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Programas de vigilância das IACS

Margarida Câmara

[email protected]

Câmara de Lobos, 20-22 setembro 2017

• São um problema major de saúde.

• Consideradas um dos eventos adversos mais frequentes.

• Estão associadas a elevada morbi-mortalidade e a elevados custos (económicos, sociais, familiares, etc.).

• Constituem uma ameaça à segurança do doente.

SHEA position, Enhancing Patient Safety by Reducing Healthcare-Associated Infections: The role of Disease and Dissemination,

Infect Control Hosp Epidemiol 2010 (2):118-123

Introdução

Grupo de Coordenação do PPCIRA do SESARAM, EPE

• A observação contínua, ativa e sistemática das IACS, do

consumo de antimicrobianos e das resistências aos

antimicrobianos, vigilância epidemiológica (VE), fornece

indicadores de qualidade e segurança do doente,

fundamentais para “sabermos onde estamos e para onde

vamos”.

• É parte integrante do PPCIRA.

World Health Organization/CDC/CRS/EPH, Prevention of Hospital-Acquired Infections: A Practical Guide 2002 (3):16-25

Introdução



Utente

Resistên-cias

IACS Antimi-

crobianos

Programa de Prevenção e Controlo da Infeção e de Resistência aos

Antimicrobianos

Despacho do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde nº 2902/2013 de 22 de Fevereiro

Objetivos dos PPCIRA

• Vigilância: recolha, análise e interpretação sistemática e

prospetiva dos dados, essenciais para planear e avaliar a

prestação de cuidados, com divulgação às entidades

competentes.

• Epidemiologia: conhecimento e controle do número e

distribuição das doenças infecciosas na população de

Unidades de Saúde – doentes, profissionais de saúde e

visitantes.

Lee at all. Recommended practices for surveillance: Association for professionals in Infection Control and Epidemiology (APIC), Inc. Am J Infect Control 2007:35;427-40

Conceitos


• Primário: conhecer a taxa de infeção endémica ou seja, a sua

frequência “normal”, com a finalidade de a reduzir.

• Secundário: reduzir o risco de infeção.

Objetivos da vigilância epidemiológica das IACS



HCF

757

RRCCI

512

CSP

52 Centros de Saúde 68


Caraterização do SESARAM, EPE

• Estudos de Prevalência:

• Identificam o número de casos de infeção do dia em que se realizam;

• São utilizados para:

• Medir o peso da doença numa população e definir necessidade de

cuidados;

• Comparar a prevalência da doença entre populações;

• Avaliar tendências de frequência ou de gravidade da doença ao longo do

tempo.

Instrumentos epidemiológicos



27

14 13 9 7

4 3

05

1015202530

Infe

çõe

s (n

úm

ero

)

Distribuição das Infeções - 2012

Estudos de Prevalência


Inquérito de Prevalência (IPI) Europeu de IACS e Uso de Antimicrobianos nos Hospitais de agudos na Europa, ECDC

5,7%

14,4%

10,5%

IPI 2012

10,5%

Prevalência de Infeção

IPI 2012 IPI 2010 Consumo de

Antimicrobianos 43.4%

Consumo de Antimicrobianos

45.3%

IPI 2017

Healthcare-Associated Infection and Antimicrobial Use in Long-Term Care Facilities, HALT2

8,3% Consumo de Antimicrobianos

32.7%

• Estudos de Incidência:

• Identificam os novos casos num periodo de tempo

especificado;

• Dao a conhecer o nivel basal da taxa de infeccao

endemica;

• O denominador e a populacao em risco.

XXX

Instrumentos epidemiológicos



Despacho do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde nº 2902/2013 de 22 de Fevereiro

Estudos de incidência

Dirigidos a infeções

específicas

INCS

HELICS

ILC

Dirigidos a populações específicas

HELICS

UCIN

HELICS

UCI

Sistema de vigilancia europeu HAI-Net

(Healthcare – Associated Infections network), ECDC

Rede de VE europeia TESSy (The European Surveillance System)

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

A2008 A2009 A2010 A2011 A2012 A2013 A2014 A2015 A2016

INC

S a

MR

SA/1

00

0 d

ias

do

en

te

Ano

Bacteriémia a MRSA

HCF

Portugal


Fonte: Vigilância Epidemiológica PPCIRA/DGS - INCS

Prevenção INCS a CVC

CPBCI PAPA

Rastreio e irradicação MRSA STOP Infeção Hospitalar

Infeções Nosocomiais da Corrente Sanguínea

0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1

3,1 3,0

2,5

2,0 1,9 1,9

1,8

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

A2008 A2009 A2010 A2011 A2012 A2013 A2014 A2015 A2016

Bac

teri

ém

ia r

ela

cio

nad

a co

m C

VC

po

r 1

00

0 d

ias

CV

C

Ano

Bacteriémia relacionada com CVC

HCF

Portugal



Prevenção INCS a CVC

CPBCI PAPA Rastreio e

irradicação MRSA STOP Infeção Hospitalar



65,8 67,4

75

82,4

55,4

74,1

64,2 64,7 62,2 61 62,4

60,1

53

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

A2015-2017 A2009 A2010 A2011 A2012 A2013 A2014 A2015 A2016

Ep. I

NC

S a

MR

SA/E

p. d

e IN

CS

a St

aph

ylo

cocc

us

aure

us

Episódios de INCS a MRSA/Total de episódios INCS a Staphylococcus aureus

HCF

Portugal


Rastreio e irradicação MRSA STOP Infeção Hospitalar



Fonte: HELICS-Cir PPCIRA, DGS

HELICS ILC

18,8

12,3

6,2

19,5

20,7

23,7

16,6 17,2

0

5

10

15

20

25

A2011 A2012 A2013 A2014 A2015 A2016

Inci

dê

nci

a d

as IL

C d

o c

ólo

n e

re

to

Ano

Incidência das ILC de cirurgia do cólon e reto

HCF

Portugal

Fonte: Surveillance of Surgical Infections in NHS hospitals in

England 2012/13


STOP Infeção Hospitalar!



HELICS ILC

5,1

4,6

3,0

6,2

2,2 2,2 2,0

2,4

0

1

2

3

4

5

6

7

A2011 A2012 A2013 A2014 A2015 A2016

Inci

dê

nci

a d

as IL

C d

a ve

sícu

la b

iliar

Ano

Incidência das ILC de cirurgia da vesícula biliar

HCF

Portugal



HELICS ILC

2,6

0,0

2,4

1,0

1,7

1,5

0,8

0,6

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

A2011 A2012 A2013 A2014 A2015 A2016

Inci

dê

nci

a d

as IL

C d

a p

róte

se d

a an

aca

Ano

Incidência das ILC de cirurgia de prótese de anca

HCF

Portugal



HELICS ILC

1,9

4,9

1,8

4,9

3,4

2,3 2,0

1,3

0

1

2

3

4

5

6

A2011 A2012 A2013 A2014 A2015 A2016

Inci

dê

nci

a d

as IL

C d

e c

iru

rgia

de

pró

tese

do

joe

lho

Ano

Incidência das ILC de prótese do joelho

HCF

Portugal

25,8

20,8 20,7

11,6

6,1

11,2 10,6

8,7 8,6 8,7 7,4 7,1

0

5

10

15

20

25

30

A2008 A2009 A2010 A2011 A2012 A2013 A2014 A2015 A2016

Pn

eu

mo

nia

ass

oci

ada

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tub

ação

em

UC

I Ad

ult

os

po

r 1

00

0 d

ias

de

in

tub

ação

Ano

Pneumonia associada a intubação em UCI Adultos

HCF

Portugal


CPBCI PAPA

Bundle PAV

Rastreio e irradicação MRSA STOP Infeção hospitalar!

Fonte: HELICS-UCI PPCIRA, DGS

HELICS UCI

1,5

0,0 0,0

0,8

0,0

2,1 2,2

1,4 1,5

1,0

1,3

1,9

0

0,5

1

1,5

2

2,5

A2008 A2009 A2010 A2011 A2012 A2013 A2014 A2015 A2016

Bca

teri

ém

ia r

ela

cio

nad

a co

m C

VC

em

UC

I Ad

ult

os

po

r 1

00

0 d

ias

CV

C

Ano

Bacteriémia relacionada com CVC em UCI Adultos

HCF

Portugal


CPBCI PAPA

Bundle

Rastreio e irradicação MRSA STOP Infeção hospitalar!

Fonte: HELICS-UCI PPCIRA, DGS

HELICS UCI


Fonte: HELICS-UCIN PPCIRA, DGS

HELICS UCIN

1,0

0,0 0,0

3,0

10,1

11,3 11,3

13,4

11,5

9,1

11,3

0

2

4

6

8

10

12

14

16

A2008 A2009 A2010 A2011 A2012 A2013 A2014 A2015 A2016

Sep

sis

asso

ciad

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CV

C e

m U

CI

Ne

on

tal p

or

10

00

dia

s d

e C

VC

Ano

Sepsis associada a CVC em UCI Neonatal

HCF

Portugal


• Para “Conhecer” e para “melhorar” é necessário o

cumprimento dos Programas de VE das infeções, das

resistências e do consumo de antimicrobianos;

• A VE permite identificar problemas, estabelecer prioridades

locais e avaliar a eficácia da implementação de medidas de

prevenção e controlo da infeção e de resistência aos

antimicrobianos;

Conclusões


• Este conhecimento, deve ser reportado a todos os

profissionais com o objetivo de mais uma vez sensibilizar para

a prestação de cuidados de saúde em segurança.

• Diagnosticar/quantificar, modificar para melhorar e medir

novamente, e o grande desafio!

Não se pode melhorar o que não se conhece!

Conclusões

Programas de vigilância das IACS

Margarida Câmara

[email protected]

Câmara de Lobos, 20-22 setembro 2017

programas de vigilância das iacs - apih · • a observação contínua, ativa e sistemática das...

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