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PROJECTO EDUCATIVO DA CRECHE EMANUEL KUTOLOLA LUANDA, DEZEMBRO DE 2012

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PROJECTO  EDUCATIVO  DA  CRECHE  EMANUEL  KUTOLOLA

LUANDA,  DEZEMBRO  DE  2012

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INTRODUÇÃO

O presente Projecto Político Pedagógico do Ensino Pré-escolar da Creche Emanuel

Kutolola está estruturado de forma a espelhar o ideal que norteia as aspirações dos seus

fundadores que partem do estudo e compreensão do actual processo educativo assim como da

organização e gestão das instituições de ensino pré-escolar que emergem da real situação do

ensino em Angola.

O primeiro capítulo aborda os conceitos e suas implicações do âmbito sociopolítico

tendo como base as leis e os lineamentos de concepção a nível didáctico e pedagógico que

orientam o processo educativo nacional. E no segundo capítulo situamos a instituição no

contexto do “Grupo Arzemath” do qual é propriedade, sua localização, tipologia e as

características da comunidade onde se insere.

No terceiro capítulo damos a conhecer a essência da nossa filosofia, a sua característica

como instituição de natureza educativa, isto é, a nossa visão, missa e atribuições, os valores e a

oferta educativa. No quarto capitulo e sobre as formas de operacionalização da instituição no

concerne ao organigrama, o capital humano e material, as estruturas superiores das quais o

complexo escolar depende em termos de regulamentação e intercâmbios bilaterais e os

diferentes órgãos internos com os quais a direcção conta para trabalhar e garantir uma melhor

qualidade de ensino.

O quinto capitulo visa esclarecer os objectivos a serem alcançados durante a

implementação do projecto e seus níveis de operacionalização no que toca ao projecto curricular

do complexo escolar Emanuel Kutolola que nascem directamente dos planos curriculares do

ensino pré-escolar concebidos no âmbito da reforma educativa.

Com o desejo de reflectir até que pontos os objectivos preconizados foram alcançados,

o ultimo capitulo, o da avaliação anuncia os objectivos que se pretendem com a mesma a todos

os níveis do presente projecto, as técnicas e metodologias com as quais ajudarão a produzir

resultados fiáveis da avaliação.

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CAPITULO I – DEFINIÇÃO

1. 1. DEFINIÇÃO DO PROJECTO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O presente projecto educativo pretende afirmar-se como um processo permanente de

reflexão, discussão e aprofundamento dos problemas que emergem da acção educativa da

instituição na busca de alternativas viáveis a efectivação da sua intencionalidade que não é

descritiva, mas construtiva1, isto é, busca um rumo, uma direcção do compromisso sociopolítico

conhecido, querido e definido colectivamente.

Está intimamente ligado ao compromisso sociopolítico que se junta aos interesses reais da

população e, é político no sentido de compromisso de formação do cidadão para um tipo de

sociedade, “a dimensão política se cumpre na medida em que se realiza enquanto pratica

especificamente pedagógica2”. Estas são as razões pelas quais o presente projecto político

pedagógico constitui uma síntese de actividades, concepções e Linha orientadora da acção

educativa do Complexo Escolar Emanuel Kutolola, nos seus aspectos pedagógico-didáctico,

ética e cultural com vista a assegurar a coerência e a unidade da acção educativa para o ano

lectivo 2012/2014.

1.1.1. O Projecto Educativo como documento orientadorO Projecto Político Pedagógico é um documento orientador da acção pedagógico-didáctica

da Creche Emanuel Kutolola e sua “comunidade” em todos os níveis hierárquicos e nas várias

funções, sendo susceptíveis de observar e de exercer, na mais ampla acepção da palavra, a

acção educativa.

Apresenta-se enquadrado pela lei nº 13/01 vigente em Angola, por concepções e opções de

natureza pedagógica e por um conjunto de princípios, valores, estratégias, metas e objectivos,

segundo as quais a instituição se propõe cumprir a sua função educativa.

Assume-se como um documento de carácter pedagógico que, elaborado com a participação

de todos os educadores, a direcção e da comunidade, onde se encontra. Estabelece ainda a

identidade própria, através da adequação do quadro legal em vigor; apresentando um modelo

1 Cof. MARQUES, Projecto Pedagógico: a marca da escola. 1990, p. 23.

2 SAVIANI, Escola e Democracia: teoria da educação. 1983, p. 13.

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geral de organização e os objectivos pretendidos pela instituição; e, enquanto instrumento de

gestão, é ponto de referência orientador da coerência e unidade da acção educativa.

Pretende ser um projecto aglutinado das áreas curriculares de natureza disciplinar,

curriculares de natureza não escolares (curriculares e extracurriculares), da intervenção da

instituição no meio onde se encontra, da acção do meio e da sua interdependência. Procura ser,

também, um instrumento que procura facilitar a articulação e a sequêncialização das diferentes

etapas de educação e ensino.

O Projecto Político Pedagógico estrutura-se tendo por referência os cinco intervenientes

essenciais no processo educativo:• O sistema educativo• O corpo docente e directivo;• Os educandos;• Os auxiliares e assistentes de acção educativa;• Os pais e encarregados de educação.

1.1.2. O Projecto Educativo como documento da concepção educativo Creche Emanuel Kutolola

O Projecto Político Pedagógico deverá ser entendido como uma opção de rumo para o

trabalho a desenvolver, como o quadro que define a política educativa da Creche Emanuel

Kutolola, que o identifica e lhe confere a sua especificidade, garantido coerência com o

“Projecto” educativo Nacional”, definido pela Lei de Bases do Sistema Educativo.

1.1.3. O Projecto Político Pedagógico como documento de concepção pedagógicaO Projecto Político Pedagógico enquanto documento de orientação pedagógica, consagra a

orientação educativa e estrutura-se em torno dos seguintes tópicos:• Caracterização da Creche e do meio que o envolve;• Concepção de educação e valores a defender/oferta educativa;• Formas de Operacionalidades;• Objectivos a serem alcançados durante a vigência do presente Projecto;• Avaliação do Projecto.

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CAPITULO II – CARACTERIZAÇÃO DO CRECHE E DA COMUNIDADE ENVOLVENTE

2.1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO (HISTÓRICO, FUNDADORA OU PATRONO)

O Creche Emanuel Kutolola é uma propriedade do Grupo Arzemath3, empresa de Direito

angolano de onde consta entre outros o ramo da educação como seu objecto social. Desta

feita, atendendo as carências de mais instituições de ensino pré escolar no município de

Viana, decidiu em 2011 actuar neste ramo erguendo estruturas e programas que abarque o

ensino pré escolar na zona da Sapú-2 e teve o seu inicio em 2012.

2.1.1. Localização geográfica e características da comunidadeA Creche Emanuel Kutolola está localizada no Bairro da Sapu 2, município de Viana,

província de Luanda.

Esta zona de Luanda é habitada maioritariamente por cidadãos oriundos das várias

regiões de Angola que se refugiaram para a cidade capital durante o conflito armado. É uma

comunidade de classe média da maioria jovem. Grande parte das famílias se dedica ao

comércio formal e informal de diversos produtos de primeira necessidade.

A comunidade carece de tudo um pouco, desde instituições de ensino e de formação

profissional, o saneamento básico, estradas asfaltadas, energia eléctrica, água potável até os

transportes públicos.

Não obstante á estes desafios, a população apresenta-se trabalhadora e optimista para

vencer os vários obstáculos que o meio oferece.

2.1.2. TipologiaA Creche Emanuel Kutolola é uma instituição de ensino privado, propriedade do Grupo

Arzemath. Funciona em regime de externato no turno diurno e acolhe as crinças dos 0 à 5

anos de idade.

3 Diário da República de 10 de Novembro de 2006, IIIª Série nº 136, p. 4197. Com sede em Luanda, no Bairro km 14B, Rua dos Mulenvos nº 4, Município de Viana.

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CAPITULO III – CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E VALORES A DEFENDER - OFERTA EDUCATIVA

3.1. VISÃO

A nossa visão educativa assenta-se sobre a totalidade da pessoa humana com o

propósito de prover a sociedade e as famílias, crianças com uma cultura de base capaz de

desenvolver a sua dimensão intelectual, ética e física, de modos que terminem o ensino pré-

escolar com bases e habilidades que lhes permite continuar o ensino primário sem

constrangimentos.

3.2. MISSÃO E ATRIBUIÇÕES A instituição lecciona o ensino pré-escolar para as crianças da 1ª infância (dos 0 aos 5

anos de idade) em regime de externato, assegurando a sua formação nas dimensões pisco-

sócio-motoras necessárias para se tornarem participantes activos na produção do seu próprio

conhecimento e da sua próprio personalidade que facilite o seu ingresso no ensino primário com

base nos seguintes princípios:• Cumprir com os objectivos e conteúdos programáticos postulados pelo Ministério

da educação, bem como os procedimentos relativos ao ingresso dos educandos

e da avaliação escolar;• Veicular valores culturais que sublinham a sua identidade nacional, fazendo-os

participantes na preservação, promoção e desenvolvimento da sua própria

cultura;• Garantir aos educandos um ambiente adequado que os cative e os motive para

a necessidade de aprender;• Criar hábitos de trabalho em grupo que promove sentimentos de solidariedade,

interdependência e de intercâmbio científico;

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• Proporcionar uma sólida orientação ético-social que respeite a diversidade

cultural e religiosa de cada um;• Prover ao corpo docente e discente um ambiente e meios que os permita

partilhar saberes, experiencias e valores;• Abrir espaço a comunidade educativa, em especial aos pais, que os permita

participar activamente do processo ensino-aprendizagem dos seus filhos como

órgãos de consulta e de partilha das decisões;

3.3. ORIENTAÇÃO EDUCATIVA

Durante a vigência do presente Projecto Político Pedagógico, a instituição, procurará

mediante as orientações do ministério da educação, dos órgãos do ministério de assistência e

reinserção social ligados a educação pré escolar e das reais necessidades da comunidade

enquadradas na missão, objectivos e programas de ensino-aprendizagem, cultivar nos

educandos o gosto pela escrita e leitura aliados a uma moral que os capacite fazer juízos de

valor sobre o certo e errado, enquanto desenvolve ao mesmo tempo, as suas capacidades

físicas e desportivas tornando-os solidários, corajoso, leais, responsáveis e comprometidos com

o seu crescimento.

3.4. VALORES

A nossa instituição prima e assegura a formação integral da criança promovendo a

consciência patriótica e a cultura de paz como valores supremos ao exercício da cidadania, sem

descurarmos de formar para o sentido do cumprimento do dever enquanto respeita e promove o

amor ao próximo e o espírito de tolerância. Devem igualmente dotar-se de forte consciência

quanto a importância da família como um bem para si e para os demais e, aos quais deve a

obediência e a verdade e, da Creche como um bem publico e fundamental para o seu

desenvolvimento e dos seus amigos.

O educando da Creche escolar Emanuel Kutolola deve ainda saber situar-se no meio

ambiente, conhecendo a diversidade ecológica e da sua interdependência, e da necessidade da

coexistência harmoniosa e preservação.

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3.5. OBJECTIVOS

Os objectivos que o presente Projecto Educativo se propõe atingir junto da sua

comunidade escolar emanam conjuntamente da lei 13/2001 que orienta o sistema educativo

vigente, da visão e objectivos educativos da escola que emergem das necessidades da

comunidade onde a instituição se insere, do seu corpo docente e discente e fundamentalmente

da sua principal clientela escolar, os educandos.

3.5.1. Objectivos EducativosA educação pré-escolar, como primeira etapa da educação basca, no contexto actual de

educação, visa o desenvolvimento equilibrado de todas as potencialidades da criança,

proporcionando-lhe oportunidades de socialização, autonomia e preparando-a para uma

escolaridade bem-sucedida e constituindo apoio importante as famílias na sua tarefa educativa.

Educação pré-escolar ao assentar nos princípios de educação para todos, que

perspectiva o direito à educação para cada individuo, tem se pautado por:• Satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem;• Proporcionar igualdade de acesso e equidade. Qualidade de serviços para

todos;• Garantir uma participação crescente na escolarização e na • Melhoria da qualidade de educação oferecida na realização da reforma

curricular;• Permitir a aquisição das aprendizagens que resultem no desenvolvimento

humano e progresso socioeconómica;• Generalizar os serviços básicos, para satisfazer as necessidades de

aprendizagem de toda a sociedade e dos grupos etários;• Generalizar a oferta educativa pré-escolar, dando respostas às necessidades

das crianças e das suas famílias adaptadas neste subsistema de ensino as

seguintes orientações;• Assegurar a tutela pedagógica do Ministério da Educação sobre os

estabelecimentos que integram a rede nacional de educação pré-escolar;

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• Promover a expansão da oferta de educação pré escolar, através da constituição

de uma rede nacional que assegure de forma paulatina a cobertura do território

e da população entre os 3.5 ano, nas sua componentes educativas e de apoio à

família.• Tem uma actuação ind3ependente e aceita facilmente as indicaçãções dos

adultos;• Constrói a sua inteligência a partir dos factos concretos que observa, começa a

distanciar-se do seu meio imediato;• Faz raciocínios, estabelece relações com mais facilidades sobre os aspectos

que ela conhece e sobre os objectos que ela manipula.

OBJECTIVOS GERIAS DO SUBISTEMA DE EDUCAÇÃO PRE ESCOALR• Promover o desenvolvimento intelectual, físico, moral, estético e afectivo da

criança, garantindo-lhe um estado sadio por forma a facilitar a sua entrada no

Subsistema de ensino geral;• Permitir uma melhor integração e participação de crianças através da

observação e compreensão do meio natural, social e cultural que a rodeia;• Desenvolver as capacidades de expressão, de comunicação, de imaginação

criadora e estimular a actividade lúdica da criança;• Permitir um desenvolvimento equilibrado de todas as potencialidades da criança;• Proporcionar oportunidades de autonomia e socialização preparando-a para

uma escolaridade bem-sucedida.

3.5.2. Objectivos Funcionaisa) Avaliar continuamente o programa que visa aproximar a comunidade à instituição com

vista a cultivar o espírito de pertença;

b) Conceber mecanismo de comunicação bilateral e permanente entre a instituição, o

ministério de tutela e a comunidade dos encarregados de educação;

c) Planear acções que possibilitem promover o intercâmbio cultural e recreativo entre as

instituições do ensino pré-escolar no de Viana;

d) Programar actividades que permitam aos educandos combinar a teoria com a prática

através de feiras de artes e cultura nacional;

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e) Fomentar a cultura de tolerância, étnica e religiosa com vista a cultivar e preservar os

valores humanos universais e permanentes;

g) Desenvolver a consciência ecológica através de actividades de plantação de árvores

e da educação sobre as consequências das construções nas zonas de riscos, etc.

CAPITULO IV – FORMAS DE OPERACIONALIZAÇÃO

4.1. ORGANIGRAMA4 DO COMPLEXO ESCOLAR EMANUEL KUTOLOLA

4.2. RECURSOS HUMANOS

4 De acordo com o regulamento das escolas do Ensino Geral, Capítulo 1: Organização e Gestão, artigos nº 4º a 36º.

DIRECTORASUPERVIDORA

EDUCADORAS

COMISSÃO DE PAIS E ENCAR. DE EDUCAÇÃO

EDUCANDO

TESOURARIA

Transportes -

EconomatoProtecção

Física Limpeza

SECRETARIA ADMINISTRATIVA

PSICOPEDAGÓGICO

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Quanto aos recursos humanos a instituição conta com uma directora, uma assistente

social, uma psicóloga de educação, quatro educadoras de primeira infância, cinco vigilantes,

quatro auxiliares de limpeza, dois motoristas, duas cozinheiras e uma secretaria administrativa.

Para os recursos humanos e com vista a empregar trabalhadores da comunidade, privilegiamos

os profissionais que habitam no bairro da sapú-2, Viana ou aos arredores do golfo 2 e na sua

maioria pertencentes a camada jovem.

4.3. RECURSOS MATERIAIS

Em termos físicos, a Creche conta com 5 salas de actividade, dois pátios infantis para o

lazer e recreio, gabinete da directora, um gabinete de apoio psicopedagógico, uma secretaria

administrativa, um refeitório, uma cozinha e dispensa, uma lavandaria, casas de banho para as

crianças e adultos e um acampo polidesportivo.

4.4. ÂMBITO INSTITUCIONAL

4.4.1. Estrutura Superior do Complexo EscolarQuanto às estruturas superiores, o Complexo Escolar Emanuel Kutolola conta com o

apoio oficial e institucional do Ministério da Educação e do Grupo Arzemath que esta na base do

projecto do surgimento desta instituição de ensino. Deste modo, podemos inferir

conclusivamente que o encaminhamento jurídico-legal deste estabelecimento educativo

fundamenta-se naquilo que se pretende como formação integral do cidadão pelo ministério da

educação e de formação segura e promissor como perspectivas do Grupo Arzemath.

4.4.2. Conselho de Pais e Encarregados de EducaçãoO conselho de pais e encarregados de educação funciona segundo um regulamento

próprio5. Este conselho é um órgão de consulta e partilha de decisões e de comunicação Escola-

Comunidade. O seu representante participa ordinariamente nas reuniões do Conselho Geral da

instituição.

5 Cf. Artigo 27º do Regulamento das Escolas do Ensino Geral nºs 1 e 2.

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4.4.3. Conselho Geral O Conselho Geral é presidido pela Directora e fazem parte os representantes de cada

conselho anteriormente citados e outros que a Directora achar convidar. É o órgão disciplinar e

fiscal ao mais alto grau do Regulamento Interno da instituição, de discussão e tomada de

decisões de carácter geral numa gestão democrática.

CAPITULO V – OBJECTIVOS A SEREM ALCANÇADOS DURANTE A VIGÊNCIA DO PRESENTE PROJECTO EDUCATIVO

5.1. REGULAMENTO INTERNO DO COMPLEXO ESCOLAR EMANUEL KUTOLOLA

O Regulamento Interno da Creche Emanuel Kutolola, propriedade do Grupo Arzemath,

Ldª., Sociedade Privada de Direito angolano, localizado no Município de Viana, Rua de Hacal s/

nº., Bairro Sapu - 2, nesta cidade de Luanda.

Este regulamento é um conjunto de regras que ajudam a regulamentar o funcionamento

da instituição e garante a participação de todos os elementos desta comunidade educativa. Este

objectivo pressupõe um trabalho de equipa por parte de todos os intervenientes.

A Creche só existe para ajudar a crescer física, afectiva, intelectual, moral e

espiritualmente os membros da sua comunidade educativa, assim sendo a Instituição tudo fará

em transmitir o gosto de aprender e de estar bem com os outros, em convívio de contínua

amizade. A liberdade para o amor significa para nós, estimular atitudes de respeito pela pessoa

humana e pela dignificação do ambiente escolar em todas as dimensões.

A instituição proporcionará momentos de encontro com a verdade e a descoberta de

caminhos que a ela conduzam em regime de livre aceitação.

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A finalidade é promover e acompanhar o crescimento e amadurecimento integral das

crianças da 1ª infancia dentro de uma visão cultural, com base nos artigos constantes deste

Regulamento Interno e o projecto educativo vigente na República de Angola.

5.2. PROJECTOS E PROGRAMAS

Os projectos e programas que a direcção da instituição se propõe implementar e

desenvolver no presente ano lectivo, consta entre outros a exposição do presente projecto a

comunidade escolar submetendo-o a debates, reflexão e aprofundamentos; a concepção de

estratégias, projectos e programas que visam a melhoria dos cuidados e da educação, entre

outros que a reflexão colectiva poderá sugerir.

CAPITULO VI – AVALIAÇÃO DO PROJECTO

A avaliação do presente projecto educativo resultará do consenso da comunidade educativa:

educadores, educandos, famílias e de outros agentes que participarem directa ou indirectamente

na sua implementação. E as metodologias de avaliação a adoptar funcionarão como estratégias

pedagógicas de responsabilização dos intervenientes estruturadas de modo a permitir a

articulação de resultados e a implementação de acções de forma a melhorar os processos e a

promover o êxito educativo.

A avaliação do projecto implicará a utilização de diferentes instrumentos na recolha de

informações em diferentes situações e, estrutura-se numa auto-avaliação da instituição e baseia-

se nos seguintes termos de análise:

• Nível de concretização do Projecto Político Pedagógico e o modo como se

concretizaram as aprendizagens nos educandos;

• Sucesso escolar avaliado através da capacidade de promoção da frequência

escolar e dos resultados do desenvolvimento das aprendizagens;

• Actividades dos departamentos e grupos disciplinares;

• Orientação, objectivos, meta a atingir;

• Ambiente educativo;

• A participação e colaboração dos pais e encarregados de educação;

• Desempenho dos órgãos de apoio e funcionamento das estruturas escolares.

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6.1. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS DA AVALIAÇÃO

A avaliação do projecto permitirá a Direcção da Creche operar melhorias na oferta dos

serviços e no funcionamento do projecto educativo, dos programas e actividades curriculares e

extracurriculares, da interacção entre educadores, direcção, encarregados, educandos e do

pessoal administrativo e de serviços de apoio, da organização e gestão das actividades lectivas

e da gestão dos recursos humanos.

6.2. METODOLOGIA

A linha orientadora da avaliação do projecto tem como objectivos assegurar a melhoria da

aprendizagem em geral e das práticas educativas em especial. A avaliação consistirá na

observação e interpretação sistemática de informações ou dados das actividades realizadas ao

longo do itinerário, a fim de melhorar e se possível reajustamento de qualquer falha registada no

projecto. Os pontos a serem avaliados são: projecto curricular da escola, regulamento interno da

instituição e o trabalho de educadores e vigilantes de 1ª infância.

CONCLUSÃO

Este projecto não consagra na totalidade os princípios políticos, didácticos e pedagógicos

exigidos pelos ínclitos sábios quanto a elaboração de Projectos Políticos Pedagógico, nem tão

pouco pretende substituir os saberes e perspectivas que aponta o Ministério da Educação no

que concerne a gestão de escolas, mas sim, a partir dos conhecimentos obtidos nos estudos

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sobre Organização das Comunidades Educativas e de acordo com os pressupostos da Lei 13 ⁄

2001 que regula o sistema do ensino nacional.

Queremos também deixar aberta a possibilidade de apreciação e críticas por parte dos

educadores, dos vigilantes, da Direcção, dos encarregados e de outros que queiram contribuir

para o nosso aperfeiçoamento em matérias ligadas ao vasto campo de ensino e aprendizagem,

ao qual pretendemos nos aperfeiçoar.

BIBLIOGRAFIA:

AGOSTINHO, Simão et AFONSO, Manuel, Manual de Apoio ao Sistema de Avaliação

das Aprendizagens Para o II Ciclo do Ensino Secundário Geral, Luanda, 2005

CABRAL, Joaquim felizardo Alfredo, Currículo do Ensino Primário, Luanda, 2005

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Currículo do Ensino Segundo Ciclo do Ensino

Secundário, Luanda, 2005

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Regulamento das Escolas do Ensino Geral, Luanda,

2005

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Lei de Bases do Sistema de Educação, Luanda, 2001.

MARQUES, Mário Osório, Projecto Pedagógico: a marca da escola, Unijui, 1990

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SAVIANI, Dermeval, Escola e Democracia: teoria da educação, SP, Cortez 1983,

OCTÁVIO, Maria Julieta, Currículo do Ensino Primeiro Ciclo do Ensino Secundário,

Luanda, 2005