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P P P P P roInfo: roInfo: roInfo: roInfo: roInfo: Perspectivas e desafios Relatório preliminar de avaliação

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Perspectivas e desafiosR e l a t ó r i o p r e l i m i n a r d e a v a l i a ç ã o

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PPPPProInfo:roInfo:roInfo:roInfo:roInfo: Perspectivas e desafios

Ministério da Educação - MECSecretaria de Educação a Distância - SEED

Programa Nac ional de In formát i ca na Educação - Pro In foPrograma Nac ional de In formát i ca na Educação - Pro In foPrograma Nac ional de In formát i ca na Educação - Pro In foPrograma Nac ional de In formát i ca na Educação - Pro In foPrograma Nac ional de In formát i ca na Educação - Pro In foUNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Aval iação Ex terna do ProIn foAval iação Ex terna do ProIn foAval iação Ex terna do ProIn foAval iação Ex terna do ProIn foAval iação Ex terna do ProIn fo

Relatório preliminar de avaliação

BrasíliaUniversidade de Brasília

2002

MEC/MEC/MEC/MEC/MEC/S E E DS E E DS E E DS E E DS E E DSecretário de Educação a DistânciaPedro Paulo Poppovic

Diretor do Dep. de Informática na Educação a DistânciaCláudio Francisco Souza de Salles

Coordenador Geral de Avaliação e Acompanhamentode ProjetosAlberto Castilho de Siqueira

Coordenador Geral de Suporte Didático-PedagógicoJean Marc Georges Mutzig

Assesora de DiretoriaRegina Luna Santos Cardoso

Univers idade de Bras í l ia Univers idade de Bras í l ia Univers idade de Bras í l ia Univers idade de Bras í l ia Univers idade de Bras í l iaBartholomeu Torres TróccoliGileno Fernandes Marcelino

Maria de Fátima Guerra de SousaMaria de Fátima Ramos Brandão

Nilson HolandaWaldyr Viegas

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S U M Á R I O

PRIMEIRA PPRIMEIRA PPRIMEIRA PPRIMEIRA PPRIMEIRA PARTE – ARTE – ARTE – ARTE – ARTE – ANTECEDENTESANTECEDENTESANTECEDENTESANTECEDENTESANTECEDENTES : : : : : bbbbbases conce i tua i sases conce i tua i sases conce i tua i sases conce i tua i sases conce i tua i se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca s

1 Características e objetivos do ProInfo

2 O projeto de avaliação do ProInfo

3 Metodologias de avaliação de programas sociais

4 Metodologia de avaliação do ProInfo

SEGUNDSEGUNDSEGUNDSEGUNDSEGUNDA PA PA PA PA PARTEARTEARTEARTEARTE: a avaliação: a avaliação: a avaliação: a avaliação: a avaliação dododododo P P P P ProIn foroIn foroIn foroIn foroIn fo

5 Papel e funcionamento dos NTE

6 As escolas do ProInfo

7 Os recursos humanos do ProInfo

8 A dimensão pedagógica do ProInfo

9 Síntese e conclusões

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S U M Á R I O

PRIMEIRA PPRIMEIRA PPRIMEIRA PPRIMEIRA PPRIMEIRA PARTE – ARTE – ARTE – ARTE – ARTE – ANTECEDENTESANTECEDENTESANTECEDENTESANTECEDENTESANTECEDENTES : : : : : bbbbbases conce i tua i sases conce i tua i sases conce i tua i sases conce i tua i sases conce i tua i se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca se me todo lóg i ca s

1 Características e objetivos do ProInfo

2 O projeto de avaliação do ProInfo

Avaliação Permanente

Avaliação ad hoc

3 Metodologias de avaliação de Programas sociais

A experiência internacional

A experiência brasileira

4 Metodologia de avaliação do ProInfo

O modelo da avaliação

A execução da pesquisa

SEGUNDSEGUNDSEGUNDSEGUNDSEGUNDA PA PA PA PA PARTE – ARTE – ARTE – ARTE – ARTE – A AA AA AA AA AVVVVVALIAÇÃO DO PALIAÇÃO DO PALIAÇÃO DO PALIAÇÃO DO PALIAÇÃO DO Pro In foro In foro In foro In foro In fo

5 Papel e o funcionamento dos NTE

A infra-estrutura organizacional do NTE

A infra-estrura física do NTE

A infra-estrura tecnológica do NTE

A rede elétrica

A rede lógica

Equipamentos de informática

Suprimentos de material

Segurança das instações

Condição de acesso à internet

Provedor de acesso

Condição da rede local

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Condição de segurança da rede

Qualidade de assitência técnica dos fornecedores

Condições de trabalho para suporte técnico no NTE e às escolas

Disponibilidade de recursos de informática

6 As escolas do ProInfo

Rede elétrica

Segurança das instalações

Rede local

Condições de trabalho

Equipamentos

Suprimentos

Licenças para uso de software

Assistência técnica

7 Os recursos humanos do ProInfo

Caracterização e qualificação

a) Técnicos

b) Multiplicadores

c) Professores

d) Alunos

Motivaçao e comprometimento

a) Técnicos

b) Multiplicadores

c) Professores

Desempenho e relacionamento

a) Técnicos

b) Multiplicadores

c) Coordenadores do NTE

d) Coordenadores do laboratório de informática da escola

8 A dimensão pedagógica do ProInfo

a) uso de informática nas escolas;modalidade e receptividade

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b) mudanças na sala de aula

Motivação e interesse

Freqüência às aulas

Disciplina

Qualidade do trabalho dos alunos

Motivação para as aulas no laboratório

Interesse pelas atividades propostas na disciplina

Interesse pela pesquisa em diversas fontes

Interesse pela informação e conhecimento

Interesse pelas questões sociais

c) Melhoria do processo de ensino e aprendizagem

Rendimento escolar

Competências, habilidades e atitudes

Desenvolvimento da leitura

Desenvolvimento da escrita

Desenvolvimento da organização e estruturação do pensamento

Desenvolvimento da compreensão de conceitos abstratos

Desenvolvimento da identificação e compreensão de problemas

Desenvolvimento da resolução de problemas

Desenvolvimento do trabalho em equipe e colaboração

Desenvolvimento da criatividade e inovação

Desenvolvimento da investigação e experimentação

Desenvolvimento da curiosidade e observação

9 Síntese e conclusões

1) Situação de desempenho dos NTE

2) Os recursos humanos do ProInfo

3) As escolas do ProInfo

4) A dimensão pedagógica

Uso da informática nas escolas

Mudanças na sala de aula e gestão escolar

Melhoria do processo de ensino-aprendizagem

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PRIMEIRA PARTEANTECEDENTES: basesconceituais e metodológicas

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#14

1 Características e objetivos do ProInfoO ProInfo – Programa Nacional de

Informática em Educação, que vem sendo

implementado pelo Ministério da Educação,

desde 1997, através da Secretaria de

Educação a Distância - SEED, em parceria

com os governos estaduais e alguns muni-

cipais, visa à introdução da telemática1 na

escola pública, como ferramenta de apoio

ao processo de ensino-aprendizagem. É,

portanto, como essência e concepção, um

programa de educação, antes que um

projeto de modernização tecnológica.

São objetivos organizacionais estratégicos do

ProInfo:

a) melhorar a qualidade do processo de

ensino-aprendizagem;

b) possibilitar a criação de uma ecologia

cognitiva nos ambientes escolares,

mediante incorporação adequada das

novas tecnologias de informação das

novas tecnologias da informação pelas

escolas;

c) propiciar uma educação voltada para o

progresso científico e tecnológico;

preparar o aluno para o exercício da

cidadania numa sociedade

tecnologicamente desenvolvida;2

Em síntese, o Programa visa a melhorar a

qualidade e a eqüidade do sistema de

ensino do país. Qualidade no sentido do

aumento e diversificação dos espaços e

metodologias do processo de construção e

transmissão do conhecimento. Eqüidade

pela ampliação das oportunidades de

acesso às tecnologias da telemática, como

instrumento para coleta e tratamento de

informações, reduzindo aquilo que se tem

convencionado chamar de exclusão digital.

A concepção do Programa foi orientada

pelos seguintes princípios:

a) articulação entre os diferentes níveis de

governo, com a formulação de diretrizes

2 MEC/SEED, PROINFO, DiretrizesDiretrizesDiretrizesDiretrizesDiretrizes, julho de 1997

1 Essa palavra tem sido utilizada para designar a reunião das tecnologias de informática e telecomunicações Esse conjunto de técnicas é também

referido, freqüentemente, como Tecnologias de Informação, Educação e Comunicação (ou IECTs – Information, Education and Communication

Technologies).

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#15

através do Conselho Nacional de Secre-

tários Estaduais de Educação – CONSED

e operacionalização dos projetos pelos

Governos estaduais;

b) adesão dos Estados e Escolas envolvi-

dos, mediante compromissos

explicitados nos Planos Estaduais de

Informática na Educação e nos projetos

de aplicação pedagógica da tecnologia

de cada escola beneficiada, que tam-

bém assume a responsabilidade pela

preparação das instalações físicas e pela

capacitação de professores;

c) descentralização da execução, a cargo

dos Estados, com o apoio da Coordena-

ção Estadual do ProInfo e do sistema

dos Núcleos de Tecnologia Educacional

- NTE;

d) parceria, incentivando-se a mobilização

da cooperação da comunidade, de

instituições de ensino, como universida-

des e escolas técnicas, de fabricantes e

fornecedores de hardware, produtores e

editores de softwares educativos,

de operadores de telecomunicações, de

empresas públicas e privadas;

e) transparência, pelo intenso debate das

diretrizes do Programa e pela ampla

divulgação dos seus objetivos e metas

(textos e estudos, folders, página da

Internet, entre outros recursos de

divulgação)

f) planejamento integrado, procurando

antecipar todos os requisitos considera-

dos essenciais para o sucesso do

projeto, compreendendo infra-estrutura

física e tecnológica, capacitação, apoio

pedagógico e suporte técnico.

Além disso, foi prevista a implantação de um

sistema de acompanhamento e avaliação,

com a definição de indicadores de desem-

penho que permitam aferir resultados e

impactos em termos de melhoria da quali-

dade, eficiência e equidade do ensino de 1º

e 2º graus.

Na implementação do programa, de confor-

midade com os seus princípios orientadores,

foram cumpridas as seguintes etapas:

a) sensibilização dos agentes educacionais

para compreensão da importância do

Programa para o desenvolvimento da

educação nacional;

b) especificação, aquisição e distribuição de

equipamentos e softwares;

c) formação de professores multiplicadores,

efetuada por intermédio de cursos de

pós-graduação lato sensu;

d) implantação dos Núcleos de Tecnologia

Educacional – NTE, para promover a

capacitação de recursos humanos

necessários para o Programa (professo-

res e técnicos de suporte) e dar apoio

técnico-pedagógico ao processo de

incorporação de novas tecnologias pelas

escolas.

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#16* Dados de abril de 2002. Os dados utilizados nos demais capítulos deste relatório se referem a junho de 2001, quando estavam implantados 246 NTEs

O programa vem sendo executado de forma

descentralizada e participativa, através das

Secretarias Estaduais de Educação, sob

supervisão da Coordenação Nacional do

ProInfo e com a colaboração técnica do

Centro Experimental de Tecnologia

Educacional – CETE, vinculado ao

Ministério da Educação e localizado em

Brasília.

O CETE foi concebido para apoiar o processo

de incorporação de novas tecnologias pelas

escolas e para ser um centro de difusão (e

discussão, em rede) de experiências nesse

campo, além de constituir também o

elemento de contato do governo brasileiro

com instituições que em todo o mundo

patrocinam iniciativas e experimentos

relacionados com a tecnologia educacional

e a educação a distância.

Na fase inicial, o ProInfo contempla as

seguintes metas:

a) beneficiar 7,5 milhões de alunos em

6.000 escolas;

b) implantar 200 NTEs;

c) capacitar 1.000 professores

multiplicadores em cursos de pós-

graduação lato sensu, realizados em

parceria com universidades;

d) capacitar 25.000 professores de escolas

públicas;

e) formar 6.000 técnicos especializados

em hardware e software para dar

suporte às escolas e NTE;

f) instalar 105.000 computadores

(inclusive 5.000 destinados aos NTE).

Para cumprir essa programação foram

adquiridos, nos três últimos anos, cerca de

32.000 computadores e periféricos (servi-

dores, impressoras a laser e a jato de tinta,

scanners, etc).

Até agora já foram implantados 268 NTEs*

e beneficiadas 2.881 escolas em todo o

Brasil, sendo 306 na região Norte,1.036

no Nordeste, 1.931 no Sudeste, 841 no

Sul e 309 no Centro Oeste. Foram capaci-

tados 302 técnicos, 1.419 professores

multiplicadores e 20.905 professores das

escolas envolvidas no Programa.

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#17

A configuração tecnológica disponibilizada

pelo MEC para as escolas da rede pública

de ensino é a mais próxima possível da

predominante nas empresas e organizações

informatizadas do Brasil, compreendendo

as seguintes especificações:

• microcomputador compatível com o

padrão IBM/PC;

• impressoras policromáticas com

tecnologia ink jet;

• interface gráfica do tipo MS-Windows;

• conjunto integrado de software para

automação de escritórios;

• hardware e software necessários para

interligar os computadores fornecidos

entre si, à Internet e à TVEscola.

Os microcomputadores têm processadores

Pentium e, ao serem entregues pelo MEC

aos estados, para serem instalados nas

escolas públicas, podem contribuir para:

a) o uso de software educativo por um

período mínimo de cinco anos (sem

custos significativos de atualização

tecnológica);

b) a utilização de recursos de informática

com características ergonômicas e de

segurança adequadas à preservação da

integridade física do educando;

c) a formação da Rede Nacional de

Informática na Educação; otimização do

processo de gestão escolar e de

avaliação educacional;

d) interação escola/comunidade, inclusive

por meio de cursos da área de

informática abertos à comunidade;

e) maximização do tempo de funciona-

mento contínuo (hardware e software),

decorrente do uso de tecnologia robusta

e amplamente dominada

Ademais, de acordo com as diretrizes do

MEC, esses equipamentos apresentam

as seguintes características:

a) compatibilidade com o padrão IBM/PC,

dominante no mercado nacional;

b) tecnologia robusta, para aumentar o

tempo de vida útil;

c) garantia de funcionamento total por

cinco anos;

d) possibilidade de interligação em rede e à

Internet;

e) instalação em unidades de laboratórios

nas escolas, para permitir o acesso de

mais alunos e facilitar o uso pela

comunidade.

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No plano inicial do ProInfo, foi previsto que

o Programa deveria ser submetido a um

processo de acompanhamento e avaliação,

por duas razões principais: primeiro, em

função do vulto dos investimentos

programados, e segundo, pela

complexidade inerente a um processo de

introdução de tecnologia de ponta em

sistemas tradicionais de ensino.

A avaliação de programas públicos, entre os

quais se incluem, dentre os mais

importantes, aqueles voltados para a

educação, em seus diferentes níveis,

encerra dificuldades conceituais, técnicas e

metodológicas de monta, geradoras, não

raro, de conflitos e frustrações que

desestimulam a ação do gerente público.

Conceitualmente, a avaliação tende a ser

assimilada ao controle social, onde a coesão

grupal é um valor tão fundamental que

qualquer desvio se torna fatal para o

grupo, na medida em que o controle

implica a exclusão da ação ou do membro

desviante. Outras vezes, a avaliação

gerencial é confundida com o controle

jurídico-legalista, quando, sob o fanal da lei,

o controle busca verificar a conformidade

ou desconformidade com a norma, por

meio de auditorias de vários tipos, que

culmina, no mais das vezes, na punição

dos atores desviantes. Diferente dessas

2 O projeto de avaliação do ProInfo

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#18

abordagens é a avaliação como função

administrativa. No campo da administração,

reina o primado da ação, de modo que a

avaliação visa a monitorar a ação no sentido

de reorientá-la ou de corroborá-la.

A avaliação administrativa, portanto, não

visa nem à exclusão nem à punição, pois

tais procedimentos significariam descarte de

recurso, mas tão somente a correção ou

reorientação do curso da ação.

Tecnicamente, a avaliação dos programas

públicos encontra resistência no jogo de

poder inerente a toda organização, quando

as tentativas de avaliação se frustram em

interconexões conflitantes de concepções

filosóficas divergentes na teia

organizacional.

Sob o ponto de vista metodológico, o

processo confronta-se com os múltiplos

níveis e as complexas abordagens dos

programas públicos. Dentre esses aspectos,

há que se destacar as formas de avaliação,

a qual deve ser sempre permanente e

continuada. É a chamada avaliação

concomitante, de natureza interna,

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como atividade normal e rotineira do

administrador. A esta se junta a avaliação

ad hoc feita de forma pontual, singular,

isolada ou num determinado ponto do

tempo e normalmente contratada com

consultores externos. O ponto de partida da

avaliação é a caracterização dos objetivos

dos stakeholders ou dos patrocinadores do

programa ou de sua avaliação.

a) Avaliação permanente

Nesse nível, o conceito de avaliação do

ProInfo é definido como o processo

formativo e participativo que tem o

propósito de “verificar se está

acontecendo o que foi previsto” e “medir

as conseqüências do que está

acontecendo”. Para tanto, são

consideradas as seguintes etapas:

1) estabelecer os objetivos e as metas;

2) definir indicadores e padrões de

desempenho;

3) elaborar procedimentos de medição;

4) coletar e analisar dados e

informações;

5) gerar conclusões;

6) corrigir rumos;

7) compartilhar resultados.

A avaliação continuada ou permanente está

prevista no documento de Diretrizes Diretrizes Diretrizes Diretrizes Diretrizes do

ProInfo (julho de 1997) para ser

operacionalizada pela Secretaria de

Avaliação e Informação Educacional do

MEC – SEDAIE, tendo como base

parâmetros de eficácia definidos como:

• Repetência e evasão

• Habilidades de leitura e escrita

• Compreensão de conceitos abstratos

• Facilidade na solução de problemas

• Utilização intensiva de informação de

diversas fontes

• Desenvolvimento de habilidades para

trabalho em equipe

• Implementação de educação

personalizada

• Acesso à tecnologia por alunos de

classes sócio-econômicas menos

favorecidas

•Desenvolvimento profissional e

valorização do professor.

#19

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b) Avaliação ad hoc

Complementarmente aos seus processos de

avaliação permanente, o Ministério da

Educação, através da Secretaria de

Educação a Distância (SEED), julgou

conveniente, ao final da primeira etapa de

execução do ProInfo, patrocinar uma

avaliação ad hoc do Programa, visando a

colher subsídios para aperfeiçoar o

planejamento e a desenvolver mecanismos

de implementação para a eventual

reformulação de objetivos e estratégias.

A Coordenação Nacional definiu Termos de

Referência3 para a execução do trabalho,

que implicam a consideração dos seguintes

aspectos e variáveis:

a) aspectos finalísticos do Programa: inten-

sidade e tipo de uso das máquinas

(quem as está usando, em que discipli-

nas ou projetos, com que resultados,

etc);

b) eficiência e qualidade dos cursos de for-

mação:

• de multiplicadores;

• de professores

• de técnicos de suporte em informática;

c) eficiência da atuação dos NTE, envol-

vendo:

• desempenho dos multiplicadores;

• desempenho dos técnicos;

• suporte técnico-pedagógico às escolas;

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#20

• atuação institucional do NTE;

d) eficiência e qualidade dos professores

formados nos NTE;

e) eficiência e efetividade do uso de

Tecnologias de Informação e Comunicação

- ICT nas escolas e impactos perceptíveis

sobre as instituições de ensino (organiza-

ção e funcionamento) e sobre os alunos.

Note-se que os itens b, c e d dizem respeito

a objetivos instrumentais ou insumos para a

obtenção dos objetivos finalísticos a que se

refere o item a e que dizem respeito à in-

tensidade do uso da infra-estrutura e dos

demais recursos fornecidos à escola. O item

e trata também de objetivos finalísticos, ou,

no entender de alguns, da avaliação

propriamente dita.

Portanto, o objetivo dessa avaliação externa

é responder a três questões estreitamente

interligadas :

• Qual a situação da infra-estrutura que

foi montada?

• Como ela está sendo utilizada?

• Que resultados ou impactos produziu?

Esse processo de avaliação contemplaria,

inicialmente, uma pesquisa qualitativa

(survey), de natureza amostral (e

parcialmente censitária) a ser

complementada e aprofundada por um

conjunto de estudos de casos.

3 MEC/SEED, Projer Básico, setembro, 2000

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#21

Por outro lado, os Termos de Referência es-

tabeleceram os objetivos que se pretende

alcançar com a avaliação projetada, a qual

deverá responder às seguintes questões

básicas:

1) Qual o resultado da implantação do

ProInfo nas escolas beneficiadas com o

Programa (como se caracteriza o uso da

telemática nas escolas beneficiadas com o

ProInfo)?

Essa questão se relaciona com os itens a e

e acima, que tratam de aspectos finalísticos

de eficiência e efetividade. A resposta a essa

indagação envolve um diagnóstico visando

a identificar como está funcionando a infra-

estrutura implantada e que usos estão ten-

do os recursos tecnológicos postos à disposi-

ção da escola. O pressuposto é o de que

estejam sendo gerados efeitos positivos

principalmente quanto à melhoria do pro-

cesso de ensino-aprendizagem. Nesta fase,

a avaliação deve ser feita com base numa

comparação entre a situação diagnosticada

e um parâmetro de referência correspon-

dente à situação desejada ou esperada.

2) O quê caracteriza uma experiência bem

sucedida de uso pedagógico da telemática?

Aqui o problema é definir padrões de suces-

so, que permitam separar as experiências

consideradas bem sucedidas – total ou par-

cialmente – daquelas fracassadas. Os crité-

rios de avaliação serão os de

• eficiência

• eficácia e/ou efetividade

• qualidade do produto ou resultado

• sustentabilidade do Programa e impacto

social.

3) Que elementos podem ser considerados

essenciais para o sucesso do Programa?

Os parâmetros e indicadores necessários

para responder à questão anterior devem

ser adequados para permitir não apenas a

diferenciação entre sucesso e fracasso

como para identificar os fatores que podem

explicar a variação de resultados.

Algumas pistas de elementos que precisam

ser considerados estão implícitas na

abrangência da avaliação, definida com

base na especificação dos itens a a e da

página anterior.

À primeira vista, portanto, parece estar im-

plícita nessa enumeração a hipótese de que

esses são os principais fatores responsáveis

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#22

pelo sucesso ou fracasso do Programa

(infra-estrutura, capacitação, apoio pedagó-

gico e suporte técnico). Podem-se acres-

centar outras hipóteses como as relaciona-

das com gestão escolar, planejamento do

projeto, forma de implementação, disponi-

bilidade de recursos para a manutenção e

operação dos sistemas, participação de

alunos e professores e apoio da

comunidade, entre outros.

4) Que impactos traz o uso da telemática

no contexto brasileiro?

A resposta a essa questão deve ser embutida

na resposta à questão 2, quando se buscará

avaliar o eventual impacto das intervenções.

5) Existe algum padrão comum entre o

que se observou no contexto brasileiro e as

experiências de outros países?

Como referência para a discussão dessa

questão considere-se o que foi definido

no Projeto Básico da pesquisa, segundo o

qual os estudos de casos visam

especificamente a :

a) definir parâmetros para avaliação

continuada, estabelecendo indicadores

que permitam acompanhar a evolução

das escolas com vistas a avaliação

posterior;

b) aprofundar a análise de situações,

fatos e ocorrências de particular

relevância detectados no levantamento

censitário e amostral.

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#24

No Brasil, a prática de avaliação de

programas e projetos – particularmente a

avaliação ex post ou voltada para

programas sociais – pode ser considerada

relativamente nova. Internacionalmente,

porém, os conceitos e teorias que

fundamentam essa prática remontam a

cerca de dois séculos atrás.

A experiência internacionalA experiência internacionalA experiência internacionalA experiência internacionalA experiência internacional

A pré-história da avaliação está associada

ao nome de Benjamin Franklin (1709-

1790) que, para orientar as decisões sobre

investimentos públicos, preconizava a

adoção de um método de “moral or

prudential algebra”, através do

levantamento sistemático dos prós

(benefícios) e contras (custos) desses

investimentos.

Mas foi o engenheiro francês Jules Dupuit

quem, em 1844, primeiro engendrou um

tipo de cálculo econômico para medir a

utilidade de investimentos proporcionada

por investimentos públicos no setor de

transportes, particularmente na construção

3 Metodologias de avaliação deprogramas sociais

de estradas e canais. Essa utilidade seria

medida pela disposição para pagar, ou seja,

pelo máximo valor de pedágio ou tarifa que

as pessoas estariam dispostas a pagar para

utilizar a estrada ou canal considerado.

A contribuição pioneira de Dupuit tem um

lugar de destaque na história do

pensamento econômico, mas durante

muitos anos não se traduziu em práticas

concretas de avaliação de projetos. Ainda

hoje, em muitos países, e em boa parte no

Brasil, os investimentos públicos

relacionados com os chamados serviços

gratuitos dependem de decisões

estritamente políticas, com pouca ou ne-

nhuma consideração dos seus custos e

benefícios sociais.

Nos Estados Unidos, somente a partir dos

anos 30 do século passado o Congresso

americano passou a exigir estudos sistemá-

ticos de custos e benefícios para justificar

determinados investimentos

governamentais, particularmente no campo

dos recursos hídricos (controle de

inundações, irrigação etc.).

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#25

Em 1936, através do Flood Control Act, o

Congresso definiu que somente seriam

considerados viáveis aqueles projetos de

controle de inundações cujos benefícios (“to

whomever they may accrue”) superassem

os custos. Mais tarde, em 1950, o

Congresso editou um importante Manual

de Práticas e Propostas para a Análise de

Projetos de Bacias Hidrográficas, que se

tornaria conhecido como o Green Book

(Livro Verde).

Nesse processo de avaliação de projetos

de recursos hídricos, a tradição americana

seria consolidada em 1958, com a

publicação de três livros que, desde então,

constituem referência obrigatória na história

da avaliação de projetos: Water Resources

Development, de Otto Eckstein, Multiple

Purpose River Basin Development de

Krutilla e Otto Eckstein e Eficiency in

Government Through System Analysis de

Roland McKean.

Em 1962,o Senado americano editou o

Documento 97, propondo Padrões e Procedi-

mentos para Análise de Projetos de Recursos

Hídricos e de Uso de Solo, ao qual se seguiu -

em 1970 - um novo Manual (“Guidebook”) para

orientar a formulação de projetos desse tipo.

No campo doutrinário, os anos 20 e 30

testemunharam a apresentação de críticas

e adendos à síntese neo-clássica da

economia, com a revolução keynesiana e o

desenvolvimento da chamada economia

do bem-estar. No período do após-guerra, a

ênfase se deslocou para as teorias do

desenvolvimento e para os problemas

do planejamento econômico, ao mesmo

tempo em que se implementavam as

primeiras experiências oficiais de agências e

bancos de desenvolvimento internacionais

(como as Nações Unidas e o Banco

Mundial) e nacionais (como o BNDES e o

BNB, no Brasil).

Essa evolução, associada aos avanços na

estatística e na análise de sistemas, a par

da acirrada competição entre os modelos de

economias de mercado e de economias

centralmente planificadas, abriu um amplo

espaço para o desenvolvimento de

metodologias e para a adoção de práticas

sistemáticas de avaliação de projetos, pelo

menos no campo dos investimentos

diretamente produtivos.

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#261 Cr. WEISS, Carol, Evaluation, Upper Saddle River, N. J., Prentice-Hall, p. 12

Na área de projetos industriais, a

metodologia de avaliação de projetos foi

ampliada e difundida através do Manual da

CEPAL, de Júlio Melnick, publicado em

1960, do Manual of Industrial Projects da

UNIDO, elaborado com a participação de I.

M. D. Little e publicado em 1968, do

Guidelines for Project Evaluation, também

da UNIDO, preparado sob a coordenação

de Partha das Gupta, Amartya Sen e

Stephen Marglin, publicado em1971, e do

seu novo Manual for the Preparation of

Industrial Feasibility Studies, de 1978.

Até então, a avaliação era de natureza ex

ante e estava restrita a projetos diretamente

produtivos ou quando muito de capital

social básico (infra-estrutura). Ainda era

bastante limitada a avaliação ex post ou

aquela voltada para projetos de natureza

mais estritamente social.

Em relação a estes últimos, as experiências

são relativamente recentes, salvo algumas

importantes iniciativas pioneiras, que

devem ser registradas, especialmente nas

áreas da saúde e da educação.

Em 1912, um médico americano, R. C.

Cabot, tentou avaliar a qualidade dos

diagnósticos médicos, fazendo uma

exaustiva comparação de 3.000 autópsias

com os diagnósticos que haviam sido feitos

em cada caso. Em 1914, o cirurgião Ernest

Codman, do Massachusetts General

Hospital, avaliou o desempenho da equipe

de cirurgiões dessa unidade médica

fazendo o acompanhamento das condições

dos pacientes depois que eles deixaram o

hospital. 1

Na educação, deve ser destacada a contri-

buição pioneira do francês Binet, um

psicólogo que inventou o teste de QI, em

1916, inicialmente com o objetivo de

separar estudantes normais dos

excepcionais. Outro estudo de grande

significado histórico foi uma pesquisa de

oito anos realizada nos Estados Unidos, em

1933, sob o patrocínio da Progressive

Education Association e conduzida por

Ralph Tyler, da Universidade de Ohio, que

procurou comparar o desempenho de 15

escolas tradicionais de nível médio com

15 escolas “progressistas” do mesmo nível

de ensino.

Até então, os estudos desse tipo limitavam-

se a tentar medir o aproveitamento escolar,

com a aplicação de testes. Tyler procurou ir

além, comparando esses resultados com os

objetivos inicialmente estabelecidos, para

daí tirar conclusões para a melhoria dos

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#27

2 GUBA, Egon G. e LINCOLN, Yvonna S., Fourth Generation Evaluation. Thousand Oaks, Cal. Sage Publications. 1989, p.28

3 PATTON, Michael Quinn, Utilization Focused Evaluation, 3rd. Edition. Thousand Oaks, Cal. Sage Publications. 1997, p. 13

currículos. Conforme assinala Guba, isso

marcou o nascimento da avaliação de

programas. Quando o relatório da pesquisa

foi publicado em 1942, o seu terceiro

volume, que descrevia as atividades de

avaliação do projeto, despertou grande

atenção, e Tyler se tornou famoso como

“o pai da avaliação”2

Nos anos 50, sob o impacto do lançamento

do satélite russo Sputnik (em 1957), houve

um amplo esforço de avaliação e

reformulação de currículos de ensino básico

e médio, nos Estados Unidos, com o

objetivo de melhorar a chamada “scientific

literacy” dos estudantes.

Mas foi somente depois dos anos 60,

quando o Presidente Johnson lançou o seu

ambicioso programa de Guerra à Pobreza

(“War on Poverty”), que a avaliação de

projetos sociais, estimulada por generosos

financiamentos governamentais, se tornou

uma prática corrente nos Estados Unidos.

Esse esforço de avaliação passou a abarcar

uma ampla gama de programas voltados

para a ajuda aos mais pobres, envolvendo

serviços legais, serviços comunitários de

saúde, treinamento profissional,

alimentação (“food stamps”), suplementos

nutricionais para gestantes e crianças,

habitação (“housing vouchers”), centros

multi-serviços de assistência social,

inovações em prevenção e repressão à

delinquência juvenil, serviços de assistência

a doentes mentais e serviços de

mobilização da comunidade.

Ele foi estimulado pela generalização da

convicção de que, na medida em que

aumentavam os gastos sociais, observava-

se muito desperdício e nem sempre os

programas produziam os resultados

planejados. Como assinala Patton:

“Nos tempos modernos, tem aumentado a

percepção de que não existe nenhuma

relação entre a quantidade de dinheiro

gasta para resolver um problema social e

os resultados alcançados”3 .

Daí a necessidade de avaliação, uma prática

que teria surgido de duas lições aprendidas

nesse período de experimentação social em

larga escala e forte intervenção governamental:

“Primeiro, não há dinheiro suficiente para

fazer tudo o que é necessário e, segundo,

ainda que o dinheiro fosse suficiente, é preciso

mais do que dinheiro para resolver os

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#28

4 Idem, ibidem, p.11

complexos problemas sociais e humanos”.4

Diversas leis e regulamentos

governamentais passaram a exigir a

avaliação sistemática desses programas,

como foi o caso da Lei do Ensino

Secundário (Secondary Elementary Act) de

1965.

No mesmo período, as técnicas de análise

de custo-benefício passaram a ser utilizadas

também para a tomada de decisões relacio-

nadas com programas de pesquisa e investi-

mento em defesa na Rand Corporation e no

Departamento de Defesa dos Estados Uni-

dos, neste último caso por inspiração do

então Secretário Robert Mcnamara (o que

não foi suficiente para impedir o fracasso dos

Estados Unidos no Vietnã).

Novos desafios econômicos e sociais

fizeram com que outras áreas fossem

incluídas no processo de avaliação, como as

de proteção ambiental e conservação de

energia.

Nos anos 70, um grande avanço foi

observado quando começaram a ser

avaliados diversos experimentos sociais

concebidos especificamente para testar

novas políticas, antes de sua

implementação em larga escala. Foi o que

se fez, por exemplo, em relação ao projeto

de Imposto de Renda Negativo (Renda

Mínima) e em áreas de subsídios para

habitação, seguro-saúde e contratos de

gestão em educação.

Ao mesmo tempo, houve um grande

florescimento de associações profissionais e

publicações especializadas dedicadas ao

aprofundamento das questões e

metodologias relacionadas com avaliação de

programas sociais. Nos Estados Unidos

foram criadas, ainda nos anos 70, a

Evaluation Research Society, voltada mais

para estudos acadêmicos, e o Evaluation

Network, que dava maior ênfase à pratica da

avaliação. Em 1984, essas duas

organizações se fundiram na atual American

Evaluation Association.

Os anos 80 testemunharam em todo o

mundo – a partir das reformas iniciadas por

Margaret Thatcher na Inglaterra e

secundadas por Ronald Reagan nos

Estados Unidos – uma forte reação contra

o Estado intervencionista e providencial

(face à crise fiscal do setor público, levando

à exaustão o modelo do “welfare state”) e

uma redescoberta das virtudes da

economia de mercado, com sucessivos

movimentos de reforma do Estado,

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#29

5 HOLANDA, Nilson, Novos paradigmas de desenvolvimento e os desafios para o planejamento, outubro de 2000

6 Cf. WEISS, op. cit. p. 14

desregulamentação, desestatização e

privatização nas principais economias do

mundo ocidental, culminando um longo

processo de competição e alternância entre

o intervencionismo estatal e o liberalismo

econômico. Essas transformações – em

paralelo à globalização dos mercados e a

um novo ciclo de revolução técnológica –

foram saudadas como evidência de um novo

paradigma de desenvolvimento5 .

Nos Estados Unidos, com a administração

Reagan, iniciada em 1981, houve um

processo de desmonte dos programas

sociais do governo e uma consequente

desaceleração das atividades de avaliação.

Nos anos 90, esse ímpeto revolucionário

havia diminuído e o esforço reformista se

deslocou para a melhoria da eficiência da

ação do governo, sob o impacto de novos

modismos da teoria administrativa tomados

de empréstimo do setor privado, como

qualidade total e reengenharia, a par do

reconhecimento de muitas experiências

inovadoras de gestão pública, que foram

popularizadas pelo livro de David Osborne e

Ted Gaebler, Reinventing the Government:

how the entrepreneurial spirit is

transforming the public sector, de 1992.

No mundo todo, e em particular nos

Estados Unidos, tem sido intenso o debate

sobre os paradigmas e as metodologias da

avaliação. Como fruto desse debate tem-se

registrado nas últimas décadas uma

revalorização das pesquisas e métodos de

natureza qualitativa. Até os anos 70

somente as pesquisas quantitativas – de

preferência sob a forma de experimentos

randômicos - podiam reivindicar legitimidade

e credibilidade científica. Desde então, o

esforço de teorização e pesquisa gerou uma

rica produção intelectual que valorizou e

refinou os instrumentos de pesquisa de

natureza qualitativa6 . A radical dicotomia

entre métodos quantitativos e qualitativos foi

substituída por uma nova postura que

reconhece a utilidade e legitimidade de

ambos os enfoques, inclusive pela forte

complementaridade entre um e outro.

A experiência brasileiraA experiência brasileiraA experiência brasileiraA experiência brasileiraA experiência brasileira

A despeito da forte tradição de intervenção

governamental no Brasil e da vasta e rica

experiência de planejamento público, as

atividades de acompanhamento e avaliação

de programas e projetos nunca receberam a

devida prioridade no país.

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#30

Ainda assim, podem ser identificadas

muitas tentativas dispersas, heterogêneas e

freqüentemente descontinuadas de

acompanhamento e avaliação da ação do

governo, nos mais diversos níveis da

administração pública em nível global,

setorial, regional e de projetos específicos,

considerando o governo como um todo ou

abrangendo as atividades de uma

instituição pública ou de uma empresa

estatal. Essas tentativas, todavia, estão

concentradas em avaliações de natureza

basicamente econômica.

Um estudo elaborado para o projeto do BID

de Fortalecimento da Função Avaliação na

América Latina faz um apanhado das

experiências mais relevantes nesse campo,

considerados quatro níveis de

planejamento:

1) planos nacionais;

2) planos e programas regionais;

3) programas setoriais;

4) projetos financiados por bancos de fomento.

Um primeiro grupo de exemplos da

experiência brasileira está relacionado com

os mecanismos de acompanhamento e

avaliação de Planos Nacionais de Desenvol-

vimento, visando a aferir o desempenho do

governo na consecução das metas

estabelecidas nesses Planos. Este foi o caso

do Programa de Acompanhamento dos

Planos Nacionais de Desenvolvimento,

criado pelo Decreto 80.852, de 20/07/72.

Algumas experiências iniciais de Acompa-

nhamento dos Planos Nacionais de

Desenvolvimento estavam circunscritas ao

Executivo e eram executadas num contexto

de pouca transparência e falta de liberdade

política.

Com a redemocratização nos anos 80 e a

aprovação da nova Constituição de 1988,

foi estabelecido o novo sistema de elabora-

ção de Planos Plurianuais, integrado com

uma programação orçamentária unificada.

A Constituição estabeleceu também a

obrigatoriedade de encaminhamento ao

Congresso de “relatórios sobre a execução

dos planos de governo” (art. 49, inciso IX)

e de manutenção, de forma integrada, pe-

los diferentes poderes da República, de

“sistema de controle interno com a finalidade

de ...avaliar o cumprimento das metas

previstas no plano plurianual e a execução

dos programas de governo e dos orçamentos

da União” (art. 74).

Mais recentemente, tem aumentado de im-

portância o trabalho desenvolvido pelo Tribu-

nal de Contas da União (TCU) na avaliação

de determinados aspectos da política regional,

em especial no que concerne aos incentivos

fiscais. Ressalte-se que se, no passado, o

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#31

trabalho do TCU estava mais relacionado es-

tritamente com o controle formal dos gastos

públicos, nos últimos anos o Tribunal tem

mostrado preocupação com a eficiência do

gasto público, ampliando o escopo de sua

ação para incluir investigações e estudos rela-

cionados com a eficiência desse gasto e com

a avaliação dos resultados e dos problemas

operacionais de programas do governo.

Nos Ministérios, muitas experiências de ava-

liação têm sido implementadas, seja como

uma rotina normal de trabalho, com o

objetivo de melhorar a eficiência da gestão

pública, seja de forma tópica e isolada, vi-

sando a oferecer subsídios para o planeja-

mento do setor (geralmente na oportunida-

de de elaboração de planos plurianuais).

Em alguns setores, pela própria natureza da

atividade, a avaliação é uma preocupação

permanente. Este é o caso da educação,

por exemplo, onde têm sido

institucionalizados, nos últimos anos, os

seguintes sistemas de avaliação :

a) SAEB – Sistema de Avaliação do Ensino

Básico, do INEP/MEC;

b) ENEM – Exame Nacional de Ensino

Médio;

c) Exame Nacional de Cursos (o chamado

Provão) e a Avaliação das Condições de Oferta;

avaliação do ensino universitário de graduação;

d) a avaliação e classificação dos cursos

universitários de pós-graduação, que vem

sendo implementado há vários anos pela

CAPES - Fundação Coordenação de Aperfei-

çoamento do Pessoal de Nível Superior;

Além disso, outros programas – como os da

merenda escolar e da TV Escola – têm sido

submetidos a avaliações ad hoc freqüen-

temente, com base na contratação de con-

sultores externos.

Um aspecto importante e que pode ser

considerado uma pré-condição para a exe-

cução de projetos de avaliação é o relacio-

nado com a montagem de sistemas de

informações, a exemplo do Sistema de Es-

tatísticas Educacionais do Ministério da

Educação ou a estruturação da rede nacio-

nal de informações em saúde que faz par-

te do REFORSUS - Projeto de Reforço à

Reorganização do Sistema Único de Saúde

do Ministério da Saúde.

Outro trabalho relevante neste particular é o

recente Sistema Nacional de Informações

sobre Saneamento - SNIS, implantado pela

Secretaria de Política Urbana do Ministério

do Planejamento e Orçamento.

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#32

Mais que outros processos de avaliação, a

avaliação de programas governamentais

exige cuidados metodológicos apurados.

De modo especial, deve levar em conta

quatro fatores integrativos do processo de

avaliação: procedimentos, orientação,

conteúdo e técnica de levantamento.

Quanto aos procedimentos, vale a regra

básica do racionalismo: fugir da precipitação e

evitar o preconceito e os estereótipos. Para

tanto, nada aceitar na mente que não seja

claro e distinto. Nesta avaliação do ProInfo

houve particular cuidado, seja pela

contratação de uma equipe externa, portanto,

não vinculada às peculiaridades culturais do

Programa que, eventualmente, pudessem

obnubilar as evidências dos fatos, seja pela

preocupação de estabelecer parâmetros

quantitativos e estatísticos que, na medida do

possível, evitassem vieses e distorções.

Foi estabelecido duplo tratamento do

universo a pesquisar: um censitário e um

amostral. Ficou definido que tratamento

4 Metodologia de avaliação do ProInfo

censitário seria dado aos subconjuntos dos

NTE e das escolas situadas em unidades

da Federação como menos de 30 escolas.

O tratamento amostral foi reservado para as

demais unidades federativas. Como

parâmetros estatísticos de amostragem, foi

estabelecido nível de confiança de 95% e

erro de estimativa de 5%. À vista desses

parâmetros e considerada a situação de

julho de 2001, resultou o mapa geral

de pontos de pesquisa que é mostrado e

na Tabela 1.

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#33

Tabela1

PONTOS DE COLETA DE DADOS PARA AVALIAÇÃO DO PROINFO

Por unidade federada e critérios de seleção - julho de 2001

Unidade federada NTE Pesquisa Total de pontos

Censitária Amostral de pesquisa

AC 2 6 - 8

AL 2 18 - 20

AM 3 23 - 26

AP 2 16 - 18

BA 17 - 18 35

CE 22 - 19 41

DF 3 26 - 29

ES 4 - 6 10

GO 11 - 11 22

MA 9 - 9 18

MG 20 - 35 55

MS 5 28 - 33

MT 7 - 5 12

PA 10 - 10 20

PB 4 - 6 10

PE 16 - 12 28

PI 5 - 5 10

PR 14 - 18 32

RJ 12 - 30 42

RN 4 21 - 25

RO 2 20 - 22

RR 2 8 - 10

RS 11 - 14 25

SC 14 - 39 53

SE 2 17 - 19

SP 51 - 110 161

TO 4 13 - 17

BRASIL 258 196 347 801

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#34

O modelo de avaliaçãoO modelo de avaliaçãoO modelo de avaliaçãoO modelo de avaliaçãoO modelo de avaliação

Para a orientação da avaliação, seguiu-se,

como era natural, a abordagem sistêmica.

Dessa forma, o ProInfo é visto como um

conjunto de elementos interagentes de

maneira a constituir um todo orgânico, no

qual os elementos constitutivos podem ser

agrupados em insumos, processos e saídas.

Para efeito de avaliação, são considerados

insumos, ou entradas: o projeto pedagógico,

a infra-estrutura física e os recursos

humanos. O processamento se dá com as

ações gerenciais, consideradas do ponto de

vista do desempenho dos atores. As saídas

são os efeitos e impactos na escola, aqui

materializada na sala de aula, na

comunidade escolar, que compreende

professores e alunos, e na comunidade

externa.

A partir desse modelo conceitual, foram

definidas as questões para compor os ques-

tionários do levantamento. Em primeiro lu-

gar, foram estabelecidos sete modelos de

questionários dirigidos aos atores centrais do

processo, assim constituídos:

1. Escola: Direção

2. Escola: Coordenador do Laboratório

3. NTE: Professor multiplicador

4. NTE: Técnico do Laboratório

5. NTE: Coordenador

6. Escola: Professor

7. Escola: Aluno.

Esses instrumentos visariam a identificar

fatores de sucesso, como considerados a

partir das diretrizes do MEC para o Programa

e das questões substantivas de avaliação.

Com base nas diretrizes do MEC, foram

identificadas os seguintes fatores de sucesso:

1. Fatores estratégicos, que envolvem os

princípios básicos que nortearam o progra-

ma em termos de :

• adesão, que tem em vista a interação

sinérgica entre governo federal e gover-

Entrada

ou input

Processamento Saída ou

output

Adequação Desempenho Efeitos e

impactos

ProjetoInfra-estrutura Recursos

humanos

Processos

gerenciais

Escola Professores e

alunos

Comunidade

FIGURA 1: MODELO SISTÊMICO DE ANÁLISE DO PROINFO

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#35

nos estaduais e municipais, de um lado,

e entre escola, NTE e comunidade,

de outro;

• Participação e transparência, que con-

templa a adoção de formas democráti-

cas de tomada de decisão na escola;

• Descentralização, que privilegia as inici-

ativas locais, assegurando ampla liber-

dade na adoção dos projetos pedagógi-

cos voltados para a informática na edu-

cação;

• Articulação, , , , , que diz respeito à capaci-

dade de institucionalização do programa

e de promoção da autonomia dos labo-

ratórios de informática, visando à sua

sustentabilidade;

• Parceria, que incentiva a interação

sinérgica com a comunidade e com ou-

tras organizações públicas ou privadas

2. Fatores de infra-estrutura física e

tecnológica, que dizem respeito aos recur-

sos físicos e tecnológicos postos à disposi-

ção da escola pelo ProInfo

3. Fatores de recursos humanos, que estão

relacionados com a capacitação de professo-

res e dirigentes da escola para obtenção dos

conhecimentos, habilidades e competências

necessárias ao sucesso do Programa

4. Fatores administrativos e operacionais,

que estão relacionados, de um lado, com a

forma e intensidade com que está sendo

utilizada a infra-estrutura proporcionada

pelo ProInfo e com os fatores técnicos que

condicionam essa utilização, e, de outro,

com os efeitos (curto prazo) e impactos

(longo prazo) que estão sendo gerados

como resultado do Programa.

5. Fatores pedagógicos, que caracterizam a

utilização da informática como um instru-

mento para a melhoria do processo de ensi-

no aprendizagem.

Por outro lado, do ponto de vista da lógica

interna do Programa, a equipe de avaliação

tentou definir as inter-relações entre esses

diferentes fatores (excluídos aqueles de na-

tureza estratégica que dizem respeito à

ambiência externa) que podem ser apresen-

tadas na forma da Figura 2 (p.25). Aí estão

ressaltados os elementos mais importantes

do sistema ProInfo: infra-estrutura, uso da

infra-estrutura e resultados esperados desse

uso, e o papel central que é desempenhado

pelos NTE.

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#36

O objetivo instrumental do programa é colo-

car à disposição da escola uma infra-estru-

tura moderna de informática e comunica-

ções e criar todas as condições – técnicas,

pedagógicas e organizacionais - para que

essa infra-estrutura seja utilizada de forma

eficiente e eficaz.

O objetivo final é a melhoria do processo de

ensino-aprendizado, pelo aproveitamento do

potencial da telemática como um instru-

mento - ou, como alguns preferem, um

instrumental, conjunto de instrumentos ou

caixa de ferramentas (“toolbox”)1 – para a

melhoria da qualidade da educação.

Essa melhoria pode ser obtida a partir dos

efeitos ou impactos positivos sobre:

• melhoria do aprendizado dos estudantes

• desenvolvimento profissional dos

professores

• gestão da escola e organização da sala

de aula

• formação de parcerias com a comunida-

de

• fortalecimento dos movimentos de re-

forma do sistema educacional2

Do ponto de vista do aprendizado dos

alunos, a expectativa é a de que a

disponibilidade dos recursos propiciados pelo

ProInfo possa abrir amplas oportunidades

para a utilização de metodologias de apren-

dizagem auxiliadas pelo computador

(“computer assisted learning”), exercícios de

simulações, realização de pesquisas e

análises, mediante o acesso a bancos de

dados, bibliotecas virtuais, redes de

aprendizado e a sistemas de comunicação

auxiliados pelo computador, particularmente

via Internet.

Essas tecnologias, devidamente integradas

a projetos pedagógicos adequados, poderão

contribuir para desenvolver nos alunos habi-

lidades para o pensamento criativo e a refle-

xão crítica, substituindo métodos tradicio-

nais de transmissão de conhecimentos, que

enfatizam a repetição e a memorização

passiva, por uma postura ativa de investi-

gação e exploração.

2 Cf. Rusten, op. cit., p. 8/9

1 Eric Rusten, Learnlink, AED – Academy for Educational Development, Computers in School, p. 6

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#37

FIGURA 2: PROINFO: TEORIA SUBJACENTE E INDICAÇÕES PARA AVALIAÇÃO

5. COREACTIVITIES

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#38

A execução da pesquisaA execução da pesquisaA execução da pesquisaA execução da pesquisaA execução da pesquisa

Para proceder a esse trabalho de avaliação

foram contratados os serviços

especializados da Universidade de Brasília

(UnB). Na fase da pesquisa de campo de

natureza amostral, a equipe contou com a

colaboração do CESPE, unidade especia-

lizada da UnB, que dispõe de vasta expe-

riência no planejamento e execução de le-

vantamentos de campo, envolvendo siste-

mas de coleta e tratamento de dados

computadorizados para grandes volumes

de dados.

O survey foi realizado nos últimos dois me-

ses de 2001. Na pesquisa, foram aplicados

questionários em 263 NTE e 546 escolas,

levantados 1.179 tipos distintos de dados, e

entrevistadas 11.237 pessoas (Ver Tabela 2).

Tabela 2

Quantidade de questionários aplicados

por tipo de instrumento

Entrevistado Quantidade

Diretor de Escola 551

Coordenador de Informática 476

Professor multiplicador - NTE 844

Técnico de laboratório de informática - NTE 213

Coordenador do NTE 246

Professor 3.541

Aluno 5.366

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#39

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#40

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SEGUNDA PARTE :a avaliação do ProInfo

#41

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#42

5 Papel e funcionamento dos NTEDo ponto de vista organizacional, o ProInfo

foi estruturado nos três níveis orgânicos

clássicos - o estratégico, o tático e

operacional - cada qual secundado por uma

tecnoestrutura operacional. O nível estraté-

gico do ProInfo é constituído pela Coordena-

ção Central do ProInfo, cuja tecnoestrutura

está baseada no Centro Experimental de

Tecnologia Educacional - CETE. No nível

tático, a estrutura se apóia nas Secretarias

Estaduais de Ensino ou em secretarias

municipais. Nesse nível, a tecnoestrutura é

constituída pelos Núcleos de Tecnologia

Educacional ou NTE. O nível operacional é

constituído pelas Escolas do ProInfo, que

têm como tecnoestrutura o Laboratório de

Informática.

O NTE é uma estrutura descentralizada do

ProInfo (apesar de alguns NTE estarem

subordinados às secretarias estaduais de

educação) especializada na área de

telemática aplicada à educação para cumprir

as seguintes funções:

a) capacitação de recursos humanos

(professores e técnicos de suporte);

b) prestação de suporte pedagógico e

técnico às escolas (elaboração de proje-

tos de uso pedagógico da telemática e

respectivo acompanhamento, suporte a

professores e técnicos, etc);

c) desenvolvimento de experiências educa-

cionais e realização de pesquisas.

Na avaliação que se segue, foram considera-

das as respostas a três questionários: o do

coordenador do NTE, o dos professores

multiplicadores e o dos técnicos do NTE.

A infra-estrutura organizacional do NTEA infra-estrutura organizacional do NTEA infra-estrutura organizacional do NTEA infra-estrutura organizacional do NTEA infra-estrutura organizacional do NTE

Um NTE típico é uma organização

institucionalizada por um decreto ou porta-

ria, e subordinada técnicamente à Coorde-

nação Estadual do ProInfo.

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#43

Alguns NTE (35,8%) foram

institucionalizados por decretos. Outros

foram criados através de portarias (17,1%);

um terceiro grupo (26,8%) é integrado

pelos NTE que não tiveram um ato formal

de criação, funcionando, pois, de maneira

informal. (Tabela 5.2)

Quanto à subordinação, a maioria dos NTE

- 74,4% - vincula-se à coordenação estadual

do ProInfo (Figura 5.1). Há ainda os que

A tabela 5.1 mostra que, do total de

246 NTE, a maioria – ou cerca de 80 % -

foi instalada em 1998/99, sendo 122 em

1998 (49,6%do total) e 74 em 1999

(30,1 %) . Os NTE do último biênio são

franca minoria: 12,6% de 2000 (31 NTE) e

7.7% de 2001 (19 NTE). Atualmente, os

NTE estão distribuídos por todo o território

nacional, com destaque para as regiões

Sudeste (33,7%) e Nordeste (31,3%).

estão subordinados às delegacias regionais

de educação (17,1%), e os vinculados às

secretarias municipais de educação (8,5%).

Tabela 5.1 - Ano do início do funcionamento do NTE segundo os coordenadores do NTE, porregiões geográficas.

16 48 12 33 13 12214 23 9 24 4 74

9 2 2 14 4 3110 6 3 19

39 83 23 77 24 246

1998199920002001

Total dos entrevistados

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Total

Tabela 5.2 - Formas de institucionlalização do NTE segundo os coordenadores do NTE, por regiões geográficas.

3 18 14 46 7 8815 10 4 9 4 4215 20 4 17 10 666 35 1 5 3 50

39 83 23 77 24 246

por decretopor portariade nenhuma formanão respondeu

Total de entrevistados

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Total

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#44

Seja pela maneira de trabalhar, seja pela

forma de tomada de decisão, prevalece nos

NTE a estrutura matricial. Com efeito,

60,2% dos coordenadores se referiram a

“grupos de trabalho”, e 27,2% apontou a

opção “de forma colegiada”, ao descrever a

forma de estruturação dos NTE (Figura

5.2). Menção bem menor foi feita às

categorias que sugerem estruturas lineares,

como “em subcoordenações” (6,1%) e “de

forma aleatória” (4,1%).

(*) Neste e nos gráficos seguintes, os números indicam a freqüência de respostas dos coordenadores dos NTE.

Fig. 5.1 - Forma de subordinação do NTE (*)

à secretaria municipà delegacia regional

à coordenação estadu

200

100

0

Regiões do Brasil

norte

nordeste

centro-oeste

sudeste

sul

17

65

18

23

57

1126

g. 5.2 - Formas de estruturação organizacional do NTE.

nenhuma formaforma colegiada

forma aleatóriagrupos de trabalho

subcoordenações

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Regiões do Brasil

norte

nordeste

centro-oeste

sudeste

sul

20

30

41

15

22

49

11

23

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#45

Quanto à forma de distribuição das tarefas

(Tabela 5.3), a maioria (57,7%) referiu-se à

“forma voluntária”, seguida da opção “por

determinação” (22,0%). Como era de se

As formas de escolha do coordenador do NTE

são variadas (Tabela 5.4), pois em 36,6% dos

casos a escolha é por eleição ou consenso, e

em 29,7%, por indicação ou designação. È de

ressaltar que em 15,4% dos casos não existe

a figura do coordenador do NTE.

esperar, a concentração menor de respostas

ficou na opção “de forma aleatória” -

(10,6%).

Tabela 5.3 - Formas de distribuição das tarefas no NTE segundo os coordenadores do NTE, por regiões geográficas.

9 12 2 2 1 2623,1% 14,5% 8,7% 2,6% 4,2% 10,6%

25 49 17 39 12 14264,1% 59,0% 73,9% 50,6% 50,0% 57,7%

2 19 4 21 8 545,1% 22,9% 17,4% 27,3% 33,3% 22,0%

3 3 15 3 247,7% 3,6% 19,5% 12,5% 9,8%

39 83 23 77 24 24615,9% 33,7% 9,3% 31,3% 9,8% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

forma aleatória

forma voluntária

por determinação

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

Tabela 5.4 - Forma de escolha do coordenador do NTE, segundo os coordenadores, por regiões geográficas.

16 21 16 26 11 90

41,0% 25,3% 69,6% 33,8% 45,8% 36,6%

15 25 6 15 12 73

38,5% 30,1% 26,1% 19,5% 50,0% 29,7%

7 19 1 27

8,4% 24,7% 4,2% 11,0%

8 16 1 13 38

20,5% 19,3% 4,3% 16,9% 15,4%

14 4 18

16,9% 5,2% 7,3%

39 83 23 77 24 246100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Freq% nacategoriaFreq% nacategoriaFreq% nacategoriaFreq% nacategoriaFreq% nacategoriaFreq% Brasil

por eleição/consenso

porindicação/designação

de outra forma

não existe

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#46

Das informações colhidas na pesquisa,

surge o NTE como uma estrutura flexível e

por vezes informal, uma organização pouco

burocratizada e de gestão democrática.

Infra-estrutura física do NTEInfra-estrutura física do NTEInfra-estrutura física do NTEInfra-estrutura física do NTEInfra-estrutura física do NTE

A média de área útil dos NTE é de 202 m2,

sendo de 150m² a área de ocorrência mais

comum. Os laboratórios têm, em média,

50m². Em média, cada NTE dispõe de 2

laboratórios e 2 salas de aula e atende 45

escolas (Tabela 5.5).

Tabela 5.6 - Quantidade, média e moda de escolas atendidas pelo NTE segundo oscoordenadores do NTE, por região geográfica.

39 83 23 77 24 246

101 54 20 20 17 45250 30 9 7 8 20

Freq

MédiaModa

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Total

Tabela 5.5 - Área útil dos NTE (m2), quantidade de laboratórios e salas de aula, média e moda,segundo os coordenadores do NTE, por regiões geográficas.

39 83 23 77 24 246155 215 307 163 254 202100 150 150 150 60 150

2 2 2 2 2 21 2 2 2 2 22 2 2 1 2 21 1 1 1 1 1

FreqMédiaModa

Freqüência NTE: área útil (m2)

MédiaModa

laboratórios(quantidade)

MédiaModa

salas de aula(quantidade)

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Total

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#47

As condições de infra-estrutura física foram

analisadas a partir de cinco elementos: 1)

localização do prédio, 2) salas de aula e

laboratórios, 3) sala da administração, 4)

auditório e 5) biblioteca. Esses elementos

foram avaliados pelos 246 coordenadores

dos NTE, como mostra a Tabela 5.7 a

seguir:

Conforme se pode ver dessa tabela, no que

diz respeito à infra-estrutura física dos

NTE, a avaliação mais positiva recaiu sobre

a localização do prédio considerada exce-

lente por 37,7% dos coordenadores. Em

segundo lugar, as salas de aula e os

laboratórios foram também considerados

excelentes por 29,3 % dos respondentes.

Com uma avaliação “muito boa” por parte

de 26,0% dos coordenadores dos NTE,

está a sala da administração.

No conjunto das três categorias de avalia-

ção positiva, há um alto grau de satisfação

com a localização do prédio e as condições

e infra-estrutura das salas de aula e

laboratórios.

Por outro lado, como aspecto menos favorá-

vel, ressalta-se a inexistência de auditório

(Figura 5.7) e biblioteca na maioria dos

NTE e de sala de administração em

alguns deles.

De qualquer modo, onde existe auditório,

como apontado por apenas 34,9 % dos

entrevistados, as condições são considera-

das positivamente, dado que somente

1,6% dos entrevistados o avaliaram como

ruim. Essa visão negativa praticamente se

equilibra em todas as regiões, com exceção

do Sul, em que nenhum dos coordenadores

avaliou os auditórios como ruins.

Tabela 5.7 Avaliação da infra-estrutura física dos NTE por escola e elementosfísicos segundo os coordenadores dos NTE. (%)

Avaliação Localização Salas de aula Sala da Auditório Bibliotecado prédio e laboratórios Administração

Excelente 37,7 29,3 * * *Muito Boa 23,2 24,4 26,0 13,0 4,1Boa 28,9 39,4 45,9 20,3 13,0Ruim 10,2 6,9 10,2 1,6 6,5Inexistente * * 17,9 65,1 76,4Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#48

Mais grave é o fato de que um percentual

grande de Núcleos (76,4%) não possui

bibliotecas, conforme informam os

coordenadores (Figura 5.4, p. 38). Com

certeza, é um assunto que merece conside-

ração do Proinfo Nacional, já que não basta

capacitar professores e técnicos; é preciso

que eles se envolvam continuamente em

pesquisas e estudos, e o acesso à biblioteca

desempenha um papel muito importante

nesse processo.

Em 44,3% dos casos, os laboratórios dos

NTE foram instalados em prédios de ocupa-

ção e uso exclusivo. Os demais foram

instalados e funcionam de forma comparti-

lhada em prédios onde já funcionam outras

instituições educacionais ou repartições

públicas (Delegacia Regional de Ensino,

Escola, Secretaria de Educação, Prefeitura,

entre outras).

Fig. 5.3 - Situação do auditório nos NTE.

inexistenteruimboamuito boa

200

100

0

Regiões do Brasil

norte

nordeste

centro-oeste

sudeste

sul

12

9

53

17

1055

131430

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#49

A falta da sala de administração foi registra-

da por 17,9% dos entrevistados (Tabela

5.9), sendo essa falta mais evidente no

Nordeste (43,2%).Onde ela existe, no

entanto, sua avaliação é positiva (72%,

consideradas as menções “muito boa” e

“boa”). Somente 10,2% no país avaliaram a

sala de administração como ruim. Regional-

mente, essa avaliação negativa é preponde-

rante na região Sudeste (14,5%) e tem

menor expressão no Norte (8,3%).

Quanto ao espaço físico destinado às salas

de aula e aos laboratórios (Tabela 5.8), a

avaliação regional mostra menor satisfação

dos respondentes do Sul, pois só 12,8%

deles deram grau “excelente” para o quesito

(Tabela 5.8), enquanto a média nacional

girava em torno de 29,3%. No Sul,

prevalece a avaliação “boa“, com (42,6%)

para o item espaço físico.

Tabela 5.8 - Avaliação do espaço físico destinado às salas de aula e aos laboratórios do NTE segundo os coordenadores do NTE por regiões geográficas

5 29 9 22 7 7212,8% 34,9% 39,1% 28,6% 29,2% 29,3%

14 23 4 14 5 6035,9% 27,7% 17,4% 18,2% 20,8% 24,4%

18 26 8 33 12 97

46,2% 31,3% 34,8% 42,9% 50,0% 39,4%2 5 2 8 17

5,1% 6,0% 8,7% 10,4% 6,9%39 83 23 77 24 246

100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

excelente

muito boa

boa

ruim

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#50

A análise regional da situação da biblioteca

e do auditório mostra deficiência generalizada

em todas as regiões, para ambos os

equipamentos (V. Fig. 5.4)

Fig. 5.4 - Situação da biblioteca nos NTE.

inexistenteruimboamuito boa

200

100

0

Regiões do Brasil

norte

nordeste

centro-oeste

sudeste

sul

19

65

21

55

1528

Tabela 5.9 - Avaliação da sala de administração do NTE pelos coordenadores do NTE, por regiõesgeográficas

6 25 9 17 7 6415,4% 30,1% 39,1% 22,1% 29,2% 26,0%

22 40 6 36 9 11356,4% 48,2% 26,1% 46,8% 37,5% 45,9%

3 12 3 5 2 257,7% 14,5% 13,0% 6,5% 8,3% 10,2%

8 6 5 19 6 4420,5% 7,2% 21,7% 24,7% 25,0% 17,9%

39 83 23 77 24 246100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

muito boa

boa

ruim

inexistente

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Total

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#51

Infra-estrutura tecnológica do NTEInfra-estrutura tecnológica do NTEInfra-estrutura tecnológica do NTEInfra-estrutura tecnológica do NTEInfra-estrutura tecnológica do NTE

As condições da infra-estrutura tecnológica

foram avaliadas a partir dos seguintes

indicadores:

1) rede elétrica

2) rede lógica instalada

3) equipamentos de informática

4) suprimento de material de consumo

5) segurança das instalações

6) assistência técnica da empresa Positivo

7) assistência técnica da empresa Procomp

8) condições de suporte técnico dado pelo

CETE - Centro Experimental de

Tecnologia Educacional do MEC.

Os percentuais avaliativos correspondentes

estão na Tabela 5.10, a seguir, refletindo a

percepção de 213 técnicos de laboratório do

NTE.

Tabela 5.10 - Avaliação da infra-estrutura tecnológica dos NTE a partir dos indicadores selecionados (%)

Avaliação Rede elétrica Rede lógica Equipamento de Material de consumo Segurança

informática

Excelente 21,1 19,9 8,9 13,8 19,9

Muito bom 32,5 35,4 27,6 17,5 26

Bom 38,6 39,4 55,7 42,3 36,5

Ruim 7,7 5,3 7,7 26,4 16,7

Total 99,9 100 99,9 100 99,1

Fonte: Técnicos do Laboratório de Informática

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#52

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

A assistência técnica é prestada ao NTE

pelo CETE e por fornecedores de equipa-

mento, como a Positivo e a Procomp.

A avaliação desses serviços, na opinião dos

técnicos dos NTE, pode ser vista na Tabela

5.11.

Essa avaliação pode ser considerada

bastante positiva, particularmente quando

se observa que o percentual de respostas

negativas (ruim) não ultrapassou 18,7 %

para a empresa Positivo, 13 % para a

empresa Procomp e 6,1 % para o CETE.

Em termos de avaliação positiva

(excelente+muito bom+bom), os

percentuais ascendem a 37,4 % para a

Positivo, 67,4 % para a Procomp e 41,0 %

para o CETE. Mas esses percentuais podem

estar rebaixados pela alta ocorrência de

respostas nulas ou, no caso do CETE, por

indicações de que a assistência nunca foi

solicitada (52,8%).

A ocorrência mais freqüente de respostas

em branco nos indicadores referentes à

assistência técnica do que em outras

Tabela 5.11 - Avaliação da assistência técnica ao NTE pelos prestadores de serviço e pelo CETE - %

Avaliação Positivo Procomp CETE

Excelente 6,1 8,5 20,3

Muito Bom 13 19,5 7,3

Bom 18,3 39,4 13,4

Ruim 18,7 13 6,1

Não respondeu 43,9 19,5 -

Nunca solicitado - - 52,8

Nota: Há muitos casos de falta de resposta porque nada foi solicitado ao CETE

Fonte: Técnicos do Laboratório de Informática do NTE

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#53

questões do formulário aponta para pelo

menos duas possibilidades: a) a de que

nem sempre tenha havido necessidade de

recurso aos prestadores de serviço ou

b) a de que o serviço tenha sido solicitado e

não atendido, gerando uma situação de

desalento. Pesquisas adicionais seriam

necessárias para definir a hipótese correta.

A rede elétricaA rede elétricaA rede elétricaA rede elétricaA rede elétrica

A avaliação positiva da rede elétrica (excelen-

te, muito boa e boa) atinge 92,3% no país,

na opinião de 246 coordenadores do NTE.

A análise regional das condições da rede

elétrica não apresenta padrão de avaliação

com diferenças significativas de uma região

para outra. O Sul é mais comedido ao

classificar a rede como “excelente” (12,8%,

contra a média nacional de 21,1%) e o

Centro-Oeste é mais otimista (34,8% de

grau “excelente”).

Tabela 5.12 - Avaliação dos coordenadores do NTE da rede elétrica, por regiões geográficas

5 23 8 13 3 5212,8% 27,7% 34,8% 16,9% 12,5% 21,1%

17 29 8 16 10 8043,6% 34,9% 34,8% 20,8% 41,7% 32,5%

13 28 4 41 9 9533,3% 33,7% 17,4% 53,2% 37,5% 38,6%

4 3 3 7 2 1910,3% 3,6% 13,0% 9,1% 8,3% 7,7%

39 83 23 77 24 246100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

excelente

muito boa

boa

ruim

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#54

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

A rede lógicaA rede lógicaA rede lógicaA rede lógicaA rede lógica

No país, a avaliação positiva (excelente,

muito boa e boa) da rede lógica alcança

94,7%, segundo a avaliação dos coordena-

dores do NTE. No plano regional, essa

avaliação foi mais elevada no Centro Oeste ,

com 95,6 % e mais baixa no Sul, com 84,3%.

Tabela 5.13 - Avaliação da rede lógica instalada, pelos coordenadores do NTE, por regiões geográficas

5 18 6 14 6 4912,8% 21,7% 26,1% 18,2% 25,0% 19,9%

12 37 11 22 5 8730,8% 44,6% 47,8% 28,6% 20,8% 35,4%

19 25 5 36 12 9748,7% 30,1% 21,7% 46,8% 50,0% 39,4%

3 3 1 5 1 137,7% 3,6% 4,3% 6,5% 4,2% 5,3%

39 83 23 77 24 246100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

excelente

muito boa

boa

ruim

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#55

Fig. 5.5 - Avaliação dos equipamentos de informática.

ruimboamuito boaexcelente

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Regiões do Brasil

norte

nordeste

centro-oeste

sudeste

sul

17

46

19

12

8

8

37

27

11

25

9

Equipamentos de informáticaEquipamentos de informáticaEquipamentos de informáticaEquipamentos de informáticaEquipamentos de informática

O conjunto das avaliações positivas (exce-

lente, muito bom e boa) dos equipamentos

de informática atinge 92,3% das menções,

mantendo o comportamento regional o

mesmo padrão observado em relação aos

dos demais itens, qual seja, o Sul mais

moderado do que o resto do país na atribui-

ção do conceito “excelente” (2,6%, contra

os 8,9% nacionais). Neste parâmetro o

Sudeste tem a maior avaliação positiva com

13,3% de menção “excelente” na região.

(Fig. 5.5)

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#56

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Fig. 5.6 - Condição de suprimento de material de consumo.

ruimboamuito boaexcelente

120

100

80

60

40

20

0

Regiões do Brasil

norte

nordeste

centro-oeste

sudeste

sul

7

11

26

41

8

14

12

26

1827

1612

8

Suprimento de materialSuprimento de materialSuprimento de materialSuprimento de materialSuprimento de material

A avaliação geral do suprimento de material

de consumo pelos coordenadores do NTE é

classificada preponderantemente como

“boa”, com 42,3% das respostas. O conjunto

das avaliações positivas - excelente, muito

boa e boa - alcança 73,6% das opiniões.

A análise regional mostra nitidamente

maior satisfação na região Sudeste, onde a

avaliação “excelente”, com 32,5%,

contrasta com a média nacional de 13,8%.

O Nordeste é a região menos satisfeita com

este item. Só 4,2% de menções “excelen-

te”. Por outro lado, o suprimento é conside-

rado “ruim” para 41,0% dos respondentes

do Sul e por 33,8% dos respondentes do

Nordeste.

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Fig. 5.7 - Condições de segurança das instalações do NTE.

ruimboamuito boaexcelente

100

80

60

40

20

0

Regiões do Brasil

norte

nordeste

centro-oeste

sudeste

sul

8

8

15

36

17

9

5

5

58

10

29

2321

7

1411

7

#57

Segurança das instalaçõesSegurança das instalaçõesSegurança das instalaçõesSegurança das instalaçõesSegurança das instalações

A segurança das instalações (grades,

chaves, alarmes etc.) é avaliada positiva-

mente (excelente, muito boa e boa) em

83,3% das respostas.

O Centro-Oeste é a região mais satisfeita

com relação à segurança das instalações do

NTE. Enquanto a média nacional de men-

ções “excelente” é de 19,9%, no Centro-

Oeste é de 34,8%. No Norte rareiam as

menções “excelente”: só 16,7%.

Outros elementos de infra-estrutura

tecnológica foram avaliados por 213 técni-

cos do laboratório. São eles; a) condições de

acesso à internet; b) provedor; c) condição

de rede local, d) condições de segurança da

rede e e) condições de acesso às escolas

para atendimento.

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#58

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Tabela 5.14 - Avaliação das condiçõe de acesso à internet pelos técnicos do laboratório de informática,por regiões geográficas

9 16 4 6 5 4025,0% 21,6% 17,4% 10,0% 25,0% 18,8%

13 29 7 23 7 7936,1% 39,2% 30,4% 38,3% 35,0% 37,1%

5 14 6 13 2 4013,9% 18,9% 26,1% 21,7% 10,0% 18,8%

6 9 3 8 3 2916,7% 12,2% 13,0% 13,3% 15,0% 13,6%

3 6 3 10 3 258,3% 8,1% 13,0% 16,7% 15,0% 11,7%

36 74 23 60 20 213100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoria

muito boa

boa

razoável

precária

inexistente

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do brasil

Brasil

Condição de acesso à InternetCondição de acesso à InternetCondição de acesso à InternetCondição de acesso à InternetCondição de acesso à Internet

O acesso à internet está disponível para

88,3% dos NTE, segundo os técnicos do

laboratório

Somente 25 técnicos do laboratório

(11,7%do total) declararam não existir

acesso a internet. A consideração conjunta

das categorias de respostas “muita boa”

(18,8%) e “boa” (37,1%) mostra que mais

da metade dos técnicos (55,9%) avalia de

forma positiva as condições de acesso à

Internet.

A classificação “razoável” foi atribuída por

18,8 % dos respondentes. Não se pode

deixar de prestar atenção à existência de

situação identificada como “precária”

(13,6). Somados os percentuais referentes

a essas duas categorias nota-se um total de

32,4% de avaliações negativas em relação

a este item.

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#59* Neste gráfico e seguintes os números dos gráficos indicam a freqüencia das respostas dos técnicos das NTE.

Fig. 5.8 - Modalidade de provedor de acesso (*)

Não respondeuprivado gratuito

privado pagoestatal

próprio

120

100

80

60

40

20

0

Regiões do Brasil

norte

nordeste

centro-oeste

sudeste

sul

6

8

11

6

35

15

118

27

28

23

PPPPProvedor de acessorovedor de acessorovedor de acessorovedor de acessorovedor de acesso

Segundo os técnicos, a maioria dos laborató-

rios de informática (51,2%) tem provedor de

acesso estatal (Figura 5.8). Outras alternati-

vas são: provedores privados - pago (20,7%)

ou gratuito (7,0%, próprio (4,2%). Esta

última alternativa não é referida pelos técni-

cos do Sudeste e do Centro-Oeste. Não

responderam a este item do questionário

16,9%, dos técnicos.

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#60

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Condição da rede localCondição da rede localCondição da rede localCondição da rede localCondição da rede local

A consideração conjunta das categorias de

resposta “excelente” (23%) e “muito boa”

(31,0 %) mostra que mais da metade dos

técnicos (54%) avalia de forma positiva as

condições da rede local (Tabela 5.15). Em

idêntica situação de agrupamento, esse

percentual se aproxima daquele referido no

caso da Condição de Acesso à Internet –

55%, o que mostra coerência entre uma e

outra avaliação. Não se pode deixar de notar

que ainda existem situações identificadas

como “razoável” (9,4%) e “precária” (3,3%) o

que não se ajusta nem ao perfil, nem ao

porte e nem aos objetivos do Proinfo.

Nos dados gerais aqui disponíveis, a única

região que não se fez representar nessas

categorias de avaliação negativa foi o Norte.

Na categoria precária, também não há

manifestações do Centro-Oeste.

Tabela 5.15 - Avaliação das condições da rede local pelos técnicos do laboratório de informática, por regiões geográficas

7 16 6 17 3 4919,4% 21,6% 26,1% 3,3% 15,0% 23,0%

12 23 6 15 10 6633,3% 31,1% 26,1% 25,0% 50,0% 31,0%

10 20 10 14 6 6027,8% 27,0% 43,5% 23,3% 30,0% 28,2%

4 6 1 9 2011,1% 8,1% 4,3% 15,0% 9,4%

2 2 3 75,6% 2,7% 5,0% 3,3%

1 7 2 1 112,8% 9,5% 3,3% 5,0% 5,2%

36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

excelente

muito boa

boa

razoável

precária

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do brasil

Brasil

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#61

Tabela 5.16 - Avaliações das condições de segurança da rede pelos técnicos do laboratório de informática,por regiões geográficas

4 8 5 6 3 2611,1% 10,8% 21,7% 10,0% 15,0% 12,2%

10 16 5 15 8 5427,8% 21,6% 21,7% 25,0% 40,0% 25,4%

10 27 7 16 7 6727,8% 36,5% 30,4% 26,7% 35,0% 31,5%

6 8 4 15 1 3416,7% 10,8% 17,4% 25,0% 5,0% 16,0%

3 7 2 5 178,3% 9,5% 8,7% 8,3% 8,0%

3 8 3 1 158,3% 10,8% 5,0% 5,0% 7,0%

36 74 23 60 20 213100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

excelente

muito boa

boa

razoável

precária

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do brasil

Brasil

Condição de segurança da redeCondição de segurança da redeCondição de segurança da redeCondição de segurança da redeCondição de segurança da rede

No conjunto, a consideração das categorias

de resposta “excelente” (12,2%) , “muita

boa” (25,4%) e “boa”(31,5%) evidencia

que para 69,1% dos técnicos a rede é

segura, conforme mostra a Tabela 5.16.

Mas é preciso estar atento para o fato de

que para 24% dos entrevistados técnicos a

situação de segurança da rede é apenas

razoável (16%) ou mesmo precária (8%).

Uma minoria de 7% deixou esse item sem

resposta.

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#62

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Fig. 5.9 - Ocorrência de uso de sistemas operacionais.

ambos os sistemasLivres(gratuitos)

Comerciais

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Regiões do Brasil

norte

nordeste

centro-oeste

sudeste

sul

17

17

41

20

23

50

1817

Sistemas operacionaisSistemas operacionaisSistemas operacionaisSistemas operacionaisSistemas operacionais

Em termos de sistemas operacionais foi

possível observar que, segundo os técnicos,

a maioria dos laboratórios (68,1%) utiliza

somente sistemas operacionais proprietários

ou comerciais. A utilização de ambos os

sistemas foi referida por 28,6% dos técnicos.

O uso exclusivo de sistemas operacionais

livres (gratuitos) é marginal (3,3%).

Regionalmente, a presença de ambos os

sistemas ocorre no Sul com 29,5% (18 casos)

de respostas; no Sudeste com 37,7% de

respostas (23 casos) e no Nordeste: 27,9% de

respostas (17 casos). No Centro-Oeste ocorreu

1 resposta; no Norte, 2 respostas.

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#63

Tabela 5.17 - Avaliação da qualidade de assistência técnica do fornecedor dos equipamentos pelos técnicos do laboratório de informática, por regiões geográficas

5 10 5 1 2113,9% 13,5% 8,3% 5,0% 9,9%

10 19 2 14 8 5327,8% 25,7% 8,7% 23,3% 40,0% 24,9%

14 23 11 19 6 7338,9% 31,1% 47,8% 31,7% 30,0% 34,3%

6 10 6 11 3 3616,7% 13,5% 26,1% 18,3% 15,0% 16,9%

4 3 8 1 165,4% 13,0% 13,3% 5,0% 7,5%

1 8 1 3 1 142,8% 10,8% 4,3% 5,0% 5,0% 6,6%

36 74 23 60 20 213100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

excelente

muito boa

boa

razoável

precária

nãorespondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do brasil

Brasil

Qualidade da assistência técnica dosQualidade da assistência técnica dosQualidade da assistência técnica dosQualidade da assistência técnica dosQualidade da assistência técnica dos

fornecedoresfornecedoresfornecedoresfornecedoresfornecedores

No que diz respeito à qualidade da assistên-

cia técnica do fornecedor dos equipamentos

(Tabela 5.17), a maior freqüência das

menções é “boa” (34,3%). A avaliação

excelente foi manifestada por 9.9%. Já a

referência a “muita boa” foi feita por um

grupo de 53 dos 213 técnicos (24,9%).

Visto que, no conjunto, essas três categori-

as de respostas representam uma avaliação

positiva de 69,1% dos técnicos, pode-se

dizer que a assistência técnica prestada

pelos fornecedores dos equipamentos se

classifica como satisfatória, não se podendo,

porém, deixar de levar em consideração que

para quase 30% dos técnicos a assistência

técnica pode deixar a desejar.

No que diz respeito às condições básicas

para o funcionamento do laboratório de

informática pode-se concluir que, no geral,

as condições são favoráveis, na percepção

da maioria dos técnicos – do acesso à

Internet, às condições da rede local e da

segurança.

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#64

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Tabela 5.18 - Avaliação das condições de trabalho para a execução do suporte técnico no NTE segundo ostécnicos do laboratório de informática por regiões geográficas

4 7 3 1 1 1611,1% 9,5% 13,0% 1,7% 5,0% 7,5%

5 6 3 8 3 2513,9% 8,1% 13,0% 13,3% 15,0% 11,7%

7 18 7 16 8 5619,4% 24,3% 30,4% 26,7% 40,0% 26,3%

9 9 5 11 5 3925,0% 12,2% 21,7% 18,3% 25,0% 18,3%

6 11 5 21 1 4416,7% 14,9% 21,7% 35,0% 5,0% 20,7%

5 23 3 2 3313,9% 31,1% 5,0% 10,0% 15,5%

36 74 23 60 20 213100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

excelente

muito boa

boa

razoável

precária

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do brasil

Total

Condições de trabalho para suporCondições de trabalho para suporCondições de trabalho para suporCondições de trabalho para suporCondições de trabalho para suportetetetete

técnico no NTE e às escolastécnico no NTE e às escolastécnico no NTE e às escolastécnico no NTE e às escolastécnico no NTE e às escolas

Neste tópico buscou-se avaliar:

a) condições de trabalho para a prestar

suporte técnico no NTE e nas escolas

b) condições de acesso às escolas.

A Tabela 5.18 evidencia que para 45,5%

dos técnicos as condições para suporte

técnico no NTE variam entre as qualifica-

ções “boa” (26,3%), “muito boa” (11,7%) e

“excelente” (7,5%). Mas para um grupo

não desprezível desses técnicos – 39%,

essas condições se classificam entre “razoá-

vel” (18,3%) e “precária” (20,7%).

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#65

Tabela 5.19 - Avaliação das condições de trabalho para a execução do suporte técnico nas escolassegundo os técnicos do laboratório de informática por regiões geográficas

1 3 1 1 62,8% 4,1% 1,7% 5,0% 2,8%

5 5 2 2 1 1513,9% 6,8% 8,7% 3,3% 5,0% 7,0%

4 10 2 6 5 2711,1% 13,5% 8,7% 10,0% 25,0% 12,7%

6 10 7 10 7 4016,7% 13,5% 30,4% 16,7% 35,0% 18,8%

12 20 9 33 2 7633,3% 27,0% 39,1% 55,0% 10,0% 35,7%

8 26 3 8 4 4922,2% 35,1% 13,0% 13,3% 20,0% 23,0%

36 74 23 60 20 213100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

excelente

muito boa

boa

razoável

precária

nãorespondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do brasil

Total

Nas escolas, em termos comparativos, as

condições de trabalho de suporte técnico

são menos favoráveis do que nos NTE

(Tabela 5.19). Se nestes últimos 45% dos

técnicos classificaram as condições de

trabalho de boas a excelentes, no caso do

trabalho junto às escolas esse percentual

cai para 22,5% sendo assim distribuído:

2.8% (excelente), 7,0% (muito boa) e

12,7% (boa). De forma coerente, é possível

perceber-se que, embora a avaliação

“razoável” tenha tido um percentual quase

igual em ambos os casos – 18,3% (NTE) e

18,8% (escolas), - a menção a essas

condições como “precária” foi maior nas

escolas (35,7%) do que no caso dos NTE –

20,7%. Quarenta e nove técnicos (23%)

deixarem esse item sem resposta. Esse

assunto merece atenção especial já que o

suporte técnico às escolas é um dos fatores

determinantes da qualidade do desenvolvi-

mento do Proinfo.

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#66

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Fig 5.10 - Condições de acesso às escolas.

não respondeuprecária

razoávelboa

muito boaexcelente

80

60

40

20

0

regiões do brasil

norte

nordeste

centro-oeste

sudeste

sul

4

7

5

8

33

10

6

9

7

2620

10105

812

645

Condições de acesso às escolasCondições de acesso às escolasCondições de acesso às escolasCondições de acesso às escolasCondições de acesso às escolas

Na avaliação das condições de acesso às

escolas, para prestação de suporte técnico,

predominam a opção “precária”, conforme

mostra a Figura 5.10.

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#67

Tabela 5.20 - Avaliação dos recursos do informática segundo os professoresmultiplicadores, por tipo de recursos (%)

Avaliação Software Vídeo Livros Equipamentos Quantidade Configuração de Acesso àde apoio de computadores computadores e internet

e periféricos periféricos

Excelente 7,1 3,2 3,1 4,7 10,7 3,8 8,5

Muito bom 11 9 5,7 10 28,1 21,2 16,9

Bom 19,5 24,3 23,1 23,3 49,1 51,7 31

Deficiente 52,1 49,9 52,1 52,1 12,2 23,3 23.7

Inexistente 10,2 13,6 16 9,8 - - 19,8

Fonte: Professores multiplicadores

Disponibilidade de recursos deDisponibilidade de recursos deDisponibilidade de recursos deDisponibilidade de recursos deDisponibilidade de recursos de

informáticainformáticainformáticainformáticainformática

Foi solicitado aos professores multiplicadores

uma avaliação sobre os recursos de

informática postos à disposição do NTE. Os

resultados estão apresentados na Tabela

5.20. Os dados dessa tabela evidenciam

que, no conjunto, é considerado “deficiente”

o acervo de recursos tecnológicos. Mais da

metade dos respondentes assim se expres-

sou em relação aos itens software (52,1%),

livro didático (52,1%) e equipamentos de

apoio (52,1%). A situação não é muito

diferente no caso do acervo dos vídeos

(49,9%). Isso não quer dizer que não haja

situações consideradas excelentes pelos

respondentes. Elas são poucas, proporcio-

nalmente – com percentual entre 3,1% e

10,7%, com maior destaque para quantida-

de de computadores e periféricos (10,7%) e

acesso à Internet (8,5%) e menor para o

livro didático (3,1%) e para vídeos (3,2%).

Se a análise enfocar a avaliação considera-

da “muito boa”, a predominância está na

quantidade de computadores e periféricos

(28,1), seguida da relativa à adequação da

configuração dos computadores e periféricos

(21,2%). Já a menor frequência dessa

classificação foi a referente aos livros didáti-

cos (5,7%). A situação é um tanto diferente

quando se enfoca a opção “boa”. Nesse

caso, percebe-se uma concentração bem

próxima de respostas nas opções adequação

da configuração computadores

e periféricos (51,7%) e quantidade de

computadores e periféricos (49,1%), segui-

da da opção referente ao acesso à Internet

nos laboratórios (31,0%).

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#68

6 As escolas do ProInfoNa escola do ProInfo, o elemento básico da

tecnoestrutura é o laboratório de informáti-

ca. Sua adequação às necessidades e

intenções do ProInfo é, portanto, funda-

mental para o desempenho do Programa.

Para avaliação das condições das escolas

foram entrevistados 551 diretores de

escolas, 476 coordenadores de laboratórios

de informática, 3.541 professores e 5.366

alunos.

A escola típica do ProInfo (86,4%) funciona

nos turnos diurno e noturno (Tabela 6.1).

Uma única escola pesquisada (0,2%)

funciona apenas no turno noturno.

Tabela 6.1 - Número de escolas por período de funcionamento de acordo com os diretores das escolas e por regiões do Brasil.

22 14 18 14 6 7430,6% 8,0% 27,3% 11,3% 5,3% 13,4%

1 1,6% ,2%

50 161 48 110 107 47669,4% 91,5% 72,7% 88,7% 94,7% 86,4%

72 176 66 124 113 55113,1% 31,9% 12,0% 22,5% 20,5% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

diurno

noturno

ambos

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#69

O foco do Programa é a educação básica,

mas um grande número de escolas com-

bina ensino fundamental e ensino médio.

Dentre as 551 escolas pesquisadas, o

maior número (185 escolas ou 33,6 % do

total) é de escolas que têm ensino médio

e as 4 primeiras séries do ensino funda-

mental. Seguem-se-lhe dois grupos de

tamanho equivalente que ofertam ensino

médio e ensino fundamental da 5a. à 8a.

séries (126 escolas ou 22,9 % do total) ou

que combinam os ciclos completos de

ambos os níveis de ensino (125 escolas

ou 22,7 % do total). O quarto grupo oferta

somente as 4 primeiras séries do ensino

fundamental (47 escolas ou 8,5 % do

total). O quinto grupo é formado por 31

escolas (5,6 % do total) de ensino médio

e o sexto por 25 escolas (4,5 % do total)

que ofertam só as últimas séries (5 a 8)

do ensino fundamental. Finalmente há

um pequeno grupo de 6 escolas (1,1 %

do total) que oferta o ciclo completo do

ensino fundamental (1 a 8)

A área útil média dos laboratórios nas escolas

foi calculada em 50m2, sendo 48 m2 a

metragem mais comum nos relatos. Segundo

a informação de 92% dos diretores de escolas,

essas salas de laboratórios são de uso

exclusivo do ProInfo, isto é, não são comparti-

lhadas com outros programas educacionais.

A avaliação do espaço físico do laboratório é

francamente positiva, tanto por parte dos

diretores (Tabela 6.2) quanto dos

coordenadores do laboratório. O espaço físico

é avaliado como excelente por 27,2% dos

diretores. Somando as avaliações “excelente”,

“muito boa” e “boa” chega-se a 91,6%.

Tabela 6.2 - Avaliação dos diretores das escolas em relação ao espaço físico do laboratório em cada região do Brasil

29 35 20 37 29 15040,3% 19,9% 30,3% 29,8% 25,7% 27,2%

24 55 25 36 38 17833,3% 31,3% 37,9% 29,0% 33,6% 32,3%

17 64 18 38 40 17723,6% 36,4% 27,3% 30,6% 35,4% 32,1%

2 22 3 13 6 462,8% 12,5% 4,5% 10,5% 5,3% 8,3%

72 176 66 124 113 55113,1% 31,9% 12,0% 22,5% 20,5% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

excelente

muito boa

boa

ruim

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#70

A opinião dos coordenadores de informática

sobre o espaço físico do laboratório não se

diferencia significativamente da dos direto-

res. Cerca de 20% desses Coordenadores

consideram-no “excelente”. Considerada a

soma das três dimensões positivas (exce-

lente, muito boa e boa), chega-se a 91%

das menções.

Se o espaço físico do laboratório é conside-

rada bom pelos diretores e coordenadores

de informática, da mesma forma o é a

disponibilidade de uso, segundo a opinião

dos professores, conforme se analisa mais

adiante.

Tabela 6.3 - Avaliação dos coordenadores de informática da infra-estrutura do laboratório em relação aoespaço físico em cada região do Brasil.

22 21 11 24 17 9533,3% 13,6% 16,4% 22,6% 20,5% 20,0%

21 50 24 32 23 15031,8% 32,5% 35,8% 30,2% 27,7% 31,5%

21 63 31 38 35 18831,8% 40,9% 46,3% 35,8% 42,2% 39,5%

2 20 1 12 8 433,0% 13,0% 1,5% 11,3% 9,6% 9,0%

66 154 67 106 83 47613,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

excelente

muito boa

boa

ruim

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#71

Os coordenadores de informática também

avaliaram a infra-estrutura tecnológica dos

laboratórios, considerando oito aspectos:

1. condições da rede elétrica e iluminação;

2. rede local instalada;

3. equipamentos de informática e periféricos;

4. licença para uso de softwares;

5. condições físicas de trabalho (limpeza,

iluminação, temperatura);

6. suprimento de material de consumo;

7. segurança (vigilância, grades, alarmes)

8. assistência técnica dos fornecedores.

No tocante à localização do laboratório, as

opiniões, tanto de diretores (Tabela 6.4)

quanto de coordenadores de informática,

são também muito positivas, em termos e

distribuição comparáveis às menções

relativas ao espaço físico.

Tabela 6.4 - Avaliação dos diretores em relação a localização do laboratório em cada região do Brasil

35 47 33 39 32 18648,6% 26,7% 50,0% 31,5% 28,3% 33,8%

27 62 22 43 41 19537,5% 35,2% 33,3% 34,7% 36,3% 35,4%

10 57 9 38 38 15213,9% 32,4% 13,6% 30,6% 33,6% 27,6%

10 2 4 2 185,7% 3,0% 3,2% 1,8% 3,3%

72 176 66 124 113 55113,1% 31,9% 12,0% 22,5% 20,5% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

excelente

muito boa

boa

ruim

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#72

A Tabela 6.5 mostra que, enquanto os itens

de investimento - rede elétrica, rede local,

equipamentos, condições de trabalho e de

segurança - mantêm índices classificados

como “excelente” acima de 13%, o mesmo

não ocorre com os itens de suprimentos e

disponibilidade de licenças para uso de

softwares e com a prestação de assistência

técnica onde essa avaliação “excelente” não

vai além de 7%. Essas percepções se

tornam mais evidentes quando é feita a

análise regional desses parâmetros.

Em termos de médias nacionais, as avalia-

ções positivas (somatório de excelente,

muito boa e boa), feitas pelos coordenado-

res, podem ser visualizadas sinteticamente

na Tabela 6.5.

Tabela 6.5 - Percentuais de avaliações positivas da infra-estruturatecnológica e de funcionamento do laboratório de informática.

Parâmetro Avaliação

Excelente Muito Boa Boa Geral

Rede elétrica 23,9 27,9 39,3 91,1

Equipamentos 13,4 29,6 47,9 90,9

Condições de trabalho 18,5 29,2 41,2 88,9

Segurança das instalações 20,6 30,0 37,4 88,0

Rede local 16,8 29,0 40,8 86,6

Assistência técnica 5,7 19,5 45,2 70,4

Suprimento 7,1 17,9 31,1 56,1

Licenças para uso de softwares 6,9 14,1 32,1 53,1

Fonte: Coordenadores do laboratório de informática das escolas.

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#73

Rede elétricaRede elétricaRede elétricaRede elétricaRede elétrica

A rede elétrica e de iluminação (Tabela 6.6)

constitui o item da infra-estrutura tecnológi-

ca do laboratório mais bem avaliado no país,

com 91,1% de classificação positiva (soma

dos percentuais totais para as avaliações

“excelente”, “muito boa” e “boa”).

Dentre as regiões, o Centro-Oeste e o

Sudeste são as que revelaram os menores

índices de avaliação positiva da rede elétrica

e de iluminação.

Tabela 6.6 - Avaliação dos coordenadores do laboratório de informática da rede elétrica e de iluminação por regiões geográficas

21 31 10 27 25 11431,8% 20,1% 14,9% 25,5% 30,1% 23,9%

17 41 18 36 21 13325,8% 26,6% 26,9% 34,0% 25,3% 27,9%

26 68 30 33 30 18739,4% 44,2% 44,8% 31,1% 36,1% 39,3%

2 14 9 10 7 423,0% 9,1% 13,4% 9,4% 8,4% 8,8%

66 154 67 106 83 476

13,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%

Freq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq

% região

excelente

muito boa

boa

deficiente

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#74

Os índices de avaliação reproduzidos na

Tabela 6.7 indicam que a maior percepção

positiva foi a da região Sul, com 33,3% de

avaliação “excelente”, e a menor, no Nordes-

te, com 16,0%; ambas comparadas com a

freqüência de aprovação nacional de 20,6%.

Por outro lado, o menor índice de insatisfação

com a segurança se encontra no Sul (6,1%

de avaliações na categoria “deficiente”).

Segurança das instalaçõesSegurança das instalaçõesSegurança das instalaçõesSegurança das instalaçõesSegurança das instalações

O item “segurança”, ou seja, condições de

vigilância e instalação de grades e alarmes,

recebeu 88% de menções positivas, sendo

a menção “excelente” de 20,6%, o que o

coloca como o segundo item de estrutura

de funcionamento mais bem avaliado (ver

Tabela 6.5 e Tabela 6.7).

Tabela 6.7 - Avaliação da segurança segundo os coordenadores do laboratório de informática, por regiões geográficas

22 28 13 17 18 9833,3% 18,2% 19,4% 16,0% 21,7% 20,6%

22 53 17 30 21 14333,3% 34,4% 25,4% 28,3% 25,3% 30,0%

18 52 29 45 34 17827,3% 33,8% 43,3% 42,5% 41,0% 37,4%

4 21 8 14 10 576,1% 13,6% 11,9% 13,2% 12,0% 12,0%

66 154 67 106 83 47613,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

excelente

muito boa

boa

deficiente

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#75

É novamente o Sul que se distingue com

maior índice de satisfação (menção “exce-

lente”) em relação à rede local, seguido do

Norte. Já o índice mais baixo é o do Nor-

deste - 12,3% - contra a média nacional de

16,8% (Tabela 6.8).

Rede localRede localRede localRede localRede local

No país, as avaliações positivas da rede

local (excelente, muito boa e boa na Tabela

6.5) alcançam 86,6% das menções. A

avaliação negativa (deficiente) corresponde

a 13,4% das respostas (Tabela 6.8).

Tabela 6.8 - Avaliação dos coordenadores do laboratório de informática da rede local instalada, por regiões geográficas

17 21 10 13 19 8025,8% 13,6% 14,9% 12,3% 22,9% 16,8%

17 46 17 34 24 13825,8% 29,9% 25,4% 32,1% 28,9% 29,0%

23 63 32 43 33 19434,8% 40,9% 47,8% 40,6% 39,8% 40,8%

9 24 8 16 7 6413,6% 15,6% 11,9% 15,1% 8,4% 13,4%

66 154 67 106 83 476

13,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%

Freq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq

% região

excelente

muito boa

boa

deficiente

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#76

As melhores condições de trabalho, segun-

do a opinião dos coordenadores de informá-

tica dos laboratórios nas escolas, considera-

da a categoria “excelente”, se encontram

no Sul - 21,2% de menções - e no Norte,

com 21,7%, ficando em ambos os casos

acima da média nacional, que é de 18,5%.

Inversamente, é no Nordeste onde há

maior índice de insatisfação com as condi-

ções de trabalho - 14,2% - frente à média

nacional de 11,1%.

Condições de trabalhoCondições de trabalhoCondições de trabalhoCondições de trabalhoCondições de trabalho

As avaliações positivas das condições de

trabalho (excelente, muito boa e boa) atin-

gem 88,9%, considerado o país como um

todo. A avaliação “deficiente” foi citada por

apenas 11,1% dos coordenadores de infor-

mática entrevistados (Tabela 6.9).

Tabela 6.9 - Avaliação dos coordenadores do laboratório de informática das condições de trabalho, por regiões geográficas.

14 26 10 20 18 8821,2% 16,9% 14,9% 18,9% 21,7% 18,5%

21 49 15 33 21 13931,8% 31,8% 22,4% 31,1% 25,3% 29,2%

28 61 34 38 35 19642,4% 39,6% 50,7% 35,8% 42,2% 41,2%

3 18 8 15 9 534,5% 11,7% 11,9% 14,2% 10,8% 11,1%

66 154 67 106 83 47613,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

excelente

muito boa

boa

deficiente

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#77

Os melhores índices de satisfação plena

com os equipamentos de informática se

encontram no Sul - 25,8% de “excelente”,

frente à média brasileira de 13,4%. O

percentual mais baixo desse índice é

registrado no Sudeste, com 6,5% das

menções.

Coerentemente, o maior percentual de

insatisfação - equipamento classificado

como “deficiente” - ocorre no Sudeste:

13,6% (média nacional: 9,0%)

EquipamentosEquipamentosEquipamentosEquipamentosEquipamentos

A infra-estrutura de equipamentos de

informática foi avaliada positivamente

(excelente, muito boa e boa) por 90,9%

dos coordenadores de informática em todo

o país (Tabela 6.5 e Tabela 6.10).

Tabela 6.10 - Avaliação dos coordenadores do laboratório dos equipamentos de informática, por regiões geográficas

17 10 11 13 13 6425,8% 6,5% 16,4% 12,3% 15,7% 13,4%

22 46 15 36 22 141

33,3% 29,9% 22,4% 34,0% 26,5% 29,6%23 77 36 48 44 228

34,8% 50,0% 53,7% 45,3% 53,0% 47,9%

4 21 5 9 4 436,1% 13,6% 7,5% 8,5% 4,8% 9,0%

66 154 67 106 83 47613,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% região

excelente

muito boa

boa

deficiente

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#78

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

SuprimentosSuprimentosSuprimentosSuprimentosSuprimentos

Como se observou na Tabela 6.5, os itens

de manutenção, suprimento e assistência

revelaram os mais baixos níveis de satisfa-

ção quando comparados com os outros

parâmetros de avaliação da infra-estrutura.

O índice de satisfação plena no país (avalia-

ção “excelente”) não vai além de 7,1%

(Tabela 6.11). Esse índice é mais baixo no

Sudeste (3,2%) e no Nordeste (4,7%).

Tabela 6.11 - Avaliação dos coordenadores do laboratório de informática do suprimento de material,por regiões geográficas

7 5 6 5 11 3410,6% 3,2% 9,0% 4,7% 13,3% 7,1%

15 34 3 20 13 8522,7% 22,1% 4,5% 18,9% 15,7% 17,9%

21 49 17 31 30 14831,8% 31,8% 25,4% 29,2% 36,1% 31,1%

23 66 41 50 29 20934,8% 42,9% 61,2% 47,2% 34,9% 43,9%

66 154 67 106 83 47613,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% região

excelente

muito boa

boa

deficiente

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#79

Licenças para uso de Licenças para uso de Licenças para uso de Licenças para uso de Licenças para uso de sofsofsofsofsoftwaretwaretwaretwaretware

No tocante a licenças para uso de softwares,

o índice geral de avaliação positiva foi o

mais baixo de todos os parâmetros apresen-

tados na Tabela 6.5 (53,1%). O índice de

satisfação plena (avaliações “excelente”) é

baixo, destacando-se o Nordeste, com

apenas 3,8% (freqüência nacional: 6,9%,

Tabela 6.12).

As licenças para uso de softwares são

consideradas “insuficientes”, com 26,7%

de menções no país, sem grandes

discrepâncias regionais.

Tabela 6.12 - Avaliação dos coordenadores do laboratório de informática da quantidade de licenças para uso de software, por regiões geográficas

6 10 4 4 9 339,1% 6,5% 6,0% 3,8% 10,8% 6,9%

17 27 6 10 7 6725,8% 17,5% 9,0% 9,4% 8,4% 14,1%

14 58 26 28 27 15321,2% 37,7% 38,8% 26,4% 32,5% 32,1%

18 38 20 29 22 12727,3% 24,7% 29,9% 27,4% 26,5% 26,7%

11 21 11 35 18 9616,7% 13,6% 16,4% 33,0% 21,7% 20,2%

66 154 67 106 83 476

13,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%

Freq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq

% região

excelente

muito boa

boa

insuficiente

inexistente

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#80

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

No conjunto de estados do Sul e do Centro-

Oeste, apenas 5 coordenadores de informá-

tica consideraram “excelente” a assistência

técnica. No Brasil como um todo, a classifi-

cação “deficiente’ foi dada por 29,6% dos

respondentes. Esse valor sobe para 35,7%

no Sudeste e para 33,7% no Norte.

Assistência técnicaAssistência técnicaAssistência técnicaAssistência técnicaAssistência técnica

O item “assistência técnica dos fornecedo-

res” apresenta nível de satisfação global de

70,4% como pôde ser visto na Tabela 6.5.

Mesmo assim o percentual remanescente

de 29,6 % de coordenadores que classifica-

ram a assistência técnica como “deficiente”

(Tabela 6.13) é ainda relativamente alto.

Tabela 6.13 - Avaliação pelos coordenadores do laboratório de informática da assistência técnica dosfornecedores por regiões geográficas

4 9 1 6 7 276,1% 5,8% 1,5% 5,7% 8,4% 5,7%

24 20 12 24 13 9336,4% 13,0% 17,9% 22,6% 15,7% 19,5%

20 70 38 52 35 21530,3% 45,5% 56,7% 49,1% 42,2% 45,2%

18 55 16 24 28 14127,3% 35,7% 23,9% 22,6% 33,7% 29,6%

66 154 67 106 83 47613,9% 32,4% 14,1% 22,3% 17,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% região

excelente

muito boa

boa

deficiente

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#81

O balanço geral da infra-estrutura dos

laboratórios do ProInfo, tanto do ponto de

vista físico como técnico, é claramente

positivo e apresenta um quadro significati-

vamente homogêneo em todo o território

nacional. Os dados levam a concluir que o

Programa logrou instalar uma infra-estrutu-

ra muito bem avaliada por todos os seg-

mentos - diretores, coordenadores, profes-

sores, multiplicadores e técnicos. Todavia, a

avaliação é menos entusiasta quando se

trata do funcionamento dessa estrutura.

Questões como suprimento, manutenção e

assistência técnica talvez devam ser anali-

sadas em maior profundidade pelos diver-

sos níveis administrativos do ProInfo.

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#82

7 Os recursos humanos do ProinfoOs dados sobre a qualificação e a

capacitação pessoal ou institucional dos

recursos humanos do ProInfo, a motivação

e o comprometimento com o Programa e o

desempenho, individual e de

relacionamento, dedutíveis dos mapas e

tabelas descritivas, avaliativas e de auto-

avaliação, revelam um quadro geral franca-

mente positivo para todas as categorias de

atores - técnicos de informática,

multiplicadores, coordenadores de NTE,

coordenadores de laboratório e professores -

sem diferenças regionais significativas.

O pessoal do ProInfo tem qualificação

compatível com as necessidades e objetivos

do Programa e recebeu treinamento

adequado para ele.

Percebe-se que os atores estão motivados e

comprometidos com o Programa. Os profes-

sores se mostram satisfeitos com a disponi-

bilidade do laboratório de informática.

Cinqüenta por cento a consideram de boa

para cima. Todavia, o acervo de softwares,

livros e equipamentos de apoio é visto

como insuficiente, ou seja, se insatisfação

existe, esta se concentra na quantidade dos

recursos e não na sua qualidade.

As respostas dos professores indicam que o

ProInfo é bem aceito pelo conjunto dos

professores e alunos nas escolas. Somadas

as avaliações “excelente” e “muito bom”, o

nível de aceitação é de 50% ou mais.

A mesma freqüência é observada em

relação ao suporte pedagógico, ao suporte

técnico e aos programas de capacitação

proporcionados pelos NTE.

Aparentemente não existem problemas

sérios de gestão. A direção das escolas

incentiva o programa, e os professores têm

autonomia para planejar o uso da

informática educativa em sala de aula.

Caracterização e qualificaçãoCaracterização e qualificaçãoCaracterização e qualificaçãoCaracterização e qualificaçãoCaracterização e qualificação

a) Técnicos

O ProInfo conta atualmente com 302

técnicos capacitados. Desses, 213 foram

entrevistados para a presente avaliação,

conforme a distribuição da Tabela 7.1.

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#83

Forma de ingresso no ProInfo

A forma predominante de ingresso no

ProInfo (Tabela 7.2) inclui algum tipo de

seleção, seja com prova (40,4%), seja sem

prova (9,4%). Sob a forma de “indicação”

foram assinaladas 19,7% das respostas,

forma menos adotada no Nordeste

(10,0%), mas predominante no Sul

(30,6%). O voluntariado é a forma de

acesso presente com 50,0% de menções

no Sul, mas essa categoria não foi citada

no Centro-Oeste e no Nordeste (Tabela 7.2).

Tabela 7.1 - Distribuição dos Técnicos de Laboratório por gênero e regiões geográficas

8 21 6 21 3 5922,2% 28,4% 26,1% 35,0% 15,0% 27,7%

21 33 17 37 17 12558,3% 44,6% 73,9% 61,7% 85,0% 58,7%

7 20 2 2919,4% 27,0% 3,3% 13,6%

36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%

Freq% por gêneroFreq% por gêneroFreq% por gêneroFreq% por região

feminino

masculino

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

Tabela 7.2 - Forma de ingresso no ProInfo, segundo os técnicos do laboratório de informática, por regiõesgeográficas

11 15 6 6 4 4230,6% 20,3% 26,1% 10,0% 20,0% 19,7%

1 2 5 9 3 202,8% 2,7% 21,7% 15,0% 15,0% 9,4%

6 20 9 41 10 86

16,7% 27,0% 39,1% 68,3% 50,0% 40,4%3 1 2 6

8,3% 1,4% 10,0% 2,8%15 36 3 4 1 59

41,7% 48,6% 13,0% 6,7% 5,0% 27,7%36 74 23 60 20 213

16,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

indicado

seleção, sem prova

seleção, com prova

voluntário

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do brasil

Brasil

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#84

Qualificação prévia

Dois terços dos 213 técnicos entrevistados

(Tabela 7.3) têm formação superior: 13,1%

com bacharelado, sem predomínio de área,

e 46,9% com licenciatura plena, esta

concentrada principalmente no Nordeste

(60,0%) e Centro-Oeste (87,0%).

Capacitação técnica

Aproximadamente, metade dos técnicos

(49,8 %,Tabela 7.4) foram treinados pelo

ProInfo. Outros 11,7% afirmam ter recebido

capacitação fora do ProInfo. Isso significa

que pelo menos 61,5% dos técnicos

receberam capacitação específica. Diz-se

“pelo menos” porque 16% dos

questionários não puderam ser validados

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#85

neste item. Pouco mais de um quinto

(22,5%) declararam não ter recebido

capacitação técnica (Tabela 7.4).

De acordo com os dados da Tabela 7.4, há

diferenças regionais expressivas, seja

quanto à capacitação em si, seja quanto à

origem do treinamento. O Sudeste entra

com o maior percentual de técnicos que

responderam não ter recebido capacitação.

Estão na ordem de 32,4%, ou seja, acima

da frequência nacional, que é de 22,5%.

Entre os que receberam capacitação, “fora

do ProInfo”, há maior concentração nos

estados do Sudeste e Nordeste.

São, respectivamente, 13,5% e 17,4%,

contrastantes com a frequência nacional de

11,7%.

Tabela 7.4 - Modalidade de capacitação recebida para ingressar no Proinfo, segundo os técnicos dolaboratório de informática, por região geográfica

9 24 5 6 4 4825,0% 32,4% 21,7% 10,0% 20,0% 22,5%

12 21 14 46 13 106

33,3% 28,4% 60,9% 76,7% 65,0% 49,8%

4 10 4 5 2 25

11,1% 13,5% 17,4% 8,3% 10,0% 11,7%

11 19 3 1 3430,6% 25,7% 5,0% 5,0% 16,0%

36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoria

Freq% categoriaFreq% região

nãorecebeu

peloProInfo

fora doProInfo

nãorespondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do brasil

Brasil

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#86

Já os cursos ministrados pelo ProInfo para

os técnicos do laboratório são avaliados de

maneira desigual, quando considerados

regionalmente. Considerando os dados da

Tabela 7.5, os cursos de qualificação são

avaliados como “difíceis” e “muito difíceis”

por 24,9% dos entrevistados. Mas esse

valor sobe para 30,4% no Centro-Oeste e

cai para 16,3% no Sudeste.

Tabela 7.5 - Grau de dificuldade dos cursos de capacitação técnica pelos técnicos do laboratório, porregiões geográficas

5 2 7 2 166,8% 8,7% 11,7% 10,0% 7,5%

8 7 5 15 2 3722,2% 9,5% 21,7% 25,0% 10,0% 17,4%

5 8 7 25 10 5513,9% 10,8% 30,4% 41,7% 50,0% 25,8%

1 1 1 1 1 52,8% 1,4% 4,3% 1,7% 5,0% 2,3%

1 15,0% ,5%

22 53 8 12 4 9961,1% 71,6% 34,8% 20,0% 20,0% 46,5%

36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

muito difícil

difícil

razoável

fácil

muito fácil

nãorespondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do brasil

Brasil

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#87

O material didático (Tabela 7.6) é classifica-

do como “muito bom” e “excelente” para

27,7% dos técnicos, no conjunto do país.

Este valor sobe para 50% e 40% no Norte

e Nordeste, mas cai para 16,2% e 13,9 no

Sudeste e no Sul, respectivamente.

Tabela 7.6 - Avaliações do material didático pelos técnicos de informática, por regiões geográficas

2 4 2 6 5 195,6% 5,4% 8,7% 10,0% 25,0% 8,9%

3 8 6 18 5 408,3% 10,8% 26,1% 30,0% 25,0% 18,8%

8 8 5 13 6 4022,2% 10,8% 21,7% 21,7% 30,0% 18,8%

1 1 1 7 102,8% 1,4% 4,3% 11,7% 4,7%

1 4 54,3% 6,7% 2,3%

22 53 8 12 4 9961,1% 71,6% 34,8% 20,0% 20,0% 46,5%

36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

excelente

muito bom

bom

razoável

deficiente

nãorespondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do brasil

Brasil

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#88

b) Multiplicadores

O ProInfo conta atualmente com 1.419

multiplicadores, dos quais o projeto de

avaliação entrevistou 844. Eles têm idade

média de 38,9 anos, e 13,2 anos de

experiência em sala de aula. A distribuição

regional e por gênero dos multiplicadores

pode ser vista na Tabela 7.8.

Tabela 7.7 - Avaliação do conteúdo dos cursos oferecidos pelo Proinfo, segundo os técnicos do laboratório,por regiões geográficas

24 59 11 21 9 12466,7% 79,7% 47,8% 35,0% 45,0% 58,2%

5 8 5 14 5 3713,9% 10,8% 21,7% 23,3% 25,0% 17,4%

7 5 6 17 6 4119,4% 6,8% 26,1% 28,3% 30,0% 19,2%

2 1 6 92,7% 4,3% 10,0% 4,2%

2 23,3% ,9%

36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

excelente

muito bom

bom

razoável

deficiente

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do brasil

Brasil

Tabela 7.8 - Professores multiplicadores entrevistados por gênero e região geográfica

107 181 78 219 67 65279,9% 78,4% 82,1% 76,0% 69,8% 77,3%

27 50 17 69 29 19220,1% 21,6% 17,9% 24,0% 30,2% 22,7%

134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%

Freq% gêneroFreq% gêneroFreq% região

feminino

masculino

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

Quanto ao conteúdo dos cursos, na avalia-

ção dos professores, a situação se inverte,

isto é, a região Sul é mais entusiasta na

avaliação do que os colegas do estado

Norte (Tabela 7.7) Enquanto o percentual

nacional dos conceitos “excelente” e “muito

bom” está em 75,6%, no Sul esse valor é

de 80,6%, no Norte é de 70,0% e 58,3%

no Nordeste.

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#89

Forma de ingresso no ProInfo

Como forma de ingresso de multiplicadores

no ProInfo, prevalecem os processos de

seleção (68,1 %). Apenas 27,3%

ingressaram por indicação. O voluntariado

tem presença marginal, com 4,6% de

citações. Todavia, em algumas regiões o

ingresso voluntário tem maior importância,

como no caso do Centro-Oeste onde a

participação desse tipo de ingresso chega a

representar 12,6%.

Tabela 7.9 - Forma de ingresso no ProInfo segundo os professores multiplicadores, por regiões geográficas

55 76 44 23 32 23041,0% 32,9% 46,3% 8,0% 33,3% 27,3%

70 151 39 254 61 57552,2% 65,4% 41,1% 88,2% 63,5% 68,1%

9 4 12 11 3 396,7% 1,7% 12,6% 3,8% 3,1% 4,6%

134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

por indicação

por seleção

voluntário

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#90

Quanto à titulação acadêmica, 85,2% dos

multiplicadores são especialistas (Tabela

7.11), com predomínio da área de

informática educativa (71%) A presença de

doutores ou mestres é marginal.

Tabela 7.10 - Formação superior na graduação dos professores multiplicadores, por categoria e regiõesgeográficas

13 39 10 28 9 999,7% 16,9% 10,5% 9,7% 9,4% 11,7%

3 7 1 6 5 222,2% 3,0% 1,1% 2,1% 5,2% 2,6%

117 182 80 251 82 71287,3% 78,8% 84,2% 87,2% 85,4% 84,4%

1 3 4 3 11,7% 1,3% 4,2% 1,0% 1,3%

134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% região

bacharelado

licenciatura curta

licenciatura plena

tecnólogo

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

Tabela 7.11 - Titulação na pós-graduação dos professores multiplicadores, por categoria e região geográfica

123 157 72 277 90 71991,8% 68,0% 75,8% 96,2% 93,8% 85,2%

6 11 2 4 2 254,5% 4,8% 2,1% 1,4% 2,1% 3,0%

5 63 21 7 4 1003,7% 27,3% 22,1% 2,4% 4,2% 11,8%

134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

Freq% região

especialista

mestre

nenhuma

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

Formação prévia

Dentre os 844 multiplicadores, 84,4%

declararam ter licenciatura plena, valor que

se repete, com pequenas variações, em

todas as regiões do país (Tabela 7.10).

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#91

Capacitação para a informática educativa

É de salientar que dos 844 multiplicadores

340 declararam que não tinham experiência

em informática antes de participar do

ProInfo; dos 504 restantes, 65,3% eram

apenas usuários iniciantes. Esse quadro se

repete em todas as regiões na Tabela 7.12.

Tabela 7.12 - Tipo de experiência em informática anterior a participação no Proinfo, dos professoresmultiplicadores, por região geográfica

49 90 35 124 31 32959,8 56,3 66,0 74,7 72,1 65,3

28 58 11 29 8 13434,1 36,3 20,8 17,5 18,6 26,6

2 7 2 2 132,4 4,4 3,8 1,2 2,6

1 8 2 1 1 131,2 5,0 3,8 ,6 2,3 2,6

1 5 1 1 1 91,2 3,1 1,9 ,6 2,3 1,8

6 8 5 13 4 367,3 5,0 9,4 7,8 9,3 7,182 160 53 166 43 504

16,3 31,7 10,5 32,9 8,5 100,0

Freq% categoria

experiência como usuárioiniciante

Freq% categoria

experiência como usuárioexperiente

Freq% categoria

experiência como técnicode suporte

Freq% categoria

experiência comoprogramador

Freq% categoria

experiência comoanalista de sistema

Freq% categoria

outro tipo de experiência

Freq% região

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#92

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Para 42,9 % dos multiplicadores, a

capacitação para informática na educação

tem sido um procedimento continuado,

principalmente no Centro-Oeste, onde esse

processo de educação permanente atinge

60,0% dos multiplicadores da região.

Tabela 7.14 - Ocorrência de capacitação continuada em Informática na Educação promovidapelo ProInfo por região geográfica

65 83 57 112 45 36248,5% 35,9% 60,0% 38,9% 46,9% 42,9%

69 148 38 176 51 48251,5% 64,1% 40,0% 61,1% 53,1% 57,1%

134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

sim

não

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

Pela Tabela 7.13, dois terços dos

multiplicadores (66,7%) foram capacitados

pelo ProInfo e um terço fora do Programa.

Nos cursos promovidos pelo ProInfo, a

avaliação de capacitação em informática

educativa, reproduzida na Tabela 7.13,

mostra que 47,8% dos 844 multiplicadores

entrevistados assinalaram as opções

“excelente”ou “muito boa”, com variações

regionais pouco significativas dentro das

duas faixas. Não responderam a questão

30,2% dos multiplicadores. Desses, 51,9%

concentram-se na região Sudeste.

Tabela 7.13 - Avaliação do curso de capacitação recebido do ProInfo pelos professores multiplicadores, por região geográfica

28 31 24 46 10 13920,9% 13,4% 25,3% 16,0% 10,4% 16,5%

41 55 40 90 38 26430,6% 23,8% 42,1% 31,3% 39,6% 31,3%

24 23 4 82 25 15817,9% 10,0% 4,2% 28,5% 26,0% 18,7%

3 2 8 11 4 282,2% ,9% 8,4% 3,8% 4,2% 3,3%

38 120 19 59 19 25528,4% 51,9% 20,0% 20,5% 19,8% 30,2%

134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

excelente

muito boa

boa

deficiente

nãorespondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#93

Os resultados da capacitação recebida se

refletem no nível e na natureza da auto-

avaliação das competências individuais. Em

ordem decrescente, as competências

avaliadas com maior freqüência na classe

“muito boa” foram:

• Instalação e configuração de sistemas

operacionais: 34,7%

•Instalação de sistemas e de ferramentas

educacionais: 31,9%

• Instalação e configuração de sistemas

aplicativos: 29,1%

• Edição e formatação eletrônica de

documentos: 28,6%

• Proteção contra vírus e segurança de

dados: 25,4%

• Instalação e configuração de rede local:

25,4%

• Instalação e configuração de ferramentas

multimídia: 24,4%

• Identificação de componentes, arquite-

tura: 23,9%

• Resolução de problemas em linguagem

de programação: 23.9%

• Elaboração de apresentações eletrônicas:

23,0%

• Administração e gerência de arquivos e

diretórios: 22,1%

• Manipulação de planilhas de cálculo

eletrônico: 20,2%.

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#94

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

c) Professor

Foram entrevistados 3.541 professores

vinculados ao ProInfo. Predominam

docentes do sexo feminino (77,9%), sem

diferenças regionais significativas, como é

possível se ver na Tabela 7.15.

Tabela 7.15 -Professores vinculados ao Proinfo por gênero e região geográfica

100 169 102 155 186 71216,3% 19,1% 18,3% 19,2% 27,4% 20,1%

501 697 449 626 485 275881,5% 78,8% 80,8% 77,6% 71,4% 77,9%

14 18 5 26 8 712,3% 2,0% ,9% 3,2% 1,2% 2,0%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% gêneroFreq% gêneroFreq% gêneroFreq% região

masculino

feminino

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#95

O corpo docente vinculado ao ProInfo tem,

em média, 37,5 anos de idade e 13,2 anos

de experiência de magistério, sendo 7,3 na

escola atual. Cada professor se

responsabiliza por 7,5 turmas, lecionando,

28,1 horas semanais na escola e 34,9

horas no total, incluindo outras escolas,

A experiência com informática no ensino,

na média, não supera 2,8 anos, ou seja, a

experiência começou, em grande parte,

com o ProInfo.

Mais de dois terços, (67.8%) dos

professores têm curso superior completo;

23,8% têm pós-graduação (Tabela 7.16).

Em termos de pós-graduação, o Sul se

destaca com 38,5% de pós-graduação

na região. O Norte está significativamente

abaixo do percentual nacional, pois

apenas 16,3% dos professores da região

têm pós-graduação, como se constata

pela tabela de escolaridade dos

professores.

Tabela 7.16 - Escolaridade dos professores vinculados ao Proinfo, por nível e região geográfica

2 2 9 1 14,3% ,2% 1,1% ,1% ,4%

3 5 2 3 1 14,5% ,6% ,4% ,4% ,1% ,4%

21 38 23 104 77 2633,4% 4,3% 4,1% 12,9% 11,3% 7,4%

8 2 5 13 28,9% ,4% ,6% 1,9% ,8%

100 52 66 69 161 44816,3% 5,9% 11,9% 8,6% 23,7% 12,7%

19 19 18 17 20 933,1% 2,1% 3,2% 2,1% 2,9% 2,6%

11 17 16 21 30 951,8% 1,9% 2,9% 2,6% 4,4% 2,7%

135 449 237 335 214 137022,0% 50,8% 42,6% 41,5% 31,5% 38,7%

237 186 137 173 111 84438,5% 21,0% 24,6% 21,4% 16,3% 23,8%

87 108 55 71 51 37214,1% 12,2% 9,9% 8,8% 7,5% 10,5%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% região

2º grau incompleto

2º grau completo - formação geral

2º grau completo - magistério

2º grau completo - formaçãoprofissional

superior incompleto

superior completo - bacharelado

superior completo - licenciaturacurta

superior completo - licenciaturaplena

pós-graduação

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#96

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Dentro da pós-graduação, predomina o

nível de especialização, com 32,0% de

citações, das quais 24,3% em educação.

A incidência de pós-graduação stricto

sensu é marginal (Tabela 7.17.

A maioria dos professores (70,4%) recebeu

treinamento em informática educativa

(Tabela 7.18), com algumas variações

entre as diversas regiões do país

(Tabela 7.19).

Tabela 7.17 - Formação na pós-graduação dos professores vinculados ao Proinfo, por tipo e regiãogeográfica

290 278 190 226 148 113247,2% 31,4% 34,2% 28,0% 21,8% 32,0%

10 14 5 10 7 461,6% 1,6% ,9% 1,2% 1,0% 1,3%

245 444 267 426 424 180639,8% 50,2% 48,0% 52,8% 62,4% 51,0%

70 148 94 145 100 55711,4% 16,7% 16,9% 18,0% 14,7% 15,7%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

especialização

mestrado

nenhuma

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

Tabela 7.18 - Forma de capacitação em informática educativa dos professores.

Freq %

1 em curso promovido pelo nte 1288 36,4

2 em curso ministrado por outras instituições 563 15,9

3 na escola, em curso promovido pelo nte 542 15,3

4 na escola, em curso dos coordenadores do lab 484 13,7

5 não recebi esse tipo de capacitação 1048 29,6

6 não responderam 73 2,1

Total/entrevistados 3541 100,0

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#97

Tabela 7.19 - Forma de capacitação em informática educativados professores, por região geográfica

regiões

Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %1 em curso 168 27,3 362 41,0 177 31,8 351 43,5 230 33,9

promovido pelo nte

2 em curso ministrado 145 23,6 164 18,6 97 17,4 88 10,9 69 10,2por outras instituições

3 na escola, em curso 78 12,7 111 12,6 96 17,3 70 8,7 187 27,5promovido pelo nte

4 na escola, em curso 73 11,9 119 13,5 142 25,5 43 5,3 107 15,8dos coordenadores do lab

5 não recebi esse tipo 207 33,7 234 26,5 143 25,7 294 36,4 170 25,0de capacitação

6 não responderam 15 2,4 19 2,1 7 1,3 24 3,0 8 1,2Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0

nortesul sudeste centro-oeste nordeste

Os cursos de capacitação dos professores

levados a efeito pelos NTE são avaliados

positivamente por 56,0% dos

professores. No conjunto, as avaliações se

dispersam entre “excelente” (8,4%), “muito

boa” (20,9%), “boa” (26,7%), “razoável”

(22,1%). A avaliação “ruim” foi menciona-

da por 4,7%.

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#98

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Em termos de utilização do computador

(Tabela 7.21), os professores se julgam

mais competentes em:

• Processamento de texto: 34,7% das

citações;

• Jogos e entretenimento: 34,7% das

citações;

• Preparação e correção de provas: 33,8%

das citações;

• Uso de serviços de rede e internet:

27,8% das citações.

Em menor proporção aparecem habilidades

como resolução de problemas usando

linguagem de programação (4,1%), instala-

ção e uso de sistemas gratuitos e platafor-

mas abertas (3,9%) e desenvolvimento de

documentos, hipertextos e homepages

(7,3%).

Tabela 7.20 - Avaliação dos programas de capacitação fornecidos pelo NTE para os professores, por região geográfica

35 79 51 45 87 2975,7% 8,9% 9,2% 5,6% 12,8% 8,4%

123 221 116 105 174 73920,0% 25,0% 20,9% 13,0% 25,6% 20,9%

135 277 156 188 188 94422,0% 31,3% 28,1% 23,3% 27,7% 26,7%

125 160 117 226 154 78220,3% 18,1% 21,0% 28,0% 22,7% 22,1%

24 39 20 65 20 1683,9% 4,4% 3,6% 8,1% 2,9% 4,7%

136 67 68 90 46 40722,1% 7,6% 12,2% 11,2% 6,8% 11,5%

37 41 28 88 10 2046,0% 4,6% 5,0% 10,9% 1,5% 5,8%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

excelentes

muito bons

bons

razoáveis

ruins

não sãooferecidos

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#99

Tabela 7.21 - Auto-avaliação das competências no uso do computador pelos

professores vinculados ao ProInfo, por freqüencia de citação e região geográfica

sul sudeste centro-oeste nordeste norte Total

Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %

1 edição e formatação 195 31,7 376 42,5 203 36,5 230 28,5 224 33,0 1228 34,7

eletrônica de documentos

2 jogos e entretenimento 275 44,7 385 43,6 206 37,1 181 22,4 180 26,5 1227 34,7

3 preparação e correção 217 35,3 407 46,0 191 34,4 212 26,3 171 25,2 1198 33,8

de provas e testes

4 outras atividades além dessas 174 28,3 227 25,7 176 31,7 245 30,4 217 32,0 1039 29,3

5 uso de serviços de rede 221 35,9 302 34,2 174 31,3 157 19,5 130 19,1 984 27,8

e internet

6 manipulação de planilhas de 92 15,0 169 19,1 88 15,8 114 14,1 105 15,5 568 16,0

cálculo e multimídia

7 instalação básica e configuração de 88 14,3 196 22,2 71 12,8 93 11,5 86 12,7 534 15,1

computador

8 movimentação bancária 110 17,9 175 19,8 90 16,2 74 9,2 75 11,0 524 14,8

9 treinamento pessoal 83 13,5 165 18,7 66 11,9 91 11,3 70 10,3 475 13,4

10 elaboração de apresentações 77 12,5 157 17,8 61 11,0 68 8,4 72 10,6 435 12,3

eletrônicas e de multimídia

11 desenvolvimento de 50 8,1 161 18,2 45 8,1 59 7,3 78 11,5 393 11,1

software educacional

12 proteção contra vírus 74 12,0 119 13,5 60 10,8 68 8,4 50 7,4 371 10,5

e segurança de dados

13 compras eletrônicas 73 11,9 121 13,7 44 7,9 56 6,9 47 6,9 341 9,6

14 desenvolvimento de documentos 45 7,3 81 9,2 51 9,2 50 6,2 31 4,6 258 7,3

hipertextos e homepages

15 resolução de problemas utilizando 30 4,9 52 5,9 14 2,5 23 2,9 25 3,7 144 4,1

linguagens de programação

16 instalação e uso de sistemas 25 4,1 57 6,4 17 3,1 27 3,3 13 1,9 139 3,9

gratuitos e plataformas abertas

17 não uso o computador 92 15,0 112 12,7 60 10,8 185 22,9 98 14,4 547 15,4

18 não responderam 23 3,7 27 3,1 17 3,1 56 6,9 29 4,3 152 4,3

Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0 3541 100,0

Respostas múltiplas

regiões

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#100

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Tabela 7.22 - Formas de utilização do computador pelos professores po regiões geográfica.

regiões

sul sudeste centro-oeste nordeste norte Total

Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %

1 em sua casa 314 51,1 524 59,3 214 38,5 257 31,8 217 32,0 1526 43,1

2 na escola, no lab. de informática 211 34,3 292 33,0 283 50,9 300 37,2 269 39,6 1355 38,3

3 em algum outro lugar 71 11,5 99 11,2 64 11,5 116 14,4 107 15,8 457 12,9

4 na escola, em outros computadores 68 11,1 100 11,3 56 10,1 53 6,6 78 11,5 355 10,0

5 não responderam 86 14,0 105 11,9 53 9,5 199 24,7 104 15,3 547 15,4

Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0 3541 100,0

As atividades de uso do computador são

desenvolvidas tanto na escola (48,3%),

como em casa (43,1%). Isso tanto confir-

ma que um grande número de professores

dispõe de computadores em casa, como

indica o comprometimento dos docentes

com a informática educativa.

O uso do computador em casa é mais

freqüente nos estados do Sul (51,1%) e do

Sudeste (59,3%).

d) Aluno

Ao se fazer a avaliação dos recursos huma-

nos de um programa educacional, poderia

parecer fora de propósito incluir o aluno,

pois esse seria considerado como o objeto -

no sentido de finalidade - do processo

educacional ou, como preferem os adeptos

do marketing educacional, ele seria o

cliente. Embora bastante comum, essa é

uma visão limitada, se não deformada, do

processo educacional. Com efeito, o aluno

é o sujeito do processo pedagógico visto ser

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#101

ele o gerador da própria educação. Se no

processo educacional existe um cliente,

este não é o aluno, mas a sociedade para a

qual ele se destina. Dessa forma, o aluno

se torna um recurso, no sentido de que o

processo educacional se serve dele para

moldar um cidadão para a sociedade.

Foram entrevistados 5.366 alunos, dos

quais pouco mais da metade (52,9%) é do

sexo feminino. A idade média gira em torno

de 14,5 anos, com cerca de dois terços dos

entrevistados cursando as oito séries do

curso fundamental e um terço fazendo o

curso médio. Predominam alunos dos

cursos regulares (91,0 %), nos turnos

matutino (47,7%) e vespertino (41,2%).

Pouco mais de um quinto (22 %) dos

alunos têm computador em casa (Tabela

7.23) e, desses, a metade está ligada na

internet, que é utilizada principalmente

para fazer pesquisa, bate-papo e enviar e-

mail (Tabela 7.24).

Tabela 7.23 - Quantidade de alunos que possuem computador em casa segundo o uso da internet, por regiões geográficas

97 181 70 39 60 44712,3% 10,9% 9,9% 3,0% 6,6% 8,3%

20 50 20 13 22 125

2,5% 3,0% 2,8% 1,0% 2,4% 2,3%

119 278 99 53 62 611

15,1% 16,8% 13,9% 4,1% 6,8% 11,4%

550 1150 521 1197 765 418370,0% 69,3% 73,4% 91,9% 84,2% 78,0%

786 1659 710 1302 909 536614,6% 30,9% 13,2% 24,3% 16,9% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoria

Freq% categoriaFreq% região

possuem, mas não estáligado na internet

possuem, está ligado nainternet, mas eu não uso

possuem, está ligado nainternet e eu o uso

não possuem

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#102

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Motivação e comprometimentoMotivação e comprometimentoMotivação e comprometimentoMotivação e comprometimentoMotivação e comprometimento

a)Técnicos do NTE

Fatores como percepção do reconhecimento

do próprio trabalho, sensação de crescimen-

to profissional e gosto pelas tarefas que

executa são, segundo as teorias da motiva-

ção, elementos indicadores do grau de

motivação e de comprometimento dos

indivíduos no trabalho. Pelos dados obtidos

nas tabelas relativas a esses temas, é

possível avaliar que os 213 técnicos

contatados constituem um corpo motivado

e compromissado com o ProInfo.

Respostas múltlipas

Como pode ser observado na Tabela 7.25,

o trabalho no NTE é percebido como

“plenamente” reconhecido por 29,6% dos

técnicos e “parcialmente” reconhecido por

47,9% deles. Situam-se no Centro-Oeste e

no Sudeste os maiores graus de percepção

de pleno reconhecimento do trabalho dos

técnicos.

Tabela 7.24 - Tipo de uso da internet pelos alunos, por região geográfica

180 481 148 191 162 116280,0 83,8 86,0 81,3 79,4 82,4103 214 67 41 32 457

45,8 37,3 39,0 17,4 15,7 32,429 83 34 27 10 183

12,9 14,5 19,8 11,5 4,9 13,042 119 47 25 24 257

18,7 20,7 27,3 10,6 11,8 18,2113 231 64 48 45 501

50,2 40,2 37,2 20,4 22,1 35,58 27 9 7 4 55

3,6 4,7 5,2 3,0 2,0 3,967 152 52 28 36 335

29,8 26,5 30,2 11,9 17,6 23,8225 574 172 235 204 1410

16,0 40,7 12,2 16,7 14,5 100,0

Freq%categoria

Fazerpesquisa

Freq%categoria

Enviare-mail

Freq%categoria

Enviararquivos

Freq%categoria

Jogar narede

Freq%categoria

Bate-papo

Freq%categoria

Fazercompras

Freq%categoria

Outrascoisas

Freq% região

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#103

A Tabela 7.26 mostra que 62,0% dos

técnicos consideram que o trabalho no NTE

contribui “plenamente” para o próprio

crescimento pessoal. Esse percentual se

eleva para a 78,3% e 66,7% nas regiões

Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente.

Tabela 7.25 - Forma de reconhecimento do trabalho do técnico do laboratório no NTE, por região geográfica

7 28 9 14 5 6319,4% 37,8% 39,1% 23,3% 25,0% 29,6%

15 23 13 38 13 10241,7% 31,1% 56,5% 63,3% 65,0% 47,9%

1 1 1 4 2 92,8% 1,4% 4,3% 6,7% 10,0% 4,2%

13 22 4 3936,1% 29,7% 6,7% 18,3%

36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

plenamente

parcialmente

de forma nenhuma

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

Tabela 7.26 - Contribuição da participação no NTE para o crescimento pessoal dos técnicos do laboratório, por região geográfica

21 41 18 40 12 132

58,3% 55,4% 78,3% 66,7% 60,0% 62,0%3 11 4 17 8 43

8,3% 14,9% 17,4% 28,3% 40,0% 20,2%

1 1 1 3

1,4% 4,3% 1,7% 1,4%

12 21 2 3533,3% 28,4% 3,3% 16,4%

36 74 23 60 20 213

16,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100%

Freq

% categoriaFreq% categoria

Freq% categoria

Freq% categoriaFreq

% região

plenamente

parcialmente

de formanenhuma

nãorespondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#104

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Os técnicos dos NTE relatam que gostam

do próprio trabalho (Tabela 7.27).

Em regiões como o Centro-Oeste, a quase

totalidade (95,7%) respondeu que gosta

plenamente do trabalho que realiza no

NTE. No Norte e Nordeste, este proporção

chega a 83,3% e 85,0%, respectivamente.

O quadro geral de satisfação do trabalho

dos técnicos no NTE pode ser avaliado pela

Tabela 7.27.

Tabela 7.27 - Gosto pelo trabalho realizado no NTE pelos técnicos do laboratório, por região geográfica

22 47 22 50 17 158

61,1% 63,5% 95,7% 83,3% 85,0% 74,2%

1 6 8 3 18

2,8% 8,1% 13,3% 15,0% 8,5%

1 1 1 3

2,8% 1,4% 4,3% 1,4%

12 20 2 34

33,3% 27,0% 3,3% 16,0%

36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%

Freq

% categoria

Freq

% categoria

Freq

% categoria

Freq% categoria

Freq% região

plenamente

parcialmente

de formanenhuma

nãorespondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#105

O grau de comprometimento dos técnicos,

em relação ao Programa, pode ser aferido,

entre outros indícios, pela resistência ao

aliciamento. Desde sua entrada no ProInfo,

cerca de dois terços dos técnicos do NTE

receberam alguma proposta profissional,

mas 47% não se sentiram atraídos para

aceitar os convites, o que evidencia algum

tipo de comprometimento com o Programa

(Tabela 7.28).

b) Multiplicadores

De maneira análoga à que se constatou

para os técnicos do NTE, o levantamento

entre 844 multiplicadores evidenciou que o

ProInfo conta com um corpo de

multiplicadores motivados e comprometidos

com o Programa, como se pode ver pela

importância que atribuem ao próprio

trabalho, pela consciência de que esse

trabalho é reconhecido no ambiente do

NTE e da escola e pela convicção de que as

suas atividades contribuem para o próprio

crescimento profissional.

Efetivamente, a quase totalidade dos

multiplicadores (99,9), em todas as regiões

do país, considera “muito importante” o uso

da informática no processo de ensino e apren-

dizagem, como se pode ver na Tabela 7.29.

Tabela 7.28 - Ocorrência de proposta de outro emprego aos técnicos do laboratório, por região geográfica

10 21 11 22 5 6927,8% 28,4% 47,8% 36,7% 25,0% 32,4%

1 4 2 5 2 142,8% 5,4% 8,7% 8,3% 10,0% 6,6%

5 13 6 15 4 4313,9% 17,6% 26,1% 25,0% 20,0% 20,2%

5 4 4 14 6 3313,9% 5,4% 17,4% 23,3% 30,0% 15,5%

15 32 4 3 5441,7% 43,2% 6,7% 15,0% 25,4%

36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

não

recebeu, mas o salário não compensava

recebeu, mas o trabalho não me atraiu

recebeu, ainda estou analisando aproposta

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#106

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Da mesma forma, os multiplicadores vêem

real proveito no seu trabalho para o próprio

crescimento profissional. Mais de 80%

deles consideram que sua participação no

ProInfo contribui “plenamente” para tanto,

conforme se vê na Tabela 7.30.

Tabela 7.29 - Avaliação do uso da informática no processo de ensino e aprendizagem pelos professores multiplicadores, por região geográfica

116 208 86 241 85 73686,6% 90,0% 90,5% 83,7% 88,5% 87,2%

18 23 9 47 11 10813,4% 10,0% 9,5% 16,3% 11,5% 12,8%

134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

muitoimportante

importante

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

Tabela 7.30 - Nível de contribuição da participação no NTE para o crescimento profissional, segundo os professores multiplicadores, por região geográfica

101 203 82 226 90 702

75,4% 87,9% 86,3% 78,5% 93,8% 83,2%

33 28 13 62 6 142

24,6% 12,1% 13,7% 21,5% 6,3% 16,8%

134 231 95 288 96 84415,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100%

Freq% categoria

Freq% categoria

Freq% região

plenamente

parcialmente

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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#107

Como conseqüência das constatações

anteriores, a satisfação no trabalho é plena

e geral: 89,8% dos professores

multiplicadores responderam que gostam

“plenamente” do trabalho realizado no

NTE. Valores que refletem a alta satisfação

no trabalho realizado no NTE são visíveis

em todas as regiões do país, como mostra a

Tabela 7.31.

Tabela 7.31 - Nível de satisfação no trabalho dos professores multiplicadores no NTE, segundo as regiões geográficas

119 213 90 247 89 75888,8% 92,2% 94,7% 85,8% 92,7% 89,8%

14 18 5 39 7 83

10,4% 7,8% 5,3% 13,5% 7,3% 9,8%1 2 3

,7% ,7% ,4%134 231 95 288 96 844

15,9% 27,4% 11,3% 34,1% 11,4% 100,0%

Freq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq% região

plenamente

parcialmente

muito pouco

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do Brasil

Brasil

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Tabela 7.32 - Grau de experiência com informática anterior ao Proinfo,segundo os professores, por regiões geográficas

regiões

sul sudeste centro-oeste nordeste norte Brasil

Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %

1 não tinha experiência 186 30,2 278 31,4 226 40,6 435 53,9 348 51,3 1473 41,6

2 usuário iniciante 304 49,4 421 47,6 260 46,8 218 27,0 243 35,8 1446 40,8

3 usuário experiente 57 9,3 105 11,9 33 5,9 51 6,3 54 8,0 300 8,5

4 outros 32 5,2 37 4,2 20 3,6 32 4,0 23 3,4 144 4,1

5 técnico de suporte 7 1,1 6 0,7 3 0,5 4 0,5 2 0,3 22 0,6

6 programador 1 0,2 9 1,0 0 0,0 7 0,9 3 0,4 20 0,6

7 analista de sistemas 3 0,5 2 0,2 5 0,9 1 0,1 3 0,4 14 0,4

8 não responderam 32 5,2 46 5,2 13 2,3 75 9,3 15 2,2 181 5,1

Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0 3541 100,0

#108

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

c) Professores

A maioria dos professores se dedica inte-

gralmente ao magistério, trabalhando

principalmente nos horários diurnos.

Quanto ao nível de comprometimento dos

professores e sua motivação pela

informática educativa, releva observar que

enquanto 41,6% dos 3.541 professores

entrevistados não usavam o computador

antes de participar do ProInfo (Tabela

7.32), 84,7% hoje são propagandistas da

informática e buscam incentivar seu uso

entre os colegas (Tabela 7.33). Mesmo no

Nordeste, onde a freqüência da atividade

missionária em prol do computador é a

menor do país, ela atinge 78,7% dos

professores.

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#109

Esses dados mostram, de forma direta, o

envolvimento e o comprometimento dos

professores com a informática educativa.

Indiretamente, a motivação e o comprome-

timento dos professores podem ser corrobo-

rados pelas respostas de diretores e coorde-

nadores pedagógicos. “Falta de

comprometimento dos professores” ou

“falta de colaboração e compromissos dos

parceiros” são problemas menores, segun-

do a opinião da direção das escolas: 22,9%

(7º lugar na lista de 12 problemas) e 8,7%

(11º lugar) de menções, respectivamente.

É de salientar que esse quadro não apre-

senta variações significativas entre as

regiões (Tabela 7.34).

Tabela 7.33 - Ocorrência de incentivo aos colegas ao uso do computador, entre pofessores, por região geográfica

533 768 482 635 580 2998

86,7% 86,9% 86,7% 78,7% 85,5% 84,7%

50 62 56 100 61 329

8,1% 7,0% 10,1% 12,4% 9,0% 9,3%

32 54 18 72 37 213

5,2% 6,1% 3,2% 8,9% 5,5% 6,0%

615 884 556 807 678 354017,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoria

Freq% categoria

Freq% categoria

Freq% região

sim

não

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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Tabela 7.34 - Problemas que ocorrem nas escolas, segundo os diretores,

por ordem de ocorrência e regiões geográficas

regiões

sul sudeste centro-oeste nordeste norte Total

Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %

1 demanda dos alunos acima da 44 61,1 147 83,5 41 62,1 89 71,8 86 76,1 407 73,9

capacidade de atendimento

2 dificuldade de recursos 50 69,4 126 71,6 49 74,2 85 68,5 57 50,4 367 66,6

financeiros e materiais

3 dificuldade de apoio técnico e 42 58,3 117 66,5 29 43,9 62 50,0 66 58,4 316 57,4

de suporte tecnológico

4 dificuldade de gestão do lab 25 34,7 63 35,8 14 21,2 39 31,5 17 15,0 158 28,7

5 falta de orientação 24 33,3 42 23,9 13 19,7 41 33,1 23 20,4 143 26,0

pedagógica do NTE

6 dificuldade de comunicação com o 15 20,8 51 29,0 15 22,7 30 24,2 17 15,0 128 23,2

coordenador estadual

7 falta de comprometimento 11 15,3 42 23,9 19 28,8 25 20,2 29 25,7 126 22,9

dos professores

8 dificuldade de administração de 16 22,2 39 22,2 9 13,6 20 16,1 15 13,3 99 18,0

recursos humanos

9 dificuldade de 14 19,4 30 17,0 8 12,1 16 12,9 12 10,6 80 14,5

relacionamento com o NTE

10 outros problemas 9 12,5 25 14,2 8 12,1 16 12,9 18 15,9 76 13,8

11 falta de colaboração e de 6 8,3 8 4,5 9 13,6 16 12,9 9 8,0 48 8,7

compromisso dos parceiros

12 dificuldade de relacionamento 1 1,4 9 5,1 2 3,0 5 4,0 8 7,1 25 4,5

com os professores

13 não responderam 3 4,2 3 1,7 4 6,1 5 4,0 7 6,2 22 4,0

Total/entrevistados 72 100,0 176 100,0 66 100,0 124 100,0 113 100,0 551 100,0

#110

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

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#111

Desempenho e relacionamentoDesempenho e relacionamentoDesempenho e relacionamentoDesempenho e relacionamentoDesempenho e relacionamento

a) Técnicos

Na dimensão relacionamento, buscou-se

identificar como os técnicos dos NTE

avaliavam seu relacionamento: a) com os

colegas multiplicadores, e b) com os direto-

res e coordenadores.

Os dados da Tabela 7.35 sugerem a

inexistência de problemas no relaciona-

mento dos técnicos com os colegas

multiplicadores, já que 82,2% se

posicionou de forma bem positiva – a

resposta predominante foi “agradável” –

66,7%, seguida da opção “profissional” -

15,5%. Trinta e oito técnicos (17,8%)

optaram por não responder à questão do

relacionamento com os multiplicadores.

O Centro-Oeste aparece como a região de

melhor relacionamento entre técnicos e

multiplicadores.

Tabela 7.35 - Avaliação do relacionamento dos técnicos do laboratório com os colegas multiplicadores,por região geográfica

21 41 22 45 13 14258,3% 55,4% 95,7% 75,0% 65,0% 66,7%

3 11 1 13 5 338,3% 14,9% 4,3% 21,7% 25,0% 15,5%

12 22 2 2 3833,3% 29,7% 3,3% 10,0% 17,8%

36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

agradável

profissional

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

regiões do brasil

Brasil

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#112

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

sugerem a inexistência de problemas no

relacionamento, mas a variação foi mais

diferenciada entre as opções “agradável”

(54,5%) e “profissional” (26,8%). Percebe-

se identificação maior dos técnicos com os

colegas multiplicadores do que com os

diretores e coordenadores, o que já é de se

esperar. Quarenta técnicos (18,8%) não

responderam à questão específica. Também

aqui o Centro-Oeste se distingue como a

região de relacionamento mais agradável

entre técnicos e diretores.

Em síntese, na avaliação dos técnicos, não

há problemas de relacionamentos pessoais

ou profissionais, o que cria uma condição

humana muito positiva e favorável para o

desenvolvimento das ações do Proinfo.

Tabela 7.36 - Avaliação do relacionamento dos técnicos do laboratório com os diretores ecoordenadores, por região geográfica

11 41 15 38 11 11630,6% 55,4% 65,2% 63,3% 55,0% 54,5%

10 13 7 19 8 5727,8% 17,6% 30,4% 31,7% 40,0% 26,8%

15 20 1 3 1 4041,7% 27,0% 4,3% 5,0% 5,0% 18,8%

36 74 23 60 20 21316,9% 34,7% 10,8% 28,2% 9,4% 100%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% região

agradável

profissional

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Total

No caso do relacionamento com diretores e

coordenadores (Tabela 7.36), o padrão de

resposta é bem semelhante ao do relacio-

namento com os multiplicadores. Os dados

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#113

Tabela 7.37 - Ocorrência de problemas operacionais no NTE segundo os professores

multiplicadores, por quantidade de ocorrência e por regiões geográficas

regiões

sul sudeste centro-oeste nordeste norte Total

Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %

1 dificuldade de comunicação com 101 75,4 150 64,9 75 78,9 237 82,3 64 66,7 627 74,3

as escolas

2 dificuldade de acesso às escolas 69 51,5 110 47,6 41 43,2 139 48,3 46 47,9 405 48,0

3 dificuldade de coordenação 18 13,4 46 19,9 12 12,6 80 27,8 39 40,6 195 23,1

das tarefas peloNTE

4 Ocorrência de outros problemas 22 16,4 48 20,8 17 17,9 68 23,6 20 20,8 175 20,7

5 relacionamento com o 13 9,7 18 7,8 11 11,6 41 14,2 7 7,3 90 10,7

coordenador do NTE

6 relacionamento com os 17 12,7 22 9,5 4 4,2 34 11,8 9 9,4 86 10,2

diretores das escolas

7 dificuldade de distribuição 10 7,5 13 5,6 8 8,4 29 10,1 11 11,5 71 8,4

de tarefas pelo NTE

8 Não ocorrem problemas 12 9,0 30 13,0 7 7,4 16 5,6 6 6,3 71 8,4

9 falta de apoio para 14 10,4 14 6,1 3 3,2 28 9,7 5 5,2 64 7,6

transporte e locomoção

10 relacionamento com os 8 6,0 2 0,9 5 5,3 27 9,4 3 3,1 45 5,3

coordenadores de laboratório

11 relacionamento na equipe do NTE 5 3,7 3 1,3 6 6,3 9 3,1 6 6,3 29 3,4

12 não responderam 2 1,5 6 2,6 2 2,1 7 2,4 2 2,1 19 2,3

Total/entrevistados 134 100,0 231 100,0 95 100,0 288 100,0 96 100,0 844 100,0

b) Multiplicadores

Problemas de relacionamento também não

são frequentes entre os 844 multiplicadores

entrevistados, aparecendo com percentuais

baixos. Na Tabela 7.37 problemas de

relacionamento com os diretores das

escolas são citados apenas por 10,2% no

conjunto das respostas; problemas de

relacionamento com o coordenador do

NTE, 10,7%; problemas com os coordena-

dores de laboratórios das escolas aparecem

em 5,3% das citações, e com a equipe do

NTE, 3,4%.

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#114

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

c) Coordenador do NTE

Dificuldades de relacionamento percebidas

pelos 246 coordenadores entrevistados são

pouco sentidas. Ocorreram algumas cita-

ções entre os dezoito problemas apontados

na Tabela 7.38:

• dificuldade de coordenação das tarefas

com citações (8,9%):13ª posição

• dificuldade de administração de recur-

sos humanos, com 21 citações (8,5%):

14ª posição;

• dificuldade de relacionamento com os

diretores das escolas, com 45 citações

(5,7%): 17ª posição;

d) Coordenador do laboratório de

informática da escola

As principais ocorrências de relacionamento

funcional dos coordenadores do laboratório

se dão com os professores multiplicadores,

com os coordenadores do NTE e com os

professores da escola.

A análise dos dados das tabelas 7.37, e

7.39 leva a concluir que problemas de

relacionamento com aqueles três

segmentos não constituem preocupações

maiores para os coordenadores do

laboratório de informática nas escolas.

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#115

Tabela 7.38 - Ocorrência de problemas no NTE, segundo os coordenadores do NTE,

por qualidade de respostas e regiões geográficas

regiões

sul sudeste centro-oeste nordeste norte Total

Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %

1 dificuldade de oferecer apoio 29 74,4 69 83,1 10 43,5 53 68,8 17 70,8 178 72,4

técnico e de suporte tecnológico

2 dificuldade financeira no nte 34 87,2 34 41,0 20 87,0 67 87,0 20 83,3 175 71,1

3 dificuldade de suprimento 29 74,4 26 31,3 17 73,9 61 79,2 17 70,8 150 61,0

de material no nte

4 carência de pessoal no nte 22 56,4 56 67,5 14 60,9 40 51,9 17 70,8 149 60,6

5 carência de capacitação e de 18 46,2 39 47,0 16 69,6 57 74,0 18 75,0 148 60,2

treinamento de multiplicadores no nte

6 sobrecarga de tarefas no nte 20 51,3 49 59,0 12 52,2 32 41,6 10 41,7 123 50,0

7 demanda das escolas maior do 21 53,8 42 50,6 5 21,7 33 42,9 11 45,8 112 45,5

que a capacidade maior do

8 falta de comprometimento dos 18 46,2 32 38,6 8 34,8 21 27,3 11 45,8 90 36,6

diretores das escolas com o nte

9 falta de orientação pedagógica no nte 7 17,9 15 18,1 5 21,7 21 27,3 7 29,2 55 22,4

10 dificuldade de articulação com o cete 6 15,4 20 24,1 2 8,7 12 15,6 5 20,8 45 18,3

11 dificuldade de dificuldade de 3 7,7 10 12,0 2 8,7 10 13,0 3 12,5 28 11,4

relacionamento com o coordenador

estadual do proinfo

12 falta de colaboração e de 7 17,9 6 7,2 0,0 7 9,1 3 12,5 23 9,3

compromisso dos parceiros do nte

13 dificuldade de coordenação das 3 7,7 4 4,8 1 4,3 14 18,2 0,0 22 8,9

tarefas no nte

14 dificuldade de administração 7 17,9 4 4,8 0,0 6 7,8 4 16,7 21 8,5

de recursos humanos no nte

15 falta de comprometimento 3 7,7 5 6,0 1 4,3 8 10,4 3 12,5 20 8,1

do coordenador estadual

do proinfo com o nte

16 dificuldade de distribuição de funções 3 7,7 3 3,6 3 13,0 4 5,2 2 8,3 15 6,1

e de responsabilidades no nte

17 dificuldade de relacionamento 3 7,7 7 8,4 0,0 3 3,9 1 4,2 14 5,7

com os diretores das escolas

18 falta de apoio da comunidade local 1 2,6 3 3,6 0,0 3 3,9 1 4,2 8 3,3

para com o nte

19 não responderam 1 2,6 3 3,6 0 0,0 0 0,0 0 0,0 4 1,6

Total/entrevistados 39 100,0 83 100,0 23 100,0 77 100,0 24 100,0 246 100,0

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#116

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Efetivamente, problemas de

relacionamento com coordenadores do

laboratório, segundo a opinião dos

professores multiplicadores, ocupam a

penúltima posição, num rol de onze

problemas, com 3,4% de menções.

Apenas 29 multiplicadores, entre 844,

apontaram essa dificuldade, como

mostrou a Tabela 7.37.

A Tabela 7.39 mostra que problemas

de relacionamento dos coordenadores

do laboratório com professores

multiplicadores do NTE e com os

professores da escola são os proble-

mas menos sentidos.Dificuldades de

relacionamento com outros professo-

res da escola estão em último lugar

entre 12 problemas apontados; foram

33 citações num universo de 476

coordenadores, ou seja, 6,9%. Regio-

nalmente, a menor ocorrência de

menções a esse problema está no

Centro-Oeste, com 3,0% de menções

(2 pessoas).

Problemas de relacionamento com os

multiplicadores do NTE, para os

coordenadores do laboratório, estão

em 10º lugar, numa lista de doze

categorias, com 12,8% de menções

(61 coordenadores).

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Tabela 7.39 - Ocorrência de problemas no laboratório de informática,

segundo os coordenadores do LAB, por frequência e regiões geiográficas.

regiões

sul sudeste centro-oeste nordeste norte Brasil

Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %

1 demanda dos alunos maior do que a 43 65,2 122 79,2 47 70,1 71 67,0 52 62,7 335 70,4

capacidade de atendimento do lab

2 carência de suprimento 31 47,0 89 57,8 48 71,6 60 56,6 34 41,0 262 55,0

de informática

3 dificuldade de suporte 30 45,5 82 53,2 34 50,7 47 44,3 34 41,0 227 47,7

técnico no lab

4 falta de comprometimento 23 34,8 51 33,1 19 28,4 49 46,2 38 45,8 180 37,8

dos professores com a

informática educativa

5 falta orientação pedagógica por 23 34,8 34 22,1 20 29,9 34 32,1 20 24,1 131 27,5

parte do nte

6 dificuldade de coordenação 7 10,6 39 25,3 9 13,4 26 24,5 8 9,6 89 18,7

de tarefas no lab

7 dificuldade de comunicação com o 13 19,7 30 19,5 9 13,4 17 16,0 7 8,4 76 16,0

coordenador do nte

8 sobrecarga de trabalho no lab 6 9,1 22 14,3 12 17,9 10 9,4 15 18,1 65 13,7

9 carência de normas de 8 12,1 21 13,6 6 9,0 21 19,8 7 8,4 63 13,2

funcionamento do lab

10 dificuldade de relacionamento 8 12,1 23 14,9 7 10,4 16 15,1 7 8,4 61 12,8

com os multiplicadores do nte

11 outras dificuldades 7 10,6 22 14,3 7 10,4 6 5,7 9 10,8 51 10,7

12 dificuldade de relacionamento com 4 6,1 10 6,5 2 3,0 11 10,4 6 7,2 33 6,9

os outros professores da escola

13 não responderam 3 4,5 8 5,2 3 4,5 5 4,7 12 14,5 31 6,51

Total/entrevistados 66 100,0 154 100,0 67 100,0 106 100,0 83 100,0 476 100,0

#117

Em síntese, a análise da avaliação do

ProInfo, sob o aspecto dos recursos huma-

nos, demonstra que se trata de um progra-

ma com alta performance em todo o

território nacional e que, se mais não

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#118

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

alcançou, isso se deve a limitações quanti-

tativas. Efetivamente, convidados a listar

problemas que ocorrem nas escolas, num

rol de 12 tipos de problemas os 551 direto-

res ou coordenadores pouca ênfase deram

aos problemas ligados à qualidade dos

recursos humanos, que são claramente

minoritários.

Dificuldade de natureza quantitativa, como

“demanda dos alunos maior que a capaci-

dade de atendimento do laboratório”,

“dificuldade de recursos financeiros e

materiais” e “dificuldade de apoio técnico e

de suporte tecnológico” ocupam as primei-

ras posições (ver Tabela 7.39).

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#119

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#120

8 A dimensão pedagógicaO Proinfo é, essencialmente, um projeto

educativo. Seu eixo não se confunde com

uma simples introdução de computadores

na educação. Nem com a mera ampliação

das possibilidades de acesso às tecnologias

da informação e da comunicação, nas

escolas públicas. Sua natureza educativa

está explícita nos seus quatro objetivos

principais:

1. Melhorar a qualidade do processo de

ensino aprendizagem;

2. Possibilitar a criação de uma nova

ecologia cognitiva nos ambientes escolares,

mediante a incorporação adequada das

novas tecnologias de informação e

comunicação pelas escolas;

3. Propiciar uma educação voltada para o

desenvolvimento científico e tecnológico;

4. Educar para a cidadania global.

Embora a dimensão pedagógica perpasse

todo o sistema ProInfo, ela é vista aqui

separadamente, por uma questão de

método e estratégia de análise, tendo em

vista tentar avaliar os impactos que as

ações do Programa geraram, de modo

especial, sobre o desempenho de

professores e alunos no processo

educacional. Com efeito, a questão

fundamental está em saber: a) como está

sendo usado o computador na sala de aula

e qual a receptividade ao Programa da parte

de professores, alunos e comunidade local,

b) que impactos teve o Programa sob a

forma de mudanças na sala de aula; e c)

que resultados podem ser identificados em

termos de melhorias no processo de ensi-

no-aprendizagem.

Dessa forma, este capítulo será dividido em

três seções:

a) Uso da informática: modalidades e

receptividade

b) Mudanças na sala de aulas devidas ao

uso do computador

c) Contribuições do computador para o

processo de ensino-aprendizagem

Cada seção será precedida de uma análise

panorâmica do seu conteúdo temático e

seguida da análise do comportamento

individual de 21 indicadores dos impactos

do uso do computador, tanto em termos

nacionais quanto em termos regionais.

Fica subentendido que a análise individual

de cada variável poderá implicar alguma

repetição ou redundância, o que, todavia,

se torna necessário para dar uma visão

completa e integral da atuação do ProInfo.

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#121

a) Uso da informática nas escolas:a) Uso da informática nas escolas:a) Uso da informática nas escolas:a) Uso da informática nas escolas:a) Uso da informática nas escolas:

modalidades e receptividademodalidades e receptividademodalidades e receptividademodalidades e receptividademodalidades e receptividade

Os professores utilizam a informática

principalmente para atividades diretamente

vinculadas à sala de aula, e, em menor

proporção, para produção e avaliação de

software educacional, como mostra a

Tabela 8.1. O quadro se repete, sem

alterações significativas, em todas as

regiões do país.

Tabela 8.1 - Utilização da infomática pelos professores, em ordem

decrescente de ocorrênca por regiões geográficas.

regiões

Tipo de uso Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %

1 prática pedagógica na disciplina 308 50,1 468 52,9 298 53,6 323 40,0 301 44,3 1.698 48,0

que leciona

2 produção de materiais didáticos 207 33,7 307 34,7 202 36,3 187 23,2 172 25,3 1.075 30,4

3 prática pedagógica com várias 110 17,9 202 22,9 113 20,3 152 18,8 139 20,5 716 20,2

disciplinas integradas

4 planejamento e gerenciamento 117 19,0 170 19,2 105 18,9 82 10,2 113 16,6 587 16,6

de projeto pedagógico

5 prática pedagógica com grupos 63 10,2 197 22,3 100 18,0 71 8,8 125 18,4 556 15,7

de trabalho e temas transversais

6 prática pedagógica com uso 104 16,9 102 11,5 100 18,0 88 10,9 41 6,0 435 12,3

da internet

7 uso e avaliação de software 30 4,9 136 15,4 31 5,6 22 2,7 31 4,6 250 7,1

educacional

8 produção de software educacional 6 1,0 21 2,4 7 1,3 12 1,5 13 1,9 59 1,7

9 outras finalidades 122 19,8 187 21,2 69 12,4 161 20,0 143 21,1 682 19,3

10 não responderam 59 9,6 62 7,0 29 5,2 138 17,1 56 8,2 344 9,7

Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0 3.541 100,0

Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norte

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#122

A utilização do computador é consistente

com as habilidades para as quais os

professores se julgam mais capacitados.

Segundo o julgamento dos professores

entrevistados, os aspectos em que se

consideram mais competentes no uso do

computador são os mostrados na Tabela 8.2.

Tabela 8.2 - Competência dos professores para uso do computador, em ordem decrescente de

ocorrência, por regiões geográficas

regiões

Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %

1 edição e formatação 195 31,7 376 42,5 203 36,5 230 28,5 224 33,0 1.228 34,7

eletrônica de documentos

2 jogos e entretenimento 275 44,7 385 43,6 206 37,1 181 22,4 180 26,5 1.227 34,7

3 preparação e correção de 217 35,3 407 46,0 191 34,4 212 26,3 171 25,2 1.198 33,8

provas e testes

4 uso de serviços de rede e internet 221 35,9 302 34,2 174 31,3 157 19,5 130 19,1 984 27,8

5 manipulação de planilhas de 92 15,0 169 19,1 88 15,8 114 14,1 105 15,5 568 16,0

cálculo e multimídia

6 instalação básica e configuração 88 14,3 196 22,2 71 12,8 93 11,5 86 12,7 534 15,1

de computador

7 movimentação bancária 110 17,9 175 19,8 90 16,2 74 9,2 75 11,0 524 14,8

8 treinamento pessoal em informática 83 13,5 165 18,7 66 11,9 91 11,3 70 10,3 475 13,4

9 elaboração de apresentações 77 12,5 157 17,8 61 11,0 68 8,4 72 10,6 435 12,3

10 desenvolvimento de software 50 8,1 161 18,2 45 8,1 59 7,3 78 11,5 393 11,1educacional

11 proteção conta vírus e segurança 74 12,0 119 13,5 60 10,8 68 8,4 50 7,4 371 10,5de dados

12 compras eletrônicas 73 11,9 121 13,7 44 7,9 56 6,9 47 6,9 341 9,613 desenvolvimento de documentos 45 7,3 81 9,2 51 9,2 50 6,2 31 4,6 258 7,3

hipertextos e homepages

14 resolução de problemas utilizando 30 4,9 52 5,9 14 2,5 23 2,9 25 3,7 144 4,1liguagens de programação

15 instalação e uso de sistemas 25 4,1 57 6,4 17 3,1 27 3,3 13 1,9 139 3,9gratuitos e plataformas abertas

16 não uso o computador 92 15,0 112 12,7 60 10,8 185 22,9 98 14,4 547 15,417 outras atividades além dessas 174 28,3 227 25,7 176 31,7 245 30,4 217 32,0 1.039 29,318 não responderam 23 3,7 27 3,1 17 3,1 56 6,9 29 4,3 152 5,3Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0 3.541 100,0

Competência Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norte

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#123

As atividades listadas na Tabela 8.2 são

desenvolvidas tanto na escola (38,3 %),

como em casa (43,1%). Esse fato,

enquanto reafirma a constatação de que

um grande número de professores dispõe

de computador em casa, indica o grau de

comprometimento dos docentes com a

informática educativa.

Como mostra a Tabela 8.4 o uso do com-

putador é mais freqüente nas aulas de

Língua Portuguesa, Matemática, Geografia,

História e Ciências. Isso coincide com o fato

de que essas são também as disciplinas

com maior número de professores.

As novas aquisições técnicas proporciona-

das pelo ProInfo com o uso da informática

educativa têm amplo respaldo entre profes-

sores, alunos e na comunidade local, como

o atesta o nível de receptividade do

Programa. Nos três segmentos, as

classificações “muito boa” e “excelente”

superam os 40%. Casos de aceitação

Tabela 8.3 - Local de utilização do computador, pelos professores por regiões gegráficas.

regiões

Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %

1 em sua casa 314 51,1 524 59,3 214 38,5 257 31,8 217 32,0 1526 43,1

2 na escola, no lab de informática 211 34,3 292 33,0 283 50,9 300 37,2 269 39,6 1355 38,3

3 em algum outro lugar 71 11,5 99 11,2 64 11,5 116 14,4 107 15,8 457 12,9

4 na escola, em outros computadores 68 11,1 100 11,3 56 10,1 53 6,6 78 11,5 355 10,0

5 não responderam 86 14,0 105 11,9 53 9,5 199 24,7 104 15,3 547 15,4

Total/entrevistados 615 100,0 884 100,0 556 100,0 807 100,0 679 100,0 3541 100,0

Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norteLocal

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#124

“ruim” não ultrapassam 5,0%. O nível de

aceitação do Proinfo, considerando cada um

desses segmentos pode ser visto nas

tabelas 8.5, 8.6 e 8.7, a seguir, começando

com o caso dos professores.

Tabela 8.4 - Uso do laboratório de informática para disciplinas, segundo os alunos,

por regiões geográficas

Região

Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %

1 Português e Literatura Brasileira 267 34,0 449 27,1 246 34,6 283 21,7 247 27,2 1492 27,8

2 Matemática 175 22,3 506 30,5 148 20,8 240 18,4 147 16,2 1216 22,7

3 Geografia 194 24,7 225 13,6 179 25,2 221 17,0 192 21,1 1011 18,8

4 História 200 25,4 226 13,6 168 23,7 246 18,9 134 14,7 974 18,2

5 Informática 197 25,1 189 11,4 62 8,7 282 21,7 179 19,7 909 16,9

6 Ciências 184 23,4 246 14,8 136 19,2 172 13,2 137 15,1 875 16,3

7 1ª a 4ª séries 109 13,9 75 4,5 121 17,0 183 14,1 144 15,8 632 11,8

8 Língua Estrangeira 174 22,1 143 8,6 86 12,1 118 9,1 100 11,0 621 11,6

9 Educação Artística 115 14,6 119 7,2 138 19,4 106 8,1 136 15,0 614 11,4

10 outras disciplinas 102 13,0 141 8,5 59 8,3 135 10,4 93 10,2 530 9,9

11 Física 59 7,5 99 6,0 69 9,7 67 5,1 31 3,4 325 6,1

12 Biologia 63 8,0 80 4,8 50 7,0 43 3,3 60 6,6 296 5,5

13 Química 60 7,6 56 3,4 60 8,5 73 5,6 46 5,1 295 5,5

14 Educação Física 62 7,9 52 3,1 77 10,8 21 1,6 20 2,2 232 4,3

15 Meio Ambiente 14 1,8 35 2,1 11 1,5 20 1,5 14 1,5 94 1,8

16 não responderam 81 10,3 236 14,2 52 7,3 194 14,9 101 11,1 664 12,4

Total/entrevistados 786 100,0 1659 100,0 710 100,0 1302 100,0 909 100,0 5366 100,0

Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norteDisciplina

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#125

Os professores, em sua maioria, são recep-

tivos ao ProInfo. A aceitação do Programa é

considerada mais como “boa” (37,2%), do

que “muito boa” (28,1%) ou “excelente”

(21,7%). As avaliações conjuntas de

“razoável” (10,8%) e “ruim” (2,3%), so-

mam 13,1%.

Dentro das regiões geográficas, as avalia-

ções menos positivas, como no caso de

“razoável”, são mais freqüentes no Nordes-

te – 39,1% - e mais raras no Sul - 8.1% -,

uma variação a considerar. Já no caso das

avaliações positivas, por exemplo, a catego-

ria “excelente” ocorre com mais freqüência

no Sul - 26,3% e é mais rara no Nordeste -

14,1%. Entre os professores, o grau de

receptividade do ProInfo no Sul tende a ser

quase o dobro da receptividade no Nordeste.

Tabela 8.5 - Nível de aceitação do Proinfo na comunidade de professores da escola, por região geográfica

162 194 141 114 157 76826,3% 21,9% 25,4% 14,1% 23,1% 21,7%

192 234 209 157 202 99431,2% 26,5% 37,6% 19,5% 29,7% 28,1%

205 339 165 361 246 131633,3% 38,3% 29,7% 44,7% 36,2% 37,2%

31 101 35 149 65 3815,0% 11,4% 6,3% 18,5% 9,6% 10,8%

25 16 6 26 9 824,1% 1,8% 1,1% 3,2% 1,3% 2,3%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% total

excelente

muito boa

boa

razoável

ruim

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#126

O nível de aceitação do Proinfo na comuni-

dade dos alunos pode ser verificado na

tabela 8.6. O que a tabela indica é fato já

comentado: na opinião dos 3.541 professo-

res pesquisados, a aceitação do Proinfo no

grupo dos alunos é considerada mais como

“excelente” (34,0%) do que “muito boa”

(28,4%) ou “boa” (27,6%).

As avaliações conjuntas de “razoável”

(8,1%) e “ruim” (1,9%), somam 10%.

Como se trata da avaliação dos professores

quanto à percepção dos alunos, é razoável

supor algum paralelismo entre as duas

avaliações, porque é suposto que a percep-

ção do professor sobre o ProInfo influencie

o juízo sobre a aceitação do

ProInfo pelos alunos.

Em termos regionais, a aceitação do Progra-

ma é considerada “excelente” de forma

mais intensa no Sul (com menção de

37,6%) do que no Nordeste, onde esse

percentual é de 30,4%. A situação é

logicamente invertida quando se considera

a classificação “razoável”, que corresponde

no Nordeste a 13,6 % e no Sul a 5,2 %

Tabela 8.6 - Nível de aceitação do Proinfo pela comunidade dos alunos, segundo os professores, por regiãogeográfica

231 322 200 245 206 1204

37,6% 36,4% 36,0% 30,4% 30,3% 34,0%188 231 194 199 192 1004

30,6% 26,1% 34,9% 24,7% 28,3% 28,4%144 247 139 231 218 979

23,4% 27,9% 25,0% 28,6% 32,1% 27,6%

32 72 18 110 56 2885,2% 8,1% 3,2% 13,6% 8,2% 8,1%

20 12 5 22 7 663,3% 1,4% ,9% 2,7% 1,0% 1,9%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq

% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% Total

excelente

muito boa

boa

razoável

ruim

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#127

No que diz respeito à aceitação do Proinfo

pela comunidade local, percebe-se, pela

tabela 8.7, que ela é considerada mais

como “boa” (33,2%) do que “muito boa”

(23,6%) ou “excelente” (16,9%).

A receptividade na comunidade local é

menos entusiasmada do que na comunida-

de da escola.

Em termos regionais, no caso de “razoável”,

percebe-se uma concentração maior no

Nordeste (17,2%), com percentual bem

próximo no Sudeste (14,6%).

Na categoria “ruim”, a maior concentração

é no Nordeste – 7,9% - e a menor no

Sudeste (3,4%).

Tabela 8.7 - Nível de aceitação do ProInfo na comunidade local, segundo os professores, por região geográfica

138 148 115 89 110 60022,4% 16,7% 20,7% 11,0% 16,2% 16,9%

161 211 160 127 178 83726,2% 23,9% 28,8% 15,7% 26,2% 23,6%

189 316 179 250 241 117530,7% 35,7% 32,2% 31,0% 35,5% 33,2%

55 129 59 139 91 4738,9% 14,6% 10,6% 17,2% 13,4% 13,4%

32 30 20 64 32 1785,2% 3,4% 3,6% 7,9% 4,7% 5,0%

40 50 23 138 27 2786,5% 5,7% 4,1% 17,1% 4,0% 7,9%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

excelente

muito boa

boa

razoável

ruim

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#128

A percepção da receptividade da informática

educativa reflete, com bastante fidelidade,

o grau de importância que os professores

atribuem ao ProInfo para a disseminação da

informática na comunidade. Para os profes-

sores, a contribuição do Proinfo para a

disseminação da cultura de informática na

Escola, é descrita como “muito importante”

(63,8 %), como se vê na Tabela 8.8.

Sob o ponto de vista regional, continua o

Nordeste como a região onde a ação do

ProInfo recebeu menor freqüência de

menções “muito importante” (58,0 %).

Conseqüentemente, é no Nordeste onde

mais se vê respostas de que o ProInfo é

“nada importante” para disseminação da

cultura de informática no comunidade.

Esse nível atinge 2,6%, contrapondo-se ao

1,0% da avaliação nacional.

b) Mudanças na sala de aulab) Mudanças na sala de aulab) Mudanças na sala de aulab) Mudanças na sala de aulab) Mudanças na sala de aula

O uso do computador na sala de aula em

suas diversas formas provoca reações tanto

nos alunos quanto na comunidade dos

professores e na comunidade local, embora

em níveis e formas diferenciados.

Essas reações significam mudanças na

gestão escolar, na disciplina,

comportamento e interesse dos alunos e

na qualidade dos seus trabalhos.

Tabela 8.8 - Papel do Proinfo para a disseminação da cultura de informática na comunidade, segundo professores, por região geográfica

405 601 366 468 420 226065,9% 68,0% 65,8% 58,0% 61,9% 63,8%

192 271 173 293 244 117331,2% 30,7% 31,1% 36,3% 35,9% 33,1%

13 9 14 25 11 722,1% 1,0% 2,5% 3,1% 1,6% 2,0%

5 3 3 21 4 36,8% ,3% ,5% 2,6% ,6% 1,0%615 884 556 807 679 3541

17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

muito importante

importante

pouco importante

nada importante

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#129

Tabela 8.9 - Mudanças ocorridas na gestão escolar em função das atividades do laboratório, segundo osdiretores das escolas, por regiões geográficas.

regiões

1 ocorreu reorientação Freq 57 118 52 84 63 374pedagógica % categoria 79,2 67,0 78,8 67,7 55,8 67,9

2 ocorreu mudança Freq 57 111 53 77 76 374no planejamento % categoria 79,2 63,1 80,3 62,1 67,3 67,9educacional

3 ocorreu mudança Freq 47 106 44 72 67 336na rotina escolar % categoria 65,3 60,2 66,7 58,1 59,3 61,0

4 houve reogarnização Freq 47 101 42 49 52 291física da escola % categoria 65,3 57,4 63,6 39,5 46,0 52,8

5 ocorreu mudança Freq 41 68 37 43 40 229na avaliação % categoria 56,9 38,6 56,1 34,7 35,4 41,6educacional

6 ocorreu revisão Freq 48 66 35 32 35 216de currículo % categoria 66,7 37,5 53,0 25,8 31,0 39,2

7 ocorreu reorganização Freq 28 41 33 41 37 180administrativa % categoria 38,9 23,3 50,0 33,1 32,7 32,7

8 não houve mudanças Freq 1 10 1 9 3 24em função das % categoria 1,4 5,7 1,5 7,3 2,7 4,4atividades do lab

9 não responderam Freq 1 4 1 6 8 20% categoria 1,4 2,3 1,5 4,8 7,1 3,6

Total/entrevistados Freq 72 176 66 124 113 551% categoria 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Tabela 8.10 - Impactos gerados pela na comunidade escolar pelo uso da informática, segundo os diretores dasescolas por regiões geográficas

regiões

1 aumento da Freq 65 153 64 110 95 487motivação dos alunos % categoria 90,3 86,9 97,0 88,7 84,1 88,4

2 aumento da motivação Freq 57 114 49 77 71 368dos professores % categoria 79,2 64,8 74,2 62,1 62,8 66,8

3 redução do índice de Freq 19 54 28 33 33 167evasão escolar evasão escolar 26,4 30,7 42,4 26,6 29,2 30,3

4 diminuição no índice Freq 20 47 17 32 39 155de abandono nas % categoria 27,8 26,7 25,8 25,8 34,5 28,1disciplinas

5 outros Freq 8 14 8 18 16 64% categoria 11,1 8,0 12,1 14,5 14,2 11,6

6 não houve Freq 2 12 3 6 8 31% categoria 2,8 6,8 4,5 4,8 7,1 5,6

7 não respondeu Freq 2 7 0 5 6 20% categoria 2,8 4,0 0,0 4,0 5,3 3,6

Total/entrevistados Freq 72 176 66 124 113 551% categoria 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norte

Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norte

A Tabela 8.9 retrata a opinião de 551

diretores de escolas e mostra como as

atividades do laboratório de informática

provocaram mudanças significativas na

escola, desde a reorganização física até a

orientação pedagógica, aí incluído o plane-

jamento e o currículo escolar.

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#130

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Por outro lado, como mostra a Tabela 8.10,

os diretores de escolas atestam os impactos

positivos do uso da informática na comuni-

dade escolar, principalmente no tocante ao

aumento de motivação de professores e

alunos, e, embora em grau menor, na

redução da evasão escolar e do abandono.

Por sua vez, os professores entrevistados,

em 73,5% dos casos, constataram

melhoria no índice de desempenho dos

alunos. Igualmente, os professores de

todas as regiões geográficas fazem coro

com os diretores, atestando que o uso do

computador reduz a evasão escolar (30,3%

dos diretores e 35,6% dos professores

assinalaram esse efeito).

Tabela 8.11 - Efeitos do uso do computador nas escolas, segundo os professores,

por região geográfica

regiões

1 melhorar os índices de Freq 460 640 422 601 480 2603

desempenho escolar % categoria 74,8 72,4 75,9 74,5 70,7 73,5

2 melhorar os resultados Freq 182 350 217 267 246 1262

da evasão escolar % categoria 29,6 39,6 39,0 33,1 36,2 35,6

3 modificar a estrutura Freq 224 319 158 205 132 1038

da escola e do currículo % categoria 36,4 36,1 28,4 25,4 19,4 29,3

4 modificar os papéis de Freq 183 304 163 212 173 1035

alunos e professores % categoria 29,8 34,4 29,3 26,3 25,5 29,2

5 intensificar a prática da Freq 156 232 138 145 116 787

educação a distância % categoria 25,4 26,2 24,8 18,0 17,1 22,2

6 não responderam Freq 26 29 23 42 20 140

% categoria 4,2 3,3 4,1 5,2 2,9 4,0

Total/entrevistados Freq 615 884 556 807 679 3541

% categoria 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norte

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#131

Da mesma forma que diretores e professo-

res concordam em afirmar que o uso da

informática educativa aumenta a motivação

dos alunos, estes, por sua vez, corroboram

a assertiva. Efetivamente, 65,7% dos

5.366 alunos entrevistados no país afir-

mam que as aulas ficaram “mais interes-

santes” depois que os professores começa-

ram a usar o computador; poucos (7,4%)

não sentiram diferença; um pequeno grupo

(4,6%) achou as aulas mais fáceis. Os que

acham as aulas mais “chatas” têm pouca

significação estatística (0,3 %).

Cumpre salientar que, sem diferenças

regionais significativas, a quase totalidade

dos alunos entrevistados (98,3 %) entende

que as aulas seriam melhores se os

professores utilizassem o computador.

Tabela 8.12 - Avaliação dos alunos quanto às aulas após a introdução do computador por região geográfica

504 1082 464 843 631 352464,1% 65,2% 65,4% 64,7% 69,4% 65,7%

1 7 3 7 6 24,1% ,4% ,4% ,5% ,7% ,4%

1 4 8 4 17

,1% ,2% ,6% ,4% ,3%37 65 47 48 51 248

4,7% 3,9% 6,6% 3,7% 5,6% 4,6%

34 125 38 122 79 3984,3% 7,5% 5,4% 9,4% 8,7% 7,4%

209 376 158 274 138 1155

26,6% 22,7% 22,3% 21,0% 15,2% 21,5%786 1659 710 1302 909 5366

14,6% 30,9% 13,2% 24,3% 16,9% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq

% categoriaFreq

% Total

maisinteressantes

mais difíceis

mais chatas

mais fáceis

ficaram iguais

nãorespondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#132

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Por ordem decrescente, são estas as disci-

plinas preferidas pelos alunos para uso do

computador: Língua Portuguesa,

Informática, História, Geografia e Matemá-

tica.

Visto o panorama do uso da informática

educativa nas escolas e seus efeitos gerais

na comunidade escolar, é conveniente

refinar a análise observando mais de perto

algumas mudanças na sala de aula.

Tabela 8.13 - Preferência dos alunos para aulas com o computador,

por disciplinas e região geográfica

Região

Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq %

1 Língua Portuguesa e 335 42,6 764 46,1 311 43,8 494 37,9 354 38,9 2258 42,1

Literatura Brasileira

2 Informática 282 35,9 663 40,0 189 26,6 527 40,5 332 36,5 1993 37,1

3 História 282 35,9 651 39,2 289 40,7 437 33,6 293 32,2 1952 36,4

4 Geografia 263 33,5 574 34,6 255 35,9 375 28,8 275 30,3 1742 32,5

5 Matemática 228 29,0 576 34,7 268 37,7 385 29,6 256 28,2 1713 31,9

6 Ciências 242 30,8 474 28,6 240 33,8 325 25,0 240 26,4 1521 28,3

7 Educação Artística 215 27,4 379 22,8 226 31,8 251 19,3 225 24,8 1296 24,2

8 Língua Estrangeira 190 24,2 451 27,2 179 25,2 253 19,4 186 20,5 1259 23,5

9 Biologia 120 15,3 306 18,4 129 18,2 266 20,4 145 16,0 966 18,0

10 Meio Ambiente 84 10,7 240 14,5 123 17,3 183 14,1 148 16,3 778 14,5

11 Física 98 12,5 245 14,8 98 13,8 172 13,2 107 11,8 720 13,4

12 Química 100 12,7 226 13,6 106 14,9 193 14,8 88 9,7 713 13,3

13 outras disciplinas 65 8,3 147 8,9 71 10,0 131 10,1 67 7,4 481 9,0

14 Educação Física 79 10,1 118 7,1 86 12,1 71 5,5 51 5,6 405 7,5

15 não responderam 19 2,4 14 0,8 20 2,8 35 2,7 12 1,3 100 1,9

Total/entrevistados 786 100,0 1659 100,0 710 100,0 1302 100,0 909 100,0 5366 100,0

Brasilsul sudeste centro-oeste nordeste norte

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#133

Motivação e interesse

A Tabela 8.14 mostra o quadro geral das

mudanças ocorridas em sala de aula com o

uso do computador, segundo a opinião dos

professores entrevistados. É de se observar

que o computador melhora visivelmente a

motivação e o interesse dos alunos pelas

aulas, e mesmo que na freqüência e na

disciplina o efeito não seja tão grande

quanto nos outros itens, ele não é

desprezível.

Tabela 8.14 - Tipo de mudanças ocorridas com o uso do computador, identificadas pelos

professores das escolas

Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasil

Motivação para as aulas 2567 72,5 4 0,1 226 6,4 358 10,1 386 10,9

no laboratório

Informação e conhecimento 2441 68,9 4 0,1 381 10,8 355 10,0 360 10,2

Interesse pelas atividades 2307 65,2 2 0,1 499 14,1 365 10,3 368 10,4

propostas na disciplina

Rendimento escolar 2243 63,3 1 0,0 518 14,6 428 12,1 351 9,9

Interesse pela ciência 2237 63,2 1 0,0 467 13,2 449 12,7 387 10,9

e tecnologia

Pesquisa em diversas fontes 2087 58,9 5 0,1 588 16,6 476 13,4 385 10,9

Qualidade dos trabalhos 2033 57,4 7 0,2 698 19,7 385 10,9 418 11,8

dos alunos

Interesse por questões 1697 47,9 8 0,2 953 26,9 517 14,6 366 10,3

sociais

Frequência as aulas 1672 47,2 2 0,1 1127 31,8 377 10,6 363 10,3

Disciplina em sala de aula 1515 42,8 13 0,4 1259 35,6 373 10,5 381 10,8

nãorespondeu

melhorou piorounão houvealteração

não sei avaliar/não se aplica

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#134

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Freqüência às aulas

Apenas 47,2% dos professores entendem

que o uso do computador atrai os alunos

para as aulas. Um terço dos professores

não vêem mudanças nesse indicador.

Os demais ou deixaram de responder à

questão ou entenderam que não se podia

avaliar.

Em nível regional, só no Norte é majoritária

(57,1%) a opinião de que o computador é

um fator de atração dos alunos para a sala

de aula.

Tabela 8.15 - Avaliação das mudanças ocorridas na frequência das aulas com o uso do computador, segundo osprofessores, por região geográfica

240 409 268 367 388 167239,0% 46,3% 48,2% 45,5% 57,1% 47,2%

1 1 2,1% ,1% ,1%

246 293 212 199 177 112740,0% 33,1% 38,1% 24,7% 26,1% 31,8%

79 83 32 122 61 37712,8% 9,4% 5,8% 15,1% 9,0% 10,6%

50 99 44 118 52 363

8,1% 11,2% 7,9% 14,6% 7,7% 10,3%615 884 556 807 679 3541

17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq

% categoriaFreq% Total

melhorou

piorou

não houve alteração

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#135

Disciplina

Análogo ao indicador anterior, o computador

também não é percebido como elemento

decisivo na melhoria da disciplina. Apenas

42,8% dos professores quiseram atestar

essa mudança; 35,6% não reconheceram

mudança nesse indicador. Todavia, o grupo

dos que vêem no computador um elemen-

to perturbador da disciplina não é estatisti-

camente significativo (0,4%).

A avaliação regional mostra certa

homogeneidade de percepção. O Norte

tende a ser mais positivo com este indicador

(50,7%), como o foi com o item anterior.

Tabela 8.16 - Avaliação das mudanças ocorridas na disciplina em sala de aula com o uso do computador, segundo os professores, por região geográfica

256 358 259 298 344 151541,6% 40,5% 46,6% 36,9% 50,7% 42,8%

2 5 2 1 3 13,3% ,6% ,4% ,1% ,4% ,4%226 334 223 264 212 1259

36,7% 37,8% 40,1% 32,7% 31,2% 35,6%81 78 28 120 66 373

13,2% 8,8% 5,0% 14,9% 9,7% 10,5%50 109 44 124 54 381

8,1% 12,3% 7,9% 15,4% 8,0% 10,8%615 884 556 807 679 3541

17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

melhorou

piorou

não houve alteração

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#136

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Qualidade dos trabalhos dos alunos

A maioria (57,4 %) dos professores atesta

que o uso do computador melhorou a

qualidade dos trabalhos dos alunos.

Em termos regionais, o Nordeste se apre-

senta como a região mais cética quanto ao

indicador em análise.

No Nordeste, a opinião de que o computa-

dor proporciona melhoria da qualidade dos

trabalhos é minoritária (45,5%); a maioria

prefere se dividir entre “não houve altera-

ção” (23,3%), “não sei avaliar/não se

aplica” (15,0%) ou não responder (16,2%).

Tabela 8.17 - Avaliação da qualidade dos trabalhos dos alunos com o uso do computador, segundo os professores, por região geográfica

368 533 332 367 433 203359,8% 60,3% 59,7% 45,5% 63,8% 57,4%

1 3 3 7,2% ,5% ,4% ,2%108 161 126 188 115 698

17,6% 18,2% 22,7% 23,3% 16,9% 19,7%83 76 43 121 62 385

13,5% 8,6% 7,7% 15,0% 9,1% 10,9%55 114 52 131 66 418

8,9% 12,9% 9,4% 16,2% 9,7% 11,8%615 884 556 807 679 3541

17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

melhorou

piorou

não houve alteração

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#137

Motivação para as aulas no laboratório

Como era de se esperar, é o computador

um importante fator de motivação e atração

dos alunos para as aulas no laboratório.

Nisso concordam 72,5% dos professores

entrevistados, colocando esse indicador

como o mais evidente do grupo.

Também aqui, o Nordeste se coloca numa

posição mais retraída em relação ao resto

do país. Apenas 63,4% na região acham

que o computador motivou os alunos para

as aulas no laboratório.

Tabela 8.18 - Avaliação das mudanças na motivação dos alunos com o uso do computador, segundo os professores, por região geográfica

448 634 456 512 517 256772,8% 71,7% 82,0% 63,4% 76,1% 72,5%

1 3 4,1% ,4% ,1%

32 61 35 55 43 2265,2% 6,9% 6,3% 6,8% 6,3% 6,4%

71 88 24 112 63 35811,5% 10,0% 4,3% 13,9% 9,3% 10,1%

64 101 41 127 53 38610,4% 11,4% 7,4% 15,7% 7,8% 10,9%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

melhorou

piorou

não houve alteração

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#138

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Interesse pelas atividades propostas na

disciplina

Como um dos indicadores mais visíveis de

mudanças na disciplina em sala de aula, o

interesse pelas atividades propostas confir-

ma a força motivacional do computador nas

aulas. No país, 65,2% dos professores

entrevistados afirmam que o computador

aumentou o interesse pelas atividades da

disciplina.

Excetuado o Nordeste, mais reticente, com

apenas 55,3% de menções positivas, o

quadro mantém certa homogeneidade

entre as regiões geográficas do país.

Tabela 8.19 - Avaliação das mudanças ocorridas no interesse pelas atividades propostas na disciplina com o uso do computador, segundo os professores, por região geográfica

423 579 387 446 472 230768,8% 65,5% 69,6% 55,3% 69,5% 65,2%

2 2,2% ,1%

70 120 105 113 91 49911,4% 13,6% 18,9% 14,0% 13,4% 14,1%

70 82 21 123 69 36511,4% 9,3% 3,8% 15,2% 10,2% 10,3%

52 103 43 123 47 3688,5% 11,7% 7,7% 15,2% 6,9% 10,4%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

melhorou

piorou

não houve alteração

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#139

Interesse pela pesquisa em diversas fontes

Tabela 8.20 - Avaliação das mudanças ocorridas no interesse para a pesquisa em diversas fontes com o uso docomputador, segundo os professores, por região geográfica

361 542 362 387 435 208758,7% 61,3% 65,1% 48,0% 64,1% 58,9%

1 1 1 2 5,2% ,1% ,1% ,3% ,1%

95 126 107 150 110 58815,4% 14,3% 19,2% 18,6% 16,2% 16,6%

102 111 43 143 77 47616,6% 12,6% 7,7% 17,7% 11,3% 13,4%

56 104 44 126 55 3859,1% 11,8% 7,9% 15,6% 8,1% 10,9%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

Freq% Total

melhorou

piorou

não houve alteração

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

Para 58,9% dos professores, o uso do

computador aumenta o interesse dos

alunos para ampliar o leque das fontes de

pesquisa. O computador aumentaria a

curiosidade intelectual.

O percentual normal seria maior não fora o

Nordeste, consistentemente, mais

comedido nas avaliações. Na região, menos

da metade dos professores (48,0%) subs-

creveria a afirmação. A maioria dos profes-

sores do Nordeste se dividiu em grupos

quase equivalentes entre as opções neutras

(não houve alteração/não se aplica/não

respondeu).

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#140

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Interesse pela ciência e tecnologia

Quase dois terços dos professores enten-

dem que o uso do computador aumentou o

interesse dos alunos pela ciência e

tecnologia. O quadro se reproduz com

pequenas alterações em todo o território

nacional, com menor intensidade no

Nordeste, onde, não obstante, a opinião

também é majoritária (54,4%).

Tabela 8.21 - Avaliação das mudanças ocorridas no interesse pela ciência e tecnologia com o uso do computador,segundo os professores, por região geográfica

404 557 381 438 457 223765,7% 63,0% 68,5% 54,3% 67,3% 63,2%

1 1,1% ,0%

76 116 85 101 89 46712,4% 13,1% 15,3% 12,5% 13,1% 13,2%

81 109 45 137 77 44913,2% 12,3% 8,1% 17,0% 11,3% 12,7%

54 102 45 130 56 3878,8% 11,5% 8,1% 16,1% 8,2% 10,9%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

melhorou

piorou

não houve alteração

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#141

Interesse pela informação e pelo conheci-

mento

O segundo indicador mais claro de melhoria

nas disciplinas, segundo 68.9% dos profes-

sores, é o interesse pela informação e pelo

conhecimento que o uso do computador

desperta nos alunos.

Esse sentimento é compartilhado pelos

professores em todo o país. Mesmo no

Nordeste, sempre mais retraído na

avaliação, o índice atinge 60,0%.

Tabela 8.22 - Avaliação das mudanças ocorridas no interesse pela informação e conhecimento com o uso docomputador, segundo os professores, por região geográfica

447 595 415 484 500 244172,7% 67,3% 74,6% 60,0% 73,6% 68,9%

2 2 4,3% ,2% ,1%

51 109 75 81 65 3818,3% 12,3% 13,5% 10,0% 9,6% 10,8%

63 78 27 122 65 35510,2% 8,8% 4,9% 15,1% 9,6% 10,0%

52 100 39 120 49 3608,5% 11,3% 7,0% 14,9% 7,2% 10,2%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

melhorou

piorou

não houve alteração

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#142

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Vê-se, pois, que os impactos do uso do

computador na sala de aula são altamente

positivos e profundos. Há que se observar,

no entanto, a posição peculiar do Nordeste

neste tópico da avaliação. Não que no

Nordeste o computador não tenha proporci-

onado mudanças na sala de aula, mas elas

são menos percebidas pelos professores.

Um caso a pesquisar.

c) Melhoria do processo de ensino-c) Melhoria do processo de ensino-c) Melhoria do processo de ensino-c) Melhoria do processo de ensino-c) Melhoria do processo de ensino-

aprendizagemaprendizagemaprendizagemaprendizagemaprendizagem

As melhorias do processo de ensino-

aprendizagem podem ser identificadas a

partir da elevação do rendimento escolar e

do desenvolvimento de competências,

habilidades e atitudes que são importantes

para a formação dos alunos

Tabela 8.23 - Avaliação das mudanças ocorridas no interesse por questões sociais com o uso do computador,segundo os professores, por região geográfica

286 418 292 315 386 169746,5% 47,3% 52,5% 39,0% 56,8% 47,9%

2 2 1 3 8,3% ,2% ,2% ,4% ,2%156 240 169 230 158 953

25,4% 27,1% 30,4% 28,5% 23,3% 26,9%116 125 52 143 81 517

18,9% 14,1% 9,4% 17,7% 11,9% 14,6%55 99 42 119 51 366

8,9% 11,2% 7,6% 14,7% 7,5% 10,3%615 884 556 807 679 3541

17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

melhorou

piorou

não houve alteração

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

Interesse pelas questões sociais com o uso

do computador

Sem dúvida, onde menos se faz sentir o

impacto do uso do computador nas disciplinas

é no que se refere ao interesse por ques-

tões sociais. Com exceção do Centro-Oeste,

com índice de 52,5%, a opção “melhorou”

não logra obter maioria em nenhum lugar.

Um quarto dos professores preferiu a opção

“não houve alteração’’.

O índice nacional foi de 47,9%.

O do Nordeste, o menor deles, foi de 39,0%.

No Centro-Oeste, a opção “não houve

alteração” alcançou 30,4%, a maior do

país. Cumpre observar que, para este

indicador, a posição do Centro-Oeste foi a

mais definida no cenário nacional. Tanto a

opção positiva quanto a posição neutra

superaram os índices nacionais.

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#143

Rendimento escolar

De imediato deve ser ressaltado que a

maioria (63,3%) dos professores entende

que o uso do computador trouxe melhoria

do rendimento escolar nas disciplinas que

ministram. Somente 14,6% admitem

que “não houve alteração”

Esse padrão de avaliação está difundido em

todo o território nacional, mas os efeitos

são menos sentidos no Nordeste, onde

apenas 54,2% dos professores concordam

que o rendimento escola tenha melhorado

com o uso do computador. Por outro lado,

no Centro-Oeste ocorre o maior percentual

de docentes (19.2%) que não perceberam

mudanças no rendimento escolar.

Tabela 8.24 - Avaliação das mudanças no rendimento escolar com o uso do computador, segundo os professores, por região geográfica

414 540 379 437 473 224367,3% 61,1% 68,2% 54,2% 69,7% 63,3%

1 1,2% ,0%

72 141 107 118 80 51811,7% 16,0% 19,2% 14,6% 11,8% 14,6%

84 103 30 139 72 42813,7% 11,7% 5,4% 17,2% 10,6% 12,1%

44 100 40 113 54 3517,2% 11,3% 7,2% 14,0% 8,0% 9,9%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

melhorou

piorou

não houve alteração

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#144

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Competências, habilidades e atitudes

Foi pesquisada também a contribuição do

computador para o desenvolvimento de

onze tipos de comportamento que caracte-

rizassem competências, habilidades e

atitudes dos alunos. O quadro geral exposto

na Tabela 8.25 mostra que a contribuição

do computador para o desenvolvimento dos

alunos é alta e benéfica.

Tabela 8.25 - Contribuição do computador para indicadores de competências, habilidades e atitudesdos alunos, segundo os professores, por forma de contribuição

Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasil Freq %Brasilcuriosidade e 2785 78,7 213 6,0 20 0,6 3 0,1 270 7,6 250 7,1observaçãocriatividade e inovação 2535 71,6 369 10,4 44 1,2 7 0,2 289 8,2 297 8,4trabalho em equipe 2322 65,6 486 13,7 87 2,5 19 0,5 336 9,5 291 8,2e colaboraçãoleitura 2305 65,1 502 14,2 60 1,7 18 0,5 358 10,1 298 8,4investigação e 2300 65,0 444 12,5 69 1,9 2 0,1 428 12,1 298 8,4experimentaçãoorganização e 2226 62,9 534 15,1 67 1,9 9 0,3 398 11,2 307 8,7estruturação dopensamentoescrita 1995 56,3 647 18,3 197 5,6 48 1,4 355 10,0 299 8,4raciocínio lógico- 1995 56,3 515 14,5 80 2,3 15 0,4 611 17,3 325 9,2matemáticoidentificação e 1924 54,3 659 18,6 104 2,9 7 0,2 528 14,9 319 9,0compreensão deproblemasresolução de problemas 1902 53,7 679 19,2 101 2,9 2 0,1 526 14,9 331 9,3compreensão de 1789 50,5 704 19,9 127 3,6 7 0,2 577 16,3 337 9,5concitos abstratos

não sei avaliar/não se aplica

contribuimuito

contribuipouco

nãocontribui

atrapalhanão

respondeu

Nos itens que se seguem será feita a

análise individual dessas contribuições para

avaliar o peso e o alcance regional de cada

uma no conjunto desses indicadores.

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#145

Desenvolvimento da leitura

No país, 65,1% dos professores entrevista-

dos entendem que o computador contribui

muito para o desenvolvimento da leitura;

14,2% acham que contribui pouco.

A análise regional mostra que os professo-

res mais entusiasmados com a contribuição

do computador para o desenvolvimento da

leitura estão na região Norte, com 72,9%.

Em compensação, os menos entusiasma-

dos estão no Nordeste, com apenas

59,0%.

Tabela 8.26 - Contribuição do computador no desenvolvimento da leitura, segundo os professores, por regiãogeográfica

413 558 363 476 495 230567,2% 63,1% 65,3% 59,0% 72,9% 65,1%

83 130 107 101 81 502

13,5% 14,7% 19,2% 12,5% 11,9% 14,2%7 20 9 16 8 60

1,1% 2,3% 1,6% 2,0% 1,2% 1,7%

3 8 1 4 2 18,5% ,9% ,2% ,5% ,3% ,5%

61 79 37 126 55 358

9,9% 8,9% 6,7% 15,6% 8,1% 10,1%48 89 39 84 38 298

7,8% 10,1% 7,0% 10,4% 5,6% 8,4%615 884 556 807 679 3541

17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq

% categoriaFreq

% categoriaFreq% Total

contribui muito

contribui pouco

não contribui

atrapalha

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#146

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Desenvolvimento da escrita

Sem variações regionais de monta, a

percepção geral dos professores, é a de que

o computador também contribui para o

desenvolvimento da escrita, embora em

menor escala do que para a leitura, como,

aliás, era de se esperar. O índice nacional

dos que acham que o computador contribui

muito para o desenvolvimento da escrita é

de 56,3%. Em sentido contrário 5,6% dos

professores acham que o computador “não

contribui” para o desenvolvimento da

leitura.

Tabela 8.27 - Contribuição do computador no desenvolvimento da escrita, segundo os professores, por regiãogeográfica

355 483 299 439 419 199557,7% 54,6% 53,8% 54,4% 61,7% 56,3%

98 183 135 121 110 64715,9% 20,7% 24,3% 15,0% 16,2% 18,3%

47 50 38 29 33 197

7,6% 5,7% 6,8% 3,6% 4,9% 5,6%10 9 11 7 11 48

1,6% 1,0% 2,0% ,9% 1,6% 1,4%59 72 37 125 62 355

9,6% 8,1% 6,7% 15,5% 9,1% 10,0%46 87 36 86 44 299

7,5% 9,8% 6,5% 10,7% 6,5% 8,4%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoria

Freq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoria

Freq% Total

contribui muito

contribui pouco

não contribui

atrapalha

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#147

Tabela 8.28 - Contribuição do computador no desenvolvimento do raciocínio lógico-matemárico, segundo osprofessores, por região geográfica

353 513 337 381 411 199557,4% 58,0% 60,6% 47,2% 60,5% 56,3%

90 116 90 114 105 515

14,6% 13,1% 16,2% 14,1% 15,5% 14,5%16 17 24 15 8 80

2,6% 1,9% 4,3% 1,9% 1,2% 2,3%3 5 1 5 1 15

,5% ,6% ,2% ,6% ,1% ,4%104 141 68 192 106 611

16,9% 16,0% 12,2% 23,8% 15,6% 17,3%49 92 36 100 48 325

8,0% 10,4% 6,5% 12,4% 7,1% 9,2%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

Freq% Total

contribui muito

contribui pouco

não contribui

atrapalha

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

Desenvolvimento do raciocínio lógico-

matemático

Situação semelhante se observa em

relação ao papel do computador no desen-

volvimento do raciocínio lógico-matemático

dos alunos. Embora majoritária, a parcela

dos professores que assinalaram a opção

“contribui muito” não ultrapassa 56,3%.

Um bom contingente de professores

(17,3%) preferiu a alternativa “não sei

avaliar/não se aplica”.

Do ponto de vista regional, de um lado está

o Nordeste, costumeiramente mais pessi-

mista, e, do outro, estão as regiões Centro-

Oeste e Norte, onde a avaliação positiva

passou dos 60%.

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#148

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Tabela 8.29 - Contribuição do computador no desenvolvimento da organização e estruturação do pensamento,segundo os professores, por região geográfica

395 590 359 418 464 222664,2% 66,7% 64,6% 51,8% 68,3% 62,9%

90 111 115 129 89 534

14,6% 12,6% 20,7% 16,0% 13,1% 15,1%11 20 17 11 8 67

1,8% 2,3% 3,1% 1,4% 1,2% 1,9%3 4 2 9

,5% ,5% ,3% ,3%69 83 28 145 73 398

11,2% 9,4% 5,0% 18,0% 10,8% 11,2%47 76 37 104 43 307

7,6% 8,6% 6,7% 12,9% 6,3% 8,7%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

Freq% Total

contribui muito

contribui pouco

não contribui

atrapalha

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

Desenvolvimento da organização e

estruturação do pensamento

Descontadas as opiniões dos professores do

Nordeste, mais de dois terços dos professo-

res no país consideram que o computador

“contribui muito” para o desenvolvimento

da organização e estruturação do pensa-

mento; 15,1% foram mais comedidos e

optaram pela alternativa “contribui pouco”.

O quadro regional não difere substancial-

mente em relação aos itens anteriores:

certa incredulidade no Nordeste e aprova-

ção generalizada nas demais regiões.

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#149

Desenvolvimento da compreensão de

conceitos abstratos

Das onze contribuições do computador para

o desenvolvimento de competências e

habilidades dos alunos, a contribuição para

compreensão de conceitos abstratos é a

menos percebida pelos professores entrevis-

tados: mal consegue uma maioria de

50,5%. Um quinto dos professores acha

que apenas “‘contribui pouco”.

O padrão regional não difere substancial-

mente do quadro nacional.

Tabela 8.30 - Contribuição do computador no desenvolvimento da compreensão de conceitos abstratos, segundo os professores, por região geográfica

298 500 296 308 387 178948,5% 56,6% 53,2% 38,2% 57,0% 50,5%

121 164 144 159 116 704

19,7% 18,6% 25,9% 19,7% 17,1% 19,9%29 23 27 30 18 127

4,7% 2,6% 4,9% 3,7% 2,7% 3,6%1 2 3 1 7

,2% ,2% ,4% ,1% ,2%113 109 50 198 107 577

18,4% 12,3% 9,0% 24,5% 15,8% 16,3%53 86 39 109 50 337

8,6% 9,7% 7,0% 13,5% 7,4% 9,5%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

Freq% Total

contribui muito

contribui pouco

não contribui

atrapalha

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#150

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Tabela 8.31 - Contribuição do computador no desenvolvimento da identificação e compreensão de problemas,segundo os professores, por região geográfica

342 490 316 354 422 192455,6% 55,4% 56,8% 43,9% 62,2% 54,3%

109 168 135 139 108 65917,7% 19,0% 24,3% 17,2% 15,9% 18,6%

25 26 15 28 10 1044,1% 2,9% 2,7% 3,5% 1,5% 2,9%

1 2 4 7,2% ,2% ,5% ,2%

87 117 53 181 90 52814,1% 13,2% 9,5% 22,4% 13,3% 14,9%

51 81 37 101 49 3198,3% 9,2% 6,7% 12,5% 7,2% 9,0%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

contribui muito

contribui pouco

não contribui

atrapalha

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

Desenvolvimento de identificação e com-

preensão de problemas

Igualmente não é muito elevada a contri-

buição do computador para identificação e

compreensão de problemas, segundo os

professores entrevistados. A opção “‘contri-

bui muito” conseguiu maioria, mas escas-

sa: 54,3%. Pouco menos de um quarto

(14,9%) optou pela alternativa “contribui

pouco”. Um contingente de 14,9% preferiu

a opção “não sei avaliar/não se aplica”.

Com pequenas alterações de contorno,

esse quadro se repete nas regiões geográfi-

cas do país.

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#151

Desenvolvimento de resolução de

problemas

Se o computador não contribui muito para

a identificação e compreensão de proble-

mas, já era de se esperar que o mesmo

aconteceria com a resolução dos problemas

identificados. A Tabela 8.32 mostra um

quadro coerente com o da Tabela 8.31: os

professores são reticentes em considerar a

contribuição do computador para essas

competências.

Tabela 8.32 - Contribuição do computador no desenvolvimento da resolução de problemas, segundo os professores, por região geográfica

339 493 314 351 405 190255,1% 55,8% 56,5% 43,5% 59,6% 53,7%

107 175 137 152 108 67917,4% 19,8% 24,6% 18,8% 15,9% 19,2%

26 21 14 27 13 101

4,2% 2,4% 2,5% 3,3% 1,9% 2,9%1 1 2

,1% ,1% ,1%93 111 53 176 93 526

15,1% 12,6% 9,5% 21,8% 13,7% 14,9%50 84 38 100 59 331

8,1% 9,5% 6,8% 12,4% 8,7% 9,3%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoria

Freq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoria

Freq% Total

contribui muito

contribui pouco

não contribui

atrapalha

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#152

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

Desenvolvimento do trabalho em equipe e

colaboração

Se, na opinião dos professores, o computa-

dor tem dado contribuição limitada para o

desenvolvimento de competências para a

escrita,

para o raciocínio lógico-matemático, para a

identificação e resolução de problemas, o

mesmo não ocorre quando se trata de

desenvolver atitudes, como trabalho em

equipe, inovação, investigação e observa-

ção. A contribuição para mudança de

atitudes aparece bastante clara nas respos-

tas dos professores.

No país todo, 65,6% dos professores

atestam a contribuição do computador para

o desenvolvimento do trabalho em equipe.

Não fora a posição peculiar mais cautelosa

do Nordeste (56,8%), seriam mais de dois

terços no país com essa opinião.

Tabela 8.33 - Contribuição do computador no desenvolvimento do trabalho em equipe e colaboração, segundo osprofessores, por região geográfica

412 595 380 458 477 232267,0% 67,3% 68,3% 56,8% 70,3% 65,6%

77 115 98 118 78 486

12,5% 13,0% 17,6% 14,6% 11,5% 13,7%21 20 14 13 19 87

3,4% 2,3% 2,5% 1,6% 2,8% 2,5%

3 9 2 5 19,5% 1,0% ,2% ,7% ,5%

59 69 29 121 58 3369,6% 7,8% 5,2% 15,0% 8,5% 9,5%

43 76 35 95 42 2917,0% 8,6% 6,3% 11,8% 6,2% 8,2%

615 884 556 807 679 3541

17,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq% categoria

Freq% categoriaFreq

% Total

contribui muito

contribui pouco

não contribui

atrapalha

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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#153

Desenvolvimento da criatividade e

inovação

Desenvolver no aluno atitudes voltadas para

criação e inovação é a contribuição que

surge com muita clareza da pesquisa entre

os professores: 71,6% consideram que o

computador “contribui muito” para desen-

volver essa atitude e 10,4% acha que

‘’contribui pouco”.

O quadro regional repete o nacional, com

as peculiaridades que vêm sendo observa-

das nessas análises.

Tabela 8.34 - Contribuição do computador no desenvolvimento da criatividade e inovação, segundo os professores, por região geográfica

454 650 409 493 529 253573,8% 73,5% 73,6% 61,1% 77,9% 71,6%

63 79 90 91 46 36910,2% 8,9% 16,2% 11,3% 6,8% 10,4%

6 16 5 8 9 441,0% 1,8% ,9% 1,0% 1,3% 1,2%

3 2 2 7,5% ,2% ,3% ,2%

46 61 16 118 48 2897,5% 6,9% 2,9% 14,6% 7,1% 8,2%

43 76 36 97 45 2977,0% 8,6% 6,5% 12,0% 6,6% 8,4%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

contribui muito

contribui pouco

não contribui

atrapalha

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

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Desenvolvimento da investigação e

experimentação

Atitudes de investigação e experimentação

estão associadas à criatividade e à inova-

ção. Dessa forma, seria razoável prever

certo paralelismo nas respostas para as

duas questões. Efetivamente, 65.0% dos

professores optaram pela alternativa “contri-

bui muito” e 12,5 % para a resposta

“contribui pouco”.

O quadro regional mantém o padrão obser-

vado no conjunto das respostas.

Tabela 8.35 - Contribuição do computador no desenvolvimento da investigação e experimentação, segundo osprofessores, por região geográfica

426 612 368 427 467 230069,3% 69,2% 66,2% 52,9% 68,8% 65,0%

63 100 96 102 83 44410,2% 11,3% 17,3% 12,6% 12,2% 12,5%

13 16 12 19 9 692,1% 1,8% 2,2% 2,4% 1,3% 1,9%

1 1 2,1% ,1% ,1%

68 83 42 164 71 42811,1% 9,4% 7,6% 20,3% 10,5% 12,1%

45 73 38 94 48 2987,3% 8,3% 6,8% 11,6% 7,1% 8,4%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% categoriaFreq% Total

contribui muito

contribui pouco

não contribui

atrapalha

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

#154

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

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Desenvolvimento da curiosidade e

observação

A maior contribuição do computador parece

ser a de desenvolver atitudes de curiosidade

e de observação. É o que se depreende das

respostas dos professores. Com efeito,

78,7% deles são pela alternativa “contribui

muito”. Foi a posição mais clara em refe-

rência aos onze indicadores analisados.

Os resultados da pesquisa entre os profes-

sores vêm corroborar o sentimento geral de

que a introdução do computador e da

informática educativa nas escolas tem

contribuído substancialmente para o desen-

volvimento de atitudes potencialmente

positivas para a educação integral e conti-

nuada dos alunos.

Tabela 8.36 - Contribuição do computador no desenvolvimento da curiosidade e observação, segundo osprofessores, por região geográfica

491 715 469 553 557 278579,8% 80,9% 84,4% 68,5% 82,0% 78,7%

34 41 47 56 35 213

5,5% 4,6% 8,5% 6,9% 5,2% 6,0%5 7 6 2 20

,8% ,8% ,7% ,3% ,6%2 1 3

,2% ,1% ,1%44 55 12 109 50 270

7,2% 6,2% 2,2% 13,5% 7,4% 7,6%41 64 28 82 35 250

6,7% 7,2% 5,0% 10,2% 5,2% 7,1%

615 884 556 807 679 354117,4% 25,0% 15,7% 22,8% 19,2% 100,0%

Freq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq

% categoriaFreq% categoriaFreq% categoria

Freq% Total

contribui muito

contribui pouco

não contribui

atrapalha

não sei avaliar/nãose aplica

não respondeu

Total

sul sudeste centro-oeste nordeste norte

Regiões do Brasil

Brasil

#155

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#156

9 Síntese e conclusõesO presente relatório preliminar consolida e

sintetiza os resultados da primeira etapa do

projeto de avaliação externa do ProInfo –

Programa Nacional de Informática na

Educação, patrocinado pelo Ministério

da Educação, através da Coordenação

Nacional do ProInfo da Secretaria de

Educação a Distância – SEED, e contratado

com a Universidade de Brasília.

Essa primeira etapa corresponde a um

survey qualitativo (realizado nos dois

últimos meses de 2001) do universo de

236 NTE – Núcleos de Tecnologia

Educacional, e de 551 escolas envolvidas

no ProInfo, correspondente a uma pesquisa

amostral (e parcialmente censitária) do

conjunto de unidades educacionais

beneficiadas pelo Proinfo. No total foram

levantados 1.179 tipos distintos de dados e

entrevistadas 11.237 pessoas1.

Numa segunda etapa, os trabalhos serão

complementados com estudos de casos

que visam especificamente a:

a) definir parâmetros para avaliação

continuada, estabelecendo indicadores que

permitam acompanhar a evolução das

escolas com vistas a posteriores avaliações;

b) aprofundar a análise de situações, fatos e

ocorrências de particular relevância detecta-

dos no levantamento censitário e amostral.

Tendo como ponto de partida os Termos de

Referência definidos pelo MEC, foi

concebido um modelo sistêmico de

avaliação que visava a identificar as

variáveis mais relevantes que poderiam ser

classificadas como insumos, processos e

saídas do sistema. Nesse sentido são

considerados insumos, ou entradas, o

projeto pedagógico, a infra-estrutura física e

os recursos humanos. O processamento se

dá com as ações gerenciais, consideradas

do ponto de vista do desempenho dos

atores que participam do processo.

As saídas são os efeitos e impactos na

escola (aqui materializada na sala de aula),

na comunidade escolar (que compreende

professores e alunos) e na comunidade

externa.

1 Sendo 1.303 nos NTE (246 Coordenadores, 213 técnicos de laboratório e 844 professores multiplicadores) e 9.934 nas Escolas (compreendendo

551 Diretores, 476 Coordenadores de Laboratórios de Informática, 3. 541 professores e 5.366 alunos.)

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#157

A partir desse modelo conceitual, foram

definidas as questões que integraram os

sete questionários aplicados aos principais

atores do processo: Diretor, Coordenador de

Informática, Professores e Alunos das

Escolas e Coordenador, Professor

Multiplicador e Técnicos de Laboratório dos

NTE.

1 Situação e desempenho dos NTE1 Situação e desempenho dos NTE1 Situação e desempenho dos NTE1 Situação e desempenho dos NTE1 Situação e desempenho dos NTE

A maioria dos NTE foi implantada em

1997-98 para dar apoio à implementação

do ProInfo nas áreas de capacitação de

recursos humanos (professores e técnicos

de suporte), suporte pedagógico e

técnico às escolas (elaboração de projetos

de uso pedagógico da telemática e

respectivo acompanhamento, suporte a

professores e técnicos, etc.) e

desenvolvimento de pesquisas e experiênci-

as educacionais.

Os NTE foram avaliados com base em três

questionários: o do coordenador do NTE, o

dos professores multiplicadores e o dos

técnicos do NTE.

Infra-estrutura física e tecnológica

Do ponto de vista dos seus coordenadores,

os NTE dispõem de uma infra-estrutura

física que foi avaliada de forma bastante

favorável, particularmente em termos de

localização do prédio e das condições das

salas de laboratórios de informática, com

índices de aprovação de 90 % a 93 %

(somatório das avaliações excelente, muito

boa e boa).

Registrou-se a inexistência de salas de

administração em 17,9 % dos casos, mas

onde elas existem predominam as

avaliações positivas (87 % das opções dos

respondentes). A grande deficiência

observada foi a inexistência de auditórios

(em 65 % dos casos) e bibliotecas (em

76% dos casos).

Com relação à infra-estrutura tecnológica,

os técnicos de laboratórios manifestaram

opiniões positivas sobre as condições da

rede elétrica (92 %), equipamentos de

informática (92 %), rede lógica (85 %),

segurança das instalações (82 %) e

suprimento de material de consumo (73%).

No item de assistência técnica foram

considerados o desempenho das duas

empresas fornecedores de equipamentos

(Positivo e Procomp) e do CETE-MEC.

Aqui foi muito elevado o percentual de

respostas nulas com relação à Positivo

(44%). Com relação à Procomp esse índice

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#158

de abstenção foi bem menor (19 %).

Já com relação à assistência técnica do

CETE mais da metade dos entrevistados

(53 %) informaram que ela nunca foi

solicitada.

De qualquer modo, nos casos em que essa

assistência foi prestada predominam as

opiniões positivas. Mas este é um aspecto

que precisa ser aprofundado na segunda

etapa da pesquisa.

O acesso à Internet está disponível para

88% dos técnicos do NTE. Somente 25

técnicos do laboratório (12% do total)

declararam não ter acesso à Internet.

Por outro lado, mais da metade desses

técnicos (55%) avalia de forma positiva

(opções muito boa + boa) as condições de

acesso à Internet. Ainda assim, não se pode

deixar de notar que as classificações “razoável”

e “precária” foram atribuídas, respectivamente,

por 19,1 % e 13,9 % dos respondentes.

O provedor de acesso é predominantemente

estatal (51,2%). Outras alternativas são:

provedores privados - pago (20,7%) ou

gratuito (7,0%) - e próprio (4.2%).

As condições de acesso à rede local

também são avaliadas positivamente pela

maioria (54 %) dos técnicos, embora não

se possa deixar de notar, novamente, que

ainda existem situações identificadas como

“razoável” (9,4%) e “precária” (3,3%).

As condições de segurança da rede são

qualificadas positivamente por 69,1% dos

técnicos.

Em termos de sistemas operacionais, os

técnicos dos NTE informaram que a maioria

dos laboratórios (68,1%) utiliza somente

sistemas operacionais proprietários ou

comerciais. A utilização de ambos

os sistemas foi referida por 28,6% dos

técnicos. O uso exclusivo de sistemas

operacionais livres (gratuitos) é marginal

(3,3%).

Em síntese, na percepção da maioria dos

técnicos, as condições básicas para o

funcionamento do laboratório de

informática, no geral, são favoráveis – em

termos de acesso à Internet e condições da

rede local e da segurança. No entanto, é

preciso atentar para os casos onde as

condições são precárias e onde ainda

não se tem acesso à Internet, o que limita

as possibilidades das ações voltadas para

os objetivos do Proinfo.

Condições de trabalho para suporte

técnico no NTE e às escolas

Em relação aos NTE, as condições de

trabalho para prestação de suporte técnico

são consideradas positivas para 45,5 % dos

técnicos. Mas para um grupo não

desprezível desses técnicos – 39%, essas

condições se classificam entre “razoável”

(18,3%) e “precária” (20,7%).

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#159

Nas escolas, em termos comparativos, as

condições de trabalho de suporte técnico

são menos favoráveis. Se nos NTE 45,5 %

dos técnicos classificaram as condições de

trabalho de boas a excelentes, no caso do

trabalho junto às escolas esse percentual

caiu para 22,5%.

2 Os recursos humanos do P2 Os recursos humanos do P2 Os recursos humanos do P2 Os recursos humanos do P2 Os recursos humanos do ProInforoInforoInforoInforoInfo

Os dados sobre qualificação e capacitação

dos recursos humanos do ProInfo, sua

motivação e comprometimento com o

Programa revelam um quadro geral franca-

mente positivo para todas as categorias de

atores - técnicos de informática,

multiplicadores, coordenadores de NTE,

coordenadores de laboratório e professores -

sem diferenças regionais significativas.

Percebe-se que os atores estão motivados

e comprometidos com o Programa.

Nas escolas, as respostas dos professores

indicam que o ProInfo é bem aceito pelo

conjunto dos professores e alunos nas

escolas. Somadas as avaliações “excelente”

e “muito bom”, o nível de aceitação é de

50% ou mais. A mesma freqüência é

observada em relação ao suporte

pedagógico, ao suporte técnico e aos

programas de capacitação proporcionados

pelos NTE.

Os professores também se mostram satis-

feitos com a disponibilidade do laboratório

de informática. Cinqüenta por cento a

consideram de boa para cima. A única

restrição feita é com relação ao acervo de

softwares, livros e equipamentos de apoio,

considerado insuficiente.

Aparentemente não existem problemas

sérios de gestão. A direção das escolas

incentiva o programa e os professores têm

autonomia para planejar o uso da

informática educativa em sala de aula.

Técnicos do NTE

Foram entrevistados 213 técnicos do

laboratório de informática. Eles têm, em

média, 35,5 anos de idade e 2,5 anos de

tempo de trabalho no ProInfo. A maioria

dos técnicos do laboratório tem formação

superior. Cerca de dois terços (66,6 %) dos

entrevistados revelaram possuir formação

de bacharelado, licenciatura curta,

licenciatura plena e de tecnólogo

Ademais, pelo menos 62 % dos técnicos

receberam treinamento específico, em

cursos patrocinados predominantemente

pelo ProInfo (para metade dos técnicos).

O número médio de horas de capacitação foi

de 377 horas, ou seja, de duração

comparável aos cursos de pós-graduação

lato sensu.

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#160

Os resultados da capacitação recebida se

refletem no nível e na natureza da auto-

avaliação das competências individuais. Em

ordem decrescente, as competências

avaliadas com maior freqüência na classe

“muito boa” foram:

• Instalação e configuração de sistemas

operacionais: 34,7%

• Instalação de sistemas e de ferramentas

educacionais: 31,9%

• Instalação e configuração de sistemas

aplicativos: 29,1%

• Edição e formatação eletrônica de

documentos: 28,6%

• Proteção contra vírus e segurança de

dados: 25,4%

• Instalação e configuração de rede local:

25,4%

• Instalação e configuração de ferramen-

tas multimídia: 24,4%

• Identificação de componentes, arquite-

tura: 23,9%

• Resolução de problemas em linguagem

de programação: 23.9%

• Elaboração de apresentações eletrôni-

cas: 23,0%

• Administração e gerência de arquivos e

diretórios: 22,1%

• Manipulação de planilhas de cálculo

eletrônico: 20,2%.

O conteúdo desses cursos foi avaliado de

forma positiva (excelente + muito bom +

bom) por 89 % dos técnicos, com variações

significativas entre as regiões. Por exemplo,

no plano nacional 58,2 % dos técnicos

consideraram esse conteúdo excelente,

percentual que se eleva para 79,7 % no

Sudeste e se reduz para 35 % no Nordeste.

Para a maioria dos técnicos do NTE é clara

a percepção de que a importância do seu

trabalho é reconhecida “plenamente” (para

29 % do seu total) ou “parcialmente”

(para 47,9 % deles). Ademais 62,0% dos

técnicos consideram que o trabalho no NTE

contribui “plenamente” para o próprio

crescimento pessoal.

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#161

Multiplicadores

O ProInfo conta atualmente com 1.419

multiplicadores, dos quais o projeto de

avaliação entrevistou 844. Eles têm , em

média, 38,9 anos de idade e 13,2 anos de

experiência em sala de aula.

Dentre os 844 multiplicadores

entrevistados, 85,4% declararam ter

licenciatura plena, valor que se repete, com

pequenas variações, em todas as regiões do

país. Em termos de pós-graduação, 88%

dos multiplicadores são especialistas, com

predomínio da área de informática educativa

(71%). A presença de doutores ou mestres

é marginal.

É de salientar que a maioria dos

multiplicadores declarou que não tinha

experiência em informática antes de partici-

par do ProInfo, (340 multiplicadores ou

40,2 % do total) ou, quando muito,

poderiam ser considerados apenas usuários

iniciantes (329 ou 39,3 %) . Isso significa

que sua capacitação em informática

educativa foi basicamente patrocinada pelo

ProInfo, cujos programas de treinamento

atingiram dois terços dos multiplicadores

(66,7%) e foram avaliados de forma muito

positiva: 47,8% dos multiplicadores

entrevistados assinalaram as opções “exce-

lente” ou “muito boa” para caracterizar a

qualidade dos cursos do ProInfo.

Entre os multiplicadores entrevistados, 90%

estão satisfeitos com o trabalho que reali-

zam, e 87,5% , em todas as regiões do

país, percebem que o próprio trabalho é

reconhecido. Mais de 80 % deles

consideram que sua participação no ProInfo

contribui “plenamente” para o seu desen-

volvimento profissional. E quase todos

caracterizam como “muito importante” o

uso da informática no processo de ensino e

aprendizagem.

Professores

Foram entrevistados 3.541 professores

vinculados ao ProInfo. Predominam

docentes do sexo feminino (77,9%), sem

diferenças regionais significativas. A maioria

dos professores se dedica integralmente ao

magistério, trabalhando principalmente nos

horários diurnos.

Em média, os professores tem 37,5 anos

de idade e 13,2 anos de experiência de

magistério, sendo 7,3 na escola atual.

Cada professor se responsabiliza por 7,5

turmas, lecionando, 28,1 horas semanais

na escola e 34,9 horas no total, incluindo

outras escolas.

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#162

Mais de dois terços, (67.8%) dos professo-

res têm curso superior completo, dos quais

23,8% com pós-graduação, predominante-

mente no nível de especialização. A ocor-

rência de pós-graduação stricto sensu é

marginal.

A maioria (70,4%) recebeu treinamento em

informática educativa, sendo que, sob esse

aspecto, foram observadas variações signifi-

cativas entre as diversas regiões do país.

A experiência com informática no ensino,

na média, não supera 2,8 anos, ou seja, a

experiência começou, em grande parte,

com o ProInfo.

Para aferir a qualidade dos cursos

ministrados solicitou-se a opinião dos

Coordenadores dos NTE, que, em sua

totalidade, os classificaram como

excelentes, muito bons ou bons (ignorando

a opção “ruim”). O Centro-Oeste apresentou

o maior percentual regional de categoria

“excelente”: 43,5%. As maiores reticências

quanto à qualidade da capacitação dos

professores ocorrem no Norte e Nordeste.

Segundo o julgamento dos próprios profes-

sores, as atividades em relação às quais

eles se consideram mais competentes no

uso do computador são:

• Edição e formatação eletrônica de

documentos (34,71%);

• Jogos e entretenimento (34,7%);

• Preparação e correção de provas e testes

(33,8%);

• Uso dos serviços de rede e internet

(27,8%);

• Manipulação e planilha de cálculo

eletrônico (16%);

• Instalação básica e configuração do

computador (15,1%).

Os professores utilizam a informática

principalmente para:

• Prática pedagógica da própria disciplina:

48,0%

• Com disciplinas integradas: 20,2%

• Com temas transversais: 15,7%

• Produção de material didático: 30,4%

• Planejamento e gerenciamento do

projeto pedagógico: 16,6%.

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#163

Em menor proporção são indicadas as

habilidades para resolução de problemas

usando linguagem de programação (4,1%),

instalação e uso de sistemas gratuitos e

plataformas abertas (3,9%) e

desenvolvimento de documentos,

hipertextos e homepages (7,3%).

As atividades relacionadas com o uso do

computador são desenvolvidas tanto na

escola (48,3%), como em casa (43,1%).

Isso confirma que um grande número de

professores dispõe de computadores em

casa, e indica o comprometimento dos

docentes com a informática educativa.

O uso do computador em casa é mais

freqüente nos estados do Sul (51,1%) e do

Sudeste (59,3%).

Entre os 3.542 professores entrevistados,

merece relevo o fato de que. enquanto

apenas 58% deles usavam o computador

antes de participar do ProInfo (Tabela 7.34),

hoje 85% são propagandistas da

informática e buscam incentivar seu uso

entre os colegas. Mesmo no Nordeste, onde

a freqüência da atividade missionária em

prol do computador é a menor do país, ela

atinge 79% dos professores.

Alunos

Normalmente os alunos são considerados

como o objeto - no sentido de finalidade -

do processo educacional ou, como preferem

os adeptos do marketing educacional, ele

seria o cliente. Embora bastante comum,

essa é uma visão limitada, se não

deformada, do processo educacional.

Com efeito, o aluno é o sujeito do processo

pedagógico, visto ser ele o gerador da

própria educação. Se no processo

educacional existe um cliente, este não é o

aluno, mas a sociedade para a qual ele se

destina. Dessa forma, o aluno se torna um

recurso, no sentido de que o processo

educacional se serve dele para moldar um

cidadão para a sociedade.

Foram entrevistados também 5.366 alunos,

dos quais pouco mais da metade (52,9%) é

do sexo feminino. A idade média gira em

torno de 14,5 anos, com cerca de dois

terços dos entrevistados cursando as oito

séries do curso fundamental e um terço

fazendo o curso médio. Predominam alunos

dos cursos regulares (91,0 %), nos turnos

matutino (47,7%) e vespertino (41,2%).

Pouco mais de um quinto (22 %) dos

alunos têm computador em casa (e, des-

ses, a metade está ligada na internet, que é

utilizada principalmente para fazer pesquisa,

bate-papo e enviar e-mail).

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R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#164

Desempenho e relacionamento

Não foram identificados problemas

significativos no relacionamento pessoal ou

profissional entre os diretores de escolas, os

coordenadores dos NTE e os técnicos,

multiplicadores e professores envolvidos no

Programa.

Em resumo: o ProInfo conta com um corpo

de técnicos, multiplicadores e professores

altamente qualificados, motivados e com-

prometidos com o Programa.

3 As escolas do P3 As escolas do P3 As escolas do P3 As escolas do P3 As escolas do ProInforoInforoInforoInforoInfo

Foram avaliadas as condições de 551

escolas do ProInfo e em particular dos seus

laboratórios de informática, do ponto de

vista dos objetivos e do desempenho do

Programa.

A escola típica do ProInfo (86,4%) funciona

nos turnos diurno e noturno. Embora o foco

do programa seja a educação básica, um

grande número de escolas combina ensino

fundamental e ensino médio.

As escolas são dotadas de um laboratório de

informática, instalado em sala de uso

exclusivo, isto é, não compartilhada com

outros programas educacionais. Em média

a área útil dos laboratórios é de 50 m2.

A avaliação do espaço físico do laboratório é

francamente positiva, tanto por parte dos

diretores quanto dos coordenadores do

laboratório. Somando as avaliações “exce-

lente”, “muito boa” e “boa”, atribuídas pelos

diretores, chega-se a um índice de aprova-

ção da infra-estrutura físicainfra-estrutura físicainfra-estrutura físicainfra-estrutura físicainfra-estrutura física de 91,6%. A

opinião dos coordenadores de informática

sobre o espaço físico do laboratório não se

diferencia significativamente da dos direto-

res. Por outro lado, é satisfatória a disponibi-

lidade de uso dessa infra-estrutura, segun-

do a opinião dos professores. Efetivamente,

as menções positivas (excelente, muito boa

e boa) foram dadas por 67,70% dos docen-

tes. Apenas 10,7% deles apontaram defici-

ências sob esse aspecto e somente 4,6%

responderam que não têm acesso ao

laboratório.

Os coordenadores de informática também

avaliaram a infra-estrutura tecnológicainfra-estrutura tecnológicainfra-estrutura tecnológicainfra-estrutura tecnológicainfra-estrutura tecnológica dos

laboratórios, considerando os aspectos de

rede elétrica, rede local, equipamentos de

informática, licença para uso de software,

condições físicas de trabalho, segurança e

assistência técnica de fornecedores de

equipamentos.

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#165

De um modo geral, enquanto os itens de

investimento - rede elétrica, rede local,

equipamentos, condições de trabalho e de

segurança - registraram elevados índices de

aprovação, o mesmo não ocorreu no que

diz respeito a itens de suprimentos, disponi-

bilidade de licenças para uso de softwares e

prestação de assistência técnica, onde a

aprovação é menor ou são apontadas

deficiências. Vale destacar que a infra-

estrutura de equipamentos de informática

foi avaliada positivamente (excelente, muito

boa e boa) por 90,9% dos coordenadores de

informática em todo o país.

O balanço geral da infra-estrutura dos

laboratórios do ProInfo, tanto do ponto de

vista físico como tecnológico, é claramente

favorável e apresenta um quadro significati-

vamente homogêneo em todo o território

nacional.

4 A dimensão pedagógica4 A dimensão pedagógica4 A dimensão pedagógica4 A dimensão pedagógica4 A dimensão pedagógica

O Proinfo é, essencialmente, um projeto

educativo. Embora a dimensão pedagógica

perpasse todo o sistema ProInfo, ela é vista

aqui separadamente, por uma questão de

método e estratégia de análise, tendo em

vista tentar avaliar os impactos que as ações

do Programa geraram, de modo especial,

sobre o desempenho de professores e

alunos no processo educacional.

Com efeito, a questão fundamental está em

saber: a) como está sendo usado o compu-

tador na sala de aula e qual a receptividade

ao programa da parte de professores,

alunos e comunidade local, b) que impactos

teve o programa sob a forma de mudanças

na sala de aula; e c) que resultados podem

ser identificados em termos de melhorias no

processo de ensino-aprendizagem.

Uso da informática nas escolas

Os professores utilizam a informática

principalmente para atividades diretamente

vinculadas à sala de aula, e, em menor

intensidade para produção e avaliação de

software educacional. O quadro se repete,

sem alterações significativas, em todas as

regiões do país.

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A utilização do computador é consistente

com as habilidades para as quais os profes-

sores se julgam mais capacitados, com

ênfase na edição e formatação eletrônica de

documentos, jogos e entretenimento,

preparação e correção de provas e testes,

uso de serviços de rede e internet e mani-

pulação e planilhas de cálculo e multimídia.

O uso do computador é mais freqüente nas

aulas de Língua Portuguesa, Matemática,

Geografia e História. Coincidentemente,

essas são também as disciplinas com maior

número de professores.

As novas aquisições técnicas proporcionadas

pelo ProInfo com o uso da informática

educativa têm amplo respaldo entre profes-

sores, alunos e na comunidade local, como

o atesta o nível de receptividade do

Programa. Nos três segmentos, a aceitação

do programa nas classificações “muito boa”

e “excelente” supera os 40%. Casos de

aceitação “ruim” não ultrapassam 5,0 %.

Os professores, em sua maioria, são recepti-

vos ao ProInfo. A aceitação do Programa é

considerada mais como “boa” (34,3%), do

que “muito boa” (28,1%) ou “excelente”

(21,7%). As avaliações conjuntas de

“razoável” (10,8%) e “ruim” (2,3%),

somam apenas 13,1%.

Dentro das regiões geográficas, as avalia-

ções menos positivas, como no caso do

“razoável”, são mais freqüentes no Nordeste

– 39,1% - e mais raras no Sul - 8.1% -,

uma variação a considerar. Já no caso das

avaliações positivas, por exemplo, a catego-

ria “excelente” ocorre com mais freqüência

no Sul - 26,3% e é mais rara no Nordeste -

14,1%. Entre os professores, o grau de

receptividade do ProInfo no Sul tende a ser

quase o dobro da receptividade no Nordeste.

Para os professores, a contribuição do

Proinfo para a disseminação da cultura de

informática na Escola, é descrita como

“muito importante” (60.0%). Sob o ponto

de vista regional, continua o Nordeste como

a região onde a ação do ProInfo recebeu

menor freqüência de menções “muito

importante” (49,4%).

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#166

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Na opinião dos 3.541 professores

pesquisados, a aceitação do Proinfo no

grupo dos alunos é considerada mais como

“excelente” (29,3%) do que “muito boa”

(28,4%) ou “boa” (27,6%). As avaliações

conjuntas de “razoável” (8,1%) e “ruim”

(1,9%), somam somente 10%.

Como se trata da avaliação dos professores

quanto à percepção dos alunos, é razoável

supor algum paralelismo entre as duas

avaliações, porque é suposto que a percepção

do professor sobre o ProInfo influencie o juízo

sobre a aceitação do ProInfo pelos alunos.

Em termos regionais, a aceitação do

Programa é considerada “excelente” de

forma mais intensa no Sul, com 38% das

menções, do que no Nordeste, onde esse

percentual é de 21,3%. A situação é

logicamente invertida quando se considera

a classificação “razoável” que corresponde no

Nordeste a 13,6% e no Sul a 5,2%.

No que diz respeito à aceitação do Proinfo

pela comunidade local, percebe-se, pela

tabela 8.7, que ela é considerada mais

como “boa” (33,2%) do que “muito boa”

(23,6%) ou “excelente” (16,9%).

A receptividade na comunidade local é

menos entusiasmada do que na comunida-

de escolar.

É para se notar que, no Sul, para os três

segmentos, tanto o índice aceitação mais

alto (“excelente”), em torno de 30%,

quanto o nível de rejeição (nível de

aceitação “ruim”), em torno dos 5%,

situam-se entre os maiores do país.

Mudanças na sala de aula e na gestão

escolar

O uso do computador induz importantes

mudanças na sala de aula em termos de

forma de atuação dos professores e

alterações na disciplina, comportamento e

interesse dos alunos e na qualidade dos

seus trabalho, além de incentivar melhora-

mentos na gestão escolar.

A maioria dos diretores de escolas entrevis-

tados reconheceu que, em função das

atividades do laboratório, foram provocadas

mudanças na gestão escolar, sob a forma

de reorientação pedagógica (67,9 %),

reorganização física (52,8 %) e alterações

do planejamento educacional (67,9 %) e da

rotina escolar (61 %).

Em menor escala (em torno de 40 %)

foram indicados reforma de currículos e

mudança na avaliação educacional.

#167

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Os diretores de escolas registraram

também os impactos positivos do uso da

informática na comunidade escolar

principalmente no tocante ao aumento de

motivação de professores e alunos, e,

embora em grau menor, à redução da

evasão e do abandono.

Por sua vez, os 3.541 professores

entrevistados, em 73,5% dos casos, consta-

taram melhoria no índice de desempenho

dos alunos. Igualmente, os professores de

todas as regiões geográficas fazem coro

com os diretores, atestando que o uso do

computador reduz a evasão escolar (30,3%

dos diretores e 35,6% dos professores

assinalaram esse efeito).

A maioria dos professores registrou

melhoras na qualidade dos trabalhos dos

alunos e aumento de seu interesse pelas

aulas do laboratório, pela pesquisa em

diversas fontes, pela ciência e tecnologia e

pela informação e conhecimento. Em

menor escala (47,9 %) foi anotado o

aumento de interesse por questões sociais.

Da mesma forma que diretores e professores

concordam em afirmar que o uso da

informática educativa aumenta a motivação

dos alunos, estes, por sua vez, corroboram a

assertiva. Efetivamente, 65,7% dos 5.366

alunos entrevistados no país afirmam que as

aulas ficaram “mais interessantes” depois

que os professores começaram a usar o

computador; poucos (7,4%) não sentiram

diferença; um pequeno grupo (4,6%) achou

as aulas mais fáceis.

Cumpre salientar que, sem diferenças

regionais significativas, a quase totalidade

dos alunos entrevistados (97,2%) entende

que as aulas seriam melhores se os

professores utilizassem o computador.

Por ordem decrescente, são estas as

disciplinas preferidas pelos alunos para uso

do computador: Língua Portuguesa,

Informática, História, Geografia e

Matemática.

Melhoria do processo de ensino-

aprendizagem

As melhorias do processo de ensino-apren-

dizagem podem ser identificadas a partir da

elevação do rendimento escolar e do desen-

volvimento de competências, habilidades e

atitudes que são importantes para a

formação dos alunos

R E L A T Ó R I O D E A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D O P R O I N F O

#168

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De imediato deve ser ressaltado que a

maioria (63,3%) dos professores no país

entende que o uso do computador trouxe

melhoria do rendimento escolar nas discipli-

nas que ministram. Somente 14,6%

admitem que “não houve alteração”

Esse padrão de avaliação está difundido em

todo o território nacional, mas os efeitos são

menos sentidos no Nordeste. Mesmo

assim, 54,2% dos professores da região

concordam que o rendimento escolar

melhorou com o uso do computador

Foi pesquisada também a contribuição do

computador para o desenvolvimento de

onze tipos de comportamento que

caracterizassem competências, habilidades

e atitudes dos alunos. O quadro geral

mostra que a contribuição do computador

para o desenvolvimento dos alunos é alta e

benéfica. A maioria dos professores

entrevistados entende que o computador

contribui muito para o desenvolvimento da

curiosidade e observação, da criatividade e

inovação, do trabalho em equipe, da leitura,

da investigação e experimentação e, em

menor escala (mas ainda numa faixa de 50

a 63 % dos professores entrevistados) para

a organização e estruturação do pensamen-

to, para a escrita, para o raciocínio lógico-

matemático, para a identificação e solução

de problemas, e para a compreensão de

conceitos abstratos.

Em síntese: a despeito do tempo

relativamente curto de implementação do

ProInfo e do caráter preliminar desta avalia-

ção, existem múltiplas indicações – e todas

na mesma direção – de que o Programa

vem alcançando razoável sucesso, não

apenas em termos da realização de suas

metas operacionais de curto prazo como no

tocante aos seus objetivos finalísticos de

mais longo prazo

#169

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