projecto de execuÇÃo

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PROJECTO DE EXECUÇÃO OUTUBRO 2012 PEÇAS ESCRITAS PEÇAS DESENHADAS P16 ESTUDOS AMBIENTAIS P16.3 INTEGRAÇÃO PAISAGÍSTICA

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  • PROJECTO DE EXECUO

    OUTUBRO 2012

    PEAS ESCRITAS PEAS DESENHADAS

    P16 ESTUDOS AMBIENTAIS P16.3 INTEGRAO PAISAGSTICA

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    012

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo.

    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. ndice de Caixa A3. I

    EP ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

    EN 326 - FEIRA (A32/IC2) / MANSORES

    TRECHO 1 FEIRA (A32/IC2) / ESCARIZ (KM 0+000 AO KM 7+141)

    PROJETO DE EXECUO

    P 16 ESTUDOS AMBIENTAIS

    P 16.3 INTEGRAO PAISAGSTICA

    NDICE DE CAIXA

    PEAS ESCRITAS

    Memria Descritiva e Justificativa

    Condies Tcnicas Especiais

    Mapa de Medies Detalhadas

    Resumo de Medies

    PEAS DESENHADAS

    N Desenho Ttulo Folha

    1380-PE-01-0000-001 Planta de Localizao 1/1

    1380-PE-01-0000-002 Esboo Corogrfico (km 0+000 ao km 8+000) 1/2

    1380-PE-01-0000-003 Esboo Corogrfico (km 8+000 ao km 14+675) 2/2

    1380-PE-01-1603-101 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 0+000 ao km 1+400) 1/3

    1380-PE-01-1603-102 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 1+400 ao km 2+800) 2/3

    1380-PE-01-1603-103 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 2+800 ao km 4+200) 3/3

    1380-PE-01-1603-104 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 4+200 ao km 5+600) 4/6

    1380-PE-01-1603-105 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 5+600 ao km 7+000) 5/6

    1380-PE-01-1603-106 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 7+000 ao km 7+141) 6/6

    1380-PE-01-1603-301 Plano Geral. Planta de Modelao e Implantao. Plano de Plantao e

    Revestimentos (Rotunda de Escariz) 1/1

  • PROJECTO DE EXECUO

    OUTUBRO 2012

    PEAS DESENHADAS

    P16 ESTUDOS AMBIENTAIS P16.3 INTEGRAO PAISAGSTICA

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo.

    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Lista de Desenhos A3. I

    EP ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

    EN 326 - FEIRA (A32/IC2) / MANSORES

    TRECHO 1 FEIRA (A32/IC2) / ESCARIZ (KM 0+000 AO KM 7+141)

    PROJETO DE EXECUO

    P 16 ESTUDOS AMBIENTAIS

    P 16.3 INTEGRAO PAISAGSTICA

    LISTA DE DESENHOS

    N Desenho Ttulo Folha

    1380-PE-01-0000-001 Planta de Localizao 1/1

    1380-PE-01-0000-002 Esboo Corogrfico (km 0+000 ao km 8+000) 1/2

    1380-PE-01-0000-003 Esboo Corogrfico (km 8+000 ao km 14+675) 2/2

    1380-PE-01-1603-101 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 0+000 ao km 1+400) 1/3

    1380-PE-01-1603-102 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 1+400 ao km 2+800) 2/3

    1380-PE-01-1603-103 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 2+800 ao km 4+200) 3/3

    1380-PE-01-1603-104 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 4+200 ao km 5+600) 4/6

    1380-PE-01-1603-105 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 5+600 ao km 7+000) 5/6

    1380-PE-01-1603-106 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 7+000 ao km 7+141) 6/6

    1380-PE-01-1603-301 Plano Geral. Planta de Modelao e Implantao. Plano de Plantao e

    Revestimentos (Rotunda de Escariz) 1/1

  • PROJECTO DE EXECUO

    OUTUBRO 2012

    PEAS ESCRITASPEAS DESENHADAS

    P16 ESTUDOS AMBIENTAISP16.3 INTEGRAO PAISAGSTICA

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo.

    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. ndice de Caixa A4. I

    EP ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

    EN 326 - FEIRA (A32/IC2) / MANSORES

    TRECHO 1 FEIRA (A32/IC2) / ESCARIZ (KM 0+000 AO KM 7+141)

    PROJETO DE EXECUO

    P 16 ESTUDOS AMBIENTAIS

    P 16.3 INTEGRAO PAISAGSTICA

    NDICE DE CAIXA

    PEAS ESCRITAS

    Memria Descritiva e Justificativa

    Condies Tcnicas Especiais

    Mapa de Medies Detalhadas

    Resumo de Medies

    PEAS DESENHADAS

    N Desenho Ttulo Folha

    1380-PE-01-0000-001 Planta de Localizao 1/1

    1380-PE-01-0000-002 Esboo Corogrfico (km 0+000 ao km 8+000) 1/2

    1380-PE-01-0000-003 Esboo Corogrfico (km 8+000 ao km 14+675) 2/2

    1380-PE-01-1603-101 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 0+000 ao km 1+400) 1/3

    1380-PE-01-1603-102 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 1+400 ao km 2+800) 2/3

    1380-PE-01-1603-103 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 2+800 ao km 4+200) 3/3

    1380-PE-01-1603-104 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 4+200 ao km 5+600) 4/6

    1380-PE-01-1603-105 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 5+600 ao km 7+000) 5/6

    1380-PE-01-1603-106 Plano de Sementeiras e de Plantaes (E.N. 326 - km 7+000 ao km 7+141) 6/6

    1380-PE-01-1603-301 Plano Geral. Planta de Modelao e Implantao. Plano de Plantao e

    Revestimentos (Rotunda de Escariz) 1/1

  • PROJECTO DE EXECUO

    OUTUBRO 2012

    PEAS ESCRITAS

    P16 ESTUDOS AMBIENTAISP16.3 INTEGRAO PAISAGSTICA

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo. ndice Geral do Projeto. 1

    EP - ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

    EN 326 FEIRA (A32/IC2) / MANSORES

    TRECHO 1 FEIRA (A32/IC2) / ESCARIZ (km 0+000 ao km 7+141)

    PROJETO DE EXECUO

    NDICE GERAL DO PROJETO

    P0 Projeto Geral

    P1 Terraplenagens

    P1.1 Traado

    P1.2 Geologia e Geotecnia

    P1.3 Terraplenagens Gerais

    P2 Drenagem

    P3 Pavimentao

    P4 Obras Acessrias

    P4.1 Vedaes e Caminhos Paralelos

    P4.2 Obras de Conteno

    P4.3 Servios Afetados

    P4.4 Telecomunicaes

    P4.5 Iluminao

    P5 Sinalizao e Segurana

    P6 Obras de Arte do Tipo Passagens Superiores e Obras de Arte nos Ns

    P7 Obras de Arte Correntes do Tipo Passagens Inferiores, Agrcolas e Hidrulicas Especiais

    P8 Obras de Arte Especiais

    P10 Diversos

    P10.1 Desvios Provisrios de Trfego

    P11 Expropriaes

    P12 Plano de Segurana e Sade e Compilao Tcnica

    P12.1 Plano de Segurana e Sade (PSS)

    P12.2 Compilao Tcnica (CT)

    P13 Rentabilidade Econmica

    P14 Trabalhos Auxiliares

    P14.2 Topografia

    P14.3 Prospeo Geotcnica Especial

    P15 Estudo de Trfego

    P16 Estudos Ambientais

    P16.1 Projeto de Medidas de Minimizao

    P16.2 Relatrio de Conformidade Ambiental do Projeto de Execuo e Projetos das Medidas de Minimizao

    P16.3 Integrao Paisagstica

    P21 Plano de Preveno e Gesto de Resduos de Construo e Demolio

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo.

    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. ndice de Volume. I

    EP ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

    EN 326 - FEIRA (A32/IC2) / MANSORES

    TRECHO 1 FEIRA (A32/IC2) / ESCARIZ (KM 0+000 AO KM 7+141)

    PROJETO DE EXECUO

    P 16 ESTUDOS AMBIENTAIS

    P 16.3 INTEGRAO PAISAGSTICA

    NDICE DE VOLUME

    PEAS ESCRITAS

    Memria Descritiva e Justificativa

    Condies Tcnicas Especiais

    Mapa de Medies Detalhadas

    Resumo de Medies

  • MEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo.

    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. I

    EP ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

    EN 326 FEIRA (A32/IC2) / MANSORES

    TRECHO 1 FEIRA (A32/IC2) / ESCARIZ (KM 0+000 AO KM 7+141)

    PROJETO DE EXECUO

    P 16 ESTUDOS AMBIENTAIS

    P 16.3 INTEGRAO PAISAGSTICA

    MEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

    NDICE

    Pg.

    1 INTRODUO ....................................................................................................................................................................................... 1

    2 DESCRIO SUMRIA DO TRAADO............................................................................................................................................... 2

    3 BREVE CARACTERIZAO DA REGIO .......................................................................................................................................... 4

    4 PROPOSTA DE INTEGRAO PAISAGSTICA .............................................................................................................. 10

    4.1 OBJECTIVOS ................................................................................................................................................................................... 10

    4.2 MEDIDAS DA DECLARAO DE IMPACTE AMBIENTAL (DIA) .................................................................................................... 10

    4.3 MEDIDAS CAUTELARES ................................................................................................................................................................ 12

    4.3.1 PROTECO DA VEGETAO E LINHAS DE GUA ............................................................................................................... 13

    4.3.2 ZONAS DE EMPRSTIMO PEDREIRAS ................................................................................................................................. 13

    4.3.3 ESTALEIROS, DEPSITOS PERMANETES E TEMPORRIOS ............................................................................................... 13

    4.3.4 TERRA ARVEL .......................................................................................................................................................................... 14

    4.4 MODELAO E DRENAGEM ......................................................................................................................................................... 15

    4.5 RECUPERAO PAISAGSTICA DE TROOS DESATIVADOS ................................................................................................... 16

    4.6 REVESTIMENTO VEGETAL............................................................................................................................................................ 16

    4.6.1 Sementeiras.................................................................................................................................................................................. 17

    4.6.2 Plantaes .................................................................................................................................................................................... 19

    4.7 ROTUNDA DE ESCARIZ ................................................................................................................................................................. 21

    4.8 CALENDRIO DE TRABALHOS ..................................................................................................................................................... 21

    4.9 ENQUADRAMENTO DE OBRAS DE CONTENO ....................................................................................................................... 22

    5 COLABORAO ................................................................................................................................................................................ 23

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo.

    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 1

    EP ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

    EN 326 FEIRA (A32/IC2) / MANSORES

    TRECHO 1 FEIRA (A32/IC2) / ESCARIZ (KM 0+000 AO KM 7+141)

    PROJETO DE EXECUO

    P 16 ESTUDOS AMBIENTAIS

    P 16.3 INTEGRAO PAISAGSTICA

    MEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

    1 INTRODUO

    O presente documento refere-se memria descritiva e justificativa do Projeto de Execuo de Integrao Paisagstica do

    Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141), da EN 326 Feira (A32/IC2) / Mansores.

    A Troo em projeto da EN 326 entre Feira e Mansores, apresenta uma extenso total de 14.6 km e estabelecer a ligao

    entre a A32/IC2, inserida na Concesso Douro Litoral, no atual N de Pigeiros, e o troo j construdo da EN 326 entre

    Mansores e Arouca, permitindo uma ligao mais direta, rpida e segura entre Mansores e Arouca e o litoral,

    nomeadamente a S. Maria da Feira, a S. Joo da Madeira e, ao Porto pela A32.

    Este projeto foi subdivido em dois Trechos totalmente independentes, observando-se o seguinte:

    Trecho 1 - Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141), entre a Rotunda do N de Pigeiros da A32;

    Trecho 2 - Escariz / Mansores (km 7+141 ao km 14+675), entre Escariz e o troo em funcionamento da EN326.

    A presente especialidade tem com objetivo a integrao da via no ambiente paisagstico atravessado, promovendo a

    reposio do coberto vegetal e paralelamente contribuir para a estabilizao do terreno.

    Assim, as reas a tratar correspondem s zonas no pavimentadas adjacentes plataforma da via, resultantes das

    terraplenagens, para implantao desta infraestrutura, nomeadamente os taludes, reas laterais, bermas e valetas no

    pavimentadas, bem como a rea interior da rotunda de Escariz.

    O projeto foi desenvolvido principalmente com base no estudo ambiental de referncia da regio, assim como no estudo

    geolgico e geotcnico, por forma a contribuir para a sustentabilidade das solues preconizadas.

    Na elaborao do projeto de Integrao Paisagstica, recorreu-se ao reconhecimento de campo e consulta de diversos

    elementos de trabalho, dos quais se destacam os seguintes:

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo.

    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 2

    Planta e perfil do traado do Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141);

    Estudo de Traado (PE 1.1) do Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141);

    Estudo Geologia e Geotecnia (PE 1.2) do Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141);

    Projeto de Drenagem (PE 2) do Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141);

    Estudo de Impacte Ambiental da Ligao Feira (N da A1)/IC2/Mansores. Estudo Prvio. Junho de 2004 elaborado

    pela Ecossistemas;

    Declarao de Impacte Ambiental (DIA). Estudo Prvio do projeto da Ligao Feira (N da A1)/IC2/Mansores,

    Ministrio do Ambiente e Ordenamento do Territrio, 8 de Maro de 2005;

    Fotoplano da rea do projeto

    Levantamento fotogrfico;

    Bibliografia geral.

    2 DESCRIO SUMRIA DO TRAADO

    O traado do Trecho 1- EN326 - Feira (A32/IC2) / Escariz inicia-se na atual rotunda da A32 da Concesso do Douro

    Litoral, j construda e em funcionamento, em Pigeiros cota 243 m, e termina ao km 7+141, na rotunda de ligao a

    Escariz, cota 495 m.

    Desenvolve-se segundo uma orientao geral de W-E, numa extenso de 7 141 m.

    Na seo corrente da EN 326, entre o km 0+000 e km 4+080, o perfil transversal tipo adotado, constitudo por uma faixa

    de rodagem com uma via por sentido, com uma plataforma de largura total de 12.00 m, e composto por:

    Duas vias de circulao com 3.50 m de largura cada.

    Duas bermas direitas com 2.50 m de largura, pavimentadas em toda a sua extenso, com a mesma inclinao

    transversal da faixa de rodagem.

    Entre o km 4+180 e o km 7+141, o perfil transversal tipo estipulado composto por uma via adicional num dos sentidos,

    perfazendo a plataforma, uma largura total de 13.75 m, e composto por:

    Duas vias de circulao com 3.50 m de largura cada e uma via de lentos com 3.25 m de largura.

    Duas bermas direitas com 2.50 m e 1.00 m de largura, pavimentadas em toda a sua extenso, com a mesma

    inclinao transversal da faixa de rodagem.

    A rea de insero do projeto caracteriza-se por ser uma zona de acentuado relevo, obrigando a que o traado se

    desenvolva com parmetros geomtricos compatveis com uma velocidade base de 80 km/h.

    Em perfil longitudinal, o traado apresenta inclinaes mximas de 7%, tendo em funo do estudo de trfego, sido

    previstas trs vias de lentos no sentido ascendente de modo a manter o nvel de servio pretendido.

    Em termos de interligao com a rede viria existente, foram previstas duas ligaes de nvel, nomeadamente:

    Ligao rotunda do N com a A32 (N de Pigeiros), no incio do traado;

    Rotunda de Escariz, que permite o acesso a Escariz;

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo.

    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 3

    Ao longo do seu desenvolvimento so atravessados diversos vales profundos e linhas de gua, estando prevista a

    construo 5 obras de arte especiais (4 Viadutos e de uma Ponte).

    Quadro 2.1 Obras de Arte Especiais

    Designao da Obra Atravessamento km inicio km fimComprimento

    [m]

    Altura Mx

    [m]

    Ponte sobre o Rio Antu Rio Antu 1+497 1+593 96 18

    Viaduto de Vilarinho Agrcola + CM 1091 + CM 514 2+038 2+612 574 25

    Viaduto de Monte Calvo Agrcola + CM 3+864 4+032 168 24

    Viaduto de Londral Linha de gua 4+658 4+826 168 29

    Viaduto de Escariz Linha de gua + Agrcola 5+873 6+005 132 20

    De modo a repor a rede viria existente interferida com a construo da nova via, foi prevista a execuo de 9

    restabelecimentos, 2 associados construo de Passagens Inferiores (PI), 2 a Passagens Agrcolas (PA), 3 a Passagens

    Superiores (PS) e os restantes sob a nova via em zona de Viaduto, no necessitando por isso de obra de arte especfica.

    Ao longo do traado do Trecho 1 da EN 326, houve que recorrer execuo de cinco obras de conteno, cujas

    caractersticas principais se resumem no Quadro 2.2 a seguir apresentado.

    Quadro 2.2 Obras de Conteno

    Designao da

    Obra de ContenoLocalizao Tipo de soluo km inicio km fim

    Comprimento

    [m]

    M1 Plena via, lado direito Parede pregada 0+575 0+700 125

    M2 Plena via, lado esquerdo Terra Armada 2+737 2+935 198

    M2A Plena via, lado esquerdo Parede Pregada 2+767 2+788 21

    M3 Plena via, lado direitoParede pregada com vigas

    ancoradas3+375 3+675 300

    M4 Plena via, lado esquerdo Terra Armada 3+646 3+766 120

    Atendendo aos relevos vigorosos da zona atravessada so vrias as escavaes ao longo do traado que atingem alturas

    importantes de taludes (5 casos superiores a 20 m), ocorrendo as mais significativas entre os kms 3+345 e 3+660, onde

    so atingidas alturas na ordem dos 26 m ao eixo e 45,5 m. Refira-se que, pelo facto do traado se encostar a relevos com

    geomorfologia vigorosa, observam-se, tambm, alguns casos de assimetrias acentuadas entre as alturas de taludes de

    escavao, entre os lados direito e esquerdo da via ou com perfis mistos de aterro-escavao.

    Ao longo do traado, as escavaes interessam fundamentalmente os xistos das litologias metamrficas e o granito da

    formao gnea. Os materiais metamrficos so constitudos maioritariamente pelos xistos do Complexo Xisto-

    Grauvquico, havendo apenas uma escavao de dimenso significativa nos xistos ardosferos ordovcicos.

    Assim, tendo em conta as alturas atingidas pelos taludes, as caractersticas geolgico-geotcnicas das formaes

    interessadas (compacidade, grau de alterao, posio do nvel fretico, o carter areno-siltoso dos terrenos favorvel aos

    fenmenos de ravinamento, erodibilidade dos materiais, etc.), a tentativa de procurar um equilbrio entre o volume de

    materiais a escavar e o volume a utilizar nos aterros e ainda a critrios de insero paisagstica do traado, adotou-se uma

    inclinao geral para os taludes de escavao de 1:1,5 (v:h), espaados de banquetas posicionadas, em geral, a intervalos

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    de 10 m de altura. Em algumas situaes, por questes geotcnicas ou de maior equilbrio em relao altura mxima

    dos taludes, as banquetas foram situadas a diferentes alturas ou adotadas inclinaes diferentes da geral,

    designadamente:

    kms 0+315 e 0+700 no lado direito da via interferia com um depsito de gua, pelo que foi necessrio aumentar a

    inclinao do talude inferior para 1:1 (v:h) de forma a preservar aquela estrutura. Dadas as caractersticas

    geotcnicas dos xistos ocorrentes, foi necessrio preconizar uma soluo de conteno global do talude (Muro M1);

    os km 1+200 a 1+485, a escavao que ser realizada entre, num aterro de vazadouro muito descomprimido, em

    que no talude do lado direito se adotou uma inclinao geral de 1:3 (v:h) e banqueta a 6 m de altura e no lado

    esquerdo da escavao o talude, inicia-se a 1:1.5 (v:h) com banqueta aos 10 m de altura, at ao km 1+275, de modo

    a no interferir com a estrada EN628, pelo que neste caso houve a necessidade de diminuir a inclinao dos taludes

    e a altura das banquetas;

    os kms 3+345 e 3+660, escavao com taludes a 1,5:1 e 1:1 (v:h), sendo os de maior inclinao os taludes inferiores

    onde haver a maior predominncia de materiais rochosos mais adequados a este tipo de inclinaes. Contudo,

    dadas as caractersticas geomtricas da escavao e geotcnicas dos granitos ocorrentes, foi necessrio preconizar

    uma soluo de conteno global do talude (Muro M3).

    Quanto aos aterros, as maiores alturas atingidas pelo traado so da ordem dos 16 m ao eixo entre os kms 0+700 a

    0+975, e 25 m nos taludes entre os kms 4+825 a 5+045. Refira-se que, tambm, devido ao encosto do traado a relevos

    com geomorfologia vigorosa, so vrios os aterros com pronunciada assimetria geomtrica das alturas de taludes entre os

    lados direito e esquerdo da via ou com perfis mistos de aterro-escavao.

    Tendo em conta a qualidade dos materiais a utilizar na construo dos aterros, a sua estabilidade, o equilbrio de terras e

    a insero paisagstica, preconiza-se uma inclinao geral de 1:1,5 (v:h) para todos os taludes de aterro.

    Nos taludes de maiores alturas preconiza-se, ainda, a construo de banquetas instaladas a 8, 10 ou 12 m, abaixo da

    crista dos taludes, as quais permitiro diminuir a inclinao mdia dos taludes, instalar rgos de drenagem e o acesso

    para manuteno.

    A nova via ser vedada em toda a sua extenso de modo a impedir a entrada acidental de animais e de pessoas ou

    veculos fora dos acessos de nvel previstos e j referidos.

    3 BREVE CARACTERIZAO DA REGIO

    O traado em estudo desenvolve-se na regio Norte de Portugal, na sub-regio de Entre o Douro e Vouga, atravessando

    os concelhos de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azemis e de Arouca.

    Em termos bioclimticos a rea integra-se no Domnio Atlntico que, no territrio de Portugal Continental, inclui todo o

    Noroeste, bem com os macios montanhosos das serras do Caramulo e da Estrela. De acordo com o esboo das regies

    climticas de Portugal, o clima da rea do tipo martimo, sub-tipo fachada atlntica.

    A temperatura mdia anual varia entre os 9,8 C e os 13,9 C, com um tipo de vero Moderado/Fresco e um tipo de

    inverno Fresco/Frio.

    O perodo mais hmido estende-se de Outubro a Maro, sendo geralmente Janeiro o ms mais pluvioso. A partir de Maro

    verifica-se uma diminuio acentuada da precipitao atingindo-se os valores mnimos em Julho e Agosto. O ms de

    Setembro, com quantitativos superiores, j assinala a transio para o perodo hmido.

    A precipitao total anual varia entre 1151,6 mm e 2023,7 mm.

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    Cruzando a distribuio da precipitao com a distribuio da temperatura, consideram-se meses biologicamente secos

    aqueles em que o valor da precipitao (em mm) inferior ao dobro do valor da temperatura (em C), ocorrendo estes

    meses em Julho e Agosto.

    A humidade relativa na regio s 9 h varia entre um mnimo de 69% e um mximo de 89%.

    Na rea de estudo verificam-se nevoeiros de irradiao das baixas continentais nos vales das principais linhas de gua,

    com destaque para o rio Antu e o rio Arda. A formao de geada , na regio, significativa, encontrando-se

    frequentemente associada a linhas de gua nas zonas de vale, nas noites mais frias e com vento fraco ou nulo.

    A regio em estudo compreende formaes geolgicas pertencentes unidade morfoestrutural do Macio Hesprico

    Ibrico, zona Centro Ibrica, atravessando, fundamentalmente trs unidades litolgicas: xistos e grauvaques do Cmbrico;

    granitos hercnicos e quartzitos e xistos argilosos do Prcmbrico.

    A disposio estrutural das unidades geolgicas fundamentalmente condicionada pela tectnica hercnica, estando estas

    dispostas segundo uma direo aproximada NW-SE. A rea em estudo insere-se num compartimento abatido em relao

    serra de Arada, situada entre esta serra, a Leste, e o relevo de direo NNW-SSE que separa a faixa litoral do interior a

    Oeste.

    Em termos geomorfolgicos a regio interessada apresenta um relevo irregular e bastante vigoroso, que funo quer

    da natureza litolgica dos terrenos atravessados, quer da tectnica da regio, relacionada com a orogenia hercnica.

    De um modo geral, aos granitos e aos quartzitos correspondem os relevos mais vigorosos dado apresentarem maior

    resistncia eroso que os xistos, de comportamento mais brando.

    Os relevos de maior altitude so separados por alguns vales, por vezes bastante largos, e zonas aplanadas onde se

    desenvolve atividade agrcola.

    A drenagem da superfcie garantida por uma rede que se apresenta, por vezes, bastante hierarquizada. O percurso das

    linhas de gua feito frequentemente em vales de fratura simtricos, muito encaixados, com fundo em V.

    De um modo geral, os solos presentes tm constituio predominantemente siltosa, com a componente arenosa

    pontualmente relevante e frequentemente turfosa. Domina a colorao acastanhada com abundantes fragmentos de rocha

    matriz. A contaminao orgnica representada principalmente sob a forma de restos vegetais disseminados na matriz

    mineral.

    Geralmente o horizonte superficial apresenta um desenvolvimento regular, cobrindo o substrato com espessuras variveis

    em funo sobretudo de caractersticas geolgicas e geomorfolgicas. Nas zonas baixas, de morfologia suave, as terras

    vegetais apresentam quase sempre espessuras mais significativas, entre os 0,6 m a 0,9 m, com acrscimo da componente

    orgnica. Inversamente, nas reas de elevado declive, a espessura da terra inferior (0,1 m a 0,4 m).

    As famlias de solos dominantes so as seguintes:

    Cambissolos hmicos, em parte fase delgada, correspondem aos Solos Litlicos Hmicos, originados a partir de

    granitos ou xistos (na parte correspondente a rocha-me grantica existem alguns afloramentos rochosos);

    Luvissolos rticos, fase atlntica em parte fase delgada, correspondentes aos Solos Argiluviados Pouco Insaturados

    (Atlnticos) de xistos.

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    Em ambos os casos so solos com caractersticas fsico-qumicas mdias, boa drenagem, espessura varivel e

    capacidade de gua utilizvel mdia a elevada.

    Existem tambm Fluvissolos dstricos, correspondentes aos aluviossolos modernos e antigos e solos de baixas, que se

    encontram junto das principais linhas de gua, nomeadamente nos vales dos rios Antu e afluentes.

    Do ponto de vista dos recursos hdricos o presente traado desenvolve-se nas Bacias Hidrogrficas do Rio Douro e do

    Rio Vouga.

    A Bacia Hidrogrfica do Rio Douro pertence Regio Hidrogrfica n.3 - Douro, com uma rea de 98370 km2, sendo

    18710 km2 em territrio portugus, com uma extenso de 850 km (213 km em Portugal).

    Esta bacia est compreendida entre 4020 e 4310 de latitude Norte e 0143 e 0840 de longitude Oeste, e tem uma

    orientao Este-Oeste, de acordo com Monografias Hidrolgicas dos Principais Cursos de gua de Portugal Ocidental,

    DGRAH (1986).

    A Bacia Hidrogrfica do Rio Vouga insere-se na Regio Hidrogrfica n.4 Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste.

    Compreendida entre 4015 e 4057 de latitude Norte e 0733 e 0848 de longitude Oeste, e tem uma orientao Este-

    Oeste, esta bacia apresenta uma rea de 3635 Km2, sendo que o Rio Vouga apresenta uma extenso de 148 Km.

    As caractersticas dos principais cursos de gua inseridos na rea de estudo esto apresentadas no quadro seguinte.

    Quadro 3.1 - Principais Linhas de gua atravessadas pela EN326

    Regio Hidrogrfica

    Curso de gua Classificao

    Decimal

    rea Total da Bacia

    (km2)

    Comprimento do Curso de

    gua (km)

    Local da Travessia (km)

    3 - Douro Rio Inha 201 05 65,5 16,5 Km 5+950 - Viaduto Escariz

    4 - Vouga, Mondego, Lis e

    Ribeiras do Oeste

    Rio Antu 719 02 01 04 149,2 38,3 Km 1+600 Ponte sobre o rio Antu Km 3+950 Viaduto de Monte Calvo

    Fotografia 3.1 Aspeto do local da Ponte sobre o rio Antu

    Fotografia 3.2 - Rio Antu, zona do Viaduto de Monte Calvo

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    De acordo com a classificao ecolgica proposta por Pina Manique e Albuquerque (1982), a zona em estudo encontra-se

    na zona fitoclimtica ATLNTICA MEDITERRNEO-ATLNTICA (A.MA), de nvel BASAL, co os seguintes elementos

    caracterizadores autofticos: Quercus robur (carvalho alvarinho), Quercus suber (sobreiro), Pinus pinaster (pinheiro bravo),

    Pinus pinea (pinheiro manso) e Castanea sativa (castanheiro).

    Do ponto de vista fitossosiolgico, a vegetao climcica constituda pelos carvalhais mesotemperados e

    termotemperados do Rusco aculeati-Quercetum roboris quercetosum suberis.

    As matas higrfilas enquadram-se (muito provavelmente) nas associaes Scrophulario scorodonia-Alnetum glutinosae

    bayonensis-Alnetum glutinosae.

    Ocorrem pontualmente matagais de associaes Frangula alni-Pyretum cordatae.

    Os matos incluem-se nas associaes Ulici-europaei-Ericetum cinereae, Ulici europaei-Cytisetum striati e Ulici-minoris-

    Ericetum umbellatae em situaes xero e mesfilas. Em solos hidromrficos ocorrem os urzais higrfilos Cirsio filipenduli-

    Ericetum ciliaris e Genisto beberidae-Ericetum tetralicis. Em mosaico com os urzais mesfilos, so frequentes os

    arrelvados anuais de Airo praecocis-Sedetum arenarii.

    Em termos de vegetao natural potencial, a rea em estudo constituda nas estaes mesoflicas por carvalhais

    caduciflios dominados por Quercus robur (carvalho-alvarinho) associado a Acer pseudoplatanus (bordo), Coryllus

    avellana (aveleira), etc. associados a um sub-coberto onde o Ilex aquifolium (azevinho) e Laurus nobilis (loureiro),

    constituem os principais elementos, onde ocorrem ainda Ruscus aculeatus (gilbardeira), Lonicera periclymenum

    (madressilva-das boticas), Hedera helix (hera), entre outros.

    De referir a ocorrncia de Quercus suber (sobreiro) em algumas estaes de cariz xero-trmico acentuado, como o caso

    de escarpados de interiores, e que ter sido expandido pela ao simultnea do Homem e dos incndios. Nestas estaes

    ocorrem potencialmente matos diversificados, constituindo giestais, urzais ou tojais.

    Nas proximidades das linhas de gua e vales aluvionares, ou mesmo coluvionares, a vegetao caracterstica dos

    estdios mais evoludos, enquadra-se nas formaes caduciflias do tipo riprio, com presena frequente de Alnus

    glutinosa (amieiro), Salix alba (salgueiro branco), Salix atrocinerea (borrazeira-negra), Salix salvifolia (borrazeira-branca),

    Salix triandra (vimeiro-folhas-de-amendoeira), Rubus ulmifolius (silva), Ulmus minor ((ulmeiro), Fraxinus angustifolia

    (freixo), Frangula alnus (amieiro negro), Quercus robur (carvalho-alvarinho), Celtis australis (Lodo), Crataegus monogyna

    (pilriteiro), Rosa sempervirens (rosa silvestre) e Tamus communis (uva de co).

    O coberto vegetal da zona em estudo apresenta uma alterao profunda relativamente s estruturas originais ou, quando

    muito, s estruturas presumivelmente potenciais. Efetivamente, a ao do homem alterou de forma significativa a

    composio florstica e estrutural da generalidade do coberto vegetal da zona em estudo.

    Verifica-se que as reas naturais so escassas, limitando-se s margens das linhas de gua e pequenos povoamentos

    pontuais de folhosas marginais s reas urbanas. De facto, a paisagem dominada pelas extensas reas de explorao

    florestal, essencialmente de pinheiro bravo (Pinus pinaster) e/ou eucalipto (Eucalyptus globulus).

    A rea de implantao do projeto e sua envolvente (numa faixa de 400 m centrada no eixo da via), no interfere com

    qualquer rea classificada de conservao da natureza (includas no Sistema Nacional de reas Classificadas, Decreto-

    Lei n 142/2008, de 24 de Julho), sendo que, num contexto mais alargado se pode encontrar o Stio da Freita e da Arada

    (PTCON 0047), a uma distncia mnima de cerca de 2 km. A rea em estudo no interfere igualmente com quaisquer

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    habitats classificados (Anexo I da Diretiva 92/43/CEE - Diretiva Habitats, transposta para a ordem jurdica interna pelo

    Decreto-Lei n 140/99, a qual foi alterada pelo Decreto-Lei n 49/2005 de 24 de Fevereiro).

    No contexto da rea de estudo, os valores em presena so baixos, no que diz respeito aos habitats identificados para o

    local, quer do ponto de vista florstico, quer do ponto de vista faunstico, tratando-se de uma regio com ocupao e

    interveno antrpica ancestral, o que se reflete nos valores em presena.

    Assim, no que diz respeito a espcies de flora e fauna protegidas potencialmente presentes na rea de estudo, verifica-se

    que no se est perante comunidades particularmente relevantes no contexto ibrico ou mesmo na perspetiva regional. De

    referir que no esto referenciadas para esta rea especiais riquezas ou raridades faunsticas, sendo notrio que os

    endemismos e espcies classificadas referenciadas, so em regra, igualmente caractersticas dos mesmos habitats no

    territrio do continente portugus.

    Dos bitopos identificados na rea de estudo, destacam-se claramente as zonas com ocupao florestal de produo, as

    zonas com ocupao agrcola e as zonas de ocupao humana.

    Efetivamente, em termos de uso atual do solo, esta regio caracteriza-se pelo predomnio do uso agrcola e florestal,

    com aglomerados populacionais densos mas disseminados, sendo os mais importantes os de Gaiate, Vila Nova, Mouquim,

    Monte Calvo (concelho de Santa Maria da Feira), Vilarinho (concelho de Oliveira de Azemis) e, Escariz, Estrada e

    Mansores (concelho de Arouca). A atividade da explorao florestal importante nesta regio, sendo os povoamentos

    essencialmente formadas por pinheiro bravo e eucalipto.

    Fotografia 3.3 - Aspeto de um Povoamento Florestal de Eucalipto na rea de estudo

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    Na evoluo recente da paisagem nesta regio tem-se verificado uma progressiva simplificao da paisagem, quer

    atravs da substituio das reas de carvalhal (Quercus robur), j praticamente inexistentes, por povoamentos florestais

    de crescimento rpido dominados pelos j referidos pinheiro-bravo e eucalipto, quer pelo abandono de reas agrcolas.

    Esta evoluo, que se deu sobretudo nas zonas de encosta e cumeada, onde os solos so menos frteis e os terrenos

    apresentam pendentes mais acentuadas, contribuiu para uma perda de biodiversidade: as reas florestais so sobretudo

    as dominadas pelo eucalipto e apresentam substratos herbceo e arbustivo pouco desenvolvidos. A baixa diversidade

    florstica associada a estas reas e a inadequao deste coberto florestal a situaes de pendentes mais acentuadas tem

    contribudo para acentuar a eroso do solo. Atualmente estes eucaliptais constituem reas de reduzido valor paisagstico e

    baixa sensibilidade visual.

    A decomposio do territrio traduzida em duas unidades de paisagem: UP1 Agrcola e Urbana Dispersa e UP2

    Florestal. Face grande correspondncia entre a morfologia e ocupao do territrio, verifica-se que as unidades de

    paisagem vo estar simultaneamente ligadas aos usos do solo e morfologia do territrio.

    UP1 Agrcola e Urbana Dispersa

    reas de agricultura intensiva, acompanhadas de povoamento disperso, que ocupam os fundos dos vales planos e abertos

    da generalidade das linhas de gua, em que predominam as culturas de regadio e de sequeiro, em campos

    compartimentados, a par de pomares e de algumas manchas de olival e vinha.

    O facto de se tratar de reas de elevada amplitude visual e de se situarem nos pontos inferiores da bacia, ocupadas por

    estruturas predominantemente baixas (culturas de regadio), confere-lhes baixa capacidade de absoro visual.

    A funcionalidade orgnica da unidade e as caractersticas dos elementos visuais que a compem, atribui unidade

    paisagstica elevada qualidade visual.

    Fotografia 3.4 - rea Agrcola na Zona do Vale do Rio Antu, em Monte Calvo

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    UP2 Florestal

    Trata-se de uma unidade de paisagem de qualidade visual mdia a baixa, representada por povoamentos florestais,

    dominados pelo pinheiro-bravo e eucalipto, que surge nas cotas mais elevadas e de declive mais acentuado.

    O facto de se tratar de reas de ocupao florestal, portanto com porte elevado confere-lhes elevada capacidade de

    absoro visual.

    4 PROPOSTA DE INTEGRAO PAISAGSTICA

    4.1 OBJECTIVOS

    O projeto de Integrao Paisagstica tem como objetivo promover a correta e harmoniosa insero na paisagem

    envolvente da infraestrutura rodoviria e a sua valorizao mediante a introduo de fatores de conforto tico para o

    utente, bem como assegurar a manuteno dos recursos naturais e a continuidade ecolgica. Com este objetivo, o projeto

    foi desenvolvido tendo por base aspetos genricos de ordem esttica, funcional e econmica, designadamente os

    seguintes:

    Objetivos estticos: Enquadramento da infraestrutura na paisagem envolvente de modo a atenuar a sua presena,

    garantindo zonas com qualidade visual junto via e proporcionando aberturas visuais para o exterior sempre que se

    justifique, ou ocultando elementos de degradao visual da paisagem. Utilizao preferencial de vegetao para

    enquadramento da via, por forma a garantir a continuidade natural da paisagem De forma a assegurar o sucesso e a

    manuteno da estrutura verde a implementar, a seleo do material vegetal ter em considerao as caractersticas

    climticas, pedolgicas, hdricas e fitossociolgicas da regio, recorrendo sobretudo a vegetao autctone:

    Objetivos funcionais: Estabilizao biolgica dos taludes de aterro e escavao, de forma a proteg-los contra a

    eroso elica e hdrica, mediante a utilizao de vegetao climcica ou afim

    A implementao de aes de ordem esttica e funcional ser ainda assegurada mediante a conveniente modelao

    dos taludes, por forma a estabelecer sempre que possvel a continuidade necessria com o relevo natural e, assim,

    contribuir para uma melhor drenagem superficial, insero e enquadramento da via.

    Paralelamente ao tratamento proposto, ir-se- atuar, ainda, ao nvel sensorial do utente permitindo uma definio e

    leitura da estrada, que ir contribuir para o aumento do conforto visual e ao mesmo tempo melhorar as condies de

    segurana rodoviria.

    Objetivos econmicos: Custos reduzidos na implantao e manuteno da estrutura verde proposta.

    4.2 MEDIDAS DA DECLARAO DE IMPACTE AMBIENTAL (DIA)

    Tendo em vista atingir os objetivos propostos ao nvel esttico, funcional e econmico, a estratgia de interveno deste

    projeto, alm de atender, tal como referido, s caractersticas do projeto e caracterizao de referncia territrio,

    sobretudo no que diz respeito aos aspetos biofsicos e paisagsticos, procura, ainda, dar cumprimento s medidas

    minimizao ambiental, constantes na Declarao de Impacte Ambiental (DIA), com enquadramento no mbito da

    Integrao Paisagstica.

    Assim, as medidas constantes na DIA aplicveis ao presente trecho da Ligao Feira (N da A1)/IC 2/Mansores, so as

    seguintes:

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    Fase de Projeto

    9. O Projeto de Integrao Paisagstica (PIP) a elaborar e a implementar deve contemplar a modelao do terreno,

    orientada no sentido de permitir uma integrao dos taludes na morfologia dos terrenos envolventes, bem como a sua

    estabilizao biolgica.

    10. O PIP deve contemplar a modelao das reas interiores dos ns e das rotundas, contribuindo para a eliminao de

    taludes dentro destas reas e para o eventual escoamento de materiais de escavao em excesso.

    11. As reas a serem objeto de revestimento vegetal devem ser previamente cobertas com uma camada de terra viva

    proveniente da decapagem dos solos ao longo do traado. Esta camada deve ter um mnimo de 35 cm nos taludes e 30

    cm nas rotundas e interiores dos ns.

    12. A inclinao mxima para a colocao de terra viva deve ser de 1/1,5 (V/H), quer seja em taludes de aterro ou de

    escavao. Nos casos de inclinaes superiores em zonas de substrato rochoso o corte seja feito de forma irregular,

    permitindo a deposio de alguma terra nas cavidades geradas. Estas reas devem ser devidamente identificveis em

    fase de projeto de execuo.

    13. Sempre que os taludes apresentem inclinaes superiores a 1/1,5 (V/H) deve ser ponderada a adoo de mtodos

    especiais de estabilizao como por exemplo: mantas orgnicas, fibras alternativas a estas ltimas, sistemas de

    confinamento alveolar, etc. Estas alternativas tero que ser identificadas e de ser estudadas caso a caso, no sentido de

    optar pelas mais adequadas em termos de eficcia em fase de projeto de execuo. Deve ser sempre de evitar a

    utilizao de beto projetado nos taludes.

    14. O PIP deve prever o revestimento vegetal de todas as reas expropriadas, nomeadamente taludes de escavao e

    aterro, faixas adjacentes at vedao, interiores dos ramos dos ns, rotundas, reas sobrantes, estaleiros, reas de

    depsito e emprstimo

    15. O PIP deve contemplar a utilizao preferencial de espcies vegetais autctones (nas situaes menos urbanas),

    adaptadas s caractersticas edafo-climticas do meio, com vista sua melhor adaptao inicial e manuteno futura e

    integrao da estrada na paisagem envolvente. Estas espcies devem tambm estar adaptadas s diferentes situaes

    paisagsticas e fisiogrficas atravessadas.

    16. O PIP deve utilizar vegetao de carcter ornamental nas reas mais urbanas (nomeadamente no extremo poente dos

    traados) no sentido de valorizar paisagisticamente estas reas.

    17. O PIP deve justificar a composio proposta para as misturas de sementes (herbceas, arbustivas e arbreas) e para

    os mdulos de plantao (arbustivos) e espcies arbreas a utilizar no projeto e os diferentes condicionamentos a que as

    vrias espcies iro ficar sujeitas.

    18. As misturas de sementes a contemplar no PIP para a estabilizao de todos os taludes de escavao e aterro devem

    incluir algumas espcies de crescimento rpido, misturadas com outras de crescimento mais lento, que no futuro iro

    substituir as anteriores para assegurar a cobertura do solo aps a execuo dos aterros e escavaes.

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    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 12

    19. O PIP deve prever a realizao das sementeiras, sobretudo dos taludes, atravs do mtodo da hidrossementeira,

    dadas a extenso e caractersticas da obra e rapidez, facilidade e eficcia da execuo.

    20. Para minimizar os impactes visuais mais significativos da via, o PIP deve contemplar a criao de cortinas vegetais

    (arbreas e arbustivas) que os ocultem a partir dos pontos de observao mais prximos e frequentados (reas urbanas e

    vias de comunicao mais prximas).

    21. O PIP deve contemplar o enquadramento das linhas de gua com espcies caractersticas da mata ribeirinha. O PIP

    deve ainda prever a escarificao das vias a desativar.

    22. As reas de depsito, estaleiros, oficinas ou quaisquer outras estruturas de suporte obra e os percursos de obra no

    devem ser localizadas em reas de elevada compressibilidade, como as baixas aluvionares, locais onde existe evidncias

    de deslizamento de terras, Patrimnio arqueolgico, solos includos na Reserva Agrcola Nacional e na Reserva Ecolgica

    Nacional, a uma distncia inferior a 10m de linhas de gua permanentes ou temporrias, reas de leitos de cheia, reas

    com maiores riscos de contaminao de aquferos, reas agrcolas ou reas de regadio e habitaes ou outros recetores

    sensveis e devem ser objeto de um projeto especfico de recuperao paisagstica a implementar aps a concluso dos

    trabalhos.

    Fase de Construo

    39. A desmatao e desflorestao devem ser limitadas s reas de interveno estrita, delimitadas por meio de

    piquetagem.

    40. Deve proceder-se florestao ou arborizao das reas aterradas ou escavadas, com utilizao de espcies vegetais

    xeroflicas e/ou de elevada rusticidade nas fases iniciais dos processos de revestimento vegetal e ainda procurando

    selecionar prioritariamente espcies da flora espontnea da regio no sentido de reconstruir os habitats entretanto

    destrudos.

    42. As pargas (com 3 m de largura e 1,25 m de altura) bem como depsitos de terras sobrantes, no devem ser colocados

    a menos de 10m das linhas de gua e em leitos de cheia e devem ser armazenados tendo em vista a sua posterior

    utilizao.

    45. Para evitar o ravinamento de taludes em terra, de aterro e escavao, provocados pela escorrncia de gua

    superficial, deve ser realizado, no mais curto intervalo de tempo possvel aps as operaes de terraplenagem, o

    revestimento dos taludes com espcies vegetais adequadas.

    4.3 MEDIDAS CAUTELARES

    Para alm das solues de projeto apresentadas, este estudo estabelece, ainda, um conjunto de medidas de carcter

    cautelar, que devero ser implementadas durante a obra, relacionados com a ocupao ou potencial interferncia com

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    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 13

    certas reas marginais estrada ou na sua vizinhana e destinadas instalao de estaleiros, zonas de manobra,

    depsito de materiais, explorao de pedreiras, etc.

    4.3.1 PROTECO DA VEGETAO E LINHAS DE GUA

    Tendo em vista a proteo e salvaguarda dos recursos naturais, dever ser evitada a destruio da vegetao arbrea e

    arbustiva, fora da rea dos trabalhos, mediante a implementao de medidas de proteo, de modo a no ser afetada pela

    implantao de estaleiros, depsitos de materiais, instalaes de pessoal e outros, nem com o movimento de mquinas e

    viaturas

    Especificamente, em relao s linhas de gua, dever ser prevista a criao de uma faixa tampo, na qual sero

    interditas terraplenagens, circulao de maquinaria e viatura, assim como o depsito de matrias de qualquer natureza,

    por forma a garantir a preservao das galerias ripcolas e impedir a sua obstruo.

    Compete ao empreiteiro tomar as disposies adequadas para o efeito, designadamente instalando vedaes e/ou

    resguardos onde for conveniente e necessrio, sinalizao adequada, interdio desses locais por qualquer ocupao

    relacionada com a obra e impondo condicionantes manobragem de mquinas.

    Caso algum elemento arbreo, fora da rea de interveno, venha a ser afetado dever ser imediatamente reposto, por

    outro com as mesmas caractersticas, em termos de espcie, cujas dimenses devero estar de acordo com as

    estipuladas nas clusulas tcnicas deste projeto. No que se refere aos corredores ripcolas, dever proceder-se sua

    reconstituio, em particular nas zonas afetadas pela implantao das obras de arte, com recurso plantao de espcies

    caractersticas das formaes caduciflias do tipo riprio da zona, designadamente Alnus glutinosa (amieiro), Salix alba

    (salgueiro branco), Salix atrocinerea (borrazeira-negra), Fraxinus angustifolia (freixo) e Frangula alnus (amieiro negro),

    entre outras.

    4.3.2 ZONAS DE EMPRSTIMO PEDREIRAS

    A localizao das pedreiras, assim como de eventuais manchas de emprstimo deve, como regra, ser determinada no s

    em funo das necessidades para construo da via mas tambm das necessidades ao nvel local e regional. Dever ser

    dada preferncia s pedreiras presentemente em explorao. Com esta medida pretende-se evitar a proliferao de

    mltiplas zonas de emprstimo e sistematizar a sua explorao, tornando possvel no futuro promover o seu

    enquadramento na paisagem envolvente.

    Salienta-se que as pedreiras a utilizar, de acordo com a legislao vigente, devero possuir um projeto de recuperao e

    integrao paisagstica a ser executado de modo faseado ao longo da sua explorao ou logo aps o seu trmino.

    4.3.3 ESTALEIROS, DEPSITOS PERMANETES E TEMPORRIOS

    Estas zonas de ocupao temporria do solo justificam, dados os impactes que lhes esto associados, a adoo das

    seguintes medidas de preservao:

    subordinao do local escolhido para estaleiro, assim como para outras infraestruturas associadas construo,

    prvia aprovao da Fiscalizao, devendo preferencialmente ser utilizadas zonas referenciadas como degradadas e

    com pouca exposio visual;

    evitar a destruio do coberto arbreo de valor significativo, articulando-o com a planta do estaleiro ou promovendo,

    se necessrio, a sua remoo, acondicionamento e posterior replantao, caso se considere vivel;

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    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 14

    As reas de depsito, estaleiros, oficinas ou quaisquer outras estruturas de suporte obra e os percursos de obra

    no devem ser localizadas em reas de elevada compressibilidade, como as baixas aluvionares, locais onde existe

    evidncias de deslizamento de terras, Patrimnio arqueolgico, solos includos na Reserva Agrcola Nacional e na

    Reserva Ecolgica Nacional, a uma distncia inferior a 10m de linhas de gua permanentes ou temporrias, reas de

    leitos de cheia, reas com maiores riscos de contaminao de aquferos, reas agrcolas ou reas de regadio e

    habitaes ou outros recetores sensveis;

    proceder decapagem e armazenamento da terra vegetal subjacente das reas ocupadas pelas infraestruturas de

    obra no caso da utilizao de inertes

    vedao, com tapumes do estaleiro e parque de mquinas, por forma evitar potencial acessibilidade visual e a

    sensao de desorganizao espacial, e ainda proteger a envolvente, nomeadamente aglomerados populacionais e

    reas agrcolas, de poeiras e lamas;

    revestimento herbceo de zonas no pavimentada, de modo a evitar a eroso do terreno e a disperso de lamas,

    medida que aumentar o conforto visual dos utentes do estaleiro, bem como da populao com acesso visual para o

    seu interior;

    no perodo estival estas reas devero ser sujeitas a asperso hdrica peridica, para reduzir as emisses de poeiras

    e materiais diversos levantados pela deslocao de maquinaria pesada e de outros trabalhos relativos construo

    e, consequentemente, atenuar a potencial degradao visual dos espaos direta ou indiretamente afectados;

    aps desativao, essas reas devem ser objeto de um projeto especfico de recuperao paisagstica, a

    implementar aps a concluso dos trabalhos, que promova a reposio da zona no seu estado anterior, por meio de

    medidas de descompactao e arejamento dos solos, modelao do terreno e cobertura com terra arvel, seguida

    de sementeira e plantao com espcies vegetais da regio, de forma a assegurar a sua correta insero na

    paisagem envolvente;

    a autorizao para a localizao dos estaleiros s ocorrer aps a aprovao pela Fiscalizao do respetivo projeto

    de Integrao Paisagstica.

    4.3.4 TERRA ARVEL

    Dada a sua importncia para os trabalhos de revestimento vegetal, uma vez que proporcionam um substrato mais

    favorvel a instalao da vegetao, e a necessidade da sua preservao a nvel nacional, considera-se aconselhvel

    adotar-se as seguintes medidas:

    remoo por decapagem da terra vegetal do terreno das zonas sujeitas a trabalhos, de acordo com as indicaes

    constantes no estudo geolgico e geotcnico (Quadro 3.2). A espessura mdia de terra vegetal a decapar ao longo

    do traado foi estimada com base principalmente no reconhecimento de campo e nos elementos obtidos na

    prospeo

    Quadro 3.2 Espessura mdia de decapagem de terra vegetal

    Localizao ao eixo (km) Espessura mdia (m)

    0+-000 1+025 0,30

    1+025 1+500 0,20

    1+500 4+650 0,30

    4+900 5+850 0,40

    5+850 6+700 0,30

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    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 15

    Localizao ao eixo (km) Espessura mdia (m)

    6+700 6+775 0,50

    6+775 7+141 0,30

    Ramos e restabelecimentos 0,30

    deposio em reas extensas ao longo do traado, em locais de fcil acesso e remoo;

    armazenamento em pargas de altura no superior a 1,25 m e 3 m de largura, protegidas com vedao apropriada;

    as pargas bem como depsitos de terras sobrantes, no devem ser colocados a menos de 10m das linhas de gua e

    em leitos de cheia.;

    valorizao atravs da incorporao de fertilizantes qumicos e orgnicos ou, em alternativa, atravs de sementeira

    de uma leguminosa, que ser enterrada na Primavera, quando em florao, caso o armazenamento se mantenha por

    mais de um ano;

    aplicao posterior em camada uniforme sobre as reas a revestir com material vegetal susceptveis de aplicao de

    terra arvel, acabadas sem grande esmero e de preferncia antes do Outono, para que a sua aderncia ao solo-

    base se processe nas melhores condies.

    4.4 MODELAO E DRENAGEM

    A modelao do terreno, na medida em que traduz uma interveno humana na paisagem, dever ser orientada, de forma

    a permitir a integrao harmoniosa da estrada na sua envolvente. Para que se mantenham as condies de equilbrio e se

    processe a estabilizao e revestimento vegetal adequado dos taludes, interessa que na modelao a efetuar sejam

    criadas as condies que favoream o enquadramento paisagstico e a indispensvel estabilidade dos mesmos.

    No que se refere modelao, os taludes devero apresentar um boleamento suficientemente largo e um adoamento na

    base, adaptando-se suavemente ao relevo natural, sem quebrar a sua continuidade.

    Dado que, estabilidade do talude depende tambm do seu perfil, este dever apresentar um perfil sinusoidal que o que

    oferece melhores resultados no processo de estabilizao. Assim, a crista e a base do talude so suavizadas diminuindo o

    seu declive e aumentando o declive do tero mdio.

    A transio entre taludes de aterro e escavao dever ser disfarada gradualmente, de forma que haja uma suave

    ligao entre eles ou ao terreno natural.

    O desenvolvimento final da curva de concordncia das escavaes dever ser fixado em obra, em funo das condies

    de alterao da superfcie ou da espessura dos solos de revestimento.

    Para facilitar a drenagem superficial e sempre que foi julgado conveniente previu-se a abertura de valetas de crista e valas

    de p de talude, de modo a evitar a eroso dos taludes e encaminhar as guas de escorrncia para pontos de escoamento

    projetados.

    Refira-se que, no presente projeto, em virtude dos planos de xistosidade subverticais nos xistos, foi previsto o

    revestimento com beto (e= 0,05m) de todas as banquetas (aterro e escavao) de forma a evitar a evitar a infiltrao da

    gua das chuvas e a eroso das mesmas e a instabilizao dos taludes,

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    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 16

    Com o objetivo de garantir a estabilidade dos taludes e evitar o seu ravinamento devido ao das guas da chuva, os

    taludes de escavao com inclinao 1:1,5 (v:h) ou inferior, no rochosos e no revestidos por mscaras e/ou espores

    drenantes, sero revestidos com cerca de 0,15 m de espessura de terra vegetal.

    semelhana dos taludes de escavao, preconiza-se para os taludes de aterro, construdos em solos ou solo-

    enrocamento, o revestimento com cerca de 0,15 m de espessura de terra vegetal.

    Esta proteo dever ser efetuada o mais cedo possvel, logo aps a abertura das escavaes e concluso dos aterros,

    preferencialmente nos meses de Julho a Outubro, por forma a evitar a degradao da superfcie dos taludes sob ao das

    primeiras chuvas.

    Em temos de modelao, previu-se ainda uma interveno no interior da rotunda de Escariz, tendo em vista uma mais

    harmoniosa insero paisagstica e o melhoramento das condies de drenagem. A rotunda ficar de nvel, mantendo uma

    dependente na direo dos pontos de drenagem projetados (ver PE 2 Drenagem).

    4.5 RECUPERAO PAISAGSTICA DE TROOS DESATIVADOS

    De forma a promover a recuperao paisagstica dos troos de estrada desativados com a construo da EN 326, aps a

    realizao das terraplenagens, preconiza-se o levantamento e remoo do pavimento e posterior execuo de trabalhos

    escarificao, para descompactao e arejamento, seguidos da cobertura com terra arvel e da aplicao da sementeira

    prevista nas reas contguas, conforme indicado nas peas desenhadas.

    Na mesma base, os caminhos e vias utilizados como acessos aos locais em obra que forem desativados devero ser

    recuperados, tendo em vista a reposio das condies iniciais.

    4.6 REVESTIMENTO VEGETAL

    O estabelecimento do revestimento vegetal ser efetuado com o recurso de sementeiras e plantaes, com funes

    diversas, de modo a assegurar o enquadramento paisagstico pretendido e atenuar ou valorizar certas incidncias

    ambientais originadas pela implantao da estrada, conforme j foi referido anteriormente.

    Na seleo da vegetao a utilizar privilegiaram-se as espcies autctones e/ou com garantia de adaptao s condies

    edafo-climticas da regio, com vista assegurar o sucesso do revestimento vegetal, assim como a sua manuteno

    futura. Nesta escolha teve tambm peso a natureza do substrato geolgico em que aplicado o revestimento vegetal.

    A disposio da vegetao dever ser efetuada de acordo com o especificado em planta nas peas desenhadas

    (Desenhos 1380-PE-01-1603-101 a 106 Plano de Sementeiras e de Plantaes, 1380-PE-01-1603-301 - Plano Geral,

    Plano Geral. Planta de Modelao e Implantao. Plano de Plantao e Revestimentos (Rotunda de Escariz)),

    respeitando-se os locais estabelecidos para sementeira, plantao e revestimento.

    Os critrios utilizados na distribuio da vegetao foram os seguintes:

    os taludes, reas laterais, e espaos sobrantes dentro da rea de interveno, sero revestidos na totalidade da

    rea, com a mistura herbcea (S1) preconizada para o local;

    no caso em que foi proposta a aplicao uma mistura arbustiva (S2 ou S3) para revestimento dos taludes e reas

    marginais, dever ser semeada para alm dos 4 metros anexos berma pavimentada, de forma a que, no futuro, o

    desenvolvimento da vegetao no v perturbar a faixa de rodagem e a facilitar a gesto da faixa de combustvel;

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    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 17

    a aplicao das mistura arbustivas S2 e S3 devero igualmente ser efetuada at uma distncia de 1m do limite da

    rea de interveno/vedao, de modo a deixar visvel a vedao, para o caso de necessidade de reparao;

    plantao de rvores com o intuito de formalizar os objetivos propostos, tendo-se tido o cuidado de, entre outros

    aspetos, marcar o exterior das curvas;

    plantao de sebes arbustivas na proximidade de zonas populacionais, tendo em vista minimizar o impacte visual e

    social devido passagem da estrada;

    plantao de mdulos arbustivos (Mdulo 1) na envolvente das principais passagens hidrulicas (PHs), de forma a

    minimizar problemas de impacte visual a elas associado e de restabelecer a estrutura ecolgica na medida do

    possvel, isto sem inviabilizar o acesso s mesmas sempre que necessrio, e fomentar o atravessamento a

    mobilidade transversal dos animais.

    plantao de rvores, sempre que se justificou, no encontro de viadutos e pontes, com o intuito de minimizar o

    impacte visual, produzindo uma reduo de escala das obras de arte e a articulao com o cenrio envolvente,

    plantao de conjuntos arbustivos de carter mais ornamental e com uma distribuio mais formal no interior da

    rotunda de Escariz, visando a sua valorizao paisagstica, assim como a sua insero urbanstica.

    Refira-se que, atendendo matriz florestal que acompanha praticamente todo o traado do Trecho 1, no houve

    necessidade de grande reforo de plantaes para integrao da infraestrutura, incluindo no tratamento das PHs e das

    Obras de Arte Especiais, uma vez que a maioria se encontra naturalmente integrada pela estrutura visual dominante. Por

    outro lado, tambm o facto de passar em zona predominantemente florestal, condiciona a plantao marginal ao longo da

    via, de modo a minimizar o risco de incndio.

    4.6.1 Sementeiras

    De forma a assegurar a cobertura do solo aps a execuo das terraplenagens e a regularizao dos taludes, de um modo

    geral, recomenda-se, numa primeira fase a aplicao geral nos taludes de uma sementeira base de espcies de

    crescimento rpido, que promova a consolidao e agregao do solo, seguida de uma segunda aplicao com uma

    mistura composta por espcies de crescimento lento, que a longo prazo iro substituir progressivamente as anteriores.

    Assim, a sementeira ser feita em duas aplicaes sucessivas, intervaladas de 4 a 6 semanas, aplicando-se em primeiro

    lugar a mistura de espcies herbceas pioneiras e posteriormente a de espcies arbustivas.

    O mtodo proposto para a realizao das sementeiras a hidrossementeira, dadas a extenso e caractersticas da obra e

    a rapidez e facilidade de execuo, no invalidando, no entanto, que algumas reas possam ser revestidas por outro

    mtodo, caso a Fiscalizao assim o entender.

    Atendendo s caractersticas edafo-climticas da regio, assim como inclinao das superfcies e natureza do substrato

    geolgico das reas a semear, as misturas de sementes propostas, expressas em percentagem, para revestimento

    vegetal dos taludes, e reas laterais do trecho1 da EN 326 entre Feira (A32/IC2)/Escariz, assim como a respetiva

    densidade de sementeira, so as seguintes:

    S1 Mistura herbcea pioneira para revestimento geral dos terrenos em solos e em solos-enrocamento:

    Densidade de sementeira: 30 g/m2

    Festuca arundinacea .......................................... 25,00%

    Festuca rubra .......................................... 20,00%

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    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 18

    Lolium perenne .......................................... 40,00%

    Trifolium repens .......................................... 5,00%

    Trifolium subterraneum .......................................... 10,00%

    100,00%

    S2 Mistura arbustiva para aplicao preferencialmente nos taludes de aterros e reas laterais contguas, nos

    locais assinalados nas peas desenhadas:

    Densidade de sementeira: 2 g/m2

    Crataegus monogyna .......................................... 10,,50%

    Erica arborea .......................................... 0,02%

    Erica cinerea .......................................... 0,03%

    Ilex aquifolium .......................................... 32,00%

    Lonicera periclymenum .......................................... 4,95%

    Myrtus communis .......................................... 1,25%

    Rosa sempervirens .......................................... 2,25%

    Ruscus aculeatus .......................................... 49,00%

    100,00%

    S3 Mistura arbustiva para aplicao preferencialmente nos taludes de escavao, com inclinaes inferiores a

    1/1,5 (v:h) e reas laterais contguas, nos locais assinalados nas peas desenhadas:

    Densidade de sementeira: 2,0 g/m2

    Calluna vulgaris .......................................... 0,01%

    Cistus salvifolius .......................................... 0,067%

    Erica arborea .......................................... 0,015%

    Erica umbellata .......................................... 0,078%

    Cytisus striatus .......................................... 1,16%

    Halimium alyssoides .......................................... 0,07%

    Hedera helix .......................................... 24,00%

    Ruscus aculeatus .......................................... 39,60%

    Tamus communis .......................................... 35,00%

    100,00%

    A hidrossementeira consiste na projeo de uma mistura aquosa, contendo as misturas de sementes atrs indicadas, os

    fertilizantes, corretivos e estabilizadores.

    1 Aplicao: inclui o espalhamento das misturas de sementes herbceas na totalidade da rea dos taludes e reas

    laterais, com a dosagem e os componentes abaixo indicados:

    Adubo NPK 10:10:10 ............................................................................................................... 75 g/m2

    Correctivo orgnico ................................................................................................................... 40 g/m2

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    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 19

    Aditivos: Fibra de madeira tipo Ecofibre+Tac, da Atlanlusi, ou equivalente, com fixador orgnico 120

    g/m2

    Mistura herbcea pioneira S1 ................................................................................................ 30 g/m2

    2 Aplicao: aplicada 4 a 6 semanas aps a 1 sementeira, quando as herbceas tiverem no mximo 10 cm de altura, nos

    taludes de aterro e escavao e nas reas laterais (conforme especificado nas peas desenhadas), nas dosagens de

    sementes e produtos a seguir indicados:

    Adubo Nitrolusal 26% ........................................................................................................... 25 g/m2

    Corretivo orgnico ................................................................................................................. 10 g/m2

    Estabilizadores ...................................................................................................................... 10 g/m2

    Mistura arbustiva (S2) ............................................................................................................ 2 g/m2

    Mistura arbustiva (S3) ............................................................................................................ 3 g/m2

    Para a sementeira das pargas de terra arvel sugere-se a utilizao extreme de Lupinus luteus, com densidade de

    sementeira da ordem de 8 g/m2, a misturar com a terra, mediante frezagem, quando atingir a fase de florao.

    A proposta de hidrossementeira encontra-se representada nos desenhos referenciados pelos nmeros Desenhos 1380-

    PE-01-1603-101 a 106 Plano de Sementeiras e de Plantaes.

    4.6.2 Plantaes

    Tal como referido, com vista a formalizar os objetivos anteriormente expostos, complementarmente s sementeiras so

    propostas plantaes de rvores e arbustos ao longo do traado, localizados em locais estratgicos, que tm como funo

    alm de produzir um efeito mais imediato da presena da vegetao, promover a proteo e enquadramento certas

    situaes particulares.

    Nos Desenhos 1380-PE-01-1603-101 a 106 Plano de Sementeiras e de Plantaes, encontram-se representados os

    planos de plantao a efetuar, bem como a correspondente legenda.

    As espcies utilizadas nas plantaes, foram as seguintes:

    rvores

    Ap - Acer pseudoplatanus (pltano bastardo bordo)

    Ag - Alnus glutinosa (amieiro)

    Cl - Cupressus lusitanica (cedro do buaco)

    Sa - Salix alba (salgueiro branco)

    Fa - Fraxinus angustifolia (freixo)

    Qr - Quercus robur (carvalho alvarinho)

    Ca - Celtis australis (ldo)

    Fal - Frangula alnus (amieiro negro)

    Cs - Castanea sativa (castanheiro)

    Pp - Pinus pinaster (pinheiro bravo)

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo.

    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 20

    Arbustos

    Au - Arbutus unedo (medronheiro)

    Vt - Viburnum tinus (folhado)

    Ln - Laurus nobilis (loureiro)

    Cst - Cytisus striatus (giesta das serras)

    Rs - Rosa sempervirens (Rosa)

    Sat -Salix atrocinerea (borrazeira-negra)

    Ia - Ilex aquifolium (azevinho)

    Ao longo do traado, para alm da plantao de espcies arbreas, est tambm proposta a plantao de espcies

    arbustivas em mdulo ou com um alinhamento de sebe.

    As sebes arbustivas foram propostas para as situaes em que se verifica uma maior proximidade do traado a estruturas

    edificadas, tendo como principal objetivo a criao de uma barreira de proteo visual e fsica no local. Foram definidas

    duas tipologias para a sebe arbustiva.

    Os arbustos sero plantados com uma disposio em quincncio, em conjuntos sequenciais lineares e um compasso de

    plantao de 1,0 m, de acordo com os esquemas seguintes.

    Sebe 1: 7 Ln+5 Au+7 Ln+5 Au+...+7 Ln+5 Au

    Au - Arbutus unedo (medronheiro); Ln - Laurus nobilis (loureiro)

    Sebe 2: 7 Vt+8 Ia+ 7 Vt+5 Cst++7 Vt+8 Ia+ 7 Vt+5 Cst

    Vt - Viburnum tinus (folhado); Ia - Ilex aquifolium (azevinho); Cst - Cytisus striatus (giesta das serras)

    As sebes arbustivas apresentam uma extenso varivel, de acordo com o representado nas peas desenhadas.

    Relativamente s plantaes em mdulo foi proposto o seguinte:

    Mdulo arbustivo: para plantao na envolvente das principais passagens hidrulicas (PH)

    Compasso de plantao: 1, 5 m x 1,5 m

    - Salix atrocinerea - Laurus nobilis - Rosa sempervirens

    1,5m

    13,5m

    7,5m

    1,5m

    Incio da plantao:

    1,5m da Base do

    Aterro

    rea Lateral

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo.

    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 21

    As plantaes em mdulo devero realizar-se de acordo com o esquema acima apresentado, nos locais assinalados nos

    desenhos respetivos.

    4.7 ROTUNDA DE ESCARIZ

    Na conceo do enquadramento da rotunda de Escariz teve-se em ateno as caractersticas da envolvente paisagstica e

    urbanstica, optando-se por um tratamento mais formal e ordenado, havendo no entanto a preocupao de criar um

    espao de baixo custo, nomeadamente ao nvel da manuteno, e que dispensa-se a instalao de um sistema de rega.

    O tratamento proposto consistiu basicamente na utilizao de materiais inertes em revestimento do solo, para proteo do

    terreno da eroso superficial, complementados com estruturas verdes arbustivas, numa conjugao que visa tirar partido

    do efeito visual produzido pelo contraste dos materiais.

    Assim, a rotunda ser revestida a casca de pinheiro (granulometria 22 a 43 mm) e a gravilha calcria branca, com a

    geometria de implantao constante no Desenho 1380-PE-01-1603-301. Nos remates dos revestimentos, proposta a

    utilizao de um lancil metlico de separao cravado no solo, para garantir a manuteno do desenho original a longo

    prazo.

    Para maior controlo das infestantes e minimizar a necessidade de mondas na rotunda, props-se ainda que os materiais

    inertes sejam aplicados sobre uma tela de elevada densidade do tipo Plantex, da Dupont ou equivalente.

    Complementarmente, props-se a plantao de arbustos e herbceas de caractersticas ornamentais, designadamente

    uma composio de Agave atenuata (agave drago) e Drosanthemum hispidum (chorina bago de arroz), embora com

    estratgias de disposio diferente, em articulao com os inertes de revestimento da superfcie (os macios herbceos,

    com altura mxima de 0,20 m, numa sequncia alternada com gravilha, ocupando uma faixa circular no permetro da

    rotunda, e os arbustos, em conjuntos dispersos plantados em quincncio, numa posio mais interior).

    A disposio dos arbustos dever ser efetuada de acordo com o especificado nas peas desenhadas (Desenho 1380-PE-

    01-1603-301.), respeitando os locais estabelecidos para plantao.

    A terra vegetal ser apenas utilizada no enchimento das covas para plantao. A terra arvel a utilizar dever ser

    proveniente da decapagem dos terrenos abrangidos pela presente interveno.

    Os trabalhos de modelao do terreno devero ser realizados, de preferncia, nos meses de Setembro e Outubro, afim de

    evitar que as primeiras chuvadas geram fenmenos erosivos.

    4.8 CALENDRIO DE TRABALHOS

    O Cronograma relativo execuo da empreitada de integrao paisagstica, dever ter em ateno o faseamento da

    obra, no sentido de evitar que a superfcie do terreno, em particular dos taludes, fique durante um perodo prolongado de

    tempo exposta a fenmenos erosivos.

    No Quadro 3.3 apresentado o calendrio recomendado para a execuo dos trabalhos, contudo refira-se que os

    perodos de execuo apontados podero apresentar alguma flexibilidade, dado estarem dependentes do cronograma

    geral da obra e da poca do ano em que ficar concluda, ou seja das condies climatricas e da fase do ciclo vegetativo

    em que o material se encontra

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    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 22

    Quadro 3.3 - Calendrio de Trabalhos

    Meses

    Trabalhos Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

    MAPA DE TRABALHOS

    Espalhamento de

    Terra Arvel

    Sementeiras

    Plantaes

    TRABALHOS DE MANUTENO

    Regas

    Fertilizao

    Ressementeiras

    Mondas

    Retanchas

    Cortes de Vegetao

    As datas indicadas devem ser interpretadas como as mais favorveis para a realizao dos trabalhos de revestimento

    vegetal, o que no impeditivo que algumas operaes possam ser executadas em perodos menos propcios, mas com

    recurso a tcnicas mais apuradas e de comum acordo com a Fiscalizao.

    4.9 ENQUADRAMENTO DE OBRAS DE CONTENO

    O tratamento preconizado para as estruturas de conteno de beto, quer em aterro, quer em escavao, tem como

    objetivo principal a atenuao do impacte visual normalmente a elas associado, de modo a que fiquem, dentro do possvel,

    enquadradas no cenrio onde se integram e que assumam uma identidade compatvel com a paisagem da zona.

    Tal como referido ao longo do presente Trecho 1 da EN 326, houve que recorrer execuo de obras de conteno,

    decorrentes de condicionamentos topogrficos, geolgico-geotcnicos e de ocupao da zona envolvente. No presente

    caso, atendendo s caractersticas das estruturas que garantem a estabilizao dos taludes, a proposta de tratamento

    possvel consiste na introduo de uma alterao cromtica no beto, com o objetivo de lhe atribuir uma colorao que se

    aproxime dos tons das formaes naturais da envolvente.

    A escolha da cor da pigmentao dever ser afinada com a Fiscalizao logo no incio da obra, atravs da execuo de

    alguns painis experimentais.

    Refira-se, que o tratamento preconizado foi definido em articulao com os Projetos de Geologia e Geotecnia (PE 1.2) e

    de Obras de Conteno (PE 4.2).

    No Quadro 3.4 encontram-se identificados as obras de conteno analisadas no mbito do Projeto de Integrao

    Paisagstica, assim como resumidas as caractersticas das intervenes previstas.

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    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Memria descritiva e Justificativa. 23

    Quadro 3.4 Enquadramento Paisagstico de Obras de Conteno em Aterro e Escavao

    Designao da Obra de Conteno

    km incio km fim

    Extenso (m) Soluo Geotcnica Soluo de Integrao

    Paisagstica

    M1 (LD) 0+575 0+700 125 Parede pregada Beto projetado pigmentado

    de castanho, com a tonalidade do macio envolvente

    Medidas de Estabilizao (LD e LE)

    1+705 2+040 335 Pregagens associada a rede

    metlica+ beto projetado

    Beto projetado pigmentado de castanho, com a tonalidade

    do macio envolvente

    M2 (LE) 2+737 2+935 198 Terra Armada

    Paramento vertical formado por placas pr-fabricadas de

    beto, designadas por escamas.

    M2A (LE) 2+767 2+788 21 Parede Pregada Beto projetado pigmentado

    de castanho, com a tonalidade do macio envolvente

    M3 (LD) 3+375 3+675 300 Parede pregada com vigas

    ancoradas

    Beto projetado pigmentado de castanho, com a tonalidade

    do macio envolvente

    M4 (LE) 3+646 3+766 120 Terra Armada

    Paramento vertical formado por placas pr-fabricadas de

    beto, designadas por escamas.

    Medidas de Estabilizao (LD)

    4+200 4+660 460 Pregagens associada a rede

    metlica+ beto projetado

    Beto projetado pigmentado de castanho, com a tonalidade

    do macio envolvente

    Medidas de Estabilizao (LD)

    5+045 5+145 100 Pregagens associada a rede

    metlica+ beto projetado

    Beto projetado pigmentado de castanho, com a tonalidade

    do macio envolvente

    5 COLABORAO

    Colaboram na elaborao do projeto de Integrao Paisagstica do Trecho 1 da EN 326, os seguintes elementos da

    COBA, S.A., alm dos restantes elementos de apoio.

    Desenho Carlos Gonalves

    Lisboa, outubro de 2012.

    Pela COBA, S.A.,

    Paula Silva Daniel Costa

    Responsvel pelo Estudo Coordenador do Projeto

  • CONDIES TCNICAS ESPECIAIS

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo.

    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Condies Tcnicas Especiais. I

    EP ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

    EN 326 FEIRA (A32/IC2) / MANSORES

    TRECHO 1 FEIRA (A32/IC2) / ESCARIZ (KM 0+000 AO KM 7+141)

    PROJETO DE EXECUO

    P 16 ESTUDOS AMBIENTAIS

    P 16.3 INTEGRAO PAISAGSTICA

    CONDIES TCNICAS ESPECIAIS

    NDICE

    Pg.

    1 INTRODUO ....................................................................................................................................................................................... 1

    2 NATUREZA E QUALIDADE DOS MATERIAIS .................................................................................................................................... 1

    2.1 MATERIAIS INERTES........................................................................................................................................................................ 1

    2.1.1 Agregado britado de granulometria extensa (0/37,5) ..................................................................................................................... 1

    2.1.2 Tela Anti-razes............................................................................................................................................................................... 1

    2.1.3 Mulch de Casca de Pinheiro ........................................................................................................................................................... 2

    2.1.4 Gravilha Calcria Branca ................................................................................................................................................................ 2

    2.1.5 Lancil Metlico ................................................................................................................................................................................ 2

    3 MODO DE EXECUO DOS TRABALHOS ........................................................................................................................................ 2

    3.1 CONSTRUO CIVIL ........................................................................................................................................................................ 2

    3.1.1 Consideraes Gerais .................................................................................................................................................................... 2

    3.1.2 Espessura da Base e Sub-base ..................................................................................................................................................... 2

    3.1.3 Regularizao ................................................................................................................................................................................. 2

    3.1.4 Revestimento a Casca de Pinheiro ................................................................................................................................................ 2

    3.1.5 Revestimento a gravilha calcria branca ........................................................................................................................................ 3

    3.1.6 Lancis metlicos ............................................................................................................................................................................. 3

  • 1380FEIM EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores. Trecho 1 Feira (A32/IC2) / Escariz (km 0+000 ao km 7+141). Projeto de Execuo.

    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Condies Tcnicas Especiais. 1

    EP ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

    EN 326 FEIRA (A32/IC2) / MANSORES

    TRECHO 1 FEIRA (A32/IC2) / ESCARIZ (KM 0+000 AO KM 7+141)

    PROJETO DE EXECUO

    P 16 ESTUDOS AMBIENTAIS

    P 16.3 INTEGRAO PAISAGSTICA

    CONDIES TCNICAS ESPECIAIS

    1 INTRODUO

    Referem-se as presentes Condies Tcnicas Especiais a aspetos especficos relativos Integrao Paisagstica da

    Rotunda de Escariz da EN326 Feira (A32/IC2) / Mansores.

    2 NATUREZA E QUALIDADE DOS MATERIAIS

    2.1 MATERIAIS INERTES

    2.1.1 Agregado britado de granulometria extensa (0/37,5)

    Base drenante em agregado britado de granulometria extensa para aplicao como base e sub-base em revestimentos

    ornamentais.

    Os agregados, provenientes da explorao de formaes homogneas, devem ser limpos, duros, pouco alterveis sob a

    ao dos agentes climatricos, de qualidade uniforme e isentos de materiais decompostos, de matria orgnica ou outras

    substncias prejudiciais.

    Os agregados devero ser constitudos por materiais ptreos britados, provenientes de explorao de pedreiras ou

    seixeiras, devendo neste caso conter as percentagens indicadas nos itens dos materiais correspondentes e apresentar, no

    mnimo, trs faces de fratura e com um coeficiente de reduo 4D.

    2.1.2 Tela Anti-razes

    A tela ser da Dupont Ref. Plantex com 190 gr/m2.

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    P16 Estudos Ambientais. P16.3 Integrao Paisagstica. Condies Tcnicas Especiais. 2

    2.1.3 Mulch de Casca de Pinheiro

    O mulch a aplicar dever ser em casca de pinheiro, devidamente tratado atravs de combustagem, ou de outro tipo de

    tratamento, de forma a garantir que se apresente isento de qualquer praga ou doena. Dever apresentar granulometrias

    de 22 a 43 cm.

    2.1.4 Gravilha Calcria Branca

    A gravilha ser de calcrio, rijo, no margoso, nem geladio, bem lavado, isento de substncias imprprias e conter a

    granulometria prescrita pelos regulamentos oficiais para a sua classe. A gravilha ser na cor branca.

    2.1.5 Lancil Metlico

    Lancis em alumnio com cerca de 0,1 m de profundidade e 0,03 m de espessura, para separao dos diferentes materiais

    de revestimento do solo, cravados no solo atravs de estacas com 0,25 a 0,3 m de comprimento e cerca de 0,01 m de

    espessura.

    3 MODO DE EXECUO DOS TRABALHOS

    3.1 CONSTRUO CIVIL

    3.1.1 Consideraes Gerais

    As empreitadas consideradas no