricultura de conservação,

uso sustentável de recursos naturais, conservação de

espécies nativas arboreais como parte da gestão

sustentável florestal, identificação dos direitos de uso

dos recursos, use rights identification, actividades

empresariais secundárias de pequena, micro ou média

escala, lodges comunitárias, áreas de conservação

comunitárias, experiências de turismo cultural e

fotograficas.

Pessoas residentes fora das

ACs que são sujeitos a

imigração de utentes de

recursos locais que são de

acesso restrito na AC na

procura de benefícios de

actividades de

desenvolvimento

Restrição parcial da

utilização de

recursos como

meios de sustento

Plano do Maneio da AC,

Plano Estratégico de

Desenvolvimento do

Distrito, Planos de Acção

de Desenvolvimento

Comunitário.

Criação de entidades legais comunitárias, capacitação

comunitária, parcerias com o sector privado para eco-

tourismo, e outras concessões turísticas baseadas em

parcerias público-privadas. Agricultura de conservação,

uso sustentável de recursos naturais, conservação de

espécies nativas arboreais como parte da gestão

sustentável florestal, identificação dos direitos de uso

dos recursos, use rights identification, actividades

empresariais secundárias de pequena, micro ou média

escala, lodges comunitárias, áreas de conservação

comunitárias, experiências de turismo cultural e

fotograficas.

Pessoas que sofrem danos

ou perda de propriedade

como resultado de fauna

bravia dentro e fora das ACs

Perda parcial de

recursos de

sustento

Plano do Maneio da AC,

Plano Estratégico de

Desenvolvimento do

Distrito, Planos de Acção

de Desenvolvimento

Comunitário.

Participação no macro e micro-zoneamento, na

planificação de desenvolvimento local e gestão dos

recursos. Integração da sensibilização e acções de

protecção em conjunto com iniciativas de meios de

sustento sustentáveis.

Utilizadores ilegais ou não

sustentáveis de recursos

naturais dentro das ACs

Restrição parcial da

utilização de

recursos como

meios de sustento

Plano do Maneio da AC. Participação comunitária na gestão e uso dos recursos e

capacitação dos tribunais comunitários como

mecanismos de resolver questões locais.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Mecanismos de resolução de reclamações e queixas,

Conflitos ou queixas podem surgir a partir das situações já existentes, particularmente aquelas que

envolvem perdas de propriedade e/ou conflitos entre pessoas e fauna bravia. Os conflitos geralmente

surgem através da deficiente e inadequada comunicação, ou falta de consulta e acordo, ou inadequado

fluxo de informações precisas, ou restrições que possam ser aplicadas às pessoas devida à implementação

das actividades do Projecto. Os conflitos também podem surgir através da desconfiança gerada pelas

medidas de gestão das AC ao incluir militares e forças policiais no combate à caça furtiva, na qual os

membros da comunidade podem ser encontrados em situações de conflito de interesses, criando tensões

dentro das próprias comunidades e em relação aos fiscais de AC. Outros conflitos podem surgir

especialmente em locais onde há um movimento significativo de pessoas através das fronteiras

internacionais e onde se realizam explorações ilegais de recursos naturais, nas quais as comunidades

também estão implicadas pelas autoridades de AC. Além disso, as acções de turistas e visitantes com

culturas diversificadas, com atitudes particulares e expectativas podem causar danos culturais, sociais e

económicos a nível local, colocando as pessoas afectadas em situações constrangedoras.

O processo de gestão das soluções das reclamações será da responsabilidade dos Pontos Focais Sociais e

Ambientais na ANAC. Uma apresentação esquemática dos canais de comunicação possíveis para

apresentar queixas e os pontos do seu potencial de resolução e comunicação para os autores da denúncia

pode ser visto abaixo:

Canais de resolução de reclamações

Legenda:

Canal de reclamações e soluções MITUR Governo central

ANAC

Governo Provincial

Comunidade Associação associação comunitária

comunitária

Administração da Conselho de Gestão Governo do Distrito

Área de Conservação da Área de Conservação

Comité Líderes Líderes Líderes Autoridades locais

comunitário influentes trad. tradicionais

(reps. mulheres comunitários comunitários comunitários

+ jovens)

Comunidade Tribunal Comunitário

No caso de queixas, as decisões sobre a resolução e a comunicação destes para o autor da denúncia devem

ser feito a tempo a todos os níveis. Se os interesses das comunidades afectadas são substituídos ou

desactivados por qualquer outra acção do Governo em acordos celebrados entre eles, disposições existem

através da maioria da legislação para apresentar queixas nos diversos sectores, aos mais elevados níveis do

Governo tais como Directores Nacionais e Ministros. Qualquer das partes pode estar insatisfeita, sendo que

o afectado pode levar a queixa ao tribunal, onde será tratado de acordo com a lei Moçambicana. Em

princípio, uma comunidade pode levar uma concessionária ou licenciado a tribunal por não respeitar os

termos de um plano de gestão ambiental. Em último caso, mas raramente praticado, todos os cidadãos têm

o direito de apresentar reclamações ao Ministério Público, instituição responsável por garantir a aplicação

correcta da lei, particularmente na elaboração de instrumentos de gestão territorial e sua implementação.

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Monitoria e avaliação

O MICOA é responsável pela monitoria externa do cumprimento dos planos de gestão ambiental

e dos planos de uso de terra.

O modelo de gestão adaptativa das AC usa processos de monitoria e avaliação como ferramentas

para garantir a pertinência da direcção do Projecto e suas actividades. As ferramentas

participativas serão usadas sempre que possível para que as comunidades assumam a

responsabilidade de verificar o impacto do Projecto e actividades alternativas de subsistência nas

comunidades e pessoas afectadas.

Os Comités da co-gestão e Conselhos de Gestão das AC serão responsáveis por coordenar os seus

membros nos processos de monitoria, regulação e supervisão da preparação dos PADC e de assegurar a

coerência com o processo de planificação distrital.

Custos

Os custos foram estimados por actividade e por ano, na distribuição das actividades por ano ao longo da

duração de seis anos do Projecto atingem um total de 1.580.125 USD.

A previsão do orçamento foi feita para actividades chave de consulta e de facilitação a ser realizadas por

um prestador de serviços juntamente com as comunidades na realização de:

• Desenvolvimento de capacidade comunitária nos anos 1-3;

• Planos Estratégicos de Desenvolvimento de AC nos anos 1-2;

• Planos de Acção de Desenvolvimento Comunitário ou a s/actualização nos anos 1-3.

Custos adicionais são associados com o risco de precisar de compensação para restrições de uso de recurso

e para actividades de resolução de conflitos, prestando atenção aos grupos vulneráveis em particular para

assegurar que se minimiza o seu sofrimento.

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2 Descrição do Projecto

O Objectivo de Desenvolvimento do Projecto (DODP) e o Objectivo Ambiental Global (GEO) são

aumentar a gestão efectiva das áreas de conservação e a contribuição dessas áreas para as condições de

vida das famílias vizinhas.

Entre as prioridades do Governo de Moçambique, para orientar a concepção do projecto, três principais são

relacionadas com a participação das comunidades:

Aumentar proporcionalmente a atenção para as comunidades que vivem ao redor e dentro de

áreas de conservação com vista a melhorar os meios de subsistência e a participação em uma

diversificação de actividades geradoras de rendimento, incluindo o turismo;

Incluir uma forte componente de recursos humanos e de consciencialização (o que era ausente

na ACTF II); e

Assegurar a partilha de experiências e feedback da Monitorização e Avaliação sobre as

políticas de implementação e sectoriais.

O Projecto MozBio irá conter as seguintes componentes:

Componente 1: Fortalecimento Institucional para a Gestão de Áreas de Conservação

Esta componente visa melhorar a capacidade da ANAC, BioFund e MICOA para desenvolver e influenciar

as políticas e regulamentos de conservação e turismo, desenvolver a coordenação e gestão do sistema

nacional das áreas de conservação e preservação de espécies ameaçadas, melhorar a sustentabilidade

financeira das áreas de conservação e das receitas do turismo, melhorar os sistemas de monitoria e

avaliação e apoiar estratégias de comunicação. Esta componente apoiará a construção da equipa, formação

e desenvolvimento de competências, bem como o desenvolvimento de sistemas e regulamentos

administrativos e de gestão necessárias dentro ANAC para melhorar a gestão das áreas de conservação e

desenvolvimento turismo baseado na natureza. A componente também fortalecerá a operação do BioFund

para garantir financiamentos a médio e longo prazo para a gestão de áreas de conservação por fontes

inovadoras de financiamento (incluindo um fundo de doações, de biodiversidade e de rebento de carbono).

Finalmente, a componente irá assegurar a devida implementação dos requisitos da Convenção CITES

através do apoio à sua Secretaria no MICOA.

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Componente 2: Promoção do Turismo nas Áreas de Conservação

Esta componente tem como objectivo o aumento das receitas e do número de beneficiários das actividades

económicas relacionadas com o turismo em Áreas de Conservação.

Para alcançar este objectivo, esta componente irá abordar várias barreiras ao desenvolvimento do turismo baseado

na natureza em Moçambique, incluindo: i) políticas e regulamentos; ii) os desafios institucionais; iii) fraca

comercialização; iv) o planeamento inadequado; v) falta de investimentos em infra-estrutura turística.

Esta componente apoiará a ANAC e outras instituições públicas e privadas responsáveis pelo desenvolvimento do

turismo em Moçambique para fortalecer o licenciamento e registo do turismo baseado na natureza para promover o

investimento no turismo baseado na natureza e facilitação nas áreas de conservação. Irá também incentivar o

desenvolvimento da indústria da caça desportiva e seus benefícios para as comunidades locais e para a economia

nacional.

Componente 3: Melhoria da Gestão de Áreas de Conservação

O objectivo desta componente é fortalecer a gestão de ACs chaves em Moçambique. A componente financiará

investimentos para melhorar a gestão de parques e desenvolvimento do turismo e de apoio à monitorização das

espécies principais dos animais selvagens, tais como elefantes, leões, leopardos, hipopótamos e crocodilos.

Estas áreas serão confirmadas em apreciação e incluem dois subgrupos:

Nível de apoio I: as ACs deste subgrupo receberão suporte básico de gestão para garantir que eles

mantenham o nível de investimento já previstos no passado: Zinave, Banhine, Chimanimani, Marromeu e

nas quatro coutadas circundantes (Nº 10, 11, 12 e 14), e na Reserva Nacional Gilé.

Zinave, Banhine e Chimamani estão incluídos aqui para receber financiamento e apoio para concluir os

projectos que não foram cumpridos ao abrigo ACTF II. Este refere-se principalmente a conclusão dos

portões de entrada e alojamento do pessoal.

Marromeu e suas coutadas associadas e a Reserva Nacional de Gilé foram relegadas a este nível ao abrigo

do projecto MozBio por considerar-se que nenhuma dessas áreas tinha potencial para gerar renda

substancial de desenvolvimento do turismo. Gilé não tem nenhuma infra-estrutura turística e só

recentemente estabeleceu uma Coutada Comunitária que ainda tem de ser oferecido em concurso. As

quatro coutadas circundantes de Marromeu geraram renda a partir de safari de caça mas a própria Reserva

praticamente não recebe turistas. O investimento para melhorar a gestão e administração da caça desportiva

é coberto pela Componente 2.2.

Nível de apoio II: as ACs designadas como nível II para receber apoio ao abrigo do MozBio são considerados

como tendo maior potencial para gerar renda a partir turismo e, portanto, merecem mais investimentos para: a)

desenvolver o seu potencial turístico e b) melhorar a sua capacidade de gestão. A maior parte dos fundos será,

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portanto, canalizada para estas áreas. Estas áreas incluem: Reserva Especial de Maputo, Reserva Marinha da

Ponta do Ouro, Parque Nacional das Quirimbas, Bazaruto / Parque Nacional Pomene e Parque Nacional do

Limpopo.

Componente 4: Apoiar Modos de Vida Sustentável das Comunidades

Esta componente irá melhorar a vida das comunidades que vivem dentro e ao redor das Áreas de

Conservação alvo através: (i) do reforço da integração da comunidade e contribuição para Áreas de

Conservação; (ii) da melhoria dos meios de subsistência sustentáveis dentro e em torno de áreas de

conservação; (iii) da redução de conflitos humanos - animais selvagens dentro e em torno de áreas de

conservação; e (iv) da redução do desflorestamento dentro e em torno de duas Áreas de Conservação

seleccionadas.

O projecto incluirá intervenções em diferentes tipos de áreas de conservação com conservação integrada e

abordagens de desenvolvimento sustentável no litoral, água doce e ecossistemas terrestres. Medidas de

intervenção para as comunidades de modo a melhorar as condições de vida sustentáveis concentrar-se-ão

no nível sustentável de subsistência, sistemas de produção (por exemplo, pescas, agricultura, silvicultura,

pecuária) e / ou outras oportunidades de geração de renda, como as relacionadas com turismo e REDD +

(na Reserva Nacional de Gilé e no Parque Nacional das Quirimbas). O número específico de membros da

comunidade a receber apoio será determinada uma vez que intervenções participativas e de zoneamento

poderão ser efectuadas em cada um dos locais de intervenção, tendo em conta as necessidades das

populações locais e as prioridades de conservação

Componente 5: Gestão, Monitoria e Avaliação do Projecto

A componente apoiaria uma equipa de especialistas em ANAC, cuja tarefa seria a de assegurar que o

planeamento do projecto, a implementação, aquisição, gestão financeira e monitoria são realizadas com

diligência e integridade como descrevem os seus respectivos manuais. A componente inclui a

implementação de um sistema M & E para acompanhar e avaliar a implementação do projecto e os seus

impactos, e um sistema de gestão adaptativa com base nesta informação.

Durante o ACTF II, foram identificados alguns assuntos chave relacionados com a participação da

comunidade no Sistema de Áreas de Conservação de Moçambique.

Assuntos Chave

• Apesar da vontade entre as partes interessadas das AC em colaborar com as comunidades locais

para identificar e implementar a Gestão de Recursos Naturais Baseados na Comunidade (GRNBC) em

parceria com o sector privado, gestores e funcionários da AC não tem suficiente experiência relevante

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em trabalhar com as comunidades vizinhas em termos de desenvolvimento de comunidade ou em

termos de proporcionar incentivos para a conservação.

• Conservação de base comunitária, a participação de ONGs locais e o papel dos corretores de

parceria na conservação, relacionados com o desenvolvimento da comunidade é geralmente fraco.

• Embora algumas ACs, como o Parque Nacional das Quirimbas, tenham uma forte tradição de

participação da comunidade na co-gestão da AC, estas ainda não são, de forma sustentável, orientadas

para o sucesso a longo prazo.

• ONGs Nacionais têm dificuldade em manejar os requisitos administrativos do Governo de

Moçambique, em conformidade com os seus custos, tempo e esforço corporativo.

• O pobre estado socioeconómico e fraca capacidade organizacional das comunidades,

confrontadas com novas oportunidades para a participação em projectos comunitários

sustentáveis, parcerias e co-gestão dos recursos que estimulam o desenvolvimento da

subsistência local ainda minam os esforços para garantir benefícios para a comunidade a longo

prazo.

• A capacidade da Comunidade de participar em parcerias de gestão e de negócios é muito fraca

e é necessária uma perspectiva de desenvolvimento de longo prazo com ferramentas para tal.

• A Política de Conservação tem proporcionado oportunidades para zoneamento como base para

uma melhor gestão da AC, mas isso ainda não se traduziu na capacidade de implementação e

cooperação de recursos especialmente nas zonas tampão da maioria das ACs.

• O estado e os direitos das pessoas que residem actualmente dentro ACs estão a ser abordadas

através de re-zoneamento e mudança das fronteiras das CA, bem como planos para co-gestão,

no entanto, as poucas experiências existentes de implementação dessas estratégias não são bem

partilhadas entre as ACs.

• A Gestão de conflitos entre humanos e animais dentro e fora de áreas centrais de ACs

envolvem estratégias localmente específicas e não é satisfatório para a maioria das pessoas

envolvidas.

• Controlar a utilização de recursos ilegais em áreas fundamentais, especialmente a caça furtiva

de mamíferos de grande porte, o excesso de pesca, extracção de madeira e mineral envolveu

um policiamento / abordagem paramilitar que não construiu a confiança com as comunidades

locais.

• A importância de um, processo participativo, ordenamento do território estruturado para

desenvolver um quadro comum acordado para os vários actores diferentes e interesses é bem

institucionalizados na legislação do Ordenamento do Território, mas as alocações de liderança

e recursos para implementar os vários planos, muitas vezes faltam.

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• Implementação e recursos responsáveis pela implementação do Planos de Desenvolvimento

Distrital e Plano Distrital de Uso da Terra em zonas tampão com referência às práticas e

projectos de conservação relacionados, envolvendo varia comunidades conforme a localização

e se a tampão zona é legalmente parte da AC ou não, e, geralmente, precisa de muito e maiores

esforços de colaboração.

• Ordenamento do território estratégico para gerir e conservar o equilíbrio ecológico entre as

áreas ainda não foi aplicado em toda ACs.

• A maioria das ACs terrestres ainda não tem um produto suficientemente atraente, ou um nível

de infra-estruturas públicas, que os prepara para incrementar o turismo ou oferecer

oportunidades efectivas para as parcerias comunitárias.

Oportunidades relevantes para MozBio incluem a nova Lei de Áreas de Conservação nº 16/2014 publicado

em 13 de Junho, a provisão para o desenvolvimento da sua regulamentação para que possa ser aplicada e a

nova organização institucional e as oportunidades de financiamento inovadoras que estão sendo

estabelecidos pelo (REDD +, Mecanismo De Parcerias para o Carbono Florestal, os investidores da

indústria extractiva "programas de responsabilidade corporativa ou como compensações para a degradação

do ambiente), que também podem ajudar a conservação das finanças.

Estrategicamente, o MozBio vai se concentrar em questões nacionais, em vez de a nível transfronteiras. Ele

vai enfatizar as áreas de conservação marinhas ou costeiras (AC) que têm mais potencial para gerar receitas

do turismo. Ele irá considerar várias opções de turismo, incluindo a caça desportiva e explorar novos

mecanismos de financiamento que possam apoiar ACs após o fim do projecto (doações e fundos de

garantia, a biodiversidade e as compensações de carbono). Atenção para as comunidades que vivem ao

redor e dentro das ACs será ampliada com vista a melhorar os meios de subsistência e participação em

diversas actividades geradoras de rendimento, incluindo o turismo. O projecto apoiará instituições

complementares, como MITUR, ANAC, Biofund, e MICOA que apontam a conservação da

biodiversidade, o desenvolvimento do turismo e a redução da pobreza. Ele irá incluir uma forte

componente de recursos humanos e de sensibilização e assegurar a partilha de experiências e retorno de

Monitoria e Avaliação em políticas de implementação e sectoriais.

3 Políticas Accionadas

A OP / BP 4.12 sobre Reassentamento Involuntário exige que os projectos de conservação que restringem

o acesso a parques legalmente designados e / ou áreas protegidas sem aquisição do terreno a título

definitivo requeiram uma e quadro de processo objectivo do quadro é descrever o processo pelo qual as

comunidades potencialmente afectadas vão participar de uma forma mais consultiva e integrada na

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identificação dos impactos de suas restrições ao acesso e no planeamento de mitigação desses efeitos, com

a visão global da gestão sustentável dos recursos naturais nessas ACs designadas.

A legislação moçambicana clarificou recentemente o estatuto jurídico das pessoas que vivem em ACs e o

papel do plano de implementação da gestão da AC, o zoneamento e as mudanças de fronteira em

minimizar a necessidade de reassentamento. O projecto irá reforçar as restrições de acesso aos recursos

naturais em áreas centrais das ACs por comunidades locais e implementar melhores estratégias para regular

o seu uso em outras partes do ACs e nas zonas tampão.

As comunidades que vivem em zonas de amortecimento também são potencialmente afectadas pois

também serão regidas pelo plano de gestão de AC, serão objecto de zoneamento e desenvolvimento de

planos para o uso sustentável dos recursos que podem incluir a criação de ACs de base comunitária. A

aplicação de planos de gestão ambiental para a nova infra-estrutura, tais como casas, lojas, estradas, pontes

e cercas pode também restringir o acesso e a utilização dos recursos locais. Essas restrições e a

incompatibilidade de actividades de subsistência das comunidades locais com os objectivos do ACs

levaram ao desencadeamento da OP / BP 4.12 sobre Reassentamento Involuntário.

O MozBio visa melhorar a gestão da AC através de uma melhor participação da comunidade e integração

no processo de tomada de decisão através de acordos de co-gestão, novo zoneamento e categorização das

unidades de gestão e uma componente de turismo que, de grosso modo promove a captação de

oportunidades para criar áreas de conservação comunitárias, bem como parcerias de negócios em empresas

que vão desde pousadas ou campos, até caminhadas guiadas ou produção de artefactos.

Espera-se também que o planeamento de desenvolvimento integrado baseado em princípios de planificação

participativa e informação de base socioeconómica detalhada sobre o papel do uso de recursos naturais no

sustento da comunidade vá levar a impactos socioeconómicos mais sustentáveis do turismo de base

comunitária, a melhoria da agricultura, marketing e actividades de conservação. Promover o planeamento

colaborativo de infra-estruturas sociais nas zonas tampão e benefícios contínuos de conservação para as

pessoas que se deslocam para fora de ACs deverão contribuir para incentivar a deslocalização de AC, mas

é improvável de accionar deslocalização pró-activa.

4 Quadro do Processo

Os grupos mais pobres e vulneráveis das populações rurais são frequentemente os mais dependentes dos

recursos naturais para seu sustento, geração de renda e muitos servem-se dos recursos naturais como

estratégias para gerir os riscos de insegurança alimentar. As comunidades rurais que vivem em ou perto de

ACs suportam os custos directos e indirectos de melhoria da regulamentação do acesso e utilização de

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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recursos naturais protegidos, e danos ou perda de colheitas, gado e vida humana causada por animais

selvagens. Para se tornar parceiros na conservação da biodiversidade, as comunidades locais devem derivar

benefícios suficientes a partir dela para compensar esses custos, participar e partilhar a responsabilidade de

gestão de AC.

Se as populações afectadas não participam na identificação de seus recursos, projecções e acordos sobre as

restrições, e propor medidas de mitigação, é improvável que elas assumam a responsabilidade de cumprir

com os planos de conservação.

O objectivo deste Quadro é descrever o processo pelo qual as comunidades potencialmente

afectadas participarão, de uma forma mais integrada e pacífica:

a) Na identificação dos impactos e estratégias de mitigação para as pessoas afectadas (PAP) pelas

componentes do projecto (através de planeamento do uso estratégico de recursos naturais e

gestão dentro e em torno das ACs designadas);

b) Medidas para ajudar as PAPs em seus esforços para melhorar seus meios de subsistência, ou

pelo menos para restaurá-las, em termos reais, mantendo ao mesmo tempo a sustentabilidade da

AC (através da concepção e implementação de planos de acção comunitários de

desenvolvimento e subprojectos centrados na procura de financiamento para o Projecto).

Os Planos de Acção de Desenvolvimento Comunitário (PADC) são instrumentos que enfatizam

acções que dão às comunidades uma voz e que fornecem-lhes os meios para negociar a sua

posição com as autoridades do projecto e do governo. A sua concepção e desenvolvimento

oferece a oportunidade para o envolvimento de ONGs e parceiros do sector privado para ajudar a

capacitar as comunidades locais e capacitação para sustentar tal. Uma vez desenvolvido, um

PADC, deve tornar-se parte do Plano de Gestão da AC e ser aprovado pelo Banco Mundial.

Este quadro descreve a consulta participativa e o processo de integração, através do qual:

Serão determinados os impactos e as medidas para ajudar os grupos afectados em seus esforços

para restaurar e melhorar seus meios de subsistência;

Serão determinados os critérios de elegibilidade dos grupos afectados ou deslocados para

beneficiar da assistência do projecto;

Conservação dos recursos naturais e subprojectos serão implementados com as comunidades;

Será desenvolvido um mecanismo de resolução das reclamações para resolver as disputas que

possam surgir relativas a restrições de uso, a insatisfação com os critérios de elegibilidade;

Será realizado um acompanhamento e Avaliação,

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Um orçamento será estimado para apoiar a implementação pacífica e sustentável do processo de

participação.

Foram realizadas por, meio de reuniões, consultas com os administradores e os membros da equipa da AC

de todos as ACs, bem como com o pessoal do nível central relacionados com a concepção do projecto

Mozbio, foram enviados questionários e conversas telefónicas. Visitas a duas AC e discussão, não só com

a equipa, mas também do sector privado e as partes interessadas de ONGs nas áreas também ajudaram no

desenvolvimento do Quadro do Processo. Outras consultas para fins de validação ainda são necessárias.

.

4.1 Quadro Político, Jurídico e Administrativo

4.1.1 Políticas

O quadro político, que orienta a participação da comunidade e os benefícios das áreas de conservação e

suas zonas de amortecimento, cobre o turismo, a agricultura e o meio ambiente através das suas políticas e

estratégias.

O quadro político do sector do ambiente prevê a participação das comunidades locais, entre

outros, no desenvolvimento de políticas e leis para Recursos Naturais, Gestão de ACs, e

policiamento para garantir a conformidade com as normas e regulamentos ambientais. O sector

defende que as comunidades em áreas protegidas devem manter os seus direitos, e podem usá-los

para negociar retornos sobre o rendimento gerado. Promove o planeamento do projecto com as

pessoas afectadas, a partilha de informação e consulta com eles, consenso e coordenação de

acções e estratégias entre os sectores e níveis hierárquicos para que o uso equitativo e sustentável

da terra e dos recursos naturais possa contribuir para o desenvolvimento socioeconómico.

A Política do Turismo aprova a procura de formas inovadoras e pragmáticas de endereçar como as

pessoas vivem dentro dos parques nacionais e reservas. A Política de Conservação promove a

prestação de contas por serviços ambientais através do envolvimento de todas as partes

interessadas, em particular as comunidades que utilizam os recursos naturais como meio de

sustento básico. O objectivo é garantir o uso sustentável dos recursos naturais e, ao mesmo tempo,

proporcionando os benefícios e serviços necessários para o desenvolvimento sustentável e para as

comunidades locais. A política enfatiza a necessidade de uma gestão participativa das ACs e

sensibilização sobre a conservação.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

24

4.1.2 Institucional

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Sustentável (CONDES) é o órgão consultivo do Conselho de

Ministros sobre questões ambientais, e foi formalmente criado pela Lei do Ambiente de 1997. Ele é

subordinado ao Gabinete do Primeiro-Ministro e é composta por ministros e vice-ministros de sectores

conexos (agricultura, turismo, energia, recursos minerais, planeamento e desenvolvimento, saúde, etc.) e

presidido pelo Ministro do Ambiente. Está no topo da hierarquia de gestão e monitorização da política

ambiental do governo. O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) desempenha um

papel importante no sentido de garantir o cumprimento das normas ambientais e de licenciamento

ambiental dos projectos.

O Ministério do Turismo é responsável pelo turismo nas áreas de conservação, projectos de

desenvolvimento do turismo de diversos tipos, dentro e fora dessas áreas, incluindo programas de

conservação de ecoturismo e da comunidade.

A gestão de áreas protegidas em zonas rurais de Moçambique está a cargo de três instituições do governo.

O Ministério do Turismo para todos os parques nacionais, reservas e áreas de caça e zonas-tampão. O

Ministério da Agricultura é responsável pela gestão das reservas florestais. As áreas protegidas também

podem ser proclamada no âmbito da Lei de Património Histórico e Cultural (Ministério da Educação) e ao

abrigo da Lei da Pesca (reservas marinhas).

A Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC) tem, a responsabilidade administrativa e

propriedade financeira autónoma no âmbito do Ministério do Turismo. Sob ANAC, o Conselho de Gestão

da Área de Conservação de (CGAC) será configurado como órgãos que implementa planos de gestão e que

pode incluir parcerias privadas e comunitárias, cujo tamanho exacto e forma dependem das áreas sob sua

responsabilidade.

Espera-se que a ANAC seja um órgão autónomo para a gestão e desenvolvimento de áreas de conservação

e suas zonas de amortecimento. Espera-se ainda que esta nova autoridade, juntamente com a nova BioFund

melhorem o financiamento sustentável dos ACs e suas comunidades.

As autoridades provinciais e locais são acusadas de promover acções de conservação dos recursos naturais

e da biodiversidade a nível das comunidades, localidades, postos administrativos, distritos e províncias

4.1.3 Legal

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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A nova Lei de Áreas de Conservação nº 16/2014 de 20 de Junho prevê o estabelecimento legal do

Conselho de Gestão das Áreas de Conservação (CGAC), órgãos consultivos que abrangem uma ou

mais AC compostas por representantes das comunidades locais, o sector privado, associações e

organismos do governo local para a protecção, conservação e promoção do desenvolvimento

sustentável e da utilização da diversidade biológica. Esta lei também:

▪ Legaliza as parcerias público-privadas para a gestão de AC e para os contratos de concessão.

▪ Apresenta novas categorias para a classificação de áreas protegidas em uma área total de conservação)

e b) uso sustentável de áreas de conservação.

▪ Planos de Gestão das AC devem ser coerentes com os instrumentos de ordenamento do

território em todos os níveis, e serão necessários planos especiais de uso da terra para o

zoneamento ecológico de uma ou mais ACs e suas zonas de amortecimento.

▪ Os interesses e envolvimento das comunidades legalmente dentro das ACs e suas zonas de

amortecimento, em actividades geradoras de renda que promovam a conservação da

biodiversidade serão considerados no novo plano estratégico de desenvolvimento da AC.

▪ Áreas de conservação comunitária com direitos de uso da terra irão fornecer às comunidades

opções de parcerias e concessões de gestão de áreas terceiros.

▪ As zonas tampão serão guiadas pelo Plano de Gestão da AC - instrumento com o mesmo nível

de obrigação jurídica de Planos do Uso da Terra e Planos de Gestão Ambiental (e Sociais).

▪ A Lei também prevê a possibilidade de o Estado reassentar as pessoas para fora de certas AC se

a sua presença for incompatível com o estatuto jurídico da área de conservação ou impedir a sua

boa gestão.

Outra legislação relevante que define os papéis e obrigações da comunidade em relação ao uso e

gestão dos recursos naturais inclui:

A Constituição de Moçambique (2004) é o guia geral para toda a aplicação do quadro legal.

A Lei de Terras (Lei nº 17/1997 de 1 de Outubro) especifica que a terra pertence ao Estado, e os

direitos de uso podem ser concedidos pelo Estado. Define Zonas de Protecção Total, que incluem

áreas designadas para actividades de conservação da natureza. A Lei de Terras fornece os detalhes

de direitos com base nas declarações habituais e os procedimentos de aquisição de título para o

uso e benefícios por comunidades e indivíduos.

O Decreto 15/2000 descreve a articulação do governo local e a liderança comunitária, dá-lhes

poderes previstos no artigo 24 da Lei de Terras de participar na resolução de conflitos, representar

as opiniões da comunidade sobre os pedidos de terra, e identificar e delimitar as terras

comunitárias.

A Lei de Administração Local do Estado (n.º 8/2003, 19 de Maio) fornece o espaço para a

participação da comunidade com base em um modelo de "gestão integrada", enfatizando uma

governação distrital participativa e decisões sobre orçamento.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

26

Lei de Florestas e Vida Selvagem nº 10/1999 - identifica os princípios da participação da

comunidade local na gestão de recursos naturais sustentável dentro e fora das áreas protegidas.

.

Propõe que 20% das taxas de concessão deve ir para as comunidades locais residente em

uma área de concessão.

Conselhos de Gestão Participativa (COGEP local) constituídas como associações com

representação de todas as partes com interesses no uso dos recursos naturais de uma

determinada área pode ser criado como um mecanismo para articular e defender os

interesses dos participantes.

Os mecanismos para canalizar e utilizar os 20% de impostos para beneficiar as comunidades locais

foram criados em 2005 através do Diploma Ministerial n.º 93/2005 de 04 de Maio. Os

beneficiários só podem receber dinheiro se a sua comunidade estiver organizada em uma

associação legalizada com uma conta bancária.

O Diploma Legal n.º 2.629, de 7 de Agosto de 1965 que aprova o regulamento de Coutadas

identifica que a carne de animais selvagens caçados por desporto deve ser fornecida para a

população local após a remoção dos troféus pelos caçadores.

A Lei Ambiental nº 20/1997 estipula que as comunidades locais e, até certo ponto as ONGs e o

sector privado devem ter "participação considerável e indispensável na gestão das 'Áreas de

Protecção Ambiental.

Os regulamentos sobre Avaliação de Impacto Ambiental (Decreto nº 45/2004) obrigam um

proponente de projecto a realizar consultas com PAPs cuja utilização dos recursos naturais é

limitada por um projecto ou deslocamento físico está implícito através do processo de preparação

do projecto. Os regulamentos de AIA omitem a discussão sobre os requisitos do plano de gestão

ambiental.

A Lei de Protecção do Património Cultural (Lei n.º 10/1988) visa proteger todas as antiguidades

nacionais, património histórico e cultural.

A Lei de Ordenamento Território Territorial (Lei n.º 19/2007 de 18 de Julho) exige um amplo

processo de consulta e divulgação para comentar o assunto em todos os processos de

planeamento, para reclamações e, se for inevitável, a resolução de litígios.

A Lei das Pescas (nº 3/90) apoia o envolvimento das comunidades na gestão da pesca artesanal e

uma abordagem participativa para a conservação e utilização adequada dos recursos biológicos e

ecossistemas aquáticos.

O Regulamento de Pesca Marinha (Decreto, n.º 43/2003) estabelece que o Ministério das Pescas

adopta a gestão participativa dos recursos haliêuticos. Os Conselhos de pesca da Comunidade

(CPC) são entidades jurídicas que contribuem para a gestão participativa da pesca e para o

desenvolvimento de actividades para promover a sustentabilidade dos recursos e a melhoria das

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

27

condições de vida, incorporando os interesses da comunidade em planos de acção de

desenvolvimento.

A Lei do Turismo n.º 4/2004, compreende a contribuição do turismo para o crescimento

económico, criação de emprego e redução da pobreza. A melhoria específica do nível de vida das

comunidades locais é esperada como resultado da sua participação activa em actividades de

turismo.

4.1.3.1 A legislação Nacional em Matéria de Políticas do Banco Mundial

A política do Banco Mundial sobre o reassentamento involuntário abrange os impactos económicos e

sociais directos da expropriação de terras ou a restrição de acesso a parques nacionais ou áreas protegidas /

conservações legalmente designadas (recursos naturais). A OP / BP 4.12 abrange projectos de investimento

assistidos pelo Banco que causam a restrição de acesso aos parques e áreas protegidas, resultando em

impactos adversos sobre as condições de vida dos grupos afectados, especialmente a apropriação, ocupação

ou uso dos direitos legalmente autorizados.

Na medida em que o Projecto MozBio visa reforçar a aplicação da legislação CA e plano de gestão

de implementação, as pessoas que vivem na ACs e zonas-tampão serão afectadas, em diferentes

níveis, por acesso regulamentado e restrito ao uso dos recursos. Os direitos de uso de recursos de

pessoas que vivem na ACs são protegidos pela Lei de Terras de Moçambique e da nova Lei de

Áreas de Conservação.

A aplicação da OP / BP 4.12 para desenvolver um quadro do processo promove uma abordagem

participativa e integrada para a gestão pacífica das actividades de conservação em parques legalmente

designados e outras áreas de conservação devido à presença de pessoas em quase todos eles.

Tendo em vista os esforços do MITUR para promover, através da sua política de aceitação do sector da

realidade das pessoas que vivem nos parques, a Lei das Áreas de Conservação e Políticas Preservação,

prevê mecanismos para organizar o acesso e a utilização dos recursos. O Quadro irá descrever os processos

de participação estratégicos da comunidade e envolvimento na gestão e partilha de benefícios de uma

melhor gestão das ACs e suas zonas tampão.

No geral, o quadro jurídico moçambicano e o Banco Mundial apoiam a participação da comunidade na

concepção e execução de actividades de conservação, a fim de ajudar a identificar alternativas aceitáveis

para os padrões insustentáveis de utilização de recursos e promover o apoio da comunidade para tais

alternativas.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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4.1.4 Mecanismos / procedimentos para a participação e inclusão das pessoas afectadas pelo

projecto (PAP)

As Três componentes do projecto MozBio envolverão actividades que possam causar novas ou mais

restrições rígidas sobre o acesso e uso dos recursos naturais nas ACs alvejadas. A estrutura do processo

exige a participação e inclusão das comunidades potencialmente afectadas para decidir o âmbito de

aplicação das restrições e das medidas de mitigação propostas da seguinte forma:

:

(2) Fortalecimento da Utilização Comercial das Áreas de Conservação.

Na preparação de acordos para caça e concessões de turismo baseado na natureza, será necessário chegar a

um acordo sobre a área abrangida pela concessão, o seu uso específico, se contém ou não populações

residentes, o seu envolvimento nos esquemas de gestão ou no benefício. Este processo deve ser consultivo

para que os vizinhos da comunidade local tenham uma participação, quer a sua utilização presente ou

passada da área, apoio as actividades e também se beneficiar deles. A recepção passiva de benefícios não

incentiva a compra de recursos de conservação e idealmente, os contratos de concessão também devem

incluir a representação comunitária nos órgãos de tomada de decisão que estão envolvidas na gestão dos

recursos naturais sustentando o empreendimento comercial.

.

A sensibilização e capacitação da comunidade para, eventualmente, participar mais plena e

responsavelmente nas relações comerciais que podem trazer benefício directo para eles vai ser uma parte

importante a investir no desenvolvimento e implementação de propostas de negócio viáveis a longo prazo.

Isso pode resultar em actividades de desenvolvimento de turismo comunitário; pode simplesmente resultar

no reforço da capacidade e dos mercados para as actividades vocacionadas para apoiar as concessões de

turismo em curso, tais como produção e venda de produtos artesanais, produtos culturais, como

apresentações de dança ou visitas guiadas a sítios naturais ou de interesse culturais, por exemplo.

Importante é o processo de consulta e aprendizagem conjunta para identificar os produtos turísticos

adequados e desenvolver e implementar propostas de negócio eficazes que proporcionam benefícios justos

para o esforço e para ajudar a compensar a privação da comunidade no uso dos recursos naturais locais.

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(3) Gestão das Áreas de Conservação

Todas as áreas de conservação têm planos de gestão, embora alguns requerem actualização. Estes precisam

de ser apoiados pelos planos de negócios e planos de desenvolvimento do turismo para ajudá-los a

implementar acções que visam maior sustentabilidade. Esta componente irá ajudar áreas de conservação

especificas ou grupos de áreas de conservação que têm maior potencial que os outros para gerar fundos de

turismo e de outras actividades para desenvolver e/ou melhorar e implementar os seus negócios e planos de

desenvolvimento do turismo. Com vista a alinhá-los com a legislação de áreas de conservação (lei e

regulações eventuais), algumas das áreas de conservação e grupos das áreas de conservação precisam rever

o seu ordenamento e classificação. Isto deve promover e integrar planos distritais de uso de terras, assim

como estimular o desenvolvimento da economia local, fazendo a base para o planeamento estratégico

integrado e planos de acções de desenvolvimento comunitário dentro e fora das áreas de conservação. (ver

tabela 1 abaixo para planos recomendados).

Tabela 1. Planos existentes e recomendados para promover envolvimento comunitário nas áreas de

conservação/conjunto de áreas de conservação

ACs / Planos

Existentes

R

N

PNL PNZ PNB REM/

Pd’O

PNQ RNM PNAB/

Pomen

e

RNG

Planos de Gestão

Planos de Negócio

Planos de

Desenvolvimento

do Turismo

Planos de Acção

Comunitária

Planos Distritais de

uso da Terra

integrando planos

de gestão do

zoneamento

Plano de Gestão das

Zonas Tampão

Planos

recomendados,

promovendo

R

N

C

PNL PNZ PNB REM/

Pd’O PNQ RNM

PNAB/

Pomen

e

RNG

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

30

planos de

envolvimento

comunitário

Planos de Gestão

das AC

Act

ual

iza

do

Actuali

zado

Actua

lizado

Actuali

zado /

Actualizado

Planos de Negócio

Plano de

Desenvolvimento

do Turismo

Plano Estratégico

de

Desenvolvimento

Plano Estratégico

de Acção de

Desenvolvimento Act

ual

iza

do

Act

ual

iza

do

Act

ual

iza

do

Act

ual

iza

do Actuali

zado

Planos Distritais de

uso da Terra

integrando planos

de gestão do

zoneamento

Os Planos de Acções Comunitários (PAC) desenvolvidos em Área de Conservação Transfronteiriça II

endereçou a participação de pessoas vivendo em áreas de conservação mediante: a) mecanismos para

incluir comunidades na estrutura de administração conjunta dos recursos naturais onde podem participar no

processo de tomada de decisões em áreas de conservação; e b) oportunidade para actividades de melhoria

de potenciais meios de subsistências que podem ajudar a compensar perdas de acesso e o uso de recursos

naturais devido a regulamentos de gestão da AC.

Os PACs forneceram um quadro/estrutura para implementação (i) macro e micro-ordenamento, (ii)

identificar oportunidades concretas para meios de subsistência comunitária e desenvolvimento do turismo,

e (iii) promover mecanismos de financiamento comunitário sustentáveis.

Sempre que a lei das novas áreas de conservação for regulada, no Mozbio serão criados novos planos de

desenvolvimento estratégicos da área de conservação. No âmbito dos novos PADCs deve se estender desde

as áreas fundamentais protegidas para as áreas de uso múltiplo e zonas tampão fornecendo um instrumento

de planeamento onde a participação das diversas partes interessadas é destacada.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Reforçar a eficácia do turismo e gestão de área de conservação ira exigir infra-estruturas (habitação, cercas,

estradas e pontes) e outros projectos de desenvolvimento que irá requerer o rastreio do impacto ambiental e

social. Actualizar ordenamento e núcleos de gestão territorial também será necessário para as áreas de

conservação se tornarem compatíveis com as novas categorias de áreas de conservação como a nova

legislação de área de conservação é implementada. Se os impactos sociais são identificados,

particularmente perdas de acesso para e o uso de recursos naturais, mitigação e planos de compensação

serão necessariamente delineados nos Planos de acções de desenvolvimento comunitário.

Os Planos de gestão baseiam-se em uma abordagem de gestão adaptativa. Estes irão continuar e

diversificar fortes parcerias e serão as bases para trazer às comunidades a partilha dos benefícios. As

parcerias anteriores com as comunidades têm sido variáveis sublinhando a necessidade para o apoio ao

desenvolvimento de capacidades para comunidades de Mozbio. A participação da comunidade e inclusão

no processo de planeamento devia:

:

Identificar e usar instituições tradicionais no micro-ordenamento e processo de

mapeamento comunitário

Abordagens de planeamento estratégico devem responder a ligações de administração

entre pessoas, lugar, plantas e animais

Os quadros de planeamento devem considerar valores e questões em todos subgrupos vulneráveis

a impactos negativos do projecto; e

Os modos de comunicação variados apropriados para o público variado devem ser

usados, incluindo uma ênfase em canais visuais

O conteúdo e a forma dos PACs envolvidos durante ACTF II, alem dos novos PADCs, deviam

ser suportados por um quadro do planeamento do desenvolvimento integrado que pode ser

aplicado em diferentes locais seguindo um acordo para formatar ou orientar já desenvolvidos

como parte do projecto. Novo CDAPs podem ser desenvolvidos como parte de planos de

desenvolvimento estratégico de áreas de conservação dependendo de disposições regulamentares

futuras. O ordenamento é um instrumento estratégico de gestão já usado a nível macro no

planeamento de gestão e no desenvolvimento distrital estratégico, espacial e o planeamento da

utilização dos solos.

.

(4) O apoio de subsistência para as comunidades dentro e arredores das

áreas de conservação.

Esta componente irá melhorar a subsistência das comunidades que vivem dentro e nas proximidades das

áreas de conservação alvo por: (i) reforçar a integração comunitária e a contribuição para áreas de

conservação; (ii) melhorar a subsistência sustentável dentro e nos arredores das áreas de conservação; (iii)

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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reduzir o conflito entre Homen-Fauna bravia dentro e nos arredores das áreas de conservação; e (iv) reduzir

o desflorestamento dentro ou fora das duas áreas de conservação seleccionadas.

Intervenções através dos diferentes tipos de áreas de conservação são esperadas com a conservação

integrada e abordagens de desenvolvimento sustentável no litoral/marinho, de água doce e ecossistemas

terrestres. Apoio para os objectivos de subsistência comunitários em foco nos sistemas de produção a nível

de subsistência sustentável (ex. Pescarias, agrícolas, florestais, pecuária) e/ou outro rendimento gerando

oportunidades tais como turismo relativo e REDD+. O número dos membros da comunidade apoiados deve

ser determinado, uma vez e intervenções participativas de ordenamento foram realizadas em cada um dos

locais de intervenção, considerando as necessidades das populações locais e das prioridades de

conservação.

As intervenções no litoral marinho e áreas de água doce de áreas de conservação visam focalizar o

fortalecimento de capacidade de comunidades existentes e comissões de co-gestão, associações e

comissões de gestão de recursos naturais baseados na comunidade para gerências a utilização sustentável

dos recursos naturais marinho-costeiros, promover desenvolvimento económico da comunidade pesqueira,

apoiando e fortalecendo os direitos aos recursos das comunidades costeiras com vista a proteger os seus

meios de subsistência e melhorar a segurança alimentar. O apoio irá aumentar as oportunidades

organizacionais comunitários existentes tais como poupanças rotativas e concessão de crédito, e também

complementar programas tais como os direitos do utilizador territorial para os programas dos pescadores,

que procura aumentar a capacidade das comunidades marinho -costeiras de assegurar ``os direitos `` do

domínio das pescas e melhorar a sua gestão.

A abordagem terrestre nas áreas de conservação seleccionadas necessitarão de planeamento integrado no

primeiro ano da implementação do Mozbio pela área de conservação identificada, comunidades,

prestadores de serviços e parceiros do sector privado para, depois:

Apoiar actividades que visão melhorar a integração e contribuição das

comunidades para as áreas de conservação através da capacitação a todos os níveis, que aumentam o

entendimento e valorização das áreas de conservação e práticas de subsistência sustentáveis dependentes. A

nível da comunidade, prestadores de serviços irão apoiar desenvolvimento das propostas de financiamento

impulsionado pela demanda nas seguintes áreas: i)formação para conselhos de gestão dos recursos naturais

comunitários na gestão participativa de área de conservação, incluindo protocolos do uso dos recursos

naturais; ii) capacitação das organizações da comunidade na democracia, responsabilidade, transparência e

o uso e gestão dos recursos, incluindo no uso dos 20% das receitas das áreas de conservação canalizadas as

comunidades e o seu potencial papel nas intervenções do projecto com participativo; iii) campanhas de

sensibilização sobre o valor e oportunidades da área de conservação e; e iv) formação na conservação

ambiental e uso sustentável dos recursos naturais.

Apoiar actividades que visão melhorar a subsistência sustentável das

comunidades que vivem dentro e nas regiões circundantes as áreas de conservação com os subprojectos que

satisfazem os critérios da sustentabilidade ecológica, desenvolvimento socioeconómico e viabilidade do

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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negócio, que cresce mais rigorosamente com o aumento do valor de investimento de iniciativas. Vários

tipos de intervenções são considerados baseadas na demanda pelo suporte financeiro de actividades

existentes e novas propostas de comparticipação, assim como aquisição de capital próprio para negócios

conjuntos. Micro -ordenamento e planeamento integrado são necessários para clarificar impactos, fornecer

para o uso dos recursos baseado em direitos, desenvolver negócios e conhecimentos de marketing, e

desenvolver iniciativas de conservação baseadas na comunidade.

Apoiar actividades que visão reduzir o nível de conflito Homem-animal

dentro e arredores das áreas de conservação específicas realizadas numa abordagem, como parte de outras

iniciativas do desenvolvimento comunitário sustentáveis.

Adoptar uma abordagem panorâmica para promover a gestão florestal

sustentável e para encaminhar os factores locais do desflorestamento. A intervenção agrícola, florestal e

sectores de energia irá necessitar de coordenação inter-sectorial a nível local (através de comité de

orientação de área de conservação e órgãos locais de planeamento distrital). Acções podem incluir gestão

de floresta comunitária, reflorestação multi propositada, promoção de fontes de energia alternativa,

agricultura de conservação e agro-sivicultura. Apoio será também fornecido para estudos analíticos para

estabelecer uma base de carbono florestal, para identificar os factores dos benefícios da desflorestação e

desenvolver mecanismos de partilha para as potenciais receitas da gestão florestal sustentável na consulta

com as comunidades locais

A implementação do financiamento baseado na demanda vai exigir uma campanha de comunicação clara

para informar as áreas seleccionadas das oportunidades para participar e para divulgar critérios de

elegibilidade e fornecer ferramentas e apoio para o desenvolvimento de propostas. Um fornecedor de

serviços será capaz de facilitar esta actividade. Canais de comunicação serão mantidos durante a

implementação do projecto para facilitar a apresentação da avaliação e vigilância participativa como foi

identificado nas propostas do projecto. Detalhes do ciclo do subprojecto podem ser encontrados no manual

de implementação do projecto.

Deve se destacar a capacidade de desenvolvimento das comunidades, não somente para assistir o seu

fortalecimento das entidades legalmente reconhecidas que podem ser elegíveis para participar na

identificação do subprojecto, plano de preparação da proposta, mas também para a demanda de relações

baseadas em gerir o capital próprio, e os benefícios assim que se tornam disponíveis.

Formação em gestão de negócios, desenvolvimento comunitário e planeamento estratégico devem

acompanhar a formação em habilidades vocacionais, formação em empreendimentos turísticos e elevando

a consciência de acções de conservação.

4.1.4.1 Mecanismos para participação e inclusão comunitária

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Através do Mozbio as comunidades que vivem dentro e arredores das áreas de conservação vão cada vez

mais ser envolvidas nas mudanças no seu uso estratégico e gestão de recursos naturais locais que trazem

mais oportunidades para desenvolvimento de meios de subsistência dos quais actualmente têm.

Tal como definido na introdução desta secção, os seguintes resultados do planeamento participativo são

previstos:

Componente 2: Divulgação do turismo nas áreas de conservação: propostas de negócios no turismo e

coutada (co-propriedade, parcerias, partilha de benefícios etc.)

Componente 3: Gestão das áreas de conservação: planos de gestão, planos de negócios, planos de

desenvolvimento do turismo, planos de desenvolvimento estratégico e planos de acção de desenvolvimento

comunitário.

Componente 4: apoio sustentável dos meios de subsistência comunitários: planos de comunicação,

directrizes de subprojecto e propostas com os planos de negócios e estratégias de sustentabilidade, e

mecanismos de avaliação e monitoria.

Um processo de rastreio será usado para determinar a necessidade para avaliações de impactos ambiental e

social quando actividades de desenvolvimento físico específico locais forem planeadas. Este processo

participativo vai identificar comunidades e/ou individualidades directa ou indirectamente afectados pela

áreas de conservação planeadas e actividades de subprojecto (ver anexo B).

Avaliações de impacto irão detalhar os impactos e o número exacto e categoria dos grupos afectados e

indivíduos, e incluir ou recomendar acções de mitigação projectadas por via de planos de acção do

desenvolvimento comunitário (PADC).

O sistema de áreas de conservação no presente é desigualmente desenvolvido e as incongruências e lacunas

relacionadas com quadros jurídicos, jurisdições institucionais e abordagens para envolvimento comunitário

variam por área de conservação ou agrupamento de áreas de conservação (ver anexo D). Mozbio visa

trabalhar para fortalecimento do sistema geral de áreas de conservação e preconizar maior envolvimento

efectivo da comunidade nas decisões que as afecta, conformidade efectiva a longo prazo na conservação e

acordos de desenvolvimento, e em mais comunicação efectiva e partilha de informação afim de que os

recursos naturais possam ser geridos de maneiras mais apropriadas culturalmente e socialmente possíveis

dentro dos constrangimentos da viabilidade financeira.

O uso de macro-ordenamento nos planos de gestão de áreas de conservação assim como incorporação no

Plano Distrital do Uso de Terra (PDUT) foi institucionalizado. Embora Planos Amplos de Desenvolvimento

Integrado da ACTF não foram alcançados no ACTF II, a governação distrital e provincial incorporou de

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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forma mais completa as prioridades das áreas de conservação e compreende as suas necessidades de gestão

e estratégias através de processos de planeamento de uso de terras distritais participativos.

A nova Lei das Áreas de Conservação fornece as responsabilidades de administração de áreas de

conservação na gestão de zonas tampão. Também oferece um estatuto jurídico aos planos de gestão de

áreas de conservação e a introdução de novos planos de desenvolvimento estratégico de áreas de

conservação para fortalecer mecanismos de responsabilidade conjunta e consultiva.

Os novos Planos Estratégicos de Desenvolvimento de Áreas de conservação e PED subsequentes serão

meios importantes para segurar os subsídios dos intervenientes de avaliação de oportunidades e

constrangimento na conservação e desenvolvimento dentro e arredores das áreas de conservação. Através

do processo de planeamento, a necessidade e disponibilidade de prestadores de serviços podem ser

identificados, podem ser definidos focos estratégicos e as bases de interesse dos investidores e potenciais

parcerias. Estratégias para ligar empreendimentos comunitários a mercados fora de zonas de protecção

serão necessárias assim como ligações mais amplas para provedores de desenvolvimento de capacidade

comunitária a longo prazo

Planos de desenvolvimento turístico existentes e novos planos estratégicos de desenvolvimento das áreas de

conservação serão as bases para novos PADC. Iniciativas do turismo comunitário potencialmente

sustentáveis serão identificadas pelo governo, sector privado e pelas partes interessadas no turismo junto

com as comunidades. O planeamento de PADC s será iniciado nas áreas prioritárias onde ainda não existem

e estender para outras quando os recursos estiverem disponíveis. Onde PACs já existem, será actualizado

para PADCs como parte da revisão de avaliação da prioridade regular e os planos serão adaptados para

oportunidades envolventes.

Planeamento e implementação de PADCs

Os PADCs constituirão parte de planos de gestão de áreas de conservação e serão directamente ligados aos

planos de desenvolvimento estratégico de áreas de conservação. A fim de serem mais significativos, os

PADCs terão de ser inteiramente enquadrados pelo envolvimento das partes chave interessadas e tomadoras

de decisões: comunidades, autoridades distritais, agentes não-governamentais e governos provinciais. A

Participação comunitária na formulação de planos deve ser simples, e não reproduzida por ordem do

processo de planeamento, integrado para lhes complementar.

Com os Planos Estratégicos de Desenvolvimento das Áreas de Conservação em ordem, irá guiar a direcção

de PADC. No entanto, quer estes estejam em ordem ou não, o processo participativo do PADC identificará

locais prioritários e formas potenciais de aborda-los, através de seminários das partes locais interessadas e

encontros de consultoria.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Os PADCs incluirão actividades que visão mitigar ou compensar impactos negativos das rigorosas

restrições no uso dos recursos naturais estabelecidos pelos planos de gestão de áreas de conservação e

ordenamento de PDUT. Estes podem incluir:

A criação e gestão de áreas de conservação multi-uso (incluindo núcleos

formais e informais de áreas protegidas, zona-tampão apropriada e áreas de apoio).

A iniciação de alternativas de meios de subsistência sustentáveis

(desenvolvimento turístico ambiental e economicamente sustentável, co-gestão, parcerias do sector

privado no turismo baseado nas comunidades etc.) que mitiga o uso destrutivo insustentável dos

recursos naturais e ao invés da elevada sensibilização e promover a sua conservação pelas

comunidades locais.

Actividades do PADC deverão contribuir para a transformação dos beneficiários comunitários passivos em

participantes activos juntamente com as agências de execução através de co-gestão, projectos de partilha

dos benefícios e como participantes activos em mecanismos que recompensam os resultados da

conservação. A participação comunitária em a) processo de tomada de decisão relativo ao seu futuro uso e

acesso a recursos naturais locais e b) actividades para mitigação de impactos da perda de acesso, espera-se

que encoraje a compra e o compromisso. Junto com o desenvolvimento de capacidades a longo prazo e

actividades do desenvolvimento e fortalecimento de ligações comerciais, participação activa dos membros

das comunidades na viabilidade das actividades de desenvolvimento económica, deve garantir benefícios a

longo prazo (Ver anexo B para o para o processo PADC).

Espera-se que as comunidades afectadas participem na identificação e implementação dos projectos

prioritários identificados no PADCs. Uma vez que têm as suas ligações comerciais acrescidas através do

processo de planeamento e potencial ou prestadores de serviços existentes que foram identificados, a

facilitação de desenvolvimento de proposta de subprojecto estará mediante a base do pedido e

financiamento concebido para um número limitado de projectos ou volume limitado de investimentos por

área. A PADC identificará áreas prioritárias onde as actividades ou grupos de actividades que teriam mais

impacto significativo, ou potencialmente mais sustentáveis e onde as comunidades seriam mobilizadas para

prepararem propostas.

Espera-se que as propostas de subprojecto para implementação mediante a componente quatro (4) melhore

os meios locais de sustento enquanto também fornece contribuições evidentes par gestão de conservação

(produção de piripiri e comercialização, pescarias em áreas fechadas ou períodos e pescarias mais

sustentáveis e mercados, desenvolvimento do produto do turismo cultural etc.).

Todas as propostas devem incluir um plano de negócios mostrando o resultado sustentável projectado.

A participação comunitária em todo planeamento e implementação de PADC deve no mínimo consistir em:

▪ Consulta individual com os líderes com influência local e autoridades

tradicionais reconhecidas, uso de métodos participativos tais como avaliação rural participativa (da sigla

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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em Inglês PRA) para identificar recursos locais, mobilidade e gestão de uso de recursos existentes,

importância hierarquizada e preferências de gestão, localizar e mapear limites de uso de terra, e verificar

procedimentos habituais para a tomada de decisões, resolução de conflitos e identificação de áreas com

conflitos de uso de recursos etc.

▪ Uma estratégia de comunicação para entradas que fornecem informação

sobre os objectivos do projecto, procedimentos de planeamento, oportunidades e qualificarão para

participar nas diferentes actividades de desenvolvimento de subsistência, e queixa de mecanismos de

comunicação.

▪ Consulta com os grupos de pessoas afectadas pelos projectos para aumentar

a consciência acerca do processo de planeamento participativo e objectivos do projecto, explicar a política

e procedimentos de planeamento de zona tampão e desenvolver aplicações de subprojecto e reforçar a

confiança no processo participativo.

▪ Estabelecimento ou CGNR eleita na comunidade a todos níveis de

governação (incluindo representantes dos conselhos distritais ou comunidades onde isto já exista)

referentes a gestão de áreas de conservação, e apoiar a criação do conselho consultivo (CC) para o

planeamento do desenvolvimento distrital onde os representantes comunitários interagem com o governo

local. CGRN são responsáveis por:

o Facilitar a participação da comunidade na tomada de decisões relativas ao

uso sustentável e monitoria dos recursos naturais nas áreas de conservação;

o Tornar-se fórum para decisões baseadas na comunidade relativas a gestão

etilização de recursos naturais;

o Participar no macro e micro-ordenamento das áreas de conservação em áreas

de uso dos recursos;

o Mobilizar e monitorar acessos comunitários e o uso sustentável dos recursos

naturais em áreas de conservação;

o Representar preocupações e sugestões nos processos de tomada de decisões;

e

o Resolução de conflitos que surjam de utilização dos recursos, violação de

normas de áreas de conservação

Reforçar as capacidades de CGRNs (e para menor grau de CCs) no uso de

métodos de comunicação, identificação de bens, oportunidades e restrições a uso de recursos locais,

identificação e análise dos impactos adversos dos impactos das restrições no uso dos recursos, definição de

extensão das restrições, identificação dos critérios para quem for elegível para ajuda de mitigação,

identificação das acções de mitigação apropriadas, recibos e uso de 20% de benefícios de áreas de

conservação e turismo ou actividades de caça, identificação de projectos de desenvolvimento de meios de

subsistência, hierarquização e formulação de propostas, a identificação de indicadores de controlo,

consultoria, gestão de informação, monitoria.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Associações comunitárias legais, pequenas, medias e micro empresas

comunitárias e outras instituições serão criadas para representar e conduzir comunidades nas negociações

de acesso a recursos das áreas de conservação, incluindo parcerias com ANAC/AC conselhos de

administração e/ou sector privado no desenvolvimento de conservação das empresas nas quais as

comunidades beneficiariam.

As responsabilidades incluiriam:

o Mobilizar recursos com assistência de ONGs e investidores privados para

desenvolvimento do turismo e conservação de actividades relacionadas ou serviços sociais;

o Realizar investimentos, e negociação de empreendimentos conjuntos;

o Mobilizar recursos com assistência de ONGs e investidores privados para

desenvolvimento de estratégias alternativas de meios de subsistência sustentáveis;

o Promover uma partilha equitativa dos benefícios entre membros

comunitários para conservação de empresas;

o Representação dos interesses das comunidades nos conselhos de

administração das áreas de conservação;

o Defender a integração do conhecimento ecológico e social local nos sistemas

de gestão de áreas de conservação e planos de desenvolvimento estratégico.

Reforçar as capacidades das comunidades e empresas privadas para lhes

permitir mais interface entre si de modo que gere cooperação comunitária e de benefícios.

Processos participativos deverão envolver métodos PRA, consensos de

tomada de decisão ou votação conforme o caso, esforços para trabalhar com grupos sociais (homens,

mulheres, jovens e lideres, etc.) separadamente para assegurar que possam expressar suas próprias

necessidades e prioridades sem inibições, uso de grupos de interesses traçados de diversos locais

territorialmente para tornar grupos consultivos mais representativos, melhorar continuamente a

representatividade e atribuição equitativa dos benefícios ou direitos de participação em actividades de

apoio de meios de subsistência.

Consultoria deve ser levada a cabo regularmente através de planeamento

anual e actividades de avaliação participativa na comunidade e níveis de grupos de interesse para verificar

progresso. Monitoria através de estruturas comunitárias ligadas a autoridades e os conselhos de

administração devem ouvi-los, verificar e responder as reclamações assim como créditos compreendidos e

tomados em conta ou como mudam ao longo do tempo.

Grupos de governos locais e distritais devem ser envolvidos no progresso e

monitoria de impacto como aprendizado conjunto e processo de desenvolvimento.

A condição das mulheres, juventude e grupos vulneráveis deve ser assistido

regularmente através de consulta inclusiva e participativa.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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As várias lições documentadas por estruturas operacionais de gestão dos recursos naturais promulgada

através da legislação da silvicultura, vida selvagem e pescarias e os manuais devem conduzir a organização

mais sustentável destes comités comunitários. A participação comunitária no planeamento do

desenvolvimento distrital é apoiada pelas orientações oficiais que demonstra claramente os papéis/funções

e responsabilidades comunitárias e instituições governamentais locais envolvidos. Embora este modelo de

diálogo comunitário com autoridades governamentais locais através de conselhos consultivos e fóruns

comunitários é direccionado ao planeamento do desenvolvimento distrital, isto deve ser levado em conta ao

estabelecer o nível comunitário de estruturas participativas.

Preparação e implementação de PADCs deve lhes ser complementarem e envolver estruturas de

representação da comunidade local a todos níveis de governação local, mas particularmente a nível

comunitário e distrital. Toda consultoria comunitária/distrital e planeamento de grupos estabelecidos no

apoio de actividades de árias de conservação serão envolvidos no recebimento de reclamações individuais

ou de grupos. Estas estruturas locais serão assistidas através de campanhas de comunicação para aprender

como canalizar a informação para recurso (veja detalhes no anexo 4.7 abaixo).

Um plano de comunicação multi-media será formulado e implementado para assegurar que a informação

precisa e atempada esteja facilmente disponível para as entidades que implementam o projecto e outras

partes interessados, a montante e jusante empresas planeadas, e para outras partes interessadas. Esta

estratégia de comunicação será um instrumento essencial para ajudar as comunidades a aprender acerca de

oportunidades e se tornar envolvida na efectivação de mudanças de meios de subsistência. Também ira

assegurar a comunicação bidireccional e fluxo de troca de conhecimentos entre os diferentes níveis das

instituições governamentais locais e comunidades dentro zonas-tampão no contexto da formulação da

implementação de PADC.

Comunicação é parte do processo de consulta das partes interessadas que é um processo interactivo através

do qual todos os actores contribuem para identificação, minimizar e mitigação sustentável de riscos. Como

tal, comunicação é um processo bidireccional como sendo bases ou criar conhecimento, na construção de

consensos, gerando acessos a participação nos processos de inovação para mudanças e desenvolvimento,

para criar decisões prioritárias livres e decisões informadas e para resolver conflitos de forma construtiva e

sustentável. A estratégia de comunicação a nível da comunidade não deve somente apoiar-se em

mecanismos e estruturas locais existentes, mas também focar se em:

A necessidade de assegurar o acesso a informação para todos os grupos de

partes interessadas, não importa o seu estado de género e vulnerabilidade;

A necessidade de reforçar a habilidade de todas as partes interessadas,

disseminar informação precisa e tomar suas próprias decisões informadas.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Os principais grupos sociais direccionados pelas estratégias de comunicação vão potencialmente se

envolver em actividades que promovam desenvolvimento socioeconómico local. A estratega deve

inicialmente criar consciência entre as comunidades sobre o projecto e oportunidades associadas com isto,

os processos de planeamento, elegibilidade e opções para participação no desenvolvimento de actividades.

Campanhas de comunicação devem consistir em auscultação de grupos, observação, discussão e analise

entre eles, o que devem fazer em relação aos processos (tais como o ordenamento, opções de

desenvolvimento turístico) e oportunidades apresentadas. Serão encorajados a mencionar certas opções ou

direitos de acordo com o plano de ordenamento e fazer pedidos para assistência com a elaboração de

propostas para financiamento viável de actividades de desenvolvimento.

Ao escolher certos benefícios e as obrigações associadas a estes como parte do ordenamento e processo de

planeamento do desenvolvimento, comunidades irão efectivamente começar a aderir ao programa de

conservação. Critério de elegibilidade para grupos sociais participarem no desenvolvimento potencial de

subprojecto deve ser transmitido como parte da campanha de comunicação. O critério deve incluir se são

ou não ejectados pelo projecto (perda de acesso aos recursos ou conflitos com os animais, por exemplo),

repartição geográfica/quotas geográficas, critério de género e evidência de comprometimento do passado

ou presente nos empreendimentos similares. Estes tipos de critérios podem assegurar transparência e

acesso justo a oportunidades.

Intermediários do governo local e ONGs e/ou corretores do sector privado devem acompanhar este

processo. Facilitadores não-governamentais podem ser identificados de projectos existentes e recrutados

onde necessários e treinados em comunicação inter-pessoal e facilitação.

Ao combinar uma abordagem de comunicação com foco no desenvolvimento de meios de subsistência e

segurança dos meios de subsistência domésticos podem ser promovidas actividades para desenvolver

sistemas de pré-aviso das dificuldades desenvolvidas. O recurso centrar-se-á no melhoramento de

resiliência de grupos vulneráveis. Isto pode envolver programas que centra-se no reforço das redes-

vínculos com oportunidades empresariais, aquisição de capacidades de geradores de rendimento, crescente

sensibilização da saúde reprodutiva, desenvolvimento institucional e emponderamento. Actividades de

promoção de meias de subsistência devem focar-se no prazo mais longo e uso de metodologias

participativas com um emponderamento filosófico.

Os arranjos institucionais para comunicar preocupações as autoridades do projecto e receber resposta

seguira os mesmos canais como aqueles estabelecidos para procedimento de queixa como descritos na

secção 4.1.5.1.

4.1.4.2 Impactos e critérios para determinar elegibilidade para assistência

Muitas pessoas e comunidades dentro e arredores das áreas de conservação podem se tornar particularmente

vulneráveis a dificuldades como resultado de restrições reforçadas ou novas no acesso para recursos

naturais. As comunidades podem perder direito de uso, ou acesso tradicional a recursos quando

ordenamento e gestão efectiva de áreas de conservação fazer aplicar regulamentos que proíbam ou que

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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restrinjam o uso de recursos em áreas desenhadas como protegidas legalmente com o propósito de

conservação e turismo. No geral existem duas categorias maiores de pessoas afectadas pelo programa:

a) Membros comunitários que serão directamente afectados desde que estejam

sujeitos a totais restrições no acesso e uso de recursos tais que os seus meios de subsistência ou

empresas são construídas através de perdas de direitos a colecta de lenha, fornecimento de água,

aceleramento dos animais e para campos de culturas;

b) Outras comunidades que vivem nas zonas-tampão das áreas de conservação

e áreas múltiplo uso que podem sofrer restrições parciais de acesso e uso, e aqueles que sofrem

estragos para culturas e outras propriedades como resultado das incursões da vida selvagem.

Os critérios de elegibilidade para assistência de projecto são baseados em restrições de uso dos recursos e

os impactos, estes podem ter afectado os meios de subsistência das pessoas e bem-estar. Um perfil de

impactos potenciais, critérios, mecanismos de gestão e mitigação podem ser vistos no anexo E.

Actualmente, a lei da silvicultura e vida selvagem define uso de recursos dentro e arredores de áreas

protegidas e a nova lei nas áreas de conservação vai eventualmente, através da sua regulação facilitar a

revisão das categorias de conservação para melhor levar em consideração necessidades de conservação e a

necessidade de balancear isto com o desenvolvimento socioeconómico das comunidades locais,

particularmente onde as comunidades residem dentro das áreas de conservação. A nova legislação

classifica zonas de protecção em a) áreas de conservação máxima: recursos naturais totais – demarcados

dentro das áreas de conservação sem acesso a pessoas, parques nacionais – podem ser visitados por pessoas

mas o uso de recursos não e permitido se não para gestão e manutenção do balanço ecológico, herança

cultural e natural gerido de acordo com a tradição, uso restrito, ou necessidades de conservação de

monumentos; e b) áreas de conservação sustentável que cubram: reservas especiais, paisagens protegidas,

coutadas oficiais, áreas de conservação transfronteiriças, áreas de conservação comunitárias, santuários,

campos desportivos e parques ecológicos municipais.

Áreas de conservação total, parques nacionais e reservas especiais serão necessários para ter uma zona-

tampão como uma parte integral da área de conservação. Contudo, zonas-tampão podem ser criadas

arredores de outras áreas de conservação se necessário.

CDAPs serão preparados e CAPs actualizados como parte do processo de planeamento do

desenvolvimento estratégico de áreas de conservação, onde acesso a recursos deve ser limitado a nível do

lugar ou comunidade dependendo do âmbito da participação. Onde novas áreas de conservação são criadas

para turismo baseado nas comunidades por exemplo, planos para delimitação de terra comunitária e

certificação deve ser incluída no CDAP.

CDAPs devem constituir parte de e ser coerente com os seus respectivos planos de gestão de áreas de

conservação. CDAP vão especificar potenciais projectos comunitários/actividades que ajudam mitigar os

efeitos de restrições de acesso a recursos. Nisto, o número de pessoas afectadas pelo projecto que se espera

que ganhem uma renda suficiente para pelo menos fechar a aquela perda, assim como o número de pessoas

que decidiu participar em mais de uma actividade deve ser identificado. Desde que geralmente um número

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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menor de pessoas pode entrar com vantagem em actividades turísticas sustentáveis, será necessário

monitorar e trabalhar com as comunidades para continuar a identificar fontes alternativas sustentáveis de

renda.

Os princípios de partilha de informação e tomada de decisão participativa transparente informada serão

seguidos a todos os níveis de comunidade a planeamento e estruturas de gestão. Lucros técnicos adicionais

podem ser contratados pelas organizações comunitárias ou organizações parceiras conforme necessário

para levar a cabo estudos de referência socioeconómica, estudos de viabilidade técnica, EIAs para

desenvolvimento infra-estrutural em diante.

Consultoria deve fazer uso de CGRN. Encontros podem ser convenientes onde representantes

governamentais locais dos sectores relevantes são convidados como assessores técnicos para o

desenvolvimento de planos de acção. Em acréscimo, especialistas devem estar presentes para fornecer

contributos para tomada de decisão relativamente a critério de elegibilidade para participar em actividades

subsistência alternativas

4.1.5 Medidas para reduzir impactos negativos enquanto maximiza os positivos

No curso de medidas de implementação para manter a sustentabilidade de meios de subsistência de pessoas

nas áreas de conservação pode ser negativamente afectada particularmente onde restrições no uso de

recursos e/ou relocação seja decidido sobre. O projecto vai assistir todas as pessoas afectadas nos seus

esforços para melhorar a sua subsistência ou restaura-las para níveis de pré-projectos. Actividades de

mitigação específica serão identificadas e decididas no momento em que as medidas de restrição são

consideradas durante a participação de EIAs, ordenamento e planeamento de desenvolvimento estratégico

de áreas de conservação e preparação de CDAP. Serão adaptados para os interesses e necessidades de

pessoas afectadas.

O desenho do projecto inclui medidas para prevenir deslocação e empobrecimento de população local,

incluindo usar alteração de limites de áreas de conservação para excluir comunidades, novos processos de

planeamento de desenvolvimento estratégico de áreas de conservação, revisão de ordenamento e adaptar

planos de gestão de áreas de conservação que identificam zonas multi-uso e actividades a serem

promovidas naquilo. CDAPs vão envolver processos de planeamento de desenvolvimento local

participativo para identificar e apoiar as autoridades locais, demarcação e registo do terreno comunitário

como um pré-requisito para trazer investimentos externos e apoio e incentivos para mais parcerias

sustentáveis da comunidade e do sector privado. O processo de planeamento participativo fornece

mecanismos para promover condenação entre as diferentes partes interessadas e interesses, e centrar se no

planeamento e implementação a nível local.

O projecto apoia a política da descentralização governamental e vai fornecer formação e criação de

capacidades prévias para lançar qualquer novo processo de planeamento participativo numa província ou

distrito. O processo de ordenamento para planos de gestão de áreas de conservação e incorporado no PDUT

vai identificar a localização espacial de grupos comunitários prováveis de ser afectados negativamente por

actividades do projecto e identificar a necessidade de pregação de diferentes planos de acção. Preparação de

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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CDAPs focar-se-á na identificação e periodização de oportunidades e necessidades para subprojectos e

junto com as comunidades locais identificar como se podem envolver nisto. A estratégia de comunicação

será formulada para aumentar a consciência comunitária acerca de impactos potenciais identificados e

acerca de oportunidades de meios de subsistência alternativos para famílias negativamente afectadas. Ira

fornecer balizas para um processo orientado pela procura de criação de consciência acerca de oportunidades

e critérios de participação nos subprojectos e como aplicar e preparar propostas que podem ser consideradas

para financiamento.

Como parte de CDAP, consultoria com representantes comunitários através de estruturas de co-

gestão nos locais onde pessoas são negativamente afectadas pelas actividades do projecto focar-se-á

no desenvolvimento do plano de acção, e identificara os membros de actividades de pessoas

membros afectadas pelo projecto, o tipo de impacto e sua elegibilidade para participar em

actividades de subsistência alternativas ou serem compensadas de qualquer outra forma,

particularmente se tiverem de ser relocadas. Comités de co-gestão vão criar grupos de trabalho que

participam na formulação de planos de acção específicos. Isto vai funcionar com conselho de

administração de áreas de conservação designado por equipas técnicas para levar a cabo encontros

com todas as pessoas afectadas afim de que decisões colectivas sejam tomadas acerca de opções

disponíveis a eles como individualidades elegíveis ou agregados. Se os planos de acção requerem

serviços de consultores especialistas para levar a cabo ESIAs grupos de trabalho comunitários vão

acompanhar e facilitar encontros com PAPs e lideres locais influentes.

Estratégias de promoção de meios de subsistência nos planos de desenvolvimento estratégico de

áreas de conservação, CDAPs e onde for relevante, planos de gestão de áreas de conservação

basear-se-ão no desenvolvimento do sector privado/iniciativas de parcerias comunitárias e reforço

das capacidades comunitárias, mecanismos de reforço que mitigam os impactos negativos de

pessoas afectadas pela restrição no uso de recursos. Isto inclui:

i. Delimitação de terra comunitária acelerada e expandida e registo na prioridade de áreas turísticas da

comunidade;

ii. Incorporação da conservação de biodiversidade e gestão ambiental e restauração no planeamento de

uso de terra local;

iii. Iniciativas de gestão de recursos naturais baseados na comunidade (relacionados a turismo

sustentável, gestão florestal sustentável para esquemas de valor acrescentador gestão de

pescarias sustentáveis, e objectivos de desenvolvimento de área de conservação comunitária);

iv. Assistência técnica de organizações de corretores para identificar turismo potencial e oportunidades

de negócios de gestão de recursos naturais sustentáveis;

v. Identificação de modelos de desenvolvimento comunitário adoptado para o contexto local em cada

área de conservação específica (isto e, tipos de actividades a serem apoiadas e arranjos

institucionais para fornecer tal apoio) para apoiar o desenvolvimento de meios de subsistência

sustentáveis.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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vi. Promoção de oportunidades de turismo de menor escala considerando toda a cadeia/gama de

serviços (envolvimento de operadores turísticos e ligações de iniciativas de mercado),

fornecendo fundos de sementes e assistência técnica para comunidades, assim como

oportunidades de negócio e partilha de informação.

vii. Fortalecimento de organizações comunitárias de instituições representativas existentes, e

fortalecimento de capacidades através de formação em negocio e desenvolvimento

organizacional para que as entidades legais existentes sejam capazes de participar mais

profundamente em arranjos contratuais;

viii. Assessoria jurídica e representação para novos direitos de usuários territoriais para pescarias e

outras actividades de gestão de recursos baseadas em direitos e para mecanismos para permitir

que as comunidades ressarcimento contra o que consideram como praticas injustas por

parceiros de investimento;

ix. Turismo e floresta sustentável /gestão de pescarias “alfabetização” educação (incluindo visitas de

estudo e visitas a operadores de sucesso) e formação em competências relevantes;

x. Uso de instrumentos tais como ciclo de subprojecto e manuais de

projecto com os prestadores de serviços TORs, modelos de proposta padrão, linhas de

orientação e concessão de directrizes contratuais para guiar operações de financiamento de

subprojectos;

xi. Fortalecimento de capacidades entre as comunidades locais a se

empenharem mais intensamente em parcerias produtivas com o sector privado e através de

iniciativas comunitárias incluindo fortalecimento de capacidade financeira através de

comunidades emergentes criadas e esquemas de micro-créditos financiados, fornecimento de

subsídios equivalentes, pequenas subvenções, fundos de capital ou outro apoio para apropriar

iniciativas comunitárias assim como aprendizagens e estágios com operadores de sucesso;

xii. Assistência técnica e formação vocacional para desenvolver

empresas secundárias relativas a a) turismo, tais como artesanato, serviços de restauração,

serviços de guia, e relativas a b) caca desportiva, tais como transferência de competências para

gestores de campo, administração de mecânicos, guias profissionais, hospitalidade etc.;

xiii. Comunidades dentro e arredores de áreas de conservação serão

encorajadas e assistidas para conservar habitats naturais e proteger a biodiversidade em áreas

identificadas como prioridades de conservação em planos de gestão de áreas de conservação,

planos de desenvolvimento estratégico, PDUT conjuntamente ordenado.

xiv. Onde turismo baseado em natureza não fornece receitas suficientes e

benefícios para ser um incentivo efectivo, actividades de desenvolvimento serão apoiadas pelo

projecto em troca de acordo de acções de conservação sustentável e resultados identificados e

formalizados em acordos escritos entre ANAC e representantes comunitários (contratos de

conservação comunitárias).

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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xv. Arranjos pelos quais as acções de parcerias são desenvolvidas através

da confiança comunitária, acordos de co-propriedade ou similares para assistir na compensação

de acesso e prejuízos patrimoniais de projectos de actividades.

O modelo de gestão adaptável usado por sistema de áreas de conservação requer monitoria e avaliação

como instrumentos para assegurar a relevância continua da direcção de áreas de conservação e

actividades. O processo de gestão adaptativa permitira que planos sejam ajustados e trouxe linha com

realidade incluindo mudanças de planeamento de processos adicionalmente na vida do projecto e alem.

Instrumentos participativos serão desenvolvidos onde quer que seja viável para que as comunidades

tomem responsabilidades de verificarem o impacto de do projecto e actividades alternativas de

subsistência nas comunidades afectadas e individuais. Para que seja possível, organizações comunitárias

serão responsáveis para assegurar a conformidade dos membros da comunidade ligados por acordos de

uso formal de recursos sustentáveis.

Estratégias de mitigação nos planos de gestão de áreas de conservação existentes incluem: reservas de

caca, serralharias e projectos de produção de carvão mais eficientes em zonas tampão, projectos de

captação de carbono, provisão de energia alternativa viável, centros de desenvolvimento comunitário em

coutadas para receber carne e 20% de renda, replicação local, oportunidades de partilha de trabalho no

turismo – particularmente por mulheres, desenvolvimento de cadeia de valores para pescarias e muitos

outros usuários dos recursos naturais. Isto ira requerer micro e mais financiamentos significativos

através de subvenções e empréstimos, habilidades em gestão, educação, formação, e subprojectos terão

de ser melhor desenhados para que a participação seja usada para alcançar a sustentabilidade e

fortalecimento sem mais dependência e projectos comunitários breves. Conservação é uma questão a

longo prazo, como é gestão de comunidade dos recursos naturais e desenvolvimento comunitário. Todas

as facetas devem ser reconhecidas e valorizadas por serem direccionadas através de instrumentos de

planeamento do desenvolvimento estratégico a longo prazo apoiado por planos de acção evolutivos.

De modo a engajar com as comunidades, o desenvolvimento de instituições comunitárias para

representar os interesses de respectivas comunidades é um pré-requisito. Ao criar e reforçar isto, áreas

de conservação e prestadores de serviços devem assegurar onde possível, que tais organizações são

representantes de diferentes grupos de interesse dentro de cada comunidade, incluindo em termos de

género, idade e actividades de subsistência (pescarias tradicionais, colectores de mel, curandeiros,

caçadores, etc.). Com vista a participar na co-gestão instâncias prestadores de serviço irão formar

membros das instituições comunitárias para representarem efectivamente e promoverem os interesses e

o desenvolvimento das suas comunidades. Um resultado concreto das funções do comité de co-gestão

será potencialmente acordos de co-gestão que devem definir funções de gestão e responsabilidades

dentro de áreas específicas e de acordo com a gestão de áreas de conservação e planos de ordenamento

territorial. A este respeito efectivo e processos de planeamento de uso de recursos com as comunidades

locais são chave.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

46

Nos casos excepcionais, onde CDAPs indicam que o plano de uso de terra não põe controlar

efectivamente o crescimento e expansão dos povoados e conflitos com aumento da fauna bravia,

reassentamento pode ser necessário. Embora, MozBio não vá financiar o reassentamento involuntário

das pessoas não importam em que circunstancias seja. O banco pode aconselhar os outros doadores na

preparação de um quadro político de reassentamento. Como o banco mundial não ira financiar nenhum

reassenatmento através de MozBio, uma vez que a compensação tenha sido entregue, acordos

comunitários e acordos de subprojectos sob MozBio pode ser usado pelas comunidades afectadas para

facilitar mais desenvolvimento de meios de subsistência, e alcançar compromissos de trabalho.

A obtenção de benefícios deve focar-se naquelas comunidades directamente associadas a área desde a

qual os benefícios provêm, e que a receita dos benefícios está ligada para cooperação para comunidades

individuais para alcançar objectivos de conservação de uma dada área de conservação.

Parcerias comunitárias podem ser contratos para prestação de serviços, participação como accionistas,

canalização de receitas e outras taxas para o fundo comunitário dentro de uma certa unidade de

urbanização, se necessário, venda de quota comunitária a operadores privados ou subcontratos para

locação financeira dos direitos de usuário nas coutadas para residentes comunitários, sua parte de

recepção de receitas geradas nessas unidades.

4.1.5.1 Resolução de queixas, potenciais conflitos ou reivindicações

Conflitos ou reivindicações podem resultar de situações já existente particularmente aqueles que

envolvem perdas de propriedades (isto é, conflitos entre pessoas e fauna bravia). Conflitos

geralmente surgem da má comunicação, insuficiência ou falta de consulta. Fluxo inadequado de

informação precisa, ou restrições que podem ser impostas as pessoas através da implementação de

actividades de projecto. Conflitos podem também eclodir de desconfiança gerada pelas medidas

contra caca furtiva cada vez mais militaristas da gestão de áreas de conservação onde membros da

comunidade podem ser apanhados entre interesses em conflito aumentando tensões dentro das

comunidades em si e em relação a guardas florestais de áreas de conservação. Conflitos podem ter

especialmente tendências a aumentar onde existir um movimento significativo de pessoas

atravessando fronteiras internacionais e exploração ilegal dos recursos naturais está em curso e

comunidades são também implicadas pelas autoridades de áreas de conservação. Em acréscimo, as

acções de turismo e visitas culturalmente diversificadas com atitudes particulares expectativas

podem localmente causar estragos culturais, sociais e por vezes económicos, e pessoas afectadas

podem ter pouco recurso a correcção da situação.

Medidas preventivas

Como medidas preventivas, sensibilização sobre actividades do projecto continuara em todo o

projecto a fim de reduzir mal-entendidos e reclamações. O processo de ordenamento participativo,

planeamento de desenvolvimento estratégico de áreas de conservação e subsequente formulação de

plano de acção participativo vai identificar conflitos potenciais e envolver potencialmente pessoas

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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afectadas. Consultas e negociações serão levadas a cabo com PAPs onde haver indicações de

conflitos potenciais. Formação em termos técnicos, comités de co-gestão e líderes locais na gestão

de conflitos também assistirão na minimização de impactos negativos de conflitos. Para fortalecer

as comunidades serão envolvidas na sensibilização e formações sobre os seus direitos e obrigações,

como obter assessoria jurídica e representação, e como procurar compensação contra o que eles

consideram de práticas injustas pelos parceiros de investimento, turistas ou outros.

Queixas e mecanismos de resolução de conflitos.

Queixas e mecanismos de resolução vão envolver homens e mulheres e líderes com influência na

comunidade para fornecer o primeiro nível de escuta e resolução informal. Estes líderes serão

representados ou envolvidos nos comités de co-gestão e grupos de trabalho e serem envolvidos na

criação de consciência de que eles também podem ser usados para a transmissão de reclamações

para este fórum de resolução informal. Alguns conflitos relativos a uso de terra e recursos podem

ser resolvidos pelos líderes tradicionais. Esforços serão empreendidos par assegurar que os comités

de co-gestão incluam representante de mulheres e jovens com os quais os líderes irão consultar para

dar soluções tangíveis. Se tais soluções estiverem além do seu alcance eles podem ser levados ao

tribunal comunitário local onde existir, para resolução se for apropriado.

Quando as acções de comunidades locais se confrontam com os objectivos de biodiversidade das

áreas de conservação, devem primeiro tentar resolver estes conflitos através da apresentação para

unidades de ligação comunitária/ pessoal para atenção de administração de áreas de conservação.

Princípios gerais e procedimentos devem ser estabelecidos e divulgados incluindo.

A resposta inicial deve ser fornecida a comunidades no período

máximo de 15 a 30 dias.

O número de dias para a resposta deve ser decidido e divulgados para

que todas as comunidades locais saibam que temo direito a resposta dentro de um certo

período de tempo.

A pessoa de ligação comunitária deve monitorar as queixas para

passa-las aos agentes apropriados ou agências para resolução. Queixas podem ser

resolvidas directamente pela unidade de ligação comunitária, mas onde requerem

entradas de unidades de áreas de conservação devem ser passados para a administração

de áreas de conservação para delegar as responsabilidades em conformidade.

Comunicações de administração de áreas de conservação devem

incluir informação sobre o prazo de resolução – que deveria tentar ser o mais curto

possível com vista a manter a confiança comunitária.

A resolução de queixas deve requerer períodos curtos ou longos

dependendo do assunto da queixa. É importante que a administração de áreas de

conservação comunique por via de elo de ligação comunitário para reclamar o tempo que

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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a acção de tutela irá levar. Os registos de todas as comunicações relativas a queixas

devem ser apresentados pela unidade de ligação comunitária.

Se o assunto for multi-sectorial ou requer atenção do conselho de

administração de áreas de conservação, apresentação será organizada pelas áreas de

conservação e comunicação sobre quando isto irá acontecer feito de reclamações dentro

do mesmo prazo estabelecido para respostas pelas áreas de conservação.

As queixas devem ser registadas pela unidade de ligação comunitária

das áreas de conservação e cópias de registos de comunicações associadas e preenchidas

por esta unidade.

A administração de áreas de conservação deve periodicamente

verificar gestão de respostas e compilação através de desfecho de cada queixa.

Relatórios sobre queixas devem ser apresentados pela administrada

de áreas de conservação para conselho administrativo e ANAC. Relatórios de queixas

devem estar em forma de tabela para rastreiar reclamações, respostas, acção de

compensação e fecho de todas as queixas comunitárias com datas e partes responsáveis

claramente indicadas.

O compromisso pelo conselho administrativo com o governo ou

grupos independentes de sociedade civil com experiência do campo suficiente na

localidade e quem são respeitados pelas famílias podem ser usados para ajudar a resolver

estes problemas de tal forma que os interesses das comunidades e conservação sejam

propriamente balanceadas.

Se necessário, os coordenadores nacionais de MozBio assim como os

representantes das autoridades do projecto podem ser abordados relativamente aos

recursos.

A comunicação com as autoridades do projecto também pode ser

levada a cabo por via de representação comunitária no conselho de administração de

áreas de conservação para ANAC (ver figura 1, abaixo).

Se as questões estiverem preocupadas com as relações das partes interessadas secundárias ou

externas eles devem ser apresentados a comités de co-gestão para a transmissão para as autoridades

locais da localidade, através do posto administrativo para o nível distrital. A resolução deve ser

procurada ao mais baixo nível possível em todos os casos. O mesmo prazo deve aplicar-se a todos

os canais de comunicação de queixas. Se os problemas não serem resolvidos a níveis

administrativos baixos, eles devem ser transmitidos por via de autoridades locais para o governo

distrital para compensação ou mediação. Finalmente, se o membro comunitário/ grupo que

apresentou a reclamação não estiver satisfeito com a decisão da autoridade do projecto, então como

último recurso ele/ela/eles podem submeté-la ao sistema judicial para reclamar a reparação.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

49

em casos onde conflitos ou reclamações são dirigidas contra agências governamentais, gestão de

projecto ou investidores privados, sempre que possível, pessoas e comunidades afectadas pelo

projecto serão encorajadas para resolver os conflitos harmoniosamente através de mediação

informal pelas agências externas, tais como ONGs ou oficiais do governo. Quando as disputas não

podem ser resolvidas informalmente, mais mecanismos formais serão necessários. Onde uma ou

mais comunidades está/estão em conflito com o programador do sector privado, o problema será

levado ao ministério ou agência com responsabilidade titular para o investimento.

Se os interesses das comunidades afectadas forem anulados ou tornados inefectivos por quaisquer

outras acções do governo nos acordos submetidos por suas normas existe em muitas legislações

para apelar orientações sectoriais para altos níveis do governo tais como directores nacionais e

ministros. Pode qualquer partido não estar satisfeito, o partido aflito pode levar a reclamação ao

tribunal onde será tratado sob lei moçambicana. Em princípio, uma comunidade pode levar a

Legenda:

Reclamação e reparação l MITUR Governo central

ANAC

Governo Provincial

Comunidade Associacão Associação comunitária comunitária

AdministracÃo Conselho administrativo Governo distrital

De area de conservacao Da área de conservação

Comite Lideres lideres Lideres Autoridades locais

comunitario De influencia comunitarios Comunitarios (representantes comunitaria Tradicionais tradicionais De mulheres e

jovens.) Representantes de mulheres

e jovens) Tribunal comunitario

comunidade

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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concessionária ou titular da licença para o tribunal por não cumprir os termos do plano de gestão

ambiental. Finalmente, embora não habitualmente praticados sistematicamente por muitas pessoas,

todos os cidadãos têm direito de endereçar queixas ao promotor público, a instituição responsável

por assegurar a lei é correctamente aplicada, particularmente na elaboração de instrumentos de

gestão territorial e sua implementação.

1.1.1.1 Procedimentos administrativos jurídicos

O processo será dirigido pelos pontos focais ambiental e social do projecto (da sigla em inglês

SEFP) a partir da unidade ambiental e social recentemente criada na ANAC; no entanto, ministérios

governamentais representados pelas respectivas direcções, nacional e provincial ou departamentos

serão chamados para participar no planeamento e implementação de CDAPs, acordos de

conservação da comunidade, parcerias privadas e públicas para actividades de desenvolvimento irá

incluir:

Instituição Tarefas e responsabilidades

Conselho de Ministros Cria, modifica ou extingue parque nacionais e reservas,

estabelece zonas-tampão em volta dessas de acordo com

os seus planos de gestão, aprova os critérios declarando

zonas de uso histórico e cultural, autoriza certas

actividades nas áreas de conservação, fixa taxas e define

a percentagem atribuída a diferentes partidos de

dinheiros colectados, garante vida selvagem e política

florestal.

Ministério do Turismo

(DNAC/ANAC) /Unidade SeE

Vai engrenar em acordos legais de ligação com as

comunidades para fornecer fundos para projectos de

desenvolvimento em troca de compromissos para

observar estipulados e acordados para uso sustentável

de recursos naturais. Isto terá indicações claras do

período de validade (pelo menos três anos) e condições,

e identificar mecanismos para sua aplicação em todos os

partidos. Os pontos focais sociais e ambientais a partir

de uma unidade social e ambiental segura, recentemente

criada.

Ministério do Turismo

(MITUR)

Aprova planos de gestão para áreas de conservação e

suas zonas-tampão e é responsável por garantir o

cumprimento.

(MINAG) Aprova a silvicultura e planos de gestão da vida

selvagem fora das áreas de conservação.

MP Aprova planos de gestão de áreas marinhas protegidas e

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

51

é responsável por garantir o cumprimento.

Governador provincial Autoriza zonas de uso histórico e cultural.

MITUR (DINATUR) É responsável por assegurar que o planeamento turístico

e o desenvolvimento sejam integrados a outras agendas

sectoriais a nível provincial, distrital e local, e para

supervisionar ONGs contratados para criação de

capacidades e mobilização.

MITUR/DNAC/ANAC/Unidade

Mozbio

Será responsável por fornecer assistência técnica a

pessoas afectadas durante o seu período de ajustamento.

Tal assistência incluirá administração da formação,

suporte com ajuda material se necessário, e fornecer

orientação na identificação e desenvolvimento de

estratégias de meios de subsistência alternativas. Isto

pode ser subcontratado. Se a terra for necessária para o

desenvolvimento infraestrutural ou investimentos

turísticos dentro de áreas de conservação,

MITUR/ANAC ira designar o processo de concessão de

licenças para o uso de uma área. Os pontos focais

sociais e ambientais (da sigla em inglês SEFP) vão

guiar e facilitar os processos com as comunidades para

adquirir as licenças necessárias.

MAE Governos distritais através de chefes de autoridades

locais e líderes tradicionais fornecerão terra se a

compensação incluí-la, ou se o direito ao uso de terra

ser requerido para desenvolvimento infra-estrutural ou

investimentos turísticos fora de áreas de conservação. O

DA também vai liderar o papel, geralmente com

assistência dum consultor ou organizações não-

governamentais no planeamento e implementação de

relocação física de pessoas afectadas.

MPD/DPPF+ MAE/DA+

MINAG/DPA

Juntos são responsáveis por implementação

planeamento do desenvolvimento distrital participativo

descentralizado e financiamento.

MINAG. (DNTF e DPA/SPGC) Tem a autoridade para delimitar a terra comunitária e

autoridade para publica-la. A SPGC processa aquisição

de direitos de uso de terra e transfere títulos de acção

DPA/SPER Fornece serviços de extensão e serviços técnicos para

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

52

identificação e avaliação de bens perdidos pelas pessoas

afectadas pelo projecto, demarcação de pequena

extensão de terra, e outras assistências técnicas.

MOPH/DNA+DPOPH/DAS Será responsável pelo desenvolvimento de água potável

e juntamente com DPA/SPER, trabalhos de irrigação de

menor escala.

MINEC+MISAU Professores e trabalhadores da saúde, respectivamente,

serão fornecidos por estes ministérios.

A unidade de MozBio deve ser responsável por coordenar estas actividades intersectoriais, na

colaboração com conselhos administrativos

MICOA aprova ESIAs completamente; EAs simples são aprovados por DPCA. Toda ESIA requer

um relatório da consulta pública levada a cabo e integração total de problemas locais e

recomendações no plano de gestão ambiental. ESIAs completas são obrigatórias para actividades

que implicam conflitos ligados ao uso dos recursos naturais por parte de pessoas.

Ministérios governamentais têm autoridade judicial para autorizar concessões dentro e fora das

áreas protegidas, sem consulta local. Provisões nos regulamentos de EIA, leis de uso de terra são os

principais instrumento para assegurar que os projectos sejam seleccionados para os seus impactos

nas populações locais e obrigar consulta publica quando as pessoas forem afectadas.

Procedimentos locais para restringir acesso a recursos naturais deve ser observado conformem

estabelecido na constituição e leis de Moçambique, e suplementado por quadro de processo. O

plano de uso de terra em conformidade é monitorado por MICOA através de DNAPOT.

Atenção particular durante o planeamento e implementação deve ser dada aos seguintes princípios,

traçados na constituição, e ambiental, turístico, silvicultura e vida selvagem, terra e leis de uso de

terra e regulamentações:

Consultas com as autoridades locais e pessoas afectadas devem

ocorrer antes e durante implementação do projecto.

Notificação de intenções ou planos de acesso restrito para os recursos

naturais deve se tornar publico conforme requerido pela lei e este quadro.

Determinação de medidas de meios de subsistência alternativos será

feito junto com as pessoas afectadas, com a assistência da unidade de MozBio, DPTUR,

DPCA, DPA, DPP e ONGs com a perícia aprovada nas iniciativas.

Embora muito pouco provável, actividades de MozBio devem

inadmissivelmente causar estrago nas propriedades comunitárias, medidas de meios de

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

53

subsistência alternativas devem ser oferecidas e uma compilação total deve ser dada a

pessoas afectadas pelo projecto.

Bens perdidos e outras perdas devem valer. Determinação de

compensação será guiada pela lei moçambicana, MICOA, MINAG e MOPH normas

sectoriais e o Banco Mundial O.P/B.P 4,12 no restabelecimento involuntário

2. Arranjos e monitoria de avaliação

MICOA é responsável por monitoria externa de gestão ambiental em conformidade com planos de

uso de terra.

Monitoria de uso do modelo de gestão adaptável das áreas de conservação e avaliação como

instrumentos para assegurar a relevância contínua da direcção do projecto e actividades.

Instrumentos participativos serão usados sempre que possível para que comunidades tomem

responsabilidade de verificar o impacto do projecto e actividades de subsistência alternativas nas

comunidades afectadas e indivíduos.

Consulta comunitária e participação em todas as áreas de conservação e processos de planeamento

de zonas tampão vai criar capacidades de comunidade para identificar indicadores e junto com

facilitadores de planeamento desenvolver instrumentos de monitoria participativos. Estes serão

usados para formular propostas de projectos, e para monitoria participativa e resultados monitores

externos durante a implementação destes planos. Comunidades também participarão na avaliação

externa dos resultados dos planos implementados.

A nível da comunidade, os comités de co-gestão serão fora principais envolvidos na monitoria

participativa. Identificarão indicadores para o desenvolvimento de planos de acção com sua

participação, e será formado em como gerir a informação para o uso dos projectos e comités. Todas

as estruturas de gestão comunitária ligada são autoridades locais e os conselhos administrativos das

áreas de conservação são percebidos e levados em conta ou assim como vão mudando com o

tempo.

Os comités de co-gestão e conselho administração serão responsáveis pela coordenação de

membros de monitoria, regulando e supervisionado CDAP preparação e garantir coerência com o

processo de planeamento distrital e rendimentos. Centros de informação desenvolvidos irão conter

informação de monitoria gerida pelas equipas técnicas de áreas de conservação e comités de co-

gestão. Equipas técnicas vão regularmente monitorar estatutos de grupos vulneráveis através de

consultas, e se necessário trabalho complementar com comunidades particulares identificarão

actividades e fontes de rendimento que possam melhorar o seu bem-estar.

Gestão de áreas de conservação vão aconselhar e empreender tais pesquisas sociais e monitorar

conforme requerido para entenderas aspirações e estratégias de meios de subsistência de

comunidades locais afectadas a fim de ouvir a consepacao, aceitáveis e mutuamente conservação

beneficiai e intervenções de desenvolvimento.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

54

Acordos escritos entre DNAC/ANAC e representantes da comunidade serão juntamente

monitorados e se possível organizações comunitárias serão responsáveis por assegurar a

conformidade dos membros da comunidade.

A unidade de implementação do projecto e planeamento do departamento de ANACs e monitorar

conjuntamente com o SEFP na unidade de salva guarda social e ambiental recentemente criada será

responsável por desenvolvimento e vigilância da monitoria relativa a todo o projecto e actividades

de avaliação. A nível de áreas de conservação, o conselho de administração de áreas de

conservação deve ter a capacidade, ambas técnicas e financeira, para levar esses pontos com cada

província em coordenação com pessoal ligado a áreas de conservação da comunidade.

Por via do modelo de gestão adaptável a qualidade de processo de monitoria deve ser regularmente

revista e melhorada. Questões tais como liderança, representação, equidade, e tratamento de

indivíduos vulneráveis a dificuldades específicas devem ser adequadamente endereçado através de

identificar indicadores sensíveis e sua monitoria. Formação de todos os participantes em como usar

a monitoria e avaliarão para decisões de gestão adaptável e como usá-la como base para boa uma

boa comunicação será essencial e para uma boa gesta de projecto.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

55

5 Custos e Plano de Implementação

Plano de implementação e custos

Os custos foram orçados por actividade e pela distribuição das actividades por ano. A provisão foi feita

para actividades chave de consulta e de facilitação a serem realizadas por um provedor de serviços

juntamente com as comunidades na secção A da tabela 2 na realização de:

Desenvolvimento de capacidade da comunidade nos anos 1-3;

Plano Estratégico de Desenvolvimento da AC nos anos 1-2;

Plano de Acção para o Desenvolvimento da Comunidade ou a sua actualização nos anos 1-3.

As estimativas na secção B cobrem os custos associados com o risco de necessitarem de conceder

compensação para as restrições no uso dos recursos e para actividades de resolução de conflitos, com

especial atenção nos recursos dos grupos vulneráveis afectados de modo a reduzir o seu sofrimento.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

56

Tabela 2: estimativa de custos por actividade e por ano da implementação

Nível II Apoio sob Mozbio Nível I Apoio sob Mozbio

Actividades

Parque

Nacion

al De

Limpo

po

Parque

Nacional

das

Quirimb

as

Reserv

a

Especi

al De

Maput

o

Reserv

a

Parcial

Da

Ponta

d'Ouro

Parque

Nacion

al De

Bazaru

to

Reserv

a de

Pomen

e

Reserva

de

Marrom

eu +

Coutada

s 10, 11,

12 & 14

Reser

va De

Gile

(ACTF

II):

Reserva

Nacional

de

Chimani

mani

(TFCA

II):Par

que

Nacion

al de

Zinave

(ACTF

II):

Parque

Nacion

al de

Banhin

e

TOTAL

USD

A. Contactos de Fornecedor de serviços + Consultoria

Comunitária

Desenvolvimento da

capacidade

comunitaária

45,000

45,000

45,000

45,000

45,000

45,000

45,000

45,00

0

360,000

Plano de

desenvolvimento

Estratégico das AC

50,000

50,000

50,000

40,000

50,000

50,000

50,000

50,00

0

390,000

Plano de Accção de

Desenvolvimento

comunitário

70,000

70,000

70,000

70,000

70,00

0

350,000

Actualizações de

CDAP

50,000

50,000

40,000

50,000

50,000

50,000 290,000

B. Fornecer apoio minimo para gestão de risco

Compensação para o

uso restrito de recursos

21,000

21,000

10,500

5,250

5,250

5,250

5,250

5,250

2,625

2,625

2,625 86,625

Resolução de Conflitos

18,000

18,000

9,000

9,000

9,000

9,000

9,000

9,000

4,500

4,500

4,500 103,500

TOTAL

184,00

0

204,000

164,50

0

139,25

0

179,25

0

179,25

0

179,250

179,2

50

57,125

57,125

57,125

1,580,12

5

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

57

Nível II Apoio sob Mozbio Nível I Apoio sob Mozbio

Distribuição annual

po AC/Conjunto de

AC

Parque

Nacion

al De

Limpo

po

Parque

Nacional

das

Quirimb

as

Reserv

a

Especi

al De

Maput

o

Reserv

a

Parcial

Da

Ponta

d'Ouro

Parque

Nacion

al De

Bazaru

to

Reserv

a de

Pomen

e

Reserva

de

Marrom

eu +

Coutada

s 10, 11,

12 & 14

Reser

va De

Gile

(ACTF

II):

Reserva

Nacional

de

Chimani

mani

(TFCA

II):Par

que

Nacion

al de

Zinave

(ACTF

II):

Parque

Nacion

al de

Banhin

e

TOTAL

USD

1 46,500

46,500

43,250

37,375

42,375

42,375 42,375

42,37

5

1,188

1,188

1,188

346,688

2 96,500

81,500

93,250 57,375

77,375

77,375 77,375

77,37

5

51,188

51,188

51,188 791,688

3 21,500 56,500

18,250

37,375 52,375 52,375 52,375

52,37

5 1,188

1,188

1,188

346,688

4

6,500 6,500

3,250

2,375

2,375

2,375 2,375

2,375 1,188 1,188

1,188 31,688

5

6,500 6,500

3,250 2,375 2,375

2,375 2,375

2,375

1,188

1,188

1,188

31,688

6

6,500

6,500

3,250

2,375

2,375

2,375

2,375

2,375

1,188

1,188

1,188

31,688

TOTAL

184,00

0

204,000

164,50

0

139,25

0

179,25

0

179,25

0

179,250

179,2

50

57,125

57,125

57,125

1,580,12

5

Os custos estimados podem ser actualizados durante a avaliação

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

58

6 Consulta inter - agencial e do sector público/ONG

O quadro processo tem sido desenvolvido em consulta com os funcionários chave do Banco Mundial e

consultores que desenvolvem o Documento da Avaliação do Projecto de modo a entender a organização

institucional e de implementação do projecto. Cada administrador da AC foi contactado e deu detalhes da

informação solicitada relativa a gestão de planificação, estado da comunidade e envolvimento em projectos

de desenvolvimento, questões chave, desenvolvimento de capacidades, financiamento e agências de

desenvolvimento que trabalham com a AC, e histórico de experiencias de conflitos com a fauna e conflitos

entre as comunidades locais, e como é que essas questões foram abordadas. Embora nem todos

responderam, outros membros do pessoal foram incluídos e foi desenhada uma matriz das suas respostas

para fornecer dados básicos para complementar a informação secundária disponível das ÁCs para a

elaboração do quadro processo.

Foram feitas visitas na Reserva Especial de Maputo e Parque Nacional das Quirimbas onde os

Administradores da AC, a sua equipa de gestão e os responsáveis pelos assuntos comunitários foram

entrevistados. Foram feitas visitas nos projectos comunitários e para ir ao encontro dos Administradores de

Ancuba e Meluco envolvidos no mapeamento integrado e planificação do uso de terra nas ACs de cabo

Delgado. ONGs tais como o Fundo Mundial para a Protecção da Natureza, Associação do Meio-Ambiente,

Amigos da Terra, a Fundação Aga Khan, e o Grupo Técnico de parceiros de PNQ em Pemba. Participantes

chave tais como IDDPF, SPFFB e GPOT foram encontrados em Cabo Delgado para verificar o progresso

na planificação integrada e mapeamento e, assim como na organização comunitária e desempenho em

termos da gestão de recursos.

Na Reserva Especial de Maputo, foi se ao encontro da Administração e dos representantes da Associação

AhiZameniChemucane e, a Fundação Bell foi visitada assim como o projecto comunitário conjunto e as

iniciativas de desenvolvimento comunitário levadas a cabo subordinadas a ACTF II. A Administração do

distrito de Matutuine (Província de Maputo) foi também entrevistada de modo a fornecer detalhes da

relação entre a Reserva e os processos de planificação.

Em Maputo, Foi-se ao encontro dos representantes da Fundação Peace Parks, KfW e LVIA e os mesmos

entrevistados.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

59

Uma apresentação do esboço do quadro processo para consulta e feedback foi feita num encontro com as

partes interessadas (stakeholders) convidadas do Fundo Mundial para Protecção da Natureza (WWF),

Livaningo, IUCN, LUPA e do Banco Mundial juntamente com o coordenador de Mozbio. O feedback

incluía comentários em torno da complexidade da implementação do quadro processo e a necessidade de

um contínuo desenvolvimento de capacidades a nível comunitário para garantir a sua mais integrada e forte

participação na gestão dos recursos naturais e empreendimentos de ecoturismo. Uma sugestão que foque

no desenvolvimento de capacidades numa primeira fase seguida pela implementação dos resultados de –

comunidades organizadas, legalizadas, com conhecimento reforçado antes da implementação de projectos

ou co-gestão.

O esboço do quadro processo foi fornecido aos Especialistas Seniores da Segurança Social do Banco

Mundial para Mozbio, e os sumários executivos em português para os Administradores e parceiros no

PNL, RNC, PNQ e REM, e para consulta e feedback foram incorporados no esboço final (último draft).

Os registos de consultas inter-agenciais e do Sector Pública/ ONG, comunicações e de encontros podem ser

vistos resumidos no quadro abaixo:

Data Pessoas “entidades”

encontradas

Conteúdo das reuniões

Outubro/Novembro

de 2013

Coordenador de Mozbio e

Especialista de

Reassentamento de TTL

Discussão dos termos de referência para a

protecção social levada a cabo em várias

reuniões notando procurações sobre o

escopo relativo a inclusão dos Planos de

Acção de Reassentamento. Resorveu-se

dividir os termos de referência em duas

partes, primeiro em Quadro Processo e

Quadro Político de Reassentamento e dias

mais tarde Planos de Acção de

Reassentamento.

27.11.2013 Serviços Distritais de

Planificação e Infra-

estruturas

- Distrito de Matutuine

As questões discutidas focaram na gestão de

recursos para e da infra-estrutura social na

AC.

27.11.2013

Encontro com o

Organização comunitária, actividades

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

60

Data Pessoas “entidades”

encontradas

Conteúdo das reuniões

Administrativo

Comunitário da Fundação

Peace Parks (Reserva

especial de Maputo)

desenvolvidas com as comunidades e

progresso nas ACs e zona tampão.

27.11.2013

Encontro com a associação

que trabalha com

Chemucane – REM

(encontro informal)

Organização comunitária, benefícios da

iniciativa Chemucane e seu envolvimento.

27.11.2013

Encontro com os oficiais de

ligação comunitária do

PNZ, REM e PNB

Actividades da comunidade e de gestão com

associação em ACs. Detalhes de sucessos e

desafios em cada AC e recolha de dados da

população, fronteiras e experiências com

mapeamento.

28.11.2013

Encontro com Katia Ferrari,

LVIA

Actividades comunitárias e de gestão em

Zinave. Gestão do projecto comunitário de

turismo.

28.11.2013

Serviço da actividade

Económica do Distrito –

Matutuine e o ecologista

(Rodolfo Cumbane,

representante da REM)

Actividades comunitárias e de gestão com

associação em AC e zona tampão.

Organização comunitária, progresso e

ameaças à conservação, envolvimento do

governo local na AC.

29.11.2013

Encontro com African

Safari Lodge – Matutuine

Milibangalala.

Relação entre as comunidades na gestão do

projecto.

02.12.2013

Participantes e alguns

membros da equipa técnica

do WWF, SPFFB,

Administrador e pessoal

comunitário da PNQ.

Actividades Comunitárias de

gestão no PNQ. Histórico da

assistência técnica ao parque para

actividades comunitárias

relacionadas. Novas iniciativas

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

61

Data Pessoas “entidades”

encontradas

Conteúdo das reuniões

para abordar o HWC. Organização

comunitária, progresso e ameaças

à conservação, zoneamento e

envolvimento do governo local.

04.12.2013

Equipa composta por sete

membros da Associação do

Meio

Ambiente, Amigos da

Terra, Pemba

Papel e actividades do PNQ, organização e

capacidade das ONGs na província,

segurança alimentar, criação de CDLs,

advocacia, gestão de recursos naturais,

educação e sensibilização, delimitação e

criação de associações, falta de preparação

comunitária para usar 20%, potencias

conflitos do CCP e CGRN, experiências por

toda a parte do parque e em preparação do

Plano de Maneio. Especial utilidade da

plataforma do parque – COMDEQ- para

todas as partes ineressadas (stakeholders) na

orientação do trabalho colaborativo adiante.

03.12.2013

Administrador do Distrito

de Ancunbe

Relação do PNQ, trabalho colaborativo e

planificação. Papel das e informação sobre

as ONGs no distrito. Criação de

associações, iniciativas comunitárias sobre

conservação e comités de gestão. Sucesso

do PUT como resultado colaborativo. Papel

do COMDEQ para harmonizar planos

relacionados ao PNQ e seu sucesso.

Identificação de números do pessoal no

governo distrital.

03.12.2013 Coordenador de GPOT PDUTs e PUTs da área do PNQ recolhidos.

05.12.2013

Delegado de IDPPE

Actividades no PNQ e a criação e sucesso

dos CCPs. Áreas de conflito e sua resolução

relacionado aos direitos dos pescadores e a

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

62

Data Pessoas “entidades”

encontradas

Conteúdo das reuniões

recepção dos benefícios.

05.12.2013

Secretário Permanente do

Distrito de Meluco

Problemas de conservação no distrito, caça

e queimadas descontroladas. Produtores no

PNQ que cultivam juntos em blocos de

modo a evitar conflitos com animais,

participação no COMDEQ. Informação

sobre a participação de Macomia , onde foi

recentemente postado há um mês atrás.

Envirotrade que trabalha em Macomia em

actividades de conservação. Planos de uso

de terra tanto em Meluco assim como em

Macomia integrados no PNQ.

Fevereiro de 2014

Coordenador de Mozbio e

Chefe da Equipa de Tarefa

e especialista de

reassentamento

Discussão dos termos de referência para a

protecção social ainda com preocupação

sobre o escopo e contracto.

04.04.2014

Chefe da Equipa de Tarefa

e equipa de consulta de

turismo, representantes de

M&A, DNDR/MAE

Briefing sobre as experiências anteriores da

DNDR na gestão e implementação de

pequenos projectos impulsionados pelo

mercado.

07.05.2014

Coordenador de Mozbio

Verificação do progresso do estudo da

componente 4 e outros resultados,

actualizações sobre o quadro processo e

perguntas sobre o quadro de gestão social e

do meio ambiente, questões institucionais

particulares.

08/09.05.14

Consultor da componente 1

Relativo aos canais de financiamento e onde

o apoio ao desenvolvimento social nas

instituições se faria.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

63

Data Pessoas “entidades”

encontradas

Conteúdo das reuniões

20.06.2014 Administradores e

parceiros no PNL, RNC,

RNQ e REM.

O esboço do quadro processo foi fornecido

para fins de consulta e feedback.

20.06.2014

Especialistas Seniores da

Protecção Social do Banco

Mundial – Mozbio.

O esboço do quadro processo foi fornecido

para fins de consulta e o feedback foi

fornecido na última versão.

04.07.2014

Representantes de Fundo

Mundial para a Protecção

da Natureza, Livaningo,

IUCN, LUPA e o Banco

Mundial juntamente com o

Coordenador de Mozbio.

Apresentação do esboço do quadro processo

para fins de consulta e feedback numa

reunião com as partes interessadas

convidadas. O feedback incluía comentários

sobre a complexidade da implementação do

quadro processual e a necessidade de um

contínuo desenvolvimento de capacidades

ao nível comunitário para garantir a sua

mais integrada e forte participação na

gestão de recursos naturais e

empreendimentos de ecoturismo. Uma

sugestão para focalizar no desenvolvimento

de capacidades numa primeira fase seguida

pela implementação dos resultados de –

comunidades organizadas, legalizadas, com

conhecimento reforçado antes da

implementação de projectos ou co-gestão.

Foi enfatizado por um participante que nos

casos em que seja necessário compensação

e reassentamento, se Mozbio não estiver a

financiar, então é de modo legal

responsabilidade do governo.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

64

Os processos participativos fornecem a ligação chave para a articulação da protecção social e

políticas de desenvolvimento social entre o governo, comunidades afectadas e outras partes chave

interessadas, e o Banco Mundial.

7 Apêndices

7.1 A. Lista de Referências

Aid Memoire TFCATDP, June 2011

Aid Memoire TFCATDP, November 2011

Aid Memoire, Implementation support mission, May 2012

Constituição de Moçambique, 2004

Final Evaluation, draft, TFCATDP, 2014 - MITUR

Lei de Terras, Lei número 19/97de 1 de Outubro

Planificação orçamental de reassentamento, Junho de 2012 - PNL

Plano de maneio da Área de Conservação de Chimanimani, 2010 -MITUR

Plano de Maneio da Reserva marinha Parcial da ponta de Ouro, 2011 – MITUR

Plano de Maneio da Reserva Nacional de Maputo, 2009 – MITUR

Plano de Maneio do complexo de Marromeu, 2010

Plano de maneio do desenvolvimento da zona tampão do Parque Nacional de

Limpopo, 2010 – MITUR

Plano de Maneio do Parque Nacional das Quirimbas, 2011

Plano de Maneio do Parque Nacional de Banhine, 2010 – MITUR

Plano de Maneio do Parque Nacional de Limpopo, 2010 – MITUR

Plano de Maneio do Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto – 2009 – MITUR

Plano de Maneio do Parque Nacional do Zinave, 2011 – MITUR

Plano de Maneio Reserva de Gilé, 2003 - MITUR

Plano Estratégico do Distrito de Matutuine, 2010 – Governo do Distrito de Matutuine

Política de Conservação e Estratégia de sua Implementação, Resolução número

63/2009 de 2 de Novembro

Política de Ordenamento Territorial, 10 de Abril de 2007

Política e Estratégia de Desenvolvimento de Florestas e fauna Bravia, Resolução 8/97 de 1 de Abril

Regulamento da Lei de Ordenamento do Território. Decreto 23/2008 de 1 de Junho

Regulamento da Lei de Terras. Decreto 66/98

Regulamento de Pareceria Público Privado e Concessões Empresariais de Pequena

Dimensão. Decreto 69/2013

Relatório anual época venatória 2010 – Nhati Safaris, Lda. Coutada oficial número 14

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

65

Relatório anual época venatória 2010, coutada oficial número 10. Bahati Lda

Relatório anual época venatória 2010, coutada oficial número 11. PROMOTUR

Relatório final do mapeamento das comunidades do Parque Nacional de Zinave, 2011

Sofala Community Carbon Project, Project Design DocumentAccording to CCB and Plan Vivo Standards.

Envirotrade, August 2010.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

66

7.2 B. Processo de Plano de acção do Desenvolvimento Comunitário

Questão Ferramenta de rastrei Quando é necessário um

PDC? Como indentificar PAPs Que informação é necessária? Planeamento de Acção Participatória

Descrição

Plano de Gestão da AC, Processo de

planificação do

Desenvolvimento

estratégico

ESIA para actividades

especificas

- ,

-

, -

Restrição total ou parcial de

uso de recursos para

sustento

-Restrição parcial no uso de

recursos para subscistência,

- Restrição parcial ao

acesso a património cultural

ou social,

- Perda parcial de recursos

de sustento.

,

Bases de estudos

socioeconomicos dentro

e for a da AC – avalição

da participação rural +

dados quantitativos de

estudos aéreos sobre o

uso da terra para medir

as mudanças, monitorar

relatórios sobre caça e

HWC e extração ilegal

de recursos naturais.

A avaliçaão deve ganhar um bom entendimento de pelo menos:

• Mapeamento de locis de recursos naturais usado (época, volume, carência,

distância, dentro ou fora da AC, quem colhe, prepara, e se beneficia) • Niveis de dependencia em recursos natuarais assim como a fragilidade de seu uso . • Organizações comunitárias actuais ou usuais para gerir recursos naturais (aquaticos, terrestes, florestais, da selva) • Força e Influência da liderança tradicional • Posição socioeconomic da juventude, mulheres e velhos ou deficientes (envolvimento em iniciativas, fonts de renda, liderança ou potencial corporativo)

• Sistemas existentes de poupanças e crédito (usulmente, em espécie assim como em dinheiro

• Expriência anterior com mudança comunitária / desenvolvimento de iniciativas – endógenos vs.

exogenos

• Funcionalidade e efectividade dos tribunais comunitários • Fontes confiaveis de informação preferidas e canais preferidos para para fazer denunciias • Histórico de participaçãoem iniciativas de desenvolvimento comunitário

e de economia local, capacidades desenvolvidas e grupos alvo. • Habilidades existente na comunidade, niveis de educação (homens e mulheres), experiência de trabalho, aspirações

Oportunidade de comunicar, Critério de eligibilidade, papeis potenciais

Responsabilidades para todos os PAPs. Assistência para identificar actividades existentes

Para apoiar, ou novas a serem propostas

. Identificar, asseçar a possibilidade e

Priorizar juntamente com a comunidade Para produzir uma acção orientada de mapa

De Estrada para o desenvolvimento comunitário

E oportunidades de conservação.

Responsável Gestão da AC CA Management Oficial de ligação com

a Comunidade da AC + Fornecedor de

Serviços contatado

Oficial de ligação com a Comunidade da AC + Fornecedor de serviços contatado Oficial de ligação com a Comunidade da AC+

Fornecedor de serviços contatado

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

67

7.3 C.Identificação de Partes Interessadas e Pessoas afectadas pelo Projecto

Estima-se que o total da população que usa recursos nas oito Áreas de conservação seleccionadas e grupos

de coutadas e reservas florestais a cerca de dois destes é de aproximadamente 167,020. As estimativas da

população nas nove Áreas de Conservação e grupos de Áreas de Conservação podem ser vistas abaixo:

As principais partes interessadas são as comunidades rurais no seu todo ou em parte afectadas pela

implementação das actividades de Mozbio e que são as consideradas altamente importantes para os

resultados do projecto mas que ainda têm pouca influência efectiva sobre esta questão. Elas são o principal

foco social dos planos de gestão de Áreas de conservação, CAPs correntes, planos estratégicos para o

desenvolvimento do Distrito, os planos de uso de terra que cobrem as Áreas de Conservação assim como

as propostas do sub-projecto para o desenvolvimento comunitário nas zonas de tampão e áreas de múltiplo

uso a serem financiadas sob a componente 4 do projecto de Mozbio. Partes Interessadas secundárias e

externas tais como departamentos do governo, agências financeiras, intermediários, agentes do sector

privado e ONGs todos têm grande influência sobre os resultados do projecto, e sobre o qual os principais

interessados perderão ou ganharão como resultado dos componentes de planificação e implementação do

projecto. Mozbio apoiará os interessados secundários para acrescer a participação do principal interessado

na gestão dos recursos naturais e conservação e em alcançar os benefícios e a partir disto actividades de

turismo.

Comunidades

Ao nível comunitário, em quase todas as comunidades residentes nas Áreas de Conservação há um

histórico de relações à terra e outros recursos naturais que em muitos lugares definem as suas identidades e

45,308 15,123 152,120 28,949 152,324

(reserva Especial de maputo e Reserva parcial Marinha De Ponta de Ouro; Parque nacional das Quirimbas; Parque Nacional de Limpopo; RNM e quatro Coutadas vizinhas; Paqrque Nacional do Arquipelago De Bazaruto e Reserva Nacional de Pomene; Reserva Nacional de Gilé; Reserva de Chimanimani; Parque Nacional de Zinave e Banhine)

Área do Distrito na AC

(km2) (Fonte: GIS)

Estimativa da População na

AC

Estimativa de Familias na AC

Estimativa da População nas Zonas-Tampão

Área da zona Tampão (km2)

Nome da área de Conservação

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

68

isto tem sido forte o suficiente para faze-las voltar a estas áreas depois da assinatura da paz da guerra civil

em 1992.

A liderança tradicional em todas as áreas integra-se num sistema complexo de influência que também

inclui implementadores da gestão de Áreas de Conservação, autoridades governamentais locais e líderes de

partidos políticos. A relação entre os líderes territoriais (regulos, muenes), seus subordinados e a estrutura

do governo local, secretários de partidos políticos e presidentes da vila vária de localidade para localidade.

Todos os grupos étnicos nas Áreas de Conservação do sul e centro são patrilineares (Ronga, Changana,

Matswa, Ndau, Nsenga and Shona), oferecendo pouca autonomia sancionada às mulheres. No norte, o

grupo islâmico Yao e Macua dão mais direitos às mulheres através da sua herança matrilinear e sistemas

de direito de propriedade e casamento matrilocal e disposições de residências. Líderes locais de influência

incluindo professores, líderes de grupos de interesse, profissionais comunitários de saúde e agentes locais

devem ser consultados durante os processos de planificação. As mulheres devem ser consultadas como um

grupo social com necessidades particulares e áreas de influência mas com limitações da expressão pública.

Quase nenhum serviço de saúde, poucas escolas, e meios de comunicação pública limitada existe nas áreas

de Conservação e mais de aproximadamente 70% das pessoas vivendo nas áreas de Conservação são

analfabetas. Algumas Áreas de Conservação têm linhas férreas e linhas de electricidade e que servem

outras pessoas que vivem fora destas áreas. Em comum com muitas ds áreas rurais mais pobres, a saúde

pública e o estado de nutrição é pobre, longetividade baixa (aproximadamente <38 anos) e a taxa de

mortalidade abaixo dos cinco anos é supostamente alta, especialmente em áreas muito áridas, onde as

pessoas frequentemente sofrem as consequências de secas cíclicas. Há poucas infra-estruturas comerciais e

transporte público nas Áreas de Conservação.

Em muitas ACs as pessoas ainda dependem da combinação de trocas de géneros e esforço de comunidades

locais para participar na economia monetária. O rendimento familiar é baixo, por exemplo, o valor para

todos os produtos incluindo agricultura e pecuária tem sido calculado no Parque Nacional de Zinave em

cerca de 79 dólares por família por ano1 e no PNL aproximadamente 85 dólares por mês e o valor directo

total da exploração dos animais selvagens na Reserva Nacional de Gilé foi estimado em cerca de 52

dólares por família por ano2. Comunidades e particularmente os grupos mais vulneráveis às mudanças em

uso de recursos tais como os idosos, mulheres, órfãos e famílias com muitas dependências terão mérito a

especial atenção durante a conservação e planificação do desenvolvimento.

O perfil de factores relacionados à subsistências que caracterizam comunidades que vivem nas

ACs podem ser vistas no apêndice K.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

69

O isolamento e fraco acesso às várias ACs faz com que as comunidades dependam dos recursos naturais

nas quais elas baseiam a sua subsistência e a relação é cimentada por rituais para manter tal continuidade.

Dependência nas plantas medicinais e profissionais de medicina tradicional é igualmente valorizada devido

a falta de estabelecimentos hospitalares nas ACs e nas Zonas de Tampão. Apesar destas dependências, o

controle da gestão tradicional do acesso e uso de recursos naturais tais como florestas e massas de água são

apenas ainda usados em alguns lugares específicos, e muitos destes têm sofrido erosão devido a rupturas

sociais e culturais durante muitas décadas.

No seu todo, os recursos naturais em muitas ACs (expeto nas áreas áridas de Limpompo (PNL), Banhine

(PNB) e Zinave (PNZ) parques nacionais e áreas costeiras e marinhas do arquipélago de Bazaruto), ainda

não foram ameaçados pela sobre-exploração pelos usuários consuetudinários, residentes de fora das ACs.

Onde a terra é tão marginal para de forma sustentável suportar subscistencia baseada na pecuária e

agricultura no PNL, PNB e PNZ ou o mar tem sofrido sobre pescas a volta do Arquipelado de Bazaruto

(PNAB) (e algumas partes das áreas marinhas do PNQ, usuários tradicionais locais são muito mais

motivados à proteger os insuficientes resíduos de uso pelas pessoas alheias.

A redução da fauna bravia é devido à caça furtiva e caça para fins comerciais e extracção significante de

minerais – a maior parte disto levada a cabo por não residentes das ACs e tem causado a mobilização das

forças militares juntamente com os guardas florestais (caça furtiva no PNL, PNQ, reserva Nacional Niassa

(RNN) e mineração de ouro em Chimanimani RNC) isto tem no geral tendido a gerar terríveis

desconfianças das autoridades pelas comunidades que são implicadas por estas forças, de colaborarem com

a caça furtiva. Onde a produção do carvão e corte de Madeira pela comunidade ligou-se a mercados

exigentes dentro e a volta das Acs próximo dos centros urbanos tais como Maputo por exemplo, há uma

ameaça séria à recursos florestais e aos bosques. O acesso da comunidade a água de qualidade é muito

pobre por toda a parte das ACs. Com frequência a comunidade e o seu gado devem partilhar da mesma

fonte de água da superfície.

A REM, PNL, PNQ, RNN e ocasionalmente, PNZ e Banhine têm populações de elefantes assim como

outros animais (hipopótamo, crocodilos, porcos do mato, babuínos e outros macacos etc.) que causam

conflitos com as comunidades locais devido a destruição das plantações e ocasionalmente a ameaça à vida

das pessoas. Em quase todos os casos as comunidades procuram soluções na gestão da AC e no pessoal de

silvicultura e fauna bravia dependendo de se eles são ou não residentes nas ACs. Em quase todos os casos

as soluções envolvem preferências da comunidade para continuar a praticar a agricultura e ocupação

permanente da terra ao em vez de moverem-se para outra área. Contudo, dentro e em volta do PNQ por

exemplo, comunidades são encorajadas pelo PNQ a abandonarem muitos dos seus campos isolados para

juntarem os campos conjuntamente em blocos onde a vigilância é mais fácil e mais efectiva.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

70

As restrições estabelecidas pelas administrações da AC e governos locais sobre as queimadas

descontroladas de vegetação, e sobre o uso dos recursos naturais nas ACs têm também causado fricção

entre as comunidades e gestão de AC.

As acções tomadas para promover conservação através de mapeamento, regulamentos de uso de recursos

naturais por unidade de gestão dividida em zonas, e os esforços para compensar por perda das

comunidades de acesso foram iniciados nas Áreas de Conservação Transfronteiriças visadas na fase II

assim como em muitas outras ACs durante os últimos cinco anos. De modo a projectar as principais áreas

do reassentamento voluntário nas ACTFs, foi recomendado nos planos de gestão no PNZ, PNB e RNC e

foi iniciado no PNL. O reassentamento no PNL foi planificado e implementado pela KfW que seguiu a

política operacional do Banco 4.12. A restrição de subsistência das comunidades assentadas e

oportunidade de desenvolvimento são fracas devido à duras crescentes condições agrícolas e do pecuária

(precipitação, capital social e económico, cooperação comunitária e habilidades de gestão, infra-estruturas

e fraco acesso aos mercados de produtos). As comunidades já reassentadas e as restantes comunidades

devido ao facto de serem reassentadas nas zonas de tampão do PNL, podem ser elegíveis para apoio

através de Mozbio.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

71

7.4 D. Organizações comunitárias existentes até à data

Muitas comunidades nas ACTF II tornaram-se envolvidas na criação de mecanismos para facilitar a co-

gestão junto com a autoridade da AC para garantir acesso para negociar, definir e garantir uma partilha

justa das funções de gestão, direitos e responsabilidades. Incluem a) fora comunitário informal, b) Comités

de Co-gestão formalmente constituídos (CGEPs) na prática estes são Comités de Gestão de Recursos

Naturais (CGRN) e ao longo da costa, Comités de Co-gestão de Pescadores artesanais (CCP) e c)

organizações comunitárias legalmente registadas que podem fazer contractos e acordos com o sector

privado.

A necessidade de canalizar 20% da renda da AC para a comunidade para compensar perdas de uso de

recursos naturais nas ACs encorajou a criação de Fora e CGRN. Os pagamentos poderiam ser feitos

somente para contas bancárias no nome duma comunidade, que têm com alguma dificuldade, sido

alcançados no CGRN de alto nível em todos os ACs.

Uma ferramenta chave para envolver as comunidades em parcerias legais nas zonas de tampão tem sido o

processo de delimitação de terras da comunidade para que elas possam ser usadas como bases para

legalização das comunidades. Representantes legalizados das comunidades podem entrar em acordo com

os parceiros para co-gestão, co-propriedade, iniciativas de desenvolvimento e partilha de benefícios.

De modo que as comunidades possam ser capazes de fazer propostas de negócio sustentável com o sector

privado o Fundo Comunitário para Empreendimento (CEF) foi desenvolvido para financiar doações para

actividades de pequena escala e também para financiar acções da comunidade em acordos baseados em

equidade. Associações comunitárias, geralmente criadas e legalizada seguindo a delimitação da área

territorial da sua comunidade têm sido capazes de alavancar o financiamento para equidade de modo a

garantir arranjos de parcerias com sector privado, especialmente empreendimentos conjuntos.

As comunidades vivendo em muitas das ACs no país têm alguma experiência de gestão de recursos

naturais através de comités. A gestão da AC trabalhou com as comunidades nos processos de mapeamento

participativo e planos de gestão do desenvolvimento e CAPs para encorajar as comunidades a assumirem

as actividades de melhoria de subsistências nas zonas de tampão e fora das ACs. Nos Libombos, Limpopo

e ACTFs de Chimanimani, agentes comunitários contratados (PPF, AWF, Fundação MICAIA e LVIA)

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

72

organizaram o desenvolvimento de capacidade das comunidades para criar estruturas para facilitar o

desenvolvimento do turismo e conservação através de parcerias de empreendimento conjunto com

parceiros do sector privado ou directamente. As Comunidades nas zonas de tampão da AC foram visadas.

Agentes comunitários foram de diversas maneiras sucedidos na facilitação de parcerias comunitárias para

o turismo e recursos naturais baseados em projectos economicamente produtivos que beneficiariam as

comunidades locais como uma compensação para perda de excesso de recursos naturais. Eco-

acampamentos e lodges nas zonas de tampão de todas as três ACTFs foram financiados através de CEF

mas foram de modo variável sucedidos como negócios – muito mais devido ao contínuo isolamento das

ACTFs e ao baixo número de visitantes que podiam assegurar níveis de renda viáveis. Outras iniciativas

comunitárias de produção de mel, produtos artesanais e serviços eram também dependentes dos mercados

locais baseados nos visitantes aos empreendimentos de turismo das ACs. Era evidente que o turismo

baseado em costas e marinhas é ainda a principal atracão em Moçambique e é onde há mais potencial para

mais empreendimentos sustentáveis.

No PNQ e PNAB em particular, onde o turismo e uma forte base local de práticas de gestão

tradicional, especialmente com pescarias, fornecem uma terra fértil para o desenvolvimento da

capacidade comunitária, Comités de Co-gestão de Pescas têm sido de modo significante envolvidos

na gestão dos recursos naturais e projectos de pequenos investimentos.

Eco-acampamentos em chimanimani foram desenvolvidos através de empreendimentos conjuntos da

comunidade com a equidade financiada da ACTF II (acampamento de Ndzou é um empreendimento

conjunto entre EcoMICAIA Ltd e a Associação Kubatana Moribane e acampamento Binga e centro de

actividades em parceria com a Associação Comunitária Nhyabawa), e o desenvolvimento do lodge na

REM (Chemucane) e ACTF de Limpopo (Covane).

De interesse para o futuro são os resultados positivos do plano Vivo de projectos comunitários de carbono

implementados pelas comunidades e a empresa do sector privado Envirotrade numa fase piloto numa das

duas coutadas do grupo de ACs de Marromeu. Estes resultados revelam uma necessidade para uma grande

partilha de experiências e expansão das actividades em outras zonas de tampão, se os mercados

internacionais continuarem favoráveis.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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O nível de entendimento do uso de recursos e direitos de acesso dentro das áreas marinhas e costeiras do

PNAB é melhor que o de muitas outras ACs já que a co-gestão foi iniciada em Moçambique nesta área. Ao

redor do PNAB e PNQ os pescadores têm mostrado suas capacidades para reduzir a sua actividade

pesqueira ao redor dos locais de turismo e uma disposição para confiar no turismo para diversificar as

oportunidades económicas. Hoje contudo, competição aguda para uso dos escassos recursos tem forçado as

pessoas a desprezarem muitos regulamentos de uso de recursos. No sul, na Reserva Marinha Parcial da

Ponta de Ouro o conhecimento ainda é baixo e os direitos e responsabilidades continuam não claros já que

muitas agências ignoram o novo plano de gestão da AC. Onde o turismo e outros investidores estão a

forçar os pescadores a concentrar as suas actividades em áreas cada vez mais pequenas os conflitos são

mais fáceis de surgir. A criação de reservas para ajudar a aumentar a população de pescado tem sido

levada a cabo com sucesso com a colaboração da comunidade no PNQ.

Recursos de desenvolvimento tais como acesso ao crédito e formação em matéria de negócio para os

pescadores3 e usuários de recursos naturais baseados na terra devem ser buscados assim como alocar mais

ênfase no estudo de cadeias de valores e oportunidades para o apoio estratégico ao desenvolvimento do

mercado para melhor garantir empreendimentos económicos e ambientalmente sustentáveis. A principal

fraqueza de co-gestão de pescas e recursos naturais terrestres é a de comunicação e entendimento uniforme

dos valores de conservação e estratégias de desenvolvimento que encorajam a saúde a mais longo prazo da

pesca artesanal e outros serviços de recursos naturais.

Até agora, operadores de safari de caça têm sido responsáveis por infra-estruturas e protecção nos blocos

de caça da AC. A gestão das áreas de caça na zona de tampão na RNN é partilhada entre a gestão da AC e

concessionários, e ocasionalmente uma parceria da associação comunitária.

Operadores com contractos de concessão do MITUR nas coutadas 9 e 13 têm de facto usado os planos de

mapeamento para gerir a presença de pessoas nas coutadas, para criar uma área fulcral para caça e uso de

multi-recursos, áreas onde o desenvolvimento comunitário e actividades de conservação podem ser

promovidos. Estes operadores têm feito acordos formais e têm prestado os seus compromissos com o

resultado de que as suas relações com as comunidades são colaborativas.

O Complexo de Marromeu inclui um principal PA, três coutadas, duas reservas florestais, uma zona de

desenvolvimento que inclui um município e uma zona de tampão que são todos incluídos no Plano de

Gestão da AC. O plano tem foco nos benefícios de uma área espacial larga da Zona húmida de Ramsar no

Delta do Zambeze às fronteiras com o PNG no sul. Aponta para as sinergias e compromissos

administrados no desenvolvimento comunitário e conservação do grupo de ACs.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

74

E. Potencial Critério, Mecanismos de Gestão e Mitigação

Pessoas Afectadas pelo Projecto Tipo de Impacto Mecanismo de Gestão Potênciais Actividades de Mitigação Pessoas que vivem dentro

Das ACs

Restrição total ou

parcial de uso de

Recursos para

sustento.

Plano de gestão da AC, Plano de Desenvolvimento

Estratégico da AC

Plano de Acção para o

Desenvolvimento

ComunitárioDevelopm

ento

Co-gestão da AC, gestão do emprego pela AC Formação de entidades comunitárias legais, Capacitação da comunidade, parceria com o sector privado para o eco turismo, outras parcerias públicas e Privadas, cossessões turísticas. Agricultura de Consrvação, uso sustentável de recursos naturais, Conservação de species ou árvores indígenas, como Parte da gestão florestal sustentável.

Pessoas que vivem fora das

ACs mas que usam

os recursos

Dentro da AC para seu

sustento

Restrição parcial de

uso de

Recursos para

sustento.

Plano de gestão da AC,

,

Plano de Acção para o

Desenvolvimento

ComunitárioDevelopm

ento

Formação de entidades comunitárias legais, Capacitação das comunidades para o negócio e , Parcerias com o sector privado para o eco turismo, e Outras parcerias públicas e privadas para a cossessão turística. Identificaçao de alternativas de uso de recursos, actividades SMME secundárias, Pousadas comunitárias, areas de conservação comunitárias, Fotografias e experiências turísticas culturais.

Pessoas que vivem fora das ACs

Mas que participam em grupos sociais

com patrimonio social e cultural

Dentro da AC qual Requer observação de Retuais obrigatórios

Restrição parcial ao

acesso de

património cultural

ou social

Plano de gestão da AC,

Plano de Desenvolvimento

Estratégico da AC

Plano de Acção para o

Desenvolvimento

ComunitárioDevelopme

nto

.

Planificação para garantir o acesso seguro e a realização de rituais necessário, proteção das paisagens, respeito pelos Valores culturais.

Pessoas que vivem fora das

ACs que estão envolvidas

tornar as suas áreas em

ACs parciais para fins

turisticos

Restrição parcial de

uso de

Recursos para

sustento.

Plano de gestão da AC,

Plano de Desenvolvimento

Estratégico da AC

Plano de Acção para o

Desenvolvimento

ComunitárioDevelopme

nto

Formação de entidades comunitárias legais, Capacitação da comunidade, parceria com o sector

privado para o eco turismo, outras parcerias públicas consessão turística. Identificação de alternativas de uso dos recusros, conservação de espécies e árvores Indígenas como parte da gestão sutentável das florestas , identificação dos direitos do uso dos recursos, actividades SMME secundárias, pousadas comunitárias, Fotografias e experiências turísticas culturais.

Pessoas que vivem fora das ACs

Que podem se sujeitar ao influxo

De usuários de recursos locais

Restritos ao acesso aos mesmos na AC para procurar Beneficios das actividades de desenvolvimento

Restrição parcial de

uso de

Recursos para

sustento.

Plano de Desenvolvimento Estratégico

da AC

Plano de Acção para o

Desenvolvimento

ComunitárioDevelopment

o Plano estratégico de

Desenvolvimento do Districto

.

Formação de entidades comunitárias legais, Capacitação da comunidade, parceria com o sector privado para o eco-turismo e , outras parcerias públicas consessão turística. Identificação de alternativas de uso dos recusros, conservação de espécies e árvores Indígenas como parte da gestão sutentável das florestas

, identificação dos direitos do uso dos recursos, actividades SMME secundárias, pousadas comunitárias, Fotografias e experiências turísticas culturais.

Pessoas que sofrem danos ou Perda de propriedade como resultado De actividades selvagens dentro e fora das ACs

Perda parcial de recursos De sustento

Plano de gestão da AC, Plano

de Desenvolvimento

Estratégico da AC

Plano de Acção para o

Desenvolvimento ComunitárioDevelopment

o

Plans, Strategic District Development Plans.

Participar no macro e micro zoneamento, desenvolvimento de plano de gestão dos recursos locais. Integração de medidas de consiencialização e proteção Em modos de subsistência sustentáveis.

Illicit or unsustainable users of natural resources in CAs

Partial restriction on resource use for livelihoods

CA Management Plan. Community involvement in resource management and use and capacity development of community courts to redress local issues.

Ciritério de elegibilidade de

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

75

7.5 F. Responsabilidades Institucionais

A nível nacional os Ministérios de Turismo (MITUR), Agricultura (MINAG), Meio Ambiente (MICOA),

Pescas (MP) Obras Publicas e Habitação (MOPH) e Planificação e Desenvolvimento (MPD) são os

principais sectores envolvidos na tomada de decisão e implementação de MozBio. O Ministério da Cultura

e certos municípios podem ser envolvidos dependendo da escolha do local do projecto.

A Direcção nacional de Planificação subordinada ao Ministério de Planificação e Desenvolvimento e

quatro instituições subordinadas ao MICOA estão envolvidas no desenvolvimento e implementação de

planos de desenvolvimento integrado: a Direcção Nacional para o Planeamento territorial

(DINAPOT/MICOA), Direcção Nacional para a Gestão do Meio ambiente (DNGA/MICOA) e Centro para

o Desenvolvimento Sustentável – Zona Costeira (CDS-ZC/MICOA), baseadas em Xai-Xai. A Direcção

Nacional de Avaliação do Impacto Ambiental (DNAIA/MICOA) também desempenha um papel

importante por meio da sua responsabilidade para licença ambiental.

O MITUR é responsável pelo desenvolvimento do turismo em todas as ACs. a Unidade de ACTF/MozBio

na DNAC como agência líder para a implantação de Mozbio será substituída pela ANAC logo que essas

responsabilidades sociais forem formalmente transferidas, facilitando o processo com parceiros de

implementação envolvidos em cada componente (MICOA, MINAG, Pescas e a Direcção Nacional de

Águas – DNA?MOPH) tomando liderança considerando a política de conservação e regulamento com

respeito aos aspectos do turismo e de conservação do plano integrado a nível nacional. ANAC terá uma

equipa de Pontos Focais Sócias e Ambientais (sigla inglesa SEEP) composta por duas pessoas numa

Unidade de Segurança Social e Ambiental para orientar e liderar a gestão da reparação das injustiças,

licença ambiental, desenvolvimento e implementação de planos de Desenvolvimento Estratégico para

Áreas de Conservação e Planos de Acção para o Desenvolvimento Comunitário e M&A relacionadas a

Projecto relevante (Veja os Termos de Referência para o Ponto Focal Social no Apêndice J).

A Direcção Nacional do turismo (DINATUR) será responsável por garantir que a planificação e

desenvolvimento do turismo sejam integrados em outras agendas sectoriais ao nível provincial, distrital e

local. ONGs e sector privado serão engajados como provedores de serviços sob a supervisão da Unidade

Mozbio e ANAC, para actividades tais como mobilização da comunidade, sensibilização sobre a melhoria

das aptidões profissionais. Além da base integrada para planos de gestão da AC (responsabilidade do

MITUR) e Planos de Desenvolvimento do Distrito (responsabilidade de MPD) sendo Planificação de Uso

de Terra do Distrito (responsabilidade do MICOA), zonas de tampão e áreas de múltiplo uso ANAC

através da gestão das fronteiras da AC em coordenação com SPFFB (DPA) e o sector de Pescas serão

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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responsáveis pela conservação e gestão comunitária sustentável da terra e recursos naturais irá liderar um

processo integrado ao encontro do desenvolvimento de subsistências da comunidade.

A nível provincial a DPPF e DPCA serão responsáveis pela política e aspectos regulamentares de licença,

implementação do plano e DPCA irá coordenar o desenvolvimento de aspectos do meio ambiente da

gestão e implementação de planos dentro da província com as designadas ACs apontadas para o apoio da

Mozbio. DIPTUR, a direcção provincial de turismo facilitará o desenvolvimento e implementação de

políticas da AC e aspectos regulamentares em coordenação com DPA e DPCA. A DPA é responsável pela

delimitação e demarcação do uso de terra (SPGC), e gestão sustentável dos recursos fora das ACs

(SPFFB).

Cada AC e grupo de ACs serão dados no futuro a responsabilidade de Gestão de Fronteiras de Áreas de

Conservação integrada (CGAC) superintendido pela ANAC. Estas fronteiras serão responsáveis pela

implementação de Mozbio ao nível da AC e grupo da AC nomeando um Coordenador para este propósito.

Até a estabilização das fronteiras, DPTUR iniciará e sustentará a planificação e os processos de

implementação nas ACs e facilitará o estabelecimento e operação de um Fórum provincial de

Desenvolvimento de Turismo. O coordenador da DPTUR relatará ao Coordenador de Mozbio na Unidade

Mozbio e trabalhará de perto com uma equipa técnica provincial proveniente da DPTUR, DPCA e DPA

(SPFFB e SPGC) para desenvolver capacidades a nível distrital, segurar a participação das partes

interessadas, e apoiar a supervisão da gestão das Fronteiras da AC da formulação e implementação de

CDAP.

A nível distrital, os governos distritais irão participar nas e coordenar com a nova gestão das fronteiras da

AC. Cada gestão da Fronteira irá coordenar seus membros para monitoria, regulamentação e supervisão da

preparação de CDAP e garantir coerência com os planos de gestão e de desenvolvimento estratégico da

AC, o processo de planificação do distrito e resultados. Com apoio da ANAC a equipa técnica de SEFP,

uma equipa técnica identificada pela Gestão da Fronteira da AC irá preparar e actualizar CDAPs. Membros

da equipa podem ser personalidades ligadas à comunidade ou contratados e, nas áreas costeiras deviam ter

em conta o concelho do Centro de Desenvolvimento Sustentável – zona Costeira (CDS-ZC) e zonas

interiores do Centro de Desenvolvimento Sustentável dos Recursos Naturais (CDS-RN). A equipa será

supervisionada pelo Administrador da AC e pessoal técnico de SEFP durante todo o trabalho. A

capacidade será desenvolvida durante o projecto para formular CDAPs integrados, monitorar, avaliar e

actualizar, regularizar a implementação, relatar ao Administrador da AC e informar o Administrador do

Distrito e o Governo provincial, e para estabilizar a Informação de Desenvolvimento e Centros de

Coordenação.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Em conformidade com os princípios nacionais de descentralização é provável que as propostas dos

subprojectos baseados na demanda apresentados para financiamento possam ser geridos via sector privado

e parcerias comunitárias ou arranjos de co-gestão com o sector público. As propostas serão aplicadas,

avaliadas, supervisionadas e feitas a monitoria pelas agências designadas ou contratadas e o financiamento

será canalizado a partir do Fundo de Biodiversidade.

A nível local, dentro e ao redor de cada Ac, CGRN (COGEP) constituído de acordo com os regulamentos

de silvicultura e fauna bravia trabalhará em paralelo com o Comité de Co-gestão de pesca (CCG) a níveis

do Distrito, Posto administrativo e da Localidade para coordenar e representar os interesses de CCP

costeira, e conselhos das vilas do interior e comités da comunidade, sendo os principais fora consultivos

nas quais os planos para actividades nas zonas de tampão e de múltiplo uso serão desenvolvidos. Nas ACs

prioritárias e/ou zonas tampão, estas instituições serão forçadas a facilitar o planeamento do

desenvolvimento comunitário local e a monitorar e supervisionar os subprojectos.

Agentes comunitários ou consultores especialistas podem ser contratados para lidar com dadas tarefas do

Plano de Acção tais como desenho de subprojectos e desenvolvimento. Os comités de co-gestão serão

apoiados nas áreas costeiras e marinhas por meio das instituições do sector pesqueiro e nas zonas interiores

por meio da instituição de gestão da AC. Numa vez que eles operam a todos os níveis do governo e são

amplamente inclusivos de todos as partes interessadas relevantes nas áreas costeiras e interiores, eles são o

fora ideal para a conservação e planificação do desenvolvimento integrado. Os comités de co-gestão

coordenam com e mandam representantes para as reuniões do Conselho Consultivo para a planificação do

desenvolvimento do distrito para garantir que as suas prioridades são ouvidas e os planos de acção são

levados em conta. Os comités de co-gestão serão o fórum chave para a ligação das questões da

comunidade, incluindo injustiça com o governo local através de Conselhos Consultivos da Localidade de

Baixo nível directo para o distrito e governos provinciais (DPTUR) à Unidade de Mozbio.

Recomenda-se que para a implementação da Mozbio, e subsequentemente de modo a manter o papel da

gestão da AC, que o pessoal de ligação a comunidade sege empregada por cada AC para atender ao

processo de desenvolvimento de Planos de Desenvolvimento Estratégico e os Planos de Acção do

Desenvolvimento Comunitário e sua implementação. Esta posição necessitará de ser replicada na ANAC e

o Fundo de Biodiversidade para supervisionar e coordenar acções e financiamento ao nível da AC.

Os comités de co-gestão deviam continuar a ser treinados e apoiados pelas ONGs.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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7.6 G. Dados disponíveis de pessoas dentro das ACs.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Área do Districto na AC

(km2) (Fopnte: GIS)

Area da zona Tampão (km2)

Massingir 3,285 4,200 840 -

Chicualacuala 6,752 485 60 1,168

Mabalane 744 632 120 962

SUB-TOTAL 10,781 2,349 5,317 1,020 2,130 Chigubo Chicualacuala Mabalane

SUB-TOTAL 6,433 2,696 74 6,365 Inhambane Govuro Inhambane Mabote Gaza Massangena

SUB-TOTAL 5,507 5,485 302 6,079 Reserva de Maputo Maputo Matutuine 890

Corridor Futi + Sanctuário Matutuine, 30

Maputo Matutuine, Maputo City Kanyaka

SUB-TOTAL AGLOMERAÇÃO 1,598 5,000 1,000 3,000

Reserva de Chimanimani

Manica Sussundenga 656 2,300 2,470 494 30,928

SUB-TOTAL 656 2,300 2,470 494 30,928

Meluco 2,985 1,284 20,767 4,153 3,476 Pemba-Metuge 386 589 2,202 440 Ancuabe 1,086 919 6,742 1,348 26,069 Macomia 1,265 920 13,784 2,757 23,827 Ibo 68 - 10,415 2,083 - Montepuez 10 700 - - 4,989 Quissanga 2,094 48 41,452 8,290 1,855 Mar 1,119 1185

SUB-TOTAL 6,028 5916 95,362 19,072 71,823 Vilanculos 28 1,300 260 Inhassoro 100 2,200 440 Mar 1,337 - -

SUB-TOTAL 1,466 3500 700 Reserva de Pomene

Inhambane Massinga 200 514 103

SUB-TOTAL AGLOMERAÇÃO 1,666 514 103

Marromeu 1,450 1,383 4376 510 Cheringoma 103

SUB-TOTAL 1,553 1,383 4376 510 Cheringoma 1,438 Marromeu 80 Muanza 1,089

SUB-TOTAL 2,607 Cheringoma 1,842 Marromeu 86

SUB-TOTAL 1,928 1,100 310 Cheringoma 1,865 Marromeu 852

SUB-TOTAL 2,717 1,300 364 Coutada 14 Marromeu 972 28,500 5,700 SUB-TOTAL CLUSTER 9,777 1,383 35,276 6,884

Gilé Reserve Zambézia Gilé 12,000 Pebane - 20,000

SUB-TOTAL 2,861 3,175 0 - 32000

45,308 15,123 152,120 28,949 152,324

Reserva

Parcial

Marinha de

Ponta de ouro

Inhambane P N de

Bazaruto

2,861

PNZ

Estimativ

a familias naCA

Gaza

Gaza 2,349

3,175

PN Banhine

Coutada 11

Coutada 12

Coutada 10 Sofala

Paqrque

Nacional

de

Quirimbas

Nome da

area de

conservação Provinci

a

Districtos

na area de

conservaçã

o

Estimativ

a da População na

in AC

Cabo Delgado

1,000

Estimativ

a População

em Zana tampão

PNL

678

Reserva

deMarrom

eu Sofala

2,696

5,485

5,000

Sofala

Sofala

TOTAL

3,000

6,079 302

74 6,365

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

80

7.7 H. lista de consultores que preparam o quadro processo

Gaye Thompson – lider Especialsta da Segurança Social

Felizarda Machel – Assistente de Pesquisa Social

Com a ajuda dos administradores da UACTF e AC, comunidade, o pessoal do desenvolvimento do

PNQ, REM, PNL, RNN, NNC entre outros.

7.8 I. Políticas

O quadro político que guia a participação comunitária e benefícios das áreas de conservação e as suas

zonas tampão cobre o turismo, agricultura e sectores do meio ambiente através das suas estratégias e

políticas.

Moçambique é também signatário de vários tratados e protocolos, Incluindo a Convenção Africana na

Conservação da Natureza e Recursos Naturais, o Quadro de Convenção das Nações Unidas sobre as

Mudanças Climáticas, a Convenção das Nações Unidas para o Combate a Desertificação, a Convenção

sobre o Comercio internacional em Espécies Ameaçadas de Flora e Fauna Bravia, a Convenção sobre a

Diversidade Biológica, a Declaração das nações Unidas sobre o Assentamento Humano, a Declaração do

Milénio, o Plano de acção para o Desenvolvimento Sustentável, e o Tratado de Áreas de conservação

Transfronteiriças.

A Política nacional do Meio Ambiente (Resolução no 5/95, 3 de Agosto) visa levar o país rumo a um

desenvolvimento socioeconómico sustentável. Os principais documentos estratégicos delineando o papel

das comunidades locais em relação ao meio ambiente são o Plano Estratégico para o Sector do Meio

ambiente de 2005-2015 e a Estratégia do Meio ambiente para Desenvolvimento Sustentável 2007-2017

(EADS).

O quadro político do sector do meio ambiente fornece para a participação das comunidades locais, entre

outros, no desenvolvimento de políticas e leis para recursos naturais, gestão das ACs, e policiamento para

garantir conformidade com normas e regulamentos do meio ambiente. O sector promove a visão de que as

comunidades nas áreas protegidas retêm os seus directos, e podem usá-los para negociar recompensas na

renda gerada.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

81

A política de fauna bravia e silvicultura (Resolução no 8 / 1997 de 1 de Abril) encoraja (i) a criação de

sociedades autónomas de desenvolvimento para administrar e gerir as áreas de conservação com o

envolvimento do sector privado e comunidades locais; (ii) revisão dos limites dos parques e reservas, e

criação de áreas de conservação transfronteiriças através da demarcação e desenvolvimento de Parques

nacionais existentes com o envolvimento do sector privado e comunidades.

A política de planificação territorial (Resolução no 18/2007) promove planeamento com as pessoas

afectadas pelo projecto, partilha de informação e consultas nelas, consenso e coordenação das acções e

estratégias entre sectores e níveis hierárquicos para que o uso equitativo e sustentável da terra e recursos

naturais contribuirá para o desenvolvimento socioeconómico ao mesmo tempo que respeita organização

espacial de assentamento já existente.

A política nacional de turismo e estratégia de implementação (Resolução no 14 de 4 de Abril de 2003),

define a direcção para o crescimento do turismo futuro e desenvolvimento. A política de Turismo apoia

que se encontre mecanismos pragmáticos e inovadores de abordagem de como as pessoas vivem dentro

dos parques nacionais e reservas. As comunidades associadas as áreas de conservação têm direito de

participar na tomada de decisões que lhes afectam, a sua subsistência e bem-estar.

A política de conservação (2010- 2015), (Resolução no 63/2009) promove responsabilidade para serviços

de meio ambiente através do envolvimento de todos as partes interessadas, particularmente as

comunidades que usam os recursos naturais como meios de subsistência básica. Visa garantir o uso

sustentável de recursos naturais enquanto ao mesmo tempo fornecem os benefícios e serviços necessários

para o desenvolvimento sustentável e comunidades locais.

A política enfatiza a necessidade para uma gestão participativa das ACs, sensibilização sobre

conservação, e definir estratégias para gestão da biodiversidade a nível do país, de modo a garantir

o alcance a objectivos ecológicos, sociais e económicos. Onde a conservação e a presença de

pessoas em áreas de conservação são incompatíveis outras soluções não são possíveis, o

reassentamento pode ser necessário. Isto pode acontecer em áreas totalmente protegidas e outras

áreas de interesse nacional. A política delineia os princípios de reassentamento que protegem os

direitos e interesses das pessoas afectadas.

7.8.1 Institucional

O Ministério do Turismo é responsável pelo turismo nas áreas de conservação, projectos de

desenvolvimento de turismo de vários tipos dentro e fora destas áreas incluindo ecoturismo e programas de

conservação comunitário.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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A gestão das áreas protegidas em Moçambique recai para três instituições do governo. O ministério de

turismo para todos os parques nacionais e as suas zonas de tampão, reservas e áreas de caça e o Ministério

da Agricultura para Reservas Florestais o Ministro de Turismo para zonas tampão. As áreas Protegidas

podem ser proclamadas ao abrigo da lei de Património Histórico e Cultural (Ministério da Educação) e ao

abrigo da lei de Pesca (Reservas Marinhas).

A Autoridade nacional para Áreas de Conservação (ANAC) tem autonomia financeira, administrativa e de

responsabilidade da propriedade subordinada ao Ministério de Turismo. Subordinada à ANAC, a gestão de

Fronteiras das Áreas de Conservação (CGAC) estabelecerá órgãos colegiais que implementam planos de

gestão e que podem parcerias privadas e da comunidade, as quais a extensão e forma exacta dependem das

áreas sob sua responsabilidade.

Espera-se que a ANAC aja como uma agência autónoma para a gestão e desenvolvimento de áreas de

conservação. Esta nova autoridade juntamente com a nova BioFund espera-se que melhorem o

financiamento sustentável das ACs e suas comunidades.

O modelo de co-gestão e co-financiamento no sector privado e intermediários financeiros adoptados pelo

sector de turismo não tem ainda permitido muitas áreas protegidas a recepção de financiamento suficiente

para ser auto-suficiente e todos excepto para o Parque nacional de Gorongosa lutam para manter operações

básicas.

Muitas reservas florestais não têm estrutura de gestão. Embora algumas são parcialmente geridas pelas

comunidades locais esta não é uma característica permanente. A coordenação organizacional entre

interesses nacionais e associações locais estão sendo iniciadas para considerar mecanismos de

transformação de algumas localidades florestais em destinos turísticos.

O Ministério da agricultura é responsável pela protecção, conservação e uso racional e sustentável de

recursos florestais e fauna fora das ACS. O foco deste sector é o de controlar a aceleração de

desflorestamento, exploração da madeira, biomassa e matérias de construção, incêndios florestais, caça

furtiva e marginalização das comunidades rurais.

A Direcção nacional de terras e florestas (DNTF) é responsável pela inspecção, registo e manutenção do

cadastro nacional e gestão do uso de recursos florestais e fauna em áreas fora das ACs. Na prática cobriria

as zonas tampão que não fazem legalmente parte das ACs. As funções desta direcção são maioritariamente

acções relacionadas à conservação e sustentabilidade de recursos da terra, florestas e fauna e na prática o

controle de extracção e comércio não licenciada de recursos, assim como responder a conflitos homem-

animal tomar muito do seu esforço.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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Toda a renda proveniente da exploração das florestas e fauna, concessão de turismo e visitantes a ACs é

passada a nível nacional e para o sector de Turismo, 80% redistribuído para gestão da conservação – 20%

desta porção, para o benefício das comunidades nas ACs. O fluxo de fundos é baixo e a responsabilidade

difícil, imprimindo uma boa política difícil de implentar. As comunidades são pedidas que sejam

legalmente representadas com uma conta bancária para beneficiarem dos fundos que são devidos.

Reconhecimento legal formalizado duma comunidade é um processo lento no qual os membros devem

organizar numa associação ou como direitos de propriedade de uso formal da terra e passar por muitos

entraves burocráticos, que mesmo quando finalizados não resulta necessariamente numa instituição

funcional a longo prazo.

O estabelecimento da ANAC juntamente com o Fundo da Biodiversidade espera-se que direccione o fluxo

da renda e benefícios muito mais efectivamente.

O Ministério das Pescas define e estabelece medidas de conservação dos recursos pesqueiros incluindo

prescrição de medidas de gestão e conservação incluindo áreas para pesca desenhadas exclusivamente para

pescas artesanais. Tem a responsabilidade de gestão de áreas marinhas protegidas e pode propor novas

ACs a serem aprovadas pelo Conselho de Ministros. ACs marinhas são mapeadas e reguladas através de

planos de gestão já que os seus equivalentes terrestres são, e áreas marinhas protegidas podem ser criadas

dentro de ACs nacionais existentes. O uso de recursos marinhos é controlado pelo sector até ponto em este

possa o fazer, através de áreas de conservação reguladas e as capturas de peixes e inventários / análises

para determinar licenciamento e permissões. A marinha de guerra de Moçambique, INAMAR e MICOA

têm papéis compatíveis na gestão de pesca apoiando o papel da monitoria do Instituto de Investigação

Pesqueira (IIP) e o método de desenvolvimento integrado do Instituto de Desenvolvimento da Pesca de

Pequena Escala (IDPPE).

O sector de Pescas de pequena escala tem arranjos operacionais de co-gestão como base para gestão de uso

competitivo de recursos próximo do litoral e para resolver conflitos associados. O crescente número das

populações humanas nas zonas costeiras e no interior está a causar sobre-pesca em certas áreas e a gestão e

monitoria de captura não tem a mesma cobertura por todo o país.

Políticas nacionais em todos os sectores incluem a descentralização dos processos governamentais como

um elemento chave. O Ministério da administração Estatal e o Ministério para Planificação e

Desenvolvimento são os importantes responsáveis pela descentralização no país, planificação distrital e

implementação de políticas de financiamento, autoridades locais e provinciais são encarregues de

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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promover acções de conservação para recursos naturais e biodiversidade a nível das comunidades,

localidades, postos administrativos, distritos e províncias. Contudo, o tema de meio ambiente e

conservação de recursos naturais e biodiversidade está aos poucos ganhando espaço nas agendas políticas

usadas no exercício da governação.

Mais significante para a operação das ACs e suas zonas tampão tem sido a atribuição de plano de

desenvolvimento, responsabilidades financeiras e de orçamento aos distritos para os ajudar a se tornarem

unidades autónomas. Desde 2006 os projectos de desenvolvimento comunitário têm sido financiados pelo

Fundo de Desenvolvimento do Distrito (FDD) que fornece recursos para financiamento de projectos que

são localmente definidos como prioritários através de mecanismo participativo. Embora áreas de despesas

elegíveis foram inicialmente destinadas a serem diversas, orientações centrais chamadas para

aproximadamente metade dos fundos a serem alocados para desenvolvimento da agricultura ou produção

de alimentos (Banco Mundial 20115).

O Conselho nacional para o Desenvolvimento sustentável (CONDES) é um corpo consultivo do gabinete

sobre questões do meio ambiente, e foi formalmente estabelecido pela Lei de Meio ambiente de 1997. Está

ao gabinete do Primeiro-ministro e composta por Ministros e Vice-Ministros de sectores relacionados

(agricultura, turismo, recursos minerais, planificação e desenvolvimento, saúde, etc.) e liderado pelo

Ministro do Meio ambiente. Está no topo da gestão da política de meio ambiente do governo e hierarquia

de monitoria.

O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) desempenha um papel importante na

garantia de conformidade nos padrões ambientais e onde seja necessário licenciamento de um projecto.

Licenciamento ambiental segue um processo de avaliçao consultiva que identifica impactos ambientais e

recomenda acções de mitigação a serem empreendidos pelo projecto. A nível central, as Direcções

Nacionais abrangidas pelo MICOA incluem Direcção Nacional de Gestão Ambiental (DNGA), Direcção

Nacional de Planificação e Ordenamento Territorial (DNAPOT), a Direcção Nacional da Avaliação do

Impacto Ambiental (DNAIA), e a Direcção Nacional da Promoção Ambiental (DNPA).

Muitas instituições do governo têm unidades ambientais para permitir coordenação mais efectiva e

implementação de projectos conforme com mais métodos sustentáveis. Uma área protegida pode ser

proclamada ao abrigo do Ministério da Educação se a mesma deve ser baseada no seu património histórico

ou cultural.

O Ministério das Obras Publicas e Habitação é responsável pela construção de infra-estruturas pública

incluindo estradas, pontes e fornecimento de água. Embora não formais, as orientações ambientais para

obras rodoviárias em Moçambique têm desde 2002 fornecido assistência abrangente ao desenvolvimento

do sector. As políticas dos sectores rodoviário e da água requerem envolvimento da comunidade na tomada

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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de decisões que envolvem a melhoria das infra-estruturas e para segurar benefícios económicos locais, seu

envolvimento nas obras de construção.

Coordenação inter-institucional é fraca no seu todo, levando a sobreposições e lacunas na aplicação das

políticas.

7.8.2 Legal

A constituição de Moçambique (2004) é o guia global para todas as aplicações do quadro. Um dos

princípios fundamentais da constituição é que os recursos naturais e meios de produção são

propriedade pública de interesse colectivo. A Constituição fornece as garantias para qualquer perda

ou violação de direitos através do princípio de compensação e de direito de apresentar reclamações

à autoridade apropriada para remediar a situação para o benefício do interesse geral.

A lei da terra (lei Nº 17/1997 de 1 de Outubro) específica que a terra pertence ao estado, e os direitos de

uso somente podem ser concedidos pelo estado. Art. 111 deixa claro que o titulo de direito de uso de terra

pode ser adquirido ou existe como hereditário ou direitos ocupacionais. Contudo há excepções quando

uma área é uma reserva legar (i.e. uma Zona Protegida) ou onde a terra foi legalmente atribuída a uma

outra pessoa ou entidade.

As regularizações a luz desta lei definem áreas designadas por “Zonas de Protecção Total” e “Zonas de

Protecção Parcial”. As Zonas de Protecção Total incluem áreas designadas para actividades de

conservação da natureza. A Lei especifica que nenhum uso de terra e direitos de benefícios podem ser

adquiridas em zonas de protecção total e parcial que são consideradas de domínio público, contudo

licenças especiais para actividades específicas podem ser emitidas.

A lei da terra fornece os detalhes de direitos com base nas alegações consuetudinárias e procedimentos

para aquisição de título de uso e benefícios pelas comunidades e individualidades. Nas áreas rurais,

comunidades locais participam na gestão de recursos naturais e na resolução de conflitos, no processo de

obtenção de título e na identificação e definição dos limites da terra que ocupam (Art 24).

A lei define que o direito para o uso e benefício da terra pode ser adquirido através de ocupação por

indivíduos Moçambicanos que têm estado a usar a terra em boa-fé por no mínimo 10 anos, e por

comunidades locais que o seu direito de uso e benefício da terra respeitarão os princípios de co-

titularidade, direitos existentes para usar e beneficiar da terra podem ser terminados através da renovação

de tal direito por razoes de interesse publico e depois do pagamento de uma compensação equitativa; e

nesses casos todas as melhorias não removíveis serão revertidas para o estado.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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A lei da terra é clara quando diz que um certificado de direitos de uso de terra pela comunidade ou título

recebido depois da demarcação não pode ser usado como colateral nos contractos com terceiras partes.

Decreto 15/2000 descreve a articulação de autoridades do estado locais e liderança comunitária

principalmente nas áreas rurais através de conselhos locais e legitima líderes comunitários – líderes

tradicionais e secretários dos bairros. O decreto (15/2000) dá-lhes poderes a luz do artigo 24 da lei da terra

para participar na resolução de conflitos, representar opiniões comunitárias sobre solicitações por terra, e e

identificar e delimitar a terra da comunidade.

Lei de silvicultura e fauna nº 10/1999 – identifica os princípios de participação da comunidade

local na gestão sustentável dos recursos naturais dentro e fora das áreas protegidas. Também

enfatiza que as acções para a conservação e uso sustentável de recursos devia se harmonizar com

os das autoridades locais dentro do quadro de descentralização.

O Artigo 10 da lei florestal e da fauna define parques nacionais, reservas e áreas de valor histórico e

cultural como zonas protegidas. Essas áreas protegidas são alocadas zonas tampão para uso de múltiplos

recursos ao redor delas pelo Conselho de Ministros e seu uso é regulado pelo plano de gestão da área

protegida. A lei de silvicultura e fauna aponta que agricultura e pecuária são proibidas nos parques

nacionais ao menos que de um modo esteja estipulado no plano de gestão.

Os regulamentos para silvicultura e fauna (decreto nº 12/2002), determinam as comunidades como

tendo tido um direito alienável para tirar benefício da conservação, para o uso da terra e recursos

sobre os quais elas têm título de posse ou detêm direitos de acesso e uso.

Propõe que 20 % das rendas de concessão devia ir para as comunidades locais

residindo dentro da área de conservação.

As comunidades associadas a uma área de conservação têm direito de participar na

tomada de decisões que lhes afectam, a sua subsistência e bem-estar.

Os Conselhos de Gestão de Participação Local (COGEPs) constituídos como

associações com a representação de todas as partes interessadas com interesse no

uso de recursos naturais numa dada área podem ser criadas como um mecanismo

para articulação e defender os interesses dos participantes.

O mecanismo para a canalização e utilização dos 20% das taxas para beneficiar as comunidades locais foi

criado em 2005 através do Diploma Ministerial n.º 93/2005 de 4 de Maio. Este estipula que os fundos

somente podem ser recebidos por uma comunidade organizada em uma associação legalizada com uma

conta bancária prior para a distribuição aos beneficiários. As associações podem ser relacionadas ao uso de

recursos marinhos e terrestres já que são Conselhos Comunitários de Pesca (CCP) e gestão fora a nível

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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local, do distrito e provincial – Comités de Co-gestão (Legislação de pesca) e Comités de Gestão de

Recursos Naturais (CGRN) (legislação da silvicultura e fauna).

Em relação ao benefícios comunitários da fauna, Diploma Legal n.º 2629 de 7 de Agosto que aprova a

regulamentação das Coutadas igualmente nota que a carne da caça desportiva na fauna sendo dada a

população local depois da remoção dos troféus pelos caçadores.

A lei de Turismo nº 4/2004 enfatiza que o desenvolvimento social e económico deve respeitar florestas,

fauna, património mineral arqueológico e histórico e preservar os valores, marinha e biodiversidade da

terra e ecossistema. Parece que o turismo contribui para o crescimento económico, geração de emprego e

alívio da pobreza. A melhoria específica do padrão de vida das comunidades locais é esperada como

resultado da sua participação activa em actividades turísticas. A participação do sector privado na

promoção e desenvolvimento de recursos turísticos e estabelecimento de comunicação inter-institucional e

mecanismos de participação são responsabilidades chave do sector.

A nova lei das ACs nº 16/2014 fornece a estabilização da Gestão Fronteiriça da Área de Conservação

(CGAC), órgãos consultivos que cobrem uma ou mais ACs compostos de representantes da comunidade

local, do sector privado, associações e órgãos do estado locais para a protecção, conservação e promoção

do desenvolvimento sustentável e uso da biodiversidade. Legaliza parcerias público – privadas para gestão

da AC e para contractos de concessão.

A Lei também apresenta novas categorias para a classificação de áreas protegidas em a) áreas de

conservação total e b) áreas de conservação de uso sustentável. Os planos de gestão da AC têm que aderir

com instrumentos de panejamento de espaço a todos os níveis e planos de uso de terra especiais serão

requeridos para o mapeamento ecológico de ACs singulares ou grupos de ACs e as suas zonas de tampão,

corredores ecológicos e outras áreas críticas para a preservação do equilíbrio ecológico e elementos de

continuidade de espaço. Os interesses e envolvimento legal das comunidades dentro das ACs e suas zonas

de tampão, em actividades geradoras de renda que promovem a conservação da biodiversidade serão

considerados nos novos Planos de Desenvolvimento Estratégico da AC. Áreas de conservação da

comunidade com direitos de uso da terra proporcionarão as comunidades opções de gestão de parcerias e

concessões para terceiros. Zonas tampão serão administradas pelas ACs juntamente com o sector de

Agricultura ou sector de Pescas conforme se julgue pertinente, traves de Planos de gestão das ACs -

instrumentos com o mesmo nível de obrigação jurídica como os Planos de Uso de Terra e Planos de

Gestão Ambiental (e Social). A Lei também provê a possibilidade para o Estado reassentar as pessoas fora

de uma AC se a presença destas for incompatível com o estado legal da área de conservação ou impede a

sua boa gestão

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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A Lei ambiental nº 20/1997 - define responsabilidades para estabelecer Áreas de Protecção Ambiental para

salvaguardar interesses socioeconómicos, de biodiversidade e de ecossistemas. Estipula que as

comunidades locais e até certo ponto as ONGs e o sector privado terão “participação considerável e

indispensável na administração de tais áreas”, isso será matéria para monitorar e inspecção pelo governo.

Também proíbe actividades neste âmbito que podem ameaçar a conservação, reprodução, qualidade e

quantidade de recursos biológicos

Os regulamentos sobre a Avaliação do Impacto Ambiental (Decreto nº 45/2004) obrigam o proponente do

projecto a levar a cabo consultas e participação pública das pessoas afectadas pelo projecto, pessoas cujo

uso de recursos naturais é restringido por um projecto ou a deslocação do espaço físico é incluída durante o

processo de preparação de projecto. Os regulamentos de EIA omitem discussão de exigências do plano de

gestão ambiental.

A Directiva do MICOA para o Processo de Participação Pública publicado conforme o Diploma

Ministerial 130/2006 de 19 Julho provê detalhes do processo de participação pública durante uma

avaliação de impacto ambiental, a recolocação permanente ou temporária das pessoas ou comunidades, e

o deslocamento de bens ou activos ou restrições no uso de ou acesso aos recursos naturais. A Lei de

Protecção do Património Cultural (Lei Nº 10/1988) visa proteger todas as relíquias nacionais, património

histórico e cultural.

A Lei de Planeamento ou Ordenamento Territorial (Lei Nº 19/2007 de 18 de Julho), que reconhece os

direitos de ocupação das comunidades locais requer uma ampla consulta e um processo de divulgação

para comentário, reclamação e se inevitável, disputa de residência durante a planificação. Planos

Regionais, provinciais e distritais são criados através de um processo consultivo conduzido por um grupo

técnico intersectorial e só aprovaram depois de uma divulgação total por pelo menos duas audições

públicas e consulta com todas as partes interessadas antes de publicação que legaliza os instrumentos na

Gazeta de Governo. A luz da Lei de Planeamento Territorial o Regulamento para Reasseantamento que

Surge de Actividades Económicas (Decreto Nº 31/2012 de 8 Agosto) determina os direitos de

reassentamento para pessoas afectadas por um projecto. Os planos de reassentamento requerem um

estudo socioeconómico, panejamento de espaço e substituição de moradia, instalações e serviços

públicos assim para restabelecer as condições de pessoas afectadas para o mesmo ou um nível superior

que o anterior. São requeridas consultas regulares e quatro reuniões públicas durante o processo de

panejamento do reassentamento e as atas das reuniões devem ser certificadas pelas pessoas afectadas e

diferentes níveis do governo.

A Lei de Pescas (nº 3/90) apoia o envolvimento das comunidades na gestão de pescas artesanal. Os

recursos pesqueiros são propriedade do Estado. A sua gestão requer uma metodologia participativa da

conservação e uso apropriado de recursos biológicos aquáticos e ecossistema, o precautório e poluente

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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paga princípios. A área de águas territoriais até três milhas náuticas da costa é exclusivamente para

pescas de pequena escala e de subsistência, pesquisas científicas e pescas desportivas.

O Regulamento de Pescas Marinha (Decreto Nº 43/2003) estipula que o Ministério de Pescas adopta

gestão participativa de recursos pesqueiros. A gestão participativa procura alcançar os seguintes objectivos

(Art. 15): assegurar uma gestão responsável de pescas; garantir os direitos de acesso a pescas por

comunidade de pescadores; promover a participação de comunidades de pescadores na planificação e

implementação de medidas de gestão de pescas; promover actividades de treinamento através de trabalhos

de extensão de pesca; criar um ambiente favorável para uma coexistência calma entre os pescadores de

pequena escala e outros operadores industriais.

A Comissão para Administração de Pescas (CAP) e os Comités de Co-gestão (CCG) são a gestão

participativa fora para a representação de todos os interessados chave. O Comité de Co-gestão é

responsável pela gestão participativa a nível local, distrital e provincial e inclui a Autoridade local de

Administração de Pescas, Conselhos de Pescas de Comunidade, operadores de pescas, processadores,

pesquisa e trabalhadores de extensão, autoridade marítima e comerciantes de produtos relacionados com a

pesca local.

Os CCPs são entidades legais reconhecidas pelo Ministro de Pescas que contribuem na gestão participativa

de pescas e para o desenvolvimento de actividades para promover sustentabilidade de recursos e melhoria

de condições vida, incorporando os interesses da comunidade em planos de acção de desenvolvimento.

O regulamento define a responsabilidade de criação de quatro tipos de áreas reservadas para preservação e

protecção de espécies marinhas e provê o estabelecimento de parques marinhos, reservas marinhas e áreas

marinhas protegidas.

Regulamentos adicionais relacionados a pesca pertinentes para a protecção dos recursos marinhos incluem

o Decreto Ministerial de 23 2002 de Abril que declara uma Moratória em coral e colecção de peixe

ornamental e comércio.

O Decrete N.º 15/2000 sobre as Autoridades Locais, estabelece os modos como os órgãos estatais locais

ligam-se as autoridades comunitárias., chefes tradicionais, secretários da vila, e outros líderes legitimados

(que incluiria uma ampla variedade de potenciais líderes). Os principais mandatos destas autoridades são:

(a) Disseminar leis do governo e políticas entre membros da comunidade; (b) Colaborar com o governo na

manutenção da paz e luta contra o crime, especialmente em torno da exploração de recursos naturais; (c)

Mobilizar e organizar as comunidades para actividades de desenvolvimento local, incluindo a edificação e

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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manutenção de certas instalações sociais e económicas; (d) Participe na educação cívica sobre gestão

sustentável de recursos naturais; e (e) Mobilizar e organizar as pessoas para pagarem os impostos.

O decreto é regulado através do Diploma Ministerial 107-A/2000 que identifica as autoridades

comunitárias e conselhos locais como os dois meios de estabelecer a comunicação com as comunidades.

Um despacho Ministerial conjunto dos Ministérios de Administração Estatal, Planificação e Finanças e

Agricultura e Desenvolvimento Rural (13 de Outubro de 2003) aprovou as "Orientações para a

Participação da Comunidade e Consultoria na planificação do Distrito”. Guiam a instalação de conselhos

consultivos aos mais baixos níveis de governos locais, identificando mecanismos de participação para a

sua operação, e incluem recomendações para operação de fóruns comunitários representativos a nível da

vila / comunidade.

A Lei sobre a Administração Estatal Local (n.º 8/2003 de 19 de Maio) prevê o espaço para a

participação da comunidade com base em um modelo de “administração integrada" enfatizando a

dimensão territorial da administração pública - a lei dá autoridade ao governo do Distrito e um

orçamento. Panejamento participativo descentralizado é um veículo chave para reforma do sector

público e promoção do desenvolvimento rural a nível do distrito.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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7.9 J. Termos de Referência para o Ponto Focal Social da ANAC

A ANAC terá uma equipa de duas pessoas dos Pontos Focais Sociais e Ambientais (PFSA) em uma unidade de

protecção Social e Ambiental para orientar e conduzir a gestão de reparação de injustiças, licenciamento ambiental,

desenvolvimento e implementação de Planos de Desenvolvimento Estratégico para as Áreas de Conservação e

Planos de Acção par o Desenvolvimento da Comunidade e M&A relacionados ao Projecto relevante.

As Responsabilidades do Foco Social incluem, mas sem sem limitação a:

Desenvolvimento estratégico que planeja áreas de conservação

• Prestar apoio ao desenvolvimento do regulamento das Áreas de Conservação Lei nº 16/2014

especialmente ao processo e envolvimento das partes interessadas requerido para o desenvolvimento do

plano estratégico para as Áreas de Conservação.

• Supervisionar o plano do desenvolvimento estratégico para as Áreas de Conservação e grupos ACs já que

recursos para isto foram disponibilizados.

• Assegurar que os Planos de Desenvolvimento Estratégicos cobrem todas as áreas que requerem plano de

acção de desenvolvimento comunitário subsequente.

Plano de Acção para o Desenvolvimento Comunitário

• Apoiar a gestão fronteiriça da AC / Administração da AC para identificar uma equipa técnica para

preparar e actualizar o CDAP.

Os membros da equipa pode ser o pessoal de ligação comunitária da AC ou, as áreas contratadas e

costeiras deveriam considerar concelhos do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Zona Costeira

(CDS-ZC) e áreas do interior do Centro de Desenvolvimento Sustentável dos Recursos naturais (CDS-

RN).

• Assegurar o desenvolvimento de capacidade está em lugar de apoiar efectivamente a equipa técnica e as

comunidades para formular CDAPs integrados, monitorar, avaliar e os actualizar.

• Supervisionar a equipa técnica do CDAP junto com o Administrador da AC particularmente em relação

ao desenvolvimento da participação em processos de monitora.

• Monitora a implementação do CDAP e garantir que os relatórios sejam fornecidos ao Administrador de

AC, Administrador do Distrito e Governo Provinciano.

Gestapo de reparação de injustiças

• Orientar e conduzir a gestão da reparação das injustiças garantindo acesso para registar reclamações é

livremente disponível para os idosos e vulneráveis, mulheres e jovens.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

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• Conduzir os procedimentos administrativos e legais de recurso para a reparação das injustiças

assegurando que o processo é oportuno.

Desenvolvimento Comunitário

• Apoiar na sensibilização sobre os direitos de uso dos recursos e restrições por meio de garantia da

provisão de materiais e treinamento ao pessoal de Ligação com a Comunidade da AC e supervisionar o seu

desempenho subsequente.

• Garantir a participação da comunidade no mapeamento e na planificação do uso da terra por meio de

assegurar ligações entre o pessoal de Ligação com a Comunidade da AC, o pessoal de extensão de sector da

Agricultura, especialistas de planeamento territorial e equipas de planificação do Distrito.

• Garantir a delimitação da terra de comunidade e a certificação é apoiada pela coordenação e facilitação

das ligações com os conselheiros legais e o pessoal de Ligação com a Comunidade da AC.

• Apoiar ao pessoal de Ligação com a Comunidade da AC para facilitar planificação comunitária e guia-los

para os processos de licenciamento para a criação de áreas de conservação, direitos-baseados de uso de

territórios aquáticos e terrestres e outras iniciativas.

• Apoiar o desenvolvimento do desenvolvimento de capacidade da comunidade precisa de avaliações,

planos para treinamento coerente e apoio em recursos que são escondidos para sustentabilidade a longo

prazo da comunidade e benefícios de conservação.

• Supervisionar e monitorar o desenvolvimento da capacidade da comunidade dos provedores de serviço

contratados por Mozbio para garantir o benefício máximo das comunidades, e que quaisquer deficiências

são acompanhadas.

Monitoria e Avaliação.

• Junto e em coordenação com a Unidade de Implementação do Projecto e o Departamento de panificação e

Monitoria da ANAC desenvolve e orienta todo a monitoria relacionada ao Projecto e actividades de

avaliação.

• Apoia a Gestão Transfronteiriça da AC para garantir que a monitora de participação e avaliação é

operacional em coordenação com o pessoal de Ligação com a Comunidade da AC.

• Ajudar o pessoal de Ligação com a Comunidade da AC a estabelecer Informação de Desenvolvimento e

Centros de Coordenação em uma base conforme necessário.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

93

K. Resumo Socioeconómico das AC

MozBio Principais fontes

de

sustentabilidade

(& acessibilidade

da AC)

Estimativa da

população

residente

Instalações

de serviços

sociais

Dados

económicos e

sociais

Infra-estruturas

públicas

Organização

social

Gestão e uso

dos recursos

naturais

ONGs Agências

Financiadoras

A

g

e

n

t

e

s

d

e

A

C

T

F

I

I

Reserva

Especial de

Maputo

Agricultura muito

produtiva nos

vales de zonas

baixas, pesca em

rios, zonas

húmidas e mar,

produção animal

de pequena

escala, caça.

Agricultura de

subsistência

praticada por 5

comunidades na

AC (Buingane,

Lihundo

Tsolombane,

5,000 1 Escola e 1

unidade

sanitária

A densidade

da população

Matutuine é

7.5 /km2,

mais de 50%

da população

é feminina. A

maioria de

população é

activa,

significa que a

idade de 52%

está entre 15 e

64. O índice

de

masculinidade

É informe: partes

do acampamento

principal,

estradas, postos

avançados,

pontes, bueiros e

vedação nos

limites.

As estruturas

de liderança

tradicionais

têm

sobrevivido e

há forte

fidelidade ao

Tembe,

liderança

tradicional no

sul. Foram

Criadas as

seguintes

associações

em 2009 Ahi

Zameni

Uso de locais

sagrados para

cerimónias e

enterros

dentro da AP.

Problemas

com

queimadas.

Uso

substancial

dos recursos

naturais

considerados

sustentáveis, e

localizados

perto dos

Corredor de

desenvolvim

ento de

Maputo

Helvetas,

IUCN,

LUPA,

ONGs locais

Governo,

Banco Mundial,

FPP, Fundação

Ford, Fundação

Bell.

F

P

P

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

94

Mvukuza e

Madjedjane).

Agricultura ao

longo do Rio

Maputo em terras

aluviais, gado

cultivando.

Produção e

retirada do mel.

é 94. 9. a taxa

total de

fecundidade é

de 3.9.

Chemucane e

em 2010: Ass

Pfuka

Guengo, Ass.

Comunitária

Matchia., Ass.

para o

desenvolvi-

mento de

Massuane,

Ass para o

desenvolvime

nto Phuza e

Ass para o

desenvolvime

nto Mabuluko.

assentamentos

. Compreende

pouca

participação

em CBNRM.

Corredor de

futi

Agricultura, pesca

nos rios e mar,

produção de

carvão, produção

animal de

pequena, caça.

n/a 5 escolas e

uma unidade

sanitária

A idade

padrão dentro

do Corredor

de Futi

proposta é de

47, oito anos

mais que as

pessoas em

áreas

adjacentes;

22% de

crianças no

corredor tem

da idade não

superior a 15

anos,

comparadas a

77% nas áreas

do leste e

oeste (Els

2001). Área

ocupada

durante

séculos pelos

As estradas estão

em más condições

mas é possível de

se passar com

veículos de quarto

rodas. Instalada a

rede eléctrica a

Linha férrea de

Salamanga

durante o

corredor.

As estruturas

de liderança

tradicionais

têm

sobrevivido, e

há forte

fidelidade a

liderança

tradicional de

Tembe no sul

Os recursos

estão a ser

esgotados na

Reserva

Florestal de

Licuati pelos

produtores de

carvão e

cortadores de

Madeira. As

pessoas que

depende dos

recursos

naturais para

complementar

a agricultura

baseada nas

técnicas de

queima e

corte. A venda

de peixe é a

principal fonte

de

rendimento.

LUPA

Governo,

Banco Mundial,

FPP

F

P

P

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

95

Rongas. Os

Changana são

agora

habitantes

predominantes

. A maioria

determinante

está ao longo

das

extremidades

do rio

Maputo, zona

sujeita a

inundações,

Salamanga,

Chia,

Mussongue &

Gueveza.

Ceifeiras de

vinho de

palma no

Puza.

Mineiros que

regressam da

África do Sul

estão

assentados

perto da Ponta

D'Ouro &

Ponta

Malongane

Reserva

Parcial

Marinha da

Ponta de

Ouro

As pequenas

propriedades e

pesca de

subsistência, uso

desta área por

emigrantes da

África do Sul.

n/a Uma escola

e 1 unidade

sanitária

A Reserva

Marinha é faz

parte do

Distrito de

Matutuine

(veja a cima).

Algumas lojas,

bombas de

Combustível,

hotel, estação

turística com

casas de campo e

parque de

campismo.

População

Ronga e

líderes

tradicionais

são influentes,

posto que o

governo

atribuiu

autoridade

Turismo e

migrantes da

África do Sul

como também

o aumento da

população

exercem

localmente

uma pressão

LUPA

Governo, Banco

Mundial e FPP

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

96

oficial. sobre a pesca.

Pobre

conservação

de áreas

litorais pelos

turistas e

investidores.

Governo local

não está a

cumprir com

normas de

panejamento

urbano.

P N

Limpopo

Criação de Gado,

agricultura de

pequena escala

comercial e de

subsistência ao

redor da represa e

ao longo dos rios

(mais de 60%

cultivam a baixo

de 4 hectares),

pesca em represa

e rios. AC no sul

é acessível mas o

rio é a fronteira

natural a leste e

fronteira com a

África do Sul está

parcialmente

vedada.

6,192 na CA e

21,000 zona

tampão ao

longo de ramo

ocidental do

Rio Limpopo.

Na bacia de

Shingwedzi:

7 escolas

primarias, 2

Unidades

sanitárias.

Aproximadam

ente 70% é

analfabeta.

Mais de 50%

da população

<20 anos de

idade. Não há

oportunidade

de emprego.

6 furos, 4

operacional.

Lençol de água

razoavelmente

salino. Mais de 1

hora de água para

um número

considerável. Não

há rede de

electricidade.

Estradas pobres

embora a

manutenção

esteja

melhorando. Boa

cobertura de

telefone celular.

Cercas, tanques

ou canal para o

gado.

A população

Changana. Os

Líderes

tradicionais

são influentes,

entretanto o

governo local

atribuiu-lhes

autoridade

oficial. A

maioria das

pessoas

deixou a área

durante a

guerra. Poucas

actividades

comunitárias

salvo grupos

de igreja.

Criada a

associação

Mapai Ngala

em 2010.

Muitos usam

água do rio.

Lenha para

cozinhar e

iluminação.

Muitos

artesãos.

Fortemente

dependente de

recursos locais

nas áreas

semi-áridas do

parque

nacional para

subsistência

básica. O uso

da madeira

para carvão e

combustível é

uma ameaça

as zonas

tampão. A

caça furtiva e

permeabilidad

e

transfronteiriç

a são questões

PPF, LUPA,

Technoserve

IUCN,

COWI,

CEDES,

ORAM,

LUPA

(irrigação);

CARITAS;

ORAM;

HLUVUKA

-PNL

(Advocacia,

Artesão &

produtos)

AFD, KFW,

FPP

L

U

P

A

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

97

importantes,

conflitos

homem

animal

afectaram

muitos. Zona

de tampão de

sul vedadas.

Gado e criação de

pequenos

animais,

agricultura em

brejos de

Banhine. Pesca,

recolha de frutas

silvestres e

plantas, bebidas

de fermentação.

Trabalhos em

minas na RSA. A

maior

dependência em

brejos de Banhine

e tendendo a

continuar a extrai-

los. 70% das

aldeias no parque

usam estacas para

construção

(principalmente

Mopani &

ironwood na parte

sul do parque),

lenha e capim.

60% das aldeias

usa frutas e lama

(para a construção

de casas) e

medicina

tradicional. 50 %

2,696 na CA e

aproximadam

ente 6,365

mais vivo fora

de mas usando

recursos

dentro de NP.

5 escolas

primárias.

Sem

unidades

sanitárias por

perto.

Aproximadam

ente 95% das

comunidades

estão

envolvidas em

agricultura de

subsistência

baseado em

seca em

culturas

tolerantes,

como sorgo,

milhete,

feijão,

melancias,

feijão-frade e

mandioca. A

maioria

(52.74%)

ganha menos

que 500 MT

/mês.

Economia

virtualmente

sem dinheiro,

trocas

baseadas em

género. 54.8%

não têm

nenhum

mecanismo

alternativo

Estradas em

condições pobres.

Sem rede

eléctrica e sem

cobertura de rede

de telefonia

móvel.

População

Changana em

Banhine.

Forte

liderança

hierárquica –

regulo

(intervenções

rituais para

garantir

produtividade

e harmonia

social,

cobrança de

impostos),

cabos e chefes

tradicionais

em paralelo e

por vezes

sobrepondo a

autoridade

local de

presidentes da

localidade e

secretários da

vila.

Resolução de

conflitos

através de

tribunais

comunitários

e debates de

Forte senso de

propriedade

dos recursos

locais.

Acesso/uso só

é possível

com base em

acordos via

líderes

tradicionais.

Uso

governado por

cerimonies

tradicional e

chefes de

aldeia. Uso

sobreposto de

recursos

comuns

menos a

pescas,

espiritual e

herança que

são

específicas e

exclusivas.

Uso acrescido

de RN durante

7 meses de

ano quando há

segurança

alimentar.

Fundo

Africano

para a

Protecção da

Natureza

USAID

A

W

F

,

D

P

A

C

T

F

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

98

das aldeias usam

raízes das plantas

e amarula, 30%

das aldeias, vinho

de palma,

madeira,

especialmente na

parte sul do

parque. Cerca de

20% de nenúfar

de peixe e terra.

Quase 93%

depende da

medicina

tradicional para

tratar doenças,

incluindo

aumentar a

fertilidade.

para ganhar a

vida ou

compensar a

escassez. Taxa

de

mortalidade

de u-5s alta.

Algumas

famílias

recebem

remessas.

Secas

regulares

fazem com

que haja

dependência

acrescida nos

brejos de

Banhine. Pelo

menos 65%

dos membros

da

comunidade

nunca

frequentaram

a escola.

Cerca de 46%

dos membros

da

comunidade

não dos bens

familiares.

anciões para

as

contravenções

de uso social e

natural dos

recursos.

Criada

Associação

Avestruz em

2009 e

Associação

Comunitária

Banamana em

2011.

Acesso é

reconhecido

para locais

sagrados.

Aproximadam

ente 84% das

comunidades

acreditam em

espíritos

ancestrais.

Locais

sagrados no

parque são

locais de

enterro ou

árvores,

principalment

e baobá ou

marula.

P N Zinave

Frutas silvestres

& plantas da AC.

Gado & produção

em pequena

escala de animais.

Pesca no rio é

importante.

Preparação e

5485 na AC e

6079 na zona

tampão.

1 Escola

primária de

primeiro

grau e 2 do

Segundo

grau. 3

Bombas

naturais e

Valor

estimado de

produtos e

culturas = 185

dólares por

família ou 30

dólares per

capita por

Estradas em

pobres condições,

sem rede de

electricidade.

Muitas

famílias em

Zinave são

Matswa. Elas

têm forte

liderança

hierárquica –

regulo

O rio Save

sofre sobre

pesca e abate

ilegal de

Madeira.

Tentou-se o

CBNRM mas

houve

Nenhuma Banco Mundial

L

V

I

A

,

S

N

Page 99: PROJECTO MOZBIO MOÇAMBIQUE Quadro do Processo VERSÃO … … · K. Resumo Socioeconómico das AC .....93. Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

99

venda de bebidas

fermentadas.

uma unidade

sanitária do

tipo II.

anos em 1999. (intervenções

rituais para

garantir

produtividade

e harmonia

social,

cobrança de

impostos),

cabos e chefes

tradicionais

em paralelo e

por vezes

sobrepondo a

autoridade

local de

presidentes da

localidade e

secretários da

vila.

Resolução de

conflitos

através de

líderes

comunitários,

tribunais e

conselhos de

anciões para

as

contravenções

de uso social e

natural dos

recursos.

Criada

Associação

Vuka Zinave

in 2009

objectivos,

papéis e

responsabilida

des não claros

(três comités

da aldeia

foram

criados).

Fracassou. Os

chefes da

aldeia

governam

tradicionalme

nte o uso de

recursos.

V

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

100

P N de

Chimanimani

Agricultura

produtiva, uso

de frutas

silvestre, planta,

animais e peixe.

A agricultura e o

uso de recursos

naturais são o

principal pilar

económico das

comunidades

(terra, lenha,

comercio de

ouro)

30,900 nas

zonas tampão.

2470

na AC

Sussundenga

com 64

escolas

primárias e

uma escola

secundária.

6 Unidades

sanitárias

6 lojas

registadas e

operacionais

no distrito de

sussundenga

6 telefones

públicos no

distrito de

sussundenga

O povo Ndau com

fortes relações

tradicionais

mútuas e recursos

naturais locais.

Hierarquia

tradicional

influente com o

líder mais alto

vivendo em

Zimbabwe e o

líder espiritual na

área de Mahate.

Conselhos

comunitários

organizados para

gerir pequenos

projectos de

desenvolvimento.

Práticas de

conservação

tradicional,

locais

sagrados

protegidos

pela

comunidade

local têm uma

vasta

experiência de

CBRNN mais

o programa

está sem

fundos.

12

Associações

desenvolvidas

nas zonas de

tampão de

2008 a 2011

para gerir os

recursos

naturais e

investimentos

comunitários

turísticos.

Mineração de

ouro constitui

um risco para

as iniciativas

sociais e da

RNM.

ORAM?

AMBERO

, fundação

MICAIA

Banco

mundial

KWAEDZA

SIMUCAI/

AMBERO,

DPACTF,

NICAIA

Parque

Nacional das

Quirimbas

Fortemente

dependente dos

recursos naturais

domésticos e

naturais. 95%

Dependendo da

agricultura de

95.362 na AC

e 71.823 na

zona tampão.

11 escolas, 3

unidades

sanitárias

nas ilhas.

Escolas na

maior parte

das

A economia é

baseada na

agricultura,

mineração e

silvicultura. A

silvicultura

baseia-se nas

Cobertura de

telefonia

móvel para

uma ilha, e

todos os

centros

administrativ

Líderes locais e

representantes das

aldeias apoiados

pelos secretários

do bairro, chefe

do bloco e chefe

da polícia

O

mapeamento

foi levado a

cabo para

melhor gerir

os recursos

naturais. Nas

Aga khan,

AMA,

Helvetas e

progresso,

KULIMA

Jacobus

van

Renswijk

e Mareja

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

101

subsistência

com terrenos de

1.2 hectares

alimentando 3-5

pessoas.

Estas

actividades são

reguladas pela

estratégia de

desenvolviment

o comunitário na

zona de uso de

multi recursos.

A caça e

madeira são

extraídas da AC

e empregos

ocasionais por

meio de

operadores

ilegais. Pedras

preciosas e

vários outros

mineiros

extraídos das

várias partes da

AC.

comunidade

s por toda

AC,

5 unidades

sanitárias no

Distrito de

Meluco, 9

em

Ancuabe, 4

em

Macomia, 7

em

Montepuez

licenças de

abates das

árvores. 42%

da população

é de abaixo de

15 anos de

idade e 80%

da população

é muçulmana.

Somente cerca

de 8%

concluiu o

ensino

primário (4%

das mulheres

e 13% de

homens) e

83% é

analfabeta.

Somente 21%

fala

Português. Em

Montepuez a

principal

cultura de

plantação

comercial é o

algodão, que é

plantado por

pequenos

proprietários.

As ilhas

detêm quatro

estações de

turismo que

geram

emprego para

residentes da

ilha e do

continente.

os. A AC é

atravessada

por estradas

de asfalto

com pontes

que não

suporta tão

bem as

cheias e

ciclones.

Somente

algumas

estradas não

preservadas

são de pobre

qualidade.

comunitária.

Organização

costeira para o

conselho de

pescas. A

liderança

tradicional é

através de um

chefe com a sua

linhagem

ancestral muitas

vezes restringida

ao domínio

espiritual, embora

tenha um papel

importante na

legitimação das

acções do estado

governamental na

comunidade, ex: a

cobrança de

impostos. Uma

rainha completa a

hierarquia

tradicional. A

rainha é superior

à chefe na

hierarquia social.

Ela tem um papel

importante no

sistema de

crenças

relacionadas a

chuva.

zonas

marinhas e

terrestres os

recursos estão

regulados.

Extracção de

Madeira está

licenciada fora

das áreas

protegidas, e o

uso

tradicional

pela

comunidade

de mangues,

para a

construção e

para caminhos

para o mar, as

pedras são

extraídas para

a venda e

construção. A

caça de

subsistência

está licenciada

e para

objectivos de

cerimónia e

medicina

tradicional.

Um lodge

comunitário

na ilha de

Matemo. A

agricultura em

blocos para

evitar

conflitos com

a fauna bravia.

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

102

Alto potencial

turístico

durante a

costa.

Parque Nacional

do Gilé

Agricultura é

considerada

como a principal

económico e

actividade de

subsistência em

Gilé e nas áreas

interiores de

Pebane. Durante

toda a área

costeira de

Pebane pescas

no mar é um

recurso

económico

significante. A

maioria da

população ao

redor de NRG

pratica

agricultura. As

castanhas são a

fonte de

dinheiro

principal.

Recursos

naturais são a

fonte principal

de alimento em

tempos de

escassez.

Sem

residentes na

AC.

Não há

residentes na

AC.

O crescimento

populacional

nos dois

distritos é de

3% embora ao

redor da

reserva nos

três postos

administrativo

s do distrito

de Gilé, a

população

cresceu por

30% entre

1997 e 2007 –

implicando

um

crescimento

rápido na

pressão nos

recursos

locais. 85% de

analfabetizção

no Gilé e 73%

em Pebane na

população

com mais de

15 anos.

Reabilitação

das estradas

de terra e

pequenas

pontes.

A maioria da

população do

Gilé fala Emakua,

a língua local

falada nesta área

é Elomwe.

Produtos da

mata e

florestais são

os principais

recursos

procurados

pela

população. O

abate de

árvore para a

aquisição do

mel causa

impacto nos

produtos da

mata

PNA Bazaruto

Agricultura de

subsistência de

pequena escala

(o tamanho

médio dos

3,500 5 Escolas

primárias, 3

no Bazarruto

e 1 em

Magaruque,

A Economia

é baseado em,

turismo e

pesca.

Emprego em

Estradas de

terra com

fraca

manutenção.

Cobertura

A maioria da

população nessas

áreas é Matswa

desde a invasão

dos Nguni. A

Duas

associações

criadas para

gestão dos

recursos

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

103

terrenos no

Bazaruto é de 18

hectares) pesca

marítima,

produção de

pequenos

animais, caça,

extracção de

palma para

produção de

vinho, canas e

mangues usados

para construção

de casa.

Comércio local

de produtos

básicos e peixe.

Ostras e outros

moluscos para

alimentação e

comercialização.

sem água

canalizada,

excepto para

pessoas que

vivem em

volta dos

hotéis. Na

maioria das

vezes poços

tradicional

não

protegidos e

poucos

furos. Uma

unidade

sanitária.

hotéis é

promovido

mas os

principais

proprietários

da terra têm

trabalhos

qualificados.

Transporte

por barco para

o continente

faz dos bens

muito caros.

telefónica

em algumas

áreas.

Aeródromo

em duas

ilhas com

ligação ao

aeroporto

internacional

de

Vilanculos.

liderança

tradicional

controla a

produtividade na

terra e do mar e

desde

reconhecida como

autoridade

tradicional que é

também

responsável por

solução de

conflitos locais

herança

patrilinear de

campos e arvores

assim como

outras

propriedades tais

como barcos.

naturais mas

elas não os

controlam

efectivamente.

Sobre o uso

de ostras de

areia,

queimadas

para preparar

a terra para

agricultura e

gestão de

fornecimento

de água na

terra, como

também fraca

capacidade

para manter os

pescadores do

continente

fora do

Parque. A

pesca está a

reduzir assim

como as

outras áreas

fora da AC

sobrem sobre

pescas.

Marromeu Os farmeiros de

subsistência que

utilizam

recursos locais

para

suplementar as

suas dietas e

Renda e suprir

necessidades

básicas por

artigos como

4,376

Uma

unidade

sanitária, 11

fontes de

água que

havia até

2005 nas

quais 2 são

inoperantes

Taxa de

alfabetização

muito baixa

menos de 10%

em algumas

áreas. Quase

cerca de 25%

de

empregabilida

de próximo

aos centros

Sem estradas

de acesso a

reserve de

morromeu

para chegar

neste local as

pessoas

usam barcos.

Pessoas que

vivem no Delta

do Zambeze são

da etnia Sena e

esta também é a

língua

predominante. A

liderança

tradicional local

ainda é muito

influente por

A floresta fora

do limite de

comunidade e

dentro da

Reserva é

administrada

pelo

Departamento

Provincial de

Floresta e pelo

Ministério do

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

104

combustível,

abrigo, artigos

domésticos e

medicamentos.

A renda

encontra-se

disponível a

partir de

trabalhos nas

concessões das

coutadas.

urbanos. meio de régulos,

sapandas e fumos.

Turismo.

Várias

associações

criadas por

ORAM para

lidar com

conflitos de

uso de terra.

Concessões de

caça (zonas

tampão MR)

Culturas de

alimentos

importantes

produzidos na

área incluem

milho, sorgo,

arroz, feijão,

abóbora,

mandioca,

batata-doce e

ervilha-de-

pombo. A

maioria das

casas também

cultiva frutas e

vegetais que são

tão diversos

quanto as

culturas de

alimento. Frutas

e vegetais

comuns

produzidas na

área incluem

mangas,

bananas,

papaias, lima,

goiabas,

repolho, tomate,

30,900 Uma escola Taxa de

alfabetização

muito baixa

menos de 10%

em algumas

áreas. Quase

cerca de 25%

de

empregabilida

de próximo

aos centros

urbanos.

Pouco acesso

a estas áreas

florestais

Pessoas que

vivem no Delta

do Zambeze são

da etnia Sena e

esta também é a

língua

predominante. A

liderança

tradicional local

ainda é muito

influente por

meio de régulos,

sapandas e fumos.

A floresta

dentro da

fronteira da

comunidade é

da pertença de

todo o

Régulado

como um

recurso

comum que

pode ser

usado por

membros da

comunidade

para

propósitos de

subsistência.

Se os

membros da

comunidade

quiserem

utilizar

produtos de

floresta para

um propósito

comercial, por

exemplo.

Produção do

carvão ou

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Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final

105

cebola e piri-

piri.

venda de

madeira, então

ela/ele tem

que adquirir

uma licença

do

administrador

de distrito