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Tel: 239 857001 Fax: 239 857002 Correio [email protected] Colégio S. Jerónimo, Largo D. Dinis Apartado 3026 3001-401 Coimbra—Portugal DIVISÃO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS UNIVERSIDADE DE COIMBRA DIVISÃO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS UNIVERSIDADE DE COIMBRA TESTEMUNHOS DE ESTUDANTES DE MOBILIDADE PROGRAMAS DE MOBILIDADE

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Page 1: PROGRAMAS DE MOBILIDADE - Universidade de Coimbra · Sydney (50min de carro ou 1h30 de comboio), portanto foi uma cidade que visitei com regularidade mesmo em tempo de aulas, mas

Tel: 239 857001

Fax: 239 857002

Correio [email protected]

Colégio S. Jerónimo, Largo D. Dinis

Apartado 3026

3001-401 Coimbra—Portugal

DIV I SÃO DE RELAÇÕES INTERNACIONAI S

UN IVERS IDADE DE COIMBRA

DIV ISÃO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

UNIVERS IDADE DE COIMBRA

TESTEMUNHOS DE ESTUDANTES DE MOBILIDADE

PROGRAMAS DE

MOBILIDADE

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Esta publicação reúne vários testemunhos de estudantes da Universidade de Coimbra que saíram em mobilidade através, não só do Programa ERASMUS, mas de outros programas de mobilidade que a UC proporciona aos seus estudantes. Para conseguir estes testemunhos foi enviado, por e-mail, um convite aos estudan-te de mobilidade, no sentido de escreverem o seu testemunho sobre a experiência que viveram. Gostaria de agradecer a estes estudantes que responderam a este apelo e envia-ram testemunhos tão interessantes e que, embora diferentes, realçam a mesma ideia da importância de uma mobilidade, não só para a sua carreira mas também para o seu enriquecimento pessoal. Tenho a certeza que estes testemunhos servirão para despertar o interesse de futuros estudantes por estes programas. Os textos aqui contidos foram inseridos na íntegra para não se retirar a naturali-dade com que foram escritos. Bem-hajam pela ajuda que deram! Coimbra, Dezembro de 2011 Ana Isabel Ferreira Responsável pela Mobilidade Outgoing na UC

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Em síntese posso dizer que o programa Erasmus ... “É uma experiência única, enrique-

cedora e inexplicável, a qual precisamos viver para compreender. Para além de se

poderem conhecer novas culturas, línguas e muitos colegas, é um verdadeiro processo

de desenvolvimento pessoal onde as nossas competências são postas à prova e apren-

demos a lidar com o desconhecido"

É um programa que vale mesmo a pena! É uma oportunidade única na vida!

Vasco Simões Mobilidade Erasmus Karlsruhe, Alemanha

Vasco Simões (cont.)

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Índice

Alexandre Garcia 4

Beatriz Martins 6

Diana Costa 7

Diogo Tarrafa 8

Gonçalo Vaz Pedro 9

João Sigalho 10

Juliene Goenopawiro 11

Luís Ferreira 14

Luís Teixeira 15

Patrícia Nunes 17

Vânia Simões 19

Vasco Simões 21

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Alexandre Garcia

“Erasmus” na Austrália

A minha ida para Austrália foi em Julho de 2009 sabendo que só regressava um ano depois. O que eu ainda não sabia muito bem é que quando se diz que a viagem demora muito, no meu caso significou chegar ao meu destino na Austrália (Wollongong), 30 e algumas horas depois de deixar a minha casa em Coimbra. Quando cheguei à cidade que me ia acolher durante um ano, eram 8 da manhã mas não sabia muito bem o dia, depois de tanto tempo de viagem e fusos horários diferentes. Depressa aprendi que todos os Australianos são “mates” e que estão sempre dispostos a ajudar. Que a maioria das palavras são abreviadas, como veggies em vez de vegeta-bles, e que o Inglês por lá falado é completamente diferente do que aprendemos em Portugal. Ao procurar uma casa para morar, tive a sorte de ir viver com 4 Australianos numa típica casa Australiana, e com eles tive a oportunidade de aprender muito sobre a língua, a cultura e i país.

Todos os meus colegas de casa faziam surf e Wollongong é um local ideal para este desporto uma vez que seja para norte ou para sul existem praias óptimas, em que o surf é praticado por quase todos. Wollongong é totalmente diferente do que estava habituado na Europa, sendo que é uma cidade pequena, com um centro agradável e bastante modesto onde a praia é a atracção principal.

Boa parte dos seus habitantes são estudantes das mais diversas partes do país, que estão sempre disponíveis para ceder as suas casas para fazer um barbecue ou uma festa quando chega o fim-de-semana ou a véspera de feriados. Acho que em tempo de aulas foram poucas as 6ª-Feiras ou Sábados em que não existia um convite para uma “house-party”! Sendo que funciona sempre o BYO (“Bring Your Own”) ou seja, cada um leva o que quiser comer ou beber, quem convida cede apenas a casa com um barbecue disponível para cozinhar. Outra coisa que percebi durante o tempo que passei na Austrália é que os Australianos são muito activos e, ao contrário de nós, pouco dependentes de internet, telemóvel ou televisão, sendo que fazer desporto é parte do quotidiano de quase todos. As avaliações das aulas baseiam-se em testes ou trabalhos frequentes, os Professores são chamados pelos nomes próprios e alguns alunos andam descalços. Em cada semes-tre apenas existe 1 semana de pausa, mas quando se chega ao fim do 2º semestre (o meu primeiro por lá) somos presenteados com 4 meses de férias de verão, onde o Natal está incluído.

Foi nesse tempo que tive oportunidade de visitar parte do país. Wollongong é perto de Sydney (50min de carro ou 1h30 de comboio), portanto foi uma cidade que visitei com regularidade mesmo em tempo de aulas, mas o resto do país é mais difícil de visitar. Tudo é longe e as distâncias são grandes.

Hélder Maias

UNIV COIMBRA Página 21

Olá a todos!

Um ano na Alemanha, Erasmus, simplesmente fantástico, uma experiência única a

todos os níveis, pessoal, académico, cultural (...)

Posso considerar que o meu ano de Erasmus começou a 1 de Agosto de 2010 quando

decidi ir para a Alemanha para fazer um curso de Alemão em Düsseldorf. Desde então

até ao dia 22 de Setembro de 2011 tive experiencias únicas, e inesquecíveis. Conheci

pessoas de vários países, com as quais mantenho contacto, abri os meus horizontes,

viajei muito e ganhei o desejo de viajar ainda mais.

Eu estive na Alemanha, em Karlsruhe, à nossa chegada fomos recebidos e integrados

por outros estudantes Alemães, que nos mostraram a cidade e promoveram

actividades para nos integrarmos e conhecermos melhor a cultura, hábitos e costumes

deste povo, que apesar de os consideramos frios e antipáticos eu devo dizer que é um

puro engano, para mim foram sempre especulares e ajudaram-me imenso. O estilo de

vida é um pouco diferente do nosso, para começar, troquei o carro por uma

"Fahrrad" (bicicleta), com a qual ia para todo o lado, uma de muitas das nossas grandes

aventuras foi ir de até Strasbourg, na França, de bicicleta, uma viagem cheia de

peripécias e grandes acontecimentos. Outras das minhas aventuras foram a ida ao

Oktoberfest, a viagem a stockholm e a Paris, ou mesmo as grandes festas que fazíamos

na nossa residência, onde nunca faltava diversão, (...)

A minha principal barreira foi a língua, pois apesar de todos falarem bem Inglês as aulas

eram em alemão, o que tornava impossível a compreensão, apesar de só ter feito 5

disciplinas num ano, considero que foi um ano muito produtivo para mim. Pois

Erasmus não são só exames e equivalências, nem são apenas festas e viagens. É um

misto de tudo, de divertimento, saudade, trabalho, obstáculos, alegria … é

essencialmente uma grande aventura!

Vasco Simões

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E foi neste espírito que passámos também por Pequim e Xangai, duas cidades de con-

traste e de dimensões escandalosas, mas que nos deixaram óptimas recordações pelas

experiências incríveis que foram. Desde a visita à muralha da China, à cidade proibida, à

cidade dos Jogos Olímpicos de 2008, até à loucura do trânsito, das construções em

altura e da ausência de sol e presença constante de um “nevoeiro poluído”.

Esta foi certamente, a melhor experiência de ERASMUS, no entanto o regresso a Tron-

dheim em Novembro de 2010 traz-nos de novo ao chamado verdadeiro “espírito de

ERASMUS”, ao convívio com jovens nas mesmas condições que nós. Eu e os meus três

amigos ficámos nas residências da universidade, que são excelentes e que criam um

ambiente fantástico entre os estudantes estrangeiros. Tivemos oportunidade de parti-

lhar experiências e culturas de todo o mundo, de nos divertirmos e de aprendermos

muito em termos pessoais. Hoje, passado um ano do início de ERASMUS as saudades

são imensas. Falta a neve e as brincadeiras na rua com o imenso frio que se fazia sentir

no Inverno rigoroso, faltam as paisagens magnificas dos fiordes, das montanhas e da

água constante, faltam todos os amigos que conhecemos e com os quais partilhámos

um ano numa cidade diferente, faltam as festas temáticas entre ERASMUS no centro da

cidade e o café M onde se reunia a comunidade universitária para comer as maravilho-

sas waffles em forma de coração, faltam os jantares intercontinentais que proporciona-

ram momentos incríveis…Foi portanto, uma oportunidade incrível para aprender mui-

to e para conhecer sítios espantosos através das viagens que se proporcionaram. Agora

recomendo vivamente que agarrem esta oportunidade e que façam dela uma experiên-

cia única do vosso percurso académico, tal como eu fiz! Aproveitem…

Vânia Simões Mobilidade Erasmus NTNU, Noruega

Vânia Simões (cont.)

UNIV COIMBRA Página 5

Assim, fiz por arranjar um carro para visitar a costa onde vivi. Para sul até Melbourne e mais tarde para norte até Airlie Beach (perto do inicio da grande barreira de corais). Tive a oportunidade de visitar a praia com a areia mais branca do mundo (Hyams Beach), a maior ilha de areia do mundo (Fraser Island) e sítios paradisíacos como Whitsundays Island ou a Grande Barreira de Coral, onde a beleza natural nos envolve e os mais diversos peixes nadam à nossa volta. Ainda assim, se quando pensamos em Austrália pensamos em praia e calor nem sempre é assim! O norte tropical é, sem dúvida, calor 365 dias por ano. Mas Sydney ou Wollongong não são assim. Se em 8/9 meses dos 12 que passei nesta região necessitei de pouco mais que uns calções de banho ou uma t-shirt durante o dia, nos outros meses é necessário um casaco mais quente (também não muito)! Muito poderia dizer sobre um ano incrível que por lá passei, mas acima de tudo é um país com uma beleza natural incrível, com pessoas muito simpáticas e disponíveis, em que o clima magnífico se junta com praias maravilhosas!

Um experiência de vida que aconselho a todos!

Alexandre Garcia Mobilidade ao abrigo do Programa AEN University of Wollongong (Austrália)

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Beatriz Martins Eu estive em França, em Lille, e passei 11 meses fantásticos. Muito para lá de

fantásticos. Existem obviamente muitas festas, muita diversão, viajas muito e, contudo,

tudo isto é opcional e tudo isto é o menos. O contacto humano e as pessoas que

encontras é ... não existem palavras. Entre mim e os amigos que estiveram a estudar

fora, todos nós tivemos experiências diferentes e todas elas com um peso emocional

incrível.

Da minha parte, eu não viajei muito, porque viajar em França é caro - até ao momento

que encontrei novas formas de viajar: Co-voiturage, auto-stop, couchsurfing (constrói a

tua própria aventura!). De qualquer forma, vivi a cidade onde estava em plenitu-

de. Conheci muitas pessoas e fiz amizades fortes com pessoas de todo o mundo. Ape-

sar de tímida, nunca me senti sozinha. Muito pelo contrário. Tive momentos de profun-

da alegria quando as pessoas menos prováveis diziam que adoravam o Fado, Amália

Rodrigues, os Madredeus... que viajaram no nosso País e se apaixonaram pelo que de

bom nós temos. Que quiseram saber mais de nós e sobre as nossas origens. Em parale-

lo, aprendi muito sobre o peso dos preconceitos, a facilidade com que isso divide

todos os dias as pessoas, do ponto de vista político mas também pessoal. E às vezes eu

própria sofri com isso e trago comigo a convicção que ninguém se define por uma

nacionalidade nem por um estereótipo, pelo menos não ao ponto de merecer

ser desconsiderada com base nisso. É uma lição de vida que precisamos todos de

importar.

A todos os que estão por partir, não desistam em momento algum do pro-

cesso. Apenas vão e vejam as coisas acontecerem. O regresso a Portugal é profunda-

mente doloroso, mas eu ainda acho que valeu a pena.

Beatriz Martins Mobilidade ao abrigo do Programa Erasmus

UNIV COIMBRA Página 19

Vânia Simões NTNU | UNIVERSIDADE DE TRONDHEIM, NORUEGA. ANO LECTIVO 2010/2011 | DURAÇÃO UM ANO.

VÂNIA SOFIA PEREIRA SIMÕES – MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA

A vontade de querer experimentar uma nova cultura, um novo país, conhecer novas

pessoas e de enfrentar novos desafios em termos pessoais despertou em mim imenso

interesse no programa ERASMUS. Ao inicio, a incerteza na escolha do país para onde

queria ir é um drama, mas depois de tomada a decisão e de embarcar na incerteza de

uma nova aventura, as incertezas começam a ser um sonho realizado! Ok, e depois de

muita burocracia, de resolver a papelada toda, começa o stress de pensar em comprar

o bilhete de ida!

Bilhete já na mão, e dia 8 de Agosto lá íamos eu e mais três amigos de arquitectura

prontinhos para ir um ano para a Noruega, com direito a experiências extraordinárias

durante esse período. Pois é, em Setembro, a NTNU, universidade de Trondheim,

proporcionou-nos dois meses de estadia no Tibete para realizarmos um projecto! Esta

cadeira tinha como objectivo, estudar esta cultura tão distante e distinta e no fim apre-

sentar uma proposta de projecto num local exacto da cidade de Lhasa, onde estivemos

instalados. Não vou esquecer nunca a oportunidade que me foi oferecida por esta uni-

versidade e pelo programa ERASMUS. As viagens de estudo que fizemos a inúmeros

mosteiros, os caminhos atribulados até aos Himalaias, as noite em que pernoitámos em

tendas em sitio perdidos no mapa, as comidas estranhas e os sabores picantes, a vivên-

cia intensiva da religião por aquelas pessoas e tantas coisas que ainda permanecem na

minha memória! Aprendi tanto, conheci tanto… tudo ali era diferente, tudo ali era uma

realidade dolorosa para nós ocidentais, mas no entanto a humildade daquele povo fez-

me crescer e abrir os olhos para problemas em que jamais tinha pensado.

E hoje, distantemente recordo os cheiros intensos daquelas ruas, os olhares ternos

daquelas pessoas, daquelas crianças sujas mas felizes, recordo os gestos de adoração

que nos faziam, com imensa saudade!

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PARA ENCOMENDAR: 1 800.000.0000 Página 18

Patrícia Nunes (cont.) AH, e nunca mais terão oportunidade de se escaparem a uma embru-

lhada com o "Sorry, I'm Erasmus" ! Quando perguntam "Como foi o

teu Erasmus?" , bem , já pensei muito para responderam e a verdade

é que é pura e simplesmente indescritível ! Se alguma vez tiverem

essa oportunidade , agarrem-na , porque vos marcará para toda a

vida ! Carpe Erasmus :D"

Patrícia Nunes Mobilidade Erasmus Tartu Ülikooli , Estónia

UNIV COIMBRA Página 7

Olá,

chamo-me Diana e acabei recentemente a minha experiência Erasmus em

Londres, onde estudei Turismo. No início, vi esta oportunidade como forma de

reforçar o meu currículo e melhorar o meu inglês, mas acabou por me dar mais do que

isso. Muito mais. Não sei se conseguirei encontrar as palavras certas para exprimir o

quanto o programa ERASMUS mudou a minha vida e a minha maneira de encarar o

mundo. A verdadeira razão prende-se com as pessoas que conheci na universidade.

Vêm de todos os recantos do globo, desde a Coreia do Sul, Taiwan, passando pelo

Paquistão, Tunísia até à Espanha, França, EUA e Canadá. Com eles aprendi a relativizar

a importância dos meus princípios, da minha nacionalidade, da minha língua e da minha

cultura. Eles contaram-me histórias dos países deles e das suas vidas, tão diferentes da

minha em costumes e valores, e eu em troca falei-lhes do meu país e da minha

universidade.

Ao contrário do que fazia em Coimbra, não pude frequentar os cafés nem

pude praxar. Em vez disso, fui aos pubs e ao teatro, visitei a Suiça e Malta... e fui a

Londres. Ir a Londres é ir conhecer o mundo inteiro. Não pertence a ninguém, mas é o

lar de todos. Em Londres me apaixonei e aqui fiquei. E no fim desta aventura única,

dava tudo para voltar ao primeiro dia em que cá pus os pés e fazer tudo de novo.

Erasmus foi, sem dúvida, a melhor coisa que eu já fiz na minha vida.

Saudações Académicas,

Diana Costa Mobilidade ao abrigo do Programa Erasmus

Diana Costa

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Diogo Tarrafa

“Há uma frase carismática que na realidade até desconheço quem a criou,

mas que tem um forte significado e pode resumir a importância de fazer um intercâm-

bio. A frase diz algo como "O Mundo é como um livro, e aqueles que não viajam

somente lêem uma página." ("The World is a book, and those who do not travel read

only a page." ).

Fazer um intercâmbio é juntar esta necessidade de viajar (pois é importantís-

simo para o enriquecimento pessoal), com a nossa vida académica e com isso seguir a

nossa carreira de estudantes.

Nunca foi tão fácil e igualmente tão importante como hoje CONHECER pelo

menos um pouco do nosso mundo (ler pelo menos duas páginas) e sair da nossa zona

de conforto, quebrar barreiras, fazer conquistas pessoais.

Viajar dá-nos força, confiança, torna-nos pessoas mais focadas, com objec-

tivos mais fortes e com mais forças para os alcançar. Poder juntar tudo isto seguindo

investindo na nossa educação parece-me uma hipótese obrigatória."

Diogo Tarrafa Mobilidade no Brasil Universidade Federal de Santa Catarina

Hélder Maias

UNIV COIMBRA Página 17

"A minha experiência começou a 27 de Agosto, quando atravessei

toda a Europa para viver a melhor experiência da minha vida na

Estónia . Todos me perguntavam "Porquê a Estónia ? Não tinhas nada

mais perto?". Bem , acho que para ser um verdadeiro desafio à minha

independência tinha de ser a quase 5000 km de casa . Para começar ,

não sabíamos NADA da língua .A primeira semana não foi fácil ! Ter

cabelo e olhos castanhos num país predominantemente loiro de olhos

claros foi o mais desconcertante , depois seguiram-se as trocas de

disciplinas , falar com professores , conhecer pessoas novas todos os

dias na residência ! Felizmente conhecemos boas pessoas estonianas

que nos ensinaram a lidar com um povo tão frio , e claro que todos os

outros alunos de erasmus nos compreendem por estarem na mesma

posição que nós . O povo português sempre se adaptou muito bem e

depressa ! As saídas à noite, os eventos de erasmus, os amigos de

quase todos o continentes , os jogos de futebol , as viagens , as

conversas de corredor que tínhamos todos os dias . Quando começou

a nevar no final de Outubro , foi fantástico . O método de ensino é

diferente mas muito bom e os professores super atenciosos .

Patrícia Nunes

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entende a língua, com uma moeda diferente e com um clima nunca

visto pode parecer assustador. Nada que não se ultrapasse com muita

vontade, criando mais responsabilidade e autonomia a todos os que

querem ter esta experiência chamada Eramus.

De Eramus, a única coisa que tiro de mal foi o facto de ter ficado

apenas um semestre e não um ano, por impossibilidades pessoais, no

entanto, sinto que aproveitei ao máximo.

Por fim, a todos os estudantes, aconselho seriamente a fazer Eramus.

Tenho a certeza que irão adorar, e, levando cada coisa a seu tempo,

não se irão arrepender.

Luís Teixeira Mobilidade Erasmus Brno, República Checa

UNIV COIMBRA Página 9

Posso com segurança afirmar que a experiência Erasmus mudou a minha

vida. A intensidade daqueles seis meses que passei em Barcelona, dificulta-me muito a

tarefa de os resumir.

Mas, posso dizer que estava muito receoso em sair do país e largar a minha

vida, mas que no final não queria de todo sair de lá. Conheci pessoas novas, aprendi a

viver independente, conheci uma cidade nova e aprendi a trabalhar numa universidade

mais exigente da que estava habituado. Tudo somado, resultou numa experiência muito

gratificante, de onde saí mais crescido, com mais amigos, e mais preparado para a vida

profissional que estou prestes a enfrentar.

É curioso, olhar para trás e perceber que depois de ter esta experiência,

Coimbra se tornou pequena para mim, e não passou sequer um ano para eu acabar por

me mudar outra vez. E quase de certeza que se não tivesse feito Erasmus, ainda estava

na mesma rotina que vivia antes.

Então, Erasmus: Uma experiência que me fez crescer..difícil para tomar a

decisão de ir, mas ainda mais difícil ter de voltar.

Gonçalo Vaz Pedro Mobilidade ao abrigo do Programa Erasmus Barcelona

Gonçalo Vaz Pedro

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PARA ENCOMENDAR: 1 800.000.0000 Página 10

Viver na Palestina tem sido uma experiência extremamente intensa. Aparte

do facto de se encontrar sob uma ocupação militar, as pessoas não têm um contacto

contínuo com o estranho, o diferente que se encontra do outro lado do mundo.

Estrangeiro para qualquer um dos palestinianos significa uma oportunidade, não só de

partilhar histórias e experiências mas também de finalmente praticarem o seu inglês.

Além do facto de as pessoas nos tratarem como família, caso não nos foquemos apenas

nas relações com internacionais (o que causa suspeição, mesmo sendo a norma dos

internacionais aqui, infelizmente), o território em si proporciona experiências

inesquecíveis, como ir a Belém ou a Jericó (a cidade mais antiga do Mundo), além de

terem uma cultura alimentar extremamente rica e deliciosa.

Para finalizar, e tendo em conta a situação política da região, estar na

Palestina significa que constantemente temos contacto com checkpoints, o muro da

vergonha, colegas presos, etc., além de termos que ter cuidado com o que falamos em

público, muito devido à constante presença de “espiões” para a Autoridade

Palestiniana. Embora seja uma situação de certa forma assustadora mas excitante, no

início, passado uns tempos começa a ser uma situação normal, quase como ir tomar

um café.

João Sigalho Mobilidade na Palestina An-Najah University

João Sigalho

Hélder Maias

UNIV COIMBRA Página 15

Erasmus: mais do que uma experiência

Hoje em dia, quando um estudante ouve a palavra “Erasmus” associa

sempre a diversão. Puro engano! Muita diversão, mas tudo a seu

tempo.

Antes de alguém participar no programa Erasmus, ninguém sonha o

que vai encontrar, participar e, sobretudo, viver. Não podemos decidir

ir só para dizer que fomos, muito pelo contrário. Sobretudo, criar uma

boa expectativa, sempre receosa, através de amigos ou conhecidos

que já se aventuraram nesta magnífica experiência.

Viajar, divertir-nos, conhecer gente de todos os cantos da Europa e,

claro, fazer as cadeiras nas quais nos inscrevemos são os quatro

pontos fundamentais nesta aventura.

Pessoalmente, foi a minha melhor experiência de vida. Viajei por 4

capitais Europeias, fiz amigos por essa Europa fora, diverti-me imenso

e fui aprovado, com sucesso, a todas as disciplinas que me inscrevi.

Começou no dia 6 de Setembro de 2010 e acabou no dia 3 de

Fevereiro de 2011 o meu programa Erasmus em Brno, República

Checa.

Uma realidade diferente, em bastantes aspectos. Começando pelo

espírito Académico, posso afirmar que não existe. Não há um traje

típico de estudantes nem existe Praxe. Os estudantes Checos apenas

organizam festas mensais e, no dia do exame, levam uma roupa mais

formal.

A nível pessoal, posso dizer que foi a melhor experiência de vida.

Viver 5 meses numa residência universitária, num país em que não se

Luís Teixeira

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“Os meus 10 meses de Erasmus em Bristol reflectiram, muito prova-

velmente, o período mais importante da minha vida. O facto de ter

convivido diariamente com estudantes (e não só) de todas as partes

do Mundo, deu-me uma perspectiva de vida completamente diferente

daquela que levava. Há imensas coisas a aprender com as outras cul-

turas, e há coisas da nossa cultura que se podem ensinar aos outros.

Bristol, em particular, é uma cidade fascinante, uma cidade bem

organizada, vibrante, com muitas coisas para fazer. É uma cidade que

me bem acolheu e à qual espero regressar muito em breve. Erasmus

é a experiência de uma vida.”

Luís Ferreira Mobilidade Erasmus Bristol

Luís Ferreira

UNIV COIMBRA Página 11

Juliene Goenopawiro

Foi difícil!

Difícil recordar tudo sem me vir lágrimas aos olhos!

Foi, e é, uma avalanche de emoções com 5 sentidos … Tipo, flash’s de ima-

gens uns atrás dos outros! Tudo rápido, tudo cheio de vida… Tudo… vivido!

Para não me perder, apoiei-me nesta selecção.

Apresento-vos os meus 136 dias na Ilha da Magia ☺

Posso começar por dizer que 1 semestre é muito pouco!!!

Estava noutra parte do Atlântico, sozinha, tudo novo, tudo uma descoberta: pessoas,

costumes, paisagens… Não sabia por onde pegar… como aproveitar o que estava ali,

ao meu redor. E é assim que se começam as amizades. A andar por zonas estra-

nhas que passam a ser familiares. Cria-se a rotina. Já não me perco no campus.

As falas dos profs deixam de ser incógnitas, exemplo disso: “fechou?”. As

palavras como onibus, xerox, celular, orelhão passam a fazer parte do nosso

vocabulário Arranja-se soluções para escapar a f(orma)i(ncrivelmente)l(enta

de)a(lmoçar) do Restaurante Universitário. Feijão com arroz é certo no cardápio

do dia a dia. Acordar bem cedo para ir as aulas as 07h30 no verão não foi problema,

mas no inverno… Se falar com um bocadinho de sotaque abrasileirado as pessoas já

nos entendem… O desconhecido passou a ser o meu território!

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A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), aqui representada pela manifestação

“Quero uma casa no campus” do Diretório Central dos Estudantes (homologa a AAC)

e pela parede da Reitoria cheia de cores e desenhos é uma excelente universidade.

Quer a nível de infra-estruturas, quer a nível dos docentes, do campus em si e das

oportunidades que oferece. Na UFSC os alunos podem inscrever-se em disciplinas que

não têm nada a ver com o curso correspondente e não pagam por isto, a título de

exemplo, um aluno de engenharia elétrica pode ter aulas de fotografia, tenis, etc. E

também, todos alunos a partir da 2ª fase têm direito a estágio remunerado.

Os laboratórios são todos bem equipados. Trabalhei com 220 volts nos de circuitos

eletricos!! Na foto podem ver 3 lâmpadas ligadas ao gerador trifásico, wattímetro, vol-

tímetro e amperímetro.

Aquele é o professor Hernani numa aula de Fisica. Só para terem ideia de como os

professores brasileiros são diferentes, o professor Hernani convidou-me para ir a casa

dele conhecer a família e passearmos pelo continente que era onde morava. O profes-

sor Luiz frequenta aulas de violino e fabrica vinhos em casa. O professor Kassick tinha

uma piada sobre os portugueses, todas as aulas…

A seguir temos o jacaré-de-papo-amarelo representando a natureza que envolve

Floripa. Estás numa cidade cheia de prédios, carros… mas vês plantas, ouves os

bichos, sentes a força da terra! Tenho saudades da Mata Atlântica! Tudo tão

verde, tão lindo! Por outro lado, temos as praias que rodeiam a ilha. Água cris-

talina! Areia branca! Umas ideias para o surf, outras ideais para flutuar…

E agora, o pessoal! Os amigos que sei que são para toda a vida. Que posso pegar o

telefone as 10h daqui, que são 6h lá, para chorar e contar as minhas mágoas e lá esta-

rão, prontos a ouvir-me, mas depois de mandarem uma boquinha por estar a acorda-

los!

Em baixo a turminha manera do FazendoTrilhas. Graças a esta turma pude conhecer

Florianópolis quase como a palma da minha mão! Todos os fins-de-semana tínhamos

um desafio. Com eles pude testar os meus limites. Pude subir o Cambirela, que fica a

mais de 800m de altura, com 15kg as costas. Pude plantar arvores. Pude ajudar crianças

que precisam de carinho e de atenção.

Hélder Maias

UNIV COIMBRA Página 13

E agora nóis, intercâmbistas, no dia da “Volta a Ilha” que a Sinter organizou. Nacionais de Alemanha, Noruega, Portugal, Peru, Venezuela, Colômbia, Espanha, França e já não me lembro mais.

Não me podia esquecer da feira! Onde todas as sextas ia comprar frutas, legumes e

tudo o mais. Beber suco de cana e comer pasteis de carne!! Muita bom!

Intercâmbio sem festas fica sem piada. Na verdade o que não faltava eram festas. Do

carnaval ao Pop gay. Da feijoada ao samba e forro. Os Happy Hours na UFSC. Os

trotes dos cursos e mais…

Tinha como disciplinas optativas o judo e a natação. Na foto está a turma de judo do

semestre1 de 2011 após encerramento do Festival de Judo. Neste dia fui derrotada

pela minha professora de natação que é faixa amarela.

E para terminar, temos o Mercado Municipal que fica no centro da cidade, onde encontram turistas com as suas máquinas fotográficas a registar herança dos colonos açorianos.

E de um momento, olha, já é dia de voltar para casa! Tanta coisa que ficou por fazer…

Se pudesse voltar atrás, inscrevia-me em poucas cadeiras para ter tempo e poder dedicar-me melhor aos estudos; inscrevia-me num estágio; não teria pressa em conhecer tudo; passaria mais tempo com os “intercâmbistas” para melhorar o meu inglês e quem sabe aprender outra língua; teria mais cuidado com o dinheiro, pois esquecia-me que ao levanta-lo ficava com menos por causa das taxas.

Valeu a pena ter feito este intercâmbio? Valeu!

Isto não é só academia, é vida!!!! Só quem vai, compreende!

E no fim, fica a promessa: “Voltarei!”

Juliene Goenopawiro Mobilidade no Brasil Universidade Federal de Santa Catarina