projecto de responsabilidade social da etpm · apresentação dos objectivos do projecto de...
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SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
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SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
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SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
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Índice
Introdução. 4
Apresentação dos objectivos do Projecto de responsabilidade social da Escola Técnica
Profissional da Moita. 4
Apresentação da Escola Técnica Profissional da Moita. 5
A nossa Missão. 8
Os nossos Valores. 8
Os nossos Princípios. 9
Mensagem do Presidente do Conselho Directivo. 10
Princípios orientadores da nossa responsabilidade social. 10
Os nossos stakeholders. 10
Seriação das entidades. 11
Impactes do Projectos de Responsabilidade Social.
Aspectos Económicos. 11
Aspectos Sociais. 15
Aspectos Ambientais. 24
Considerações finais. 28
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Introdução
Os gestores da escola do futuro terão que dominar um conjunto de conceitos vulgarmente utilizados
na gestão empresarial potenciando a criação de valor acrescentado para os seus alunos, sejam eles,
crianças, jovens ou adultos, conseguindo prestar mais e melhor educação, com menos recursos.
Aliada a uma gestão mais eficaz, que privilegia a eficácia, reconhece o mérito e premeia a inovação,
a Escola terá também que prosseguir de forma permanente um conjunto de valores que se baseiam em
princípios éticos e de responsabilidade social, acautelando sempre aquilo que são os impactes gerados
no decurso da sua actividade.
Desta forma, propusemo-nos a desenvolver no contexto da nossa Especialização em Gestão e
Administração Escolar, um projecto de responsabilidade social para aplicar na nossa comunidade
educativa constituindo-se este instrumento como uma reflexão interna sobre a nossa cadeia de valor, os
impactes negativos que podemos gerar se não existir uma monitorização eficaz e a seriação de todos os
seus intervenientes.
O trabalho ora apresentado carece de um aprofundamento multidisciplinar de forma a conseguir a
assertividade que o mesmo compreende. Pretendemos permitir que a nossa comunidade, em primeiro
lugar, minimize os seus impactes para numa etapa posterior poder pensar num patamar de
solidariedade social.
Este projecto de intervenção no âmbito da responsabilidade social será ainda incluído no projecto
educativo da Escola, servindo como um mediador entre os resultados que temos que atingir e a forma
como os podemos alcançar.
Apresentação dos objectivos do Projecto de responsabilidade social da
Escola Técnica Profissional da Moita
No actual contexto de crise de princípios e valores que orientam as acções e opções que tomamos
no nosso dia-a-dia importa, mais do que nunca, que cada organização de forma clara e coesa manifeste
e defenda o conjunto de valores que estão na base da sua organização.
É a partir desta base que a Escola Técnica Profissional da Moita, vê como fundamental para a
prossecução dos seus objectivos estratégicos a construção de um documento orientador que defina os
seus princípios éticos, o que naturalmente conduz à consciência de responsabilidade social, permitindo
assim criar uma ferramenta que nos oriente e simultaneamente monitorize os impactes que geramos na
nossa actividade.
Na nossa Escola, a responsabilidade social é algo que sempre esteve presente em todas as opções
tomadas. Temos consciência dos impactes que temos para realizarmos a nossa actividade. O projecto de
responsabilidade social irá sistematizar o tratamento desses output’s indesejados, permitindo assim que
todos os stakeholders conheçam a nossa organização de forma mais transparente.
Apesar de hoje a responsabilidade social ser utilizada como instrumento de marketing, e todas as
organizações tratarem, principalmente aquelas que têm um contexto mais relevante no mercado
nacional, a responsabilidade social como um elemento imprescindível no actual modelo de
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desenvolvimento empresarial e económico, importa transpor esta necessidade para todas as pequenas
e médias organizações, de forma a podermos chegar a todas as pessoas, que são a verdadeira
organização. E se conseguirmos chegar ao âmago de cada pessoa e despertar nela aquilo que são os
princípios éticos e a sua necessidade de pensar nos aspectos positivos e negativos de tudo aquilo que
faz, e encontrar uma forma de minimizar os negativos, então, saberemos que irá ser mais fácil termos
organizações mais justas, equitativas e sustentáveis.
De facto, sermos socialmente responsáveis é simples! Não é preciso lermos um conjunto de
manuais, ou até mesmo perdermos muito tempo na pesquisa de conteúdos sobre o tema, basta apenas
termos bom senso e percebermos bem quando é que as nossas acções colidem com a esfera de outros.
E é aí que se agirmos de forma responsável, poderemos melhorar muito o nosso nível de
desenvolvimento social.
O nosso principal objectivo na implementação deste projecto de responsabilidade social é despertar
a consciência de cada um dentro das diversas actividades, da nossa organização, potenciando ainda o
despertar de uma consciência colectiva socialmente responsável e cativar toda a comunidade,
principalmente os alunos, para esta necessidade.
Apresentação da Escola Técnica Profissional da Moita
QUEM SOMOS?
A Escola Técnica Profissional da Moita é um estabelecimento de ensino sob tutela do Ministério da Educação, de natureza privada, com interesses públicos, desenvolvendo as suas actividades culturais, científicas, tecnológicas e pedagógicas de forma autónoma e sem outras limitações, para além das decorrentes da legislação em vigor.
A nossa Escola promove um conjunto diverso de serviços educativos, orientado para as crianças, os jovens e os adultos da nossa região.
A Escola Profissional
A Escola Técnica Profissional da Moita integra a rede de oferta formativa do Ministério da
Educação, tendo iniciado a sua actividade no ano lectivo 2006/2007, com cursos profissionais Técnico
Nível IV da União Europeia de:
• Animador Sociocultural;
• Secretariado;
• Contabilidade.
No ano lectivo 2007/2008, iniciámos mais três cursos:
• Energias Renováveis – variante de sistemas solares;
• Design Interiores/Exteriores;
• Apoio à Infância.
Para o ano lectivo 2008/2009, a nossa oferta formativa contemplou os seguintes cursos:
• Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade;
• Gestão;
• Energias Renováveis – variante de sistemas solares;
• Design Interiores/Exteriores.
No ano lectivo 2009/2010, a oferta formativa incidiu sobre:
• Apoio à Infância;
• Animador Sociocultural;
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• Energias Renováveis – variante de sistemas solares;
• Gestão;
• Restauração – variante restaurante/bar;
• Higiene, Segurança no Trabalho e Ambiente.
No ano lectivo 2010/2011, a Escola iniciou 7 novas turmas de cursos profissionais, atingindo a
dimensão de 420 alunos no regime diurno, com os seguintes cursos:
• Higiene, Segurança no Trabalho e Ambiente;
• Restauração – variante cozinha/pastelaria;
• Energias Renováveis – variante de sistemas solares;
• Apoio à Infância;
• Contabilidade;
• Recuperação do Património Edificado;
• Organização de Eventos.
Ainda neste ano lectivo, a Escola Técnica Profissional da Moita iniciou as Formações Modulares
Certificadas, que são constituídas por unidades de formação de curta duração, destinadas a adultos com
défice de qualificações, podendo estes realizar até 600 horas de formação, entre formação de base e
tecnológica.
Também em 2010, em parceria com o Colégio Corte Real – Cooperativa de Solidariedade Social,
C.R.L., Agrupamento Vertical de Escolas José Afonso e Fragata do Tejo, a Escola Técnica Profissional da
Moita oferece a todos os alunos do 1.º ciclo do ensino básico destes agrupamentos as Actividades de
Enriquecimento Curricular, através do ensino do Inglês, Actividade Física e Desportiva e da Expressão
Musical.
Para que as Actividades de Enriquecimento Curricular se desenvolvessem com os requisitos
adequados, a nossa Escola abriu dois centros de formação profissional, um em Alhos Vedros e outro em
Vila Rosa.
No ano 2010, iniciou-se ainda as Férias Temáticas, durante a interrupção lectiva do Natal, para
crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 12 anos de idade.
Num curto espaço de tempo, a nossa Escola conseguiu de forma sustentada, responder às
necessidades que foi identificando, tornando-se esse aspecto propício à implementação de um
ambiente dinâmico e favorável à mudança.
Hoje, a nossa Escola responde às necessidades de educação e formação de uma comunidade
educativa de mais de 2700 crianças, jovens e adultos, distribuídas pelas Actividades de Enriquecimento
Curricular, Cursos Profissionais de Nível Secundário de Educação, Reconhecimento e Validação de
Competências Escolares e Profissionais e Formações Modulares Certificadas.
A Escola tem hoje mais de 320 protocolos com empresas, instituições públicas e privadas, que além
de orientarem a Escola nas opções a tomar no que se reporta à oferta formativa, participam de forma
permanente em várias actividades desenvolvidas pela nossa Escola, destacando ainda o papel
fundamental destas entidades no acolhimento dos jovens para a formação em contexto de trabalho.
De entre as parcerias desenvolvidas, realçam-se a Câmara Municipal da Moita, a Junta de Freguesia
da Alhos Vedros, a Junta de Freguesia da Moita, a Junta de Freguesia da Vale da Amoreira, a Junta de
Freguesia do Gaio-Rosário, a Junta de Freguesia de Sarilhos Pequenos e a Junta de Freguesia da Baixa da
Banheira, Instituto Politécnico de Setúbal, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Centro
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Hospital Barreiro-Montijo, E.P., Agrupamento de Centros de Saúde do Arco Ribeirinho Sul (Península
Setúbal III), GesEntrepreneur e Comimba, S.A. (empresa que produz o bacalhau Riberalves).
O nosso Centro Novas Oportunidades foi ainda o fundador da rede de Centros Novas
Oportunidades da Frente Ribeirinha do Tejo, que agrega hoje seis Centros Novas Oportunidades,
reunindo mais de 9000 adultos inscritos.
Caracterização pessoal docente e não docente
A Escola Técnica Profissional da Moita inclui no seu corpo docente, até ao momento, um total de 77
professores e formadores.
No processo de selecção de docentes e formadores valorizámos ainda a capacidade de iniciativa e a
facilidade de comunicar e despertar o interesse do interlocutor, uma vez que pretendemos constituir
equipas jovens e dinâmicas, capazes de compreender, cativar e motivar os alunos. Outros factores
considerados foram a flexibilidade e a disponibilidade de tempo para oferecer à escola.
Quanto ao pessoal não docente, a Escola contabiliza no seu quadro de pessoal no presente ano
lectivo 23 elementos nos serviços de apoio escolar: Secretaria, Contabilidade, Papelaria/Reprografia,
Apoio Informático, Limpeza, Bar, Segurança e Manutenção/Conservação.
Centro Novas Oportunidades
O Centro Novas Oportunidades da Escola Técnica Profissional da Moita, foi criado por despacho da
Agência Nacional da Qualificação, I.P., estando o mesmo em funcionamento desde Outubro de 2008,
sendo frequentado por 980 adultos.
O Centro Novas Oportunidades tem como objectivo recuperar o défice de qualificações da
população activa portuguesa, encaminhando os adultos para ofertas formativas como o
Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), os cursos de Educação e Formação
de Adultos ou Formações Modulares Certificadas.
O nosso Centro Novas Oportunidades contempla o processo de Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências que visa reconhecer competências escolares ou profissionais a adultos
detentores de experiências de vida relevantes.
Gabinete de Inserção Profissional
Desde Julho de 2009 que a Escola Técnica Profissional da Moita, em parceria com o IEFP – Instituto
de Emprego e Formação Profissional, promove um Gabinete de Inserção Profissional para responder à
necessidade de orientar e acompanhar as pessoas em situação de desemprego do nosso concelho.
Este gabinete é uma mais-valia para a nossa Escola, pois permite ainda potenciar a integração dos
jovens formados pela nossa Escola, no mercado de trabalho.
Caracterização do Campus Escolar
A Escola está localizada na freguesia e concelho da Moita, numa zona empresarial, ocupando com o
seu Campus Escolar uma área de 7.000 m2.
O ritmo de crescimento da Escola tem sido acompanhado pela necessária adequação da estrutura
física, tecnológica e logística, de modo, não só a garantir a melhoria permanente das condições
pedagógicas da Escola, mas também a sua funcionalidade eficaz e a promoção de um ambiente que
potencie a aproximação de toda a nossa comunidade educativa, que hoje ultrapassa já as 2700 pessoas.
A caracterização detalhada do Campus Escolas encontra-se disponível no “Projecto Educativo” em
www.escolaprofissionalmoita.com
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A nossa Missão
Desde o início que vimos na nossa missão a necessidade de promovermos o sucesso a vários níveis.
O sucesso da nossa Escola através de bons índices escolares, através de uma constante aproximação
e realização de parcerias com entidades de diversos níveis, empresas e instituições de cariz público e
privado, garantido uma eficiente articulação entre os nossos jovens e o mercado de trabalho, mas
também no modelo de gestão que permita aplicar de forma eficiente os recursos financeiros, recursos
com origem em fundos públicos, uma vez que mais de 79% é via orçamento geral do Estado,
aproveitando ao máximo as sinergias existentes dentro da Escola e na comunidade envolvente.
A Escola tem-se pautado por princípios de rigor e qualidade, pondo ênfase, por um lado na
qualidade das condições físicas do campus escolar, por outro lado apostando no fortalecimento das
relações interpessoais e relacionais de toda a nossa comunidade, perseguindo assim o objectivo de
humanização do ensino. Esta combinação de factores tem resultado em baixas taxas de abandono
escolar, baixas taxas de retenção escolar e boas taxas de aproveitamento escolar.
O nosso modelo pedagógico é centrado nas nossas crianças, jovens e adultos e constitui-se como
uma aposta renovada nas pessoas, uma mensagem de esperança, confiança nas suas capacidades e
competências para realizar projectos com sucesso.
Desta forma, reduzimos desperdícios e ineficiências, criando um espírito de missão de serviço
público junto de todas as equipas directivas da Escola, gerando um verdadeiro valor acrescentado no
serviço que prestamos à comunidade.
Conscientes que somos uma entidade privada, que presta um serviço público, sentimos na nossa
responsabilidade a necessidade permanente de prestarmos contas de forma transparente a todos os
nossos stakeholders.
Os nossos Valores
Competência - factor sem o qual não podemos desempenhar a nossa actividade;
Dinamismo – a necessidade de estarmos sempre na vanguarda para respondermos aos constantes contextos de mudança da nossa sociedade;
Motivação – fruto da paixão que temos pelo nosso trabalho;
Profissionalismo – requisito dos nossos recursos humanos e referencial na formação dos nossos jovens e adultos.
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Os nossos Princípios Responsabilidade, Tolerância, Respeito e Dignidade – a redescoberta dos valores
fundamentais!
A Declaração Universal dos Direitos do Homem considera que o reconhecimento da dignidade, inerente a todos os membros da família humana, constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo.
A nossa Escola ao adoptar a Dignidade como um dos 4 valores que nos guiam na acção, reconhece a importância da dignidade humana como um dos principais alicerces da nossa convivência com todos quantos constituem a nossa comunidade, apelando a uma prática diária do reconhecimento da Dignidade do outro como uma peça essencial para a convivência social na nossa Escola.
Também na Declaração Universal dos Direitos do Homem, o Artigo 26.º declara, na alínea 1, que toda a pessoa tem direito à educação e que o ensino técnico e profissional deve ser generalizado e o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. Na alínea 2, declara-se que a educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todos os seres humanos.
A nossa Escola, ao apelar ao mérito dos nossos alunos, está a incutir na nossa comunidade o sentido de Responsabilidade como um dos nossos 4 valores essenciais, considerando que a Responsabilidade é a obrigação em responder, pelas suas próprias acções, pressupondo que as mesmas se apoiam em razões ou motivos que visam a Dignidade, a Tolerância e o Respeito. Os motivos das acções de um indivíduo responsável devem fazer sentido, sem causar transtornos ou danos ao resto da comunidade. Ser responsável é uma obrigação individual para uma vida saudável em sociedade. Por outro lado, a nossa comunidade ETPM assume a Responsabilidade Social, numa base voluntária, de contribuir para uma sociedade mais justa, mais transparente, mais responsável e ética nas suas relações com todos os actores sociais que constituem a nossa comunidade, promovendo a cidadania individual e colectiva, colaborando para a melhoria da auto-estima e apoiando todas as medidas que ajudem os alunos e colaboradores a se tornarem verdadeiros cidadãos, contribuindo, assim, para a promoção da cidadania na sociedade e na comunidade.
Para isso, a nossa Escola elege como um dos nossos 4 valores essenciais, o Respeito enquanto sentimento positivo de estima por uma pessoa ou para com uma entidade (a Escola, a Entidade Promotora, o Corpo Docente, os Alunos, os Funcionários, etc.) mas essencialmente o Respeito pelas diferenças e o reconhecimento da dignidade do Outro. O Respeito é, no mundo actual, um dos valores morais fundamentais, compartilhados por um maior número de sociedades e indivíduos. A nossa Escola valoriza, por isso, o Respeito Mútuo com um dever e obrigação que se impõe à conduta de todas as pessoas, seja no convívio familiar, seja nas relações de trabalho, seja no convívio escolar.
Finalmente, a Tolerância, valor que nos define como uma comunidade com a capacidade de aceitar, noutra pessoa ou grupo social, uma atitude diferente das que são a nossa norma ou a nossa capacidade para ter uma atitude compreensiva face a opiniões contrárias nas nossas, ou face a valores diferentes dos adoptados pelo nosso grupo. Para a nossa Escola, a Tolerância e o Respeito pelas diferenças são valores cruciais que alimentam as nossas relações face à diferença, alimentando a disposição para admitir nos outros uma maneira de ser e de agir distinta da nossa. A tolerância não é uma atitude de neutralidade ou indiferença, mas uma posição resultante de algo, que ganha significado quando se opõe ao seu limite. Na nossa Escola consideramos que o limite da Tolerância é a nossa própria Dignidade e que o Respeito e consideração face às práticas dos outros, ainda que sejam diferentes das nossas, assentam no nosso sentido de Responsabilidade tendo sempre em vista sermos melhores cidadãos, mais justos e mais dignos.
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Mensagem do Presidente do Conselho Directivo
APOSTAR NO FUTURO! Encaramos o nosso futuro como resultado da paixão que dedicamos à nossa actividade, e assumimos
na nossa gestão a responsabilidade social sobretudo na manutenção e formação dos nossos recursos
humanos, assim como na criação de novas oportunidades de emprego qualificado.
Continuaremos a desenvolver a nossa cultura de Competência, Dinamismo, Motivação e
Profissionalismo.
É com optimismo, grande confiança e certos que temos uma boa estratégia para atingirmos esse
objectivo, vamos continuar a investir na inovação e na qualidade dos serviços que prestamos,
assegurando um crescimento contínuo, sólido e sustentado. Estou certo que temos a organização
adequada, e sei que posso contar com uma equipa experiente e motivada, que actua no respeito dos
valores da sustentabilidade.
Princípios orientadores da nossa responsabilidade social
A Escola Técnica Profissional da Moita ao adoptar este instrumento como uma ferramenta
estratégica no desenvolvimento da sua actividade pretende:
1. Aumentar a transparência no seu modelo de governação;
2. Aumentar os canais de diálogo com todos os stakeholders;
3. Promover a cultura de responsabilidade social a todos os stakeholders;
4. Partilhar com outras comunidades educativas as boas práticas.
Os nossos stakeholders
Grupos Subgrupos
Colaboradores Professores, Auxiliares de Acção Educativa, Formadores, Psicólogo, Administrativos, Assessores, Directores, Técnico de Contas, Segurança
Prestadores de Serviços Técnicos Especializados
Clientes Jovens (alunos dos cursos profissionais), adultos (em processo de RVCC), formandos (Formações Modulares Certificadas), adultos desempregados (Gabinete Inserção Profissional)
Clientes Institucionais Hospitais Distritais do Montijo e Barreiro
Clientes Empresariais Diversas empresas que procuram a Escola para formação dos seus recursos humanos
Fornecedores Empresas de serviços (CTT, EDP, PT, Optimus, Grupo 8, Uniself, Evercom, TST, APN)
Entidades reguladoras Ministério da Educação, Agência Nacional para a Qualificação, I.P, Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P., Programa Operacional Potencial Humano, Revisor Oficial de Contas
Organizações parceiras
S.Inergia, Câmara Municipal da Moita, CPCJ, Junta de Freguesia da Moita, Junta de Freguesia de Sarilhos Pequenos, Instituto Politécnico de Setúbal, Colégio Corte Real, CRL., Agrupamento Vertical de Escolas José Afonso, Agrupamento Vertical de Escolas Fragata do Tejo
Accionistas Live Moments, Lda., Diana Santos, Sílvia Santos, Madial, Lda., Estucocil, Lda., Orsisa, Lda., Hipermoita, Lda., Pavind, S.A.
Media Jornais e órgãos de comunicação social Comunidade Local Escolas vizinhas, Juntas de Freguesia, Hospitais, Câmara Municipal,
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Associações e Colectividades, Bombeiros, Guarda Nacional Republicana
Entidades Financeiras Caixa Geral de Depósitos, Santander Totta, Caixa Económica Montepio Geral, Banco Espírito Santo
Seriação das entidades
Stakeholders Dependência das partes
interessadas à organização Influência das partes
interessadas na organização
Colaboradores Muito Alta Alta Prestadores de Serviços Média Média
Clientes (Alunos) Média Muito Alta Clientes Institucionais Baixa Baixa Clientes Empresariais Baixa Baixa
Fornecedores Média Baixa Entidades reguladoras Baixa Muito Alta Organizações parceiras Média Média
Accionistas Média Muito Alta Media Média Média
Comunidade Local Muito Alta Alta Entidades Financeiras Baixa Alta
Impactes do Projectos de Responsabilidade Social
Aspectos Económicos
Central de Compras
A implementação de uma central de compras transversal a todas as estruturas da Escola, e com
capacidade para adquirir produtos e/ou serviços, pretende sobretudo maximizar aquisições em escala,
que permitam uma redução de custos sem prejuízo da qualidade. Esta central terá ainda um papel
muito importante, uma vez que será desempenhada por um colaborador a tempo integral, de
aproximação aos fornecedores (stakeholders com grau de dependência médio) permitindo assim de
forma gradual e sistematizada ir seleccionando aqueles que se enquadram na estratégia de
sustentabilidade da Escola.
Aspecto Central de Compras
Partes Interessadas Colaboradores;
Fornecedores;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Impactes Possíveis Diminuição dos custos com aquisição de produtos e/ou serviços;
Estreitamento de relações com os fornecedores;
Melhoria dos processos e procedimentos burocráticos para a aquisição de produtos e/ou serviços;
Diminuição dos erros de facturação;
Seriação de fornecedores.
Partes Afectadas Colaboradores;
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Fornecedores;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Clientes (Alunos).
Boas Práticas Sistematização da requisição de produtos e/ou serviços;
Verificação do requisito mínimo para ser fornecedor da Escola (idoneidade, inexistência de dívidas a Institutos Públicos);
Gestão dos stock’s segundo o critério valorimétrico FIFO;
Processo de Implementação
Criação da Central de Compras;
Formação ao pessoal afecto;
Definição de procedimentos;
Criação dos formulários necessários;
Indicadores Aferição da redução de custos através de relatórios semestrais e anuais tendo por base a análise dos balancetes analíticos por centros de resultados e observação dos custos com as aquisições de produtos e/ou serviços, por comparação;
Percentagem de fornecedores com demonstração da situação regularizada perante a Fazenda Pública e Segurança Social;
Comunicações
As comunicações têm, para a nossa entidade e fruto da especificação da nossa área de actividade,
um peso significativo no nosso orçamento anual. Tendo a Escola vindo a promover o uso de ferramentas
com menor custo associado às mesmas, verifica-se que o uso das telecomunicações fixas e móveis ainda
apresentam um valor elevado.
A implementação de uma central telefónica, canalizando e gerindo os fluxos de chamadas, irá
certamente diminuir as chamadas supérfluas. Outro grande objectivo será promover o contacto junto
com os encarregados de educação através de e-mail minimizando assim os contactos telefónicos e os
encargos com a impressão e distribuição do correio físico.
Pretendemos ainda promover, de forma gradual, as encomendas junto dos fornecedores com
recurso a plataforma de compras electrónica ou e-mail.
Diversificação da oferta formativa/serviços
A Escola Técnica Profissional da Moita consciente da necessidade de adoptar critérios de gestão que
permitam garantir a viabilidade das actividades que desenvolve, tem vindo de forma gradual e
sustentada, a diversificar as actividades e serviços que presta à comunidade, no sentido de garantir
modelos de financiamento diversificados apesar de cerca de 90% de todos os fundos terem origem no
Orçamento Geral do Estado ou Fundo Social Europeu.
Neste sentido, pretendemos fomentar o empreendedorismo e a apoiar os empresários, através da
Incubadora de Ideias e Empresas, promover formações à medida das necessidades de empresas e
instituições da nossa região, bem como cursos de formação pós-secundária (especialização tecnológica).
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Aspecto Diversificação da oferta formativa/serviços
Partes Interessadas
Accionistas;
Colaboradores;
Entidades Reguladoras e Financiadoras;
Fornecedores;
Prestadores de Serviços;
Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Comunidade Local;
Media;
Impactes Possíveis Diversificação das áreas da actividade;
Diminuição do peso dos cursos profissionais na origem dos recursos financeiros;
Aumento dos recursos financeiros disponíveis.
Partes Afectadas Accionistas;
Colaboradores;
Fornecedores;
Prestadores de Serviços;
Entidades reguladoras e financiadoras;
Boas Práticas Análise através de reuniões periódicas trimestrais das tendências e necessidades de educação e formação;
Promoção de reuniões com as entidades reguladoras e financiadoras;
Processo de Implementação
Desenvolver formações modulares certificadas para empresas e instituições locais;
Prosseguir os objectivos contratualizados com o IEFP no que se reporta ao GIP;
Desenvolver, em parceria com o IEFP, cursos de educação e formação de adultos de
dupla certificação.
Realizar candidatura junto da Agência Nacional da Qualificação e Ministério da
Educação para a Escola ser entidade promotora de cursos de especialização
tecnológica.
Indicadores Formações Modulares Certificadas: Aferição do volume de formação ministrado com o aprovado em candidatura, assim como a utilização da dotação orçamental;
GIP: Relatórios trimestrais de actividade; Mapas de execução física e financeira; Relatório anual de actividade;
Cursos de Educação e Formação de Adultos: n.º de cursos e formandos a frequentar as acções.
CET’s: número de CET’s a que nos candidatamos; número de CET’s aprovado.
Implementação de novo sistema de gestão da tesouraria
Aspecto Gestão da Tesouraria
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Partes Interessadas Fornecedores;
Colaboradores;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Impactes Possíveis Melhoria dos processos e procedimentos burocráticos para a aquisição de produtos e/ou serviços;
Diminuição do tempo de pagamento;
Estreitamento de relações com os fornecedores;
Diminuição dos erros de facturação;
Seriação de fornecedores.
Partes Afectadas Fornecedores;
Colaboradores;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Clientes (Alunos).
Boas Práticas Sistematização da requisição de produtos e/ou serviços;
Verificação do requisito mínimo para ser fornecedor da Escola (idoneidade, inexistência de dívidas a Institutos Públicos);
Cumprimento do prazo de vencimento acordado na contratação do serviço;
Processo de Implementação
Criação da Central de Compras;
Implementação do orçamento de tesouraria e cabimentação da despesa em função das receitas;
Formação ao pessoal afecto;
Definição de procedimentos;
Criação dos formulários necessários;
Indicadores Aferição do tempo médio para pagamento;
Aferição dos custos através de relatórios semestrais e anuais tendo por base a análise dos balancetes analíticos por centros de resultados e observação dos custos com as aquisições de produtos e/ou serviços, por comparação;
Percentagem de fornecedores com demonstração da situação regularizada perante a Fazenda Pública e Segurança Social;
Maximização do uso das instalações do campus escolar
Aspecto Maximização do uso das Instalações do campus escolar
Partes Interessadas Clientes (alunos);
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Comunidade local;
Organizações parceiras;
Accionistas;
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Entidades Reguladoras e Financiadoras;
Impactes Possíveis Aumento do número de clientes (alunos);
Diminuição de custos fixos;
Partes Afectadas Clientes (Alunos).
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Organizações parceiras;
Prestadores de serviços;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Comunidade local;
Boas Práticas Garantir uma ocupação de cada sala nunca inferior a 80% durante o período de funcionamento da escola;
Consolidar a utilização, em regime nocturno, em apenas um edifício;
Apostar na diversificação da oferta formativa, em função das características das salas/equipamentos (ex: cozinha experimental).
Processo de Implementação
Diversificação da oferta formativa;
Gestão mais eficiente do horário das turmas;
Indicadores Número de horas de utilização da sala.
Aspectos Sociais
Diversificação da oferta formativa
Aspecto Diversificação da oferta formativa
Partes Interessadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Comunidade Local;
Colaboradores;
Fornecedores;
Organizações Parceiras;
Prestadores de Serviços;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Media;
Impactes Possíveis Ter uma oferta mais diversificada, face às aptidões dos candidatos (alunos)
Partes Afectadas Clientes (Alunos).
Clientes institucionais;
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Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Accionistas;
Entidades Reguladoras e Financiadoras;
Organizações parceiras;
Comunidade local;
Boas Práticas Diversificação da oferta considerando a capacidade técnica das instalações e dos docentes/formadores;
Processo de Implementação
Diversificação da oferta formativa;
Indicadores Áreas de formação abrangidas pela oferta formativa.
Banco de horas
Aspecto Banco de horas
Partes Interessadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Comunidade Local;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Impactes Possíveis Apoio extraordinário aos alunos, através do estudo acompanhado;
Acções de formação na comunidade local.
Partes Afectadas Clientes (Alunos).
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Organizações parceiras;
Entidades Reguladoras e Financiadoras;
Comunidade local;
Boas Práticas Ter uma resposta sistematizada a alunos que necessitem de apoio ao estudo;
Desenvolver acções de formação na comunidade local;
Processo de Implementação
Gestão do horário dos docentes/formadores, devido à redução da componente lectiva no período da FCT;
Indicadores N.º de horas da sala de estudo acompanhado;
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
17
Formação dos colaboradores
Aspecto Formação dos colaboradores
Partes Interessadas Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Comunidade Local;
Entidades Reguladoras;
Impactes Possíveis Aumento da qualidade do ensino ministrado;
Desenvolvimento pessoal;
Partes Afectadas Clientes (Alunos).
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Organizações parceiras;
Entidades Reguladoras;
Comunidade local;
Boas Práticas Garantir formação contínua, adequada ao perfil profissional do técnico.
Processo de Implementação
Desenvolvimento de acções de formação interna;
Frequência de formação externa.
Indicadores N.º de horas de formação por colaborador;
Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho
Aspecto Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho
Partes Interessadas Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Comunidade Local;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Impactes Possíveis Aumento das condições de higiene, segurança e saúde no trabalho.
Partes Afectadas Clientes (Alunos).
Clientes institucionais;
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
18
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Entidades Reguladoras;
Comunidade local;
Boas Práticas Garantir formação contínua aos colaboradores.
Processo de Implementação
Realização de exames médicos periódicos aos trabalhadores;
Manutenção do sistema de detecção e extinção de incêndios;
Formação dos colaboradores sobre o Plano de Emergência da Escola;
Formação em suporte básico de vida;
Indicadores N.º de horas de formação por colaborador;
N.º de trabalhadores que realizaram exames médicos, num dado período.
Qualidade da formação/ensino ministrado
Aspecto Qualidade da formação/ensino ministrado
Partes Interessadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Comunidade Local;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Impactes Possíveis Aumento da taxa de empregabilidade;
Partes Afectadas Clientes (Alunos);
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Entidades Reguladoras;
Organizações parceiras;
Comunidade local;
Boas Práticas Adaptação do currículo da disciplina/curso a casos práticos;
Envolvimento da comunidade/empresas locais;
Promoção de workshops/conferências com empresários com experiência na área do curso.
Processo de Implementação
Implementação de um projecto curricular de turma multidisciplinar;
Formação específica a cada docente, de acordo com as suas competências técnicas;
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
19
Indicadores N.º de horas de formação por colaborador; Workshops e conferências;
Taxa de empregabilidade (%);
Aumento de parcerias
Aspecto Aumento de parcerias
Partes Interessadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Comunidade Local;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Impactes Possíveis Envolvimento com a comunidade local;
Aproximação das empresas à escola;
Aumento da taxa de empregabilidade (%);
Prosseguir a estratégia Europeia (Europa 2020) de aumento da aprendizagem ao longo da vida;
Propor à tutela melhoria do plano curricular em função das necessidades do mercado.
Partes Afectadas Clientes (Alunos);
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Entidades Reguladoras;
Organizações parceiras;
Comunidade local;
Boas Práticas Promover formações modulares certificadas à medida de cada empresa;
Contributo das empresas na adaptação do currículo à realidade;
Promover momentos que propiciem a aproximação entre empresa/escola;
Aumentar o número de alunos em formação em contexto de trabalho, após a conclusão curso;
Processo de Implementação
Abordagem individualizada às empresas através da Incubadora de Ideias e Empresas
Indicadores Aumentar em 100% o número de grupos de empresas a realizarem unidades de formação de curta duração;
Taxa de empregabilidade (%);
Aumento do número de protocolos e eventos realizados num ano com empresas;
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
20
Envolvimento com a comunidade
Aspecto Envolvimento com a comunidade
Partes Interessadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Comunidade Local;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Impactes Possíveis Melhorar a imagem pública da escola;
Aumentar a transparência das práticas pedagógicas desenvolvidas na escola;
Potenciar sinergias com empresas e instituições locais;
Partes Afectadas Clientes (Alunos);
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Entidades Reguladoras;
Organizações parceiras;
Comunidade local;
Boas Práticas Participação em actividades e eventos locais;
Processo de Implementação
Garantir que no Plano Anual de Actividades serão contempladas actividades que visem o maior envolvimento com a comunidade, envolvendo preferencialmente todas as turmas dos cursos profissionais.
Indicadores N.º actividades realizadas;
Nº pessoas envolvidas;
Tipo de entidades envolvidas;
Avaliação de desempenho (CAF)
Este modelo de avaliação de desempenho, já implementado no Centro Novas Oportunidades,
deverá ser gradualmente alargado às outras áreas formativas, quer se trate de crianças ou jovens, com
as respectivas adaptações que cada um dos eixos implica. Este modelo assenta em grande parte na
análise de indicadores previamente definidos, compreendendo um trabalho de equipa que leva à
reflexão e ao encontro de soluções para responder aos aspectos que apresentam baixas taxas de
sucesso.
O sistema compreende o modelo PDCA – Plan-Do-Check-Act, o implica um plano de acção,
seguindo-se a aplicação das medidas implementadas, avaliação das medidas e novo plano de melhoria.
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
21
Aspecto Avaliação de desempenho (CAF)
Partes Interessadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Comunidade Local;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Organizações Parceiras;
Impactes Possíveis Melhoria da qualidade do serviço prestado;
Melhoria da qualidade do ensino;
Maior transparência do modelo de governação;
Facilita o apuramento dos resultados atingidos vs. resultados propostos;
Proporciona momentos de reflexão internos;
Promove coesão da equipa;
Partes Afectadas Clientes (Alunos);
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Entidades Reguladoras;
Organizações parceiras;
Comunidade local;
Accionistas;
Boas Práticas Implementação do modelo CAF conforme definido no Projecto Educativo de Escola;
Processo de Implementação
Constituir uma equipa multidisciplinar com vista à implementação deste modelo de avaliação;
Indicadores 100% avaliação dos serviços prestados pela Escola, até final do ano lectivo 2011/2012;
Publicar o plano de melhorias a executar no ano lectivo seguinte.
Educação em Empreendedorismo
Porque a Escola Técnica Profissional da Moita pretende fazer a diferença e inovar nos conteúdos e
metodologias, iniciámos no ano 2008/2009, em parceria com a empresa GesEntrepreneur, um
Programa de Educação em Empreendedorismo, uma vez que:
• Existe a necessidade de uma educação para o empreendedorismo;
• Existe a necessidade de incutir alguns valores e atitudes nos jovens da geração “playstation”,
como o espírito de iniciativa, a capacidade de tomar decisões e de interagir com terceiros;
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
22
• Visa promover, através da aplicação de uma metodologia denominada learning by doing, uma
cultura empreendedora de longo prazo nas camadas mais jovens;
• Baseia-se numa abordagem diferente do ensino tradicional, adaptada ao perfil das novas
gerações.
Desde o ano lectivo 2009/2010, a Educação em Empreendedorismo integrou formação curricular
obrigatória para todos os nossos alunos, através de uma ligação dos conteúdos ministrados na disciplina
de Área de Integração e os conteúdos específicos da temática do Empreendedorismo.
Aspecto Educação em Empreendedorismo
Partes Interessadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Comunidade Local;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Organizações Parceiras;
Impactes Possíveis Promoção do empreendedorismo;
Criação de auto-emprego;
Dinamização da economia local;
Potenciar o modelo educativo learning by doing.
Partes Afectadas Clientes (Alunos);
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Entidades Reguladoras;
Organizações parceiras;
Comunidade local;
Accionistas;
Boas Práticas Implementação do projecto de Educação em Empreendedorismo conforme definido no Projecto Educativo de Escola;
Processo de Implementação
Promover no próximo ciclo formativo novo projecto de educação em empreendedorismo, contemplando as melhorias propostas da avaliação do presente ano lectivo.
Indicadores Número de alunos e turmas envolvidas;
Número de projectos candidatos no Concurso de Ideias;
Número de alunos que desenvolveram o seu projecto (ideia);
Número de ideias na bolsa de ideias;
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
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INCLUIFORMAR PARA INCLUIR
Projecto “Inclui”
A Escola Técnica Profissional da Moita desenvolveu um programa de
desenvolvimento das competências pessoais, sociais e profissionais,
denominado INCLUI.
O projecto INCLUI tem como grande missão o recurso a contextos formativos que potenciem a
inclusão social em grupos socialmente desinseridos. Este projecto irá desenvolver-se numa zona que é
considerada o maior bairro crítico do país - Vale da Amoreira, assim como nas freguesias limítrofes, a
saber, Baixa da Banheira e Alhos Vedros (nomeadamente no Bairro Fonte da Prata).
Todo este projecto é dirigido de forma exclusiva a um conjunto de pessoas que se encontram em
situação de precariedade social, nomeadamente desempregados de longa e muito longa duração,
jovens em risco de abandono escolar ou que já abandonaram o sistema educativo e beneficiários do
rendimento social de inserção. Desta forma, todo o projecto prossegue fins que promovem a igualdade
de oportunidades, contribuindo assim de forma decisiva para a promoção de uma sociedade mais coesa,
justa e com melhores ferramentas para vencer os desafios.
PTE – Plano Tecnológico da Educação (Potenciar o Sucesso e Motivação escolar
através do recurso às novas tecnologias)
No âmbito do Plano Tecnológico da Educação (PTE), a Escola implementou a tecnologia dos quadros
interactivos, com computador com ligação à internet em banda larga e vídeo-projector, tornando-se a
única escola do distrito de Setúbal com 100% de cobertura em todas as salas de aula.
Os três laboratórios de informática têm o rácio de 1 computador por aluno, sendo um dos
laboratórios cumulativamente sala interactiva, com o uso do software NetOp, que permite a
monitorização dos computadores dos alunos, bem como o envio de trabalho específico do professor
para cada aluno.
Desde o ano lectivo 2009/2010 que foi também implementado o livro de ponto digital, com
sumários digitais. Este software permite ainda a gestão do processo individual de cada aluno,
possibilitando o registo de avaliações e faltas e a disponibilização de material de apoio às aulas.
Ainda integrado no Plano Tecnológico da Educação, foi implementado em 2008, o cartão
electrónico do aluno, funcionando através da tecnologia RFID, armazenando todas as informações do
aluno. O cartão vem substituir o dinheiro físico na Escola, sendo carregado em dois pontos – Kiosk e
Papelaria, permitindo a utilização dos serviços do Bar, Refeitório, Papelaria/Reprografia e Secretaria.
Associado ainda ao cartão está um portal online, que possibilita a marcação e cancelamento de
refeições, bem como a consulta de movimentos e saldos.
Clube das Artes
O “Clube de Artes” pretende proporcionar a interacção e integração sociocultural entre os alunos
das diferentes turmas da Escola (troca e partilha de ideias); dar a conhecer a Escola através de iniciativas
quer na própria escola, quer no exterior; propiciar a exposição e divulgação de trabalhos realizados em
diferentes disciplinas a toda a comunidade escolar (teatros, danças, máscaras, fantoches, etc.);
promover o voluntariado como forma de intervenção na comunidade envolvente; dinamizar workshops
e palestras; entre outras actividades.
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
24
Com este projecto pretende-se despertar o interesse dos alunos pelas artes (dança e teatro)
realçando a sua importância no desenvolvimento e formação social e pessoal dos indivíduos.
As artes oferecem aos jovens oportunidades únicas para compreenderem e criarem as suas
identidades pessoais, estimulando os estudos interdisciplinares, a tomada de decisões participativa e
motivam os jovens para uma aprendizagem activa, criativa e questionadora.
Aspectos Ambientais
Escola Verde
Um dos grandes outputs gerados de forma negativa para o ambiente é o consumo de energia
eléctrica. De forma a minimizarmos esse impacto implementámos um projecto de produção de energia
com recurso exclusivo às energias renováveis, mais concretamente com recurso à energia solar foto
voltaica, projecto esse que contempla três fases, pretendendo-se no final garantir cerca de 80% das
nossas necessidades energéticas.
Este projecto está a ser desenvolvido pelas turmas do curso de Energias Renováveis. As turmas
colaboram desde a fase de projecto até à fase de instalação.
Em Janeiro de 2010 iniciámos a produção de energia, através de contrato de micro geração com a
EDP, garantido um preço fixo de 0,65€/kWh durante cinco anos. Até 2012 pretendemos ter concluído
este projecto.
Ainda no âmbito da eficiência energética dos edifícios estamos a substituir, gradualmente o
isolamento térmico e acústico dos edifícios, quer através da lã de rocha nos tectos falsos assim como na
colocação de caixilharia com ruptura térmica e vidro duplo que minimiza as perdas energéticas para o
exterior.
Outro aspecto a realçar no que se reporta à minimização dos impactos ambientais é o sistema de
gestão dos óleos usados no refeitório escolar, através de uma empresa especializada que permite a sua
reutilização para outros fins, impedindo assim que estes contaminem os solos.
Reciclagem de óleos
Aspecto Educação em Empreendedorismo
Partes Interessadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Comunidade Local;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Organizações Parceiras;
Impactes Possíveis Minimização dos impactes ambientais;
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
25
Partes Afectadas Clientes (Alunos);
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Entidades Reguladoras;
Organizações parceiras;
Comunidade local;
Accionistas;
Boas Práticas Depositar o óleo alimentar usado nos recipientes da empresa especializada.
Processo de Implementação
Realizar a reciclagem de óleos através de empresas especializadas na recolha e tratamento dos óleos.
Indicadores Número de litros de óleo consumidos;
Número de litros de óleo entregues para reciclagem.
Separação de lixos
Aspecto Separação de lixos - reciclagem
Partes Interessadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Comunidade Local;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Organizações Parceiras;
Impactes Possíveis Minimização dos impactes ambientais;
Partes Afectadas Clientes (Alunos);
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Entidades Reguladoras;
Organizações parceiras;
Comunidade local;
Accionistas;
Boas Práticas Separar e depositar o lixo nos ecopontos, conforme o tipo de embalagem (vidro, papel, plástico)
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
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Processo de Implementação
Realizar a reciclagem do lixo, por depósito nos ecopontos;
Realizar compostagem do lixo orgânico.
Indicadores Volume de embalagens enviadas para reciclagem;
Volume de composto orgânico;
Implementação dos painéis solares fotovoltaicos
Aspecto Implementação dos painéis solares fotovoltaicos
Partes Interessadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Comunidade Local;
Accionistas;
Entidades Reguladoras;
Impactes Possíveis Minimização dos impactes ambientais;
Partes Afectadas Clientes (Alunos);
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Entidades Reguladoras;
Organizações parceiras;
Comunidade local;
Accionistas;
Boas Práticas Instalação do sistema de painéis com o apoio da turma de Energias Renováveis, como projecto curricular de turma.
Processo de Implementação
Conceber, instalar e manter o sistema de painéis solares fotovoltaicos;
Realizar o registo de micro-produção para comercialização da energia produzida;
Indicadores Volume de energia comercializada;
Volume de energia consumida.
Melhoria do isolamento térmico
Aspecto Melhoria do isolamento térmico
Partes Interessadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
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Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Accionistas;
Impactes Possíveis Minimização dos impactes ambientais;
Partes Afectadas Clientes (Alunos);
Clientes institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Accionistas;
Boas Práticas Conceber um plano de manutenção preventiva nos edifícios;
Processo de Implementação
Instalar painéis de lã de rocha nos tectos falsos;
Substituir as caixilharias por caixilharias com ruptura térmica;
Indicadores Volume de energia consumida;
Temperatura média no interior dos edifícios;
Promoção do e-mail em detrimento de outros meios de comunicação
Aspecto Promoção do e-mail
Partes Interessadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Comunidade local;
Organizações parceiras;
Entidades Reguladoras;
Accionistas;
Impactes Possíveis Minimização dos impactes ambientais;
Partes Afectadas Clientes (Alunos);
Clientes Institucionais;
Clientes Empresariais;
Colaboradores;
Prestadores de serviços;
Comunidade local;
Organizações parceiras;
Entidades Reguladoras;
Accionistas;
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
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Boas Práticas Contemplar nos modelos e procedimentos que o fluxo de comunicação a criar, quando não pessoal, será com recurso ao e-mail.
Privilegiar o contacto com encarregados de educação, empresas e outros stakeholders com recurso ao e-mail;
Realizar todas as encomendas da Central de Compras com recurso ao e-mail.
Processo de Implementação
Reformular durante o ano lectivo 2011/2012 os procedimentos de forma a introduzir gradualmente o e-mail como meio de comunicação;
Elaborar um plano de acção por sector
Indicadores Diminuir, proporcionalmente, o volume de chamadas realizadas em 15%, comparativamente ao período homólogo;
Diminuir, proporcionalmente, o número de cartas expedidas em 15%, comparativamente ao período homólogo;
Considerações finais
O actual projecto no âmbito da responsabilidade social carece de uma revisão multidisciplinar
contendo os principais agentes envolvidos na sua prossecução. Necessita ainda da criação de uma
sistematização no âmbito da sua intervenção, assim como a criação de uma tabela de avaliação que
permita aferir o eixo de intervenção económico, social e ambiental, o detalhe da acção, responsáveis
pela execução, stakeholders envolvidos, resultados esperados, resultados obtidos e plano de melhoria.
Moita, 24 de Junho de 2011
A Direcção de Projectos
Alexandre Oliveira
Diana Santos
SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
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SUSTENTABILIDADE 2011 – Projecto de Responsabilidade Social
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